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classe asc diferenciam-se basicamente pelo número de harmônicos (menor em asc2 e
asc8, maior em asc 3 e intermediário nas demais); as afiu diferenciam-se principalmente
na posição do primeiro harmônico; as asm principalmente pela freqüência máxima
(menor em asm e maior em asm2) e; as frf variam em relação à freqüência mínima
(menor em frf2 e maior nas demais), freqüência máxima (menor em frf2 e maior nas
demais) e ao número de harmônicos (maior em frf1 e menor nas demais). Os valores
das variantes também apresentaram uma faixa de variação em relação às freqüências
mínima e máxima e ao número de harmônicos, devido, provavelmente, às variações
individuais dos animais que emitiram determinado tipo de som (vide descrição do
repertório acústico das espécies na Tabela 2).
Através da análise qualitativa, baseada nas variantes das classes, classificamos essas
emissões sonoras resultando na descrição de 30 tipos de som para as espécies
analisadas, sendo 22 tipos presentes na espécie T. yonenagae (número de tipos/arena:
21; 17; 6; 6), 12 em T. i. denigratus (11; 8; 7; 5) e 9 em T. apereoides (6; 5; 5; 4). T.
yonenagae apresentou os seguintes tipos de som: qué, quic1, quic2, quic3, quic4, quic5,
asc1, asc2, asc3, asc4, asc5, asc6, asc7, asc8, afiu1, afiu2, afiu3, afiu4, afiu5, frf1, frf2 e
frf3; T. i. denigratus apresentou os sons: qui, ih, quick1, quick2, quick3, quick4, quick5,
asc1, asc3, asc4, asl e afiu1 e; T. apereoides apresentou os sons: tchu, pif, pur, ih, asc1,
asc2, asm1, asm2 e asl. A tabela 2 mostra os tipos e freqüência de episódios de som
encontrados para cada espécie em todas as arenas.
Observa-se que a freqüência de episódios de emissão som de uma espécie em
relação à outra não está relacionada ao número de tipos de sons, pois na espécie com
maior ocorrência de episódios, Thrichomys apereoides, houve o menor número de tipos.