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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
Rondineli Rodrigues Pereira
APLICAÇÃO DE FILTROS ADAPTATIVOS
EM FILTROS ATIVOS DE POTÊNCIA
Dissertação submetida ao Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Elétrica como parte
dos requisitos para obtenção do tulo de
Mestre em Ciências em Engenharia Elétrica.
Área de Concentração:
Automação e Sistemas Elétricos Industriais.
Orientador:
Luiz Eduardo Borges da Silva
Co-orientador:
Germano Lambert Torres
Março de 2009
Itajubá - MG
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i
Agradecimentos
Agradeço a Deus por ter me permitido realizar meus sonhos, que a
anos atrás pareciam tão impossíveis. E que a cada dia me abençoa com
suas graças em minha vida.
A minha mãe Ivony que sempre orou, torceu, realizou e continua
realizando grandes esforços para que eu possa continuar na minha
caminha em busca dos meus sonhos. A meu grande irmão Ramon, que às
vezes me tira do sério, mas a quem tenho um grande amor e dedicação.
Agradeço meus avós, Carmelita e Valdete (in memorian), Iracema e
Sebastião, aos meus tios, tias, primas e primos que sempre me incentivam
na luta diária por meus objetivos. A minha namorada Danielle pelo
carinho e compreensão.
Ao povo brasileiro e a FAPEMIG pelo apoio financeiro, neste dois
anos de pesquisa.
Um agradecimento especial ao professor Luiz Eduardo pela
atenção, apoio, amizade, confiança e estímulo. Ao professo Germano pela
sua prestativa colaboração. E também ao amigo Carlos Henrique pela
grande ajuda e observações contrutivas sobre o trabalho.
ii
Resumo
Este trabalho apresenta uma nova estratégia para melhorar a
aplicação de Filtros Adaptativos para detecção de harmônicos em um Filtro
Ativo de Potência Shunt.
O objetivo final da estratégia é melhorar a velocidade de
convergência do Filtro Adaptativo e reduzir o erro em regime permanente.
Dois casos principais são apresentados e discutidos, um com um Filtro
Adaptativo FIR (Finite Impulse Response) e outro com um Filtro
Adaptativo Sintonizado. Nos dois casos o algoritmo Least Mean Square
(LMS) foi usado para o ajuste dos coeficientes.
Simulações utilizando o Matlab/Simulink são apresentadas para
esclarecer o algoritmo. Implementações práticas também são realizadas
usando o Processador Digital de Sinais da Texas Instruments
TMS320F2812, sendo os resultados apresentados. Aspectos importantes
relacionados ao tempo de cálculo gasto pelo Filtro Adaptativo, a velocidade
de convergência durante alterações na carga e ao erro em regime
permanente, são apresentados.
iii
Abstract
This work presents a new strategy to improve the applicability of
Adaptive Filters for harmonic detection in Shunt Active Power Filters
(SAPF).
The final objective of the strategy is improving the speed of
convergence of the Adaptive Filter and reduces the steady-state error. Two
main cases are presented and discussed, one with a Finite Impulse
Response (FIR) Adaptive Filter and another with an Adaptive Notch Filter.
The Least Mean Square (LMS) algorithm was used to adjust the
coefficients in the both cases.
Simulations using Matlab/Simulink are presented to clarify the
algorithm. Also practical implementation is performed using the DSP
Texas Instruments TMS320F2812 and the results depicted. Important
aspects concerning the calculation time of the adaptive filter, convergence
speed during changes in the load and the steady-state error, are presented.
iv
Índice
Agradecimentos ................................................................................................................. i
Resumo ............................................................................................................................. ii
Abstract ............................................................................................................................ iii
Índice ............................................................................................................................... iv
Lista de Figuras ............................................................................................................... vi
Lista de Tabelas ............................................................................................................... xi
Lista de Abreviaturas ...................................................................................................... xii
1
Introdução ................................................................................................................. 1
2
O Filtro Ativo de Potência ........................................................................................ 4
2.1
Detecção de Harmônicos em Filtros Ativos de Potência Paralelos ................... 5
2.1.1
Métodos no Domínio da Freqüência .......................................................... 6
2.1.2
Métodos no Domínio do Tempo ................................................................. 8
3
Filtros Adaptativos ................................................................................................. 13
3.1
O Filtro Adaptativo .......................................................................................... 13
3.2
A Filtragem Adaptativa ................................................................................... 14
3.3
Estruturas para o Filtro .................................................................................... 15
3.4
Algoritmos de Adaptação Baseados no Gradiente .......................................... 18
3.4.1
Forma Geral do Algoritmo ....................................................................... 18
3.4.2
Função de Custo MSE (Mean-Square Error) ........................................... 19
3.4.3
A Solução de Wiener ................................................................................ 19
3.4.4
Método Steepest Descent .......................................................................... 21
3.4.5
O Algoritmo LMS (Least Mean Square) .................................................. 22
3.5
Aplicações ........................................................................................................ 23
3.5.1
Cancelamento de Ruído Adaptativo ......................................................... 23
3.5.2
Predição Linear com Filtro Adaptativo .................................................... 24
v
3.6
Filtro Adaptativo Sintonizado (Adaptive Notch Filter) ................................... 25
4
Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência ........................... 27
4.1
Detecção de Harmônicos com Filtro Adaptativo ............................................. 28
4.2
Predição Linear com Filtro Adaptativo ........................................................... 30
5
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável...................................................... 36
5.1
Nova Estratégia para o Passo de Adaptação Variável ..................................... 37
6
Resultados de Simulação ........................................................................................ 46
6.1
Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho .......................................................... 46
6.2
Filtro Adaptativo FIR ....................................................................................... 53
6.3
Filtro Adaptativo Sintonizado (Adaptive Notch Filter) ................................... 61
7
Resultados Experimentais ...................................................................................... 70
7.1
Filtro Adaptativo FIR ....................................................................................... 74
7.2
Filtro Adaptativo Sintonizado (Adaptive Notch Filter) ................................... 84
8
Conclusão ............................................................................................................... 98
8.1
Conclusão Geral ............................................................................................... 98
8.2
Trabalhos Futuros ............................................................................................ 99
Referências Bibliográficas ............................................................................................ 100
Apêndice A – Blocos do Simulink Montados para a Simulação .................................. 102
Apêndice B – DSP TMS320F2812 .............................................................................. 108
B.1 O Espaço de Memória ........................................................................................ 109
B.2 Conversor Analógico-Digital (ADC) ................................................................. 110
B.3 Ambiente de Desenvolvimento .......................................................................... 113
B.3.1 C/C++ Header Files and Peripheral Examples ......................................... 114
B.3.2 IQMath ........................................................................................................ 115
Apêndice C – Artigos Publicados e em Espera de Resposta ........................................ 116
vi
Lista de Figuras
Figura 2.1: Idéia geral de um Filtro Ativo ........................................................................ 4
Figura 2.2: Filtro Ativo Paralelo ...................................................................................... 5
Figura 2.3: Filtro passa-alta construído com um filtro passa-baixa. .............................. 10
Figura 3.1: Estrutura geral de um Filtro Adaptativo. ..................................................... 14
Figura 3.2: Estrutura de um filtro FIR. ........................................................................... 16
Figura 3.3: Estrutura de um filtro IIR. ............................................................................ 17
Figura 3.4: Estrutura geral para o Cancelamento de Ruído Adaptativo. ........................ 24
Figura 3.5: Estrutura geral para predição linear. ............................................................ 25
Figura 3.6: Estrutura para o Filtro Adaptativo Sintonizado. .......................................... 26
Figura 4.1: Princípio da detecção de harmônicos com Filtro Adaptativo FIR. .............. 29
Figura 4.2. Princípio da detecção de harmônicos com Filtro Adaptativo Sintonizado. . 30
Figura 4.3: Princípio para predição linear com Filtro Adaptativo FIR. ......................... 31
Figura 4.4: Gráfico superior: sinal senoidal sem atraso. Gráfico inferior: resposta do
filtro ao sinal de entrada. ........................................................................... 32
Figura 4.5: Gráfico superior: sinal senoidal sem atraso. Gráfico inferior: resposta do
filtro ao sinal de entrada. ........................................................................... 33
Figura 4.6: Gráfico superior: sinal com a fundamental, 5
o
e 7
o
harmônicos sem atraso.
Gráfico inferior: resposta do filtro ao sinal de entrada. ............................. 34
Figura 4.7: Gráfico superior: sinal com a fundamental, 5
o
e 7
o
harmônicos sem atraso.
Gráfico inferior: resposta do filtro ao sinal de entrada. ............................. 34
Figura 5.1: Diagrama em blocos do oscilador de Coulon. ............................................. 37
Figura 5.2: Detecção de amplitude e ângulo de fase com oscilador de Coulon. ............ 40
Figura 5.3: Detecção da variação na amplitude da componente fundamental para
࣐૚=°. ................................................................................................... 40
Figura 5.4: Detecção da variação na amplitude da componente fundamental para
࣐૚=૙°. ................................................................................................. 41
Figura 5.5: Alteração do valor de através da detecção da variação na amplitude da
fundamental de I
L
. ................................................................................... 43
Figura 5.6: Alteração do valor de através da detecção da variação na amplitude da
fundamental de I
L
. ..................................................................................... 43
vii
Figura 5.7: Detecção de harmônicos com Filtro Adaptativo FIR para um valor de
fixo.
................................................................................................................... 44
Figura 5.8: Detecção de harmônicos com Filtro Adaptativo FIR para um valor de
variável. ..................................................................................................... 45
Figura 6.1: Tensão da fonte e sinal de entrada do Filtro Adaptativo para Ajuste do
Ganho. ....................................................................................................... 48
Figura 6.2: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo para
Ajuste do Ganho em regime permanente. ................................................. 48
Figura 6.3: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente
harmônica gerada pelo Filtro Adaptativo em regime permanente. ........... 49
Figura 6.4: Resultado da compensação em regime permanente com Filtro Adaptativo
para Ajuste do Ganho. ............................................................................... 50
Figura 6.5: Espectro harmônico da corrente da carga e corrente compensada após
compensação com Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho. .................... 50
Figura 6.6: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo para
Ajuste do Ganho com transitório. ............................................................. 51
Figura 6.7: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente
harmônica gerada pelo Filtro Adaptativo com transitório. ....................... 52
Figura 6.8: Resultado da compensação com transitório utilizando o Filtro Adaptativo
para Ajuste do Ganho. ............................................................................... 52
Figura 6.9: Alteração do valor de através da detecção da variação na amplitude da
fundamental de I
L
no Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho. ................ 53
Figura 6.10: Tensão da fonte e sinal de entrada do Filtro Adaptativo FIR. ................... 54
Figura 6.11: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo FIR em
regime permanente. ................................................................................... 54
Figura 6.12: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente
harmônica gerada pelo Filtro Adaptativo em regime permanente. ........... 55
Figura 6.13: Resultado da compensação em regime permanente com Filtro Adaptativo
FIR. ............................................................................................................ 56
Figura 6.14: Espectro harmônico da corrente da carga e corrente compensada após
compensação com Filtro Adaptativo FIR. ................................................. 56
Figura 6.15: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo FIR com
transitório. ................................................................................................. 57
viii
Figura 6.16: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente
harmônica gerada pelo Filtro Adaptativo com transitório. ....................... 58
Figura 6.17: Resultado da compensação com transitório utilizando o Filtro Adaptativo
FIR. ............................................................................................................ 58
Figura 6.18: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo FIR com
três transitórios seguidos. .......................................................................... 59
Figura 6.19: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente
harmônica gerada pelo Filtro Adaptativo com três transitórios seguidos. 60
Figura 6.20: Resultado da compensação com três transitórios seguidos utilizando o
Filtro Adaptativo FIR. ............................................................................... 60
Figura 6.21: Tempo de ajuste da saída do Filtro Adaptativo FIR em detalhe. ............... 61
Figura 6.22: Tensão da fonte e sinais de entrada para o Filtro Adaptativo Sintonizado. 62
Figura 6.23: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo
Sintonizado em regime permanente. ......................................................... 62
Figura 6.24: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente
harmônica gerada pelo Filtro Adaptativo em regime permanente. ........... 63
Figura 6.25: Resultado da compensação em regime permanente com Filtro Adaptativo
Sintonizado. ............................................................................................... 64
Figura 6.26: Espectro harmônico da corrente da carga e corrente compensada após
compensação com Filtro Adaptativo Sintonizado. .................................... 64
Figura 6.27: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo
Sintonizado com transitório. ..................................................................... 65
Figura 6.28: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente
harmônica gerada pelo Filtro Adaptativo com transitório. ....................... 66
Figura 6.29: Resultado da compensação com transitório utilizando o Filtro Adaptativo
Sintonizado. ............................................................................................... 66
Figura 6.30: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo
Sintonizado com três transitórios seguidos. .............................................. 67
Figura 6.31: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente
harmônica gerada pelo Filtro Adaptativo com três transitórios seguidos. 68
Figura 6.32: Resultado da compensação com três transitórios seguidos utilizando o
Filtro Adaptativo Sintonizado. .................................................................. 68
Figura 6.33: Tempo de ajuste da saída do Filtro Adaptativo Sintonizado em detalhe. .. 69
Figura 7.1: Estrutura geral de um Filtro Ativo de Potência Paralelo. ............................ 70
ix
Figura 7.2: Foto frontal do FAPP utilizado nos testes experimentais. ........................... 72
Figura 7.3: Carga não-linear utilizada no experimento. ................................................. 72
Figura 7.4: Sensores Hall de tensão e corrente utilizados no FAPP. ............................. 72
Figura 7.5: Placas de condicionamento de sinal, inversor VSI e placa com o DSP
TMS320F2812. ......................................................................................... 73
Figura 7.6: Corrente da carga de 6,5A RMS para fases as A, B e C. ............................. 74
Figura 7.7: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 6,5A RMS. ..... 75
Figura 7.8: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 6,5A RMS. ................ 75
Figura 7.9: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 6,5A RMS. ............. 76
Figura 7.10: Corrente da carga de 12,8A RMS para fases as A, B e C........................... 78
Figura 7.11: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 12,8A RMS. . 78
Figura 7.12: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 12,8A RMS. ............ 79
Figura 7.13: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 12,8A RMS. ......... 79
Figura 7.14: Corrente da carga de 19,2A RMS para fases as A, B e C........................... 81
Figura 7.15: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 19,2A RMS. . 81
Figura 7.16: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 19,2A RMS. ............ 82
Figura 7.17: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 19,2A RMS. ......... 82
Figura 7.18: Distorção Harmônica Total de I
S
para os três valores de I
L
. ...................... 84
Figura 7.19: Corrente da carga de 6,5A RMS para fases as A, B e C............................. 86
Figura 7.20: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 6,5A RMS. ... 86
Figura 7.21: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 6,5A RMS. .............. 87
Figura 7.22: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 6,5A RMS. ........... 87
Figura 7.23: Corrente da carga de 12,8A RMS para fases as A, B e C........................... 89
Figura 7.24: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 12,8A RMS. . 89
Figura 7.25: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 12,8A RMS. ............ 90
Figura 7.26: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 12,8A RMS. ......... 90
Figura 7.27: Corrente da carga de 19,2A RMS para fases as A, B e C........................... 92
Figura 7.28: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 19,2A RMS. . 92
Figura 7.29: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 19,2A RMS. ............ 93
Figura 7.30: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 19,2A RMS. ......... 93
Figura 7.31: Distorção Harmônica Total de I
S
para os três valores de I
L
. ...................... 94
Figura 7.32: Variação de 100% da amplitude da corrente da carga utilizando fixo. .. 96
Figura 7.33: Variação de 100% da amplitude da corrente da carga utilizando variável.
................................................................................................................... 97
x
Figura 7.34: Variação de 100% da amplitude da corrente da carga utilizando
variável,
em detalhe. ................................................................................................ 97
xi
Lista de Tabelas
Tabela 6.1: Valor RMS de cada componente harmônico da corrente da carga para
simulação. .................................................................................................. 47
Tabela 7.1: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com
6,5A RMS. ................................................................................................. 77
Tabela 7.2: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com
12,8A RMS. ............................................................................................... 80
Tabela 7.3: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com
19,2A RMS. ............................................................................................... 83
Tabela 7.4: Valores da Distorção Harmônica Total de I
S
para os três valores de I
L
. ..... 84
Tabela 7.5: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com
6,5A RMS. ................................................................................................. 88
Tabela 7.6: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com
12,8A RMS. ............................................................................................... 91
Tabela 7.7: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com
19,2A RMS. ............................................................................................... 94
Tabela 7.8: Valores da distorção Harmônica Total de I
S
para os três valores de I
L
. ...... 95
xii
Lista de Abreviaturas
Abreviaturas Significado
FAP Filtro Ativo de Potência
FAPP Filtro Ativo de Potência Paralelo
DSP Digital Signal Processor
MSE Mean-Square Error
LMS Least Mean Square
THDi Current Total Harmonic Distortion
CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
VSI Voltage Source Inverter
CSI Current Source Inverter
V
S
Tensão da Fonte
I
L
Corrente da Carga
I
C
Corrente de Compensação
I
S
Corrente da Fonte
Ta Tempo de Adaptação
Introdução
1
1 Introdução
A proliferação de conversores de potência estáticos, tais como retificadores
monofásicos e trifásicos, conversores tiristorizados e outras aplicações da eletrônica de
potência vêm causando alguns efeitos colaterais nos sistemas elétricos. Tais efeitos se
devem a não linearidade característica destas cargas que provocam sérios distúrbios nas
fontes CA.
Estes distúrbios têm como causa principal os harmônicos de corrente que
provocam o aquecimento adicional dos elementos do sistema, como transformadores e
condutores, reduzem a estabilidade do sistema e diminuem as margens seguras de
operação. Contribuindo para uma crescente piora na qualidade da energia elétrica
fornecida.
Em geral, o conteúdo harmônico das correntes nas fontes está constantemente
mudando em virtude das necessidades da corrente nas cargas. Neste contexto os Filtros
Ativos de Potência (FAP) aparecem como uma solução adequada ao problema exposto.
Neste trabalho, será utilizada a topologia do Filtro Ativo de Potência Paralelo
(FAPP). O FAPP tem como função principal o fornecimento de todo o conteúdo
harmônico presente na corrente da carga. Deste modo, a função da concessionária de
energia elétrica se restringe a fornecer a corrente fundamental.
Atualmente, os algoritmos denominados na literatura de Referência Síncrona [6]
e Teoria da Potência Instantânea p-q [7] são as duas técnicas mais utilizadas para extrair
o conteúdo harmônico da corrente da carga no Filtro Ativo de Potência Paralelo.
O método de detecção de harmônicos com Filtragem Adaptativa vem, nos
últimos anos, sendo aplicado na tarefa de extrair o conteúdo harmônico da corrente da
carga utilizado no algoritmo de controle dos FAPP. Entretanto, é necessária a aplicação
de técnicas para melhorar a velocidade de convergência do algoritmo de adaptação do
Filtro Adaptativo com vistas à melhoria do comportamento dinâmico do FAPP.
Neste trabalho foi desenvolvida uma nova estratégia para melhorar a aplicação
de Filtros Adaptativos na detecção de harmônicos em um Filtro Ativo de Potência
Paralelo. O objetivo principal da técnica desenvolvida é melhorar a velocidade de
convergência do Filtro Adaptativo e reduzir o erro em regime permanente.
Introdução
2
Os conceitos teóricos e a metodologia aplicada no trabalho foram apresentados e
comprovados pelas simulações e resultados exprimentais. As simulações foram
realizadas no programa Matlab/Simulink com os Filtros Adaptativos para Ajuste do
Ganho, FIR e Sintonizado. Os resultados experimentais foram implementados no
Processador Digital de Sinais TMS320F2812 para o controle de FAPP utilizando a
linguagem de programação C.
O Filtro Ativo de Potência Paralelo é composto por 3 inversores fonte de
tensão de 35kVA, trabalhando em uma freqüência de chaveamento de 40kHz. A
tensão do link DC foi ajustada em 400V. Foi usado um indutor de 5mH para conectar
o FAPP no sistema de potência, sendo a tensão do sistema de 220V.
A carga não-linear utilizada foi um retificador de 6 pulsos, tipo CSI (do inglês,
Current Source Inverter), de 100kVA.
Os testes em regime permanente foram realizados para três valores diferentes de
amplitude da corrente da carga, com os seguintes valores RMS: 6,5A, 12,8A e 19,2A. E
para o teste com transitório na amplitude da corrente da carga foi aplicado um
transitório de 6,5A para 12,8A, ou seja, uma variação de aproximadamente 100%.
Esta dissertação está organizada conforme os capítulos descritos a seguir:
O Capítulo 2, Filtro Ativo de Potência, apresenta o conceito básico sobre estes
equipamentos e os principais algoritmos de extração do conteúdo harmônico, utilizados.
O Capítulo 3, Filtros Adaptativos, aborda a teoria geral da Filtragem Adaptativa,
o funcionamento do algoritmo de adaptação Least Mean Square e as estruturas para os
Filtros Adaptativos FIR e Sintonizado.
No Capítulo 4, Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência,
é realizada uma breve revisão da literatura sobre este tema e as duas principais
aplicações, detecção de harmônicos e predição linear, são discutidas.
O Capítulo 5, Estratégia para o Passo de Adaptação Variável, explica a
necessidade da utilização do passo de adaptação variável e o funcionamento da nova
estratégia desenvolvida neste trabalho.
O Capítulo 6, Resultados de Simulação, apresenta os resultados das simulações
realizadas no Matlab/Simulink para os Filtros Adaptativos para Ajuste de Ganho, FIR e
Sintonizado. Comprovando a eficiência da estratégia desenvolvida.
Introdução
3
No Capítulo 7, Resultados Experimentais, são mostrados os resultados da
implementação, no DSP TMS320F2812, da detecção de harmônicos, com Filtros
Adaptativos FIR e Sintonizado, no controle de um FAPP.
E no capítulo 8, Conclusão, as conclusões pertinentes e as possibilidades de
trabalhos futuros são apresentadas.
O Filtro Ativo de Potência
4
2 O Filtro Ativo de Potência
A presença dos componentes harmônicos causa problemas aos sistemas elétricos
devido ao seu efeito deteriorante e, mais importante ainda é a maneira adversa na qual
os harmônicos afetam a qualidade de energia. Alguns problemas são a redução da vida
útil de máquinas girantes, ressonâncias, interferência nos dispositivos de proteção e
erros nas medidas de potência. Estes problemas devem ser compensados de maneira a
manter os sistemas elétricos operando adequadamente com determinada eficiência
especificada.
Para contornar estes problemas, surgiram os Filtros Ativos de Potência (FAP)
[1-2]. Os Filtros Ativos são equipamentos “inteligentes”, que possuem um processador
digital como elemento central. A todo instante este processador está calculando o tipo
de compensação necessária para eliminar as componentes indesejadas no sistema
naquele momento. Dessa forma, ele se adapta perfeitamente a qualquer variação nos
parâmetros do sistema em que ele está inserido. A Figura 2.1 ilustra este processo.
Figura 2.1: Idéia geral de um Filtro Ativo
Nota-se, na Figura 2.1, que o princípio de funcionamento dos Filtros Ativos é
uma soma do sinal de entrada (que contém a componente fundamental e os harmônicos)
com o sinal de compensação (que contém somente os harmônicos, porém defasados de
180º), como resultado desta soma tem-se somente a compenente fundamental da
corrente.
Quando se deseja corrigir problemas relacionados à corrente, deve-se realizar
uma soma de correntes. Portanto é necessário instalar um Filtro Ativo em paralelo com
O Filtro Ativo de Potência
5
a carga, pois esta é única forma de somar duas correntes (Lei dos Nós de Kirchoff).
Quando se deseja corrigir problemas relacionados à tensão, deve-se realizar uma soma
de tensões. Portanto é necessário instalar um Filtro Ativo em série com a carga, pois
esta é única forma de se somar duas tensões (Lei das Malhas de Kirchoff).
A Figura 2.2 ilustra a aplicação de um Filtro Ativo em paralelo alimentando uma
carga não-linear. Este circuito absorve da concessionária de energia uma corrente com
formato não senoidal. Esta corrente distorcida prejudica as outras cargas (lineares ou
não) ligadas ao mesmo barramento e por conseqüência a própria concessionária, que
tem sua imagem ligada à qualidade do produto que oferece. A solução, portanto é
instalar um Filtro Ativo de Potência Paralelo (FAPP), também denominado Filtro Ativo
de Potência Shunt, para gerar uma corrente contendo apenas a parcela da distorção que a
carga necessita para funcionar. Dessa forma, a concessionária precisará fornecer apenas
a corrente senoidal.
Figura 2.2: Filtro Ativo Paralelo
2.1 Detecção de Harmônicos em Filtros Ativos de
Potência Paralelos
A técnica ou método de detecção de harmônicos é a parte do controle de um
FAPP capaz de determinar atributos específicos dos harmônicos (freqüência, amplitude,
fase, duração) presentes em um sinal de entrada por meio de um algoritmo matemático
especial.
A classificação do método de detecção de harmônico pode ser realizada
dependendo do algoritmo matemático envolvido [3]. Os métodos mais utilizados são
O Filtro Ativo de Potência
6
classificados em dois grupos: os métodos de detecção de harmônicos no domínio do
tempo e o no domínio da freqüência.
2.1.1 Métodos no Domínio da Freqüência
Os métodos no domínio da freqüência são caracterizados pela análise de Fourier,
sendo desenvolvidos para que os resultados possam ser extraídos o mais rápido possível
com a redução do número dos cálculos, permitindo a implementação nos Processadores
Digitais de Sinal.
A Transformada de Fourier Discreta (DFT, do inglês Discrete Fourier
Transform), a Transfomada Rápida de Fourier (FFT, do inglês Fast Fourier Transform)
e a Transformada de Fourier Discreta Recursiva (RDFT, do inglês Recursive Discrete
Fourier Transform) são os métodos de detecção de harmônicos no domínio da
freqüência mais utilizados [3-5].
A Transformada Discreta de Fourier (DFT) é uma transformação matemática
em um sinal discreto, com a qual se obtém a informação de amplitude e de fase de um
harmônico especificado. A Equação 2.1 apresenta esses conceitos.
Uma vez que os harmônicos foram detectados e isolados no domínio da
freqüência, a transformação inversa para o domínio do tempo deve ser realizada para a
obtenção do sinal de referência a ser enviado para o controlador de corrente ou tensão.
=ݔ
݊
ିଵ
௡ୀ
cos
∙ ℎ ∙ ݊
ܰ
൰ − ݆sin
∙ ℎ ∙݊
ܰ
ିଵ
௡ୀ
=ܺ
௥௘௔௟
+ ݆∙ ܺ
௛ሺ௜௠௔௚ሻ
|
|
=
൫ܺ
௥௘௔௟
+ ൫ܺ
௛ሺ௜௠௔௚ሻ
߮
=tan
ିଵ
೓ሺ೔೘ೌ೒ሻ
ೝ೐ೌ೗
(2.1)
Onde:
N
: o número de amostras por período da fundamental;
ݔሺ݊: sinal de entrada (tensão ou corrente) na amostra n;
O Filtro Ativo de Potência
7
: vetor complexo de Fourier do harmônico h;
ܺ
௥௘௔௟
e ܺ
௜௠௔௚
: parte real e imaginária de ܺ
, respectivamente;
|
|
e ߮
: amplitude e fase de ܺ
, respectivamente;
A Transformada Rápida de Fourier (FFT) segue a mesma representação
matemática da Equação 2.1, mas de uma forma diferente para reduzir o número de
operações e, conseqüentemente, o tempo de execução do algoritmo. A FFT utiliza uma
operação chamada dizimação, que consiste em uma decomposição de uma DFT de N
pontos em duas transformações DFT de N/2 pontos. Este processo pode ser aplicado a
qualquer sinal de N amostras, desde que N seja uma potência de 2. A decomposição
pode ser repetidamente aplicada até que a transformação trivial de 1 ponto seja
calculada. O número de operações é reduzido de
2
N
para
(
)
NN
2
log
.
A Transformada de Fourier Discreta Recursiva (RDFT) utiliza o mesmo
princípio da DFT, mas calculado em uma janela móvel. A janela é deslocada a todo
tempo de amostragem com um número fixo de amostra, usualmente uma amostra por
simplicidade. Desta maneira, a DFT pode ser aplicada nos novos pontos. As únicas
diferenças entre as janelas atual e anterior são o primeiro e a última amostra, todos os
outros pontos são os mesmos, não havendo necessidade de amostrá-los novamente.
Sendo o resultado da DFT calculado para a janela anterior, uma expressão
recursiva como na Equação 2.2 pode ser desenvolvida para evitar o mesmo cálculo para
a nova janela. Desta maneira, o método RDFT é considerado mais adequado para a
implementação em tempo real do que a DFT e a FFT.
=
ݔሺ݊ሻ∙ ܹ
ି௛௜
ேିଵ
௡ୀ଴
ܹ=݁
ቀ௝
ଶగ
ܺ
݇
=
൫ݔ
݇
− ݔ
݇− ܰ
൯ + ܹ
∙ ܺ
݇− 1
(2.2)
Os métodos de detecção de harmônico baseado na análise de Fourier apresentam
alguns problemas quanto à quantidade de memória necessária para o armazenamento
das amostras e o tempo de processamento necessário para a execução do algoritmo.
O Filtro Ativo de Potência
8
Com isto, estes métodos acabam sendo menos utilizados em comparação aos métodos
no domínio do tempo, como será visto a seguir.
2.1.2 Métodos no Domínio do Tempo
Os métodos no domínio do tempo oferecem um aumento na velocidade e uma
redução no número de cálculos em comparação aos métodos no domínio da freqüência.
Os dois métodos no domínio do tempo mais utilizados são o método da Teoria da
Potência Instantânea p-q ou método p-q [6] e o método da Referência Síncrona ou
método id-iq [7]. A seguir, a idéia geral de cada um destes métodos será explicada.
2.1.2.1 Método da Teoria da Potência Instantânea p-q
O método proposto por Akagi (método p-q) utiliza a Teoria das Potências
Instantâneas p-q. Nesta técnica são calculadas as potências real e imaginária, ambas
com componentes CC e CA. As componentes CC, que correspondem à freqüência
fundamental, são extraídas por meio de filtros. As componentes CA, que correspondem
ao conteúdo harmônico, são utilizadas para gerar o padrão de referência das correntes de
compensação. Este método tem a desvantagem de ser afetado pela presença de
harmônicos na tensão da rede. O método é muito eficiente para cargas trifásicas
equilibradas alimentadas com tensão senoidal.
Primeiramente, as tensões e as correntes trifásicas são transformadas para o
sistema de coordenadas ortogonais α-β-0 (Transformação de Clarke), como apresentado
nas Equações 2.3 e 2.4.
ݒ
ݒ
ݒ
=
ۏ
ێ
ێ
ێ
ێ
ۍ
1
2
1
2
1
2
1
−1
2
−1
2
0
3
2
3
2
ے
ۑ
ۑ
ۑ
ۑ
ې
∙ ൥
ݒ
ݒ
ݒ
(2.3)
O Filtro Ativo de Potência
9
݅
௟଴
݅
௟ఈ
݅
௟ఉ
=
ۏ
ێ
ێ
ێ
ێ
ۍ
1
2
1
2
1
2
1
−1
2
−1
2
0
3
2
3
2
ے
ۑ
ۑ
ۑ
ۑ
ې
∙ ൥
݅
௟௔
݅
௟௕
݅
௟௖
(2.4)
A potência real p e a potência imaginária q são dados pela Equação 2.5.
݌
ݍ
=
ݒ
ݒ
ݒ
−ݒ
൨ ∙ ൤
݅
௟ఈ
݅
௟ఉ
(2.5)
De acordo com a Teoria da Potência Instantânea p-q, p e q são decompostos em
potência real e imaginária, respectivamente:
݌=݌ҧ + ݌
ݍ=ݍ+ ݍ (2.6)
As equações acima demonstram o relacionamento entre a nova e a velha teoria
das potências. O valor médio de p, isto é ݌ҧ, corresponde à potência média convencional
(Potência Ativa, P). A potência real alternada ݌ representa a energia por segundo que
está sendo transferida da fonte para a carga e vice-versa em qualquer instante de tempo.
Esta energia se deve às correntes harmônicas e seu valor médio é nulo. Esta pulsação de
energia entre a fonte e a carga representa a energia sendo armazenada e liberada na
carga/fonte trifásica ou bifásica (α-β). O valor médio da potência imaginária q, isto é, ݍ
corresponde à potência reativa convencional (Potência Reativa, Q). A parte alternada de
q, isto é, ݍ é responsável pela potência reativa harmônica (devida às correntes
harmônicas) em cada fase que, entretanto, quando somadas se anulam.
Pode-se concluir que o padrão de referência das correntes de compensação a
serem geradas por um Filtro Ativo que vise à compensação harmônica pode ser
calculado através da potência real e imaginária instantânea alternada: ݌ e ݍ. Através
destas potências e da Equação 2.7, o padrão de referência para as correntes de
compensação pode ser calculado no sistema α-β.
݅
ఈ௖
݅
ఉ௖
=
ݒ
ݒ
ݒ
−ݒ
ିଵ
∙ ൤
݌
ݍ
(2.7)
O Filtro Ativo de Potência
10
As respectivas correntes de compensação relativas ao sistema a-b-c podem ser
determinadas por meio da transformação inversa, exemplificada na Equação (2.8).
݅
௔௖
݅
௕௖
݅
௖௖
=
ۏ
ێ
ێ
ێ
ێ
ێ
ۍ
1
2
1 0
1
2
−1
2
3
2
1
2
−1
2
3
2
ے
ۑ
ۑ
ۑ
ۑ
ۑ
ې
∙ ቎
0
݅
ఈ௖
݅
ఉ௖
(2.8)
A determinação de ݌ e ݍ geralmente é feita através de um filtro passa-alta como
o apresentado na Figura 2.3. Esta estratégia para implementação do filtro passa-alta é
utilizada para evitar a distorção de fase. Desta maneira, o filtro passa-baixa extrai
apenas o sinal CC, não ocorrendo alteração de fase neste sinal. A resposta dinâmica
deste método é afetada pela resposta dinâmica do filtro passa-baixa utilizado.
Filtro Passa-Baixa
-
+
Figura 2.3: Filtro passa-alta construído com um filtro passa-baixa.
2.1.2.2 Método da Referência Síncrona
O método proposto por Bhattacharya (método id-iq) se baseia no cálculo das
correntes ativa e reativa instantâneas. Este método cria um sistema de referência
constituído por dois eixos ortogonais que giram na freqüência da tensão da rede
(sistema d-q), isto é, uma referência síncrona. Esta referência sincronizada com a rede é
conseguida por meio de uma malha sincronizada pela fase ou PLL (do inglês, Phase
Locked Loop). Nesta referência girante, a fundamental das correntes se transforma em
níveis CC nas componentes id-iq, que são filtrados por meio de filtros convencionais. O
método é imune à presença de harmônicas na tensão da rede, uma vez que o PLL
apresenta uma forte característica de rejeição a ruídos. Como o método anterior, este
método foi proposto para cargas trifásicas equilibradas.
O Filtro Ativo de Potência
11
Neste método, as correntes de compensação são obtidas por meio das
componentes diretas e em quadratura (id-iq, respectivamente) das correntes da carga
não-linear. O cálculo destas correntes se através da aplicação da transformação de
Park sobre as correntes da carga após a aplicação da transformação de Clark
(transformação a-b-c para
α-β-0), como apresentado na Equação 2.4. A aplicação da
transformação de Park é mostrada na Equação 2.9.
݅
݅
=
cosߠ sinߠ
−sinߠ cosߠ
ቃ ∙ ൤
݅
௟ఈ
݅
௟ఉ
(2.9)
onde θ é o ângulo do vetor espacial de tensão.
Os vetores unitários da freqüência fundamental, sinθ e cosθ, são obtidos de uma
malha sincronizada pela fase ou PLL. Por causa da forte característica de rejeição a
ruído que pode ser atribuída ao PLL, o método da referência síncrona se mostra imune à
presença de harmônicos na tensão da rede, o que não ocorre aos métodos baseados na
Teoria das Potências Instantâneas p-q. As componentes i
d
e i
q
, da mesma forma que as
potências p e q, também podem ser decompostas em componentes alternadas (CA) e
constantes (CC).
݅
= ҧ
+ ଓ̃
݅
= ҧ
+ ଓ̃
(2.10)
Em um sistema trifásico equilibrado, após a transformação de Park, as primeiras
harmônicas se tornam componentes CC que constituem as partes constantes na Equação
2.10. Todas as correntes harmônicas de ordem superior se mantêm como componentes
CA, sofrendo apenas um deslocamento de 60 Hz em sua freqüência. Estes componentes,
referentes ao conteúdo harmônico das correntes, constituem a parte alternada na
Equação 2.10. Portanto, eliminando-se as partes constantes, ou seja, ҧ
e ҧ
, obtêm-se as
correntes de compensação no sistema síncrono d-q.
A extração destas correntes CC pode ser feita através da mesma estratégia
utilizada no método p-q e descrita anteriormente, com a utilização de um filtro passa-
alta.
O Filtro Ativo de Potência
12
Uma vez determinadas as correntes de compensação
ଓ̃
e ଓ̃
, elas devem ser
convertidas para o sistema α-β-0 através da transformação de inversa de Park:
݅
ఈ௖
݅
ఉ௖
=
cosߠ sinߠ
sinߠ cosߠ
ቃ ∙ ൤
ଓ̃
ଓ̃
(11)
E, então, convertidas para o sistema a-b-c através da transformação inversa de
Clark:
݅
௔௖
݅
௕௖
݅
௖௖
=
ۏ
ێ
ێ
ێ
ێ
ێ
ۍ
1
2
1 0
1
2
−1
2
3
2
1
2
−1
2
3
2
ے
ۑ
ۑ
ۑ
ۑ
ۑ
ې
∙ ቎
0
݅
ఈ௖
݅
ఉ௖
(12)
Após obter as correntes de compensação no sistema a-b-c, elas são utilizadas
como sinal de referência em alguma técnica de controle de corrente para geração da
corrente de compensação.
A Teoria das Potências Instantâneas p-q e a Referência Síncrona são os dois
principais métodos de detecção de harmônicos no domínio do tempo, desta maneira, são
amplamente utilizados nos algoritmos de controle dos Filtros Ativos de Potência.
O algoritmo de detecção de harmônicos baseado na Filtragem Adaptativa
também é classificado como um método no domínio do tempo. Nos próximos capítulos,
este algoritmo será detalhado através da teoria e da sua aplicação em um Filtro Ativo de
Potência Paralelo.
Filtros Adaptativos
13
3 Filtros Adaptativos
3.1 O Filtro Adaptativo
Um Filtro Adaptativo é um dispositivo computacional que procura modelar a
relação entre dois sinais em tempo real de maneira iterativa [8]. Um Filtro Adaptativo
pode ser implementado como um conjunto de instruções executadas por um
Microprocessador de Propósito Geral ou um Processador Digital de Sinais (DSP), como
um conjunto de operações lógicas numa Field-Programmable Gate Array (FPGA) ou
ainda em um circuito integrado VLSI personalizado.
Um Filtro Adaptativo pode ser definido por quatro aspectos:
1. Os sinais processados pelo filtro.
2. A estrutura que define como o sinal de saída do filtro é calculado a partir do
sinal de entrada.
3. Os parâmetros da estrutura que podem ser alterados iterativamente mudando a
relação entre a entrada e a saída do filtro.
4. O algoritmo de adaptação que descreve como os parâmetros serão ajustados de
um instante para o próximo.
Ao escolher uma estrutura de Filtro Adaptativo em particular, deve ser
especificado o número e tipo de parâmetros que podem ser ajustados. O algoritmo de
adaptação usado para atualizar os valores dos parâmetros do sistema pode ser obtido
entre uma grande quantidade de algoritmos existentes e comumente é formulado através
de um procedimento de otimização para minimizar um erro.
Como notação matemática utilizada, neste texto, quantidades escalares serão
representadas por letras minúsculas e quantidades vetoriais por letras maiúsculas em
negrito. Então, seqüências ou sinais escalares e vetoriais serão representados como ݔ
݊
e
݊
, respectivamente.
Filtros Adaptativos
14
3.2 A Filtragem Adaptativa
A Figura 3.1 mostra um diagrama em bloco no qual uma amostra do sinal digital
de entrada ݔ
݊
é processada por um Filtro Adaptativo, que calcula a amostra do sinal
de saída ݕ
݊
. O sinal de saída é comparado com um segundo sinal ݀
݊
, chamado de
resposta desejada, pela subtração das duas amostras no instante n. Este sinal gerado pela
subtração é conhecido como sinal de erro ݁
݊
, como pode ser observado na Equação
3.1.
݁
݊
=݀
݊
− ݕ
݊
(3.1)
O sinal de erro é usado no procedimento de adaptação dos coeficientes do filtro
do instante n para o instante n+1 de uma forma bem definida. Este processo de
adaptação é representado pela seta que atravessa o bloco do Filtro Adaptativo na Figura
3.1. Com o passar do processo de adaptação é esperado que a saída do Filtro Adaptativo
torne-se mais próxima possível da resposta desejada e a magnitude de ݁
݊
decaia.
Figura 3.1: Estrutura geral de um Filtro Adaptativo.
Em filtragem adaptativa o termo adaptação refere-se ao método em que os
parâmetros do sistema o alterados do instante n para o instante n+1. O número e tipo
de parâmetros dentro do sistema dependem da estrutura computacional escolhida para o
sistema.
Filtros Adaptativos
15
Uma pergunta comum numa primeira análise da ação do Filtro Adaptativo diz
respeito a qual seria sua utilidade em obter um sinal igual à resposta desejada
݀
݊
sendo o sinal ݀
݊
já conhecido. Na realidade o conceito de obter ݕ
݊
a partir de ݀
݊
em alguns sistemas não permite a visualização das sutilezas da filtragem adaptativa.
Para tanto é citado abaixo duas situações que podem responder a questão levantada.
Na prática, a quantidade de interesse nem sempre é ݀
݊
. A necessidade pode
ser representar em ݕ
݊
um componente específico de ݀
݊
contido em ݔ
݊
,
ou isolar um componente de ݀
݊
que não está contido em ݔ
݊
através do
erro ݁
݊
. Alternativamente, o interesse pode ser unicamente nos valores dos
parâmetros do sistema não havendo preocupação com ݔ
݊
, ݕ
݊
ou ݀
݊
.
Existem algumas situações nas quais ݀
݊
não está disponível em nenhum
momento. Então, nestes casos deve-se utilizar a estimativa mais recente para
calcular ݕ
݊
na tentativa de estimar a resposta desejada ݀
݊
.
3.3 Estruturas para o Filtro
Em geral, qualquer sistema com um número de parâmetros finito que afete o
valor ݕ
݊
calculado a partir de ݔ
݊
pode ser utilizado como Filtro Adaptativo.
Definindo, então, o vetor de coeficientes ou kernel
݊
na Equação 3.2. Em
que
ݓ
݊
ሻሽ
, com 0 i L-1, são os coeficientes do sistema no instante n.
݊
=
ݓ
݊
ݓ
݊
ݓ
݊
ݓ
௅ିଵ
݊
ሻሿ
(3.2)
Com esta definição pode-se definir um relacionamento geral de entrada e saída
para o Filtro Adaptativo como na Equação 3.3.
ݕ
݊
=݂൫ࢃ
݊
,ݕ
݊ − 1
,,ݕ
݊ − ܰ
,ݔ
݊
,ݔ
݊ − 1
,,ݔ
݊ − ܯ+ 1
(3.3)
Onde:
݂
.
: representa qualquer função linear ou não-linear.
M e N: são inteiros positivos.
Filtros Adaptativos
16
Embora a Equação 3.3 represente a descrição mais geral da estrutura de um
Filtro Adaptativo, existe um interesse em determinar o melhor relacionamento linear
entre a entrada e a resposta desejada para muitos problemas. Este relacionamento
tipicamente toma a forma de um filtro Finite-Impulse-Response (FIR) ou Infinite-
Impulse-Response (IIR) [9]. A Figura 3.2 exibe a estrutura de um filtro FIR, em que
ݖ
ିଵ
denota uma unidade de atraso e cada ݓ
݊
é um ganho multiplicativo dentro do
sistema. Neste caso, os coeficientes em
݊
correspondem ao valor da resposta ao
impulso do filtro no instante n. O sinal de saída ݕ
݊
pode ser escrito como na Equação
3.4.
Figura 3.2: Estrutura de um filtro FIR.
ݕ
݊
=
ݓ
݊
ିଵ
ୀ଴
ݔ
݊ − ݅
=
݊
݊
(3.4)
Onde:
݊
=
ݔ
݊
ݔ
݊ − 1
ݔ
݊ − ܮ+ 1
ሻሿ
: denota o vetor do sinal de entrada.
.
T
: representa o vetor transposto.
Este sistema requer L multiplicações e L-1 adições, estes cálculos podem ser
realizados por um processador ou circuito, contanto que L não seja grande demais e nem
o período de amostragem do sinal pequeno. Para alocar L amostras do sinal de entrada e
L coeficientes é necessário um total de 2L posições de memória.
A estrutura de um filtro IIR é mostrada na Figura 3.3 e sua representação
matemática encontra-se na Equação 3.5.
Filtros Adaptativos
17
Figura 3.3: Estrutura de um filtro IIR.
ݕ
݊
=
ܽ
݊
ୀଵ
ݕ
݊ − ݅
+
ܾ
݊
ୀ଴
ݔ
݊ − ݆
(3.5)
Embora o diagrama em blocos não demonstre de forma clara o sistema, a
Equação 3.5 pode ser facilmente escrita em notação vetorial como é apresentado na
Equação 3.6.
ݕ
݊
=
݊
݊
(3.6)
Onde:
݊
=
ܽ
݊
ܽ
݊
ܽ
݊
ܾ
݊
ܾ
݊
ܾ
݊
ሻሿ
݊
=
ݕ
݊ − 1
ݕ
݊ − 2
ݕ
݊ − ܰ
ݔ
݊
ݔ
݊ − 1
ݔ
݊ − ܰ
ሻሿ
Diferentemente de um filtro FIR, o cálculo do sinal de saída ݕ
݊
para um filtro
IIR envolve um número fixo de multiplicações, adições e posições de memória.
Uma questão crítica na escolha da estrutura do Filtro Adaptativo é a sua
complexidade computacional. Como a operação do Filtro Adaptativo ocorre tipicamente
em tempo real, todos os cálculos do sistema devem ocorrer durante o tempo de um
período de amostragem. Neste sentido, as estruturas descritas anteriormente são muito
úteis, pois é possível calcular ݕ
݊
em uma quantidade de tempo finita utilizando
operações aritméticas e quantidades de memória finitas.
Filtros Adaptativos
18
3.4 Algoritmos de Adaptação Baseados no Gradiente
Um algoritmo adaptativo é um procedimento para o ajuste dos coeficientes do
Filtro Adaptativo com o intuito de minimizar uma função de custo ܬ
, escolhida para
a tarefa em questão. A definição da função de custo deve ser tal que meça o quanto o
processo de ajuste está sendo incapaz de reduzir o erro ݁
݊
entre ݀
݊
e ݕ
݊
.
Desta maneira é importante a definição da estrutura do Filtro Adaptativo, FIR ou
IIR, pois assim pode-se determinar qual será o algoritmo de adaptação. Para este
trabalho a estrutura escolhida foi a de um filtro FIR, pois a estabilidade entre entrada e
saída de um filtro FIR é garantida para qualquer conjunto de coeficientes fixos e os
algoritmos de adaptação para os filtros FIR em geral são mais simples.
3.4.1 Forma Geral do Algoritmo
A forma geral do algoritmo de adaptação para os coeficientes de um Filtro
Adaptativo FIR é apresentada na Equação 3.7.
݊ + 1
=
݊
+ ߤ
݊
ࡳ൫݁
݊
,
݊
,
݊
(3.7)
Onde:
.
: vetor dos valores de uma função não-linear.
ߤ
݊
: passo de adaptação.
݁
݊
: sinal de erro.
݊
: vetor do sinal de entrada.
݊
: vetor que armazena informações pertinentes sobre as características do sinal de
entrada, do sinal de erro e dos coeficientes dos instantes anteriores.
Nos algoritmos mais simples,
݊
não é usado, e as únicas informações
necessárias para o ajuste dos coeficientes no instante n são o sinal de erro, o vetor do
sinal de entrada e o passo de adaptação.
O termo passo de adaptação é utilizado para ߤ, pois este parâmetro define a
magnitude das mudanças ou “passo” em que o algoritmo iterativamente determina o
vetor de coeficientes mais adequado. Freqüentemente, o sucesso ou falha em uma
Filtros Adaptativos
19
aplicação de filtragem adaptativa depende da forma que o valor de
ߤ foi escolhido ou
calculado para obter o melhor desempenho de um Filtro Adaptativo.
3.4.2 Função de Custo MSE (Mean-Square Error)
Uma particular função de custo que produz um popular algoritmo adaptativo é a
função de custo ܬ
ெௌா
݊
(Mean-Square Error), apresentada na Equação 3.8.
ܬ
ெௌா
݊
=
׬
݁
݊
݌
൫݁
݊
݀݁
݊
=
ܧ
݁
݊
ሻሽ
ିஶ
(3.8)
Onde:
݌
݁
: representa função da densidade de probabilidade do erro no instante n.
ܧ
.
: é a esperança matemática ou valor médio.
Para demonstrar a utilidade da função de custo MSE para Filtros Adaptativos
FIR alguns fatores podem ser citados:
ܬ
ெௌா
݊
possui um mínimo bem definido em relação aos coeficientes de
݊
.
Os valores dos coeficientes obtidos, neste mínimo, são os únicos que minimizam
o sinal de erro, indicando que ݕ
݊
aproximou-se de ݀
݊
.
A derivada de ܬ
ெௌா
݊
pode ser calculada em relação a cada coeficiente de
݊
.
O último aspecto citado possui uma grande importância, pois através dele é
possível determinar os valores dos coeficientes ideais tendo conhecimento da estatística
de ݀
݊
e ݔ
݊
, bem como, definir um simples procedimento iterativo para adaptação
dos coeficientes do filtro FIR.
3.4.3 A Solução de Wiener
Para o filtro FIR, os valores dos coeficientes de
݊
que minimizam ܬ
ெௌா
݊
são definidos se a estatística do sinal de entrada e da resposta desejada for conhecida. A
formulação deste problema para sinais em tempo contínuo e a solução resultante foram
primeiramente desenvolvidas por Wiener em 1949. Desta maneira, este vetor com os
coeficientes ideais
ெௌா
݊
é denominado solução de Wiener para o problema da
Filtros Adaptativos
20
filtragem adaptativa. Como mencionado anteriormente
ܬ
ெௌா
݊
é uma função
quadrática em relação aos coeficientes de
݊
. Sendo assim, pode-se utilizar do
resultado da teoria de otimização, o qual afirma ser a derivada da função de custo igual
a zero no ponto de minimização da superfície de erro. O vetor
ெௌா
݊
pode ser
encontrado com a solução das equações do sistema pela Equação 3.9.
డ௃
ಾೄಶ
=0, 0 i L-1. (3.9)
Tomando a derivada de ܬ
ெௌா
݊
na Equação 3.8 e obtendo ݁
݊
e ݕ
݊
das
Equações 3.1 e 3.4, respectivamente, tem-se:
డ௃
ಾೄಶ
=ܧ ቄ݁
݊
డ௘
=−ܧ ቄ݁
݊
డ௬
డ௪
=−ܧ
݁
݊
ݔ
݊ − ݅
ሻሽ
(3.10)
డ௃
ಾೄಶ
= ቀܧ
݀
݊
ݔ
݊ − ݅
ሻሽ
ܧ
ݔ
݊ − ݅
ݔ
݊ − ݆
ሻሽ
ݓ
ିଵ
ୀ଴
݊
(3.11)
Para a expansão da Equação 3.10 obtendo a Equação 3.11 foram usadas as
definições de ݁
݊
e ݕ
݊
para a estrutura de um filtro FIR.
O sistema de equações para definição de
ெௌா
݊
pode ser representado na
forma vetorial. Para tanto é necessário definir a matriz
ࢄࢄ
݊
e o vetor
ௗࢄ
݊
na
Equação 3.12. E combinando as Equações 3.9 e 3.11 obtém-se a Equação 3.13 que é a
representação vetorial para o sistema de equações.
ࢄࢄ
݊
=ܧ
݊
݊
ሻሽ
e
ௗࢄ
݊
=ܧ
݀
݊
݊
ሻሽ
(3.12)
Onde:
ࢄࢄ
݊
: matriz de correlação da entrada.
ௗࢄ
݊
: vetor de correlação cruzada entre a resposta desejada e sinal de entrada.
ࢄࢄ
݊
ெௌா
݊
− ࡼ
ௗࢄ
݊
= (3.13)
Onde:
: é o vetor zero.
Contanto que a matriz
ࢄࢄ
݊
possua inversa, o vetor da solução de Wiener para
este problema será:
Filtros Adaptativos
21
ெௌா
݊
=
ࢄࢄ
ି૚
݊
ௗࢄ
݊
(3.14)
3.4.4 Método Steepest Descent
O método Steepest Descent é um conhecido procedimento para a minimização
do valor da função de custo ܬ
݊
em relação a um conjunto de coeficientes ajustáveis
݊
. Este procedimento ajusta cada coeficiente do sistema de acordo com a Equação
3.15, em que o n-ésimo coeficiente do sistema é alterado de acordo com a derivada da
função de custo em relação ao n-ésimo coeficiente. a forma vetorial encontra-se na
Equação 3.16.
ݓ
݊ + 1
=ݓ
݊
− ߤ
݊
డ௃
(3.15)
݊ + 1
=
݊
− ߤ
݊
డ௃
డࢃ
(3.16)
Para o Filtro Adaptativo FIR, que minimiza a função de custo MSE, pode-se usar
o resultado da Equação 3.11 para representar explicitamente a forma do método
Steepest Descent. Com a substituição destes resultados na Equação 3.15 tem-se:
݊ + 1
=
݊
+ ߤ
݊
൫ࡼ
ௗࢄ
݊
− ࡾ
ࢄࢄ
݊
ெௌா
݊
(3.17)
Porém, o método Steepest Descent depende das quantidades estatísticas
ܧ
݀
݊
ݔ
݊ − ݅
ሻሽ
e ܧ
ݔ
݊ − ݅
ݔ
݊ − ݆
ሻሽ
contidos em
ௗࢄ
݊
e
ࢄࢄ
݊
,
respectivamente. E na prática têm-se apenas as medidas de ݀
݊
e ݔ
݊
para serem
utilizadas no procedimento de adaptação. Apesar de ser possível determinar estimativas
adequadas para as quantidades estatísticas necessárias na Equação 3.17, uma versão
aproximada do método Steepest Descent, que depende apenas dos valores dos próprios
sinais, foi desenvolvida. Este procedimento é conhecido com algoritmo LMS (Least
Mean Square).
Filtros Adaptativos
22
3.4.5 O Algoritmo LMS (Least Mean Square)
A função de custo ܬ
݊
escolhida para o algoritmo Steepest Descent determina
os coeficientes para o Filtro Adaptativo. Se a função de custo MSE na Equação 3.8 for
escolhida, então o algoritmo resultante dependerá da estatística de ݔ
݊
e ݀
݊
devido
às operações contidas nesta função de custo. Como tipicamente têm-se apenas as
medidas de ݔ
݊
e ݀
݊
, substitui-se a função de custo por uma alternativa que depende
somente destas medidas. Uma função de custo alternativa usada pode ser a dos Mínimos
Quadrados (LS – Least Square), apresentada a seguir.
ܬ
௅ௌ
݊
=
ߙ
݇
൫݀
݇
− ܹ
݊
ܺ
݇
௞ୀ
(3.18)
Onde:
ߙ
݇
: é uma seqüência de pesos para os termos do somatório.
Entretanto, esta função de custo requer um grande número de cálculos para
obtenção do resultado final e das derivadas em relação a cada ݓ
݊
. Buscando uma
maior simplificação nos cálculos foi proposta a função de custo Média dos Mínimos
Quadrados (LMS – Least Mean Square):
ܬ
௅ெௌ
݊
=
݁
݊
(3.19)
Esta função de custo pode ser entendida como uma estimativa instantânea da
função de custo MSE, ܬ
ெௌா
݊
=ܧ
ܬ
௅ெௌ
݊
ሻሽ
. Embora isto não pareça útil, o algoritmo
resultante obtido quando ܬ
௅ெௌ
݊
é usado como ܬ
݊
é extremamente eficaz em
aplicações práticas.
Realizando as derivadas de ܬ
௅ெௌ
݊
em relação aos elementos de
݊
e
substituindo o resultado na Equação 3.15 obtém-se o algoritmo adaptativo LMS,
apresentado na Equação 3.20. Estando este algoritmo compatível com a forma geral
descrita na Equação 3.7.
݊ + 1
=
݊
+ ߤ
݊
݁
݊
݊
(3.20)
Filtros Adaptativos
23
Este algoritmo apenas requer multiplicações e adições para ser implementado.
De fato, o número e o tipo das operações necessárias para o algoritmo LMS são
aproximadamente os mesmos para um filtro FIR com coeficientes fixos, o que é uma
das razões para a popularidade deste algoritmo.
Um fator importante na demonstração do comportamento eficaz do algoritmo
LMS está no fato de sua solução, obtida nas proximidades do ponto de convergência,
estar relacionada à solução de Wiener. Analisando o algoritmo com certas suposições
estatísticas sobre o sinal de entrada e a resposta desejada obtém-se a Equação 3.21,
sendo
ெௌா
݊
um vetor fixo.
lim
௡→ஶ
ܧ
݊
ሻሽ
=
ெௌா
(3.21)
Além disso, o comportamento do algoritmo LMS é similar ao método Steepest
Descent que depende explicitamente da estatística do sinal de entrada e da resposta
desejada.
3.5 Aplicações
Certamente uma grande parcela dos estudos e desenvolvimentos realizados com
os Filtros Adaptativos deve-se as várias aplicações em que estes sistemas são utilizados.
Neste texto serão descritas duas aplicações de filtragem adaptativa: o Cancelamento de
Ruído Adaptativo e Predição Linear. Com estes dois exemplos espera-se demonstrar a
aplicabilidade e importância desta tecnologia.
3.5.1 Cancelamento de Ruído Adaptativo
Quando medidas de certos sinais e processos estão sendo coletadas, limitações
físicas freqüentemente não permitem que medidas precisas das quantidades de interesse
sejam obtidas. Tipicamente, o sinal de interesse é linearmente somado com outros
ruídos estranhos no processo de medida, introduzindo erros inaceitáveis nas medidas.
Porém, caso alguma medida deste ruído possa ser obtida em alguma parte do sistema,
um Filtro Adaptativo poderá ser utilizado para determinar a relação entre o ruído
ݔ
݊
e
Filtros Adaptativos
24
a componente deste ruído contida no sinal de interesse
݀
݊
. Pois, o Filtro Adaptativo
processa o sinal ݔ
݊
produzindo o sinal de saída ݕ
݊
, que por sua vez, acompanha as
características do ruído contido em ݀
݊
. Desta maneira, o sinal de erro gerado ݁
݊
é o
próprio sinal de interesse sem o indesejável ruído.
A Figura 3.4 demonstra a estrutura base para o Cancelamento de Ruído
Adaptativo.
Figura 3.4: Estrutura geral para o Cancelamento de Ruído Adaptativo.
Uma das primeiras aplicações de Cancelamento de Ruído Adaptativo [10] foi na
área médica, o que possibilitou a realização do exame de Eletrocardiograma (ECG) das
batidas do coração de um bebê ainda na barriga da mãe. Em que o ECG das batidas do
coração do bebê é extraído através do ECG da mãe.
3.5.2 Predição Linear com Filtro Adaptativo
O termo Predição Linear deve-se a utilização de um Filtro Adaptativo Linear
para predizer valores futuros de um sinal de entrada. Neste filtro o sinal de entrada ݔ
݊
é a própria resposta desejada ݀
݊
atrasada um número específico de amostras.
É importante observar que nesta aplicação a resposta desejada ݀
݊
sempre
estará disponível, pois ela é o próprio sinal de entrada do sistema.
Para predizer amostras futuras é necessário utilizar uma cópia do Filtro FIR da
Figura 3.5, com os coeficientes adaptados para predição, tendo na entrada a amostra
atual do sinal de entrada do sistema. Desta forma um número definido de amostras
Filtros Adaptativos
25
poderá ser predito. Este número de amostra predito depende, é claro, de quantas
amostras do sinal de entrada do sistema foram atrasadas no processo de adaptação dos
coeficientes.
A Figura 3.5 demonstra a estrutura base para a Predição Linear com Filtro
Adaptativo.
Figura 3.5: Estrutura geral para predição linear.
Uma das aplicações da Predição Linear com Filtro Adaptativo é a solução de
problemas envolvendo o atraso de sinais [11]. Podendo ser, por exemplo, o atraso
causado pela filtragem de sinais em filtros digitais, pelo processo de amostragem, etc.
3.6 Filtro Adaptativo Sintonizado (Adaptive Notch Filter)
Em algumas situações o sinal de interesse ݀
݊
pode conter alguma interferência
senoidal indesejável. Um dos métodos convencionais para o cancelamento desta
interferência é passar o sinal por um filtro digital sintonizado, cuja característica é
possuir ganho unitário em todas as freqüências exceto na freqüência da interferência
senoidal, em que o ganho deve ser zero. Quando a interferência senoidal estiver
disponível Widrow et al. [10] propuseram uma solução alternativa constituída de um
deslocador de fase de 90° e um filtro adaptativo com dois coeficientes. A estrutura geral
para o cancelamento de uma interferência senoidal com um Filtro Adaptativo
Sintonizado é apresenta na Figura 3.6.
Filtros Adaptativos
26
+
-
Σ
Algoritmo
LMS
w
1
w
2
Σ
90°
d(n)
x(n)
e(n)
y(n)
+
+
Figura 3.6: Estrutura para o Filtro Adaptativo Sintonizado.
Como observado na estrutura dois sinais ortogonais são utilizados como entrada,
um para a entrada ݔ
݊
e outro adiantado 90º de ݔ
݊
. O sinal de saída ݕ
݊
é obtido
com a soma dos dois sinais de entrada multiplicados por seus respectivos coeficientes.
Estes coeficientes são ajustados através do algoritmo LMS da seguinte maneira:
ݓ
݊ + 1
=ݓ
݊
+ ߤ
݊
݁
݊
ݔ
݊
(3.22)
ݓ
݊ + 1
=ݓ
݊
+ ߤ
݊
݁
݊
ݔ
ଽ଴°
݊
(3.23)
Em que:
ݔ
݊
: sinal senoidal com mesma freqüência que a interferência;
ݔ
ଽ଴°
݊
: ݔ
݊
com deslocamento de fase de 90°.
O sinal de saída ݕ
݊
reproduz o sinal de interferência senoidal contido em
݀
݊
, desta forma, o sinal sem a interferência será o próprio erro ݁
݊
.
A principal aplicação de Filtros Adaptativos Sintonizados está no cancelamento
de interferência senoidal comum em áreas como telecomunicações e biomédica. Mas,
nos últimos anos, a aplicação desta técnica vem sendo estendida a área Detecção de
Harmônicos, com aplicação nos algoritmos de controle de Filtros Ativos de Potência.
No próximo capítulo, deste trabalho, a aplicação de Filtros Adaptativos em
Filtros Ativos de Potência será abordada em detalhe.
Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência
27
4 Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros
Ativos de Potência
A compensação de correntes harmônicas, geradas por equipamentos de
eletrônica de potência, tem se tornado cada vez mais importante devido ao uso crescente
desses equipamentos em aplicações industriais. Neste contexto, cada vez mais, novas
técnicas são desenvolvidas com o intuito de melhorar a eficiência dos Filtros Ativos de
Potência na mitigação de harmônicos. O desempenho de um Filtro Ativo de Potência
depende basicamente do algoritmo de extração de harmônicos para geração da corrente
de referência, o método de controle para geração da corrente harmônica de
compensação e da característica dinâmica do Filtro Ativo como um todo [12].
No sistema de potência a corrente pode ser descrita como
݅
ݐ
=
ܣ
sin
݊߱ݐ+ ߠ
௡ୀଵ
(4.1)
A corrente fundamental é definida como ݅
ݐ
e a corrente harmônica por
݅
ݐ
=
ܣ
sin
݊߱ݐ+ ߠ
௡ୀଶ
(4.2)
A corrente harmônica pode ser obtida com a eliminação da componente
fundamental em ݅ሺݐሻ. Com isto, o problema em questão passa a ser como extrair a
componente fundamental separando as componentes harmônicas. Neste contexto, a
utilização de Filtros Adaptativos, nos últimos anos, vem demonstrando ser uma técnica
eficaz na realização desta tarefa.
Lou e Hou (1995) desenvolveram um método para detecção de correntes
harmônicas e reativas baseado no conceito do cancelamento de ruído adaptativo [13]. O
método visava à implementação através de circuitos digitais, demonstrando a
viabilidade da técnica através de resultados experimentais. Mas o método desenvolvido
apresentou uma convergência lenta em situações de variação no valor da corrente da
carga.
Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência
28
O trabalho de Karimi et al. (2003) resultou em uma melhora na velocidade de
convergência e no erro em regime permanente [14]. Os resultados foram alcançados
com a modificação da estrutura desenvolvida por Lou e Hou (1995), buscando reduzir
as oscilações causadas pelo aumento do valor parâmetro
ߤ
.
Recentemente os trabalhos de Mu Longhua e Jiangzi (2005), Li et al. (2006) e
Qu et al. (2007) utilizaram o método variable step-size [15] para obter uma velocidade
de convergência mais pida. Resultados de simulação e experimentais comprovaram a
viabilidade destas estratégias [16-18].
Outra aplicação com Filtros Adaptativos é a predição de amostras futuras para
compensar algum tipo de atraso no processo de geração da corrente de compensação
nos Filtros Ativos de Potência. Para tanto, é utilizada a técnica de Predição Linear,
mencionada no capítulo anterior. Esta aplicação foi demonstrada inicialmente no
trabalho de Fukuda e Sugawa (1996) em um sistema contendo um filtro passivo
paralelo e um filtro ativo paralelo [19], em que a predição de amostras foi realizada para
o sinal com o conteúdo harmônico da carga. liviita e Ovaska (1996) e Han et al.
(2005) implementaram esta estratégia em um filtro ativo paralelo para compensar o
atraso de fase, devido ao filtro passa-baixas utilizado para extração da componente
fundamental [11][20].
A seguir, estes dois tipos de aplicações de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos
de Potência, detecção de harmônicos e predição linear, serão apresentados.
4.1 Detecção de Harmônicos com Filtro Adaptativo
A técnica de cancelamento de ruído adaptativo vem sendo utilizada em várias
aplicações de processamento de sinal. Este método mantém o sistema em seu melhor
modo de operação auto-ajustando continuamente seus parâmetros. De acordo com a
teoria do cancelamento de ruído adaptativo, o princípio da detecção de harmônicos com
filtragem adaptativa é ilustrado através da Figura 4.1. Nesta estrutura básica de um
Filtro Adaptativo aplicado a detecção da corrente harmônica, ݀
݊
representa a corrente
݅ሺݐ poluída com harmônicos (corrente da carga) e ݔ
݊
representa a forma de onda
senoidal ݒ
௦௜௡
ݐ
em fase com a tensão da fonte. O sinal de referência ݔ
݊
processado
pelo Filtro Adaptativo produz o sinal de saída y
݊
que acompanha a variação da
Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência
29
componente fundamental de
݅ሺݐ. O objetivo do Filtro Adaptativo é aproximar ݕ
݊
, em
amplitude e fase, a componente fundamental ݅
ሺ݊ሻ. Então, o conteúdo harmônico ݅
ሺ݊
pode ser diretamente obtido pelo sinal de erro ݁
݊
, subtraindo ݕ
݊
de ݀
݊
. Os
coeficientes do Filtro Adaptativo são ajustados através do algoritmo Least Mean Square
(LMS). A fórmula recursiva do algoritmo LMS, definida no capítulo anterior, é dada
pelas equações:
݁
݊
=݀
݊
− ݕ
݊
=݀
݊
− ࢄ
݊
݊
(4.3)
݊ + 1
=
݊
+ ߤ
݊
݁
݊
݊
(4.4)
Em que:
݊
: é o vetor das amostras de entrada;
݊
: é o vetor dos coeficientes;
ߤ
݊
: é o passo de adaptação;
O parâmetro µ controla a velocidade de convergência do algoritmo LMS para a
solução ideal.
Figura 4.1: Princípio da detecção de harmônicos com Filtro Adaptativo FIR.
O Filtro Adaptativo FIR utiliza a estrutura apresentada na Figura 4.1.
A estrutura para o Filtro Adaptativo Sintonizado, apresentada na Figura 4.2, é
um pouco diferente. No Filtro Adaptativo Sintonizado dois sinais ortogonais são
Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência
30
utilizados como entrada, um para a entrada
ݔ
݊
(em fase com a tensão da fonte) e
outro adiantado 90º de ݔ
݊
. Com isto, é necessária a adaptação, com o algoritmo LMS,
de apenas dois coeficientes, um para cada entrada. O sinal de saída ݕ
݊
é obtido com a
soma dos dois sinais de entrada multiplicados por seus respectivos coeficientes. O
conteúdo harmônico ݅
ሺ݊ሻ, como no caso do Filtro Adaptativo FIR, é diretamente
obtido pelo sinal de erro ݁
݊
.
+
-
Σ
Algoritmo
LMS
w
1
w
2
Σ
90°
d(n)
x(n)
e(n)
y(n)
Figura 4.2. Princípio da detecção de harmônicos com Filtro Adaptativo Sintonizado.
4.2 Predição Linear com Filtro Adaptativo
O termo Predição Linear deve-se a utilização de um Filtro Adaptativo Linear
para predizer valores futuros de um sinal de entrada. Neste filtro o sinal de entrada ݔ
݊
é a própria resposta desejada ݀
݊
atrasada um número específico de amostras. Este
sinal de entrada pode ser a corrente da carga ou a componente fundamental da corrente
da carga extraída por um filtro passa-baixas.
A idéia geral da Predição Linear aplicada a um Filtro Ativo com a predição da
corrente da carga é apresentada na Figura 4.3.
Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência
31
Figura 4.3: Princípio para predição linear com Filtro Adaptativo FIR.
A adaptação dos coeficientes do Filtro Adaptativo para Predição Linear
necessita basicamente de 3 etapas:
A filtragem do sinal atrasado realizada pelo Filtro Adaptativo.
O cálculo do erro através da subtração da amostra atual, da resposta
desejada, pelo valor da saída do Filtro Adaptativo.
E o cálculo dos novos coeficientes utilizando o algoritmo LMS.
As 3 etapas citadas constituem a parte principal do algoritmo do Filtro
Adaptativo para Predição Linear. Com a realização destas etapas será possível alcançar
um conjunto de coeficientes com os quais será feita a predição. A forma mais objetiva
para saber se o conjunto de coeficientes está satisfatório ou não é pela observação do
erro. Pois, a função principal do algoritmo de adaptação LMS é a minimização do erro.
Significando que o Filtro Adaptativo está conseguindo representar o valor desejado.
Sendo assim, bastará realizar uma nova filtragem com o sinal sem atraso,
utilizando uma cópia dos coeficientes alcançados com as 3 etapas anteriores, para obter
na saída do filtro valores preditos para as amostras do sinal de entrada.
Dois exemplos são apresentados demonstrando o resultado da técnica de
Predição Linear com Filtros Adaptativos.
As duas formas de onda utilizadas a seguir foram geradas através do código em
linguagem C no próprio DSP TMS320F2812 e possuem características idênticas às
encontradas nas aplicações com Filtros Ativos de Potência.
Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência
32
No primeiro caso foi utilizada uma onda senoidal de 60Hz e amplitude de 20A.
O valor do passo de adaptação e o número de coeficientes do filtro foram 0,00045 e 8,
respectivamente.
Com o intuito de demonstrar o comportamento da técnica de Predição Linear
foram gerados os gráficos das Figuras 4.4 e 4.5. Nestas duas figuras o gráfico superior
contém o sinal senoidal citado anteriormente sem atraso. Este sinal é aplicado na
entrada de um Filtro Adaptativo, no qual seus coeficientes são os mesmos gerados pelo
processo de adaptação do Filtro Adaptativo para predição. O resultado da filtragem do
sinal de entrada está ilustrado no gráfico inferior das Figuras 4.4 e 4.5.
No canto inferior esquerdo das figuras têm-se as coordenadas para a posição do
cursor sobre os dois gráficos. A primeira coordenada corresponde ao gráfico superior e
a segunda ao gráfico inferior.
Ocorrendo a predição espera-se que o valor do sinal da saída do filtro (gráfico
inferior) esteja 10 amostras antecipado ao valor do sinal de entrada do filtro (gráfico
superior). Para verificar este fato observa-se que na Figura 4.4 o valor do sinal de saída
do filtro para a amostra 60 é de 9,73642A. na Figura 4.5 o valor da entrada do Filtro
Adaptativo para amostra 70 é de 9,72726A. Sendo assim, pode ser verificado que o
filtro consegue prever o valor do sinal de entrada com 10 amostras de antecedência. Isto
com um erro de -0,00916A.
Figura 4.4: Gráfico superior: sinal senoidal sem atraso. Gráfico inferior: resposta do filtro ao sinal
de entrada.
Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência
33
Figura 4.5: Gráfico superior: sinal senoidal sem atraso. Gráfico inferior: resposta do filtro ao sinal
de entrada.
A segunda forma de onda utilizada para a análise foi uma onda contendo a
fundamental (60Hz e amplitude de 20A), 5
o
e 7
o
harmônicos com amplitudes de 4A e
2,86A, respectivamente. O valor do passo de adaptação e número de coeficientes do
filtro foram 0,00045 e 32, respectivamente,.
Novamente ocorrendo a predição espera-se que o valor do sinal da saída do filtro
(gráfico inferior) esteja 10 amostras antecipado ao valor do sinal de entrada do filtro
(gráfico superior) nas Figuras 4.6 e 4.7. Para verificar este fato observa-se que na Figura
4.6 o valor do sinal de saída do filtro para a amostra 130 é de -15,4585A. Já na Figura
4.7 o valor da entrada do Filtro Adaptativo para amostra 140 é de -15,3687A. Desta
maneira, pode ser verificado que o filtro consegue prever o valor do sinal de entrada
com 10 amostras de antecedência. Com um erro de 0,0898A.
Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência
34
Figura 4.6: Gráfico superior: sinal com a fundamental, 5
o
e 7
o
harmônicos sem atraso. Gráfico
inferior: resposta do filtro ao sinal de entrada.
Figura 4.7: Gráfico superior: sinal com a fundamental, 5
o
e 7
o
harmônicos sem atraso. Gráfico
inferior: resposta do filtro ao sinal de entrada.
Os dois casos apresentados ilustram a aplicação da Predição Linear com Filtros
Adaptativos, em que foram utilizados sinais com a mesma característica dos
Aplicação de Filtros Adaptativos em Filtros Ativos de Potência
35
encontrados na literatura [11][19-20]. Demonstrando a viabilidade desta técnica em
Filtros Ativos de Potência.
Nos próximos capítulos serão apresentados os resultados das simulações e das
implementações experimentais em um Filtro Ativo Paralelo para aplicação da detecção
de harmônicos com Filtros Adaptativos.
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
36
5 Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
O passo de adaptação ߤ controla a velocidade de convergência do algoritmo
LMS na busca da solução ideal. Um valor elevado de ߤ conduz o algoritmo a uma rápida
convergência, mas um valor muito elevado pode levar o mesmo à instabilidade.
Enquanto um valor pequeno de ߤ conduz o algoritmo a uma convergência muito lenta,
mesmo que a forma de onda de saída esteja consistente com o esperado. Como
observado as duas escolhas para o valor de ߤ possuem suas vantagens e desvantagens.
Em certas aplicações, tanto a velocidade em que o algoritmo LMS se adapta a
alguma alteração no sistema, como um baixo valor de erro em regime permanente o
dois aspectos cruciais para a eficácia da implementação. Buscando aliar estas duas
características é desejável a utilização de algum método que permita uma convergência
variável, ou seja, permita ao algoritmo uma rápida convergência durante o transitório e
com maior precisão durante o regime permanente.
A técnica do Passo de Adaptação Variável (do inglês, Variable Step-Size) [15]
une estas duas características, mencionadas anteriormente, variando o valor do
parâmetro ߤ de acordo com a estimação média do valor do sinal de erro. Outras
aproximações em busca de melhores resultados com esta técnica vêm sendo realizadas
em alguns trabalhos [16-18]. Mas sempre mantendo a idéia básica do aumento do valor
parâmetro ߤ durante o transitório e depois decrementando o valor de ߤ até atingir o
valor mínimo para o regime permanente.
Na detecção de harmônicos com Filtros Adaptativos o sinal de erro é a própria
referência harmônica, que somada aos ruídos sempre presentes neste tipo aplicação
fazem com que o erro nunca seja zero. Desta forma o parâmetro ߤ é sempre alterado,
não permitindo uma boa resposta em regime permanente. Fato este tratado na literatura,
mas sempre com a utilização do sinal de erro [17-18].
Buscando uma nova solução ao problema exposto foi desenvolvida uma
metodologia independente ao sinal de erro. A nova estratégia, específica para Filtros
Ativos de Potência, detecta a amplitude da componente fundamental da corrente da
carga (I
L
) e permite a alteração do valor do parâmetro ߤ quando ocorrer alguma
mudança no valor da amplitude da componente fundamental.
Nos próximos parágrafos a nova metodologia desenvolvida será apresentada.
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
37
5.1 Nova Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
A nova estratégia tem como objetivo melhorar a velocidade de convergência do
algoritmo LMS e permitir uma resposta precisa em regime permanente. Para detectar a
amplitude da componente fundamental de I
L
foi utilizado um método baseado no
princípio do oscilador de Coulon aplicado no desenvolvimento de um Phase Locked
Loop (PLL), denominado Modified Synchronous Reference Frame - PLL (MSRF-PLL)
[21].
Desta maneira, a teoria do oscilador de Coulon será discutida inicialmente. A
Figura 5.1 mostra o diagrama em blocos do oscilador de Coulon, em que o sinal de
entrada ݔ
ݐ
é um sinal rico em harmônicos, sendo representado na Equação 5.1.
ݔ
ݐ
=
ܣ
sin
߱
ݐ+ ߮
ୀଵ
(5.1)
Em que,
ܰ: ordem do harmônico;
ܣ
: amplitude do harmônico;
߮
= ângulo de fase.
Figura 5.1: Diagrama em blocos do oscilador de Coulon.
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
38
Como mostrado na Figura 5.1 é possível definir a freqüência de acoplamento do
oscilador
݂
=߱
, que gera os sinais sin
߱
ݐ
e cos
߱
ݐ
. Portanto, depois da
multiplicação (ou modulação) os sinais ݔ
ݐ
e ݔ
ݐ
são dados, respectivamente, por
ݔ
ݐ
=
ܣ
sin
߱
ݐ+ ߮
∙ sin
߱
ݐ
ୀଵ
(5.2)
ݔ
ݐ
=
ܣ
sin
߱
ݐ + ߮
∙ cos
߱
ݐ
ୀଵ
(5.3)
As Equações 5.2 e 5.3 podem ser escritas na forma
ݔ
ݐ
=
cos
ሾሺ
߱
− ߱
ݐ + ߮
− cos
ሾሺ
߱
+ ߱
ݐ + ߮
ሿሽ
ୀଵ
(5.4)
ݔ
ݐ
=
sin
ሾሺ
߱
− ߱
ݐ + ߮
+ sin
ሾሺ
߱
+ ߱
ݐ + ߮
ሿሽ
ୀଵ
(5.5)
Definindo a freqüência fundamental ݂
=߱
, e correspondentemente,
߱
=݅߱
e ߱
=ݎ߱
(i e r sendo a ordem dos harmônicos), as Equações 5.4 e 5.5
podem ser escrita como
ݔ
ݐ
=
cos
ሾሺ
݅− ݎ
߱
ݐ+ ߮
− cos
ሾሺ
݅+ ݎ
߱
ݐ + ߮
ሿሽ
ୀଵ
(5.6)
ݔ
ݐ
=
sin
ሾሺ
݅− ݎ
߱
ݐ + ߮
+ sin
ሾሺ
݅+ ݎ
߱
ݐ + ߮
ሿሽ
ୀଵ
(5.7)
Com o intuito de extrair a componente fundamental de ݔ
ݐ
, a freqüência do
oscilador ߱
deve ser sintonizada para ser ߱
, com isto, r = i = 1. Então
ݔ
ݐ
=
cos
߮
cos
ݐ + ߮
+
cos
ሾሺ
݅− 1
߱
ݐ+ ߮
ୀଶ
cos
ሾሺ
݅+ 1
߱
ݐ + ߮
(5.8)
ݔ
ݐ
=
sin
߮
+
sin
ݐ + ߮
+
sin
ሾሺ
݅− 1
߱
ݐ+ ߮
+
ୀଶ
sin
ሾሺ
݅+ 1
߱
ݐ+ ߮
(5.9)
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
39
As Equações 5.8 e 5.9 indicam que o primeiro termo de cada uma é um
componente contínuo relacionado à magnitude da fundamental
ܣ
e ao ângulo de fase
߮
, o segundo termo é o segundo harmônico, e os termos restantes são os
componentes de freqüências mais altas. Um filtro passa-baixas é capaz de filtrar o
componente contínuo de cada sinal dado por:
ܸ
=
cos
߮
(5.10)
ܸ
=
sin
߮
(5.11)
Portanto, a saída do oscilador de Coulon pode ser escrita como
ܣ
=
+ ൫2ܸ
(12)
߮
=tan
ିଵ
൫ܸ
ܸ
(13)
Se a fase do oscilador coincidir com a fase da componente fundamental do sinal
de entrada ݔ
ݐ
, i.e. ߮
=0, então ܸ
=0,5ܣ
e ܸ
=0.
Sendo assim, o oscilador de Coulon pode não somente extrair a componente
fundamental do sinal de entrada, mas também qualquer outro componente harmônico,
para tanto basta sintonizar apropriadamente o oscilador de acoplamento.
Para a implementação da estratégia proposta foi utilizada a parte superior da
Figura 5.1. A estrutura utilizada é apresentada na Figura 5.2, em que ݔ
ݐ
é a corrente
da carga e sin
߱
ݐ
está em fase com a tensão da fonte. O sinal sin
߱
ݐ
em fase com a
tensão é obtido diretamente de um PLL, que faz parte do algoritmo de controle do
Filtro Ativo de Potência para realização de outras tarefas como sincronismo para carga
do link DC.
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
40
Figura 5.2: Detecção de amplitude e ângulo de fase com oscilador de Coulon.
A estratégia não fornece puramente o valor da amplitude, mas um produto entre
a amplitude da componente fundamental da corrente da carga e o cosseno do ângulo de
fase entre a ݔ
ݐ
(componente fundamental da corrente da carga) e sin
߱
ݐ
(tensão da
fonte). Com isto, a técnica é capaz de detectar não somente variações no valor da
amplitude da componente fundamental da corrente da carga, mas também alterações no
ângulo de fase entre a componente fundamental e a tensão da fonte.
A Figura 5.3 ilustra o comportamento da estratégia apresentada acima, na
detecção da amplitude da componente fundamental da carga. Nesta simulação, realizada
no Matlab/Simulink, a amplitude da corrente da carga sofre um aumento de 100% de
seu valor e em seguida um decréscimo de 75%.
Figura 5.3: Detecção da variação na amplitude da componente fundamental para
=૙°.
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
41
Na Figura 5.4 é apresentado um caso em que
߮
=20°. Com isto, o valor da
amplitude sofre um pequeno decréscimo, mas este fato não interfere na utilização desta
técnica baseada no princípio de Coulon. Pois o objetivo principal, que é a detecção da
variação na amplitude da componente fundamental da corrente da carga, continua sendo
alcançado.
Figura 5.4: Detecção da variação na amplitude da componente fundamental para
=૛૙°.
Para a implementação completa da estratégia de alteração do valor do parâmetro
ߤ, em busca de uma adaptação mais rápida dos coeficientes do Filtro Adaptativo, é
necessário detectar o momento exato da variação na corrente da carga. Desta forma, a
saída ݕ
é lida a todo o momento, sendo calculada uma variação percentual para este
valor de saída. Quando ocorrer uma variação na amplitude da fundamental o valor da
variação percentual sofre uma elevação a um determinado valor limite e o transitório é
detectado. O cálculo desta variação percentual é exemplificado na Equação 5.14.
ூ௅௙%
=
ି஺
௡ି
௡ି
(5.14)
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
42
Em que:
ூ௅௙%
: variação percentual da amplitude da componente fundamental da corrente da
carga.
ܣ
݊
: valor da amostra atual de ݕ
.
ܣ
݊ − ݇
: valor de ݕ
com ݇ amostras de atraso.
A variação percentual
ூ௅௙%
é o principal critério para a alteração do passo de
adaptação nos momentos de transitório (alteração no valor da corrente da carga). É
através deste parâmetro em que o algoritmo de controle define ou não, alterar o valor de
ߤ.
Quando
ூ௅௙%
atinge um determinado valor limite (
௟௜௠
) o transitório em I
L
é
então detectado e o valor de ߤ é alterado para ߤ
௠௔௫
, permanecendo com este valor por
meio ciclo da fundamental. Em seguida, o valor de ߤ é alterado para ߤ
௠௘ௗ
,
permanecendo neste valor por mais meio ciclo da fundamental. Por fim, ߤ é alterado
para ߤ
௠௜௡
. Sendo que, ߤ
௠௜௡
<ߤ
௠௘ௗ
<ߤ
௠௔௫
. Estes valores, para o passo de adaptação,
devem ser escolhidos de tal maneira a evitar tanto que o algoritmo se torne instável (no
caso de ߤ
௠௔௫
muito elevado) ou que a convergência fique muito lenta (no caso de ߤ
௠௜௡
muito pequeno).
A Figura 5.5 demonstra o comportamento do algoritmo, alterando o valor do
passo de adaptação, para uma elevação da amplitude de I
L
em 100% e decréscimo da
mesma em 100%. É importante observar como a variação percentual
ூ௅௙%
permite a
correta detecção do transitório. Os seguintes valores foram utilizados para ߤ: ߤ
௠௔௫
=
0,0002, ߤ
௠௘ௗ
=0,00018 e ߤ
௠௜௡
=0,00015.
Na Figura 5.6 apresenta uma simulação com elevação da amplitude de I
L
em
100%, decréscimo da mesma em 100% e por último um acréscimo de 40%. Os valores
do passo de adaptação foram mantidos os mesmos do exemplo anterior.
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
43
Figura 5.5: Alteração do valor de através da detecção da variação na amplitude da fundamental
de I
L
.
Figura 5.6: Alteração do valor de através da detecção da variação na amplitude da fundamental
de I
L
.
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
44
As duas próximas figuras apresentam dois casos utilizando um Filtro Adaptativo
FIR. No primeiro caso, Figura 5.7, é utilizado o passo de adaptação fixo de 0,00015. Já
no segundo, Figura 5.8, o passo de adaptação é variável com os seguintes valores:
ߤ
௠௔௫
=0,0002, ߤ
௠௘ௗ
=0,00018 e ߤ
௠௜௡
=0,00015. Como observado, pelo sinal de
saída do Filtro Adaptativo, tanto a velocidade de convergência como a precisão em
regime permanente alcançados, com a estratégia desenvolvida, demonstram ser
superiores a implementação com ߤ fixo. Outro aspecto importante é o tempo gasto para
a adaptação apresentado na Figura 8, na ordem de 1 ciclo e meio da fundamental.
Tempo este mais rápido do que o encontrado na literatura, que é da ordem de 2 ciclos
[17-18][20].
Figura 5.7: Detecção de harmônicos com Filtro Adaptativo FIR para um valor de fixo.
Estratégia para o Passo de Adaptação Variável
45
Figura 5.8: Detecção de harmônicos com Filtro Adaptativo FIR para um valor de variável.
Neste capítulo foi abordada a estratégia desenvolvida, neste trabalho, com o
objetivo de permitir uma rápida convergência do algoritmo Least Mean Square, bem
como, uma resposta em regime permanente precisa. Nos próximos capítulos os
resultados de simulação e experimentais serão apresentados, permitindo verificar a
eficácia e a aplicabilidade da nova estratégia para controle do passo de adaptação
variável.
Resultados de Simulação
46
6 Resultados de Simulação
Nos capítulos anteriores os principais conceitos necessários para implementação,
da técnica de detecção de harmônicos com filtragem adaptativa, foram apresentados.
Desta maneira, é necessário a simulação da técnica para a verificação e validação dos
resultados, para uma posterior implementação no Processador Digital de Sinais
TMS320F2812.
O objetivo, destas simulações, é observar o comportamento do algoritmo para
geração do conteúdo harmônico com base nos sinais utilizados pelo mesmo.
Tanto a velocidade de convergência do algoritmo como a resposta em regime
permanente serão analisados com maior detalhe. Pois, estes são os dois principais
aspectos a serem levados em consideração para a aplicação da técnica proposta em um
Filtro Ativo de Potência.
As simulações foram realizadas no programa Matlab/Simulink. As principais
características dos sinais encontrados neste tipo de aplicação foram simuladas, com
ênfase nos dois aspectos citados no parágrafo anterior.
Além das simulações da técnica de detecção de harmônicos com Filtros
Adaptativos FIR e Sintonizado, também serão apresentadas simulações para um caso
específico em que o algoritmo LMS é utilizado para ajustar apenas o ganho do sinal de
entrada do Filtro Adaptativo. Este caso especial, somente pode ser aplicado nas
situações em que o ângulo de fase entre a tensão da fonte e a corrente fundamental da
carga for 0°.
6.1 Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho
Inicialmente serão apresentados os resultados para um caso ideal, em que o
ângulo de fase entre a tensão da fonte e a corrente fundamental da carga for 0°. Esta
idéia foi desenvolvida durante os estudos deste trabalho, com a observação da
viabilidade do ajuste apenas do ganho de um sinal senoidal de entrada unitário em fase
com a tensão da fonte. Para tanto, foi utilizado um Filtro Adaptativo FIR com apenas
dois coeficientes.
Resultados de Simulação
47
Uma característica interessante desta estrutura para o ajuste apenas do ganho é a
possibilidade da detecção do transitório utilizando somente os parâmetros do Filtro
Adaptativo. Pois, os dois coeficientes utilizados contêm apenas a informação sobre a
amplitude da componente fundamental da carga. Com isto, não é necessário usar uma
técnica de detecção de amplitude como no caso do Filtro Adaptativo FIR e Sintonizado.
O valor RMS de cada componente harmônico da corrente da carga utilizado na
simulação está disponível na Tabela 6.1.
Tabela 6.1: Valor RMS de cada componente harmônico da corrente da carga para simulação.
RMS
Fundamental 7,071 A
5
°
Harmônico
1,677 A
7
°
Harmônico
0,693 A
11
°
Harmônico
0,614 A
13
°
Harmônico
0,411 A
17
°
Harmônico
0,376 A
19
°
Harmônico
0,276 A
23
°
Harmônico
0,260 A
25
°
Harmônico
0,195 A
As Figuras 6.1 e 6.2 apresentam os sinais utilizados e gerados pelo Filtro
Adaptativo para detecção dos harmônicos da corrente da carga. Como mencionado
nos capítulos anteriores, a corrente da carga é usada como sinal desejado ݀
݊
e um
sinal senoidal unitário em fase com a tensão da fonte é utilizado como sinal de entrada
ݔ
݊
. A saída do Filtro Adaptativo é indicada por ݕ
݊
, em fase e com a mesma
amplitude da componente fundamental da corrente da carga. A subtração de ݀
݊
ݕ
݊
gera o sinal de erro ݁ሺ݊ሻ que contém o conteúdo harmônico necessário para a
compensação.
Resultados de Simulação
48
Figura 6.1: Tensão da fonte e sinal de entrada do Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho.
Figura 6.2: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho
em regime permanente.
Resultados de Simulação
49
A Figura 6.3 apresenta a comparação entre o conteúdo harmônio presente na
corrente da carga e a corrente harmônica gerada através do Filtro Adaptativo. O
pequeno valor de erro entre os dois sinais indica o correto desempenho do algoritmo na
extração do conteúdo harmônico da corrente da carga.
Figura 6.3: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente harmônica
gerada pelo Filtro Adaptativo em regime permanente.
Na Figura 6.4, como intuito demonstrativo, são mostradas a corrente da carga, a
corrente de compensação e a corrente compensada. Os espectros harmônicos da corrente
da carga e compensada são ilustrados na Figura 6.5 demonstrando a completa remoção
do conteúdo harmônico da corrente compensada.
Resultados de Simulação
50
Figura 6.4: Resultado da compensação em regime permanente com Filtro Adaptativo para Ajuste
do Ganho.
Figura 6.5: Espectro harmônico da corrente da carga e corrente compensada após compensação
com Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho.
Após a apresentação dos resultados da simulação do método em regime
permanente é necessário a demonstração de seu comportamento diante situações de
transitório na amplitude da corrente da carga. Pois, esta é uma importante característica
Resultados de Simulação
51
no algoritmo de controle de um Filtro Ativo de Potência. Para tanto, foram realizadas
simulações em que é aplicada a amplitude da corrente da carga um aumento de 100% de
seu valor e em seguida um decréscimo de 25%.
A Figura 6.6 mostra os principais sinais utilizados e gerados pelo Filtro
Adaptativo, como a corrente da carga, o sinal de saída do Filtro
Adaptativo e o sinal de erro. Como pode ser observado, com a utilização da técnica para
alteração do valor do passo de adaptação, o tempo gasto para o ajuste dos coeficientes
do filtro após o transitório na amplitude da carga é de apenas 1 ciclo e meio da
fundamental.
Figura 6.6: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho
com transitório.
A Figura 6.7 apresenta a comparação entre o conteúdo harmônio presente na
corrente da carga e a corrente harmônica gerada através do Filtro Adaptativo. O erro
entre estes dois sinais também é apresentado.
Resultados de Simulação
52
Figura 6.7: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente harmônica
gerada pelo Filtro Adaptativo com transitório.
Na Figura 6.8, são mostradas a corrente da carga, a corrente de compensação e a
corrente compensada.
Figura 6.8: Resultado da compensação com transitório utilizando o Filtro Adaptativo para Ajuste
do Ganho.
Resultados de Simulação
53
Como mencionado anteriormente, os dois coeficientes utilizados para o ajuste do
ganho neste tipo de aplicação fornecem a informação sobre a amplitude da componente
fundamental da corrente da carga. Então, para a detecção de alguma alteração nesta
amplitude não é necessário a utilização de nenhuma técnica extra como no caso do
Filtro Adaptativo FIR e Sintonizado. A detecção na variação da amplitude e a
conseqüente variação no valor de
ߤ, utilizando esta nova abordagem, são mostrados na
Figura 6.9. O passo de adaptação é variável com os seguintes valores: ߤ
௠௔௫
=0,0075,
ߤ
௠௘ௗଵ
=0,005, ߤ
௠௘ௗଶ
=0,00145 e ߤ
௠௜௡
=0,001.
Figura 6.9: Alteração do valor de através da detecção da variação na amplitude da fundamental
de I
L
no Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho.
6.2 Filtro Adaptativo FIR
Nas simulações com Filtro Adaptativo FIR, foi utilizado um filtro FIR com 32
coeficientes e os seguintes valores para o passo de adaptação variável: ߤ
௠௔௫
=0,0002,
ߤ
௠௘ௗ
=0,00018 e ߤ
௠௜௡
=0,00015. Para variação de ߤ foi usada a técnica baseada no
princípio de Coulon, exposta no capítulo anterior.
A Figura 6.10 mostra a tensão da fonte e o sinal entrada em fase com mesma. O
sinal da corrente da carga, a componente fundamental da carga juntamente com a saída
Resultados de Simulação
54
do Filtro Adaptativo e o sinal de erro são apresentados na Figura 6.11. Os valores RMS
de cada componente harmônico da corrente da carga são os mesmos contidos na Tabela
6.1.
Figura 6.10: Tensão da fonte e sinal de entrada do Filtro Adaptativo FIR.
Figura 6.11: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo FIR em regime
permanente.
Resultados de Simulação
55
A comparação, entre a corrente harmônica da carga e corrente harmônica gerada
pelo Filtro Adaptativo FIR, é mostrada pela Figura 6.12.
Figura 6.12: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente harmônica
gerada pelo Filtro Adaptativo em regime permanente.
A Figura 6.13 demonstra a compensação com a corrente harmônica gerada. Já na
Figura 6.14 são apresentados os espectros harmônicos da corrente da carga e
compensada.
Resultados de Simulação
56
Figura 6.13: Resultado da compensação em regime permanente com Filtro Adaptativo FIR.
Figura 6.14: Espectro harmônico da corrente da carga e corrente compensada após compensação
com Filtro Adaptativo FIR.
Os resultados das simulações demonstraram a correta geração da corrente
harmônica pelo Filtro Adaptativo FIR em regime permanente. A seguir são apresentadas
Resultados de Simulação
57
a simulações com alteração do valor da amplitude da corrente da carga. Situação, em
que a estratégia de passo de adaptação variável deve ser utilizada para manter o tempo
de ajuste em 1 ciclo e meio da fundamental. Desta maneira, foram realizadas simulações
em que é aplicada a amplitude da corrente da carga um aumento de 100% de seu valor e
em seguida um decréscimo de 25%.
A Figura 6.15 mostra a corrente da carga, a corrente fundamental da carga
juntamente com o sinal de saída do Filtro Adaptativo FIR e o sinal de erro. Como pode
ser observado, com a utilização da técnica para alteração do valor do passo de
adaptação, o tempo gasto para o ajuste dos coeficientes do filtro após o transitório na
amplitude da carga é de 1 ciclo e meio da fundamental.
Figura 6.15: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo FIR com transitório.
A comparação entre a corrente com conteúdo harmônico da carga e a corrente
harmônica gerada pelo Filtro Adaptativo, juntamente com o erro entre estes dois sinais
são apresentadas na Figura 6.16. Já a Figura 6.17 demonstra o resultado da
compensação com a corrente harmônica gerada.
Resultados de Simulação
58
Figura 6.16: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente harmônica
gerada pelo Filtro Adaptativo com transitório.
Figura 6.17: Resultado da compensação com transitório utilizando o Filtro Adaptativo FIR.
Resultados de Simulação
59
As Figuras 6.18, 6.19, 6.20 e 6.21 apresentam os resultados de simulação para o
caso em que três transitórios seguidos são realizados. Inicialmente no instante 0,992s é
aplicado a amplitude da corrente da carga um aumento de 100%, em seguida no instante
1s é aplicado um decréscimo de 75% e no instante 1,008s um novo acréscimo de 300%.
A Figura 6.21 apresenta, em detalhe, o tempo gasto para que o sinal de saída do
Filtro Adaptativo
ݕ
݊
se adapte a estes transitórios na amplitude da corrente da carga.
Como estes transitórios ocorrem, um após o outro, em um tempo menor que 0,025s (1
ciclo e meio da fundamental), não é possível ocorrer a adaptação completa antes do
último transitório no instante 1,008s. Após este último transitório a adaptação ocorre,
como esperado, em um intervalo de tempo (Ta) de 1 ciclo e meio da fundamental.
Figura 6.18: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo FIR com três
transitórios seguidos.
Resultados de Simulação
60
Figura 6.19: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente harmônica
gerada pelo Filtro Adaptativo com três transitórios seguidos.
Figura 6.20: Resultado da compensação com três transitórios seguidos utilizando o Filtro
Adaptativo FIR.
Resultados de Simulação
61
Figura 6.21: Tempo de ajuste da saída do Filtro Adaptativo FIR em detalhe.
6.3 Filtro Adaptativo Sintonizado (Adaptive Notch Filter)
O Filtro Adaptativo Sintonizado possui uma estrutura diferente dos outros dois
filtros simulados. Dois sinais ortogonais são utilizados como sinais de entrada e apenas
dois coeficientes são utilizados, um para cada sinal de entrada. O algoritmo de
adaptação dos coeficientes continua sendo o algoritmo LMS. Apesar destas diferenças,
como abordado no Capítulo 4, o princípio de detecção do conteúdo harmônico continua
sendo o mesmo aplicado ao um Filtro Adaptativo.
A seguir são apresentados os principais sinais utilizados nestas simulações, em
que os seguintes valores para o passo de adaptação variável foram utilizados: ߤ
௠௔௫
=
0,009, ߤ
௠௘ௗ
=0,007 e ߤ
௠௜௡
=0,0015.
Na Figura 6.22 é apresentada a tensão da fonte e os dois sinais ortogonais de
entrada, um em fase com a tensão da fonte e o outro com um deslocamento de fase de
90°.
Os valores RMS de cada componente harmônico da corrente da carga, presente
na Figura 6.23, estão na Tabela 6.1. A Figura 6.23 também apresenta a componente
fundamental da carga juntamente com a saída do Filtro Adaptativo e o sinal de erro.
Resultados de Simulação
62
Figura 6.22: Tensão da fonte e sinais de entrada para o Filtro Adaptativo Sintonizado.
Figura 6.23: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo Sintonizado em
regime permanente.
Resultados de Simulação
63
A Figura 6.24 demonstra a correta detecção da corrente harmônica pelo Filtro
Adaptativo Sintonizado. O conteúdo harmônico na corrente da carga é detectado em sua
totalidade pelo algoritmo.
Figura 6.24: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente harmônica
gerada pelo Filtro Adaptativo em regime permanente.
A demonstração da compensação do conteúdo harmônico e os espectros
harmônicos da corrente da carga e compensada são mostrados pelas Figuras 6.25 e 6.26,
respectivamente.
Resultados de Simulação
64
Figura 6.25: Resultado da compensação em regime permanente com Filtro Adaptativo Sintonizado.
Figura 6.26: Espectro harmônico da corrente da carga e corrente compensada após compensação
com Filtro Adaptativo Sintonizado.
Resultados de Simulação
65
A seguir são apresentadas a simulações com alteração do valor da amplitude da
corrente da carga. Nestas simulações, foi aplicada a amplitude da corrente da carga um
aumento de 100% de seu valor e em seguida um decréscimo de 25%.
A Figura 6.27 mostra a corrente da carga, a corrente fundamental da carga
juntamente com o sinal de saída do Filtro Adaptativo FIR e o sinal de erro. Como pode
ser observado, com a utilização da técnica para alteração do valor do passo de
adaptação, o tempo gasto para o ajuste dos coeficientes do filtro após o transitório na
amplitude da carga é de 1 ciclo e meio da fundamental.
Figura 6.27: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo Sintonizado com
transitório.
A Figura 6.28 apresenta comparação entre a corrente com conteúdo harmônico
da carga e a corrente harmônica gerada pelo Filtro Adaptativo, juntamente com o erro
entre estes dois sinais. a Figura 6.29 demonstra o resultado da compensação com a
corrente harmônica gerada.
Resultados de Simulação
66
Figura 6.28: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente harmônica
gerada pelo Filtro Adaptativo com transitório.
Figura 6.29: Resultado da compensação com transitório utilizando o Filtro Adaptativo Sintonizado.
Resultados de Simulação
67
Para a simulação da ocorrência de três transitórios seguidos, as Figuras 6.30,
6.31, 6.32 e 6.33 foram geradas. Inicialmente no instante 0,992s é aplicado a amplitude
da corrente da carga um aumento de 100%, em seguida no instante 1s é aplicado um
decréscimo de 75% e no instante 1,008s um novo acréscimo de 300%.
A Figura 6.33 apresenta, em detalhe, o tempo gasto para que o sinal de saída do
Filtro Adaptativo
ݕ
݊
se adapte a estes transitórios na amplitude da corrente da carga.
De maneira similiar ao Filtro Adaptativo FIR, após o último transitório a adaptação
ocorre em um intervalo de tempo de 1 ciclo e meio da fundamental.
Figura 6.30: Sinal desejado, sinal de saída e sinal de erro do Filtro Adaptativo Sintonizado com três
transitórios seguidos.
Resultados de Simulação
68
Figura 6.31: Comparação entre o conteúdo harmônico da corrente da carga e a corrente harmônica
gerada pelo Filtro Adaptativo com três transitórios seguidos.
Figura 6.32: Resultado da compensação com três transitórios seguidos utilizando o Filtro
Adaptativo Sintonizado.
Resultados de Simulação
69
Figura 6.33: Tempo de ajuste da saída do Filtro Adaptativo Sintonizado em detalhe.
As simulações realizadas com o Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho, FIR e
Sintonizado demonstraram uma correta resposta em regime permanente e uma
adaptação dos coeficientes do Filtro Adaptativo em 1 ciclo e meio da fundamental.
Portanto, as expectativas iniciais com a utilização do passo de adaptação variável foram
confirmadas através destas simulações.
No próximo capítulo, deste trabalho, serão apresentados os resultados
experimentais da aplicação da técnica de detecção de harmônicos com os Filtros
Adaptativos FIR e Sintonizado em um Filtro Ativo Paralelo Trifásico. Em que o
conteúdo harmônico extraído pela técnica com Filtros Adaptativos foi utilizado como
referência para a corrente de compensação.
Resultados Experimentais
70
7 Resultados Experimentais
Neste capítulo serão apresentados os resultados da aplicação da técnica de
detecção de harmônicos com Filtros Adaptativos no controle de um Filtro Ativo de
Potência Paralelo (FAPP). O sistema de controle implementado no DSP TMS320F2812
é ilustrado na Figura 7.1, este sistema é constituído por cinco blocos: Controle
Harmônico, MSRF-PLL, Controle do Link DC, Sinal de Referência do FAP e PWM.
VSI
Controle
Harmônico
Controle
do Link DC
MSRF-PLL
PWM
Sinal de
Referência
do FAP
DSP
Sensor de
Tensão Hall
Sensor de
Tensão Hall
Sensor de
Corrente Hall
Sensor de
Corrente Hall
1
3
1
1
Figura 7.1: Estrutura geral de um Filtro Ativo de Potência Paralelo.
O bloco Controle Harmônico é a parte deste sistema de controle em que é gerada
a referência harmônica utilizada como corrente de compensação. Portanto, é nesta parte
do sistema em que a técnica de detecção de harmônicos com Filtros Adaptativos é
utilizada.
O bloco MSRF-PLL (Modified Synchronous Reference Frame Phase Locked
Loop) é responsável por gerar o sincronismo do FAP com a tensão da fonte. Os sinais
em fase com a tensão da fonte gerados por este bloco são utilizados tanto no bloco de
Controle Harmônico como no de Controle do Link DC.
Resultados Experimentais
71
Para manter o valor da tensão contínua, armazenada nos capacitores do inversor
de freqüência em um valor pré-estabelecido, é necessário realizar um controle sobre a
mesma, sendo esta a função do bloco Controle do Link DC.
A soma dos sinais, gerados nos blocos Controle Harmônico e Controle do Link
DC, é realizada no bloco Sinal de Referência do FAP, que por sua vez envia este sinal
resultante para o bloco PWM. No bloco PWM são produzidos os pulsos para o controle
dos semicondutores no inversor de freqüência, gerando assim a corrente harmônica para
compensação.
O algoritmo de controle do FAAP foi implementado no Processador Digital de
Sinal TMS320F2812 utilizando a linguagem de programação C, sendo o DSP
configurado para trabalhar com uma freqüência de amostragem de 40kHz.
A Figura 7.2 apresenta uma fotografia do FAPP utilizado nos experimentos. O
Filtro Ativo Paralelo ou Shunt é composto por 3 inversores fonte de tensão (do inglês
Voltage Source Inverter VSI) de 35kVA, trabalhando em uma freqüência de
chaveamento de 40kHz. A tensão do link DC foi ajustada em 400V. Foi usado um
indutor de 5mH para conectar o FAPP no sistema de potência, sendo a tensão do
sistema de 220V.
A carga não-linear utilizada foi um retificador de 6 pulsos, tipo CSI (do inglês,
Current Source Inverter), de 100kVA. A Figura 7.3 ilustra a fotografia da carga trifásica
não-linear.
Os sensores Hall de tensão e corrente e a parte frontal do Filtro Ativo Shunt com
as placas de condicionamento de sinal, inversor VSI e DSP TMS320F2812 estão
presentes nas fotografias das Figuras 7.4 e 7.5.
Resultados Experimentais
72
Figura 7.2: Foto frontal do FAPP utilizado nos testes experimentais.
Figura 7.3: Carga não-linear utilizada no experimento.
Figura 7.4: Sensores Hall de tensão e corrente utilizados no FAPP.
Resultados Experimentais
73
Figura 7.5: Placas de condicionamento de sinal, inversor VSI e placa com o DSP TMS320F2812.
Nas próximas páginas, deste capítulo, serão apresentados os resultados da
aplicação da técnica de detecção de harmônicos, com Filtros Adaptativos, no algoritmo
de controle do FAPP descrito acima.
A medida utilizada para avaliar o conteúdo harmônico em um sinal de corrente é
a Distorção Harmônica Total da Corrente, THDi, medida esta relativa ao valor da
corrente fundamental do sistema, e expressa por:
ܶܪܦ݅=
ට∑
೓సమ
∙ 100% (7.1)
Ao ocorrer a compensação do conteúdo harmônico, conseqüentemente, o valor
desta medida diminui. Sendo assim, a THDi da corrente da fonte é utilizado como
parâmetro na avaliação do desempenho do Filtro Ativo de Potência.
Os testes foram realizados para três valores diferentes de amplitude da corrente
da carga, com os seguintes valores RMS: 6,5A, 12,8A e 19,2A.
Inicialmente serão apresentados os resultados obtidos com um Filtro Adaptativo
FIR e posteriormente os resultados com um Filtro Adaptativo Sintonizado. Para este
último, a técnica do passo de adaptação variável foi utilizada em um transitório da
amplitude da corrente da carga de 6,5A para 12,8A, ou seja, uma variação de
aproximadamente 100%.
Resultados Experimentais
74
7.1 Filtro Adaptativo FIR
Para os testes com o Filtro Adaptativo FIR foram utilizados um filtro com 24
coeficientes e um passo de adaptação fixo de 0,0002. A seguir, são apresentados os
resultados obtidos com a utilização do Filtro Adaptativo FIR na extração do conteúdo
para geração da corrente de compensação do Filtro Ativo de Potência Paralelo.
Corrente da Carga de 6,5A
A corrente da carga para as três fases é apresentada na Figura 7.6. A corrente da
carga (I
LA
), a corrente de compensação (I
CA
) e a corrente da fonte (I
SA
), na fase A, são
mostradas na Figura 7.7. Já na Figura 7.8 são apresentadas as correntes da fonte nas três
fases, com compensação harmônica.
O espectro harmônico da corrente da fonte, com e sem o FAPP, é ilustrado pela
Figura 7.9. O espectro mostra a amplitude de cada componente harmônico em relação a
amplitude da fundamental e também a THDi. Evidenciando assim, o correto decréscimo
do conteúdo harmônico da corrente da fonte. Os valores numéricos deste decréscimo
podem ser encontrados na Tabela 7.1.
Figura 7.6: Corrente da carga de 6,5A RMS para fases as A, B e C.
Resultados Experimentais
75
IL
A
Ic
A
Is
A
Figura 7.7: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 6,5A RMS.
Is
A
Is
B
Is
C
Figura 7.8: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 6,5A RMS.
Resultados Experimentais
76
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 THDi
% da fundamental
Harmônicos
Espectro Harmônico
Is sem FAP
Is com FAP
Figura 7.9: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 6,5A RMS.
Pelos valores contidos na Tabela 7.1 observa-se que a amplitude do 5°
harmônico decresceu de 23,66% para 5,16%, uma queda de 78,19%. A amplitude do 7°
harmônico decresceu 9,75% para 3,48%, uma queda de 64,31%. A amplitude do 11°
harmônico decresceu 80,96%, a do 13° harmônico decresceu 75,49%, a do 17°
harmônico decresceu 72,64%, a do 19° harmônico decresceu 67,63%, a do 23°
harmônico decresceu 61,86%, a do 25° harmônico decresceu 51,84%, a do 29°
harmônico decresceu 48,45% e a do 31° harmônico decresceu 46,44%.
O THDi foi alterado de 29,42% para 7,53%, um decréscimo de 74,41%
apresentado na Tabela 7.4.
Resultados Experimentais
77
Tabela 7.1: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com 6,5A RMS.
sem FAP
com FAP
A RMS % da fundamental A RMS % da fundamental
3º Harmônico 0,00798
0,12%
0,02475
0,32%
5º Harmônico 1,56100
23,66%
0,39587
5,16%
7º Harmônico 0,64355
9,75%
0,26720
3,48%
9º Harmônico 0,00510
0,08%
0,00941
0,12%
11º Harmônico 0,57562
8,72%
0,12759
1,66%
13º Harmônico 0,40139
6,08%
0,11451
1,49%
15º Harmônico 0,00638
0,10%
0,01303
0,17%
17º Harmônico 0,35702
5,41%
0,11366
1,48%
19º Harmônico 0,27314
4,14%
0,10269
1,34%
21º Harmônico 0,00924
0,14%
0,00422
0,05%
23º Harmônico 0,25607
3,88%
0,11352
1,48%
25º Harmônico 0,19709
2,99%
0,11063
1,44%
27º Harmônico 0,00642
0,10%
0,00457
0,06%
29º Harmônico 0,19219
2,91%
0,11481
1,50%
31º Harmônico 0,15803
2,39%
0,09842
1,28%
Corrente da Carga de 12,8A
A corrente da carga para as três fases é apresentada na Figura 7.10. A corrente
da carga, a corrente de compensação e a corrente da fonte, compensada pelo FAPP,
são mostradas na Figura 7.11. na Figura 7.12 são apresentadas as correntes da fonte
nas três fases com a compensação harmônica.
O espectro harmônico da corrente da fonte, com e sem o FAPP, é ilustrado pela
Figura 7.13. O espectro mostra a amplitude de cada componente harmônico em relação
a amplitude da fundamental e também a THDi. Ocorrendo também, o correto
decréscimo do conteúdo harmônico da corrente da fonte. Os valores numéricos deste
decréscimo podem ser encontrados na Tabela 7.2.
Resultados Experimentais
78
Figura 7.10: Corrente da carga de 12,8A RMS para fases as A, B e C.
IL
A
Ic
A
Is
A
Figura 7.11: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 12,8A RMS.
Resultados Experimentais
79
Is
A
Is
B
Is
C
Figura 7.12: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 12,8A RMS.
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 THDi
% da funamental
Harnicos
Espectro Harmônico
Is sem FAP
Is com FAP
Figura 7.13: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 12,8A RMS.
Os valores na Tabela 7.2 demonstram que a amplitude do 5° harmônico
decresceu de 23,35% para 3,94%, uma queda de 83,13%. A amplitude do 7° harmônico
decresceu 69,73%, a do 11° harmônico decresceu 77,87%, a do 13° harmônico
decresceu 70,70%, a do 17° harmônico decresceu 66,92%, a do 19° harmônico
decresceu 54,38%, a do 23° harmônico decresceu 53,03%, a do 25° harmônico
decresceu 40,50%, a do 29
° harmônico decresceu 30,16% e a do 31° harmônico
decresceu 26,89%.
Resultados Experimentais
80
O THDi foi alterado de 29,11% para 6,98%, um decréscimo de 76,02%
apresentado na Tabela 7.4.
Tabela 7.2: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com 12,8A RMS.
sem FAP
com FAP
A RMS % da fundamental A RMS % da fundamental
3º Harmônico 0,02966
0,23%
0,01814
0,13%
5º Harmônico 3,03250
23,35%
0,56783
3,94%
7º Harmônico 1,28690
9,91%
0,43265
3,00%
9º Harmônico 0,00665
0,05%
0,00662
0,05%
11º Harmônico 1,09780
8,45%
0,26909
1,87%
13º Harmônico 0,77107
5,94%
0,25084
1,74%
15º Harmônico 0,01229
0,09%
0,00642
0,04%
17º Harmônico 0,68343
5,26%
0,25139
1,74%
19º Harmônico 0,50380
3,88%
0,25455
1,77%
21º Harmônico 0,03190
0,25%
0,02072
0,14%
23º Harmônico 0,47021
3,62%
0,24521
1,70%
25º Harmônico 0,36272
2,79%
0,23988
1,66%
27º Harmônico 0,00288
0,02%
0,00353
0,02%
29º Harmônico 0,32715
2,52%
0,25312
1,76%
31º Harmônico 0,27579
2,12%
0,22409
1,55%
Corrente da Carga de 19,2 A
A Figura 7.14 apresenta corrente da carga para as fases A, B e C. A corrente da
carga, a corrente de compensação e a corrente da fonte são mostradas na Figura 7.15.
na Figura 7.16 são apresentadas as correntes da fonte nas três fases.
A Figura 7.17 ilustra o espectro harmônico da corrente da fonte, com e sem o
FAPP. Mostrando, o correto decréscimo do conteúdo harmônico da corrente da fonte.
Os valores numéricos deste decréscimo podem ser encontrados na Tabela 7.3.
Resultados Experimentais
81
IL
A
IL
B
IL
C
Figura 7.14: Corrente da carga de 19,2A RMS para fases as A, B e C.
IL
A
Ic
A
Is
A
Figura 7.15: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 19,2A RMS.
Resultados Experimentais
82
Is
A
Is
B
Is
C
Figura 7.16: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 19,2A RMS.
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 THDi
% da fundamental
Harmônicos
Espectro Harmônico
Is sem FAP
Is com FAP
Figura 7.17: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 19,2A RMS.
Os valores na Tabela 7.3 mostram que a amplitude do 5° harmônico decresceu
de 23,73% para 3,89%, uma queda de 83,61%. A amplitude do 7° harmônico decresceu
71,75%, a do 11° harmônico decresceu 74,27%, a do 13° harmônico decresceu 57,14%,
a do 17° harmônico decresceu 57,39%, a do 19° harmônico decresceu 45,04%, a do 23°
harmônico decresceu 43,06%, a do 25° harmônico decresceu 23,31%, a do 29°
harmônico decresceu 10,41% e a do 31
° harmônico decresceu 28,72%.
Resultados Experimentais
83
O THDi foi alterado de 28,90% para 7,56%, um decréscimo de 73,84%
apresentado na Tabela 7.4.
Tabela 7.3: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com 19,2A RMS.
sem FAP
com FAP
A RMS % da fundamental A RMS % da fundamental
3º Harmônico 0,02601
0,14%
0,10870
0,52%
5º Harmônico 4,53210
23,73%
0,81630
3,89%
7º Harmônico 1,92760
10,09%
0,59958
2,85%
9º Harmônico 0,04132
0,22%
0,03597
0,17%
11º Harmônico 1,64100
8,59%
0,46442
2,21%
13º Harmônico 1,02860
5,39%
0,48588
2,31%
15º Harmônico 0,03070
0,16%
0,03252
0,15%
17º Harmônico 0,99549
5,21%
0,46735
2,22%
19º Harmônico 0,67343
3,53%
0,40755
1,94%
21º Harmônico 0,03000
0,16%
0,03904
0,19%
23º Harmônico 0,67426
3,53%
0,42126
2,01%
25º Harmônico 0,50876
2,66%
0,42769
2,04%
27º Harmônico 0,06112
0,32%
0,03959
0,19%
29º Harmônico 0,42160
2,21%
0,41540
1,98%
31º Harmônico 0,35883
1,88%
0,28223
1,34%
Na Figura 7.18 é demonstrado, de uma forma geral, o resultado da compensação
para os três valores de corrente da carga. Estes valores estão contidos na Tabela 7.4.
A Distorção Harmônica Total da Corrente da fonte, THDi, sofreu um decréscimo
de 74,41% para I
L
de 6,5A, de 76,02% para I
L
de 12,8A e de 73,84% para I
L
de 19,2A .
A queda nos valores de THDi, após a inserção do Filtro Ativo de Potência Paralelo, é
uma evidência do correto desempenho do mesmo. Demonstrando assim, a exatidão da
referência harmônica produzida pelo método de detecção de harmônicos utilizando um
Filtro Adaptativo FIR.
Resultados Experimentais
84
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
6,5 12,8 19,2
THDi
Corrente rms da Carga
Distorção Harmônica Total
Is sem FAP
Is com FAP
Figura 7.18: Distorção Harmônica Total de I
S
para os três valores de I
L
.
Tabela 7.4: Valores da Distorção Harmônica Total de I
S
para os três valores de I
L
.
THD
i
Valor da Corrente da Fonte
sem FAP
com FAP
6,5A 29,42% 7,53%
12,8A 29,11% 6,98%
19,2A 28,90% 7,56%
7.2 Filtro Adaptativo Sintonizado (Adaptive Notch Filter)
Os resultados da implementação da extração de harmônicos utilizando o Filtro
Adaptativo Sintonizado serão abordados nesta seção. Como mencionado no Capítulo 3,
para o Filtro Adaptativo Sintonizado são necessárias duas entradas ortogonais e apenas
dois coeficientes. Desta maneira, foi necessário gerar três sinais senoidais unitários em
fase com as tensões A, B e C e também três sinais com deslocamento de fase de 90° em
relação a cada tensão de fase.
Esta tarefa pode ser realizada de uma maneira simples com o uso da estrutura
para travamento de fase ou PLL e da transformada inversa de Clark, descrita no
Capítulo 2. A técnica MSRF-PLL aplicada no sistema de controle do FAPP gera um
sinal senoidal unitário em fase com a tensão da fase A, V
SA
, e outro sinal unitário com
deslocamento de fase de 90° em relação à V
SA
. Utilizando estes dois sinais como
entrada para transformada inversa de Clark obtém-se os três sinais senoidais unitários
em fase com a tensão da fonte de cada fase e também seus respectivos sinais ortogonais.
Resultados Experimentais
85
O método do passo de adaptação variável também foi utilizado, com os
seguintes valores para ߤ: ߤ
௠௔௫
=0,01, ߤ
௠௘ௗ
=0,02 e ߤ
௠௜௡
=0,0025. E no método
detecção da amplitude da corrente fundamental da carga, baseado no princípio de
Coulon, foi utilizado um filtro Elíptico de segunda ordem com freqüência de corte de
30Hz.
A seguir serão apresentados os resultados dos testes para os três valores de
corrente da carga e um caso de transitório na amplitude da corrente da carga.
Corrente da Carga de 6,5A
A corrente da carga para as três fases é apresentada na Figura 7.19. A corrente
da carga, a corrente de compensação e a corrente da fonte, na fase A, são mostradas na
Figura 7.20. Já na Figura 7.21 são apresentadas as correntes da fonte nas três fases com
a compensação harmônica.
O espectro harmônico da corrente da fonte, com e sem o FAPP, é ilustrado pela
Figura 7.22. O espectro mostra a amplitude de cada componente harmônico em relação
a amplitude da fundamental e também a THDi. Demonstrando o correto decréscimo do
conteúdo harmônico da corrente da fonte. Os valores numéricos deste decréscimo
podem ser encontrados na Tabela 7.5.
Resultados Experimentais
86
Figura 7.19: Corrente da carga de 6,5A RMS para fases as A, B e C.
Figura 7.20: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 6,5A RMS.
Resultados Experimentais
87
Figura 7.21: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 6,5A RMS.
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 THDi
% da fundamental
Harmônicos
Espectro Harmônico
Is sem FAP
Is com FAP
Figura 7.22: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 6,5A RMS.
Os valores na Tabela 7.5 mostram que a amplitude do 5° harmônico decresceu
de 23,66% para 5,53%, uma queda de 73,63%. A amplitude do 7° harmônico decresceu
54,77%, a do 11° harmônico decresceu 78,79%, a do 13° harmônico decresceu 70,23%,
a do 17° harmônico decresceu 63,03%, a do 19° harmônico decresceu 65,22%, a do 23°
harmônico decresceu 55,41%, a do 25° harmônico decresceu 51,51%, a do 29°
harmônico decresceu 52,58% e a do 31
° harmônico decresceu 34,73%.
Resultados Experimentais
88
O THDi foi alterado de 29,42% para 8,71%, um decréscimo de 70,39%
apresentado na Tabela 7.8.
Tabela 7.5: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com 6,5A RMS.
sem FAP
com FAP
A RMS % da fundamental A RMS % da fundamental
3º Harmônico 0,00798
0,12%
0,02092
0,27%
5º Harmônico 1,56100
23,66%
0,42389
5,53%
7º Harmônico 0,64355
9,75%
0,33826
4,41%
9º Harmônico 0,00510
0,08%
0,00619
0,08%
11º Harmônico 0,57562
8,72%
0,18906
2,46%
13º Harmônico 0,40139
6,08%
0,13857
1,81%
15º Harmônico 0,00638
0,10%
0,00099
0,01%
17º Harmônico 0,35702
5,41%
0,15324
2,00%
19º Harmônico 0,27314
4,14%
0,11008
1,44%
21º Harmônico 0,00924
0,14%
0,00327
0,04%
23º Harmônico 0,25607
3,88%
0,13249
1,73%
25º Harmônico 0,19709
2,99%
0,11152
1,45%
27º Harmônico 0,00642
0,10%
0,00794
0,10%
29º Harmônico 0,19219
2,91%
0,10557
1,38%
31º Harmônico 0,15803
2,39%
0,11949
1,56%
Corrente da Carga de 12,8A
A corrente da carga para as fases A, B e C está presente na Figura 7.23. A
corrente da carga, a corrente de compensação e a corrente da fonte são mostradas na
Figura 7.24. Já na Figura 7.25 são apresentadas as correntes da fonte nas três fases
compensadas.
A Figura 7.26 mostra o espectro harmônico da corrente da fonte, com e sem o
FAPP. Os valores numéricos mostrando o decréscimo na amplitude de cada
componente harmônico estão contidos na Tabela 7.6.
Resultados Experimentais
89
Figura 7.23: Corrente da carga de 12,8A RMS para fases as A, B e C.
Figura 7.24: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 12,8A RMS.
Resultados Experimentais
90
Figura 7.25: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 12,8A RMS.
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 THDi
% da funamental
Harmônicos
Espectro Harmônico
Is sem FAP
Is com FAP
Figura 7.26: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 12,8A RMS.
Os valores na Tabela 7.6 mostram que a amplitude do 5° harmônico decresceu
de 23,35% para 4,46%, um decréscimo de 80,90%. A amplitude do 7° harmônico
decresceu 61,65%, a do 11° harmônico decresceu 69,70%, a do 13° harmônico
decresceu 70,54%, a do 17° harmônico decresceu 59,13%, a do 19° harmônico
decresceu 56,19%, a do 23° harmônico decresceu 43,09%, a do 25° harmônico
decresceu 41,22%, a do 29° harmônico decresceu 27,78% e a do 31° harmônico
decresceu 23,11%.
Resultados Experimentais
91
Tabela 7.6: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com 12,8A RMS.
sem FAP
com FAP
A RMS % da fundamental A RMS % da fundamental
3º Harmônico 0,02966
0,23%
0,01822
0,13%
5º Harmônico 3,03250
23,35%
0,64364
4,46%
7º Harmônico 1,28690
9,91%
0,54747
3,80%
9º Harmônico 0,00665
0,05%
0,01763
0,12%
11º Harmônico 1,09780
8,45%
0,36924
2,56%
13º Harmônico 0,77107
5,94%
0,25187
1,75%
15º Harmônico 0,01229
0,09%
0,00801
0,06%
17º Harmônico 0,68343
5,26%
0,31058
2,15%
19º Harmônico 0,50380
3,88%
0,24502
1,70%
21º Harmônico 0,03190
0,25%
0,01017
0,07%
23º Harmônico 0,47021
3,62%
0,29665
2,06%
25º Harmônico 0,36272
2,79%
0,23637
1,64%
27º Harmônico 0,00288
0,02%
0,01230
0,09%
29º Harmônico 0,32715
2,52%
0,26277
1,82%
31º Harmônico 0,27579
2,12%
0,23492
1,63%
O THDi foi alterado de 29,11% para 8,09%, um decréscimo de 72,21%
apresentado na Tabela 7.8.
Corrente da Carga de 19,2A
A corrente da carga para as fases A, B e C está presente na Figura 7.27. A
corrente da carga, a corrente de compensação e a corrente da fonte são mostradas na
Figura 7.28. Já na Figura 7.29 são apresentadas as correntes da fonte nas três fases
compensadas.
A Figura 7.30 mostra o espectro harmônico da corrente da fonte, com e sem o
FAPP. Os valores numéricos mostrando o decréscimo na amplitude de cada
componente harmônico estão contidos na Tabela 7.7.
Resultados Experimentais
92
IL
A
IL
B
IL
C
Figura 7.27: Corrente da carga de 19,2A RMS para fases as A, B e C.
Figura 7.28: Corrente da carga, de compensação e da fonte, para I
L
com 19,2A RMS.
Resultados Experimentais
93
Figura 7.29: Corrente da fonte nas fases as A, B e C, para I
L
com 19,2A RMS.
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 THDi
% da fundamental
Harnicos
Espectro Harmônico
Is sem FAP
Is com FAP
Figura 7.30: Espectro Harmônico da corrente da fonte para I
L
com 19,2A RMS.
Os valores na Tabela 7.7 mostram que a amplitude do 5° harmônico decresceu
81,88%, a do 7° harmônico decresceu 64,22%, a do 11° harmônico decresceu 67,17%, a
do 13° harmônico decresceu 69,02%, a do 17° harmônico decresceu 50,48%, a do 19°
harmônico decresceu 43,91%, a do 23° harmônico decresceu 39,09%, a do 25°
harmônico decresceu 39,85%, a do 29° harmônico decresceu 9,05% e a do 31°
harmônico decresceu 9,04%.
Resultados Experimentais
94
Tabela 7.7: Corrente de cada componente harmônico, sem e com FAP, para I
L
com 19,2A RMS.
sem FAP
com FAP
A RMS % da fundamental A RMS % da fundamental
3º Harmônico 0,02601
0,14%
0,03780
0,18%
5º Harmônico 4,53210
23,73%
0,90282
4,30%
7º Harmônico 1,92760
10,09%
0,75834
3,61%
9º Harmônico 0,04132
0,22%
0,03692
0,18%
11º Harmônico 1,64100
8,59%
0,59351
2,82%
13º Harmônico 1,02860
5,39%
0,35070
1,67%
15º Harmônico 0,03070
0,16%
0,04024
0,19%
17º Harmônico 0,99549
5,21%
0,54258
2,58%
19º Harmônico 0,67343
3,53%
0,41659
1,98%
21º Harmônico 0,03000
0,16%
0,01784
0,08%
23º Harmônico 0,67426
3,53%
0,45197
2,15%
25º Harmônico 0,50876
2,66%
0,33665
1,60%
27º Harmônico 0,06112
0,32%
0,07789
0,37%
29º Harmônico 0,42160
2,21%
0,42167
2,01%
31º Harmônico 0,35883
1,88%
0,35915
1,71%
O THDi foi alterado de 28,9% para 8,29%, um decréscimo de 71,31%
apresentado na Tabela 7.8.
O resultado da compensação para os três valores de corrente da carga é
demonstrado na Figura 7.31. Estes valores numéricos estão contidos na Tabela 7.8.
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
6,5 12,8 19,2
THDi
Corrente rms da Carga
Distorção Harmônica Total
Is sem FAP
Is com FAP
Figura 7.31: Distorção Harmônica Total de I
S
para os três valores de I
L
.
Resultados Experimentais
95
Tabela 7.8: Valores da distorção Harmônica Total de I
S
para os três valores de I
L
.
THD
i
Valor da Corrente da Fonte
sem FAP
com FAP
6,5A 29,42% 8,71%
12,8A 29,11% 8,09%
19,2A 28,90% 8,29%
A Distorção Harmônica Total da Corrente da fonte, THDi, sofreu um decréscimo
de 70,39% para I
L
de 6,5A, de 72,21% para I
L
de 12,8A e de 71,31% para I
L
de 19,2A.
A queda nos valores de THDi após a inserção do Filtro Ativo de Potência Paralelo
demonstra a correta ação do mesmo. Comprovando a exatidão da referência harmônica
produzida pelo método de detecção de harmônicos utilizando um Filtro Adaptativo
Sintonizado.
Transitório na Amplitude da Corrente da Carga de 6,5A para
12,8A
Os resultados anteriores demonstraram o correto funcionamento do Filtro Ativo
de Potência Paralelo na compensação do conteúdo harmônico da corrente da fonte nas
fases A, B e C. Comprovando assim, a eficiência da técnica de detecção de harmônicos
com o uso de um Filtro Adaptativo FIR ou Sintonizado, na geração do conteúdo
harmônico da corrente de compensação produzida pelo FAPP.
Mas, como abordado nos capítulos anteriores, é necessária a utilização de um
passo de adaptação variável para que a velocidade de convergência do algoritmo LMS,
responsável pela adaptação dos coeficientes do Filtro Adaptativo, esteja compatível com
o necessário neste tipo de aplicação.
Portanto, o método do passo de adaptação variável foi utilizado na técnica de
detecção de harmônicos com Filtro Adaptativo Sintonizado, implementada no algoritmo
de controle do FAPP.
A Figura 7.32 mostra uma variação de aproximadamente 100% na amplitude da
corrente da carga, em que um passo de adaptação fixo com valor de 0,00045 foi
utilizado. Como observado na Figura 7.32, mesmo após 7 ciclos da fundamental, a
corrente de compensação do FAPP não conseguiu acompanhar a alteração na corrente
Resultados Experimentais
96
da carga. Desta forma, ocorre uma compensação incorreta na corrente da fonte, que fica
momentaneamente com sua amplitude abaixo do valor esperado. Fato que não ocorreria,
caso a corrente de compensação do FAPP acompanhasse a alteração da corrente da
carga de uma maneira mais rápida.
Figura 7.32: Variação de 100% da amplitude da corrente da carga utilizando fixo.
Para permitir que a corrente de compensação acompanhe alguma alteração na
corrente da carga de uma forma mais eficiente, foi implementado a técnica de passo de
adaptação variável no algoritmo de detecção de harmônicos com Filtro Adaptativo
Sintonizado, implementado no controle do FAPP.
Os seguintes valores para o passo de adaptação foram usados: ߤ
௠௔௫
=0,01,
ߤ
௠௘ௗ
=0,02 e ߤ
௠௜௡
=0,0025.
As Figuras 7.33 e 7.34 apresentam o resultado com uma variação de
aproximadamente 100% na amplitude da corrente da carga, com a utilização do passo
de adaptação variável no algoritmo LMS do Filtro Adaptativo Sintonizado. Utilizando o
método do passo de adaptação variável a corrente de compensação consegue
acompanhar a alteração na corrente da carga com um tempo de adaptação Ta de 0,025s
ou 1 ciclo e meio da fundamental. Estando este resultado de acordo com o proposto
inicialmente neste trabalho.
Resultados Experimentais
97
Figura 7.33: Variação de 100% da amplitude da corrente da carga utilizando variável.
Figura 7.34: Variação de 100% da amplitude da corrente da carga utilizando variável, em
detalhe.
Os testes experimentais comprovaram o correto desempenho da técnica de
detecção de harmônicos com Filtros Adaptativos, aplicada na geração da corrente de
referência harmônica em um Filtro Ativo de Potência Paralelo. Os resultados, tanto para
o comportamento em regime permanente com no transitório da corrente da carga,
comprovaram a eficiência da técnica de variação do passo de adaptação proposta neste
trabalho.
Conclusão
98
8 Conclusão
8.1 Conclusão Geral
Este trabalho apresentou a utilização da técnica de detecção de harmônicos,
baseada na Filtragem Adaptativa, para extração do conteúdo harmônico, utilizado como
sinal de referência em um Filtro Ativo de Potência Paralelo. Duas estruturas
adaptativas foram usadas na realização desta tarefa, um Filtro Adaptativo FIR e um
Filtro Adaptativo Sintonizado. Sendo que, nas duas estruturas utilizou-se o algoritmo
Least Mean Square na adaptação dos parâmetros.
Para o comportamento adequado de todo o sistema, seria desejável ter uma
velocidade de convergência e uma resposta em regime permanente apropriadas para um
Filtro Ativo de Potência. Para isto, foi desenvolvida uma estratégia para detectar
variações na amplitude da corrente da carga e, desta forma, poder controlar a variação
do passo de adaptação ߤ, adequadamente.
Os resultados das simulações, no Matlab/Simulink, realizadas para os Filtros
Adaptativos para Ajuste do Ganho, FIR e Sintonizado comprovaram a correta detecção
do conteúdo harmônico. Tanto a velocidade de convergência como a resposta em
regime permanente apresentaram resultados satisfatórios. O tempo gasto para a saída
do Filtro Adaptativo se readaptar a componente fundamental da carga, após um
transitório, foi de 1 ciclo e meio da fundamental. Resultado, este, mais veloz do que o
encontrado na literatura, que é de 2 ciclos da fundamental.
Com os resultados experimentais foi possível verificar, realmente, as
possibilidades da detecção de harmônicos com Filtragem Adaptativa, aplicada a um
Filtro Ativo de Potência Paralelo, bem como, a efetividade do comportamento da
estratégia para o passo de adaptação variável. Os valores para a Taxa de Distorção
Harmônica Total da Corrente, obtidos com a compensação, foram promissores estando
próximos ao nível recomendado pela norma IEEE 519.
A estratégia desenvolvida para o passo de adaptação variável, também teve seu
desempenho comprovado pelos resultados experimentais. Mantendo o tempo de
Conclusão
99
adaptação em 1 ciclo e meio da fundamental, após um transitório de 100% na amplitude
da corrente da carga.
Portanto, o método de detecção de harmônicos com Filtros Adaptativos,
utilizando a nova estratégia para o passo de adaptação variável, demonstrou ser uma
proposta eficiente e promissora para ser utilizada nos algoritmos de controle de um
Filtro Ativo de Potência.
8.2 Trabalhos Futuros
Como proposta de continuidade deste trabalho, pode-se indicar os seguintes
passos a serem realizados:
Melhorar a velocidade de convergência e resposta em regime permanente, com o
aprimoramento da estratégia para o passo de adaptação variável. Isto pode ser
realizado com um projeto mais específico do filtro digital utilizado na detecção
da amplitude, pelo princípio do oscilador de Coulon.
Estudo da utilização de mais entradas no algoritmo do Filtro Adaptativo
Sintonizado, analisando a possibilidade de melhoria no resultado final.
Estudo da aplicação do Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho na extração da
corrente harmônica e corrente reativa de um sinal.
Aplicação da detecção de harmônicos com o Filtro Adaptativo Sintonizado em
um Filtro Ativo Híbrido (Filtro Ativo em série com um Filtro Passivo Paralelo),
para gerar as harmônicas específicas a serem compensadas.
Aplicar o algoritmo em dispositivos mais velozes, como uma FPGA. Permitindo
assim uma velocidade de processamento mais rápida do algoritmo, o que
também irá permitir a utilização de novos recursos.
Referências Bibliográficas
100
Referências Bibliográficas
[1] W. C. Sant’Ana, “Implementação de um Compensador Ativo Série para Sistemas de
Distribuição”. 188p. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Itajubá,
Itajubá, 2004.
[2] C. H. Da Silva, “Comportamento do Condicionador Ativo de Potência em Sistemas
Desequilibrados E Distorcidos: um Sistema Combinado entre Filtros Ativos Série e
Filtros Passivos Paralelos”. 145p. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de
Itajubá, Itajubá, 2005.
[3] L. Asiminoaei, F. Blaabjerg, S. Hansen, “Detection is Key”, IEEE Industry
Application Magazine, v. 13, pp. 22-33, 2007.
[4] A. M. Massoud, S. J. Finney, B. W. Williams, “Review of Harmonic Current
Extraction Techniques for an Active Power Filter”, IEEE/ICHQP, pp. 154-159, 2004.
[5] C. Donghua, X. Shaojun, “Review of the Control Strategies Applied to Active Power
Filters”, IEEE/DRPT, pp. 666-670, 2004.
[6] E. H. Watanabe, H. Akagi, M. Aredes, “Instantaneous p-q power Theory for
compensating nonsinusoidal systems”, IEEE/ISNCC, pp. 1-10, Lagow, 2008.
[7] S. Bhattacharya, D. Divan, “Synchronous frame based controller implementation for
a hybrid series active filter system”, IEEE/ IAS, v. 3, pp. 2531-2540, 1995.
[8] S. C. Douglas, Introduction to Adaptive Filters”. In: V. K. Madisetti, D. B.
Williams, Digital Signal Processing Handbook. CRC Press LLC, 1999. p. 426- 444.
[9] ANALOG DEVICES. “Mixed-Signal and DSP Design Techniques”. Walt Kester.
2000.
[10] B. Widrow, et al., “Adaptive Noise Cancelling: Principles and Applications”,
Proceedings of the IEEE, v. 63, n. 12, p. 1692, 1975.
[11] S. Välviita, S. J. Ovaska, “Delayless method to generate current reference for active
filters”, IEEE Transactions on Industrial Electronics, v. 45, n. 4, 1998.
[12] S. Bhattacharya, D. M.Divan, T. M.Frank, B. Banerje, “Active filter system
implementation”, IEEE Trans. Ind. Appl. Set/Oct 1998, pp. 47-63.
[13] S. Lou, Z. Hou, “An adaptive detecting method for harmonic and reactive
currents”, IEEE Trans. Ind. Electron., vol. 42, pp. 85-89, Feb, 1995.
Referências Bibliográficas
101
[14] H. Karimi, M. Karimi-Ghatermani, M. R. Iravani e A. R. Bakhshai, “An adaptive
filter for synchronous extraction of harmonics and distortions”, IEEE Transactions
on Power Delivery, v. 18, n. 2, 2003.
[15] R. H. Kwong, E. W. Johnston, “A variable step-size LMS algorithm”, IEEE Trans.
Signal Processing, 1992, 40(7), pp. 1633-1642.
[16] Mu Longhua, Jiangzi, “Application of adaptive filtering in harmonic analysis and
detection”, Transmission and Distribution Conference and Exhibition: Asia and
Pacific, IEEE/PES, Dalian, 2005.
[17] H. Li, Z. Wu, F. Liu, “A Novel Variable Step Size Adaptive Harmonic Detecting
Algorithm Applied to Active Power Filter”, IEEE/ICIT, Mumbai, 2006.
[18] Y. Qu, W. Tan, Y. Dong, and Y. Yang, “Harmonic detection using fuzzy LMS
algorithm for active power filter”, IEEE/IPEC, Singapore, 2007.
[19] S. Fukuda e S. Sugawa, “Adaptive signal processing based controlo f active Power
filter”, IEEE IAS 1996, San Diego, 1996.
[20] M. H. Byung, Y. B. Byung, S. J. Ovaska, “Reference signal generator for active
power filters using improved adaptive predictive filter”. IEEE Transactions on
Industrial Electronics, v. 52, n. 2, 2005.
[21] C.H. da Silva, V.F.da Silva, L.E.Borges da Silva, G.L.Torres, R.R.Pereira, “DSP
implementation of three-phase PLL using modified synchronous reference frame”,
IEEE/IECON, Taiwan, 2007.
Apêndice A
102
Apêndice A Blocos do Simulink Montados para a
Simulação
A seguir serão mostrados os principais blocos utilizados nas simulações no
Matlab/Simulink, para cada estrutura de Filtro Adaptativo.
Cada simulação foi configurada para durar 2 segundos. A freqüência de
amostragem foi definida em 40kHz, igual a utilizada no DSP TMS320F2812. Os sinais
gerados durante a simulação foram transferidos para o Matlab, pelo bloco To
Workspace. E com o uso dos comandos do Matlab, foram produzidos os gráficos
apresentados no texto desta disssertação de mestrado.
Filtro Adaptativo para Ajuste do Ganho
Blocos formando o sistema principal:
Figura A.1: Blocos do sistema principal.
Zero-Order
Hold6
Zero-Order
Hold5
Zero-Order
Hold4
Zero-Order
Hold3
Zero-Order
Hold2
Zero-Order
Hold1
Output
To Workspace6
Ic
To Workspace5
IL
To Workspace4
Ifund
To Workspace3
Desired
To Workspace2
IREFh
To Workspace1
Vs SenoSinc
PLL
IL
If und
Vs
Correntes1
Desired
Input
Output
IREFh
Detect
Algoritmo de Filtragem
Apêndice A
103
Blocos para gerar a corrente harmônica e a tensão da fonte, encapsulados no
subsistema Correntes:
Figura A.2: Blocos do subsistema Correntes.
Blocos para Filtragem Adaptativa e variação do passo de adaptação,
encapsulados no subsistema Algoritmo de Filtragem:
Figura A.3: Blocos do subsistema Algoritmo de Filtragem.
3
Vs
2
Ifund
1
IL
fund2
fund1
Out1
Variação
Rápid a
Out1
Variação
Step1
Product2
Product1
7harm
5harm
25harm
23harm
19harm
17harm
13harm
11harm
3
Detect
2
IREFh
1
Outpu t
Zero-Order
Hold1
Passo
To Workspace6
AmpFund IL
To Workspace1
Selector1
Sele cto r
Scope2
Scope1
StepContrun
y0
d0
r0
S-Function Builder
LMS
Input
Desired
Step-sizeStep-sizeStep-size
Outpu t
Error
Wts
LMS Filter
50
Gai n
Divid e
z
-1
Delay1
z
-200
Delay
Add1
Add
|u|
Abs
2
Input
1
Desired
Apêndice A
104
Filtro Adaptativo FIR
Blocos formando o sistema principal:
Figura A.4: Blocos do sistema principal.
Blocos para gerar a corrente harmônica e a tensão da fonte, encapsulados no
subsistema Correntes:
Figura A.5: Blocos do subsistema Correntes.
Zero-Order
Hold8
Zero-Order
Hold7
Zero-Order
Hold6
Zero-Order
Hol d5
Zero-Order
Hold4
Zero-Order
Hold3
Zero-Order
Hold2
Zero-Order
Hold1
Vsin
To Workspace8
Vs
To Workspace7
Output
To Workspace6
Ic
To Workspace5
IL
To Workspace4
Ifund
To Workspace3
Desired
To Workspace2
IREFh
To Workspace1
Vs
SenoSinc
SinCos
PLL
IL
If und
Vs
Correntes
Desired
Input
IL
SinCos
Output
IREFh
Detect
Al goritm o de Filtragem
3
Vs
2
Ifund
1
IL
fund2
fund1
Out1
Variação
Rápida
Out1
Variação
Step1
Product2
Product1
7harm
5harm
25harm
23harm
19harm
17harm
13harm
11harm
Apêndice A
105
Blocos para a variação do passo de adaptação, encapsulados no subsistema Step-
Size:
Figura A.6: Blocos do subsistema Step-Size.
Blocos para Filtragem Adaptativa, encapsulados no subsistema Algoritmo de
Filtragem:
Figura A.7: Blocos do subsistema Algoritmo de Filtragem.
Blocos para detecção da amplitude da fundamental da corrente da carga,
encapsulados no subsistema DetecçãoAmpFundIL:
Figura A.8: Blocos do subsistema DetecçãoAmpFundIL.
2
Detect
1
Out1
Zero-Order
Hold1
VarPercent
To Workspace2
Scope1
StepContrun
y0
d0
r0
S-Functi on Builder
Divide
IL
SinCos
AmpFundIL
Detecção AmpFundIL
z
-125
Delay
Add1
|u|
Abs
2
IL
1
Si nCos
3
Detect
2
IREFh
1
Output
Zero-Order
Hold1
Passo
To Workspace1
SinCos
IL
Out1
Detect
Step-Size1
Scope1
LMS
Input
Desired
Step-sizeStep-sizeStep-size
Output
Error
Wts
LMS Filter
10
Gain
4
SinCos
3
IL
2
Input
1
Desired
1
AmpFundIL
Zero-Order
Hol d1
Am pFundIL
To Workspace2
Si n
Scope1
Product2
Product
FDATool
Digital
Filter Design
2
Const5
2
Si nCos
1
IL
Apêndice A
106
O filtro digital utilizado no subsistema acima, para detecção da amplitude da
fundamental de I
L
, foi um filtro elíptico de 3° ordem com um freqüência de corte de
30Hz.
Filtro Adaptativo Sintonizado
Blocos formando o sistema principal:
Figura A.9: Blocos do sistema principal.
Blocos para gerar a corrente harmônica e a tensão da fonte, encapsulados no
subsistema Correntes:
Figura A.10: Blocos do subsistema Correntes.
Zero-Order
Hold9
Zero-Order
Hold8
Zero-Order
Hold7
Zero-Order
Hold6
Zero-Order
Hold5
Zero-Order
Hold4
Zero-Order
Hold3
Zero-Order
Hold2
Zero-Order
Hold1
Vcos
To Workspace9
Vsin
To Workspace8
Vs
To Workspace7
Outpu t
To Workspace6
Ic
To Workspace5
IL
To Workspace4
Ifund
To Workspace3
Desired
To Workspace2
IREFh
To Workspace1
Vs
SenoSinc
CosSinc
CosSeno
PLL
IL
If und
Vs
Correntes1
Desired
InSeno
InC os
SinCos
Output
IR EFh
Detect
Algo ritmo de Fi ltragem
3
Vs
2
Ifund
1
IL
fund2
fund1
Out1
Variação
Rápi da
Out1
Variação
Step1
Product2
Product1
7harm
5harm
25harm
23harm
19harm
17harm
13harm
11harm
Apêndice A
107
Blocos para Filtragem Adaptativa e variação do passo de adaptação,
encapsulados no subsistema Algoritmo de Filtragem:
Figura A.11: Blocos do subsistema Algoritmo de Filtragem.
Blocos para detecção da amplitude da fundamental da corrente da carga,
encapsulados no subsistema DetecçãoAmpFundIL:
Figura A.12: Blocos do subsistema DetecçãoAmpFundIL.
O filtro digital utilizado no subsistema acima, para detecção da amplitude da
fundamental de I
L
, foi um filtro elíptico de 3° ordem com uma freqüência de corte de
30Hz.
3
Detect
2
IREFh
1
Output
Zero-Order
Hold4
Zero-Order
Hold3
Zero-Order
Hold2
Zero-Order
Hold1
Scope2
Scope1
AdaptFilter_Si nCos_LMS
InSeno
InCos
Desired
un
Out
Erro
W1
W2
r0
S-Functi on Builder
Divide
IL
SinCos
AmpFundIL
DetecçãoAm pFundIL
z
-125
Delay
Add1
|u|
Abs
4
Si nCos
3
InCos
2
InSeno
1
Desired
1
AmpFundIL
Zero-Order
Hold1
AmpFundIL
To Workspace2
Sin
Scope1
Product2
Product
FDATool
Digital
Filter Design
2
Const5
2
SinCos
1
IL
Apêndice B
108
Apêndice B – DSP TMS320F2812
A ferramenta principal deste trabalho é o Processador Digital de Sinais
TMS320F2812 da Texas Instruments, pois neste processador o algoritmo será
programado e executado. Então é importante realizar uma breve descrição das principais
características deste DSP.
Freqüência de clock (interna)150 MHz.
Baixo consumo.
CPU de 32 bits de alta performance.
Memória RAM interna de 18 k words (1 word = 16 bits).
Memória Flash EEPROM integrada de 128 k words.
Interface para memória externa (até 1M words).
Conversor Analógico-Digital de 12 bits, para até 16 entradas multiplexadas, com
capacidade de 12,5 milhões de amostras por segundo.
Suporta programação em C/C++/Assembly (Code Composer Studio® IDE).
Módulo Gerenciador de Eventos.
16 saídas para modulação em largura de pulsos (PWM) ou comparação.
3 temporizadores de uso geral de 32 bits.
Periféricos de Comunicação (SCI, SPI, McBSP, eCAN)
O TMS320F2812 pertence a família C2000 da Texas Instruments, que são
processadores específicos para operações de controle industrial, conversão de potência,
medidas e aplicação automotiva. Ele é eficiente tanto em operações matemáticas de
processamento digital de sinais quanto em tarefas de controle de sistemas que
tipicamente são realizadas por um microcontrolador. Não havendo a necessidade de um
segundo processador, como ocorre em vários sistemas.
Este Processador Digital de Sinais possui um barramento de dados e um
barramento de programa independentes, o que é conhecido como Arquitetura de
Harvard. Devido sua habilidade de ler operandos não da memória de dados, mas
também, da memória de programas a Texas Instruments passou a denominar esta
arquitetura como Arquitetura de Harvard Modificada.
Apêndice B
109
Figura B.1: Visão funcional do TMS320F2812.
A Figura B.1 apresenta a visão funcional deste DSP com seus periféricos,
barramentos de comunicação internos e externos, memória interna e a CPU. Sendo
justamente esta incorporação em um único chip de uma CPU, com recursos para
processamento digital de sinais, juntamente com periféricos que tornam o
TMS320F2812 tão eficiente em tarefas matemáticas e de controle.
B.1 O Espaço de Memória
O mapa da Figura B.2 apresenta o espaço de endereçamento do TMS320F2812,
ou seja, apresenta as regiões de memória em que o processador pode ler e escrever. Isto
não significa que nessas regiões exista, fisicamente, memória instalada. Apenas indica
que o processador é capaz de reconhecer uma memória que seja instalada dentro dessa
região.
O mapa da Figura B.2 pode ser dividido em duas regiões: Memória interna (on-
chip) e memória externa (XINTF). A memória interna não pode ser expandida ou
removida, enquanto que a memória externa pode ser expandida em até 1M (Mega)
words.
Cada uma dessas duas regiões de memória pode ser dividida entre memória de
dados e memória de programas. O TMS320F2812 utiliza 32 bits para o endereçamento
Apêndice B
110
de dados e 22 bits para o endereçamento de programas. Isto permite o endereçamento
total de 4G (Giga) para dados e 4M para programas.
A memória de dados contém as variáveis e o stack (pilha). Enquanto que a
memória de programa contém o código fonte e os registros de inicialização.
Figura B.2: Espaço de memória do TMS320F2812.
A memória interna do TMS320F2812 possui os seguintes blocos que podem ser
utilizados pelos usuários para a alocação entre memória de dados e memória de
programa:
Bloco M0 – 1k words de 16 bits;
Bloco M1 – 1k words de 16 bits;
Bloco L0 – 4k words de 16 bits;
Bloco L1 – 4k words de 16 bits;
Bloco H0 – 8k words de 16 bits;
Memória Flash – 128k words de 16 bits.
A memória Flash é dividida em 4 setores de 8k words e 6 setores de 16k words.
Assim os programas desenvolvidos, após a fase de teste, podem ser gravados na mesma,
que ela não é uma memória volátil. Estes programas ainda podem ser protegidos por
uma senha de 128 bits definida pelo usuário evitando engenharia reversa.
B.2 Conversor Analógico-Digital (ADC)
A função de um Conversor Analógico-Digital (ADC) é converter um sinal de
tensão (cuja variação no tempo é proporcional à variação de uma determinada grandeza
Apêndice B
111
do mundo real, como temperatura, pressão, corrente ou mesmo tensão) em um número
digital. Desta maneira podem-se realizar os cálculos necessários sobre este número com
o auxílio de um computador digital.
O TMS320F2812 possui apenas um ADC de 12 bits de resolução que executa
em torno de 12 milhões de conversões por segundo (12 MSPS) [7]. Porém ele possui 2
sample/hold (S/H) e cada S/H possui um multiplexador (MUX) de 8 canais, totalizando
16 canais de entrada. A faixa de tensão analógica de cada canal é 0 a 3V.
O ADC do TMS320F2812 tem capacidade para “auto-sequenciar” 16
aquisições. Isto significa que o ADC pode automaticamente continuar com a conversão
do próximo canal depois que a atual terminar. Graças a esta funcionalidade não é
necessário salvar o resultado a cada conversão. Basta ler todos os resultados ao fim da
seqüência. Para cada resultado de conversão existe um registrador (ADCRESULTx). O
AutoSequencer é uma máquina de estado que pode converter até 16 sinais. Cada estado
do AutoSequencer escreve o resultado da conversão no seu respectivo ADCRESULTx.
O Sequencer pode operar como dois seqüenciadores independentes
(DualSequencerMode) de 8 estados cada um ou como um único sequencer
(CascadedMode) de 16 estados. Além destes dois modos (relativos ao Sequencer), o
ADC também pode operar em mais dois modos (relativos aos S/H): SimultaneousMode
e SequentialMode.
O Sequencer consiste, na verdade, em dois seqüenciadores independentes (SEQ1
e SEQ2) de 8 estados que podem ser cascateados para formar um único seqüenciador
(SEQ) de 16 estados. O termo “estado” se refere ao número de conversões automáticas
que podem ser realizadas com o Sequencer. As Figuras B.3 e B.4 apresentam,
respectivamente, os diagramas em blocos para a operação do Sequencer como
CascadedMode e DualSequencerMode.
Apêndice B
112
Figura B.3: Diagrama em blocos para o operação do sequencer como CascadedMode.
FiguraB.4: Diagrama em blocos para o operação do sequencer como DualSequencerMode.
Apêndice B
113
Em ambos os casos o ADC pode “autosequenciar” uma série de conversões. Isto
significa que a cada vez que o ADC receber um StartOfConversion (SOC) ele pode
realizar múltiplas conversões automaticamente. Para cada conversão, qualquer um dos
16 canais de entrada pode ser selecionado através do MUX. Após a conversão, o valor
digital do canal selecionado é armazenado no respectivo ADCRESULTx. O primeiro
resultado é armazenado em ADCRESULT0, o segundo em ADCRESULT1, e assim por
diante. Também é possível amostrar o mesmo canal de entrada diversas vezes,
permitindo ao usuário realizar um over-sampling, que aumenta a resolução do resultado
frente ao método tradicional de conversão com uma única amostra.
B.3 Ambiente de Desenvolvimento
Para o desenvolvimento de programas neste DSP utiliza-se o ambiente integrado
de desenvolvimento Code Composer Studio®. Os programas podem ser escritos
utilizando as linguagens C, C++ ou Assembly. Permitindo um eficiente
desenvolvimento em linguagem de alto nível.
Na Figura B.5, abaixo, podemos encontrar alguns dos importantes recursos
disponibilizados pelo Code Composer Studio®. Como a visualização dos valores das
variáveis em tempo real pela ferramenta Watch Window (canto inferior direito da Figura
B.5) e a ferramenta Graph para visualização de gráficos (canto superior direito da
Figura B.5).
Outro recurso integrado ao Code Composer Studio® e muito utilizado por todos
os projetistas de sistemas é a ferramenta On Chip Flash Programmer para gravação dos
programas na memória Flash.
Apêndice B
114
Figura B.5: Ambiente de desenvolvimento Code Composer Studio®.
O processo de desenvolvimento de um programa para o TMS320F2812 segue
basicamente os passos normais do desenvolvimento de qualquer código em linguagem
de alto nível para Processadores de Propósito Geral. Após concluir o código fonte o
mesmo deve ser compilado e o projeto montado através do comando Build. Caso ocorra
algum erro o Code Composer Studio disponibiliza também ferramentas para Debug. Já
o arquivo final gerado com a extensão .out deve ser carregado na memória RAM através
do comando Load Program ou armazenado na memória Flash com a ferramenta On
Chip Flash Programmer para posterior execução.
Para facilitar o desenvolvimento de códigos a Texas Instruments fornece uma
série de arquivos e bibliotecas que tornam a tarefa do programador mais concentrada
nos problemas relevantes da aplicação em questão. Duas destas facilidades são
apresentadas a seguir.
B.3.1 C/C++ Header Files and Peripheral Examples
O C/C++ Header Files and Peripheral Examples é disponibilizado pela Texas
Instruments através do arquivo SPRC097. Trata-se de um framework para as aplicações
Apêndice B
115
desenvolvidas para os DSPs da família C281x (família de dispositivos a qual pertence o
TMS320F2812). Este framework apresenta as estruturas todas programadas, sendo
que o desenvolvedor necessita apenas inserir o código específico da aplicação.
Além disso, todos os periféricos e registradores do DSP estão mapeados, não
sendo necessário o acesso através de suas posições de memória. Realizando assim uma
abstração de hardware.
A vantagen de se utilizar o SPRC097 esta na facilidade de programação para os
novos usuários e, principalmente, na padronização no desenvolvimento de aplicações.
B.3.2 IQMath
IQmath é uma biblioteca de funções utilizada para implementar algoritmos
inicialmente concebidos em aritmética de ponto flutuante em processadores de ponto
fixo (que é o caso do TMS320F2812). Esta biblioteca é disponibilizado pela Texas
Instruments® através do arquivo SPRC087.
O TMS320F2812 é um processador de 32 bits, portanto os operandos
aritméticos têm 32 bits. A biblioteca IQmath trabalha com números sinalizados, ou seja,
o bit mais significativo (MSB) indica o sinal (positivo ou negativo) do número. Um
número definido como _iqn possui n bits para representar a parte fracionária, (31-n)
bits para representar a parte inteira e 1 bit para representar o sinal. Desta forma um
número definido como _iq30 possui 30 bits para representar a parte fracionária e 1 bit
para representar a parte inteira, além do bit de sinal.
As funções IQmath podem trabalhar com um formato GLOBAL_Q. Este
formato GLOBAL_Q é, na verdade, apenas uma escolha arbitrária para um formato
padrão.
As funções IQmath na forma _IQxxx(), onde xxx é o nome da função, assumem
que se está utilizando o formato padrão GLOBAL_Q. Já as funções na forma
_IQNxxx(), onde xxx é o nome da função e N é o formato do número, assumem que se
está utilizando o formato _iqN.
Exemplificando: uma função _IQsin(arg) calcula o seno do argumento arg
considerando que arg está no formato GLOBAL_Q. Já uma função _IQ21sin(arg)
calcula o seno do argumento arg considerando que arg está no formato _iq21.
Apêndice C
116
Apêndice C – Artigos Publicados e em Espera de
Resposta
Os artigos publicados, durante este trabalho, estão em anexo a esta dissertação.
A seguir, são apresentados os nomes dos artigos e os congressos em que foram
publicados.
Artigo em Espera de Resposta:
A New Strategy to Step-Size Control of Adaptive Filters in the Harmonic Detection
for Shunt Active Power Filter
1
st
IEEE Energy Conversion Congress and Exposition
San Jose, Califórnia, 2009
Artigo Publicado:
Improving the Dynamic Response of Shunt Active Power Filter using
Modified Synchronous Reference Frame PLL
34
th
Annual Conference of the IEEE Industrial Electronics Society
Orlando, USA, 2008
Artigo Publicado:
Dead-Time Compensation in Shunt Active Power Filters Using Fast Feedback
Loop
13
th
IEEE International Conference on Harmonics and Quality of Power
Wollongong, Australia, 2008
Artigo Publicado:
Modified Synchronous Reference Frame Strategy for Single Phase Hybrid
Active Power Filter
13
th
IEEE International Conference on Harmonics and Quality of Power
Wollongong, Australia, 2008
Apêndice C
117
Artigo Publicado:
Compensação de Dead-Time em Filtros Ativos de Potência Paralelo
VIII Conferência Internacional de Aplicações Industriais
Poços de Caldas, Brasil, 2008
Artigo Publicado:
Filtro Ativo de Potência Paralelo Baseado em PLL Implementado com
Referência Síncrona Modificada
VIII Conferência Internacional de Aplicações Industriais
Poços de Caldas, Brasil, 2008
Artigo Publicado:
Uma Nova Estrutura para Compensadores Ativos Híbridos
Congresso Latinoamericano Distribución Eléctrica
Mar del Prata, Argentina, 2008
Artigo Publicado:
A Simple Full Digital Adaptive Current Hysteresis Control with Constant
Modulation Frequency for Active Power Filters
42
nd
IEEE Industrial Applications Society Annual Meeting
New Orleans, USA, 2007
Artigo Publicado:
DSP Implementation of Three-Phase PLL Using Modified Synchronous
Reference Frame
33
rd
Annual Conference of the IEEE Industrial Electronics Society
Taipei, Taiwan, 2007
Artigo Publicado:
Estratégia para Mitigação dos Harmônicos de Seqüência Zero em Sistemas
Desequilibrados a Quatro Fios
VII Conferência Brasileira de Qualidade de Energia Elétrica
Santos, Brasil, 2007
Apêndice C
118
Artigo Publicado:
Implementação de um PLL Digital Trifásico para Aplicação em
Condicionadores de Energia
VII Conferência Brasileira de Qualidade de Energia Elétrica
Santos, Brasil, 2007
A New Strategy to Step-Size Control of Adaptive Filters in the Harmonic Detection
for Shunt Active Power Filter
R.R. Pereira C.H. da Silva L.E. Borges da Silva G. Lambert-Torres
Federal University of Itajubá - UNIFEI
Itajubá, Brazil
[email protected]r, carlosch[email protected]r, lebor[email protected], germano@unifei.edu.br
Area of interest: Manufacturing Systems Development and Applications Department
Applications of industrial electrical and electronic control devices
Corresponding author: Luiz Eduardo Borges da Silva
e-mail address: leborg[email protected]
Abstract
This paper presents a new strategy to improve the applicability of adaptive filters for harmonic detection in
shunt active power filters (SAPF). The final objective of the strategy is improving the speed of convergence
of the adaptive filter and reduces the steady-state error. Two cases are presented and discussed, one with a
Finite Impulse Response (FIR) adaptive filter with 32 coefficients and another with an adaptive notch filter.
The Least Mean Square (LMS) algorithm was used to adjust the coefficients in the both cases. Simulations
using Matlab are presented to clarify the algorithm. Also practical implementation is performed using the
DSP Texas Instruments TMS320F2812 and the results depicted. Important aspects concerning the
calculation time of the adaptive filter, convergence speed during changes in the load and the steady-state
error, are presented.
Introduction
The compensation for harmonic currents, generated by power electronic equipments, has become important
as its growing use in the industrial applications. In this context, more and more, new techniques are
developed in order to improve the effectiveness of active power filters (APF) in harmonic mitigation. The
performance of active power filters basically depend on the extraction method used to generate the current
reference signal, the control method used to generate the compensation harmonic current and the dynamic
characteristic of the entire filter [1].
In power system, the current can be described as ݅
ݐ
ܣ
sin
݊߱ݐ ൅ ߠ
௡ୀଵ
. The fundamental current is
denoted by ݅
ݐ
. The harmonics can be obtained just eliminating the fundamental components. The
problem arisen is how to extract the sinusoidal waveform, separating the harmonic components. In this
context the use of Adaptive Filters, in recent years, has shown a powerful technique to perform this job.
Adaptive Filter for Harmonic Detection
The adaptive noise canceling technique based on the Wiener theory has been widely used in many signal
processing applications [2]. It can maintain the system in the best operating state by continuously self-
adjusting its parameters. According to the adaptive noise canceling theory, the principle of adaptive
harmonic detecting method is that illustrated in Fig 1. In this basic structure of adaptive filter (Fig. 1) applied
to current harmonic detection, ݀
݊
represents the current ݅
ݐ
blurred with harmonics and ݔ
݊
represents
the sinusoidal waveform ݒ
௦௜௡
ݐ
in phase with the source voltage. The reference input signal ݔ
݊
is
processed by adaptive filter producing the output signal ݕ
݊
that tracks the variation of fundamental signal
of the load current. The objective of adaptive filter is approximates ݕ
݊
, in both amplitude and phase, to the
fundamental signal ݅
݊
. So, the desired harmonics content ݅
݊
can be directly obtained from the error
signal ݁
݊
given by the subtracting of ݕ
݊
from ݀
݊
. The coefficients of the adaptive filter are adjusted
using the Least Mean Square (LMS) algorithm. The recursion formula of LMS algorithm is given by the
equations:
݁
݊
݀
݊
െ ݕ
݊
݀
݊
െ ࢄ
݊
݊
(1)
݊ ൅ 1
݊
൅ ߤ݁
݊
݊
(2)
where: ࢄሺ݊ሻ is the input vector, ࢃሺ݊ሻ is the coefficient vector and ߤ is the step-size. The parameter ߤ
controls the rate of convergence of the algorithm to the optimum solution.
In this work a Finite Impulse Response (FIR) adaptive filter [2-4] with 32 coefficients and an adaptive notch
filter [2][5-7] were tested. The adaptive FIR filter structure uses the general structure of adaptive filter shown
in Fig.1. The adaptive notch filter is shown in Fig. 2. This structure (Fig. 2) uses two orthogonal signals as
input, one for the input ݔ
݊
and other 90° phase shifted. In this way only two coefficients are needed to be
adapted. The adaptation procedure is the same as used in the general structure of adaptive filters.
To overcome the problems with the speed of convergence, several approaches based on a variable step-size
method were proposed in recent years [5-8]. The approach proposed in this work also plays with the step-
size to speed-up the adaptation algorithm. But, instead of looking to the error signal, which is polluted with
noise complicating the adaptation algorithm behavior, it looks directly to the load current value searching for
significative transients. Once the transient in the load current is detected the algorithm starts the step-size
adjustments. That shows up to improve the adaptation algorithm behavior. In the simulations the
convergence speed reaches the maximum of 1.5 cycles for both cases, the adaptive FIR filter and the
adaptive notch filter, against the minimum of 2 cycles reported in the literature. The amplitude of the load
current is determined with a simple algorithm described in [9]. When any significant changes happen in the
load current value, it is detected and the step-size is immediately increased to a certain value and then
decreased slowly two times until it reaches the initial value. This procedure guaranties a fast transient
response to adaptive filter action.
Simulation Results
The simulation results are shown in Figs. 3, 4, 5 and 6. The transient behavior of the adaptive FIR filter
strategy, for a 100% load current variation, is presented in Fig. 3 and Fig. 4. The Fig. 3 shows the signals: the
load current ݀
݊
in the first graphic, the fundamental of the load current (in blue) and the adaptive FIR
output ݕ
݊
(in red) in the second graphic and the harmonic current reference ݁
݊
in the third graphic. The
Fig. 6 shows the desired harmonic reference and the harmonic reference generated by the adaptive FIR filter
in the first graphic and the error between them in the second graphic.
The transient behavior of the adaptive notch filter strategy, for a 100% load current variation, is presented in
Fig. 5 and Fig. 6. The Fig. 5 shows the signals: the load current ݀
݊
in the first graphic, the fundamental of
the load current (in blue) and the adaptive nocth filter output ݕ
݊
(in red) in the second graphic and the
harmonic current reference ݁
݊
in the third graphic. The Fig. 6 shows the desired harmonic reference and
the harmonic reference generated by the adaptive notch filter in the first graphic and the error between them
in the second graphic.
The simulations demonstrate that there is a slightly difference between the steady-state error for the two
strategies. The adaptive FIR filter presents an error a little bit bigger than for adaptive notch filter. The
proposed algorithm for the step-size adjusts produces the same speed of convergence in both cases.
Experimental Results
The practical results are obtained from a shunt active power filters (SAPF) composed by three single-phase
full H-bridges voltage source (VSI) type, rated 35kVA, working in 40kHz switching frequency. The DC link
voltage is adjusted in 500V. The smooth inductor used to connect the SAPF to power system is rated 5mH.
The harmonic current injection is controlled by a VSI PWM. The power system voltage is 220V line to line.
The load is a rated 100kVA, 6 pulse rectifier, CSI type. The control algorithm was implemented in a Texas
DSP TMS320F2812. The Fig. 7 presents the load current (IL
A
) of 27A, the compensation current (Ic
A
) and
the source current (Is
A
) of phase A after compensation using an adaptive FIR filter strategy to extract the
harmonic content. In Fig. 8 the harmonic spectrum of source current before and after compensation is shown,
the current Total Harmonic Distortion (THDi) of Is
A
is reduced from 28,9% to 7,56%.
The Fig. 9 presents IL
A
, Ic
A
and Is
A
after compensation using an adaptive notch filter for a load current of
27A. The Fig. 10 shows the harmonic spectrum of source current, the THDi of Is
A
is reduced from 28,9% to
8,29%.
The Fig. 11shows the adaptive notch filter transient behavior for a 100% load current variation. The result
illustrates the convergence speed Tc of 1.5 cycles. This result confirms that obtained by simulations.
The reduction of THDi in the two types of adaptive filter implemented is very similar. But the calculation
time of the adaptive FIR filter and adaptive notch filter are completely different. The adaptive notch filter has
just two coefficients to be adjusted, so its calculation time is significantly smaller than adaptive FIR filter
that uses 32 coefficients for the same task.
Conclusions
In real time applications, as active power filters, the calculation time, the speed of convergence and steady-
state error are critical matters to be taken in consideration during the design process. The proposed step-size
adjustments algorithm, for the two types of adaptive filters, demonstrates good results concerning speed of
convergence and steady-state error. The adaptive notch filter algorithm has shown to be more interesting in
terms of computational burden and steady-state error.
References
[1] S. Bhattacharya, D. M.Divan, T. M.Frank, B. Banerje “Active filter system implementation”, IEEE Trans.
Ind. Appl. Set/Oct 1998, pp 47-63.
[2] B. Widrow, et al. “Adaptive noise cancelling: principles and applications”, Proceedings of the IEEE, v. 63,
n. 12, p. 1692, 1975.
[3] S. Välviita, S. J. Ovaska – “Delayless method to generate current reference for active filters”. IEEE
Transactions on Industrial Electronics, v. 45, n. 4, 1998.
[4] M. H. Byung, Y. B. Byung, S. J. Ovaska “Reference signal generator for active power filters using
improved adaptive predictive filter”. IEEE Transactions on Industrial Electronics, v. 52, n. 2, 2005.
[5] Mu Longhua, Jiangzi “Application of adaptive filtering in harmonic analysis and detection”, Transmission
and Distribution Conference and Exhibition: Asia and Pacific, 2005 IEEE/PES, Dalian, 2005.
[6] Y. Qu, W. Tan, Y. Dong, and Y. Yang “Harmonic detection using fuzzy LMS
algorithm for active power filter”, IEEE IPEC 2007, Singapore, 2007.
[7] H. Li, Z. Wu, F. Liu “A Novel Variable Step Size Adaptive Harmonic Detecting Algorithm Applied to
Active Power Filter”, IEEE ICIT 2006, Mumbai, 2006.
[8] R. H. Kwong, E. W. Johnston – “A variable step-size LMS algorithm”, IEEE Trans. Signal Processing, 1992,
40(7), pp. 1633-1642.
[9] C.H. da Silva, V.F.da Silva, L.E.Borges da Silva, G.L.Torres, R.R.Pereira, “DSP implementation of three-
phase PLL using modified synchronous reference frame”, IEEE IECON07, Taiwan, 2007.
Fig. 1. The principle of adaptive detecting of harmonics.
Fig. 2. Adaptive notch filter principle.
Fig. 3. Simulations results: 100% load current increase with
adaptive FIR filter.
Fig. 4. Error between desired harmonic reference and
generated harmonic reference by adaptive FIR filter with load
current transient.
Fig. 5. Simulations results: 100% load current increase with
adaptive notch filter.
Fig. 6. Error between desired harmonic reference and
generated harmonic reference by adaptive notch filter with
load current transient.
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3
5
7
9
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
THDi
% of fundamental
Harmonics
Harmonic Spectrum
Is without APF
Is with APF
Fig. 7. Experimental results of adaptive FIR filter with a
load current of 27A.
Fig. 8. Source current harmonic spectrum of the adaptive FIR
filter.
d(n)
LMS Adaptive
Filter
x(n)
y(n
)
e(n)
+
-
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 THDi
% of fundamental
Harmonics
Harmonic Spectrum
Is without APF
Is with APF
Fig. 9. Experimental results of adaptive notch filter with
a load current of 27A.
Fig. 10. Source current harmonic spectrum of the adaptive
notch filter.
Fig. 11. Experimental results: 100% load current increase with adaptive notch filter.
Improving the Dynamic Response of Shunt Active
Power Filter using Modified Synchronous Reference
Frame PLL
Carlos Henrique da Silva
1
, Rondineli R. Pereira
1
, Luiz Eduardo Borges da Silva
1
,
Germano Lambert-Torres
1
, and Bimal K. Bose
2
, Life Fellow, IEEE
1 UNIFEI , Itajuba Federal University
Itajuba, Brazil
2 Department of Electrical Engineering and Computer Science,
The University of Tennessee, Knoxville, TN, USA
Abstract: This paper evaluates an algorithm for three-phase active
shunt power filter using a digital PLL based on Modified
Synchronous Reference Frame (MSRF). The Modified
Synchronous Reference Frame PLL (MSRF_PLL) algorithm
guaranty fast transient response, robust operation under grid
disturbance, noise tolerance and does not use PI controller.
Therefore, it improves the transient response and accuracy of
compensating harmonic currents. The PLL algorithm is applied
to a Three Phase Shunt Active Power Filter and the system
behavior is described in details and the practical results, under
load variation and steady stated harmonic compensation, are
presented and discussed.
I. INTRODUCTION
The PLL algorithms were proposed to three-phase electric
systems, Kaura et al [1], to establish a robust technique based
on standard Synchronous Reference Frame SRF, which
presents good performance and fast transient response under
non-critical distortion level and small unbalance condition.
Any situation different from these specifications implies in
poor phase synchronization, lock loss, distorted output signal
resulting in uncorrected harmonic compensation.
Utility connected systems such as PWM rectifiers, UPS and
Active Power Filters has its performance dependent on PLL
accuracy, especially those which the controllers are based on
SRF.
PLL structures developed with Instantaneous Power Theory
have also been proposed and present the same problems.
The literature about PLL presents several algorithms to
implement three phase PLL. Most of them uses Synchronous
Reference Frame SRF [1][8][9] or Instantaneous Power Theory
[3]. Each new proposed strategy tries to achieve a more
reliable behavior and faster dynamic response. Therefore, all of
them are strictly dependent of the PI controller in the control
loop. Under DC offset, harmonic distortion and voltage
unbalance the PI controller itself introduces a wrong phase
lock, distorted sinusoidal synchronized signal and poor
dynamic response [1][2][3][8][9].
The PLL Algorithm used here, described in [10], is based on
Modified Synchronous Reference Frame technique (MSRF)
and offers fast lock behavior without PI controller, neither
three-phase voltage measurements. The proposed PLL, applied
to three-phase utility, uses just the phase-A voltage
measurement consequently reducing sensors. Also, voltage
unbalance and harmonic distortion does not interfere on PLL
behavior and also do not interfere with the harmonic extraction
from Synchronous Reference Frame Controller. The proposed
strategy doesn’t use PI controller in the main loop, so the
dynamic response is faster and the sinusoidal outputs are
always presents a perfect sinus and cosines, needed as
reference signal to SRF controller.
II. THE
PLL STRUCTURE
The key idea of the PLL is shown in Fig.1.
The standard SFR uses the three phase voltages
measurements to generate the synchronized sinus and cosines
signals by the decomposition of ABC phase voltages in DQ
synchronous axes, where only information of Q synchronous
axe is used to obtain the phase and the frequency of the grid
voltage.
Fig. 1 – MSRF-PLL key Idea
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At the same way as the SRF, the MSRF_PLL uses the Q axe
information to get the phase and frequency information in
order to synchronize the desired signal; therefore it does not
need the three phase voltage measurement. Only the phase A
voltage measurement is acquired.
The Fig.2 shows the block diagram of the closed loop
control of the MSRF_PLL.
The sample frequency of the PLL is 40 KHz, which gives
668 samples for each 60Hz fundamental frequency period T. It
means, each sample has 0.53 electrical degrees. So, the
calculated phase difference
1
φ
can be directly related to an
certain number of samples (N
samples
).
The action to reach the phase lock is taken just shifting the
pointer of sinus look-up table ( i ) by that number of samples
(N
samples
) which is proportional to the phase difference
1
φ
.
This procedure guaranty the synchronization between the
signal
()
sin
e
t
ω
, generated by the look-up table, and the input
signal V
sa
. It has to be notice that the signals
()
sin
e
t
ω
and
()
cos
e
t
ω
, generated by the look-up table, are a pure sinusoidal
free of distortion, when the system is locked.
The DSP waits for the first zero crossing of the signal V
sa
,
and then starts the MSRF_PLL algorithm. The phase error is
calculated every sample time, i.e., each 25μsec. The maximum
phase error accepted is two electrical degrees or four samples,
shifted lead or lag.
The entire PLL algorithm takes just 4μsec to do all
calculations using the DSP TMS320F2812.
III.
THE SHUNT ACTIVE POWER FILTER
The shunt active power filter diagram is shown in Fig.3.
The concepts and the behavior of the Shunt Active Power
Filter (SAPF) have been extensively described and its
effectiveness demonstrated in the literature.
The objective of this work is to evaluate the performance of
a shunt active filter based on synchronous reference frame
controller using the MSRF_PLL.
The dynamic response, the stability on load variation and the
accuracy of the harmonic current compensation are extremely
depended on PLL response.
Taking in account that MSRF_PLL signals output are free
from harmonic and its transient response is around half cycle
of fundamental frequency under severe perturbation on the
source voltage, the response of SAPF to load current variation
might be as fast as the load stabilizes.
The absence of PI controller in the MSRF_PLL algorithm
pushes the dynamic of the system close to the power system
parameters.
The Fig.4 shows the synchronizing signal for a 0.5pu sag in
the grid voltage. The synchronizing signal, for the SAPF, is not
sensible to voltage sag.
Fig. 2 – MSRF-PLL Closed Loop Control
sin
()
e
t
ω
Vsa Sag
Figure 4 – MSRF-PLL response under a 0.5pu
Fig. 3 –Shunt Active Power Filter Block Diagram
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This effect guarantees that, under voltage source variation,
the SAPF DC link voltage control is not affected.
The DC link voltage reference signals, VdcA*, VdcB* and
VdcC* (Fig.7) has to be in phase with the related source phase
voltage and free from harmonic distortion to keep the link DC
voltage constant and free of ripple.
The Fig.5 shows the synchronizing signal, for the SAPF,
under severe grid voltage distortion. The clean output signal
exhibits its excellent performance.
The non linear characteristic of the SAPF, during the charge
and regulation of DC link voltage, consequence of a sinusoidal
reference signal, introduces harmonic current to the power
system.
The figure 6 shows the current injected to power system,
when the DC link is adjusted in 500V and the SAPF is not
compensating the system harmonics and the feedback control
loop is not active.
The SAPF harmonic current reference is obtained from SRF
also without additional PI controllers, although, the harmonic
current compensation works as a feedback loop.
The SAPF is composed by three single-phase full H-bridges
voltage source (VSI) type, rated 75kVA, working in 40kHz
switching frequency. The DC link voltage is adjusted in
500Vdc. The smooth inductor used to connect the SAPF to
power system is 5mH. The harmonic current injection is
controlled by a PWM.
The power system voltage is 220V line to line.
The load is a 100kVA, 6 pulse rectifier, CSI type.
The block diagram representing the harmonic current
extraction (SRF controller), with DC link voltage controller, is
shown Fig.7.
The feedback loop used in this SAPF automatically
compensates the dead times of H-bridges the output converters.
The Fig.8 shows the current imposed to the source during the
regulation of DC link voltage, when the feedback control loop
is activated.
Figure 5 - MSRF-PLL behavior under distorted grid voltage
Vsa
sin( )
e
t
ω
Fig. 6 – Injected Current due SAPF DC link regulation
Fig. 7 – SAPF block control
Fig. 8 – Injected Current due automatically Dead Time Compensation
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IV. EXPERIMENTAL RESULTS
The Fig.9 shows the behavior of SAPF using the MSRF-
PLL to a source current of 15A. The THDi of the source
current changes from 29% (before) to 3% after compensation.
The comparative harmonic spectrum is shown in figure 10.
Comparative Harmonic Spectrum
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 THDi
Harmonics
% of fundamental
Load Current
Source Current
Fig.11 shows the harmonic mitigation to a 30A source
current. The THDi changes from 29% (before) to 3.4% after
compensation.
The comparative harmonic spectrum to a 30A source current
is shown in Fig.12.
Comparative Harmonic Spectrum
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 THDi
Harmonics
% of fundamental
Load Current
Source Current
The THDi calculus is done using 21 harmonics components.
The Fig.13 shows the currents: load current, active power
filter current and compensated source current. The currents are
related to phase A.
Fig. 9 – SAPF based MSRF_PLL source current compensation to 15A
Fig. 10 – Comparative source harmonic current Spectrum to 15A
Fig. 12 – Comparative source harmonic current Spectrum to 30A
Fig. 11 – SAPF based MSRF_PLL source current compensation to 30A
Source Current
Load Current
Source Current
Load Current
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Fig.14 shows the three-phase source current to a load current
of 30A.
The following results are related to the transient
performance of the SAPF using MSRF_PLL as control
strategy.
The Fig.15 shows the load current, SAPF current and the
compensated source current to a load current variation of 50%,
rising from 12 to 18A (rms).
Notice that the MSRF_PLL provides a fast lock
characteristic and adapts as fast as the load stabilizes. The filter
response is so fast that one can not see it in the Fig.15.
The Fig.16 shows the behavior of the SAPF to a heavy load
current variation, 100%, rising from 12 to 24A (rms).
The Fig.17 shows a 100% load variation and introduces the
voltage source on the figure. The noise immunity of the
MSRF_PLL helps to reach a good harmonic reference current
extraction.
Fig. 13 – SAPF based MSRF_PLL: Phase A system currents
Fig. 14 – SAPF based MSRF_PLL: Three-Phase compensated currents
Fig. 15 – SAPF based MSRF_PLL: 50% load variation
Fig. 16 – SAPF based MSRF_PLL: 100% load variation
Source Current
Load Current
Com
p
ensation Current
Phase A Source Current
Phase B Source Current
Phase C Source Current
Source Current
Load Current
Com
p
ensation Current
Source Current
Load Current
Com
p
ensation Current
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V.
CONCLUSIONS
The MSRF_PLL applied to Shunt Active Power Filter has
shown to be extremely robust under constant load and load
disturbance despite what happened in the grid voltage and
current.
The dynamic response of the SAPF due the MSRF_PLL,
even for a very severe and unusual disturbance, presents a very
fast transient response. The algorithm is also noise tolerant,
what it is very important in applications where high frequency
inverters are used. The Shunt Active Power Filter based on
MSRF_PLL was tested under several conditions and the results
show the effectiveness of the strategy and the robustness of the
algorithm.
The stability and tracking was tested and confirmed under
severe harmonic conditions and load fluctuation.
The algorithm is easily implemented in the DSP and no
further conditions are demanded.
R
EFERENCES
[1] V. Kaura, and V. Blasko, “Operation of a phase locked loop system under
distorted utility conditions,” IEEE trans. on Industry Applications,
vol. 33, no. 1, pp. 58-63, 1997.
[2] S.-K.Chung, “Phase-locked loop for grid-connected three-phase power
conversion systems” IEE Proc-Electr. Power Appl., Vol. 147, No. 3,
May 2000, pp. 213-219
[3] SILVA, S. A. O., COELHO, E. A. A., “Analysis and Design of a Three-
Phase PLL Structure for Utility Connected Systems under Distorted
Conditions” Proceedings of Sixty International Conference on Industrial
Applications IEEE/INDUSCON - IEEE, 2004.
[4] S. Tnani, M. Mazaudier, A.Berthon, S.Diop, “Comparison Between
Different Real-Time Harmonic Analysis Methods for Control of
Electrical Machines” PEVD94, pp. 4946-4951.
[5] C. H. Silva, V. F. Silva, L. E. B. Silva,Synchronous Frame Based
Controller Improvement for Active Series Filters under Unbalanced
Conditions in Three Phase - Four Wire Systems” Proceedings of 7
th
International Conference on Industrial Applications IEEE/INDUSCON,
2006.
[6] C. H. Silva, V. F. Silva, L. E. B. Silva, Germano L Torres, E. H.Takauti,
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Acting in the Neutral Current ” Proceedings of International Conference
on Industrial Electronics IEEE/ISIE, 2007.
[7] P.C. Tan, D.G. Holmes and R.E. Morrison,Control of Active Filter in
25kv AC Traction System” AUPEC 2000, pp 63-68.
[8] Sidelmo M. Silva ,Bruno M. Lopes, Braz J. Cardoso Filho, Rodrigo P.
Campana, Wallace C. Boaventura “Performance Evaluation of PLL
Algorithms for Single-phase Grid-connected Systems” 39th. Industry
Applications Society Annual Meeting. IAS2004.
[9] Lícia N. Arruda, Sidelmo M. Silva, Braz J. Cardoso Filho, “PLL
Structures for Utility Connected Systems”. 36th. Industry Applications
Society Annual Meeting, IAS2001, USA, 2001.
[10] C.H. da Silva, V.F.da Silva, L.E.Borges da Silva, G.L.Torres,
R.R.Pereira, “DSP Implementation of Three-Phase PLL using Modified
Synchronous Reference Frame”, IEEE IECON07, Taiwan, 2007.
Fig. 17 – SAPF based MSRF_PLL: Voltage source with
100% load variation
Source Current
Source Volta
g
e
Load Current
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Dead-Time Compensation in Shunt Active Power
Filters Using Fast Feedback Loop
Carlos Henrique da Silva
1
, Rondineli R. Pereira
1
, Luiz Eduardo Borges da Silva
1
, Germano Lambert-Torres
1
,
João Onofre Pereira Pinto
2
, and Se Un Ahn
3
1. Itajuba Federal University – Itajuba, Brazil – {carloschedas, leborges, germano}@unifei.edu.br
2. Federal University of Mato Grosso do Sul – Campo Grande, Brazil – jpinto@nin.ufms.br
3. CPFL Energia – Campinas, Brazil – [email protected]
Abstract - In PWM inverters, a time delay between
consecutive semiconductor switching is introduced to
prevent a short circuit in the DC link. This action
causes the dead-time effect, which is detrimental to the
performance of inverters. This paper deals with a new
technique that speedup the feedback loop in Shunt Active
Power Filter, in order to compensate the dead-time effect.
A simple method based on an average value theory can be
used to compensate this effect. For Shunt Active Power
Filters (SAPF), the compensation can be done in two
different ways, one for the feedforward configuration and
the other for the feedback one. This paper presents both
techniques and discusses the details, advantage of the
feedback implementation with a new fast feedback loop
that guaranties the dead-time compensation and the
overall stability. Experimental results are presented
showing the effectiveness of the proposed technique.
Index Terms – Dead-time effect compensation,
harmonic distortion, pulse width modulation inverters,
shunt active power filter.
I. INTRODUCTION
Modulation techniques are based on the assumption that
switching elements of the inverter operate in an ideal manner,
it means, they switch on and switch off exactly at the instants
the control signal dictates.
In inverters, the finite turn-off time may cause a short
circuit on the DC link at the instant of switchover between the
two elements connected in series across the DC link. So, it is
important to add a time delay in the control signals to avoid
the conduction of the two switches, in the same branch, at the
same time. This delay, known as dead-time, lasts for some
microseconds.
Therefore, the dead-time, necessary to avoid the DC link
short circuit, also produces distortion and amplitude reduction
in the inverter output voltage [1-5]. The dead-time effect
results in a momentary loss of control, and the inverter output
voltage waveform deviates from the desired voltage originally
intended.
These characteristics are absolutely undesirable for Active
Power Filters. For example, when a 60Hz voltage is generated
to charge the Active Power Filter DC link, low order
harmonics (3
rd
, 5
th
, 7
th
) are injected as consequence of the
dead-time. This distortion in the filter output is completely
undesired in final action of Shunt Active Power Filter (SAPF)
compensation; where the main objective is mitigate
harmonics created by the non-linear load.
This paper presents a new technique to solve the dead-time
effect based on a feedback configuration. The strategy is
based on Modified Synchronous Reference Frame PLL
(MSRF-PLL) [6, 7], where the feedback loop is speedup and
the dead-time is automatically compensated. The technique
do not use PI controller in PLL structure neither in overall
Active Filter feedback loop. Even with the absence of PI
controller in the loops, the filter stability is guaranty and the
steady state error keeps the THD smaller than IEEE 519
requirement.
II. THE DEAD-TIME EFFECT
The Fig. 1 shows one leg of one phase of a PWM inverter,
where a power semiconductor is used as switching element.
The PWM control signal drives the power semiconductors T1
and T2, through the base drive signals shown in Fig. 2. The
rising edges of the drive signals are delayed by the time delay
t
d
from the ideal signals.
Both power semiconductors cease to conduct during the
time delay and the output terminal a seems to be floating.
Then the current i
a
flows through the freewheeling diodes D1
or D2, depending on the direction of the current flow. When
the current flows toward the load (i
a
> 0), the diode D2
conducts, and a negative voltage will appear at the output
terminal. In addition, for the current flowing toward the
inverter, the positive voltage appears at the output through
D1. As result, the output voltage deviates from the ideal
PWM waveform by the amount shown by the dashed areas in
Fig. 2.
Fig. 1. One leg of one phase of a PWM inverter.
During the time delay, the output voltage cannot be
controlled by drive signals, but it is determined by the load
978-1-4244-1770-4/08/$25.00 ©2008 IEEE
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condition, i.e., the direction of the current flow. Although the
load condition is subject to change, it can always be said
that the voltage deviation, due to the time delay, opposes
the current flow in either direction. Therefore, the voltage
deviation pushes the magnitude of the current to be smaller
than expected. This brings to the inverter implementation one
of the most important effect of the time delay: a diminishing
in the effective output voltage of the inverter.
t
d
Ideal
Transition
T1
T2
+0.5V
d
-0.5V
d
-0.5V
d
+0.5V
d
+i
a
-i
a
t
d
T
c
= 1/F
c
Increasing
Decreasing
V
ao
V
ao
Fig. 2. PWM control signals with dead-time effect.
Another also important effect, mention before, concern
with the harmonics. For each pulse of the output voltage,
the voltage deviation shortens or lengthens the pulse
duration according to the current direction, and the output
voltage cannot be the same with the original PWM control
signal. As natural consequence, it appears undesirable
harmonic components in the output voltage, which cause
overall distortion of the inverter output waveforms.
III. FEEDFORWARD DEAD-TIME COMPENSATION
METHOD
When the current is positive, flowing to the load, the
switching from T2 to T1, with a time delay t
d
, decreases the
inverter output voltage. The other situation, when the current
is negative, flowing from the load, the switching from T1 to
T2, increases the output voltage. The Fig.2 shows this effect.
The cumulative effect of repetitive time delays (the dead-
time effect) can be evaluated by averaging voltage deviations
over each positive and negative half cycle of the current.
Since the deviation for each pulse e is measured by (see
Fig. 2).
dd
VTe =
Δ
The average voltage deviation over a half cycle of the
inverter output V is given by
d
d
V
T
MT
V =Δ (1)
Where:
V
d
- Magnitude of DC link voltage.
M - Number of switching per one cycle.
T - length of one cycle.
In (1), MT
d
, is the sum of all time delays over the cycle.
So, it can be said that the average voltage deviation,
with respect to DC link voltage, is equivalent to the ratio
of the all dead-times through entire length of one cycle.
Fig. 3 describes how the average voltage deviation appears
in the waveform of the inverter output voltage. In this figure,
V
ref
represents the ideal fundamental output voltage of the
inverter, as result of an ideal PWM. If the inverter feeds an
inductive load, the current i
a
lags behind V
ref
by an angle Φ.
Since the dead-time increases (decreases) the inverter output
voltage for the negative (positive) half cycle of the current,
the average voltage deviation over an entire cycle can be
represented by Fig. 3 as the square wave V, which is 180º
out of phase with the current. The magnitude of the square
wave is V, which is given by (1).
Fig. 3. Dead-time effect on output voltage wave.
Compensation of dead-time effect can be achieved with a
method based on an average value theory [1, 2]. In this
method the compensation is done modifying the reference
wave according to the direction of load current.
This is accomplished by modifying the actual reference
voltage to be V
ref
+ V when the current is positive and
V
ref
- V when the current is negative. The implementation of
the method requires a good estimate of the required correction
voltage as well as an accurate knowledge of the polarity of
the current.
The methodology described above is commonly used in
pulse width modulation voltage-source inverter drives and
also should be used in a Shunt Active Power Filter with a
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feedforward configuration (the current is measured on the
load side).
The dead-time effect is dependent of the PWM modulation
index (m) [2]. This dependence reflects directly in the charge
and regulation of Active Filter DC link voltage.
An important aspect to be notice is the fact that, the correct
harmonic current compensation is close related in a fix DC
link voltage. However, the DC link voltage changes accord to
the amount of the harmonic current being mitigated, to an
established modulation index. To cope with a floating DC
link voltage, it is necessary to play with the modulation index
value all of the time.
Average dead-time compensation techniques rely on direct
current measurements to determine the sign of the
compensation needed. Because of PWM noise and current
clamping around the zero crossing, accurate measurement of
the current polarity is very challenging. To overcome this
difficulty a transformation, similar to standard synchronous
reference frame transformation is used, named Modified
Synchronous Reference Frame [6, 7].
With this method is possible to isolate the fundamental
component of the current and find its correct polarity,
independent of the phase displacement between the current
and voltage.
To demonstrate this technique an experimental test was
realized. The algorithm was implemented in the Digital
Signal Processor TMS320F2812. The PWM inverter was
connected to a 12 resistor in series with a 6.2mH inductor.
The carrier frequency (f
c
= 1 / T
c
) was 20kHz.
The Fig. 4 presents the voltage waveform without dead-
time effect compensation (in blue) and the result of the dead-
time effect compensation (in red), for a modulation index of
0.25.
The Fig. 5 shows the voltage waveform without dead-time
effect compensation (in blue) and the result of the dead-time
effect compensation (in red), the modulation index was 0.3.
The Fig. 4 shows an average voltage deviation (V) of
0.086. The Fig.5 shows a better result for the average voltage
deviation V altered to 0.11.
The results presented demonstrate the action of the correct
compensation, mitigating the distortion in the voltage signal
created by the dead-time effect.
No dead-time
compensation
Dead-time
compensation
Fig. 4. Load Current with and without dead-time compensation, m =
0.25.
No dead-time
compensation
Dead-time
compensation
Fig. 5. Load Current with and without dead-time compensation, m =
0.3.
IV. FEEDBACK DEAT-TIME COMPENSATION
METHOD
Another compensation method is based in the fact that the
inverter output voltage contains, in addition to the
fundamental and switching frequency components, the
characteristic harmonics of the square wave V (Fig. 3).
This method is based in the measure of the harmonics
present in the current signal, using the Synchronous
Reference Frame structure shown in Fig.6. Then, the
harmonics content are injected, with opposite phase, to
compensate the current distortion.
Fig. 6. The control block of Shunt Active Power Filter.
This method was applied in a Shunt Active Power Filter
(SAPF) with a feedback configuration, as presented in Fig. 7.
The main objective is to compensate the dead-time effect
present in the 60Hz voltage generated to charge the Active
Power Filter DC link. The distortion due to dead-time effect
is totally unacceptable for Shunt Active Power Filters,
undesirable harmonics, besides those generated by the non-
linear load, are injected in the power system.
The configuration shown in Fig. 7 yielded efficient results
in the compensation of a non-linear load of 50kVA, 6 pulse
rectifier, CSI type.
The Fig. 8 shows the current injected to power system,
when the DC link is adjusted in 500V, the Shunt Active
Power Filter is not compensating the load harmonics and the
feedback control loop is not active.
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Fig. 7. Shunt Active Power Filter block diagram.
The feedback loop used in this Shunt Active Power Filter
automatically compensates the dead-time effect. The Fig. 9
shows the current imposed to the source during the regulation
of DC link voltage, when the feedback control loop is
activated.
Fig. 8. Injected current due SAPF DC link regulation.
Fig. 9. Injected current when the dead-time is compensated.
V. CONCLUSION
The implementation of the dead-time compensation based
on the average value theory, when applied in SAPF, do not
produce an efficient harmonic mitigation and is very time
consuming concerning to the DSP computation time even
when combined with the Modified Synchronous Reference
Frame. The implementation of the dead-time compensation
applied in the feedback configuration shows an automatic and
fast adjustment of the problem. The control algorithm of the
Shunt Active Power Filter copes with entire harmonic content
of the source current even as dead-time distortion. The
MSRF-PLL is responsible for the fast response and the close
loop stability, producing very good results, overcoming all the
problems of noise and zero crossing detection. All results
were obtained with the algorithms implemented in the Texas
Instruments Digital Signal Processor TMS320F2812 and the
shown practical results confirm the expectations.
ACKNOWLEDGEMENT
The authors gratefully acknowledge the CNPq, a Brazilian
research funding agency, CAPES, in the form of research
scholarships, FAPEMIG, a Minas Gerais State research
funding agency, and the Itajuba Federal University which
supported this work.
REFERENCES
[1] A. R. Muñoz and T. A. Lipo, “On-Line Dead-Time
Compensation Techinique for Open-Loop PWM-VSI Drivers”,
IEEE Transactions on Power Electronics, vol. 14, no. 4, pp.
683-689, July 1999.
[2] S. G. Jeong and M. H. Park, “The Analysis and Compensation
of Dead-Time Effects in PWM Inverters”, IEEE Transactions
on Industrial Eletronics, vol. 38, no. 2, pp. 108-114, April
1991.
[3] B. K. Bose, Ed., Modern Power Electronics and AC Drives.
Upper Saddle River: Prentice Hall PTR, 2002.
[4] Y. Murai, T. Watanabe, and H. Iwasaki, “Waveform distortion
and correction circuit for PWM inverters with switching lag-
times,” IEEE Trans. Ind. Applicat., vol. 23, pp. 881–886,
Sept./Oct. 1987.
[5] J. L. Lin, “A New Approach of Dead-Time Compensation for
PWM Voltage Inverters”, IEEE Transactions on Circuits and
Systems – I: Fundamental Theory and Applications, vol. 49, no.
4, April 2002.
[6] C. H. Silva, V. F. Silva, L. E. B. Silva, “Synchronous Frame
Based Controller Improvement for Active Series Filters under
Unbalanced Conditions in Three Phase - Four Wire Systems
Proceedings of 7th International Conference on Industrial
Applications IEEE/INDUSCON, 2006.
[7] C. H. da Silva, V. F. da Silva, L. E. Borges da Silva, G.
Lambert-Torres, R .R. Pereira, “DSP Implementation of Three-
Phase PLL using Modified Synchronous Reference Frame”,
IEEE IECON07, Taiwan, 2007.
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Modified Synchronous Reference Frame Strategy for
Single Phase Hybrid Active Power Filter
Carlos Henrique da Silva
1
, Rondineli R. Pereira
1
, Luiz Eduardo Borges da Silva
1
, Germano Lambert-Torres
1
,
João Onofre Pereira Pinto
2
, and Edson Hideki Takauti
3
1. Itajuba Federal University – Itajuba, Brazil – {carloschedas, leborges, germano}@unifei.edu.br
2. Federal University of Mato Grosso do Sul – Campo Grande, Brazil – jpinto@nin.ufms.br
3. Bandeirante Energias do Brasil – São Paulo, Brazil – hi[email protected]om.br
Abstract--This paper evaluates a hybrid active series power
filter (HASPF) based on the Modified Synchronous Reference
Frame, when the third harmonic passive filter is the chosen
compensator at first. The performance of the system is compared
with and without the active compensation. The practical results
exhibits as close a passive filter can be tuned to an absolutely
compensation. The algorithm of the HASPF is executed by the
DSP TMS320F2812, and the inverter switching frequency is
20 kHz.
Index Terms--hybrid active filter, DSP, passive filter, SRF,
MSRF_PLL.
I. INTRODUCTION
The Hybrid Active Series Power Filters (HASPF) are
generally composed by one Active filter (AF) associated in
series with a tuned passive filter (PF), [1-3]. These active
filters have the ability to cancel the harmonic voltage
produced due the non-negligible impedance of passive filter
(PF), thus providing a low impedance branch of harmonic
currents. It is well known that tuned passive filters efficiency
is dependent of source equivalent impedance. In this way, the
active filter associated with passive one tends to improve the
passive filter action, creating an ideal harmonic impedance to
load harmonics current, i.e., a severe harmonic short circuit.
To achieve the ideal passive filter tuning, the control
strategy is crucial, in other words, the hybrid filter efficiency
depended on it.
A new control strategy, using the Modified Synchronous
Reference Frame (MSRF), is proposed in this work to control
the action of the hybrid active series filter. The harmonic
frequency tuning improvement is done just for that specific
harmonic of the passive filter and the result of this
methodology is the absolute filter.
The strategy is developed and the practical results are
confirmed on a single-phase prototype using the DSP
TMS320F2812 as control unit.
II. H
YBRID SERIES ACTIVE FILTER PRINCIPLE
The Fig.1 shows an equivalent Hybrid Active Series Filter
circuit which combines active filter and passive filter.
Fig. 1 . Hybrid Active Series Power Filter
The Active filter AF1 is assumed as a controllable voltage
source controlled, in such a way, to guaranty it’s invisibility at
the fundamental frequency and a harmonic voltage at specific
harmonics frequency. The command of instantaneous voltage
of active filter AF1, Vaf, is given by
af af fh
VKV
=
−⋅
(1)
Here, K
af
is a gain and V
fh
is the harmonic voltage existing
in the terminal across the passive filter. The total equivalent
impedance (Z
af
) of the passive filter (Z
pf
) plus the active filter
(K
af
Z
pf
), which are connected to each other in series, obtained
from Fig 1, is calculated by (2).
(
)
pfafaf
ZKZ = 1 (2)
The active filter AF has the ability to cancel the harmonic
voltage which appears due the non-negligible impedance of
passive filter (PF), thus providing a low impedance branch for
harmonic currents. Since K
af
is unity under an ideal control
condition, V
af
is given by
(
)
af sh f s fh lh
ZZVV ZI
=
⋅+ (3)
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III. THE SINGLE PHASE HYBRID SERIES ACTIVE FILTER
The system under test is built with a full-bridge single-
phase rectifier as load, connected to a 30 resistance and
100mH inductance fed by a 127Vrms phase-neutral voltage.
The hybrid active filter transformer turn ratio is 1:4
(110/440V), series connected to third harmonic passive filter
(L3 = 22.5mH and C3 = 35μF). The inverter switching
frequency is 20kHz. The active filter DC link voltage is
regulated to 440 Vcc.
The strategy, called Modified Synchronous Reference
Frame MSRF, used to extract the harmonic components from
the passive filter voltage (Vpf), is an adaptation of the
standard three-phase Synchronous Reference Frame (SRF)
applied to single-phase systems. This technique was developed
in details in [4-6]. The Fig.2 summarizes the technique.
Fig. 2 . MSRF to filter out the fundamental current wave form
The method consists in multiply the measured signal,
simultaneously, by the functions sine and cosine in a chosen
frequency [7]. This strategy reaches the same effect of
transforming a component, in a certain frequency, in a dc
component letting the others as ac quantities. After the
resulting signal pass through a low-pass filter, it is inversely
transformed to provide the desired harmonic component.
Those modules, transformations and filtrations, can be used to
extract a specific harmonic component. So, the outputs for
each specific frequency must be added to produce the current
harmonic reference to the active filter [4].
The third harmonic voltage across the passive filter
terminal is obtained using the MSRF. It has to be notice that,
the extracted harmonic component corresponds to the
characteristic frequency of passive filter.
The Hybrid Active Series Power Filter (HASPF) uses a
double PLL arrangement. The first one is synchronized to
source voltage (Vs), and the second synchronized to passive
filter voltage (Vpf). It is justified due occurrence of phase
displacement between Vs and Vpf.
Before the hybrid active power filter starts compensation,
the voltage through passive filter terminals is null and the
HASPF has to be synchronized to source voltage. Once
initiated the charge of HASPF DC link, the voltage through
the passive filter (Vpf) tends to be equal the source voltage Vs.
In order to avoid active power consumption due phase
displacement between Vs and Vpf, the compensation
algorithm must be synchronized to Vpf, which demand for
double PLL. The PLL algorithm, used on this development, is
called Modified Synchronous Reference Frame PLL
(MSRF_PLL), well explained in [6], and illustrated in Fig 3.
Fig. 3 . Block diagram of actual MSRF-PLL
The PLL algorithm offers fast lock behavior and do not
need three-phase voltage measurements. The proposed
strategy doesn’t use PI controller in the main loop, so the
dynamic response is faster and the sinusoidal outputs always
presents a perfect sinus and cosines, needed as reference signal
to SRF based controller.
IV. P
RACTICAL RESULTS ON HASPF IMPLEMENTATION
The Fig.4 shows the power system signals (voltage and
current) before the HASPF starts compensating. The THDi of
load current is 36.85%, and when the passive filter is
connected the THDi is reduced to 29.5% (depicted in Fig.4).
Vsa
Isa
Vpf
Ipf
Fig. 4 . Power System waveforms without active compensation
The Fig. 5 shows the source harmonic spectrum (Isa)
before the active compensation.
THDi
saf3
= 22%
THDi
sa
= 29.5%
Fig.5 . Source Current Spectrum under passive filtering
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The Fig. 6 shows the passive filter current before active
compensation. The distorted current is result of the passive
filtering action, which reduce the THDi of source harmonic
current in 7.4%.
Vpf
Ipf
Fig. 6 . 3
rd
Passive Filter Voltage and Current
The Fig. 7 shows the current spectrum of the passive filter.
Ipf
3
= 0.144 A
rms
THDi
pf
= 20.3%
Fig. 7. 3
rd
Harmonic passive filter current spectrum
As mentioned, the HASPF intend to increase the efficiency
of the third harmonic passive filter providing, for the 180Hz
current signal, a low impedance branch. The control strategy is
responsible to adjust the tuning of the passive filter.
The Fig. 8 shows the system voltages and currents after
HASPF turned on. The distorted current that remains in the
source presents a THDi of 19% after the third active harmonic
compensation. It was 29.5% when pure passive compensation
was performed.
Vsa
Isa
Vpf
Ipf
Fig. 8 . Power System waveforms with active compensation
The Fig 9 shows the source current spectrum, free from
harmonic currents of 180Hz. It has been reduced from 22% to
0.4%. The 180 Hz current expressed in amperes, fallen from
1.2 A to 0.02 A rms.
THDi
saf3
= 0.4%
THDi
sa
= 19.4%
Fig.9 . Source Current Spectrum under active filtering
The Fig.10 shows, after active compensation, the source
current, HASPF current and load current. One has to notice
that the current in active filter branch increases and become
more distorted.
I
L
I
pf
I
sa
Fig.10 . System Currents during HASPF filtering
The Fig. 11 shows the active filter current spectrum. The
high current distortion represents the tuning of hybrid filter.
When the filter turns-on it goes as close as possible to a
harmonic short-circuit. The passive filtering action has been
improved with the THDi changing from 20% to 76.6%.
THDi
pf
= 76.6%
Ipf
3
= 1.05 A
rms
Fig. 11. 3
rd
Harmonic Hybrid filter current spectrum
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The 180 Hz passive filter voltage and current are shown in
Fig.12 after active compensation started. Expressed in
amperes, the third harmonic current value raise from
0.15(Arms), when the active filter was not working, to
1.05(Arms), when it is working.
Vpf
Ipf
Fig.12 . 3
rd
Passive Filter Voltage and Current under active mitigation
The Fig.13 and Fig.14 compares the THDi of source
current, before and after the compensation, respectively.
Fig. 13 . Source Current Spectrum - Passive Mitigation
Fig. 14 . Source Current Spectrum - Active and Passive Mitigation
V. CONCLUSIONS
The technique applied to the hybrid active series filter and
the HASPF by itself shows the excellent performance to
harmonic current compensation issue. The drawbacks inherent
to passive filter compensation are eliminated and the
compensation characteristics of already installed passive filter
are significantly improved. The DSP as control unit is
essential. The strategy also can be extended to others harmonic
passive filter, or to three-phase power system.
A
CKNOWLEDGEMENT
The authors gratefully acknowledge the CNPq, a Brazilian
research funding agency, CAPES, in the form of research
scholarships, FAPEMIG, a Minas Gerais State research
funding agency, and the Itajuba Federal University which
supported this work.
VI. R
EFERENCES
[1] S.Bhattacharya, D.M.Divan, B.Banerjee, “Synchronous Frame
Harmonic Isolator Using Active Series Filter” EPE Conf. Record,1991,
Vol 3,pp 30-35.
[2] S.Bhattacharya, D.M.Divan “Synchronous Frame Based Controller
Implementation for Hybrid Series Active Filter System” IEEE/IAS
Conf. Record,1995, pp 2531-2540.
[3] H. Akagi, H. Fujita, “A New Power Line Conditioner for Harmonic
Compensation in Power Systems” IEEE Trans. Power Del. Vol.10, No
3, pp 1570-1575, 1995.
[4] C. H. da Silva, V. F. da Silva, L. E. Borges da Silva, G. Lambert-Torres,
E. H. Takauti, “Optimizing the Series Active Filters under Unbalanced
Conditions Acting in the Neutral Current ” Proceedings of International
Conference on Industrial Electronics IEEE/ISIE, 2007.
[5] C. H. da Silva, V. F. da Silva, L.E. Borges da Silva,Synchronous
Frame Based Controller Improvement for Active Series Filters under
Unbalanced Conditions in Three Phase - Four Wire Systems”
Proceedings of 7th International Conference on Industrial Applications
IEEE/INDUSCON, 2006.
[6] C.H. da Silva, V.F. da Silva, L.E. Borges da Silva, G. Lambert-Torres,
R.R. Pereira, “DSP Implementation of Three-Phase PLL using Modified
Synchronous Reference Frame”, IEEE IECON07, Taiwan, 2007.
[7] S. Tnani, M. Mazaudier, A.Berthon, S.Diop, “Comparison Between
Different Real-Time Harmonic Analysis Methods for Control of
Electrical Machines” PEVD94, pp. 4946-4951.
Authorized licensed use limited to: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ENGENHARIA DE ITAJUBA. Downloaded on February 5, 2009 at 10:56 from IEEE Xplore. Restrictions apply.
COMPENSAÇÃO DE DEAD-TIME EM
FILTROS ATIVOS DE POTÊNCIA PARALELO
Carlos Henrique da Silva, Rondineli R. Pereira, L. E. Borges da Silva, G. Lambert Torres
UNIFEI, Federal University of Itajuba
Itajuba, Brazil
carloschedas@unifei.edu.br, [email protected]r, lebor[email protected], germano@unifei.edu.br
Abstract In PWM inverters, a time delay is
introduced to prevent a short circuit in the DC link.
This action causes the dead-time effect, which is
detrimental to the performance of inverters. This paper
deals with the dead-time effect in pulse width modulated
(PWM) inverters applied in a Shunt Active Power Filter.
The simulation and experimental results show the
distortion and amplitude reduction of the inverter output
voltage in consequence of this effect. A simple method
based on an average value theory can be used to
compensate this effect, but as it can be seen, for the Shunt
Active Power Filter (SAPF), the compensation can be
done in two different ways, one for the feedforward
configuration and the other for the feedback one. This
paper presents both techniques and discusses the details,
advantage and drawbacks concerning the
implementations.
Keywords Dead-time effect compensation, pulse
width modulation inverters, shunt active power filter.
I. INTRODUÇÃO
A maioria das técnicas de modulação propostas estão
baseadas no fato de que os elementos de chaveamento dos
conversores de potência operam de forma ideal, ou seja, eles
fazem a comutação entre ligado e desligado exatamente no
instante ditado pelo controle.
Em conversores reais, durante o tempo de desligamento
do semiconductor de um ramo, é bem conhecido a
possibilidade de ocorrer um curto circuito no capacitor CC
do conversor. Desta forma, é muito importante introduzir
artificialmente um atraso entre os sinais de controle de forma
a evitar a condução de dois semicondutores, do mesmo ramo,
ao mesmo tempo. Este atraso, conhecido como dead-time,
dura apenas alguns microsegundos.
Assim sendo, o dead-time é absolutamente necessário para
evitar que aconteça um curto-circuito franco no capacitor do
circuito CC do conversor, porém ele introduz uma distorção
e uma redução de amplitude da onda de saída do conversor
[1]-[5].
O efeito do dead-time resulta em uma perda momentânea
de controle onde a tensão de saída do conversor se desvia do
valor originalmente desejado pelo sistema de controle. Esta
característica é absolutamente indesejável e intolerável no
que se refere aos Filtros Ativos de Potência. Por exemplo,
quando se deseja que o Filtro Ativo forneça uma tensão de
60Hz para carregamento do capacitor do conversor,
harmônicas de baixa ordem (3
o
, 5
o
, 7
o
) são inseridas no
sistema como conseqüência do dead-time. Esta distorção na
saída do Filtro Ativo de Potência Paralelo (FAPP) é
completamente inapropriada, pois compromete em muito o
objetivo final que é mitigar os harmônicos criados por cargas
não lineares.
II. O EFEITO DO DEAD-TIME
A Fig. 1 mostra a perna de uma fase do inversor PWM,
em que o semiconductor de potência é utilizado como
elemento de chaveamento. O sinal de controle do PWM
conduz os semicondutores T1 e T2, através dos sinais de
comando apresentados na Fig. 2. A borda de subida dos
sinais de controle são atrasadas por um tempo t
d
dos sinais
ideais.
Ambos semicondutores de potência param de conduzir
durante o tempo de atraso e a saída do terminal a aparenta
estar flutando. Então a corrente i
a
fluí através dos diodos de
roda livre D1 e D2, dependendo da direção da corrente.
Quando a corrente fluí em direção a carga (i
a
> 0), o diodo
D2 conduz, e uma tensão negativa irá aparecer no terminal
de saída. para a corrente fluindo na direção do inversor,
uma tensão positiva irá aparecer na saída sobre D1. Como
resultado a tensão de saída irá desviar da forma de onda
PWM ideal pela quantidade mostrada nas áreas tracejadas da
Fig. 2.
Fig. 1. Uma perna da fase do inversor PWM.
t
d
Ideal
Transition
T1
T2
+0.5V
d
-0.5V
d
-0.5V
d
+0.5V
d
+i
a
-i
a
t
d
T
c
= 1/F
c
Increasing
Decreasing
V
ao
V
ao
Fig. 2. Sinais de controle PWM com o efeito do dead-time.
Durante o tempo de atraso, a tensão de saída não pode ser
controlada pelos sinais de comando, mas é determinada pela
condição da carga, i.e., a direção para a qual a corrente fluí.
Embora a condição da carga esteja sujeita a mudança, sempre
pode ser afirmado que o desvio de tensão, devido ao tempo
de atraso, é oposto ao sentido da corrente em qualquer
direção. Portanto, o desvio de tensão leva a magnitude da
corrente a ser menor do que a esperada. Isto trás a
implementação de um inversor um dos maiores efeitos do
tempo de atraso: uma diminuição na tensão de saída efetiva
do inversor.
Outro efeito importante, mencionado anteriormente, diz
respeito aos harmônicos. Para cada pulso da saída de tensão,
o desvio de tensão aumenta ou diminui a duração do pulso de
acordo com a direção da corrente e a tensão de saída não
pode ser a mesma do sinal de controle PWM original. Como
conseqüência natural, componentes harmônicas indesejáveis
aparecem na tensão de saída, causando distorção em toda
forma de onda de saída do inversor.
III. MÉTODO DE COMPENSAÇÃO DO DEAD-TIME
FEEDFORWARD
Quando a corrente é positiva, fluindo para a carga, o
chaveamento de T2 para T1 com um tempo de atraso t
d
,
decrementa a tensão de saída do inversor. Na outra situação,
quando a corrente é negativa, fluindo da carga, o
chaveamento de T1 to T2 incrementa o valor da tensão de
saída do inversor. A Fig. 2 apresenta este efeito.
O efeito acumulativo de repetitivos tempos de atraso (o
efeito do dead-time) pode ser estimado pela tensão média dos
desvios a cada semi ciclo positivo e negativo da corrente.
Como o desvio de cada pulso e é medido por (ver Fig.
2).
dd
VTe =
O desvio médio de tensão em meio ciclo da saída do
inversor V é dado por
d
d
V
T
MT
V =
(1)
Em que:
V
d
- Magnitude da tensão do link DC.
M - Número de chaveamento por um ciclo.
T - Duração de um ciclo.
Em (1), MT
d
, é a soma de todos os tempos de atraso
durante um ciclo. Desta maneira, pode ser afirmado que o
desvio de tensão médio, em relação a tensão do link DC, é
equivalente a razão de todos os dead-time sobre o duração
inteira de um ciclo.
A Fig. 3 descreve como o desvio de tensão médio aparece
na forma de onda de tensão da saída do inversor. Nesta
figura, V
ref
representa a tensão de saída fundamental ideal do
inversor, como resultado de um PWM ideal. Se o inversor
alimenta uma carga indutiva, a corrente i
a
fica atrasada em
relação a V
ref
por um ângulo Φ. Como o dead-time aumenta
(diminui) a tensão de saída do inversor para um semi-ciclo
negativo (positivo) da corrente, o desvio de tensão médio
durante um ciclo inteiro pode ser representado como na Fig.
3 pela onda quadrada V, que é 180º fora de fase em relação
a corrente. A magnitude da onda quadrada V é dada por (1).
Fig. 3. O efeito dead-time na onda de tensão de saída.
A compensação do efeito do dead-time pode ser alcançada
com um método baseado na teoria do valor médio [1], [2].
Neste método a compensação é realizada com a modificação
da onda de referência de acordo com a direção da corrente da
carga.
Isto é alcançado modificando o valor da tensão de
referência atual para V
ref
+ V quando a corrente for positiva
e V
ref
- V quando a corrente for negativa. A implementação
do método requer uma boa estimação do valor da tensão
necessária, bem com, um conhecimento preciso da
polaridade da corrente.
A metodologia descrita acima é comumente usada em
inversores fonte de tensão com modulação por largura de
pulso e também pode ser utilizada em um Filtro Ativo de
Potência Shunt com configuração feedforward (a corrente é
medida no lado da carga).
O efeito do dead-time effect é dependente do índice de
modulação PWM (m) [2]. Esta dependência reflete
diretamente na carga e a regulação da tensão do link DC do
Filtro Ativo.
Um importante aspecto a ser notado é o fato de que a
correta compensação harmônica está relacionada a uma
tensão fixa no link DC. Entretanto, a tensão no link DC muda
de acordo com a quantidade de corrente harmônica que es
sendo eliminada, para um índice de modulação estabelecido.
Para lidar com uma tensão do link DC flutuante é necessário
trabalhar com o valor do índice de modulação o tempo todo.
Técnicas de compensação do dead-time pela media
necessitam da medição correta da corrente para determinar o
sinal da compensação. Devido ao ruído causado pelo PWM
uma medida precisa da corrente passer a ser um grande
desafio. Para superar esta dificuldade uma transformação
similar a transformada síncrona padrão foi utilizada,
chamada de Transformada Síncrona Modificada [6], [7].
Com este método é possível isolar a componente
fundamental da corrente e encontrar a sua polaridade,
independente do deslocamento de fase entre corrente e
tensão.
Para demonstrar esta técnica um teste experimental foi
realizado. O algoritmo foi implementado no Processedor
Digital de Sinais TMS320F2812. O inversor PWM foi
conectado a um resistor de 12 em série com um indutor de
6,2mH. A frequência da portadora (f
c
= 1 / T
c
) utilizada foi
de 20kHz.
A Fig. 4 apresenta a forma de onda da tensão sem
compensação do efeito do dead-time (em azul) e o resultado
para a compensação do efeito do dead-time (em vermelho),
para um índice de modulação de 0,25.
A Fig. 5 apresenta a forma de onda da tensão sem
compensação do efeito do dead-time (em azul) e o resultado
para a compensação do efeito do dead-time (em vermelho),
para um índice de modulação de 0,3.
A Fig. 4 mostra um desvio de tensão médio de (V) de
0,086. A Fig.5 mostra um melhor resultado para um desvio
de tensão médio V alterado para 0,11.
Os resultados apresentados demonstram a correta ação de
compensação, eliminando a distorção no sinal de tensão
criado pelo efeito do dead-time.
Fig. 4. Corrente da carga com e sem a compensação do dead-time, m =
0,25.
Fig. 5. Corrente da carga com e sem a compensação do dead-time, m =
0,3.
IV. MÉTODO DE COMPENSAÇÃO DO DEAD-TIME
FEEDBACK
O outro método de compensação é baseado no fato da
tensão de saída do inversor possuir além dos componentes
fundamental e da freqüência de chaveamento, os harmônicos
característicos da onda quadrada V (Fig. 3).
Este método é baseado na medida dos harmônicos
presentes na corrente, usando a estrutura da Referência
Síncrona apresentada na Fig. 6. Então, o conteúdo harmônico
é injetado, com fase oposta, para compensar a distorção na
corrente.
Fig. 6. Bloco de controle do Filtro Ativo de Potência Shunt.
Este método é aplicado em Filtro Ativo de Potência
Paralelo (FAPP) com a configuração feedback, como
apresentado em Fig. 7. O principal objetivo é compensar o
efeito do dead-time presente na tensão de 60Hz gerada na
carga do link DC do Filtro Ativo de Potência. A distorção
devido ao efeito do dead-time é totalmente inaceitável para o
Filtro Ativo de Potência Paralelo, pois harmônicos
indesejáveis além daqueles gerados pela carga não linear o
injetados no sistema de potência.
Fig. 7. Diagrama em blocos do Filtro Ativo de Potência Shunt.
A configuração mostrada na Fig. 7 produz um resultado
eficiente na compensação de uma carga não-linear de
50kVA, retificador de 6 pulsos, tipo CSI.
A Fig. 8 apresenta a corrente injetada no sistema de
potência quando o link DC está ajustado em 500V, o Filtro
Ativo de Potência Paralelo não está compensando os
harmônicos da carga e o laço de controle feedback não está
ativo.
O laço feedback usado neste Fitro Ativo automaticamente
compensa o efeito do dead-time. A Fig. 9 mostra a corrente
imposta à fonte durante a regulação da tensão do link DC
quando o laço de controle feedback está ativo.
Fig. 8. Corrente injetada devido a regulação do link DC do SAPF.
Fig. 9. Corrente injetada quando o efeito do dead-time é compensado.
V. CONCLUSÃO
A implementação da compensação do dead-time baseado
na teoria do valor médio, quando aplicado em uma
configuração direta (feedforward) do FAPP, usa uma
estrutura muito específica denominada Modified
Synchronous Reference Frame, a qual irá produzir, como
demonstrado, resultados promissores, resolvendo ao mesmo
tempo problemas como ruídos e detecção de passagem pelo
zero da tensão da rede.
a implementação da compensação do dead-time em
uma configuração com realimentação (feedback) apresentou
uma rápida e automática solução para o problema. A
manipulação pura e simples das variáveis de controle do
Filtro Ativo já foi suficiente para resolver automaticamente
todos os problemas inseridos pelo dead time. A resposta
dinâmica do algoritmo de controle apresentou o
comportamento desejado, que é uma resposta transitória
rápida eliminando as indesejadas oscilações que podem
aparecer devido ao efeito da realimentação.
Todos os resultados foram obtidos com os algoritmos
implementados no microprocessador tipo DSP da Texas
Instruments TMS320F2812.
RECONHECIMENTO
Os autores agradecem penhoradamente ao CNPq, a
CAPES, a FAPEMIG e a Universidade Federtal de Itajubá
UNIFEI, pelo apoio na forma de bolsas e auxílios
financeiros, o que permitiu que este trabalho pudesse ser
executado.
REFERÊNCIAS
[1] A. R. Muñoz and T. A. Lipo, “On-Line Dead-Time
Compensation Techinique for Open-Loop PWM-VSI Drivers”,
IEEE Transactions on Power Electronics, vol. 14, no. 4, pp.
683-689, July 1999.
[2] S. G. Jeong and M. H. Park, “The Analysis and Compensation
of Dead-Time Effects in PWM Inverters”, IEEE Transactions
on Industrial Eletronics, vol. 38, no. 2, pp. 108-114, April
1991.
[3] B. K. Bose, Ed., Modern Power Electronics and AC Drives.
Upper Saddle River: Prentice Hall PTR, 2002.
[4] Y. Murai, T. Watanabe, and H. Iwasaki, “Waveform distortion
and correction circuit for PWM inverters with switching lag-
times,” IEEE Trans. Ind. Applicat., vol. 23, pp. 881–886,
Sept./Oct. 1987.
[5] J. L. Lin, “A New Approach of Dead-Time Compensation for
PWM Voltage Inverters”, IEEE Transactions on Circuits and
Systems I: Fundamental Theory and Applications, vol. 49,
no. 4, April 2002.
[6] C. H. Silva, V. F. Silva, L. E. B. Silva, “Synchronous Frame
Based Controller Improvement for Active Series Filters under
Unbalanced Conditions in Three Phase - Four Wire Systems”
Proceedings of 7th International Conference on Industrial
Applications IEEE/INDUSCON, 2006.
[7] C. H. da Silva, V. F. da Silva, L. E. Borges da Silva, G. L.
Torres, R .R. Pereira, “DSP Implementation of Three-Phase
PLL using Modified Synchronous Reference Frame”, IEEE
IECON07, Taiwan, 2007.
BIOGRAFIAS
Carlos Henrique da Silva graduado pela Universidade
Federal de São João Del Rei em engenharia Elétrica em
2003. Mestrado em Eletrônica de Potência pela UNIFEI em
2005. Atualmente é aluno de doutorado na UNIFEI. Trabalha
com desenvolvimento de condicionares ativos de energia.
Rondineli Rodrigues Pereira possui graduação em
Engenharia da Computação pela Universidade Federal de
Itajubá (2006). Atualmente é mestrando em Engenharia
Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá. Atua nas áreas
de Processamento Digital de Sinais, Linguagens de
Programação, Algoritmos de Controle para Filtros Ativos de
Potência.
Luiz Eduardo Borges da Silva graduado em Engenharia
Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá (1977) ,
mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal
de Itajubá (1982) , doutorado em Engenharia Elétrica pela
Ecole Polytechnique de Montreal (1988) e pós-doutorado
pela University of Tennessee Knoxville em (1998) .
Atualmente é professor titular da Universidade Federal de
Itajubá. Tem atuado na área de Engenharia Elétrica , com
ênfase em Eletrônica Industrial, Sistemas e Controles
Eletrônicos e manutenção preditiva.
Germano Lambert Torres é Professor Titular da
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Engenheiro
Eletricista, formado pela Escola Federal de Engenharia de
Itajubá (EFEI), em 1982. Mestre em Engenharia Elétrica pela
EFEI, em 1986. Doutor (Ph.D.) em Engenharia Elétrica pela
École Polytechnique de Montreal, Canadá, em 1990.
Bacharel em Ciências Econômicas pela Faculdade de
Ciências Econômicas do Sul de Minas, em 1981.
Licenciatura Plena em Matemática pela Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Itajubá, em 1981. Consultor
de diversas concessionárias de energia elétrica no país e no
exterior. Professor-Visitante da University of Waterloo
Canadá, 1995-1996. Revisor e Presidente de Sessão em
diversos congressos internacionais como IEEE-PES, IEEE-
Fuzzy Systems, IEEE-Neural Networks, IEEE-SMC, IEE,
IFAC e CIGRÉ. Pró-Diretor de Pesquisa e Pós-Graduação da
UNIFEI, 2000-2004. Pesquisador 1B do CNPq. Membro do
CA-EE do CNPq, 2004-2007. Orientou mais de 60 teses de
doutorado e dissertações de mestrado. Publicou mais de 400
artigos técnicos em revistas e conferências.
FILTRO ATIVO DE POTÊNCIA PARALELO BASEADO
EM PLL IMPLEMENTADO COM
REFERÊNCIA SÍNCRONA MODIFICADA
Carlos Henrique da Silva, Rondineli R. Pereira, L. E. Borges da Silva, G. Lambert Torres
UNIFEI, Federal University of Itajuba
Itajuba, Brazil
carloschedas@unifei.edu.br, [email protected]du.br, leborges@unifei.edu.br, germano@unifei.edu.br
Abstract – This paper evaluates an algorithm for three-
phase active shunt power filter using a digital PLL based
on Modified Synchronous Reference Frame (MSRF). The
Modified Synchronous Reference Frame PLL
(MSRF_PLL) algorithm guaranty fast transient
response, robust operation under grid disturbance, noise
tolerance and does not use PI controller. The PLL
algorithm is applied to a Three Phase Shunt Active
Power Filter and the system behavior is described in
details and the practical results, under steady stated
harmonic compensation, are presented and discussed.
Keywords - Digital PLL, harmonic compensation,
Modified Synchronous Reference Frame PLL, Three
Phase Shunt Active Power Filter.
I. INTRODUÇÃO
Os algoritmos para implementação do PLL (Phase Lock
Loop) trifásico foram propostos por Kaura [1], e
estabeleceram uma técnica robusta com o uso da Referência
Síncrona normal (Synchronous Reference Frame SRF). Esta
metodologia produziu um comportamento adequado, com
resposta transitória satisfatória, porém somente quando as
tensões envolvidas estavam desprovidas de distorções não
críticas ou sujeitas a pequenos desbalanciamentos. Qualquer
situação diferente destas especificações implicava em perda
de sincronismo de fase, perda de travamento, sinal de saída
distorcido, etc, acarretando compensação incorreta dos
harmônicos.
É bem conhecido que equipamentos tais como
retificadores PWM, UPS e Filtros Ativos têm sua capacidade
de executar suas atribuições dependentes fundamentalmente
da precisão do PLL, especialmente aqueles cuja estratégia de
controle esta baseada na técnica da Referência Síncrona
(SRF).
Algoritmos de PLL usando a teoria das Potências
Instantâneas também apareceram na literatura técnica e
apresentam os mesmos problemas descritos.
A literatura sobre PLL apresenta uma enorme quantidade
de algoritmos para PLL trifásicos, muitos deles usam
Referência Síncrona [1][8][9] outros Teoria da Potência
Instantânea [3].
Cada nova estratégia proposta tenta atingir um
comportamento mais confiável, robusto e com resposta
dinâmica mais rápida. Porém, todos eles estão estritamente
dependentes do regulador PI instalados na malha de controle.
Quando aparecem distorções harmônicas, desbalanço de
tensão ou offset o Controlador PI introduz ele mesmo um
travamento incorreto para a fase, distorcendo o sinal senoidal
que deve estar sincronizado e apresentando uma resposta
dinâmica pobre [1][2][3][8][9].
O algoritmo para o PLL proposto neste trabalho, descrito
em [10], está baseado na técnica da Referência Síncrona
Modificada (Modified Synchronous Reference Frame
technique MSRF) e apresenta uma rápida capacidade de
travamento sem o uso de Controladores PI e também não
necessita da medida da tensão nas três fases.
O PLL proposto, quando aplicado as tensões trifásicas do
sistema de distribuição, usa apenas a medida da tensão da
fase A, conseqüentemente reduzindo o número de sensores e
aumentando a confiabilidade. Também, desbalance de tensão
ou distorções harmonicas não interferem com o
comportamento do PLL, assim não irá finalmente
comprometer a extração de harmônicos produzida pela
aplicação da Referência Síncrona no Filtro Ativo de
Potência.
A estratégia proposta neste trabalho não faz uso do
Controlador PI na malha principal, desta forma, a resposta
dinâmica é mais rápida e as saídas estarão sempre se
apresentando como perfeitos senos e cossenos,
absolutamente necessários como sinais de controle para o
Controlador usando a Referência Síncrona.
II. A ESTRUTURA DO PLL
A idéia central do PLL é mostrada na Fig.1.
Fig. 1. MSRF-PLL Major Structure.
A transformada síncrona padrão SRf utiliza a medida das
três tensões de fase para gerar o sinal de sincronismo , seno
e cosseno, utilizados para decompor as tensões do sistema
ABC para coordenadas DQ, onde apenas a informação
contida no eixo síncrono Q é utilizada para obtenção da fase
e da freqüência da tensão da rede.
De maneira semelhante a SRF, o MSRF_PLL utiliza a
informação do eixo síncrono Q para obter a informação de
fase e freqüência de maneira a sincronizar ao sinal desejado;
não precisando, porém da informação de tensão das três
fases. Apenas a medida de tensão da fase A é necessária.
A Fig.2 mostra o diagrama de bloco do controle em malha
fechada do MSRF_PLL.
Fig. 2. MSRF-PLL Closed Loop Control.
A freqüência de amostragem do PLL é 40 Khz, resultando
em 668 amostras a cada período T da freqüência fundamental
da rede. Isto significa, que cada amostra representa 0.53
graus elétricos. Então, a diferença de fase calculada pode ser
diretamente relacionada a um numero especifico de amostras
(Nsamples).
A ação para se obter o sincronismo ( phase lock ) is
alcançada apenas deslocando o ponteiro da tabela de senos
(i) por um numero de amostras (Nsamples) proporcional a
diferença de fase
1
φ
. Este procedimento garante o
sincronismo entre o sinal
()
sin
e
t
ω
, gerado a partir da tabela
de senos, e a tensão de entrada V
sa
. Ressalta-se que os sinais
()
sin
e
t
ω
e
()
cos
e
t
ω
, gerados a partir da tabela, são
puramente senoidais, livres de harmônicos, quando o
sincronismo é obtido.
O erro de fase é calculado a cada amostra, i.e., a cada
25µsec. O Maximo erro de fase aceito é de 2 graus elétricos
ou 4 amostras, adiantado ou atrasado.
O tempo total de execução do algoritmo do PLL é de
apenas 4 µsec, utilizando o DSP TMS320F2812.
III. O FILTRO ATIVO PARALELO
O diagrama do filtro ativo paralelo é mostrado na Fig.3.
Fig. 3. Shunt Active Power Filter Block Diagram.
Os conceitos e o comportamento dos filtros ativos de
potencia paralelos ( SAPF) são extensivamente descritos na
literatura bem como a eficiência da topologia.
O objetivo deste trabalho é avaliar o desempenho do filtro
ativo paralelo baseado em controladores síncronos utilizando
o MSRF_PLL.
A resposta dinâmica, a estabilidade durante a variação de
carga e a eficiencia da compensação harmônica das correntes
são extremamente dependentes da resposta do PLL.
Considerando que o sinal de saída do MSRF_PLL é livre
de distorções harmônicas e sua resposta transitória é
aproximadamente de meio ciclo da freqüência fundamental
sob severas perturbações na tensão da rede, a resposta do
SAPF para variações na corrente de carga deve ser tão rápida
quanto a variação de carga.
A ausência de controladores PI no algoritmo do
MSRF_PLL impõe a resposta dinâmica do sistema ativo
próximos à do sistema de potência.
A Fig. 4 mostra o sinal de sincronismo para um
afundamento de tensão de 0.5 pu. O sinal de sincronismo
para o SAPF não é afetado pelo afundamento de tensão.
Fig. 4. MSRF-PLL response under a 0.5pu.
Este efeito garante que, sob variações da tensão da rede, o
controle de tensão do link DC do SAPF não é afetado.
sin( )
e
t
ω
Vsa Sag
A sinal de referencia para carga e regulação da tensão do
link DC, VdcA*, VdcB* e VdcC*, (Fig.7), deve estar em
fase com a respectiva tensão da fonte e ser livre de distorção
harmônica de modo a garantir uma tensão DC constante e
livre de oscilações.
A Fig.5 mostra o sinal de sincronismo, para o SAPF, sob
severa distorção harmônica da tensão da rede. O sinal de
saída exibe a excelente performance do PLL.
Fig. 5. MSRF-PLL behavior under distorted grid voltage.
A característica não linear do SAPF, durante a carga e a
regulação da tensão do link DC, função do sinal de referência
senoidal, injeta corrente harmônica no sistema de potência.
A Fig.6 mostra a corrente injetada no sistema de potencia
quando a tensão do link DC é regulada em 500 V e o SAPF
não compensa o conteúdo harmônico do sistema. O controle
realimentado é desativado nesta condição.
Fig. 6. Injected Current due SAPF DC link regulation.
A corrente harmônica de referencia para o SAPF é obtida
via transformada síncrona sem a utilização de controladores
PI, embora a corrente harmônica de compensação estar em
malha fechada.
O SAPF é composto de três inversores VSI monofásicos,
em ponte completas, 75 kVA cada modulo, acionados a 40
kHz. A tensão do link DC é ajustada em 500 Vdc. O indutor
de alisamento utilizado para acoplar o SAPF ao sistema de
potência é de 5mH. A corrente harmônica injetada é
controlada via PWM.
A tensão fase-fase do sistema de potência é 220 V.
A carga não-linear do sistema, retificador de 6 pulsos do
tipo CSI, é de 100 kVA.
O diagrama de blocos que representa a extração do
conteúdo harmônico (SRF Controller), e o controlador da
tensão do link DC, são mostrados na Fig.7.
Fig. 7. SAPF block control.
A realimentação utilizada no SAPF compensa
automaticamente o efeito do dead-time dos inversores. A
Fig.8 mostra a corrente imposta a fonte durante a regulação
da tensão do link DC, quando a malha de controle fechada é
ativada.
Fig. 8. Injected Current due automatically Dead-Time Compensation.
IV. RESULTADO EXPERIMENTAL
A Fig. 9 exibe o comportamento do SAPF utilizando o
MSRF_PLL para uma corrente de carga de 15 A. A THDi da
corrente da fonte muda de 29% (antes da compensação)
para 3% após a compensação.
Source Current
Load Current
Fig. 9. SAPF based MSRF_PLL source current compensation to 15A.
Vsa
sin( )
e
t
ω
O espectro harmônico comparativo é mostrado na Fig. 10.
Comparative Harmonic Spectrum
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 THDi
Harm onics
% of fundamental
Load Current
Source Current
Fig. 10. Comparative source harmonic current Spectrum to 15A.
A Fig.11 mostra a mitigação harmônica para uma corrente
de 30 A. A THDi cai de 29% ( antes ) para 3,4% após
iniciada da compensação.
Source Current
Load Current
Fig. 11. SAPF based MSRF_PLL source current compensation to 30A.
O espectro harmônico comparativo para corrente de 30A é
mostrado na Fig.12.
Comparative Harmonic Spectrum
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 THDi
Harmonics
% of fundamental
Load Current
Source Current
Fig. 12. Comparative source harmonic current Spectrum to 30A.
O calculo da THD é feita utilizando-se 21 componentes
harmônicos.
A Fig.13 mostra as respectivas correntes: corrente da
carga, corrente injetada pelo filtro ativo e a corrente
compensada na fonte. As correntes são referentes à fase A.
Source Current
Load Current
Com
p
ensation Current
Fig. 13. SAPF based MSRF_PLL: Phase A system currents.
Fig.14 mostra as correntes trifásicas na fonte para uma
corrente de carga de 30 A.
Phase A Source Current
Phase B Source Current
Phase C Source Current
Fig. 14. SAPF based MSRF_PLL: Three-Phase compensated currents.
Os resultados a seguir são referentes ao comportamento
dinâmico do SAPF utilizando o MSRF_PLL como estratégia
central de controle.
A Fig.15 exibe a corrente da carga, a corrente do SAPF e a
corrente compensada na fonte, para uma variação ascendente
de carga de 50 %, de 12 para 18 A (rms).
Source Current
Load Current
Com
p
ensation Current
Fig. 15. SAPF based MSRF_PLL: 50% load variation.
Observe que o MSRF_PLL proporciona um sincronismo
rápido a se adapta tão rápido quanto rápida for a variação de
carga. A resposta do SAPF é tão rápida que se torna
imperceptível, como mostra a Fig.15.
A Fig. 16 mostra o comportamento do filtro para umas
variações severas de carga, 100%, mudando de 12 para 24 A
(rms).
Source Current
Load Current
Com
p
ensation Current
Fig. 16. SAPF based MSRF_PLL: 100% load variation.
A Fig.17 mostra a variação de carga de 100% e inseri a
tensão da fonte na figura. A imunidade do MSRF_PLL ao
ruído auxilia na obtenção precisa da corrente harmônica de
referência.
Fig. 17. SAPF based MSRF_PLL: Voltage source with 100% load
variation.
V. CONCLUSÃO
O MSRF_PLL aplicado ao Filtro Ativo de Potência
Paralelo se mostrou um comportamento extremamente
robusto sob a ação de cargas constantes e com grandes
variações, independente das perturbações de tensão e
corrente ocorridas na rede de distribuição.
A resposta dinâmica do Filtro Ativo de Potência Paralelo
devido ao uso da técnica MSRF_PLL, mesmo sob a ação de
perturbações severas e não usuais apresentou uma resposta
transitória rápida e com muito pouca oscilação.
O algoritmo é também tolerante a ruídos, o que é uma
característica muito importante nas aplicações onde
inversores de alta freqüência são usados.
O Filtro Ativo de Potência Paralelo baseado na técnica
MSRF_PLL foi testado em diferentes condições operacionais
e mostrou-se em todas elas a efetividade da estratégia e a
robustez do algoritmo.
A estabilidade e capacidade de rastrear o sinal foram
testadas e confirmadas sob perturbações harmônicas severas
e flutuação da carga.
O algoritmo pode ser facilmente implementado em um
microprocessador tipo DSP e não exige nenhuma condição
especial para ser aplicado.
AGRADECIMENTO
Os autores agradecem ao CNPq, a CAPES, a FAPEMIG e a
Universidade Federal de Itajubá UNIFEI pelo apoio na forma
de bolsas e recursos financeiros, sem os quais este trabalho
não poderia ser executado.
R
EFERÊNCIA
[1] V. Kaura, and V. Blasko, “Operation of a phase locked loop system
under distorted utility conditions,” IEEE trans. on Industry
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[2] S.-K.Chung, “Phase-locked loop for grid-connected three-phase power
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[3] SILVA, S. A. O., COELHO, E. A. A., “Analysis and Design of a
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Electrical Machines” PEVD94, pp. 4946-4951.
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[8] Sidelmo M. Silva ,Bruno M. Lopes, Braz J. Cardoso Filho, Rodrigo P.
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[9] Lícia N. Arruda, Sidelmo M. Silva, Braz J. Cardoso Filho, “PLL
Structures for Utility Connected Systems”. 36th. Industry Applications
Society Annual Meeting, IAS2001, USA, 2001.
[10] C.H. da Silva, V.F.da Silva, L.E.Borges da Silva, G.L.Torres,
R.R.Pereira, “DSP Implementation of Three-Phase PLL using
Modified Synchronous Reference Frame”, IEEE IECON07, Taiwan,
2007.
BIOGRAFIAS
Carlos Henrique da Silva graduado pela Universidade Federal de São João
Del Rei em engenharia Elétrica em 2003. Mestrado em Eletrônica de
Potência pela UNIFEI em 2005. Atualmente é aluno de doutorado na
UNIFEI .Trabalha com desenvolvimento de condicionares ativos de energia.
Rondineli Rodrigues Pereira Possui graduação em Engenharia da
Computação pela Universidade Federal de Itajubá (2006). Atualmente é
mestrando em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá.
Atua nas áreas de Processamento Digital de Sinais, Linguagens de
Programação, Algoritmos de Controle para Filtros Ativos de Potência.
Luiz Eduardo Borges da Silva graduado em Engenharia Elétrica pela
Universidade Federal de Itajubá (1977) , mestrado em Engenharia Elétrica
pela Universidade Federal de Itajubá (1982) , doutorado em Engenharia
Elétrica pela Ecole Polytechnique de Montreal (1988) e pós-doutorado pela
University of Tennessee Knoxville em (1998) . Atualmente é professor
titular da Universidade Federal de Itajubá. Tem atuado na área de
Engenharia Elétrica , com ênfase em Eletrônica Industrial, Sistemas e
Controles Eletrônicos e manutenção preditiva.
Germano Lambert Torres é Professor Titular da Universidade Federal de
Itajubá (UNIFEI). Engenheiro Eletricista, formado pela Escola Federal de
Engenharia de Itajubá (EFEI), em 1982. Mestre em Engenharia Elétrica pela
EFEI, em 1986. Doutor (Ph.D.) em Engenharia Elétrica pela École
Polytechnique de Montreal, Canadá, em 1990. Bacharel em Ciências
Econômicas pela Faculdade de Ciências Econômicas do Sul de Minas, em
1981. Licenciatura Plena em Matemática pela Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Itajubá, em 1981. Consultor de diversas concessionárias
de energia elétrica no país e no exterior. Professor-Visitante da University of
Waterloo Canadá, 1995-1996. Revisor e Presidente de Sessão em diversos
congressos internacionais como IEEE-PES, IEEE-Fuzzy Systems, IEEE-
Neural Networks, IEEE-SMC, IEE, IFAC e CIGRÉ. Pró-Diretor de Pesquisa
e Pós-Graduação da UNIFEI, 2000-2004. Pesquisador 1B do CNPq.
Membro do CA-EE do CNPq, 2004-2007. Orientou mais de 60 teses de
doutorado e dissertações de mestrado. Publicou mais de 400 artigos técnicos
em revistas e conferências.
1
Uma Nova Estrutura para Compensadores Ativos Híbridos
Carlos Henrique da Silva, Rondineli R. Pereira, Luiz Eduardo Borges da Silva, Germano
Lambert-Torres e Se Un Ahn
Universidade Federal de Itajubá, Itajubá, Brasil
Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Campinas, Brasil
Autor de Contato:
Prof. Germano Lambert-Torres
Universidade Federal de Itajubá, Itajubá, MG – 37500-503 - Brasil
Temário: A. Qualidade de Serviço e Produto
Resumo
Este artigo propõe uma nova topologia denominada Compensador Ativo Híbrido de Potência
Reativa (HAVarC), como uma variação do Filtro Ativo Híbrido Série (HASF) amplamente
descrido literatura. O HAVarC é composto por um Filtro Ativo de pequena potência (APF)
em série com um banco do capacitor. O objetivo principal desta topologia é controlar a
potência reativa injetada pelo capacitor no sistema controlando a tensão aplicada em seus
terminais. Diferentemente do Filtro Ativo Híbrido Série (HASF), a impedância ativa criada
pelo APF aparece como um circuito aberto às freqüências harmônicas e uma impedância
variável para a freqüência fundamental. O sistema compensa automaticamente o fluxo de
potência reativa a fim garantir o fator de potência de deslocamento desejado (DPF) sem a
necessidade de se conhecer nenhum parâmetro do sistema de potência. O sistema de controle
do HAVarC calcula o fator de potência de deslocamento e controla a tensão no capacitor,
através do inversor, criando uma tensão com fase apropriada a fim aumentar ou diminuir a
quantidade de potência reativa injetada na rede elétrica. O HAVarC pode trabalhar em redes
com subtensões ou com distorção harmônica, sem nenhuma ação especial. A potência injetada
pelo filtro ativo proposto é bastante superior à potência reativa fornecida pelo banco do
capacitor. O fluxo de potência reativa pode ser controlado continuamente de 20% a 120% da
potência do banco do capacitor. A estratégia de controle tanto quanto os detalhes da execução
são descritas no artigo. Os resultados práticos também descritos mostram a eficácia da técnica
proposta. A metodologia foi testada para um protótipo monofásico.
I. Descrição do Compensador Ativo Híbrido Proposto
A estrutura proposta, apresentada na Fig. 1, denominada Compensador Ativo Híbrido de
Potência Reativa (HAVarC), combina uma Filtro Ativo de Potência com um único banco de
capacitor, em que o reator foi eliminado.
2
Fig. 1 – Compensador Ativo Híbrido de Potência Reativa.
O Filtro Ativo de Potência (APF) está sendo considerado como uma fonte de tensão
controlada com seu controle apresentando tensão nula para freqüências harmônicas e tensão
não nula para freqüência fundamental.
O comando para a tensão AC instantânea, na freqüência fundamental, é calculado com base
na tensão sobre o banco de capacitor, sendo também proporcional ao fator de potência de
deslocamento. Como pode ser observado pela equação (1):
var
c
af
V K V
=
uuur ur
(1)
A estratégia de controle é baseada na equação (2):
s AF c
V V +V
=
r r r
(2)
Onde V
S
é a tensão da fonte, V
AF
é a tensão imposta pelo Filtro Ativo de Potência e V
C
é a
tensão do banco de capacitor. A tensão V
AF
imposta é dada em (3):
( )
1
2
AF transf c DC REF
N
V Z I V V
N
= +
(3)
Onde:
Z
transf
= R
transf
+ jX
transf
(impedância de acoplamento do transformador) , V
DC
(tensão do link
DC do APF), N
1
/N
2
(razão do transfomador), I
C
(corrente do capacitor) and V
REF
(tensão de
referência do controlador).
II. Implementação do HAVarC
O arranjo da implementação é composto por um retificador monofásico de ponte completa em
paralelo com uma carga RL variável. A tensão linha para o terra é de 127 Vrms. O
transfomador de acoplamento do Filtro Ativo de Potência possui uma razão de 4:1, 440/110V,
conectado em série com um capacitor de 400 µF (3kVAR). A freqüência de chaveamento do
inversor é de 20kHz. E a tensão do link DC do Filtro Ativo de Potência foi é regulada em
440V.
A estratégia utilizada para extrair a tensão fundamental da fonte e as componentes da corrente
é denominada Modified Synchronous Reference Frame (MSRF), que é uma adaptação ao
padrão trifásico Synchronous Reference Frame (SRF), aplicado no sistema monofásico
proposto em [11,12]. A Fig.2 resume a técnica.
3
Fig. 2 – MSRF para remover a forma de onda da corrente fundamental.
Para garantir a correta ação de controle o Compensador Ativo Híbrido de Potência Reativa
utiliza uma arranjo com um PLL duplo. O primeiro sincroniza o sistema de controle com a
tensão da fonte e o segundo sincroniza com a tensão do banco de capacitor. No início, antes
do HAVarC começar a compensação, a tensão sobre os terminais do banco de capacitores é
quase nula devido a impedância do APF praticamente infinita (circuito aberto) e ficando toda
tensão da fonte no transformador de acoplamento. Então, a unidade de controle deve ser
sincronizada com a tensão da fonte para iniciar a carga do link DC do APF. Assim que a
tensão do link DC do Filtro Ativo começa a aumentar a tensão de saída do Filtro começa a
diminuir, até o limite que está será tensão de queda da impedância do transformador. Desta
maneira, a tensão do banco de capacitor tende a ser quase igual a tensão da fonte Vs. Após a
carga do capacitor do link DC com um valor pré-estabelecido (440V), a tensão do banco de
capacitor tem um deslocamento de fase em relação a tensão da fonte devido ao valor, não
despresível, da resistência do transformador. Assim, a corrente do banco de capacitor não
estará adiantada 90º da tensão da fonte, o que pode ser observado pela Fig. 7. Significando
que parte da potência que flui no ramo do HAVarC é potência ativa e deve ser drenada da
fonte. Para evitar este consumo de potência ativa, indesejável para este tipo de equipamento,
uma nova referência deve ser escolhida. Então, o sistema de controle altera a referência do
PLL da tensão do fonte para a tensão do banco de capacitor. Isto é muito importante pois
durante a operação normal do HAVarC a tensão sobre o banco de capacitor muda sua fase
com o valor da potência reativa a ser injetada na rede elétrica. Para lidar com a variação
abrupta de fase, distorção harmônica e variação de amplitude inerente a este tipo de aplicação
utilizou-se nesta implementação um novo algoritmo para o PLL denominado Modified
Synchronous Reference Frame PLL (MSRF_PLL), melhor detalhado em [12]. A Fig. 3 mostra
o diagrama em bloco do MSRF_PLL.
Fig. 3 – Diagrama em bloco do algoritmo MSRF-PLL.
4
III. O Controle do Fluxo da Potência Reativa em Tempo Real pelo HAVarC
A potência reativa é determinada pelo tamanho do capacitor e pela tensão aplicada sobre ele.
Na topologia proposta a potência reativa injetada na rede elétrica é executada controlando a
tensão aplicada nos terminais dos capacitores. Embora a tensão nos terminais do capacitor ter
sido projetada para ser a tensão da fonte, o HAVarC a modifica de tal maneira que a potência
reativa entregue ao sistema inteiro possa ser manipulada continuamente.
A topologia proposta permite três regiões de operação bem definidas.
A região OVERQ, em que a potência reativa Q entregue pelo banco de capacitor é maior do
que a razão nominal, isto é obtido aplicando uma tensão maior do que 1,0 pu ao capacitor
levando em consideração o limite de tensão aceitável pelo banco de capacitor. A região
STDQ, em que a potência reativa Q entregue pelo banco de capacitor é igual a nominal e a
tensão aplicada ao capacitor é igual a 1,0 pu. E a região SUBQ, em que a tensão aplicada
varia entre 0,2 e 1 pu. Resumindo, a estratégia proposta aqui aborda a manipulação da
impedância equivalente do ramo inteiro (APF mais banco de capacitor) com intuito de
encontrar o fator de deslocamento desejado.
As Figuras 4, 5, 6 e 7 apresentam as medidas da tensão da fonte, da tensão do capacitor, da
corrente da fonte e da corrente da carga para cada região de operação do HAVarC. As figuram
apresentam o controle do fluxo da potência reativa de acordo com a variação da carga
mantendo o fator de deslocamento aproximadamente um. A região OVERQ é mostrada na
Fig. 4, a região STDQ na Fig. 5 e a região SUBQ na Fig. 6. Já a Tabela 1 apresenta os valores
das variáveis correspondentes a cada região de operação.
Tabela 1 – Parâmetros do Sistema para o Compensador Ativo Híbrido de Potência Reativa.
Regiões do HAVarC
OVERQ STDQ SUBQ
Deslocamento da fase entre a tensão da fonte e corrente da carga
41.03° 39.3° 29.37°
Fator de potência de deslocamento da carga
0.754 0.774 0.87
Fator de potência de deslocamento da fonte
0.995 1 1
Tensão da fonte (Vrms)
127 127 127
Tensão do capacitor (Vrms)
141 127 75.6
Deslocamento da tensão da fonte e do capacitor
10.8° 11.23° 14.7°
Capacitor Voltage
Source Voltage
Source Current
Load Current
Capacitor Voltage
Source Voltage
Source Current
Load Current
Fig. 4 - Compensador Ativo Híbrido de Potência
Reativa na região OVERQ.
Fig. 5 - Compensador Ativo Híbrido de Potência
Reativa na região STDQ.
5
Source Voltage
Capacitor Voltage
Source Current
Load Current
Source Voltage
Capacitor Voltage
Source Current
Capacitor Current
Fig. 6 - Compensador Ativo Híbrido de Potência
Reativa na região SUBQ.
Fig. 7 – Corrente do capacitor na região SUBQ.
R
EFERÊNCIAS
[1] S.Bhattacharya, D.M.Divan, B.Banerjee, “Synchronous Frame Harmonic Isolator
Using Active Series Filter” EPE Conf. Record,1991, Vol 3,pp 30-35.
[2] S.Bhattacharya, D.M.Divan “Synchronous Frame Based Controller Implementation for
Hybrid Series Active Filter System” IEEE/IAS Conf. Record,1995, pp 2531-2540.
[3] H. Akagi, H. Fujita, “A New Power Line Conditioner for Harmonic Compensation in
Power Systems” IEEE Trans. Power Del. Vol.10, No 3, pp 1570-1575, 1995.
[4] T.Thomas, K.Haddad, G.Joós, A.Jaafari, “Performance Evaluation of Three Phase
Three and Four Wire Active Filters” IEEE/IAS Conf. Record, pp 1016- 1023, 1996.
[5] S.Bhattacharya, D.M.Divan, T.M.Frank, B.Banerje Active Filter System
Implementation” IEEE Trans. Ind. Appl. Set/Oct 1998, pp 47-63.
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A combined of Shunt Passive and Series Active Filter” IEEE/IAS ,Annual Meeting,
pp 874-880, 1988.
[7] H. Fujita, H. Akagi, “A Pratical Aproach to Harmonic Compensation in Power System
Series Connection of Passive and Active Filter” IEEE/IAS ,Annual Meeting, pp
1107-1112, 1990.
[8] S. Tnani, M. Mazaudier, A.Berthon, S.Diop, “Comparison Between Different Real-
Time Harmonic Analysis Methods for Control of Electrical Machines” PEVD94, pp.
4946-4951. 1994.
[9] J.Dixon, L.Moran, J.Rodriguez, R.Domke, “Reactive Power Compensation
Technologies: State-of-the-Art Review”, Proceedings of IEEE, vol.93, no.12,
December 2005.
[10] S.Bhattacharya, D.M. Divan, B.B.Banerjee, “Control and Reduction of Terminal
Voltage Harmonic Distortion (THD) in a Hybrid Series and Parallel Passive Filter
System”, IEEE PESC record, Seattle, 1993, pp.779-785. 1993.
[11] C.H. da Silva, V.F.da Silva, L.E.Borges da Silva, G.L.Torres, “
Optimizing the Active
Series Filters under Unbalanced Conditions Acting in the Neutral Current”, IEEE
ISIE2007, Vigo, Spain, june, 2007.
[12] C.H. da Silva, V.F.da Silva, L.E.Borges da Silva, G.L.Torres, R.R.Pereira, “DSP
Implementation of Three-Phase PLL using Modified Synchronous Reference Frame”, IEEE
IECON07, Taiwan, 2007.
A Simple Full Digital Adaptive Current Hysteresis
Control with Constant Modulation Frequency for
Active Power Filters
R.R. Pereira C.H. da Silva L.E.M. Cavalcanti
L.E. Borges da Silva G. Lambert-Torres
Federal University of Itajubá - UNIFEI
Itajubá, Brazil
S.U. Ahn
CPFL Paulista
Campinas, Brazil
J.O.P. Pinto
Federal University of Mato Grosso do Sul - UFMS
Campo Grande, Brazil
B. K. Bose, FELLOW, IEEE
University of Tennessee
Knoxville, USA
Abstract— This paper describes an algorithm to implement a full
digital adaptive current hysteresis control. The algorithm can be
applied in all types of inverters. The proposed strategy takes care
of DC link voltage fluctuations, load parameters variations, and it
guaranties constant switching frequency operation keeping the
ripple at the smaller possible value. The Fuzzy based algorithm
has been developed in such way that no hysteresis-band
calculations are needed. The constant switching frequency is
important to minimize the power semiconductors losses and to
maintain the optimal operation of the output ripple filter. The
algorithm is full digitally implemented in DSP and it doesn’t need
any additional circuits to do the job. It is easy to be programmed,
fast and extendable to three-phase applications. Simulation and
experimental results have shown the good performance of the
algorithm in all practical situations: normal operation, fast load
transient, load parameters variation and harmonics follow-up.
Keywords-digital current hysteresis; constant modulation
frequency; fuzzy controler; shunt active power filter; digital signal
processor (DSP).
I. INTRODUCTION
Active Power Filters application has to face a good amount
of problems like: noise in measurements, heating in
semiconductors, calculations spent time, ripple filter and so on.
Most of those problems are related to the switching of
semiconductors. The literature has presented a quite number of
techniques for semiconductors switching. The hysteresis is one
of those, and shunt active power filters have to use it as the
base switching technique. Several digital techniques, to
implement current hysteresis, have been shown in literature [1-
10]. Some of them are simple hysteresis current control; while
others, more sophisticated, use the adaptive strategy [1-2].
This paper proposes a technique based on previous works
of Bose [1] and Malesani [2], but introduces a slight different
approach to obtain fast transient response, small amount of
calculations, constant switching frequency operation, adaptive
behavior and fully implemented in DSP’s with no need of
additional circuits. These previous works propose a variable
hysteresis-band strategy in order to guaranty the hysteresis with
constant switching frequency operation and adaptive property.
In Bose’s approach, the hysteresis-band are calculated
based on current derivatives and load equivalent impedance.
This strategy is complicated to be implemented in real time and
in applications like Active Power Filters, where the load
parameters are not easily determined. In other hand, Malesani’s
approach proposes an adaptive strategy where the hysteresis-
band is continuously updated according to the load impedance,
load e.m.f and supply voltage. This approach produces, at the
end, a current hysteresis with constant modulation frequency
and variable duty cycle. The technique is very powerful, but it
still needs the information about the actual current derivatives
to predict the next hysteresis-band, what is not very simple
when the measures are polluted with noise.
The approach described in this paper takes in account the
adaptive idea proposed by Malesani and introduces a new
concept, i.e., how to manage the hysteresis-band. The main
idea is: instead calculate the hystresis-band the algorithm just
looks the current error, i.e., the positive or negative difference
between the reference and the actual current. The current
hysteresis will work properly, in the best operation point, when
the current error has equal value in lower and upper sides.
The objective of the strategy is to maintain the error as
symmetrical as possible, i.e., to keep the hysteresis upper band
equal to the hysteresis lower band. To achieve this objective a
simple Fuzzy Controller is implemented in order to control de
duty-cycle of the hysteresis almost at the same way Malesani
[2] did in his paper. The strategy avoids any calculation of
derivatives and easily adapts to load parameters variations, as it
will be shown in experimental tests.
The technique guaranty fast response and clock
synchronized switching frequency. The Fig. 1 shows the block
diagram of the setup used to test the strategy. The hysteresis
control was implemented using DSP Texas TMS320F2812 and
the IGBT’s switching frequency was adjusted for 20 kHz.
0197-2618/07/$25.00 © 2007 IEEE
1644
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II. THE ALGORITHM
The adaptive hysteresis algorithm will be described for a
single phase current control of an H bridge voltage source
inverter (H-VSI). The algorithm is developed for chosen
switching frequency for a given pair of IGBT’s (1-3 or 2-4),
which correspond a period T.
L
R
IGBT Inverter Rectifier
1
4
2
3
Figure 1 - Block diagram of the set-up.
To simplify the comprehension of the idea behind the
algorithm some assumptions has to be done. First, the
measurement of current is always accomplished a few
microseconds before the commutation time shown in Fig.2.
This procedure assures the current error calculated always for
the same dynamic condition out of switching transient. Second,
there is a switching reference time, placed exactly at middle of
time interval reserved for the switching action. Those times,
shown in Fig.2, is named t
k
= t
0
, t
1
, t
2
, t
3
and so on. Third, the
current error is calculated as the absolute value of the reference
current minus the actual current: ε(t
k
) = |i
ref
(t
k
) - i
actual
(t
k
)|.
Let’s start the analysis at the semi-period t
k
= t
2
. Assuming,
just for simplicity, the last switching action was done at time
t
k
= t
1
. The absolute value of current errors ε(t
1
) and ε(t
0
) has
already been calculated. There are three different possibilities:
the value ε(t
1
) is equal, bigger or smaller than the previous
calculated value of ε(t
0
).
The switching action at commutation interval t
2
depends on
the absolute difference between these two values. If ε(t
1
) = ε(t
0
)
then the next commutation time will be exactly at commutation
time t
2
, or in other words t
2
= t
1
+T/2. It means a duty cycle of
50% and the hysteresis continuous run balance equally. A more
interesting situation happens when ε(t
1
) > ε(t
0
) or ε(t
1
) < ε(t
0
).
In these situations compensation is demanded, so the
commutation time has to be shifted, from its past value, by (T/2
+ t
2
). The value of time shift t
k
is given by t
k
= t
k-1
+ α,
where α is proportional to the difference between the two past
values of errors δ(t
2
) = ε(t
1
) - ε(t
0
).
As shown in Fig. 2, the error ε(t
1
) > ε(t
0
), then the time
shift, at commutation interval t
2
, will be T/2 + t
2
. This action
forces an augmentation of the error calculated at commutation
interval t
2
, ε(t
2
) and, in consequence, the next calculated error,
i.e., the error between the ε(t
2
) and ε(t
1
), decreases from a
certain amount.
For the next commutation interval t
3
, the past errors
evaluation gives ε(t
2
) < ε(t
1
), then the next commutation time
will be T/2 + t
3
, where t
3
, the same as before, is given by
t
3
= t
2
- α. The sign of displacement time α is also calculated
as function of δ(t
3
) = ε(t
2
) - ε(t
1
). Exactly as described before,
this action decreases the current error ε(t
3
) and in consequence
increases the next error ε(t
4
). All these actions force the balance
of the current error as the system continues to run. So, at every
commutation, the algorithm is applied again and again and the
error ε(t
k
) tends to vanish. When the current reference is
increasing or decreasing, another term i
ref
= i
ref
(t
1
) – i
ref
(t
0
) is
introduced to adjust the compensation α to reference variation.
clock
switchin
g
interval
T
ε
(
t
8
current
measurements
t
0
t
1
t
2
t
3
t
4
t
5
t
6
t
7
t
8
ε(t
0
)
ε(t
1
)
ε(t
2
)
ε(t
3
)
ε(t
5
)
ε(t
4
)
ε(t
7
)
ε(t
6
)
T
/
2
Figure 2 - Adaptive strategy for hysteresis current control.
The value of the compensation displacement α and its sign
are calculated based on a set of simple Fuzzy Rules written as:
IF δ IS
µ
δ
AND i
ref
IS µ
THEN α IS µ
α
where
µ
δ
, µ
and µ
α
represents the linguistic Positive and
Negative Fuzzy values: Zero, Small, Medium and Big
described by specific membership functions in a discrete
Universe of Discourse of the variables δ(t), i
ref
(t) and α.
Figure 3 - Membership functions of output (α).
1645
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It has to be notice; the strategy forces the current control
equate the values of the upper and lower current error. So,
instead of calculating at every clock pulse a new value of
hysteresis band, the proposed methodology try to equate the
upper and lower current errors using a Fuzzy Controller
described by a set of Fuzzy Rules.
The membership functions used as fuzzy variable for the
inputs δ and i
ref
are the ordinary triangular with crossover in
50%, but to obtain better dynamic response the membership
function for the output α was refined and the best fit is shown
in Fig. 3. The Fig. 4 shows the Fuzzy Controller rules set.
Figure 4 - Inference Rules: Output (α).
III.
IMPLEMENTATION
The Fig. 5 shows the block diagram of the algorithm used to
implement the proposed technique. To understand how the
algorithm works, some assumptions have to be placed. First,
the time reserved for each action of a pair of IGBT’s is 25µs
(40 kHz), from this time only the last 10µs is left for
compensation purpose (shown in Fig. 2). Second, the actual
current measurement is performed in less than 1µs before the
IGBT’s command is placed at the output. That is very
important to minimize the noise effect at the current
measurement. The AD converter runs at 12MHz, it means a
valid current measurement, for three phases, takes 0.25µs.
Third; all variables used in the algorithm are scaled. This
procedure facilitates and minimizes the amount of memory
used for the fuzzy membership functions. At the beginning of
the algorithm a scale factor is calculated. The maximum range
of the current error, ε
s
(k) = |ε(k)| +|ε(k-1)|, is evaluated. In the
next step, the difference between two consecutive current
errors are calculated and scaled by this factor, δ(k), compute
by:
δ(k) = [ |ε(k)|-|ε(k-1)| ]/ε
s
(k).
A qualitative information of the reference variation is also
introduced at this point, i
ref
(k) = i
ref
(k) - i
ref
(k-1), in order
improve the performance of the Fuzzy Controller. The output
of the Fuzzy Controller is evaluated using a simplification of
the Center of Gravity technique, to minimize calculation
burden. Next, there is a test if the current is going up or down,
in order to add or subtract the calculated the delay proportional
to the value of the Fuzzy Controller output α, as is possible to
figure out at Fig.2. The time delay is responsible, at the end,
for the switching command to the proper pair of IGBT’s. And
just before this command takes place, the system reads the
actual current as mentioned before. The last action of the
algorithm, before return back to the beginning, is to decide
which pair of IGBT’s is to be switched and it depends on the
value of the current error, ε(t
k
) = |i
ref
(t
k
) - i
actual
(t
k
)|. This action
can keep on the older chosen pair of IGBT’s or change for a
new one. This action allows the system follows the desired
reference and in case of a severe transient demand, by the
reference, responds with the fastest possible response.
Figure 5 - Block diagram of the algorithm.
1646
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IV. SIMULATION RESULTS
The results of simulations are shown Fig. 6, 7 and 8. The
Fig. 6 shows an overview of the current hysteresis behavior,
where the current reference is a trapezoidal signal varying from
15A to -15A and in a certain moment a variation of load
parameter is introduced. The Fig. 7 shows in detail, the
moment where a load parameter variation is introduced, i.e, the
load inductance change from 5mH to 2.5mH. It is important to
notice the algorithm trying to equate the upper and lower
current error at this moment. The Fig. 8 shows the behavior of
the algorithm for a severe transient in the current reference. At
this point, in order to achieve the faster possible transient
response, the fuzzy rule based algorithm automatically switch
on the right pair of IGBT’s and stops the switching until a new
current state, ready for continuing the hysteresis behavior, is
reached.
Load parameter changing
Switching command
Figure 6 - Trapezoidal signal and load parameter variation (L=5mH to
L=2.5mH).
Figure 7 - Trapezoidal signal detail for load parameter variation (L=5mH to
L=2.5mH).
Figure 8 - Simulation of a transient response.
V. EXPERIMENTAL RESULTS
All the calculations and data acquisition is done using the
Spectrum Digital board based in Texas DSP TMS320F2812
running at 150MHz. The time spend to each period of
calculations is 25µs, what means 40kHz. The histeresis
algorithm, for one phase, takes 2µs to be accomplish and 10µs
is the time range where the compensation will be applied, but
during this compensation time others calculations can be done
in parallel, because it is just a waiting time. The Fig. 9, 10, 11
and 12 show the experimental results in almost the same
situations shown in simulations. The Fig.9 shows the
experimental result for normal operation and steady state
condition.
Figure 9 - Experimental result – normal operation.
The small differences between the upper and lower error
result from the error in the current measurement due the
inherent noise in the current signal. The Fig.10 illustrates the
transient response from 8A to -8A. This figure shows the
algorithm behavior when a fast transient, in current reference,
is imposed. After switch the proper IGBT’s pair, the algorithm
leaves the current, imposed by the circuit parameters, run freely
1647
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until the next soil is reached. The Fig.11 shows the
experimental results for a variation in the load parameter,
where the inductance has changed from 6.3mH to 2.5mH. The
Fig.12 shows the harmonic follow-up, where a current
reference wave is composed by a signal of 300Hz with 8A (5
th
harmonic) added to another with 420Hz and 5.7A (7
th
harmonic).
Figure 10 - Experimental result – transient response (8A to -8A).
Switching command
Actual current Load parameter changing
Figure 11 - Experimental result – load parameter variation (L=6.3mH to
L=2.5mH).
VI. CONCLUSIONS
The experimental results demonstrate the fast response and
the adaptive behavior of the strategy for a current hysteresis
controlled by a set of fuzzy rules. The calculus for entire
algorithm takes around 2µs for each phase using Texas DSP
TMS320F2812. The chosen switching frequency of 20kHz
represents the time one pair of IGBT´s switch on, off and on
again. Looking to the experimental results, one can see a slight
difference between the upper and lower current error. That is
due the inherent noise for this kind of application, what
pollutes the information got by the AD converter. The results
validate the simulations and the algorithm can be used in all
kind of application where a current hysteresis is needed. The
software doesn’t take too match trouble to be programmed and
it is suitable to be implemented in much less powerful
microprocessors.
Switching command
Actual Current
Figure 12 - Experimental result – current harmonic follow-up (5th and 7th).
VII. ACKNOWLEDGMENT
The authors gratefully acknowledge the CNPq, a Brazilian
research funding agency, CAPES, in the form of research
scholarships, and FAPEMIG, a Minas Gerais State research
funding agency, which supported this work.
VIII.
REFERENCES
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voltage-fed PWM inverter for machine drive system”, IEEE Trans. on
Industrial Electronics, vol.37, No.5, October 1990.
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controlled PWM inverters with constant modulation frequency”, Proc.
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The
33rd
Annual
Conference
of
the
IEEE
Industrial
Electronics
Society
(IECON)
Nov.
5-8,
2007,
Taipei,
Taiwan
DSP
Implementation
of
Three-Phase
PLL
using
Modified
Synchronous
Reference
Frame
Carlos
Henrique
da
Silva,
Rondineli
R.
Pereira,
Luiz
Eduardo
Borges
da
Silva,
Germano
Lambert-Torres,
and
Valberto
Ferreira
Silva
UNIFEI
,
Federal
University
of
Itajuba
Itajuba,
Brazil
Email:
carloschedasgunifei.edu.br,
leborgesg
unifei.edu.br,
germanog
unifei.edu.br
Abstract:
This
paper
proposes
a
new
algorithm
for
three-phase
digital
PLL
based
on
Modified
Synchronous
Reference
Frame
(MSRF).
This
MSRF-PLL
is
suitable
DSP
implementation
applied
to
grid
connected
utility
equipments.
The
algorithm
guaranty
fast
transient
response,
robust
operation
under
grid
disturbance
and
noise
tolerance.
The
strategy
does
not
use
PI
controller,
what
improves
the
transient
response
and
accuracy
of
synchronizing
output
signal.
The
algorithm
is
described
in
details
and
the
practical
results,
under
all
types
of
severe
disturbances,
are
presented
and
discussed.
I.
INTRODUCTION
This
paper
describes
a
new
strategy
to
implement
a
three
phase
digital
PLL,
for
Active
Power
Filters,
with
the
faster
dynamic
response
and
not
sensible
to
grid
distortions.
Since
PLL
algorithms
were
proposed
to
three-phase
electric
systems,
Kaura
et
al
[1]
established
a
robust
technique
based
on
standard
Synchronous
Reference
Frame
SRF,
which
presents
good
performance
and
fast
transient
response
under
non-critical
distortion
level
and
for
small
unbalance
condition.
Any
situation
different
from
these
specifications
implies
in
poor
phase
synchronization,
lock
loss
and
distorted
output
signal.
Utility
connected
systems
such
as
PWM
rectifiers,
UPS
and
Active
Power
Filters
has
its
performance
dependent
on
PLL
accuracy,
especially
those
which
the
controllers
are
based
on
SRF.
PLL
structures
developed
with
Instantaneous
Power
Theory
have
also
been
proposed
and
present
the
same
problems.
The
literature
about
PLL
presents
several
algorithms
to
implement
three
phase
PLL.
Most
of
them
uses
Synchronous
Reference
Frame
SRF
[
1
]
[8]
[9]
or
Instantaneous
Power
Theory
[3].
Each
new
proposed
strategy
tries
to
achieve
a
more
reliable
behavior
and
faster
dynamic
response.
Therefore,
all
of
them
are
strictly
dependent
of
the
PI
controller
in
the
control
loop.
Under
DC
offset,
harmonic
distortion
and
voltage
unbalance
the
PI
controller
itself
introduces
a
wrong
phase
lock,
distorted
sinusoidal
synchronized
signal
and
poor
dynamic
response
[
1
]
[2]
[3]
[8]
[9].
The
PLL
Algorithm
proposed
here
is
based
on
Modified
Synchronous
Reference
Frame
technique
(MSRF)
and
offers
quickly
lock
feature
without
PI
controller
neither
three-phase
voltage
measurements.
Applied
to
three-phase
utility,
the
proposed
PLL
uses
just
the
phase-A
voltage
measurement
reducing
sensors.
Also,
voltage
unbalance
and
harmonic
distortion
does
not
interfere
on
PLL
behavior.
Due
the
fact
the
proposed
strategy
doesn't
use
PI
controller
in
the
main
loop,
the
dynamic
response
is
faster
and
the
sinusoidal
outputs
are
always
a
perfect
sinus
and
cosines
needed
as
reference
to
SRF
algorithm.
The
proposed
PLL
is
based
on
a
merge
of
two
main
strategies:
an
adaptation
of
Coulon
Oscillator
[5]
associated
with
a
properly
indexed
sinus/cosines
lookup
table.
The
PLL
was
implemented
on
DSP
TMS320F2812
at
40
KHz
sweep
frequency
and
the
results,
under
severe
grid
disturbances,
are
presented.
The
block
diagram
of
the
PLL
is
shown
in
Fig.
1.
LPF
l
r~~~~~~~~F
I
00
DHi
v
CSn(wet)
_~~~~~~~~~~~F
L!
H
Fc~1OOHz
Vd
Vsa
X
acn\d
~4
Fig.
1.
MSRF-PLL
Block
Diagram.
II.
PLL
STRUCTURE
The
proposed
PLL
is
based
on
Modified
Synchronous
Reference
Frame
technique
(MSRF)
presented
for
the
first
time
in
[5]
and
after
in
[6].
The
standard
SFR
uses
the
three
phase
voltages
measurements
to
generate
the
synchronized
sinus
and
cosines
signals
by
the
decomposition
of
ABC
phase
voltages
in
DQ
synchronous
axes,
where
only
information
of
D
synchronous
axe
is
used
to
obtain
the
phase
and
the
frequency
of
the
grid
voltage.
At
the
same
way
as
the
SRF,
the
MSRF
uses
the
D
axe
information
to
get
the
phase
and
frequency
information
in
order
to
synchronize
the
desired
signal;
therefore
it
does
not
1-4244-0783-4/07/$20.00
C
2007
IEEE
1697
Authorized licensed use limited to: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ENGENHARIA DE ITAJUBA. Downloaded on February 5, 2009 at 06:18 from IEEE Xplore. Restrictions apply.
need
the
three
phase
voltage
measurement.
Only
the
phase
A
voltage
measurement
is
acquired.
The
MSRF
uses,
as
main
strategy,
an
adaptation
of
Coulon
Oscillator
[4]
described
as
follows.
Fig.2
shows
the
Coulon
Oscillator
block
diagram.
In
this
technique
the
oscillator
imposes
the
frequency
related
to
the
desired
frequency
signal.
x
A
sin(wt)
Defining
f1
=
Co
/2I
as
a
fundamental
frequency,
co
=
ic
and
r
=
rct,
the
equations
1.3
e
1.5
become:
N
A
XI
(t)
=
2
{cos[(i-r)oyt+Oj]-
cos[(i+
r)oy+Oj
]
i=2
(1.6)
and
N
A
X2(t)=Y
i
sin[(i-r)-o
t+oi]-sin[(i+r)
q
t+oi]l
i=l
2
(1.7)
*Ar
(<
~~~~~~~Oscillator
-~0
-Or
Input
Signal
T/2
COS(Wrt)
LPF
Fig.
2.
Coulon
Oscillator.
For an
input
signal
x
(t)
given
by:
N
x(t)
=
Ai
sin(ait+
)
(1.1)
i=l
Is
possible
to
define
the
oscillator
frequency
Jr
2
cITr
2f
and
two
others
signals
x1
(t)
andx2
(t),
where
x1(t)=x(t)*sin(c9rt)
andx2(t)=X(t).cos(Cwt).
Then
is
possible
to
write
N
X1
(t)
=
A,
sin
(cvt
+
0,
sin
(cvt)
(1.2)
X1(t)=3
E
2{cos[(wc
-ovr)t+]i]-cos[(co
+cor)t+i]}
12
(1.3)
and
To
extract
the
fundamental
component
of
the
input
signal,
r
must
be
unit
for
the
equations
1.6
and
1.7.
Hence,
is
possible
to
write:
x1/l
(t)
=A
2cos
(0,
)
-A
2cos(2qt+
)+
2
2
N
(
+Y
i
{cos[(i
-1)
t
+
0,]+
Cos[(i
+1)
t
+
Oi
]
i=22
(1.8)
x211
Al
=2
sin
(0,
)A-l
sin
(2q)t
+
¢>i)
+
N
A
+
2
{
sin
[(i
-
1)
+
oi
+
sin
[(i+
1)
t
+
oi}
i=2
(1.9)
The
obtained
signal,
after
the
modulation,
Eq.
1.8
and
Eq.
1.9,
has
a
DC
component
related
to
Coulon
Oscillator
frequency,
letting
the
others
as
AC
quantities.
The
AC
quantities,
the
ripples,
have
frequencies
twice
greater
than
the
Coulon
frequency,
or
the
fundamental
frequency,
as
is
the
case
of
PLL
application.
Differently
from
the
three-phase
synchronous
reference
frame
transform,
where
the
term
related
to
the
synchronous
frequency
contributes
just
with
DC
components,
due
the
cancelling
effect
between
the
three
phases,
here
the
chosen
frequency
contributes
also
with
AC
quantities
on
the
ripple.
After
the
resulting
signal
pass
trough
a
low-pass
filter,
it
is
inversely
transformed
to
provide
the
desired
frequency
component.
An
adaptation
of
Coulon
Oscillator
is
developed
to
be
applied
in
the
proposed
PLL
strategy,
here
named
MSRF-PLL
and
presented
at
Fig.3.
N
X2
(t)
=
1:A,
Sin
(Wit
+
0,)'COS
*0rt
(1.4)
i=l
N
A
X2
(
t)
=
E
I
{sin[0(
a)-w)r)t
+
¢
]+
sin[0(
Sj+wr)
t
+
¢I
2
i=l
(1.5)
1698
Authorized licensed use limited to: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ENGENHARIA DE ITAJUBA. Downloaded on February 5, 2009 at 06:18 from IEEE Xplore. Restrictions apply.
Assuming
that
the
phase
difference
AOi
is
sufficient
small,
1.9
can
be
linearized
and
rewritten
as
in
(1.10):
x
j
x
~++
Desied
Signal
2
XL
~~X
Vd
(t)
=_
Al
(01
)
(I.1I0)
Once
the
phase
and
the
frequency
information
have
been
obtained,
the
phase-lock
can
be
easily
attained.
IV.
THE
PLL
BLOCK
DIAGRAM
The
Fig.5
shows
the
block
diagram
control
of
the
MSRF
PLL.
of
the
closed
loop
Fig.
3.
Adaptation
to
Coulon
Oscillator.
III.
MSRF
PLL
BEHAVIOR
The
voltage
of
interest
is
the
component
of
the
D
synchronous
pseudo-axe
Vd
obtained
by
1.9.
For
a
sinusoidal
input
signal
Vsa,
the
synchronous
pseudo-axe
Vd
presents
a
DC
voltage
component
proportional
to
the
difference
between
Vsa
phase
and
the
synchronization
signal
phase,
AO,,
and
a
ripple
due
the
fundamental
frequency
and
the
harmonics
components
of
Vsa.
Applied
to
a
low-pass
filter,
the
phase
difference
AOi
can
be
obtained
directly
by
the
function
arcsin(Vd
)
.
Fig.4
illustrates
the
synchronous
pseudo-axe
Vd
to
a
hypothetical
phase
difference
of
300
between
Vsa
and
the
synchronization
MSRF
signal,
sin
(ojet)
.
Fig.
4.-
Axe
Vd
under
30°
Phase
Difference.
~~~~~x
sin(welt
¢SplS
I'I
inetlej
jI
N
m
II
~~~~~I
I
+NsampeAs
--+
Fig.
5.
MSRF-PLL
Closed
Loop
Control.
The
sample
frequency
of
the
PLL
is
40
KHz
that
gives
668
samples
for
each
60Hz
fundamental
frequency
period
T.
It
means,
each
sample
has
0.53
electrical
degrees.
So,
the
calculated
phase
difference
AO4
can
be
directly
related
to
an
equivalent
number
of
samples
(Nsamples).
The
action
to
reach
the
phase
lock
is
taken
just
shifting
the
pointer
of
sinus
look-up
table
(
i
)
by
a
number
of
samples
(Nsamples)
proportional
to
the
phase
difference
A\.
This
procedure
guaranty
the
synchronization
between
the
signal
sin
(Ot),
generated
by
the
look-up
table,
and
the
input
signal
Vsa.
It
has
to
be
notice
that
the
signals
sin
(Cet)
and
cos
(cet),
generated
by
the
look-up
table,
are
a
pure
sinusoidal
free
of
distortion,
when
the
system
is
locked.
At
the
moment
when
the
system
is
locked,
the
DC
component
of
Vd
is
zero.
The
dynamic
response
of
the
MSRF
PLL
depends
on
the
dynamic
response
of
the
low
pass
filter
used
to
filter
the
ripple
component
of
Vd
.
The
120Hz
is
the
critical
component
to
be
filtered
from
the
signal
Vd
So,
a
special
attention
has
to
be
done
to
this
filter
project.
In
this
work,
a
fourth
order
Elliptic
Filter
with
100Hz
cutoff
frequency
was
chosen.
1699
Vq
2
_l
*
(a
..
X
o
9
.
Authorized licensed use limited to: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ENGENHARIA DE ITAJUBA. Downloaded on February 5, 2009 at 06:18 from IEEE Xplore. Restrictions apply.
V.
MSRF
PLL
IMPLEMENTATION
The
Fig.8
shows
the
MSRF-PLL
behavior
under
severe
voltage
distortion.
The
clean
output
PLL
signal
exhibits
its
excellent
performance.
The
MSRF
PLL
algorithm
was
implemented
using
the
DSP
TMS320F28
12
from
Texas
Instruments
with
a
sample
frequency
of
40
KHz.
The
flowchart
of
the
algorithm
is
shown
in
Fig.6.
Fig.
6.
MSRF-PLL
algorithm
flowchart.
To
activate
the
algorithm
and
guaranty
the
validity
of
equation
1.10,
the
DSP
waits
for
the
first
zero
crossing
of
the
signal
Vsa,
and
then
starts
the
MSRF_PLL
algorithm
as
was
explained
before.
After
start
the
algorithm
the
phase
error
is
calculated
every
sample
time,
i.e.,
each
25[tsec.
The
maximum
phase
error
accepted
is
two
electrical
degrees
or
four
samples
shifts,
lead
or
lag.
The
control
action
is
taken,
when
needed,
each
334
samples
(or
T/2)
defined
by
the
rise
time of
the
chosen
low
pass
filter.
The
algorithm
takes
4[tsec
to
do
all
calculations.
VI.
EXPERIMENTAL
RESULTS
The
Fig.7
shows
the
transient
response
for
0.5pu
voltage
sag.
As
shown,
the
MSRF-PLL
is
not
sensible
to
the
voltage
sag.
.1
VsA
iV
1Gms
2.,,
h,fi,0,fi,
&,,1,
,,,,,
i,l
,,s
Fig.
7.
MSRF-PLL
response
under
a
0.5pu
voltage
sag.
Vsa
sin(t
V
Fig.
8.
MSRF-PLL
behavior
under
distorted
grid
voltage.
The
Fig.9
shows
another
MSRF-PLL
characteristic,
the
noise
immunity.
The
noise
presented
on
voltage
Vsa
is
a
result
of
the
active
power
filter
switching
frequency
operation.
sin(,
Fig.
9.
MSRF-PLL
Noise
Tolerant.
1700
\
.7Vsa
Swg
I/
I
163f.
Authorized licensed use limited to: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ENGENHARIA DE ITAJUBA. Downloaded on February 5, 2009 at 06:18 from IEEE Xplore. Restrictions apply.
The
Fig.
10
shows
the
MSRF-PLL
dynamic
response
under
300
phase
angle
jump.
The
PLL
output
signal
adapts
at
less
then
one
cycle,
providing
fast
lock
characteristic.
Vsa--Phase
Jump
F
.
......./.....
Fi.10.
MSRF-PLL
response
under
30'
phase
angle
jump.
Finally
the
Fig.
11I
shows
the
worse
possible
grid
disturbance,
a
sag
and
a
phase
angle
jump
simultaneously.
The
transient
response
remains
as
fast
as
before.
<Vsa
a
ihPaeJm
...
tested
under
several
conditions
and
the
results
show
the
effectiveness
of
the
strategy
and
robustness
of
algorithm.
Application
of
this
PLL
was
done
in
a
Shunt
Active
Power
Filter
and
the
stability
and
tracking
was
tested
and
confirmed
under
severe
harmonic
conditions
and
load
fluctuation.
The
algorithm
is
easily
implemented
in
the
DSP
and
no
further
conditions
are
demanded.
REFERENCES
[1]
V.
Kaura
and
V.
Blasko,
"Operation
of
a
phase
locked
loop
system
under
distorted
utility
conditions,"
IEEE
trans.
on
Industry
Applications,
Vol.
33,
no.
1,
pp.
58-63,
1997.
[2]
S.-K.Chung,
"Phase-locked
loop
for
grid-connected
three-phase
power
conversion
systems"
IEE
Proc-Electr.
Power
Appl.,
Vol.
147,
No.
3,
May
2000,
pp.
213-219
[3]
5.
A.
0.
Silva,
and
E.
A.
A.
Coelho,
"Analysis
and
Design
of
a
Three-
Phase
PLL
Structure
for
Utility
Connected
Systems
under
Distorted
Conditions"
Proceedings
of
Sixty
International
Conference
on
Industrial
Applications
IEEE/INDUSCON
-
IEEE,
2004.
[4]
5.
Tnani,
M.
Mazaudier,
A.Berthon,
and
S.Diop,
"Comparison
Between
Different
Real-Time
Harmonic
Analysis
Methods
for
Control
of
Electrical
Machines"
PEVD94,
pp.
4946-495
1.
[5]
C.
H.
Silva,
V.
F.
Silva,
L.
E.
B.
Silva,
"Synchronous
Frame
Based
Controller
Improvement
for
Active
Series
Filters
under
Unbalanced
Conditions
in
Three
Phase
-
Four
Wire
Systems"
Proceedings
of
7
th
International
Conference
on
Industrial
Applications
IEEE/INDUSCON,
2006.
[6]
C.
H.
Silva,
V.
F.
Silva,
L. E.
B.
Silva,
G.
Lambert-Torres,
E.
H.Takauti,
"Optimizing
the
Series
Active
Filters
under
Unbalanced
Conditions
Acting
in
the
Neutral
Current
"
Proceedings
of
International
Conference
on
Industrial
Electronics
IEEE/ISIE,
2007.
[7]
P.C.
Tan,
D.G.
Holmes
and
R.E.
Morrison,
"Control
of
Active
Filter
in
25kv
AC
Traction
System"
AUPEC
2000,
pp
63-68.
[8]
S.M.
Silva,
B.M.
Lopes,
B.J.
Cardoso
Filho,
R.P.
Campana,
and
W.C.
Boaventura
"Performance
Evaluation
of
PLL
Algorithms
for
Single-
phase
Grid-connected
Systems"
39th.
Industry
Applications
Society
Annual
Meeting.
IAS2004.
[9]
L.N.
Arruda,
S.M.
Silva,
and
B.J.
Cardoso
Filho,
"PLL
Structures
for
Utility
Connected
Systems".
36th.
Industry
Applications
Society
Annual
Meeting,
IAS200
1,
USA,
200
1.
~~
)Vsa4iV
&ms~~~~~~~
'I
y
p
i
Fig.
11I
-
MSRF-PLL
response
under
0.5pu
voltage
sag
with
30O'
phase
angle
jump
VII.
CONCLUSIONS
The
MSRF
PLL
has
shown
to
be
extremely
robust
under
grid
disturbance
and
always
produces
a
clean
sine
and
cosine
despite
what
happened
in
the
grid
voltage.
The
dynamic
response
of
the
MSRF
-PLL,
even
for
a
very
severe
and
unusual
disturbance,
presents
a
transient
response
of
2/3
of
the
fundamental
period,
i.e.,
around
10.6msec.
The
algorithm
is
also
noise
tolerant,
what
it
is
very
important
in
applications
where
inverters
are
used.
The
MSRF
PLL
was
1701
I,
e
.I
.--
Authorized licensed use limited to: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ENGENHARIA DE ITAJUBA. Downloaded on February 5, 2009 at 06:18 from IEEE Xplore. Restrictions apply.
1
Resumo—Este artigo discute as limitações do Filtro Ativo
Série para sistemas trifásicos a quatro fios em regime
desequilibrado e propõe a inserção de uma impedância ativa
série no condutor neutro. O controle desta impedância ativa é
feito através do Controlador Síncrono Modificado (MSRFC)
para mitigar o fluxo das componentes harmônicas de seqüência
zero. O desempenho do sistema combinado, constituído por dois
filtros ativos série, é simulado com e sem a inserção do filtro ativo
série no condutor neutro, e os resultados são apresentados. A
simulação confirma a viabilidade da proposição e a discussão
mostra a importância do uso da topologia proposta quando
filtros ativos série baseados no Controlador Síncrono Padrão
(SRFC) são utilizados em sistemas desequilibrados a quatro fios.
Palavras-Chaves—qualidade de energia, distorção harmônica,
sistema desequilibrados, filtro ativo.
I. INTRODUÇÃO
literatura relativa a Filtros Ativos Série baseados em
Referência Síncrona (SRF) atem-se geralmente à análise
do sistema trifásico a três fios em regime desequilibrado [1-3].
Os sistemas de distribuição trifásicos a quatro fios, entretanto,
tem sido mais amplamente empregados para proporcionar
altos níveis de potência em baixa tensão. A mudança do
regime de operação nos últimos anos devido em parte à
proliferação de aplicações envolvendo eletrônica de potência,
e ao desequilíbrio inerente dos sistemas de distribuição de
energia elétrica, aumentou significativamente as componentes
de seqüência zero circulando pelo neutro. Esta condição
ocasiona a sobrecarga dos transformadores dos sistemas de
distribuição e do condutor neutro. Quando se utiliza os
Controladores Síncronos tradicionais em regime
desequilibrado é gerado um erro na detecção dos harmônicos,
visto que o controlador não é capaz de detectar todos os
harmônicos nas fases do sistema [16, 17]. Os erros produzidos
pelos controladores síncronos devido ao desequilíbrio podem
resultar em um balanceamento indesejado das cargas [4].
Os estudos de Filtros Ativos Série e Paralelo para sistemas
Os autores da UNIFEI gostariam de agradecer o apoio financeiro
proporcionado pelos seguintes órgãos de fomento: CNPq, Fapemig e CAPES.
C. H. da Silva, L. E. Borges da Silva, R. R. Pereira e G. Lambert-Torres
são ligados à Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Itajubá, 37.500-503,
Minas Gerais (e-mail: {leborges, germano@unifei.edu.br).
E. H. Takauti é engenheiro da Energias do Brasil - Bandeirante, São Paulo,
São Paulo (e-mail: [email protected]).
de distribuição trifásicos a quatro fios já foram apresentados
[5,6], mas nenhum deles foi desenvolvido a partir de
Controladores Síncronos. Duas recentes publicações [7]
sugerem a inserção de um Filtro Ativo exclusivamente para o
condutor neutro. O primeiro deles trabalha como um capacitor
para o circuito de seqüência zero para a detecção da tensão do
neutro utilizando a Transformada Hilbert. O outro realiza a
supressão da corrente harmônica excessiva no neutro
utilizando uma adaptação da Transformada Síncrona para um
sistema monofásico.
Neste artigo, são discutidas as limitações da SRF para
sistemas trifásicos a quatro fios em regime desequilibrado. A
solução proposta é um sistema combinado composto por
Filtros Ativos Série, um Filtro Passivo Paralelo e um Filtro
Ativo Série adicional no condutor neutro (SAFg). Este filtro
adicional é controlado através da estratégia da Referência
Síncrona Modificada (MSRF), atuando nas componentes de
seqüência zero. A técnica proposta é justificada pelo fato de
que o principal objetivo da filtragem harmônica não é
alcançado, ou seja, a obtenção de níveis adequados de
distorção harmônica de acordo com a norma IEEE 519. As
simulações da técnica proposta enfatizam que a MSRF é
essencial para a mitigação completa das componentes
harmônicas em sistemas desequilibrados a quatro fios.
II. D
ESEQUILÍBRIO E DISTORÇÃO HARMÔNICA
No regime desequilibrado, os harmônicos ímpares não
seguem a teoria das componentes de seqüência [8]. Entretanto,
a partir da teoria das componentes simétricas, um sistema
harmônico desequilibrado pode ser decomposto emrios
sistemas equilibrados de mesma ordem harmônica e de
seqüências zero, positiva e negativa respectivamente (1).
0
20
2
11 1
1
1 1120
3
1
h
ah
hbh
ch
h
I
I
IaaIa
I
Iaa
+
⎡⎤
⎡⎤
⎡⎤
⎢⎥
⎢⎥
⎢⎥
=⋅=
⎢⎥
⎢⎥
⎢⎥
⎢⎥
⎢⎥
⎢⎥
⎣⎦
⎢⎥
⎣⎦
⎣⎦
(1)
Correntes trifásicas em regime desequilibrado são
diferentes em amplitude e fase. Consequentemente, quando
são somadas não se anulam (adição de fasores), e uma
quantidade finita de corrente passa pelo condutor neutro. O
aumento do grau de desequilíbrio resulta na elevação da
amplitude dos harmônicos não-característicos. Este fenômeno
Estratégia para Mitigação dos Harmônicos de
Seqüência Zero em Sistemas Desequilibrados a
Quatro Fios
Carlos Henrique da Silva, Luiz Eduardo Borges da Silva, Rondineli R. Pereira,
Germano Lambert-Torres e Edson Hideki Takauti
A
2
é seguido por uma diminuição na amplitude dos harmônicos
característicos correspondentes [8].
Quando um conversor de 6 pulsos opera em regime
equilibrado, é visto que seus harmônicos característicos
seguem a regra
61 1,2,3nn±= . No entanto, se o
sistema de potência for submetido a qualquer tipo de
desequilíbrio, pode ser notado o surgimento dos harmônicos
não-característicos.
O desequilíbrio imposto ao sistema de potência neste artigo
é 9%,
(
)
I
I
−+
, obtido pela adição de uma carga monofásica
no barramento trifásico. A carga monofásica e a carga trifásica
são conversores do tipo fonte de tensão.
III. O
COMPORTAMENTO DA SRF SOB REGIME
DESEQUILIBRADO
No sistema analisado, trifásico a quatro fios, as
componentes harmônicas de seqüência zero são não-nulas.
Apesar disso, na Transformada Park apenas as componentes
de seqüência positiva e negativa são modificadas em
freqüência [9]. Aplicando a Transformada Park em (1):
()
()
()
()
()
()
dd
d
q
qq
I
tIt
It
It
I
tIt
+−
+−
⎡⎤
⎡⎤
⎢⎥
=+
⎢⎥
⎢⎥
⎢⎥
⎣⎦
⎣⎦
(2)
Onde:
(
)
(
)
,
dq
I
tI t
++
e
(
)
(
)
,
dq
I
tI t
−−
representam respecti-
vamente os componentes Park de seqüência positiva e
negativa de um sistema equilibrado.
Um controlador de seqüência positiva e um de seqüência
negativa são necessários. O sistema de controle usado para a
implementação do sistema combinado de filtros ativos é
descrito em [10].
Um isolador dinâmico para a componente fundamental de
seqüência negativa da corrente de carga é implementado
através de um controlador ncrono de seqüência negativa.
Isto assegura que o filtro ativo série não irá compensar a
componente fundamental de seqüência negativa da fonte/carga
e deverá realizar apenas a sua função principal - a isolação
harmônica - evitando que o filtro ativo promova o
balanceamento da carga, o que é indesejável, como
mencionando em [4].
Como mencionado, apenas as componentes harmônicas de
seqüência positiva e negativa são modificadas em freqüência.
As componentes harmônicas de seqüência zero são ignoradas
pela SRF. É necessário, portanto, criar um ambiente que
cancela o fluxo das componentes harmônicas de seqüência
zero já que elas usam o condutor neutro para poderem
circular.
A Figura 1 mostra o sistema combinado proposto, o qual é
composto por dois Filtros Ativos Série (SAF) e um Filtro
Passivo Paralelo (SPF). O primeiro filtro ativo (SAF1) é
colocado entre a fonte e a carga e funciona como um isolador
harmônico. O segundo filtro ativo (SAF2) é conectado em
série com o filtro passivo e garante que a tensão nos terminais
da carga estará livre de distorções. Isto é obtido somando-se
os harmônicos em fase oposta. Juntos, eles injetam tensões
harmônicas no sistema,
1
Vsaf
e
2
Vsaf
, respectivamente.
A impedância ativa é conseqüência da superposição de
cada componente harmônica detectada na fonte de corrente.
()
11
2h
Vsa
f
KIshh
=
=⋅
(3)
Para cada componente harmônica da fonte de corrente
Ish,
o SAF1 cria uma impedância harmônica
1
K , idealmente
infinita, que isola a carga da corrente. Para sistemas
desequilibrados
1
K
+
,
1
K
e
o
1
K
são respectivamente as
impedâncias harmônicas ativas de seqüência positiva, negativa
e zero. Se uma componente harmônica não é detectada, isto
quer dizer que ela não será isolada da fonte.
() () ()
222
11
hhh
pos neg zero
Vsaf K Ish h Ish h Ish h
∞∞
===
=⋅ + +
∑∑
(4)
Como a SRF não detecta as componentes de seqüência zero
da corrente harmônica da fonte, o SAF1 apresenta impedância
nula para estas componentes,
o
1
0K =
. Logo, não sendo
possível implementar a resistência harmônica para as
componentes de seqüência zero, elas continuam circulando
pelo sistema [15].
Assim como o SAF1, o SAF2 é controlado através da SRF.
No entanto o SAF1 é um VSI controlado por corrente,
enquanto o SAF2 é um VSI controlado por tensão.
O SRFC detectará todas as componentes harmônicas,
incluindo os harmônicos não característicos, para qualquer
tipo de desequilíbrio no sistema de potência, desde que não
haja caminho para circulação das componentes de seqüência
zero.
IV. I
MPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA COMBINADO SEM O FILTRO
ATIVO NO NEUTRO
A mitigação harmônica é implementada pela isolação
harmônica entre a carga e a fonte através da impedância ativa
1
K , idealmente nula (curto-circuito) para a freqüência
fundamental e alta resistência (circuito aberto) para as
freqüências harmônicas. Esta impedância é inserida no sistema
como uma tensão
1
Vsaf
, compensando a tensão distorcida da
fonte. Esta ação elimina o fluxo de correntes harmônicas da
fonte para o filtro passivo paralelo. Isto também bloqueia o
fluxo de correntes harmônicas da carga para a fonte,
confinando-as no filtro passivo.
De acordo com [3], [11] e [12] o comando da tensão
instantânea do filtro ativo SAF1,
1
Vsaf
, é:
11
Vaf K Ish
=
(5)
Neste caso,
Ish é a corrente harmônica da fonte e
1
K é o
ganho cuja dimensão é ohms. Se
1
K
for infinito para a
condição ideal, a corrente harmônica da fonte
Ish, a tensão ac
3
do filtro ativo
1
Vaf e a tensão harmônica no barramento da
carga
Vbrr, são dados por:
0Ish = (6)
(
)
-Vbrr Zfh Ilh=⋅
(7)
(
)
1
Vsaf Vsh Zfh Ilh=+
(8)
A potência do SAF1 é dependente da queda de tensão nos
terminais do filtro passivo
Zfh·Ilh, e da tensão harmônica da
fonte
Vsh. Para diminuir a potência do filtro ativo SAF1, a
tensão harmônica no filtro passivo deverá ser minimizada. No
entanto, se
Ilh contém harmônicos fora da freqüência de
sintonia do filtro passivo, uma tensão harmônica significante
aparecerá nos terminais da carga.
Para evitar uma sobrecarga no SAF1, um segundo filtro
SAF2 é introduzido em série com o filtro passivo. O SAF2
cancela a tensão harmônica que aparece nos terminais do filtro
passivo (9). Isto acontece devido à impedância do filtro
passivo não ser desprezível, o que gera um caminho de baixa
impedância para as correntes harmônicas.
O comando para a tensão ac instantânea do filtro ativo
SAF2 [3]
2
Vsaf é dado por:
22
Vsaf K Vfh=−
(9)
Em condições ideais de controle
2
K é unitário. Vfh é a
tensão harmônica nos terminais do filtro passivo paralelo e
Ish, Vbrr e
2
Vsaf
são dados por:
I
sh Vsh Zsh= (10)
0Vbrr =
(11)
()
2
Zf ZsVsaf Vsh Zfh Ilh
=
⋅+
(12)
As características do filtro ativo sob regime desequilibrado
são descritas em [1-3, 11 e 12].
O filtro ativo série é um conversor PWM-VSI monofásico
em ponte completa, aqui considerado como uma fonte ideal,
controlada independentemente para compensar o desequilíbrio
harmônico.
O cálculo dos ganhos
1
K e
2
K é baseado no conceito da
“isolação harmônica” [14] e “cancelamento harmônico” [3],
onde
0Ish
se
1
,KZsZf
e
0Vbrr
se
2
1K
=
. Nas
simulações,
1
K é definido como 5 (6 p.u. numa base de
480V e 310KVA) e
2
K é definido como 0,8.
O filtro passivo paralelo (SPF) consiste num filtro RLC
sintonizado no 5º e no 7º harmônico, estrela isolada, 76KVA
por fase. Os parâmetros são mostrados na Tabela I.
TABELA I
C
ONSTANTES DO CIRCUITO DO FILTRO PASSIVO
Ordem Indutância Capacitância Qf
5
a
1,5mH 188uF 100
7
a
1,5mH 96uF 100
As Figuras 2a a 2d mostram as correntes do sistema para
9% de desequilíbrio. Aplicando a teoria das componentes
simétricas para cada corrente harmônica da carga e
comparando-a com a técnica FFT para a corrente da fonte,
pode ser concluído que as componentes harmônicas residuais
na corrente da fonte são, principalmente, as componentes
harmônicas de seqüência zero da corrente de carga não
isoladas, já que apenas as impedâncias harmônicas de
seqüência positiva
1
K
+
e negativa
1
K
foram implementadas
[15].
Fig 1 – Implementação do Sistema com Filtros Ativos Série
4
Fig. 2a – Corrente da Fonte
Fig. 2b: Corrente do Neutro
Fig. 2c: Espectro da Corrente do Neutro
Fig. 2d: Espectro da Corrente da Fonte – Fase A
A Tabela II apresenta os resultados. Mesmo com a inserção
do SAF, a corrente da fonte excedeu o limite recomendado
pela IEEE 519 de taxa de distorção harmônica (THD), que é
estabelecido como sendo de 5% para uma taxa de curto-
circuito (SCR) menor que 20. Aqui, a corrente da fonte
apresenta uma THD de 11% , 10,77% e 8,71% para as fases
A, B e C respectivamente.
TABELA II
V
ALORES DA CORRENTE DE SEQÜÊNCIA ZERO
0
10
20
30
40
Corrente (A)
3
40,5 39,26 40,37 41,9
5
28,2 28,3 28,4 27,93
7
14,22 14,72 14,53 14,15
zero seq Isa Isb Isc
V. I
MPLEMENTAÇÃO DO FILTRO ATIVO SÉRIE DO NEUTRO
Como mencionado anteriormente, a inserção do SAFg
bloqueia o fluxo das correntes harmônicas no condutor neutro,
através da impedância ativa de seqüência zero, a estratégia
1
o
K
, forçando a corrente da fonte a enquadrar-se nas
recomendações da IEEE 519. Por esta razão, o filtro ativo do
neutro deverá prevenir a sobrecarga nos transformadores de
distribuição, no condutor neutro e nos filtros ativos já
existentes. (SAF 1,2).
A corrente harmônica do condutor neutro deverá ser
detectada de acordo com o conceito a seguir, chamado de
Referência Síncrona Modificada (MSRF):
Uma pseudo-transformada de Park é desenvolvida para
aplicação em sistemas monofásicos. O método consiste em
multiplicar os sinais medidos, simultaneamente, pelas funções
seno e co-seno numa dada freqüência [13]. Esta estratégia
consegue o mesmo efeito de transformação de uma
componente, de certa freqüência, numa componente DC,
deixando as outras como sinais AC. Após o sinal resultante
passar por um filtro passa-baixas, o mesmo sofre uma
transformação inversa para gerar as componentes harmônicas
desejadas. Cada módulo (transformações / filtragens) pode ser
utilizado para a extração de componentes harmônicas
específicas. Logo, as saídas para cada freqüência específica
precisam ser somadas para produzir a corrente harmônica de
referência para o filtro ativo [14].
No SAFg, a freqüência fundamental do neutro é escolhida
para ser a componente DC, deixando as outras como sinais ac,
como na transformada SRF tradicional. Uma vez que a
componente fundamental
Ignd_fo é isolada e subtraída da
corrente do neutro
Ignd, as componentes harmônicas de
seqüência zero tornam-se disponíveis como referências para o
SAFg. A Figura 3a mostra o controlador para o filtro ativo
complementar no condutor neutro.
5
Fig. 3a: Filtro Ativo Série do Neutro
Fig. 3b: Tensão de Saída do FASg
O SAFg também é implementado usando um conversor
PWM tipo VSI de ponte-completa. O comando de saída para
a tensão
Vfasg é dado por:
gg
Vsaf K Igndh=⋅
(13)
O ganho
g
K
do SAFg é estabelecido como 5, de acordo
com o critério usado para o ganho
1
K
[11]. É importante
observar que a impedância ativa do condutor neutro
g
K
e a
impedância ativa de seqüência zero
1
o
K
são conceitualmente a
mesma coisa. A Figura 3b mostra a tensão de saída do SAFg
quando o sistema opera sob 9% de desequilíbrio.
VI. D
ESEMPENHO DO SISTEMA COMBINADO COMPLETO
As figures 4a a 4e mostram as correntes da fonte e do
neutro quando os filtros SAF1, SAF2 e SAFg operam
simultaneamente.
É importante notar que mesmo com 9% de desequilíbrio, o
sistema combinado atinge os limites recomendados pela
norma IEEE 519.
A THD baixou de 10,96%, 10,77% e 8,71%, para 1,78%,
1,81% e 1,47%, para as fases A, B e C respectivamente. A
THD da corrente do neutro passou de 113% para 22%
Fig. 4a: Corrente da Fonte
Fig. 4b: Corrente do Neutro
Fig. 4c: Espectro da Corrente do Neutro
Fig. 4d: Espectro da Corrente da Fase A
6
Fig. 4e: Espectro da Corrente da Fase B
VII. V
ALORES DE POTÊNCIA DO FILTRO ATIVO SÉRIE
A Tabela III mostra o consumo de potência dos filtros para
as duas situações estudadas, ou seja, com e sem a presença do
SAFg.
TABELA III
V
ALORES DE POTÊNCIA DO FILTRO
Active Filters Power Ratings
0
5
10
15
20
25
FAS1 FAS2 FAS1 FAS2 FASg
Without
FASg
With FASg
Sa (Kva)
Sb (Kva)
Sc (Kva)
S (Kva)
VIII. C
ONCLUSÃO
O filtro SAFG adicionado ao condutor neutro é altamente
recomendável quando as SRF tradicionais são usadas como
estratégia de controle para filtros ativos série de potência em
sistemas trifásicos a quatro fios operando sob regime
desequilibrado. A SRF não é capaz de detectar as
componentes harmônicas de seqüência zero, o que não ocorre
quando se utiliza o controlador MSRF.
A correção desta falha apresentada pelos controladores
síncronos tradicionais, aqui realizada a partir da inserção do
FASg torna possível a correção da THD das correntes da fonte
para os níveis recomendados pela IEEE 519. Além disto, este
procedimento minimiza a sobrecarga imposta aos filtros ativos
SAF1, SAF2 e ao condutor neutro. Finalmente, a potência
total requerida pelo sistema ativo é reduzida quando as
componentes de seqüência zero são mitigadas pelo filtro
SAFg.
IX. R
EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] S. Bhattacharya, D.M. Divan e B. Banerjee, “Synchronous Frame
Harmonic Isolator Using Active Series Filter” EPE Conf. Record, 1991,
Vol. 3, pp. 30-35.
[2] S. Bhattacharya e D.M. Divan “Synchronous Frame Based Controller
Implementation for Hybrid Series Active Filter System” IEEE/IAS Conf.
Record, 1995, pp. 2531-2540.
[3] H. Akagi e H. Fujita, “A New Power Line Conditioner for Harmonic
Compensation in Power Systems” IEEE Trans. Power Del., Vol. 10, No.
3, pp. 1570-1575, 1995.
[4] S.D. Round e D.M.E. Ingram, “An Evaluation Of Techniques for
Determining Active Filter Compensating Currents in Unbalanced
Systems”, Proc. European Conf. on Power Electronics and Applications,
Trondheim, 1997, vol. 4, pp. 767-772.
[5] M. T. Haque e S.H. Hosseini, “A Novel Control Strategy for Active
Filters Usable in Harmonic Polluted and/or Imbalanced Utility Voltage
Case of 3-Phase 4-Wire Distribution Systems” Proceedings of
IEEE/ICHQP , pp 239-244, 2000.
[6] T. Thomas, K. Haddad, G. Joós e A. Jaafari, “Performance Evaluation of
Three Phase Three and Four Wire Active Filters” IEEE/IAS Conf.
Record, pp 1016- 1023, 1996.
[7] P.T. Cheng , Y.F. Huang, C.C. Hou, “Desing of a Neutral Harmonic
Mitigator for Three-Phase Four-Wire Distribution System”, IEEE/IAS,
Annual Meeting, pp 164-171, 2001.
[8] D.P. Manjure e E.B. Makram, “Impact of Unbalance on Power System
Harmonics Proceedings of IEEE/ICHQP, pp 328-333, 2002.
[9] P. Verdelho e G. Marques,“Design and Performance of an Active Power
Filter and Unbalanced Current Compensator”, IEEE Transactions on
Ind. Applications, pp 422 - 427, 1994.
[10] S. Bhattacharya, D.M. Divan, T.M. Frank e B. Banerje, “Active Filter
System Implementation” IEEE Trans. Ind. Appl. Set/Oct 1998, pp 47-63.
[11] F.Z. Peng e H. Akagi, “A New Approach to Harmonic Compensation
in Power System – A combined of Shunt Passive and Series Active
Filter”, IEEE/IAS Annual Meeting, pp 874-880, 1988.
[12] H. Fujita e H. Akagi, “A Practical Approach to Harmonic Compensation
in Power System – Series Connection of Passive and Active Filter”
IEEE/IAS Annual Meeting, pp 1107-1112, 1990.
[13] S. Tnani, M. Mazaudier, A. Berthon e S. Diop, “Comparison Between
Different Real-Time Harmonic Analysis Methods for Control of
Electrical Machines” PEVD94, pp. 4946-4951.
[14] P.C. Tan, D.G. Holmes e R.E. Morrison, “Control of Active Filter in 25
kV AC Traction System” AUPEC 2000, pp 63-68.
[15] C.H. Silva, V.F. Silva e L.E. Borges da Silva, “Evaluation of Power-
Ratings for Active Series Filter under Unbalanced Condition for a
Three-Phase Four-Wire System”, IEEE/PESC, Conf. Records, pp. 296-
302, 2005.
[16] C.H. Silva, V.F. Silva e L.E. Borges da Silva, “Active Series Filter
Under Distorted and Unbalanced Operation Conditions: Problem or
Solution”, 8th Brazilian Power Electronics Conference, pp. 304-309,
2005.
[17] C.H. Silva, V.F. Silva e L.E. Borges da Silva, “Synchronous Frame
Based Controller Improvement for Active Series Filters under
Unbalanced Conditions in Three Phase - Four Wire Systems”, Anais da
VII Conferência Internacional de Aplicações Industriais, Recife., 2006.
1
Resumo—Este artigo propõe um novo algoritmo para PLL
digital trifásico fundamentado na Transformada Síncrona
Modificada (MSRF). O MSRF-PLL é implementado via DSP
viabilizando sua aplicação em equipamentos conectados ao
sistema de elétrico. O algoritmo garante resposta transitória
rápida, operação robusta quando sujeito a distúrbios do sistema
de potência e tolerância a ruídos. A estratégia não utiliza
controlador PI, aprimorando desta maneira a resposta
transitória e a precisão do sinal de sincronismo. O algoritmo é
descrito em detalhes e os resultados práticos, para vários tipos de
distúrbios, são apresentados e analisados.
Palavras-Chaves—qualidade de energia, condicionadores de
energia, distúrbios elétricos, controle, PLL.
I. I
NTRODUÇÃO
STE artigo descreve uma nova estratégia para
implementação de um PLL digital trifásico, a ser aplicado
em filtros ativos de potência, com resposta transitória rápida e
insensível às distorções do sistema de potência.
Desde que um algoritmo para PLL foi proposto em
sistemas elétricos trifásicos, Kaura et al [1] estabeleceram uma
robusta técnica baseada na transformada síncrona padrão SRF,
que se caracteriza pelo bom desempenho e resposta transitória
rápida sob níveis de distorção não críticos e reduzido grau de
desequilíbrio. Qualquer condição diferente desta implica em
sincronismo errado, perda de sincronismo e sinal de saída
distorcido.
Conversores conectados ao sistema de potência como
retificadores PWM, UPS e filtros ativos de potência tem seu
desempenho dependente da precisão do PLL, especificamente
aqueles cujos controladores são baseados na SRF.
Os PLL desenvolvidos a partir da teoria da potência
instantânea IPT, já foram propostos e apresentaram problemas
semelhantes.
A literatura relacionada ao PLL contém vários algoritmos
relacionados à implementação de PLL trifásicos. A maioria
deles utiliza a referencia síncrona trifásica [1, 8, 9] ou a teoria
da potência instantânea IPT [3]. Cada nova estratégia proposta
tenta alcançar desempenhos mais ideais e repostas dinâmicas
Os autores da UNIFEI gostariam de agradecer o apoio financeiro
proporcionado pelos seguintes órgãos de fomento: CNPq, Fapemig e CAPES.
C. H. da Silva, R. R. Pereira, L. E. Borges da Silva e G. Lambert-Torres
são ligados à Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Itajubá, 37.500-503,
Minas Gerais (e-mail: {leborges, [email protected]).
J. L. P. Brittes é engenheiro da Companhia Paulista de Força e Luz
(CPFL), Campinas, São Paulo (e-mail: [email protected]).
mais rápidas. Entretanto, todos eles são extremamente
dependentes da característica dinâmicas do controlador PI na
malha principal do sistema. Mediante nível DC, distorção
harmônica e desequilíbrio de tensão, o controlador PI devido a
sua própria concepção impõe erro ao ‘phase lock’, distorção
ao sinal senoidal de sincronismo e reposta dinâmica precária
[1-3, 8, 9].
O algoritmo do PLL proposto aqui é fundamentado na
transformada síncrona modificada MSRF, provendo um
rápido travamento de fase sem a necessidade de controlador PI
nem de medidas trifásicas de tensão. Aplicados aos sistemas
trifásicos, o PLL utiliza apenas a medida de tensão da fase A,
reduzindo o número de sensores. Também, o desequilíbrio de
tensão e as distorções harmônicas não interferem no
comportamento do PLL. Em função da estratégia proposta
não utilizar o controlador PI na malha principal de controle, a
resposta dinâmica é mais rápida e as saídas são sempre senos e
co-senos perfeitos como demandado pelo controle em SRF.
O PLL proposto é concebido a partir da combinação de
duas estratégias fundamentais: a adaptação do Oscilador de
Coulon [5] associado à indexação de uma tabela de seno e co-
seno.
O PLL foi implementado no DSP TMS320F2812 com
freqüência de varredura a 40 kHz . Os resultados, sob críticos
níveis de distúrbios, são apresentados.
O diagrama de bloco do PLL é mostrado na Figura 1.
Fig. 1 – Diagrama de Bloco do MSRF-PLL
Implementação de um PLL Digital Trifásico
para Aplicação em Condicionadores de Energia
Luiz Eduardo Borges da Silva, Se Un Ahn, Carlos Henrique da Silva, Rondineli R. Pereira e
Germano Lambert-Torres
E
2
II. ESTRUTURA DO PLL
O PLL proposto é baseado na referencia síncrona
modificada (MSRF) apresentada pela primeira vez em [5] e
posteriormente em [6]. A transformada síncrona padrão SFR
utiliza a medida das tensões trifásicas para gerar os sinais
senoidais e cossenoidas sincronizados através da
decomposição das tensões de fase ABC em eixos síncronos
DQ, onde apenas a informação do eixo síncrono D é utilizada
para se obter as informações de fase e de freqüência da tensão
do sistema de potência.
Assim como a transformada síncrona padrão, a MSRF
utilize a informação do eixo síncrono D para obtenção das
informações de fase e freqüência objetivando a sincronização
ao sinal desejado; entretanto a medida trifásica das tensões é
dispensável. Apenas a tensão da fase A é utilizada.
A MSRF utiliza como estratégia principal, uma adaptação
do Oscilador de Coulon [4] descrito a seguir.
A Figura 2 exibe o diagrama de blocos do Oscilador de
Coulon. Nesta técnica o oscilador impõe a freqüência a ser
analisada, contida no sinal de entrada.
Fig. 2 – Oscilador de Coulon.
Seja o sinal de entrada
()
xt
definido por:
()
()
1
sin
N
i
ii
i
xt A t
ω
φ
=
=+
(1.1)
É possível descrever a freqüência do oscilador
/2
rr
f
ωπ
=
e dois outros sinais
()
1
xt
e
()
2
xt
, onde
() () ( )
1
sin
r
xt xt t
ω
=⋅ e
() () ( )
2
cos
r
xt xt t
ω
=⋅ .
Então, reescreve-se:
()
()
()
1
1
sin sin
N
i
ii r
i
xt A t t
ω
φ
ω
=
=+
(2)
()
() ()
{}
1
1
cos cos
2
N
i
i
ri iri
i
A
xt t t
ωω
φ
ωω
φ
=
⎡⎤⎡⎤
=−+++
⎣⎦⎣⎦
(3)
e
()
()
()
2
1
sin cos
N
i
ii r
i
xt A t t
ω
φ
ω
=
=+
(4)
()
() ()
{}
2
1
sin sin
2
N
i
ir i ir i
i
A
xt t t
ωω
φ
ωω
φ
=
⎤⎡
=−++++
⎦⎣
(5)
Definindo
11
/2
f
ωπ
= como a freqüência fundamental,
1
i
i
ωω
= e
1
r
r
ωω
= , as equações 1.3 e 1.5 tornam-se:
() () ()
{}
111
1
cos cos
2
N
i
ii
i
A
xt ir t ir t
ω
φ
ω
φ
=
=−+++
⎡⎤⎡⎤
⎣⎦⎣⎦
(6)
e
() () ()
{}
211
1
sin sin
2
N
i
ii
i
A
xt ir t ir t
ω
φ
ω
φ
=
=−+++
⎡⎤⎡⎤
⎣⎦⎣⎦
(7)
Para extrair a componente fundamental do sinal de entrada,
r
deve ser unitário nas equações 6 e 7. Desta maneira obtém-
se:
()
() ()
() ()
{}
11
1/1 1
11
2
cos cos 2
22
cos 1 cos 1
2
ii
N
i
i
i
i
AA
xt t
A
it it
φωφ
ω
φ
ω
φ
=
=− ++
+−++++
⎤⎡
⎦⎣
(8)
()
() ()
() ()
{}
11
2/1 1
11
2
sin sin 2
22
sin 1 sin 1
2
ii
N
i
i
i
i
AA
xt t
A
it it
φωφ
ω
φ
ω
φ
=
=− ++
+−++++
⎡⎤
⎣⎦
(9)
O sinal obtido após a modulação, equações 8 e 9, contém
uma componente DC relacionada à freqüência do Oscilador de
Coulon, e uma componente AC relacionada às demais
freqüências. As componentes AC, ripples, possuem
freqüências duas vezes maiores que a freqüência do oscilador
de Coulon, isto é, a freqüência fundamental no caso do PLL.
Diferentemente da transformada síncrona trifásica, onde o
termo relacionado à freqüência síncrona contribui apenas para
a parcela DC, em função do efeito anulatório entre as fases,
aqui a freqüência escolhida contribui também com as
componentes AC contida no ripple.
Posteriormente, o sinal resultante passa por um filtro passa
- baixa e é então inversamente transformado para obtenção da
componente de freqüência desejada.
Uma adaptação no Oscilador de Coulon é desenvolvida
para aplicação na estratégia do PLL proposto, aqui
denominada MSRF-PLL e apresentada na Figura 3.
3
Fig. 3 – Adaptação do Oscilador de Coulon
III. C
OMPORTAMENTO DO MSRF-PLL
A tensão de interesse é a componente D do pseudo-eixo
síncrono V
d
obtida na equação 9. Para um sinal de entrada
senoidal V
sa
, o pseudo-eixo síncrono V
d
contém uma
componente de tensão DC proporcional a diferença de fase
entre V
sa
e o sinal de sincronização,
1
φ
Δ , e ripples
relacionados às componentes fundamental e freqüências
harmônicas contidas em V
sa
.
Aplicado ao filtro passa-baixa, a diferença de fase
1
φ
Δ
pode ser obtida diretamente pela função
arcsin( )
d
V
.
A Figura 4 ilustra o pseudo-eixo síncrono V
d
para uma
diferença de fase hipotética de 30° entre V
sa
e o sinal de
sincronismo via MSRF,
()
sin
e
t
ω
.
Fig. 4 – Eixo Vd para Diferença de Fase de 30°
Considerando que a diferença de fase
1
φ
Δ seja
suficientemente pequena, a equação 9 pode ser linearizada e
reescrita como (10):
() ( )
11
Vd t A
φ
≅⋅ (10)
Uma vez que as informações de fase e freqüência sejam
obtidas, o travamento de fase, ‘phase-lock’, pote ser
facilmente efetuado.
IV. A
ESTRATÉGIA DO MSRF-PLL
A Figura 5 mostra o diagrama de blocos em malha fechada
do controle do MSRF_PLL.
Fig. 5 – Malha de Controle do MSRF-PLL
A freqüência de amostragem do PLL é 40 kHz resultando
em 668 amostras para cada período T da freqüência
fundamental, 60Hz. Isto significa que, cada amostra contém
0.53 graus elétricos. A diferença de fase calculada
1
φ
Δ pode
ser então diretamente relacionada a um numero equivalente de
amostras (N
samples
).
A ação realizada para obter o ‘phase lock’ é aplicada
apenas deslocando-se o ponteiro da tabela da função seno (i)
um numero de amostras (N
samples
) proporcional à diferença de
fase
1
φ
Δ . Este procedimento garante o sincronismo entre o
sinal
()
sin
e
t
ω
, gerado a partir da tabela, e o sinal de entrada
V
sa
. Deve ser observado que os sinais
()
sin
e
t
ω
e
()
cos
e
t
ω
,
obtidos a partir da tabela, são sinais senoidais puros, livres de
distorção. No instante em que o sistema é travado, phase lock,
a componente DC de V
d
é zero.
A resposta dinâmica do MSRF-PLL é dependente da
resposta dinâmica do filtro passa - baixa utilizado para filtrar o
ripple contido em V
d
. A freqüência de 120 Hz é a componente
crítica a ser filtrada no sinal V
d
. Assim, uma atenção especial
deve ser destinada ao projeto deste filtro. Neste trabalho, um
filtro elíptico de quarta ordem com freqüência de corte em
100Hz foi utilizado.
4
V. IMPLEMENTAÇÃO DO ALGORITMO MSRF-PLL
O algoritmo do MSRF-PLL foi implementado no DSP
TMS320F2812 da Texas Instruments com freqüência de
amostragem de 40 kHz. O fluxograma do algoritmo é exibido
na Figura 6.
Fig. 6 –Fluxograma do MSRF-PLL
Para iniciar o algoritmo e garantir a validade da equação
1.10, o DSP aguarda a primeira passagem pelo zero de Vsa, e
então inicia a execução do algoritmo MSRF_PLL como
explicado anteriormente. Depois de inicializado o algoritmo,
o erro de fase é calculado a cada período de amostragem, i.e.,
a cada 25
µsec.
O máximo erro de fase aceitável é de dois graus elétricos
ou o deslocamento de quatro amostras, adiantadas ou
atrasadas.
A ação de controle é tomada, quando necessária, a cada
334 amostras (ou T/2) definida pelo tempo de subida do filtro
passa - baixa escolhido. O algoritmo é completamente
executado em 4
µs.
VI. R
ESULTADOS EXPERIMENTAIS
A Figura 7 mostra a resposta transitória para um
afundamento de tensão de 0.5 pu. Como observado, o MSRF-
PLL é indiferente ao afundamento de tensão.
sin( )
e
t
ω
Vsa Sag
Fig. 7 – Resposta do MSRF-PLL para Sag de 0.5pu
A Figura 8 mostra o comportamento do MSRF-PLL sob
níveis severos de distorção da tensão. O sinal de saída limpo
do PLL sinal demonstra seu excelente desempenho.
Vsa
sin( )
e
t
ω
Fig. 8 - Comportamento para Tensão Distorcida
A Figura 9 exibe outra característica do MSRF-PLL, a
imunidade ao ruído. O ruído contido em Vsa é resultado da
freqüência de chaveamento proveniente da operação do filtro
ativo de potência.
Vsa
sin( )
e
t
ω
Fig. 9 - Imunidade ao Ruído
5
A Figura 10 mostra a resposta dinâmica do MSRF-PLL
para um salto de fase de 30°. O sinal de saída PLL adapta-se
em menos de um ciclo, impondo agilidade à ação de
sincronismo.
Vsa
Phase Jump
sin( )
e
t
ω
Fig. 10 - Resposta para Salto de Fase de 30°
Finalmente, a Figura 11 exibe o pior distúrbio imposto ao
sistema de potência, o afundamento de tensão associado ao
salto de fase. A resposta transitória se mantém tão rápida
quanto anteriormente.
Vsa Sag with Phase Jump
sin( )
e
t
ω
Fig. 11 – Resposta do MSRF-PLL para Afundamento de
0.5pu com Salto de Fase de 30°
VII. C
ONCLUSÃO
O MSRF_PLL se mostrou extremamente robusto aos
distúrbios presentes no sistema de potencia, provendo sempre
senos e co-senos puros independentemente da natureza do
distúrbio contido na tensão do sistema.
A resposta dinâmica do MSRF_PLL, mesmo para os
distúrbios severos e incomuns, situa-se em 2/3 do período da
freqüência fundamental, i.e., aproximadamente 10,6 ms. O
algoritmo é também imune ao ruído, característica esta
importante em aplicações onde inversores são utilizados. O
MSRF_PLL foi testado sob condições severas e os resultados
exibem a eficiência da estratégia e a robustez do algoritmo.
A utilização deste PLL se deu em um filtro ativo paralelo e
a estabilidade bem como o sincronismo foram testados e
confirmados sob condições harmônicas e flutuação de carga
severa.
O algoritmo é facilmente implementado no DSP e nenhuma
melhoria futura é demandada.
VIII. R
EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] V. Kaura eV. Blasko, “Operation of a phase locked loop system under
distorted utility conditions,” IEEE trans. on Industry Applications, Vol.
33, No. 1, pp. 58-63, 1997.
[2] S.-K.Chung, “Phase-locked loop for grid-connected three-phase power
conversion systems” IEE Proc-Electr. Power Appl., Vol. 147, No. 3,
May 2000, pp. 213-219.
[3] S.A.O. Silva. E E.A.A. Coelho, “Analysis and Design of a Three-Phase
PLL Structure for Utility Connected Systems under Distorted
Conditions” Proceedings of Sixty International Conference on Industrial
Applications IEEE/INDUSCON - IEEE, 2004.
[4] S. Tnani, M. Mazaudier, A.Berthon e S.Diop, “Comparison Between
Different Real-Time Harmonic Analysis Methods for Control of
Electrical Machines” PEVD94, pp. 4946-4951.
[5] C.H. Silva, V.F. Silva e L.E. Borges da Silva, “Synchronous Frame
Based Controller Improvement for Active Series Filters under
Unbalanced Conditions in Three Phase - Four Wire Systems”
Proceedings of 7
th
International Conference on Industrial Applications
IEEE/INDUSCON, 2006.
[6] C.H. Silva, V.F. Silva, L.E. Borges da Silva e G. Lambert-Torres,
“Optimizing the Series Active Filters under Unbalanced Conditions
Acting in the Neutral Current ” Proceedings of International Conference
on Industrial Electronics IEEE/ISIE, 2007. To be published.
[7] P.C. Tan, D.G. Holmes e R.E. Morrison, “Control of Active Filter in
25kv AC Traction System” AUPEC 2000, pp 63-68.
[8] S.M. Silva, B.M. Lopes, B.J. Cardoso Filho, R.P. Campana e W.C.
Boaventura, “Performance Evaluation of PLL Algorithms for Single-
phase Grid-connected Systems” 39th. Industry Applications Society
Annual Meeting. IAS2004.
[9] L.N. Arruda, S.M. Silva e B.J. Cardoso Filho, “PLL Structures for
Utility Connected Systems”. 36th. Industry Applications Society Annual
Meeting, IAS2001, USA, 2001.
Livros Grátis
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