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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Faculdade de Biociências
Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular
Associação entre Hormônios Tireoideanos e Temperamento
Autora
Luiza Wilges Kist
Orientador
Dr. Diogo Rizzato Lara
Porto Alegre, RS
Fevereiro 2009
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Livros Grátis
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2
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Faculdade de Biociências
Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular
Associação entre Hormônios Tireoideanos e Temperamento
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Biologia Celular e Molecular,
como requisito parcial para a
obtenção do grau de Mestre.
Porto Alegre, RS
2009
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3
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, pelo incentivo, compreensão, carinho, paciência e sacrifício em
mais essa etapa da minha vida.
Ao meu orientador Diogo Rizzato Lara, pela sabedoria, atenção, apoio e auxílio
prestado durante a realização deste trabalho.
A colega Taise M. Lorenzi pela grande ajuda na realização deste trabalho.
Ao colega Gustavo Dutra, pela coleta em seu laboratório dos dados desta
pesquisa.
Às minhas queridas amigas pela amizade e estímulo.
Enfim, a todos que me ajudaram de uma forma ou outra para que esse trabalho
se concretizasse.
4
SUMÁRIO
RESUMO.....................................................................................................................5
ABSTRACT.................................................................................................................6
INTRODUÇÃO............................................................................................................7
1 TEMPERAMENTO...................................................................................................7
1.1 Os modelos de Cloninger e Akiskal de temperamento ......................................7
1.2 O modelo bidimensional de Medo e Raiva/Vontade ou de Ativação-Inibição....9
2 HORMÔNIOS DA TIREOIDE.................................................................................12
2.1 O que são, como agem e fisiologia..................................................................12
2.2 Doenças da Tireoide........................................................................................14
2.3 Hormônios da Tireoide e Cérebro....................................................................16
2.4 Hormônios da Tireoide e Transtornos Mentais................................................17
2.4.1 Eixo Hipotálamo-Hipófise-Tireoide e Aspectos Psiquiátricos....................17
2.4.2 Anormalidades no Eixo HPT e Transtornos do Comportamento...............18
2.4.3 Alterações no Eixo HPT e as Monoaminas Cerebrais...............................21
2.4.4 Disfunções Tireoideanas Subclínicas e Aspectos Psiquiátricos................22
OBJETIVOS..............................................................................................................24
Objetivo Geral ....................................................................................................24
Objetivo específico.............................................................................................24
Hipótese.............................................................................................................24
ARTIGO CIENTÍFICO ...............................................................................................25
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................39
ANEXO I....................................................................................................................45
Escala de Temperamento Afetivo e Emocional (ETAFE)..........................................45
ANEXO II...................................................................................................................52
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido...........................................................52
ANEXO III..................................................................................................................54
Comprovante de submissão do artigo.......................................................................54
5
RESUMO
O temperamento é o viés automático no terreno das emoções e da motivação,
influenciando humor, comportamento e o desenvolvimento da personalidade. A
disfunção da tireoide é mais prevalente em pacientes com transtorno de humor e
pode interferir na resposta ao tratamento. No entanto, a relação entre a função da
tireoide e o temperamento tem sido pouco estudada. Métodos: 143 sujeitos (103
mulheres) preencheram a Escala de Temperamento Afetivo e Emocional (ETAFE) e
foram avaliados os níveis séricos de TSH, T
4
livre e T
3
livre. Resultados: Houve uma
proporção significativamente maior de ciclotímicos do que eutímicos no grupo com
TSH elevado (>4 mIU/L, p<0.05). Mulheres com TSH<4 mIU/L tiveram escores
significativamente maiores de temperamento ansioso e menores de temperamento
irritável. Entre voluntários com TSH<4 mIU/L, houve uma correlação positiva de T
4
livre com escores de temperamento apático (r=0.23, p<0.01). Esta correlação
persistiu em homens (r=0.33, p=0.037) e em mulheres (r=0.22, p=0=0.026) e na
análise incluindo somente voluntários sem qualquer medicação (r=0.23, p=0.015,
n=108). Conclusão: Os hormônios tireoideanos parecem estar associados com o
temperamento de modo não linear. Achados em pacientes com transtornos de
humor e hipotireoidismo subclínico não podem ser generalizados para o
entendimento do papel fisiológico dos hormônios tireoideanos nos temperamentos
afetivos e emocionais.
Palavras-chave: temperamento, hormônios tireoideanos.
6
ABSTRACT
Temperament is the automatic emotional and motivational bias, influencing mood,
behavior and personality development. Thyroid dysfunction is more prevalent in
patients with mood disorder and may interfere with treatment responsiveness, but the
relationship between thyroid function and temperament has been less studied.
Methods: 143 subjects (103 females) who completed the Combined Emotional and
Affective Temperament Scale were evaluated for TSH, free T
4
and free T
3
levels.
Results: There was a significantly higher proportion of cyclothymics than euthymics
in the high TSH group (>4 mIU/L, p<0.05). Female volunteers with TSH<4 mIU/L had
significantly higher scores for anxious and lower scores for irritable temperaments.
Among volunteers with TSH<4 mIU/L, there was a positive correlation of free T
4
with
apathetic temperament score (r=0.23, p<0.01). This correlation persisted in males
(r=0.33, p=0.037) and females (r=0.22, p=0=0.026) and if only volunteers with no
medication at all were included (r=0.23, p=0.015, n=108). Conclusion: Thyroid
hormones seem to be associated with temperament in a non-linear way. Findings in
patients with mood disorders and subclinical hypothyroidism cannot be generalized to
understand the physiological role of thyroid hormones on emotion and affect.
Keywords: temperament, thyroid hormones.
7
INTRODUÇÃO
1 TEMPERAMENTO
O temperamento é a base do humor e está ligado às sensações e
motivações básicas e automáticas da pessoa no âmbito emocional. É herdado
geneticamente e regulado biologicamente e pode ser observado nos primeiros
meses de vida (Cloninger et al. 1993). Existem diversas maneiras para
classificarmos os tipos de temperamento, e diferentes propostas já foram elaboradas
para compreendê-lo (Lara et al., 2006; Lara e Akiskal, 2006).
O conceito de temperamento tem como âncora histórica importante a
proposta de Galeno e Hipócrates, que se baseava na predominância de líquidos ou
humores biológicos. A partir daí propuseram os temperamentos colérico,
melancólico, sanguíneo e fleumático (Akiskal, 2005a). Outros modelos mais atuais
de temperamento incluem a proposta dos temperamentos afetivos baseada nas
noções de Kraepelin (1899/1921 trans.) e de Kretschmer (1936) sobre
predisposição, recuperado e ampliado por Akiskal; e o modelo psicobiológico de
temperamento proposto por Cloninger e colaboradores (1993).
1.1 Os modelos de Cloninger e Akiskal de temperamento
O modelo de personalidade e temperamento de Cloninger aborda tanto a
personalidade normal quanto a patológica. Entretanto, não foi criado para identificar
indivíduos com alto risco para transtornos de humor e comportamento. A força
principal do modelo de Cloninger é que cada dimensão do temperamento foi
identificada e caracterizada como relativamente “pura”, relacionados às emoções
8
básicas, e interpretadas como medo, raiva, apego ou dependência emocional e
ambição ou determinação (Cloninger et al., 1993).
Para Cloninger (1993), o pessimismo, medo do incerto, timidez e baixa
energia ou fadiga estão relacionados à esquiva ao dano, associada ao alto medo. Já
o baixo medo ou baixa esquiva ao dano está relacionado com otimismo, confiança e
extroversão.
Pessoas com alta busca de novidades são impulsivas, irritáveis, curiosas e
extravagantes, buscando gratificação imediata. O prazer, estimulação e a liberdade
são muito valorizadas para pessoas com alta busca de novidades, sendo, portanto,
muito envolvidas com o que querem (Cloninger et al., 1993). Pessoas com baixa
raiva e busca de novidades são reservados, estóicos, reflexivos e pacientes, logo,
mais adaptáveis à rotina. Dados têm mostrado que mulheres apresentam maior
esquiva ao dano ou traços de medo do que os homens (Cloninger et al., 1994;
Pelissolo e Lepine, 2000; Miettunen et al., 2004; Hariri et al., 2005).
Akiskal baseia seu modelo no conceito de predisposição de humor.
Hipertímico, ciclotímico, irritável e depressivo foram os principais tipos propostos
originalmente por Kraepelin, e mais recentemente o tipo ansioso foi adicionado por
Akiskal (Akiskal, 2005a,b).
O temperamento ansioso apresenta sobreposições de características com o
depressivo e o ciclotímico, assim como o irritável, com o hipertímico e o ciclotímico.
O modelo de Akiskal captura o estilo afetivo básico e padrão de humor, assim como
identifica indivíduos com alto risco para transtornos de humor, pois é mais prevalente
em parentes de pacientes com transtorno de humor (Akiskal et al., 1998; Akiskal,
2005a; Karam et al., 2005).
Quanto aos temperamentos afetivos, o temperamento hipertímico é mais
prevalente em homens, e o ciclotímico, em mulheres (Erfurth et al., 2005).
9
1.2 O modelo bidimensional de Medo e Raiva/Vontade ou de Ativação-Inibição
Esse modelo bidimensional é um passo para a integração dos avanços da
psiquiatria com os conhecimentos neurocientíficos emergentes sobre emoções,
comportamento e personalidade de modo integrado nas diversas áreas de estudo
(Lara et al., 2006; Lara e Akiskal, 2006).
O humor não pode ser modulado por um único fator ou mudar em um único
eixo, ou seja, não é unidimensional, porque entre os pólos eufórico e triste, a
eutimia e os estados mistos. Nesse modelo, a ativação (vontade/agressividade) e a
inibição (medo e cautela) são os dois fatores ou eixos envolvidos e consistem em um
conjunto de características psicológicas e comportamentais, e qualquer combinação
entre eles é possível. Estas combinações determinam as expressões de humor, de
comportamento e de personalidade. A riqueza do mundo mental não pode se
restringir a apenas medo e raiva/vontade, mas não como concebê-lo sem
compreender e reconhecer a importância e complexidade desses traços (Lara et al.,
2006; Lara e Akiskal, 2006).
As variadas combinações e permutações de medo e raiva/vontade podem
predizer a maior parte dos perfis de humor, tanto os saudáveis como os patológicos
(Lara et al., 2006; Lara e Akiskal, 2006).
A combinação de baixo medo e baixa vontade/raiva (temperamento lábil)
pode representar uma predisposição para o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH). O baixo medo estaria associado ao temperamento desinibido
ou hiperativo e o apático, à baixa raiva/vontade. A predisposição para eutimia
resultaria da combinação de traços moderados de medo e vontade/raiva, sendo que
a ativação é mais expressa com a vontade do que como raiva. o temperamento
10
ciclotímico e o hipertímico, e provavelmente o irritável, predispõem para o Transtorno
Bipolar (Lara et al., 2006; Lara e Akiskal, 2006).
Autores como Eysenck (1987) e Gray (1999) propuseram modelos
bidimensionais para o temperamento. O modelo desenvolvido por Lara (2006),
também adota uma estrutura bidimensional (traços de medo e raiva/vontade)
inspirada nas propostas de Cloninger e Akiskal, unindo as duas abordagens (Lara et
al., 2006; Lara e Akiskal, 2006).
Segundo esse modelo, há 10 temperamentos afetivos básicos que emergem
das diversas combinações de ativação e inibição em intensidades baixa, moderada
e alta (Lara et al., 2006; Lara e Akiskal, 2006):
Depressivo (baixa ativação e alta inibição): tendência à tristeza e a
melancolia; vê pouca graça nas coisas; tende a se desvalorizar; não gosta de
mudanças; prefere ouvir a falar.
Ansioso (média ativação e alta inibição): muito cauteloso; frequentemente
inseguro e apreensivo; imagina que coisas ruins estão prestes a acontecer; tenta
evitar situações de risco; está sempre alerta e vigilante.
Ciclotímico (alta ativação e alta inibição): humor imprevisível e instável (altos
e baixos), que muda rapidamente ou de maneira desproporcional aos fatos; tem
fases de grande energia, entusiasmo e agilidade que se alternam com lentidão,
perda de interesse e desânimo.
Disfórico (alta ativação e dia inibição): forte tendência a sentir-se agitado,
ansioso e irritado ao mesmo tempo, sem períodos claros de alta energia e
entusiasmo.
Apático (baixa ativação e média inibição): pacífico, com pouca iniciativa, com
frequência se desliga do que os outros estão dizendo ou fazendo, muitas vezes não
conclui o que começou e tende à lentidão.
11
Eutímico (média ativação e média inibição): humor equilibrado e previsível,
que costuma mudar à frente de um motivo claro; é bem disposto e, em geral, se
sente de bem com a vida.
Irritável (alta ativação e média inibição): muito sincero, direto e determinado,
mas também irritado, explosivo e desconfiado.
Lábil (baixa ativação e baixa inibição): inquieto e dispersivo; com frequência
se desliga do que os outros estão dizendo ou fazendo; muitas vezes pode agir sem
pensar nas consequências; às vezes pode ser inconveniente sem se dar conta no
momento; muda de humor ou de interesse rapidamente, não conclui muitas coisas
que começa; tende a ser explosivo, mas quando se irrita, logo fica bem de novo.
Hiperativo ou Desinibido (média ativação e baixa inibição): muito ativo,
espontâneo e distraído; também age muitas vezes sem pensar e toma atitudes
inconsequentes quando se irrita, logo fica bem de novo.
Hipertímico (alta ativação e baixa inibição): sente-se muito confiante e
determinado, está sempre de bom humor; diverte-se facilmente, adora novidades e
está sempre pronto para novas atividades; faz várias coisas sem cansar; quando
quer alguma coisa, vai atrás e consegue conquistá-las; tem forte tendência à
liderança.
12
2 HORMÔNIOS DA TIREOIDE
2.1 O que são, como agem e fisiologia
Os hormônios tireoideanos T
3
(triiodotironina) e T
4
(tetraiodotironina ou
tiroxina) o secretados pela tireoide e são essenciais para o crescimento e
maturação de diversos tecidos-alvo, incluindo sistema nervoso (Bauer et al., 2002;
Gilbert e Sui, 2006; Samuels et al., 2007).
Dois fatores são indispensáveis para a biossíntese hormonal: o hormônio
tireoestimulante (TSH) e a disponibilidade de iodo (Gentile et al., 1995). É no
hipotálamo onde ocorre a síntese do Hormônio Liberador de Tireotrofina, o TRH.
Este hormônio tem por função liberar o TSH produzido pela adeno-hipófise. Através
do sistema porta-hipofisário o TRH atinge a hipófise anterior que secretará o
hormônio tireoestimulante, o TSH (Gentile et al., 1995; Zoeller e Crofton, 2000).
A secreção de TSH e sua estimulação pelo TRH são moduladas pelos níveis
de cortisol, esteróides sexuais e hormônio do crescimento. A secreção do TRH pelos
neurônios hipotalâmicos é modulada por serotonina, noradrenalina e histamina
(Scanlon e Hall, 1995).
O TSH hipofisário liga-se a receptores nos folículos da tireoide e estimula a
sua atividade. As células foliculares da tireoide captam e oxidam as moléculas de
iodo presentes na circulação e a acumulam em seu interior para a síntese e iodação
da tireoglobulina e das iodotironinas T
3
e T
4
. Dentro destas células o iodo é
combinado com proteínas para formar os hormônios tireoideanos T
3
e T
4
(Zoeller e
Crofton, 2000; Rodrigues, 2003).
Após ocorrer a iodetação dos resíduos de tironina ocorre a formação da MIT
(monoiodotironina) e da DIT (diiodotironina). Quando dois resíduos de DIT se ligam
13
forma-se o T
4
. A ligação de um resíduo de DIT e outro de MIT forma o T
3
(Gentile et
al., 1995).
Toda a produção e liberação de hormônios tireoideanos encontra-se sob
regulação de um engenhoso sistema de feedback. O feedback negativo da liberação
de TSH e de TRH depende da concentração de hormônios tireoideanos livres. O
feedback negativo ocorre quando a secreção de hormônios é excessiva e, como
consequência ocorre a inibição da secreção destes hormônios (Scanlon e Hall,
1995; Zoeller e Crofton, 2000; Rodrigues, 2003).
O hipotálamo e a hipófise são sensíveis aos níveis plasmáticos de T
3
e T
4
.
Quando os níveis de hormônios tireoideanos diminuem, o hipotálamo aumenta a
secreção do TRH, que age sobre a hipófise estimulando a secreção de TSH. O TSH
é então secretado na circulação e atua na glândula tireoide estimulando a captação
de iodo, a produção de hormônios tireoideanos e a sua liberação (Refetoff e Nicoloff,
1995). Este sistema auto-regulado mantém os níveis de T
3
e T
4
dentro da
normalidade.
Uma pequena fração de T
3
e T
4
encontra-se na forma livre e esta fração é
que tem ação em praticamente todo o corpo, regulando o metabolismo das células
de diferentes órgãos (Refetoff e Nicoloff, 1995; Rodrigues, 2003).
O T
4
e T
3
entram nas células-alvo por transporte ativo. As células-alvo
armazenam concentrações de T
3
e T
4
dez vezes superiores às da circulação. Os
hormônios captados pelo fígado o glicuronados e excretados na bile (Refetoff e
Nicoloff, 1995; Zoeller e Crofton, 2000).
14
2.2 Doenças da Tireoide
Quando os níveis hormonais sofrem alterações podem ocorrer diferentes
patologias. Os principais distúrbios que afetam a função da tireoide são o
hipertireoidismo (excesso de função) e o hipotireoidismo (diminuição da função). Em
pacientes com hipertireoidismo não tratado observa-se níveis de TSH abaixo do
normal com níveis de T
3
e T
4
livres elevados ou até mesmo normais nos casos mais
leves. no hipotireoidismo não tratado os veis de TSH estão elevados e os
hormônios tireoideanos podem estar baixos ou normais (Nicoloff e Lopresti, 1995).
A alteração mais frequente de função da tireoide é o hipotireoidismo, em que
a tireoide produz pouca quantidade de hormônio. Existem várias causas, mas todas
elas produzem um quadro semelhante: o metabolismo diminui e as funções do
organismo, tanto físicas como mentais, ficam mais lentas. Manifestações clínicas
como fadiga, fraqueza, intolerância ao frio, constipação intestinal, ganho de peso,
unhas quebradiças, cãibras musculares, depressão, dificuldade de concentração,
irregularidades menstruais e infertilidade podem estar presentes no hipotireoidismo
(Utiger, 1995).
O hipotireoidismo em crianças e lactentes resulta em uma lentificação
acentuada do crescimento e do desenvolvimento, com graves consequências, como
retardo mental (Haddow et al., 1999; Chan e Kilby, 2000; Gilbert e Sui, 2006).
A diminuição da ação dos hormônios sobre os tecidos pode ser causada
principalmente por (Utiger, 1995):
Tireoidite Auto-imune: é provavelmente a causa mais comum de
hipotireoidismo. Nesta patologia, o sistema imunológico desenvolve uma resposta
imune contra a tireoide causando danos a essa glândula e comprometendo a sua
capacidade de produzir hormônios tireoideanos.
15
Tratamentos que reduzem a capacidade da tireoide de produzir
hormônios, como no uso de iodo radioativo, para tratamento de hipertireoidismo, ou
cirurgia com retirada parcial ou total da glândula tireoide.
Cretinismo: defeito funcional da tireoide no período neonatal. Causas
raras de hipotireoidismo neonatal são a administração durante a gravidez de iodetos,
drogas anti-tireoideas ou iodo radioativo.
O hipotireoidismo é tratado com reposição hormonal de levotiroxina sódica.
A dose ideal varia para cada paciente, e o objetivo da reposição hormonal é a
obtenção de níveis normais de TSH, levando o paciente ao estado eutireoideo
(Utiger, 1995).
O hipertireoidismo ocorre quando a tireoide produz mais hormônios que o
normal. Isso faz com que o organismo aumente o metabolismo. Uma das principais
causas é a Doença de Graves, também conhecida como Bócio Tóxico Difuso, onde
os anticorpos agem contra os receptores de TSH resultando na hipersecreção de T
3
e T
4
(Mckenzie e Zakarija, 1995).
Outras causas frequentes são o Bócio Multinodular Tóxico (Doença de
Plummer), o adenoma hiperfuncionante único e administração excessiva de
hormônios tireoideanos. O hipertireoidismo ocorre de quatro a oito vezes mais em
indivíduos do sexo feminino do que em indivíduos do sexo masculino. Os sintomas
clássicos do hipertireoidismo são intolerância ao calor, taquicardia, fraqueza
muscular, tremores, labilidade emocional, emagrecimento acompanhado por
aumento do apetite, sudorese, insônia, diarréia, fadiga persistente, dispnéia de
esforço e palpitações. Os sintomas psiquiátricos no hipertireoidismo caracterizam-se,
em geral, por um quadro depressivo, do tipo agitado e com alto grau de ansiedade.
A associação entre fadiga e insônia é frequente, enquanto que transtornos psicóticos
manifestam-se apenas nas crises agudas ou estágios avançados de
16
hipertireoidismo. O aspecto apático, a instabilidade de humor e a ansiedade são
frequentes em idosos. Habitualmente, os sintomas neuropsiquiátricos desaparecem
com tratamento com anti-tireoideanos, mas devemos estar atentos para a presença
de sintomas psicóticos e avaliar a necessidade de implementar antipsicóticos ao
tratamento (Juruena e Martins, 2001).
O tratamento do hipertireoidismo tem como objetivo a normalização dos
níveis séricos de T
3
e T
4
. Isto pode ser obtido através da retirada da glândula tireoide
por cirurgia ou administração de radioiodo (Mckenzie e Zakarija, 1995).
2.3 Hormônios da Tireoide e Cérebro
O cérebro é um importante órgão alvo para ação dos hormônios
tireoideanos. Os hormônios tireoideanos estão em altas concentrações no tecido
cerebral e exercem vários efeitos no Sistema Nervoso Central (SNC) (Bauer et al.,
2002; Samuels et al., 2007).
O SNC tem papel fundamental na regulação do sistema endócrino. O
cérebro é alvo de diversos hormônios que podem alterar o humor e o
comportamento (Espósito et al., 1997). Os hormônios tireoideanos são essenciais
para o desenvolvimento e o funcionamento normal do cérebro, sendo absolutamente
necessários para a maturação do rebro fetal. Deficiência da glândula tireoide
durante o período pré-natal resulta em dano irreversível ao cérebro e retardo mental
(Haddow et al., 1999; Chan e Kilby, 2000; Gilbert e Sui, 2006). Os hormônios
tireoideanos atuam no processamento e integração neuronal, na proliferação das
células gliais, na mielinização, e na síntese de enzimas chaves requeridas para a
síntese de neurotransmissores (Bauer et al., 2002; Desouza et al., 2005).
17
2.4 Hormônios da Tireoide e Transtornos Mentais
Existe uma relação direta e clara entre alterações das funções da tireoide e
transtornos afetivos, embora não existam estudos relacionando os hormônios
tireoideanos com o temperamento (Marangell et al., 1997; Kupka et al., 2002). A
maioria dos pacientes com transtornos afetivos apresentam respostas normais aos
testes de função tireoideana e uma minoria significativa possui graus variáveis de
hipotireoidismo (Juruena e Martins, 2001).
Disfunções da tireoide frequentemente estão associadas com sintomas
psiquiátricos (Schreckenberger et al., 2006; Vallortigara et al., 2008) e
anormalidades na função da tireoide são mais prevalentes em pacientes com
transtornos de humor do que na população geral (Kupka et al., 2002).
A maioria dos estudos concorda que existe um relativo aumento nas
medidas de T
4
dentro dos valores de referência em pacientes depressivos. rios
tratamentos utilizados nos transtornos afetivos interferem nos testes da função
tireoideana (Espósito et al., 1997; Hendrick et al., 1998; Kirkegaard e Faber, 1998;
Jackson e Asamoah, 1999; Larsen et al., 2004).
2.4.1 Eixo Hipotálamo-Hipófise-Tireoide e Aspectos Psiquiátricos
A investigação dos eixos neuroendócrinos tem sido uma das metodologias
mais utilizadas na pesquisa biológica em psiquiatria. Os dois eixos mais amplamente
estudados são o hipotálamo-hipófise-tiróide (HPT) e o hipotálamo-hipófise-adrenal
(HPA). O eixo HPT tem sido especialmente implicado em transtornos de ansiedade,
e o eixo HPA tem sido pesquisado tanto em transtornos de humor como de
ansiedade (Kirkegaard e Faber, 1998; Jackson e Asamoah, 1999; Kupka et al.,
18
2002; Frey et al., 2007). Tais estudos começaram a ser aprofundados associando
pacientes com mixedema ao desenvolvimento de sintomas de insanidade (Espósito
et al., 1997).
Pacientes com doenças endócrinas têm alta prevalência de transtornos de
humor e, em particular, de depressão maior. A prevalência de sintomas depressivos
no hipotireoidismo é de aproximadamente 50% e no hipertireoidismo alcança a
28% dos casos (Cleare et al., 1995; Boswell et al., 1997; Espósito et al., 1997).
em populações psiquiátricas a taxa de hipotireoidismo clínico está entre 0,5 e 8%.
Cabe ressaltar ainda que 50% dos pacientes com depressão refratária apresentam
hipotireoidismo (Targum et al., 1984; Howland, 1993).
A associação do hipotireoidismo com a insanidade e a reversão do quadro
de melancolia em pacientes com hipotireoidismo através da utilização dos hormônios
tireoideanos encorajaram os clínicos a testarem a eficácia do tratamento em
pacientes com depressão. Outro aspecto a se destacar é que tratamentos
psiquiátricos podem melhorar a função da tireoide alterada e vice-versa. A
associação de antidepressivos e hormônios tireoideanos para o tratamento rápido de
depressões resistentes tem sido bem fundamentada (Cooper-Kazaz et al., 2007).
Além disso, foi encontrada relação entre os níveis desses hormônios e o tempo de
recorrência da depressão (Cleare et al., 1995; Jackson e Asamoah, 1999; Kupka et
al., 2002).
2.4.2 Anormalidades no Eixo HPT e Transtornos do Comportamento
Nos distúrbios do eixo HPT, o comportamento está frequentemente alterado.
Sintomas como fraqueza, fadiga, labilidade emocional, irritabilidade, inquietude e
transtornos do sono o queixas frequentes. Hipervigilância, déficits cognitivos,
19
diminuição da atenção e prejuízo intelectual também são ressaltados e contribuem
com a caracterização das alterações comportamentais (Juruena e Martins, 2001).
Com o propósito de esclarecer a maneira como os transtornos psiquiátricos
estão relacionados aos distúrbios hormonais precisamos entender primeiramente o
que ocorre com cada um dos hormônios T
3
, T
4
e TSH. A maioria dos estudos relata
níveis normais de T
3
em pacientes deprimidos (Kirkegaard e Faber, 1998; Larsen et
al., 2004). Apesar da elevação de T
4
, acredita-se que nos transtornos psiquiátricos a
deiodinização de T
4
para T
3
, pela enzima 5’desiodase, seja menor, provavelmente
por uma redução da atividade enzimática (Kirkegaard e Faber, 1998).
Níveis de T
3
são influenciados por numerosos fatores: inanição, enfermidade
somática concomitante, medicamentos e aumento em níveis de cortisol. Devido aos
poucos estudos sobre as alterações do T
3
, fica difícil relacioná-las individualmente
em relação aos aspectos psiquiátricos (Kirkegaard e Faber, 1998).
A dosagem de T
4
ocupa papel central na avaliação do estado metabólico
dos pacientes com distúrbios da função tireoideana. Cerca de 25% dos pacientes
deprimidos apresentam nível de T
4
plasmático, total e livre, acima do normal.
Contudo, mesmo dentro da faixa normal, os níveis diminuem na remissão da
depressão, reforçando a relação com a resposta antidepressiva (Kirkegaard e Faber,
1998).
A potencialização de antidepressivos convencionais com altas doses de T
4
tem um excelente efeito antidepressivo em aproximadamente 50% dos pacientes
com depressão resistente à terapia (Bauer et al., 1998; Rudas et al., 1999).
Entretanto, o tratamento com altas doses de T
4
é efetivo somente quando
administrado junto com antidepressivos convencionais ou medicação profilática
(Rudas et al., 1999).
20
Transtornos psiquiátricos como síndrome do pânico, depressão e risco de
demência são mais comuns em indivíduos com hipotireoidismo subclínico. Assim,
para uma resposta satisfatória a estes casos, é preciso que os pacientes estejam
recebendo tratamento com levotiroxina sódica. Outro dado que impulsiona a
implementação do tratamento é a frequência de casos de hipotireoidismo subclínico
que progridem para hipotireoidismo franco, já que a taxa é de até 5% ao ano
(Volpato et al., 2002; Wilson e Curry, 2005).
A dosagem de TSH plasmático é o teste mais recomendado para avaliar a
função tireoideana, e possui valores de referência entre 0,35 e 5,5 µUI/mL. Algumas
pesquisas mostram que o TSH parece estar diminuído em pacientes deprimidos,
embora ainda dentro da escala normal (Maes et al., 1993; Larsen et al., 2004).
Entretanto, a maioria das pesquisas aponta que pacientes deprimidos possuem
níveis de TSH aumentados, sugerindo uma secreção inapropriada de TSH
(Kirkegaard et al., 1990). A gravidade crescente dos sintomas de humor parece estar
associada com resposta reduzida ao TSH (Larsen et al., 2004). Uma provável
hipótese para o aumento de TSH sérico é a influencia da somatostatina, que inibe a
sua liberação pela hipófise (Mazza et al., 1994; Mannavola et al., 2005).
Para a confirmação do aumento dos níveis de TSH, os pesquisadores
preferem basear-se no estudo do ciclo circadiano. Em pessoas normais os níveis de
TSH tendem a aumentar no período próximo à meia-noite, o que não ocorre para os
casos de pacientes com depressão (Kjellman et al., 1984; Bolk et al., 2007).
Quanto à perturbação do nível circadiano de TSH, pode-se dizer que
diversos pesquisadores tentaram determinar a resposta de TSH mediante o Teste
de Estimulação com TRH (Bunevicius et al., 1994; Bunevicius et al., 1996; Larsen et
al., 2004). O TSH é um hormônio produzido e liberado pelas células hipofisárias, e
está sob controle do hipotálamo e hormônios tireoideanos. Assim, o Teste de
21
Estimulação com TRH consiste na administração de TRH endovenoso para
avaliação do eixo HPT (Bunevicius et al., 1996; Larsen et al., 2004). Pode-se
observar que a resposta do TSH à estimulação do TRH encontra-se reduzida em
paciente com depressão maior (Larsen et al., 2004).
2.4.3 Alterações no Eixo HPT e as Monoaminas Cerebrais
As monoaminas cerebrais dividem-se nas catecolaminas dopamina (DA) e
noradrenalina (NE), e na indolamina serotonina (5HT). A hipótese das monoaminas
baseia-se no conceito da deficiência das aminas como a causa das depressões. As
monoaminas representam um papel importante na modulação do humor (Fregly et
al., 1975; Bilezikian e Loeb, 1983; Kirkegaard e Faber, 1998; Bauer et al., 2002).
Hormônios tireoideanos parecem regular a função noradrenérgica central e
foi sugerido que disfunção tireoidiana possa estar ligada com anormalidades na
neurotransmissão noradrenérgica central (Bauer et al., 2002). A disponibilidade de
noradrenalina é essencial na transformação de T
4
em T
3
cerebral, sendo que o T
3
concentra-se em locais de transmissão noradrenérgica (Levitt e Moore, 1978;
Gordon et al., 1999). Alguns autores sugerem que o T
3
funciona como um co-
transmissor de noradrenalina cerebral (Gordon et al., 1999). Outros, entretanto,
sugerem que o T
3
potencializa os efeitos da noradrenalina por aumentar a expressão
dos receptores. Isto explica porque o T
3
é eficaz na potencialização da atividade
antidepressiva, inclusive em indivíduos eutireoideos (Whybrow e Prange, 1981).
Quando disfunções tireoideanas estão presentes também é reduzido o
funcionamento destes receptores, prejudicando a neurotransmissão noradrenérgica
(Hendrick et al., 1998).
22
Deste modo, fica claro que em doenças tireoideanas ocorrem alterações
noradrenérgicas, sendo que pacientes com hipertireoidismo apresentam número
aumentado de receptores noradrenérgicos e aqueles com hipotireoidismo um
número reduzido (Fregly et al., 1975; Bilezikian e Loeb, 1983).
O nível plasmático de serotonina no hipertireoidismo está aumentado, ou
havendo uma correlação direta da serotonina com os níveis de T
3
(Cleare et al.,
1995). A redução dos níveis hormonais após tratamento é acompanhada do declínio
nos níveis séricos da serotonina. Um grupo de pesquisadores desenvolveram um
estudo que demonstrou que a função serotoninérgica normaliza com a reposição de
hormônios tireoideanos e isso reforça a idéia de que a neurotransmissão
serotoninérgica pode estar diminuída no hipotireoidismo e que a baixa
responsividade da serotonina pode ser revertida por meio de tratamento com
hormônios tireoideanos (Cleare et al., 1996).
Mudanças em neurotransmissores serotoninérgicos foram repetidamente
associadas com a resposta terapêutica a antidepressivos e medicações
estabilizadoras de humor. Quase todos os tratamentos empregados atualmente para
depressão, incluindo os antidepressivos tricíclicos, os inibidores seletivos de
recaptação de serotonina (SSRI), os inibidores da monoaminoxidade (IMAO), e lítio,
direta ou indiretamente aumentam a neurotransmissão serotoninérgica (Bauer et al.,
2002).
2.4.4 Disfunções Tireoideanas Subclínicas e Aspectos Psiquiátricos
Atualmente, devido à disponibilidade do exame laboratorial do TSH, a
identificação das disfunções tireoideanas subclínicas têm aumentado
significativamente. As disfunções tireoideanas subclínicas ocorrem
23
predominantemente em indivíduos acima de 50 anos, apesar de também terem sido
descritas em crianças. Pacientes com disfunção tireoideana subclínica têm
ansiedade aumentada e mudanças de humor devido à disfunção tireoideana
subclínica podem ter um importante impacto na vida destes pacientes (Gönen et al.,
2004).
Define-se o hipertireoidismo subclínico como a condição em que os níveis
plasmáticos de TSH estão suprimidos, porém com concentrações de T
3
e T
4
livres
normais (Wilson e Curry, 2005).
O hipotireoidismo subclínico é assintomático e corresponde ao estágio inicial
do hipotireoidismo, sendo caracterizado laboratorialmente por um aumento nos
níveis plasmáticos de TSH e concentrações de T
3
e T
4
normais (Rodrigues et al.,
2003). Um estudo realizado por Chueire et al. (2007) concluiu que o hipotireoidismo
subclínico aumenta o risco de depressão em idosos e enfatiza a importância de
testes de rastreamento de TSH para a identificação do hipotireoidismo subclínico
nestes indivíduos.
Sintomas como fadiga, perda de memória e raciocínio lento estão presentes
em dos pacientes com hipotireoidismo subclínico. Sintomas como indisposição,
perda de energia e queda na auto-estima indicam o envolvimento do hipotireoidismo
subclínico nos casos de depressão (Gulseren et al., 2006; Teixeira et al., 2006).
24
OBJETIVOS
Objetivo Geral
O objetivo principal desta pesquisa é avaliar a correlação entre os níveis de
hormônios tireoideanos e as medidas de temperamento.
Objetivo específico
Avaliar os voluntários com a Escala de Temperamento Emocional e Afetivo e
níveis de T
3
livre, T
4
livre e TSH sanguíneo.
Hipótese
que os hormônios tireoideanos afetam o cérebro e estão envolvidos nos
transtornos de humor, e o temperamento é a base do humor e do comportamento,
nossa hipótese é de que há uma associação entre os hormônios tireoideanos e o
temperamento, mesmo em indivíduos eutireoideos.
25
ARTIGO CIENTÍFICO
Manuscrito submetido para o Journal of Affective Disorders.
THYROID HORMONES ARE ASSOCIATED WITH AFFECTIVE AND
EMOTIONAL TEMPERAMENT
Luiza W. Kist
1
, Taise M. Lorenzi
1
, Diogo R. Lara
1
1. Faculdade de Biociências, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, Brazil
Corresponding author:
Diogo R. Lara
Faculdade de Biociências – PUCRS
Av. Ipiranga, 6681 – Pd12A
Porto Alegre, RS
Brazil
90619-900
FAX +55 51 33203612
26
ABSTRACT
Temperament is the automatic emotional and motivational bias, influencing
mood, behavior and personality development. Thyroid dysfunction is more prevalent
in patients with mood disorder and may interfere with treatment responsiveness, but
the relationship between thyroid function and temperament has been less studied.
Methods: 143 subjects (103 females) who completed the Combined Emotional and
Affective Temperament Scale were evaluated for TSH, free T
4
and free T
3
levels.
Results: There was a significantly higher proportion of cyclothymics than euthymics
in the high TSH group (>4 mIU/L, p<0.05). Female volunteers with TSH<4 mIU/L had
significantly higher scores for anxious and lower scores for irritable temperaments.
Among volunteers with TSH<4 mIU/L, there was a positive correlation of free T
4
with
apathetic temperament score (r=0.23, p<0.01). This correlation persisted in males
(r=0.33, p=0.037) and females (r=0.22, p=0=0.026) and if only volunteers with no
medication at all were included (r=0.23, p=0.015, n=108). Conclusion: Thyroid
hormones seem to be associated with temperament in a non-linear way. Findings in
patients with mood disorders and subclinical hypothyroidism cannot be generalized to
understand the physiological role of thyroid hormones on emotion and affect.
INTRODUCTION
Temperament is the automatic emotional and motivational bias, influencing mood,
behavior and personality development. Temperament has a strong genetic and
biological basis, can be identified in early stages of development and is relatively
stable over time. Several models for temperament have been proposed, such as
Hippocrates’ and Galen’s concepts based on humours, Kraepelin’s (1899/1921
trans.) and Kretschmer’s (1936) works on fundamental states and predisposition,
recently brought into a new perspective by Akiskal (2005a,b) and the
psychobiological model of Cloninger et al. (1993). Based on these concepts, an
integrative model of emotional and affective temperament constructs with clinical
(Lara et al., 2006), neurobiological and treatment implications (Lara and Akiskal,
2006) has been proposed. This model is based on the principle that activation (anger
and drive/pleasure) and inhibition (fear) are the two main emotional forces, which are
integrated by the control system (attention and duty). Their combination would result
in the main affective temperaments, characterized as depressive, anxious, apathetic,
cyclothymic, dysphoric, euthymic, irritable, labile, disinhibited and hyperthymic (Lara
et al., 2006). Extreme traits of mental activation and inhibition (e.g. high fear or high
27
anger) are unusual in euthymic temperament and predispose to several psychiatric
disorders, depending on the kind of variation of temperament.
Thyroid hormones are crucial for the development, maturation and maintenance of
several target tissues, including the brain (Bauer et al., 2002; Gilbert and Sui, 2006;
Samuels et al., 2007). Thyroid hormones and mood disorders have complex
relationships. Thyroid dysfunction is frequently associated with mood disorders
(Bauer et al., 2008; Schreckenberger et al., 2006) and abnormalities in thyroid
function are more prevalent in patients with mood disorder than in the general
population and may interfere with treatment responsiveness (Kupka et al., 2002).
Moreover, thyroid hormones (T
3
and T
4
) are effective for mood disorders, both of
unipolar and bipolar subtypes (Rudas et al., 1999; Bauer et al., 2002; Nierenberg et
al., 2006; Cooper-Kazaz et al., 2007).
The relationship between temperament or personality and thyroid function has
been less studied. Frey et al. (2007) showed a negative correlation of TSH serum
concentrations, but not free T
3
or T
4
levels, and neuroticism in healthy volunteers,
suggesting an association between low TSH levels and vulnerability to depression. In
addition, Formann-Hoffman and Philibert (2006) compared thyroid hormones with
current depressive symptoms and history of depression in a large sample. Their
findings showed that current depressive symptoms were associated with higher T
4
levels in males and females, and low TSH in males.
Recently Lara et al. (2008) have developed and validated the Combined Emotional
and Affective Temperament Scale (CEATS), which integrates emotional and affective
temperament constructs in a single scale. In this study, we assessed the relationship
between free T
4
, free T
3
and TSH levels and temperament variables in a sample from
the general population.
MATERIALS AND METHODS
This study was approved by the IRB of Hospital São Lucas of Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). The research goals and
procedures were explained to all volunteers, who signed an informed consent form.
Temperament was assessed with the CEATS. Demographic data and general
health were evaluated with a structured self-applied questionnaire. Blood samples
were collected with a vacutainer system in a laboratory of clinical analysis,
centrifuged at 3.000 rpm at 37°C for 15 min, and serum of free T
4
, free T
3
and TSH
was determined using the a chemoluminescence method for the analyses.
28
To be included, volunteers had to be between 18 and 60 years old and sign
the informed consent form. Exclusion criteria were clinical acute and chronic
diseases assessed by a self-report form and current treatment with drugs that may
affect free T
4
, free T
3
and TSH levels, such as lithium, sertraline and treatments
targeting the thyroid system (Dong et al., 2000; Eker, 2008).
Statistical analysis
The correlation between free T
4
, free T
3
, TSH levels and dimensional
temperament variables was performed with Pearson correlation test. Distribution of
the categorical affective temperaments between groups according to thyroid status
was compared with Chi-square test. Alpha level for significance was p<0.05. All tests
were conducted with the software SPSS 15.0.
RESULTS
The sample consisted of 143 volunteers with TSH<4 mIU/L, being 103 females
(age=36.5 ± 10.8 years) and 40 males (age=25.5 ± 9.7 years) and 21 (17 females of
43.6 ± 8.8 years, 4 males of 40.0 ± 7.3 years) with TSH>4 mIU/L. In the whole
sample, significant correlations were found between free T
4
, free T
3
and TSH (r for
T
4
xT
3
=0.41; T
4
xTSH=-0.46 and T
3
xTSH=-0.17, p<0.05). Among those with TSH<4
mIU/L, T
3
was correlated with T
4
(r=0.33, p<0.001) and T
4
was negatively correlated
with TSH (r=-0.19, p<0.05).
The prevalence of categorical affective temperaments in women is shown in
Figure 1. There was a significantly higher proportion of cyclothymics than euthymics
in the TSH>4 group (chi-square, P<0.05). Female volunteers with TSH>4 mIU/L had
significantly higher scores for anxious and lower scores for irritable temperaments
(Figure 2), but no difference was found in the emotional scores of the CEATS.
Among volunteers with TSH<4 mIU/L, free T
4
, free T
3
and TSH were not
correlated with emotional or affective temperaments, except for a positive correlation
of free T
4
with apathetic temperament score (r=0.23, p<0.01). This correlation
persisted both in males (r=0.33, p=0.037) and females (r=0.22, p=0=0.026) and if
only volunteers with no medication at all were included (r=0.23, p=0.015, n=108).
We divided those with TSH<4 mIU/L in two groups according to the median level
of free T
4
(1.06 ng/dL). Again, only apathetic score was higher in volunteers with
higher T
4
levels compared to those with lower T
4
levels (p=0.025).
29
Free T
4
levels were also correlated with problem scores in the whole sample
(r=0.27, p=0.001), for males only (r=0.32, P=0.04) and females only (r=0.23, p=0.02),
but not with advantages associated with temperament. In the whole sample, those
with low free T
4
(<0.7 ng/dL, n=5) had higher anger than those with T
4
>0.7 ng/dL and
<1.06 ng/dL and those with T
4
>1.06 ng/dL (p<0.05, ANOVA).
DISCUSSION
This study showed an association between thyroid profile and temperaments.
Thyroid status may influence the temperament or some temperaments are more
associated with particular thyroid profiles. Comparing those with high versus normal
TSH, the major difference was the lower prevalence of euthymic and higher
prevalence of cyclothymic temperaments in women with high TSH. This group also
scored higher in anxious and lower in irritable temperaments compared to those with
normal TSH. Interestingly, free T
4
levels were modestly but positively correlated with
apathetic temperament, both in males and females. Free T
4
was also correlated with
temperament problems and higher anger was found in those with hypothyroidism
(T
4
<0.07 ng/dL).
Subjects with subclinical thyroid dysfunction had higher anxiety scores than
euthyroid subjects in previous studies (Gönen et al., 2004; Almeida et al., 2007).
Depression and anxiety symptoms were also accentuated in subjects with high TSH
(Chueire et al., 2003; Teixeira et al., 2006). These results are in general agreement
with our findings of less frequent euthymic temperament and higher anxiety scores,
but lower score of irritable temperament in this group has not been reported. Also,
our results show that women in the high TSH group chose the categorical
cyclothymic temperament more often. This can be interpreted as a shift in
temperament due to chronic mild thyroid dysfunction, or that cyclothymics more often
have mild thyroid dysfunction. However, it is notable that the depressive
temperament was not particularly prevalent in the high TSH group. The hyperthymic
temperament was perhaps overrepresented in the high TSH group, since it was
chosen by nearly 30% of women, compared to 17% among low TSH group and 15%
in females from the general population from the same Brazilian state (Lara et al.
2008). These results may be associated with the findings of better response to
treatment with a high dose of l-thyroxin in bipolar than unipolar depression (Bauer et
al., 2002), since cyclothymic and hyperthymic temperament are more common
among bipolar patients (Akiskal, 2005a).
30
Our finding of a positive correlation of free T
4
levels with apathetic temperament,
both in males and females, is somewhat surprising considering clinical data, but is in
line with other studies in the general population or in euthyroid subjects. Frey et al.
(2007) showed a negative correlation between TSH serum concentrations and
neuroticism in healthy volunteers. More importantly, in a large population, Formann-
Hoffman and Philibert (2006) found that higher T
4
levels were associated with more
current depressive symptoms in both males and females. Interestingly, response to
antidepressant treatment has been associated with a decline in free T
4
plasma
concentrations and FT
4
and FT
3
baseline levels correlated positively with
improvement of depression (Rao et al., 1996). Taken together, these results from the
general population suggest that higher thyroid function is associated with internalized
temperament and vulnerability to depression. Also, higher T
3
and lower thyroxine (T
4
)
concentrations have been reported in subjects with antisocial behaviour and
psychopathy (Alm et al., 1996; Stalenheim and Von Knorring, 1998; Stalenheim,
2004). This finding is in only partial agreement with our results of higher anger in
those with very low T
4
levels (<0.7 ng/dL), but sample characteristics are very
different to adequately address this issue.
Thyroid hormones have multiple effects on the central nervous system, particularly
on the limbic system. The influence of the thyroid system on neurotransmitters
(particularly serotonin and norepinephrine) that putatively play a major role in the
regulation of mood and behavior, may contribute to the mechanisms of mood
modulation (Bauer et al., 2003). Cleare et al. (1996) have shown low serotonergic
responsiveness in patients with hypothyroidism and T
3
hormone may play a role in
the modulation of intracerebral serotonin concentration and expression of serotonin
autoreceptors (Lifschytz et al., 2006). Besides, brain serotonin levels decreased in
hypothyroidism and increased in hyperthyroidism, and reduced serotonergic activity
would subsequently lower the threshold for developing depression (Cleare et al.,
1995). In rats, surgically induced hypothyroidism reduces 5-HT2 receptors, which is
normalized by treatment with l-thyroxine (Kulikov et al., 1999). A functional brain
imaging study using positron emission tomography (PET) with [
18
F]-
fluorodeoxyglucose demonstrated that thyroid hormone treatment with levothyroxine
restores regional brain metabolism and symptoms in patients with bipolar depression
(Bauer et al., 2005). Iosifescu et al. (2008) recently showed that brain ATP increases
and phosphocreatine, which buffers ATP, decreases significantly in patients with
major depression responding to T
3
augmentation compared with treatment
31
nonresponders. These studies strongly suggest that thyroid hormones are active in
modulating metabolic function in the mature adult brain.
In conclusion, thyroid hormones seem to be associated with affective
temperament in a non-linear way, with particular relevance for apathetic
temperaments within normal T
4
levels and cyclothymic temperament among women
with high TSH. The findings in patients with mood disorders and subclinical
hypothyroidism cannot be generalized to understand the physiological role of thyroid
hormones on emotion and affect. Further studies are needed with emphasis on both
normal traits and pathological states.
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36
dep anx cyc dysp apat eut irr lab disin hypert
0
5
10
15
20
25
30
35
TSH<4
TSH>4
*
%
Figure 1. Prevalence of categorical affective temperaments in females subjects with
TSH>4 and <4 mIU/L (n=103). *denotes significant differences between euthymic
and cyclothymic temperaments (chi-square, p<0.05)
dep anx cyc dysp apat eut irr lab disin hypert
1
2
3
4
5
TSH<4
TSH>4
*
*
%
Figure 2. Dimensional scores of affective subjects with TSH>4 and <4 mIU/L
(n=143). * denotes significant differences (p<0.05).
37
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No presente estudo investigamos a associação entre os níveis de T
4
livre, T
3
livre, TSH e temperamento na população em geral.
Os hormônios tireoideanos têm grande influência no comportamento e humor
(Bauer et al., 2002), mas a maioria dos estudos de associação de hormônios
tireoideanos e humor são comparando pacientes com transtorno de humor com
voluntários saudáveis.
Nosso estudo mostrou uma associação entre o perfil tireoideo e
temperamento. Em mulheres com TSH baixo prevaleceu o eutímico e em mulheres
com TSH elevado prevaleceu o temperamento ciclotímico. Mulheres com TSH
elevado comparadas com aquelas com TSH normal tiveram altos escores para
ansiedade e baixos escores para temperamentos irritáveis. Em voluntários de ambos
os sexos com altos níveis de TSH pode-se observar uma correlação positiva entre T
4
livre e o temperamento apático. Também houve correlação entre T
4
livre com
problemas, entretanto com vantagens não houve correlação.
A correlação positiva dos níveis de T
4
livre em homens e mulheres com o
temperamento apático é um pouco surpreendente, entretanto está de acordo com
estudos na população em geral ou em indivíduos eutireoideos. Frey et al. (2007)
mostraram uma correlação negativa entre níveis de TSH e neuroticismo em
voluntários sadios. Formann-Hoffman e Philibert (2006), em uma amostra
numerosa, mostraram que altos níveis de T
4
estão associados com sintomas
depressivos em homens e mulheres. Interessantemente, resposta ao tratamento
com antidepressivos foi associada com um declínio nas concentrações plasmáticas
de T
4
livre e níveis basais de T
4
e T
3
livres correlacionaram positivamente com a
melhoria da depressão (Rao et al., 1996). Em conjunto, estes resultados na
38
população em geral sugerem que a função tireoideana elevada está associada com
temperamentos internalizados e vulnerabilidade para sintomas depressivos.
Indivíduos com disfunção tireoideana subclínica possuem escores elevados
de ansiedade em relação a indivíduos eutireoideos. Sintomas de depressão e
ansiedade também estão acentuados em indivíduos com altos níveis séricos de TSH
(Chueire et al., 2003; Gönen et al., 2004; Teixeira et al., 2006; Almeida et al., 2007;
Davis e Tremont, 2007). Um estudo recente evidencia a prevalência aumentada de
transtornos psiquiátricos no hipotireoidismo subclínico em comparação ao grupo
eutireoideano (45,7% vs 25,6%; p = 0,025), sendo o transtorno do humor o de maior
frequência (Almeida et al., 2007).
Em conclusão, os hormônios tireoideanos parecem estar associados com os
temperamentos afetivos de modo não-linear. Nosso estudo aponta para maior
importância dos hormônios tireoideanos nos temperamentos apático dentro das
faixas normais de T
4
e ciclotímico em mulheres com TSH alto. Os achados em
pacientes com transtornos de humor não podem ser generalizados para entender o
papel fisiológico dos hormônios da tireoide nas emoções e no afeto. Mais estudos
são necessários com ênfase tanto em traços normais de personalidade como
estados mentais patológicos.
39
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6.
45
ANEXO I
Escala de Temperamento Afetivo e Emocional (ETAFE)
Curso/profissão:_______________________________________________
SEXO: ( ) M ( ) F IDADE:_____________
INSTRUÇÕES:
1) Em cada uma das questões abaixo, marque a alternativa que mais
corresponde ao seu jeito de ser e de agir em geral.
2) Leia todas alternativas de cada questão antes de marcar a que mais
se aproxima ao seu perfil. Responda a todas as questões e assinale
somente uma alternativa.
3) Procure responder com atenção, mas não demore muito em cada
afirmação.
4) Lembre-se que não existem respostas certas ou erradas. Você deve
responder de acordo com o que você é, não com o que você
desejaria ser.
1.
a) Sou uma pessoa medrosa
b) Sou um pouco mais medroso do que a maioria das pessoas
c) Sou um pouco mais ousado do que medroso
d) Sou ousado
e) Sou muito ousado
2.
a) Sou muito tímido
b) Sou mais tímido do que a maioria das pessoas
c) Sou um pouco mais extrovertido do que tímido
d) Sou extrovertido
e) Sou muito extrovertido
3.
a) Sou bastante prudente e cauteloso; é raro eu me arriscar
b) Sou prudente e cauteloso; me arrisco pouco
c) Em algumas situações sou prudente e cauteloso, mas em outras me
arrisco
d) Em geral, me arrisco um pouco mais do que os outros
e) Sou pouco prudente e cauteloso; é comum eu me arriscar
46
4.
a) Sou muito inibido
b) Sou inibido; tenho alguma dificuldade em me sentir à vontade
c) Às vezes, sou um pouco inibido, mas, em geral, consigo me sentir à
vontade
d) Sou desinibido e espontâneo
e) Sou muito desinibido e espontâneo, algumas vezes até demais
5.
a) Penso demais antes de agir; demoro demais para tomar decisões
b) Costumo pensar muito antes de agir; raramente me precipito para
tomar decisões
c) Penso antes de agir, mas não demoro muito para tomar decisões
d) Algumas vezes ajo sem ter pensado o suficiente; decido rapidamente
e) Muitas vezes ajo sem pensar, tomo decisões impulsivamente
6.
a) Me preocupo demais com as coisas
b) Me preocupo com as coisas mais do que a maioria das pessoas
c) Me preocupo com as coisas como a maioria das pessoas
d) Me preocupo menos com as coisas do que as outras pessoas
e) Me preocupo pouco com as coisas
7. Em situações de perigo, minha reação natural é:
a) ficar paralisado e tenso mesmo depois do perigo passar
b) ficar paralisado até o perigo passar
c) ficar paralisado no começo, mas logo consigo me soltar e agir
d) ter alguma reação rápida, quase não fico paralisado
e) ter reações rápidas, nunca fico paralisado
8.
a) Sou pessimista
b) Sou mais pessimista do que otimista
c) Sou um pouco mais otimista do que pessimista
d) Sou otimista
e) Sou muito otimista
9.
a) Não costumo ficar entusiasmado e excitado com novas atividades
b) Poucas atividades me deixam entusiasmado e excitado
c) É razoavelmente comum eu ficar entusiasmado e excitado com
novas atividades
d) É comum eu ficar entusiasmado e excitado com novas atividades
e) É muito comum eu ficar muito entusiasmado e excitado com novas
atividades
10.
a) Sinto pouco a sensação de prazer
b) Sinto menos prazer do que a maioria das pessoas
c) Sinto prazer como a maioria da pessoas
d) Sinto mais prazer do que a maioria das pessoas
e) Sinto prazer de forma muito intensa
47
11.
a) Sou triste e desanimado
b) Sou um pouco triste e desanimado
c) Sou razoavelmente alegre e animado
d) Sou alegre e animado
e) Sou muito alegre e muito animado
12.
a) Meus planos são modestos, tendo a pensar pequeno
b) Meus planos são mais modestos do que os dos outros
c) Tenho alguns planos ambiciosos
d) Meus planos em geral são ambiciosos
e) Meus planos são muito ambiciosos, penso grande
13.
a) Qualquer dificuldade já me desanima
b) É comum eu desanimar frente a dificuldades
c) Desanimo um pouco em algumas situações mais difíceis ou
complicadas
d) É difícil alguma coisa me desanimar
e) É muito difícil alguma coisa me desanimar
14.
a) Sou muito inseguro
b) Sou mais inseguro do que a maioria das pessoas
c) Me sinto razoavelmente seguro
d) Sou mais confiante do que os outros
e) Sou muito autoconfiante
15.
a) Tenho poucos objetivos definidos e vou atrás de poucos deles
b) Tenho alguns objetivos definidos e consigo ir atrás de alguns deles
c) Tenho alguns objetivos definidos e vou atrás da maioria deles
d) Tenho vários objetivos claros e vou atrás deles
e) Tenho muitos objetivos, inclusive alguns muito difíceis, e vou atrás
deles até o fim
16.
a) Sou pouco disciplinado
b) Sou menos disciplinado do que a maioria das pessoas
c) Sou razoavelmente disciplinado
d) Sou mais disciplinado do que a maioria das pessoas
e) Sou muito disciplinado
17.
a) sou pouco organizado e isso às vezes me atrapalha
b) sou menos organizado do que a maioria das pessoas
c) sou organizado em algumas coisas
d) sou mais organizado do que a maioria das pessoas
e) sou muito organizado, às vezes até demais
48
18.
a) sou muito dispersivo e distraído, e isso frequentemente me
atrapalha
b) sou dispersivo e distraído; às vezes isso me atrapalha
c) fico dispersivo e distraído por alguns momentos, mas isso não chega a
me atrapalhar
d) sou menos dispersivo e distraído do que a maioria das pessoas
e) sou muito pouco dispersivo e distraído
19.
a) Muitas vezes não concluo as tarefas que começo
b) Tenho alguma dificuldade em completar as tarefas que começo
c) Concluo boa parte das tarefas que começo, mas desisto de algumas
mais difíceis
d) Costumo concluir as tarefas que inicio, inclusive algumas mais difíceis
e) Sempre concluo as tarefas que inicio, até mesmo as mais longas ou
difíceis
20.
a) Tenho dificuldade de manter a concentração e o interesse
b) Consigo manter a concentração somente se estou interessado
c) Mantenho a concentração se estou razoavelmente interessado
d) Mantenho a concentração mesmo estando pouco interessado
e) Mantenho bem a concentração mesmo estando pouco interessado
21.
a) Sou pouco responsável
b) Sou menos responsável do que a maioria das pessoas
c) Sou razoavelmente responsável
d) Sou mais responsável do que a maioria das pessoas
e) Sou muito responsável
22.
a) É raro eu me irritar com alguma coisa
b) Não costumo me irritar
c) Às vezes, me irrito, mas isso não me gera grandes problemas
d) Sou mais irritado (bravo) do que a maioria das pessoas
e) Sou muito irritado (bravo) e isso frequentemente me causa problemas
23.
a) Não sou nada agressivo e isso às vezes me atrapalha
b) Sou pouco agressivo
c) Sou um pouco menos agressivo do que as outras pessoas
d) Sou um pouco mais agressivo do que os outros
e) Sou agressivo em várias situações
24. Quando me irrito, minha raiva dura:
a) pouquíssimo tempo; é raro eu ficar muito irritado
b) pouco tempo, logo fico bem de novo
c) um pouco menos tempo do que para as outras pessoas
d) mais tempo do que para as outras pessoas
e) muito tempo (“estraga o meu dia”)
49
25.
a) Nunca sou explosivo
b) Sou menos explosivo do que os outros
c) Às vezes, sou explosivo
d) Sou mais explosivo do que os outros
e) Sou muito explosivo
26. Penso que estou sendo traído ou que estão armando algo contra mim:
a) Nunca
b) Quase nunca
c) Poucas vezes
d) Algumas vezes
e) Frequentemente
27.
a) sou muito paciente, tolero bem esperar
b) sou paciente
c) sou um pouco impaciente
d) sou impaciente
e) sou muito impaciente, não tolero esperar
28. Marque para cada descrição abaixo a alternativa que mais corresponde a
você (marque somente uma alternativa).
A) Tenho uma tendência à tristeza e à melancolia; vejo pouca graça nas coisas;
tendo a me desvalorizar; não gosto muito de mudanças; prefiro ouvir a falar.
a) tudo a ver comigo
b) muito a ver comigo
c) algumas coisas a ver comigo
d) pouco a ver comigo
e) nada a ver comigo
B) Sou muito cauteloso e precavido; frequentemente me sinto inseguro e apreensivo;
imagino que coisas ruins estão prestes a acontecer; tento evitar situações de risco;
estou sempre alerta e vigilante.
a) tudo a ver comigo
b) muito a ver comigo
c) algumas coisas a ver comigo
d) pouco a ver comigo
e) nada a ver comigo
C) Meu humor é imprevisível e instável (altos e baixos), muda rapidamente ou de
maneira desproporcional aos fatos; tenho fases de grande energia, entusiasmo e
agilidade que se alternam com outras fases de lentidão, perda de interesse e
desânimo.
a) tudo a ver comigo
b) muito a ver comigo
c) algumas coisas a ver comigo
d) pouco a ver comigo
e) nada a ver comigo
50
D) Tenho uma forte tendência a me sentir agitado, ansioso e irritado ao mesmo
tempo.
a) tudo a ver comigo
b) muito a ver comigo
c) algumas coisas a ver comigo
d) pouco a ver comigo
e) nada a ver comigo
E) Tenho pouca iniciativa; com frequência me desligo do que os outros estão
dizendo ou fazendo; muitas vezes não concluo o que comecei; tendo à passividade
e sou um pouco lento.
a) tudo a ver comigo
b) muito a ver comigo
c) algumas coisas a ver comigo
d) pouco a ver comigo
e) nada a ver comigo
F) Meu humor é equilibrado e previsível, costuma mudar quando um motivo
claro; tenho boa disposição e, em geral, me sinto bem comigo mesmo.
a) tudo a ver comigo
b) muito a ver comigo
c) algumas coisas a ver comigo
d) pouco a ver comigo
e) nada a ver comigo
G) Sou muito sincero, direto e determinado, mas também irritado, explosivo e
desconfiado.
a) tudo a ver comigo
b) muito a ver comigo
c) algumas coisas a ver comigo
d) pouco a ver comigo
e) nada a ver comigo
H) Sou inquieto e dispersivo; com frequência me desligo do que os outros estão
dizendo ou fazendo; muitas vezes ajo sem pensar nas consequências; às vezes sou
inconveniente e me dou conta tarde demais; mudo de humor ou de interesse
rapidamente, e não concluo muitas coisas que começo; quando me irrito, logo fico
bem de novo.
a) tudo a ver comigo
b) muito a ver comigo
c) algumas coisas a ver comigo
d) pouco a ver comigo
e) nada a ver comigo
I) Sou inquieto, ativo, espontâneo e distraído; muitas vezes ajo de maneira
precipitada e inconsequente; é muito comum eu deixar para fazer as coisas na
última hora; quando me irrito, logo fico bem de novo.
a) tudo a ver comigo
b) muito a ver comigo
51
c) algumas coisas a ver comigo
d) pouco a ver comigo
e) nada a ver comigo
J) Estou sempre de bom humor, me sinto muito confiante e me divirto facilmente;
adoro novidades e estou sempre pronto para novas atividades; faço várias coisas
sem me cansar; quando quero alguma coisa, vou atrás e consigo conquistá-la; tenho
forte tendência à liderança.
a) tudo a ver comigo
b) muito a ver comigo
c) algumas coisas a ver comigo
d) pouco a ver comigo
e) nada a ver comigo
29. Escolha a descrição da questão 28 acima que mais se aproxima do seu
perfil (somente uma alternativa). Leia bem todas as 10 descrições antes de
optar pela resposta (páginas 5 e 6).
A)
B)
C)
D)
E)
F)
G)
H)
I)
J)
30. Em que medida você tem ou teve problemas ou prejuízos pessoais em
função do seu jeito de ser, do seu comportamento e/ou do seu padrão de
humor?
a) nenhum problema e nada de prejuízo
b) poucos problemas e prejuízos pequenos
c) problemas e prejuízos moderados
d) problemas e prejuízos sérios ou graves
31. Em que medida você tem ou teve vantagens ou benefícios pessoais em
função do seu jeito de ser, do seu comportamento e/ou do seu padrão de
humor?
a) quase nenhuma vantagem e benefícios mínimos
b) poucas vantagens e benefícios pequenos
c) algumas vantagens e benefícios moderados
d) muitas vantagens e grandes benefícios
52
ANEXO II
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
“AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS BIOLÓGICOS RELACIONADOS AO
TEMPERAMENTO”
I. A Justificativa da Pesquisa
Este estudo visa caracterizar as bases biológicas do comportamento humano.
Para isso, procederemos uma breve entrevista clínica, seguida do preenchimento
pelo próprio voluntário de uma escala de temperamento, e por fim, coleta de uma
amostra de sangue. Os resultados poderão colaborar com o desenvolvimento de
futuros tratamentos para os transtornos mentais.
II. Os procedimentos a serem utilizados
Os meios utilizados para realizar este trabalho consistem em um breve entrevista
com pesquisadores treinados, seguida do preenchimento pelo próprio voluntário de
uma escala de temperamento, e por fim, será feita a coleta de sangue para
avaliação de hormônios tireoideanos.
III. Os procedimentos ou riscos esperados
A entrevista e escala não acarretarão em risco algum. A coleta de sangue por
punção venosa é um procedimento invasivo corriqueiro e de risco mínimo, podendo
ocorrer pequeno hematoma autolimitado em local da punção.
IV. Os benefícios que se pode obter
Os voluntários que participarem desse trabalho estarão contribuindo para uma
melhor caracterização dos Transtornos Psiquiátricos, bem como para um melhor
entendimento dos temperamentos normais, auxiliando assim no acúmulo de
informação necessárias para que se possa reconhecer e tratar melhor os
Transtornos Mentais. Caso haja alguma alteração no seu exame segundo os
parâmetros considerados normais, o voluntário será avisado.
V. Garantia de resposta a qualquer pergunta
Os pesquisadores garantem que responderão a qualquer pergunta referente a
esta pesquisa.
53
VI. Liberdade de abandonar a pesquisa sem prejuízo para si
O voluntário tem a liberdade de abandonar a pesquisa a qualquer momento, sem
qualquer prejuízo para si.
VII. Garantia de privacidade
Será mantida a privacidade do voluntário em todas as fases da pesquisa. Todos
os dados coletados serão mantidos sob sigilo.
VIII. Consentimento para pesquisas futuras
Eu _____________________________________ fui informado dos objetivos da
pesquisa acima de maneira clara e detalhada. Recebi informação a respeito do
tratamento recebido e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento
poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão se assim eu desejar.
Os pesquisadores certificaram-me de que todos os dados desta pesquisa referentes
a mim serão confidenciais e terei liberdade de retirar meu consentimento de
participação na pesquisa face a estas informações.
Concordo em participar das seguintes etapas da pesquisa:
1) Avaliação clínica e escala de temperamento _______________________
(rubrica do paciente)
2) Coleta de sangue _______________________
(rubrica do paciente)
Para qualquer pergunta sobre meus direitos como participante deste estudo ou
se penso que fui prejudicado pela minha participação, posso chamar Dr. Diogo Lara
pelo telefone (51) 3320-3545 ramal 4158.
Declaro que recebi cópia do presente Termo de Consentimento:
________________________ ____________________ _______________
Assinatura do voluntário Nome Data
________________________ ____________________ _______________
Assinatura do pesquisador Nome Data
54
ANEXO III
Comprovante de submissão do artigo
From: Journal of Affective Disorders [mailto:JournalAD@kent.ac.uk]
Sent: Mon 1/26/2009 2:38 PM
To: Diogo Rizzato Lara
Subject: Submission Confirmation
Dear Dr. Diogo R Lara,
Your submission entitled "THYROID HORMONES ARE ASSOCIATED WITH EMOTIONAL AND
AFFECTIVE TEMPERAMENT" has been received by Journal of Affective Disorders
You may check on the progress of your paper by logging on to the Elsevier Editorial System as an
author. The URL is http://ees.elsevier.com/jad/.
Your manuscript will be given a reference number once an Editor has been assigned.
Thank you for submitting your work to this journal.
Kind regards,
Elsevier Editorial System
Journal of Affective Disorders
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