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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO
GUILHERME SILVEIRA MARTINS
A Construção do Conhecimento Científico no Campo de Gestão de Operações no
Brasil: uma análise sob a ótica de Redes Sociais do período 1997-2008
SÃO PAULO-SP
2009
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GUILHERME SILVEIRA MARTINS
A Construção do Conhecimento Científico no Campo de Gestão de Operações no
Brasil: uma análise sob a ótica de Redes Sociais do período 1997-2008
Dissertação apresentada à Escola de
Administração de Empresas de São Paulo
da Fundação Getulio Vargas, como
requisito para obtenção do título de
Mestre em Administração de Empresas.
Campo de conhecimento:
Gestão de Operações
Orientador: Prof. Dr. João Mário Csillag
SÃO PAULO-SP
2009
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Martins, Guilherme Silveira.
A Construção do Conhecimento Científico no Campo de Gestão de
Operações no Brasil: uma análise sob a ótica de Redes Sociais do período
1997-2008 / Guilherme Silveira Martins. - 2009.
183 f.
Orientador: João Mário Csillag.
Dissertação (mestrado) - Escola de Administração de Empresas de São
Paulo.
1. Administração da produção – Estudo e ensino - Brasil. 2. Administração
da produção – Pesquisa - Brasil. 3. Redes de relações sociais. 4.
Publicações científicas – Brasil. I. Csillag, João Mário. II. Dissertação
(mestrado) - Escola de Administração de Empresas de São Paulo. III. Título.
CDU 658.5(81)
GUILHERME SILVEIRA MARTINS
A Construção do Conhecimento Científico no Campo de Gestão de Operações no
Brasil: uma análise sob a ótica de Redes Sociais do período 1997-2008
Dissertação apresentada à Escola de
Administração de Empresas de São Paulo
da Fundação Getulio Vargas, como
requisito para obtenção do título de
Mestre em Administração de Empresas.
Campo de conhecimento:
Gestão de Operações
Data de aprovação:
12 / 02 / 2009
Banca examinadora:
_______________________________
Prof. Dr. João Mário Csillag (Orientador)
Fundação Getulio Vargas
_______________________________
Profª. Drª. Susana Carla Faria Pereira
Fundação Getulio Vargas
_______________________________
Prof. Dr. Abraham Sin Oih Yu
Universidade de São Paulo
Aos meus pais e aos meus irmãos pelo
incentivo e pelo apoio incondicional a esta
grande conquista.
Agradecimentos
Este trabalho é fruto de muito esforço e dedicação que só foram possíveis graças ao
apoio de algumas pessoas e instituições importantes na minha trajetória.
Antes de tudo, agradeço a Deus pela inspiração e por me dar forças para enfrentar
os desafios impostos pelo mestrado, pela cidade e pela distância da família.
Agradeço muito ao apoio incondicional que tive de minha família, especialmente aos
meus pais, que sempre acreditaram que a educação fosse a melhor herança que
eles poderiam me deixar. Tenho muito orgulho deles e agradeço a Deus cada dia
que os tenho por perto. Da mesma forma, meus irmãos foram e são fantásticos, pois
me apoiaram e me incentivaram desde muito pequeno e, em muitos momentos,
foram como pais para mim. Eles se realizam com minhas conquistas e eu com as
deles.
Na falta dos irmãos de sangue, encontrei em São Paulo amigos que levarei para a
vida como se o fossem. Os momentos passados ao lado de Wesley, Gilnei, Jo
Mauro e Vinícius vão ficar marcados e, certamente, vão se repetir ao longo de
nossas vidas. A amizade de vocês me engrandece. Fiz grandes amigos ainda na
FGV, especialmente Michele, Ângela e Aline; seja na correria das disciplinas ou na
da dissertação, sempre sobrava tempo para um bom café e ótimas risadas. Na
Siemens, agradeço a amizade de Jefferson, Chris, Monique, Carol, Douglas, do
SMO Team e também do pessoal freqüentador do Prainha. Agradeço ainda, e de
maneira muito especial, aos meus amigos da UFV, que viram esse sonho nascer; ao
sábio Prof. Afonso, ao incansável Wescley e à incentivadora Camila todo meu
agradecimento. Da UFV ainda, sou muito grato a Leonardo Gomes e a Gustavo
Guimarães que, com amizade, presteza e inteligência, foram essenciais no momento
em que o prazo da dissertação começou a ficar curto.
Agradeço ainda à FGV-EAESP por me fornecer um ambiente adequado para o
desenvolvimento deste trabalho. De maneira especial, sou muito grato ao Prof. João
Mário, por poder contar com sua sapiência e sua experiência nos trabalhos
desenvolvidos ao longo destes dois anos. Ao Prof. Brito, que me incentivou muito
desde o processo seletivo do mestrado. À Profª. Susana, com quem quero continuar
desenvolvendo muitos trabalhos. Ao Prof. Di Serio, um grande incentivador e
entusiasta. Aos colegas do curso de mestrado e doutorado, pela experiência
adquirida. À querida Márcia, por toda atenção e paciência.
Agradeço ainda ao pesquisador Luciano Rossoni que, além de ter inspirado este
trabalho, nos recebeu no Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração
da Universidade Federal do Paraná (Ceppad/UFPR) e compartilhou seus
conhecimentos. Sua contribuição foi decisiva para a viabilidade deste estudo.
João amava Teresa que amava
Raimundo que amava Maria que amava
Joaquim que amava Lili que não amava
ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa
para o convento, Raimundo morreu de
desastre, Maria ficou para tia, Joaquim
suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes que não tinha entrado na
história.”
(Quadrilha, do mineiro Carlos Drummond
de Andrade que poetizou esta rede social).
RESUMO
Este estudo parte do pressuposto de que o conhecimento científico é construído
socialmente, de forma que a interação entre a estrutura do relacionamento entre os
pesquisadores e as práticas de pesquisa reflete na construção do conhecimento
científico no campo. Desta forma, buscou-se com este trabalho identificar a relação
da produção científica do Campo de Gestão de Operações com a dinâmica de
relacionamento entre os pesquisadores que atuam no campo. Neste sentido, foi
realizado um estudo longitudinal em que foram examinados os artigos publicados no
período de 1997 a 2008 nos principais eventos e periódicos brasileiros. A análise
dos dados foi dividida em dois momentos. No primeiro, foi identificado a evolução do
campo em termos de número de artigos publicados, autores e instituições mais
prolíficos e, com base na Lei de Lotka, testou-se as medidas de produtividade do
campo. Num segundo momento, os relacionamentos entre os pesquisadores foram
identificados e estudados com base na Análise de Redes Sociais. Assumiu-se que o
relacionamento entre dois pesquisadores existia quando estes publicavam um artigo
em conjunto. Assim, foi possível identificar os dados estruturais da rede formada
pelos pesquisadores e os dados que indicavam seu posicionamento nesta rede. Os
resultados apontam para um forte crescimento do campo ao longo do período
analisado, em termos de artigos publicados e autores presentes no campo. Percebe-
se ainda que os artigos possuem maior número de autorias, o que indica aumento
na cooperação entre os pesquisadores, corroborado pelo crescimento do número
médio de laços por autor em toda a rede. Segundo os parâmetros da Lei de Lotka, o
Campo de Operações no Brasil é pouco produtivo, pois a grande maioria dos
autores possui um único artigo publicado em todo o período, não havendo assim
continuidade dos esforços de pesquisa. Desta forma, a produção do campo é
estratificada e concentrada nas mãos de poucos pesquisadores e instituições.
Verificou-se ainda que os pesquisadores fazem poucos relacionamentos, o que à
rede uma estrutura fragmentada e pouco densa. A partir de 2005, observou-se um
amadurecimento da rede que, embora se observe crescimento, este não tem vindo à
custa de maior fragmentação. Em outro momento, o posicionamento dos
pesquisadores na rede foi confrontado com sua produção científica e descobriu-se
que o volume de laços diretos que o pesquisador possui está mais relacionado ao
volume de artigos produzidos do que propriamente o seu posicionamento de
maneira estratégica nesta rede, intermediando fluxo de informação e conhecimento.
Desta forma, o trabalho relacionou a dinâmica dos relacionamentos entre os
pesquisadores e a produção científica do Campo de Operações, de forma a trazer
subsídios para a atividade de pesquisa no campo.
Palavras-chave: Campo de Gestão de Operações; Análise de Redes Sociais;
Produção Científica.
ABSTRACT
The present research is based on the assumption that scientific knowledge is socially
constructed, that interaction between the structure of researcher´s relationships and
research practice reflects on scientific knowledge construction. Thus, its main
purpose was to identify the relationship between scientific production in Operations
Management Field and the dynamics of relationships between researchers. In this
sense, it was developed a longitudinal study that examined articles published in the
period between 1997 and 2008 in major Brazilian journals and academic
conferences. Data analysis was divided into two stages. In the first, it was identified
the field development in terms of published articles, as well as authors and
institutions that published more in the field. Based on the Law of Lotka, field
productivity was tested. Secondly, the relationships between the researchers were
identified and Social Network Analysis was used to describe them. It was assumed
that one relationship existed when at least two researchers published one article
together. As results, it was identified the structural data network formed by
researchers, as well as the data that indicates and measures researchers position in
the network. It was found a strong growth of the field over the period analyzed in
terms of authors and articles published and an increase of cooperation between
researchers, supported by growth in the average number of links per author in the
whole network. According to the parameters of the law of Lotka, the Operations Field
in Brazil is very productive, because the vast majority of authors has a single article
published throughout the period. Thus, the production of the field is stratified and
concentrated in the hands of a few researchers and institutions. It was also identified
that researchers have few relationships, giving the network a little dense and
fragmented structure. Since 2005, it was evidenced a growth in the network
development, not causing further fragmentation. Another contribution is the analysis
relating the position of researchers in the network and their scientific production. It
was found that the volume of direct links that one researcher has is more related to
the volume of articles produced than its strategic position in the network. In summary,
the present research revealed and described the dynamics of relationships between
researchers and their scientific production in Operations Field with a purpose to bring
subsidizes research activity in the field.
Keywords: Operations Management Field, Social Networks Analysis, Scientific
Production.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figuras
Figura 1 - Mapa de co-citações dos artigos publicados no IJOPM entre 1994 e 2003 ........................ 32
Figura 2 - Modelo de análise de artigos, autores e autorias ................................................................. 55
Figura 3 - Evolução do número de artigos em eventos e periódicos .................................................... 67
Figura 4 – Evolução do número de autorias, artigos e autores do campo de Operações no Brasil .... 68
Figura 5 – Evolução das medidas de cooperação e produtividade do campo de Operações no Brasil,
por período de análise ......................................................................................................... 77
Figura 6 - Proporção de artigos com cooperação entre os pesquisadores .......................................... 77
Figura 7 - Número de autorias, artigos e autores no SIMPOI e no JOSCM ......................................... 81
Figura 8 - Proporção de artigos publicados no SIMPOI e JOSCM com cooperação entre os
pesquisadores ..................................................................................................................... 84
Figura 9 - Número de autorias, artigos e autores na Divisão GOL do EnANPAD no período
1997-2008 ............................................................................................................................ 85
Figura 10 - Proporção de artigos publicados na Divisão GOL do EnANPAD com cooperação entre os
pesquisadores ..................................................................................................................... 88
Figura 11 - Número de autorias, artigos e autores da Revista Gestão e Produção no período 1997-
2008 ..................................................................................................................................... 89
Figura 12 - Proporção de artigos publicados na Revista Gestão e Produção com cooperação entre os
pesquisadores ..................................................................................................................... 92
Figura 13 - Número de autorias, artigos e autores que publicaram artigos de Operações nas principais
revistas de Administração no período 1997-2008 ............................................................... 94
Figura 14 - Proporção de artigos publicados nas principais revistas de Administração entre os
pesquisadores ..................................................................................................................... 96
Figura 15 - Evolução da Cooperação nos eventos e periódicos .......................................................... 97
Figura 16 - Evolução da Produtividade Total nos eventos e periódicos ............................................... 98
Figura 17 - Evolução da Produtividade Fracionada nos eventos e periódicos ..................................... 98
Figura 18 - Evolução estrutural da rede de relacionamentos dos pesquisadores do Campo de
Operações no Brasil .......................................................................................................... 101
Figura 19 - Estrutura da Rede de Colaboração entre pesquisadores de Gestão de Operações no
Brasil (1997-2008) ............................................................................................................. 101
Figura 20 - Componente Principal (1997-2008) .................................................................................. 104
Figura 21 - Estrutura de Relacionamento entre as Categorias de Pesquisadores ............................. 106
Figura 22 - Rede Ego dos autores com maior centralidade de grau .................................................. 112
Figura 23 - Dispersão da relação entre as medidas da centralidade e a produção do pesquisador . 115
Figura 24 - Estrutura da Rede de Colaboração entre pesquisadores de Gestão de Operações no
Brasil no período 1 (1997-2000) ........................................................................................ 118
Figura 25 - Componente Principal no período 1 (1997-2000) ............................................................ 119
Figura 26 - Diagrama de árvore das similaridades entre os 2-clans no período 1 (1997-2000) ........ 122
Figura 27 - Estrutura da Rede de Colaboração entre pesquisadores de Gestão de Operações no
Brasil no período 2 (2001-2004) ........................................................................................ 125
Figura 28 - Componente Principal no período 2 (2001-2004) ............................................................ 126
Figura 29 - Estrutura da Rede de Colaboração entre pesquisadores de Gestão de Operações no
Brasil no período 3 (2005-2008) ........................................................................................ 130
Figura 30 - Componente Principal no período 3 (2005-2008) ............................................................ 131
Quadros
Quadro 1 - Tópicos abordados pelos livros-texto de Gestão de Operações ........................................ 21
Quadro 2 - Instituições (a) e autores (b) mais produtivos no campo de Operações ............................ 30
Quadro 3 - Conceitos Fundamentais na Análise de Redes .................................................................. 43
Quadro 4 - Exemplificação do conceito de densidade .......................................................................... 45
Quadro 5 - Categorização dos autores com base na sua produção científica ..................................... 62
Quadro 6 - Perfil dos autores mais prolíficos no campo de Operações no Brasil ................................ 71
Quadro 7 - Revistas da área de Administração que foram analisadas................................................. 93
Quadro 8- Componentes com mais de 7 autores no período 1 (1997 - 2000) ................................... 121
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Número de artigos publicados nos eventos e periódicos analisados ................................. 56
Tabela 2 - Autores mais prolíficos no campo de Operações ................................................................ 69
Tabela 3 – Decomposição da produção dos autores mais prolíficos no campo de Operações do
Brasil ..................................................................................................................................... 70
Tabela 4 - Instituições mais prolíficas no campo de Operações no Brasil ........................................... 72
Tabela 5 – Os Estados brasileiros e o volume de autorias ................................................................... 73
Tabela 6 - Comparação dos padrões de produtividade do Campo de Operações com os parâmetros
da Lei de Lotka .................................................................................................................... 74
Tabela 7 - Comparação entre a produtividade do Campo de Gestão de Operações com outros
campos no Brasil ................................................................................................................. 75
Tabela 8 - Evolução das medidas de cooperação e produtividade dos pesquisadores do campo de
Operações no Brasil ............................................................................................................ 76
Tabela 9 - Categorização dos autores e a participação na produção científica da área ...................... 78
Tabela 10 – Tipos de cooperação em cada categoria de autores ........................................................ 79
Tabela 11 - Autores mais prolíficos do SIMPOI e do JOSCM .............................................................. 82
Tabela 12 - Instituições mais prolíficas em trabalhos publicados no SIMPOI e no JOSCM ................ 83
Tabela 13 - Evolução das medidas de cooperação e produtividade do SIMPOI e JOSCM ................. 84
Tabela 14 - Autores mais prolíficos da Divisão GOL do EnANPAD ..................................................... 86
Tabela 15 - Instituições mais prolíficas em trabalhos publicados na Divisão GOL do EnANPAD ....... 87
Tabela 16 - Evolução das medidas de cooperação e produtividade da Divisão GOL no EnANPAD ... 88
Tabela 17 - Autores mais prolíficos da Revista Gestão e Produção .................................................... 90
Tabela 18 - Instituições com maior número de autorias em trabalhos publicados na Revista Gestão e
Produção ............................................................................................................................. 91
Tabela 19 - Evolução das medidas de cooperação e produtividade na Revista Gestão e Produção .. 91
Tabela 20 - Autores mais prolíficos das principais revistas de Administração ..................................... 94
Tabela 21 - Instituições mais prolíficas das principais revistas de Administração ............................... 95
Tabela 22 - Evolução das medidas de cooperação e produtividade nas principais revistas de
Administração ...................................................................................................................... 96
Tabela 23 - Estatística Descritiva das Estruturas de Relações .......................................................... 102
Tabela 24 - Matriz densidade dos relacionamentos entre as categorias de pesquisadores .............. 105
Tabela 25 - E-I index para os atributos dos autores ........................................................................... 107
Tabela 26 - Estatística de Small Worlds ............................................................................................. 108
Tabela 27 - Autores com maior centralidade de grau e eficiência de seus laços no período
1997-2008 .......................................................................................................................... 111
Tabela 28 - Autores com maior centralidade de intermediação no período 1997-2008 ..................... 113
Tabela 29 - Autores mais prolíficos no período 1 (1997-2000) ........................................................... 117
Tabela 30 - Instituições mais prolíficas no período 1 (1997-2000) ..................................................... 118
Tabela 31 - Autores mais centrais no período 1 (1997-2000) ............................................................ 120
Tabela 32 - Autores mais prolíficos no período 2 (2001-2004) ........................................................... 123
Tabela 33 - Instituições mais prolíficas no período 2 (2001-2004) ..................................................... 124
Tabela 34 - Autores mais centrais no período 2 (2001-2004) ............................................................ 127
Tabela 35 - Autores mais prolíficos no período 3 (2005-2008) ........................................................... 128
Tabela 36 - Instituições mais prolíficas no período 3 (2005-2008) ..................................................... 129
Tabela 37 - Autores mais centrais no período 3 (2005-2008) ............................................................ 132
Tabela 38 – Comparação das análises de redes realizadas em campos científicos brasileiros ........ 137
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
1.1 PROBLEMA
DE
PESQUISA ........................................................................................................ 17
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................................. 18
1.3 ESTRUTURA
DA
DISSERTAÇÃO ............................................................................................... 19
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 20
2.1 O
CAMPO
DE
GESTÃO
DE
OPERAÇÕES ................................................................................. 20
2.1.1
Evolução da Gestão de Operações
........................................................................................... 21
2.1.2
A pesquisa científica em Operações
......................................................................................... 27
2.2 A
ATIVIDADE
CIENTÍFICA
NO
CAMPO
DA
ADMINISTRAÇÃO
NO
BRASIL ............................. 35
2.3 REDES
SOCIAIS ......................................................................................................................... 41
2.3.1 As Propriedades Estruturais e Posicionais e a Análise Estatística dos Relacionamentos .............. 45
3 DEFINIÇÕES METODOLÓGICAS .................................................................... 53
3.1 N
ATUREZA E
D
ELINEAMENTO DA PESQUISA
...................................................................................... 53
3.2 P
ROCEDIMENTOS DE
C
OLETA E
T
RATAMENTO DOS
D
ADOS
............................................................... 54
3.3 D
EFINIÇÃO DAS
C
ATEGORIAS DE
A
NÁLISE
........................................................................................ 58
3.4 P
ROCEDIMENTOS DE
A
NÁLISE DOS DADOS
....................................................................................... 59
3.5 L
IMITAÇÕES DA PESQUISA
............................................................................................................... 64
4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................... 66
4.1 PRODUTIVIDADE
E
COOPERAÇÃO
NO
CAMPO
DE
OPERAÇÕES ........................ 67
4.1.1 Análise dos Eventos e Periódicos ................................................................................................... 80
4.2 REDES
DE
COOPERAÇÃO
DOS
PESQUISADORES
DO
CAMPO
DE
OPERAÇÕES.............. 99
4.3 A
EVOLUÇÃO
POR
PERÍODO .................................................................................................. 116
4.3.1 Período 1 (1997-2000) .................................................................................................................. 116
4.3.2 Período 2 (2001-2004) .................................................................................................................. 123
4.3.3 Período 3 (2005-2008) .................................................................................................................. 127
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .......................................................... 134
5.1 R
ECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS
.................................................................................. 139
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 142
APÊNDICE A - Pesquisadores, número de artigos e categorias ....................... 151
APÊNDICE B - Instituições e siglas ..................................................................... 170
APÊNDICE C - Grupos formados a partir da medida n-clan .............................. 180
15
1
INTRODUÇÃO
O campo de Gestão de Produção e Operações experimentou mudanças
substanciais desde o estabelecimento das manufaturas no culo XIX, com
ocasionais crises de identidades (SPRAGUE, 2007). Especialmente nas últimas
décadas, tais mudanças se intensificaram, com grande impacto tanto na atividade
empresarial quanto nas atividades de ensino e pesquisa (GUPTA; VERMA;
VICTORINO, 2006).
Neste sentido, Soteriou (1999) afirma que a área de Gestão de Produção e
Operações estabeleceu-se como uma das disciplinas-chave na maioria das escolas
de negócio em todo o mundo. Esse autor ressalta algumas mudanças fundamentais
observadas no cenário internacional de negócios, como a crescente exigência de
qualidade, o surgimento de novos mercados, a internacionalização da produção e a
competição baseada em tempo.
Assim, o desenvolvimento da Gestão de Produção e Operações como área crítica
para a Ciência da Administração fez com que pesquisadores buscassem identificar e
estabelecer uma agenda de pesquisa para o campo, com indicações de temas
emergentes e de metodologias de investigação (BUFFA, 1980; CHASE, 1980;
MILLER e GRAHAM, 1981; AMOAKO-GYAMPAH e MEREDITH, 1989; MEREDITH
et al., 1989; SWAMIDASS, 1996; PANNIRSELVAM et al., 1999). Outros
pesquisadores se preocuparam em realizar uma revisão da produção do campo, em
termos de tópicos e métodos empregados para investigar os problemas de pesquisa
identificados na área (FILIPPINI, 1997; PANNIRSELVAM et al., 1999; PRASAD e
BABBAR, 2000; ARKADER, 2003; BOYER et al., 2005; PILKINGTON e
FITZGERALD, 2006; GUPTA et al., 2005). Estes último autores possuem destacada
importância ao apresentarem uma evolução das publicações, bem como tendências
e possibilidades de estudos futuros, o que, em grande parte, complementa e ao
mesmo tempo verifica a agenda de pesquisa proposta pelos primeiros autores.
16
Assim, como visto no campo de Gestão de Produção e Operações, a avaliação de
campos científicos, em geral, tem como unidade de análise os artigos publicados.
Contudo, o conhecimento científico, materializado na publicação destes artigos, é
construído socialmente, a partir das relações que os pesquisadores desenvolvem
(KUHN, 1978; POPPER, 1972).
Neste sentido, Fisher (1993) e Rodrigues e Carrieri (2001), ao discorrerem sobre a
fragmentação do campo científico de Administração, ressaltam que a construção de
uma estrutura social lida, de forma a subsidiar o desenvolvimento de idéias e
procedimentos mais rigorosos de pesquisa e de avaliação para a área, pode ser
possível por meio da criação de redes de cooperação bem estruturadas entre
instituições de pesquisa. Nesta linha, Bertero, Caldas e Wood Jr (1998) afirmam que
é possível identificar centros, indivíduos e grupos mais influentes neste campo
científico, indicando uma estrutura estratificada da academia, do tipo centro e
periferia, o que impacta na definição e estruturação do campo do conhecimento
científico.
Desta forma, tendo como pano de fundo a construção social do conhecimento
científico e as redes formadas pelos pesquisadores na elaboração de artigos
científicos, este trabalho buscou analisar o desenvolvimento da estrutura de
relacionamento entre os pesquisadores da área de Gestão de Produção e
Operações no Brasil e sua relação com a produção científica.
Neste estudo, se propõe utilizar a análise de redes sociais para avaliar a estrutura
de um campo científico a partir da experiência de Rossoni (2006) e Guarido-Filho
(2008) na área de Organizações e Estratégia e de outras relacionadas a outras
áreas científicas (BARABASI et al., 2002; GUIMERA et al., 2005; LIU et al., 2005;
MOODY, 2004; NEWMAN, 2001a, 2001b, 2001c, 2004; WAGNER; LEYDESDORFF,
2005). Assim, os pesquisadores do campo são vistos em uma rede de interação
social, onde compartilham, concorrem, trocam informações e recursos, associam-se
em esquemas de cooperação, organizam-se sob formas variadas para a pesquisa e
criam parâmetros socialmente aceitos para a avaliação, reconhecimento ou rejeição
de idéias com pretensão de conhecimento no campo.
17
A análise de redes sociais fornece diferentes alternativas para a visibilidade do
conhecimento de uma área. Numa perspectiva histórica, objetivou-se colaborar com
a utilização de procedimentos que forneçam subsídios para a análise da dinâmica
social, com reconhecimento de pontos de transição, bem como dos agentes
envolvidos. Além disso, procura-se contribuir com metodologia que possa ser
utilizada em outras análises longitudinais em que se necessite resgatar a história de
interações sociais, o que, em tese, pode ser utilizado no estudo de outros campos
sociais.
Os resultados deste trabalho permitiram a identificação de instituições e
pesquisadores que mais contribuem para o desenvolvimento científico do campo de
Gestão de Operações no Brasil. Tal identificação não traz o devido crédito e
reconhecimento às principais instituições e acadêmicos, como também pode facilitar
uma maior interação entre estas instituições e pesquisadores. Esse tipo de
informação pode ser de valor para estudantes que estão em fase de avaliação e
seleção de instituições para sua formação na área de Gestão de Operações.
Adicionalmente, o mapeamento de instituições, pesquisadores e grupos de
pesquisadores pode servir de indicativo para editores, faculdades e empresas na
busca por instituições e estudiosos para o desenvolvimento de projetos na área,
sejam de ensino, pesquisa ou extensão.
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA
Diante das considerações introdutórias e a partir da perspectiva de que o
conhecimento científico é construído socialmente (KUHN, 1978; POPPER, 1972),
buscou-se analisar neste estudo o seguinte problema de pesquisa:
Qual a relação da produção científica do Campo de Gestão de Operações com a
dinâmica de relacionamento entre os pesquisadores?
18
1.2 OBJETIVOS
Geral:
Verificar qual a relação da produção científica do Campo de Gestão de Operações
com a dinâmica de relacionamento entre os pesquisadores no período 1997-2008.
Específicos:
Identificar os autores e seus respectivos artigos científicos publicados nos
principais eventos e periódicos nacionais de Gestão de Operações entre 1997 e
2008.
Identificar os pesquisadores e instituições mais prolíficas nos diferentes eventos
e periódicos e em diferentes períodos.
Verificar os indicadores de produção e produtividade científica no campo Gestão
de Operações.
Verificar a estrutura de relações entre os autores, a partir da análise das
propriedades estruturais, papéis e posições na rede de relações.
Verificar a relação entre indicadores de produção científica e dinâmica de
relacionamento entre os pesquisadores.
Verificar como a dinâmica de relacionamento entre os autores afeta a construção
social do conhecimento no Campo de Gestão de Operações no Brasil, a partir da
avaliação longitudinal dos indicadores estruturais.
19
1.3 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
A dissertação está estruturado em cinco seções, a contar com esta introdutória. Na
seção a seguir, são explorados os conceitos e os trabalhos anteriores que ajudam a
embasar e a responder a questão de pesquisa aqui proposta. Em seguida, são
expostos os dispositivos metodológicos do trabalho. A quarta seção traz a análise e
a discussão dos resultados encontrados, sob diferentes perspectivas, conforme os
objetivos declarados. Por fim, a quinta seção traz as conclusões da pesquisa, além
de recomendações para estudos futuros. Ao início de cada uma destas seções, uma
descrição mais detalhada de sua estrutura foi elaborada, de forma a facilitar o
entendimento da estrutura do texto.
20
2
REFERENCIAL TEÓRICO
Nesta seção são abordados os conceitos que irão embasar a execução do estudo
aqui proposto. Os temas foram divididos em três grandes blocos. O primeiro faz um
resgate da área Gestão de Operações, relacionando a evolução das abordagens
desde a sua concepção da área aos dias atuais. Em seguida, são explorados
aspectos da atividade científica no Brasil. Por fim, os aspectos da Análise de Redes
Sociais são explorados em profundidade.
Ao longo do trabalho utilizou-se a denominação de Gestão de Operações para o
campo, ou simplesmente Operações. Na literatura, pode-se encontrar outras
denominações para a área, como Administração de Produção, Gestão de Produção,
Gestão de Produção e Operações, Engenharia de Produção e outras variações para
referir-se à área aqui estudada.
2.1 O CAMPO DE GESTÃO DE OPERÕES
A gestão de operações refere-se à atividade de gerenciamento de recursos e
processos que produzem e entregam bens e serviços em busca do atendimento das
necessidades dos clientes. Toda organização, independente de sua constituição
social, possui uma função de operações, pois gera algum “pacote de valor” para
seus clientes que inclui algum composto de produtos e serviços, mesmo que, dentro
da organização, a função de operações não tenha este nome (SLACK e LEWIS,
2002).
A área de gestão de operações encontra-se inserida no currículo da grande maioria
das escolas de administração e negócios de todo o mundo, em nível de graduação e
pós-graduação, stricto e lato senso. A área de operações é abordada ainda em
áreas correlatas, com destaque para escolas de engenharia, onde é possível
encontrar vasta literatura. Nieto, Miguela e Rodriguez (1999) analisaram os
21
principais livros-texto relacionados ao tema gestão de operações e relacionaram os
tópicos recorrentes na maioria deles, ainda que sob títulos e ordens de
apresentação ligeiramente diferentes. Os tópicos mais abordados podem ser
observados no Quadro 1.
• Introdução à gestão de operações • Localização e arranjo físico de instalações
• Estratégia de operações • Gestão de qualidade e de confiabilidade
• Projeto de produtos e serviços • Projeto e gestão de redes de suprimentos
• Projeto, seleção e gestão de processos • Previsões
• Projeto e medidas do trabalho • Planejamento programação e controle das operações
• Gestão de capacidade produtiva • Gestão de estoques
• Gestão de serviços • Gestão de projetos
Quadro 1 - Tópicos abordados pelos livros-texto de Gestão de Operações
Fonte: Nieto et al. (1999)
A gestão de operações busca prover os meios para que a organização obtenha
vantagens competitivas sustentáveis tanto no curto prazo quanto no nível estratégico.
Recentemente, o escopo de atuação de acadêmicos e praticantes tem-se ampliado
da gestão de unidades operacionais para a gestão de redes de operações
complexas entre empresas. Para melhor entendimento da inserção da área no
contexto organizacional, nos próximos tópicos seabordada a evolução do campo
de gestão de operações em geral e, particularmente, a evolução das atividades de
pesquisas científicas na área.
2.1.1 Evolução da Gestão de Operações
A origem da área de Gestão de Operações está estreitamente relacionada com a
própria origem das primeiras técnicas de Administração no início do Século XX, com
Taylor, Ford e outros autores que criaram condições para que a chamada produção
em massa fosse difundida de forma mais ampla.
Apesar de esta origem ser bastante aceita, alguns autores buscaram resgatar em
épocas mais remotas o início das técnicas de gestão de operações. Voss (2007)
argumenta que a obra De Re Metallica publicado no Século XVI pode ser visualizada
como o texto de gestão de operações de sua era, pois descreve aspectos técnicos
22
de mineração e metalurgia, bem como aspectos organizacionais, gerenciais e
ferramentais a serem utilizadas. De Re Metallica chama a atenção para a
importância de se dedicar a coleta de dados empíricos, quatro séculos antes da
Administração Científica de Taylor (1911).
Já Lewis (2007), nos remete ao Século XIX a partir da análise do trabalho de
Charles Babbage (1791-1871), cuja obra mais conhecida foi On the Economy of
Machinery and Manufactures de 1832, um sumário do impacto da Revolução
Industrial na economia inglesa. Da mesma forma que Voss (2007), Lewis (2007)
salienta que muito do que se sabe sobre gestão de operações era conhecido e
praticado, mas depois foi esquecido e reinventado durante a Revolução Industrial e
novamente nos dias atuais. Como ressalta Sprague (2007), Voss (2007) e Lewis
(2007) em séculos anteriores taxonomias concordantes com a proposta de Hayes e
Wheelwright (1984), um dos artigos mais citados por estudiosos em Operações.
Sprague (2007) destaca que em 1776, três fatos geraram mudanças nas estruturas
produtivas então vigentes: a publicação da obra Riqueza das Nações de Adam
Smith, a invenção do motor a vapor de James Watt e a Declaração de
Independência dos Estados Unidos. Estes três eventos foram logo reconhecidos
como de natureza revolucionária.
Adam Smith (1776) popularizou o conceito de divisão e especialização do trabalho,
estabelecendo os fundamentos para a padronização de partes do processo
produtivo. A invenção de Watt ocasionou grandes melhorias na agricultura e nos
transportes, além de influenciar o desenvolvimento de tecnologias para manufaturas.
A independência estadunidense ajudou a assegurar que a o desenvolvimento da
indústria desse país não se limitaria às estruturas organizacionais e aos métodos
manufatureiros praticados no Reino Unido.
Embora trabalhos mais remotos como o de Adam Smith e outros supracitados
tenham contribuído para a sistematização das atividades de Gestão de Operações,
Frederick Taylor é considerado um dos responsáveis pela criação de uma disciplina
de Administração. Foi ele quem conseguiu gerar interesse e uma referência
sistemática para a implementação dos princípios do que chamava de Administração
23
Científica. Como destaca Drucker (1993), Taylor introduziu um novo foco de estudo:
trabalhadores, seu trabalho e o gerenciamento, em detrimento do estudo das
máquinas.
Era o início da produção em massa, proporcionada pelo aumento a eficiência em
processos produtivos. Buscava-se fazer mais produtos com menos recursos. Isso
em parte se justificava pelas condicionantes históricas da época: mercados afluentes
como o estadunidense requeriam quantidades crescentes de produtos que fossem
acessíveis a uma grande e crescente quantidade de pessoas.
Henry Ford, valendo-se dos princípios da Administração Científica, bem como da
divisão de trabalho de Adam Smith, criou a linha de montagem, que virou referência
da indústria manufatureira. A padronização dos produtos e sua movimentação em
estações de trabalho estáticas provocaram um aumento substancial no tempo
relativo de agregação de valor aos produtos em relação ao tempo total de
permanência dos materiais em processo dentro das unidades fabris, com grande
aumento de produtividade (FORD, 1988).
Esta estratégia teve grande sucesso o que representou a possibilidade de a Ford
Motor Company tornar-se uma grande corporação nos anos 20. Em 1926, a Ford
sozinha era responsável pela produção de dois milhões de carros por ano (SLOAN,
1999), mesmo número produzido no Brasil pelas 12 montadoras com fábrica no país
no ano de 2006 (ANFAVEA, 2007).
Nos anos 30, como conseqüência da crise da bolsa de Nova Iorque (Estados Unidos
da América - EUA) de 1929, a produção industrial caiu bastante e os esforços
concentraram-se na redução de custos dos processos produtivos. Com a demanda
abaixo da capacidade produtiva, o cliente ganhou maior importância e as empresas
começam a se preocupar com aspectos de qualidade de produto, design e
variedades. A inspeção de qualidade era realizada no fim da linha de montagem e
técnicas de estatística amostral foram introduzidas na gestão fabril.
Nos anos 40, após a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial, conforme relata
Sprague (2007), as manufaturas do país migraram de uma produção comercial para
24
uma produção militar em questão de meses, com apoio das escolas de negócios
estabelecidas no país. As primeiras escolas foram estabelecidas ainda no século
anterior. Em 1881, na Pensilvânia (EUA), foi fundada a primeira escola de negócios -
Wharton School. Em 1900, também nos EUA, foi criado o primeiro curso de
graduação em negócios - Amos Tuck School no Dartmouth College. A escola de
negócios de Harvard data de 1908. Nas décadas posteriores, muitas universidades
estadunidenses foram criando departamentos de ensino de Administração. Na
Europa, programas de MBA (Master of Business Administration) foram criados após
a Segunda Guerra Mundial. Em todos estes programas, a disciplina de Gestão da
Produção (ou Gestão da Fábrica ou Gestão Industrial) estava inserida (SPRAGUE,
2007).
Ao longo da Segunda Guerra, Harvard, como outras escolas de negócios
estadunidenses, ofereceu treinamento aos gerentes das manufaturas para a
produção militar. A dedicação a este tipo de atividade culminou na separação da
Gestão de Produção em duas subáreas (Administração e Pessoal), pois até então
possuía foco em gestão de pessoal (ver os estudos em Hawthorne) (SPRAGUE,
2007).
Ainda segundo a autora, no final da década de 50, a educação em negócios passa a
ser vista pela sociedade estadunidense como necessária à nação (PIERSON, 1959).
Isso teve impacto direto nos departamentos de gestão de produção, que começaram
a lecionar matemática introdutória e cursos de estatísticas. A maior mudança se deu
a partir do início das pesquisas em operações e na incorporação da Ciência da
Decisão nos currículos de negócios. Com isso, engenheiros de produção e
industriais começaram a migrar das escolas de engenharia para as escolas de
negócio, e a maioria se dirigia aos departamentos de produção (SPRAGUE, 2007).
Durante os anos 60 o esforço da indústria concentrava-se no atendimento ao
consumo crescente do pós-guerra. Surgiram técnicas e sistemas mais avançados
ligados a gestão de operações como o Just in Time (JIT), Bill of Materiails (BOM) e o
Manufaturing Resource Planing (MRP), importantes para a área de planejamento,
programação e controle da produção.
25
nos anos 60 e no início da década de 70, a invasão do mercado estadunidense
por produtos japoneses, principalmente na indústria automobilística, causou o
fechamento de muitas unidades fabris nos EUA. Então, Skinner (1969) publicou um
trabalho seminal para o desenvolvimento da estratégia em operações. Segundo o
autor, havia um elo perdido ou faltante entre a manufatura e a estratégia corporativa
e esta era a razão pela qual a indústria estadunidense estaria perdendo
competitividade.
Para Skinner (1969), era necessário dar à manufatura a atenção merecida nas
decisões estratégicas e não renegá-la à apenas atividades rotineiras e operacionais.
Sustenta tal afirmação com três argumentos básicos: (a) na fábrica estão os maiores
volumes de investimentos da organização; (b) a maioria das decisões envolve
recursos inertes (e.g. capacidade produtiva), de difícil reversão; e, (c) as opções
estratégicas tem repercussão direta na forma como é organizada a produção.
Nos anos 80, as empresas ocidentais passaram a perceber que muito em breve, a
qualidade seria condição de permanência (e não mais vantagem competitiva) nos
mercados mundiais. O conceito geral de Qualidade Total (TQM - total quality
management) se destaca e surgem certificações de gestão de qualidade, como a
ISO 9.000. Outro destaque nesta época foi a evolução da tecnologia de informação,
com destaque para a criação do MRPII, uma abordagem similar ao MRP, mas com o
escopo estendido para incluir o tratamento não de materiais, mas também de
outros recursos operacionais como a capacidade produtiva. Em suma, o foco recaía
sobre qualidade, tecnologia e produtividade (FILIPPINI, 1997).
Assim, buscava-se a maximização da eficiência local, ou seja, de cada empresa
individualmente em uma rede de suprimento. Havia pouca preocupação com a
ligação entre as empresas (transporte físico, fluxos de informação, fluxos financeiros
e tipos de relacionamento). Emergem alguns conceitos como a competição com
base em tempos e a engenharia simultânea como forma de aumentar a eficiência e
diminuir o tempo e os recursos gastos para introduzir novos produtos no mercado,
dada a concorrência oriental. Destaca-se ainda a emersão do conceito de
Operações de Serviços, a partir da identificação de que os princípios de manufaturas
poderiam ser adequados à gestão de serviços (MABERT, 1982; SULLIVAN, 1982).
26
Dos anos 90 aos dias atuais, a gestão de operações vem recebendo maior atenção
por parte das empresas no que tange ao seu aspecto estratégico (HILL, 1995; VOSS,
1995). O forte crescimento da micro-computação pode ser considerado um primeiro
passo para um desenvolvimento de sistemas de gestão de suprimentos, mas ainda
internamente à organização. Observou-se o desenvolvimento de técnicas de gestão
de operações voltadas a melhorias de desempenho dentro dos agentes da rede de
suprimentos, a partir do reconhecimento da consciência de que o bom desempenho
de um agente da rede estava atrelado ao bom desempenho de outros agentes
dentro da rede a que pertence (LAMMING, 1993).
Há, portanto, uma extensão da idéia de uma maior integração entre agentes, trazida
pelos sistemas integrados de gestão (i.e. ERP - Enterprise Resource Planning),
agora integrando agentes externos, ou seja, outras empresas da rede. Observa-se
neste momento a necessidade de se desenvolver novas técnicas para equacionar a
questão de como gerenciar estas redes, que as técnicas tradicionais eram
direcionadas a propriedade ou superioridade hierárquica de um gestor e, assim, não
contemplavam relações integradoras.
Em suma, o que hoje é chamado de gestão de operações tem sua origem mais
fortemente relacionada à Revolução Industrial e ganhou status de disciplina de
gestão com a Administração Científica de Taylor. A partir dos entendimentos dos
fundamentos de Taylor, a disciplina foi intitulada de Gestão da Fábrica, passando a
Gestão Industrial nos anos 30 e para Gestão da Produção na Segunda Guerra
Mundial. Como exposto, o desafio para a atual Gestão de Operações consiste na
gestão de redes de empresas, e não mais de unidades fabris, enfocando a
agregação de valor global na cadeia. Adicionalmente, a incorporação contínua e
crescente de preocupações relacionadas à gestão de serviços tende a ocupar a
agenda de pesquisadores e profissionais da área (HEINEKE; DAVIS, 2007).
27
2.1.2 A pesquisa científica em Operações
Este tópico discorre sobre a pesquisa científica em Gestão de Operações, buscando
entender a evolução de tópicos e métodos de pesquisa empregados para a
construção dos mesmos. Assim, foi realizado um levantamento sobre artigos que
fizeram meta-estudo ou que, de alguma forma, analisaram as publicações do campo
de Operações. Este levantamento foi realizado nos principais periódicos
internacionais da área (i.e. JOM Journal of Operations Management, IJOPM
International Journal of Operations and Production Management e POM – Production
and Operations Management) e nos periódicos nacionais (RAE Revista de
Administração de Empresas, RAUSP Revista de Administração da Universidade
de São Paulo e RAC Revista de Administração Contemporânea). Adicionalmente,
artigos de outros periódicos foram analisados quando se percebia que os mesmos
eram bastante referenciados nestes textos.
Muito da evolução da pesquisa em Operações está relacionada à evolução da
gestão empresarial da área, exposta no tópico anterior. Buffa (1980) sugere três
fases para o desenvolvimento do campo de Gestão de Operações, a partir do
período pós II Guerra Mundial.
Ao longo dos anos 50, quando ainda era chamada de Gestão Industrial ou da
Fábrica, os estudos da área possuíam uma característica predominantemente
descritiva e os principais tópicos de pesquisa se relacionavam a estudos de tempos
e movimentos, layout da planta, controle da produção e descrição de como os
sistemas produtivos operavam (BUFFA, 1980). Segundo Filippini (1997), os estudos
desta época assumiam implicitamente que (a) os sistemas de produção eram
isolados do ambiente e estrategicamente neutros, (b) que prevaleciam os recursos
técnicos, e (c) que o objetivo final era maximizar a produtividade da mão-de-obra.
Durante os anos 60 e 70 os estudos de Operações e da Ciência da Decisão, de uma
forma geral, proporcionaram todos científicos que permitiram aos pesquisadores
o desenvolvimento de trabalhos que se assemelhassem com a ciência natural, com
a inserção, inclusive, de tópicos de gestão de serviços e outros tópicos que
28
ampliaram as possibilidades de pesquisa no campo (BUFFA, 1980). Chase (1980), a
partir da análise de 134 artigos publicados entre 1977 e 1979 nos principais
periódicos, afirma que durante os anos 70 os pesquisadores produziram poucos
trabalhos empíricos, o que culminava em pouca utilidade para os gerentes de
operações.
Desta forma, nesta época chegou-se a questionar a continuidade da Gestão de
Operações no currículo das escolas de negócio (ANDREWS e JOHNSON, 1982).
Isso gerou uma necessidade de legitimação para o campo, que buscou alinhar suas
preocupações com as demandas das empresas a partir de um maior foco em
trabalhos empíricos (EBERT, 1990; McCUTCHEON e MEREDITH, 1993).
Neste sentido, Buffa (1980) propôs uma agenda de pesquisa para Gestão de
Operação que buscava se aproximar com o “mundo na prática”, de forma que os
resultados dos trabalhos fossem compreensíveis e aceitáveis para profissionais.
Buffa salientou a continuação da investigação em questões estratégicas, como a
escolha da tecnologia, planejamento da capacidade, análise de localização de planta
e de questões relacionadas a planejamento e controle. O autor salientou ainda que
temas como posicionamento, capacidade de planejamento e controle de qualidade
eram questões importantes a serem abordados em gestão de serviços.
Outra agenda de pesquisa para a área foi proposta por Miller e Graham (1981). Ao
contrário de Buffa (1980), estes autores procuraram estabelecer tal agenda a partir
da percepção de pesquisadores e profissionais do campo. Assim, os autores
chamam a atenção para quatro áreas: políticas de operações, controle de operações,
gestão de serviços e produtividade e tecnologia. Para estudar estas questões, Miller
e Graham recomendavam que os pesquisadores utilizassem estudo de caso e
outros métodos empíricos de forma a ampliar os métodos empregados pelo campo
que se restringiam ao uso de simulação e modelagem.
No final desta década, Amoako-Gyampah e Meredith (1989) publicaram uma análise
dos artigos da área entre 1982-1987. Os autores buscaram classificar os artigos de
acordo com a agenda proposta por Miller e Graham (1981) e encontraram que o
controle de operações foi o tópico mais comum de investigação, sendo responsável
29
por 57% dos artigos. Cerca de 70% dos artigos tratavam de programação e controle
da produção. Outro tópico da agenda de Miller e Graham (1981), produtividade e
tecnologia, representava 21% do publicado, sendo que a maior parte discorria sobre
design de processo. Entre os 16% de artigos sobre políticas de operações, maior
parte das atenções centraram-se em estratégia, com qualidade em menor grau.
Apenas 6% dos artigos pesquisados tratavam de Gestão de Serviços.
A discussão acerca dos rumos do campo revitalizou a área. Cole (1998) credita o
ressurgimento da Gestão de Operações na década de 80 como uma das principais
linhas da Administração com o surgimento dos temas relacionados à qualidade
(círculos de qualidade, gerenciamento pela qualidade total, prêmios e certificações,
como ISO 9000 e o Prêmio Deming). A importância destacada deste tópico, na visão
de Slack et al. (2004), auxiliou que temas como produção enxuta (lean production),
reengenharia, gestão da cadeia de suprimentos e e-business fossem associados ao
campo de Operações.
Pannirselvan et al. (1999) se propôs a fazer uma atualização da agenda de pesquisa
do campo de operações, a partir dos artigos publicados em sete periódicos entre
1992 e 1997, bem como dos principais eventos da área. Em termos de abordagem
metodológica, a utilização de modelagem e simulação continuava imperando em
70% das publicações do campo; survey, artigos teórico-conceituais e estudo de caso
respondiam juntos por 25% dos artigos. Em termos de temas, a pesquisa mostrou
que os artigos pouco mudaram, mas abordavam temas mais populares como
programação e controle da produção de maneira mais integrada, enfocando temas
emergentes e de interesse prático nas empresas. A programação de produção
centrava-se agora na concorrência baseada em tempo, sistemas just-in-time e
flexibilidade. No controle da produção e de estoques, as pesquisas integravam
aspectos de logística. Os resultados deste estudo indicaram também uma lenta, mas
contínua diminuição das publicações nestes dois tópicos. Destaca-se ainda o
crescimento de temas relacionados a qualidade e a estratégia.
No ano seguinte, Sameer Prasad e Sunil Babbar publicaram dois artigos, um no
JOM (PRASAD e BABBAR, 2000) e outro no IJOPM (BABBAR, PRASAD e TATA,
2000), que avaliaram as publicações em Operações de 1986 a 1997. Enquanto que
30
o artigo publicado no JOM discorria sobre Gestão de Operações Internacionais, o
trabalho do IJOPM avaliava a produtividade individual e institucional da área. Neste
último vale destacar o domínio das instituições estadunidenses como aquelas mais
produtivas no período analisado (Quadro 2a). O autor apresenta ainda a lista dos
autores considerados mais produtivos (Quadro 2b).
(a) (b)
Classif.
Instituição Classif. Autor
1
Michigan State University 1
Fawcett, Stanley E.
2
Harvard University 2
Whybark, D.C.
3
U. of North Carolina-Chapel Hill 3
Schmenner, Roger W.
4
University of Pennsylvania 4
MacDuffie J.P.
5
Arizona State University 5
Handfield, Robert
6
National University* 6
Ferdows, Kasra
7
U. of Southern California 7
Forker, Laura B.
8
Stanford University 8
van de Ven, A.D.M
9
Eindhoven U. of Technology* 9
Carter, Joseph R.
10
California State U. at Fullerton 10
Kopczak, Laura R
11
Boston University 11
Rebelo, Ivonia
12
U. of Michigan-Ann Arbor 12
Vickery, Shawnee K.
13
University of Houston 13
Noble, Margaret A.
14
Massachusetts Institute of Tech. 14
Liker, Jeffery K.
15
Monash University* 15
Vastag, Gyula
16
Naval Postgraduate School 16
Brown, Gerald G.
17
Georgia Institute of Technology 17
Kogut, Bruce
18
Iowa State University 18
Venkatesan, Ravi
19
Katholieke Universiteit Leuven* 19
Chikan, Attila
20
California State U. at Fresno 20
Hayes, Robert H.
Quadro 2 - Instituições (a) e autores (b) mais produtivos no campo de Operações
Fonte: adaptado de Babbar, Prasad e Tata (2000). Nota: * Instituições não-estadunidense
No Brasil, Arkader (2003) analisou as publicações do EnANPAD (Encontro da
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração) e os
periódicos RAC, RAE e RAUSP. A autora verificou que os temas pesquisados no
país estavam em consonância com aqueles publicados nos periódicos estrangeiros.
Os temas relacionados à produção enxuta e qualidade, amadurecidos,
começavam a ceder lugar a questões mais estratégicas e outras relacionadas à
gestão da cadeia de suprimentos. Foi avaliada ainda a inserção de autores
brasileiros em periódicos estrangeiros de Gestão de Operações. Foram encontrados
31
26 trabalhos, sendo a maior parte não pertencente a escolas de negócios, mas e
faculdades de engenharia e institutos de pesquisa.
Segundo Arkader (2003) havia um problema de natureza metodológica nas
pesquisas em Operações produzidas no Brasil. A autora finaliza o artigo com uma
análise crítica do campo e ressalta a necessidade de este buscar sua identidade
gerencial:
Pode-se concluir que a pesquisa em Gerência de
Operações no país ainda não conseguiu encontrar
sua identidade na busca de respostas a problemas
de natureza intrinsecamente estratégica, estando
ainda marcada por grande indissociação com a
engenharia. Esse estado pré-paradigmático
representa, por um lado, uma ameaça à sua
representatividade no campo da Administração,
mas, por outro, coloca um desafio e abre uma
oportunidade aos professores e pesquisadores das
escolas de negócios para que identifiquem os
temas, os métodos e os meios adequados para
diferenciá-la, firmá-la e legitimá-la como disciplina
gerencial.” (ARKADER, 2003 p.79)
Pilkington e Fitzgerald (2006) também buscaram investigar os temas mais
recorrentes do campo de Operações, mas o fez utilizando a estrutura de citações e
co-citações dos artigos publicados no IJOPM de 1994 a 2003. Como eixo
metodológico, utilizaram análise de redes, sendo os artigos sua unidade de análise.
O estudo demonstrou que as idéias centrais da área estavam focadas no tema de
estratégia de operações, com interesses específicos na tipologia de estratégias,
melhores práticas e visão baseada em recursos. Outras questões centrais eram
desempenho, o método de estudo de caso e o processo de gestão. A Figura 1
apresenta a estrutura dos artigos mais citados no periódico.
Segundo Pilkington e Fitzgerald (2006), a análise da evolução dos sub-campos de
Operações, mostraram que os estudos estavam em busca de uma melhor
compreensão da Gestão de Operações, a partir da análise da sua atuação em
relação à estratégia, ao contexto e aos recursos. Temas emergentes no campo
incluíam gestão da cadeia de abastecimento, sistemas de produção enxuta,
construção de teoria a partir de dados quantitativos e sustentabilidade.
32
Figura 1 - Mapa de co-citações dos artigos publicados no IJOPM entre 1994 e 2003
Fonte: adaptado de Pilkington e Fitzgerald (2006).
Nota: o tamanho da esfera indica o volume de vezes em que o trabalho foi citado nos artigos
analisados; quanto maior, mais citado foi o artigo. As linhas pontilhadas e os respectivos temas não
fazem parte da figura original e foram delineados com base na análise dos autores do artigo.
Gupta et al. (2006) utilizou o POM, desde o seu primeiro número em 1992 até o ano
de 2005, para verificar a publicação de trabalhos empíricos no periódico. Os autores
verificaram que pesquisas empíricas correspondiam à cerca de 40% das
publicações da revista, mesma participação de metodologias analíticas e
modelagem. O artigo mostrou também o aumento da proporção de pesquisas no
setor de serviços, correspondendo a pouco menos da metade dos artigos publicados.
Em relação ao temas, os aspectos estratégicos das operações possuem destaque,
seguidos por pesquisas sobre Gestão da Qualidade, Gestão da Cadeia de
Suprimentos, aspectos ambientais, dentre outros. Sobre o método de coleta de
dados, um terço dos artigos utilizou survey, tanto em manufaturas quanto em
empresas de serviços. Conseqüentemente, a abordagem de análise dos dados mais
utilizada foi quantitativa, com destaque para estatística descritiva, correlação e
modelagem matemática. Assim, o trabalho de Gupta et al. (2006) proporciona um
mapa dos artigos publicados no POM, um dos principais periódicos do campo.
Visão Baseada em Recursos
Estratégia de Operações
Estratégia Competitiva
Práticas Japonesas
Método de estudo de caso
Processos / Reengenharia
Medição de Desempenho
33
Para finalizar este tópico sobre a pesquisa no campo científico de Operações,
discorreu-se sobre dois artigos que apresentam uma visão crítica da produção
acadêmica da área. O primeiro deles, de Pannirselvam et al. (1999), considera que o
campo tem uma baixa taxa de mudança de tópicos e busca explicar a aparente
inércia a partir de três justificativas. Uma delas tem origem na pressão por
publicações em periódicos de prestígio, que tem como pano de fundo a manutenção
do status das universidades. Assim, os pesquisadores buscam pelo o que está
legitimado pelo campo e não se dispõem a arcar com os riscos associados a temas
e metodologias inovadores.
Outra razão apontada pelos autores é que alguma resistência por parte dos
editores e, especialmente, por parte dos revisores em relação a novos temas e,
especialmente, a novas e desconhecidas metodologias. Editores às vezes têm
dificuldade de encontrar revisores qualificados em novas metodologias e os
revisores se sentem desconfortáveis com o novo.
Um terceiro obstáculo é o alto grau de sofisticação que novas metodologias devem
exibir, a fim de serem aceitáveis. A maior parte das técnicas, apesar de novas em
Operações, não são novas para pesquisadores de outras ciências sociais. Assim, as
três justificativas formuladas por Pannirselvam et al. (1999) chamam atenção para
problemas do campo científico de operações que merecem reflexões de seus
membros.
Outro aspecto problemático do campo é abordado por Slack, Lewis e Bates (2004).
Neste artigo, a partir da análise dos artigos publicados no JOM e no IJOPM no
período de 1990 a 2003, os autores discorrem sobre a existência de dois mundos
entre a pesquisa e a prática no campo de operações, tema tratado desde a década
de 80, como visto anteriormente.
Segundo os autores, é possível identificar dois grandes gaps. O primeiro está
relacionado ao setor de enfoque. O artigo apresenta os números do Produto Interno
Bruto (PIB) dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha para ilustrar que setores como
governamental, financeiro e serviços de varejo têm participação no PIB semelhantes
à participação de manufaturas. Tomados como um todo, estes três setores podem
34
ser classificados como serviços. O setor de serviços tem participação de 12,87% e
7,64% nas publicações do JOM e do IJOPM, respectivamente. Assim, um
desequilíbrio entre o que é pesquisado em Operações e os setores que movimentam
a economia.
Outro gap identificado por Slack, Lewis e Bates (2004) diz respeito às prioridades de
conteúdo do campo. Para identificar tal gap, os autores compararam o conteúdo dos
artigos publicados no JOM e no IJOPM com as demandas de executivos que cursam
MBA, conhecidas a partir de uma pesquisa anual realizada pela Warwick University.
A comparação leva a quatro conclusões interessantes: (i) alguns tópicos aparecem
com equivalente nível de interesse entre pesquisadores e práticos, com as questões
relacionadas ao Gerenciamento de Cadeias de Suprimentos; (ii) outros temas
despertam mais interesse nos práticos que nos pesquisadores, como o caso de
produção enxuta e sistemas just-in-time, considerados bastante amadurecidos pela
academia, mas fonte de grande atenção das empresas; (iii) outras temas como
sistemas MRP/ERP (Manufacturing Resource Planning / Enterprise Resource
Planning) refletem uma aparente dificuldade de a academia prover uma resposta
veloz a um fenômeno organizacional que aparece rapidamente; (iv) e temas que
o interesse da academia é maior que o de práticos, como é o caso dos temas
relacionados à estratégia de operações.
Slack, Lewis e Bates (2004) concluem seu trabalho ressaltando que a partir do
momento em que as organizações fizerem uso da Gestão de Operações para
entender e melhorar suas atividades operacionais e estratégicas, os pesquisadores
do campo de Operações terão um contexto mais compreensivo e representativo
para o desenvolvimento de estudos, o que poderá incrementar a relevância e o
impacto dos mesmos.
Nesta seção foi realizado um resgate da Gestão de Operações, tanto no sentido
empresarial, no tópico anterior, quanto em termos de campo científico, no presente
tópico. As seções seguintes do referencial bibliográfico serão dedicadas à discussão
acerca da atividade científica e a análise de redes sociais.
35
2.2 A ATIVIDADE CIENTÍFICA NO CAMPO DA ADMINISTRAÇÃO NO BRASIL
Nesta seção pretende-se discutir aspectos relacionados à atividade científica no
Campo da Administração no Brasil. Após breve definição de campos e da inserção
social na construção do conhecimento científico, são explorados os trabalhos que
buscaram avaliar a atividade científica no Campo da Administração no Brasil.
A atividade científica, materializada na produção científica é o meio de legitimação
dos atores no campo científico (CARVALHO; GOULART; AMANTINO-DE-
ANDRADE, 2005). Para os autores, a partir de tal atividade, os cientistas buscam
impor o valor do seu conhecimento e de sua autoridade como produtores de tal
conhecimento, de forma a estabelecer uma definição de Ciência, que para Bourdieu
(1983, p. 128) é “a delimitação do campo dos problemas, dos métodos e das teorias
que podem ser considerados científicos.”
Bourdieu considera o campo científico como um campo social. O autor enfatiza as
relações de poder e os conflitos entre atores em suas posições antagônicas, pelos
quais alguns tentam fazer prevalecer a sua visão de mundo, suas regras e seus
interesses. Assim, Bourdieu (1983, p. 128) afirma que essa lógica não seria diferente
no campo científico, que é “um campo social como outro qualquer, com suas
relações de força e monopólios, suas lutas e estratégias, seus interesses e lucros”.
O entendimento de campo tem base na existência de uma comunidade de
organizações que compartilham sistemas de significados comuns e dos quais
participantes interagem mais freqüentemente entre eles do que com atores de fora
do campo (SCOTT, 2001). Entretanto, como em qualquer outro campo, o campo
científico também é marcado por uma distribuição desigual de recursos e de poder,
na qual aqueles que detêm o conhecimento legitimado ditam as regras do campo
(BOURDIEU, 2004).
Bertero, Caldas e Wood Jr. (1998) ressaltam as afirmações de Kuhn acerca da
aquisição de um paradigma é um sinal de maturidade no desenvolvimento de
qualquer campo científico. Segundo os autores tais afirmações têm grande
36
importância para o entendimento de áreas novas, como no caso a Administração, na
qual se tenta com dificuldades consolidar um campo científico, pois o paradigma
permite a construção e o desenvolvimento no tempo da ciência normal, havendo a
necessidade de um protocolo científico na área de administração.
Percebe-se em Bourdieu (2004), ao tratar o campo científico como outro qualquer, e
em Popper (1972), ao destacar que a observação é sempre seletiva, o envolvimento
de questões sociais no desenvolvimento de Ciência, sendo tais questões muitas
vezes exterior à própria Ciência (GIDDENS, 1978). Este autor ainda destaca que a
questao social é ainda mais relevante nas Ciências Sociais, principalmente por ela
possuir mais de um paradigma epistemológico.
O estudo da atividade científica, durante muitos anos, possuía como pressuposto
sua separação entre os fatores socioculturais, considerados externos ao
conhecimento (GOLDMAN, 2007). A discussão acerca da influência de fatores
relacionados ao ambiente social tem como maior representante Merton (1970). Para
Fuchs (1992), novas abordagens buscam superar tal distinção entre interno e
externo, de forma a considerar a ciência como campo social sem status privilegiado,
em que a construção do conhecimento científico seja vista como decorrência de
processos sociais de interação e negociação entre cientistas, do fazer-ciência
(FUCHS, 1993). Assim, destaca-se aqui que ciência e conhecimento reagem
(somente) ao social; pressões epistêmicas são tratadas como pressões sociais.
No Brasil, desde a década de 90, identifica-se uma crescente preocupação em
refletir a atividade científica do campo da Administração (CALDAS, TONELLI;
LACOMBE, 2002). As primeiras reflexões podem ser encontradas em Machado-da-
Silva, Cunha e Amboni (1990), Bertero e Keinert (1994) e Vergara e Carvalho Jr.
(1995). Entre 1998 e 2005, Rossoni (2006) identificou 52 artigos nos principais
fóruns brasileiros da área que se propunham a discutir as publicações no campo,
alguns deles com resultados que merecem ser destacados.
A qualidade da pesquisa científica em administração no Brasil é discutida por
Bertero, Caldas e Wood Jr (1998, 1999). Na visão dos autores, para que o
conhecimento seja gerado a partir de práticas de pesquisa com a devida crítica
37
científica, a produção do conhecimento deve obedecer a regras claras e aceitas pela
comunidade acadêmica e ter preocupações no que tange à sua cumulatividade,
ocorrendo no tempo, não sendo obra de uma ou algumas pessoas, mas um
processo de acumulação entre o que foi feito no passado e o realizado no presente.
Em Bertero, Caldas e Wood Jr (1999) são discutidos os critérios de avaliação de
trabalhos científicos. Segundo os autores, observava-se falta de originalidade,
relevância questionável e qualidade falha. Desta forma, estes autores propõem que
a Administração no Brasil, enquanto ciência, fosse desenvolvida apoiada em
gatekeepers, que estabeleceriam regras básicas para as publicações. No entanto, a
pesquisa mostrou heterogeneidade entre os critérios de pesquisa entre os
pesquisadores seniores brasileiros, o que dificultaria tal modelo.
Ao buscar artigos nacionais que refletem a produção científica em Administração,
percebe-se que a maioria dos estudos delimita sua análise em um periódico e/ou a
uma área do campo. Fleury (2003), por exemplo, buscou identificar o perfil dos
artigos publicados na Revista de Administração Pública (RAP) entre 1992 e 2002.
Segundo o estudo, os artigos de Administração blica tinham em sua maioria dos
artigos somente um autor (62,7%), sendo a maioria das publicações baseadas em
estudos empíricos (61%) contra 35,9% baseados em reflexões teóricas. O autor
observou ainda um crescimento da publicação conjunta entre professores e alunos e
que mais da metade dos autores (55,2%) eram mestres ou doutores. Por fim, as
instituições originadas do Estado do Rio de Janeiro eram as mais prolíficas, sendo
responsáveis por 40% das publicações;
No campo de Estratégia Empresarial, o artigo de Bertero, Vasconcelos e Binder
(2003) avalia os temas, metodologias, autores e vinculações institucionais dos
autores no período de 1991 a 2002. As instituições com maior volume de autorias
são a USP, UFPR, UFRGS e PUC-RJ, nesta ordem. Estas em conjunto
correspondem por 35% da produção em estratégia no período analisado. A maioria
dos artigos possuía apenas um autor (43,9%), sendo 39,6% dos artigos com 2
autores e 13,2% com 3 autores. Segundo os autores, a co-autoria começava a
despontar como prática mais freqüente.
38
A publicação da década de 90 de Marketing foi avaliada por Vieira (2003). Também
nesta área, a maioria dos trabalhos possuía um único autor (44,1%). As instituições
mais prolíficas eram são UFRGS (22,4%), USP (12,9%) e UFRJ (10,7%). Assim,
estas três instituições concentravam quase a metade da produção científica do
Campo de Marketing no Brasil no período analisado.
Tonelli, Caldas, Lacombe e Tinoco (2003) avaliaram a produção científica em
Recursos Humanos de 1991 a 2000. A USP era a instituição que mais havia
publicado em revistas e a UFMG em ENANPAD’s. Para os autores, as revistas
privilegiavam os artigos dos professores das próprias instituições. Para a produção
como um todo, havia uma concentração de 52% da produção em somente 3
instituições: USP, UFMG, UFRGS.
Na área de Sistemas de Informação, Lunardi, Rios e Maçada (2005) verificaram que
a UFRGS, FGV-EAESP e USP eram as instituições com maior número de
publicações na área, respectivamente. A UFRGS possuía os três autores mais
prolíficos do período analisado.
Alguns metas-estudo buscam avaliar a produtividade de alguns campos científicos a
partir de leis bibliométricas. Dentre estes, a Lei de Lotka (ROUSSEAU; ROUSSEAU,
2000) tem sido utilizada para demonstrar a estratificação das publicações de
campos científicos. Tal lei indica que 60,8% dos autores publicam somente uma
única vez em um campo, 15,2% publicam duas vezes, 6,8% três vezes. Esses
percentuais diminuem progressivamente e são utilizados como referência para
avaliação da produtividade de uma área. Na sua formulação original, esta lei indica
que o número de autores que fazem n contribuições em determinado campo é
aproximadamente 1/n
2
do número de autores que publicaram apenas uma única vez.
Assim, a parcela de autores com muitas publicações é bastante reduzida quando
comparada ao número de autores presentes no campo.
Oliveira, Leal, e Soluri (2003) avaliaram os artigos da área de Finanças publicados
entre 1974 e 2001. Os autores verificaram que a pesquisa em Finanças no Brasil era
menos produtiva do que estipulado pela Lei de Lotka, pois o número de autores com
um único artigo no período analisado correspondia a 77,5% dos autores que
39
atuavam no campo. Em Contabilidade, Cardoso, Mendonça Neto e Sakata (2005)
80,52% dos autores publicaram somente uma vez entre 1990 e 2003, indicando que
a área era menos produtiva que o padrão da lei. Rossoni (2006) encontrou que,
tanto para Estratégia quanto para Estudos Organizacionais, no período de 1997 a
2005, as áreas eram menos produtivas que os parâmetros da Lei de Lotka. Para
Administração da Tecnologia da Informação, Rossoni e Hocayen-da-Silva (2007)
calcularam que 76,3% dos autores da área possuíam apenas uma publicação no
período de 2001 a 2006.
Alguns estudos buscaram analisar a produção acadêmica a partir da rede de
relacionamento entre pesquisadores. Bulgacov e Verdu (2001) identificaram os
padrões do uso de redes como instrumento facilitador e promotor de pesquisa. Para
tal, fizeram uso de questionários aplicados aos participantes do ENANPAD de 1999.
Os autores identificaram que aproximadamente 40% da amostra de pesquisadores
afirmaram participar de redes de pesquisa; essas normalmente são pequenas e com
contatos intensos, mas com moderado grau de reciprocidade. Além de todos
identificarem o relacionamento como principalmente profissional, a grande maioria
(90%) identificou que os vínculos também são de amizade, o que gerou alto grau de
adesão ao vínculo informal (70%). Por fim, segundo aqueles que participam de
grupos de pesquisa, houve publicação de artigos em parceria com membros da rede
em 21 casos.
A análise das redes de relacionamento entre pesquisadores vem sendo bastante
utilizada recentemente por Luciano Rossoni e seus colegas, a partir de seu trabalho
de dissertação (ROSSONI, 2006). Neste, foram estudados os Campo de
Organizações e Estratégia no período de 1997 a 2005, a partir da perspectiva da
Teoria Institucional. O estudo teve como base os artigos publicados nos principais
eventos e periódicos nacionais. O relacionamento entre os pesquisadores existia
quando um artigo era publicado em conjunto. A pesquisa trouxe conclusões
interessantes, a destacar: (a) o campo se mostrou fragmentado, com pequena
conectividade entre os autores; (b) o campo é considerado um mundo pequeno, ou
seja, apesar da aparente fragmentação da rede geral, os pesquisadores estavam
altamente agrupados com seus pares próximos e, ao mesmo tempo, estavam
conectados a autores fora de seus grupos por meio de um pequeno número de
40
intermediários; (c) os autores que publicam no campo tendem a se conectar com
aqueles que estão bem conectados; e, (d) o relacionamento entre os autores tem
forte influência do vínculo (professor, estudante etc.) que esses apresentam nas
instituições e que estes buscam cooperar com autores de outras posições. Na área
de Administração da Informação, Rossoni e Hocayen-da-Silva (2008) encontraram
resultados semelhantes e concluíram que a área se desenvolve mais por meio de
grupos fechados do que de trocas com outros grupos.
Apesar de avaliarem diferentes disciplinas, percebe-se que os resultados dos metas-
estudo apresentados neste tópico são semelhantes. um consenso que
quantitativamente a área vem crescendo. Em muitos momentos identificou-se que
grande parte dos autores publica sozinho, o que inclui o Campo de Operações,
explorado no tópico anterior (ARKADER, 2003), apesar de a publicação conjunta
apresentar crescimento (BERTERO, VASCONCELOS e BINDER, 2003; FLEURY,
2003, VIEIRA, 2003).
Em outro artigo importante de avaliação da atividade científica da área, Rodrigues e
Carrieri (2001) afirmam não haver preocupação em replicar estudos no Brasil e nem
em fazer uso de modelos experimentados por outros autores, o que dificulta a
criação de paradigmas e tradição na área. O conhecimento gerado aqui não é
referenciado pelos autores nacionais e que tal contexto se reflete na ausência de
lideranças, na fragilidade do sistema e na ausência de uma rede de cooperação bem
estruturada entre pesquisadores.
Fisher (1993), Rodrigues e Carrieri (2001) e Caldas, Tinoco e Chu (2003) ressaltam
que o campo de Administração no Brasil carece de uma rede de cooperação bem
estruturada entre as instituições de pesquisa, com o objetivo de construir uma
estrutura social, firme o suficiente, de forma a assegurar o desenvolvimento de
idéias e de procedimentos mais rigorosos de pesquisa e de avaliação da área.
Assim, entender a rede de cooperação entre os pesquisadores da área parece
importante para subsidiar profundas reflexões sobre o campo, o que motiva a
realização do presente estudo, a partir da técnica de analise de redes sociais. No
tópico seguinte, serão apresentados os conceitos e as características da
41
metodologia de análise de redes sociais e como esta pode auxiliar no estudo do
campo científico de Operações.
2.3 REDES SOCIAIS
O volume de trabalhos que fazem uso da análise de redes sociais cresceu de forma
consistente nos últimos anos. Segundo Scott (2000), desde a cada de 70 surgiu
uma avalanche de trabalhos cnicos e aplicações. Destes trabalhos emergiram os
conceitos principais da análise de redes sociais.
O desenvolvimento da metodologia de análise de redes sociais tem origem
multidisciplinar, sendo conceitualmente desenvolvida no campo da sociologia,
psicologia social e antropologia. Houve ainda importantes contribuições da área de
matemática, estatística e computação na busca de aplicação para o método
(FREEMAN, 1984). Os fundamentos matemáticos da análise de redes, na visão de
Wasserman e Faust (1994), são originados da teoria dos grafos, da teoria estatística
e da probabilidade, e dos modelos algébricos. Cada um dos métodos tem suas
utilidades, proporcionando robustas possibilidades de análise dos relacionamentos.
A análise de redes não é uma teoria formal ou unitária, mas uma ampla estratégia
de investigação de estruturas sociais (EMIRBAYER e GOODWIN, 1994). Com seu
uso, rejeita-se as tentativas de explicar o comportamento humano ou o processo
social somente em termos dos atributos dos atores (EMIRBAYER e GOODWIN,
1994; SCOTT, 2000; WASSERMAN e FAUST, 1994; WELLMAN, 1988). Como
afirma Wellman (1983), o comportamento social é tanto resultado da possessão
individual de atributos e normas, como o resultado de seu envolvimento na estrutura
das relações sociais.
Desta forma, a inclusão de conceitos e informações sobre o relacionamento entre
unidades de análise consiste na principal diferença entre métodos relacionais e não
42
relacionais de análise (WASSERMAN; FAUST, 1994). Assim, as redes sociais são
conjuntos de contatos que ligam vários atores, nos quais tais contatos podem ser de
diferentes tipos, apresentarem conteúdos diferentes e apresentarem diferentes
propriedades estruturais.
As redes, visualizadas como um conjunto de conexões entre elementos, podem ser
empregadas para descrever pessoas e laços de amizade (RAPOPORT e HORVATH,
1961); computadores e linhas de comunicação (FALOUSTSOS et al. 1999);
elementos e reações químicas (JEONG et al., 2000; WAGNER; FELL, 2001); artigos
científicos e citações (PRICE, 1965; REDNER, 1998). Essa considerável gama de
empregos diferentes torna difícil uma generalização substantiva de sua área de
interesse, e; igualmente a torna uma ferramenta poderosa de análise. Uma
conseqüência disso tem-se refletido nas extensões da teoria dos grafos para áreas
que vão além da matemática pura, sua origem.
Desta forma, são encontrados trabalhos com aplicações da teoria dos grafos para
áreas de conhecimento correlatas como: Engenharia (AHUJA et al. 1993); Ciência
da Computação (LYNCH, 1996); e também nas ciências sociais, com exemplos em:
Sociologia e Antropologia (WASSERMAN; FAUST, 1994; DEGENNE; FORSÉ, 1999;
SCOTT, 2000).
A fim de refutar o tratamento das redes como algo estático, Basabási e Albert (1999)
e Watts (1999a) defendem as redes devem ser analisadas como algo dinâmico,
dado que possuem nós e laços removidos e adicionados ao longo do tempo. Nossos
laços de amizade se alteram quando trocamos de emprego, mudamos de cidade ou,
simplesmente, quando conhecemos outra pessoa e esta lhe apresenta vários de
seus amigos. Assim, a configuração da rede muda a cada laço e esta própria
configuração afeta o estabelecimento de laços. Percebe-se então que as redes
sociais estão envolvidas em um processo histórico e dinâmico, em que a atuação e
o comportamento dos participantes devem ser analisados. O foco principal da
abordagem moderna da análise de redes sociais é entender como a estrutura em
escala global (conectividade da rede) depende de um processo dinâmico, que por
43
sua vez opera em escala local. Um exemplo desta operação, pode ser encontrado
no contexto de campo científico brasileiro, em que regras estabelecidas pela CAPES
podem fazer com que os autores façam mais ou menos laços interinstitucionais.
Alguns pesquisadores buscam na análise de redes sociais uma metodologia para
mapeamento e estudo de campos (DE NOOY, 2003; POWELL et al., 2005; WHITE
et al., 2004; ROSSONI (2006); e GUARIDO-FILHO (2008)). Para Machado-da-Silva,
Guarido-Filho e Rossoni (2006), observar a estrutura de relações pode prover um
caminho para uma identificação de campos e organizações.
Wasserman e Faust (1994) expõem os elementos essenciais para a discussão da
análise de redes. Esses conceitos são: ator, laço relacional, díade, tríade, subgrupo,
grupo, relação e rede social (Quadro 3).
Ator
Entidades sociais como indivíduos, organizações, países. O interesse da análise
de redes sociais é entender as ligações entre entidades sociais e as implicações
dessas ligações.
Laço
relacional
Apesar de terem origens diversas, os laços são definidos como uma ligação
estabelecida entre par de atores. Um laço pode ser uma transferência de recursos
de uma empresa para outra, a escolha de um amigo, uma relação formal, entre
outras diversas formas.
Díade
Díade é uma ligação ou um relacionamento estabelecido entre dois atores. Tal
díade é inerentemente a um par de atores e, portanto, não é de propriedade
isolada de cada ator. Com isso, em muitos tipos da análise de redes que se
preocupam com o relacionamento em si, tratam a díade como unidade de análise.
Tríade
De maneira semelhante à díade, a tríade é um conjunto de três atores e os
possíveis laços entre eles. A análise de tríades possui importantes implicações
para a análise de redes, principalmente no que concerne ao peso e ao valor entre
essas relações, sendo muito usadas na teoria de equilíbrio e na análise de
transitividade.
Subgrupo
Subgrupo se configura como um conjunto de atores e todos os laços entre eles. A
alocação e o estudo de subgrupos usam critérios específicos, sendo de grande
importância para a análise de redes.
Grupo
A coleção de todos os atores em que seus laços podem ser medidos. Sendo
assim, consiste em um finito conjunto de atores definidos por critérios conceituais,
teóricos ou empíricos em que as medidas da rede são tomadas.
Relação
Relação consiste na coleção de laços de um tipo específico entre membros de um
grupo. Por exemplo, a amizade entre duas crianças em uma escola, ou as
exportações entre dois países. Ainda, com um mesmo conjunto de atores, pode-se
analisar diferentes tipos de relação. Por exemplo, em uma empresa pode-se
contrapor as relações funcionais entre os trabalhadores como suas relações de
amizade.
Rede
Social
Define-se uma rede social como um conjunto finito de atores e as relações entre
eles.
Quadro 3 - Conceitos Fundamentais na Análise de Redes
Fonte: elaborado pelo autor com base em Wasserman e Faust (1994).
44
É possível apontar diferenças entre os dados convencionais e os dados utilizados na
abordagem de redes sociais, dado que esta enfoca aspectos do relacionamento e
suas implicações. Scott (2000) distingue os dados em dados de atributos (ou
estruturais) e dados relacionais (ou da rede).
Os dados de atributos estão relacionados às atitudes, percepções e comportamento
dos atores e são visualizados como característica, qualidades ou propriedades de
um indivíduo ou um grupo. Para Scott (2000), o método apropriado para a análise
deste tipo de dado é o de análise de variáveis.
Em relação aos dados relacionais, o autor aponta os contatos, laços e conexões
entre os atores como inputs da análise. As relações não são propriedade de um ator
em particular, mas compõem o sistema de agentes conectados entre si. Desta
forma, o método adequado para a análise deste tipo de dado é a análise de redes.
Wasserman e Faust (1994) destacam que apesar de tal dicotomia entre os tipos de
dados, ambos podem ser utilizados na análise de redes sociais. Tais autores
conceituam os tipos de variáveis que compõem a análise: (i) variáveis estruturais,
que apresentam os laços entre os pares de atores; e, (ii) variáveis de composição,
que são os atributos dos atores, como, por exemplo, gênero, idade, e raça. Desta
forma, a junção de ambas variáveis permite ao pesquisador avaliar não somente os
relacionamentos, mas também os efeitos dos atributos dos autores nestes
relacionamentos. Esta combinação de variáveis foi intitulada por White (1966) como
CATNETS (categories and networks).
Wasserman e Faust (1994) agrupam os métodos relacionados à análise de redes
em: (i) Propriedades Estruturais, com medidas de centralidade e densidade; (ii)
Papéis e Posições, com análise de clusters; (iii) Análise Estatística dos
Relacionamentos, com testes de proposições teóricas acerca das propriedades
relacionais. Estes três métodos são abordados no tópico a seguir.
45
2.3.1 Propriedades Estruturais e a Análise Estatística dos Relacionamentos
A noção de redes sociais, assim como os todos de análise de redes, tem atraído
interesse e curiosidade consideráveis da comunidade de pesquisadores na área das
ciências sociais nas décadas recentes. A análise de redes sociais difere das
medidas tradicionais de análise quantitativa na medida em que se utiliza de
intensidade e características de laços entre nós (indivíduos ou organizações)
participantes de uma rede (WASSERMAN; FAUST, 1994). Com isso, torna-se
possível acessar (ou monitorar) o fluxo de influência, informações e recursos; efeitos
de segunda ordem podem ser observados (amigo de um amigo); e medidas
estruturais da rede podem ser comparadas. Por sua vez, essas medidas estruturais
possibilitam a descrição e o entendimento das relações entre os atores
componentes da rede. A seguir estas medidas são definidas.
2.3.1.1 Densidade
Densidade consiste em um parâmetro da rede que demonstra a proporção do
número de laços efetivamente realizados em uma rede em relação ao número total
de possibilidades de laços entre os atores da rede (KNOKE; KUKLINSKI, 1982).
Esse indicador estrutural varia em um intervalo [0,1], quanto mais próximo de 0
menos conectada é a rede, quanto mais próximo de 1, mais próxima de estar
totalmente conectada está a rede. O Quadro 4 ilustra este conceito.
Exemplos de redes
A
B
C
D
E
F
Parâmetros da rede
Número de laços realizados 6 4 3 2 1 0
Número de laços possíveis 6 6 6 6 6 6
Densidade da rede 1,0 0,7 0,5 0,3 0,1 0
Quadro 4 - Exemplificação do conceito de densidade
Fonte: adaptado de Scott (2000).
46
Embora uma rede pouco conectada não seja desejável, em termos de facilidade
fluxo de recursos e informação, em ambientes de alta densidade de relacionamentos,
seu conteúdo torna-se cada vez mais redundante (KOGUT; WALKER, 2001). Desta
forma, relacionamentos estabelecidos fora do círculo coeso possibilitam acesso a
outras fontes de recursos e informação, o que pode levar à criação de novas formas
de conhecimento. Kuhn (1978) afirma que a coesão entre cientistas pode levá-los a
ver novos paradigmas como inconsistências, especialmente quando esses
possuem uma velha tradição em pesquisa, sendo necessário que eles busquem
interações com outros pesquisadores fora do grupo.
2.3.1.2 Componentes
Um dos maiores esforços em redes sociais é descobrir os vários sub-grupos coesos
ou cliques em que a rede pode ser dividida (SCOTT, 2000). Luce e Perry (1949)
definiram clique como um conjunto (uma sub-rede) de pelo menos três nós
adjacentes interligados. A definição de clique é importante para melhor compreender
a configuração estrutural da rede. Isto é, constitui um ponto de partida útil para
especificar as propriedades formais que a coesão de um subgrupo pode ter. Um nó
pode pertencer a mais de um clique ao mesmo tempo, esse seria um ator de alta
centralidade, por meio do qual o fluxo de recursos, influência e informações pode ser
maior.
Componente é o mais simples de todos os conceitos de sub-redes. Componentes
são sub-redes totalmente conectadas entre si (WASSERMAN; FAUST, 1994). Em
um componente, todos os pontos estão conectados por laços, mas nenhum laço é
realizado com um ator fora do componente (SCOTT, 2000).
2.3.1.3 Centralidade
A centralidade se configura como uma propriedade dos atores, que mede quanto
esses são centrais em uma rede. (SCOTT, 2000; WASSERMAN; FAUST, 1994). Em
47
análise de redes sociais é comum identificar os atores mais centrais, pois a
relaciona-se esta posição com a importância do mesmo na rede.
Tal importância está relacionada àquele ator cujos laços com outros atores o torna
particularmente visível no contexto da rede. Para determinar quais dos atores de um
grupo são proeminentes é necessário examinar não somente todas as “escolhas”
realizadas por um ator ou todas as “escolhas” recebidas, mas também os laços
indiretos.
Atores proeminentes são aqueles que são extensivamente envolvidos em
relacionamentos com outros atores. Esse envolvimento os faz mais visíveis que os
outros no contexto da rede. No presente estudo, não preocupação particular se a
proeminência é devida à recepção (sendo o ator o destino) ou transmissão (sendo o
ator a origem) de laços o importante é que o ator esteja “envolvido”. Partindo
dessa premissa, inicialmente a atenção estará voltada para relações não-direcionais;
então define-se como ator central como alguém envolvido em muitos laços. Portanto,
parece que a centralidade é uma categoria de proeminência mais destinada a
análises de redes não direcionais.
Para dimensionar a centralidade dos atores, existem diferentes medidas, sendo
duas mais utilizadas: centralidade de grau (degree) e centralidade de intermediação
(betweenness) (SCOTT, 2000; WASSERMAN; FAUST, 1994). Tais medidas
indicarão diferentes tipos de centralidade, relacionadas à posição local ou global do
ator. Um ator é localmente central se ele apresenta um grande número de conexões
com outros pontos. um ator é globalmente central se ele possui uma posição
significantemente estratégica na rede como um todo (SCOTT, 2000).
Centralidade de grau: consiste no número de laços que um ator possui com
outros atores em uma rede (WASSERMAN; FAUST, 1994). Pode ser medida
de duas formas: (i) de maneira absoluta, a partir do número de laços que
cada ator produz ou (ii) de forma relativa, relacionado seu número de laços
com o número de laços possíveis na rede (SCOTT, 2000). Segundo este
48
autor, como a centralidade de grau leva em conta somente os
relacionamentos adjacentes, esta revela somente a centralidade local dos
atores.
Centralidade de intermediação: a interação entre atores não adjacentes pode
depender de outros atores, que podem potencialmente ter algum controle
sobre as interações entre dois atores não adjacentes. Nesse sentido, de
acordo com Freeman (1979) e Wasserman e Faust (1994), um ator é um
intermediário se ele liga vários outros atores que não se conectam
diretamente. Diferentemente das outras duas medidas de centralidade, a
centralidade de intermediação aborda a questão do controle que esses atores
intermediários possuem sobre aqueles autores que dependem localmente
desse intermediário (FREEMAN, 1979).
Além das três medidas discutidas acima, outras medidas de centralidade também
são utilizadas, entretanto, com uma freqüência bem menor, como, por exemplo, a
centralidade de proximidade (closeness), centralidade de aproximação (eigenvector)
e a centralidade de informação (information) (WASSERMAN; FAUST, 1994).
2.3.1.4 Agrupamentos
Wasserman e Faust (1994) argumentam que quando é possível identificar e
quantificar as propriedades específicas dos laços entre os atores de um grupo,
subgrupos coesos podem ser formalizados expondo as muitas diferentes
propriedades de laços entre os atores. Sendo assim, diferentes modelos teóricos,
muitas vezes descritos como cliques, clans, clusters, componentes, cores e ciclos
(SCOTT, 2000).
Para o presente estudo buscou-se identificar subgrupos baseados na
alcançabilidade e na proximidade de indivíduos. Esta medida leva em consideração
os intermediários do processo social. Para tanto, subgrupos coesos baseados na
alcançabilidade requerem que a distância geodésica entre os pontos seja pequena
(distância entre os s), formalizados no conceito de n-clique. Um n-clique, como
49
exposto, é um subgrupo em que a maior distância geodésica entre dois nós é menor
ou igual a n (WASSERMAN; FAUST, 1994), no qual n é o caminho máximo em que
membros de um clique podem estar conectados (SCOTT, 2000). Um tipo de n-clique,
com definição mais restrita para definição dos grupos, é o n-clan, que é um clique
com diâmetro menor ou igual a n. Tal medida garante que o caminho máximo
definido no n seja percorrido dentro de um mesmo grupo (WASSERMAN; FAUST,
1994).
2.3.1.5 Abordagem de Small Worlds (Mundos Pequenos)
A análise de Small Worlds surgiu na busca por viabilizar análise de redes de maior
porte e/ou por ries temporais mais longas (WATTS; STROGATZ, 1998). O
pressuposto fundamental do fenômeno Small Worlds é que os atores presentes em
uma grande rede podem conectar-se a partir de um pequeno número de
intermediários (NEWMAN, 2004). Watts e Strogatz (1998) sugerem que um
fenômeno Small World ocorre quando atores em uma esparsa rede estão altamente
agrupados, mas, ao mesmo tempo, estão conectados a atores fora de seus grupos
por meio de um pequeno número de intermediários. Diferentemente de redes
aleatórias, ao invés da distância entre os nós aumentarem cada vez mais com o
tamanho de uma rede, eles apresentam pouca variância na distância média (WATTS,
1999a, 1999b, 2004).
O conceito de Small Worlds integra duas visões distintas em análise de redes: uma
baseada em buracos estruturais (BURT, 1992) ou laços fracos (GRANOVETTER,
1973); outra baseada na coesão e na densidade de cliques (COLEMAN, 1990). Em
Small Worlds, ao mesmo tempo em que existem ligações com outras áreas, nas
quais a informação não é redundante, há um nível de coesão necessário para que
as atividades se tornem familiares entre os membros (UZZI; SPIRO, 2005). Dessa
forma, as propriedades de Small Worlds provêm elementos para a durabilidade tanto
das estruturas de relacionamento, como de instituições.
Relacionamentos fora de um grupo coeso podem se configurar como muito
importantes. É o que Granovetter (1973) chama de a força dos laços fracos. Para o
50
autor, a sociedade está estruturada em grupos altamente conectados, ou pequenos
círculos de amizade, em que todos se conhecem. Poucos laços externos fazem com
que este grupo não seja isolado do restante do mundo.
Barabasi (2002) ressalta que os laços fracos, ou seja, aqueles feitos fora de um
círculo coeso de relacionamento, possuem um papel fundamental na nossa
abilidade de se comunicar fora do “nosso mundo”. Para acessar novas informações,
frequentemente temos que ativar nossos laços fracos. A Figura 2 representa a
noção de laços fortes e laços fracos de Granovetter; observa-se relacionamentos
coesos dentro dos grupos e os diferentes grupos se concetam por meio de poucos
intermediários.
Figura 2 – Laços fortes e laços fracos
Fonte: adaptado de Barabasi (2002). Nota: os círculos representam atores em uma rede e as linhas
indicam relacionamento entre os mesmos. A espessura da linha indica a força do relacionamento.
Outro aspecto interessante nos estudos sobre Small é Worlds a ocorrência de
ligações preferenciais. A partir de observações em vários sistemas, como redes
neurais, tráfego de aeroportos, internet (BARABASI; ALBERT, 1999) e co-autoria no
campo das ciências médicas e exatas (NEWMAN, 2001c), observou-se que a
ligação dos autores obedecia a uma lei de distribuição (scale-free power-law).
Segundo Barabasi e Albert (1999), em redes que estão em expansão os nós tendem
a se ligar preferencialmente aos nós que estão mais bem conectados, ocasionando
um fenômeno de ligação preferencial.
No campo da produção científica, Newman (2001a, 2001b, 2001c) foi o pioneiro em
avaliar se os autores que entram na rede tendem a entrar preferencialmente a partir
dos autores mais conectados. Esse autor observou que nas ciências médicas, física,
engenharia e ciência da computação a ligação dos autores obedecia a uma escolha
51
preferencial, em que os autores tendiam a entrar na rede por meio dos autores mais
centrais. Estudos como esses foram desenvolvidos posteriormente, como os de
Barabasi et al. (2002), Guimera et al. (2005), Moody (2004), Newman (2004) e
Wagner e Leydesdorff (2005). A grande maioria desses estudos corroborou a
tendência de que os autores que entram no campo da produção científica tendem a
ligar-se por meio de autores com grande número de ligações.
No entanto Moody (2004), no campo internacional da sociologia, e Rossoni (2006),
no campo de Organizações e Estratégia, não identificaram a ocorrência de ligação
preferencial. Apesar de terem apresentados escores de escala preferencial, eles não
foram estatisticamente significativos, o que indica que existam outros elementos que
influenciam a escolha preferencial. Segundo Moody (2004), cientistas de grande
renome tendem a atrair mais colaboradores em função do prestígio que eles podem
transferir pros entrantes. A característica estrutural do modelo de ligação
preferencial e de que autores “estrelas” (star actors) são responsáveis por conectar
a rede.
A dinâmica de Small Worlds permite que atores isolados atuem reproduzindo a
estrutura de Small Worlds, contradizendo a intuição de que atores podem romper
abruptamente com a estrutura social. Nesses termos, elementos estruturais
suportam a persistência de estruturas institucionais mais amplas em nível local
(GIDDENS, 1989). Tal fato é fundamental para entender a relação entre níveis micro
e macro, pois possibilita compreender como a estrutura de relacionamento local,
influencia a construção de estruturas globais, que também conformam a elaboração
de estruturas locais, em uma relação de constante dualidade.
2.3.1.6 Estatística aplicada aos relacionamentos na rede
Os métodos apresentados até este momento proporcionam uma análise descritiva
da rede social. A inserção de técnicas estatísticas possibilita o teste de hipóteses,
com validação de teorias, viabilizando estudos probabilísticos em redes sociais
(WASSERMAN; FAUST, 1994).
52
De acordo com Hanneman e Riddle (2005), existem duas razões para a utilização de
métodos estatísticos em análise de redes. A primeira, no caso de grandes redes, é a
possibilidade de descrever e entender padrões de comportamento tanto da rede
como um todo, quanto de seus atores imersos. A segunda razão é a possibilidade
de entender o processo de evolução de redes no tempo, a partir da probabilidade de
ações dos atores.
Os métodos estatísticos possibilitam avaliar as redes tanto em nível local (díades e
tríades) quanto em nível global. Em diferentes níveis, tais métodos possuem grande
aplicabilidade de acordo com as necessidades teóricas e com o tipo de dados
relacionais apresentados (WASSERMAN; FAUST, 1994).
Em relação ao uso, Hanneman e Riddle (2005) afirmam que ferramentas estatísticas
de análise de redes são usadas principalmente para três finalidades: (1) comparar
duas relações no mesmo conjunto de atores; (2) explicar o impacto de atributos nos
relacionamentos, e vice-versa; (3) explicar as relações entre os atores na rede.
Todos esses procedimentos podem ser realizados por meio de softwares de análise
de redes, muitos desses disponíveis livremente.
No presente estudo, os dados estatísticos das medidas de centralidade de grau e de
intermedição foram utilizados para testar a relação entre a posição dos autores na
rede e a produção científica dos mesmos. Na seção seguinte são explorados os
aspectos metodológicos do trabalho.
53
3
DEFINIÇÕES METODOLÓGICAS
3.1 Natureza e Delineamento da pesquisa
Para se atingir os objetivos declarados neste trabalho, foi desenvolvido um estudo
de natureza predominantemente descritiva. Conforme Selltiz, Wrightsman e Cook
(1987), os estudos descritivos têm como objetivo principal a descrição de
características de determinada população ou fenômeno, ou da classificação da
relação entre variáveis, preocupando-se principalmente com a descoberta de
características de tal fenômeno.
O estudo possui também características exploratórias, à medida que incorporou uma
perspectiva até então não utilizada no campo de Gestão de Operações. Para Selltiz,
Jahoda, Deutsch e Cook (1974), uma pesquisa exploratória é aquela que tem como
objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito ou a construir hipóteses.
Neste sentido, delineou-se uma pesquisa do tipo documental em artigos científicos
publicados, sendo estes o principal subsídio para análises descritivas e
explanatórias dos relacionamentos entre autores do campo de Gestão de Operações.
Segundo Bardin (1977), a pesquisa documental é aquela que utiliza materiais que
não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser elaboradas
ou codificadas de acordo com o objetivo da pesquisa. Como afirmam Burt e Lin
(1977), os dados disponíveis em documentos são de grande valia, principalmente
em pesquisas longitudinais, pois possibilitam a reconstrução de eventos passados.
A abordagem utilizada neste trabalho permite classificá-lo ainda como metateórico,
uma tipologia de meta-estudo, segundo Ritzer (1988), pois busca refletir acerca da
atividade intelectual do campo de Gestão de Operações. De maneira mais
específica, a pesquisa enquadra-se na categoria metateorização hermenêutica,
dado o seu propósito de compreender a atividade científica com base nos processos
sociais a ela relacionados (RITZER, ZHAO e MURPHY, 2002).
54
O nível de análise da pesquisa é a rede formada por pesquisadores das áreas de
Gestão de Operações e a unidade de análise será cada pesquisador individualmente.
Segundo Wellman (1988) o nível de rede de relações é o mais adequado para esse
tipo de análise, pois não se limita a verificar relações intra e inter grupos.
A perspectiva temporal de análise foi longitudinal. Assim, foi possível analisar a
dinâmica do relacionamento entre os autores, de forma a verificar tanto a influência
dos relacionamentos anteriores na estrutura de relacionamento atual, como as
tendências de relacionamento no decorrer do tempo (MOODY, 2004; POWELL et al.,
2005; WASSERMAN; FAUST, 1994; WHITE et al., 2004).
3.2 Procedimentos de Coleta e Tratamento dos Dados
Esta pesquisa foi desenvolvida no Campo de Gestão de Operações no Brasil, a
partir da análise dos principais eventos e periódicos nacionais em que os
pesquisadores do campo publicam seus trabalhos O espaço temporal do estudo foi
de doze anos (1997-2008). Considerou-se que tal período pudesse permitir um bom
entendimento da dimensão social no campo de Gestão de Operações e do
levantamento da produtividade de instituições e pesquisadores que nele atuam. Vale
ressaltar que alguns eventos e periódicos analisados surgiu após o ano de 1997.
Os eventos analisados foram o (i) EnANPAD Encontro da Associação Nacional de
Pesquisa e s-Graduação em Administração mais especificamente na área GOL
(Gestão de Operações e Logística), organizado pela ANPAD e (ii) o SIMPOI –
Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais–
organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). Ambos são classificados
como Qualis A no sistema CAPES.
O critério Qualis balizou também a escolha dos periódicos para o estudo. Assim,
foram selecionadas as revistas (i) Revista de Administração Contemporânea (RAC,
versões impressa e eletrônica [RAC-e]) editada pela ANPAD; (ii) Revista de
Administração de Empresas (RAE, versões impressa e eletrônica [RAE-e]) editada
55
pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio
Vargas (FGV-EAESP); e, (iii) Revista de Administração da Universidade de São
Paulo (RAUSP, versões impressa e eletrônica [RAUSP-e]) editada pelo
Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da referida universidade. Tais periódicos também foram selecionados
por outros trabalhos que tiveram como base artigos publicados no campo de
Administração (e.g. ARKADER, 2003). A estes periódicos, foi adicionada a Revista
Gestão e Produção da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), também
Qualis A CAPES, por ser dedicada exclusivamente a publicações do campo. Por fim,
o periódico Journal of Operations and Supply Chain Management (JOSCM), editado
pelo departamento de Produção e Operações da FGV-EAESP, apesar de recém
criado (apenas dois números), também fez parte da análise.
Ainda que estes eventos e periódicos não correspondam a todos os possíveis locais
em que as pesquisas em Operações possam ser publicadas, acredita-se que estes
constituem uma base sólida para avaliação do campo no Brasil.
Nos artigos foram extraídas as unidades de análise, ou seja, cada autor que,
sozinho ou em conjunto com outros autores, publicou algum artigo científico no
período analisado. No tocante ao relacionamento entre eles, considerou-se que este
se configurava quando os pesquisadores produziram alguma obra em conjunto. A
Figura 3 traz um exemplo de como foram identificados e contabilizados artigos,
autores e autorias.
Artigos Autores
Artigo A
Autores (1); (2); (6)
Artigo B
Autores (2); (3); (4); (5); (6)
Artigo C
Autores (7); (6)
Figura 3 - Modelo de análise de artigos, autores e autorias
Fonte: adaptado de Rossoni e Hocayen-da-Silva, 2008.
No exemplo existem 3 artigos (A, B e C), publicados por 7 autores diferentes (1-7),
com um total de 10 autorias (artigo A, 3 autorias; B, 5 autorias; C, 2 autorias). Desta
forma, este estudo identificou, em seu contexto e escopo, 2.329 artigos (Tabela 1) e
56
os respectivos autores, que somaram 2.788. O número de autorias foi de 5.222, uma
média de 2,25 autores por artigo.
Tabela 1 – Número de artigos publicados nos eventos e periódicos analisados
Base 97
98
99
00 01 02 03 04 05 06 07 08 Total
SIMPOI
- 33
30
77 158
142
163
137
181
232
167
196
1516
EnANPAD
26
17
20
22 13 22 27 37 39 31 43 50
347
G&P
22
21
21
23 20 24 22 36 35 43 43 31*
341
RAC
2 5 4 3 2 1 2 1 3 1 0 2
26
RAC-e
- - - - - - - - - - 2 3
5
RAE
5 3 3 3 3 1 2 1 3 0 2 1
27
RAE-e
- - - - - 7 2 0 0 1 0 0
10
RAUSP
3 4 2 7 2 3 5 1 3 2 7 3
42
RAUSP-e
- - - - - - - - - - - 0
0
JOSCM
- - - - - - - - - - - 15
15
Total 58
83
80
135
198
200
223
213
264
310
264
301
2329
Fonte: elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa. Nota: (*) o mero 3 de 2008 da
Revista Gestão e Produção não fez parte análise, pois os artigos não estavam disponíveis para
consulta até o momento do início da análise de dados.
Alguns eventos e periódicos foram criados após o ano de 1997 e, portanto, foram
analisados a partir do seu ano de criação. Neste contexto insere-se o SIMPOI, que
teve sua primeira edição em 1998, a RAE Eletrônica, lançada em 2002, a RAC
Eletrônica, de 2007, e os periódicos recém criados RAUSP Eletrônica e JOSCM, que
tiveram seu primeiro número em 2008.
Com exceção das revistas Gestão e Produção e JOSCM, os demais periódicos não
são exclusivos do campo de Operações. Assim, foi necessário analisar cada artigo
publicado para verificar se o mesmo poderia ser enquadrado como publicação da
área. Para tal avaliação, foi utilizada a relação de tópicos, ferramentas e abordagens
constante da recomendação aos autores do Journal of Operations Management, a
mais prestigiosa publicação internacional na área (ARKADER, 2003). Eram
avaliados, basicamente, títulos, palavras-chave e resumo. Em permanecendo a
dúvida, o texto completo do artigo era analisado, o que inclui a base bibliográfica
nele utilizada. Vale destacar que a RAE já classificava os artigos por área da
Administração no período de 1997 a 2004, assim como a RAE Eletrônica de 2002 a
2004.
57
Cabe destacar ainda que a busca por artigos de interesse para a presente pesquisa
foi restrita a artigos teóricos ou teórico-empíricos, de forma que não foram
considerados Notas ou Comentários, Resenhas, Casos de Ensino, entre outras
seções de caráter similar publicados nos periódicos. Adicionalmente, foram
validados para a inclusão no estudo artigos publicados inicialmente nos eventos
analisados e, posteriormente, em periódicos, sob o pressuposto de que sofreram
melhorias entre a versão inicial e a final e de que o conjunto de autores pode não ser
necessariamente o mesmo.
Nos eventos, foram selecionados todos os artigos publicados no SIMPOI e na área
GOL do EnANPAD para comporem a análise.
Em relação aos dados coletados, observou-se dois tipos de variáveis que foram
incluídas na análise de redes: dados estruturais (relacionais) e dados de composição
(atributos dos membros). Segundo Wasserman e Faust (1994), variáveis estruturais
são medidas entre pares de atores, identificando laços de um tipo específico entre
autores. Já os dados de composição são medidos por meio dos atributos dos atores,
ou seja, são aqueles dados que se referem aos atores em si, como na maioria das
pesquisas do tipo levantamento.
Os dados relacionais referem-se aos artigos publicados. Assim, para composição do
banco de dados era importante observar que dois autores produziram em conjunto
um mesmo artigo, pois neste momento se configurava um laço relacional entre os
mesmos. Os atributos dos autores coletados foram a sua instituição e o estado que
esta se localizava. Para os autores mais prolíficos, outros atributos relacionados à
formação do pesquisador foram levantados, como a área de formação na graduação
e pós-graduação, instituições pelas quais foi formado e o vínculo institucional que
possuía à época da coleta de dados.
O vínculo institucional dos autores era, na maioria das vezes, informado no próprio
artigo ou na base de dados do evento ou periódico. Quando tal fato não ocorria,
recorria-se à Plataforma de currículos Lattes do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No Lattes extraía-se o vínculo à
época da publicação do artigo. Se o autor produziu o artigo durante o curso de
58
mestrado ou doutorado este vínculo era priorizado em detrimento a outros possíveis.
Entretanto, não foi possível encontrar nculo institucional de 15 autores (0,54% do
total) que, nos doze anos de análise, produziram um artigo cada.
Os dados foram tabulados no Microsoft Excel 2007, versão Professional. Esta
versão do Excel permite a elaboração de banco de dados com mais de 256 colunas,
o que viabiliza a montagem das planilhas que alimentam o software de análise de
redes.
3.3 Definição das Categorias de Análise
Nesta sessão, são apresentadas as definições das categorias de análise utilizadas e
como estas foram operacionalizadas no trabalho.
Estrutura da Rede Social
Esta constitui-se no relacionamento entre entidades sociais, suas características e
implicações para os que participam desses relacionamentos (WASSERMAN; FAUST,
1994). Operacionalizou-se esta categoria a partir da análise dos elementos
estruturais da rede (tamanho, densidade e componentes) e das posições dos
pesquisadores na rede (centralidade e coesão).
Produção Científica
A produção científica é a materialização do conhecimento científico, em forma de
artigos, construídos a partir das práticas de pesquisa de pesquisadores de um
campo científico. Foi operacionalizado a partir da análise descritiva dos indicadores
de produção científica (Artigos Publicados; Artigos por Autor; Autores por Artigo;
Artigos por Atributo) e dos atributos dos atores (Instituição Vinculada; Estado da
Federação e Categoria de Contribuição).
Dinâmica do Relacionamento entre os Pesquisadores
Tal dinâmica está relacionada ao desenvolvimento de redes de relacionamento em
um dado espaço de tempo representadas sob a forma de mudanças na estrutura de
59
relações (MOODY, 2004; WASSERMAN; FAUST, 1994). Neste trabalho, foi
operacionalizada com base na avaliação longitudinal dos indicadores estruturais
(tamanho, densidade e componentes) e posicionais dos pesquisadores na rede
(centralidade e coesão).
Coesão Estrutural
Segundo Moody e White (2003), a coesão indica o grau de aninhamento de atores
por meio de relações em uma rede social, com base em algum tipo de medida de
agrupamento que define a natureza e o diâmetro dos grupos. Para identificação de
tais grupos, foi utilizada a medida n-clan.
Small Worlds (mundos pequenos)
Os small worlds constituem-se num tipo de configuração de rede, no qual o nível de
agrupamento local entre os atores é alto, mas a distância média entre os atores é
pequena (WATTS; STRIGATZ, 1998). Assim, para avaliar a presença dessa
configuração nos resultados desta pesquisa, avaliou-se se a densidade global da
rede era baixa, se a distância média entre os autores não era grande e, finalmente,
se o coeficiente de agrupamento era alto. Tais valores foram confrontados com os
parâmetros estabelecidos por Watts e Strogatz (1998).
3.4 Procedimentos de Análise dos dados
A análise dos dados constituiu-se em uma abordagem essencialmente quantitativa,
a partir da análise de redes sociais e testes estatísticos dela decorrentes. O método
de análise de redes possibilita o entendimento, tanto de aspectos descritivos dos
relacionamentos, quanto de análises estatísticas causais de tais fenômenos (SCOTT,
2000; WASSERMAN; FAUST, 1994; WELLMAN, 1988). Assim, a análise possibilitou
a descrição da estrutura social dos pesquisadores do campo de Gestão de
Operações no Brasil, bem como de seus indicadores de produção científica.
O roteiro da análise de dados foi guiado por questões específicas de pesquisa que,
em conjunto, contribuem para o cumprimento dos objetivos deste trabalho:
60
Qual a distribuição da produção científica do campo de Gestão de Operações no
Brasil? As publicações se encontram concentradas nas mãos de poucos
pesquisadores ou possuem uma configuração dispersa?
Esta pergunta foi respondida a partir da análise dos indicadores de produção
científica do campo de Gestão de Operações. Os doze anos de análise foram
agrupados em três períodos de quatro anos cada, sendo o primeiro de 1997 a 2000,
o segundo de 2001 a 2004 e o terceiro de 2005 a 2008. Buscou-se com isso uma
melhor organização da análise de dados, pois agregava a produção de mais anos,
facilitando a identificação de tendências e dirimindo o efeito de ações e fatos
isolados na análise. Tal divsão também pode ser observada em estudos
semelhantes a este, como de Rossoni (2006). Adicionalmente, foram analisados
separadamente os eventos e os periódicos selecionados, visando verificar
diferenças entre os mesmos.
Com tal organização, foi possível calcular os autores que mais produziram nos
diferentes períodos e nos diferentes eventos e periódicos. A contagem de artigos foi
realizada de maneira independente da ordem de autoria do artigo, pois este estudo
enfocou o relacionamento de co-autoria, de forma que a ordem estabelecida não
alterava a existência do relacionamento. Os resultados desta análise permitem a
identificação da estratificação da produção do campo ao redor do número reduzido
de autores.
Tal estratificação é abordada pela Lei de Lotka, que preconiza que 60,8% dos
autores publicam somente uma única vez em um campo, 15,2% publicam duas
vezes, 6,8% três vezes. Esses percentuais diminuem progressivamente e são
utilizados como referência para avaliação da produtividade de uma área (ver, por
exemplo, Oliveira et al. (2003) e Cardoso et al. (2005)). Na sua formulação original,
esta lei indica que o número de autores que fazem n contribuições em determinado
campo é aproximadamente 1/n
2
do número de autores que publicaram apenas uma
única vez. Assim, a parcela de autores com muitas publicações é bastante reduzida
quando comparada ao número de autores presentes no campo. Para o cálculo com
os dados da presente pesquisa, foi utilizado o software Lotka (ROUSSEAU;
ROUSSEAU, 2000), a partir da freqüência de autores e sua respectiva produção. A
61
distribuição observada foi comparada com a distribuição estimada segundo o
método da máxima verossimilhança (maximum likelihood). Neste, o ajuste deve ser
significativo, segundo o teste de Kolmogorov-Smirnov, que avalia se duas
distribuições subjacentes diferem uma da outra. Tal teste é padrão no software Lotka
e tem a vantagem de não possuir nenhum pressuposto acerca da distribuição dos
dados (teste não paramétrico).
Segundo Rousseau e Rousseau (2000), a Lei de Lotka estabelece uma escala
exponencial inversa entre o número de artigos por autor. O estudo original foi
elaborado nos campos de química e física internacionais, e nestes o padrão de
publicação obedecia a uma power law de expoente 2, valor que é parâmetro para a
avaliação da produtividade de campos científicos. Um coeficiente maior do que 2
indica um campo menos produtivo do que o padrão internacional e, se menor que 2,
o campo é considerado mais produtivo. O coeficiente β foi estimado de acordo com
a Equação (01), apresentada em Rousseau e Rousseau (2000):
1
1
=
=k
k
C
β
(01)
Em que:
С = coeficiente de autores que publicaram somente um artigo
k = número de artigos
β = exponencial de distribuição
Qual a produtividade dos pesquisadores do campo e com que regularidade estes
produzem artigos científicos no campo?
Conforme exposto anteriormente, é comum que o campo científico possua uma
estrutura estratificada. Assim, uma parcela dos autores produz artigos e os publica
nas fontes pesquisadas com relativa freqüência, enquanto outros têm apenas uma
publicação. Desta forma, optou-se em categorizar os autores com base em Braun,
Glanzel e Schubert (2001). Os autores foram classificados como entrantes,
transientes, continuantes ou retirantes em função de sua regularidade de publicação
na área. Tal classificação levou em consideração os doze anos de análise.
Adicionalmente, foi utilizada a categoria one-timers, proposta por Gordon (2007) e
62
também utilizada por Guarido-Filho (2008). Cada categoria foi analisada a fim de
verificar sua representatividade no campo e as relações com membros intra e inter
categorias. Os critérios para essa classificação estão expostos no Quadro 5.
Categoria Definição
Continuantes
Mais de uma publicação em 5 ou mais anos diferentes e ao menos uma nos últimos 3
anos
Transientes
Mais de uma publicação distribuídas ao longo do período em não mais do que 4 anos
diferentes, sendo ao menos uma nos últimos 3 anos e ao menos uma em anos
anteriores
One-timers
Apenas uma única publicação em todo o período analisado.
Entrantes
Mais de uma publicação em um ou mais anos diferentes nos últimos três anos
(exclusivamente)
Retirantes
Mais de uma publicação em um ou mais anos diferentes, mas sem publicações nos
últimos 3 anos
Quadro 5 - Categorização dos autores com base na sua produção científica
Fonte: elaborado pelo autor com base em Braun, Glanzel e Schubert (2001) e Gordon (2007)
Quais são os padrões de produtividade e cooperação dos pesquisadores do
campo?
Para responder esta questão, foram desenvolvidos índices que indicam padrões de
produtividade e cooperação dos pesquisadores do campo para os diferentes
períodos de análise e para as diferentes categorias de pesquisadores. Foram
utilizados três indicadores: cooperação, produtividade total e produtividade
fracionada. A cooperação foi calculada a partir da divisão do número de autorias
com o volume de artigos publicados; quanto maior este valor, maior o número médio
de autores por artigo. A produtividade total, por sua vez, indica a relação entre o
número de autorias e o número de autores. a produtividade fracionada é
resultado da divisão entre o número de artigos e o número de autores e indica a
contribuição média de cada autor para os artigos publicados no campo.
63
Qual a evolução da estrutura de colaboração dos pesquisadores do campo, em
termos estruturais e posicionais da rede, no período analisado?
Os aspectos posicionais da rede estão relacionados à avaliação das medidas de
centralidade de grau, intermediação e fluxo. A centralidade de grau (degree
centrality) pode ser entendida como a medida da atividade dos autores. Esta medida
expressa o número de laços que um pesquisador estabeleceu com outros autores
diferentes para o desenvolvimento da sua atividade de produção científica no campo.
Trata-se do número de relacionamento de co-autoria que um pesquisador possui, de
modo que quanto maior o grau, maior será sua vizinhança direta, tornando-o mais
visível diante de sua capacidade de interagir com os demais. (WASSERMAN;
FAUST, 1994).
Outra medida de centralidade utilizada foi a centralidade de intermediação
(betweenness centrality). Esta se refere à atuação do ator como intermediador entre
outros não diretamente relacionados. Assim, uma maior centralidade de
intermediação tende a promover maior controle sobre o fluxo de informações ou,
simplesmente, o controle da interação entre atores (NEWMAN, 2005;
WASSERMAN; FAUST, 1994).
A relação entre a medida de centralidade de grau quanto a de intermediação com a
produtividade científica dos autores foi testada por meio da técnica de regressão
linear simples. Assim, buscou-se explicar a variação da variável dependente
(número de artigos publicados pelo pesquisador), a partir da variável independente
(centralidade de grau e de intermediação). Foram realizadas duas regressões, uma
com cada medida de centralidade, do tipo regressão ordinária dos mínimos
quadrados (OLS Ordinary Least Squares), que busca uma reta que minimize a
soma dos desvios quadrados dos pontos da linha (BROOKS, 2002).
Em termos das características estruturais da rede, foram analisadas as diferentes
configurações da rede, em termos de densidade, conectividade e do número e
tamanho dos componentes da rede. Foi avaliada ainda a distribuição das relações
dos autores por meio da existência e tamanho dos componentes, definidos como
64
sub-redes de atores conectados entre si, cujas ligações não os conectam a outras
partes da rede (SCOTT, 2000; WASSERMAN; FAUST, 1994).
Os dados coletados, tanto os estruturais quanto os posicionais, foram analisados
com a ajuda dos softwares Microsoft Excel 2007, UCINET 6.0 (BORGATTI;
EVERETT; FREEMAN, 2005), PAJEK 1.10 (BATAGELJ; MRVAR, 2005), Lotka e
SPSS 15. O Microsoft Excel 2007 foi utilizado para tabular os dados, gerar relatórios
dinâmicos das medidas de produtividade e para gerar as redes two-mode que
alimentam o UCINET 6.0. Este, juntamente com o PAJEK 1.10, for utilizado para
calcular as métricas das redes sociais de pesquisadores, bem como para desenhá-
las. O Lotka foi especificamente utilizado para calcular o padrão de produtividade do
campo, em termos da freqüência do mero de artigos publicados pelos
pesquisadores. Por fim, o SPSS foi utilizado para testar a relação entre a
centralidade dos autores e sua produção científica, por meio de regressão linear
simples.
3.5 Limitações da pesquisa
Como todo trabalho científico, é possível destacar algumas limitações advindas dos
métodos utilizados para se atingir os objetivos deste trabalho. Uma delas está
vinculado ao tipo de relacionamento escolhido para análise, dado que pesquisadores
não cooperam apenas por meio de publicação de artigos científicos. Existem
relações entre orientadores e orientados, de bancas de mestrado e doutorado,
coordenação de programas, dentre outras.
Outra limitação está relacionada à delimitação da pesquisa. Tanto os periódicos
quanto os eventos representam uma parcela dos locais em que os artigos científicos
de Gestão de Operações podem ser publicados no Brasil. Contudo, estes são os
principais fóruns da área, o que torna o recorte representativo.
Em relação ao método de análise de redes, este não permite identificar e interpretar
o papel do pesquisador e a ação de publicar, pois exigiria um esforço dirigido a
65
métodos qualitativos para melhor entendimento. Também não se incorporou as
análises as mudanças institucionais de CAPES e CNPq no que diz respeito a
condução das diretrizes para os pesquisadores do campo.
Por fim, não foram verificados os artigos publicados por brasileiros no exterior, pois
tal prática ainda seja considerada incipiente (ARKADER, 2003) e, assim, não levaria
a uma alteração significativa nos resultados encontrados neste trabalho.
66
4
DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Nesta seção são apresentados, discutidos e analisados os resultados da pesquisa.
Para melhor organização das análises propostas, estas foram divididas em três
tópicos. O primeiro discorre sobre a produtividade e cooperação do campo de
Gestão de Operações, o que engloba uma análise de evento e de periódicos que
eram parte do estudo. Em seguida, são apresentados os resultados referentes à
análise de redes sociais. Por fim, o último tópico traz um misto da análise realizada
nos dois primeiros tópicos, a partir de recortes longitudinais em três períodos, de
forma a avaliar a evolução do campo.
Ao longo do texto, optou-se por utilizar os nomes dos pesquisadores em formato de
citação bibliográfica, a fim de facilitar a sua identificação em tabelas e figuras
utilizadas na análise. Pelo mesmo princípio, as instituições receberam siglas e, na
medida do possível, tentou-se adotar as siglas usualmente por elas utilizadas. Ao
final do trabalho, foram disponibilizadas as listas de autores categorizados como
continuantes, transientes, entrantes e retirantes (Apêndice A) e das instituições
(Apêndice B) que fizeram parte do estudo.
Adicionalmente, algumas instituições, com maior representatividade tiveram suas
unidades divididas: (i) a Pontifícia Universidade Católica foi separada por unidade da
federação; (ii) a Fundação Getulio Vargas foi dividida entre Rio de Janeiro e o
Paulo; (iii) a Universidade de São Paulo foi dividida em Escola Politécnica
(POLI/USP), Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP
para a capital e FEA/USP-RP para o Campus de Ribeirão Preto), o campus de São
Carlos (USP/SCarlos) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(ESALQ/USP). Esta divisão visou facilitar a identificação do vínculo dos
pesquisadores e, assim, subsidiar análises mais aprofundadas.
4.1
PRODUTIVIDADE E COOPERAÇÃO NO CAM
Este tópico foi divido em dois momentos. Primeiramente são discutidos alguns
indicadores de produtividade e cooperação de todo o campo e sua evolução ao
longo do período de análise. Ao final, é realizada uma análise por evento e periódico
que fazem parte do estudo.
Cabe ressaltar que a produtividade calculada neste tópico está relacionada aos
indicadores bibliométricos expostos na seção de definições metodológicas (
Publicados; Artigos por Autor; Autores por Artigo; Artigos por Atr
cooperação, neste tópico foram explorados os indicadores de autorias por artigo. A
seção que traz os resultados da análise de redes sociais analisa a cooperação no
campo de maneira mais aprofundada.
Os dados demonstram que o n
Brasil cresceu bastante nos doze anos analisados, como pode ser observado na
Figura 4
. Em 1997, pouco mais de 50 artigos foram publicados no campo; em 2008,
esse número cheg
ou a 300.
Figura 4 -
Evolução do número de artigos em eventos e periódicos
Fonte: resultados da pesquisa
PRODUTIVIDADE E COOPERAÇÃO NO CAM
PO DE OPERAÇÕES
Este tópico foi divido em dois momentos. Primeiramente são discutidos alguns
indicadores de produtividade e cooperação de todo o campo e sua evolução ao
longo do período de análise. Ao final, é realizada uma análise por evento e periódico
que fazem parte do estudo.
Cabe ressaltar que a produtividade calculada neste tópico está relacionada aos
indicadores bibliométricos expostos na seção de definições metodológicas (
Publicados; Artigos por Autor; Autores por Artigo; Artigos por Atr
cooperação, neste tópico foram explorados os indicadores de autorias por artigo. A
seção que traz os resultados da análise de redes sociais analisa a cooperação no
campo de maneira mais aprofundada.
Os dados demonstram que o n
úmero de
publicações no campo de operações no
Brasil cresceu bastante nos doze anos analisados, como pode ser observado na
. Em 1997, pouco mais de 50 artigos foram publicados no campo; em 2008,
ou a 300.
Ano
Eventos
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Total
Evolução do número de artigos em eventos e periódicos
Fonte: resultados da pesquisa
67
PO DE OPERAÇÕES
Este tópico foi divido em dois momentos. Primeiramente são discutidos alguns
indicadores de produtividade e cooperação de todo o campo e sua evolução ao
longo do período de análise. Ao final, é realizada uma análise por evento e periódico
Cabe ressaltar que a produtividade calculada neste tópico está relacionada aos
indicadores bibliométricos expostos na seção de definições metodológicas (
Artigos
Publicados; Artigos por Autor; Autores por Artigo; Artigos por Atr
ibuto). Em relação à
cooperação, neste tópico foram explorados os indicadores de autorias por artigo. A
seção que traz os resultados da análise de redes sociais analisa a cooperação no
publicações no campo de operações no
Brasil cresceu bastante nos doze anos analisados, como pode ser observado na
. Em 1997, pouco mais de 50 artigos foram publicados no campo; em 2008,
Eventos
Periódicos
26 32
50 33
50 30
99 36
171 27
164 36
190 33
174 39
220 44
263 47
210 54
246 55
1863 466
68
Apesar de o número de artigos em periódicos ter crescido bastante, o crescimento
exponencial observado no campo esteve calcado nos artigos publicados em eventos.
Tal crescimento do número de artigos publicados em eventos está calcado,
especialmente, no crescimento do SIMPOI, criado em 1998. Em sua primeira edição,
foram publicados 33 artigos. No SIMPOI 2008, o número de artigos publicados subiu
para 211.
Na Figura 5, tal crescimento pode ser observado sob outra perspectiva. É possível
verificar que a produção do campo não cresceu apenas em termos de número de
artigos publicados, mas também no volume de pesquisadores que nele produziram e
no volume de autorias em relação aos artigos publicados. Observa-se que a partir de
1999, houve um descolamento entre o volume de autorias e o volume de autores
que produziam no campo, o que denota aumento da produtividade dos
pesquisadores, pois indica que o número médio de autorias por autor crescia.
Figura 5 – Evolução do número de autorias, artigos e autores do campo de Operações no
Brasil
Fonte: resultados da pesquisa
O notório crescimento do campo teve importante contribuição de alguns
pesquisadores que buscaram, de forma consistente, divulgar os resultados de seus
esforços acadêmicos nos eventos e periódicos analisados. Assim, buscou-se aqui
identificar os autores com maior número de autorias em trabalhos publicados no
período analisado (Tabela 2). Percebe-se que a produção da maioria dos 22
752
301
583
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Autorias
Artigos
Autores
69
pesquisadores listados cresceu nos últimos anos do período analisado, em
consonância com o crescimento do campo como um todo.
Tabela 2 - Autores mais prolíficos no campo de Operações
Pesquisador 97 98 99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
Total
Csillag, J.M.
- 2 - 2 1 4 4 4 4 4 4 6
35
Moori, R.G.
- - 1 3 2 2 5 3 6 2 3 4
31
Serio, L.C.D.
- 1 1 4 2 4 3 2 1 4 2 4
28
Pereira, S.C.F.
- - 1 2 - 3 3 2 1 2 3 4
21
Barbieri, J.C.
1 1 1 2 1 1 - 1 3 3 3 2
19
Paiva, E.L.
- 1 1 2 1 1 1 4 2 2 4
19
Erdmann, R.H.
- 1 1 4 2 - 1 2 3 - 4
18
Pires, S.R.I
- 2 3 1 2 1 1 1 2 - - 5
18
Brito, E.P.Z.
- - - 1 - 1 5 3 4 2 - 1
17
Graeml, A.R.
- 1 - 2 1 1 1 2 1 2 2 3
16
Santos, F.C.A
1 1 2 - 1 - - 1 - 3 1 6
16
Sampaio, M.
- - - 3 2 1 - 2 1 2 - 5
16
Bronzo, M.
- 1 - - 1 2 - 3 4 - 3 1
15
Fernandes, F.C.F.
- 1 1 - 3 2 1 2 1 4 -
15
Morabito, R.
2 - - 2 1 2 - 1 2 1 3 1
15
Alves Filho, A.G.
- - - 1 4 1 1 1 1 1 3 1
14
Brito, L.A.L.
- - - - - - 2 3 2 3 2 2
14
Laurindo, F.J.B.
- - - 1 5 2 2 - 3 1 - -
14
Machline, C.
- 2 - - 1 2 1 1 2 1 2 2
14
Martins, R.S.
- 1 2 - - - - 1 2 2 2 4
14
Padula, A.D
- 2 - 4 2 1 - 1 2 - 1 1
14
Wanke, P.
2 - 1 - - 1 1 3 3 1 - 2
14
Fonte: resultados da pesquisa
Na Tabela 3, o vínculo institucional dos pesquisadores mais prolíficos é
demonstrado, juntamente com o perfil das publicações dos mesmos. Observa-se
que a maioria deles tem maior parte de sua produção publicada em eventos.
Entretanto, os pesquisadores Flávio Cesar Faria Fernandes, Reinaldo Morabito,
Alceu Gomes Alves Filho, Fernando José Barbin Laurindo e Peter Wanke possuem
maior parte de seus artigos publicados em periódicos.
Apesar de ordenada pelo número absoluto de artigos publicados, a Tabela 3 traz
uma coluna com uma ponderação para os tipos de produção, baseada nos critérios
da CAPES, em que é estipulado peso 3 para publicação em eventos A e peso 12
para publicação em periódicos A.
70
Tabela 3 – Decomposição da produção dos autores mais prolíficos no campo de Operações do
Brasil
Pesquisador
Institui
ção
Atual
Publicações
em Eventos
Publicações
em Periódicos
Total
Ponderado
*
Total
Absoluto
Csillag, J.M.
FGV-EAESP
33 2
123
35
Moori, R.G.
Mackenzie 28 3
120
31
Serio, L.C.D.
FGV-EAESP
26 2
102
28
Pereira, S.C.F.
FGV-EAESP
20 1
72
21
Barbieri, J.C.
FGV-EAESP
17 2
75
19
Paiva, E.L.
UNISINOS 13 6
111
19
Erdmann, R.H.
UFSC 18 0
54
18
Pires, S.R.I
UNIMEP 10 8
126
18
Brito, E.P.Z.
Mackenzie 17 0
51
17
Graeml, A.R.
UP 16 0
48
16
Sampaio, M.
FGV-EAESP
15 1
57
16
Santos, F.C.A
USP/SCarlos
11 5
93
16
Bronzo, M.
UFMG 15 0
45
15
Fernandes, F.C.F.
UFSCar 3 12
153
15
Morabito, R.
UFSCar 0 15
180
15
Alves-Filho, A.G.
UFSCar 6 8
114
14
Brito, L.A.L.
FGV-EAESP
14 0
42
14
Laurindo, F.J.B.
POLI/USP 6 8
114
14
Machline, C.
FGV-EAESP
11 3
69
14
Martins, R.S.
UFMG 10 4
78
14
Padula, A.D
UFRGS 11 3
69
14
Wanke, P.
UFRJ 6 8
114
14
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: * a ponderação seguiu os critérios da CAPES: 3 pontos para
artigos publicados em anais de eventos e 12 pontos para periódicos.
Para os autores mais prolíficos, buscou-se ainda levantar o perfil profissional dos
mesmos, em termos de formação acadêmica. Tal levantamento teve como base o
Currículo Lattes dos pesquisadores e teve a finalidade de se verificar a forte ligação
do Campo de Operações com a área de Engenharia, conforme destacado por
Arkader (2003). Os resultados podem ser visualizados no Quadro 6.
No Quadro 6 é notória a presença da área de Engenharia na formação dos
pesquisadores mais prolíficos do Campo de Operações no Brasil. Dos 22 autores
listados, 17 possuem graduação em Engenharia e apenas 5 são Administradores.
No entanto, quando analisamos sua maior titulação, os resultados se invertem: 7 o
fizeram na Engenharia e 14 em Administração. Metade dos listados são
Engenheiros com maior titulação em Administração. Outros três possuem graduação
71
e doutorado em Administração e outros seis não possuem nenhum dos dois títulos
na área.
Pesquisador
Pós-Graduação Graduação
Título Área Instituição Área Instituição
Csillag, J.M.
Doutorado
Administração
FGV-EAESP Engenharia ITA
Moori, R.G.
Pós-
Doutorado
Administração
University of Bath
(ING)
Engenharia UNESP
Serio, L.C.D.
Doutor Engenharia USP Engenharia UNESP
Pereira, S.C.F.
Doutorado
Administração
FGV-EAESP Engenharia UFMS
Barbieri, J.C.
Doutorado
Administração
FGV-EAESP Administração
FGV-
EAESP
Paiva, E.L.
Doutorado
Administração
UFGRS Engenharia UFRGS
Erdmann, R.H.
Doutorado
Engenharia UFSC
Administração
e Engenharia
UFSC
Pires, S.R.I
Pós -
Doutorado
Administração
Instituto de
Empresa (ESP)
Engenharia UFSCar
Brito, E.P.Z.
Doutorado
Administração
Manchester
Business School
(ING)
Administração
FGV-
EAESP
Graeml, A.R.
Doutorado
Administração
FGV-EAESP Engenharia UTFPR
Sampaio, M.
Pós-
Doutorado
Administração
Ohio State Univ
(EUA)
Engenharia UFSCar
Santos, F.C.A
Doutorado
Administração
FGV-EAESP Engenharia USP
Bronzo, M.
Doutorado
Administração
UFMG Administração PUC-MG
Fernandes, F.C.F.
Doutorado
Engenharia
University of
Nottingham (ING)
Engenharia USP
Morabito, R.
Livre
Docência
Engenharia USP Engenharia UNICAMP
Alves Filho, A.G.
Pós-
Doutorado
Engenharia
University of
Sussex (ING)
Engenharia USP
Brito, L.A.L.
Doutorado
Administração
FGV-EAESP Engenharia UFRGS
Laurindo, F.J.B.
Livre
Docência
Engenharia USP
Engenharia e
Direito
USP
Machline, C.
Doutorado
Administração
Stanford University
Engenharia UFRJ
Martins, R.S.
Pós-
Doutorado
Economia UFMG Economia UFV
Padula, A.D
Doutorado
Administração
Université de
Sciences Sociales
de Grenoble (FRA)
Engenharia
Escola de
Engenharia
de São José
dos Campos
Wanke, P.
Doutorado
Engenharia UFRJ Administração UFRJ
Quadro 6 - Perfil dos autores mais prolíficos no campo de Operações no Brasil
Fonte: resultados da pesquisa
As instituições que mais contribuem para a produção acadêmica em Gestão de
Operações também foram identificadas (Tabela 4). Verificou-se que a FGV-EAESP
tem autoria em 10% de toda a produção do campo, embora tal produção esteja
calcada fortemente em eventos. A UFSCar, que também possui papel de destaque,
possui uma produção mais equilibrada entre eventos e periódicos e, ao observarmos
o total ponderado pelo critério CAPES, a instituição lidera a classificação. É
72
importante destacar que POLI e FEA, ambas unidades da USP Capital, foram
desmembradas para a análise, de forma a viabilizar uma análise das áreas de
conhecimento de Engenharia e Administração. Se somadas, a USP ficaria na
segunda colocação em número de artigos e na primeira posição no total ponderado.
Tabela 4 - Instituições mais prolíficas no campo de Operações no Brasil
Instituições Eventos
Periódicos
Total
Ponderado*
Total
Absoluto
Participação no
Total de Autorias
FGV-EAESP
505 38
1971
543
10,33%
UFSCar
164 149
2280
313
5,96%
MACKENZIE
249 12
891
261
4,97%
POLI/USP
123 108
1665
231
4,40%
UFRGS
165 45
1035
210
4,00%
UFSC
188 8
660
196
3,73%
UFRJ
146 44
966
190
3,62%
USP/SCarlos
88 72
1128
160
3,05%
FEA/USP
109 34
735
143
2,72%
UFMG
89 13
423
102
1,94%
UNISINOS
58 35
594
93
1,77%
UFPE
81 12
387
93
1,77%
UNIP
75 11
357
86
1,64%
UNICAMP
46 33
534
79
1,50%
UNIMEP
43 33
525
76
1,45%
PUC-PR
56 13
324
69
1,31%
UFF
49 16
339
65
1,24%
FURB
60 2
204
62
1,18%
PUC-RJ
35 26
417
61
1,16%
PUC-RS
57 4
219
61
1,16%
Total 2386 708 -
3094
58,89%
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: * a ponderação seguiu os critérios da CAPES: 3
pontos para artigos publicados em anais de eventos e 12 pontos para periódicos.
As 20 instituições listadas na Tabela 4, que representam 4% das instituições que
produziram no campo de operações, são responsáveis por quase 60% dos artigos
publicados, o que indica estratificação da produção do campo.
Quando tal estratificação é analisada a partir dos estados da federação onde se
localizam tais instituições, percebe-se que a concentração é ainda maior (Tabela 5).
O Estado de São Paulo é responsável por quase metade das autorias do campo,
enquanto que os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul apresentam-se
com produção semelhante, tanto em número quanto na distribuição entre eventos e
periódicos.
73
Tabela 5 – Os Estados brasileiros e o volume de autorias
Unidades da Federação Eventos
Periódicos
Total Absoluto
São Paulo 1980 623
2603
Rio de Janeiro 395 103
498
Rio Grande do Sul 363 106
469
Santa Catarina 324 13
337
Minas Gerais 267 46
313
Estrangeiras 229 69
298
Paraná 160 52
212
Pernambuco 112 13
125
Ceará 73 13
86
Bahia 47 3
50
Espírito Santo 44 3
47
Distrito Federal 36 9
45
Paraíba 43 1
44
Rio Grande do Norte 37 3
40
Mato Grosso do Sul 18 5
23
Pará 18 0
18
Rondônia 11 0
11
Goiás 4 2
6
Sergipe 4 1
5
Amazônia 5 0
5
Maranhão 2 0
2
Alagoas 0 1
1
Fonte: resultados da pesquisa.
Buscou-se ainda avaliar a produtividade do campo como um todo. Para tal, foi
utilizada a Lei de Lotka, medida muito utilizada para a avaliação da produtividade de
campos científicos. Conforme Chung e Cox (1990), de acordo com a Lei de Lotka,
60,8% dos autores de um campo produzem somente um artigo em toda a sua vida
acadêmica. O número de autores que publica n artigos é igual a 1/n² dos autores
que publicam somente um artigo. Sendo assim, o número de autores que publicam
dois artigos é igual a 1/4 do número de autores que publicam um artigo; os que
publicam três artigos correspondem a 1/9 dos que produziram somente um artigo e
assim sucessivamente. Desta forma, a lei pressupõe que um campo científico é mais
produtivo quando seus autores produzem vários artigos no decorrer da carreira.
Originalmente, a Lei de Lotka foi elaborada a partir de estudos nos campos de
química e física. Com isso, foi estabelecida uma power law que indica uma escala
exponencial inversa entre o número de artigos por autor. O padrão de publicação
encontrado obedecia a uma power law de expoente 2, que se tornou o parâmetro da
74
lei. Para campos científicos com coeficiente maior que 2, pode-se inferir que este é
menos produtivo que o padrão internacional, sendo o contrário verdadeiro
(ROUSSEAU; ROUSSEAU, 2000).
A Tabela 6 apresenta os padrões de produtividade encontrados no Campo de
Operações no Brasil comparado com os parâmetros da Lei de Lotka. Verifica-se que
o percentual de autores que publicou um único artigo no período de 1997 a 2008 foi
de 69,04%. Isso demonstra que a grande maioria dos autores não atua de maneira
contínua no Campo.
Tabela 6 - Comparação dos padrões de produtividade do Campo de Operações com os
parâmetros da Lei de Lotka
Artigos por Autor Nº de Autores Operações
Parâmetros da
Lei de Lotka
1
1927 69,04% 60,80%
2
406 14,55% 15,20%
3
177 6,34% 6,76%
4
92 3,30% 3,80%
5
47 1,68% 2,43%
6
33 1,18% 1,69%
7
27 0,97% 1,24%
8
16 0,57% 0,95%
9
8 0,29% 0,75%
10
15 0,54% 0,61%
11
11 0,39% 0,50%
12
4 0,14% 0,42%
13
6 0,21% 0,36%
14
7 0,25% 0,31%
15
3 0,11% 0,27%
16
3 0,11% 0,24%
17
1 0,04% 0,21%
18
2 0,07% 0,19%
19
2 0,07% 0,17%
Total 2791
C-Value
0,7095
0,608
Beta
2,3449*
2
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: *Teste Goodness-of-fit de
Kolmogorov-Smirnov foi significativo a 0,01.
Os autores que publicaram dois artigos correspondem a 14,55% do total do campo,
seguido por 6,34% dos autores que publicaram três artigos. Assim, cerca de 90%
dos autores publicaram de um a três artigos nos doze anos de análise.
Ao compararmos a distribuição dos percentuais do Campo de Operações com os
parâmetros da Lei de Lotka, verifica-se que ela apresenta maior quantidade de
75
autores que publicaram uma única vez, ao mesmo tempo em que o percentual de
autores que publicam dois ou mais artigos apresentaram percentuais inferiores.
Assim, os resultados indicam que o Campo de Gestão de Operações no Brasil é
menos produtivo que o padrão internacional, de acordo com a Lei de Lotka. O Beta
resultado do teste Goodness-of-fit de Kolmogorov-Smirnov foi de 2,3449, valor
superior a 2 (Padrão da Lei de Lotka), demonstrando que o campo é menos
produtivo que o padrão internacional.
Como tal padrão da Lei de Lotka foi construído num contexto internacional a partir
das Ciências Exatas, parece interessante comparar os resultados do Campo de
Gestão de Operações com aqueles encontrados para outros campos de pesquisa de
Administração no Brasil e também em Contabilidade. Na Tabela 7 observa-se que o
Campo de Operações é um dos mais produtivos no Brasil, ficando atrás apenas do
Campo de Estudos Organizacionais. Em outras palavras, com exceção de Estudos
Organizacionais, os demais campos listados na Tabela 7 possuem maior parcela de
autores que possuem apenas uma única publicação no campo. Entretanto, todos os
campos listados são considerados menos produtivos que o padrão internacional da
Lei de Lotka.
Tabela 7 - Comparação entre a produtividade do Campo de Gestão de Operações com outros
campos no Brasil
Campo de Estudo Beta Encontrado Fonte
Operações 2,35 Resultados da pesquisa
Finanças 2,44
Câmara Leal, Oliveira e
Soluri, 2003
Contabilidade 2,54 Cardoso et al., 2005
Estratégia 2,45 Rossoni (2006)
Estudos Organizacionais 2,24 Rossoni (2006)
Tecnologia da Informação 2,64
Rossoni e Hocayen-da-Silva
(2007)
Fonte: elaborado pelo autor.
Embora a produtividade dos autores fique aquém de padrões internacionais, o
Campo de Operações no Brasil cresceu bastante de 1997 a 2008. A Tabela 8
apresenta a evolução do número de artigos, autores e autorias, conforme
apresentado anteriormente nesta seção. Tais medidas foram utilizadas para calcular
os indicadores de cooperação e produtividade dos autores do campo.
76
Tabela 8 - Evolução das medidas de cooperação e produtividade dos pesquisadores do campo
de Operações no Brasil
Ano Artigos Autores Autorias
Cooperação
Produtividade
Total
Produtividade
Fracionada
1997
58 94 106 1,828 1,128 0,617
1998
83 125 141 1,699 1,128 0,664
1999
80 138 157 1,963 1,138 0,580
2000
135 223 263 1,948 1,179 0,605
2001
198 381 460 2,323 1,207 0,520
2002
200 339 416 2,080 1,227 0,590
2003
223 388 486 2,179 1,253 0,575
2004
213 400 484 2,272 1,210 0,533
2005
264 503 608 2,303 1,209 0,525
2006
310 608 744 2,400 1,224 0,510
2007
264 530 637 2,413 1,202 0,498
2008
301 583 752 2,498 1,290 0,516
Total 2329 2791* 5254 2,256 1,218 0,540
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: * O número total de autores não corresponde à soma
da sua respectiva coluna pelo fato de haver autores que publicaram em anos diferentes;
assim, 2791 foi o número de pesquisadores que publicou no Campo de Operações nos
doze anos de análise. Medidas: Cooperação: autorias/artigo; Produtividade Total:
autorias/autores; Produtividade Fracionada: artigos/autores.
A cooperação, que indica o número médio de autorias por artigo em cada ano, subiu
cerca de 36% de 1997 a 2008. A produtividade total que reflete o número médio de
autorias de cada autor também cresceu no período. a produtividade fracionada,
que aponta a contribuição média de cada autor por artigo publicado caiu. Assim,
apesar de o número de artigos publicados no campo ter crescido consideravelmente,
a produtividade média de cada autor individualmente decresceu no período
analisado. A Figura 6 ilustra a evolução destas medidas em três períodos de análise,
cada um com quatro anos.
A cooperação pode ser visualizada de outra forma. A Figura 7 apresenta a
proporção dos artigos publicados em cada ano com um autor e com mais de um
autor. É possível perceber que nos anos recentes o número de artigos com apenas
uma autoria caiu bastante e nos três últimos anos ficou em torno de 10%.
77
Figura 6 – Evolução das medidas de cooperação e produtividade do campo de Operações no
Brasil, por período de análise
Fonte: resultados da pesquisa
Figura 7 - Proporção de artigos com cooperação entre os pesquisadores
Fonte: resultados da pesquisa
Apesar de os indicadores de cooperação apresentaram forte indicativo da
organização intelectual do campo, afirmações mais assertivas sobre a organização
dos autores merecem uma avaliação mais aprofundada. Quanto à avaliação da
contribuição individual dos autores no campo, percebe-se que uma pequena parcela
atua de maneira efetiva e possui uma produção com relevância longitudinal,
apontando regularidade dos seus esforços científicos. Outros pesquisadores, no
entanto, têm apenas uma inserção nos periódicos e eventos pesquisados.
1,8595
2,2135
2,4035
1,14325
1,22425
1,23125
0,6165
0,5545
0,51225
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
P1 (97-00) P2 (01-04) P3 (04-08)
Cooperação Produtividade Total Produtividade Fracionada
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
1 Autor Mais de 1 Autor
78
Desta forma, todos os autores foram classificados tendo como base sua produção
em todo o período analisado. As categorias o estáticas e tiveram como base os
trabalhos de Braum, Glanzel e Schubert (2001) e Gordon (2007). Os critérios para
categorização dos autores em continuantes, transientes, entrantes, retirantes e one-
timers sofreram uma adaptação por Guarido-Filho (2008) e esta foi utilizada neste
trabalho. A Tabela 9 apresenta as categorias, as respectivas definições, o número
de pesquisadores e autorias em cada uma delas e quanto tais autorias representam
do total do campo.
Tabela 9 - Categorização dos autores e a participação na produção científica da área
Categoria Definição
Nº de
pesquisadores
Autorias em
Artigos
Participação
em artigos
Continuantes
Mais de uma publicação em
5 ou mais anos diferentes e
ao menos uma nos últimos 3
anos
106 1095 37,3%
Transientes
Mais de uma publicação
distribuídas ao longo do
período em não mais do que
4 anos diferentes, sendo ao
menos uma nos últimos 3
anos e ao menos uma em
anos anteriores
285 1005 35,2%
One-timers
Apenas uma única
publicação em todo o
período analisado.
1927 1927 56,5%
Entrantes
Mais de uma publicação em
um ou mais anos diferentes
nos últimos três anos
(exclusivamente)
182 440 14,5%
Retirantes
Mais de uma publicação em
um ou mais anos diferentes,
mas sem publicações nos
últimos 3 anos
291 787 26,3%
Total 2791 5254
-
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: “autoria em artigoscontabiliza a presença de autores em
trabalhos publicados.
Verifica-se que os continuantes constituem a menor parcela dos pesquisadores que
publicam no campo (menos de 4%), mas contribuíram para a publicação de 37% das
obras. Todos os autores listados anteriormente como mais prolíficos do campo se
enquadram nesta categoria. Destaca-se também que o número de pesquisadores
79
retirantes é superior ao de entrantes, o que pode denotar uma redução de novos
atores com regularidade de publicação no campo.
O maior grupo de pesquisadores possui apenas uma publicação no campo. Não se
pode afirmar, no entanto, que tais autores prejudicam a continuidade e evolução do
conhecimento do campo. Tais pesquisadores podem, por exemplo, atuar em áreas
de domínio conexo e tal conhecimento foi utilizado para a elaboração de alguma
obra de Operações. Outra possibilidade é a participação de autores estrangeiros que
aproveitaram a organização de eventos internacionais em conjunto com os eventos
nacionais analisados. Uma investigação mais aprofundada poderia trazer maiores
elucidações a respeito.
A Tabela 10 traz maiores informações sobre a cooperação entre autores de
diferentes categorias. É possível verificar que os autores transientes e os entrantes
são os que mais buscam co-autorias em outras categorias. Os retirantes são os que
mais escrevem artigos com uma autoria e os entrantes os que menos o fazem. Os
one-timers apresentaram a maior propensão em produzir com outros autores da
mesma categoria.
Tabela 10 – Tipos de cooperação em cada categoria de autores
C T OT E R
Sem co-autoria (1 autor) 10,25% 9,45% 10,56% 6,82% 14,54%
Exclusivamente com a sua categoria 12,44% 6,58% 16,79% 8,61% 12,25%
Com outras categorias 77,30% 83,97% 72,64% 84,57% 73,20%
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: C Continuantes; T Transientes; OT One-timers; E
Entrantes; R – Retirantes.
Os resultados apresentados neste tópico demonstraram como o Campo de
Operações no Brasil evoluiu ao longo do período de 1997 a 2008. O número de
artigos publicados e de autores atuantes no campo cresceu de forma exponencial,
provocando crescimento do campo. Há mais autorias por artigos, o que indica
tendência de os pesquisadores terem maior cooperação para a produção de artigos.
Para aprofundar a análise da evolução do campo, parece interessante conhecer
separadamente as publicações do campo e como estas acompanharam esta
evolução. Tal análise é apresentada no tópico a seguir.
80
4.1.1 Análise dos Eventos e Periódicos
Os eventos e periódicos analisados neste estudo possuem origens e propósitos
diferenciados e uma análise dedicada a cada um deles pode identificar aspectos
importantes. A primeira diferença está no próprio propósito de eventos e de
periódicos. Os eventos constituem um fórum mais aberto ao pesquisador da área e,
assim, têm uma participação maior em termos de volume de artigos e pesquisadores.
os periódicos tendem a ser mais restritos. No caso particular dos periódicos
selecionados neste estudo, dois deles (i.e. JOSCM e Gestão e Produção) são
dedicados a publicações exclusivas da área de Operações, embora com origem em
áreas distintas: o primeiro surgiu de uma escola de Administração e o segundo de
uma escola de Engenharia. As demais revistas (i.e. RAC, RAE e RAUSP) publicam
temas diversos de diferentes áreas da Administração e, assim, foram analisadas de
maneira agregada. Cabe ressaltar que este trabalho não discute a qualidade de
trabalhos publicados em eventos e periódicos, dado que as unidades de análise do
estudos são os pesquisadores e as relações que os mesmos constroem para a
produção de artigos.
4.1.1.1 SIMPOI e JOSCM
Nesta seção são apresentadas as análises de produtividade e cooperação para o
SIMPOI Simpósio de Produção, Logística e Operações Internacionais e o
JOSCM Journal of Operations and Supply Chain Management. Tanto o evento
quanto o periódico são organizados pelo departamento de produção e operações da
Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas
(POI/FGV-EAESP).
Desde 2005, o SIMPOI se configura como Evento Científico Nacional “A” no Sistema
Qualis/CAPES e se propõe a ser o principal fórum de debate e articulação entre
professores, pesquisadores, discentes, empresários e profissionais da área de
Administração da Produção e Operações no Brasil. Assim, percebe-se que além da
81
divulgação de artigos de acadêmicos, o evento busca fortalecer o relacionamento
destes com os profissionais da área.
Desde a sua primeira edição em 1998, o SIMPOI aumentou significativamente sua
abrangência nacional. O SIMPOI realizou dois eventos internacionais em parceria
com a Production and Operations Management Society (POMS), sendo estes em
2001 e 2007. Em 2008, o evento contou com a participação de professores e
pesquisadores de 15 estados brasileiros, e 277 avaliadores representando 97
Instituições de Ensino Superior do Brasil. Também em 2008, o JOSCM (ISSN 1984-
3046) foi lançado com a intenção de publicar artigos com alto rigor metodológico e
relevância prática. O periódico é publicado na língua Inglesa, como estratégia de
inserção internacional. No primeiro ano, dois números do periódico foram publicados.
Optou-se por uma análise em conjunto com o SIMPOI pelo estreito relacionamento
entre ambos e pelo fato de o JOSCM não ter volumes suficientes que permitisse
uma análise em consonância com os objetivos deste trabalho.
O número de artigos publicados, o volume de autorias e de autores que participam
do evento cresceu substancialmente, conforme mostra a Figura 8. É possível
observar ainda que o crescimento do número de autorias cresceu de forma mais
acentuada que o de artigos, indicativo do aumento da cooperação na elaboração de
artigos publicados no evento.
Figura 8 - Número de autorias, artigos e autores no SIMPOI e no JOSCM
Fonte: resultados da pesquisa
0
100
200
300
400
500
600
Autorias
Artigos
Autores
82
O crescimento do evento atraiu pesquisadores de diversas instituições nacionais e
também internacionais. Estes últimos estiveram presentes nas duas edições do
evento organizados junto com o POMS, em 2001 e 2007. Embora 2006 autores
tenham publicado no evento e no periódico no período analisado, é possível
identificar aqueles com maior participação no número de autorias, conforme Tabela
11. Vale destacar ainda que aproximadamente 70% dos autores possuem apenas
uma autoria no evento e periódico.
Tabela 11 - Autores mais prolíficos do SIMPOI e do JOSCM
Pesquisador Categoria
P1
(98-00)
P
2
(01-04)
P
3
(05-08)
Total
Csillag, J.M.
C 4 10 11
25
Serio, L.C.D.
C 4 8 5
17
Pereira, S.C.F.
C 3 6 7
16
Barbieri, J.C.
C 2 3 10
15
Graeml, A.R.
C 3 4 7
14
Callado, A.L.C.
C 0 8 5
13
Erdmann, R.H.
C 1 6 6
13
Moori, R.G.
C 1 4 8
13
Callado, A.A.C.
C 0 7 5
12
Machline, C.
C 1 4 7
12
Maia, M.C.
R 2 9 1
12
Profeta, R.A.
C 3 6 3
12
Akabane, G.K.
C 0 3 8
11
Brito, E.P.Z.
C 0 5 5
10
Macedo, M.A.S.
C 0 3 7
10
Perera, L.C.J.
C 0 3 7
10
Sampaio, M.
C 2 4 4
10
Fonte: resultados da pesquisa
Os autores listados produziram pelo menos dez artigos, em onze anos do evento e
um ano do periódico. Vele ressaltar que, dos autores presentes na Tabela 11, os
pesquisadores João Mário Csillag, Susana Pereira e Claude Machline têm um artigo
cada no JOSCM. Destaca-se ainda a presença de uma pesquisadora, Marta Maia,
que possui um grande volume de produção no evento, mas encontra-se na categoria
de retirante.
Da mesma forma que com os autores, uma estratificação nas instituições que
publicam no SIMPOI e JOSCM (Tabela 12). As 19 instituições listadas têm 70% das
autorias dos artigos. A FGV-EAESP tem papel de destaque no evento, com 12,5%
83
das autorias dos artigos publicados no evento, mais que o dobro da participação do
Mackenzie, segundo colocado. Sete das dez instituições mais prolíficas são do
Estado de São Paulo, o que pode ser relacionado ao fato de a grande maioria das
edições do evento ter ocorrido na própria FGV-EAESP.
Tabela 12 - Instituições mais prolíficas em trabalhos publicados no SIMPOI e no JOSCM
Instituição
P1
(98-00)
P2
(01-04)
P3
(05-08)
Total de
Período
Participação no
Total de Autorias
FGV-EAESP
76 176 177
429 12,51%
MACKENZIE
4 67 114
185 5,40%
UFSC
30 40 83
153 4,46%
UFSCar
7 76 66
149 4,35%
POLI/USP
14 51 53
118 3,44%
UFRGS
2 21 67
90 2,63%
FEA/USP
5 21 55
81 2,36%
UNIP
14 36 25
75 2,19%
USP/SCarlos
1 41 32
74 2,16%
UFRJ
3 33 31
67 1,95%
UFPE
0 19 38
57 1,66%
UNISANTOS
0 33 22
55 1,60%
UFMG
0 17 36
53 1,55%
PUC-RS
0 18 34
52 1,52%
FURB
0 7 44
51 1,49%
UNINOVE
0 6 44
50 1,46%
UFF
1 33 15
49 1,43%
PUC-PR
3 25 18
46 1,34%
UNICAMP
2 21 23
46 1,34%
Total 164 759 988 1911 70,41%
Fonte: resultados da pesquisa
A Tabela 13 apresenta as medidas de cooperação e produtividade do SIMPOI e do
JOSCM. Observa-se que tais medidas acompanharam as medidas do campo como
um todo (coluna “Geral”), ficando ligeiramente abaixo das mesmas. A cooperação e
a produtividade total cresceram bastante, embora a produtividade fracionada tenha
caído.
84
Tabela 13 - Evolução das medidas de cooperação e produtividade do SIMPOI e JOSCM
Ano Artigos
Autores
Autorias
Cooperação
Produtividade
Total
Produtividade
Fracionada
Simpoi e
JOSCM
Geral
Simpoi e
JOSCM
Geral
Simpoi e
JOSCM
Geral
1998
33 39 44 1,333
1,699
1,128
1,128
0,846
0,664
1999
30 49 55 1,833
1,963
1,122
1,138
0,612
0,580
2000
77 131 148 1,922
1,948
1,130
1,179
0,588
0,605
2001
158 314 372 2,354
2,323
1,185
1,207
0,503
0,520
2002
142 233 280 1,972
2,080
1,202
1,227
0,609
0,590
2003
163 283 353 2,166
2,179
1,247
1,253
0,576
0,575
2004
137 247 301 2,197
2,272
1,219
1,210
0,555
0,533
2005
181 368 421 2,326
2,303
1,144
1,209
0,492
0,525
2006
232 466 552 2,379
2,400
1,185
1,224
0,498
0,510
2007
167 346 394 2,359
2,413
1,139
1,202
0,483
0,498
2008
211 419 508 2,408
2,498
1,212
1,290
0,504
0,516
Total 1531 2895 3428 2,239 2,256 1,184 1,218 0,529 0,540
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: Cooperação: autorias/artigo; Produtividade Total:
autorias/autores; Produtividade Fracionada: artigos/autores
O aumento da cooperação no campo pode ser visualizado ainda na proporção de
artigos publicados com mais de um autor (Figura 9). Apenas no primeiro ano da
análise a proporção de artigos com autores isolados era maior. Nos anos
subseqüentes a cooperação cresceu e, desde 2005, cerca de 90% dos artigos foram
elaborados em parceria de dois ou mais autores.
Figura 9 - Proporção de artigos publicados no SIMPOI e JOSCM com cooperação entre os
pesquisadores
Fonte: resultados da pesquisa
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
1 Autor Mais de 1 Autor
85
4.1.1.2 EnANPAD
O Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Administração – EnANPAD – realiza-se anualmente, no mês de setembro e se
configura como o maior evento da comunidade científica e acadêmica de
administração no país. Na sua missão de incentivar a produção científica na área, o
evento cresceu ao longo de suas edições, sendo que, nos últimos três anos, em
cada evento cerca de 3000 trabalhos nas diversas áreas temáticas foram
submetidos à apreciação, dos quais, aproximadamente, 800 foram apresentados.
Em 2008 o EnANPAD esteve na sua 3 edição e estava estruturado em onze
Divisões Acadêmicas, as quais agregam os temas de interesse da área. As Divisões
Acadêmicas são de natureza permanente, enquanto os temas de interesse são
dinâmicos e renováveis e visam a estimular a produção científica em certos campos
de conhecimento. Para o presente estudo, foram analisados os artigos publicados
na Divisão GOL Gestão de Operações e Logística, que recebe esta denominação
desde 2001 e no ano de 1997. De 1998 a 2000 a Divisão era identificada como OLS
- Operações, Logística e Serviços.
Figura 10 - Número de autorias, artigos e autores na Divisão GOL do EnANPAD no período
1997-2008
Fonte: resultados da pesquisa
A Figura 10 demonstra a evolução da área no EnANPAD. Até 2002, eram publicados
em torno de 20 artigos na divisão. A partir de 2004 esse número aumentou para em
139
50
122
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Autorias
Artigos
Autores
86
torno de 40, subindo para 50 em 2008. Importante destacar que os números de
autorias e de autores evoluíram em conjunto, o que indica que a maioria dos autores
publicou um único trabalho em cada edição do evento.
Ao elencarmos a produção dos autores nos doze anos de análise, 81% deles
publicou uma única vez na Divisão GOL. Na Tabela 14 identifica-se que os autores
que mais publicaram na divisão têm sua produção concentrada nos últimos quatro
anos analisados, com algumas exceções. Destaca-se ainda que poucos possuem
em média mais de um artigo por ano.
Tabela 14 - Autores mais prolíficos da Divisão GOL do EnANPAD
Pesquisador Categoria
P1
(97-00)
P2
(01-04)
P3
(05-08)
Total
Moori, R.G.
C 3 6 6
15
Paiva, E.L.
C 2 4 4
10
Csillag, J.M.
C 0 3 6
9
Fleury, P.F.
R 5 3 1
9
Serio, L.C.D.
C 2 1 6
9
Fensterseifer, J.E.
C 7 1 0
8
Figueiredo, K.F.
C 1 3 4
8
Marcondes, R.C.
C 2 3 3
8
Araujo, C.A.S.
C 0 2 5
7
Brito, E.P.Z.
C 1 4 2
7
Brito, L.A.L.
C 0 2 5
7
Padula, A.D.
C 4 2 1
7
Bronzo, M.
C 1 1 4
6
Oliveira, L.H.
C 1 1 4
6
Santos, F.C.A.
C 3 0 3
6
Wanke, P.
C 2 3 1
6
Arkader, R.
C 3 2 0
5
Erdmann, R.H.
C 1 1 3
5
Pereira, S.C.F.
C 0 2 3
5
Primo, M.A.M.
C 0 1 4
5
Sampaio, M.
C 1 0 4
5
Vieira, L.M.
C 2 0 3
5
Zanquetto-Filho, H.
C 0 1 4
5
Fonte: resultados da pesquisa
Em termos de instituições, é possível também observar forte concentração da
produção nas vinte listadas na Tabela 15. Estas têm autoria em 74,2% dos artigos
publicados. É possível ainda verificar certo equilíbrio entre as quatro instituições que
87
mais publicaram; FGV-EAESP, UFRJ, UFRGS e, um pouco mais distante, o
Mackenzie têm próximo a 40% das autorias do campo.
Tabela 15 - Instituições mais prolíficas em trabalhos publicados na Divisão GOL do EnANPAD
Instituição
P1
(97-00)
P2
(01-04)
P3
(05-08)
Total
Período
Participação no
Total de Autorias
FGV-EAESP
15 14 54
83 10,48%
UFRJ
24 27 28
79 9,97%
UFRGS
37 20 18
75 9,47%
MACKENZIE
13 20 31
64 8,08%
UFMG
10 5 23
38 4,80%
UFSC
8 6 21
35 4,42%
UNISINOS
2 13 19
34 4,29%
FEA/USP
7 9 12
28 3,54%
UFPE
5 11 10
26 3,28%
UFSCar
1 9 6
16 2,02%
UFBA
0 9 7
16 2,02%
PUC-RJ
11 2 1
14 1,77%
USP/SCarlos
5 0 9
14 1,77%
UFSM
1 10 2
13 1,64%
PUC-PR
0 6 4
10 1,26%
UFES
0 0 9
9 1,14%
FURB
0 3 6
9 1,14%
UFRN
6 0 2
8 1,01%
FDC
0 0 8
8 1,01%
UNIMEP
3 3 2
8 1,01%
Total 148 167 272 587 74,12%
Fonte: resultados da pesquisa
A cooperação na Divisão GOL do EnANPAD, medida pelo número de autorias por
artigo, se mostrou maior que a média de todo o campo (Tabela 16). A produtividade
total, no entanto, é mais baixa que a do campo; poucos autores têm mais de um
artigo em cada edição do evento. A produtividade fracionada se manteve abaixo da
média geral em todo o período analisado.
88
Tabela 16 - Evolução das medidas de cooperação e produtividade da Divisão GOL no
EnANPAD
Ano Artigos
Autores Autorias
Cooperação
Produtividade
Total
Produtividade
Fracionada
EnANPAD
Geral
EnANPAD
Geral
EnANPAD
Geral
1997
26 46 48 1,846
1,828
1,043
1,128
0,565
0,617
1998
17 32 34 2,000
1,699
1,063
1,128
0,531
0,664
1999
20 43 46 2,300
1,963
1,070
1,138
0,465
0,580
2000
22 41 47 2,136
1,948
1,146
1,179
0,537
0,605
2001
13 26 27 2,077
2,323
1,038
1,207
0,500
0,520
2002
22 44 45 2,045
2,080
1,023
1,227
0,500
0,590
2003
27 64 67 2,481
2,179
1,047
1,253
0,422
0,575
2004
37 80 82 2,216
2,272
1,025
1,210
0,463
0,533
2005
39 81 87 2,231
2,303
1,074
1,209
0,481
0,525
2006
31 69 71 2,290
2,400
1,029
1,224
0,449
0,510
2007
43 91 99 2,302
2,413
1,088
1,202
0,473
0,498
2008
50 122 139 2,780
2,498
1,139
1,290
0,410
0,516
Total
347 739 792 2,282 2,256
1,072 1,218
0,470 0,540
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: Cooperação: autorias/artigo; Produtividade Total:
autorias/autores; Produtividade Fracionada: artigos/autores
Os artigos publicados no EnANPAD apresentaram, nos doze anos de análise, uma
proporção elevada de cooperação, quando comparada a proporção de artigos com
um único autor e aqueles com mais de um autor. Ao contrário das análises
semelhantes realizadas até aqui, a proporção de artigos com co-autoria se manteve
elevada desde os primeiros anos, variando entre 70% e 90%.
Figura 11 - Proporção de artigos publicados na Divisão GOL do EnANPAD com cooperação
entre os pesquisadores
Fonte: resultados da pesquisa
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1 Autor Mais de 1 Autor
89
4.1.1.3 Revista Gestão e Produção
A revista Gestão e Produção (G&P) é publicada quadrimestralmente (abril, agosto e
dezembro) pelo Departamento de Engenharia de Produção (DEP) da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar). O primeiro número da revista foi publicado em abril
de 1994, mas a experiência do departamento com periódicos se iniciou ainda no
inicio da década de 80, "Cadernos DEP" e posteriormente com os "Cadernos de
Engenharia de Produção". Como os nomes dos cadernos sugerem e, conforme
declarado na missão da G&P, esta publicação é direcionada aos pesquisadores da
área de Engenharia de Produção.
A partir de 2004, o número de artigos publicados aumentou bastante, ficando em
aproximadamente 40 por ano, conforme Figura 12. É importante destacar que o
último número de 2008 não fez parte do estudo. O ano de 2004 apresentou também
um aumento no volume de autores e autorias, ambos na mesma proporção, o que
indica que a maioria dos autores possui uma única autoria por ano.
Figura 12 - Número de autorias, artigos e autores da Revista Gestão e Produção no período
1997-2008
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: * o último número de 2008 não fez parte do estudo.
Como este trabalho enfocou eventos e periódicos de Administração, ao elencar os
autores mais prolíficos da G&P, é possível encontrar pesquisadores que têm toda a
sua produção publicada neste periódico. Por exemplo, o pesquisador Reinaldo
87
31
83
0
20
40
60
80
100
120
140
Autorias
Artigos
Autores
90
Morabito, que entrou na lista dos autores mais prolíficos do campo como um todo,
tem seus 15 artigos identificados publicados na G&P.
Tabela 17 - Autores mais prolíficos da Revista Gestão e Produção
Pesquisadores Categoria
P1
(97-00)
P2
(01-04)
P3
(05-08*)
Total
Morabito, R. C 4 4 7
15
Fernandes, F.C.F. C 2 3 5
10
Sellitto, M.A. C 0 2 6
8
Alves-Filho, A.G. C 1 3 3
7
Carvalho, M.M. C 0 4 3
7
Fogliatto, F.S. C 1 2 4
7
Laurindo, F.J.B. C 1 4 2
7
Godinho-Filho, M. C 0 2 4
6
Steiner, M.T.A. C 0 3 3
6
Wanke, P. C 1 1 4
6
Caixeta-Filho, J.V. C 2 2 1
5
Cerra, A.L. C 1 1 3
5
Miguel, P.A.C. T 0 1 4
5
Toledo, J.C. C 3 1 1
5
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: * o último número de 2008 não fez parte do
estudo.
Os pesquisadores da UFSCar são os que mais publicam no periódico. Conforme
Tabela 18, esta instituição é responsável por pouco mais de 15% das autorias,
seguida pela Escola Politécnica da USP. As 22 instituições listadas têm 76,09% das
autorias, o que denota alta concentração. Tal resultado parece corroborar Tonelli,
Caldas, Lacombe e Tinoco (2003) que afirmaram haver uma tendências de as
revistas privilegiarem os artigos dos professores das próprias instituições.
Na Tabela 19 verifica-se que a cooperação dos autores para publicação no periódico
cresceu ao longo do período analisado e se manteve acima da média do campo. A
produtividade total ficou próxima a um, o que indica uma única autoria por autor em
cada ano. a produtividade fracionada caiu e ficou abaixo da identificada para o
campo.
91
Tabela 18 - Instituições com maior número de autorias em trabalhos publicados na Revista
Gestão e Produção
Instituição
P1
(97-00)
P2
(01-04)
P3
(05-08*)
Total de
Autorias
Participação no
Total de Autorias
UFSCar 25 44 55
124
15,44%
POLI/USP 22 33 31
86
10,71%
USP/SCarlos 19 22 25
66
8,22%
UFRGS 2 12 20
34
4,23%
UNICAMP 9 9 13
31
3,86%
UFRJ 11 2 17
30
3,74%
UNIMEP 1 8 18
27
3,36%
UNISINOS 1 3 20
24
2,99%
UFPR 0 11 11
22
2,74%
UNESP 2 6 12
20
2,49%
PUC-RJ 6 3 10
19
2,37%
UFF 1 3 12
16
1,99%
FEA/USP-RP 5 8 2
15
1,87%
FEA/USP 7 4 2
13
1,62%
INPE 4 5 4
13
1,62%
PUC-PR 0 5 8
13
1,62%
ESALQ/USP 6 3 3
12
1,49%
UFMG 2 3 5
10
1,25%
UFPE 0 4 6
10
1,25%
CTI 5 1 3
9
1,12%
UFCE 1 4 4
9
1,12%
UPF 2 0 7
9
1,12%
Total 131 189 280 611
76,09%
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: * o último número de 2008 não fez parte
do estudo.
Tabela 19 - Evolução das medidas de cooperação e produtividade na Revista Gestão e
Produção
Ano Artigos Autores Autorias
Cooperação
Produtividade
Total
Produtividad
e Fracionada
G&P Geral
G&P Geral G&P Geral
1997
22 39 43 1,955
1,828
1,103
1,128
0,564
0,617
1998
21 35 36 1,714
1,699
1,029
1,128
0,600
0,664
1999
21 43 43 2,048
1,963
1,000
1,138
0,488
0,580
2000
23 42 45 1,957
1,948
1,071
1,179
0,548
0,605
2001
20 48 48 2,400
2,323
1,000
1,207
0,417
0,520
2002
24 55 57 2,375
2,080
1,036
1,227
0,436
0,590
2003
22 41 45 2,045
2,179
1,098
1,253
0,537
0,575
2004
36 91 94 2,611
2,272
1,033
1,210
0,396
0,533
2005
35 73 77 2,200
2,303
1,055
1,209
0,479
0,525
2006
43 109 111 2,581
2,400
1,018
1,224
0,394
0,510
2007
43 107 117 2,721
2,413
1,093
1,202
0,402
0,498
2008*
31 83 87 2,806
2,498
1,048
1,290
0,373
0,516
Total 341 766 803 2,355
2,256
1,048
1,218 0,445
0,540
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: 1- Cooperação: autorias/artigo; Produtividade Total:
autorias/autores; Produtividade Fracionada: artigos/autores. 2 - o último número de 2008
não fez parte do estudo.
92
A Figura 13 ratifica o aumento na cooperação dos artigos publicados no periódico.
Desde 2001, menos de 20% dos artigos têm apenas um único autor, sendo que de
2006 a 2008 este número ficou abaixo de 10%.
Figura 13 - Proporção de artigos publicados na Revista Gestão e Produção com cooperação
entre os pesquisadores
Fonte: resultados da pesquisa
4.1.1.4 Demais Revistas
As revistas que publicam artigos de diversas áreas da Administração foram
analisadas neste tópico, sendo elas: RAC, RAE e RAUSP, versões impressa e
eletrônica. Editadas por três entidades diferentes, tais periódicos se configuram
como os principais locais de publicação na área de Administração como um todo no
Brasil, sendo objeto de análise quando o campo é estudado (ver por exemplo
ARKADER, 2003; ROSSONI, 2006; GUARIDO-FILHO, 2007).
Como eram revistas de diferentes áreas da Administração, foi necessário analisar
cada artigo publicado para verificar se o mesmo poderia ser enquadrado como
publicação de Operações. Para tal avaliação, foi utilizada a relação de tópicos,
ferramentas e abordagens constante da recomendação aos autores do Journal of
Operations Management, a mais prestigiosa publicação internacional na área
(ARKADER, 2003). Eram avaliados, basicamente, títulos, palavras-chave e resumo.
Em permanecendo a dúvida, o texto completo do artigo era analisado, o que inclui a
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1 Autor Mais de 1 Autor
93
base bibliográfica nele utilizada. Vale destacar que a RAE classificava os artigos
por área da Administração no período de 1997 a 2004, assim como a RAE
Eletrônica de 2002 a 2004. O Quadro 7 apresenta as revistas analisadas, bem como
seus editores e o ano de sua fundação.
Periódico Instituição Editora Editada desde
RAE
FGV-EAESP 1961
RAE-e
FGV-EAESP 2002
RAC
ANPAD 1997
RAC-e
ANPAD 2007
RAUSP
FEA/USP 1966
RAUSP-e
FEA/USP 2008
Quadro 7 - Revistas da área de Administração que foram analisadas
Fonte: elaborado pelo autor
Percebe-se que são três revistas em suas versões tradicional (impressa) e eletrônica.
A RAE e a RAUSP datam da década de 60, quando a Administração enquanto
campo científico dava seus primeiros passos no Brasil.
Apesar de as versões eletrônicas das revistas terem sido criadas ao longo do
período analisado, não foi possível observar forte impacto no número de artigos de
Operações publicados nestes periódicos (Figura 14). O volume de artigos de
Operações publicados foi baixo em todo o período analisado; o pico foi o ano de
2000, com treze artigos e o piso foi 2004, com apenas três publicações em todos os
números de quatro dos seis periódicos analisados que já eram publicados à época.
94
Figura 14 - Número de autorias, artigos e autores que publicaram artigos de Operações nas
principais revistas de Administração no período 1997-2008
Fonte: resultados da pesquisa
O número de autorias e autores por ano foi semelhante, o que indica que a maioria
dos pesquisadores de operações era autor de um artigo por ano em nas revistas
analisadas.
Quando estratificados os autores mais prolíficos, é possível identificar seis deles que
produziram mais de três artigos nos doze anos de análise (Tabela 20). Os
pesquisadores Rebecca Arkader e José Vicente Caixeta Filho têm produção
concentrada no primeiro período de análise, enquanto Ely Paiva tem toda a sua
produção nas revistas publicada nos últimos quatro anos. Desta forma, percebe-se
uma distribuição diferenciada quando comparamos com os periódicos e eventos
analisados até este momento no trabalho.
Tabela 20 - Autores mais prolíficos das principais revistas de Administração
Pesquisador Categoria
P1
(97-00)
P2
(01-04)
P
3
(05-08)
Total
Arkader, R.
C 3 1 -
4
Caixeta-Filho, J.V.
C 3 1 -
4
Rabechini-Junior, R.
T - 2 2
4
Moori, R.G.
C - 2 1
3
Padula, A.D.
C 1 1 1
3
Paiva, E.L.
C - - 3
3
Fonte: resultados da pesquisa
Apesar de apresentar um número reduzido de artigos de Operações publicados
nestes periódicos, a produção está institucionalmente bastante concentrada. As
18
9
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Autorias
Artigos
Autores
95
treze instituições listadas na Tabela 21, que tem cinco ou mais autorias nos
periódicos, assinam mais de 70% dos artigos publicados no campo. Esta alta
concentração pode ser decomposta e representada ainda nas quatro instituições
que mais produziram; FGV-EAESP, UFSCar, POLI/USP e FEA/USP têm autoria em
mais de 40% dos artigos.
Quando são avaliadas as medidas de cooperação e produtividade dos
pesquisadores que publicaram nesta revista, percebe-se que estas tiveram um
comportamento semelhante às medidas gerais de todo o campo (Tabela 22). A
cooperação entre os pesquisadores oscilou bastante ao longo do período, mas, na
média, esteve abaixo da encontrada no campo, assim como a produtividade
fracionada. a produtividade total teve valor unitário em quase todos os anos,
indicando que cada autor teve uma única autoria por ano, em todos os periódicos
analisados.
Tabela 21 - Instituições mais prolíficas das principais revistas de Administração
Instituição
P1
(97-00)
P2
(01-04)
P3
(05-08)
Total de
Autorias
Participação no
Total de Autorias
FGV-EAESP
11 13 3
27
11,69%
UFSCar
7 12 5
24
10,39%
POLI/USP
9 10 3
22
9,52%
FEA/USP
9 0 12
21
9,09%
UFRJ
11 2 1
14
6,06%
UFRGS
6 2 3
11
4,76%
UNISINOS
0 1 7
8
3,46%
ESALQ/USP
5 2 0
7
3,03%
MACKENZIE
1 4 2
7
3,03%
PUC-RJ
0 2 5
7
3,03%
USP/SCarlos
2 4 0
6
2,60%
FEA/USP-RP
1 1 4
6
2,60%
UNIOESTE
1 0 4
5
2,16%
Total 63 53 49 165
71,43%
Fonte: resultados da pesquisa
96
Tabela 22 - Evolução das medidas de cooperação e produtividade nas principais revistas de
Administração
Ano Artigos
Autores
Autorias
Cooperação
Produtividade
Total
Produtividade
Fracionada
Revistas
Geral
Revistas Geral
Revistas Geral
1997
10 15 15 1,500
1,828
1,000
1,128
0,667
0,617
1998
12 27 27 2,250
1,699
1,000
1,128
0,444
0,664
1999
9 13 13 1,444
1,963
1,000
1,138
0,692
0,580
2000
13 22 23 1,769
1,948
1,045
1,179
0,591
0,605
2001
7 13 13 1,857
2,323
1,000
1,207
0,538
0,520
2002
12 34 34 2,833
2,080
1,000
1,227
0,353
0,590
2003
11 21 21 1,909
2,179
1,000
1,253
0,524
0,575
2004
3 7 7 2,333
2,272
1,000
1,210
0,429
0,533
2005
9 23 23 2,556
2,303
1,000
1,209
0,391
0,525
2006
4 10 10 2,500
2,400
1,000
1,224
0,400
0,510
2007
11 26 27 2,455
2,413
1,038
1,202
0,423
0,498
2008
9 18 18 2,000
2,498
1,000
1,290
0,500
0,516
Total 110 229 231 2,100 2,256
1,009 1,218
0,480 0,540
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: Cooperação: autorias/artigo; Produtividade Total:
autorias/autores; Produtividade Fracionada: artigos/autores
A Figura 15 ilustra que a partir de 2002 os artigos publicados possuíam maior
colaboração. Até este ano, os artigos oscilavam entre a maioria com um autor ou
com mais de um autor. A partir de então, a maioria dos artigos teve mais de um
autor e, em quatro anos – 2002, 2004, 2006 e 2008 – todos os artigos de Operações
publicados nas seis revistas possuíam mais de um autor.
Figura 15 - Proporção de artigos publicados nas principais revistas de Administração entre os
pesquisadores
Fonte: resultados da pesquisa
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1 Autor Mais de 1 Autor
97
4.1.1.5 Considerações sobre a análise de artigos e periódicos
Neste tópico, foram comparadas as estruturas de cooperação e produtividade dos
eventos e periódicos analisados, de forma a se configurar como uma síntese das
análises elaboradas em toda a seção.
Verificou-se que a cooperação aumentou na maioria dos períodos analisados. Assim,
tem-se um maior número de autorias por artigo, o que indica um maior esforço de
pesquisa em conjunto, o que, em tese, pode levar a uma elevação no volume e na
qualidade das publicações do campo. A Figura 16 ilustra que a cooperação foi
ascendente nos eventos e periódicos, com exceção da Revista Gestão e Produção
do período dois para o três. Os demais eventos e periódicos estão num patamar
semelhante no período três, o que pode indicar a configuração de um padrão para o
campo.
Figura 16 - Evolução da Cooperação nos eventos e periódicos
Fonte: resultados da pesquisa
A produtividade total foi maior no SIMPOI/JOSCM, quando comparada com o
EnANPAD e os periódicos (Figura 17). Isso indica que neste fórum os autores têm
maior número de autorias, que pode ser explicado pelo grande número de artigos
publicados neste evento, quando se compara ao total do campo. Destaca-se ainda
que o comportamento da reta de Produtividade Total do SIMPOI e JOSCM foi o
inverso das demais.
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9
2
2,1
2,2
2,3
2,4
2,5
P1 (97-00) P2 (01-04) P3 (05-08)
SIMPOI e JOSCM
EnANPAD
G&P
Revistas Gerais
98
Figura 17 - Evolução da Produtividade Total nos eventos e periódicos
Fonte: resultados da pesquisa
Apesar do crescimento da produtividade total, a Figura 18 demonstra que o número
de artigo por autor decresceu, o que indica que a contribuição fracionada de cada
pesquisador na elaboração de cada artigo diminuiu.
Figura 18 - Evolução da Produtividade Fracionada nos eventos e periódicos
Fonte: resultados da pesquisa
Os resultados apresentados neste tópico mostraram importantes diferenças no
padrão de publicação dos eventos e periódicos analisados, em termos de
instituições e autores mais atuantes. Observou-se que, em geral a cooperação
aumentou em todos os eventos, mas esta veio à carga de uma queda na
produtividade fracionada do pesquisador. Na seção a seguir serão discutidos em
maior profundidade os aspectos da cooperação no campo, por meio da análise de
redes sociais.
0,9
0,95
1
1,05
1,1
1,15
1,2
1,25
1,3
P1 (97-00) P2 (01-04) P3 (05-08)
SIMPOI e JOSCM
EnANPAD
G&P
Revistas Gerais
0,3
0,35
0,4
0,45
0,5
0,55
0,6
0,65
0,7
0,75
P1 (97-00) P2 (01-04) P3 (05-08)
SIMPOI e JOSCM
EnANPAD
G&P
Revistas Gerais
99
4.2 REDES DE COOPERAÇÃO DOS PESQUISADORES DO CAMPO DE
OPERAÇÕES
Nesta seção são expostos os resultados do estudo longitudinal dos relacionamentos
entre os pesquisadores do Campo de Operações no Brasil. Desta forma, buscou-se
investigar como os mesmos se organizam a fim de cooperar para a produção
científica no período de 1997 a 2008. Primeiramente é avaliada a estrutura da rede
de cooperação dos autores no Campo de Operações no Brasil no período de 1997 a
2008. São analisados a evolução da estrutura da rede, das medidas de
relacionamento, a propensão a criar relacionamentos fora de atributos e a existência
da dinâmica de mundos pequenos. A análise foi baseada em 2.329 artigos
produzidos por 2.791 autores no período analisado.
Os quadros da Figura 19 demonstram a evolução do volume de autores e de seus
relacionamentos nos doze anos de análise. Os nós correspondem a cada autor que
colaborou para a elaboração de pelo menos um artigo no período. as linhas
referem-se aos relacionamentos entre os autores. É possível observar grande
diferença entre 1999 e 2000, quando a rede cresceu bastante em termos de número
de participantes. A partir de então, tal a evolução foi constante. Nos quatro últimos
anos (2005-2008) a rede apresenta configuração semelhante. O mero de laços
também cresceu bastante no período analisado.
100
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
101
2007
2008
Figura 19 - Evolução estrutural da rede de relacionamentos dos pesquisadores do Campo de
Operações no Brasil
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: cada indica um pesquisador e as linhas indicam o laço entre
os mesmos, ou seja, a elaboração de um artigo em conjunto.
A Figura 20 representa a rede de pesquisadores para todo o período de análise
(1997-2008). Observa-se cores diferentes para os nós. Cada cor representa um
componente, sendo este uma sub-rede em que os nós estão conectados entre si
(DE NOOY; MRVAR; BATAGELJ, 2005; WASSERMAN; FAUST, 1994). Os nós de
cor negra representam o componente principal, ou seja, a maior rede totalmente
interligada. A partir da identificação de um grande número de cores, verifica-se a
existência de um grande numero de autores que não cooperam diretamente, ou
mesmo indiretamente, entre si.
Figura 20 - Estrutura da Rede de Colaboração entre pesquisadores de Gestão de Operações no
Brasil (1997-2008)
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: as cores dos nós indicam os componentes que compõem toda a
rede. Componentes são sub-redes em que os nós estão conectados entre si. Os nós de cor negra
representam os autores pertencentes ao componente principal – a maior rede totalmente interligada.
102
A existência de vários grupos de autores indica fragmentação do campo. Quando
em redes de colaboração, os pesquisadores têm maior facilidade de compartilhar
idéias, de forma que um possa influenciar a atividade científica do outro (MOODY,
2004).
A Tabela 23 apresenta as estatísticas descritivas das estruturas de relacionamentos
entre os autores e sua evolução nos períodos analisados. As colunas referentes a
cada período analisado (1997 a 2000; 2001 a 2004; 2005 a 2008) apresentam os
dados da rede de autores que publicaram artigos nos respectivos anos. a coluna
que traz o período apresenta a rede de relacionamentos de autores que colaboraram
em pelo menos um artigo no período estudado. Desta forma, para algumas medidas
esta última coluna não representa uma simples soma dos períodos, mas sim um
novo cálculo para a rede do período.
Tabela 23 - Estatística Descritiva das Estruturas de Relações
Período 1 Período 2 Período 3 Total
1997-2000 2001-2004 2005-2008 1997-2008
Artigos 356 834 1.139 2.329
Autores 467 1.174 1.694 2.791
Autorias 667 1.846 2.741 5.254
Laços 722 2.534 3.922 6.832
Média de Laços por Autor 1,546 2,158 2,315 2,448
Densidade 0,33% 0,18% 0,11% 0,09%
Autores Isolados 70 99 60 169
Número de Componentes 121 246 318 388
Tamanho do Componente Principal 18 55 253 1245
Tamanho do 2° Maior Componente 13 49 64 44
Tamanho do 3° Maior Componente 11 48 45 18
Distância Média* 2,706 4,019 6,776 10,835
Distância Máxima (Diâmetro)* 5 10 17 31
Coeficiente de Agrupamento* 0,710 0,590 0,689 0,701
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: *referente ao componente principal, conforme Newman (2001c)
e Moody (2004).
Verifica-se que o número de artigos cresceu 3 vezes do primeiro para o último
período, sendo este último responsável por quase metade do volume de artigos
publicados em todo o período. O número de autorias cresceu em maior ordem que o
volume de artigos, o que indica mais autorias por artigo e, conseqüentemente, maior
relacionamento entre os autores. Tal relacionamento pode ser visualizado no
número médio de laços por autor, que aumentou bastante, demonstrando uma
estrutura de colaboração. Laço é definido como o número de autores com que cada
autor colaborou, em que não se considera o número de vezes que colaborou (DE
103
NOOY, MRVAR e BATAGELJ, 2005). Entre 2001 e 2004, foram feitos 2.534 laços,
3,5 vezes mais laços que no primeiro período. entre 2005 e 2008, foram
estabelecidos 3.922 laços, cerca de 1,5 vez maior que o período anterior. Conforme
De Nooy, Mrvar e Batagelj (2005) quando a rede cresce menos em termos
percentuais com o avanço dos períodos, indicação de amadurecimento do
desenvolvimento da estrutura da rede. Para todo o período, cada autor colaborou
em média com 2,448 autores para a produção de artigos.
Ainda com base na Tabela 23, observa-se que, em termos relativos, a quantidade de
autores que publicavam isolados, que representavam 15% do total de autores no
primeiro período, caiu e representam 6% para todos os períodos. Verifica-se ainda
que o indicador de densidade dos relacionamentos na rede global foi menor que 1%
em todos os períodos analisados. Esta medida indica o percentual dos laços
possíveis na rede que são efetivamente realizados. Na rede total o indicador foi de
0,09% e caiu do primeiro ao ultimo período com o aumento da rede. O resultado da
densidade da rede de Operações foi ligeiramente menor que o encontrado na rede
de Organizações e Estratégia no Brasil, identificada por Rossoni (2006), que foi de
0,11%.
Para avaliar os padrões de cooperação local, analisou-se a formação de
componentes. Com o aumento da rede, o número de componentes aumentou
consideravelmente, embora em uma escala menor que número de autores que
atuam no campo. De 1997 a 2000 foram formados 121 componentes, 246 de 2001 a
2004 e 318 de 2005 a 2008. Em outras palavras, o número de pesquisadores em
uma rede totalmente interligada aumentou, o que indica que localmente os
indivíduos ficavam mais agrupados com o avanço dos períodos.
O tamanho dos componentes identificados indica que, à medida que a rede foi
crescendo, mais representativo se tornou o componente principal e maior seu
distanciamento, em termos de número de autores, para os segundos e terceiros
maiores componentes. Na rede do total do período analisado, o componente
principal é composto por 1.245 autores, o que equivale a 44,60% dos autores do
campo (Figura 21). Segundo Newman (2004), nos campos de biologia, física e
matemática no contexto internacional, o componente principal representa de 82% a
104
92%; para Ciência da Computação, essa proporção foi de 57,2% (NEWMAN, 2001c).
Desta forma, o componente principal do Campo de Gestão de Operações no Brasil é
menor que os encontrados em outros campos internacionais. No Brasil, Rossoni
(2006) encontrou que o componente principal do campo de Estratégia e Estudos
Organizacionais foi de 37,9%; em Administração da Tecnologia da Informação, o
componente principal equivalia a apenas 12% dos pesquisadores do campo
(ROSSONI; HOCAYEN-DA-SILVA, 2008). Portanto, embora o componente principal
do Campo de Operações do Brasil seja menor que os padrões encontrados
internacionalmente, este se apresenta maior que o encontrado em outras áreas da
Administração no Brasil.
A soma do segundo e terceiro maior componente não ultrapassa a 3% do total de
autores. Tal fato indica que o restante dos pesquisadores que não participa do
componente principal encontra-se fragmentado em componentes de pequeno
número de autores. Em uma análise longitudinal, verifica-se que nos diferentes
períodos uma distribuição mais equivalente entre primeiro, segundo e terceiro
componentes.
Figura 21 - Componente Principal (1997-2008)
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: o tamanho do círculo representa a centralidade de grau dos
autores. Os dados de centralidade serão apresentados ainda nesta seção.
105
A análise dos componentes permite identificar a desigualdade na formação dos
relacionamentos na rede. O componente principal, em todos os períodos apresentou
um coeficiente de agrupamento alto, especialmente quando comparamos com a
densidade global da rede (Tabela 23). O coeficiente de agrupamento indica o nível
de relacionamentos dos autores com sua vizinhança imediata. Nos períodos 1 e 3 os
valores do coeficiente de agrupamento ficaram em torno de 0,7, valor encontrado
para o período total.
Com o crescimento da rede formada pelo componente principal, a distância entre os
autores cresceu bastante; de 1997 a 2000, os autores precisavam em média 2,7 e
no máximo 5 passos para chegar a qualquer autor. No período de 2005 a 2008 a
distância cresceu e os autores precisavam percorrer em média 6,7 e no máximo 17
nós para encontrar outro pesquisador. Para o período total de análise, com um
componente principal com 1.245 autores, é preciso dar 10,8 passos em média e no
máximo 31 para alcançar qualquer autor.
Como forma de avaliar o padrão de relacionamento no Campo de operações no
Brasil, buscou-se avaliar a dinâmica das relações entre as categorias de análise
apresentadas na seção anterior (continuantes, entrantes, one-timers, retirantes e
transientes). A Tabela 24 apresenta a matriz de densidade dos relacionamentos intra
e inter categorias.
Tabela 24 - Matriz densidade dos relacionamentos entre as categorias de pesquisadores
Continuantes
Entrantes
One-Timers
Retirantes
Transientes
Continuantes
0,017
Entrantes
0,003 0,004
One-Timers 0,002 0,001 0,000
Retirantes
0,004 0,000 0,001 0,002
Transientes
0,005 0,002 0,001 0,001 0,003
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: as células sombreadas indicam densidade menor
ou igual àquela encontrada para toda a rede (Tabela 23). Quanto maior a densidade,
maior o relacionamento.
Os resultados indicam a existência de muitos relacionamentos entre as categorias
de autores. Os continuantes e os entrantes se relacionam em maior nível com pares
da mesma categoria; os one-timers, retirantes e transientes preferem se relacionar
com os continuantes. Verifica-se, portanto, que os indivíduos classificados como
continuantes no Campo de Operações tendem a atrair os demais autores para a
106
produção dos artigos. Guarido-Filho (2008) teve conclusão semelhante para o
Campo de Estudos Organizacionais no Brasil. Os autores continuantes, pela própria
definição da categoria, atuam no campo mais tempo e o relacionamento das
demais categorias com estes pode se configurar como estratégia de inserção no
campo para aqueles que buscam reconhecimento da comunidade acadêmica.
Os relacionamentos entre as categorias podem ser visualizados na Figura 22. Para
sua construção, considerou-se os critérios dispostos em Wasserman e Faust (1994),
em que os relacionamentos com densidade igual ou menor que a rede (células
sombreadas na Tabela 24) foram considerados nulos e os restantes dos valores da
densidade considerados com valor (não dicotômica).
Figura 22 - Estrutura de Relacionamento entre as Categorias de Pesquisadores
Fonte: resultados da pesquisa.
Como exposto, os autores apresentaram alta propensão em estabelecer
relacionamentos entre as categorias. Tal fato é corroborado pelos dados da Tabela
25, em que foram calculados o E-I Index, que compara o número de laços dentro e
fora dos atributos. É possível comparar o E-I Index observado e o E-I Index
esperado, que leva em conta o número de laços possíveis dentro e fora de
107
determinado atributo. O método foi originalmente desenvolvido por Krackhardt e
Stern (1988) que propõem escores de -1 a 1 para avaliação dos laços internos e
externos. Valores negativos indicam propensão aos atores se relacionar
internamente a um atributo; valores positivos indicam propensão a laços externos.
Quanto mais próximo a um, em módulo, mais forte a propensão.
Tabela 25 - E-I index para os atributos dos autores
Categoria Instituição
Laços Internos (I) 2360 3630
Laços Externos (E) 4472 3202
(E) – (I) 2112 -428
E-I Index observado
0,309 -0,063
Máximo de laços internos possíveis 3.921.368 132.214
Máximo de laços externos possíveis 3.865.522 7.654.676
E-I Index esperado*
-0,007 0,966
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: * E-I Index esperado a partir da probabilidade de
os autores criarem relacionamentos dentro e fora do atributo, dado o máximo de laços
possíveis. E-I Index é significante (p < 0.05).
Conforme exposto, os pesquisadores apresentam mais laços fora das categorias
que propriamente internamente a elas, embora a possibilidade de que o laço fosse
interno ou externo seja semelhante. No que tange a propensão em desenvolver
laços interinstitucionais, os resultados foram inversos ao encontrado no atributo
categorias. Os autores, ao fazerem uma relação de co-autoria, têm mais de 96% de
chances de fazê-lo com um autor de outra instituição. Entretanto, observou-se que
os autores equilibram os laços intra e interinstitucionais, com ligeira vantagem para o
primeiro. A preferência por laços intra-institucionais pode estar relacionada ao
alinhamento de linhas de pesquisas departamentais, a relação de orientação de
dissertações e teses ou simplesmente por maior acessibilidade do pesquisador aos
pares.
Para maiores inferências acerca do agrupamento local dos indivíduos na rede e a
estrutura da rede, utilizou-se a dinâmica de Small Worlds (mundos pequenos). De
acordo com Newman (2001c) e Moody (2004), tal dinâmica é válida para verificação
do comportamento dos indivíduos pertencentes ao componente principal. Assim,
Watts e Strogatz (1998) propuseram as medidas de avaliação de Small Worlds,
utilizadas em outros estudos como Newman (2001c), Moody (2004) e Rossoni
(2006). Em termos objetivos, o small world ocorre quando:
108
a densidade da rede é baixa;
os autores possuem alto coeficiente de agrupamento local;
a distância média é baixa, ou seja, precisam de poucos contatos, em média,
dentro do grupo para acessar os membros da rede.
Assim, o pressuposto do fenômeno Small Worlds é que os atores presentes em uma
grande rede podem conectar-se a partir de um pequeno número de intermediários
(NEWMAN, 2004). Na Tabela 26 foram calculados os indicadores necessários para
tal análise e estes foram confrontados com os dados aleatórios, que correspondem
aos indicadores elaborados por Watts e Strogatz (1998).
Tabela 26 - Estatística de Small Worlds
Medidas Fórmula
Período 1
Período 2
Período 3
Total
1997-2000
2001-2004
2005-2008
1997-2008
Dados Observados
Densidade 16,99% 5,05% 1,24% 0,26%
Autores n 18 55 253 1245
Média de Laços por Autor k 2,889 2,727 3,12 3,18
Distância Média
(PL observado)
PL 2,71 4,019 6,776 10,835
Coeficiente de Agrupamento
(PL observado)
CC 0,74 0,59 0,689 0,701
Dados aleatórios (WATTS; STROGATZ,1998)
Coeficiente de Agrupamento
(CC) esperado
k / n 0,161 0,050 0,012 0,003
Distância Média (PL)
Esperada
(ln(n)/ln(k))
2,72 3,99 4,86 6,16
Indicadores
PL taxa
(PL observado /
PL aleatório)
0,99 1,01 1,39 1,76
CC taxa
(CC onservado /
CC aleatório)
4,61 11,90 55,82 274,36
Q: Coeficiente Small World (CC taxa/ PL taxa)
4,64 11,83 40,03 155,95
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: o símbolo () indica que a métrica esem acordo com as
premissas de small world. Já o símbolo () indica que a métrica não atingiu os parâmetros de small
world. Os cálculos são válidos para o componente principal das redes, conforme Newman (2001) e
Moody (2004).
Percebe-se a densidade da rede decresceu à medida que o número de autores (n)
aumentou ao longo dos períodos. Inicialmente a densidade era de 17% e caiu para
menos de 1% no período total. A média de laços por autor também cresceu, mas de
maneira mais contida, embora indique uma maior propensão a colaborar para a
109
produção de ciência. A distância média cresceu com o aumento do número de
autores na rede e chegou a 10 para todo o período. O coeficiente de agrupamento
se manteve entre 0,59 e 0,74 no período. Vale destacar que, do período 2 para o 3,
embora a rede tenha crescido, o agrupamento entre os indivíduos cresceu; o
coeficiente subiu de 0,59 para 0,69.
Para aprofundar a análise, é necessário comparar os dados observados na rede de
Operações com os dados aleatórios calculados segundo Watts e Strogatz (1998).
Neste sentido, o coeficiente de agrupamento observado foi superior ao esperado
com base nos parâmetros dos autores, o que permite concluir que os indivíduos
possuem um forte agrupamento local. Com relação à distância dia observada,
esta foi superior a esperada para os períodos 2, 3 e para o total.
Desta forma, os dados indicam que a configuração da rede de pesquisadores no
Campo de Operações no Brasil segue a lógica da dinâmica de Small Worlds apenas
no período 1. Apesar de a densidade global da rede ser baixa (i.e. pouca relação
entre os autores em nível global) e os pesquisadores possuírem forte agrupamento
local, a distancia média ficou maior que o esperado com o crescimento da rede a
partir do período 2 e no total de todos os períodos (1997-2008). Em suma, não foi
possível encontrar uma configuração de rede para o componente principal que
suporte aos pressupostos de mundos pequenos.
Tal resultado, encontrado no Campo de Operações também foi encontrado por
Rossoni e Hocayen-da-Silva (2008) no Campo de Administração da Tecnologia de
Informação e se opõem aos resultados de Rossoni (2006) no campo de
Organizações e Estratégia. Assim, em Operações não foi possível identificar que
certos autores busquem estabelecer relações fora de pequenos grupos coesos.
Em outro momento da análise dos dados, buscou-se identificar os autores mais
centrais na rede de pesquisadores do Campo de Operações no Brasil. A
centralidade foi discutida tanto em termos do número de laços de primeiro nível
estabelecidos por um pesquisador (centralidade de grau), como também na
capacidade de o pesquisador se posicionar como um intermediador das relações na
110
rede (centralidade de intermediação). Ao final do tópico, foi testada a relação de tais
medidas de centralidade com o volume de produção científica dos pesquisadores.
Em estudos de campos científicos, identificar aqueles autores com maior capacidade
de relacionamento pode trazer conclusões importantes acerca da dinâmica do
campo. Isso se deve ao fato de tais pesquisadores poderem ser visto como agentes,
dado que têm capacidade de produzir algum efeito na estrutura do campo. Embora
um agente não possa manipular todo o campo, este pode causar importantes
mudanças a partir da produção de conhecimento aceito por seus pares.
A ampliação desta capacidade de agência pode estar relacionada à participação
como orientadores em programas de pós-graduação, membros e coordenadores de
associações de pesquisadores, membros de conselhos editoriais de periódicos,
avaliadores de artigos, representantes de órgãos oficiais, entre outros (Rossoni,
2006). Entretanto, este trabalho não pretende discutir este tipo de posição social dos
pesquisadores, mas sim aquela na rede de colaboração nos artigos publicados no
campo.
Neste sentido, a primeira medida analisada é a centralidade de grau dos autores,
que pode ser entendida como o número de laços diretos (i.e. de primeiro nível) que
um pesquisador possui na rede (WASSERMAN e FAUST, 1994). A Tabela 27
apresenta os autores com maior centralidade de grau no período analisado. Os dois
autores mais centrais, Roberto Moori e Luiz Carlos Di Serio, estabeleceram 29 laços
diretos cada um na produção de seus artigos.
111
Tabela 27 - Autores com maior centralidade de grau e eficiência de seus laços no período
1997-2008
Pesquisador Instituição vinculada*
Centralidade de
Grau
Eficiência do
s
Laços
Moori, R.G. Mackenzie 29 89,60%
Serio, L.C.D. FGV-EAESP 29 87,10%
Erdmann, R.H. UFSC 24 85,30%
Csillag, J.M. FGV-EAESP 23 84,40%
Carpinetti, L.C.R. USP/SCarlos 21 84,30%
Paiva, E.L. UNISINOS 21 83,10%
Martins, R.S. UFMG 20 82,80%
Pereira, S.C.F. FGV-EAESP 20 81,40%
Morabito, R. UFSCar 17 87,00%
Pires, S.R.I. UNIMEP 17 81,50%
Toledo, J.C. UFSCar 17 77,20%
Alves-Filho, A.G. UFSCar 16 80,60%
Brito, E.P.Z. Mackenzie 16 79,90%
Goncalves, M.A. FEA/USP 16 73,70%
Martins, M.F. UFSCar 16 73,00%
Brito, L.A.L. FGV-EAESP 15 78,90%
Steiner, M.T.A. UFPR 15 71,90%
Laurindo, F.J.B. POLI/USP 14 77,80%
Padula, A.D. UFRGS 14 76,00%
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: *instituição ao qual o pesquisador estava vinculado em 2008,
último ano da análise.
Percebe-se que os autores com maior número de ligações no Campo de Operações
pertencem a instituições do Estado de São Paulo, o que não é surpreendente pelo
volume de instituições de ensino superior que o Estado possui, o que, em tese,
facilita a interação dos pesquisadores. Os autores reúnem um grande número de
colaborações diretas e a maioria destes laços foi identificado como eficiente. Por
laço eficiente entende-se aquela relação que existe de maneira direta (i.e. devido
ao laço direto) e não pode ser acessada por meio de intermediação de outros laços.
Assim, os autores com maior centralidade de grau fazem muitos relacionamentos e
os pesquisadores com quem se relacionam mantém laço somente com esse autor
central; pouco relacionamento entre os pesquisadores menos centrais, o que
reforça a eficiência do laço para o autor central. A Figura 23 traz a rede em torno dos
quatro autores mais centrais identificados na Tabela 27.
112
Figura 23 - Rede Ego dos autores com maior centralidade de grau
Fonte: resultados da pesquisa.
Outro indicador de centralidade avaliado foi a centralidade de intermediação. Um
ator tem capacidade de intermediação se conecta vários outros atores que não
possuem laços diretos (Wasserman e Faust, 1994). Assim, a medida avalia a
capacidade do autor de participar de grupo diferentes em uma mesma rede e
também pode indicar aqueles atores que controlam o fluxo de informação na rede. A
Tabela 28 aponta os autores com maior capacidade de intermediação no Campo de
Operações no Brasil.
Alguns autores combinam alta centralidade de grau e de intermediação. Outros que
não apareciam com grande centralidade de grau, apresentaram-se com grande
capacidade de intermediar relações na rede, como, por exemplo, o pesquisador
Mário Sacomano Neto que se apresenta como segundo da rede nesta medida. Em
outras palavras, estes pesquisadores têm um posicionamento central na rede que
lhe permitem intermediar muitas relações, embora não as tenham em muita
113
quantidade de forma direta. Outros pesquisadores, que possuem alta centralidade
de grau e intermediação, combinam as duas características: possuem muitos
relacionamentos diretos e outras relações indiretas se originam destes.
Tabela 28 - Autores com maior centralidade de intermediação no período 1997-2008
Pesquisador Instituição vinculada Centralidade de Intermediação
Goncalves, M.A. FEA/USP 251.965
Sacomano-Neto, M. UNIMEP 207.105
Martins, R.S. UFMG 196.794
Moori, R.G. Mackenzie 191.962
Pereira, S.C.F. FGV-EAESP 190.760
Pires, S.R.I. UNIMEP 179.976
Sacomano, J.B. UNIP 170.644
Brito, L.A.L. FGV-EAESP 168.061
Csillag, J.M. FGV-EAESP 167.846
Leite, R.S. Mackenzie 160.699
Chaves, G.L.D. UFSCar 153.957
Brito, E.P.Z. Mackenzie 139.633
Serio, L.C.D. FGV-EAESP 131.578
Porto, A.J.V. USP/SCarlos 123.881
Batalha, M.O. UFSCar 119.992
Goncalves-Filho, E.V. USP/SCarlos 107.315
Fernandes, F.C.F. UFSCar 102.834
Costa-Neto, P.L.O. UNIP 100.888
Toledo, J.C. UFSCar 96.006
Fonte: resultados da pesquisa.
A partir da definição das medidas de centralidade de grau e de intermediação dos
pesquisadores na rede de colaboração, buscou-se identificar a sensibilidade do
volume de autorias de um i-ésimo autor (Aut
i
) em relação ao seu posicionamento na
rede. Em outras palavras, foi estimado o impacto do posicionamento na rede na
produção científica dos autores.
A Equação (02) apresenta a relação testada por meio de regressão linear do tipo
regressão ordinária dos mínimos quadrados (OLS) para a relação entre a produção
científica (Auti), medida aqui pelo número de artigos produzidos pelos autores, e a
centralidade de grau (degree) dos mesmos.
iii
DegreeAut
ξββ
+×+=
10
(02)
114
A partir da análise no SPSS, foram encontrados os coeficientes constantes na
Equação (03), os quais foram significativos ao nível de confiança de 99%. O
coeficiente de determinação para a regressão (R²) encontrado foi de 66,1%. A
Figura 24 ilustra a dispersão das observações relativas aos autores, segundo sua
centralidade de grau e autorias encontradas no período estudado.
iii
DegreeAut
ξ
+×+×=
777,010986,1
2
(03)
Tais resultados apóiam a afirmação que quanto maior a centralidade de grau de um
i-ésimo autor, maior tende a ser o número de artigos por ele publicado (Aut). Em
outras palavras, a cada 10 laços adicionais mantidos por um autor, em média, foram
publicados aproximadamente oito trabalhos no campo de Operações no Brasil.
Da mesma forma, foi testada a relação entre a centralidade de intermediação
(Betweeness) e o número de artigos publicados no período analisado, conforme
representado na Equação (04).
iii
BetweenessAut
ξγγ
+×+=
10
(04)
Verifica-se uma relação positiva entre a capacidade de o pesquisador intermediar
relações entre seus pares e sua produção científica. Conforme pode ser visto na
Equação (05), a valor do Beta, em termos absoluto, foi bem pequeno, em função da
escala da medida, que chega à casa de milhares.
iii
BetweenessAut
ξ
+××+=
5
10945,8638,1
(05)
O nível de confiança do teste foi de 99%. O coeficiente de determinação para a
regressão (R²) encontrado foi de 36,3%. A dispersão das observações relativas aos
autores pode ser visualizada na Figura 23.
115
Centralidade de Grau do Autor (Degree)
3020100
Produção do Pesquisador
40
30
20
10
0
Rsq = 0.6607
Centralidade de Intermediação do Autor (Betweenness)
3000002000001000000
Produção do Pesquisador
40
30
20
10
0 Rsq = 0.3634
Figura 24 - Dispersão da relação entre as medidas da centralidade e a produção do
pesquisador
Fonte: resultados da pesquisa.
A análise da relação entre as medidas de centralidade e a produção científica do
campo por meio de regressão linear fez emergir resultados interessantes.
Primeiramente, os betas encontrados foram positivos, o que indica que quanto mais
bem posicionado um pesquisador está na rede de relacionamentos com seus pares,
maior tende a ser sua produção científica.
Para comparar o impacto da centralidade de grau e de intermediação na produção,
parece interessante observar o Beta padronizado, de forma a tirar o efeito da escala
de ambas as medidas. O Beta padronizado da centralidade de grau foi de 0,813 e o
da centralidade de intermediação foi de 0,603. Tal resultado sugere parecer mais
contributivo, em termos de quantidade de artigos publicados por autor, que o
pesquisador priorize um maior número de laços de primeiro nível com outros
pesquisadores (centralidade de grau) do que propriamente estabelecer um
posicionamento que lhe capacidade de gerenciar fluxo de conhecimento e
informação (centralidade de intermediação). Assim, no contexto do Campo de
Operações no Brasil, parece mais interessante estabelecer um maior número de
laços em detrimento de estabelecer relação com pesquisadores que possuem
muitas relações.
Centralidade de Grau
Centralidade de Intermediação
116
4.3 A EVOLUÇÃO POR PERÍODO
O presente estudo tem como horizonte temporal o período de 12 anos, entre 1997 e
2008. De forma a aprofundar a análise da produtividade dos autores e da estrutura
de cooperação entre os mesmos, optou-se por dividir os resultados encontrados
com base em três períodos de quatro anos cada. Desta forma, este tópico está sub-
dividido em três partes cada uma dedicada a um período de análise de quatro anos.
4.3.1 Período 1 (1997-2000)
No período 1, as publicações no Campo de Operações ainda era pequena, quando
comparamos aos períodos subseqüentes. Nos quatro anos que compõem este
período, foram publicados 356 artigos, pouco mais de 15% do total publicado nos
doze anos estudados neste trabalho. Neste período, o SIMPOI, que teve sua
primeira edição em 1998 e a área Operações do EnANPAD publicavam menos da
metade de artigos que publicaram no ano de 2008. Assim, o período analisado neste
tópico corresponde a um período de menor expressão em termos de volume de
produção. Entretanto, a análise dos autores e das instituições mais prolíficas deste
período, bem como a estrutura dos relacionamentos deste período é importante para
um melhor entendimento da evolução do campo.
Na Tabela 29, os autores com maior número de autorias nos trabalhos publicados
no período são listados. Verifica-se que muitos dos pesquisadores que figuram entre
os mais prolíficos nos doze anos de análise aparecem como tal já neste período.
117
Tabela 29 - Autores mais prolíficos no período 1 (1997-2000)
Pesquisador Autorias
Fleury, P.F. 9
Fensterseifer, J.E. 7
Martinelli, D.P. 7
Arkader, R. 6
Caixeta-Filho, J.V. 6
Guimaraes, V.N. 6
Padula, A.D. 6
Pires, S.R.I. 6
Serio, L.C.D. 6
Barbieri, J.C. 5
Toledo, J.C. 5
Wood-Junior, T. 5
Carpinetti, L.C.R. 4
Correa, H.L. 4
Csillag, J.M. 4
Machado, R.L. 4
Moori, R.G. 4
Morabito, R. 4
Oliveira, L.H. 4
Santos, F.C.A. 4
Silva, C.R.L. 4
Fonte: resultados da pesquisa.
No que tange as instituições com maior número de autorias, a Tabela 30 demonstra
que muitas das mais prolíficas em todos os doze anos da análise, despontavam
neste primeiro período. As vinte instituições listadas têm autoria em 78% dos artigos
publicados no campo. Mackenzie e UFSCar ganhariam maior destaque nos períodos
posteriores; outras, como ESALQ/USP e PUC-MG perderiam espaço para as demais.
Buscou-se ainda verificar a estrutura da rede de cooperação entre os pesquisadores,
conforme ilustrado na Figura 25. Neste período, os autores possuíam em média 1,5
laços e a densidade da rede foi de 0,33%, valor considerado baixo, mas o maior dos
três períodos analisados. A densidade indica o percentual dos números possíveis de
laços que os autores efetivamente fazem.
118
Tabela 30 - Instituições mais prolíficas no período 1 (1997-2000)
Instituição Autorias
% do total de
autorias do período
FGV-EAESP 102 15,29%
UFRJ 49 7,35%
POLI/USP 47 7,05%
UFRGS 47 7,05%
UFSC 43 6,45%
UFSCar 40 6,00%
FEA/USP 28 4,20%
USP/SCarlos 27 4,05%
PUC-RJ 20 3,00%
FEA/USP-RP 18 2,70%
MACKENZIE 18 2,70%
UNIP 15 2,25%
UNICAMP 13 1,95%
ESALQ/USP 12 1,80%
UFMG 12 1,80%
UNISINOS 7 1,05%
PUC-MG 6 0,90%
UFRN 6 0,90%
UNIMEP 6 0,90%
UNISO 6 0,90%
Total 522 78,26%
Fonte: resultados da pesquisa.
Figura 25 - Estrutura da Rede de Colaboração entre pesquisadores de Gestão de Operações no
Brasil no período 1 (1997-2000)
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: as cores dos nós indicam os diferentes componentes que fazem
parte da rede.
119
A rede do período 1 é composta por 467 autores, sendo que 70 deles estão isolados.
O componente principal desta rede (Figura 26), a maior sub-rede interconectada, é
composto por apenas 18 pesquisadores, menos de 4% de todos os autores do
campo.
Figura 26 - Componente Principal no período 1 (1997-2000)
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: o tamanho do círculo representa a centralidade de grau dos
autores.
O coeficiente de agrupamento do componente principal foi de 0,710. Tal indicador é
baseado na rede local de um determinado autor e mede o grau de conectividade
entre esses autores. O valor encontrado é considerado alto e pode ser explicado
pelo reduzido tamanho da rede. No componente principal os pesquisadores
precisam em média 2,7 e no máximo cinco passos para encontrar qualquer autor.
Assim, verifica-se que os indivíduos eram relativamente próximos entre si nesta rede.
Na Figura 26, os nós possuem diâmetro diferente, de acordo com seu grau de
centralidade. Verifica-se que, no componente principal, os pesquisadores Antônio
Domingos Padula e Jaime Evaldo Fensterseifer, ambos da UFRGS são, nesta
ordem, os com maior centralidade de grau. Os valores das medidas de centralidade
para toda a rede pode ser visualizado na Tabela 31.
120
Tabela 31 - Autores mais centrais no período 1 (1997-2000)
Pesquisador
Centralidade
de Grau
Pesquisador
Centralidade de
Intermediação
Padula, A.D. 9 Fensterseifer, J.E. 88
Martinelli, D.P. 9 Padula, A.D. 85
Morabito, R. 7 Vieira, L.M. 72
Fensterseifer, J.E. 7 Serio, L.C.D. 48
Moori, R.G. 7 Sampaio, M. 35
Serio, L.C.D. 6 Martinelli, D.P. 33
Galvao, R.D. 6 Csillag, J.M. 29
Caixeta-Filho, J.V. 5 Morabito, R. 29
Pereira, S.C.F. 5 Moori, R.G. 22
Carpinetti, L.C.R. 5 Galvao, R.D. 21
Batalha, M.O. 5 Caixeta-Filho, J.V. 18
Guimaraes, V.N. 5 Carpinetti, L.C.R. 17
Fonte: resultados da pesquisa.
Verifica-se que a maioria dos pesquisadores era central em ambas as medidas (grau
e intermediação). Entretanto, vale destacar a pesquisadora Luciana Marques Vieira
que, apesar de não figurar entre os autores com maior número de relações de
primeiro nível (centralidade de grau), intermediava muitas relações, o que a colocou
como a terceira na lista dos pesquisadores com maior centralidade de intermediação.
Buscou-se ainda identificar os grupos de autores que cooperaram em mais de um
artigo. Para identificação tais componentes, utilizou-se a medida 2-clan. Como havia
artigos com até seis autorias, foram selecionados componentes com sete ou mais
autores. Assim, foi possível garantir que os grupos de pesquisadores cooperaram
em pelo menos dois artigos. O Quadro 8 apresenta os componentes com sete ou
mais autores.
121
1
Angst, A.N.; Borella, M.R.C.; Castro, C.C.; Ferreira, G.C.; Martins, L.M.; Mattuella, J.L.; Muller,
L.A.; Padula, A.D.; Ri, G.S.D.; Vieira, L.M.
2
Barros-Neto, J.P.; Bernardes, E.S.; Fensterseifer, J.E.; Formoso, C.T.; Paiva, E.L.; Roth, A.;
Vieira, L.M.
3
Avil, R.T.; Kimura, H.; Marcondes, R.C.; Moori, R.G.; Santos, L.F.F.; Suen, A.; Teixeira, M.L.M.;
Zilber, M.A.
4
Barros-Neto, J.F.; Chiyoshi, F.; Ferreira-Filho, V.J.M.; Galvao, R.D.; Henriques, H.B.S.;
Morabito, R.; Pereira, M.A.
5
Campos, R.J.F.; Duarte, A.; Leite, J.C.; Maia, M.C.; Marques, E.V.; Sampaio, M.; Serio, L.C.D.
6
Cavalcanti, M.F.; Consoli, M.A.; Cotrin, V.B.; Joyal, A.; Martinelli, D.P.; Mello, M.C.; Neves, M.F.;
Pelicao, T.Z.; Santos, K.L.; Vichi, M.C.B.
7
Chiyoshi, F.; Fontanella, G.C.; Galvao, R.D.; Mendonca, F.C.; Morabito, R.; Morales, S.R.;
Pereira, M.A.; Widmer, J.A.
Quadro 8- Componentes com mais de 7 autores no período 1 (1997 - 2000)
Fonte: resultados da pesquisa.
Percebe-se que alguns autores pertencem a mais de um componente de sete ou
mais autores. É o caso dos pesquisadores Luciana Marques Vieira, Marcos Antônio
Pereira, Reinaldo Morabito e Roberto Dieguez Galvão. É possível visualizar esta
sobreposição dos grupos no diagrama de árvore da Figura 27, em que os galhos
representam os grupos identificados, alguns com origem em comum.
122
Figura 27 - Diagrama de árvore das similaridades entre os 2-clans no período 1 (1997-2000)
Fonte: resultados da pesquisa.
123
4.3.2 Período 2 (2001-2004)
O segundo período da análise se configura como aquele de maior crescimento do
Campo de Operações. O campo cresceu mais do período 2 em relação ao 1 que no
3 em relação ao dois, em termos de artigos publicados, autores atuando no campo e
número de laços que estes fizeram.
De 2001 a 2004, nos eventos e periódicos pesquisados, foram publicados 834
artigos (36% de todos os períodos), de 1.174 autores, que fizeram 2.534 laços. A
média de laços por autor cresceu sensivelmente, de 1,5 no período 1 para 2,2 no
período 2.
Observa-se também que os autores que mais produziram neste período têm mais
artigos que aqueles do período 1, conforme Tabela 32. A lista dos autores se
aproxima mais daquela com os autores com maior número de artigos em todos os
períodos.
Tabela 32 - Autores mais prolíficos no período 2 (2001-2004)
Pesquisador Autorias
Csillag, J.M. 13
Moori, R.G. 12
Serio, L.C.D. 11
Brito, E.P.Z. 9
Laurindo, F.J.B. 9
Maia, M.C. 9
Callado, A.L.C. 8
Marques, E.V. 8
Pereira, S.C.F. 8
Alves-Filho, A.G. 7
Callado, A.A.C. 7
Carvalho, M.M. 7
Erdmann, R.H. 7
Ferreira, G.C. 7
Profeta, R.A. 7
Silva, A.L. 7
Albertin, A.L. 6
Alcantara, R.L.C. 6
Bronzo, M. 6
Diniz, E.H. 6
Fernandes, F.C.F. 6
Joao, B.N. 6
Sacomano, J.B. 6
Fonte: resultados da pesquisa.
124
Com o crescimento do número de publicações, especialmente o SIMPOI, a FGV-
EAESP consolidou-se como instituição com maior número de autorias em artigos
(Tabela 33).
Tabela 33 - Instituições mais prolíficas no período 2 (2001-2004)
Instituição Autorias
% do total de autorias do período
FGV-EAESP 204 11,05%
UFSCar 141 7,64%
POLI/USP 94 5,09%
MACKENZIE 91 4,93%
USP/SCarlos 67 3,63%
UFRJ 64 3,47%
UFRGS 55 2,98%
UFSC 46 2,49%
UNIP 41 2,22%
PUC-PR 36 1,95%
UFF 36 1,95%
FEA/USP 34 1,84%
UFPE 34 1,84%
UNISANTOS 33 1,79%
UNICAMP 30 1,63%
UFMG 25 1,35%
PUC-RS 21 1,14%
UNIMEP 20 1,08%
UNIVALI 19 1,03%
UNISINOS 18 0,98%
Total 1109 60,08%
Fonte: resultados da pesquisa.
Constata-se que a maioria das instituições mais prolíficas perdeu espaço do período
1 para o 2; seu percentual em relação ao total de autorias no campo caiu, o que
indica uma menor concentração do campo, ainda que alta. Enquanto no primeiro
período as 20 instituições com maior número de autorias representava 78% do total,
no período 2 este caiu para 60%.
Percebe-se que o campo crescia em volume de publicações, número de autores e
de cooperação entre eles. Com tal crescimento, a densidade da rede caiu para
0,18%. A Figura 28 apresenta a configuração da rede no período, onde é possível
visualizar o crescimento do número de autores e laços no campo.
125
Figura 28 - Estrutura da Rede de Colaboração entre pesquisadores de Gestão de Operações no
Brasil no período 2 (2001-2004)
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: as cores dos nós indicam os componentes que fazem parte de
toda a rede.
O período possui 99 autores isolados. A rede é composta por 246 componentes,
sendo o maior deles com 55 pesquisadores (Figura 29). O segundo e o terceiro
maior componente têm, respectivamente, 49 e 48 autores, o que indica equilíbrio
entre as maiores redes de pesquisadores. Por outro lado, a rede encontra-se
bastante fragmentada. O componente principal, ou seja, a maior rede interconectada
do período, é composto por apenas 4,7% do total de autores.
O coeficiente de agrupamento do componente principal, que é baseado na rede local
de um determinado autor e mede o grau de conectividade entre esses autores, foi o
menor dos três períodos analisados, ficando em 0,59. Desta forma, verifica-se que o
crescimento da rede ocasionou em maior fragmentação local entre os autores. Neste
componente, os pesquisadores precisam em dia quatro e no máximo dez passos
para encontrar qualquer autor.
126
Figura 29 - Componente Principal no período 2 (2001-2004)
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: o tamanho do círculo representa a centralidade de grau dos
autores.
Ainda com base na Figura 29, verifica-se que a maioria dos pesquisadores listados é
da FGV-EAESP, sendo os pesquisadores Luiz Carlos Di Serio, João Mário Csillag e
Susana Pereira os mais centrais em termos de números de laços. A Tabela 34
apresenta os autores mais centrais de toda a rede no período. Os pesquisadores
Rolf Hermann Erdmann da UFSC e Alceu Gomes Alves Filho da UFSCar foram os
autores com maior centralidade de grau, cada um com 14 colaboradores diretos.
No que tange à capacidade de ligar outros atores que não se conectam diretamente,
o pesquisador Luiz Carlos Di Serio da FGV-EAESP possui posição de destaque.
Conforme visto na seção que trata do referencial teórico, a intermediação pode ser
indicador de poder, pois indica que autores centralmente localizados possam
controlar o fluxo de informações entre diferentes autores, o que os atribui certo tipo
de controle.
127
Tabela 34 - Autores mais centrais no período 2 (2001-2004)
Pesquisador
Centralidade
de Grau
Pesquisador
Centralidade de
Intermediação
Erdmann, R.H. 14 Serio, L.C.D. 768,83
Alves-Filho, A.G. 14 Marques, E.V. 612,75
Carpinetti, L.C.R. 13 Moori, R.G. 584,00
Martins, M.F. 12 Sacomano, J.B. 544,00
Kempf, K. 12 Alves-Filho, A.G. 532,50
Serio, L.C.D. 12 Sacomano-Neto, M. 513,50
Moori, R.G. 10 Csillag, J.M. 474,83
Vendrametto, O. 9 Perera, L.C.J. 470,50
Brito, E.P.Z. 9 Martins, M.F. 453,00
Paiva, E.L. 9 Kimura, H. 421,00
Pires, S.R.I. 9 Fusco, J.P.A. 409,00
Csillag, J.M. 9 Schreiner, E. 405,00
Pereira, S.C.F. 8 Andreassi, T. 375,00
Laurindo, F.J.B. 8 Vasconcelos, F.C. 296,00
Marques, E.V. 8 Pereira, S.C.F. 269,08
Basso, L.F.C. 8 Brito, E.P.Z. 264,50
Biondi, L.N. 8 Vasconcellos, M.A. 251,00
Rachid, A. 8 Popadiuk, S. 251,00
Fensterseifer, J.E. 8 Vasconcelos, I.F.G. 223,50
Toledo, J.C. 8 Maia, M.C. 205,00
Fonte: resultados da pesquisa.
Assim como no período 1, buscou-se ainda identificar os grupos de autores que
cooperaram em mais de um artigo. Para identificação tais componentes, utilizou-se a
medida 2-clan. No primeiro período foram identificados apenas 7 grupos. No período
2, com o crescimento da rede em número de pesquisadores e de laços, foi possível
identificar 50 grupos, que encontram-se identificados no Apêndice C.
4.3.3 Período 3 (2005-2008)
O período 3 é o maior período dos três analisados neste trabalho. Neste estão 49%
dos artigos publicados nos doze anos de análise. Participam deste período 1.694
autores, sendo os mais prolíficos listados na Tabela 35.
Desde o segundo período, o pesquisador João Mário Csillag da FGV-EAESP e
Roberto Moori do Mackenzie são os autores com maior número de autorias. Cabe
destacar ainda os pesquisadores Ely Paiva da UNISINOS, Ricardo Martins da UFMG
128
e Luiz Brito da FGV-EAESP que têm neste período grande parte do total de sua
produção.
Tabela 35 - Autores mais prolíficos no período 3 (2005-2008)
Pesquisador Autorias
Csillag, J.M. 18
Moori, R.G. 15
Paiva, E.L. 12
Barbieri, J.C. 11
Jabbour, C.J.C. 11
Serio, L.C.D. 11
Martins, R.S. 10
Pereira, S.C.F. 10
Santos, F.C.A. 10
Abreu, M.C.S. 9
Akabane, G.K. 9
Brito, L.A.L. 9
Erdmann, R.H. 9
Moreira, D.A. 9
Primo, M.A.M. 9
Bronzo, M. 8
Graeml, A.R. 8
Macedo, M.A.S. 8
Perera, L.C.J. 8
Sampaio, M. 8
Vieira, L.M. 8
Fonte: resultados da pesquisa.
As vinte instituições com maior número de autorias têm representatividade
semelhante ao do período 2, em torno de 60% (Tabela 36). Entretanto, houve uma
redistribuição do percentual entre estas, com a emersão de outras que não fizeram
da lista nos períodos anteriores, como UFPE, UNINOVE, FURB, UFCE, PUC-RS,
UNESP e ITA. Destaca-se ainda a UNISINOS, que obteve grande crescimento do
período anterior para este.
129
Tabela 36 - Instituições mais prolíficas no período 3 (2005-2008)
Instituição Autorias
% do total de
autorias do período
FGV-EAESP 237 8,65%
MACKENZIE 152 5,55%
UFSCar 132 4,82%
UFRGS 108 3,94%
UFSC 107 3,90%
POLI/USP 90 3,28%
FEA/USP 81 2,96%
UFRJ 77 2,81%
UNISINOS 68 2,48%
USP/SCarlos 66 2,41%
UFMG 65 2,37%
UFPE 54 1,97%
UNINOVE 53 1,93%
FURB 52 1,90%
UNIMEP 50 1,82%
UFCE 41 1,50%
PUC-RS 38 1,39%
UNESP 36 1,31%
UNICAMP 36 1,31%
ITA 35 1,28%
Total 1578 57,57%
Fonte: resultados da pesquisa.
A rede de pesquisadores se tornou mais volumosa no período, devido ao aumento
no número de autores, artigos e autorias (Figura 30). Foram realizados 3.922 laços
de autorias, com média de 2,3 laços por autor, a maior média dentre os três
períodos. Existem 60 indivíduos isolados, fora da rede. A densidade da rede foi de
0,11%, a menor dos três períodos, comportamento esperado quando o volume de
indivíduos na rede cresce.
130
Figura 30 - Estrutura da Rede de Colaboração entre pesquisadores de Gestão de Operações no
Brasil no período 3 (2005-2008)
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: as cores dos nós indicam os componentes que fazem parte de
toda a rede.
O maior dos 318 componentes da rede está representado na Figura 30 pela cor
amarela e destacado na Figura 31. Este é composto por 253 pesquisadores, o que
representa aproximadamente 15% do total de autores que participam do campo
neste período. O coeficiente de agrupamento deste componente foi de 0,69, número
maior que período 2, o que indica que a rede cresceu, mas se tornou menos
fragmentada.
131
Figura 31 - Componente Principal no período 3 (2005-2008)
Fonte: resultados da pesquisa. Nota: o tamanho do círculo representa a centralidade de grau dos
autores.
No componente principal, os pesquisadores Luiz Carlos Di Serio, João Mário Csillag
e Ricardo Martins são os possuem maior laços de primeiro nível. A Tabela 37
apresenta os autores mais centrais.
O pesquisador Roberto Moori foi o pesquisador mais central no período, seguido por
aqueles destacados anteriormente no componente principal. Em termos de
intermediação de relações, destacam-se os pesquisadores Susana Pereira, João
Mário Csillag, Ricardo Martins e Luiz Brito.
132
Tabela 37 - Autores mais centrais no período 3 (2005-2008)
Pesquisador
Centralidade
de Grau
Pesquisador
Centralidade de
Intermediação
Moori, R.G. 18 Pereira, S.C.F. 15.688
Serio, L.C.D. 17 Csillag, J.M. 14.643
Csillag, J.M. 16 Martins, R.S. 13.293
Martins, R.S. 14 Brito, L.A.L. 10.020
Erdmann, R.H. 13 Chaves, G.L.D. 9.956
Paiva, E.L. 12 Serio, L.C.D. 8.088
Pereira, S.C.F. 12 Batalha, M.O. 6.495
Abreu, M.C.S. 12 Barbieri, J.C. 5.862
Brito, L.A.L. 12 Ribeiro, P.C.C. 5.556
Goncalves, M.A. 11 Paiva, E.L. 5.180
Marins, F.A.S. 10 Silva, A.L. 4.292
Vieira, L.M. 10 Rodrigues, I. 4.291
Rebelatto, D.A.N. 10 Alves, M.R.P.A. 3.555
Perera, L.C.J. 10 Brito, E.P.Z. 3.308
Macedo, M.A.S. 10 Sampaio, M. 3.241
Brito, E.P.Z. 9 Carvalho, A.P. 3.149
Steiner, M.T.A. 9 Nogueira, E. 3.107
Alves, J.M. 9 Rabechini-Junior, R.
3.107
Primo, M.A.M. 9 Primo, M.A.M. 2.924
Pedrozo, E.A. 9 Pedrozo, E.A. 2.453
Hansen, P.B. 9 Machline, C. 2.278
Correia, A. 9 Silva, A.A. 2.187
Macada, A.C.G. 9 Teixeira, R. 2.141
Barbieri, J.C. 9 Ferreira, F.C.M. 2.052
Fonte: resultados da pesquisa.
Assim como nos períodos anteriores, buscou-se ainda identificar os grupos de
autores que cooperaram em mais de um artigo. Para identificação tais componentes,
utilizou-se a medida 2-clan. No primeiro período foram identificados apenas 7 grupos,
número que subiu para 50 no segundo período. Como visto, no período 3 a rede
cresceu ainda mais em número de pesquisadores e em laços. Assim, foram
identificados 85 grupos, que encontram-se identificados no Apêndice C.
Nesta seção foi possível perceber a evolução do Campo de Gestão de Operações
no Brasil, a partir da fotografia de três diferentes momentos. No primeiro período, o
volume de produção ainda era pequeno, mas desde então se observa alguns
parâmetros também presentes nos períodos subseqüentes: baixa densidade da rede
de pesquisadores, rede fragmentada em muitos componentes e nítida concentração
133
da produção em poucos pesquisadores e instituições. Observou-se que os valores
das medidas se alteraram ao longo dos períodos, mas não o suficiente para alterar o
padrão do campo. Entretanto, foi possível observar que o forte crescimento da rede
do período 1 para o 2 resultou em uma alta fragmentação das relações entre os
pesquisadores. Aparentemente, os pesquisadores amadureceram os
relacionamentos com seus pares e no período 3 a rede se mostrou menos
fragmentada.
134
5
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Este trabalho, com base em Kuhn (1978) e Popper (1972), partiu do pressuposto de
que o conhecimento científico é construído socialmente. Assim, a interação entre a
estrutura das redes relacionamento entre os pesquisadores e as práticas de
pesquisa se refletem na construção do conhecimento científico do campo. Diante
destas assertivas, o objetivo deste trabalho foi verificar a relação da produção
científica do Campo de Gestão de Operações com a dinâmica de relacionamento
entre os pesquisadores. Este estudo longitudinal foi realizado com os artigos
publicados no período 1997-2008 e teve como base os principais eventos e
periódicos brasileiros.
Ao longo dos períodos analisados, observou-se um crescimento exponencial do
número de artigos publicados no campo, sendo que este crescimento esteve
calcado especialmente no SIMPOI. Assim, tem-se mais autores atuando no campo
publicando cada vez mais artigos. A grande maioria das publicações possui
estrutura de co-autoria, um indicativo de maior cooperação no campo. Tal expansão
parece ter relação direta com o crescimento do número de programas de s-
graduação no país.
A produção científica do campo se mostrou bastante estratificada, cabendo a poucos
autores o papel de maior continuidade na publicação de seus esforços científicos.
Desta forma, os resultados indicaram aqueles autores que mais contribuíram para o
crescimento do Campo de Operações do Brasil no período analisado. A análise do
perfil de formação acadêmica destes pesquisadores corrobora Arkader (2003), que
comentou a forte relação do Campo de Operações com a área de Engenharia. A
maior parte dos autores identificados como mais proficos possui formação nesta
área.
A estratificação do campo também é refletida nas instituições com maior número de
autorias. A FGV-EAESP se destacou pelo grande número de publicações, seja na
análise consolidada ou nos recortes por períodos e eventos/periódicos. A exceção é
135
sua participação nas publicações da Revista Gestão e Produção, onde a UFSCar,
USP São Carlos e POLI/USP se destacam. Percebe-se neste periódico uma
predominância da área de Engenharia, conforme exposto em sua linha editorial. Tal
concentração pode ter sido reforçada pelo fato de este periódico ter se tornado
Qualis/CAPES A para a área de Administração apenas no último triênio e, assim,
possuía menor atratividade para os pesquisadores desta área no passado.
A análise das principais revistas da Administração (RAE, RAE-e, RAC, RAC-e,
RAUSP, RAUSP-e) demonstrou uma baixa participação dos artigos de Operações.
Tal fato é preocupante, pois demonstra que a área está com pouca
representatividade no contexto da Administração. O período com menor número de
publicações nesta revista foi justamente o último (2005 a 2008), quando houve um
crescimento no número de artigos publicados por esta revista, especialmente pela
criação das versões eletrônicas da RAC e RAUSP. Historicamente, os editores de
tais revistas atum em outras áreas da Administração, especialmente Organizações e
Estratégia, o que pode ter levado a algum tipo de entrave ligado a preferências
espistemológicas e metodológicas. Vale destacar ainda que UFSCar e POLI/USP,
que possuem origem na Engenharia, estão bem posicionadas nestes periódicos de
Administração, sendo, respectivamente, a segunda e terceira mais prolíficas do
período.
Os resultados deste trabalho permitiram a identificação de instituições e
pesquisadores que mais contribuem para o desenvolvimento científico do campo de
Gestão de Operações no Brasil no período 1997 a 2008. Tal identificação pode
potencializar a interação entre estas instituições e pesquisadores. Esse tipo de
informação pode ser de valor para estudantes que estão em fase de avaliação e
seleção de instituições para sua formação na área de Gestão de Operações.
Adicionalmente, o mapeamento de instituições, pesquisadores e grupos de
pesquisadores pode servir de indicativo para editores, faculdades e empresas na
busca por instituições e estudiosos para o desenvolvimento de projetos na área,
sejam de ensino, pesquisa ou extensão.
Foi analisado o padrão de produtividade do Campo de Operações no Brasil com
base na Lei de Lotka. Tal lei busca analisar o percentual de autores com um único
136
artigo no campo científico, colocando-o como pouco produtivo para a área, pela não
continuidade de sua produção. Os resultados indicam que o percentual de autores
que publicou um único artigo no período de 1997 a 2008 no campo foi de 69,04%,
acima dos padrões da lei. Possivelmente os artigos elaborados por esses autores
são resultados do trabalho de dissertação de mestrado ou mesmo teses de
doutorado. Muitos dos alunos que buscam o título de mestre podem não estar
interessados na carreira acadêmica de pesquisa, mas sim em trabalhar na docência
em cursos de graduação e especialização. Portanto, não continuidade na
atividade de pesquisa desses autores. Quando estes resultados são comparados
com outros campos de pesquisa brasileiros, percebe-se que o de Operações não
é mais produtivo que o de Estudos Organizacionais (ROSSONI, 2006) e possui
melhores indicadores que Finanças (CÂMARA LEAL et al., 2003), Contabilidade
(CARDOSO et al., 2005), Estratégia (ROSSONI, 2006) e Administração da
Informação (ROSSONI; HOCAYEN-DA-SILVA, 2007). Possivelmente, estas últimas
quatro áreas, juntamente com Operações, possuem maior aplicação prática em
empresas, o que constitui um atrativo para que acadêmicos dediquem boa parte do
tempo a atividade empresarial, o que inclui consultorias e vida executiva.
A rede de pesquisadores cresceu exponencialmente ao longo do período analisado.
No período de 1997 a 2000, pouco mais de 400 pesquisadores atuavam no campo,
número que cresceu para próximo de 1.700 de 2005 a 2008. O número médio de
laços de co-autoria entre estes pesquisadores cresceu também, o que indica que os
autores tendem a relacionar-se mais agora que no passado. Entretanto, a densidade
da rede decresceu com o seu aumento, comportamento normal segundo Burt (1992).
Em outras palavras, o volume de laços efetivamente construídos entre os autores
não acompanhou o aumento de laços possíveis na rede, o que levou a uma maior
fragmentação da mesma. A densidade da rede do Campo de Operações foi
semelhante à encontrada por Rossoni (2006) no campo de Organizações e
Estratégia. A Tabela 38 traz as características da rede, encontrada no presente
estudo, e daquelas encontradas em outros estudos de características semelhantes
(longitudinal e com base em mais de um evento/periódico).
137
Tabela 38 – Comparação das análises de redes realizadas em campos científicos brasileiros
Campo: Operações
Organizações e
Estratégia
Administração da
Informação
Fonte:
Resultados
desta pesquisa
Rossoni (2006)
Rossoni;
Hocayen-da-Silva
(2008)
Período da análise 1997-2008 1997-2005 2002-2006
Nº de autores 2.791 2.072 359
Densidade 0,09% 0,11% -
Autores Isolados 169 (6%) 257 (12%) 15 (4%)
Nº de componentes 388 276 87
Tamanho do componente
principal
1245 (44.6%) 785 (37,9%) 44 (12%)
Dinâmica de Small World
Não Sim Não
Fonte: elaborado pelo autor.
O tamanho do componente principal (i.e. maior rede interligada) do Campo de
Operações engloba aproximadamente 45% de seus autores, superior ao encontrado
em outros campos no Brasil. Entretanto, não foi possível observar a dinâmica de
Small Worlds (mundos pequenos) nas relações entre os pesquisadores, o que
reforça a fragmentação da rede anteriormente identificada. Segundo esta dinâmica
os autores teriam um alto grau de envolvimento local e se conectariam com o
restante da rede por meio de poucos intermediários. A estrutura de relações
configurada como um Small World teria implicações importantes para o campo. A
proximidade entre os autores tende a potencializar o compartilhamento de práticas,
crenças e valores comuns, permitindo maior familiarização do grupo e facilitando a
colaboração entre seus membros. A dinâmica permitiria ainda que intermediários
tenham acesso a outros grupos em que a informação não é redundante, o que pode
ocasionar em aumento da criatividade nas pesquisas realizadas.
Dessa forma, em uma configuração de redes como mundos pequenos identifica-se
sinergia entre os benefícios oriundos da formação de capital social pela coesão
(COLEMAN, 1990) e pelos laços fracos (GRANOVETTER, 1990). Em linhas gerais,
uma configuração da rede em formato de mundos pequenos poderia apresentar
melhorias na construção e na divulgação do conhecimento, pois agrega a visão de
coesão com abertura (POWELL et al., 2005, UZZI; SPIRO, 2005). Desta forma,
parece importante reforçar localmente as redes de pesquisa no Campo de
Operações, sem perder de vista o relacionamento com membros externos ao grupo,
que podem ser potencializados pela participação em eventos e intercâmbios
acadêmicos, por exemplo.
138
A classificação dos pesquisadores da rede em relação à continuidade da sua
produção – continuantes, entrantes, retirantes, transientes e one-timers – possibilitou
conclusões importantes. Primeiramente, destaca-se o papel daqueles autores mais
atuantes no campo, classificados como continuantes. Apesar de constituírem o
menor grupo (menos de 4% do total de autores), são responsáveis por quase 40%
das publicações. Tais autores têm papel central na rede de relacionamento de co-
autorias, sendo escolhido pelas outras categorias para comporem a rede de
cooperação científica. Tal fato traz à tona a discussão levantada por Bertero, Caldas
e Wood Jr (1999) que discutiram a possibilidade de que a Administração no Brasil,
enquanto Ciência, fosse desenvolvida apoiada em gatekeepers, que estabeleceriam
regras sicas para as publicações. À medida que estes pesquisadores mais
experientes compõem grande parte das publicações do campo, podem criar e
reproduzir padrões aceitos por todo o campo. Neste sentido, o estudo contribui ao
identificar estes autores e torná-los conscientes do seu papel na atividade científica
no Campo de Operações no Brasil.
De outra forma, os autores que mais têm impacto na rede de relacionamentos foram
identificados, com base na sua posição de centralidade. Neste sentido, os autores
poderiam ser centrais de duas formas: (i) pelo número de laços diretos (laços de
primeiro nível) que o autor possui (Centralidade de Grau) ou (ii) pela sua capacidade
de intermediar relações importantes, sendo um canal para o fluxo de informações e
recursos na rede (Capacidade de Intermediação). Neste estudo, buscou-se entender
a relação destes tipos de centralidade com a produção científica do pesquisador. Os
resultados indicam que parece ser mais contributivo, em termos de quantidade de
artigos publicados por autor, que o pesquisador priorize um maior número de laços
de primeiro nível com outros pesquisadores (Centralidade de Grau) do que
propriamente estabelecer um posicionamento que lhe capacidade de gerenciar
fluxo de conhecimento e informação (Centralidade de Intermediação). Assim, no
contexto do Campo de Operações no Brasil, parece mais interessante estabelecer
um maior número de laços em detrimento de estabelecer relação com
pesquisadores que já possuem muitas relações.
139
Desta forma, este estudo demonstrou o relacionamento entre a dinâmica das redes
de pesquisadores do Campo de Operações no Brasil e a produção científica do
campo. Naturalmente, o assunto não está esgotado e, desta forma, são expostos no
tópico seguinte algumas recomendações para futuros estudiosos que tenham
interesse em pesquisar sobre o tema.
5.1 Recomendações para estudos futuros
O desenvolvimento deste trabalho permitiu a identificação de possíveis estudos no
Campo de Operações, assim como em outros campos. Identificou-se ainda a
possibilidade de diferentes enfoques e recortes do que o escolhido na presente
pesquisa, com a finalidade de se investigar a dinâmica da atividade científica do
campo.
Com relação ao Campo de Operações, um recorte possível seria a análise dos
indivíduos que publicaram apenas uma vez no campo e que foram classificados
neste trabalho como one-timers. Em conjunto estes autores possuem importante
participação em termos de volume de publicação nas quais possuem autorias. Desta
forma, conclusões interessantes poderiam ser tiradas a partir da identificação destes
autores como integrantes de outra área da Administração, de outra área do
conhecimento, do meio empresarial ou mesmo como estudantes de mestrado (e que
publicaram somente o resultado de sua dissertação), dentre outras possibilidades.
Tal análise poderia fazer emergir grupos de indivíduos com padrões de
comportamento e entendê-los poderia ser de grande valia para os profissionais que
atuam com maior regularidade no campo científico.
Outro enfoque que parece interessante recai no estudo da produtividade científica,
mais especificamente, na investigação do impacto da ordem de autoria na
identificação dos pesquisadores mais prolíficos. No presente trabalho, tal ordem não
foi analisada devido ao fato de que os objetivos estavam mais atrelados ao
relacionamento entre pesquisadores do que propriamente à sua produtividade,
tratada aqui como resultado do processo de interação. Outro recorte possível seria
140
utilizar os mesmos objetivos e o mesmo escopo definidos para este trabalho e sua
aplicação no âmbito internacional, buscando elucidar estruturas internacionais de
cooperação.
Além disso, pode-se propor a análise da estrutura de citação e co-citação de
trabalhos, de forma a identificar os artigos mais influentes no campo. Tal citação,
quando realizada de maneira positiva, pode ser visualizada como reconhecimento
da contribuição de seus autores para o campo científico. A análise da estrutura de
relacionamento entre os pesquisadores combinada com a estrutura de citação e co-
citação pode indicar grupos intelectualmente coesos.
Ainda com relação ao uso da Análise de Redes Sociais e, em termos de aplicação
gerencial na área de Operações, ela poderia ser útil, por exemplo, no estudo de
relacionamentos, influência e confiança em cadeias de suprimentos e na gestão e
difusão de conhecimento e inovação.
Vale ressaltar que, neste trabalho, os laços relacionais entre dois pesquisadores
existiam quando ambos produziam um artigo em conjunto. É sabido que existem
outras formas de relacionamentos entre acadêmicos, embora esta possa ser
considerada a mais objetiva em termos científicos. Relacionamentos podem ocorrer
ainda, por exemplo, na participação de bancas de dissertações e teses, onde são
discutidos temas da área e quando se pode, de maneira oportuna, potencializar o
início de um processo de cooperação entre os membros.
Um outro tema que também pode ser explorado é a motivação dos relacionamentos
entre pesquisadores, que pode ser identificada com a adição de atributos capazes
de identificar, por exemplo, orientadores, orientandos e orientados. É possível ainda
buscar identificar grupos de pesquisadores que atuem sob o mesmo tema, o que
poderia ser o mote para a cooperação. Tal identificação levaria a um trabalho
adicional de análise dos conteúdos dos artigos. Com uma abordagem mais
qualitativa, poderia ser interessante conhecer dos pesquisadores identificados como
mais centrais, e também daqueles com quem se relacionam diretamente, como é
estruturada e o que motiva o relacionamento entre as partes.
141
Por fim, e com relação a outros campos científicos, recomenda-se a aplicação da
análise de redes e dos objetivos propostos neste trabalho para outras áreas do
conhecimento. Na Administração, não foi possível encontrar estudos semelhantes
nos campos brasileiros de Recursos Humanos, Marketing e Finanças.
142
6
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151
APÊNDICE A - Pesquisadores, nome em formato de citação,
número de artigos e categorias
1
Categoria Pesquisador Citação No. de artigos
Continuantes
Joao Mario Csillag Csillag, J.M.
35
Roberto Giro Moori Moori, R.G.
31
Luiz Carlos Di Serio Serio, L.C.D.
28
Susana Carla Farias Pereira Pereira, S.C.F.
21
Ely Laureano Paiva Paiva, E.L.
19
Jose Carlos Barbieri Barbieri, J.C.
19
Rolf Hermann Erdmann Erdmann, R.H.
18
Silvio Roberto Ignacio Pires Pires, S.R.I.
18
Eliane Pereira Zamith Brito Brito, E.P.Z.
17
Alexandre Reis Graeml Graeml, A.R.
16
Fernando Cesar Almada Santos Santos, F.C.A.
16
Mauro Sampaio Sampaio, M.
16
Flavio Cesar Faria Fernandes Fernandes, F.C.F.
15
Marcelo Bronzo Bronzo, M.
15
Reinaldo Morabito Morabito, R.
15
Alceu Gomes Alves-Filho Alves-Filho, A.G.
14
Antonio Domingos Padula Padula, A.D.
14
Claude Machline Machline, C.
14
Fernando Jose Barbin Laurindo Laurindo, F.J.B.
14
Luiz Artur Ledur Brito Brito, L.A.L.
14
Peter Wanke Wanke, P.
14
Ricardo Silveira Martins Martins, R.S.
14
Aldo Leonardo Cunha Callado Callado, A.L.C.
13
Andrea Lago da Silva Silva, A.L.
13
Jose Carlos de Toledo Toledo, J.C.
13
Luiz Carlos Jacob Perera Perera, L.C.J.
13
Rogerio Augusto Profeta Profeta, R.A.
13
Antonio Andre Cunha Callado Callado, A.A.C.
12
Getulio Kazue Akabane Akabane, G.K.
12
Jose de Paula Barros-Neto Barros-Neto, J.P.
12
Luiz Cesar Ribeiro Carpinetti Carpinetti, L.C.R.
12
Antonio Carlos Gastaud Macada Macada, A.C.G.
11
Daniel Augusto Moreira Moreira, D.A.
11
Jaime Evaldo Fensterseifer Fensterseifer, J.E.
11
Jose Vicente Caixeta-Filho Caixeta-Filho, J.V.
11
Luciel Henrique de Oliveira Oliveira, L.H.
11
Marcelo Alvaro da Silva Macedo Macedo, M.A.S.
11
Marcius Fabius Henriques de Carvalho Carvalho, M.F.H.
11
1
As definições das categorias podem ser visualizadas no Quadro 5 (p. 62)
152
Continuantes
Marly Monteiro de Carvalho Carvalho, M.M.
11
Paulo Roberto Leite Leite, P.R.
11
Rosane Lucia Chicarelli Alcantara Alcantara, R.L.C.
11
Fernando Coelho Martins Ferreira Ferreira, F.C.M.
10
Gabriela Cardozo Ferreira Ferreira, G.C.
10
Helio Zanquetto-Filho Zanquetto-Filho, H.
10
Henrique Luiz Correa Correa, H.L.
10
Herbert Kimura Kimura, H.
10
Jose Benedito Sacomano Sacomano, J.B.
10
Jose Paulo Alves Fusco Fusco, J.P.A.
10
Luciana Marques Vieira Vieira, L.M.
10
Manoel Fernando Martins Martins, M.F.
10
Marcos Andre Mendes Primo Primo, M.A.M.
10
Mario Sacomano-Neto Sacomano-Neto, M.
10
Rebecca Arkader Arkader, R.
10
Reynaldo Cavalheiro Marcondes Marcondes, R.C.
10
Roberto Antonio Martins Martins, R.A.
10
Alberto Luiz Albertin Albertin, A.L.
9
Eduardo Henrique Diniz Diniz, E.H.
9
Kleber Fossati Figueiredo Figueiredo, K.F.
9
Miguel Afonso Sellitto Sellitto, M.A.
9
Natercia Filipe Mendeiros Carona Carona, N.F.M.
9
Paulo Tarso Vilela de Resende Resende, P.T.V.
9
Abraham Sin Oih Yu Yu, A.S.O.
8
Aline Lamon Cerra Cerra, A.L.
8
Andre Duarte Duarte, A.
8
Antonio Carlos Teixeira Alvares Alvares, A.C.T.
8
Claudia Affonso Silva Araujo Araujo, C.A.S.
8
Claudia Fernanda Franceschi Klement Klement, C.F.F.
8
Fernando Bernardi de Souza Souza, F.B.
8
Joao Murta Alves Alves, J.M.
8
Jorge Emanuel Reis Cajazeira Cajazeira, J.E.R.
8
Leo Tadeu Robles Robles, L.T.
8
Marilson Alves Goncalves Goncalves, M.A.
8
Roberto Max Protil Protil, R.M.
8
Wilson Toshiro Nakamura Nakamura, W.T.
8
Fernando de Souza Meirelles Meirelles, F.S.
7
Flavio Sanson Fogliatto Fogliatto, F.S.
7
Joao Amato-Neto Amato-Neto, J.
7
Jonas Lucio Maia Maia, J.L.
7
Marcelo Schneck de Paula Pessoa Pessoa, M.S.P.
7
Mario Otavio Batalha Batalha, M.O.
7
Michitoshi Oishi Oishi, M.
7
Moacir Godinho-Filho Godinho-Filho, M.
7
Orlando Cattini-Junior Cattini-Junior, O.
7
Rafael Guilherme Burstein Goldszmidt Goldszmidt, R.G.B.
7
153
Continuantes
Rosa Maria de Moura Albertin Albertin, R.M.M.
7
Tania Regina Brasileiro Azevedo Teixeira Teixeira, T.R.B.A.
7
Walter Fernando Araujo de Moraes Moraes, W.F.A.
7
Alvair Silveira Torres-Junior Torres-Junior, A.S.
6
Andreia Marize Rodrigues Rodrigues, A.M.
6
Karin Sylvia Graeml Graeml, K.S.
6
Liana Almeida de Figueiredo Figueiredo, L.A.
6
Manuel Fernandes Silva Souza Souza, M.F.S.
6
Maria Teresinha Arns Steiner Steiner, M.T.A.
6
Pedro Luiz de Oliveira Costa-Neto Costa-Neto, P.L.O.
6
Tales Andreassi Andreassi, T.
6
Wesley Vieira da Silva Silva, W.V.
6
Alair Helena Ferreira Ferreira, A.H.
5
Armindo dos Santos de Sousa Teodosio Teodosio, A.S.S.
5
Arthur Jose Vieira Porto Porto, A.J.V.
5
Carlos Frederico Bremer Bremer, C.F.
5
Denis Borenstein Borenstein, D.
5
Heitor Mansur Caulliraux Caulliraux, H.M.
5
Jose Alcides Gobbo-Junior Gobbo-Junior, J.A.
5
Jose Rodrigues de Farias-Filho Farias-Filho, J.R.
5
Mario Sergio Salerno Salerno, M.S.
5
Paulo Roberto Tavares Dalcol Dalcol, P.R.T.
5
Entrantes
Wagner Junior Ladeira Ladeira, W.J.
7
Alexandre Pignanelli Pignanelli, A.
6
Antonio Augusto Goncalves Goncalves, A.A.
6
Jaciane Cristina Costa Costa, J.C.
6
Anderson Correia Correia, A.
5
Jose Henrique Souza Souza, J.H.
5
Ronaldo Zwicker Zwicker, R.
5
Andre Kenreo Goto Goto, A.K.
4
Egidio Luiz Furlanetto Furlanetto, E.L.
4
Eliciane Maria da Silva Silva, E.M.
4
Glauco Henrique Souza Mendes Mendes, G.H.S.
4
Guilherme Silveira Martins Martins, G.S.
4
Jose Carlos Lazaro da Silva-Filho Silva-Filho, J.C.L.
4
Leticia Labegalini Labegalini, L.
4
Mario Prestes Monzoni-Neto Monzoni-Neto, M.P.
4
Paulo Mauricio Selig Selig, P.M.
4
Paulo Sidney Ferreira Ferreira, P.S.
4
Silvia Novaes Zilber Zilber, S.N.
4
Sylmara Lopes Francelino Goncalves-Dias Goncalves-Dias, S.L.F.
4
Alessandra Vasconcelos Gallon Gallon, A.V.
3
Alexandre de Padua Carrieri Carrieri, A.P.
3
Altair Borgert Borgert, A.
3
Andre Pereira de Carvalho Carvalho, A.P.
3
Daniel Pacheco Lacerda Lacerda, D.P.
3
154
Entrantes
Edson Jose Dalto Dalto, E.J.
3
Eduardo Eugenio Spers Spers, E.E.
3
Eduardo Koiti Koga Koga, E.K.
3
Elisabete Stradiotto Siqueira Siqueira, E.S.
3
Emerson Wagner Mainardes Mainardes, E.W.
3
Erlaine Binotto Binotto, E.
3
Francisco Jose da Costa Costa, F.J.
3
Gesinaldo Ataide Candido Candido, G.A.
3
Hamilton Pozo Pozo, H.
3
Henrique Cordeiro Martins Martins, H.C.
3
Jorge Muniz-Junior Muniz-Junior, J.
3
Jose Marcos Carvalho de Mesquita Mesquita, J.M.C.
3
Katia de Almeida Almeida, K.
3
Lucila Maria de Souza Campos Campos, L.M.S.
3
Marcelo Deschamps Deschamps, M.
3
Marcos Ricardo Rosa Georges Georges, M.R.R.
3
Mario de Castro Andrade-Filho Andrade-Filho, M.C.
3
Mario Jorge Ferreira de Oliveira Oliveira, M.J.F.
3
Mario Lucio de Oliveira Novaes Novaes, M.L.O.
3
Moises Araujo Almeida Almeida, M.A.
3
Renato da Silva Lima Lima, R.S.
3
Ricardo Alexandre Raschiatore Raschiatore, R.A.
3
Sergio Silva Braga-Junior Braga-Junior, S.S.
3
Sidnei Vieira Marinho Marinho, S.V.
3
Vania de Fatima Barros Estivalete Estivalete, V.F.B.
3
Vera Maria Medina Simonetti Simonetti, V.M.M.
3
Ademar Dutra Dutra, A.
2
Adilson Aderito Silva Silva, A.A.
2
Alcelmo Arno Schulz Schulz, A.A.
2
Ana Alice Vilas Boas Boas, A.A.V.
2
Ana Cristina de Faria Faria, A.C.
2
Ana Maria Gati Wechsler Wechsler, A.M.G.
2
Andre Jose Sant'ana Sant'ana, A.J.
2
Angela Maria Domingues Biancolin Bezerra Bezerra, A.M.D.B.
2
Anielson Barbosa da Silva Silva, A.B.D
2
Annibal Jose Scavarda Scavarda, A.J.
2
Anselmo Alves Bandeira Bandeira, A.A.
2
Antonio Carlos Aidar Sauaia Sauaia, A.C.A.
2
Antonio Geraldo Harb Harb, A.G.
2
Brigitte Renata Bezerra de Oliveira Oliveira, B.R.B.
2
Bruno dos Santos Silvestre Silvestre, B.S.
2
Carla Regina Pasa Gomez Gomez, C.R.P.
2
Carlos Henrique Mora-Junior Mora-Junior, C.H.
2
Carlos Muller Muller, C.
2
Celso Machado-Junior Machado-Junior, C.
2
Charles Albino Schultz Schultz, C.A.
2
155
Entrantes
Claudio Reis Goncalo Goncalo, C.R.
2
Cleber Jose Cunha Dutra Dutra, C.J.C.
2
Cristiane Jaciara Furlaneto Furlaneto, C.J.
2
Cynthia Candida Correa Correa, C.C.
2
Deive Goncalves Rodrigues Rodrigues, D.G.
2
Diego Antonio Bittencourt Marconatto Marconatto, D.A.B.
2
Diego Gonzales Chevarria Chevarria, D.G.
2
Dirk Michael Boehe Boehe, D.M.
2
Dorelland Ponte Lima Lima, D.P.
2
Eduardo de Senzi Zancul Zancul, E.S.
2
Eduardo Guilherme Satolo Satolo, E.G.
2
Egberto Gomes Franco Franco, E.G.
2
Fabio Almeida Co Co, F.A.
2
Fabio Nogueira Batista Batista, F.N.
2
Fabricia Silva da Rosa Rosa, F.S.
2
Fabricio Carvalho Cipola Cipola, F.C.
2
Flavio Jose Simioni Simioni, F.J.
2
Francisco de Assis Soares Soares, F.A.
2
Francisco Lourenco da Silva Silva, F.L.
2
Francisco Santos Sabbadini Sabbadini, F.S.
2
Geciane Silveira Porto Porto, G.S.
2
Gerson Lachtermacher Lachtermacher, G.
2
Gerson Luis Russo Moyses Moyses, G.L.R.
2
Gerusa Tinasi de Oliveira Oliveira, G.T.
2
Gessuir Pigatto Pigatto, G.
2
Gilberto Perez Perez, G.
2
Gisele Cristina Sena da Silva Silva, G.C.S.
2
Givan Aparecido Fortuoso da Silva Silva, G.A.F.
2
Greice de Bem Noro Noro, G.B.
2
Guilherme Luis Roehe Vaccaro Vaccaro, G.L.R.
2
Gunther Seliger Seliger, G.
2
Helio Rubens Oliveira da Neves Neves, H.R.O.
2
Iana Cavalcante de Oliveira Oliveira, I.C.
2
Ivete Rodrigues Rodrigues, I.
2
Jabra Haber Haber, J.
2
Jesus Domech More More, J.D.
2
Joao Helvio Rigui de Oliveira Oliveira, J.H.R.
2
Joaquim Alves dos Santos-Neto Santos-Neto, J.A.
2
Jose Amaro dos Santos Santos, J.A.
2
Jose Geraldo Pereira Barbosa Barbosa, J.G.P.
2
Jose Joaquim do Amaral Ferreira Ferreira, J.J.A.
2
Jose Roberto Frega Frega, J.R.
2
Julia Sasso Alighieri Alighieri, J.S.
2
Juliana Bonomi Santos Santos, J.B.
2
Jurandir Peinado Peinado, J.
2
Laerte Jose Fernandes Fernandes, L.J.
2
156
Entrantes
Leonardo Augusto Gomez Castillo Castillo, L.A.G.
2
Leonardo Caixeta de Castro Maia Maia, L.C.C.
2
Leonardo Gehlen Gehlen, L.
2
Livia Castro D'avila D'avila, L.C.
2
Luciana Londero Brandli Brandli, L.L.
2
Luciangela Galletti da Costa Costa, L.G.
2
Luis Antonio Figueira Sanches Flores Flores, L.A.F.S.
2
Maisa Sales Gama Tobias Tobias, M.S.G.
2
Marcelino Jose Jorge Jorge, M.J.
2
Marcelo Crescenti Aulicino Aulicino, M.C.
2
Marcelo Ramos Martins Martins, M.R.
2
Marcelo Sales Ferreira Ferreira, M.S.
2
Marcia Mitiko Onoyama Onoyama, M.M.
2
Marcos Aurelio Custodio Custodio, M.A.
2
Marcos Mendes de Oliveira Pinto Pinto, M.M.O.
2
Maria Beatriz Machado Bonacelli Bonacelli, M.B.M.
2
Maria de Lourdes Borges Borges, M.L.
2
Maria Jose Carvalho de Souza Domingues Domingues, M.J.C.S.
2
Maria Tereza Saraiva de Souza Souza, M.T.S.
2
Mariana Rodrigues de Almeida Almeida, M.R.
2
Marianne Hoeltgebaum Hoeltgebaum, M.
2
Marie Anne Macadar Macadar, M.A.
2
Marisa P. de Brito Brito, M.P.
2
Marlon Dalmoro Dalmoro, M.
2
Mauro Catharino Vieira da Luz Luz, M.C.V.
2
Maxweel Veras Rodrigues Rodrigues, M.V.
2
Melina de Souza Mota Mota, M.S.
2
Monica Maria Mendes Luna Luna, M.M.M.
2
Mozar Jose de Brito Brito, M.J.
2
Nei Yoshihiro Soma Soma, N.Y.
2
Nelson Hein Hein, N.
2
Pablo Queiroz Bahia Bahia, P.Q.
2
Patricia Goncalves Vidal Vidal, P.G.
2
Patricia Phonlor Phonlor, P.
2
Paulo Jose Silva Silva, P.J.
2
Paulo Sergio de Souza Coelho Coelho, P.S.S.
2
Pedro Jose Steiner-Neto Steiner-Neto, P.J.
2
Priscila Rezende da Costa Costa, P.R.
2
Rachel Biderman Biderman, R.
2
Rafael Lucian Lucian, R.
2
Ramon Silva Leite Leite, R.S.
2
Raphael de Jesus Campos de Andrade Andrade, R.J.C.
2
Regina Negri Pagani Pagani, R.N.
2
Reinaldo Daneil Fioravanti Fioravanti, R.D.
2
Ricardo Alexandre Soares Soares, R.A.
2
Ricardo Jorge Araujo Silva Silva, R.J.A.
2
157
Entrantes
Ricardo Pastore Pastore, R.
2
Rogerio Ceravolo Calia Calia, R.C.
2
Rogerio Joao Lunkes Lunkes, R.J.
2
Roque Brinckmann Brinckmann, R.
2
Rosenei Novochadlo da Costa Costa, R.N.
2
Ruth Carrasco-Gallego Carrasco-Gallego, R.
2
Samuel Cogan Cogan, S.
2
Sidarta Ruthes Ruthes, S.
2
Silvana Anita Walter Walter, S.A.
2
Sonia Valle Walter Borges de Oliveira Oliveira, S.V.W.B.
2
Takeshy Tachizawa Tachizawa, T.
2
Tania Nunes da Silva Silva, T.N.
2
Tatiana Maia Maia, T.
2
Tereza de Souza Souza, T.
2
Thiago Duarte Pimentel Pimentel, T.D.
2
Thiago Pereira Sanches Sanches, T.P.
2
Ullisses Kazumi Shimizu Shimizu, U.K.
2
Walter Bataglia Bataglia, W.
2
Zacarias Goncalves de Oliveira-Junior Oliveira-Junior, Z.G.
2
Retirantes
Paulo Fernando Fleury Fleury, P.F.
13
Marta de Campos Maia Maia, M.C.
12
Erico Veras Marques Marques, E.V.
9
Ricardo Luiz Machado Machado, R.L.
8
Thomaz Wood-Junior Wood-Junior, T.
8
Valeska Nahas Guimaraes Guimaraes, V.N.
8
Dante Pinheiro Martinelli Martinelli, D.P.
7
Flavio Carvalho de Vasconcelos Vasconcelos, F.C.
7
Mirian Oliveira Oliveira, M.
7
Israel Brunstein Brunstein, I.
6
Luis Felipe Roriz Scavarda Scavarda, L.F.R.
6
Miguel Cezar Santoro Santoro, M.C.
6
Oduvaldo Vendrametto Vendrametto, O.
6
Silvio Hamacher Hamacher, S.
6
Adriana Marques Rossetto Rossetto, A.M.
5
Ana Lucia Vitale Torkomian Torkomian, A.L.V.
5
Isabella Freitas Gouveia de Vasconcelos Vasconcelos, I.F.G.
5
Marcos Augusto de Vasconcellos Vasconcellos, M.A.
5
Miriam Christi Midori Oishi Oishi, M.C.M.
5
Renato de Campos Campos, R.
5
Renato Florido Cameira Cameira, R.F.
5
Carlos Augusto Candeo Fontanini Fontanini, C.A.C.
4
Cesar Roberto Lavalle da Silva Silva, C.R.L.
4
Claudio Hoffmann Sampaio Sampaio, C.H.
4
Denise Luciana Rieg Rieg, D.L.
4
Edemilson Nogueira Nogueira, E.
4
Fabio Ricardo Loureiro Sato Sato, F.R.L.
4
158
Retirantes
Felipe de Faria Monaco Monaco, F.F.
4
Gregorio Jean Varvakis Rados Rados, G.J.V.
4
Helder Gomes Costa Costa, H.G.
4
Iuri Gavronski Gavronski, I.
4
Juliana Subtil Lacerda Lacerda, J.S.
4
Karl Kempf Kempf, K.
4
Marcelo Gattermann Perin Perin, M.G.
4
Marcia Dutra de Barcellos Barcellos, M.D.
4
Mario de Souza Nogueira-Neto Nogueira-Neto, M.S.
4
Miguel P. Caldas Caldas, M.P.
4
Monica de Fatima Bianco Bianco, M.F.
4
Reginaldo Santana Figueiredo Figueiredo, R.S.
4
Roberto Gilioli Rotondaro Rotondaro, R.G.
4
Ruben Huamanchumo Gutierrez Gutierrez, R.H.
4
Silvio Abrahao Laban-Neto Laban-Neto, S.A.
4
Aleda Roth Roth, A.
3
Alessandra Rachid Rachid, A.
3
Andre Lacombe Penna da Rocha Rocha, A.L.P.
3
Andre Luis Policani Freitas Freitas, A.L.P.
3
Andrea Joana Barbarelli Sima Sima, A.J.B.
3
Antonia Egidia de Souza Souza, A.E.
3
Antonio Fernando Branco Costa Costa, A.F.B.
3
Arnaldo Ferreira Sima Sima, A.F.
3
Camila Carneiro Dias Dias, C.C.
3
Carlos Olavo Quandt Quandt, C.O.
3
Carlos Torres Formoso Formoso, C.T.
3
Celso Carnieri Carnieri, C.
3
Christopher White White, C.
3
Daniela Althoff Philippi Philippi, D.A.
3
Dario Henrique Alliprandini Alliprandini, D.H.
3
Eder Lindsay Magalhaes Balbino Balbino, E.L.M.
3
Edmilson Alves de Moraes Moraes, E.A.
3
Eduardo Sergio Ulrich Pace Pace, E.S.U.
3
Elizabeth Krauter Krauter, E.
3
Elizabeth Loiola Loiola, E.
3
Emmanuel Paiva de Andrade Andrade, E.P.
3
Erica Ferreira Marques Marques, E.F.
3
Estela Schreiner Schreiner, E.
3
Flavia Angeli Ghisi Ghisi, F.A.
3
Flavio Romero Macau Macau, F.R.
3
Francisco Correia de Oliveira Oliveira, F.C.
3
Francisco Sobreira-Netto Sobreira-Netto, F.
3
Francisco Tomaz Horta Verri Verri, F.T.H.
3
Gregorio Varvakis Varvakis, G.
3
Helmer Walter Keppke Keppke, H.W.
3
Henrique Freitas Freitas, H.
3
159
Retirantes
Icaro Cunha Cunha, I.
3
Ivan Ricardo Gartner Gartner, I.R.
3
Joao Carlos de Aquino Teixeira Teixeira, J.C.A.
3
Joao Luiz Becker Becker, J.L.
3
John D. Johnson Johnson, J.D.
3
Joni de Almeida Amorim Amorim, J.A.
3
Jorge Santos Neris Neris, J.S.
3
Jose Bento Carlos Amaral-Junior Amaral-Junior, J.B.C.
3
Jose Delazaro-Filho Delazaro-Filho, J.
3
Jose Mauricio La Fuente Fuente, J.M.L.
3
Leila Keiko Canegusuco Jansen Jansen, L.K.C.
3
Luiz Antonio da Paz Campagnac Campagnac, L.A.P.
3
Marcel Andreotti Musetti Musetti, M.A.
3
Marcelo Telles de Menezes Menezes, M.T.
3
Maria de Lourdes Bacha Bacha, M.L.
3
Maria Fernanda Hijjar Hijjar, M.F.
3
Maria Luisa Mendes Teixeira Teixeira, M.L.M.
3
Mauricio Fernandes Pereira Pereira, M.F.
3
Miguel Angel Mariscal Saldana Saldana, M.A.M.
3
Paulo Correa Lima Lima, P.C.
3
Pedro Rodrigues Bueno-Neto Bueno-Neto, P.R.
3
Rafael Paim Cunha Santos Santos, R.P.C.
3
Ricardo Feix Feix, R.
3
Ricardo Ferrari Pacheco Pacheco, R.F.
3
Ricardo Nascimento Ferreira Ferreira, R.N.
3
Rodney L. Martin Martin, R.L.
3
Rui Carlos Botter Botter, R.C.
3
Soraia Maria do Socorro Carlos Vidal Vidal, S.M.S.C.
3
Surendra M. Gupta Gupta, S.M.
3
Suzane Strehlau Strehlau, S.
3
Targino de Araujo-Filho Araujo-Filho, T.
3
Tor Guimaraes Guimaraes, T.
3
Vania Maria Jorge Nassif Nassif, V.M.J.
3
Werther Alexandre de Oliveira Serralheiro Serralheiro, W.A.O.
3
Adriane Hartman Hartman, A.
2
Alander Ornellas Machado Machado, A.O.
2
Albert Geiger Geiger, A.
2
Alessandra Luize Fontes Sales Sales, A.L.F.
2
Alexandre de Almeida Faria Faria, A.A.
2
Alexandre Linhares Linhares, A.
2
Alistair Richard Clark Clark, A.R.
2
Amir Mattar Valente Valente, A.M.
2
Ana Cristina Coelho Barroso Fernandes Fernandes, A.C.C.B.
2
Ana Paula Cabral Seixas Costa Costa, A.P.C.S.
2
Ana Paula Freitas Mundim Mundim, A.P.F.
2
Andre Lucirton Costa Costa, A.L.
2
160
Retirantes
Andrea da Silva Pecanha Pecanha, A.S.
2
Angela Olandoski Barboza Barboza, A.O.
2
Angelo Rodrigues Goldoni Goldoni, A.R.
2
Antonio Carlos Domenek Domenek, A.C.
2
Antonio Roberto Pereira Leite de Albuquerque Albuquerque, A.R.P.L.
2
Armando Costa-Neto Costa-Neto, A.
2
Astor Eugenio Hexsel Hexsel, A.E.
2
Auristela Felix de Oliveira Oliveira, A.F.
2
Carlos Alberto Correa Correa, C.A.
2
Carlos Alberto de Oliveira Fernandes Fernandes, C.A.O.
2
Carlos Machado de Oliveira Oliveira, C.M.
2
Carlos Manuel Taboada Rodriguez Rodriguez, C.M.T.
2
Carlos Saraiva Saraiva, C.
2
Carmen Silvia Sanches Sanches, C.S.
2
Carolina Torres Graca Graca, C.T.
2
Chu Shao Yong Yong, C.S.
2
Claudia Heloisa Ribeiro Rodrigues Rodrigues, C.H.R.
2
Claudiani Waiandt Waiandt, C.
2
Claudio Luiz Miotto Miotto, C.L.
2
Cleber Carvalho de Castro Castro, C.C.
2
Cristiane Quental Quental, C.
2
Danny Pimentel Claro Claro, D.P.
2
Darcy Mitiko Mori Hanashiro Hanashiro, D.M.M.
2
Delmo Alves de Moura Moura, D.A.
2
Delvio Venanzi Venanzi, D.
2
Denise Maria Martins Martins, D.M.
2
Devanir Zuliani Zuliani, D.
2
Domingos Alves Correa-Neto Correa-Neto, D.A.
2
Ednilson Santos Bernardes Bernardes, E.S.
2
Edson Martins de Aguiar Aguiar, E.M.
2
Edson Pinheiro de Lima Lima, E.P.
2
Eduardo Gomes Carvalho Carvalho, E.G.
2
Eduardo Kazuo Kayo Kayo, E.K.
2
Eduardo Lobo Lobo, E.
2
Eduardo Pinheiro Godin de Vasconcelos Vasconcelos, E.P.G.
2
Eduardo Ribas Santos Santos, E.R.
2
Elena Revilla Revilla, E.
2
Elif Kongar Kongar, E.
2
Elvio Correa Porto Porto, E.C.
2
Emerson Carlos Colin Colin, E.C.
2
Fabiano Sato Tomita Tomita, F.S.
2
Fabio Gomes da Silva Silva, F.G.
2
Fabrizio Almeida Marodin Marodin, F.A.
2
Fernando Cezar Leandro Scramim Scramim, F.C.L.
2
Fernando Garcia Garcia, F.
2
Fernando Saba Arbache Arbache, F.S.
2
161
Retirantes
Flavia Gutierrez Motta Motta, F.G.
2
Francisco Antonio Serralvo Serralvo, F.A.
2
Frederico Roldan Roldan, F.
2
Garland Chow Chow, G.
2
Gary Godding Godding, G.
2
Gelson Silva Junquilho Junquilho, G.S.
2
Geni Satiko Sato Sato, G.S.
2
Gilson Staianov Santos Santos, G.S.
2
Giovani Jose Caetano da Silveira Silveira, G.J.C.
2
Giuliana Aparecida Santini Santini, G.A.
2
Giuvania Terezinha Lehmkuhl Lehmkuhl, G.T.
2
Gustavo Menoncin de Carvalho Pereira Pereira, G.M.C.
2
Heloisa Helena Albuquerque Borges Quaresma Goncalves Goncalves, H.H.A.B.Q.
2
Hong Yuh Ching Ching, H.Y.
2
Janann Joslin Medeiros Medeiros, J.J.
2
Jarbas Cesar de Mattos Mattos, J.C.
2
Joao Alexandre Widmer Widmer, J.A.
2
Joao Paulo Lara Siqueira Siqueira, J.P.L.
2
Joao Paulo Seno Seno, J.P.
2
Jorge Calizaya Portal Portal, J.C.
2
Jose Augusto Correa Correa, J.A.
2
Jose Belo Torres Torres, J.B.
2
Jose Carlos Victorino de Souza Souza, J.C.V.
2
Jose Francisco Ribeiro-Filho Ribeiro-Filho, J.F.
2
Jose Luis Garcia Hermosilla Hermosilla, J.L.G.
2
Jose Marcos Ayuso Ayuso, J.M.
2
Jose Roberto Soares Ribeiro Ribeiro, J.R.S.
2
Jose Ulisses Jansen Jansen, J.U.
2
Juan Jose Lavios Villahoz Villahoz, J.J.L.
2
Julio Cesar Donadone Donadone, J.C.
2
Leila Cristina Nunes Gomes Gomes, L.C.N.
2
Leonardo Rocha de Oliveira Oliveira, L.R.
2
Liane Werner Werner, L.
2
Lilian Cristina Anefalos Anefalos, L.C.
2
Lucas Cley da Horta Horta, L.C.
2
Luciana Florencio de Almeida Almeida, L.F.D
2
Luciana Santos Costa Costa, L.S.
2
Luciano da Silva Ramalho Ramalho, L.S.
2
Lucy Aparecida de Sousa Sousa, L.A.
2
Luis Gimeno Latre Latre, L.G.
2
Luis Hernan Contreras Pinochet Pinochet, L.H.C.
2
Luiz Augusto Machado Mendes-Filho Mendes-Filho, L.A.M.
2
Luiz Carlos Miranda Miranda, L.C.
2
Luiz Marcio Spinosa Spinosa, L.M.
2
Luiz Neto Biondi Biondi, L.N.
2
Magali Costa Guimaraes Guimaraes, M.C.
2
162
Retirantes
Manoel Otelino da Cunha Peixoto Peixoto, M.O.C.
2
Manuela Ferreira Silvestre Silvestre, M.F.
2
Marcelo Ghiaroni de Albuquerque e Silva Silva, M.G.A.
2
Marcio Antonio Maita Maita, M.A.
2
Marcio Zukin Zukin, M.
2
Marcos Alencar Abaide Balbinotti Balbinotti, M.A.A.
2
Marcos Antonio Pereira Pereira, M.A.
2
Marcos Antonio Rodrigues da Silva-Junior Silva-Junior, M.A.R.
2
Marcos Dalmau Dalmau, M.
2
Marcos Sawaya Jank Jank, M.S.
2
Maria Cristina Mendonca Siqueira Siqueira, M.C.M.
2
Maria de Fatima Barbosa Goes Goes, M.F.B.
2
Maria Irene Stocco Betiol Betiol, M.I.S.
2
Maria Teresa Moreira Rodrigues Rodrigues, M.T.M.
2
Mariana Lilley Lilley, M.
2
Mario Aquino Alves Alves, M.A.
2
Mario Bimbatti Bimbatti, M.
2
Marlon Vinicius Brisola Brisola, M.V.
2
Martin K. Starr Starr, M.K.
2
Maurilio Benite Benite, M.
2
Mauro Zilbovicius Zilbovicius, M.
2
Melissa Peron e Sa Sa, M.P.
2
Miguel Angel Aires Borras Borras, M.A.A.
2
Milton de Abreu Campanario Campanario, M.A.
2
Nasser S. Fard Fard, N.S.
2
Olavo Henrique Furtado Furtado, O.H.
2
Patricia Viera Grizola Bonadio Bonadio, P.V.G.
2
Paula Csillag Csillag, P.
2
Paulo Henrique Nogueira Biscola Biscola, P.H.N.
2
Paulo Henrique Siqueira Siqueira, P.H.
2
Paulo Knorich Zuffo Zuffo, P.K.
2
Paulo M. Franca Franca, P.M.
2
Paulo Yazigi Sabbag Sabbag, P.Y.
2
Priscila Borin de Oliveira Claro Claro, P.B.O.
2
Raquel Borba Balceiro Balceiro, R.B.
2
Raquel Coimbra Flexa Flexa, R.C.
2
Ravi Sen Sen, R.
2
Renato de Oliveira Moraes Moraes, R.O.
2
Ricardo Fasti de Souza Souza, R.F.
2
Ricardo Takahashi Arruda Arruda, R.T.
2
Ricardo Teixeira Veiga Veiga, R.T.
2
Ricardo Yassushi Inamasu Inamasu, R.Y.
2
Roberto da Costa Quinino Quinino, R.C.
2
Roberto Dieguez Galvao Galvao, R.D.
2
Ronald do Amaral Menezes Menezes, R.A.
2
Ronan Torres Quintao Quintao, R.T.
2
163
Retirantes
Rosa Maria Sanchez Saiz Saiz, R.M.S.
2
Rosa Teresa Moreira Machado Machado, R.T.M.
2
Rossane Cardoso Carvalho Carvalho, R.C.
2
Rubens E. Barreto Ramos Ramos, R.E.B.
2
Rubens Mazon Mazon, R.
2
Rubens Vieira da Silva Silva, R.V.
2
Sandra Barros de Moraes Rego Rego, S.B.M.
2
Sebastiao Ronaldo de Oliveira Oliveira, S.R.
2
Sergio Marques-Junior Marques-Junior, S.
2
Sergio Ramirez Echeverri Echeverri, S.R.
2
Sergio Ronaldo Granemann Granemann, S.R.
2
Sigismundo Bialoskorski-Neto Bialoskorski-Neto, S.
2
Silvana Pereira de Aguiar Aguiar, S.P.
2
Silvia Ines Dallavalle de Padua Padua, S.I.D.
2
Silvia Regina Morales Morales, S.R.
2
Simone Angelica Del-ducca Barbedo Barbedo, S.A.D.
2
Sinval Oliveira Souza Souza, S.O.
2
Susana Garcia Herrero Herrero, S.G.
2
T. S. Ragu-Nathan Ragu-Nathan, T.S.
2
Tania Margarete Mezzomo Keinert Keinert, T.M.M.
2
Terezinha Bezerra Albino Oliveira Oliveira, T.B.A.
2
Tomi Adachi Adachi, T.
2
Trevor Barker Barker, T.
2
Vagner Cavenaghi Cavenaghi, V.
2
Vania Amorim Cafe de Carvalho Carvalho, V.A.C.
2
Vania Passarini Takahashi Takahashi, V.P.
2
Vania Sant’anna Santos Santos, V.S.
2
Victor Selman Selman, V.
2
Vital de Oliveira Ribeiro-Filho Ribeiro-Filho, V.O.
2
Wagner Daumichen Barrella Barrella, W.D.
2
Wendell de Oliveira Cansancao Cansancao, W.O.
2
Zhiwei Fu Fu, Z.
2
Transientes
Charbel Jose Chiappetta Jabbour Jabbour, C.J.C.
11
Monica Cavalcanti Sa de Abreu Abreu, M.C.S.
9
Leonel Mazzali Mazzali, L.
8
Belmiro do Nascimento Joao Joao, B.N.
7
Carlos Ricardo Rossetto Rossetto, C.R.
7
Daisy Aparecida do Nascimento Rebelatto Rebelatto, D.A.N.
7
Gerson Tontini Tontini, G.
7
Guilherme Dayrell Mendonca Mendonca, G.D.
7
Maria Rita Pontes Assumpcao Alves Alves, M.R.P.A.
7
Mauro Vivaldini Vivaldini, M.
7
Paulo Antonio Zawislak Zawislak, P.A.
7
Sergio Luis da Silva Silva, S.L.
7
Silvio Popadiuk Popadiuk, S.
7
Alceu Salles Camargo-Junior Camargo-Junior, A.S.
6
164
Transientes
Daniel Jugend Jugend, D.
6
Dario Ikuo Miyake Miyake, D.I.
6
Denise Dumke de Medeiros Medeiros, D.D.
6
Diogenes Manoel Leiva Martin Martin, D.M.L.
6
Domingos Fernandes Campos Campos, D.F.
6
Eugenio Avila Pedrozo Pedrozo, E.A.
6
Fernando Augusto Silva Marins Marins, F.A.S.
6
Jose Celso Contador Contador, J.C.
6
Julio Francisco Blumetti Faco Faco, J.F.B.
6
Leonardo Fernando Cruz Basso Basso, L.F.C.
6
Luiz Flavio Autran Monteiro Gomes Gomes, L.F.A.M.
6
Marco Antonio Pinheiro da Silveira Silveira, M.A.P.
6
Odair Oliva de Farias Farias, O.O.
6
Peter Bent Hansen Hansen, P.B.
6
Roque Rabechini-Junior Rabechini-Junior, R.
6
Adalberto A. Fischmann Fischmann, A.A.
5
Adiel Teixeira de Almeida Almeida, A.T.
5
Afonso Fleury Fleury, A.
5
Ana Carolina Spolidoro Queiroz Queiroz, A.C.S.
5
Angela Beatriz Scheffer Garay Garay, A.B.S.
5
Antonio Galvao N. Novaes Novaes, A.G.N.
5
Carlos Alberto Goncalves Goncalves, C.A.
5
Denise Del Pra Netto Machado Machado, D.D.P.N.
5
Geraldo Ferrer Ferrer, G.
5
Giuliano Marodin Marodin, G.
5
Heitor Jose Pereira Pereira, H.J.
5
Ilse Maria Beuren Beuren, I.M.
5
Isabel Cristina Rodrigues Rodrigues, I.C.
5
Jose Arnaldo Barra Montevechi Montevechi, J.A.B.
5
Jose Luis Duarte Ribeiro Ribeiro, J.L.D.
5
Luis Henrique Rigato Vasconcellos Vasconcellos, L.H.R.
5
Luiz Fernando Mahlmann Heineck Heineck, L.F.M.
5
Marcelo Giroto Rebelato Rebelato, M.G.
5
Marcos Fava Neves Neves, M.F.
5
Marcos Paulo Valadares de Oliveira Oliveira, M.P.V.
5
Margareth Rodrigues de Carvalho Borella Borella, M.R.C.
5
Oswaldo Mario Serra Truzzi Truzzi, O.M.S.
5
Paulo Augusto Cauchick Miguel Miguel, P.A.C.
5
Paulo Sergio Ceretta Ceretta, P.S.
5
Roseli Morena Porto Porto, R.M.
5
Simone Regina Didonet Didonet, S.R.
5
Tamio Shimizu Shimizu, T.
5
Alvaro Guillermo Rojas Lezana Lezana, A.G.R.
4
Andre Gustavo Carvalho Machado Machado, A.G.C.
4
Andre Luiz Medeiros Medeiros, A.L.
4
Carlos Eduardo Sanches da Silva Silva, C.E.S.
4
165
Transientes
Claudio Felisoni de Angelo Angelo, C.F.
4
Dalcio Roberto dos Reis Reis, D.R.
4
Daniel Capaldo Amaral Amaral, D.C.
4
Dario de Oliveira Lima-Filho Lima-Filho, D.O.
4
Debora da Silva Lobo Lobo, D.S.
4
Djair Picchiai Picchiai, D.
4
Eduardo Vila Goncalves-Filho Goncalves-Filho, E.V.
4
Fabio Muller Guerrini Guerrini, F.M.
4
Fernanda Marques de Almeida Holanda Holanda, F.M.A.
4
Francisco Uchoa Passos Passos, F.U.
4
Frederico Antonio Azevedo de Carvalho Carvalho, F.A.A.
4
Gilbert Cardoso Bouyer Bouyer, G.C.
4
Hans Michael Van Bellen Bellen, H.M.V.
4
Hugo Tsugunobu Yoshida Yoshizaki Yoshizaki, H.T.Y.
4
Jose Antonio Valle Antunes-Junior Antunes-Junior, J.A.V.
4
Jose Luis Gomes da Silva Silva, J.L.G.
4
Jose Luiz Contador Contador, J.L.
4
Jose Osvaldo de Sordi Sordi, J.O.
4
Jose Roberto Heloani Heloani, J.R.
4
Jouliana Jordan Nohara Nohara, J.J.
4
Julio Cesar Bastos de Figueiredo Figueiredo, J.C.B.
4
Kamile Theis Stadnick Stadnick, K.T.
4
Leonardo Ramos Rios Rios, L.R.
4
Luis Henrique Rodrigues Rodrigues, L.H.
4
Luis Mauricio Resende Resende, L.M.
4
Luiz Antonio Nogueira Lorena Lorena, L.A.N.
4
Luiz Fernando Paulillo Paulillo, L.F.
4
Marcelo Caldeira Pedroso Pedroso, M.C.
4
Marcos Antonio Franklin Franklin, M.A.
4
Marcus Vinicius de Souza Silva Oliveira Oliveira, M.V.S.S.
4
Mateus Cecilio Gerolamo Gerolamo, M.C.
4
Mauro de Mesquita Spinola Spinola, M.M.
4
Miguel Sugai Sugai, M.
4
Nelio Domingues Pizzolato Pizzolato, N.D.
4
Neocles Alves Pereira Pereira, N.A.
4
Nilton Nunes Toledo Toledo, N.N.
4
Olivio Novaski Novaski, O.
4
Osvaldo Luiz Goncalves Quelhas Quelhas, O.L.G.
4
Pablo Rogers Rogers, P.
4
Paulo Furquim de Azevedo Azevedo, P.F.
4
Priscilla Cristina Cabral Ribeiro Ribeiro, P.C.C.
4
Rafael Teixeira Teixeira, R.
4
Reinaldo Fagundes dos Santos Santos, R.F.
4
Renata Albergaria de Mello Bandeira Bandeira, R.A.M.
4
Renata Seldin Seldin, R.
4
Renato de Castro Garcia Garcia, R.C.
4
166
Transientes
Robson Quinello Quinello, R.
4
Rodrigo Cambiaghi Azevedo Azevedo, R.C.
4
Sandra Rolim Ensslin Ensslin, S.R.
4
Sergio Lex Lex, S.
4
Thames Richard Silva Silva, T.R.
4
Valeriana Cunha Cunha, V.
4
Walter Miyabara Miyabara, W.
4
Adelaide dos Santos Figueiredo Figueiredo, A.S.
3
Adriane Angelica Farias Santos Lopes de Queiroz Queiroz, A.A.F.S.L.
3
Alberto Gabbay Canen Canen, A.G.
3
Alcibiades Paulo S. Guedes Guedes, A.P.S.
3
Amelia Silveira Silveira, A.
3
Ana Paula Iannoni Iannoni, A.P.
3
Andrea Paula Segatto-Mendes Segatto-Mendes, A.P.
3
Andrea Valeria Steil Steil, A.V.
3
Antonio Batocchio Batocchio, A.
3
Antonio Cesar Galhardi Galhardi, A.C.
3
Antonio Rafael Namur Muscat Muscat, A.R.N.
3
Carlos Honorato Shuch Santos Santos, C.H.S.
3
Diogenes de Souza Bido Bido, D.S.
3
Edgard Monforte Merlo Merlo, E.M.
3
Edi Madalena Frascasso Frascasso, E.M.
3
Edileusa Godoi de Sousa Sousa, E.G.
3
Edimara Mezzomo Luciano Luciano, E.M.
3
Edmundo Escrivao-Filho Escrivao-Filho, E.
3
Edson Walmir Cazarini Cazarini, E.W.
3
Edvalda Araujo Leal Leal, E.A.
3
Elaine Ferreira Ferreira, E.
3
Elias Frederico Frederico, E.
3
Erica Piros Kovacs Kovacs, E.P.
3
Eva Stal Stal, E.
3
Evelize Welzel Welzel, E.
3
Felipe Araujo Calarge Calarge, F.A.
3
Fernando Luiz Emerenciano Viana Viana, F.L.E.
3
Fernando Mindlin Serson Serson, F.M.
3
Feruccio Bilich Bilich, F.
3
Francisco Gaudencio Mendonca Freires Freires, F.G.M.
3
Giovani Manso Avila Avila, G.M.
3
Gisele de Lorena Diniz Chaves Chaves, G.L.D.
3
Heitor Takashi Kato Kato, H.T.
3
Isak Kruglianskas Kruglianskas, I.
3
Jaci Correa Leite Leite, J.C.
3
Joao Vitor Moccellin Moccellin, J.V.
3
Jose Eugenio Leal Leal, J.E.
3
Jose Vitor Bomtempo Bomtempo, J.V.
3
Juracy Gomes Parente Parente, J.G.
3
167
Transientes
Karem Cristina de Sousa Ribeiro Ribeiro, K.C.S.
3
Leandro dos Santos Coelho Coelho, L.S.
3
Leao Roberto Machado de Carvalho Carvalho, L.R.M.
3
Leonardo Ensslin Ensslin, L.
3
Ligia Maria Soto Urbina Urbina, L.M.S.
3
Linda Lee Ho Ho, L.L.
3
Luciano Augusto Toledo Toledo, L.A.
3
Luis Henrique Pereira Pereira, L.H.
3
Luiz Carlos Brasil de Brito Mello Mello, L.C.B.B.
3
Luiz Paulo Lopes Favero Favero, L.P.L.
3
Luiza Maria Bessa Rebelo Rebelo, L.M.B.
3
Marcelo Seido Nagano Nagano, M.S.
3
Marcelo Simao Lima Lima, M.S.
3
Marcio Cardoso Machado Machado, M.C.
3
Maria Albertina Schmitz Bonin Bonin, M.A.S.
3
Maria Augusta Soares Machado Machado, M.A.S.
3
Maria Tereza Leme Fleury Fleury, M.T.L.
3
Mariluce Paes de Souza Souza, M.P.
3
Mario Cesar Barreto Moraes Moraes, M.C.B.
3
Mauro Santo Bernardo Bernardo, M.S.
3
Moises Ari Zilber Zilber, M.A.
3
Monica Peruchi Peruchi, M.
3
Oscar Salviano Silva-Filho Silva-Filho, O.S.
3
Patricia Prado Belfiore Belfiore, P.P.
3
Ralph Santos da Silva Silva, R.S.
3
Ricardo Dasilva Dasilva, R.
3
Ricardo Ratner Rochman Rochman, R.R.
3
Roberto Gardesani Gardesani, R.
3
Rodolfo Araujo de Moraes-Filho Moraes-Filho, R.A.
3
Rogerio Valle Valle, R.
3
Rosangela Maria Vanalle Vanalle, R.M.
3
Sergio Evangelista Silva Silva, S.E.
3
Sergio Gozzi Gozzi, S.
3
Sergio Luiz Lepsch Lepsch, S.L.
3
Sergio Luiz Lessa de Gusmao Gusmao, S.L.L.
3
Sergio Ricardo de Souza Souza, S.R.
3
Silvio Carvalho-Neto Carvalho-Neto, S.
3
Tatiane Fernandes Zambrano Zambrano, T.F.
3
Teresa Cristina Janes Carneiro Carneiro, T.C.J.
3
Theophilo Alves de Souza-Filho Souza-Filho, T.A.
3
Vivian Iara Strehlau Strehlau, V.I.
3
Wilson Nobre Nobre, W.
3
Alvaro Jose Abackerli Abackerli, A.J.
2
Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani Lourenzani, A.E.B.S.
2
Ana Lucia Miranda Lopes Lopes, A.L.M.
2
Ana Maria Roux Cesar Cesar, A.M.R.
2
168
Transientes
Ana Paula Mussi Szabo Cherobim Cherobim, A.P.M.S.
2
Ana Valeria Carneiro Dias Dias, A.V.C.
2
Andre Pedral Sampaio de Sena Sena, A.P.S.
2
Andre Tosi Furtado Furtado, A.T.
2
Andrew Fearne Fearne, A.
2
Anete Alberton Alberton, A.
2
Antonio Artur de Souza Souza, A.A.
2
Antonio Marcos dos Santos Santos, A.M.
2
Augusto Hauber Gameiro Gameiro, A.H.
2
Aurelia Adriana de Melo Melo, A.A.
2
Carlos Leonardo Ramos Povoa Povoa, C.L.R.
2
Cecilia Maria Villas Boas de Almeida Almeida, C.M.V.B.
2
Celio Mauro Placer Rodrigues de Almeida Almeida, C.M.P.R.
2
Claudia Rosa Acevedo Acevedo, C.R.
2
Claudio de Souza Miranda Miranda, C.S.
2
Claudio Walter Walter, C.
2
Danilo Rolim Dias de Aguiar Aguiar, D.R.D.
2
Davi Noboru Nakano Nakano, D.N.
2
Edson Luiz Franca Senne Senne, E.L.F.
2
Esmeraldo Macedo dos Santos Santos, E.M.
2
Fabio Alves Barbosa Barbosa, F.A.
2
Felipe Botta Tarallo Tarallo, F.B.
2
Felipe Reis Graeml Graeml, F.R.
2
Francisco Jose de Castro Moura Duarte Duarte, F.J.C.M.
2
Fulvia Nassif Jorge Jorge, F.N.
2
Gabriel Sperandio Milan Milan, G.S.
2
George Paulus Pereira Dias Dias, G.P.P.
2
Geraldo Galdino de Paula-Junior Paula-Junior, G.G.
2
Giancarlo Medeiros Pereira Pereira, G.M.
2
Gilson Brito Alves Lima Lima, G.B.A.
2
Helenita Rodrigues da Silva Tamashiro Tamashiro, H.R.S.
2
Helio Flavio Vieira Vieira, H.F.
2
Henrique Martins Rocha Rocha, H.M.
2
Henrique Rozenfeld Rozenfeld, H.
2
Homero Fernandes de Oliveira Oliveira, H.F.
2
Iana Araujo Rodrigues Rodrigues, I.A.
2
Italo Fernando Minello Minello, I.F.
2
Ivan Antonio Pinheiro Pinheiro, I.A.
2
Ivandir Costa Costa, I.
2
Jacques Demajorovic Demajorovic, J.
2
Joao Batista Turrioni Turrioni, J.B.
2
Jocildo Figueiredo Correia-Neto Correia-Neto, J.F.
2
Jose Antonio Carnevalli Carnevalli, J.A.
2
Jose Carlos de Souza Lima Lima, J.C.S.
2
Jose Edson Lara Lara, J.E.
2
Jose Glimovaldo Lupoli-Junior Lupoli-Junior, J.G.
2
169
Transientes
Juliana Veiga Mendes Mendes, J.V.
2
Karina Andrea Pereira Garcia Coleta Coleta, K.A.P.G.
2
Laerte Idal Sznelwar Sznelwar, L.I.
2
Leonardo de Oliveira Pontual Pontual, L.O.
2
Leonardo Leocadio Coelho de Souza Souza, L.L.C.
2
Ligia Maura Costa Costa, L.M.
2
Luciano Raizer Moura Moura, L.R.
2
Luis Fernando Pacheco Pereira Pereira, L.F.P.
2
Luiz Antonio Tozi Tozi, L.A.
2
Luiz Carlos Nunes Nunes, L.C.
2
Magda Medianeira Reginato Bassanesi Bassanesi, M.M.R.
2
Manoel da Andrade e Silva Reis Reis, M.A.S.
2
Mara Alves Soares Soares, M.A.
2
Mara Telles Salles Salles, M.T.
2
Marcelo Klippel Klippel, M.
2
Marcia Carvalho de Azevedo Azevedo, M.C.
2
Marcia Terra da Silva Silva, M.T.
2
Marcio Antonio Hirose Fedichina Fedichina, M.A.H.
2
Marco Aurelio de Mesquita Mesquita, M.A.
2
Marcus Vinicius Andrade de Lima Lima, M.V.A.
2
Maria Cristina Nogueira Gramani Gramani, M.C.N.
2
Maria Elena Leon Olave Olave, M.E.L.
2
Marina Milan Milan, M.
2
Mario Cesar Rodriguez Vidal Vidal, M.C.R.
2
Matheus Alberto Consoli Consoli, M.A.
2
Mauricio Henrique Benedetti Benedetti, M.H.
2
Moyses Alberto Simantob Simantob, M.A.
2
Nadia Kassouf Pizzinatto Pizzinatto, N.K.
2
Nelson Lerner Barth Barth, N.L.
2
Orlando Vieira de Castro-Junior Castro-Junior, O.V.
2
Raimundo Nonato Sousa Silva Silva, R.N.S.
2
Renaldo Gonzaga de Almeida-Filho Almeida-Filho, R.G.
2
Renato Luiz Sproesser Sproesser, R.L.
2
Ricardo Miranda Barcia Barcia, R.M.
2
Rodrigo Tavares Nogueira Nogueira, R.T.
2
Rolando Juan Soliz Estrada Estrada, R.J.S.
2
Rubens de Almeida Zimbres Zimbres, R.A.
2
Silvia Helena Bonilla Bonilla, S.H.
2
Suzana Hecksher Oliveira Oliveira, S.H.
2
Terezinha Lucia Detoni Detoni, T.L.
2
Thalisa Maria Jati Gilberto Gilberto, T.M.J.
2
Vicente Lentini Plantullo Plantullo, V.L.
2
One-timers
- -
1927
Fonte: resultados da pesquisa
170
APÊNDICE B - Instituições e siglas
Sigla Instituição
AAU AALBORG UNIVERSITY
AEDB ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO
AFA ACADEMIA DA FORÇA AÉREA
AGU AICHI-GAKUIN UNIVERSITY
AIEC FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE BRASÍLIA
ASC ASTILLEROS SIMA CHIMBOTE
ASSER ASSOCIAÇÃO DE ESCOLAS REUNIDAS
ASU ARIZONA STATE UNIVERSITY
AU THE AMERICAN UNIVERSITY
AUN AUBURN UNIVERSITY
Axia AXIA CONSULTING
Bath UNIVERSITY OF BATH (ING)
BHTRANS EMPRESA DE TRANSPORTES E TRÂNSITO DE BELO HORIZONTE
BSU BALL STATE UNIVERSITY
CAGECE COMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTO DO CEARÁ
CAU CARDIFF UNIVERSITY
CBS COPENHAGEN BUSINESS SCHOOL
CCRAS COMPUTING CENTER RUSSIAN ACADEMY OF SCIENCES
CEF CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
CEFET CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
CEMIG COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS
CENACE LA CORPORACIÓN CENTRO NACIONAL DE CONTROL DE ENERGÍA (CENACE)
CESUPA CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ
CEUNSP FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS
CGEE CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS
CHUT CHEMNITZ UNIVERSITY OF TECHNOLOGY
CIESA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAZONAS (CIESA)
CNEN COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR
CNPq CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLOGICO
CORREIOS EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS
CREARE CREARE CONSULTORIA
CSN COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL
CST COMPANHIA SIDERÚRGICA DE TUBARÃO
CTI CENTRO DE PESQUISAS RENATO ARCHER
CUDS CENTRO UNIVERSITARIO DEL SUR
CUF CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FRANCA
CWRU CASE WESTERN RESERVE UNIVERSITY
DATAPREV EMPRESA DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
DFREIRE DFREIRE PLANEJAMENTO E CONSULTORIA LTDA
DUK DANUBE UNIVERSITY KREMS
DUT DELFT UNIVERSITY OF TECHNOLOGY
EB EXERCITO BRASILEIRO
171
EBSA EQUIPAMENTOS DO BRASIL S.A
ECS ESCOLA CASTELO DO SABER
EEL ELEB-EMBRAER LIEBHERR
Egreja EGREJA INFORMÁTICA E AUTOMAÇÃO LTDA.
EMBRAER EMPRESA BRASILEIRA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL
EMBRAPA EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
ENPECEL ENPECEL ENGENHARIA DE PROJETOS E CONSTRUÇÕES
EOIM ESCUELA DE ORGANIZACION INDUSTRIAL, MADRID
ESALQ/USP ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"
ESAMC ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO, MARKETING E COMUNICAÇÃO
ESEC ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA
ESPM ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING (ESPM)
EUT EINDHOVEN UNIVERSITY OF TECHNOLOGY
FAAP FUNDAÇÃO ARMANDO ÁLVARES PENTEADO
FABAN FACULDADES BANDEIRANTES
FACCAMP FACULDADE CAMPO LIMPO PAULISTA
FACCAT FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DE TAQUARA
FACE FACULDADE EVOLUTIVO
FACECA INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR CENECISTA
FACEF FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS,ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS DE FRANCA
FACENP FACULDADE CENECISTA DE NOVA PETRÓPOLIS
FACES FACULDADE DO ESPÍRITO SANTO
FACESM FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DO SUL DE MINAS
FACEX FACULDADE DE CIÊNCIAS, CULTURA E EXTENSÃO DO RN
FACINOR FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ
FAE FAE CENTRO UNIVERSITÁRIO
FAESA FACULDADES ASSOCIADAS ESPÍRITO SANTENSES
FAFIBE FACULDADES INTEGRADAS DE BEBEDOURO
FAFICP UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANA - CAMPUS DE CORNELIO PROCOPIO
FAFIMAN FUNDAÇÃO FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE MANDAGUARI
FAI FACULDADES DE ITAPIRANGA
FAIP FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
FAN FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE MONTE ALTO
FAO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE ORLÂNDIA
FAPA FACULDADE PARAENSE
FAPE FACULDADE PERNAMBUCANA
FAQ FACULDADE XV DE AGOSTO
FARGS FACULDADES RIOGRANDENSES
FARN FACULDADE NATALENSE PARA O DESENVOLVIMENTO DO RN
FASATC FACULDADE SATC
FATECSP FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
FATO FACULDADES MONTEIRO LOBATO
FAVI FACULDADE DE VINHEDO
FBB FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL
FBV FACULDADE BOA VIAGEM
172
FCG FACULDADE DE CAMPO GRANDE
FDC FUNDAÇÃO DOM CABRAL
FEA/USP FACULDADE DE ECONOMIA, CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DA USP CAPITAL
FEA/USP-RP FACULDADE DE ECONOMIA, CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DA USP DE RIBEIRÃO PRETO
FEAD CENTRO DE GESTÃO EMPREENDEDORA
FEI FACULDADE DE ENGENHARIA INDUSTRIAL
FESF FEDERAL EMPLOYEES SCHOLARSHIP FOUNDATION
FESO FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS
FEUDUC FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE DUQUE DE CAXIAS
FFEM FACULDADES DA FUNDAÇÃO DE ENSINO DE MOCOCA
FGV FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
FH FACULDADES HOYLER
FIAP FACULDADE DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO
FIB FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU
FIC FACULDADES INTEGRADAS DE CURITIBA
FIOCRUZ FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
FIPA FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO
FIRJAN FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FISMA FACULDADES INTEGRADAS STELLA MARIS ANDRADINA
FISP FACILDADES INTEGRADAS DE SÃO PAULO
FJP FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO
FKB FACULDADE INTEGRADAS DE ITAPETININGA
FM FANNIE MAE
FMP FACULDADE MÓDULO PAULISTA
FPJ FACULDADE POLITÉCNICA DE JUNDIAÍ
FPL FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO
FPU FACULDADE POLITÉCNICA DE UBERLÂNDIA
FSA FUNDAÇÃO SANTO AND
FSG FACULDADE DA SERRA GAÚCHA
FSUJ FRIEDRICH-SCHILLER UNIVERSITÄT JENA
FTM FACULDADE TRIÂNGULO MINEIRO
FUCAMP FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO
FUCAPE FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA E FINANÇAS
FUCAPI FACULDADE CAPIVARI
FUMEC UNIVERSIDADE FUNDAÇÃO MINEIRA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
FUNDACE
FUNDAÇÃO PARA PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO CONTABILIDADE E
ECONOMIA
FUNDAP FUNDAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO
FURB FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
FURG FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
FVC FUNDAÇÃO VISCONDE DE CAIRU
GAZETA GAZETA MERCANTIL S/A
GM GENERAL MOTORS DO BRASIL
GOLDER GOLDER ASSOCIATES
GTT GESELLSCHAFT FÜR TECHNOLOGIE TRANSFER MBH
173
HBS HARVARD BUSINESS SCHOOL
HCORRN HOSPITAL DO CORAÇÃO DE NATAL
HEC HEC MONTREAL
HECL HUGHES ESCORTS COMMUNICATIONS LIMITED
HSE HELSINKI SCHOOL OF ECONOMICS
IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
IBICT INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
IBMEC INSTITUTO BRASILEIRO DE MERCADOS E CAPITAIS
IBMODA INSTITUTO BRASILEIRO DE MODA
IE INSTITUO DE EMPRESA (ESP)
IEA INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA
IEL-BA INSTITUTO EUVALDO LODI
IEN INSTITUTO DE ENGENHARIA NUCLEAR
IEPAGRO INSTITUTO DE ESTUDO E PESQUISA DO AGRONEGÓCIO RONDONIENSE
IESP INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DA PARAÍBA
IGEA INSTITUTO GAÚCHO DE ESTUDOS AUTOMOTIVOS
IIM INDIAN INSTITUTE OF MANAGEMENT
IITD INDIAN INSTITUTE OF TECHNOLOGY DELHI
IJURIS INSTITUTO DE GOVERNO ELETRÔNICO, INTELIGÊNCIA JURÍDICA E SISTEMAS
IMAPES INSTITUTO MANCHESTER PAULISTA DE ENSINO SUPERIOR
IME INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
INBM INTERNATIONAL BUSINESS MACHINES CORPORATION
INCA INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER
INESC INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR CENECISTA
UNIFESP UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
INPE INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS
INRETS INSTITUTO FRANCÊS DE PESQUISA SOBRE TRANSPORTES E SUA SEGURANÇA
INT INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA
Intel INTEL CORPORATION, CHANDLER, ARIZONA.
IPEN INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES
IPT INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS
ISES INSTITUTO SUMARÉ DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
IST INSTITUTO SUPERIOR TUPY
ITA INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA
ITC INSTITUTO TECNOLÓGICO DE CHETUMAL (MEX)
ITE INSTITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO DE BAURU
KACS&T KING ABDULAZIZ CITY FOR SCIENCE & TECHNOLOGY
KBS KENT BUSINESS SCHOOL
KFUG KARL-FRANZENS-UNIVERSITY GRAZ
KOU KOGAKUIN UNIVERSITY
KU KOREA UNIVERSITY
LAAS LABORATOIRE DARCHITECTURE ET DANALYSE DES SYSTÈMES
LIUPPA LABORATOIRE D'INFORMATIQUE DE L'UNIVERSITÉ DE PAU ET DES PAYS DE L'ADOUR
Logtrac LOGTRAC CONSULTORES ASSOCIADOS S/C
LON UNIVERSITY OF LONDON
174
LU LANCASTER UNIVERSITY
LUBS LEEDS UNIVERSITY BUSINESS SCHOOL
LVS LVS WHEELS DIVISION
MACKENZIE UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
MAUA ESCOLA DE ENGENHARIA MAUÁ
MCT MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
MDI MANAGEMENT DEVELOPMENT INSTITUTE
METRO CIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO (METRÔ)
METROCAMP FACULDADES INTEGRADAS METROPOLITANAS DE CAMPINAS
MICU MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DO URUGUAI
MIT MASSACHUSETTS INSTITUTE OF TECHNOLOGY
MOU MONASH UNIVERSITY
MRN MINERAÇÃO RIO DO NORTE
MSU MICHIGAN STATE UNIVERSITY
MU MACQUARIE UNIVERSITY
MUET MEHRAN UNIVERSITY OF ENGINEERING AND TECHNOLOGY
Muri MURI LINHAS DE MONTAGEM
NPS NAVAL POSTGRADUATE SCHOOL
NU NORTHEASTERN UNIVERSITY
NUTEC FUNDAÇÃO NÚCLEO DE TECNOLOGIA INDUSTRIAL DO CEARÁ
PAMA-SP PARQUE DE MATERIAL AERONÁUTICO DE SÃO PAULO
PITAGORAS FACULDADE PITÁGORAS BELO HORIZONTE
PMI POLITECNICO DI MILANO, ITALY
PMJF PREFEITURA MUNICIPAL DE JUIZ DE FOR A
POLI/USP ESCOLA POLITÉCNICA DA USP
PROBATUS PROBATUS CONSULTORIA LTDA
Produttare PRODUTTARE CONSULTORES ASSOCIADOS
Promove FACULDADE PROMOVE
PROSISTEMA PROSISTEMA ASSESSORIA E GESTAO EMPRESARIAL
PU PAMUKKALE UNIVERSITY
PUC-CAMP PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
PUC-MG PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
PUC-PR PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
PUC-RJ PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
PUC-RS PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
PUC-SP PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUJ PONTIFÍCIA UNIVERSIDAD JAVERIANA
RC ROLLINS COLLEGE
RGSB ROLLINS GRADUATE SCHOOL OF BUSINESS
RMIT RMIT UNIVERSITY (AUSTRALIA)
RMITU ROYAL MELBOURNE INSTITUTE OF TECHNOLOGY UNIVERSITY
RSMEU RSM ERASMUS UNIVERSITY
RSSB ROBERT H. SMITH SCHOOL OF BUSINESS
RUT RUTGERS UNIVERSITY
SASP SECRETARIA DA AGRICULTURA DE SP
175
SEBRAE SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
SEFAZSP SECRETARIA DA FAZENDA DE SÃO PAULO
SENAC SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL
SENAI SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
SENAT-SP SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE
SETREM SOCIEDADE EDUCACIONAL TRÊS DE MAIO
SHU SHEFFIELD HALLAM UNIVERSITY
SIMA SIMA CONSULTORIA EMPRESARIAL
SJU SAINT JOSEPH'S UNIVERSITY
SOCIESC SOCIEDADE EDUCACIONAL SANTA CATARINA
STOP SECRETARIA DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SU SOGANG UNIVERSITY
SUPREMA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE DE JUIZ DE FORA
TA&M TEXAS A&M UNIVERSITY
TCA TECNOLOGIA DE COMPONENTES AUTOMOTIVOS
TEN TREVISAN ESCOLA DE NEGÓCIOS
TRC TRINITY COLLEGE
TTU TENNESSEE TECHNOLOGICAL UNIVERSITY
TUPY TUPY FUNDIÇÕES LTDA
UAB UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DE BARCELONA
UAI UNIVERSIDAD ADOLFO IBANEZ (CHI)
UAM UNIVERSIDAD AUTÓNOMA METROPOLITANA
UAR UNIVERSITY OF ARIZONA
UAY UNIVERSIDAD AUTONOMA DE YUCATAN
UBA UNIVERSIDAD DE BUENOS AIRES
UBC UNIVERSITY OF BRITISH COLUMBIA
UBE UNIVERSITY BERLIN
UBF UNIVERSITY AT BUFFALO
UBU UNIVERSIDAD DE BURGOS
UC UNIVERSITY OF COLORADO
UCAM UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
UCB UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASILIA
UCG UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
UCPT UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA
UCS UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
UCY UNIVERSITY OF CALGARY
UD UNIVERSITY OF DENVER
UDE UNIVERSITY OF DUISBURG–ESSEN
UDESC UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
UEAFIT UNIVERSIDAD EAFIT
UECE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
UEFS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
UEM UNIVERSIADE ESTADUAL DE MARINGÁ
UEMA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
UEMD UNIVERSIDADE EUROPEA DE MADRID
176
UEMS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MATO GROSSO DO SUL
UENF UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE
UEP UNIVERSITY OF ECONOMICS PRAGUE
UERJ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
UESB UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
UFAM UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
UFBA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
UFCE UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
UFCG UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
UFES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
UFGD UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
UFJF UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
UFLA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
UFMG UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
UFMS UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
UFOP UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
UFPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
UFPB UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
UFPE UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
UFPR UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
UFRGS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
UFRJ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
UFRN UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
UFRPE UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
UFRRJ UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
UFSC UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
UFSCar UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
UFSE UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
UFSM UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
UFU UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
UFV UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
UG UNIVERSITY OF GEORGIA
UGTT UNIVERSITÄT GÖTTINGEN
UH UNIVERSITY OF HERTFORDSHIRE
UIUC UNIVERSITY OF ILLINOIS AT URBANA-CHAMPAIGN
UIW UNIVERSITY OF IOWA
UKS UNIVERSITY OF KANSAS
ULBRA UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
ULL UNIVERSIDAD DE LA LAGUNA
UMA UNIVERSITY OF MIAMI
UMAC UNIVERSITY OF MASSACHUSETTS
UMAN UNIVERSITY OF MANCHESTER
UMC UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
UMCO UNIVERSITY OF MISSOURI-COLUMBIA
177
UMF UNIVERSIDADE DE MARSEILLE (FRANÇA)
UMH MIGUEL HERNÁNDEZ UNIVERSITY
UMI UNIVERSITY OF MINNESOTA
UMV UNIVERSITÉ DE MARNE LA VALLÉE
UMY UNIVERSIDAD DE MONTERREY
UNAERP UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
UNAMA UNIVERSIDADE DA AMAZONIA
UNAV UNIVERSIDADE DE AVEIRO
UNB UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
UNC THE UNIVERSITY OF NORTH CAROLINA AT CHAPEL HILL
UNEB UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
UNED ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE CAMPOS – UNED
UNERJ CENTRO UNIVERSITÁRIO JARAGUÁ DO SUL
UNESA UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE
UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO
UNESPAR UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ
UNGR UNIVERSITY OF GRANADA
UNI-A INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR SENADOR FLÁQUER
UNIABEU ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO UNIVERSITÁRIO
UNIARA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA – UNIARA
UNIB UNIVERSIDADE IBIRAPUERA
UNIBH CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE
UNIBRASIL FACULDADES INTEGRADAS DO BRASIL
UNICAMP UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
UNICAP UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
UNICENTRO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
UNICID UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
UNICRUZ UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA
UNICSUL UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
UNIFACS UNIVERSIDADE SALVADOR
UNIFAE CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO
UNIFEBE UNIVERSIDADE DE BRUSQUE
UNIFECAP FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO
UNIFEI UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
UNIFIG CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE SÃO PAULO
UNIFOR UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
UNIHORIZONTES FACULDADE NOVOS HORIZONTES
UNIMEP UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
UNIMES UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
UNIMESP UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
UNIMINAS UNIÃO EDUCACIONAL MINAS GERAIS
UNIMONTE CENTRO UNIVERSITÁRIO MONT SERRAT
UNIMONTES UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
UNINORTE CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
UNINOVE CENTRO UNIVERSITÁRIO NOVE DE JULHO / UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
178
UNIOESTE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
UNIPE CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
UNIPLAC UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE
UNIR UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
UNISA UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO
UNISAL CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO
UNISANTA UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA
UniSant'Anna CENTRO UNIVERSITARIO DE SANTANNA
UNISANTOS UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS
UNISC UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
UNISINOS UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
UNISO UNIVERSIDADE DE SOROCABA
UNISUAM CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
UNISUL UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
UNIT UNIVERSIDADE TIRADENTES
UNITOLEDO CENTRO UNIVERSITÁRIO TOLEDO DE ARAÇATUBA
UNIVALI UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
UNIVAP UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
UNIVASF UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
UNIVEL FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DE CASCAVEL
UNIVEM FUNDAÇÃO DE ENSINO EURIPIDES SOARES DA ROCHA
UNIVERSO UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
UNIVILA UNIVERSIDADE METODISTA DO ESPÍRITO SANTO
Univille UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE
UNIVIX FACULDADE BRASILEIRA (UNIVIX)
UNL UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
UNM UNIVERSITY OF MISSISSIPPI
UNMARYLAND UNIVERSITY OF MARYLAND
UNOPEC UNIÃO DAS FACULDADES DA ORGANIZAÇÃO PAULISTANA EDUCACIONAL E CULTURAL
UNOTT UNIVERSITY OF NOTTINGHAM
UNP UNIVERSITY OF POTSDAM
UNS UNIVERSIDAD NACIONAL DEL SUR
UNT THE UNIVERSITY OF TOKYO
UNTA UNIVERSIDADE DE TAUBATE
UNTech UNIVERSITY OF TECHNOLOGY (ALE)
UO UNIVERSID DE ORIENTE
UOX UNIVERSITY OF OXFORD
UP UNIVERSIDADE POSITIVO / UNICENP
UPC UNIVERSIDAD POLITÉCNICA DE CARTAGENA
UPE UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
UPF UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
UPIS FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL
UPMA UNIVERSIDAD POLITÉCNICA DE MADRID
UPO UNIVERSIDADE POTIGUAR
179
UPOC UNIVERSITAT POLITÈCNICA DE CATALUNYA
UPPT UNIVERSIDADE DO PORTO (PORTUGAL)
UPV UNIVERSIDAD POLITÉCNICA DE VALENCIA
UQAM UNIVERSITÉ DU QUÉBEC À MONTRÉAL
USC USINA SANTA CLOTILDE S/A
USCS
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL / UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE
SÃO CAETANO DO SUL
USJT UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
USM UNIVERSIDADE SÃO MARCOS
USP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
USP/SCarlos USP SÃO CARLOS
UT UNIVERSITY OF TOLEDO, TOLEDO, OH., USA
UTA UNIVERSITY OF TEXAS AT ARLINGTON
UTFPR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ / CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA DO PARANÁ (CEFET-PR)
UTG UNIVERSITY OF OTAGO
UTL UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA
UTP UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
UTT UNIVERSITÉ DE TECHNOLOGIE DE TROYES
UTW UNIVERSIDADE DE TWENTE
UV UNIVERSIDAD DE VALENCIA (ESP)
UVA UNIVERSITY OF VIRGINIA
UVJ UNIVERSID DE VALLADOLID JAIME (ESP)
UVV CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA
UWEB UNIVERSITY OF THE WEST OF ENGLAND, BRISTOL
UWI UNIVERSITY OF THE WEST INDIES
UWK UNIVERSITY OF WARWICK
UWLC UNIVERSITY OF WISCONSIN-LA CROSSE
VAA VALVER ASSESSORIA AGRONÔMICA
VANZOLINI FUNDAÇÃO VANZOLINI
VCU VIRGINIA COMMONWEALTH UNIVERSITY
VIAS INSTITUTO VIRTUAL DE ESTUDOS AVANÇADOS
VW VOLKSWAGEN DO BRASIL
Wageningen UNIVERSIDADE DE WAGENINGEN (HOL)
WU WASHINGTON UNIVERSITY
ZSSU ZHONGSHAN (SUNYAT-SEN) UNIVERSITY
Fonte: elaborado pelo autor
180
APÊNDICE C - Grupos formados a partir da medida N-Clan
Período 2 (2001-2004)
50 2-clans encontrados:
1: Furtado, M. Keppke, H.W. Laban-Neto, S.A. Maia, M.C. Marques, E.V. Pereira, S.C.F. Sakuramoto, C.Y. Sampaio, M.
Sanchez, A.C. Schreiner, E. Serio, L.C.D. Souza, R.F. Vasconcellos, L.H.R.
2: Csillag, J.M. Furtado, M. Keppke, H.W. Laban-Neto, S.A. Maia, M.C. Marques, E.V. Pereira, S.C.F. Sampaio, M. Serio,
L.C.D.
3: Albertin, A.L. Albertin, R.M.M. Csillag, J.M. Diniz, E.H. Furtado, M. Joao, B.N. Laban-Neto, S.A. Marques, E.V. Serio, L.C.D.
4: Csillag, J.M. Duarte, A. Keppke, H.W. Maia, M.C. Marques, E.V. Pereira, S.C.F. Sampaio, M. Serio, L.C.D.
5: Carona, N.F.M. Csillag, J.M. Duarte, A. Ferreira, F.C.M. Graeml, A.R. Keppke, H.W. Marques, E.V. Moreira, P.F.P. Pereira,
S.C.F. Sampaio, M.
6: Abal, M. Barker, T. Lilley, M. Maia, M.C. Meirelles, F.S. Pereira, S.C.F. Serio, L.C.D.
7: Acosta, J. Albertin, M. Fensterseifer, J.E. Paiva, E.L. Revilla, E. Roth, A. Sanchez-Alarcos, J.
8: Agostinho, O.L. Carpinetti, L.C.R. Junqueira, G. Medalha, G.C. Melo, A. M. Rentes, A.F. Souza, F.B.
9: Aguilar, R.L.B. Antunes, L.A. Aymard, P. Brito, E.P.Z. Brito, L.A.L. Conceicao, J.G. Leite, P.R. Moori, R.G. Peris, R.L.F.
Yamashiro, L.S.
10: Aiken, M. Booker, Q.E. Cegielski, C. Gupta, J.N.D. Johnson, J.D. Kitchens, F. Rebman-Junior, C.M.
11: Albertin, M. Bernardes, E.S. Carvalho-Junior, J.M. Fensterseifer, J.E. Ferrer, G. Gavronski, I. Paiva, E.L. Revilla, E. Roth, A.
Silveira, T.
12: Albertin, M. Barros-Neto, J.P. Bernardes, E.S. Carvalho-Junior, J.M. Fensterseifer, J.E. Formoso, C.T. Paiva, E.L. Revilla,
E. Roth, A.
13: Alcantara, R.L.C. Bonfim, R.M. Gerald, J.G. Ghisi, F.A. Lourenzani, A.E.B.S. Silva, A.L. Souza-Filho, H.M.
14: Almeida, C.M.V.B. Aneas, F.C.F. Barrella, W.D. Bimbatti, M. Bonilla, S.H. Fragoso, C.A. Giannetti, B.F. Mollo-Neto, M.
Nogueira-Neto, M.S. Vendrametto, O.
15: Alves, F.S. Bonin, M.A.S. Cardoso, J.G. Carvalho, R.C. Cosentino, A. Erdmann, R.H. Graeml, F.R. Klement, C.F.F.
Lehmkuhl, G.T. Menezes, R.A. Philippi, D.A. Queiroz, A.D. Rebelo, L.M.B. Sanchez, K.R. Stadnick, K.T.
16: Alves-Filho, A.G. Bento, P.E.G. Bonadio, P.V.G. Cerra, A.L. Donadone, J.C. Iglecias, L.A.M. Maia, J.L. Martins, M.F.
Nogueira, E. Rachid, A. Rieg, D.L. Sacomano-Neto, M. Torkomian, A.L.V. Truzzi, O.M.S. Vanalle, R.M.
17: Alves-Filho, A.G. Bento, P.E.G. Bernasconi, G.C.R. Donadone, J.C. Ferrari, F.M. Lima, S.A. Martins, M.F. Martins, R.A.
Rachid, A. Toledo, J.C. Truzzi, O.M.S. Vanalle, R.M. Zambrano, T.F.
18: Alves-Filho, A.G. Bento, P.E.G. Bresciani-Filho, E. Donadone, J.C. Gitahy, L. Martins, M.F. Rachid, A. Truzzi, O.M.S.
Vanalle, R.M.
19: Alves-Filho, A.G. Bento, P.E.G. Brito, A.J.D Donadone, J.C. Martins, M.F. Rachid, A. Truzzi, O.M.S. Vanalle, R.M.
20: Alves-Filho, A.G. Bonadio, P.V.G. Cerra, A.L. Maia, J.L. Sacomano, J.B. Sacomano-Neto, M. Truzzi, O.M.S.
21: Aragao, A.B. Azevedo, R.C. Bremer, C.F. Eulalia, L.A. Hamacher, S. Nasciutti, A.C. Parra, P.H. Pires, S.R.I. Scavarda,
L.F.R. Toloni, A.L.A.
22: Araujo, C.A.S. Escobar, D. Figueiredo, K.F. Paixao, R. Pinto-Junior, C.P. Silva, A.M. Suarez, M.
23: Arese, M. Campagnac, L.A.P. Castro, R.M. Farias-Filho, J.R. Koolman, M. Santos, V.S. Simionato, D.Q. Zotes, L.P.
24: Arese, M. Campagnac, L.A.P. Castro, R.M. Farias-Filho, J.R. Koolman, M. Mello, L.C.B.B. Santos, V.S.
25: Armbruster, D. Arnold, C. Babu, P. Callarman, T. Chidambaram, R. Duarte, B. Ellram, L. Fowler, J. Godding, G. Katzorke, I.
Kempf, K. Knutson, K. Liu, B.
26: Azevedo, R.C. Bremer, C.F. Eulalia, L.A. Nasciutti, A.C. Pires, S.R.I. Rebelatto, D.A.N. Tarallo, F.B. Toloni, A.L.A.
27: Barbosa, F.A. Fusco, J.P.A. Hermosilla, J.L.G. Melo, J.G. Pecanha, D.L. Sacomano, J.B. Sacomano-Neto, M.
28: Barboza, A.O. Carnieri, C. Costa, D.M.B. Silva, A.C.L. Siqueira, P.H. Steiner, M.T.A. Zamboni, L.V.S.
29: Barros-Neto, J.P. Fensterseifer, J.E. Formoso, C.T. Francelino, T.R. Sales, A.L.F. Santos, A.P.S. Silveira, L.A.
30: Basso, L.F.C. Kayo, E.K. Kimura, H. Krauter, E. Mandaji, A.P. Martin, D.M.L. Nakamura, W.T. Pace, E.S.U. Silva, R.
Teixeira, E.G.
31: Basso, L.F.C. Corredato, S. Falgetano, T.P. Kayo, E.K. Krauter, E. Pace, E.S.U. Silva, R.
181
32: Basso, L.F.C. Kimura, H. Krauter, E. Martin, D.M.L. Nakamura, W.T. Perera, L.C.J. Vasconcelos, I.F.G.
33: Basso, L.F.C. Kayo, E.K. Kimura, H. Mandaji, A.P. Martin, D.M.L. Mineta, R.K.N. Nakamura, W.T. Teixeira, E.G.
34: Batocchio, A. Carvalho, A.C.B.D. Inamasu, R.Y. Padua, S.I.D. Porto, A.J.V. Ravelli, C.A. Silva, A.R.Y. Souza, M.C.F.
35: Bernasconi, G.C.R. Borras, M.A.A. Ferrari, F. Ferrari, F.M. Lima, L.S. Martins, M.F. Martins, R.A. Scalco, A.R. Toledo, J.C.
36: Bernasconi, G.C.R. Ferrari, F.M. Ferraz, C.A. Martins, M.F. Martins, R.A. Menezes, M.T. Toledo, J.C.
37: Biondi, L.N. Chiganer, L. Fukuda, F. Fukuda, F.H. Nedjah, N. Oliveira, F. Roberto, V. Saldanha, O.F. Veiga, A.
38: Bond, E. Branicio, S.A.R. Carpinetti, L.C.R. Esposto, K.F. Galdamez, E.V.C. Gerolamo, M.C. Junqueira, G. Medalha, G.C.
Melo, A. M. Nagai, W.A. Oliveira, R.B.T. Peixoto, M.O.C. Rezende, S.O. Souza, F.B.
39: Bouer, R. Carvalho, M.M. Laurindo, F.J.B. Pessoa, M.S.P. Rabechini-Junior, R. Shimizu, T. Talamo, J.R.
40: Brito, E.P.Z. Conceicao, J.G. Domenek, A.C. Leite, P.R. Marcondes, R.C. Moori, R.G. Ng, A. Perera, L.C.J. Popadiuk, S.
Silva, R.V. Souza, M.F.S.
41: Brito, G.T. Feix, R. Ferreira, G.C. Freitas, H. Goldoni, J. Luciano, E.M. Oliveira, M. Perottoni, R.
42: Brito, L.A.L. Caldas, M.P. Mascarenhas, A.O. Moreira, D.A. Queiroz, A.C.S. Vasconcelos, F.C. Vasconcelos, I.F.G. Wood-
Junior, T.
43: Callado, A.A.C. Callado, A.L.C. Holanda, F.M.A. Leitao, C.R.S. Lima, R.A. Miranda, L.C. Silva, J.D.G.
44: Carvalho, M.M. Laurindo, F.J.B. Mattos, C.A. Moraes, R.O. Morita, H. Pessoa, M.S.P. Rabechini-Junior, R. Shimizu, T.
Tavares, E.S.
45: Carvalho-Neto, S. Kimura, H. Lepsch, S.L. Moori, R.G. Perera, L.C.J. Tamashiro, H.R.S. Vasconcelos, I.F.G.
46: Franklin, M.A. Gardesani, R. Marcondes, R.C. Miyabara, W. Moori, R.G. Pereira, L.F.P. Popadiuk, S.
47: Fusco, J.P.A. Lima, F.U. Rodrigues, A.M. Rodrigues, I.C. Sacomano, J.B. Siqueira, M.C.M. Souza, J.C.V.
48: Gerber, C.C. Lacerda, J.S. Marodin, G. Melo, A.A. Pasqualini, F. Silveira, R.C. Zawislak, P.A.
49: Csillag, J.M. Duarte, A. Maia, M.C. Mendes, K. Pereira, L.H. Pereira, S.C.F. Queiroz, A.A.F.S.L. Sampaio, M. Serio, L.C.D.
50: Csillag, J.M. Duarte, A. Pereira, S.C.F. Pinto, A.M.G. Righetti, C.C. Sampaio, M. Serio, L.C.D.
Período 3 (2005-2008)
85 2-clans encontrados:
1: Biselli, A.M.F. Brito, L.A.L. Castanheira, F. Csillag, J.M. Duarte, A. Guedes, L.F.A. Martins, G.S. Martins, M.E. Monteiro,
P.A.R. Moura, G.L. Oliveira, L.H. Pereira, S.C.F. Rebelo, R.M.L. Sampaio, M. Santos, C.A. Serio, L.C.D. Serson, F.M. Tomaselli,
F.C.
2: Brito, L.A.L. Csillag, J.M. Duarte, A. Faco, J.F.B. Guedes, L.F.A. Martins, G.S. Pereira, S.C.F. Serio, L.C.D.
3: Brito, A.J. Brito, L.A.L. Carona, N.F.M. Csillag, J.M. Duarte, A. Faco, J.F.B. Ferreira, F.C.M. Goldszmidt, R.G.B. Graeml, A.R.
Graeml, K.S. Martins, G.S. Pereira, S.C.F. Pignanelli, A. Pinochet, L.H.C. Rabechini-Junior, R. Rodrigues, I. Serio, L.C.D.
4: Brito, L.A.L. Carona, N.F.M. Csillag, J.M. Duarte, A. Martins, G.S. Pereira, S.C.F. Sampaio, M. Serio, L.C.D.
5: Carona, N.F.M. Cobra, M.H.N. Costa, M.R.S.M. Csillag, J.M. Marques, G.C. Martins, R.S. Pereira, L.H. Pereira, S.C.F. Pinto,
M.M.O. Queiroz, A.A.F.S.L. Sampaio, M. Serio, L.C.D. Souza-Filho, O.V.
6: Almeida, I.L.F. Brito, A.J. Brito, E.P.Z. Brito, L.A.L. Csillag, J.M. Duarte, A. Ferreira, F.C.M. Gomes, T.G. Miguel, P.L.S.
Paiva, E.L. Pignanelli, A. Serio, L.C.D. Vieira, L.M.
7: Castanheira, F. Csillag, J.M. Lima, A. Martins, G.S. Martins, M.E. Moura, G.L. Santos, C.A. Serio, L.C.D. Xavier, W.S.
8: Csillag, J.M. Engelbert, R. Graeml, A.R. Graeml, K.S. Kurrle, M.A. Macadar, M.A. Peinado, J. Schaicoski, J.A. Weiler, A.L.G.
9: Abreu, M.C.S. Carneiro, D. Castro-Junior, O.V. Costa, N.B.C. Fernandes, R.M.C. Gurgel, C.J.H. Holanda-Junior, F.L.
Magalhaes, L.C. Oliveira, B.C. Sampaio, J.C. Santos, R.R. Silva-Filho, J.C.L. Soares, F.A.
10: Acevedo, C.R. Mora-Junior, C.H. Nascimento, E. Nohara, J.J. Silva, F.L. Tavares, J.C. Zilber, S.N.
11: Akabane, G.K. Biazzi, J.L. Farias, O.O. Fedichina, M.A.H. Goncalves, M.A. Gozzi, S. Jamil, G.L. Leite, R.S. Luppe, M.R.
Rego, J.R. Tolentino, R.S.S. Villela-Junior, J.I.
12: Akabane, G.K. Farias, O.O. Goncalves, M.A. Nanni, H.C. Nogueira-Neto, M.S. Nunes, L.C. Silva, A.M.D Silva, T.R.
13: Alberto, S.D.G. Batalha, M.O. Benvenuto, S.R.S. Pego, L.S. Prado-Filho, J.F. Ribeiro, P.C.C. Scavarda, A.J. Silva, A.L.
Silva, L.A.F.
182
14: Alcantara, R.L.C. Lourenzani, A.E.B.S. Pedrozo, E.A. Pego, L.S. Piato, E.L. Ribeiro, P.C.C. Silva, A.L. Talamini, E.
Yokoyama, M.H.
15: Alighieri, J.S. Fearne, A. Lima, E.L.N. Oliveira, F.P. Perim, J.A. Pizzolato, N.D. Zanquetto-Filho, H.
16: Almeida, K. Benac, M.A. Canen, A.G. Cipola, F.C. Ferreira, A.F.R. Ferreira, M.S. Macedo, M.A.S. Manhaes, J.V.P.
Monteiro, A.C.T.A. Santos, R. Souza, M.A.F.
17: Almeida, M.R. Azevedo, R.C. Bremer, C.F. Jabbour, C.J.C. Mariano, E.B. Meirelles, J.L.F. Perico, A.E. Pimenta-Junior, T.
Rebelatto, D.A.N. Santana, N.B. Tarallo, F.B.
18: Almeida, M.R. Andrade-Filho, M.C. Dias, P.R. Fonseca, S.A. Jabbour, C.J.C. Rebelatto, D.A.N. Santos, F.C.A. Silva, E.M.
19: Almeida-Filho, M.A. Alves, M.A. Asakura, O.K.N. Carbone, G.T. Fonseca, G.M. Ghobril, A.N. Kimura, H. Leite, R.S. Mangini,
E.R. Marcondes, R.C. Moori, R.G. Moyses, G.L.R. Nafal, K.A. Pereira, H.J. Pereira, L. Perera, L.C.J. Popadiuk, S. Sato, G.S.
Souza, M.F.S.
20: Almeida-Filho, R.G. Medeiros, A.L. Montevechi, J.A.B. Pamplona, E.O. Sanches, A.L. Silva, C.E.S. Torga, B.L.M.
21: Alvares, A.C.T. Barbieri, J.C. Cajazeira, J.E.R. Calia, R.C. Carvalho, A.P. Machline, C. Nobre, W. Ramuski, C.L. Rodrigues,
I. Simantob, M.A.
22: Alvarez, F.J.S.M. Caigawa, S.M. Caro, A. Ferreira, F.C.M. Moraes, C. Toledo, L.A. Vidal, P.G.
23: Alves, J.M. Andrade, H.S. Cunha, L.O. Fernandes, L.J. Lemes, C.A. Lindgren, P.C.C. Reis, M.E.P. Ribas, V.G. Saito, L.
Santos, R.F.
24: Alves, V. Braulio, S.N. Chaves-Neto, A. Dias, G.J.C. Nievola, J.C. Scarpin, C.T. Shimizu, T. Soma, N.Y. Steiner, M.T.A.
Steiner-Neto, P.J.
25: Amorim, S.R.L. Ariotti, P. Bandeira, R.A.M. Macada, A.C.G. Marins, L.M. Mello, L.C.B.B. Silva, A.B. Souza, S.O.
26: Andino, B.F.A. Bohrer, C.T. Borella, M.R.C. Goncalves, J.S. Padula, A.D. Peruchi, M. Wegner, D.
27: Abackerli, A.J. Andrietta, J.M. Carnevalli, J.A. Miguel, P.A.C. Papa, M.C.O. Salomi, G.G.E. Sasseron, P.L.
28: Antunes-Junior, J.A.V. Avila, G.J. Brito, E.P.Z. Brito, L.A.L. Dal-Soto, F. D'avila, L.C. Hexsel, A.E. Klippel, M. Paiva, E.L.
Phonlor, P. Souza, Y.S. Teixeira, R. Vieira, L.M.
29: Anzanello, M.J. Caten, C.S.T. Cortimiglia, M.N. Fogliatto, F.S. Gerhardt, M.P. Pizzolato, M. Silveira, G.J.C.
30: Araujo, F.J.C. Araujo, M.A.V. Costa, A.G. Flores, L.A.F.S. Moreira, V.F. Oliveira, B.R.B. Pinto, M.M.O. Primo, M.A.M.
Queiroz, A.A.F.S.L. Velloso, A.V.
31: Arkader, R. Fleury, P.F. Gomes, A.V.P. Hijjar, M.F. Lopes, P.H. Rodrigues, A.M. Saliby, E. Wanke, P.
32: Arruda, K. Bimbatti, M.L. Didio, G. Lex, S. Sellmann, M.C. Shono, C.F. Teixeira, C.G.P. Zilber, M.A.
33: Arruda, R.T. Balbino, E.L.M. Bronzo, M. Martins, R.S. Oliveira, M.P.V. Serra, L.T. Silva, A.L.B.
34: Artifon, R.L. Beuren, I.M. Bogoni, N.M. Deschamps, M. Gallon, A.V. Grunow, A. Hein, N. Moraes, M.C.B. Sagaz, C.A.
35: Asakura, O.K.N. Gilberto, T.M.J. Ishikawa, S. Kerr, R.B. Kimura, H. Mangini, E.R. Moori, R.G. Perera, L.C.J.
36: Assad, A.L.D. Bin, A. Bonacelli, M.B.M. Castro, P.F.D. Ferro, A.F.P. Furtado, A.T. Miglino, M.A. Paulino, S.R.
37: Assis, J.C. Caulliraux, H.M. Lacerda, D.P. Navarro, L.L.L. Oliveira, N.N.P. Seldin, R. Silva, E.R.P.
38: Azeka, F. Barreto, M.C.M. Fernandes, F.C.F. Godinho-Filho, M. Pereira, N.A. Santoro, M.C. Silva, S.E. Teixeira-Junior, R.F.
39: Bailer, G. Buettgen, J.J. Costa, R.N. Deschamps, M. Mainardes, E.W. Novochadlo, R. Sant'ana, A.J. Tontini, G. Walter, S.A.
40: Bandeira, R.A.M. Costa, J.C. Feldens, L.F. Ladeira, W.J. Lunardi, G.L. Macada, A.C.G. Mazutti, C. Mello, L.C.B.B. Rios,
L.R. Santos, A.M.D
41: Barbosa, J.P.P. Carvalho-Neto, S. Corte, H.T.L. Gilberto, T.M.J. Ishikawa, S. Jorge, F.N. Kerr, R.B. Kimura, H. Mangini,
E.R. Moori, R.G. Perera, L.C.J.
42: Barcellos, M.D. Brito, E.P.Z. Brito, L.A.L. Chevarria, D.G. Ferreira, G.C. Gehlen, L. Maia, T. Paiva, E.L. Souza, M.S. Vieira,
L.M. Wilk, E.O.
43: Basso, L.F.C. Caselani, C.N. Caselani, D.M.C. Martin, D.M.L. Nakamura, W.T. Rodrigues, F.C.T.S. Sato, M.K. Shimizu,
U.K.
44: Beber, J.C. Feix, R. Gasparote, M. Geiger, A. Hansen, P.B. Lenz, G.S. Oliveira, L.R. Roldan, L.B. Rossi, G. Trindade, A.L.B.
45: Becceneri, J.C. Nievola, J.C. Shimizu, T. Soma, N.Y. Steiner, M.T.A. Steiner-Neto, P.J. Yanasse, H.H.
46: Begnis, H.S.M. Delgado, N.A. Dutra, C.J.C. Estivalete, V.F.B. Malafaia, G.C. Pedrozo, E.A. Severo, L.S. Silva, A.L. Silva,
T.N. Talamini, E.
47: Belfiore, P.P. Campos, G.G. Correia, A. Dias, G.P.P. Roman-Filho, M. Sauaia, A.C.A. Yoshizaki, H.T.Y.
48: Bellen, H.M.V. Coelho, A.L.A.L. Coelho, C. Costa, A.C.C. Cunha, A.H. Dutra, F.A.F. Erdmann, R.H. Graeml, F.R. Philippi,
D.A. Rebelo, L.M.B. Sanches, T.P. Schulz, A.A. Sehnem, S. Stadnick, K.T.
49: Bellen, H.M.V. Brinckmann, G.J. Brinckmann, R. Coelho, A.L.A.L. Coelho, C. Erdmann, R.H. Guercio, M.J. Schulz, A.A.
183
50: Bernardo, M.S. Camargo, M.M. Correia, A. Fernandes, L.J. Muller, C. Nascimento, F.S. Rodrigues, L.A.O. Roman-Filho, M.
Tozi, L.A. Yoshizaki, H.T.Y.
51: Betiol, L.S. Biderman, R. Brito, R. Carvalho, A.P. Hubner, D.B. Monzoni-Neto, M.P. Oliveira, G.R.
52: Beuren, I.M. Gallon, A.V. Gargioni, P.C. Grunow, A. Lezana, A.G.R. Nascimento, C. Pfitscher, E.D.
53: Bido, D.S. Oliveira, L.H. Rebelo, R.M.L. Sena, R.V. Serio, L.C.D. Serson, F.M. Souza, S.S. Tomaselli, F.C.
54: Binotto, E. Bragato, I.R. Gaviao, P.D. Graziano, G.O. Simioni, F.J. Siqueira, E.S. Spers, E.E.
55: Borchardt, M. Facchin, T. Gomes, L.P. Luz, S.O.C. Pereira, G.M. Rodrigues, D.M. Sellitto, M.A. Walter, C.
56: Boris, M. Carneiro, G. Costa, J. Estrela, G.Q. Silva, A. Souza, M.P. Souza-Filho, T.A.
57: Bragato, I.R. Ferruzzi, M.A. Gaviao, P.D. Graziano, G.O. Sacomano-Neto, M. Siqueira, E.S. Spers, E.E.
58: Brandli, L.L. Campos, L.M.S. Kurek, J. Lublo, R. Marinho, S.V. Pandolfo, A. Pandolfo, L.M. Selig, P.M.
59: Brandli, L.L. Kurek, J. Lublo, R. Pandolfo, A. Pandolfo, L.M. Selig, P.M. Tauchen, J.
60: Bronzo, M. Carrieri, A.P. Chaves, G.L.D. Conte, H. Dias, C.G. Labegalini, L. Lobo, D.S. Martins, R.S. Miloca, L.M. Oliveira,
H.F. Pereira, S.C.F. Prati, C.A. Rebechi, D. Serra, L.T. Souza-Filho, O.V.
61: Cabral, L.L.D. Calabria, F.A. Figueiredo, A.S. Medeiros, D.D. Melo, M.A.N. Melo, R.M. Silva, G.C.S.
62: Canchumani, G.A.L. Costa, J.C. Frascasso, E.M. Ladeira, W.J. Lopes, T.C. Lubeck, R.M. Macada, A.C.G.
63: Carpinetti, L.C.R. Fleschutz, T. Gerolamo, M.C. Lima-Junior, J.F. Oiko, O.T. Santana, A.B. Seliger, G.
64: Carvalho, M.F.H. Fioravanti, R.D. Furtado, P.G. Gibbin, R.V. Haddad, R.B.B. Prancic, E. Silva, D.C. Silva, R.S.
65: Caulliraux, H.M. Lacerda, D.P. Navarro, L.L.L. Oliveira, N.N.P. Rodrigues, L.H. Silva, E.R.P. Teixeira, R.
66: Coelho, L.S. Frega, J.R. Protil, R.M. Silva, E.D. Silva, W.V. Souza, A. Walter, S.A.
67: Costa, M.F.G. Faria, A.C. Ferreras, V. Furlaneto, C.J. Gasparetto, V. Machado-Junior, C. Mazzali, L. Milan, M. Neves,
H.R.O.
68: Costa, M.F.G. Faria, A.C. Ferreras, V. Gasparetto, V. Klann, R.C. Mazzali, L. Schlindwein, A.C.
69: Cruz, F. Ensslin, L. Ensslin, S.R. Igarashi, D.C.C. Petri, S.M. Platt-Neto, O.A. Rosa, F.S. Wagner, M.L.
70: Carvalho, M.M. Cruz-Junior, A.T. Ho, L.L. Laurindo, F.J.B. Pereira, F.L.A. Pessoa, M.S.P. Pinto, S.H.B. Prieto, V.C.
Rabechini-Junior, R.
71: Carvalho, M.M. Cruz-Junior, A.T. Giannini, R. Laurindo, F.J.B. Pereira, F.L.A. Pessoa, M.S.P. Prieto, V.C. Rabechini-Junior,
R. Scattolini, R.
72: Dutra, A. Ensslin, L. Ensslin, S.R. Lyrio, M.V.L. Moreira, A.C.M. Petri, S.M. Sena, A.P.S.
73: Ferreira, P.S. Haber, J. Ihy, M.T. Moreira, D.A. Munhoz, I.A. Queiroz, A.C.S. Raschiatore, R.A. Trindade, M.H.C.
74: Ferruzzi, M.A. Pavan, F.M. Pires, S.R.I. Pizzinatto, N.K. Sacomano-Neto, M. Spers, E.E. Truzzi, O.M.S.
75: Franklin, M.A. Gardesani, R. Marcondes, R.C. Meinert, C.R. Miyabara, W. Moori, R.G. Pereira, H.J. Pereira, L.F.P.
Popadiuk, S.
76: Gallon, A.V. Gargioni, P.C. Lezana, A.G.R. Lima, E.P. Passos, J.C. Silva, S.L.D Vasconcelos, A.M.
77: Garnica, L.A. Jugend, D. Mendes, G.H.S. Nogueira, E. Onoyama, M.M. Pacagnella-Junior, A.C. Silva, S.L. Toledo, J.C.
78: Giacometti, R.A. Goncalves, M.E. Marins, F.A.S. Moellmann, A.H. Muniz, G.F. Muniz-Junior, J. Santos, R.F. Silva, C.E.S.
Silva, E.R.S. Souza, H.J.C. Vasconcellos, T.C.
79: Giacometti, R.A. Marins, F.A.S. Medeiros, A.L. Montevechi, J.A.B. Silva, C.E.S. Silva, E.R.S. Souza, H.J.C.
80: Goncalves, A.A. Gouvea, D.S.A. Henriques, R.P. Leitao, A.R. Novaes, M.L.O. Novaes, M.M. Oliveira, M.J.F. Sabbadini, F.S.
Simonetti, V.M.M.
81: Iannoni, A.P. Junqueira, R.A.R. Luche, J.R.D. Morabito, R. Paiva, R.P.O. Silva, C.R.N. Toso, E.A.V. Yamashita, D.S.
82: Jugend, D. Mendes, G.H.S. Nogueira, E. Onoyama, M.M. Pacagnella-Junior, A.C. Rozenfeld, H. Silva, S.L. Toledo, J.C.
Zancul, E.S.
83: Almeida, I.L.F. Brito, E.P.Z. Brito, L.A.L. Leite, P.R. Macau, F.R. Paiva, E.L. Povoa, A.C.S. Silva, A.A. Vieira, L.M. Zimbres,
R.A.
84: Machline, C. Pastore, R. Pereira, L.H. Pereira, S.C.F. Sampaio, M. Serio, L.C.D. Vasconcellos, L.H.R.
85: Medeiros-Junior, A. Nievola, J.C. Perez, G. Shimizu, T. Soma, N.Y. Steiner, M.T.A. Steiner-Neto, P.J.
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