Para minha família de Santa Tereza, que me acolheu numa hora difícil, em que não havia muito
rumo em nada, e em que essa tese parecia não querer existir mais. Vocês todos, Cássia, Jardel, Malu,
Augusto, Matilde, Gustavo, Levindo, Gustavo (é outro, é outro) e outros que habitam essa “casa” me
lembram sempre de ser um pouco mais leve, de buscar mais o encontro, de me fazer no meio das
gentes todas, das coisas inteiras. Vocês me lembram um adesivo de carro “Olhe bem as montanhas”,
e não me deixam esquecer que, quando a gente se sente muito pequeno, é bom olhar pro horizonte,
porque a gente sabe olhar grande, é só desejar.
Quando comecei a tese, minha vida mudou muito, em função de muitas outras coisas. Em
2003 havia muita confusão à minha volta, e não conseguia organizar uma linha de ação clara.
Quando convidei a Daniela Serra para me auxiliar em um trabalho mais que árduo na PUC, não
imaginava que isso seria o mínimo que ela faria no meio da minha caminhada. E isso não é pouco,
definitivamente. Dividir com ela esse trabalho me fez perceber como é fundamental buscar um
pouco de equilíbrio, como é necessário comemorar as conquistas e viver as realizações, porque isso
não é se acomodar, é se preparar para viver feliz, todo dia. Para a Dani, para o Edu e para o Artur
que são uma família muito bacana, fica aqui meu carinho também.
Tive a alegria de poder dividir com a Elisa angústias de trabalho, de filhos, de orçamentos, de
decisões ruins e boas, de grandes acertos, de projetos muito bacanas, mesmo que não sejam
exatamente frutos para essa tese ou dessa tese. Há nela uma calma e um cuidado que fazem entender
que a pressa é realmente inimiga da perfeição. E que é possível andar rápido, sabendo dar os passos
na hora certa. Assim faço presente essa figura de riso fácil, de amizade leve e intensa.
Edu, Geane e André, vocês dividem comigo conversas muitas, textos longos, caminhos nem
sempre prontos. Para cada um há um jeito de falar, um jeito de encontrar. Do Edu tiro aqui uma
“orientação” conjunta num quarto de hospital, uma conversa em que falei muito, mas o pouco que
ouvi foi da intensidade que só o Edu sabe dar para as coisas. Geane, fazemos parcerias muito boas,
mesmo sem planejar. Isso é a marca dos nossos encontros para mim: o caminho conceitual não
precisa ser o mesmo, ele se cruza porque é caminho de andar junto mesmo. Do André deixo aqui o
jeito sossegado e tranqüilo de quem sabe lidar com as palavras, com a fluidez, com a rapidez sem se
deixar levar. Deixo o jeito franco de conversar, sempre se investigando quando fala com a gente,
pessoa sempre em estado de construção.
Para a moçada do Nupill com quem, infelizmente, convivo muito menos que gostaria, mas que
está sempre por perto. Quando estive aí pela primeira vez senti um jeito bom de ficar em casa; afinal,
tinha até café de tarde no Nupill. Vocês me receberam de um jeito muito mineiro de ser, e isso pra