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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE MESTRADO
INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS CLÍNICOS PERIODONTAIS NO
TRATAMENTO DE RECESSÕES PERIODONTAIS POR MEIO DO
RETALHO POSICIONADO CORONALMENTE.
Thaís Ribeiral Vieira
Belo Horizonte
2008
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THAÍS RIBEIRAL VIEIRA
INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS CLÍNICOS PERIODONTAIS NO
TRATAMENTO DE RECESSÕES PERIODONTAIS POR MEIO DO
RETALHO POSICIONADO CORONALMENTE.
Dissertação apresentada ao Programa de
Mestrado da Faculdade de Odontologia da
Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, como requisito parcial para a
obtenção do título de Mestre em
Odontologia, área de concentração em
Clínicas Odontológicas com ênfase em
Periodontia.
Orientador:
Prof. Dr. Elton Gonçalves Zenóbio
Belo Horizonte
2008
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FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Vieira, Thaís Ribeiral
V658i Influência dos parâmetros clínicos periodontais no tratamento de recessões
periodontais por meio do retalho posicionado coronalmente / Thaís Ribeiral
Vieira. Belo Horizonte, 2008.
59f.: il.
Orientador: Elton Gonçalves Zenóbio
Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Programa de Pós-Graduação em Odontologia.
Bibliografia.
1. Periodontia. 2. Gengivas - Cirurgia. 3. Retração gengival. 4. Retalhos
cirúrgicos. I. Zenóbio, Elton Gonçalves. II. Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Odontologia. III. Título.
CDU: 616.311.2
Elaborada pela bibliotecária Erica Fruk Guelfi CRB 6/2068
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FOLHA DE APROVAÇÃO
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DEDICATÓRIA
Aos meus queridos pais, Ildefonso e Lourdes, meus exemplos de vida.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por estar sempre comigo, iluminando meu caminho e
abençoando meus passos.
Aos meus pais, Ildefonso e Lourdes, por sempre acreditarem em mim e por
me acompanharem neste sonho com tanto esforço, dedicação, compreensão e
amor.
Ao meu orientador, Professor Elton Gonçalves Zenóbio, pela enorme
cooperação ao oferecer-me o suporte imprescindível para o desenvolvimento e
enriquecimento deste trabalho. Agradeço, também, pelo exemplo de profissionalismo
e competência admiráveis.
Ao Professor Rodrigo Villamarim Soares e Professora Adriana de Castro
Amédée Péret, os mais sinceros agradecimentos por compartilharem comigo sua
imensa sabedoria, determinação e persistência. Por seu total apoio e
disponibilidade, sempre presentes.
Ao Professor Martinho Campolina Rebello Horta, por ter me atendido de
forma tão cordial e atenciosa sempre que precisei recorrer aos seus conhecimentos.
A todos os professores dos Programas de Mestrado em Odontologia da PUC
Minas, que me ensinaram com tamanha abnegação. Agradeço de forma especial à
Professora Maria Ilma de Souza Gruppioni Côrtes, por sua contínua dedicação, por
todo entusiasmo e estímulo.
À Professora Alcione Maria Soares Dutra de Oliveira, minha maior
incentivadora, responsável pela minha paixão pela Periodontia.
Ao Professor Roberval de Almeida Cruz, coordenador geral dos Programas
de Mestrado em Odontologia da PUC Minas, por sua preciosa orientação e notável
competência.
À Silvânia e Angélica, pela paciência e generosidade que sempre
demonstraram comigo.
À Anna Cristina Caixeta Petraconne, pela presença constante e importante
ajuda.
Aos pacientes que participaram deste estudo, essenciais para o
desenvolvimento do mesmo.
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A todos os meus colegas do curso, em especial à Giselle Póvoa Gomes e
Leonardo Silveira Damasceno, pela valiosa ajuda e amizade.
Às minhas amadas avós, Lourdes e Tita, pelo exemplo de vida, força e fé.
A toda minha família maravilhosa, Ribeiral e Vieira, pelo total apoio e carinho.
Ao Aluízio, por sua imensa ajuda, incentivo, companheirismo, amizade e amor
depositados em mim.
Aos meus amigos tão especiais, pela compreensão das ausências nos
encontros.
E a todos aqueles que se fizeram presentes, em algum momento, nesta
caminhada.
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SUMÁRIO
LISTA DE ARTIGOS....................................................................................................7
RESUMO.....................................................................................................................8
INTRODUÇÃO GERAL...............................................................................................9
OBJETIVOS DO ESTUDO.........................................................................................11
ABSTRACT................................................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................13
ARTIGO I....................................................................................................................15
ARTIGO II...................................................................................................................28
ANEXOS.....................................................................................................................47
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LISTA DE ARTIGOS
Esta dissertação gerou as seguintes propostas de artigos:
I. Parâmetros clínicos periodontais no tratamento de recessões periodontais: análise
da literatura. (artigo de divulgação)............................................................................15
(A ser submetido à Revista PerioNews)
II. Influência dos parâmetros clínicos periodontais no tratamento de recessões
periodontais por meio do retalho posicionado coronalmente. (artigo de
pesquisa)....................................................................................................................28
(A ser submetido à Revista Journal of Clinical Periodontology)
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RESUMO
A busca por um tratamento efetivo das recessões periodontais desencadeou
o surgimento e o aperfeiçoamento de inúmeras técnicas cirúrgicas mucogengivais.
Entretanto, ainda não existe na literatura um consenso sobre a influência dos
parâmetros clínicos periodontais no grau de cobertura radicular. um número
reduzido de estudos, além das diferenças metodológicas, o que não permite o
delineamento de conclusões definitivas. Neste contexto, o principal objetivo deste
estudo foi avaliar a influência dos parâmetros clínicos periodontais no tratamento de
recessões periodontais por meio do retalho posicionado coronalmente (RPC). Este
estudo clínico utilizou como método de tratamento o retalho posicionado
coronalmente em uma amostra de 14 pacientes com recessão periodontal nos
caninos e/ou pré-molares superiores, totalizando 39 recessões. A avaliação de
alterações nos parâmetros clínico-periodontais: profundidade de sondagem (PS),
recessão periodontal no sentido ápico-coronal (RPAC), recessão periodontal no
sentido mésio-distal (RPMD), nível clínico de inserção (NCI), mucosa ceratinizada
(MC), mucosa ceratinizada inserida (MCI), espessura do retalho (ER), espessura da
margem gengival livre (EMGL), assim como sua influência no grau de cobertura
radicular foram avaliados no período inicial e 90 dias após a execução do
procedimento cirúrgico, mensurados por meio do Paquímetro Periodontal
ou da
sonda periodontal UNC 15 (Hu Friedy
). Os resultados clínicos obtidos foram
analisados pelos testes t de Student, Mann-Whitney e correlação de Pearson. Não
houve alteração significativa na PS (p > 0,05). Uma cobertura radicular significativa
tanto na RPAC como na RPMD foi observada, o que gerou uma melhora significativa
no NCI. Uma redução significativa na MC e MCI e um aumento na EMGL (p < 0,05)
também foram observados. Uma relação indireta, significativa, entre EMGL inicial e
recessão periodontal (RPAC e RPMD) final foi constatada, assim como uma relação
indireta, significativa, entre ER e recessão periodontal (tanto RPAC como RPMD)
final. Conclui-se que a RPAC inicial, a MC inicial e a EMGL inicial foram os
parâmetros que exerceram maior influência na cobertura radicular por meio da
técnica de deslize coronal do retalho.
Palavras-Chave: recessão gengival; recobrimento radicular; retalho posicionado
coronalmente; mucosa ceratinizada; espessura gengival.
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INTRODUÇÃO GERAL
A recessão periodontal é caracterizada pela migração da margem gengival
para uma posição apical em relação à junção amelocementária (ACADEMIA
AMERICANA DE PERIODONTOLOGIA, 2001). Sua etiologia possui caráter
multifatorial, sendo associada a fatores patológicos, anatômicos e fisiológicos, tais
como: o biofilme bacteriano dentário e sua conseqüente inflamação gengival, a
oclusão traumatogênica, o trauma proveniente da escovação ou da inserção
alterada do freio labial e características anatômicas locais relacionadas ao
posicionamento dentário, espessura da gengiva marginal, altura da faixa de mucosa
ceratinizada e tecido ósseo subjacente (JOSHIPURA et al., 1994; MOAWIA, 2003;
YARED et al., 2006).
Essa condição periodontal pode ser localizada ou generalizada e acometer
indivíduos com alto ou baixo padrão de higiene bucal, sendo mais prevalente
naqueles que apresentam alto padrão (PAOLANTONIO, 2002). A recessão
periodontal apresenta uma prevalência de 88% (em indivíduos na faixa etária acima
de 65 anos) e 50% (em indivíduos entre 18 a 64 anos) na população mundial.
Devido a esta alta taxa de prevalência, e às seqüelas advindas desse processo
(hiperestesia dentinária, maior acúmulo do biofilme bacteriano, lesões cariosas
radiculares, inflamação gengival, dificuldade de higienização, aumento progressivo
da coroa clínica dos dentes, desarmonia estética, entre outras), ocorre uma
premente necessidade de tratamento desta condição periodontal (PAOLANTONIO,
2002; GROSSI, 2004).
As recessões periodontais podem apresentar-se de várias formas e
tamanhos, com previsibilidade de recobrimento dependente desta morfologia. A
busca por um tratamento efetivo das recessões periodontais desencadeou o
aperfeiçoamento e o surgimento de técnicas cirúrgicas que apresentem resultados
mais previsíveis para o recobrimento radicular utilizando retalho posicionado
coronalmente, enxerto de tecido conjuntivo, matriz dérmica alógena, membranas
absorvíveis, não absorvíveis e fatores de crescimento dentro de procedimentos de
regeneração periodontal guiada.
Estudos
(HARLAN, 1907; SUMNER, 1969; ALLEN e MILLER, 1989; BLANC
et al., 1991; HARRIS e HARRIS, 1994; WENNSTRÖM e ZUCCHELLI, 1996; BALDI
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et al., 1999; PINI PRATO et al., 1999; BORGHETTI et al., 2002; HARRIS, 2002;
HUANG et al., 2005; CARVALHO et al., 2006; HWANG e WANG, 2006) têm sido
realizados objetivando a avaliação da previsibilidade do recobrimento radicular.
Entretanto, não existe na literatura um consenso sobre a influência dos parâmetros
clínicos periodontais no grau de cobertura radicular, sendo o número de estudos
(ALLEN e MILLER, 1989; WENNSTRÖM e ZUCCHELLI, 1996; BALDI et al., 1999;
HUANG et al., 2005; HWANG e WANG, 2006) reduzido e estes possuem diferenças
metodológicas que não permitem o delineamento de conclusões definitivas. Diante
da prevalência e dos problemas associados com a recessão periodontal, justifica-se
este estudo que avaliou a influência dos parâmetros clínicos periodontais no
tratamento de recessões periodontais.
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OBJETIVOS DO ESTUDO
Objetivo Geral
Avaliar a influência dos parâmetros clínicos periodontais no tratamento de
recessões periodontais Classe I ou II de Miller (1985) por meio da técnica do retalho
posicionado coronalmente.
Objetivos Específicos
Avaliar a técnica cirúrgica do retalho posicionado coronalmente para
cobertura radicular, relacionado-a à influência dos seguintes parâmetros clínicos
periodontais:
grau de cobertura da recessão periodontal em altura (recessão
periodontal no sentido ápico-coronal)
grau de cobertura da recessão periodontal em largura (recessão
periodontal no sentido mésio-distal)
profundidade de sondagem final
nível clínico de inserção obtido
espessura da margem gengival livre inicial e final
espessura do retalho
mucosa ceratinizada inicial e final
mucosa ceratinizada inserida inicial e final
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ABSTRACT
The search for an effective treatment of the periodontal recessions unchained
the appearance and the improvement of surgical techniques. Studies have been
accomplished seeking the root coverage, however, it doesn't exist in the literature a
consent on the influence of periodontal clinical parameters in the degree of root
coverage, being the reduced number and with methodological differences, the one
that doesn't allow delineate definitive conclusions. The principal objective of this
study was to evaluate the influence of periodontal clinical parameters in the treatment
of periodontal recessionsby coronally positioned flap procedure. This clinical study
used as method the coronally positioned flap in a sample of 14 patients with gingival
recession (GR) in the canine and premolar maxillary teeth, totaling 39 recessions.
The parameters clinical-periodontais: probing depth (PD), recession depth (RD),
recession width (RW), clinical attachment level (CAL), keratinized tissue (KT),
attachment keratinized tissue (AKT), flap thickness (FT), gingival thickness (GT) and
degree of root coverage were appraised in the initial period and in 90 days after the
execution of the surgical procedures, measured by Periodontal Paquímetro and of
the probe periodontal UNC 15 (Hu Friedy). The obtained clinical results were
analyzed by the tests t of Student, Mann-Whitney.and correlation of Pearson. It was
observed that there was not significant alteration in the PD. There was a significant
root coverage in RD (92,79%) and in RW (83,71%), what generated a significant
improvement in CAL. There was a significant reduction in KT and AKT and an
increase in GT. A relationship indirect, significant, was observed between initial GT
and GR (RD and RW) to the 90 days. A relationship indirect, significant, was verified
between ER and GR (RD and RW) to the 90 days. It was ended that initial RD, initial
KT and GT were the parameters that exercised larger influence in the root coverage.
Key-words: gingival recession, root coverage; coronally advanced flap; keratinized
tissue; gingival thickness.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS*
1. ALLEN, E. P.; MILLER, P. D. Jr. Coronal positioning of existing gingiva: short-term
results in the treatment of shallow marginal tissue recession. Journal of
Periodontology; Chicago, v.60, p. 316-319, 1989.
2. AMERICAN ACADEMY OF PERIODONTOLOGY. Glossary of Periodontal
terms. 4 ed. Chicago: AAP, 2001.
3. BALDI, C.; PINI PRATO, G. P.; PAGLIARO, U.; NIERI, M.; SALETTA, D.; MUZZI,
L.; et al. Coronally advanced flap procedure for root coverage. Is flap thickness a
relevant predictor to achieve root coverage? A 19-case series. Journal of Clinical
Periodontology, v. 70, p. 1077-1084, 1999.
4. BLANC, A.; PARE-DARGENT, C.; GIOVANNOLI, J. L. Treatment of gingival
recession by coronally positioned flap. Journal of Periodontology; Chicago, v. 10,
p. 329-334, 1991.
5. BORGHETTI, A.; LOUISE, F.; CLAUSER, C. The coronally repositioned flap:
criteria for success Journal of Periodontology; Chicago, v. 73, p. 1299-1307, 2002.
6. CARVALHO, P. F. M.; SILVA, R. C.; CURY, P. R.; JOLY, J. C. Modified coronally
advanced flap associated with a subepithelial connective tissue graft for the
treatment of adjacent multiple gingival recessions. Journal of Periodontology;
Chicago, v. 77, n.11, p. 1901-1906, 2006.
7. GROSSI, V. L. O. Estudo comparativo da membrana de colágeno OSSIX
e
do enxerto de tecido conjuntivo no tratamento das recessões periodontais em
humanos. Dissertação (Mestrado em Odontologia). Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2004.
8. HARLAN, A. W. Discussion of paper: restauration of gum tissue. Dental Cosmos,
v. 49, p. 591-598, 1907.
9. HARRIS, R. J. Connective tissue grafts combined with either double pedicle grafts:
results of 266 consecutively treated defetcs in 200 patients. International Journal of
Periodontics and Restaurative Dentistry; Lombard, v.22, p. 463-471, 2002.
10. HARRIS, R. J.; HARRIS, A. W. The coronally positioned pedicle graft with inlaid
margins: a predictable method of obtaining root coverage of shallow defects.
International Journal of Periodontics and Restorative Dentistry; v. 14, p. 228-
241, 1994.
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11. HUANG, L-H.; NEIVA, R. E. F.; WANG, H-L. Factors affecting the outcomes of
coronally advanced flap root coverage procedure. Journal of Periodontology, v.
76, p. 1729-1734, 2005.
___________________________________________________________________
*Adaptado do “Padrão de Normalização”, do Sistema de Bibliotecas da PUC Minas,
tendo por base as normas da ABNT 6023/2002.
12. HWANG, D.; WANG H-L. Flap thickness as a predictor of root coverage: a
sistematic review. Journal of Periodontology; Chicago, v. 77. p. 1625-1634, 2006.
13. JOSHIPURA, K. J.; KENT, R. L.; DEPAOLA, P. F. Gingival recession: intra oral
distribuition and associated factors. Journal of Periodontology; Chicago, v. 56,
n.12, p. 864-871, 1994.
14. MOAWIA, M. The etiology and prevalence of gingival recession. Journal of
American Dental Association; Chicago, v. 134, p. 220-225, 2003.
15. PAOLANTONIO, M. Treatment of gingival recessions by combined peridontal
regenerative technique, guided tissue regeneration, and subpedicle connective tissue
graft. A comparative clinical study. Journal of Periodontology; Chicago, v. 73, p.
53-62, 2002.
16. PINI PRATO, G. P.; BALDI, C.; PAGLIARO, U.; NIERI, M.; SALETTA, D.;
ROTUNDO, R., et al. Coronally advanced flap procedure for root coverage.
Treatment of root coverage. Treatment of root surface: root planning versus
polishing. Journal of Periodontology; Chicago, v. 70, p. 1064-1076, 1999.
17. SUMNER, C. F. Surgical repair of recession on the maxillary cuspid: incisally
repositioning the gingival tissues. Journal of Periodontology; Chicago, v. 40, p.
119-121, 1969.
18. WENNSTRÖM, J. L.; ZUCCHELLI G. Increase gingival dimensions. A significant
factor for successful outcome of root coverage procedures? A 2- year prospective
clinical study. Journal of Clinical Periodontology, v. 23, p. 770-777,1996.
19. YARED, K. F. G.; ZENÓBIO, E. G.; PACHECO, W. A etiologia multifatorial da
recessão periodontal. Revista Dental Press Ortodontia e Ortopedia Facial; v. 11,
p. 45-51, 2006.
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ARTIGO I
PARÂMETROS CLÍNICOS PERIODONTAIS NO TRATAMENTO DE RECESSÕES
PERIODONTAIS: ANÁLISE DA LITERATURA.*
Thaís Ribeiral Vieira
1
, Elton Gonçalves Zenóbio
2
RESUMO
Estudos recentes têm abordado o tratamento de recessões periodontais,
entretanto, não existe na literatura um consenso sobre a influência dos parâmetros
clínicos periodontais no grau de cobertura radicular. O número de estudos é
reduzido
e limitações e diferenças metodológicas que não permitem o delineamento de
conclusões definitivas. Assim, por meio da análise crítica da literatura, este estudo
teve como objetivo avaliar o estado atual no que se refere à influência dos
parâmetros clínicos periodontais no recobrimento radicular por meio da técnica do
retalho posicionado coronalmente.
Palavras-chave: recessão gengival; recobrimento radicular; retalho posicionado
coronalmente; mucosa ceratinizada; espessura gengiva.
*De acordo com as normas de publicação da Revista PerioNews.
1
Mestranda em Clínicas Odontológicas - PUC Minas
2
Doutor em Periodontia - Universidade do Estado de São Paulo
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INTRODUÇÃO
Entre os defeitos mucogengivais que provocam a desarmonia no sorriso dos
pacientes, as recessões periodontais (RP) destacam-se com maior prevalência. São
caracterizadas pela migração da margem gengival para uma posição apical em
relação à junção amelocementária.
1
Esta condição periodontal determina o
comprometimento estético, a hiperestesia dentinária radicular, o risco de
desenvolvimento de lesões cariosas nas superfícies radiculares expostas a maior
acúmulo de placa e, conseqüentemente, maior inflamação em função da alteração
da anatômica local.
2
Alguns fatores têm sido associados à etiologia da RP. Dentre outros, o
biofilme bacteriano dentário e sua conseqüente inflamação gengival, a oclusão
traumatogênica, o trauma proveniente da escovação ou da inserção alterada do freio
labial e características anatômicas locais relacionadas ao posicionamento dentário,
espessura da gengiva marginal, altura da faixa de mucosa ceratinizada e tecido
ósseo subjacente foram descritos.
3
Estudos epidemiológicos têm revelado grande variação na prevalência da RP.
Foi demonstrada uma variação de 7 a 40%, exibindo a tendência de aumento com a
idade e maior gravidade e prevalência em pessoas com ótima higiene bucal.
4
Um
estudo epidemiológico
5
relatou o parâmetro de RP maior ou igual a 3,0 mm em 15%
da população, aumentando o índice em 0,5%, dos 18 aos 24 anos, até 45% em
indivíduos com mais de 65 anos, sendo que 3% de todas as áreas examinadas
apresentavam esse grau de recessão. Da mesma forma, foram
apresentados os
resultados da avaliação de 9.689 indivíduos
6
, na qual foi observada a prevalência de
recessão maior ou igual a 1,0 mm em 37,8% dos casos e a extensão em 8,6% dos
dentes. Houve um aumento significativo na prevalência, extensão e gravidade da
recessão com o avanço da idade.
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As recessões periodontais podem apresentar-se de várias formas e
tamanhos, com previsibilidade de recobrimento dependente desta morfologia. A
busca por um tratamento efetivo das recessões periodontais desencadeou o
aperfeiçoamento e o surgimento de técnicas cirúrgicas que apresentem resultados
mais previsíveis para o recobrimento radicular utilizando retalho posicionado
coronalmente, enxerto de tecido conjuntivo, matriz dérmica alógena, membranas
absorvíveis, não absorvíveis e fatores de crescimento dentro de procedimentos de
regeneração periodontal guiada. Muitos estudos
7-15,17-21,23
têm sido realizados
objetivando o recobrimento radicular, entretanto, não existe na literatura um
consenso sobre a influência dos parâmetros clínicos periodontais no grau de
cobertura radicular, sendo o número de estudos
9-12,18,21,23
reduzido e com diferenças
metodológicas que não permitem o delineamento de conclusões definitivas. Diante
da prevalência e dos problemas associados com a recessão periodontal, justifica-se
a importância do conhecimento da literatura sobre a influência dos parâmetros
clínicos periodontais no tratamento de recessões periodontais.
REVISÃO DA LITERATURA
Retalho Posicionado Coronalmente (RPC)
O retalho posicionado coronalmente (RPC) também denominado retalho
deslocado coronariamente
13
ou retalho reposicionado coronalmente ou ainda retalho
de reposicionamento coronário.
14
O RPC é um enxerto pediculado derivado de técnicas utilizadas em cirurgias
plásticas. Corresponde a um retalho mucoperiosteal tracionado. Consiste em
deslocar em direção coronal o tecido gengival presente apicalmente para o sítio a
ser tratado.
15
As indicações para essa técnica são: recobrimento radicular de recessões
Classe I de Miller
16
, rasas e localizadas; presença de sensibilidade dentinária; cáries
radiculares iniciais; áreas com inflamação persistente onde o controle do biofilme
torna-se difícil e situações em que a estética é importante. É contra-indicada para
recessões generalizadas, devido à limitação da área doadora quanto à espessura e
.
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ao tamanho do retalho a ser deslocado.
17
A cnica do RPC requer a presença de
tecido ceratinizado apicalmente à recessão e aplica-se, pois, à classe I de Miller
16
e
a certas classes II (que apresentam tecido ceratinizado apical e estão no limite das
possibilidades terapêuticas dessa classe).
A intervenção cirúrgica inicia-se pela abertura do leito cirúrgico com incisões
horizontais na altura da junção amelocementária (JAC) interligadas a duas
trapezoidais, com bisel externo, mesiais e distais.
10
A linha de incisão deve
considerar sua extensão em relação ao deslocamento do retalho, que é igual à
altura da recessão. Essa distância é avaliada a partir do ápice da papila para definir
a linha de incisão da futura papila. Essa linha das papilas é unida por uma incisão
intra-sulcular no dente a ser tratado e por incisões relaxantes verticais, levemente
oblíquas, resultando num retalho trapezoidal. Essas incisões relaxantes penetram
amplamente na mucosa alveolar. A fim de criar uma área receptora conjuntiva e,
portanto, vascularizada, a face externa da papila é desepitelizada com tesouras de
ponta fina ou lâmina de bisturi. Um retalho de espessura total é divulsionado a partir
da margem gengival a 1,0 mm após a crista óssea, promovendo um leito
sangrante para melhor irrigação do RPC, além de oferecer maior espessura e
favorecer a cobertura do retalho. Um retalho de espessura parcial é dissecado em
direção apical a partir de 1,0 mm do tecido ósseo exposto, ultrapassando a linha
mucogengival. A dissecção deve ser suficientemente profunda para que o retalho
possa ser deslocado, liberado de qualquer tração. Esse preparo deve ser o mais
atraumático possível, respeitando a anatomia vascular da área, uma vez que a
capacidade do local em fornecer nutrição suficiente para a sobrevida dos tecidos
está diretamente relacionada com volume e fluxo sangüíneo fornecido pelo leito.
17
A
seguir, devem ser realizadas raspagem e aplainamento radicular, com finalidade de
se obter uma superfície lisa e descontaminada e promover a biocompatilização,
diminuir a convexidade e o tamanho da recessão no sentido horizontal, reduzindo a
distância circunferencial da porção exposta das raízes.
10,17
O retalho é
experimentado na posição desejada, podendo ser eventualmente retocado, e
imobilizado por uma sutura suspensória, associada a pontos isolados nas incisões
relaxantes. A incisão é totalmente coaptada e a cicatrização da ferida cirúrgica
ocorre por primeira intenção.
.
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Em um estudo clínico, os autores
18
obtiveram excelentes resultados ao utilizar
a técnica do RPC em recessões periodontais rasas. Foram tratadas 20 recessões,
com uma extensão média pré-cirúrgica de 2,15 mm. Obteve-se uma média de
recobrimento radicular de 98,8%, com recobrimento total em 95% dos casos.
O RPC apresenta limitações em seu uso, tais como a qualidade do sítio
doador: a altura e a espessura do tecido ceratinizado na área apical à recessão
podem ser insuficientes. Nesse caso, o enxerto de tecido conjuntivo gengival livre
(ETCG) deverá ser realizado dois meses antes do RPC. Essa cirurgia adicional
(ETCG) também apresenta limitações (duas áreas cirúrgicas, área doadora
insuficiente, hemorragias na região doadora e dor pós-operatória, entre outras).
Além disso, essas abordagens técnicas ficam restritas ao tratamento de recessões
rasas e localizadas.
10,15,17
As variações do ETCG combinado com o pedículo duplo e ETCG posicionado
coronal foram avaliadas.
7
Foram tratados 200 pacientes, totalizando 266 recessões
classe I e II de Miller.
16
Nesse estudo, os pacientes fumantes não foram excluídos.
Altas taxas de sucesso em cobertura foram citadas. o houve diferenças
estatísticas significativas nas duas variações quando comparados à média de
cobertura e redução de profundidade de sondagem (PS). Relatou média de
cobertura de 97,6% para ETCG combinado com pedículo duplo, e 96,1% para ETCG
com retalho posicionado coronal. Observou um maior aumento na quantidade de
tecido ceratinizado no ETCG com retalho posicionado coronal, mas o significativo
estatisticamente quando comparados entre si. Se a profundidade da recessão pré-
operatória for a 5,0 mm, o ETCG com retalho bipediculado obtém uma média de
cobertura maior. O autor concluiu que os resultados desse estudo sustentam a
crença de que o ETCG é efetivo no recobrimento radicular e que o enxerto de
pedículo duplo oferece maiores vantagens do que o outro enxerto citado quando se
deseja maior aumento de tecido ceratinizado ou se a recessão apresentar distância
ápico-coronal maior que 5,0 mm. Além disso, a altura e a largura da recessão maior
que 5,0 mm não desempenharam nenhum papel significativo na média de cobertura
radicular. Esses resultados coincidem com aqueles obtidos pelo autor em estudo
semelhante realizado em 1994.
18
Um estudo clínico em 11 pacientes não fumantes, que apresentavam
recessões bilaterais classe I de Miller
16
, com profundidade a 3,0 mm, nos caninos
.
.
.
.
.
e pré-molares maxilares foi realizado.
8
As recessões periodontais foram
randomicamente selecionadas e divididas em dois grupos. O grupo-teste recebeu
ETCG com retalho posicionado coronal (RPC) e o grupo-controle recebeu apenas
RPC. Os resultados, seis meses pós-cirurgia, demonstraram uma redução
significativa da recessão periodontal (p<0,05) em ambos os grupos. A média de
cobertura radicular foi 75% e 69% no grupo teste e controle, respectivamente. Em
relação à recessão periodontal no sentido ápico-coronal, recessão periodontal no
sentido mésio-distal e nível clínico de inserção, não observaram diferenças
significativas entre os dois grupos tanto nas mensurações iniciais quanto nas finais,
aos seis meses. Neste período, o grupo-teste apresentou um aumento significativo
na largura da mucosa ceratinizada e na espessura do tecido gengival (p<0,05). As
duas modalidades de procedimentos, empregadas, foram efetivas no recobrimento
radicular.
Influência dos parâmetros periodontais na cobertura radicular
A largura da recessão é um fator importante a ser considerado. Um estudo
clássico
19
constatou que recessões mais largas (> 3,0 mm) são mais difíceis de
serem recobertas, pois as fontes vasculares encontram-se mais afastadas do centro
da raiz desnudada. Estes autores mostraram uma diferença significativa a favor das
recessões estreitas (97% de recobrimento) frente às largas (71% de recobrimento).
A profundidade (ou altura) da recessão tem sido, há muito tempo, um fator
considerado. Parece, porém, influenciar de maneira menos desfavorável do que a
largura.
17
A análise de regressão
20
mostrou que as recessões inferiores a 5,0 mm
eram melhor recobertas por cirurgia mucogengival (RPC ou ETCG) e as superiores a
5,0 mm eram melhor recobertas pela regeneração tecidual guiada. Outro estudo
10
,
entretanto, apresentou resultados divergentes, relatando, em recessões superiores
ou iguais a 5,0 mm, 93% de recobrimento, em um período de dois anos, por meio do
RPC (com ou sem ETCG). Outros autores
18
o demonstraram uma correlação
entre a profundidade da recessão e a quantidade de cobertura, relatando que
mesmo em recessões maiores, aproximadamente acima de 5,0 mm, a profundidade
não exerceu influência na cobertura radicular final. Os autores
10
enfatizaram o
.
.
.
.
.
controle da escovação traumatogênica efetuado em seu estudo como um elemento
preponderante. A literatura demonstra que a gravidade da recessão, tanto no sentido
ápico-coronal quanto no sentido mésio-distal, influencia de forma inversamente
proporcional à cobertura radicular.
17,19-21
O tecido gengival com maior espessura mantém a vascularização, favorece a
adaptação tecidual e promove a cicatrização da ferida durante e após a cirurgia.
9
Poucos artigos correlacionam maior espessura do retalho e uma completa cobertura
radicular após terapia mucogengival para recobrimento de recessões periodontais.
Segundo alguns autores
9
, muitas evidências empíricas sugerem que a espessura do
tecido, determinada subjetivamente, resiste ao trauma e, conseqüentemente, à
recessão; possibilita a manipulação tecidual, promove melhor inserção; melhora a
estética; apresenta menos inflamação clínica e oferece melhor prognóstico dos
procedimentos cirúrgicos. Um biótipo gengival denso pode refletir a morfologia óssea
subjacente, isto é: quanto maior a espessura da gengiva, maior é o suporte ósseo.
O estudo com retalhos pediculados em porcos
22
demonstrou que retalhos
espessos obtiveram duas vezes mais sucesso que os retalhos finos (55,7% e 26,5%,
respectivamente). A maioria dos retalhos finos sofreu necrose, em decorrência da
má circulação sangüínea colateral, com insuficiência de oxigênio e nutrientes.
A defesa da utilização da técnica do RPC em uma única etapa
21
registrou
resultados favoráveis em relação à seleção dos sítios. Estes autores sustentaram a
idéia de escolha de recessões pouco profundas, mas ainda assim até 4,0 mm (3,25
mm, em média). Para o sítio doador, os critérios correspondem a uma altura de, pelo
menos, 3,0 mm e uma espessura de, pelo menos, 1,0 mm de tecido ceratinizado.
Em 37 sítios tratados, eles observaram um recobrimento de 97% e total cobertura
radicular em 84% dos sítios, aos seis meses, demonstrando que é possível e
confiável reposicionar coronalmente a gengiva existente em uma recessão de classe
I.
16
Em um estudo clínico
23
foram selecionadas recessões periodontais maiores
(altura média: 5,2 mm), apresentando menos de 3,0 mm de altura da faixa de
mucosa ceratinizada (1,7 mm, em média). Os resultados foram referentes a dez
sítios e apenas três meses de acompanhamento, mas mostram um recobrimento de
3,43 mm, ou 66%. O cálculo do coeficiente de correlação entre a altura da mucosa
.
.
.
.
.
ceratinizada e o recobrimento demonstrou que a altura inicial de gengiva o
comprometeu o recobrimento (r=0,05).
Um estudo
18
selecionou e tratou lesões rasas (2,15 mm, em média) com RPC.
A mucosa ceratinizada apresentou uma altura que variou de 1,0 a 5,0 mm (média:
3,0 mm). Observou-se, em 18 sítios, um revestimento dio de 98,8% e
sustentaram a idéia de que não é necessário dispor de 3,0 mm de mucosa
ceratinizada para se obter um bom resultado (pelo menos em recessões de pequena
dimensão).
Outro estudo clínico prospectivo
10
de dois anos em 67 indivíduos, totalizando
103 recessões classe I de Miller
16
, com profundidade 3,0 mm (4,1 mm em média),
avaliou se o aumento de espessura gengival poderia influenciar positivamente no
resultado do tratamento, em relação à cobertura radicular, e na estabilidade
longitudinal da margem gengival. Nesse estudo comparativo, o grupo-controle, com
45 indivíduos, recebeu tratamento por meio de RPC em uma única etapa. No grupo-
teste, 58 indivíduos receberam RPC associado ao ETCG, com uma espessura de
1,5 a 2,0 mm, o que contribuiu para aumentar a espessura final da gengiva. O
procedimento utilizado na medição da espessura dos enxertos, assim como a
espessura gengival inicial não foram relatados pelos autores. A cobertura radicular
correspondeu a 97,1% no grupo-controle e no grupo-teste, 98,9% ao final desse
período, alcançando cobertura completa de 80% e 88%, respectivamente. Foi
observado que o ganho de inserção, ao final de seis meses, foi de 3,7 mm no grupo-
teste e 3,6 mm no grupo-controle. As reavaliações foram realizadas em 12 e 24
meses após as cirurgias e não revelaram resultados estatisticamente diferentes nos
valores médios para profundidade da recessão em qualquer um dos grupos tratados.
Os autores concluíram que os dois procedimentos cirúrgicos resultaram em um grau
similar de cobertura radicular e que não é a espessura gengival que favorece o
sucesso, mas outras causas como, principalmente, a interrupção do trauma
provocado pela escovação. A mudança de hábitos na escovação dentária é um fator
importante para manter estável a margem gengival estabelecida cirurgicamente,
bem como para prevenir as recidivas ou formação de novas lesões.
Outros autores
11
trataram 19 recessões por meio do RPC, medindo a
espessura do retalho com um compasso de Iwanson à meia distância entre a linha
mucogengival e a base do retalho, isto é, a espessura da mucosa alveolar. A
.
.
.
.
.
espessura média era de 0,7 mm. Todos os retalhos cuja espessura era superior a
0,8 mm forneceram um recobrimento total. Os autores demonstraram a existência de
uma relação direta entre a espessura do retalho e a redução da recessão por meio
do RPC. Eles concluíram que a técnica do RPC em uma única etapa é eficaz no
tratamento de recessões periodontais classe I de Miller
16
, com a condição de que a
gengiva a ser deslocada seja espessa e que as tensões musculares não sejam
fortes demais. No entanto, a espessura mínima útil não se conhece.
Em um estudo recente
12
o RPC foi utilizado para tratar 23 indivíduos com
recessão periodontal Classe I de Miller
16
. Foram avaliados os parâmetros de
profundidade de sondagem, nível clínico de inserção, altura da faixa de mucosa
ceratinizada, altura a largura da recessão e espessura gengival. A espessura
gengival inicial maior que 1,2 mm foi fortemente associada com completa cobertura
radicular aos seis meses (p<0,05).
DISCUSSÃO
A pesquisa de fatores que podem influenciar os resultados dos procedimentos
de RPC para cobertura radicular tem sido alvo de estudos. Porém, a grande maioria
se limita a avaliar as dimensões relacionadas diretamente às recessões, tais como a
altura
7-8,10,13-15,17-18,20-21
e a largura
17,19,21
das recessões. Poucos estudos
correlacionam a faixa de mucosa ceratinizada inicial,
12,18,21,23
a espessura gengival
inicial
10,12,21
e a espessura do retalho
9,11
com o grau de cobertura radicular.
A espessura gengival inicial foi o fator mais relevante associado à completa
cobertura radicular.
9,11-12
Os estudos variam na forma de mensuração, na
localização da espessura gengival avaliada, e também no método terapêutico. A
maioria dos estudos mede a espessura gengival coronalmente à junção
mucogengival, mas em diferentes níveis, tanto na mucosa ceratinizada quanto na
mucosa ceratinizada inserida. Ainda não está consolidado se a posição é um fator
relevante. Negligenciando a localização das mensurações, de acordo com os
autores,
9
todos os estudos revisados registraram a média mínima de 0,7 mm de
espessura gengival. Treze dos 15 estudos exibiram uma média de espessura maior
ou igual a 0,8 mm em pelo menos um grupo de tratamento. Esses valores se
.
.
.
.
.
assemelham com os critérios de espessura gengival para cobertura radicular
propostos por outros autores
11-12,21
para RPC. A diferença dos valores da espessura
gengival pode estar relacionada às diversas técnicas de mensuração, tendo em vista
que alguns autores
11
utilizaram um compasso de Iwanson, enquanto outros
12,21
definiram a espessura gengival pela visibilidade da sonda periodontal durante a
sondagem, método bastante subjetivo e certamente questionável.
Até o momento, a literatura referente à influência dos parâmetros clínicos
periodontais no grau de cobertura radicular encontra-se em desenvolvimento. de
se frisar as limitações e diferenças metodológicas entre os estudos, o que dificulta a
análise, comparação e qualquer conclusão geral e definitiva sobre o assunto. Os
estudos apresentam grande variabilidade em relação às terapias utilizadas; técnicas
de mensuração dos parâmetros; randomização; heterogeneidade nas faixas etárias
das casuísticas; limitação no tamanho da amostra; variedade na quantidade de sítios
cirúrgicos; tipos dos defeitos tratados; diferenças nos períodos de acompanhamento
pós-operatório.
CONCLUSÃO
A avaliação da influência dos parâmetros clínicos periodontais no grau de
cobertura radicular e na manutenção de sua estabilidade necessita de maiores
investigações, por meio de registros periódicos com maior padronização e
acompanhamento do desempenho longitudinal dos procedimentos. uma
tendência entre os autores para reconhecer a influência dos parâmetros clínicos
periodontais no tratamento de recessões periodontais, sobretudo a espessura
gengival inicial.
INFLUENCE OF PERIODONTAL PARAMETERS IN GINGIVAL RECESSIONS
TREATMENT BY CORONALLY POSITIONED FLAP PROCEDURE.
ABSTRACT
Recent studies have been approaching the treatment of gingival recessions,
however, it doesn't exist in the literature a consent about the influence of periodontal
.
.
.
.
.
clinical parameters in the root coverage. The number of studies is reduced and there
are limitations and methodological differences, the one that doesn't allow delineate
definitive conclusions. So, through the critical analysis of the literature, this study had
as objective evaluates the current state about the influence of periodontal clinical
parameters in gingival recessions treatment by coronally positioned flap procedure.
Key words: gingival recession; root coverage; coronally advanced flap; keratinized
tissue; gingival thickness.
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Normas de publicação – Revista PerioNews [homepage na Internet] Belo Horizonte.
[acesso em 2008 ago 15]. Disponível em: www.perionews.com.br
.
.
.
.
.
ARTIGO II
INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS CLÍNICOS PERIODONTAIS NO
TRATAMENTO DE RECESSÕES PERIODONTAIS POR MEIO DO RETALHO
POSICIONADO CORONALMENTE.*
Thaís Ribeiral Vieira
1
, Elton Gonçalves Zenóbio
2
Resumo
Objetivos: Ainda não existe na literatura um consenso sobre a influência dos
parâmetros clínicos periodontais no grau de cobertura radicular. um número
reduzido de estudos, além das diferenças metodológicas que não permitem o
delineamento de conclusões definitivas. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi
*De acordo com as normas de publicação da Revista Journal of Clinical
Periodontology.
1
Mestranda em Clínicas Odontológicas - PUC Minas
2
Doutor em Periodontia - Universidade do Estado de São Paulo
.
.
.
.
.
avaliar a influência dos parâmetros clínicos periodontais no tratamento de recessões
periodontais por meio do retalho posicionado coronalmente (RPC).
Materiais e Métodos: Este estudo clínico apresentou um delineamento prospectivo
longitudinal e utilizou a técnica do retalho posicionado coronalmente em uma
amostra de 14 indivíduos, com recessão periodontal classe I ou II de Miller em
caninos e/ou pré-molares superiores, totalizando 39 recessões. Alterações nos
parâmetros clínico-periodontais: profundidade de sondagem (PS), recessão
periodontal no sentido ápico-coronal (RPAC), recessão periodontal no sentido
mésio-distal (RPMD), nível clínico de inserção (NCI), mucosa ceratinizada (MC),
mucosa ceratinizada inserida (MCI), espessura do retalho (ER), espessura da
margem gengival livre (EMGL), assim como sua influência no grau de cobertura
radicular foram avaliados no período inicial e 90 dias após a execução dos
procedimentos cirúrgicos, mensurados por meio do Paquímetro Periodontal
e da
sonda periodontal UNC 15 (Hu Friedy
).
Resultados: Os resultados clínicos obtidos foram analisados pelos testes t de
Student, Mann-Whitney e correlação de Pearson. Não houve alteração significativa
na PS (p>0.05). Uma cobertura radicular significativa tanto na RPAC (92,79%) como
na RPMD (83,71%) foi observada, o que gerou uma melhora significativa no NCI.
Uma redução significativa na MC e MCI e um aumento na EMGL (p<0,05) também
foram observados. Uma relação indireta, significativa, entre EMGL inicial e recessão
periodontal (tanto RPAC como RPMD) final foi constatada, assim como uma relação
indireta, significativa, entre ER e recessão periodontal (tanto RPAC como RPMD)
final.
Conclusões: A RPAC inicial, a MC inicial e a EMGL inicial foram os parâmetros que
exerceram maior influência na cobertura radicular por meio da técnica de deslize
coronal do retalho.
Palavras-chave: recessão gengival; recobrimento radicular; retalho posicionado
coronalmente; mucosa ceratinizada; espessura gengival.
A recessão periodontal (RP) caracteriza-se por uma perda de inserção,
expondo a superfície radicular, estando a margem gengival localizada apicalmente à
junção amelocementária (Academia Americana de Periodontologia 2001). Sua
etiologia possui caráter multifatorial, sendo associada a fatores patológicos,
anatômicos e fisiológicos que levam à perda dos tecidos de proteção e sustentação
dos dentes (Joshipura et al. 1994, Moawia 2003, Yared et al. 2006). Esta condição
periodontal pode ser localizada ou generalizada e acometer pacientes com alto ou
baixo padrão de higiene bucal, sendo mais prevalente nos pacientes de alto padrão
(Paolantonio 2002). A recessão periodontal apresenta uma prevalência de 88% (em
indivíduos na faixa etária acima de 65 anos) e 50% (em indivíduos entre 18 a 64
anos) na população mundial. Devido a esta alta taxa de prevalência, e às seqüelas
advindas desse processo (hiperestesia dentinária, maior acúmulo do biofilme
bacteriano,
lesões cariosas radiculares, inflamação gengival, dificuldade de
.
.
.
.
.
higienização, aumento progressivo da coroa clínica dos dentes, desarmonia estética,
entre outras), ocorre uma premente necessidade de tratamento desta condição
periodontal (Paolantonio 2002).
Um exame clínico rigoroso, mensurando a extensão das recessões
periodontais, deve ser periodicamente realizado para prevenção e avaliação da
progressão desses defeitos (Wennström & Zucchelli 1996). O tratamento cirúrgico
pode ser indicado por razões estéticas e funcionais e sua contra-indicação fica
relacionada a fatores anatômicos, como a falta de gengiva ceratinizada ou a fatores
sistêmicos, como diabetes descontrolado (Miller 1985, Harris 2002).
A seleção do procedimento cirúrgico para o tratamento da recessão
periodontal pode ser determinada pela configuração do defeito, previsibilidade da
técnica cirúrgica, disponibilidade do tecido doador e expectativas estéticas do
paciente. Além da estética e da previsibilidade, ao se fazer a escolha do
procedimento, devem ser considerados o restabelecimento da função, forma,
textura, cor e contorno dos tecidos (Harris & Harris 1994), bem como o potencial de
promover a formação de um novo aparato de proteção e sustentação para os dentes
(Wang et al. 2001).
As técnicas atualmente indicadas para o recobrimento radicular possuem
vantagens e limitações (Harris 2002), com resultados e padrões diferentes de reparo
(Wang et al. 2001). Na literatura destacam-se retalho posicionado coronalmente
(Wennström 1994, Pini Prato et al. 1999), enxerto de tecido conjuntivo (Langer &
Langer 1985, Lorenzana & Allen 2000, Harris 2002), matriz dérmica alógena e
membranas absorvíveis, não absorvíveis e fatores de crescimento dentro de
procedimentos de regeneração periodontal guiada (Tinti et al. 1992, Shieh et al.
1997, Wang et al. 2001).
A busca por um tratamento efetivo das recessões periodontais historicamente
demonstra o surgimento e o aperfeiçoamento de inúmeras técnicas cirúrgicas, como
os estudos de Harlan (1907), Sumner (1969), Allen & Miller (1989), Blanc et al.
(1991), Harris & Harris (1994), Wennström & Zucchelli (1996), Baldi et al. (1999), Pini
Prato et al. (1999), Borghetti et al. (2002), Harris (2002), Huang et al. (2005),
Carvalho et al. (2006), Hwang & Wang (2006). Entretanto, não existe na literatura um
consenso sobre a influência dos parâmetros clínicos periodontais no grau de
cobertura radicular, sendo o número de estudos
(Allen & Miller 1989, Wennström &
.
.
.
.
.
Zucchelli 1996, Baldi et al. 1999, Huang et al. 2005, Hwang & Wang 2006) reduzido
e com diferenças metodológicas que não permitem o delineamento de conclusões
definitivas.
Diante do exposto, este estudo avaliou alterações nos parâmetros clínicos
periodontais: profundidade de sondagem (PS), recessão periodontal no sentido
ápico-coronal (RPAC), recessão periodontal no sentido mésio-distal (RPMD),
mucosa ceratinizada (MC), mucosa ceratinizada inserida (MCI), nível clínico de
inserção (NCI), espessura do retalho (ER), espessura da margem gengival livre
(EMGL), assim como sua influência no grau de cobertura radicular (no sentido ápico-
coronal e mésio-distal) no tratamento de recessões periodontais classe I ou II (Miller
1985).
Materiais e Métodos
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUC Minas.
Seleção dos indivíduos e sítios cirúrgicos
A amostra do presente estudo foi obtida por recenseamento e constituída por
indivíduos das clínicas da Faculdade de Odontologia da PUC Minas. Foram
selecionados 14 indivíduos, com idade entre 28 a 47 anos, e estes apresentaram 39
RP. Foi estipulado como critério de inclusão a presença de RP, classe I ou II de
Miller (1985), nos caninos e/ou pré-molares superiores, e critérios de exclusão do
paciente: tabagistas ou ex-tabagistas menos de dez anos; idade inferior a 18
anos e superior a 50 anos; em tratamento ortodôntico, ou ter finalizado o tratamento
ortodôntico menos de seis meses; problemas de ordem sistêmica que contra-
indiquem ou alterem a terapia periodontal cirúrgica proposta e critérios de exclusão
dos sítios: presença de doença periodontal (sangramento ou supuração à
sondagem, profundidade de sondagem maior que 5,0 mm); presença de
interferência oclusal/contato prematuro; presença de abfração; presença de
giroversão; presença de bridas; presença de restaurações e próteses.
Todos os indivíduos foram submetidos ao tratamento de uma ou mais
recessões periodontais, visando solucionar problemas de hipersensibilidade ou
razões estéticas. Os indivíduos foram instruídos sobre a etiologia de sua (s)
.
.
.
.
.
recessão (ões) e receberam três sessões mensais de profilaxia, sendo orientados a
utilizar uma técnica de higiene bucal apropriada.
Parâmetros clínicos
Os seguintes parâmetros clínicos foram mensurados, todos utilizando a linha
média centro-vestibular (CV) da coroa dental como ponto de referência:
A PS foi medida da margem gengival ao fundo do sulco gengival com a sonda
periodontal UNC 15 (Hu Friedy
).
A RPAC foi medida a altura da recessão, no sentido ápico-coronal por meio
do Paquímetro Periodontal
. Prevenindo a dificuldade em visualizar a junção
amelocementária após o preparo da superfície radicular, o que poderia prejudicar a
mensuração da quantidade de cobertura radicular, outra medida em relação ao
sentido ápico-coronal foi realizada com o Paquímetro Periodontal
, tomando-se
como medida a distância da ponta da cúspide das coroas dentais, na face CV, à
junção amelocementária.
A RPMD foi medida a largura da recessão, no sentido mésio-distal por meio
do Paquímetro Periodontal
.
O NCI foi obtido com o auxílio da sonda periodontal UNC 15 (Hu Friedy
), por
meio da soma das medidas RPAC mais PS.
A MC registrada por meio do Paquímetro Periodontal
, tomando-se como
referência a distância do ponto mais apical da RPAC até a linha mucogengival. A
solução de iodo composto (Schiller) foi aplicada para sua melhor visualização.
A MCI registrada por meio do Paquímetro Periodontal
, tomando-se como
referência a distância do ponto mais apical da RPAC até a linha mucogengival,
subtraindo-se a PS obtida .
A EMGL medida na face CV, utilizando-se o Paquímetro Periodontal
.
A ER medida na face CV, durante o procedimento cirúrgico, utilizando-se o
Paquímetro Periodontal
.
Procedimento cirúrgico
As recessões periodontais receberam a seguinte forma de tratamento: retalho
posicionado coronalmente (RPC). A técnica cirúrgica utilizada foi a de Wennström &
Zucchelli (1996). Anestesia loco-regional injetável (Alphacaina 1:50.000, Lidocaína
.
.
.
.
.
HCl 2% com Epinefrina) foi aplicada à distância, e em seguida foi realizada a
abertura do leito cirúrgico por meio de uma incisão intra-sulcular e duas incisões
relaxantes verticais, levemente oblíquas, resultando num retalho trapezoidal,
delineando a linha de incisão da futura papila. Um retalho de espessura total foi
levantado a partir da margem gengival a1,0 mm após a crista óssea. Um retalho
de espessura parcial foi dissecado em direção apical à linha mucogengival, a partir
de 1,0 mm do tecido ósseo exposto. A face externa da papila foi desepitelizada e,
em seguida, foram realizados raspagem e aplainamento radicular. O retalho foi
experimentado na posição desejada, deslocado e adaptado sobre a superfície
radicular, posicionado 1,0 mm coronalmente à junção amelocementária e imobilizado
por sutura suspensória associada a pontos isolados nas incisões relaxantes. O
retalho periodontal foi suturado, livre de tensões. Assim, foi obtido um fechamento
primário da ferida cirúrgica, sendo utilizado nas suturas o fio de Nylon 5.0
.
Cuidados pós-operatórios
Os indivíduos receberam orientações, analgésicos, anti-inflamatórios (AINEs)
e utilizaram o gel de gluconato de clorexidina a 0,12%, duas vezes ao dia, durante
três semanas, na área cirúrgica, como preconizado por Paolantonio (2002). A
remoção das suturas foi realizada entre o 12º e o 14º dia após as cirurgias.
Mensurações
Todas as avaliações foram realizadas por um único examinador, com teste de
concordância (a calibração intra-examinador foi constatada por meio do teste
estatístico D’Agostino) em T
0
e reavaliadas no período de 90 dias após os
procedimentos cirúrgicos.
Análise estatística
O teste t de Student foi empregado para comparar dados amostrais de dois
grupos pareados (diferenças entre T
0
e T
90
). Utilizou-se a correlação linear de
Pearson (r) com o objetivo de verificar o grau de associação entre duas variáveis. O
teste de Mann-Whitney foi empregado para avaliar a relação de parâmetros
específicos com o percentual de cobertura radicular. Todos os resultados foram
considerados para uma probabilidade de significância inferior a 5% (p < 0,05).
.
.
.
.
.
Resultados
Demografia do estudo clínico
Quatorze indivíduos, totalizando 39 recessões periodontais, foram tratados. A
média de idade foi de 35,79 (variando de 28 a 47 anos), sendo um indivíduo do sexo
masculino e 13 do sexo feminino. Os sítios estavam presentes em 13 caninos, 16
primeiros pré-molares e 10 segundos pré-molares.
Parâmetros clínicos
Os dados amostrais de cada parâmetro foram comparados (diferenças entre
T
0
e T
90
). Os resultados demonstraram que houve uma redução na PS, porém não
significativa (p > 0,05). Em contraste, NCI, RPAC, RPMD, MC e MCI reduziram de
forma significativa (p < 0,05) e um aumento significativo (p < 0,05) na EMGL foi
observado. (Tabela 1)
Tabela 1
Parâmetros clínicos pareados em T
0
e T
90
(Média e Desvio Padrão em mm).
.
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.
.
Correlações entre parâmetros clínicos
Todas as correlações encontradas foram indiretas e significativas (p<0,05).
Foi constatada uma correlação indireta (r = - 0.32) entre a EMGL inicial e a RPAC
inicial. Também foi constatada uma correlação indireta (r = - 0.53) entre a EMGL
inicial e a RPMD inicial. A correlação entre a EMGL inicial e a RPAC final foi indireta
(r = - 0.52). Entre a EMGL inicial e a RPMD final observou-se uma correlação
Média ± DV
T0 90 dias
PS
ns
1,05 ± 0,22 1,02 ± 0,16
RPAC
*
2,58 ± 0,73 0,22 ± 0,28
RPMD
*
3,56 ± 0,62 0,63 ± 0,55
NCI
*
3,63 ± 0,73 1,24 ± 0,39
MC
*
3,99 ± 0,82 3,67 ± 0,82
MCI
*
2,95 ± 0,84 2,64 ± 0,83
EMGL
*
0,47 ± 0,17 0,50 ± 0,16
Teste t – Student.
ns = não significante.
* = diferença significante ( p < 0,05 ).
DV = desvio padrão.
EMGL = espessura da margem gengival livre.
MC = mucosa ceratinizada.
MCI = mucosa ceratinizada inserida.
PS = profundidade de sondagem.
RPAC = recessão periodontal no sentido ápico-coronal.
RPMD = recessão periodontal no sentido mésio-distal
.
.
.
.
.
indireta (r = - 0.73). Foi constatada uma correlação indireta (r = - 0.54) entre a ER e a
RPAC final. Entre a ER e a RPMD final, também foi obtida uma correlação indireta (r
= - 0.75).
Parâmetros associados ao percentual de cobertura radicular
O percentual de cobertura radicular foi calculado pela fórmula relatada por
Shieh et al. (1997), sendo esta aplicada tanto para RPAC como RPMD.
Foi observada uma média geral de cobertura da RPAC de 92,79%, e da
RPMD de 83,71%. Os dentes com RPAC inicial 2,5 ± 0,7 mm, MC inicial > 3,0 ±
0,8 mm e EMGL inicial > 0,5 ± 0,2 mm alcançaram completa cobertura radicular da
RPAC (mediana = 100,00) e não foi observada completa cobertura radicular da
RPMD. (Tabelas 2 e 3)
Tabela 2
Parâmetros associados ao percentual de cobertura radicular da RPAC.
% Cobertura
RPAC 2,5
% Cobertura
RPAC > 2,5
% Cobertura
MC 3,0
% Cobertura
MC > 3,0
% Cobertura
EMGL 0,5
% Cobertura
EMGL > 0,5
n 19 20 5 34 20 19
Mínimo 86,92 64,50 79,13 64,50 64,50 76,45
Máximo 100,00 100,00 94,94 100,00 100,00 100,00
Mediana 100,00 87,45 89,47 100,00 87,45 100,00
* Todos os parâmetros foram mensurados em mm, no tempo inicial (T
0
)
e apresentaram diferença estatisticamente significativa ( p < 0,05 ).
n = tamanho da amostra.
EMGL = espessura da margem gengival livre.
MC = mucosa ceratinizada.
RPAC = recessão periodontal no sentido ápico-coronal.
.
.
.
.
.
Tabela 3
Parâmetros associados ao percentual de cobertura radicular da RPMD.
% Cobertura
RPMD 3,5
% Cobertura
RPMD > 3,5
% Cobertura
MC 3,0
% Cobertura
MC > 3,0
% Cobertura
EMGL 0,5
% Cobertura
EMGL > 0,5
n 19 20 5 34 20 19
Mínimo 65,61 65,20 67,58 65,20 66,09 65,20
Máximo 100,00 100,00 74,19 100,00 100,00 100,00
Mediana 94,32 72,18 72,66 89,27 91,05 73,42
* Todos os parâmetros foram mensurados em mm, no tempo inicial (T
0
)
e apresentaram diferença estatisticamente significativa ( p < 0,05 ).
n = tamanho da amostra.
EMGL = espessura da margem gengival livre.
MC = mucosa ceratinizada.
RPMD = recessão periodontal no sentido mésio-distal.
Discussão
O sucesso do tratamento de recessões periodontais por meio do RPC
compreende diversos critérios como o planejamento cirúrgico em acordo com a
classificação de Miller (1985), o controle dos fatores etiológicos (Wennström &
Zucchelli 1996), o preparo adequado da área receptora (Wennström & Zucchelli
1996), o preparo da superfície radicular (Pini Prato et al. 1999 e Lorenzana & Allen
2000) e o RPC à junção amelocementária, livre de tensão e com controle adequado
do biofilme (Pini Prato et al. 2000).
Baseado neste estudo, a RPAC inicial 2,5 ± 0,7 mm alcançou completa
cobertura radicular (mediana = 100,00), enquanto a RPAC inicial > 2,5 mm não
alcançou (mediana = 87,45). Esses resultados são semelhantes aos de Allen (1994),
Pini Prato et al. (1996), Borghetti et al. (2002), Clauser et al. (2003) e De Abreu
(2006), que defenderam que um aumento na altura inicial da recessão periodontal
(RPAC) foi associado com uma diminuição da total cobertura radicular e do
.
.
.
.
.
percentual de cobertura radicular. Trombelli et al. (1995), Wennström & Zucchelli
(1996), Zucchelli et al. (1998) e Zucchelli & De Sanctis (2000) apresentaram
resultados divergentes: observaram uma maior redução da recessão periodontal em
defeitos mais profundos (com maior RPAC).
Dentes com MC inicial > 3,0 ± 0,8 mm alcançaram total cobertura radicular da
RPAC (mediana = 100,00), enquanto dentes com MC inicial 3,0 mm não
alcançaram (mediana = 89,47). Esses resultados estão de acordo com os estudos
de Allen & Miller (1989) e Huang et al. (2005), que determinaram a altura de, pelo
menos, 3,0 mm de MC como critério de seleção para o sítio doador na cnica do
RPC. Entretanto, Blanc et al. (1991) e Harris & Harris (1994) demonstraram que a
altura inicial da MC não comprometeu o recobrimento radicular.
Dentes com EMGL inicial > 0,5 ± 0,2 mm atingiram completa cobertura
radicular (mediana = 100,00), enquanto dentes com EMGL inicial 0,5 mm não
atingiram (mediana = 87,45). Esses resultados são semelhantes aos encontrados
por Allen & Miller (1989), Baldi et al. (1999), Huang et al. (2005), De Abreu (2006) e
Hwang & Wang (2006), que constataram uma relação direta, ou seja, quanto maior a
EMGL inicial, maior o percentual de cobertura radicular. No entanto, Wennström &
Zucchelli (1996) relataram que não seria a espessura gengival que favorece o
sucesso do recobrimento radicular, mas outros fatores como, principalmente, a
interrupção do trauma provocado pela escovação.
O tecido gengival com maior espessura mantém a vascularização, favorece a
adaptação tecidual e promove a cicatrização da ferida durante e após a cirurgia.
Segundo Hwang & Wang (2006), o tecido gengival mais espesso resiste ao trauma
e, conseqüentemente, à recessão; possibilita a manipulação tecidual, promove
melhor inserção; melhora a estética; apresenta menos inflamação clínica e oferece
melhor prognóstico dos procedimentos cirúrgicos. Diferentes medidas foram citadas
na literatura, 0,8 mm (Baldi et al. 1999), 1,0 mm (Allen & Miller 1989), 1,2 mm
(Huang et al. 2005), como espessura gengival mínima requerida para o sucesso do
recobrimento radicular. No entanto, a EMGL mínima real ainda não foi estabelecida.
As amostras limitadas e as diferenças metodológicas entre os estudos dificultam a
análise, comparação e qualquer conclusão definitiva sobre esse assunto. Os
estudos variam na forma de mensuração, na localização da espessura gengival
avaliada, e também no método terapêutico. A maioria dos estudos mede a
.
.
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.
espessura gengival coronalmente à junção mucogengival, mas em diferentes níveis,
tanto na mucosa ceratinizada quanto na mucosa ceratinizada inserida. Ainda não
está consolidado se a posição é um fator relevante. A diferença dos valores da
espessura gengival pode estar relacionada às diversas técnicas de mensuração. No
presente estudo, a mensuração da EMGL foi realizada na face CV, com o auxílio do
Paquímetro Periodontal
, de forma extremamente precisa. Enquanto alguns estudos
(Baldi et al. 1999) utilizaram um compasso de Iwanson, outros
(Allen & Miller 1989,
Wennström & Zucchelli 1996, Huang et al. 2005 e Hwang & Wang 2006) definiram a
espessura gengival pela visibilidade da sonda periodontal durante a sondagem,
método bastante subjetivo.
Assim como a RPAC inicial, a RPMD inicial foi reduzida de forma significativa
(p < 0,05), e a extensão desses dois parâmetros influenciou de forma inversamente
proporcional à cobertura radicular. Esses resultados estão de acordo com Allen
(1994), Pini Prato et al. (1996), Borghetti et al. (2002), Clauser et al. (2003) e De
Abreu (2006). Nesse contexto, os índices propostos por Miller (1985) destacavam
a importância do nível ósseo interproximal e a largura da recessão (RPMD) com a
previsibilidade da cobertura. Segundo o estudo clássico de Sullivan & Atkins (1968),
as recessões mais largas são mais difíceis de serem recobertas, pois as fontes
vasculares encontram-se mais afastadas do centro da raiz desnudada do que nas
recessões estreitas. Os resultados desses estudos confirmam a importância da
observação desses critérios para o planejamento cirúrgico no tratamento das
recessões periodontais. Zucchelli et al. (1998) e Grossi (2004) encontraram
resultados divergentes, demonstrando uma correlação de Pearson direta, ou seja,
quanto maior a RPAC e a RPMD inicial, maior a cobertura final. No entanto, é
importante ressaltar que essas discrepâncias podem estar relacionadas às
diferentes técnicas cirúrgicas e biomateriais utilizados nos estudos.
No presente estudo, apesar de não ter ocorrido alteração estatisticamente
significativa na PS, uma redução (p < 0,05) na RPAC implicou em uma melhora
significativa estatisticamente (p < 0,05) no NCI, no tempo de 90 dias em relação ao
T
0.
Esses resultados são semelhantes aos de Shieh et al. (1997), Wang et al. (2001),
Paolantonio (2002), Grossi (2004), Trabulsi et al. (2004) e De Abreu (2006).
Houve uma redução de 0,3 ± 0,8 mm na média da largura da MC,
acompanhada por uma redução de 0,3 ± 0,8 mm na média da largura da MCI (P <
.
.
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.
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0,05), aos 90 dias. Esses resultados se aproximam dos descritos por Baldi et al.
(1999) e Trabulsi et al. (2004) quando foi observado, em ambos os estudos, um
decréscimo na média em 0,2 mm (p < 0,05), aos 90 e 120 dias, respectivamente.
No entanto, diferem dos resultados apresentados por De Abreu (2006): acréscimo na
média de 0,1 mm (p < 0,05), aos 120 dias; Paolantonio (2002): acréscimo de 0,2 mm
(p < 0,05) após um ano; Grossi (2004): acréscimo de 0,6 mm (p < 0,05), aos 120
dias, Wang et al. (2001): acréscimo de 0,7 mm (p < 0,05), aos 180 dias e Shieh et al.
(1997): acréscimo de 0,9 mm (p < 0,05), aos 180 dias. Porém, deve-se destacar que
essas divergências podem estar relacionadas às diferentes técnicas cirúrgicas
mucogengivais empregadas e aos diferentes períodos de avaliação pós-cirúrgica.
Houve um aumento estatisticamente significativo (p < 0,05) de 0,03 ± 0,1 mm
na EMGL, aos 90 dias. Resultado semelhante foi descrito por Huang et al. (2005),
que encontraram aumento (p < 0,05) de 0,4 mm na EMGL, aos 180 dias. Esses
autores sugeriram que uma contração significativa da espessura do retalho gengival
poderia resultar em uma menor quantidade de cobertura radicular, determinando,
assim, a grande importância da manipulação do retalho periodontal. No presente
estudo, também foi constatada uma relação indireta entre a ER e a RPAC final,
assim como entre a ER e a RPMD final (p < 0,05), ou seja, quanto maior a ER,
menor a RPAC final e RPMD final.
Foi constatada uma relação indireta entre a EMGL inicial e a RPAC inicial,
assim como entre a EMGL inicial e a RPMD inicial (p < 0,05). Esses dados sugerem
a influência da espessura gengival na etiologia das recessões periodontais, ou seja,
quanto menor a EMGL, maior a presença e gravidade da RPAC e RPMD.
Até o momento, a literatura referente à influência dos parâmetros clínicos
periodontais no grau de cobertura radicular encontra-se em estágio de
desenvolvimento. de se frisar as limitações e diferenças metodológicas entre os
estudos, o que dificulta a análise, comparação e qualquer conclusão geral e
definitiva sobre o assunto. Os estudos apresentam grande variabilidade em relação
às terapias utilizadas; técnicas de mensuração dos parâmetros; randomização;
heterogeneidade nas faixas etárias das casuísticas; limitação no tamanho da
amostra; variedade na quantidade de sítios cirúrgicos; tipos dos defeitos tratados;
diferenças nos períodos de acompanhamento pós-operatório.
.
.
.
.
.
A avaliação da influência dos parâmetros clínicos periodontais no grau de
cobertura radicular e na manutenção de sua estabilidade necessita de maiores
investigações, por meio de registros periódicos com maior padronização e
acompanhamento do desempenho longitudinal dos procedimentos.
Neste estudo, a avaliação e análise dos parâmetros clínicos periodontais foi
realizada no intuito de observar uma possível influência, direta ou indireta, no
resultado, em relação à cobertura radicular por meio do RPC. A RPAC inicial, a MC
inicial e a EMGL inicial foram os parâmetros decisivos no sucesso do tratamento das
recessões periodontais, associados com total cobertura radicular. Desta forma, o
presente estudo indica que a RPAC inicial, a MC inicial e a EMGL inicial são
significantes preditores do recobrimento radicular por meio da técnica do RPC.
.
.
.
.
.
INFLUENCE OF PERIODONTAL CLINICAL PARAMETERS IN GINGIVAL
RECESSIONS TREATMENT BY CORONALLY POSITIONED FLAP PROCEDURE.
Abstract
Objectives: The search for an effective treatment of the periodontal recessions
unchained the appearance and the improvement of surgical techniques. Studies
have been accomplished seeking the root coverage, however, it doesn't exist in the
literature a consent on the influence of periodontal clinical parameters in the degree
of root coverage, being the reduced number and with methodological differences, the
one that doesn't allow delineate definitive conclusions. The principal objective of this
study was to evaluate the influence of periodontal clinical parameters in the treatment
of periodontal recessionsby coronally positioned flap procedure.
Material and methods: This clinical study presented a longitudinal design and used
as method the coronally positioned flap in a sample of 14 patient with gingival
recession (GR), Miller class I and II, in the canine and premolar maxillary teeth,
totaling 39 recessions. The parameters clinical-periodontais: probing depth (PD),
recession depth (RD), recession width (RW), clinical attachment level (CAL),
keratinized tissue (KT), attachment keratinized tissue (AKT), flap thickness (FT),
gingival thickness (GT) and degree of root coverage were appraised in the initial
period and in 90 days after the execution of the surgical procedures, measured by
Periodontal Paquímetro
and of the probe periodontal UNC 15 (Hu Friedy
).
Results: The obtained clinical results were analyzed by the tests t of Student, Mann-
Whitney.and correlation of Pearson. It was observed that there was not significant
alteration in the PD. There was a significant root coverage in RD (92,79%) and in RW
(83,71%), what generated a significant improvement in CAL. There was a significant
reduction in KT and AKT and an increase in GT. A relationship indirect, significant,
was observed between initial GT and GR (RD and RW) to the 90 days. A relationship
indirect, significant, was verified between ER and GR (RD and RW) to the 90 days.
Conclusions: Initial RD, initial KT and GT were the parameters that exercised larger
influence in the root coverage.
Key words: gingival recession; root coverage; coronally advanced flap; keratinized
tissue; gingival thickness.
.
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mandibulat central incisors after orthodontic proclination in adults. American Journal
of Orthodontics & Dentofacial Orthopedics 11, 45-51.
36. Zucchelli, G., Clauser, C., De Sanctis, M. & Calandriello, M. (1998) Mucogingival
versus guided tissue regeneration procedures in the treatment of deep recession
type defects. Journal of Periodontology 69, 138-145.
37. Zucchelli, G. & De Sanctis, M. (2000) Treatment of multiple recession-type
defects in patients with esthetic demands. Journal of Periodontology 71, 1506-1514.
.
.
.
.
.
ANEXOS
ANEXO A
Carta de Aprovação do Comitê de Ética
Belo Horizonte, 02 de maio de 2007.
De: Profa. Maria Beatriz Rios Ricci
Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa
Para: Thaís Ribeiral Vieira
Faculdade de Odontologia – PUC Minas
Prezado(a) pesquisador(a),
O Projeto de Pesquisa CAAE - 0044.0.213.000-07 “Influência dos parâmetros
clínicos periodontais no tratamento de recessões periodontais por meio do retalho
posicionado coronalmente” foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da PUC
Minas.
.
.
.
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.
Atenciosamente,
Profa. Maria Beatriz Rios Ricci
Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa – PUC Minas
ANEXO B
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS CLÍNICOS PERIODONTAIS NO
TRATAMENTO DE RECESSÕES PERIODONTAIS POR MEIO DO
RETALHO POSICIONADO CORONALMENTE.
Este termo de consentimento pode conter palavras que você não entenda.
Peça ao pesquisador que explique as palavras ou informações não compreendidas
completamente.
1 ) Introdução
Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa “Influência dos
parâmetros clínicos periodontais no tratamento de recessões periodontais por meio
de retalho posicionado coronalmente”, realizado na PUC-MG, pela aluna do
Mestrado em Clínicas Odontológicas, área de concentração em Periodontia, Thaís
Ribeiral Vieira e tendo como responsável o Professor Doutor Elton Gonçalves
Zenóbio. Se decidir participar dela, é importante que leia essas informações sobre o
estudo e o seu papel nesta pesquisa.
Você foi selecionado entre indivíduos de ambos os sexos, idade entre 18 a 50
anos, não fumantes, não estando em terapia ortodôntica, com ausência de doença
.
.
.
.
.
periodontal, sem apresentar qualquer envolvimento sistêmico com possibilidade de
contra-indicar ou alterar a terapia periodonto-cirúrgica proposta e sem participação
obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu
consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o
pesquisador ou com a instituição.
É preciso entender a natureza e os riscos da sua participação e dar o seu
consentimento livre e esclarecido por escrito.
2 ) Objetivo
O objetivo deste estudo é verificar o ganho de cobertura radicular obtido pela
técnica de RPC e avaliar a influência dos parâmetros clínicos periodontais no
tratamento de recessões periodontais por meio de retalho posicionado
coronalmente.
3 ) Procedimentos do Estudo
Os sítios serão tratados com retalho posicionado coronalmente. Este
procedimento recupera os tecidos gengivais perdidos, promovendo a cobertura da
raiz previamente exposta. Se concordar em participar deste estudo, você será
solicitado a responder a um questionário sobre seu estado geral de saúde e
submetido a um exame bucal.
4 ) Riscos e desconfortos
Os desconfortos que esses procedimentos podem causar aos pacientes estão
relacionados com a dor e o edema. Porém, analgésicos de rotina que os pacientes
são habituados a tomar para qualquer situação de dor resolvem esse problema.
Aplicando-se o gelo na face próxima da área operada, o edema pode ser evitado
e/ou controlado.
.
.
.
.
.
5 ) Benefícios
O presente estudo é uma observação científica que poderá contribuir para a
Periodontia, visto que uma grande preocupação com as recessões periodontais
devido ao enorme desconforto com a presença delas, tais como: sensibilidade,
aumento da possibilidade de formar lesões cariosas, etc. Essa técnica proposta
recupera os tecidos gengivais e periodontais, melhorando a estética, diminuindo o
comprimento da coroa clínica dos dentes, a sensibilidade dentinária e o risco de
lesões cariosas. A participação na pesquisa não acarretagasto para você, sendo
totalmente gratuita. O conhecimento que você adquirir a partir da sua participação na
pesquisa poderá beneficiá-lo com informações e orientações futuras em relação ao
seu problema/tratamento/situação de vida, especialmente em relação à modificação
de hábitos de vida, alimentação, trabalho e um melhor conhecimento dos fatores de
risco sobre o tema, beneficiando-o de forma direta ou indireta.
O tratamento poderá ou não trazer benefícios a você, mas as informações,
obtidas por meio do estudo, poderão ser importantes para a descoberta de novos
tratamentos/técnicas/tecnologia, capazes de diminuir os problemas existentes em
relação ao objeto pesquisado.
As consultas, os procedimentos relacionados ao estudo e a terapêutica
utilizada serão inteiramente gratuitos.
Se diagnosticado algum problema, este será tratado e/ou encaminhado para
tratamento apropriado.
Av. Dom José Gaspar, 500 - Fones: 3319-4229 e 3319.4230 - Fax: 3319-4229
CEP 30535.610 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
e-mail: proppg@pucminas.br e [email protected]
Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação
6 ) Tratamento Alternativo (se for o caso)
Enxerto gengival livre e retalho posicionado coronalmente, com algumas
limitações.
.
.
.
.
.
A participação neste estudo é voluntária. Você tem o direito de o querer
participar ou de sair deste estudo a qualquer momento, sem penalidades ou perda
de qualquer benefício a que tenha direito. Se você decidir o participar deste
estudo, existem outros tratamentos odontológicos disponíveis para o seu caso. Você
também pode ser desligado do estudo a qualquer momento sem o seu
consentimento nas seguintes situações:
não usar ou seguir adequadamente as orientações/tratamento em
estudo;
sofrer efeitos indesejáveis sérios não esperados;
término do estudo.
Se você decidir não participar deste estudo, receberá o tratamento padrão
para o seu problema de acordo com as normas desta instituição.
7 ) Custos/Reembolso
Você não terá nenhum gasto com a sua participação no estudo. A medicação,
as consultas, os exames e todo tratamento serão gratuitos e também não receberá
pagamento pela sua participação. Vo não receberá cobrança por nenhum
tratamento e exame adicional ou qualquer outro procedimento feito durante o
estudo.
8 ) Responsabilidade (se for o caso)
Efeitos indesejáveis ou lesões são possíveis em qualquer estudo de pesquisa,
apesar de todos os cuidados possíveis, e podem acontecer sem que a culpa seja
sua ou dos profissionais. Os efeitos indesejáveis conhecidos foram descritos neste
termo de consentimento, mas outros efeitos indesejáveis também podem ocorrer. Se
você adoecer ou sofrer efeitos indesejáveis como resultado direto da sua
participação neste estudo, a necessária assistência profissional (médica,
odontológica, de fisioterapia, etc.) será dada a você.
9 ) Caráter Confidencial dos Registros
.
.
.
.
.
Algumas informações obtidas a partir de sua participação neste estudo não
poderão ser mantidas estritamente confidenciais. Além dos profissionais de saúde
que estarão cuidando de você, agências governamentais locais, o Comitê de Ética
em Pesquisa da instituição, onde o estudo está sendo realizado, e seus
representantes podem precisar consultar seus registros. Você não será identificado
quando o material de seu registro for utilizado, seja para propósitos de publicação
científica ou educativa. Ao assinar este consentimento informado, você autoriza as
inspeções em seus registros.
10 ) Participação
Sua participação nesta pesquisa consistirá em comparecer na Faculdade de
Odontologia da PUC-MG, prédio 46, sala da clínica de pós-graduação em
Periodontologia, no dia marcado para realização dos exames clínicos e cirurgias. É
importante que você esteja consciente de que a participação neste estudo de
pesquisa é completamente voluntária e de que você pode recusar-se a participar ou
sair do estudo a qualquer momento sem penalidades ou perda de benefícios aos
quais você tenha direito de outra forma. Em caso de você decidir retirar-se do
estudo, deverá notificar ao profissional e/ou pesquisador que esteja atendendo-o. A
recusa em participar ou a saída do estudo não influenciarão seus cuidados nesta
instituição.
11 ) Para obter informações adicionais
Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço
do pesquisador principal, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua
participação, agora ou a qualquer momento. Caso você venha a sofrer uma reação
adversa ou danos relacionados ao estudo, ou tenha mais perguntas sobre o estudo,
por favor, ligue para Dra. Thaís Ribeiral Vieira pelo telefone (31) 3281-1575. Se você
tiver perguntas com relação a seus direitos como participante do estudo clínico, você
também pode contatar uma terceira parte/pessoa, que não participa desta
pesquisa, Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição.
.
.
.
.
.
Av. Dom José Gaspar, 500 - Fones: 319-4229 e 319.4230 - Fax: 319-4229
CEP 30535.610 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil e-mail:
[email protected] e pesquisa@pucminas.br
Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação
12 ) Declaração de consentimento
Li ou alguém leu para mim as informações contidas neste documento antes
de assinar este termo de consentimento. Declaro que fui informado sobre os
métodos e meios de administração do medicamento em estudo a serem utilizados,
as inconveniências, riscos, benefícios e eventos adversos que podem vir a ocorrer
em conseqüência dos procedimentos e do medicamento.
Declaro que tive tempo suficiente para ler e entender as informações acima.
Declaro também que toda a linguagem técnica utilizada na descrição deste estudo
de pesquisa foi satisfatoriamente explicada e que recebi respostas para todas as
minhas dúvidas. Confirmo também que recebi uma cópia deste formulário de
consentimento. Compreendo que sou livre para me retirar do estudo em qualquer
momento, sem perda de benefícios ou qualquer outra penalidade.
Dou meu consentimento de livre e espontânea vontade e sem reservas para
participar como paciente deste estudo.
_______________________________________________________________
Nome do participante (em letra de forma):
__________________________________________
Assinatura do participante ou representante legal
Data ____/ ______/ ________
.
.
.
.
.
Atesto que expliquei cuidadosamente a natureza e o objetivo deste estudo, os
possíveis riscos e benefícios da participação no mesmo, junto ao participante e/ou
seu representante autorizado. Acredito que o participante e/ou seu representante
recebeu todas as informações necessárias, que foram fornecidas em uma linguagem
adequada e compreensível e que ele/ela compreendeu essa explicação.
____________________________________________________
Assinatura da pesquisadora
Data ____/ ______/ ________
ANEXO C
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Paciente:_________________________________________________
Sexo:_____________
Nasc:___/___/___
End:_____________________________________________________
Tels:________________________
Dente examinado:_____________
Data: ___/___/___
Etiologia da recessão: __________________________
Procedimento operatório: _______________________
.
.
.
.
.
PARÂMETROS CLÍNICOS:
Professor orientador: Elton Gonçalves Zenóbio
Aluna: Thaís Ribeiral Vieira
ANEXO D
INSTRUÇÕES PARA OS PACIENTES APÓS A CIRURGIA
1. Quando passar o efeito da anestesia, você poderá sentir algum
desconforto. A fim de ajudá-lo a suportar este período, você deverá fazer
uso de um analgésico, imediatamente após o término da cirurgia
conforme prescrito.
2. A medicação indicada deverá ser tomada, de acordo com a prescrição,
nos intervalos e na quantidade indicada impreterivelmente.
3. Freqüentemente, após a cirurgia, segue-se o edema (inchaço), sem
significado clínico maior. É uma reação inflamatória normal do organismo.
Você poderá minimizar este inconveniente com a aplicação de gelo, nas
RPAC RPMD ER
PS
Inicial Abertura
Inicial Abertura
MC MCI EMGL
Abertura
Dias CV CV CV CV CV CV CV CV CV
Inicial
(T
0
)
90
180
360
.
.
.
.
.
seis primeiras horas após o término da cirurgia. Aplique um saquinho
plástico com pedras de gelo durante 5 minutos, com intervalos de 10
minutos entre as aplicações, na face sobre a região operada. (Use um
creme hidratante sobre a pele)
4. Nas primeiras 24 horas pode ser encontrado sangue na saliva. Caso
ocorra sangramento, com uma gaze estéril dobrada em forma de “u” ,
aperte suavemente o curativo ou a região operada, em ambos os lados,
por 15 minutos. Se assim mesmo a hemorragia persistir, entre em
contato com o consultório.
5. Sua alimentação nos cinco primeiros dias deverá ser baseada em
alimentos semi-sólidos ou líquidos (sorvetes, sucos, cremes, sopas,
massas). Nas primeiras 24 horas, toda alimentação deverá ser fria ou
gelada. Não mastigue sobre a região operada.
6. A higiene oral é uma parte importante em sua recuperação. Após 24h da
cirurgia, você deverá banhar, sem bochechar, a região operada. A
solução utilizada deverá ser a prescrita, ou uma solução de água fria e
sal, (uma colher de sopa de sal dissolvida em 1 litro de água filtrada). Nas
demais regiões da boca, a higiene deverá ser mantida normalmente.
Após 72 horas deverão ser realizados leves bochechos (com a solução
anteriormente citada, porém com água morna), pelo menos quatro vezes
ao dia.
7. Nas primeiras 48 horas, faça um repouso relativo. Após este período,
você poderá voltar às suas atividades diárias, sem, entretanto, realizar
esforços físicos de qualquer natureza ou freqüentar ambientes quentes e
tomar sol por um período de uma semana.
8. O hábito de fumar é prejudicial à sua saúde e interfere de sobre maneira
nos mecanismos de cicatrização da ferida cirúrgica; portanto não fume.
9. Qualquer dúvida que não possa ser resolvida com estas explicações ou
outro acontecimento inesperado deverá ser comunicado em primeira
instância ao pesquisador.
10. Data para remoção da sutura: ______________________________
.
.
.
.
.
Dra. Thaís Ribeiral Vieira, Cirurgiã-Dentista (CRO-MG 30.246), especialista em
Periodontia, aluna do Mestrado em Clínicas Odontológicas, área de concentração
em Periodontia.
(31) 3272-8219 consultório
(31) 3281-1575 residência
(31) 8476-5158 celular
ANEXO E
ANAMNESE
Identificação do Paciente
Nome:_______________________________________________________________
Naturalidade: ______________________ Data de Nascimento: _____/ _____/______
Residência:rua:__________________________________ Nº ____________________
Bairro:______________________________ CEP:____________________
Tel. residencial:____________________ Tel. Celular: __________________________
e-mail: ______________________________________
Nome do pai:__________________________________________________________
Nome da mãe:_________________________________________________________
Profissão: ____________________________Sexo:____________________________
.
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Casado ( ); Solteiro ( ); Outros ( ) Nome do cônjuge: ________________________
Anamnese
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Sente sangramento quando escova os dentes? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Faz uso de algum medicamento? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes
Se sim, qual? ________________________________
Está ou esteve sob tratamento médico? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes
Se sim, qual? ________________________________
Já esteve seriamente doente ou hospitalizado? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Já teve convulções? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Já sofreu algum traumatismo na face ? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Já teve alguma reação desfavorável ao tratamento odontológico?
Se sim, qual ? _____________________________ ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Quantas vezes escova os dentes ao dia ? ( ) _________ vezes
Faz uso de outros meios para limpeza bucal? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, qual ( quais ) ? ______________________________________________________________
Tem ou teve alguma doença infecto-contagiosa? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, qual? ________________________________
Apresenta hepatite? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Apresenta diabetes? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Apresenta histórico de febre reumática? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Apresenta AIDS? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Faz uso de drogas? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes
Se sim, qual?________________________________
Consome bebidas alcoólicas? ( ) socialmente ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Sofre de enfermidades inflamatórias? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Como artrite ou reumatismo?
Apresenta alergia a algum medicamento? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, qual? ________________________________
Faz uso de marca-passo ou válvula cardíaca artificial? ( ) sim, ( ) não, ( ) não sei
Esteve ou esta sob tratamento com radiação ou quimioterapia ( ) sim, ( ) não
para combater tumor, neoplasia ou outra?
.
.
.
.
.
Sangrou excessivamente depois de cortar-se ou ferir-se? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes
Sofre de epilepsia ou ataques nervosos? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Teve ou tem tuberculose? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Esteve ou está sob tratamento psiquiátrico? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Tem articulações artificias ou usa próteses? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Sofre de algum distúrbio renal? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, qual? _______________________________
Sofre de algum distúrbio sanguíneo? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, qual? _______________________________
Sofre de distúrbios cardiovasculares? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, qual? _______________________________
Sofre de distúrbios gastrointestinais? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, qual? _______________________________
Já apresentou reação ao anestésico odontológico? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, qual? ______________________________
Existe alguma doença predominate em sua família? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, qual? ________________________________
Já fez tratamento de radioterapia ou quimioterapia? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se, mulher; encontra-se grávida ou crê estar? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, de quantos meses? _____________________
Faz uso de algum anticoncepcional? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim, qual? ________________________________
Tem hábitos de:
Roer unhas ( onicofagia )? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Bruxomania? ( Ranger os dentes à noite) ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Respirar pela boca? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Bricismo? ( apertar os dentes durante o dia) ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Morder objetos? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Tabagismo? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Morder lábios? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Morder a língua? ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Alimentares ? ( dietas ) ( ) sim, ( ) não, ( )às vezes, ( ) não sei
Se sim qual(ais)?_________________________________________________________
Belo Horizonte, ______ de ___________________ de 200 ____
.
.
.
.
.
Certifico que todas as informações por mim prestadas nestas fichas
são verdadeiras.
Responsabilizo-me por quaisquer problemas gerados durante o tratamento em
decorrência da omissão de informações por minha parte.
Assinatura do paciente / responsável legal.
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