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responsáveis por 53% da produção brasileira, e utiliza o processo de produção via seca,
com matéria-prima local e a competitividade está baseada em custos baixos com
produtos de menor valor agregado (OLIVEIRA et. al, 2006).
No Brasil algumas empresas que produzem revestimentos cerâmicos, ainda
importam parte das matérias-primas utilizadas na formulação das massas cerâmicas, de
outros estados ou até de outros países, como ocorre na Europa. (BIFFI, 2002)
A indústria de revestimento cerâmico no Brasil surgiu a partir de fábricas de
cerâmica estrutural, com produção de tijolos, blocos e telhas de cerâmica vermelha. No
início do século XX começaram a produzir ladrilhos hidráulicos e, mais tarde, azulejos
e pastilhas cerâmicas e de vidro.
Na metade da década de 60 com a criação do Sistema Financeiro da Habitação e
do Banco Nacional da Habitação a indústria nacional de materiais e componentes para
construção civil vislumbraram a possibilidade de crescimento, em virtude da mudança
de escala de produção para habitação no país. Contudo foi na década de 70 que a
produção atingiu uma demanda continuada, fazendo com que a indústria cerâmica
ampliasse significativamente a sua produção (CONSTANTINO et al, 2006).
A tecnológica da construção no Brasil predominantemente com sistemas
estruturais em concreto armado e sistemas de vedação em alvenaria de blocos cerâmicos
e mais as características climáticas do país asseguraram um elevado potencial de
consumo de revestimento cerâmico, tanto para pisos quanto para paredes.
Com os efeitos positivos da nossa economia a partir de 1994 e a substituição de
outros revestimentos como: carpetes, madeira, tecidos, vinil, etc., por cerâmica, em
função das suas características funcionais e estéticas, fizeram com que houvesse um
aumento do crescimento desta indústria. A melhoria da qualidade da cerâmica de
revestimento esmaltada, principalmente no que se refere à resistência ao atrito, foi outro
importante fator para o crescimento, pois a partir daí pode-se utilizá-la em lugares de
grande movimento, como aeroportos, hotéis, escolas, hospitais etc.
Nos últimos anos o crescimento do setor de revestimento cerâmico brasileiro
vem acompanhando o desempenho da produção mundial, próximo dos 5% ao ano,
conforme se pode ver na Figura 5 (CONSTANTINO et al, 2006).