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Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE ENGENHARIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CONSTRUÇÃO CIVIL
ESTUDO DE DANOS CAUSADOS A REVESTIMENTOS DE
ALVENARIAS DE BLOCOS CERÂMICOS DE VEDAÇÃO ATRAVÉS DE
INUNDAÇÕES SIMULADAS EM PROTÓTIPOS
CRISTIANE MACHADO PARISI
BELO HORIZONTE
2007
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Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
CRISTIANE MACHADO PARISI
ESTUDO DE DANOS CAUSADOS A REVESTIMENTOS DE
ALVENARIAS DE BLOCOS CERÂMICOS DE VEDAÇÃO ATRAVÉS DE
INUNDAÇÕES SIMULADAS EM PROTÓTIPOS
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Construção Civil da
Escola de Engenharia da Universidade
Federal de Minas Gerais, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do
título de Mestre em Construção Civil.
Área de concentração:
Materiais de Construção Civil
Linha de Pesquisa:
Materiais cimentícios
Orientador:
Prof. Dr. Adriano de Paula e Silva.
BELO HORIZONTE
ESCOLA DE ENGENHARIA DA UFMG
2007
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Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE ENGENHARIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CONSTRUÇÃO CIVIL
ESTUDO DE DANOS CAUSADOS A REVESTIMENTOS DE
ALVENARIAS DE BLOCOS CERÂMICOS DE VEDAÇÃO ATRAVÉS DE
INUNDAÇÕES SIMULADAS EM PROTÓTIPOS
CRISTIANE MACHADO PARISI
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Construção Civil da
Escola de Engenharia da Universidade
Federal de Minas Gerais, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do
título de Mestre em Construção Civil.
Comissão examinadora:
Prof. Dr. Adriano de Paula e Silva
DEMC/UFMG - Orientador
Prof. Dr. Antônio Neves De Carvalho Júnior
DEMC/UFMG
Prof. Ph. D. Nilo de Oliveira Nascimento
EHR/UFMG
Prof. Dr. Carlos Barreira Martinez
EHR/UFMG
Belo Horizonte, 04 de julho de 2007.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Minhas dedicatórias
À DEUS,
por mais essa oportunidade.
Aos meus PAIS,
pelos eternos ensinamentos.
Aos meus IRMÃOS,
amigos de todas as horas.
À minha irmã ANA PAOLA,
amiga para sempre.
Ao meu amor ALEXANDER,
pelo seu amor.
À TIALBA......
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Meus agradecimentos
A autora agradece a todos aqueles que, direta ou indiretamente,
colaboraram na preparação deste trabalho e, em particular,
ao professor Adriano de Paula e Silva, pela imensa generosidade e
competência no exercício de sua profissão e
pela sua amizade,
ao professor Nilo Nascimento de Oliveira,
pelo trabalho de co-orientação abrindo oportunidade para novas
pesquisas,
ao professor Carlos Barreira Martinez,
coordenador do Centro de Pesquisas em Hidráulica (CPH), pela
disponibilização dos laboratórios para a realização da parte
experimental do trabalho,
ao professor Antônio Neves de Carvalho Júnior,
chefe do Departamento de Engenharia de Materiais e Construção, pela
disponibilização de equipamentos e funcionários para realização dos
ensaios de arrancamento,
à professora Adriana Guerra Gumieri,
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
à Secretária do Programa de Pós-Graduação em Construção Civil
Ivonete dos Santos Magalhães,
à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
FAPEMIG, pelo financiamento da parte experimental do trabalho
através do Projeto TEC 1042/03,
à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CAPES, pela concessão de Bolsa de Mestrado durante a realização do
Curso de Pós-Graduação,
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CNPq que através do CT-HIDRO auxiliou no financiamento da pesquisa
realizada,
ao pedreiro de acabamento Vilmar dos Santos Morais,
aos funcionários dos Laboratórios do
Centro de Pesquisas em Hidráulica do Campus e do Departamento de
Engenharia de Materiais e Construção da EE UFMG em especial ao
Paulinho,
aos colegas pós-graduandos da primeira turma do Mestrado em
Construção Civil e do Centro de Pesquisas em Hidráulica.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
“A boa educação dá ao corpo e à alma toda a beleza
e perfeição de que são capazes.”
Platão
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 01
2. OBJETIVO
07
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
08
3.1. Alvenaria de vedação de blocos cerâmicos
08
3.2. Componentes de alvenaria
10
3.3. Blocos cerâmicos para alvenarias de vedação
11
3.4. Revestimentos argamassados
15
3.5. Constituintes dos revestimentos argamassados
20
3.6. Sistema de pintura
22
3.7. Revestimentos cerâmicos
26
3.8. Rochas ornamentais
32
3.9. Propriedades higroscópicas dos materiais de construção
35
3.10. Patologias causadas pela umidade
36
3.11. Patologias causadas ação da água de inundação
42
3.12. Experiências realizadas em campo no Estado de Minas Gerais
43
4. MATERIAIS E MÉTODOS
52
4.1. Painéis de alvenaria
52
4.2. Ensaios de avaliação da resistência mecânica dos blocos cerâmicos de
vedação utilizados
54
4.3. Execução dos painéis de alvenaria
54
4.3.1. Painéis 1A e 1B – Revestimento com argamassa traço 1:7 –
Padrão popular
54
4.3.2. Painéis 2A e 2B – Revestimento com argamassa traço 1:7 –
Padrão Normal
56
4.3.3. Painéis 3A e 3B – Revestimento com argamassa traço 1:5
57
4.3.4. Painéis 4A e 4B – Revestimento com argamassa traço 1:5 e
pintura látex PVA
58
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
4.3.5. Painéis 5A e 5B – Revestimento com azulejos brancos 59
4.3.6. Painéis 6A e 6B – Revestimento com cerâmicas PEI4
61
4.3.7. Painéis 7A e 7B – Revestimento com mármore branco
63
4.4. Dispositivos
64
4.5. Avaliação do desempenho dos revestimentos
67
4.6. Ensaios de arrancamento nos painéis secos
68
4.7. Imersão em água
73
4.8. Inspeção visual nos painéis após imersão
82
4.9. Ensaios de arrancamento nos painéis após imersão
82
5. RESULTADOS
84
5.1. Resultados dos ensaios nos blocos cerâmicos
84
5.2. Resultados dos testes de arrancamento nos painéis secos
85
5.3. Resultado da inspeção visual nos painéis após imersão
92
5.4. Resultados dos testes de arrancamento nos painéis submersos
93
6. ANÁLISE DOS RESULTADOS
114
6.1. Ensaios realizados nos blocos cerâmicos
114
6.2. Ensaios realizados nos painéis secos
115
6.3. Ensaios realizados nos painéis submersos
117
7. CONCLUSÕES
127
8. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
129
9. BIBLIOGRAFIA
132
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
133
ANEXO I
137
ANEXO II
141
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1. Blocos cerâmicos de vedação com furos na horizontal 12
Figura 3.2. Blocos cerâmicos de vedação com furos na vertical
13
Figura 3.3. Mecanismo de aderência da argamassa
17
Figura 3.4. Camadas de revestimento cerâmico de parede
27
Figura 3.5. Vista de Mármore branco
33
Figura 3.6. Industrialização de blocos de rochas ornamentais
35
Figura 3.7. Movimentações reversíveis e irreversíveis para um concreto,
devidas à variação do seu teor de umidade
36
Figura 3.8. Formação de eflorescência
39
Figura 3.9. Formação de bolhas
40
Figura 3.10. Distribuição dos níveis de padrão construtivo
46
Figura 3.11. Classe Social versus profundidade de submersão
46
Figura 3.12. Curva de custo de recuperação dos danos à construção em
função da profundidade de submersão para as classes A e B
48
Figura 3.13. Curva de custo de recuperação dos danos à construção em
função da profundidade de submersão para as classes C e D
48
Figura 3.14. Elevação da edificação (Elevation)
50
Figura 3.15. Criação de áreas úmidas (Wet Floodproofing)
50
Figura 3.16. Relocação da edificação (Relocation)
50
Figura 3.17. Criação de áreas secas (Dry Floodproofing)
51
Figura 3.18. Criação de barreiras de proteção (Levees and floodwalls)
51
Figura 4.1. Lista de materiais utilizados para confecção dos painéis de
alvenaria
53
Figura 4.2. Vista de reboco em execução
55
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.3. Vista de reboco desempenado e camurçado 55
Figura 4.4. Vista de painel chapiscado e com taliscas de madeira (indicação
da espessura do revestimento)
56
Figura 4.5. Vista de reboco em execução
57
Figura 4.6. Vista de reboco desempenado e camurçado
58
Figura 4.7. Vista de painel emassado e pintado
59
Figura 4.8. Vista de painel em fase de assentamento de azulejos
60
Figura 4.9. Vista de painel com os azulejos assentados e rejuntamento em
fase de execução
60
Figura 4.10. Vista de painel azulejado e rejuntado
61
Figura 4.11. Vista de painel revestido com peças cerâmicas
62
Figura 4.12. Vista de painel revestido com peças cerâmicas e rejuntado
62
Figura 4.13. Vista de painel em fase de assentamento de placas de mármore
branco
63
Figura 4.14. Vista de painel revestido com placas de mármore branco e
rejuntado
64
Figura 4.15. Lista de materiais utilizados para confecção dos dispositivos
metálicos
65
Figura 4.16. Vista dos dispositivos metálicos
67
Figura 4.17. Vista dos cortes sendo executados antes da colagem das placas
69
Figura 4.18. Vista de placas circulares coladas
70
Figura 4.19. Vista de placas circulares em fase de colagem (sem cortes
prévios)
70
Figura 4.20. Vista de placas quadradas coladas
71
Figura 4.21. – Outra vista de placas quadradas coladas
71
Figura 4.22. – Vista de cortes sendo executados após a colagem das placas
72
Figura 4.23. Vista de um painel com revestimento cerâmico – arrancamento
dos corpos de prova
72
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.24. Vista parcial de painel com revestimento cerâmico após
arrancamento de um corpo de prova
73
Figura 4.25. Vista da calha manual acoplada ao dispositivo deslizante
74
Figura 4.26. Vista de um painel em deslocamento vertical
75
Figura 4.27. Vista de painel imerso no reservatório
76
Figura 4.28. Vista de outro painel em deslocamento vertical para ser
introduzido no reservatório
76
Figura 4.29. Vista de painel imerso no reservatório
77
Figura 4.30. Vista de um painel em deslocamento horizontal sendo retirado
do reservatório após duas (02) horas de imersão
77
Figura 4.31. Vista de outro painel sendo retirado após (02) horas de imersão
78
Figura 4.32. Vista de painel após ser retirado
78
Figura 4.33. Vista de um painel imerso no reservatório
79
Figura 4.34. Vista de dois painéis imersos no reservatório
80
Figura 4.35. Vista de dois painéis imersos no reservatório
81
Figura 4.36. Vista de terceiro painel sendo imerso no reservatório
81
Figura 4.37. Vista de três painéis imersos no reservatório
82
Figura 4.38. Vista de um painel reconstituído
83
Figura 6.1. Gráfico comparativo das resistências médias de arrancamento
para as diversas tipologias de revestimentos
116
Figura 6.2. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para os painéis 1B, 2B e 3B na condição de secos e após 02
horas de imersão
119
Figura 6.3. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para os painéis 1B, 2B e 3B na condição de secos e após 08
horas de imersão
119
Figura 6.4. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para os painéis 1B, 2B e 3B na condição de secos e após 24
horas de imersão
120
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 6.5. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para o painel 4B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
121
Figura 6.6. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para os painéis 5B, 6B e 7B na condição de secos e após 02
horas de imersão
121
Figura 6.7. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para os painéis 5B, 6B e 7B na condição de secos e após 08
horas de imersão
122
Figura 6.8. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para os painéis 5B, 6B e 7B na condição de secos e após 24
horas de imersão
122
Figura 6.9. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para o painel 1B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
123
Figura 6.10. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para o painel 2B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
123
Figura 6.11. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para o painel 3B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
124
Figura 6.12. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para o painel 4B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
124
Figura 6.13. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para o painel 5B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
125
Figura 6.14. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para o painel 6B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
125
Figura 6.15. Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração
para o painel 7B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
126
Figura 8.1. Perspectiva da casa indicando diversas tipologias de
revestimento
130
Figura 8.2. Perspectiva da casa inserida no reservatório contendo água de
inundação
130
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 8.3. Outra perspectiva da casa inserida no reservatório contendo
água de inundação (sem cobertura)
131
Figura I.1. Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à
tração para o painel 1B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
137
Figura I.2. Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à
tração para o painel 2B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
137
Figura I.3. Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à
tração para o painel 3B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
138
Figura I.4. Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à
tração para o painel 4B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
138
Figura I.5. Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à
tração para o painel 5B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
139
Figura I.6. Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à
tração para o painel 6B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
139
Figura I.7. Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à
tração para o painel 7B na condição de seco e após os diversos
tempos de imersão
140
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1. Resistência à compressão (f
b
) 14
Tabela 3.2. Propriedades das argamassas
16
Tabela 3.3. Limites da resistência de aderência à tração
19
Tabela 3.4. Tintas usuais no mercado
25
Tabela 3.5. Classificação das argamassas colantes
29
Tabela 3.6. Classes de resistência à abrasão superficial
30
Tabela 3.7. Distribuição de problemas encontrados em pesquisa realizada
pelo IPT em 36 conjuntos habitacionais do Estado de São Paulo
37
Tabela 3.8. Padrões construtivos
45
Tabela 4.1. Painéis de alvenaria confeccionados e suas tipologias de
revestimentos
52
Tabela 6.1. Tipologias de revestimentos dos painéis e resistência de
aderência à tração – Valores médios e respectivos desvios
padrão
115
Tabela 6.2. Resistências de aderência à tração dos painéis nas diversas
situações de imersão – Valores médios e respectivos desvios
padrão
118
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
ABREVIATURAS
- ABCP: Associação Brasileira de Cimento Portland
- ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
- AERI: Áreas Especiais de Risco de Inundação
- ASTM: American Society for Testing and Materials
- CP: corpo de prova
- CP II: cimento Portland composto
- CP III: cimento Portland de Alto-Forno
- UFMG: Universidade Federal de Minas Gerais
- FEMA: Federal Emergency Manegemet Agency
- NBR: Norma Brasileira
- UFMG: Universidade Federal de Minas Gerais
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
UNIDADES
- cm2: centímetro quadrado
- daN: decanewton
- g: grama
- kgf/cm2: quilograma força por centímetro quadrado
- h: hora
- m: metro
- m2: metro quadrado
- mm: milímetro
- min: minuto
- N: newton
- N/mm2: newton por milímetro quadrado
- MPa: megapascal
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
RESUMO
O presente trabalho é um estudo dos danos causados aos revestimentos de
alvenarias de blocos cerâmicos de vedação em protótipos de paredes de
edificações submetidas a inundações simuladas.
A extensão dos danos é avaliada através da comparação do desempenho
dos revestimentos dos protótipos após inundação, com os mesmos
revestimentos na condição de secos.
Adicionalmente, foi realizado um estudo na literatura técnica das principais
características e propriedades dos materiais de construção utilizados na
confecção dos protótipos de paredes. Foram também estudadas as
patologias de umidade comumente presentes nas edificações e aquelas
decorrentes de inundações sobre as construções.
Os estudos mostram que quando se permite que os revestimentos sujeitos
a inundação simulada tenham tempo suficiente para a evaporação da água,
o desempenho dos mesmos se aproxima das condições anteriores à
inundação. Quando o tempo de secagem é insuficiente, observa-se queda
significativa em sua aderência ao substrato.
Os estudos indicam também que para tempos de imersão de 02, 08 e 24
horas não houve nenhum tipo de manifestação patológica de grande
importância, exceto nos painéis com revestimento em pintura, nos quais
observou-se a formação de bolhas resultantes da infiltração de água, tendo
a película de tinta perdido a aderência em alguma regiões, nas quais
destacou-se da camada de reboco.
Palavras-chave: revestimentos de alvenaria, danos a revestimentos,
inundações.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
ABSTRACT
The present work is a study of the damages to coverings of construction
masonry made from ceramic blocks in archetypes of walls submitted of
simulated floodings.
The extension of the damages is evaluated through the comparison of the
performance of coverings of the archetypes after flooding, with same
coverings in the condition of dry.
Additionally, a study in literature was carried through of the main
characteristics and properties of the used materials of construction in the
confection of the archetypes of walls. Also gifts in the constructions and
those decurrent ones of floodings on the constructions had been studied the
patologias of humidity comumente.
The studies show that when if allows that the coverings citizens simulated
flooding have enough time for the evaporation of the water, the
performance of the same ones if approaches to the previous conditions to
flooding. When the setting time is insufficient, observes significant fall in its
tack to the substratum.
The studies also indicate that for times of immersion of 02, 08 and 24 hours
did not have no type of pathological manifestation of great importance,
except in the panels with covering in painting, in which it was observed
formation of resultant bubbles of the water infiltration, having the lost film
of ink the tack in some regions, in which was distinguished of the layer of
mortar.
Key-words: masonry coverings, covering damages, floods.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, as inundações das cidades brasileiras têm sido objeto de
inúmeros estudos, dado o aumento de sua ocorrência e agressividade. As
inundações provocam impactos sociais e econômicos como a exigência de
grandes e onerosos trabalhos de recuperação das edificações nas áreas
atingidas, bem como a perda de bens móveis e imóveis.
A inundação urbana é uma ocorrência tão antiga quanto a existência das
cidades ou qualquer aglomeramento urbano. Esse evento ocorre quando as
águas dos rios (ou galerias pluviais) saem do leito de escoamento devido a
falta de capacidade de transporte de um destes sistemas e ocupa áreas
onde a população utiliza para moradia, transporte (ruas, rodovias e
passeios), recreação, comércio, indústria, entre outros (TUCCI, 2003).
Esses eventos podem ocorrer devido ao comportamento natural dos rios ou
são ampliados pelo efeito de alteração produzida pelo homem na
urbanização, pela impermeabilização das superfícies e canalização dos rios.
Os problemas resultantes da inundação dependem do grau de ocupação da
várzea pela população e da impermeabilização e canalização da rede de
drenagem.
Devido a seu comportamento repetitivo a maioria das inundações tem risco
conhecido. As inundações ribeirinhas são restritas a planícies de inundação.
Já as inundações rápidas (flash floods) são comuns em áreas montanhosas
da bacia do rio quando ocorrem chuvas torrenciais em áreas limitadas. Isto
traz perigo e dificuldades, embora as áreas de risco desses eventos
repentinos sejam previsíveis (WISNER et al., 2003).
Tipicamente, flash floods são eventos de pequena escala, mas
frequentemente com alta taxa de mortandade. Devido a sua natureza elas
são de difícil alerta, embora as áreas de risco sejam de fácil identificação. A
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
força do fluxo de água e os detritos carreados podem ser extremamente
danosos às casas e áreas cultiváveis, e é comum o desalojamento de
milhares de pessoas. Em 1998 esses eventos levaram a mais de 150 mortes
no Nepal e Tibet (WISNER et al., 2003).
As medidas de proteção contra inundações são feitas de forma complexa e
contraditória devido aos ganhos que a inundação proporciona. Como
exemplo, os benefícios proporcionados à agricultura pelo uso de solo de
aluvião são significativos, devido a melhoria da fertilidade do solo e melhor
retenção de umidade. As enchentes por si só proporcionam uma forma de
irrigação natural.
À medida que a água retrocede, povos de muitas partes do mundo cultivam
nas áreas anteriormente inundadas, utilizando o solo úmido (Bangladesh,
por exemplo). Este processo é essencial para a sobrevivência de uma densa
população de camponeses e pescadores nessas regiões (WISNER et al.,
2003).
As enchentes podem também estar associadas com as barragens,
eventualmente projetadas para ajudar na redução do risco de enchentes,
podendo em algumas situações serem inadequadas ou proporcionarem o
falso senso de segurança. Os mais trágicos exemplos são de barragens
construídas com especificações ou capacidades inadequadas, e/ou em locais
inseguros, com falha repentina e ocorrência de inundações rápidas em suas
vizinhanças.
Uma outra causa de enchentes é o colapso de barragens naturais. Estas
barragens são em geral formadas pelo deslizamento de terra bloqueando
um vale, criando assim um reservatório de água que pode correr vale
abaixo quando o bloqueio natural é erodido. Devido ao fluxo subseqüente
ser rápido ele cria uma inundação rápida (similar à falha de barragem) que
é de difícil escape para a população. Ainda assim em muitos casos é
possível a adoção de medidas preventivas.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Dessa maneira, as causas dos desastres de enchentes são várias,
envolvendo o meio ambiente físico, a economia local e o desempenho das
instituições e agentes públicos.
O meio físico envolve os níveis de vulnerabilidade das pessoas, incluindo
sua incapacidade de auto-proteção. Estas podem, por exemplo, estar sem
condições de construir suas casas em locais seguros ou com a qualidade
adequada.
O conceito de vulnerabilidade é um ponto central para o entendimento dos
efeitos das enchentes e os meios requeridos para aliviar seus efeitos.
Embora haja muita controvérsia existem três maneiras de se definir
vulnerabilidade:
- Como uma característica da população em risco.
- Como uma característica da inundação à qual a população é exposta.
- Como uma interação entre a natureza da inundação e as
características da população em risco.
Adicionalmente, as águas de inundação trazem também um aumento do
risco de doenças tais como o cólera e a diarréia provenientes da
contaminação da água de beber pelo esgoto. Pode haver um rápido
crescimento na incidência de malária e febre amarela devido a multiplicação
de vetores de insetos na água estagnada que permanece empoçada após a
enchente. Essa água deve ser canalizada para os rios através de dutos, mas
estes ficam frequentemente sem manutenção. Em muitas enchentes eles
podem estar também obstruídos pela presença de areia.
Frequentemente ocorrem doenças respiratórias especialmente entre
crianças mais novas e bebês. Doenças ou ferimentos causados nas
enchentes são importantes fatores que aumentam a vulnerabilidade e a
estendem a novos grupos de pessoas. Essas usualmente não podem
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
trabalhar e a família perde sua renda, especialmente logo após o evento
(WISNER et al., 2003).
A inadequada ação das instituições públicas pode significar que a proteção
social e os sistemas de alerta contra enchentes são ineficientes.
As conseqüências das inundações são inúmeras. De um modo geral
provocam impactos sociais e econômicos como a exigência de grandes e
onerosos trabalhos de recuperação das edificações nas áreas atingidas, bem
como a perda de bens móveis e imóveis.
As inundações danificam as construções de diversas formas. Os materiais
de construção quando submersos em água de inundação podem se
deteriorar, expandir ou empenar. A umidade favorece a deterioração dos
materiais de construção, o crescimento de mofo, o que descolore as
superfícies dos materiais causando odores desagradáveis, bem como
reações alérgicas e outros problemas de saúde aos indivíduos susceptíveis
(PENNING-ROWSELL, 1977).
Os danos causados pelas inundações podem ser classificados em tangíveis e
intangíveis, e, em um segundo nível, diretos e indiretos. Danos tangíveis
são aqueles possíveis de mensuração em termos monetários, o que não se
aplica para os bens intangíveis. Os danos que resultam do contato físico da
água de inundação com bens e pessoas são considerados diretos, e os
outros decorrentes de interrupções e perturbações das atividades sociais e
econômicas durante e após as inundações, são classificados como danos
indiretos (MACHADO et al., 2004, PARKER, GREEN & THOMPSON, 1987
apud CANÇADO, 2005).
Os danos físicos à construção decorrentes de uma inundação são
frequentemente estimados por meio de orçamentos de reforma sendo os
prejuízos ao conteúdo avaliados através dos preços de mercado de móveis e
eletrodomésticos novos. Este tipo de abordagem é adequado principalmente
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
para o cálculo de danos diretos, embora também possa ser utilizada para
estimativa de danos indiretos. Outra abordagem ocorre quando os valores
dos bens são estimados por consultas aos indivíduos que, por meio de
técnicas de entrevistas ou pesquisa, são levados a declararem ou
expressarem suas preferências.
Enquanto a estimativa de prejuízos diretos é relativamente mais simples, a
valoração de danos indiretos encerra algumas dificuldades adicionais. Os
danos indiretos variam bastante de região para região e sua magnitude está
essencialmente associada à capacidade de ajustamento dos consumidores e
produtores da região às perturbações causadas pela inundação (análise de
vulnerabilidade) (PARKER, GREEN & THOMPSON, 1987 apud CANÇADO,
2005). Portanto, esta “capacidade de reação” à inundação deve ser
considerada na análise de danos, principalmente entre os indiretos.
Embora, o tema venha sendo bastante pesquisado em nível internacional,
não existem ainda no Brasil estudos avançados de avaliação do efeito da
inundação sobre as construções e a extensão dos danos provocados pela
ação da água.
Um grupo de pesquisadores dos Departamentos de Engenharia Hidráulica e
de Recursos Hídricos e Engenharia de Materiais e Construção da UFMG, vem
desenvolvendo nos últimos anos estudos relativos aos danos causados pela
ação da água de inundação sobre as construções, bem como a correlação
entre os custos de recuperação destes danos e as profundidades e tempos
de submersão atingidos durante as inundações.
Uma parte dos estudos desse grupo foi desenvolvida com base em dados de
campo obtidos em áreas inundáveis nas cidades de Itajubá e Santa Rita do
Sapucaí localizadas no Vale do Rio Sapucaí com caracterização das
patologias nas construções sinistradas mediante visitas técnicas e coleta de
informações através da aplicação de questionários. Além das patologias,
foram coletados dados relativos às características da inundação
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
(profundidade de submersão e duração da inundação), a qualidade das
edificações e os reparos realizados.
Como continuidade das pesquisas realizadas anteriormente, o presente
trabalho dá prosseguimento aos estudos em laboratório através de
experimentos realizados em protótipos de paredes de edificação submetidos
a inundações simuladas.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
2. OBJETIVO
O objetivo geral do trabalho é avaliar os danos causados a revestimentos de
alvenarias de blocos cerâmicos de vedação através de inundações
simuladas em protótipos. Para tanto, será necessário atingir os seguintes
objetivos específicos:
· Estudo da literatura técnica existente relativa aos materiais constituintes
dos protótipos de edificações e às patologias causadas pela umidade e pela
ação da água de inundação;
· Desenvolvimento de projeto e posterior confecção de protótipos de
alvenarias com diversas tipologias de revestimentos;
· Desenvolvimento de aparato de laboratório para simulação física da
inundação;
· Execução de testes laboratoriais para estudo comparativo do
comportamento das tipologias de revestimentos na condição de secos e
quando submetidos à ação da água;
· Avaliação do comportamento e identificação dos danos causados aos
revestimentos das alvenarias executadas.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo é feita uma revisão da literatura técnica relativa aos
materiais de construção utilizados na parte experimental do presente
trabalho (alvenaria de vedação de blocos cerâmicos, revestimentos
argamassados, sistema de pintura, revestimentos cerâmicos e pétreos). Foi
ainda feito um estudo das principais manifestações patológicas em
edificações provenientes de umidade e da ação das águas de inundação.
3.1. Alvenaria de vedação de blocos cerâmicos
A alvenaria é o componente da edificação obtido através da união entre
tijolos
*
ou blocos
**
por juntas de argamassa, formando um conjunto coeso e
rígido.
A palavra alvenaria deriva do árabe al-bannã: aquele que constrói, bannã
significa construir. Quando empregada apenas com a função de vedação,
não sendo, portanto, dimensionada para resistir a cargas além de seu peso
próprio, é denominada alvenaria de vedação.
As alvenarias de vedação são utilizadas para o fechamento de vãos da
maioria dos edifícios construídos pelo processo construtivo tradicional, ou
seja, aquele que se caracteriza pelo emprego de estrutura reticulada de
concreto armado moldada no local e vedações de blocos cerâmicos ou de
concreto, comuns na maioria das cidades brasileiras.
*tijolo: unidade de alvenaria de dimensões máximas de 250 x 120 x 55 mm (comprimento x largura x
altura)
**bloco a unidade de alvenaria que excede em comprimento, largura ou altura as máximas dimensões
que definem o tijolo
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
As principais funções das alvenarias de vedação são (TAUIL, 1990):
- Resistir às cargas de ventos e às solicitações das tentativas de
intrusão, sem que a segurança de seus ocupantes seja prejudicada;
- Resistir a impactos sem manifestar sinais de ruína;
- Resistir à ação do fogo, não contribuir para o início de incêndio, nem
para a propagação da chama, nem para a produção de gases tóxicos;
- Isolar acusticamente os ambientes;
- Contribuir para a manutenção do conforto térmico;
- Impedir a entrada de ar e chuva no interior dos ambientes.
As alvenarias de vedação se destinam à compartimentação de espaços e
podem estar presentes nas fachadas ou nos ambientes internos dos
edifícios. São apoiadas sobre vigas, lajes ou outros componentes estruturais
e interligadas com pilares ou paredes. A qualidade final de uma alvenaria de
vedação está ligada à qualidade da estrutura, seja em termos de
regularidade geométrica (ângulos, prumo, nível, etc), seja em termos de
comportamento mecânico.
Ao se construir uma parede de vedação em alvenaria, busca-se obter uma
construção que atenda adequadamente aos requisitos de desempenho
exigidos para o uso a que se destina, sem que apresente problemas
patológicos. Procura-se obter paredes que tenham locação, planeza, prumo
e nivelamento com tolerâncias adequadas ao revestimento que será
empregado, juntas e fixação corretamente executadas e compatíveis com o
projeto (LORDSLEEM JÚNIOR, 2000).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
A execução da alvenaria deve seguir as indicações de projeto referentes a
materiais (traços, por exemplo), detalhes construtivos (juntas, cintas e
outros) e processo executivo (forma de assentamento, ferramentas,
escoramentos provisórios, etc). O processo executivo pode ser dividido em
três etapas: a locação da primeira fiada, a elevação e a fixação.
A locação - ou como alguns costumam chamar, marcação - da alvenaria
visa posicionar as paredes de alvenaria com o objetivo de otimizar o
consumo da argamassa de revestimento e a correção dos defeitos oriundos
da execução da estrutura. É essa operação que vai garantir a qualidade dos
serviços subseqüentes.
Após a locação das paredes e das fiadas, inicia-se o assentamento da
primeira linha de blocos observando ângulos, prumo e cotas, além de
observar amarrações e eventuais ferragens a serem embutidas nas juntas.
Ao final da elevação das paredes de alvenaria tem início a etapa de fixação
superior, ou encunhamento, que tem por objetivo prendê-la à estrutura de
maneira que não venha a ter seu desempenho prejudicado quando
solicitada.
3.2. Componentes de alvenaria
Os componentes de alvenaria intervêm diretamente na resistência final de
uma parede a esforços axiais de compressão. Essa influência se dá pela
forma geométrica dos componentes de alvenaria; pela resistência mecânica
dos componentes; módulos de deformação longitudinal e transversal dos
componentes; rugosidade superficial e porosidade dos componentes de
alvenaria e, finalmente, pela esbeltez da parede produzida (THOMAZ,
1989).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Pesquisas realizadas sobre as fontes de variação no comportamento final
das alvenarias indicam que a resistência da parede não varia linearmente
com a resistência do componente de alvenaria e nem com a resistência da
argamassa de assentamento e que, componentes assentados com juntas de
amarração produzem alvenarias com resistência à compressão
significativamente superior àquelas onde os componentes são assentados
com juntas verticais aprumadas.
O principal fator que influi na resistência à compressão da parede é a
resistência à compressão do componente de alvenaria. Em geral, a
resistência da parede em situações normais ficará compreendida entre 25%
e 50% da resistência do componente de alvenaria (THOMAZ, 1989).
Diversos estudos experimentais já foram desenvolvidos buscando-se
correlações entre as resistências mecânicas dos componentes de alvenaria,
da argamassa de assentamento e da parede acabada, por exemplo, a
Fórmula empírica de Haller que é mostrada a seguir (THOMAZ, 1989):
F
cpa
= ((1 + 0,15 f
cb
)
1/2
– 1) (8 + 0,048 f
ca
) (3.1.)
onde,
F
cpa
= resistência a compressão da parede (kgf/cm
2
)
f
cb
= resistência à compressão do bloco (kgf/cm
2
)
f
ca
= resistência à compressão da argamassa (kgf/cm
2
)
GOMES (1983) concluiu através de diversos ensaios efetuados com
alvenarias constituídas por blocos cerâmicos que as fórmulas empíricas
geralmente superestimam a resistência à compressão das paredes, o que é
contrário à segurança da estrutura. Já para fórmulas semi-empíricas
adotadas por várias entidades de normalização, que levam em consideração
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
a esbeltez da parede, verificou uma compatibilidade bastante razoável entre
os valores estimados e aqueles realmente obtidos em ensaios (THOMAZ,
1989).
3.3. Blocos cerâmicos para alvenarias de vedação
Os blocos cerâmicos de vedação são componentes da alvenaria de vedação
que possuem furos prismáticos perpendiculares às faces que os contêm. A
fabricação dos blocos ocorre por deformação plástica de matéria–prima
argilosa, contendo ou não aditivos, queimada a elevadas temperaturas, e
deve trazer obrigatoriamente, gravado em uma das suas faces, a
identificação do fabricante e do bloco (norma ABNT NBR 15270-1, 2005).
Os blocos cerâmicos podem ser produzidos para utilização com furos tanto
na horizontal como na vertical, conforme figuras mostradas a seguir.
Figura 3.1. – Blocos cerâmicos de vedação com furos na horizontal (norma ABNT
NBR 15270-1, 2005).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 3.2. – Blocos cerâmicos de vedação com furos na vertical (norma ABNT NBR
15270-1, 2005).
As dimensões de fabricação, valores da largura (L), altura (H) e
comprimento (C), que identificam o bloco, são correspondentes a múltiplos
e submúltiplos do módulo dimensional M menos 1cm, onde M=10cm.
Os blocos cerâmicos de vedação devem apresentar determinadas
características visuais, geométricas, físicas e mecânicas. Os blocos não
devem apresentar problemas sistemáticos, tais como quebras, superfícies
irregulares ou deformações que impeçam o seu emprego na função
especificada.
A massa seca (m
s
) e o índice de absorção de água (AA) determinam
fisicamente os blocos e a característica mecânica é a resistência à
compressão individual (f
b
).
A resistência à compressão dos blocos cerâmicos de vedação, calculada na
área bruta, deve atender aos valores mínimos indicados na norma NBR
15270-1 – Componentes cerâmicos – Parte 1: Blocos cerâmicos para
alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos (ABNT, 2005), conforme
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
tabela 3.1., sendo área bruta (A
b
) a área da seção de assentamento
delimitada pelas arestas do bloco, sem desconto das áreas dos furos,
quando houver.
Tabela 3.1. – Resistência à compressão (fb) (norma ABNT NBR 15270-1, 2005).
Posição dos furos f
b
MPa
Para blocos usados com furos na horizontal
(figura 1)
1,5
Para blocos usados com furos na vertical
(figura 2)
3,0
A realização do ensaio para a determinação da resistência à compressão
dos blocos de vedação segue os procedimentos da NBR 15270-3 –
Componentes cerâmicos – Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria
estrutural e de vedação – Métodos de ensaio (ABNT, 2005). Para tanto, os
corpos de prova devem ser preparados da seguinte forma:
- Regularização em duas faces com pasta de cimento (ou argamassa)
através do uso de uma placa plana indeformável recoberta com uma folha
de papel umedecida ou com uma leve camada de óleo mineral, de forma a
obter-se um corpo de prova com duas faces de trabalho devidamente
regularizadas e tanto quanto possível paralelas;
- A espessura da pasta (ou argamassa) deve ser no máximo de 3mm;
- O excesso de pasta existente deve ser retirado com espátulas logo que
a pasta (ou argamassa) estiver endurecida;
- Os corpos de prova devem ser submersos em água, no mínimo
durante 6 horas, após o endurecimento das camadas de capeamento.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Os blocos são ensaiados na condição saturada, sendo a carga aplicada na
direção do esforço que o bloco deve suportar durante o seu emprego,
sempre perpendicular ao comprimento e na face destinada ao
assentamento.
A resistência à compressão de cada corpo de prova, expressa em
megapascals, é obtida dividindo-se a carga máxima, expressa em newtons,
observada durante o ensaio, pela média das áreas brutas das duas faces de
trabalho de cada bloco, expressa em milímetros quadrados.
3.4. Revestimentos argamassados
As argamassas de revestimento podem ser definidas como a mistura
homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água,
contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e
endurecimento (CARVALHO JR., 2005).
Os revestimentos argamassados são uma das partes integrantes das
vedações dos edifícios apresentando importantes funções (SABBATINI,
2000):
- Proteger os elementos de vedação dos edifícios dos agentes
agressivos;
- Auxiliar as vedações no cumprimento das funções de isolamento
termoacústico e a estanqueidade à água e aos gases;
- Regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de base
regular e adequada ao recebimento de outros revestimentos (pintura, papel
de parede, revestimentos cerâmicos, rochas ornamentais e outros) ou
constituir-se no acabamento final;
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
- Contribuir para a estética da fachada.
Os revestimentos argamassados devem apresentar um conjunto de
propriedades específicas relativas à argamassa, tanto no estado fresco
como no endurecido, para que possam cumprir adequadamente suas
funções.
As principais propriedades das argamassas são apresentadas na tabela 3.2.
e descritas a seguir.
Tabela 3.2. – Propriedades das argamassas (SABBATINI, 2000).
Estado Fresco Estado Endurecido
· Massa específica e teor de ar · Aderência
· Trabalhabilidade · Capacidade de absorver deformações
· Retenção de água · Resistência mecânica
· Aderência inicial · Resistência ao desgaste
· Retração na secagem · Durabilidade
- Massa específica diz respeito à relação entre a massa e o volume do
material podendo ser relativa ou absoluta, e teor de ar é a quantidade de ar
existente em certo volume de argamassa.
- Trabalhabilidade é uma propriedade de avaliação qualitativa. Uma
argamassa para revestimentos é considerada trabalhável quando deixa
penetrar facilmente a colher de pedreiro, sem ser fluida, mantém-se coesa
ao ser transportada, mas não adere à colher ao ser lançada, distribui-se
facilmente e preenche todas as reentrâncias da base e não endurece
rapidamente quando aplicada. Alguns aspectos interferem nessa
propriedade, como as características e o proporcionamento dos materiais
constituintes da argamassa.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
- Retenção de água representa a capacidade da argamassa de reter a
água de amassamento contra a sucção da base ou contra a evaporação,
permitindo a adequada hidratação do cimento e conseqüente ganho de
resistência. Os fatores que influenciam a retenção de água, da mesma
forma que na trabalhabilidade são as características dos materiais
constituintes da argamassa e o seu proporcionamento.
- Aderência inicial é a propriedade relacionada ao fenômeno mecânico
que ocorre em superfícies porosas, pela ancoragem da argamassa na base,
através da entrada da pasta nos poros, reentrâncias e saliências, seguida
do endurecimento progressivo da pasta, conforme figura a seguir.
Figura 3.3. – Mecanismo de aderência da argamassa (SABBATINI, 2000).
A aderência inicial depende das outras propriedades da argamassa no
estado fresco, das características da base de aplicação (porosidade,
rugosidade, condições de limpeza) e da superfície de contato efetivo entre a
argamassa e a base. Por exemplo, pode ocorrer perda de aderência por
descontinuidade da camada de argamassa sobre a base, em razão da
entrada rápida da pasta nos poros da base, devido à sucção da base ser
maior que a retenção de água da argamassa.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
- Retração na secagem ocorre devido à evaporação da água de
amassamento da argamassa, como também pelas reações de hidratação e
carbonatação dos aglomerantes. A retração pode causar a formação de
fissuras no revestimento, que podem ser prejudiciais ou não
(microfissuras). As fissuras prejudiciais permitem a percolação de água pelo
revestimento no estado endurecido, comprometendo a sua estanqueidade.
Os fatores que influenciam a retração na secagem são as características dos
materiais constituintes da argamassa e o seu proporcionamento.
- Aderência é a propriedade do revestimento de manter-se fixo ao
substrato, sem romper-se, através da resistência às tensões normais e
tangenciais que surgem na interface base-revestimento. As propriedades da
argamassa no estado fresco, os procedimentos de execução do
revestimento, a natureza, características e a limpeza superficial da base
influenciam essa propriedade. A aderência é resultante da resistência de
aderência à tração, da resistência de aderência ao cisalhamento e da
extensão de aderência da argamassa.
A resistência de aderência à tração do revestimento pode ser determinada
através de ensaio de arrancamento por tração de placas metálicas de 50mm
de diâmetro ou de 100mm de lado, coladas com cola epóxi sobre a
superfície da argamassa. De acordo com a norma NBR 13749
Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação
(ABNT, 1996), o limite de resistência de aderência à tração (Ra) para o
revestimento de argamassa (emboço e reboco) varia de acordo com o local
de aplicação e o tipo de acabamento. A tabela a seguir mostra esses
valores.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Tabela 3.3. – Limites da resistência de aderência à tração (norma ABNT NBR
13749, 1996).
Local Acabamento Ra
(MPa)
Pintura ou base para reboco 0,20 Interna
Cerâmica ou laminado 0,30
Pintura ou base para reboco 0,30
Parede
Externa
Cerâmica 0,30
Teto 0,20
- Capacidade de absorver deformações é a propriedade do revestimento
de suportar tensões sem romper, sem perda de aderência e sem apresentar
fissuras prejudiciais.
- Resistência mecânica é a propriedade do revestimento de suportar
ações mecânicas de diferentes naturezas, tais como o impacto, a abrasão
superficial e a contração termoigroscópica.
- Permeabilidade é uma propriedade do revestimento relacionada à
passagem de água pela camada de argamassa (material poroso) permitindo
a percolação da água tanto no estado líquido como vapor. O revestimento
deve ser estanque à água impedindo sua percolação, porém deve ser
permeável ao vapor para favorecer a secagem da umidade de infiltração,
proveniente de água de chuva, por exemplo. Os fatores que influenciam a
permeabilidade são a natureza da base, a composição e dosagem da
argamassa, a espessura da camada de revestimento e o acabamento final.
- Durabilidade é uma propriedade resultante das propriedades do
revestimento no estado endurecido refletindo o desempenho do
revestimento diante das ações do meio externo ao longo do tempo.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
3.5. Constituintes dos revestimentos argamassados
As argamassas de acordo com sua função são constituídas de camadas que
são denominadas:
- Argamassa de assentamento:
A argamassa de assentamento tem como principais funções unir
solidamente os componentes da alvenaria, absorver as deformações
naturais, distribuir uniformemente as cargas e selar as juntas contra a
penetração de água de chuva (RIBEIRO, 2002).
- Argamassa de aderência – chapisco:
Essa argamassa tem como finalidade proporcionar condições de aspereza
em superfícies muito lisas e praticamente sem poros, possibilitando o
recebimento de outro tipo de argamassa. Sua aplicação é diferente, pois é
jogada com certa violência a uma determinada distância de lançamento,
para que haja certo impacto, o que propicia uma maior aderência e
aspereza. Pode ser aplicado como revestimento único em muros e paredes.
- Argamassa de regularização – emboço:
Essa argamassa tem como finalidade evitar a infiltração e penetração de
água sem impedir, entretanto, a ação capilar que transporta a umidade da
alvenaria à superfície exterior da argamassa. Outras funções dessa
argamassa consistem em uniformizar a superfície eliminando as
irregularidades dos tijolos, sobras de argamassa, regularizando o prumo e
alinhamento de paredes, para o recebimento de outro revestimento, como
por exemplo, azulejos, cerâmicas, mármores entre outros.
- Argamassa colante:
A argamassa colante é uma argamassa industrializada, constituída de uma
mistura pré-dosada de aglomerantes, agregados e aditivos, fornecida em
pó, no estado seco, necessitando apenas da adição de água para ser
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
empregada. É utilizada para o assentamento de revestimentos cerâmicos ou
pétreos.
- Argamassa de acabamento – reboco:
Essa argamassa pode atuar como superfície suporte para pintura,
apresentando aspecto agradável, superfície muito lisa e regular, com pouca
porosidade. O reboco pode funcionar também como o próprio acabamento,
não recebendo, portanto, o recobrimento de pintura.
A execução das camadas da argamassa envolve uma série de etapas que
devem estar bem definidas para que seja alcançado um maior nível de
racionalização das atividades de execução. As etapas gerais de execução do
revestimento de argamassa consistem na preparação da base, definição do
plano de revestimento, aplicação da argamassa, acabamento das camadas
e execução dos detalhes construtivos.
A preparação da base visa adequar a base ao recebimento da argamassa,
relativamente à limpeza da alvenaria, à eliminação das irregularidades
superficiais, às incrustações metálicas e ao preenchimento de furos. Nessa
etapa é também realizado o chapiscamento da base.
A aplicação da argamassa sobre a superfície deve ser feita por projeção
enérgica do material sobre a base, de forma manual ou mecânica
(argamassa projetada).
Após ser aplicada a argamassa, segue-se o sarrafeamento que consiste no
aplainamento da superfície revestida. Após um intervalo de tempo
adequado, é feito o desempeno e o camurçamento. O camurçamento
proporciona uma textura mais lisa e regular na superfície, para o caso do
acabamento final especificado para pintura.
Os detalhes construtivos consistem nas juntas de trabalho, quinas, cantos,
peitoris, pingadeiras e reforço com tela, que podem ser realizados
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
juntamente com a execução do revestimento ou logo após o seu
desempeno e camurçamento, dependendo do tipo de detalhe.
3.6. Sistema de pintura
O que se denomina pintura não deve ser entendido apenas como a tinta de
acabamento. O sistema de pintura é composto por fundos, líquidos
preparadores de paredes, massas e a tinta de acabamento, sendo que cada
um desses produtos possui uma função definida (UEMOTO, 2002).
Fundos são produtos destinados à primeira demão ou mais demãos sobre a
superfície e funcionam como uma ponte entre o substrato e a tinta de
acabamento. Aplicados sobre superfícies de argamassa, os fundos são
denominados seladores, sendo indicados para reduzirem e/ou
uniformizarem a absorção de substratos. O fundo preparador de paredes
tem como característica principal promover a coesão de partículas soltas do
substrato, sendo recomendada sua aplicação sobre superfícies não muito
firmes e sem coesão.
Já as massas são produtos pastosos, altamente pigmentados e servem para
correção de irregularidades da superfície já selada.
Finalmente, a tinta de acabamento é a parte visível do sistema de pintura
apresentando as propriedades necessárias para o fim a que se destina,
inclusive cor. A tinta é um material que serve a diversos usos e funções. A
função decorativa existe desde os tempos da pré-história, a função
protetora, entretanto, aparece mais recentemente.
As tintas são constituídas pelos componentes resina ou polímero, pigmento,
solvente e aditivos, cuja composição e proporcionamento determinam as
diversas tipologias de tinta (UEMOTO, 2002). A resina, também denominada
veículo não volátil, é o aglutinante das partículas voláteis, bem como o
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
agente formador de filme. Apesar da resina ser modificada pelo tipo e teor
de pigmento presente, sua composição tem elevada importância nas
propriedades das partículas da película.
O pigmento é o componente responsável pela cor, opacidade ou ação
anticorrosiva no caso de tintas para proteção de superfícies metálicas. Nas
tintas látex, o dióxido de titânio é usado nas formulações para dar alvura,
cobertura (opacidade) e durabilidade à tinta, através do seu poder de
reflexão da luz.
O solvente, também denominado veículo volátil, tem como função dissolver
a resina e conferir viscosidade adequada para aplicação da tinta. E os
aditivos são substâncias adicionadas em pequenas quantidades, fornecendo
características especiais às tintas, tais como, estabilizar as emulsões,
aumentar a resistência a fungos e bactérias, alterar a temperatura de
formação do filme, entre outras.
O proporcionamento dos componentes tem elevada importância nas
propriedades das películas de tinta. Algumas propriedades da pintura, tais
como, porosidade e durabilidade da película, podem ser estimadas a partir
do conhecimento da composição da tinta ou ainda através da realização de
ensaios de desempenho.
A relação pigmento e resina é um dos parâmetros mais utilizados para
descrever a composição (formulação) de uma tinta, sendo denominada
internacionalmente PVC (Pigment Volume Content). O PVC é definido como
sendo a fração volumétrica percentual do pigmento sobre o volume total de
sólidos do filme seco (UEMOTO, 2002):
PVC = V
p
x 100 (3.2.)
V
p
+ V
v
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
onde,
V
p
= volume de pigmento
V
v
= volume de veículo sólido
O PVC é um fator que influi na porosidade e permeabilidade de um sistema
de proteção por barreira, além de possibilitar a distinção entre os
acabamentos brilhante, semibrilho e fosco. As tintas foscas possuem um
PVC elevado enquanto uma tinta semibrilho possui um PVC baixo.
A tabela a seguir mostra as tintas convencionais mais utilizadas na
construção civil, bem como os silicones, a caiação e as tintas à base de
cimento (argamassas decorativas).
As tintas látex acrílica e látex vinílica são tintas recomendadas para a
aplicação sobre superfícies internas e externas de alvenaria à base de
cimento e/ou cal (argamassas), concreto, bloco de concreto, componentes
de fibrocimento, gesso e cerâmica não vitrificada. Suas principais
características são descritas a seguir (UEMOTO, 2002).
A tinta látex acrílica é formulada com base de dispersão de copolímeros
acrílicos ou estirenos acrílicos, contendo pigmentos como o dióxido de
titânio e/ou outros pigmentos coloridos, cargas e aditivos. De modo geral,
apresenta maior resistência de aderência, durabilidade, resistência à água e
à alcalinidade do que os sistemas com base de poliacetato de vinila (PVAc).
As películas obtidas com esse tipo de tinta são mais porosas e/ou
permeáveis do que aquelas à base de óleo e esmalte sintético e menos
porosas do que aquelas à base de PVAc. A estimativa de vida útil até a 1
ª
repintura, em ambientes externos de baixa agressividade é de 05 anos
(UEMOTO, 2002).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Tabela 3.4. – Tintas usuais no mercado (UEMOTO, 2002).
Substrato Tinta Verniz Silicone
Minerais porosos
· Concreto
· Argamassa
· cerâmica
· Látex acrílico
· Látex PVAc
· Caiação
· Tinta à base de
cimento
· Esmalte sintético
(alquídica)
· Resina epóxi
· Borracha clorada
· Acrílico
poliuretânico
· Silanos
· Siloxanos
Madeira e seus
derivados
· A óleo
· Esmalte sintético
(alquídica)
· A óleo
· Alquídico
· Alq./poliuretano
· Poliuretânico
· Filtro solar
· Poliuretânico
Metálicos ferrosos e
não ferrosos
· A óleo
· Esmalte sintético
(alquídica)
A tinta látex vinílica é formulada com base de dispersão de polímeros
vinílicos (poliacetato de vinila ou PVAc), contendo pigmentos como o dióxido
de titânio e/ou outros pigmentos coloridos, cargas e aditivos. De modo
geral, apresenta menor resistência de aderência, durabilidade, resistência à
água e à alcalinidade do que os sistemas com base de copolímeros acrílicos
ou estireno acrílico. As películas obtidas com esse tipo de tinta são mais
porosas e/ou permeáveis do que aquelas com base de copolímeros acrílicos
ou estireno acrílico, à base de óleo e esmalte sintético. A estimativa de vida
útil até a 1
ª
repintura, em ambientes externos de baixa agressividade é de
03 anos (UEMOTO, 2002).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
A execução de sistemas de pintura deve seguir alguns princípios e
recomendações visando reduzir a ocorrência de falhas. As falhas em pintura
geralmente se manifestam na interface da película com o substrato, ou na
própria película de pintura. As principais causas dessas falhas ocorrem
devido a problemas com o substrato, tais como, a presença de umidade ou
sua baixa resistência mecânica, ou ainda pela preparação inadequada, falta
de preparação do substrato, especificação incorreta da tinta, condições
inadequadas para aplicação dos produtos ou má qualidade destes produtos.
3.7. Revestimentos cerâmicos
Os revestimentos cerâmicos são elementos que compõem o edifício
juntamente com a estrutura, as vedações verticais e horizontais, demais
revestimentos e os sistemas prediais (CAMPANTE, 2003).
Para o adequado desempenho do edifício como um todo, é necessário que
esses revestimentos apresentem propriedades específicas e cumpram suas
funções, tais como, proteger os elementos de vedação do edifício, auxiliar
as vedações no cumprimento das suas funções (isolamento térmico e
acústico, estanqueidade a água e aos gases), regularizar a superfície dos
elementos de vedação e proporcionar acabamento final aos revestimentos
de pisos e paredes.
As propriedades dos revestimentos cerâmicos estão relacionadas às
características da placa cerâmica, ao tipo de material utilizado para fixação
da placa à base, ao tipo de rejunte, às características da base de aplicação
e aos detalhes construtivos. São elas (CAMPANTE, 2003):
- Aderência: capacidade do revestimento de permanecer aderido à base;
- Resistência mecânica: capacidade do revestimento de resistir às
solicitações decorrentes do uso, do ambiente e de outros subsistemas;
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
- Características superficiais e de permeabilidade compatíveis com as
condições de uso: tornar a superfície do piso anti-derrapante ou
impermeável, por exemplo;
- Durabilidade e eficiência: permanecer inalterado durante a vida útil do
ambiente.
Os revestimentos cerâmicos são compostos por uma sucessão de camadas
(figura 3.4.), devendo formar um conjunto monolítico aderido ao substrato
(emboço) e este à base (alvenaria ou concreto).
Figura 3.4. – Camadas de revestimento cerâmico de parede (CAMPANTE, 2003).
As camadas base (alvenaria ou concreto) e substrato (emboço) acima
ilustradas, embora não constituam parte do revestimento cerâmico têm
fundamental importância no desempenho do conjunto, devendo ser
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
especificadas corretamente e executadas seguindo técnicas construtivas
adequadas, conforme visto anteriormente.
A argamassa colante constitui uma camada que tem como função manter as
placas cerâmicas aderidas ao substrato. As argamassas colantes são
compostas por cimento Portland, grãos inertes de granulometria fina e
resinas orgânicas, devendo apresentar algumas características, tais como:
- Tempo de vida, que é o tempo de uso da argamassa durante o qual ela
permanece com suas características de uso, iniciado logo após a mistura da
argamassa em pó e água;
- Tempo de abertura, também chamado de “tempo em aberto”, que é o
tempo disponível entre o espalhamento da argamassa colante e a criação
de uma película esbranquiçada sobre os cordões, o que denuncia a perda da
capacidade de aderência da argamassa colante;
- Tempo de ajustabilidade com as condições de trabalho, que é o
período de tempo em que, após o assentamento das placas cerâmicas,
estas podem ter suas posições corrigidas sem que haja redução na
capacidade de aderência;
- Plasticidade e coesão tais que permitam o espalhamento e o ajuste das
placas cerâmicas;
- Retenção de água compatível com o tipo de substrato e de placa
cerâmica;
- Espessura que permita uma adequada superfície de contato entre o
substrato e as placas cerâmicas e que não introduza tensões nas interfaces
de assentamento.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Segundo a norma NBR 14081 – Argamassa colante industrializada para
assentamento de placas cerâmicas – Requisitos (ABNT, 2004), as
argamassas colantes dividem-se em quatro tipos, conforme tabela a seguir.
As argamassas colantes devem ter propriedades que sejam compatíveis
com as condições de uso e de exposição a que serão submetidas, seja no
ambiente interno ou externo.
Tabela 3.5. – Requisitos de argamassa colante (norma ABNT NBR 14081, 2004).
Argamassa colante Propriedade Método
de ensaio
Unidade
ACI ACII ACIII E
Tempo em aberto
NBR
14083
min 15 20 20
Resistência de aderência
à tração aos 28 dias em
· Cura normal
MPa 0,5 0,5 1,0
· Cura submersa
MPa 0,5 0,5 1,0
· Cura em estufa
NBR
14084
MPa ____ 0,5 1,0
Deslizamento
NBR
14085
mm 0,7 0,7 0,7
Argamassa
do tipo I, II
ou III com
tempo em
aberto
estendido
em no
mínimo 10
min do
especificad
o nesta
tabela
Já as placas cerâmicas são fabricadas a partir de argilominerais, vidrados,
óxidos metálicos, dentre outros minerais, que depois de misturados e
moldados, são queimados em fornos sob altas temperaturas (CAMPANTE,
2003).
As cerâmicas podem ser classificadas de acordo com o tipo de moldagem, o
acabamento superficial, a textura e a cor. Para a correta utilização das
placas cerâmicas é necessário o conhecimento de suas propriedades, sendo
as principais delas descritas a seguir:
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
- Absorção de água: está diretamente ligada à porosidade da placa
cerâmica. O grau de absorção da água interfere nas outras propriedades da
placa, tais como a resistência mecânica, química, ao gelo, ao impacto e ao
choque térmico.
- Resistência mecânica: caracteriza-se pelo módulo de resistência à
flexão e à carga de ruptura;
- Resistência à abrasão ou resistência ao desgaste superficial: pode ser
medida através da abrasão superficial (placas esmaltadas) ou abrasão
profunda (placas não esmaltadas). No caso das placas esmaltadas, a classe
de abrasão é denominada PEI (Porcelain Enamel Institute). A tabela a
seguir mostra uma referência para a resistência à abrasão.
Tabela 3.6 – Estágios de abrasão (norma ABNT NBR 13818, 1997).
Estágio de abrasão
Ciclos
Classe de abrasão
100 0
150 1
600 2
450, 1500 3
2100, 6000, 12000 4
> 12000 5
- Dilatação térmica: significa um aumento de tamanho da placa
mediante variações de calor. A dilatação térmica é um processo reversível
ocorrendo em locais sujeitos a aquecimentos.
- Expansão por umidade (EPU): é um fenômeno irreversível e ocorre
com mais intensidade em locais muito úmidos. Segundo CARVALHO JR.
(2003) a expansão por umidade (EPU) é devida principalmente à adsorção
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
física e química da umidade no interior do corpo cerâmico sobre as fases do
produto após a queima. O fator determinante da ocorrência da expansão
por umidade é a estrutura química do material: as características
superficiais das fases presentes e a evolução da energia destas fases pela
ação da adsorção da água. No corpo cerâmico queimado identificam-se
fases cristalinas e amorfas. Na medida em que a expansão por umidade
decorrente das fases cristalinas é praticamente desprezível devido à sua
estabilidade, o aumento dimensional das placas cerâmicas pela ação da
umidade é conseqüência da grande superfície específica e elevada energia
superficial das fases amorfas. Assim sendo, a expansão por umidade está
associada às matérias-primas utilizadas, às proporções entre os materiais,
aos aditivos incorporados, ao ciclo de queima e à temperatura máxima do
processo.
As juntas de assentamento, também conhecidas como rejuntes, são os
espaçamentos milimétricos entre as placas, deixados durante o seu
assentamento, com o objetivo de aumentar a capacidade deste em absorver
deformações vindas das variações térmicas e higroscópicas e das
deformações da base (CAMPANTE, 2003). Além disso, os rejuntes têm como
função absorver as variações dimensionais entre as placas cerâmicas e
permitir alinhamentos precisos das placas cerâmicas por ocasião do
assentamento.
Já as juntas de movimentação são executadas seccionando-se toda ou parte
da espessura do substrato e preenchendo-se este espaço aberto com
material elastomérico (selante) e espuma de polietileno expandido
(anteparo do selante). Essas juntas têm como função criar painéis de
dimensões que permitam dissipar as tensões induzidas pelas deformações
do próprio revestimento, somadas àquelas da própria base; e funcionar
como juntas de controle localizadas em regiões passíveis de aparecimento
de fissuras e trincas, de maneira que, dissipando as tensões existentes,
estas não ocorram.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
No Brasil, a norma NBR 14992 – Argamassa à base de cimento Portland
para rejuntamento de placas cerâmicas - Requisitos e métodos de ensaio
(ABNT, 2003), especifica propriedades do material de rejunte tais como, a
capacidade de absorver deformações, impermeabilidade, resistência à
abrasão, durabilidade e resistência a fungos.
Logo, a execução dos revestimentos cerâmicos envolve um conjunto de
atividades, desde a correta seleção das placas cerâmicas até o
preenchimento das juntas entre componentes (rejunte). Este conjunto de
atividades compreende um adequado planejamento, verificação da
qualidade do substrato e a execução da camada de acabamento.
3.8. Rochas ornamentais
A humanidade se utiliza do ambiente geológico desde os primórdios tempos.
Inicialmente, utilizavam-se cavernas para o abrigo e proteção, o que pode
ser comprovado pelas inúmeras ilustrações rupestres existentes em seu
interior, que retratam o modo de vida naquela época. Posteriormente,
pontas de lanças, martelos e outros artefatos foram fabricados por nossos
antepassados e tiveram papel fundamental na supremacia do ser humano
sobre outras espécies. Com o avanço da civilização, os seres humanos
passaram a modificar as rochas, cortando-as e transportando-as, e
utilizando-as como material de construção de suas casas. Mais tarde
utilizaram as rochas para construção de monumentos e aquedutos,
pavimentar ruas, e inúmeras outras aplicações. Muitas dessas construções
estão intactas até hoje (TAIOLI, 2002).
Nos dias atuais a rocha continua sendo utilizada como material de
construção, ora como um agregado para a fabricação do concreto (pedra
britada ou seixo rolado), ora “in natura” como elemento estrutural e
também em placas ou ladrilhos como material de revestimento. A rocha,
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
uma vez cortada e polida apresenta características próprias, que dependem
da história geológica por que passou desde sua formação na Terra.
As rochas ígneas, de maneira geral, caracterizam-se pela alta resistência
mecânica e, portanto, são apropriadas para suportar grandes esforços
mecânicos e tráfego. Como exemplo, tem-se os granitos.
As rochas sedimentares, apesar de menos resistentes à abrasão, também
são muito utilizadas como elemento estrutural e mesmo de revestimento.
Alguns exemplos são o calcário e o carvão mineral.
Os mármores, que representam as rochas metamórficas, têm uma
composição carbonática e, portanto, são relativamente menos resistentes
do que as rochas ígneas. Apresentam uma grande variedade de padrões
texturais e de cores o que permite sua adaptação a diferentes projetos
arquitetônicos, sendo como tal mais apropriados para revestimento de
paredes.
Figura 3.5. – Vista de Mármore branco (GAMA, 2006).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
As ardósias, rochas levemente metamorfizadas, são muito populares para o
revestimento de pisos, assim como os quartzitos, que são aplicados em
beiras de piscinas devido à sua resistência e característica antiderrapante.
Inúmeras ruas são pavimentadas com blocos de rocha (paralelepípedos)
que conjugam a altíssima durabilidade da rocha com ótimas características
de drenagem.
As rochas ornamentais representam um material de construção, tanto
tradicional como moderno, graças às suas propriedades de resistência, suas
tonalidades e aos arranjos multiformes de sua textura, sendo utilizadas
como revestimento na construção civil em peças decorativas.
O processo de industrialização de rochas ornamentais ocorre através de
técnicas complexas e dispendiosas como o aparelhamento, o corte, a
serragem e o acabamento da face aparente da rocha, que pode ser natural,
serrado, polido, flameado, levigado, apicoado ou frisado. As operações
realizadas na industrialização de blocos de rochas ornamentais são
mostradas na figura a seguir (GAMA, 2006).
No Brasil são extraídas anualmente 5,2 milhões de toneladas de rochas para
revestimento. Um percentual crescente tem sido exportado para diversos
países, tais como Estados Unidos da América, países europeus e asiáticos.
As maiores concentrações de mármore estão no estado do Espírito Santo,
sendo este também o maior produtor de rochas ornamentais do país.
Para se alcançar um ótimo desempenho, deve-se conhecer as rochas e as
aplicações mais apropriadas para cada tipo de rocha, considerando suas
propriedades, qualidades e deficiências (TAIOLI, 2002).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Desdobramento
Processo de Acabamento
Extração
Bloco
Serraria
Chapa
Bruta
Marmoraria
Chapa
Polida
Estoque
Mercado
Lâmina
Granalha
Energia elétrica
Água e outros
Casqueiro
Lama
Pesquisa e
Extração
rejeito
s
Figura 3.6. - Industrialização de blocos de rochas ornamentais (GAMA, 2006).
3.9. Propriedades higroscópicas dos materiais de construção
A quantidade de água absorvida por um material de construção depende de
dois fatores: porosidade e capilaridade. Na secagem de materiais porosos, a
capilaridade provoca o aparecimento de forças de sucção, responsáveis pela
condução da água até a superfície do componente, onde ela será
posteriormente evaporada.
As variações no teor de umidade de um material provocam movimentações
irreversíveis e reversíveis. As movimentações irreversíveis são aquelas que
ocorrem geralmente logo após a fabricação do material e originam-se pela
perda ou ganho de água até que se atinja a umidade higroscópica de
equilíbrio do material fabricado. As movimentações reversíveis ocorrem por
variações do teor de umidade do material, ficando delimitadas a um certo
intervalo, mesmo no caso de secar-se ou saturar-se completamente o
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
material (THOMAZ, 1989). A figura a seguir ilustra as movimentações
reversíveis e irreversíveis para um concreto, devidas à variação do seu teor
de umidade.
Figura 3.7. – Movimentações reversíveis e irreversíveis para um concreto, devidas à
variação do seu teor de umidade (THOMAZ, 1989).
3.10. Patologias causadas pela umidade
A ocorrência de problemas ou manifestações patológicas em edificações
pode ter origem nas fases de produção ou utilização das mesmas: de
planejamento, de projeto, de materiais e componentes, de execução e de
uso (manutenção e operação) (IOSHIMOTO, 1988).
A incidência de problemas nas edificações está relacionada com o nível de
controle da qualidade realizado nas etapas citadas, bem como com a
compatibilidade entre as mesmas.
O estudo sistemático das patologias através das suas manifestações
características permite um conhecimento aprofundado de suas causas, bem
como subsídios com informações para trabalhos de recuperação e
manutenção. Além disso, este estudo contribui para o entendimento do
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
processo de produção de habitações (nas suas diversas etapas) de modo a
minimizar a incidência de problemas.
Em pesquisa realizada pelo IPT, sobre patologias da construção, foram
visitados 36 conjuntos habitacionais no interior de São Paulo e foi
constatada a distribuição de problemas, apresentados na tabela a seguir
(PEREZ, 1988).
Tabela 3.7 – Distribuição de problemas encontrados em pesquisa realizada pelo IPT
em 36 conjuntos habitacionais do Estado de São Paulo (PEREZ, 1988).
Problemas Típicos Tipo de
construção
Idade do
edifício
Umidade Trincas Descolamento
de revestimento
1 - 3 anos 42 % 29 % 29 %
4 - 7 anos 50 % 25 % 25 %
Casas Térreas
> 8 anos 37 % 35 % 28 %
1 - 3 anos 52 % 35 % 7 %
4 - 7 anos 86 % 14 % -
Apartamentos
> 8 anos 82 % 12 % 6 %
Os resultados destas pesquisas mostram que os problemas de umidade,
além de serem freqüentes, representam quase 60% dos problemas de uma
edificação durante sua vida útil.
Os problemas de umidade podem manifestar-se nas edificações em todos
os seus componentes construtivos, sendo que a forma de manifestação do
problema na maioria das vezes não está associada a uma única causa, e
sim a um conjunto de causas, sendo uma delas preponderante. Uma
classificação, adotada internacionalmente, para os estudos e trabalhos
relativos a problemas de umidade, onde se procura conciliar a origem do
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
fenômeno e a forma como este se manifesta é representada como se segue
(PEREZ, 1988):
- Umidade de obra: originada nos trabalhos de construção dos edifícios,
mantendo-se durante um determinado período após o termino da obra,
diminuindo depois gradualmente até desaparecer.
- Umidade de absorção e capilaridade: tem origem na absorção da água
existente no solo pelas fundações das paredes e pavimentos, migrando para
as fachadas e pisos.
- Umidade de infiltração: proveniente da água de chuva que penetra nos
edifícios através dos elementos constituintes de sua envoltória exterior.
- Umidade de condensação: se origina do vapor de água que se
condensa nas superfícies, ou no interior dos elementos de construção.
- Umidade acidental: proveniente de vazamentos do sistema de
distribuição e / ou coleta de águas da edificação.
A freqüência da ocorrência destes tipos de umidade está associada à idade
da construção, ao clima, aos materiais e técnicas construtivas aplicadas e
ao nível de controle da qualidade realizado nas construções.
As patologias de umidade apresentam diversas formas de manifestação
entre as quais pode-se citar:
- Manchas:
As manchas podem se manifestar acompanhadas ou não da formação de
eflorescências ou vesículas. Segundo UEMOTO (2002), nas edificações, o
termo eflorescência significa “a formação de depósito salino na superfície de
alvenarias, como resultado da exposição às intempéries.”. Para ocorrer a
eflorescência, é determinante haver a presença e a ação dissolvente da
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
água (FIORITO, 1994). As vesículas podem ser causadas por uma série de
fatores tais como, a existência de pedras de cal não completamente
extintas, matérias orgânicas contidas nos agregados, torrões de argila
dispersos na argamassa ou outras impurezas (BAUER, 1994).
No caso de tintas impermeáveis, a eflorescência deposita-se entre a
camada de tinta e a camada de reboco, desta forma, comprometendo a
aderência entre ambas. Estas tintas são também responsáveis pela
formação de bolhas que resultam da percolação da água através da
alvenaria acumulando entre o revestimento e a tinta.
Figura 3.8. – Formação de eflorescência (SABBATINI et al., 2006).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 3.9. – Formação de bolhas (SABBATINI et al., 2006).
- Formação do bolor ou mofo:
O bolor é entendido como a colonização por diversas populações de fungos
filamentosos sobre vários tipos de substrato, citando-se inclusive as
argamassas inorgânicas (SHIRAKAWA et al., 1995). O desenvolvimento
desses microorganismos em revestimentos internos ou de fachada causa
alterações estéticas de tetos e paredes pela formação de manchas escuras,
indesejáveis, preta, marrom e verde, ou ocasionalmente manchas claras
esbranquiçadas ou amareladas. A multiplicação de fungos pode provocar ao
longo do tempo a deterioração da construção e o desencadeamento de
alergias respiratórias e asmas em pessoas com predisposição.
- Aparecimento de fissuras e trincas:
As trincas provocadas por variação de umidade dos materiais de
construção, entre um caso e outro, podem apresentar variação de abertura
em função das propriedades higrotérmicas dos materiais e das amplitudes
de variação da temperatura ou da umidade (THOMAZ, 1989).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Um tipo de fissura bastante característico ocorre verticalmente no terço
médio da parede, podendo ser causada tanto pela contração de secagem do
componente de alvenaria quanto por suas movimentações reversíveis.
Em estudo realizado pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado
de São Paulo) com blocos vazados de solo-cimento, pode-se constatar o
aparecimento de micro-fissuras verticais nas paredes de blocos, após a
ocorrência de chuvas que provocaram o umedecimento das paredes. Como
os blocos haviam sido empregados na obra com idade superior a 90 dias,
deduziu-se que as fissuras eram ocasionadas por movimentações
reversíveis originadas pela brusca variação de umidade.
Movimentações reversíveis ou irreversíveis podem originar também
destacamentos entre componentes de alvenaria e argamassa de
assentamento em função de inúmeros fatores tais como, aderência entre a
argamassa e componentes de alvenaria, tipo de junta adotada, módulo de
deformação dos materiais em contato, propriedades higroscópicas desses
materiais e intensidade da variação de umidade (THOMAZ, 1989).
Trincas horizontais também podem aparecer na base das paredes, onde os
componentes de alvenaria em contato direto com o solo absorvem sua
umidade, apresentando movimentações diferenciadas em relação às fiadas
superiores que estão sujeitas à insolação direta e à perda de água por
evaporação. Essas trincas quase sempre estão acompanhadas por
eflorescências o que facilita seu diagnóstico.
Outro tipo bastante característico de fissura causada por umidade é aquele
presente no topo de muros pela absorção de água (de chuva ou mesmo de
orvalho), uma vez que a argamassa do topo da parede movimenta-se
diferencialmente em relação ao corpo do muro, esta acaba destacando-se
do mesmo.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
3.11. Patologias causadas pela ação da água de inundação
O Building Research Establishment Digest (Department of the Environment,
1973) descreve os possíveis efeitos de uma inundação sobre os materiais e
estrutura de uma edificação, bem como os vários tipos de danos que podem
ser causados, incluindo uma indicação dos pontos a serem checados quando
necessário lidar com edificações danificadas por inundação. Entre os
principais efeitos citados pode-se destacar PENNING-ROWSELL (1977):
- As alvenarias porosas absorvem até 55 litros de água por metro
quadrado. Apesar da secagem poder se estender durante meses, é
improvável que haja danos, a não ser que a inundação seja acompanhada
de geada Neste caso, a alvenaria em contato com a água pode se esfacelar
e o reparo se torna muito oneroso.
- Nos rebocos internos de paredes de tijolos ou blocos o efeito de
inundações é motivo de controvérsias. Experiências demonstraram que não
há um roteiro de fácil aplicação. Uma imersão por um período reduzido
(minutos) não causa danos graves se a condição pré-inundação do reboco
for adequada (por exemplo, forte aderência do reboco à base e ausência de
trincas). Uma argamassa de qualidade deve resistir à água por períodos
mais longos. Entretanto, o contato prolongado irá saturar a massa e, uma
vez que isso ocorra, a aderência pode eventualmente desaparecer, não
deixando alternativa a não ser a restauração. Quando as águas de
inundação estiverem contaminadas por efluentes e estes tiverem tempo de
penetrar o reboco, provavelmente será também necessária a confecção de
novo reboco.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
- Inundações de duração curta (horas) causam entre dez e cinqüenta
por certo menos danos do que inundações de duração longa (dias), uma vez
que a água não tem tempo de penetrar o reboco e os tijolos. Inundações de
longa duração causam o esfacelamento do rejunte, principalmente em
prédios antigos onde ele é à base de cal.
- A pintura de paredes exteriores sofrerá danos sob inundações de
durações curtas ou longas. Certa quantidade de água penetra na tinta,
causando descoloração ou esfacelamento durante a secagem. Caso o
exterior já esteja pintado, será necessário pintar novamente toda a
construção.
3.12. Experiências realizadas em campo no Estado de Minas Gerais
Um grupo de pesquisadores dos Departamentos de Engenharia Hidráulica e
de Recursos Hídricos e Engenharia de Materiais e Construção da UFMG
realizou um estudo em áreas inundáveis na cidade de Itajubá – MG,
localizada no Vale do Rio Sapucaí. Este estudo teve financiamento do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
através do CT-HIDRO.
A bacia do Sapucaí foi escolhida tendo em vista a freqüente ocorrência de
inundações significativas nesta área. A última grande inundação ocorreu em
janeiro de 2000. Este evento foi tomado como referência para a coleta dos
dados de campo. O estudo realizado envolveu a caracterização das
patologias nas construções sinistradas mediante visitas técnicas e coleta de
informações através da aplicação de questionários. Além das patologias,
foram coletados dados relativos às características da inundação
(profundidade de submersão e duração da inundação), a qualidade das
edificações e os reparos realizados. A etapa de pesquisa de campo na
cidade de Itajubá foi realizada em agosto de 2002
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Nas visitas realizadas pode-se observar as condições precárias de algumas
moradias e, por vezes, o descuido ou a carência de meios para uma
adequada conservação da construção, aumentando com isso sua
vulnerabilidade.
Com base nas descrições das patologias caracterizadas, foram obtidas
estimativas de custos de recuperação das construções através da
elaboração de orçamento dos serviços de engenharia necessários para a
realização dos reparos detectados (TCPO, 2003).
Foi também realizado um estudo para o estabelecimento de padrões
construtivos tendo por referência a norma NBR 12721 – Avaliação de custos
unitários de construção para incorporação imobiliária e outras disposições
para condomínios edifícios – Procedimento (ABNT, 2007). Devido à grande
variação das características das edificações e materiais empregados na
construção, foram estabelecidos três padrões construtivos: Alto, Normal e
Baixo (Tabela 3.8.). Estes padrões foram empiricamente correlacionados
com a classe sócio-econômica dos moradores, determinada de acordo com
o Critério Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que
se baseia em informações relacionadas a itens de conforto familiar (posse
de bens de consumo duráveis), ao grau de instrução do chefe de família e à
utilização de empregados domésticos (classes A, B, C e D).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Tabela 3.8. – Padrões construtivos (norma ABNT NBR 12721, 2007).
PADRÃO
LOCAL
Alto Normal Baixo
Portas Maciça
almofadada
Compensado
encerado
Compensado
pintado
Janelas Madeira/
Alumínio
Madeira/
Alumínio
Esquadrias
de aço
Banheiro Granito Mármore Cerâmica
Acessórios
Banheiro
Metais de luxo/
Cuba Inox luxo
Metais cromados/
Bacias simples
Metais niquelados/
Louça branca
Cozinha Bancada granito/
Cuba inox luxo
Bancada mármore/
Cuba inox simples
Bancada ardósia/
Cuba inox simples
Revestimento
paredes
Sistema tradicional Massa paulista Gesso
Revestimento
Cozinha e banho
Cerâmica
Fórmica
Cerâmica comum Azulejo branco
Revestimento
Externo Fachada
Granito
Cerâmica de luxo
Cerâmica
Tinta acrílica
Tinta PVA (sem
emassamento)
Pintura Tinta Acrílica Tinta PVA (com
emassamento)
Tinta PVA (sem
emassamento)
O gráfico da figura a seguir mostra a distribuição dos padrões construtivos
observados nas residências entrevistadas. Como era previsto, a maioria das
residências pesquisadas foi caracterizada pelo padrão construtivo normal. O
baixo percentual de residências que correspondem ao padrão construtivo
alto se deve, principalmente, ao fato de que as classes de poder aquisitivo
mais alto, em geral, não constroem suas casas em áreas inundáveis, bem
conhecidas na cidade, uma vez que as inundações são freqüentes.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Baixo
36%
Normal
62%
Alto
2%
Figura 3.10. - Distribuição dos níveis de padrão construtivo (MACHADO et al.,
2004).
Os dados obtidos pela aplicação dos questionários foram transferidos para
um banco de dados com a ajuda de um programa de computador
especialmente desenvolvido para facilitar a digitação dos dados nos campos
adequados.
A figura 3.11. mostra informações obtidas na pesquisa realizada em campo,
relativamente à profundidade de submersão e à classe social.
Profunidades - Classes Sociais
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
0.0-0.5 0.5-1.0 1.0-1.5 1.5-2.0 >2.0 Tot
Profunidades [m]
Percentuais [%]
A
B
C
D
Figura 3.11. – Classes Sociais versus profundidades de submersão (MACHADO et
al., 2004).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Pela figura acima observa-se que algumas classes estão mais sujeitas a
ocorrência de inundação que outras.
As curvas de custo de recuperação dos danos à construção em função da
profundidade de submersão foram estabelecidas através de orçamentos
para reforma de cada residência de acordo com as informações fornecidas
pelos entrevistados sobre os danos ocorridos. Para tanto, foram
estabelecidos custos unitários de recuperação dos danos à construção
provocados pela inundação. Estes custos unitários foram obtidos
separadamente para cada um dos padrões construtivos da Tabela 1,
utilizando-se as Tabelas de Composição de Preços para Orçamento (TCPO,
2003).
Cada orçamento para recuperação dos danos em uma edificação gerou um
ponto da curva custo de recuperação dos danos à construção versus
profundidade de submersão.
Na avaliação dos custos de recuperação das edificações foram considerados
os danos às portas, janelas, pisos, rodapés e aos revestimentos de parede
internos e externos.
As curvas de custo de recuperação dos danos à construção em função da
profundidade de submersão foram estabelecidas para quatro classes sócio-
econômicas.
A figura 3 apresenta a curva de custo de recuperação dos danos à
construção em função da profundidade de submersão, considerando as
classes A e B e a figura 4 mostra a curva para as classes C e D.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Danos a Construção - Classes A e B
y=25,562+9,831*ln(x)+eps
Coeficiente de Correlação: r= 0,4782
PROFUND
DANOS
0
20
40
60
80
0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4 2,8
Figura 3.12. – Curva de custo de recuperação dos danos à construção em função da
profundidade de submersão para as classes A e B (MACHADO et al., 2004).
Danos a Construção - Classes C e D
y=21,979+4,399*ln(x)+eps
Coeficiente de Correlação: r= 0,1931
PROFUND
DANOS
0
20
40
60
80
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
Figura 3.13. – Curva de custo de recuperação dos danos à construção em função da
profundidade de submersão para as classes C e D (MACHADO et al., 2004).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Estudos recentes mostram que existem diversas formas de intervenção em
uma edificação (retrofitting) para protegê-la da efeito das inundações. Os
principais métodos são (FEMA, 1998).
- Elevação da edificação (Elevation);
- Criação de áreas úmidas (Wet Floodproofing);
- Relocação da edificação (Relocation);
- Criação de áreas secas (Dry Floodproofing);
- Criação de barreiras de proteção (Levees and floodwalls);
- Demolição (Demolition).
As figuras a seguir mostram esquematicamente os métodos mencionados.
Os benefícios do estudo proposto residem no fato de que a adaptação das
edificações para protegê-las e limitar os efeitos das inundações conduz a
uma redução dos prejuízos causados pela ação da água.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 3.14 – Elevação da edificação (Elevation) (FEMA, 1998).
Figura 3.15 – Criação de áreas úmidas (Wet Floodproofing) (FEMA, 1998).
Figura 3.16. – Relocação da edificação (Relocation) (FEMA, 1998).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 3.17. – Criação de áreas secas (Dry Floodproofing) (FEMA, 1998).
Figura 3.18. – Criação de barreiras de proteção (Levees and floodwalls) (FEMA,
1998).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
4. MATERIAIS E MÉTODOS
A parte experimental do presente trabalho foi desenvolvida no Laboratório
do Centro de Pesquisas em Hidráulica no Campus da Universidade Federal
de Minas Gerais e no Laboratório de Concreto do Departamento de
Engenharia de Materiais e Construção da Escola de Engenharia da UFMG.
4.1. Painéis de alvenaria
Para a realização da parte experimental do trabalho foram executados
quatorze (14) painéis de alvenaria, todos construídos com blocos cerâmicos
de vedação. Esses painéis foram revestidos com sete (07) diferentes tipos
de materiais, conforme mostrado na tabela a seguir:
Tabela 4.1. – Painéis de alvenaria confeccionados e suas tipologias de
revestimentos.
Painéis Tipologia de revestimento
1 A e 1 B Revestimento com argamassa traço 1:7 – Padrão popular
2 A e 2 B Revestimento com argamassa traço 1:7 – Padrão Normal
3 A e 3 B Revestimento com argamassa traço 1:5
4 A e 4 B Revestimento com argamassa traço 1:5 e pintura látex PVA
5 A e 5 B Revestimento com azulejos brancos
6 A e 6 B Revestimento com cerâmicas PEI4
7 A e 7 B Revestimento com mármore branco
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Para a confecção dos painéis e seus revestimentos foram adquiridos
materiais de construção conforme figura a seguir.
Mestrado em Construção Civil
Departamento de Engenharia de Materiais e Construção - EE UFMG
Mestranda:
Cristiane Machado Parisi
Pesquisa:
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos
de vedação através de inundações simuladas em protótipos
Lista de materiais para confecção de 14 painéis de blocos cerâmicos
ESPECIFICAÇÕES
Item Quant. Especificação Observações
1 336 bloco cerâmico de vedação (furado) (9 x 19 x 29) cm
2 12 cimento CPII saco de 50 Kg
3 120 areia lavada e peneirada sacos de 20 Kg
4 2 cimento CPIII saco de 50 Kg
5 20 areia sem lavar sacos de 20 Kg
6 1 massa corrida PVAc galão de 3,6 l
7 1 tinta latéx acrílica galão de 3,6 l
8 6 azulejo branco 15 x 15 cm m
2
9 6 cerâmica 20 x 20 cm PEI 3 m
2
10 65 mármore branco 30 x 30 cm peças
11 2 argamassa colante ACI (cinza) saco de 20 Kg
12 2 argamassa colante ACII (cinza) saco de 20 Kg
13 2 argamassa colante ACIII (cinza) saco de 20 Kg
Figura 4.1. – Lista de materiais utilizados para confecção dos painéis de alvenaria.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
4.2. Ensaios de avaliação da resistência mecânica dos blocos cerâmicos
de vedação utilizados
Para um melhor conhecimento dos componentes de alvenaria utilizados
foram realizados ensaios de compressão em um lote composto de 12
amostras retiradas do conjunto de blocos adquiridos para a confecção dos
painéis.
Os ensaios foram realizados de acordo com os procedimentos da norma
NBR 15270-3 – Componentes cerâmicos Parte 3: Blocos cerâmicos para
alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio (ABNT, 2005). Os
resultados obtidos são apresentados no Capítulo 5.
4.3. Execução dos painéis de alvenaria
Descreve-se a seguir os procedimentos adotados na execução dos diversos
painéis de alvenaria.
4.3.1. Painéis 1A e 1B – Revestimento com argamassa traço 1:7 –
Padrão popular
Os blocos desses painéis foram assentados com argamassa no traço 1:7
(cimento:areia), sendo os painéis revestidos com argamassa (reboco) no
traço 1:7 (cimento:areia). A camada de argamassa de revestimento foi
precedida de uma camada de chapisco no traço 1:3 (cimento:areia). Foram
utilizados nesses traços areia comum e cimento CPIII – E32. O objetivo
desse revestimento foi simular a situação de uma construção popular.
As fotografias a seguir mostram os painéis em fase de execução.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.2. – Vista de reboco em execução.
Figura 4.3. – Vista de reboco desempenado e camurçado.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
4.3.2. Painéis 2A e 2B – Revestimento com argamassa traço 1:7 –
Padrão Normal
Os blocos desses painéis foram assentados com argamassa no traço 1:7
(cimento:areia) sendo os painéis revestidos com argamassa (reboco) no
traço 1:7 (cimento:areia). A camada de argamassa de revestimento foi
precedida de uma camada de chapisco no traço 1:3 (cimento:areia). Foram
utilizados nesses traços areia lavada e cimento CPII – E32.
As fotografias a seguir mostram os painéis em fase de construção.
Figura 4.4. – Vista de painel chapiscado e com taliscas de madeira (indicação da
espessura do revestimento).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.5. – Vista de reboco em execução.
4.3.3. Painéis 3A e 3B – Revestimento com argamassa traço 1:5
Os blocos desses painéis foram assentados com argamassa no traço 1:5
(cimento:areia) sendo os painéis revestidos com argamassa (reboco) no
traço 1:5 (cimento:areia). A camada de argamassa de revestimento foi
precedida de uma camada de chapisco no traço 1:3 (cimento:areia). Foram
utilizados nesses traços areia lavada e cimento CPII – E32.
A fotografia a seguir mostra os painéis em fase de construção.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.6. – Vista de reboco desempenado e camurçado.
4.3.4. Painéis 4A e 4B – Revestimento com argamassa traço 1:5 e
pintura látex PVA
Os blocos desses painéis foram assentados com argamassa no traço 1:5
(cimento:areia) sendo os painéis revestidos com argamassa (reboco) no
traço 1:5 (cimento:areia). A camada de argamassa de revestimento foi
precedida de uma camada de chapisco no traço 1:3 (cimento:areia). Foram
utilizados nesse traço areia lavada e cimento CPII – E32.
Sobre o revestimento argamassado foram aplicadas duas demãos de massa
corrida látex PVA devidamente lixadas e em seguida duas demãos de tinta
látex PVA na cor branca.
A fotografia a seguir mostra os painéis em fase de construção.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.7. – Vista de painel emassado e pintado.
4.3.5. Painéis 5A e 5B – Revestimento com azulejos brancos
Os blocos desses painéis foram assentados com argamassa no traço 1:5
(cimento:areia) sendo os painéis revestidos com argamassa no traço 1:5
(cimento:areia) sem camurçamento (emboço). A camada de argamassa de
revestimento foi precedida de uma camada de chapisco no traço 1:3
(cimento:areia). Foram utilizados nesse traço areia lavada e cimento CPII –
E32.
Foram então assentados azulejos brancos medindo 15x15 cm sobre a
camada de emboço com argamassa colante ACI. Os azulejos foram
rejuntados com rejunte tipo II na cor branca (NBR 14.992/03).
As fotografias a seguir mostram os painéis em fase de construção.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.8. – Vista de painel em fase de assentamento de azulejos.
Figura 4.9. – Vista de painel com os azulejos assentados e rejuntamento em fase
de execução.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.10. – Vista de painel azulejado e rejuntado.
4.3.6. Painéis 6A e 6B – Revestimento com cerâmicas PEI4
Os blocos desses painéis foram assentados com argamassa no traço 1:5
(cimento:areia) sendo os painéis revestidos com argamassa no traço 1:5
(cimento:areia) sem camurçamento (emboço). A camada de argamassa de
revestimento foi precedida de uma camada de chapisco no traço 1:3
(cimento:areia). Foram utilizados nesse traço areia lavada e cimento CPII –
E32.
Foram então assentadas peças cerâmicas PEI4 medindo 30x30 cm sobre a
camada de emboço com argamassa colante ACII. As peças cerâmicas foram
rejuntadas com rejunte tipo II na cor marfim (NBR 14.992/03).
A fotografia a seguir mostra os painéis em fase de construção.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.11. – Vista de painel revestido com peças cerâmicas.
Figura 4.12. – Vista de painel revestido com peças cerâmicas e rejuntado.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
4.3.7. Painéis 7A e 7B – Revestimento com mármore branco
Os blocos desses painéis foram assentados com argamassa no traço 1:5
(cimento:areia) sendo os painéis revestidos com argamassa no traço 1:5
(cimento:areia) sem camurçamento (emboço). A camada de argamassa de
revestimento foi precedida de uma camada de chapisco no traço 1:3
(cimento:areia). Foram utilizados nesse traço areia lavada e cimento CPII –
E32.
Foram então assentadas placas em mármore branco medindo 30x30cm,
20x30cm e 30x40cm, sobre a camada de emboço com argamassa colante
ACIII. As placas de mármore foram rejuntadas com rejunte tipo II na cor
branca (NBR 14.992/03).
A fotografia a seguir mostra os painéis em fase de construção.
Figura 4.13. – Vista de painel em fase de assentamento de placas de mármore
branco.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.14. – Vista de painel revestido com placas de mármore branco e
rejuntado.
4.4. Dispositivos
Os painéis de alvenaria foram construídos em dispositivos metálicos que
permitiam seu deslocamento horizontal e vertical para execução do plano
experimental.
Para tanto foram confeccionados 14 dispositivos metálicos com perfis em
“U” simples dobrados (127 x 50 x 3mm) e cantoneiras dobradas (50 x 50 x
3mm), conforme lista e projeto mostrados a seguir.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Mestrado em Construção Civil
Departamento de Engenharia de Materiais e Construção - EE UFMG
Mestranda:
Cristiane Machado Parisi
Pesquisa:
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos
de vedação através de inundações simuladas em protótipos
Lista de materiais para confecção de 14 dispositivos para ensaio
ESPECIFICAÇÕES
Item Quant. Especificação Dimensões L
(mm) (mm)
1 14 perfil U simples dobrado 127 x 50 x 3 6000
2 14 cantoneira dobrada 50 x 50 x 3 3000
3 14 ferro chato 1" x 1/4" 6000
4 21 barra roscada 1/4" 1000
5 14 perfil I existente
6 28 parafuso sextavado galvanizado 1/4" x 4" 100
7 112 arruela lisa galvanizada 1/4" -
8 112 porca sextavada 1/4" -
Figura 4.15. – Lista de materiais utilizados para confecção dos dispositivos
metálicos.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
PROJETO MECÂNICO
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
A fotografia a seguir mostra os dispositivos metálicos confeccionados.
Figura 4.16. – Vista dos dispositivos metálicos.
4.5. Avaliação do desempenho dos revestimentos
Dos quatorze (14) painéis de alvenaria executados com as sete (07)
diferentes tipologias de revestimento, sete (07) foram reservados para
avaliação das propriedades dos revestimentos no estado seco, ou seja, não
sujeitos à ação de inundação (Painéis 1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 6A e 7A). Os sete
(07) painéis restantes, de iguais características aos primeiros foram
destinados à imersão em água, simulando diferentes situações de
inundação (Painéis 1B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B e 7B). Para a imersão foi
utilizada água fornecida pela COPASA proveniente do reservatório do Centro
de Pesquisas em Hidráulica da UFMG.
A avaliação do desempenho dos revestimentos dos painéis antes e após a
submissão à ação da água foi feita através da realização de testes de
arrancamento, de acordo com a metodologia da norma NBR 13749 –
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação
(ABNT, 1996).
4.6. Ensaios de arrancamento nos painéis secos
Os painéis secos foram submetidos a testes de arrancamento, que têm por
objetivo a determinação da resistência de aderência à tração do
revestimento com a sua base (substrato) ou entre suas camadas
constituintes
Por ocasião da realização dos testes de arrancamento, a confecção dos
revestimentos dos painéis apresentava idade superior a 28 dias.
Os testes de arrancamento foram realizados em duas etapas. Na primeira
etapa foram coladas com cola epóxi seis (06) placas metálicas em cada
painel, em pontos escolhidos aleatoriamente (NBR 13.749/96, NBR
13.755/96).
Para os painéis com revestimento em argamassa e pintura, as placas
utilizadas foram circulares com 50mm de diâmetro. Antes da colagem foram
feitos cortes com o auxílio de equipamento dotado de serra copo
penetrando ligeiramente no reboco, exceto no painel com pintura.
Já para os painéis com revestimentos cerâmicos e mármore, as placas
utilizadas foram quadradas com 100mm de lado. A colagem das placas foi
feita na região de encontro de quatro vértices de placas cerâmicas ou de
mármore. Após a colagem foram feitos cortes com o auxílio de ferramenta
elétrica de corte penetrando ligeiramente no emboço.
Na segunda etapa foram realizados os arrancamentos dos corpos de prova
com leitura da carga aplicada até o momento da ruptura e observação da
forma como ocorreu a ruptura, em percentual da área de contato.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
As fotografias a seguir mostram as etapas dos testes de arrancamento
realizados.
Figura 4.17. – Vista dos cortes sendo executados antes da colagem das placas.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.18. – Vista de placas circulares coladas.
Figura 4.19. – Vista de placas circulares em fase de colagem (sem cortes prévios).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.20. – Vista de placas quadradas coladas.
Figura 4.21. – Outra vista de placas quadradas coladas.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.22. – Vista de cortes sendo executados após a colagem das placas.
Figura 4.23. – Vista de um painel com revestimento cerâmico –arrancamento dos
corpos de prova.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.24. – Vista parcial de painel com revestimento cerâmico após
arrancamento de um corpo de prova.
Os resultados obtidos nos testes realizados são mostrados no Capítulo 5.
4.7. Imersão em água
Os sete (07) painéis de alvenaria executados com as diferentes tipologias
de revestimento foram imersos em um reservatório de água fabricado com
fibras de vidros, de capacidade de cinco mil (5.000) litros. As imersões
buscaram simular situações usuais de inundações a que são submetidas as
edificações, principalmente no Estado de Minas Gerais. As profundidades e
os tempos de imersão foram escolhidos empiricamente, através de dados
de enchentes já ocorridos nos últimos anos principalmente na região de
Itajubá, cidade situada no Vale do Sapucaí (MACHADO et al., 2004).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
O deslocamento vertical e horizontal dos painéis antes de sua imersão no
reservatório foi feito através de uma talha manual acoplada a um
dispositivo deslizante. O sistema deslizava com o auxílio de cordas presas
ao dispositivo que por sua vez se conectava em uma viga da estrutura do
galpão do laboratório, conforme fotografia a seguir.
Figura 4.25. – Vista da calha manual acoplada ao dispositivo deslizante.
As diferentes situações de imersão são mostradas abaixo:
· SITUAÇÃO 1
Profundidade de imersão 0,50m e tempo de imersão 02 horas
Os painéis foram imersos no reservatório contendo água até uma altura de
0,60m, dois a dois, permanecendo imersos por duas (02) horas. Foi
colocada no fundo do reservatório uma placa de aglomerado com
revestimento melamínico para evitar o atrito do dispositivo nas fibras do
reservatório.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
As fotografias a seguir mostram os painéis sendo imersos.
Figura 4.26. – Vista de um painel em deslocamento vertical.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.27. – Vista de painel imerso no reservatório –
Profundidade de imersão do painel = 0,50m.
Figura 4.28. – Vista de outro painel em deslocamento vertical para ser introduzido
no reservatório.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.29. – Vista de painel imerso no reservatório –
Profundidade de imersão do painel = 0,50m.
Figura 4.30. – Vista de um painel em deslocamento horizontal sendo retirado do
reservatório após duas (02) horas de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.31. – Vista de outro painel sendo retirado após (02) horas de imersão.
Figura 4.32. – Vista de painel após ser retirado– Altura molhada do painel = 0,67m.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
· SITUAÇÃO 2
Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 08 horas
Os painéis foram imersos no reservatório contendo água até uma altura de
1,20m, dois a dois, permanecendo imersos por oito (08) horas.
As fotografias a seguir mostram os painéis sendo imersos.
Figura 4.33. – Vista de um painel imerso no reservatório –
Profundidade de imersão do painel = 1,10m.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.34. – Vista de dois painéis imersos no reservatório –
Profundidade de imersão dos painéis = 1,10m.
· SITUAÇÃO 3
Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 24 horas
Os painéis foram imersos no reservatório contendo água até uma altura de
1,20m, dois a dois, permanecendo imersos por vinte e quatro (24) horas.
As fotografias a seguir mostram os painéis sendo imersos.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.35. – Vista de dois painéis imersos no reservatório –
Profundidade de imersão dos painéis = 1,10m.
Figura 4.36. – Vista de terceiro painel sendo imerso no reservatório –
Profundidade de imersão dos painéis = 1,10m.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 4.37. – Vista de três painéis imersos no reservatório –
Profundidade de imersão dos painéis = 1,10m.
4.8. Inspeção visual nos painéis após imersão
Após a imersão dos painéis em água e posterior secagem foram realizadas
inspeções visuais nos painéis para avaliação de sua integridade física.
4.9. Ensaios de arrancamento nos painéis após imersão
Após a imersão, os painéis eram retirados da água e dispostos em fila no
galpão coberto do laboratório por um período de cinco (05) dias na situação
1 e quinze (15) dias nas situações 2 e 3, para que pudesse ocorrer a
evaporação da água. Após isso eram submetidos a testes de arrancamento,
de forma semelhante aos painéis secos.
Para evitar a infiltração de água nos painéis e manter sua integridade, após
o término dos testes de arrancamento para uma dada situação foi feita a
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
reconstituição das áreas danificadas pelo arrancamento com argamassa
(reboco) no traço 1:5 (cimento:areia), utilizado-se nesse traço areia lavada
e cimento CPII – E32.
A fotografia a seguir mostra a reconstituição das áreas danificadas dos
painéis.
Figura 4.38. – Vista de um painel reconstituído.
Os resultados obtidos nesses testes são mostrados no Capítulo 5.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
5. RESULTADOS
Os resultados obtidos nos testes de laboratório realizados são mostrados a
seguir.
5.1. Resultados dos ensaios nos blocos cerâmicos
Resistência à Compressão nos Blocos
Comprimento Largura Àrea Carga na
Máquina
Resistência Amostra
cm cm cm
2
daN MPa
1 29,0 9,0 261,0 3.100 1,18
2 29,0 9,0 261,0 3.000 1,15
3 29,0 9,0 261,0 3.300 1,26
4 29,0 9,0 261,0 3.000 1,15
5 29,0 9,0 261,0 2.900 1,11
6 29,0 9,0 261,0 3.100 1,18
7 29,0 9,0 261,0 3.300 1,26
8 29,0 9,0 261,0 2.800 1,07
9 29,0 9,0 261,0 3.000 1,15
10 29,0 9,0 261,0 3.000 1,15
11 29,0 9,0 261,0 3.400 1,30
12 29,0 9,0 261,0 3.100 1,18
· Resistência à compressão média dos blocos cerâmicos ensaiados:
µ = 1,18MPa.
· Desvio padrão:
S = 0,07MPa.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
5.2. Resultados dos testes de arrancamento nos painéis secos
Painel 1A – Painel Seco
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:7 (cimento CPIII e areia sem
lavar) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPIII). Idade da argamassa
superior a 28 dias.
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
01/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
02/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 740,00 50,0 0,38 25 60 40
2 750,00 44,7 0,48 25 30 70
3 1.750,00 44,6 1,12 25 60 40
4 500,00 44,9 0,32 25 100
5 500,00 44,6 0,32 25 100
6 1.750,00 44,7 1,12 25 70 30
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 2A – Painel Seco
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:7 (cimento CPII e areia
lavada) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Idade da argamassa
superior a 28 dias.
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
01/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
02/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura
(A)
%
a b c d e f
1 750,00 44,6 0,48 25 100
2 750,00 44,5 0,48 25 30 70
3 800,00 44,7 0,51 25 10 90
4 500,00 44,4 0,32 25 100
5 500,00 44,6 0,32 25 100
6 500,00 45,0 0,31 25 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 3A – Painel Seco
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:5 (cimento CPII e areia
lavada) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Idade da argamassa
superior a 28 dias.
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
01/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
02/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 750,00 44,7 0,48 25 20 80
2 750,00 44,9 0,47 25 20 80
3 500,00 44,7 0,32 25 100
4 1.500,00 44,7 0,96 25 20 80
5 1.750,00 44,7 1,12 25 100
6 2.000,00 44,6 1,28 25 5 95
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 4A – Painel Seco
1) Material ensaiado
Sistema de pintura (massa corrida látex pva + tinta látex pva) sobre
revestimento argamassado (reboco) traço 1:5 (cimento CPII e areia lavada)
sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Idade do sistema superior a 28
dias.
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
01/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
02/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 250,00 50,0 0,13 25 80 20
2 250,00 50,0 0,13 25 100
3 750,00 50,0 0,38 25 50 50
4 500,00 50,0 0,25 25 90 10
5 750,00 50,0 0,38 25 90 10
6 400,00 50,0 0,20 25 90 10
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/massa+tinta
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface massa/tinta
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 5A – Painel Seco
1) Material ensaiado
Revestimento cerâmico (azulejo branco 15x15 cm) assentado com
argamassa colante (ACI) sobre emboço (traço 1:5). O assentamento se
apresentava com idade superior a 28 dias.
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
01/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
13/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h
1 3.597,46 10.000 0,36 100
2 5.180,34 10.000 0,52 100
3 4.820,60 10.000 0,48 100
4 5.036,44 10.000 0,50 100
5 5.648,01 10.000 0,56 75 25
6 4.820,60 10.000 0,48 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface placa cerâmica/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/placa cerâmica
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 6A – Painel Seco
1) Material ensaiado
Revestimento cerâmico (cerâmica PEI 4 30x30 cm) assentado com
argamassa colante (ACII) sobre emboço (traço 1:5). O assentamento se
apresentava com idade superior a 28 dias.
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
01/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
13/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h
1 5.755,93 10.000 0,58 100
2 6.259,58 10.000 0,63 100
3 8.633,90 10.000 0,86 100
4 6.187,63 10.000 0,62 75 25
5 6.475,43 10.000 0,65 100
6 7.626,61 10.000 0,76 40 60
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface placa cerâmica/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/placa cerâmica
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 7A – Painel Seco
1) Material ensaiado
Revestimento em mármore assentado com argamassa colante (ACIII) sobre
emboço (1:5). O assentamento se apresentava com idade superior a 28
dias.
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
01/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
13/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h i
1 7.914,41 10.000 0,79 75 25
2 5.755,93 10.000 0,58 100
3 9.497,29 10.000 0,95 100
4 8.418,05 10.000 0,84 80 20
5 4.964,49 10.000 0,50 90 10
6 8.705,85 10.000 0,87 90 10
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface mármore/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/mármore
i) ruptura no interior do mármore
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
5.3. Resultados da inspeção visual nos painéis após imersão
A inspeção visual realizada nos painéis imediatamente após sua retirada do
reservatório mostrou que não houve manifestações patológicas de nenhuma
natureza, excetuando-se o painel 4B, com revestimento de pintura, no qual
se observou a formação de bolhas resultantes da infiltração de água
acumulando-se entre o revestimento e a tinta.
Após o período de secagem os painéis continuaram a não apresentar
nenhum tipo de patologia, excetuando-se o painel 4B no qual a película de
tinta perdeu aderência em algumas regiões, destacando-se da camada de
reboco.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
5.4. Resultados dos testes de arrancamento nos painéis submersos
Painel 1B – Profundidade de imersão 0,50m e tempo de imersão 02 horas
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:7 (cimento CPIII e areia sem
lavar) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPIII). Os testes foram realizados
05 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
14/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
15/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 190,00 41,7 0,14 25 100
2 500,00 44,8 0,32 25 100
3 500,00 40,0 0,40 25 100
4 500,00 43,0 0,34 25 100
5 250,00 45,2 0,16 25 100
6 300,00 41,8 0,22 25 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 2B – Profundidade de imersão 0,50m e tempo de imersão 02 horas
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:7 (cimento CPII e areia
lavada) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Os testes foram realizados
05 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
14/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
15/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 750,00 45,0 0,47 25 100
2 600,00 44,9 0,38 25 100
3 750,00 42,6 0,53 25 100
4 750,00 44,6 0,48 25 95 5
5 500,00 44,7 0,32 25 100
6 250,00 44,8 0,16 25 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 3B – Profundidade de imersão 0,50m e tempo de imersão 02 horas
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:5 (cimento CPII e areia
lavada) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Os testes foram realizados
05 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
14/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
15/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 500,00 44,7 0,32 25 100
2 750,00 44,7 0,48 25 30 70
3 750,00 44,4 0,48 25 100
4 750,00 45,1 0,47 25 100
5 750,00 45,2 0,47 25 100
6 750,00 44,8 0,48 25 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 4B – Profundidade de imersão 0,50m e tempo de imersão 02 horas
1) Material ensaiado
Sistema de pintura (massa corrida látex pva + tinta látex pva) sobre
revestimento argamassado (reboco) traço 1:5 (cimento CPII e areia lavada)
sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Os testes foram realizados 05 dias
após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
14/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
15/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 250,00 50,0 0,13 25 100
2 250,00 50,0 0,13 25 20 80
3 250,00 50,0 0,13 25 100
4 250,00 50,0 0,13 25 30 70
5 125,00 50,0 0,06 25 100
6 125,00 50,0 0,06 25 30 70
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/massa+tinta
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface massa/tinta
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 5B – Profundidade de imersão 0,50m e tempo de imersão 02 horas
1) Material ensaiado
Revestimento cerâmico (azulejo branco 15x15 cm) assentado com
argamassa colante (ACI) sobre emboço (traço 1:5). Os testes foram
realizados 05 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão
(tempo de secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
14/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
15/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h
1 5.755,93 10.000 0,58 75 25
2 5.036,44 10.000 0,50 75 25
3 5.396,19 10.000 0,54 90 10
4 6.835,17 10.000 0,68 90 10
5 4.676,70 10.000 0,47 100
6 5.036,44 10.000 0,50 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface placa cerâmica/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/placa cerâmica
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 6B – Profundidade de imersão 0,50m e tempo de imersão 02 horas
1) Material ensaiado
Revestimento cerâmico (cerâmica PEI 4 30x30 cm) assentado com
argamassa colante (ACII) sobre emboço (traço 1:5). Os testes foram
realizados 05 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão
(tempo de secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
14/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
15/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h
1 5.755,93 10.000 0,58 70 30
2 5.899,83 10.000 0,59 90 10
3 5.036,44 10.000 0,50 40 60
4 6.691,27 10.000 0,67 30 70
5 3.957,21 10.000 0,40 75 25
6 6.763,22 10.000 0,68 20 80
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface placa cerâmica/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/placa cerâmica
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 7B – Profundidade de imersão 0,50m e tempo de imersão 02 horas
1) Material ensaiado
Revestimento em mármore assentado com argamassa colante (ACIII) sobre
emboço (1:5). Os testes foram realizados 05 dias após a retirada do painel
do reservatório de submersão (tempo de secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
14/02/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
15/02/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h i
1 7.698,56 10.000 0,77 100
2 6.331,53 10.000 0,63 100
3 3.597,46 10.000 0,36 100
4 2.158,48 10.000 0,22 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface mármore/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/mármore
i) ruptura no interior do mármore
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 1B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 08 horas
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:7 (cimento CPIII e areia sem
lavar) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPIII). Os testes foram realizados
15 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
23/03/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
26/03/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 1.750,00 44,5 1,13 25 100
2 500,00 43,0 0,34 25 100
3 500,00 44,7 0,32 25 30 70
4 250,00 42,0 0,18 25 100
5 250,00 42,0 0,18 25 100
6 1.000,00 43,8 0,66 25 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 2B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 08 horas
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:7 (cimento CPII e areia
lavada) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Os testes foram realizados
15 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
23/03/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
26/03/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 1.000,00 44,5 0,64 25 80 20
2 1.250,00 44,6 0,80 25 80 20
3 1.250,00 42,0 0,90 25 100
4 750,00 44,5 0,48 25 100
5 750,00 44,9 0,47 25 100
6 1.500,00 44,6 0,96 25 5 95
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 3B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 08 horas
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:5 (cimento CPII e areia
lavada) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Os testes foram realizados
15 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
23/03/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
26/03/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 125,00 44,8 0,79 25 100
2 600,00 45,0 0,38 25 50 50
3 1.500,00 44,8 0,95 25 80 20
4 500,00 44,7 0,32 25 50 50
5 500,00 44,8 0,32 25 100
6 1.250,00 45,2 0,78 25 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 4B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 08 horas
1) Material ensaiado
Sistema de pintura (massa corrida látex pva + tinta látex pva) sobre
revestimento argamassado (reboco) traço 1:5 (cimento CPII e areia lavada)
sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Os testes foram realizados 15 dias
após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
23/03/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
26/03/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 800,00 50,0 0,41 25 100
2 250,00 50,0 0,13 25 100
3 750,00 50,0 0,38 25 50 50
4 750,00 50,0 0,38 25 10 90
5 500,00 50,0 0,25 25 40 60
6 1.250,00 50,0 0,64 25 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/massa+tinta
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface massa/tinta
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 5B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 08 horas
1) Material ensaiado
Revestimento cerâmico (azulejo branco 15x15 cm) assentado com
argamassa colante (ACI) sobre emboço (traço 1:5). Os testes foram
realizados 15 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão
(tempo de secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
23/03/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
26/03/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h
1 4.316,95 10.000 0,43 100
2 3.021,87 10.000 0,30 90 10
3 2.806,02 10.000 0,28 80 20
4 5.108,39 10.000 0,51 100
5 5.252,29 10.000 0,53 100
6 5.252,29 10.000 0,53 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface placa cerâmica/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/placa cerâmica
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 6B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 08 horas
1) Material ensaiado
Revestimento cerâmico (cerâmica PEI 4 30x30 cm) assentado com
argamassa colante (ACII) sobre emboço (traço 1:5). Os testes foram
realizados 15 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão
(tempo de secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
23/03/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
26/03/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h
1 7.554,66 10.000 0,76 80 20
2 6.475,43 10.000 0,65 70 30
3 6.259,58 10.000 0,63 80 20
4 7.194,92 10.000 0,72 80 20
5 5.755,93 10.000 0,58 90 10
6 6.475,43 10.000 0,65 40 60
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface placa cerâmica/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/placa cerâmica
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 7B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 08 horas
1) Material ensaiado
Revestimento em mármore assentado com argamassa colante (ACIII) sobre
emboço (1:5). Os testes foram realizados 15 dias após a retirada do painel
do reservatório de submersão (tempo de secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
23/03/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
26/03/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga (N) Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h i
1 9.713,14 10.000 0,97 70 30
2 10.792,38 10.000 1,08 5 50
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface mármore/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/mármore
i) ruptura no interior do mármore
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 1B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 24 horas
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:7 (cimento CPIII e areia sem
lavar) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPIII). Os testes foram realizados
15 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
26/04/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
08/05/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 250,00 45,5 0,15 25 100
2 1000,00 44,0 0,66 25 100
3 600,00 45,1 0,38 25 100
4 250,00 43,6 0,17 25 100
5 1.100,00 45,1 0,69 25 100
6 1.000,00 45,7 0,61 25 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 2B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 24 horas
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:7 (cimento CPII e areia
lavada) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Os testes foram realizados
15 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
26/04/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
08/05/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 1.000,00 45,3 0,62 25 50 50
2 750,00 45,0 0,47 25 100
3 750,00 45,3 0,47 25 100
4 750,00 44,0 0,47 25 100
5 1.250,00 45,0 0,79 25 50 50
6 500,00 44,8 0,32 25 50 50
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 3B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 24 horas
1) Material ensaiado
Revestimento argamassado (reboco) traço 1:5 (cimento CPII e areia
lavada) sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Os testes foram realizados
15 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
26/04/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
08/05/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(KN)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 1.750,00 44,7 1,12 25 50 50
2 1.000,00 45,0 0,63 25 50 50
3 1.600,00 45,2 1,00 25 50 50
4 1.500,00 45,0 0,94 25 100
5 1.000,00 45,0 0,63 25 100
6 1.250,00 45,1 0,78 25 60 40
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/substrato
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface argamassa/chapisco
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 4B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 24 horas
1) Material ensaiado
Sistema de pintura (massa corrida látex pva + tinta látex pva) sobre
revestimento argamassado (reboco) traço 1:5 (cimento CPII e areia lavada)
sobre chapisco traço 1:3 (cimento CPII). Os testes foram realizados 15 dias
após a retirada do painel do reservatório de submersão (tempo de
secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
26/04/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
08/05/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Diâm.
(mm)
Tensão
(MPa)
Espessura
revestimento
(mm)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f
1 2.000,00 50,0 1,02 25 100
2 2.600,00 50,0 1,32 25 100
3 1.750,00 50,0 0,89 25 50 50
4 1.500,00 50,0 0,76 25 5 95
5 2.250,00 50,0 1,15 25 20 80
6 2.500,00 50,0 1,27 25 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface argamassa/massa+tinta
b) ruptura da argamassa de revestimento
c) ruptura do substrato
d) ruptura na interface massa/tinta
e) ruptura na interface revestimento/cola
f) ruptura na interface cola/pastilha
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 5B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 24 horas
1) Material ensaiado
Revestimento cerâmico (azulejo branco 15x15 cm) assentado com
argamassa colante (ACI) sobre emboço (traço 1:5). Os testes foram
realizados 15 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão
(tempo de secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
26/04/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
08/05/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h
1 3.957,21 10.000 0,11 100
2 3.237,71 10.000 0,90 100
3 3.381,61 10.000 0,94 100
4 3.309,66 10.000 0,92 100
5 4.316,95 10.000 0,12 100
6 4.676,70 10.000 0,13 100
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface placa cerâmica/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/placa cerâmica
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 6B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 24 horas
1) Material ensaiado
Revestimento cerâmico (cerâmica PEI 4 30x30 cm) assentado com
argamassa colante (ACII) sobre emboço (traço 1:5). Os testes foram
realizados 15 dias após a retirada do painel do reservatório de submersão
(tempo de secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
26/04/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
08/05/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h
1 7.914,41 10.000 0,22 20 80
2 8.274,16 10.000 0,23 50 50
3 7.554,66 10.000 0,21 60 40
4 7.914,41 10.000 0,22 30 70
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface placa cerâmica/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/placa cerâmica
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 7B – Profundidade de imersão 1,10m e tempo de imersão 24 horas
1) Material ensaiado
Revestimento em mármore assentado com argamassa colante (ACIII) sobre
emboço (1:5). Os testes foram realizados 15 dias após a retirada do painel
do reservatório de submersão (tempo de secagem).
2) Data de realização do ensaio
colagem das pastilhas metálicas
26/04/2007
arrancamento das pastilhas metálicas
08/05/2007
3) Quadro de Resultados
Corpo
de
prova
Carga
(N)
Seção
(mm
2
)
Tensão
(MPa)
Forma de Ruptura (A) %
a b c d e f g h i
1 7.554,66 10.000 0,21 90 10
2 7.194,92 10.000 0,20 90 10
(A)
Formas de ruptura:
a) ruptura na interface mármore/argamassa colante
b) ruptura no interior da argamassa colante
c) ruptura na interface argamassa colante/substrato
d) ruptura no interior da argamassa do substrato
e) ruptura na interface substrato/base
f) ruptura no interior da base
g) ruptura na interface pastilha/cola
h) ruptura na interface cola/mármore
i) ruptura no interior do mármore
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
6. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Apresenta-se a seguir uma análise e discussão dos resultados obtidos nos
testes de laboratório realizados.
6.1. Ensaios realizados nos blocos cerâmicos
Os resultados dos ensaios de compressão realizados nos blocos cerâmicos
para conhecimento dos componentes de alvenaria de vedação mostram que
nenhum dos doze blocos ensaiados atingiu o mínimo exigido pela norma
NBR 15270-1 (ABNT, 2005), ou seja, 1,5MPa. Cabe lembrar que os blocos
foram adquiridos no comércio de materiais de construção de Belo Horizonte,
representando tipicamente o que é praticado na construção civil.
Embora nenhum dos blocos tenha atingido o mínimo exigido (1,5MPa) todos
os blocos ensaiados mostraram resistência à compressão maior que 1,0MPa
e a resistência à compressão média da série de doze blocos ensaiados foi µ
= 1,18MPa com baixa dispersão (s = 0,07MPa). De acordo com a antiga
norma NBR 7171 – Bloco cerâmico para alvenaria (ABNT, 1992) estes
blocos estariam todos aprovados, visto que o mínimo exigido era de
1,0MPa.
A nova norma NBR 15270-1 (ABNT, 2005) aumentou o rigor quanto à
resistência à compressão mínima exigível ( 1,5MPa) tendo em vista:
- A necessidade de se garantir que os blocos possam ser transportados e
empilhados sem a ocorrência de quebras com conseqüente aumento do
desperdício na obra.
- A necessidade de que os blocos mesmo sendo de vedação sejam
capazes de suportar o peso próprio da alvenaria.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
6.2. Ensaios realizados nos painéis secos
A tabela a seguir apresenta os resultados de resistência de aderência à
tração para as diversas tipologias de revestimentos dos painéis na condição
de secos. Os valores indicados referem-se às médias aritméticas simples
destes resultados, bem como os respectivos desvios padrão.
Tabela 6.1. – Tipologias de revestimentos dos painéis e resistência de aderência à
tração – Valores médios e respectivos desvios padrão.
Painéis Tipologia de revestimento Média
(µ)
Desvio
Padrão
(S)
1A Revestimento com argamassa traço 1:7 – Padrão popular 0,62 0,39
2A Revestimento com argamassa traço 1:7 – Padrão Normal 0,40 0,10
3A Revestimento com argamassa traço 1:5 0,77 0,40
4A Revestimento com argamassa traço 1:5 e pintura látex PVA 0,25 0,11
5A Revestimento com azulejos brancos – Argamassa colante ACI 0,49 0,07
6A Revestimento com cerâmicas PEI4 – Argamassa colante ACII 0,68 0,11
7A Revestimento com mármore branco – Argamassa colante ACIII 0,75 0,18
O gráfico a seguir mostra os valores médios das resistências de aderência à
tração na condição de secos para cada tipologia de revestimento.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painéis Secos
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A
Revestimentos
Tensao de Aderência
à Tração (MPa)
Valores Médios
Desvio Padrão
Figura 6.1. – Gráfico comparativo das resistências médias de arrancamento para as
diversas tipologias de revestimentos.
O gráfico anterior mostra que os revestimentos dos painéis 1A, 2A e 3A
apresentaram valores de resistência de aderência à tração acima do mínimo
exigido pela norma NBR 13749 (ABNT, 1996) de 0,30MPa.
Também é possível notar que as argamassas confeccionadas com traços
mais ricos em cimento (painel 3A) e com materiais de melhor qualidade
(painéis 2A e 3A) apresentaram valores mais altos de resistência de
aderência à tração. Para o painel 1A, confeccionado com materiais de
qualidade inferior e traço pobre de argamassa, dois testes mostraram
valores atipicamente elevados, o que resultou em uma elevada dispersão.
Com relação ao painel 4A, revestido com argamassa e posterior pintura, os
baixos valores de resistência de aderência à tração são explicados pelo fato
dos ensaios terem medido a aderência da pintura ao reboco.
O gráfico mostra também que os revestimentos dos painéis 5A, 6A e 7A
apresentaram valores de resistência de aderência à tração crescentes.
Nota-se que as resistências de aderência aumentaram progressivamente
quando foram utilizadas as argamassas colantes ACI, ACII e ACIII,
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
respectivamente. Isso está de acordo com as previsões da literatura
técnica. Percebe-se também que os painéis 5A, 6A e 7A têm revestimento
com peças de espessura crescente (azulejo, cerâmica e mármore).
No caso dos painéis com revestimentos cerâmicos e pétreos, houve uma
nítida tendência de ocorrência de ruptura, por ocasião dos testes, na
interface do revestimento/argamassa colante (forma de ruptura a). Isso
teria origem no procedimento de assentamento das peças de revestimento.
6.3. Ensaios realizados nos painéis submersos
A tabela a seguir apresenta os resultados de resistência de aderência à
tração para as diversas tipologias de revestimentos dos painéis após os
diversos tempos de imersão. Os valores indicados referem-se às médias
aritméticas simples destes resultados, bem como os respectivos desvios
padrão. Os gráficos relativos aos valores individuais dos testes de
arrancamento realizados tanto para os painéis secos quanto para os painéis
após os diversos tempos de imersão são mostrados no Anexo 1.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Tabela 6.2. – Resistências de aderência à tração dos painéis nas diversas situações
de imersão – Valores médios e respectivos desvios padrão (MPa).
Os gráficos das figuras 6.2. a 6.8., mostram os valores médios das
resistências de aderência à tração para os diversos painéis na condição de
secos e para cada tempo de imersão separadamente (seco / 2 horas, seco /
8 horas e seco / 24 horas). As resistências dos painéis revestidos em
argamassa (1B, 2B e 3B) foram analisadas em grupo, sendo lançadas nos
gráficos 6.2, 6.3 e 6.4, adotando-se procedimento semelhante para os
revestimentos em azulejo, cerâmica e mármore (5B, 6B e 7B). Já para o
painel 4B, gráfico 6.5., a análise foi feita individualmente para os diversos
tempos de imersão.
Tempo
de
Imersão
Seco
2 H
8H
24H
Painéis Média
(µ)
Desvio
Padrão
(S)
Média
(µ)
Desvio
Padrão
(S)
Média
(µ)
Desvio
Padrão
(S)
Média
(µ)
Desvio
Padrão
(S)
1B 0,62 0,39 0,26 0,11 0,47 0,37 0,44 0,25
2B 0,40 0,10 0,39 0,14 0,71 0,21 0,52 0,16
3B 0,77 0,40 0,45 0,06 0,59 0,28 0,85 0,20
4B 0,25 0,11 0,11 0,04 0,36 0,17 1,07 0,22
5B 0,49 0,07 0,55 0,08 0,43 0,12 0,38 0,44
6B 0,68 0,11 0,57 0,11 0,66 0,07 0,79 0,01
7B 0,75 0,18 0,49 0,25 1,03 0,02 0,74 0,01
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Seco / 2h de Imersão
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 5 10 15 20 25
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Painel 1B
Painel 2B
Painel 3B
Figura 6.2. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para os
painéis 1B, 2B e 3B na condição de secos e após 02 horas de imersão.
Seco / 8h de Imersão
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 5 10 15 20 25
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Painel 1B
Painel 2B
Painel 3B
Figura 6.3. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para os
painéis 1B, 2B e 3B na condição de secos e após 08 horas de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Seco / 24h de Imersão
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 5 10 15 20 25
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Painel 1B
Painel 2B
Painel 3B
Figura 6.4. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para os
painéis 1B, 2B e 3B na condição de secos e após 24 horas de imersão.
Os gráficos mostrados anteriormente indicam que para os painéis revestidos
em argamassa (1B, 2B, 3B) houve uma tendência de queda da resistência
ao arrancamento dos revestimentos para testes realizados após o tempo de
imersão de 02 horas. É interessante notar que tais resistências foram
medidas após um tempo de secagem de 05 dias, contados a partir da
retirada dos painéis do reservatório de submersão.
Para os tempos de imersão de 08 horas e 24 horas, em que os tempos de
secagem foram maiores - 15 dias, a resistência ao arrancamento do
revestimento apresentou tendência de se aproximar dos valores para a
condição de seco, indicando aparentemente uma recuperação da resistência
inicial.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 4B
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 5 10 15 20 25
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Seco / 2h
Seco / 8h
Seco / 24h
Figura 6.5. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para o
painel 4B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
O gráfico relativo ao painel 4B, de forma semelhante, mostra a queda de
resistência ao arrancamento para o tempo de imersão de 02 horas e, para
os tempos de imersão de 08 e 24 horas (tempos de secagem maiores) a
resistência ao arrancamento atingiu valores acima daqueles obtidos para os
painéis secos.
Seco / 2h de Imersão
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 5 10 15 20 25
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Painel 5B
Painel 6B
Painel 7B
Figura 6.6. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para os
painéis 5B, 6B e 7B na condição de secos e após 02 horas de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Seco / 8h de Imersão
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 5 10 15 20 25
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Painel 5B
Painel 6B
Painel 7B
Figura 6.7. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para os
painéis 5B, 6B e 7B na condição de secos e após 08 horas de imersão.
Seco / 24h de Imersão
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 5 10 15 20 25
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Painel 5B
Painel 6B
Painel 7B
Figura 6.8. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para os
painéis 5B, 6B e 7B na condição de secos e após 24 horas de imersão.
Os gráficos 6.6., 6.7. e 6.8. indicam que para os painéis revestidos em
cerâmica e mármore (6B e 7B) também houve uma tendência de queda da
resistência ao arrancamento dos revestimentos para testes realizados após
o tempo de imersão de 02 horas. Para o painel 5B – azulejo, não se
observou queda de resistência após o tempo de imersão de 02 horas. Para
os tempos de 08 horas e 24 horas, também observou-se que as resistências
ao arrancamento dos revestimentos se aproximam dos valores dos painéis
secos.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Os gráficos a seguir (figuras 6.9. a 6.15.) mostram os valores médios das
resistências de aderência à tração para os painéis 1B a 7B na condição de
secos e após os diversos tempos de imersão.
Painel 1B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Figura 6.9. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para o
painel 1B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Painel 2B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Figura 6.10. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para o
painel 2B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 3B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Figura 6.11. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para o
painel 3B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Painel 4B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Figura 6.12. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para o
painel 4B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 5B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Figura 6.13. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para o
painel 5B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Painel 6B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Figura 6.14. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para o
painel 6B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 7B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Figura 6.15. – Gráfico dos valores médios das tensões de aderência à tração para o
painel 7B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
7. CONCLUSÕES
- Os blocos cerâmicos de vedação adquiridos no comércio de Belo
Horizonte apresentaram resistência à compressão média abaixo do
mínimo exigido pela nova norma NBR 15270-1 – Componentes
cerâmicos Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação –
Terminologia e requisitos (NBR, 2005).
- As argamassas confeccionadas com traços mais ricos em cimento e
com materiais de maior qualidade apresentaram valores mais altos de
resistência de aderência à tração.
- Os revestimentos cerâmicos e pétreos apresentaram valores de
resistência de aderência à tração crescentes quando foram utilizadas
as argamassas colantes ACI, ACII e ACIII.
- Para os revestimentos em argamassa, houve uma tendência de queda
na resistência de aderência à tração para o tempo de imersão de 02
horas com relação aos valores obtidos para os painéis secos. Isso se
originou num tempo insuficiente de secagem dos painéis (05 dias). Já
para os tempos de imersão de 08 horas e 24 horas (tempo de
secagem de 15 dias) os valores de resistência ao arrancamento do
revestimento se aproximaram daqueles obtidos para a condição de
secos.
- Para os revestimentos em cerâmica e mármore também houve uma
tendência de queda na resistência de aderência à tração para o tempo
de imersão de 02 horas com relação aos valores obtidos para os
painéis secos (tempo de secagem de 05 dias). No caso do
revestimento em azulejo não se observou a referida queda de
resistência. Para os tempos de imersão de 08 horas e 24 horas (tempo
de secagem de 15 dias) os valores de resistência ao arrancamento de
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
todos os revestimentos se aproximaram daqueles obtidos para a
condição de secos.
- A inspeção visual mostrou que tanto para os revestimentos em
argamassa quanto para os revestimentos cerâmicos e pétreos não
houve nenhum tipo de manifestação patológica para os tempos e
profundidades de submersão adotados. A não ocorrência de
fenômenos patológicos de nenhuma natureza teria origem na pouca
severidade da inundação simulada, sem a presença de sedimentos em
suspensão e utilizando-se água em condição estática.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
8. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
- Pesquisa de campo em áreas inundáveis com caracterização da
qualidade de construções situadas nestas regiões e elaboração de
orçamentos para recuperação das edificações sinistradas, verificando a
viabilidade de recuperação ou eventual remoção.
- Concepção e teste de alternativas para proteção do ambiente
construído contra a ação de inundações.
- Proposição de alternativas para reduzir os prejuízos causados por estas
inundações.
- Realizar novos experimentos em laboratório executando-se simulações
de inundação em condições mais severas, utilizando-se água com
partículas de sedimentos em suspensão e atingindo os protótipos de
forma dinâmica.
- Realização de novos experimentos em protótipo de casa para
simulação de inundação, com diversos materiais de construção,
variando os revestimentos internos e externos de acordo com os
padrões construtivos alto, normal e baixo. Sugere-se inserir a casa em
um reservatório para a inundação conforme maquetes eletrônicas
mostradas a seguir.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 8.1. – Perspectiva da casa indicando diversas tipologias de revestimento.
Figura 8.2. – Perspectiva da casa inserida no reservatório contendo água de
inundação.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Figura 8.3. – Outra perspectiva da casa inserida no reservatório contendo água de
inundação (sem cobertura).
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
9. BIBLIOGRAFIA
CINCOTTO, M. A., SILVA, M. A. C., CARASEK, H. Argamassas de
revestimento; Características, propriedades e métodos de ensaio. São
Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1995. 118p.
FELD, J., CARPER, K. L. Construction Failure. New York: John Wiley &
Sons, INC, 1997. 512p.
PETRUCCI, E. G. R. Materiais de Construção. São Paulo: Globo, 1998.
435p.
RIPER, E. Manual prático de materiais de construção. . São Paulo: Editora
Pini, 1995. 252p.
SMITH, W. F. Principles of materials science and engineering. Florida:
McGraw-Hill, 1996.
SABBATINI, F. H. Argamassas de Assentamento para Paredes de Alvenaria
Resistente; Estudo Técnico ET-91. .São Paulo: ABCP, 1998.
SABBATINI, F. H. Argamassas; notas de aula da disciplina Materiais de
Construção Civil. São Paulo: Departamento de Engenharia de Construção
Civil da Escola Politécnica da USP, 1981.
SOMAYAJI, S. Civil engineering materials. New Jersey: PeuticeHall, 1995.
THOMAZ, E. Tecnologia, gerenciamento e qualidade na construção. São
Paulo: PINI, 2001. 449p.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAUER, L. A. F. Materiais de Construção 2. Rio de Janeiro: LTC Livros
Técnicos e Científicos Editora, 1994. 934p.
CAMPANTE, E. F., BAÍA, L. L. M. Projeto e Execução de revestimento
cerâmico. São Paulo: O nome da Rosa, 2003. 99p.
CARVALHO JR., A. N. Avaliação da aderência dos revestimentos
argamassados: Uma contribuição à identificação do sistema de aderência
mecânico. Belo Horizonte: UFMG, 2005. 331p. (Tese de Doutorado
apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica e de
Minas da UFMG - Área de concentração: Tecnologia Mineral). 331p.
CARVALHO JR., A. N. Patologias dos revestimentos – Estudo de caso: A
relação entre a expansão por umidade e o descolamento dos
revestimentos cerâmicos de fachada. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS, XII, 2003, Belo Horizonte.
Anais .... Belo Horizonte: IBAPE, 2003.
FEMA. Homeowner’s Guide to Retrofitting Six ways to Protect Your House
from Flooding. Federal Emergency Manegemet Agency, 1998.
FEMA. What you need to know about Federal Disaster Assistence and
National Flood Insurance. Federal Emergency Manegemet Agency, 2004.
FIORITO, A. J. S. I. Manual de Argamassas e Revestimentos: estudos e
procedimentos de execução. São Paulo: PINI, 1994.
GAMA, J. L. C. N. O estado atual das pesquisas sobre o resíduo do
beneficiamento de rochas ornamentais. In: SEMINÁRIO MEIO AMBIENTE
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
E O SETOR DE ROCHAS, II, 2003, Espírito Santo. Anais em disquete.
Espírito Santo: UFES, 2006.
GOMES, N. S. A resistência das paredes de alvenaria. São Paulo, 1983.
(Dissertação de Mestrado apresentada à Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo).
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Tecnologia Lix da Cunha. São Paulo: PINI: Instituto de Pesquisas
Tecnológicas, Divisão de Edificações do IPT, 1988.
IOSHIMOTO, E. Incidência de manifestações patológicas em edificações
habitacionais. São Paulo: PINI: Instituto de Pesquisas Tecnológicas,
Divisão de Edificações do IPT, 1988.
LORDSLEEM JÚNIOR, A. C. Execução e inspeção de Alvenaria
Racionalizada. São Paulo: O nome da Rosa, 2000. 104p.
MACHADO. M. L. et al. Curvas de danos de inundação versus profundidade
de submersão: desenvolvimento de metodologia. In: I Seminário Latino-
americano de políticas públicas em recursos hídricos, 2004, Brasília.
PENNING-ROWSELL, E.C., CHATTERTON, J.B. The benefits of flood
alleviation: a manual of assessment techniques. Aldershot: Gower-
Technical, 1977.
PEREZ, A. R. Umidade nas edificações: recomendações para a prevenção
da penetração de água pelas fachadas (1ª
parte). São Paulo: PINI:
Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Divisão de Edificações do IPT, 1988.
RIBEIRO, C. C., PINTO, J. D. S., STARLING, T. Materiais de Construção
Civil. Belo Horizonte: Editora UFMG, Escola de Engenharia da UFMG,
2002. 101p.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
SABBATINI, F. H., BAÍA, L. L. M. Projeto e execução de revestimento de
Argamassa. São Paulo: O nome da Rosa, 2000. 82p.
SABBATINI, F. H., BARROS, M. M. S. B., TANIGUTI, E. K., RUIZ, L. B.
Tecnologia construtiva racionalizada para produção de revestimentos
verticais. Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia e Gestão
da Produção na Construção Civil – GEPE-TGP. São Paulo: Departamento
de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da USP, 2006.
SABBATINI, F. H., BARROS, M. M. S. B. Prevenção de patologias e falhas
na construção civil. São Paulo: Departamento de Engenharia de
Construção Civil da Escola Politécnica da USP, 2006.
SHIRAKAWA, M. A. et al. Identificação de fungos em revestimentos de
argamassa com bolor evidente. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, Goiânia, 1995. Anais em disquete.
Goiânia, 1995.
SILVA, A.P., PARISI, C.M., NASCIMENTO, N.O., AGUILAR, M.T.P. Avaliação
de danos provocados por inundação às estruturas e construções. In:
CONGRESSO INTERNACIONAL DE RECUPERAÇÃO, MANUTENÇÃO E
RESTAURAÇÃO DE EDIFÍCIOS, II, 2006, Rio de Janeiro. Anais em
disquete. Rio de Janeiro: Editora do Núcleo de Pesquisa em Ciências da
Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2006.
TAIOLI, F. Revista do Instituto de Geociências da Universidade de São
Paulo. São Paulo: Publicação Especial - volume 01, 2002.
TAUIL, C. A. Manual Técnico de Alvenaria. São Paulo: Associação Brasileira
da Construção Industrializada, 1990.
TCPO. Tabelas de Composição de Preços para Orçamentos. São Paulo:
Pini, 2003.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
THOMAZ, H. Trincas em Edifícios causas, prevenção e recuperação. São
Paulo: Editora PINI: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo:
Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 1989. 194p.
UEMOTO, K. L. Projeto, execução e inspeção de Pinturas. São Paulo: O
nome da Rosa, 2002. 111p.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
ANEXO I
Painel 1B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00 24,00 28,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Seco
2 Horas
8 Horas
24 Horas
Figura I.1. – Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à tração para
o painel 1B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Painel 2B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00 24,00 28,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Seco
2 Horas
8 Horas
24 Horas
Figura I.2. – Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à tração para
o painel 2B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 3B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00 24,00 28,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Seco
2 Horas
8 Horas
24 Horas
Figura I.3. – Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à tração para
o painel 3B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Painel 4B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00 24,00 28,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Seco
2 Horas
8 Horas
24 Horas
Figura I.4. – Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à tração para
o painel 4B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 5B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00 24,00 28,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Seco
2 Horas
8 Horas
24 Horas
Figura I.5. – Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à tração para
o painel 5B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Painel 6B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00 24,00 28,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Seco
2 Horas
8 Horas
24 Horas
Figura I.6. – Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à tração para
o painel 6B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
Painel 7B
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
0,00 4,00 8,00 12,00 16,00 20,00 24,00 28,00
Tempo de Imersão (h)
Tensão de Aderência
à Tração (MPa)
Seco
2 Horas
8 Horas
24 Horas
Figura I.7. – Gráfico dos valores individuais das tensões de aderência à tração para
o painel 7B na condição de seco e após os diversos tempos de imersão.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
ANEXO II
Principais Normas da ABNT pertinentes ao assunto abordado:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. NBR
15270-1; Componentes cerâmicos. Parte 1: Blocos cerâmicos para
alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos. Rio de Janeiro, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. NBR
15270-3; Componentes cerâmicos. Parte 3: Blocos cerâmicos para
alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio. Rio de Janeiro,
2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. NBR
13749; Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
Especificação. 1996.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. NBR
14081; Argamassa colante industrializada para assentamento de placas
cerâmicas – Requisitos. Rio de Janeiro, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. NBR
13818; Placas cerâmicas para revestimentos – Especificações e métodos
de ensaio. 1997.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. NBR
14992; A.R. – Argamassa à base de cimento Portland para rejuntamento
de placas cerâmicas – Requisitos e métodos de ensaios. 1996.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. NBR
12721; Avaliação de custos unitários de construção para incorporação
imobiliária e outras disposições para condomínios edilícios. 1996.
Estudo de danos causados a revestimentos de alvenarias de blocos cerâmicos de vedação
através de inundações simuladas em protótipos
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. NBR
13755; Revestimento de paredes externas e fachadas com placas
cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento. 1996.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. NBR
7171; Bloco cerâmico para alvenaria – Especificação. Rio de Janeiro,
1992.
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