Download PDF
ads:
ECOBIOMETRIA NOS MODOS A E B EM CÃES DA RAÇA COCKER
SPANIEL INGLÊS, COM E SEM CATARATA.
Miguel Ladino Silva
Medico Veterinário
JABOTICABAL – O PAULO - BRASIL
Fevereiro de 2009
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
ECOBIOMETRIA NOS MODOS A E B EM CÃES DA RAÇA
COCKER SPANIEL INGLÊS, COM E SEM CATARATA.
Miguel Ladino Silva
Orientador: Prof. Dr. José Luiz Laus
Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade
de Ciências Agrárias e Veterinárias Unesp,
Câmpus de Jaboticabal, como parte das exigências
para a obtenção do titulo de Mestre em Cirurgia
Veterinária.
JABOTICABAL – O PAULO - BRASIL
Fevereiro de 2009
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
ads:
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
MIGUEL LADINO SILVA Natural de Bogotá, Colômbia, nascido no dia 24
de março de 1982, filho de Miguel Antonio Ladino Rojas e María Consuelo Silva
Gonzalez. Graduou-se em Medicina Veteriria na Universidad Nacional de
Colombia, sede Bogotá, em fevereiro de 2006. Durante o curso de graduação
realizou estágio em diferentes clinicas veterinárias da cidade de Bogotá. O estágio
curricular foi realizado no setor de oftalmologia do Hospital Veterinário
“Governador Laudo Natelda Faculdade de Ciências Agrárias e Veteririas da
Universidade Estadual Paulista – UNESP Campus Jaboticabal. No período 2006
e 2007 trabalho como clinico e cirurgião autônomo. Ingressou no Programa de Pós
graduação em Cirurgia Veteriria, área de concentração em Oftalmologia
Veterinária, em agosto de 2007 na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
da Universidade Estadual Paulista UNESP – Campus Jaboticabal, como bolsista
da Capes.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
DEDICO
Aos meu pais e meu irmão
OFEREÇO
a toda minha família e amigos
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
Agradecimentos
A meus pais e meu irmão, que sempre deram seu apoio incondicional, sua
constante ajuda e sua orientação e conselho para que eu tomasse as decisões
certas.
Ao professor Jose Luiz Laus pela aceitação, pela orientação e pelos
ensinamentos ao longo deste tempo.
À Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias Campus de Jaboticabal, pela oportunidade de realização do
mestrado.
Aos professores da Banca de Qualificação e de defensa, Cintia Lucia
Maniscalco, Aureo Evangelista Santana, Paola Castro Soares, Fabricio Mamede
pelas importantes sugestões e correções.
A toda minha família, minhas tias Marlen, Zoila, Martha, Alicia, Stella,
Leonor; meus tios Germán, Guillermo, Hector, Miguel, Edgar; meus primos,
especialmente Juan Memo, meu irmão, Carlitos, Mauricio, Rodrigo, Ricardo,
Carlos, David Ricardo, Diego, William, Miguel Andres; minhas primas Martha
Sofia, Miryam, Marlen, Martica, Valentina; grande apoio durante minha estadia
longe de casa. A umas pessoas muito especiais durante toda minha vida Cesar
Sanchez e Maria Luisa de Sanchez.
A meus amigos Anamaria, Jimena, Diana Milena, Antonio, Pedro, Dunia,
Giovanny e Camilo pela eterna amizade. Os demais amigos por sua amizade
A o pessoal da republica por permitir morar com vocês, por compartilhar
bons momentos e fazer que minha solidão longe de casa seja mais fácil de
assumir.
Ao pessoal do setor de Oftalmologia do Hospital Veterinário “Governador
Laudo Natel” FACV UNESP - Campus Jaboticabal, especialmente Alexandre,
por sua ajuda na realizão do projeto e por sua amizade.
A Capes pela concessão da bolsa.
A Fapesp porque pelos equipamentos adquiridos mediante auxílios de
projetos anteriores foi possível a realização deste trabalho.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
ECOBIOMETRIA NOS MODOS A E B EM CÃES DA RAÇA COCKER
SPANIEL INGLÊS, COM E SEM CATARATA.
Miguel Ladino Silva
Medico Veterinário
JABOTICABAL – O PAULO - BRASIL
Fevereiro de 2009
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
SUMÁRIO
gina
SUMÁRIO ………….…………………………………………………………………… i
LISTA DE ABREVIATURAS …………………………………………………………. ii
LISTA DE TABELAS …………………………………………………………………. iii
LISTA DE FIGURAS ………………………………………………………………….. v
RESUMO .............................................................................................................. vii
ABSTRACT ………………………………………………………………………… viii
1. INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA .............................................. 1
2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS ..................................................................... 6
3. MATERIAL E MÉTODO …………………………………………………………… 7
3.1 Aspectos éticos …………………………………………………………... 7
3.2 Pacientes …………………………………………………………..……… 7
3.3 Ultrasonografia …………………………………..…………………... 8
3.4 Análise à estatística ........................................................................... 8
4. RESULTADOS ................................................................................................ 9
5. DISCUSSÃO ..................................................................................................... 17
6. CONCLUSÃO ................................................................................................... 22
7. REFERÊNCIAS .................................................................................................23
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
LISTA DE ABREVIATURAS
AC Câmara anterior
AL Comprimento axial
C Córnea
DP Desvio padrão
GCC Grupo com catarata
GSC Grupo sem catarata
L Lente
MHz Megahertz
mm Milimetros
m/s Metros/Segundos
R Retina
OD Olho direito
OE Olho esquerdo
V Segmento posterior
µm Micrometro
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao
comprimento axial entre os olhos direito (OD) e esquerdo
(OE) de cães, com e sem catarata, da raça cocker spaniel
inglês, às ultrasonografias nos modos A e B - Jaboticabal,
2008 ............................................... 9
Tabela 2. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao
comprimento da câmara anterior entre os olhos direito (OD) e
esquerdo (OE) de cães, com e sem catarata, da raça cocker
spaniel inglês, às ultrasonografias nos modos A e B -
Jaboticabal, 2008 .................... 10
Tabela 3. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao diâmetro
lenticular entre os olhos direito (OD) e esquerdo (OE) de cães,
com e sem catarata, da raça cocker spaniel inglês, às
ultrasonografias nos modos A e B - Jaboticabal, 2008
............................................... 10
Tabela 4. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao
comprimento do segmento posterior entre os olhos direito
(OD) e esquerdo (OE) de cães, com e sem catarata, da raça
cocker spaniel inglês, às ultrasonografias nos modos A e B -
Jaboticabal, 2008 ................... 11
Tabela 5. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao
comprimento axial entre machos e fêmeas de cães, com e
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
sem catarata, da raça cocker spaniel inglês, às
ultrasonografias nos modos A e B - Jaboticabal, 2008
............................................................................... 11
Tabela 6. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao
comprimento da câmara anterior entre machos e fêmeas de
cães da raça cocker spaniel inglês, às ultrasonografias nos
modos A e B - Jaboticabal, 2008
.................................................................................................... 11
Tabela 7. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao diâmetro
lenticular entre machos e fêmeas de cães, com e sem
catarata, da raça cocker spaniel inglês, às ultrasonografias
nos modos A e B - Jaboticabal,
2008............................................................................... 12
Tabela 8. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao
comprimento do segmento posterior entre machos e fêmeas
de cães, com e sem catarata, da raça cocker spaniel inglês, às
ultrasonografias nos modos A e B - Jaboticabal, 2008
....................................................... 12
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. Imagem de ultrasonografia transcorneal nos modos A e B de
olho direito de cão da raça cocker spaniel inglês, fêmea,
adulta, com catarata madura. Notar comprimento axial do
bulbo do olho (AL: 19,60 mm, distância entre C e R), da
câmara anterior (AC: 3,04 mm, distância entre C e L1), da
lente (L: 6,43 mm, distância entre L1 e L2) e segmento
posterior (V: 10,13 mm, distância entre L2 e R). Em C: córnea;
L1: cápsula anterior; L2: cápsula posterior; e R: retina. Notar
picos produzidos pelas estruturas mais ecogênicas no modo A
- Jaboticabal, 2008..................................................................... 13
Figura 2. Imagem de ultrasonografia transcorneal nos modos A e B de
olho esquerdo de cão da raça cocker spaniel inglês, fêmea,
adulta, com catarata madura. Notar comprimento axial do
bulbo do olho (AL: 20,82 mm, distância entre C e R), da
câmara anterior (AC: 4,68 mm, distância entre C e L1), da
lente (L: 6,09 mm, distância entre L1 e L2) e segmento
posterior (V: 10,05 mm, distância entre L2 e R). Em C: rnea;
L1: cápsula anterior; L2: cápsula posterior; e R: retina. Notar
picos produzidos pelas estruturas mais ecogênicas no modo A
- Jaboticabal, 2008................................................................. 14
Figura 3. Imagem de ultrasonografia transcorneal nos modos A e B de
olho direito de cão da raça cocker spaniel inglês, fêmea,
adulta, sem catarata. Notar comprimento axial do bulbo do
olho (AL: 19,27 mm, distância entre C e R), da câmara anterior
(AC: 2,03 mm, distância entre C e L1), da lente (L: 7,34 mm,
distância entre L1 e L2) e segmento posterior (V: 9,90 mm,
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
distância entre L2 e R). Em C: córnea; L1: cápsula anterior;
L2: cápsula posterior; e R: retina. Notar picos produzidos pelas
estruturas mais ecogênicas no modo A. Comprimento axial
(AL), câmara anterior (AC), lente (L) e segmento posterior (V) -
Jaboticabal, 2008 ........................................ 15
Figura 4. Imagem de ultrasonografia transcorneal nos modos A e B de
olho esquerdo de cão da raça cocker spaniel inglês, fêmea,
adulta, sem catarata. Notar comprimento axial do bulbo do
olho (AL: 19,83 mm, distância entre C e R), da câmara anterior
(AC: 2,81 mm, distância entre C e L1), da lente (L: 7,60 mm,
distância entre L1 e L2) e segmento posterior (V: 9,43 mm,
distância entre L2 e R). Em C: córnea; L1: cápsula anterior;
L2: cápsula posterior; e R: retina. Notar picos produzidos pelas
estruturas mais ecogênicas no modo A. Comprimento axial
(AL), câmara anterior (AC), lente (L) e segmento posterior (V) -
Jaboticabal, 2008 ........................................ 16
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
ECOBIOMETRIA NOS MODOS A E B EM CÃES DA RAÇA COCKER SPANIEL
INGLÊS, COM E SEM CATARATA.
RESUMO - A pesquisa foi desenvolvida visando-se a se avaliarem alterações nas
dimensões de estruturas do bulbo de olho de cães da raça cocker spaniel inglês,
machos e fêmeas, com e sem catarata, à ultrasonografia transcorneal nos modos
A e B. Dezesseis pacientes (n = 16, 32 olhos, 10 machos, 6 fêmeas) com catarata
e idade superior a 8 anos e um grupo controle sem catarata (n =7, 14 olhos, 2
manchos, 5 fêmeas) foram avaliados. Realizou-se ultrasonografia transcorneal nos
modos A e B com transdutor de 10 MHz. Os dados referentes à ecobiometria,
foram avaliados estatisticamente ao teste ANOVA de via única e os resultados
expressos em média e desvio padrão (±DP). A incidência de catarata entre gênero
foi avaliada estatisticamente ao teste de Fisher’s. O comprimento axial do bulbo do
olho dos pacientes com catarata e dos do grupo controle respectivamente, foi de
19.909 ± 1,103 mm; 19,958 ± 1,050mm. Para a mara anterior, encontraram-se
3,041 ± 0,828 mm; 3,373 ± 1,040mm, respectivamente. Para o diâmetro lenticular
foram de 6,817 ± 1,117 mm; 7,062 ± 0,477mm, respectivamente, e para o
segmento posterior foram 10,056 ± 0,754mm; 9,523 ± 0,705mm. o se
encontraram diferenças significativas entre olhos com catarata e os controles,
tampouco entre machos e fêmeas com e sem catarata. Tampouco foi encontrada
diferença em quanto à incidência das cataratas entre ambos os sexos (P > 0.05).
Palavras-Chave: cães, catarata, ultrasonografia.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
A- AND B-MODE ECHOBIOMETRY IN CATARACTOUS AND
NONCATARACTOUS EYES OF ENGLISH COCKER SPANIEL DOGS.
ABSTRACT - The present study was conceived to evaluate A- and B-mode
ultrasonographic changes in the thickness of various structures of the eyeball in
male and female English Cocker Spaniel dogs with and without cataracts. Sixteen
dogs with cataracts (36 eyes, 10 males, 6 females), and seven normal dogs (14
eyes, 2 males, 5 females) older than eight years were selected. A- and B-mode
ultrasonography was performed with a 10 MHz transducer. Echobiometry values
were evaluated statistically by one way ANOVA. Incidence of cataract among
gender was assessed by Fisher’s excat test. Mean and standard deviations of
various ocular structures for dogs with and without cataracts were, respectively,
anterior chamber: 3.041 ± 0.828 mm, 3.373 ± 1.040 mm; lens: 6.817 ± 1.117 mm,
7.062 ± 0.477 mm; vitreous: 10.056 ± 0.754 mm, 9.523 ± 0.705 mm; and axial
length: 19.909 ± 1.103 mm; 19.958 ± 1.050 mm. Ocular measurements between
right and left eyes, males and females, as well as in eyes with and without cataract
were not significantly different. Incidence between gender were not significantly (P
> 0.05).
Key words: dog, cataracts, ultrasonography
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
1. INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA
A lente ou cristalino é uma estrutura biconvexa, transparente e avascular,
localizada caudalmente à iris, e fixa, em toda sua circunferência, pelas fibras
zonulares. O pólo posterior encontra-se sobre uma depressão do vítreo, chamada
de fossa patelar (SAMUELSON, 2007).
As fibras lenticulares são continuamente formadas a partir do epitélio
anterior da lente, no seu equador. As novas fibras deslocam as mais velhas para o
centro da lente. O cristalino pode ser dividido em duas regiões: córtex, composto
por fibras macias, e núcleo central, formado por fibras mais firmes (SLATTER,
2001).
Apsula do cristalino atua como barreira física, impedindo a passagem de
macromoléculas, e na acomodação visual. Trata-se de uma lâmina basal
composta por uma única camada de lulas epiteliais. Sua espessura se modifica
de acordo com a região, idade, e na presença de catarata (BERNAYS e PEIFFER,
2000). Na região anterior, pode variar entre 50 a 70µm, na equatorial, entre 8 a
12µm e, na posterior, entre 2 a 4µm (SAMUELSON, 2007).
A espessura da cápsula anterior aumenta em lentes com catarata. Em
lentes normais, a cápsula anterior se espessa, aproximadamente, 5 a 8µm ao ano,
podendo chegar a 137µm em cães idosos. Nas cataratas, todavia, ela poderá
atingir níveis mais elevados (BERNAYS e PEIFFER, 2000).
À similitude da rnea, a lente atua na refração da luz. Por ser avascular,
sua nutrição provém do humor aquoso, através do transporte ativo de íons e de
aminoácidos, para a síntese protéica, e por difusão passiva. O aporte energético
advém da glicólise anaeróbica, pela via do sorbitol. A patência de uma bomba
ativa de Na/K ATPase controla o quantitativo de aquoso na lente (SAMUELSON,
2007).
A lente é constituída por, aproximadamente, 65% de água e 35% de
proteínas que, de consoante com a sua solubilidade, podem ser classificadas em
cristalinas (solúveis) e em albuminóides (insolúveis). As solúveis podem, ainda,
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
ser classificadas em alpha-cristalinas, beta-cristalinas e gama-cristalinas
(SLATTER, 2001).
A psula impede que proteínas cristalinas sejam carreadas para o meio
externo. Da sua apresentação ao sistema imune, decorrem as uveítes lente-
induzidas (van der WOERDT, 2000).
Por catarata, define-se qualquer opacidade ou perda da transparência da
lente ou da sua cápsula, que resulte em prejuízo à visão. Dentre os métodos de
classificão, elencam-se os relativos à idade em que ela se manifesta (congênita,
juvenil, ou senil), à localizão (axial, equatorial, nuclear, capsular ou cortical), ao
grau de desenvolvimento (incipiente, imatura, madura ou hipermatura) e às causas
ensejantes (trauma, doenças metabólicas, substancias tóxicas) (SLATTER, 2001).
Estudo relativo ao momento do aparecimento mostrou que, em cães, 50%
das cataratas se desenvolvem à partir dos 9 anos de idade. Adjunto, que
decorridos 13 anos de idade, todos os indivíduos da espécie apresentarão
opacidade da lente, por catarata ou por esclerose lenticular senil (WILLIAMS et al.,
2004).
Trabalho recente, comparando a incidência da catarata entre raças de cães,
encontrou na cocker spaniel inglês a mais acometida (GELATT e MACKAY, 2005).
Em cães da raça cocker spaniel acometidos por catarata, verificou-se diminuição
significativa da concentração sérica de vitamina C, comparativamente a cães sem
catarata (BARROS et al., 1999).
Considerando-se o haver tratamento clínico para a catarata, a
intervenção cirúrgica constitui-se na única alternativa factível. Atualmente, duas
são as técnicas mais utilizadas: a extração extra-capsular e a facoemulsificão,
esta considerada a de eleição pelos bons resultados que proporciona,
comparativamente à primeira (GIGER, 1997).
Propõe-se, como necessária, a criteriosa seleção do paciente a ser
operado. Ademais ao seu temperamento, é de grande significação a avaliação das
condições do olho. Como a catarata não permite minuciosa observação do
segmento posterior, a ultrasonografia e a eletroretinografia constituem-se
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
procedimentos complementares de exame, imprescindíveis à seleção dos
pacientes (DAVIDSON e NELMS, 2007).
A ultrasonografia constitui-se como todo eficaz para se detectarem
alterações no segmento posterior do bulbo do olho, previamente à facectomia,
bem como para calcular o poder refrativo de lentes intraoculares. Outrossim, ela
auxilia na avaliação das condições da lente, permitindo, às vezes, delinearem-se
estratégias cirúrgicas.
Existem dois protocolos de avaliação ultrasonográfica do olho: o linear ou
modo A (unidimensional), e o bidimensional ou modo B (intensidade-modulação).
O modo A oferece um gráfico com picos verticais, que representam os ecos
ensejados pelas diferentes densidades dos tecidos. O modo B proporciona
imagem bidimensional do olho e do espaço retrobulbar (DAVIDSON e NELMS,
2007). O modo A é o mais sensível e fidedigno, para a mensuração oftálmica das
estruturas oculares, comparativamente ao B (HAMIDZADA e OSUOBENI, 1999).
Já o modo B apresenta-se melhor para avaliar alterações estruturais do globo
ocular.
Adjunto aos dois modos duas maneiras para a consecução dos exames:
a transpalpebral e a transcorneal. A primeira é realizada apoiando-se o transdutor
sobre as pálpebras cerradas, enquanto a transcorneal o é colocando-o em contato
direito com a córnea, previamente desensibilizada. Em ambos os métodos é
necessária a utilização de gel estéril entre a pálpebra ou a córnea, e o transdutor
como médio de transmissão e contato (TWELKER et al., 1997).
TWELKER et al. (1997) compararam-as em crianças. Em avaliações
transpalpebrais e nas transcorneais, observaram que as dimensões da câmara
anterior não divergem, enquanto que as da lente e do vítreo exibem diferenças
significativas. As mensurações feitas de estas estruturas, por o método
transcorneal, exibem valores inferiores comparativamente aos obtidos mediante a
técnica transpalpebral.
SCHIFFER et al. (1982) foram os primeiros a desenvolver estudos sobre a
utilização da ultrasonografia em modo A, visando à avalião das estruturas
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
intraoculares em es. Os resultados mostraram não haver diferença significativa,
na comparação entre olhos direito e esquerdo. Encontraram, todavia, diferenças
significativas entre machos e fêmeas. Os machos apresentaram valores
superiores quanto ao comprimento axial comparativamente com as fêmeas.
SCHIFFER et al. (1982) verificaram que a velocidade de transmissão de
ondas de ultrasom, para os humores aquoso e vítreo é igual à da água destilada a
38°C, ou seja, 1526 m/s. Na lente, a velocidade foi estimada em 1720 m/s.
HAMIDZADA e OSUOBENI (1998) calcularam a velocidade de transmissão
do ultrasom nos humores aquoso e vítreo em olhos de camelos (Camelus
dromedarius). Os resultados foram de 1499 m/s e de 1497 m/s, respectivamente.
Compararam-se ultrasonografias em modo A e em modo B. Estudaram-se o
comprimento axial, a câmara anterior, a espessura da lente, do vítreo de cães
mesocefálicos e dolicocefálicos, machos e fêmeas, usando-se velocidade de
ultrasom de 1540 m/s. Os resultados mostram diferenças significativas entre as
médias do comprimento axial. Cães mesocefálicos exibiram valores de
19,1,2mm, e dolicocefálicos de 21,2±1,3mm. Não se encontraram diferenças
significativas entre os sexos ou entre as médias nos modo A e B, relativamente à
câmara anterior, à lente e ao segmento posterior. (COTTRILL et al., 1989).
Realizaram-se avaliações em cães mesocefálicos, quanto ao eixo axial, à
câmara anterior, à lente e ao segmento posterior em cortes longitudinais do olho, à
necrópsia, mostraram diferenças significativas quanto às médias do comprimento
axial, da câmara anterior, da lente e do segmento posterior quanto àquelas obtidas
à ultrasonografia nos modo A e B. Os dados obtidos à mensuração direta do
comprimento axial, da câmara anterior e do segmento posterior apresentavam
valores superiores, em quanto a lente apresentavam valores inferiores (COTTRILL
et al., 1989).
À ultrasonografia no modo B em cães de diferentes raças, observaram-se
diferenças não significativas no tamanho axial da lente entre olhos normais,
acometidos por catarata imatura e entre outros cursando com catarata madura.
Todavia, elas foram significativas em cataratas diabéticas (WILLIAMS, 2004).
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
BOROFFKA (2005) monitorou o desenvolvimento de diferentes estruturas
do olho, nos períodos pré e pós-natal valendo-se da ultrasonografia em modo B,
em cães da raça beagle. No pré-natal, observou que após o 37° dia de vida
intrauterina era possível a visibilização de estruturas oculares como a lente, a
artéria hialóide, o vítreo e o anel escleroretinal. Comprimento axial, câmara
anterior, lente e segmento posterior mostraram crescimento rápido e contínuo.
BOROFFKA et al. (2006) mostraram que avaliações feitas em cães por
diferentes profissionais, pouco ou nada induziram a diferenças inter e
intraobservadores. No mesmo estudo, informaram que variações nos resultados
das avaliações feitas em estruturas de maior tamanho (comprimento axial e treo)
eram discretas, comparativamente às encontradas entre as menores (câmara
anterior). Não obstante, em todos os casos não se observaram diferenças
estatisticamente significativas.
TUNTIVANICH et al. (2007) mostraram, à ultrasonografia em modo B, que o
comprimento axial do olho, aumenta rapidamente até a 52° semana de vida do
cão, para estabilizar-se e o modificar-se mais. Os autores mostraram, ainda,
não haver variões quanto sexo ou aos lados direito e esquerdo.
EKESTEN e TORRÅNG (1995) mostraram, à ultrasonografia em modo A,
que o comprimento axial de olhos de cães aumenta rapidamente nas primeiras
semanas de vida. EKESTEN (1994) encontrou que as dimensões da câmara
anterior e do segmento posterior, à ultrasonografia em modo A, variaram entre
cães que foram sedados para o exame, comparativamente a outros não sedados.
Concluindo-se que em pacientes sedados, o erro gerado foi estatisticamente
inferior ao dos não sedados, pela não movimentação dos pacientes.
HAMIDZADA e OSUOBENI (1999) mostraram em exames ultrasonograficos
feitos em olhos enucleados de camelos (Camelus dromedarius), que entre os
modos A e B ocorrem diferenças significativas. O modo B mostra valores maiores
em estruturas como a rnea e a câmara anterior, por exemplo. Todavia quando a
avaliação é dirigida para estruturas como o comprimento axial a lente e o vítreo, o
modo B exibe valores inferiores.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
SHUM et al. (1993) e OSTRIN et al. (2006) encontraram alterações
decorrentes da acomodação visual em exames ultrasonograficos realizados em
seres humanos. Visibilizaram aumentos significativos, relativamente ao tamanho
da lente e ao do comprimento axial, e diminuição nas medidas da câmara anterior.
As mudanças em quanto ao tamanho da lente acontecem pela contração dos
músculos ciliares levando ao aumento na sua curvatura e espessura. Este
aumento em seu diâmetro produz uma diminuição na profundidade da câmara
anterior.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS
A ultrasonografia do bulbo do olho é prática obrigatória para se lograrem
resultados satisfatórios na cirurgia da catarata. Todavia, estudos quanto aos
parâmetros ultrasonográficos préoperatórios, não m sido amplamente aplicados.
Frente à assertiva, e por ser a raça cocker spaniel inglês uma das raças de cães
mais acometidas por catarata, concebeu-se a pesquisa através da qual pretendeu-
se mensurar, à ultrasonografia nos modo A e B, o comprimento axial, a câmara
anterior, a lente e o segmento posterior de olhos sadios ou com catarata.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
3. MATERIAL E MÉTODO
3.1 Aspectos éticos
O projeto foi submetido à apreciação da Comissão de Ética e Bem Estar
Animal (Protocolo 009462-08) da Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias - UNESP mpus de Jaboticabal. Por oportuno ressaltar que
cuidados bioéticos, relativamente às normas da Association for Research in Vision
and Ophthalmology - ARVO (National Institutes of Health Publications No 85-23:
Revised 1985), de consoante com o código de NÜREMBERG (GOLDIM, 1995),
foram rigorosamente obedecidos.
3.2 Pacientes
Para consecução da pesquisa compuseram-se dois grupos. O primeiro
constituído por 16 cães da raça cocker spaniel inglês, 10 machos e 6 fêmeas, com
mais de 8 anos de idade, acometidos por catarata bilateral (GCC), e o segundo
(controle), composto por 7 cães, da mesma raça, 2 machos e 5 fêmeas, livres de
doença ocular, com mais de 8 anos de idade (GSC), selecionados no Serviço de
Oftalmologia do Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel” da Faculdade de
Ciências Agrárias e Veteririas – UNESP – Câmpus de Jaboticabal.
Para obtenção de grupos homogêneos, os animais forma previamente
examinados por avalião clínica de rotina e a oftálmica. Empregaram-se os
testes dos reflexos pupilares, o da lágrima de Schirmer
1
, a biomicroscopia com
lâmpada em fenda
2
, a tonometria de aplanação
3
, a gonioscopia
4
, a oftalmoscopia
binocular indireta
5
e o teste de tingimento pela fluoresceína
6
. Uma vez
1
Teste da Lágrima de Schirmer – Ophthalmos Ltda.
2
Slit Lamp SL-14 – Kowa Company Ltd.
3
TonoPen XL, Medtronic.
4
Koeppe medium diagnostic lens 18 mm Ocular
®
5
Oftalmoscópio binocular indireto FOH-5 Eyetec S.A.
6
Fluoresceína strips – Ophthalmos Ltda.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
selecionados aqueles cujas condições adequavam-se ao pretendido, procedeu-se
a ultrasonografia.
3.3 Ultrasonografia
Empregou-se equipamento concebido para oftalmologia
7
, munido de
transdutor mecânico nos modo A e B de 10 MHz. A velocidade de transmissão de
ultrasom para humor aquoso e vítreo foi de 1532 m/s e para a lente, de 1641 m/s.
Como procedimentos preliminares aos exames, adotarem-se: anestesia
corneal com colírio cloridrato de proximetacaína 0,5%
8
(DZIEZYC et al., 1987;
HAGER et al., 1987; HERRING et al., 2005), contenção mecânica delicada e
decúbito esternal (HAGER et al., 1987). Para a blefarostase, empregaram-se
manobras manuais. Utilizou-se gel esril
9
como meio de contato e de condução
entre o transdutor e os olhos avaliados (DZIEZYC et al., 1987; HAGER et al.,
1987). Utilizou-se a cnica transcorneal, relativamente ao exame do comprimento
axial, da mara anterior, da lente, do segmento posterior (MATTOON e NYLAND,
1995). Para impressão das imagens, adotou-se papel termo-sensível
10
.
Relativamente aos exames, que foram realizados por diferentes
profissionais, em modo A unidimensional e em modo B bidimensional, a varredura
foi realizada no eixo óptico, e foram avaliados o comprimento axial, a profundidade
da câmara anterior, a espessura da lente, o tamanho do segmento posterior
(DZIEZYC et al., 1987; HAGER et al., 1987, MATTOON e NYLAND, 1995).
3.4 Análise à Estatística
Os dados obtidos à ecobiometria foram analisados empregando-se o
método de Anova de via única (P 0,05). A incidência de cataratas entre neros
foi pelo Fisher´s exact test (P 0,05) (BUSSAR e MORETTIN, 2005).
7
Ultrasom Ultrascan A/B - Alcon
®
8
Anestalcon - Alcon do Brasil
9
Universal Transmission Gel, Water Soluble contact medium for Ultrasound – Universal Medical Systems
Inc.
10
Papel Térmico Mitsubishi K65 HM
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
4. RESULTADOS
Os resultados para o comprimento axial foram de 19.909 ± 1,103 mm;
19,958 ± 1,050 mm. Para a profundidade da câmara anterior, foram de 3,041 ±
0,828 mm; 3,373 ± 1,040 mm, e para o diâmetro lenticular foram de 6,817 ± 1,117
mm; 7,062 ± 0,477 mm. Quanto ao tamanho do segmento posterior, eles foram de
10,056 ± 0,754 mm; e de 9,523 ± 0,705 mm, respectivamente. o se
encontraram diferenças significativas entre as médias das mensurações dos olhos
com catarata e os do grupo controle (p 0,05) (Figura 1 a 4).Não se encontraram
diferenças significativas entre os parâmetros, relativamente aos olhos direito e
esquerdo ou quanto ao sexo nos pacientes com e sem catarata.
As médias e desvios padrão do comprimento axial, da mara anterior, da
lente e do segmento posterior entre olhos direito e esquerdo nos grupos com e
sem catarata, encontram-se nas Tabelas de 1 a 4. Os relativos ao sexo, nas de
Tabelas de 5 a 8.
Não foram encontradas diferenças significativas em quanto à incidência de
cataratas entre sexos.
Tabela 1. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao comprimento axial
entre os olhos direito (OD) e esquerdo (OE) de cães, com e sem
catarata, da raça cocker spaniel inglês, às ultrasonografias nos modos A
e B* - Jaboticabal, 2008
Grupo
Olho
N
Médi
Desvios Padrão (mm)
Grupo com catarata
OD
16
19,877
1,201
OE
16
19,941
1,035
Grupo controle
OD
7
19,869
1,087
OE
7
20,139
0,912
*ANOVA de via única (p > 0,05)
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
Tabela 2. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao comprimento da
câmara anterior entre os olhos direito (OD) e esquerdo (OE) de cães,
com e sem catarata, da ra cocker spaniel inglês, às ultrasonografias
nos modos A e B* - Jaboticabal, 2008
Grupo
Olho
N
Médias (mm)
Desvios Padrão (mm)
Grupo com
catarata
OD
16
3,167
0,915
OE
16
2,914
0,740
Grupo controle
OD
7
3,417
1,265
OE
7
3,090
0,740
* ANOVA de via única (p > 0,05)
Tabela 3. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao diâmetro lenticular
entre os olhos direito (OD) e esquerdo (OE) de cães, com e sem
catarata, da raça cocker spaniel inglês, às ultrasonografias nos modos A
e B* - Jaboticabal, 2008
Grupo
Olho
N
Médias (mm)
Desvios Padrão (mm)
Grupo com catarata
OD
16
6,579
1,257
OE
16
7,056
0,938
Grupo controle
OD
7
7,057
0,378
OE
7
7,137
0,542
* ANOVA de via única (p > 0,05)
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
Tabela 4. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao comprimento do
segmento posterior entre os olhos direito (OD) e esquerdo (OE) de cães,
com e sem catarata, da ra cocker spaniel inglês, às ultrasonografias
nos modos A e B* - Jaboticabal, 2008
G
rupo
Olho
N
dias (mm)
Desvios Padrão (mm)
Grupo com catarata
OD
16
10,133
0,677
OE
16
9,979
0,838
Grupo controle
OD
7
9,396
0,839
OE
7
9,913
0,541
* ANOVA de via única (p > 0,05)
Tabela 5. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao comprimento axial
entre machos e meas de cães, com e sem catarata, da raça cocker
spaniel inglês, às ultrasonografias nos modos A e B* - Jaboticabal, 2008
Grupo
N
Médias (mm)
Desvios Padrão (mm)
Machos com catarata
20
19,931
1,160
Fêmeas com catarata
12
19,872
1,050
Machos grupo controle
4
20,127
1,266
Fêmeas grupo controle
10
19,954
0,910
*ANOVA de via única (p > 0,05)
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
Tabela 6. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao comprimento da
câmara anterior entre machos e fêmeas de cães da raça cocker spaniel
inglês, às ultrasonografias nos modos A e B* - Jaboticabal, 2008
Grupo
N
Médias (mm)
Desvios Padrão (mm)
Machos com catarata
20
3,230
0,639
Fêmeas com catarata
12
2,725
1,027
Machos grupo controle
4
3,070
0,374
Fêmeas grupo controle
10
3,327
1,186
*ANOVA de via única (p > 0,05)
Tabela 7. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao diâmetro lenticular
entre machos e meas de cães, com e sem catarata, da raça cocker
spaniel inglês, às ultrasonografias nos modos A e B* - Jaboticabal, 2008
Grupo
N
Médias (mm)
Desvios Padrão (mm)
Machos com catarata
20
6,490
1,087
Fêmeas com catarata
12
7,363
0,977
Machos grupo controle
4
7,040
0,614
Fêmeas grupo controle
10
7,120
0,407
*ANOVA de via única (p > 0,05)
Tabela 8. Médias e desvios padrão dos valores referentes ao comprimento do
segmento posterior entre machos e fêmeas de cães, com e sem catarata,
da raça cocker spaniel inglês, às ultrasonografias nos modos A e B* -
Jaboticabal, 2008
Grupo
N
Médias (mm)
Desvios Padrão (mm)
Machos com catarata
20
10,214
0,772
Fêmeas com catarata
12
9,793
0,671
Machos grupo controle
4
10,018
0,385
Fêmeas grupo controle
10
9,509
0,798
*ANOVA de via única (p > 0,05)
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
Figura 1. Imagem de ultrasonografia transcorneal nos modos A e B de olho direito
de cão da raça cocker spaniel inglês, fêmea, adulta, com catarata
madura. Notar comprimento axial do bulbo do olho (AL: 19,60 mm,
distância entre C e R), da câmara anterior (AC: 3,04 mm, distância entre
C e L1), da lente (L: 6,43 mm, distância entre L1 e L2) e segmento
posterior (V: 10,13 mm, distância entre L2 e R). Em C: córnea; L1:
cápsula anterior; L2: cápsula posterior; e R: retina. Notar picos
produzidos pelas estruturas mais ecogênicas no modo A - Jaboticabal,
2008
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
Figura 2. Imagem de ultrasonografia transcorneal nos modos A e B de olho
esquerdo de cão da raça cocker spaniel inglês, fêmea, adulta, com
catarata madura. Notar comprimento axial do bulbo do olho (AL: 20,82
mm, distância entre C e R), da câmara anterior (AC: 4,68 mm, distância
entre C e L1), da lente (L: 6,09 mm, distância entre L1 e L2) e segmento
posterior (V: 10,05 mm, distância entre L2 e R). Em C: córnea; L1:
cápsula anterior; L2: cápsula posterior; e R: retina. Notar picos
produzidos pelas estruturas mais ecogênicas no modo A - Jaboticabal,
2008
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
Figura 3. Imagem de ultrasonografia transcorneal nos modos A e B de olho direito
de cão da raça cocker spaniel inglês, fêmea, adulta, sem catarata. Notar
comprimento axial do bulbo do olho (AL: 19,27 mm, distância entre C e
R), da câmara anterior (AC: 2,03 mm, distância entre C e L1), da lente (L:
7,34 mm, distância entre L1 e L2) e segmento posterior (V: 9,90 mm,
distância entre L2 e R). Em C: rnea; L1: cápsula anterior; L2: cápsula
posterior; e R: retina. Notar picos produzidos pelas estruturas mais
ecogênicas no modo A - Jaboticabal, 2008
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
Figura 4. Imagem de ultrasonografia transcorneal nos modos A e B de olho
esquerdo de cão da raça cocker spaniel inglês, fêmea, adulta, sem
catarata. Notar comprimento axial do bulbo do olho (AL: 19,83 mm,
distância entre C e R), da câmara anterior (AC: 2,81 mm, distância entre
C e L1), da lente (L: 7,60 mm, distância entre L1 e L2) e segmento
posterior (V: 9,43 mm, disncia entre L2 e R). Em C: córnea; L1: cápsula
anterior; L2: cápsula posterior; e R: retina. Notar picos produzidos pelas
estruturas mais ecogênicas no modo A - Jaboticabal, 2008
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
5. DISCUSSÃO
A catarata é uma enfermidade que, por razões justificadas, dificulta a
avaliação direta das estruturas do segmento posterior, como o vítreo e a retina.
Propõe-se, nesses casos, a ultrasonografia como parte integrante do exame
oftálmico (DAVIDSON e NELMS, 1999). Com ela é possível, ainda, se avaliarem
estruturas como córnea, câmara anterior, lente, segmento posterior, retina e
espaço retrobulbar (MATTOON e NYLAND, 1995).
A raça cocker spaniel inglês é de distribuição cosmopolita. À
ultrasonografia, as estruturas oculares visibilizadas na espécie não diferem
significativamente das de outras espécies domésticas, salvo em dimensões
(SCOTTY et al., 2004; POTTER et al., 2008; RIBEIRO et al., 2008).
Existem dois modos para a realização do exame ultrasonográfico: o modo A
ou unidimensional, e o B ou bidimensional. O modo A oferece um gráfico com
picos verticais, que representam os ecos ensejados pelas diferentes densidades
dos tecidos. O modo B proporciona imagem bidimensional do olho e do espaço
retrobulbar (DAVIDSON e NELMS, 2007).
HAMIDZADA e OSUOBENI (1999) observaram que entre os modos A e B,
ocorrem diferenças, relativamente às mensurações obtidas. O modo B mostra
valores maiores em estruturas como a córnea e a mara anterior, enquanto, que
para a lente, o vítreo e o comprimento axial do bulbo do olho eles são inferiores,
comparativamente ao modo A.
Na presente pesquisa, utilizaram-se os dois modos ao mesmo tempo,
visando a uma melhor investigação entre os dados obtidos e a uma melhor
acurácia semiotécnica.
O exame ultrasonográfico pode ser realizado empregando-se as técnicas
transpalpebral e transcorneal (MATTOON e NYLAND, 1995). Na transcorneal, o
transdutor entra em contato direto com a córnea, que pode estar protegida por
uma almofada de recuo (técnica da mão enluvada) ou por meio de gel de
interface. Na transpalpebral, o transdutor é mantido sobre as pálpebras fechadas,
utilizando o gel como meio de transmissão (MATTOON e NYLAND, 1995). No
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
presente estudo, a cnica transpalpebral não foi realizada, porque segundo o
reportado por TWELKER et al. (1997), ao compararem as duas técnicas,
encontraram que a transcorneal oferece resultados mais fidedignos. À similitude
do observado por SOARES et al. (1998), ao utilizarem almofada de recuo, na
presente pesquisa com a utilização de gel esteril obtivemos diminuição de
artefatos, boa supercie de contato entre córnea e o transdutor e nenhuma lesão
iatrogênica na superfície ocular. O gel estéril tampouco ocasionou nenhuma lesão
ou irritação em conjuntiva ou córnea.
Alem da sua utilidade em estudos quanto a anatomia, buscando-se
estabelecerem parâmetros de normalidade em espécies domésticas (GILGER et
al., 1998; SCOTTY et al., 2004; McMULLEN e GILGER, 2006; POTTER et al., 2008;
RIBEIRO et al., 2008) e silvestres (HAMIDZADA e OSUOBENI, 1998; HARRIS et
al., 2008; NUNNERY et al., 2008), a ecobiometria constitui-se ferramenta útil para
o cálculo do poder refrativo de lentes intraoculares, previamente a facectomias,
em seres humanos (LEE et al., 2008), cães (GAIDDON et al., 1991), felinos
(GILGER et al., 1998), equinos (McMULLEN e GILGER, 2006) e em aves de
rapina (CARTER et al., 2007). Ademais, a ecobiometria pode ser utilizada no
diagnóstico preditivo de glaucoma (WOOD et al., 2001) e no pós-operatório da
ablação química do corpo ciliar (BRANDÃO et al., 2008).
A despeito de sua etiologia e em qualquer estágio do desenvolvimento, as
cataratas podem ensejar quebra da barreira hemato-aquosa pela lise de proteínas
lenticulares, elevando a turbidez no humor aquoso (SLATTER, 2001), ao que se
denomina uveíte facolítica, que se constitui em uma das causas do glaucoma
secundário (SLATTER, 2001). Na presente pesquisa não se encontrou qualquer
paciente com uveíte severa ou glaucoma secundário, diferentemente do que fora
observado por WOOD et al. (2001).
Avaliaram-se cães com idade superior a oito anos, uma vez que são os
mais acometidos por catarata (WILLIAMS et al., 2004; GELATT e MACKAY, 2005;
ENGELHARDT et al., 2008). Outrossim, optou-se por se estudar a raça cocker
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
spaniel inglês pela alta freqüência com que ela é acometida por catarata (GELATT
e MACKAY, 2005). Embora estudo prévio tenha mostrado haver maior incidência
em fêmeas da raça (GELATT e MACKAY, 2005), se constatou que os machos
foram os mais acometidos, todavia, sem diferença significativa segundo o analise
feito mediante o Fisher’s exact Test, comparativamente às fêmeas.
ENGELHARDT et al. (2008) ao pesquisarem cataratas na raça, notificaram que a
sua ocorrência não é influenciada pelo sexo, pedigree ou coloração da pelagem.
Relativamente à idade dos animais avaliados na presente pesquisa,
diferenças significativas no comprimento axial mostradas por EKESTEN e
TORRÅNG (1995), BOROFFKA (2005) e TUNTIVANICH et al. (2007), durante o
primeiro ano de vida do cão, não foram observadas. Os autores observaram
diferenças, relativamente ao comprimento axial do bulbo do olho, da lente e das
câmaras oculares empregando os modos A e B. Notificou-se, que em cães, o
comprimento axial do bulbo do olho cresce até a 52° semana de vida
(TUNTIVANICH et al., 2007). Observações similares foram notificadas em
caprinos da raça Saneen (RIBEIRO et al., 2008).
Os valores obtidos na presente pesquisa, em quanto a ecobiometria, foram
similares aos obtidos por COTTRILL et al. (1989), em olhos normais de cães
mesocefálicos, machos e fêmeas mediante a utilização da ultrasonografia nos
modos A e B. Reportaram-se medias e desvios padrão, no modo A e B, para o
comprimento axial de 19,6 ± 2,0 mm e 19,9 ± 1,2 mm; para a câmara anterior de
3,5 ± 0,7 mm e 3,6 ± 0,7 mm; para a lente de 7,6 ± 1,5 mm e 7,6 ± 0,5 mm; e para
o segmento posterior de 8,5 ± 1,4 mm e 8,8 ± 0,7 mm, respectivamente.
SCHIFFER et al. (1982) reportaram diferenças significativas entre o
comprimento axial do bulbo do olho de cães machos e fêmeas. Na presente
pesquisa esta assertiva não foi encontrada, achado que se coadunam com os
obtidos por COTTRILL et al. (1989).
Comprovou-se que, para os exames, a sedação diminui a probabilidade de
erros (EKESTEN, 1994). Não obstante, procedimentos anestésicos gerais foram
dispensados no presente estudo, porque a anestesia tópica mediante a utilização
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
de colírio de proximetacaina, consegue um aumento no limiar de sensibilidade
corneal durante um tempo de 55 minutos após instilação de duas gotas e uma
diminuição no desconforto (HERRING et al., 2005), e junto com uma contenção
mecânica de cúbito esternal delicada, permitiram a consecução do exame com
bons resultados. Diferentes trabalhos mostraram que alguns agentes anestésicos,
injetáveis ou inalantes, ensejam alterações na pressão intraocular (BOLZAN et al.,
2002; NAGDEVE et al., 2006; BLUMBERG et al., 2007) podendo induzir a
alterações em diferentes estruturas oculares, especialmente no comprimento axial
e a câmara anterior, alem dos riscos anestésicos que podem se apresentar em
pacientes de idade avanzada. LEYDOLT et al. 2008 e READ et al. 2008
observaram aumento significativo no comprimento axial associado ao aumento da
pressão intraocular.
O temperamento dos pacientes, junto com a anestesia corneal tópica e a
contenção mecânica gentil em decúbito esternal permitiram uma rápida realização
dos exames, os quais demoravam numa media de 10 a 15 minutos, dispensando
a utilização de protocolos anestésicos gerais.
SCHIFFER et al. (1982) e HAMIDZADA e OSUOBENI (1998) verificaram a
velocidade de transmissão de ondas de ultrasom, para os humores aquoso e
vítreo, e para a lente. SCHIFFER et al. (1982) calcularam que, em cães, a
velocidade de transmissão de ondas nos humores aquoso e vítreo foi de 1526 m/s
e, na lente, de 1720 m/s. HAMIDZADA e OSUOBENI (1998) verificaram, em olhos
de camelos, que a velocidade de transmissão nos humores aquoso e vítreo foram
de 1499 m/s e de 1497 m/s, respectivamente. GÖRIG et al. (2006) encontraram
que a velocidade de propagação das ondas, na lente, varia entre as espécies
canina, porcina e leporina, a despeito de, nos humores aquoso e vítreo, as ondas
propagam-se em velocidade similar entre estas espécies.
O aparelho de ultrasom utilizado na presente pesquisa foi calibrado para
que as velocidades de transmissão fossem de 1532 m/s, nos humores aquoso e
vítreo, e de 1641 m/s na lente. Salienta-se a importância de se conhecerem tais
parâmetros, notadamente quanto ao comprimento da lente, para uma melhor
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
acurácia e para que o paciente portador de catarata permaneça emétrope após
facectomias. Obtenção de dados fidedignos na mensuração de dita estrutura
ocular, são necessários para a aplicação de formulas e softwares designados para
o calculo do poder refrativo das lentes intraoculares (LEE et al., 2008).
WILLIAMS (2004) realizou ultrasonografia em modo B em cães de
diferentes raças e observou não haver diferenças significativas, relativamente ao
comprimento axial da lente entre olhos normais ou acometidos por catarata
imatura ou madura. Por outro lado, houve diferea significativa quanto ao
comprimento axial da lente, em cães com catarata diabética.
Cataratas diabéticas caracterizam-se por tumefação lenticular, que decorre
de altas concentrações de sorbitol intralenticular, ensejando a quebra do gradiente
osmótico entre o humor aquoso e a lente (SLATTER, 2001). Lentes acometidas
por cataratas hipermaturas, por sua vez, podem apresentar diminuição em seu
comprimento axial, pela perda de conteúdo protéico decorrente da liquefação do
córtex (SLATTER, 2001). Não se encontraram tais intercorrências na presente
consoante com o que fora anteriormente observado por WILLIAMS (2004).
FERNANDES (2008) avaliou ultrasonograficamente, olhos de es
acometidos por catarata em diferentes estágios de desenvolvimento e não
constatou diferenças entre o comprimento da câmara anterior e da lente,
relativamente as cataratas imaturas, maduras e hipermaturas. Cataratas de
origem diabéticas, por sua vez, induziram ao aumento do comprimento lenticular e
à diminuição da câmara anterior (FERNANDES, 2008). Tais achados coadunam-
se com os obtidos por WILLIAMS (2004).
BOROFFKA et al. (2006) informaram que a consecução de exames por
diferentes profissionais não aumenta a probabilidade de erros, relativamente à
ecobiometria, razão pela qual admitiu-se, na presente pesquisa, que diferentes
observadores realizassem os exames ultrasonográficos que comporiam a
investigação.
SHUM et al. (1993) e OSTRIN et al. (2006) encontraram alterações
decorrentes da acomodação visual em exames ultrasonográficos realizados em
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
seres humanos. Em cães, entretanto, a acomodação visual é evento pouco
considerado, comparativamente ao homem (SLATTER, 2001) Seres humanos
exibem 10 dioptrias, enquanto o cão o faz a razão de 1 a 2, o que possivelmente,
pensa-se, não poderia induzir à diferenças quanto as mensurações. Outrossim,
por o ser possível fazer com que o paciente permaneça numa mesma posição,
fixando-se a visão sobre um ponto fixo, tais variáveis do exame não foram
consideradas.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
6. CONCLUSÃO
Os resultados da pesquisa, na forma como fora ela conduzida, permitem
admitir que, relativamente à ecobiometria, não decorreram diferenças significativas
quanto às variáveis comprimento axial, câmara anterior, diâmetro lenticular e
segmento posterior, entre olhos direito e esquerdo de cães da raça cocker spaniel
machos ou fêmeas, com e sem catarata.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
7. REFERÊNCIAS
BARROS, P.S.; ANGELOTTI, A.C.; NOBRE, F.; MORALES, A.; FANTONI, D.T.;
BARROS, S.B. Antioxidant profile of cataractous English Cocker Spaniels.
Veterinary Ophthalmology, v. 2, n. 2, p.83-86, 1999.
BERNAYS, M.E.; PEIFFER, R. Morphologic alterations in the anterior lens capsule
of canine eyes with cataracts. American Journal Veterinary Research, v. 61, n. 12,
p.1517-1519, 2000.
BLUMBERG, D.; CONGDON, N.; JAMPEL, H.; GILBERT, D.; ELLIOTT, R.;
RIVERS, R.; MUNOZ, B.; QUIGLEY, H. The effects of sevoflurane and ketamine
on intraocular pressure in children during examination under anesthesia. American
Journal of Ophthalmology, v. 143, n. 3, p.494-499, 2007.
BOLZAN, A.A.; LAUS, J.L.; NUNES, N.; ANDRADE, C.P. Effects of metaraminol
bitartrate on intraocular pressure in dogs under halothane anesthesia. Veterinary
Ophthalmology, v. 1, n. 2-3, p.115–118, 2002.
BOROFFKA, S.A. Ultrasonographic evaluation of pre- and postnatal development
of the eyes in beagles. Veterinary Radiology & Ultrasound, v. 46, n. 1, p.72-79,
2005.
BOROFFKA, S.A.; VOORHOUT, G.; VERBRUGGEN, A.M.; TESKE, E.
Intraobserver and interobserver repeatability of ocular biometric measurements
obtained by means of B-mode ultrasonography in dogs. American Journal
Veterinary Research, v. 67, n. 10, p.1743-1749, 2006.
BRANDÃO, C.V.S.; CHIURCIU, J.L.V.; RANZANI, J.J.T.; MAMPRIM, M.J.;
ZANINI, M.; CROCCI, J.A. Tonometria, paquimetria e comprimento axial ocular em
cães glaucomatosos submetidos à ablação uveal intravítrea. Arquivos Brasileiros
de Medicina Veterinaria e Zootecnia, v. 59, n. 4, p.914-919, 2007.
BUSSAR, W.O.; MORETTIN, P.A. Inferência para duas populações.
In:______Estatística Básica, 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
CARTER, R.T.; MURPHY, C.J.; STUHR, C.M.; DIEHL, K.A. Bilateral
phacoemulsification and intraocular lens implantation in a great horned owl.
Journal of American Veterinary Medicine Association, v. 230, n. 4, p.559-561,
2007.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
COTTRILL, N.B.; BANKS, W.J.; PECHMAN, R.D. Ultrasonic and biometric
evaluation of the eye and the orbit of dogs. American Journal Veterinary Research,
v. 50, n. 6, p.898-903, 1989.
DAVIDSON, M.G.; NELMS, S.R. Disease of the canine lens and cataract
formation. In: GELATT, K. N. Veterinary ophthalmology. 4. ed. Iowa: Blackwell
Publishing, 2007.
DZIEZYC, J.; HAGER, D.A.; MILLCAAMP, N.J. Two-dimensional real-time ocular
ultrasonography in the diagnosis of ocular lesions in dogs. Journal of the American
Animal Hospital Association, v. 23, n. 5, p.501-508, 1987.
EKESTEN, B. Biological variability and measurement error variability in ocular
biometry in Samoyed dogs. Acta Veterinaria Scandinavica, v. 35, n. 4, p.427-433,
1994.
EKESTEN, B.; TORRÅNG, I. Age-related changes in ocular distances in normal
eyes of Samoyeds. American Journal Veterinary Research, v. 56, n. 1, p.127-33,
1995.
ENGELHARDT, A.; STOCK, K.F.; HAMANN, H.; BRAHM, R.; GRUßENDORF, H.;
ROSENHAGEN, C.U.; DISTL, O. A retrospective study on the prevalence of
primary cataracts in two pedigrees from the German population of English Cocker
Spaniels. Veterinary Ophthalmology, v. 11, n. 4, p.215-221, 2008.
FERNANDES, E. 2008, Ultra-sonografia na avalião pré-cirurgica da lente e do
segmento posterior do bulbo de olho de cães com catarata. Correlação entre
estádio evolutivo da enfermidade de eventos visibilizaveis em fundo de olho,
Dissertação (Mestrado em Cirurgia Veterinária), 61 pag., – Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2008.
GAIDDON, J.; ROSOLEN, S.G.; STERU, L.; COOK, C.S.; PEIFFER, R. Use of
biometry and keratometry for determining optimal power for intraocular lens
implants in dogs. American Journal Veterinary Research, v. 52, n. 5, p.781-783,
1991.
GELATT, K.N.; MACKAY, E.O. Prevalence of primary breed-related cataracts in
the dog in North America. Veterinary Ophthalmology, v. 8, n. 2, p.101-111, 2005.
GIGER, B.C. Phacoemulsification, Technology and Fundamentals. Veterinary
Clinics of North America: Small Animal Practice, v. 27, n. 5, p.1131-1141, 1997.
GILGER, B.C.; DAVIDSON, M.G.; HOWARD, P.B. Keratometry, ultrasonic
biometry, and prediction of intraocular lens power in the feline eye. American
Journal Veterinary Research, v. 59, n. 2, p.131-134, 1998.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
GOLDIM, J.R. Pesquisa em saúde e direitos dos animais. Porto Alegre: HCPA,
1995. p. 28.
GÖRIG, C.; VARGHESE, T.; STILES, T.; van den BROEK, J.; ZAGZEBSKI, J.A.;
MURPHY, C.J. Evaluation of acoustic wave propagation velocities in the ocular
lens and vitreous tissues of pigs, dogs, and rabbits. American Journal Veterinary
Research, v. 67, n. 2, p.288-295, 2006.
HAGER, D.A.; DZIEZYC, J.; MILLCHAMP, N.J. Two dimensional real-time ocular
ultrasonography in the dog: technique and normal anatomy. Veterinary Radiology
& Ultrasound, v. 28, n. 2, p.60-65, 1987.
HAMIDZADA, W.A.; OSUOBENI, E.P. Ultrasound velocity in the aqueous and
vitreous humours of the one-humped camel (Camelus Dromedarius). Clinical and
Experimental Optometry, v. 81, n. 5. p.222-227, 1998.
HAMIDZADA, W.A.; OSUOBENI, E.P. Agreement between A-mode and B-mode
ultrasonography in the measurement of ocular distances. Veterinary Radiology &
Ultrasound, v. 40 n. 5, p.502-507, 1999.
HARRIS, M.C.; SCHORLING, J.J.; HERRING, I.P.; ELVINGER, F.; BRIGHT, P.R.;
PICKETT, J.P. Ophthalmic examination findings in a colony of Screech owls
(Megascops asio). Veterinary Ophthalmology, v. 11, n. 3, p.186-192, 2008.
HERRING, I.P.; BOBOFCHAK, M.A.; LANDRY, M.P.; WARD, D.L. Duration of
effect and effect of multiple doses of topical ophthalmic 0.5% proparacaine
hydrochloride in clinically normal dogs. American Journal Veterinary Research, v.
66, n. 1, p. 77-80, 2005
LEE, A.C.; QAZI, M.A.; PEPOSE, J.S. Biometry and intraocular lens power
calculation.
Current Opinion of Ophthalmology, v. 19, n. 1, p.13-17, 2008.
LEYDOLT, C.; FINDL, O.; DREXLER, W. Effects of change in intraocular pressure
on axial eye length and lens position. Eye, v. 22, n. 5, p. 657-661, 2008
MATTOON, J. S.; NYLAND, T. G. Ocular ultrasonography. In: NYLAND, T. G.;
MATTOON, J. S. Veterinary diagnostic ultrasound. 1. ed. Philadelphia: W.B.
Saunders Company. 1995.
McMULLEN, R.J.; GILGER, B.C. Keratometry, biometry and prediction of
intraocular lens power in the equine eye. Veterinary Ophthalmology, v. 9, n. 5,
p.357-360, 2006.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
NAGDEVE, N.G.; YADDANAPUDI, S.; PANDAV, S.S. The effect of different doses
of ketamine on intraocular pressure in anesthetized children. Journal of Pediatric
Ophthalmology & Strabismus, v. 43, n. 4, p.219-223, 2006.
NUNNERY, C.M.; BARRIE, K.P.; WIEDNER, E.B.; GELATT-NICHOLSON, K.J.;
PLUMMER, C.E.; BROOKS, D.E. Ocular ultrasound findings in the Asian elephant,
Elephas maximus. Veterinary Ophthalmology, v. 11, n. 6, p.413–429, 2008.
OSTRIN, L.; KASTHURIRANGAN, S.; WIN-HALL, D.; GLASSER, A. Simultaneous
measurements of refraction and A-scan biometry during accommodation in
humans. Optometry and Vision Science, v. 83, n. 9, p.657-665, 2006.
POTTER, T.J.; HALLOWELL, G.D.; BOWEN, I.M. Ultrasonographic anatomy of the
bovine eye. Veterinary Radiology & Ultrasound, v. 49, n. 2, p.172-175, 2008.
RIBEIRO, A.P.; LADINO, M.; PIRES, J.; TEIXEIRA, I.A.M.A.; SOUZA, A.L.G.;
LAUS, J.L. Ocular biometry in a colony of Saanen goats with different ages.
Veterinary Ophthalmology, v. 11, n. 6, p.413–429, 2008.
READ, S.A.; COLLINS, M.J.; ISKANDER, D.R. Diurnal variation of axial length,
intraocular pressure, and anterior eye biometrics. Investigative Ophthalmology &
Visual Science, v. 49, n. 7, p. 2911-2918.
SAMUELSON, D.A. Ophthalmic Anatomy. In: GELATT, K. N. Veterinary
ophthalmology. 4. ed. Iowa: Blackwell Publishing, 2007.
SCHIFFER, S.P.; RANTANEN, N.W.; LEARY, G.A.; BRYAN, G.M. Biometric study
of the canine eye, using A-mode ultrasonography. American Journal Veterinary
Research, v. 43, n. 5, p.826-830, 1982.
SCOTTY, N.C.; CUTLER, T.J.; BROOKS, D.E.; FERRELL, E. Diagnostic
ultrasonography of equine lens and posterior segment abnormalities. Veterinary
Ophthalmology, v. 7, n. 2, p.127 139, 2004.
SHUM, P.J.; KO, L.S.; NG, C.L.; LIN, S.L. A biometric study of ocular changes
during accommodation. American Journal of Ophthalmology, v. 115, n. 1, p.76-81,
1993.
SLATTER, D. Lens. In: _______, Fundamentals of Veterinary Ophthalmology. 3.
ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company. 2001.
SOARES, A.M.; LAUS, J.L.; SIQUEIRA, Y.H.; MARSILLAC, P. Ultra-sonografia
bidimensional em tempo real do bulbo ocular de cães (Canis familiaris, Linnaeus,
1758) com opacificação de meios transparentes. Emprego do transdutor mecânico
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
setorial de 7,5 MHz com almofada de recuo. Ciencia Rural, v. 28, n. 4, p.591-599,
1998.
TUNTIVANICH, N.; PETERSEN-JONES, S.M.; STEIBEL, J.P.; JOHNSON, C.;
FORCIER, J.Q. Postnatal development of canine axial globe length measured by
B-scan ultrasonography. Veterinary Ophthalmology, v. 10, n. 1, p.2-5, 2007.
TWELKER, J.D.; KIRSCHBAUM, S.; ZADNIK, K.; MUTTI, D.O. Comparison of
corneal versus through-the-lid A-scan ultrasound biometry. Optometry and Vision
Science, v. 74, n. 10, p.852-858, 1997.
van der WOERDT, A. Lens-induced uveitis. Veterinary Ophthalmology, v. 3, n. 4,
p.227-234, 2000.
WILLIAMS, D. L. Lens morphometry determined by B-mode ultrasonography of the
normal and cataractous canine lens. Veterinary Ophthalmology, v. 7, n. 2, p.91–95,
2004.
WILLIAMS, D.L.; HEATH, M.F.; WALLIS, C. Prevalence of canine cataract:
preliminary results of a cross-sectional study. Veterinary Ophthalmology, v. 7, n. 1
p.29-35. 2004.
WOOD, J.L.; LAKHANI, K.H.; MASON, I.K.; BARNETT, K.C. Relationship of the
degree of goniodysgenesis and other ocular measurements to glaucoma in Great
Danes. American Journal Veterinary Research, v. 62, n. 9, p.1493-1499, 2001.
PDF Created with deskPDF PDF Writer - Trial :: http://www.docudesk.com
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo