Revisão da Literatura
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recuperação dos movimentos em pacientes humanos com lesão completa de
medula, em quadros agudos e estágios precoces (WONG et al., 2003). A
indicação de acupuntura manual ou associada à eletroestimulação pode ser
baseada na atrofia muscular, gravidade dos sinais neurológicos e tempo de
paresia ou ataxia (JOAQUIM et al., 2003).
A estimulação elétrica, segundo Janssens (2001), é aplicada utilizando–
se vários formatos e padrões de onda, com intervalos, freqüência e amplitude
variáveis. No tratamento de cães com doença do disco intervertebral graus I, II,
III e IV, com várias freqüências diferentes (1, 5, 10, 20, 40, 75, 100 Hz), em
modo denso disperso e alternando freqüências (1Hz/50Hz), com duração de
estímulos de 20 a 180 segundos, a eletroestimulação parece não ter diminuído
o tempo de recuperação dos pacientes, mesmo quando comparada ao
agulhamento simples, como citado por Still (1988a) e Still (1998b).
Durante qualquer método de estimulação, Janssens (2001) referiu que as
agulhas podem ser deixadas nos pontos por 10 a 20 minutos, sem
estimulações, quando são então estimuladas por intervalos que podem variar
de 10 a 20 minutos a alguns segundos apenas.
A eletroestimulação com alta freqüência, acima de 100Hz, oferece os
melhores resultados no tratamento contra a dor (JOAQUIM et al., 2003).
Estímulo em alta freqüência leva a sensação de parestesia e analgesia devido
à ação junto a fibras aferentes tipo II e mecanismos medulares segmentares,
além de não haver contração muscular (THOMAS e LUNDEBERG, 2001;
WALSH, 2001). Por sua vez, estímulos em baixa freqüência estimulam fibras
nociceptivas tipo III e IV e pequenas fibras motoras levando a parestesia e
contração muscular (WALSH, 2001).
Segundo citado por Ghoname et al. (1999), padrões mistos de
estimulação elétrica, isto é, baixas e altas freqüências alternadas, promovem
os melhores resultados na diminuição da dor e melhora na atividade física.
Especula-se que a combinação de freqüências intermediárias, alternando 15 e
30 Hz, por exemplo, podem estimular mais de um tipo de receptor de opióides
(GHONAME et al., 1999). Joaquim et al. (2003) utilizou baixas freqüências para
tratar paresia, ataxia, fraqueza e diminuição de sensibilidade, enquanto