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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Dissertação
Avaliação de substratos orgânicos na produção de mudas de
acácia negra (Acacia mearnsii de Wild).
Pelotas, 2007
Alexandre Terracciano Villela
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2
Avaliação de substratos orgânicos na produção de mudas
de acácia negra (Acacia mearnsii de Wild).
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Agronomia da
Universidade Federal de Pelotas, como
requisito parcial à obtenção do titulo de
Mestre em Ciências (área do
conhecimento: Produção Vegetal).
Orientadora: Tânia Beatriz Gamboa Araújo Morselli
Co-Orientador: Danilo Dufech Castilhos
Pelotas, 2007
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3
Banca examinadora:
Dr
a
. Luciana Bicca Dode
Escola de Ciências ambientais/UCPel
Drª. Ana Celi Rodrigues da Silva
PPGA-Produção Vegetal - Autônoma
Dr. Vilmar Luciano Mattei
PPGA-Produção Vegetal/UFPel
Dr. Ruy José Costa da Silveira
PPGA-Solos/UFPel
4
Aos meus pais Flávio e Teresa por estarem
sempre ao meu lado indicando o caminho correto a
seguir, a os meus irmãos, sobrinhos e cunhados
pela amizade e compreensão, a minha esposa
Juliana e a minha filha Ana Júlia pelo amor amizade
e companheirismo durante mais uma jornada em
nossas vidas.
Dedico
5
Agradecimentos
À Universidade Federal de Pelotas pela oportunidade de realizar o curso de
Pós-Graduação.
À minha orientadora e grande amiga Profª. Drª. Tânia Beatriz Gamboa Araújo
Morsseli pela valiosa orientação, confiança e amizade durante o curso e execução
do trabalho, o qual não poupou dedicação ao meu amadurecimento e formação
profissional.
Aos meus pais pelo importante apoio, estímulo, amor e amizade que me
impulsionaram em todas as etapas de minha vida.
Aos meus irmãos, pelo otimismo, ajuda e carinho.
Aos estagiários de minhocultura, ao funcionário do Laboratório de Biologia do
Solo da UFPEL, Sérgio Brizolara da Rosa e aos alegres amigos do laboratório de
física do solo pelos mates, cooperação, amizade e pelas horas dedicadas a este
trabalho.
Aos colegas de mestrado e doutorado pelas maravilhosas horas de convívio,
incentivo e ensinamentos.
A minha esposa Juliana, pelo incentivo, amor, amizade, carinho, e em
especial pela filha linda e maravilhosa que compartilhamos.
A grande amiga e “chefa” Ecóloga Mariana Brasil Vidal, pelos conhecimentos
por ela repassados, e pela paciência no dia a dia.
Ao Esporte Clube Pelotas pelos momentos de emoções proporcionados.
Aos meus grandes amigos a labradora Solanácea (Sol) e o coker half
minhoca por balançarem os rabinhos nos bons e maus momentos.
A honra de ter convivido com meu colega Ivan Renato Cardoso Krolow,
possuidor de uma perseverança infindável.
O agradecimento especial fica com minha filha Ana Júlia, por me mostrar à
vida de uma forma nunca antes avistada, trazendo alegria, amor, paz e muita
vontade de viver aos seus pais.
6
Agradeço ao Departamento de Solos pelas análises realizadas e em especial
a dedicação da laboratorista Noemi.
A todas as pessoas amigas, mesmo que aqui o citadas, mas que
contribuíram e continuam contribuindo para que minha vida se torne cada vez mais
feliz, fraterna e próspera.
7
Resumo
VILLELA, A.T.
Avaliação de substratos orgânicos na produção de mudas de
acácia negra (Acacia mearnsii de Wild). Pelotas-RS: FAEM/UFPEL,2007,
(Dissertação Mestrado em Agronomia, Área de Concentração em Produção
Vegetal)
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a produção de mudas de acácia
negra (Acacia mearnsii De Wild),
em substratos obtidos a partir de resíduos
agroindustriais, compostados e vermicompostados. Após a busca e a aquisição dos
diferentes resíduos utilizados no trabalho, procedeu-se à disposição desses
materiais isolados e em combinação em caixas de madeira não aromática (cedrinho)
a fim de realizar o processo de compostagem e posteriormente a
vermicompostagem. Após a vermicompostagem estar concluída procedeu-se a
mistura dos materiais incluindo-se a casca de arroz carbonizada (CAC) que
compuseram os seguintes tratamentos: T1(esterco bovino (EB) 50%+ casca de arroz
parboilizado (CAC) 50%); T2(esterco ovino (EO) 50%+CAC 50%); T3(restos da
agroindustria (RA) 50%+CAC 50%); T4(lodo de arroz parborizado (LP) 50%+CAC
50%); T5(esterco bovino (EB) 25%+LP 25%+CAC 50%); T6(EO 25%+LP 25%+CAC
50%); T7(EB 25%+RA 25%+CAC 50%; T8- EO 25%+RA 25%+CAC 50%); T9(EB
25%+RF 25%+CAC 50%); T10(EO 25%+RF 25%+CAC 50%) e T11(Plantmax
®
). As
variáveis avaliadas foram: diâmetro de colo, altura de plantas, fitomassa fresca da
parte aérea, fitomassa fresca da raiz, fitomassa seca da parte aérea, fitomassa seca
da raiz, área foliar total, composição química das mudas e dos diferentes substratos
antes e após a retirada das mesmas. A semeadura ocorreu no dia primeiro de junho
de 2006 em tubetes rígidos (1320 unidades) com capacidade de acondicionar
aproximadamente 50 cm
3
de substrato. O processo germinativo foi concluído no dia
25 do mesmo s. Quando as mudas atingiram a altura de dois centímetros,
procedeu-se o desbaste, deixando-se apenas uma muda por recipiente. Durante o
experimento as mudas foram irrigadas com a freqüência de 6L m
-2
dia
-1
, aos 45
dias do plantio. A partir dos 46 dias mudou-se para duas irrigações totalizando 12L
m
-2
dia
-1
, devido à elevação da temperatura local mantendo-se essa freqüência até o
final das avaliações em estufa. Aos vinte e três dias do mês de setembro de 2006
(115 dias a contar da semeadura), deu-se o rmino das avaliações em estufa e
todas as mudas foram retiradas e encaminhadas ao laboratório para serem
realizadas as demais avaliações. Os resultados obtidos foram submetidos à análise
de variância, teste de dias (Tukey 5%), onde foi possível constatar que o
tratamento T11 com substrato comercial
Plantmax
®
,
apresentou as melhores
respostas agronômicas para mudas de acácia negra (acácia mearnsii de Wild).
Palavras-chave: Acacia mearnsii de Wild., resíduos agroindustriais, produção de
mudas.
8
Abstract
VILLELA, A.T. Evalution of organic substrates for the production of black
acacia (Acacia mearnsii of Wild) seedlings. Pelotas/RS: FAEM/UFPEL, 2007,
(Dissertação - Mestrado in Agronomy, Area of Concentration in Vegetal Production)
The present work had as objective to evaluate the production of seedlings of black
wattle (Acacia mearnsii of Wild), in substrata gotten from agro-industrial residues,
composted and vermicomposted. After the search and the acquisition of the different
residues used in the work, it was proceeded the disposal from these isolated
materials and in not aromatical combination in boxes wooden (cedrinho) in order to
carry through the composting process later and the vermcomposting. After the
vermicomposting to be concluded preceded it mixture from the materials including
itself it carbonized rind of rice (CAC). The treatments were: T1 (bovine manure (EB)
50%+ rind of “parboilizado” rice (CAC) 50%); T2 (ovine manure (EO) 50%+CAC
50%); T3 (agroindustrial residues (FROG) 50%+CAC 50%); T4 (mud of “parborizado”
rice (LP) 50%+CAC 50%); T5 (bovine manure(EB) 25%+LP 25%+CAC 50%); T6 (EO
25%+LP 25%+CAC 50%); T7 (EB 25%+RA 25%+CAC 50%; T8- EO 25%+RA
25%+CAC 50%); T9 (EB 25%+RF 25%+CAC 50%); T10 (EO 25%+RF 25%+CAC
50%) and T11 (Plantmax®). The evaluated variable had been: number of plants, col
diameter, height of plants, aboveground biomass (wet and dry), root fitomass (wet
and dry), total foliar area, chemistry composition od seedlings and chemistry
composition of the substrata before and after the research. The sowing occurred in
rigid the first day of June of 2006 in “tubetes” (1320 units) with capacity conditioning
50 approximately cm
3
of substratum. The seeds was concluded the germinative
process in day 25 of the same month. When the changes had reached the height of
two centimeters, proceded the looping, leaving itselves only one seedlings one for
container. During the experiment the changes had been irrigated with the frequency
of 6L m-2 day-1, until the 45 days of the plantation. From the 46 days 12L was
changed for two irrigations totalizing m
-2
day
-1
, due to rise of the local temperature
remaining this frequency until the end of the evaluations in greenhouse. To the
twenty and three days of the month of September of 2006 (115 days to count of the
sowing), the ending of the evaluations in greenhouse was given and all the changes
had been removed and directed to the laboratory to be carried through the too much
evaluations. The gotten results had been submitted to the variance analysis, test of
averages (Tukey 5%), where it was possible to evidence that the T11 treatment with
commercial substratum Plantmax®, presented the best answers for seedlings of
black wattle (acácia mearnsii of Wild).
Key-words: Acacia mearnsii of Wild., agro-industrial residues, seedlings production
9
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Composição de macronutrientes dos diferentes substratos pré-plantio da
Acacia mernsii FAEM/UFPel, 2005/06 ........................................................33
Tabela 2 - Caracterização física dos diferentes substratos quanto à densidade (Dp),
macroporosidade (MC), microporosidade (MI), porosidade total (Pt),
capacidade máxima de retenção de água (CRA) e umidade gravimétrica
(Ug). FAEM/UFPel, 2005/06........................................................................34
Tabela 3 - Fitomassa fresca da parte aérea (FFPA), fitomassa seca da parte aérea
(FSPA), fitomassa fresca da raiz (FFR) e fitomassa seca da raiz (FSR) de
mudas de acácia. UFPel, 2006....................................................................41
Tabela 4 - Diâmetro do colo (DC), área foliar total (AFT) e altura de mudas de acácia
(AM). UFPel, 2006.......................................................................................43
Tabela 5 - Teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, acumulados
na parte aérea em mudas de acácia negra (acacia mearnsii de wild.).
FAEM/UFPel, 2005/2006..........................................................................47
Tabela 6 - Teores de cálcio, nitrogênio, fósforo e magnésio, acumulados na raízes
das mudas de acácia negra (Acacia mearnsii de wild.). FAEM/UFPel,
2005/2006.................................................................................................48
10
Lista de Figuras
Figura 1. Amostra do sistema de plantio de mudas FAEM/UFPel. ...........................38
Figura 2. Gráfico demonstrativo do Peso Total da Parte Aérea das mudas de Acacia
mearnsii de Wild nos diferentes tratamentos FAEM/UFPel......................61
Figura 3. Gráfico demonstrativo do Peso Total das Raizes das mudas de Acacia
mearnsii de Wild nos diferentes tratamentos FAEM/UFPel......................61
11
Sumário
1 Introdução....................................................................................................13
2 Revisão Bibliográfica ...................................................................................16
2.1 Resíduos orgânicos .................................................................................16
2.2 Compostagem e vermicompostagem .......................................................17
2.3 Acacia Negra ............................................................................................20
2.3.1 Impactos ecológicos ..............................................................................26
2.3.2 Impactos econômicos............................................................................26
2.4 Substratos ................................................................................................28
2.5 Parâmetros de qualidade da muda ..........................................................29
2.6 Exigências nutricionais .............................................................................30
3 Material e Métodos ......................................................................................32
3.1 Local e caracterização da área.................................................................32
3.2 Estufa plástica ..........................................................................................32
3.3 Obtenção e caracterização dos materiais.................................................32
3.4 Tratamentos e delineamento experimental...............................................35
3.5 Variáveis analisadas ..............................................................................37
3.6 Análise estatística.....................................................................................38
4 Resultados e Discussão ..............................................................................39
4.1 Fitomassa fresca parte aérea ...................................................................39
4.2 Fitomassa seca da parte aérea ................................................................40
4.3 Fitomassa fresca da raiz...........................................................................40
4.4 Fitomassa seca raiz .................................................................................41
4.5 Diâmetro do colo.......................................................................................42
4.6 Altura da muda ......................................................................................... 43
12
4.7 Área foliar total..........................................................................................44
4.8 Macronutrientes na Fitomassa seca da parte aérea e da raiz ..................45
4.8.1 Nitrogênio ..............................................................................................45
4.8.2 Fósforo ..................................................................................................45
4.8.3 Potássio.................................................................................................46
4.8.4 Cálcio.....................................................................................................47
4.8.5 Magnésio ...............................................................................................47
5 Conclusões..................................................................................................50
6 Referências Bibliográficas ...........................................................................51
Vita...................................................................................................................59
Apêndice..........................................................................................................60
13
1 Introdução
Durante muito tempo, o homem utilizou-se da matéria orgânica para produção
de seus alimentos. Esta prática foi substituída por um pacote tecnológico, que tem
como proposta principal o uso intensivo de fertilizantes sintéticos e agrotóxicos, que
facilitam a maximização da produção e do lucro, mas agridem o meio ambiente,
matando os predadores naturais, possíveis inimigos das pragas, afetando o equilíbrio
dos agroecossistemas e causando dependência para os produtores.
No do Brasil, uma das grandes demandas de mudas florestais é a
recuperação de áreas degradadas com vistas ao crescimento econômico de cada
região. Para isso, torna-se necessário o uso de mudas de qualidade. Pois, as que
apresentam parte aérea e sistema radicular bem formado e em bom estado
nutricional, geralmente têm alta taxa de sobrevivência e crescimento no campo,
aumentando o seu poder de competição com a vegetação espontânea, diminuindo a
freqüência de limpeza e, conseqüentemente os custos, da recuperação da área em
questão. Logo, torna-se importante uso de substratos que atendam as necessidades
de mudas de espécies florestais, que além de sustentarem as plantas forneçam-lhes
nutrientes, necessidades de água e oxigênio.
A acácia-negra é uma espécie leguminosa de múltiplos propósitos como,
recuperação de ambientes degradados, fixação de nitrogênio, produção de tanino e
de energia, dentre outros. Vem sendo cultivada no Brasil, com a finalidade principal
de produção de tanino e energia. Existem aproximadamente dois milhões de
hectares plantados em todo o mundo, atendendo diferentes finalidades.
O plantio de acácia-negra, juntamente com o do eucalipto e do pinus
constituem-se nos mais expressivos em relação a florestas plantadas. A
14
concentração de plantio dessa importante espécie se no Rio Grande do Sul onde
vem sendo explorada por milhares de pequenos produtores que atendem o mercado
florestal interno e externo, gerando renda e empregos diretos e indiretos.
Um problema, de cunho social, que vem a cada dia ganhando espaço em
discussões e gerando preocupações aos órgãos públicos governamentais, ONGs, e
grupos de pesquisa é o volume de resíduos orgânicos gerados nas zonas urbana e
rural. Uma saída para este material, além da reciclagem convencional, é a utilização
da fração orgânica, que tem alto potencial agronômico, sendo utilizada para
produção de composto orgânico, e sua aplicação na produção de mudas de
espécies florestais e ornamentais.
O manejo inadequado desses resíduos tende a alterar as características
químicas, físicas e biológicas do solo, e acelerar o processo de degradação deste e
do meio ambiente. A sustentabilidade da produção agrícola, no que diz respeito ao
fator resíduos-solo-planta, depende da adoção de práticas adequadas por parte dos
agricultores.
A utilização de técnicas de manejo e de conservação do solo que mantenham
suas propriedades favoráveis à elevação e manutenção da características físicas
químicas e biológicas de um solo influenciam consideravelmente a qualidade final
dos produtos alimentares provenientes da agricultura, pois as culturas agrícolas
poderão produzir em quantidade e qualidade se, além de condições climáticas
favoráveis, tiverem à sua disposição durante o período de crescimento e
desenvolvimento, os nutrientes necessários além da fauna edáfica (meso e
macrofauna) nas proporções adequadas, para que o solo se mantenha em
equilíbrio, assim correspondendo a sua função de servir como suporte e meio ao
qual as plantas retiram do mesmo os nutrientes relacionados anteriormente para sua
manutenção.
O interesse cada vez mais incessante em reintegrar uma racionalidade
ecológica à produção agrícola, tornando-a ambiental, social e economicamente
viável, vem nos fazendo repensar os modelos predominantes de produção de
alimentos até então empregados, força-nos na busca de alternativas que atendam o
interesse geral. Então, a busca por alternativas ecologicamente viáveis para a
produção agrícola, tem nos conduzido a irmos cada vez mais em busca de um
manejo que o prejudique ou agrida minimamente o meio ambiente, como esta
ocorrendo com grande parcela de produtores em todo o mundo.
15
A utilização de resíduos orgânicos e dos resíduos da agroindústria
compostados ou vermicompostados, como substratos ou adubo é uma forma de
manejo que contribui sensivelmente para a produção agrícola regenerativa, pois
geralmente, estes materiais, misturados ou não, têm geralmente os nutrientes
necessários para uma produção saudável de mudas. Nesses materiais estão
presentes a maioria dos macronutrientes (nitrogênio, sforo, potássio, lcio,
magnésio, enxofre) e micronutrientes (zinco, cobre, boro, ferro, cobalto) essenciais
para as plantas e que não são encontrados em alguns substratos comerciais, bem
como apresentam uma gama de microrganismos que vão beneficiar a flora e a fauna
do solo.
Para o sucesso de programas de recuperação com espécies florestais é
importante o uso de mudas de qualidade, pois, as que apresentam parte aérea e
sistema radicular bem formado e em bom estado nutricional, geralmente têm alta
taxa de sobrevivência e crescimento no campo, aumentando o seu poder de
competição com a vegetação espontânea, diminuindo a freqüência de limpeza e,
conseqüentemente os custos, da recuperação da área em questão.
A formação de mudas florestais de boa qualidade envolve os processos de
germinação de sementes, iniciação e formação do sistema radicular e da parte aérea,
que estão diretamente relacionados com características que definem o nível de
eficiência dos substratos, tais como: aeração, drenagem, retenção de água e
disponibilidade balanceada de nutrientes.
A produção de mudas é uma das fases mais importantes do cultivo de
espécies arbóreas. Mudas de qualidade adequada são fundamentais no crescimento
e desenvolvimento dessas espécies. Para que se produzam mudas de qualidade é
necessário o conhecimento das características das espécies, notadamente seus
requerimentos nutricionais.
O presente trabalho foi proposto no sentido de dar um destino adequado aos
resíduos da agroindústria da região de Pelotas, RS, utilizando-os nos processos de
compostagem e vermicompostagem e posteriormente em misturas para formar
substratos submetidos à produção de mudas de acácia-negra (Acacia mearnsii de
Wild).
16
2 Revisão Bibliográfica
2.1 Resíduos orgânicos
A matéria orgânica tem sido através dos séculos, o ponto culminante de apoio
à agricultura, ora como fator condicionador de primeira grandeza e de
imprescindibilidade quase absoluta, pois sem ela a agricultura não seria possível,
(TIBAU 1984). A fonte da matéria orgânica do solo é o tecido vegetal, quer na forma
de folhas, frutos ou amesmo sementes, que vem compor a liteira ou serrapilheira
do solo. As raízes das plantas colaboram com exsudatos radiculares e depois de
mortas passam a fazer parte dos horizontes subjacentes. Segundo Mielniczuk (1999)
“o teor de matéria orgânica de um solo serve como indicador da qualidade do
mesmo”, sendo este teor muito sensível às práticas de manejo agrícola,
principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, onde mais de 50% da matéria
orgânica previamente acumulada é perdida por processos como a decomposição
microbiana e erosão (ANDREUX, 1996).
Solos que apresentam baixos teores de matéria orgânica tendem a
apresentar problemas de má estruturação física, alta incidência de patógenos e
redução na capacidade de absorção de nutrientes. O equilíbrio no sistema solo-
planta é mantido pelo fornecimento constante de matéria orgânica pela biomassa
vegetal compensando as perdas promovidas pela decomposição natural dos
resíduos orgânicos (MENDES, 2000).
Dentre os resíduos orgânicos animais, pode-se citar os estercos, bastante
usados nas áreas de horticultura, fruticultura, floricultura e paisagismo.
Os estercos contém dejeções sólidas e líquidas que misturadas às camas e
juntamente com os resíduos de alimentos, quando bem fermentados, são a forma
mais valiosa de matéria orgânica que se pode adicionar ao solo. Sua composição é
variável e influenciada por vários fatores como a espécie animal, raça, idade,
17
alimentação, material utilizado como cama e tratamento dado à matéria-prima
esterco (KIEHL,1985).
No Brasil, algumas fontes de adubos orgânicos com e sem suprimento de
nutrientes tem sido testadas em diferentes culturas, confirmando a importância da
escolha do adubo orgânico com vistas ao aumento da produtividade e sua
contribuição relevante na melhoria da qualidade das hortaliças (LANNA et al., 1994).
2.2 Compostagem e vermicompostagem
A importância das minhocas para a fertilização e recuperação dos solos já era
reconhecida pelo filósofo Aristóteles, que definia estes seres como "arados da
terra", graças à sua capacidade de escavar os terrenos mais duros. Os antigos
egípcios atribuíam poderes divinos às minhocas, protegendo-as por lei. A grande
fertilidade do solo do vale do Nilo deve-se não à matéria orgânica depositada
pelas enchentes do rio Nilo, como também à sua humificação pelas minhocas que ali
proliferam em enormes quantidades.
Animal extremamente útil para a agricultura e que passa quase todo o seu
ciclo de vida debaixo da terra, a minhoca melhora as propriedades fisicas, químicas
e biológicas do solo: perfura-o, formando galerias subterrâneas e descompacta-o. A
minhoca é um animal invertebrado, aeróbio, pertencente à classe dos anelídeos,
visto possuir um corpo segmentado em partes iguais; tem respiração cutânea
(respira pela pele) e, apesar de hermafrodita (possui os dois sexos), a minhoca não
se auto-fecunda necessitando de outra minhoca para se reproduzir.
Existem milhares de espécies de minhocas, mas são poucas as espécies
que proliferam em ambientes de alta concentração orgânica como na
vermicompostagem. São criadas 3 espécies comercialmente: Eisenia foetida
(minhoca vermelha da Califórnia), que se reproduz rapidamente, Lumbricus
Rubellus (minhoca dos resíduos orgânicos) e Eudrilus Eugeniase (minhoca
Gigante Africana), sendo as duas primeiras as mais utilizadas pelos criadores.
A Eisenia foetida é reconhecida facilmente como minhoca vermelha da terra.
Encontra-se em terrenos úmidos e é muito freqüente nas zonas rurais Portuguesas.
Uma minhoca vermelha gera, em condições ótimas, centenas de crias por ano,
tendo o ambiente em torno de 50% de umidade (Kiehl 2002). O ciclo de vida da
Eisenia foetida, segundo Alvarez et al (1998), supera um ano de vida”, e além da
18
produção de húmus, as minhocas podem também ser usadas como isca para a
pesca e para produzir farinha, dado o seu elevado teor de proteínas (78%). Além
disso, têm uso na medicina, pela sua grande capacidade de cicatrização e
regeneração dos tecidos e também na farmacologia, no tratamento de bronquite,
asma e hipertensão. A vermicompostagem apresenta melhores respostas quando da
utilização de minhocas da espécie Eisenia foetida, isto se da por inúmeros fatores
dentre eles a facilidade de adaptação às variações climáticas do Estado do Rio
Grande do Sul e aos mais diferentes resíduos da atividade agroindustrial
(MORSELLI, 1994).
Os resíduos utilizados na vermicompostagem variam desde o lodo de esgoto
de indústria de papel (ELVIRA et al., 1997) restos de erva-mate (MORSELLI et al.,
1997), lixo urbano (VENTURINI et al., 1999), restos de hortaliças (DIONÍSIO et al.,
1999) até finos de carvão mineral (MÜLLER et al., 1999).
A vermicompostagem e a compostagem, surgem como opções simples, e
consagradas para reciclagem dos resíduos alimentares, dejetos agropecuários, e
restos orgânicos no contexto geral para a obtenção de húmus com excelentes
propriedades para fertilização do solo. Para Ferruzzi (1989), “a vermicompostagem
tem um caráter muito importante no aporte de húmus mais rico e produzido em
menor tempo quando comparado a compostagem comum”, favorecendo o
aparecimento de minhocas nativas no solo, melhorando seus atributos físicos,
químicos e biológicos. Este menor tempo é devido ao fato de que as minhocas
agilizam, apressam e antecipam o ciclo do carbono, reduzindo substancialmente o
tempo de percurso entre a fotossíntese e o húmus (KIEHL, 1985).
Conforme Harris (1990), “o vermicomposto é um fertilizante orgânico produzido
por meio de um processo de decomposição aeróbico e controlado”, em que, em uma
primeira fase, estão envolvidos exclusivamente bactérias e fungos, e em uma
segunda fase, as minhocas atuam concomitantemente, acelerando o processo de
decomposição e produzindo um composto de melhor qualidade, provocando
benefícios nos atributos físicos e biológicos do solo.
Nos dias atuais a compostagem é definida como um processo biotecnológico,
que pode ser realizado em materiais de origem animal ou vegetal, sendo um
processo desenvolvido em meio aeróbico controlado, realizado por uma colônia
mista de microrganismos (SKANAVIS, YANKO, 1994). Através da compostagem
realizada de forma aeróbia pode-se evitar a formação de compostos prejudiciais aos
19
vegetais como ácido acético, e compostos fenólicos e alcalóides (BILDERBACK,
2007), pode-se ainda reduzir o nível de fitotoxinas presente em cascas e serragem
de coníferas além de reduzir a relação C/N (HANDRECK, BLACK, 1999).
Para Compagnoni e Putzolu (1985), “o vermicomposto é um autêntico
fertilizante biológico, que atua como um corretor do solo, melhorando o equilíbrio
biológico do húmus estável”. Considera que a ação fertilizante do vermicomposto
determina tais características importantes para a microflora, os ácidos húmicos e as
fitoestimulinas.
Segundo Backes & Kaempf, (1991), “uma das opções de melhoria da
qualidade do solo passa pela aplicação, na terra, ou diretamente junto às plantas, do
húmus produzido pelas minhocas ou vermicomposto”. As minhocas são vermes, daí
o processo ser chamado em inglês “Vermicomposting” originando em português o
neologismo, vermicompostagem (KIEHL,1985).
A origem do material utilizado para a produção de vermicomposto é
fundamental, pois uma matéria-prima de qualidade resultaem um produto final
de boa qualidade. Para Antoniolli et al. (1996), “o esterco mais aconselhável é
aquele que provém de animais confinados e livre de impurezas”. a compostagem
não é um processo de esterilização, mas a regressão de patógenos pode ocorrer
(HAUG, 1993). Quando uma relação adequada entre os elementos ocorre uma
elevação da temperatura superior a 60ºC, momento este que proporciona um tipo de
fermentação que quando combinada ao tempo de exposição ao calor elimina os
patógenos, impede a proliferação de insetos e invasão de predadores. Após este
processo a compostagem pode fornecer um material homogêneo e relativamente
estável (PEIXOTO; ALMEIDA; FRANCO, 1989).
Na vermicompostagem pode-se obter húmus com excelentes propriedades.
Poupam-se recursos, preserva-se o ambiente, evita-se o uso desmesurado de
fertilizantes sintéticos e aproveita-se para conhecer melhor este ser vivo. O objetivo
desse processo é melhorar as características físico-químicas e biológicas do
composto e, conseqüentemente, melhorar sua aceitação e seu valor comercial
(KNAPPER, 1987). As fontes secundárias de matéria orgânica são os resíduos de
origem animal, quer através de materiais digeridos por eles ou com seus próprios
corpos após a morte. Certas formas de vida principalmente as minhocas, centopéias
e formigas desempenham papel importante no transporte interno de resíduos
20
animais ou vegetais que consomem, transportando-os para outro local ou outro
horizonte.
2.3 Acacia Negra
A acácia negra que tem como nome científico Acacia mearnsii pertence ao
reino Plantae, Phylum Magnoliophyta, Classe Magnoliopsida, Ordem Fabales.
Ocorre, naturalmente, no sudeste da Austrália e pertence à família Mimosaceae
(DORAN; TURNBULL, 1997). O gênero Acacia envolve cerca de 1.350 espécies
distribuídas em todo o mundo, particularmente na África, Ásia e Austrália. As
acácias pertencem à família Mimosaceae, que está subdividida em seções, que
agrupam espécies com características morfológicas distintas, sendo: subgênero
Aculeiferum Vassal (representada pelas seções Vulgaris Benth. e Filicinae Benth.);
subgênero Heterophyllum Vassal (representada pelas seções Phyllodineae Benth.,
Botryocephalae Benth. e Pulchellae Benth.); subgênero Acacia (representada pela
seção Gummiferae Benth.). A seção Botrycephalae inclui aproximadamente 36
espécies do gênero Acacia originárias da Austrália, entre elas Acacia mearnsii.
A acácia-negra, em sua área de ocorrência natural, caracteriza-se por ser um
grande arbusto ou uma pequena árvore, comumente alcançando de 6 a 10 m de
altura, atingindo às vezes 15 m, com fuste geralmente retilíneo quando em conjunto
com outras árvores. Em árvores mais jovens e na parte superior das árvores adultas,
a casca é fina, lisa e de coloração clara. Em árvores adultas, geralmente apresenta-
se com coloração preta-amarronzada, dura e fissurada. A folhagem apresenta cor
verde escura, com os brotos novos suavemente amarelos. As folhas são bipinadas,
com 8 a 21 pares de pinas, cada uma com 15 a 70 pares de folíolos, medindo 1,5 a
4,0 mm de comprimento por 0,5 a 0,75 mm de largura, com glândulas presentes
entre os pares de pinas na parte superior da folha. As folhas compostas variam entre
8 e 12 cm de comprimento, com as folhagens das mudas apresentando de 4 a 8
pares opostos de pinas, cada uma composta por 20 a 25 pares de folíolos oblongos.
As inflorescências são paniculares terminais ou axilares, com tamanho aproximado
ao tamanho da folha, composta por 20 a 30 flores hermafroditas com coloração
amarelo-creme claro, florescendo, na Austrália, entre outubro e dezembro,
principalmente no mês de novembro. Os frutos são vagens mais ou menos retas,
finamente peludas, medindo entre 5 e 15 cm de comprimento por 4 a 8 mm de
21
largura. A madeira apresenta alburno muito claro e o cerne é marrom claro com
marcas avermelhadas, muito duro e resistente, com boa textura, comumente com
grã reversa ou entrelaçada, durabilidade baixa a moderada e densidade básica
próxima de 800 kg/m
3
.
Segundo MASLIN (2002), atualmente, as espécies do gênero Acacia
australianas são plantadas em aproximadamente 70 países, ocupando uma área
aproximada de 2 milhões de hectares, sendo: Acacia mearnsii, com cerca de
300.000 ha plantados na África do Sul, Brasil, China e Vietnã (cultivada para
produção de tanino, lenha e carvão); A. saligna, com mais de 500.000 ha plantados
no norte da África, Oriente Médio, Ásia Ocidental e Chile (cultivada para energia,
forragem e recuperação do solo); A. mangium, com mais de 800.000 ha plantados
na Indonésia e Malásia (cultivada para polpa de papel e madeira); e A. crassicarpa,
com cerca de 50.000 ha na Indonésia e Vietnã (cultivada para uso em polpa de
papel e madeira), além de outras espécies menos difundidas.Dentre os gêneros
introduzidos e cultivados no Brasil estão Pinus, Eucalyptus, Acacia e Populus e
segundo Higa e Resende (1992) “a acácia-negra (Acacia mearnsii De Wild) é a
terceira espécie mais plantada no Brasil”
.
Ocorre em topografia montanhosa suave à moderada, localizando-se
preferencialmente, em encostas de exposição leste e sul. a Acácia Negra é uma
espécie florestal plantada no Rio Grande do Sul desde o início do século passado. A
acácia-negra (Acacia mearnsii De Wild.), vem sendo cultivada em vários países, a
partir do início deste século X X (HIGA & DEDECEK, 1999).
A maioria das espécies é de vida curta, tendo vida xima aproximada em
cerca de 10 a 15 anos. As principais espécies plantadas no mundo são Acacia
mangium, A. saligna e A. mearnsii, sendo os principais países plantadores o Brasil e
a África do Sul, O primeiro plantio de Acacia mearnsii a acácia-negra, no Rio Grande
do Sul, foi em no fim da segunda década no século XX. Os plantios comerciais
tiveram inicio em 1928 no município de estrela (OLIVEIRA, 1960), com a importação
de 30 quilos de sementes da África do Sul, e em 1941 iniciou-se a utilização
comercial desta espécie com a criação da SETA - Sociedade Extrativa de Tanino de
Acácia Ltda.
Em 1957, existia pouco mais de 80 milhões de árvores de acácia-negra
plantadas, e atualmente a área em cultivo com esta espécie equivale a 30% da área
22
do Rio Grande do sul com florestas. Arvore alta com 15 - 20 m de altura; ramos com
sulcos superficiais, com pelos pequenos e finos e pontas jovens pilosas douradas. O
período de plantio vai de maio a outubro, mas o ideal é plantar em agosto ou
setembro, para minimizar os riscos de geadas no inverno e de possíveis estiagens
na entrada do verão.
Os frutos são vagens marrom-escuras, finamente pilosas. Da casca, de
coloração escura, é extraído o tanino. Ocorre em altitudes que variam de 850 m até
o nível do mar em clima temperado e subtropical, com temperatura média no mês
mais frio entre 0 e 5 °C. A Acácia Negra não tolera solos hidromórficos. É cultura de
coxilhas, com solos bem drenados, podendo mesmo ser pedregosos ou com
cascalhos, desde que relativamente profundos e férteis.
A quebra de dormência das sementes de acácia-negra é feita através do
método de choque térmico. Nesta técnica ferve-se a água e, quando esta entra em
ebulição, suspende-se a fonte de calor, imergindo imediatamente as sementes, onde
permanecem até a água ficar com a temperatura do ambiente (CALDEIRA;
SCHUMACHER; TEDESCO, 2000). Esses mesmos autores concluíram que, para a
produção de mudas com um adequado padrão de qualidade, deve-se usar tubetes
com 280 cm³ de volume com substrato de casca de Pinus spp. e vermiculita em
iguais proporções, incluindo doses de vermicomposto entre 56 e 112 cm³.
Dos sistemas de exploração, o mais usual em acácia-negra, normalmente
entre 7 e 9 anos de idade, é aquele que exporta o tronco todo, até o diâmetro
mínimo de 6,0 cm, deixando-se a “ponteira” no campo, juntamente com galhos e
folhas (CALDEIRA et al., 2002). Essa retirada da madeira implica, também, na
retirada de nutrientes do solo. Nesse estudo, a retirada da madeira com casca
resultou em uma maior exportação de nutrientes do que a retirada somente da
madeira sem casca. A exportação de nitrogênio (N) aumentou mais de duas vezes e
a de cálcio (Ca) mais de três vezes quando colhida a madeira com casca em relação
à madeira sem casca. Porém, a casca da acácia-negra faz parte do complexo
produtivo, sendo uma das partes exploradas economicamente. Assim, devido à
exportação necessária que ocorre nesta cultura, os autores concluíram que, em
rotações futuras, o sítio pode apresentar deficiências nutricionais.
A capacidade das leguminosas de abastecer suas necessidades totais de
nitrogênio por meio da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium tem levado as
acácias ao “status” de recuperadora de solos degradados. Segundo ORCHARD e
23
DARB
1
(1956), citados por BROCKWELL et al. (2005), Acacia mearnsii possui
capacidade de fixar, por meio de simbiose, até 200 kg/ha/ano de N
2
.
A partir de 1954, o Brasil deixou a condição de grande importador de extratos
vegetais curtientes, passando à condição de auto-suficiência, tornando a produção
de acácia-negra uma sólida atividade econômica que vem trazendo consideráveis
benefícios em mais de 40 municípios para milhares de famílias (SCHNEIDER;
TONINI, 2003). Esta atividade ocupa uma área superior a 100.000 ha, explorados
em rotações de 7 a 9 anos (SANTOS, 1997), embora muitos produtores rurais
cortem com 4 ou 5 anos de idade.
Segundo SCHNEIDER et al. (1999), a rentabilidade do cultivo da acácia-
negra é superior ao de muitas essências, embora o rendimento quantitativo da
madeira seja inferior. Esta maior rentabilidade deve-se à comercialização da casca,
que representa o objetivo principal do cultivo desta espécie, e da madeira utilizada
para a fabricação de papel, chapas de aglomerados, lenha e na produção de carvão.
O tanino extraído da casca é utilizado nas indústrias farmacêuticas e coureira, entre
outras.
Segundo SCHNEIDER et al. (2001), o uso de sistemas agrossilvipastoris em
plantios de acácia-negra por pequenos produtores ajudou na grande aceitação da
acácia-negra. São plantados milho, melancia, mandioca e outras culturas agrícolas
consorciadas à acácia-negra, enquanto as árvores apresentam pequena altura e,
posteriormente, a área é aproveitada para o pastoreio, aumentando a rentabilidade
do investimento. Além disso, o melhor aproveitamento de áreas que anteriormente
eram pouco aproveitadas tornou-se uma opção vantajosa nas propriedades rurais
(SCHNEIDER et al. 1999).
Segundo HIGA (1996), um plantio de acácia-negra aos 8 anos de idade
produz cerca de 200 m³ de madeira e 16 t de casca. Estes dados resultam em uma
produtividade média de madeira de 25 m³/ha.ano e de casca de 2 t/ha.ano.
GONZAGA et al. (1982) encontraram aos 7,5 anos de idade, valores médios por
árvore de 14,4 cm para DAP, 17,14 m para altura comercial, volume com casca de
0,198 m³, volume sem casca de 0,166 m³, volume da casca de 0,032 m³, peso da
casca na árvore de 13,6 kg, peso da árvore sem casca de 102,9 kg e densidade
básica de 0,618 g/cm³.
24
RODIGHERI e GRAÇA (2001) avaliaram a rentabilidade de plantios de
acácia-negra, bracatinga e eucalipto aos 7 anos de idade e de erva-mate cortada
anualmente até o ano de plantio. Nesta avaliação, a acácia-negra apresentou o
segundo menor custo de implantação e os maiores valores de Taxa Interna de
Retorno (46,01%), Valor Presente Líquido (R$ 2.400,35/ha) e Valor Equivalente
Anual (R$ 429,99/ha.ano). O tanino extraído da casca da acácia-negra é
amplamente utilizado na indústria de curtimento de couros e farmacêutica, além de
diversas outras utilizações, representando um importante item na economia do Rio
Grande do Sul.
Segundo SILVA et al. (1985), os taninos são encontrados em quase todas as
partes das árvores espermatófitas, na forma livre ou combinada com outras
substâncias no protoplasma das lulas vegetais ou fora delas, compreendendo um
grupo de substâncias complexas de compostos polifenólicos. Segundo MORI et al.
(2001), estes podem ser enquadrados em duas classes de compostos químicos de
natureza fenólica: os taninos hidrolisáveis e os condensados. O tanino extraído da
madeira de acácia-negra é do grupo dos condensados (MORI et al., 2001), que
representa mais de 90% da produção mundial de taninos comerciais
(GUANGCHENG; YUNLU; YAZAKI, 1991). Este grupo apresenta grande poder de
ligação e pode se condensar com formaldeído, produzindo um polímero de estrutura
tridimensional, reticulada e com alto peso molecular (GONÇALVES; LELIS, 2001).
GONZAGA et al. (1982) determinaram a densidade sica da casca de
acácia-negra (0,431 g/cm³ em média), indicando uma alta compactação e alto teor
de sólidos, possivelmente extrativos, para um material usualmente volumoso como a
casca. Segundo SANTOS et al. (2001), a casca de acácia-negra contém cerca de
28% de tanino.
A produtividade de tanino depende da interação entre diversos fatores como
características genéticas, climáticas, pedológicas, técnicas silviculturais e de manejo
utilizados nos povoamentos. A interação entre estes fatores determina o
crescimento, a quantidade e a qualidade dos produtos obtidos.
Em um estudo realizado por SCHOENAU
(1969), na África do Sul, citado por
SCHNEIDER et al. (1999), foi constatado que o conteúdo de tanino é altamente
correlacionado com o índice de sítio, a altura média e a espessura da casca,
explicando 53,3% da variação total na variável dependente na equação de
regressão múltipla ajustada para aquela situação. Outra equação ajustada explicou
25
96,6% da variação total na produção de tanino. SCHNEIDER et al. (1999)
concluíram que a produção de tanino por árvore, pode ser estimada em função do
diâmetro e altura ou diâmetro e espaço médio entre as árvores, enquanto que a
produção por hectare pode ser estimada em função da área basal e altura
dominante.
Segundo PEREIRA, MAESTRI e LAVORANTI (1985), a concentração de
tanino na casca de acácia-negra pode ser aumentada através da técnica de
anelamento. Isto reduz a disponibilidade de água em decorrência da diminuição da
atividade do sistema radicular, reduzindo a translocação do floema e impedindo o
transporte dos compostos fenólicos, precursores do tanino, da copa para as raízes,
ocasionando um maior acúmulo na parte aérea. Esses autores constataram que o
teor de tanino em árvores aneladas, avaliadas através de amostras compostas, foi
de 26,17%, contra 20,55% nas testemunhas, representando um incremento de 27%
em decorrência do anelamento basal das árvores.
SILVA et al. (1985) constataram que o teor de tanino varia significativamente
ao longo da altura de uma mesma árvore. Porém, a determinação do conteúdo de
tanino por árvore em povoamentos pode ser feita através da amostragem em um
único ponto de amostragem, localizado a 40% da altura total, independente da
idade, representando o valor médio de tanino na árvore (CAMILLO et al. 1998).
2.3.1 Impactos ecológicos
O interesse por leguminosas arbóreas é despertado por seu poder de fixação
de nitrogênio atmosférico e a simbiose com fungos micorrízicos, o que facilita seu
estabelecimento em solos pobres em nutrientes e matéria orgânica. A Acacia
mearnsii de wild é cultivada em larga escala no Estado, em área superior aos
100.000 hectares. É uma espécie recuperadora de solos, com ótima reciclagem,
fixação de nitrogênio atmosférico e com baixa exportação de nutrientes pela
colheita.
Produz grandes quantidades de sementes de longa viabilidade no solo.
As numerosas plantas geradas tendem a resultar em dominância do
ambiente invadido, com expulsão das espécies nativas. As sementes podem ser
ativamente disseminadas por aves, expandindo as áreas invadidas, pelo vento, por
água e, possivelmente, por roedores. A germinação é estimulada pelo fogo.
A conversão de ecossistemas abertos em fechados ocasiona perda de
26
biodiversidade. As árvores fixam nitrogênio e alteram o balanço de nutrientes no
solo, afetando a capacidade de sobrevivência de plantas nativas. Por ser espécie de
rápido crescimento e apresentar grande potencial invasor em áreas ripárias, absorve
grandes quantidades de água pelas raízes e diminui a vazão dos rios e córregos
cujas margens estão sendo invadidas. Diminuindo a quantidade de água disponível
no sistema bem como para uso humano.
2.3.2 Impactos econômicos
A partir de 1954, o Brasil deixou a condição de grande importador de extratos
vegetais curtientes, passando à condição de auto-suficiência, tornando a produção
de acácia-negra uma sólida atividade econômica que vem trazendo consideráveis
benefícios em mais de 40 municípios para milhares de famílias (SCHNEIDER;
TONINI, 2003). Os produtos da floresta de acácia são integralmente utilizados: a
casca, para fabricação de extratos vegetais, para a indústria coureira, tratamento de
águas de abastecimento e efluentes, adesivos para madeiras, entre outros, e a
madeira para a fabricação de cavacos, destinando-se a indústria de celulose. No
Brasil vem sendo plantada, principalmente, com a finalidade de produção de tanino e
energia. Espécies de acácia também vêm sendo empregadas para o
estabelecimento de plantações florestais.
A acácia-negra é de grande importância econômica e social nas pequenas
propriedades existentes na região de plantio, pois cerca de 60% das plantações
pertencem aos pequenos proprietários, onde desempenha importante papel sócio-
econômico para as pequenas propriedades rurais. Redução de valores cênicos para
fins de ecoturismo e lazer ecológico, perda de áreas de campo e pastoril requerendo
controle de dispersão e erradicação, também são fatores que contribuem
sensivelmente na economia quando se trata da cultura da acácia negra. A maioria
dos produtores de acácia negra planta e colhe a acácia-negra na entressafra. Na
região de produção, para a maioria dos produtores, a acácia-negra se constitui numa
das principais atividades na formação da renda rural e em muitos casos é a única
atividade na propriedade rural e, portanto, a única fonte de renda rural.
Segundo HIGA (1996), um plantio de acácia-negra aos 8 anos de idade
produz cerca de 200 m³ de madeira e 16 t de casca. Estes dados resultam em uma
27
produtividade média de madeira de 25 m³/ha.ano e de casca de 2 t/ha.ano.
GONZAGA et al. (1982) encontraram aos 7,5 anos de idade, valores médios por
árvore de 14,4 cm para DAP, 17,14 m para altura comercial, volume com casca de
0,198 m³, volume sem casca de 0,166 m³, volume da casca de 0,032 m³, peso da
casca na árvore de 13,6 kg, peso da árvore sem casca de 102,9 kg e densidade
básica de 0,618 g/cm³.
RODIGHERI e GRAÇA (2001) avaliaram a rentabilidade de plantios de
acácia-negra, bracatinga e eucalipto aos 7 anos de idade e de erva-mate cortada
anualmente até o 7º ano de plantio. Nesta avaliação, a acácia-negra apresentou o
segundo menor custo de implantação e os maiores valores de Taxa Interna de
Retorno (46,01%), Valor Presente Líquido (R$ 2.400,35/ha) e Valor Equivalente
Anual (R$ 429,99/ha.ano).
2.4 Substratos
O substrato exerce uma influência marcante na arquitetura do sistema
radicular e no estado nutricional das plantas, afetando profundamente a qualidade
das mudas, assim, a escolha do substrato torna-se essencial para o sucesso do
sistema produtivo. Segundo Backes & Kaempf, (1991), “a escolha e manejo correto
do substrato é de suma importância para a obtenção de muda de qualidade”.
Conforme Pagliarini et al. (2003), “alguns substratos alternativos o produzidos a
base de vermicomposto por favorecer o desenvolvimento das mudas devido à boa
aeração, capacidade retenção de água e fertilidade, que este possibilita”. Entretanto,
Carrijo et al. (2004), “ressaltam que a caracterização de produtos encontrados nas
diferentes regiões do país é fundamental para reduzir o custo de produção de
hortaliças em substratos”.
A composição granulométrica, que representa a distribuição do tamanho das
partículas, tem influência determinante no volume de ar e água retidos pelo substrato
(ANSORENA, 1994). De
acordo com Andriolo et al. (1999), “a vida útil de um
substrato orgânico é determinada, principalmente, pela velocidade das reações de
decomposição”, que modificam a granulometria do material e, conseqüentemente, a
proporção entre as fases sólida, líquida e gasosa.
28
Fatores físicos em um substrato como a drenagem, capacidade de retenção
de nutrientes, densidade, são citados por Santarelli (2001) que mensiona, como
materiais mais utilizados “o solo arenoso, palha de arroz carbonizada, casca de
pinus e/ou eucalipto triturada, turfa e palha de café”.
“A variedade e origem da semente, local de germinação, e a influência dos
substratos na qualidade das raízes são fatores fundamentais para obtenção de
mudas sadias” segundo Fachinello, Hoffmann, Nachtgal (1994), ainda acrescentam
que os substratos têm a função de fixação, mantendo o ambiente úmido, escuro e
com adequada aeração na base.
Os substratos para produção de mudas podem ser definidos como um meio
adequado para a sustentação e retenção das quantidades suficientes e necessárias
de água, oxigênio e nutrientes, além de oferecer pH compatível, ausência de
elementos químicos em níveis tóxicos e condutividade elétrica adequada. Gonçalves
(1995) afirma que “entre as características desejáveis nos substratos pode-se citar o
custo, disponibilidade, teor de nutrientes, capacidade de troca de cátions, aeração,
retenção de umidade e uniformidade”.
2.5 Parâmetros de qualidade da muda
Para serem selecionadas as melhores mudas de acácia no processo de
produção, podem ser utilizadas uma série de critérios, a fim de permitir um
povoamento uniforme das áreas destinadas ao florestamento. Dentre eles estão os
parâmetros morfológicos como a altura, fitomassa fresca e seca, área foliar, bem
como diâmetro do colo. os parâmetros fisiológicos, como o teor de nutrientes nas
mudas, são avaliados tanto na parte aérea como radicular.
“O parâmetro altura para avaliação da acácia negra (Acacia mearnsii de wild),
é importante se levarmos em consideração a competição existente por estas
silvícolas” conforme Mexal e Landis (1990). Porém, quando avaliamos mudas,
existem algumas citações contraditórias. Gomes e Paiva (2004) não recomendam
apenas uma variável no processo de seleção de mudas. Outros resultados
interessantes são os encontrados por Carneiro e Ramos (1981) onde o plantio de
mudas de Pinus taeda com diferentes alturas, após seis, anos não apresentou
valores equivalentes para altura, diâmetro à altura do peito e volume. Todavia, a
obtenção de mudas maiores pode corresponder a maior sobrevivência no campo
29
(PAWSEY, 1972).
O parâmetro diâmetro de colo é uma variável de estrema importância para
obtenção de mudas da acácia (acacia mearnsii de Wild) e silvícolas de um modo
geral. De acordo com Gomes, Couto, Leite, (2002) “ao avaliar-se o diâmetro de colo
e/ou associar-se diâmetro de colo a altura tem-se um dos melhores critérios
morfológicos de seleção de mudas”. A conjunção desses dois parâmetros gera
apenas um índice “sem unidade”. Gomes. Couto, Leite, (2002) mencionam este
método como sendo “um dos mais importantes parâmetros morfológicos quanto à
precisão e facilidade de obtenção, ressaltando um maior êxito no transplante”.
O peso das fitomassas fresca e seca da parte aérea e do sistema radicular são
parâmetros presentes em grande percentual das pesquisas agropecuárias, por serem
um indicador de qualidade da muda, salientando as quantidades de nutrientes e água
contidas nas plantas.
A área foliar definido como a área de folhas sobre uma unidade de área do
terreno (MONTHEITH, 1973), é uma avaliação de estrema importância, pois dela
dependem processos de suma importância, como processos da fotossíntese,
através da interceptação dos raios solares, pois, serão maiores as reservas
acumuladas quanto maior for à superfície receptora. A área foliar também está
diretamente relacionada com a capacidade de interceptação da chuva pela planta
(KERGOAT, 1998).
As essências florestais mais utilizadas nos projetos de florestamento e
reflorestamento, principalmente no sul do país, baseiam-se nas culturas da acácia
do pinus e do eucalipto. Como sabemos o plantio dessas espécies, na maioria dos
casos, deve ser feito utilizando-se mudas enraizadas em recipientes. Técnicos do
Forest Research Glendon Hall (1961), em Toronto, estudando o comportamento de
mudas produzidas em recipientes, de diferentes comprimentos, preenchidos com
turfa e vermiculita, chegaram à conclusão que os melhores resultados foram
apresentados pelos recipientes com 16 cm de comprimento. Os recipientes mais
compridos são mais trabalhosos para serem plantados e, os mais curtos contêm
menor reserva de água. Boudoux (1970), verificando a influência do diâmetro e da
altura do recipiente no desenvolvimento do sistema radicular das mudas chegou a
resultados indicativos de que, para favorecer tal desenvolvimento, o aumento do
diâmetro de recipiente é mais importante que o aumento da altura. O recipiente
plástico gido chamado de tubete foi escolhido para a realização do trabalho, pois,
30
além de promover um menor enovelamento radicular ele facilita o manuseio da
muda sem que a haja danos à mesma.
2.6 Exigências nutricionais
A presença de elementos minerais é indispensável para a elaboração da
matéria seca final das plantas. Mas, não basta que esses elementos estejam
disponíveis, sua concentração em torno das raízes deve obedecer a uma
determinada proporção. Quando essa concentração não é obedecida, a
disponibilidade dos nutrientes às plantas fica comprometida.
O nitrogênio é o nutriente que promove maior incremento na produtividade,
uma vez que em ambientes com elevados teores de fósforo e potássio a planta
responde bem à aplicação desse elemento (FERNANDES e MARTINS, 1999).
O nitrogênio promove o crescimento foliar, pois nas formas de absorção
(amônio e nitrato), participa na formação dos aminoácidos, proteínas, nucleotídeos,
ácidos nucléicos, clorofilas e coenzimas (RAVEN et al., 1996). Segundo Van Raij
(1991), “plantas com deficiência desse elemento, tem seu crescimento retardado”
Nas plantas, segundo Malavolta (2000), “o fósforo é importante na floração e
frutificação, além de ajudar no desenvolvimento do sistema radicular”.
O sforo é um elemento que constitui os tecidos vegetais, sendo
indispensável para a atividade biológica, desempenha um papel essencial como
transportador de energia na síntese de proteínas celulares, metabolismo dos
glucídios e na gênese do amido e de diversas proteínas. “Nas folhas seu conteúdo
varia de 1,4 a 1,55% de P
2
O
5
(DEMOLON, 1972). A deficiência de sforo também
reduz muito o crescimento da planta havendo má formação de folhas.
Embora o potássio não seja responsável por uma resposta acentuada em sua
produtividade, em muitas plantas, ele aumenta a resistência a doenças fúngicas,
contrabalança o efeito causado pelo excesso de nitrogênio, tornando os tecidos mais
fibrosos e resistentes ao acamamento. No entanto, em excesso provoca
desequilíbrio nutricional, dificultando a absorção de nutrientes como cálcio e
magnésio (FILGUEIRA, 1982).
O elemento cálcio que é absorvido pelas plantas, em geral, em maior
quantidade do que o fósforo influencia no metabolismo do nitrogênio, devendo-se
manter um equilíbrio adequado dos dois, de modo a evitar distúrbios (FILGUEIRA,
31
1982); que está relacionado à neutralização e insolubilização de determinados
ácidos orgânicos da planta. (DEMOLOM, 1972).
Segundo Castellane e Mesquita Filho (1991), “o suprimento de cálcio merece
atenção, pois mesmo em solos com elevada disponibilidade deste elemento, poderá
ocorrer uma distribuição do mesmo no interior da planta provocando a queima
das pontas das folhas”.
O magnésio faz parte da molécula da clorofila e participa como ativador
enzimático de muitas enzimas As plantas quando exigentes nesse elemento podem
apresentar sintomas de deficiência (RAVEN et al
., 1996).
32
3 Material e Métodos
3.1 Local e caracterização da área
O presente trabalho foi conduzido de 10/2005 a 11/2006, na área experimental
do Departamento de Fitotecnia, do Campus da Universidade Federal de Pelotas,
localizado no município de Capão do Leão, Rio Grande do Sul/Brasil. As coordenadas
geográficas do local são: latitude Sul de 31
0
52
32, longitude oeste de Greenwich de
52
0
21
24
(MOTA et al., 1975), com 13 metros de altitude em relação ao mar.
O clima local apresenta-se temperado, com chuvas bem distribuídas e verões
suaves com ocorrência de geadas de abril a novembro. A temperatura média anual fica
em torno de 17,5 °C e a umidade relativa do ar fica em torno de 82,0% (MOTA e
AGENDES, 1986).
3.2 Estufa plástica
O experimento foi conduzido em estufa plástica modelo “Arco Pampeano”,
disposta no sentido Norte-Sul, cujas medidas apresentam 10,00m de largura por 20m
de comprimento, coberta com filme de polietileno de baixa densidade de 0,15mm de
espessura com aditivo anti-UV.
3.3 Obtenção e caracterização dos materiais
A partir do mês de outubro de 2005 começou-se a coleta dos resíduos disponíveis
na região. O lodo de parboilização de arroz (LP) foi coletado da arrozeira Nelson wendt,
os restos de alimentos (RA) oriundos do restaurante universitário da UFPel também
foram usados, assim como resíduos de frutas (RF) da empresa agroindustrial Oderich,
33
localizada no distrito industrial de pelotas. Os resíduos esterco de bovinos (EB) e de
ovinos (EO) foram cedidos por propriedades particulares da região.
Os vermicompostos foram produzidos utilizando-se caixas de madeira não
aromática (cedrinho), medindo 1 m de comprimento por 60 cm de largura por 30 cm de
altura. Foram inoculadas no dia 13 de dezembro de 2005, 700 minhocas adultas e
cliteladas do gênero Eisenia espécie foetida em cada caixa, conhecidas popularmente
como minhocas vermelhas da Califórnia, que é preferencialmente utilizada pela sua
habilidade não de conversão de resíduos orgânicos, mas pelo seu rápido
amadurecimento (NEUHAUSER et al., 1980) e grande capacidade de multiplicação
(HARTENSTEIN et al., 1979) além de possuir fácil adaptação em cativeiro (KNAPPER,
1987). Estas minhocas permaneceram em cativeiro até 12 de março de 2006.
Após ser verificado que o material estava vermicompostado, misturou-se aos
diferentes vermicompostos a casca de arroz carbonizada (CAC), na proporção de 1:1.
Coletou-se amostras de cada material para análise dos teores dos macronutrientes C,
N, P, K, Ca e Mg’, valores de pH, umidade (%), relações C/N, valores de condutividade
elétrica (mS cm
-1
) conforme (TEDESCO et al. 1995).
34
Tabela 1 - Composição de macronutrientes dos diferentes substratos pré-plantio da
Acacia mernsii FAEM/UFPel, 2005/06.
N Ca k Mg P pH CE
Tratamentos*
….……………g kg
-1
…………………. mS cm
-1
T1-EB 50%+CAC 50% 9,89 38,51 7,79 0,58 2,10 6,85
3,63
T2-EO
50%+CAC 50% 14,22
57,76 17,19
3,03 5,54 7,68
4,95
T3-LP 50%+CAC 50% 21,34
48,14 9,94 4,90 29,93
8,82
8,73
T4-RA 50%+CAC 50% 18,21
128,36 21,48
0,43 4,49 7,94
6,96
T5-EB 25%+LP
25%+CAC 50% 13,53
70,60 13,96
2,59 12,87
6,87
5,48
T6-EO 25%+LP 25%+CAC 50% 13,70
57,76 16,92
2,74 9,43 7,19
6,60
T7-EB 25%+RA 25%+CAC 50% 14,05
99,48 23,36
3,75 15,26
7,98
6,84
T8-EO 25%+RA 25%+CAC 50% 11,80
38,51 13,96
1,44 3,29 7,43
4,47
T9-EB 25%+RF 25%+CAC 50% 14,57
51,35 13,16
1,15 6,29 6,95
5,02
T10-EO 25%+RF 25%+CAC 50% 15,09
35,30 16,38
1,01 4,49 7,25
5,39
T11-Plantmax
®
8,65 164,92
11,28
16,88 2,75 5,67
4,23
* (EB) Vermicomposto de esterco de bovinos, (EO) Vermicomposto de esterco de ovinos, (LP)
Vermicomposto de lodo de parboilização do arroz, (RA) Resíduo de alimentos, (RF) Resíduo de frutas e
(CAC) Casca de arroz carbonizada.
As avaliações de densidade aparente (g cm
-3
), macroporosidade (%),
microporosidade (%), porosidade total (%), capacidade máxima de retenção de água
(mL 50 cm
-3
) e umidade gravimétrica (%), (tab. 2) seguiram a metodologia descrita,
por (SILVA, 1998).
35
Tabela 2 - Caracterização física dos diferentes substratos quanto à densidade (Dp),
macroporosidade (MC), microporosidade (MI), porosidade total (Pt), capacidade
máxima de retenção de água (CRA) e umidade gravimétrica (Ug). FAEM/UFPel,
2005/06.
Dp MC MI Pt CRA
Ug
Tratamentos*
g cm
-3
..................(%)................
mL 50 cm
-3
...(%)...
T1-EB
50%+CAC
50%
0,49 14,89 49,31
64,20 24,66 42,63
T2-EO
50%+CAC 50%
0,50 32,74 25,50
58,24 12,75 26,31
T3-LP
50%+CAC 50%
0,19 12,63 58,77
71,40 29,38 61,89
T4-RA 50%+CAC 50%
0,12 28,27 37,07
65,34 18,54 56,16
T5-EB 25%+LP
25%+CAC 50%
0,15 18,27 53,12
71,39 26,56 61,72
T6-EO 25%+LP 25%+CAC 50%
0,20 21,17 49,51
70,67 24,75 57,32
T7-EB 25%+RA 25%+CAC 50%
0,49 13,72 27,98
41,70 13,99 29,29
T8-EO 25%+RA 25%+CAC 50%
0,43 26,55 18,14
44,69 9,07 22,81
T9-EB 25%+RF 25%+CAC 50%
0,19 41,33 52,59
93,91 26,29 59,10
T10-EO 25%+RF 25%+CAC 50%
0,45 29,69 18,29
47,99 9,15 22,61
T11-Plantmax
®
0,21 18,19 58,16
76,35 29,08 60,14
*
(EB) Vermicomposto de esterco de bovinos, (EO) Vermicomposto de esterco de ovinos, (LP)
Vermicomposto de lodo de parboilização do arroz, (RA) Resíduo de alimentos, (RF) Resíduo de frutas e
(CAC) Casca de arroz carbonizada.
3.4 Tratamentos e delineamento experimental
Delineamento completamente casualizado, com 11 tratamentos e 4 repetições
foi a metodologia de disposição do experimento realizado no campos da UFPel. A
disposição dos diferentes tratamentos foi assim determinada: T1: 50% esterco
bovino (EB) + 50% casca de arroz carbonizada (CAC); T2: 50% esterco ovino (EO) +
50% casca de arroz carbonizada (CAC); T3: 50% lodo de arroz parboilizado (LP) +
50% casca de arroz carbonizada (CAC); T4: 50% resíduos da agroindústria (RA) +
50% casca de arroz carbonizada (CAC); T5: 25% esterco bovino (EB) + 25% lodo
parboilizado (LP) + 50% casca de arroz carbonizado (CAC); T6 25% esterco ovino
(EO) + 25% lodo de arroz parboilizado (LP) + 50% casca de arroz carbonizada
(CAC); T7: 25% esterco bovino (EB) + 25% resíduos da agroindústria (RA) + 50%
36
casca de arroz carbonizada (CAC); T8: 25%esterco ovino (EO) + 25% resíduos da
agroindústria (RA) + 50% casca de arroz carbonizada (CAC); T9: 25% esterco
bovino (EB) + 25% resíduos de frutas (RF) + 50% casca de arroz carbonizada
(CAC); T10: 25% esterco ovino (EO) + 25% resíduos de frutas (EF) + 50% casca de
arroz carbonizada (CAC); T11: Plantmax
®
.
Para a condução do experimento usou-se como suporte para os tubetes
gradilhos metálicos onde se dispôs esses tubetes rígidos com 6 frizos internos no
sentido vertical com as seguintes dimensões: diâmetro externo de 32 mm; diâmetro
interno 26 mm; altura 26 mm, com fundo aberto de 10 mm e capacidade de
acondicionar aproximadamente 50 cm
3
.
A semeadura da Acácia negra foi realizada no dia primeiro de junho de 2006
colocando-se diretamente ao recipiente, quatro sementes por tubete. O estádio de
germinação teve início aos 10 dias do plantio, estendo-se por 15 dias. Quando as
plantas atingiram 2 cm de altura deu-se início ao desbaste com auxílio de uma
tesoura, deixando apenas uma muda por recipiente. Foi realizada uma irrigação 6L
m
-2
dia
-1
, até os 45 dias do plantio, a partir dos 46 mudou-se para duas irrigações
totalizando 12L m
-2
dia
-1
, devido à elevação da temperatura local mantendo-se essa
freqüência até o final das avaliações em estufa.
Aos vinte e três dias de setembro de 2006 (115 dias do plantio), deu-se o
término das avaliações em estufa e todas as mudas foram retiradas e encaminhadas
ao laboratório para serem realizadas as demais avaliações. Para as avaliações de
altura, utilizou-se uma régua graduada em (cm) e para a obtenção do diâmetro de
colo ou coleto foi usado o paquímetro, tomando-se por base a altura de 3 cm da
extremidade superior do tubete. Para determinação do peso fresco da parte aérea e
radicular procedeu-se à separação das mesmas com auxílio de uma tesoura,
cortando-se rente ao colo da planta. As partes aéreas foram colocadas em sacos
plásticos com as referidas identificações. As raízes foram Mergulhadas com os
tubetes em bandejas plásticas com água, deixando-os até que estivessem
totalmente umedecidos, permitindo a separação das mesmas do substrato.
Após a pesagem da matéria fresca em balança digital “0,01g” foram feitas
avaliações da área foliar a parte aérea em aparelho Integrador Li-COR modelo LI-
3.100, de leitura direta no Laboratório de Sementes da FAEM/UFPel. Para secagem
da parte aérea e sistema radicular as amostras foram dispostas em embalagens de
papel e conduzidas à estufa de circulação de ar forçada a 60ºC, até atingirem peso
37
constante conforme descrito por Hunter (1974). Passadas 72 horas do
acondicionamento das amostras na estufa, o material foi retirado para que fosse
realizada a pesagem da parte aérea e do sistema radicular com o objetivo de
observar peso seco de ambas as variáveis.
Passada esta etapa os materiais da muda (parte rea, radicular) e o
substrato dos diferentes tratamentos foram moídos e encaminhados às analises dos
teores de N, P, K, Ca, Mg no laboratório de química da FAEM/UFPel. As análises
químicas da parte aérea das plantas e dos substratos seguiram a metodologia
proposta em (TEDESCO et al., 1995).
3.5 Variáveis analisadas
As variáveis avaliadas foram: número de plantas, diâmetro de colo, altura de
plantas, fitomassa fresca da parte rea, fitomassa fresca da raiz, fitomassa fresca
total, fitomassa seca da parte aérea, fitomassa seca da raiz, fitomassa seca total,
composição de macronutrientes da fitomassa seca das partes aérea e radicular e
composição de macronutrientes dos diferentes substratos após a retirada das
mudas.
38
3.6 Análise estatística
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, Teste de
médias (tukey 5%) de probabilidade, utilizando-se o Sistema de Análises Estatística
genes (CRUZ 2001).
Figura 1. Amostra do sistema de plantio de mudas FAEM/UFPel.
39
4 Resultados e Discussão
No apêndice A, nas tabelas de 7A, 8A, 9A e 10A encontram-se as análises
estatísticas das variáveis agronômicas bem como dos macronutrientes.
Na tabela 3 estão dispostas as variáveis Fitomassa fresca da parte aérea
(FFPA), fitomassa seca da parte aérea (FSPA), fitomassa fresca da raiz (FFR),
fitomassa seca da raiz (FSR).
Na tabela 4 encontram-se as variáveis, diâmetro do colo (DC), altura da
planta. E área foliar (AF).
Na tabela 5 encontraremos a composição dos macronutrientes nitrogênio (N),
fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), e manganês (Mg) para parte aérea da raiz.
Já na tabela 6 os macronutrientes analisados conforme a raiz da acácia negra
(acacia mearnsii de Wild) são respectivamente nitrogênio (N), fósforo (P), Potássio
(K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg).
4.1 Fitomassa fresca parte aérea
Analisando os valores apresentados na variável fitomassa fresca da parte
aérea (FFPA), tabela 3, constata-se que o tratamento T11 (Plantmax
®
), apresentou o
maior valor para esta variável, diferindo significativamente dos demais tratamentos,.
os tratamentos T3 (lodo de arroz parboilizado 50% + casca de arroz parboilizado
50%) e T4 (restos da agroindústria 50% + casca de arroz parboilizado 50%)
apresentaram valores significativamente inferiores quando comparados com os
demais tratamentos, embora sem diferirem estatisticamente dos tratamentos T1, T5,
T6 e T7.
40
Caldeira et al. (2000) trabalhando com produção de mudas de acácia negra
(Acacia mearnsii de Wild) com utilização de vermicomposto bovino como substrato
em doses acrescido de casca de pinus decomposta, mais vermiculita, encontraram
uma variação na fitomassa fresca da parte aérea de 2,31 a 4,17 g planta
-1
. No
presente trabalho somente o substrato Plantmax
®,
ficou dentro da faixa obtida pelos
referidos autores, confirmando baixa disponibilidade de nutrientes substanciais a
acácia negra para esta variável nos compostos testados.
4.2 Fitomassa seca da parte aérea
O presente trabalho obteve resultados distintos para a variável fitomassa seca
da parte aérea (FFPA), com valores que variam de 0,072g a 0,595g, obtendo valores
semelhantes encontrados por Cunha et al. (2006), que foram de 0,19g a 0,57g na
pesquisa com Acacia mangium, conduzidas em substratos a base de areia lavada e
lodo de esgotos sem inoculação de bactérias do gênero Rhizobium. Para os
mesmos tratamentos o autor conduziu também experimento com Acacia
auriculiformis obtendo respostas entre 0,44g chegando a 0,90g. Fonseca, (2005) em
trabalho realizado com substratos de lixo urbano podas de árvores e substratos
tradicionais encontrou valores entre 0,20g e 3,70g em estudo realizado com acacia
mangium, aos 120 dias após a repicagem. Com estes números pode-se confirmar,
desempenhos semelhantes em substratos distintos.
4.3 Fitomassa fresca da raiz
Observando a variável fitomassa fresca da raiz (tabela 3), constata-se que o
tratamento T11 mais uma vez obteve melhores respostas agronômicas que os
demais tratamentos, enquanto o tratamento T4 ficou com as piores respostas
analisadas. Segundo Reis et al. (1989), “a restrição do sistema radicular limita o
crescimento e o desenvolvimento de várias espécies, reduzindo a área foliar, altura
da muda e a produção de biomassa”. Esta afirmativa vem de encontro ao trabalho
em estudo, pois as variáveis fitomassa fresca parte aérea, a altura da muda e área
foliar se destacaram também para o tratamento T11.
41
4.4 Fitomassa seca raiz
Destacou-se como melhor tratamento, tabela 3, o T11 húmus comercial
Plantmax
®
, enquanto o tratamento T4 resíduos da agroindústria + ½ casca de
arroz carbonizada) mostrou-se aquém das demais para esta variável.
Cunha et al. (2006), desenvolveram uma pesquisa para avaliar o
comportamento de duas cultivares de acácia para produção de mudas, utilizando
sementes inoculadas e não inoculadas e como substratos solo (horizonte B) + areia
lavada + adubação mineral, solo (horizonte B) + areia lavada + esterco bovino, solo
(horizonte B) + lodo de esgoto + areia lavada e somente lodo de esgoto.
Observaram que a matéria seca das raízes das mudas de acácia, dos tratamentos
sem inoculação, variou de 0,06 a 0,16g.
Os dados encontrados neste trabalho, para a variável fitomassa seca da raiz,
diferem dos encontrados pelos autores acima citados, variando de 0,035 a 0,96g,
estando dentro da faixa encontrada por Fonseca (2005), que em diferentes
substratos obteve 0,06g e 1,58g para a variável em questão, trabalhando com
mudas de Acacia mangium. Sendo o T11 o tratamento que apresentou melhores
respostas agronômicas, em todas as variáveis a partir do melhor resultado da
fitomassa seca da raiz.
42
Tabela 3 - Fitomassa fresca da parte aérea (FFPA), fitomassa seca da parte aérea
(FSPA), fitomassa fresca da raiz (FFR) e fitomassa seca da raiz (FSR) de mudas de
acácia negra (Acacia mearnsii de Wild). UFPel, 2006.
Tratamentos FFPA
(g)
FSPA
(g)
FFR
(g)
FSR
(g)
T1(EB 50% + CAC 50%) 0,632 bcd 0,228 bc 0,365 bc 0,317 bcd
T2(EO 50% + CAC 50%) 1,407 b 0,305 b 0,680 b 0,352 bc
T3(LP 50% + CAC 50%) 0,312 d 0,093 d 0,207 cd 0,128 c
T4(RA 50% + CAC 50%) 0,120 d 0,072 d 0,115 d 0,035 d
T5
(EB 25%+LP 25%+CAC 50%)
0,452 cd 0,160 cd 0,217 cd 0,185 c
T6
(EO25%+LP25%+CAC50%)
0,617 bcd 0,197 cd 0,375 bc 0,185 c
T7
(EB25%+RA25%+CAC 50%)
0,582 bcd 0,235 bc 0,307 bc 0,260 bc
T8
(EO25%+RA25%+CAC 50%)
0,890 b 0,237 bc 0,530 b 0,330 bc
T9
(EB25%+RF25%+CAC 50%)
0,690 bc 0,187 bcd 0,360 bc 0,237 bcd
T10
(EO25%+RF25%+CAC50%)
0,730 b 0,327 b 0,407 bc 0,375 b
T11(Plantmax®) 4,400 a 0,595 a 2,195 a 0,960 a
EB(esterco bovino), EO(esterco ovino), CAC(casca de arroz carbonizada), LP(lodo de arroz
parboilizado), RA(restos da agroindústria), RF(resíduos de frutas).
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
4.5 Diâmetro do colo
O parâmetro diâmetro do colo (tabela 4), em geral, é o mais observado para
indicar a capacidade de sobrevivência da muda a campo (DANIEL 1997). Podemos
observar que as mudas do tratamento T11 foram estatisticamente superiores aos
demais tratamentos, para a referida variável. Em um experimento conduzido no
estado de Oklahoma, EUA, por Santos (1995), com espécies florestais, foi obtido
maior índice de sobrevivência nas mudas que apresentaram menor altura e maior
diâmetro de colo.
Levando em consideração a importância da variável diâmetro do colo de uma
muda, o presente trabalho apresentou uma variação de 0,100 a 0,575cm,
concordando com Caldeira et al. (2000), nos tratamentos T1, T3, T4, T5, T6, T7, T8,
T9 e T10, que em uma pesquisa realizada para avaliar as variáveis agronômicas
encontraram para o diâmetro do colo de plantas de acácia negra, achou valores que
43
variaram de 0,100 a 0,260cm. Nesse sentido, podemos dizer que o tratamento T11
substrato comercial Plantmax
®
e o T2 (EO 50% + CAC 50%), foram superiores aos
valores encontrados pelo referido autor, respondendo com eficiência à variável em
questão.
4.6 Altura da muda
Conforme os valores observados na tabela 4, o tratamento T11 difere
estatisticamente dos demais tratamentos despontando com 7,015cm para a variável
altura da muda, enquanto os demais tratamentos não diferiram estatisticamente
entre si, apresentando como valor mínimo 2,082cm. Os valores encontrados por
Fonseca (2005), em trabalho para avaliar a altura das mudas de jurema branca
(Mimosa artemisian), aos 120 dias após o desbaste, variaram entre 5,4cm, para o
tratamento composto de lixo urbano (CLU) 45% + composto do resíduo de poda
(CRP) 45% + 5% de moinha de carvão e 5% de subsolo argiloso, e 19,8cm para
testemunha (S6), que foi o substrato padrão utilizado pela Embrapa Agrobiologia,
constituído em volume, de 30% de composto orgânico de resíduos vegetais, 30% de
areia, 30% de subsolo argiloso e 10% de fosfato de rocha. O tratamento T11
destaque no presente trabalho está de acordo com os valores encontrados pelo
referido autor.
Caldeira et al. (2000), também apresenta valores semelhantes para acácia
negra (Acacia mearnsii de Wild), em substratos compostos a base de
vermicompostos + casca de pinus decomposta + vermiculita, com diferentes
dosagens, entre 3,2 cm e 19,9 cm, para altura da muda aos 90 dias após a
semeadura.
Segundo Pansey (1972), “a obtenção de mudas mais vigorosas pode
corresponder a maior sobrevivência no campo e este fator irá influenciar na
adaptação e desenvolvimento da muda ao longo do tempo”, embora Carneiro
(1995), afirme que “a altura da parte aérea, tomada isoladamente, foi por muito
tempo o único parâmetro utilizado para avaliação da qualidade das mudas”, método
hoje não recomendado. E Nesses termos se enquadraria o tratamento T11 com
mudas mais vigorosas, que as demais.
44
4.7 Área foliar total
Ao ser analisada a variável área foliar AFT (tabela 3), foi constatado que os
tratamentos T2, T8, T9, T10 não diferiram estatisticamente entre eles, obtendo
respostas abaixo do tratamento T11, e superiores aos tratamentos restantes. Liu et
al. (2004) argumentam que “a maior concentração de N tende a ocasionar maior
presença de ligninas e fibras nas plantas. Por outro lado, a carência de N provoca a
diminuição de clorofila, diminuição da fitomassa e do Índice de Área Foliar”,
concordando com o presente trabalho que apresentou índice maior de Nitrogênio no
tratamento T11.
Tabela 4 - Diâmetro do colo (DC), área foliar total (AFT) e altura de mudas de acácia
(AM). UFPel, 2006.
Tratamentos DC
(cm planta
-1
)
AFT
(cm
2
planta
-1
)
AM
(cm planta
-1
)
T1(EB 50% + CAC 50%) 0,150 b 71,227 cd 3,182 b
T2(EO 50% + CAC 50%) 0,325 b 148,497 b 3,455 b
T3(LP 50% + CAC 50%) 0,125 b 32,722 cd 2,427 b
T4(RA 50% + CAC 50%) 0,100 b 8,132 d 2,082 b
T5(EB 25%+LP 25%+CAC 50%) 0,200 b 50,532 cd 2,760 b
T6(EO25%+LP25%+CAC50%) 0,250 b 67,215 cd 2,525 b
T7(EB25%+RA25%+CAC 50%) 0,250 b 65,302 cd 2,722 b
T8(EO25%+RA25%+CAC 50%) 0,250 b 91,342 bc 3,527 b
T9(EB25%+RF25%+CAC 50%) 0,150 b 78,345 bcd
2,182 b
T10(EO25%+RF25%+CAC50%) 0,175 b 86,482 bc 2,887 b
T11(Plantmax®) 0,575 a 351,082 a 7,015 a
EB(esterco bovino), EO(esterco ovino), CAC(casca de arroz carbonizada), LP(lodo de arroz
parboilizado), RA(restos da agroindústria), RF(resíduos de frutas). dias seguidas pela mesma letra
não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
45
4.8 Macronutrientes na Fitomassa seca da parte aérea e da raiz
Podemos observar nas tabelas 5 e 6 os teores encontrados para as variáveis
macronutrientes, que estão discutidas a seguir.
4.8.1 Nitrogênio
O nitrogênio é um dos nutrientes mais absorvidos pelas plantas sendo o
responsável pela produção de matéria seca (WERNER et al., 2001) e de fitomassa
(GREENWOOD et al., 1991).
A maior concentração de nitrogênio (N) foi obtida no T11 (0,277mg planta
-1
)
seguido pelos tratamentos T10, T8, T7, T4, e T2. Os demais tratamentos
apresentaram teores inferiores, não diferindo entre si. Os valores encontrados
variaram de 0,067 a 0,277mg planta
-1
. Estes dados concordam com os encontrados
por Fonseca (2005), apenas para os tratamentos T1, T3, T5, T6 e T9, ficando os
tratamentos acima das respostas obtidas pelo referido autor que foram de 0,001 a
0,08 mg planta
-1
, em pesquisa para produção de mudas de acácia (Acacia mangium)
utilizando lixo urbano como substrato.
Os resultados obtidos na Tabela 6 para a variável fitomassa seca de raiz
apresentaram boas respostas para o tratamento T10 com esterco ovino+ restos de
frutas + casca de arroz carbonizada, T7 esterco bovino + restos da agroindústria +
casca de arroz carbonizada.
4.8.2 Fósforo
Para o nutriente fósforo (P), que é um elemento importante para a muda , as
melhores respostas foram obtidas pelo tratamento T11 Plantmax
®
(tabela 5), com
0,420 mg planta
-1
, tendo variado entre todos os tratamentos de 0,082 a 0,420 mg
planta
-1
.
Fonseca (2005), produzindo mudas de acácia (Acacia mangium) usando
como substrato composto de lixo urbano encontrou valores para sforo na parte
aérea das mudas que variaram de 0,001 a 0,015 mg planta
-1
. Cunha et al. (2006)
encontrou no tratamento horizonte B latossólico com areia lavada e esterco de
bovino, 4,45 mg planta
-1
, inoculado com bactéria do gênero Rhizobium, e 4,92 mg
46
planta
-1
, não inoculado para a Acacia mangium. Logo, o presente trabalho
apresentou valores superiores aos encontrados por Fonseca (2005) e inferiores aos
obtidos por Cunha et al. (2006).
Em relação a variável fitomassa seca de raiz (tabela 6), destacou-se o
tratamento T11 (0,290 mg planta
-1
), porém sem diferir estatisticamente do tratamento
T10 (0,217 mg planta
-1
), confirmando uma maior presença deste nutriente nos
tratamentos acima citados,
4.8.3 Potássio
O potássio (tabela 5) depois de analisado estatisticamente, não apresentou
diferença significativa entre os tratamentos, sendo observado mesmo teor deste
nutriente em todos os tratamentos, contrapondo as respostas obtidas por Cunha et
al., (2006), que obteve melhores resultados para o tratamento horizonte B latossólico
com areia lavada e esterco de bovino em mudas de em Acácia mangium. Os valores
encontrados no presente trabalho variaram de 0,060 a 0,310 mg planta
-1
, e foram
superiores aos encontrados por Fonseca (2005) que obteve valores entre 0,004 e
0,030 mg planta
-1
de acácia.
Os valores encontrados para FSR (Tabela 6) variaram de 0,110 a 0,017 mg
planta
-1
, destacando-se como melhores tratamentos T10 e T11.
Segundo Malavolta (1980), o elemento potássio atinge as raízes pelo
processo de difusão devendo estar localizado de modo a garantir um maior contato
com as mesmas, devido sua pequena movimentação no substrato, muitas vezes,
termina não satisfazendo a necessidade da cultura.
Este elemento quando presente nos adubos orgânicos, mesmo que em
pequenas quantidades tem sua disponibilidade facilitada devido o depender do
processo de mineralização para se tornar solúvel (Alexander, 1977). Com estas
afirmações acima, podemos definir que estes compostos disponibilizaram
quantidade uniforme, porém reduzida de potássio, não sendo suficiente para um
crescimento satisfatório das mudas.
47
4.8.4 Cálcio
Os teores de cálcio encontrados na composição da fitomassa seca da parte
aére da acácia foram equivalentes estatisticamente para o tratamento T11, T10, T7,
T6, T3, T2 e T1, variando de 0,195 a 0,545 mg planta
-1
. Cunha et al.(2000) obteve
melhores respostas para parte aérea de mudas de acácia (Acacia auriculiformes)
com e sem inoculação de bactérias do gênero Rhizobium e (Acácia mangium) com
inoculação, para o tratamento lodo de esgoto com calagem, enquanto Fonseca
(2005) obteve valores que variaram de 0,014 a 0,080 mg planta
-1
.
Os valores obtidos para a variável FSR (Tabela 6) variaram de 0,040 a 0,295
mg planta
-1
, com destaque para o tratamento T11.
4.8.5 Magnésio
Para a o macronutriente magnésio a tratamento que se sobressaiu foi o T11
com 0,175mg planta
-1
, sendo o menor valor 0,017 mg planta
-1
no tratamento T3
contrastando com Cunha et al. (2000), que para acácia auriculiformes encontrou
resultados de 3,10mg planta
-1
, para o tratamento a base de areia lavada e esterco
bovino sem inoculação, e 0,50mg planta
-1
para o tratamento que teve como base
areia lavada e lodo de esgoto. Para o sistema radicular, o Tratamento T11
igualmente obteve melhores respostas para a composição de magnésio na muda
de acácia mearnsii de Wild.
O melhor tratamento para a variável FSR (Tabela 6) foi o T11 apresentando
0,077 mg planta
-1
, o que vem a confirmar uma presença mais vigorosa e robusta
deste tratamento.
48
Tabela 5 - Teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, acumulados
na parte aérea em mudas de acácia negra (acacia mearnsii de wild.).
FAEM/UFPel, 2005/2006.
Tratamentos Nitrogênio
Fósforo Potássio Cálcio Magnésio
-------------------------------mg planta
-1
---------------------------
T1(EB 50% + CAC 50%) 0,075 c 0,137 bc 0,305 a 0,395 ab 0,050 bc
T2(EO 50% + CAC 50%) 0,115 bc 0,190 bc 0,083 a 0,215 ab 0,040 bc
T3(LP 50% + CAC 50%) 0,075 c 0,137 bc 0,118 a 0,395 ab 0,017 c
T4(RA 50% + CAC 50%) 0,095 bc 0,082 c 0,165 a 0,105 b 0,025 bc
T5
(EB 25%+LP 25%+CAC 50%)
0,067 c 0,167 bc 0,070 a 0,107 b 0,050 bc
T6
(EO25%+LP25%+CAC50%)
0,072 c 0,120 bc 0,060 a 0,442 ab 0,025 bc
T7
(EB25%+RA25%+CAC 50%)
0,115 bc 0,157 bc 0,310 a 0,195 ab 0,047 bc
T8
(EO25%+RA25%+CAC 50%)
0,110 bc 0,147 bc 0,098 a 0,110 b 0,017 c
T9
(EB25%+RF25%+CAC 50%)
0,0723 c 0,147 bc 0,070 a 0,175 b 0,035 bc
T10
(EO25%+RF25%+CAC50%)
0,180 b 0,255 b 0,140 a 0,230 ab 0,065 b
T11(Plantmax®) 0,277 a 0,420 a 0,140 a 0,545 a 0,175 a
EB(esterco bovino), EO(esterco ovino), CAC(casca de arroz carbonizada), LP(lodo de arroz
parboilizado), RA(restos da agroindústria), RF(resíduos de frutas). dias seguidas pela mesma letra
não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
49
Tabela 6 - Teores de cálcio, nitrogênio, fósforo e magnésio, acumulados nas
raízes das mudas de acácia negra (Acacia mearnsii de wild.). FAEM/UFPel,
2005/2006.
Tratamentos Nitrogênio
Fósforo Potássio Cálcio Magnésio
mg planta
-1
T1(EB 50% + CAC 50%) 0,035 bcd
0,130 bc 0,025 c 0,120 bcd 0,020 bc
T2(EO 50% + CAC 50%) 0,047 bcd
0,110 c 0,047 bc 0,120 bcd 0,017 bc
T3(LP 50% + CAC 50%) 0,020 d 0,102 c 0,017 c 0,110 bcd 0,022 bc
T4(RA 50% + CAC 50%) 0,025 cd 0,090 c 0,022 c 0,040 d 0,010 c
T5
(EB 25%+LP 25%+CAC 50%)
0,020 d 0,085 c 0,020 c 0,080 cd 0,010 c
T6
(EO25%+LP25%+CAC50%)
0,035 bcd
0,107 c 0,035 bc 0,075 cd 0,020 bc
T7
(EB25%+RA25%+CAC 50%)
0,070 bc 0,147 bc 0,047 bc 0,152 bc 0,025 bc
T8
(EO25%+RA25%+CAC 50%)
0,022 cd 0,085 c 0,025 c 0,092 cd 0,015 bc
T9
(EB25%+RF25%+CAC 50%)
0,057 bcd
0,100 c 0,022 c 0,095 cd 0,017 bc
T10
(EO25%+RF25%+CAC50%)
0,077 b 0,217 ab 0,072 ab 0,197 b 0,040 b
T11(Plantmax®) 0,130 a 0,290 a 0,110 a 0,295 a 0,077 a
EB(esterco bovino), EO(esterco ovino), CAC(casca de arroz carbonizada), LP(lodo de arroz
parboilizado), RA(restos da agroindústria), RF(resíduos de frutas).
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
50
5 Conclusões
Nas condições que se desenvolveu o experimento pode-se concluir que:
a) Os resíduos vermicompostados permitem, em geral, a obtenção de mudas
de acácia (Acacia mearnsii) aptas para o transplante.
b) O produto comercial Plantmax
®
permite a obtenção de mudas de acácia
(Acacia mearnsii) com respostas agronômicas satisfatórias.
c) A misturas (Esterco ovino 50%+ CAC 50%) e (Esterco ovino 25% + restos
de frutas 25% + CAC 50%) são substratos alternativos recomendáveis
para produção de mudas de acácia (Acacia mearnsii).
d) Não é recomendado a utilização da mistura (restos da agroindústria 50% +
casca de arroz carbonizada 50%) para produção de mudas de acácia
(Acacia mearnsii).
51
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CNPF, n. 44, 8p. 2001.
SANTOS, C.B. Efeito de Modelos e Tipos de Substratos na Qualidade de Mudas de
Cryptomeria japonica. Santa Maria, RS. Tese de Mestrado. Universidade Federal de
Santa Maria, 1995, p. 25.
SCHNEIDER, P.R.; CAMILLO, S.B. de A.; FINGER, C.A.G.; FRIZZO, S.M.B.
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SCHNEIDER, P.R.; FLEIG, F.D.; FINGER, C.A.G.; SPATHELF, P. Produção de
madeira e casca verde por índice de sítio e epaçamento inicial de acácia-negra
(Acacia mearnsii De Wild.). Ciência Florestal, Santa Maria, v.11, n. 1, p. 151-165,
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SCHNEIDER, P.R.; TONINI, H. Utilização de variáveis dummy em equações de
volume para Acacia mearnsii de Wild. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 13, n. 2,
p. 121-129, 2003
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Plant phisiol. 21, 197-206.
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Grande do Sul. RS, 1995, p. 174.
58
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vermicomposto na produção de mudas de Caroba (Jacaranda micrantha
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TIBAU, A. O. Matéria Orgânica do Solo. In: Matéria Orgânica e Fertilidade do Solo.
São Paulo: Nobel, 1984. p.49-182.
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pesquisa da potassa e do fosfato. São Paulo: Agronômica Ceres Ltda., 1991, p. 343.
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urbano. In: Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 27, 1999, Brasília. Resumos...
Brasília: SBCS/EMBRAPA, 1999. CD-Rom.
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sobre Manejo de Pastagens,18., 2001, Piracicaba. Anais... Piracicaba: FEALQ,
2001. p.129-156.
59
Vita
Alexandre Terracciano Villela, nascido no dia 21 de Outubro de 1970 em
Pelotas, Rio Grande do Sul (RS). No período de 1987 a 1990 cursou segundo grau
Colégio Santa Margarida, Pelotas, Rio Grande do Sul (RS). Ingressou no Curso
Bacharelado em Ecologia em 2000 (UCPel), obtendo titulo de Ecólogo em Janeiro
de 2005. Em 2005, ingressou no programa de Mestrado Em Agronomia, área de
concentração Produção Vegetal da FAEM/UFPel, orientado pela professora Dra.
Tânia Beatriz Gambôa Araújo Morselli. Entre trabalhos como autor e co-autor,
publicou vários resumos em congressos e reuniões cnicas. Participou de vários
projetos de pesquisa relacionado a produção vegetal a base de fertilizantes
orgânicos. Dissetação ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia da
Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de
Mestre em Ciências (área do conhecimento: Produção Vegetal).
60
Apêndice
Tabela A. Análise de variância da fitomassa fresca da parte rea (FFPA),
fitomassa fresca da raiz (FFR), fitomassa seca da raiz (FSR),fitomassa
seca da parte aérea (FSPA), da acacia mearnsii de wild submetido a
diferentes substratos em ambiente protegido. FAEM, 2005/06.
GL= graus de liberdade; QM= Quadrado Médio; CV= coeficiente de variação, FFPA= fitomassa
fresca da parte aérea; FFR= fitomassa fresca da raiz, PSR= peso seco da raiz, PSPA= peso seco da
parte aérea.* significativos a 5% de probabilidade de erro pelo teste de tukey.
Tabela B. Analise de variância do diâmetro do colo (DC), altura da muda e área foliar
(AF), da acácia negra (Acacia mearnsii de wild) submetido a diferentes
substratos em ambiente protegido. FAEM, 2005/06.
GL= graus de liberdade; QM= Quadrado Médio; CV= coeficiente de variação. AF= área foliar, AM=
altura da muda, DC= diâmetro do colo, AF= área foliar, * significativos a 5% de probabilidade de
erro pelo teste de tukey.
Quadrados Médios
F.V. G.L.
FFPA FFR FSR FSPA
Tratamentos 10 0,074* 0,221* 1,357* 5,597*
Resíduo 30 0,004 0,007 0,029 0,099
Média 0,244 0,316 0,513 0,981
C.V. 25,90 27,62 33,42 32,00
Quadrados Médios
F.V. G.L.
DC AF AM
Tratamentos 10 0,069*
33768,514*
7,426*
Resíduo 30 0,009 920,348 1,497
Média 0,231 95,534 3,161
C.V. 40,92 31,755 38,708
61
Tabela C. Analise de variância do total acumulado de cálcio, nitrogênio, fósforo,
potássio, e magnésio, presentes na parte aérea da acácia mearnsii de wild
submetido a diferentes substratos em ambiente protegido. FAEM,
2005/06.
GL= graus de liberdade; QM= Quadrado Médio; CV= coeficiente de variação. Ca = cálcio presente na
parte aérea, N = nitrogênio presente na parte aérea, P = fósforo presente na parte aérea, K = potássio
presente na parte aérea, Mg= magnésio presente na parte aérea * significativos a 5% de
probabilidade de erro pelo teste de tukey.
Tabela D. Analise de variância do cálcio, nitrogênio, fósforo, potássio, e magnésio,
presentes no sistema radicular da da acácia mearnsii de wild
submetido a diferentes substratos em ambiente protegido. FAEM,
2005/06.
GL= graus de liberdade; QM= Quadrado Médio; CV= coeficiente de variação. N = nitrogênio presente
na raiz, P = fósforo presente na raiz, K = potássio presente na raiz, Mg = magnésio presente na raiz,
Ca = cálcio presente na raiz. * significativos a 5% de probabilidade de erro pelo teste de tukey.
Quadrados Médios
F.V. G.L.
Ca N P K Mg
Tratamentos
10 0,090*
0,183* 0,036*
0,031 0,008*
Resíduo 30 0,021 0,001 0,003 0,023 0,0003
Média 0,243 0,1095
0,173 0,141 0,0498
C.V. 60,26 35,355
33,46 107,84 35,564
Quadrados Médios
F.V. G.L.
N P K Mg Ca
Tratamentos
10 0,005*
0,017* 0,003*
0,002* 0,019
Resíduo 30 0,0004
0,0013
0,0003
0,0001 0,0014
Média 0,049 0,133 0,040 0,024 0,126
C.V. 40,228
27,690
45,837
49,114 29,325
62
Figura 2. Gráfico demonstrativo do Peso Total da Parte Aérea das mudas de
Acacia mearnsii de Wild nos diferentes tratamentos FAEM/UFPel.
Figura 3. Gráfico demonstrativo do Peso Total das Raizes das mudas de Acacia
mearnsii de Wild nos diferentes tratamentos FAEM/UFPel.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
g
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11
Tratamentos
Seqüência1
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
g
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11
Tratamentos
Seqüência1
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