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fitorreguladores (e.g. auxinas, giberelinas) na expansão celular (Yang et al., 1996;
Kende
et al
., 1998) e na alocação diferencial de biomassa ao longo da planta.
As taxas máximas de fotossíntese líquida tenderam, ou foram maiores (
P
<
0,05), nas plantas a pleno sol, corroborando a asserção de DaMatta
et
al. (2004a) de
que, desde que a condutância estomática (g
s
) não seja limitante, cafeeiros a pleno sol
exibem maior A ao sol que à sombra. Em todo o caso, o curso diário das trocas gasosas
entre as plantas de T1 e T2 foi semelhante. Conforme observado por DaMatta
(2004a,b
),
g
s
alcançou valores máximos no início da manhã, e negligenciáveis à tarde,
fato provavelmente associado à sensibilidade dos estômatos do cafeeiros ao incremento,
ao longo do dia, do déficit de pressão de vapor entre o interior da folha e a atmosfera, e
também da temperatura foliar. Sendo assim, os baixos valores encontrados para A, à
tarde, mesmo nas folhas sombreadas, devem, pois, estar associados aos baixos valores
de
g
s
.
Folhas desenvolvidas em ambientes sombreados, normalmente, apresentam um
alto teor de clorofilas totais (Cl (a+b)) por unidade de massa, de forma a aumentar sua
capacidade de absorção de luz (Lee et al., 1990; Cao, 2000; Feng et al., 2004). Em
contraste, nessas folhas, a razão de clorofila
a
e clo
rofila
b (Cl a/b), um indicador da
proporção de complexos coletores de luz associados ao FSII (CCL-II) em relação a
outros complexos contendo clorofilas (Murchie & Horton, 1997), é usualmente menor.
Porém, mesmo estando as plantas de T1 sob maior irradiância que as plantas de T2, não
houve alterações na concentração de Cl (a+b) nem na razão Cl a/b, a exemplo de outros
trabalhos relatados em café (Fahl et al., 1994; Araújo et al, 2008; Chaves et al., 2008).
Portanto, não deve ter havido variações na organização dos fotossistemas nem na
capacidade para absorção de luz (Walters, 2005). Nesse contexto, dever-
se
-ia esperar
uma maior absorção de luz pelas plantas de T1 em relação às plantas de T2, o que
poderia levar a um excesso de energia de excitação. Todavia, não foi verificado,
qualquer indício de fotoinibição crônica nem danos fotooxidativos, visto que as plantas
de T1 exibiram uma queda discreta da razão F
v
/F
m
, com recuperação na antemanhã,
além de apresentarem uma concentração de MDA semelhante à das plantas de T2.
Adicionalmente, a menor razão
a/ß
-caroteno, exibida pelas plantas de T1 foi devido à
queda acentuada nos níveis de a-caroteno que nos de ß-caroteno, o que confirma o
papel do ß-caroteno na proteção das plantas sob altas irradiâncias, via extinção
de
clorofila tripleto no complexo-antena (Trebst et al., 2002). A baixa retenção noturna de