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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU
Renata Carvalho Sathler
Renata Carvalho SathlerRenata Carvalho Sathler
Renata Carvalho Sathler
Estudo c
Estudo cEstudo c
Estudo comparativo do padrão cefalométrico de
omparativo do padrão cefalométrico de omparativo do padrão cefalométrico de
omparativo do padrão cefalométrico de
jove
jovejove
jovens mestiços nipo
ns mestiços nipons mestiços nipo
ns mestiços nipo-
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-brasileiros
brasileiros brasileiros
brasileiros -
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G
GG
Grandezas dentárias e esqueléticas
randezas dentárias e esqueléticasrandezas dentárias e esqueléticas
randezas dentárias e esqueléticas
Bauru
2009
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Renata Carvalho Sathler
Renata Carvalho SathlerRenata Carvalho Sathler
Renata Carvalho Sathler
Estudo comparativo do padrão cefalométrico de
Estudo comparativo do padrão cefalométrico de Estudo comparativo do padrão cefalométrico de
Estudo comparativo do padrão cefalométrico de
jove
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jovens mestiços nipo
ns mestiços nipons mestiços nipo
ns mestiços nipo-
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-brasileiros
brasileiros brasileiros
brasileiros -
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G
GG
Grandezas dentárias e esqueléticas
randezas dentárias e esqueléticasrandezas dentárias e esqueléticas
randezas dentárias e esqueléticas
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia de Bauru, da Universidade
de São Paulo, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre em
Odontologia.
Área de Concentração: Ortodontia
Orientador: Prof. Dr. Arnaldo Pinzan
Bauru
2009
Sathler, Renata Carvalho
Sa82e
Estudo comparativo do padrão cefalométrico de jovens mestiços nipo
-
brasileiros - Grandezas dentárias e esqueléticas / Renata Carvalho Sathler -
Bauru, 2009.
127p. : il. ; 30 cm + Apêndices
Dissertação (Mestrado)
--
culdade de Odontologia de Bauru,
Universidade de São Paulo.
Orientador: Prof. Dr.
Arnaldo Pinzan
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução
total ou parcial desta dissertação, por processos fotocopiadores e outros meios
eletrônicos.
Assinatura do autor:
Data:
Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, em 27 de junho de 2007.
Processo número: 93/2007
Dados Curriculares
Dados CurricularesDados Curriculares
Dados Curriculares
10
1010
10
de
de de
de
dezembro de 1980
dezembro de 1980dezembro de 1980
dezembro de 1980
Gov.
Gov.Gov.
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Valadares
Valadares Valadares
Valadares -
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MG
MGMG
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Nascimento
NascimentoNascimento
Nascimento
Filiação
FiliaçãoFiliação
Filiação
Herôncio Sathler de Melo
Herôncio Sathler de MeloHerôncio Sathler de Melo
Herôncio Sathler de Melo
Gláucia Carvalho Sathler
Gláucia Carvalho SathlerGláucia Carvalho Sathler
Gláucia Carvalho Sathler
1999
19991999
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200
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Curso
Curso Curso
Curso
de Odontologia pela Faculdade de
de Odontologia pela Faculdade de de Odontologia pela Faculdade de
de Odontologia pela Faculdade de
Odontologia da Universidade
Odontologia da Universidade Odontologia da Universidade
Odontologia da Universidade Vale do
Vale do Vale do
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Rio Doce
Rio DoceRio Doce
Rio Doce
2003
20032003
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Curso de Aperfeiçoamento em
Curso de Aperfeiçoamento em Curso de Aperfeiçoamento em
Curso de Aperfeiçoamento em
Ortodontia pel
Ortodontia pelOrtodontia pel
Ortodontia pela
aa
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ACOPEN
ACOPENACOPEN
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Assessoria e
Assessoria e Assessoria e
Assessoria e
Consultoria em Ortodontia, Pesquisa e
Consultoria em Ortodontia, Pesquisa e Consultoria em Ortodontia, Pesquisa e
Consultoria em Ortodontia, Pesquisa e
Ensino
EnsinoEnsino
Ensino
2007
2007 2007
2007
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Curso de P
Curso de PCurso de P
Curso de P
-
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graduação em Ortod
graduação em Ortodgraduação em Ortod
graduação em Ortod
ontia,
ontia, ontia,
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em
emem
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nível de Mestrado, pela Faculdade de
nível de Mestrado, pela Faculdade de nível de Mestrado, pela Faculdade de
nível de Mestrado, pela Faculdade de
Odontologia de Bauru
Odontologia de Bauru Odontologia de Bauru
Odontologia de Bauru
Universidade de
Universidade de Universidade de
Universidade de
São Paulo
São PauloSão Paulo
São Paulo
Tudo o que tenho,
Tudo o que tenho,Tudo o que tenho,
Tudo o que tenho,
Tudo o que sou,
Tudo o que sou,Tudo o que sou,
Tudo o que sou,
O que vier a ser,
O que vier a ser,O que vier a ser,
O que vier a ser,
Vem de ti, S
Vem de ti, SVem de ti, S
Vem de ti, Senhor...
enhor...enhor...
enhor...
Dedicatória
DedicatóriaDedicatória
Dedicatória
Ao meu
Ao meu Ao meu
Ao meu amor
amoramor
amor
maior
maiormaior
maior, Marcelo Zan
, Marcelo Zan, Marcelo Zan
, Marcelo Zanda.
da.da.
da.
E a
E aE a
E aos meus pais,
os meus pais,os meus pais,
os meus pais,
para sempre meus modelos de vida,
para sempre meus modelos de vida,para sempre meus modelos de vida,
para sempre meus modelos de vida,
dedico este trabalho.
dedico este trabalho.dedico este trabalho.
dedico este trabalho.
Agradecimentos
AgradecimentosAgradecimentos
Agradecimentos
Deus
DeusDeus
Deus
Ao meu melhor amigo, presente em todas as horas. Àquele que me amou desde
o princípio, que me acolheu justamente por ser tão fraca e miserável. Agradeço ao Pai
eterno cujo desejo mais profundo é ver-nos justificados, por meio de Cristo Jesus,
naquele grande dia.
Como é imenso pensar que pertenço apesar de não merecer à família do
Rei dos Reis, do Senhor de todo o universo! E o mais constrangedor: fui aceita por
meio da graça, favor imérito.
Pai, eu o amo acima de tudo o que existe. Não ninguém, nem eu mesma,
que esteja numa posição mais elevada em meu coração! Encerraria por aqui meus
agradecimentos, pois do Senhor recebi tudo mais por que devo agradecer.
Marcelo
MarceloMarcelo
Marcelo
Meu braço forte, meu companheiro, meu professor. Sua presença me traz
segurança, pensar em você faz tudo parecer mais simples! Tudo o que imaginava em
um marido perfeito, encontrei em você! Amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera.
Meu maior amor, minha enciclopédia particular, meu MacGyver! Aprendi com
você a ser mais altruísta, a entender que a vida não é assim tão complicada e a
valorizar o que é eterno. Sua responsabilidade e amor às coisas de Deus são
admiráveis! Eu cresço muito ao seu lado, até mesmo quando eu estou certa e você me
constrange com esse seu coração humilde e “ensinável”. Admiro cada passo seu... E o
sigo sempre: com amor, respeito e companheirismo.
Apesar de não ter escrito sequer uma linha deste trabalho, nenhuma delas
poderia ter sido composta se não fosse por você! Querido, você fez tudo isso valer a
pena! Amo você, com toda minha força! Simples assim...
Meus pais
Meus paisMeus pais
Meus pais
Herôncio e Gláucia
Herôncio e GláuciaHerôncio e Gláucia
Herôncio e Gláucia
Agradeço ao homem mais honrado que conheço: meu pai. Se for raro
encontrar alguém generoso, honesto e respeitável, mais incomum ainda é encontrar
alguém que não se vangloria destes atributos. Este alguém me foi dada a benção de ter
como pai. Homem temente a Deus, que criou seus cinco filhos debaixo de um olhar
severo, porém tão amoroso! Pai, quando digo quem sou, é comum ouvir: Que sorte é
tê-lo como pai, homem admirável por todos os seus atos!
Agradeço também à mulher mais espetacular que existe. Agradeço à minha mãe
por me ensinar a encarar a vida sem muita fantasia e assim me preparar melhor para
as situações difíceis por que passamos. Por demonstrar seu amor por mim da forma
mais delicada e mais profunda possível para uma e. Querida, Deus foi muito
generoso para comigo quando me colocou em seu ventre. Tenho orgulho em dizer
que você, carinha de bebê, é minha mãe! Mulher sábia e valorosa, serva de Deus, a
quem amo com amor incondicional!
Agradeço de coração por pertencer a vocês e agora, também, ao Marcelo. Eu
os amo! Que Deus me conceda a benção de ser um casal como são!
M
MM
Meus irmãos
eus irmãoseus irmãos
eus irmãos
e avó
e avóe avó
e avó
Aos meus amados irmãos, por demonstrarem continuamente seu cuidado por
mim, a irmã caçula. À minha irmã Eurídice
EurídiceEurídice
Eurídice, por seu cuidado de “segunda mãe”. Por
ser tão meiga e carinhosa comigo e com o Marcelo. Ao seu esposo Carlão
CarlãoCarlão
Carlão, nosso
irmão mais velho, por ser tão maravilhoso para com nossa família e por tratar minha
irmã com tanta amabilidade. Aos seus filhos Isaque
IsaqueIsaque
Isaque e Sofia
SofiaSofia
Sofia, herança de Deus nesta
família e que demonstram claramente que seu futuro é o de uma geração profética,
que tem grandes experiências com Deus. Vocês moram em meu coração! Amo vocês!
À minha irmã Cláudia
CláudiaCláudia
Cláudia por me ensinar sobre Jesus e o que Ele fez por mim. A
me incitar a orar, a conhecer e prosseguir em conhecer a Deus. A lutar pelo que quero,
a acreditar mais em mim. Tenho marcados em minha memória inúmeros gestos
carinhosos que recebi de você. Amada, sua vida é preciosa demais. Amo você.
Ao meu irmão Herôncio Júnior
Herôncio JúniorHerôncio Júnior
Herôncio Júnior, por nossas histórias engraçadas, por seu jeito
doce de mostrar afeto, por ser meu irmão. Admiro seu caráter e sua inquietude por
saber cada vez mais. À sua esposa Lila
LilaLila
Lila, presente de Deus dado à nossa família, nossa
irmã mais animada, sempre disposta a servir. Seu cuidado com os filhos Laura e Hector
é inspirador! À minha princesa Laura
LauraLaura
Laura, também agradeço por me cercar com tanto
amor. Ao meu sobrinho Hector
HectorHector
Hector por me proporcionar momentos tão alegres! Este
menino vai longe! Amo demais esta família!
Ao meu irmão Gustavo
GustavoGustavo
Gustavo, meu xodó. Você sempre foi meu maior exemplo,
desde a adolescência. Apesar das nossas brigas de infância, credito a você grande parte
do que sou hoje e isso inclui algumas cicatrizes... À Rebeca
RebecaRebeca
Rebeca, por ser tão carinhosa
comigo, sempre se lembrando de mim, como uma irmã. Vocês são muito amados!
À minha vovó Margarida
MargaridaMargarida
Margarida por suas incessantes orações, por cada membro desta
linda família. Aos 91 anos, é exemplo de bom humor, sabedoria e de gratidão a Deus.
À f
À fÀ f
À família
amília amília
amília do
do do
do Marcelo
MarceloMarcelo
Marcelo
À Dona Neide
Dona NeideDona Neide
Dona Neide e Luciana
LucianaLuciana
Luciana pelo cuidado e atenção dedicados a mim. Por serem
tão dispostas e prestativas. Amo vocês, do fundo do meu coração!
Ao Sr. Neninho
Sr. NeninhoSr. Neninho
Sr. Neninho e Gabriel
GabrielGabriel
Gabriel, por seus abraços, seus olhares, por seu sorriso. Estas
demonstrações de carinho, tão sinceras, ajudaram-me a enfrentar a distância de casa.
Amo vocês!
Aos tios, primos e demais familiares por me receberem tão afetuosamente!
Amigos FOB
Amigos FOBAmigos FOB
Amigos FOB-
--
-USP
USPUSP
USP
Agradeço à turma de Mestrado mais maravilhosa que passou pela FOB-USP.
Nossa história ficará eternizada em meu coração. Não poderia simplesmente citar seus
nomes, vocês são especiais demais!
Bruno
BrunoBruno
Bruno, por ser exemplo de humildade e de amizade conosco, meros mortais...
Admiro demais sua educação e simpatia, heranças de um lar muito equilibrado. Adoro
sua companhia!
Camila
CamilaCamila
Camila, fonte de aprendizado. Quem diria que uma moça tão jovem fosse tão
madura? Sempre que ela fala, eu me calo. Eloqüente, mas consistente! Seus conselhos
têm um tom fraterno inexplicável! Mila, perto de você sinto-me em casa! Amo você!
Fabiano
FabianoFabiano
Fabiano, meu amigo Zazá. Sua companhia e cuidado foram bênçãos divinas. De
vizinho a irmão, de colega de classe a chofer de noiva: você foi meu tutor aqui em
Bauru! Apesar das nossas discussões meio nervosas, não tenho palavras pra agradecê-
lo por me conceder uma amizade tão especial! Isso fica para sempre! Adoro você!!!
Francyle
FrancyleFrancyle
Francyle, pela permanente demonstração de carinho. Em meio a tanta confusão
e correria, aparece ela: sempre linda, arrumada, penteada e cheirosa! Sempre sorrindo,
paira sobre o caos com muita calma e segurança! Adoro você!
Juliana
JulianaJuliana
Juliana, por seu doce jeito de ser. Companheira sempre presente, especialmente
nas horas em que “adormecer” era impossível! Querida, você mora no meu coração.
Muito obrigada por partilhar momentos maravilhosos: Renatita, ainda está acordada?
Amo você!
Luiz Eduardo
Luiz EduardoLuiz Eduardo
Luiz Eduardo, por estar sempre sorrindo com a serenidade que lhe é peculiar.
Por ser exemplo de amizade, de paciência e de perseverança. Sua companhia vai
deixar saudade!
Mariana
MarianaMariana
Mariana, pelo exemplo de coragem e de dedicação. Por dividir suas inúmeras
aptidões conosco e por estar sempre disposta a ajudar. Sua amizade foi indispensável
para a conclusão deste curso. Você vai longe, garota!
Michelle
MichelleMichelle
Michelle, pelos alegres momentos juntas. Por saber intercalar momentos sérios
com momentos de descontração. Agradeço também pelas palavras tão bonitas que
dedicou a mim e ao Marcelo. Você é muito preciosa!
Nuria
NuriaNuria
Nuria, amiga de todas as horas. Até mesmo antes de me conhecer
demonstrava um cuidado fora do comum. Eu simplesmente adoro ter você ao meu
lado. Linda, inteligente e amiga! Além disso, Nurita, seu crescimento tem me
orgulhado muito. Só o céu é o limite pra seu enorme potencial! Amo você!
Oscar
OscarOscar
Oscar, aquele que veio de Arequipa para estudar na U-Esse-Pê. Nosso assessor
de assuntos aleatórios. De verdade, sem você não haveria a turma de Mestrado 2007.
Estaríamos incompletos, sem as pérolas de Oscar...
Ruben
RubenRuben
Ruben, apesar de me entregar a liderança com 10 dias de antecedência e por
“deixar” que eu atendesse mais pacientes na urgência... Apesar disso, agradeço pelo
convívio, por aprender com sua demonstração de força e nos momentos mais
difíceis. Deus abençoe sua família!
Thais
ThaisThais
Thais, minha irmã em Bauru. Sem você o mestrado não teria sido tão especial...
Eu a admiro por se dedicar tanto a tudo o que faz e por fazer tudo sempre tão bem.
Pra sempre terei em minha memória seu jeitinho de sorrir e de se emocionar. Pra
sempre me lembrarei de sua dedicação a mim, por me tomar pela mão e me tornar
alguém melhor. Thaisa
(hihi), eu tenho que admitir: eu ganhei muito mais do que
você nesta amizade! Amo você!
Vanessa
VanessaVanessa
Vanessa, a delicadeza em pessoa. Seu jeitinho cativou até mesmo o Dr.
Guilherme. Bastava ouvir que o “degradezinho” era pra deixar a apresentação mais
bonita que não havia mais como ele esconder o sorriso, né? Também, pudera! Quem
pode resistir à gaúcha mais querida da sala?
William
WilliamWilliam
William, o mais prático de todos. Nunca se estressa demais. Mas, de alguma
forma, sempre conta do recado! Bem, com você aprendi pelo menos uma coisa: o
cefalostato não é uma radiografia!
Agradeço também aos amigos do doutorado, em especial, à Kelly
KellyKelly
Kelly, ao Sérgio
SérgioSérgio
Sérgio e à
Mayara
MayaraMayara
Mayara. Vocês são amigos muito especiais pra mim!
Agradeço especialmente ao Marcelo
MarceloMarcelo
Marcelo
Poleti
PoletiPoleti
Poleti. Pessoa iluminada que se destaca em
tudo o que faz: cientificamente, emocionalmente e espiritualmente. Tchelo, o que
Deus começou a fazer não nos permite antever o que Ele ainda tem reservado. Eu o
admiro demais!!!
Agradeço ainda aos familiares desta turma. São pais, irmãos, namorados: todos
tão especiais quanto aqueles a quem pude conhecer melhor. Agradeço à Romélia
RoméliaRomélia
Romélia e ao
Renato
RenatoRenato
Renato, pelo carinho. À “mainha” Rejane
RejaneRejane
Rejane e ao Flávio
FlávioFlávio
Flávio, pela força. À Terezinha
TerezinhaTerezinha
Terezinha
e ao
Cris
CrisCris
Cris, pelo cuidado. Agradeço, em especial, à Sueli
SueliSueli
Sueli e ao Toninho
Toninho Toninho
Toninho por todo amor e
atenção. Além das receitas culinárias que me passaram, quero também a receita de
como criar filhos tão maravilhosos assim...
Às
Às Às
Às Igreja
IgrejaIgreja
Igrejas
ss
s
Fonte da Vida e Presbiteriana Aliança
Fonte da Vida e Presbiteriana AliançaFonte da Vida e Presbiteriana Aliança
Fonte da Vida e Presbiteriana Aliança
À minha família espiritual em Bauru e em Uru. Que alegria é poder saber que
em qualquer lugar que eu vá, terei uma família e irmãos em Cristo. Em Bauru não foi
diferente, fui recebida de maneira fraternal na Igreja Presbiteriana Aliança, minha
igreja amada. Agradeço humildemente o carinho do querido pastor Joselito e sua
família, ao presbítero Antônio Gérson e tia Nedi, à família Mello e aos amigos Josias e
Luciana. Amo vocês!
À Igreja Fonte da Vida em Bauru, especialmente à Carla e Mirian. Aos amados
pastores José Roberto e Simone, Júnior e Márcia. Agradeço muito sinceramente à
pastora Simone por me ouvir, por dividir comigo lágrimas nos meus momentos mais
difíceis. Vocês são demais!
À Igreja Fonte da Vida em Uru, por me receberem de braços abertos, sem
preconceitos. Por todo carinho dispensado, por cada membro, cada família. Amo
vocês! Estaremos juntos, sempre.
Aos
Aos Aos
Aos Professores
ProfessoresProfessores
Professores
Dr. Arnaldo
Dr. ArnaldoDr. Arnaldo
Dr. Arnaldo,
, ,
, pelos momentos de conversa e de aprendizado. Obrigada por ouvir e
suportar, com paciência, a maioria de minhas idéias. Obrigada!
Dr. Décio
Dr. DécioDr. Décio
Dr. Décio,
, ,
, pelos ensinamentos. Não poderia deixar de exaltar seu mérito como
professor e como um dos líderes deste departamento por tantos anos. Agradeço
também à sua neta Maria Fernanda, por sua amizade e atenção.
Dr. Fernando
Dr. FernandoDr. Fernando
Dr. Fernando,
, ,
, pelo aprendizado em clínica e em sala de aula. Seu cuidado e dedicação
em tudo o que faz são inspiradores.
Dr. Guilherme
Dr. GuilhermeDr. Guilherme
Dr. Guilherme,
, ,
, pela atenção e pela consideração. Agradeço também por me ensinar a
ser mais crítica, mas sem perder o bom humor!
Dr.
Dr. Dr.
Dr. Marcos
MarcosMarcos
Marcos,
,,
, pelos estímulos para crescer e melhorar. Admiro-o por ser sincero e por
ser um professor que não complica, ensinando o lado prático da Ortodontia.
Dr. Renato
Dr. RenatoDr. Renato
Dr. Renato,
, ,
, pelo carinho e por me oferecer tantas oportunidades de aprender um
pouco mais. Admiro demais sua capacidade de reter o que aprende. É um exemplo!
Aos funcionários da disciplina de Ortodontia
Aos funcionários da disciplina de OrtodontiaAos funcionários da disciplina de Ortodontia
Aos funcionários da disciplina de Ortodontia
Cris,
Cris, Cris,
Cris, por nossos agradáveis momentos em clínica, até mesmo nos dias mais agitados,
em que mereci seu puxão de orelha;
Neide
NeideNeide
Neide,
, ,
, pela presteza em resolver a burocracia das pastas dos pacientes e pela
companhia no bandejão;
Sérgio,
Sérgio, Sérgio,
Sérgio, por me tratar sempre tão carinhosamente e pelos alegres dias de pipoca, gosto
demais dos seus “causos” e até mesmo das suas bravezas;
Verinha,
Verinha,Verinha,
Verinha,
por ser tão eficiente e carinhosa. Sua capacidade de ser exigente e, ao mesmo
tempo, amorosa é admirável.
Pessoal, muito obrigada mesmo!
Pessoal, muito obrigada mesmo!Pessoal, muito obrigada mesmo!
Pessoal, muito obrigada mesmo!
Agradeço ainda...
Agradeço ainda...Agradeço ainda...
Agradeço ainda...
Aos nossos queridos Jovens Ni
Jovens NiJovens Ni
Jovens Nipo
popo
po-
--
-brasileiros
brasileirosbrasileiros
brasileiros. Sua disposição altruísta em
participar deste trabalho foi indispensável. Em alguns casos, até emocionante.
Ao técnico em informática
Bonné
BonnéBonné
Bonné,
,,
,
por ser o único capaz de fazer alguém sorrir
durante a digitalização no DFP. Acho que a culpa de eu apresentar alguns erros
sistemáticos é sua...
Aos funcionários da Biblioteca, por manterem o acervo em tão excelente
estado e por me receberem sempre com um sorriso. Agradeço o especial
carinho de Ademir, Alan, Cibele
Ademir, Alan, CibeleAdemir, Alan, Cibele
Ademir, Alan, Cibele, Jane
, Jane, Jane
, Jane(s)
(s)(s)
(s)
e
e e
e Rita
RitaRita
Rita.
..
. Muito obrigada por fazerem
deste ambiente um lugar tão agradável!
Aos funcionários e professores do Departamento de Radiologia
Departamento de RadiologiaDepartamento de Radiologia
Departamento de Radiologia, que
permitiram a realização desta pesquisa.
Ao Prof. Dr.
Prof. Dr. Prof. Dr.
Prof. Dr. José
José José
José Roberto Lauris
Roberto LaurisRoberto Lauris
Roberto Lauris, pela presteza e dedicação em
responder e-mails, em resolver dúvidas. É muito bom saber que nossa faculdade
conta com um estatístico de elevada competência.
Ao Prof. Dr. Luiz Fernando Pegoraro
Prof. Dr. Luiz Fernando PegoraroProf. Dr. Luiz Fernando Pegoraro
Prof. Dr. Luiz Fernando Pegoraro, Diretor da Faculdade de
Odontologia de Bauru – USP. Agradeço-o pela especial consideração ao Grupo
Semente.
À Prof. Dra.
Prof. Dra. Prof. Dra.
Prof. Dra. Maria Aparecida
Maria AparecidaMaria Aparecida
Maria Aparecida
de Andrade Moreira
de Andrade Moreira de Andrade Moreira
de Andrade Moreira Machado
MachadoMachado
Machado, Presidente
da Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
À CAPES
CAPESCAPES
CAPES pela concessão da bolsa de estudo durante o curso de mestrado.
RESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
PROPOSIÇÃO:
PROPOSIÇÃO:PROPOSIÇÃO:
PROPOSIÇÃO:
As características cefalométricas, faciais e dentárias, variam
consideravelmente entre as diferentes raças. No Brasil, em virtude da grande
miscigenação populacional, é necessário conhecer também as variações apresentadas
pelas misturas destas raças. Por esta razão, o objetivo deste estudo foi identificar os
padrões das variáveis dentárias e esqueléticas de jovens mestiços nipo-brasileiros com
oclusão normal e compará-los com amostras semelhantes de leucoderma e de
xantoderma.
MATERIAL E MÉTODOS:
MATERIAL E MÉTODOS:MATERIAL E MÉTODOS:
MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizadas 40 telerradiografias de jovens
leucodermas, 32 de nipo-brasileiros e 33 de xantodermas. As três amostras
apresentavam indivíduos com oclusão normal e face bem balanceada. Foram
realizadas as análises estatísticas de covariância (ANCOVA) e o teste t.
Basicamente, as
variáveis cefalométricas usadas seguiram as análises de Steiner (1953), Tweed (1954) e
McNamara Jr (1984).
RESULTADOS:
RESULTADOS: RESULTADOS:
RESULTADOS: Encontrou-se diferença estatística (p<0,05) entre
as raças em 7 das variáveis estudadas. Estas diferenças indicaram um padrão mais
vertical, menor ângulo interincisivos e menor sobremordida para a amostra nipo-
brasileira, com relação à amostra leucoderma, porém valores semelhantes aos da
amostra xantoderma. CONCLU
CONCLUCONCLU
CONCLUSÕES:
SÕES:SÕES:
SÕES:
Os valores esqueléticos e dentários encontrados
para os jovens nipo-brasileiros foram, em geral, intermediários aos das amostras
leucoderma e xantoderma, entretanto, mais similares àqueles da amostra de
xantoderma, o que fortalece a necessidade de conhecer o padrão específico deste
grupo de mestiços.
Palavras-chave:
Grupos Étnicos. Cefalometria.
ABSTRACT
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACT
Comparative study
Comparative study Comparative study
Comparative study of the cephalometric norms for J
of the cephalometric norms for Jof the cephalometric norms for J
of the cephalometric norms for Japanese
apaneseapanese
apanese-
--
-B
BB
Brazilian descents
razilian descents razilian descents
razilian descents
S
SS
Skeletal and dental measurements
keletal and dental measurementskeletal and dental measurements
keletal and dental measurements
OBJECTIVE:
OBJECTIVE:OBJECTIVE:
OBJECTIVE: The objective of this study was to identify the standards for skeletal and
dental measurements of adolescent Japanese-Brazilian descents with normal occlusion
and also to compare it with a similar White and Japanese sample.
MATERIAL AND
MATERIAL AND MATERIAL AND
MATERIAL AND
METHODS:
METHODS:METHODS:
METHODS: Lateral cephalometric radiographs were used with the purpose of
comparison between the groups: White (N=40), Japanese-Brazilian (N=32) and
Japanese (n=33). The statistical tests were the t test and ANCOVA. Basically, the
cephalometric measurements used followed the analyses of Steiner (1953), Tweed
(1954) and McNamara Jr (1984).
RESULTS:
RESULTS:RESULTS:
RESULTS:
The statistical differences (p<.05)
indicated a more accentuated vertical pattern, smaller interincisal angle and overbite
for the Japanese-Brazilian sample, when compared to the White sample, although
with similar values to the Japanese group.
CONCLUSION:
CONCLUSION:CONCLUSION:
CONCLUSION:
The skeletal and dental
standards found for the Japanese-Brazilian descents were, in general, similar to those
of the Japanese sample but diverse to the White sample. This empowers the necessity
to discern this Japanese-Brazilian descents pattern.
Keywords:
Ethnic Group. Cephalometry.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURAS
LISTA DE FIGURAS
Figura 4.1 - Fotos extrabucais de jovem nipo-brasileira do gênero feminino ..................... 63
Figura 4.2 - Fotos intrabucais. Características oclusais de indivíduo do gênero
feminino da amostra nipo-brasileira ............................................................... 65
Figura 4.3 - Delimitação do desenho anatômico ............................................................... 69
Figura 4.4 - Definição dos pontos cefalométricos ............................................................... 71
Figura 4.5 A - Linhas e planos cefalométricos ....................................................................... 72
Figura 4.5 B - Linhas e planos cefalométricos ....................................................................... 73
Figura 4.6 A - Grandezas angulares e lineares ....................................................................... 75
Figura 4.6 B - Grandezas angulares e lineares ....................................................................... 75
Figura 4.6 C - Grandezas lineares ......................................................................................... 76
Figura 6.5.1 - Diferença estatisticamente significante para SNA ............................................ 98
Figura 6.5.2 - Diferença estatisticamente significante para NS.Gn ......................................... 99
Figura 6.5.3 - Diferenças estatisticamente significantes para 1-NB, 1-AP e Linha I ................. 101
Figura 6.5.4 - Diferenças estatisticamente significantes para 1.1 e sobremordida ................... 103
LISTA DE TABELAS
LISTA DE TABELASLISTA DE TABELAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 5.1 Erro casual (fórmula de Dahlberg) e erro sistemático (teste t
dependente) ..................................................................................................... 81
Tabela 5.2 Tabela de idades mínima, máxima e média das amostras
leucoderma, nipo-brasileira e xantoderma. Teste ANOVA seguido
do teste de Tukey ............................................................................................ 82
Tabela 5.3 Tabela descritiva da amostra leucoderma ............................................................ 83
Tabela 5.4 Tabela comparativa entre gêneros da amostra leucoderma
(teste t) ........................................................................................................... 83
Tabela 5.5 Tabela descritiva da amostra nipo-brasileira ........................................................ 84
Tabela 5.6 Tabela comparativa entre gêneros da amostra nipo-brasileira
(teste t) ............................................................................................................ 84
Tabela 5.7 Tabela descritiva da amostra xantoderma............................................................ 85
Tabela 5.8 Tabela comparativa entre gêneros da amostra xantoderma
(teste t) ............................................................................................................ 85
Tabela 5.9 Tabela comparativa entre os diferentes grupos. ANCOVA e teste de
Tukey .............................................................................................................. 86
SUMÁRIO
SUMÁRIOSUMÁRIO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................... 41
2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................. 45
2.1 A cefalometria e as análises cefalométricas ............................................................. 45
2.2 As análises cefalométricas em diferentes grupos raciais ........................................... 49
2.3 A influência dentária e esquelética e o aspecto facial .............................................. 53
3 PROPOSIÇÃO ...................................................................... 57
4 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................... 61
4.1 Material .................................................................................................................. 61
4.2 Métodos ............................................................................................................... 67
4.2.1 Radiografias ............................................................................................... 67
4.2.2 Elaboração do cefalograma ....................................................................... 68
4.2.2.1 Delimitação do desenho anatômico ............................................... 68
4.2.2.2 Definição dos pontos cefalométricos ............................................. 69
4.2.2.3 Estabelecimento das linhas e planos ................................................ 71
4.2.2.4 Grandezas angulares e lineares ..................................................... 73
4.2.3 Análise estatística ....................................................................................... 76
4.2.3.1 Erro do método ............................................................................. 76
4.2.3.2 Análise descritiva e comparativa .................................................... 77
5 RESULTADOS ...................................................................... 81
5.1 Erro casual e erro sistemático .................................................................................. 81
5.2 Análises descritivas e comparativas entre gêneros ................................................... 82
5.2.1 Médias de idade ........................................................................................ 82
5.2.2 Amostras leucoderma, nipo-brasileira e xantoderma .................................. 82
5.3 Análise comparativa entre grupos .......................................................................... 86
5.3.1 Variáveis estatisticamente significantes ........................................................ 87
6 DISCUSSÃO ......................................................................... 91
6.1 Justificativa ............................................................................................................. 91
6.2 Sobre a amostra .................................................................................................... 92
6.3 Sobre o erro do método........................................................................................ 94
6.4 Sobre a escolha das variáveis ................................................................................. 96
6.5 Sobre as variáveis estatisticamente significantes ...................................................... 98
6.5.1 Relação das bases ósseas ............................................................................ 98
6.5.2 Padrão do esqueleto cefálico ..................................................................... 99
6.5.3 Alterações lineares dos incisivos inferiores ................................................. 101
6.5.4 Relações angulares entre incisivos superiores e inferiores........................... 103
6.6 Considerações gerais ............................................................................................. 105
7 CONCLUSÕES .................................................................... 113
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................ 117
APÊNDICES ............................................................................ 131
ANEXOS ............................................................................... 139
Introdução
IntroduçãoIntrodução
Introdução
Graças te dou, vis
Graças te dou, visGraças te dou, vis
Graças te dou, visto q
to qto q
to que por modo assombrosamente
ue por modo assombrosamenteue por modo assombrosamente
ue por modo assombrosamente
maravilhoso me formaste
maravilhoso me formastemaravilhoso me formaste
maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis,
; as tuas obras são admiráveis,; as tuas obras são admiráveis,
; as tuas obras são admiráveis,
e a minha alma o sabe muito bem
e a minha alma o sabe muito bem e a minha alma o sabe muito bem
e a minha alma o sabe muito bem
Salmos
SalmosSalmos
Salmos
13
1313
139:
9:9:
9:14
1414
14
Introdução 41
1
11
1
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Foi no ano de 1899 que Angle (ANGLE, 1899) propôs sua classificação das más
oclusões, ainda limitada pelo estudo isolado dos modelos de gesso. Desde então,
vários autores se dedicaram em aprimorar o sistema de diagnóstico vigente daquela
época (BROADBENT, 1937; BURSTONE, 1967; ANDREWS, 1972).
Com o surgimento do cefalostato em 1931, a cefalometria foi introduzida na
prática ortodôntica por Broadbent (BROADBENT, 1931) e Hofrath (WAHL, 2006).
Assim, os conhecimentos das mudanças que ocorriam na face e no crânio
possibilitaram melhor elaboração de diagnóstico, tratamento e finalização mais
precisos.
Agora, com dados em mãos, era necessário determinar valores para
interpretação e padronização dos resultados obtidos (BROADBENT, 1937). Desta
forma, seria interessante estudar valores médios de indivíduos com oclusão normal e
padrão esquelético satisfatório.
Assim, muitas análises surgiram. Downs (DOWNS, 1948), Tweed (TWEED, 1969),
Steiner (STEINER, 1953) e tantos outros procuraram desenvolver padrões nos quais o
clínico poderia se apoiar. Porém, o tempo mostrou a necessidade de um espírito
crítico por parte dos usuários destas análises.
Atualmente, verificam-se mudanças quanto ao valor depositado em diagnósticos
baseados em cefalometria. Capelozza (CAPELOZZA FILHO, 2004) afirma que estudos
não numéricos deveriam definir as características de normalidade em diferentes grupos
étnicos. Entretanto, como ser objetivo e preciso senão por meio dos algarismos? Antes
da experiência, foi necessário a todos os praticantes da Ortodontia basear-se em
padrões rígidos para depois se libertarem deles, de acordo com a vivência clínica e
com o bom senso, mas firmados nestes conceitos (RAVELI
et al.
, 2007).
As estruturas esqueléticas craniofaciais influenciam diretamente o posicionamento
dos dentes superiores e inferiores e também na caracterização do perfil facial dos
indivíduos (JIN
et al.
, 1996; BAILEY
et al.
, 2001; KUSNOTO; KUSNOTO, 2001; SOH;
CHEW; CHAN, 2006). Por isso, os valores médios cefalométricos devem ser
explicitados à comunidade ortodôntica a fim de sublimar o tratamento oferecido aos
42 Introdução
pacientes, inclusive àqueles descendentes de diferentes raças, uma vez que a relação de
normalidade entre o posicionamento esquelético e dentário pode apresentar grande
diversidade em função das variações étnicas (MARTINS, 1979; PINZAN, 1994;
TAKAHASHI, 1998; UCHIYAMA, 2005; FRANCO, 2006; VALLE, 2006). Daí a
fundamentação para realizar este estudo.
Tendo em vista essas ponderações (DOWNS, 1948; TAYLOR; HITCHCOCK,
1966; MARTINS, 1979; JANSON, 1990), percebe-se a importância de conhecer as
variações das medidas normais referentes às diferentes raças, separando-as por
aspectos esqueléticos, dentários e tegumentares. Neste trabalho, objetivou-se o estudo
das características cefalométricas esqueléticas e dentárias, do jovem mestiço nipo-
brasileiro, descendente de leucodermas e xantodermas. Para melhor compreensão dos
resultados, foi feita a comparação destes valores encontrados com os de amostras de
leucodermas e xantodermas.
Revisão da
Revisão da Revisão da
Revisão da
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
Pois quem é Deus, senão o Senhor? E quem é rochedo, senão o nosso
Pois quem é Deus, senão o Senhor? E quem é rochedo, senão o nosso Pois quem é Deus, senão o Senhor? E quem é rochedo, senão o nosso
Pois quem é Deus, senão o Senhor? E quem é rochedo, senão o nosso
Deus? Deus é a minha fortaleza e a minha força e ele perfeitament
Deus? Deus é a minha fortaleza e a minha força e ele perfeitamentDeus? Deus é a minha fortaleza e a minha força e ele perfeitament
Deus? Deus é a minha fortaleza e a minha força e ele perfeitamente
e e
e
desembaraça o meu caminho
desembaraça o meu caminhodesembaraça o meu caminho
desembaraça o meu caminho
2 Samuel 22:32 e 33
2 Samuel 22:32 e 332 Samuel 22:32 e 33
2 Samuel 22:32 e 33
Revisão da Literatura 45
2 REVISÃO DA LITERATURA
2 REVISÃO DA LITERATURA2 REVISÃO DA LITERATURA
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 A
2.1 A2.1 A
2.1 A
c
cc
ce
ee
efalometria e as análises c
falometria e as análises cfalometria e as análises c
falometria e as análises cefalométricas
efalométricasefalométricas
efalométricas
Com a introdução da cefalometria por Broadbent (BROADBENT, 1931) e
Hofrath (WAHL, 2006), várias análises cefalométricas surgiram. Este vasto número de
relatos e pesquisas difundiu-se rapidamente e se tornou muito bem conhecido por
todo o mundo. Por este motivo, este trabalho irá destacar somente alguns nomes,
entre tantos, que fizeram de suas indagações, motivação para o desenvolvimento de
métodos de estudo do crescimento e do desenvolvimento craniofacial.
Com o intenso uso deste método auxiliar de diagnóstico, diversos pesquisadores
iniciaram uma busca frenética pela obtenção das grandezas angulares e lineares mais
adequadas. Dentre os pesquisadores, alguns nomes se destacam por dedicarem suas
vidas ao estudo da face, do crânio, dos dentes e de suas relações (ANGLE, 1899;
BROADBENT, 1931; DOWNS, 1948; REIDEL, 1952; STEINER, 1953; TAYLOR;
HITCHCOCK, 1966; TWEED, 1969; MCNAMARA JR, 1984). também na literatura
nacional vários trabalhos que participaram desta história (MARTINS, 1979; BERTOZ,
1981; MORAES, 1986; RADDI, 1988; JANSON, 1990; PINZAN, 1994; TAKAHASHI,
1998; UCHIYAMA, 2005; FRANCO, 2006; VALLE, 2006).
Em 1940, Margolis (MARGOLIS, 1940) apresentou diretrizes para a realização
das telerradiografias que permitiram, posteriormente, a execução de estudos
comparativos. Um ano mais tarde (MARGOLIS, 1941), apresentou novos trabalhos
que possibilitaram a visualização, ao mesmo tempo, do perfil facial e dos detalhes
referentes à radiografia do paciente, facilitando a verificação das mudanças dento-
esqueléticas e tegumentares no início e final do tratamento.
Com o aprimoramento dos estudos, Downs, em 1948, (DOWNS, 1948)
advertia sobre as variações normais que poderiam ocorrer em torno de uma média
considerada fixa. Ou seja, observou que indivíduos portadores de oclusões excelentes
poderiam apresentar valores diferentes do padrão proposto. Nesse sentido, destacou
46 Revisão da Literatura
que os valores resultantes da sua análise não deveriam ser aplicados em pacientes com
características raciais diferentes.
Seguindo esse discernimento, Bushra (BUSHRA, 1948) determinou a variabilidade
e a correlação das relações faciais, cranianas e dentárias. Verificou que as grandezas
utilizadas não seriam guias infalíveis, mas sim auxiliares no planejamento do
tratamento. E, embora a cefalometria não suplante outros métodos de diagnóstico,
esta análise tem grande valor no auxílio e compreensão dos mesmos (DOWNS, 1952).
Em 1956, Downs (DOWNS, 1956)
sintetizou dois de seus trabalhos prévios e
descreveu interpretações adicionais para auxiliar a utilização de sua análise na clínica
ortodôntica. Mencionou que as estruturas dentofaciais sofriam variações quanto aos
diferentes padrões raciais, gênero e idade. Relatou que os indivíduos possuíam
padrões faciais particulares, e que os problemas ortodônticos eram complexos devido
à grande variação no padrão dento-esquelético, e do crescimento e desenvolvimento
craniofacial.
No ano seguinte, em pesquisa feita visando estabelecer a relação entre os
conceitos de estética facial dos ortodontistas e do público em geral, Reidel (REIDEL,
1957) conclui que existe uma aparente ligação entre ambos. Observou que o padrão
dentário indicado como belo, por meio de concurso de beleza em Seattle, indicava
inclinação axial maior para o incisivo inferior quando comparado aos resultados de
Downs e Tweed.
Utilizando-se de medidas propostas por Reidel (REIDEL, 1952) e ainda algumas
medidas próprias, Steiner (STEINER, 1959) dedicou-se à inserção definitiva da
cefalometria na prática clínica do ortodontista, tornando sua utilização mais simples e
admissível. Sua análise é, até hoje, uma das mais populares em nosso meio. Sua
intenção era tornar esse meio de diagnóstico algo mais acadêmico e também mais
clínico. Dentre casos de oclusão normal de Downs, Reidel e de sua clínica particular,
Steiner selecionou o melhor e, a partir dele, criou os valores que seriam utilizados em
sua análise. É certo que a seleção do caso seria questionável de acordo com as regras
científicas que conhecemos hoje, mas suas medidas normativas são aceitas
mundialmente (MARTINS, 1979).
Em 1960, este mesmo autor (STEINER, 1960) enfatizou a eficiência de seu
método cefalométrico no planejamento, por possibilitar a verificação dos distúrbios
Revisão da Literatura 47
esqueléticos, dentários e tegumentares, no sentido vertical e horizontal, além das
mudanças decorrentes do crescimento e desenvolvimento craniofacial e dos resultados
da terapia ortodôntica. Mais tarde, reitera que o maior valor dos estudos
cefalométricos está no campo da comparação através da técnica de sobreposição de
traçados. Tais comparações revelam e demonstram as alterações ocorridas, a
efetividade e as deficiências do tratamento encetado (STEINER, 1962).
Buscando conhecer mais profundamente o que seria considerado como o padrão
para os tratamentos ortodônticos, Tweed (TWEED, 1969) tornou públicas novas
grandezas. O triângulo facial de Tweed estabeleceu valores de 25° para o FMA
(Frankfort Mandibular plane Angle), 90° para o IMPA (Incisor Mandibular Plane
Angle) e 65° para o FMIA (Frankfort Mandibular Incisor Angle).
Essa busca por conhecer a real aplicação das análises cefalométricas foi
exatamente o que levou Taylor & Hitchock (TAYLOR; HITCHCOCK, 1966) a
estudarem uma amostra de leucodermas, semelhante à de Steiner (Califórnia, Oeste
dos EUA), porém do estado de Alabama, na região sul dos Estados Unidos. O
resultado era esperado: comparados com os de Downs (DOWNS, 1948) e Steiner
(STEINER, 1953) os valores encontrados indicavam maior protrusão e inclinação para
vestibular dos dentes superiores e inferiores para a amostra estudada, denominada de
análise de Alabama. É interessante lembrar que os dados foram coletados no mesmo
país e no mesmo grupo racial que os dados usados para comparação. Os autores
encerram o trabalho sugerindo que o ponto mais questionável das análises
cefalométricas existentes é a locação dos estudos, relacionando-o com a bagagem
étnica das amostras estudadas.
A mesma inquietação impulsionou Martins (MARTINS, 1979) a pesquisar a
relação existente entre os padrões normais para leucodermas americanos e os padrões
normais para leucodermas brasileiros. A indagação era sobre o uso daquele padrão
como norma para todos os pacientes, indistintamente, sem considerar a discrepância
morfogenética das estruturas dento-esqueléticas nos diferentes grupos étnicos. Os
resultados desta pesquisa concluíram que a maioria dos valores cefalométricos
evidenciou-se significantemente diferente para cada uma das análises. Como aplicação
prática, o autor sugeriu o uso das análises de Downs (DOWNS, 1948) e Tweed
(TWEED, 1969) com reserva; o uso da análise de Steiner (STEINER, 1953) para valores
48 Revisão da Literatura
concernentes ao padrão esquelético e, de forma geral, o uso da análise de Alabama
(TAYLOR; HITCHCOCK, 1966) para os valores dentários.
Em 1984, McNamara Jr. (MCNAMARA JR, 1984) tornou pública uma análise
concebida com o propósito de sanar algumas dificuldades que surgiram com o tempo.
O método consiste em determinar o posicionamento da maxila e, a partir deste dado,
segue-se a tomada das outras medidas que indicam o posicionamento da mandíbula. A
idéia da análise surgiu como necessidade de quantificar linearmente as discrepâncias, o
que facilitaria o plano de tratamento nos casos cirúrgicos e nos casos em que os
aparelhos funcionais fossem utilizados.
Em pesquisa realizada experimentando esta adequação dos valores
cefalométricos propostos por McNamara Jr.
(MCNAMARA JR, 1984)
, Janson
(JANSON,
1990)
trouxe à luz, entre outros, o seguinte resultado: o padrão esquelético da amostra
brasileira não apresentou diferença significante em relação ao padrão da norte-
americana. Entretanto, o padrão dentário brasileiro mostrou-se ligeiramente mais
protruído.
Ainda com base em estudos longitudinais, Martins
et al
. (MARTINS
et al.
, 1998)
apresentaram os resultados de uma pesquisa que compuseram o Atlas de Crescimento
e Desenvolvimento Craniofacial. Um grupo amostral composto por indivíduos
brasileiros leucodermas, descendentes de mediterrâneos, não submetidos ao
tratamento ortodôntico, foi acompanhado dos 6 aos 18 anos de idade. Dados
relacionados às diversas medidas de diferentes análises cefalométricas foram obtidos,
tanto no sentido vertical quanto ântero-posterior, representando um valioso trabalho
para a execução do diagnóstico e plano de tratamento, em pacientes da mesma
origem pesquisada.
Revisão da Literatura 49
2.2
2.2 2.2
2.2 A
AA
As
ss
s
análises cefalométricas em diferentes grupos r
análises cefalométricas em diferentes grupos ranálises cefalométricas em diferentes grupos r
análises cefalométricas em diferentes grupos raciais
aciaisaciais
aciais
Como observado, diversos estudos foram feitos visando estabelecer normas
cefalométricas gerais. Entretanto, as primeiras análises cefalométricas tiveram como
amostra indivíduos leucodermas. Com o passar do tempo, outros pesquisadores foram
induzidos a verificar se estes valores poderiam ser utilizados, indistintamente, em
outras comunidades. Desta forma, a necessidade de conhecer as diferenças existentes
entre os vários tipos raciais e étnicos foi confirmada e observou-se a importância de
respeitar as diferenças pertinentes a cada raça (COTTON; TAKANO; WONG, 1951;
BERTOZ, 1981; MEDEIROS, 1986; MORAES, 1986; RADDI, 1988; TAKAHASHI, 1998;
UCHIYAMA, 2005; FRANCO, 2006; VALLE, 2006).
Neste aspecto, a primeira pesquisa foi publicada em 1951 por Cotton, Takano, Wong
(COTTON; TAKANO; WONG, 1951), aplicando-se a análise de Downs (DOWNS,
1956) em afro-americanos, nipo-americanos e sino-americanos. Estes autores
encontraram diferenças significantes para cada uma destas etnias nas diferentes
variáveis estudadas. Anos mais tarde, Miura, Inoue e Suzuki (MIURA; INOUE;
SUZUKI, 1965) fizeram estudos semelhantes em japoneses e estabeleceram padrões de
normalidade utilizando o cefalograma de Steiner. Iwasawa, Moro e Nakamura
(IWASAWA; MORO; NAKAMURA, 1977) estabeleceram para aquela população os
valores normais para a análise cefalométrica de Tweed.
Para determinar um padrão médio entre a relação dos incisivos inferiores com as
bases ósseas, Interlandi (INTERLANDI, 1971), em 1971, propôs uma análise, definida
como morfodiferencial, para o diagnóstico e planificação do tratamento ortodôntico.
Esse estudo estabeleceu uma norma cefalométrica lateral para os incisivos centrais
inferiores, onde as referências anatômicas empregadas não estivessem distanciadas dos
ossos basais superior e inferior, uma vez que a variabilidade diferencial no crescimento
facial condiciona um posicionamento dentário equilibrado ou em desarmonia com o
sistema esquelético e muscular. A proposta de determinação da linha I, pelo autor, é
obtida a partir da união dos pontos de referência P’ e E, localizados respectivamente
na maxila e na mandíbula. Com base na avaliação estabelecida, observou ausência de
50 Revisão da Literatura
discrepância cefalométrica quando a borda incisal do incisivo inferior coincidia com a
linha I.
Entretanto, após alguns anos, Interlandi (INTERLANDI, 1977)
fez modificações
para determinação da linha I, no que se refere aos pontos de referência para medição
da distância do incisivo central inferior, redefinindo-a como a distância do limite
lingual da borda incisal dos incisivos centrais inferiores à linha I, ou seja, aceitando um
posicionamento mais anterior dos incisivos como ideal. Desta forma, a concepção da
análise de Interlandi é o estabelecimento de um padrão para o posicionamento
dentário, implicando em um menor grau de retrusão na movimentação dos incisivos,
para promoção de maior estabilidade pós-tratamento, associando-se à estética facial
harmoniosa. O estabelecimento dessa medida linear, chamada linha I, foi para
determinar o posicionamento dos incisivos em indivíduos leucodermas.
Usando o mesmo critério de seleção de Steiner - pacientes tratados, com bom
perfil facial e oclusão normal Uesato
et al.
(UESATO
et al.
, 1978) escolheram um
caso dentre 50 tratados com satisfatória oclusão, boa relação de incisivos e perfil facial
equilibrado. Desta forma, os valores encontrados por estes autores eram muito
semelhantes aos de Steiner, provavelmente por escolherem somente um indivíduo ao
invés de uma amostra de maior número.
Outros autores que mostraram interesse em conhecer as diferenças raciais dos
valores cefalométricos foram Engel e Spolter (ENGEL; SPOLTER, 1981). Estes autores
encontraram um padrão mais vertical para a amostra de japoneses estudada, quando
comparada à amostra de leucodermas. Além disso, também evidenciaram maior
protrusão e vestibularização dos incisivos inferiores e superiores para a amostra
xantodema.
A preocupação em se conhecer valores cefalométricos em diferentes raças também
se ratifica em estudo feito por Alcalde
et al.
(ALCALDE
et al.
, 1998) em que os autores
reúnem uma amostra japonesa de adultos, tendo em vista obter valores de
normalidade para a faixa etária que se submete às cirurgias ortognáticas, lembrando
que as análises já existentes foram baseadas em jovens leucodermas somente.
no Brasil, Bertoz (BERTOZ, 1981), pesquisou a linha “I” para estabelecer um
padrão de normalidade no grau de inclinação dos incisivos inferiores, em jovens
melanodermas, do gênero masculino, de 12 a 17 anos. Determinou que a linha I
Revisão da Literatura 51
deveria ser de -7,35mm, caracterizando uma protrusão acentuada dos incisivos
inferiores, comprovando que existe variação no posicionamento dentário para os
diferentes grupos raciais. Estudo semelhante de Medeiros (MEDEIROS, 1986) obteve o
valor desta linha para jovens melanodermas do sexo feminino. O valor encontrado
foi de -6,48mm. Além disso, determinou também o padrão dentário para este grupo,
o que confirmava estas particularidades. Continuando os estudos neste grupo, Moraes
(MORAES, 1986), propôs o padrão esquelético e Henriques e Freitas (HENRIQUES;
FREITAS, 1990), a medida Wits, encontrando valores próximos a 0mm.
Para o grupo de japoneses nascidos no Brasil, Raddi (RADDI, 1988) determinou
o posicionamento do incisivo inferior em relação à linha “I” com valor médio de -
4,40mm e Henriques
et al.
(HENRIQUES
et al.
, 1999) o valor médio de Wits de -
2,4mm. Evidencia-se, portanto, que com relação à linha I os valores padrões
estimados para os jovens brasileiros leucodermas, melanodermas e xantodermas
demonstraram diferenças significantes, indicando para os diferentes grupos raciais, a
existência de variações das medidas cefalométricas (INTERLANDI, 1971; BERTOZ,
1981; RADDI; HENRIQUES; MARTINS, 1989).
Ainda no desenvolvimento deste princípio de observação, Takahashi
(TAKAHASHI, 1998), em pesquisa sobre os valores médios de normalidade para
xantodermas brasileiros, concluiu que necessidade de se utilizar um padrão
cefalométrico específico para os brasileiros descendentes de xantodermas japoneses.
Seus resultados permitiram concluir que havia maior tendência a um perfil convexo
para aquela amostra e que os incisivos apresentavam maior vestibularização que os
valores preconizados por Steiner e Tweed, para leucodermas norte-americanos.
Uchiyama (UCHIYAMA, 2005), em estudo sobre as alturas faciais de jovens
brasileiros melanodermas, propôs-se a determinar os valores de normalidade para essa
comunidade e sugeriu estudos cefalométricos que considerem os grupos de mestiços,
lançando a pergunta: “para eles, quais parâmetros devem ser aplicados?” No ano
seguinte, Pinzan (PINZAN, 2006) observava a influência da localização dos pontos
cefalométricos, nas diferenças entre gêneros, idades, grupos raciais e más oclusões,
quando da interpretação dos valores cefalométricos.
Com o propósito de determinar o impacto do apinhamento dentário anterior,
sobressaliência, sobremordida, diastemas e o tipo de oclusão na percepção dental
52 Revisão da Literatura
estética dos ortodontistas e leigos asiáticos, Soh, Chew e Chan (SOH; CHEW; CHAN,
2006) obtiveram 50 pares de fotografias intrabucais, em preto e branco, de vários
tipos de más oclusões. Como resultado, foi observada que a sobressaliência foi o
problema que mais influenciou as percepções de estética, tanto para ortodontistas
quanto para os leigos. É de muita importância a opinião dos leigos nestas pesquisas
(PECK; PECK, 1970; FOSTER, 1973), pois eles são a maioria daqueles que estão
inseridos na comunidade onde vive o paciente ortodonticamente tratado. Até porque
a severidade da oclusão está vinculada a uma menor qualidade de vida (TAJIMA
et al.
, 2007).
Ainda em 2006, Valle (VALLE, 2006) comparou as medidas da análise
cefalométrica dos tecidos moles de pacientes leucodermas norte-americanos aos
pacientes feodermas brasileiros utilizando o software Dolphin®. Concluiu que os
feodermas brasileiros apresentam um perfil facial diferente dos leucodermas. Os
incisivos superiores e inferiores se apresentaram mais vestibularizados nos feodermas
em ambos os sexos. Os feodermas apresentaram maior projeção da maxila, maior
retrusão do queixo o que resultou em um perfil mais convexo.
Naquele mesmo ano, Franco (FRANCO, 2006) propôs apresentar um padrão
cefalométrico específico do posicionamento dentário para jovens brasileiros
feodermas. A análise específica do posicionamento dentário naqueles jovens
apresentou valores intermediários aos encontrados nos leucodermas e melanodermas.
Essa característica foi discutida devido à influência genética que os brancos e negros
exercem sobre os seus filhos, que determina um padrão esquelético, dentário e
tegumentar peculiar.
Finalmente, estudos feitos em Maringá demonstraram que jovens mestiços
xantodermas com bom perfil facial apresentaram incisivos superiores bem
posicionados e incisivos inferiores suavemente vestibularizados e protruídos
(SIQUEIRA, 2006).
Revisão da Literatura 53
2.3
2.32.3
2.3 A i
A iA i
A influência d
nfluência dnfluência d
nfluência dentária e esquelética e o aspecto f
entária e esquelética e o aspecto fentária e esquelética e o aspecto f
entária e esquelética e o aspecto facial
acialacial
acial
A idéia de que o posicionamento dos dentes representa importante papel para a
estética facial havia sido sugerida por Tweed (TWEED, 1944) em 1944, quando este
autor declarou que faces normais, com raras exceções, tinham oclusão normal ou
oclusão de Classe I. De acordo com esse autor, os incisivos inferiores ocupam uma
posição vertical sobre o processo alveolar e o osso basal em casos de bom padrão
facial (TWEED, 1945).
Buscando avaliar diferenças entre as medidas cefalométricas dentárias e
tegumentares entre jovens melanodermas e leucodermas americanos, Drummond
(DRUMMOND, 1968) pôde observar que a posição protruída dos dentes anteriores e
a espessura dos bios influenciavam na determinação estética do terço inferior da
face, sendo que a inclinação vestibular ou lingual, com protrusão ou retrusão dos
incisivos relaciona-se intimamente com o tecido mole na determinação de perfil facial
convexo ou côncavo, respectivamente. Ainda em 1968, Uesato (UESATO, 1968)
lembra que o critério para escolher um perfil equilibrado é estritamente pessoal. Com
relação ao perfil ideal para o nipo-americano, a observação pessoal revela um desejo
desta população em adotar as características físicas dos caucasianos e por isso, diz
sentir-se justificado em promover um ideal nipo-americano mais próximo do
caucasiano que do clássico japonês.
Cons e Jenny (CONS; JENNY, 1994) compararam a percepção de beleza em
onze grupos étnicos, entre eles, o japonês e concluíram que esse padrão de percepção
de beleza era muito similar ao americano, mostrando a influência ocidental no
conceito de beleza.
Com o intuito de conhecer a preferência estética de ortodontistas, artistas
plásticos e leigos, Okuyama (OKUYAMA, 1995) selecionou 180 fotografias de 60
jovens de diferentes etnias. Avaliou o tecido mole dos 21 perfis classificados como
agradáveis, para cada grupo étnico. Verificou que os perfis preferidos pelos 27
avaliadores apresentaram uma suave convexidade facial para todas as etnias. Concluiu
que o conceito de estética é extremamente subjetivo e está condicionado às influências
socioculturais.
54 Revisão da Literatura
Apesar destas pesquisas e de ser senso comum que os japoneses apresentam
lábios mais protruídos quando comparados com os brancos (ALCALDE
et al.
, 2000;
IOI
et al.
, 2005) e que o paciente japonês se agrada mais do perfil reto, (MIURA;
INOUE; SUZUKI, 1965; MIYAJIMA
et al.
, 1996; MANTZIKOS, 1998; ALCALDE
et al.
,
2000; IOI
et al.
, 2005) mais parecido com o dos leucoderma, Miura, Inoue e Suzuki
(MIURA; INOUE; SUZUKI, 1965) afirmavam que o resultado do tratamento
ortodôntico para os japoneses não seria sempre o mais funcional, estável e desejável
se usássemos valores menores para as variáveis ANB, 1.NA, 1-NA, 1.NB e 1-NB,
seguindo as referências de Steiner para os americanos.
De acordo com a pesquisa de Bailey
et al.
(BAILEY
et al.
, 2001), houve um
aumento significativo do número de hispânicos e asiáticos que buscam o tratamento
orto-cirúrgico, em busca de melhor harmonia facial. Isto mostra a preocupação que
esses grupos têm demonstrado com relação à sua aparência frente à comunidade em
que vivem.
Em estudo sobre as variações cefalométricas em diferentes etnias, Guimarães
et
al.
(GUIMARÃES
et al.
, 2006) observaram que os padrões cefalométricos do perfil
dento-esquelético maxilar e perfil mole nasolabial evidenciaram um caráter facial
convexo nos indivíduos da etnia negra, observando-se uma participação direta da
protrusão maxilar, dentária e labial superior. Assim, devem-se determinar padrões
cefalométricos específicos para cada raça ou grupo étnico e estes padrões não devem
ser aplicados, sem alterações, em outros grupos populacionais, quando do
planejamento e terapêutica de pacientes ortodônticos ou orto-cirúrgicos.
Finalmente, Scavone e Trevisan (SCAVONE; TREVISAN, 2006), em 2006,
sugerem que o ortodontista e o cirurgião buco-maxilo-facial devam sempre considerar,
além dos valores normativos étnicos, a opinião e percepção de beleza dos pacientes
japoneses para estabelecer um plano de tratamento individualizado. Sabe-se que a
ciência da cefalometria e de suas análises não é exata, mas serve de
linguagem
para
comunicação entre colegas e para a compreensão do relacionamento que existe entre
as estruturas da face, conhecimento crucial para a determinação do diagnóstico e do
plano de tratamento (MCNAMARA JR, 1984).
Proposi
ProposiProposi
Proposição
çãoção
ção
Pois todos pecar
Pois todos pecarPois todos pecar
Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,
am e carecem da glória de Deus,am e carecem da glória de Deus,
am e carecem da glória de Deus,
sendo justificado
sendo justificadosendo justificado
sendo justificados gratuitamente, por sua graça,
s gratuitamente, por sua graça,s gratuitamente, por sua graça,
s gratuitamente, por sua graça,
mediante a redenção que há em Cristo Jesus
mediante a redenção que há em Cristo Jesusmediante a redenção que há em Cristo Jesus
mediante a redenção que há em Cristo Jesus
Romanos
RomanosRomanos
Romanos
3
33
3:23 e 24
:23 e 24:23 e 24
:23 e 24
Proposição 57
3 PROPOSIÇÃO
3 PROPOSIÇÃO3 PROPOSIÇÃO
3 PROPOSIÇÃO
Esta pesquisa cefalométrica se propôs a:
Determinar os valores médios de normalidade das grandezas cefalométricas
esqueléticas SNA, SNB, ANB, SN.GoGn, NS.Gn e FMA e das dentárias 1.NA, 1-
NA, 1-Aperp, 1.NB, 1-NB, 1-AP, IMPA, Linha I, 1.1, sobressaliência e
sobremordida de jovens brasileiros mestiços, com oclusão normal, descendentes
de japoneses e brasileiros.
Comparar os resultados das variáveis com amostras de jovens brasileiros
leucodermas e de jovens brasileiros xantodermas.
Verificar a existência de dimorfismo sexual para cada amostra estudada.
Material e
Material e Material e
Material e
Métodos
MétodosMétodos
Métodos
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito
para todo a
para todo apara todo a
para todo aquele que nele crê, não pereça,
quele que nele crê, não pereça,quele que nele crê, não pereça,
quele que nele crê, não pereça,
mas tenha a vida eterna
mas tenha a vida eternamas tenha a vida eterna
mas tenha a vida eterna
João 3:16
João 3:16João 3:16
João 3:16
Material e Métodos 61
4
44
4
MATERIAL E MÉTODOS
MATERIAL E MÉTODOSMATERIAL E MÉTODOS
MATERIAL E MÉTODOS
4.1
4.14.1
4.1 Material
MaterialMaterial
Material
A amostra constituiu-se de telerradiografias em norma lateral realizadas de 32
jovens nipo-brasileiros com oclusão satisfatória. Para padronizar o grupo, os seguintes
critérios de inclusão foram adotados:
Sujeitos mestiços, filhos ou netos, frutos da união de brasileiros leucodermas e
japoneses, com exceção daqueles provenientes da ilha de Okinawa;
Faixa etária em torno dos 12 aos 16 anos, de ambos os gêneros;
Presença de todos os dentes permanentes superiores e inferiores em oclusão,
sendo facultativa a presença dos segundos e terceiros molares;
Padrão de crescimento equilibrado;
Perfil considerado harmônico;
Ausência de submissão prévia ao tratamento ortodôntico corretivo;
Oclusão normal ou oclusão Classe I de Angle, sendo aceitável discrepância
sagital de até 2mm;
Discrepância de modelo de até 2mm na região ântero-inferior.
O total da amostra foi coletado por três pesquisadores em visitas às Escolas
Públicas do Município de Bauru, após avaliação de, aproximadamente, 400 jovens
nipo-brasileiros.
Com o propósito de comparação, uma amostra de 40 telerradiografias de
jovens leucodermas e outra amostra de 33 telerradiografias de jovens xantodermas
provenientes do arquivo da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia
de Bauru - Universidade de São Paulo foram também avaliadas. Para a seleção destas
amostras, os mesmos critérios de inclusão foram aplicados, exceto a ascendência dos
sujeitos.
62 Material e Métodos
Material e Métodos 63
Figura 4.1 - Fotos extrabucais de jovem nipo-brasileira do gênero feminino
64 Material e Métodos
Material e Métodos 65
Figura 4.2 - Fotos intrabucais. Características oclusais de indivíduo do gênero feminino da amostra
nipo-brasileira
66 Material e Métodos
Material e Métodos 67
4.2
4.24.2
4.2
Métodos
MétodosMétodos
Métodos
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de
Odontologia de Bauru USP, sob protocolo de número 93/2007
(Vide Anexos A e B).
4.2.1
4.2.14.2.1
4.2.1
Radiografi
RadiografiRadiografi
Radiografias
asas
as
As radiografias foram realizadas e reveladas de acordo com as normas da
Disciplina de Radiologia desta mesma instituição. Os três grupos foram radiografados
em máxima intercuspidação habitual. Sabe-se que a diferença entre esta postura
mandibular e a relação cêntrica são mínimas nesta idade e pouco interferem nos
resultados cefalométricos, especialmente em casos de oclusão normal (WILLIAMSON
et al.
, 1978).
Para a obtenção dos cefalogramas foi utilizado um negatoscópio; folhas de
papel acetato transparente “Ultraphan” de 0,07mm de espessura recortado em 17,5 x
17,5 cm para o traçado cefalométrico; lapiseira 0,5 mm; fita adesiva e uma moldura
preta de polipropileno, semi-rígida, com recorte central de 17,5 x 18,5 cm adaptada
ao negatoscópio no intuito de concentrar a luz para promover melhor visualização
das estruturas anatômicas de interesse na telerradiografia. O desenho do traçado
anatômico, a localização e a demarcação dos pontos cefalométricos de todos os
traçados foram realizados em uma sala escura, tendo o negatoscópio como fonte
única de luz. Após a execução do desenho anatômico, os pontos foram identificados
e, posteriormente, digitalizados por intermédio de uma mesa digitalizadora Numonics,
AccuGrid A30TL
a
, conectada a um microcomputador com processador P3 700MHz
Intel, para obtenção das grandezas cefalométricas. Os traçados e a digitalização dos
pontos foram realizados por um único examinador, utilizando-se o padrão Ortho
a
Numonics Corporation, Montgomeryville, PA, EUA
68 Material e Métodos
Lateral do programa Dento-facial Planner 7.02
b
para a realização das medições. Foi
efetuada a correção do fator de magnificação (6% para as radiografias da amostra de
leucoderma, 9,8% para as da amostra de nipo-brasileiros e de 7% e 8% para a
amostra xantoderma), realizada pelo próprio programa.
4.2.2
4.2.24.2.2
4.2.2
Elaboração do c
Elaboração do cElaboração do c
Elaboração do cefalograma
efalogramaefalograma
efalograma
Nesta etapa, foi delimitado o desenho anatômico, definidos os pontos
cefalométricos, estabelecidas as linhas e os planos e obtidas as grandezas angulares e
lineares (STEINER, 1953; TWEED, 1954; INTERLANDI, 1968; BAUMRIND; FRANTZ,
1971b; MCNAMARA JR, 1984). Quando uma estrutura apresentava-se duplicada, a
média desta estrutura foi traçada (MARGOLIS, 1943; INTERLANDI, 1968;
INTERLANDI, 1971). Para as notações, todo ponto significa ângulo e todo traço,
distância linear (INTERLANDI, 1968).
4.2.2.1
4.2.2.14.2.2.1
4.2.2.1 Delimitação do desenho a
Delimitação do desenho aDelimitação do desenho a
Delimitação do desenho anatômico
natômico natômico
natômico (Fig. 4.3
(Fig. 4.3(Fig. 4.3
(Fig. 4.3)
))
)
Foram delineadas as seguintes estruturas anatômicas:
contorno anterior do osso frontal e dos ossos nasais;
corpo do osso esfenóide;
sela túrcica;
meato acústico externo;
fissura pterigomaxilar;
contorno póstero-inferior das cavidades orbitárias;
contornos da mandíbula e da maxila;
incisivos centrais superiores e inferiores;
primeiros molares superiores e inferiores e
b
Dento-facial Planner Software Inc., Toronto, Ontário, Canadá
Material e Métodos 69
perfil tegumentar, da região acima da glabela até o contorno inicial do
pescoço.
Figura 4.3 - Delimitação do desenho anatômico
4.2.2.2
4.2.2.24.2.2.2
4.2.2.2 Definição dos pontos c
Definição dos pontos cDefinição dos pontos c
Definição dos pontos cefalomét
efalométefalomét
efalométricos
ricos ricos
ricos (Fig. 4.4
(Fig. 4.4(Fig. 4.4
(Fig. 4.4)
))
)
Sela (S): ponto que representa o centro geométrico da sela túrcica;
Násio (N): ponto de interseção da sutura frontonasal;
Orbitário (Or): ponto inferior da margem infraorbitária;
Pório (Po): ponto superior do meato acústico externo;
Subespinhal (A): ponto profundo da concavidade anterior da maxila;
Supramentoniano (B): ponto profundo na concavidade anterior da mandíbula;
Pogônio (P): ponto anterior do contorno da sínfise mandibular;
70 Material e Métodos
Gnátio (Gn): ponto inferior e anterior do contorno do mento, definido pela
bissetriz do ângulo formado pela linha NP e pelo plano mandibular GoMe;
Mentoniano (Me): ponto inferior do contorno da sínfise mandibular;
Gônio (Go): ponto inferior e posterior do contorno do ângulo goníaco,
definido pela bissetriz do ângulo formado pela tangente à borda inferior do
corpo mandibular e outra tangente à borda posterior do ramo ascendente da
mandíbula;
Espinha nasal anterior (ENA): ponto anterior da maxila na interseção da porção
ântero-superior da maxila com o assoalho da fossa nasal;
Espinha nasal posterior (ENP): ponto posterior do palato duro, no osso
palatino;
Ponto P’: cruzamento da linha NA com o assoalho das fossas nasais;
Ponto E: ponto anterior da eminência mentoniana, perpendicularmente ao
plano mandibular GoMe;
Ponto incisal (IS): ponto incisal do incisivo central superior;
Ponto incisal (II): ponto incisal do incisivo central inferior;
Ápice radicular do incisivo central superior (AIS): ponto do ápice radicular do
incisivo central superior;
Ápice radicular do incisivo central inferior (AII): ponto do ápice radicular do
incisivo central inferior;
Face vestibular do incisivo central superior (FVIS): ponto anterior na face
vestibular do incisivo superior;
Face vestibular do incisivo central inferior (FVII): ponto anterior na face
vestibular do incisivo inferior.
Material e Métodos 71
Figura 4.4 - Definição dos pontos cefalométricos
4.2.2.3
4.2.2.34.2.2.3
4.2.2.3 Estabelecimento das l
Estabelecimento das lEstabelecimento das l
Estabelecimento das linhas e
inhas e inhas e
inhas e p
pp
planos
lanoslanos
lanos
(Fig. 4.5 A e Fig. 4.5
(Fig. 4.5 A e Fig. 4.5(Fig. 4.5 A e Fig. 4.5
(Fig. 4.5 A e Fig. 4.5
B)
B)B)
B)
1-Linha SN: linha que passa pelos pontos S e N;
2-Linha NA: linha que une os pontos N e A;
3-Linha NB: linha que se estende do ponto N ao B;
4-Eixo Y: linha que une o ponto S ao ponto Gn, seu traçado limita-se à
visualização do ângulo;
5-Plano mandibular GoMe: plano representado por uma linha que passa pelos
pontos Go e Me;
72 Material e Métodos
6-Plano mandibular GoGn: plano representado por uma linha que passa pelos
pontos Go e Gn;
7-Plano horizontal de Francfort: plano que une os pontos Po e Or;
8-Linha I: linha que une os pontos P’ e E;
9-Linha AP: linha que une os pontos A e P;
10-Linha A-perp: linha vertical perpendicular ao plano de Francfort passando
pelo ponto A;
11-Longo eixo do incisivo central superior: linha que passa pelo ápice (AIS) e
pelo ponto incisal do incisivo central superior (IS);
12-Longo eixo do incisivo central inferior: linha que passa pelo ápice (AII) e
pelo ponto incisal do incisivo central inferior (II).
Figuras 4.5 A - Linhas e planos cefalométricos
Material e Métodos 73
Figuras 4.5 B - Linhas e planos cefalométricos
4.2.2.4
4.2.2.44.2.2.4
4.2.2.4 Grandezas
Grandezas Grandezas
Grandezas a
aa
angulares e
ngulares e ngulares e
ngulares e l
ll
lineares
inearesineares
ineares
(Fig. 4.6 A, Fig. 4.6 B e Fig. 4.6
(Fig. 4.6 A, Fig. 4.6 B e Fig. 4.6(Fig. 4.6 A, Fig. 4.6 B e Fig. 4.6
(Fig. 4.6 A, Fig. 4.6 B e Fig. 4.6
C)
C)C)
C)
1- SNA(
O
): ângulo formado pelas linhas SN e NA e avalia a posição ântero-
posterior da maxila, expressando o grau de protrusão ou retrusão da maxila em
relação à base do crânio;
2- SNB(
O
): ângulo formado pelas linhas SN e NB e determina a posição ântero-
posterior da mandíbula, representada pelo ponto B, em relação à base do
crânio;
3- ANB(
O
): determinado pela diferença entre os ângulos SNA e SNB, revelando
a relação ântero-posterior entre a maxila e a mandíbula;
74 Material e Métodos
4- SN.GoGn(
O
): ângulo formado pela linha SN e o plano GoGn. Determina o
padrão de crescimento;
5- NS.Gn(
O
): eixo Y de crescimento. Define a resultante vetorial de crescimento
mandibular;
6- FMA(
O
): ângulo formado pelo plano mandibular GoMe e plano de Francfort
(PoOr). Evidencia a direção do crescimento facial;
7- 1.NA(
O
): ângulo entre o longo eixo do incisivo central superior e a linha NA.
Representa o grau de inclinação do incisivo central superior em relação à
maxila e ao ponto násio;
8- 1-NA(mm): distância entre o ponto anterior da coroa do incisivo central
superior e a linha NA. Representa a posição ântero-posterior do incisivo
superior em relação à linha NA;
9- 1-Aperp(mm): distância da linha Aperp até a superfície vestibular do incisivo
superior;
10- 1.NB(
O
): ângulo entre o longo eixo do incisivo central inferior e a linha NB.
Representa o grau de inclinação do incisivo central inferior em relação à
mandíbula e o ponto násio;
11- 1-NB(mm): distância entre o ponto mais anterior da coroa do incisivo
central inferior e a linha NB. Representa a posição ântero-posterior do incisivo
inferior em relação à linha NB;
12- 1-AP(mm): distância da face vestibular do incisivo inferior até AP;
13- IMPA(
O
): ângulo formando pelo longo eixo do incisivo central inferior e o
plano mandibular GoMe. Representa a inclinação do dente em relação à
mandíbula;
14- Linha I(mm): união dos pontos P’ e “E”. Determina o grau de retrusão ou
protrusão do incisivo central inferior;
15- 1.1(
O
): ângulo formado pelo longo eixo dos incisivos inferiores e superiores.
Indica a inclinação destes dentes entre si;
16- Sobressaliência: distância horizontal entre as bordas incisais dos incisivos;
17- Sobremordida: distância vertical entre as bordas incisais dos incisivos.
Material e Métodos 75
Figuras 4.6 A - Grandezas angulares e lineares
Figuras 4.6 B - Grandezas angulares e lineares
76 Material e Métodos
Figuras 4.6 C - Grandezas lineares
4.2.3
4.2.34.2.3
4.2.3
Análise
Análise Análise
Análise e
ee
estatística
statísticastatística
statística
4.2.3.1
4.2.3.1 4.2.3.1
4.2.3.1 Erro do
Erro do Erro do
Erro do m
mm
método
étodoétodo
étodo
Os traçados e as mensurações das grandezas cefalométricas foram feitos pela
mesma pesquisadora (RCS) (ALCALDE
et al.
, 2000), assim como a transferência dos
dados para o software Dento-facial Planner 7.02. Vinte dias após o término dessa
etapa, 19 radiografias foram sorteadas e novamente traçadas, manual e digitalmente,
para determinar a confiabilidade dos resultados.
Para cada uma das grandezas cefalométricas foram avaliados os erros
sistemáticos e casuais, independentemente. Foi aplicado o teste t dependente para
calcular o erro sistemático (RICHARDSON, 1966; BAUMRIND; FRANTZ, 1971a,1971b;
HOUSTON, 1983) e para estimar os erros casuais, foi aplicada a fórmula proposta por
Dahlberg (DAHLBERG, 1940). Foram considerados os erros acima de 1mm para
medidas lineares e 1,5°, para as angulares.
Material e Métodos 77
4.2.3.2
4.2.3.2 4.2.3.2
4.2.3.2 Análise
Análise Análise
Análise d
dd
descritiva e
escritiva e escritiva e
escritiva e c
cc
comparativa
omparativaomparativa
omparativa
Antes de iniciar as análises descritivas e comparativas, as variáveis foram
submetidas a testes de distribuição normal, para determinar se seriam usados testes
paramétricos ou não-paramétricos para as análises comparativas. Os testes utilizados
foram Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk para cada uma das variáveis.
Somente o teste de Shapiro-Wilk acusou p<0,05 para duas variáveis, tendo em
consideração os três grupos juntos. Houve distribuição normal para 16 das 17 variáveis
tanto no grupo xantoderma quanto no grupo nipo-brasileiro. As variáveis que não
apresentaram distribuição normal foram ANB e a sobressaliência, respectivamente.
Para o grupo leucoderma, todas as variáveis apresentaram-se com distribuição normal.
Entretanto, por causa do tamanho da amostra estudada, este desvio de
normalidade foi considerado pequeno e não representativo. Desta forma, assim como
às outras variáveis, foi aplicado às variáveis sobressaliência e ANB o mesmo teste
paramétrico para comparação entre grupos – Análise de Covariância (ANCOVA) – por
ser este o teste mais sensível e indicado para esta comparação.
O teste t independente foi utilizado para comparação dos três grupos quanto às
diferenças entre gêneros e para a comparação das idades foi utilizada a Análise de
Variância (ANOVA). Os resultados foram considerados estatisticamente significantes
para p<0,05. Estes testes foram realizados no programa de computador Statistica for
Windows 7.0
c
.
c
Statistica for Windows 7.0 Copyright StatSoft, Inc. Tulsa, Okla, USA. http://www.statsoft.com
78 Material e Métodos
Resultados
ResultadosResultados
Resultados
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as cousas antigas já
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as cousas antigas já E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as cousas antigas já
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as cousas antigas já
passaram; eis q
passaram; eis qpassaram; eis q
passaram; eis que se fizeram novas
ue se fizeram novasue se fizeram novas
ue se fizeram novas
2 Coríntios 5:17
2 Coríntios 5:172 Coríntios 5:17
2 Coríntios 5:17
Resultados 81
5
55
5
RESULTADOS
RESULTADOSRESULTADOS
RESULTADOS
Os resultados estão apresentados sob a forma de tabelas. Para melhor
compreensão, foram divididos em tópicos de acordo com a amostra e o tipo de
estatística aplicada.
5.1
5.1 5.1
5.1 Erro casual e erro s
Erro casual e erro sErro casual e erro s
Erro casual e erro sistemáti
istemátiistemáti
istemático
coco
co
A tabela a seguir apresenta as análises estatísticas para avaliação do erro intra-
examinador. Para o erro casual foi aplicada a fórmula de Dahlberg (DAHLBERG,
1940). Para o erro sistemático, o teste t dependente. Foram encontrados erros
sistemáticos em 5 variáveis e os erros casuais foram considerados aceitáveis, estando
todos abaixo de 1mm para as medidas lineares e 1,5°, para as angulares. (Tabela 5.1)
Tabela 5.1 Erro casual (fórmula de Dahlberg) e erro sistemático (teste t dependente)
Variável
VariávelVariável
Variável
1
11
1
o
o o
o
Traçado
TraçadoTraçado
Traçado
2
22
2
o
o o
o
Traçado
TraçadoTraçado
Traçado
Média
MédiaMédia
Média
dp
dpdp
dp
Média
MédiaMédia
Média
dP
dPdP
dP
Dahlberg
DahlbergDahlberg
Dahlberg
p
pp
p
SNA
SNASNA
SNA
82,49
3,36
82,61
3,48
0,341
0,272
SNB
SNBSNB
SNB
80,41
3,63
80,60
3,83
0,396
0,161
ANB
ANBANB
ANB
2,07
1,73
2,01
1,82
0,405
0,752
SN.GoGn
SN.GoGnSN.GoGn
SN.GoGn
31,47
5,44
31,54
5,07
0,727
0,515
NS.Gn
NS.GnNS.Gn
NS.Gn
67,32
3,94
67,23
3,85
0,412
0,846
FMA
FMAFMA
FMA
26,69
4,01
27,21
3,52
0,721
0,034*
0,034*0,034*
0,034*
1.NA
1.NA1.NA
1.NA
24,62
4,52
25,16
4,20
1,410
0,518
1
11
1
-
--
-
NA
NANA
NA
5,32
2,22
5,25
2,14
0,510
0,583
1
11
1
-
--
-
Aperp
AperpAperp
Aperp
6,35
1,86
6,18
1,73
0,422
0,240
1.NB
1.NB1.NB
1.NB
26,36
7,48
26,99
8,09
0,956
0,032*
0,032*0,032*
0,032*
1
11
1
-
--
-
NB
NBNB
NB
5,24
2,49
5,29
2,46
0,347
0,593
1
11
1
-
--
-
AP
APAP
AP
3,47
2,32
3,55
2,34
0,208
0,258
IMPA
IMPAIMPA
IMPA
92,02
7,94
92,52
8,
63
0,961
0,219
Linha I
Linha ILinha I
Linha I
-
3,99
2,52
-
4,24
2,44
0,250
0,031*
0,031*0,031*
0,031*
1.1
1.11.1
1.1
126,95
10,35
125,81
10,22
1,263
0,047*
0,047*0,047*
0,047*
Sobressaliência
SobressaliênciaSobressaliência
Sobressaliência
2,82
0,88
2,62
0,72
0,272
0,011*
0,011*0,011*
0,011*
Sobremordida
SobremordidaSobremordida
Sobremordida
2,22
1,26
2,05
1,14
0,293
0,177
* Estatisticamente significante para p<0,05
82 Resultados
5.2 Análises
5.2 Análises5.2 Análises
5.2 Análises
descritivas e comparativas entre g
descritivas e comparativas entre gdescritivas e comparativas entre g
descritivas e comparativas entre gêneros
ênerosêneros
êneros
5.2.1 Médias de i
5.2.1 Médias de i5.2.1 Médias de i
5.2.1 Médias de idade
dadedade
dade
Para a análise das idades, são apresentadas as idades mínima, máxima e média
das amostras de leucoderma, nipo-brasileira e xantoderma, separadas por gênero.
(Tabela 5.2)
Tabela 5.2 Tabela de idades mínima, máxima e média das amostras leucoderma, nipo-
brasileira e xantoderma. Teste ANOVA seguido do teste de Tukey.
Idade
IdadeIdade
Idade
Leuco
LeucoLeuco
Leuco
Masculino
MasculinoMasculino
Masculino
Leuco
LeucoLeuco
Leuco
Feminino
FemininoFeminino
Feminino
Nipo
NipoNipo
Nipo
-
--
-
brasileiro
brasileirobrasileiro
brasileiro
Masculino
MasculinoMasculino
Masculino
Nipo
NipoNipo
Nipo
-
--
-
brasileiro
brasileirobrasileiro
brasileiro
Feminino
FemininoFeminino
Feminino
Xanto
XantoXanto
Xanto
Masculino
MasculinoMasculino
Masculino
Xanto
XantoXanto
Xanto
Feminino
FemininoFeminino
Feminino
Míni
MíniMíni
Míni
ma
mama
ma
12,00
12,00
12,97
11,83
11,8
4
8,35
Máxima
MáximaMáxima
Máxima
14,92
14,92
16,62
15,36
21,99
18,46
Média
MédiaMédia
Média
13,57
13,70
14,79
13,22
15,56
15,65
Teste ANOVA seguido do teste de Tukey
Teste ANOVA seguido do teste de TukeyTeste ANOVA seguido do teste de Tukey
Teste ANOVA seguido do teste de Tukey
Leucoderma
N
ipo
-
brasileiro
Xantoderma
P
Média
Média Média
Média
Geral
GeralGeral
Geral
13,6
4
a
13,9
6
a
15,61
b
0,000*
* Estatisticamente significante para p<0,05
Letras diferentes representam diferenças significativas entre as médias pelo teste de Tukey
5.2.2 Amostra
5.2.2 Amostra5.2.2 Amostra
5.2.2 Amostras
ss
s
l
ll
leucoderma
eucodermaeucoderma
eucoderma,
, ,
, nipo
niponipo
nipo-
--
-brasileira e x
brasileira e xbrasileira e x
brasileira e xantoderma
antodermaantoderma
antoderma
Nas análises descritivas, são apresentados o número de sujeitos, a média e o
desvio-padrão para cada uma das variáveis para as amostras de leucoderma (Tabela
5.3), nipo-brasileira (Tabela 5.5) e xantoderma (Tabela 5.7). A seguir, foi aplicado o
teste t independente para avaliação de dimorfismo sexual. Não houve diferença
estatisticamente significante para nenhuma das variáveis para nenhum dos grupos
(Tabelas 5.4, 5.6, 5.8, respectivamente). As variáveis das tabelas representam valores
em milímetros para as medidas lineares e em graus, para as angulares.
Resultados 83
Tabela 5.3 Tabela descritiva da amostra leucoderma
Variável
N
Média
Desvio Padrão
SNA
40
81,60
2,95
SNB
40
79,33
2,55
ANB
40
2,29
1,61
SN.GoGn
40
32,06
3,72
NS.Gn
40
66,48
2,36
FMA
40
26,38
3,59
1.NA
40
21,69
5,50
1
-
NA
40
4,08
2,07
1
-
Aperp
40
5,24
1,53
1.NB
40
25,95
5,57
1
-
NB
40
4,38
1,63
1
-
AP
40
2,32
1,80
IMPA
40
92,50
6,65
Linha I
40
-
2,83
1,84
1.1
40
130,09
7,96
Sobressaliência
40
2,66
0,66
Sobremordida
40
2,99
1,15
Tabela 5.4 Tabela comparativa entre gêneros da amostra leucoderma (teste t)
Variáveis
Média
Masculina
N=20
Média
Feminina
N=20
Desvio
padrão
Masculino
Desvio
padrão
Feminino
p
SNA
82,21
80,99
2,87
2,98
0,197
SNB
79,81
78,84
2,63
2,43
0,231
ANB
2,40
2,18
1,74
1,50
0,672
SN.GoGn
32,00
32,12
3,20
4,27
0,917
NS.Gn
65,8
6
67,11
2,30
2,31
0,097
FMA
27,30
25,47
3,44
3,58
0,108
1.NA
21,64
21,74
5,93
5,19
0,957
1
-
NA
4,07
4,09
2,30
1,87
0,982
1
-
Aperp
5,22
5,26
1,61
1,48
0,927
1.NB
26,10
25,79
5,88
5,39
0,859
1
-
NB
4,43
4,33
1,58
1,71
0,841
1
-
AP
2,33
2,31
1,81
1,83
0,979
IMPA
92,32
92,69
6,57
6,90
0,865
Linha I
-
2,88
-
2,79
1,80
1,93
0,886
1.1
129,87
130,31
8,16
7,96
0,865
Sobressaliência
2,75
2,57
0,74
0,57
0,409
Sobremordida
3,15
2,83
1,41
0,81
0,377
* Estatisticamente significante para p<0,05
84 Resultados
Tabela 5.5 Tabela descritiva da amostra nipo-brasileira
Variável
N
Média
Desvio Padrão
SNA
32
82,89
3,01
SNB
32
80,28
3,34
ANB
32
2,63
1,84
SN.
GoGn
32
32,88
5,32
NS.Gn
32
68,67
3,46
FMA
32
26,48
4,31
1
.
NA
32
24,80
5,87
1
-
NA
32
4,77
2,04
1
-
Aperp
32
6,0
8
1,79
1
.
NB
32
27,70
7,39
1
-
NB
32
5,29
2,29
1
-
A
P
32
3,11
1,95
IMPA
32
93,40
8,53
Linha I
32
-
3,82
2,17
1.1
32
124,88
9,62
Sobressaliência
32
2,96
1,22
Sobremordida
32
2,23
1,40
Tabela 5.6 Tabela comparativa entre gêneros da amostra nipo-brasileira (teste t)
Variáveis
Média
Masculina
N=15
Média
Feminina
N=17
Desvio
padrão
Masculino
Desvio
padrão
Feminino
p
SNA
82,59
83,16
3,08
3,02
0,600
SNB
79,47
80,99
3,40
3,22
0,202
ANB 3,13 2,18 2,16 1,42 0,150
SN.GoGn
33,02
32,75
6,63
4,02
0,890
NS.Gn
69,49
67,95
4,23
2
,52
0,216
FMA
26,85
26,16
5,44
3,15
0,657
1.NA
24,33
25,22
6,61
5,30
0,673
1-NA 4,63 4,90 2,38 1,75 0,712
1
-
Aperp
5,87
6,25
2,02
1,60
0,558
1.NB 28,52 26,98 6,65 8,12 0,566
1-NB 5,94 4,71 2,50 1,99 0,133
1
-
AP
3,39
2,86
1,94
1,98
0,459
IMPA 94,49 92,44 7,41 9,53 0,505
Linha I -4,09 -3,58 2,24 2,15 0,511
1.1
124,04
125,61
7,38
11,42
0,652
Sobressaliência 2,93 2,99 1,34 1,14 0,901
Sobremordida
2,34
2,14
1,34
1,49
0,687
* Estatisticamente significante para p<0,05
Resultados 85
Tabela 5.7 Tabela descritiva da amostra xantoderma
Variável
N
Média
Desvio Padrão
SNA
33
83,79
2,88
SNB
33
80,88
2,95
ANB
33
2,92
2,20
SN.GoGn
33
31,45
5,21
NS.Gn
33
68,56
3,02
FMA
33
27,82
5,28
1.NA
33
23,14
6,88
1
-
NA
33
4,49
2,37
1
-
Aperp
33
5,56
1,81
1.NB
33
28,54
4,74
1
-
NB
3
3
5,70
1,93
1
-
AP
33
3,47
1,80
IMPA
33
93,95
6,07
Linha I
33
-
4,22
1,85
1.1
33
125,39
7,79
Sobressaliência
33
2,79
0,76
Sobremordida
33
2,57
1,11
Tabela 5.8 Tabela comparativa entre gêneros da amostra xantoderma (teste t)
Variáveis
Média
Masculina
N=16
Média
Feminina
N=17
Desvio
padrão
Masculino
Desvio
padrão
Feminino
p
SNA
83,33
84,24
2,88
2,89
0,373
SNB
81,02
80,75
2,69
3,25
0,796
ANB 2,31 3,50 1,76 2,45 0,120
SN.GoGn
30,94
31,92
4,51
5,89
0,599
NS.Gn
68,56
68,56
2,57
3,46
0,998
FMA
27,71
27,
92
4,43
6,11
0,908
1.NA
24,73
21,65
6,55
7,04
0,203
1-NA 5,24 3,79 2,48 2,10 0,081
1
-
Aperp
5,96
5,19
1,91
1,70
0,230
1.NB 27,78 29,26 4,22 5,20 0,379
1-NB 5,39 5,99 1,28 2,39 0,384
1
-
AP
3,33
3,61
1,80
1,
8
5
0,669
IMPA 93,65 94,24 6,39 5,93 0,785
Linha I -4,00 -4,44 1,68 2,02 0,507
1.1
125,16
125,61
7,56
8,2
2
0,873
Sobressaliência 2,98 2,62 0,85 0,65 0,176
Sobremordida
2,69
2,
4
6
1,26
0,9
9
0,564
* Estatisticamente significante para p<0,05
86 Resultados
5.3 Análise
5.3 Análise 5.3 Análise
5.3 Análise c
cc
comparativa entre
omparativa entre omparativa entre
omparativa entre g
gg
grupos
ruposrupos
rupos
Para a comparação entre grupos foi aplicada a Análise de Covariância
(ANCOVA) para verificar a existência de diferenças entre as amostras estudadas. Os
resultados estão apresentados na Tabela 5.9
Tabela 5.9 Tabela comparativa entre os diferentes grupos. ANCOVA e teste de Tukey.
Variável
Leucoderma
Nipo
-
brasileiro
Xantoderma
p
idade
p
raça
Média
Dp
Média
Dp
Média
Dp
Relação das Bases Ósseas
Relação das Bases ÓsseasRelação das Bases Ósseas
Relação das Bases Ósseas
S
SS
S
S
SS
S
N
NN
N
N
NN
N
A
AA
A
A
AA
A
81,60
a
aa
a
2,95
82,89
a
aa
a,b
,b,b
,b
3,01
83,79
b
bb
b
2,88
0,125
0
00
0
0
00
0
,
,,
,
,
,,
,
0
00
0
0
00
0
0
00
0
0
00
0
2
22
2
2
22
2
*
**
*
*
**
*
SNB
79,33
2,55
80,28
3,34
80,88
2,95
0,518
0,070
ANB
2,29
1,61
2,63
1,
84
2,92
2,20
0,168
0,167
Padrão do Esquelético Cefálico
Padrão do Esquelético CefálicoPadrão do Esquelético Cefálico
Padrão do Esquelético Cefálico
SN.GoGn
32,06
3,72
32,88
5,32
31,45
5,21
0,826
0,478
N
NN
N
N
NN
N
S
SS
S
S
SS
S
.
..
.
.
..
.
G
GG
G
G
GG
G
n
nn
n
n
nn
n
66,48
a
aa
a
2,36
68,67
b
bb
b
3,46
68,56
b
bb
b
3,02
0,446
0
00
0
0
00
0
,
,,
,
,
,,
,
0
00
0
0
00
0
0
00
0
0
00
0
6
66
6
6
66
6
*
**
*
*
**
*
FMA
26,38
3,59
26,48
4,31
27,82
5,28
0,663
0,535
Incisivo Superior em Relação à Maxila
Incisivo Superior em Relação à MaxilaIncisivo Superior em Relação à Maxila
Incisivo Superior em Relação à Maxila
1.NA
21,69
5,50
24,80
5,87
23,14
6,88
0,246
0,074
1
-
NA
4,08
2,07
4,77
2,04
4,49
2,37
0,661
0,432
1
-
APerp
5,24
1,53
6,08
1,79
5,56
1,81
0,900
0,122
Incisivo
Incisivo Incisivo
Incisivo
Inf
InfInf
Inf
erior em Relação à Ma
erior em Relação à Maerior em Relação à Ma
erior em Relação à Ma
ndíbula
ndíbulandíbula
ndíbula
1.NB
25,95
5,57
27,70
7,39
28,54
4,74
0,273
0,095
1
11
1
1
11
1
-
--
-
-
--
-
N
NN
N
N
NN
N
B
BB
B
B
BB
B
4,38
a
aa
a
1
,63
5,29
a
aa
a,b
,b,b
,b
2,29
5,70
b
bb
b
1,93
0,647
0
00
0
0
00
0
,
,,
,
,
,,
,
0
00
0
0
00
0
1
11
1
1
11
1
7
77
7
7
77
7
*
**
*
*
**
*
1
11
1
1
11
1
-
--
-
-
--
-
A
AA
A
A
AA
A
P
PP
P
P
PP
P
2,32
a
aa
a
1,80
3,11
a
aa
a,b
,b,b
,b
1,95
3,47
b
bb
b
1,80
0,903
0
00
0
0
00
0
,
,,
,
,
,,
,
0
00
0
0
00
0
4
44
4
4
44
4
2
22
2
2
22
2
*
**
*
*
**
*
IMPA
92,50
6,65
93,40
8,53
93,95
6,07
0,369
0,497
L
LL
L
L
LL
L
i
ii
i
i
ii
i
n
nn
n
n
nn
n
h
hh
h
h
hh
h
a
aa
a
a
aa
a
I
II
I
I
II
I
-
2,83
a
aa
a
1,84
-
3,82
a
aa
a,b
,b,b
,b
2,17
-
4,22
b
bb
b
1,85
0,584
0
00
0
0
00
0
,
,,
,
,
,,
,
0
00
0
0
00
0
1
11
1
1
11
1
0
00
0
0
00
0
*
**
*
*
**
*
Relação dos Incisivos entre Si
Relação dos Incisivos entre SiRelação dos Incisivos entre Si
Relação dos Incisivos entre Si
1
11
1
1
11
1
.
..
.
.
..
.
1
11
1
1
11
1
130,09
a
aa
a
7,96
124,88
b
bb
b
9,62
125,39
b
bb
b
7,79
0,054
0
00
0
0
00
0
,
,,
,
,
,,
,
0
00
0
0
00
0
0
00
0
0
00
0
4
44
4
4
44
4
*
**
*
*
**
*
Sobressaliência
2,66
0,66
2,96
1,22
2,79
0,76
0,225
0,285
S
SS
S
S
SS
S
o
oo
o
o
oo
o
b
bb
b
b
bb
b
r
rr
r
r
rr
r
e
ee
e
e
ee
e
m
mm
m
m
mm
m
o
oo
o
o
oo
o
r
rr
r
r
rr
r
d
dd
d
d
dd
d
i
ii
i
i
ii
i
d
dd
d
d
dd
d
a
aa
a
a
aa
a
2,99
a
aa
a
1,15
2,23
b
bb
b
1,40
2,57
a
aa
a,b
,b,b
,b
1,11
0,138
0,041*
0,041*0,041*
0,041*
* Estatisticamente significante para p<0,05
Letras diferentes representam diferenças significativas entre as médias pelo teste de Tukey
Resultados 87
5.3.1 Variáveis
5.3.1 Variáveis 5.3.1 Variáveis
5.3.1 Variáveis e
ee
estatisticamente
statisticamente statisticamente
statisticamente s
ss
significantes
ignificantesignificantes
ignificantes
Como resultado da comparação das 17 variáveis entre os grupos das amostras
de leucoderma, nipo-brasileiro e de xantoderma, sete delas apresentaram diferença
estatisticamente significante. São elas:
SNA
NS.Gn
1-NB
1-AP
Linha I
1.1
Sobremordida
20 Resultados
Discuss
DiscussDiscuss
Discussão
ãoão
ão
Porque eu estou certo de que
Porque eu estou certo de quePorque eu estou certo de que
Porque eu estou certo de que
nem a morte, nem a vida, nem os anjos,
nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem a morte, nem a vida, nem os anjos,
nem a morte, nem a vida, nem os anjos,
nem os principados, nem
nem os principados, nem nem os principados, nem
nem os principados, nem as cousas d
as cousas das cousas d
as cousas do presente, nem o porvir,
o presente, nem o porvir,o presente, nem o porvir,
o presente, nem o porvir,
nem
nem nem
nem
pode
podepode
poderes, n
res, nres, n
res, nem a altura, nem a profundidade, nem
em a altura, nem a profundidade, nem em a altura, nem a profundidade, nem
em a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra
qualquer outra qualquer outra
qualquer outra criatura
criatura criatura
criatura
poderá separar
poderá separarpoderá separar
poderá separar-
--
-nos
nosnos
nos
do amor de Deus, que está em Cristo Jesus
do amor de Deus, que está em Cristo Jesusdo amor de Deus, que está em Cristo Jesus
do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso
, nosso , nosso
, nosso
Senhor
SenhorSenhor
Senhor
Romanos 8:38 e 39
Romanos 8:38 e 39Romanos 8:38 e 39
Romanos 8:38 e 39
Discussão 91
6
66
6
DISCUSSÃO
DISCUSSÃODISCUSSÃO
DISCUSSÃO
6.1
6.1 6.1
6.1 Justificativa
JustificativaJustificativa
Justificativa
Ainda nos dias de hoje, é freqüente encontrar artigos publicados em revista de
boa qualidade que se utilizem da cefalometria para definir e justificar os
procedimentos utilizados pelos autores (BINDAYEL
et al.
, 2008; JANSON
et al.
, 2008;
KALHA; LATIF; GOVARDHAN, 2008; SIVAKUMAR; VALIATHAN, 2008; YU;
NAHM; BAEK, 2008).
A cefalometria torna possível a comparação dos resultados obtidos de maneira
precisa e objetiva. Permite também acompanhar o crescimento e o desenvolvimento
do paciente (BROADBENT, 1937), conhecer as médias e as expectativas de
normalidade para idade e gênero diferentes (DOWNS, 1956). Toda esta gama de
informações ajuda, até mesmo, na comunicação entre os ortodontistas (ANGLE,
1899).
Por ser um método auxiliar de diagnóstico (MARTINS-ORTIZ, 2001) de caráter
prático e de simples compreensão, a cefalometria ainda é freqüentemente utilizada
nos cursos de aperfeiçoamento e de especialização em Ortodontia. Isso porque o
estudante, ainda sem muita experiência neste campo, carece de padrões definidos e
claros para entender os objetivos e limitações dos tratamentos ortodônticos. Com a
prática, o estudante começa a se libertar dos números rígidos e passa a valorizar
outros aspectos subjetivos como a face, o perfil e os anseios do paciente. Entretanto, é
impossível gerar esta segurança sem antes estabelecer metas e padrões de normalidade
(STEINER, 1953; INTERLANDI, 1968; PINZAN, 2001).
Esta orientação apoiada, inicialmente, em números, visa a busca do normal
(SCHEIDEMAN
et al.
, 1980) individual (ALTEMUS, 1968), independente de valores
numéricos, desenvolvendo a “consciência do normal” (INTERLANDI, 1968). Este
aspecto objetivo das análises cefalométricas facilita, inclusive, a explicação do
diagnóstico e da conduta clínica às pessoas leigas, tais como pacientes e seus pais ou
responsáveis (STEINER, 1953).
92 Discussão
Apesar disso, alguém poderia questionar seu uso por ortodontistas mais
experientes, cuja vivência permite reconhecer, somente com o exame clínico, os
problemas apresentados pelo paciente. Nestes casos, o benefício trazido pela
cefalometria é a possibilidade de localizar e de quantificar o problema, o que facilita
na decisão pelo meio de tratamento mais adequado para o paciente.
Os primeiros autores das análises cefalométricas desenvolveram suas normas
baseados em amostra de leucodermas (MARGOLIS, 1943; DOWNS, 1948; STEINER,
1953; TAYLOR; HITCHCOCK, 1966). Entretanto, mais tarde, foi sugerido haver
diferença nos valores de normalidade para diferentes grupos raciais (DOWNS, 1956;
ALTEMUS, 1960; MIURA; INOUE; SUZUKI, 1965; ENGEL; SPOLTER, 1981; MIYAJIMA
et al.
, 1996; ALCALDE
et al.
, 1998; MANTZIKOS, 1998; ALCALDE
et al.
, 2000;
BEHBEHANI
et al.
, 2006; WU; HAGG; RABIE, 2007).
Até mesmo Steiner em discussão sobre artigo de Miura, Inoue e Suzuki (MIURA;
INOUE; SUZUKI, 1965), reafirmou que sua análise foi feita como um padrão de
comparação. Afirmou também que futuramente outros autores investigariam
diferentes grupos de pessoas e determinarão normas mais úteis para elas. Steiner
conclui afirmando que nós precisamos de normas pertinentes para as variações dentro
dos grupos étnicos (PINZAN, 2006).
Tendo em vista estas considerações, percebeu-se a necessidade de haver valores
cefalométricos específicos para a população de mestiços nipo-brasileiros, descendentes
de brasileiros leucodermas e de japoneses.
6.
6.6.
6.2
2 2
2 Sobre a
Sobre aSobre a
Sobre a
amostra
amostraamostra
amostra
-
--
-
Número
NúmeroNúmero
Número
Para a padronização dos resultados, a amostra foi selecionada a partir da
ascendência e oclusão do sujeito. Isto porque ao equiparar as demais variáveis, é
possível obter resultados advindos, exclusivamente, das diferenças raciais entre os
grupos estudados.
Discussão 93
As amostras de jovens com oclusão normal fornecem um referencial real sobre
as tendências do indivíduo, uma vez que esse tipo de amostra independe das variáveis
introduzidas pelo tratamento ortodôntico. Sem dúvida alguma, este aspecto
representa uma característica de grande significado em estudos desta natureza, pois
permite a análise das características dento-esqueléticas e tegumentares associada com a
oclusão dentária normal ou próxima do ideal (SCAVONE JR, 1996). Assim, a
utilização de uma amostra com essas características se torna eficaz como parâmetro de
comparação (MIURA; INOUE; SUZUKI, 1965).
De modo previsível, os rígidos critérios de inclusão, limitaram bastante o
tamanho da amostra. Contudo, preferimos sacrificar um pouco a quantidade de
indivíduos englobados na pesquisa com o propósito de melhorar a padronização e de
proporcionar homogeneidade à amostra estudada.
No total, 105 telerradiografias foram traçadas e digitalizadas, sendo 40 do
grupo leucoderma, 32 do grupo nipo-brasileiro e 33 do grupo xantoderma.
-
--
-
Gênero
GêneroGênero
Gênero
Os resultados da amostra foram divididos entre os gêneros para observar se
havia alguma diferença entre eles (ENGEL; SPOLTER, 1981). Como não houve
diferenças estatisticamente significantes entre os gêneros (Tabelas 5.4, 5.6 e 5.8), os
grupos masculino e feminino foram unidos nas amostras de leucoderma, nipo-
brasileira e xantoderma para comparação como um todo. O trabalho de Miura, Inoue
e Suzuki (MIURA; INOUE; SUZUKI, 1965) também não encontrou diferença entre os
gêneros de sua amostra e os agrupou para usá-los como normas de referência para a
análise de Steiner para japoneses. De maneira semelhante, Miyajima
et al.
também
não encontraram diferença entre gêneros para nenhuma das variáveis dentárias
avaliadas (MIYAJIMA
et al.
, 1996).
Além deste aspecto, houve a preocupação em compatibilizar o número de
meninos e meninas de cada raça. O resultado mostrou equilíbrio, havendo número
idêntico para as amostras de leucoderma (50% e 50%) e semelhante, para as
94 Discussão
amostras nipo-brasileira (53% meninas e 47% meninos) e xantoderma (51,5%
meninas e 48,5% meninos).
-
--
-
Idade
IdadeIdade
Idade
Havendo compatibilidade entre os gêneros, os grupos puderam ser unidos para
comparação. O intuito desta união é de gerar um valor médio de cada variável, o
que facilita a utilização dos resultados.
A idade escolhida para seleção da amostra baseou-se em achados de Ceylan,
Baydas e Bolukbasi (CEYLAN; BAYDAS; BOLUKBASI, 2002) em que os pacientes
submetidos ao tratamento ortodôntico têm, em sua maioria, entre 10 e 14 anos.
Portanto, este grupo etário tem prioridade quando da obtenção de normas padrão.
Ainda de acordo com esse princípio, o estabelecimento de uma faixa etária a ser
estudada facilita as comparações com trabalhos passados ou futuros. Além disso,
seriam necessárias muitas normas para representar um grupo se as usássemos de
acordo com cada idade (WU; HAGG; RABIE, 2007).
Apesar da amostra de xantodermas apresentar-se com idade média maior que as
duas outras amostras, fez-se a comparação entre os três grupos para conhecer qual
ascendência seria mais influente para o padrão cefalométrico do grupo de mestiços.
Para que esta falta de compatibilidade nas idades para o grupo xantoderma não
causasse interferência nos resultados, realizamos o teste de Análise de Covariância
(ANCOVA) tendo a idade como variável ajustável. Isso permitiu uma aproximação
destes valores e os resultados obtidos mostraram que a idade não influenciou
nenhuma das variáveis estudadas, o que permitiu comparação estatística confiável.
6.3
6.36.3
6.3
Sobre o e
Sobre o eSobre o e
Sobre o erro do método
rro do método rro do método
rro do método
A cefalometria não é uma ciência exata. Embora os cefalogramas possam ser
medidos com razoável precisão, o erro-padrão da localização de uma dada estrutura,
Discussão 95
pode variar significantemente (BAUMRIND; FRANTZ, 1971b). Entretanto, deve-se
minimizá-los a fim de assegurar a precisão da metodologia e de evitar confusão entre
o que é real e que é advindo dos erros cometidos durante as medições (LIU;
GRAVELY, 1991). Isso torna a verificação do erro do método particularmente
importante, pois as radiografias apresentam vários fatores potencialmente capazes de
interferir na obtenção fiel do traçado e das medidas cefalométricas (HOUSTON,
1983).
-
--
-
Erro c
Erro cErro c
Erro casual
asualasual
asual
O erro casual, calculado pela fórmula proposta por Dahlberg (DAHLBERG,
1940), quantifica a imprecisão do operador durante a demarcação dos pontos
cefalométricos. Foram estabelecidos limites para os erros casuais tanto para as medidas
lineares (até 1mm), quanto para as angulares (até 1,5°) (MIDTGARD; BJORK; LINDER-
ARONSON, 1974). Estes limites podem ser estendidos dependendo da variável
avaliada, especialmente para as medidas angulares. Apesar disto, seguindo os limites
estabelecidos, não foram encontrados erros casuais importantes (Tabela 5.1). Desta
forma, pode-se considerar que a metodologia empregada apresentou satisfatória
precisão, o que dá confiabilidade aos resultados deste trabalho.
-
--
-
Er
ErEr
Erro s
ro sro s
ro sistemático
istemáticoistemático
istemático
O erro sistemático, calculado pelo teste t pareado, ocorre quando uma medida é
freqüentemente sub ou superestimada. De acordo com Houston (HOUSTON, 1983),
estes erros podem resultar de uma alteração da técnica de mensuração ou de uma
tendenciosidade inconsciente do operador em direcionar os resultados de acordo com
suas próprias expectativas. Dentre as 17 variáveis estudadas, cinco apresentaram
diferença estatisticamente significante entre a primeira e segunda medições (Tabela
5.1). São elas: FMA, 1.NB, Linha I, 1.1 e sobressaliência. Destas, somente as variáveis
96 Discussão
Linha I e o ângulo interincisivos (1.1) apresentaram diferença estatisticamente
significante quando da comparação entre grupos (Tabela 5.9).
É sabido que as estruturas mais difíceis de traçar são os incisivos (INTERLANDI,
1968), especialmente os inferiores (BAUMRIND; FRANTZ, 1971a,1971b) e isso afeta
tanto as medidas lineares quanto as angulares, estas últimas em maior proporção
(SANDLER, 1988).
A maior dificuldade está em estabelecer o ápice destes dentes, que se apresentam
muitas vezes sobreposto por outras estruturas (BAUMRIND; FRANTZ, 1971a,1971b).
No caso do incisivo inferior, existe a sobreposição dos quatro incisivos, o que dificulta
a visualização do ápice dos centrais e o estabelecimento de uma média (MARGOLIS,
1943; INTERLANDI, 1968).
No caso das variáveis que apresentaram diferença estatisticamente significante
(Linha I e 1.1), ambas estão relacionadas com o incisivo inferior, estrutura que mais
provavelmente seja a responsável por causar diferença entre as medições.
Outra possível explicação para esses erros seria a qualidade das radiografias.
Pequenas imperfeições durante a realização ou revelação das mesmas podem dificultar
a interpretação e prejudicar as medições. Entretanto, como os valores encontrados
serão usados para comparação (STEINER, 1953), é possível dizer que existe
confiabilidade para utilização destes dados (GIANELLY, 1970). Além disso, o fato de
não terem sido encontrados erros casuais aumenta a confiabilidade dos resultados
obtidos. Ainda, o maior erro sistemático encontrado foi da ordem de apenas 1,14°,
para a variável ângulo interincisivos, o que permite concluir que esta mínima variação
não invalida os resultados desta pesquisa.
6.4
6.46.4
6.4
Sobre a escolha das variáv
Sobre a escolha das variávSobre a escolha das variáv
Sobre a escolha das variáveis
eiseis
eis
Existem diferentes opiniões quando se trata de confiabilidade ou
reprodutibilidade de certas variáveis ou análises (RICHARDSON, 1966; BAUMRIND;
FRANTZ, 1971a,1971b). Alguns autores defendem determinado ponto cefalométrico
como sendo ideal por ser de fácil localização (REIDEL, 1952) ou por estar mais
Discussão 97
próximo da estrutura avaliada (MCNAMARA JR, 1984). Existe até preferência quanto
ao tipo de medida, seja ela angular ou linear (BAUMRIND; FRANTZ, 1971a).
Além disso, as preferências pessoais, a habilidade do profissional e o costume em
utilizar determinada variável ou análise estão muito ligados a estas divergências
(BAUMRIND; FRANTZ, 1971b).
Com isso em mente, os critérios para a escolha das variáveis foram baseados na
confiabilidade, mas também na freqüência de uso delas (INTERLANDI, 1968). Isso
permite visualizar de forma mais rápida o significado dos resultados e comparar com
trabalhos publicados, especialmente os de nossa Disciplina de Ortodontia da FOB-
USP (FÊO
et al.
, 1971; INTERLANDI, 1971; MARTINS, 1979; BERTOZ, 1981; RADDI;
HENRIQUES; MARTINS, 1989; PINZAN, 1994; TAKAHASHI, 1998).
De uma forma geral, a análise do Padrão USP foi utilizada para os valores
esqueléticos e dentários, acrescentando-se as variáveis sobressaliência e sobremordida.
Algumas variáveis deixaram de ser incluídas como, por exemplo, a variável
SN.Oclusal, por ser muito variável, especialmente durante o tratamento ortodôntico,
e por ser utilizada, especialmente, para comparação de erupção dentária anterior e
posterior (TAYLOR; HITCHCOCK, 1966).
Além das variáveis da análise do Padrão USP, foram incluídas também as
medidas dentárias das análises de McNamara Jr (MCNAMARA JR, 1984), Interlandi
(INTERLANDI, 1971) e de Downs (DOWNS, 1948), por serem confiáveis e
amplamente utilizadas.
As variáveis escolhidas foram as seguintes: SNA, SNB, ANB, SN.GoGn (REIDEL,
1952), NS.Gn (STEINER, 1953), FMA (TWEED, 1954), 1.NA, 1-NA (STEINER, 1953), 1-
Aperp (MCNAMARA JR, 1984), 1.NB, 1-NB (STEINER, 1953), 1-AP (RICKETTS, 1961),
IMPA (MARGOLIS, 1943), Linha I (INTERLANDI, 1971), 1.1 (DOWNS, 1948),
sobressaliência e sobremordida (BRAMBILLA, 2002).
Somente as variáveis que apresentaram diferença estatisticamente significante,
após comparação com a amostra de leucoderma e de xantoderma, serão discutidas
(Tabela 5.9). Estas grandezas foram agrupadas de acordo com sua representatividade
para facilitar a compreensão. Os resultados serão discutidos focando a amostra de
nipo-brasileiros e suas diferenças com as amostras leucoderma e xantoderma.
98 Discussão
6.5
6.56.5
6.5
Sobre as variáveis estatisticamente significantes
Sobre as variáveis estatisticamente significantesSobre as variáveis estatisticamente significantes
Sobre as variáveis estatisticamente significantes
6.5
6.56.5
6.5.1 Relação das b
.1 Relação das b.1 Relação das b
.1 Relação das bases
asesases
ases
ó
óó
ósseas (Variável SNA)
sseas (Variável SNA)sseas (Variável SNA)
sseas (Variável SNA)
Figura 6.5.1 Diferença estatisticamente significante para SNA.
Seta vermelha indica diferença estatisticamente significante.
O resultado do posicionamento ântero-posterior da maxila da amostra nipo-
brasileira apresentou-se semelhante e intermediário aos valores normativos das
amostras leucoderma e xantoderma.
Observa-se maior protrusão maxilar para a amostra xantoderma, quando
comparada à amostra leucoderma, com diferença estatisticamente significante.
Entretanto, de uma forma geral, os valores encontrados na literatura demonstram não
haver diferença significativa para o posicionamento ântero-posterior da maxila para
estes dois grupos. Numericamente, nesses artigos, é possível perceber até mesmo uma
maior retrusão da maxila nas amostras xantoderma em comparação às amostras
leucoderma (UESATO, 1968; UESATO
et al.
, 1978; ALCALDE
et al.
, 1998).
Entretanto, existem trabalhos que apresentaram resultados de um perfil facial
mais convexo para este grupo racial (ALCALDE
et al.
, 2000; IOI
et al.
, 2005), o que
pode ser conseqüência de um posicionamento mais para anterior da maxila
(SUBTELNY, 1959). Riedel (REIDEL, 1957) e Tweed (TWEED, 1954) reiteram esta
opinião afirmando que o perfil dos tecidos moles está estreitamente relacionado com
as estruturas esqueléticas e dentárias.
N
ipo
82,89
Xanto
83,79
Leuco
81,60
Discussão 99
Esta característica de maior protrusão da maxila para a amostra xantoderma
brasileira deve ser levada em consideração na hora do planejamento ortodôntico.
Entretanto, é importante lembrar que esses valores são para comparação e o bom
senso clínico deverá guiar o profissional para avaliação adequada das demais
características clínicas do paciente. No caso dos nipo-brasileiros, os valores mostraram
que estes indivíduos apresentam-se intermediários entre as duas amostras estudadas e,
portanto, assemelham-se a elas.
6.5
6.56.5
6.5.2 Padrão do e
.2 Padrão do e.2 Padrão do e
.2 Padrão do esquel
squelsquel
squeleto c
eto ceto c
eto cefálico (Variável NS.Gn)
efálico (Variável NS.Gn)efálico (Variável NS.Gn)
efálico (Variável NS.Gn)
Figura 6.5.2 Diferença estatisticamente significante para NS.Gn.
Setas vermelhas indicam diferença estatisticamente significante.
Dentre as três variáveis estudadas para avaliação do padrão do crescimento do
esqueleto cefálico, somente NS.Gn apresentou diferença estatisticamente significante,
quando da comparação com as amostras de leucoderma e xantoderma. O maior valor
encontrado para esta variável indica uma tendência a um padrão esquelético mais
vertical para os descendentes de japoneses nipo-brasileiros em relação aos
leucodermas, assemelhando-se aos valores encontrados para os xantodermas.
Confirmando esse achado, estudos (COTTON; TAKANO; WONG, 1951;
ALTEMUS, 1960; UESATO, 1968) que utilizaram esta mesma variável para amostras de
xantodermas demonstraram uma tendência clara a um padrão vertical de crescimento
N
ipo
68,67
Xanto
68,56
Leuco
66,48
100 Discussão
para este grupo (COTTON; TAKANO; WONG, 1951; MIURA; INOUE; SUZUKI, 1965;
ENGEL; SPOLTER, 1981; MIYAJIMA
et al.
, 1996; IOI
et al.
, 2007).
Os resultados de Cotton, Takano e Wong (COTTON; TAKANO; WONG, 1951)
mostram que houve diferença para o ângulo de convexidade e para NS.GN, quando
da comparação das amostras de xantoderma e leucoderma. Os autores sugerem um
maior crescimento vertical para os japoneses.
Usando ainda este mesmo ângulo, Altemus (ALTEMUS, 1960) encontrou maiores
valores para as amostras de xantoderma (COTTON; TAKANO; WONG, 1951) e de
melanoderma (ALTEMUS, 1960) em comparação com amostra de leucoderma
(DOWNS, 1948), indicando maior tendência a um padrão de crescimento vertical para
aqueles grupos.
Uesato (UESATO, 1968) em 1968 comparou os valores encontrados por Downs
(DOWNS, 1948) e por Steiner (STEINER, 1962) para caucasianos com resultados
encontrados por diversos autores para japoneses e para nipo-americanos. Seus
achados permitem estabelecer valores intermediários para os nipo-americanos, entre
os japoneses e os caucasianos, no que diz respeito às variáveis FMA e NS.Gn.
Utilizando outras variáveis, Miura, Inoue e Suzuki (MIURA; INOUE; SUZUKI,
1965), Engel e Spolter (ENGEL; SPOLTER, 1981), Miyajima
et al.
(MIYAJIMA
et al.
,
1996), Takahashi (TAKAHASHI, 1998) e Ioi
et al.
(IOI
et al.
, 2007) também
encontraram uma maior tendência vertical para os japoneses, quando comparados
com leucodermas.
Interessante notar que a maioria destes estudos, assim como nesta pesquisa,
utiliza-se de amostra com oclusão normal. Portanto, deve ser entendido que, para os
japoneses e seus descendentes, a norma é um padrão esquelético mais vertical. Em
outras palavras, valores ligeiramente mais altos para as variáveis do padrão do
esqueleto cefálico para uma amostra xantoderma ou nipo-brasileira devem ser aceitos
como sinônimo de um padrão esquelético equilibrado.
Apesar de haver esta diferença, foi comprovado que diferentes protocolos de
tratamento com e sem extrações não afetam de modo diferente as proporções
verticais da face do paciente japonês. Desta forma, o caso pode ser planejado sem
maiores preocupações quanto ao padrão do esqueleto cefálico ligeiramente maior
deste grupo (HAYASAKI
et al.
, 2005).
Discussão 101
6.5
6.56.5
6.5.3
.3.3
.3
Alterações l
Alterações lAlterações l
Alterações lineares do
ineares doineares do
ineares dos incisivos i
s incisivos is incisivos i
s incisivos inferiores
nferioresnferiores
nferiores
(Variável
(Variável(Variável
(Variável
1
11
1-
--
-NB, 1
NB, 1NB, 1
NB, 1-
--
-AP e
AP e AP e
AP e Linha “I”)
Linha “I”)Linha “I”)
Linha “I”)
Figura 6.5.3 Diferenças estatisticamente significantes para 1-NB, 1-AP e Linha I, respectivamente.
Setas vermelhas indicam diferença estatisticamente significante.
Foi possível observar que os incisivos inferiores da amostra de mestiços nipo-
brasileiros apresentaram protrusão acentuada, porém próximos aos das amostras de
leucoderma e xantoderma.
É interessante notar que todas as 3 variáveis lineares descritivas do
posicionamento horizontal dos incisivos apresentaram o mesmo comportamento.
Todas elas indicaram semelhança estatística do nipo-brasileiro e as demais amostras.
Além disso, todas indicaram maior protrusão para os incisivos inferiores dos
xantodermas, quando comparados com os leucodermas.
Miura, Inoue e Suzuki (MIURA; INOUE; SUZUKI, 1965) também observaram
grande protrusão dos incisivos inferiores de japoneses quando comparados com
leucodermas. Os resultados encontrados por Uesato
et al.
, Engel e Spolter, Ioi
et al.
(UESATO
et al.
, 1978; ENGEL; SPOLTER, 1981; IOI
et al.
, 2007) e, ainda, por Miura,
Inoue e Suzuki (MIURA; INOUE; SUZUKI, 1965) também mostraram maior protrusão
dos incisivos inferiores para as amostras asiáticas.
Utilizando amostra de xantodermas brasileiros, Raddi, Henriques e Martins
(RADDI; HENRIQUES; MARTINS, 1989) encontraram valor menor na variável Linha I
para este grupo (-4,4mm), quando comparado com a amostra de leucoderma (-
1,28mm), indicando maior protrusão para aquele grupo. Na avaliação de
N
ipo
3,11
Xanto
3,47
Leuco
2,32
N
ipo
-3,82
Xanto
-4,22
Leuco
-2,83
N
ipo
5,29
Xanto
5,70
Leuco
4,38
102 Discussão
melanodermas masculinos brasileiros, Bertoz (BERTOZ, 1981) encontrou valores ainda
menores (-7,35mm) para aquela amostra, resultante de significante protrusão dos
incisivos inferiores. Para os feodermas, Franco (FRANCO, 2006) encontrou protrusão
intermediária (-4,82mm) entre leucodermas e melanodermas. Semelhantemente, esta
pesquisa apresentou valores intermediários (-3,82mm) para os nipo-brasileiros,
quando comparados com leucodermas e xantodermas (RADDI; HENRIQUES;
MARTINS, 1989).
Usando a variável 1-AP, Altemus (ALTEMUS, 1960,1968) encontrou maiores
valores para as amostras de xantoderma (COTTON; TAKANO; WONG, 1951) e de
melanoderma (ALTEMUS, 1960) em comparação com amostra de leucoderma
(DOWNS, 1948), indicando maior protrusão dos incisivos inferiores para aqueles
grupos. Anos mais tarde, este mesmo autor (ALTEMUS, 1968) aplicou nestas amostras
as análises de Ricketts e de Steiner, encontrando resultados semelhantes.
Nossos estudos corroboram com Miyajima
et al.,
(MIYAJIMA
et al.
, 1996) que
encontraram diferença estatisticamente significante para esta mesma medida linear,
designando protrusão dentária para a amostra de xantoderma estudada.
Semelhantemente, Ioi
et al.
(IOI
et al.
, 2007) encontraram diferença estatisticamente
significante para 1-AP e para IMPA, indicando maior protrusão e inclinação para
vestibular para a amostra xantoderma comparada com a amostra de leucoderma.
Iwasawa, Moro e Nakamura (IWASAWA; MORO; NAKAMURA, 1977) também
encontraram valores maiores na amostra de xantoderma para a variável IMPA
quando comparado com amostra de leucoderma, o que indica maior inclinação
vestibular dos dentes inferiores.
O posicionamento dos incisivos exerce importante influência para o terço
inferior da face (MARGOLIS, 1943; TWEED, 1944; STONER; LINDQUIST, 1956;
WILLIAMS, 1969), especialmente para os lábios inferiores (FÊO
et al.
, 1971). Margolis
(MARGOLIS, 1943) afirmava que entre as posições dentárias mais freqüentemente
analisadas como responsáveis pelo contorno do perfil, destaca-se a do incisivo inferior
que representa importante papel sobre o perfil do terço inferior da face.
Stoner e Lindquist (STONER; LINDQUIST, 1956) corroboram esta afirmação e
assinalam que o incisivo inferior tem uma relação definida com a estética facial. Estes
autores ainda afirmam que a mecânica ortodôntica pode mudar esta inclinação,
Discussão 103
afetando, ainda que de forma discreta, o perfil facial (MARGOLIS, 1943; STONER;
LINDQUIST, 1956; WILLIAMS, 1969).
Fêo
et al.
(FÊO
et al.
, 1971) também relataram correlação positiva entre a
inclinação do lábio inferior e a posição dos incisivos inferiores. Tweed (TWEED, 1944)
é ainda mais enfático quando afirma que o máximo em equilíbrio e harmonia da
estética facial pode ser alcançado quando os incisivos inferiores estão posicionados
de maneira adequada em seu osso de suporte. De acordo com este autor, seria uma
posição mais vertical na mandíbula.
Finalmente, além de afirmar que o posicionamento linear dos incisivos inferiores
é o que estabelece o adequado equilíbrio entre os lábios, tanto superior quanto
inferior, Williams (WILLIAMS, 1969) atribui a este posicionamento linear a estabilidade
da oclusão.
É interessante notar que a amostra nipo-brasileira estudada apresentou-se,
numericamente, intermediária às amostras de xantoderma e leucoderma. Este fato
pode ser explicado pela miscigenação daquele grupo, que os resultados ocorreram
de maneira semelhante com todas as 3 variáveis estudadas.
6.
6.6.
6.5
55
5.4
.4.4
.4
Relações
RelaçõesRelações
Relações
angulares entre incisivos superiores e i
angulares entre incisivos superiores e iangulares entre incisivos superiores e i
angulares entre incisivos superiores e inferiores
nferioresnferiores
nferiores
(Variáveis
(Variáveis (Variáveis
(Variáveis
â
ââ
ângulo
ngulo ngulo
ngulo i
ii
interincisivos
nterincisivosnterincisivos
nterincisivos
e s
e se s
e sobremordida)
obremordida)obremordida)
obremordida)
Figura 6.5.4 Diferenças estatisticamente significantes para 1.1 e sobremordida, respectivamente.
Setas vermelhas indicam diferença estatisticamente significante.
N
ipo
124,88
Xanto
125,39
Leuco
130,09
N
ipo
2,23
Xanto
2,57
Leuco
2,99
104 Discussão
Era de se esperar que estas variáveis apresentassem diferenças estatisticamente
significantes, uma vez que algumas variáveis dentárias da amostra nipo-brasileira
apresentaram-se numericamente distintas das da amostra de leucodermas e de
xantodermas (Vide Tabela 5.9).
A variável 1.1 (ângulo interincisivos) no grupo nipo-brasileiro apresentou-se com
menor valor que o da amostra de leucoderma e semelhante à amostra xantoderma,
representando maior inclinação vestibular dos incisivos dos nipo-brasileiros e
xantodermas. O valor encontrado para a sobremordida também sugere
vestibularização: os indivíduos da amostra leucoderma apresentaram sobremordida
maior que os da amostra nipo-brasileira e xantoderma. Isto pode ser afirmado porque
a maior vestibularização dos dentes diminui o trespasse vertical destes.
Tanto o ângulo interincisivos quanto a sobremordida estão intimamente
relacionadas com o posicionamento angular dos incisivos superiores e inferiores
(FLEMING, 1961; LUDWIG, 1967; PARKER; NANDA; CURRIER, 1995).
Desta forma, é possível afirmar que esta característica foi o principal
determinante para que a variável 1.1 apresentasse valor menor que o da amostra de
leucoderma, o que reforça o entendimento de um posicionamento mais inclinado
para vestibular dos incisivos inferiores (LUDWIG, 1967). Também com relação à
sobremordida, seria possível sugerir que esta inclinação para vestibular influenciou de
maneira decisiva os resultados obtidos (FLEMING, 1961; LUDWIG, 1967; PARKER;
NANDA; CURRIER, 1995).
Apesar de não ser estatisticamente significante, as três variáveis angulares de
incisivos superiores e inferiores estudadas (1.NA, 1.NB e IMPA) apresentaram-se
maiores para os grupos nipo-brasileiro e xantoderma, comparados aos leucoderma.
Este fato tem grande valor para determinar a diferença entre grupos para as variáveis
1.1 e sobremordida.
Comparando amostras de leucoderma de Downs (DOWNS, 1948), de
melanoderma de Altemus (ALTEMUS, 1960) e de xantoderma dos autores Cotton,
Takano e Wong (COTTON; TAKANO; WONG, 1951), Altemus (ALTEMUS, 1960)
encontrou valores menores para a variável ângulo interincisivos indicando protrusão
dos incisivos para a amostra de negros, chineses e japoneses (estes dois últimos
compuseram a amostra xantoderma), quando comparados com a amostra de
Discussão 105
caucasianos. Anos mais tarde, (ALTEMUS, 1968) aplicou nestas amostras as análises de
Ricketts e de Steiner, encontrando resultados semelhantes.
Estas diferenças foram também observadas em estudo de Miura, Inoue e Suzuki
(MIURA; INOUE; SUZUKI, 1965), que encontraram diferença estatisticamente
significante para a variável ângulo interincisivos quando comparadas as amostras de
xantoderma e de leucoderma. De maneira semelhante, Iwasawa, Moro e Nakamura
(IWASAWA; MORO; NAKAMURA, 1977) encontraram que a inclinação dos dentes
anteriores, tanto superiores quanto inferiores, dos japoneses estudados era bem maior
quando comparada à de caucasianos.
Uesato (UESATO, 1968) em 1968 comparou os valores encontrados por Downs
(DOWNS, 1948) e por Steiner (STEINER, 1962) para caucasianos com resultados
encontrados por diversos autores para japoneses e para nipo-americanos. As medidas
médias encontradas para este último grupo - FMA, NS.Gn, ângulo interincisivos e 1-AP
- quase sempre estavam como valores intermediários entre os japoneses e os
caucasianos, com uma peculiaridade: com relação ao padrão esquelético, esta média
tendeu a aproximar-se mais aos caucasianos. Por outro lado, com relação ao
posicionamento dentário, pode-se observar que forte tendência a uma protrusão
dentária com valores intermediários, porém mais próximos aos japoneses.
Engel e Spolter (ENGEL; SPOLTER, 1981) também encontraram menor
sobremordida para sua amostra de xantoderma quando comparada com a amostra de
leucoderma. Apesar de não terem feito cálculos estatísticos, esta tendência mostrou-se
presente em outros trabalhos. Da mesma forma, estes mesmos autores observaram
maior ângulo interincisivos para os xantodermas.
6.6
6.66.6
6.6
Considerações
Considerações Considerações
Considerações g
gg
gerais
eraiserais
erais
Na sociedade contemporânea, os resultados do tratamento ortodôntico, além
do estabelecimento de uma oclusão harmoniosa e funcional, devem prover estética
facial agradável ao paciente e à comunidade em que vive (ANGLE, 1907; TWEED,
1944; MERRIFIELD, 1966). Portanto, fica clara a expectativa de melhora do contorno
106 Discussão
facial a partir da movimentação de dentes, baseando-se na íntima ligação que existe
entre a postura labial e as estruturas subjacentes, a saber: os dentes e o processo
alveolar (SUBTELNY, 1959).
É sabido que a percepção de beleza é muito individual (UESATO, 1968) e está
ligada à cultura pessoal (MANTZIKOS, 1998). Entretanto, existe a hipótese de que a
constante influência da mídia ocidental nos jornais, filmes e TV possa ter imprimido,
de maneira crônica, um padrão da atratividade facial com um molde característico,
não importando a etnia da pessoa (MANTZIKOS, 1998).
Considerando esta hipótese, diversas pesquisas tiveram como objetivo conhecer
a preferência estética dos japoneses. De fato, os resultados confirmam a especulação
da preferência, quase global (CHAN
et al.
, 2008), pelo perfil reto (MIURA; INOUE;
SUZUKI, 1965; MIYAJIMA
et al.
, 1996; MANTZIKOS, 1998; ALCALDE
et al.
, 2000;
IOI
et al.
, 2005) e por dentes verticalizados (SOH; CHEW; CHAN, 2006).
Apesar disto, é interessante considerar os resultados encontrados por Mantzikos
(MANTZIKOS, 1998). Este autor apresentou diferentes perfis de japoneses,
modificados digitalmente, a diversas bancas. Quando o grupo julgador estava
composto de imigrantes japoneses vindos do Japão há, no máximo, 5 anos, o perfil
considerado como o mais agradável ainda era o reto. Entretanto, o perfil biprotruso
não foi considerado como o menos atraente: resultado encontrado na maioria dos
trabalhos que usaram jurados de origem européia. Ainda neste mesmo ano, Alcalde
et
al.
(ALCALDE
et al.
, 1998) ratificam esta opinião quando afirmam que um paciente
japonês que viva em Tóquio pode ter anseios bem diferentes daquele que vive em
uma comunidade de maioria branca.
Reconhecer que estas influências ambientais apresentam importante papel em
moldar os objetivos do tratamento ortodôntico e seus resultados estéticos
(MANTZIKOS, 1998) é crítico para entender o valor e a necessidade da
individualização do tratamento ortodôntico e do estudo de normas específicas para
cada grupo étnico de diferentes origens.
Considerando estas diferenças antropológicas do padrão facial e dentário, Miura,
Inoue e Suzuki compararam uma amostra de xantodermas com os valores da análise
de Steiner. Como conclusão, expõem que o alvo do tratamento para os japoneses
deve ser diferente daquele para os caucasianos (MIURA; INOUE; SUZUKI, 1965).
Discussão 107
Existem pesquisas que demonstram, inclusive, que diferença nas más oclusões entre
as raças (ISHII; DEGUCHI; HUNT, 2002) e até mesmo na resposta destas ao
tratamento ortodôntico (SAMESHIMA; MELNICK; SINGER, 1997; BROCK
et al.
,
2005).
Miura, Inoue e Suzuki (MIURA; INOUE; SUZUKI, 1965) ainda afirmam que o
resultado do tratamento ortodôntico para os japoneses não será o mais funcional,
estável e desejável se usarmos valores menores para as variáveis ANB, 1.NA, 1-NA,
1.NB e 1-NB, seguindo as referências de Steiner para os americanos. Isto significa que
apesar de existirem muitas pesquisas sobre o padrão cefalométrico, ainda é necessário
bom senso para que o uso destas normas seja bem aproveitado. Não basta o mero
conhecimento de tantos e diferentes padrões e análises, é necessária habilidade, por
parte do ortodontista, em aplicar este conhecimento para o caso específico que está
tratando (UESATO
et al.
, 1978).
Se é possível observar que os valores médios das variáveis se alteram de acordo
com a amostra usada e ainda com a localidade do estudo, há de se convir que valores
individualizados são mais aplicáveis. Afinal, diferentes etnias geram diferentes padrões
cefalométricos.
De uma forma geral, pode-se dizer que o fator mais importante clinicamente
apresentado pelos jovens nipo-brasileiros deste estudo é que eles apresentam maior
vestibularização dos incisivos. Este aspecto deve ser especialmente considerado
quando do planejamento do protocolo de tratamento a ser utilizado. Tendo em vista
que a sobressaliência e o apinhamento são as más oclusões que mais incomodam este
grupo étnico (SOH; CHEW; CHAN, 2006), torna-se necessário considerar as
limitações destes pacientes quanto à quantidade de retração. Afinal, é sabido que a
musculatura oral é forte o bastante para causar recidiva do tratamento. Amesmo a
posição dos lábios influencia a estabilidade e o alinhamento dos incisivos. Assim, a
escolha do tipo de mecânica e da necessidade de extrações deve ser tomada sob estas
considerações (PEPICELLI; WOODS; BRIGGS, 2005).
Se vida quanto à necessidade de extrações, é necessário considerar que,
para este grupo, fica mais adequado um posicionamento mais anterior dos incisivos
inferiores, o que afasta a indicação de extrações, em casos limítrofes. Nestes casos,
somente o desgaste interproximal poderia servir para o alinhamento dentário.
108 Discussão
Portanto, sem deixar de considerar as demais necessidades do paciente, conhecer os
valores de normalidade do paciente nipo-brasileiro ajuda na escolha do plano do
tratamento.
Ainda em termos clínicos, usando o mesmo princípio para escolha de braquetes
pré-ajustados para as más oclusões de Classe II e III, é possível aplicar os resultados de
sobremordida e ângulo interincisivos encontrados neste trabalho para a escolha mais
adequada destes acessórios. Sabe-se que os braquetes utilizados para a oclusão de
Classe II têm maior torque vestibular para os incisivos inferiores e que os utilizados
para a oclusão de Classe III, têm maior torque vestibular para os incisivos
superiores (CAPELOZZA FILHO
et al.
, 1999). Desta forma, uma combinação destas
diferentes prescrições - permitindo maior vestibularização superior e inferior ao final
do tratamento - poderia proporcionar um resultado estético mais satisfatório além de
aumentar a estabilidade do caso tratado.
Em suma, com base na representatividade da amostra usada neste estudo, as
metas do tratamento ortodôntico para o paciente nipo-brasileiro, descendente de
xantoderma e de leucoderma, devem ser diferentes daquelas do paciente leucoderma
brasileiro. De acordo com a literatura pesquisada, o uso de valores específicos e
individualizados auxiliam na estabilidade do tratamento (MIURA; INOUE; SUZUKI,
1965) e na adequação das estruturas ósseas, dentárias e tegumentares (MIURA;
INOUE; SUZUKI, 1965; MIYAJIMA
et al.
, 1996). Baseando-se nestas variáveis
aplicáveis aos nossos descendentes nipo-brasileiros nascidos neste país, que é
miscigenado, será possível conseguir resultados mais estáveis e estética mais
satisfatória.
Como última argumentação, temos o relato de Miyajima
et al.
(MIYAJIMA
et
al.
, 1996) sobre o renascimento de um senso de orgulho étnico, especialmente nos
grandes centros. Além disso, cresce a procura, por parte do paciente, em busca de um
tratamento ortodôntico exclusivo, que seja baseado em normas derivadas da sua raça
ou grupo étnico específico (IOI
et al.
, 2005).
Discussão 109
Sugestões para novos trabalhos
Sugestões para novos trabalhosSugestões para novos trabalhos
Sugestões para novos trabalhos
Comparar os resultados oclusais dos diferentes grupos raciais, de mesma
oclusão, quando submetidos a um mesmo protocolo de tratamento.
Estudar quais são as más oclusões mais freqüentes em amostras xantoderma,
melanoderma e nipo-brasileira.
110 Discussão
Conclusões
ConclusõesConclusões
Conclusões
Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra e alimenta
Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra e alimentaConfia no Senhor e faze o bem; habita na terra e alimenta
Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra e alimenta-
--
-te da verdade.
te da verdade. te da verdade.
te da verdade.
Agrada
AgradaAgrada
Agrada-
--
-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o
te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o
te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o
teu
teu teu
teu caminho ao Senhor, confia nele
caminho ao Senhor, confia nelecaminho ao Senhor, confia nele
caminho ao Senhor, confia nele,
,,
,
e o mais ele fará
e o mais ele faráe o mais ele fará
e o mais ele fará
Salmos
SalmosSalmos
Salmos
37
3737
37:3
:3:3
:3-
--
-5
55
5
Conclusões 113
7 CONCLUSÕES
7 CONCLUSÕES7 CONCLUSÕES
7 CONCLUSÕES
Com base na metodologia aplicada e na comparação com as amostras de
leucoderma e de xantoderma, os resultados desta pesquisa permitem concluir que a
amostra de mestiços nipo-brasileiros apresenta:
1. Um padrão esquelético mais vertical que o do leucoderma, porém semelhante
ao do xantoderma;
2. Menores valores para o ângulo interincisivos e sobremordida em relação à
amostra leucoderma, mas próximos aos valores dos xantodermas;
3. Ausência de dimorfismo sexual, assim como as outras duas amostras estudadas e
4. É, portanto, possível dizer que os jovens mestiços nipo-brasileiros apresentam,
de uma forma geral, valores numéricos intermediários entre as amostras
estudadas. Entretanto, assemelham-se mais aos jovens xantodermas do que aos
jovens leucodermas.
114 Discussão
Referências
Referências Referências
Referências
Eis que Deus é mui grande; contudo, a ninguém despreza;
Eis que Deus é mui grande; contudo, a ninguém despreza;Eis que Deus é mui grande; contudo, a ninguém despreza;
Eis que Deus é mui grande; contudo, a ninguém despreza;
é grande na força da sua compreensão
é grande na força da sua compreensãoé grande na força da sua compreensão
é grande na força da sua compreensão
Jó 36:5
Jó 36:5Jó 36:5
Jó 36:5
Referências 117
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