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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Faculdade de Odontologia
FREDERICO LOPES RIBAS
Belo Horizonte
2008
ANÁLISE COMPARATIVA DE CINCO
DIFERENTES TÉCNICAS DE MOLDAGEM
EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
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Frederico Lopes Ribas
Belo Horizonte – MG
Faculdade de Odontologia da PUC-MG
2008
Dissertação apresentada ao Prog
rama de Mestrado
em
Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais, como requisito parcial
à obteão do título
de Mestre em Odontologia,
Clínicas Odontológicas, com ênfase em Ptese Dentária.
Orientador: Prof. Dr. Wellington Corrêa Jansen
ANÁLISE COMPARATIVA DE CINCO
DIFERENTES TÉCNICAS DE MOLDAGEM
EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
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FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Ribas, Frederico Lopes
R48
2a Análise comparativa de cinco diferentes técnicas de moldagem em prótese
sobre implante / Frederico Lopes Ribas. Belo Horizonte, 2008.
58f.: il.
Orientador: Wellington Corrêa Jansen
Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Programa de Pós-Graduação em Odontologia.
Bibliografia.
1. Implantes dentários. 2. Implantes dentários osseointegrados. 3. Técnica
de moldagem odontológica. 4. Modelos dentários. I. Jansen, Wellington
Corrêa. II. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de
Pós-Graduação em Odontologia. III. Título.
CDU: 616.314-089.843
Bibliotecária Erica Fruk Guelfi - CRB 6/2068
Folha de aprovação
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Ângela e Francisco, e irmãos, Carol, Nana e Mateus pelo carinho e
compreensão em todos os momentos da minha vida. À Ludi pelo amor, companheirismo e por todo
o apoio que me deu nesses dois anos.
AGRADECIMENTOS
Acima de tudo a Deus pelas oportunidades a mim concedidas e por me dar força e serenidade para
superar as dificuldades de mais uma jornada...;
Aos colegas: Andréa, Betânia, Daniel, Fernanda, Fred e Gustavo, por todo esse período de
convivência sadia e por todas as experiências e conhecimentos compartilhados;
Ao Dr. Wellington Corrêa Jansen, meu orientador, pela paciência e pela ajuda fundamental no
desenvolvimento desse trabalho;
Ao Dr. Paulo Isaias Seraidarian pelos ensinamentos e pelo exemplo de humanidade;
Às pessoas que são, mesmo sem saber, meu espelho na profissão: Dr. Francisco José Ribas, meu
pai, pelo talento e humildade, Dr. Marcos Dias Lanza pelo imenso conhecimento, Dr. Valdete da
Costa e Dr. José Alfredo Gomes de Mendonça por toda a habilidade e pela eterna busca da
perfeição;
Ao Dr. Arnaldo pelo auxílio na confecção do modelo mestre e moldeiras;
À Faculdade de odontologia da UFMG em especial ao Prof. João Maurício e ao Bruno que
disponibilizaram o laboratório para execução desse trabalho;
À Mariângela, Toninha, Marli, Cris, Lu, Silvana, Angélica e demais funcionários pela
prestatividade a todo momento;
E a todos mais que direta ou indiretamente ajudaram no desenvolvimento do trabalho, ficam meus
sinceros agradecimentos.
RESUMO
O objetivo desse estudo experimental foi de comparar cinco diferentes técnicas diretas de
moldagem (n=5): grupo 1-transferentes separados, grupo 2-transferentes unidos com resina acrílica,
grupo 3-transferentes unidos com resina acrílica, segmentados e unidos novamente com resina
acrílica, grupo 4-transferentes revestidos com o adesivo da material de moldagem e grupo 5-
transferentes unidos com resina acrílica, separados e unidos novamente com cianoacrilato e com um
tubo de látex sobre análogo de forma a proporcionar um duplo vazamento de gesso. Para tanto, foi
fabricada uma matriz em resina acrílica onde foram fixados quatro análogos de implantes com
plataforma 4.1 mm em hexágono externo. Os implantes foram moldados, utilizando-se de moldeira
individualizada, em acrílico, e poliéter. No total 25 modelos com 100 medições. Todas as medições
foram feitas utilizando-se um Microscópio Comparador. As desadaptações médias medidas foram:
6.42 µm para o grupo 1, 11.53 µm no grupo 2, no grupo 3 foi de 7.03 µm e nos grupos 4 e 5, 5.12 e
6.10 µm, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente relevante entre os grupos com
transferentes unidos e não unidos. Os piores resultados foram mostrados pelo grupo 2.
Palavras-chave: implante dentário; técnica de moldagem odontológica; modelos odontológicos.
ABSTRACT
The purpose of this study was to compare 5 different direct impression techiniques (n=5): group 1-
separeted impression copings, group 2-impression copings splinted with acrylic resin, group 3-
impression copings were splinted with acrilic resin, sectioned, and joined together with acrylic resin
, group 4-impression copings coated with the manufacturer-recommended impression adhesive and
group 5- impression copings were splinted with acrylic resin, sectioned, and joined together with
cyanoacrilate and with a latex tube fitted onto each analog so that a double pouring technique could
be possible. Thus, a acrylic resin matrix was fabricated, where four 4.1 plataform implant analogs
were fixed. The implants impressions were performed with the use of a custom acrylic resin
impression tray and polyether. 5 groups were formed with 5 casts each. A total of 25 models with
100 gaps (1 per implant). All the measurements were made with the use of a travelling microscope.
The mean gaps measured were: 6.42 µm for group 1, 11.53 µm in group 2, in group 3 it was 7.03
µm and in groups 4 and 5, 5.12 e 6.10 µm, respectively. There was no statistic relevant difference
among the splinted and unsplinted groups. The worst results were shown by group 2.
Key-words: dental implantation; dental impression technique; dental models.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Confecções das perfurações..............................................................................................46
Figura 2 – Fixação dos implantes.......................................................................................................46
Figura 3 – Modelo pronto...................................................................................................................46
Figura 4 – Implante de 2mm acima do modelo..................................................................................46
Figura 5 – UCLA´s em posição..........................................................................................................47
Figura 6 – Matriz................................................................................................................................47
Figura 7 – Transferentes separados....................................................................................................48
Figura 8 – União com metilmetacrilato..............................................................................................48
Figura 9 – Separação da barra acrílica...............................................................................................48
Figura 10 – União na técnica do pincel..............................................................................................48
Figura 11 – Revestimento com adesivo..............................................................................................48
Figura 12 – União com cianoacrilato.................................................................................................48
Figura 13 – Tubos de látex sobre os análogos....................................................................................49
Figura 14 – Modelo após o primeiro vazamento de gesso.................................................................49
Gráfico 1 – Resultados dos grupos.....................................................................................................51
LISTA DE TABELAS
1. Resultados Fenton et al. (1991)..............................................................................................18
2. Resultados dos grupos............................................................................................................51
LISTA DE ABREVIATURAS
µm – Micrometro
g – Gramas
ml – mililitros
mm – Milímetro
LISTA DE ARTIGOS
Ao término desta pesquisa, foi possível elaborar as seguintes propostas de artigos, que
serão encaminhadas para publicação no Journal of Oral and Maxillofacial Implants:
I. Análise comparativa de cinco diferentes técnicas de moldagem em prótese sobre implante.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO GERAL.................................................................................................................12
OBJETIVOS DO ESTUDO ............................................................................................................14
Objetivo Geral:.................................................................................................................................14
Objetivos específicos:.......................................................................................................................14
MATERIAIS E MÉTODOS ...........................................................................................................36
Características específicas dos grupos ...........................................................................................39
REFERÊNCIAS...............................................................................................................................41
ANEXO.............................................................................................................................................44
ARTIGO ...........................................................................................................................................44
Introdução.........................................................................................................................................44
Materiais e Métodos.........................................................................................................................45
Resultados.........................................................................................................................................50
Discussão...........................................................................................................................................52
Conclusões.........................................................................................................................................54
Referências........................................................................................................................................55
12
INTRODUÇÃO GERAL
O sucesso a longo prazo da reabilitação oral com o uso de implantes osseointegráveis é
diretamente dependente de diversos fatores inerentes ao processo cirúrgico, assim como de fatores
relacionados à confecção da prótese. Dentre os fatores relativos à etapa protética, tem uma
importância fundamental a adaptação da estrutura da prótese ao respectivo implante ou
intermediário. Ao contrário dos dentes que têm o ligamento periodontal interpondo-os ao osso, os
implantes não toleram movimentos para sua adaptação à demanda da estrutura metálica da prótese.
Os principais objetivos das técnicas protéticas atuais para a fabricação de modelos de trabalho é
posicionar os análogos da mesma forma que estão os implantes ou intermediários na boca e fabricar
uma prótese que se adapte passivamente (LORENZONI et al.,2000). Falhas na produção de uma
adaptação passiva podem resultar na geração de estresses consideráveis na prótese, no implante e na
matriz óssea (VIGOLO et al., 2003) quando a estrutura é conectada aos intermediários o que pode
provocar complicações e falhas mecânicas (HERBST et al., 2000).
O primeiro passo para se produzir uma prótese que se adapte passivamente é a
reprodução da relação intra-oral dos implantes. No entanto, é importante se considerar que a
exatidão desses modelos depende diretamente de múltiplas manipulações técnicas e da precisão dos
diversos materiais utilizados nesse processo (CARR e MASTER, 1996).
Basicamente dois diferentes grupos de técnicas estão envolvidos na transferência da
posição dos implantes da boca para o modelo de trabalho: as técnicas diretas (“moldeira aberta”) e
as indiretas (“moldeira fechada”). Sendo assim, não somente existe um grande número de técnicas
de moldagem, mas também uma grande variedade de componentes protéticos, assim como de
diferentes técnicas para cada um desses componentes (ASSUNÇÃO et al., 2004).
13
Embora o desejo de se atingir uma adaptação passiva seja entendido, a realidade de
atingi-lo previsivelmente não é possível, mesmo para os operadores mais experientes (CARR e
MASTER, 1996). A tecnologia atual para a fabricação das próteses reconhece que reconstruções
imperfeitas são uma realidade (LORENZONI et al.,2000). Embora a adaptação passiva das próteses
suportadas por vários implantes aos respectivos intermediários não parece atingível, ainda está
obscuro qual grau de desadaptação da prótese levará a complicações. Por essa razão, procedimentos
precisos e meticulosos são recomendados com o objetivo de se atingir a melhor adaptação possível
(WEE, 2000).
14
OBJETIVOS DO ESTUDO
Objetivo Geral:
Fazer uma análise comparativa da precisão de cinco diferentes cnicas de transferência em
prótese sobre implante na técnica da moldeira aberta (transferentes separados, transferentes
unidos com resina acrílica, transferentes unidos com resina acrílica, segmentados e unidos
novamente com resina acrílica, transferentes revestidos com o adesivo do material de
moldagem e transferentes unidos com resina acrílica, segmentados, unidos novamente com
cianoacrilato e com um tubo de látex sobre o análogo de forma a proporcionar um duplo
vazamento de gesso).
Objetivos específicos:
Determinar entre as técnicas avaliadas, a de maior fidelidade;
Avaliar se a união dos transferentes influencia na precisão da moldagem.
15
REVISÃO DE LITERATURA
Ao se fabricar uma sobre-estrutura para prótese sobre-implante, o objetivo primário é
conseguir uma prótese que se adapte passivamente, relataram Spector et al. (1990). Com base nisso,
os autores realizaram um estudo comparativo de três diferentes técnicas de transferência: I-
transferentes unidos com resina acrílica e fio dental e removidos com material de moldagem a base
de polissulfeto (Permlastic, Kerr, Romulus, EUA), II- transferentes cônicos separados e removidos
com silicone de reação por adição (Reprosil, L. D. Caulk, Milford, EUA) e III- transferentes
cônicos separados e removidos com silicone de reação por condensação (Optpsil/Xantopren,
Unitek, Monrovia, EUA). Para tanto foi fabricado um modelo com 6 implantes e 5 moldes foram
obtidos em cada técnica. Foram determinadas 5 distâncias no modelo (D1, D2, D3, D4 e D5) e para
cada uma dessas distâncias 3 eixos (x, y e z) que serviram como referência para as medições. As
aferições das distorções foram feitas com o auxílio de um micrômetro com magnificação de 40x e
os resultados analisados por um programa de computador especificamente desenvolvido para esse
estudo. Segundo os autores, distorções mensuráveis (média de variação para os eixos x e y
variaram de 0.02 a 0.18mm e para o eixo z foi de 0.085mm) resultaram da transferência da posição
dos implantes nas três técnicas estudadas. A magnitude dessas distorções foi similar nas três
técnicas. Embora os erros medidos sejam relativamente pequenos, esse estudo demonstrou o
potencial de distorção com as técnicas utilizadas nesse estudo.
Mojon et al. (1990) realizaram um estudo para avaliação da contração de polimerização
de resinas acrílicas. No estudo, foram utilizadas 2 resinas auto-polimerizáveis: Duralay (Reliance
Dental Mfg. Co., Worth, EUA) e Palavit G (Kulzer Co., Bad Homburg, Aleamanha). Uma mistura
padrão foi desenvolvida para cada resina a fim de produzir uma consistência que fosse manuseável
após 45 minutos da mistura. Para avaliar a influência da proporção pó/líquido na mudança
16
dimensional, duas outras proporções também foram testadas para cada resina. Isso foi feito variando
a quantidade de líquido enquanto o peso do pó era constante. Foram conduzidos 2 tipos de teste: no
primeiro medições eram feitas com um dilatômetro e finalizadas 17 minutos após a mistura. As
leituras começaram 2 minutos após o inicio da mistura e continuaram por 15 minutos. O
experimento foi repetido 5 ou 6 vezes. Para o segundo teste um transdutor gravava as mudanças
lineares a partir de 17 minutos até 24 horas ou mais após a mistura. Um gravador gráfico foi
conectado ao amplificador do transdutor. Foram produzidas dez amostras cilíndricas de 8mm de
comprimento e 6 de diâmetro com cada material. O teste começou com 17 minutos, uma vez que as
resinas não estavam duras o suficiente antes deste tempo para prevenir tensões devido à
manipulação e foram conduzidos por 24 horas. Para relacionar os dois experimentos, uma fórmula
matemática que transforma contração linear em volumétrica foi usada. Através dos resultados, os
autores concluíram que essas resinas acrílicas têm uma contração de polimerização de 6,5 a 7,9%.
Também concluíram que, em temperatura ambiente, 80% da mudança dimensional do acrílico
acontece antes de 17 minutos e que, alterando a proporção pó/líquido através da adição de mais
liquido, aumenta significativamente a contração.
Em 1991, Carr relatou que o principal objetivo das técnicas de confecção de modelos
para prótese sobre implante é relacionar os análogos da mesma forma que os implantes ou
intermediários estão na boca. O autor fabricou um modelo de gesso com 5 implantes na região
anterior da mandíbula com ângulos de divergência menores que 15º. Foram comparadas as técnicas
direta (moldeira aberta) e indireta (moldeira fechada) com uso de material de moldagem a base de
poliéter. O método direto gerou os melhores resultados. A imprecisão, vista no método indireto,
parece estar ligada com o relacionamento dos intermediários sem paralelismo e aparente
deformação do material de moldagem.
17
Carr e Sokol (1991) realizaram um estudo para comparar as cnicas de moldagem
direta (moldeira aberta) e indireta (moldeira fechada) em pacientes parcialmente edêntulos (dois
implantes paralelos na região posterior). Uma estrutura metálica foi utilizada para fazer as medições
através do aparafusamento ao implante anterior. Foram colocas 4 esferas de 1,57 mm de aço na
estrutura metálica (2 linguais e 2 vestibulares). O modelo mestre também recebeu 4 esferas em
posições correspondentes às colocadas na estrutura metálica e estas foram transferidas pelas
moldagens (Caulk Polygel) permitindo-se fazer 4 medições entre os pares de esferas. Nove modelos
foram produzidos em cada técnica e os dados obtidos através de um microscópio adaptado com um
micrômetro (DaBreo & Herman). Uma análise de variância comparou a precisão dos dois grupos
em relação ao modelo mestre. Enquanto 3 dos 4 valores favoreceu o método direto, somente 2
desses foram significativamente diferentes. A média absoluta observada foi: indireta 0,7 mm e
direta 0,2 mm. Sob as condições desse estudo, não evidência convincente de que uma técnica é
mais precisa que a outra no modelo testado.
Fenton et al. (1991), compararam diferentes técnicas de moldagem em implantodontia.
O estudo comparou a precisão de modelos produzidos a partir de 4 diferentes técnicas. Uma
estrutura metálica foi produzida e então foi confeccionado um modelo metálico de uma mandíbula
com cinco implantes para se adaptar a essa estrutura. Foram feitos 15 moldagens do modelo mestre
com cada uma das 4 diferentes técnicas de transferência. A adaptação da estrutura metálica a cada
modelo foi analisada primeiramente manualmente. Então a diferença entre a adaptação passiva e a
adaptação com o parafuso apertado foi medida com um microscópio comparador a uma
magnificação de 30x. Os resultados estão dispostos na Tabela 1:
18
TABELA 1: Resultados Fenton et al. (1991)
Método
(N=15) modelos mal
adaptados
Desadaptação
(desvio padrão - µm)
Esplintagem com acrílico + alginato 0 4.17 (1.76)
Esplintagem com acrílico + poliéter 0 4.17 (1.83)
Somente poliéter 4 11.0 (4.41)
Transferente cônico + silicone de
adição
8 21.6 (18.57)
A análise manual teve uma correlação direta com a medição das desadaptações. Quando
o acrílico foi usado para unir os transferentes durante a moldagem, todos os modelos foram
aceitáveis e bem mais precisos que os melhores modelos dos outros grupos.
Também em 1991, Rodney et al., publicaram o resumo de um estudo onde foi avaliada
a precisão de duas técnicas de moldagem: direta (moldeira aberta) e indireta (moldeira fechada). Foi
fabricado um modelo onde foram fixados dois análogos com resina epóxica. Foram fabricadas
moldeiras em acrílico e feitas 12 moldagens com cada uma das cnicas. As medições foram feitas
diretamente nas moldagens com o uso de um microscópio. Os resultados mostraram que a dimensão
média entre as réplicas dos intermediários era de 0,6758 polegadas com um possível erro de medida
de 0,0002 polegadas. As medidas entre os intermediários cônicos tiveram uma média de 0,6808
polegadas com um desvio padrão de 0,0023 e os transferentes quadrados tiveram uma média de
0,6778 polegadas com um desvio padrão de 0,0017. A análise estatística mostrou que os
intermediários quadrados foram significativamente mais precisos que os cônicos em um nível de
precisão de 95%. Para as moldagens em implante, o sistema com transferentes quadrados foi
dimensionalmente mais preciso que o com transferentes cônicos.
Assif et al. (1992) realizaram um estudo onde compararam 4 diferentes técnicas de
moldagem: Grupo 1 transferentes quadrados unidos com resina acrílica e moldagem com moldeira
metálica e alginato (Jeltrade, Caulk/Dentsply), Grupo 2 transferentes quadrados unidos com resina
acrílica e moldagem com moldeira plástica e material a base de poliéter (Polygel, Caulk/Dentsply),
Fonte: autor Fenton et al. 1991
19
Grupo 3 transferentes quadrados sem união e material a base de poliéter (Polygel, Caulk/Dentsply)
e Grupo 4 transferentes cônicos e material de moldagem a base de polivinilsiloxano (Reprosil, De
Trey/Dentsply). Para tanto, um modelo de gesso com 5 implantes foi produzido e então uma barra
metálica confeccionada para esse modelo. Um bloco de alumínio foi então torneado ao formato de
uma mandíbula, 5 análogos foram aparafusados na barra e então fixados ao modelo com resina
époxica. A avaliação dos modelos foi feita através de duas técnicas: clinicamente onde a barra era
colocada sobre cada modelo e pressão digital alternada foi aplicada no topo dela, na área dos 5
implantes, na tentativa de criar qualquer movimento que pudesse ser detectado tanto a olho nu como
por uma ligeira pressão digital. As análises foram feitas por duas pessoas em momentos distintos e a
classificação usada para a possível adaptação foi sim, não e talvez quando os pontos de vista dos
pesquisadores eram confrontantes. A outra forma foi a avaliação visual através de um microscópio
(TM-201, Mitutoyo Mfg) com micrômetro. Um parafuso era colocado no implante central e a
distância entre a plataforma do implante e a barra era medida (“adaptação frouxa”). Após, um
parafuso era apertado nesse implante e a distância era mais uma vez medida (“adaptação apertada”).
O parafuso foi removido desse implante e aparafusado no da extrema direita. A diferença dessas
duas medidas determinou a discrepância que existia devido à moldagem. Os resultados clínicos
mostraram que quando os transferentes eram esplintados com resina acrílica todos os modelos se
adaptaram à barra o que não ocorreu nos outros grupos. Da mesma for ma ocorreu com os
resultados visuais que tiveram uma média de adaptação de 4,17
µm para os grupos 1 e 2 e de 11 e
21,6 µm para os grupos 3 e 4 respectivamente.
Ainda em 1992, Ness et al. realizaram um estudo comparativo de três diferentes resinas
utilizadas na fabricação das barras para próteses implanto-suportadas: Relate acrylic resin (Parkell,
Farmingdale, EUA), GC Pattern resin (GC Int Corp., Scosssdale, EUA) e Duralay (Loctite Corp.,
Cleveland, EUA). Para tanto, foi fabricado um modelo em resina acrílica onde foram fixados 5
20
implantes. Os implantes tiveram cilindros de ouro aparafusados sobre eles. Esses cilindros foram
modificados fazendo perfurações de 1/32 polegadas de diâmetro a 1 mm da interface com o
implante. Bússolas de aço (7.0mm; Alvin Co, Windsor, EUA) foram coladas nessas perfurações, se
tornando então os pontos de medição através da determinação das coordenadas X, Y e Z desses
pontos. As medições foram feitas antes da fabricação dos padrões, com os cilindros nos seus
respectivos intermediários e após a fabricação dos padrões (24 horas após), quando foram
removidos dos modelos e fixados no gabarito, previamente fabricado, e novas aferições foram
feitas. Os padrões tiveram suas dimensões padronizadas através da fabricação de um molde de
silicone utilizado para confecção de todos os padrões. Um programa de computador especialmente
desenvolvido para o estudo foi utilizado para relacionar as coordenadas iniciais e finais dos três
pontos de medição de cada cilindro. Essa comparação permitiu a computação do deslocamento nos
planos X, Y e Z. De posse dos resultados, os autores concluíram que: A resina Relate exibiu a
menor variação das três resinas estudadas, apesar de todas as resinas terem causado deslocamento
dos cilindros. Isso pode ser atribuído à diferença entre vinil-etil-metaclilato e metil-metacrilato. Em
relação à diminuição da largura do arco, GC Pattern e Relate produziram deslocamentos
significativamente menores que o Duralay. para a diminuição da altura a única diferença
significativa foi em relação ao Relate e Duralay.
Hsu et al. (1993) fabricaram um modelo metálico com 4 implantes e sobre os quais 4
intermediários standard. Os implantes foram posicionados 2 posteriormente (A e D) e 2
anteriormente (B e C) e as distâncias entre eles precisamente medidas assim como a distância da
base dos intermediários ao topo. Foram testadas 4 técnicas diretas de transferência (moldeira
aberta): sem esplintagem dos transferentes, transferentes unidos com resina acrílica, transferentes
unidos com fio ortodôntico e resina acrílica e transferentes unidos com barras de resina acrílica e
resina acrílica. Todas as uniões com resina acrílica foram feitas no nimo 20 minutos antes das
21
moldagens. Cada técnica de moldagem foi repetida 14 vezes, sendo formados dois grupos iguais
numericamente (7) para cada uma das 4 diferentes técnicas de confecção dos modelos. Esses 8
grupos de 7 moldagens, formaram dois grandes grupos também iguais numericamente que foram
vazados em gesso através de duas diferentes técnicas: técnica convencional e o sistema Zeiser
(Giraback Dental, Santa Rosa, Califórnia, EUA) onde o vazamento do modelo é feito em uma
matriz que fornece um modelo segmentado e não sólido como na técnica convencional. As
medições foram feitas com o auxilio de um projetor de perfil (Nikon, Tóquio, Japão) de duas
formas: horizontal (A-D e B-C) e vertical (base até o topo dos intermediários). Com os resultados
encontrados, os autores concluíram que não houve diferença na precisão da moldagem entre a
técnica não esplintada e as esplintadas. A esplintagem por si parece ter pouca ou nenhuma
influência nos resultados. Pode ser que um material de moldagem como o poliéter (Impregum®,
3M ESPE, Medizin, Alemanha), usado nesse estudo, tenha propriedades que se adaptem de forma
ideal à transferência em prótese sobre-implante. Sendo assim ele deve promover uma rigidez
suficiente para prevenir a rotação dos transferentes durante o aparafusamento dos análogos. Em
relação ao sistema Zeiser, foi possível verificar que houve menores alterações na distância entre os
intermediários posteriores quando comparado à técnica convencional.
Inturregui et al. (1993) confeccionaram uma estrutura metálica a qual serviu de base
para fabricação do modelo mestre assegurando uma adaptação precisa. Os autores testaram 3
diferentes cnicas de moldagem: técnica 1 transferentes quadrados com material de moldagem a
base de poliéter (Impregum®, 3M ESPE, Medizin, Alemanha), técnica 2 inicialmente foi feita
uma moldagem com Impregum, o material foi removido da área da janela e ao redor dos
transferentes quadrados. Em seguida a moldagem foi novamente colocada no modelo mestre e a
transferência do relacionamento dos transferentes foi feita com gesso para moldagem (Snow White
Impression Plaster No. 2, Kerr Mfg. Co., Emeryville, EUA) e técnica 3 onde resina acrílica
22
(Duralay, Reliance Dental Mfg. Co., Worth, EUA) foi utilizada para unir os transferentes quadrados
rigidamente antes da moldagem com Impregum. A resina teve um tempo de presa de 15 minutos,
sendo seccionada posteriormente e novamente unida com resina acrílica. Foram realizadas 30
moldagens sendo 10 em cada técnica. Dois aparelhos medidores de tensão (Micro-Measurements
Division, Measurements Group Inc., Raleigh, EUA) foram utilizados para análise das possíveis
alterações. A estrutura metálica parecida se adaptar passivamente a cada um dos modelos, sem
qualquer discrepância observável entre esta estrutura e os análogos. No entanto, tensões
mensuráveis foram produzidas com todas as 3 técnicas de moldagem. As amostras feitas na técnica
1 produziram médias de tensões similares ao modelo mestre tanto no plano vertical quanto no
horizontal e estatisticamente diferentes das outras duas técnicas de moldagem. Em adição às tensões
aumentadas produzidas nas técnicas 2 e 3, a direção das tensões foi diferente para esses grupos com
relação a técnica 1. As tensões aumentadas e as mudanças na direção das tensões nestas técnicas
foram, provavelmente, o resultado de uma combinação de fatores. A expansão do gesso na técnica
2, a contração de polimerização na técnica 3 e a fixação rígida dos transferentes quadrados nas
técnicas 2 e 3 podem ter alterado a expansão do gesso e, desta forma, terem distorcido o
relacionamento inter-intermediários daquele visto no modelo mestre. Segundo os autores, parece
não haver qualquer vantagem clínica na esplintagem dos transferentes com resina acrílica ou gesso,
porque o poliéter sozinho demonstrou os menores valores de tensão quando comparados aos valores
do modelo mestre. Por isso, o uso de um material de moldagem elastomérico rígido, sozinho, deve
simplificar os procedimentos de moldagem e reduzir o tempo clínico.
Um dos maiores objetivos na construção de próteses sobre implante, segundo Assif et
al. (1994), é a produção infra-estruturas que exibem uma adaptação passiva quando conectada a
múltiplos intermediários. Esse padrão de adaptação é requerido por causa da relação única
apresentada pelo conjunto implante-osso e pela distribuição ideal do estresse proveniente da
23
conexão com a sobre estrutura. Um requisito primordial para assegurar uma adaptação passiva é
fazer uma moldagem precisa. A técnica de transferência com união dos transferentes requer o uso
de procedimentos intra bucais complexos e de grande demanda de tempo. Os transferentes são
conectados com fio-dental, que serve como matriz para futura adição do acrílico. Relativamente,
grandes quantidades de resina são utilizadas para a união e isso pode levar a uma significante
contração da resina durante a presa e, subsequentemente moldagens inapropriadas. Em adição, a
manipulação destes materiais torna-se difícil quando se têm vários implantes ou se estes estão
situados em áreas de difícil acesso.
Segundo Shiau et al. (1994) é sabido que a adaptação passiva entre os implantes e as
estruturas das próteses é crítica para o sucesso a longo prazo dos trabalhos com implantes. Nesse
sentido, os autores desenvolveram uma nova técnica de moldagem que consiste de: coloca-se os
transferentes em boca, em seguida procede-se a união com resina acrílica e após uma moldagem
com alginato. Nesse primeiro modelo é confeccionada uma moldeira individual. Os transferentes
são segmentados e voltam para boca onde são novamente unidos. São removidos todos os
parafusos, ficando somente o de uma das extremidades e então é verificada a adaptação dos
demais transferentes. O procedimento é repetido, da mesma forma, na outra extremidade. Feito isso
então, os transferentes são novamente removidos, análogos são aparafusados neles e o gesso é
vazado obtendo-se um index em gesso. Coloca-se novamente os transferentes unidos em boca e
procede-se a moldagem para confecção do modelo de trabalho. No entanto, antes do vazamento
com gesso, o index é aparafusado na moldagem para se fazer a checagem da precisão da moldagem.
Phillips et al. (1994) realizaram um estudo comparativo de 3 diferentes técnicas de
moldagem: transferentes cônicos, transferentes quadrados separados e transferentes quadrados
unidos com resina acrílica. Para tanto foi utilizado um modelo em resina acrílica (Ivocap, Ivoclar-
Williams, Buffalo, EUA) com cinco implantes fixados com uma angulação de 10
o
para vestibular.
24
Cinco componentes de distorção foram medidos para cada um dos 5 intermediários fixados nos
implantes: translação nos eixos x, y e z e rotação nos eixos x e y. O grupo controle foi formado pelo
posicionamento dos intermediários no modelo mestre, ao passo que os grupos teste (5 em cada
técnica) eram o posicionamento dos intermediários no material de moldagem, eliminando dessa
forma os efeitos da distorção do gesso. Todas as medições foram feitas usando uma máquina de
medir coordenadas Xcel7.6.5 (Browne e Sharpe, North Kingston, EUA), capaz de localizar pontos
no espaço com uma acuidade de até 0.001 mm. Os resultados desse estudo mostraram que os
grupos com transferentes quadrados se apresentaram bastante diferentes do cônico. Essa diferença
pode ser diretamente relacionada ao desenho do transferente e a forma de uso. Para o transferente
cônico, existem variáveis como a distorção do material de moldagem durante sua remoção e
também a necessidade de recolocação do transferente na moldagem. Através desses resultados, os
autores concluíram que os transferentes quadrados separados e unidos com resina acrílica
apresentaram moldagens de transferência mais precisas.
Carr e Master (1996), compararam duas técnicas de moldagem em prótese sobre
implante: transferentes com extensão metálica unilateral unidos com resina acrílica e uma técnica
chamada de “verificação” onde uma estrutura metálica fundida e segmentada era unida com acrílico
no modelo mestre e tinha os análogos aparafusados e o gesso vazado. Para tanto os autores
fabricaram um modelo com 4 implantes com divergência maior que 15º . Um grupo com 7 modelos
foi formado para cada técnica. Nos modelos obtidos, uma esfera era colocada sobre cada
intermediário e esses modelos foram levados ao microscópio onde as distâncias do centro das
esferas era medido. Os resultados obtidos mostraram que o grupo da moldagem (41
µm) teve um
resultado superior ao grupo da “verificação” (57 µm). O principal objetivo desse achado segundo os
autores, é a diminuição do tempo e dos esforços requeridos para um modelo mais preciso
eliminando-se o procedimento de reorientação intra-oral da estrutura. Ainda segundo os autores as
25
diferenças nas distâncias resultantes das duas técnicas pode simplesmente ter sido causada pela
diferença na localização do acrílico relacionados aos implantes horizontal ou verticalmente, o que
criou diferenças de localização após liberação do estresse.
Ainda em 1996, Assif et al., realizaram um estudo em que compararam 3 diferentes
técnicas de transferência em prótese sobre-implante: G1-transferentes unidos com resina acrílica,
G2-transferentes sem qualquer esplintagem e G3-transferentes esplintados a uma moldeira de
acrílico também com resina acrílica. Para tanto, um modelo em gesso de uma mandíbula com 5
análogos de implantes foi construído. Para esse modelo foi confeccionada uma barra metálica que
serviu como base para a confecção do modelo mestre. Aparelhos medidores de tensão foram
utilizados para verificar as desadaptações. Os resultados desse estudo mostraram que os
transferentes esplintados uns aos outros com resina foram estatisticamente mais precisos que os não
esplintados e que os unidos às moldeiras. Embora um dos grupos possuísse os transferentes unidos
às moldeiras, os seus resultados não foram mais precisos estatisticamente que os resultados dos não
esplintados. O G1 mostrou uma adaptação superior, de toda forma, mesmo com o grupo exibindo
resultados superiores, a adaptação entre a sobre-estrutura e os intermediários não pôde ser descrita
como passiva.
Segundo Burawi et al. (1997), quando a sobre-estrutura para implantes é construída, o
objetivo primário é a construção de uma estrutura que se adapte precisa e passivamente aos
intermediários. A falha ao se tentar gerar uma adaptação adequada pode gerar estresse que leva à
falha da osseointegração dos implantes. Nesse sentido, os autores avaliaram a precisão de duas
diferentes técnicas de transferência de prótese sobre implante: transferentes esplintados com resina
acrílica e sem esplintagem. Para tanto foi fabricado um modelo em gesso tipo IV para reter 5
implantes Boni-lock®. Uma sobre-estrutura foi fundida em ouro e, posteriormente, seccionada em 4
lugares, unida com cianoacrilato e novamente soldada para garantir uma adaptação precisa.
26
Posteriormente a estrutura foi novamente seccionada entre os implantes e, após aparafusá-la nas
diferentes moldagens obtidas, medições foram feitas com auxílio de um microscópio ligado a um
processador de dados bidimensionais. As medições foram feitas em 3 diferentes pontos: 1. medição
superior para avaliar o posicionamento antero-posterior; 2. medição superior para avaliar o
posicionamento mésio-distal; 3. medição anterior para avaliar discrepâncias no plano vertical. Os
resultados mostraram que a técnica com esplintagem teve maiores discrepâncias em relação ao
modelo mestre quando comparado à técnica sem esplintagem.
Segundo Assif et al. (1999), uma desadaptação pode resultar no acúmulo de pré-carga e
estresse no complexo restaurador, causando problemas que vão desde o afrouxamento do parafuso
até perda da osseointegração. Desta forma, o objetivo é criar uma adaptação tão precisa quanto for
possível clinicamente para prevenir o acúmulo de estresse e tensões que podem resultar em cargas
fora de controle nos implantes através das sobre-estruturas. Segundo os autores, dentre os métodos
de moldagem apresentados na literatura os esplintados tem se mostrado os mais precisos. Sendo
assim, o objetivo deste estudo foi de comparar 3 técnicas utilizando transferentes unidos: A-
Transferentes unidos com resina acrílica e material de moldagem a base de poliéter (Impregum®,
3M ESPE, Medizin, Alemanha), B- transferentes unidos com resina acrílica dual (Accuset, EDS,
Hackensack, EUA) e como material de moldagem o Impregum e C- material de esplintagem e
moldagem foi o gesso para moldagem (Kerr Snow White Plaster No. 2, Romulus, EUA). Foram
feitas 5 moldagens em cada grupo e as desadaptações foram determinadas através da utilização de 4
aparelhos medidores de tensões. Os resultados determinaram que o grupo B teve resultado bem
inferior aos grupos A e C: a média medida no grupo B foi de 436.65 microstrains (valores absolutos
de microdeformação) enquanto dos grupos A e C foram 259.22 e 283.77 microstrains ,
respectivamente.
27
De acordo com Obeid et al. (1999) muito frequentemente, os materiais de moldagem
pesados são utilizados para manter rigidamente o relacionamento dos componentes de moldagem,
no entanto, os tecidos moles peri-implantares, podem facilmente serem distorcidos com tais
materiais. Com o intuito de resolver esse problema, os autores descreveram uma nova técnica de
moldagem. Uma moldagem preliminar foi feita onde os intermediários foram escolhidos e uma
moldeira individual foi confeccionada. A moldeira tinha uma espécie de reservatório localizado
acima dos transferentes com o intuito de promover a união dos transferentes à moldeira com o
mínimo de resina acrílica possível. Os transferentes foram unidos com resina acrílica no modelo,
separados (para minimizar os efeitos da contração da resina) e levados para boca onde foram
novamente unidos. O material de moldagem foi injetado abaixo dos transferentes esplintados, a
moldeira foi levada a boca e após esses passos resina acrílica foi injetada no reservatório unindo os
transferentes à moldeira.
Também em 1999, Gregory-Head e LaBarre descreveram uma técnica de moldagem de
dois passos para sobre-dentaduras retidas por implante. Primeiramente é feita uma moldagem
preliminar com hidrocolóide irreversível e uma moldeira individual é confeccionada. Na segunda
sessão é feita uma moldagem convencional com material de escolha do profissional e furos são
feitos na moldeira/moldagem na região dos transferentes de forma que a moldeira encaixe na boca,
com os transferentes em posição, passivamente e sem tocá-los. No último passo, é injetada resina
acrílica auto-polimerizável nos orifícios, de forma a unir os transferentes à moldeira e após a sua
presa, a moldeira é removida. Segundo os autores essa técnica vem solucionar problemas com a
esplintagem dos transferentes (devido à distância) e erros devido ao deslocamento dos transferentes.
Wee (2000) realizou um estudo com intuito de avaliar a quantidade de torque requerido
para rotacionar o transferente com diferentes materiais de moldagem e de comparar a precisão dos
modelos obtidos com os diferentes materiais para molde. Para tanto foi utilizado um modelo de
28
alumínio com 5 implantes. Foram realizadas 10 moldagens com cada um dos 3 materiais
selecionados: poliéter (viscosidade média). Silicone de reação por adição (viscosidade alta) e
polissulfeto (viscosidade média). Naturalmente, os valores médios de torque diferenciaram
significativamente entre os grupos, com maior torque identificado para o poliéter, seguido do
silicone de adição e depois do polissulfeto. Os modelos produzidos a partir de moldagens com
poliéter ou silicone de adição apresentaram significativamente menos erros que os modelos
produzidos a partir de moldagens com polissulfeto.
No ano de 2000, Herbst et al. confeccionaram um modelo metálico com 5 implantes
onde foram testadas 4 diferentes técnicas de moldagem em prótese sobre implante: técnica indireta
com transferentes separados e técnicas diretas com transferentes separados, unidos com acrílico e
com extensões retentivas unilaterais. Para tanto as moldagens foram feitas utilizando um silicone de
reação por adição da marca President® (Coltene, Alstätten, Suiça) e as medições foram feitas por
um microscópio (Reflex measurements Ltd, Londres, Inglaterra) diretamente ligado a um
computador que permite medições tridimensionais de objetos com formato irregular. Os resultados
do estudo mostraram que houve diferença estatística entre as técnicas em relação à distorção
durante a transferência. De acordo com os dados obtidos, parece que a esplintagem por si, tem
pouca ou nenhuma influência nos resultados obtidos e em relação à contração de polimerização, ela
não afetou as técnicas de transferência, pelo menos nas condições desse experimento. De frente aos
resultados os autores concluíram que a esplintagem dos transferentes é um procedimento que
demanda muito tempo e técnica, a precisão dimensional obtida por todos os modelos foi
excepcional para todas as técnicas de moldagem e, sendo assim, qualquer uma das técnicas desse
estudo pode ser selecionada para moldagem dos implantes.
Também em 2000, Lorenzoni et al. fizeram um trabalho com o intuito de avaliar 3
materiais de moldagem (hidrocolóide reversível, silicone de reação adição e poliéter) utilizando
29
técnicas indiretas ( transferentes com e sem cápsulas de transferência ). Foi produzido um modelo
com 8 implantes, 4 de cada lado sendo que do lado direito foram utilizados os cápsulas de
transferência e do lado esquerdo não. Para a avaliação dos resultados foi utilizada uma máquina de
medição 3D que avaliava a posição dos implantes em diferentes planos e tridimensionalmente. Os
resultados do estudo mostraram que não houve diferença entre o material poliéter e o silicone de
reação adição e ambos os grupos tiveram os melhores resultados com os cápsulas de transferência.
Por outro lado o hidrocolóide reversível mostrou resultados significativamente mais pobres devido
às características elásticas menos favoráveis.
Ainda em 2000 Vigolo et al. realizaram um estudo comparativo de duas técnicas de
moldagem em implantes unitários: grupo A - transferentes quadrados sem qualquer tipo de
alteração e grupo B - transferentes quadrados jateados com uma máquina de jateamento
(Dentalfarm, Torino, Itália) usando de óxido de alumínio de 50
µm a 2.5 atmosferas de pressão
para tornar a superfície externa rugosa e após foi coberta com o adesivo do Impregum (3M ESPE,
Medizin, Alemanha). Para tanto, os autores utilizaram de um modelo de resina (Blue Star Tipo E,
Breitschmid, Kriens, Suíça) do arco maxilar com um implante 3.75x10 mm (3i, Implant
Innovations, Inc, Palm Beach Gardens, EUA), posicionado na região de segundo pré-molar direito.
O primeiro molar distal ao implante e o primeiro pré-molar mesial ao implante foram cortados na
direção vestíbulo-palatal usando um disco diamantado para obter 2 planos de referência. Foram
feitas 20 moldagens em cada um dos grupos usando material a base de poliéter (Impregum, 3M
ESPE, Medizin, Alemanha). Os dois ângulos formados pelo plano do molar e o lado disto-palatal
do hexágono do implante e o plano do pré-molar e o lado mesio-palatal do hexágono do implante
no modelo de resina, e os 40 modelos dos grupos A e B, foram medidos com um projetor de perfil
(Nikon, Nippon Kogaku, Japão). Os resultados mostraram que ambos os grupos tiveram pequenas
médias de variações angulares relativa ao modelo de referência. Neste estudo, sugere que a
30
aplicação de adesivo nos transferentes melhora a precisão final dos modelos. O íntimo contato entre
o material de moldagem e os transferentes que resultaram da aplicação do adesivo parece reduzir a
liberdade de movimento rotacional dos transferentes dentro do material de moldagem durante as
fases clínica e laboratorial. Segundo os autores, é sensato sugerir que os resultados obtidos neste
estudo para implantes unitários podem ser estendidos para restaurações múltiplas.
De acordo com Dumbrigue et al. (2000), a transferência precisa da relação espacial dos
implantes da boca para os modelos de trabalho é um passo crítico para assegurar a precisão da
adaptação de próteses implanto-retidas. A ausência de passividade pode causar afrouxamento e
fratura dos parafusos de retenção. As distorções podem resultar de alterações dimensionais do
material de moldagem, assim como da movimentação dos transferentes no molde durante o
apertamento dos análogos. A esplintagem intra-oral dos transferentes tem sido recomendados para
preservar seu relacionamento espacial e minimizar os efeitos dos fatores pré relatados que podem
causar distorção. Assim sendo, os autores relataram uma técnica de esplintagem usando barras de
acrílico pré-fabricadas: primeiro mistura-se a resina acrílica (Resina Pattern, GC Corp., Tóquio,
Japão) e essa é imediatamente injetada dentro de um canudo de 3 mm de diâmetro. Deve-se esperar
24 horas para polimerização da resina e secciona-la em barras do tamanho do espaço entre os
transferentes. A união dessas barras com os transferentes é feita com acrílico na técnica do pincel.
Com isso, segundo os autores, o efeito da contração de polimerização da resina é minimizado.
Daoudi et al. (2001) realizaram um estudo comparativo de duas técnicas de
transferência para implantes unitários: técnica da moldeira fechada na cabeça do implante e
transferência de um coping plástico de moldagem conectado a um intermediário CeraOne® (Nobel
Biocare, Suécia). Como material de moldagem foram usados o poliéter (Impregum®, 3M ESPE,
Medizin, Alemanha) e o silicone de reação por adição (President®, Coltene, Alstätten, Suiça) para
as duas técnicas. Para tanto foi utilizado um modelo dentado de resina acrílica com ausência do
31
incisivo central direito que serviu de matriz para a produção de 40 modelos utilizados no estudo. As
variações nos modelos foram medidas usando um microscópio (Reflex measurements Ltd, Londres,
Inglaterra), que também computou 5 variáveis analíticas: posição antero-posterior, posição mesio-
distal e a rotação axial do coping no modelo obtido com sua posição no implante no modelo mestre.
Os resultados mostraram que a técnica com transferência do coping do intermediário é mais
previsível que a técnica com moldeira fechada e que não houve diferença entre os materiais
testados.
Segundo Sahin e Çehreli (2001), a adaptação passiva é um dos mais importantes pré-
requisitos para a manutenção da interface osso-implante. Para promover uma adaptação passiva ou
uma estrutura livre de tensões, a estrutura metálica deveria, teoricamente, não induzir qualquer
tensão nos componentes dos implantes e no osso, na ausência de uma carga externa. No entanto,
uma adaptação marginal aceitável da restauração não é sinal de que haja uma adaptação passiva.
Embora haja um consenso de que a desadaptação da estrutura cause respostas biológicas adversas, a
passividade clinicamente aceitável não foi determinada para as restaurações implanto-suportadas.
Os autores concluíram que estruturas metálicas com absoluta adaptação não foram conseguidas nas
últimas três décadas. Não um consenso, mas sim um grande número de sugestões relativas a um
nível aceitável de desadaptação. Os materiais e as técnicas utilizadas para fabricação de estruturas
metálicas não são precisas dimensionalmente e requerem mais pesquisas e desenvolvimento. A
obtenção de uma passividade não parece ser possível.
Como relatado por Nissan et al. (2002), as técnicas esplintadas têm ganhado
popularidade e têm provado ser um método preciso de se fazer moldagens. Os autores descreveram
uma técnica de moldagem para pacientes parcialmente edêntulos. Primeiramente faz-se uma
moldagem preliminar com alginato (Blueprint, Dentsply, Roma, Itália), depois é fabricada uma
moldeira individual com a área dos implantes isolada com resina acrílica e aberturas na moldeira
32
para passagem dos parafusos dos transferentes. A moldeira é então carregada com gesso de
moldagem (Snow-white plaster N 2, Kerr, Romulus, EUA) na área confinada aos implantes e com
hidrocolóide irreversível (Blueprint, Dentsply) no restante da moldeira. Posicionar a moldeira em
boca, esperar presa dos materiais e remove-la. O gesso para moldagem é utilizado tanto para
esplintar os transferentes quanto para fazer a moldagem da prótese sobre implante.
Ainda em 2002, Mirfazalian descreveu uma nova técnica para moldagem de próteses
múltiplas cimentadas. Após a seleção e instalação dos intermediários, duas marcas são feitas neles:
uma primeira para orientar a colocação do intermediário no implante correto e outra que começa no
topo do intermediário e vai até o ombro do implante para orientar a quantidade de torque dado.
Após uma moldagem convencional, os intermediários são removidos da boca e instalados em
análogos. Os conjuntos são adaptados na moldagem e o gesso é vazado. O ombro dos análogos é
marcado na mesma posição feita nos implantes, os intermediários são preparados e a prótese
confeccionada. Uma vez concluído o trabalho, os intermediários são adaptados em boca com
auxílio das marcas e o trabalho é ajustado em boca, se necessário, e cimentado.
Vigolo et al. (2003) afirmaram que várias cnicas de moldagem tem sido sugeridas
para se conseguir um modelo que assegure uma adaptação passiva nas próteses sobre-implante.
Com o intuito de avaliar três dessas técnicas: transferentes separados, unidos com acrílico (barra
pré-fabricada) e transferentes com a superfície jateada (rugosa) e com adesivo, os autores
confeccionaram um modelo com 6 implantes e intermediários standard e realizaram 15 moldagens
em cada uma das 3 técnicas avaliadas. As medições foram todas feitas por um mesmo operador com
o auxílio de um microscópio tipo projetor de perfil e de um template para determinar a adaptação
nos modelos. Os resultados mostraram que nenhum dos modelos do grupo com transferentes
separados apresentou uma adaptação passiva do template, no entanto, este pode ser assentado
passivamente sem qualquer instabilidade perceptível em todos os modelos dos outros dois grupos.
33
Esses resultados sugeriram que é de fundamental importância se evitar a movimentação dos
transferentes dentro do material de moldagem, pois ao desaparafusar os transferentes para remover
a moldagem da boca ou ao aparafusar os análogos na moldagem podemos causar pequenas
movimentações e desta forma influenciar na precisão da moldagem.
Um dos maiores problemas das próteses implanto-retidas, segundo Assunção et al.
(2004), tem relação com a precisão das moldagens. Isso é de fundamental importância na adaptação
prótese/implante. Desta forma, a moldagem desses componentes deve promover a transferência da
posição dos implantes da cavidade oral para os modelos. Neste estudo, os autores avaliaram 3
técnicas de moldagem: técnica indireta (moldeira fechada), transferentes sem união e transferentes
unidos com acrílico e 4 diferentes materiais de moldagem: silicone de reação por condensação
(Zetaplus/Oranwash®, (Zhermark, Rovigo, Itália), poliéter (Impregum®, 3M ESPE, Medizin,
Alemanha), polisulfeto (Permlastic®, Kerr Corp., Orange, EUA) e silicone de reação por adição
(Imprint II®, 3M Dental Products, St. Paul, EUA), formando ao final um total de 12 grupos. Foi
confeccionado um bloco metálico com 4 implantes posicionados em diferentes angulações (90, 80,
75 e 65º) e 5 moldagens foram realizadas em cada grupo. Todas as medições foram feitas por um
mesmo operador com o auxílio de um perfilômetro (Nikon, Tóquio, Japão). Os piores resultados
foram do Zetaplus/Oranwash e os melhores apresentados pelo Impregum e o Imprint II, estando o
Permlastic em um estágio intermediário. A técnica com os transferentes unidos com resina acrílica
foi o que apresentou os resultados mais homogêneos. No entanto, todos os grupos apresentaram
valores de desadaptações discrepantes ao grupo controle, com isso tem-se que a associação de
técnica e material para melhor precisão ainda é desconhecida.
Também em 2004, Naconecy et al. fabricaram um modelo em resina epóxica onde
foram fixados 5 análogos de intermediários standard com resina acrílica para estudar 3 técnicas de
transferência em prótese sobre implante: G1- transferentes unidos com barra metálica e resina
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acrílica, G2- transferentes separados e G3- técnica indireta (moldeira fechada). Para este modelo foi
confeccionada uma estrutura metálica em ouro, os análogos foram removidos, novos análogos
foram aparafusados na barra e fixados no modelo com resina epóxica. Foram obtidas 15 moldagens,
5 em cada técnica, e a partir daí os resultados foram avaliados com o auxílio de 16 aparelhos
medidores de tensão fixados na barra metálica aos pares em lados opostos formando 8 canais de
medição para medir a deformação de cada modelo. Os resultados desse estudo revelaram que
quando da comparação da técnica indireta versus a técnica direta esplintada, os achados mostraram
que o último grupo reproduziu a posição dos transferentes mais precisamente. Na técnica direta, a
manutenção dos transferentes na moldagem, deve ser a grande vantagem. A rotação do transferente
durante o aparafusamento do análogo também pode ocorrer na técnica direta sem esplintagem. Essa
pode ser uma razão para os resultados similares de distorção entre a técnica direta não esplintada e a
técnica indireta. Sendo assim, esse estudo mostrou que a esplintagem pode promover a estabilização
dos transferentes no momento do torque nos análogos e reduzir a liberdade rotacional em um
material de moldagem resiliente.
Cehreli e Akça (2006) realizaram um trabalho com intuito de comparar diferentes
técnicas de transferência. Para tanto, foi fabricado um modelo em alumínio com 4 implantes syn
Octa (Straumann®) . Foram realizadas 21 moldagens sendo 7 em cada uma das 3 diferentes
técnicas empregadas: técnica direta com Impregum® (3M ESPE, Medizin, Alemanha) indireta com
Impregum® e moldeira individual e indireta com silicone de reação por adição e moldeira de
estoque. Foram selecionados 2 modelos, randomicamente em cada grupo, para fabricação da
sobrestrutura e para reduzir a possibilidade de erros. Em cada modelo foram feitas 4 estruturas em
ouro: uma usando todos os implantes e outras 3 entre implantes adjacentes. As desadaptações foram
avaliadas com o auxílio de aparelhos medidores de tensão lineares. Todas as estruturas em todos os
modelos produziram desadaptação. As alterações nas amplitudes das tensões nas estruturas
35
fabricadas na técnica direta com poliéter foram maiores nas estruturas com 4 implantes. Em
contraste, gradientes comparáveis de tensão foram obtidos para estruturas com 2 implantes. Isso
implica que a característica de uma técnica de moldagem seja mais importante para próteses mais
extensas tendo menor impacto na adaptação de próteses mais curtas.
De acordo com Del’Acqua et al. (2008), a precisão de um modelo para tratamentos
utilizando implantes, depende do tipo de material e técnica de moldagem, precisão e técnica de
vazamento, dentre outros. Com intuito de avaliar esses elementos, os autores fabricaram um modelo
metálico com 4 análogos de intermediários tipo mini-pilar cônico fixados com resina acrílica. Sobre
esse modelo foi fabricado uma matriz com cilindros e barras de titânio. Os análogos foram então
removidos do modelo mestre e 4 novas réplicas foram aparafusadas com torque de 10N.cm na
matriz e fixados no modelo com resina epóxica (Araldite Professional 24h; Vantico, Taboão da
Serra, Brasil). Foram formados então 10 grupos com intuito de avaliar a técnica de transferência
(técnica indireta, direta separada e direta unida com resina acrílica) e de vazamento (convencional,
com tubo de látex e com análogos unidos) dos modelos com maior precisão. As moldagens foram
feitas com Impregum® (3M ESPE, Medizin, Alemanha) e as medições com auxílio de um software
(Leica Qwin; Leica Imaging Systems, Cambridge, Inglaterra) ligado a uma câmera. A partir dos
resultados obtidos, os autores concluíram que a melhor técnica de transferência foi utilizando
transferentes quadrados separados. E quanto à técnica de vazamento, ela não teve nenhum tipo de
influência quando foi utilizada a técnica com transferentes unidos, no entanto, tanto na técnica
indireta como na direta com os transferentes separados, a técnica de vazamento com tubos de látex
foi a mais precisa.
36
MATERIAIS E MÉTODOS
Um modelo de uma mandíbula com 4 análogos de implantes de plataforma 4.1 mm em
hexágono externo (Neodent, Curitiba, Brasil) foi confeccionado para servir como base para este
estudo. O modelo mestre foi confeccionado em resina acrílica (Jet, Clássico, Campo Limpo
Paulista, Brasil) e a união entre os análogos e esse modelo foi feita com cola de cianoacrilato (Super
Bonder, Henkel ltda, Itapevi, Brasil). As perfurações no modelo foram realizadas com um motor
conectado a um paralelômetro (Bio-art Equipamentos Odontológicos Ltda, São Carlos, Brasil) e
brocas cilíndricas (Neodent, Curitiba, Brasil) para preparo cirúrgico dos implantes. Todos os
orifícios, obtidos sob refrigeração, apresentaram-se com 4,3mm de diâmetro e de tal forma que a
plataforma do implante ficasse 2mm acima do modelo para facilitar a futura leitura dos resultados
no microscópio comparador (Mitutoyo TM 100, Mitutoyo, Japão).
Sobre os análogos fixados ao modelo-base foram fixados os transferentes. Realizou-se
então a confecção de um alívio em cera rosa em lâminas
(Wilson, Polidental, Cotia, Brasil). Foi
utilizado duas lâminas de cera para proporcionar um alivio (2,0mm) homogêneo em toda a
moldeira. Construiu-se uma moldeira mestre em resina acrílica de polimerização química na cor
transparente (Jet, Clássico, Campo Limpo Paulista, Brasil) que abrangia toda a área aliviada. Após
a polimerização, procedeu-se os acabamentos e polimento da moldeira com instrumentos rotatórios
abrasivos para uso em resina acrílica. Essa moldeira matriz foi moldada com silicone de reação por
condensação (Zetaplus/Oranwash Zermack, Badia Polezine, Rovigo, Itália). O molde assim obtido
foi preenchido com resina acrílica de polimerização química (Jet, Clássico, Campo Limpo Paulista,
Brasil), onde construiu-se 5 moldeiras individuais utilizadas no trabalho. Todas as moldeiras
possuíam na sua parte superior 4 janelas para passagem dos parafusos dos transferentes e 3
37
refererências de parada para padronização do posicionamento das moldeiras durante o ato de
moldagem.
Sobre o modelo mestre aparafusou-se 04 UCLAS rotacionais (Neodent, Curitiba,
Brasil), e com auxílio de um torquímetro (Neodent, Curitiba, Brasil) aplicou-se um torque de
10N.cm nos quatro componentes. Assim posicionados os componentes protéticos foram unidos
através de uma resina epóxica (Durepoxi, Henkel LTDA, Boituva, Brasil). A intenção foi de fazer a
fixação dos 04 UCLAS com a utilização de um material de pouca ou nenhuma alteração
dimensional durante e após a presa.
Os 04 UCLAS assim fixados seriam utilizados para, após as
transferências e obtenção dos modelos experimentais, pudessem novamente serem posicionados
sobre os modelos de gesso para avaliação ao microscópio das desadaptações entre o componente e a
plataforma. Esta matriz foi armazenada em ambiente seco e em temperatura ambiente até o
momento da sua utilização.
Os transferentes foram montados sobre o modelo mestre e procedeu-se então às
transferências dos mesmos de acordo com os seguintes grupos experimentais (n=5):
Grupo 1: transferentes separados
Grupo 2: transferentes unidos com fio dental e resina acrílica
Grupo 3: transferentes unidos com resina acrílica, separados e novamente
unidos com resina acrílica
Grupo 4: transferentes separados e com adesivo do material de moldagem
aplicado
Grupo 5: transferentes unidos com resina acrílica, separados, novamente unidos
com cola de cianoacrilato e com duplo vazamento de gesso.
Sobre a superfície interna e a 3mm da borda externa das moldeiras foi, com o auxílio de
um pincel, aplicado o adesivo recomendado pelo fabricante do material de moldagem. Aguardou-se
38
(15 min) para a evaporação do solvente. Os moldes foram obtidos num ambiente com uma
temperatura de (23±2ºC) e com uma umidade relativa do ar de 50% ± 10%. O material de
moldagem utilizado para todas as moldagens realizadas foi o poliéter IMPREGUM Soft na
consistência média (3M ESPE, Seefeld, Alemanha), proporcionado e manipulado de acordo com
instruções do fabricante. As moldeiras foram carregadas com material e o mesmo foi injetado com
seringa ao redor dos análogos, seguido do imediato posicionamento da moldeira no modelo mestre.
Uma ligeira pressão foi feita na moldeira até que as referências de parada tocassem a base do
modelo mestre.
O material de modelo vertido sobre o molde foi o gesso densita tipo IV (Herostone,
Vigodent, Rio de Janeiro, Brasil) a uma proporção A/P recomendada pelo fabricante de 100g de
para 22 ml de água. Todos os modelos foram vazados com uma quantidade de (110g) pesada em
balança de precisão (AG 200, Gehaka, São Paulo, Brasil). O gesso foi misturado com espatulação
manual por 1 minuto com 22ml de água proporcionados através de seringa plástica descartável.
Utilizou-se o recurso de um vibrador odontológico (VH Equipamentos Odontológicos, Araraquara,
Brasil) para verter o gesso no molde. Aguardou-se 2 horas para remoção do modelo do molde.
Verificou-se a qualidade do modelo no que tange a presença de bolhas e imperfeições. Se algum
defeito fosse visualizado o modelo era descartado.
A correta adaptação dos análogos foi verificada visualmente tanto nas moldagens
quanto nos modelos, assim como com o uso de uma sonda (nº 5, Duflex-SS White, Rio de Janeiro,
Brasil). Foram feitas 5 moldagens para cada técnica.
39
Características específicas dos grupos
No grupo 1 foram utilizados 4 transferentes separados. Como em todos os grupos, os
parafusos dos transferentes receberam um torque de 10N.cm comz a utilização de um torquímetro e
foram desparafusados dos análogos antes da remoção das moldagens.
Para o grupo 2, foi utilizado um fio dental
(Sanifill, Rio de Janeiro, Brasil) para a união
dos transferentes e para facilitar o uso da resina acrílica (Duralay, Relianca Dental Mfg. Co., Worth,
EUA) colocada sobre o fio até que todos os transferentes fossem unidos com esse acrílico.
O grupo 3 passou por todos os passos em que foi submetido o grupo 2, mas previamente
ao vazamento do gesso, os análogos foram separados com o uso de um disco diamantado (Intensiv
AS, Grancia, Suíça) e unidos novamente com resina acrílica (Duralay, Relianca Dental Mfg. Co.,
Worth, EUA).
o grupo 4 teve todos os passos repetidos do grupo 1, no entanto previamente à
moldagem todos os transferentes receberam uma fina camada de adesivo recomendado pelo
fabricante do material de moldagem e após um período de 15 minutos procederam-se as moldagens
Por sua vez, o grupo 5 repetiu todos os passos do grupo 3, no entanto, ao invés de
termos a união da barra com a resina acrílica, essa foi feita com cola de cianoacrilato (Super
Bonder, Henkel ltda, Itapevi, Brasil) aplicado através da ponta de uma sonda exploradora (nº 5,
Duflex-SS White, Rio de Janeiro, Brasil).
Para os grupos 1, 2, 3 e 4 o vazamento foi feito de forma convencional preenchendo
todo o molde com gesso após 30 minutos do início da mistura do material de moldagem.
Para o grupo 5 em que foi utilizado um duplo vazamento de gesso nos modelos, os
análogos parafusados aos transferentes nas moldagens foram cobertos com pedaços de tubos de
látex de diâmetro interno de 4mm e externo de 8mm (Auriflex, São Roque, São Paulo, Brasil).
40
Após a adaptação dos tubos nos análogos procedeu-se o vazamento das moldagens da forma
convencional. Após uma espera de presa de 2 horas, os tubos de látex foram removidos. Uma
proporção de gesso tipo IV
(Herostone), de 6 ml de água para 25g de gesso foi misturada e, com
auxilio de uma sonda (nº 5, Duflex SS White, Rio de Janeiro, Brasil) e de um vibrador (Bio-art
Equipamentos Odontológicos Ltda, São Carlos, Brasil), foi depositada ao redor dos análogos.
As medidas das desadaptações foram feitas com o auxilio de um microscópio
comparador com aumento de 200x. Previamente a leitura das desadaptações o índex (UCLA/resina
epóxica) foi aparafusado no modelo e após receber um torque de 10 N.cm em cada parafuso
procederam-se as avaliações. As medições foram feitas no centro da superfície vestibular de cada
análogo dos implantes. Para cada implante 3 medidas foram feitas no mesmo ponto e anotadas para
posterior cálculo de média.
As desadaptações médias do modelo mestre foram obtidas da mesma forma em todos os
grupos.
Os dados obtidos foram organizados e submetidos a uma análise de Variância
(ANOVA) e Teste de Tukey.
41
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44
ANEXO
ARTIGO
ANÁLISE COMPARATIVA DE CINCO DIFERENTES TÉCNICAS DE MOLDAGEM EM
PRÓTESE SOBRE IMPLANTE
Comparative analysis of five different impression techniques in implant supported protheses
Frederico Lopes Ribas
1
, Wellington Corrêa Jansen
2
Resumo: O objetivo desse estudo experimental foi de comparar cinco diferentes técnicas diretas de
moldagem (n=5): grupo 1-transferentes separados, grupo 2-transferentes unidos com resina acrílica,
grupo 3-transferentes unidos com resina acrílica, segmentados e unidos novamente com resina
acrílica, grupo 4-transferentes revestidos com o adesivo da material de moldagem e grupo 5-
transferentes unidos com resina acrílica, separados e unidos novamente com cianoacrilato e com um
tubo de látex sobre análogo de forma a proporcionar um duplo vazamento de gesso. Para tanto, foi
fabricada uma matriz em resina acrílica onde foram fixados quatro análogos de implantes com
plataforma 4.1 mm em hexágono externo. Os implantes foram moldados, utilizando-se de moldeira
individualizada, em acrílico, e poliéter. No total 25 modelos com 100 medições. Todas as medições
foram feitas utilizando-se um Microscópio Comparador. As desadaptações médias medidas foram:
6.42 µm para o grupo 1, 11.53 µm no grupo 2, no grupo 3 foi de 7.03 µm e nos grupos 4 e 5, 5.12 e
6.10 µm, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente relevante entre os grupos com
transferentes unidos e não unidos. Os piores resultados foram mostrados pelo grupo 2.
Palavras-chaves: implante dentário; técnica de moldagem odontológica; modelos odontológicos.
INTRODUÇÃO
A obtenção de um modelo que seja fiel à situação clínica é um pré-requisito
fundamental para a fabricação de uma prótese precisa. A confecção desse modelo ideal tem levado
diversos pesquisadores
2,13,15,18,19,20,24,25,29
ao desenvolvimento de diferentes técnicas de moldagem
utilizando-se de diferentes materiais. As distorções dos modelos podem resultar de alterações
dimensionais nos materiais utilizados para moldagem, assim como da movimentação dos
transferentes dentro das moldagens durante o aparafusamento dos análogos
1,7,13
.
45
A esplintagem dos transferentes tem sido recomendada
1,2,4,7,13,24,31
para prevenir o mal
posicionamento dos análogo nos modelos e prevenir os efeitos danosos das tensões geradas por
próteses mal adaptadas que vão desde o afrouxameno e fratura do parafuso até a perda da
osseointegração
3,10,12,15,16,18,19,23,28,30
.
A maior parte das técnicas, descritas na literatura, utilizadas para unir os transferentes,
conta com a resina acrílica auto-polimerizável como o material de esplitagem. No entanto, esse
material tem uma contração de polimerização entre 6,5 e 7,9% nas primeiras 24 horas, com 80% da
contração ocorrendo nos primeiros 17 minutos
21
. Teoricamente, esse fato por si pode levar a
alterações dimensionais capazes de causar distorções consideráveis nos modelos.
Nesse sentido, esse trabalho tem como objetivo geral testar diferentes técnicas de moldagem em
prótese sobre implante e mais especificamente, determinar qual ou quais dessas técnicas são as de
maior fidedignidade nas moldagens de transferência e se a união dos transferentes é um fator
essencial ou não para a obtenção de modelos precisos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Um modelo de uma mandíbula com 4 análogos de implantes de plataforma 4.1 mm em
hexágono externo (Neodent, Curitiba, Brasil) foi confeccionado para servir como base para este
estudo. O modelo mestre foi confeccionado em resina acrílica (Jet, Clássico, Campo Limpo
Paulista, Brasil) e a união entre os análogos e esse modelo foi feita com cola de cianoacrilato (Super
Bonder, Henkel ltda, Itapevi, Brasil). As perfurações no modelo foram realizadas com um motor
conectado a um paralelômetro (Bio-art Equipamentos Odontológicos Ltda, São Carlos, Brasil) e
brocas cilíndricas (Neodent, Curitiba, Brasil) para preparo cirúrgico dos implantes. Todos os
orifícios, obtidos sob refrigeração, apresentaram-se com 4,3mm de diâmetro e de tal forma que a
46
plataforma do implante ficasse 2mm acima do modelo para facilitar a futura leitura dos resultados
no microscópio comparador (Mitutoyo TM 100, Mitutoyo, Japão).
Foi construida uma moldeira mestre em resina acrílica de polimerização química na cor
transparente (Jet, Clássico, Campo Limpo Paulista, Brasil), com um alivio homogêneo de 2,0mm
em toda a moldeira. Essa moldeira matriz foi moldada com silicone de reação por condensação
(Zetaplus/Oranwash Zermack, Badia Polezine, Rovigo, Itália). O molde assim obtido foi preenchido
com resina acrílica de polimerização química (Jet, Clássico, Campo Limpo Paulista, Brasil) onde
construiu-se 5 moldeiras individuais utilizadas no trabalho. Todas as moldeiras possuíam na sua
parte superior 4 janelas para passagem dos parafusos dos transferentes e 3 refererências de parada
para padronização do posicionamento das moldeiras durante o ato de moldagem.
Sobre o modelo mestre, aparafusou-se 04 UCLAS rotacionais Neodent, Curitiba,
Brasil), e com auxílio de um torquímetro (Neodent, Curitiba, Brasil) aplicou-se um torque de
Fig. 1: confecção das perfurações
Fig. 3: modelo pronto
Fig. 2: fixação dos implantes
Fig. 4: implante 2 mm acima do modelo
47
10N.cm nos quatro componentes. Assim posicionados os componentes protéticos foram unidos
através de uma resina epóxica (Durepoxi, Henkel LTDA, Boituva, Brasil). A intenção foi de fazer a
fixação dos 04 UCLAS com a utilização de um material de pouca ou nenhuma alteração
dimensional durante e após a presa.
Os 04 UCLAS seriam assim esplintados de forma que, após as
transferências e obtenção dos modelos experimentais, pudessem novamente ser posicionados sobre
os modelos de gesso para avaliação ao microscópio das desadaptações entre o componente e a
plataforma. Esta matriz foi armazenada em ambiente seco e em temperatura ambiente até o
momento da sua utilização.
Os transferentes foram montados sobre o modelo mestre e procedeu-se então às
transferências dos mesmos de acordo com os seguintes grupos experimentais (n=5):
Grupo 1: transferentes separados
Grupo 2: transferentes unidos com fio denta(Sanifill, Rio de Janeiro, Brasil) l e resina
acrílica (Duralay, Relianca Dental Mfg. Co., Worth, EUA)
Grupo 3: transferentes unidos com resina acrílica, separados e novamente unidos com
resina acrílica (Duralay, Relianca Dental Mfg. Co., Worth, EUA)
Grupo 4: transferentes separados e com adesivo do material de moldagem aplicado ( 15
minutos antes da moldagem)
Fig. 5: UCLA´s em posição
Fig. 6: Matriz
48
Grupo 5: transferentes unidos com resina acrílica, separados, novamente unidos com
cola de cianoacrilato (Super Bonder,
Henkel ltda, Itapevi, Brasil) aplicado através da ponta de uma
sonda exploradora (nº 5, Duflex-SS White, Rio de Janeiro, Brasil) e com duplo vazamento de gesso.
Sobre a superfície interna e a 3mm da borda externa das moldeiras foi, com o auxílio de
um pincel, aplicado o adesivo recomendado pelo fabricante do material de moldagem. Aguardou-se
(15 min) para a evaporação do solvente. Os moldes foram obtidos num ambiente com uma
Fig 8: União com metilmetacrilato
Fig. 7: Transferentes unidos com
Fig 7: Transferentes separados
Fig. 7: Transferentes unidos com
Fig
9
:
Separação da barra acrílica
Fig 10: União na técnica do pincel
Fig. 7:
Transferentes unidos com
Fig 11: Revestimento com adesivo
Fig. 7: Transferentes unidos
com
Fig 12: União com cianoacrilato
Fig. 7: Transferentes unidos com
49
temperatura de (23±2ºC) e com uma umidade relativa do ar de 50% ± 10%. O material de
moldagem utilizado para todas as moldagens realizadas foi o poliéter IMPREGUM Soft na
consistência média (3M ESPE, Seefeld, Alemanha), proporcionado e manipulado de acordo com
instruções do fabricante. As moldeiras foram carregadas com material e o mesmo foi injetado com
seringa ao redor dos análogos, seguido do imediato posicionamento da moldeira no modelo mestre.
Uma ligeira pressão foi feita na moldeira até que as referências de parada tocassem a base do
modelo mestre.
Para os grupos 1, 2, 3 e 4 o vazamento foi feito de forma convencional preenchendo
todo o molde com gesso após 30 minutos do início da mistura do material de moldagem. . Uma
proporção de gesso tipo IV (Herostone), de 22 ml de água para 100g de gesso foi utilizada.
Para o grupo 5 em que foi utilizado um duplo vazamento de gesso nos modelos, os
análogos parafusados aos transferentes nas moldagens foram cobertos com pedaços de tubos de
látex de diâmetro interno de 4mm e externo de 8mm (Auriflex, São Roque, São Paulo, Brasil).
Após a adaptação dos tubos nos análogos procedeu-se o vazamento das moldagens da forma
convencional. Após uma espera de presa de 2 horas, os tubos de látex foram removidos. Uma
proporção de gesso tipo IV (Herostone), de 6 ml de água para 25g de gesso foi misturada e, com
auxilio de uma sonda (nº 5, Duflex SS White, Rio de Janeiro, Brasil) e de um vibrador (VH
Equipamentos Odontológicos, Araraquara, Brasil), foi depositada ao redor dos análogos.
Fig 13: Tubos de látex sobre os análogos
Fig. 7: Transferentes unidos com metilme
Fig 14: Modelo após o primeiro vazamento
de gesso
50
A correta adaptação dos análogos foi verificada visualmente tanto nas moldagens
quanto nos modelos, assim como com o uso de uma sonda (nº 5, Duflex-SS White, Rio de Janeiro,
Brasil). Foram feitas 5 moldagens para cada técnica.
As medidas das desadaptações foram feitas com o auxilio de um microscópio
comparador
com aumento de 200x. Previamente a leitura das desadaptações o índex (UCLA/resina
epóxica) foi aparafusado no modelo e após receber um torque de 10 N.cm em cada parafuso
procederam-se as avaliações. As medições foram feitas no centro da superfície vestibular de cada
análogo dos implantes. Para cada implante 3 medidas foram feitas no mesmo ponto e anotadas para
posterior cálculo de média.
As desadaptações médias do modelo mestre foram obtidas da mesma forma em todos os
grupos.
Os dados obtidos foram organizados e submetidos a uma análise de Variância
(ANOVA) e Teste de Tukey.
RESULTADOS
O vel de significância adotado no teste é de 0,05%. Para determinar se diferença
nas distorções quando variamos a cnica utilizada, foi utilizado um teste estatístico paramétrico, o
ANOVA. A tabela 1 e o gráfico 1 mostram as médias, desvio padrão e as alterações máxima e
mínima para as desadaptações em todos os grupos.
As hipóteses testadas na ANOVA são:
H
0
: O Fator influencia na resposta
H
1
: O Fator não influencia na resposta
51
Grupo Média Desvio Padrão Mínimo Máximo
G1
6,42 0,41 6,07 7,00
G2
11,53 1,76 9,47 13,73
G3
7,03 1,62 4,93 8,40
G4
5,12 0,94 4,20 6,27
G5
6,10 0,75 5,27 6,80
Tabela 1: Resultados dos grupos (valores em µm)
G5G4G3G2G1
15,0
12,5
10,0
7,5
5,0
Experimento
Variável
Boxplot of Variável
Gráfico 1: Resultados dos grupos
Para sabermos como as diferentes técnicas influenciam na presença da desadaptação,
utilizamos um método chamado de comparação múltipla, esse método compara as médias
individuais dos tratamentos. O teste utilizado é o teste de Tukey e as hipóteses testadas foram:
H
0
:
µ
i
=
µ
j
(os tratamentos são iguais)
H
1
:
µ
i
µ
j
(os tratamentos não são iguais)
Apenas o Grupo 2 apresenta diferença estatisticamente significativa dos demais grupos
sendo que os Grupos 1, 3,4 e 5 não apresentam diferenças estatisticamente diferentes.
52
DISCUSSÃO
O sucesso a longo prazo das próteses implanto suportadas está diretamente relacionada
com a adaptação passiva dessas próteses e consequentemente com a eliminação de tensões nos
implantes, componentes das próteses e osso adjacente
3,10,12,15,16,18,19,23,28,30
. Sendo assim, para
eliminar discrepâncias na adaptação, é essencial que o trabalho seja confeccionado em um modelo
que reproduza, tão fiel quanto possível, a adaptação dos implantes na boca do paciente. Nesse
sentido, um importante fator que influencia essa adaptação é a precisão da moldagem.
Diversos autores têm relatado que a união dos transferentes é um fator de fundamental
importância para conseguirmos estruturas que se adaptem precisamente aos implantes
1,2,4,7,13,24,31
.
De forma antagônica, outros relatam que esse não é um procedimento tão importante nesse sentido
6,16,18,26,30,32
. Essas diferenças se devem, provavelmente, às distintas metodologias utilizadas nesses
estudos, assim como às diferentes técnicas e materiais empregados.
O grupo 1 apresentou a menor variação e uma desapaptação média de 6.42µm +0,41
µm, sendo este o menor desvio padrão dentre todos os grupos. É sabido que a imobilização dos
transferentes no interior da moldagem é um fator imprescindível para o sucesso das próteses sobre
implante
1,7,13
, no entanto, os resultados nos mostraram que a esplintagem desses transferentes não é
a chave para a adaptação do trabalho, estando de acordo com outros autores
6,16,18,26,30,32
. Nesse
sentido, tem uma importância fundamental na imobilização dos transferentes, um material de
moldagem rígido
16,18,32,33
como o utilizado nesse estudo (Impregum®, 3M ESPE, Medizin,
Alemanha).
Por sua vez, o grupo 4 obteve a menor média de desadaptação dentre todos os grupos
(5.12 µm) com um desvio padrão de + 0,94 µm. Essa menor média apresentada pode ser relacionada
com o uso do adesivo do Impregum para revestimento dos transferentes, previamente à moldagem.
53
Esse adesivo teve o papel de propiciar uma adesão química do material de moldagem ao
transferente, não estando a imobilização desses totalmente devida às suas retenções mecânicas e à
rigidez do material de moldagem.
Por outro lado, o grupo 2 revelou a maior média e a maior variação, no entanto a sua
variação se equiparou à variação do grupo 3 , mas a média é indiscutivelmente maior que as demais,
11.53
µm.(±1,76 µm). Os resultados inferiores apresentados pelo grupo 2 estão provavelmente
relacionados à maior quantidade de acrílico empregado em um passo único, ao fato de que as
resinas acrílicas têm uma contração de polimerização de 6,5 a 7,9% e que em temperatura ambiente
80% da mudança dimensional do acrílico acontece por volta dos 17 minutos de presa
21
.
De forma semelhante, o grupo 3 mostrou uma média maior (7.03 µm) que a dos demais
grupos, mas menor que apresentado pelo grupo 2. No entanto, o desvio padrão foi muito próximo
ao apresentado pelo grupo 2 (+ 1,62 µm). Esses resultados podem ser explicados também pelo fato
de que 80% da mudança dimensional do acrílico acontece por volta dos 17 minutos de presa. Como
o tempo de presa observado clinicamente para o acrílico é menor, a secção da barra e a nova união
com acrílico ocorreram antes dos 17 minutos, ou seja, menos de 80% da distorção havia ocorrido.
Sendo assim, apesar da pequena quantidade de acrílico utilizado para unir novamente a barra, a
distorção foi diminuída e não evitada.
O grupo 5, por sua vez, apresentou uma média próxima do grupo 1 (6.10 µm) e variação
muito parecida com a do grupo 4 (+ 0,76 µ). Apesar desse grupo também ter seus transferentes
unidos com uma barra de resina acrílica e de ter sido sujeito às mesmas alterações dimensionais
residuais apresentadas pela barra no grupo 3, ele apresentou médias menores de distorção que esse
grupo. Essas menores médias parecem ter sido obtidas devido ao fato de a união dos segmentos da
barra ter sido feito com cianoacrilato, material que ao contrário do acrílico tem boa estabilidade
54
dimensional. Da mesma forma, a técnica de duplo vazamento do gesso parece contribuir para a
redução da expansão de cristalização do gesso e com isso redução das distorções.
Uma técnica de moldagem ideal requer, além dos resultados mais precisos possíveis,
um pequeno tempo clínico, ser de fácil aplicação, não ser cara e também confortável para o
paciente
12
. Nesse sentido, apesar de o grupo 5 ter demonstrado resultados bastante satisfatórios sua
utilização clínica não é de grande relevância para o sucesso do trabalho, pois técnicas de emprego
muito mais simples, como as empregadas nos grupos 1, 3 e 4, mostraram-se com eficácia similar.
Observando os resultados pôde-se notar que o grupo 2 difere totalmente dos demais
grupos apresentando valores bem mais altos, e que os grupos 2 e 3 apresentam valores mais
heterogêneos. Isto é, a variação desses grupos é mais alta e eles variam dentro de um intervalo
maior que os demais grupos. O grupo 1 é o que apresenta a menor variação e o grupo 4 a menor
média. No entanto, apenas o grupo 2 apresenta diferença estatisticamente significativa dos demais
grupos sendo que os grupos 1, 3, 4 e 5 não apresentam diferenças estatisticamente significantes.
É possível que os transferentes quadrados sofram rotação dentro da moldagem quando o
análogo é aparafusado. Por essa razão, alguns autores
1,2,4,7,13,24,31
indicam a união desses
transferentes com resina acrílica. No entanto, como a técnica utilizando transferentes esplintados
não se mostrou mais eficaz que a com transferentes separados, devido ao tempo extra e às
complicações envolvidas na criação dessa esplintagem, parece não haver vantagem clínica em unir
os transferentes com resina autopolimerizável, desde que o poliéter por si reduz o tempo de
trabalho, simplificando o procedimento, com resultados satisfatórios
18
.
CONCLUSÕES
Nas condições desse estudo, as seguintes conclusões podem ser tomadas:
55
1. Os piores resultados obtidos foram apresentados pelo grupo com transferentes unidos
com acrílico (grupo 2);
2. As menores médias de desadaptação foram mostradas pelo grupo 4;
3. Não houve diferança estatisticamente relevante entre os grupos 1, 3, 4 e 5.
4. Mais estudos tem que ser feitos com o intuito de determinar a melhor técnica de
moldagem em prótese sobre implante.
5. O material de moldagem não apresentou resultados discrepantes.
6. Além da dificuldade técnica para utilização dos tubos de látex, os mesmos não
trouxeram qualquer benefício às moldagens, não devendo, portanto, ser utilizados.
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