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gases, fumaças tóxicas e poeira fina no interior das minas. Inclusive, o Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF), organização das Nações Unidas, relatou que no Brasil,
inclusive no estado de Minas Gerais, empregam crianças e adolescentes para trabalhar em
minas de carvão, representando 55% da força de trabalho nessa atividade, alerta a UNICEF,
desde 1999.
Em Minas Gerais, na região metropolitana de Belo Horizonte e em cidades próximas
como Sete Lagoas, depredaram e ainda depredam grande parte do cerrado, fazendo
derrubadas da vegetação nativa para a queima e a produção de carvão em grandes fornos.
Grande parte desses fornos é ilegal, o que freqüentemente a mídia tem noticiado.
Muito se tem discutido sobre gestão de risco e meio ambiente e sobre a avaliação dos
impactos resultantes do desenvolvimento sobre os recursos naturais, o que não é uma prática
factível, ou seja, não é uma prática possível. Por isso, segundo Bellia (1991), pode-se dizer
que o objetivo básico da Gestão é a busca pela otimização do uso dos recursos que o homem
tem a sua disposição, sejam de ordem financeira, material ou humana. Para tal, devem ser
cumpridos alguns objetivos, tais como:
manter saudável o meio ambiente, na medida do possível, para atender
às necessidades humanas atuais, sem comprometer o atendimento das
necessidades de gerações futuras; disponibilizar meios para atuar
sobre as modificações causadas no meio ambiente, pelo uso e/ou
descarte dos bens e detritos gerados pelas atividades humanas, a partir
de um plano de ação visível técnica e economicamente, com
prioridades perfeitamente definidas; ter instrumentos para
monitoramente, controles, taxações, imposições, subsídios,
divulgação, obras e ações mitigadoras etc; e finalmente, ter bases de
atuação, que possibilite o diagnóstico ambiental da área de atuação, a
partir de estudos e pesquisas dirigidos à busca de soluções para os
problemas que forem detectados (BELLIA, 1991 apud FERNANDES
e VEIGA, 1998, p.79).
Para que se cumpra essa metodologia indicada por Bellia (1991), é preciso que o
poder público das instâncias federal, estadual, distrital e municipal tenha consciência da
importância de se preservar o meio ambiente como um todo, por exemplo, preservar as matas
ciliares, pois, são elas as responsáveis pela qualidade da água das nascentes, preservação dos
percentuais de matas nas zonas rurais (20%), desenvolver programas que possibilitem a
melhora da qualidade de vida urbana e rural. Além disso, a sociedade em geral deve ter
consciência que ela é responsável também. Não se pode esperar que os poderes públicos se
responsabilizem por tudo. A sociedade deve desenvolver práticas e ações que contribuam para
a saúde ambiental, como por exemplo, limpezas de suas ruas, lares, áreas de lazer, escolas da