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sendo justamente esse o cerne do problema tributário brasileiro que atualmente se
criou.
Nesse caso, alguns Estados serão fortemente onerados com a política
tributária dispare do Brasil, como o caso do setor arrozeiro gaúcho. No entanto, esse
problema não é originário dos países do Prata, mas sim, de um sistema tributário
interno bastante complexo que tem gerado movimentos contrários à integração.
Seguindo essa lógica, Greco destaca:
Num processo de integração regional, a tributação é um daqueles temas
que tocam o âmago da integração e vincula-se ao seu próprio êxito, pois,
de um lado, diz respeito ao exercício de uma das facetas básicas da
soberania; e, de outro, configura instrumento indispensável à geração de
recursos para o Estado exercer suas funções, além de interferir
profundamente no processo econômico, podendo, inclusive, gerar reflexos
na concorrência entre as empresas de países distintos (GRECO, 2002 p.
39).
Quando se aborda a questão de tributação envolvendo países unidos por uma
integração regional não se pode omitir do debate o critério da tributação no “país de
destino” e “no país de origem”, são critérios que podem alterar o fluxo competitivo e
comercial dos países-membros ao tratar-se de impostos indiretos sobre o consumo.
Na visão de Vicchi (2004) esse aspecto pode ser traduzido da seguinte maneira:
Mediante el criterio de país de destino, las facultades de imposición se
preservan, en las transacciones internacionales, para el país importador
de los bienes objeto de dichos impuestos, el que debe otorgales igual
tratamiento fiscal que el correspondiente a similares bienes producidos
dentro de sus fronteras. La aplicación de este criterio implica la necessidad
de mantener las fronteras fiscales entre los países miembros de la zona de
integración, em el sentido que, a efectos de preservar las condiciones
competitivas, resulta necesario que el país exportador reintegre los
gravámenes que han incidido em el precio de los productos exportados, de
forma que la tributación no los coloque em desventaja comparativa em el
país hacia donde se destinan. Por outra parte la preservación de las
aludidas condiciones competitivas em el comercio intraregional obliga a
extremar los recaudos para evitar las distorciones que causarían
reintegros excesivos a la exportación em frontera, por encima del mondo
exacto de los gravámenes que han incidido em el costo de los bienes. Por
el contrario, un reintegro en defecto afectaría la capacidad competitiva de
los exportadores. El país de destino aplica a su vez a los productos
importados, las mismas alícuotas y exenciones que las correspondientes a
los productos nacionales, lo cual responde adecuadamente al concepto de
que la tributación em la matéria corresponde al lugar donde se lleva a
cabo el consumo. El criterio de país de origen implica que los países
exportadores preservan sus faculdades tributarias y que el país importador
no somete a imposición las importaciones provenientes de países que
conformen la zona(VICCHI, 2004 p. 07).