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Universidade de São Paulo
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Rua São Bento: Um fragmento da cidade de São Paulo que registra
as transformações e persistências na paisagem urbana.
REGINA HELENA VIEIRA SANTOS
SÃO PAULO – 2008
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Universidade de São Paulo
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Rua São Bento: Um fragmento da cidade de São Paulo que registra
as transformações e persistências na paisagem urbana.
Dissertação de Mestrado
Área de concentração: História e Fundamentos da
Arquitetura e do Urbanismo.
Aluna
REGINA HELENA VIEIRA SANTOS
Orientador:
JOSÉ EDUARDO DE ASSIS LEFÈVRE
SÃO PAULO – 2008
4
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO,
PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
E-MAIL: [email protected] ou rhvs@usp.br
Santos, Regina Helena Vieira
S237r Rua São Bento: um fragmento da cidade de São Paulo
que registra as transformações e persistências na paisagem
urbana / Regina Helena Vieira Santos. --São Paulo, 2008.
463 p. : il.
Dissertação (Mestrado – Área de Concentração: História e
Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo ) - FAUUSP.
Orientador: José Eduardo de Assis Lefèvre
1.Áreas centrais - São Paulo(SP) 2.Urbanização - História -
São Paulo (SP) 3.Legislação urbana 4.Paisagem urbana 5.Ruas e
Avenidas - São Paulo (SP) I.Título
CDU 711.523(816.11)
5
Dedicatória
Aos meus antepassados, em especial a
memória do meu pai e avós que
vivenciaram as transformações e
persistências da cidade de São Paulo, que
estudo nesse trabalho.
6
7
Resumo
No estudo da história da urbanização de São Paulo foram constatadas
grandes transformações nos lotes urbanos.
Tomando como referência as plantas da cidade, a iconografia paulistana,
além das legislações urbanas recuos, altura, Taxa de Ocupação e Coeficiente de
Aproveitamento do lote – foi feita uma organização cronológica.
Observou-se a paisagem urbana, a volumetria e a implantação dos edifícios
no lote, para finalmente fazer a biografia do fragmento analisado: a rua São Bento.
Abstract
When studying the history of the urbanization of São Paulo great
transformations in the urban lots had been evidenced.
Taking as reference the urban plants of the city, paulistana iconography,
beyond urban laws recoils, height, Tax of Occupation and Coefficient of
Exploitation of the lot – has been chronological organized.
It has been observed the urban landscape, the volumetria and the implantation
of the buildings in the lot, finally to produce the biography of a fragment analyzed: the
street of São Bento.
8
9
Sumário
Agradecimentos ..................................................................................................... 13
Introdução .............................................................................................................. 15
Parte I
1. Conceitos .......................................................................................................... 19
2. Periodização ..................................................................................................... 25
3. Cartografia
3.1 A cartografia levantada ........................................................................... 35
3.2 Reflexões sobre a cartografia ................................................................. 70
3.3 Registro em planta da situação atual – 2007
a. Uso do Solo .................................................................................. 83
b. Ano dos Edifícios .......................................................................... 85
c. Altura, Gabarito, Número de pavimentos dos edifícios ................ 87
4. Legislação Urbana ............................................................................................. 89
5. Iconografia Urbana ........................................................................................... 121
Parte II
6. O fragmento dessa pesquisa – a rua São Bento ........................................... 171
6.1 Quadra 09: Largo São Francisco – rua José Bonifácio ......................... 173
6.1.1 Largo do Ouvidor ..................................................................... 173
6.2 Quadra 10: rua Benjamin Constant – rua José Bonifácio ...................... 175
6.2.1 Praça Paulo Duarte .................................................................. 175
6.3 Quadra 03: rua José Bonifácio – Praça do Patriarca ............................ 177
6.3.1 N
o
. 250 (rua José Bonifácio) Edifício Ouvidor ......................... 178
6.3.2 N
o
. 21, 23, 31 ........................................................................... 181
6.3.3 N
o
. 41, 43 ................................................................................. 183
6.3.4 N
o
. 45 Prédio Azevedo Soares ................................................ 185
6.3.5 N
o
. 59,63 Edifício Kosmos ........................................................ 188
6.3.6 N
o
.67 ........................................................................................ 191
6.3.7 N
o
. 73, 75 ................................................................................. 193
6.3.8 N
o
. 81, 83 ................................................................................. 195
6.3.9 N
o
. 87, 93, 95, 101, 103 ........................................................... 197
6.3.10 N
o
. 9 da Praça do Patriarca .................................................... 199
10
6.4 Quadra 04: rua José Bonifácio – rua Direita ......................................... 201
6.4.1 N
o
. 16, 28, 34 ........................................................................... 202
6.4.2 N
o
. 44 Edifício Luzia Monteiro .................................................. 205
6.4.3 N
o
. 50, 56, 62 ........................................................................... 207
6.4.4 N
o
. 86 Edifício Vautier Franco .................................................. 209
6.4.5 N
o
. 225, da rua Direita – Lojas Marisa ..................................... 212
6.5 Quadra 83: Praça do Patriarca .............................................................. 214
6.5.1 Praça do Patriarca – Igreja de Santo Antônio .......................... 215
6.6 Quadra 84: rua da Quitanda – Largo do Café ....................................... 217
6.6.1 N
o
. 205, da rua Direita – Edifício Barão de Iguape .................. 218
6.7 Quadra 80: Praça do Patriarca – rua Miguel Couto ............................... 221
6.7.1 N
o
. 177, 181, 185 Condomínio Edifício Patriarca ..................... 222
6.7.2 N
o
. 189, 195, 197 Residência Elias Chaves ............................. 225
6.7.3 N
o
. 201, 207 ............................................................................. 228
6.7.4 N
o
. 231 Edifício Campos de Piratininga ................................... 231
6.7.5 N
o
. 241, 243, 245 Cine São Bento ........................................... 234
6.7.6 N
o
. 259 ..................................................................................... 237
6.7.7 N
o
. 267, 275 ............................................................................. 239
6.7.8 N
o
. 279, 283 Edifício LAMÍA ..................................................... 241
6.7.9 N
o
. 293, 299 ............................................................................. 245
6.7.10 N
o
. 315 Galeria Prefeito Firminiano Pinto .............................. 247
6.8 Quadra 81: rua da Quitanda – Largo do Café ....................................... 249
6.8.1 N
o
. 176 Casa Fretin (até 1990’s) .............................................. 250
6.8.2 N
o
. 188, 192, 198 ..................................................................... 252
6.8.3 N
o
. 200, 208 Edifício São Bento .............................................. 254
6.8.4 N
o
. 216, 220 Edifício Ana Maria Nogueira ............................... 257
6.8.5 N
o
. 230 , 234 ............................................................................ 259
6.8.6 N
o
. 238, 244 ............................................................................. 261
6.8.7 N
o
. 250 ..................................................................................... 263
6.8.8 N
o
. 256 ..................................................................................... 265
6.8.9 N
o
. 260, 264, 272, 276 ............................................................. 267
6.8.10 N
o
. 300 Edifício York / Palacete Crespi .................................. 269
6.8.11 N
o
. 308 Edifício INDUSEG ..................................................... 272
11
6.9 Quadra 72: rua Miguel Couto – Av. São João ....................................... 275
6.9.1 N
o
. 333 Prédio Álvares Penteado ............................................ 276
6.9.2 N
o
. 341 ..................................................................................... 278
6.9.3 N
o
. 351, 355 ............................................................................. 280
6.9.4 N
o
. 357, 359 ............................................................................. 282
6.9.5 N
o
. 365 Edifício GERBUR ........................................................ 284
6.9.6 N
o
. 389 Condomínio Edifício Sant´Ana .................................... 287
6.9.7 N
o
. 405 Prédio Martinelli ........................................................... 290
6.10 Quadra 73: Largo do Café – Praça Antônio Prado .............................. 293
6.10.1 N
o
. 344 – antigo anexo do Grande Hotel ............................... 294
6.10.2 N
o
. 356 –................................................................................. 297
6.10.3 N
o
. 360 ................................................................................... 299
6.10.4 N
o
. 366, 370 – Condomínio Edifício GIESTA ......................... 301
6.10.5 N
o
. 398 Antigo Banco de São Paulo ...................................... 304
6.10.6 N
o
. 406 Edifício H. LARA ........................................................ 308
6.11 Quadra 62: Av. São João – Largo São Bento ..................................... 311
6.11.1 N
o
. 465 Edifício Banco do Brasil ............................................ 312
6.11.2 N
o
. 483 anexo do Banco do Brasil ......................................... 315
6.11.3 N
o
. 487, 493 ........................................................................... 318
6.11.4 N
o
. 503 ................................................................................... 321
6.11.5 N
o
. 515 ................................................................................... 324
6.11.6 N
o
. 525 ................................................................................... 326
6.11.7 N
o
. 545 Condomínio Edifício de Galerias São Bento ............. 328
6.12 Quadra 63: Praça Antônio Prado – rua Boa Vista ............................... 331
6.12.1 N
o
. 470 Edifício DILAN ........................................................... 332
6.12.2 N
o
. 480 Banco Bradesco ........................................................ 335
6.12.3 N
o
. 500 Edifício Joaquim Gonçalves Nogueira ...................... 337
6.12.4 N
o
. 514, 518 ........................................................................... 340
6.12.5 N
o
. 520 ................................................................................... 343
6.12.6 N
o
. 534 – Estação do metrô - São Bento ............................... 345
6.13 Quadra 63: Largo São Bento ............................................................... 347
6.13.1 N
o
. 10-40 ................................................................................ 348
6.13.2 N
o
. 48, 54 ............................................................................... 351
6.13.3 N
o
. 58 ..................................................................................... 354
12
6.14 Quadras das referências ..................................................................... 357
6.14.1 Igrejas e Convento de São Francisco .................................... 357
6.14.2 Igreja e Mosteiro de São Bento ............................................. 360
7. Promenade pela rua São Bento. ..................................................................... 363
7.1 São Francisco à rua Direita ................................................................... 366
7.2 Rua Direita à Avenida São João ............................................................ 387
7.3 Avenida São João à São Bento ............................................................. 416
Conclusões ........................................................................................................... 431
Bibliografia ............................................................................................................ 435
Índice das imagens .............................................................................................. 440
Anexo .................................................................................................................... 455
13
Agradecimentos
Agradeço a todos que contribuíram de alguma forma com um comentário,
uma lembrança ou um fato no decorrer desse trabalho.
Ao professor José Eduardo de Assis Lefèvre pelas conversas e orientações,
além da paciência e atenção no desenvolvimento desta pesquisa.
Aos professores Lúcio Gomes Machado e Heloisa Barbuy pela contribuição
na qualificação. Aos professores Paulo Bruna, Hugo Segawa, Mônica Junqueira de
Camargo, Julio Katinsky, Mario Henrique D’Agostinho, Luiz Munari, Beatriz
Piccolotto Siqueira Bueno, Nestor Goulart Reis Filho, Carlos Lemos, Benedito Lima
de Toledo, pelas conversas que sempre me ensinaram muito.
Aos funcionários do Arquivo Municipal de Processos, à rua da Balsa, em
especial a diretora técnica Cleide de Andrade.
Aos funcionários do Arquivo Histórico Municipal Washington Luis, na Praça
Fernando Prestes e fotográfico no Solar da Marquesa de Santos.
Aos colegas do Departamento do Patrimônio Histórico, da Secretaria
Municipal da Cultura, pela paciência e atenção nas consultas realizadas.
Ao Ademar de Castro do acervo técnico da EMURB, e os demais funcionários
da Biblioteca da EMURB.
Ao Ivan que me auxiliou na biblioteca da sede do Jockey Club de São Paulo.
As pacientes bibliotecárias da Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo, na Cidade Universitária e da Pós
Graduação na rua Maranhão.
Ao senhor Sebastião Martins Vieira, comerciante da Ravil Canetas e
Lapiseiras Ltda. desde 1954, no Prédio Martinelli, e o senhor Edgard Helbic, químico
da Botica Ao Veado D’Ouro desde 1959, por disponibilizarem informações e fotos do
seu acervo, além das memórias.
Aos zeladores dos edifícios ao longo da rua São Bento por sua atenção.
14
Aos estagiários Tatiana Miti Isikawa, Giorgia Magnani Gatti, Fabrizio Rastelli e
Daniela Taniguchi Martinez que me ajudaram nos desenhos. E todos os estagiários
que trabalharam comigo no trabalho da Zeladoria Urbana no centro de São Paulo
pela vivência e aprendizado que tivemos.
Ao ex-prefeito e atual governador do Estado de São Paulo, José Serra, e ao
Subprefeito da Sé e Secretário Municipal de Coordenação das Subprefeituras
Andrea Matarazzo, pela oportunidade de estar trabalhando na área da pesquisa.
E por fim, agradeço ao meu padrinho Marcos Paulo de Almeida Salles pela
atenção e revisão no texto.
15
Introdução
São Paulo, cidade da transformação. Conhecer mais sobre as transformações
e persistências que acontecem no uso do solo tornou-se fundamental para a
configuração atual. Soam como ecos haussmanianos, arrasadores das vielas
medievais para a abertura das avenidas. Mudanças nos lotes: muitos pequenos
foram unificados para constituição de um maior, e com isso poder adensar mais.
Esta pesquisa se volta para a história da urbanização da cidade de São Paulo.
O objetivo é fazer a leitura da paisagem urbana de um fragmento: a rua São Bento.
Por esta ter sido possivelmente um caminho da trilha Peabirú dos índios antes do
europeu chegar e ainda por ser um trajeto muito utilizado pelos cidadãos em todos
os séculos de vida da cidade.
O presente trabalho está apoiado em três pilares: a cartografia, a legislação
urbana e a iconografia, e está organizado na periodização escolhida.
Para o estudo da formação urbana o levantamento cartográfico é essencial,
pois com base nas plantas cartográficas cadastrais eleitas foram analisados os lotes,
seus desmembramentos e unificações.
Inicialmente, foi utilizado o repertório composto pela coleção de Plantas da
Cidade de São Paulo Antigo, organizada e publicada pela Comissão do IV
Centenário, em 1954. Fazem parte desta coleção onze plantas de diferentes
décadas do século XIX. Sobre estas plantas foi verificada a expansão urbana nesse
período, além de constatado o adensamento e delimitação do leito da rua São
Bento.
Na planta Mapa da cidade de São Paulo e seus subúrbios, feita pelo
engenheiro C.A. Bresser, sem data, mas que se imagina ser aproximadamente
1841/7, nota-se ocupada toda a extensão da rua São Bento. Na planta realizada em
1881, Planta da Cidade de São Paulo, pela Companhia Cantareira e Esgotos,
observa-se a expansão da cidade. Essas duas foram eleitas para serem
pormenorizadas, as demais foram apenas apresentadas.
Posteriormente, foram incluídas as plantas cadastrais do século XX. A
primeira é atribuída a 1893/1911 e foi editada por Thomas & Cia.; a segunda de
1930, realizada pela SARA Brasil; a planta de 1954, feito pela VASP; e a base
16
cartográfica feita em 1972, pelo GEGRAN. Nessas plantas são identificadas as
divisas de lotes, e as construções existentes permitindo acompanhar as
persistências e transformações do espaço físico da cidade. A escala está
determinada claramente nessas plantas do século XX e ambas foram
pormenorizadas na área de estudo.
Finalizando esta etapa foi utilizada a carta do levantamento do GEOLOG, a
planta cadastral SQL (setor/quadra/lote) utilizada atualmente na Prefeitura
Municipal, feita com base no levantamento aerofotogramétrico de 2003. Sobre esta
planta foram levantados:
1. Imóveis tombados e numeração atual;
2. Uso do solo;
3. Ano dos imóveis;
4. Altura dos edifícios (gabarito).
Para conhecer mais sobre os imóveis e a situação atual foi necessário fazer
um levantamento do ano desses imóveis. Como critério foi adotado o ano da
expedição do habite-se como ano do imóvel. Sendo esse um documento expedido
pela prefeitura que permite, depois de concluída a obra e dentro dos parâmetros
legais, a utilização do mesmo para os fins a que foi submetido o projeto à aprovação.
O acervo de documentos do Município de São Paulo está arquivado em dois
endereços. Um pertencendo a Secretaria Municipal de Cultura, o Arquivo
Washington Luis do Departamento do Patrimônio Histórico D.P.H., situado na
Praça Fernando Prestes, conservando os processos de até 1921, que estão
catalogados por logradouro. O outro endereço é do Arquivo Geral de Processos da
Prefeitura, à rua da Balsa. Os processos que se encontram são de 1936 até hoje,
e estão arquivados pela data do início do Processo. Os processos de 1922 a 1935
estão aguardando espaço para serem removidos para o Arquivo Washington Luis,
que se encontra em obras, e permanecem no Arquivo Geral.
Para o uso do solo foi feito um levantamento in loco, sobre a planta de 2006,
registrando o uso atual. Outras pesquisas sobre o uso do solo em épocas diferentes
foram consultadas para a realização desta etapa. A pesquisa da professora Heloísa
Barbuy, relacionada ao triângulo histórico, mas sobre o uso comercial na virada do
século XIX para o XX, sobre a planta c. 1911. E a pesquisa da professora Beatriz
Bueno realizada sobre a “décima” de 1809, espacializada na planta aferida a 1941-7,
17
também em relação ao triângulo. Com isso observou-se como a transformação do
uso do solo interferiu no programa das edificações ao longo da rua São Bento.
Os itens da legislação urbana estudados são: as posturas municipais do
século XIX, o código de obras e sanitário; o Código Arthur Saboya, fundamental para
a constituição do espaço urbano da rua São Bento, Código de Edificações, a
legislação de uso e ocupação do solo Taxa de Ocupação e Coeficiente de
Aproveitamento do lote; lei de zoneamento e o Plano Diretor. Essa legislação foi
consultada para entender as diferenças dos gabaritos e recuos nos diferentes
edifícios implantados nos lotes.
A iconografia urbana registra a paisagem urbana apontando suas
persistências e transformações. Para a realização desta etapa, foram consultadas
algumas bibliografias com imagens de São Paulo em momentos passados. Como o
trabalho do Militão de Azevedo, que registra o ambiente urbano de São Paulo em
dois momentos do século XIX. O livro com postais, Lembranças de São Paulo de
João Emílio Gerodetti e Carlos Cornejo. A obra A cidade da Light 1899/1930 , da
Eletropaulo/Light. Os livros Anhangabaú, São Paulo três cidade em um século, e
Prestes Maia e as Origens do Urbanismo Moderno em o Paulo, ambos de autoria
de Benedito Lima de Toledo; o livro do Nestor Goulart Reis Filho, São Paulo Vila
Cidade Metrópole dentre outros. E consulta no Arquivo de negativos do DPH
PMSP, (Departamento do Patrimônio Histórico Prefeitura Municipal de São Paulo),
no Arquivo da Fundação do Patrimônio Histórico de Energia e Saneamento, e no
acervo da Biblioteca Municipal Mário de Andrade.
Fotos atuais, tomadas durante a realização desta, focando o mesmo local de
fotos antigas do objeto de estudo foram tiradas como material da pesquisa pela
autora. Essas imagens foram comparadas, destacando as permanências e
transformações.
Alguns conceitos foram apresentados para melhor entendimento da
espacialização da pesquisa no primeiro capítulo. No capítulo dois foi feita a
periodização, apoiado na bibliografia de referência, elencando fatos relevantes. A
cartografia, a legislação urbana e a iconografia levantada estão presentes nos
capítulos três, quatro e cinco. No capítulo seis foi feito um inventário dos lotes ao
longo da rua no início do século XXI.
O inventário dos imóveis ao longo da rua São Bento foi feito como registro da
situação urbana em 2007. As fotos feitas para esse documento são de dezembro de
18
2007, após a implementação da lei municipal n. 14.223 de 26 de setembro de 2006,
que ficou conhecida como lei da “Cidade Limpa”.
Por fim, para realizar a leitura da paisagem, como uma biografia da rua São
Bento, foi feito um passeio, contando as transformações nos lotes ao longo desta
senda.
19
1. Conceitos:
PAISAGEM URBANA, IMAGEM DA CIDADE, PATRIMÔNIO.
Ao pensar em paisagem logo vem a imagem da praia, sentar na areia e
observar o oceano. A linha do horizonte no infinito onde se encontra o céu e o mar.
Ou talvez no campo observando as montanhas, uma linha do horizonte não linear
(plana), onde o céu encontra a natureza. Mas e na cidade onde se encontra a linha
do horizonte?
Definir cidade e sua imagem não é o tema desta pesquisa, porém será
abordado de maneira singela para se entender o conceito de paisagem urbana. E
por fim esse capítulo pretende esclarecer o que é monumento e patrimônio histórico,
e a importância do tombamento para a sociedade.
A imagem de uma cidade é a resposta de uma relação bilateral: o observador
e o ambiente. O observador com os seus cinco sentidos: visão, audição, olfato,
palato e tato, e o ambiente é o espaço em que o observador se insere e realiza a
leitura paisagem.
O trabalho de Gordon Cullen
1
discorre sobre três caminhos para esclarecer se
o ambiente produz uma reação emocional, voluntária ou não, nos seres humanos e
como isto acontece. São eles: movimento, posição e conteúdo. As traduções foram
retiradas da pesquisa realizada pelo professor arquiteto Lúcio Gomes Machado
2
.
- Movimento: “Quanto à ótica, proporcionando a visão seqüencial pelo
registro de cenas sucessivas decorrentes de um passeio na cidade,
mostra a sucessão de acontecimentos fortuitos, que, pelo seu
encadeamento possibilitam formas de emocionar o espectador.
- Posição: “Quanto ao lugar, relativamente à posição que nosso corpo
ocupa em relação ao meio que o cerca. Este relacionamento que
1
CULLEN, Gordon. Townscape. p. 11, 12, 13, 14
2
MACHADO, Lúcio Gomes. Comunicação Visual Emergente. p. 129 e 131
20
ocorre tanto na escala do edifício quanto na escala do urbano, é que
proporciona emoções no uso dos espaços”.
- Conteúdo: “Quanto ao conteúdo, categoria que inclui a construção em
si da cidade: cor, escala, estilo, caráter, personalidade e unidade.
Dependendo das peculiaridades de cada cidade poderemos
eventualmente observar a história de sua constituição e de seus
edifícios, relacionada com os vários grupos de trabalhadores que a
construíram”.
Em outras obras como A imagem da cidade, o autor Kevin Lynch
3
, define
alguns elementos fundamentais para a compreensão do espaço urbano e a
formação da imagem. São eles: vias ou sendas, limites, bairros, cruzamentos ou nós
e elementos marcantes ou simplesmente marcos.
- Vias ou sendas: são os trajetos ou canais ao longo dos quais o observador se
move. Podem ser canais, linhas férreas, eixos de trânsito, passeios, vielas, ruas ou
avenidas. De maneira geral é o elemento principal, se considerar que os cidadãos
observam a cidade ao se deslocar nessas sendas e os elementos se organizam e
relacionam com o observador durante esse percurso.
- Limites: são os elementos lineares, fronteiras entre duas partes tais como a orla
marítima, rios, montanhas, incidências topográficas ou um muro. São referências
secundárias, barreiras consideradas penetráveis, mas não com muita facilidade.
- Bairros: são regiões urbanas reconhecíveis por alguma característica mental
comum e identificável para o observador, esteja ele dentro ou fora. A maior parte das
cidades se estrutura por bairros.
- Cruzamentos ou Nós: são locais estratégicos de uma cidade, nos quais o
observador pode entrar e se deslocar. Podem ser esquinas, largos, ou pequenas
3
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. p. 58, 59.
21
praças, mas são momentos de mudança de uma estrutura para outra no percurso.
Pontos focais caracterizam a imagem desses núcleos.
- Pontos marcantes ou marcos: são as referências onde o observador não entra,
pois são externos. o representados por um objeto físico, tais como um grande
edifício, uma torre, uma cúpula ou uma montanha. O movimento solar também pode
ser considerado um marco. Em escala menor como numa rua as fachadas dos
imóveis, árvores ou o mobiliário urbano completam a imagem para o observador.
Dependendo do ângulo em que se encontra o observador no espaço, a sua
relação com os elementos acima muda completamente, ou seja, muda o ponto focal
da imagem. A paisagem urbana é a composição dos elementos com o ponto de vista
do observador num certo momento.
Esclarecidos esses elementos, e complementando com a observação feita
pelo professor José Eduardo de Assis Lefèvre
4
sobre a extensão da Rua São Bento:
“com 725 metros de distância entre as fachadas das igrejas São Bento e São
Francisco” fica claramente definido o fragmento objeto desta pesquisa.
Sendo o elemento de estudo a rua São Bento cabe-nos complementar com os
demais elementos presentes. Os limites nesse caso são as incidências topográficas,
concentradas na colina da fundação da cidade. O bairro é caracterizado
mentalmente como o centro de uma cidade. Os cruzamentos ou nós são vários:
Largo São Francisco, Largo do Ouvidor, Praça Paulo Duarte, o antigo “Quatro
Cantos”, a Praça do Patriarca, o Largo do Café, o antigo Largo do Rosário, a Praça
Antônio Prado e o Largo São Bento. Os marcos mais importantes são a Igreja de
ordem primeira e a de ordem terceira de São Francisco e a Igreja e Mosteiro de São
Bento. Um marco, nesse trabalho, secundário é a Igreja de Santo Antônio.
Observe no croqui (IMAGEM 1), em amarelo a via, ou senda: rua São Bento,
em verde os limites, em azul os nós ou cruzamentos, e os pontos marcantes ou
marcos estão assinalados em vermelho.
4
LEFÈVRE, JoEduardo de Assis. Entre o discurso e a Realidade. A Quem interessa o centro de
São Paulo? A Rua São Luiz e sua evolução. p. 22.
5
LYNCH, Kevin. Op cit. p.13
22
IMAGEM 1: CROQUI elaborado para essa pesquisa pela autora.
Lynch
5
define legibilidade como a “imagem mental que os cidadãos têm da
cidade. Uma cidade legível é aquela cujas freguesias, sinais de delimitação ou vias
são facilmente identificáveis e passíveis de agrupamento em estruturas globais”.
Esse conceito confunde-se com o de imaginabilidade ou de visibilidade. O objetivo
desse estudo é a compreensão da identidade, da estrutura e do significado do
ambiente urbano.
Cidades italianas como Florença, situada no meio de colinas na margem o rio
Arno, tem uma forte imagem registrada na paisagem urbana, a cúpula da Catedral e
o campanário (torre dos sinos de Giotto), compondo um conjunto que
independentemente de onde o observador estiver, este pode adotá-la como
referência. Veneza, entre seus caminhos de becos, vielas e canais possui um
marcante e diferenciado, ligado à principal estrutura de acesso: o Grande Canal, a
23
Praça de São Marcos, um espaço aberto e limitado em contraste perpétuo com o
resto da cidade. São exemplos de elementos que estruturam as cidades no decorrer
dos séculos, e tornam-se suas identidades.
Esses exemplos de elementos podem ser entendidos como monumentos e
fazem parte de um patrimônio histórico. Conforme Françoise Choay
6
escreveu:
“Patrimônio histórico. A expressão designa um bem destinado ao usufruto de uma
comunidade que se ampliou a dimensões planetárias, constituído pela acumulação
contínua de uma diversidade de objetos que se congregam por seu passado
comum: obras e obras-primas das belas-artes e das artes aplicadas, trabalhos e
produtos de todos os saberes e savoir-faire dos seres humanos”. E “Monumento, do
termo original em latim: monumentum, deriva de monere (“advertir”, “lembrar”),
aquilo que traz a lembrança alguma coisa”.
A primeira Comissão dos Monumentos Históricos foi criada em 1837, na
França, e havia três categorias de monumentos históricos: os castelos, edifícios
religiosos da Idade dia e os remanescentes da Antigüidade. A expressão
monumento histórico entrou nos dicionários franceses somente na segunda metade
do século XIX. Após a segunda Guerra Mundial, apesar de manterem as mesmas
características o número de bens inventariados dobrou. Posteriormente novas
categorias como “as formas da arte de construir, eruditas e populares, urbanas e
rurais, todas as categorias de edifícios, blicos e privados, santuários e utilitários”
foram incorporadas. “O domínio patrimonial não se limita mais aos edifícios
individuais; ele agora compreende os aglomerados de edificações e a malha
urbana”
7
.
Documentos como a Carta de Veneza, 1964, reforçam o conceito ampliado de
patrimônio. Esse conceito salvaguarda e preserva certas paisagens e sítios, aborda
além das obras monumentais as construções modestas. O valor do conjunto
arquitetônico é definitivamente consagrado, a partir de 1975, com a Declaração de
Amsterdã.
Dos exemplos de conjunto arquitetônico, aglomerado de edificações e malha
urbana, preservados no Brasil, podemos citar alguns: São Luis e Alcântara, no
6
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. p. 11, 14, 15 e 17.
7
Idem, p. 14 e 15.
24
Maranhão; Salvador na Bahia, Ouro Preto em Minas Gerais, e a cidade moderna,
Brasília.
As paisagens, os patrimônios urbanos, assim como muitas edificações, e
monumentos, pelo seu caráter arquitetônico histórico e cultural, são registrados nos
livros de tombo. Na atualidade, o tombamento é o modo de resguardá-los para as
gerações futuras. E ao contrário do que muitos pensam não é um edifício morto, é
um bem cultural que pode e deve ser utilizado, com as adequações necessárias
desde que com muito respeito à situação original.
25
2. Periodização
O período adotado nesse trabalho é bastante extenso, por essa razão
delimitou-se uma periodização, etapas para visualizar os períodos relevantes da
história da cidade.
Para iniciar a periodização desta pesquisa foi primeiro tomado como
referência o livro de Benedito Lima de Toledo
8
, São Paulo: três cidades em um
século”, onde as três cidades são: a cidade de taipa, que sobreviveu até o final do
século XIX, a cidade de tijolos, construída no mesmo local da cidade taipa,
substituindo-a no começo do século XX, e a cidade de concreto a partir da década
de 20 do século XX, reconstruindo-a novamente. Sobre a cidade de concreto, o
autor escreveu: “um a um, os belos edifícios da metrópole do café foram demolidos
para dar lugar a edifícios onde houvesse maior aproveitamento do solo. Em São
Paulo, construía-se em cima” em vez de construir “ao lado”. Era a terceira cidade
que surgia em um culo”. Ainda hoje esse processo continua, e dessa forma não
haverá exemplares para contar a evolução urbana da cidade, como o professor
Benedito coloca: “São Paulo corre o risco de se tornar uma “cidade sem história””.
Criando um conflito de periodizações foi consultado também o livro de Ernani
Silva Bruno
9
, História e Tradições da Cidade de São Paulo”, vols:I, II e III. Este
possui a seguinte divisão:
de 1554 – 1828 – Arraial de Sertanistas;
de 1828 – 1872 – Burgo de Estudantes;
de 1872 – 1918 – Metrópole do Café; e
de 1918 1953 São Paulo de agora, visto que esse livro foi editado em 1954, ano
do IV Centenário da cidade.
8
TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo: três cidades em um século.
9
BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo.
26
Complementando esse conflito consultou-se também São Paulo Vila Cidade
Metrópole” de Nestor Goulart Reis Filho
10
. Este elenca sete períodos:
1554 – 1600, Construção da vila;
1600 – 1711, De vila a cidade crescendo quase sem crescer;
1711 – 1822, Cidade colonial urbanismo em uma capitânia da coroa;
1822 – 1889, A cidade no Império;
1889 – 1930, Metrópole do Café;
1930 – 1960, Metrópole Industrial;
1960 – 2004, Da região metropolitana ao sistema metropolitano integrado.
Esse livro foi publicado na ocasião dos 450 anos da cidade.
O documento “Os Planos Urbanísticos elaborados desde 1880 a 1980.
Inclusive diagnósticos setoriais e globalizantes”, realizado pelo Grupo
INTRAURBE
11
, coordenado pelo professor Candido Malta Campos Filho, e as
pesquisadoras Marta Dora Grostein, Rebeca Scherer e Cibele Riva Rummel, em
1983/5 adotou uma periodização relacionada com as gestões políticas. Esta consta
de cinco períodos:
1889 – 1898 – Primórdios da República;
1898 – 1930 – República Velha;
(1890, 65.000 hab; e em 1930, 900.000 hab = 14 X em 40 anos)
1930 – 1945 – Período Vargas;
1945 – 1964 – Período de Redemocratização;
1964 – 1980 – Período Pós 64.
Esse documento contribuiu nessa pesquisa com a objetividade das
informações referentes aos períodos das administrações públicas.
Das leituras realizadas, vários autores destacam a explosão demográfica que
São Paulo teve da segunda metade do século XIX para a primeira metade do século
XX.
10
REIS FILHO, Nestor Goulart. o Paulo Vila Cidade Metrópole.
11
INTRAURBE, Grupo. Os Planos Urbanísticos elaborados desde 1880 a 1980. Inclusive
diagnósticos setoriais e globalizantes”.
27
São Paulo, capital de província, como Luis Saia
12
apresentou:
ANO
População
(Hab.)
Meados séc.
XVIII
4.000
1810 20.000
1880 40.000
1900 240.000
1920 500.000
1929 900.000
1933 1.000.000
Para este trabalho foi definida a seguinte periodização, apontando sete
períodos que focam as transformações na rua São Bento:
1554 – 1822, A Vila e Cidade Colonial.
1765/1774 ca. – Planta da Restauração da Capitânia.
Séc. XIX – 1822 – 1859, A cidade imperial, o burgo de estudantes.
1844-7 – “Mapa da cidade de São Paulo e seus subúrbios,
Séc. XIX XX : 1860 1920, Os trilhos passando pela capital, a metrópole do
Café.
1881 – “Planta da Cidade de São Paulo,
1911 – “Planta cadastral e commercial da cidade de São Paulo”,
Código de Posturas 1875.
Séc. XX : 1920 – 1945, A expansão urbana e o período entre guerras.
1930 – “Planta da cidade”,
Código Arthur Saboya
12
SAIA, Luis. Notas para teorização de São Paulo. São Paulo: Revista acrópole, 295/6, p.213. 1963.
28
Séc. XX: 1945 – 1970, A metrópole industrial, pós-guerra.
1954 – Planta realizada pela VASP - Cruzeiro do Sul
Séc. XX: 1970 – 1999, O processo de conurbação e a região metropolitana.
1972 – “Planta do GEGRAN”
Século XXI..., A região metropolitana de agora, e o sistema metropolitano
integrado.
2006 – Planta Cadastral SQL – PMSP, baseada no aerofotogramétrico de 2003.
As plantas citadas acima são as selecionadas para representação de cada
período adotado. Em cada período foram elencados acontecimentos relevantes e
balizadores, de forma a organizar e complementar a pesquisa.
1554 – 1822
A Vila e Cidade Colonial. Nesse período a dimensão da cidade não mudou muito.
1594 – Carmelitas
1598 – Beneditinos
1624 – Franciscanos
Esses foram os anos de estabelecimento das Ordens religiosas na Vila de
Piratininga.
1628 – Mapa feito por D. Luís de Céspedes Xeria, Governador do Paraguai.
1717 ou 1725 construção da igreja do Rosário, no local onde é hoje a praça
Antônio Prado, segundo Afonso de Freitas e Nuto Santana respectivamente.
1740 Igreja de São Pedro, no largo da Sé, mais ou menos onde hoje é o edifício
da Caixa Econômica Federal.
29
1765/1774 ca.Planta da Restauração da Capitânia.
1784/88 – Construção da Casa de Câmara e Cadeia, no Largo de São Gonçalo.
1784 – foi remodelada e aumentada a Igreja de ordem Terceira de São Francisco.
1786-88 – Ponte do Acu ou do Marechal, governo Gama Lobo
1787 – foi aberta a Rua Nova de São José (atual Líbero Badaró), pela qual se descia
ao Piques pelo Caminho do Anhangabaú de Cima (atual Ladeira Dr. Falcão).
1788-97 Ponte do Lorena, no Piques; e reconstrução da Ponte do Açu, governo
Lorena
1788 – concluiu-se a edificação do Convento da Luz
1792 “Um Plano para Guiar a Cidade e seu Crescimento”, mandado executar pelo
governador Bernardo de Lorena.
1794 Primeira construção da Igreja de Santa Ifigênia, demolida em 1911 e
reconstruída em 1912.
1795 – é terminada a primitiva igreja de Santa Ifigênia.
Data de fins deste século o palacete da rua do Carmo, que no século seguinte foi
habitado pela Marquesa de Santos.
1809 Décima Urbana”, o primeiro imposto predial estabelecido para as cidades
brasileiras.
1810 “Planta da Imperial Cidade de São Paulo”, levantada em 1810 e copiada em
1841 por Rufino José Felizardo e Costa.
1810 – “Planta da Cidade”, feita por Rufino José Felizardo e Costa.
1816 Viajantes ilustres e cientistas (Saint-Hilaire) chegam a o Paulo, como em
todo o Brasil, e foram feitos novos registros; por exemplo, os artistas, como Debret,
Thomas Ender, Pallière, Landseer e Burchell, que fizeram desenhos de São Paulo.
TIPOLOGIA CONSTRUTIVA: Taipa de Pilão
30
Séc. XIX – 1822 – 1859
A cidade imperial, o burgo de estudantes.
1827 – Faculdade de Direito no Largo São Francisco (11 de Agosto)
1834 Ato Adicional, que organizou a província em termos de Brasil independente,
a população era 330.000 habitantes. (Saia, 1963)
1841 – “Planta da Cidade de São Paulo, realizada pelo engenheiro C.A.Bresser.
1842 – “Carta da Capital de São Paulo”, feita por José Jacques da Costa Ourique.
1844-7 “Mapa da cidade de São Paulo e seus subúrbios, realizada pelo
engenheiro C.A.Bresser, é atribuída esta data, para a organização desta pesquisa
será adotada neste período.
1855 – abertura da rua Formosa, seccionando de lado a lado a chácara do Barão de
Itapetininga, violando o sossego do Senhor Comendador.
1855“Mapa da Imperial Cidade de São Paulo”, registrada por Carlos Rath.
Séc. XIX – XX : 1860 – 1920
Os trilhos passando pela capital, a metrópole do Café.
1860 a 1867 Construção da linha férrea de Santos para Jundiaí e Campinas – São
Paulo Railway.
1868“Planta da Cidade de São Paulo, atribuída a Carlos Rath.
1868 – inaugurada a Estação da Luz
1875 – “Código de Posturas da Câmara Municipal da Imperial Cidade de São Paulo”
31
1877 “Mapa da Capital da Província de São Paulo”, elaborada por Francisco de
Albuquerque e Jules Martin, indica a ferrovia para Sorocaba e Ipanema – Estrada de
Ferro Sorocabana.
1880 – Jules Martin apresentou solicitação à Assembléia Provincial para abertura da
ponte, o primeiro Viaduto do Chá. E seu projeto foi deferido.
1881 “Planta da Cidade de São Paulo”, realizada pela Companhia Cantareira e
Esgotos.
1886 – sistema de numeração seqüencial para os imóveis
1887 Aparecem os trilhos dos bondes de tração animal nas fotos de Militão de
Azevedo.
1890 “Planta da Capital do Estado de São Paulo e seus arrabaldes, elaborada
pelo litógrafo Jules Martin.
1890 – Mercado na rua São João
1891 – 1894 – Escola Normal Caetano de Campos
1892 a 6 de novembro, foi inaugurado o Viaduto do Chá, com a presença de
Bernardino de Campos, Presidente do Estado, em meio a ruidosas comemorações.
1894 – Escola Politécnica
1896 Primeiro Plano Urbano para São Paulo, do engenheiro Adolfo Augusto Pinto,
respondendo o intento de Campos Salles de promover uma exposição nacional em
São Paulo.
1897 – 1
a
. Circular do Intendente de Obras Gomes Cardim
1897 “Planta Geral da Capital de São Paulo”, feita por Gomes Cardim, em escala:
1: 20.000.
1898 – 1910 – Prefeito Antônio Prado (PRP – Partido Republicano Paulista)
1900 – Estabelecimento da Light, companhia de eletricidade na cidade
1901 – Bondes Elétricos da Light
1901 o antigo Largo dos Curros conheceu vários projetos de ajardinamento, de
autoria de Carlos Serico, do paisagista belga Arsênio Puttemans e de Antonio Etzel.
O ajardinamento ocorreu entre 1902 e 1904.
1903 aquisição do terreno onde foi erigido o teatro municipal, pelo prefeito Antônio
Prado
32
1903 Publicado o clássico História da Viação Pública do engenheiro Adolfo
Augusto Pinto.
1906/1908 Plano de Melhoramentos para o Parque do Anhangabaú, do vereador
Augusto Silva Telles.
1902 – 1907 – ajardinamento da Praça da República
1907-1909 – Obras do teatro São José
1909 – Mercado de Pinheiros – Feiras Livres (Prefeito Antônio Prado)
1909 – Automóvel Clube
1910 – nova numeração seqüencial
1910 – Construção das barragens da Billings
1911 – “Planta cadastral e commercial da cidade de São Paulo”, editada por Thomas
& Cia. e Impressa no Estabelecimento Graphico Weissflog Irmãos.
1911 a 12 de setembro é inaugurado o Teatro Municipal, na administração do
Barão Raymundo Duprat
1911 – Perimetral da diretoria de obras.
1911 – Plano “ As Três Avenidas de São Paulo” – de Alexandre Albuquerque.
1911 – Projeto Freire – Guilhem – dos engenheiros Silva Freire e Eugenio Guilhem
1911 – Projeto Samuel das Neves – do engenheiro Samuel das Neves
1911 – Plano Bouvard – do arquiteto francês Joseph Antoine Bouvard
1911 - 1917 – Vale do Anhangabaú, projeto e construção
1911-1914 – Alargamento da rua Formosa, dentre várias outras ruas da área central.
1913 – Faculdade de Medicina de São Paulo
1913 inauguração do Viaduto Santa Ifigênia, proposta apresentada em 1904, e
obra iniciada em 1910.
1913 alargamento da rua São João, início das obras, administração Raymundo
Duprat e vão até 1920.
1919 – Projeto novo para o Largo da Memória, autoria do Arquiteto Victor Dubugras,
na administração de Washington Luis.
TIPOLOGIA CONSTRUTIVA: Alvenaria de Tijolos
33
Séc. XX : 1920 – 1945
A expansão urbana e o período entre guerras.
1924 – Perímetro de Irradiação – Ulhôa Cintra
1924 – inauguração da Praça do Patriarca.
1927 – Plano de Transporte Metropolitano Leve da Light
1928 – novo sistema seqüencial de numeração
1928 – represa de Santo Amaro, Guarapiranga
1929 – inauguração do Prédio Martinelli, “pai dos arranha-céus”.
1929 – Código Arthur Sabóia
1930“Planta da cidade”, elaborada pela Sara Brasil
1930 – Projeto de Avenidas elaborado pelo Prestes Maia.
1933 – Mercado Central, no tempo do prefeito Pires do Rio
1936 – novo sistema métrico de numeração, Ato n. 1.013/36
1936 – Aeroporto de Congonhas
1938 – novo Viaduto do Chá,
TIPOLOGIA CONSTRUTIVA: Concreto
Séc. XX: 1945 – 1970
A metrópole industrial, pós guerra.
1945 – 2a. Guerra Mundial, surto imigratório, crescimento populacional.
1938 1945 Revisão do Plano de Avenidas Gestão Prefeito Francisco Prestes
Maia
1945 – Plano para o Metropolitano – Mário Leão
1948 – Projeto para o Metropolitano – Cia Geral de Engenharia
1954 – Planta realizada pela VASP - Cruzeiro do Sul
1955 – Relatório Prestes Maia para introdução gradativa do Metropolitano.
1955 – inauguração do Edifício do Banco do Brasil, na Praça Antônio Prado.
34
Séc. XX: 1970 – 1999
O processo de conurbação e a região metropolitana.
1961 Relatório Carlos Lodi da Administração Ademar de Barros 1957 / 1961.
Diretrizes Globais para o Planejamento da Cidade de São Paulo.
1965 O período de 1961 1965 2
o
. Relatório da Administração do Prefeito
Prestes Maia
1968 – O Plano Metropolitano da H. M. D. (Hochtief – Montreal – Deconsult).
1971 Plano Diretor Viário; Sistema de Vias Expressas GEP (Grupo de Estudos
de Transporte)
1972 – Lei de Zoneamento;
1972Planta do GEGRAN
1981 – EMPLASA
1989, 1997, 2002 – Vôos Aerofotogramétricos;
1995 – EMPLASA
Século XXI .....
A região metropolitana de agora, e o sistema metropolitano integrado.
2001 – Plano Diretor e suas perspectivas.
2006Planta Cadastral SQL – PMSP, baseada no aerofotogramétrico de 2003.
35
3. Cartografia
3.1. A cartografia levantada
Foram levantadas as bases cartográficas referentes à cidade de São Paulo,
especialmente as que abordam a área conhecida como centro velho, e que possam
ser consideradas como plantas cadastrais. No decorrer deste trabalho os lotes
situados na rua São Bento serão analisados. As plantas consultadas estão
apresentadas com comentários pertinentes.
O trabalho realizado pelo professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo, Dr. Nestor Goulart Reis Filho, São Paulo Vila Cidade
Metrópole, na ocasião dos 450 anos da cidade apresentou um levantamento
cartográfico muito completo. Assim como o trabalho realizado pelos professores
Irineu Idoeta, Ivan Valeije Idoeta e Jorge Pimentel Cintra, São Paulo vista do alto, 75
anos de aerofotogrametria, porém com outro foco.
Foram destacadas para esta pesquisa as plantas com caráter cadastral, pois
essas apresentam os lotes desenhados com a ocupação do edifício. Por essa razão
foram pormenorizadas algumas plantas: sendo uma do século XVIII, duas do século
XIX, quatro do XX e uma deste século. Apenas a foto rea de 2003, aparece nesta
pesquisa por ser a base da planta georeferenciada utilizada pela Prefeitura
Municipal de o Paulo, conhecida como planta cadastral GEOLOG de 2006. As
fotos de vistas aéreas foram tratadas como imagens e utilizadas em outro capítulo
dessa pesquisa.
Algumas plantas aparecem para registrar o século XVII, mas sem muita
importância para a realização deste trabalho. Assinalada em amarelo, nas plantas,
encontra-se a Rua São Bento.
36
IMAGEM 2
A imagem 2 é de autoria de João Texeira Albernás, Villa de S. Paulo, nove
léguas da barra”, atribuída a 1631 ou a 1575/1610, o original é Detalhe da Carta
Capitania de S. Vicente.
IMAGEM 3
37
IMAGEM 4
As imagens 3 e 4 foram realizadas por Alessandro Massai, A Villa de
Spaulo”, e V.S. Paullo”, respectivamente, são atribuídas a 1608,1616 ca. Os
originais pertencem ao Departamento de Cartografia y Bellas Artes de la Real
Academia de la História, em Madri.
Foi feito um mapa por D. Luís de Céspedes Xeria, Governador do Paraguai,
em 1628, encomendado pelo governador Bernardo José de Lorena, sendo muito
simples no que se refere ao traçado urbano da cidade. Não foi encontrada uma
imagem com qualidade, para inserir neste trabalho.
IMAGEM 5
38
De autoria desconhecida, a imagem 5, é o Dezenho por îdea da Cîdade de
São Pavlo(sic), atribuído a 1765/1775. O original pertence à Biblioteca Nacional do
Rio de Janeiro.
IMAGEM 6
Portugal teve sua Restauração em 1640, após o domínio espanhol;
Pernambuco teve a sua em 1654/55, quando terminou o domínio holandês, e os
paulistas tiveram sua Restauração em 1765, quando a capitânia voltou a ter
administração independente, separada do Rio de Janeiro. O governante, nessa
ocasião era Luís Antônio da Souza Botelho de Mourão, o Morgado de Mateus.
As imagens 6 e 7, são da Planta da Restauração da Capitaniaou Planta da
Imperial Cidade de São Paulo”, de autoria desconhecida, a planta é atribuída à
1765/1774. O original pertencente ao Arquivo Histórico do Exército, Rio de Janeiro.
Nesta planta observa-se o sítio urbano mais antigo, contido entre os rios
Tamanduateí e Anhangabaú. Na imagem 7, foi pormenorizada a área do sítio urbano
e aparece o traçado das ruas e a ocupação das quadras existentes nesse período.
39
IMAGEM 7: Planta da Restauração. Fonte: Arquivo Histórico Militar, Rio de Janeiro. In São Paulo Vila
Cidade Metrópole, de Nestor Goulart Reis Filho, p.66 e 67.
A imagem 8, atribuída a 1800, “Parte da cidade de S Paulo”, o autor é
desconhecido. O original pertence à Mapoteca do Ministério das Relações Exteriores
(Itamarati), Rio de Janeiro.
Pouco se observa nesta imagem.
IMAGEM 8
40
Estas sete imagens são reproduções do livro o Paulo Vila Cidade
Metrópole, do Nestor Goulart Reis Filho
13
.
Por ocasião das comemorações dos 400 anos da cidade de São Paulo, foi
criada a Comissão do IV Centenário. Esta foi responsável pelas festividades e
organizou uma publicação contendo onze plantas do século XIX, que registram o
crescimento urbano. Esta edição, publicada em 1954, foi baseada em cópias
elaboradas pelos desenhistas J. Domingues dos Santos Filho e Francisco Sansoni,
em 1918.
IMAGEM 9
A primeira planta é de 1810, imagem 9, conhecida como “Planta da Cidade de
S. Paulo”, de autoria do engenheiro-militar Rufino José Felizardo e Costa.
Podemos observar o sítio urbano mais antigo contido entre os rios
Tamanduateí e Anhangabaú, este com seus afluentes, o Bexiga, o Itororó e o
Saracura. À margem esquerda do Anhangabaú, aparece o Morro do Chá com
destaque para a Chácara do Barão de Itapetininga, área conhecida posteriormente
como centro novo.
13
REIS FILHO, Nestor Goulart. São Paulo Vila Cidade Metrópole. p. 228 à 240.
41
Na legenda principal aparecem as seguintes anotações: Situada em 23
o
33’
30” de Latitude Sul, e entre 331
o
24’ 30” de Longitude pelo Meridiano da Ilha do
Ferro; Variação da Agulha 7
o
15’, NE (declinação magnética).
Segundo análise do professor Irineu Idoeta, esta foi provavelmente a mais
antiga medida de posição da cidade. uma pequena discrepância no valor da
latitude de 15”, para a Latitude Austral: 23
o
33’ 15”.
A seta do Norte está colocada com precisão, mas as informações relativas à
escala confundem, pois a escala gráfica indica 200 braças referente a 104 mm,
levando à escala de 1: 4.200. Quando por medições chegou-se à escala 1: 5.000.
Nota-se nesta planta que a futura região conhecida como centro novo da
cidade é um projeto de arruamento em implantação, pois se encontram tracejadas
algumas ruas que só vieram a ser abertas posteriormente.
Nesta planta a rua objeto desta pesquisa, está grafada com letra de mão
apenas como S. Bento, parecendo ser uma observação posterior à sua elaboração.
A segunda planta, imagem 10, também de 1810 é a Planta da Imperial Cidade
de São Paulo, baseada no mesmo levantamento de 1810, feito por Rufino José
Felizardo e Costa e copiada em 1841, atribuída a Carlos A. Bresser. um
exemplar pertencente à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Nesta cópia, ao redor da planta foram incluídas ilustrações a bico de pena,
mostrando os principais logradouros e edifícios da cidade de São Paulo.
Na legenda com letra “h” aparece a rua em estudo escrita como Rua de S.
Bento.
IMAGEM 10
42
IMAGEM 11
A Planta da Cidade de São Paulo”, imagem 11, datada de 1841 é a terceira
do conjunto publicado para o IV centenário da cidade. Foi realizada pelo engenheiro
Carlos Abraão Bresser. Existe uma cópia no Museu Paulista da Universidade de São
Paulo (Museu do Ipiranga), o original não se sabe onde está. Mas nota-se nesta
cópia de 1918, um escrito no canto inferior direito: “Esta planta foi copiada do
original do Archivo do Escriptorio da Engenharia da São Paulo Railway em
29.5.1918”, com assinatura de W. J. Sheldon, Engenheiro Chefe. E junto à margem,
à direita em inglês ”Copied from Original 1861”, a partir do original de 1841.
A escala gráfica na planta é de 2.000 palmos, conforme observou Irineu
Idoeta, após realizarem cálculos com medições chegaram a escala 1: 5.000.
A rua em estudo está na legenda sob o número 62 como Rua de São Bento.
43
IMAGEM 12
A quarta planta, imagem 12, datada de 1841, recebeu o título de Carta da
Capital de São Paulo”. O original manuscrito pertencente ao Arquivo Histórico do
Exército, Rio de Janeiro.
Por ocasião da Revolução Liberal, em 1842, foi elaborada a planta da cidade
de São Paulo pelo engenheiro-militar, José Jacques da Costa Ourique, por ordem do
general Lima e Silva, posterior Barão de Caxias.
Esta planta apresenta escala gráfica de 200 braças, para um traço de 87 mm,
levando a escala de 1: 5.000, confirmada por medições precisas de distâncias
conhecidas.
O fragmento em estudo aparece como Rua de S. Bento.
44
A quinta planta, imagens 13 e 14, MAPPA offerecido A SUA MAGESTADE, O
IMPERADOR (sic) pelo Presidente da Província Manoel da Fonseca Lima e Silva.
É atribuída a 1841-7, titulada como “Mappa da cidade de São Paulo e seus
subúrbios”, realizada pelo engenheiro civil Carl Abraham Bresser. O original
pertence à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Essa planta da cidade de São Paulo, como observou Nestor Goulart Reis
Filho, corresponde ao levantamento de 1841. Nela aparece o cadastramento dos
lotes ocupados nas diferentes quadras, tanto no centro velho como nos bairros em
formação. Nesses lotes são assinaladas as áreas ocupadas pelas edificações,
sendo importante referência para o desenvolvimento desta pesquisa. É provável que
esta seja a primeira planta cadastral da cidade de o Paulo, e corresponde à sua
situação em 1841 / 1847.
Segundo Irineu Idoeta, os levantamentos para medir os ângulos na época
eram feitos por teodolitos e correntes de agrimensor ou fitas para as distâncias.
Deste modo o engenheiro Bresser deve ter levantado os eixos das ruas que,
somados à largura das mesmas, permitiu desenhar as quadras. E completou o
desenho do interior da quadra, pelas distâncias tiradas com as fitas.
Na cópia de 1954, a escala reconhecida por medições chega a 1: 5.800,
pouco usual, e Irineu acredita que esta escala foi reduzida em relação ao original,
supondo na escala 1: 5.000. Aparece escala gráfica de 3.000 palmos para um traço
de 112,5 mm (1 palmo = 0,22 m), levando a aproximadamente a mesma escala.
Somente tendo acesso ao original poderá ser dirimida esta questão.
O Norte dessa planta apresenta 90º de diferença conforme as demais, por
essa razão a planta foi rotacionada antes de recortar a área da rua de São Bento
pormenorizada. Isto foi feito em cima da cópia editada na coleção da Comissão do
IV Centenário, que teve como base uma cópia elaborada por J. D. Santos, em 1919,
no Rio de Janeiro.
Pela primeira vez observa-se na grafia do fragmento em estudo: Rua São
Bento.
45
IMAGEM 13 Mappa da cidade de São Paulo e seus subúrbios”, realizada pelo engenheiro civil Carl
Abraham Bresser , ca. 1841-7.
Esta planta pelo seu caráter cadastral também foi utilizada para
espacialização do estudo sobre a Décima Urbana de 1809, realizado pela
historiadora Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno, que falaremos mais em outro
capítulo.
46
IMAGEM 14: Pormenor do “Mappa da cidade de São Paulo e seus subúrbios”, realizada pelo
engenheiro civil Carl Abraham Bresser , ca. 1841-7.
47
IMAGEM 15
A sexta planta do conjunto é de 1855, imagem 15, denominada: Mapa da
Imperial Cidade de São Paulo”, levantada particularmente para as meus servisas
(sic) geodésicos e hidráulicas. Autoria de Carlos Rath. Fonte original pertencente ao
Museu Paulista da Universidade de São Paulo.
Esta planta antecede à construção da linha férrea, realizada entre 1860 e
1867. Como o nome indica, foi feita para estudar o abastecimento de água na
cidade, deixando registrado todos os cursos d´água e as cotas.
A partir de distâncias conhecidas deduziu-se que a escala é 1: 10.000. A
unidade de medida no traço passa a ser o metro e não mais os palmos ou braças.
48
IMAGEM 16
Datada de 1868, é a sétima planta, imagem 16, a “Planta da Cidade de São
Paulo”, atribuída a Carlos Rath. Uma cópia pertence ao acervo da Biblioteca
Municipal Mário de Andrade.
Esta é a primeira planta que registra a linha férrea da São Paulo Railway. (De
Santos para Jundiaí e Campinas)
Nesta planta, ao longo da grafada rua S. Bento, constam dois números 63 (na
esquina da rua do Ouvidor, atual José Bonifácio com a São Bento) e 68 (entre as
ruas atuais da Quitanda e o Comércio), que na legenda indicam Redacção do
Ypiranga e Botica Veado D´Ouro respectivamente.
49
IMAGEM 17
Elaborada por Francisco de Albuquerque e Jules Martin, em 1877, a oitava
planta do conjunto, imagem 17, Mapa da Capital da Província de São Paulo”. O
original pertence à Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
50
Esta é considerada uma planta “turística”, mostra a área urbanizada de São
Paulo com seus principais edifícios e instituições. Registra as ferrovias: a São Paulo
Railway e a Estrada de Ferro Sorocabana (para Sorocaba e Ipanema). Inclui
indicações sobre a primeira linha de bondes de tração animal, que ligava o centro da
cidade às estações. Apresenta também uma indicação sobre o início da arborização
na cidade.
Nessa planta, em que as ruas têm largura suficiente para que fossem
inseridos os seus nomes, nota-se na grafia novamente rua de São Bento.
Na legenda com os principais edifícios e instituições, com o número 70,
esquina da rua São Bento com a rua do Ouvidor, aparece o Consulado Alemão. O
número 79, na quadra entre a rua do Ouvidor, quase esquina, com a rua Direita,
indica o Hotel da França. Seguindo em direção ao Largo de São Bento, na esquina
com o Beco da Lapa (depois travessa do Grande Hotel e atual rua Miguel Couto), o
número 78 da legenda indica o Hotel da Paz. Com a letra D tem-se a Igreja do
Rosário e à sua frente um desenho em turquesa que parece ser um pequeno
obelisco, ou talvez fosse o chafariz ponto de água que abastecia a cidade nessa
época, repetindo-se somente em frente à Igreja da Misericórdia. Observa-se o Largo
de São Bento desenhado com arborização.
Está indicada a latitude 23
o
23’ 30” e longitude 48
o
59’. Segundo observado
por Irineu Idoeta, a longitude está referida ao meridiano de Paris e a latitude inverteu
os dígitos nos minutos, deveria ser 32’. Subtraindo 2
o
20’ para a referência ser o
meridiano de Greenwich e alterando a latitude concluiu–se que houve um progresso
nas técnicas de medição de coordenadas.
A escala dessa planta é 1: 3.500, não muito utilizada, mas atendeu à sua
finalidade, informações turísticas.
A nona planta, imagens 18 e 19, de 1881, Planta da Cidade de São Paulo”,
foi levantada pela Companhia Cantareira de Águas e Esgotos (sic), tendo como
engenheiro chefe Henry P. Joyner. Há um exemplar pertencente ao acervo da
Biblioteca Municipal Mário de Andrade. Esse levantamento foi realizado com o
interesse de projetar a rede de abastecimento de água para os edifícios.
Em função do interesse desta planta, foram levantados os limites dos lotes e
suas edificações, preenchidas com cinza no caso de particulares, e preto os edifícios
51
públicos, igrejas e hospitais, que estão listados na legenda. O edifício do Grande
Hotel aparece pela primeira vez, na esquina da rua São Bento com a travessa que
recebeu este nome, atual rua Miguel Couto.
O sistema de abastecimento projetado tornou-se logo insuficiente, pois a
população de 30.000 habitantes em 1881 dobrou para 60.000 habitantes já em
1890, chegando a 240.000 habitantes em 1900.
A escala métrica e medições permitem concluir que esse mapa está na escala
1: 5.000.
Esta pode ser considerada a segunda planta cadastral da cidade de São
Paulo, são assinaladas as quadras, os lotes e a implantação das edificações. Foi
pormenorizada na área de estudo para análise das transformações e persistências
ao longo da rua de São Bento.
IMAGEM 18: “Planta da Cidade de São Paulo”, realizada pela Companhia Cantareira e Esgotos (sic),
1881.
52
IMAGEM 19: Pormenor da Planta da Cidade de o Paulo”, realizada pela Companhia Cantareira e
Esgotos (sic), 1881.
53
IMAGEM 20
A décima planta desse conjunto, imagem 20, foi desenhada e publicada por
Jules Martin em 1890, é a Planta da Capital do Estado de São Paulo e seus
arrabaldes”. O original pertence ao Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de
São Paulo.
Esta é a terceira planta realizada por Jules Martin, e não diferencia as áreas
urbanizadas edificadas daquelas a serem edificadas. Foi descartada de análise
nesta pesquisa.
É a primeira planta realizada após a Proclamação da República. O nome de
algumas ruas como: do Imperador, da Imperatriz, do Príncipe, da Princesa e do
Conde D’Eu; foram renomeadas respectivamente Marechal Deodoro, Quinze de
Novembro, Quintino Bocaiúva, Benjamim Constant e Francisco Glicério. E a praça
dos Curros ou Sete de Abril recebeu o nome de Praça da República.
A escala é 1: 6.000, confirmada por medições de distâncias sobre a planta
cópia de 1954 e a escala gráfica abaixo do título, segundo Irineu Idoeta.
54
IMAGEM 21
A décima primeira e última desse conjunto elaborado por ocasião do IV
Centenário da cidade de São Paulo, está datado 1897, Planta Geral da Capital de
São Paulo, imagem 21, foi feita pelo engenheiro diretor Gomes Cardim, Intendente
de Obras na ocasião. O original encontra-se na Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro.
É a última e mais completa planta do culo XIX e reflete claramente a
explosão demográfica e a ocupação urbana. Registra uma área bastante extensa,
numa escala reduzida, 1: 20.000. O Norte encontra-se na vertical da folha, mas o
se tem nenhuma referência de coordenadas geográficas. No canto inferior esquerdo
aparece um quadro que mostra o contexto da cidade em relação às cidades
vizinhas. Porém a escala o permite o detalhe do cadastramento dos lotes, sendo
descartada sua pormenorização.
55
Do século XX apresentamos várias plantas, elencadas a seguir. Para esta
pesquisa utilizamos as plantas cadastradas lote a lote, que foram pormenorizadas na
área da rua de São Bento para sua análise minuciosa. Outras serão descartadas.
Existe uma grande quantidade de registros aerofotogramétricos do século XX
bastante preciosos, porém não utilizaremos na nossa análise.
O Aerofotogramétrico que aparece aqui foi realizado em 2003 e foi utilizado
para fazer a base cadastral da Prefeitura Municipal de São Paulo, que apresentamos
como Planta Cadastral de 2005.
Da primeira década do culo XX, a Planta cadastral e commercial da
cidade de São Paulo, atribuída a 1911, editada por Thomas & Cia. e Impressa no
Estab. Graphico Weissflog Irmãos, São Paulo. Pertence ao Acervo do Museu
Paulista/USP, coleção Aguirra. Esta planta foi localizada no Museu Paulista, ver
imagem 22.
IMAGEM 22
56
Entretanto para esta pesquisa foi utilizada a planta cadastral publicada na
pesquisa de Heloísa Barbuy
14
, e anteriormente no livro “Prestes Maia e as origens
do urbanismo moderno em São Paulo”, do professor Benedito Lima de Toledo
15
,
cujo qual possui em sua coleção particular o original. Essa planta cadastral é uma
referência nesta pesquisa, onde contribui com as informações sobre o uso do solo
do começo do século XX.
A planta de 1911, citada acima, foi publicada com o uso comercial da virada
do século, para esse trabalho ela foi pormenorizada e rotacionada para o norte ficar
na vertical, ver imagem 26. Nessa planta municipal pode se observar que as obras
de impacto urbano no centro ainda não haviam sido documentadas.
IMAGEM 23: pia da Planta da Cidade de São Paulo, 1893, população 130.775 habitantes. Escala
1: 2000. Folha da Sé ¼. Assinada pelo Engenheiro Civil Antonio Manuel Bueno de Andrade em 17 de
maio de 1893, e copiada pelo Engenheiro V. Huet de Bacellar. O original pertence à coleção
particular de Benedito Lima de Toledo, fornecida pela pesquisadora Heloisa Barbuy.
14
BARBUY, Heloisa. A Cidade – Exposição. Comércio e Cosmopotilismo em São Paulo, 1860 – 1914.
ANEXO 1, p. 256 e 257.
15
TOLEDO, Benedito Lima de. Prestes Maia e as origens do urbanismo moderno em São Paulo. p.
68 e 69.
57
IMAGEM 24: Pormenor do carimbo à esquerda da planta citada na imagem 23.
IMAGEM 25: Desenho feito, em autoCAD, sobre o arquivo da imagem 23.
58
IMAGEM 26: Pormenor da área desta pesquisa feito sobre a planta da imagem 25.
59
Dando seqüência às plantas do século passado, utilizaremos as plantas
realizada pela Sara Brasil S.A., em 1930 (IMAGENS: 27, 28, 29 e 30). As plantas feitas
em 1954 pela VASP - Cruzeiro do Sul (IMAGENS: 31, 32, 33 e 34). E a realizada pelo
Grupo Executivo da Grande São Paulo GEGRAN, em 1972 (IMAGENS: 35, 36, 37 e
38).
Nessas plantas, de 1930, 1954, e 1972, foi necessário utilizar duas bases ao
fazer a montagem para unificar a rua São Bento para posteriormente recortar o
pormenor e fazer a análise. Nessas plantas a escala está claramente determinada,
onde são identificadas as divisas de lotes, e as construções existentes permitindo
acompanhar as persistências e transformações do espaço físico da cidade.
A Empresa Metropolitana da Grande São Paulo EMPLASA, realizou dois
conjuntos de plantas, um em 1981 e outro em 1995, todavia estas duas foram
descartadas por não apresentarem o cadastro dos lotes (IMAGENS 39 e 40).
A Planta Cadastral SQL (Setor/Quadra/Lote), da Prefeitura Municipal de
São Paulo, baseada no aerofotogramétrico de 2003, também foi pormenorizada na
área desta pesquisa (IMAGENS: 41, 42 e 43).
A Sara Brasil S/A, em 1930, realizou um levantamento cadastral desenhado
nas escalas de 1:5000. Nessas plantas aparecem todas as linhas de bonde elétrico.
Os edifícios públicos, institucionais e religiosos encontram-se numa tonalidade mais
escura. O desenho das praças e parques aparece detalhado e com tom azul nas
fontes, nos lagos e rios. Para este trabalho foram selecionadas as folhas 7 e 8 para
compor a rua São Bento, elas foram emendadas, recortadas, e unificadas. Devido a
uma diferença de tonalidade nos arquivos digitais foi feito um trabalho de
texturização para minimizar esta diferença de cor das folhas. Resultando na imagem
que utilizamos nesta pesquisa.
60
IMAGENS 27 e 28: Montagem e pormenor das folhas: 07 e 08 / 51, das plantas publicadas pela
SARA Brasil S.A., em 1930.
IMAGEM 29: Pormenor da Planta publicada, em 1930, pela SARA Brasil S. A.
61
IMAGEM 30: Pormenor da Planta publicada, em 1930, pela SARA Brasil S. A.
62
Foi formado um consórcio VASP/Cruzeiro do Sul e foi feito um novo
mapeamento de São Paulo, em 1954, apresentado em escala 1:2000. Foram
necessárias duas plantas, as folhas 13/15 e 13/20, para a montagem da rua São
Bento. Depois de emendadas, foi feito o recorte e posteriormente pormenorizada na
área de interesse desta pesquisa.
IMAGEM 31: Folha 13/15 utilizada na
montagem da rua São Bento.
IMAGEM 32: Folha 13/20 também utilizada
para a montagem da rua São Bento.
Ambas plantas do levantamento realizado
pela VASP em 1954.
IMAGEM 33: Folha com a rua São Bento
montada, que foi pormenorizada na área de estudo.
63
IMAGEM 34: Pormenor da Planta publicada, em 1954, VASP/Cruzeiro.
64
O Grupo Executivo da Grande São Paulo, conhecido pela sigla GEGRAN, em
1972, realizou uma nova planta cadastral.
IMAGENS 35, 36 e 37: Montagem das folhas 22 e 23 /139. GEGRAN 1972.
65
IMAGEM 38: Pormenor da planta realizada em 1972.
66
As duas plantas mostradas aqui, realizadas pela Empresa Metropolitana da
Grande São Paulo, 1981 e 1995, serão descartadas desta pesquisa por estarem
detalhadas apenas até a escala das quadras. E para posterior análise a escala dos
lotes com a respectiva edificação é fundamental.
IMAGEM 39: Folha 3314/1981. EMPLASA - Empresa Metropolitana da Grande São Paulo.
IMAGEM 40: Folha 3314/1995. EMPLASA - Empresa Metropolitana da Grande São Paulo.
67
As fotos aéreas são de enorme precisão, porém apenas uma será mostrada
aqui. Este é o Aerofotogramétrico realizado pela BASE Aerofotogrametria, em 2003.
Não é interesse desta pesquisa analisá-la.
IMAGEM 41: Aerofotogramétrico de 2003.
1. Praça do Patriarca
2. Convento de São Francisco - Ministério Público,
3. Pátio do Colégio - Primeiro Tribunal de Alçada,
4. Parque Dom Pedro
5. Estação da Luz
6. Mosteiro de São Bento - Viaduto Santa Ifigênia
7. Praça Ramos de Azevedo
8. Mercado Municipal – rua Mercúrio
4
68
A última planta é do século XXI. É a planta do levantamento do GEOLOG
utilizada na prefeitura Municipal de São Paulo feita sobre o aerofotogramétrico de
2003. Esta base foi pormenorizada na área objeto de estudo desta pesquisa,
mostrando os imóveis tombados pelo CONPRESP Conselho Municipal de
Preservação de São Paulo e pelo CONDEPHAAT Conselho Estadual do
Patrimônio Histórico Artístico Arquitetônico e Turístico de São Paulo, de acordo com
a legenda. Os números inscritos nos lotes indicam a numeração atual dos imóveis.
IMAGEM 42: Pormenor na área de estudo, da Planta
Cadastral de 2006 – SQL (Setor/Quadra/Lote), baseada no
levantamento aerofotogramétrico de 2003.
Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo
69
IMAGEM 43: Ampliação da IMAGEM 42.
70
3.2. Reflexões sobre a cartografia.
O presente trabalho é realizado sobre um fragmento importante da cidade de
São Paulo, por ser uma das suas ruas mais antigas. Antes de ser rua, o seu atual
leito foi possivelmente uma trilha dos índios. A aldeia de Tibiriçá, chamada
Inhapuaçú que esteve situada na área do atual Mosteiro de São Bento, teve antes
seu sitio na confluência do Tamanduateí com o Tietê, hipótese formulada por
Gustavo Neves da Rocha Filho
16
.
Em sua tese Rocha Filho confirmou as teses de Teodoro Sampaio, com
divergência apenas na parte que se refere ao caminho que é a rua Direita atual.
“Neste caso, pode-se tentar uma explicação, admitindo-se que a rua
de São Bento tenha sido a primeira das nossas ruas cujo alinhamento
foi feito por profissional experiente, provavelmente um daqueles
pilotos de navio, que conheceram o uso da bússola, eram requisitados
por nossos primeiros vereadores para dividir as terras doadas pela
Câmara”.
São Paulo, desde a fundação do colégio em 1554 até por volta de 1800, foi a
Vila e Cidade Colonial que não mudou muito, permaneceu com a aparência de
arraial dos sertanistas, com os pousos para os viajantes e suas tropas. Havia
diversos sítios e fazendas em torno da Vila, prevalecendo o meio rural sobre o meio
urbano. Em 1589, a povoação tinha cerca de 150 fogos (casas), uma população de
600 habitantes. No final do século XVIII, 1776, o número de fogos passou para 534,
e a população atingia 2.026 habitantes
17
.
A formação de o Paulo não obedeceu nem ao tipo clássico formação em
torno da igreja, do mercado e da casa de administração (a sua Casa da Câmara, no
quinhentismo e no seiscentismo andou sempre funcionando em prédios alugados de
particulares, o que é bem significativo) – nem ao chamado tipo hipodâmico, escreveu
Luís Saia. E Hércules Florence também escreveu que São Paulo nada teve de
parecido com o esquema tradicional das demais cidades brasileiras: uma praça
16
ROCHA FILHO, Gustavo Neves da, Trilha do Peabirú. p.46
17
REIS FILHO, Nestor Goulart. São Paulo Vila Cidade Metrópole .p. 253.
71
oblonga, com a igreja e a cadeia nos lados estreitos e mais uma ou duas ruas de
cada lado, traçadas a cordel.
18
São mencionados, várias vezes, os conventos e igrejas, pois eram os
principais edifícios da vila. Eram eles freqüentes pontos de referência para os
moradores, servindo até para dar nomes a logradouros públicos, como por exemplo:
largo e rua de São Bento, largo e rua de São Francisco, largo e rua do Carmo, etc.
Além de orientarem o traçado urbano.
Por volta de 1720, era bastante reduzida a área da cidade, o seu núcleo
urbanizado se concentrava, ainda, todo no perímetro que ficou conhecido como
triângulo”, formado pelas atuais ruas São Bento, Direita e XV de Novembro.
Para esse período foi adotada a Planta da Restauração da Capitânia,
atribuída a 1765/1774 (IMAGEM 7). Sobre esta se observa o núcleo central
constituído, com o traçado das ruas bem definido. Neste trabalho esta planta é
importante, pois demonstra a existência da rua São Bento e o seu percurso.
Aparecem as quadras, porém a divisa dos lotes não está clara.
Os principais alinhamentos da arruação correspondiam ao triângulo na colina
e suas adjacências, quase como hoje. Eram as ruas mais antigas de São Paulo,
existentes no século XVI: a de “Direita de São Bento”, que teve os nomes de “rua
que vai para São Bento”, “rua de São Bento que vai para São Francisco” (atual São
Bento), a de “direita de Santo Antonio” (havia uma antiga ermida, no local da atual
igreja de Santo Antonio e hoje é a rua Direita), a de Manuel Paes de Linhares
(passou a chamar-se, mais tarde, rua do Rosário, pois se dirigia à Igreja do Rosário,
que existiu na atual praça Antônio Prado; depois foi rua da Imperatriz e desde o
início da República, rua XV de Novembro), a do Carmo e a da Tabatingüera.
Como escreveu Nuto Santana
19
, nenhuma das ruas da cidade era
rigorosamente direita. Elas não se cruzavam em ângulos retos, a ponto de ter-se um
fato único na cidade, as duas ruas “direitas” (a de São Bento e a de Santo Antonio)
eram planas, retas e cruzavam-se em ângulo reto, razão pelo qual este ponto era
conhecido como “quatro cantos”. “É uma acrópole que abrigou a cidade em seus três
primeiros séculos de existência”, segundo Benedito Lima de Toledo
20
.
18
BRUNO, Ernani Silva. História e tradições de São Paulo. p. 80
19
Idem p. 172
20
TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo: três cidades em um século. p. 13.
72
Consta que anteriormente, segundo Teodoro Sampaio, a rua São Bento se
chamou “rua de Martim Afonso”, nome cristão que o chefe índio Tibiriçá havia
adotado; mas, essa denominação é duvidosa. Ernani Silva Bruno escreveu
21
que a
rua de São Bento teve seu nome simplificado dessa forma em 1647, sendo antes “a
que vai para São Francisco” ou “a de São Bento para São Francisco”.
A rua São Bento, ou rua de São Bento, essa diferenciação apenas ocorria na
grafia, pois nenhuma referência oficial foi encontrada sobre isso, e a rua Direita no
final do século XIX, segundo pesquisa realizada por Heloisa Barbuy, pela Resolução
n. 82/1897 passaram a chamar-se Coronel Moreira César e Marechal Floriano
Peixoto, respectivamente. Dois anos depois pela Lei n. 416/1899, ambas voltaram a
ter suas denominações anteriores.
O abade de São Bento, em 1784, queria abrir uma rua do canto da torre dos
Beneditinos até o convento da Luz, para o que tinha licença da Câmara,
faltando que ela determinasse a sua direção e a sua largura. Esboçava-se dessa
forma um pequeno crescimento do núcleo urbano primitivo em direção ao norte. Esta
rua foi inicialmente chamada rua da Figueira de São Bento, depois rua Miguel
Carlos, rua da Constituição, e após ser nivelada e calçada em 1881, no governo de
Florêncio de Abreu, tomou esse nome.
O núcleo central da cidade, o “triângulo”, chamava-se para dentro das
pontes”, ao meu ver é o burgo natural paulistano. Em 1818, à esquerda do
Anhangabaú começava a se edificar a “Cidade Nova”, além das pontes. Sabe-se
que a cidade, segundo Ernani Silva Bruno
22
, contava nesse tempo com trinta e oito
ruas, dez travessas e seis becos. As mais habitadas eram a do Rosário (Quinze de
Novembro), com setenta e sete casas, a Direita, com trinta e nove, a do Comércio
(Álvares Penteado), com trinta e quatro e a de São Bento, com cinqüenta e duas.
Depois dessas, provavelmente, as que de certa forma contornavam o triângulo: a
Boa Vista, a Nova de São José (Líbero Badaró), a do Ouvidor (José Bonifácio) e a
do Carmo. E mais algumas ao sul do largo da Sé: a da Cruz Preta (Quintino
Bocaiúva), a do Jogo de Bola (Benjamin Constant), a da Freira (Senador Feijó), a de
São Gonçalo e a da Esperança (desaparecidas com a ampliação do largo da ), a
de Santa Teresa (começo da Rangel Pestana), a do Quartel (Onze de Agosto), a das
21
BRUNO, Ernani Silva. História e tradições de São Paulo. p. 150 e 157.
22
Idem. p. 173 e 174.
73
Flores (Silveira Martins), a da Boa Morte (continuação da rua do Carmo) e a da
Tabatingüera.
Havia apenas sete os largos e praças na cidade: o de o Bento (o velho
largo do Mosteiro), o do Rosário (que no começo do século XIX era campo inculto), o
de São Francisco (uma parte mínima que talvez sobrasse do quintal do convento
franciscano) e o da Misericórdia; os chamados pátios da Sé e do Colégio, e o campo
de São Gonçalo.
Lembrando aqui que a rua São Bento vai do Largo São Francisco ao Largo
São Bento, e no percurso atual tem o Largo do Ouvidor, a Praça Paulo Duarte, a
Praça do Patriarca, o Largo do Café, e a Praça Antônio Prado.
Neste levantamento cartográfico, duas plantas do século XIX foram
pormenorizadas. A primeira delas onde podemos fazer a leitura das quadras com a
divisa dos lotes, é atribuída a 1841, denominada “Mapa da cidade de São Paulo e
seus subúrbios” (IMAGEM 14). Esta planta pode-se considerar como um primeiro
registro cadastral. Ela representa a cidade dos três séculos adormecidos do arraial
de sertanistas. Somente em 1827, quando foi estabelecida a Faculdade de Direito
no Largo São Francisco é que a cidade recebeu estudantes e começou a passar,
ainda que timidamente, por transformações.
A outra foi realizada pela Companhia Cantareira de Água e Esgotos (sic), em
1881 (IMAGEM 19), que visava o abastecimento dos imóveis com água tratada. Pois
até esta ocasião o abastecimento de água potável canalizada era feito com
chafarizes públicos, além das bicas e fontes naturais. Em 1886, é adotado um
sistema seqüencial de numeração para os imóveis ao longo das vias que vigorou até
1910, quando uma nova numeração foi instaurada, todavia também seqüencial.
Novamente em 1928 a numeração seqüencial foi revisada, e somente em 1936, de
acordo com o Ato Municipal n. 1.013/1936, a numeração métrica passou vigorar.
Em 1890 a população da cidade era de 65.000 habitantes, e em 1893 era de
130.000 habitantes, simplesmente o dobro. Tendo, logo, sido saturado o sistema
instalado pela Companhia. Ao ler as plantas da cidade, onde é possível fazer a
leitura dos lotes, começando da mais antiga, aferida à 1841, contam-se 81 lotes
lindeiros à rua São Bento, enquanto na planta de 1881, aparecem 93 lotes.
Da primeira planta pormenorizada, Mappa da cidade de o Paulo e seus
subúrbios, atribuída a 1841, para a planta realizada, em 1881, pela Companhia
74
Cantareira de Água e Esgotos (sic), para o abastecimento dos imóveis da cidade
com água potável e esgoto, ocorreram alguns desmembramentos nos lotes situados
ao longo da rua de São Bento. Em 1881 aparecem 12 lotes a mais que em 1841,
sendo estes lotes desmembrados nas quadras entre o Largo São Bento até a rua da
Quitanda, 10 novos lotes; dois na quadra entre o Largo do Ouvidor e rua Direita e
um entre o Beco da Lapa, atual Miguel Couto e a rua São João. Houve uma
unificação de lote entre o Lago São Francisco e a Ladeira do Ouvidor.
Uma das transformações dos lotes na planta de 1881 ocorreu no Largo do
Rosário atual Praça Antônio Prado. No lote da esquina com a rua São Bento, vizinho
da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, desapareceu um imóvel
térreo, segundo imagens estudadas, o que permitiu maior visibilidade da Igreja. No
Largo do Rosário havia um dos chafarizes públicos para abastecimento de água na
cidade, assim como no Largo da Misericórdia.
Tabela com o número de lotes quadra a quadra da rua São Bento sobre as
plantas pormenorizadas para este trabalho:
ANO
Lgo
Sfco
Ouvi-
dor
Benja-
min
Jboni-
fácio
Ouvi-
dor
Direi-
ta
Jboni-
fácio
Direita
Pça
do
Patri-
arca
Direita
Quitan-
da
Direita
Patriarca
Miguel
Couto
Q
uitanda
Lgo Café
Miguel
Couto
SJoão
Lgo
Café
Lgo
Rosa-
rio
SJoão
Lgo
SBto
Lgo
Rosa-
rio
Lgo
Sbto
Lgo
São
Bento
Rua
São
Bento
1841 2 3 6 4 1 11 11 9 8 14 12 7 88
1881 1 3 8 4 1 12 16 11 12 14 15 7 104
1911 2 5 12 4 1 16 14 12 11 17 13 3 110
1930 3 4 10 6 1 11 11 7 9 11 11 3 87
1954 2 6 10 7 1 11 11 7 6 8 10 3 82
1972 1 4 10 5 1 10 11 7 6 7 6 3 71
2006 1 1 10 5 1 10 11 7 6 7 6 3 68
Após o estabelecimento da Faculdade de Direito, a instalação das ferrovias e
suas estações, o próximo passo para a expansão da cidade foi dado quando houve
a ligação do tradicional triângulo com a área conhecida como centro novo, com a
inauguração do “Viaduto do Chá” em 1892. Maiores detalhes serão apresentados no
capítulo quatro.
Quando adentramos o século XX, na planta de 1911 (IMAGENS 25 e 26),
constam 105 lotes lindeiros à rua São Bento. Esta planta registra a situação da
cidade antes das intervenções urbanísticas ocorridas a partir de então. Fazendo o
percurso saindo do Largo São Francisco em direção ao Largo São Bento, observa-
se na quadra entre a rua Direita e rua Miguel Couto a inexistência da Praça do
75
Patriarca, e no Largo do Rosário, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens
Pretos ainda estava presente.
Alguns fatos, como a fundação do Automóvel Clube em 1908, da Sociedade
Hípica Paulista em 1911, também em 1911 a inauguração do Teatro Municipal, e
alguns clubes, para a prática de esportes aquáticos, como o Espéria e o Tiête,
próximos à Ponte Grande em 1912, além dos teatros e cinemas reforçam o perfil da
metrópole do século XX.
As obras de remodelação do centro começaram na administração de Antônio
Prado, 1898 a 1911, e prosseguiram no governo de Raymundo Duprat, 1911 a 1914.
Sendo desta administração o contrato do arquiteto francês Bouvard, que estava em
Buenos Aires, para elaborar o relatório citado acima.
Ao ler a planta elaborada pela Sara Brasil S. A., em 1930 (IMAGENS 27, 28 29 e
30), na escala 1: 5000, onde aparecem 84 lotes lindeiros à rua São Bento. Fazendo o
mesmo percurso, ou seja, do Largo São Francisco para o Largo de São Bento,
podemos averiguar parte das obras urbanísticas para o melhoramento do centro, a
começar pelas mudanças, a Praça do Patriarca.
Para a abertura da Praça do Patriarca, em 1924, foi necessária a Lei n. 1.473,
de 10 de novembro de 1911, que declarasse “de utilidade pública diversos prédios
necessários para a formação de uma praça, de acordo com o plano Bouvard”. Eram
os prédios da rua Direita, n. 38, 40, 40-A, 42, 42-A, 44, 46 e 48; da rua de São
Bento, n. 23 e 25; da rua bero Badaró, n. 44 e 46; e a parte do prédio à rua bero
Badaró, n. 48. A demolição de todos juntos resultou na quadra aberta para a praça
que, de acordo com os objetivos urbanísticos do plano Bouvard, viria a constituir
uma área livre, devidamente marcada por um monumento, a estátua de José
Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, e abria-se para a vista
panorâmica do vale do Anhangabaú, também reurbanizado.
76
IMAGEM 44: Observar nessa planta, c. 1911, os lotes na frente da Igreja de Santo Antônio, entre as
ruas São Bento e São José. No lado direito, lado para o Vale do Anhangabaú, a presença de lotes
e no alinhamento da rua São José. Nota-se o acesso para Viaduto do Chá.
IMAGEM 45: Nesta planta elaborada pela SARA Brasil S/A, de 1930, observar que as alterações
urbanas ocorridas estão registradas, como o alargamento da rua São José (Líbero Badaró) e a
abertura da Praça do Patriarca. Porém o acesso ao Viaduto do Cainda está alinhada com a rua
Direita.
Por ocasião da abertura da Praça do Patriarca, o Viaduto do Chá, projetado
por Jules Martin, em 1892 era alinhado com a rua Direita. O novo Viaduto do Chá,
inaugurado em 1938, está alinhado com o eixo da praça. O projeto executado,
existente ainda hoje, para atravessar o vale o Anhangabaú, ligando a rua Direita no
triângulo histórico ao centro novo à rua Barão de Itapetininga, foi resultado de um
77
concurso, em que o primeiro colocado foi Elisiário da Cunha Bahiana, em segundo
foi o arquiteto Rino Levi e o terceiro foi o arquiteto Jacques Pilon.
IMAGEM 46: Observar nesta planta, 1954, o alinhamento do Viaduto do Chá centralizado com a
Praça do Patriarca.
Dentre as transformações ocorridas também podemos ler nesta planta: o
alargamento da Avenida São João, em 1913/14, para 30 metros, e a abertura da
Praça Antonio Prado, entre 1903 e 1906, no local onde antes havia a Igreja de
Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e o Largo do Rosário. Para isto foi
demolida a Igreja, e transferida para o Largo Paissandu, que foi remodelado com
ajardinamento e a nova Igreja do Rosário.
A rua de São João que atravessava o córrego Anhangabaú, onde existia a
ponte construída por Daniel Pedro Muller em 1820, foi aterrada, aparecendo a
Praça do Correio, e melhorou a ligação entre a Praça Antônio Prado e o Largo
Paissandu.
No triângulo observamos: a rua comercial Quinze de Novembro, que foi
realinhada e alargada a partir de 1901. As ruas Direita, da Quitanda, do Comércio
(atual Álvares Penteado) e Quintino Bocaiúva realinhadas.
78
IMAGEM 47: Pormenor da planta c. 1911. Observar a Igreja e Largo do Rosário, e a ladeira de São
José ainda sem alargar. Na esquina da São Bento com a Ladeira e a rua São José, lado sul, ver a
quantidade de lotes implantados.
IMAGEM 48: Observar nessa planta, 1930, a Avenida São João alargada e a abertura da Praça
Antonio Prado. Um pedaço do Largo São Bento remodelado. Na Praça Antonio Prado esquina com a
rua São Bento e a rua Líbero Badaró, já alargada, um lote único, onde foi construído o Prédio
Martinelli.Mas do outro lado da praça, lado norte, os lotes ainda são pequenos.
O Largo São Bento foi retificado com a linha do bonde elétrico. O Viaduto do
Chá teve obras no piso para adequar-se aos novos trilhos dos bondes elétricos. E a
abertura da rua Cristovão Colombo, na lateral do Convento de São Francisco.
79
IMAGEM 49: Largo São Francisco e rua Christovam Colombo.
Na área da Praça da Sé, com a intervenção do Governo do Estado, foram
realizadas medidas saneadoras, com a demolição de dois quarteirões, e a partir de
1913 seriam demolidas as antigas igrejas da Sé e de São Pedro, para a
reconstrução da nova catedral, em estilo eclético Neo Gótico, projetada por
Maximiliano Hehl.
A obra simbólica, para a qual Antonio Prado reuniu recursos e esforços, foi o
Teatro Municipal de 1903 a 1911.
O lote, da esquina da Avenida São João, alargada, que se estende desde a
rua Líbero Badaró até a rua São Bento, aparece unificado e com o Edifício Martinelli
implantado. Na esquina oposta ainda são 6 lotes que no futuro serão unificados pelo
Banco do Brasil.
A rua São Bento na planta de 1954, (IMAGENS 31, 32, 33 e 34), realizada pela
VASP - Cruzeiro do Sul, tem menos lotes, contam-se 78 lotes, e encontra-se mais
verticalizada como podemos ver em imagens, assunto de outro capítulo.
Na quadra entre o Largo do Café e a Praça Antônio Prado, aconteceram
unificações nos lotes. O lote na esquina da rua São Bento com a Praça encontra-se
pontilhado, o que indica uma obra conforme registro iconográfico. É o endereço do
Edifício H. Lara, com 24 pavimentos. O lote vizinho faz frente para a rua São Bento e
para a rua XV de Novembro, com 13 andares, em estilo Art-déco, o processo para
aprovação do projeto data de 1935/36 e a solicitação de habite-se foi feita em 1939
80
conforme informações levantadas no Arquivo Geral de Processo do Município de
São Paulo, no Piqueri.
O lote do futuro Edifício Banco do Brasil, na esquina da rua São Bento com a
avenida São João, nesta ocasião passava por obras.
O traçado das linhas dos bondes elétricos aparece nas duas últimas plantas,
1930 e 1954.
IMAGEM 50: Observar na planta, 1954, na esquina da Praça Antonio Prado com a rua São Bento,
lado sul, o lote encontra-se unificado e pontilhado, que indicava estar em obras.
Na última planta adotada para o século XX, feita pelo GEGRAN - Grupo
Executivo da Grande São Paulo (IMAGENS 35, 36, 37 e 38), em 1972, aparecem 72
lotes.
Os lotes da rua São Bento, entre o Largo São Francisco e a rua José
Bonifácio, aparecem nesta planta unificados com os demais da quadra que vai até a
rua Líbero Badaró, e consta como estacionamento.
81
IMAGEM 51: Pormenor da planta de 1972, da quadra entre o Largo São Francisco e a rua Jo
Bonifácio.
IMAGEM 52: Observar nessa planta de 1972, o trecho entre a Praça Antonio Prado e o Largo São
Bento. O lote do Edifício do Banco do Brasil unificado, o lote na esquina da rua São Bento com a rua
Boa Vista sem nenhuma demarcação de lote, apenas com o levantamento topográfico, o que indica o
estudo para as obras do Metrô.
A obra do metrô aconteceu, com várias alterações no centro, incluindo o
Largo e rua São Bento, pois recebeu uma das estações da linha Norte-Sul. Ao
receber uma estação do metrô da linha Norte Sul, o Largo São Bento sofreu uma
grande intervenção urbana, inclusive desapropriação de lotes para os acessos do
metrô. O lote na esquina do Largo com a rua São Bento, que vai até a bero
Badaró, encontra-se vago, mas é de propriedade do metrô. Lindeiro a este lote fica o
Condomínio Edifício de Galerias São Bento.
Completando as plantas pormenorizadas foi utilizada uma atual de 2006,
representando o século XXI, onde aparecem 68 lotes.
Ao ler a planta atual, 2006/7 (IMAGENS 42 e 43), em relação à planta de 1974
observamos unificação de lotes na quadra entre as ruas Benjamin Constant e José
Bonifácio. Onde existe uma pequena praça no terreno do metrô, sobre a linha leste-
oeste, denominada Praça Paulo Duarte. A Empresa Municipal de Urbanização
82
EMURB tem um projeto arquivado para está área. Esta é lindeira com os primeiros
lotes das ruas José Bonifácio e Benjamin Constant.
IMAGEM 53: Pormenor da planta de 2006, da quadra entre as ruas Benjamin Constant e José
Bonifácio.
Essa variação, na quantidade de lotes ao longo da rua São Bento, acontece
devido a desmembramentos e unificação ou remembramentos destes. Analisando
este fato, foi constatado, que na planta de 1841, complementando com os registros
deixados pelos viajantes, e por fotógrafos como Militão Augusto de Azevedo e
Guilherme Gaensly, a rua São Bento, do começo do século XIX, era densamente
ocupada por lotes, com frente pequena, e a tipologia construtiva era de casas
térreas, executadas de taipa de pilão, técnica empregada na época.
Enfim, no fragmento dessa pesquisa, a rua São Bento tem uma grande
permanência, ao longo de cinco séculos, o seu traçado. Como podemos ver com
precisão na planta atribuída a 1765/1774, Planta da Restauração da Capitânia. No
mais, tivemos transformações na tipologia construtiva, na volumetria dos edifícios, e
no aproveitamento dos lotes. Uma rua curta, mas que viveu todos os momentos
urbanos, desde os viajantes e suas pinturas até as fotos aéreas com alta tecnologia.
Da cidade de taipa à de concreto. Do uso residencial ao comercial. Como definiu
Benedito Lima de Toledo
23
, “A cidade de São Paulo é um palimpsesto”.
23
TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo: três cidades em um século.
83
3.3 Registro em planta da situação atual – 2007
a. Planta: Uso do Solo
84
85
b. Planta: Ano dos Edifícios
86
87
c. Planta: Altura, Gabarito, Número de pavimentos dos edifícios
88
89
4. Legislação Urbana
A legislação é o conjunto dos documentos, normas, leis urbanas, ao longo do
tempo, para a cidade de São Paulo, que regulamentaram, controlando o desenho da
paisagem urbana.
Um dado importante para este capítulo é a largura da rua São Bento: 8,5
metros.
O leito das primeiras ruas era constituído pelo solo em seu estado quase
bruto, era apenas arrumado para servir de caminho de ligação, observação feita por
Ernani Silva Bruno
24
sobre as atas de Câmara em 1563. As enxurradas lanhavam o
solo, deixando vários buracos e valetas. Os vereadores paulistanos, no fim da era
quinhentista, exigiam que o meio-fio das ruas fosse ladrilhado, calçado para que a
água das chuvas pudesse fluir à vontade.
No ano de 1590 foi promulgado o primeiro Código de Posturas Municipais,
mas cogitava apenas questões administrativas e policiais. A mara
25
, em 1594,
proíbe que se faça casa sem alicerce, o que era um indício de um futuro Código de
Obras. Nessa época, existiam alguns sobrados na Vila, e havia diversas pontes
nos rios Tamanduatehy e Anhangabahú.
Através de edital de 1741, a Câmara exigiu que os moradores da cidade
limpassem e carpissem as suas respectivas testadas, bem como consertassem as
saídas de água em frente das casas. As primeiras providências para o calçamento
das vias públicas foram adotadas em 1742, nas quais a Câmara ordenava que os
proprietários calçassem a rua em frente das respectivas testadas de suas casas,
com pedra ou tijolo.
Em meados do século XVIII, as rendas da cidade continuavam muito exíguas,
não bastando para as despesas com as coisas públicas. Os alinhamentos das ruas
eram ainda tortuosos; elas não possuíam passeios e nem calçamento. O gado vivia
solto nas cercanias da cidade, e danificava as ruas e pontes. Para a procissão de
24
BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo. p. 151 e 152
25
Idem. p. 110.
90
Corpus Christi, os moradores das ruas por onde ela ia passar, deviam caiar as
fachadas de suas casas, tapar os buracos junto às frentes das casas, no pedaço
referente às testadas e remover o lixo que houvesse. A nova igreja Matriz estava em
construção, e iria servir de catedral, dada a criação do bispado em 1745, escreveu
Ernani Silva Bruno
26
.
Os edifícios não eram abastecidos com água potável canalizada, sendo o
abastecimento feito nos chafarizes públicos, além das bicas e fontes naturais.
Em 1753 é nomeado um “oficial arruador” para disciplinar a abertura de
logradouros públicos; assim, ninguém podia fazer obras, nem levantar muros, sem a
assistência desse arruador. O Senado da Câmara cuidava, em 1758, de calçar as
vias públicas. Em 1763 funcionava na rua de São Bento uma Casa da Ópera, mas
irregularmente.
Essa cidade de tropeiros, quando visitada por Lacerda e Almeida, era
governada por Bernardo José Maria de Lorena, que logo depois entregaria ao
público a melhor estrada de tropeiros do Brasil, a calçada ligando São Bernardo a
Cubatão, pavimentada com lajes de pedra e que passou à história com seu nome.
Foi alguns anos depois do censo de 1765 que se deu o desenvolvimento do
bairro ou sítio da Luz, até então desocupado. Em 1774 dizia-se em uma ata da
Câmara que era uma rua de casas” em sua direção, servindo o sítio de local de
recreação e de devoção para os moradores da cidade, que para ali concorriam,
sobretudo aos sábados.
Os carros de boi, a Câmara estabelecia que o podiam entrar nem andar
pelas ruas da cidade sem trazerem guias na frente, e conduzidos com cuidado para
que não atropelassem pessoas nem desmanchassem as calçadas das ruas. Isso em
1783. E alguns anos depois, em 1791, o governador Lorena teve de estabelecer até
os pontos em que eles deviam estacionar. O primeiro plano para a cidade de o
Paulo, "um plano para guiar a cidade em seu crescimento", foi feito a pedido do
governador Bernardo de Lorena.
Até 1800, a configuração da cidade não mudou muito, a ocupação urbana era
de ruas estreitas, com a implantação das residências no alinhamento lindeiro às
vias. Segundo Nestor Goulart Reis Filho, a tipologia nesse período era de casas
térreas, sendo que as mesmas passaram a ter porões e recuos laterais para
26
BRUNO, Ernani Silva. Idem
91
ventilação e iluminação posteriormente, devido às exigências sanitárias, decorrentes
das epidemias que assolaram a cidade no século XIX.
A taipa continuava sendo a técnica de construção dominante, no começo do
século XIX. As “Posturas” de 1820, publicadas nas Atas de Câmara, revelavam a
preocupação de introduzir modificações no sistema de construção dominante em
São Paulo.
Em 1809, foi estabelecido a “Décima Urbana”, o primeiro imposto predial
estabelecido para as cidades brasileiras. Sobre a “Décima Urbana”, em particular a
primeira “décima“, cobrada no ano de 1809, foi feita uma pesquisa pela historiadora
Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno
27
, sobre o uso do solo, a tipologia, e a finalidade
dos imóveis do começo do século XIX, sobre a planta base datável de 1841-1847,
citada no capítulo anterior. Este trabalho resultou em três plantas:
- Na primeira planta está demonstrada a tipologia que apresentavam os
imóveis na ocasião. Muitas casas térreas e timidamente alguns sobrados (IMAGENS
54 e 55: térreo – azul e sobrado - verde).
- A segunda planta demonstra qual é a finalidade dos imóveis: aluguel ou uso
próprio. A divisão era praticamente meio a meio (IMAGENS 56 e 57: roxo e azul).
- A terceira planta é sobre o uso do solo. Observa-se o uso
predominantemente residencial (IMAGENS: 58 e 59 – verde claro).
As imagens foram rotacionadas para seguir o Norte a 90
o,
, e pormenorizadas
na área do fragmento em estudo.
27
BUENO, Beatriz Piccolotto Siqueira. Tecido urbano e mercado imobiliário em São Paulo:
metodologia de estudo com base na Décima Urbana de 1809. p. 59 a 97.
92
IMAGENS 54 e 55: Tipologias: térreo azul; sobrado verde; vermelho principais prédios da
cidade; amarelo – terrenos; e branco – lotes sem informações disponíveis, em “obras”, etc.
93
IMAGENS 56 e 57: Finalidade: roxo uso próprio; azul aluguel; vermelho principais prédios da
cidade;; amarelo – terrenos e branco – lotes sem informações disponíveis.
94
IMAGENS 58 e 59: Uso do solo: verde claro – residencial; marinho – comercial; verde escuro – misto;
vermelho principais prédios da cidade; amarelo terrenos; e branco lotes sem informações
disponíveis.
95
O poder municipal, no começo do oitocentismo, achava que não deviam ser
muito espaçosas as praças da cidade. Referindo-se ao Campo da Luz, em uma ata
da Câmara, de 1811, falava “não ser conveniente ao bem público” dentro de uma
cidade que para o futuro podia vir a crescer muito, que houvesse praças tão
espaçosas, pois podiam causar danos à acomodação do povo e pela dificuldade de
seu policiamento à noite: quem passasse por elas podia ser atacado facilmente na
escuridão.
O primeiro Jardim Público da cidade começou a ser aberto em fins do
século XVIII. Ficou pronto e foi posto à disposição do público – o jardim da Luz – em
1825. Havia apenas sete largos e praças: o de São Bento (o velho largo do
Mosteiro), o do Rosário (que no começo do século XIX era campo inculto), o de São
Francisco (uma parte mínima que talvez sobrasse do quintal do convento
franciscano) e o da Misericórdia; os chamados pátios da Sé e do Colégio, e o campo
de São Gonçalo.
Dados estatísticos relativos ao ano de 1822 mencionavam, para a cidade, três
boticários, quarenta e seis negociantes de “fazenda seca”, quarenta e cinco de
“molhados” e dois de ferragens. Com os seus estabelecimentos, em maioria,
localizados nas ruas do Rosário (onde havia vinte e três casas comerciais), Direita
(com dezesseis), no Comércio (com vinte) e de São Bento (com nove)
28
.
Quando se discutiu na Constituinte brasileira, de 1823, se a Universidade
devia ser instalada no Rio ou na capital da província, o deputado Fernandes Pinheiro
optou por o Paulo, alegando que havia nela abundância e barateza de todas as
precisões. E o deputado Carvalho e Melo depois Visconde da Cachoeira fez ver
que ela dispunha de víveres baratos e era muito abastecida de gêneros de primeira
necessidade, escreveu Ernani Silva Bruno.
O Ato Adicional, de 1834, que organizou a província em termos de Brasil
independente, apontava uma população de 330.000 habitantes no país. Em São
Paulo, capital, até meados do século XVIII havia 4.000 habitantes, em 1810
habitavam 20.000, e em 1880 a população chegava a 40.000 habitantes, segundo
estudo realizado em 1963 por Luis Saia
29
.
28
BRUNO, Ernani Silva. Idem p. 318 e 319
29
SAIA, Luis. Notas para teorização de São Paulo. Revista Acrópole, 295/6, p.213, 1963.
96
Embora a taipa fosse um material duradouro, como reconheceu Kidder, em
certas circunstâncias, parece que não resistia bem à ação das águas. Depois da
enchente de 1850, G. Wyzewski dirigiu ao poder municipal um ofício sugerindo o
modo por que deviam ser edificadas as casas, de maneira a se vencer “todo e
qualquer contraste das águas pluviais”. Esse ofício dizia; que se tivesse mais
cuidado na execução da taipa; que seu uso fosse reservado apenas para os muros
dos cercados; e que, se fosse empregado em casas, estas deveriam ter alicerces de
alvenaria com tijolos ou pedras que chegassem “até o terreno vivo, e feitos conforme
os preceitos da arte; ”finalmente se a casa fosse de sobrado, o pavimento térreo se
construísse de tijolos ou de pedra e cal. Essa sugestão, visava a transformação dos
métodos de construção e dos materiais usados tradicionalmente na cidade. Partia
provavelmente de um estrangeiro. Em 1857, havia na cidade nove pequenas
fábricas de telhas e de tijolos. Não se fazia uso de tijolos senão para ladrilhar, e a
primeira grande fábrica, parece que foi inaugurada em 1859, no Bom Retiro. Quando
da construção do grande edifício do Seminário Episcopal (de 1855 a 1860), não
havia indústria de tijolos que pudesse fazer o fornecimento necessário. As paredes
foram levantadas pelo sistema da taipa. Pelos mesmos motivos, ainda nesse tempo,
eram feitas de taipa certas casas solarengas da cidade, com dimensões incomuns e
ostentando requintes de ornamentação. Como a das irmãs Rendon, na travessa do
Colégio (rua Anchieta), com suas sacadas de ferro forjado, e seus beirais com telhas
vidradas. Outras já exibindo como apêndice as enormes geringonças de ferro, para a
colocação dos primeiros lampiões de rua. Todas elas com seus beirais e suas
goteiras pendentes, dando ao conjunto, no depoimento do reverendo Fletcher em
1855, “um pitoresco suíço”. Assim escreveu em História e Tradições da Cidade de
São Paulo, Ernani Silva Bruno, sobre a taipa como técnica construtiva existente na
cidade, até por falta de outros materiais construtivos.
Um elemento considerado característico da arquitetura paulistana foi o
muxarabiê como proteção de rótula sobreposta e apoiada ao balcão também de
rótula. Nas suas notas sobre moradores antigos da cidade, Antônio Egídio Martins
observa que era difícil falar de uma casa que não fosse “de janelas de rótula” ou “de
sacadas de rótula” janelas que uma postura proibia, em 1855, que se abrisse
para fora. Tanto nas casas térreas como de sobrado. Em 1854, havia um projeto
para que se acabasse com as rótulas da cidade. Mas ainda em 1865, as rótulas
eram numerosas em São Paulo, e esse foi um dos motivos pelos quais a cidade
97
nessa ocasião não agradou muito ao Visconde de Taunay. As rótulas iam-se
fechando, escreveu ele “sucessivamente, com um bater tão característico, à medida
que os transeuntes vinham se chegando para mais perto, e prestes se entreabriam
depois da passagem, esguichando-se atrás delas as cabeças da curiosidade e do
mexerico”.
Na segunda metade do século XVII, alguns logradouros da cidade passaram
a ter uma rude pavimentação, e “covões” para onde deveria ser levado o lixo, antes
arraigado por todos os cantos. A nomenclatura oficial das vias públicas era cogitada
no começo do século XVIII, assim como a existência de um grande Jardim Público,
embora afastado de sua área central. Foi, no entanto, a partir de meados do século
XIX, que a rua e o largo paulistano se beneficiaram de uma porção de medidas mais
amplas, do seu poder municipal, valorizando-os consideravelmente. Proibiu-se: que
as casas tivessem canos que despejassem sujeiras para as vias públicas, ou rótulas
de portas e janelas que se abrissem para fora; que houvesse moirões em certos
largos ou ruas, onde se amarravam cavalos; que certos artífices trabalhassem ao ar
livre, atravancando os passeios. Determinou-se que os muros fossem caiados e
tivessem cobertura de telha. Criou-se um serviço de limpeza contando com carroças
que recolhessem o lixo das casas pobres. Começaram a ser tomadas medidas, na
Câmara, para que tivessem melhor traçado e melhor nivelamento os pequenos
largos que vinham dos tempos coloniais. Para que se pavimentassem com
macadame, pedras britadas e comprimidas, algumas ruas centrais, substituindo-se a
antiga pavimentação feita de grandes pedras irregulares. Para que se arborizassem
alguns largos e algumas ruas. E para que se iluminassem algumas ruas, ainda que
pobremente, por meio de lampiões de azeite.
Um viajante americano observou que as ruas eram acanhadas e que deviam
ter sido desenhadas sem obediência a qualquer plano geral. Evidentemente Kidder
se referia ao conjunto da velha cidade, que vinha dos tempos coloniais com todas
suas irregularidades. A respeito da largura das ruas paulistanas deve-se lembrar que
Saint-Hilaire, que após Kidder publicou seu estudo sobre a província de São Paulo,
escreveu:
Kidder afirma que as ruas são estreitas. Spix e Martius afirmam que
as mesmas são muito largas. Eu creio que a verdade está entre essas
duas afirmativas.
98
Em sua memória sobre a cidade de São Paulo Francisco Assis Vieira Bueno
falou que o seu calçamento era péssimo, feito de pedras não aparelhadas e, além
disso, de qualidade para a sua aplicação pois eram de forma irregular e sem
nenhuma resistência. A razão era o haver outra qualidade de pedra na vizinhança
da cidade e faltarem estradas e meios de transporte para que fosse trazida pedra
melhor de outras partes. era uma luta fazer com que os proprietários calçassem
as frentes referentes às testadas de suas casas e terrenos nos lugares em que o
leito da rua tinha sido pavimentado pela Câmara.
Ernani Silva Bruno reproduziu a opinião de dois poetas, Álvares de Azevedo
que escrevia nas suas cartas enviadas para o Rio de Janeiro, de 1844 a 1850:
“... Esta vida tediosa da mal ladrilhada São Paulo ... é
andar pelas ruas dando topadas nas pedras ... o silêncio das
ruas e quebrado pelo ruído das bestas sapateando no
ladrilho das ruas ... para poupar-nos o trabalho de andar
quebrando os pés pelas “macias” calçadas de São Paulo”.
E Fagundes Varela em sátira intitulada A terra da Promissão”, fez alusão
desfavorável ao calçamento da cidade:
..................... onde as beatas
Em sombrias mantilhas envolvidas,
Nas ruas mal calçadas se abalroam
De rosário na mão......”
Alguns anos depois foram aprovadas, pelo poder municipal, posturas que
revelavam preocupações semelhantes em defesa dos direitos relacionados à rua.
Ainda sobre as ruas paulistanas em meados do oitocentismo é interessante também
o depoimento do reverendo Fletcher, embora semelhante ao de Kidder: vias públicas
pavimentadas com um conglomerado ferruginoso muito parecido com o velho arenito
vermelho, aproximando-se da breccia”. Ruas estreitas e não delineadas de acordo
com qualquer sistema ou plano geral.
A municipalidade, em 1865, alterava as denominações de muitas ruas,
ladeiras, travessas, becos: a ladeira do Bexiga recebeu o nome de Santo Amaro; a
ladeira de Santo Antônio, Dr. Falcão; a Ponde do Acu, São João; a rua de Santo
99
Estevão, Aurora; a rua Bela, dos Timbiras; a rua do Meio Amador Bueno; a rua de
Baixo, 25 de Março.
Da mesma forma que as ruas, também os largos se valorizaram nessa fase
da história da cidade. Em 1828 a cidade possuía, além dos pátios e das praças que
vinham dos tempos coloniais e alguns mesmos da era mais primitiva da povoação
como o da Sé, o do Colégio, o de São Bento, o do Rosário, o do Carmo, o de São
Gonçalo e o da Misericórdia, os que passaram à categoria de logradouros urbanos
possivelmente no começo do século XIX, como os dos Curros (depois largo Sete de
Abril e mais tarde Praça da República), o do Arouche e o do Zunega (Paissandu) e
uma pequena parte dos que seriam depois largos de São Francisco e do Pelourinho
(Sete de Setembro, incorporado recentemente à Praça João Mendes). O largo de
São Francisco passou a existir de fato desde quando se estabeleceu na cidade o
Curso Jurídico.
Cogitava-se, em 1846, mandar levantar uma planta topográfica, com todas as
pontes, propriedades e cercados, ruas, aguadas, brejos, alagadiços, pedreiras,
caminhos, quintais, chácaras a fim de que, com base nesse trabalho da Câmara, se
pudesse mandar demarcar arruamentos e praças.
Por volta de 1855, cuidou-se de ampliar e melhorar o largo de São Bento,
então triste e nu, escreveu Dona Maria Pais de Barros, com ervas daninhas
vicejando pelo chão, e sendo às vezes capinado por escravos de particulares. Em
1857 pedia-se ao Abade de São Bento que, por ocasião da reedificação do muro do
quintal do convento, ele fosse recuado para que a praça ficasse mais ampla.
Segundo o Almanaque de 1857, as cinqüenta lojas de fazendas existentes na
cidade, ficavam quase todas nas ruas de São Bento, de Santa Teresa e no largo da
Sé. Uma loja ou outra ainda no Piques, no largo São Francisco, na rua do Príncipe e
na rua Alegre.
As velas parecem que eram em geral fabricadas por mulheres, pois sabe-se
que, em meados do século XIX, funcionavam as indústrias de velas de sebo de
Manurla do Nascimento, ao lado da ponte do Piques, e a de Ana Joaquina da Cruz,
na rua de São Bento. Entretanto, no ano de 1855 a Câmara tomava medidas contra
o funcionamento dessas fábricas em locais impróprios, determinando que os
depósitos de sebo e coisas semelhantes dessas indústrias, só fossem lançados em
lugares para isso designados.
100
A Câmara, em 1869, aprovava indicação importante relativa à arborização
dos largos principais e de uma rua da cidade. ”Sendo um embelezamento adotado
hoje em quase todas as cidades, a arborização das praças, largos e ruas espaçosas,
concorrendo também para a salubridade pública”, dizia-se em uma ata desse ano.
Foi proposto que se plantassem árvores nos largos do Carmo, do Palácio, de São
Bento, de São Francisco, e rua do Rosário (Quinze de Novembro) entre Boa Vista e
travessa da Quitanda. Árvores de boa qualidade, plantadas com intervalos não
menores a vinte palmos (440 cm). Foi no período de 1828 a 1872 que essas ruas e
esses largos paulistanos tiveram os seus primeiros ensaios de iluminação. O único
jardim público que houve nessa fase da existência da cidade foi o Jardim da Luz.
O viajante Hadfield, passando em 1870 por São Paulo, que conhecera dois
anos antes, achou a cidade e suas ruas notavelmente limpas.
Como observou Richard N. Morse
30
, O próprio conceito de ambiente urbano
estava se modificando comparando dois regulamentos, o de 1856 e o de 1873, que
definiam os limites dentro dos quais devia ser cobrado o imposto predial urbano. O
primeiro, de 1856, representava a cidade se confundindo ainda com o campo, se
estendendo às chácaras de Joaquim Sertório, na Móoca, e de Hermenegildo José
dos Santos, na Consolação, e ao vale do Tamanduateí. O segundo, de 1873,
baseava essa delimitação em uma abstração moderna, falando da cidade como algo
perfeitamente distinto do campo, encerrada em limites impessoais”.
Muitos bairros da cidade, como notou Caio Prado Junior, nasceram ao acaso,
sem plano de conjunto, fruto de especulações com terrenos. Bairros desarticulados e
desordenadamente distribuídos, não havendo ligação entre si e nem fazendo corpo
com a cidade “dentro de um sistema lógico e de conjunto”.
A taipa de pilão passa a ser substituída, como material de construção, pelo
tijolo e cal. No final do século XIX, e começo do XX, a arquitetura eclética passa a
predominar em São Paulo. Em 1872, a cidade recebe o novo meio de condução, o
bonde puxado por animais, característico das grandes cidades do século XIX. Não
apenas nos caminhos e nos arredores da cidade, como nas ruas centrais, além de
tílburis trafegavam carroças.
30
MORSE, Richard. In BRUNO, Ernani Silva. Idem p. 907
101
Benedito Lima de Toledo
31
escreve sobre algumas obras desse período
como: o Mercado Municipal, edificado em 1860, no sopé do morro do Palácio, a rua
chamava-se Rua Baixa de São Bento e, desde 1865, Rua 25 de Março. Na Igreja de
São Bento tinha início a Rua da Figueira de São Bento, nivelada e calçada em 1881,
no governo de Florêncio de Abreu, de quem, posteriormente, tomou o nome. A ponte
do Carmo, 1870, projetada por Daniel Pedro Muller, autor do obelisco e chafariz da
Memória, tinha grande importância por ser saída para o Rio de Janeiro. Ligava a
Ladeira do Carmo ao aterrado do Brás (hoje Avenida Rangel Pestana).
O burgo de estudantes passou por mudanças a partir da implantação das
ferrovias. Vários hotéis, segundo a pesquisa de Heloísa Barbuy
32
, foram abertos nas
ruas do Triângulo, na rua São Bento havia o Hotel França (esquina com a rua
Direita), o Grande Hotel, o Hotel da Paz, o Hotel Provenceau, o Maragliano e o Hotel
do Oeste (numa casinha térrea de aspecto colonial com lampião na parede
IMAGEM 81, os dois últimos no Largo São Bento. Muitos moradores não tinham água
em seus prédios e mantinham o hábito de se abastecer nos chafarizes públicos ou
em fontes naturais. Deste modo as casas de banho ainda eram necessárias, como a
“Sereia Paulista”, ou “Banhos da Sereia”, instalada no Largo de São Bento.
Comércio de máquinas, como a Frederico Chulze & Cia também se instalou na rua
São Bento. Havia também algumas livrarias como a Casa Eclética, e a Livraria
Paulista, na rua São Bento.
A expansão econômica alcançada com a produção do café, potencializada
pelas realizações do presidente da província, João Teodoro Xavier, no período
compreendido entre 1872 e 1875, propiciou várias obras, criando condições para a
expansão urbana.
As obras foram realizadas no entorno do tradicional “triângulo”, formado pelas
ruas o Bento, rua Direita e rua da Imperatriz (atual 15 de Novembro), o elas:
abertura das ruas Helvetia, João Teodoro, Sete de Abril, Conde d´Eu (atual rua do
Glicério) e do Hospício (atual Frederico Alvarenga); melhorias na rua do Gasômetro
e na rua do Pari (atual rua Monsenhor Andrade); alargamento da ladeira do Mercado
(atual rua General Carneiro); regularização do Largo do Curros (atual Praça de
31
TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo. Três cidades em um século. p. 44 e 48.
32
BARBUY, Heloisa. A Cidade Exposição. Comércio e Cosmopotilismo em o Paulo, 1860
1914.
102
República); remodelação do Jardim da Luz; e a implantação do Jardim na Várzea do
Carmo (“Ilha dos Amores”)
33
.
A iniciativa privada também investiu na expansão da cidade, porém no rumo
Noroeste ao “triângulo”, como o loteamento de áreas como Santa Ifigênia, Morro do
Chá, Campos Elísios, Santa Cecília e Vila Buarque.
As transformações socio-econômicas e tecnológicas pelas quais passaria a
sociedade brasileira durante a segunda metade do século XIX iriam provocar o
desprestígio dos velhos hábitos de construir e habitar, escreveu Nestor Goulart Reis
Filho. O acúmulo de capital, conseqüência das exportações do café, possibilitou a
modernização dos transportes, como a implantação de ferrovias e linhas de
navegação nos rios interiores. Surgiram novos bancos e indústrias, voltadas para
suprir necessidades da própria exportação do café, como exemplo, a sacaria para
embalar o produto.
As primeiras transformações verificadas nas residências foram observadas
nas soluções de implantação, libertando as construções dos limites dos lotes. O
esquema consistia em recuar o edifício dos limites laterais, conservando-o
freqüentemente sobre o alinhamento da via pública. Comumente o recuo era apenas
em um dos lados; do outro, quando existia, reduzia-se ao mínimo.
As residências maiores eram enriquecidas com um jardim do lado. Esta
novidade, que vinha introduzir um elemento paisagístico na arquitetura residencial,
oferecia amplas possibilidades de arejamento e iluminação, até então
desconhecidas nas tradições construtivas do Brasil. Tais transformações trouxeram
evidentes vantagens higiênicas. As chácaras, na periferia, sofriam as
transformações dos tempos, seus terrenos eram mais reduzidos e sua arquitetura
cada vez mais assumia características urbanas.
A essas transformações no campo da arquitetura correspondiam
modificações significativas nos equipamentos da cidade. Transpondo uma etapa de
aperfeiçoamento tecnológico, a cidade equipava-se com redes de esgotos, de
abastecimento de água, iluminação e de transportes coletivos.
O primeiro código data de 1875, “Código de Posturas da Câmara Municipal da
Imperial Cidade de São Paulo”. Ficou conhecido como Código de Posturas de 1875,
e passou a não permitir construções de ranchos cobertos de sapé, capim ou palha,
33
CAMPOS, Candido Malta. Os rumos da cidade. Urbanismo e Modernização em São Paulo.
103
casas de meia-água dentro da cidade e sótãos de cumieira para frente. Esse código
também determinava a pintura ou caiação das frentes, oitões e fundos dos prédios,
dos muros que deitavam para as ruas e particularmente dos fundos dos edifícios que
davam para a Várzea do Carmo. Regulava a altura dos edifícios e seus pavimentos,
dimensões exteriores das portas e janelas, prometendo estabelecer um padrão.
Sabe-se que no anterior havia sido aprovada pela Câmara uma indicação segundo a
qual as casas térreas edificadas de então e diante não podiam ter menos de quatro
metros e quarenta da soleira ao telhado e as assobradadas três metros e noventa e
seis no térreo. As portas, 2.75 de altura e 1.30 de largura. As janelas
respectivamente 1.80 e 1.10. Essa preocupação do poder municipal em relação a
condições melhores de construção e de aparência para as edificações urbanas
ocorreu em um tempo de elevação muito grande do índice de construções. Segundo
Paulo Rangel Pestana, e de acordo com as estatísticas de cobrança do imposto
predial, haviam sido contados em 1834 – 1.708 prédios, em 1843 – 1.840 e em 1875
2.992. Progressão que resultava indiretamente do desenvolvimento de novas
zonas da província em conseqüência do surto de café e das primeiras ligações
ferroviárias de São Paulo com alguns pontos do interior.
A falência do Banco Mauá & Cia, em 1875, causou pânico na Bolsa da
Cidade de São Paulo, pois quase todas as pessoas de recursos da cidade tinham
depositado as suas economias naquele banco. O receio de guardar dinheiro em
casa bancária fez com que a aplicação se transformasse em edificação de casas
numerosas por todos os bairros.
Preocupações urbanísticas e de melhoramentos dos leitos das ruas se
refletiram no Código de Posturas de 1875. Determinava-se nele que todas as ruas
ou travessas que de então por diante se abrissem na cidade, ou mesmo em outras
povoações do município de São Paulo, tivessem a largura de 13,22 metros, salvo
quando não fosse possível lhes dar essa dimensão por obstáculos invencíveis. E
impunha o calçamento nas frentes das respectivas testadas das casas com pedra de
cantaria lavrada. Talvez em parte como conseqüência dessas disposições, em fins
do século XIX era possível distinguir perfeitamente a parte antiga da cidade e sua
parte nova. O calçamento das ruas foi feito de “paralelepípedos”.
104
O Código de Posturas de 1875 passou por revisão e foi reeditado em 1886. A
pesquisa realizada por Heloísa Barbuy
34
sobre o comércio nas ruas do triângulo na
virada do século XIX para o XX, apresenta um trecho do código após a revisão:
O artigo 11, que tratava da altura dos edifícios e dos seus diferentes
pavimentos, assim como as dimensões exteriores das portas e janelas que se
abriam, foram reguladas pelo seguinte padrão:
- Para o 1
o
. pavimento terá 5 m (sem contar a soleira).
- Para o 2
o
. pavimento terá 4,88 m.
- Para o 3
o
. pavimento terá 4,56 m.
- Ao todo 14,44 m.
Estas alturas eram as mínimas e podiam variar para um edifício de 3
pavimentos até 17 m de altura total.
As janelas tinham 2,20 m sobre 1,10 m de largura, sem contar as ombreiras,
vergas e peitorais, e as vergas das portas deviam acompanhar o nível das janelas. O
soalho do 1
o
. pavimento deveria ficar pelo menos 0,50 m superior ao terreno. Os
infratores, donos das obras incorreriam nas multas de $ 30, além de serem
obrigados a demolí-las, e os mestres dirigentes sofreriam 8 dias de prisão.
E conforme o texto definidor do padrão municipal, as novas construções e
reconstruções, que daquele momento em diante se fizessem, deveriam observar as
seguintes prescrições:
As casas térreas teriam 5 metros de altura mínima contados da soleira à
grande cornija de coroamento, e as paredes da frente, 30 centímetros de espessura.
Os edifícios de maior número de pavimentos deveriam seguir os limites:
- 1
o
. pavimento 5,00 m;
- 2
o
. pavimento 4,80 m;
- 3
o
. pavimento 4,50 m.
As paredes das frentes deveriam ter 15 centímetros de acréscimo na
espessura, para cada pavimento, sendo as do 1
o
. pavimento com maior espessura.
Eram admitidos os pavimentos em sobreloja com o limite mínimo de 2,50 m de altura
contados do soalho ao forro. São também permitidos os tetos à la mansard e suas
aberturas peculiares.
34
Idem p. 52 – 54.
105
Concluindo, no período determinado para esse trabalho, por volta de 35
alterações de fachada ou reconstruções foram realizadas na rua de São Bento,
algumas delas precedendo as demolições e as reconstruções totais dos respectivos
edifícios que viriam a acontecer num curto espaço de tempo. Não era exigido
desenho para essas obras de menor porte. Essas obras transformaram a aparência
da cidade, novos estilos ou adornos da modernidade recobriam os imóveis.
A técnica construtiva da taipa de pilão estava com seus dias contados,
conforme artigo 27 que na revisão passou a 32, determinava demolir os imóveis em
taipa, sem soluções intermediárias como as consolidações destas paredes. Foi a
primeira reconstrução da cidade.
Nesta ocasião, o litógrafo francês Jules Martin (1832 1907), radicado em
São Paulo, com sua vitrine à rua da Figueira de o Bento (atual rua Florêncio de
Abreu), deixa exposta a litografia de uma ponte destinada a unir o Triangulo à
“Cidade Nova”, ou seja, um prolongamento da Rua Direita até à Rua Barão de
Itapetininga.
O projeto (uma litografia) para uma ponte foi deferido pela Assembléia
Provincial, em 1880. Porém esta via pressupunha a desapropriação e demolição de
um pedaço do casarão do Barão de Tatuí, na rua Líbero Badaró.
Depois de muita polêmica e disputa judicial para a demolição do pedaço do
prédio do Barão de Tatuí, a estrutura metálica do Viaduto do Chá, finalmente
desembarca em Santos, tendo sido fabricada na Alemanha. O viaduto media 14
metros de largura, e 240 metros de comprimento, dos quais 180 de estrutura
metálica, e 60 metros em aterro sobre a várzea como extensão da rua Barão de
Itapetininga.
A parte metálica do viaduto foi feita em Duisburg na Alemanha, pela fábrica
Harkot. Em cada um dos seus extremos, ficava um guarda com o relógio registrador
marcando o número de pessoas, que passavam pela roda giratória e que tinham de
pagar três vinténs. A entrada se fazia pela calçada do lado direito, e a saída pelo
lado esquerdo. No centro havia um grande portão que era aberto de manhã e
fechado à noite.
Na presença de Bernardino de Campos, presidente do estado, o viaduto do
Chá foi inaugurado dia 6 de novembro de 1892. Sendo o precursor da era dos
viadutos que se iniciava.
106
IMAGEM 60: Litografia feita por Jules Martin sobre a desapropriação e demolição da casa do Barão
de Tatuí.
35
Os 550 lampiões do começo da iluminação a gás foram se multiplicando:
passaram logo a 700 e em 1882 já eram mais de 900. De ferro, pequenos,
elegantes, ajudaram a modernizar as feições das ruas. Todavia fotografias da cidade
nos últimos anos da monarquia mostram que na época ainda havia combustores
pendurados nas paredes: na casinha térrea do Largo São Bento, onde ficava o Hotel
do Oeste (IMAGEM 181). Ou fincados em cima dos próprios chafarizes, como se pode
ver em uma gravura reproduzindo o Largo do Rosário em 1885.
Em 1888, os donos de casas das ruas da Imperatriz, e de São Bento e do
Largo do Rosário iluminaram pelo sistema a gás esses três logradouros públicos. A
Companhia Canadense Light estabeleceu-se em São Paulo, no ano de 1900 e
Alexandre Mackenzie era o diretor.
35
SEGAWA, Hugo. Prelúdio da Metrópole. p. 22
107
O comércio paulista intensificou-se após a proclamação da República. Muitos
comerciantes do interior, especialmente de Campinas, que foi assolada pela febre
amarela, transferiram seus estabelecimentos para a capital. Comércio de produtos
europeus e orientais, como móveis, cristais, tapetes, ornamentos de luxo, mas nada
que se pudesse comparar com as “Grand Magazins” do Rio de Janeiro, observou
Raffard.
Em 1895, São Paulo era uma cidade essencialmente cosmopolita: em
números redondos, de seus 130 mil habitantes, 71 mil eram estrangeiros e apenas
59 mil eram brasileiros.
Quando a administração municipal estava organizada em “Intendências”, a
Intendência de Obras na cidade de São Paulo permaneceu ativa no período de 1892
a 1898. O engenheiro Gomes Cardim, quando intendente, recebeu algumas
atribuições referentes à execução de obras municipais; o levantamento da planta
cadastral do município; concessão de alinhamentos e aprovação de plantas e
projetos de edificação em geral. Conforme as leis municipais: n. 231 de 15 de abril
de 1896; n. 237 e n. 239 de 07 de maio de 1896.
A Câmara criou, em 1896, a Comissão Técnica de Melhoramentos, visando
elaborar um “plano ou projeto geral para a cidade”, que orientasse as intervenções
públicas e o crescimento urbano. Esta Comissão, junto com a intendência de Gomes
Cardim, elaborou um Plano Viário, baseado numa grande via perimetral formada
pelas vias: Avenida Paulista, recém inaugurada, as Avenidas Circular e Itatiaia,
futura Avenida Angélica, a rua de São João, depois de alargada Avenida São João,
Vergueiro e da Liberdade, existentes. Outra proposta foi sobre os alargamentos
no triângulo tradicional, especialmente a rua XV de novembro, principal rua
comercial da época na cidade. Tais iniciativas não chegaram a se realizar naquela
ocasião.
O cargo de prefeito foi criado pela Câmara em 1898, e o primeiro prefeito da
cidade de São Paulo foi Antônio da Silva Prado. Em 1899, a Intendência de Obras
transformou-se em Seção de Obras e em seguida em Diretoria de Obras, contando
com oito engenheiros sendo um o diretor, Vítor Freire, outro o vice-diretor, Eugênio
Guilhem e um auxiliar, estudante da Escola Politécnica, Arthur Sabóia. O engenheiro
Vítor Freire exerceu o cargo de Diretor de obras de 1899 a 1926, período que
108
atravessou nove mandatos e cinco prefeitos. Pode ser que esta seja a razão da
existência do traço comum nas administrações municipais nesse período.
Os cinco prefeitos citados foram: Antônio Prado, que governou de 1899 a
janeiro de 1911, nomeado pela Câmara por quatro mandatos; Raimundo Duprat, de
1911 a janeiro de 1914; Washington Luís, nomeado no primeiro e eleito no segundo
mandato, administrando de 1914 a 1919; Firminiano de Morais Pinto, eleito por dois
mandatos de 1920 a 1926. Na gestão do engenheiro José Pires do Rio, 1926 a
1930, o engenheiro Vítor Freire se aposentou na Prefeitura.
Na gestão do prefeito Antônio Prado a prefeitura não tinha muitos recursos
para grandes obras. Desta maneira, os primeiros projetos foram de cunho
paisagístico como a remodelação do Jardim da Luz, urbanização e arborização da
avenida Tiradentes, o ajardinamento da praça da República (1902 1905),
remodelação do Largo do Arouche, melhoria nas margens do Tamanduateí, na
várzea do Carmo com o plantio de grama e árvores; e o jardim do Museu do
Ipiranga.
O centro da cidade também iria passar por transformações como a rua
comercial Quinze de Novembro, que a partir de 1901 foi alargada. As ruas Direita, da
Quitanda, do Comércio (atual Álvares Penteado) e Quintino Bocaiúva iriam ser
realinhadas.
Em 1904 apresentou-se à câmara um projeto para a construção de outro
viaduto que ligasse os largos de Santa Ifigênia e de São Bento, desafogando o
tráfego da rua de São João. A concorrência para sua construção foi aberta quatro
anos depois e vencida pelo engenheiro italiano Julio Michetti, iniciando-se as obras
em 1910. Com 225 metros de comprimento e três arcos, construiu-se então o
Viaduto de Santa Ifigênia, que é o ainda existente, apenas com algum alargamento
nas extremidades. As peças chegaram montadas da Bélgica, onde foram
construídas. Vieram até perfuradas e acertadas, e aqui apenas se rebitaram. Ficou
concluído em 1913. Na mesma época, dentro do plano de transformação do centro
da cidade estabelecido pelo arquiteto Bouvard, estava incluído o viaduto ligando o
Pátio do Colégio à rua Boa Vista: o Viaduto Boa Vista.
O Largo São Bento foi retificado com a linha do bonde elétrico. O Viaduto do
Chá teve obras no piso para adequar-se aos novos trilhos dos bondes elétricos. E a
abertura da rua Cristóvão Colombo, atrás do Convento de São Francisco. Na área
da Praça da Sé, com a intervenção do estado, foram realizadas medidas
109
saneadoras. A demolição de dois quarteirões, e a partir de 1910 foram demolidas as
antigas igrejas da e de São Pedro, para a reconstrução da nova catedral, em
estilo eclético.
Também na administração de Antonio Prado foi ampliado e regularizado o
Largo do Rosário, citado no capítulo 3. O antigo Largo então reurbanizado, com a
tradicional Ilha dos Prontos, foi batizado de Praça Antonio Prado.
Esta praça passou a ser durante alguns anos o coração da cidade. Em cujas
esquinas e confeitarias reuniam-se os rapazes elegantes da cidade, como refere o
álbum publicado por Jules Martin em 1905. Era por onde passavam todas as linhas
de bondes. Ainda em 1912, em livro fixando cenas da vida paulistana, José Agudo
escrevia:
Os passeios laterais e a tradicional Ilha dos Prontos, no centro,
estavam literalmente obstruídos de gente. Uns esperavam seus
bondes, outros esperavam a possibilidade aleatória de um convite
para o vermute ou a farmácia, e alguns não esperavam nada, mas
matavam o tempo em ver o que nada tinha de vistoso”.
Nesta mesma ocasião entre os empreendimentos previstos no plano Bouvard,
de transformação do centro paulistano, incluia-se a formação de uma praça entre a
rua Líbero Badaró e Direita: a Praça do Patriarca.
A arquitetura teve transformações decorrentes da mecanização do transporte
vertical e horizontal, garantindo as bases para um amplo desenvolvimento. É a
época dos arranha-céus, com a verticalização do crescimento urbano nas áreas
centrais das grandes cidades e também da multiplicação, na periferia, dos grandes
bairros proletários para a acomodação das classes menos favorecidas. Surgiriam
ainda os bairros-jardim, para as classes mais abastadas, com os edifícios afastados
obrigatoriamente dos limites dos lotes.
Estudando a pesquisa de Heloisa Barbuy, (IMAGEM 61), sobre o comércio
em São Paulo na passagem do século XIX para o XX, georeferenciada na planta de
1911, nota-se a mudança de uso do solo no triângulo, em particular ao longo da rua
São Bento. Esta passa a ter vários hotéis, como o Hotel de França no número 49-51
da frente para a rua Direita, o Sportsman no 30 34A, o Grande Hotel nos números
46 e 49; o Grande Hotel Paulista, Hotel d´Oeste, Hotel Rebecchino, nos números 90,
92 e 97 respectivamente sendo ambos para o Largo São Bento. A Botica Veado
110
d´Ouro no número 40, o banco São Paulo no número 53, alguns restaurantes e
cafés, como o Café Brandão no número 67, joalherias como a Casa Fretin no
número 20, casas de ferragens e outros armazéns, artigos orientais, ervas, plantas e
vestuário.
Existiram também os tradicionais pontos de parada para interromper o
cansaço das compras pelas ruas do triângulo, como a Leiteria Pereira e a Leiteria
Campo Bello, falaremos mais sobre estas no capítulo 7.
Nesta planta, imagem 61, não se vêem ainda as intervenções urbanísticas.
Mas comparando-a com a planta de 1841-7, utilizada na pesquisa de Beatriz Bueno
sobre a “Décima Urbana”, podemos constatar a mudança no uso do solo, e no
número de pavimentos dos imóveis. As transformações urbanísticas citadas poderão
ser lidas na planta de 1930, realizada pela SARA Brasil S. A.
Como observou Maria Cecília Naclério Homem
36
: “O centro perdera a função
residencial desde os fins do século XIX e os velhos sobrados, onde residiam as
antigas famílias paulistas de comerciantes e fazendeiros, transformaram-se em
casas comerciais ou cederam lugar a novas construções. Ali se aglomeravam
também os cafés, restaurantes, hotéis, teatros e cineteatros, além das antigas
igrejas, do Palácio do Governo e da Velha Academia de Direito”.
36
HOMEM, Maria Cecília Naclério. O prédio Martinelli, a ascensão do imigrante e a verticalização de São Paulo.
p. 27
111
IMAGEM 61: Planta desenhada sobre a cópia da Planta da Cidade de São Paulo, 1893, população
130.775 habitantes. Escala 1: 2000. Folha da ¼. Assinada pelo Engenheiro Civil Antonio Manuel
Bueno de Andrade em 17 de maio de 1893, e copiada pelo Engenheiro V. Huet de Bacellar. O original
pertence à coleção particular de Benedito Lima de Toledo. Os principais estabelecimentos comerciais
citados por Heloísa Barbuy
37
estão destacados de laranja.
37
BARBUY, Heloisa. A Cidade – Exposição. Comércio e Cosmopotilismo em São Paulo, 1860 – 1914. ANEXO 1.
p. 256 e 257.
112
Na metrópole do Café, em junho de 1910 o vereador Augusto Carlos da Silva
Telles apresenta propostas para intervenções nas ruas: Formosa, Líbero Badaró e
Dr. Falcão.
No período de novembro de 1910 a janeiro de 1911, três projetos foram
elaborados para melhoramento da cidade de São Paulo. O primeiro foi o projeto
denominado “As Três Grandes Avenidas”, de autoria do arquiteto Alexandre de
Albuquerque, professor da Escola Politécnica. Apresentado ao Congresso
Legislativo do Estado por um grupo que requeria licença para a construção de três
amplas avenidas, com todos os melhoramentos da época. Não intervia no
Triângulo” tradicional.
O segundo era o Projeto Freire-Guilhem, da Prefeitura Municipal, mandado
fazer pelo então Prefeito Antônio Prado, de autoria dos engenheiros Victor da Silva
Freire e Eugenio Guilhem. E por iniciativa da Secretaria da Agricultura do Governo
do Estado é elaborado um terceiro projeto, feito por Samuel das Neves. Todos os
projetos tinham em comum criar grandes avenidas e bulevares nos moldes das
grandes cidades européias.
O prefeito Raymundo Duprat assume a administração da cidade em janeiro
de 1911 e encontrando essa agitação. Resolveu convidar o arquiteto francês Joseph
Antoine Bouvard, que estava em Buenos Aires, para apreciar as propostas em
pauta. Esta visita resultou num relatório em que enumerava sete indicações e um
conjunto de recomendações, que ficou conhecido como Plano Bouvard e foi causa
de muita polêmica na época. O arquiteto Hugo Segawa
38
elencou as sete
indicações:
1. “Planta geral da cidade, com indicações propostas no presente e
para o futuro”;
2. “Planta de conjunto das modificações previstas no centro da
cidade”;
3. “Projeto de prolongamento da rua D. José de Barros, de maneira a
formar uma artéria de grande circulação e uma entrada condigna
no centro, partindo da situação atual das estações ferroviárias”;
38
SEGAWA, Hugo. Prelúdio da Metrópole. p. 93.
113
4. “Planta das alterações a realizar na parte da cidade compreendida
entre as ruas Líbero Badaró e Formosa” (isto é, a proposta de um
parque no Vale do Anhangabaú);
5. “Variante da mesma, considerando a possibilidade da construção
de dois corpos de edificação simétricos e de estilo adequado, na
orla do parque”;
6. “Projeto de um parque, a ser criado na Várzea do Carmo”;
7. “Variante do mesmo, tendo em vista a alienação de uma parte dos
terrenos”.
A cidade pós-liberal de que nos fala Leonardo Benevolo: “Uma série de
circunstâncias favoráveis – amplos poderes do Imperador Napoleão III, a capacidade
do prefeito Haussmann, o alto nível dos técnicos, a existência de leis muito
progressistas – a da expropriação de 1840 e a sanitária de 1850 – permitiram
realizar um programa urbanístico coerente em um período de tempo bastante curto;
desta forma a nova Paris põe em evidência o êxito da gestão pós-liberal e se
converte em um modelo reconhecido por todas as demais cidades do mundo de
meados do século XIX em diante”. O plano Bouvard, pelo seu caráter “arrasador”
para abertura de avenidas compara o barão Haussmann ao Barão Duprat, observou
Benedito Lima de Toledo
39
. O alargamento da avenida São João foi a obra de
impacto na ocasião.
O concreto armado, como técnica construtiva inovadora, permitiu avanços nas
construções, mudando a paisagem de São Paulo. Como exemplo que rompeu com a
horizontalidade da cidade, abrindo caminho para os arranha-céus do século XX,
podemos destacar o Edifício Martinelli, com 30 andares e altura de 105 à 130
metros, construído de 1925 a 1929. Este edifício tem frente para três ruas: rua São
Bento, avenida o João e rua Libero Badaró. Na ocasião de sua construção foi um
arrojo tecnológico e polêmico ao romper com a normativa.
39
TOLEDO, Benedito Lima de. Anhangabaú. p. 128.
114
Um Código de Obras é organizado em 1929, por Sylvio Cabral Noronha e
Arhur Saboya, que deu nome a este. Era a Lei municipal n. 3427, de 19 de
novembro de 1929. O Ato n. 663, de 10 de agosto de 1934, consolidou o Código de
Obras Arthur Saboya. O Decreto Lei n. 92, de 2 de maio de 1941, dispunha sobre
regulamentação especial para construção na zona central, alterando o perímetro
desta, anteriormente estabelecido pelo Código Arthur Saboya.
O artigo 1
o
delimitou o novo perímetro a zona central (IMAGEM 62):
“Começa no entroncamento da Avenida Rangel Pestana com a
avenida Exterior do Parque Dom Pedro II; segue por esta avenida até
seu encontro com a avenida do Estado; por esta e pelas ruas
Mercúrio, Anhangabaú, Florêncio de Abreu, Mauá, Duque de Caxias,
e Maria Teresa, Largo e rua Arouche, até encontrar a Praça da
República, de frente à direita, seguindo até encontrar o prolongamento
da rua São Luis na esquina da rua Araújo; segue pelo referido
prolongamento, pela rua São Luis, e prolongamento em direção ao
projetado viaduto Jacareí; pelo viaduto referido e rua Maria Paula,
tendo passado pelo prolongamento desta entre as ruas Santo Amaro
e Genebra; segue pela nova via que está sendo aberta entre a
avenida Brigadeiro Luis Antônio e Praça João Mendes; depois pelas
ruas Rodrigo Silva e Livre, Largo 7 de Setembro, ruas Irmã
Simpliciana, Anita Garibaldi e avenida Rangel Pestana até atingir o
ponto inicial.”
115
IMAGEM 62: Planta da Zona Central, com o perímetro e logradouros situados fora do perímetro, do
Código de Obras de 1941.
O artigo 2º tratava da altura máxima dos edifícios na zona central:
I – de 40 metros nas ruas de largura até 12 metros;
II de 60 metros nas ruas de largura igual ou superior a 12 metros até 18
metros;
III – de 80 metros de largura igual ou superior a 18 metros.
Nos pontos focais ou de grande interesse arquitetônico, a juízo da Prefeitura
poderiam ser admitidas alturas além dos limites estipulados neste artigo.
116
O artigo 3
o
tratava dos recuos laterais conforme a altura.
- altura 40 metros, recuo 2,5 metros;
- altura 65 metros, recuo 4,5 metros;
Os corpos mais elevados deveriam ter perímetro regular e todas as suas
bases tratadas arquitetonicamente de acordo com a fachada principal.
O artigo 4
o
tratava da altura máxima de acordo com o alinhamento da via
pública, na zona central seria duas vezes a largura da rua, quando essa for inferior a
12 metros; e duas e meia vezes a largura, quando for igual ou superior a doze
metros.
Para os lotes de esquina, de acordo com o parágrafo 1
o
, em vias públicas de
largura diversa, a altura máxima permitida pela via de maior largura podia estender-
se unicamente até a profundidade 20 metros a contar do alinhamento, obedecendo
daí em diante à redução decorrente da altura permitida na via de menor largura.
Em lotes que se estendiam de uma rua a outra do quarteirão a construção
obedeceria, em cada fachada, às restrições impostas pela largura da respectiva rua,
conforme o parágrafo 2
o
.
Os edifícios existentes na rua São Bento hoje, foram aprovados em sua
maioria de acordo com esse código.
Inspirados nos modelos de Paris de Haussmann, com seus quarteirões
compactos superedificados e superpovoados, os edifícios em o Paulo buscavam
nas fachadas desenhar no revestimento textura de pedra. Essas preocupações
formais das fachadas voltadas para as vias públicas, com as mais variadas
composições estilísticas de gosto acadêmico, caracterizavam o ecletismo.
Como observou Heloisa Barbuy
40
: “o ecletismo vignolesco dominava as
fachadas com suas colunas à antiga, os frontões triangulares sobre as janelas e as
platibandas retilíneas com pináculos, às vezes encimadas por grupos escultóricos de
pretensões monumentais. Eram pontuadas, aqui e ali, por exemplares de um art
nouveau pouco arrojado”.
40
BARBUY, Heloisa. A Cidade – Exposição. Comércio e Cosmopotilismo em São Paulo, 1860 – 1914. ANEXO
1. p. 66
117
A cidade contava com aproximadamente um milhão de habitantes em 1929, a
indústria estava em franco desenvolvimento, causando alterações significativas no
uso do espaço urbano. A verticalização no centro e a ocupação dos subúrbios
aumentou respectivamente o adensamento no centro e a mancha urbana de
ocupação. É nesse quadro que tivemos o primeiro plano viário mais abrangente,
proposto pelo Engenheiro Prestes Maia, conhecido como “Projeto Grandes
Avenidas”.
Este plano reforçou a vocação rádio-concêntrica da estrutura urbana
paulistana. Foi executado pela prefeitura por várias décadas e marcou claramente a
opção rodoviária em detrimento do sistema do metropolitano.
O urbanista Agache, em 1941, observava que conhecendo São Paulo em
1927 achara que ela era uma cidade transbordante de atividade, mas inteiramente
inorgânica. E que em 1941 constatava a transformação que se fazia: “Pouco a
pouco esta cidade informe de catorze anos toma uma fisionomia definida.
Existem ainda grandes problemas a resolver, sobretudo no que concerne ao tráfego.
Sinto-me feliz por ver uma cidade cheia de dinamismo como esta entrar numa fase
de caráter monumental como é a presente”.
Os problemas ainda sem solução, a que aludiu Agache, foram por certo os
referidos pelo engenheiro Prestes Maia, quando escreveu em seu livro Os
melhoramentos de São Paulo: Passando de média a grande cidade, e atingindo
em 1945 a 1.650.000 habitantes, vendo as casas rreas cederem às de dez e vinte
andares, tudo estava arriscado a comprometer-se definitivamente: circulação,
transportes, expansão, salubridade e estética”.
Para o problema do tráfego no centro, escrevia em 1945 Prestes Maia, que há
tempos Ulhôa Cintra propusera o “Perímetro de Irradiação”, plano que em 1930 foi
modificado e englobado no plano de avenidas encomendado por Pires do Rio a
Prestes Maia.
Passaram por modificações os parques e jardins públicos paulistanos. A idéia
de remodelação do Anhangabaú exposta em 1930 por Prestes Maia no Plano de
Avenidas: “Transformar todo o trecho do vale entre os viadutos de Santa Efigênia e
de São Francisco numa praça de aspecto diferente de tudo o que possuem as
outras cidades. O Anhangabaú, com 40.000 metros quadrados, empresta hoje ao
centro uma de suas feições mais bonitas. A esses jardins e lagos estendeu-se a
118
iluminação pública, sabendo-se que em 1950 brilhavam à noite nas vias mais de
25.000 lâmpadas elétricas.
O novo Viaduto do Chá, inaugurado em 1938, transpõe o vale do
Anhangabaú com um arco central medindo 66 metros, e dois os laterais com 17,5
metros cada um, medindo ao todo 101 metros e com largura de 25 metros, dos quais
15 metros destinados aos veículos, e 10 aos pedestres, nos passeios. Como
observou Prestes Maia, é notável o inédito aproveitamento da estrutura dos
encontros, onde se dispuseram amplos salões para mercado de flores, espera de
ônibus, exposições de pintura, garagem pública, compartimentos sanitários. Em
1941, mencionava Prestes Maia o que estava por ser feito ou dar seqüência em sua
administração: o viaduto Dona Paulina, o viaduto Jacareí (entre as ruas Santo
Amaro e Santo Antônio), o viadutinho do Pacaembu e o túnel de São Bento.
Também faziam parte do programa de remodelação urbana, nessa fase, o viaduto
Nove de Julho transpondo a avenida desse nome e a rua Álvaro de Carvalho, como
parte do perímetro de irradiação (largura 33 metros e comprimento 220 metros), cuja
construção foi iniciada em 1944. Os túneis do Paraíso e vinte e duas pontes sobre o
Tietê, uma ponte sobre o Tamanduateí, na rua Mercúrio, com 40 metros de largura.
A monumental Ponte das Bandeiras construída quase no mesmo local da antiga
Ponte Grande, com três vãos, tendo 120 metros de comprimento e 33 metros de
largura. Para o lado sul a Avenida Itororó projetada, que implicou na construção
de seis viadutos (Brigadeiro Luis Antônio, Dona Paulina, Jaceguai, Condessa de São
Joaquim, Pedroso, Paraíso), um túnel para tramway com 900 metros de extensão e
seis pontilhões. Ligando a Praça do Patriarca ao fundo do Vale do Anhangabaú, se
fez uma passagem subterrânea que estabelece fácil comunicação, que hoje abriga a
Galeria Prestes Maia.
O Código de Obras de 1955, Lei municipal n. 4615, de 13 de janeiro, no
capítulo V – Arquitetura das fachadas, no artigo 181, 1
o
. parágrafo, especifica que na
rua de São Bento o número de pavimentos era no máximo seis.
Foi publicado em 1969 o Plano Urbanístico Básico (PUB), que foi o primeiro
plano global a criar uma estratégia para as transformações urbanas, abordando
aspectos físico-territoriais, socioeconômicos e administrativo-institucionais.
119
O Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado (PMDI) foi elaborado
em 1971, sob a supervisão Grupo Executivo da Grande São Paulo GEGRAN, que
foi instituído em 1967 pelo governo do Estado, com o objetivo de estudar e propor
uma coordenação metropolitana. Esse plano foi uma revisão e atualização do PUB,
necessário também para a viabilização do Metrô.
É publicada em forma de Lei, n. 7.688 de 30 de dezembro de 1971, a
instituição do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado PDDI, que é
complementado pela lei n. 7.805 de novembro de 1972, ou lei de zoneamento, que
definiu as zonas de uso com seus coeficientes de aproveitamento e taxas de
ocupação específicas.
Também em 1971, é consolidada para a região metropolitana, o “Plano
Diretor Viário: Sistema de Vias Expressas diretrizes”, que previa cortar a cidade
com uma malha de vias expressas e criar bolsões entre elas. Como implicava em
inúmeras desapropriações, o projeto foi abandonado.
Uma revisão no PDDI foi realizada em 1982. Depois foram realizadas outras
revisões em 1985, 1988, 1991. A última foi feita em 2000/2001, sendo adotado como
atual Plano Diretor. O plano passou por revisão em 2007, mas ainda não foi votado
na Câmara Municipal.
Foi elaborado pela Empresa Metropolitana da Grande São Paulo (EMPLASA)
o Plano Metropolitano da Grande São Paulo 1993 2010, que considerou a região
metropolitana no contexto da globalização da economia, e da rede mundial das
metrópoles.
Segundo Raquel Rolnik
41
: a legalidade urbana, ou seja, o conjunto de leis,
decretos e normas urbanísticas e de construção que regulam a produção do espaço
da cidade.” Neste trabalho a legalidade urbana citada é adotada como legislação
urbana.
41
ROLNIK, Raquel. A cidade e a lei. Legislação, Política Urbana e Territórios na cidade de São Paulo. p. 13.
120
IMAGEM 63: PLANTA da área Central da Cidade de São Paulo delimitando em vermelho o Perímetro
da Operação Urbana Centro, e destacado em amarelo a rua São Bento inserida na Z – 5 (lilás).
Considerando que a rua o Bento após a obra do metrô (década de 1970)
não teve nenhum processo de solicitação de habite-se total para um edifício, pode-
se dizer que o estudo feito da situação atual no começo do século XXI apresenta
uma situação “congelada” três décadas. Dos edifícios existentes hoje na rua São
Bento existem três do século XIX, há nove exemplares da primeira década do século
passado. Há apenas um remanescente da década de 1910; oito da década de 1920,
e nove da década de 1930. E há vários edifícios das décadas de 40 e 50, são nove e
dezessete respectivamente. Da década de 1960 existem apenas dois. E da década
de 1970 há oito edifícios, mais a abertura da Praça Paulo Duarte, e houve várias
demolições em virtude das obras do metro. Fica claro que o Código Arthur Saboya
de 1929, e suas posteriores revisões, foi a normativa que regulamentou o espaço
urbano ao longo do fragmento desta pesquisa.
121
5. Iconografia
A imagem, seja ela, uma pintura, aquarela, litografia ou fotografia, pode
registrar a paisagem urbana. No trabalho realizado sobre a Avenida São Luis, por
José Eduardo de Assis Lefèvre
42
, ele faz o seguinte comentário: Por vezes, o mais
importante que uma foto mostra é o que ainda não existia, o vazio que será
ocupado no futuro daquele momento”. Nesta pesquisa em que estudamos a rua São
Bento, aconteceu que espaços antes ocupados passaram a ser vazios, edifícios
transformaram-se em largos e praças.
Dos primeiros séculos da história de São Paulo os registros em imagens são
escassos. Apenas após a vinda de vários viajantes passamos a ter mais registros. E
apenas na segunda metade do século XIX, com a fotografia, passamos a ter
imagens fiéis.
Segundo Richard Morse, São Paulo teve duas fundações, a primeira foi a
povoação dispersa de barro e sapé construída por João Ramalho, em Santo André
da Borba do Campo. E a segunda, foi com a missão jesuítica e seu colégio,
estabelecidos numa colina estratégica, na confluência do Anhangabaú e do
Tamanduateí.
O padre Manuel da Nóbrega, em 1553, escolheu para a construção do colégio
dos jesuítas uma elevação que ficava perto da confluência de dois rios: o
Anhangabahú e Tamanduatehy. Adiante dessa confluência ficavam os Campos de
Piratininga, onde vivia com sua tribo o índio chefe Tebyriçá. No dia 25 de janeiro de
1554 foi celebrada a missa inaugural, e a povoação passou a chamar-se São Paulo
de Piratininga.
A construção destinada ao colégio foi feita de barro, coberta de palha, e
esteiras de cana como portas. Tinha 14 passos de comprimento e 10 de largura.
Servia de escola, dormitório, cozinha, refeitório e enfermaria. Após a fundação de
42
LEFÈVRE, Jose Eduardo de Assis. Entre o discurso e a Realidade. A Quem interessa o centro de São Paulo?
A Rua São Luiz e sua evolução. p.22
122
São Paulo de Piratininga, a povoação, em seus primeiros anos, teve influência
fortemente indígena.
Os índios mudavam-se quando envelheciam as suas casas, como escreveu,
em 1557, o jesuíta Luís da Grã, e essas duravam apenas três ou quatro anos. Os
europeus portugueses ou homens brancos, chamados de “Buavas” pelos índios,
passaram a ocupar as terras antes ocupadas pelos moradores primitivos. Por volta
de 1560, muitos índios abandonaram São Paulo indo se estabelecer em duas
aldeias próximas: Nossa Senhora dos Pinheiros, a sudoeste, e São Miguel, a
nordeste.
A ermida de São Bento é erguida em 1598, no ponto onde se localizava a
morada do chefe Tebyriçá, e o mosteiro dos beneditinos veio a ser construído em
1600, “com quatro celas juntas e contíguas à igreja velha”. Sabe-se que ao findar o
século XVI havia na povoação, além das igrejas do Colégio, do Carmo, de São
Bento e a da inacabada ou ainda em forma de capela mais duas ermidas: a
de Santo Antônio, que não se sabe direito quando foi edificada, e a Nossa Senhora
da Luz ou Guaré, ao norte, distante do núcleo mais povoado. Foi feita, em 1610, a
segunda fundação do mosteiro dos Beneditinos.
Nas povoações mais antigas do Brasil, as ruas eram entendidas quase
exclusivamente como meio de ligação, vias ou linhas de percurso, ligando os
domicílios aos pontos de interesse coletivo. As praças constituíam os pontos de
atração e de focalização urbanística; a própria arquitetura de maior apuro
concentrava-se nelas, em seus edifícios principais, oficiais ou religiosos, ficando a
arquitetura particular quase sempre num plano inferior.
Tanto a igreja como o convento dos Beneditinos, em 1650, passaram por
reformas consideráveis, onde trabalharam os índios de Fernão Dias Pais. O
sertanista das esmeraldas reconhecera “a pequenez do mosteiro e o aperto em que
estavam os monges”. Passou a haver então um velho e um novo convento
comunicando-se por dentro.
“Fora das escolas era quase impossível que o saber se transmitisse, pois
quase não havia livros, sobretudo no quinhentismo e no seiscentismo. Ao longo do
setecentismo, as “livrariasdos conventos devem ter se formado e enriquecido um
123
pouco, e apenas no fim do primeiro quartel oitocentista foi fundada uma biblioteca
pública”, escreveu Ernani Silva Bruno
43
.
No ano de 1681, São Paulo tornou-se a sede da Capitania de São Vicente,
por ato do donatário dessa Capitania, o Marquês de Cascais. Mas o Governador-
Geral anulou essa provisão, e a vila de São Vicente continuou como Capital.
No final do século XVII, a antiga capitania de São Vicente entrava numa fase
bem visível de empobrecimento, ea importância de São Paulo se resumia em ser o
centro de preparação das bandeiras”, como escreveu José de Almeida Santos.
no começo do século XVIII, São Paulo passou por uma transição da vida
antiga de liberdade rude, para uma vida nova amolecida pela riqueza, decorrente da
descoberta de ouro em Cuiabá. Foi criada, em 1709, a “Capitania de São Paulo e
Minas de Ouro”, desligada do governo fluminense.
Nas fachadas das casas de São Paulo durante o primeiro século e meio, os
“cheios” predominavam largamente sobre os “vazios”, pois como observou o
arquiteto Lúcio Costa em relação à casa brasileira, mostrava-se escasso o número
de janelas. Embora predominasse nelas o branco da tabatinga saibro ou barro
branco tirado de certos locais à beira do Tamanduateí, de onde se originou o nome
Tabatingüera (que quer dizer tabatinga velha), é possível que algumas dessas
fachadas fossem pintadas de cores vivas.
Em seu ensaio a respeito da primitiva arquitetura rural paulista (mas nesse
ponto talvez aplicável à urbana também) Luís Saia sugeriu que deve ser tradição
relativamente recente o preconceito de entristecer as construções pela discrição
exagerada na escolha das cores de sua pintura”.
A Carta Régia de 11 de julho de 1711 eleva a Vila de São Paulo à categoria
de Cidade. O Conselho Municipal passou a chamar-se Senado da Câmara. Em
1715, é inaugurado o hospital da Santa Casa da Misericórdia. Em 1720, é construído
o novo Paço do Senado da Câmara, confinado com o quintal dos franciscanos, que
por sua vez estava erguido na vizinhança das ladeiras que desembocavam na parte
baixa do Piques (hoje Praça da Bandeira).
A igreja do Rosário foi construída em 1715 (segundo Afonso de Freitas) ou
em 1725 (segundo Nuto Santana), que ficava no local onde é agora a Praça Antônio
Prado, com a fachada voltada para a rua do Rosário, atual rua XV de Novembro. De
43
BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo. p. 394.
124
1740, datava a igreja de São Pedro, que ficava no largo da na área mais ou
menos onde está implantado o edifício da Caixa Econômica Federal. As igrejas da
Misericórdia, dos Remédios, de São Gonçalo e a de Santo Antônio, todas essas,
tinham fachadas despretensiosas. Aos poucos, assim como as mais antigas, foram
se enriquecendo internamente de obras de entalhe, de douração ou de pintura.
Assim o escritor Roger Bastide explicava o “barroco brasileiro”: pela pobreza do
país e o enriquecimento interno posterior dos templos com base em novas
condições sociais: “A igreja só podia ornamentar-se à medida que as riquezas
aumentavam; mas como então o exterior estava feito, o barroco só podia triunfar no
interior
44
.
Em 1749 havia dois lugares exclusivos para a venda de peixe: a ponte do
Carmo e um beco na rua de São Bento; o deste, mais tarde foi mudado para o
“Canto da Lapa” (esquina das ruas Quitanda e São Bento). Próximo existia o local
chamado “Quatro Cantos”, na esquina das ruas Direita e São Bento, onde ainda
inexistia a Praça do Patriarca.
Por volta de 1751, São Paulo era muito pobre, pois ainda havia a emigração
para as terras auríferas. O apresamento de índios, que fora uma necessidade como
fonte de renda, cessara com a descoberta das minas. Os recursos financeiros da
cidade eram mínimos.
As transformações provocadas pelo ciclo brasileiro do ouro determinaram aos
poucos o deslocamento do eixo econômico da Colônia, do nordeste para o centro-
sul, transferindo-se a própria capital do Brasil para o Rio de Janeiro em 1763. A
necessidade de abastecer a população concentrada nas minas e na nova capital
estimulou as atividades econômicas da população, inclusive em São Paulo.
A melhor descrição da "cidade de barro", segundo Benedito Lima de Toledo
45
,
foi feita por Morgado de Mateus em carta ao Marquês de Pombal (então Conde de
Oeiras) em 1766. Nesta carta constam algumas informações interessantes como a
de que somente as ruas principais tinham "casas grandes e sobrados". D. Luiz
estava alojado no colégio dos jesuítas. O convento do Carmo estava sendo
reedificado e o de São Bento estava em obras que se arrastariam por muito tempo,
até que em 1774 e 1775 esteve hospedado no Mosteiro o Brigadeiro José Custódio
44
BRUNO, Ernani Silva. Idem. p. 123 e 124.
45
TOLEDO, Benedito Lima de. São Paulo: três cidades em um século. p. 14, 15 e 16.
125
de Sá Faria, que "corrigiu os defeitos da nave nova da igreja, e desenhou as plantas
para a construção da nova capela, com sua decoração em talha, elaborou o projeto
para uma torre nova e deixou o risco para um novo mosteiro com bela fachada para
o largo de São Bento".
D. Luiz mandou proceder a um recenseamento, que nos uma excelente
idéia da distribuição das casas e da população na zona urbana. Sabe-se que a área
centralizada pela rua São Bento era habitada por gente mais pobre, ficando as
casas das famílias de maior projeção ricos e fidalgos quase sempre do outro
lado da cidade, na área centralizada pela rua do Carmo ou pela rua Direita. Era
nesta última que residia a gente mais endinheirada da terra, geralmente negociantes
de posses, pois o comércio se condensara nessa rua e na do Canto da Lapa até a
Misericórdia.
A imagem 64, Imagem sem título”, de 1787, representa o Largo São Bento e
parte das ruas da Figueira de São Bento (hoje Florêncio de Abreu) e Boa Vista,
autoria desconhecida. O original pertence ao Arquivo Distrital de Braga, Portugal.
Observar na imagem 64 o desenho para os edifícios, e o portão que ligava o
mosteiro ao porto.
IMAGEM 64: Imagem sem título”, de 1787, autoria desconhecida. In São Paulo Vila Cidade
Metrópole, de Nestor Goulart Reis Filho, p. 78.
126
IMAGEM 65: Mosteiro de São Bento, visto da margem do Tamanduateí. Foto de Militão Azevedo, em
1862. In Anhangabaú de Benedito Lima de Toledo, p. 10.
A imagem 65 é uma foto feita por Augusto Militão Azevedo em 1862, vista do
Mosteiro de São Bento a partir da margem do Tamanduateí, próximo onde ficava o
Porto Geral. Observar a torre do Mosteiro de São Bento que foi concluída em 1797 e
novo mosteiro em 1800, encerrando, juntamente com as obras do convento da Luz,
o século em que mais se construiu durante o Período Colonial.
Neste século XVIII, as construções novas ou as reconstruções das igrejas,
chegam a dezoito, das quais dezesseis no “triangulo”. Pallière e outros viajantes
destacavam a quantidade de torres que pontilhavam o perfil da cidade visto de
longe. Observar a imagem 66, Imagem sem título, de 1821. A cidade de São Paulo
vista da Várzea do Carmo – parte norte, autoria de Arnauld Julien Pallière.
IMAGEM 66: Imagem sem título; autoria de Arnauld Julien Pallière, 1821. Fonte: Coleção Beatriz e
Mário Pimenta Camargo. In São Paulo Vila Cidade Metrópole, de Nestor Goulart Reis Filho, p.94.
127
As margens pantanosas dos rios que abraçavam o triângulo começavam a
ser incômodas à cidade que estava lentamente germinando e as razões que ditaram
a escolha desse sítio no século XVI já não prevaleciam mais.
A taipa continuava sendo o sistema de construção dominante. No começo do
século XIX, em 1807, o inglês John Mawe, visitando a cidade, descreveu esse
processo de edificação, observando que ele dava muita solidez às casas e que elas
podiam resistir durante muitos anos. Toledo Piza se referiu à existência em São
Paulo de edifícios de taipa ainda sólidos depois de dois séculos.
Outras técnicas construtivas tentaram ser introduzidas em São Paulo, como a
construção de alvenaria de pedra e cal, mas devido à escassez da matéria prima
próxima e a indisponibilidade de mão de obra não foi bem sucedida. Como observou
Carlos Lemos: "onde há taipa de pilão, há paulista e onde há paulista há taipa".
Casas com paredes de taipa de pilão, protegidas por amplos beirais, davam
feição característica à cidade, assinalaram todos os viajantes. Como a chamou o
viajante inglês citado acima "a mud city".
A situação em São Paulo tornou-se mais favorável com a abertura dos portos
brasileiros ao mercado mundial, em 1808. Aos poucos, materiais importados foram
aparecendo nas construções. Assim como soluções de cobertura mais complicadas,
telhados com quatro águas, as laterais lançando livremente sobre os telhados dos
vizinhos de menor altura ou mesmo com calhas e condutores importados. A
mudança, porém, não chegaria para alterar a aparência dos prédios.
Essas transformações discretas, possibilitando a adaptação das velhas
receitas coloniais, vinham, ao mesmo tempo, garantir a continuidade de sua
aplicação numa época em que as inovações no modo de vida brasileira ainda o
eram muito profundas, na qual os hábitos das camadas mais favorecidas
continuavam largamente a aproveitar as facilidades oferecidas pela escravidão.
Viajantes ilustres e cientistas chegam a São Paulo, por volta de 1816, e, como
em todo o Brasil, foram feitos novos registros. Artistas como Debret, Thomas Ender,
Pallière, Landseer e Burchell, fizeram desenhos da cidade de São Paulo, onde
aparecem os edifícios e ilustrando muitas vezes suas fachadas, o que nos leva a
conhecer o número de pavimentos dos edifícios.
O núcleo central da cidade, o “triângulo”, chamava-se para dentro das
pontes”. A meu ver é o burgo natural paulistano. Em 1818, à esquerda do
128
Anhangabaú começava a se edificar a “Cidade Nova”, além das pontes.
Outro viajante, Von Martius, em 1818, observou que as casas do centro da
cidade tinham em geral dois pavimentos e sacadas de gradil. Mas que a arquitetura
paulistana revelava “uma feição insignificante e burguesa”, com exceção de alguns
edifícios imponentes e de bom estilo, como o mosteiro dos Carmelitas.
O naturalista francês Augusto de Saint-Hilaire escreveu minuciosamente
sobre a arquitetura: "As casas, construídas de taipa muito sólida, são todas brancas
e cobertas de telhas côncavas; nenhuma delas apresenta grandeza e magnificência,
mas um grande número de construções que, além de andar térreo, têm um
segundo andar e fazem-se notar pelo aspecto de alegria e de limpeza. Os telhados
não avançam desmensuradamente além das casas, como observara em Vila Rica,
mas têm bastante extensão para dar sombra e garantir as paredes contra as chuvas.
As janelas não se fecham umas contra as outras, como é comum no Rio de Janeiro.
As das casas de um andar possuem quase todas vidraças e são guarnecidas de
balcões e postigos pintados de verde. As outras casas têm venezianas que se
erguem de baixo para cima, formadas de travessas de madeira cruzada
obliquamente".
São Paulo recebe uma filial do Banco do Brasil em 1820. Em 1823, quando
se discutiu se a sede da Universidade deveria ser São Paulo ou a Corte (Rio de
Janeiro), a cidade se ressentia do longo período de decadência e de
empobrecimento em que estivera mergulhado o “país dos paulistas” durante os
tempos coloniais; não obstante tivessem sido realizados alguns serviços de
interesse coletivo e de empreendimentos que contribuíram para melhorar um pouco
suas condições: de urbanismo, de higiene, de educação.
De acordo com Ernani Silva Bruno
46
, a Biblioteca Pública de São Paulo foi
criada pelo governo da província, em 1825. Essa biblioteca funcionou junto ao
convento franciscano e foi anexada à Academia de Direito, em 1827. Neste mesmo
ano surgiu o primeiro jornal impresso na cidade – O Farol Paulistano.
A cidade não era mais que um depósito das mercadorias da Europa, e de
trânsito para os produtos do país, observou o viajante francês. São Paulo nunca
teria sido mais florescente do que Santos se não se tivesse tornado a capital da
46
BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo. p. 410.
129
província e a sede residencial de todas as autoridades civis e eclesiásticas”,
segundo Auguste de Saint-Hilaire
47
.
Segundo Ian de Almeida Prado, data dos fins ou mesmo de meados do
século XVIII o palacete da rua do Carmo que no século seguinte seria habitado pela
Marquesa de Santos e transformado em uma das residências mais aristocráticas de
São Paulo.
“Cheios” e “vazios” se equilibrando, segundo a observação de Lúcio Costa
sobre a arquitetura setecentista brasileira, e tendo uma particularidade curiosa e
pouco usada na arquitetura européia: a sacada afastada do muro apenas um palmo,
não chegando a ser propriamente um balcão comum. Ornada nos cantos com
pinhas de ferro ou vidros de cor. Devendo-se lembrar além desses elementos a
rótula das portas e das janelas, uma influência que os portugueses haviam recebido
dos mouros e desenvolvido no Brasil, e que vinha também dos séculos passados.
Em estudo sobre a arquitetura rural paulista, observou Luís Saia
48
que o
alicerce de pedra (como verificou em uma casa em demolição em Parnaíba) criava
um processo de infiltração de umidade que não se observava nas casas em alicerce
de taipa. Com esse último, talvez pela continuidade do material e pela ventilação
folgada, não havia praticamente umedecimento das paredes.
Sobre o aspecto interno dos Conventos do Carmo, de São Bento e de São
Francisco nesse tempo conhece-se o depoimento de Rendon, o primeiro diretor da
Academia de Direito. Responsável por escolher um deles para a instalação do Curso
Jurídico escreveu em 1827 ao Ministro do Império: O primeiro e o segundo (Carmo
e São Bento) não têm capacidade para neles estabelecer o curso jurídico...”,
restando o de São Francisco.
Deste modo, em 1827 o Largo São Francisco recebeu a Faculdade de Direito
dando nova vida à até então vila de sertanistas (da cidade imperial), e passando a
ser um burgo de estudantes. Logo os hábitos culturais da cidade foram se
modificando, estudantes morando em repúblicas, a prática de esportes, e algumas
jovens paulistanas, escondidas da família, bordavam as pastas para os estudantes
do quinto ano de sua simpatia. Em 1854 é verdade que pela primeira vez se
47
Idem. p. 94
48
SAIA, Luís. Morada Paulista. p. 81.
130
notasse a presença de senhoras e de moças em uma opa (festa de formatura de
acadêmico) em um palacete dos Quatro Cantos”, escreveu Ernani Silva Bruno
49
.
As próximas imagens, 67, 68 e 69, apresentam a Rua São Bento, na esquina
com rua José Bonifácio, onde é o Largo do Ouvidor, com vista para o Largo São
Francisco. A imagem 67 é em 1862, a imagem 68 é das primeiras décadas do
século XX, onde podemos observar os trilhos e fios do bonde elétrico. Já a imagem
69, foi fotografada em 2007, e vemos o calçadão com algumas árvores por onde se
via os trilhos.
Também podemos observar que o Convento e Igreja de São Francisco são os
mesmos, porém o quarteirão está totalmente modificado tanto do lado ímpar quanto
do lado par. O lado ímpar, à direita, é hoje utilizado como estacionamento. O lado
par, à esquerda, é área do metrô, onde está a Praça Paulo Duarte.
IMAGEM 67: Igreja de São Francisco, e Largo do Capim (1862). Observar o Cruzeiro na frente da
Igreja. Foto de Militão de Azevedo. In: MAGOSSI, Eduardo. São Paulo Relembrada. p. 90.
49
BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo. p. 43.
131
IMAGEM 68: Em frente as igrejas de São Francisco de Ordem Primeira observa-se a estátua em
homenagem a José Bonifácio. In: Andar, Vagar, Perder-se. São Paulo anos 20. Evandro Carlos
Jardim, João Luiz Musa e Ricardo Mendes, p. 135.
IMAGEM 69: Foto realizada para essa pesquisa pela autora em 2007.
132
A imagem 70, é o Hotel des Voyageurs, na esquina da Ladeira com o Largo
do Ouvidor, é a gravura publicada em 1858 no jornal Correio Paulistano, reproduzida
da pesquisa de Heloisa Barbuy
50
. Na cobertura aparece um terraço, denominado
sotéia, esse hotel pertenceu a Pedro Imbert até 1860, quando é vendido a Palm que
passa então a dar o nome ao estabelecimento. O Hotel PALM, aparece na imagem
71 com cobertura de telha de barro. Foto tirada em 1862 por Militão Augusto de
Azevedo, essa cópia da imagem pertence à Biblioteca da Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Observar a altura dos edifícios, a
pavimentação da rua e os animais circulando pela vila.
IMAGEM 70: Hotel des Voyageurs (1858), de Pedro Imbert. Gravura publicada no jornal Correio
Paulistano, em 1858. Heloisa Barbuy. A cidade exposição. p.52.
IMAGEM 71: Hotel Palm, 1862, foto Militão Augusto de Azevedo, cópia da biblioteca da FAUUSP.
50
BARBUY, Heloisa. A cidade exposição. p. 94
133
A imagem 72 é a Ladeira do Ouvidor com seu casario de taipa, observa-se
que o leito ainda não era calçado, encontava-se do seu modo quase bruto. Essa
imagem está publicada em São Paulo Vila Cidade Metrópole, de Nestor Goulart Reis
Filho. Sendo a fonte original do acervo do Museu Paulista. É um detalhe de uma foto
do Militão de Azevedo, atribuída a 1862.
IMAGEM 72: Ladeira do Ouvidor. In São Paulo Vila Cidade Metrópole, de Nestor Goulart Reis Filho,
p.52.
IMAGEM 73: Rua JoBonifácio na esquina com a rua São Bento, em direção à rua Líbero Badaró.
In: JARDIM, Eduardo Carlos; MUSA, João Luiz; MENDES, Ricardo; São Paulo anos 20 andar, vagar,
perder-se. p.135.
134
As imagens 73 e 74, são da Ladeira do Ouvidor com sua nova volumetria, nas
primeiras décadas do século XX e em 2007 respectivamente. Observar na imagem
73 que a altura, gabarito, dos edifícios são de dois pavimentos e apenas o primeiro
imóvel à direita da foto possui três pavimentos. na imagem 74, a altura dos
edifícios à direita é bem mais alta e na esquerda tem-se um terreno utilizado como
estacionamento com alguma arborização, sobre essa quadra comentaremos no
capítulo 7. Observar também o leito na imagem 72 com solo de terra batida, na
imagem 73 aparecem os trilhos do bonde e automóvel estacionado, enquanto na
imagem 74 aparece o calçadão.
IMAGEM 74: O mesmo ângulo em 2007. Foto da autora.
Na seqüência, as imagens 75 e 76, com vista do Largo do Ouvidor. Na
imagem 75, aparece aos fundos na rua Líbero Badaró o Prédio Saldanha Marinho
em construção. E a imagem 76 apresenta, no mesmo ângulo, a situação em 2007.
135
IMAGEM 75: Aos fundos em obras o Prédio Saldanha Marinho, em construção no final dos anos 20.
In: JARDIM, Eduardo Carlos; MUSA, João Luiz; MENDES, Ricardo; São Paulo anos 20 andar, vagar,
perder-se. p.135.
IMAGEM 76: No mesmo ângulo em 2007. Foto da autora.
136
O Prédio Saldanha Marinho, projetado por Elisiário da Cunha Bahiano,
construído para o Automóvel Clube e vendido para a Companhia Paulista de
Estradas de Ferro, construído em 1928-29, lançava em São Paulo o estilo art-déco.
São Paulo, no período de 1828 até 1870 ou 1872, foi um burgo de
estudantes. Foi a Academia de Direito que arrancou a capital da província do seu
sono colonial e foi a presença dos estudantes observou Morse que criou
condições para que se inserissem em sua existência, alterações na estrutura e
costumes tradicionais, os hotéis, as casas de diversão, o teatro e as atividades
intelectuais. A vida nas repúblicas provocou um rompimento abrupto do austero
código do sobrado de família.
Os estudantes introduziram novas modas no vestuário. As caçadas, a
natação, o flerte, as bebidas, as orgias, e o hábito de se reunirem para
discussão e divertimento levaram a vida para as ruas, ao ar livre, criaram
a necessidade de tavernas e livrarias, e inauguraram o sentimento da
comunidade. E com esses, como com todos os estudantes, surgiu uma
impetuosa e penetrante rajada de ceticismo: tradições, costumes, tabus,
foram agudamente analisados pelos olhos da mocidade
51
.
Nesse período a economia era rural, com mão de obra escrava. A produção
do café no Vale do Paraíba, em cidades como Taubaté e Bananal, era exportada
pelos portos de Parati, Ubatuba ou São Sebastião, tendo Santos menor importância.
Com a migração da agricultura cafeeira para o planalto do noroeste paulista, onde o
solo era fértil e menos montanhoso a partir de Campinas, o porto de Santos passou
a ser o grande exportador do mesmo.
A partir de 1828 houve aumentos contínuos na população da cidade, além do
seu crescimento normal. Esse crescimento anormal da população é claro que exigiu
não reformas e adaptações em muitas moradias como a construção de edifícios
novos em proporção até então desconhecida. Muitas casas antigas passaram a ser
ocupadas por repúblicas de estudantes, ao mesmo tempo em que algumas chácaras
dos arredores serviam de residências para novos moradores da cidade, como os
professores da Academia ou fazendeiros. Entretanto alguns fazendeiros mais
51
MORSE, Richard. In: BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo. p. 456.
137
abastados passaram a habitar como as famílias paulistanas de mais recursos, os
pavimentos superiores dos sobradões das ruas principais de São Paulo. Na maioria
dos edifícios de dois pavimentos, à semelhança do que ocorria nas outras cidades
do Brasil e em grande parte das hispano-americanas, só o de cima era utilizado para
moradia, servindo o térreo para loja ou mesmo estábulo ou cocheira. No andar de
cima viam-se as sacadas de rótula, e esses, segundo observação de Kidder, eram
os lugares preferidos por homens e mulheres para espiarem a rua ou assistirem à
passagem das procissões. Esses sobrados, no entanto, como escreveu Vieira
Bueno evocando o 1830 paulistano, se concentravam quase todos em algumas ruas
centrais. Em sua maioria as casas da cidade eram térreas, destituídas de elegância
“sem arquitetura” e mesmo feias na opinião desse cronista – por causa dos beirais
sobre a rua.
A cor da pintura das fachadas, notou o pastor americano, variava entre o
branco, o amarelo-palha e o rosa pálido, contrastando de forma agradável com o
vermelho dos telhados. De acordo com notas de outro viajante estrangeiro alguns
anos depois, Greene Arnold, em 1847, eram pintadas de branco ou de amarelo as
edificações paulistanas. As casas de dois pavimentos, do centro, exibiam em geral
gelosias (grade de fasquias de madeira, cruzadas intervaladamente, e que ocupa o
vão de uma janela; rótula; janela de rótula) ou postigos (pequena porta; abertura
quadrangular em porta ou janela para observar sem as abrir) pintados de verde. O
pastor americano também observou que todas as casas paulistanas eram edificadas
de forma a deixar uma área interna que servia para arejar os dormitórios, sistema
que ele achou indispensável em São Paulo, sobretudo tendo em vista o costume
generalizado de se manterem fechadas, com folhas pesadas, as janelas que davam
para a rua.
O interior das casas paulistanas, até meados do oitocentismo, era de modo
geral ainda bastante modesto e desprovido de requintes. A mobília da sala de
visitas, escreveu Kidder, variava de conformidade com o maior ou menor luxo da
casa, mas o que se encontrava em todas elas era um sofá com assento de palhinha
e três ou quatro cadeiras dispostas em alas rigorosamente paralelas, que partindo
de cada extremidade da primeira peça se projetavam em direção ao meio do
aposento. Quando havia visitas, as senhoras se sentavam no sofá e os homens nas
cadeiras. O gosto pelo luxo europeu, escrevera D´Orbigny alguns anos antes, não chegou
138
ainda em São Paulo como se encontra nas ricas cidades do litoral. Ali se prefere a
propriedade à elegância, o confortável antigo às formas cambiantes da moda
52
.
Já as repúblicas dos acadêmicos faziam economia até de cadeiras. Não devia
ser a única a casinha alugada em 1863, a um estudante, no Largo São Bento, que
tinha em cada lado da janela, no interior da sala, amplo assento feito na própria taipa
da parede. Aliás, é solução corrente na arquitetura colonial.
O emblema da farmácia alemã, o Veado de Ouro, da rua de São Bento,
desapareceu misteriosamente uma ocasião. Schaumann, o dono da botica, fez um
anúncio assim: Farmácia Veado de Ouro. O ilustríssimo senhor ladrão que levou do
frontispício deste estabelecimento o veado de ouro que lhe servia de emblema, terá a
bondade de vir ou mandar restituir nesta casa à rua de São Bento. Garante-se absoluto
segredo e uma gratificação de cinqüenta mil-réis”, e conseguiu resgatá-lo, escreveu
Ernani Silva Bruno
53
. Este emblema hoje faz parte do acervo da Botica, na loja que
está instalada na rua São Bento.
A localização estratégica permitiu que São Paulo fosse a cidade de
negociação dos produtos agrícolas e importados. Por essa razão, vários “senhores”
estabeleceram uma residência urbana em São Paulo.
Em meados do século XIX, com a efervescência do movimento abolicionista,
uma classe trabalhadora surge, mudando a configuração das residências, deixando-
se de ter as senzalas. Como escreveu Lúcio Costa
54
, mudou a máquina brasileira
de morar”, a casa estava tornando-se desconfortável, pois o negro era o esgoto, era
água corrente no quarto, quente e fria, era interruptor de luz e botão de campainha; o negro
tapava goteira e subia vidraça pesada; era lavador automático e abanava que nem
ventilador. Era ele que fazia a casa funcionar”.
Desenvolve-se uma sociedade urbana. Imigrantes europeus vieram para
trabalhar tanto nas fazendas de café como na cidade, substituindo os escravos.
Trouxeram consigo novas tipologias e técnicas construtivas.
52
In: BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo. p. 477.
53
BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo. p. 824.
54
COSTA, Lucio. Arquitetura. p.107
139
IMAGEM 77: A casa grande, o sobrado, à direita foi do Brigadeiro Luis Antônio e depois de seu filho,
o Barão de Souza Queiroz. Foto de Militão de Azevedo 1862/3. In: LAGO, Pedro Corrêa do. Militão
Augusto de Azevedo. São Paulo nos anos 1860. p. 95.
IMAGEM 78: Foto tirada com alguns minutos de diferença, observar o movimento das pessoas em
frente a casa do Brigadeiro. Foto de Militão de Azevedo 1862/3. In: LAGO, Pedro Corrêa do. Militão
Augusto de Azevedo. São Paulo nos anos 1860. p. 97.
140
IMAGEM 79: Foto tomada no mesmo ângulo para esta pesquisa pela autora, em 2007.
Até a implantação das ferrovias, São Paulo era uma cidade de barro. Com a
melhoria do transporte, prédios inteiros de o foram importados da Europa para
serem montados aqui no Brasil. Dois exemplos ainda existentes são a estação
ferroviária em Bananal, vinda da Bélgica; e a estação da Luz em São Paulo, vinda
da Inglaterra.
A cidade expandia-se para a região da Luz: Assim como hoje se apresenta,
constitui o Mosteiro da Luz o mais belo documento colonial se São Paulo, tão pobre
de relíquias de velhas épocas”, escreveu Affonso Taunay. Frei Galvão foi o arquiteto
e construtor do Mosteiro da Luz, e inclusive angariou fundos para sua execução.
Posteriormente o edifício foi ampliado em sua face norte, por generosidade do
Conde Prates. Ele costumava dizer que o Bairro da Luz haveria de tornar-se como
que o coração da cidade”.
A propósito das igrejas paulistanas, em 1883, o viajante Von Koseritz
observou: “A cidade com seus 35 mil moradores possui nada menos do que
dezenove igrejas, sem contar os templos e os conventos destinados a fins oficiais.
No centro da cidade, em distância de três quadras, se encontram sete igrejas, uma
sempre olhando para a outra, e às vezes nascidas aos pares e se tocando como
irmãs siamesas.
141
Dona Veridiana Prado mandou edificar, em 1884, na colina de Santa Cecília,
dentro de um belo parque, o seu elegante palacete dando o exemplo a outras
pessoas abastadas que começaram a edificar palácios nos subúrbios paulistanos.
Arquitetos hábeis como Ramos de Azevedo, Tomás Bezzi escreveu Teodoro
Sampaio – foram mobilizados para esses empreendimentos.
Em 1889, é declarada a Proclamação da República no Brasil. A rua do
Rosário é renomeada e passa a ser a rua XV de Novembro, o antigo “Curros”,
transforma-se no Largo Sete de Abril e é a atual praça da República. João Teodoro
era o administrador público nessa ocasião, sua gestão é considerada por alguns
autores como a segunda fundação da cidade, e uma grande contribuição foi o
Código de Posturas de 1885, já citado no capítulo 4.
O Viaduto do C sobre o Vale do Anhangabaú, desenhado pelo litógrafo
Jules Martin, foi inaugurado em 1892, estimulando o crescimento da cidade para
novas áreas, alimentando a implantação de chácaras urbanas, e abertura de novos
bairros como o dos Campos Elíseos e Higienópolis.
IMAGEM 80: Estrutura Metálica do Viaduto do Chá sobre o Parque do Anhangabaú em 1929. Cartão
postal, coleção particular de Elíseo Belchior, In São Paulo Vila Cidade Metrópole, de Nestor Goulart
Reis Filho, p.153.
142
O edifício da Escola Normal da Praça da República foi inaugurado em 1894.
Alguns edifícios particulares se contavam entre as novas construções que mudaram
a feição da cidade nesse período. Os moradores cujos prédios não tinham água
continuavam sendo forçados a se abastecer nos chafarizes públicos ou nas fontes
naturais. As casas de banho eram importantes, pois nem todas as casas eram
abastecidas com água. Uma delas, segundo Heloisa Barbuy
55
, a “Sereia Paulista” ou
“Banhos da Sereia”, do Húngaro Fischer, no Largo São Bento, imagem 81, tornou-se
famosa também pelo ponto de encontro e a qualidade do restaurante anexo. O
Almanaque Paulista ilustrado para 1896 registrava ainda três dessas casas de
banho: a de Luis Coscotino, no Largo de São Bento, a de Evaristo de Andrade na
Rua Boa Vista e a de Augusto Pedro de Oliveira na rua Direita.
Como exemplo dessas mudanças na volumetria dos edifícios cito o do Largo
de São Bento: onde funcionou a Casa de Banho a Sereia Paulista, depois esteve o
Hotel Rebecchino. Onde no final do século XIX, funcionaram os hotéis Maragliano e
do Oeste, este ficava numa casinha térrea de aspecto colonial com lampião na
parede bem na esquina. Passou por obras e recebeu construção elegante, com três
andares, e voltou a ter apenas dois pavimentos. Na esquina onde funcionou a
Grande Agenzia (sic), imóvel térreo construído em taipa, também passou por
reformas e recebeu um edifício em alvenaria de tijolos, com três pavimentos onde se
estabeleceu o Grande Hotel Paulista. E mais tarde com as obras do metrô passou a
ser estação, com centro comercial, em concreto, atualmente com térreo e mezanino.
Observar as imagens a seguir.
55
BARBUY, Heloisa. A cidade exposição. p. 112
143
IMAGEM 81: Largo São Bento, 1862. Foto Militão Augusto de Azevedo. Fonte: Arquivo de Negativos
do Departamento de Patrimônio Histórico da Prefeitura Municipal de São Paulo.
As imagens 81, 82, 83, 84, 85, 86 e 87 são tomadas da Rua São Bento em
evidência o Largo São Bento em diferentes momentos, o foco dessas fotos é a Igreja
de São Francisco alinhada no eixo central da rua.
Em 1862, imagem 81, vemos vários tilburis, a Casa de Banhos da Sereia, o
Hotel D’Oeste e a Grande Agenzia (sic) de comércio agrícola. Sendo os imóveis
“quase todos” térreos. No segundo plano, à esquerda, aparece a torre da Igreja
Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, dando o nome à rua e ao Largo do
Rosário. Esta igreja foi demolida na ocasião das obras de abertura da Praça Antônio
Prado. Na imagem 82, por volta de 1890, pode ser visto à direita ainda um imóvel
térreo, mas à esquerda o edifício possui térreo mais dois pavimentos. Na imagem
83, de 1902, a altura dos edifícios no mesmo local são todos com três pavimentos
(térreo mais dois).
144
IMAGEM 82: Largo São Bento, por volta de 1890. Boris Kossoy, Álbum de Photographias do Estado
de São Paulo 1892, 1984. p. 59.
IMAGEM 83: Largo São Bento, 1902. Foto: Guilherme Gaensly. Departamento do Patrimônio
Histórico. Prefeitura Municipal de São Paulo.
145
IMAGEM 84: Largo São Bento, década de 1920. In: JARDIM, Eduardo Carlos; MUSA, João Luiz;
MENDES, Ricardo; São Paulo anos 20 andar, vagar, perder-se. p.77 e 129.
Na imagem 84 observar o Edifício Martinelli em obras nos fundos. Na imagem
85 o Edifício Martinelli encontra-se pronto. Automóveis e trilhos do bonde aparecem
nessa imagem.
IMAGEM 85: Largo São Bento, por volta de 1930. Departamento do Patrimônio Histórico. Prefeitura
Municipal de São Paulo.
146
IMAGEM 86: Largo São Bento, 2007. Foto tomada pela autora da Igreja de São Bento.
E a imagem 86 de 2007, apresenta a paisagem urbana do começo do século
XXI. Onde foi o Grande Hotel Paulista, com térreo mais dois pavimentos, sendo no
térreo lojas comerciais, na imagem 85 funcionava a Casa d’Oeste, e na imagem 87
funcionava a Pharmácia São José. Atualmente é uma edificação térrea com
mezanino, que acesso à estação São Bento do Metro e exatamente na esquina
funciona o “Café Girondino”, a área agrega outras lojas comerciais. No lote onde era
a casa de banhos A Sereia, imagem 81, na imagem 82 ainda é térreo, mas nas
imagens 83, 84 e 85 pode ser visto um edifício eclético de térreo mais dois
pavimentos, onde funcionou num período o Hotel Rebecchino (imagem 87) e hoje
essa área pertence ao metro encontra-se cercada com jardim.
147
IMAGEM 87: Vista da rua São Bento do Largo São Bento, a direita o Hotel Rebecchino.
Departamento do Patrimônio Histórico. Prefeitura Municipal de São Paulo.
A essas transformações no campo da arquitetura correspondiam
modificações significativas nos equipamentos da cidade. Transpondo uma etapa de
aperfeiçoamento tecnológico, a cidade equipava-se com redes de esgotos, de
abastecimento de água, iluminação e de transportes coletivos.
A agitação do movimento republicano causou impacto no urbanismo e na
arquitetura da cidade. Demoliu-se, em 1904, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos
Homens Pretos, e em 1912, a igreja da Sé. A primeira foi reconstruída na Avenida
São João, no Largo Paissandu. E a segunda na mesma praça, mas num tio mais
elevado.
A Igreja de Santa Ifigênia teve sua nova edificação começada em 1906 e
terminada em 1922, obedecendo ao estilo eclético, neo-românico, sob a direção do
arquiteto João Lourenço Madein. Também do alemão Madein (formado na Bélgica) é
o traçado do conjunto representado pela Basílica, Mosteiro e Ginásio de São Bento,
edificado de 1910 a 1914, em substituição à velha igreja e ao mosteiro de taipa, este
148
último descrito, em alguns de seus aspectos internos por Cerqueira Mendes, em
suas figuras antigas:
Logo à entrada duas rápidas entradas nos levam a um corredor
infindável, em cuja extremidade uma pequenina janela deixava
entrar escassa claridade para produzir curiosos efeitos de luz e
sombras esquisitas. Ao lado, apresilhada a essa janela pequenina,
a gaiola de uma araponga. Palmilhando ainda os corredores íamos
ter à parte mais vetusta do convento com uns balcões minúsculos
dando para um jardinzito alegremente envaidecido na pompa de
suas cravinas”.
IMAGEM 88: Foto tomada do Largo de São Bento com vista para a Igreja de Santa Ifigênia, por volta
de 1920. À direita parte do Mosteiro de São Bento; ao centro o Viaduto Santa Ifigênia, inaugurado em
1913. À esquerda, o prédio onde funcionavam os escritórios da Companhia Paulista de Estradas de
Ferro, construído em 1886 e demolido em 1932. Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura
Municipal de São Paulo.
149
A edificação religiosa mais importante do século XX seria, no entanto a nova
Catedral da Sé, planejada em 1913. A princípio estabelecera-se que ela devia ser
levantada no local da antiga. Mas observou-se que dessa forma não teria o realce
pedido por sua estrutura monumental. Decidiu-se então aproveitar em maior
extensão a área aberta com a demolição de velhos quarteirões, ampliando-se o
Largo da Sé. E transferir a nova para o trecho mais alto da esplanada, ali se
erguendo a nova construção de modo a ter sua fachada posterior no alinhamento da
Praça João Mendes. Planejada nos moldes do estilo Neo-Gótico segundo projeto
de autoria do arquiteto Max Hehl, professor de arquitetura da Escola Politécnica de
São Paulo porque no dizer de Adolfo Augusto Pinto, no domínio, quer do
simbolismo, quer dos elementos puramente ornamentais, nenhum outro estilo
arquitetônico é capaz de decorar com mais propriedade e beleza um grande edifício
destinado ao culto religioso”.
Mas, no começo do século XX, as demolições e as construções o se
limitaram aos edifícios de caráter religioso. Em 1913, demoliu-se um edifício de três
andares na esquina da rua São Bento com a ladeira do Acu. Fora edificado em 1814
e representava bem a arquitetura do século XIX, contrastando durante muito tempo,
pelas suas proporções então enormes, com o casario modesto da ladeira.
No seu livrinho de melhoramentos de São Paulo, de 1907, Augusto C. da
Silva Teles escrevia: Cresceu a cidade com o afluxo de habitantes desejosos de
conforto compatível com os proventos de safras de café liquidadas a altos preços, e
multiplicaram-se as construções, aprimorando-se o gosto arquitetônico”.
A tipologia deixa de ter tantas casas térreas e passa a ter três e às vezes
quatro pavimentos, o que demonstra que o sistema construtivo não é mais a taipa,
aparecendo então a alvenaria de tijolos.
Ao lado de onde existia a igreja do Rosário demolida, ergueu-se o prédio
Martinico com cinco andares, ocupado pela sede da Light e pela redação do jornal O
Estado de São Paulo.
150
IMAGEM 89: Avenida São João esquina com rua São Bento, na parte superior, a Praça Antônio
Prado, à esquerda o Palacete Martinico Prado. Fonte: Cartão Postal, coleção particular de Elíseo
Belchior. In São Paulo Vila Cidade Metrópole, de Nestor Goulart Reis Filho, p.180.
IMAGEM 90: Avenida São João esquina com rua São Bento, em 2007, na esquina o Edifício Dilan,
vizinho a BM & F, e aos fundos o Edifício do Banespa.
151
No período de 1910 a 1914 executou-se em parte um vasto plano de
transformação da cidade e de arrabaldes principais. Entre as propostas previstas
constava o alargamento da rua de São João até à rua Lopes de Oliveira e a sua
transformação em avenida de 30 metros de largura; o prolongamento da rua Dom
José de Barros até o Largo de Santa Ifigênia; o projeto de um parque no Vale do
Anhangabaú.
Os primeiros anos do século XX assistiram à repetição, sob várias formas,
dos esquemas de relações entre a arquitetura e o lote urbano que haviam entrado
em voga com a República. O século passado se iniciou de fato após a 1
a
. Guerra
Mundial, por volta de 1914, no que se refere às relações entre a arquitetura e o lote
urbano.
Bairros como Higienópolis e Campos Elíseos em São Paulo, tiveram projetos
de arquitetos mais ousados, que orientavam a construção das casas com soluções
arquitetônicas mais atualizadas, com jardins amplos, porões altos e programas mais
complexos, onde conseguiam ser ao mesmo tempo chácaras e sobrados.
Foram iniciadas experiências arquitetônicas mais atualizadas com a
introdução do “Art Nouveau”. Passando pelo Neo-colonial, Art-déco e o proto-
modernismo que iriam conduzir ao movimento moderno.
Dentre as construções para escritórios e comércio, já se iniciavam as grandes
transformações, que acompanhava a separação dos locais de residência e trabalho,
além do intenso aumento da população na cidade. Exemplos dessa época em São
Paulo são o edifício Baruel, à rua Direita, esquina da Praça da Sé, alguns prédios do
Largo do Café e da rua Líbero Badaró. Esses edifícios conservavam o antigo -
direito de quatro a cinco metros, que possibilitava o emprego de amplas bandeiras
sobre as portas e janelas. Esses traços persistiram mesmo em edifícios construídos
entre 1920 e 1930.
Em 1921 observava Charles Bernard: São Paulo, mais ainda que o Rio, com
suas ruas comerciais, seus imponentes palácios, sua animação intensa, a
impressão de uma grande cidade européia”.
152
IMAGEM 91: Largo do Café, com vista para a rua São Bento em direção ao Largo São Francisco, em
1914, à direita rua do Grande Hotel. Observar os trilhos no leito, e tílburi estacionado à esquerda.
Fonte original: o Paulo em Três Tempos. In EMPLASA. Memória Urbana p. 12
IMAGEM 92: No mesmo ângulo que a imagem 91, mas em dia de semana, observar o uso do
calçadão para o comércio informal desqualifica o espaço. Fotografia tirada em 2007.
153
IMAGEM 93: Largo do Café, com vista para a rua São Bento, à direita rua Miguel Couto. Essa foto foi
retirada num domingo.
IMAGEM 94: Na esquina o Edifício do anexo do Grande Hotel. Foto tomada em 2007.
154
IMAGEM 95: Rua São Bento na altura do Largo do Café, em direção ao Largo São Bento. O Edifício
na esquina é o anexo do Grande Hotel. In: Heloisa Barbuy. A cidade exposição. p.100.
IMAGENS 96: Rua São Bento na altura do Largo do Café, em direção ao Largo o Bento. O Edifício
na esquina é o anexo do Grande Hotel. Fotografia tirada em 2007.
155
Do Primeiro Plano para São Paulo do Século XX fazia parte a abertura da
Praça do Patriarca, como escreveu o engenheiro Adolfo Augusto Pinto, encarregado
de desenvolver o plano:
“Como se sabe, não pela sua estreiteza pois mede pouco
mais de meia dúzia de metros, como por ser o trecho sujeito a maior
trabalho, a parte da rua Direita que fica entre a rua de São Bento e a
rua Líbero de Badaró é a que reclama intervenção mais radical.
Convergindo para a angustiosa apertura desse trecho nada
menos de oito vias públicas de grande movimento (o viaduto à rua
Líbero Badaró, em dois sentidos, a ladeira do Dr. Falcão Filho, a rua de
São Bento dois sentidos, a rua Direita e a rua da Quitanda) e por ali
correndo linhas de bondes que fazem o serviço de muitos e importantes
bairros da cidade é claro que dentro em pouco o trânsito nesse trecho
será impossível, se não for transformando em espaçoso largo, tendo a
sua divisa no alinhamento da rua da Quitanda, conforme sugeri
tempos, quando levantei nesta folha a idéia desse melhoramento.
Essa magnífica obra, desde que assim realizada, e não se
limite a um pequeno recuo de prédios, permitirá a arborização do local,
abrirá espaço para o estacionamento de carros e automóveis de praça,
ao mesmo tempo que facilitará tornar-se o novo largo excelente ponto
de partida dos bondes que passarem pelo Viaduto do Chá, os quais
poderão fazer a volta no próprio largo, deixando de atravancar as ruas
do Triângulo”.
Esta obra foi adiada devido à epidemia de febre na cidade, observou o
arquiteto Hugo Segawa, e a Praça do Patriarca foi inaugurada em 1924.
156
IMAGEM 97: Abertura da Praça do Patriarca, foto da ocasião da obra. Anhangabaú. Benedito Lima
de Toledo, p. 160.
IMAGEM 98: Praça do Patriarca em 1925, recém inaugurada. Anhangabaú. Benedito Lima de Toledo,
p. 157.
157
IMAGEM 99: A Praça do Patriarca em 1927. Anhangabaú. Benedito Lima de Toledo, p. 161.
IMAGEM 100: No mesmo ângulo em 2007. Em branco, à direita no primeiro plano, parte do pórtico
projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
158
IMAGEM 101: Observar o Viaduto do Chá, projeto de Jules Martin, chegando à Praça do Patriarca, na
direção da rua Direita, 1927. Anhangabaú. Benedito Lima de Toledo, p. 192, pormenor da imagem.
IMAGEM 102: Observar o Viaduto do Chá, projeto de Elisiário da Cunha Bahiana, chegando
centralizado à Praça do Patriarca.
159
IMAGEM 103: Observar o volume, a altura, gabarito, dos edifícios do entorno da Praça do Patriarca,
nesta vista aérea. Anhangabaú. Benedito Lima de Toledo, p. 162.
IMAGEM 104: Comparar o volume, a altura, gabarito dos edifícios com a imagem 103. Na Praça do
Patriarca o Pórtico com a cobertura do acesso a Galeria Prestes Maia, projetado pelo arquiteto Paulo
Mendes da Rocha.
160
IMAGENS 105 e 106: Fotos tiradas no mesmo ângulo da cabeceira do Viaduto do Chá com vista para
a rua Direita, observar que a acima é o primeiro viaduto, com trilhos de bonde no começo do século
XX, enquanto a foto abaixo é do começo do século XXI. Acima: Anhangabaú. Benedito Lima de
Toledo, p. 159 e abaixo foto da autora em 2007.
161
IMAGEM 107: da rua Direita avista-se a torre da Igreja de Santo Antônio aos fundos à esquerda e
ainda o Casarão do Barão de Tatuí, ou seja antes do Viaduto do Chá. Foto de Militão Augusto de
Azevedo, 1862. In: MAGOSSI, Eduardo. São Paulo Relembrada. p. 110.
IMAGEM 108: No mesmo ângulo que a imagem anterior na década de 1920. Foto Guilherme
Gaensly. Fundação do Patrimônio Histórico da Energia e Saneamento de São Paulo.
162
IMAGEM 109: No mesmo ângulo que a anterior em 2007, a torre da igreja quase não se vê, perdida
na atual paisagem urbana. Foto da autora.
O mosteiro da Luz, em 1924, foi duramente atingido por disparos da
revolução. Escapou “milagrosamente”, dizem alguns. Milagre mesmo é ter escapado
às transformações urbanas de São Paulo durante esses cinco culos,
principalmente o século XX.
A arquitetura teve transformações decorrentes da mecanização do transporte
vertical e horizontal, garantindo as bases para um amplo desenvolvimento. É a
época do aparecimento dos arranha-céus, com a verticalização do crescimento
urbano nas áreas centrais das grandes cidades e também da multiplicação, na
periferia, dos grandes bairros proletários para a acomodação das classes menos
favorecidas. Surgiriam ainda os bairros-jardim, para as classes mais abastadas, com
os edifícios afastados obrigatoriamente dos limites dos lotes”, escreveu Nestor
Goulart Reis Filho
56
.
56
REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. P. 64.
163
O concreto armado como técnica construtiva inovadora permitiu avanços nas
construções, mudando a paisagem de São Paulo. Como exemplo que rompeu com a
horizontalidade da cidade abrindo caminho para os arranha-céus do século XX,
podemos destacar o Edifício Martinelli, com 30 andares e altura de 105 a 130
metros, construído de 1925 a 1929.
IMAGEM 110: Edifício Martinelli. Cartão Postal - Imprensa Oficial.
164
IMAGEM 111: Largo do Rosário antes do alargamento da Avenida São João. Edifícios como da
Rotsserie Castelões, Casa Mathias foram demolidos para a abertura da Praça Antônio Prado. In
EMPLASA. Memória Urbana p.41.
IMAGEM 112: Rua São João antes de ser alargada, 1887. In: MAGOSSI, Eduardo. São Paulo
Relembrada. p. 144.
165
IMAGEM 113: O Café Brandão na esquina onde existiu o Hotel Itália Brazil, c. 1910. Departamento do
Patrimônio Histórico da Prefeitura Municipal de São Paulo.
IMAGEM 114: Avenida São João alargada neste trecho. Provavelmente entre 1927 e 1929. À direita
parte do Prédio Martinelli em obras e à esquerda o edifício dos Correios. In: Andar, Vagar, Perder-se.
São Paulo anos 20. p. 130.
166
IMAGEM 115: Foto da autora tomada no mesmo ângulo em 2007.
“Nas mesmas ruas em que haviam circulado as carroças e carruagens,
circulavam agora os automóveis, caminhões e ônibus, preparando o
congestionamento dos dias de hoje; recebiam uma população cada dia maior, sem
atualizar os meios de transportes e abastecimento, entravam na era industrial
equipados com instrumentos dos tempos da pedra lascada”, escreveu Nestor
Goulart Reis Filho
57
.
A evolução industrial fez com que crescesse o operariado urbano, ao que
conduziu o aparecimento de bairros populares ao longo das vias férreas, perto das
indústrias ou em regiões suburbanas.
A grande transformação ocorrida na arquitetura residencial foi o afastamento
em relação a todos os limites do lote, dando oportunidade para o tratamento
arquitetônico e paisagístico. Conseqüentemente valorizando esses lotes.
57
Idem. p. 66.
167
IMAGENS 116 e 117: Rua Líbero Badaró na esquina com a Avenida São João. Acima: Anhangabaú.
Benedito Lima de Toledo, p. 97. E abaixo: Foto da autora em 2007.
O Novo Viaduto do Chá, centralizado com a Praça do Patriarca, foi
inaugurado em 1938. Ver as imagens 118 e 119. A imagem 118 pertence ao acervo
da biblioteca da FAU-USP. Enquanto a imagem 119 foi tirada para essa pesquisa de
um edifício à rua Barão de Itapetininga.
168
IMAGEM 118: O novo Viaduto do Chá. Acervo da biblioteca da FAU-USP.
IMAGEM 119: A Praça do Patriarca em 2007. Foto da autora.
169
Na segunda metade do século XX, o crescimento populacional, juntamente
com a migração foi muito grande, decorrente das melhores oportunidades de vida
que a “cidade grande” oferece.
Com essas imagens apreciam-se as mudanças e persistências na paisagem
urbana, ao longo da rua São Bento.
A cidade de taipa transformou-se na cidade de tijolos e, com o avanço nas
técnicas construtivas e o desenvolvimento econômico, na cidade de concreto. De
casinhas térreas a grandes arranha-céus. Como definiu Benedito Lima de Toledo, “A
cidade de São Paulo é um palimpsesto”.
IMAGEM 120: Coleção Livraria Sereia. In: Nestor Goulart Reis Filho. São Paulo Vila, Cidade
Metrópole, p152
IMAGEM 121: Edifício Sampaio Moreira, década de 1920. Francisco Prestes Maia. Introdução ao
estudo de um plano de avenidas para a cidade de São Paulo. In: Candido Malta Campos. Palacete
Santa Helena, p. 61.
170
IMAGEM 122: Zeppelin sobrevoando São Paulo em 1933. Foto do acervo do Prédio Martinelli.
IMAGEM 123: Foto tirada do terraço do Teatro Municipal em 2007, para esta pesquisa pela autora.
IMAGENS 120, 121, 122 e 123: Todas foram tomadas do outro lado do Vale do Anhangabaú
com vista para o centro velho, em primeiro plano os edifícios do Vale, em segundo plano os edifícios
da rua Líbero Badaró, como o Edifício Sampaio Moreira, e em terceiro plano os edifícios da rua o
Bento, como o Edifício Barão de Iguape. Observar a torre da Igreja de Santo Antônio, nas imagens
120 e 123. Na imagem 122 aparece o Prédio Martinelli, onde sua fachada posterior, vendo deste
ângulo, é frente para a rua São Bento.
171
6. O fragmento objeto desta pesquisa – a rua São Bento:
A origem da povoação de São Paulo e seus primeiros impulsos, como Ernani
Silva Bruno escreveu em História e Tradições da Cidade de São Paulo
58
seguiram
objetivos religiosos, a catequese, estabelecendo os aldeamentos de padres e índios.
Esses deixaram suas experiências como as primeiras edificações, os primeiros
arruamentos e a escolha do sítio em que se estabeleceram.
Os primeiros caminhos e arruamentos que existiram na vila de Piratininga
ligavam os pontos mais importantes dos primeiros séculos, que foram as igrejas e os
conventos. Primitivamente chamada de rua Martim Afonso, segundo Teodoro
Sampaio, passou logo a ser batizada de rua de São Bento. Ainda no século XVI, a
ligação do mosteiro de São Bento (fundado em 1598) com o colégio dos Jesuítas
formou o caminho da atual rua XV de Novembro. Mais tarde se formaria o caminho
do Colégio para a igreja e convento do Carmo, que seria depois a rua do Carmo.
O leito desses arruamentos foi decerto mantido por um bom tempo no estado
de solo bruto, ou de terra nua, apenas ajeitados para atenderem seus objetivos de
ligação. Segundo Ernani Silva Bruno, as chuvas causavam estragos, e as
enxurradas lanhavam o solo deixando buracos e valetas por todo percurso. Os
vereadores desde fins da era quinhentista exigiam que o meio fio fosse ladrilhado,
calçado para as águas da chuva correrem à vontade
59
.
No começo do século XVII, o arruamento primitivo recebeu um trato, onde
vielas foram fechadas e proibiram a abertura de novos becos e caminhos. Algumas
dessas ruas tiveram suas denominações revistas ou abreviadas. Como as ruas “A
Direita que vai para Santo Antônio”, rua Direita a partir de 1674. A rua “A que vai
para Nossa Senhora do Carmo”, abreviada em rua do Carmo. A rua de São Bento
teve seu nome simplificado dessa forma em 1647, sendo antes “a que vai para São
Francisco” ou “a de São Bento para São Francisco”
60
.
Ainda no século XVIII, havia muitos dos becos abertos e a rua São Bento
embora conservasse a direção apresentava uma porção de curvas e reentrâncias
61
.
58
BRUNO, Ernani Silva.História e Tradições da Cidade de São Paulo. p. 72
59
Idem. p. 151 e 152
60
Ibidem. p. 157
61
Ibidem p. 160 e 161
172
A numeração da rua o Bento, bem como da cidade era feita
seqüencialmente. Para esse trabalho a numeração do final do século XIX foi
considerada a antiga. Em 1910, a cidade recebeu uma nova numeração ainda
seqüencial. Em 1928, novamente outra numeração seqüencial e em 1936 foi
estabelecida a numeração métrica, sendo a mesma hoje em 2007.
No decorrer dessa pesquisa o esclarecimento da mudança de numeração foi
fundamental para entender as solicitações dos processos tanto no Arquivo Municipal
Washington Luis como no Arquivo Geral de Processos da Prefeitura Municipal de
São Paulo, situado no bairro da Freguesia do Ó / Piqueri.
Sem estabelecer essa relação da numeração não seria viável a comparação
da situação atual dos lotes com o uso anterior a 1936, 1928, 1910 e final do século
XIX.
Neste capítulo será apresentado um inventário dos imóveis ao longo da rua
São Bento, a partir do levantamento existente no Departamento do Patrimônio
Histórico da Prefeitura Municipal de São Paulo. Este tem o propósito de registrar a
situação do patrimônio cultural existente em 2007 para sua valorização, realização
de futuros trabalhos científicos, projetos de proteção, restauro e revitalização. É
importante observar, nesta pesquisa, que mudanças aconteceram tanto com obras
públicas, abertura de praças, como as particulares ao longo do fragmento em
questão.
De forma a organizar as informações, o inventário foi feito pelas quadras
fiscais onde cada subtítulo exibe os desenhos das fachadas da quadra no começo
do século XX e em 2007, e a cada subitem será detalhado um lote da quadra.
Além disso, serão apresentados os inventários das referências deste trabalho:
as Igrejas de Ordem Primeira e Terceira de São Francisco e a Igreja e Mosteiro de
São Bento.
173
6.1 Setor 005, Quadra 09: Largo São Francisco – rua José Bonifácio.
6.1.1 N
o
Terreno
Localização: SETOR: 5 QUADRA: 9 LOTE: 008
Endereço: Rua São Bento
Numerações anteriores:
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: 0
Frente:
Estilo Arquitetônico:
Ano:
Projeto de:
Processo:
Proprietários: Jockey Club de São Paulo
Usos do imóvel: estacionamento
Estado de Conservação: bom
Proteção Existente:
174
Iconografia:
IMAGEM 124: Foto do lote lindeiro ao Largo do Ouvidor, em 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 125: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Esse terreno encontra-se arborizado no seu entorno.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
175
6.2 Setor 005, Quadra 10: rua Benjamin Constant – rua José Bonifácio.
6.2.1 N
o
Praça Paulo Duarte
Localização: SETOR: 5 QUADRA: 10 LOTE:
Endereço: Rua São Bento
Numerações anteriores:
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos:
Frente:
Estilo Arquitetônico:
Ano:
Processo:
Projeto de:
Proprietários: Metrô
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação:
Proteção Existente:
176
Iconografia:
IMAGEM 126: Março de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 127: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
177
6.3 Setor 05, Quadra 03: rua José Bonifácio – Praça do Patriarca
IMAGEM 128: Desenho das fachadas no começo do século XX.
62
IMAGEM 129: Desenho feito sobre fotos em 2007.
62
Heloisa Barbuy. A cidade-exposição. Anexo: 3 p.297 a 301.
178
6.3.1 N
o
250 Edifício do Ouvidor
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 03 LOTE: 014
Endereço: Rua José Bonifácio, 250, esquina Rua São Bento
Numerações anteriores: 9 / 1 / 1 e/t / 1 alt
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e alvenaria de tijolo
Número de pavimentos: T + 16 (escalonamento com recuo lateral a partir do 11
o
.)
Frente: 16.90 m (José Bonifácio), 2.33 m chanfro, 11.97 m (São Bento)
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: 1941, habite-se solicitado por Alfredo Mathias.
Processo: N. 36410/41
Projeto de: Arquiteto Alfredo Mathias
Proprietários: vários
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 4 / Proc. n. 16.002.110-91*60
179
Iconografia:
IMAGEM 130: Observar as vitrines avançando no
passeio, antes da Lei da “Cidade Limpa.
IMAGEM 131: Vista da rua São Bento.
IMAGEM 132: Acesso ao Edifício Ouvidor pelo Largo do Ouvidor.
IMAGEM 133: Observar a fachada sem as vitrines, após a Lei da “Cidade Limpa”.
180
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 134: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Por estar situado na esquina em frente ao Largo do Ouvidor a legislação
permitia maior altura.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
181
6.3.2 N
o
21, 23, 31
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 03 LOTE: 135
Endereço: Rua São Bento, 21, 23, 31
Numerações anteriores: 39 / 5 sob / 7 A e/s / 7 bx
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 13.34 m
Estilo Arquitetônico:
Ano: Déc. 50, séc. XX
Processo:
Projeto de:
Proprietários: Heitor Giuliani
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Razoável
Proteção Existente:
182
Iconografia:
IMAGEM 135: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 136: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
183
6.3.3 N
o
41,43
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 03 LOTE: 2782/2790
Endereço: Rua São Bento, 41, 43
Numerações anteriores: 41 / 5
a / 7 B e/t / 7 bx
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 12.00 m
Estilo Arquitetônico:
Ano: Déc. 50, séc. XX
Processo:
Projeto de:
Proprietários: 41 - Marwan K Al Obaid; 43 - Armando Barcat Kalim
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação:Razoável
Proteção Existente:
184
Iconografia:
IMAGEM 137: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 138: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
185
6.3.4 N
o
. 45 Prédio Azevedo Soares
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 03 LOTE: 119
Endereço: Rua São Bento, 45, 51
Numerações anteriores: 45,57 / 7 / 11 e/s / 11 alt
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:Concreto e alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 5 + Zelador
Frente: 17.35 m
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano:1934
Processo:
Projeto do: Arquiteto Arquimedes de Barros Pimentel
Proprietários: Roberto Elias Cury
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Resolução N. 37/92 – Tombamento NP 3 / Processo n. 16.002.110-91*60
186
Iconografia:
IMAGENS 139, 140 e 141: Dezembro de 2007.
187
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 142: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
O arquiteto Arquimedes de Barros Pimentel nos forneceu um depoimento em
maio de 2007.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
188
6.3.5 N
o
. 59, 63 Edifício Kosmos
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 03 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 59, 63
Numerações anteriores: 59 / 9 / 13 e/t / 13 alt
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e alvenaria
Número de pavimentos: T + 10 + Zelador (escalonado a partir do 6
o
. pavimento)
Frente: 6.97 m
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano:1959 habite-se
Processo:
Projeto de:
Proprietários: vários
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
189
Iconografia:
IMAGENS 143, 144 e 145: Dezembro de 2007.
190
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 146: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
191
6.3.6 N
o
67
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 03 LOTE: 097
Endereço: Rua São Bento, 67
Numerações anteriores: 67 / 11 / 15 e/t / 15 alt
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 6.50 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1908
Processo:
Projeto de:
Proprietários: Victória Patrimonial ltda.
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Razoável
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 3 / Proc. n. 16.002.110-91*60
192
Iconografia:
IMAGEM 147: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 148: A metade esquerda é o número 67. Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
193
6.3.7 N
o
73, 75
Localização: SETOR:05 QUADRA: 03 LOTE: 089
Endereço: Rua São Bento, 73, 75
Numerações anteriores: 75 / 11 a / 17 e/t / 17 alt
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 6.70 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1908
Processo:
Projeto de:
Proprietários: Salim Abraao Kalim e outro
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação:Razoável
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 3 / Proc. n. 16.002.110-91*60
194
Iconografia:
IMAGEM 149: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 150: A metade direita são os números 73 e 75. Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
195
6.3.8 N
o
81, 83
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 03 LOTE: 070
Endereço: Rua São Bento, 81, 83
Numerações anteriores: 81 / 13 / 19 e/t / 19 alt
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 2
Frente: 6.8 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: Primeira década do séc. XX.
Processo:
Projeto de:
Proprietários: Marina Branco de Melo M. Aires de Souza
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Razoável
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 3 / Proc. n. 16.002.110-91*60
196
Iconografia:
IMAGEM 151: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 152: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares: Imóvel encontra-se descaracterizado, mas recuperável.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
197
6.3.9 N
o
87, 93, 95, 101, 103
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 03 LOTE: 062
Endereço: Rua São Bento, 87,93, 95, 101, 103
Numerações anteriores: 87 / 15 / 21 e/t / 0 alt
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 2
Frente: 22.72 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1908
Processo:
Projeto de: Augusto Fried
Proprietários: Taquari Agro Comercial Ltda.
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Razoável
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 3
Proc. n. 16.002.110-91*60
198
Iconografia:
IMAGEM 153: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 154: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações: Este imóvel após a Lei da “Cidade Limpa” reapareceu para a cidade,
pois encontrava-se recoberto em várias partes da fachada.
199
6.3.10 N
o
9 Pça do Patriarca
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 03 LOTE:
Endereço: Praça do Patriarca, 9
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 2 + terraço na cobertura
Frente: 8.00 m (São Bento), 3.00 m chanfro, 18.00 m (Pça)
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: 1942 habite-se
Processo:
Projeto de:
Proprietários:
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Razoável
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 3
Proc. n. 16.002.110-91*60
200
Iconografia:
IMAGENS 155, 156 e 157: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 158: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
201
6.4 Setor 005, Quadra 04: rua José Bonifácio – rua Direita.
IMAGEM 159: Desenho das fachadas no começo do século XX.
63
Observação: O imóvel da esquina, à direita, é a fachada para a Rua José Bonifácio.
IMAGEM 160: Desenho feito sobre fotos em 2007.
63
Heloisa Barbuy. A cidade-exposição. Anexo: 3 p.297 a 301.
202
6.4.1 N
o
16, 28, 34 Antiga Residência do Brigadeiro Luis Antônio.
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 04 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 16, 28, 34
Numerações anteriores: 28, 34 / 2 sob / 2 A / 0 bx
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 2
Frente: 22.67 m (São Bento), 3.90 m chanfro, 33.04 m (José Bonifácio)
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1908
Processo:
Projeto de: Max Hehl
Proprietários: vários
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Razoável
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 3
Proc. n. 16.002.110-91*60
203
Iconografia:
IMAGEM 161 e IMAGEM 162: Fotos da esquina
das ruas São Bento e José Bonifácio, antes e
depois das alterações na fachada em função da
lei da “Cidade Limpa”.
IMAGEM 163 e IMAGEM 164: Dezembro de 2007.
204
IMAGENS 165 e 166: Detalhes.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 167: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos: O antigo sobrado que existiu antes nesse
endereço pertenceu ao Brigadeiro Luis Antônio, e depois do seu filho o Barão de
Souza Queiroz.
Documentação Existente:
Observações:
205
6.4.2 N
o
44 Edifício Luiza Monteiro
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 04 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 44
Numerações anteriores: 44 / 6 / 8 / 8 p alt
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + sobreloja + 8 + zelador
Frente: 12.00 m
Estilo Arquitetônico:
Ano: 1978, habite-se solicitado por Monteiro Com. E Const. S/A
Processo: N. 55725/41 N. 64181/57 N. 173620/78
Projeto de:
Proprietários: 38 - Salim Abraao Kalim; 44 Chamsi Barcat Kalim
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
206
Iconografia:
IMAGENS 168 e 169: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 170: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
207
6.4.3 N
o
50, 56, 62.
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 04 LOTE: 288
Endereço: Rua São Bento,50, 56, 62
Numerações anteriores: 62, 68 / 10 / 10 e/t / 8 b alt
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 20.00 m
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: 1940 habite-se, solicitado por Francisco de Toledo Lara e outro em 1957
solicitado por Sobrasil Ltda.
Processo: N. 42038/40, N. 115708/57
Projeto de:
Proprietários: Ruy Lara Nogueira
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Razoável
Proteção Existente:
208
Iconografia:
IMAGEM 171: Antes da Lei da “Cidade Limpa”. IMAGEM 172: Dezembro de 2007.
IMAGENS 173, 174 e 175: Detalhe das três lojas deste edifício. Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 176: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e
históricos:
Documentação Existente:
Observações:
209
6.4.4 N
o
74, 82, 86 Edifício Vautier Franco
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 04 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 74, 82, 86
Numerações anteriores: 86 / 14 / 14 / 2 a tin
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:Concreto e alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 6 + Zelador
Frente: 25.48 m
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: 1950 habite-se, solicitado por J. Diez
Processo: N. 14505/1950
Projeto de:
Proprietários: Roberto Vautier Franco e outros
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Razoável
Proteção Existente:
210
Iconografia:
IMAGENS 177 e 178: Fotos tiradas antes da lei “Cidade Limpa”.
IMAGENS 179 e 180: Fotos tiradas em dezembro de 2007, após a aplicação da lei.
IMAGENS 181 e 182: Fotos do Edifício Vautier Franco.
211
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 183: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Neste endereço funcionou a Leiteria Campo Bello.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
212
6.4.5 N
o
225 Lojas Marisa
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 04 LOTE:
Endereço: Rua Direita, 225, 259, 263
Numerações anteriores: 100 / 14 sob / 14 B e/t / 2 c tin
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto
Número de pavimentos: subsolo + T + 1
Frente: 22.58 m, 8.60 m chanfro, 22.21 m (Direita)
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: Década de 1970, fotos na EMURB, o edifício em obras.
Processo: N. 89157/39, solicitado por Antônio de Toledo Lara Filho
Projeto de:
Proprietários:
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
213
Iconografia:
IMAGEM 184: Foto tomada antes da fachada adequada a lei “Cidade Limpa”.
IMAGEM 185: Foto tomada em dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 186: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares: Esse edifício foi projetado para ter o vão do térreo livre sob
pilotis, mas foi fechado com vitrines.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
214
6.5. Setor 001 Quadra: Praça do Patriarca.
IMAGEM 187: Desenho das fachadas no começo do século XX.
64
Esse é o desenho dos imóveis que
foram demolidos para a abertura da Praça do Patriarca.
IMAGEM 188: Desenho feito sobre foto da Praça do Patriarca em 2007. Pórtico de cobertura ao
acesso à Galeria Prestes Maia. Projeto do Arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
64
Heloisa Barbuy. A cidade-exposição. Anexo: 3 p.297 a 301.
215
6.5.1 s/N
o
Praça do Patriarca – Igreja de Santo Antônio
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 03 LOTE: 03
Endereço: Praça do Patriarca
Numerações anteriores:
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Taipa de Pilão e alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 18 m
Estilo Arquitetônico: Barroco
Ano: 1592, Capela e 1717 a Igreja de taipa.
Processo:
Projeto de:
Proprietários:
Usos do imóvel: culto religioso
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente: Tombado pelo CONDEPHAAT – Proc. 8576/69 – Res. Public. no
D.O. de 09/04/1970
Z8 – 200/040 – 8328/75
216
Iconografia:
IMAGEM 189: Detalhe da Taipa deixado
aparente após trecho restaurado.
IMAGEM 190: Fachada em novembro de
2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
IMAGEM 191: Inserção da Igreja na Praça do Patriarca. À direita o pórtico, cobertura do acesso a
Galeria Prestes Maia.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
217
6.6 Setor 001 Quadra 84: rua Direita – rua Quitanda
IMAGEM 192: Desenho da fachada do Edifício Barão de Iguape durante os 20 anos que a loja
Mappin Stores ocupou esse prédio inteiro.
218
6.6.1 N
o
250 Edifício Barão de Iguape
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 84 LOTE: 31, 33 a 46
Endereço: Rua Direita, 250
Numerações anteriores: 146, em 1936 / 2 Pça, em 1928 / em construção, em 1910
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:Concreto Armado
Número de pavimentos: 3 subsolos + T + 31 + Heliponto
Frente: 28.75 m (Direita), 2.95 m chanfro, 29.00 m (São Bento), 3.30 m chanfro,
23.50 m (Quitanda)
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1956
Processo:
Projeto de: Jaques Pilon, Giancarlo Gasperini e Jerônimo Bonilha Esteves
Proprietários: Banco Moreira Salles S/A. UNIBANCO S/A
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação:Ótimo
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 3 / Proc. n. 16.002.110-91*60
219
Iconografia:
IMAGENS 193 e 194: Edifício Barão de Iguape, em 2007.
220
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 195: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Em 1911, estava em construção o prédio para o Hotel Rotisserie Sportsman.
Dados de Ambiência:
O atual edifício é um marco na paisagem, pois se encontra alinhado com a
Praça do Patriarca e o Viaduto o Chá.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
221
6.7 Setor 001 Quadra 80: Praça do Patriarca – rua Miguel Couto
IMAGEM 196: Desenho das fachadas no começo do século XX.
65
IMAGEM 197: Desenho feito sobre fotos em 2007.
65
Heloisa Barbuy. A cidade-exposição. Anexo: 3 p.297 a 301.
222
6.7.1 N
o
177, 181, 185 Edifício Casa Patriarca
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 80 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento,177, 181, 185
Numerações anteriores: 177, em 1936 / 17, em 1928 / 23, em 1910 / 23 alt,
antigamente (séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: estrutura de Concreto Armado
Número de pavimentos: T + M + 7
Frente: 13.60 (São Bento), 3.80 Chanfro, 14.40 (Praça Patriarca)
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: década de 1920
Processo:
Projeto de: Ramos de Azevedo
Proprietários: Chamsi Barcat Kalim
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: regular
Proteção Existente: Z8 – 200 – 003 Proposta P2
CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do Processo de
Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento – NP 2
Proc. n. 16.002.110-91*60
223
Iconografia :
IMAGEM 198: Vista da rua São Bento. Dezembro de 2007.
IMAGEM 199: Vista da esquina da rua da Quitanda com a rua São Bento.
IMAGEM 200: Porta do Edifício Casa Patriarca. Dezembro de 2007.
224
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 201: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Compõe harmonicamente com seus vizinhos um dos lados da Praça do
Patriarca.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Um conjunto arquitetônico eclético, com caráter monumental.
Documentação Existente:
Observações:
225
6.7.2 N
o
189, 195, 197 Residência Elias Chaves
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 80 LOTE: 109
Endereço: Rua São Bento, 189, 195, 197
Numerações anteriores: 189, em 1936 / 19, em 1928 / 29 e/t, em 1910 / 27 alt,
antigo (séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria de Tijolos
Número de pavimentos: T + 2
Frente: 11.80 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano:1885, frontão refeito pelo arquiteto italiano Cláudio Rossi, com características
neo-clássicas, segundo Debenedetti e Salmoni.
Processo:
Projeto de:
Proprietários: Antônio Carlos Kalim e outro
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Regular
Proteção Existente:
CONDEPHAAT : Processo n. 20023/1976.
226
Iconografia
IMAGEM 202 e IMAGEM 203: Vistas da Residência Elias Chaves.
227
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 204: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
O edifício está em harmonia volumétrica e de gabarito com os vizinhos
também tombados.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Este edifício foi projetado por arquiteto italiano, para residência do fazendeiro
de café Elias Pacheco Chaves. É um exemplar que documenta como morava na
segunda metade do século XIX a classe dominante, da oligarquia cafeeira.
Quando Elias Chaves mudou dessa residência, o edifício abrigou a sede da
Prado Chaves & Cia.
Documentação Existente: Fichas Z8 – 200/ Pasta 15, ficha 7
Observações:
228
6.7.3 N
o
201, 207
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 80 LOTE: 95
Endereço: Rua São Bento,201, 207
Numerações anteriores: 203, em 1936 / 21, em 1928 / 31 A e/t, em 1910 / 0 bx,
antigo (séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 2
Frente: 10.62 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano:década de 1930
Processo:
Projeto de:
Proprietários: Davina Nogueira Thompson
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Regular
Proteção Existente: Z8 – 200 – 005 Proposta P2
CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do Processo de
Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento – NP 2 / Proc. n. 16.002.110-91*60
229
Iconografia
IMAGEM 205 e IMAGEM 206:Dezembro de 2007.
230
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 207: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência: Completa um conjunto eclético com seus dois vizinhos para a
Praça do Patriarca.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
231
6.7.4 N
o
231 Edifício Campos de Piratininga
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 80 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 231
Numerações anteriores: 217, 231, em 1936 / 23 sob, 25 sob, em 1928 / 33 e/t, 35
e/s, em 1910 / 33 A alt, 35 A alt, antigo (séc. XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto
Número de pavimentos: térreo + mezanino, para a rua São Bento. Para a rua bero
Badaró: subsolo(1) + T + 13 + 2 (casa de máquina)
Frente: 28.82 m, para a rua São Bento, faz frente para a rua Líbero Badaró, 318.
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1977, habite-se solicitado por VEPLAN S/A
Processo: N. 326595/1977
Projeto de:
Proprietários: Banco Nossa Caixa (Líbero Badaró) e comerciantes (São Bento)
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Ótimo
Proteção Existente:
232
Iconografia:
IMAGENS 208, 209 e 210: Vista para a rua São Bento.
IMAGENS 211 e 212: Vistas para a rua Líbero Badaró.
233
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 213: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares: Edifício Administrativo Nossa Caixa - NCNB
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
234
6.7.5 N
o
241, 243, 245 Cine São Bento
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 80 LOTES: 1814, 1822, 1830
Endereço: Rua São Bento, 241, 243, 245
Numerações anteriores: 245, em 1936 / 27, em 1928 / 37 P, em 1910 / 37 tin, antigo
(séc. XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria
Número de pavimentos: Térreo
Frente: 14.20 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1927, processo para construção e alvará de funcionamento do Cine São Bento.
Processo: N.42364/1927 N. 200/1927
Projeto de:
Proprietários: Taquari Agro Comercial Ltda
Usos do imóvel: antigo Cine São Bento, hoje comercial
Estado de Conservação:precário
Proteção Existente:
CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do Processo de
Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento – NP 2 / Proc. n. 16.002.110-91*60
235
Iconografia:
IMAGENS 214 e 215: Vistas para a rua São Bento.
IMAGEM 216: Detalhe do frontão.
236
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 217: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
O edifício convive em plena harmonia volumétrica e de gabarito com os
edifícios vizinhos.
Dados Arquitetônicos e históricos:
A fachada principal possui frontão triangular com tímpano levemente
decorado.
Documentação Existente:
Observações:
237
6.7.6 N
o
259
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 80 LOTE: 52
Endereço: Rua São Bento,259
Numerações anteriores: 259, em 1936 / 29, em 1928 / 41 e/s, em 1910 / 41 alt,
antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 1 + ½ subsolo
Frente: 12.94 m
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: 1948, habite-se solicitado por Famá & Cia Ltda.
Processo: N. 53690/1948
Projeto de:
Proprietários: Pedro Patrik Burmaian
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: precário
Proteção Existente:
238
Iconografia
IMAGEM 218: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 219: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Neste endereço foi a Loja da China.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos
Documentação Existente:
Observações:
239
6.7.7 N
o
267, 275
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 80 LOTE: 44
Endereço: Rua São Bento,267
Numerações anteriores: 267, em 1936 / 31, em 1928 / 43 e/s, em 1910 / 0 alt, antigo
(no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 1 + ½ subsolo
Frente: 11.39 m
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: 1957
Processo: N. 150100/57
Projeto de:
Proprietários: Trides comp imob administradora. (sic)
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: precário
Proteção Existente:
240
Iconografia
IMAGEM 220 e IMAGEM 221: A mesma fachada antes e depois da lei da “Cidade Limpa”.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 222: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Neste endereço funcionou a importadora Casa Nathan.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
241
6.7.8 N
o
279, 283 Edifício LAMÍA
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 80 LOTE: 257
Endereço: Rua São Bento,279, 283
Numerações anteriores: 279, em 1936 / 33 sob, em 1928 / 45, em 1910 / 45 alt tin,
antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto
Número de pavimentos: T + 12 + zelador
Frente: 11.64 m (São Bento), 8.40 (Líbero Badaró)
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: construção 1955 laudo de vistoria, solicitado por Gregori Warchavchik.
Processo: N. 149514/55
Projeto de: Gregori Warchavchik
Proprietários:
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação:Bom
Proteção Existente:
242
Iconografia:
IMAGENS 223, 224, 225, e 226: Vista da rua São Bento. Dezembro 2007.
243
IMAGENS 227 e 228: Elevações para a rua São Bento em julho de 2006 e março de 2007,
respectivamente.
IMAGENS 229, 230, 231, e 232: Vistas para a rua Líbero Badaró.
244
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 233: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
O edifício possui marquise que avança o passeio, típico da Arquitetura
Moderna, e é escalonado no recuo frontal a partir do 7
o
. pavimento.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
O edifício passou recentemente por obras de manutenção, e recebeu pintura
texturizada amarela sobre a pastilha verde original, descaracterizando-o.
245
6.7.9 N
o
293, 299
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 80 LOTE: 28
Endereço: Rua São Bento,293, 299
Numerações anteriores: 293, 299, em 1936 / 35 sob, em 1928 / 47 e/s, em 1910 /
47, antigo (séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e alvenaria
Número de pavimentos: T + 2
Frente: 10.93 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1902
Processo:
Projeto de: Max Hehl
Proprietários: Banco da Grande São Paulo
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do Processo de
Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento – NP 2 / Proc. n. 16.002.110-91*60
246
Iconografia
IMAGEM 234: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 235: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
247
6.7.10 N
o
309, 315, 319 Galeria Prefeito Firminiano Pinto
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 80 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento,309, 315, 319
Numerações anteriores: 309, 311, 315, em 1936 / 37 sob, 37b, 37c, em 1928 / 48B
e/t, 49d, em 1910 / 49ª bx, antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto
Número de pavimentos: subsolo (Miguel Couto) + T + sobreloja + 2 pavimentos
Frente: 17.00 m (São Bento), 69.80 m (Miguel Couto)
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1957, solicitado o habite-se por Raul Simões.
Processo: N. 76789/49 N. 10956/57 N. 123276/68
Projeto de:
Proprietários:
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
248
Iconografia
IMAGENS 236 e 237: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 238: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos históricos:
Documentação Existente:
Observações:
249
6.8 Setor 001 Quadra 81: rua da Quitanda – Largo do Café
IMAGEM 239: Desenho das fachadas no começo do século XX.
66
IMAGEM 240: Desenho feito sobre fotos em 2007.
66
Heloisa Barbuy. A cidade-exposição. Anexo: 3 p.297 a 301.
250
6.8.1 N
o
176 Ex Casa Fretin
Localização: SETOR: 01 QUADRA: 81 LOTE: 14
Endereço: Rua São Bento, 176, com rua da Quitanda,162
Numerações anteriores: 176, em 1936 / 16, em 1928 / 16, em 1910 / 4, antigo (no
séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 5 + porão
Frente: 11.00 m (p/ São Bento), 3.42 m Chanfro, 15.75 m (p/ Quitanda)
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1924, há uma inscrição na bandeira da porta lateral de 1886 (DPH)
Processo:
Projeto de:
Proprietários:
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente: CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento Res. N. 11/91
(abertura do proc. de tombamento) Res. N. 37/92 – Tombamento NP 2
Proc. n. 16.002.110-91*60 Tombamento
Z8 – 200/003
251
Iconografia:
IMAGENS 241 e 242: Vistas para a rua São Bento. Dezembro 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 243: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares: A Casa Fretin
funcionou até recentemente nesse
endereço.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
252
6.8.2 N
o
188, 192, 198
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 81 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 188, 192, 198
Numerações anteriores: 192, em 1936 / 18a, em 1928 / 18a, em 1910 / 8a alt, antigo
(no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 3
Frente: 13.40 m
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1953 habite-se total.
Processo: N. 66744/41, N. 166835/52, N. 117473/53, N. 156729/53
Projeto de:
Proprietários: 188 - Maria V. Ferreira de Souza Leite, 192 e 196 - Cyro de Souza
Leite
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
253
Iconografia
IMAGENS 244 e 245: Vistas para a rua São Bento. Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 246: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
254
6.8.3 N
o
200, 208 Edifício São Bento
Localização: SETOR: 01 QUADRA: 81 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 200, 208
Numerações anteriores: 200, em 1936 / 20 sob, em 1928 / 20 e/s, em 1910 / 10p alt,
antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 3 + 3 escalonados
Frente: 12.95 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1926 na fachada
Processo: N. 29840/48 N37189/53
Projeto de:
Proprietários: vários
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Regular
Proteção Existente: CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento n. 11/91 (abertura o
Processo de Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento – NP 3
Proc. n. 16.002.110 – 91*60 Tombamento
255
Iconografia
IMAGENS 247, 248 e 249: Vistas para a rua São Bento.
256
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 250: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Existe grande potencial ambiental permanência de várias edificações
arquitetônicas significativas que mantém uma relação de unidade ao longo de toda a
rua.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Edifício com fachada composta com elementos ecléticos de derivação
neoclássica. Sacadas balaustradas nos três últimos pavimentos. Pináculo no último
pavimento. Caixilharia de ferro com vidro. Térreo totalmente descaracterizado.
Documentação Existente:
Observações:
257
6.8.4 N
o
216, 220, Edifício Ana Maria Nogueira
Localização: SETOR: 01 QUADRA: 81 LOTE 197
Endereço: Rua São Bento, 216, 220
Numerações anteriores: 220, em 1936 / 22 sob, em 1928 / 22 e/s, em 1910 / 12 bx,
antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e Alvenaria
Número de pavimentos: T + 4
Frente: 10.65 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: Dec. 20, séc. XX (DPH), habite-se 1938
Processo: N. 52423/38
Projeto de: Ricardo Severo
Proprietários: José Paula Leite de Barros
Usos do imóvel: comercial/serviços, no térreo funciona a Botica Veado D´Ouro.
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente: CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento n. 11/91 (abertura do
Processo de Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento – NP 3
Proc. n. 16.002.110-91*60
258
Iconografia
IMAGEM 251: Dezembro 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 252: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
259
6.8.5 N
o
230, 234
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 81 LOTE: 200
Endereço: Rua São Bento, 230, 234
Numerações anteriores: 230, 234, em 1936 / 24 a/b, em 1928 / 26, em 1910 / 14c
bx, antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e alvenaria
Número de pavimentos: T + 4
Frente: 13.00 m
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1944 habite-se
Processo: N. 32753/44 N. 147174/59
Projeto de:
Proprietários: Luiz Bianco/44, Santa Casa da Misericórdia do Porto
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Ótimo
Proteção Existente:
260
Iconografia
IMAGENS 253 e 254: Dezembro 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 255: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
261
6.8.6 N
o
238, 244
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 81 LOTE: 219
Endereço: Rua São Bento, 238, 244
Numerações anteriores: 238, em 1936 / 26, em 1928 / 28, em 1910 / 16 alt, antigo
(no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria de Tijolos
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 12.06 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: Déc. 30, séc. XX
Processo: N. 42629/33 N. 90899/38
Projeto de:
Proprietários: Cecília de Almeida Prado Amaral e outro
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente: CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento n. 11/91 (abertura do
Proc. de Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento – NP 3 / Proc. n. 16.002.110-91*60
262
Iconografia:
IMAGENS 256 e 257: A mesma fachada antes e depois da Lei da Cidade Limpa.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 258: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
O Edifício está em harmonia com o entorno.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Edifício com construção eclética com linhas neo-clássica, simétrica com seis
sacadas balaustradas. Porta-janelas de madeira com vidros externos, cornijas com
frisos, decoração sobre as portas com elementos em forma de concha.
Documentação Existente:
Observações:
263
6.8.7 N
o
250
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 81 LOTE: 227
Endereço: Rua São Bento, 250
Numerações anteriores: 250, em 1936 / 28, em 1928 / 30, em 1910 / 18 bx, antigo
(no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 6.05
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1930 aprovação de planta
Processo: n. 31821/ 30
Projeto de:
Proprietários: Agencia Siciliano de Liv. Jor Ver Ltda.
Usos do imóvel: comercial – Boticário
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
264
Iconografia:
IMAGENS 259 e 260: Dezembro 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 261: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
265
6.8.8 N
o
256
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 81 LOTE: 235
Endereço: Rua São Bento, 256
Numerações anteriores: 256, em 1936 / 30, em 1928 / 32, em 1910 / o bx, antigo (no
séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 5.35 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1922, na fachada
Processo:
Projeto de:
Proprietários: Holl administradora de bens Ltda.
Usos do imóvel: serviços – Banco Olé
Estado de Conservação:
Proteção Existente: CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento n. 11/91 (abertura do
Proc. de Tombamento)
Res. N. 37/92 Tombamento NP 3
Proc. n. 16.002.110-91*60
266
Iconografia
IMAGENS 262 e 263: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 264: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Imóvel com construção típica das primeiras décadas do século XX, pequena
residência com comércio, de linhas ecléticas. Balcão balaustrado no pavimento
superior, platibanda decorada com medalhões e data de construção. O térreo está
alterado
Documentação Existente:
Observações:
6.8.9 N
o
260, 264, 272, 276
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 81 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento,
Numerações anteriores: 272, 276, em 1936 / 34,36, em 1928 / e/s, em 1910 / 0 alt,
antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e alvenaria
Número de pavimentos: T + 3
Frente: 19.60 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1907
Processo:
Projeto de: Jorge Krug
Proprietários: vários
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente: CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento n. 11/91 (abertura do
Proc. de Tombamento)
Res. N. 37/92 Tombamento NP 3
Proc. n. 16.002.110-91*60
268
Iconografia
IMAGEM 265: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 266: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
O imóvel está numa rua com grande potencial arquitetônico.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Conjunto composto por duas edificações, onde a platibanda recebe um
destaque nos dois tramos centrais. Cornija com cachorros, balcões com grades de
ferro trabalhadas.
Documentação Existente:
Observações:
269
6.8.10 N
o
284, 290, 300 Edifício York / Palacete Crespi
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 81 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 284, 290, 300
Numerações anteriores: 284/298 em 1936 / 36 a, 36 d em 1928 / 38, 40 e/s em 1910
/ 26 alt tin, 28 antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:Concreto e alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: porão + T + 2 sobrelojas + 7
Frente: 25.60 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: Déc. 20, séc. XX
Processo: N. 72520/51, habite-se solicitado por Raul Crespi
Projeto de: Giovanni, Battista e Bianchi
Proprietários: Família Crespi na ocasião da construção, hoje são vários proprietários.
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente: CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento n. 11/91 (abertura do
Proc. de Tombamento) / Res. N. 37/92 Tombamento NP 3
Proc. n. 16.002.110-91*60
270
Iconografia
IMAGENS 267, 268 e 269: Dezembro de 2007.
IMAGENS 270 e 271: Elevação para a rua Álvares Penteado.
271
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 272: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Foi onde funcionou primitivamente a Botica Ao Veado d´Ouro
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente: Z8 – 200 COGEP - Pasta 27, ficha 05
Observações:
272
6.8.11 N
o
308 Edifício INDUSEG
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 81 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 308, Largo do Café, 11, rua Álvares Penteado, 231
Numerações anteriores: 306 / 38 sob / 44 / 0 bx
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto
Número de pavimentos: T (+ 1 interno) + 10 + 3 escalonados
Frente: 18.00 m (São Bento), 6.60 Chanfro, 11.00 (Lgo. do Café), 18.05 (Álvares
Penteado)
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: Déc. 40, séc. XX
Processo:
Projeto de:
Proprietários: Ary Giron
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento n. 11/91 (abertura do Proc. de Tombamento)
Res. N. 37/92 Tombamento NP 3 / Proc. n. 16.002.110-91*60
273
Iconografia
IMAGENS 273 e 274: Setembro de 2007.
274
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 275: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
275
6.9 Setor 001 Quadra 72: rua Miguel Couto – Pça Antônio Prado
IMAGEM 276: Desenho das fachadas no começo do século XX.
67
IMAGEM 277: Desenho feito sobre fotos em 2007.
67
Heloisa Barbuy. A cidade-exposição. Anexo: 3 p.297 a 301.
276
6.9.1 N
o
329, 333 Prédio Álvares Penteado
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 72 LOTE: 953
Endereço: Rua São Bento, 329, 333
Numerações anteriores: 327, em 1936 / 39, em 1928 / 51 e/t, em 1910 / 0 alt, antigo
(séc. XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 12 + zelador
Frente: 7.10 m (São Bento), 7.10 m chanfro, 29.70 m (Miguel Couto)
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: 1939 expedição do habite-se, 1940 Inaguração
Processo:
Projeto de:
Proprietários: Tamboré S/A
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Ótimo
Proteção Existente:
277
Iconografia:
IMAGENS 278 e 279: Fachada para a rua São Bento, altura do Largo do Café.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 280: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
A entrada principal é para a rua
São Bento em frente ao Largo do Café.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
278
6.9.2 N
o
341
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 72 LOTE: 3731
Endereço: Rua São Bento, 341
Numerações anteriores: 341, em 1936 / 41, em 1928 / 53, em 1910 / 0 alt, antigo
(séc. XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 3 + 3 com recuo superior
Frente: 12.80 m (São Bento), 5.05 m (Miguel Couto)
Estilo Arquitetônico:
Ano: 1942 habite-se, solicitado por.Francisco Matarazzo Neto.
Processo: N. 62962/42
Projeto de:
Proprietários: Pejan Empreendimentos e Participações Ltda.
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação:
Proteção Existente:
279
Iconografia:
IMAGEM 281: Nesta observar edifício à direita, com o recuo escalonado nos pavimentos
superiores.Foto tomada em julho de 2006. IMAGEM 282: Elevação para a rua São Bento adequada à
Lei da “Cidade Limpa”. Foto tomada em dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 283: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Este edifício possui duas frentes, uma pequena para a rua Miguel Couto, por
onde é feito o acesso aos pavimentos superiores e a principal para a rua São Bento,
quase em frente ao Largo do Café. Este lote abraça o lote vizinho onde está o
Prédio Álvares Penteado.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
280
6.9.3 N
o
351, 355
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 72 LOTE: 937
Endereço: Rua São Bento, 351, 355
Numerações anteriores: 355, em 1936 / 43 a sob, em 1928 / 55 e/s, em 1910 / 55 bx
tin, antigo (séc. XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 3
Frente: 7.30 m
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: 1958 habite-se
Processo: N. 175001/58
Projeto de:
Proprietários: Salim Abraao Kalim
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
281
Iconografia:
IMAGEM 284: Foto da fachada tomada em dez de 2007. IMAGEM 285: foto do térreo deste edifício
antes da lei da “Cidade Limpa”.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 286: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
282
6.9.4 N
o
357, 359
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 72 LOTE: 929
Endereço: Rua São Bento, 357, 359
Numerações anteriores: 359, em 1936 / 45 sob, em 1928 / 57 e/s, em 1910 / 57ª alt,
antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 3
Frente: 7.77 m
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1956 habite-se
Processo: N.101987/56
Projeto de:
Proprietários: DMSJ - Administração e Participações Ltda.
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
283
Iconografia:
IMAGEM 287: Foto tomada em julho de 2006. IMAGEM 288: Fachada com o espaço publicitário
ajustada à lei da “Cidade Limpa”, em agosto de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 289: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Em 1928, nesse endereço funcionou a Casa Pratt.
Dados de Ambiência:
O edifício compõe o gabarito com o entorno.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
284
6.9.5 N
o
365, 371, 373 Edifício Gerbur
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 72 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 365, 371, 373
Numerações anteriores: 365, em 1936 / 47 sob, em 1928 / 59 e/s, em 1910 / 59 bx,
antigo (séc. XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T (São Bento) + 20 (Líbero Badaró)
Frente: 17.44 m
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1937 habite-se, solicitado por. Pilon & Matarazzo Ltda.
1968 habite-se, solicitado por GERBUR S/A Adm. E Comércio.
Processo: N. 13907/33 elevador, N.46037/37, N. 194873/68
Projeto de:
Proprietários: vários
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
285
Iconografia:
IMAGEM 290 e 291: Fachada da rua São Bento. Dezembro de 2007.
MAGENS 292 e 293: Fachada para a rua Líbero Badaró.
286
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 294: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Germaine Lucie Burchard solicita na década de 1930 vários processos
referente a um edifício neste lote que precedeu o atual.
Dados de Ambiência:
Por possuir apenas térreo e mezanino para a rua São Bento o atual edifício
convive em harmonia com o entorno. Inclusive na sua frente para a rua Líbero
Badaró.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
287
6.9.6 N
o
389 Condomínio Edifício Sant’Ana
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 72 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 389
Numerações anteriores: 389, em 1936 / 49 sob, em 1928 / 63 A, em 1910 / 63 bx,
antigo (séc. XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e alvenaria de tijolo
Número de pavimentos: T + 8 + zelador
Frente: 10.93 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: Década de 1930 habite-se, solicitado por Stela Penteado.
Processo: N. 30752/30, N. 12297/33 elevador
Projeto de: Siciliano e Silva engenheiros & construtores (construção)
Proprietários: vários, inclusive Stela Penteado.
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 3 / Proc. n. 16.002.110-91*60
288
Iconografia:
IMAGENS 295, 296, 297 e 298: Dezembro de 2007.
289
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 299: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Nas primeiras décadas do século XX instalou-se nesse edifício a Cia Mogiana
de Estrada de Ferro.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
290
6.9.7 N
o
405 Prédio Martinelli
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 72 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 397, 405, 413
Numerações anteriores: 405 em 1936/ 51 sob, 51 a, 51 b, em 1928 / 65, 67, 69, 71,
em 1910 / 65 A alt, 67 alt, 0 bx, 0 bx, antigo (séc. XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: 27 + 3 no ático
Frente: 27.30 m (São Bento), 3.75 m chanfro, 64.15 m (São João), 5.65 m chanfro,
18.15 m (Líbero Badaró)
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1929
Processo:
Projeto de: Giuseppe Martinelli
Proprietários: vários
Usos do imóvel: comercial/ serviços/ institucional
Estado de Conservação: Razoável
Proteção Existente: Z8 – 200 – 065
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 2 / Proc. n. 16.002.110-91*60
291
Iconografia:
IMAGEM 300: Porta de acesso para a rua São Bento.
IMAGEM 301: Vista do térreo na esquina da rua São Bento com a Praça Antônio Prado.
IMAGENS 302 e 303: Vista da fachada para a rua São Bento. Dezembro de 2007.
292
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 304: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
293
6.10 Setor 001 Quadra 73: Largo do Café – Praça Antônio Prado
IMAGEM 305: Desenho das fachadas no começo do século XX.
68
IMAGEM 306: Desenho feito sobre fotos em 2007.
68
Heloisa Barbuy. A cidade-exposição. Anexo: 3 p.297 a 301.
294
6.10.1 N
o
344, 348 antigo anexo do Grande Hotel
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 73 LOTE: 133, 141, 151
Endereço: Rua São Bento, 344, 348
Numerações anteriores: 344, em 1936/ 40, em 1928/ 46, 48 A, em 1910/ 34 bx tin,
antigo (século XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 2 + ático
Frente: 12.55 m (São Bento), 5.10 m chanfro, 24.85 m (Lgo Café), 10.40 m
(Comércio)
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano:1907
Processo:
Projeto de: Oscar Kleinschmidt
Proprietários: vários
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Regular
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 2 / Proc. n. 16.002.110-91*60
295
Iconografia:
IMAGEM 307: Dezembro 2007. IMAGEM 308: Março 2007. IMAGEM 309: Julho 2006.
296
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 310: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Este edifício abrigou a sucursal do Grande Hotel.
Dados de Ambiência:
Sua arquitetura eclética e a baixa volumetria compõem o espaço a agradável
do Largo do Café.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
297
6.10.2 N
o
356
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 73 LOTE: 87
Endereço: Rua São Bento, 356
Numerações anteriores: 356, em 1936/ 42, em 1928/ 50, em 1910/ 38 tin, antigo (no
séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 7 + ½ subsolo
Frente: 4.66 m
Estilo Arquitetônico:
Ano: década de 70, séc. XX
Processo: N. 221915/68 construção de prédio N. 183700/72 substituição de plantas
Projeto de:
Proprietários: Fotóptica S/A
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Ótimo
Proteção Existente:
298
Iconografia:
IMAGENS 311 e 312: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 313: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Este foi o endereço onde se estabeleceu a Loja Fotóptica.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
299
6.10.3 N
o
360
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 73 LOTE: 95
Endereço: Rua São Bento, 360
Numerações anteriores: 360, em 1936/ 44, em 1928/ 52, em 1910/ 40 bx, antigo
(século XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 5.71 m
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1936 habite-se
Processo: N. 100001/36
Projeto de:
Proprietários: DMSJ - Administração e Participações Ltda.
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação:
Proteção Existente:
300
Iconografia:
IMAGEM 314: Antes da Lei da “Cidade Limpa”. IMAGEM 315: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 316: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
301
6.10.4 N
o
366, 370 Condomínio Edifício GIESTA
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 73 LOTE: 109
Endereço: Rua São Bento, 366, 370
Numerações anteriores: 366, em 1936/ 46 sob, em 1928/ 54 e/s, em 1910/ 42 alt,
antigo (século XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 10 + zelador
Frente: 12.00 m
Estilo Arquitetônico:
Ano: 1954 habite-se
Processo: N. 112386/54
Projeto de:
Proprietários: Irmandade da Santa Casa de Misericórdia
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação:
Proteção Existente:
302
Iconografia:
IMAGENS 317, 318 e 319: Dezembro de 2007. IMAGEM 320: Antes da Lei da “Cidade Limpa”.
303
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 321: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Este lote no início do séc. XX era ocupado pela Loja Japão.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
304
6.10.5 N
o
380, 398 Antigo Banco de São Paulo
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 73 LOTE:
Endereço: Rua São Bento, 380, 390
Numerações anteriores: 380, 396, em 1936/ 48, 50 sob, 50, 52, em 1928/ 56, 58 e/s,
58 A e/t, 60, em 1910/ 44 bx, 46 alt, 46 bx tin, 48 bx, antigo (século XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: 2 subsolos + T + 2 mezaninos + 14
Frente: 23.80 m (São Bento), 26.85 m (XV de Novembro)
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: 1935/36 Projeto, 1939 habite-se
Processo: N. 49955/34 N. 11489/39
Projeto de: Arquiteto Álvaro Botelho
Proprietários:
Usos do imóvel: institucional
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do proc. Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 2 / Proc. n. 16.002.110-91*60
305
Iconografia:
IMAGENS 322 e 323: As duas portas de entrada para a rua São Bento.
306
IMAGENS 324 e 325: Vistas da fachada para a rua São Bento.
IMAGENS 326 e 327: Fachada da rua XV de Novembro. Dezembro de 2007.
307
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 328: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
308
6.10.6 N
o
402, 406 Edifício H. Lara
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 3 LOTE:
Endereço: Rua São Bento, 402, 406
Numerações anteriores: 406, 418, em 1936/ 54, 56, 56a, em 1928 / 62, 62a, 64, em
1910 / 50 alt, 52 bx, 54 bx, antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto
Número de pavimentos: T + 23
Frente: 19.55 m (São Bento), 2.70 m chanfro, 36.50 m (Pça A Prado)
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: década de 1950 habite-se
Processo:
Projeto de:
Proprietários:
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
309
Iconografia:
IMAGEM 329: Ao lado, vista da fachada para a rua São Bento.
IMAGEM 330: Vista do térreo, tirada da esquina da rua São Bento com a Praça Antônio Prado.
IMAGEM 331: Vista tomada da Praça Antônio Prado.
IMAGEM 332: Portaria de acesso para os pavimentos superiores na Praça Antônio Prado.
310
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 333: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
311
6.11 Setor 001 Quadra 62: Praça Antônio Prado – Largo de São Bento
IMAGEM 334: Desenho das fachadas no começo do século XX.
69
IMAGEM 335: Desenho feito sobre fotos em 2007.
69
Heloisa Barbuy. A cidade-exposição. Anexo: 3 p.297 a 301.
312
6.11.1 N
o
465 Edifício Banco do Brasil
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 62 LOTE: 97
Endereço: Rua São Bento, 465
Numerações anteriores: 465, em 1936/ 53,55,57 sob, 57, em 1928/ 73, 75, 77
A, 77
e/t, em 1910/ 0 bx, 75 bx, 77 bx tin, 0 alt, antigo (século XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto Armado
Número de pavimentos: 3 subsolos + T (São Bento) + 11 + 11 escalonados
Frente: 22.60 m (São Bento), 3.50 m chanfro, 58.95 m (São João), 3.50 m chanfro,
18.00 m (Líbero Badaró).
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano: 1955
Processo:
Projeto de: Serviço de engenharia do Banco do Brasil
Proprietários Banco do Brasil S/A
Usos do imóvel: serviços
Estado de Conservação: Ótimo
Proteção Existente:
CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do processo
Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento NP 2 / Proc. n. 16.002.110-91*60
313
Iconografia:
IMAGEM 336 e IMAGEM 337: Fachada para a rua São Bento respectivamente antes e depois da lei
da “Cidade Limpa”.
IMAGEM 338: Vista do Edifício do Banco do Brasil da Praça Antônio Prado, em 2006.
IMAGEM 339: Foto da fachada para a rua São Bento, em dezembro de 2007.
IMAGEM 340: Elevações do edifício para a Avenida São João e rua São Bento. O recuo escalonado
nos pavimentos superiores aparece para as ruas Líbero Badaró e São Bento. À esquerda parte do
Prédio Martinelli. E IMAGEM 341: As elevações do edifício, com mais ênfase para a rua São Bento. À
direita o Edifício Dilan, vizinho de frente na rua São Bento.
314
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 342: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Compõe uma das laterais da Praça Antônio Prado, definindo com o Martinelli
e o Banespa, a paisagem mais conhecida e de identidade da cidade.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Este edifício é composto por linhas retas e modernas com forte marcação das
verticais. Revestimento em granito preto polido nos andares inferiores e pastilhado
em cinza natural nos andares superiores, resultando numa arquitetura sóbria.
Documentação Existente:
Revista “Acrópole”, n. 201, julho 1955
Observações:
315
6.11.2 N
o
481, 483 anexo ao Edifício Banco do Brasil
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 62 LOTE: 135
Endereço: Rua São Bento, 482, 483
Numerações anteriores: 477, 481, em 1936/ 59 sob, 59, em 1928/ 79 e/t, em 1910/
79 alt, antigo (século XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: estrutura de concreto armado
Número de pavimentos: T + sobreloja + 3 + 7 escalonado
Frente: 10.80 m (São Bento), 22.10 m (Líbero Badaró)
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1955
Processo: N. 26466/55
Projeto de:
Proprietários: Banco do Brasil S/A
Usos do imóvel: serviços
Estado de Conservação: Ótimo
Proteção Existente:
316
Iconografia:
IMAGEM 343: Antes da Lei da “Cidade Limpa”. IMAGENS 344 e 345: Dezembro de 2007
317
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 346: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
318
6.11.3 N
o
487, 493
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 62 LOTE: 70
Endereço: Rua São Bento, 487, 493
Numerações anteriores: 487, 491, em 1936/ 61 sob, 61, em 1928/ 81 e/s, 81 e/t, em
1910/ 81 alt antigo (século XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 3 + 7 escalonado
Frente: 11.16 m
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1939 habite-se
Processo: N. 47541/39
Projeto de:
Proprietários: Banco Nacional S/A
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação; Bom
Proteção Existente:
319
Iconografia
IMAGEM 347 e IMAGEM 348: Antes e depois da Lei da “Cidade Limpa”.
IMAGENS 349 e 350: Dezembro de 2007.
320
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 351: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
321
6.11.4 N
o
503
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 62 LOTE: 62
Endereço: Rua São Bento, 503
Numerações anteriores: 503 / 63 / 83 / 83 alt
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Estrutura de concreto armado
Número de pavimentos: T + 4 + 8 escalonado para a rua São Bento
Frente: 12.80 m (São Bento), 13.20 m (Líbero Badaró)
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano:1935 habite-se
Processo: N. 58190/35
Projeto do: Arquiteto Rino Levi
Proprietários: Governo do Estado de São Paulo
Usos do imóvel: fechado
Estado de Conservação: Regular
Proteção Existente:
322
Iconografia
IMAGENS 352 e 353: Elevação para a rua São Bento.
IMAGEM 354: Elevação para a rua São Bento. e IMAGEM 355: Observar o recuo escalonado nos
pavimentos superiores.
IMAGENS 356 e 357: Vista para a rua Líbero Badaró.
323
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 358: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
No começo do século XX, funcionou a Casa Fuchs nesse lote.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Edifício Moderno, com elementos horizontais compondo a fachada e fazendo
às vezes de brise.
Documentação Existente:
Observações:
324
6.11.5 N
o
515 Agência do Itaú
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 62 LOTE: 54
Endereço: Rua São Bento, 515
Numerações anteriores: 515, em 1936/ 65, em 1928/ 85 A e/t, em 1910/ 0 bx, antigo
(século XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Estrutura de concreto armado
Número de pavimentos: T + sobreloja + 10 (só Líbero Badaró)
Frente: 10.87 (São Bento), 11.60 (Líbero Badaró)
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: Década 60 (DPH), 1970 habite-se
Processo: N. 206978/70
Projeto de:
Proprietários: CMS Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Usos do imóvel: serviços
Estado de Conservação; Ótimo
Proteção Existente:
325
Iconografia
IMAGEM 359: Foto em dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 360: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Em 1903, nesse lote funciono o Grand Bazar Parisien.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
326
6.11.6 N
o
525
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 62 LOTE: 46
Endereço: Rua São Bento, 525
Numerações anteriores: 525, em 1936/ 67, em 1928/ 87, em 1910/ 87, antigo (século
XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 6.30 m
Estilo Arquitetônico: Art-déco
Ano:1979 habite-se
Processo: N. 104652/79
Projeto de:
Proprietários: Isabel Sampaio Levy
Usos do imóvel: fechado
Estado de Conservação:
Proteção Existente:
327
Iconografia:
IMAGEM 361: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 362: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
328
6.11.7 N
o
545 Condomínio Edifício de Galerias São Bento
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 62 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 533, 545
Numerações anteriores: 533, 541, 545, em 1936/ 69, 71, 71 sob, em 1928/ 91, 93
e/t, 93 A e/t, em 1910/ 91 tin, 93 alt, 0 bx, antigo (século XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto Armado
Número de pavimentos: 5 sobrelojas + 15
Frente: 23.30 m (São Bento), 23.38 m (Líbero Badaró)
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1969 habite-se
Processo: N. 69585/69
Projeto de:
Proprietários: vários
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
329
Iconografia
IMAGENS 363 e 364: Vistas para a rua São Bento.
IMAGEM 365: Vista para o Largo São Bento. e IMAGEM 366: Vista para a rua Líbero Badaró.
330
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 367: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência: Lote lindeiro ao Largo São Bento onde funcionou a Casa de
Banhos A Sereia, até o começo do século XX.
IMAGEM 368: Vista do lote lindeiro ao Largo de São Bento onde funcionou a Casa de Banhos A
Sereia.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
331
6.12 Setor 001 Quadra 63: Praça Antônio Prado – rua Boa Vista
IMAGEM 369: Desenho das fachadas no começo do século XX.
70
IMAGEM 370: Desenho feito sobre fotos em 2007.
70
Heloisa Barbuy. A cidade-exposição. Anexo: 3 p.297 a 301.
332
6.12.1 N
o
470 Edifício DILAN
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 63 LOTE: 13
Endereço: Rua São Bento, 470 e Praça Antônio Prado, 76.
Numerações anteriores: 470, em 1936 / 58 sob, em 1928 / 66 a e/s, em 1910 / 58 alt,
antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto Armado e alvenaria de Tijolos
Número de pavimentos: T + sobreloja + 9 + 8 escalonado
Frente: 26,78 metros
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1951 habite-se
Processo: N. 179646/51
Projeto de:
Proprietários: Diogo de Toledo Lara Neto
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
333
Iconografia :
IMAGEM 371: Foto da porta do Edifício DILAN, em 2006, antes da lei “Cidade Limpa”.
IMAGEM 372: Fachada para a rua São Bento, observar o recuo nos pavimentos superiores.
334
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 373: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Neste lote foi o Edifício Martinico Prado.
Dados de Ambiência:
Compatibilidade volumétrica com os prédios vizinhos.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Edifício de linhas modernas e retas, os últimos pavimentos são escalonados
com recuos laterais.
Documentação Existente:
Observações:
335
6.12.2 N
o
480 Banco Bradesco
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 63 LOTE: 49
Endereço: Rua São Bento, 480
Numerações anteriores: 484, em 1936 / 62 sob, em 1928 / 68 b e/t, 70 e/s, 72, em
1910 / 60 bx, 64, antigo (no séc. XIX).
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto e alvenaria de tijolos.
Número de pavimentos: T + sobreloja + 4 pavimentos
Frente: 25,30 metros
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: década de 1970.
Processo:
Projeto de:
Proprietários:Banco Bradesco S/A.
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Ótimo
Proteção Existente:
336
Iconografia:
IMAGEM 374 e IMAGEM 375: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 376: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
No começo do século XX, endereçava a loja Au Palais Royal.
Dados de Ambiência:
Possui recuo nas laterais e na frente, no bloco superior.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
337
6.12.3 N
o
500 Edifício Joaquim Gonçalves Moreira
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 63 LOTE: 17
Endereço: Rua São Bento, 500, 506
Numerações anteriores: 500, em 1936 / 66, em 1928 / 74, 70, em 1910 / 66 alt,
antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto
Número de pavimentos: T + 10 pavimentos + zelador na cobertura
Frente: 12,66 metros
Estilo Arquitetônico: Moderno
Ano: 1950 habite-se
Processo N. 73609/45 (construção de prédio) N. 113040/50 N. 86454/50
Projeto de:
Proprietários:
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação:
Proteção Existente:
338
Iconografia:
IMAGENS 377 e 378: Fotos tomadas em 2006.
IMAGENS 379, 380 e 381: Fotos tiradas em dezembro de 2007.
339
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 382: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Construído pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos:
Dados históricos:
Documentação Existente:
Observações:
340
6.12.4 N
o
514, 518
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 63 LOTE: 18
Endereço: Rua São Bento, 514, 518
Numerações anteriores: 514, 518, em 1936/ 70, s/n, em 1928/ 78 e/t, em 1910/ 70
bx, antigo (séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva:alvenaria de tijolos
Número de pavimentos: T + 2
Frente: 9,90 metros
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1906 (DPH), 1943 – habite-se
Processo:
Projeto de: J. J. Ferreira
Proprietários: Antônio de Paula Assis
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente:
341
Iconografia:
IMAGEM 383: Foto em 2006. IMAGENS 384 e 385: Fotos em dezembro de 2007.
342
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 386: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Em 1910, funcionava nesse lote a casa de bicicletas Pegeout. Posteriormente
funcionou a Leiteria Pereira.
Dados de Ambiência:
No quarteirão em que se encontra é o único exemplar da arquitetura da virada
do séc. XIX para o XX. Encontra-se bem entrosado com o entorno.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente:
Observações:
343
6.12.5 N
o
520
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 63 LOTE: 33
Endereço: Rua São Bento, 520
Numerações anteriores: 520, em 1936 / 70 sob, em 1928 / 80 e/s, em 1910 / 72 alt,
antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto com fachada revestida de vidro.
Número de pavimentos: T + 6 pavimentos tipo
Frente: 12, 80 metros
Estilo Arquitetônico:
Ano: 1955 habite-se
Processo: N. 91422/55
Projeto de:
Proprietários: Antonio Aib Chammas
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: ótimo
Proteção Existente:
344
Iconografia:
IMAGEM 387: Foto tirada em 2006. IMAGENS 388 e IMAGEM 389: Fotos tomadas em dezembro de
2007.
IMAGEM 390: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Era no começo do século XX a loja da SINGER.
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos:
Dados históricos:
Documentação Existente:
Observações:
Plantas/Cortes/Elevações:
345
6.12.6 N
o
534 Metrô Estação São Bento
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 63 LOTE: vários
Endereço: Rua São Bento, 534
Numerações anteriores: 534, em 1936 / 74, em 1928 / 84 e/t, em 1910 / 76 bx,
antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Concreto
Número de pavimentos: T + mezanino
Frente: 22,55 metros; 3,65 metros de chanfro; e 46,44 metros - rua Boa Vista.
Estilo Arquitetônico:
Ano: década de 1970
Projeto de: Metrô
Proprietários: Irmandade de Santa Casa de Misericórdia
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: ótimo
Proteção Existente:
346
Iconografia:
IMAGENS 391, 392, 393, 394 e 395: Dezembro de 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 396: Elevação para a rua São Bento.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
Dados Arquitetônicos:
Dados históricos:
Documentação Existente:
Observações:
347
6.13 Setor 001 Quadra 64: rua Largo São Bento
IMAGEM 397: Vista da quadra endereçada Largo São Bento que faz parte do último trecho da rua
São Bento.
IMAGEM 398: Vista do terraço do coro da Igreja de São Bento, para o Largo de São Bento com os
painéis de Maurício Nogueira Lima.
348
6.13.1 N
o
10 - 40 Largo São Bento
Localização: SETOR: 1 QUADRA:64 LOTE: 1
Endereço: Largo São Bento, 10 a 40 e rua Boa Vista, 368, 372.
Numerações anteriores: em 1936 / em 1928 / em 1910 / antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: alvenaria de tijolos, com vigas e colunas de ferro.
Número de pavimentos: T + 1
Frente:
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: início séc. XX - 1901
Processo:
Projeto de: Rossi e Branni
Proprietários:
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Regular, as esquadrias originais alteradas.
Proteção Existente: CONPRESP Res. 06/91, aditamento Res. N.11/91 (abertura do
Proc. de Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento – NP 3
Processo n. 16.002.110-91*60 (efetivação do Processo de Tombamento)
349
Iconografia:
IMAGENS 399, 400, 401 e 402: Tomadas em dezembro de 2007.
350
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 403: Elevação Principal
Notas Complementares:
Uso original Hotel D´Oeste
Dados de Ambiência:
O edifício situado na esquina da rua São Bento com a rua Boa Vista, em
frente ao Largo São Bento, tem boa visibilidade, compõe um conjunto arquitetônico
com as demais edificações da quadra, pois possuem o mesmo gabarito.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Imóvel com alterações nas esquadrias no pavimento superior, alteração nos
vãos do andar térreo. Construção eclética do início do século XX projeto atribuído a
Rossi e Branni, data de 1901.
Documentação Existente: Fichas das Z8-200/COGEP – Pasta 32, ficha 02
Observações:
351
6.13.2 N
o
48 – 54 Largo São Bento
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 64 LOTE: 2
Endereço: Largo São Bento, 48 a 54
Numerações anteriores: em 1936 / em 1928 / em 1910 / antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria de Tijolos
Número de pavimentos: T + 1
Frente:
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: 1887
Processo:
Projeto de: arquiteto Morisim
Proprietários:
Usos do imóvel: comercial/serviços
Estado de Conservação: Bom, com alteração dos vãos no andar térreo
Proteção Existente: CONPRESP Res.06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do
Proc. de Tombamento)
Res. N. 37/92 – Tombamento – NP 3
Proc. n. 16.002.110-91*60 (efetivação do Processo de Tombamento)
352
Iconografia:
IMAGEM 404: Foto tirada em dezembro de 2007.
353
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 405: Elevação Principal.
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
O edifício compõe um conjunto arquitetônico com as demais edificações da
quadra, pois possuem o mesmo gabarito.
Dados Arquitetônicos e históricos:
O sobrado é datado de 1887 tem o projeto atribuído ao arquiteto Morisim.
O edifício de estilo eclético, característico da virada do século, com comércio
no térreo e uso residencial no pavimento superior. Apresenta platibanda com
pequeno frontão curvo, cornijas, poucos ornamentos e janelas de verga reta.
Documentação Existente:
Fichas das Z 8 – 200/ COGEP / Pasta 32, ficha 02
Programa Toledo / Lemos para preservação de Bens Culturais Arquitetônico da Área
Central de São Paulo
Observações:
354
6.13.3 N
o
58 Largo São Bento
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 64 LOTE: 3
Endereço: Largo São Bento, 58
Numerações anteriores: em 1936 / em 1928 / em 1910 / antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria de Tijolos
Número de pavimentos: T + 1
Frente:
Estilo Arquitetônico: Eclético
Ano: final do século XIX
Processo:
Projeto de:
Proprietários:
Usos do imóvel: comercial
Estado de Conservação: Bom, com alteração nos vãos do andar térreo
Proteção Existente:
CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do Processo de
Tombamento) / Res. N. 37/ 92 – Tombamento – NP 3
Proc. n. 16.002.110-91*60 (efetivação do proc. de tombamento)
355
Iconografia
IMAGEM 406: Foto tirada em dezembro de 2007.
356
Plantas/Cortes/Elevações:
IMAGEM 407: Elevação Principal
Notas Complementares:
Dados de Ambiência:
O edifício compõe um conjunto arquitetônico com as demais edificações da
quadra, encontra-se integrado em termos das características arquitetônicas,
gabarito, e volumetria na paisagem do Largo São Bento.
Dados Arquitetônicos e históricos:
O edifício possui características ecléticas, ornamentado na fachada com
frontão curvo, a porta balcão do andar superior tem guarda corpo em ferro batido e
as sobrevergas das janelas curvas.
Documentação Existente:
Observações:
357
6.14 Igrejas de Ordem Primeira e Terceira de São Francisco e a Igreja e
Mosteiro de São Bento.
Esse subtítulo por ser sobre as duas referências desta pesquisa, os limites do
percurso, e serem em quadras distintas e distantes não possui os desenhos da
quadra onde estão implantadas.
6.14.1 N
o
133 e 173: Igreja da Ordem Primeira de São Francisco e
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco.
Localização: SETOR: 05 QUADRA: 13 LOTE: 6 e 5, respectivamente.
Endereço: Largo de São Francisco, 133 e 173
Numerações anteriores: em 1936 / em 1928 / em 1910 / antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Taipa de Pilão e embasamento de pedra
Número de pavimentos: T + 1
Frente: 17.36 m e 33.34 m, respectivamente.
Estilo Arquitetônico: Barroco
Ano: 1644/47 e 1643, respectivamente.
Processo:
Projeto de:
Proprietários:
Usos do imóvel: culto religioso
Estado de Conservação: Bom
Proteção Existente: Lei n. 8328/75 (CONDEPHAAT)
358
Iconografia
IMAGEM 408: Vista das duas Igrejas, em 2007.
Plantas/Cortes/Elevações:
Notas Complementares: A Igreja de Ordem Primeira de São Francisco está sendo
restaurada.
Dados de Ambiência: As duas Igrejas, o convento, a Faculdade de Direito, compõem
o Largo São Francisco nesse lado.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Essas duas Igrejas abrigam as taipas mais antigas da cidade. A Igreja de
Ordem Primeira teve sua construção iniciada em 1644 e foi inaugurada em 1647. E a
Igreja de Ordem Terceira data de 1643. Em 1827 foi instalado no Convento o Curso
Jurídico. Na ocasião da remodelação em 1860 foram ampliadas as salas de aula,
destruídas as celas do pavimento superior e o antigo quintal do convento deu lugar
ao Largo de São Francisco.
Em 1935, o Convento foi demolido e em seu lugar foi construído o edifício da
Faculdade de Direito que foi concluído em 1938. A Ordem Franciscana perde o
direito da propriedade do edifício, perante o Supremo Tribunal Federal em 1940.
359
IMAGENS 409 e 410: Fotos tomadas em dezembro de 2007, enquanto estava em obras de
restauração
Documentação Existente: Z-8 200-67/ COGEP/ pasta 8/ fichas 1 e 2,
respectivamente.
Observações:
360
6.14.2 Igreja e Mosteiro São Bento
Localização: SETOR: 1 QUADRA: 49 LOTE: 1 e 62
Endereço: Largo São Bento,
Numerações anteriores: em 1936 / em 1928 / em 1910 / antigo (no séc. XIX)
Planta de Situação:
Técnica Construtiva: Alvenaria de Tijolos
Número de pavimentos: T + 2 pavimentos.
Frente:
Estilo Arquitetônico: Eclético, tendência Neo-Românico
Ano: projeto 1911, construção em 1912.
Processo:
Projeto de: Richard Berndl
Proprietários:
Usos do imóvel: culto religioso
Estado de Conservação: Ótimo
Proteção Existente: Z8-200/086 – Lei 8328/75
CONPRESP Res. N. 06/91, aditamento Res. N. 11/91 (abertura do Proc. de
Tombameto)
Resolução N. 37/92 Tombamento – NP 1
Processo n. 16.002.110-91*60 / Iconografia
361
IMAGEM 411 e IMAGEM 412: dezembro de 2007.
362
IMAGEM 413: Vista das torres da Igreja do claustro.
Plantas/Cortes/Elevações:
Notas Complementares: Esteve com obras de restauro no Mosteiro no começo de
2007. Hospedou o Papa Bento na ocasião da visita em maio de 2007.
Dados de Ambiência: A Igreja e o Colégio de o Bento compõem o Largo de São
Bento com alguns imóveis de um lado e do outro lado há o acesso ao Viaduto Santa
Ifigênia que atravessa o Vale do Anhangabaú.
Dados Arquitetônicos e históricos:
Documentação Existente: Z8- 200/ 086
Observações:
363
7. Promenade
71
pela rua São Bento.
Caminhar, vagar, pelas ruas do centro velho, o “burgo” natural da cidade de
São Paulo é propício para pesquisar sobre a história da urbanização da cidade e
fazer a leitura da paisagem urbana construída. Averiguar as mudanças ocorridas na
transformação dos lotes, bem como na volumetria dos edifícios. Ao transitar, pelo
centro velho, nas ruas XV de Novembro e Anchieta, Páteo do Colégio, Praça da Sé,
ruas Álvares Penteado e do Comércio, Largo do Café, travessa Miguel Couto, rua
Líbero Badaró, Praça do Patriarca, ruas da Quitanda, José Bonifácio e Benjamin
Constant, Largo São Francisco e rua Direita, destaca-se uma rua plana com duas
referências nos pontos extremos da paisagem: a rua São Bento, com a Igreja de São
Francisco numa extremidade e a Igreja de São Bento na outra.
Ao fazer mais vezes essa caminhada aos domingos, durante os últimos anos,
foi observado que nessa área melhorou a qualidade do espaço urbano. No começo
parecia um centro absolutamente fantasma, certas vezes muito sujo e com muitos
moradores de rua. Um ar de insegurança planava no ar. Nos últimos dois anos, o
centro melhorou muito, está mais limpo e a cada vez há mais paulistanos indo
conhecê-lo, passear ou até mesmo indo reviver bons momentos. Atualmente se se
quiser almoçar aos domingos no centro, bons restaurantes abertos, são vistas
famílias caminhando com crianças, ciclistas pedalando, atletas treinando corrida.
Claro que ainda há os moradores de rua, mas esse não é assunto desta pesquisa.
IMAGEM 414: ciclistas na rua
São Bento. Foto da autora em
Março de 2007.
71
Conforme o dicionário Michaelis de francês significa passeio.
364
Essa promenade será iniciada saindo do Largo São Francisco em direção ao
Largo São Bento. O percurso não é muito extenso, mas devido às transformações
temporais no espaço urbano tornou-se muito mais longo. O Largo São Francisco é
mais próximo do Marco Zero, sendo o começo da numeração da rua iniciado desse
ponto. O lado ímpar, como via de regra, está voltado para a esquerda, o lado do
Vale do Anhangabaú. E o lado par para a direita, o lado da Praça da Sé.
IMAGENS 415 e 416: Marco Zero, ponto onde convergem todas as estradas, antigos caminhos, que
cruzam a cidade de São Paulo. Na Praça da Sé, em frente a Catedral da Sé, em 2007. Fotos da
autora.
A leitura da paisagem urbana do fragmento selecionado para estudo será feita
quadra por quadra. Lendo o espaço construído existente hoje, complementado com
o levantamento do ano dos edifícios, foram constatadas diferentes ocasiões das
construções numa mesma quadra.
A rua, considerando o começo na porta da Igreja de Ordem Primeira de São
Francisco é composta por doze quadras e a quadra do Largo São Bento, que
mesmo recebendo este endereço é ainda considerado um trecho da rua, pois esta
se estende até a porta da Igreja de São Bento. Segundo o professor José Eduardo
de Assis Lefèvre, a rua São Bento, tem 725 metros de distância entre as fachadas
365
das igrejas São Bento e São Francisco
72
.Para ficar mais clara essa Promenade, foi
dividida em três trechos: São Francisco até a rua Direita; rua Direita até a avenida
São João; e avenida São João até a São Bento.
IMAGEM 417: Faire une promenade .... Foto da autora saindo da Igreja de
Ordem Primeira de São Francisco.
72
LEFÈVRE, José Eduardo de Assis. Entre o discurso e a Realidade. A Quem interessa o centro de
São Paulo? A Rua São Luiz e sua evolução. p. 22.
366
7.1 São Francisco à rua Direita
Iniciando no Largo São Francisco, vamos antes conhecer as Igrejas de São
Francisco, da ordem primeira e da ordem terceira. Ambas são de taipa de pilão com
embasamento de pedra. Esse conjunto reúne as taipas mais antigas da cidade,
tiveram início de construção em 1644, e foram inauguradas em 1647. A igreja de
ordem primeira está atualmente sendo restaurada.
IMAGEM 418: Vista aérea do Largo São Francisco, com as duas Igrejas de Ordem Terceira e
Primeira e a Faculdade de Direito. No alto do centro para a esquerda parte da cúpula e da torre da
Catedral da Sé. Foto do acervo da biblioteca da FAUUSP.
A primeira quadra, também conhecida como o Largo do Ouvidor, para o lado
ímpar, encontra-se como terreno livre e descreve o perímetro do Largo do Ouvidor
com a rua José Bonifácio, rua bero Badaró e Largo São Francisco. Esse terreno
pertence ao Jockey Clube de São Paulo, segundo informação obtida, e atualmente é
utilizado como estacionamento da Secretaria de Segurança Pública do Estado de
São Paulo. Na imagem acima pode-se ver no canto inferior esquerdo um pedaço do
lote sendo utilizado como estacionamento.
Pelas plantas e registros iconográficos levantados antes do terreno pertencer
ao Jockey Club de São Paulo havia imóveis térreos e sobrados, (edificações com
dois pavimentos) onde esteve o Hotel des Voyageurs, que depois foi vendido e
367
recebeu o nome do novo proprietário, Hotel Palm, na segunda metade do século
XIX. Ver as imagens 70 e 71, no capítulo 5.
IMAGEM 419: Vista do ponto inicial da Promenade, Igreja de Ordem Primeira de São Francisco.
Observar o leito da rua São Bento com tráfego de veículos. Foto da Fundação do Patrimônio Histórico
da Energia e Saneamento, s.d.
Na imagem acima, pelos automóveis e edifícios atrás da igreja calcula-se ser
da década de 1940. À direita ainda havia edificações.
Em fevereiro de 1954, na Revista O Jockey, número 2, foram publicados dois
artigos sobre a nova sede do Jockey Club. O primeiro intitulado Fundação Jockey
Club de São Paulo”, escrito por Paulo Duarte
73
:
“Fabio Prado lançou em 1951 a idéia do Jockey Club empregar parte
de sua renda na organização de um grande instituto que seria como
dissemos atrás, uma espécie de Fundação Rockfeller em escala
paulista. Ao lê-las o resistimos à tentação de comentá-las,
chamando a atenção pública para a sua importância.
Acontece porém que depois se fez um longo silêncio, sobre idéia tão
generosa, tão eloquentemente lançada em discurso oficial.
Pensávamos mesmo que o Jockey Club não estivesse talvez à altura
da idéia grandiosa do seu novo presidente e que iria ela como tantas
73
Revista O Jockey, número 2, p.25
368
outras morrer afogada pela incompreensão, sepultura da maioria das
idéias generosas em nosso país...”
E o segundo intitulado A Sede Social em foco”, escrito por Antônio de Pádua
Morse
74
:
“... problemas administrativos que estão a exigir solução urgente. Um
dêles é a construção da nova sede social. Já tivemos ensejo de
ressaltar, em nosso último número, a necessidade de ser, o quanto
antes, atacada a construção do edifício em que se localizará a futura
sede. Não é concebível que uma entidade da projeção do Jockey Club
tenha o centro de reuniões de seus sócios em prédio alheio,
consoante ocorre atualmente, e, além do mais, desprovidos dos
requisitos de conforto indispensáveis à sede de uma agremiação
amiúde visitada por delegações de sociedades congêneres do país e
do estrangeiro...
A aquisição do terreno para o levantamento do edifício da nova sede,
como sabem os leitores, foi efetuado no início deste ano, aliás em
condições sobremodo vantajosas. A área do imóvel comprado
abrange 1.600 metros quadrados, formando um quadrilátero
contornado pelo Largo do Ouvidor e pelas ruas São Francisco, Líbero
Badaró e José Bonifácio.
Mediante concorrência de que, com certeza, participarão os nossos
mais destacados arquitetos, será escolhido o projeto da nova sede.”
O Jockey Club, em 1959, contratou o escritório de arquitetura Rino Levi para
desenvolver um projeto para o seu edifício sede. Sobre pilotis, como ditava a
Arquitetura Moderna, esse edifício teria 18 pavimentos, acima do térreo do Largo do
Ouvidor (rua São Bento), mais três subsolos abaixo do rreo da rua Líbero Badaró.
No curriculum oficial do escritório este projeto está classificado como Lazer e
Esportes.
O programa desse edifício era composto de três subsolos de garagem, um
térreo para a rua Líbero Badaró outro na cota da rua o Bento (Largo do Ouvidor),
primeiro e segundo pavimentos para festas, terceiro e quarto para a secção cultural,
com foyer para exposições e sala de conferências, quinto e sexto para restaurantes
74
Revista O Jockey, número 2, p.96
369
e cozinha, sétimo e oitavo para estar e jogos (snooker e carteado), nono e décimo
para boate e grill, décimo primeiro e décimo segundo, secção médico esportiva, com
a piscina sobre a boate. O décimo terceiro seria a diretoria, o décimo quarto teria
apartamentos e do décimo quinto ao décimo oitavo haveria escritórios. Na cobertura
seria apenas a laje, sem nenhum uso.
IMAGEM 420: Estudo do programa. Acervo FAU-USP.
370
IMAGENS 421 e 422: Desenhos do projeto, CORTE AA e CORTE BB. Acervo FAU-USP.
IMAGEM 423: Planta do ponto de vista da perspectiva da IMAGEM 424. O observador esta na
esquina da rua José Bonifácio com a rua São Bento. Desenhos do projeto. Acervo FAU-USP
371
IMAGEM 424: Perspectiva, vista da esquina da rua São Bento com a rua José Bonifácio.
Desenho do arquiteto Rino Levi. Acervo da Biblioteca da FAU/USP.
IMAGEM 425: Esta perspectiva está no ponto de encontro da ladeira São Francisco com a rua
Líbero Badaró. Desenho do arquiteto Rino Levi. Acervo da Biblioteca da FAU/USP.
372
IMAGEM 426: Estudos realizados pelo arquiteto para o projeto da Sede do Jockey Clube de São
Paulo. Acervo da Biblioteca da FAU-USP.
373
Esse mesmo terreno, em 1959 foi objeto de um concurso privado para dez
equipes convidadas, segundo a pesquisa do arquiteto Sergio Matera
75
, a comissão
julgadora era composta pelos arquitetos Lauro de Costa Lima, Maurício Roberto, e
Oswaldo Arthur Bratke. Nesta ocasião o presidente do IAB Instituto de Arquitetos
do Brasil era o Arquiteto Ícaro de Castro Mello.
O edital, elaborado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil IAB, do Concurso
Privado de Anteprojeto da Nova Sede do Jockey Clube de São Paulo, justifica:
“Considerando que o Jockey Clube de São Paulo, proprietário de um
terreno sito às ruas José Bonifácio, Líbero Badaró, Largos São
Francisco e Ouvidor, tem um projeto para um edifício aprovado
pela Prefeitura Municipal, anteriormente à vigência da Lei n. 5261, o
qual, porém, não atende às atuais necessidades do Clube,
resolveu promover um Concurso privado, entre arquitetos, para a
elaboração do ante-projeto do novo Edifício-Sede.
Uma vez elaborado o projeto definitivo pelo arquiteto vencedor do
concurso, será requerida a substituição das plantas na Prefeitura.”
A Lei n. 5261 citada no seu caput diz: ”Estabelece coeficiente de
aproveitamento de lotes, densidade demográfica, área mínima de lote por habitação
e área mínima de espaços livres, e da outra providências.
A diretoria do Jockey Club foi presidida por Fábio Prado de 1951 a 1960, e
seus sucessores foram Luis de Oliveira Barros de 1960 a 1964 e João Adhemar de
Almeida Prado de 1964 a 1975.
O projeto da equipe escolhida por unanimidade pela comissão era formada
pelos arquitetos Carlos Milan, Jorge Wilhein e Mauricio Tuck Schneider. O programa
era similar ao do projeto do arquiteto Rino Levi.
75
MATERA, Sergio. Carlos Milan, um estudo sobre a produção em arquitetura. p. 201 à 208.
374
IMAGEM 427: Esta perspectiva está no ponto de encontro da ladeira São Francisco com a rua
Líbero Badaró. Desenho do arquiteto Carlos Millan. Imagem cedida pelo arquiteto Sergio Matera.
IMAGEM 428: Planta do pavimento térreo – acima Largo do Ouvidor (rua São Bento), à esquerda rua
José Bonifácio, à direita Ladeira São Francisco, e abaixo rua Líbero Badaró. IMAGEM 429: A foto da
maquete é no ângulo da ladeira São Francisco, a rua São Bento está à direita. Imagens cedidas pelo
arquiteto Sergio Matera.
375
Esse projeto o foi executado. A justificativa dada à equipe vencedora pela
nova Diretoria foi que o Jockey Club por estar num terreno próximo a Faculdade de
Direito não seria conveniente o ambiente para os estudantes. Ouvi um depoimento,
de um senhor que pediu para não ser identificado, dizendo que foi a Igreja de o
Francisco que não aceitava um clube de jogo próximo aos cultos religiosos.
“Todavia, se na escalada do progresso o Hipódromo
deslocou-se radicalmente, ascendendo da Moóca a Cidade
Jardim, é comovente observar que a Sede Social do Jockey
permaneceu sempre próxima ao perímetro do antigo Triângulo,
nunca abandonando a vizinhança da Rua do Rosário, onde
nasceu. De lá transfere-se à Rua São Bento, muda-se, mais
tarde para a 15 de Novembro; ocupa depois, longos e elegantes
anos, o majestoso arranha-céu “art-déco” da Praça Antônio
Prado para nos anos 60 ir instalar-se nessa luxuosa, discreta
como um clube inglês, sede atual da Rua Boa Vista.
Trecho do texto publicado no Catálogo Geral de Seu Patrimônio Artístico.
Jockey Club de São Paulo – 1875 – 110 anos – 1985. O prédio foi inaugurado na rua
Boa Vista esquina com a ladeira Porto Geral dia 9 de dezembro de 1964. O projeto
construído é do arquiteto Miguel Badra. O programa possui lojas para a ladeira Porto
Geral, sete andares com estacionamento. O 7º, 8º, e 10º pavimentos eram da
sede do clube e a partir do 10º os andares possuem recuos laterais maiores, mas
uniformes, e foram projetados para escritórios.
376
IMAGENS 430 e 431:O edifício à esquerda foi projetado pelo arquiteto Rino Levi para a sede do
Banco Paulista do Comércio, em 1947. In: Rino Levi.Rino Levi. p. 74 Na IMAGEM 430 o prédio à
direita possui apenas dois pavimentos. Na IMAGEM 431, o prédio à direita é a Sede Social do Jockey
Club de São Paulo, na esquina da rua Boa Vista com a Ladeira Porto Geral. Foto tirada em dezembro
de 2007.
Enquanto para o lado par, onde existe hoje a Praça Paulo Duarte, com os
respiradores da linha leste-oeste do metro, o terreno foi unificado, na década de
1970, por ocasião das obras do túnel até a estação Anhangabaú. Haveria uma
estação São Francisco nessa área.
um projeto desenvolvido pela EMURB, do arquiteto Paulo Sergio Souza e
Silva, para esse lote que receberia um centro comercial e de escritórios. O térreo
organiza algumas lojas comerciais e o acesso aos demais pavimentos, na frente
para a Rua José Bonifácio, as lojas possuem mezanino. O primeiro pavimento
possui área para escritórios ou comércio menor que os demais quatorze pavimentos
tipo para escritórios. A proposta era para ser construído em concreto armado, mas
não foi executado. Como solução foi criada a praça pouco arborizada, como pode
ser vista na imagem 432 e atualmente (novembro de 2007) encontra-se em reforma.
377
IMAGEM 432: Nessa foto avistam-se as duas primeiras quadras da rua São Bento, abaixo a quadra
onde foram desenvolvidos os projetos para o Jockey Clube de o Paulo e acima o lote do projeto
desenvolvido pela EMURB. Fonte: acervo da Biblioteca da FAUUSP.
IMAGEM 433: A elevação sul é a frente para a rua Benjamin Constant, e o Largo São Francisco.
Caso o projeto citado tivesse sido executado a elevação desta quadra seria a
da imagem 434.
IMAGEM 434: Esta elevação faz frente para a rua São Bento. Imagem do projeto original que está no
acervo técnico da EMURB.
378
IMAGEM 435: Foto aérea da Praça Paulo Duarte, em obras, dia 3 de janeiro de 2008.
Fazendo limite com essa praça, e frente para a rua Benjamin Constant o
Edifício CONDOR, com térreo sobre pilotis, marquise avançando sobre o passeio e
mais 15 pavimentos, é um exemplar da arquitetura moderna.
O outro edifício limite com a praça faz frente para a rua José Bonifácio, é
onde está a Justiça Federal, com térreo mais dez pavimentos e zeladoria na
cobertura, possui recuo frontal escalonado a partir do sétimo andar. Em estilo Art-
déco, construído por Martins Dobereiner e Cia. Ltda.
Linhas de bonde passaram pelo Largo do Ouvidor, depois automóveis e hoje
é um calçadão com alguma arborização, criando um espaço de transição entre a rua
edificada e o Largo São Francisco. (ver IMAGENS 67, 68 e 69 do capítulo 5)
Atravessando a rua do Jogo de Bola, atual rua José Bonifácio, na esquina
com a ladeira do Ouvidor, começa a quadra fiscal 03, do setor 05. O edifício do
Ouvidor com frente para a ladeira e a lateral para a rua São Bento recebe o número
250 da rua José Bonifácio, possui 16 andares com salas de escritórios, acima do
térreo que é utilizado para comércio, em estilo Art-déco, com escalonamento lateral
a partir do décimo primeiro andar.
Os dois próximos edifícios são baixos apenas com térreo mais um pavimento
e compõem a volumetria da rua, entretanto não possuem valor arquitetônico.
Recebem respectivamente os números 21, 23, 31 e 41, 43; ambos tem uso
comercial.
379
O próximo lote é o antigo número 7 atual 45, é o prédio Azevedo Soares
projeto do arquiteto Arquimedes de Barros Pimentel. Este possui térreo mais 5
pavimentos e zeladoria na cobertura. Com o habite-se
76
de 1934, o estilo
arquitetônico é Art-déco. O arquiteto contou-nos como era diferente a obra de
concreto armado quando foi feito este, da técnica que vem sendo utilizada hoje,
eram super-dimensionadas as armaduras de ferro. Nas décadas de 1960 e 1970, no
térreo desse endereço funcionou a loja de roupas masculina Casa José Silva.
IMAGEM 436: Foto da ficha de cadastro dos processos no Arquivo Municipal do Piqueri. O arquiteto
Arquimedes de Barros Pimentel está solicitando a revalidação do alvará. Datada de 21 de fevereiro
de 1934. Processo n. 17.565.
IMAGEM 437: Fachada do edifício Azevedo Soares. Foto tomada em novembro de 2007, pela autora.
Vizinho a este o edifício Kosmos nos números 59 e 63 com térreo mais
dez pavimentos e zeladoria. Possui habite-se de 1959. O recuo nos pavimentos
superiores acontece a partir do sexto andar, em estilo arquitetônico moderno.
Com a mesma grafia do atual edifício, segundo Heloisa Barbuy
77
, em 1908, a
Casa Kosmos, esteve com uma vitrine na Exposição Nacional do Rio de Janeiro.
Inicialmente aberta, em 1907, como alfaiataria SK, de Smith Kessler & Co., à rua
Direita, n. 12.
76
Processo N. 17.565/34.
77
BARBUY, Heloisa. A cidade-exposição. p. 182.
380
IMAGEM 438: Série de anúncios da Casa Kosmos publicada no jornal O Estado de São Paulo, em
1911. In: Heloisa Barbuy. A cidade exposição. p. 184. E IMAGEM 439: Edifício Kosmos, em 2007.
IMAGEM 440: Fachada dos armazéns da importadora e manufatura de tecidos Augusto Rodrigues,
na rua São Bento, n. 13-19. Página de anúncio publicado no Álbum de Vistas de São Paulo e Rio de
Janeiro, editado por Portella e Puente, 1914. Coleção Benedito Lima de Toledo. In Heloisa Barbuy. A
cidade-exposição p. 183. e IMAGEM 441: Registro feito em 2007 no mesmo ângulo para esta
pesquisa pela autora.
Na imagem 440 acima, temos os imóveis dos antigos números 13, 15, 17 e
19, que são atualmente os números os números 59, 67, 73, e 81, o primeiro da
seqüência na foto, é hoje o Edifício Kosmos citado acima. As demais edificações são
as mesmas atualmente, porém com algumas descaracterizações recuperáveis.
381
O antigo número 21, atual 87, 93, 95, 101, e 103, data de 1908 de acordo
com a pesquisa realizada por Heloisa Barbuy. O projeto é do arquiteto Augusto
Fried, em estilo eclético, com térreo e dois pavimentos.
Esse edifício é todo comercial no térreo e possui lojas tradicionais como a
Trovão que comercializa capas e guarda-chuvas. E a Califórnia tradicional casa de
sucos naturais, caipirinhas, batidinhas, lingüiça de Bragança e canapés de aliche.
Na esquina com a Praça do Patriarca, um dos quatro cantos, um edifício
em estilo Art-déco, possui térreo mais dois pavimentos e terraço na cobertura. Seu
endereço atual é o número 9 da Praça do Patriarca. Na década de 1950 e 1960,
funcionou a loja A Exposição, roupas masculinas, da rede de Magazines Clipper,
que tinha artigos femininos e funcionava no Largo Santa Cecília, na esquina com a
rua das Palmeiras. Nessa mesma ocasião a loja A Exposição teve outra filial na
Praça Antônio Prado. A loja ofertava transporte entre as lojas numa “Jardineira”,
modelo similar ao da foto, mas da marca Dodge.
IMAGEM 442: “Jardineira” similar a que era utilizada, esta é da Ford 1946. Foto tirada na loja de
automóveis de colecionadores Private Collections, em 2007.
Neste lote da esquina, com frente de 26.40 metros, em 1908 o arquiteto
Francesco Nataroberto projetou com térreo mais dois pavimentos o primeiro edifício
em concreto armado calculado no Brasil, destinado a lojas comerciais. Na ocasião
recebia o endereço para rua Direita número 53 55, vizinho à Igreja de Santo
Antônio.
382
Sobre essa obra Candido Malta Campos e Jo Geraldo Simões Júnior
78
escreveram:
“A construção de arranha-céus, iniciada nessa época, trouxe,
bem no seu início, a difusão do uso do concreto armado, que foi
pioneiramente aplicado, em 1909, edificação de três
pavimentos, na esquina das ruas Direita e São Bento. Contou
logo em seguida, com incentivo da legislação urbanística, a qual
estabelecia que nas ruas mais centrais as novas construções ou
reconstruções deveriam ter no mínimo três andares. Ao lado
dessas novas construções restavam, no entanto outras, velhas,
deterioradas, que já constituíam verdadeiros cortiços”.
IMAGEM 443: A Casa do Enxoval, na rua Direita n. 53, por volta de 1920, à direita a Igreja de Santo
Antônio. In: Heloisa Barbuy A cidade exposição. p. 192.
De volta à antiga rua do Jogo da Bola, na calçada à direita os números
pares, o antigo número 2, era o sobrado do Brigadeiro Luis Antônio e depois de seu
filho, o Barão de Souza Queiroz, que deu espaço para o palacete eclético”,
projetado por Maximiliano Hehl, em 1908, onde hoje é o número 34, com térreo mais
dois pavimentos. Ver imagens 77, 78 e 79 do capítulo 5.
O Edifício Luzia Monteiro, da década de 70 do século XX, possui recuos em
todos os lados, sendo térreo, sobreloja e seis pavimentos tipo para escritórios e
78
CAMPOS, Candido Malta e SIMÕES JÚNIOR, José Geraldo. Palacete Santa Helena. p. 20
383
zelador, contrasta bastante com a arquitetura do palacete eclético, mas no contexto
da quadra está em harmonia.
Os números 50, 56, 62 e 68, tem uma extensa frente com 20 metros, com
apenas térreo e um pavimento utilizado com comércio. Em estilo Art-déco e habite-
se
79
de 1957, teve antes um habite-se
80
de 1940.
O Edifício Vauthier Franco recebe número 86, em estilo Art-déco, possui
térreo e 5 pavimentos e na cobertura casa de zelador. Data de 1950 o seu habite-
se
81
. O imóvel ainda pertence à família Vauthier Franco. Neste lote funcionou a
Leiteria Campo Bello, tradicional parada das compras para um chá ou café no centro
da cidade.
Na esquina com a rua Direita, outro dos quatro cantos, nesse lote na planta
de 1911 havia o Hotel França, ou Grande Hotel da França, segundo pesquisa
realizada por Heloisa Barbuy
82
:
“O casarão pertencia a Gertrudes Galvão d`Oliveira Lacerda Jordão,
senhora da elite paulistana, que tinha ali residência e que, valendo-se
do tamanho avantajado da casa e de sua posição social, a havia
utilizado , em 1846, para oferecer um baile ao Conde D´eu e à
Imperatriz Tereza Cristina, então de passagem por São Paulo.
Continuou nas mãos da família, mas poucos anos depois foi
arrendado para hotel, inaugurado em 1850, como Hotel das Quatro
Nações. Depois se transformou em Hotel de Itália, sob a gerência de
José Maria Maragliano. Na década de 1870, transformar-se-ia no
Grande Hotel de França, estando nas mãos do francês Fretin e depois
de sua viúva Amélie Fretin.” (IMAGEM 444).
Desde 1883/84, quem estivera à frente do estabelecimento foi Guilherme
Lebeis Junior, que no final de 1900 vende-o a J. Barros, sucedido por Álvaro de
Barros que em 1908 passa a administração para Antoine Daniel Souquieres. Ele já
era proprietário do Hotel Sportsman. Após alguns esforços para conservação do
edifício, em 1912, o sobrado é demolido, e os proprietários do imóvel, Leonor de
Moura Jordão e Eduardo Carlos Pereira de Magalhães, apresentaram um projeto de
79
Processo n. N. 115708/57
80
Processo n. N. 42038/40
81
Processo n. N. 14505/50
82
BARBUY, Heloisa. A cidade-exposição. p.97 e 98.
384
um novo edifício para comércio com porão, térreo, sobreloja, primeiro e segundo
andares projetado por José Rossi. Ver à direita na imagem 445.
IMAGEM 444: Esquina das ruas Direita e São Bento em 1887, foto Militão Augusto de Azevedo. À
direita Casa Tollon, baixo do Grande Hotel de França. Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo
1862-1887.
IMAGEM 445: À esquerda a Casa Mappin e à direita Casa Bonilha. Observar automóveis trafegando
na rua Direita, o mesmo acontecia na rua São Bento. In: São Paulo anos 20. Andar, Vagar, Perder-se
p. 131.
O antigo número 45-51 da rua Direita, deu espaço para o prédio construído na
década de 1940, com térreo mais um pavimento e um subsolo. Na década de 1970
havia marquise onde é hoje vitrine. É hoje, 2007, o número 225, 259, 263 da rua
Direita, onde funciona a loja de roupas Marisa. As duas fotos a seguir são deste
385
estabelecimento antes e depois da lei da “Cidade Limpa”, estabelecida em setembro
de 2006, com adesão dos comerciantes.
IMAGENS 446 e 447: Esquina da rua São Bento com a rua Direita. Lojas Marisa, antes e depois da
lei da “Cidade Limpa”. Observar o recuo escalonado superior do vizinho, Edifício Vauthier Franco.
Fotos da autora em 2006 e 2007, respectivamente.
386
A Igreja de Santo Antônio é um marco secundário nessa pesquisa, mas muito
importante para a historiografia da cidade. Teve início como uma capela fundada em
1592. Para não ficar abandonada teve obras de reparo e conservação da taipa,
organizadas pelos moradores devotos, em 1717. Em 1891, a Igreja foi danificada por
um incêndio, e muitos documentos e objetos da Confraria foram perdidos.
A prefeitura intima a Provedoria da Confraria a demolir a torre, em 1899, pois
esta ameaçava ruir. Procedeu-se à demolição e à reconstrução no alinhamento da
rua Direita, da fachada e da torre, em alvenaria de tijolos e cimento, não mais de
taipa. Esta já estava no alinhamento pronta para a abertura da Praça do Patriarca.
Em 1991, um novo incêndio ataca a igreja, danificando o altar-mor, e a parede
do altar. O restauro foi realizado nos anos seguintes, e a partir de 2000, foi iniciada a
restauração geral da igreja, onde permanecem de taipa as paredes internas. A
fachada principal para a Praça é composta por um frontispício e torre central.
IMAGEM 448: Praça do Patriarca, década de 1920, ao centro, o monumento popularmente conhecido
como “Cabide”. E à direita a Igreja de Santo Antônio. In: Gerodetti e Cornejo, p. 52
387
7.2 Rua Direita à Avenida São João.
IMAGEM 449: Rua São Bento, no cruzamento com a Rua da Quitanda, em 1929. Cartão postal
colorizado. A torre à esquerda é a cúpula do anexo do Grande Hotel no Largo do Café. Essa imagem
ilustra o lado par desse trecho. Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo.
O cruzamento das ruas São Bento com a Direita foi conhecido como a
esquina dos “Quatro Cantos”, pois é o único cruzamento do “centro velho” onde as
duas ruas cruzam em ângulo reto. Por esse cruzamento passaram, carroças,
automóveis, bondes e inúmeros pedestres. Nas imagens abaixo é visto a ocasião
das obras da colocação dos trilhos para os bondes elétrico, por volta de 1900 e a
seguinte na ocasião da obra do calçadão, na década de 1970.
388
IMAGENS 450 e 451: Acima o cruzamento dos “Quatro Cantos”, por volta de 1900, ocasião da
instalação dos trilhos para o Bonde Elétrico, à direita o solar do Barão de Iguape, à esquerda o
casarão do Barão de Tatuí que foi demolido para a abertura da praça do Patriarca. A rua em
perspectiva é a rua São Bento. Abaixo o mesmo cruzamento, com uma pequena diferença do ponto
focal, na década de 1970, durante as obras do calçadão que foram realizadas à noite, à direita o
Edifício Barão de Iguape, à esquerda a Praça do Patriarca. Fonte: Fundação do Patrimônio Histórico
de Energia e Saneamento de São Paulo e Biblioteca da EMURB Empresa Municipal de
Urbanização, respectivamente.
389
Considerando o canto onde hoje é a Praça do Patriarca, em 1911, a lei
municipal n. 1473, “declarava de utilidade bica” os lotes que seriam
desapropriados para a abertura da praça. A obra iniciou-se em 1913, e só foi
inaugurada em 1924. O lote da esquina endereçava rua Direita número 36, a Casa
do Barão de Tatuí, após disputa judicial e muita polêmica foi demolido para a
construção do Viaduto do Chá, inaugurado em 1892, já comentado no capítulo 5.
O primeiro Viaduto do Chá era alinhado com a rua Direita, conforme plantas
das imagens 44 e 45 do capítulo 3, e imagens 98, 101 e 103 do capítulo 5, enquanto
o segundo e atual Viaduto do Chá encontra-se alinhado com o eixo da Praça do
Patriarca, de acordo com a planta da imagem 46 do capítulo 3, e imagens 102 e 104
do capítulo 5.
A quadra entre as ruas Direita e da Quitanda é formada por um lote,
generosamente diante da Praça do Patriarca e do Viaduto do Chá. Endereço com
grande visibilidade, e que ficou muito conhecido na cidade pela sua historiografia.
Foi o solar do Barão de Iguape, permanecendo esse o nome no edifício inaugurado
em 1956, com rreo e trinta e um pavimentos tipo, além de três subsolos e na
cobertura heliponto. Projetado por Jaques Pilon, Giancarlo Gasperini e Jerônimo
Bonilha Esteves, em estilo moderno, data de 1956, faz frente para a rua Direita
número 250, mas possui acesso pela rua da Quitanda e agência para a rua São
Bento, na altura da Praça do Patriarca. É todo utilizado pelo Banco Unibanco.
O edifício que foi chamado de “segunda casa do Barão de Iguape”
83
, foi
projetado pelo escritório Ramos de Azevedo, em 1910, número 34A da rua Direita,
com térreo, sobreloja, cinco pavimentos e ático, em 1911 abrigava o Hotel e
Rotisserie Sportsman. Segundo Heloisa Barbuy, o andar térreo foi utilizado por lojas
voltadas ao consumo de elite como Mappin & Webb, de pratas e cristais, que
também tinha uma loja na rua XV de Novembro. Além da casa de enxoval de
tapeçaria e móveis de luxo de Clautsner & Cia.
A loja de magazines Mappin Stores estabeleceu-se em São Paulo em 1913, e
em 1919, com a mudança de endereço do Hotel Sportsmann, passou a ocupar
totalmente a segunda casa do Barão de Iguape, permanecendo lá até 1939.
83
Cf. Pedro Luís Pereira de Sousa, Casa Barão de Iguape, 1959, p. 16-17.In Heloisa Barbuy. A
cidade-exposição. p. 108 e 109.
390
IMAGEM 452: A loja na esquina dos “Quatro Cantos”.
IMAGEM 453: A Praça do Patriarca na Revolução de 1930.
391
IMAGEM 454: O anúncio da mudança da Lojas Mappin para o outro lado do Vale do Anhangabaú.
IMAGEM 455: O prédio Art-déco na Praça Ramos onde esteve até a década de 1990, quando fechou.
Fonte: In Zuleika Maria Forlioni ALVIM e Solange PEIRÃO. Mappin setenta anos. P. 12, 89, 104 e
105.
Compondo a monumentalidade desse espaço, o Vale do Anhangabaú
também passava por obras, do outro lado, o Teatro Municipal foi inaugurado em
1911, e em 1922 foi construído o Hotel Esplanada. Houve também os prédios do
Automóvel Clube, da Prefeitura e o novo endereço do Hotel e Rotisserie
Sportsmann, junto ao Viaduto do Chá. Segundo Maria Cecília Naclério Homem,
edifícios conhecidos como “sentinelas”.
Com a abertura da Praça do Patriarca, o lote lindeiro a esta recebeu novo
projeto. Um conjunto arquitetônico da década de 20, século XX, em arquitetura
eclética, com estrutura de concreto e alvenaria de tijolos, se estende da rua São
Bento à rua Líbero Badaró. Seu gabarito é de térreo mais oito pavimentos. No centro
da quadra fica a Casa Lutetia, que hoje pertence à FAAP Fundação Armando
Alvares Penteado, que o restaurou. O térreo é alugado para comércio, o primeiro
pavimento é um espaço para exposições de arte e os demais pavimentos foram
adaptados para lofts e recebe artistas que vêm a São Paulo. Na esquina com a rua
São Bento, números 177, 185 fica o Edifício Patriarca, para escritórios e comércio no
392
térreo. Tais imóveis são tombados pelo CONPRESP, visto sua importância
arquitetônica para o espaço urbano onde estão situados. Ver imagem abaixo.
IMAGEM 456: Praça do Patriarca por volta de 1930, em que se vêem os primeiros ônibus. Fonte:
Coleção particular de A. Salatini. In: São Paulo Vila Cidade Metrópole. Nestor Goulart Reis Filho
p.197.
Nesse lote no final dos anos 1870, funcionou a Cervejaria Stadt Bern, que
segundo a pesquisa de Heloisa Barbuy, era um jardim com caramanchões, espaço
para tiro ao alvo e jogos de bola, além de servir a tradicional cerveja alemã.
Construído no final do século XIX, a antiga residência de Elias Chaves recebe
atualmente os números 189, 195, 197, datado de 1885. Foi projetado pelo arquiteto
italiano Cláudio Rossi, com características neoclássicas em alvenaria de tijolos. Com
térreo e dois pavimentos, as esquadrias são de madeira e em seu interior
encontram-se detalhes construtivos nos forros, piso e escada. É um exemplar
residencial da elite cafeeira paulista. Quando Elias Chaves mudou-se para o seu
Palacete no Campos Elíseos, este imóvel abrigou a sede do escritório Prado e
Chaves & Cia.
O processo de tombamento desse imóvel foi aberto em 1976, pelo professor
arquiteto Carlos Lemos, no CONDEPHAAT Conselho Estadual de Preservação do
Patrimônio Histórico Artístico Arquitetônico e Turístico, mas a resolução foi
publicada no Diário Oficial em 1983.
393
IMAGENS 457 e 458: Foto tomada da rua Líbero Badaró, elevação dos fundos. E fachada principal
para a rua São Bento. Fotos do processo de tombamento do CONDEPHAAT.
IMAGENS 459 e 460: Porta de entrada e escada da residência Elias Chaves. Acervo da biblioteca da
FAU-USP.
Da década de 20 do século XX é o próximo edifício eclético, com apenas dois
pavimentos acima do térreo, e construído em alvenaria de tijolos, dialoga bem com
os vizinhos citados. Hoje funcionam estabelecimentos comerciais nos números 201,
203, 207.
394
IMAGEM 461: Foto tomada em 2007, pela autora.
Os números 215, 219, 227, 231, 235, são parte de um lote que faz frente para
a rua Líbero Badaró, número 318 e endereça o Edifício Campos de Piratininga. Para
a rua São Bento ele possui apenas térreo mais mezanino, e encontra-se no
alinhamento da rua, em harmonia volumétrica com os edifícios da quadra. Enquanto
para a rua bero ele possui um subsolo, térreo, mais treze pavimentos tipo e dois
pavimentos de caixa de máquinas. Construído na década de 1970, foi projetado com
a frente voltada para a rua Líbero Badaró, por essa razão manteve recuo para a rua
São Bento, também possui recuos laterais e de frente. É atualmente um edifício
administrativo da Nossa Caixa.
O antigo Cinema São Bento, atualmente está dividido em três lojas
comerciais, os números 241, 243, 245. Eclético, porém não muito rebuscado, possui
apenas um pavimento, construído em alvenaria de tijolos e cobertura com telha de
barro. Foram encontradas no Arquivo Municipal de Processos do Piqueri, duas
fichas de processos
84
, uma solicitando a construção e a outra solicitando o alvará de
funcionamento do cinema, ambas de 1927.
84
Processos N.42364/27, e N. 200/27
395
IMAGEM 462: Situação do edifício do Cine São Bento em 2007. Foto da autora.
Compondo a volumetria, os dois edifícios vizinhos possuem apenas um
pavimento acima do térreo, e meio subsolo. Ambos com fachadas em Art-déco
tiveram suas fachadas descobertas recentemente, devido à lei “Cidade Limpa”.
Recebem os números 259 e 267, com habite-se
85
de 1948 e 1957 respectivamente.
IMAGEM 463: Edifícios números 259 e 267.
Confrontando as informações aqui obtidas com a pesquisa de Heloisa Barbuy,
esses dois lotes que recebem os números 259 e 267 hoje, eram a Loja da China e a
Casa Nathan, respectivamente, ver imagem 464.
85
Processos N. 53690/48, e N. 150100/57, respectivamente.
396
IMAGEM 464: Em primeiro plano, aparece parte da Loja da China e o vizinho é a Casa Nathan, com
projeto de Max Hehl, construído em 1902. O lote seguinte é o atual Edifício LAMIA. In: Heloisa
Barbuy. A Cidade Exposição. p.160.
Quebrando a baixa volumetria da paisagem, o próximo edifício está num lote
com frente para São Bento e fundos para a rua Líbero Badaró, n. 382. Projetado
pelo arquiteto Gregori Warchavchik. A ousadia da arquitetura moderna tirou partido
da pequena marquise avançando no passeio nos pavimentos lindeiros a rua. São
treze pavimentos, e zeladoria na cobertura, sendo o térreo para a rua Líbero Badaró
e o primeiro para a São Bento, onde fica a portaria principal. O recuo de frente,
escalonado para a rua São Bento começa a partir do sétimo andar, o equivalente ao
sexto e segue exatamente o Código Arthur Sabóia. A construção do edifício de
escritórios é de 1953/1954 e o habite-se
86
de 1955. O edifício LAMIA recebe a
numeração 279 e 283 para São Bento, imagem 465.
86
Processos N. 149514/55
397
IMAGEM 465: Edifício LAMIA, em 2006.
A composição da paisagem retorna a arquitetura eclética, com um projeto de
década de 1920, o edifício de térreo mais dois pavimentos, possui janelas com verga
em arco abatido no primeiro pavimento e em arco pleno no segundo pavimento, e
sacada com guarda-corpo balaustrado no tramo central. O imóvel número 293 é
tombado pelo CONPRESP Conselho de Preservação do Patrimônio da Cidade de
São Paulo, ver imagem 464.
IMAGEM 466: Imagem dos detalhes
398
Completando essa quadra, na esquina com a rua Miguel Couto, a Galeria
Prefeito Firminiano Pinto, atual número 315, antigo número 51, onde ficava a sede
do Grande Hotel que iniciava sua construção em 1877, cujo o arquiteto foi o alemão
Hermann von Puttkamer, com estilo arquitetônico eclético. Os proprietários do hotel
eram o Frederico Glette e o Victor Nothmann e o gerente era Guilherme Lebeis
Junior, que depois foi proprietário do Grande Hotel de França (1883/84). Foi um dos
melhores hotéis da cidade na virada dos séculos XIX – XX, imagem 467.
“Era um estabelecimento que não tinha igual na Corte nem nas outras
capitais de província [...] Até o príncipe Henrique da Prússia, irmão de
Guilherme II, esteve hospedado nele. Koseritz, que conheceu a cidade
em 1883, disse que era um edifício magnífico, com um estilo soberbo.
Achou mesmo que ele era o melhor do Brasil, nenhum hotel do Rio
podendo se comparar com o de Glette no luxo e nos serviços da
cozinha e de adega. Candelabros a gás iluminavam o vestíbulo e por
uma escada de mármore branco subia-se ao primeiro andar, onde um
empregado de irrepreensível estilo e toalete”, avisado pelo porteiro por
uma campainha elétrica, recebia o recém-chegado. Koseritz salientou
ainda que o hotel tinha quartos bonitos, com mobílias elegantes,
camas excelentes e mais “banho, correio e telégrafo em casa”.
87
O projeto atual ocupa parte do lote do antigo edifício eclético, possui um
subsolo para a rua Miguel Couto, térreo para a São Bento, sobreloja e mais dois
pavimentos voltados apenas para a São Bento, criando uma grande marquise com
alto pé-direito para esta rua, ver imagem 466. Dele foi encontrada a ficha solicitando
o habite-se
88
em 1957.
87
BRUNO, Ernani Silva. História e Tradições da cidade de São Paulo. p. 1150.
88
Processo N. 10956/57.
IMAGEM 467: Abaixo o Grande Hotel visto da
esquina da rua São José (atual rua Líbero
Badaró) com a travessa do Grande Hotel
(atual rua Miguel Couto). Fotografia de
Benedito Lima de Toledo. In Heloisa Barbuy A
cidade exposição. p.99.
IMAGEM 468: Este é o edifício da Galeria
Firminiano Pinto, na esquina da rua São Bento
com a travessa do Grande Hotel (atual rua
Miguel Couto). O Grande Hotel ocupava a
quadra toda da travessa que recebia seu
nome, que se estende da rua São Bento à rua
Líbero Badaró. Foto tomada em dezembro de
2007.
Nessa mesma quadra, mas fazendo frente somente para a rua Líbero Badaró,
atual número 346, encontra-se o Edifício Sampaio Moreira, projetado por Samuel e
Cristiano Stockler Neves, em 1924. Possui porão, térreo e mais catorze pavimentos.
400
Segundo Benedito Lima de Toledo
89
o “avô dos arranha-céus”, por ter sido o mais
alto de sua época, imagem 469.
O “bisavô dos arranha-céus”, o Edifício Guinle, situado na rua Direita, número
49, possui térreo, sobreloja, cinco pavimentos e ático. Foi projetado, calculado e
executado em concreto armado, pelo engenheiro arquiteto Hipólito Gustavo Pujol
Júnior, em 1912, imagem 470.
IMAGEM 469: No centro da foto o Edifício Sampaio Moreira, um dos primeiros arranha-céus de São
Paulo, à rua Líbero Badaró, nos anos 30. Fonte: Coleção particular de A. Salatini, in São Paulo Vila
Cidade Metrópole. Nestor Goulart Reis Filho, p. 197.
IMAGEM 470: Edifício Guinle, à rua Direita. Fonte: Departamento do Patrimônio Histórico da PMSP.
Também da década de 20, inaugurado em 1925, é a construção do Palacete
Santa Helena, implantado entre as Praças da e Clóvis Beviláqua. Na ocasião foi
considerado um dos maiores edifícios da cidade, tanto em altura quanto em área
construída. A obra foi empreitada pela empresa dos Irmãos Asson, imagens 471,
742 e 473.
89
BARBUY, Heloisa. A cidade-exposição. p. 64
401
IMAGEM 471: Edifício Santa Helena na Praça da Sé, à direita a Catedral inacabada. In Palacete
Santa Helena. p. 123.
IMAGEM 472: Corte transversal. Fonte: Palacete Santa Helena. p. 21
IMAGEM 473: Corte longitudinal. Fonte: Palacete Santa Helena. p. 22
402
Na pesquisa organizada por José Geraldo Simões Jr. e Candido Malta
Campos
90
, após muitas buscas no Arquivo Municipal, localizou processos
modificativos de 1921 e 1922, solicitando inclusão de mais pavimentos, referente ao
quinto, sexto e sétimo andar, e do cine-teatro.
O programa arquitetônico do edifício incluía diversos usos: comércio,
escritórios, lazer com cinema e teatro. O resultado foi um edifício com subsolo,
térreo, um pavimento intermediário, dois pavimentos de sobreloja e mais sete
pavimentos sendo quatro deles pavimentos tipo.
De volta à Praça do Patriarca, na esquina das ruas São Bento com a da
Quitanda o número 176, que deixou de ser há pouco tempo a loja da Casa Fretin
e onde funciona hoje uma agência do banco Fininvest. A Casa Fretin funcionou
nesse imóvel desde 1924. O edifício possui seis andares mais ático. No encontro
das duas ruas, o edifício tem um chanfro, com a porta abrindo para a Praça.
IMAGEM 474: Tomada na esquina da rua São Bento com a rua da Quitanda, em direção ao Largo
São Bento. Atribuída a 1928. Foto de Raul Almeida Prado. Acervo do Patrimônio Histórico de Energia
e Saneamento de São Paulo.
90
CAMPOS, Candido Malta e SIMÕES Jr., José Geraldo. Palacete Santa Helena. Um pioneiro da
modernidade em São Paulo.
403
Sobre a Casa Fretin, Heloisa Barbuy
91
escreveu:
“... inaugurada em 1895, é interessante observar que seu fundador
Luis Bauber Fretin, era nascido no Brasil, pertencendo à segunda
geração de franceses imigrantes que chegaram em São Paulo, em
meados do século XIX. Na década de 1860, sua mãe Victorine Amelie
Fretin, tinha sido proprietária de uma loja na rua da Imperatriz. (15 de
Novembro).[...] Louis Fretin, 1895, fundou seu próprio estabelecimento
na rua São Bento, n. 10 (depois n. 20), na mesma quadra que esteve
até recentemente.
No lote vizinho ao atual n. 176 foi o primeiro endereço da Casa Fretin,
imagem 475. Em 1906, a Casa Fretin instalou um escritório de compras em Paris, e
mantinha outro em Nova York, foi uma ocasião de “novos tempos”.
O estabelecimento anterior, número 10, quando reformado, teve projeto de
Manuel Asson, um sobrado eclético, que em 1910 passaria novamente por reforma
recebendo uma fachada mais cosmopolita, como observou Heloisa Barbuy.
IMAGEM 475: Primeiro endereço da Casa Fretin, à rua São Bento, n 10 (depois 20), em 1913. Acervo
da Casa Fretin. In: A cidade Exposição. Heloisa Barbuy. p. 146
91
BARBUY, Heloisa. A cidade-exposição. p.141,142 e 143.
404
O atual vizinho da casa Fretin, número 198, é o lote que tem um edifício
moderno com habite-se
92
de 1941. Fica ali a livraria Saraiva, no térreo e serviços.
O Edifício São Bento, número 200, 208, possui cinco pavimentos sendo térreo
mais quatro andares e a zeladoria na cobertura. A data na fachada indica ser o
edifício de 1926, e é outro exemplar da arquitetura eclética.
O Edifício Ana Maria Nogueira, números 216 e 220, também eclético, teve
habite-se
93
de 1938. Este edifício possui cinco pavimentos, sendo térreo mais quatro
andares e a zeladoria deste encontra-se no 1
o
pavimento. Este edifício é onde hoje
em grande parte do térreo funciona a Botica Ao Veado D’Ouro.
IMAGEM 476: Logomarca da Botica Ao Veado D’Ouro.
O edifício mero 230 tem altura de cinco pavimentos, recebeu habite-se
94
em 1944. Em estilo moderno, passou por grande obra de requalificação
recentemente, e ali funciona a Loja Marabraz.
Compondo a volumetria da quadra, os próximos três edifícios possuem térreo
mais um pavimento, o que permite uma boa insolação e ventilação nesse miolo de
quadra.
O edifício de números 238, 248 teve habite-se
95
em 1938, e é onde funciona a
lanchonete “Giraffas”. O número 250 é onde funciona hoje a loja de perfumaria
92
Processo N. 66744/41.
93
Processo N. 52423/38.
94
Processo N. 32753/44.
405
Boticário. E o número 256, que tem estampado na fachada 1922. Ambos o em
estilo eclético.
Os números 260 276 é um edifício de 1907, construído com o benefício do
incentivo previsto na Lei n. 1.011/1907. Projetado por Jorge Krug, um conjunto
eclético de duas edificações, cada uma possui um tramo central com porta-janelas
com vergas em arco. Nas janelas laterais as vergas são retas. A platibanda destaca
os dois tramos centrais com arco e decoração. O conjunto tem térreo mais três
pavimentos, ver imagem 478.
Foi neste endereço que funcionou no princípio a Botica Ao Veado D´Ouro. Na
ocasião pertencia ao farmacêutico Gustav Schaumann e seu sócio Gustav
Gravenhorst. Em 1922, o farmacêutico Edgard Helbic vai trabalhar na Botica, vindo
posteriormente a ser sócio. Seu filho, Edgar Helbic entra na empresa em 1959,
trabalhando como químico, e até hoje permanece na sociedade.
IMAGEM 477: Rua São Bento, à esquerda em primeiro plano a fachada da Botica com o Veado ao
centro, no seu primeiro endereço. À direita em primeiro plano o Grande Hotel. O original deve ser de
1887. Esta imagem foi copiada de uma cópia pertencente ao acervo da Botica Ao Veado D’Ouro.
95
Processo N. 90899/38.
406
IMAGEM 478: Edifício números 260 – 276. Foto da autora para esta pesquisa, 2007.
O Edifício York, antigo Palacete da Família Crespi na década de 1920, atual
número 290 e 300, em estilo Eclético, possui térreo, dois andares com sobrelojas e
seis pavimentos, também porão. Foi um dos principais arranha-céus de São
Paulo, com 29 metros de altura. Este edifício faz frente também para a rua Álvares
Penteado.
O Conde Rodolpho Crespi solicitava em 1921 ligação de esgoto para os
números 30 à 40, e em 1925 pedia vistoria no elevador. A fachada é bastante
rebuscada nos detalhes, conforme imagem 479.
IMAGEM 479: Detalhe da fachada do Palacete Crespi, Edifício York. Foto da autora, 2007.
407
Terminando essa quadra para o Largo do Café, fica o Edifício INDULSEG,
que tem frente para o Largo do Café número 11, para a rua Álvares Penteado
número 231, e para a São Bento número 308. Possui térreo com sobreloja interna,
dez pavimentos tipo, mais três escalonados e zeladoria na cobertura. Sua fachada é
Art-déco. Tem uso comercial, no térreo, lanchonete e nos demais pavimentos
funciona uma Faculdade.
O Largo do Café tem o encontro das ruas Álvares Penteado, e do Comércio, é
um espaço agradável lindeiro à rua São Bento, e quase em frente à rua Miguel
Couto.
IMAGENS 480 e 481: Largo do Café visto do meio
da rua Álvares Penteado, à esquerda em 1887,
ainda rua do Comércio, e à direita em 2003.
Fotos publicadas em São Paulo Relembrada,
p.130 e 131.
Após atravessar o Beco da Lapa, nome primitivo da antiga travessa do
Grande Hotel, atual rua Miguel Couto, na esquina, com frente para o Largo do
Café, o Prédio Álvares Penteado, em estilo Art-déco, com doze pavimentos de
escritórios acima do térreo e zeladoria na cobertura. Possui recuo lateral escalonado
a partir do décimo primeiro pavimento. O escritório Severo & Vilares solicitou habite-
se em 1939, mas na ficha do arquivo não consta o número do processo. Foi
inaugurado em 1940, com o número 333, segundo consta na administração do
condomínio.
408
Esse mesmo endereço, na pesquisa de Heloisa Barbuy, consta como o
segundo endereço da Casa Tallon, loja de roupas femininas. O primeiro endereço
era a rua São Bento, nos baixos do Hotel França (IMAGEM 444 deste capítulo), além
de uma loja na rua Direita. Sua proprietária Mme. A. Oppenheim ao retornar de Paris
abriu a segunda loja com o nome Grand Maison de Couture, imagem 482.
Neste endereço antes funcionou a loja de Henrique Bamberg, La Saison,
também de artigos femininos, ver imagem 483 o anúncio da loja. Que saiu deste
endereço para a rua São Bento, 14.
IMAGEM 482: Observar a fachada do edifício para a rua São Bento com apenas térreo e um
pavimento. Desenho integrante da Revista Industrial, elaborado por Jules Martin, 1900. Do acervo do
Museu Paulista, in Heloisa Barbuy, A cidade-exposição. p. 187.
IMAGEM 483: Anúncio da Loja La Saison, que esteve antes neste endereço. Publicado no
almanaque de 1890. In: Heloisa Barbuy, A Cidade Exposição. p. 189.
Os próximos três edifícios compõem o espaço da rua com o Largo do Café,
possuem apenas três pavimentos acima do térreo. O número 341, com habite-se
96
de 1942, solicitado por Francisco Matarazzo Neto, seu lote faz um “L”, com uma
pequena frente para a travessa do Grande Hotel, atual rua Miguel Couto.
96
Processo N. 62962/42.
409
O número 351/355, em Art-déco, com telhado de duas águas para os
vizinhos, teve habite-se
97
em 1958, solicitado por Archimedes Pettri.
O atual mero 357/359, onde funciona o Banco Losango, teve habite-se
98
em 1956, era o antigo número 45 que teve um projeto do arquiteto Rino Levi em
1928, onde funcionou a Casa Pratt.
O Edifício Gerbur, com fundos para a rua Líbero Badaró número 462, tem a
entrada principal para a rua São Bento, 365. Para esta possui apenas térreo e
mezanino, os demais vinte pavimentos tipo possuem recuos laterais e são voltados
para a rua Líbero Badaró. Teve habite-se
99
em 1968, solicitado por GERBUR S/A
Adm. & Comércio. Nesse lote, o antigo número 57, 59 e 61 da rua São Bento, foi o
primeiro endereço do Hotel Sportsmann.
Na década de 1930, ou seja, após o prédio do Hotel e antes do edifício
existente, para este lote foi solicitado por Germaine Lucie Burchard
100
, aprovação de
planta, licença para elevador (1933), e habite-se (1937).
O atual 389, o Condomínio Edifício Sant’Ana, com térreo, mais oito
pavimentos e zeladoria, possui recuo de frente, escalonado a partir do quarto
pavimento. Tem entalhado na fachada Eng e Construção Siciliano & Silva, imagem
484. Era o antigo número 49, para o qual em 1928 se solicitava na prefeitura
processo para aprovação de planta, em 1929 se solicitava visto e alinhamento e em
1930, Stela Penteado
101
solicitou o habite-se para este edifício eclético.
IMAGEM 484: Entalhe na fachada do Edifício Sant’Ana.
97
Processo N. 175001/58.
98
Processo N.101987/56.
99
Processo N. 194873/68
100
Processo N. 13907/33 elevador, e N.46037/37.
101
Processo N. 30752/30.
410
IMAGEM 485: Rua São Bento em direção ao Largo São Francisco, o terceiro edifício à direita, é o
antigo número 61, o primeiro endereço do Hotel e Rôtisserie Sportsman. O segundo edifício à direita
era o edifício da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Foto de Gulherme Gaensly, em 1902.
Acervo da Fundação Patrimônio Histórico da Energia e Saneamento de São Paulo.
Com três frentes, o próximo edifício é o “pai dos arranha-céus”, inaugurado
em 1929, construído com a técnica inovadora da ocasião, o concreto armado. O
prédio foi tema de pesquisa de Maria Cecília Naclério Homem. Possui trinta
pavimentos, sendo vinte e seis pavimentos, e três pisos de acesso: São Bento, o
João e Líbero Badaró, e o ático, onde seria a residência do Conde Martinelli. O
trigésimo piso é um terracinho onde se hasteavam as bandeiras do Brasil e da Itália.
As três entradas principais no Prédio Martinelli são: a rua São Bento, 405,
equivalente ao terceiro andar, a Avenida São João, pelo número 61, correspondente
ao segundo andar e considerada a mais importante dando acesso ao Salão
Mourisco, utilizado também para comemorações. E a terceira entrada principal para
411
a rua Líbero Badaró, 500, já primeiro subsolo. No segundo subsolo ficam os
reservatórios d’água, com 150.000 litros e o centro de medição elétrica. As casas de
máquinas dos elevadores ficam no 25º, 26º, e 28º pavimento. As caixas d’água ficam
uma no 17º andar, com 17.000 litros e a outra no 29º andar, com 30.000 litros.
Os estudos preliminares do Prédio Martinelli foram feitos em 1923, com
apenas doze pavimentos, pelo engenheiro arquiteto Willian Fillinger, formado na
Imperial e Real Escola Superior de Artes e Ofícios de Viena. O edifício eclético teve
influência visível da Escola de Belas Artes de Paris, como o coroamento e as
reentrâncias. Assim como o Hotel Astor em Nova Iorque, e o Hotel Hilton em
Chicago, da mesma ocasião. A cor rosa é referente à cor da casa do Comendador
Martinelli, nascido em Luca, sendo esta cor muito freqüente na Itália.
IMAGEM 486: Foto tirada pela autora em 2006.
O prédio foi o mais alto do mundo em concreto armado, implantado num
terreno com 2.000 m
2
, suas dimensões eram assustadoras como 46.123 m
2
de área
construída, e peso de 585.000 toneladas. Possuía 60 salões, 960 salas, 247
apartamentos, 1.057 degraus e 2.133 janelas. O programa arquitetônico era
bastante complexo, possuía restaurantes, salões de chá, cinema, cassinos, night
clubs, escritórios, barbearias, um Hotel de Luxo e lojas no térreo.
412
Neste edifício, na década de 1930, funcionou o Hotel São Bento e também o
Cine Rosário. Nos primeiros anos da década de 1970, o Prédio Martinelli, que
ostentou tanto glamour, encontrava-se encortiçado. Em 1976 o prefeito Olavo
Setúbal, diante da EMURB Empresa Municipal de Urbanização, assumiu o desafio
de desapropriações e obras de restauro do edifício. Em 1979 é reinaugurado o
Martinelli. E desde então, o térreo das três ruas é utilizado para comércio e serviços,
e nos demais pavimentos funcionam várias secretárias da prefeitura, além da própria
EMURB.
IMAGEM 487: Prédio Martinelli na cada de 1930, observar a sinalização do Hotel São Bento. Foto
pertencente ao acervo particular de Sebastião Martins Vieira.
De volta ao agradável Largo do Café, o antigo número 46 era o anexo do
Grande Hotel, construído em 1907, projetado por Oscar Kleinschmidt, com térreo,
dois pavimentos e ático. Possui frente para a travessa do Comércio, para o Largo do
Café e para a rua São Bento, hoje número 344/348. É a referência do Largo do
Café, todos os demais lotes lindeiros tiveram seus prédios substituídos por novas
413
construções. No térreo há hoje restaurantes e lanchonete. No final de tarde acontece
animado “happy hour”, com mesas espalhadas no largo.
O número 356 é o prédio dos escritórios da Loja World Tennis, possui uma
pequena frente, quase cinco metros. Com sete pavimentos tipo, loja no térreo e
subsolo. A fachada é um pano de vidro espelhado. Neste endereço o húngaro
Desidério Farkas e sua esposa Tereza abriram uma pequena loja de produtos
fotográficos, a FOTÓPTICA, em 1920. Thomas Farkas, filho do casal, desde criança
teve como passatempo predileto fotografar. Formado em engenharia, dirigiu a rede
Fotóptica após a morte de seu pai, vendendo-a para o banco credor.
Outro exemplar Eclético, com apenas dois pavimentos, é o número 360, que
teve habite-se
102
em 1936.
O Edifício Giesta teve habite-se
103
em 1954, em estilo moderno, com térreo
mais dez pavimentos e zeladoria na cobertura, possui recuo superior escalonado a
partir do sexto pavimento. Este lote no início do século XX era ocupado pela Loja
Japão, número 54, ver imagem 488.
IMAGEM 488: Fachada da Loja Japão, onde hoje é o Edifício Giesta. In: Heloisa Barbuy. A Cidade
Exposição. p. 171
102
Processo N. 100001/36.
103
Processo N. 112386/54.
414
O Edifício do Antigo Banco o Paulo, onde hoje funciona a Secretaria de
Estado da Juventude, Esporte e Lazer. Foi projetado pelo arquiteto Álvaro Botelho,
em estilo Art-déco, com estrutura de concreto e alvenaria de tijolos. Possui treze
pavimentos, o recuo superior é a partir do sexto piso. O projeto é de 1935/6 e o
habite-se
104
é de 1939. Recebe os números 380/398 para a rua São Bento, e faz
frente também para a rua XV de Novembro.
Na esquina com a Praça Antônio Prado, números 402 e 406, fica o Edifício H.
Lara, com térreo, vinte e três pavimentos, e recuos nos pavimentos superiores a
partir do décimo primeiro. Observar na imagem 489, à direita a ocasião de sua
construção.
IMAGEM 489: Vista da Praça Antônio Prado, em 1957. Observar à direita o Edifício H. Lara em obras.
Foto do acervo particular de Sebastião Martins Vieira.
IMAGEM 490: Vista da Praça Antônio Prado após 50 anos. O rapaz à esquerda da foto acima é o
simpático senhor nesta foto.
104
Processo N. 49955/34, e N. 11489/39.
415
IMAGEM 491: Vista do Edifício H. Lara da Praça Antônio Prado, em 2007.
Na Praça Antônio Prado o relógio “De Nichile”, que foi doado à prefeitura
em 1935, e é um equipamento urbano que compõe a paisagem. É tombado pelo
CONPRESP Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico da cidade de São
Paulo.
IMAGEM 492: O relógio ”De Nichile” na Praça Antônio Prado. Foto em 2007.
416
7.3 Avenida São João ao Largo de São Bento.
A Praça Antônio Prado, foi aberta com o alargamento da Avenida São João e
o realinhamento da rua XV de Novembro. No local antes havia o Largo do Rosário,
citado antes, alguns lotes foram desapropriados para a execução das obras. Um
exemplo é o lote da Confeitaria Castelões, na imagem abaixo.
IMAGEM 493: Largo do Rosário, 1902, à esquerda a filial da Confeitaria Castelões, vizinho a esta
a Casa Mathias, onde no frontão está escrito Bom Marché e à direita a Brasserie Paulista. Foto de
Guilherme Gaensly. Acervo Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo. In Heloisa Barbuy. A
Cidade-Exposição. p. 127.
IMAGEM 494: Antigo número 73. In: Heloisa Barbuy. A Cidade Exposição. p. 179.
417
Alguns lotes vizinhos à Confeitaria Castelões também seriam desapropriados
para a abertura da praça, enquanto outros foram unificados para compor um lote
maior fazendo frente para a rua São Bento, a avenida São João e a rua Líbero
Badaró, para o futuro Edifício do Banco do Brasil.
A pedra fundamental do Edifício do Banco do Brasil S. A. foi lançada em 5 de
novembro de 1941. No ano da realização da sondagem do solo. Pelas fotos do
acervo do Banco do Brasil foram localizados os engenheiros responsáveis pelas
fundações do edifício, Jonathas Castellar e Gastão Motta. As escavações datam de
1942. Posteriormente, na placa da obra a construtora responsável passou a ser
Leão Ribeiro Engenheiros – Empreiteiros, e os engenheiros civis responsáveis Mario
Dorsa e Rubens Garcia. Quando a obra estava na segunda e terceira laje, em 1947,
foi incendiada. Em 1950, foi solicitada vistoria da obra já na vigésima primeira laje.
O edifício em estilo Art-déco foi inaugurado em 1955. Possui três subsolos,
sendo um na cota da rua Líbero Badaró, outro da Avenida São João. O térreo para a
rua São Bento, número 465 e mais vinte e dois pisos. O recuo escalonado nos
pavimentos superiores começa a partir do décimo primeiro
pavimento. Imponente na
paisagem dialoga e discute com o Edifico Martinelli do outro lado da avenida, e
completa um triângulo visual com o Edifício Altino Arantes.
O Edifício Altino Arantes, conhecido como Banespão, fica na rua João Brícola,
24. Ponto mais alto do centro velho, onde começa a Avenida São João e limita a
Praça Antônio Prado. Foi construído na década de 1940, possui 35 andares, 900
degraus, 1119 janelas, 14 elevadores, com 161,22 metros de altura, é tido como a
Empire State de São Paulo.
IMAGEM 495: Foto tomada pela autora em 2006.
418
IIMAGENS 496 e 497: Cartão Postal do Prédio Martinelli, antes e depois da construção do
“Banespão”. Observar que em ambos não havia o Banco do Brasil. Acervo particular de Sebastião
Martins Vieira.
IMAGEM 498: Banco do Brasil, em 2007
419
Vizinho ao Edifício do Banco do Brasil fica o lote com os números 481. e 483.
É um edifício anexo ao Banco do Brasil, com térreo, mezanino e mais três
pavimentos. Teve habite-se
105
na década de 1950.
Com habite-se
106
de 1939 é o mero 487, com apenas térreo e três
pavimentos, e sem recuo nas laterais está em harmonia com o entorno.
Projetado pelo arquiteto Rino Levi, o número 503, é o antigo 63, e antes 83,
onde funcionou a Casa Fuchs. É um exemplar da arquitetura moderna com
elementos horizontais na fachada fazendo às vezes de brises. Possui térreo mais
doze pavimentos, com recuo escalonado para a rua São Bento a partir do quarto
andar, faz fundos para a rua Líbero Badaró. Possui habite-se
107
de 1935, funcionou
a Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública e encontra-se hoje
fechado.
IMAGEM 499: ficha de catalogação dos processos do Arquivo Municipal do Piqueri. Nesta o arquiteto
Rino Levi solicita o habite-se do projeto endereçado à rua S. Bento, 63, em 2 de agosto de 1935.
Este projeto foi aprovado nos padrões exigidos do digo Arthur Saboya, o
que permite ao edifício insolação e ventilação em todos os pavimentos. Da busca
nos desenhos não foi encontrado nenhuma elevação, apenas pranchas com as
plantas, o corte de estudo e o cálculo das áreas. Abaixo o estudo preliminar dos
recuos, em corte, do arquiteto Rino Levi.
105
Processo N. 26466/55.
106
Processo N. 47541/39.
107
Processo N. 58190/35
420
IMAGEM 500: Estudo preliminar. Acervo da biblioteca da FAU-USP.
IMAGEM 501: Um detalhe da planta, com cota indicando o recuo escalonado superior.
421
No começo do século XX este lote recebia o número 83, e ali, segundo a
pesquisa de Heloisa Barbuy funcionou a Casa Fuchs, que em 1911, solicitava
reforma da fachada. Ver imagens abaixo.
IMAGENS 502, 503 e 504: Antigo número 83. In: Heloisa Barbuy. A Cidade-Exposição. p. 161.
O número 515, onde hoje funciona uma agência do Banco Itaú, compõe a
volumetria da quadra com seu térreo e mais um pavimento, e pé-direito alto. Possui
habite-se
108
de 1970. Era o antigo número 65, antes 85, onde em 1903 funcionava o
Grand Bazar Parisien.
IMAGEM 505: Anúncio do Grand Bazar Parisien, c. 1903, à rua São Bento 87. Fotografia impressa
por Duprat & Cia., no Álbum Artístico Commercial, organizado por Eduardo Scala, da Empreza
Annunciadora (sic). Coleção Benedito Lima de Toledo. In: Heloisa Barbuy. A Cidade-Exposição. p. 85.
108
Processo N. 206978/70.
422
O número 525 também possui térreo mais um pavimento, mas com direito
comum, teve habite-se
109
em 1979. Era o antigo número 67 e antes 87, onde
funcionou a Casa Grumbarch no começo do século XX. Em 1930, era solicitado por
L. Grumbach & Cia
110
aprovação de planta, e em 1931 solicitava prazo para adaptar
elevador.
IMAGEM 506: Fotografia impressa por Duprat & Cia. No Album Artístico Commercial, da Empreza
Annunciadora, organizado por Eduardo Scala, c. 1903. Coleção Benedito Lima de Toledo. In: Heloisa
Barbuy. A Cidade-Exposição. p. 151.
IMAGEM 507: Nesta imagem podem ser vistos os três últimos lotes ocupados da esquerda, lado
ímpar, da rua São Bento antes de chegar ao Largo de mesmo nome. São respectivamente os
números 515, Itaú, 525 e 545, observar os recuos deste edifício. Foto da autora em 2006.
109
Processo N. 104652/79.
110
Processos N. 15617/30, e N. 1194/31.
423
O Condomínio Edifício de Galerias São Bento, número 545, é o último lote
ocupado da rua, com frente também para a rua Líbero Badaró. Recebeu habite-se
111
na década de 1960, possui cinco sobrelojas mais quinze pavimentos de escritórios,
está implantado no centro do lote com recuo uniforme para as duas ruas.
o último lote que também faz frente para o Largo São Bento, pertence ao
metro, é o lote que abrigou a Casa de Banho “A Sereia”. (Ver imagem 81 no capítulo 5).
De volta à Praça Antônio Prado, onde ficava a antiga Igreja Nossa Senhora
do Rosário dos Homens Pretos, é hoje a Praça e um pedaço do Edifício da Bolsa
Mercantil & Futuro (BM&F). Com 13 Pavimentos, sendo quatro subsolos.
IMAGEM 508: Praça Antônio Prado, aos fundos o Edifício Altino Arantes, à esquerda de cima para
baixo, o Edifício da BM & F, o Edifício Dilan que está na esquina com a rua São Bento. E um pedaço
do Edifício do Banco do Brasil. À direita há um pedaço do Prédio Martinelli e um pedaço do Edifício H.
Lara. Foto para esta pesquisa.
IMAGENS 509 e 510: Ambas são do mesmo trecho da rua São Bento na esquina com a Avenida São
João, a da esquerda no começo do século XX, antes da demolição da Igreja Nossa Senhora do
Rosário dos Homens Pretos. A segunda uma planta atual com o desenho urbano após o alargamento
da Avenida São João e da abertura da Praça Antônio Prado.
111
Processo N. 69585/69.
424
O lote vizinho à Bolsa faz esquina com a rua São Bento. Recebe o número
470 para esta, é o Edifício DILAN, com pilotis no térreo recebe 17 pavimentos e
zeladoria na cobertura. Possui recuo escalonado a partir do nono pavimento. Teve
habite-se em 1951. Neste lote antes havia o Edifício Martinico Prado, e antes existiu
o sobrado da imagem abaixo, à direita em primeiro plano. Podemos observar aos
fundos a antiga Igreja de São Bento.
IMAGEM 511: Trecho do lado par da rua São Bento, entre a Avenida São João e o Largo o Bento,
em 1900. Autoria desconhecida. Acervo da Fundação do Patrimônio Histórico da Energia e
Saneamento de São Paulo.
O número 480, que abriga uma agência do Banco Bradesco, é composto de
térreo, sobreloja mais quatro pavimentos. Possui um volume com recuos em todos
os lados, o que demonstra que foi construído mais recentemente. Aparece uma ficha
para este endereço de um processo solicitado por Pilon & Matarazzo em 1940
112
.
Neste lote no começo do século XX, o número 68a, funcionava a loja Fujisaki
& Cia, e no número 64 (depois 72), funcionava a casa de modas Au Palais Royal,
ver imagem 512.
IMAGEM 512: Fachada Au Palais Royal, c. 1903. In: Heloisa Barbuy. A Cidade-Exposição. p. 191.
112
Processo N.33588/40
425
O Edifício Joaquim Gonçalves Moreira, número 500, com data de MCML
escrito na placa do hall de entrada, possui térreo mais dez pavimentos e zeladoria
na cobertura. Foi construído pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, seu
estilo arquitetônico é moderno, e seu habite-se
113
data de 1950.
O número 514 e 518 é o único exemplar Eclético nesta quadra. Possui térreo
mais dois pavimentos, com salas comerciais. Neste endereço funcionou em meados
do século XX outra das tradicionais leiterias paulistanas, a Leiteria Pereira, cujo
proprietário era Nicola Sola Ares. O edifício data de 1906, e foi construído por J. J.
Ferreira.
Na seqüência, temos o número 520, que é um prédio com térreo mais 6
pavimentos, teve um habite-se
114
em 1955 solicitado por Leôncio Ferraz Junior e um
anterior em 1938, solicitado por João Falco e Elvira Matos do Amaral mas sem
número. Atualmente funciona no edifício o Banco Fininvest.
Nesses três últimos endereços, segundo a pesquisa de Heloisa Barbuy, A
Cidade-Exposição - Comércio e Cosmopolitismo em São Paulo, 1860 1914,
funcionavam nos números 74/70 a Casa de Ferragens Fischbacher, no número 78
e/t a casa de bicicletas Pegeout e no número 80 e/s a loja da SINGER,
respectivamente.
Na esquina com a rua Boa Vista, com frente também para o Largo São Bento
fica o número 534, que hoje é parte da estação do Metrô Estação o Bento. O
espaço é comercial com restaurantes e lojas, como o tradicional Café Girondino, que
já esteve na Praça da Sé e a loja de calçados Bongusto.
Este lote possuía, de acordo com a foto de 1862, imagem 81 do capítulo 5, a
Grande Agenzia (sic) de comércio agrícola, num imóvel térreo, provavelmente
construído de taipa. Posteriormente, por volta de 1890, imagem 82 do capítulo 5, e
em 1902, conforme imagem 83 no capítulo 5, nesse mesmo endereço uma nova
edificação, em alvenaria de tijolos, com térreo mais dois pavimentos abrigou o
Grande Hotel Paulista.
Atravessando a rua Boa Vista temos o conjunto arquitetônico eclético que
compõe os imóveis endereçados para o Largo São Bento, do final do século XIX,
113
Processos N. 73609/45 (construção de prédio), N. 113040/50, e N. 86454/50.
114
Processos N. 91422/55.
426
com volumetria baixa, pois possuem apenas um pavimento acima do térreo. Foram
construídos em alvenaria de tijolos, com vigas e colunas de ferro.
Os atuais números 10 a 40 do Largo São Bento e 368, 372 da rua Boa Vista,
hoje utilizado para algumas lojas comerciais, era o Hotel D`Oeste, edifício projetado
pelo escritório Rossi & Branni, ver imagem 81 do capítulo 5.
Os números 48, 54 e 58 do Largo São Bento, o imóveis característicos da
virada do século XIX para o XX, em que no térreo havia o comércio e no piso
superior residência.
Do outro lado do Largo São Bento, imagem 88 do capítulo 5, houve o prédio
onde funcionaram os escritórios da Companhia Paulista de Estradas de Ferro,
construído em 1886 e demolido em 1932. Este lote em 1939/40 recebeu um projeto
do arquiteto Rino Levi, para um Conjunto Comercial para o IAPI – Instituto de
Aposentadorias e Pensões dos Industriários, como fundo gerador de renda. Este
Conjunto estaria sobre o túnel que ligaria o Vale do Anhangabaú à rua Vinte e Cinco
de Março. Nos níveis do Largo São Bento e do Vale do Anhangabaú haveria lojas, e
tirando partido da topografia teria dois pavimentos intermediários de estacionamento.
Os três edifícios de escritórios se elevariam acima das lojas implantadas na cota do
Largo São Bento e estariam dispostos paralelamente.
IMAGEM 513: Conjunto Comercial para o IAPI. In: Rino Levi. Arquitetura e cidade. Renato Anelli,
Abilio Guerra e Nelson Kon. p. 110.
427
IMAGEM 514: Desenho do corte. Observar o aproveitamento da topografia. Idem. p 111
IMAGEM 515: Foto do Largo São Bento, à esquerda o Viaduto Santa Ifigênia, as torres são da Igreja
de São Bento, à direita os baixos edifícios endereçados para o Largo São Bento, construídos no final
do século XIX e começo do XX. O ângulo de vista está 90º virado da imagem 511 e apresenta a
situação na década de 1970. Acervo da biblioteca da FAU-USP.
428
Enfim chegamos à Igreja de São Bento. O mosteiro foi estabelecido em 1598,
no local onde se supõe que ficava a antiga aldeia do cacique Tibiriçá. A primeira
igreja, construída de taipa, ficou pronta em 1600. O edifício atual projetado pelo
arquiteto alemão Richard Berndl em 1911, ficou pronto em 1914.
IMAGENS 516 e 517: Igreja e Mosteiro de São Bento, 1862 e 2003. In: Eduardo Magossi. São Paulo
Relembrada, p. 140 e 141.
429
Nesta Igreja são celebradas missas diariamente com canto gregoriano. E
cerimônia de casamentos como a de Maria Aparecida Lellis Vieira e Lycurgo Santos,
meus avós paternos, realizada às 17:30 horas, do dia 15 de julho de 1940, conforme
o convite e o menu da festa.
IMAGEM 518: Convite do casamento citado.
IMAGENS 519 e 520: Frente e Verso do menu da festa.
430
431
Conclusões
Esta pesquisa procurou fazer a leitura da paisagem urbana a partir do espaço
construído hoje, do fragmento selecionado para estudo, e o processo para chegar a
esta realidade. No começo foram apresentados os conceitos utilizados, em seguida
foi introduzida a periodização para referenciar os fatos ocorridos e fornecer as
plantas da cidade de São Paulo, sendo eleitas as cadastrais na escala do lote.
Essas foram posteriormente pormenorizadas no capítulo da cartografia, que
viabilizou a visualização dos lotes implantados ao longo da via de estudo.
A legislação urbana foi instrumento para a compreensão da atual
configuração da paisagem urbana. E a iconografia revela as transformações
ocorridas, nem sempre positivas para o espaço urbano.
O inventário de todos os imóveis mostrou-se uma forma adequada de
documentar esse momento da rua São Bento e foi fundamental para a biografia
desta. Faire une promenade, um passeio ao longo da rua São Bento explorando o
conhecimento construído ao longo da realização desta pesquisa foi o caminho
encontrado para realizar a leitura da paisagem urbana.
Conforme escreveu Nestor Goulart Reis Filho
115
sobre a transformação dos
lotes:
“... não é difícil constatar que os lotes urbanos têm correspondido, em
princípio, ao tipo de arquitetura que irão receber: os lotes medievo-
renascentistas à arquitetura daqueles tempos, os lotes mais amplos do
século XIX e início do século XX às casas com jardins particulares e,
finalmente, as superquadras à complexidade dos programas residenciais
recomendados pelo urbanismo contemporâneo. As mudanças ocorridas em
ambos os setores, através da História, são de molde a iniciar a persistência
de um conjunto de inter-relações, cujo conhecimento é sempre da maior
importância, seja para o estudo da arquitetura, seja para o estudo dos
aspectos urbanísticos. Com ressalva, apenas será de notar que a arquitetura
é mais facilmente adaptável às modificações do plano econômico-social do
que o lote urbano, pois as modificações deste exigem, em geral, uma
alteração do próprio traçado urbano”.
115
Reis Filho, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. p.16
432
Como observou Ernani Silva Bruno, São Paulo, nos seus três primeiros
séculos de existência, não passou de arraial de sertanistas. Com a vinda do curso
de Direito, tornou-se burgo de estudantes, passando timidamente por algumas
transformações: apareceram as repúblicas estudantis, os hábitos tiveram algumas
mudanças, mas a transformação mesmo veio com o advento da implantação das
ferrovias. A primeira foi a São Paulo Railway ligando Jundiaí e Campinas ao porto de
Santos. Ao longo da ferrovia que atravessa a capital surgiram novos bairros e o
centro passou a ser o pólo de comércio e serviços. Produtos importados passaram a
ser comercializados em lojas distribuídas nas ruas do triângulo. Bancos atendiam
aos negociantes, fazendeiros que aos poucos foram morar em casas nos bairros
novos que estavam sendo abertos, como Santa Ifigênia, Morro do Chá, Campos
Elíseos, Santa Cecília e Vila Buarque.
As primeiras preocupações urbanísticas vieram na administração do prefeito
João Teodoro Xavier, como a abertura, melhoria, e alargamento de vias;
regularização, remodelação e implantação de praças; novo meio de condução o
bonde puxado por animais, foi instalado em 1872. É desta administração o Código
de Posturas de 1875. Data desta ocasião a litografia do Viaduto do Chá, que após
um tempo se concretizou, sendo um marco na ocupação urbana da cidade para
“além das pontes”, extrapolando o burgo natural. Alguns autores adotam essa
administração como a segunda fundação da cidade.
O crescimento populacional reflete no aumento da mancha urbana. Após a
Proclamação da República, a agitação na cidade era grande. Assumiu a
administração da cidade Antônio Prado, exercendo seis mandatos, de 1898 a 1911
quando passa a prefeitura para Raimundo Duprat. Durante essa longa administração
a cidade vivenciou um “bota abaixo” nas construções, para serem edificadas novas
ou para alargamento de vias ou ainda para abertura de praças.
Os Planos de Melhorias para São Paulo, sempre foram propostas
contemplando o centro, enquanto novos bairros iam surgindo sem continuidade e
excluindo o proletariado. Os prefeitos que sucederam Antônio Prado deram
continuidade a essa política (Raimundo Duprat, Washington Luis e Firminiano de
Morais Pinto), tendo o engenheiro Vítor Freire presente na prefeitura em todas essas
administrações.
433
Data de 1929 o Código Arthur Saboya, sendo este aplicado na aprovação dos
projetos analisados. Os prefeitos que sucederam Firminiano de Moraes Pinto foram
Pires do Rio, Prestes Maia, Ulhôa Cintra, formando uma nova geração que traçou
melhorias para a cidade, enquanto esta passava por explosão no crescimento
populacional. O processo de verticalização acompanhou o adensamento e
valorização do solo, nos centros velho e novo da cidade.
Contando o número de lotes com frente para a rua São Bento sobre as
plantas cadastrais: hoje, 2007 68 lotes, em 1972 e 1954 havia 71 e 82, em 1930
eram 87. Na planta de 1911 havia 110 lotes; e 104 e 88, em 1881 e 1841
respectivamente. Essa diferença do número de lotes num trecho que permaneceu o
mesmo durante todo esse período explica os desmembramentos e unificações de
lotes para as intervenções urbanas públicas ou privadas que aí aconteceram.
O ecletismo acadêmico, o art-déco, e a arquitetura moderna compõem a
paisagem arquitetônica da rua. Do final do século XIX até a década de 1930 há
exemplares ecléticos. O art-déco aparece principalmente na década de 1930, mas
ainda de 1955 um exemplar. Enquanto a arquitetura moderna tem um projeto do
escritório do arquiteto Rino Levi projetado em 1935, e outros dois não executados,
um no Largo do Ouvidor e o outro no Largo São Bento, respectivamente 1959 e
1939/40. Os outros edifícios modernos são das décadas posteriores a 1940 até o
final da década de 1970, tendo um projeto do arquiteto Gregori Warchavchik de
1953.
Um fato fica provado ao comparar três pesquisas. A primeira, da historiadora
Beatriz Piccoloto Siqueira Bueno, com base na Décima Urbana de 1809 primeiro
imposto predial das cidades brasileiras, sobre o tecido urbano e mercado imobiliário
de São Paulo, espacializada na planta de 1841-47, como referência do início do
século XIX. A historiadora documentou três plantas: tipologias (térreas, sobrados,
terrenos); finalidade (aluguel ou uso próprio); e usos (residencial, comércio ou
misto). Pesquisa publicada nos Anais do Museu Paulista, volume 13, janeiro-julho de
2005. Páginas 59 à 97. O uso predominante da rua São Bento era residencial,
apenas um imóvel era de uso comercial e sete imóveis com uso misto.
Com a segunda pesquisa, de Heloisa Barbuy, sobre o comércio no final do
século XIX e começo do XX, espacializada na planta cadastral assinada pelo
Engenheiro Civil Antonio Manuel Bueno de Andrade e copiada pelo engenheiro V.
434
Huet de Bacellar, de 1893, pertencente à Coleção particular de Benedito Lima de
Toledo, uma segunda referência é a Planta Cadastral e commercial da cidade de
São Paulo, editada por Thomas & Cia. e impressa no Estab. Gráphico Weissflog
Irmãos, São Paulo, c. 1911, pertencente ao Acervo do Museu Paulista, coleção
Aguirra. Essa planta apresenta uma situação diversa da anterior com muito mais uso
comercial e misto ao longo do fragmento de pesquisa.
E a terceira pesquisa, realizada sobre a planta cadastral de 2006, da
Prefeitura Municipal de o Paulo, realizada sobre a foto aérea de 2003, em que o
uso do solo dos imóveis lindeiros à rua o Bento é todo comercial. Salvo poucos
edifícios que ainda mantém a residência do zelador. Em suma, uma rua que foi
residencial, após dois séculos é absolutamente local de trabalho.
A cidade não é mais o que foi, nem nunca será. O passado já não nos
pertence mais. A realidade está aqui no presente, e esse trabalho registra um
momento de uma rua. Uma rua que seu estudo mostra sua grande permanência, o
traçado do seu leito, e aponta suas transformações de cinco séculos de existência
para a civilização do europeu que aqui se estabeleceu. Espero que essa pesquisa
venha contribuir para futuras pesquisas e trabalhos, não sobre a rua São Bento,
mas também sobre a urbanização da cidade de São Paulo.
435
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- Arquivo Histórico Municipal Washington Luís
- Arquivo Geral de Processos – PMSP
- Arquivo de Negativos – Departamento de Patrimônio Histórico – PMSP
- Arquivo do Museu Paulista - USP
Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo / IAB-SP
Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – USP
Biblioteca da EMURB – Empresa Municipal de Urbanização.
Biblioteca do Jockey Club de São Paulo.
Biblioteca Municipal Mário de Andrade
Sites:
Instituto Moreira Salles: www.ims.com.br
Fundação Energia e Saneamento: www.fphesp.org.br
Prefeitura Municipal de São Paulo: www.capital.sp.gov.br
440
Índice de Imagens:
IMAGEM 1: CROQUI elaborado para essa pesquisa pela autora.............................22
IMAGEM 2.................................................................................................................36
IMAGEM 3.................................................................................................................36
IMAGEM 4.................................................................................................................37
IMAGEM 5.................................................................................................................37
IMAGEM 6.................................................................................................................38
IMAGEM 7: Planta da Restauração. Fonte: Arquivo Histórico Militar, Rio de Janeiro.
In São Paulo Vila Cidade Metrópole, de Nestor Goulart Reis Filho, p.66 e 67..........39
IMAGEM 8.................................................................................................................39
IMAGEM 9.................................................................................................................40
IMAGEM 10...............................................................................................................41
IMAGEM 11...............................................................................................................42
IMAGEM 12...............................................................................................................43
IMAGEM 13 “Mappa da cidade de São Paulo e seus subúrbios”, realizada pelo
engenheiro civil Carl Abraham Bresser , ca. 1841-7. ................................................45
IMAGEM 14: Pormenor do “Mappa da cidade de São Paulo e seus subúrbios”,
realizada pelo engenheiro civil Carl Abraham Bresser , ca. 1841-7..........................46
IMAGEM 15...............................................................................................................47
IMAGEM 16...............................................................................................................48
IMAGEM 17...............................................................................................................49
IMAGEM 18: “Planta da Cidade de São Paulo”, realizada pela Companhia Cantareira
e Esgotos (sic), 1881.................................................................................................51
IMAGEM 19: Pormenor da “Planta da Cidade de São Paulo”, realizada pela
Companhia Cantareira e Esgotos (sic), 1881............................................................52
IMAGEM 20...............................................................................................................53
IMAGEM 21...............................................................................................................54
IMAGEM 22...............................................................................................................55
IMAGEM 23: Cópia da Planta da Cidade de São Paulo, 1893, população 130.775
habitantes. Escala 1: 2000. Folha da Sé ¼. Assinada pelo Engenheiro Civil Antonio
Manuel Bueno de Andrade em 17 de maio de 1893, e copiada pelo Engenheiro V.
Huet de Bacellar. O original pertence à coleção particular de Benedito Lima de
Toledo, fornecida pela pesquisadora Heloisa Barbuy. ..............................................56
IMAGEM 24: Pormenor do carimbo à esquerda da planta citada na imagem 23......57
IMAGEM 25: Desenho feito, em autoCAD, sobre o arquivo da imagem 23. ............57
IMAGEM 26: Pormenor da área desta pesquisa feito sobre a planta da imagem 25.
..................................................................................................................................58
IMAGENS 27 e 28: Montagem e pormenor das folhas: 07 e 08 / 51, das plantas
publicadas pela SARA Brasil S.A., em 1930. ............................................................60
IMAGEM 29: Pormenor da Planta publicada, em 1930, pela SARA Brasil S. A........60
IMAGEM 30: Pormenor da Planta publicada, em 1930, pela SARA Brasil S. A........61
IMAGEM 31: Folha 13/15 utilizada na.......................................................................62
IMAGEM 32: Folha 13/20 também utilizada.............................................................62
IMAGEM 33: Folha com a rua São Bento .................................................................62
IMAGEM 34: Pormenor da Planta publicada, em 1954, VASP/Cruzeiro...................63
IMAGENS 35, 36 e 37: Montagem das folhas 22 e 23 /139. GEGRAN 1972. ..........64
IMAGEM 38: Pormenor da planta realizada em 1972...............................................65
441
IMAGEM 39: Folha 3314/1981. EMPLASA - Empresa Metropolitana da Grande São
Paulo. ........................................................................................................................66
IMAGEM 40: Folha 3314/1995. EMPLASA - Empresa Metropolitana da Grande São
Paulo. ........................................................................................................................66
IMAGEM 41: Aerofotogramétrico de 2003.................................................................67
IMAGEM 42: Pormenor na área de estudo, da Planta Cadastral de 2006 – SQL
(Setor/Quadra/Lote), baseada no levantamento aerofotogramétrico de 2003. .........68
IMAGEM 43: Ampliação da IMAGEM 42...................................................................69
IMAGEM 44: Observar nessa planta, c. 1911, os lotes na frente da Igreja de Santo
Antônio, entre as ruas São Bento e São José. No lado direito, lado para o Vale do
Anhangabaú, há a presença de lotes e no alinhamento da rua São José. Nota-se o
acesso para Viaduto do Chá. ....................................................................................76
IMAGEM 45: Nesta planta elaborada pela SARA Brasil S/A, de 1930, observar que
as alterações urbanas ocorridas estão registradas, como o alargamento da rua São
José (Líbero Badaró) e a abertura da Praça do Patriarca. Porém o acesso ao
Viaduto do Chá ainda está alinhada com a rua Direita. ............................................76
IMAGEM 46: Observar nesta planta, 1954, o alinhamento do Viaduto do Chá
centralizado com a Praça do Patriarca......................................................................77
IMAGEM 47: Pormenor da planta c. 1911. Observar a Igreja e Largo do Rosário, e a
ladeira de São José ainda sem alargar. Na esquina da São Bento com a Ladeira e a
rua São José, lado sul, ver a quantidade de lotes implantados.................................78
IMAGEM 48: Observar nessa planta, 1930, a Avenida São João alargada e a
abertura da Praça Antonio Prado. Um pedaço do Largo São Bento remodelado. Na
Praça Antonio Prado esquina com a rua São Bento e a rua Líbero Badaró, já
alargada, um lote único, onde foi construído o Prédio Martinelli.Mas do outro lado da
praça, lado norte, os lotes ainda são pequenos........................................................78
IMAGEM 49: Largo São Francisco e rua Christovam Colombo. ...............................79
IMAGEM 50: Observar na planta, 1954, na esquina da Praça Antonio Prado com a
rua São Bento, lado sul, o lote encontra-se unificado e pontilhado, que indicava estar
em obras. ..................................................................................................................80
IMAGEM 51: Pormenor da planta de 1972, da quadra entre o Largo São Francisco e
a rua José Bonifácio..................................................................................................81
IMAGEM 52: Observar nessa planta de 1972, o trecho entre a Praça Antonio Prado
e o Largo São Bento. O lote do Edifício do Banco do Brasil unificado, o lote na
esquina da rua São Bento com a rua Boa Vista sem nenhuma demarcação de lote,
apenas com o levantamento topográfico, o que indica o estudo para as obras do
Metrô. ........................................................................................................................81
IMAGEM 53: Pormenor da planta de 2006, da quadra entre as ruas Benjamin
Constant e José Bonifácio.........................................................................................82
IMAGENS 54 e 55: Tipologias: térreo – azul; sobrado – verde; vermelho – principais
prédios da cidade; amarelo – terrenos; e branco – lotes sem informações
disponíveis, em “obras”, etc. .....................................................................................92
IMAGENS 56 e 57: Finalidade: roxo – uso próprio; azul – aluguel; vermelho –
principais prédios da cidade;; amarelo – terrenos e branco – lotes sem informações
disponíveis. ...............................................................................................................93
IMAGENS 58 e 59: Uso do solo: verde claro – residencial; marinho – comercial;
verde escuro – misto; vermelho – principais prédios da cidade; amarelo – terrenos; e
branco – lotes sem informações disponíveis.............................................................94
IMAGEM 60: Litografia feita por Jules Martin sobre a desapropriação e demolição da
casa do Barão de Tatuí. ..........................................................................................106
442
IMAGEM 61: Planta desenhada sobre a cópia da Planta da Cidade de São Paulo,
1893, população 130.775 habitantes. Escala 1: 2000. Folha da Sé ¼. Assinada pelo
Engenheiro Civil Antonio Manuel Bueno de Andrade em 17 de maio de 1893, e
copiada pelo Engenheiro V. Huet de Bacellar. O original pertence à coleção
particular de Benedito Lima de Toledo. Os principais estabelecimentos comerciais
citados por Heloísa Barbuy estão destacados de laranja........................................111
IMAGEM 62: Planta da Zona Central, com o perímetro e logradouros situados fora
do perímetro, do Código de Obras de 1941. ...........................................................115
IMAGEM 63: PLANTA da área Central da Cidade de São Paulo delimitando em
vermelho o Perímetro da Operação Urbana Centro, e destacado em amarelo a rua
São Bento inserida na Z – 5 (lilás). .........................................................................120
IMAGEM 64: “Imagem sem título”, de 1787, autoria desconhecida. In São Paulo Vila
Cidade Metrópole, de Nestor Goulart Reis Filho, p. 78. ..........................................125
IMAGEM 65: Mosteiro de São Bento, visto da margem do Tamanduateí. Foto de
Militão Azevedo, em 1862. In Anhangabaú de Benedito Lima de Toledo, p. 10. ....126
IMAGEM 66: Imagem sem título; autoria de Arnauld Julien Pallière, 1821. Fonte:
Coleção Beatriz e Mário Pimenta Camargo. In São Paulo Vila Cidade Metrópole, de
Nestor Goulart Reis Filho, p.94. ..............................................................................126
IMAGEM 67: Igreja de São Francisco, e Largo do Capim (1862). Observar o Cruzeiro
na frente da Igreja. Foto de Militão de Azevedo. In: MAGOSSI, Eduardo. São Paulo
Relembrada. p. 90...................................................................................................130
IMAGEM 68: Em frente as igrejas de São Francisco de Ordem Primeira observa-se a
estátua em homenagem a José Bonifácio. In: Andar, Vagar, Perder-se. São Paulo
anos 20. Evandro Carlos Jardim, João Luiz Musa e Ricardo Mendes, p. 135. .......131
IMAGEM 69: Foto realizada para essa pesquisa pela autora em 2007. .................131
IMAGEM 70: Hotel des Voyageurs (1858), de Pedro Imbert. Gravura publicada no
jornal Correio Paulistano, em 1858. Heloisa Barbuy. A cidade exposição. p.52. ....132
IMAGEM 71: Hotel Palm, 1862, foto Militão Augusto de Azevedo, cópia da biblioteca
da FAUUSP.............................................................................................................132
IMAGEM 72: Ladeira do Ouvidor. In São Paulo Vila Cidade Metrópole, de Nestor
Goulart Reis Filho, p.52...........................................................................................133
IMAGEM 73: Rua José Bonifácio na esquina com a rua São Bento, em direção à rua
Líbero Badaró. In: JARDIM, Eduardo Carlos; MUSA, João Luiz; MENDES, Ricardo;
São Paulo anos 20 andar, vagar, perder-se. p.135.................................................133
IMAGEM 74: O mesmo ângulo em 2007. Foto da autora. ......................................134
IMAGEM 75: Aos fundos em obras o Prédio Saldanha Marinho, em construção no
final dos anos 20. In: JARDIM, Eduardo Carlos; MUSA, João Luiz; MENDES,
Ricardo; São Paulo anos 20 andar, vagar, perder-se. p.135. .................................135
IMAGEM 76: No mesmo ângulo em 2007. Foto da autora......................................135
IMAGEM 77: A casa grande, o sobrado, à direita foi do Brigadeiro Luis Antônio e
depois de seu filho, o Barão de Souza Queiroz. Foto de Militão de Azevedo 1862/3.
In: LAGO, Pedro Corrêa do. Militão Augusto de Azevedo. São Paulo nos anos 1860.
p. 95. .......................................................................................................................139
IMAGEM 78: Foto tirada com alguns minutos de diferença, observar o movimento
das pessoas em frente a casa do Brigadeiro. Foto de Militão de Azevedo 1862/3. In:
LAGO, Pedro Corrêa do. Militão Augusto de Azevedo. São Paulo nos anos 1860. p.
97. ...........................................................................................................................139
IMAGEM 79: Foto tomada no mesmo ângulo para esta pesquisa pela autora, em
2007. .......................................................................................................................140
443
IMAGEM 80: Estrutura Metálica do Viaduto do Chá sobre o Parque do Anhangabaú
em 1929. Cartão postal, coleção particular de Elíseo Belchior, In São Paulo Vila
Cidade Metrópole, de Nestor Goulart Reis Filho, p.153. .........................................141
IMAGEM 81: Largo São Bento, 1862. Foto Militão Augusto de Azevedo. Fonte:
Arquivo de Negativos do Departamento de Patrimônio Histórico da Prefeitura
Municipal de São Paulo...........................................................................................143
IMAGEM 82: Largo São Bento, por volta de 1890. Boris Kossoy, Álbum de
Photographias do Estado de São Paulo 1892, 1984. p. 59.....................................144
IMAGEM 83: Largo São Bento, 1902. Foto: Guilherme Gaensly. Departamento do
Patrimônio Histórico. Prefeitura Municipal de São Paulo. .......................................144
IMAGEM 84: Largo São Bento, década de 1920. In: JARDIM, Eduardo Carlos;
MUSA, João Luiz; MENDES, Ricardo; São Paulo anos 20 andar, vagar, perder-se.
p.77 e 129. ..............................................................................................................145
IMAGEM 85: Largo São Bento, por volta de 1930. Departamento do Patrimônio
Histórico. Prefeitura Municipal de São Paulo. .........................................................145
IMAGEM 86: Largo São Bento, 2007. Foto tomada pela autora da Igreja de São
Bento.......................................................................................................................146
IMAGEM 87: Vista da rua São Bento do Largo São Bento, a direita o Hotel
Rebecchino. Departamento do Patrimônio Histórico. Prefeitura Municipal de São
Paulo. ......................................................................................................................147
IMAGEM 88: Foto tomada do Largo de São Bento com vista para a Igreja de Santa
Ifigênia, por volta de 1920. À direita parte do Mosteiro de São Bento; ao centro o
Viaduto Santa Ifigênia, inaugurado em 1913. À esquerda, o prédio onde
funcionavam os escritórios da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, construído
em 1886 e demolido em 1932. Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura
Municipal de São Paulo...........................................................................................148
IMAGEM 89: Avenida São João esquina com rua São Bento, na parte superior, a
Praça Antônio Prado, à esquerda o Palacete Martinico Prado. Fonte: Cartão Postal,
coleção particular de Elíseo Belchior. In São Paulo Vila Cidade Metrópole, de Nestor
Goulart Reis Filho, p.180.........................................................................................150
IMAGEM 90: Avenida São João esquina com rua São Bento, em 2007, na esquina o
Edifício Dilan, vizinho a BM & F, e aos fundos o Edifício do Banespa. ...................150
IMAGEM 91: Largo do Café, com vista para a rua São Bento em direção ao Largo
São Francisco, em 1914, à direita rua do Grande Hotel. Observar os trilhos no leito,
e tílburi estacionado à esquerda. Fonte original: São Paulo em Três Tempos. In
EMPLASA. Memória Urbana p. 12..........................................................................152
IMAGEM 92: No mesmo ângulo que a imagem 91, mas em dia de semana, observar
o uso do calçadão para o comércio informal desqualifica o espaço. Fotografia tirada
em 2007. .................................................................................................................152
IMAGEM 93: Largo do Café, com vista para a rua São Bento, à direita rua Miguel
Couto. Essa foto foi retirada num domingo. ............................................................153
IMAGEM 94: Na esquina o Edifício do anexo do Grande Hotel. Foto tomada em
2007. .......................................................................................................................153
IMAGEM 95: Rua São Bento na altura do Largo do Café, em direção ao Largo São
Bento. O Edifício na esquina é o anexo do Grande Hotel. In: Heloisa Barbuy. A
cidade exposição. p.100..........................................................................................154
IMAGENS 96: Rua São Bento na altura do Largo do Café, em direção ao Largo São
Bento. O Edifício na esquina é o anexo do Grande Hotel. Fotografia tirada em 2007.
................................................................................................................................154
444
IMAGEM 97: Abertura da Praça do Patriarca, foto da ocasião da obra. Anhangabaú.
Benedito Lima de Toledo, p. 160.............................................................................156
IMAGEM 98: Praça do Patriarca em 1925, recém inaugurada. Anhangabaú.
Benedito Lima de Toledo, p. 157.............................................................................156
IMAGEM 99: A Praça do Patriarca em 1927. Anhangabaú. Benedito Lima de Toledo,
p. 161. .....................................................................................................................157
IMAGEM 100: No mesmo ângulo em 2007. Em branco, à direita no primeiro plano,
parte do pórtico projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha.........................157
IMAGEM 101: Observar o Viaduto do Chá, projeto de Jules Martin, chegando à
Praça do Patriarca, na direção da rua Direita, 1927. Anhangabaú. Benedito Lima de
Toledo, p. 192, pormenor da imagem. ....................................................................158
IMAGEM 102: Observar o Viaduto do Chá, projeto de Elisiário da Cunha Bahiana,
chegando centralizado à Praça do Patriarca...........................................................158
IMAGEM 103: Observar o volume, a altura, gabarito, dos edifícios do entorno da
Praça do Patriarca, nesta vista aérea. Anhangabaú. Benedito Lima de Toledo, p.
162. .........................................................................................................................159
IMAGEM 104: Comparar o volume, a altura, gabarito dos edifícios com a imagem
103. Na Praça do Patriarca o Pórtico com a cobertura do acesso a Galeria Prestes
Maia, projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha.........................................159
IMAGENS 105 e 106: Fotos tiradas no mesmo ângulo da cabeceira do Viaduto do
Chá com vista para a rua Direita, observar que a acima é o primeiro viaduto, com
trilhos de bonde no começo do século XX, enquanto a foto abaixo é do começo do
século XXI. Acima: Anhangabaú. Benedito Lima de Toledo, p. 159 e abaixo foto da
autora em 2007. ......................................................................................................160
IMAGEM 107: da rua Direita avista-se a torre da Igreja de Santo Antônio aos fundos
à esquerda e ainda o Casarão do Barão de Tatuí, ou seja antes do Viaduto do Chá.
Foto de Militão Augusto de Azevedo, 1862. In: MAGOSSI, Eduardo. São Paulo
Relembrada. p. 110.................................................................................................161
IMAGEM 108: No mesmo ângulo que a imagem anterior na década de 1920. Foto
Guilherme Gaensly. Fundação do Patrimônio Histórico da Energia e Saneamento de
São Paulo................................................................................................................161
IMAGEM 109: No mesmo ângulo que a anterior em 2007, a torre da igreja quase não
se vê, perdida na atual paisagem urbana. Foto da autora. .....................................162
IMAGEM 110: Edifício Martinelli. Cartão Postal - Imprensa Oficial. ........................163
IMAGEM 111: Largo do Rosário antes do alargamento da Avenida São João.
Edifícios como da Rotsserie Castelões, Casa Mathias foram demolidos para a
abertura da Praça Antônio Prado. In EMPLASA. Memória Urbana p.41.................164
IMAGEM 112: Rua São João antes de ser alargada, 1887. In: MAGOSSI, Eduardo.
São Paulo Relembrada. p. 144. ..............................................................................164
IMAGEM 113: O Café Brandão na esquina onde existiu o Hotel Itália Brazil, c. 1910.
Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura Municipal de São Paulo........165
IMAGEM 114: Avenida São João alargada neste trecho. Provavelmente entre 1927 e
1929. À direita parte do Prédio Martinelli em obras e à esquerda o edifício dos
Correios. In: Andar, Vagar, Perder-se. São Paulo anos 20. p. 130.........................165
IMAGEM 115: Foto da autora tomada no mesmo ângulo em 2007. .......................166
IMAGENS 116 e 117: Rua Líbero Badaró na esquina com a Avenida São João.
Acima: Anhangabaú. Benedito Lima de Toledo, p. 97. E abaixo: Foto da autora em
2007. .......................................................................................................................167
IMAGEM 118: O novo Viaduto do Chá....................................................................168
IMAGEM 119: A Praça do Patriarca em 2007.........................................................168
445
IMAGEM 120: Coleção Livraria Sereia. In: Nestor Goulart Reis Filho. São Paulo Vila,
Cidade Metrópole, p152 ..........................................................................................169
IMAGEM 121: Edifício Sampaio Moreira, década de 1920. Francisco Prestes Maia.
Introdução ao estudo de um plano de avenidas para a cidade de São Paulo. In:
Candido Malta Campos. Palacete Santa Helena, p. 61. .........................................169
IMAGEM 122: Zeppelin sobrevoando São Paulo em 1933. Foto do acervo do Prédio
Martinelli..................................................................................................................170
IMAGEM 123: Foto tirada do terraço do Teatro Municipal em 2007, para esta
pesquisa pela autora. ..............................................................................................170
IMAGEM 124: Foto do lote lindeiro ao Largo do Ouvidor, em 2007........................174
IMAGEM 125: Elevação para a rua São Bento. ......................................................174
IMAGEM 126: Março de 2007.................................................................................176
IMAGEM 127: Elevação para a rua São Bento. ......................................................176
IMAGEM 128: Desenho das fachadas no começo do século XX............................177
IMAGEM 129: Desenho feito sobre fotos em 2007. ................................................177
IMAGEM 130: Observar as vitrines avançando no passeio, antes da Lei da “Cidade
Limpa. .....................................................................................................................179
IMAGEM 131: Vista da rua São Bento. ...................................................................179
IMAGEM 132: Acesso ao Edifício Ouvidor pelo Largo do Ouvidor..........................179
IMAGEM 133: Observar a fachada sem as vitrines, após a Lei da “Cidade Limpa”.
................................................................................................................................179
IMAGEM 134: Elevação para a rua São Bento. ......................................................180
IMAGEM 135: Dezembro de 2007. .........................................................................182
IMAGEM 136: Elevação para a rua São Bento. ......................................................182
IMAGEM 137: Dezembro de 2007. .........................................................................184
IMAGEM 138: Elevação para a rua São Bento. ......................................................184
IMAGENS 139, 140 e 141: Dezembro de 2007.......................................................186
IMAGEM 142: Elevação para a rua São Bento. ......................................................187
IMAGENS 143, 144 e 145: Dezembro de 2007.......................................................189
IMAGEM 146: Elevação para a rua São Bento. ......................................................190
IMAGEM 147: Dezembro de 2007. .........................................................................192
IMAGEM 148: A metade esquerda é o número 67. Elevação para a rua São Bento.
................................................................................................................................192
IMAGEM 149: Dezembro de 2007. .........................................................................194
IMAGEM 150: A metade direita são os números 73 e 75. Elevação para a rua São
Bento.......................................................................................................................194
IMAGEM 151: Dezembro de 2007. .........................................................................196
IMAGEM 152: Elevação para a rua São Bento. ......................................................196
IMAGEM 153: Dezembro de 2007. .........................................................................198
IMAGEM 154: Elevação para a rua São Bento. ......................................................198
IMAGENS 155, 156 e 157: Dezembro de 2007.......................................................200
IMAGEM 158: Elevação para a rua São Bento. ......................................................200
IMAGEM 159: Desenho das fachadas no começo do século XX............................201
IMAGEM 160: Desenho feito sobre fotos em 2007. ................................................201
IMAGEM 161 e IMAGEM 162: Fotos da esquina das ruas São Bento e José
Bonifácio, antes e depois das alterações na fachada em função da lei da “Cidade
Limpa”. ....................................................................................................................203
IMAGEM 163 e IMAGEM 164: Dezembro de 2007.................................................203
IMAGENS 165 e 166: Detalhes...............................................................................204
IMAGEM 167: Elevação para a rua São Bento. ......................................................204
446
IMAGENS 168 e 169: Dezembro de 2007...............................................................206
IMAGEM 170: Elevação para a rua São Bento. ......................................................206
IMAGEM 171: Antes da Lei da “Cidade Limpa”. IMAGEM 172: Dezembro de 2007.
................................................................................................................................208
IMAGENS 173, 174 e 175: Detalhe das três lojas deste edifício. Dezembro de 2007.
................................................................................................................................208
IMAGEM 176: Elevação para a rua São Bento. ......................................................208
IMAGENS 177 e 178: Fotos tiradas antes da lei “Cidade Limpa”............................210
IMAGENS 179 e 180: Fotos tiradas em dezembro de 2007, após a aplicação da lei.
................................................................................................................................210
IMAGENS 181 e 182: Fotos do Edifício Vautier Franco..........................................210
IMAGEM 183: Elevação para a rua São Bento. ......................................................211
IMAGEM 184: Foto tomada antes da fachada adequada a lei “Cidade Limpa”.......213
IMAGEM 185: Foto tomada em dezembro de 2007................................................213
IMAGEM 186: Elevação para a rua São Bento. ......................................................213
IMAGEM 187: Desenho das fachadas no começo do século XX. Esse é o desenho
dos imóveis que foram demolidos para a abertura da Praça do Patriarca. .............214
IMAGEM 188: Desenho feito sobre foto da Praça do Patriarca em 2007. Pórtico de
cobertura ao acesso à Galeria Prestes Maia. Projeto do Arquiteto Paulo Mendes da
Rocha......................................................................................................................214
IMAGEM 189: Detalhe da Taipa deixado aparente após trecho restaurado. ..........216
IMAGEM 190: Fachada em novembro de 2007. .....................................................216
IMAGEM 191: Inserção da Igreja na Praça do Patriarca. À direita o pórtico, cobertura
do acesso a Galeria Prestes Maia...........................................................................216
IMAGEM 192: Desenho da fachada do Edifício Barão de Iguape durante os 20 anos
que a loja Mappin Stores ocupou esse prédio inteiro..............................................217
IMAGENS 193 e 194: Edifício Barão de Iguape, em 2007......................................219
IMAGEM 195: Elevação para a rua São Bento. ......................................................220
IMAGEM 196: Desenho das fachadas no começo do século XX............................221
IMAGEM 197: Desenho feito sobre fotos em 2007. ................................................221
IMAGEM 198: Vista da rua São Bento. Dezembro de 2007....................................223
IMAGEM 199: Vista da esquina da rua da Quitanda com a rua São Bento. ...........223
IMAGEM 200: Porta do Edifício Casa Patriarca. Dezembro de 2007......................223
IMAGEM 201: Elevação para a rua São Bento. ......................................................224
IMAGEM 202 e IMAGEM 203: Vistas da Residência Elias Chaves. .......................226
IMAGEM 204: Elevação para a rua São Bento. ......................................................227
IMAGEM 205 e IMAGEM 206:Dezembro de 2007..................................................229
IMAGEM 207: Elevação para a rua São Bento. ......................................................230
IMAGENS 208, 209 e 210: Vista para a rua São Bento. .........................................232
IMAGENS 211 e 212: Vistas para a rua Líbero Badaró. .........................................232
IMAGEM 213: Elevação para a rua São Bento. ......................................................233
IMAGENS 214 e 215: Vistas para a rua São Bento. ...............................................235
IMAGEM 216: Detalhe do frontão. ..........................................................................235
IMAGEM 217: Elevação para a rua São Bento. ......................................................236
IMAGEM 218: Dezembro de 2007. .........................................................................238
IMAGEM 219: Elevação para a rua São Bento. ......................................................238
IMAGEM 220 e IMAGEM 221: A mesma fachada antes e depois da lei da “Cidade
Limpa”. ....................................................................................................................240
IMAGEM 222: Elevação para a rua São Bento. ......................................................240
IMAGENS 223, 224, 225, e 226: Vista da rua São Bento. Dezembro 2007............242
447
IMAGENS 227 e 228: Elevações para a rua São Bento em julho de 2006 e março de
2007, respectivamente. ...........................................................................................243
IMAGENS 229, 230, 231, e 232: Vistas para a rua Líbero Badaró. ........................243
IMAGEM 233: Elevação para a rua São Bento. ......................................................244
IMAGEM 234: Dezembro de 2007. .........................................................................246
IMAGEM 235: Elevação para a rua São Bento. ......................................................246
IMAGENS 236 e 237: Dezembro de 2007...............................................................248
IMAGEM 238: Elevação para a rua São Bento. ......................................................248
IMAGEM 239: Desenho das fachadas no começo do século XX............................249
IMAGEM 240: Desenho feito sobre fotos em 2007. ................................................249
IMAGENS 241 e 242: Vistas para a rua São Bento. Dezembro 2007.....................251
IMAGEM 243: Elevação para a rua São Bento. ......................................................251
IMAGENS 244 e 245: Vistas para a rua São Bento. Dezembro de 2007................253
IMAGEM 246: Elevação para a rua São Bento. ......................................................253
IMAGENS 247, 248 e 249: Vistas para a rua São Bento. .......................................255
IMAGEM 250: Elevação para a rua São Bento. ......................................................256
IMAGEM 251: Dezembro 2007. ..............................................................................258
IMAGEM 252: Elevação para a rua São Bento. ......................................................258
IMAGENS 253 e 254: Dezembro 2007. ..................................................................260
IMAGEM 255: Elevação para a rua São Bento. ......................................................260
IMAGENS 256 e 257: A mesma fachada antes e depois da Lei da Cidade Limpa. 262
IMAGEM 258: Elevação para a rua São Bento. ......................................................262
IMAGENS 259 e 260: Dezembro 2007. ..................................................................264
IMAGEM 261: Elevação para a rua São Bento. ......................................................264
IMAGENS 262 e 263: Dezembro de 2007...............................................................266
IMAGEM 264: Elevação para a rua São Bento. ......................................................266
IMAGEM 265: Dezembro de 2007. .........................................................................268
IMAGEM 266: Elevação para a rua São Bento. ......................................................268
IMAGENS 267, 268 e 269: Dezembro de 2007.......................................................270
IMAGENS 270 e 271: Elevação para a rua Álvares Penteado................................270
IMAGEM 272: Elevação para a rua São Bento. ......................................................271
IMAGENS 273 e 274: Setembro de 2007. ..............................................................273
IMAGEM 275: Elevação para a rua São Bento. ......................................................274
IMAGEM 276: Desenho das fachadas no começo do século XX............................275
IMAGEM 277: Desenho feito sobre fotos em 2007. ................................................275
IMAGENS 278 e 279: Fachada para a rua São Bento, altura do Largo do Café....277
IMAGEM 280: Elevação para a rua São Bento. ......................................................277
IMAGEM 281: Nesta observar edifício à direita, com o recuo escalonado nos
pavimentos superiores.Foto tomada em julho de 2006. IMAGEM 282: Elevação para
a rua São Bento adequada à Lei da “Cidade Limpa”. Foto tomada em dezembro de
2007. .......................................................................................................................279
IMAGEM 283: Elevação para a rua São Bento. ......................................................279
IMAGEM 284: Foto da fachada tomada em dez de 2007. IMAGEM 285: foto do
térreo deste edifício antes da lei da “Cidade Limpa”. ..............................................281
IMAGEM 286: Elevação para a rua São Bento. ......................................................281
IMAGEM 287: Foto tomada em julho de 2006. IMAGEM 288: Fachada com o espaço
publicitário ajustada à lei da “Cidade Limpa”, em agosto de 2007. .........................283
IMAGEM 289: Elevação para a rua São Bento. ......................................................283
IMAGEM 290 e 291: Fachada da rua São Bento. Dezembro de 2007....................285
MAGENS 292 e 293: Fachada para a rua Líbero Badaró. ......................................285
448
IMAGEM 294: Elevação para a rua São Bento. ......................................................286
IMAGENS 295, 296, 297 e 298: Dezembro de 2007.............................................288
IMAGEM 299: Elevação para a rua São Bento. ......................................................289
IMAGEM 300: Porta de acesso para a rua São Bento. ...........................................291
IMAGEM 301: Vista do térreo na esquina da rua São Bento com a Praça Antônio
Prado.......................................................................................................................291
IMAGENS 302 e 303: Vista da fachada para a rua São Bento. Dezembro de 2007.
................................................................................................................................291
IMAGEM 304: Elevação para a rua São Bento. ......................................................292
IMAGEM 305: Desenho das fachadas no começo do século XX............................293
IMAGEM 306: Desenho feito sobre fotos em 2007. ................................................293
IMAGEM 307: Dezembro 2007. IMAGEM 308: Março 2007. IMAGEM 309: Julho
2006. .......................................................................................................................295
IMAGEM 310: Elevação para a rua São Bento. ......................................................296
IMAGENS 311 e 312: Dezembro de 2007...............................................................298
IMAGEM 313: Elevação para a rua São Bento. ......................................................298
IMAGEM 314: Antes da Lei da “Cidade Limpa”. IMAGEM 315: Dezembro de 2007.
................................................................................................................................300
IMAGEM 316: Elevação para a rua São Bento. ......................................................300
IMAGENS 317, 318 e 319: Dezembro de 2007. IMAGEM 320: Antes da Lei da
“Cidade Limpa”........................................................................................................302
IMAGEM 321: Elevação para a rua São Bento. ......................................................303
IMAGENS 322 e 323: As duas portas de entrada para a rua São Bento. ...............305
IMAGENS 324 e 325: Vistas da fachada para a rua São Bento..............................306
IMAGENS 326 e 327: Fachada da rua XV de Novembro. Dezembro de 2007. ......306
IMAGEM 328: Elevação para a rua São Bento. ......................................................307
IMAGEM 329: Ao lado, vista da fachada para a rua São Bento..............................309
IMAGEM 330: Vista do térreo, tirada da esquina da rua São Bento com a Praça
Antônio Prado..........................................................................................................309
IMAGEM 331: Vista tomada da Praça Antônio Prado. ............................................309
IMAGEM 332: Portaria de acesso para os pavimentos superiores na Praça Antônio
Prado.......................................................................................................................309
IMAGEM 333: Elevação para a rua São Bento. ......................................................310
IMAGEM 334: Desenho das fachadas no começo do século XX............................311
IMAGEM 335: Desenho feito sobre fotos em 2007. ................................................311
IMAGEM 336 e IMAGEM 337: Fachada para a rua São Bento respectivamente antes
e depois da lei da “Cidade Limpa”...........................................................................313
IMAGEM 338: Vista do Edifício do Banco do Brasil da Praça Antônio Prado, em
2006. .......................................................................................................................313
IMAGEM 339: Foto da fachada para a rua São Bento, em dezembro de 2007. .....313
IMAGEM 340: Elevações do edifício para a Avenida São João e rua São Bento. O
recuo escalonado nos pavimentos superiores aparece para as ruas Líbero Badaró e
São Bento. À esquerda parte do Prédio Martinelli. E IMAGEM 341: As elevações do
edifício, com mais ênfase para a rua São Bento. À direita o Edifício Dilan, vizinho de
frente na rua São Bento. .........................................................................................313
IMAGEM 342: Elevação para a rua São Bento. ......................................................314
IMAGEM 343: Antes da Lei da “Cidade Limpa”. IMAGENS 344 e 345: Dezembro de
2007 ........................................................................................................................316
IMAGEM 346: Elevação para a rua São Bento. ......................................................317
IMAGEM 347 e IMAGEM 348: Antes e depois da Lei da “Cidade Limpa”...............319
449
IMAGENS 349 e 350: Dezembro de 2007...............................................................319
IMAGEM 351: Elevação para a rua São Bento. ......................................................320
IMAGENS 352 e 353: Elevação para a rua São Bento. ..........................................322
IMAGEM 354: Elevação para a rua São Bento. e IMAGEM 355: Observar o recuo
escalonado nos pavimentos superiores. .................................................................322
IMAGENS 356 e 357: Vista para a rua Líbero Badaró. ...........................................322
IMAGEM 358: Elevação para a rua São Bento. ......................................................323
IMAGEM 359: Foto em dezembro de 2007.............................................................325
IMAGEM 360: Elevação para a rua São Bento. ......................................................325
IMAGEM 361: Dezembro de 2007. .........................................................................327
IMAGEM 362: Elevação para a rua São Bento. ......................................................327
IMAGENS 363 e 364: Vistas para a rua São Bento. ...............................................329
IMAGEM 365: Vista para o Largo São Bento. e IMAGEM 366: Vista para a rua Líbero
Badaró.....................................................................................................................329
IMAGEM 367: Elevação para a rua São Bento. ......................................................330
IMAGEM 368: Vista do lote lindeiro ao Largo de São Bento onde funcionou a Casa
de Banhos A Sereia. ...............................................................................................330
IMAGEM 369: Desenho das fachadas no começo do século XX............................331
IMAGEM 370: Desenho feito sobre fotos em 2007. ................................................331
IMAGEM 371: Foto da porta do Edifício DILAN, em 2006, antes da lei “Cidade
Limpa”. ....................................................................................................................333
IMAGEM 372: Fachada para a rua São Bento, observar o recuo nos pavimentos
superiores................................................................................................................333
IMAGEM 373: Elevação para a rua São Bento. ......................................................334
IMAGEM 374 e IMAGEM 375: Dezembro de 2007.................................................336
IMAGEM 376: Elevação para a rua São Bento. ......................................................336
IMAGENS 377 e 378: Fotos tomadas em 2006. .....................................................338
IMAGENS 379, 380 e 381: Fotos tiradas em dezembro de 2007............................338
IMAGEM 382: Elevação para a rua São Bento. ......................................................339
IMAGEM 383: Foto em 2006. IMAGENS 384 e 385: Fotos em dezembro de 2007.
................................................................................................................................341
IMAGEM 386: Elevação para a rua São Bento. ......................................................342
IMAGEM 387: Foto tirada em 2006. IMAGENS 388 e IMAGEM 389: Fotos tomadas
em dezembro de 2007. ...........................................................................................344
IMAGEM 390: Elevação para a rua São Bento. ......................................................344
IMAGENS 391, 392, 393, 394 e 395: Dezembro de 2007.......................................346
IMAGEM 396: Elevação para a rua São Bento. ......................................................346
IMAGEM 397: Vista da quadra endereçada Largo São Bento que faz parte do último
trecho da rua São Bento. ........................................................................................347
IMAGEM 398: Vista do terraço do coro da Igreja de São Bento, para o Largo de São
Bento com os painéis de Maurício Nogueira Lima. .................................................347
IMAGENS 399, 400, 401 e 402: Tomadas em dezembro de 2007. ........................349
IMAGEM 403: Elevação Principal ...........................................................................350
IMAGEM 404: Foto tirada em dezembro de 2007...................................................352
IMAGEM 405: Elevação Principal. ..........................................................................353
IMAGEM 406: Foto tirada em dezembro de 2007...................................................355
IMAGEM 407: Elevação Principal ...........................................................................356
IMAGEM 408: Vista das duas Igrejas, em 2007......................................................358
IMAGENS 409 e 410: Fotos tomadas em dezembro de 2007, enquanto estava em
obras de restauração ..............................................................................................359
450
IMAGEM 411 e IMAGEM 412: dezembro de 2007..................................................361
IMAGEM 413: Vista das torres da Igreja do claustro...............................................362
IMAGEM 414: ciclistas na rua .................................................................................363
IMAGENS 415 e 416: Marco Zero, ponto onde convergem todas as estradas, antigos
caminhos, que cruzam a cidade de São Paulo. Na Praça da Sé, em frente a Catedral
da Sé, em 2007. Fotos da autora............................................................................364
IMAGEM 417: Faire une promenade .... Foto da autora saindo da Igreja de ..........365
IMAGEM 418: Vista aérea do Largo São Francisco, com as duas Igrejas de Ordem
Terceira e Primeira e a Faculdade de Direito. No alto do centro para a esquerda
parte da cúpula e da torre da Catedral da Sé. Foto do acervo da biblioteca da
FAUUSP..................................................................................................................366
IMAGEM 419: Vista do ponto inicial da Promenade, Igreja de Ordem Primeira de São
Francisco. Observar o leito da rua São Bento com tráfego de veículos. Foto da
Fundação do Patrimônio Histórico da Energia e Saneamento, s.d. ........................367
IMAGEM 420: Estudo do programa. Acervo FAU-USP...........................................369
IMAGENS 421 e 422: Desenhos do projeto, CORTE AA e CORTE BB. Acervo FAU-
USP.........................................................................................................................370
IMAGEM 423: Planta do ponto de vista da perspectiva da IMAGEM 424. O
observador esta na esquina da rua José Bonifácio com a rua São Bento. Desenhos
do projeto. Acervo FAU-USP...................................................................................370
IMAGEM 424: Perspectiva, vista da esquina da rua São Bento com a rua José
Bonifácio..................................................................................................................371
IMAGEM 425: Esta perspectiva está no ponto de encontro da ladeira São Francisco
com a rua ................................................................................................................371
IMAGEM 426: Estudos realizados pelo arquiteto para o projeto da Sede do Jockey
Clube de São Paulo. Acervo da Biblioteca da FAU-USP. .......................................372
IMAGEM 427: Esta perspectiva está no ponto de encontro da ladeira São Francisco
com a rua Líbero Badaró. Desenho do arquiteto Carlos Millan. Imagem cedida pelo
arquiteto Sergio Matera...........................................................................................374
IMAGEM 428: Planta do pavimento térreo – acima Largo do Ouvidor (rua São
Bento), à esquerda rua José Bonifácio, à direita Ladeira São Francisco, e abaixo rua
Líbero Badaró. IMAGEM 429: A foto da maquete é no ângulo da ladeira São
Francisco, a rua São Bento está à direita. Imagens cedidas pelo arquiteto Sergio
Matera. ....................................................................................................................374
IMAGENS 430 e 431:O edifício à esquerda foi projetado pelo arquiteto Rino Levi
para a sede do Banco Paulista do Comércio, em 1947. In: Rino Levi.Rino Levi. p. 74
Na IMAGEM 430 o prédio à direita possui apenas dois pavimentos. Na IMAGEM
431, o prédio à direita é a Sede Social do Jockey Club de São Paulo, na esquina da
rua Boa Vista com a Ladeira Porto Geral. Foto tirada em dezembro de 2007. .......376
IMAGEM 432: Nessa foto avistam-se as duas primeiras quadras da rua São Bento,
abaixo a quadra onde foram desenvolvidos os projetos para o Jockey Clube de São
Paulo e acima o lote do projeto desenvolvido pela EMURB. Fonte: acervo da
Biblioteca da FAUUSP. ...........................................................................................377
IMAGEM 433: A elevação sul é a frente para a rua Benjamin Constant, e o Largo
São Francisco. ........................................................................................................377
IMAGEM 434: Esta elevação faz frente para a rua São Bento. Imagem do projeto
original que está no acervo técnico da EMURB. .....................................................377
IMAGEM 435: Foto aérea da Praça Paulo Duarte, em obras, dia 3 de janeiro de
2008. .......................................................................................................................378
451
IMAGEM 436: Foto da ficha de cadastro dos processos no Arquivo Municipal do
Piqueri. O arquiteto Arquimedes de Barros Pimentel está solicitando a revalidação do
alvará. Datada de 21 de fevereiro de 1934. Processo n. 17.565.............................379
IMAGEM 437: Fachada do edifício Azevedo Soares. Foto tomada em novembro de
2007, pela autora. ...................................................................................................379
IMAGEM 438: Série de anúncios da Casa Kosmos publicada no jornal O Estado de
São Paulo, em 1911. In: Heloisa Barbuy. A cidade exposição. p. 184. E IMAGEM
439: Edifício Kosmos, em 2007...............................................................................380
IMAGEM 440: Fachada dos armazéns da importadora e manufatura de tecidos
Augusto Rodrigues, na rua São Bento, n. 13-19. Página de anúncio publicado no
Álbum de Vistas de São Paulo e Rio de Janeiro, editado por Portella e Puente, 1914.
Coleção Benedito Lima de Toledo. In Heloisa Barbuy. A cidade-exposição p. 183. e
IMAGEM 441: Registro feito em 2007 no mesmo ângulo para esta pesquisa pela
autora. .....................................................................................................................380
IMAGEM 442: “Jardineira” similar a que era utilizada, esta é da Ford – 1946. Foto
tirada na loja de automóveis de colecionadores Private Collections, em 2007. ......381
IMAGEM 443: A Casa do Enxoval, na rua Direita n. 53, por volta de 1920, à direita a
Igreja de Santo Antônio. In: Heloisa Barbuy A cidade exposição. p. 192................382
IMAGEM 444: Esquina das ruas Direita e São Bento em 1887, foto Militão Augusto
de Azevedo. À direita Casa Tollon, baixo do Grande Hotel de França. Álbum
Comparativo da Cidade de São Paulo 1862-1887. .................................................384
IMAGEM 445: À esquerda a Casa Mappin e à direita Casa Bonilha. Observar
automóveis trafegando na rua Direita, o mesmo acontecia na rua São Bento. In: São
Paulo anos 20. Andar, Vagar, Perder-se p. 131......................................................384
IMAGENS 446 e 447: Esquina da rua São Bento com a rua Direita. Lojas Marisa,
antes e depois da lei da “Cidade Limpa”. Observar o recuo escalonado superior do
vizinho, Edifício Vauthier Franco. Fotos da autora em 2006 e 2007, respectivamente.
................................................................................................................................385
IMAGEM 448: Praça do Patriarca, década de 1920, ao centro, o monumento
popularmente conhecido como “Cabide”. E à direita a Igreja de Santo Antônio. In:
Gerodetti e Cornejo, p. 52 .......................................................................................386
IMAGEM 449: Rua São Bento, no cruzamento com a Rua da Quitanda, em 1929.
Cartão postal colorizado. A torre à esquerda é a cúpula do anexo do Grande Hotel
no Largo do Café. Essa imagem ilustra o lado par desse trecho. Prefeitura Municipal
de São Paulo...........................................................................................................387
IMAGENS 450 e 451: Acima o cruzamento dos “Quatro Cantos”, por volta de 1900,
ocasião da instalação dos trilhos para o Bonde Elétrico, à direita o solar do Barão de
Iguape, à esquerda o casarão do Barão de Tatuí que foi demolido para a abertura da
praça do Patriarca. A rua em perspectiva é a rua São Bento. Abaixo o mesmo
cruzamento, com uma pequena diferença do ponto focal, na década de 1970,
durante as obras do calçadão que foram realizadas à noite, à direita o Edifício Barão
de Iguape, à esquerda a Praça do Patriarca. Fonte: Fundação do Patrimônio
Histórico de Energia e Saneamento de São Paulo e Biblioteca da EMURB –
Empresa Municipal de Urbanização, respectivamente............................................388
IMAGEM 452: A loja na esquina dos “Quatro Cantos”. ...........................................390
IMAGEM 453: A Praça do Patriarca na Revolução de 1930. ..................................390
IMAGEM 454: O anúncio da mudança da Lojas Mappin para o outro lado do Vale do
Anhangabaú. IMAGEM 455: O prédio Art-déco na Praça Ramos onde esteve até a
década de 1990, quando fechou.............................................................................391
452
IMAGEM 456: Praça do Patriarca por volta de 1930, em que se vêem os primeiros
ônibus. Fonte: Coleção particular de A. Salatini. In: São Paulo Vila Cidade Metrópole.
Nestor Goulart Reis Filho p.197. .............................................................................392
IMAGENS 457 e 458: Foto tomada da rua Líbero Badaró, elevação dos fundos. E
fachada principal para a rua São Bento. Fotos do processo de tombamento do
CONDEPHAAT. ......................................................................................................393
IMAGENS 459 e 460: Porta de entrada e escada da residência Elias Chaves. Acervo
da biblioteca da FAU-USP.......................................................................................393
IMAGEM 461: Foto tomada em 2007, pela autora..................................................394
IMAGEM 462: Situação do edifício do Cine São Bento em 2007. Foto da autora...395
IMAGEM 463: Edifícios números 259 e 267............................................................395
IMAGEM 464: Em primeiro plano, aparece parte da Loja da China e o vizinho é a
Casa Nathan, com projeto de Max Hehl, construído em 1902. O lote seguinte é o
atual Edifício LAMIA. In: Heloisa Barbuy. A Cidade Exposição. p.160....................396
IMAGEM 465: Edifício LAMIA, em 2006. ................................................................397
IMAGEM 466: Imagem dos detalhes.......................................................................397
IMAGEM 467: Abaixo o Grande Hotel visto da esquina da rua São José (atual rua
Líbero Badaró) com a travessa do Grande Hotel (atual rua Miguel Couto). Fotografia
de Benedito Lima de Toledo. In Heloisa Barbuy A cidade exposição. p.99. ...........399
IMAGEM 468: Este é o edifício da Galeria Firminiano Pinto, na esquina da rua São
Bento com a travessa do Grande Hotel (atual rua Miguel Couto). O Grande Hotel
ocupava a quadra toda da travessa que recebia seu nome, que se estende da rua
São Bento à rua Líbero Badaró. Foto tomada em dezembro de 2007....................399
IMAGEM 469: No centro da foto o Edifício Sampaio Moreira, um dos primeiros
arranha-céus de São Paulo, à rua Líbero Badaró, nos anos 30. Fonte: Coleção
particular de A. Salatini, in São Paulo Vila Cidade Metrópole. Nestor Goulart Reis
Filho, p. 197.............................................................................................................400
IMAGEM 470: Edifício Guinle, à rua Direita. Fonte: Departamento do Patrimônio
Histórico da PMSP. .................................................................................................400
IMAGEM 471: Edifício Santa Helena na Praça da Sé, à direita a Catedral inacabada.
In Palacete Santa Helena. p. 123............................................................................401
IMAGEM 472: Corte transversal. Fonte: Palacete Santa Helena. p. 21 ..................401
IMAGEM 473: Corte longitudinal. Fonte: Palacete Santa Helena. p. 22 .................401
IMAGEM 474: Tomada na esquina da rua São Bento com a rua da Quitanda, em
direção ao Largo São Bento. Atribuída a 1928. Foto de Raul Almeida Prado. Acervo
do Patrimônio Histórico de Energia e Saneamento de São Paulo. .........................402
IMAGEM 475: Primeiro endereço da Casa Fretin, à rua São Bento, n 10 (depois 20),
em 1913. Acervo da Casa Fretin. In: A cidade Exposição. Heloisa Barbuy. p. 146 403
IMAGEM 476: Logomarca da Botica Ao Veado D’Ouro. .........................................404
IMAGEM 477: Rua São Bento, à esquerda em primeiro plano a fachada da Botica
com o Veado ao centro, no seu primeiro endereço. À direita em primeiro plano o
Grande Hotel. O original deve ser de 1887. Esta imagem foi copiada de uma cópia
pertencente ao acervo da Botica Ao Veado D’Ouro................................................405
IMAGEM 478: Edifício números 260 – 276. Foto da autora para esta pesquisa, 2007.
................................................................................................................................406
IMAGEM 479: Detalhe da fachada do Palacete Crespi, Edifício York. Foto da autora,
2007. .......................................................................................................................406
IMAGENS 480 e 481: Largo do Café visto do meio ................................................407
IMAGEM 482: Observar a fachada do edifício para a rua São Bento com apenas
térreo e um pavimento. Desenho integrante da Revista Industrial, elaborado por
453
Jules Martin, 1900. Do acervo do Museu Paulista, in Heloisa Barbuy, A cidade-
exposição. p. 187. ...................................................................................................408
IMAGEM 483: Anúncio da Loja La Saison, que esteve antes neste endereço.
Publicado no almanaque de 1890. In: Heloisa Barbuy, p. 189................................408
IMAGEM 484: Entalhe na fachada do Edifício Sant’Ana.........................................409
IMAGEM 485: Rua São Bento em direção ao Largo São Francisco, o terceiro edifício
à direita, é o antigo número 61, o primeiro endereço do Hotel e Rôtisserie
Sportsman. O segundo edifício à direita era o edifício da Companhia Mogiana de
Estradas de Ferro. Foto de Gulherme Gaensly, em 1902. Acervo da Fundação
Patrimônio Histórico da Energia e Saneamento de São Paulo. ..............................410
IMAGEM 486: Foto tirada pela autora em 2006......................................................411
IMAGEM 487: Prédio Martinelli na década de 1930, observar a sinalização do Hotel
São Bento. Foto pertencente ao acervo particular de Sebastião Martins Vieira......412
IMAGEM 488: Fachada da Loja Japão, onde hoje é o Edifício Giesta. In: Heloisa
Barbuy. A Cidade Exposição. p. 171.......................................................................413
IMAGEM 489: Vista da Praça Antônio Prado, em 1957. Observar à direita o Edifício
H. Lara em obras. Foto do acervo particular de Sebastião Martins Vieira. .............414
IMAGEM 490: Vista da Praça Antônio Prado após 50 anos. O rapaz à esquerda da
foto acima é o simpático senhor nesta foto. ............................................................414
IMAGEM 491: Vista do Edifício H. Lara da Praça Antônio Prado, em 2007............415
IMAGEM 492: O relógio ”De Nichile” na Praça Antônio Prado. Foto em 2007........415
IMAGEM 493: Largo do Rosário, 1902, à esquerda a filial da Confeitaria Castelões,
vizinho a esta há a Casa Mathias, onde no frontão está escrito Bom Marché e à
direita a Brasserie Paulista. Foto de Guilherme Gaensly. Acervo Patrimônio Histórico
da Energia de São Paulo. In Heloisa Barbuy. A Cidade-Exposição. p. 127. ...........416
IMAGEM 494: Antigo número 73. In: Heloisa Barbuy. A Cidade Exposição. p. 179.
................................................................................................................................416
IMAGEM 495: Foto tomada pela autora em 2006...................................................417
IIMAGENS 496 e 497: Cartão Postal do Prédio Martinelli, antes e depois da
construção do “Banespão”. Observar que em ambos não havia o Banco do Brasil.
Acervo particular de Sebastião Martins Vieira.........................................................418
IMAGEM 498: Banco do Brasil, em 2007................................................................418
IMAGEM 499: ficha de catalogação dos processos do Arquivo Municipal do Piqueri.
Nesta o arquiteto Rino Levi solicita o habite-se do projeto endereçado à rua S.
Bento, 63, em 2 de agosto de 1935. .......................................................................419
IMAGEM 500: Estudo preliminar. Acervo da biblioteca da FAU-USP. ....................420
IMAGEM 501: Um detalhe da planta, com cota indicando o recuo escalonado
superior. ..................................................................................................................420
IMAGENS 502, 503 e 504: Antigo número 83. In: Heloisa Barbuy. A Cidade-
Exposição. p. 161....................................................................................................421
IMAGEM 505: Anúncio do Grand Bazar Parisien, c. 1903, à rua São Bento 87.
Fotografia impressa por Duprat & Cia., no Álbum Artístico Commercial, organizado
por Eduardo Scala, da Empreza Annunciadora (sic). Coleção Benedito Lima de
Toledo. In: Heloisa Barbuy. A Cidade-Exposição. p. 85..........................................421
IMAGEM 506: Fotografia impressa por Duprat & Cia. No Album Artístico
Commercial, da Empreza Annunciadora, organizado por Eduardo Scala, c. 1903.
Coleção Benedito Lima de Toledo. In: Heloisa Barbuy. A Cidade-Exposição. p. 151.
................................................................................................................................422
IMAGEM 507: Nesta imagem podem ser vistos os três últimos lotes ocupados da
esquerda, lado ímpar, da rua São Bento antes de chegar ao Largo de mesmo nome.
454
São respectivamente os números 515, Itaú, 525 e 545, observar os recuos deste
edifício. Foto da autora em 2006.............................................................................422
IMAGEM 508: Praça Antônio Prado, aos fundos o Edifício Altino Arantes, à esquerda
de cima para baixo, o Edifício da BM & F, o Edifício Dilan que está na esquina com a
rua São Bento. E um pedaço do Edifício do Banco do Brasil. À direita há um pedaço
do Prédio Martinelli e um pedaço do Edifício H. Lara. Foto para esta pesquisa. ....423
IMAGENS 509 e 510: Ambas são do mesmo trecho da rua São Bento na esquina
com a Avenida São João, a da esquerda no começo do século XX, antes da
demolição da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. A segunda uma
planta atual com o desenho urbano após o alargamento da Avenida São João e da
abertura da Praça Antônio Prado............................................................................423
IMAGEM 511: Trecho do lado par da rua São Bento, entre a Avenida São João e o
Largo São Bento, em 1900. Autoria desconhecida. Acervo da Fundação do
Patrimônio Histórico da Energia e Saneamento de São Paulo. ..............................424
IMAGEM 512: Fachada Au Palais Royal, c. 1903. In: Heloisa Barbuy. A Cidade-
Exposição. p. 191....................................................................................................424
IMAGEM 513: Conjunto Comercial para o IAPI. In: Rino Levi. Arquitetura e cidade.
Renato Anelli, Abilio Guerra e Nelson Kon. p. 110..................................................426
IMAGEM 514: Desenho do corte. Observar o aproveitamento da topografia. Idem. p
111 ..........................................................................................................................427
IMAGEM 515: Foto do Largo São Bento, à esquerda o Viaduto Santa Ifigênia, as
torres são da Igreja de São Bento, à direita os baixos edifícios endereçados para o
Largo São Bento, construídos no final do século XIX e começo do XX. O ângulo de
vista está 90º virado da imagem 511 e apresenta a situação na década de 1970.
Acervo da biblioteca da FAU-USP. .........................................................................427
IMAGENS 516 e 517: Igreja e Mosteiro de São Bento, 1862 e 2003. In: Eduardo
Magossi. São Paulo Relembrada, p. 140 e 141. .....................................................428
IMAGEM 518: Convite do casamento citado...........................................................429
IMAGENS 519 e 520: Frente e Verso do menu da festa.........................................429
455
Anexo:
Este anexo consta da tabela que foi realizada com os dados da pesquisa
durante seu andamento. Ela serviu de base para o inventário dos imóveis que foi
apresentado no capítulo 6.
Na primeira coluna constam os setores, as quadras fiscais, e o respectivo
subtítulo da quadra. Na segunda coluna aparece a numeração atual, em 2007. Logo
na seqüência tem as numerações anteriores: em 1936, em 1928, em 1910, e o
número antigo é o do final do século XIX, também utilizado na pesquisa da
professora Heloisa Barbuy.
A próxima coluna refere-se ao nome do edifício quando esse o possui. A
seguinte é o uso do solo atual, ou seja comércio, serviços, etc., mas citando o nome
do estabelecimento.
Em seguida vem a coluna com o número de pavimentos, sempre
considerando T (térreo) + pavimentos. O pavimento em que inicia o recuo superior é
a próxima coluna. Em seguida vem a coluna com a frente do lote lindeira à Rua São
Bento e quando faz frente para outra rua é citado.
Os imóveis tombados estão indicados na próxima coluna. O ano dos imóveis
vem na coluna seguinte, na sua maioria indicada pelo ano do habite-se levantado
nas fichas de catalogação dos processos no Arquivo Geral de Processos do
Município de São Paulo no Piqueri.
Foi inserida uma coluna para observações, na seqüência uma coluna para
estilo arquitetônico/técnica construtiva e outra para arquitetos/projetistas. A seguinte
é referente ao número do processo levantado do habite-se, em seguida uma coluna
para o requerente e outra para o proprietário. Finalizando tem a coluna S.Q.L.
Setor – Quadra – Lote individual.
Setor/
Qua dra
Fiscal
Número
atual
número
em 1936
número
em 1928
número em
1910
número
antigo
Nome do Edifício uso do solo atual
número de
pavimen
tos
pavimen
to recuo
superior
Frente
5/013 -
6.13
Mosteiro de São
Francisco
5/009 -
6.1
s/n
Estacionamento 0
34 rua
Benjamin
Constant
Edifício CONDOR
comércio e
escritórios
T + 15
233/237 rua
José Bonifácio
Prédio Bom Jesus
Justiça Federal /
escritórios
T + 7
250 rua José
Bonifácio
9 1 1e/t 1 alt
Edifício Ouvidor
salas comerciais,
comércio - bolsas
T + 16
recuo a partir
do 11o.
16.90 m (José
Bonifácio), 2.33 m
chanfro, 11.97 m
(São Bento)
21/23/31
39 5sob 7A e/s 7bx
comércio - calçados
BLINKE, restaurante La
Bocca self-service
T + 1 13.34 m
41/43
41 5a 7B e/t 7bx
comércio - roupas
íntimas La Bibi, Som:
Canção Nova
T + 1 12.00 m
45/51
45/57 7 11 e/s 11alt
Prédio Azevedo
Soares
comércio: Princesa
cosméticos + escritórios
T + 5 + Zel. 13.35 m
59/63 59 9 13e/t 13 alt
Edifício Kosmos
comércio - ótica +
escritórios
T + 10 + Zel e
oficina de
bolsas
recuo a partir
do 6o.
6.97 m
67 67 11 15e/t 15 alt
comércio - roupas
Colombo
T + 1 6.50 m
73/75 75 11a 17e/t 17 alt
comércio T + 1 6.70 m
81/83 81 13 19 e/t 19 alt
comércio - Livraria
SEBO, restaurante
HORA do Almoço
T + 1 6.80 m
87/93/95/
101/103
87 15 21 e/t 0 alt
comércio - produtos
ortopédicos Feet by
Feet(gerente Jailson),
lojinha de roupas,
lanchonete Cia dos
Lanches, loja Dr. Shape,
artigos infantis Alvinha
Baby
T + 2 22.72 m
09, Praça do
Patriarca
101/103 15sob 21A e/t 0 bx
funcionou a loja A
Exposição, da rede
de Magazines
Clipper
comércio de calçados e
modas HORA 25, salas
comerciais
T + 2 + terraço
na cobertura
8.00 m (São Bento),
3.00 m chanfro,
18.00 m (Pça)
16/28/28a/34
28/34 2sob 2A 0bx
Residência Brig.
Luis Antônio
comércio - lotérica (34),
roupas, fitas e DVD,
lanchonete, banco GM
money
T + 2
22.67 m (São
Bento), 3.90 m
chanfro, 33.04 m
(José Bonifácio)
38/44
44 6
8 Casa
Érico, de
Eric Mills
8p alt
Edifício Luzia
Monteiro
38 - loja, comércio -
roupas Spaço Delta (T) +
escritórios
T + sobreloja +
6 + zeladoria
recuo em
todas as
laterais a
partir do 2o.
Pav.
12.00 m
50/56/ 62/68
62/68 10 10 e/t 8b alt
comércio - lanchonete
doceria, calçados
BRISTOL e roupas
GARBO
T + 1
20.00 m
70/74/82/ 86
86 14 14 2a tin Vautier Franco
salas comerciais;
comércio - aparelhos
cirurgico, ótica,
cabelereiro
T + 5 + ZEL
25.48 m
225,259, 263
rua Direita
100 14 sob 14B e/t 2c tin
Marisa
comércio - roupas Marisa
subsolo + T
+ 1
22.58 m, 8.60 m
chanfro, 22.21 m
(Direita)
Rua José Bonifácio
5/010 -
6.2
5/003 -
6.3
Rua Benjamin Constant
Praça Paulo Duarte / jan 87
Largo do Ouidor Pacheco e Silva
Rua José Bonifácio
5/004 -
6.4
Rua São Bento - Levantamento de USO do SOLO atual - 2007.
Tomba
mento
ANO Observações:
estilo/técnica
construtiva
Arquitetos,
projetista
Processo n. Requerente Proprietário S. Q. L.
CONPRESP
501300005 e
501300006
1956 projeto
há um projeto
do Rino Levi
Jockey Clube de São
Paulo
500900008
frente para o
Largo São
Francisco
Modernista
frente para a
rua José
Bonifácio
déc. 40
Art-Déco
CONPRESP
década de 40,
séc. XX
1943, HABITE-SE by
Alfredo Mathias
Art-Déco
Alfredo Matias
N. 36410/41 e N.
18493/43
500300014
déc. 50
descaracterizad
o
Heitor Giuliani 500300135
déc. 50
descaracterizad
o
41 - Marwan K Al
Obaid; 43 - Armando
Barcat Kalim
41 - 00500302782; 43 -
00500302790
CONPRESP
1934
1950/1953 HABITE-SE by
Américo Ghiraldelli 1957
HABITE-SE by A Pettri
Zelador: Sr. Antônio
Martins
Art-Déco
Archimedes de
Barros
Pimentel
N. 44805/34
Edgard Azevedo
Soares/ 34 José de
Paula Machado
Roberto Elias Cury 500300119
1959 HABITE-
SE
Moderno
N. 116784/59
Francisco Beck
59 - vários; 63 - Elias
Antonio Zogbi
59 - vários; 63 -
00500300739
CONPRESP
1908
Eclético
Victoria Patrimonial
Ltda.
500300097
CONPRESP
1908
recobrimento de fachada
saiu
Eclético
Salim Abraao Kalim e
outro
500300089
CONPRESP
1900´s
1953 HABITE-
SE,recobrimento de
fachada saiu
Eclético
Carlos Galvão
Monteiro
Marina Branco de
Melo M. Aires de
Souza
500300070
CONPRESP
1908
Eclético
Augusto Fried
Taquari Agro
Comercial Ltda.
500300062
CONPRESP
1942 HABITE-
SE
Art-Déco
N. 81798/42
José Napi
esquina com
rua José
Bonifácio no.
210 -
CONPRESP
1908
1951 HABITE-SE,
expedido p/ o prédio supra
/ reforma, 1953 HABITE-
SE
Eclético
Max Hehl N. 125093/51
Balaban & Schwvz
Ltda.
1941e 1978
HABITE-SE
1957 HABITE-SE by
Tecidos Monteiro S.A
N. 55725/41
N. 64181/57 N.
173620/78
Jayme Pladeval/41
Monteiro Com. E
Const. S/A/78
38 - Salim Abraao
Kalim; 44 Chamsi
barcat Kalim
38 - 00500401322; 44
vários
1940 HABITE-
SE / 1957
HABITE-SE
Art-Déco
N. 42038/40 N.
115708/57
Francisco de Toledo
Lara / Sobrasil
Ltda./57
Ruy Lara Nogueira 500400288
1943 HABITE-
SE / 1950
HABITE-SE
Art-Déco
N. 42038/40 e N.
14505/50
H. Spencer James / J.
Diez
Roberto Vautier
Franco e outros
vários
1941
HABITE-SE /
déc. 70
registro em foto EMURB
Moderno
N. 89157/39 e N.
47113/41
Angelo Carciolelo /
Annio de Toledo
Lara Filho
Rua José Bonifácio
Rua José Bonifácio
Rua Benjamin Constant
Praça Paulo Duarte / jan 87
Largo do Ouidor Pacheco e Silva
Rua São Bento - Levantamento de USO do SOLO atual - 2007.
6.5
1/084 -
6.6
170 SB, 250
rua Direita
146 2 Pça
em 1911 -
construção de
prédio p o
Hotel
Rotisserie
Sportsman
Ed. Barão de
Iguape -
Unibanco Rua
Direita, 250
Serviço - banco
Unibanco
3 subsolos + T
+ 31 +
Heliponto
h ~= 96 m
28.75 m (Direita),
2.95 m chanfro,
29.00 m (São
Bento), 3.30 m
chanfro, 23.50 m
(Quitanda)
177 a 185 177 17 23 e/t 23 alt
Edificio Patriarca
CPA (letras da porta
de ferro do edifício),
vizinho da Casa
Lutetia
comércio - roupas,
perfumaria Contem 1 g;
salas comerciais +
escritórios
T + 8
14.40 m (Pç),
3.80 m chamfro,
13.60 m
189/195/197 189 19 29 e/t 27 alt
Residência Elias
Chaves
comércio - roupas
CONEXÃO e APETREXO
Bijouterias (189) acesso
superior fechado
T + 2
11.80 m
201/203/ 207 203 21 31A e/t 0bx
Edifício de
Escritórios e
Estabelecimentos
Comerciais
comércio/serviços -
Padrão Comida Caseira
por Kilo, loja de bolsas
(203) e Palácio dos
Biscoitos
T + 2
10.62 m
217 23 sob 33 e/t 33A alt
231 25 sob 35 e/s 35A alt
241,243, 245 245 27 37P 37 tin
Antigo CINE São
Bento
comércio - FATTY
calçados, CD Nany,
roupas 775
T
14.20 m
259 259 29
41 e/s, Loja da
China
41 alt
comércio - roupas
ESKALA
T + 1 + sótão
12.94 m
267/275 267 31
43 e/s, Casa
Nathan,
importadora
0 alt
IMÓVEL FECHADO
subsolo + T + 1
11.39 m
279/283 279 33 sob 45 45 alt tin Edifício LAMÍA
lojas comercias para
alugar; comércio -
calçados Babush
T + 12 + zel.
recuo a partir
do 7o.
11.64 m (São
Bento), 8.40 m
(Líbero Badaró)
293/299
293/299 35sob 47e/s 47
comércio - lojas
Americanas express
T + 2
10.93 m
309/315/319
309/311/
315
37sob/
37b/37c
49Be/s/
49ce/t/ 49d,
antigo
Grande
Hotel
49A bx
Galeria Pefeito
Firmiano Pinto
serviço - banco
CREFISA, FININVEST;
comércio - loja artigos
indianos, copiadora,
salão de beleza,
lanchonete
subsolo (Miguel
Couto) + T +
sobreloja + 2
(só p/ São
Bento)
17.00 m (São
Bento), 69.80 m
(Miguel Couto)
176 176 16 16 4
Casa Fretin (séc.
XX)
salas comerciais e antiga
óptica Fretain; banco
FININVEST
T + 5 + porão
15.75 m (Q),
3.42 m chanfro,
11.00 m
188/192/
196/198/
204/210/ 214
192 18a 18A 8a alt
serviço - banco BGN,
comércio - livraria
SARAIVA
T + 3
13.40 m
200/208
200 20 sob 20 e/s 10p alt
Edifício São
Bento
salas
comerciais/escritórios
T + 4 + zel.
12.95 m
216/220
220 22 sob 22 e/s 12 bx
Edificio Ana
Maria Nogueira
comércio - Botica Veado
D´Ouro, roupas
CAMALEON, roupas
CAVALERAç salas
comerciais
T + 4
10.65 m
230/234
230/234 24 a/b 26 14c bx Lojas Marabraz
T + 4
13.00 m
1/080 -
6.7
Rua da Quitanda
1/081 -
6.8
PRAÇA DO PATRIARCA - Igreja de Santo Antônio
Rua Direita
Rua da Quitanda
PRAÇA DO PATRIARCA
215/219/227/
231/ 235
fundos do Edifício
Campos de
Piratininga
comércio - lanchonete
Mc Donald´s (215),
roupas Leporello (219),
roupas NATOO (227),
Turn Over (231)
recuo nas
laterais, frente
e fundos
T + Mezanino p/
São Bento
28.82 m
rua Miguel Couto, antiga Travessa do Grande Hotel e antes Beco da Lapa.
CONPRESP 1956
Moderno
Jaques
Pilon,
Giancarlo
Gasperini e
Jerônimo
Bonilha
Esteves
108400000
PRAÇA DO PATRIARCA
CONPRESP
primeira
metade da
década de 20,
séc. XX.
Faz frente para a Pça do
Patriarca nos. 56 a 96
Eclético /
Estrutura de
concreto e
alvenaria de tijolos
Chamsi Barcat Kalim vários
CONDEPHAAT
1885
frontispício
características
neoclássicas/alve
naria de tijolos
arquiteto
italiano/ Arq.
Claudio
Rossi
Annio Carlos Kalim
e outro
108000109
Bens Culturais
SEMPLA -
EMPLASA - SNM
1909
eclético /
alvenaria de
tijolos
Augusto
Fried
Davina Nogueira
Thompson
108000095
108001806
vários
CONPRESP 1927
processo para construção
e alvará de funcionamento
Eclético
N.42364/27 N.
200/27
J. Diez & Cia/27 S. A.
Moinho Santista/27
Taquari Agro
Comercial Ltda
001080, 241 - 1814,
243 - 1822, 245 - 1830
1948 HABITE-
SE
Art-Déco
N. 53690/48
Famá & Cia Ltda.
Pedro Patrik
Burmaian
108000052
1938 HABITE-
SE / 1957
HABITE-SE
recobrimento de fachada
retirado!
Art-Déco
N. 45961/38 e N.
150100/57
Renato Salfati &
Cia/38 - Fernando
Cricchio Prota/57
Trides comp imob
administrsdora
108000044
construção
1953,
1954/1955
habite-se
Tem frente para Líbero
sem recuo, só garagem.
Entrada principal no 1o.
Rua São Bento.
Moderno
Gregori
Warchav
chik
N. 149514/55
laudo de vistoria
Demetre Basile
Cranas e outro
108000257
CONPRESP
1902
Eclético
Max Hehl N. 47911/55
Escritório Ramos de
Azevedo, 1955
HABITE-SE
Banco do Grande São
Paulo
108000028
1949/ 1957
HABITE-SE
(Raul Simões)
1968 HABITE-SE parcial /
faz esquina com a rua
Miguel Couto)
Moderno
N. 76789/49 N.
10956/57 N.
123276/68
Claudio Monteiro
Soares S/A Adm. de
Bens
vários vários
esquina Rua da
Quitanda -
CONPRESP
1924
Eclético/ Estrutura de
concreto e alvenaria
de tijolos
108100014
1941
HABITE-SE /
1952 HABITE-
SE / 1953
HABITE-SE
1953 HABITE-SE total
Moderno
N. 66744/41 N.
166835/52 N.
117473/53 N.
156729/53
Francisco Piza
Pimentel/41 Constr. E
Imob. Albatroz
Ltda./52 José Hilário
Sammarone Jr./53
188 - Maria V.
Ferreira de Souza
Leite, 192 e 196 -
Cyro de Souza Leite
001081, 188 - 00154,
192 - 00162, 196 -
00170
CONPRESP
1926 na
fachada
1953 HABITE-SE by
Vicente Gagliano
Eclético
N. 29840/48
N37189/53
1948 HABITE-SE
(Raul Simões)
vários vários
CONPRESP
1913, 1938
HABITE-SE
(zeladoria no 1o. Pav).
Eclético
Ricardo Severo N. 52423/38 Max H. Fortner/38
José Paula Leite de
Barros
108100197
1944 - 1959
HABITE-SE
Moderno
N. 32753/44 N.
147174/59
Luiz Bianco/44 Sta.
Casa do Porto/59
Santa Casa da
Misericórdia do Porto
108100200
Rua da Quitanda
PRAÇA DO PATRIARCA - Igreja de Santo Antônio
Rua Direita
Rua da Quitanda
1977 HABITE-
SE
215 Mcdonald´s
Comercio de
Alimentos Ltda. /
vários
rua Miguel Couto, antiga Travessa do Grande Hotel e antes Beco da Lapa.
frente do lote para a rua
Líbero Badaró, 318
subsolo(1) + T + 13 + 2
(casa de máq.) Ed.
Aministrativo NCNB
Moderno
N. 326595/77
VEPLAN S/A
238/248 238 26 28 16 alt
serviço - banco FINASA;
comercio - lanchonete
GIRAFFAS
T + 1
12.06 m
250 250 28 30 18 bx
comércio - perfumaria
Boticário
T + 1
6.05 m
256 256 30 32 0 bx
serviço - banco Olé T + 1
5.35 m
260/264/272/
276
272/276 34 36 e/s 0 alt
T + 3
19.60 m
284/290/ 300
284/298 36a/36d 38/40 e/s
26 alt
tin/28
Palacete Crespi/
Edifício York
comercio - roupas
Barred's; serviço - banco
Losango e banco
PanAmericano
porão + T + 2
sobrelojas + 7
25.60 m
308 306 38 sob 44 0 bx
Edifício
INDUSEG Lgo do
Café,11 ou R.
Alvares
Penteado, 231
educacional - Faculdade
UNIESP Renascença;
serviço - salas
comerciais; comércio -
lanchonete
T (+ 1 interno) +
10 + 3
escalonados
18.00m, 6.60 m
chanfro, 11.00 m
Lgo, 18.05 AA
323/329/ 333
327 39 51 e/t 0alt
Prédio Álvares
Penteado
comércio - telefonia
CLARO (333),
lanchonete MISTER
MATE; salas comerciais
T + 12 + zel.
recuo partir
do 11o.
7.10 m (São Bento),
7.10 m chanfro,
29.70 m (Miguel
Couto)
341
341 41 53 0alt
serviço - banco
CACIQUE
T + 3
12.80 m (São
Bento), 5.05 m
(Miguel Couto)
351/355
355 43a sob 55 e/s 55bx tin
comércio - perfumaria
São Bento; salas
comerciais - curso Elos
Lider (355)
T + 3 7.30 m
357/359
359
45 sob,
em 1928
casa Pratt
57 e/s 57A alt
serviço - banco Losango T + 3 7.77 m
365 365 47 sob 59 e/s 59 bx Edifício Gerbur
comércio - EXTRA Eletro
no T p/ São Bento
T + 20 17.44 m
385/389
389 49 sob
63 A, intalou-
se a Cia
Mogiana de
Estrada de
Ferro
63 bx
Condomínio
Edifício Sant'Ana
Salas comerciais;
comércio - ótica
FOTOPTICA (385)
T + 8 + zel. 10.93 m
397/ 405/413
405
51sob/
51a/51b
65/67/69/ 71
65A alt/
67 alt/
0bx/ 0bx
Prédio Martinelli
institucional - PMSP
30 sendo 27 +
3 no ático
27.30 m (São
Bento), 3.75 m
chanfro, 64.15 m
(São João), 5.65 m
chanfro, 18.15 m
(Líbero Badaró
344/348/
352
344 40
46, 48-A,
funcionava a
Loja Flora
34 bx tin
Sucursal do
Grande Hotel
serviço - banco BV;
comercio - lanchonete e
restaurantes; escritórios
T + 2 + ático
12.55 m, 5.10 m
chanfro, 24.85 m
(Lgo Café), 10.40 m
(Comércio)
356
356
42, Casa
ODEON
50 38 tin
Fotóptica em
1978
comércio - calçados
World Tennis
T + 7 + 1/2
subsolo
4.66 m
360
360 44 52 40 bx
serviço - Banco Omni T+ 1 5.71 m
366/370
366 46 sob
54 e/s, Loja
Japão
42 alt
Condomínio
Edifício GIESTA
serviços - salas
comerciais; comercio -
ótica; comercio -
diversões eletrônicas
T + 10 + Zel
recuo a partir
do 6o.
12.00 m
380/398 380/398
48, 50sob,
50, 52
56,58e/s,58
Ae/t,60, Casa
Michel -
Joalheria
44bx,46alt
, 46bx tin,
48bx
Antigo Banco de
São Paulo
institucional - Secretaria
de Estado da Juventude
e Lazer
13
recuo a partir
do 6o.
23.80 m (São
Bento), 26.85 m (XV
Novembro)
1/072
6.9
Praça Antônio Prado
Largo do Café
rua Miguel Couto, antiga Travessa do Grande Hotel e antes Beco da Lapa.
1/081 -
6.8
1/073 -
6.10
Largo do Café
CONPRESP
1933-1938
HABITE-SE
Eclético
N. 42629/33 N.
90899/38
Soc, Construtora e de
Imóveis /33 Freitas,
Jank e Cia Ltda./38
Cecília de Almeida
Prado Amaral e outro
108100219
1930 aprov.
Planta
Eclético
n. 31821/ 30
D. Schwery
Agencia Siciliano de
Liv. Jor Ver Ltda.
108100227
CONPRESP
1922 na
fachada
Eclético
Holl administradora de
bens Ltda.
108100235
CONPRESP 1907
Eclético
Jorge Krug vários vários
CONPRESP (9 +
porão)
década de 20,
séc. XX
Família Crespi - funcionou
primitivamente a Botica ao
Veado d´Ouro
Eclético
N. 72520/51
1951 HABITE-
SE / Raul Crespi
vários vários
CONPRESP
década de 40,
séc. XX
Art-Déco
Ary Giron vários
1939 HABITE-
SE /1940
inaugurado
administradora Beth 3105
8293 Sr. Valdemar (pai)
Art Déco
Severo & Vilares
1939, habite-se
parcial
Silvio de Alvares
Penteado
Tamboré S/A 107200953
1942 HABITE-
SE
N. 62962/42
Francisco Matarazzo
Neto/42
Pejan
Empreendimentos e
Participações Ltda.
107203731
CONPRESP
1958 HABITE-
SE
Art Déco
N. 175001/58
A Pettri/58 Salim Abraao Kalim 107200937
1956 HABITE-
SE
1959 HABITE-SE by
Octavio Godoi
Moderno
N.101987/56 N.
29792/59
Soc. Técnica de Eng.
Citel Ltda./56
DMSJ - Administração
e Participações Ltda.
107200929
1968 HABITE-
SE
1937 HABITE-SE by
Germaine Lucie
Burchard/37(33)
N. 13907/33 elev.
N.46037/37 N.
194873/68
GERBUR S/A Adm. E
Comércio/68
vários vários
CONPRESP
1930 HABITE-
SE
Eclético
Siciliano &
Silva
N. 30752/30 N.
12297/33 elev.
Stella Penteado/30
(33)
385 - Holl
administradora de
bens Ltda., 389 -
vários inclusive Stela
Penteado
001072, 385 - 01356,
389 -
01194,01216,01331 (S.
Penteado)
CONPRESP 1929 1957 HABITE-SE
Eclético /
Estrutura de
concreto e
alvenaria de
tijolos
Giuseppe
Martinelli, em
1922,
desenhou o
edifício.
N. 47061/33 N.
09438/33 N.
23545/33 (ambos
elev.) N.
132358/57
José Martinelli 33 /
Joaquim Procópio de
Araújo(1957)
397- FUNCEF, 405 -
EMURB, 413 - Sind
dos Bancários
397 - 00107200899,
405 - vários, 413 -
00107201372
Lgo do Café -
CONPRESP
1907
antigo anexo do Grande
Hotel / ou Hotel São Paulo
Eclético
Oscar
Kleinsch
midt
344 - Jesus Perez
Garcia, 348 e 352 -
Ivone Pereira
dominguez Lopez
001073, 344 - 00151,
348 - 00141, 352 -
00133
déc. 70
Contempo-
râneo
N. 221915/68
construção de
prédio N.
183700/72
substituição de
plantas
Fotóptica S/A / 68 e
72
Fotoptica S/A 107300087
CONPRESP
1936 HABITE-
SE
Eclético
N. 100001/36
Plínio Arcoverde de ª
Cavalcanti
DMSJ - Administração
e Participações Ltda.
107300095
1954 HABITE-
SE
Moderno
N. 112386/54
Sociedade
Construtora Celbe
Ltda.
Irmandade da Santa
Casa de Misericórdia
de
107300109
CONPRESP
1935/36
PROJETO e
1939 HABITE-
SE
1934 HABITE-SE
Art-
Déco/estrutura
de concreto e
alvenaria de
tijolos
Arq. Álvaro
Botelho
N. 49955/34 N.
11489/39
A. de Sá Moreira/34
Soc. Construtora e de
Imóveis/39
Praça Antônio Prado
Largo do Café
rua Miguel Couto, antiga Travessa do Grande Hotel e antes Beco da Lapa.
Largo do Café
402/406
406/418
54, 56,
56a
62, 62A, 64
50 alt,
52bx,
54bx
H. Lara
comércio - farmácia
DROGASIL, doceria;
servico - banco GE
Money
T + 23
19.55 m, 2.70 m
chanfro, 36.50 m
Pça APrado
465
53/55/
57sob/57
73/75/
77A/77e/t
0 bx/
75bx/
77bx tin/
0alt
Edifício Banco do
Brasil
serviço - Banco do Brasil
3 subsolos + T
Sbto + 22
recuo a partir
do 11o.
22.60 m, 3.50 m
chanfro, 58.95 m
(São João), 3.50 m
chanfro, 18.00 m
(Líbero Badaró)
481/483
477/481 59sob/ 59 79 e/t 79 alt
anexo do Banco
do Brasil
serviço - Banco do Brasil
anexo
T + Mezanino +
3 + 7
escalonado
10.80 m (São
Bento), 22.10 m
(Líbero Badaró)
487/493 487/491 61sob/61 81e/s/ 81e/t 81 alt
comércio - calçados
Global Shoes/
PEDRINHO HOT-DOG
T + 3 4.87 m
503
503
63,
funcinou a
Casa Fuchs
83 83 alt Rino Levi
imóvel fechado T + 12
recuo a partir
do 4o.
12.80 m (São
Bento), 13.20 m
(Líbero Badaró)
515
515 65
85Ae/t, em
1903, planta i
143, era Grand
Bazar Parisien
0 bx
serviço - banco Itaú T + 1
10.87 m (São
Bento), 11.60 m
(Líbero Badaró)
525 525 67
87, Casa
Grumbarch
87
comércio - BAR ao DIX
bar / fechado
T + 1 6.30 m
533 533/541 69/71 91/93e/t
91tin/
93alt
545 545 71sob 93Ae/t 0bx
5 sobrelojas +
15
23.30 m (São
Bento), 23.38 m
(Líbero Badaró)
553/ 557/
561
553/
557/561
73/73a/73
b
95e/t/97e/t/
97Ae/t
95alt/97alt
/97bx tin
VAZIO
estacionamento oficial
470
470 58 sob 66a e/s 58 alt DILAN
salas comerciais, serviço
- Banco Taí; escritórios
T + 17 + zel 26.78 m
68A, loja
Fujisaki &
Cia
484 62sob
68Be/t,
70e/s/72 Au
Palais Royal
60bx/64 Banco Bradesco
Banco Bradesco
T + sobreloja +
4
25.30 m
500/506 500 66
74/ 70, Casa
de Ferragens
Fischbacher
66 alt
Edifício Joaquim
Gonçalves
Moreira - MCML
(1950)
comercio $1,99; serviço -
salas comerciais
T + 10 + zel. 12.68 m
514/518
514/518 70/ s n
78 e/t, casa
de bicicletas
Pegeout
70bx
serviço - sala comercial;
comercio - lanchonete
T + 2 9.90 m
520 520 70sob
80 e/s,
SINGER
72 alt
serviço - Banco
FININVSET
T + 6 12.80 m
534 534 74 84 e/t 76bx
METRO Estação
São Bento
comercial: calçados
BONGUSTO, lanchonete,
restaurante CA
GIRONDINO
T + 1
22.55 m, 3.65 m
chanfro, 46.44 m
Boa Vista
10 a 40
antigo Hotel D´Oeste T + 1
48 a 54
T + 1
58
T + 1
1/049
Mosteiro de São
Bento
1/064 -
6.13
imóveis para o
Largo São Bento
Praça Antônio Prado
1/062
6.11
Largo São Bento
Praça Antônio Prado, 48 Edifício BM & F (4 subsolos + T + 9)
Condomínio
Edifício de
Galerias São
Bento
476/480
1/063 -
6.12
comercial - escritórios
década de 50
na planta de 1954
aparece pontilhado e foto
de 1957 em construção.
Fco e Gustavo Lara
CONPRESP 1955
Art Déco
Banco do Brasil S/A 106200097
CONPRESP
1955 HABITE-
SE
Art Déco
N. 26466/55
Banco Federal de
Crédito S.A.
Banco do Brasil S/A 106200135
1939 HABITE-
SE
N. 47541/39
Ulisses Pais de
Barros
Banco Nacional S/A 106200070
CONPRESP
1935 HABITE-
SE
1965 HABITE-SE Escr.
Téc. Ramos de Azecedo -
Eng. Arq. Constr. /Severo
Villares S/A
Moderno
Rino Levi
N. 58190/35 N.
34572/65
Escritório Ramos de
Azevedo
Governo do Estado
de São Paulo
106200062
CONPRESP
1970 HABITE-
SE
N. 206978/70
Banco Minas Gerais
S/A
CMS
Empreendimentos
Imobiliários Ltda.
106200054
1979 HABITE-
SE
faz fundo com o 624
(Recanto da Líbero -
restaurante)/ 628
(estacionamento)
CONPRESP
N. 15617/30 N.
1194/31 N.
104652/79
Fernando Jo
Rodrigues da Rocha
Isabel Sampaio Levy 106200046
1945 HABITE-
SE
N. 37351/45
Barretto, Xande & Cia
Ltda
frente para a
Líbero Badaró,
644
1969 HABITE-
SE Parcial
HABITE-SE 1941
Moderno
N. 65197/41 N.
83192/41 N.
69585/69
Guilhermina
Ferreira/41
Archimedes Petri/41
Ruy de Mello e
outro/69
vários vários
METRO
CONPRESP
1951 HABITE-
SE
recuo do 10o. p/ cima.
Zelador: Sr. Rodrigo
N. 179646/51 Munhoz e Lara Ltda.
Diogo de Toledo Lara
Neto
106300131
PILMAT
1940 HABITE-
SE
N.33588/40 e N.
77300/40
Pilon & Matarazzo
Ltda.
déc. 70
Bradesco desde
06/12/1973, antes Banco
da BAHIA
Banco Bradesco S/A 106300490
1950
HABITE-SE
Moderno
N. 73609/45
(construção de
prédio) N. 113040/50
N. 86454/50
Irmandade de Sta.
Casa de Misericória
Irmandade da Santa
Casa de Misericórdia
106300172
CONPRESP
final séc. XIX
(DPH), 1943
HABITE-SE
Eclético
1906 - J. J.
Ferreira
N. 17117/42(reforma)
N. 65149/43
Isaura Celeste da
Silva Branco/42
Antonio de Paula
Assis/43
Marina Branco de
Melo M. Aires de
Souza
106300180
1938 HABITE-
SE
1955 HABITE-SE by
Leoncio Ferraz Jr.
N. 91422/55
Eliria Matos do
Amaral e João
Falco/38
Antonio Aib Chammas 106300334
déc. 70
lote com frente para rua
Boa Vista, 319, 325, 365
(Girondino)
Irmandade da Santa
Casa de Misericórdia
de
106300504
CONPRESP 1901
Eclético
Rossi e Branni 106400001
CONPRESP 1887
Eclético
Morisim 106400002
CONPRESP
Eclético
106400003
CONPRESP 1912
104900001 e
104900062
Praça Antônio Prado
Largo São Bento
Praça Antônio Prado
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