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RAMIRO MARCELO ORTÍZ-OROPEZA
Avaliação microscópica da resposta do tecido subcutâneo de
ratos à implantação do Endo-CPM-Sealer e do Clínquer do
cimento Portland cinza puro e acrescido com sulfato de cálcio
a 2% e 5%.
Dissertação apresentada à Faculdade
de Odontologia de Bauru da
Universidade de São Paulo para
obtenção do título de mestre em
Odontologia
Área de Concentração: Endodontia
Orientador: Prof. Dr. Clovis Monteiro
Bramante
BAURU
2007
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Ortíz-Oropeza, Ramiro Marcelo
Or9a Avaliação microscópica da resposta do tecido
subcutâneo de ratos à implantação do Endo-CPM-Sealer e
do Clínquer do cimento Portland puro e acrescido com
sulfato de cálcio a 2% e 5% / Ramiro Marcelo Ortíz-Oropeza
- Bauru, 2007.
219 p.: il. ; 30 cm.
Dissertação. (Mestrado) - Faculdade de
Odontologia de Bauru. Universidade de São Paulo.
Orientador: Prof. Dr. Clovis Monteiro Bramante
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a
reprodução total ou parcial desta dissertação, por processos
fotocopiadores e outros meios eletrônicos.
Assinatura:
Data:11/07/2007
Comitê de Ética da FOB-USP
Protocolo nº: 02/2006
Data: 03/04/2006
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RAMIRO MARCELO ORTÍZ-OROPEZA
Nascimento 13 de Fevereiro de 1980, em Santa Cruz de
la Sierra, Bolivia
Filiação Ramiro Ortiz Torricos e
Sonia Oropeza Dominguez de Ortiz
1998 – 2002 Curso de Graduação em Odontologia na
Universidade Cristiana da Bolivia
2003 Curso de Aperfeiçoamento em Endodontia no
Centro de Pós-Grado Odontológico do
Colégio de Odontólogos da Bolivia, Regional
Santa Cruz
2004 Professor Convidado do Curso de
Aperfeiçoamento em Endodontia no Centro
de Pós-Grado Odontológico do Colégio de
Odontólogos da Bolivia e na Escola de Pós-
Grado na Universidade Cristiana da Bolivia
2006 Curso de Aperfeiçoamento em Implantes na
Clínica Via Oral, Bauru - SP
2005 – 2007 Curso de Pós-graduação em nível de
Mestrado em Odontologia, área de
concentração em Endodontia, na Faculdade
de Odontologia de Bauru, Universidade de
São Paulo
Associação Colégio de Odontólogos da Bolivia
DEDICATÓRIA
Aos meus pais,
Ramiro
e
Sonia
, que sempre deram tudo
deles para educar da melhor forma possível aos meus irmãos e a mim.
Obrigado pela colaboração, formação e orientação que vocês me deram
no decorrer da vida; pelo incentivo, apoio e esforço realizado por vocês
durante este período da minha vida em Bauru, sem vocês tudo teria sido
muito mais difícil. Sou muito grato pela família que Deus me deu.
Obrigado de coração...
À
Carla
, minha companheira... A pessoa que conheci,
namorei e com a qual me casei neste período do mestrado. Obrigado
pelo apoio e a compreensão nos momentos difíceis que passamos juntos;
pela paciência, incentivo, força e, principalmente pelo amor, carinho,
compreensão e respeito. Obrigado por ter estado no meu lado em todos
os momentos bons e difíceis. Eu te amo muito...
AGRADECIMENTO ESPECIAL
Ao meu orientador
Prof. Dr. Clovis Monteiro
Bramante
, pela confiança depositada em mim para enfrentar este
desafio; pela orientação e apoio na execução deste trabalho; pelos
ensinamentos que me transmitiu neste período, que com certeza vão
seguir sendo transmitidos pela Bolivia.
Muito obrigado...
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a
DEUS
, por ter me dado a oportunidade
de estar no mundo e ter me conduzido até aqui; por ter me dado uma
família de exemplo e uma brilhante esposa; Obrigado pela força e coragem
nesta caminhada...
Aos meus irmãos,
Juan Pablo
,
Maria Elena
,
Sonia
e
Luis Fernando
, que sempre estiveram preocupados por mim, obrigado
pela amizade e carinho.
À família
Vargas Barral
, pela paciência, colaboração e
força. Sobretudo por ter deixado à Carla ficar no meu lado nestes dias
que precisei tanto dela. Muito obrigado...
Ao
Prof. Dr. Rumio Taga
, por ter aceitado a realização
da parte laboratorial deste estudo nas instalações da disciplina de
Histologia.
Ao
Prof. Gerson Francisco de Assis
pela orientação
dada para a avaliação microscópica e interpretação dos resultados deste
estudo; e pela atenção em todos os momentos que precisei. Obrigado...
Aos professores da disciplina da Endodontia da FOB - USP:
Prof. Dr. Ivaldo Gomes de Moraes
,
Prof. Dr. Roberto
Brandão Garcia
e
Prof. Dr. Norberti Bernardineli
. Pela
amizade e atenção prestada na minha pessoa; obrigado pelos
ensinamentos que recebi neste tempo juntos.
A
todos os professores
do curso de mestrado da FOB-
USP, pela contribuição neste período.
Ao
Prof. Dr. Celso Kenji Nishiyama
e a sua família,
principalmente pela amizade desinteressada. Obrigado por toda a
colaboração que vocês me deram desde o primeiro dia que cheguei a Bauru
e por ter me acolhido na sua casa, quando não conhecia ninguém. Muito
obrigado...
Aos funcionários da disciplina de Endodontia:
D. Neide
,
Edimauro
, e
Patrícia
, por toda a colaboração e ajuda neste tempo,
especialmente à
Suely
pela revisão do texto desta dissertação. Obrigado a
todos vocês...
A todos os professores e funcionários da disciplina de
Histologia, pela atenção recebida nos momentos que precisei,
principalmente à
Daniele Santi Ceolin
, pela ajuda no processamento
das lâminas histológicas e à
Tânia Mary Cestari
, pela paciência e
orientação na interpretação dos resultados deste estudo. Obrigado pelo
tempo que me disponibilizaram e principalmente pelo empenho e
dedicação, sabendo que tinham outras coisas importantes a fazer.
Ao
Prof. Dr. José Roberto Pereira Lauris
, da
disciplina de Saúde Coletiva, pela ajuda na análise estatística.
Ao
professor de português Valdir Afonso
, pela
revisão do texto desta dissertação.
Aos
amigos “gringos”
:
Claudia
,
Dafna
,
Daniel
,
Javier
,
Juan
,
Valeria
e
Vladimir
, por ter diminuído a dor de ficar
longe de casa; sei que a nossa companhia, dissimulava aquela falta; e a
todos os
amigos brasileiros
que fiz nesta passagem por Bauru,
especialmente ao
Nicolas
e
a sua família
, muito obrigado pelas
atenções, carinho e amizade. Com certeza que no dia que eu retornar
para Bolivia, levarei comigo, lembranças inesquecíveis dos bons momentos
que compartilhamos juntos. Obrigado...
Aos meus companheiros do mestrado:
Bruno
,
Carla
,
Clarice
,
Márcia
,
Patrícia
,
Roberta
e
Ronan
pela convivência e
troca de conhecimentos e experiência que tivemos e pela amizade recebida.
Em especial ao
Fernando
, que sempre esteve disponível quando precisei
da sua ajuda.
E a todas as pessoas que, contribuíram de forma direta ou
indireta na elaboração deste trabalho. Muito obrigado a todos vocês...
AGRADECIMENTOS INSTITUCIONAIS
À
Faculdade de Odontologia de Bauru
,
representada hoje, pelo seu diretor Prof. Dr. Luis Fernando Pegoraro.
À
Comissão de
Pós-graduação
, representada hoje,
pela Prof. Dra. Maria Aparecida de Andrade Moreira.
Aos funcionários da
secretaria de Pós-graduação
,
pela colaboração prestada desde os primeiros dias do mestrado, muito
obrigado.
Ao setor de
Biblioteca e Documentação da FOB-
USP
, pelo apoio e colaboração durante o período do mestrado.
Ao setor
Financeiro da FOB-USP
, pela aquisição de
todos os materiais necessários para a realização deste trabalho.
Ao
Programa de Aperfeiçoamento de Ensino
(PAE), pelo apoio financeiro.
RESUMO
Ao longo dos últimos anos, têm sido expressivo o interesse pelo
estudo do Agregado de Trióxido Mineral (MTA) devido às boas propriedades
físico-químicas e biológicas que apresenta. Da mesma forma houve um grande
interesse no cimento Portland, já que, segundo os trabalhos científicos
encontrados na literatura, apresentam composição e desempenho
semelhantes. Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento
biológico do Endo-CPM-Sealer e do clínquer do cimento Portland puro e
acrescido com sulfato de cálcio (com 2% e 5% do seu peso total) no tecido
subcutâneo de ratos, para analisar as possíveis alterações teciduais que
possam induzir. Também foi avaliado o tempo de presa dos quatro cimentos.
Empregaram-se 24 ratos machos da linhagem Wistar, divididos em três grupos
para cada período experimental (15, 30 e 60 dias). Cada animal recebeu quatro
tubos de polietileno (preenchidos com os cimentos experimentais e selados
numa das extremidades com guta-percha que serviu como controle) no tecido
subcutâneo da região dorsal. Decorridos os períodos experimentais, os animais
foram mortos e os tubos foram removidos com tecido adjacente suficiente para
análise microscópica. Os resultados mostraram que o Endo-CPM-Sealer,
produziu a maior resposta inflamatória nos períodos de 15 e 60 dias, sendo
estatisticamente significante somente no primeiro período. O clínquer do
cimento Portland puro, foi o que produziu a menor resposta tecidual
inflamatória, em todos os períodos. Todos os materiais avaliados
apresentaram-se semelhantes no período de 60 dias e não apresentaram
diferença estatisticamente significante. Com relação ao tempo de presa inicial,
o clínquer do cimento Portland puro, foi o que apresentou o menor valor (5min),
e o menor valor do tempo de presa final foi dado pelo Endo-CPM-Sealer
(22min), seguido pelo clínquer do cimento Portland puro (55min).
Palavras chaves: Endodontia, Agregado de Trióxido Mineral, cimento Portland.
ABSTRACT
Microscopic evaluation of the response of subcutaneous tissue of rats to
implantation of Endo-CPM-Sealer and clinker of grey Portland cement,
pure or combined with 2% and 5% calcium sulfate.
During the last years, there has been considerable interest in the
investigation of Mineral Trioxide Aggregate (MTA), due to its good
physicochemical and biological properties. Similarly, there was great interest in
Portland cement, since scientific studies in the literature reveal that these
materials present similar composition and performance. This study aimed to
evaluate the biological behavior of Endo-CPM-Sealer and clinker of Portland
cement, either pure or combined with calcium sulfate (2% and 5% of the total
weight), by implantation in subcutaneous tissue of rats, to analyze the possible
tissue alterations that may be induced. The setting time of the four cements
were also evaluated. The study was conducted on 24 male Wistar rats, divided
into 3 groups for each study period (15, 30 and 60 days). Each animal
underwent placement of four polyethylene tubes (filled with the experimental
materials and sealed with gutta-percha at one end, which served as control) in
the subcutaneous tissue at the dorsal region. After the study periods, the
animals were killed and the tubes were removed with enough surrounding
tissue for microscopic analysis. The results demonstrated that Endo-CPM-
Sealer caused greatest inflammatory response at 15 and 60 days, with a
statistically significant difference only on the first period. Pure clinker of Portland
cement produced the least inflammatory response at all periods. All materials
were similar at 60 days, without statistically significant difference. Concerning
the initial setting time, pure clinker of Portland cement exhibited the shortest
time (5min); the shortest final setting time was observed for Endo-CPM-Sealer
(22min), followed by pure clinker of Portland cement (55min).
Key words: Endodontics. Mineral Trioxide Aggregate. Portland cement.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
- FIGURAS
pág.
Figura 1- Endo-CPM-Sealer (pó e liquido)……………………………………95
Figura 2 - Clínquer do cimento Portland cinza (pó)…………………………..95
Figura 3 - Clínquer do cimento Portland (esferas)………………………...95
Figura 4 - Pó do clínquer do cimento Portland cinza moído e peneirado….95
Figura 5 - Clínquer do cimento Portland acrescido com 2% de sulfato de
cálcio (pó)……………………………………………………………..95
Figura 6 - Clínquer do cimento Portland acrescido com 5% de sulfato de
cálcio (pó)……………………………………………………………..95
Figura 7 - Tubos de polietileno, fechados numa das extremidades com guta-
percha………………………………………………………………95
Figura 8a - Trocarte utilizado para a colocação dos tubos de polietileno no
tecido subcutâneo dos ratos……………………………………..99
Figura 8b - Colocação do tubo de polietileno na ponta do trocarte……….....99
Figura 9 - Introdução dos tubos de polietileno no tecido subcutâneo dos
ratos……………………………………………………………………99
Figura 10 - Implantação dos tubos de polietileno no tecido subcutâneo dos
ratos……………………………………………………………………99
Figura 11 - Esquema da distribuição dos implantes de tubos de polietileno
nos ratos……………………………………………………………99
Figura 12 - Localização dos implantes por meio da palpação......................103
Figura 13 - Dissecção das áreas dos implantes………………………………103
Figura 14 - Amostra com tecido suficiente para análise microscópica……..103
Figura 15 - Corte longitudinal na cápsula do tubo para a eliminação do tubo
de polietileno………………………………………………………...103
Figura 16 - Eliminação do tubo de polietileno da cápsula fibrosa
………..103
Figura 17 - Esquema de casualização dos campos microscópicos
……..107
Figura 18 - Gratículo de integração II Zeiss sobre a imagem de um corte
histológico……………………………………………………………109
Figura 19 - Critérios morfológicos utilizados para a contagem morfométrica
em cortes de tecidos corados pela HE…………………………...111
Figura 20 - Anel metálico empregado para a determinação do tempo de
presa………………………………………………………………113
Figura 21 - Agulha de Guillmore de 113,5 gramas…………………………...113
Figura 22 - Agulha de Guillmore de 456,5 gramas…………………………...113
Figura 23 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo Endo-
CPM-Sealer aos 15 dias…………………………………………...121
Figura 24 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo Endo-
CPM-Sealer aos 15 dias…………………………………………...121
Figura 25 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer puro aos 15 dias……………………………………….123
Figura 26 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer puro aos 15 dias……………………………………….123
Figura 27 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio aos 15 dias.....125
Figura 28 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio aos 15 dias
….125
Figura 29 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio aos 15 dias
….127
Figura 30 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pela guta-
percha (grupo controle) aos 15 dias…………………………...127
Figura 31 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo Endo-
CPM-Sealer aos 30 dias…………………………………………...131
Figura 32 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo Endo-
CPM-Sealer aos 30 dias…………………………………………...131
Figura 33 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer puro aos 30 dias………………………………………….133
Figura 34 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio aos 30 dias.133
Figura 35 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio aos 30 dias….135
Figura 36 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pela guta-
percha (grupo controle) aos 30 dias…………………………...135
Figura 37 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo Endo-
CPM-Sealer aos 60 dias…………………………………………...139
Figura 38 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer puro aos 60 dias……………………………………….139
Figura 39 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio aos 60 dias….141
Figura 40 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pelo
clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio aos 60 dias….141
Figura 41 - Aspectos microscópicos da reação tecidual produzida pela guta-
percha (grupo controle) aos 60 dias…………………………...143
- GRÁFICOS
Gráfico 1 - Densidade de volume (%) das fibras colágenas encontradas no
tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do material
implantado…………………………………………………………...147
Gráfico 2 - Densidade de volume (%) dos fibroblastos encontrados no tecido
conjuntivo reacional adjacente a superfície do material
implantado…………………………………………………………...149
Gráfico 3 - Densidade de volume (%) das células inflamatórias encontradas
no tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do material
implantado…………………………………………………………...151
Gráfico 4 - Densidade de volume (%) dos vasos sangüíneos encontrados no
tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do material
implantado…………………………………………………………...153
Gráfico 5 - Densidade de volume (%) dos outros componentes encontrados
no tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do material
implantado…………………………………………………………...155
LISTA DE TABELAS
pág.
Tabela 1 - Distribuição dos implantes em relação aos materiais e períodos
empregados no experimento………………………………………..97
Tabela 2 - Média e desvio padrão da média da densidade de volume (%) de
fibras, fibroblastos, células inflamatórias, vasos sangüíneos e de
outros componentes encontrados no tecido conjuntivo reacional
adjacente a superfície do material implantado…………………..145
Tabela 3 - Médias dos tempos de presa iniciais e finais dos cimentos
avaliados……………………………………………………….160
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
m - Metros
cm - Centímetro
mm - Milímetro
ml - Mililitro
µm - Micrômetro
Kg - Kilograma
mg - Miligrama
g - Grama
ml/kg - Mililitro por kilograma
mg/kg - Miligrama por kilograma
mg/lt - Miligrama por litro
h - Hora(s)
min - Minuto(s)
seg - Segundo(s)
nº - Número
PMNs - Polimorfonucleares neutrófilos
CGMIs - Células gigantes multinucleadas
Ca(OH)
2 - Hidróxido de cálcio
ISO - International Organization for Standardisation
ADA - American Dental Association
FDI - Fédération Dentaire Internationale
UI - Unidades Internacionais
% - Por cento
± - Mais ou menos
X - Fator de aumento
= - Igual
°C - Graus Celsius
pH - Potencial hidrogeniônico
ppm - Partes por milhão
Hg - Mercúrio
H.E. - Hematoxilina e Eosina
p - Nível de significância
SEM - Microscopia eletrônica de varredura
XPS - Espectroscopia Fotoeletrônica de Raios-X
EDAX - Análise de Energia Dispersiva de Raios-X
MTA - Agregado Trióxido Mineral
IRM - Material Restaurador Intermediário
EBA - Cimento de óxido de zinco e eugenol
CPM - Cimento Portland Modificado
EDTA - Ácido etileno diaminotretacético
CIV - Cimento de ionômero de vidro
BHI - Brain Heart Infusion
CO
2
- Dióxido de carbono
O
2
- Oxigênio
Ltda. - Limitada
CEEPA - Comissão de Ética no Ensino e Pesquisa em Animais
FOB - Faculdade de Odontologia de Bauru
USP - Universidade de São Paulo
SUMÁRIO
pág.
1 INTRODUÇÃO................................................................................................21
2 REVISÃO DA LITERATURA..........................................................................27
2.1 Da implantação subcutânea........................................................................29
2.2 Sobre o MTA...............................................................................................35
2.3 Sobre o cimento Portland e as suas comparações com o MTA..................66
2.4 Sobre o Endo-CPM-Sealer..........................................................................83
3 PROPOSIÇÃO................................................................................................85
4 MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................89
4.1 Material........................................................................................................91
4.2 Métodos.......................................................................................................97
4.2.1 Da implantação subcutânea.....................................................................97
4.2.2 Da determinação do tempo de presa......................................................113
5 RESULTADOS.............................................................................................115
5.1 Da implantação subcutânea......................................................................117
5.1.1 Avaliação microscópica descritiva do tecido reacional adjacente à
superfície do material implantado....................................................................117
5.1.1.1 No período de 15 dias. ....
....................................................................117
5.1.1.1.1 Endo-CPM-Sealer ...
.........................................................................117
5.1.1.1.2 Clínquer do cimento Portland puro...................................................118
5.1.1.1.3 Clínquer do cimento Portland acrescido com 2% de sulfato de
cálcio................................................................................................................118
5.1.1.1.4 Clínquer do cimento Portland acrescido com 5% de sulfato de
cálcio................................................................................................................119
5.1.1.1.5 Guta-percha (controle)......................................................................119
5.1.1.2 No período de 30 dias..........................................................................129
5.1.1.2.1 Endo-CPM-Sealer ............................................................................129
5.1.1.2.2 Clínquer do cimento Portland puro...................................................129
5.1.1.2.3 Clínquer do cimento Portland acrescido com 2% de sulfato de
cálcio................................................................................................................130
5.1.1.2.4 Clínquer do cimento Portland acrescido com 5% de sulfato de
cálcio................................................................................................................130
5.1.1.2.5 Guta-percha (controle)......................................................................130
5.1.1.3 No período de 60 dias. ........................................................................137
5.1.1.3.1 Endo-CPM-Sealer ............................................................................137
5.1.1.3.2 Clínquer do cimento Portland puro...................................................137
5.1.1.3.3 Clínquer do cimento Portland acrescido com 2% de sulfato de
cálcio................................................................................................................137
5.1.1.3.4 Clínquer do cimento Portland acrescido com 5% de sulfato de
cálcio................................................................................................................138
5.1.1.3.5 Guta-percha (controle)......................................................................138
5.1.2 Avaliação morfométrica da densidade de volume (%) de fibras,
fibroblastos, células inflamatórias, vasos sanguíneos e de outros componentes
encontrados no tecido conjuntivo reacional. ...................................................143
5.2 Do tempo de presa....................................................................................160
6 DISCUSSÃO.................................................................................................161
6.1 DA METODOLOGIA…………………………………………………...163
6.1.1 Da implantação subcutânea.........
..........................................................163
6.1.2 Da obtenção do tempo de presa.............................................................166
6.2 DOS MATERIAIS EMPREGADOS........
....................................................166
6.2.1 A escolha do Endo-CPM-Sealer.............................................................166
6.2.2 A escolha do clínquer Cimento Portland ................................................166
6.2.3 A escolha do controle (guta-percha).......................................................168
6.3 DOS RESULTADOS..................................................................................169
6.3.1 Da implantação subcutânea...................................................................169
6.3.2 Do tempo de presa.................................................................................176
7 CONCLUSÕES.............................................................................................179
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..
.............................................................183
APÊNDICE.............................................
.........................................................207
ANEXO............................................................................................................217
1 INTRODUÇÃO
1 Introdução .
22
1 Introdução .
23
1 INTRODUÇÃO
Diversos materiais têm sido recomendados nas cirurgias
parendodônticas como materiais retroobturadores e para selar as
comunicações entre o sistema de canais radiculares e o periodonto. O
Agregado de Trióxido Mineral (MTA) foi desenvolvido na Universidade de Loma
Linda no início da década dos anos 90 e foi inicialmente desenvolvido como um
material para selar perfurações dentais (LEE; MONSEF; TORABINEJAD
96
,
1993; TORABINEJAD; WATSON; PITT FORD
155
, 1993; TORABINEJAD et
al.
156
, 1994).
Os principais componentes do MTA são: silicato tricálcico, silicato
dicálcico, óxido tricálcico e óxido silicato, além de pequenas quantidades de
outros óxidos minerais, os quais são responsáveis pelas propriedades físicas e
químicas deste material (LEE; MONSEF; TORABINEJAD
96
, 1993;
TORABINEJAD; WATSON; PITT FORD
155
, 1993). Já segundo CAMILLERI;
PITT FORD
24
(2006), a composição principal do MTA é de 50-75% de óxido de
cálcio e 15-25% de dióxido de silício, e quando estes dois componentes são
misturados produzem silicato tricálcico, silicato dicálcico, aluminato tricálcico e
ferroaluminato tetracálcico. O pó do MTA apresenta-se em finas partículas
hidrofílicas que tomam presa em presença de água. A hidratação do pó
apresenta como resultado, a formação de um gel coloidal que se solidifica em
165 minutos (TORABINEJAD et al.
161
, 1995).
Imediatamente após a descoberta deste material, foram avaliadas in
vitro, diversas propriedades, tais como, capacidade seladora (LEE; MONSEF;
TORABINEJAD
96
, 1993; TORABINEJAD; WATSON; PITT FORD
155
, 1993);
infiltração marginal (TORABINEJAD et al.
156
, 1994; TORABINEJAD et al.
157
,
1995), adaptação marginal (TORABINEJAD et al.
159
, 1995) pH, radiopacidade,
tempo de presa, força de compressão e solubilidade (TORABINEJAD et al.
161
,
1995) com a obtenção de resultados satisfatórios.
Devido às boas propriedades e resultados apresentados pelo MTA,
além de ser utilizado como material retroobturador nas cirurgias
parendodônticas
3,11,14,15,16,19,29,42,73,109,126,138,146,153,155,156,159,160,163,177
, e
tratamento de perfurações dentais
12,22,23,29,46,53,62,71,73,76,84,98,99,109,117,121,124,144, 153,
1 Introdução .
24
160,172,176
, o MTA começou a ser empregado em proteções
pulpares
2,4,9,29,48,49,85,109,120,125,153,168
, pulpotomias
10,29,43,50,70,73,86,102,103,106,107,109,
153
, reabsorções dentárias externas e internas
29,77,108,109,135
, dentes com
rizogênese incompleta
29,51,61,63,101,109,138,142,152,153
, como plug apical
20,63,109,153
,
em tratamento de dentes invaginados
45,83,90,136
, no tratamento de fraturas
dentárias
137,153
, e na obturação de canais radiculares
29,67,69,170
.
No ano 1999, foi publicado um abstract por WUCHERPFENNIG;
GRENN
174
, chamando a atenção da composição do MTA e comparando-a com
a do cimento Portland. Neste estudo, foi realizada a análise por Difração de
Raios-X de ambos os materiais; avaliando também a biocompatibilidade in vitro
dos cimentos em culturas de células de osteoblastos MG-63 e a
biocompatibilidade in vivo, em dentes de ratos, onde realizaram o capeamento
pulpar direto. Todas as avaliações apresentadas mostraram respostas
similares para ambos os cimentos, sugerindo que o cimento Portland poderia
ser um material obturador ideal como o MTA.
No ano de 2000, ESTRELA et al.
47
, publicaram o primeiro artigo
analisando os elementos químicos do cimento Portland e comparando-os com
os do MTA, onde empregaram o Espectrômetro de Fluorescência de Raios-X.
Os resultados mostraram que o cimento Portland contém os mesmos
elementos químicos que o MTA, com a exceção de que o MTA apresenta na
sua constituição o bismuto. Neste estudo, também foi observada a ação
antimicrobiana de ambos os cimentos sobre o Staphylococcus aureus,
Enterococcus faecalis, Pseudomona aeruginosa, Bacillus subtilis e o fungo
Cândida albicans. O cimento Portland e o MTA apresentaram os mesmos
resultados, observando-se somente zonas de difusão e não de inibição em
todas as amostras.
A partir destes trabalhos, diversos estudos em animais mostraram
que o MTA e o cimento Portland apresentam resultados semelhantes quando
utilizados em casos de pulpotomia (HOLLAND et al.
70
, 2001; MENEZES et
al.
105
, 2003; MENEZES et al.
106,107
, 2004), na obturação dos canais radiculares
(HOLLAND et al.
69
, 2001) e no selamento de perfurações (DE DEUS et al.
37
,
2006; JUÁREZ BROON et al.
84
, 2006).
A biocompatibilidade do cimento Portland também foi avaliada e
comparada com a do MTA. Estudos in vitro em culturas de células (DE DEUS
1 Introdução .
25
et al.
36
, 2005; RIBEIRO et al.
128
, 2006; RIBEIRO et al.
129
, 2005; RIBEIRO et
al.
130
, 2006; SAFAVI; NICHOLS
131
, 2000; SAIDON et al.
133
, 2003; SIPERT et
al.
143
, 2005; TANOMARU FILHO et al.
151
, 2007) e estudos in vivo no tecido
subcutâneo de ratos (HOLLAND et al.
72
, 2001; MORAES et al.
113
, 2001;
TRINDADE; OLIVEIRA; FIGUEIREDO
167
, 2003) e no tecido ósseo da
mandíbula de porcos da Índia (SAIDON et al.
132
, 2002; SAIDON et al.
133
, 2003)
mostraram que ambos os cimentos obtiveram resultados semelhantes entre si
e foram biocompatíveis.
A constituição química do cimento Portland também foi estudada e
comparada com a do MTA (CAMILLERI et al.
27
, 2005; DAMMASCHKE et al.
34
,
2005; DEAL et al.
35
, 2002; FERREIRA et al.
52
, 2005; FUNTEAS; WALLACE;
FOCHTMAN
55
, 2002; GUARIENTI; OSINAGA; FIGUEIREDO
59
, 2002; ISLAM;
CHNG; YAP
81
, 2006; ISLAM; CHNG; YAP
82
, 2006; SONG et al.
145
, 2006) cujos
resultados foram semelhantes para ambos os cimentos, com a exceção do
MTA, que apresentou o sulfato de bário (encarregado pela radiopacidade do
material). O MTA cinza apresenta quantidades maiores de alumínio, magnésio
e ferro do que o MTA branco (encarregados de dar a cor escura ao MTA cinza).
O tempo de presa do MTA foi avaliado por diferentes pesquisadores.
TORABINEJAD et al.
161
(1995), obteve o tempo de presa final do MTA com 165
minutos; DEAL et al.
35
(2002), obteve o tempo de presa final do MTA com 156
minutos e do cimento Portland com 159 minutos; CHNG et al.
31
(2005), obteve
o tempo de presa inicial do MTA com 70 minutos; já o tempo de presa final foi
obtido com 175 minutos; ISLAM et al.
81
(2006), obteve o tempo de presa inicial
do MTA e do cimento Portland com 70 minutos; já o tempo de presa final no
cimento Portland foi de 170 minutos e de 175 minutos para o MTA.
O fabricante do ProRoot MTA modificou algumas informações
contidas no MSDS (Material Safety Data Sheet) original, acrescentando que o
material é composto por 75% de cimento Portland, 20% de óxido de bismuto e
5% sulfato de cálcio dihidratado (BERNABÉ; HOLLAND
15
, 2004).
Uma das desvantagens do MTA é o elevado custo, motivo pelo qual
o cimento Portland está sendo estudado para diminuí-lo, tentando assim,
facilitar o acesso do material as pessoas de baixos recursos econômicos. Outra
desvantagem do MTA e do cimento Portland é o tempo de presa demasiado
alto, devido à presença do sulfato de cálcio (CAMILLERI et al.
26
, 2005). O
1 Introdução .
26
cimento Portland foi criado basicamente para a edificação e engenharia civil,
pelas três características que apresenta: moldável, resistente e duradouro;
origina-se a partir da mineração e britagem das matérias primas, seguido pela
preparação adequada da mistura crua, denominada “farinha” (realizando-se
uma redução do tamanho), com posterior queima por volta de 1450ºC em forno
rotativo. O produto deste processo vai ser denominado clínquer do cimento
portland, o qual se apresenta na forma de pequenas esferas; posteriormente o
clínquer é triturado e misturado em proporções adequadas com sulfato de
cálcio (gesso) para depois ser comercializado (GOBBO
56
, 2003).
Atualmente, também é comercializado o Endo-CPM-Sealer, que é
um selador de canais radiculares, realizado a partir do cimento Portland (CPM
= cimento Portland modificado), o qual até agora não tem trabalhos científicos
que respaldem sua utilização.
Assim, pareceu nos interessante fazer a avaliação do clínquer do
cimento Portland cinza, puro e acrescido com 2 e 5% do sulfato de cálcio e do
novo MTA, o Endo-CPM-Sealer.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2 Revisão da literatura .
28
2 Revisão da literatura .
29
2 REVISÃO DA LITERATURA
Para uma melhor compreensão da revisão da literatura, inicialmente
foram revisados os trabalhos pertinentes à implantação subcutânea em ratos,
posteriormente os trabalhos sobre o MTA e finalmente, sobre a comparação
entre o MTA e o cimento Portland. Esta revisão foi realizada dando-se
prioridade aos trabalhos sobre biocompatibilidade e tempo de presa dos
cimentos.
2.1 Da implantação subcutânea
O primeiro trabalho sobre os tubos de polietileno em pesquisas de
implantação subcutânea foi o de TORNEK
165
, em 1966, onde avaliou a reação
do tecido conjuntivo ao implante de tubos de polietileno de vários diâmetros e
comprimentos. Utilizou-se de ratos Wistar com 60 a 75 dias e com peso
variando de 140 a 240 gramas. Antes da implantação, os tubos foram
desinfetados em solução de iodo e lavados em solução salina. No primeiro
grupo experimental, os tubos implantados possuíam as duas extremidades do
tubo aberta e no segundo grupo, uma das extremidades do tubo foi selada com
calor. Quatro diâmetros e três comprimentos diferentes de tubos foram
implantados. Para cada grupo, foram utilizados três animais e a morte dos
mesmos ocorreu após o período de 60 dias, onde os implantes e tecidos
adjacentes foram processados histologicamente. Os resultados mostraram a
formação de uma cápsula fibrosa que envolvia os implantes, rica em
fibroblastos e fibras de colágeno. Além disso, observou-se uma invaginação de
tecido conjuntivo no interior dos tubos de menor diâmetro e comprimento nos
dois grupos. O diâmetro e o comprimento dos tubos parecem influenciar no
reparo, criando um ambiente favorável para o reparo. Segundo o autor, a
ausência de inflamação no tecido conjuntivo capsular indica a aceitabilidade do
material. O autor concluiu que os resultados obtidos neste estudo indicam que
os canais radiculares não obturados, porém, completamente limpos e
desinfetados, teriam a capacidade de promover a cura dos tecidos periapicais.
2 Revisão da literatura .
30
PHILLIPS
123
, em 1967, avaliou a resposta do tecido conjuntivo de
ratos aos implantes de tubos de polietileno vazios. Foram empregados tubos
de três comprimentos (6, 10, e 15mm) e seis diâmetros diferentes (0,59; 0,77;
1,0; 1,2; 1,4 e 1,7mm). Alguns tubos foram selados em ambas as extremidades
e serviram como controle. Primeiramente os tubos foram desinfetados pela
imersão em cloreto de benzalcônio 1:1000 por 24h. Foram empregados neste
estudo ratos da linhagem Wistar com peso aproximado de 160 a 240 gramas.
Após a anestesia, os implantes foram colocados na região dorsal
interescapular. O período experimental foi de 60 dias, após esse período os
animais foram mortos e os blocos que continham o implante e o tecido
adjacente foram removidos. Os resultados mostraram que ao redor dos tubos,
houve a formação de uma cápsula fibrosa rica em fibroblastos e fibras
colágenas, além de poucas células plasmáticas e monócitos, observando
também a ausência de necrose. Verificou-se que nos tubos menores e de
maior diâmetro, havia uma maior invaginação de tecido conjuntivo. O autor
concluiu que não foi observada reação inflamatória em nenhuma extremidade
de qualquer tubo de polietileno implantado neste estudo.
TORNECK
166
, no mesmo ano (1967), avaliou a resposta do tecido
conjuntivo de ratos ao implante de tubos de polietileno preenchidos com
fragmentos de músculos estéreis, comparando-os com tubos de polietileno
preenchidos com fragmentos de músculos contaminados. Os tubos de
polietileno empregados foram de três comprimentos (4, 6 e 10mm) e quatro
diâmetros (0,58; 0,86; 1,14 e 1,40mm). Utilizou ratos Wistar com 60 a 80 dias e
com peso variando de 140 a 175 gramas. Antes do implante, os tubos foram
desinfetados em solução de iodo e lavados em solução salina. O trabalho foi
dividido em dois grupos: no primeiro grupo, os tubos implantados possuíam no
seu interior tecido muscular, o qual foi removido da perna traseira do rato,
posteriormente lavado em solução fisiológica e autoclavados. No segundo
grupo, foi realizado o mesmo procedimento, só que o músculo não foi
autoclavado e foi contaminado com cocos Gram-negativos. Após o período de
60 dias, os animais foram mortos, e removidos os blocos que continham o
implante e o tecido adjacente. Realizou-se o processamento histológico dos
blocos. As colorações utilizadas foram H.E., Giemsa e Gram. Os resultados
2 Revisão da literatura .
31
mostraram que o prognóstico de reparo foi menos favorável quando o interior
dos tubos foi preenchido com tecido muscular contaminado. Os resultados
foram melhores quando o tubo estava estéril e sem preenchimento algum.
Em 1969, LANGELAND et al.
95
estudaram métodos para avaliar as
respostas biológicas aos materiais endodônticos. Os autores realizaram
implantes de pasta N2 em tecido subcutâneo de nove ratos adultos. Foram
realizadas incisões horizontais de 1cm na região interescapular, pélvica e
abdominal. Tubos de polietileno preenchidos com pasta N2 foram inseridos nas
incisões, que posteriormente foram suturadas. Após o período de 14 e 77 dias,
os animais foram mortos, e os tecidos preparados para análise microscópica.
Os resultados mostraram que no período de 14 dias, o tecido conjuntivo em
contato com a pasta N2 apresentava inflamação aguda com intenso infiltrado
neutrofílico, macrófagos e células gigantes. Já o tecido conjuntivo em contato
com o tubo de polietileno, mostrou a presença de fibrócitos. Aos 77 dias, os
resultados mostraram inflamação crônica caracterizada pela presença de
linfócitos e macrófagos. Nas regiões de contato com o tubo houve também a
presença de fibrócitos. Os autores concluíram que o teste de implantação em
tecidos moles tem um valor limitado devido á impossibilidade de avaliá-lo na
dentina e no osso alveolar. Concluíram ainda que o teste da implantação deve
ser apenas de caráter preliminar e de curta duração e, que testes realizados
em dentes devem ser realizados para avaliações decisivas.
HOLLAND et al.
66
, em 1975, estudou a resposta do tecido conjuntivo
subcutâneo de ratos ao implante de cones de guta-percha de diferentes
procedências. Empregaram cones de guta-percha: Caulk; Antaeos, Odame e
guta-percha utilizada para selamento provisório da S. S. White. Implantaram
tubos de polietileno de 1cm de comprimento preenchidos com os materiais
experimentais no tecido conjuntivo na região dorsal de ratos. Decorridos 7, 30 e
60 dias, os animais foram mortos e as peças obtidas fixadas em solução de
formalina a 10%. Realizaram a inclusão em parafina e microtomia com 6µm de
espessura, os cortes foram corados por H.E.. Os resultados mostraram que
aos sete dias, não houve diferença entre os vários tipos de guta-percha,
apresentou-se uma zona de tecido basófilo localizada entre o material
2 Revisão da literatura .
32
implantado e o tecido conjuntivo; não foram observadas fibras colágenas, e
sim, fibroblastos e macrófagos. Aos 30 dias, todos os espécimes estavam
circundados por uma cápsula fibrosa, apresentando fibroblastos e macrófagos,
sendo que os linfócitos apresentaram-se em forma reduzida. Aos 60 dias, o
número de fibras colágenas era maior ou igual as células gigantes e linfócitos.
Os autores concluíram que as diferenças existentes nas fórmulas dos cones de
guta-percha não foram suficientes para determinar alterações marcantes na
resposta tecidual e que são pouco irritantes ao tecido conjuntivo subcutâneo do
rato.
OLSSON; SLIWKOWSKI; LANGELAND
119
, em 1981, avaliaram a
resposta biológica de materiais endodônticos após a implantação dos mesmos
em tecido subcutâneo de ratos. O objetivo do trabalho foi estabelecer critérios
para avaliar a biocompatibilidade dos materiais obturadores endodônticos. Os
autores utilizaram 42 ratos da raça Sprague-Dawley, com peso variando entre
350 e 450 gramas. Tubos de teflon de 7mm de comprimento por 1,3mm de
diâmetro foram utilizados. Após a sua esterilização tiveram seu interior
preenchido com os cimentos: Kloropercha NØ, Kerr Sealer e AH-26. Após os
períodos de 14, 30, 90 e 180 dias, os animais foram mortos. As peças foram
então fixadas em solução de formol a 10%, seguidas da confecção de cortes
seriados de 5µm de espessura que foram corados com H.E., Tricrômio de
Masson e Brown-Brenn. Os resultados mostraram que aos 14 e 30 dias,
remanescentes do material que foi inserido nos tubos, estavam presentes em
partículas dispersas pelo tecido que os envolvia, em vasos sangüíneos, em
macrófagos e como corpo estranho no interior de células gigantes. Outro
achado em comum foi a presença de células inflamatórias crônicas com a
formação de uma cápsula fibrosa, contornando os materiais implantados. Aos
180 dias, a inflamação crônica ainda persistiu; vasos sangüíneos, e corpos
estranhos no interior das células gigantes foram um achado bastante comum
neste período. Finalmente os autores concluíram que o teste foi adequado para
a avaliação qualitativa dos materiais endodônticos, mas que a classificação de
biocompatibilidade dos materiais só poderia ser considerada entre materiais
com diferentes toxicidades.
2 Revisão da literatura .
33
ZANONI et al.
178
, em 1988, compararam a resposta do tecido
conjuntivo subcutâneo de ratos entre os implantes de tubo de polietileno e os
de dentina, obturados com guta-percha e Endomethasone. Empregaram 54
ratos albinos com peso médio de 200 gramas, divididos em dois grupos de 27
animais cada grupo. O grupo A, recebeu tubos de polietileno com 1cm de
comprimento e 0,5mm de diâmetro interno; o grupo B, recebeu tubos de
dentina preparados a partir da raiz palatina de primeiro molares superiores, os
quais foram confeccionados com as mesmas medidas que os tubos de
polietileno. Estes grupos foram subdivididos em três subgrupos (A1, A2, A3,
B1, B2 e B3). Todos os tubos foram autoclavados a 120ºC durante 20 minutos
e posteriormente obturados com cones de guta-percha e cimento
Endomethasone. No momento da obturação nos grupo A1 e B1, as obturações
foram feitas procurando deixar espaços vazios de 0,5 a 1,0mm numa das
extremidades dos tubos, nos grupos A2 e B2, o espaço deixado foi de 1,5 a
2,0mm e nos grupos A3 e B3, foi de 4,0mm; nas outras extremidades dos tubos
foi feita a obturação total do canal. Decorridos os tempos experimentais (7, 21
e 60 dias), os animais foram mortos e as peças foram coletadas para análise
microscópica. Cortes semi-seriados de 6µm de espessura foram realizados e
corados com H.E. Os resultados mostraram que no grupo A, todos os
subgrupos apresentavam uma invaginação do tecido de granulação, exibindo
graus de infiltrado inflamatório sendo mais acentuado nos períodos de 7 e 21
dias nos subgrupos A2 e A3, e de grau moderado no subgrupo A1. Nos
subgrupos B1 e B2, apresentaram um tecido com infiltrado inflamatório de grau
discreto ou moderado. No subgrupo B3, foi observada inflamação de grau
moderado a intenso. Foi observado também, tecido de granulação no espaço
vazio dos subgrupos A1, A2, B1 e B2. Já nos subgrupos A3 e B3, não se notou
evolução por colagenização, mas houve persistência da reação inflamatória.
Os tubos pertencentes ao grupo de dentina de menor espaço vazio, foram
aqueles que apresentaram melhor evolução.
ECONOMIDES et al.
41
, em 1995, estudaram a biocompatibilidade de
quatro cimentos endodônticos, o CRCS, o Sealapex, o Roth 811 e o AH-26.
Empregaram 75 ratos Wistar de 3 a 4 meses de idade e com peso entre 150 e
200 gramas, divididos em 5 grupos de 5 animais para cada período
2 Revisão da literatura .
34
experimental. Utilizaram tubos de teflon de 5mm de comprimento por 1,6mm de
diâmetro interno. Os tubos continham no seu interior os cimentos
experimentais, os quais foram implantados nos tecidos subcutâneos do dorso
do rato, tubos vazios foram utilizados como controle. Após os períodos de
observação (7, 14 e 21 dias), os animais foram mortos e os tubos foram
removidos com o tecido adjacente para serem processadas as lâminas
histológicas. A coloração utilizada foi H.E. e Brown-Brenn. Os resultados
mostraram que o AH-26, foi o material mais irritante no período de 7 dias e foi
decrescendo ate o período de 21 dias. No Roth 811 e no Sealapex, observou-
se uma reação inflamatória moderada a severa no período de 7 dias, a qual se
manteve até o período de 21 dias. O cimento CRCS, mostrou no período de 7
dias uma reação inflamatória moderada, que diminuiu gradativamente até o
período de 21 dias.
KOLOKURIS et al.
91
, em 1996, compararam, in vivo, a
biocompatibilidade dos cimentos Ketac-Endo e Tubli-Seal no tecido subcutâneo
de ratos. Empregaram 44 ratos Wistar de 3 a 4 meses de idade com peso entre
150 a 200 gramas. Os animais foram divididos em 5 grupos de 5 animais. Após
anestesia, foi realizada a tricotomia e desinfecção com álcool iodado ao 5% do
dorso dos animais. Foram empregados tubos de teflon de 5mm de
comprimento e 1,6mm de diâmetro interno, lavados em álcool, autoclavados e
preenchidos com os cimentos experimentais. Como controle, foram
empregados tubos vazios. Os períodos de observação foram de 5, 15, 60 e 120
dias. Transcorridos estes períodos, os animais foram mortos e os tubos foram
removidos juntamente com os tecidos adjacentes e preparados para análise
microscópica. Os cortes seriados realizados foram de 6µm e corados com H.E.
e Brown-Brenn. A reação tecidual foi medida como leve, moderada e severa.
Os resultados mostraram que o Tubli-Seal apresentou uma severa inflamação
com áreas de necrose no dia 5 e no dia 15. Já no dia 60, a reação inflamatória
diminuiu e observou-se a presença de células gigantes. Finalmente no dia 120,
a reação inflamatória foi leve. Por outro lado, no Ketac-Endo foi observada uma
reação leve no dia 5, com presença de linfócitos e macrófagos. No dia 15, a
inflamação diminuiu e existia a presença de macrófagos, células gigantes e
fibroblastos, esta inflamação diminuiu progressivamente até que no dia 120,
2 Revisão da literatura .
35
consegui-se observar um tecido quase normal. Os autores concluíram que o
Ketac-Endo é bem tolerado pelos tecidos, e o Tubli-Seal provocou necrose no
período inicial.
2.2 Sobre o MTA
O primeiro trabalho publicado referente ao MTA, foi realizado por
LEE; MONSEF; TORABINEJAD
96
, em 1993, quando desenvolveram na
Universidade de Loma Linda (Loma Linda, Califórnia – EUA), um cimento para
selar as comunicações entre o dente e o periodonto, e avaliaram a capacidade
de selamento desse material no tratamento de perfurações radiculares.
Empregaram 50 molares inferiores humanos extraídos, que após a sua
abertura coronária e localização dos canais mesiais, realizaram uma
perfuração na parede mesial do canal com o auxílio de uma broca esférica nº 2
num ângulo de 45º, até atingir superfície externa da raiz. Posteriormente, a
perfuração foi alargada com uma lima tipo K nº 80, até ultrapassar 5mm da
superfície externa do dente. Os dentes foram divididos em quatro grupos: no
grupo I, as perfurações foram seladas com amálgama; no grupo II, com IRM;
no grupo III, com MTA e no grupo IV, não foi realizado o selamento, servindo
como controle positivo. Os espécimes foram impermeabilizados e mantidos em
corante de azul de metileno por 48h. O grau de infiltração foi avaliado com o
auxílio de um microscópio com 20X de aumento. Os resultados mostraram que
o MTA, apresentou menor infiltração estatisticamente significante em relação
ao amálgama e o IRM.
No mesmo ano (1993), TORABINEJAD et al.
155
, compararam a
capacidade seladora do MTA com a do amálgama e do Super EBA. Foram
utilizados 30 dentes uniradiculados de humanos extraídos, onde a coroa foi
removida. Os canais foram alargados até a lima tipo K nº 40 e obturados com
guta-percha e cimento Grossman até o forame. As raízes foram
impermeabilizadas e posteriormente foram seccionados os 3mm apicais. Após
preparar as cavidades apicais, as raízes foram divididas em 3 grupos de 10
cada um: no grupo I, as cavidades foram obturadas com amálgama; no grupo
II, foi obturado com Super EBA e no grupo III, com MTA. Depois das
2 Revisão da literatura .
36
obturações, as raízes foram mantidas num ambiente úmido a 100% durante
24h, para posteriormente realizar a imersão das mesmas numa solução de
rodamina B fluorescente por 24h. As raízes foram seccionadas pela metade no
sentido longitudinal do dente e a penetração do corante foi medida em
milímetros com auxílio de um microscópio (TSM). Os resultados mostraram que
o MTA apresentou uma infiltração significante menor em comparação ao
amálgama e Super EBA.
TORABINEJAD et al.
156
, em 1994, compararam a infiltração marginal
de cavidades apicais obturadas com amálgama, IRM, Super EBA e MTA, em
presença ou ausência de sangue. Utilizaram 90 dentes humanos extraídos, os
quais foram instrumentados até a lima tipo K nº40 e obturados com guta-
percha e cimento Roth’s Root Canal Sealer. Os dois milímetros apicais foram
seccionados com uma inclinação de 90º onde foi preparada uma cavidade
apical de 2mm de profundidade. Cinco cavidades foram obturadas com guta-
percha e sem cimento, e outras cinco foram preenchidas com cera em bastão,
que serviram como controles positivos e negativos respectivamente. Os 80
dentes restantes foram divididos em 4 grupos iguais, um grupo para cada
cimento testado. De cada grupo, a metade dos dentes foi obturada com
presença de sangue e a outra metade com ausência de sangue.
Imediatamente à obturação, os dentes foram imersos em solução de azul de
metileno a 1% durante 72h. As raízes foram cortadas e foi medida a infiltração
do corante com o auxílio de um estéreo microscópio. Os resultados mostraram
que a presença ou ausência de sangue não teve efeito significativo sobre a
infiltração do corante, porém, houve sim diferença significativa entre os
materiais, onde o MTA apresentou menor infiltração em comparação com os
outros cimentos testados.
No mesmo ano (1994), HONG et al.
76
, examinaram a resposta
tecidual de perfurações de furca em cães tratadas com amálgama e MTA, onde
empregaram 32 pré-molares inferiores de seis cães da raça Beagle. Após
realizar a terapia dos canais, foram realizadas as perfurações na furca dos
dentes com uma broca esférica. Na metade dos dentes, as perfurações foram
seladas imediatamente com amálgama e MTA; na outra metade, as
2 Revisão da literatura .
37
perfurações foram mantidas abertas por um período de quatro semanas para
induzir a formação de lesões. Passado esse período, as perfurações foram
seladas com os mesmos materiais. Depois de quatro meses os animais foram
mortos e os resultados da análise radiográfica mostraram que as perfurações
seladas com MTA tiveram um reparo significativamente melhor em comparação
com as seladas com amálgama. Os resultados mostraram que as perfurações
seladas com amálgama apresentaram maior inflamação e reabsorção óssea
estatisticamente significante em comparação com o MTA. Os autores
concluíram que o MTA pode ser utilizado em selamento de furcas.
PITT FORD et al.
124
, em 1995, avaliaram a resposta do tecido
perirradicular na região de furca nos dentes de cães. Realizaram 28
perfurações na furca de pré-molares inferiores de sete animais. Metade dos
dentes, tiveram as perfurações seladas imediatamente com amálgama e MTA.
Na outra metade, as perfurações foram contaminadas com saliva e deixadas
abertas ao meio bucal por seis semanas, para posteriormente serem seladas
com amálgama e MTA. Os animais foram mortos após quatro meses e as
peças foram preparadas e analisadas microscopicamente. Os resultados
mostraram que no grupo dos dentes selados imediatamente com amálgama a
inflamação era de moderada a severa, enquanto que com o MTA ocorreu a
formação de novo cemento em cinco dos seis dentes. No grupo dos dentes
contaminados que foram selados com amálgama, apresentaram áreas de
inflamação; e os que foram selados com MTA, três estavam livres de
inflamação e quatro com áreas inflamadas. Os autores concluíram que o MTA
é um material mais conveniente que o amálgama para o reparo de perfurações,
especialmente quando estas foram seladas imediatamente.
TORABINEJAD et al.
161
, em 1995, compararam o tempo de presa do
MTA com outros cimentos retroobturadores. Foram avaliados o MTA,
amálgama, Super EBA e IRM. O tempo de presa dos materiais foi determinado
de acordo a norma nº 30 da ADA. Primeiramente os materiais foram
manipulados conforme as recomendações dos fabricantes; posteriormente,
foram inseridos em matrizes metálicas de 15mm de diâmetro e 5mm de altura,
deixando-as sobre uma placa de vidro. Após 180 segundos de ter iniciado a
2 Revisão da literatura .
38
manipulação dos materiais, colocou-se uma força vertical sobre a superfície
dos materiais testados (para isto se empregou uma agulha de Gillmore), onde
foi notada a formação de uma depressão. Este processo foi repetido cada 30
segundos, até que observaram que a agulha não foi capaz de produzir uma
endentação na superfície do material. Considerou-se como tempo de presa, o
espaço de tempo que houve desde que o material começou a ser manipulado
até que a agulha de Gillmore deixasse de produzir a depressão. Os resultados
mostraram que todos os materiais endureceram rapidamente, com exceção do
MTA. O tempo de presa para o amálgama foi de 4 minutos, para o IRM 6
minutos, para o Super EBA 9 minutos e para o MTA 2 horas e 45 minutos (165
minutos).
No mesmo ano (1995), TORABINEJAD et al.
158
, estudaram a
citotoxicidade do MTA em comparação com a do amálgama, Super EBA e IRM.
Para este estudo, foram utilizados fibroblastos de camundongos tipo L929 e os
métodos de cobertura com ágar e liberação de radiocromo. Os cimentos foram
preparados e introduzidos em tubos de polietileno de alta densidade de 8mm
de diâmetro interno previamente autoclavados. Foram testados os cimentos
imediatamente após serem preparados, e 24h após preparo (presa final). Os
materiais que foram estudados após as 24h, foram mantidos numa temperatura
de 37º a 100% de umidade. Após a incubação por 24h das células com os
materiais recém-preparados, adicionou-se o corante vermelho neutro, o que fez
que fossem pigmentadas as células viáveis com a cor rosa, sem que se
repetisse a mesma ação nas células mortas. O diâmetro das zonas de inibição
foi medido com o auxílio de uma régua milimetrada. Os resultados mostraram
que o amálgama se mostrou menos tóxico do que os demais materiais
avaliados tanto quando recém-preparado, como após a sua presa final. O
Super EBA e o IRM foram os materiais que mostraram mais citotoxicidade.
Finalmente o MTA apresentou-se menos citotóxico do que o Super EBA e o
IRM. Já no caso onde foi realizado o teste de liberação do radiocromo, o MTA
foi o material menos tóxico, seguido pelo amálgama, Super EBA e IRM, porém,
não houve diferença estatisticamente significante entre os materiais. Os
autores concluíram que o MTA pode ser empregado como material de
obturação retrógrada permitindo assim avaliações in vivo.
2 Revisão da literatura .
39
A biocompatibilidade do MTA foi examinada por TORABINEJAD et
al.
162
, em 1995, quando compararam a reação tecidual da mandíbula de porcos
da Índia frente a implantes de Super EBA e MTA. Os autores empregaram sete
animais, os quais, através de procedimentos cirúrgicos, receberam duas lojas
ósseas de 2mm de diâmetro por 2mm de profundidade nas suas mandíbulas.
Utilizaram-se tubos de teflon preenchidos com os materiais, os quais foram
inseridos nas lojas ósseas de seis animais, o sétimo animal ficou com as duas
lojas vazias para serem usadas como controle negativo. Após o período de
dois meses, os animais foram mortos e os implantes junto ao material
adjacente foi processado e avaliado microscopicamente. Tomou-se em conta
nesta avaliação: a presença de tecido conjuntivo ou ósseo justaposto ao
material, a ocorrência da inflamação, os tipos de células inflamatórias e
espessura do tecido conjuntivo adjacente ao material. Os resultados mostraram
que o MTA se comportou melhor do que o Super EBA ao promover uma reação
inflamatória mais discreta. As amostras do Super EBA apresentavam tecido
conjuntivo fibroso junto ao cimento, já no MTA foi observado tecido ósseo
adjacente ao implante em uma das cinco amostras. Também foi observada
uma inflamação leve em todos os implantes do Super EBA; no caso do MTA
três dos cinco implantes estavam livres de inflamação. As células
predominantes em ambos os materiais foram os macrófagos e células
gigantes. Os autores concluíram que tanto o MTA como o Super EBA, podem
ser considerados materiais biocompatíveis.
A resposta dos tecidos periapicais de cães frente ao MTA e o
amálgama quando é usado como cimento retroobturador foi investigada por
TORABINEJAD et al.
160
, em 1995. Empregaram os terceiros e quartos pré-
molares inferiores de seis cães da raça Beagle de dois anos de idade. Após a
anestesia dos animais e a realização da abertura coronária, realizou-se o
preparo químico-mecânico dos canais radiculares, alargando os canais até a
lima tipo K nº 40, onde deixaram os canais abertos e expostos à flora oral por
um período de duas semanas e posteriormente fechadas por quatro semanas,
tempo suficiente para conseguir a formação de lesões. Os autores dividiram os
dentes em dois grupos de 12 dentes cada um. No grupo I, os canais foram
2 Revisão da literatura .
40
limpos, instrumentados e obturados com guta-percha e cimento endodôntico
Roth, e as suas cavidades de acesso foram obturadas com MTA. No grupo II,
depois de ser realizada a limpeza e instrumentação dos canais radiculares, a
obturação foi realizada somente com cones de guta-percha sem a presença de
cimento obturador e as cavidades de acesso dos dentes foram deixadas
abertas, ficando expostas ao meio oral. Após duas semanas os animais foram
submetidos a cirurgia parendodôntica dos dentes tratados, onde foram
realizadas apicectomias num ângulo de 45º e o preparo das cavidades com
2mm de profundidade. As retroobturações foram realizadas com amálgama
num dente e com MTA no outro em ambos os lados da mandíbula. A metade
dos animais foi morta entre a 2º e 5º semana pós-cirurgia e o restante entre a
10º e 18º semana. As peças foram processadas e submetidas à análise
microscópica. Os resultados mostraram que nos dois grupos e nos dois
períodos não houve formação de cápsula fibrosa em volta do amálgama,
porém, no caso do MTA, observou-se a formação da cápsula em 19 das 21
amostras. Observaram que os tecidos perirradiculares de todas as amostras
obturadas com amálgama apresentavam inflamação de moderada a severa; no
caso do MTA, somente 1/3 das amostras tinham inflamação moderada. Outra
observação que os autores descreveram foi a formação de cemento em uma
das 11 amostras do primeiro período do MTA, já no segundo período todos os
espécimes apresentaram formação de cemento. Com estes resultados os
autores concluíram que o MTA, é provavelmente capaz de induzir a ativação
dos cementoblastos; segundo os autores, devido às boas propriedades
seladoras do MTA, seu elevado pH e a liberação de substâncias capazes de
ativar cementogênese.
No ano 1996, ABEDI et al.
2
, compararam o efeito do MTA e o
hidróxido de cálcio em casos de capeamento pulpar. Onde foram realizadas
seis exposições pulpares estandardizadas nas cúspides dos molares de seis
cães e nos incisivos inferiores de quatro macacos. Imediatamente as
exposições foram capeadas com MTA e hidróxido de Cálcio (Dycal) e as
cavidades foram restauradas com amálgama. Decorridos dois e cinco meses
os animais foram mortos e as coroas dos dentes tratados foram removidas,
colocadas em formalina e, descalcificadas em EDTA. Realizaram-se os cortes
2 Revisão da literatura .
41
microscópicos, que foram corados em H.E.. A quantidade de formação de
tecido mineralizado e a reação inflamatória foi analisada utilizando a
histometria computadorizada. Os resultados mostraram uma formação de
pontes mineralizados significantes e uma menor inflamação no grupo do MTA
comparada ao grupo de hidróxido de cálcio. Os autores concluíram que o MTA
pode ser utilizado em capeamentos pulpares.
PITT FORD et al.
125
, em 1996, compararam a resposta da polpa dental
de macacos frente ao MTA e ao hidróxido de cálcio (Dycal) utilizados como
materiais capeadores. Utilizaram 12 incisivos inferiores de quatro animais. Nas
coroas foram feitas cavidades até atingir a câmara pulpar, produzindo uma
exposição pulpar de 1mm de diâmetro aproximadamente. No primeiro grupo,
empregaram hidróxido de cálcio, onde as cavidades foram restauradas com
amálgama. No segundo grupo, empregaram MTA e as cavidades foram
fechadas completamente com o MTA. Decorrido o período experimental de
cinco meses, os animais foram mortos e os dentes conjuntamente com seus
tecidos adjacentes foram removidos para realizar o processamento histológico,
utilizando as técnicas de coloração H.E. e Brown-Brenn. Os resultados
mostraram que todas as polpas capeadas com MTA apresentaram formação
de uma ponte de dentina adjacente ao material, além de apresentar inflamação
somente em um dos seis dentes. Já no caso do hidróxido de cálcio,
observaram que apenas dois dentes apresentavam a formação da ponte de
dentina e, todas as amostras deste grupo apresentavam inflamação. Baseados
nestes resultados os autores concluíram que o MTA é um material adequado
para a realização de capeamentos pulpares.
TORABINEJAD et al.
163
, em 1997, investigaram a resposta dos
tecidos periapicais de macacos frente ao MTA e ao amálgama quando são
empregados como materiais retroobturadores. Utilizaram 12 incisivos
superiores de três macacos da raça Cynomolgus. Após anestesia dos animais,
realizaram o isolamento absoluto e, foi confeccionado o acesso à polpa. Os
canais foram instrumentados até a lima tipo K nº 40 e obturados com guta-
percha e cimento Roth. Uma semana após a obturação, foi realizado o
procedimento cirúrgico, realizando a apicectomia e a cavidade retrograda com
2 Revisão da literatura .
42
2 mm de profundidade. Na metade dos dentes foi realizada a retroobturação
com amálgama e na outra metade com MTA. Cinco meses depois, os animais
foram mortos e, os dentes em conjunto com os tecidos circundantes foram
removidos e processados histologicamente. Os resultados mostraram que
apenas um dos seis espécimes obturados com MTA apresentava inflamação
periapical severa. Nos cinco espécimes sem inflamação houve formação de
cemento em contato com o material; isto ocorreu, segundo os autores, devido á
biocompatibilidade do MTA, do seu pH alcalino e da sua capacidade de
estimular a liberação de citosinas dos osteoblastos. Dos seis espécimes do
grupo do amálgama, dois espécimes apresentaram inflamação periapical
moderada e quatro inflamação severa.
No mesmo ano (1997), KOH et al.
88
, estudaram a ação do MTA na
produção de citosinas em osteoblastos humanos e se o material permitia uma
boa aderência das células na sua superfície. Utilizaram um meio de cultura
para osteoblastos (MG-63), onde foi colocado o MTA e o Polimetilmetacrilato
(PMA – cimento usado comumente na ortopedia). Como grupo controle,
utilizaram placas de células sem presença de MTA. Os resultados mostraram
crescimento celular na superfície do MTA a partir de seis horas e
incrementando-se até 144 horas, ao contrário das sem MTA ou na presença de
PMA, que produziram quantidades não detectáveis de células. Os ensaios de
ELISA mostraram níveis aumentados de todas as interleucinas, na presença de
MTA (IL-1α - 175,1±32,6 pg/ml.); (IL-1β - 154,0±26,7 pg/ml.); (IL6 - 214,7±21,8
pg/ml.), em contraste com o PMA, enquanto que sem a presença de MTA,
produziram um conteúdo insignificante de citosinas.
Em 1998, JUNN et al.
85
, quantificaram a formação de dentina
quando o MTA e o hidróxido de cálcio foram utilizados como capeadores na
polpa. Foram realizadas as exposições pulpares estandardizadas de 63 dentes
em quatro cães da raça Beagle, as quais foram capeadas, num grupo, com
pasta à base de hidróxido de cálcio e as cavidades restauradas com
amálgama. No outro grupo, o capeamento pulpar foi realizado com MTA e as
cavidades foram seladas com o MTA. Os períodos experimentais foram de 1, 2,
4 e 8 semanas. Decorrido os tempos experimentais, os animais foram mortos e
2 Revisão da literatura .
43
os espécimes foram processados histologicamente. O grau da inflamação da
polpa e a formação de dentina foi mensurada utilizando o programa Image-
PRO. Os resultados mostraram ausência de inflamação em 30 dos 32
espécimes no grupo do MTA; já, no grupo do hidróxido de cálcio, a ausência de
inflamação foi observada em 13 dos 31 espécimes. Houve uma diferença
estatisticamente significante entre os dois grupos. A formação de tecido
mineralizado foi observada no período de duas semanas no grupo do MTA; no
caso do hidróxido de cálcio foi observada no período de quatro semanas. Na
oitava semana, foi observada a formação completa de pontes de dentina em 21
dos espécimes com MTA e, em dois dos espécimes no grupo do hidróxido de
cálcio. Houve uma diferença estatisticamente significante entre os dois grupos.
Baseados nestes resultados, os autores concluíram que o MTA é um efetivo
material capeador pulpar.
TORABINEJAD et al.
164
, em 1998, avaliaram a reação tecidual do
MTA na tíbia e mandíbula de porcos da Índia, comparando as reações frente
ao amálgama, IRM e Super EBA. Foram utilizados 20 animais. Na tíbia foram
confeccionadas pequenas cavidades onde foram implantados tubos de teflon
contendo os quatro cimentos experimentais. Dez dias após a primeira cirurgia,
foram implantados os mesmos cimentos na mandíbula dos mesmos animais.
Oitenta dias após de terem sido feitos os implantes da mandíbula, os animais
foram mortos. Os resultados mostraram que a reação tecidual ao MTA foi a
mais favorável entre todos os cimentos avaliados, onde não houve presença de
inflamação e observou-se presença de tecido mineralizado adjacente ao
implante em seis dos 21 espécimes. Já nos outros três cimentos a resposta foi
semelhante entre eles e não tão favoráveis quanto ao MTA. Baseados nestes
resultados, os autores concluíram que o MTA teve a resposta tecidual mais
favorável em relação aos outros cimentos e, que o MTA parece ser um material
biocompatível.
A resposta celular ao MTA foi investigada por KOH et al.
89
em 1998.
Utilizando-se de culturas de células compararam a citomorfologia dos
osteoblastos em contato com o IRM e MTA. Também foi avaliada a formação
de citosinas: interleucinas 1α, 1β e 6. A produção dessas citocinas, segundo os
2 Revisão da literatura .
44
autores, está relacionada com as duas fases da formação óssea. Na primeira
fase de estimulação da migração e diferenciação celular encontra-se uma
maior quantidade de interleucina 1 e do fator de estimulação dos
macrófagos(M-CSF). Já, a fase de maturação da matriz óssea neoformada é
controlada por uma maior quantidade de outras citosinas. Os materiais
testados foram manipulados conforme instruções do fabricante e colocados
separados em placas de Petri. Os osteoblastos (linhagem celular MG-63)
cresceram em confluência no meio de Eagle modificado por Hams/Dulbecco's,
e foram semeados em placas que foram incubadas por um a sete dias. Os
espécimes foram visualizados por microscopia eletrônica de varredura. Para
avaliação das citocinas, as células foram colocadas para crescer tanto
sozinhas, quanto em placas contendo os materiais a serem testados por 1 a
144 horas. Os meios foram removidos para análise ELISA de interleucinas (IL-
12, IL-1B, IL-6) e fator estimulador de colônias de macrófago. A microscopia
eletrônica de varredura mostrou que as células em contato com o MTA de um a
três dias, apresentaram-se sadias, com aparência achatada e estavam
aderidas ao cimento, indicando que o cimento foi biocompatível. Já as células
em contato com o IRM apresentavam forma arredondada, indicando que o IRM
é tóxico, provavelmente devido à toxicidade do eugenol contido no liquido do
IRM. O teste ELISA revelou níveis elevados de todas as interleucinas em todos
os períodos de tempo, quando as células cresceram na presença do MTA. Em
contraste, quando as células cresceram sozinhas ou em contato com o IRM os
níveis de interleucinas foram indetectáveis. Os autores concluíram que o MTA
funciona como substrato biológico para células ósseas e estimula a formação
de interleucina.
SHABAHANG et al.
138
, em 1999, investigaram a capacidade indutora
no tratamento de dentes com rizogênese incompleta com diferentes materiais.
Em 64 pré-molares de quatro cães da raça Beagle com seis meses de idade,
induziram lesões periapicais por meio da exposição das cavidades pulpares ao
meio oral por 14 dias. Decorridos os 14 dias da contaminação inicial, as
cavidades foram seladas com Cavit durante outros 14 dias, tempo suficiente
para observar as lesões nas radiografias. Posteriormente, realizaram o preparo
químico-mecânico com auxílio de instrumentos rotatórios e colocaram curativo
2 Revisão da literatura .
45
com pasta de hidróxido de cálcio
por uma semana. Os canais foram divididos
em quatro grupos: no grupo I, os canais foram preenchidos com O-P1 (proteína
morfogenética); no grupo II, com pasta de hidróxido de cálcio e no grupo III,
com MTA. O grupo IV, serviu como controle negativo onde os canais foram
preenchidos com colágeno. A abertura coronária de todos os grupos foi selada
com MTA. Os animais foram mortos após o período experimental de 12
semanas e, as peças foram processadas para análise microscópica,
empregando-se o programa Image-Pro Plus para calcular a quantidade de
tecido mineralizado formado, assim como, o grau de inflamação adjacente à
área do tecido neoformado. O MTA promoveu formação de tecido mineralizado
mais intensa do que os outros materiais. Não houve diferença estatística
significante na quantidade de tecido mineralizado neoformado entre os
materiais testados. Da mesma forma concluíram que não houve diferença
estatística significante quanto ao grau de inflamação entre os grupos avaliados.
HOLLAND et al.
68
, em 1999, avaliaram a reação do tecido
subcutâneo em ratos à implantação de tubos de dentina contendo MTA e
hidróxido de cálcio. Os tubos de dentina tinham um comprimento de 7mm e
foram preparados a partir de raízes de dentes humanos. Os canais foram
alargados com uma lima tipo K nº 35 até atingir 2mm aquém do forame apical.
Os tubos foram divididos em dois grupos e preenchidos com hidróxido de cálcio
no grupo I e com MTA no grupo II; no grupo controle utilizaram tubos de
dentina vazios. Estes tubos foram implantados no dorso de 40 ratos. Os
animais foram mortos sete e 30 dias após a implantação. Posteriormente, os
tubos foram removidos em conjunto com os tecidos adjacentes e foram
processados para análise microscópica. As peças foram coradas com H.E. e
Von Kossa. Os resultados do grupo de controle mostraram no período de sete
dias, uma camada de exsudado com neutrófilos ao redor do implante, células
inflamatórias crônicas, e a presença de fibroblastos jovens. Aos 30 dias,
apresentaram crescimentos de tecido conjuntivo contendo algumas células
inflamatórias. No grupo I, aos sete dias, observaram numerosas granulações
birrefringentes à luz polarizada, localizadas no interior e perto da embocadura
do tubo, rodeados por tecido conjuntivo com reação inflamatória de leve a
moderada. Aos 30 dias, os resultados foram semelhantes. No grupo II, aos sete
2 Revisão da literatura .
46
dias, os resultados foram quase os mesmos que no grupo I, as granulações
birrefringentes encontravam-se em contato com os materiais e em menor
número que no grupo I. O tecido conjuntivo ao redor dos tubos mostrava
proliferação de fibroblastos e reação inflamatória crônica de leve a moderada.
Já aos 30 dias, os resultados foram semelhantes aos do primeiro período,
apresentando uma reação inflamatória leve. Os autores concluíram que os dois
cimentos apresentaram formação de tecido mineralizado, e que o mecanismo
de ação de ambos os materiais são similares.
No mesmo ano, HOLLAND et al.
67
, observaram a reação dos tecidos
periapicais em dentes de cães frente ao MTA e ao Ketac-Endo. Empregaram
30 canais de dois animais, os quais foram instrumentados até o ápice
radiográfico com uma lima tipo K nº 30. Imediatamente, os canais foram
instrumentados até a lima tipo K nº 60 atingindo 0,5mm ou 1mm aquém do
ápice radiográfico, para realizar o batente apical. Deixaram os canais com um
curativo de Otosporin e selaram as cavidades com cimento de óxido de zinco e
eugenol. Uma semana depois, os canais foram reabertos e obturados com
cones de guta-percha e com MTA na metade das amostras e com cones de
guta-percha e Ketac-Endo na outra metade. Após 180 dias, os animais foram
sacrificados e as amostras foram processadas histologicamente. Os resultados
mostraram que no grupo do MTA todas as amostras apresentaram ausência de
reação inflamatória no ligamento periodontal e total fechamento do forame
apical, observando-se formação de um novo cemento no forame. No grupo do
Ketac-Endo, observou-se presença de inflamação crônica leve em algumas das
amostras e nas outras ausência, observou-se também fechamento parcial do
forame só em 2 das 13 amostras. Os autores concluíram que ambos os
cimentos são biocompatíveis, porém, o MTA apresenta melhores propriedades
biológicas.
Em 1999, TORABINEJAD; CHIVIAN
153
, descreveram as indicações e
os métodos de aplicação clínica do MTA. Os autores indicam que ele pode ser
empregado nos tratamentos conservadores da polpa, ou seja, capeamento
pulpar direto e pulpotomias, para formação do plug em apicificações,
fechamento de perfurações radiculares, na cirurgia parendodôntica
2 Revisão da literatura .
47
(empregando-se o material nas obturações retrógradas), como restaurador
provisório, nos casos de clareamento dental interno como tampão e nas
fraturas verticais.
A citotoxicidade do MTA foi investigada e comparada com a do
Super EBA e o amálgama por KEISER; JOHNSON; TIPTON
87
no ano 2000.
Neste trabalho, os autores utilizaram cultura de fibroblastos obtidos a partir do
ligamento periodontal de terceiros molares impactados extraídos. As amostras
foram divididas em dois grupos: no primeiro grupo, trabalharam com o material
recém-manipulado e no segundo grupo, com o material que já tinha sido
manipulado 24h antes (já tinha tomado presa). Os resultados do primeiro grupo
mostraram que a toxicidade do amálgama foi maior, seguida pelo Super EBA e
por último o MTA. No segundo grupo, a maior toxicidade foi para o Super EBA,
seguido pelo MTA e por último o amálgama. Com estes resultados os autores
concluíram que o MTA pode ser utilizado como cimento retroobturador.
ZHU et al.
179
, em 2000, observaram a capacidade de adesão de
osteoblastos humanos ao MTA, IRM, resina composta e ao amálgama. Discos
contendo os materiais retroobturadores já endurecidos foram colocados
durante um dia no meio de cultura para posteriormente serem analisados no
microscópio eletrônico de varredura. A adesão, difusão, propagação ou
expansão de células sobre a superfície de um material representam a fase
inicial da função celular. A persistência de células circulares ou arredondadas
com pouca ou nenhuma difusão, sugere que a superfície do material pode ser
tóxica. Os resultados mostraram que os osteoblastos fixaram-se e propagaram-
se sobre a superfície do MTA e da resina composta, formando uma
monocamada de células. No caso do amálgama comparada com o MTA e a
resina composta, os osteoblastos fixaram-se em menor proporção e com pouca
difusão de células. Na presença do IRM os osteoblastos apresentaram-se em
menor quantidade que qualquer um dos cimentos avaliados, além de
apresentar uma forma circular e sem expansão. Os resultados indicaram uma
resposta favorável ao MTA e à resina composta em comparação ao IRM e
amálgama.
2 Revisão da literatura .
48
A biocompatibilidade do MTA foi avaliada por MORETTON et al.
115
em 2000, onde compararam a resposta tecidual subcutânea e intraóssea dos
implantes de MTA e Super EBA. Empregaram 60 ratos Sprague-Dawley com
peso entre 195 e 227 gramas. Os animais foram divididos em dois grupos de
30. O primeiro grupo recebeu implantes de MTA e o segundo, recebeu
implantes de Super EBA. Cada animal recebeu dois implantes idênticos no
osso parietal e dois implantes no tecido subcutâneo. Os períodos
experimentais foram de 15, 30 e 60 dias. Para cada período foram empregados
10 animais de cada grupo. Os resultados microscópicos mostraram que no
grupo do MTA se produziu uma reação inflamatória severa nos 15 primeiros
dias, já aos 30 e 60 dias, diminuiu. No infiltrado inflamatório observou-se
macrófagos, linfócitos, células plasmáticas e células gigantes de tipo corpo
estranho. Já no grupo do Super EBA, predominou uma resposta inflamatória
moderada com alguns espécimes que tiveram resposta severa no período de
15 dias. Nesse infiltrado predominaram os linfócitos e macrófagos. Aos 30 e 60
dias, a resposta inflamatória foi predominantemente leve, onde também foi
observado o encapsulamento do cimento por tecido conjuntivo fibroso. Não foi
observada osteogênese em nenhum dos espécimes nos três períodos. Nos
implantes intraósseos a resposta inflamatória foi menor que no tecido
subcutâneo. Observou-se osteogênese nos dois grupos experimentais, nos
períodos de 15 e 30 dias a osteogênese foi similar para os dois grupos. No
período de 60 dias, o Super EBA apresentou maior osteogênese que o MTA.
Os autores concluíram que ambos os materiais podem ser considerados
biocompatíveis, porém, estes materiais produzem diferentes respostas
inflamatórias. O cimento EBA foi considerado de nível dois, isto é, materiais
como guta-percha e óxido de zinco, que provocam uma resposta inicial de leve
a moderada, que diminui com o tempo. Já o MTA, foi considerado de nível três,
assim como o hidróxido de cálcio, ou seja, o material induz uma resposta
inflamatória inicial de moderada a severa, incluindo respostas teciduais como
formação de células gigantes do tipo corpo estranho, necrose coagulativa e
calcificações distróficas e essa resposta diminui com o tempo.
FARACO JUNIOR; HOLLAND
48
, em 2001, compararam a resposta
tecidual da polpa de dentes de cães após o capeamento com MTA e cimento
2 Revisão da literatura .
49
de hidróxido de cálcio. Utilizaram 30 dentes de três animais nos quais foram
realizadas cavidades na superfície vestibular dos dentes, até produzir
exposições das polpas de 0,5mm de diâmetro. Após controlar a hemorragia, foi
realizada a proteção da polpa. Os dentes foram divididos em dois grupos: no
grupo I, o capeamento foi realizado com o MTA e no grupo II, com o cimento de
hidróxido de cálcio. O selamento coronário foi realizado com cimento de óxido
de zinco e eugenol. Dois meses depois do capeamento os animais foram
mortos e os dentes foram processados histologicamente. Os cortes teciduais
foram colorados com H.E. e Brown-Brenn. No grupo do hidróxido de cálcio, foi
observada a formação de uma ponte de dentina só em cinco dos espécimes.
Não foi observada zona de necrose em contato com o cimento. Em três dos
espécimes, não houve presença de reação inflamatória; em quatro, observou-
se microabscessos na polpa coronária. Inflamação crônica foi vista em 12
espécimes com variável intensidade e extensão. Observaram-se bactérias
gram-positivas em quatro dos espécimes. No MTA observou-se presença de
pontes de dentina em todos os espécimes, dos quais oito, apresentavam
pequena quantidade de tecido necrótico pulpar na parte superficial das pontes.
Não foi achado infiltrado inflamatório nem microorganismos em nenhum dos
espécimes. De acordo com os resultados do estudo os autores concluíram que
o MTA é superior ao cimento de hidróxido de cálcio para os procedimentos de
capeamento pulpar.
HOLLAND et al.
71
, em 2001, observaram o processo de reparo de
perfurações radiculares laterais após o selamento com MTA. Foram
empregados 48 canais de dentes de cães. Após a abertura coronária, o tecido
pulpar foi removido e, os canais instrumentados e obturados com cones de
guta-percha e cimento. Posteriormente, foi removida a obturação do canal
parcialmente e foi realizada intencionalmente uma perfuração no terço cervical
da raiz. Imediatamente após controlar a hemorragia foi realizado o selamento
das perfurações com MTA e Sealapex (controle). Depois dos 30 e 180 dias, os
animais foram mortos e, os dentes e seus tecidos adjacentes foram preparados
para a análise microscópica. No período de 30 dias, quatro casos reparados
com MTA apresentaram deposição de cemento sobre o material e o ligamento
periodontal encontrava-se livre de inflamação. Sete apresentavam pequenas
2 Revisão da literatura .
50
áreas de anquilose próximo à perfuração, três apresentavam sobre-obturação
com algumas células inflamatórias crônicas. No mesmo período o Sealapex
mostrou seis casos de reação inflamatória crônica e 12 mostraram pequenas
áreas de anquilose; o tecido periodontal adjacente à perfuração apresentava
tecido necrótico. No período de 60 dias, o MTA apresentou em nove casos a
presença de cemento neoformado sobre o cimento e, 10 casos estavam livres
de inflamação; anquilose não foi observada nesse período. No grupo do
Sealapex observaram três casos de cemento sobre o cimento, mas somente
próximo às paredes da perfuração. Todos os casos tratados com Sealapex
apresentaram uma reação inflamatória crônica e nenhum dos casos
apresentou anquilose. Com os resultados observados os autores concluíram
que o MTA pode ser empregado nos casos de perfurações radiculares
apresentando melhores resultados que o Sealapex.
O efeito dentinogênico do MTA foi avaliado por TZIAFAS et al.
168
em
2002. Neste estudo, os autores empregaram 33 dentes de três cães, nos quais,
após expor as polpas dentárias, receberam a proteção pulpar com MTA e
posteriormente a cavidade foi restaurada com amálgama. Os períodos
experimentais foram de 1, 2 e 3 semanas. Vinte e um dentes foram analisados
em microscopia óptica, seis foram avaliados por meio de microscopia eletrônica
de transmissão (TEM) e seis foram avaliados por microscopia eletrônica de
varredura (SEM). Nos resultados da primeira semana, os autores observaram
uma zona homogênea de estrutura cristalina iniciando sua formação entre o
MTA e a polpa, ao mesmo tempo em que células pulpares com mudanças em
seu estado citológico e funcional estavam depositadas próximas aos cristais.
Na segunda semana, foi observada a deposição de um tecido mineralizado de
forma osteóide em contato íntimo com o MTA e com estruturas cristalinas em
todos os dentes. Na terceira semana, observou-se uma barreira de tecido
mineralizado obliterando todo o tecido pulpar. De acordo com os autores, essa
camada era formada por uma camada irregular de osteodentina e uma matriz
de dentina composta por células alongadas, identificadas através de
microscopia eletrônica de varredura como estrutura de dentina reparadora. Os
autores concluíram que o MTA é um material capeador efetivo, capaz de
estimular a formação de uma ponte de dentina.
2 Revisão da literatura .
51
HOLLAND et al.
74
, em 2002, observaram a reação do tecido
subcutâneo de ratos à implantação de cimentos que contém hidróxido de
cálcio. Empregaram tubos de dentina obtidos a partir de raízes de dentes
humanos extraídos, preenchidos com o MTA, Sealapex, CRCS, Sealer 26 e
Sealer Plus. Foram empregados 60 ratos, divididos em cinco grupos, onde
cada um recebeu um implante com um cimento. Para o grupo controle,
empregaram 10 ratos onde se implantaram tubos de dentina vazios. Os
animais foram mortos depois de sete e 30 dias da implantação dos tubos e, as
peças foram coletadas com o tecido adjacente ao tubo e foram processadas
histologicamente. No grupo controle os resultados mostraram uma ligeira
inflamação tecidual no período de sete dias; já no período de 30 dias
apresentaram uma cápsula fibrosa e poucas células inflamatórias. No grupo do
CRCS não foi observada a presença de tecido mineralizado, porém, em todos
os outros materiais, observaram a presença de estrutura mineralizada, sendo
em maior quantidade nos espécimes com MTA e Sealapex. Os autores
concluíram que o CRCS pode ter uma menor possibilidade de estimular a
deposição de tecido mineralizado e que os outros materiais podem induzir o
fechamento do forame apical.
REGAN; GUTMANN; WITHERSPOON
126
, em 2002, avaliaram o
potencial de reparo do MTA e do Diaket quando empregados como materiais
retroobturadores nos tecidos perirradiculares de cães. Foram utilizados os
terceiro e quartos pré-molares de sete cães. Após a anestesia dos animais e
isolamento absoluto dos dentes, foi realizada a abertura coronária, o preparo
químico-mecânico e a obturação dos canais radiculares. As cavidades
coronárias foram restauradas com IRM. Posteriormente foi realizada a
apicectomia e o preparo da cavidade apical de aproximadamente 1,5mm de
diâmetro por 2mm de profundidade. As cavidades foram seladas com MTA e
Diaket. Sessenta dias após a cirurgia os animais foram mortos e os dentes
juntos com seus tecidos adjacentes foram processados para a análise
microscópica. Os resultados mostraram que não houve diferença significante
entre ambos os materiais na presença de inflamação ou abscessos. Nos dois
materiais, observaram a presença de cemento sobre o material. Os autores
2 Revisão da literatura .
52
concluíram que este estudo sugere que ambos os materiais podem induzir a
formação de cemento sobre o material.
A resposta dos tecidos perirradiculares ao MTA num curto espaço de
tempo foi avaliada por ECONOMIDES et al.
42
em 2003. Foram utilizados 24
canais radiculares de dois cães. As raízes foram divididas em quatro períodos
experimentais de 1, 2, 3 e 5 semanas, esta divisão foi feita por hemi-arcadas
dos animais, uma hemi-arcada para cada semana. Foram realizadas as
aberturas coronárias, os canais foram instrumentados até a lima nº 40 e
obturados com cones de guta-percha e cimento Roth 801. As cavidades foram
restauradas com amálgama. Na mesma seção foi realizada a cirurgia
parendodôntica, realizando a apicectomia e preparo da cavidade apical de
3mm de profundidade. As cavidades foram retroobturadas, oito com IRM e 14
com MTA. Decorridos os períodos experimentais os animais foram mortos e as
amostras foram processadas para análise microscópica. Duas das amostras
obturadas com MTA foram analisadas com microscópio eletrônico de
varredura. Os resultados mostraram que no grupo do MTA, no período de uma
semana, foi observada a presença de tecido conjuntivo frouxo e que com o
avanço do tempo nos outros três períodos foi se formando uma camada fina de
tecido mineralizado. Nos tecidos perirradiculares, houve presença de uma leve
inflamação em todos os períodos. Na microscopia de varredura observou-se
uma estrutura homogênea e bem organizada de cristais sobre a superfície do
MTA. Já no grupo do IRM, foi observada presença de poucas fibras de
colágeno sobre o cimento e inflamação de moderada a severa em seis dos oito
espécimes. Também observaram a ausência de formação de tecido
mineralizado. Baseados nestes resultados os autores concluíram que o MTA é
um material biocompatível quando usado como material retroobturador, capaz
de estimular o reparo dos tecidos perirradiculares.
DUARTE et a.
39
, em 2003, avaliaram in vitro, a liberação de íons de
cálcio e o pH de dois MTAs. Os materiais empregados foram o MTA ProRoot e
o MTA-Ângelus. Estes materiais foram manipulados com água deionizada e
introduzidos em tubos plásticos de 10mm de comprimento com 1,5mm de
diâmetro interno. Na análise do pH, os tubos foram colocados no interior de
2 Revisão da literatura .
53
recipientes com água deionizada, onde os valores do pH foram obtidos com o
pHmetro às três, 24, 72 e 168 horas após a manipulação dos cimentos. Após a
medição, os tubos foram removidos e colocados em frascos com água
destilada. Os tubos onde se avaliou a liberação de cálcio foram colocados em
recipientes com água destilada, onde a liberação de cálcio foi determinada nos
mesmos períodos que o pH. As medidas foram realizadas com um
espectrômetro de absorção atômica. Os resultados mostraram que os valores
de pH e liberação de cálcio foram altos durante as três primeiras horas,
posteriormente houve uma tendência a diminuir. Os valores também foram
levemente maiores em todos os períodos para o MTA-Ângelus em comparação
com o MTA ProRoot. Com estes resultados os autores concluíram que ambos
os cimentos liberam cálcio e promovem um pH alcalino.
AEINEHCHI et al.
4
, em 2003, compararam o MTA (ProRoot) com o
hidróxido de cálcio (Dycal) quando usados como capeadores pulpares em
dentes de humanos. Foram empregados 22 terceiros molares superiores de
humanos, os quais tinham indicação para extração. Foi realizada uma cavidade
na coroa dos dentes até produzir exposição da polpa, a qual foi recoberta com
ProRoot ou Dycal. O selamento coronário foi feito com ZOE e amálgama. Um
total de 14 dentes foram extraídos, nos seguintes períodos: após uma semana
(2 molares), dois meses (3 molares), três meses (5 molares), quatro meses (2
molares) e seis meses (2 molares). Passado esse período, as peças foram
preparadas para análise microscópica. Cortes de 10µm foram realizados no
sentido vestíbulo-palatino em cada peça, e corados por H.E.. Os resultados
mostraram menor inflamação, hiperemia e necrose, como também maior
espessura da ponte de dentina e maior freqüência de formação da camada
odontoblástica com o ProRoot do que com o Dycal. O MTA (ProRoot) foi
superior ao hidróxido de cálcio (Dycal) quando utilizados como capeador de
polpas de dentes humanos.
SUBRAMANIAM et al.
149
, em 2003, avaliaram o efeito antimicrobiano
do ProRoot. Realizaram dois grupos: no grupo I, foi utilizado o ProRoot
preparado com água destilada; no grupo II, o ProRoot foi preparado com
clorexidina a 0,12% e no grupo III, empregou-se somente clorexidina. Os
2 Revisão da literatura .
54
materiais foram colocados em placas com ágar BHI (Brain-Heart-Infusion)
inoculadas por E. faecalis. Os autores mensuraram as zonas de inibição nestas
placas e as compararam entre os três grupos. As mensurações foram
registradas às 24, 48 e 72 horas e foram comparadas para observar a
significância estatística. Os resultados mostraram que no grupo I houve melhor
efeito contra o E. faecalis que no grupo II, porém, no grupo III houve melhores
resultados que no grupo I.
HAGLUND et al.
60
, em 2003, determinaram o efeito de quatro
materiais retroobturadores sobre a morfologia celular, o crescimento celular e a
produção de citosinas em fibroblastos e macrófagos. Os autores utilizaram
fibroblastos L929 e macrófagos RAW 264 de ratos. Os materiais avaliados
foram o MTA, IRM, amálgama e resina composta. Foram utilizados os materiais
em dois estados: no grupo I, foi o cimento imediatamente após ser preparado e
no grupo II, o material após duas semanas de preparado e conservado a 37ºC
e 100% de umidade. Os resultados mostraram nos dois grupos, que o efeito
dos materiais foi o mesmo para os dois tipos de células utilizadas. O número de
células no IRM no grupo I foi significantemente menor em relação aos outros
materiais; o MTA e o amálgama apresentaram maior número de células que na
resina composta; não houve diferença significante entre o MTA e o amálgama.
No grupo controle, o número de células foi significantemente maior. Na
morfologia celular os espécimes do grupo I, apresentaram-se com células
mortas, mas também houve um crescimento normal; no caso do amálgama,
observaram células reduzidas e irregulares; além desta área observaram-se
células com morfologia normal. No caso do IRM e da resina composta,
observaram células irregulares na cultura inteira. No grupo II, em relação à
morfologia celular, o MTA e o amálgama não produziram reação nenhuma
nelas; no IRM observaram células arredondas e flutuantes na cultura inteira e
no caso da resina composta as células apresentaram-se irregulares.
Finalmente observou-se neste estudo, que não foi detectada a produção de IL-
1β ou IL-6 em nenhum dos materiais avaliados.
MOTTA et al.
116
, em 2003, avaliaram a resposta tecidual do tecido
subcutâneo de ratos frente a implantes de MTA. Os autores avaliaram o MTA e
2 Revisão da literatura .
55
a pasta de hidróxido de cálcio (Calen). Implantaram tubos de polietileno de
10mm de comprimento com 1,5mm de diâmetro interno contendo os materiais
experimentais na região dorsal dos ratos. Os implantes foram divididos em três
grupos: no grupo I, foram implantados tubos vazios (controle); no grupo II,
tubos contendo pasta Calen e no grupo III, tubos contendo MTA. Os períodos
experimentais foram de sete, 14 e 30 dias, posteriormente a estes períodos os
animais foram mortos e, os tubos implantados foram removidos em conjunto
com o tecido conjuntivo adjacente. As peças foram preparadas para análise
microscópica, onde se realizou a coloração com H.E. e a técnica Von Kossa.
Os resultados no grupo de controle aos sete primeiros dias, mostraram um
infiltrado neutrofílico ao redor dos tubos com células inflamatórias crônicas e
fibroblastos jovens na área adjacente; nos períodos de 14 e 30 dias, não foi
observada reação inflamatória. No grupo II, se observou aos sete dias, uma
reação inflamatória severa; aos 14 dias, a reação ainda se apresentava severa;
já aos 30 dias, o processo inflamatório diminuiu e foi considera leve, com
aumento no número de fibroblastos e fibras de colágeno; observaram também
áreas positivas para a técnica Von Kossa. No grupo III, observaram aos sete
dias uma reação inflamatória moderada com infiltrado mononuclear; aos 14
dias, observou-se menor extensão da reação inflamatória na maioria dos tubos
com aumento de fibras colágenas, mas a reação ainda foi considerada
moderada. Já no período de 30 dias, observou-se presença de poucas células
mononucleares e aumento de número dos fibroblastos e fibras colágenas, onde
a reação inflamatória foi considerada leve. Com estes resultados os autores
concluíram que o MTA e a pasta Calen apresentam pequena reação
inflamatória com a formação de cápsula fibrosa aos seus redores e que
somente a pasta Calen apresentou a formação de áreas basófilas calcificadas.
PEREZ et al.
122
, em 2003, analisaram o comportamento de
odontoblastos primários e de células do osteossarcoma MG-63 em contato com
o MTA ProRoot e o MTA branco. O comportamento foi comparado pela fixação
e pela ação osteogênica de ambas as linhagens de células. As células
permaneceram expostas aos materiais por períodos de 6, 9 e 13 dias. Os
resultados foram avaliados no microscópio eletrônico de varredura, onde se
conseguiu observar que o número de células na superfície da placa de cultura,
2 Revisão da literatura .
56
e sobre o ProRoot MTA aumentou em todas as partes das amostras, nos três
períodos de tempo. Já com o MTA branco não foram encontrados osteoblastos
primários sobre o material em nenhum dos períodos. Ambos os tipos de células
também foram cultivadas e expostas ao β-fosfatoglicerídeo e à dexametasona
para avaliar a formação de nódulos de mineralização em conseqüência de sua
ação osteogênica, onde nódulos médios foram observados nas culturas dos
osteoblastos primários, mas não foram encontrados nas culturas das células do
osteossarcoma MG-63. Os autores concluíram que os osteoblastos primários
não permaneceram fixados na superfície do MTA branco por um longo tempo
em cultura, e que os osteoblastos primários são mais sensíveis do que as
células do osteossarcoma MG-63 para o MTA branco em culturas de células,
sendo estas células mais apropriadas para testes de materiais endodônticos in
vitro.
Em 2003, o efeito neurotóxico de diversos cimentos retroobturadores
foi estudado por ASRARI; LOBNER
13
. Os cimentos empregados foram o MTA,
amálgama, Super EBA e Diaket, os quais foram divididos em dois grupos. No
grupo I, os cimentos recém-manipulados foram colocados em contato com
cultura de neurônios. No grupo II, os cimentos foram colocados após sete dias
da presa final com a cultura de célula. A morte dos neurônios foi quantificada
utilizando o método Assay, pela liberação da enzima citolítica lactato
desidrogenase (LDH). Segundo os resultados, após 24h de contato dos
neurônios com o MTA, não houve significante morte celular. Já com o
amálgama, Super EBA e Diaket houve significante morte celular. Os mesmos
resultados repetiram-se quando do contato dos neurônios com os materiais
após a presa final aos sete dias.
KOWALSKI et al.
94
, em 2004, avaliaram a resposta histológica ao
implante de MTA. Utilizaram 12 ratos da linhagem Wistar com peso aproximado
de 200 gramas. Foram utilizados 24 tubos de polietileno estéreis com 5mm de
comprimento e 1,9mm de diâmetro. Após anestesia dos animais, implantaram-
se dois tubos em cada rato, um contendo MTA ProRoot e o outro MTA-
Ângelus. Decorridos os tempos experimentais de sete e 60 dias, os animais
foram mortos. Os resultados mostraram que ambos os cimentos apresentaram
2 Revisão da literatura .
57
resultados semelhantes nos dois períodos, onde aos sete dias, mostraram uma
resposta inflamatória leve com presença de neutrófilos em pequenas
quantidades e predominância de fibras colágenas. Já no período de 60 dias,
apresentaram ausência de células inflamatórias, observando-se presença de
linfócitos e plasmócitos em pouca quantidade próximos ao material. Baseados
nesses resultados os autores concluíram que ambas as marcas comerciais do
MTA tiveram comportamento semelhante e os dois produziram reação tecidual
satisfatória nos dois tempos experimentais.
YALTIRIK et al.
175
, em 2004, avaliaram a biocompatibilidade do MTA
e do amálgama. Utilizaram 30 ratos albinos Wistar com peso entre 240 e 300
gramas. Foram implantados tubos de polietileno estéreis de 10mm de
comprimento por 1,1mm de diâmetro interno, preenchidos com os cimentos
experimentais no dorso dos animais. No grupo I, foi testado o MTA; no grupo II,
o amálgama e, como controle implantaram 30 tubos de polietileno vazios. Os
períodos de avaliação foram de 7, 15, 30, 60 e 90 dias. As peças foram
retiradas depois de decorridos os períodos experimentais e foram preparadas
para a análise microscópica. Foi utilizada a coloração H.E. e Von Kossa. Os
resultados mostraram no grupo I e no período de sete dias, presença de
necrose e calcificações distróficas com uma inflamação moderada, com
predomínio de macrófagos e células gigantes; aos 15 dias, apresentaram os
mesmos resultados, já aos 30, dias foi observada uma fina cápsula fibrosa e
calcificações distróficas; o infiltrado inflamatório tinha decrescido. Aos 60 dias,
foi observada uma infiltração moderada de macrófagos e células gigantes. Aos
90 dias, não houve infiltrado inflamatório e as calcificações distróficas foram
observadas também nestes dois últimos períodos. Já no grupo II, aos sete dias,
observaram infiltrado inflamatório moderado com presença de linfócitos e
PMNs, o mesmo infiltrado continuou nos 15 dias e diminuiu até os 30 dias. A
cápsula fibrosa em volta do tubo foi observada aos 15 dias, mas, foi diminuindo
sua espessura até os 90 dias. Neste grupo, não foi observada necrose nem
calcificações. Com estes resultados os autores concluíram que a resposta
tecidual provocada pelo amálgama e o MTA foi favorável no período de 90
dias.
2 Revisão da literatura .
58
CAMILLERI et al.
25
, em 2004, examinaram a morfologia superficial e
a biocompatibilidade do MTA. Os autores empregaram dois tipos de MTA, o
ProRoot cinza e o ProRoot branco. Para estudar a morfologia superficial, os
dois materiais foram colocados em anéis metálicos de 5mm de diâmetro num
ambiente de 37º e 100% de umidade durante 1 e 28 dias. Foram realizadas
duas amostras de cada cimento para cada período, e foram avaliados na
microscopia eletrônica de varredura. A análise da morfologia superficial nos
dois períodos foi similar para ambos os cimentos; a superfície dos materiais
apresentava-se lisa sem estruturas cristalinas. Os autores avaliaram também a
citotoxicidade desses cimentos em culturas de células de osteossarcoma Saos-
2. O crescimento destas células foi realizado em placas de cultura mantidas
num incubador a 37ºC com 5% de dióxido de carbono e 95% de O
2
. Os
materiais foram preparados e deixados para que tomassem presa por um e 28
dias num incubador a 37ºC e 100% de umidade. Depois de decorridos esses
tempos, os cimentos foram esterilizados por luz ultravioleta durante 12 horas.
Posteriormente, foram colocados nas culturas de células, para serem
encubados a 37ºC com 5% de dióxido de carbono e 95% de O
2
. Como controle
foram utilizadas as placas sem cimentos. Após períodos de um, cinco e sete
dias, as placas foram cobertas com glutaraldeído ao 2,5% durante 4 horas para
produzir a fixação das células. O material foi analisado por meio de microscopia
eletrônica de varredura. Segundo os resultados, no grupo das amostras que
tinham um dia de preparo, observaram que as células presentes foram
cobertas por cristais difusos. No quinto dia foi visível uma monocamada de
células sobre ambos os materiais. No sétimo dia, também foi observada uma
monocamada de células e algumas células arredondadas também se
apresentaram. No grupo das amostras de 28 dias, depois de um dia em contato
com as células, houve um crescimento disperso no grupo do MTA cinza e
células ocasionais para o MTA branco; após cinco dias, continuava o
crescimento disperso das células sobre os cimentos; e após sete dias,
observaram um apreciável crescimento celular sobre o MTA cinza e poucas,
mas aplanadas células sobre o MTA branco. Os autores concluíram que nas
amostras que tinham um dia de preparo, os dois cimentos mostraram-se
biocompatíveis e nas que tinham 28 dias os cimentos mostraram-se menos
biocompatíveis.
2 Revisão da literatura .
59
SOUSA et al.
146
, em 2004, avaliaram e compararam a reação
tecidual do MTA. Para este estudo os autores fizeram comparações entre o
ZOE, MTA e a resina composta. Utilizaram-se 30 porcos da Índia, onde, nas
suas mandíbulas, implantaram tubos de teflon contendo os cimentos testados.
Foram colocados dois implantes do mesmo cimento em cada animal, utilizando
assim, 10 animais para cada cimento. Como controle, avaliou-se a reação do
tecido que estava em contato com o teflon. Após quatro e 12, semanas os
animais foram mortos e as mandíbulas foram removidas e os tecidos
adjacentes ao implante foram processados histologicamente, realizando cortes
semi-seriados de 5µm de espessura e corados com H.E.. No grupo controle,
observaram a formação de novo osso na loja cirúrgica e finas camadas de
tecido conjuntivo sem reação inflamatória em todos os períodos. No grupo do
ZOE, quatro semanas após a cirurgia, observaram uma reação severa com
necrose óssea, reabsorção e infiltrado inflamatório mononuclear composto de
linfócitos, macrófagos e células gigantes de tipo corpo estranho; já 12 semanas
depois, neste mesmo grupo, observaram reação inflamatória leve, com
formação de osso novo. No grupo da resina composta, no período de quatro
semanas, observaram uma reação inflamatória de leve a moderada, com
formação de tecido conjuntivo rico em fibroblastos entre o material e o osso. No
período de 12 semanas, observaram uma reação inflamatória leve. No grupo
do MTA, na quarta semana, observaram uma reação inflamatória leve com
formação de osso em contato com o material; já na 12ª semana, observaram
presença de novo osso contendo osteoblastos em contato com o material. Os
autores concluíram que o ZOE foi altamente tóxico durante a quarta semana,
mas reduziu ate a décima segunda, onde mostrou ser biocompatível. O MTA e
a resina composta indicaram biocompatibilidade. O MTA apresentou
crescimento ósseo em contato com o material, sem interposição de tecido
conjuntivo.
KOULAOUZIDOU et al.
93
, em 2005, avaliaram o efeito
antiproliferativo do MTA, IRM e do ionômero de vidro. Foram empregados três
tipos de células: BHK21/C13 (fibroblasto de hamster), L929 (fibroblasto de rato)
e RPC-C2A (células pulpares de rato). Os três materiais foram preparados de
2 Revisão da literatura .
60
acordo às recomendações dos fabricantes e esperou-se que tomassem presa
durante 48 horas. Após 48 horas, os cimentos foram esterilizados, colocados
nos meios de cultura e incubados durante 12, 24 e 48 horas. Após os períodos
experimentais, os cimentos foram removidos e o número de células foi
estimado por meio da análise de sulfarodamina-B. Os resultados mostraram
que o IRM foi o material mais tóxico em todos os períodos experimentais. O
MTA mostrou-se menos citotóxico, semelhante ao ionômero de vidro, mas este
mostrou um maior efeito antiproliferativo que o MTA especialmente na linha
celular RCP-C2A. Os autores concluíram que o MTA e o ionômero de vidro
foram materiais compatíveis; em contraste o IRM mostrou altos níveis de
citotoxicidade.
BAEK; PLENK; KIM
14
, em 2005, compararam a reação periapical e a
regeneração do cemento em cães frente a diversos materiais. Foram utilizados
cinco cães da raça Beagle. Após anestesia, foram induzidas lesões periapicais
nos molares e pré-molares, onde foi realizada a abertura coronária, eliminação
do tecido pulpar, colocação de cones de papel com placa bacteriana dentro dos
canais e selados com IRM por duas semanas. A formação das lesões foi
observada radiograficamente e formaram-se entre a quarta e a sexta semana.
Foi realizado o preparo químico-mecânico, a obturação dos canais e o
selamento coronário com IRM de todos os dentes. Posteriormente, foi realizada
a apicectomia de 24 dentes os quais foram divididos em três grupos. No grupo
I, as retroobturações foram realizadas com amálgama; no grupo II, com Super
EBA e no grupo III, com MTA. Quatro meses após as cirurgias
parendodônticas, os animais foram mortos e os dentes e tecidos adjacentes
foram preparados para análise histológica. Os resultados mostraram que os
ápices retroobturados com MTA, exibiam o menor grau de infiltrado
inflamatório, onde predominavam as células plasmáticas, linfócitos e alguns
macrófagos. No Super EBA, observou-se infiltrado inflamatório moderado com
células plasmáticas, linfócitos, macrófagos e alguns PMNs. Por outro lado, os
dentes tratados com amálgama, apresentaram infiltrado inflamatório acentuado
composto por PMNs, leucócitos, alguns macrófagos e células gigantes de tipo
corpo estranho. Também observaram aposição de cemento em crescimento
sobre o MTA em quase todos os dentes. O crescimento do cemento ocorreu
2 Revisão da literatura .
61
significantemente mais no MTA, sendo superior aos outros materiais.
Finalmente, foi observada uma cápsula fibrosa ao redor do infiltrado
inflamatório nos casos do amálgama e do Super EBA, não sendo assim para o
MTA. Segundo os autores o MTA foi o melhor material, seguido pelo Super
EBA que foi melhor que o amálgama.
BERNABÉ et al.
16
, em 2005, compararam o reparo do tecido
periapical em cães induzido por MTA e outros materiais retroobturadores.
Foram utilizados 48 pré-molares superiores e inferiores de três cães. Na
primeira intervenção, foi realizada a abertura coronária, isolamento absoluto e
eliminação do tecido pulpar. As cavidades foram deixadas abertas ao meio oral
por um período de seis meses para induzir a formação de lesões
perirradiculares. Após seis meses, foi realizada a segunda intervenção, onde
foi feita a remoção da lesão apical, a apicectomia das raízes e retroobturações
com IRM, Super EBA, MTA e ZOE. Decorrido o período experimental de seis
meses os animais foram mortos e os dentes foram processados
histologicamente. No grupo do ZOE, observaram reparo completo sem
infiltrado inflamatório só em dois dos 10 espécimes, dois espécimes
apresentaram resposta inflamatória crônica e dois espécimes apresentaram
infiltrado inflamatório crônico e severo. No caso do IRM, quatro de 10
espécimes mostraram reparo completo sem presença de infiltrado inflamatório;
seis espécimes apresentaram infiltrado inflamatório crônico e severo com
macrófagos, linfócitos, células plasmáticas, leucócitos e microabscessos,
também observaram microorganismos Gram-negativos. No grupo do Super
EBA, observaram completo reparo em seis dos 10 espécimes; quatro
apresentaram infiltrado inflamatório crônico e intenso com presença de
linfócitos, células plasmáticas, leucócitos e microabscessos. No grupo do MTA,
cinco dos 10 espécimes apresentaram completo reparo sem infiltrado
inflamatório e os outros cinco, apresentaram infiltrado inflamatório crônico e
intenso com macrófagos, linfócitos, células plasmáticas, leucócitos e
microabscessos. Os autores concluíram que o MTA, Super EBA, IRM têm
resultados histopatológicos semelhantes e apresentam melhor desempenho
que o ZOE.
2 Revisão da literatura .
62
RESENDE et al.
127
, em 2005, analisaram a ação de dois tipos de
MTA, o MTA ProRoot e o MTA-Ângelus. Os cimentos foram preparados
segundo as indicações do fabricante e inseridos em tubos capilares
esterilizados. Após a presa final os tubos foram esterilizados com irradiação
gamma. Macrófagos M1 e M2 foram obtidos da cavidade peritoneal de dois
ratos. Para avaliar a viabilidade celular na presença do MTA, os capilares
contendo MTA foram adicionados na suspensão celular presente em 24 placas,
as células foram encubadas por 24, 48 e 72 horas. Para induzir a formação de
fator de necrose tumoral (TNF), IL-12 e IL-10, Fusobacterium nucleatum e
Peptostreptococcus anaerobius foram preparados e usados na proporção de
10 UFC para cada macrófago em cultura. Os resultados da viabilidade celular
mostraram que não houve diferença porcentual de células vivas entre os dois
cimentos, no entanto a produção de macrófagos M2 (no período de 24 horas
de exposição do MTA-Ângelus) foi estatisticamente maior que a dos
macrófagos M1. A produção de TNF-α não foi influenciada pela presença dos
cimentos. Nenhum dos cimentos influenciou na produção de IL-12 nem IL-10.
Os autores concluíram que o MTA tem excelentes resultados em relação à
viabilidade celular e não interfere com a produção e secreção das citocinas
TNF, IL-12 e IL-10.
ELDENIZ et al.
44
, em 2006, avaliaram, in vitro, a atividade
antibacteriana do MTA. Os autores avaliaram os seguintes materiais: MTA
ProRoot, amálgama, IRM, Super Bond C&B, Geristore, Dyract, resina
composta (Celarfil APX) e Protect Bond. A atividade antibacteriana foi avaliada
contra o Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis e Pseudomonas
aeruginosa. Os materiais foram avaliados em duas etapas, a primeira foi
imediatamente após o seu preparo, e a segunda três dias após os materiais
tomarem presa. Esses materiais foram colocados em placas de cultura;
posteriormente 10 microlitros de suspensão bacteriana foram colocados nas
placas para contato direto com cada material durante 1 hora a 37ºC. O
crescimento bacteriano foi medido por espectrofotometria, de uma em uma
hora. Os resultados mostraram que o IRM e o ProRoot mostraram maior
atividade antibacteriana em comparação com os outros materiais. Estes
cimentos mostraram completa inibição contra o P. aeruginosa e crescimento
2 Revisão da literatura .
63
limitado do E. faecalis. Também observaram que o IRM obteve melhores
resultados frente ao S. aureus em comparação com o ProRoot. Os autores
concluíram que o IRM e o MTA ProRoot apresentaram inibição mais potente no
crescimentos bacteriano em relação aos outros materiais avaliados.
AL-HEZAIMI et al.
5
, em 2006, compararam, in vivo, o efeito inibitório
de varias concentrações de MTA contra a Cândida albicans. Foram utilizados
os cimentos MTA ProRoot branco e cinza, os quais foram preparados em
concentrações de 50; 25: 12,5; 6,25 e 3,125 mg/ml diluídos em água destilada
e colocados em tubos. Cada grupo experimental estava formado por 11 tubos.
Tubos vazios serviram como controle negativo e tubos com microorganismos,
mas sem material no seu interior, serviram como controle positivo.
Posteriormente, todos os tubos foram encubados a 37ºC e avaliados nos
períodos de 0, 1, 24, 48, 72 e 168 horas. Os resultados mostraram correlação
direta entre as concentrações de MTA, tanto no branco como no cinza, e seu
efeito inibidor contra Cândida albicans. No período 0, ambos os cimentos
mostraram crescimentos de C. albicans em todas as concentrações. Já nos
outros períodos avaliados, os tubos com MTA cinza, em todas as
concentrações não apresentaram crescimento de C. albicans. Nestes mesmos
períodos, os tubos com MTA branco nas concentrações de 50 e 25 mg/ml
também não mostraram crescimento de C. albicans, mas, os tubos com MTA
branco nas concentrações de 12,5; 6,25 e 3,125 mg/ml mostraram crescimento
de C. albicans em todos os períodos testados. A maior diferença estatística
esteve entre o MTA cinza e o MTA branco nas concentrações de 12,5; 6,25 e
3,125 mg/ml. Os autores concluíram que o MTA cinza e o MTA branco em
concentrações de 50 e 25 mg/ml são efetivos contra a Cândida albicans por
períodos até de uma semana. Concentrações baixas de MTA cinza podem ser
efetivas, mas o MTA branco não.
Em 2006, CINTRA et al.
32
, compararam as propriedades biológicas
do MBPc com as do MTA. Foram empregados 48 ratos Wistar divididos em três
grupos iguais, onde foi implantado no alvéolo dos ratos tubos de polietileno
preenchido com materiais retroobturadores. No grupo I, implantou-se MTA; no
grupo II, MBPc e no grupo III, eram implantados tubos vazios como controle.
2 Revisão da literatura .
64
Após a anestesia, foi realizada a extração do incisivo superior direito, os
implantes eram inseridos no alvéolo e posteriormente suturados. Decorridos os
períodos experimentais de 7, 15 e 30 dias os animais foram mortos e as
amostras foram processadas para a avaliação histológica. No período de sete
dias, o MTA apresentou uma camada superficial com espessura irregular e
áreas de necrose. Já aos 15 dias, observaram áreas basofílicas irregulares, a
qual provavelmente poderia servir como matriz para mineralização, que foi
também vista aos 30 dias. O MBPc aos dias sete e 15 dias, apresentou
infiltrado inflamatório leve, com presença de jovens fibroblastos e novos vasos
sanguíneas. No período de 30 dias, observaram formação de osso, mas a
reparo do alvéolo não foi completo. O grupo controle mostrou, nos períodos de
sete e 15 dias, uma área preenchida com tecido de granulação bem organizado
com infiltrado inflamatório leve. Já aos 30 dias, o tecido conjuntivo foi bem
organizado. Os autores concluíram que o MTA e MBPc apresentaram
comportamento similar, a diferença foi no tecido mineralizado.
SHAHI et al.
139
, em 2006, avaliaram a biocompatibilidade do MTA
cinza, MTA branco e amálgama no tecido subcutâneo de ratos. Foram
utilizados 45 ratos com peso aproximado de 250 gramas. Após anestesia dos
animais implantaram no dorso, tubos de polietileno de 8mm de comprimento
por 0,8mm de diâmetro interno, preenchidos com os materiais experimentais.
Cada rato recebeu um tubo com MTA cinza, um com MTA branco, um com
amálgama e um tubo vazio que serviu como controle. As avaliações foram
realizadas 3, 7 e 21 dias após a implantação. Os resultados mostraram que
após os período de três e sete dias, o amálgama produziu uma resposta
inflamatória mais severa comparada com os MTAs. Aos três dias, a resposta
inflamatória ao redor do MTA cinza foi mais severa em comparação com o MTA
branco, mas, após sete dias este resultado foi invertido. Após 21 dias, a
resposta inflamatória de todas as amostras foi igual à do grupo controle, com
presença de um infiltrado de células crônicas de leve a moderado.
CHACKO; KURIKOSE
30
, em 2006, analisaram histologicamente a
polpa dental após a pulpotomia e proteção com MTA e hidróxido de cálcio.
Neste estudo empregaram 32 dentes de 10 pacientes entre 11 a 14 anos. Os
2 Revisão da literatura .
65
dentes foram divididos em dois grupos: no grupo I, foi empregado o hidróxido
de cálcio em 15 dentes e no grupo II, foi utilizado o MTA em 16 dentes. Após
quatro e oito semanas os dentes foram extraídos e, preparadas secções
longitudinais coradas com H.E. para a análise microscópica. No período de
quatro semanas, observaram que no grupo I, seis de oito espécimes
apresentaram inflamação moderada enquanto os outros dois tinham inflamação
severa; no grupo II, seis dos oito espécimes não apresentaram inflamação e os
outros dois apresentaram inflamação leve. Neste mesmo período, observaram
nos dois grupos, formação de uma ponte dentinária, sendo de maior espessura
no grupo II. No período de oito semanas, no grupo I, a resposta inflamatória de
seis dos sete espécimes foi moderada, enquanto no outro espécime era
severa; no grupo II, seis dos oito espécimes não apresentaram inflamação e os
outros dois mostraram inflamação leve. Neste período também observaram
formação da ponte dentinária em todas as amostras, sendo de maior
espessura no grupo I. Os autores concluíram que o MTA deu uma resposta
mas previsível e positiva nos procedimentos das pulpotomias em relação ao
hidróxido de cálcio.
SUMER et al.
150
, em 2006, avaliaram a biocompatibilidade do
amálgama, IRM, MTA e MTA com clorexidina no tecido subcutâneo de ratos.
Foram utilizados 30 ratos Wistar com peso aproximado de 270 gramas. Os
materiais foram colocados em tubos de polietileno estéreis de 10mm de
comprimento por 1,1mm de diâmetro interno e implantados no tecido
subcutâneo da região dorsal dos animais. Cada animal recebeu cinco
implantes, um com cada cimento e o quinto vazio que serviu como controle.
Após os períodos experimentais de 15, 30 e 60 dias, os animais foram mortos e
as amostras foram coletadas e processadas histologicamente. Nos resultados,
os autores observaram uma resposta inflamatória leve nas amostras com
amálgama, IRM e MTA com clorexidina nos três períodos. O MTA provocou
uma resposta inflamatória inicial severa, que foi diminuindo até os 30 e 60 dias.
Segundo os autores, isto pode ter acontecido pelo pH alto que o material
apresenta e a geração de calor produzida enquanto o cimento toma presa. A
formação da cápsula fibrosa foi observada desde o 15º dia em todos os grupos,
o que indica que os materiais são bem tolerados pelos tecidos. Os autores
2 Revisão da literatura .
66
concluíram indicando que o MTA com clorexidina pode ser considerado
biocompatível.
2.3 Sobre o cimento Portland e as suas comparações com o MTA
Em 1999, WUCHERPFENNIG; GREEN
174
publicaram um abstract,
no qual relatavam que o MTA e cimento Portland tinham características e
propriedades semelhantes. Segundo os autores, ambos eram compostos
principalmente por cálcio, fosfato e sílica. Macroscopicamente,
microscopicamente e pela análise da difração de raios X, ambas as
substâncias pareceram idênticas. Para avaliar a biocompatibilidade dos
cimentos em questão, utilizaram culturas de células osteoblásticas (MG-63),
que permaneceram em contato com os materiais por períodos de 4 e 6
semanas. Os resultados mostraram que ambos os materiais promoveram de
forma semelhante a formação de matriz mineralizada. Ratos adultos também
foram empregados no estudo da biocompatibilidade, onde após provocar a
exposição pulpar nos molares foi realizado o capeamento pulpar. Após os
períodos experimentais de 1, 2, 3 e 4 semanas, os animais foram mortos e os
dentes foram preparados para análise microscópica. Os resultados mostraram
que ambos os materiais tem efeito semelhante nas células da polpa. Foi
observada deposição de dentina reparadora de alguns espécimes já na
segunda semana, tanto com o cimento Portland como com o MTA. Com estes
resultados os autores concluíram que o cimento Portland pode ser um ideal
cimento como o MTA.
No ano seguinte, ESTRELA, et al.
47
(2000), investigaram a
capacidade antimicrobiana do MTA, cimento Portland, pasta de hidróxido de
cálcio, Sealapex e Dycal e analisaram os elementos químicos do MTA e dois
cimentos Portland. Para avaliar a atividade antimicrobiana utilizaram quatro
tipos de cepas bacterianas: Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis,
Pseudomonas aeroginosa e Bacillus subtilis. Também foi empregado neste
estudo um tipo de fungo: a Cândida albicans. Inicialmente realizaram o teste de
difusão e inibição em ágar. Os resultados mostraram que apenas o hidróxido
de cálcio promoveu halos de inibição de seis a 9,5mm. Já os demais cimentos
2 Revisão da literatura .
67
testados, com exceção do Dycal, promoveram apenas halos de difusão. O
Dycal não apresentou halos de difusão ou inibição. Em seguida, utilizando da
espectrofotometria de fluorescência, analisaram a composição química dos
elementos presentes no MTA e em duas amostras do cimento Portland. Os
autores concluíram que os elementos químicos presentes no MTA são os
mesmos do cimento Portland, com a exceção do Bismuto presente somente no
MTA, sendo talvez o responsável pela sua radiopacidade. Segundo os autores,
o cimento Portland é composto de: CaO(58,5%), SiO
2(17,7%), Al2O3(4,5%),
MgO(3,3%), SO3(3,0%), Fe2O3(2,9%), K2O(0,9%) e Na2O(0,2%). Apesar da
semelhança de ambos os cimentos, o cimento Portland pode conter impurezas
que podem afetar tanto a sua cristalização como provocar algum tipo de
reação. Isto depende também de onde foi extraído o mineral. Concluíram
finalmente que as semelhanças de composição química entre MTA e o cimento
Portland justificam os resultados obtidos neste estudo, onde ambos
apresentaram praticamente a mesma atividade antimicrobiana.
SAFAVI; NICHOLS
131
, em 2000, compararam os efeitos do MTA e o
cimento Portland na secreção de PGE
2
de monócitos. Os autores utilizaram
monócitos provenientes de sangue fracionado e incubados a 37º e na presença
de 5% CO
2
por duas horas. Em seguida procederam à nova incubação agora
contendo os materiais por 24 horas. Os níveis de prostaglandina (PGE
2
) foram
mensurados. Os autores utilizaram como controle positivo o LPS (Salmonella
typhimurium). Os autores concluíram que houve uma diminuição da produção
de PGE
2
em contato com os cimentos. Segundo eles, isso se deve à
solubilidade de alguns produtos contidos em ambos os cimentos. Concluíram
ainda, que tanto o MTA como os cimentos Portland possuem semelhante efeito
inibitório da formação de prostaglandina pelos monócitos.
A reação do tecido conjuntivo de ratos frente ao MTA, cimento
Portland e hidróxido de cálcio, foi avaliada por HOLLAND et al.
72
(2001). Neste
estudo foram utilizados 40 ratos. Foram preparados tubos de dentina de raízes
de dentes humanos, onde os canais foram alargados com uma lima tipo K nº
35 sobre-instrumentando o forame apical por 2mm. Os tubos eram de 7mm de
comprimento e suas paredes eram de 0,5mm. Após a esterilização dos tubos,
2 Revisão da literatura .
68
eles foram preenchidos com MTA, cimento Portland e hidróxido de cálcio e
implantado no dorso dos animais. Os períodos experimentais foram de sete e
30 dias. Decorridos estes tempos os animais foram mortos e os tubos
conjuntamente aos seus tecidos adjacentes foram removidos, processados e
avaliados microscopicamente. Os resultados foram semelhantes para os três
cimentos avaliados. Todos os espécimes apresentaram inflamação crônica
moderada tanto aos sete como nos 30 dias. Perto das embocaduras dos tubos
foram observadas granulações Von Kossa positivas, birrefringentes à luz
polarizada, e junto a elas um tecido irregular na forma de ponte. Os autores
concluíram que o óxido de cálcio contido no MTA, e, possivelmente no cimento
Portland, seja o responsável pela formação destas granulações, reação esta
que também ocorre com o hidróxido de cálcio, levando-os a crer que o
mecanismo da indução de tecido mineralizado do MTA e do cimento Portland
possivelmente seja o mesmo do hidróxido de cálcio.
No mesmo ano (2001), HOLLAND et al.
70
, avaliaram a resposta da
polpa, em pulpotomias protegidas com MTA e cimento Portland. Foram
empregados 18 dentes de um cão, totalizando 26 raízes. As exposições
pulpares receberam MTA ou cimento Portland e as cavidades foram
restauradas com ZOE e amálgama. Sessenta dias depois, os animais foram
mortos, as peças foram removidas e preparadas para análise microscópica.
Foram realizados cortes seriados de 6µm corados com H.E. e Brown-Brenn. Os
detalhes considerados foram a formação de tecido mineralizado e a reação
inflamatória. Os resultados mostraram que o MTA e o cimento Portland
induziram a formação de pontes de tecido mineralizado. As polpas dentais
apresentaram reação inflamatória crônica moderada. Não houve diferença
estatisticamente significante entre os dois cimentos.
No ano 2002, GUARIENTI; OSINAGA; FIGUEIREDO
59
analisaram
por meio de microscópio eletrônico de varredura e energia dispersiva de raios-
X, a microestrutura superficial e a composição química do MTA e duas marcas
comerciais de cimento Portland. Após manipulação dos cimentos e inserção
em moldes, os corpos de prova foram armazenados ao abrigo da luz por 38
dias, quando então foram removidos e submetidos ao exame. Os resultados
2 Revisão da literatura .
69
mostraram que a superfície dos corpos de prova dos cimentos possui a mesma
estrutura microscópica, com exceção do bismuto. Os principais constituintes do
MTA foram encontrados em ambas as marcas de cimento Portland, com
pequenas diferenças nas suas quantidades.
SAIDON et al.
132
, em 2002, compararam a reação tecidual óssea do
ProRoot (MTA) e do cimento Portland. Empregaram 30 porcos da Índia. Os
animais foram anestesiados e foram realizadas cavidades ósseas bilaterais na
mandíbula. Nessas cavidades foram implantados tubos de politetrafluoretileno
(teflon) preenchidos com os cimentos experimentais. Cada animal recebeu dois
implantes, um com MTA e o outro com cimento Portland. Os períodos
experimentais foram de duas e 12 semanas. Em ambos os períodos e
materiais testados, observaram a presença de novo osso com uma resposta
inflamatória mínima. Os autores concluíram, que os resultados obtidos indicam
que o ProRoot e o cimento Portland foram bem tolerados quando implantados
no osso mandibular.
No mesmo ano (2002), DEAL et al.
35
, compararam as propriedades
química e física do ProRoot (MTA), do cimento Portland e de um novo material
experimental; o MTA de presa rápida. A análise química foi realizada com o
auxílio de espectroscopia de energia dispersa. O pH foi avaliado imediatamente
após a mistura dos cimentos, aos cinco e 30 minutos. Os tempos de presa
foram avaliados de acordo com a especificação nº 96 da ANSI/ADA. Nos
resultados da análise química observaram que os três cimentos apresentavam
os mesmos elementos químicos. O pH dos cimentos, após a mistura, foi de
11,72 para o ProRoot, de 11,74 para o cimento Portland e de 11,69 para o
cimento experimental de presa rápida. Após 30 minutos da mistura, o pH dos
cimentos foi o mesmo para o ProRoot e o cimento Portland (12,3). O tempo de
presa final para o ProRoot foi de 156 minutos, para o cimento Portland 159
minutos e para o cimento experimental de presa rápida 17 minutos. Os autores
concluíram que o MTA de presa rápida apresentou propriedades químicas
semelhantes ao ProRoot e cimento Portland, com a vantagem de tomar presa
em menor tempo.
2 Revisão da literatura .
70
FUNTEAS; WALLACE; FOCHTMAN
55
, em 2002, compararam a
composição do cimento Portland com a do MTA. Os autores empregaram um
espectrômetro por inductibilidade de plasma acoplado (ICP-ES). A análise
comparativa revelou que houve similaridade significante, já que, dos 15
elementos, em 14 não houve diferença significativa entre o MTA e o cimento
Portland; a diferença estava no bismuto que não pôde ser quantificado no
cimento Portland.
DUARTE et al.
38
, em 2002, investigaram a contaminação existente
no MTA e no cimento Portland. Os materiais testados foram o MTA-Ângelus
cinza e branco sem estarem esterilizados e o cimento Portland (Votoran,
Votorantim, São Paulo, Brasil) de um saco recém-aberto e de um aberto há
dois meses. No teste bacteriológico, as amostras dos cimentos testados foram
inoculadas assepticamente em 3mL de caldo BHI mantidas em estufa a 37ºC
durante 24 horas. Posteriormente, os tubos foram homogeneizados e as
amostras foram plaqueadas e colocadas em diversos meios para o crescimento
de Gram+, Gram-, Staphylococcus, Pseudomonas e Enterococcus faecalis. No
teste micológico, as amostras foram encubadas em 3mL de caldo Sabouraud
acrescido de cloranfenicol e foram mantidas na estufa a 25ºC durante 72 horas.
Decorrido esse tempo, os tubos foram homogeneizados e as amostras foram
plaqueadas em diversos meios. As placas foram incubadas em estufa
micológica a 25ºC por 15 dias e analisadas para crescimentos de bolores e
fungos. Os resultados mostraram que não houve crescimento de
microorganismos. Com estes resultados, os autores concluíram que o MTA-
Ângelus e o cimento Portland não apresentam contaminação.
ABDULLAH et al.
1
, em 2002, investigaram a biocompatibilidade de
duas variantes do cimento Portland com acelerador (CPA) por meio da
observação da citomorfologia de células de osteosarcoma (SaOS-2) na
presença dos materiais testados e o efeito desses materiais na expressão de
marcadores da remodelação óssea. Foram utilizados para comparação o
cimento de ionômero de vidro (CIV), o MTA, e o cimento Portland (CP) não
modificado. Um ensaio de contato direto foi realizado em quatro amostras para
cada material em teste, coletadas com 12, 24, 48 e 72 horas. A morfologia
2 Revisão da literatura .
71
celular foi registrada utilizando microscopia eletrônica de varredura (SEM). A
análise microscópica mostrou células SaOS-2 sadias aderidas às superfícies
das variantes do CPA, do CP e MTA. Em contraste, células arredondadas, em
processo de morte celular, foram observadas junto ao CIV. O teste de ELISA
mostrou níveis significantemente elevados de IL-1β, IL-6, IL-18 nas variantes
do CPA comparado com os controles e CIV (p<0.01), no entanto esses níveis
de citocinas não foram estatisticamente significantes quando comparados com
o MTA. Sugeriram que as duas variantes do CPA não são tóxicas e possuem
potencial para promover o reparo ósseo, mas estudos futuros sobre o CPA
devem ser realizados com o intuito de desenvolver um possível material
restaurador e para uso ortopédico.
SAIDON et al.
133
, em 2003, compararam o efeito citotóxico in vitro,
em cultura de células L929 e, in vivo, a reação do tecido ósseo de cobaias,
após implantação de ProRoot MTA e cimento Portland. Para o estudo in vitro,
os materiais em teste foram colocados em dois momentos: o primeiro
imediatamente após o preparo dos materiais e o segundo após a presa. Foram
incubados por três dias, onde observaram a morfologia e contaram as células.
Para o estudo in vivo, realizaram duas cavidades ósseas nas mandíbulas de 28
cobaias e implantaram recipientes de teflon preenchidos com os materiais
recentemente misturados. Os animais receberam um implante de ProRoot MTA
e um de cimento Portland e foram mortos depois de duas e 12 semanas. Não
houve diferença nas reações celulares in vitro entre os dois cimentos,
observaram células mortas no grupo onde os cimentos foram colocados
imediatamente após o preparo dos materiais, com crescimento celular nos
arredores; no grupo onde avaliaram os materiais após a presa não houve efeito
nas células. No estudo in vivo, foi observado tecido ósseo saudável e mínima
resposta inflamatória adjacente aos implantes de ProRoot MTA e cimento
Portland, sugerindo que ambos os materiais são biocompatíveis.
A biocompatibilidade do cimento Portland no tecido subcutâneo de
ratos foi analisada por CAMPOS QUINTANA; LLAMOSAS HERNANDEZ;
MORALEZ DE LA LUZ
28
em 2003. Utilizaram neste estudo, 10 ratos Wistar
com peso aproximado de 120 a 150 gramas e tubos de polipropileno de 4mm
2 Revisão da literatura .
72
de comprimento preenchidos com o cimento Portland, que foi preparado numa
proporção de 3:1 (pó/liquido) com solução anestésica. Após a anestesia dos
animais, implantaram na região dorsal dois tubos, um contendo o cimento
Portland e o outro vazio, que serviu como controle. Decorridos os períodos
experimentais de 8, 15, 30 e 45 dias, os animais foram mortos. Os resultados
mostraram que não houve diferença entre o grupo experimental e o controle.
Ambos os grupos apresentaram polimorfonucleares aos oito dias e nos
períodos de 15, 30 e 45 dias observaram macrófagos e células linfóides. Os
autores concluíram que o cimento Portland não provocou uma reação adversa
no tecido subcutâneo de ratos e que os tubos de polipropileno produziram uma
reação alérgica.
TRINDADE; OLIVEIRA; FIGUEIREDO
167
, em 2003, avaliaram o
comportamento biológico do cimento Portland, isolado e acrescido de óxido de
bismuto em diferentes proporções, em comparação ao ProRoot MTA. Foram
utilizados 30 ratos da linhagem Wistar com peso aproximado de 200 gramas,
divididos em três grupos de 10 animais. Os períodos experimentais foram de 7,
15 e 30 dias. Cada animal recebeu quatro tubos de polietileno estéreis de
10mm de comprimento por 1,3mm de diâmetro interno, preenchidos com os
cimentos experimentais: ProRoot MTA, cimento Portland, cimento Portland
acrescido com 20% de óxido de bismuto e cimento Portland acrescido com
30% de óxido de bismuto. Os tubos foram implantados no tecido subcutâneo
do dorso dos ratos. Os resultados mostraram que não houve diferença
estatisticamente significativa entre os materiais testados, em todos os períodos
experimentais. O grau de inflamação geral diminuiu significativamente no
decorrer dos tempos experimentais em todos os materiais avaliados.
A avaliação pulpar em dentes de cães frente ao MTA e cimento
Portland foi realizada por MENEZES et al.
106
em 2004. Foram utilizados 76
dentes de quatro cães da raça Mongrel. Depois de anestesiados os animais,
foram realizadas as aberturas coronárias e remoção da polpa coronária.
Procederam a realização da proteção pulpar com MTA-Ângelus, MTA ProRoot,
cimento Portland cinza (Votoran) e cimento Portland branco (Irajazinho).
Empregou-se um total de 19 dentes para cada material. As cavidades foram
2 Revisão da literatura .
73
restauradas com Coltosol e amálgama. Decorrido o período experimental de
120 dias, os animais foram mortos e secções da mandíbula foram retiradas e
preparadas para avaliação microscópica. Os resultados observados para os
quatro materiais foram semelhantes com a formação de tecido mineralizado no
terço coronário da raiz. O tecido pulpar se apresentou normal e livre de células
inflamatórias; não houve presença de necrose. Segundo os autores, ambos os
cimentos apresentaram efeitos biológicos idênticos, pelo qual, o cimento
Portland aparece como uma alternativa ao MTA, já que o custo do MTA é
demasiado alto.
BORTOLUZZI
18
, em 2005, avaliou a biocompatibilidade do MTA e
cimento Portland. Utilizou 36 ratos machos da linhagem Wistar, que receberam
implantes de tubos de polietileno preenchidos com os cimentos: ProRoot MTA
branco, MTA-Ângelus branco com óxido de bismuto, MTA-Ângelus branco com
sulfato de bário e cimento Portland branco (Irajazinho). Cada animal recebeu
quatro tubos na região dorsal, com os quatro cimentos experimentais e que
continham numas das extremidades guta-percha, que serviu como controle.
Após períodos de 15, 30 e 60 dias os animais foram mortos e as amostras
preparadas para análise microscópica. Os resultados mostraram que todos os
materiais testados apresentaram comportamento biológico semelhante. A
resposta do tecido subcutâneo foi de uma inflamação crônica, que no princípio
era mais intensa e com o passar do tempo tornou-se mais discreta, sinalizando
a biocompatibilidade dos materiais.
CAMILLERI et al.
27
, em 2005, analisaram a constituição do MTA e
do cimento Portland. Ambos os cimentos foram preparados formando uma
pasta homogênea e foram compactados em moldes metálicos de 5mm de
diâmetro. Esperaram que os cimentos tomassem presa mantendo-os em
umidade de 100%. Depois de seis horas, os espécimes foram removidos dos
moldes, colocados em placas de cultura de células e mantidos por três dias
numa temperatura de 37ºC. Após três dias, as amostras que serviram como
controle foram mantidas em 100% de umidade a 37ºC. Outras amostras foram
imersas em água por quatro horas, seguido por secagem de 12 horas. As
últimas amostras foram imersas em solução de fosfato por quatro horas.
2 Revisão da literatura .
74
Posteriormente, os espécimes foram observados por microscopia eletrônica de
varredura (SEM) para realizar a análise da superfície. A análise de energia
dispersiva por raios-X (EDAX) foi utilizada para a análise química. Os
resultados mostraram que ambos os materiais apresentaram uma superfície
lisa quando foram imersos em água. A presença de cristais na superfície dos
materiais foi somente vista quando os materiais foram imersos na solução de
fosfato. A análise química mostrou a presença de fósforo em ambos os
materiais depois de terem sido colocados na solução de fosfato. O MTA e o
cimento Portland mostraram uma constituição similar, exceto pela presença de
bismuto no MTA.
DUARTE et al.
40
, em 2005, determinaram a liberação de arsênio do
MTA e o cimento Portland. Os materiais testados foram o cimento Portland
cinza Votoran, cimento Portland cinza Ribeirão, cimento Portland branco Irajá,
ProRoot MTA e MTA-Ângelus. Os cimentos avaliados foram inseridos em tubos
plásticos de 10mm de comprimento por 1,5mm de diâmetro. Os tubos contendo
os cimentos foram colocados em frascos contendo 25mL de água. O pH da
água foi previamente ajustado a 5.0. A água foi gasificada para garantir que o
arsênio fosse liberado em forma de arsênio III. Os tubos foram mantidos na
solução por um período de três horas, posteriormente foram transferidos para
outros frascos que continham a mesma solução por 168 horas mais.
Posteriormente, as soluções foram analisadas quantitativamente com
espectrofotômetro de absorção atômica. Os resultados mostraram níveis
baixos de liberação de arsênio nos materiais depois de três e 168 horas. Os
níveis mais altos foram apresentados pelo cimento Portland Votoran, mas não
houve diferença estatisticamente significante entre todos os materiais. Todos
os níveis apresentados pelos cimentos estão abaixo dos níveis de toxicidade.
Os autores concluíram que as concentrações de arsênio nos cimentos Portland
e nos MTA é baixa e similar, demonstrando a não contra-indicação para o uso
destes materiais na prática clínica em relação a este químico.
RIBEIRO et al.
129
, em 2005, avaliaram in vitro os efeitos genotóxicos
do MTA e cimento Portland. Foi utilizada a célula do linfoma de rato L5178Y.
Os materiais avaliados foram o MTA-Ângelus, cimento Portland cinza Votoran e
2 Revisão da literatura .
75
cimento Portland branco Votoran, sendo avaliados os efeitos genotóxicos e
citotóxicos destes cimentos. Os resultados mostraram que os cimentos
avaliados não demonstraram alteração no DNA das células e também se
observou que nenhum dos componentes do MTA e dos cimentos Portland
foram citotóxicos. Com estes resultados, os autores concluíram que se
respalda a utilização do MTA e os cimentos Portland na prática dental.
DAMMASCHKE et al.
34
, em 2005, compararam as propriedades
químicas e físicas do MTA ProRoot branco e dois cimentos Portland. A
composição foi avaliada pela análise de espectroscopia fotoeletrônica de raios-
X (XPS) e pela análise de energia dispersiva de raios-X (EDAX). A composição
química da superfície dos cimentos foi avaliada pela microscopia eletrônica de
varredura (MEV). Os resultados mostraram que o ProRoot apresentou a
metade de sulfato de cálcio que contém os cimentos Portland, fato que
prolonga o tempo de trabalho no cimento Portland. No ProRoot branco
observaram também menores quantidades de ferro e magnésio, o que contribui
na cor branca do ProRoot branco e que são os responsáveis da cor cinza dos
cimentos Portland, já que foram detectados neles. Os autores concluíram que o
ProRoot e o cimento Portland são obviamente similares, mas que o MTA não
pode simplesmente ser substituído pelo cimento Portland como foi sugerido por
outros autores.
SIPERT et al.
143
, em 2005, determinaram, in vitro, a atividade
antimicrobiana do MTA e do cimento Portland. Foram empregados os cimentos
MTA-Ângelus, cimento Portland, Sealapex, EndoRez e Fill Canal. A atividade
antimicrobiana destes materiais foi avaliada utilizando o método de difusão em
ágar Muller-Hinton (MH). Foi realizada uma camada com ágar MH e cinco
cavidades foram realizadas em pontos eqüidistantes. Imediatamente após a
manipulação dos cimentos, eles foram colocados nessas cavidades.
Posteriormente, cultivaram nestas placas os microorganismos: Enterococcus
faecalis, Escherichia coli, Micrococuus luteus, Staphylococcus aureus,
Staphylococcus epidermidis, Pseudomonas aeruginosa e Cândida albicans. As
placas foram mantidas durante 2 horas em temperatura ambiente e
posteriormente incubadas a 37ºC durante 24 horas. Finalmente, as zonas de
2 Revisão da literatura .
76
inibição foram mensuradas. Os resultados mostraram que o Fill Canal e o
Sealapex mostraram evidência de inibição no crescimento de todos os
microorganismos. O MTA e o cimento Portland não conseguiram inibir o
crescimento do E. coli. O EndoRez não demonstrou atividade antimicrobiana.
CHNG et al.
31
, em 2005, dentro da avaliação de várias propriedades
dos cimentos á base de MTA, estudaram o tempo de presa do MTA ProRoot
cinza, MTA ProRoot branco e um cimento experimental à base de cimento
Portland. Os autores avaliaram os tempos de presa inicial e final. Para isto
empregaram agulhas de Gillmore. Os resultados mostraram que os menores
valores de tempo de presa inicial foi no cimento experimental com 40 minutos,
seguido pelo MTA ProRoot branco com 45 minutos e finalmente o MTA
ProRoot cinza com 70 minutos. O tempo de presa final foi de 140 minutos para
o cimento experimental e o MTA ProRoot branco; já o MTA ProRoot cinza
apresentou um tempo de 175 minutos.
DE DEUS et al.
36
, em 2005, avaliaram, in vitro, a citotoxicidade do
ProRoot MTA, MTA-Ângelus e o cimento Portland, por meio da viabilidade
metabólica de cultura de células endoteliais (ECV 304). As células endoteliais
foram incubadas a 37ºC num ambiente de 95% de ar e 5% de dióxido de
carbono e 100% de umidade durante sete dias. Os materiais foram
manipulados e adaptados em cilindros padronizados de 4x3mm e colocados
nas culturas de células por períodos de 24, 48 e 72 horas. O grupo controle
não foi exposto aos cimentos. Os resultados mostraram que após 24 horas,
todos os cimentos apresentaram-se mais citotóxicos que o grupo controle e
não houve diferença estatisticamente significante entre os três cimentos
testados. Após 48 e 72 horas, todos os materiais exibiram um efeito inibitório
leve na viabilidade celular; não houve diferença significativa entre os três
materiais em teste. Os autores concluíram que as duas amostras de MTA e o
cimento Portland inicialmente mostraram um elevado efeito de citotoxicidade,
mas ele foi gradativamente decrescendo com o decorrer do tempo, e que a
reação celular foi a mesma nos três cimentos para os três períodos
experimentais.
2 Revisão da literatura .
77
CAMILLERI et al.
26
, em 2005, avaliaram a constituição química e
biocompatibilidade do MTA e do cimento Portland. Os cimentos empregados
foram o MTA cinza e branco, o cimento Portland cinza e branco e um cimento
Portland experimental de presa rápida (sem gesso). Para a análise da
constituição química empregaram a análise de energia dispersiva por raios-X
(EDAX), onde os espécimes foram vistos pela microscopia eletrônica de
varredura (SEM). A biocompatibilidade desses cimentos foi avaliada quanto à
proliferação celular, tanto em contato direto quanto em contato indireto com os
materiais. Os resultados mostraram que a constituição química de todos os
materiais foi similar, já que todos os cimentos estão compostos principalmente
por cálcio, silício e alumínio. Os materiais brancos se diferençaram dos
materiais cinzas, pela ausência de ferro nos brancos. Os MTAs se
diferençaram dos cimentos Portland pela presença de bismuto nos MTAs. A
atividade celular mostrou que no teste de contato indireto dos materiais houve
um incremento na atividade celular após as 24 horas. Já na avaliação por
contato direto, os cimentos apresentaram uma diminuição da viabilidade
celular. Os autores concluíram que o tempo de presa do cimento Portland foi
reduzido pela exclusão do gesso. A diferença entre os MTAs e os cimentos
Portland foi dada pelo óxido de bismuto, coisa que não interfere na
biocompatibilidade. O hidróxido de cálcio produzido durante a hidratação dos
cimentos, induziu a proliferação celular.
RIBEIRO et al.
130
, em 2006, avaliaram a genotoxicidade do MTA e
do cimento Portland, in vivo. Os materiais utilizados foram o MTA-Ângelus, o
cimento Portland cinza Votoran e o cimento Portland branco Votoran, onde os
cimentos foram expostos às células de ovário de hamsters e, utilizaram um
sistema de análise automatizado para determinar o dano do DNA. Os
resultados mostraram que todos os cimentos testados não mostraram efeitos
genotóxicos. Os autores concluíram que estes resultados podem ser
argumentos adicionais para respaldar o uso do MTA e cimento Portland na
pratica dental.
ISLAM; CHNG; YAP
81
, em 2006, avaliaram o tempo de presa do
MTA e cimento Portland. Os materiais empregados foram o MTA ProRoot
2 Revisão da literatura .
78
cinza, MTA ProRoot branco, cimento Portland cinza e cimento Portland branco.
Para avaliar e comparar os tempos de presa iniciais e finais, os autores
utilizaram a metodologia com as agulhas de Gillmore. Os resultados mostraram
que na presa inicial, os dois cimentos brancos obtiveram o menor tempo (40
minutos) e os dois cimentos cinzas obtiveram o maior tempo (70 minutos). O
tempo de presa final menor foi dado pelo cimento Portland branco que foi 135
minutos, seguido pelo MTA ProRoot branco com 140 minutos. O cimento
Portland cinza demorou 170 minutos para obter sua presa final, e o cimento
com maior tempo de presa foi o MTA ProRoot cinza com 175 minutos.
VASCONCELOS
169
, em 2006, avaliou o tempo de presa de cimentos
à base de MTA. Foram estudados o ProRoot MTA cinza, o MTA-Ângelus cinza,
o MTA-Ângelus branco, o CPM, um MTA experimental e o MBPc (cimento
resinoso). A avaliação foi realizada num ambiente com temperatura de 37ºC e
umidade controlada de 95%. Os materiais foram manipulados e inseridos em
anéis metálicos de 10mm de diâmetro e 2mm de espessura, posteriormente
empregou a técnica das agulhas de Guillmore. Os resultados mostraram que o
tempo de presa inicial foi maior para o MBPc com 121m, seguido pelo MTA
experimental com 28m, o CPM com 22m, o ProRoot com 15m, o MTA-Ângelus
cinza com 8m e o MTA-Ângelus branco com 5m. O tempo de presa final para o
MBPc foi de 224m, o ProRoot 130m, o MTA experimental 76m, o CPM 61m, o
MTA-Ângelus cinza com 32m e o MTA-Ângelus branco com 20m.
BRAZ et al.
21
, em 2006, avaliaram a genotoxicidade do MTA e
cimento Portland em linfócitos. Empregaram 10 doadores de sangue saudáveis
entre 25 e 27 anos de idade, nenhum dos pacientes apresentava história de
fumantes ou câncer. Coletaram dois mL de sangue da veia dos pacientes,
realizando o isolamento dos linfócitos. Os materiais empregados foram MTA-
Ângelus, cimento Portland cinza Votoran e cimento Portland branco Votoran.
Todos os materiais foram preparados com solução salina. Como controle
negativo empregaram a solução salina e como controle positivo, os linfócitos
foram expostos no peróxido de hidrogênio durante cinco minutos. Os
resultados mostraram que a exposição dos linfócitos ao MTA não produziu
efeito genotóxico nas células, da mesma forma não foi encontrado alteração no
2 Revisão da literatura .
79
DNA dos linfócitos testados com cimentos Portland. Nenhum dos cimentos
testados produziu mortalidade celular. Esta avaliação determinou um
incremento significante no grupo de controle positivo (dióxido de carbono)
quando foi comparado com o controle negativo que obteve níveis altos de
viabilidade celular. Os autores concluíram segundo estes resultados, que o
MTA e o cimento Portland não induzem lesões de DNA em linfócitos humanos.
MORAIS et al.
114
, em 2006, compararam a biocompatibilidade do
MTA e do cimento Portland acrescido com 20% de iodofórmio. Foram
empregados 18 ratos albinos Wistar com peso entre 200 e 250 gramas, os
quais foram divididos em três grupos de seis animais cada um. Empregaram
tubos de polietileno de 7mm de comprimento por 1,3mm de diâmetro
preenchidos com os cimentos e implantados no tecido subcutâneo do dorso
dos animais. Utilizaram como controle tubos de polietileno vazios. Os períodos
experimentais foram de 7, 30 e 60 dias. Os resultados mostraram que no
período de sete dias, o cimento Portland apresentou menor inflamação que os
demais grupos, o que, segundo o autor, pode ser devido ao acréscimo de
iodofórmio no cimento, o qual foi acrescido para dar radiopacidade ao material.
Após o período de 30 dias, o grupo do MTA apresentou áreas hialinas e tecido
basofílico sugerindo calcificação distrófica. Finalmente, no período de 60 dias,
o grupo de controle apresentou um tecido fibroso denso rico em fibras de
colágeno, este tecido apresentou-se também ao redor do MTA, mas, também
observaram uma reação inflamatória o qual pode ser devido à extrusão do
material. O cimento Portland com iodofórmio apresentou resultados similares
ao MTA, só que a cápsula fibrosa estava mais organizada. Os autores
concluíram que não houve diferença significante nas respostas inflamatórias
entre os cimentos em nenhum dos períodos.
MIYAGAK et al.
110
, em 2006, avaliaram a capacidade antimicrobiana
do N-Rickert, Sealapex, AH Plus, MTA e cimento Portland. O método realizado
foi a difusão em ágar em placas inoculadas por microorganismos: Cândida
Albicans, Enterococcus faecalis, Escherichia coli e Staphylococcus aureus.
Após preparar as placas com ágar BHI, foram realizadas cinco cavidades de
4mm e os microorganismos foram dispersados nas placas. Os cimentos
2 Revisão da literatura .
80
experimentais foram manipulados e colocados nas cavidades que tinham sido
realizadas nas placas. Após os materiais tomarem presa, as placas foram
incubadas a 37ºC durante 24 horas. Posteriormente, as zonas de inibição
foram mensuradas. Os resultados mostraram que a maior resistência na
atividade antimicrobiana foi dada pelo E. faecalis, já que foi resistente contra
todos os cimentos. Não foi observada atividade antimicrobiana no MTA nem no
cimento Portland; ambos os cimentos apresentaram os mesmos resultados. Os
cimentos N-Rickert e o AH Plus obtiveram melhores resultados.
JUAREZ BROON et al.
84
, em 2006, avaliaram a resposta dos tecidos
perirradiculares de dentes de cães ao MTA e cimento Portland. Foram
empregados 15 pré-molares superiores e inferiores de quatro cães de 18 a 24
meses de idade. Os dentes foram distribuídos em três grupos, um para cada
cimento experimental (ProRoot MTA, MTA-Ângelus e cimento Portland branco).
Após anestesia e isolamento absoluto, realizaram a abertura coronária,
instrumentação e obturação dos canais radiculares. Após a limpeza da câmara
pulpar, realizaram perfurações no terço cervical da raiz mesial de todos os
dentes e o selamento das perfurações com os cimentos testados. Decorridos
os 90 dias os animais foram mortos e os espécimes preparados para análise
microscópica. Os resultados mostraram que todos os dentes apresentaram
neoformação de cemento completa ou incompleta; observaram também uma
reação inflamatória de leve a moderada. No grupo do MTA, observaram três
dos cinco dentes sem infiltrado inflamatório e dois com resposta inflamatória;
três dentes mostraram uma neoformação de cemento completa e em dois
dentes foi incompleta. No grupo do MTA-Ângelus, observaram quatro dos cinco
dentes com inflamação leve a moderada e o outro sem inflamação; dois dentes
apresentaram neoformação do cemento completa e dois apresentaram
neoformação incompleta. No grupo do cimento Portland branco, dois dentes
mostraram inflamação de leve a moderada e dois dentes apresentaram-se sem
inflamação; a neoformação completa de cemento foi vista em dois dentes, nos
outros dois foi incompleta. Em geral os dentes tratados com MTA-Ângelus e
cimento Portland branco apresentaram maiores amostras com inflamação,
mas, não foi estatisticamente significante. Os autores concluíram que os três
materiais estimularam a formação de cemento nas perfurações radiculares e
2 Revisão da literatura .
81
que os casos de inflamação apresentaram acompanhados de extrusão do
material aos tecidos periodontais.
RIBEIRO et al.
128
, em 2006, avaliaram e compararam o efeito
antimicrobiano entre o MTA e o cimento Portland. Os materiais testados foram
o ProRoot MTA, MTA-Ângelus, hidróxido de cálcio e o cimento Portland
Votoran. A atividade antimicrobiana desses materiais foi avaliada pelo método
de difusão ágar contra os microorganismos: Enterococcus faecalis,
Pseudomonas aeruginosa, Bacteróides fragilis e Escherichia coli. Placas
contendo ágar Muller-Hinton suplementadas com sangue de carneiro, hemina e
menadiona foram inoculadas com as suspensões bacterianas. Foram
realizadas cavidades nas placas, as quais foram preenchidas com os materiais.
Posteriormente, se realizou a incubação a 37ºC por 48 horas numa atmosfera
de anaeróbios, exceto P. aeruginosa. O diâmetro de inibição foi medido com
auxílio de uma régua de precisão. Os resultados mostraram que todos os
materiais foram capazes de inibir o crescimento da P. aeruginosa. Os cimentos
á base de MTA e o cimento Portland, não foram capazes de inibir a E. coli, E.
faecalis nem B. fragilis. O hidróxido de cálcio foi o único material que conseguiu
inibir a B. fragilis, além da P. aeruginosa. Com estes resultados, os autores
concluíram que os MTAs e o cimento Portland mostraram atividades
antimicrobianas iguais, e que a pasta de hidróxido de cálcio mostrou maior
atividade antimicrobiana que os outros cimentos.
TANOMARU FILHO et al.
151
, em 2007, avaliaram a atividade
antimicrobiana do MTA e cimento Portland. Os materiais testados foram o
Sealer 26, Sealapex com óxido de zinco, ZOE, cimento Portland cinza, cimento
Portland branco, MTA-Ângelus cinza, MTA-Ângelus branco e ProRoot MTA.
Empregaram o método de difusão em ágar. A base da placa foi realizada
utilizando ágar Muller-Hinton, onde foram realizadas cavidades. Os materiais
foram manipulados e imediatamente inseridos nessas cavidades. Os
microorganismos empregados neste estudo foram: Micrococcus luteus,
Staphylococcus aureus, Escherichia Coli, Pseudomonas aeruginosa, Cândida
albicans e Enterococcus faecalis. As placas foram mantidas em temperatura
ambiente por duas horas, posteriormente foram incubadas a 37ºC durante 24
2 Revisão da literatura .
82
horas. Posteriormente, as zonas de inibição foram mensuradas. Os resultados
mostraram que todos os microorganismos utilizados neste estudo foram
inibidos pelos materiais avaliados. A análise estatística demonstrou que o
Sealapex, o ZOE e o Sealer 26 apresentaram halos de inibição maiores em
relação aos cimentos á base de MTA e cimentos Portland.
MIN et al.
108
, em 2007, investigaram a citotoxicidade do cimento
Portland em culturas de células da polpa humana. O tecido pulpar foi obtido de
dentes seccionados, onde a polpa foi removida assepticamente e colocada em
solução salina. O tecido pulpar foi moído em pequenos fragmentos. As culturas
de células foram mantidas a 37ºC numa umidade atmosférica de 5% de dióxido
de carbono e 95% de ar. Quatro materiais foram avaliados: cimento Portland,
Ionômero de vidro, IRM e Dycal. Os materiais foram manipulados, esperaram a
que tomassem presa e foram expostos a luz ultravioleta. Posteriormente foram
colocados nas culturas e incubados por períodos de 12, 24, 48 e 72 horas. Os
resultados mostraram que todos os cimentos com exceção do cimento Portland
apresentaram uma diminuição na viabilidade celular com 12 horas. O cimento
Portland mostrou maior viabilidade celular que os outros materiais em todos os
períodos. Em comparação com os outros grupos o cimento Portland não
mostrou citotoxicidade. Os autores também realizaram a análise de
microscopia eletrônica de varredura (SEM). Nesta análise, os materiais foram
condensados em anéis acrílicos de 2 por 20mm. Esperaram que os cimentos
tomassem presa numa incubadora a 37ºC durante 24 horas e posteriormente
foram colocados em placas de cultura. Células da polpa humana foram
colocadas nas placas de cultura e apos um período de encubação de 24 horas
as placas foram fixadas com 2,5% de glutaraldeído durante 2 horas.
Posteriormente, realizaram a avaliação por SEM. Os resultados mostraram que
nos grupos do Ionômero de vidro, IRM e Dycal, foram observadas células
redondas sobre os materiais, mas, não foram observadas células com vida. Em
contraste, no grupo do cimento Portland observaram células aplanadas, juntas
e espalhadas através do material com numerosas extensões citoplasmáticas.
Os autores concluíram que os resultados sugerem que o cimento Portland é
biocompatível em cultura de células pulpares humanas e tem potencial para ser
empregado em capeamentos pulpares.
2 Revisão da literatura .
83
2.4 Sobre o Endo-CPM-Sealer
BORTOLINI et al.
17
, em 2005, avaliaram a capacidade de selamento
marginal de obturações endodônticos na presença de Enterococcus faecalis.
Avaliaram-se os cimentos: AH Plus, Endo-CPM-Sealer, EndoRez e N-Rickert.
Utilizaram 44 caninos humanos extraídos, os quais foram submetidos à
abertura coronária e preparo químico-mecânico para a posterior obturação com
os cimentos experimentais. Posteriormente as amostras foram
impermeabilizadas e acondicionadas em dispositivos de borracha adaptados
em frascos de acrílico contendo meio de cultura. Foram inoculados na câmara
pulpar 10µl de cultura de E. faecalis. Os dentes foram incubados em estufa a
37ºC, sendo o meio de cultura da câmara pulpar substituído a cada 72 horas
por um período de 30 dias. Os cimentos Endo-CPM-Sealer e N-Rickert
apresentaram contaminação em 10% das amostras, enquanto nos outros
cimentos não foi observado crescimento. Os autores concluíram que o melhor
desempenho de selamento ocorreu nos dentes obturados com AH Plus e
EndoRez.
FERREIRA et al.
52
, em 2005, avaliaram a composição química do
MTA-Ângelus, CPM e Endo-CPM-Sealer. Amostras de 1gr de cada material
foram analisadas por Espectrometria de Fluorescência de Raios-X e por
Difratometria de Raios-X. A análise experimental demonstrou os mesmos
elementos em predominância para todas as amostras: óxido de bismuto, óxido
de alumínio, óxido de silício, exceto o Endo-CPM-Sealer que contém também
quantidade significativa de sulfato de bário. Com os resultados obtidos, os
autores, concluíram que em todas as amostras estudadas não são esclarecidos
importantes compostos da formulação.
SILVEIRA; LAGE-MARQUES
141
, em 2006, compararam a capacidade de
selamento marginal apical do Endo-CPM-Sealer com a de outros cimentos.
Empregaram 40 dentes humanos extraídos, nos quais após realizar o preparo
químico-mecânico, foi realizada a obturação dos canais com a técnica
McSpadden conjuntamente com os seguintes cimentos: Sealer 26, Endo-CPM-
Sealer, N-Rickert e Ionômero de vidro. Para cada cimento empregaram 10
2 Revisão da literatura .
84
dentes. Posteriormente os dentes foram impermeabilizados e as raízes foram
imersas em Rodamina B a 1% por 24 horas. Os cortes foram digitalizados para
estudo no programa de leitura ImageLab, onde se obteve a porcentagem de
infiltração. Os resultados mostraram que o Endo-CPM-Sealer apresentou o
maior índice de infiltração estatisticamente significante, seguido pelo ionômero
de vidro. Os autores concluíram que o selamento marginal apical dos novos
cimentos foi inferior aos cimentos tradicionais.
3 PROPOSIÇÃO
3 Proposição .
86
3 Proposição .
87
3 PROPOSIÇÃO
O objetivo deste trabalho foi:
3.1 Avaliar a resposta do tecido subcutâneo de ratos à implantação de tubos de
polietileno preenchidos com os seguintes materiais:
Endo-CPM-Sealer,
Clínquer do cimento Portland cinza puro,
Clínquer do cimento Portland cinza acrescido com 2% de sulfato de cálcio,
Clínquer do cimento Portland cinza acrescido com 5% de sulfato de cálcio.
3.2 Avaliar o tempo de presa de todos os materiais.
3 Proposição .
88
4 MATERIAL E MÉTODOS
4 Material e Métodos .
90
4 Material e Métodos .
91
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 MATERIAL
4.1.1 ANIMAIS
Utilizamos para este estudo 24 ratos machos da linhagem Wistar
(Rattus Norvegicus), adultos jovens, com peso entre 240 e 280 gramas,
provenientes do biotério da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP. Os
animais foram mantidos no mesmo biotério em gaiolas plásticas coletivas
devidamente identificadas num recinto arejado, com temperatura controlada e
luz artificial. Os animais foram alimentados com ração comercial balanceada e
água ad libitum. Previamente ao início do presente estudo, o projeto de
pesquisa foi submetido à avaliação da Comissão de Ética no Ensino e
Pesquisa em Animais (CEEPA – Protocolo nº 02/2006), o qual foi aprovado na
data de 03 de abril de 2006 (Anexo A).
4.1.2 CIMENTOS
Foram utilizados neste experimento quatro materiais com as
seguintes fórmulas e dosagens:
A. Endo-CPM-Sealer
a
(Figura 1)
Apresentação:
- 1 frasco de pó com 15g.
- 1 frasco de líquido com 10mL.
Composição química:
- 50% de Agregado de trióxido mineral (SiO
2
; K
2
O; Al
2
O
3
; SO
3
; CaO; Bi
2
O
3
)
- 7% de Bióxido de Silício
a
Lab. Egeo SRL – Buenos Aires, Argentina.
4 Material e Métodos .
92
- 10% de Carbonato de Cálcio
- 10% de Trióxido de Bismuto
- 10% de Sulfato de Bário
- 1% de Alginato de Propilenoglicol
- 1% de Propilenoglicol
- 1% de Citrato de Sódio
- 10% de Cloreto de Cálcio
Proporção:
A proporção utilizada no experimento foi a recomendada pelo
fabricante, cinco partes de pó para uma de líquido. Manipulou-se o material por
um período de 40 segundos até conseguir um cimento homogêneo e plástico,
formando um fio de 2cm entre a placa de vidro e a espátula. Segundo o
fabricante o tempo de trabalho aproximado é de 30 minutos numa temperatura
ambiente de 25ºC.
B. Clínquer do cimento Portland cinza
b
(Figura 2)
O clínquer do cimento Portland cinza utilizado neste estudo foi obtido
diretamente da fábrica de cimento.
O clínquer do cimento Portland cinza que se apresentava em forma
de pequenas esferas (Figura 3), foi moído com auxílio de um gral e pistilo.
Após a primeira trituração, o clínquer foi peneirado com o auxílio de uma
peneira
c
com malha de 0,125mm. O pó obtido do clínquer foi moído mais duas
vezes e novamente peneirado com peneiras de 0,074mm e de 0,062mm,
obtendo assim, partículas de pó finas (Figura 4).
b
Fabrica de cimento Fancesa – Sucre, Chuquisaca, Bolivia.
c
Bronzinox – São Paulo, SP, Brasil.
4 Material e Métodos .
93
Proporção:
A proporção utilizada no experimento foi a recomendada para o uso
do MTA, ou seja, uma parte de pó para uma parte de água destilada. O
material se manipulou até conseguir uma consistência pastosa.
C. Clínquer do cimento Portland acrescido com 2% de sulfato de
cálcio (Figura 5)
Numa porção do pó obtido da pulverização do clínquer foi acrescido
o sulfato de cálcio diidratado numa quantidade de 2% do peso total do clínquer
obtido, com o objetivo de retardar seu tempo de presa.
Composição:
- 98% do clínquer do cimento Portland
- 2% de sulfato de cálcio dihidratado
d
Proporção:
Da mesma forma que o clínquer puro, a proporção utilizada no
experimento foi de uma parte de pó para uma parte de água. O material foi
manipulado até conseguir uma consistência pastosa.
D. Clínquer do cimento Portland acrescido com 5% de sulfato de
cálcio (Figura 6)
Igual ao cimento anterior, o sulfato de cálcio diidratado foi acrescido
ao clínquer puro, numa quantidade de 5% do peso total obtido, com o objetivo
de retardar mais ainda o tempo de presa.
d
Carlo Erba Reagenti - Itália.
4 Material e Métodos .
94
Composição:
- 95% do clínquer do cimento Portland
- 5% de sulfato de cálcio dihidratado
Proporção:
A proporção utilizada foi a mesma utilizada nos dois últimos
cimentos, até conseguir uma consistência pastosa.
4.1.3 TUBOS DE POLIETILENO
Foram utilizados 96 tubos de polietileno
e
com 1,5mm de diâmetro
interno, 2,0mm de diâmetro externo e 10,0mm de comprimento, fechados numa
das extremidades por guta-percha
f
(Figura 7) que serviu como controle.
Previamente ao procedimento cirúrgico, os tubos foram desinfetados numa
solução de glutaraldeído a 2,2%
g
, onde foram mantidos por um período de 12
horas, posteriormente foram lavados e secos.
e
Embramed Ind. Com. Ltda. – São Paulo, SP, Brasil.
f
Dentsply – Petrópolis, RJ, Brasil.
g
Cidex – Johnson & Johnson, Produtos Profissionais Ltda. – São José dos Campos, SP, Brasil.
4 Material e Métodos .
95
4 Material e Métodos .
96
4 Material e Métodos .
97
4.1.4 GRUPOS EXPERIMENTAIS
Os ratos foram divididos em três grupos de oito animais, um para
cada período experimental, que foram de 15, 30 e 60 dias (Tabela 1). Cada
animal recebeu quatro implantes no tecido subcutâneo da região dorsal, cada
implante continha um cimento diferente, ou seja, cada rato recebeu os quatros
cimentos. Como controle foi utilizado o lado da guta-percha.
Tabela 1 – Distribuição dos implantes em relação aos materiais e períodos
empregados no experimento.
4.2 METODOS
4.2.1 DA IMPLANTAÇÃO SUBCUTÂNEA
4.2.1.1 IMPLANTAÇÃO DOS TUBOS
Foi realizada a anestesia, seguindo a tabela peso/dosagem
estabelecida pelo biotério da FOB - USP. Primeiramente foi realizada uma pré-
anestesia com Cloridrato de Ketamina
h
(anestésico), na dosagem de 25mg/Kg
por via intramuscular na face posterior da coxa. Após cinco minutos de latência,
a anestesia foi complementada com a associação de Cloridrato de Ketamina
com Cloridrato de Xilazina
h
(relaxante muscular) na dosagem de 25 mg/Kg
para 10 mg/Kg por via intramuscular.
h
Agribrands do Brasil Ltda. – Paulínia, SP, Brasil.
4 Material e Métodos .
98
Posteriormente, foi realizada a tricotomia na região dorsal dos
animais e anti-sepsia desta região com álcool iodado a 1%
i
. Os cimentos foram
manipulados e introduzidos no interior dos tubos de polietileno com o auxílio de
um calcador endodôntico.
Duas incisões foram realizadas com uma lâmina de bisturi nº 15
j
na
linha média do dorso de cada animal. Posteriormente com o auxílio de uma
tesoura ponta romba foi realizada uma pequena divulsão nos tecidos. Os tubos
de polietileno com cimentos foram colocados na ponta de um Trocarte (Figura
8) o qual foi introduzido no espaço aberto pela tesoura (Figura 9), até atingir
uma profundidade de 20mm (Figura 10). Esta introdução foi feita tomando
cuidado para não perfurar nem dilacerar os tecidos, fazendo-se movimentos
giratórios com uma pressão leve e dirigindo-se em sentido das extremidades
dos animais, colocando-se num total quatro tubos em cada rato (Figura 11).
Em seguida procedeu-se a sutura das bordas da incisão com fio de
seda 4-0
k
. Os animais foram acompanhados até que se recuperassem da
anestesia, sendo observados diariamente para a verificação do
comportamento, com a finalidade de evitar ocorrências que pudessem
comprometer o experimento. A marcação dos ratos foi realizada mediante furos
nas orelhas. Após cinco dias da cirurgia, as suturas foram removidas. Os
animais foram mantidos em gaiolas coletivas até completarem os períodos
experimentais.
i
Cinord Sul Indústria e comércio Ltda. – Ribeirão Preto, SP, Brasil.
j
Free-Bac, Wuxi Xinda Medical Device Co. Ltda. – Xishan City, China.
k
Ethicon – Johnson & Johnson, Produtos Profissionais Ltda. – São José dos Campos, SP,
Brasil.
4 Material e Métodos .
99
4 Material e Métodos .
100
4 Material e Métodos .
101
4.2.1.2 MORTE DOS ANIMAIS E REMOÇÃO DOS TECIDOS
Decorridos os períodos experimentais, os animais foram mortos com
uma dose excessiva de anestésico injetado no coração. Posteriormente,
localizaram-se os implantes por meio da palpação (Figura 12) e realizou-se
nova tricotomia nessas regiões. Os implantes e seu tecido adjacente foram
dissecados (Figura 13). Essas peças foram distendidas em papel cartão e em
seguida foram fixadas numa solução de formol a 10% em frascos individuais
com a sua respectiva identificação.
4.2.1.3 PROCESSAMENTO LABORATORIAL
Os implantes foram mantidos no formol por um período de sete dias.
Posteriormente, foram realizadas lavagens das amostras em água durante 24
horas; em seguida, eliminou-se o tecido adjacente em excesso, deixando a
amostra com um formato retangular e tecido suficiente para a realização da
avaliação microscópica (Figura 14). Na extremidade que serviu como controle
foi realizado um corte, com o objetivo de identificar ambos os materiais. Em
seguida procedeu-se a remoção dos tubos. Primeiramente, se incisou
longitudinalmente num dos lados do tubo com auxílio de uma lâmina de bisturi
nº 15 sem atingir as extremidades dos tubos (Figura 15), criando um espaço
por onde se introduziu cuidadosamente uma sonda interproximal nº1 para
desprender a cápsula fibrosa e remover o tubo de polietileno sem dilacerar a
cápsula fibrosa (Figura 16). Finalmente as peças foram colocadas em álcool
70% durante um período de 24 horas.
Decorridas as 24 horas em álcool 70%, foi realizada a desidratação
das amostras, onde as peças foram imersas em três banhos de álcool etílico
absoluto. Posteriormente, realizou-se a diafanização com três banhos de xilol e
as amostras foram impregnadas em Histosec
l
(parafina + resina sintética). Em
seguida as peças foram incluídas em Histosec, tomando cuidado de eliminar as
bolhas de ar que poderiam ter se formado no interior do espaço que era
l
Merck KGaA, Alemanha.
4 Material e Métodos .
102
ocupado pelo tubo. A amostra foi colocada numa orientação fixa, para
identificar as extremidades.
Após a inclusão das amostras, foram realizados cortes
microscópicos semi-seriados de 5µm de espessura num micrótomo Leica
m
;
estes cortes se realizaram no sentido longitudinal do tubo com o objetivo de
poder coletar numa mesma lâmina a extremidade que serviu como controle e a
extremidade do cimento experimental.
Os cortes foram corados pela técnica da Hematoxilina e Eosina
(H.E.) e procedeu-se à avaliação microscópica da resposta tecidual.
m
Leica – Jung RM2045 – Leica Instruments Gmbh D-6907 – Alemanha.
4 Material e Métodos .
103
4 Material e Métodos .
104
4 Material e Métodos .
105
4.2.1.4 ANÁLISE MICROSCÓPICA
4.2.1.4.1 Avaliação Histológica
A avaliação das respostas do tecido conjuntivo subcutâneo em
contato com os cimentos testados foi realizada de forma descritiva; também foi
realizada a avaliação morfométrica (da densidade de volume das fibras,
fibroblastos, células inflamatórias, vasos e outros componentes presentes na
reação produzida pelo cimento), que foi submetida à análise estatística. As
lâminas representativas de cada grupo experimental foram fotomicrografadas
em microscópio Zeiss
n
, utilizando-se filme Kodak Gold - ASA 100.
4.2.1.4.2 Avaliação morfométrica
A. Casualização dos campos microscópicos
Todos os métodos estereológicos são baseados em princípios
geométricos – estatísticos –, derivados da probabilidade em que imagens dos
perfis da estrutura na secção histológica coincidam com um sistema-teste
apropriado. Deste modo, o ponto central nestes métodos está na casualização
das amostras, ou seja, a escolha das amostras do tecido a serem confrontadas
com o sistema-teste, a qual deve ser realizada por meio de um método que
elimine a ocorrência de vício na amostragem. Isto é conseguido pela aplicação
do procedimento de casualização em todos os estágios do experimento, desde
a escolha dos animais, da seleção dos blocos histológicos em cada lâmina e,
principalmente, da seleção dos campos microscópicos a serem utilizados nas
quantificações.
De cada amostra, foram obtidas 5 lâminas, contendo quatro cortes
semi-seriados cada uma, com intervalos de 50µm entre cada lâmina e, de cada
lâmina selecionada, foi escolhido um corte histológico para ser avaliado.
n
Carl Zeiss, Inc., - Alemanha.
4 Material e Métodos .
106
Para a escolha dos cinco campos microscópicos por corte, foi
utilizado um esquema de casualização sistemática (Figura 17) segundo as
indicações de WEIBEL
171
, em 1969. Nesse esquema os campos microscópicos
são escolhidos em intervalos regulares, de maneira que todas as regiões do
corte histológico sejam representadas.
Com a finalidade de verificar a homogeneidade da amostra utilizada
na contagem de pontos sobre as estruturas da amostra (25 campos
microscópicos por animal), obtida através do esquema de casualização
sistemática, aplicamos o teste do qui-quadrado múltiplo (X
2
).
Assim, em uma das amostras do lote total, escolhidos ao acaso,
realizou-se a contagem de pontos em um total de 50 campos microscópicos
casualizados ao invés daqueles 25 campos padronizados.
Os resultados conseguidos nos primeiros 25 campos foram
confrontados com os conseguidos nos 25 campos seguintes por meio do teste
do X
2
múltiplo. Neste tipo de teste, a partir dos resultados das duas séries de
contagens do número dos critérios morfológicos avaliados, é calculado o valor
esperado correspondente.
O X
2
para cada critério morfológico avaliado foi obtido por meio da
relação:
X
2
= (α-β)
2
/β
Onde, α= valor observado na contagem,
β= valor esperado.
Para que a amostra seja homogênea a soma de todos os valores de
X
2
não deve ultrapassar o valor de X
2
crítico. O nível de probabilidade do X
2
crítico foi estabelecido, para todos os casos, em nível de 5% de erro (P<0,05).
Segundo o valor encontrado na tabela de distribuição do qui-quadrado, o valor
de X
2
crítico é 14,067.
Em todos os casos, o X
2
calculado não ultrapassou o X
2
crítico, portanto
os 25 campos microscópicos casualizados foram suficientes para obtenção de
cada um dos parâmetros morfométricos básicos de densidade de volume neste
trabalho.
4 Material e Métodos .
107
Figura 17 - Esquema de casualização dos 5 campos microscópicos por corte histológico
B. Avaliação morfométrica da densidade de volume (Vvi) das fibras,
fibroblastos, células inflamatórias, vasos e outras estruturas.
Esses parâmetros histológicos foram avaliados com uma objetiva de
imersão de 100X e um gratículo de integração II Zeiss
o
colocado em uma
ocular Kpl 8X, composta de cinco linhas paralelas e de 25 pontos numa área
quadrangular (Figura 18). A imagem do gratículo foi superposta,
sucessivamente, a 25 campos histológicos escolhidos por amostragem
sistemática (WEIBEL
171
, 1969), e anotados os número de pontos (Pi) que
caíram sobre cada estrutura, ou seja, fibras, fibroblastos, células inflamatórias,
vasos e outros componentes (conforme critérios descritos a partir da Figura19).
o
Carl Zeiss, Inc., - Alemanha.
4 Material e Métodos .
108
4 Material e Métodos .
109
A densidade de volume (Vvi) foi determinada pela seguinte fórmula:
Vvi = Pi/P; onde P = número total de pontos.
Figura 18 - Gratículo de integração II Zeiss sobre a imagem de um corte histológico
Para facilitar a compreensão dos critérios morfológicos
(considerados para contagem morfométrica na cápsula fibrosa adjacente ao
material implantado), estes são descritos na Figura 19.
4 Material e Métodos .
110
4 Material e Métodos .
111
Figura 19 - Critérios morfológicos utilizados para a contagem morfométrica em cortes
de tecidos corados pela HE: Fibras colágenas (setas vazadas); Fibroblastos: como
o citoplasma dos fibroblastos (setas verdes) apresentam a mesma coloração das
fibras foram considerados apenas os núcleos; Células inflamatórias: foram
evidenciados na cápsula preferencialmente macrófagos (setas azuis), células gigantes
(cabeça de seta preta) e muito raramente neutrófilos (círculo); Vasos sanguíneos
(cabeça de seta azul); e Outros componentes: foram considerados o material
extravasado (asteriscos) e o espaço intercelular (setas vermelhas).
4.2.1.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA
A análise estatística dos valores obtidos para cada estrutura foi
realizada utilizando o programa “Statistica v. 5.1”
p
. Para o estudo da
comparação entre material e períodos de implantação aplicou-se a análise de
variância a dois critérios (ANOVA), seguidos pelo teste de Tukey para
comparações múltiplas, sendo adotado 0,05 (5%) como nível de rejeição da
hipótese de nulidade.
p
StatSoft Inc., Tulsa, USA.
4 Material e Métodos .
112
4 Material e Métodos .
113
4.2.2 DA DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE PRESA
A determinação do tempo de presa dos cimentos foi realizada com
base na especificação nº 57 da ADA
7
, normalização que aborda os ensaios que
avaliam as propriedades físico-químicas de materiais obturadores.
Esta avaliação foi realizada num ambiente com temperatura de 37ºC
e umidade de 95%. Após a manipulação, os cimentos foram inseridos em anéis
metálicos com 10mm de diâmetro e 2mm de espessura (Figura 20).
Realizaram-se três corpos de prova para cada material. O tempo de presa
começou a ser controlado desde o início da manipulação dos cimentos. Após
decorridos 180 segundos, os espécimes eram submetidos a uma pressão
vertical, que foi realizada com o auxílio de uma agulha de Gillmore de 113,5g
(Figura 21), observando-se a existência ou não da formação de uma depressão
ou endentação nas amostras; em caso de não se observar a depressão
colocava-se novamente a agulha após outros 30 segundos, repetindo esta
ação até que não se observasse mais a depressão, obtendo assim o tempo de
presa inicial. O tempo de presa final foi obtido da mesma forma, diferenciando-
se que neste caso, pela utilização de uma agulha de Gillmore de 456,5g
(Figura 22). Resumindo, o tempo de presa era obtido desde o início da
manipulação dos cimentos até que a agulha deixasse de produzir a endentação
na amostra.
4 Material e Métodos .
114
5 RESULTADOS
5 Resultados .
116
5 Resultados .
117
5 RESULTADOS
5.1 Da Implantação Subcutânea
Os dados obtidos após as análises microscópicas dos espécimes
dos cinco grupos, nos três períodos experimentais, são descritos da seguinte
forma:
- Avaliação microscópica descritiva do tecido reacional adjacente à
superfície do material implantado de todos os grupos nos três períodos.
- Avaliação morfométrica da densidade de volume das fibras de
colágeno, fibroblastos, células inflamatórias, vasos e outros componentes
encontrados no tecido conjuntivo.
5.1.1 Avaliação microscópica descritiva do tecido reacional adjacente à
superfície do material implantado
5.1.1.1 No período de 15 dias.
5.1.1.1.1 Endo-CPM-Sealer
O quadro histomorfológico mostrou a formação de uma fina cápsula
fibrosa contornando todo o tubo de polietileno, enquanto que, na superfície em
contato com o cimento, a cápsula apresentava-se mais espessa e
desorganizada, contendo no seu interior grande quantidade de cimento
extravasado na maioria dos espécimes (Figura 23). Microscopicamente, o
cimento apresentava característica amorfa, coloração avermelhada ou
arroxeada, conforme o tipo de corante impregnado, e circundado por inúmeros
macrófagos e células gigantes, caracterizando um processo inflamatório
crônico (Figura 23). Nas regiões onde não se observou a presença de cimento
extravasado, a cápsula apresentou-se mais organizada, com fibras e
fibroblastos dispostos paralelamente à superfície do cimento, contendo muitos
capilares e raras células inflamatórias (Figura 24). Apenas um dos oito
espécimes avaliados não apresentou extravasamento do cimento e a cápsula
5 Resultados .
118
circundante mostrava-se menos espessa, mais organizada e com ausência de
células inflamatórias.
5.1.1.1.2 Clínquer do cimento Portland puro
Neste grupo também observou-se a formação de uma fina cápsula
fibrosa contornando o tubo de polietileno, sendo que, na extremidade que
continha o material testado, a cápsula mostrou-se mais espessa com fibras
colágenas arranjadas paralelamente ao cimento e contendo muitos fibroblastos
e vasos sangüíneos e raríssimas células inflamatórias, predominantemente,
macrófagos, indicando que a cápsula ainda encontrava-se na fase de
reorganização. Em alguns casos, observou-se pequena quantidade de cimento
extravasado circundado por macrófagos e células gigantes multinucleadas,
caracterizando o processo inflamatório como crônico tipo corpo estranho
(Figuras 25 e 26). Macrófagos e células gigantes multinucleadas também se
mostravam presentes no contorno do espaço deixado pelo cimento do tubo de
polietileno.
5.1.1.1.3 Clínquer do cimento Portland acrescido com 2% de sulfato de
cálcio
Este grupo apresentou quadro histomorfológico semelhante ao do
grupo anterior, ou seja, formação de uma fina cápsula fibrosa contornando o
tubo de polietileno, na extremidade que continha o material testado, a cápsula
mais espessa com fibras colágenas arranjadas paralelamente ao cimento com
inúmeros fibroblastos e vasos sangüíneos e raríssimas células inflamatórias,
predominantemente, macrófagos, indicando que a cápsula ainda encontrava-se
na fase de reorganização (Figura 27). Em alguns casos, observou-se pequena
quantidade de cimento extravasado circundado por macrófagos e raras células
gigantes multinucleadas, caracterizando o processo inflamatório como crônico
e tipo corpo estranho (Figura 28). Macrófagos e células gigantes
multinucleadas também se mostravam presentes no contorno do espaço
deixado pelo cimento do tubo de polietileno.
5 Resultados .
119
5.1.1.1.4 Clínquer do cimento Portland acrescido com 5% de sulfato de
cálcio
O quadro histomorfológico foi semelhante ao do cimento Portland
puro e acrescido com 2% de sulfato de cálcio. Porém, na extremidade que
continha o material testado, a cápsula apresentava-se mais organizada, ou
seja, menor espessura, fibras colágenas mais densas e arranjadas
paralelamente e fibroblastos menos numerosos com núcleo mais delgado,
alongado e heterocromático, sempre acompanhando o sentido das fibras
colágenas (Figura 29). A quantidade de extravasamento do cimento mostrou-se
menor neste grupo em relação aos demais cimentos utilizados. Já, as células
inflamatórias, principalmente macrófagos e células gigantes, ainda se
mostravam presentes e em contato com o espaço vazio deixado pelo cimento.
5.1.1.1.5 Guta-percha (controle)
No lado do tubo utilizado como controle, a cápsula mostrou-se
menos organizada em relação ao grupo do clínquer do cimento Portland,
acrescido ou não com sulfato de cálcio. No grupo controle, as fibras colágenas
apresentavam-se mais delgadas, os fibroblastos dispostos aleatoriamente entre
as fibras e exibindo núcleos mais arredondados e eucromáticos, além de
muitos capilares e espaços vazios, que foram caracterizados na histologia e na
morfometria como áreas de substância intercelular amorfa, as quais, foram
dissolvidas do tecido pelo processamento histotécnico (Figura 30). Na
superfície da cápsula, em contato com a guta-percha, observaram-se algumas
células inflamatórias como linfócitos, polimorfonucleares e células gigantes
multinucleadas.
5 Resultados .
120
5 Resultados .
121
Figura 23 - Endo-CPM-Sealer, período de 15 dias pós-implantação. Observar a presença de
células gigantes multinucleadas (cabeça de seta preta) e macrófagos (seta azul) circundando
grande quantidade de cimento extravasado (asterisco); tecido conjuntivo (TC) contendo poucas
fibras colágenas desorganizadas e fibroblastos (seta verde) dispersos; e muitos vasos
sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
Figura 24 - Endo-CPM-Sealer, período de 15 dias pós-implantação. Observar a presença de
macrófago (seta azul) em contato com o espaço vazio deixado pelo cimento; tecido conjuntivo
fibroso (TC) contendo fibroblastos (seta verde) e muitos vasos sangüíneos (cabeça de seta
azul). HE
5 Resultados .
122
5 Resultados .
123
Figura 25 – Clínquer puro, período de 15 dias pós-implantação. Presença de tecido conjuntivo
(TC) espesso desorganizado, contendo fibras colágenas, fibroblastos (seta verde) e muitos
vasos sangüíneos (cabeça de seta azul); também se observa granuloma tipo corpo estranho
(G) com presença de macrófagos (seta azul). HE
Figura 26 - Clínquer puro, período de 15 dias pós-implantação. Observar a presença de células
gigantes multinucleadas (cabeça de seta preta) e macrófagos (seta azul) circundando
moderada quantidade de cimento extravasado (asterisco); tecido conjuntivo (TC) contendo
poucas fibras colágenas e fibroblastos (seta verde). HE
5 Resultados .
124
5 Resultados .
125
Figura 27 – Clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio, período de 15 dias pós-
implantação. Observar a presença de macrófagos (seta azul); tecido conjuntivo (TC) espesso
contendo fibras colágenas e muitos fibroblastos (seta verde) dispersos; presença de poucos
vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
Figura 28 – Clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio, período de 15 dias pós-
implantação. Observar a presença de macrófagos (seta azul) em contato com o espaço vazio
deixado pelo cimento; tecido conjuntivo (TC) contendo fibras colágenas e fibroblastos (seta
verde). HE
5 Resultados .
126
5 Resultados .
127
Figura 29 – Clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio, período de 15 dias pós-
implantação. Presença de macrófagos (seta azul) e células gigantes multinucleadas (cabeça de
seta preta); tecido conjuntivo (TC) contendo fibras colágenas mais densas e fibroblastos
alongados (seta verde); presença de vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
Figura 30 – Controle (guta-percha), período de 15 dias pós-implantação. Presença de
macrófagos (seta azul) em contato com o espaço vazio deixado pelo material e escassos
neutrófilos (circulo); tecido conjuntivo (TC) contendo fibras colágenas, fibroblastos (seta verde)
e vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
5 Resultados .
128
5 Resultados .
129
5.1.1.2 No período de 30 dias.
5.1.1.2.1 Endo-CPM-Sealer
O quadro histomorfológico da cápsula fibrosa do Endo-CPM-Sealer
aos 30 dias apresentou menor quantidade de cimento extravasado e redução
do processo inflamatório que praticamente se mostrou ausente na maioria dos
casos, além de maior reorganização tecidual, em relação ao período anterior.
Neste caso, a cápsula mostrou-se mais delgada, com fibras colágenas
espessas e organizadas paralelamente à superfície do cimento, e poucos
vasos sangüíneos. Os fibroblastos, exceto na região de extravasamento do
cimento, mostravam-se dispostos paralelamente às fibras colágenas e exibiam
núcleos delgados, alongados e heterocromáticos, indicando baixa atividade
celular (Figuras 31 e 32).
5.1.1.2.2 Clínquer do cimento Portland puro
O quadro histomorfológico mostrou-se semelhante ao período de 15
dias, ou seja, na extremidade que continha o material testado, a cápsula
mostrou-se mais espessa com fibras colágenas arranjadas paralelamente ao
cimento, contendo muitos fibroblastos e raríssimas células inflamatórias,
predominantemente, macrófagos e células gigantes multinucleadas, situadas
próximas ao contorno do espaço deixado pelo cimento do tubo de polietileno.
Alguns casos apresentaram pequena quantidade de cimento extravasado
circundado por fibras colágenas, fibroblastos e raríssimas células inflamatórias,
predominantemente macrófagos. Neste período, as fibras colágenas
apresentavam-se mais espessas e os vasos sangüíneos menos numerosos em
relação ao período anterior, indicando maior grau de organização tecidual
(Figura 33).
5 Resultados .
130
5.1.1.2.3 Clínquer do cimento Portland acrescido com 2% de sulfato de
cálcio
O quadro histomorfológico mostrou-se semelhante ao do período
anterior com a presença de uma cápsula fibrosa densa, rica em fibras
colágenas dispostas paralelamente à superfície do cimento e muitos
fibroblastos (Figura 34). A quantidade de cimento extravasado foi menor em
relação ao período anterior e as células inflamatórias menos numerosas
(macrófagos e células gigantes multinucleadas) e dispersas ao longo da
superfície do material. Em três casos não se observaram células inflamatórias.
5.1.1.2.4 Clínquer do cimento Portland acrescido com 5% de sulfato de
cálcio
Neste período, a cápsula adjacente à superfície do cimento mostrou-
se mais fibrosa e com menor quantidade de fibroblastos em relação ao período
anterior, porém, exibiu o maior número de células inflamatórias, em relação aos
demais cimentos e ao período inicial de 15 dias. O infiltrado inflamatório
mostrou-se caracterizado por muitos macrófagos e raras células gigantes
multinucleadas associadas à superfície do cimento e alguns neutrófilos
dispersos no tecido conjuntivo adjacente, ricamente vascularizado (Figura 35).
5.1.1.2.5 Guta-percha (controle)
A cápsula fibrosa mostrou-se mais organizada e menos espessa em
relação ao período anterior, composta por densas e compactas fibras
colágenas dispostas paralelamente ao material e muitos vasos sangüíneos,
localizados principalmente na porção mais externa da cápsula. Já, os
fibroblastos mostraram-se menos numerosos e dispostos paralelamente às
fibras colágenas com núcleo delgado, alongado e heterocromático, indicando
baixa atividade celular (Figura 36).
5 Resultados .
131
Figura 31 - Endo-CPM-Sealer, período de 30 dias pós-implantação. Presença de macrófago
(seta azul) e cimento extravasado (asterisco); tecido conjuntivo (TC) apresenta-se contendo
fibras colágenas espessas, fibroblastos (seta verde) dispersos e poucos vasos sangüíneos
(cabeça de seta azul). HE
Figura 32 - Endo-CPM-Sealer, período de 30 dias pós-implantação. O tecido conjuntivo (TC)
apresenta-se contendo fibras colágenas organizadas com fibroblastos (seta verde) alongados;
presença de poucos vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
5 Resultados .
132
5 Resultados .
133
Figura 33 – Clínquer puro, período de 30 dias pós-implantação. Presença de macrófagos (seta
azul) em contato com cimento extravasado (asterisco); tecido conjuntivo (TC) contendo fibras
colágenas espessas e fibroblastos (seta verde), que também podem ser observados em
contato com o cimento extravasado. HE
Figura 34 – Clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio, período de 30 dias pós-
implantação. Observar a presença de uma cápsula fibrosa densa, rica em fibras colágenas
(TC) e fibroblastos alongados (seta verde) que se encontram paralelos à superfície do cimento;
presença de vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
5 Resultados .
134
5 Resultados .
135
Figura 35 – Clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio, período de 30 dias pós-
implantação. Presença de macrófagos (seta azul) e células gigantes multinucleadas (cabeça de
seta preta); tecido conjuntivo (TC) contendo fibras colágenas densas, fibroblastos (seta verde)
e vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
Figura 36 – Controle (guta-percha), período de 30 dias pós-implantação. Cápsula fibrosa fina,
com presença de macrófago (seta azul) em contato com o espaço vazio deixado pelo cimento;
tecido conjuntivo (TC) contendo fibras colágenas densas com poucos fibroblastos (seta verde)
alongados e muitos vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
5 Resultados .
136
5 Resultados .
137
5.1.1.3 No período de 60 dias.
5.1.1.3.1 Endo-CPM-Sealer
Ao término de 60 dias, observaram-se dois quadros
histomorfológicos distintos. O primeiro quadro foi caracterizado pela presença
de pequena quantidade de cimento extravasado, disperso ao longo da cápsula
e circundado por fibras colágenas desorganizadas, fibroblastos e raríssimas
células inflamatórias, predominantemente macrófagos. Neste caso, apenas as
áreas onde não se observou extravasamento do cimento, o tecido conjuntivo se
mostrou mais organizado. Já, em três casos, onde não se observou
extravasamento do cimento, a cápsula se mostrava delgada, com densas fibras
colágenas dispostas paralelamente ao cimento e menor número de fibroblastos
e vasos sangüíneos, indicando baixa resposta celular com relação ao cimento
implantado (Figura 37).
5.1.1.3.2 Clínquer do cimento Portland puro
Observou-se o aumento do fibrosamento, este grupo apresentou a
maior quantidade de fibras em relação a todos os cimentos em todos os
períodos. O número de fibroblastos também foi maior em relação aos dois
períodos anteriores (Figura 38). A reação inflamatória diminuiu, o número de
células inflamatórias foi baixo, encontraram-se poucos macrófagos e células
gigantes multinucleadas e, discreto número de eosinófilos em contato com o
espaço deixado pelo cimento. Houve muito pouco material extravasado no
interior da cápsula fibrosa, contornado por fibras de colágeno e algumas
células inflamatórias.
5.1.1.3.3 Clínquer do cimento Portland acrescido com 2% de sulfato de
cálcio
O quadro histomorfológico também exibiu dois quadros bem distintos
pela presença ou não do cimento extravasado, conforme observado nos dois
5 Resultados .
138
cimentos anteriores, Endo-CPM-Sealer e clínquer do cimento puro, em mesmo
período (Figura 39).
5.1.1.3.4 Clínquer do cimento Portland acrescido com 5% de sulfato de
cálcio
Neste período, observou-se menor quantidade de material
extravasado em relação aos demais cimentos, e a cápsula presente em sua
superfície mostrou-se rica em densas fibras colágenas arranjadas
paralelamente à superfície do cimento, muitos fibroblastos delgados dispostos
ao longo das fibras, raríssimas células inflamatórias sempre associadas à
superfície do cimento e poucos vasos sangüíneos (Figura 40).
5.1.1.3.5 Guta-percha (controle)
A cápsula fibrosa mostrou características histomorfológicas similares
ao do período de 15 dias, porém de maior espessura. A cápsula mostrou-se
composta por densas e compactas fibras colágenas dispostas paralelamente
ao cimento e moderada quantidade de vasos sangüíneos, localizados
principalmente na porção mais externa da cápsula. Já os fibroblastos
mostraram-se dispostos paralelamente às fibras colágenas com núcleo
delgado, alongado e heterocromático indicando baixa atividade celular (Figura
41).
5 Resultados .
139
Figura 37 - Endo-CPM-Sealer, período de 60 dias pós-implantação. Presença de cápsula
fibrosa delgada contendo densas fibras colágenas (TC), poucos fibroblastos (seta verde)
alongados e vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
Figura 38 – Clínquer puro, período de 60 dias pós-implantação. Presença de cápsula fibrosa
fina e organizada contendo fibras colágenas (TC) e fibroblastos alongados (seta verde);
presença de macrófago (seta azul) em contato com o espaço vazio deixado pelo cimento e
pouco vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
5 Resultados .
140
5 Resultados .
141
Figura 39 – Clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio, período de 60 dias pós-
implantação. Observar a presença de uma cápsula fibrosa grossa, rica em fibras colágenas
(TC) e fibroblastos alongados (seta verde) que se encontram paralelos à superfície do cimento;
presença de vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
Figura 40 – Clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio, período de 60 dias pós-
implantação. Observar a presença de macrófago (seta azul) em contato com o espaço vazio
deixado pelo cimento; cápsula fibrosa grossa contendo fibras colágenas (TC) e fibroblastos
(seta verde) alongados; presença de cimento extravasado (asterisco) contornado por fibras
colágenas; observam-se poucos vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
5 Resultados .
142
5 Resultados .
143
Figura 41 – Controle (guta-percha), período de 60 dias pós-implantação. Presença de
macrófago (seta azul) em contato com o espaço vazio deixado pelo cimento; cápsula fibrosa
grossa, contendo fibras colágenas (TC) densas e compactas e, fibroblastos (seta verde) com
núcleos delgados e alongados; presença de vasos sangüíneos (cabeça de seta azul). HE
5.1.2 Avaliação morfométrica da densidade de volume (%) de fibras,
fibroblastos, células inflamatórias, vasos sangüíneos e de outros
componentes encontrados no tecido conjuntivo reacional.
Os dados obtidos para a densidade de volume (%) de fibras,
fibroblastos, células inflamatórias, vasos sangüíneos e de outros componentes
encontrados no tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do material
implantado, de todos os materiais avaliados nos diferentes períodos
experimentais encontram-se dispostos nos Apêndices A,B,C,D,E,F,G,H,I,J,K,L,
M,N e O os valores individuais e, na Tabela 2 e nos Gráficos 1, 2, 3, 4 e 5 as
médias e os desvios padrões.
5 Resultados .
144
5 Resultados .
145
Tabela 2 – Média e desvio padrão da média da densidade de volume (%) de fibras,
fibroblastos, células inflamatórias, vasos sangüíneos e de outros componentes
encontrados no tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do material
implantado.
15 dias 30 dias 60 dias
Endo-CPM-Sealer
Fibras
59,87 ± 4,52
62,39 ± 4,02 59,93 ± 3,28
Fibroblastos
20,03 ± 4,53 22,46 ± 3,25 26,39 ± 1,84
Céls. Inflamatórias
5,72 ± 3,15 2,59 ± 1,52 2,78 ± 2,67
Vasos
3,10 ± 1,17 3,36 ± 1,94 1,17 ± 1,01
Outros
11,28 ± 5,21 9,20 ± 2,18 9,73 ± 2,53
Clínquer Puro
Fibras
63,94 ± 3,38 65,78 ± 2,99 67,79 ± 2,94
Fibroblastos
23,55 ± 2,16 24,18 ± 3,09 25,69 ± 2,64
Céls. Inflamatórias
1,84 ± 0,55 1,58 ± 0,98 1,12 ± 0,76
Vasos
3,89 ± 1,77 1,48 ± 1,28 1,45 ± 1,10
Outros
6,78 ± 1,78 6,98 ± 2,43 3,95 ± 1,82
Clínquer + 2%
Fibras
65,29 ± 1,53 66,92 ± 4,54 63,55 ± 2,65
Fibroblastos
23,86 ± 3,03 26,26 ± 4,83 27,08 ± 1,99
Céls. Inflamatórias
2,60 ± 1,72 2,48 ± 1,74 2,34 ± 1,17
Vasos
2,07 ± 1,77 2,40 ± 2,02 1,45 ± 0,71
Outros
6,18 ± 3,35 1,94 ± 1,74 5,58 ± 3,71
Clínquer + 5%
Fibras
69,47 ± 2,02 66,29 ± 4,41
67,63 ± 3,42
Fibroblastos
22,39 ± 1,66 21,46 ± 2,79 25,49 ± 2,47
Céls. Inflamatórias
3,30 ± 1,76 4,58 ± 3,17 2,38 ± 1,72
Vasos
1,55 ± 1,14 3,26 ± 1,88 0,93 ± 0,68
Outros
3,29 ± 1,74 4,41 ± 1,83 3,57 ± 1,74
Controle
Fibras
58,47 ± 2,26 65,72 ± 2,36
64,98 ± 4,04
Fibroblastos
25,56 ± 1,28 21,88 ± 2,57 23,17 ± 2,41
Céls. Inflamatórias
2,27 ± 0,88 1,36 ± 0,25 0,99 ± 0,54
Vasos
4,37 ± 0,58 4,20 ± 1,15 2,77 ± 0,77
Outros
9,33 ± 1,99 6,84 ± 1,49 8,09 ± 3,11
5 Resultados .
146
5 Resultados .
147
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
15 dias 30 dias 60 dias
Período
Densidade de volume das Fibras (%)
Endo-CPM-Sealer Clínquer Puro Clínquer + 2%
Clínquer + 5% Controle
a
a
¤
¤
#
#
#
b
b
¢
¤
¤
¥
¥
#
#
¢
¤
Gráfico 1 - Densidade de volume (%) das fibras colágenas encontradas no tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do material
implantado. Barras = Desvio padrão da média; Comparação entre períodos do mesmo material (letras iguais p<0,05); e comparação
entre materiais no mesmo período (símbolos iguais p<0,05)
5 Resultados .
148
5 Resultados .
149
0
5
10
15
20
25
30
35
40
15 dias 30 dias 60 dias
Período
Densidade de volume dos Fibroblastos (%)
Endo-CPM-Sealer Clínquer Puro Clínquer + 2%
Clínquer + 5% Controle
a
a
b
b
c
c
#
#
#
#
#
#
Gráfico 2 - Densidade de volume (%) dos fibroblastos encontrados no tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do material
implantado. Barras = Desvio padrão da média; Comparação entre períodos do mesmo material (letras iguais p<0,05); e comparação
entre materiais no mesmo período (símbolos iguais p<0,05)
5 Resultados .
150
5 Resultados .
151
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
15 dias 30 dias 60 dias
Período
Densidade de volume das Células inflamatórias
(%)
Endo-CPM-Sealer Clínquer Puro Clínquer + 2%
Clínquer + 5% Controle
a
¤
¤
¥
¥
$
$
#
b
¤
#
¤
a
b
Gráfico 3 - Densidade de volume (%) das células inflamatórias encontradas no tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do
material implantado. Barras = Desvio padrão da média; Comparação entre períodos do mesmo material (letras iguais p<0,05); e
comparação entre materiais no mesmo período (símbolos iguais p<0,05)
5 Resultados .
152
5 Resultados .
153
0
1
2
3
4
5
6
7
15 dias 30 dias 60 dias
Período
Densidade de volume dos Vasos (%)
Endo-CPM-Sealer Clínquer Puro Clínquer + 2%
Clínquer + 5% Controle
c
d
d
¤
¤
¥
¥
#
e
#
c
e
f
f
a
a
b
b
¤
¤
¤
¤
Gráfico 4 - Densidade de volume (%) dos vasos sangüíneos encontrados no tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do
material implantado. Barras = Desvio padrão da média; Comparação entre períodos do mesmo material (letras iguais p<0,05); e
comparação entre materiais no mesmo período (símbolos iguais p<0,05)
5 Resultados .
154
5 Resultados .
155
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
15 dias 30 dias 60 dias
Período
Densidade de volume de Outros (%)
Endo-CPM-Sealer Clínquer Puro Clínquer + 2%
Clínquer + 5% Controle
a
a
¤
¤
¥
¥
$
$#
#
+
+
b
b
¤
¤
¥
¥
#
#
c
c
¤
¤
¥
¥
#
#
$
$
Gráfico 5 - Densidade de volume (%) dos outros componentes encontrados no tecido conjuntivo reacional adjacente a superfície do
material implantado. Barras = Desvio padrão da média; Comparação entre períodos do mesmo material (letras iguais p<0,05); e
comparação entre materiais no mesmo período (símbolos iguais p<0,05)
5 Resultados .
156
5 Resultados .
157
A análise da Tabela 2 e dos Gráficos 1, 2, 3, 4 e 5, juntamente com
a análise estatística dos dados mostraram que:
a) A densidade de volume das fibras colágenas aos 15 dias do grupo controle
foi de apenas 58,47%, não apresentando diferenças estatisticamente
significante com o Endo-CPM-Sealer, enquanto que, o clínquer acrescido
com 5% de sulfato de cálcio, clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio
e o clínquer puro foram, respectivamente, 1,188, 1,116 e 1,093 vezes maior
em relação ao controle. O clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio
foi o que apresentou a maior porcentagem entre todos os cimentos neste
período (69,47%), sendo 1,064 e 1,160 vezes maior em relação ao clínquer
acrescido com 2% de sulfato de cálcio e ao Endo-CPM-Sealer,
respectivamente. No período de 30 dias, a densidade de volume das fibras
colágenas não apresentaram diferenças estatisticamente significante entre
os materiais. Já aos 60 dias, o percentual de fibras no grupo Endo-CPM-
Sealer não apresentou diferença significante em relação ao clínquer
acrescido com 2% de sulfato de cálcio, porém, foi 0,116, 0,114 e 0,078
vezes menor, respectivamente, ao clínquer puro, clínquer acrescido com
5% de sulfato de cálcio e ao grupo controle. Na comparação entre os
períodos, apenas o grupo controle apresentou diferença estatisticamente
significante, aumentando, 1,042 vezes entre 15 e 30 dias, permanecendo
constante até os 60 dias.
b) A porcentagem dos fibroblastos no período de 15 dias no grupo controle foi
de 25,56%, e dos materiais testados só apresentou diferença
estatisticamente significante em relação ao Endo-CPM-Sealer, onde o
controle foi 1,276 vezes maior. No período de 30 dias, o clínquer acrescido
com 5% de sulfato de cálcio apresentou a menor densidade de volume dos
fibroblastos, porém, sem diferença estatística significante em relação do
Endo-CPM-Sealer, clínquer puro e controle, mas com diferença significante
em relação do clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio, o qual se
apresentou 1,224 vezes maior. Já no período de 60 dias, quando o grupo
controle apresentou-se menor em relação a todos os cimentos testes,
observou-se uma diferença estatisticamente significante somente com o
5 Resultados .
158
clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio, o qual foi 1,169 vezes
maior. Na comparação entre os períodos, observou-se diferença
significante no Endo-CPM-Sealer, onde a densidade de volume no período
de 60 dias foi 1,317 vezes maior que no período de 15 dias. Outra diferença
significante foi observada no clínquer acrescido com 5% de sulfato de
cálcio, o qual se apresentou 0,158 vezes menor no período de 30 dias em
relação ao período de 60 dias. No grupo controle a densidade de volume
dos fibroblastos foi 0,144 vezes menor no período de 30 dias em relação ao
período de 15 dias.
c) A densidade de volume das células inflamatórias no período de 15 dias foi
de 5,72% no grupo do Endo-CPM-Sealer, observando-se uma diferença
significante com o clínquer puro, grupo controle, clínquer acrescido com 2%
de sulfato de cálcio e clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio,
sendo, respectivamente, 3,109, 2,520, 2,200 e 1,733 vezes maior. No
período de 30 dias, a maior porcentagem de células inflamatórias foi obtida
pelo clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio (4,58%), apresentando
diferença significante somente com o controle, o qual foi 0,703 vezes
menor; já entre os outros materiais, não houve diferença significante. No
período de 60 dias, não existiu diferença significante entre nenhum dos
materiais. Em relação aos períodos experimentais, observou-se diferença
estatisticamente significante no grupo do Endo-CPM-Sealer no período de
15 dias, quando apresentou 5,72% de densidade de volume das células
inflamatórias, sendo 2,208 e 2,057 vezes maior que nos período de 30 e 60
dias, respectivamente.
d) A porcentagem de volume dos vasos sangüíneos no período de 15 dias foi
maior no grupo controle (4,37%), apresentando diferença estatisticamente
significante somente com o clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio
e o clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio, os quais mostraram-se
0,526 e 0,645 vezes menores, respectivamente, em relação ao controle.
Além de apresentar diferença significante com o controle, o clínquer
acrescido com 5% de sulfato de cálcio, também apresentou diferença
significante com o clínquer puro, o qual foi 2,510 vezes maior. No período
5 Resultados .
159
de 30 dias, o controle novamente apresentou a maior densidade de volume
dos vasos (4,20%), mostrando diferença estatisticamente significante
somente com o clínquer puro, do qual é 2,838 vezes maior. Novamente no
período de 60 dias, o grupo controle apresentou a maior porcentagem
(2,77%) e mostrou diferença estatisticamente significante com o clínquer
acrescido com 5% de sulfato de cálcio, o qual foi 0,664 vezes menor em
relação ao controle. Em relação aos períodos experimentais, existiu uma
diferença significativa no grupo do Endo-CPM-Sealer, onde a menor
porcentagem foi observada no período de 60 dias com 1,17%; já no período
de 15 e 30 dias, este cimento foi, respectivamente, 2,649 e 2,872 vezes
maior que no período de 60 dias. No clínquer puro, a densidade de volume
foi maior no período de 15 dias (3,89%), sendo 2,628 e 2,683 vezes maior
em relação aos períodos de 30 e 60 dias respectivamente. Também foi
observado que no grupo controle a densidade de volume nos vasos foi
menor no período de 60 dias (2,77%), sendo 1,577 e 1,516 vezes maior nos
períodos de 15 e 30 dias respectivamente. Já nos grupos do clínquer
acrescido com 2% de sulfato de cálcio e do clínquer acrescido com 5% de
sulfato de cálcio, não foram observadas diferenças estatisticamente
significantes nos diferentes períodos.
e) A densidade de volume dos outros componentes encontrados no tecido
conjuntivo reacional observou-se que o Endo-CPM-Sealer, apresentou a
maior porcentagem (11,28%) dando diferença significativa com o clínquer
acrescido com 2% de sulfato de cálcio e o clínquer acrescido com 5% de
sulfato de cálcio, sendo 0,452 e 0,708 vezes menores respectivamente. O
clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio foi o que apresentou menos
porcentagem neste período (3,29%), além, da diferença significativa com o
grupo controle, onde se mostrou 0,647 vezes menor. No período de 30 dias,
o clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio foi o que apresentou a
menor porcentagem (1,94%), observando-se diferença estatística com o
Endo-CPM-Sealer, clínquer puro, e o grupo controle, os quais se
apresentaram 4,742, 3,598 e 3,526 vezes maior, respectivamente. Também
observou-se diferença significante entre o Endo-CPM-Sealer que foi 2,086
vezes maior em relação ao clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio.
5 Resultados .
160
Já no período de 60 dias, a maior densidade de volume dos outros
componentes encontrados no tecido conjuntivo reacional foi dado
novamente pelo Endo-CPM-Sealer (9,73%), que foi 1,744 2,463 e 2,725
vezes maior, respectivamente, que o clínquer acrescido com 2% de sulfato
de cálcio, clínquer puro e clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio. O
grupo controle foi 2,048 e 2,266 vezes maior, respectivamente, que o
clínquer puro e o clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio. Em
relação à comparação entre os diferente períodos, observou-se que a
densidade de volume do clínquer puro foi menor no período de 60 dias
(3,95%), em comparação com os períodos de 15 e 30 dias, onde se
mostrou 0,417 e 0,434 vezes menor respectivamente. Já o clínquer
acrescido com 2% de sulfato de cálcio mostrou diferença significante entre
os períodos de 15 e 30 dias, observando-se 3,185 vezes maior no primeiro
período.
5.2 Do Tempo de Presa
As medias dos tempos iniciais e finais dos cimentos avaliados,
encontram-se na tabela 3.
Tabela 3 – Medias dos tempos de presa iniciais e finais dos cimentos avaliados.
Cimento Tempo de presa inicial Tempo de presa final
Endo-CPM-Sealer 6 22
Clínquer Puro 5 55
Clínquer + 2% 8 95
Clínquer+ 5% 10 110
Valores expressos em minutos
6 DISCUSSÃO
6 Discussão .
162
6 Discussão .
163
6 DISCUSSÃO
6.1 DA METODOLOGIA
6.1.1 Da Implantação Subcutânea
Estudos experimentais de materiais, em animais de laboratório, são
realizados procurando-se obter resultados, para serem utilizados nas
condições clínicas. O rato de laboratório Rattus norvegicus é um dos animais
experimentais mais comumente utilizados, já que ele serve como modelo para
simular doenças humanas, possibilitando assim o desenvolvimento de novos
agentes terapêuticos, além de ter, um metabolismo mais acelerado, permitindo
assim, a obtenção de resultados num curto período de tempo. As vantagens
oferecidas por este tipo de teste, segundo COSTA
33
são: execução da
metodologia relativamente simples; redução do tempo no processamento
laboratorial, já que não é necessário descalcificar os espécimes; possibilidade
de comparar num mesmo animal a resposta tecidual de diversos materiais;
custo baixo para a realização da metodologia.
No presente estudo, realizou-se a implantação de tubos de
polietileno contendo cimentos no tecido subcutâneo desses ratos, baseando-se
nas normas da ADA
8
e FDI
148
, onde é indicado como teste secundário na
avaliação biológica da implantação dos materiais. Este método é um dos mais
comuns para a avaliação da biocompatibilidade dos materiais dentários.
Segundo a FDI
148
, este teste está indicado para avaliar a toxicidade dos
materiais “in vivo”. Neste estudo, foram utilizados os ratos machos, devido às
variações hormonais das fêmeas.
A implantação de materiais em tubos é altamente reconhecida como
método para avaliação, simulando uma condição clínica. Segundo a literatura,
os implantes dos materiais endodônticos podem ser realizados em tubos de
polietileno, teflon, silicone e de dentina, já que todos são bem tolerados pelo
organismo. Os tubos de polietileno na implantação subcutânea foram
primeiramente avaliados por TORNEK
165,166
que observou a produção mínima
ou nenhuma reação no tecido conjuntivo subcutâneo, indicando a
6 Discussão .
164
aceitabilidade do material como teste para avaliação dos materiais
endodônticos. Segundo TORNEK
165,166
e MAKKES
100
, após duas semanas da
implantação, os tubos de polietileno apresentaram alguns sintomas de
inflamação nas regiões dos implantes, sendo que a inflamação desapareceu
após três semanas. Segundo MAKKES
100
esta inflamação é originada como
resultado do trauma do procedimento cirúrgico no momento da implantação do
tubo.
Posteriormente, PHILLIPS
123
, LANGELAND et al.
95
; HOLLAND et
al.
64,65,66
; ZANONI et al.
178
; MOLLOY et al.
111
; e GORDYUSUS; ETIKAN;
GOKOZ
57
, MOTTA et al.
116
, KOWALSKI et al.
94
, SHAHI
139
, utilizaram também
os tubos de polietileno, onde foi observada a ausência de inflamação frente ao
material. ECONOMIDES et al.
41
; KOLOKURIS et al.
91
; OLSSON;
SLIWKOWSKI; LANGELAND
119
; utilizaram tubos de teflon e ZMENER;
GUGLIELMOTTI; CABRINI
180
implantaram tubos de silicone rígidos.
HOLLAND et al.
68,72,75
empregaram tubos de dentina preparados a
partir de raízes de dentes humanos, para avaliação do MTA e cimento Portland
em tecido subcutâneos de ratos. Os autores davam preferência aos tubos de
dentina em comparação aos tubos de polietileno e teflon, para poder observar
a ação dos materiais nas paredes dentinárias. A escolha para este estudo foi
de tubos de polietileno, devido à facilidade para sua obtenção e também, pela
flexibilidade que apresentam, o qual permite a movimentação dos animais sem
produzir irritação da pele do mesmo (PHILLIPS
123
).
Pese a que OLSSON; SLIWKOWSKI; LANGELAND
119
observaram
que, ao utilizar uma das extremidades fechadas, perdeu-se área para ser
avaliada, optamos por selar uma das extremidades com guta-percha para
empregá-la como controle, já que é recomendado o fechamento de uma das
extremidades por TORNEK
165,166
e ECONOMIDES et al.
41
, para reduzir a
possibilidade de extrusão do material, que é capaz de produzir uma inflamação
maior como resposta tecidual. Num estudo realizado por TORNEK
165,166
,
observou-se que o extravasamento foi maior nos casos onde as extremidades
do tubo estavam abertas.
Segundo as normas da FDI
148
, recomenda-se a implantação de
quatro implantes por animal, servindo o quarto como controle (vazio). Em
nosso estudo, realizamos os quatro implantes, porém, como controle foi
6 Discussão .
165
utilizado o lado selado com guta-percha, aproveitando assim, o quarto tubo
para avaliar um cimento a mais.
A implantação do tubo de polietileno no tecido subcutâneo pode ser
realizada por meio de um trocarte como foi sugerido por BORTOLUZZI
18
, ou
utilizando-se de uma pinça após a confecção de bolsas no tecido subcutâneo
por meio uma tesoura de ponta romba. Neste trabalho, optou-se pela
colocação com o auxilio de um trocarte, que produz uma ferida de menor
tamanho, restringindo o deslocamento do tubo, já que quando se confecciona a
bolsa, se produz o descolamento de bastante tecido, o que pode produzir a
movimentação dos tubos no interior do tecido, podendo haver uma possível
resposta inflamatória, devido a esta movimentação. Com o uso da pinça, no
momento de fazer a compressão, para pegar e colocar o tubo nas bolsas
confeccionadas, pode produzir a extrusão do material, proporcionando assim
uma resposta tecidual. A extremidade do tubo que continha o cimento
experimental foi colocada para fora do trocarte, assim o trocarte fazia pressão
sobre a guta-percha no momento de inserir o tubo e os materiais testados
ficaram do lado onde não ocorreu trauma cirúrgico.
Quanto aos períodos experimentais de avaliação, pode-se observar
que não existe consenso entre os autores, já que na literatura observam-se
períodos de 7, 15, 21 dias; períodos de 7, 30 e 60 dias e períodos de 15, 30 e
60 dias. Baseados no estudo de MORETON et al.
115
e BORTOLUZZI
18
,
optamos pelos períodos de 15, 30 e 60 dias.
Após a morte dos animais, coletaram-se os tubos em conjunto com o
tecido adjacente e procedeu-se ao preparo das amostras para análise
microscópica. Os tubos de polietileno foram eliminados das peças de tecido
subcutâneo com extremo cuidado para não lesar a cápsula e os tecidos foram
incluídos em parafina para o preparo das lâminas. Os cortes semi-seriados
utilizados neste estudo foram de 5µm como é recomendado pela ADA
6
, os
quais foram realizados no sentido longitudinal do tubo, pegando as duas
extremidades da cápsula num mesmo corte, avaliando-se assim numa mesma
lâmina o lado do cimento experimental e do controle. Se obtiveram 5 lâminas
de cada amostra e em cada lâmina obtiveram-se quatro cortes, com o objetivo
de avaliar o melhor de cada lâmina.
6 Discussão .
166
6.1.2 Da Obtenção do Tempo de Presa
Em relação à determinação do tempo de presa, observou-se que
TORABINEJAD et al.
161
obedeceram as normas nº 30 da ADA; FIDEL et al.
54
utilizaram as normas nº 57 da mesma. CHNG et al.
31
e ISLAM; CHNG; YAP
81
,
empregaram as normas nº 6876 da ISO. O método mais empregado, segundo
a literatura, é aquele no qual se obtém o tempo de presa somente com a
agulha de Guillmore 113,5 gramas (FIDEL et al.
54
, TORABINEJAD et al.
161
,
MCMICHEN
104
). O presente estudo foi desenvolvido seguindo a recomendação
nº 57 da ADA
7
, realizando-se uma modificação, que foi a inclusão da agulha de
Guillmore de 456,5 gramas, além da de 113,5 gramas como sugeriu
VASCONCELOS
169
em 2006.
A agulha de 113,5 gramas nos permitiu obter o tempo de presa
inicial e a de 456,5 gramas, o tempo de presa final dos cimentos experimentais.
6.2 DOS MATERIAIS EMPREGADOS
6.2.1 A Escolha do Endo-CPM-Sealer
O Endo-CPM-Sealer é o primeiro cimento para obturação dos canais
radiculares à base de trióxidos minerais, desenvolvido pelo Dr. Gabriel De
Castro na Argentina. A escolha deste cimento ocorreu devido à falta de estudos
biológicos que respaldem seu uso na clínica odontológica. Atualmente somente
existem estudos avaliando sua capacidade de selamento marginal
(BORTOLINI et al.
17
; SILVEIRA; LAGE-MARQUES
141
) e a composição química
(FERREIRA et al.
52
).
6.2.2 A Escolha do clínquer do cimento Portland
Muitos materiais já foram estudados e indicados nas cirurgias
parendodônticas. No inicio da década dos anos 90, na Universidade de Loma
Linda no estado da Califórnia (Estados Unidos), foi desenvolvido pelo Professor
Mahmoud Torabinejad o MTA. O primeiro trabalho publicado referente ao MTA
foi realizado por LEE; MONSEF; TORABINEJAD
96
, em 1993, onde avaliaram a
6 Discussão .
167
capacidade de selamento desse material no tratamento de perfurações
radiculares comparando-a com a do amálgama e do IRM. Concluíram que o
MTA foi o que apresentou menor infiltração em relação aos outros materiais.
Segundo os autores, os principais componentes do MTA são: silicato tricálcico,
silicato dicálcico, óxido tricálcico e óxido silicato. Além destes, também
apresenta pequenas quantidades de outros óxidos minerais e óxido de bismuto
com a finalidade de conferir-lhe uma melhor radiopacidade.
A partir deste trabalho, foram realizados outros estudos avaliando
sua biocompatibilidade, capacidade de selamento marginal, capacidade
antibacteriana, capacidade de estimulação celular, citotoxicidade. O MTA
começou a ser utilizado no tratamento de perfurações dentais
12,22,23,29,46,53,62,71,
73,76,84,98,99,109,117,121,124,144,153,160,172,176
, nas cirurgias parendodônticas
3,11,14,15,16,19,
29,42,73,109,126,138,146,153,155,156,159,160,163,177
, em proteções pulpares
2,4,9,29,48,49,85,109,
120,125,153,168
, pulpotomias
10,29,43,50,70,73,86,102,103, 106,107,109,153
, na obturação de
canais radiculares
29,67,69,170
, reabsorções dentárias
29,77,108,109,135
e outros.
O MTA foi comparado com o cimento Portland por
WUCHERPFENNIG; GREEN
174
, em 1999. Segundo os autores, ambos eram
compostos principalmente por cálcio, fosfato e silício. Avaliaram a
biocompatibilidade dos cimentos em questão, em culturas de células
osteoblásticas (MG-63), onde foi observado que ambos os materiais
promoveram, de forma semelhante, a formação de matriz mineralizada e, no
capeamento pulpar em molares de ratos, onde mostraram que ambos os
materiais têm efeito semelhante nas células da polpa, com deposição de
dentina reparadora em alguns espécimes com ambos os materiais. Os autores
concluíram que o cimento Portland pode ser um cimento ideal como o MTA.
Posteriormente, ESTRELA, et al.
47
; DEAL et al.
35
; GUARIENTI;
OSINAGA; FIGUEIREDO
59
; FUNTEAS; WALLACE; FOCHTMAN
55
; CAMILLERI
et al.
27
; DAMMASCHKE et al.
34
; FERREIRA et al.
52
; CAMILLERI et al.
26
;
ISLAM; CHNG; YAP
81
; ISLAM; CHNG; YAP
82
; e SONG et al.
145
indicaram que
a composição química do MTA era a mesma do cimento Portland; e que a
diferença encontrava-se em só um elemento, o óxido de bismuto, presente no
MTA, responsável pela radiopacidade do material.
A biocompatibilidade do cimento Portland foi estudada por DE DEUS
et al.
36
; RIBEIRO et al.
128
; RIBEIRO et al.
129
; RIBEIRO et al.
130
; SAFAVI;
6 Discussão .
168
NICHOLS
131
; SAIDON et al.
133
; SIPERT et al.
143
; TANOMARU FILHO et al.
151
;
HOLLAND et al.
72
; MORAES et al.
113
; e TRINDADE; OLIVEIRA;
FIGUEIREDO
167
, onde observaram o comportamento similar de ambos os
materiais.
Diversos estudos demonstram a semelhança do cimento Portland
com a do MTA
36,37,69,70,72,84,106,107,113,128,129,130,131,132,133,143,151,167
. A desvantagem
desses dois materiais é o tempo de presa elevado. TORABINEJAD et al.
161
(1995) obtiveram o tempo de presa final do MTA com 165 minutos; DEAL et
al.
35
(2002) obtiveram o tempo de presa final do MTA com 156 minutos e do
cimento Portland com 159 minutos; CHNG et al.
31
(2005) obtiveram o tempo de
presa inicial do MTA com 70 minutos, e o tempo de presa final foi de 175
minutos; ISLAM et al.
81
(2006) obtiveram o tempo de presa inicial do MTA e do
cimento Portland com 70 minutos, e o tempo de presa final no cimento Portland
foi de 170 minutos e de 175 minutos para o MTA.
Sabe-se que o clínquer constitui uma etapa da fabricação do
cimento Portland e ele se apresenta na forma de pequenas esferas (Figura 3),
as quais após serem moídas recebem o sulfato de cálcio, dando como
resultado final, o cimento Portland. O sulfato de cálcio entra na composição do
cimento Portland para retardar o tempo de presa dando-lhe assim
trabalhabilidade. Segundo CAMILLERI et al.
26
o tempo de presa do MTA é
devido à presença do sulfato de cálcio (gesso) na sua composição. O cimento
Portland também contém quantidades de sulfato de cálcio (GOBBO
56
). Assim,
a escolha pelo clínquer do cimento Portland, foi pelo fato deste não conter na
sua composição o sulfato de cálcio; de modo que uma vez pulverizado e
misturado com água, apresentasse um tempo de presa mais rápido. A
agregação de 2 e 5% do sulfato de cálcio ao clínquer torná-lo-ia um cimento
com presa mais lenta como acontece com alguns MTA.
Uma análise do comportamento tecidual e do tempo de presa desse
produto traz subsídio importante ao conhecimento do MTA.
6.2.3 A escolha do controle
As recomendações feitas pela ADA
6,8
e a ISO
80
, recomendam como
controle o uso da lateral do tubo de polietileno. Na literatura, diferentes autores
6 Discussão .
169
indicam como controle, o uso de um tubo vazio (ECONOMIDES et al.
41
;
KOLOKURIS et al.
91
; KOLOKURIS et al.
92
; HOLLAND et al.
68
, HOLLAND et
al.
74
).
Neste estudo, utilizamos como controle a guta-percha, com a qual foi
fechada uma das extremidades dos tubos. Poderíamos ter utilizado como
controle as paredes do tubo, mas optamos pela guta-percha por ser um
material utilizado constantemente na endodontia durante a obturação dos
canais, a qual é bem tolerado pelos tecidos vivos
66,78,97,118,140,147,173
. Também
poderia ter sido utilizado um tubo vazio como controle, mas, isto poderia
comprometer a estabilização do material dentro do mesmo.
6.3 DOS RESULTADOS
6.3.1 Da Implantação Subcutânea
Neste estudo, foi possível observar que todos os materiais testados
apresentaram um comportamento biológico semelhante, já que segundo a
análise descritiva e a avaliação morfométrica, houve pequenas diferenças entre
todos os cimentos experimentais, observando-se uma melhor resposta do
tecido subcutâneo frente ao clínquer do cimento portland puro e ao grupo
controle (Tabela 2; Gráficos 1, 2, 3, 4 e 5).
. Como ainda não existem na literatura, trabalhos onde se avalie a
biocompatibilidade em animais do Endo-CPM-Sealer e do clínquer do cimento
Portland, realizamos as comparações destes materiais com o MTA e o cimento
Portland, já que a composição destes dois materiais tem como base na sua
composição, o clínquer do cimento Portland.
Nossa referência neste estudo foi a guta-percha, utilizada como
controle, a qual no período de 15 dias encontrava-se circunscrita por uma
cápsula fibrosa fina com presença de fibroblastos e células inflamatórias
crônicas (macrófagos, linfócitos e células gigantes multinucleadas) em todos os
períodos, sendo que estas células inflamatórias foram diminuindo para os
períodos de 30 e 60 dias. No período de 15 dias, o clínquer do cimento
Portland puro foi o que apresentou a menor quantidade de células
inflamatórias, inclusive quando comparado com o grupo controle. Os cimentos
6 Discussão .
170
acrescidos com sulfato de cálcio apresentaram uma reação inflamatória maior
que o grupo controle e o clínquer do cimento Portland puro, porém, foi menor
que o Endo-CPM-Sealer, que apresentou a maior reação inflamatória,
apresentando diferença estatisticamente significante com todos os demais
materiais.
Ao mesmo tempo que o Endo-CPM-Sealer apresentou a maior
reação tecidual, conseguiu-se observar, que as amostras deste grupo
apresentaram maior quantidade de cimento extravasado (Figura 23) em todos
os períodos (histologicamente conseguiu-se observar fragmentos de material
de coloração escura), provavelmente, devido à consistência do material que é
mais fluida que a do clínquer do cimento Portland. Segundo OLSSON;
SLIWKOWSKI; LANGELAND
119
, o extravasamento do material pode ter
ocorrido devido à movimentação dos animais, o qual traz como conseqüência a
movimentação dos tubos implantados. Considerando que o Endo-CPM-Sealer
é um selador de canais radiculares, esta observação deve ser tomada em
conta no momento da aplicação clínica, para evitar uma possível reação
inflamatória intensa. Segundo MORAES
112
, quando ocorre extravasamento de
cimento, a área de contato do material com o tecido conjuntivo aumenta e,
assim, há uma resposta inflamatória maior, tanto devido à ação irritante do
material como também devido à própria irritação física.
A maior densidade de volume das fibras colágenas neste período
esteve representada pelo clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio
(média=69,47), seguido pelo clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio
(média=65,29), clínquer puro (média=63,94), Endo-CPM-Sealer (média=59,87)
e finalmente a menor densidade foi para o grupo controle (média=58,47).
Houve diferença estatisticamente significante entre o clínquer acrescido com
5% de sulfato de cálcio com todos os grupos; também entre o clínquer
acrescido com 2% de sulfato de cálcio com o Endo-CPM-Sealer e o controle; o
controle também apresentou diferença estatisticamente significante com o
clínquer puro.
Quanto aos fibroblastos, o grupo controle apresentou a maior
densidade de volume (média=25,56), seguido pelo clínquer acrescido com 2%
de sulfato de cálcio (média=23,86), clínquer puro (média=23,55), clínquer
acrescido com 5% de sulfato de cálcio (média=22,39) e, finalmente, o Endo-
6 Discussão .
171
CPM-Sealer apresentou a menor densidade fibroblástica (média=20,03).
Somente houve diferença estatística significante entre o controle e o Endo-
CPM-Sealer.
O grupo controle também teve a maior formação de vasos
(média=4,37), seguido pelo clínquer puro (média=3,89), Endo-CPM-Sealer
(média=3,10), clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio (média=2,07) e
finalmente a menor formação de vasos foi apresentada pelo clínquer acrescido
com 5% de sulfato de cálcio (média=1,55). Observou-se diferença
estatisticamente significante entre o controle e os cimentos a base de clínquer
acrescidos com sulfato de cálcio e entre o clínquer puro e o clínquer acrescido
com 5% de sulfato de cálcio.
No período de 30 dias, observou-se um aumento na densidade da
cápsula fibrosa, a qual se apresentou permeada por fibroblastos e células
inflamatórias crônicas, predominantemente, macrófagos e células gigantes
multinucleadas, situadas próximas ao contorno do espaço deixado pelo
cimento do tubo de polietileno. HOLLAND
72,74
também observou neste mesmo
período, a presença do infiltrado inflamatório crônico, com presença de células
inflamatórias, quando implantou no dorso de ratos MTA e cimento Portland em
tubos de dentina.
A densidade de volume das células inflamatórias foi menor em
quatro grupos em relação ao primeiro período; houve diferença estatística
significante no Endo-CPM-Sealer, já que diminuiu bastante em relação ao
período anterior. A maior densidade de volume destas estava representada
pelo clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio (média=4,58), seguido pelo
Endo-CPM-Sealer (média=2,59), clínquer acrescido com 2% de sulfato de
cálcio (média=2,48), clínquer puro (média=1,58) e finalmente o controle
apresentou a menor densidade (média=1,36). Somente existiu diferença
estatística significativa entre o clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio e
o grupo controle.
O clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio foi o único material
que apresentou densidade de volume de células inflamatórias, maior em
relação ao primeiro período, fato esse também observado por BORTOLUZZI
18
,
quando avaliou o cimento Portland branco e três tipos de MTA, obtendo maior
reação inflamatória neste período em todos os materiais.
6 Discussão .
172
A densidade de volume das fibras foi semelhante para todos os
grupos neste período, onde não houve diferença estatisticamente significante
entre todos os materiais. Analisando a diferença entre os períodos observou-se
que, o grupo controle, teve um aumento significante em relação ao anterior, já
o Endo-CPM-Sealer, o clínquer do cimento Portland puro e o clínquer acrescido
com 2% de sulfato de cálcio também aumentaram, mas não foi significante. O
único material que diminuiu na densidade das fibras foi o clínquer acrescido
com 5% de sulfato de cálcio que também não foi significante.
A densidade de volume dos fibroblastos no Endo-CPM-Sealer,
clínquer do cimento Portland puro e clínquer acrescido com 2% de sulfato de
cálcio também aumentou em relação ao período anterior. Já o clínquer
acrescido com 5% de sulfato de cálcio e o grupo controle diminuíram, mas
somente este último foi significante. Observou-se que o clínquer acrescido com
2% de sulfato de cálcio apresentou a maior densidade de volume de
fibroblastos (média=26,26), seguido pelo clínquer puro (média=24,18), Endo-
CPM-Sealer (média=22,46), controle (média=21,88) e por último o clínquer
acrescido com 5% de sulfato de cálcio (média=21,46). Na comparação feita
entre todos os materiais dentro deste mesmo período, somente houve
diferença estatisticamente significante entre o clínquer acrescido com 2% de
sulfato de cálcio e o clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio.
Ainda no período de 30 dias, a densidade de volume dos vasos foi
maior no grupo controle em relação aos demais materiais. Observou-se que os
cimentos experimentais tiveram aumento na proliferação angioblástica, com
exceção do clínquer puro, que apresentou diminuição estatisticamente
significante em relação ao período anterior e ao grupo controle deste mesmo
período.
Já aos 60 dias, observou-se uma diminuição e inclusive ausência
das células inflamatórias nos cimentos experimentais, com exceção do Endo-
CPM-Sealer, que aumentou muito pouco em relação ao segundo período. Não
existiu diferença estatisticamente significante entre os materiais, porém, o
clínquer do cimento Portland puro e o grupo controle, foram os materiais que
apresentaram a menor porcentagem, seguidos pelos cimentos acrescidos com
sulfato de cálcio. Resultados semelhantes foram observados por
BORTOLUZZI
18
, em 2005, quando avaliou a biocompatibilidade do MTA e
6 Discussão .
173
cimento Portland branco no tecido subcutâneo de ratos, onde mostrou que, aos
60 dias, a resposta do tecido subcutâneo foi de uma inflamação crônica que no
princípio, era mais intensa e com o passar do tempo tornou-se mais discreta,
sinalizando a biocompatibilidade dos materiais.
A maior densidade de volume das fibras foi observada no clínquer
puro (média=67,79), seguido pelo clínquer acrescido com 5% de sulfato de
cálcio (média=67,63), controle (média=64,98), clínquer acrescido com 2% de
sulfato de cálcio (média=63,55) e por último o Endo-CPM-Sealer
(média=59,93), que foi o único cimento a apresentar diferença estatística
significante com o grupo controle, clínquer acrescido com 5% de sulfato de
cálcio e clínquer puro, na comparação realizada no mesmo período. Já na
comparação dos cimentos em relação ao período anterior, o número das fibras
do clínquer puro e do clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio
aumentaram, enquanto que no Endo-CPM-Sealer diminuiu, mas, não houve
diferença estatisticamente significante. Também, notou-se que o clínquer do
cimento Portland puro foi o único cimento deste estudo que apresentou
aumento constante em relação ao tempo, na densidade das fibras, resultado
semelhante no trabalho realizado por TRINDADE; OLIVEIRA; FIGUEIREDO
167
que avaliaram o cimento Portland no tecido subcutâneo de ratos.
A densidade de volume dos fibroblastos aos 60 dias, foi novamente
maior para o clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio (média=27,08),
seguido pelo Endo-CPM-Sealer (média=26,39), clínquer puro (média=25,69),
clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio (média=25,49) e por último, o
controle (média=23,17), observando-se diferença estatisticamente significante
entre o clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio e o grupo controle no
mesmo período. Todos os cimentos experimentais tiveram um aumento no
número de fibroblastos em relação aos períodos anteriores, apresentando
diferença estatisticamente significante somente no clínquer acrescido com 5%
de sulfato de cálcio. Já o controle apresentou uma diminuição não significante.
Neste mesmo período (60 dias), a densidade de volume dos vasos,
foi menor em todos os materiais, quando comparados com seus dois períodos
anteriores. Observou-se diferença estatisticamente significante no Endo-CPM-
Sealer, em relação aos seus dois períodos anteriores; também no clínquer puro
em comparação com o primeiro período e no controle, com seus dois períodos
6 Discussão .
174
anteriores. Novamente, a maior densidade, foi observada no grupo controle
(média=2,77), seguido pelo clínquer puro e clínquer acrescido com 2% de
sulfato de cálcio (média=1,45), seguido pelo Endo-CPM-Sealer (média=1,17) e
por último o clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio (média=0,93).
Dentro do mesmo período houve diferença estatisticamente significante entre o
grupo controle e o clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio.
Comparando globalmente os materiais experimentais em relação
aos períodos, observamos que: em relação à densidade de volume das células
inflamatórias, o clínquer do cimento Portland puro foi o que apresentou o
comportamento mais semelhante ao grupo controle, apresentando-se nos três
períodos com quase a mesma porcentagem de células inflamatórias, inclusive
menor no período de 15 dias; já os cimentos acrescidos com sulfato de cálcio,
tiveram uma porcentagem maior, mas, semelhantes entre si. Na densidade das
fibras colágenas observou-se que o clínquer do cimento Portland puro, foi o
único material que mostrou um aumento constante em relação ao tempo,
situação essa não ocorrida nos outros materiais. Na quantidade de fibroblastos,
observou-se um aumento com o decorrer do tempo em todos os materiais. Já
na densidade de volume dos vasos sanguíneos, a porcentagem foi diminuindo
com o tempo, no caso do clínquer puro e grupo controle; os outros materiais,
mostraram um aumento no segundo período e uma diminuição no terceiro.
Observou-se em todos os períodos experimentais que, como
resposta à implantação dos materiais no tecido subcutâneo, ocorreu uma
inflamação crônica, a qual se apresentou mais intensa no primeiro período (15
dias) e foi diminuindo nos períodos de 30 e 60 dias. Este fato também
observado por MORETTON et al.
115
, quando implantaram MTA no tecido
subcutâneo de ratos, e observaram uma inflamação severa no período de 15
dias, que foi diminuindo aos 30 e 60 dias. TRINDADE; OLIVEIRA;
FIGUEIREDO
167
, quando avaliaram o comportamento biológico do cimento
Portland, isolado e acrescido de óxido de bismuto em diferentes proporções,
em comparação ao ProRoot MTA, também constataram que a inflamação geral
diminuiu significativamente no decorrer dos tempos experimentais em todos os
materiais avaliados.
Observamos poucas células características da inflamação aguda
(neutrófilos) em todos os períodos avaliados, já que estes foram altos, pelo
6 Discussão .
175
qual achamos, neste estudo, a falta de um período menor, por exemplo, sete
dias, para poder observar o comportamento dos materiais numa fase aguda. A
maior parte das células encontradas neste estudo, foram características de
uma inflamação crônica. MOTTA et al.
116
e KOWALSKI et al.
94
observaram a
presença de neutrófilos, além de macrófagos, no período de sete dias, quando
implantaram tubos de polietileno contendo MTA no tecido subcutâneo e
submucoso de ratos; já, nos períodos posteriores, observaram diminuição no
número destas células, observando predominantemente os macrófagos.
A biocompatibilidade do cimento Portland no tecido subcutâneo de
ratos também foi analisada por CAMPOS QUINTANA; LLAMOSAS
HERNANDEZ; MORALEZ DE LA LUZ
28
, onde observaram que, aos oito dias
de implantados os materiais, foi mais notória a presença de células
polimorfonucleares, enquanto que nos períodos de 15, 30 e 45 dias o infiltrado
inflamatório caracterizou-se pela presença de macrófagos e células linfóides. A
resposta inflamatória observada foi de leve a moderada nas amostras do
cimento Portland e do controle (tubo vazio).
Nosso estudo mostrou resultados semelhantes ao de SUMER et
al.
150
, quando avaliaram a biocompatibilidade do MTA no tecido subcutâneo de
ratos. Observaram uma resposta inflamatória inicial severa, que foi diminuindo
aos 30 e 60 dias. Segundo os autores, isto pode ter acontecido pelo pH alto
que o material apresenta e a geração de calor produzida enquanto o cimento
toma presa. A formação da cápsula fibrosa foi observada desde o 15º dia em
todos os grupos, o que indica que os materiais são bem tolerados pelos
tecidos.
HOLLAND et al.
68,72,74,75
observaram a formação de calcificações em
contato com o material, quando implantaram tubos de dentina contendo MTA e
cimento Portland no tecido subcutâneo de ratos, comparando-os com o
hidróxido de cálcio; os autores relataram que isto foi possível pela presença de
óxido de cálcio na composição do MTA e provavelmente na do cimento
Portland, onde este óxido de cálcio pode reagir com os fluidos tissulares
formando hidróxido de cálcio. Os autores concluíram que, possivelmente, o
mecanismo de ação com o qual o MTA produz deposição de tecido
mineralizado, pode ser similar ao do hidróxido de cálcio. Segundo
TORABINEJAD et al.
161
a formação de tecido mineralizado pode ocorrer devido
6 Discussão .
176
ao alto pH do MTA, semelhante à do hidróxido de cálcio. A presença dessas
mineralizações também foi constatada por MORETTON et al.
115
, MORAIS et
al.
114
, e YALTIRIK et al.
175
.
Em nosso estudo, não foram observados traços de cristais ou áreas
sugestivas de calcificações em contato com o material implantado,
provavelmente devido ao uso de tubos de polietileno e não de dentina e à
técnica de coloração utilizada, já que nos trabalhos onde foi observada a
presença de calcificações foi utilizada a técnica Von Kossa e em nosso estudo
foi utilizada a técnica de Hematoxilina e Eosina. Resultados semelhantes foram
encontrados por MOTTA et al.
116
, em 2003, quando avaliaram a resposta
tecidual do tecido subcutâneo de ratos frente a implantes de MTA em tubos de
polietileno e não observaram calcificações no tecido conjuntivo, nem nas peças
coradas com a técnica Von Kossa.
Podemos considerar que nos três cimentos à base do clínquer do
cimento Portland, não houve diferença estatisticamente significante em
nenhum dos parâmetros avaliados durante o último período mostrando que os
mesmos são biocompatíveis. O clínquer do cimento Portland puro apresentou
resultados semelhantes ao grupo controle quanto à resposta inflamatória nos
três períodos, porém, não podem ser indicados na clínica odontológica, já que
às vezes este material pode apresentar impurezas, dependendo da sua origem.
6.3.2 Do Tempo de Presa
Com relação ao tempo de presa dos materiais, encontram-se
trabalhos com tempo de presa inicial para o MTA de 70 minutos (CHNG et al.
31
;
ISLAM et al.
81
); 15 minutos para o ProRoot, oito minutos para o MTA-Ângelus e
22 minutos para o CPM (VASCONCELOS
169
). Os tempos de presa final para o
MTA, apresentam-se, de 165 minutos (TORABINEJAD et al.
161
); 156 minutos
(DEAL et al.
35
); 175 minutos (CHNG et al.
31
; ISLAM et al.
81
). Para o cimento
Portland encontram-se tempos de presa inicial com 70 minutos (ISLAM et al.
81
)
e o tempo de presa final com 159 minutos (DEAL et al.
35
); 170 minutos (ISLAM
et al.
81
); 130 minutos para o ProRoot, 32 minutos para o MTA-Ângelus e 61
para o CPM (VASCONCELOS
169
). Os cimentos MTA-Ângelus e CPM
apresentam menor tempo de presa, provavelmente, devido à ausência de
6 Discussão .
177
sulfato de cálcio, nas suas composições. Não encontramos na literatura,
referências quanto ao tempo de presa do clínquer do cimento Portland e nem
do Endo-CPM-Sealer.
No presente estudo, observou-se que o clínquer do cimento Portland
puro, apresentou o menor tempo de presa inicial com cinco minutos, seguido
pelo Endo-CPM-Sealer com seis minutos. Os maiores tempos estiveram
representados pelos cimentos acrescidos com sulfato de cálcio. O que contém
2% de sulfato de cálcio apresentou um tempo de presa inicial de oito minutos, e
o que contém 5%, apresentou dez minutos. Isto demonstra claramente o efeito
retardador do tempo de presa acrescido pelo sulfato de cálcio.
Já nos tempos de presa final, o Endo-CPM-Sealer apresentou o
menor valor, com um tempo de 22 minutos, seguido pelo clínquer do cimento
Portland puro com 55 minutos e, finalmente, os acrescidos com 2% e 5% de
sulfato de cálcio com tempos de 95 e 110 minutos respectivamente.
Segundo a bula do Endo-CPM-Sealer, o tempo de trabalho é de 30
minutos, porém podemos observar, em nosso estudo, que o cimento já toma
presa aos 22 minutos depois da manipulação.
Segundo FIDEL et al.
54
, um cimento deve propiciar um bom tempo
de trabalho clínico, porém, deve endurecer num tempo médio de no máximo
uma hora. GROSSMAN
58
acredita que o tempo ideal de presa deve começar
aos 15 minutos, para dar ao operador um tempo adequado para trabalhar, já
que muitas vezes devem-se realizar controles radiográficos para
posteriormente realizar algum ajuste. Por outro lado, um cimento não deve
demorar mais de uma hora para tomar presa já que pode ocorrer maior
infiltração.
6 Discussão .
178
7 CONCLUSÃO
7 Conclusão .
180
7 Conclusão .
181
7 CONCLUSÃO
Com base na metodologia empregada e considerando-se os
resultados obtidos, pode-se concluir que:
1. Em relação à implantação subcutânea:
- Todos os cimentos à base de clínquer do cimento Portland
produziram uma reação semelhante, não havendo diferença estatisticamente
significante entre eles.
- O Endo-CPM-Sealer, produziu a maior resposta inflamatória nos
períodos de 15 e 60 dias, mostrando diferença estatisticamente significante em
relação a todos os materiais somente no primeiro período.
- O grupo controle e o clínquer do cimento Portland puro produziram
menor reação inflamatória no período de 60 dias, mas, não houve diferença
estatisticamente significante entre todos os grupos.
2. Em relação ao tempo de presa:
- O menor tempo de presa inicial foi dado pelo clínquer puro, seguido
pelo Endo-CPM-Sealer, clínquer + 2% de sulfato de cálcio e clínquer + 5% de
sulfato de cálcio.
- O menor tempo de presa final foi dado pelo Endo-CPM-Sealer,
seguido pelo clínquer puro, clínquer + 2% de sulfato de cálcio e clínquer + 5%
de sulfato de cálcio.
- A adição do sulfato de cálcio ao clínquer aumenta o tempo de
presa.
7 Conclusão .
182
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Referências Bibliográficas .
184
Referências Bibliográficas .
185
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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APÊNDICE
Apêndice .
208
Apêndice .
209
APÊNDICE A
Endo-CPM-Sealer - 15 dias:
Valores da densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
56,54 17,81 6,05 2,12 17,48
2
55,76 11,44 6,86 5,73 20,21
3
59,87 20,11 5,65 3,10 11,27
4
66,46 22,09 0,00 2,78 8,67
5
57,18 26,11 10,38 1,95 4,38
6
67,03 18,19 2,09 3,34 9,35
7
59,87 20,11 5,65 3,10 11,27
8
56,27 24,55 8,96 2,68 7,54
APÊNDICE B
Endo-CPM-Sealer - 30 dias: Valores da densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
57,18 22,63 3,04 4,83 12,32
2
60,35 29,71 3,14 0,68 6,12
3
62,37 19,09 3,13 3,33 12,08
4
66,72 22,35 0,64 0,81 9,48
5
69,27 19,45 0,17 3,99 7,12
6
58,45 21,50 5,44 6,54 8,07
7
62,38 22,46 2,60 3,36 9,20
8
62,38 22,46 2,60 3,36 9,20
APÊNDICE C
Endo-CPM-Sealer - 60 dias: Valores da densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
59,94 26,36 2,78 1,18 9,74
2
59,94 26,36 2,78 1,18 9,74
3
54,09 22,65 9,10 2,99 11,17
4
60,83 27,05 4,00 0,19 7,93
5
63,67 24,96 0,00 2,38 8,99
6
63,53 28,68 1,67 0,38 5,74
7
61,13 27,58 0,85 0,38 10,06
8
56,42 27,23 1,07 0,75 14,53
Apêndice .
210
APÊNDICE D
Clínquer Puro - 15 dias:
Valores da densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
65,04 21,77 2,12 2,61 8,46
2
63,32 24,63 1,47 2,92 7,66
3
62,61 24,54 1,15 6,43 5,27
4
65,16 23,17 1,14 6,16 4,37
5
58,28 26,83 1,81 3,64 9,44
6
63,54 22,23 2,14 5,08 7,01
7
70,44 20,03 1,99 2,56 4,98
8
63,13 25,10 2,92 1,77 7,08
APÊNDICE E
Clínquer Puro - 30 dias: Valores da densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
69,47 21,50 1,53 0,67 6,83
2
63,43 24,96 0,87 2,25 8,49
3
69,53 21,67 0,81 0,56 7,43
4
62,56 27,83 0,18 0,67 8,76
5
67,82 24,92 2,56 0,76 3,94
6
65,98 21,91 2,07 4,02 6,02
7
65,02 29,16 1,23 0,84 3,75
8
62,27 21,35 3,40 2,14 10,84
APÊNDICE F
Clínquer Puro - 60 dias: Valores da densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
71,02 23,13 0,73 2,18 2,94
2
70,60 22,95 0,33 2,48 3,64
3
72,69 22,77 1,08 1,50 1,96
4
69,91 24,85 0,92 0,74 3,58
5
65,78 25,22 1,69 0,86 6,45
6
69,84 25,86 0,21 2,18 1,91
7
64,14 27,17 2,75 1,53 4,41
8
68,16 21,85 1,28 3,45 5,26
Apêndice .
211
APÊNDICE G
Clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio - 15 dias:
Valores da
densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
67,27 19,42 2,54 1,03 9,74
2
67,53 25,04 0,91 1,58 4,94
3
64,02 20,72 3,25 2,29 9,72
4
63,42 23,62 0,51 6,24 6,21
5
64,62 24,13 2,40 1,84 7,01
6
64,67 25,00 0,91 0,73 8,69
7
64,49 29,48 4,75 0,89 0,39
8
66,23 23,51 5,53 1,96 2,77
APÊNDICE H
Clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio - 30 dias: Valores da
densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
67,50 26,33 1,91 3,07 1,19
2
67,18 27,95 3,05 0,36 1,46
3
77,44 16,80 0,00 2,40 3,36
4
63,26 28,68 0,00 2,55 5,51
5
64,16 30,88 1,76 1,12 2,08
6
66,03 25,95 4,12 2,76 1,14
7
66,18 22,13 4,26 6,62 0,81
8
63,58 31,39 4,71 0,32 0,00
APÊNDICE I
Clínquer acrescido com 2% de sulfato de cálcio - 60 dias: Valores da
densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
63,17 30,45 2,92 1,32 2,14
2
58,70 24,80 3,87 0,51 12,12
3
64,13 26,99 0,36 0,73 7,79
4
63,56 27,08 2,33 1,45 5,58
5
61,03 28,12 0,55 1,47 8,83
6
65,09 27,73 3,23 1,72 2,23
7
65,90 27,48 3,04 1,53 2,05
8
66,85 24,00 2,39 2,87 3,89
Apêndice .
212
APÊNDICE J
Clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio - 15 dias:
Valores da
densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
69,43 22,22 5,48 0,89 1,98
2
73,25 22,71 1,20 0,76 2,08
3
68,22 25,90 2,44 1,63 1,81
4
69,11 22,61 0,98 0,97 6,33
5
66,75 20,00 5,31 2,81 5,13
6
71,33 21,44 5,39 0,17 1,67
7
69,46 22,40 3,30 1,55 3,29
8
68,19 21,91 2,28 3,62 4,00
APÊNDICE K
Clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio - 30 dias: Valores da
densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
69,12 17,61 2,13 4,82 6,32
2
65,10 24,24 2,14 0,80 7,72
3
64,93 26,12 2,75 3,86 2,34
4
66,29 21,47 4,58 3,26 4,40
5
73,90 20,71 1,15 1,64 2,60
6
59,28 20,66 11,14 4,29 4,63
7
62,89 22,32 4,98 6,13 3,68
8
68,82 18,59 7,78 1,28 3,53
APÊNDICE L
Clínquer acrescido com 5% de sulfato de cálcio - 60 dias: Valores da
densidade de volume (%) por animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1
70,92 26,65 0,34 0,34 1,75
2
67,80 24,34 4,01 2,10 1,75
3
71,03 22,63 0,68 1,72 3,94
4
69,22 27,32 1,25 0,17 2,04
5
68,48 24,33 0,36 0,36 6,47
6
66,69 23,77 4,79 1,02 3,73
7
66,15 24,97 2,82 1,87 4,19
8
63,09 29,47 4,03 0,85 2,56
Apêndice .
213
APÊNDICE M
Controle (guta-percha) - 15 dias:
Valores da densidade de volume (%) por
animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1a
61,73 26,17 0,00 3,21 8,89
1b
62,07 20,66 3,11 5,13 9,03
1c
60,51 26,11 4,56 5,62 3,2
1d
50,67 30,88 0,94 7,72 9,79
2a
60,03 25,93 0,97 3,71 9,36
2b
62,18 26,71 0,00 2,14 8,97
2c
66,02 24,64 1,46 4,14 3,74
2d
67,27 20,54 2,14 6,36 3,69
3a
52,32 31,20 0,16 1,76 14,56
3b
55,07 29,17 0,72 2,26 12,78
3c
59,19 25,20 3,33 8,89 3,39
3d
63,03 28,03 1,42 3,76 3,76
4a
59,85 24,07 1,79 4,17 10,12
4b
53,96 27,14 1,99 6,76 10,15
4c
55,46 25,64 0,21 6,93 11,76
4d
61,34 24,14 3,87 2,56 8,09
5a
54,13 28,96 2,88 4,86 9,17
5b
52,86 22,71 7,70 3,09 13,64
5c
57,54 25,03 1,85 5,95 9,63
5d
64,64 24,52 0,92 3,49 6,43
6a
53,87 22,26 1,79 3,59 18,49
6b
53,25 26,58 2,45 6,34 11,38
6c
62,60 26,05 1,40 3,14 6,81
6d
63,19 26,11 2,60 3,16 4,94
7a
54,55 22,33 3,62 5,01 14,49
7b
55,45 24,00 3,94 6,03 10,58
7c
57,86 29,23 2,56 3,62 6,73
7d
62,80 27,12 5,77 1,55 2,76
8a
53,78 21,22 0,84 4,35 19,81
8b
54,87 25,62 3,89 2,9 12,72
8c
64,26 24,07 2,35 3,36 5,96
8d
54,65 25,92 1,44 4,22 13,77
Apêndice .
214
APÊNDICE N
Controle (guta-percha) - 30 dias:
Valores da densidade de volume (%) por
animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1a
Perdido Perdido Perdido Perdido Perdido
1b
64,66 21,04 1,30 6,49 6,51
1c
65,86 24,85 0,61 0,8 7,88
1d
72,12 18,03 1,96 1,62 6,27
2a
61,03 22,09 2,85 5,35 8,68
2b
62,00 30,13 0,77 2,11 4,99
2c
67,05 25,34 2,78 2,22 2,61
2d
62,16 30,73 0,00 3,67 3,44
3a
63,44 20,94 1,72 6,86 7,04
3b
64,60 21,71 0,00 3,51 10,18
3c
70,75 25,45 1,04 1,58 1,18
3d
63,58 23,21 0,37 4,53 8,31
4a
56,04 23,04 2,47 2,33 16,12
4b
62,14 19,04 0,57 6,99 11,26
4c
60,94 24,67 0,00 8,9 5,49
4d
73,97 20,06 2,29 2,34 1,34
5a
65,35 18,29 1,31 5,44 9,61
5b
68,44 20,08 2,06 7,75 1,67
5c
73,26 13,39 1,28 5,76 6,31
5d
73,02 19,02 1,60 1,89 4,47
6a
61,62 20,92 0,76 4,99 11,71
6b
61,78 24,52 1,77 7,42 4,51
6c
70,18 17,23 0,61 8,73 3,25
6d
63,16 22,01 3,50 2,3 9,03
7a
58,18 19,46 1,81 0,73 19,82
7b
58,02 29,33 1,36 3,57 7,72
7c
69,08 16,56 1,41 5,29 7,66
7d
75,43 21,12 0,57 0,96 1,92
8a
69,76 18,09 1,58 3,05 7,52
8b
60,22 21,89 0,54 8,21 9,14
8c
70,65 22,32 1,60 3,49 1,94
8d
67,04 24,19 1,78 2,51 4,48
Apêndice .
215
APÊNDICE O
Controle (guta-percha) - 60 dias:
Valores da densidade de volume (%) por
animal
Rato Fibras Fibroblastos Cél. Inflam. Vasos Outros
1a
Perdido Perdido Perdido Perdido Perdido
1b
Perdido Perdido Perdido Perdido Perdido
1c
Perdido Perdido Perdido Perdido Perdido
1d
72,12 22,05 1,06 2,65 2,12
2a
Perdido Perdido Perdido Perdido Perdido
2b
58,19 27,77 0,16 4,79 9,09
2c
69,49 21,46 0,67 3,64 4,74
2d
64,61 18,19 2,71 3,04 11,45
3a
61,01 15,36 3,07 2,44 18,12
3b
59,06 24,02 1,03 5,58 10,31
3c
57,11 32,25 0,86 3,43 6,35
3d
64,98 24,37 0,00 1,44 9,21
4a
66,03 16,19 2,27 0,84 14,67
4b
63,43 20,00 3,49 7,12 5,96
4c
67,90 22,30 1,24 4,37 4,19
4d
67,15 18,38 0,21 0,42 13,84
5a
66,01 19,99 0,00 6,26 7,74
5b
70,11 20,22 0,00 0,44 9,23
5c
70,52 22,16 0,18 1,83 5,31
5d
67,02 24,64 0,00 3,96 4,38
6a
64,67 19,56 0,53 0,7 14,54
6b
60,36 28,69 0,00 0,33 10,62
6c
Perdido Perdido Perdido Perdido Perdido
6d
67,58 21,16 0,96 3,3 7
7a
67,06 24,61 1,11 1,06 6,16
7b
58,29 32,14 1,21 1,67 6,69
7c
66,83 20,18 2,35 1,72 8,92
7d
66,68 28,00 1,44 3 0,88
8a
56,33 21,31 0,82 1,31 20,23
8b
61,42 26,24 0,00 4,28 8,06
8c
60,74 26,15 1,10 2,47 9,54
8d
59,92 32,30 0,58 2,92 4,28
Apêndice .
216
ANEXO
Anexo .
218
Anexo .
219
ANEXO A
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