Download PDF
ads:
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
CELSO SUCKOW DA FONSECA – CEFET/RJ
DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
COORDENADORIA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA
DISSERTAÇÃO
A ORGANIZAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO DO CEFET-RJ: UMA CONTRIBUIÇÃO À AUTO-AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL
Fátima Regina de Amorim Mattos
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM TECNOLOGIA.
Prof. José Antonio Assunção Peixoto, D.Sc
Prof. Leydervan de Souza Xavier, D.C
Orientadores
RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL
OUTUBRO / 2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ii
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 1
I.1 Contextualização 1
I.2 Problema 2
I.3 Justificativa 2
I.4 Objetivo 3
I.4.1 Objetivo Geral 3
I.4.2 Objetivo Específico 3
I.5 Estrutura do Trabalho 3
I.6 Metodologia da Pesquisa 4
II FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
II.1 Teoria da Aprendizagem 5
II.2 SINAES 13
II.2.1 Objetivos da Avaliação 15
II.2.2 Auto-avaliação da IES 17
II.3 As Diretrizes Curriculares das Engenharias 33
II.4 O Estágio Curricular Supervisionado 35
III O CEFET-RJ E SUA ORGANIZAÇÃO
III.1 Apresentação da Instituição 37
III.2 O projeto Político Pedagógico do CEFET-RJ 42
III.2.1 O projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Produção 42
III.3 O Estágio Supervisionado no CEFET-RJ 49
III.4 Perfil do Estágio Supervisionado da Engenharia de Produção 55
III.4.1 Demonstração dos Resultados 55
III.4.2 Análise dos Resultados 68
III.5 Novo Instrumento de Avaliação 71
IV MONITORANDO AS INFORMAÇÕES NO CONTEXTO DAS
DIMENSÕES DO SINAES 84
ads:
iii
IV.1 Perspectiva Científica e Pedagógica da Formação 84
IV.2 Responsabilidade Social 84
IV.3 Identificando os Pontos fortes e as fragilidades do Estágio
Supervisionado do CEFET-RJ 85
IV.4 Proposta de Indicadores de Desempenho
86
V CONSIDERAÇÕES FINAIS 88
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 92
Apêndice Questionário elaborado
Anexo 1
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Anexo 2 Ementa da Disciplina Estágio Supervisionado do
Curso de Engenharia de Produção
iv
v
Resumo da dissertação submetida ao PPTEC/CEFET-RJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de mestre em tecnologia (M.T.).
A ORGANIZAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO DO CEFET-RJ: UMA CONTRIBUIÇÃO À AUTO-AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL
Fátima Regina de Amorim Mattos
Outubro/2008
Orientador: José Antonio Assunção Peixoto, D.Sc.
Programa: PPTEC
O trabalho constitui uma representação da organização do estágio supervisionado
Curso de Engenharia de Produção do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso
Suckow da Fonseca CEFET/RJ, considerando a necessidade de integração do sistema
educacional e do sistema produtivo, no âmbito de produção e reprodução de normas oficiais
e das práticas sociais esperadas pelos agentes envolvidos. A representação é feita em torno
das diretrizes e ações do projeto pedagógico do curso e da legislação das atividades do
estágio profissional, em consonância com o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino
Superior (SINAES). Busca-se o aprimoramento da aprendizagem organizacional do estágio
supervisionado, fortalecida pelo intuito de se identificar oportunidades de melhoria, e de se
entender como o estágio estimula a aproximação entre teoria e prática nas ações
educacionais, de modo a contribuir com os processos de auto-avaliação e auto-
referenciamento institucional. O projeto da dissertação está apoiado na Teoria da
Aprendizagem Organizacional e Avaliação de Desempenho, utilizando na metodologia a
pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e a pesquisa empírica. Esta última realizada
através da observação dos processos de relacionamento entre os agentes envolvidos, da
elaboração e aplicação de questionário aos alunos estagiários e supervisores e interações
com professores, durante o primeiro e segundo semestres dos anos de 2006 e 2007. O
estudo permitiu constatar que as diretrizes do SINAES darão ampla contribuição ao
autoconhecimento institucional, facilitando a implantação e o acompanhamento de
indicadores de desempenho, havendo garantia de acompanhamento sistemático, da
aprendizagem da organização dos estágios, período-a-período letivo, através de
meta-avaliações tanto no que diz respeito às atividades de gestão dos processos envolvidos
com o estágio supervisionado quanto do atendimento das expectativas da sociedade
relativas ao mesmo.
Palavras-chave: Estágio supervisionado, Auto-avaliação, Aprendizagem Organizacional
vi
Abstract of dissertation submitted to PPTEC/CEFET/RJ as partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master in Technology (M.T.).
THE ORGANIZATION OF THE SUPERVISED PERIOD TRAINING COURSE OF
ENGENEERING OF PRODUCTION OF THE FEDERAL CENTER OF TECHNOLOGICAL
EDUCATION CELSO SUCKOW DA FONSECA – CEFET-RJ: A CONTRIBUTE WITH THE
PROCESS OF INSTITUTIONAL SELF-EVALUATION
Fátima Regina de Amorim Mattos
Outubro/2008
Supervisor: José Antonio Assunção Peixoto, D.Sc.
Programa: PPTEC
The work constitutes a representation of the organization of the supervised period
training course of engineering of production of the Federal Center of Technological
Education Celso Suckow da Fonseca CEFET-RJ, considering the necessity of integration
of the educational and the productive system, in the scope of production and reproduction of
practical official rules and the social practice waited by the involved agents. The
representation is made around the lines of direction and action of the pedagogical project
course and the legislation of the professional activities, in accord with the National System of
Evaluation of the universities. Search the improvement of the organizational learning of the
supervised period identifying improvement opportunities and understanding as the period of
training stimulates the approach between practical and theory in the educational actions, to
contribute with the process of institutional self-referencing and self-evaluation. The project of
the research is supported in the Theory of the Organizational Learning and Performance
Evaluation, using in the methodology the bibliographical research. This last one carried
through the comment of the process of relationship between the involved agents, the
elaboration and application of questionnaire to the probationary pupils and supervisors and
interactions with professors, during the first one and according to semesters of the years
2006 and 2007. The study allowed to evidence that the lines of direction of the performance
evaluation will give big contribution to the institutional self-knowledge, facilitating to the
implantation and the accompaniment performance pointers, will have guarantee of
systematic accompaniment of the learning of the organization of the period, through goal
evaluations in such a way in what it says respect to the activities of management of the
involved processes with the supervised period training how much of the relative attendance
expectations of the society the same.
Keyword: Supervised period of training, Self-evaluation, Organizational Learning
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura II.1 Aprendizagem em circuito único e duplo 10
Figura II.2 Conexão entre estrutura de conhecimento, avaliação e
aprendizagem 12
Figura II.3 Articulação dos Componentes SINAES 15
Figura II.4 Etapas da Avaliação Interna 19
Figura III.1 Organograma funcional do DESUP 41
Figura III.2 Representação do Estágio Supervisionado na
abordagem de processos 52
Figura III.3 Gráfico - Período de realização do estágio 55
Figura III.4 Gráfico - Carga Horária 56
Figura III.5 Gráfico - Avaliação do estágio 57
Figura III.6 Gráfico - Vantagens Profissionais em estagiar 58
Figura III.7 Gráfico - Atividades indispensáveis ao Estágio 59
Figura III.8 Gráfico - Expectativas quanto ao Estágio 60
Figura III.9 Gráfico - Adequação das Atividades escolares 61
Figura III.10 Gráfico - Dificuldades Encontradas 62
Figura III.11 Gráfico - Outros Conhecimento necessários ao Estágio 63
Figura III.12 Gráfico - Análise da Adequação Teórica 64
Figura III.13 Gráfico - Análise da Adequação das Atividades de Laboratório 65
Figura III.14 Gráfico - Supervisor do Estágio na Empresa 66
Figura III.15 Gráfico - Sugestões de Aperfeiçoamento 67
Figura III.16 Gráfico - Faixa Etária dos Estagiários 72
Figura III.17 Gráfico - Período em que se encontram 72
Figura III.18 Gráfico - Porque estagiar agora 73
Figura III.19 Gráfico - Tempo dispendido 73
Figura III.20 Gráfico - Tempo dispendido 74
Figura III.21 Gráfico - Como soube do Estágio 74
Figura III.22 Gráfico - Encontrou dificuldades 75
viii
Figura III.23 Gráfico - Quais foram as dificuldades 75
Figura III.24 Gráfico - Sobre a Empresa 76
Figura III.25 Gráfico - Ramo de Atuação 76
Figura III.26 Gráfico - Quando foi o Primeiro Estágio 77
Figura III.27 Gráfico - Área do Estágio 77
Figura III.28 Gráfico - Faltou conhecimento específico 78
Figura III.29 Gráfico - O Estágio como causa de atrasos 78
Figura III.30 Gráfico - Interferência no C.R do Aluno 79
Figura III.31 Gráfico - Necessidade de trancar disciplina 79
Figura III.32 Gráfico - Avaliando o Supervisor na Empresa 80
Figura III.33 Gráfico - Resistência em transmitir conhecimento 80
Figura III.34 Gráfico - Disciplinas mais importantes 82
Figura III.35 Gráfico - Aptidões necessárias à profissão 82
Figura III.36 Gráfico - Aptidões que já possui 83
LISTA DE TABELAS
Tabela II.1 Atribuição de pesos às Dimensões SINAES 17
Tabela II.2 Auto-avaliação nos três núcleos comuns - SINAES 20
Tabela III.1 Período em que cursam a disciplina 55
Tabela III.2: Carga horária do Estágio 56
Tabela III.3
:
Avaliação do Estágio 57
Tabela III.4: Vantagens profissionais 58
Tabela III.5: Atividades indispensáveis 59
Tabela III.6: Expectativas quanto ao Programa 60
Tabela III.7: Análise das atividades escolares 61
Tabela III.8
:
Dificuldades encontradas
62
Tabela III.9
:
Outros conhecimentos
63
Tabela III.10
:
Adequação da formação teórica
64
ix
Tabela III.11: Adequação de Laboratório
65
Tabela III.12
:
Supervisão na Empresa
66
Tabela III.13
:
Aperfeiçoamento do Curso
67
LISTA DE ABREVIAÇÕES
ABEPRO Associação Brasileira de Engenharia de Produção
C.R. Coeficiente de Rendimento
CEFET Centro Federal de Educação Celso Sucow da Fonseca
CES Câmara de Educação Superior
CNE Conselho Nacional de Educação
CONAES Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior
CPA Comissão Própria de Avaliação
ENADE Exame Nacional de Avaliação dos Estudantes
IES Instituição de Ensino Superior
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniosio Teixeira
LDB Lei de Diretrizes e Bases
MEC Ministério de Educação
ONG Organização não Governamental
PDI Plano de Desenvolvimento Institucional
PPC Plano Pedagógico Curricular
PPI Projeto Pedagógico Institucional
SINAES Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior
UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
1
INTRODUÇÃO
Os compromissos e resultados dentro das organizações e entre as
organizações conduzem os gestores a buscarem instrumentos de aprendizado para a
melhoria do desempenho organizacional. Assim também ocorre com as instituições de
ensino que, submetidas às diretrizes do Ministério de Educação e aos órgãos a ele
subordinados, são responsáveis pela formação dos profissionais que atenderão as
demandas da sociedade em toda a sua amplitude.
No compromisso com a formação profissional estão inseridos os significados
próprios ao estágio profissional, que podem ser reconhecidos através da narrativa dos
agentes envolvidos e de suas ações realizadas nos espaços onde se identificam os
processos de aprendizagem teórica e suas articulações com a prática, que se de
acordo com as regras formais e informais, na busca de se alcançar os resultados
esperados, tanto pelos diretamente envolvidos, como por toda a sociedade.
Através deste trabalho de dissertação do Mestrado em Tecnologia do CEFET-
RJ, busca-se entender, representar e estabelecer propostas de melhorias, com o
apoio de conceitos relacionados à literatura de Aprendizagem Organizacional e de
Avaliação do Desempenho, nos processos educacionais relacionados à atividade do
projeto pedagógico formalmente reconhecido pela instituição, como prática obrigatória
no cenário educacional formativo, denominado estágio supervisionado.
O projeto da dissertação foi desenvolvido na Área de Concentração em Gestão
da Engenharia, Linha de Pesquisa Inovação Tecnológica e Projeto – Estudo de
Desempenho em Processos de Trabalho.
I.1 Contextualização
A reforma da educação tem sido tema de sucessivos governos brasileiros sem
que sejam formuladas políticas públicas que proporcionem conforto aos educadores e
responsáveis diretos e indiretos pela formação dos jovens de muitas gerações, no que
diz respeito à integração entre teoria e prática profissional nas diversas profissões.
Nesse contexto, os profissionais, ao concluírem seu curso de graduação, buscam no
mercado de trabalho as diretrizes para complementar sua qualificação, enquanto as
Instituições de Ensino Superior privilegiam os conteúdos curriculares adequados aos
seus modelos de gestão do ensino, pesquisa e extensão.
A velocidade das transformações oriundas das inovações tecnológicas levou a
humanidade a rever muitos conceitos que pareciam imutáveis e à reflexão acerca de
2
temas tão simples quanto imprescindíveis, como preservação do meio ambiente,
sustentabilidade e responsabilidade social. O desafio dos educadores ultrapassou as
muralhas da transmissão de informações, colocando em questão antigos postulados e
alertando para a necessidade de revisão do papel que desempenha e de seus
propósitos.
Novos modelos de gestão surgiram e as instituições de ensino superior foram
se adequando às mudanças impostas, atendendo à dinâmica do mercado e de acordo
com seus interesses, tornado necessário um sistema de avaliação capaz de refletir os
objetivos pedagógicos institucionais.
I.2 Problema
O modelo de gestão pedagógica adotado pela instituição de ensino é o
norteador dos conteúdos e currículos praticados, podendo levar a graves distorções e
a comprometer a formação dos profissionais. O estágio supervisionado é parte
imprescindível dessa formação visto que, além de oferecer oportunidade de vivenciar
na prática os conceitos teóricos apreendidos em sala de aula, aproxima o futuro
engenheiro da realidade organizacional e é hoje a principal porta de entrada para o
mercado de trabalho. Por isso é que buscamos identificar qual, a partir da visão dos
futuros engenheiros, é a importância da disciplina na sua formação, respondendo as
determinações do SINAES Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior
(MEC, INEP, 2003 - Brasil), que obriga as instituições de ensino a uma auto-avaliação,
através de critérios quantitativos e qualitativos, tornando transparentes suas propostas
pedagógicas permitindo conhecer o processo de estágio supervisionado e suas
interações, visando ao seu aprimoramento.
I.3 Justificativa
O estágio supervisionado ocupa um papel importante na formação profissional
dos estudantes e é formalmente estabelecido como disciplina obrigatória no currículo
dos cursos das engenharias, através da Resolução CNE/CSE 11 de 11 de março de
2002 (MEC, 2002 - Brasil). As políticas adotadas pela instituição de ensino, as normas
às quais o estágio supervisionado está submetido e o seu acompanhamento
pedagógico caracterizam, entre outras coisas, a responsabilidade da IES com seu
corpo discente e com a sociedade, sendo esse um dos fatores que justificam ser a
dimensão referente à perspectiva científica e pedagógica, na qual está inserida a
disciplina, a de maior peso relativo no processo de avaliação do SINAES.
3
A auto-avaliação dessa etapa singular na formação profissional conduz ao
amadurecimento organizacional e ao autoconhecimento, levando a Instituição de
Ensino Superior a entender de que forma está contribuindo com a sociedade e como
pode aprimorar qualitativamente essa contribuição, através do auto-referenciamento.
I.4 Objetivo
I.4.1 Objetivo Geral
O objetivo geral do trabalho é estabelecer uma representação do estágio
supervisionado do Curso de Engenharia de Produção do CEFET-RJ, orientada à
auto-avaliação e auto-referenciamento, na perspectiva da aprendizagem
organizacional.
I.4.2 Objetivo Específico
Analisar as relações entre os agentes internos da instituição identificando os
processos com potencial para sofrer melhorias e dar vigor à organização do estágio
supervisionado.
Mapear os fluxos de informação entre os agentes locais do estágio, nos
processos organizados pelos CEFET-RJ, procurando identificar os possíveis pontos
de intervenção através do uso de instrumentos de auto-avaliação e do
desenvolvimento de indicadores úteis à aprendizagem organizacional.
I.5 Estrutura do Trabalho
O trabalho está estruturado em cinco capítulos seqüenciais, iniciando o
Capítulo I com uma breve contextualização sobre a educação brasileira, de forma
abrangente, sendo abordadas as práticas de gestão utilizadas pelas Instituições de
Ensino e a conseqüente necessidade de criação de um mecanismo de avaliação do
ensino superior. O objetivo geral delimita o estudo.
O Capítulo II trata da fundamentação teórica que está apoiada na Teoria da
Aprendizagem Organizacional, de Argyris e Schön, em conexão com o mecanismo
legal de avaliação, com seus critérios, princípios, objetivos, procedimentos e
instrumentos, SINAES e o Estágio supervisionado.
O Capítulo III, apresenta o CEFET-RJ e sua estrutura organizacional, cenário
onde se dará a base da investigação para o entendimento acerca do estágio
supervisionado.
4
O Capítulo IV apresenta as informações monitoradas no contexto das
dimensões do SINAES, com identificação dos pontos fortes e das fragilidades do
estágio supervisionado que dão suporte aos indicadores de desempenho sugeridos.
No Capítulo V, são abordadas as considerações finais.
I.6 Metodologia da Pesquisa
De acordo com Gil (1999, p.26), a investigação científica depende de um
conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos para que seja alcançado o objetivo
do pesquisador. Desta forma, depois de identificado o objeto da pesquisa, foi iniciada
a pesquisa bibliográfica que pudesse fornecer as bases para a fundamentação da
mesma.
Paralelamente à pesquisa bibliográfica, foi iniciada a pesquisa documental,
correspondendo a legislação, normas internas e material que ainda não havia recebido
tratamento analítico, especialmente as Fichas de Avaliação do Supervisor, os
Relatórios e os questionários de Avaliação do Estágio Supervisionado, preenchidos
pelos alunos-estagiários (Anexo 1) do curso de Engenharia de Produção, ao final do
período de estágio supervisionado. Este material abrangeu os semestres de 2006/1 a
2007/2.
Com base na pesquisa preliminar realizada com o material de 2006,
verificou-se a necessidade de coleta de informações adicionais, o que ocorreu a partir
da elaboração de um novo questionário (apêndice) aplicado somente aos
alunos-estagiários da Engenharia de produção, nos dois períodos do ano de 2007,
ocasião em que os novos questionários foram respondidos pelos alunos, após reunião
esclarecendo a finalidade da pesquisa.
Para a tabulação e apresentação dos dados foi utilizado o excel, assim como
na elaboração de planilhas e gráficos estatísticos para facilitar a interpretação e
análise dos dados.
5
II FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
II.1 Teoria da Aprendizagem
A compreensão da abrangência da pesquisa exige exame cuidadoso acerca
da prática de estágio e de como ela é percebida pelos agentes que atuam no
processo. Seja sob o aspecto de narrativas individuais, seja nas interelações
pertinentes às organizações e aos resultados desejados e alcançados, que no
ambiente organizacional estão presentes aspectos facilitadores e coercivos que
influenciam ou determinam as ações dos indivíduos, levando a conseqüências nem
sempre esperadas.
Tal fato, por si só, justifica a necessidade de contínua monitoração das
práticas organizacionais a fim de que sejam identificadas distorções e readequadas as
ações com vistas à melhoria da eficiência e eficácia da organização.
Mas o estágio profissional - objeto da pesquisa - está inserido no contexto
social, educacional e, por conseqüência, de política pública que possui instrumento
próprio de avaliação, sob a égide do Ministério de Educação MEC. Trata-se de um
instrumento de feedback denominado Sistema Nacional de Avaliação do Ensino
Superior – SINAES.
Antes de falar do SINAES, será apresentado um estudo que analisa a conexão
entre avaliação e aprendizagem, realizado por Katya Calmon (1999), sobre a
avaliação de programas e a dinâmica da aprendizagem organizacional.
O estudo, apesar de apresentar as várias definições de avaliação encontradas
na literatura, utiliza o termo como atividade que se através do exame sistemático e
na aplicação de métodos de pesquisa quantitativos e/ou qualitativos, a fim de se
verificar o design, a implementação, o impacto e os resultados alcançados por
determinado programa ou grupo de projetos.
À luz de algumas teorias (Campbell e Stanley, 1963; Shadish, Cook e Laura
Leviton, 1995 apud. Calmon, 1999) a avaliação de programas ganhou força na década
de 60 com o surgimento de amplos programas sociais dos EUA aos países em
desenvolvimento em função do volume de recursos aplicados e da preocupação com
os resultados alcançados tendo sido considerada um dos mais importantes
instrumentos de feedback, seja por apresentar dados que permitam aperfeiçoar a
6
gestão das políticas governamentais, seja por contribuir para o aprendizado
organizacional, que ocupa importante papel na administração estratégica e da gestão.
De acordo com Calmon (1999), as categorias de avaliação, segundo a
classificação do Evaluation Research Society (ERS) Standards Committee estão
divididas em:
Avaliação de contexto que viabiliza o provimento de informações que irão
apontar para a implantação ou não de determinado programa. Deve ser
realizada previamente à implantação de um programa, a fim de que se
confirme a sua necessidade;
Avaliação de avaliabilidade que pode abranger questionamentos de viabilidade
técnica e refere-se aos custos em relação aos benefícios;
Avaliação de impacto que é realizada após a implantação de um programa e
visa gerar informações sobre expansão ou redução do mesmo;
Monitoramento do programa que engloba acompanhamentos periódicos e tem
por finalidade identificar se ainda existem as necessidades originais
estabelecidas na concepção de um programa;
Avaliação secundária que pode variar de críticas profissionais a relatórios de
avaliação, serve para nova análise nos dados originais que podem exigir
informações novas;
Avaliação formativa ou formative evaluation também chamada de avaliação de
processos, on going ou de aperfeiçoamento. Podem incluir análise das
estratégias de gerenciamento, avaliação de recursos humanos e pesquisa das
atitudes em relação ao programa e observações.
É na categoria de avaliação de processos ou de aperfeiçoamento que pode ser
percebido como se o processo de estágio supervisionado em si e no ambiente de
interação da instituição. Embora a aprendizagem organizacional esteja relacionada ao
agente, ela se dá no âmbito da interação deste com o processo organizacional.
7
Leonor Cardoso (2000)
1
, ao esclarecer sobre os conceitos de aprendizagem
organizacional, identifica a definição de Fiol e Lyles como a mais abrangente, uma vez
que relaciona os níveis individual e organizacional, salientando que a aprendizagem é
a utilização dos conhecimentos adquiridos. Para Senge, 1999. apud Leonor, 2000),
nas organizações que aprendem, as pessoas expandem suas capacidades
continuamente, no sentido de atingir os resultados desejados. A aprendizagem
organizacional é mais do que a soma das aprendizagens individuais (Argyris e Schön,
1974 apud. Cardoso, 2000).
Não há dúvida de que o SINAES é um instrumento de feedback. E é a partir do
processo de feedback, onde são monitoradas as informações consideradas
relevantes, que se a conexão entre a avaliação e a aprendizagem organizacional,
desde que sejam realizadas ações concretas de correção.
Esta conexão pode ser melhor apreendida a partir do modelo teórico de Chris
Argyris e Donald Schön (1994), apoiado na Teoria da Ação.
De acordo com Argyris e Schon, (apud.Calmon, 1999) as estruturas de
conhecimento organizacional podem ser identificadas nas práticas e nas rotinas, nos
organogramas, nos objetos utilizados pelos agentes, nos regulamentos e nas
instruções. Essa utilização pelos agentes pode se dar através da teoria proclamada
(espoused theory) ou através da teoria aplicada (theory-in-use).
A teoria proclamada é aquela que contém as justificativas para um padrão de
comportamento e que dizem respeito aos objetivos sociais ou econômicos, que fazem
parte das estratégias e da cultura da organização. A teoria aplicada diz respeito ao
que está implícito nas ações, nas rotinas e nos padrões de comportamento que,
freqüentemente, é diferente da descrição contida em documentos formais.
Essa distinção é também identificada na Teoria da Estruturação de Anthony
Giddens, como características da conduta humana, e enriquecida com o que Alfred
Schutz denomina “estoques de conhecimento e diz respeito aos conhecimentos
1
Assistente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Membro do
Instituto de Sistemas e Robótica. e-mail: [email protected]t
8
práticos que vão sendo acumulados no âmbito das rotinas da vida social (GIDDENS,
1989).
A diferença está no fato de que para Giddens, a consciência discursiva e a
consciência prática são permeáveis na experiência individual assim como nos
contextos das atividades sociais com diferentes atores.
O estudo de Katia Calmon revela que, segundo Argyris e Schön (1996), a
aprendizagem organizacional pode ser utilizada como um produto, significando
acúmulo de conhecimento, ou como um processo, que se refere à aquisição, ao
processamento e armazenamento da informação ou ainda pode relacionar-se à
maneira como aprendemos. Mas, para haver a aprendizagem é imprescindível o
aprendiz, aquele a quem o processo de aprendizagem é atribuído, de acordo com
Anderson, 1994.
Para Argyris e Schön (1994), o questionamento é o elo entre a observação e a
ação que vai resultar na aprendizagem organizacional. A partir da identificação de uma
situação problema que pode estar na discrepância entre resultados alcançados e
esperados, surge a necessidade de questionamento em favor da organização. Essa
reflexão feita pelo agente organizacional, com o objetivo de solucionar o problema, a
partir da percepção do fenômeno, leva a uma reestruturação das atividades e ao
realinhamento das expectativas gerando mudanças no pensar e no agir que
acarretarão mudanças nas práticas organizacionais.
São diversos e diferentes os enfoques sobre a aprendizagem organizacional.
Desde a Segunda Guerra Mundial até a década de 70, um dos enfoques consiste nos
chamados sistemas sociotécnicos que defendiam a aprendizagem organizacional
como fruto da participação coletiva no desenvolvimento de novos padrões de trabalho,
carreiras e formas de adaptação. Outro enfoque é o da administração estratégica,
surgida 25 anos nas escolas de administração e que, recentemente, passou a
enfatizar a interação entre planejamento e implementação no processo de
aprendizagem organizacional. Com a ascensão das potências asiáticas no comércio
internacional, a aprendizagem organizacional chega à área de produção com a
melhoria contínua dos processos e da qualidade. Finalmente, a aprendizagem
organizacional, através de seus teóricos, demonstra preocupação com o impacto
sobre a produtividade do estoque do capital humano de um determinado país, sendo
esse o diferencial da performance de sua economia. (CALMON, 1999).
9
A área de recursos humanos tem adotado a linguagem de aprendizagem
organizacional estimulando o desenvolvimento da capacidade humana de questionar.
A combinação de sistemas dinâmicos com algumas idéias da teoria da ação,
relacionadas a modelos mentais, limitam ou facilitam o questionamento acerca do
processo organizacional (CALMON, 1999).
Alguns gestores e gerentes entendem a aprendizagem organizacional como
uma simples quantificação na melhoria das atividades ou uma forma de resultado
positivo. Gerentes e administradores de empresas igualam a aprendizagem
organizacional à eficiência competitiva, limitando-se a examinar os resultados
alcançados. Mas é através do questionamento que se inicia a aprendizagem
organizacional.
Mas a interatividade do questionamento não é suficiente para que se torne
aprendizagem organizacional. É preciso que haja mudança na teoria aplicada da
organização, através dos comportamentos e nas diversas formas de se armazenar
conhecimento, mapas, programas, organogramas.
A teoria da aprendizagem organizacional classifica a aprendizagem
organizacional em dois tipos principais: single-loop e double-loop. Na aprendizagem
de um loop, também conhecida como aprendizagem instrumental, a correção de erros
ocorre de forma natural pelos atores, a partir dos padrões organizacionais existentes.
Mediante o processo de questionamento, os indiduos detectam e corrigem os erros.
na aprendizagem double-loop”, ou ciclos de dupla aprendizagem, a
estrutura do conhecimento é fundamentalmente questionada. A aprendizagem resulta
em mudanças nos valores da teoria aplicada da organização e em suas estratégias.
Implica em reestruturação de valores e compreensão de suas próprias competências.
Na figura II.1 demonstra-se o passo-a-passo da aprendizagem organizacional
de single loop e double loop”, também denominada de circuito único e circuito
duplo, respectivamente, por Gareth Morgan (1996, pag.92), onde:
Passo 1 = O processo de percepção, exploração e controle do ambiente.
Passo 2 = Comparação entre a informação obtida e normas de funcionamento
Passo 2a = Processo de questionamento da pertinência das normas de
funcionamento
Passo 3 = Processo de iniciação de ações apropriadas.
10
A: Aprendizagem em circuito único apóia-se numa habilidade de detectar e corrigir o erro com relação a
um dado conjunto de normas operacionais.
B: A aprendizagem em circuito duplo depende de ser capaz de “olhar duplamente” a situação,
questionando a relevância das normas de funcionamento.
Passo 1 = O processo de percepção, exploração e controle do ambiente.
Passo 2 = Comparação entre a informação obtida e normas de funcionamento.
Passo 2a = Processo de questionamento da pertinência das normas de funcionamento.
Passo 3 = Processo de iniciação de ações apropriadas.
Figura II.1 Aprendizagem em circuito único e duplo
Segundo Morgan (1996) o processo de aprender a aprender exige que as
organizações estejam abertas a refletirem acerca de questões profundas em lugar de
desenvolverem fundamentações fixas para a ação. Ele identifica quatro diretrizes para
o desenvolvimento do enfoque organizacional para a aprendizagem. A primeira é lidar
com incertezas de maneira construtiva, aceitando erros como um aspecto inevitável
em ambientes complexos e mutáveis, encorajando o entendimento dos mesmos.
Enganos podem ser evitados, mas o erro legítimo nasce da incerteza de uma situação
Passo 1
Passo 2 Passo 3
Passo 2 Passo 3
Passo
2a
Passo 1
11
diante de uma circunstância inesperada, não prevista e que não reflete,
necessariamente, erros das pessoas envolvidas.
A segunda diretriz é encorajar a análise dos problemas sob diferentes pontos
de vista. Os ambientes organizacionais estão cercados de assuntos multidimensionais.
Ele cita como exemplo as situações em que estratégias de ação podem levar à
reformulação da missão da empresa.
A terceira diretriz é evitar imposição de objetivos, metas e alvos, a fim de que
seja limitada a estrutura para a aprendizagem de circuito único. Enfatizando que a
aprendizagem de duplo sentido pode ser gerada a partir da abordagem participativa no
processo de planejamento, ou seja, “de baixo para cima”.
Morgan (1996), aponta para um novo foco no processo de planejamento a
partir da cibernética, sugerindo que no lugar de escolhas de alvos com curto prazo
pode ser mais prudente focalizar as restrições desafiantes ou a escolha de limites no
que se refere ao que se quer evitar, através de feedback negativo.
A quarta diretriz está relacionada às intervenções nos processos
organizacionais que ajudem a implementar os princípios apresentados anteriormente.
De acordo com Argyris e Schön (1994) os sistemas de aprendizagem das
organizações são compostos por estruturas organizacionais e por um universo
comportamental.
Nas estruturas organizacionais estão os canais de comunicação, formais e
informais, os sistemas de informações, os procedimentos e as rotinas, enquanto que
no universo comportamental estão as qualidades, significados e sentimentos que
condicionam os padrões de interação entre os indivíduos na organização, afetando o
questionamento organizacional.
Os autores ressaltam que gerar e fazer uso sistemático de mecanismos de
feedback relacionados com aprendizagem single-loop e double-loop aumenta a
capacidade de aprender a aprender, também denominado por eles de
deuterolearning.
Somente o uso sistemático permite o aperfeiçoamento ou mudanças que
advindas da aprendizagem organizacional.
12
A figura a seguir demonstra como se dá a conexão entre a estrutura de
conhecimento, a avaliação e a aprendizagem organizacional.
Estrutura de Conhecimento SINAES Resultados
Dominantes do Estágio Supervisionado (Instrumento de feedback)
(Legislação, objetivos, metas, políticas, etc)
(SINGLE-LOOP)
[É utilizada a informação
advinda da avaliação mas
são mantidas as mesmas
estruturas de conhecimento]
(DOUBLE-LOOP)
[É utilizada a informação para Mudanças a partir das Estruturas
transformar normas e de Conhecimento existentes
padrões de comportamento] (teoria proclamada e teoria aplicada)
Mudanças nas Estruturas de
Conhecimento Dominantes
Figura II.2: Conexão entre estrutura de conhecimento, avaliação e aprendizagem
organizacional
2
A dinâmica da aprendizagem organizacional vai depender de como serão
utilizadas as informações geradas e de que maneira elas vão modificar as estruturas
de conhecimento existentes. No aprendizado de single loop as mudanças ocasionadas
a partir dos resultados não alteram as estruturas de conhecimento, embora possam
modificar padrões de comportamento identificado nas rotinas.
O SINAES como avaliação institucional, está sendo praticado com base na
estrutura de conhecimento existente no CEFET-RJ. Os resultados obtidos podem ou
não ser auferidos quantitativamente ou qualitativamente, de forma sistemática ou não,
durante as várias fases do programa. Embora seja permitido conhecer sua eficácia
na produção de resultados ao final do processo, o programa pode ser identificado
como um instrumento de aprendizagem organizacional, devido ao feedback obtido.
2
Fonte: Modelo readaptado de Katya Calmon (1999), com base na teoria de Argyris e Schon.
13
II.2 SINAES – Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior
Com o propósito de aferir a qualidade do ensino praticado nas instituições de
ensino superior, o Ministério de Educação, MEC instituiu o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior SINAES, através da lei 10.861 de 14 de abril de
2004, que visa avaliar os aspectos do ensino, da pesquisa e da extensão em sua
abrangência, ou seja, a gestão da instituição, o corpo docente, o desempenho dos
alunos e as instalações.
O SINAES é composto por quatro instrumentos de avaliação: A auto-avaliação
institucional, realizada de forma permanente e com resultados a serem apresentados a
cada três anos; A avaliação institucional externa, realizada in loco por uma comissão
de avaliadores; A avaliação das condições de ensino (ACE), aplicada aos cursos nos
casos em que a comissão de avaliação julgar necessária uma verificação; Processo
de Avaliação Integrada do Desenvolvimento Educacional e da Inovação da Área
(ENADE), que terá uma prova aplicada aos alunos, por amostragem, no meio e no
final do curso em quatro grandes áreas: ciências humanas, exatas, tecnológicas e
biológicas e da saúde. (portal MEC, ações)
Através de um dossiê com os dados acadêmicos e avaliativos de cada
instituição avaliada, o SINAES visa tornar visível para toda a sociedade a qualidade
do ensino nela
praticado, o que servirá de fundamento para as decisões do MEC
sobre reconhecimento de cursos e credenciamento de instituições.
A mesma lei que instituiu o SINAES determinou quem são os responsáveis
pelo funcionamento do programa de avaliação. Em seu artigo 6º, foi instituída a
Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior CONAES, vinculada ao
gabinete do Ministro de Estado, é composta por 13 membros, dentre os quais estão
representantes do MEC, das universidades e personalidades de notório saber
científico. Mas a operacionalização do SINAES fica a cargo do INEP Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira.
A comissão possui a função de estabelecer parâmetros e diretrizes do SINAES,
procedimentos e mecanismos da avaliação institucional de cursos e do desempenho
dos alunos e a elaboração de pareceres e encaminhamento de recomendações às
instâncias competentes para o desenvolvimento das instituições de ensino superior.
14
As informações obtidas com o SINAES são utilizadas pelas IES, para
orientação da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social; pelos órgãos
governamentais para orientar políticas públicas e pelos estudantes, pais de alunos,
instituições acadêmicas e o público em geral, para orientar suas decisões quanto à
realidade dos cursos e das instituições. (portal SINAES).
Quando o resultado do desempenho institucional for insatisfatório, será
celebrado um compromisso entre a IES e o MEC, onde serão estabelecidos os
procedimentos e as ações, com determinação de prazos e métodos, a serem adotados
pela IES a fim de que sejam superadas suas dificuldades. (Portal INEP/MEC).
Através de um conjunto de indicadores o SINAES abrange:
1. A avaliação das instituições, na perspectiva de identificar seu perfil e o
significado da sua atuação, por meio de suas atividades, cursos, programas,
projetos e setores, respeitando a diversidade e as especificidades das
diferentes organizações acadêmicas;
2. A avaliação dos cursos de graduação, com o objetivo de identificar as
condições de ensino oferecidas, perfil do corpo docente, instalações físicas e
organização didático-pedagógica;
3.
A avaliação do desempenho dos estudantes dos cursos de graduação,
realizada pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), com
a finalidade de aferir o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos
programáticos, suas habilidades e competências. Este exame será aplicado
por meio de procedimentos amostrais, ao final do primeiro e do último ano do
curso, com uma periodicidade máxima trienal. O ENADE será acompanhado
de instrumento de levantamento do perfil dos estudantes (questionário
socioeconômico) e será considerado componente curricular obrigatório dos
cursos
.
O processo de avaliação se dará de forma integrada por diversos instrumentos
complementares: auto-avaliação, avaliação externa, ENADE, condições de ensino e
instrumentos de informação (censo e cadastro).
A Portaria 1.081 MEC/CNE de 29 de agosto de 2008, aprova o instrumento
de Avaliação para renovação de reconhecimento de Cursos de Graduação do
SINAES. Reforçada pela Portaria Normativa 12 MEC/CNE de 5 de setembro de
2008, com base nos diversos instrumentos de avaliação utilizados pelo SINAES, é
15
gerado o Índice Geral de Cursos da Instituição IGC indicador de qualidade que
considera o conceito preliminar de curso CPC no que se refere à graduação. No
que se refere à pós-graduação é considerada a nota Capes.
A coleta de informações, além do Censo da Educação Superior e do Cadastro
de Cursos e Instituições, que são integrados ao SINAES, é complementada pela
Comissão Própria de Avaliação – CPA, criada nas instituições de ensino, com o
objetivo de conduzir os processos de avaliação interna da instituição, da
sistematização e da própria coleta de informações.
Dessa forma, os resultados abrangem tanto os dados obtidos, através dos
instrumentos de informação sistematizados, quanto os julgamentos de mérito e
valor, através dos pareceres das comissões de avaliação.
Figura II.3 : Articulação dos componentes do SINAES
II.2.1 Objetivos da Avaliação
Está definido pelo INEP que os objetivos do SINAES são:
1. Identificar mérito e valor das instituições, áreas, cursos e programas, nas
dimensões de ensino, pesquisa, extensão, gestão e formação;
2. Melhorar a qualidade da educação superior, orientar a expansão da oferta;
3. Promover a responsabilidade social das IES, respeitando a identidade
institucional e a autonomia.
16
Tais objetivos somente serão alcançados com o total engajamento de
docentes, estudantes e funcionários técnico-administrativos no processo. Esse
envolvimento permite que cada participante assuma a parcela de responsabilidade
que lhe cabe contribuindo para a formação de profissionais qualificados, dotados de
discernimento crítico. Por isso
“os protagonistas devem ser parte integrante do processo de
avaliação institucional” (UNESCO, apud Schneider).
Outro aspecto fundamental é a importância de que a Instituição, ao estabelecer
os respectivos objetivos, tem que ter clareza de que a Avaliação Institucional deve ser
um processo contínuo, onde metas devem ser alcançadas, com a conseqüente
redefinição de objetivos, colocando-se a Instituição em permanente postura de
autocrítica e busca de melhoria da qualidade das atividades por ela desenvolvidas.
Sugere o SINAES que é necessário implementar e sistematizar um processo
de avaliação institucional nas Instituições de Ensino Superior, respeitando as
especificidades regionais, com vistas a fortalecer a comunicação interna e externa e
responder criticamente as demandas sociais, além de :
Identificar a inserção e o grau de participação das instituições de ensino
superior no atendimento às demandas da sociedade, tanto no que se refere à
produção científica quanto à formação de profissionais;
Verificar se as ações desenvolvidas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão
estão coerentes com a missão e as metas estabelecidas no Plano de
Desenvolvimento Institucional;
Analisar de que maneira a estrutura organizacional favorece as condições para
a execução das ações propostas no PDI;
Criar mecanismos que possibilitem a identificação, organização, catalogação e
divulgação (interna e externa) da Instituição a fim de identificar em quais áreas
e de que maneira as instituições de ensino superior estão respondendo às
demandas sociais.
Em um processo de avaliação que privilegia a missão educativa e científica, as
dimensões avaliativas que apresentam maior importância com vistas à concretização
do projeto institucional são relativas às atividades finalísticas. Por isso, no cálculo do
conceito final da avaliação externa, estas devem receber peso maior que as referentes
aos procedimentos organizacionais e operacionais, como demonstrado na tabela II.1.
17
Tabela II.1:Atribuição de Pesos às Dimensões do SINAES ( Portal SINAES)
Dimensão Peso relativo
Dimensão 1: Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional 05
Dimensão 2: Perspectiva científica e pedagógica formadora: políticas,
normas e estímulos para o ensino, a pesquisa e a extensão
30
Dimensão 3: Responsabilidade Social da IES 10
Dimensão 4: Comunicação com a sociedade 04
Dimensão 5: Políticas de pessoal, de carreira, de aperfeiçoamento,
de condições do trabalho
20
Dimensão 6: Organização e Gestão da Instituição 05
Dimensão 7: Infra-estrutura física e recursos de apoio 10
Dimensão 8: Planejamento e Avaliação 05
Dimensão 9: Políticas de atendimento aos estudantes 05
Dimensão 10: Sustentabilidade financeira 05
Total 100
II.2.2 Auto-avaliação das IES
A auto-avaliação é um extraordinário instrumento de promoção da
autoconsciência e do engrandecimento institucional. Um dos desafios do SINAES está
em desenvolver, por meio de programas de sensibilização permanente, a cultura da
auto-avaliação, através das Comissões Próprias de Avaliação (CPA).
Definidas pela CONAES, as Diretrizes para avaliação das instituições de
ensino superior, nas quais estão inseridas as concepções, princípios e dimensões do
SINAES, além das formas de implementação, cabe a cada instituição construir um
processo próprio de auto-avaliação institucional.
Segundo Diretrizes para a Avaliação das Instituições de Educação Superior
publicado pelo CONAES:
A auto-avaliação constitui um processo no qual o curso ou instituição
analisa internamente o que é e o que deseja ser, o que de fato
realiza, como se organiza, administra ou age, buscando sistematizar
informações para analisá-las e interpretá-las com vistas à
identificação de práticas exitosas, bem como percepções e
equívocos, a fim de evitá-los no futuro. (CONAES, p.11, 2004).
Ou seja, tal processo prioriza a auto-análise valorativa da instituição de forma
integrada, além de incentivar mecanismos participativos na comunidade acadêmica
para sua realização.
18
Cada IES realizará uma auto-avaliação a cada três anos, sendo incluído no
processo global de regulação e avaliação da instituição.
O processo de auto-avaliação deve contar com participação da comunidade
interna nas discussões, reflexões e estudos, com a colaboração de membros da
comunidade externa, incluindo ex-alunos e setores sociais envolvidos com a IES. Tal
procedimento garante a participação efetiva de todos os envolvidos no processo
cotidiano das instituições.
A auto-avaliação articula vários instrumentos que explicitam informações
quantitativas e procedimentos qualitativos de interpretação e de valoração. São eles:
a) auto-estudo segundo o roteiro geral proposto em nível nacional,
b) indicadores específicos, projeto pedagógico, institucional, cadastro, censo;
c) estudos do pensamento educacional, relacionando ética e tecnologia.
A auto-avaliação institucional deve gerar um relatório com as criticas e
sugestões de melhoria, de acordo com o roteiro sugerido pelo SINAES:
“Identificando as fragilidades e as potencialidades da instituição
nas dez dimensões previstas em lei, a auto-avaliação é um
importante instrumento para a tomada de decisão e dele
resultará um relatório abrangente e detalhado, contendo
análises, críticas e sugestões.” (Roteiro de Auto Avaliação
Institucional, SINAES, 2004)
Além da participação dos integrantes, são requisitos da auto-avaliação que
haja um a equipe de coordenação responsável pela metodologia, procedimentos e
objetivos do processo avaliativo que realize o planejamento do processo e sensibilize
a comunidade acadêmica, como uma primeira etapa a ser cumprida. O
desenvolvimento da avaliação consiste na concretização das atividades planejadas,
através de reuniões que levem à sistematização das idéias e sugestões, composição
de grupos de trabalho, definição e construção dos instrumentos para coleta de dados,
definição da metodologia de análise e interpretação dos dados, definição do formato
do relatório de auto-avaliação, elaboração do relatório e discussão dos resultados com
a comunidade acadêmica, através de um balanço crítico visando a melhoria da
qualidade da Instituição, no que diz respeito, principalmente, a sua atividade finalística.
19
“Os processos de planejamento e gestão no ensino superior
devem integrar conhecimento e reflexão e, diferentemente da
gestão empresarial, necessitam estar focados na transposição
da gestão para práticas pedagógicas.” (SCHNEIDER, 2005)
A avaliação é um processo que parte da instituição e a ela retorna, devendo
acontecer de forma continuada, conforme está demonstrado na figura 4:
Figura II.4: Etapas da Avaliação Interna (Elaboração própria)
Com base nas dimensões estabelecidas pela Lei 10.861 de 2004, art. e
respeitando sua especificidade, a auto-avaliação está organizada em três núcleos:
Núcleo básico comum, que contempla os tópicos comuns a todas as IES; Núcleo de
temas optativos que contempla os tópicos considerados pertinentes à realidade e
devem agregar ações de melhoria através de reflexões acerca da compreensão sobre
a instituição emitindo juízo de valor; Núcleo de documentação, dados e indicadores
que seleciona as estratégias para a coleta de informações que possam fundamentar
as análises e interpretações de procedimentos quantitativos e qualitativos em bases
concretas.
Um relatório consolida as informações relevantes, organiza todos os dados
significativos e emite juízos de valor, levando em considerações as análises e debates
realizados pela comunidade acadêmica. Depois de passar por discussões nas esferas
internas da avaliação, deve ser formalmente aprovado pelo colegiado superior da
20
instituição e oficialmente encaminhado à Comissão Nacional de Avaliação, do MEC,
que por sua vez o encaminhará à(s) Comissão/Comissões externa(s) de avaliação.
Embora a lei que criou o SINAES estabeleça que a avaliação institucional
externa in loco deva suceder os processos auto-avaliativos, fica claro, nos textos que
deram origem à lei, que a cultura da auto-avaliação não poderá depender
exclusivamente das demandas dos processos regulatórios. Somente quando a
avaliação for percebida no campus na sua dimensão formativa e pedagógica - e não
unicamente como uma exigência governamental - será realizada plenamente, como
preconiza o SINAES, uma avaliação mais participativa e democrática e uma univer-
sidade mais comprometida e cidadã, como enfatizado por Cristovam Buarque:
“A criação de um sistema de avaliação foi um dos avanços do
conjunto das universidades brasileiras, embora, nos últimos
anos, esse sistema tenha sido ainda imperfeito e incompleto. A
reorganização das universidades brasileiras vai exigir a
formulação de um novo sistema de avaliação, que permita
muito mais do que classificá-las como em um campeonato. O
objetivo desse novo sistema deverá ser o de identificar as
qualidades e os pontos fracos das universidades, a fim de
capacitá-las a desempenhar o papel que a sociedade delas
espera. A avaliação de todas as universidades, em cooperação
com o próprio setor, por acreditar que é de interesse de todos a
avaliação do potencial de cada instituição. Essa avaliação deve
ser pública, e as informações relativas a ela devem ser
amplamente divulgadas. Ela deve, também, ser participativa,
no sentido de ouvir a comunidade; corretiva, servindo para
aperfeiçoar a instituição e o sistema; e ampla, não se limitando
a avaliar apenas alguns aspectos da universidade. (A
Universidade numa encruzilhada, Cristovam Buarque, apud
UNESCO, pag. 26)”
A tabela abaixo demonstra o que deve ser avaliado dentro das dimensões do
SINAES e de acordo com os três núcleos pré-estabelecidos:
Tabela II. 2: Auto-Avaliação organizada nos três núcleos comuns
3
1 - Missão e PDI
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Finalidades, objetivos e
compromissos da instituição,
explicitados em documentos
oficiais.
Existe uma formulação explícita e clara
dos objetivos e finalidades da
instituição? Descreva.
Qual é o grau de conhecimento e
Plano de
Desenvolvimento
Institucional.
Projeto Pedagógico
3
Fonte: Portal SINAES: Inep - Adaptação
21
Concretização das práticas
pedagógicas e administrativas e
suas relações com os objetivos
centrais da instituição,
identificando resultados,
dificuldades, carências
Possibilidades e potencialidades
Características básicas do PDI e
suas relações com o contexto
social e econômico em que a
instituição está inserida.
Articulação entre o PDI e o
Projeto Pedagógico Institucional
(PPI) no que diz respeito às
atividades de ensino, pesquisa,
extensão, gestão acadêmica,
gestão institucional e avaliação
institucional.
apropriação do PDI pela comunidade
acadêmica?
Existe coerência entre as ações e
práticas realizadas na instituição e os
propósitos formulados no PDI?
Existem mecanismos para comprovar
sua realização efetiva, modificação e
revisão? Os dirigentes, docentes,
técnicos administrativos e os órgãos
colegiados participam dessas
atividades?
Há articulação entre o PDI e o Projeto
Pedagógico Institucional no que diz
respeito às políticas de ensino, de
pesquisa, de extensão, de gestão
acadêmica e administrativa e de
avaliação institucional? Explicite as
formas com que isso se concretiza.
Qual é o perfil esperado dos
ingressantes? Com base nas
demandas regionais e nacionais
(conhecimentos e competências que
devem apresentar)
Qual é o perfil esperado dos egressos
da instituição? (conhecimentos e
competências que devem adquirir
durante a sua permanência na IES).
Institucional.
Projeto Pedagógico dos
Cursos.
Efetiva utilização do PDI
como referência para
programas e projetos
desenvolvidos pelas
unidades acadêmicas
(Faculdades, Institutos,
Centros) e pela
administração central da
instituição (Reitoria, Pró-
reitorias e órgãos
colegiados
2 - ENSINO
4
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Concepção de currículo e
organização didático-
pedagógica (métodos,
metodologias, planos de ensino
e de aprendizagem e avaliação
da aprendizagem) de acordo
com os fins da instituição, as
diretrizes curriculares e a
inovação da área.
Práticas pedagógicas,
considerando a relação entre a
transmissão de informações e
utilização de processos
participativos de construção do
conhecimento.
Pertinência dos currículos
(concepção e prática), tendo em
vista os objetivos institucionais,
Com qual sistemática e
periodicidade é feita a revisão de
currículos? A periodicidade é
adequada? Os mecanismos de
atualização são adequados?
Existem responsáveis pelo
processo?
Os currículos e programas de
estudos de cada curso
respondem ao perfil do egresso?
Quais os critérios orientadores da
atualização curricular?
São desenvolvidos encontros
para discutir o(s) currículo(s)
do(s) curso(s)? Há discussão em
relação às Diretrizes Curriculares
Nacionais?
4
Há indicadores específicos para a pesquisa e a extensão, nas IES que desenvolvem tal atividade acadêmica.
22
as demandas sociais
(científicas, econômicas,
culturais etc.) e as
necessidades individuais.
Práticas institucionais que
estimulam a melhoria do
ensino, a formação docente, o
apoio ao estudante, a
interdisciplinaridade, as
inovações didático-pedagógicas
e o uso das novas tecnologias
no ensino.
3 - A responsabilidade social da instituição
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Transferência de conhecimento
e importância social das ações
universitária e impacto das
atividades científicas, técnicas e
culturais, para o
desenvolvimento regional e
nacional.
Natureza das relações com o
setor público, com o setor
produtivo e com o mercado de
trabalho e com instituições
sociais, culturais e educativas
de todos os níveis.
Ações voltadas ao
desenvolvimento da
democracia, promoção da
cidadania, de atenção a setores
sociais excluídos, políticas de
ação afirmativa etc.
Quais os critérios adotados pela
instituição para ampliar o acesso,
inclusive os portadores de
necessidades especiais?
Quais as ações desenvolvidas
pela universidade no sentido da
inclusão e assistência a setores
ou grupos sociais discriminados
e/ou sub-representados no
interior de cada segmento da
comunidade universitária
(professores, estudantes e
funcionários).
A instituição contribui com a
criação de conhecimentos para o
desenvolvimento científico,
técnico ou cultural da nação?
Existem atividades institucionais
em interação com o meio social?
Em qual(is) área(s) (educação,
saúde, lazer, cultura, cidadania,
solidariedade, organizações
econômicas e sociais, meio
ambiente, patrimônio cultural,
planejamento urbano,
desenvolvimento econômico,
entre outras)? Caracterização
das atividades.
Existem atividades vinculadas
com cooperativas, ONGs, corais,
centros de saúde, escolas,
clubes, sindicatos, ou outras?
Quais?
Existe uma avaliação sobre a
forma em que as atividades de
vinculação com o meio
favorecem o desenvolvimento
das finalidades da instituição?
Como ela é feita?
Critérios que a instituição utiliza
para a abertura de cursos e
ampliação de vagas.
Contribuição da instituição na
criação de conhecimentos para o
desenvolvimento científico, técnico
ou cultural.
Caracterização e pertinência das
atividades da IES nas áreas de
educação, saúde, lazer, cultura,
cidadania, solidariedade,
organizações econômicas e
sociais, meio ambiente, patrimônio
cultural, planejamento urbano,
desenvolvimento econômico, entre
outras.
Descrição e sistematização das
atividades relacionadas com
cooperativas, ONGs, corais,
centros de saúde, escolas, clubes,
sindicatos, partidos políticos ou
outras.
Evidencias da vinculação dessas
atividades com o desenvolvimento
das finalidades da instituição.
Dados sobre bolsas, descontos e
outras evidências de políticas
institucionais de inclusão de
estudantes em situação
econômica desfavorecida.
Lista de estudantes / docentes /
técnico-administrativos portadores
de necessidades especiais.
Estratégias pedagógico-didáticas
empregadas.
Convênios e acordos com outras
instituições públicas e privadas,
organizações profissionais e
empresariais, associações,
23
Existem políticas institucionais de
inclusão de estudantes em
situação econômica
desfavorecida? Quais?
A instituição favorece a inclusão
de estudantes portadores de
necessidades especiais?
Desenvolve estratégias para a
intervenção destes nas aulas?
Possui políticas de contratação
de pessoal (docentes e técnico-
administrativos) com
necessidades especiais?
Quais as relações estabelecidas
pela instituição com o setor
público, com o setor produtivo e
com o mercado de trabalho?
Existem ações que visem à
promoção da cidadania e de
atenção a setores sociais?
Existem ações para promover
iniciativas de incubadoras de
empresas, empresas juniores,
captação de recursos?
Existem políticas de formação de
pesquisadores? De formação de
docentes para educação básica e
para educação superior?
centros assistenciais.
Responsabilidade social é considerada especialmente no que se refere à sua
contribuição em relação à inclusão social, ao desenvolvimento econômico e social, à
defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio
cultural
4 - A comunicação com a sociedade
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Estratégias, recursos e
qualidade da comunicação
interna e externa.
Imagem pública da instituição
nos meios de comunicação
social.
Quais são os meios de
comunicação utilizados pela IES?
A comunicação da instituição é
efetiva e comprometida com a
missão da IES? Como se
manifesta?
A comunicação interna da
instituição é freqüente? Quais os
canais de comunicação
utilizados?
Existe uma adequada
comunicação entre os membros
da instituição?
A informação entregue aos
Meios e canais de comunicação
utilizados para publicizar as
atividades da instituição na
comunidade externa.
Regimentos e manuais de
circulação interna informando
sobre procedimentos.
Folhetos e jornais para divulgação
interna, existência de sítios-web
de divulgação. Análises sobre sua
eficácia.
Guia do aluno ou semelhante que
contenha informações sobre
Projeto Pedagógico do curso,
disciplinas, créditos, horários de
24
usuários da instituição é
completa, clara e atualizada?
A informação divulgada inclui os
aspectos que dizem respeito às
atividades da instituição
(objetivos, recursos, duração dos
cursos, orientação sobre a
formação, regimentos sobre
admissão, titulação oferecida,
lista de currículos diretivos e
docentes, incentivos e bolsas
para estudantes, valor da
mensalidade, serviços,
procedimentos burocráticos etc.).
Há serviço de ouvidoria? Como
funciona?
Existem mecanismos de
comunicação e sistemas de
informação eficazes para a
coordenação dos diferentes
cursos/unidades?
Existe uma estrutura de
informação sobre a realidade
institucional, as características do
meio, os recursos e outros
elementos semelhantes para
avaliar o cumprimento das metas
e objetivos?
funcionamento e outros.
Questionários destinados aos
membros dos diversos segmentos
da instituição avaliando a
efetividade da comunicação e a
circulação das informações na
instituição.
Questionários para os estudantes,
docentes e técnico-administrativos
indagando e avaliando as
estratégias mais eficazes e os
problemas na circulação das
informações.
Procedimentos de recepção de
sugestões e procedimentos de
resposta.
5 - As políticas de pessoal
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Planos de carreira
regulamentados para docentes
e funcionários técnico-
administrativos com critérios
claros de admissão e de
progressão.
Programas de qualificação
profissional e de melhoria da
qualidade de vida de docentes
e funcionários técnico-
administrativos.
Clima institucional, relações
inter-pessoais, estrutura de
poder, graus de satisfação
pessoal e profissional.
Qual a relação entre a
quantidade de estudantes dos
cursos e os recursos humanos
(docentes e técnico-
administrativos) existentes?
O número de docentes e técnico-
administrativos é suficiente para
responder aos objetivos e
funções da instituição?
Existem mecanismos claros e
conhecidos para a seleção,
contratação, aperfeiçoamento e
avaliação do corpo docente e
técnico-administrativo?
A experiência profissional, a
formação didático-pedagógica
dos docentes, e a formação e
experiência profissional dos
técnico-administrativos permitem
desenvolver com qualidade a
missão institucional?
Existem instâncias que permitam
conhecer o grau de satisfação
dos docentes com as condições
de trabalho, os planos de
DOCENTES
Dados
Nº de docentes em tempo integral,
parcial e horistas (“substitutos” na
IFES).
Nº de docentes doutores, mestres
e especialistas com respectivos
regimes de trabalho.
Experiência profissional no
magistério superior.
Experiência profissional fora do
magistério superior.
Formação didático-pedagógica.
N.º de publicações por docente.
Critérios de ingresso na instituição
e de progressão na carreira.
Políticas de capacitação e de
avaliações de desempenho.
Pesquisas e/ou estudos sobre
docentes com as condições de
25
estudos, os recursos e outros
aspectos vinculados com sua
função?
Existem instâncias que permitam
conhecer o grau de satisfação
dos técnico-administrativos com
as condições de trabalho, os
recursos e outros aspectos
vinculados com sua função?
Há instâncias que fomentam a
qualificação dos docentes e
técnico-administrativos? Existem
incentivos e outras formas de
apoio para o desenvolvimento
das suas funções?
Existem políticas de assistência e
de melhoria da qualidade de vida
dos técnico-administrativos?
Existe integração entre os
membros da instituição e um
clima institucional de respeito?
trabalho, recursos, formação dos
técnico-administrativos.
Indicadores
Conceitos da CAPES na Pós-
graduação stricto sensu
IQCD – Índice de Qualificação do
Corpo Docente.*
5
Produção acadêmica/docentes.
Aluno tempo integral/professor.*
Grau de envolvimento como pós-
graduação.*
Grau de envolvimento com
pesquisa.
Grau de envolvimento com
extensão.
TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS
Dados
Nº de funcionários técnico-
administrativos.
Escolaridade dos funcionários
técnico-administrativos.
Envolvimento de funcionários
técnico-administrativos com
pesquisa e Extensão.
Experiência profissional.
Critérios de ingresso na
instituição.
Critérios de progressão na
carreira.
Políticas de capacitação.
Avaliações de desempenho.
Pesquisas e/ ou estudos sobre a
satisfação dos funcionários
técnico-administrativos com as
condições de trabalho, recursos,
formação dos técnico-
administrativos
Indicadores
5
.
Estão assinalados com (*) os indicadores desenvolvidos pelo Tribunal de Contas da União, obrigatórios para as
Instituições Federais de Educação Superior. De acordo com o documento do Tribunal de Contas da União (TCU),
Secretaria de Ensino Superior (SESu) e Secretaria Federal de Controle Interno (AFC), Decisão TCU N. 408/2002
Plenário “Orientações para o Cálculo dos Indicadores de Gestão”,
Aluno de Tempo Integral (de graduação) é
calculado da seguinte forma: AgTI = (somatório) todos os cursos {(NDI* Dpc)(1+[Fator de Retenção] + ((N1 NDI)/4)*
Dpc)
onde, NDI = Número de Diplomados, no ano letivo referente ao exercício, em cada curso; Dpc = Duração padrão
do curso; N1 = Número de alunos que ingressaram no ano letivo ao exercício, em cada curso e fator de Retenção
calculado de acordo com metodologia da SESu.
26
Aluno tempo integral/funcionário
técnico-administrativo*
6 - A Organização e gestão da instituição
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Existência de plano de gestão
e/ou plano de metas:
adequação da gestão ao
cumprimento dos objetivos e
projetos institucionais e
coerência com a estrutura
organizacional oficial e real.
Funcionamento, composição e
atribuição dos órgãos
colegiados.
Uso da gestão e tomadas de
decisão institucionais em
relação às finalidades
educativas.
Uso da gestão estratégica para
antecipar problemas e
soluções.
Modos de participação dos
atores na gestão (consensual,
normativa, burocrática).
Investimento na comunicação e
circulação da informação
(privativa da gestão central ou
fluida em todos os níveis).
Existem, na Instituição,
procedimentos adequados e
conhecidos para organizar e
conduzir os processos de tomada
de decisões? Quais são?
A gestão está orientada para
resultados ou processos?
Justifique.
Existem na Instituição
procedimentos adequados e
conhecidos para organizar e
conduzir os processos de tomada
de decisões? Quais são eles?
Como funcionam?
Existem na Instituição instâncias
de apoio, participação e consulta
para tomar decisões? Como
funcionam? O grau de
centralização ou
descentralização existente na
instituição é adequado para a
gestão da instituição?
Os sistemas de arquivo e registro
são eficientes para dar conta das
funções da instituição?
Existem instruções normativas
formuladas e conhecidas sobre
os procedimentos institucionais
(estatutos, regimentos,
organogramas, regulamentos
internos, normas acadêmicas e
outros)?
Os órgãos colegiados funcionam
permitindo a participação e a
democracia interna, com critérios
de composição?
Existe um organograma
institucional explicitando a
hierarquia das funções e a
dinâmica de funcionamento da
IES? Ele é desenvolvido de
acordo com o proposto? Outras
funções e relações são
estabelecidas fora do
organograma institucional?
Atas dos órgãos colegiados.
Regulamentos internos, normas
acadêmicas, regimentos e
estatutos da instituição.
Funcionamento do sistema de
registro acadêmico.
Funcionamento do sistema e
recursos de informação.
Mecanismos de controle de
normas acadêmicas.
Organogramas.
27
Organização e gestão da instituição se refere especialmente ao funcionamento
e representatividade dos colegiados, sua independência e autonomia na relação com
a mantenedora, e a participação dos segmentos da comunidade universitária nos
processos decisórios
7 - Infra-estrutura física
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Adequação da infra-estrutura da
instituição (salas de aula,
biblioteca, laboratórios, áreas
de lazer, transporte, hospitais,
equipamentos de informática,
rede de informações e outros)
em função das atividades de
ensino, pesquisa e extensão.
Políticas institucionais de
conservação, atualização,
segurança e de estímulo à
utilização dos meios em função
dos fins.
Utilização da infra-estrutura no
desenvolvimento de práticas
pedagógicas inovadoras.
A quantidade de laboratórios é
adequada para as necessidades
da instituição em relação aos
cursos e a quantidade dos
estudantes?
O espaço é suficiente para que
os estudantes desempenhem as
atividades programadas?
Qual o nível de funcionalidade
dos laboratórios, bibliotecas,
oficinas, espaços experimentais?
Qual o estado de conservação
dos laboratórios e bibliotecas e
as carências mais relevantes?
Os equipamentos dos
laboratórios são adequados em
quantidade e qualidade?
Justifique.
Quais são as características dos
laboratórios e bibliotecas quanto
à iluminação, refrigeração,
acústica, ventilação, mobiliário e
limpeza?
A quantidade de postos na
biblioteca e salas de leitura é
adequada às necessidades dos
usuários? Justifique.
Os horários e calendário da
biblioteca respondem às
necessidades dos estudantes
nos turnos oferecidos pela IES
(diurnos e noturnos)? Justifique.
Os equipamentos da biblioteca
têm a quantidade e qualidade
necessárias? Justifique.
A organização dos materiais e o
volume de consultas e
empréstimos são adequados
(Justifique)? São informatizados?
Qual é a disponibilidade dos
materiais em relação à
demanda?
Qual é a disponibilidade da
bibliografia obrigatória ou
N.º de salas de aula.
N.º de instalações administrativas.
N.º e condições das salas de
docentes.
N.º e condições das salas de
reuniões.
N.º e condições dos gabinetes de
trabalho.
N.º e condições das salas de
conferência/auditórios.
N.º e condições das instalações
sanitárias.
Existência de áreas de
convivência.
Acessos para portadores de
necessidades especiais.
N.º de equipamentos (informática,
laboratórios, apoio administrativo).
N.º de Bibliotecas (central e
setoriais).
Acesso a bases de dados e
bibliotecas virtuais.
No. de livros, periódicos e títulos
em geral.
N.º e condições de laboratórios de
informática.
Nº. De equipamentos informáticos
e condições de uso e acesso
pelos estudantes.
N.º e condições de laboratórios
específicos.
Descrição do plano de segurança,
proteção de riscos e proteção
ambiental.
Questionários de satisfação dos
usuários sobre as instalações em
geral e especialmente sobre a
biblioteca, laboratórios e
28
recomendada em relação à
demanda?
Qual o grau de satisfação dos
usuários com relação ao sistema
de acesso aos materiais e a sua
consulta? Justifique.
Qual é a satisfação dos usuários
com a quantidade, qualidade e
acessibilidade da bibliografia?
Justifique.
Qual é a satisfação dos
estudantes com os laboratórios e
as bibliotecas da IES? Justifique.
Existem procedimentos claros
para adquirir, manter, revisar e
atualizar as instalações e
recursos necessários?
São suficientes a infra-estrutura,
as instalações e os recursos
educativos? Justifique.
A instituição possui, em seu
quadro de pessoal, técnico-
administrativos necessários para
o uso e manutenção das
instalações / infra-estrutura?
Justifique.
As instalações são adequadas e
adaptadas para os estudantes
com necessidades especiais?
Justifique.
Há locais de convívio disponíveis
aos discentes, docentes e
funcionários técnico-
administrativos? Descreva-os.
Há coerência entre as
bibliotecas, laboratórios,
equipamentos de informática e
as práticas pedagógicas dos
docentes? Justifique.
equipamentos informáticos.
Refere-se especialmente a infra-estrutura de ensino e de pesquisa, biblioteca,
recursos de informação e comunicação.
8 - Planejamento e avaliação
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Adequação e efetividade do
(plano estratégico)
planejamento geral da
instituição e sua relação com o
Projeto Pedagógico Institucional
e com os projetos pedagógicos
Existe um planejamento das
atividades da instituição? Como
funciona?
O planejamento incorpora ações
para a melhoria contínua? Existe
Projeto Pedagógico Institucional
29
dos cursos.
Procedimentos de avaliação e
acompanhamento do
planejamento institucional,
especialmente das atividades
educativas.
relação entre a auto-avaliação e
o planejamento? Justifique.
Quais são os mecanismos para a
realização dessas ações?
Existia avaliação institucional
antes da implantação do
SINAES? Desde quando? Com
quais resultados? Como estava
organizada?
Existe consenso sobre os
objetivos do processo de auto-
avaliação?
Houve acordos sobre a
metodologia utilizada e os
objetivos a atender? Como
ocorreu?
Houve, no decorrer do processo
de auto-avaliação, as condições
necessárias para uma avaliação
efetiva? Justifique.
Houve participação suficiente
para assegurar o
comprometimento e a
apropriação dos resultados da
auto-avaliação da maior parte da
comunidade? Justifique.
Foi possível colher e sistematizar
as informações importantes
disponíveis na instituição quando
foi realizada a auto-avaliação?
Justifique.
Foi necessário gerar informação
adicional? Por quê?
O processo de auto-avaliação
permitiu gerar juízos críticos
sobre a instituição?
O relatório de auto-avaliação
conseguiu comunicar bem as
conclusões do processo de
avaliação interna?
Houve discussão dos resultados,
dos relatórios, com a
comunidade?
Houve ações e mudanças
imediatas como resultado do
processo de auto-avaliação?
Houve modificações incluídas no
planejamento de futuras
atividades?
Que questões foram mantidas e
quais mudaram para a
continuidade do processo de
auto-avaliação no âmbito do
Projeto Pedagógico dos cursos
Relatórios parciais de auto-
avaliação.
Relatório final de auto-avaliação.
• Ações decorrentes das
conclusões da auto-avaliação.
Nº de eventos e seminários de
difusão dos processos de auto-
avaliação.
30
SINAES?
Houve divulgação interna do
processo e dos resultados da
avaliação interna?
Os indicadores deste item, dizem respeito especialmente aos processos,
resultados e eficácia da auto-avaliação institucional.
9 - Políticas de atendimento aos estudantes
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Políticas de acesso, seleção e
permanência de estudantes
(critérios utilizados,
acompanhamento pedagógico,
espaço de participação e de
convivência) e sua relação com
as políticas públicas e com o
contexto social.
Políticas de participação dos
estudantes em atividades de
ensino (estágios, tutoria),
Iniciação Científica, Extensão,
avaliação institucional,
atividades de intercâmbio
estudantil.
Mecanismos/sistemáticas de
estudos e análises dos dados
sobre ingressantes,
evasão/abandono, tempos
médios de conclusão,
formaturas, relação
professor/aluno e outros
estudos tendo em vista a
melhoria das atividades
educativas.
Acompanhamento de egressos
e de criação de oportunidades
de formação continuada.
Os critérios de admissão são
conhecidos, discutidos e
divulgados? Como são
construídos?
Existem mecanismos de apoio
acadêmico, compensação e
orientação para os estudantes
que apresentam dificuldades
acadêmicas e pessoais?
Estão regulamentados os direitos
e deveres dos estudantes?
Como?
O processo de ensino contempla
as condições acadêmicas de
ordem de matrícula dos
estudantes matriculados?
Justifique.
Existem mecanismos que
permitam comprovar se foram
alcançados os objetivos dos
planos de estudos? Como
funcionam?
Existem mecanismos para
incorporar novas tecnologias no
processo de ensino-
aprendizagem? Como
funcionam?
Têm se desenvolvido indicadores
para medir os resultados obtidos
pelos estudantes? Quais?
Como têm evoluído nos últimos
cinco anos? São empregados os
resultados na revisão e
organização dos processos de
ensino-aprendizagem?
Quais as condições institucionais
desenvolvidas no que diz
respeito às questões burocráticas
(inscrições, transferências,
horários e outros)?
31
Quais os aspectos positivos e
negativos detectados no que diz
respeito às políticas de
atendimento ao estudante?
Quais as dificuldades? Existe um
plano para superar as
dificuldades detectadas?
Há instâncias que forneçam
bolsas de ensino, pesquisa e
extensão? Quais? Quantidade de
bolsas e tipos.
Há instâncias que favoreçam a
participação dos estudantes em
eventos? Existem programas de
mobilidade e intercâmbio? Estão
baseados em normas e critérios
para sua concessão? Quais são
elas?
Há políticas claras de incentivo à
participação dos estudantes em
projetos com os docentes?
Quais?
Há políticas de incentivo para a
criação de empresas-júnior,
incubadoras? Descreva.
Há políticas de incentivo a
estágios, intercâmbios com
instituições e estudantes do
exterior? Descreva.
Há programas e práticas de
iniciação à ciência e de formação
inicial de futuros pesquisadores?
Descreva.
9.1 - Egressos
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Inserção profissional dos
egressos.
Participação dos egressos na
vida da Instituição.
Existem mecanismos para
conhecer a opinião dos egressos
sobre a formação recebida, tanto
curricular quanto ética? Quais
são?
Qual a situação dos egressos?
Qual o índice de ocupação entre
eles? Há relação entre a
ocupação e a formação
profissional recebida?
Existem mecanismos para
conhecer a opinião dos
empregadores sobre os egressos
Pesquisas ou estudos sobre os
egressos e/ou empregadores dos
mesmos.
Dados sobre a ocupação dos
egressos.
Evidências de atividades de
formação continuada para os
egressos.
N.º de Candidatos
N.º de Ingressantes.
32
da instituição? Quais?
É utilizada a opinião dos
empregadores dos egressos para
revisar o plano e os programas?
Como é feita?
Existem atividades de
atualização e formação
continuada para os egressos?
Quais?
Há participação dos egressos na
vida da instituição? Como?
Que tipos de atividades
desenvolvem os egressos? Que
contribuições sociais têm
trazido?
N.º de Estudantes matriculados
por curso.
N.º de Estudantes com bolsas.
N.º médio de estudantes por
turma.
N.º de bolsas e estímulos
concedidos.
N.º de intercâmbios realizados.
N.º de eventos realizados.
N.º. de participações em eventos.
N.º de trabalhos de estudantes
publicados.
Indicadores
TSG - Taxa de Sucesso na
Graduação*.
GPE - Grau de Participação
Estudantil*
Tempo médio de conclusão do
curso.
Aluno tempo integral/professor
Aluno tempo integral/funcionário
técnico-administrativo*
10 - Sustentabilidade financeira
Núcleo básico e comum Núcleo de temas optativos
Documentação, dados e
indicadores
Sustentabilidade financeira da
instituição e políticas de
captação e alocação de
recursos.
Políticas direcionadas à
aplicação de recursos para
programas de ensino, pesquisa
e extensão.
No PDI, há relação entre a
proposta de desenvolvimento da
IES e o orçamento previsto?
Há compatibilidade entre cursos
oferecidos e as verbas e os
recursos disponíveis?
As obrigações trabalhistas estão
sendo cumpridas?
Os salários dos docentes e dos
técnico-administrativos estão
sendo pagos regularmente?
Estão ocorrendo atrasos? Há
quanto tempo os salários estão
sendo pagos com atraso? As
multas dos atrasos apresentados
estão sendo corrigidas e pagas?
Foi necessário acordo com
sindicato para que ocorressem
estes pagamentos?
Aluno tempo integral/técnico
-
administrativo.
Planilha de contratação de
pessoal docente.
Planilha de contratação de
pessoal técnico-administrativo.
Planilha financeira que compõe o
PDI.
Tabela de cursos oferecidos
(graduação, pós-graduação,
seqüenciais e a distância) pela
IES.
Folhas de pagamento dos
docentes e dos técnico-
administrativos (últimos 6 meses).
Planilha de liberação de verbas
para capacitação de docentes e
técnico-administrativos.
33
Os equipamentos necessários
para o desenvolvimento do
Projeto Pedagógico Institucional
são atualizados em número e em
qualidade?
Há uma política de espaço físico
para atualização e adequação
das instalações no atendimento
das demandas da IES?
Compõe o orçamento a
destinação de verbas para
capacitação de docentes e
técnico-administrativos?
Existe controle entre as
despesas efetivas e àquelas
referentes às despesas
correntes, de capital e de
investimento?
Planilha de liberação de verbas
para auxílio de custo para
participação em eventos pelos
discentes.
Planilha de gastos com multas
(trabalhistas e outras).
Indicadores
Relação orçamento/gastos
(semestral e anual).
Relação ingressantes /
concluintes.
Relação docentes em capacitação
/ docentes capacitados (em nível
de pós-graduação –
especialização, mestrado e
doutorado).
Relação dos técnico-
administrativos em capacitação/
capacitados (em nível de pós-
graduação: especialização,
mestrado e doutorado).
A sustentabilidade financeira deve ser considerada, tendo em vista o
significado social da continuidade dos compromissos na oferta da educação superior.
Ainda de acordo com o Portal SINAES, podem ser incluídos outros itens
não mencionados e que sejam importantes para a Instituição, tendo em vista as
suas finalidades essenciais, suas especificidades e a sua missão (por exemplo:
hospitais universitários, teatros, rádios, atividades artísticas, esportivas e culturais,
museus, fazenda experimental, zoológico etc.).
Ao final, deve ser redigido um capítulo-síntese integrando as dimensões
analisadas e apontando subsídios para a superação das dificuldades encontradas
e disseminação dos aspectos positivos.
II.3 As Diretrizes Curriculares das Engenharias
As Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação, aprovadas pelo
Conselho Nacional de Educação e pela Câmara de Educação Superior, asseguram
plena liberdade às instituições, seja na composição da carga horária, evitando a pré-
determinação, seja na fixação de conteúdos específicos, mas têm por princípio
incentivar uma sólida formação geral que venha a incentivar o graduado ao exercício
profissional e a produzir conhecimento, visando a autonomia profissional e intelectual
do aluno (Resolução CNE/CES nº 11, de 11/03/2002).
34
A Resolução também institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Engenharia, a serem observadas pelas IES do país, definindo
princípios, fundamentos, condições e procedimentos da formação dos engenheiros e
aplicados no desenvolvimento dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação em
engenharia. Especificando o perfil do engenheiro egresso, com formação generalista,
humanista, crítica e reflexiva, que tenha visão ética e humanística no atendimento às
demandas da sociedade, o engenheiro deverá ser dotado de competências e
habilidades gerais descritas no art. 4º da Resolução:
I - aplicar conhecimentos matemáticos, científicos,
tecnológicos e instrumentais à engenharia;
II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e
processos;
IV - planejar supervisionar, elaborar e coordenar projetos e
serviços de engenharia;
V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
VII - avaliar criticamente a operação e a manutenção de
sistemas;
VIII - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e
gráfica;
IX - atuar em equipes multidisciplinares;
X - compreender e aplicar a ética e responsabilidade
profissionais;
XI - avaliar o impacto das atividades da engenharia no
contexto social e ambiental;
XII - avaliar a viabilidade econômica de projetos de
engenharia;
XIII - assumir a postura de permanente busca de atualização
profissional.
O projeto pedagógico de cada curso trata das questões didático-pedagógicas
no âmbito interno da instituição e deve deixar claro como o conjunto das atividades
previstas irá garantir o desenvolvimento das competências e habilidades esperadas e
descritas no perfil do engenheiro, contendo no currículo:
Um núcleo de conteúdos básicos, que deve versar sobre 15 tópicos e
representa trinta por cento da carga horária mínima;
Um núcleo de conteúdos profissionalizantes, que deve versar sobre um
subconjunto de 53 tópicos, a serem definidos pela IES, com quinze por cento
de carga horária mínima;
Núcleo de conteúdos específicos, proposto exclusivamente pela IES e
representando cinqüenta e cinco por cento da carga horária, constituídos por
conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais que definirão as
modalidades de engenharia.
35
O estágio curricular obrigatório é etapa integrante da graduação para a
formação do engenheiro e deverá ser supervisionado diretamente pela instituição de
ensino, com carga horária mínima de 160 horas.
O artigo 8º da resolução, diz:
“A implantação e desenvolvimento das diretrizes curriculares
devem orientar e propiciar concepções curriculares ao Curso
de Graduação em Engenharia que deverão ser acompanhadas
e permanentemente avaliadas, a fim de permitir os ajustes que
se fizerem necessários ao seu aperfeiçoamento.”
II.4 O Estágio Curricular Supervisionado
Com a publicação da Portaria 1.002 de 29 de setembro de 1967 o estágio é
oficializado no Brasil e estabelece o entrosamento da área acadêmica com a área
empresarial com vistas a desenvolver e preparar profissionais técnicos e de melhorar
o ensino tecnológico no país.
Esclarecendo sobre a não existência de vínculo empregatício, nada dizia sobre
a duração do estágio ou jornada a ser cumprida o que levou a uma descaracterização
do estágio, conforme Cecilia Fabian (1996, p.33), apud Francisco, 2003:
“soubemos, por intermédio de alunos nossos, que elas (as empresas
ACF) utilizavam o nosso discente, não para estágios, mas sim para
atender ao trabalho temporário”, e acrescenta, eles passam, na
realidade, a ser mão-de-obra barata”.
No ano de 1977, com a Lei 6.494 de 07 de dezembro, regulamentada pelo
Decreto 87.497 de 18 de agosto de 1982, ou seja, quase 5 anos depois, algumas
modificações são estabelecidas. Somente alunos regularmente matriculados e com
freqüência efetiva nos cursos vinculados ao ensino público e particular, nos níveis
superior e de 2º Grau regular e supletivo, poderão participar das atividades de estágio,
por um período mínimo de um semestre letivo, podendo ser prorrogado até o prazo
máximo de quatro semestres letivos.
Estabelece em seu art. 4º. que é de responsabilidade das Instituições de
Ensino a inserção do estágio na programação didático-pedagógica de cada curso, a
determinação de carga horária, duração e a sistemática de avaliação, organização,
supervisão e orientação do estagiário.
36
O Decreto 87.497 estabelece as atividades desenvolvidas no estágio como
“atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, proporcionadas ao
estudante pela participação em situações reais de vida e trabalho em seu meio, sendo
realizada na comunidade em geral ou junto a pessoas jurídicas de direito público ou
privado”, em seu art. 2º. (D.O.U DE 19.08.82).
Estabelece ainda o instrumento jurídico denominado Termo de Compromisso
a ser assinado entre todas as partes envolvidas, estagiário, instituição de ensino e
empresa concedente da vaga de estágio, no qual devem estar definidas as condições
acordadas no que se refere à jornada e período de realização do estágio, que deve ser
compatível com o horário escolar; valor da bolsa-auxílio e outras vantagens, se
existentes; bem como a contratação do seguro pessoal, item também obrigatório.
A Lei 8.859 de 23 de março de 1994, em seu art. estabelece o estágio
para “alunos regularmente matriculados em cursos vinculados ao ensino público e
particular”, que esteja, comprovadamente, freqüentando as aulas.
A nova lei 11.788 de 25 de setembro de 2008 que dispõe sobre o estágio,
determina que o estágio pode ser obrigatório ou não, de acordo com o projeto
pedagógico do curso. Além disso, em seu Art. 13. assegura ao estagiário, período de
recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias
escolares, nos casos de estágio com duração igual ou superior a 1(um) ano ou
proporcional para os casos de duração inferior, garantindo a remuneração quando o
estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação (Casa Civil).
Regulamentar não garante que as atividades de estágio atendam às
definições e propósitos especificados, embora a lei 9.394 de 20 de dezembro de
1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, tenha redefinido objetivos na busca
de importantes transformações para a estrutura da educação nacional, dando ênfase
aos processos de avaliação, visando a melhoria da qualidade do ensino e a
acreditação de instituições e cursos, fortalecendo a formação continuada e
permanente, muito ainda há a ser feito.
No Cefet-RJ, o estágio curricular está de acordo também com o Decreto
5.773, de 09 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação,
supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de
graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino.
37
III O CEFET-RJ E SUA ORGANIZAÇÃO
III. 1 Apresentação da Instituição
O Plano de Desenvolvimento Institucional PDI do CEFET-RJ, publicado em
janeiro de 2005, traz a história da instituição que com quase um século de existência,
teve sua origem com a criação da Escola Normal de Artes e Ofícios, em 1917, que
formava professores, mestres e contramestres para o ensino profissional, passando à
jurisdição federal em 1919. Em 1942 seu nome alterado para Escola Técnica Nacional,
ministrando cursos industriais e de mestria, além de técnicos e pedagógicos.
A partir de 1959, a Escola Técnica Nacional adquire maior autonomia e passa
a atuar na formação exclusiva de técnicos.
Os cursos de nível superior são implantados a partir de 1966, já com a
denominação de Escola Técnica da Guanabara, com a introdução do curso de
Engenharia de Operação, em convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro,
para efeito de colaboração do corpo docente e expedição de diplomas.
Em 1967 torna-se Escola Técnica Federal Celso Suckow da Fonseca, em
homenagem póstuma ao seu primeiro diretor escolhido pelos docentes e em 1978
transforma-se em Centro Federal de Educação Tecnológica pela Lei nº. 6.545, de 30
de junho de 1978.
O CEFET-RJ é uma autarquia vinculada ao Ministério da Educação e Cultura,
oferece cursos de educação profissional técnica de nível médio, de graduação
(superiores de tecnologia e bacharelado), mestrado e pós-graduação lato sensu, atua
em atividades de extensão e realiza pesquisas na área tecnológica, buscando a
formação profissional que deve ir ao encontro da inovação e do desenvolvimento
tecnológico.
Com um universo de cerca de dez mil alunos regulares, distribuídos entre os
cursos de Ensino Médio, Educação Profissional Técnica de nível Médio, ensino de
Graduação, incluídos os cursos Superiores de Tecnologia, e Pós-graduação, sua sede
está localizada no bairro do Maracanã e conta com um campus ligado à unidade sede,
localizado na Rua General Canabarro, além de duas unidades de ensino
descentralizadas, sendo uma na Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu e outra em
Maria da Graça, com expansão atual para Petrópolis e Nova Friburgo.
38
O CEFET-RJ é uma instituição pública que forma profissionais para os setores
de metalmecânica, petroquímica, energia elétrica, eletrônica, telecomunicações,
informática e outros que atendam à produção de bens e serviços no país.
Em 06/10/78, através do Parecer 6.703/78, o Conselho Federal de
Educação aprovou a criação do Curso de Engenharia, com as habilitações Industrial
Mecânica e Industrial Elétrica, sendo esta última com ênfases em Eletrotécnica,
Eletrônica e Telecomunicações.
No primeiro semestre de 1979, ingressaram no CEFET-RJ as primeiras turmas
do Curso de Engenharia, nas habilitações Industrial Elétrica e Industrial Mecânica,
oriundas do Concurso de Vestibular da Fundação CESGRANRIO
Em 29/09/82, o então Ministro de Estado da Educação e Cultura, usando da
competência que lhe foi delegada pelo Decreto n.º 83.857, de 15/08/79, e tendo em
vista o Parecer n.º 452/82 do CFE, conforme consta do Processo CFE n.º 389/80 e
234.945/82 do MEC concedeu o reconhecimento do Curso de Engenharia do CEFET-
RJ, através da Portaria n.º 403, publicada no D.O.U. de 30/09/82.
A partir do primeiro semestre de 1998, iniciaram-se os cursos de Engenharia
de Produção e de Administração Industrial, bem como os Cursos Superiores de
Tecnologia. No segundo semestre de 2007 foi iniciado o curso de Engenharia Civil.
No ano de 2004 teve início, na Unidade Descentralizada de Nova Iguaçu, o
Curso de Engenharia de Controle e Automação Industrial, sendo implementado na
Unidade Maracanã no segundo semestre de 2005.
O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca -
CEFET-RJ tem por finalidade:
I - Ministrar os cursos de Educação Superior:
• de Graduação:
Engenharia Industrial Elétrica, com ênfase em:
Telecomunicações
Eletrotécnica;
Eletrônica;
Engenharia Industrial de Controle e Automação
39
Engenharia Industrial Mecânica.
Engenharia de Produção;
Administração Industrial;
Engenharia Civil
• de Tecnologia, com habilitação em:
Meio Ambiente;
Gestão Ambiental;
Informática;
Sistemas para Internet.
de Pós-graduação “stricto sensu”, em nível de Mestrado:
Tecnologia;
Ensino de Ciências e Matemática;
Mecânica e
Materiais
• de Extensão (educação continuada)
Vários cursos de atualização e aperfeiçoamento profissional, de acordo com a
demanda interna e externa
II - Ministrar a Educação Profissional Técnica de Nível Médio e o Ensino Médio
III - Promover cursos de extensão, aperfeiçoamento e especialização, objetivando a
centralização profissional nas áreas técnica e industrial;
IV - Realizar pesquisas na área tecnológica, estimulando atividades criadoras e
estendendo seus benefícios à comunidade, mediante cursos e serviços.
Sua Organização básica compreende:
DIREG Direção Geral
GABIN Chefia de Gabinete
PROJU Procuradoria Jurídica
AUDIT Chefe da Unidade de Auditoria Interna
DIREN Diretoria de Ensino
DEPES Departamento de Educação Superior
DEMET Departamento de Ensino Médio e Técnico
DIPPG Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação
DIREX Diretoria de Extensão
DEAC Departamento de Extensão e Assuntos Comunitários
40
DIRAF Diretoria de Administração e Planejamento
DEPAF Departamento de Planejamento e Finanças
DEPAD Departamento de Administração
DRH Departamento de Recursos Humanos
DEIES Departamento de Infra-Estrutura
DIGES Diretoria de Gestão Estratégica
DTINF Departamento de tecnologia da Informação
DEEDI Departamento de Estudos de Desenvolvimento Institucional
Atualmente, integram o Departamento de Educação Superior:
• o Departamento de Administração Industrial (DEPAD);
• o Departamento de Disciplinas Básicas e Gerais (DEPBG);
• o Departamento de Engenharia Industrial Elétrica (DEPEL);
• o Departamento de Engenharia Industrial Mecânica (DEPMC);
• o Departamento de Engenharia de Produção (DEPRO);
Coordenações dos Cursos de formação de Tecnólogos em:
• Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental;
• Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet.
Os cursos de bacharelado das diversas áreas de engenharia e administração
estão sob a responsabilidade desses departamentos, sendo o CONDEP Conselho
Departamental o órgão consultivo e deliberativo do Departamento de Educação
Superior DEPES - subsidiando a Diretoria de Ensino - DIREN nas diretrizes das
políticas relacionadas ao ensino.
Três coordenações assessoram o DEPES:
COGRAD – Coordenação dos cursos de Graduação
COSAC – Coordenação de Suporte Acadêmico
COSUT – Coordenação dos Cursos Superiores de tecnologia
41
DEPES
COORDENADORIAS
GESTÃO
AMBIENTAL
SISTEMAS
PARA
INTERNET
COGRAD
COSAC
COSUT
Responsável
pelo CST em
GA
Responsável
pelo CST em
SI
Promover a
organização e
avaliação das
atividades dos
cursos de
bacharelado
Promover, controlar e
avaliar as pesquisas
no âmbito do DEPES
Promover a
organização e
avaliação das
atividades
acadêmicas dos
cursos Superiores
de Tecnologia
Figura III.1 ORGANOGRAMA FUNCIONAL DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
PESQUISADOR
INSTITUCIONAL
interlocutor e responsável
pelas informações da
instituição CEFET/RJ junto
DEPAD DEPBG DEPEL DEPMC DEPRO
Implementar o processo ensino-aprendizagem
e
Executar as avaliações discentes de ensino.
(Fonte: Manual do Aluno – CEFET/RJ)
CONDEP
Órgão deliberativo e normativo em
assuntos de Ensino superior
Interlocutor e
responsável pelas
informações da
instituição CEFET/RJ
junto a DEAES
INEP/MEC
Planejamento e Coordenação de todas as
atividades do Ensino Superior
42
III. 2 O Projeto Político Pedagógico do CEFET/RJ
Uma comissão interna formada por professores, coordenadores de curso, e
membros da diretoria do CEFET-RJ, está encarregada de elaborar o projeto Político-
Pedagógico do CEFET-RJ, em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional.
III.2.1 O Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Produção
O Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Produção do CEFET-RJ foi
desenvolvido, tendo por base:
A LDB (Lei No. 9394 de 20 de dezembro de 1996) que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional.
A Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de 2002 que “Institui Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia” quanto aos
princípios, fundamentos, condições e procedimentos da formação de engenheiros,
estabelecidos pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de
Educação e determina, em sua redação:
“o Curso de Graduação em Engenharia tem como perfil do formando egresso;
profissional o engenheiro, com formação generalista, humanista, crítica e
reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias,
estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de
problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais,
ambientais e culturais, com visão ética e humanista, em atendimento às
demandas da sociedade.”
E em consonância com o documento Engenharia de Produção: Grande Área e
Diretrizes Curriculares, elaborado pela Associação Brasileira de Engenharia de
Produção ABEPRO que estabelece o campo da Engenharia de Produção e define
as sub-áreas que devem constituir o núcleo de conteúdos profissionalizantes de
todos os cursos de Engenharia de Produção
e define que
:
"compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a
melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e
serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia.
Compete ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes
sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos
especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais,
conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto de
engenharia".
E complementa
:
43
“Produzir é mais que simplesmente utilizar conhecimento científico e
tecnológico. É necessário integrar fatores de natureza diversas, atentando
para critérios de qualidade, produtividade, custos e responsabilidade social,
entre outros. A Engenharia de Produção, ao voltar sua ênfase para
características de produtos (bens e/ou serviços) e de sistemas produtivos,
vincula-se fortemente com as idéias de projetar e viabilizar produtos e
sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a
sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma
integrada pela Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação
da qualidade de vida e da competitividade do país.”
No espírito da Lei n
o
6545, de 30 de junho de 1978, que criou os CEFET’s, e de
acordo com a redação do Art. 3
o
da Lei n
o
8.711, de 28 de setembro de 1993, o
Centro tem por finalidade o oferecimento da educação tecnológica
.
Foi a partir dessa tradição de formação de recursos humanos na área tecnológica,
que surgiu a concepção do curso de Engenharia de Produção que, embora formasse
engenheiros plenos em Engenharia de Produção, complementaria a base tecnológica
própria da Engenharia de Produção com uma base em Mecatrônica.
A primeira turma do curso de Engenharia de Produção do CEFET/RJ teve início em
março de 1998 e em 1999 foi criado o Departamento de Engenharia de Produção para dar
maior suporte e identidade ao curso que em 2003 o curso passou pelo processo de
avaliação com vistas ao reconhecimento do curso. Ao término desse mesmo ano, através da
Portaria n
o
. 3533 de 26 de novembro de 2003, o curso de Engenharia de Produção do
CEFET/RJ foi reconhecido pelo MEC pelo prazo de dois anos.
No ano de 2004 foi formada uma comissão composta por doze membros que se
reuniram sistematicamente para reflexão e discussão acerca dos temas pertinentes ao
curso de engenharia de produção, a fim de que sejam identificadas as necessidades de
melhoria na formação dos egressos, com base na legislação vigente, nas iniciativas e
sugestões advindas dos encontros de engenharia de produção
6
, nas tendências curriculares,
na atuação dos egressos no mercado de trabalho, nas expectativas e demandas do corpo
docente e nas demandas da sociedade.
6
ENCEP - Encontro Nacional de Coordenadores de Curso de Engenharia de Produção;
ENEGEP - Encontro Nacional de Engenharia de Produção;
COBENGE - Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia
44
O objetivo geral do curso de Engenharia de Produção do CEFET-RJ, está definido de
acordo com a Resolução CNE/CSE 11, de 11 de março de 2002, abordada no item
“Diretrizes Curriculares das Engenharias” bem como com as diretrizes curriculares da
ABEPRO, com a seguinte redação:
“O objetivo do curso de Engenharia de Produção do CEFET
/
RJ é a formação de
profissionais de Engenharia de Produção que dominem os conteúdos sicos
comuns a todas as engenharias e os conteúdos específicos relativos à área de
Engenharia de Produção desenvolvendo as habilidades e competências necessárias
ao bom desempenho profissional de forma a atender às demandas da sociedade e
contribuir
para a melhoria da qualidade de vida e para o desenvolvimento sócio-
econômico local, regional e nacional”.
A base em mecatrônica da Engenharia de Produção, desde seu início, foi extinta a
partir da reforma curricular realizada no ano de 2007. Por esse motivo sua carga horária
total passou a ser de 3960 h / integralização mais 360 h/a, no mínimo, que devem
contemplar as disciplinas optativas, totalizando 4.140 h/a, que deverão ser cursadas em 10
períodos letivos. (portal CEFET-RJ).
No quadro abaixo pode ser verificada a distribuição curricular das disciplinas de
conteúdos básicos, de conteúdos profissionalizantes e de conteúdos específicos, de acordo
com o que consta no Projeto Pedagógico da engenharia de produção.
Conteúdo básico Fonte: PPC (nov/2006)
Nome
da disciplina
Créditos
(T,P,E) C
Tópico da Res CNE 11/03/2002 ao qual a
disciplina se refere
Metodologia Científica (2,0,0)2 01 - Metodologia Científica
Introdução à Engenharia (2,0,0)2 02 - Comunicação e Expressão
Computação (2,2,0)3 03 – Informática
Desenho (4,0,0)4 04 - Expressão Gráfica
Desenho Técnico I (4,0,0)4 04 - Expressão Gráfica
Álgebra Linear I (3,0,0)3 05 – Matemática
Álgebra Linear II (3,0,0)3 05 – Matemática
Cálculo a uma variável (6,0,0)6 05 – Matemática
Cálculo a várias variáveis (4,0,0)4 05 – Matemática
Cálculo Numérico (2,2,0)3 05 – Matemática
Cálculo Vetorial (2,0,0)2 05 – Matemática
Equações Diferenciais Ordinárias (4,0,0)4 05 – Matemática
Equações Diferenciais Parciais e Séries (3,0,0)3 05 – Matemática
Eletricidade Básica (4,2,0)5 06 – Física
Física Térmica (2,2,0)3 06 – Física
Mecânica Básica (4,2,0)5 06 – Física
Ondas (2,2,0)3 06 – Física
Fenom. Transportes (2,2,0)3 07 - Fenômenos de Transporte
Resistência dos Materiais III (4,0,0)4 08 - Mecânica dos Sólidos
Eletricidade Aplicada (4,2,0)5 09 - Eletricidade Aplicada
Química (2,2,0)3 10 – Química
45
Tecnologia dos Materiais (2,0,0)2 11 - Ciência e Tecnologia dos Materiais
Administração (3,0,0)3 12 – Administração
Introdução à Economia (3,0,0)3 13 – Economia
Ciências do Ambiente (2,0,0)2 14 - Ciências do Ambiente
Humanidades e Ciências Sociais (2,0,0)2 15 - Humanidades e Ciências Sociais
Total
(77,18,0)86
Carga horária
1.425 hh 37% da Carga Horária Total
Conteúdos profissionalizantes
Fonte: PPC (nov/2006)
Nome
da disciplina
Créditos
(T,P,E) C
Tópico da Res CNE 11/03/2002 ao qual a
disciplina se refere
Estatística (4,0,0)4 30 - Métodos Numéricos
Mecânica Geral (4,0,0)4 29 - Mecânica Aplicada
Engenharia de Métodos (4,0,0)4 18 - Gerência da Produção
Gestão Estratégica (3,0,0)3 14 - Estratégia e Organização
Gestão da Informação I (2,2,0)3 45 - Sistemas de Informação
Estatíst. da Qualid. E Confiab. (4,0,0)4 40 - Qualidade
Processos de Fabricação (3,2,0)4 38 - Processos de Fabricação
Fundamentos Eng. de Segurança (4,0,0)4 13 - Ergonomia e Segurança do Trabalho
PO I (4,0,0)4 37 - Pesquisa Operacional
Engenharia Econômica (3,0,0)3 20 - Gestão Econômica
Total
(35,4,0)37
Carga horária
585 hh 15 % da Carga Horária Total
Conteúdos específicos
Disciplinas obrigatórias
Fonte: PPC (nov/2006)
Nome
da disciplina
Créditos
(T,P,E) C
Psicologia e Sociologia do Trabalho (3,0,0)3
Ergonomia (3,0,0)3
Gestão da Qualidade (3,0,0)3
Contabilidade Gerencial (3,0,0)3
Projeto Organizacional (3,0,0)3
Pesquisa Operacional II (3,0,0)3
Sistemas Térmicos (3,0,0)3
Planejamento das Instalações (4,0,0)4
Custos Industriais (3,0,0)3
Gestão da Manutenção (3,0,0)3
Planejamento e Controle da Produção I (3,0,0)3
Projeto do Produto (3,0,0)3
Automação Industrial (3,0,0)3
Gestão de Projetos (3,0,0)3
Planejamento e Controle da Produção II (3,0,0)3
Administração Mercadológica I (3,0,0)3
Gestão Empreendedora (1,2,0)2
Logística (3,0,0)3
Gestão Ambiental (3,0,0)3
Análise Organizacional (3,0,0)3
Total
(63,2,0)64
46
Carga horária
975 hh
Percentual do total
25%
As 360 horas de disciplinas optativas, dentre as relacionadas abaixo, correspondem
a 11,5% da carga horária total do curso.
Disciplinas optativas
Fonte: Manual do Aluno (versão 2º semestre)
Nome
da disciplina
Créditos
(T,P,E) C
Inglês Instrumental (2, 0, 0) 2
Direito I (3, 0, 0) 3
Simulação (3, 0, 0) 3
Modelagem em Eng. De Processos (3, 0, 0) 3
Inovação (3, 0, 0) 3
Instituições de Direito (2, 0, 0) 2
Gestão da Informação II (3, 0, 0) 3
Adm Mercadológica I (3, 0, 0) 3
Economia Brasileira (2, 0, 0) 2
Adm Mercadológica II (3, 0, 0) 3
Administração RH I (3, 0, 0) 3
Administração RH II (3, 0, 0) 3
Tópicos em Administração I (3, 0, 0) 3
Processo Decisório (3, 0, 0) 3
Expressão Oral e Escrita (2, 0, 0) 2
Simulações Empresariais (3, 0, 0) 3
Modelagem de Problemas Quantitativos (3, 0, 0) 3
Análise de Investimentos (3, 0, 0) 3
Finanças Corporativas (3, 0, 0) 3
Computação II (2, 2, 0) 3
Estratégia de Operações (3, 0, 0) 3
Economia de Energia (2, 0, 0) 2
A concepção da base didático-pedagógica do Curso de Engenharia de Produção do
CEFET-RJ se deu a partir da definição de currículo contida na Proposta de Diretrizes
Curriculares para os Cursos de Engenharia elaborada pela Comissão Nacional da ABENGE
Associação Brasileira de Ensino de Engenharia (1998) e em consonância com
o Art. 5º.
da Resolução CNE;CSE 11, de 11 de março de 2002, que determina:
47
§ 2º. Deverão também ser estimuladas atividades complementares, tais como trabalhos de
iniciação científica, projetos multidisciplinares, visitas teóricas, trabalhos em equipe,
desenvolvimento de protótipos, monitorias, participação em empresas juniores e outras
atividades empreendedoras.
As atividades que complementam a formação profissional dos alunos de Engenharia
de Produção do CEFET-RJ, são desenvolvidas ao longo do curso, através de:
Promoção e participação em eventos além do apoio à participação em eventos na
área de engenharia de produção, o CEFET-RJ realiza anualmente a Semana de
Extensão na qual são feitas palestras, mesas redondas, minicursos, exposição de
projetos e feira com stands de empresas etc.; o Seminário de Iniciação Científica com
apresentação de trabalhos dos alunos no formato exposição oral ou pôster que são
posteriormente publicados em anais; e o Seminário da Pós-Graduação com a
apresentação de trabalhos dos alunos do Mestrado em Tecnologia da instituição, que
possui uma área de gestão estando na área de Engenharias III da CAPES junto com os
demais programas de pós-graduação em Engenharia de Produção
Projetos de Pesquisa com orientação de professores, os alunos podem integrar um
dos diversos grupos de pesquisa da instituição cadastrados no CNPq.
Iniciação Científica o programa de Iniciação Científica PIBIC do CEFET-RJ permite
ao aluno a oportunidade de aprofundar sua formação em pesquisa, desenvolvendo
projetos com orientação de um docente, dentro ou fora da instituição.
Empresa Júnior No CEFET Jr. - Empresa Júnior de Administração e Engenharia,
fundada em julho de 2000, os alunos têm oportunidade de se capacitarem
profissionalmente desenvolvendo projetos com a supervisão de um professor orientador,
participar de treinamentos, de desenvolverem habilidades gerenciais e interpessoais,
formar rede de contatos, trabalhar a motivação, liderança e negociação etc. Na área de
Engenharia de Produção os principais projetos desenvolvidos são voltados para Estudos
de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE), Estudos de Arranjo Físico, Elaboração de
Planos de Negócios, Modelagem de Processos e Otimização Industrial.
Time Sife é um programa internacional que estimula as habilidades de inovação,
liderança, empreendedorismo e responsabilidade social através da concepção,
execução e gestão de projetos de livre iniciativa. Dentre os projetos desenvolvidos estão:
Chegou a Hora de Recomeçar
que é um projeto piloto sobre uma oficina artesanal de
48
produção de velas e sabonetes para capacitar mães de classes humildes a gerir seu
próprio negócio cooperativa baseado em conceitos de mercado econômico,
empreendedorismo e gestão corporativa; projeto
SabEduca
que consiste na prestação
de aulas de reforço escolar para os alunos de escola municipal aliando ao conteúdo a
importância de temas contemporâneos;
projeto
Dia D+
que tem por objetivo levar às
crianças necessitadas diversão somada com carinho durante 24 horas.
Projetos multidisciplinares que permite aos alunos de engenharia de produção
participarem, juntamente com alunos de engenharia mecânica e elétrica, dos projetos
Aero design e Minibaja que são vinculados à SAE Brasil e que consistem no projeto e
construção de protótipos que fazem uso dos conceitos de mãos à obra e gestão de
projetos.
Visitas técnicas com o apoio do SESUP, Setor de Supervisão de Estágio da Educação
Superior, que dá apoio à realização dessas visitas e que cuida da viabilidade operacional
das mesmas, as visitas acontecem no âmbito das disciplinas oferecidas, sendo
planejadas pelos docentes das mesmas, ocasião em que os alunos têm oportunidade de
verificar in loco e tirar dúvidas específicas sobre o desenvolvimento das atividades da
empresa observando a teoria na prática.
Estágio Supervisionado e outros estágios Disciplina obrigatória do Currículo Pleno do
Curso de Graduação em Engenharia de Produção do CEFET-RJ, segundo disposições
da Lei 6.494, de 07 de dezembro de 1977, e Decreto 87.497, de 18 de agosto de
1982.
Intercâmbios Os alunos do curso de engenharia de produção bem como dos demais
cursos da instituição poderão participar de intercâmbios realizados através de convênios
entre o CEFET/RJ e outras instituições nacionais e internacionais.
Sobre o processo ensino-aprendizagem o PPC de engenharia de produção do
CEFET-RJ, ressalta o estímulo à participação dos docentes do curso em eventos que tratam
da educação em engenharia, a fim de que possam adotar metodologias que permitam o
desenvolvimento dessa competência também em seus alunos. Além disso, verifica-se,
através dos currículos dos docentes, a presença e participação com apresentação de
49
trabalhos em eventos como ICEE International Conference of Engineering Education e
COBENGE – Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia e em pubicações como o
Computer Applications in Engineering Education, onde são discutidos temas relativos à
educação em engenharia e explanadas experiências da relação ensino-aprendizagem, bem
como a participação dos docentes em grupos de pesquisa cadastrados no CNPq,
desenvolvendo projetos relativos à educação em engenharia tais como Laboratório de
Aprendizagem, CORE: Recursos Computacionais no Ensino de Matemática e Ciências e
Novas Metodologias aplicadas ao Ensino de Ciências e Matemática.
Esse desenvolvimento de competências torna o corpo docente sensível e atualizado
no que diz respeito ao novo paradigma da educação onde o foco passa a ser o aluno
e o professor passa a ser o orientador e motivador do aprendizado”.
Em muitas disciplinas a metodologia associa a teoria ministrada em sala de aula à
prática, através do desenvolvimento de projetos em equipe, sob a orientação do professor,
seja na própria instituição, seja através de pesquisa de campo ou em laboratórios da
engenharia de produção, com vistas ao desenvolvimento da capacidade de resolução de
problemas, raciocínio lógico, criatividade, análise crítica, interrelacionamento pessoal,
comunicação oral e escrita e liderança.
III.3 Estágio Supervisionado no CEFET-RJ
No artigo 31 do Decreto 23.569 de 1933, que reconheceu os engenheiros
industriais, estavam estabelecidas as competências que o profissional da área deveria
possuir. Mas, em 1977, através da Res. 4/77 do Conselho Federal de Educação, são
assegurados os direitos adquiridos pelos profissionais com especialidade na indústria, com
a criação da engenharia industrial que confere uma abordagem diferenciada, enfatizando o
aprendizado prático com maior carga horária mínima de estágio em 360 horas.
(VASCONCELOS, 2007).
Embora conste no art. 7º da Res. CNE/CES 11 de 11 de março de 2002 que a carga
horária mínima do estágio curricular deverá atingir 160 horas, no CEFET-RJ a engenharia
de produção mantém as especificações da engenharia industrial.
A ementa da disciplina Estágio Supervisionado na grade do curso de Engenharia de
Produção do CEFET-RJ, antes da reforma curricular, dizia:
50
“estágio com duração mínima de 360 horas, em uma empresa na
área de Engenharia de produção, sob a supervisão e controle da
Escola. O acompanhamento e a avaliação se farão de acordo com as
normas internas em vigor. Pré-requisito: 120 créditos.
Até o final do período letivo de 2006, a disciplina estágio supervisionado ocupava a
grade do oitavo período. Após a reforma curricular, passou a fazer parte das disciplinas do
décimo período letivo. Embora a carga horária tenha sido mantida, 360 horas mínimas, no
semestre, o pré-requisito foi alterado para 160 créditos (Ementa, 2006 – Anexo 2).
Independente de estar cursando a disciplina Estágio Supervisionado, o aluno poderá
fazer estágio em empresas em qualquer semestre letivo sem, no entanto, obter créditos na
disciplina. Esse tipo de estágio, não curricular, poderá ser obtido por conta própria ou
através de contato com a Coordenadoria de Estágio e Emprego (COEMP), que
providencia a documentação necessária, de acordo com a Lei 6.494 de 07 de
dezembro de 1977.
O curso de Engenharia de produção é ministrado em 10 (dez) períodos letivos
regulares, que além da medida em horas/aulas (50 minutos de duração), podem ser
medidos também em número de créditos.
Um crédito, segundo a natureza do trabalho acadêmico, tem os seguintes valores:
a) 18 horas/aulas expositivas de 50 minutos;
b) 36 horas/aulas, de 50 minutos, de laboratório;
c) 54 horas, de 60 minutos, de estágio ou trabalho de campo.
As aulas são ministradas, preferencialmente, no turno da manhã, mas a partir do
período passam a ser ministradas no turno da noite.
A admissão, em todos os cursos de Graduação do CEFET-RJ, pode ser feita através
de classificação em concurso vestibular, por transferência externa, transferência interna ou
mediante convênio
Após matricular-se na disciplina de estágio supervisionado o aluno deverá procurar,
durante o primeiro mês de aulas, a Coordenação dos Cursos de Graduação, Setor de
51
Estágios, para preenchimento da ficha de inscrição e receber as informações necessárias
para o cumprimento da disciplina.
O CEFET-RJ, como outras Instituições Federais de Ensino Superior adota também
um sistema de contratação de alunos estagiários e bolsistas, dando oportunidade ao
desenvolvimento profissional do aluno, com concessão de bolsa–auxílio.
O estágio/bolsa auxílio pode ser exercido por alunos dos cursos de Graduação que
apresentem rendimento escolar comprovadamente satisfatório e demonstrem suficiente
conhecimento da matéria da qual desejam se tornar estagiários. poderão candidatar-se
os alunos regularmente matriculados, sem dependências em quaisquer disciplinas de
semestres anteriores.
O aluno deverá estar disponível para atendimento específico de cada setor e/ou
laboratório, em termos de turno e carga horária. A carga horária semanal exigida será de 20
(vinte) horas, a ser cumprida de março a dezembro, inclusive. A freqüência obrigatória com
um máximo de 10% (dez por cento) de faltas permitidas.
Os estagiários/bolsistas não têm nculo empregatício, entretanto, têm direito a uma
bolsa, como compensação ao esforço e dedicação ao trabalho desenvolvido. A seleção do
aluno será realizada pela chefia do departamento ao qual ficará subordinado e os alunos
candidatos ao estágio/bolsa deverão se submeter às normas estabelecidas pela
Direção-Geral.
O Fluxograma (Fig. III.2) mostra as atividades envolvidas no processo de estágio
supervisionado do nível superior do CEFET-RJ. Para a teoria da estruturação, o que
importa são as conexões dos sistemas intersociais, sejam de interdependência ou de
antagonismos, que todas as sociedades estão inseridas em relações sistêmicas, em
sistemas sociais organizados hierarquicamente e lateralmente dentro das totalidades
sociais.
52
Figura III.2 Representação do Estágio Supervisionado na abordagem de processos
53
Na apropriação da definição de Milton Santos em “A Natureza do Espaço”, (2006)
acerca de espaço, o CEFET-RJ de hoje está representado por seus valores e possui uma
função, a partir das necessidades atuais da sociedade e cuja expectativa se relaciona ao
dinamismo adquirido através das ações humanas ao longo do tempo, que confere ao
CEFET a função de formar profissionais e promover a educação interagindo com essa
sociedade.
É nesse espaço que cada evento, carregado por sua estrutura, é identificado pelos
agentes através de processos orientados para que determinado objetivo seja atingido de
forma satisfatória, a partir dos recursos disponíveis, para a produção ou reprodução desses
eventos.
A forma como as práticas são exercidas pelos atores vai influenciar diretamente no
objeto em si e em cada etapa do processo de relações sociais e das relações de trabalho.
Uma nova forma de ação, uma simples mudança no padrão de conduta, ainda que
ocorra sobre velhos objetos, impõe novo significado ao sistema. É assim também que os
espaços vão se transformando, não a partir da variação das formas de ação no contexto
interno, mas também através de mudanças nas suas relações externas.
“Todo sistema e toda estrutura devem ser abordados como realidades
“mistas” e contraditórias de objetos e de relações que não podem existir
separadamente” (Santos, apud G.Balandier, pag.102)
Nas totalidades sociais, de acordo com Giddens, em “A Constituição da Sociedade”,
(1989) são identificadas todas as instituições, vistas como conjuntos articulados, fixadas no
tempo-espaço e que sobrevivem aos indivíduos, embora, na teoria da estruturação, os
sistemas sociais não existiriam sem a agência humana.
Na identificação dos princípios estruturais do CEFET-RJ está implícita a forma como
se a ligação de tempo e espaço integrando presença e ausência dos agentes e suas
formas de integração social e de sistema, traduzidas nos circuitos de reprodução , seja pela
rotinização, fiscalização ou poder.
As totalidades sociais são formadas pela engrenagem articulada de instituições que
vão delineando as particularidades das relações nas práticas institucionalizadas através do
tempo e do espaço, ao mesmo tempo em que permitem a reprodução do sistema.
54
O estágio supervisionado possui uma seqüência de atos e eventos identificáveis que
podem variar de acordo com o contexto. Sua monitoração reflexiva pelos agentes
envolvidos pode trazer mudanças de amplitude interna e externa.
Através do entendimento da conduta estratégica dos atores e dos modos como se
apoiam e se utilizam das propriedades estruturais, considerando os limites contextuais
definidos, é possível identificar como são constituídas as relações sociais nos cenários de
interação, buscando entender o modo como os atores sociais se utilizam das propriedades
estruturais para constituírem as relações sociais.
Cada parte possui suas particularidades, seus movimentos, reunindo as formas de
funcionalização e objetivação da totalidade. Nessa organização social ocorrem os encontros
identificados por sua contextualidade especificada pelas divisões espaciais e pela
rotinização das tarefas, permitindo aos atores uma autonomia relativa expressa nas suas
atitudes em circunstâncias de interação. Essa articulação institucional pode ocorrer tanto no
encontro face a face como em situação de ausência.
É através das atividades cotidianas adotadas pelos agentes que se definida a
conexão com os sistemas sociais mais amplos.
O ambiente organizacional é identificado nas articulações institucionais percebidas
na integração sistêmica e social, da qual faz parte o estágio supervisionado, cujo movimento
é conferido a partir de sua representação e análise.
55
III.4 Perfil do Estágio Supervisionado da Engenharia de produção do CEFET-RJ.
Os dados foram extraídos de 124 fichas de avaliação do estágio supervisionado
(anexo 1), dos alunos-estagiários de engenharia de produção do CEFET-RJ, relativas ao
primeiro e segundo semestres do ano de 2006 e ao primeiro e segundo semestres do ano
de 2007, cuja análise está estruturada no registro e tratamento estatístico, com a utilização
de planilha Excel e geração de gráficos demonstrando a distribuição percentual entre os
respondentes.
III.4.1 Demonstração dos Resultado
III.4.1.1 Período de realização do Estágio
Tabela III.1 - Período em que cursam a disciplina
Figura III.3 Gráfico - Período de realização do estágio
2006 2007
1º Sem 2º Sem Sem 2º Sem
N.d 2,99
0
4,11
6,45
0
0
1,37
0
0
0
1,37
0
4,48
2,56
4,11
6,45
10,45
19,23
17,81
38,71
53,73
28,21
41,10
35,48
22,39
26,92
15,07
12,90
10º 5,97
23,08
15,07
0
56
III.4.1.2 Carga horária do Estágio
Tabela III.2: Carga horária do Estágio
2006 2007
1º Sem 2º Sem 1º Sem 2º Sem
N.d 6,89 6,45 6,15
45,16
4 horas 27,59 25,81 26,41 16,13
6 horas
51,72 41,94 53,24
38,71
8 horas 13,79 25,81 14,24 0
Figura III.4 Gráfico – Carga Horária
57
III.4.1.3 Avaliação do Estágio
Tabela III.3
:
Avaliação do Estágio
2006 2007
1º Sem 2º Sem 1º Sem 2º Sem
N.d
44,78
17,95 19,18 16,13
Muito Bom 32,84
51,28 60,27 51,61
Bom 20,90 30,77 20,55 29,03
Regular 1,49 0 0 3,23
Figura III.5 Gráfico – Avaliação do estágio
58
III.4.1.4 Vantagens Profissionais em estagiar
Tabela III.4: Vantagens profissionais
2006 2007
1º sem 2º sem 1º sem 2º sem
entendi o funcionamento da
empresa
17,86
15,63
10,34
8,57
adquiri experiência prática
35,71
31,25
24,14
37,14
amadureci profissionalmente 25,00
28,13
34,48
17,14
apliquei conhecimentos
específicos 7,14
6,25
6,90
2,86
aprendi sobre ambiente de
trabalho 11
9,38
13,79
2,86
estou aprendendo muito 4
9,38
6,90
14
conheci outra área da
engenharia 0
0,00
3
17
Figura III.6 Gráfico –Vantagens Profissionais em estagiar
59
III.4.1.5 Atividades indispensáveis ao Estágio
Tabela III.5: Atividades indispensáveis
2006 2007
1º sem 2º sem 1º sem 2º sem
atividades práticas 17,86
18,75
17,24
2,86
interesse 10,71
12,50
10,34
5,71
respons. e comprometimento
28,57
25,00
24,14
22,86
liderança 3,57
6,25
3,45
2,86
estar atualizado 10,71
12,50
10,34
14,29
boa relação inter pessoal 17,86
15,63
17,24
22,86
resolver situações críticas 0,00
9,38
0,00
25,71
não resp 10,71
0,00
17,24
2,86
Figura III.7 Gráfico - Atividades indispensáveis ao Estágio
60
III.4.1.6 Quanto às expectativas do Programa de Estágio
Tabela III.6: Expectativas quanto ao Programa
2006 2007
1º sem 2º sem 1º sem 2º sem
adquiri conhecimentos novos
28,57
28,13
55,17
24,14
vi a atuação do engenheiro 7,14
6,25
3,45
10,34
contato com ótimos
profissionais 10,71
9,38
10,34
10,34
iniciei no mercado de trabalho 21,43
25,00
6,90
13,79
apliquei a teoria à prática 7,14
6,25
6,90
13,79
esperava mais do programa 25,00
25,00
17,24
27,59
Figura III.8 Gráfico - Expectativas quanto ao Estágio
61
III.4.1.7 Quanto às atividades escolares
Tabela III.7: Análise das atividades escolares
2006 2007
1º sem 2º sem 1º sem 2º sem
teoria é satisfatória 17,86
18,75
10,34
19,23
consegui conciliar 3,57
12,50
10,34
0,00
faltou conhecimento 28,57
28,13
20,69
26,92
teoria usada como ferramenta
42,86
34,38
41,38
42,31
ficaram mais interessantes 0,00
0,00
3,45
0,00
aulas ministradas sem interesse 7,14
6,25
0,00
3,85
não resp. 0,00
0,00
13,79
7,69
Figura III.9 Gráfico - Adequação das Atividades escolares
62
III.4.1.8 Dificuldades encontradas na execução das tarefas
Tabela III.8
:
Dificuldades encontradas
2006 2007
1º sem 2º sem 1º sem 2º sem
práticas da rotina
60,71
53,13
20,69
67,86
entender os processos 21,43
25,00
27,59
14,29
faltou conhecimento teórico 10,71
9,38
17,24
10,71
normas técnicas específicas 3,57
3,13
10,34
0,00
Nenhuma 3,57
9,38
24,14
7,14
Figura III.10 Gráfico - Dificuldades Encontradas
63
III.4.1.9 Outros conhecimentos necessários ao Estágio
Tabela III.9
:
Outros conhecimentos
2006 2007
1º sem 2º sem 1º sem 2º sem
outro idioma 14,29
12,50
17,24
15,15
relativos à gestão 21,43
31,25
27,59
18,18
específicos para a função
64,29
56,25
55,17
63,64
não resp 0,00
0,00
0,00
3,03
Figura III.11 Gráfico - Outros Conhecimento necessários ao Estágio
64
III.4.1.10 Adequação da Formação Teórica
Tabela III.10
:
Adequação da formação teórica
2006 2007
1º sem 2º sem 1º sem 2º sem
fundamental 7,14
6,25
3,45
13,79
adequada
35,71
40,63
34,48
31,03
incompleta 25,00
25,00
37,93
27,59
deve ser vinculada à prática 17,86
15,63
24,14
17,24
muito teórico 14,29
12,50
0,00
10,34
Figura III.12 Gráfico - Análise da Adequação Teórica
65
III.4.1.11 Adequação dos Conhecimentos adquiridos no Laboratório
Tabela III.11: Adequação de Laboratório
2006 2007
1º sem 2º sem 1º sem 2º sem
lab. Precários 7,14
12,50
24,14
14,81
não se adequaram
57,14
53,13
51,72
62,96
pouco adequados 28,57
31,25
13,79
18,52
adequados 7,14
3,13
10,34
3,70
Figura III.13 Gráfico - Análise da Adequação das Atividades de Laboratório
66
III.4.1.12 Orientação dos Supervisores
Tabela III.12
:
Supervisão na Empresa
2006 2007
1º sem 2º sem 1º sem 2º sem
excelente 14,29
12,50
10,34
11,54
eficiente
67,86
62,50
68,97
65,38
fundamental 7,14
9,38
0,00
7,69
presente quando solicitado 10,71
15,63
20,69
15,38
Figura III.14 Gráfico - Supervisor do Estágio na Empresa
67
III.4.1.13 Sugestões
Tabela III.13
:
Aperfeiçoamento do Curso
2006 2007
1º sem 2º sem 1º sem 2º sem
modernizar laboratórios 21,43
15,63
3,45
20,69
alteração na grade
32,14
34,38
31,03
24,14
ofertar mais disciplinas optativas
10,71
21,88
20,69
10,34
estar atento ao mercado de
trabalho 21,43
21,88
20,69
17,24
estimular intercâmbio 0,00
0,00
6,90
0,00
reciclagem dos docentes 14,29
6,25
13,79
20,69
não resp 0,00
0,00
3,45
6,90
Figura III.15 Gráfico - Sugestões de Aperfeiçoamento
68
III.4.2 Análise dos Resultados
As respostas demonstram uma concentração de estudantes cursando a disciplina
estágio supervisionado no sétimo e no oitavo períodos, o que pode ser justificado por dois
fatores: o primeiro deles é que na grade curricular anterior à reforma ocorrida no segundo
semestre de 2007, a disciplina está no oitavo período. O segundo é o fato de que o pré-
requisito para cursar a disciplina era que o aluno já tivesse cursado 120 créditos.
Após a reforma curricular, a disciplina faz parte do décimo período e o pré-requisito é
que o aluno tenha cursado 160 créditos.
No que diz respeito à carga horária do estágio, os resultados percentuais
demonstram que o estágio de 6 horas é o mais freqüente, embora a incidência de estágio
com carga horária de oito horas diárias e o elevado índice de não declarantes no primeiro
semestre de 2007 possam alertar para uma possível manipulação das informações
prestadas.
Conforme pode ser verificado nas figuras III.19 e III.20 abaixo, ao serem
consideradas as distâncias e tempo dispendido entre residência, local de estágio e CEFET-
RJ, fica evidenciado que manhã e tarde são absorvidas pelo estágio e pelo trânsito entre os
locais onde são exercidas as atividades, limitando o horário de comparecimento às aulas
que, após o sétimo período variam de 12:40h. às 21:50h.
É importante lembrar que, no que se refere às optativas, são oferecidas dezesseis
disciplinas das quais, dez têm início após às 18:00h.
Embora a avaliação do estágio, feita pelo estagiário, demonstre que o maior índice
percentual é concedido ao conceito muito bom é desejável que outras respostas sejam
consideradas como critério complementar.
Ao responderem sobre as vantagens profissionais em estagiar, os estudantes
demonstram que as atividades que caracterizam o estágio podem ser tão diversificadas
quanto os contextos inseridos nos cenários individuais. De forma que uma visita técnica de
inspeção ou de manutenção pode ter um significado próprio para cada estagiário, que vai
variar de acordo com a sua cognoscitividade e sua interação. Além disso, as vantagens
profissionais identificadas a partir da participação nas atividades de estágio são
evidenciadas não apenas nas práticas específicas apreendidas pelos futuros engenheiros,
69
mas também a partir das características de cada empresa e do programa de estágio
vigente.
Além da responsabilidade e do comprometimento os estagiários consideram
indispensáveis para um bom desempenho profissional, o interesse por buscar novos
conhecimentos se mantendo atualizado de acordo com as demandas do mercado. Na
medida em que aprendem a lidar com as diferenças de opiniões e a perceber o papel de um
setor no âmbito da organização, vão amadurecendo profissionalmente.
Ao mesmo tempo em que os estagiários têm contato direto com instalações eletro-
eletrônicas de máquinas industriais, com linguagens específicas e sentem necessidade de
aprimoramento profissional para especificação de instrumentos, por exemplo, adquirem
experiência prática específica na função ou no setor onde estão estagiando, desenvolvem
capacidade de análise das situações e passam a entender os processos inerentes às
atividades.
A expectativa do estagiário se evidencia a partir do programa de estágio oferecido
pela empresa. Quando essa expectativa não é devidamente esclarecida ou quando o
programa de estágio não é cumprido totalmente, o estagiário diz que suas expectativas não
foram correspondidas.
Com freqüência, o estagiário considera que o conteúdo transmitido durante as
atividades escolares é compatível com o que se espera, embora demonstrem que desejam
estar prontos para ingressar no mercado de trabalho ao iniciarem sua vida profissional,
esquecendo, muitas vezes, de que o estágio faz parte dessa formação.
Apesar disso, mesmo considerando que a teoria deva ser usada como ferramenta e
que o conceito é a base que permite buscar complemento em outras fontes, sentem falta de
saber sobre algumas disciplinas ou legislação específica.
Além de uma nova tecnologia de equipamento ou de software, as dificuldades
encontradas pelos estagiários para a execução das tarefas na empresa se referem ao dia a
dia dentro de uma organização, “bem diferente da rotina acadêmica”, na linguagem dos
próprios estagiários. Rotinas que exigem conhecimentos específicos levam a uma
dificuldade natural superada na medida em que as práticas vão sendo absorvidas e o se
tornando familiares terminologias específicas empregadas pelos grupos.
70
Disciplinas de laboratório não vistas, podem representar muita dificuldade para o
estagiário ao ser solicitado a simular soluções para rede ou desenvolver um banco de dados
em sistemas diversos, em acionamentos elétricos, corrente alternada ou ainda conhecer a
diferença de funcionamento de um motor de corrente contínua e corrente alternada, ou
projetar um sistema de proteção.
A falta de experiência profissional também pode fazer com que estagiários tenham
dificuldade em entender o que faz a empresa e qual o papel que o setor desempenha na
empresa onde é realizado o estágio.
Quando o estagiário afirma que não teve dificuldade, pode significar que ele
considera natural o processo de aprendizado e recorre, sempre que surge uma dúvida, ao
supervisor ou aos colegas de trabalho.
Para aprimorar o desempenho profissional o estagiário deseja adquirir novos
conhecimentos, além dos adquiridos no CEFET-RJ, quase sempre voltados para as
especificidades da função ou do equipamento com o qual esteja trabalhando.
Além disso, as disciplinas relativas à gestão de pessoas, de processos ou de
qualidade são apontadas por aqueles que desejam exercer cargos de gerenciamento de
modo geral.
A adequação da formação teórica à formação prática pode ser considerada
incompleta quando os estagiários percebem que é preciso complementar o conhecimento
durante a graduação, fora da instituição, com outros cursos, ou quando consideram que a
tecnologia vista durante a aula, teórica ou prática, está ultrapassada ou ainda quando falta
conhecer regulamentos e resoluções e seus procedimentos.
Para o estagiário, a formação teórica é considerada adequada quando esta auxilia na
tomada de decisões, para a execução de tarefas práticas ou quando a teoria foi suficiente
para atender as exigências iniciais do estágio. Nesse caso, é usual que o estudante busque
a complementação através dos profissionais, durante consultas realizadas na empresa.
Os estudantes que consideram a teoria fundamental justificam que foi através da
aplicação do conhecimento teórico que se tornou possível a vivência prática e o
envolvimento nas atividades.
71
A adequação dos conhecimentos adquiridos nos laboratórios e as atividades práticas
durante o estágio se mostraram o ponto mais crítico na avaliação dos estagiários. Uma
elevada quantidade de estagiários declara que os laboratórios não estão adequados aos
estudantes de engenharia de produção.
ainda os estagiários que sentem necessidade de que as aulas de laboratórios
sirvam para demonstrar situações das diferentes áreas da engenharia.
A maioria afirma que as aulas de laboratório serviram apenas para dar um suporte e
que as dificuldades envolvendo questões práticas no estágio foram resolvidas com
criatividade.
Quanto à orientação dada por supervisores da empresa no desempenho das
atividades sob sua responsabilidade, os estagiários consideram excelente, quando se
sentem prestigiados por seus supervisores e recebem esclarecimentos acerca das práticas
do dia-a-dia e à medida que vão recebendo maior responsabilidade, estimulando o
estagiário a tomar decisões e enriquecendo o aprendizado com informações
complementares.
A orientação eficiente oferece conforto e segurança ao estagiário no desempenho
das atividades.
A segunda sugestão mais apontada pelos estagiários se refere à melhoria dos
laboratórios, fato se deve à obra de modernização e reestruturação que impediu a utilização
dos laboratórios no semestre.
A sugestão apontada com maior índice se refere à atualização da grade, no que diz
respeito, principalmente, ao acompanhamento da evolução tecnológica, como conteúdos
sobre redes específicas adequadas a cada área de atuação, visando a atualização de
disciplinas específicas em relação ao mercado.
III. 5 Novo Instrumento de avaliação
Com a finalidade de refinar as informações qualitativas, não da disciplina estágio
supervisionado como também da própria prática, foi elaborado um novo questionário
(apêndice) aplicado apenas aos estagiários da engenharia de produção do primeiro e do
segundo semestres de 2007, no qual se procurou agrupar informações a partir de dados
pessoais, dados socioeconômicos, sobre o ingresso no estágio, sobre o próprio estágio,
72
sobre a empresa concedente do estágio, sobre o tutor do estagiário na empresa, sobre a
integração estágio / CEFET e o perfil profissional do engenheiro de produção, na visão do
estagiário.
O questionário foi aplicado a 49 estagiários e as informações obtidas estão
representadas nos gráficos, a seguir:
III. 5.1 Dados Socioeconômicos
Mais de cinqüenta por cento dos estagiários possuem de vinte a vinte e dois anos de
idade.
Figura III.16 Gráfico - Faixa Etária dos Estagiários
Como já visto, concentração de estudantes cursando a disciplina nos e
períodos.
Figura III.17 Gráfico - Período em que se encontram
73
A motivação por adquirir experiência profissional e aprimorar o aprendizado são as
mais freqüentes ao iniciar o estágio.
Figura III.18 Gráfico - Porque estagiar agora
Foi verificado que a maioria dos estudantes respondentes moram próximo ao CEFET-
RJ, o que não ocorre quanto ao local do estágio. O tempo dispendido pela maioria dos
estagiários é de, uma hora, em média, como verificamos nos gráficos 17 e 18:
Figura III.19 Gráfico - Tempo dispendido
74
Figura III.20 Gráfico - Tempo dispendido
III. 5.2 Dados sobre o ingresso no estágio
O acesso à informação da vaga de estágio demonstra que a internet é a mais
consultada entre os estagiários, embora não esclareça acerca da forma como a busca é
conduzida por eles.
Figura III.21 Gráfico - Como soube do Estágio
equilíbrio entre os estagiários que afirmem não terem encontrado dificuldade e os
que afirmam que encontraram algumas dificuldades.
75
Figura III.22 Gráfico - Encontrou Dificuldades
Entre as dificuldades encontradas, o processo seletivo é a de maior representatividade,
seguida do alto nível do concorrente.
Gráfico 21
Figura III.23 Gráfico - Quais foram as dificuldades
76
III. 5.3 Dados do Estágio
Quanto às empresas que oferecem estágio aos futuros engenheiros de produção do
CEFET-RJ, há evidente concentração nas empresas privadas multinacionais.
Figura III.24 Gráfico - Sobre a Empresa
O setor de serviços é o que mais absorve nossos estagiários.
Figura III.25 Gráfico - Ramo de Atuação
Para estagiar o pré-requisito é estar devidamente matriculado em uma instituição de
ensino superior. Por isso, é possível que o estudante comece a estagiar a partir do primeiro
período da graduação. Para tanto, é necessário que ele possa compatibilizar seus horários.
É necessário enfatizar que o estágio realizado nessas condições, não atende aos
requisitos da disciplina obrigatória, estágio supervisionado.
77
Figura III.26 Gráfico - Quando foi o Primeiro Estágio
O estagiário de engenharia de produção pode ser aproveitado em todo e qualquer
setor da empresa para o desempenho de suas atividades.
Figura III.27 Gráfico - Área do Estágio
78
III. 5.4 Sobre a integração Estágio x CEFET
A maioria dos estagiários, sente falta de conhecimento específico para a realização
das tarefas.
Figura III.28 Gráfico - Faltou conhecimento específico
Quanto à influência do estágio no coeficiente de rendimento do estudante, foram
feitas perguntas sobre atrasos e a necessidade de trancar alguma disciplina e os resultados
demonstram que há um equilíbrio entre os que admitem e os que não admitem a ocorrência
de atrasos e queda no rendimento escolar.
Figura III.29 Gráfico - O Estágio como causa de atrasos
79
Figura III.30 Gráfico - Interferência no C.R do Aluno
Figura III.31 Gráfico - Necessidade de trancar disciplina
80
III. 5.5 Sobre a supervisão do Estágio
As perguntas relativas ao tutor ou supervisor do estagiário na empresa concedente
do estágio têm o objetivo de identificar o grau de envolvimento dos profissionais
responsáveis pelo estagiário, com o mesmo.
Figura III.32 Gráfico - Avaliando o Supervisor na Empresa
Figura III.33 Gráfico - Resistência em transmitir conhecimento
81
Em entrevista realizada com cinco profissionais com formações acadêmicas
distintas, que supervisionaram os estagiários de engenharia de produção no período
estudado, acerca do papel do supervisor na formação do estagiário, foram ouvidas as
seguintes respostas:
Prepará-lo para o mercado de trabalho.
Ensinar o dia a dia e o comportamento diante das situações para que ele adquira
experiência na vida profissional.
Aconselhar quanto ao futuro profissional e enfatizar quanto a importância da troca de
experiência para o desenvolvimento contínuo.
O que complementa a academia é o mercado.
Ser exemplo de comportamento ético e profissional, especialmente no que diz
respeito à responsabilidade perante a empresa.
O conhecimento técnico não é o mais importante, já que com o tempo se adquire.
Mostrar a ligação do trabalho com a faculdade
Perguntados sobre diferenças entre os estagiários do CEFET-RJ e os estagiários de
outras instituições, os entrevistados foram unânimes em dizer que o diferencial que existe é
sempre individual e não institucional, enfatizando principalmente o interesse e o
comprometimento.
III.5.6 Sobre o perfil Profissional
A partir deste ponto, as perguntas abordam questões inerentes ao estagiário
adequando-se ao perfil do engenheiro e ao mercado, do ponto de vista do estagiário.
No que se refere à disciplina mais importante, só duas disciplinas aparecem nos dois
semestres letivos, ao mesmo tempo.
82
É impossível fazer uma leitura adequada desse resultado, a partir do instrumento
utilizado.
Figura III.34 Gráfico - Disciplinas mais importantes
Para os estagiários, a capacidade de solucionar problemas é uma das aptidões mais
importantes para o engenheiro de produção.
Esse fato pode estar associado à predominância de estagiários no setor de serviços,
mais especificamente na área de telecomunicações.
Figura III.35 Gráfico - Aptidões necessárias à profissão
83
Figura III.36 Gráfico - Aptidões que já possui
84
IV MONITORANDO AS INFORMAÇÕES NO CONTEXTO DAS DIMENSÕES DO
SINAES
Norteado pelas concepções, princípios e dimensões do Sistema Nacional de
Avaliação do Ensino Superior SINAES, a partir da compilação das informações é possível
identificar algumas das potencialidades e fragilidades do estágio supervisionado, atividade
acadêmica articulada à formação e que reflete a imagem pública do CEFET-RJ através da
comunicação que mantém com o público interno e externo, tendo, além dos próprios
estagiários, as empresas concedentes de estágio, conveniadas ou não, como um outro
canal dessa comunicação.
IV.1 Perspectiva científica e pedagógica formadora
Os instrumentos citados levaram a análise quanto a pertinência dos currículos,
ocasionando a reforma curricular concebida a partir dos objetivos institucionais e das
demandas sociais, tornando-se objeto de reflexão quanto a sistemática e periodicidade de
revisão e adequação, de acordo com as inovações científicas, econômicas e culturais.
Para isso, estão sendo realizados encontros periódicos com a participação dos
responsáveis pelas áreas a fim de que sejam discutidos os projetos pedagógicos dos cursos
e seus currículos, adequando-os às diretrizes curriculares nacionais.
Contemplando a interdisciplinaridade e estimulando a melhoria do ensino, as práticas
de laboratório tiveram sua carga horária ampliada, adequando-se ao uso de novas
tecnologias e às necessidades do mercado.
IV.2 Responsabilidade Social
Como contribuição à inclusão social e ao desenvolvimento econômico, o estágio
supervisionado á uma ponte de ligação e transferência de conhecimento científico e social
com o setor produtivo e com o mercado de trabalho.
Além disso, as atividades que complementam a formação profissional - promoção e
participação em eventos, Projetos de Pesquisa, Iniciação Científica, Empresa Júnior, Time
Sife, Projetos multidisciplinares e Visitas técnicas - são de natureza social, educacional,
cultural e tecnológica, gerida por alunos de graduação do CEFET-RJ, e fortalecem o
compromisso da instituição no desenvolvimento econômico e social do seus alunos,
promovendo a cidadania.
85
IV.3 Identificando os pontos fortes e as fragilidades do Estágio Supervisionado
Com base nos relatórios e nas fichas de avaliação de estágio foram identificadas as
fragilidades e os pontos positivos da atividade estágio supervisionado
Dimensão
analisada
Pontos Fortes
Fragilidades
encontradas
Pontos de superação
Perspectiva
cientifica e
pedagógica
formadora
1. A base teórica
oferecida pelas
disciplinas
fornece bom
conteúdo
programático
aos estagiários
preparando-os
para as
atividades
profissionais;
2. Corpo docente
comprometido
com o
conteúdo das
disciplinas.
1. Atividades práticas
precisam ser
readequadas às
demandas de
mercado;
2. Carência de
disciplinas de apoio
utilizadas como
ferramentas de
gestão;
3. Intensificar as aulas
de laboratório;
4. Estimular visão
empreendedora e
de liderança
relacionada a temas
da atualidade;
5. Adequação de
horários de aula e
estágio, sem
prejuízo de
nenhuma das
atividades.
Avaliação anual dos
currículos dos
cursos adequando-
os sempre que
necessário;
Readequar a
disciplina Estágio
Supervisionado
para ou
período;
Relacionar o
conteúdo teórico
das disciplinas à
aplicabilidade;
Inclusão de
disciplinas do
pacote Office da
Microsoft;
Estimular ciclo
trimestral de
palestras com
profissionais dos
diversos setores,
privilegiando ex
alunos;
Padronizar trabalho
de final de curso
com a elaboração
de um projeto do
profissional;
Estimular o
intercâmbio com
instituições de
ensino de outros
países.
Responsabilidade
social da IES
1. Valorização do
estagiário do
CEFET-RJ no
mercado de
trabalho;
2. Realização de
eventos como
Estimular o
intercâmbio com
empresas
estrangeiras;
Inclusão de
atividades
institucionais com o
meio social e com o
86
a “Semana de
Estágio”,
contribuem
para a inclusão
do aluno no
mercado de
trabalho
meio ambiente.
Infra-estrutura
física e Recursos
de apoio
Biblioteca e
Laboratório à
disposição do
corpo discente;
Melhoria e
manutenção das
instalações físicas;
Oferecer maior
número de matérias
eletivas;
Enriquecimento do
acervo disponível
na Biblioteca.
IV.4 Proposta de Indicadores de Desempenho
As metas que estão definidas quantitativamente e qualitativamente nos padrões de
desempenho fornecem a base para a avaliação dos resultados que, além de estimar
desempenhos futuros, servem de reflexão à instituição levando à aprendizagem
organizacional. A instituição precisa conhecer como são formuladas as políticas internas,
entender seu ambiente e sua cultura, o que facilita na definição de programas de avaliação
.
A partir do que foi verificado com os instrumentos utilizados para análise no que se
refere às dificuldades encontradas e sugestões fornecidas pelos estagiários, foram definidos
alguns objetivos com seus respectivos indicadores e padrões de desempenho,
u
tilizando o
formato de B.R. Pontes (1996):
1. Objetivo 2. Indicadores 3. Padrões de Desempenho
Prazo
Oferecer cursos nos prazos estipulados Disponibilizar cursos
complementares de
informática
Quantidade de cursos
oferecidos
Oferecer cursos que atendam às
necessidades de mercado
Manter a grade curricular
atualizada
Prazo
Acompanhar a dinâmica da carreira
Acompanhar o desempenho
dos estagiários na empresa
Quantidade de visitas
realizadas no mês
Realizar visitas periódicas às empresas
87
Prazo
Oferecer cursos nos prazos determinados Disponibilizar cursos
complementares de
ferramenta de gestão
Quantidade de cursos
adequados à demanda
Oferecer cursos atuais e de curta
duração
Organizar seminário de
palestras relativas às
diversas áreas de interesse
profissional
Quantidade de palestras
realizadas no semestre
Manter o estudante de engenharia
atualizado acerca das diversas áreas de
interesse
Preparar os estagiários para
os processos seletivos
Quantidade de diferentes
modelos utilizados
Simular processos seletivos nos moldes
das empresas multinacionais
Reduzir os atrasos e reduzir
trancamento por faltas
Quantidade de alunos
atrasados no mês
Adequar o horário de início das aulas
Através do comprometimento se busca alcançar e superar os padrões de
desempenho, associados aos indicadores sugeridos.
88
V CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo é um instrumento de gestão para a tomada de decisões acerca
das estratégias a serem adotadas visando a disseminação das ações de natureza
administrativa, pedagógica e técnico-científica implementadas para que os pontos de
superação sejam alcançados com a participação dos atores envolvidos no processo,
garantindo a formação profissional, seja através da atualização do conhecimento do corpo
docente ou da flexibilização no tempo dos cursos, a formação profissional de qualidade deve
ser o principal objetivo das instituições de ensino.
No contexto da sistematização a que estamos acostumados, buscamos fazer da
realidade um ideal de acordo com as regras culturais às quais estamos submetidos como
povo e como parte de uma organização cuja identidade assumimos como regra. Raramente
exercemos nossa racionalidade prática por vivermos numa realidade encoberta que nos leva
a crer que as coisas estão organizadas por estarem sistematizadas.
As experiências sensitivas mostram uma forma de comunicação diferente do
discurso. Lidar com as organizações não pode limitar o interesse pelo estudo da dimensão
estética. Comportamentos aleatórios e imprevisíveis dos sistemas são regidos por leis que
podem ter mais de um resultado possível.
Apesar da visão de mundo como um todo indissociável e da necessidade de uma
abordagem multidisciplinar para a construção do conhecimento, é necessário abandonar o
reducionismo freqüente em todas as investigações a fim de que se coloque em ordem de
prioridades uma reforma da educação que permita a interpretação do pensamento de forma
transdisciplinar, incentivando o talento individual na busca da construção do conhecimento e
na compreensão das necessidades humanas.
A fragilidade dos valores que vivenciamos na sociedade da qual fazemos parte,
traduz o quanto o entendimento humano está distante de um modelo que nos permita
integrar nosso potencial racional, sensorial, intuitivo e emocional de forma a garantir um
futuro melhor para todos.
Vivemos numa realidade onde muitos jovens são excluídos do trabalho formal
enquanto outros são utilizados como mão-de-obra menos onerosa e a educação, seja por
copiar modelos de países do primeiro mundo, por privilegiar projetos de gabinetes, pela
existência do componente político no sistema de ensino, pelas inúmeras reformas em curto
89
espaço de tempo, pelo privilégio das formas e não de conteúdos ou por gestões itinerantes,
perde a qualidade tão aclamada.
Não ficam dúvidas quanto ao fato de que o estágio é um dos portais para a inclusão
do futuro profissional no mercado de trabalho e de que o complemento do aprendizado
teórico oferecido pela graduação é de suma importância, mas é preciso identificar as
questões que fazem diferença.
Redigir, compreender ou interpretar relatórios ou textos explicativos pode fazer parte
da rotina do profissional de engenharia, embora seja do ensino fundamental que o indivíduo
traz sua bagagem de literatura, de história e de filosofia, não se pode ignorar que
engenheiros fazem parte da elite, da classe culta do país e, por isso, não podem ser
displicentes com a nossa língua.
Estar apto a fazer uma reflexão crítica acerca dos sistemas e dos valores
fundamentais para a integridade humana, identificar se, além dos conhecimentos gerenciais
que capacitam o profissional para as inter-relações com os sistemas organizacionais, o
desenvolvimento das habilidades e do espírito empreendedor, estão entre os deveres da
IES que, além da formação técnica deve despertar o senso crítico do futuro profissional a
fim de que ele esteja pronto para avaliar o estágio.
O desafio de aplicar o saber adquirido. Não é uma questão quantitativa do saber, que
é subjetivo. Cabe a todos os envolvidos tornar o futuro profissional seletivo intelectualmente
e isso exige profunda reflexão acerca dos conceitos pedagógicos aos quais estamos
acostumados.
Isso se aplica a todos, mas, principalmente aos educadores que têm o poder e o
dever de fazerem diferença na vida de seus alunos, independente do nível do ensino ao
qual pertençam. Encarar a prática de ensinar como uma ação rotineira e sem motivação,
deveria ser considerado falta grave, pois, a prática de ensinar sem comprometimento, sem
direção, sem a devida exploração dos potenciais humanos não poderia ser admitida no
ambiente pedagógico.
Enquanto educadores se apoiarem na fraqueza das políticas educacionais
aguardando o ideal que venha de fora de suas convicções, não estarão contribuindo para a
formação de qualidade e, sem educação de qualidade não há desenvolvimento que sustente
um país.
90
Não se pode fugir à importância da subjetividade. Por mais que se queira ser
objetivo, os fatores individuais estarão sempre interferindo nessa objetividade. Conceitos
filosóficos, exigência de comportamento criativo e questionamento dos modelos mentais
mais conhecidos podem fazer toda a diferença, seja nas decisões empresariais ou na
formulação de política educacional.
O ensino superior é apenas uma parte do processo educacional, mas é na
universidade que se encontram os pilares para o desenvolvimento científico, econômico e
social.
Mas, assim como existem preconceitos em relação à qualidade do ensino em
universidades particulares, com algumas exceções, a idéia de que ensino de boa
qualidade nas universidades públicas está sendo igualmente questionada na sociedade.
Sem intenção de abordar o mérito dos procedimentos de credenciamento ou
reconhecimento de instituições de ensino superior, é preciso reconhecer que o mercado
exige cada vez mais especializações e demonstra que ter um diploma universitário está
valendo cada vez menos.
O SINAES é um programa de avaliação que leva as instituições de ensino a
refletirem acerca de seus objetivos macro organizacionais ocasionando mudanças
progressivas.
As práticas estratégicas e as ferramentas de gestão que serão utilizadas para a
efetividade da aprendizagem organizacional podem ser objeto de discussão e divergência
entre os teóricos, mas fica evidente a indispensável participação de todos os agentes no seu
efetivo desempenho de função ou papel específico.
A pesquisa foi conduzida com base nos relatórios de auto-avaliação que são
preenchidas pelos estagiários num contexto de obrigatoriedade para que seja concluída a
disciplina de estágio supervisionado, integrante da grade curricular com um peso a ela
atribuído, fator que pode influenciar nas respostas, comprometendo a utilidade prática da
avaliação.
Esse é um dos aspectos que leva à conclusão de que o objetivo do estudo foi
parcialmente alcançado. Apesar de estabelecida a representação do estágio supervisionado
do Curso de Engenharia de Produção do CEFET-RJ, a análise das relações entre os
91
agentes internos teria sido completa se fossem considerados os interesses e motivações
pessoais, o tipo de supervisão e orientação, dentro e fora da instituição de ensino, a fim de
permitir melhor entendimento acerca do desenvolvimento de habilidades, o aproveitamento
de conhecimentos específicos e o aprimoramento do perfil intelectual, através da análise
entre os agentes. Possíveis pontos de intervenção foram identificados e os indicadores
desenvolvidos precisam ser validados com a participação dos agentes envolvidos.
É necessário fixar objetivos específicos, que não é tarefa fácil, embora
imprescindível, para que se estabeleça metas atingíveis, desde que definidas as atribuições
das partes contidas em regulamento próprio da instituição. O que pode ser objeto de futuras
pesquisas.
O instrumento a ser utilizado para a coleta de informações deve estar relacionado
aos objetivos pretendidos
.
Por isso,
exige estudo cuidadoso a fim de minimizar ao máximo a
manipulação das respostas.
92
Referências Bibliográficas
ALESSIO, Paulo Agostinho, Dissertação de Mestrado: Estágio à distância, uma proposta
alternativa para a realização do Estágio Curricular, UFSC, 2000; Disponível em
www.scielo.br. Acesso em maio de 2007.
ARGYRIS, Chris. Personalidade e Organização. O Conflito entre o Sistema e o Indivíduo -
Editora Renes, RJ. 1969.
ARGYRIS, Chris; SCHÖN, Donald. Argyris and Schön’s theory on congruence and learning
–baseado em artigo de: Anderson, L. (1994). Espoused theories and theories-in-use:
Bridging the gap (Breaking through defensive routines with organization development
consultants). Unpublished Master of Organisational Psychology thesis, University of Qld.
Disponível em: http://www.scu.edu.au/schools/gcm/ar/arp/argyris. Acesso em maio de 2008.
BERGAMINI, Cecilia Whitaker Avaliação de Desempenho Humano na Empresa, Ed Atlas,
1977.
BUARQUE, Cristovam. A Universidade numa encruzilhada. Editor(es): UNESCO, MEC Ano:
2003. Disponível em: http://www.brasilia.unesco.org/publicações/livros/univerencruzilhada
Acesso em janeiro de 2008
CALMON, Katia M Nasiaseni, A Avaliação de programas e a Dinâmica da Aprendizagem
Organizacional, Publicação IPEA, Revista Planejamento e Políticas Públicas, 19, junho
1999.
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CELSO SOCOW DA FONSECA Disponível em:
http://www.cefet-rj.br/ensino/ensino2.htm Acesso em juho de 2007
DECRETO 87497 DE 18 DE AGOSTO DE 1982 Disponível em:
http://www.fajesu.com.br Acesso em novembro de 2007
DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR,
Ministério da Educação CONAES , Brasília: 2004; Disponível em
http://www.inep.gov.br/superior/sinaes/ Acesso em julho de 2008
ESPINDOLA, Celso da Silva, Dissertação de Mestrado: Instrumentos de avaliação da
gestão para centros federais de educação tecnológica utilizando critérios de prêmios de
qualidade 1v. 165p. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ -
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - 01/10/2007 . Disponível em:
http://servicos.capes.gov.br/capesdw/Teses.do Acesso em julho de 2007
FRANCISCO, Antonio Carlos, Tese de Doutorado: Aquisição de Competências no Estágio
Curricular Supervisionado: O caso dos cursos de engenharia do CEFET-PR, UFSC, 2003;
Disponível em www.scielo.br. Acesso em mai 2007
GIDDENS, Anthony- A Constituição da Sociedade, Ed. Martins Fontes, 1989.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
Lei 11.788 de 25 de setembro de 2008. Dsiponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil
Acesso em setembro de 2008.
93
VASCONCELOS, Marllos M. de, “A Graduação em Engenharia Industrial e as atribuições no
Brasil face a outras engenharias profissionais”, Dissertação de Mestrado – CEFET-RJ,
Nov/2007.
MORGAN, Gareth. Imagens da Organização Tradução Cecília Whitaker e Roberto Coda-
Cap. 4 – A Caminho da Auto-Organização – São Paulo – Ed. Atlas S.A 1996.
PINTO, Álvaro Vieira – O conceito de Tecnilogia – Cap. IV, volume I, Ed. Contraponto, 2005.
Plano de Desenvolvimento Institucional do CEFET-RJ, disponível em www.cefet-rj.br
Acesso em julho de 2008
PONTES, B.Rodrigues – Avaliação de Desempenho Nova Abordagem, Ed LTR, 1996.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO. Normas para
apresentação de teses e dissertações. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2001. Disponível em
http://www.puc-rio.br/ensinopesq/ccpg/apresentacao_ted.html. Acesso em 13 set. 2008.
PORTARIA MEC n.º 2.051, de 09 de julho de 2004- Regulamenta os procedimentos de
avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), instituído na
Lei no 10.861, de 14 de abril de 2004. D.O. nº 132 de 12 jul.2004 seção 1 pag.12. Disponível
em http://sinaes.inep.gov.br/sinaes/ Acesso em julho de 2007
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
Resolução 11, de 11 de março de 2002 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do
Curso de Graduação em Engenharia.
ROTEIRO DE AUTO-AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL SINAES, Ministério da Educação
CONAES INEP, Brasília: 2004; Disponível em http://www.inep.gov.br/superior/sinaes/
Acesso em julho de 2007
SANTOS, Milton A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção, Edusp,
2006.
SCHNEIDER, Maria Clara Kaschny, Tese de Doutorado: Modelo de Avaliação da Gestão
de Instituição de Cursos Superiores de Tecnologia, UFSC, 2005; Disponível em
www.scielo.br. Acesso em maio de 2007.
SCHÖN, Donald. "Educating the Reflective Practitioner" - to the 1987 meeting of
the American Educational Research Association Washington, DC. Disponível em
http://educ.queensu.ca/~russellt/howteach/schon87.htm Acesso em maio de 2008
SILVA, Ana Maria Cardoso, Dissertação de Mestrado: Uma análise estatística dos Estágios
Supervisionados, caso da UNIFOR, UFSC, 2002; disponível em www.scielo.br. Acesso em
maio de 2007.
SILVA, Edna Lúcia da - Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação/Edna Lúcia
da Silva, Estera Muszkat Menezes. 3. ed. rev. atual. Florianópolis: Laboratório de Ensino
a Distância da UFSC, 2001.
SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR SINAES : Bases
Para Uma Nova Proposta De Avaliação Da Educação Superior, 2003; Disponível em
http://www.inep.gov.br/superior/sinaes/ Acesso em julho de 2007
94
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Regulamento dos estágios dos
cursos de educação Profissional técnica de nível médio e do ensino superior da UTFPR.
Disponível em http://sistema.utfpr.edu.br/prograd/legislacao_eng.htm Acesso em set.2007
95
Apêndice
Questionário
Dados Pessoais
1. Nome: ___________________________________________________________
2. Qual o período que você está cursando: _________________________________
3. Sua Idade: ________________________________________________________
4. Possui Filhos ? Quantos? ____________________________________________
5. Sexo: Masc ( ) Fem ( )
6. Estado civil: Solteiro ( ) Casado ( ) Separado ( ) Outros ( )
Dados Sócio-Economicos
1. Quantas pessoas moram com você? __________________
2. Bairro em que mora: ______________________________________________
3. Bairro do Estágio: ________________________________________________
4. Como você vai para o Estágio? carro ( ) ônibus ( ) a pé ( ) Metrô ( ) Trem ( )
Outros _______________
5. Quanto tempo você leva entre sua residência e o local do estágio: _________
6. Quanto tempo você leva de sua residência ao CEFET? __________________
7. Quanto tempo você leva do Estágio ao CEFET? ________________________
8. Faz alguma refeição fora de casa? Quais? Onde?
Dados sobre o ingresso no Estágio
1. Por que você resolveu fazer o estágio agora ? __________________________
2. Como soube da vaga para o estágio ? Mural de vagas do CEFET ( ) Centro de
Integração Empresa Escola ( ) Internet ( )amigos que já trabalham na empresa( )
Feira de estágio( ) Outros ( )
3. Como você avalia o vel de dificuldade para ingressar no estágio? o encontrei dificuldade
( ) Encontrei algumas dificuldades ( ) Encontrei muitas dificuldades ( )
4. Quais dificuldades você encontrou? __________________________________
5. Você passou por algum outro processo seletivo? ________________________
6. Você já estagiava antes do estágio supervisionado? Onde ? _______________
7. Em que período foi realizado seu primeiro estágio? ______________________
96
Dados do Estágio
1. Carga horária de trabalho: 4 horas ( ) 6 horas ( ) 8 horas ( )
2. Forma de remuneração: Bolsa auxílio ( ) salário ( )
3. Tipos de benefícios: V.T ( ) V.R ( ) Assist. Médica ( ) Assist. Odontológica ( ) Outros
( ) Nenhum benefício ( )
4. Qual a duração do contrato de estágio com a empresa (em meses)? _________
5. Existe a possibilidade de renovação de contrato? Por quanto tempo?________
6. Há quanto tempo você já está nesse estágio? __________________________
7. Junto com você trabalham outros estagiários da mesma especialidade? Quais as instituições
de origem? ______________________________________________________
8. Você foi efetivado na empresa ? _____________________________________
Dados sobre a Empresa
1. Nome da empresa _______________________________________________
2. Localização (bairro): ______________________________________________
3. Setor de atuação: Público ( ) Privado Multinacional ( ) Privado Nacional ( )
4. Área / Segmento de atuação __________________________________
5. Ramo de Atividade da Empresa : Industria ( ) Serviços ( ) 3º setor ( )
6. Porte da Empresa: Pequeno ( ) Médio ( ) Grande ( )
7. Existe um programa de estágio normalizado na empresa? Sim ( ) Não ( )
8. Há distinção entre os grupos de estagiário na empresa ? De que tipo?
Perfil do Estágio:
1. Em qual setor da empresa realiza ou realizou seu estágio?
_______________________________________________________________
2. Você possuía atribuições específicas? Quais?
_______________________________________________________________
3. Ocorrem viagens relacionadas às atividades desenvolvidas? Sim ( ) Não ( )
4. Houve desempenho da atividades ligadas ao seu curso de graduação ?
_______________________________________________________________
5. Qual era o objetivo do trabalho que você realizou durante o estágio?
_______________________________________________________________
6. Encontrou dificuldades na realização de
tarefas?_________________________________________________________
7. Você teve oportunidade de opinar sobre algum procedimento? Qual foi a receptividade?
_______________________________________________________________
8. Houve oportunidade de você resolver algum problema sozinho ?
_______________________________________________________________
9. Exerceu alguma tarefa que considere inútil ?
_______________________________________________________________
10. Executou alguma tarefa sem entender o objetivo ? ______________________
97
Sobre o Tutor e/ou Orientador do Estágio
1. As informações eram passadas a você por uma única pessoa ? ____________
2. Qual o nível de orientação no desempenho das atividades sob sua responsabilidade?
Sempre presente / eficiente ( ) Nem sempre presente / quando solicitado ( )
Ausente ( )
3. Você considera que teve algum líder mal capacitado? ____________________
4. Como você avalia o profissional que te supervisionou? Muito Bom ( ) Bom ( ) Ruim ( )
5. Algum dos profissionais que você conheceu serviu de modelo para você ? Por que?
___________________________________________________________
6. Você acredita que houve resistência por parte de alguns profissionais em ensinar o Pulo do
Gato”? __________________________________________
Sobre a Integração Cefet / Estágio
1. O estágio interferiu no seu coeficiente de rendimento(C.R)?Sim ( ) Não ( )
2. Você chega atrasado à aula por causa do estágio? Sim ( ) Não ( )
3. Houve necessidade de trancar alguma disciplina? Porquê? ________________
4. Você chegou a “negociar“ horário, de faltas ou tarefas com algum professor? Explique.
_______________________________________________
5. Você sentiu falta de algum conhecimento específico para a realização das tarefas? Quais?
___________________________________________________
6. Quais as matérias que você julgou mais importantes para o bom desempenho do
estágio?______________________________________________________
7. Estar no CEFET foi um diferencial pra você? Sim ( ) Não ( )
Perfil Profissional
1. Quais são as aptidões necessárias para o Engenheiro de Produção?____________________
______________________________________________________________________________
_________________________
2. Destas, quais você já possui?_______________________________________
3. Do ponto de vista profissional/humano, que mudanças ocorreram em você, depois de
finalizado o estágio? ______________________________________
4. Você aprendeu alguma lição que levará para o resto de sua vida? __________
5. Concluído o estágio, você se considera apto a comandar uma equipe ou exercer cargo de
gerência? ______________________________
98
Anexo 1
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA SONSECA
DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – DIRED
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR – DEPES
COORDENADORIA DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO – COGRAD
SETOR DE SUPERVISÃO DE ESTÁGIO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR - SESUP
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO (PELO ALUNO-ESTAGIÁRIO)
Prezado aluno
É necessário que o Setor de Estágio Supervisionado conheça as oportunidades oferecidas, as
dificuldades encontradas e as tarefas que são específicas de cada curso para possível reformulação
curricular. Visando aprimorar nosso trabalho, solicito sua colaboração no preenchimento do
questionário abaixo, o qual deverá ser devolvido juntamente com o seu relatório.
Atenciosamente
COORDENADOR DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO
PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO:
1. IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
1.1. Nome do aluno: ______________________________________ Tel.: ______________
1.2. Curso/Enfase: _______________________________________ Período: ___________
2. PROGRAMA DE ESTÁGIO
2.1.Empresa onde estagiou: __________________________________________________
2.2.Endereço da empresa: ___________________________________________________
2.3.Telefone: ____________________ Ramal: _____________ Remuneração: _________
2.4.CEP ____________________ Cidade _______________________ Estado _________
2.5.Regime de Trabalho: __________ Data de Inicio ________ Data do Término ________
3. PARECER DO ESTAGIÁRIO
3.1. Quais as atividades que caracterizam seu estágio ? (cite no mínimo duas):
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______________________________________________________
3.2. Que outras atividades desenvolveu?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______________________________________________________
3.3. Houve vantagens profissionais na participação em tais atividades? Sim ( ) Não ( )
3.4 Justifique: _____________________________________________________________
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
3.5 Que atividades julga indispensáveis executar para obter um bom desempenho profissional?
______________________________________________________________
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
3.6 O programa de estágio correspondeu às suas expectativas? Justifique: Sim ( ) Não ( ) Às
Vezes ( )
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
99
3.7 Faça uma análise em relação às atividades escolares:
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
3.8 Durante seu estágio contou com a supervisão eficiente por parte da Empresa?
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________
3.9 Que dificuldades encontrou na execução de suas tarefas na Empresa?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
3.10 Que conhecimentos, além dos adquiridos no CEFET-RJ, gostaria de ter para aprimorar seu
desempenho profissional ?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
3.11 Avalie seu próprio estágio: |Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Insuficiente ( )
4. CONCLUSÕES: Exponha suas idéias a respeito dos aspectos abaixo, preenchendo os itens a
seguir:
4.1 Adequação da formação teórica (Curso de Graduação) à formação prática (Empresa)
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
4.2 Adequação dos conhecimentos adquiridos nos laboratórios às atividades práticas durante o
estágio:
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________
4.3 Orientação dada por supervisores da empresa no desempenho das atividades sob sua
responsabilidade:
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________
4.4 Sugestões para o aperfeiçoamento do Curso de Graduação e quaisquer outras que desejar
fazer.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________
Rio de Janeiro, ____ de _________________ de ________
___________________________________
Assinatura do aluno
100
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo