26
trabalhados para sua superação; onde a desinformação é enfrentada e
possíveis caminhos são traçados; onde o autoconhecimento adquire status de
algo que se constrói na relação com o outro, e não como algo que se dá a
partir de uma reflexão isolada, descolada da realidade social, ou que se
conquista através de um esforço pessoal” (Bock & Aguiar,1995, p.17).
Na visão de Neiva (2007), a Orientação Profissional não se caracteriza
como uma decisão isolada e sim, configura-se como um processo contínuo,
composto de várias decisões tomadas ao longo da vida.
Melo-Silva, Lassance & Soares (2004) ressaltam que a Orientação
Profissional deve ser inserida num contexto mais abrangente, como um cenário
de atividades que, além de auxiliar pessoas a tomar decisões no âmbito do
trabalho, pode contribuir ainda com a Educação Profissional e a transição da
escola para o mundo do trabalho de maneira mais fluente.
Em termos de referencial teórico, a abordagem clínica é a que trabalha o
processo de escolha de maneira mais ampla, investigando possíveis
problemáticas do indivíduo e estimulando-o a ampliar o conhecimento de sua
identidade profissional. Além disso, a modalidade clínica possibilita ao
orientando pensar nos aspectos particulares de sua vida, suas inseguranças,
fantasias e expectativas. Nessa abordagem muitas vezes são utilizados
instrumentos que incluem: testes projetivos, testes psicométricos,
questionários, entrevistas, dramatizações, jogos, técnicas plásticas (desenho,
pintura, colagem), entre outros (Müller, 1988, citado por Andrade, Meira &
Vasconcelos, 2002).
À respeito dos instrumentos de avaliação, Noronha & Ambiel (2006),
apontam que eles são utilizados desde as primeiras experiências de