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FUNDÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONNIA
Departamento de Administração
Programa de Pós-Graduação em Administração
Francisco Emanoel Silveira
COOPERATIVISMO NO ESTADO DE RONDÔNIA:
PRINCIPAIS RAMOS DE ATIVIDADES
PORTO VELHO - RO
2008
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Fundação Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Administração
Programa de Pós-Graduação em Administração
Francisco Emanoel Silveira
COOPERATIVISMO NO ESTADO DE RONDÔNIA:
PRINCIPAIS RAMOS DE ATIVIDADES
Orientador Prof. Dr. Theóphilo Alves de Souza Filho
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação- PPGMAD - Stricto Sensu
Mestrado em Administração, Núcleo de
Ciências Sociais - NUCS, da Universidade
Federal de Rondônia, como requisito parcial
para obtenção do Título de Mestre.
Porto Velho - RO
2008
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Ficha Catalográfica
SILVEIRA, Francisco Emanoel
Cooperativismo no Estado de Rondônia: Principais
Ramos de Atividades./ Francisco Emanoel Silveira.
Porto Velho, RO: UNIR, 2008.
79 fls.
Orientador: Prof. Dr. Theóphilo Alves de Souza
Filho.
Dissertação de Mestrado – Fundação Universidade
Federal de Rondônia - UNIR, Porto Velho / Programa
des-Graduação em Administração PPGMAD.
4
Francisco Emanoel Silveira
COOPERATIVISMO NO ESTADO DE RONDÔNIA:
PRINCIPAIS RAMOS DE ATIVIDADES
Esta Dissertação foi julgada e aprovada para obtenção do Grau de Mestre
em Administração no Programa de Pós-Graduação em Administração da
Universidade Federal de Rondônia.
Porto Velho - RO, 14 de novembro de 2008.
Prof. Dr. José Moreira da Silva Neto
Coordenador do Mestrado em Administração
Banca Examinadora
_________________________________________________
Prof. Dr. Theóphilo Alves de Souza Filho
Presidente
_________________________________________________
Profa. Dra. Mariluce Paes de Souza
Membro
_________________________________________________
Prof. Dr. Manuel Antonio Valdez Borrero
5
Dedico este trabalho (in memoriam),
Martinho Inácio da Silveira e Eva Gloria da
Silveira aos meus pais e minha querida irmã
Cascia Maria Silveira.
6
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Theófhilo Alves de Souza Filho, que incentivou, aconselhou e
orientou e de quem sou muito grato.
Ao Salatiel Rodrigues – OCB-RO, pelo auxilio e presteza.
Ao Sr. João Altair Caetano Dos Santos, Junta Comercial do Estado de Rondônia
– JUCER, pelo apoio.
Ao meu padrinho e amigo Vladmir Oliani pelo constante apoio e
aconselhamentos.
Ao Prof. Dr. José Moreira da Silva Neto, pelos esclarecimentos nas horas
precisas.
Ao Prof. Dr. Osmar Siena, pelo apoio e dedicação.
Prof. Dr. Flavio Batista Simão, pelo constante apoio moral e intelectual, além, de
ser o amigo sempre leal.
Profa. Dra. Mariluce Paes de Souza, que me apoio durante a realização deste
trabalho.
Ao amigo Charlles Barata, que tanto me incentivou.
A todos os colegas de mestrado do curso de Administração.
Aos meus familiares, Ene Glória e Glória Maridalva.
Aos meus Filhos, Victor Emmanoel, David Marcelo, Jessica Emmanoeli, Sarah
Regina, e Letícia Vitória minha eterna gratidão e amor.
Meus queridos sobrinhos: Rafaela Pammy, Ada Pricilla, Daniel Silveira e o
pequeno Otto Glória.
As minhas cunhadas: Soraya Beleza e Sandra Beleza.
E, a minha amiga, parceira, companheira e esposa Simone Beleza, sendo que
sem a sua participação jamais chegaria ao término deste trabalho.
E a todos aqueles que contribuíram direta e indiretamente neste trabalho, fica o
meu
MUITO OBRIGADO!
7
RESUMO
O estudo do Cooperativismo no Estado de Rondônia: Principais ramos de
atividade por municípios inclui, inicialmente os aspectos da gênese do
cooperativismo no mundo e suas bases fundamentais, retratando com os
respectivos momentos políticos - econômicos da época de formação até os dias
atuais. Para isto, realizou-se uma revisão preliminar da filosofia Cooperativista,
fundamentando-as aos principais estudos que alicerçam as organizações sociais.
Para isto, realizou-se um breve documento relativo às cooperativas em nível
regional, nacional e internacional, com ênfase, especificamente no Estado de
Rondônia. A base metodológica do trabalho foi norteada nos modelos estatísticos,
seguindo sistematicamente pari passo as etapas que vão desde dados brutos
até a organização em seus respectivos intervalos de classe, subdivididos por
atividades, cidade e ramo. Em fase posterior, efetuou-se a analise dos dados
amostrais seguido da aplicação da multivariada, na forma de clusters,
relacionando-os as respectivas cidades e com seus ramos por atividade.
Palavras Chaves: Cooperativismo, Associativismo. Multivariada.
8
ABS TR AT
The study of Rondonia’s State Cooperatives, using statistical data gathering and
multivariate analyses, have driven this research. Including the aspects that have
generated those cooperatives, linking them to the respective political and
economical seasons, from their creation until nowadays. It has been accomplished
a brief report related to cooperatives at regional, national and international levels,
emphasizing Rondonia State. The methodological work basis has been driven by
statistical models, following systematically pari passo” the stages from the raw
data to the organization in its respective class gaps, subdivided by activities, city
and branch. After that, it was accomplished the analyses of sample data followed
by the multivariate application using clusters, relating it to the respective cities and
their activity scope.
Key Words: Cooperatives, Associations, Multivariate.
I
LISTA DE SIGLAS
Aliança Cooperativa Internacional
ACP
Análise Componentes Principais
AHC
Análise Cluster Hierárquico
BR
Rodovia Federal
CBC
Congresso Brasileiro de Cooperativismo
Consolidação das Leis Trabalhista
CNC
Conselho Nacional do Cooperativismo
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INCRA
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
OBC
Organização das Cooperativas Brasileira
Projeto de Assentamento Dirigido
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Produto interno Bruto
PIC
Projeto Integrado de Colonização
Sistemas Agroflorestais
SEBRAE
Serviço Brasileiro de Apóio às Micros e Pequenas Empresas
SEDAM
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental
SEPLAN
Secretaria de Planejamento
SESCOOP
Sistema Cooperativo Brasileiro
II
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Gráfico do ramos de atividades das cooperativas 35
Figura 2 - Gráfico do ramos de atividades dos empregados 36
Figura 3 - Gráfico do ramos de atividades dos associados 37
Figura 4 - Gráfico da Participação a Preços Concorrentes dos Estados 42
Figura 5 - Gráfico distribuição das cooperativas por ramo de atividade 48
Figura 6 - Cooperativas em Funcionamento 52
Figura 7 - Gráfico da distribuição dos Municípios pólos com as
Freqüências Relativas 53
Figura 8 - Contribuição das variáveis 64
III
LISTA DE TABELA
Tabela 1 - Crescimento do cooperativismo brasileiro em 2006 a 2007 34
Tabela 2 - Números do cooperativismo brasileiro por Estado 38
Tabela 3 - Indicadores de Rondônia 41
Tabela 4 - Freqüência de cooperativas por município do Estado de Rondônia 44
Tabela 5 - Distribuição das cooperativas por póloAriquemes 46
Tabela 6 - Distribuição das cooperativas por pólo Rolim de Moura 46
Tabela 7 - Distribuição das cooperativas por pólo – Ji-Para 47
Tabela 8 - Distribuição das cooperativas por póloVilhena 47
Tabela 9 - Distribuição das cooperativas por pólo – Cacoal 47
Tabela 10 - Distribuição das cooperativas por pólo – Porto Velho 48
Tabela 11 - Cooperativas por Ramo de Atuação 49
Tabela 12 - Distribuição da Freqüência Relativa das Cooperativas em
Funcionamento por Pólos 53
Tabela 13 - Composição dos clusters 56
Tabela 14 - Cluster por ordem de atividade de importância 61
Tabela 15 - Distância entre centróides finais 62
Tabela 16 - Matriz de correlação por atividade 63
IV
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 13
1.1 - PROBLEMATIZÃO DO ESTUDO 15
1.2 - OBJETIVO GERAL 16
1.2.1 - Objetivos Específicos 16
1.3 - JUSTIFICATIVA 17
2 - REFERENCIAL TEÓRICO-EMPÍRICO 20
2.1 - HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO NO MUNDO 20
2.2 - HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO NO BRASIL 22
2.3 - PECULIARIDADES E MECANISMOS DAS COOPERATIVAS 26
2.4 - COOPERATIVISMO EM RONDÔNIA 29
2.5 - AÇÕES POTICAS GOVERNAMENTAIS PARA AS ASSOCIAÇÕES E
COOPERATIVAS 31
2.6 - INDICADORES DAS COOPERATIVAS NO BRASIL 33
2.7 - INDICADORES DO ESTADO DE RONDÔNIA 39
3 METODOLOGIA 43
4 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 56
5 - CONCLUSÃO 67
6 - REFERÊNCIAS 70
SITES CONSULTADOS 76
ANEXOS
ANEXO 1 - Distribuição das Cooperativas por Ramo de Atividade e por Município
ANEXO 2 - Dendrograma
13
1 INTRODUÇÃO
O cooperativismo nasceu da necessidade do homem de se organizar para
enfrentar as mais diversas dificuldades, principalmente aquelas voltadas para a
sobrevivência e melhoria da qualidade de vida. Assim sendo, por meio de
trabalhos associativos foi gradativamente criando grupos de forma mais
organizada de trabalho cooperativo, tornando-se possível fortalecer as operações
para fornecimento de bens de consumo, remédio, agasalhos, alimentos e outras
utilidades, dentro dos princípios de ajuda tua e solidariedade. Com o decorrer
dos tempos, o sistema foi se consolidando estando presente em diversas áreas
da atividade econômica, atuando na produção e comercialização agropecuária,
consumo, saúde, trabalho, educação, habitação e serviços, buscando sempre a
melhoria de vida e trabalho para o ser humano, por meio da sua integração
econômico-social (NETO, 2007) e, em uma nova revisão, Segismundo
Bialoskorski Neto afirma:
[...]”. A cooperativa é um empreendimento diferente das empresas
encontradas na economia e que visam resultados e lucros. Esta
forma organizacional é baseada em princípio doutrinários oriundos
dos socialistas utópicos associacionista e tem como lastro o
ideário da igualdade, da solidariedade, da fraternidade, e da
liberdade.
Esta origem doutrinária, dos empreendimentos cooperativistas,
fazem com que estas organizações tenham uma particular
arquitetura organizacional. Este empreendimento não comporta a
idéia de uma propriedade privada, mais sim de uma co-
propriedade, privada e comum, não com objetivo da geração de
lucros, mais sim com o intuito de oferecer condições para que
cada uma das unidades autônomas associadas a esse
empreendimento possam se estabelecer eficientemente nos
mercado.
Desta forma a cooperativa, quando ocorrer, irá penas apresentar
sobras operacionais a serem reinvestidas ou distribuídas, e não
lucros de suas atividades. Tanto que, esta empresa não recolhe o
importo sobre a renda pela razão dessa não existir como conceito
em sua arquitetura societária. (NETO, 2008) [...].
Aliança Cooperativa Internacional ACI, define cooperativa como sendo:
[...]uma associação de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer
aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, através de
14
uma empresa de propriedade comum e democraticamente gerida [...] (ACI, p.
23.1998).
Para (Souza,1993). A cooperativa é uma organização que não visa o lucro,
entretanto ela tem que recuperar os custos de produção e do capital investido,
segundo a concepção capitalista, deve apropriar-se dos mecanismos úteis de
gestão, realizando bom desempenho com todos os agentes econômicos. As
funções de produção e comercial de uma cooperativa assemelham-se ao de uma
empresa com fins lucrativos, por isso ela deve ter conhecimento de seus clientes,
mercados e das relações de trocas. Torna-se necessário, portanto, para isso,
adaptar e utilizar as técnicas de Marketing para um melhor desempenho de suas
funções
Na filosofia cooperativista, as pessoas constituem-se em seu maior
investimento, pela necessidade dos indivíduos, desprovidos de meios econômicos
ou materiais, de obterem, por intermédio de um sistema associativista de ajuda
mútua, meios de obtenção dos bens da vida, de subsistência sem a necessidade
de acúmulo de grandes somas de capital (LEWIS, 2005).
A organização cooperativa na sua estrutura organizacional tem que definir
claramente a sua missão, estratégias e metas a alcançar, princípios fundamentais
a serem norteadores da ação, valores e visão de futuro, sem, contudo, ferir as
diretrizes da Lei que define o cooperativismo. Envolve, ainda, o sucesso
econômico, isto é, a permanência e continuidade de suas operações. Como em
qualquer organização, o trabalho em uma cooperativa gera resultado e este pode
ser econômico ou não. O resultado econômico de uma cooperativa é obtido por
meio do esforço comum dos cooperados.
Diferentemente dos demais tipos de organizações, nas cooperativas o
resultado é rateado por todos aqueles que o produziram, tanto no ônus como no
bônus. As sobras quando houver, são reaplicados na organização para beneficiar
os cooperados. Desta forma, é necessário que o cooperado conheça os
meandros da filosofia cooperativista, a estrutura organizacional cooperativa, a
clareza dos objetivos e sua respectiva missão e trajetória. Ter a visão do retorno
do processo é de fundamental importância para uma cooperativa e seus
cooperados e, articular novas estratégias administrativas capazes de superar as
dificuldades externas e internas.
15
1.1 - PROBLEMATIZAÇÃO DO ESTUDO
A estrutura organizacional, administrativa e operacional das cooperativas
brasileiras conforme consta na bibliografia nacional como internacional, discorre
sobre uma série de deficiências de conhecimentos doutrinários, legais e
operacionais de seus líderes. Nesse sentido, Maurer Junior (1973), mencionando
que oempirismo administrativo”, como ponto fundamental. Gava (1972),retrata a
má administração e a estrutura organizacional como as barreiras. Lamming
(1973), defende queo simples ato de formar uma cooperativa não resolve por si
mesmo o problema daqueles que se reuniram para formar a cooperativa... e,
destaca “[...] que os fatores essenciais à sobrevivência das cooperativas:
integração dos associados à empresa, a provisão financeira na empresa e para
ela, o desenvolvimento da empresa [...]. E, na mesma linha, Hammerschidt (1980)
e Crúzio, (1989) identificaram diversos problemas de estrutura organizacional das
cooperativas com relação ao processo decisório e administrativo desempenhados
em nível institucional, organizacional e técnico. E, Gerber (1973), retrata que nem
o consumidor nem o produtor estão preparados para assumir tais funções, devido
à falta de preparo ou por causa do tempo que precisam dedicar às atividades com
as quais ganham a vida. E, do mesmo modo, conclui: as cooperativas
necessitam de administradores, profissionais com experiência, fato que parece
colocá-las em desvantagens com os concorrentes”. Em (2001), relata que a
adaptação das cooperativas ao novo contexto econômico mostrou-se
fundamental, indicando que aquelas que não se reestruturarem de forma a
acompanhar as rápidas mudanças e novas exigências do mercado, sob pena de
serem excluídas da concorrência.
Considerando-se todo este contexto e face aos estudos relatados das
dificuldades enfrentadas pelas cooperativas instaladas mais de 100 anos em
diversos Estados da Federação, em relação ao baixo tempo de residência
1
,
dessas cooperativas. Espera-se que o mesmo fenômeno tinha ocorrido no Estado
do Ronnia, nos mesmos moldes do relato de Maurer Junior (1973), Gava
(1972), Lamming (1973), Hammerschidt (1980), Crúzio (1989) e Ew, (2001).
1
Tempo de Residência =Taxa de sobrevida, período de sobrevivência ou de permanência em um
estado para outro. muitas vezes o usados como parâmetros de comparação na escala de tempo
decorrente a um determinado processos
16
Assim, para apresentar uma mera hipótese de solução, muito embora de forma
preliminar, seria necessário que o Estado de Rondônia tivesse um banco de
dados e informações a cerca das Cooperativas dos últimos 10 anos. E, como não
existe essa organização de informação, o presente estudo pretende apresentar
um estudo preliminar do Cooperativismo no Estado de Rondônia: principais
ramos de atividade por municípios”, como forma de contribuição com um estudo
de análise estatística quantitativa e qualitativa capaz de auxiliar a interpretação
dos fatos pretéritos das 350 cooperativas instaladas neste Estado desde 1990 nos
52 municípios de Rondônia.
Desta forma, a proposta do estudo Cooperativismo no Estado de Rondônia:
Principais ramos de atividades por Municípios” visa num primeiro momento,
organizar um diagnóstico atualizado da realidade do Estado suficientemente
representativa, para que, num segundo momento, possam auxiliar a interpretar
por meio de análise estatística os condicionantes que estruturam o arcabouço das
Cooperativas, consubstanciando as informações quantificadas das variáveis
independentes e, correlacionando-as com os municípios aos respectivos ramos
de atividades das cooperativas que se consolidaram até janeiro de 2008.
1.2 - OBJETIVO GERAL
Analisar o contexto de atuação das Cooperativas do Estado de Rondônia,
por meio de agrupamentos dos principais ramos de atividades e correlacioná-los
aos respectivos municípios.
1.2.1 - Objetivos Específicos:
Levantar o número de cooperativas em funcionamento no Estado de
Rondônia, em função do ramo de atividade;
Organizar informações sobre as Cooperativas no Estado de Rondônia, a
partir de 1990;
Identificar os pontos nodais (traços potenciais) do mercado das
Cooperativas no Estado de Rondônia e,
17
Identificar os principais ramos de atividades das cooperativas nos
municípios do Estado de Rondônia, relacionando-os com o ramo de
atividade.
1.3 – JUSTIFICATIVA
O tempo de residência de uma organização no mercado exige não apenas o
bom potencial técnico, mas também boas práticas
2
administrativas adaptadas a
sua realidade. É importante alcançar a satisfação dos clientes externos sempre
lembrando que os clientes internos também devem ser atendidos, lembrar,
tamm, que a sociedade deve ver a cooperativa com bons olhos. Muito
embora, os cooperados sejam parceiros e o clientes internos, muitas vezes,
eles se comportam como tal. Este comportamento dos cooperados, resultante do
fato da sociedade cooperativa funcionar para suprir as necessidades de uma
dada comunidade, aliado à falta de conhecimento da doutrina cooperativista, tem
levado a equívocos de comportamento.
Nesse sentindo, é de mister importância a administração empresarial nos
moldes cooperativistas, que essa modalidade trabalha com o nível de
satisfação não do cliente, mas, com toda a comunidade envolvida no processo
em qualquer setor produtivo.
Justifica-se também, por outro lado que a colonização em Rondônia, na
década de 1970 , se deu a partir de Projetos Integrados de Colonização (PICs) e
Projetos de Assentamento Dirigido (PADs), estes projetos eram políticas oficiais
para assentamento de agricultores sem terra, vindos do centro-sul, afetados pela
expansão da Fronteira Agrícola, devido à mecanização do campo e, a seca no
nordeste do país (MIRANDA, 1990). Desta forma, o contingente populacional do
Estado quadriplicou, e levou Becker a afirmar que:
2
Boas práticas refere-se ao Sistema de Garantia de Qualidade, utilizado pela ANVISA/Minisrio
da Sde, que envolve um conjunto de ações de modo a assegurar a eficácia e seguraa de uma
empresa.
18
“[...]..O INCRA é o Estado dentro do Estado de Rondônia, pois,
assume todas as fases de implantação e operacionalização do
projeto, desde a seleção e assentamento dos colonos, até a
produção e comercialização, fornecendo ainda, assistência
técnica e social (Becker, 1990) [...]
Com isto a colonização foi acelerada na região principalmente com a
abertura efetiva da rodovia BR 364, que proporcionou o Ciclo da Agricultura com
base de um lado no cooperativismo e por outro na agricultura familiar
(Campesinato), consolidando o amplo e definitivo processo de povoamento rural e
urbano.
[...] de todos os ciclos econômicos que resultaram na
intensificação migratória para Rondônia desde o começo deste
século, o fenômeno migratório provocado pela abertura da BR 364
e pela implantação de um modelo de desenvolvimento baseado
na agricultura, foi, sem dúvida, o mais importante. Milhares de
famílias fixaram-se nas terras rondonienses, contribuindo para a
retirada da região do lento progresso que os ciclos extrativistas a
relegavam [...]. (M ATIA , p.38,1997).
Esse processo ligado ao Ciclo de Agricultura foi executado pelo INCRA -
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, por meio de projetos
integrados de colonização:
[...] Esses projetos concediam aos colonos lotes de 50 a 100
hectares, com assistência técnica rural, além de estradas vicinais
e coletoras, ou ainda lotes de 100 a 250 hectares que se
caracterizavam pela interferência parcial do governo e
contemplavam a pequenos e médios empresários rurais[...].
(MATIAS, 1997).
No entanto, (Fusinato, 2006), destaca que o total de famílias assentadas
pelo INCRA na década de 1970 foram 23.630 e a população residente no
Território Federal de Rondônia, segundo o Censo Demográfico de 1970, era de
111.064 habitantes e, em 1980, chegou a 491.069 habitantes. Portanto,
considerando-se que cada família era composta por cinco pessoas, observou que
o INCRA havia assentado somente 1/4 (um quarto), dos migrantes que chegaram
a Rondônia na década de 1970 e restante veio atraído pela propaganda oficial do
Governo Federal. Assim, uma vez consolidado o estado de Rondônia e a
aceleração do fluxo migratório durante a década de 1980, o Cooperativismo e a
19
associatividade foram estimulados pelo governo Federal como forma de garantir e
fixar o homem na terra, tanto assim que a agricultura e a pecuária reestruturavam
um novo cenário de estratégia de desenvolvimento, para em tempo recorde,
aproximadamente 10 anos, os assentamentos do INCRA passaram a se
constituírem em municípios e a agricultura de familiar em grande parte passa a
empresa rural e, atualmente para o agronegócio com os grupos de empresários
estruturados.
20
2 - REFERENCIAL TEÓRICO-EMPÍRICO
2.1 - HISRIA DO COOPERATIVISMO NO MUNDO
relatos da existência de associações de cunho solidário desde os
primórdios da humanidade. Os “grêmios (agricultores escravos do Egito com
apoio do Estado), as orglonase “tiasas, (cidadãos livres e escravos na Grécia),
os colégiose as sodalistas(carpinteiros e serralheiros em Roma), os ágapes
(primeiros cristãos) são citados por Rech (2000), como exemplos. Segundo esse
autor, essas associações estavam voltadas para atividades produtivas,
atendimento de necessidades de consumo e criação de gado em pastos comuns,
caça e pesca comunitárias, plantação de trigo e construção de sistemas de
drenagem e irrigação.
O cooperativismo atualmente praticado tem origem nos eventos históricos
do século XIX ligados à Revolução Industrial. Nesse período, os trabalhadores
eram explorados na sua força de trabalho, a jornada era longa, chegando 14
horas por dia, e era usada, inclusive, a mão-de-obra infantil. Os salários eram
muito baixos e o atendiam às necessidades dos trabalhadores (SCHNEIDER,
1999).
O avanço tecnológico ocorrido na época provocou grandes modificações
sociais e econômicas, repercutindo nos sistemas de produção e promovendo
ideais socialistas, visando reduzir o sofrimento da classe trabalhadora, por meio
de iniciativas pioneiras como o trabalho coletivo e com recursos próprios dos
trabalhadores. Essas idéias foram sendo colocadas em prática e, aos poucos,
foram surgindo às primeiras cooperativas (SCHNEIDER, 1999).
Em 21 de dezembro de 1844 surge a primeira cooperativa, que nasce, no
berço da Revolução Industrial no bairro de Rochdale, em Machester/ Inglaterra,
com um grupo de operários prejudicados pelo novo modelo industrial que
substituiu o trabalho artesanal pelas máquinas inventadas. A partir de então um
grupo de operário, buscaram compreende o novo mercado desenvolmentista e
fundou uma cooperativa de consumo, esta denominada de Sociedade dos
Probos Pioneiros de Rochdale (SCHNEIDER, 1999).
21
Explorando na venda de alimentos e roupas pelo comércio local, os artesãos
construíram primeiro, um armazém próprio, depois a associação apoiou a
construção e a compra de casas para os tecelões e montou uma linha de
produção para os trabalhadores com salários muito baixos ou desempregados.
Tal iniciativa foi motivo de deboche por parte dos comerciantes, mas, logo no
primeiro ano de funcionamento o capital da sociedade aumentou de um para 180
libras/ano e cerca de dez anos mais tarde o arma zémtinha aproximadamente
1400 cooperantes. Apesar de muito importantes e serem freqüentemente
mencionados nas diversas referências sobre cooperativismo, há poucos detalhes
sobre esses pioneiros. Os relatos sobre os momentos iniciais registram as
dificuldades enfrentadas pelos Pioneiros de Rochdale”: a crise social, o pouco
dinheiro para investir em produtos de boa qualidade no armazém, a desconfiança
de compradores e até mesmo sócios inseguros com insucessos anteriores de
outros movimentos de ajuda mútua. Entretanto, o aumento das compras, a
ampliação do número de sócios e a expansão da filosofia cooperativista com seus
princípios próprios despertaram o interesse. Novas cooperativas começaram a
surgir e foram se expandindo por outros países da Europa, sempre com suas
especificidades culturais (HOLYOAKE, 2001).
As cooperativas de crédito não demorariam a surgir. Quatro anos depois, em
1848, Friedrich Wilhelm Raiffeisen funda na Alemanha a primeira cooperativa com
este fim, de caráter tipicamente rural e com responsabilidade ilimitada e solidária
dos associados. Em seguida, ainda na Alemanha, na cidade de Delitzsch,
Herman Schulze, o primeiro a criar cooperativas de crédito urbano e organizar a
constituição. Esses bancos populares passariam a serem conhecidos como as
cooperativas do tipo Schulze - Delitzsch diferenciavam-se das cooperativas do
tipo Raiffeisen por preverem o retorno das sobras líquidas proporcionalmente ao
capital, a área de atuação não restrita e ao fato de seus dirigentes serem
remunerados(HOLYOAKE, 2001).
Um aspecto essencial da padronização do universo das cooperativas é a
avaliação estatística das informações, de maneira que pudesse reduzir as
variáveis e para extrair uma análise satisfatória sobre a realidade desse modelo
de cooperativa e o seu comportamento de atuação mercado de prestação de
serviço. Porém, no caso restrito do modelo da prestação de serviço, busca-se
22
interpretação de um fenômeno que demonstre uma correlação de prestação de
serviço com a atividade principal com o estatuto vigente de cada Cooperativa. De
modo que, este tipo de análise multivariada venha a fortalecer uma melhor
compreensão do ramo de atividade da cooperativa (MOITA NETO, 2008).
2.2HISTÓRIA DO COOPERATIVISMO NO BRASIL
Remontando no tempo, vamos encontrar ainda em 1610, com a fundação
das primeiras reduções jesuíticas no Brasil, o início da construção de um estado
cooperativo em bases integrais. Por mais de 150 anos, esse modelo deu exemplo
de sociedade solidária, fundamentada no trabalho coletivo, onde o bem-estar do
indivíduo e da família se sobrepunha ao interesse econômico da produção. A
ação dos padres jesuítas se baseou na persuasão movida pelo amor cristão e no
princípio de auxílio tuo (mutirão). Essa prática era encontrada entre os
indígenas brasileiros e em quase todos os povos primitivos desde os primeiros
tempos da humanidade (MOITA NETO, 2008).
A primeira forma de organização baseada em comunidade e voltada a
compor uma sociedade cooperativista em bases integrais deu-se, no Brasil, por
volta de 1500, no então Brasil colonial, pela organização das capitanias
hereditárias, sistema que consistiu na divisão do território colonial e doação a
particulares decididos a morar no Brasil, pelo D. João III em favor de Duarte
Coelho. Todavia, como se sabe, em 1549 a coroa portuguesa resgata as
capitanias doadas e institui o Governo Geral reestruturando a distribuição da terra
na forma de sesmaria”. Assim, no Brasil colonial a estrutura organizacional era
baseada em primeiro lugar pela ordenação Manuelina e, em seguida pela a
Afonsina. Todas essas ordenações, Afonsinas, como as Manoelinas e, depois, as
Filipinas, possuem ao menos um traço em comum: seu caráter escravista, uma
vez que, considerava o produtor direto de trabalho como “res”, destituído de
personalidade jurídica subjetiva e considerava o escravo como bem semovente e
incapaz de adquirir direito. Assim, resumidamente, pode-se afirmar que, a relação
existente no Brasil colonial se dava entre escravos versus homens livres
(GONZÁLES, 1993).
23
Portanto, pode-se concluir que, num primeiro momento da organização do
Estado colonial brasileiro, o que se tem é um modelo escravista tanto de Estado
quanto de direito indicando a existência de uma ordem jurídica escravista. Tal
estrutura perduraria ao menos até a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil em
1808. A vinda da estrutura burocrática Portuguesa significou um salto histórico
surpreendente para o Brasil, pois, em decorrência de tal acontecimento,
instalaram-se os monopólios comerciais, instaurou-se o livre comércio com as
nações amigas, revogaram-se as interdições as atividades manufatureiras e
decretou-se a abertura dos portos”, segundo Fernando Henrique Cardoso (1962
apud GONZÁLES, p.42,1993).
Logo em seguida, no ano 1815, D. João eleva o Brasil à categoria de Reino,
sagrando-se com o tulo de D. João VI. Com essa elevação, segue-se uma série
de alvarás e decretos legais e administrativos, que conduzirão a ex-colônia ao
movimento de independência em 1822 e em 1824 foi instituída a primeira
constituição sob clima liberal mantendo e garantindo o direito de propriedade em
toda a sua plenitude. Essa constituição determinava que as Ordenações Filipinas
devessem ser mantidas em todos os pontos que não contrariassem dispositivos
constitucionais. E nessa mesma ótica é criado em 1850 o Código Comercial e
Criminal, (CARDOSO, 1962).
Segundo Polônio (2001), no Brasil as cooperativas deram início em 06 de
janeiro de 1903 pelo Decreto 979, regulador da classe dos sindicatos e
cooperativas rurais e de consumo. Em 05 de janeiro de 1907 pelo Decreto
1.637, foi instituído as formas de constituição das cooperativas, vinte anos mais
tarde em 1932 com o Decreto 22.239 formou-se o marco do cooperativismo no
Brasil, dando formalização legal às cooperativas, o qual era denominado de O
Estatuto do Cooperativismo”.
A primeira norma a disciplinar o funcionamento das sociedades cooperativas
foi o Decreto do Poder legislativo 1.637 de 5 de janeiro de 1907 organizadas
sob a forma de sociedades anônimas e em nome coletivo ou em comandita. Em
seguida o Decreto n° 22.239 de 19 de dezembro de 1932 reforça as disposição do
Decreto 1.637, estabelecendo as características estruturais de cooperativas
tipo raiffeisene a dos bancos populares do tipo luzzatti”. Além de estabelecer
24
outros tipos de cooperativas como a do I Grau, agrícola, mútuo, urbano e
profissional de classes e/ou empresas (Banco Central do Brasil, 2005).
Com o advento da Lei 4.595 de 31 de dezembro de 1964, as cooperativas
de crédito equipararam-se às demais instituições financeiras passando a serem
fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil, autorizando a constituição e o
funcionamento de cooperativas de crédito, sob a modalidade de: crédito de
produção rural e quadro social. Em1964 foram criadas as três legislações sobre o
assunto promulgadas na lei 4.380 das Cooperativas Habitacionais, e depois a Lei
4.504 da Cooperativa Integral de reforma agrária. (Banco Central do Brasil,
2005)
Em 1966 foi estabelecido que as cooperativas de créditos e as secções de
créditos das cooperativas mistas receberiam depósitos exclusivamente de
associações de pessoas físicas, funcionários da própria cooperativa e de
instituições de caridade, religiosas, científicas, educacionais e culturais das quais
participassem apenas associados ou funcionários da própria cooperativa. E, em
16 de dezembro de 1971 foi promulgado o estatuto geral do cooperativismo pela
lei 5.764, mantendo a fiscalização e o controle das cooperativas de créditos e das
secções de crédito agrícolas mistas com o Banco Central, a qual vigora até hoje,
onde define a Política Nacional do Cooperativismo e institui o regime jurídico das
Cooperativas. Que em seu artigo define cooperativas como: (...) sociedades
de pessoas, com forma e natureza jurídica própria, de natureza civil, não sujeitas
à falência, constituídas para prestar serviço aos associados (...)”. E no seu art.
inciso XVIII “(...) liberava aos cidadãos brasileiros, a iniciativa de constituão de
associação (Cooperativas), sem intervenção estatal, no entanto este artigo ora
recepcionou a legislação das cooperativas (...)Lei 5.764/71).
Em 1969 - IV CBC é aprovado à criação da Organização das Cooperativas
Brasileira - OCB e a Elaboração da Minuta do Projeto Lei para o Cooperativismo.
Nas décadas de 1970 a 1980 do culo passado, o cooperativismo era
regulamentado pelo Conselho Nacional do Cooperativismo CNC, e fiscalizadas
pelo Instituto Nacional de Colonização e Reformar Agrária – INCRA, que tinha por
atribuições a expedição de uma autorização de funcionamento para as
cooperativas. Assim, as cooperativas estavam sob o controle e a intervenção do
Estado (EVANDRO, 2006).
25
Em 1998, durante o processo constituinte, o sistema cooperativo brasileiro,
fez grandes esforços para a aprovação da autogestão das cooperativas
(autonomia de constituição e funcionamento sem a interferência estatal na gestão
das cooperativas), o reconhecimento do ato cooperativo (como um ato diferente
do ato comercial) e o compromisso do estado em desenvolvimento do
cooperativismo (EVANDRO, 2006).
No ano de 1999, é implantado o Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo SESCOOP, com os protocolados projetos sobre a Nova Lei
Cooperativista, por meio da PL 171/99 Senador Osmar Dias, PL 428/99 ex-
senador JoFogaça e PL 605/99 Senador Eduardo Suplicy. No ano de 2000,
XII Congresso Brasileiro de Cooperativismo CBC e a Consolidação do
Programa de Autogestão de Cooperativas (EVANDRO, 2006).
Em 2001, a criação dos Projetos de Cooperação Internacional (Cooperativas
Contra a Fome) e (Cultivo de Algas Marinhas no Nordeste Brasileiro).
Em 2002, foi palco do primeiro I Seminário Tendências, a cidade de Brasília,
com o seguinte tema: Características e Tendências Contemporâneas da Política
Social no Brasil e na América Latina; concepção, gestão, controle democrático e
financiamento”, desenvolvida a partir do Programa Nacional de Cooperação
Acadêmica, tendo por destaque a Profissionalização da Gestão”, Educação
Cooperativista, Intercooperação e a Responsabilidade social com a
comunidade.
Segue em 2003, o segundo II Seminário Tendências com abordagem sobre
Casos de sucesso do cooperativismo brasileiro”, na cidade de Recife. Em 2004,
tivemos o III Seminário Tendências (Cooperativismo é Economia Social:
fortalecendo a identidade cooperativa), na cidade de Cuiabá. Em 2005 o IV
Seminário Tendências (Ações estratégicas para o desenvolvimento do sistema
cooperativista brasileiro), na cidade de Florianópolis e em 2006, ocorreu o V
Seminário de Tendência (Fortalecendo o Sistema Cooperativista Brasileiro: das
propostas à prática) na cidade de Manaus.
Segundo (Cruzio, 2007), são os seguintes tipos de Cooperativas:
“[...]Cooperativa de serviços comunitários: São formadas por
grupos de trabalhadores ou profissionais ligados a uma empresa
qualquer, objetivando prestar serviços de limpeza, transporte,
telefonia, eletrificação rural etc;
26
Cooperativa de consumo: São formadas por pessoas físicas,
objetivando a compra e venda de bens de consumo duráveis e/ou
de primeira necessidade;
Cooperativa de trabalho: São formadas por profissionais como
faxineiros, estivadores, seguranças, técnicos diversos etc.,
objetivando a intermediação dos trabalhos ofertados pelos
profissionais associados, a partir de contratos temporários, junto
às empresas tomadoras de seus serviços gerais;
Cooperativas agropecuárias e agroindustriais: São formadas por
produtores que atuam no campo, objetivando a comercialização
da produção de seus associados, o beneficiamento e a revenda
diretamente ao mercado consumidor;
Cooperativas de mineração: São formadas por mineradores,
objetivando compartilhar materiais e equipamentos de mineração
ou a prestação de serviços de mineração a determinadas
empresas de mineração;
Cooperativas habitacionais: São formadas por pessoas físicas,
objetivando a construção de residências para uso próprio;
Cooperativas de produção: São formadas por indústrias ou
empresas, objetivando unir fabricantes de bens como
eletrodomésticos, móveis, tecidos etc.;
Cooperativas educacionais: São formadas por pais de alunos,
objetivando a oferta de serviço educacional básico a seus filhos;
Cooperativas de crédito: São formadas por poupadores ou
tomadores de recursos financeiros, objetivando a obtenção de
crédito para seus associados a juros, prazos etc. em condições
melhores do que as oferecidas pelo mercado;
Cooperativas especiais: São formadas por pessoas que precisam
ser tuteladas, com crianças que estão cursando escolas de
primeiro grau (CRÚZIO, 2007 p.13/14). [...].
2.3 - PECULIARIDADES E MECANISMOS DAS COOPERATIVAS
Neste contexto, para compreender melhor o universo das cooperativas, sob
o de ponto de vista da estrutura cognitiva e ao mesmo tempo discutir as
condições necessárias para induzir os indivíduos a realizarem tarefas conjuntas.
Deste modo, Rizzi et al, (2003), definiram que quando dois ou mais indivíduos
realizam uma tarefa, estão realizando “trocas. Sendo que as trocas podem ser de
naturezas diversas, incluindo as denominadas pecuniárias, o aulio
despretensioso e a prestação de um serviço, dentre outras. As trocas se efetivam
quando os indivíduos envolvidos empregam suas estruturas cognitivas no
planejamento e na execução daquela tarefa, coordenando suas ações individuais
para que a mesma se concretize.
27
Piaget (1973) defini que trocas, é um ato de realizar operações conjuntas,
porém, nem toda ação conjunta constitui-se em uma cooperação. Ao contrário do
que a literatura, tem referido no sentido piagetiano, o fato das pessoas
simplesmente fazerem ações em conjunto pode ser entendido como um ato
colaborativo. Quando a ação conjunta motivada pelo atingir um objetivo”, se
constitui através da realização de operações lógicas coordenadas e conjuntas é
que se tem a cooperação, ou uma cooperação na ação. Para cooperar na ação o
indivíduo deve ter atingido pelo menos o terceiro estágio do desenvolvimento
cognitivo humano. A razão deste pré-requisito é simples. é possível cooperar
se o indivíduo for capaz de operar, ou seja, se as operações realizadas por ele (e
pelos outros indivíduos envolvidos) constituam ações interiorizadas, reversíveis e
que se coordenem em estruturas totais formando sistemas (operações próprias
do terceiro estágio).
É por isso que para melhor compreender a cooperação é imprescindível
aprofundar estudos na natureza operatória das estruturas cognitivas,
características deste estágio do desenvolvimento cognitivo humano. É nele que
se constituem os grupamentos operatórios, as estruturas cognitivas (sistemas)
fonte e meio de viabilização das operações concretas: nos grupamentos está a
origem e a sustentação da cooperação na ação. Piaget denomina grupamentos
operatórios as estruturas cognitivas concretas elaboradas pelo indivíduo
particularmente entre seus sete e onze ou doze anos de idade. Sua função
essencial consiste em organizar os diversos domínios da experiência (noções de
peso, volume, área, etc.), mas sem que haja ainda uma completa diferenciação
entre o conteúdo e a forma (Piaget, 1980), uma vez que isto ocorre apenas no
quarto estágio de desenvolvimento cognitivo (RIZZI et al, 2003).
A lógica do indivíduo operatório concreto consiste em operar, portanto, agir
sobre as coisas e ou sobre as pessoas empregando os grupamentos. Então
também neste período o aspecto social é importante, e mais ainda, exerce uma
influência essencial no desenvolvimento dessas estruturas. Isto porque, as
operações concretas efetuadas sobre os objetos e aquelas realizadas em comum
com outras pessoas conduzem à constituição de normas racionais e de regras
lógicas, como também lógicas são as regras que constituem os grupamentos
(PIAGET, 1977).
28
É assim que eles são dialeticamente determinantes e determinados pelas
operações, individuais ou sociais. Em especial quando se trata de operações
sociais, também estão em jogo os valores dos indivíduos que delas participam.
Esses valores se organizam em conjuntos e constituem uma escala e sua
importância é tal, que tudo que um indivíduo faz ou deseja fazer pode ser avaliado
e comparado segundo sua escala pessoal (PIAGET, 1973).
Portanto, uma escala de valores é uma relação hierárquica de valores
construída, mantida e atualizada pelo indivíduo através da interação social. Então,
em uma relação ocorrida em um determinado momento, é possível comparar e
identificar elementos, do ponto de vista qualitativo (valores de diferentes tipos)
que possuem maior ou menor valor. É possível, também, operar com esses
valores, adicionando, subtraindo, comparando-os, inclusive considerando os
meios necessários para atingir objetivos (RIZZI et al, 2003).
Segundo Costa (2003), o início do cooperativismo deve focar o momento em
que nossos ancestrais saíram da irracionalidade para a racionalidade. Esta
passagem ocorreu atrelada a evolução do raciocínio e foi alavancada pelos
processos de caça. Os caçadores uniam-se para formar a mais primitiva estrutura
de cooperativismo humano. No sentido lexicológico a expressão Cooperação tem
a conotação de ato ou ação de cooperar não traduzindo o mais excelente sentido
que se pode atribuir à mesma. A palavra Cooperação transcende ao simples
significado de trabalhar em comum ou colaborar, auxiliar e ajudar. O dicionário
Houaiss diz que cooperar é atuar, juntamente com outros, para um mesmo fim;
contribuir com trabalho, esforços, auxílio; colaborar. Essa cooperação esta
associada à ajuda mútua entre os cooperados, tendo como objetivo principal a
realização do bem estar de todos. Já o dicionário do Aurélio diz cooperar é operar,
ou obrar, simultaneamente; colaborar.
Em outras palavras, o mecanismo gico operatório (grupamentos) utilizado
para resolver problemas, tais como seriar e classificar, também é utilizado para
lidar com escalas de valores. Atualmente, pode-se definir Cooperativa como uma
sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de ordem civil, não
sujeita a falência, constituída para prestar serviços aos associados.
29
2.4 - COOPERATIVISMO NO ESTADO DE RONDÔNIA
A migração no Estado de Rondônia contribuiu para diversas propagandas do
governo federal, que foram emplacadas como slogan Amazônia Integrar para
não Entregar, Marcha para Oeste e Rondônia um novo eldorado. De modo
que, a população migrante procedente principalmente do Paraná, Rio Grande do
Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, denominou,
também, esse período como O Ciclo da Agricultura”, que em pouco mais de uma
década, proporcionou ao Território Federal de Rondônia as condições
econômicas, sociais e políticas necessárias para que fosse transformado na 23º
Unidade Federada brasileira. (Matias, 1997, apud FUSINATO 2006).
Assim, a história do Estado se confunde com a conversão de uso da terra e
que está fortemente relacionada à perda da vegetação natural, tendo por ponto de
partida a construção da BR-364 e diversos projetos nacionais de colonização que
foram criados para promover o desenvolvimento regional (POLONOROESTE I e
II), associados ao período da intensa exploração mineral, ajudaram a acelerar a
ocupação de terras na região. Iniciativas para a promoção do uso sustentável da
biodiversidade local e do controle da expansão desordenada das fronteiras de
exploração madeireira e agrícola em Rondônia têm sido iniciadas na região.
(Projeto Úmidas, 2002) apontam para a necessidade do empenho dos setores
envolvidos na atividade florestal quanto à disseminação da ferramenta manejo
florestal, e/ou silvicultura, para proporcionar o retorno sócio-econômico adequado
da atividade, tendo em vista as limitadas possibilidades de sustentação do
extrativismo madeireiro desordenado que vem sendo praticado no Estado,
confirmado também por (BENTES-GAMA et al. 2006).
Para Arjo e Oliveira, (1996), a importância do manejo florestal pode ser
destacada mediante os seguintes benefícios: a) redução das taxas de
desmatamento; b) geração de postos de trabalho; c) redução das taxas de
emigração rural; d) diversificação e elevação da renda no meio rural; e) alcance
de mercados exigentes (referindo-se à aceitação de produtos florestais
certificados com selo verde”); f) manutenção dos serviços ambientais da floresta
(equilíbrio climático e hídrico, conservação da biodiversidade e proteção ao solo);
e g) legitimação da indústria de base florestal.
30
Assim, com a formação das cooperativas de colonização, e de sua
consolidação no Estado financiados pelo Banco do Brasil via Programa das
Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD). Nesse sentido, não obstante a
vocação florestal da região amazônica deixa de ser preservada, para iniciar o que
foi denominado de agricultura de bases sustentáveis, (BATISTA, 2001).
A prática dessa agricultura, Segundo (Batista, 2001), foi responsável pelo
desmatamento 24% área territorial do Estado de Rondônia, fundamentalmente
concentrados nas áreas de ocupação mais antigas e nas fronteiras, estimuladas
pelos projetos de assentamentos e regularização fundiária, durante a década de
1980, período de maior intensidade do fluxo migratório. Atualmente, cálculos
recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, confirmados com a
Secretária de Meio ambiente do Estado de Rondônia- SEDAM, o desmatamento
representa percentuais próximos a 30%. Conforme, se pode constatar que o setor
agropastoril desempenharam um importante papel na consolidação do Estado,
mas, paralelamente, foi também responsável pelo maior volume de
desmatamento na região.
Em seguida, foi consolidado os sistemas agro-florestais – SAFs são as
formas de agricultura que mais se adaptam às condições ambientais e as
especificidades regionais, contudo, a prática destes sistemas é restrita, variável,
flexível, permitindo a utilização de multiplicidades de espécies e ecossistemas
diferenciados. Essa flexibilidade, ao mesmo tempo em que gera uma liberdade de
ação para o produtor, impossibilita apelação a qualquer tipo de manual ou
"receita" sobre qual é a melhor maneira de se implantar e conduzir o sistema,
(BENTES-GAMA et al. 2006). Especificamente, para a região Amazônica, o
manejo baseado em princípios agro-ecológicos é fundamental para garantir a
prodão decommodites, com alta qualidade biológica, estabilidade ambiental e
asserção sócio-econômica da produção em longo prazo.
31
2.5 - POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS PARA AS COOPERATIVAS
O associativismo é a expressão organizada da sociedade, apelando à
responsabilização e intervenção dos cidadãos em várias esferas da vida social e
constituiu um importante meio de exercer a cidadania Pinho(1998.)e Neto (2000).
A definição mais específica e direta da palavra associativismo relaciona se
com a união de empresas ou pessoas com o objetivo de superar dificuldades e
gerar benefícios comuns, através da criação de entidades de representação
empresarial, associações específicas ou associações de interesse econômico.
Numa definição mais ampla, associativismo é qualquer iniciativa formal ou
informal que reúne um grupo de empresas ou pessoas com o principal objetivo de
superar as dificuldades e gerar benefícios em nível econômico, social ou político
(SEBRAE-SP, 1998).
Associativismo, de acordo com Alencar (1997), refere-se à atividade humana
desenvolvida em um grupo social, que é constituído por uma coletividade de
indivíduos ligados entre si por uma rede ou sistema de relações sociais.
O apoio aos projetos envolvendo as cooperativas e associações ainda são
tímidas por parte do governo federal, com a dimensão territorial brasileira e o
número de empregos sendo cada vez mais raros, as ações governamentais
poderiam ser melhor direcionadas. O SEBRAE por meio de suas políticas de
ações vem prestando um atendimento diferenciado aos cooperados com cursos e
palestras, material didático e revistas especializadas no tema. Temos também
outro exemplo que é a Universidade Federal Rural de Pernambuco, com
programa de Associativismo para Pesquisa, Ensino e Extensão PAPE (pós-
graduação). Os principais bancos do governo como Banco do Brasil, Caixa
Econômica Federal e Basa têm linhas de créditos para fomento e financiamento.
A governança corporativa abrange o conjunto de ações e procedimentos que
a alta administração estabelece para que a corporação seja adequadamente
dirigida, de forma a alcançar os objetivos dos acionistas. Em geral, os acionistas
ambicionam elevar o valor de suas ações, o que os leva a escolher os
profissionais responsáveis pela definição e implementação das estratégias de
longo prazo, tendo autonomia para nomear uma diretoria executiva que
32
operacionaliza as políticas para atingir as metas de curto prazo (RODRIGUES,
2003).
Governança corporativa é o sistema que estabelece a maneira de inter-
relacionar acionistas, conselho de administração, auditoria externa e diretoria
executiva para que o gerenciamento geral da empresa objetive a elevação
permanente de seu valor, (RODRIGUES, 2003).
A governança aplicada no Cooperativismo e Associativismo é um grande
avanço, pois traz consigo uma segurança ao mercado e principalmente aos
stakeholders
3
promovendo transparências é credibilidade nos atos da diretoria.
Em meio a esses novos atores de Governança vários códigos das melhores
práticas Corporativos, foram elaborados com a finalidade de torná-los mais
eficientes. Para (SILVEIRA, 2002) os agentes de mercado recomendariam às
empresas a adoção de algumas práticas para o aprimoramento de governança
corporativa. Essas práticas são descritas em diversos “Códigos das Melhores
Práticas de Governança Corporativa” que, em última instância visam criar
mecanismos corporativos para harmonizar as relações entre acionistas e
gestores.
As cooperativas e associações podem usar as prerrogativas de suas
finalidades que é o interesse em comum de todos os cooperados e associados,
juntos formam uma força com um alto poder de barganha. Para Bobbio, (1993), o
poder de negociação não deve aqui ser entendido apenas como algo que se
possui; como um objeto ou uma substância. Ele deve ser visto na esfera social,
seguindo a definição de em que não Poder se não existe, ao lado do indivíduo
ou grupo que o exerce, outro indivíduo ou grupo que é induzido a comportar-se tal
como aquele deseja. Assim, o Poder pode ser exercido por meio de instrumentos
ou de coisas, mas é compreendido através de sua relação com a vida do homem
em sociedade: Poder do homem sobre o homem.
Do ponto de vista econômico e financeiro os dois lados têm que estar
satisfeitos em uma negociação ganha-ganha (RICHARDSON, 1960).
Observando sempre os princípios da boa governança. O instrumento satisfatório
em uma negociação através de uma análise bem detalhada, eficiente e vantajosa
3
Stakeholders - parte diretamente envolvida nas operações da organização (como
empregados, acionistas e fornecedores etc.).
33
com os parceiros tais como bancos, órgãos governamentais e agentes
financeiros.
Governo, Estado e Municípios vêm realizando um trabalho através de
parcerias, com Universidade, SEBRAE entre outros para qualificar, capacitar os
presidentes de cooperativas e associações. Temos a consciência que as atitudes
governamentais e entidades não-governamentais poderiam ampliar ainda mais
ações no sentido melhorar o apoio entre seus cooperados e associados.
2.6 - INDICADORES DAS COOPERATIVAS NO BRASIL
Para VERRI (2001) no Brasil o cooperativismo vem crescendo acima do
ritmo dos sistemas econômicos mercantis, enfraquecidos pelo alto custo
Brasil das Leis da CLT. O número de cooperativas, em todos os seus 11
segmentos, está crescendo a uma taxa média de 8% ao ano, conforme, ilustra a
tabela 01. Segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o
crescimento do cooperativismo nos últimos dez anos tem sido grande, com
tendência a permanecer em expansão, ver Tabela 01 que compara o crescimento
da posição em 2006 em relação a 2007, com número de cooperativa, associados
e empregados.
Conforme sumarizado na Tabela 01, pode-se notar que o número de
cooperativas de trabalho aumentou durante toda a década de 1990. Segundo
(FUSINATO 2006), esse aumento pela procura de cooperativas de trabalho
indica o momento vivido pelo país de aumento progressivo do desemprego. As
cooperativas de trabalho surgem como opção ao trabalhador que não consegue
colocação no trabalho formal. No entanto elas não representam uma alternativa
criada pelo trabalhador, mas sim uma alternativa utilizada por esse trabalhador,
porque como veremos adiante são muitos os agentes institucionais que passam a
incentivar a cooperativa de trabalho a partir da década de 1990. Destacamos mais
uma vez que o foi à proposta de trabalho em cooperativa que aumentou, mas
apenas um de seus ramos, que se mostrou “interessante e apropriado ao
capital. Paralelo ao aumento progressivo e em massa, das cooperativas de
trabalho temos o surgimento e desenvolvimento das organizações e instituições
34
que apóiam, agregam e articulam todo tipo de empreendimento associativo e
cooperativo.
Em 2004, a política econômica do Brasil e seu conseqüente cenário
econômico favoreceram ao crescimento do número de cooperados em todo o
país, chegando a 6.159.658. Em relação ao ano anterior, esse número cresceu
em 6,8%. Segundo o Relatório de Atividades da OCB (2004): Outra
conseqüência positiva do ambiente econômico favorável foi o aumento do número
de empregados nas cooperativas.” Esse cenário ampliou cerca de 13.000 postos
de trabalho em relação a 2003, o que representa um aumento de 7,2%; encerrou-
se o ano de 2004 com 195.100 empregos diretos criados pelo cooperativismo.
Tabela 1 - Crescimento do Cooperativismo Brasileiro em 2006 a 2007.
Ramo
mero de Cooperativas
mero de Associados
mero de Empregados
Posão
2006
Posão
2007
%
Posão
2006
Posão
2007
%
Posição
2006
Posão
2007
%
Agropecuário
1.549
1.544
-0,32%
886.076
879.649
-0,73%
123.890
139.608
12,69%
Consumo
156
141
-9,62%
2.384.926
2.468.293
3,50%
8.359
8.984
7,48%
Cdito
1.102
1.148
4,17%
2.462.875
2.851.426
15,78%
30.396
37.266
22,60%
Educacional
327
337
3,06%
69.786
62.152
-10,94%
2.808
2.913
3,74%
Especial
12
12
0,00%
972
85
-60,39%
6
13
116,67%
Habitacional
371
381
2,70%
83.633
98.599
17,89%
1.153
1.258
9,11%
Infra-estrutura
161
147
-8,70
624.812
627.523
0,43%
5.462
5.867
7,41%
Mineral
45
40
-11,11%
17.628
17.402
-1,28%
83
77
-7,23%
Produção
200
208
4,00%
20.631
11.553
-44,00%
463
1427
208,21%
Sde
888
919
3,49%
349.474
245.820
-29,66%
34.738
41.464
19,36%
Trabalho
1.874
1.826
-2,56%
413.777
335.286
-18,97%
5.595
6.682
19,43%
Transporte
896
945
5,47%
74.976
88.386
17,89%
5.431
5.363
-1,25%
Turismo
22
24
9,09%
3.509
1.094
-68,82%
31
39
25,81%
Total
7.603
7.672
0,91%
7.395.075
7.687.568
3,98%
218.415
250.961
14,90%
Fonte: OCE’s e OCB Elaboração: GEMERC, modificado por Silveira (2008).
35
E de 2006 a 2007, houve um incremento significativo tanto em números de
cooperativas, associados e empregados, nos mais diversos ramos de atividades,
conforme ilustra na Tabela 1. O número da adesão, de cios cooperados, á
atividade econômica inspirada pelo Cooperativismo, cresceu a uma taxa dia de
0,91% em quantidades de Cooperativas, 3,98% em número de associados e
14,90% em mero de empregados,conforme ilustrado na Tabela 01.
Segundo dados da OCB (2005), observa-se, também, que no período de
2004 para 2005, o número de cooperativas em dezembro de 2004, cresceu de
3.928 para 7.672 em dezembro de 2005, o que corresponde ao incremento de
81,7% do número de Cooperativas registradas no Sistema OCB, conforme, ilustra
a Tabela 02 e Gráfico 01. Onde, pode-se notar que esse crescimento ocorreu em
diversos ramos de atividades como também em seus associados e empregados,
chegando a 7.687,568 e 250, 961 respectivamente
Segundo a representação gráfica, do diagrama de bloco na forma “pizza, da
Figura 01, pode-se ter uma visualização do quantitativo dos principais ramos de
atividades de cooperativas no Brasil, sendo que, com maior distribuição é o
trabalho 24%, seguido do agropecuário 20% e crédito 15%.
C ooperativas
20%
2%
15%
4%
0%
5%
2%
1%
3%
12%
24%
12%
0%
A g rope c uá rio
C ons umo
C dito
E ducacional
E s pec ial
Habitacional
Infra -e s trutura
Mine ra l
P rodução
S aúde
Trabalho
T ra ns porte
Turismo e Laz er
Figura 1 – Gráfico do Ramos de atividades das cooperativas.
Fonte: Organizações das Cooperativas do Brasil OCB-2007.
36
A Figura 2 representa a freqüência relativa do número de empregados nas
mais diversas cooperativas, tendo o maior participação o ramo de atividade
representado pelo setor agropecuário com 55%, seguido pelo ramo de crédito
16% e saúde 15%.
Empregados
55%
4%
15%
1%
0%
16%
3%
2%
A g ropec uá rio
C ons umo
C dito
E ducac ional
E s pec ial
Habitacional
Infra -es trutura
Minera l
P rodução
S aúde
Trabalho
Tra ns porte
Turismo e Lazer
Figura 2 – Gráfico do Ramos de atividades dos empregados.
Fonte: OC B (2007).
A Figura 3 ilustra o número de Cooperados por ramo de atividade, onde,
pode-se observar que as Cooperativas de crédito são as que apresentam maior
freqüência relativa, seguida das Cooperativas ligados ao setor de consumo e
agropecuário.
37
Cooperados
11%
33%
38%
1%
8%
4%
1%
3%
1%
A g rope c uá rio
C ons umo
C rédito
E ducac ional
E s pec ial
Habitacional
Infra -es trutura
Minera l
P rodução
S aúde
Trabalho
Trans porte
Turismo e Lazer
Figura 3 – Gráfico dos Ramos de atividades dos associados.
Fonte: OC B (2007).
A Tabela 3 sintetiza a distribuição das cooperativas no Brasil por unidades
da federação, dispostas por cooperativas, cooperados e empregados. Pode-se
observar que Rondônia com 106 cooperativas até 31/12 de 2006 representa
1,32% do total, e em números de cooperados um total de 14.155, perfazendo
0,18% e por números de empregados com 697 com 0,27% do total nacional.
De uma forma geral, a Figura 1, 2 e 3 e Tabela 3, ilustram as cooperativas
no Brasil, sua freqüência e distribuição. Entretanto, observa-se que em número de
cooperativas destacam-se o trabalho, agropecuário e crédito, diferentemente a
distribuição por cooperados que tem por ramo principal as cooperativas de
agropecuário, crédito e saúde. E, por número de empregados, crédito, consumo e
agropecuário. Sendo que as cooperativas por ramo de atividade que se destacam
nas três primeiras colocações são respectivamente agropecuária e crédito são as
mais representativas.
38
Tabela 2 - Números do Cooperativismo Brasileiro por Estado.
Ramo de Atividade
Cooperativas
Cooperados
Empregados
Acre
82
5.454
113
Alagoas
91
22.088
2.495
Amazonas
91
13.049
1.542
Amapá
90
4.200
317
Bahia
446
107.654
2.796
Ceará
194
91.032
7.486
Distrito Federal
236
103.086
1.992
Espirito Santo
137
104.537
4.247
Goiás
179
72.158
8.511
Maranhão
141
11.473
223
Minas Gerais
817
880.500
26.692
Mato Grosso do Sul
79
54.018
2.522
Mato Grosso
173
158.328
5.259
Pará
372
44.909
1.619
Paraíba
112
30.843
1.404
Pernambuco
161
105.015
2.489
Piauí
72
15.499
680
Paraná
233
451.500
50.190
Rio de Janeiro
1013
214.180
6.798
Rio Grande do Norte
202
72.869
1.492
Rondônia
106
14.155
697
Roraima
44
1.705
77
Rio Grande do Sul
946
1.408.597
47.726
Santa Catarina
259
765.058
24.019
Sergipe
129
13.261
479
o Paulo
1209
2.916.260
48.614
Tocantins
61
6.140
482
Totais
7.672
7.687.568
250.961
Fonte: OCE’s e OCB Registro 31/12/2006. Elaboração: GEMERC
39
2.7 - INDICADORES DO ESTADO DE RONDÔNIA
O cooperativismo em Rondônia ainda é pouco desenvolvido. Segundo dados
atuais da OCB - Organização das Cooperativas do Brasil e da OCER
Organização das Cooperativas do Estado de Rondônia. A constituição da primeira
Cooperativa no estado de Rondônia ocorreu em 19 de abril de 1944, de acordo
com a Lei 5.893/44, tendo como área de atuação o antigo Território do Guaporé,
sendo registrada na cidade do Rio de Janeiro (GUISSO, 2001). O surgimento
dessa cooperativa deu-se na época do segundo ciclo da borracha, devido à
necessidade dos seringalistas possuírem um órgão que os beneficiasse no
momento da comercialização, surgindo deste modo a Cooperativa Central dos
Seringalistas do Guaporé Ltda. Mais tarde, em 10 de setembro de 1974, essa
cooperativa foi incorporada, pela COMARON Cooperativa Mista Agropecuária de
Rondônia Ltda, localizada no município de Porto Velho, com abrangência estadual,
em decorrência da emergência da agropecuária no estado (FUSINATO, 2006).
Na década de 80, surgiram mais cooperativas principalmente as
agropecuárias, devido à influência dos emigrantes que trouxeram na bagagem
idéias do cooperativismo de seus estados de origem, especialmente, os oriundos
do Sul e do Sudeste do Brasil. Além das organizações de apoio às cooperativas
existe também em Rondônia, o SESCOOP que é o Serviço Nacional de
Aprendizagem do Cooperativismo que atua como uma das dimensões do sistema
S”, responsável pela promoção social e desenvolvimento profissional do
Cooperativismo, dentro de seus objetivos e recursos disponíveis. Entre as ações
da SESCOOP, que funciona integrado à OCB, destacamos o Programa
Cooperjovem, que tem como objetivo uma atuação vinculada ao Sistema Oficial
de Ensino, para incluir o cooperativismo como disciplina no currículo escolar de
ensino fundamental e médio (FUSINATO 2006).
Para isso, foi organizada uma série de três gibis, que explicam de forma
clara, as origens do cooperativismo, assim como os princípios norteadores na
organização de cooperativas e que vantagens a cooperação e a solidariedade
podem trazer para os trabalhadores. Esta é uma interessante abordagem,
realizada através de gibis, como material didático, principalmente por destacar, de
forma agradável a importância da cooperação. São objetivos do SESCOOP RO
40
a modernização e melhoria empresarial das sociedades cooperativas com vistas
a: agregação de valores para os cooperados; assegurar a transparência da
administração das cooperativas; desenvolver a orientação quanto à constituição e
registro de cooperativas; favorecer a profissionalização da gestão por meio da
execução de programas de educação, formação, capacitação e reciclagem de
empregados, dirigentes de cooperativas e cooperados; e, através do
monitoramento, supervisão, auditoria de gestão e controle das cooperativas,
aumentar sua agilidade e competitividade no mercado, tornando o sistema
cooperativista um referencial de modelo de empresa. (FUSINATO 2006).
De acordo com o Presidente do Sindicato e Organizações das Cooperativas
Brasileiras no Estado de Rondônia (OCB-RO), Salatiel Rodrigues de Souza, o
Estado de Rondônia possui mais 350 Cooperativas, que movimentam de 20 a 30%
do Produto Interno Bruto PIB/RO e, cerca de 10% da população rondoniense é
ligada a uma cooperativa ou associação. Comparativamente com o Produto Interno
Bruto do Brasil, R$ 2.1 trilhões em 2005, e R$ 106,5 bilhões da região Norte e
Rondônia com 12,9 bilhões, tendo participado com 12,1% e 0,6% do PIB do Brasil
e Região Norte respectivamente. Em termos relativos, o crescimento do PIB de
Rondônia, em valores correntes, cresceu, entre 2002 2005, a taxa média de
variação anual da ordem de 18,5% frente às de 13,3% e 15,4% havidas no país e
Região Norte. O setor de serviços, agregando 65,63% do total do valor Adicionado
Bruto, foi o que impulsionou a economia do Estado e a dos Municípios,
constituindo-se das atividades comércio e serviços de manutenção e reparação,
alojamento e alimentação; transporte, armazenagem e correios dentre outros,
conforme dados apresentados na Tabela 4 por SEPLAM 2005.
41
Tabela 3 – Indicadores de Rondônia (em R$ miles)
Brasil, Região
e UF
Especificão
An o
An o
An o
An o
2002
2003
2004
2005
Brasil
PIB
1.477.822
1.699.948
1.941.498
2.147.239
Varião (%)
-
15,03
14,21
10,60
Região Norte
PIB
69.310
81.200
96.012
106.522
Varião (%)
-
17,15
18,24
10,95
Rondônia
PIB
7.780
9.751
11.260
12.902
Varião (%)
-
25.33
15,48
14,58
PIB Rondônia/PIB Brasil (%)
0,53
0,57
0,58
0,60
PIB Rondônia/PIB da
Região Norte (%)
11,22
12,01
11,73
12,11
Fonte: IBGE/SEPLAN, Contas Regionais do Brasil 2002 2005
Seguindo-se da Agropecuária com 20,45% do Valor Adicionado Bruto,
agregando as atividades agricultura, silvicultura e exploração florestal e pecuária
e pesca. A atividade agropecuária na base 1985 era estimada apenas por uma
função e produção. O Censo Agropecuário 1985 foi a fonte básica dos dados,
onde foram estimados o valor de produção dos produtos da agricultura, pecuária,
silvicultura, exploração vegetal e pesca, separadamente, sendo que os insumos
eram agrupados para toda a agropecuária, existindo assim somente uma
atividade.
Por último, o setor da indústria com 13,92% do Valor Adicionado Bruto,
representado pelas atividades indústria de transformação e extrativa mineral,
construção civil, produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e
limpeza urbana.
Como mostra a Figura (04), que representa o gráfico de participação a preço
de concorrentes por Estado, onde, pode-se notar que Rondônia em comparação
com a região Norte, destaca-se em lugar como pólo indutor do
desenvolvimento regional, perdendo apenas para o Estado do Pára e Amazonas
(SEPLAM 2005). Entretanto, uma apuração com maior acuidade, observa-se
que, Rondônia é ligeiramente maior que o somatório do Estado de Acre, Roraima
42
e Amapá juntos, isto, demonstra o forte desenvolvimento do Estado, frente aos
outros amazônidos.
Figura 4 – Gráfico da Participação a Preços Concorrentes dos Estados
43
3 - METODOLOGIA
Pa ra o m ét od o ut i li z ad o, o pt ou -se pe la p rem is s a d a gene ra l i za çã o da s
ob ser va çõe s, p o r in t erm éd io d o l e va n ta men to b ib l io gráfi co, c om o f ito d e sub si d ia r o s
pr inc ip a is pon tos nod a is . A re ali za ção d a amo str agem f oi efe tu a da por m eio da s
in f or ma ç õe s da s Coo perat i va s d o Estad o de R on d ôn i a n o s ú l timos 1 0 ano s d e
e xi st ên c ia , p er fazen d o u m uni ve rso d e 3 50 em p re sas or ga niz ad a s e c onsol id a da s .
Du ran te a e x ec u çã o d a amo st rag em , o s d ado s das Coo per at i va s f o ram
ar mazen a do s, c at a lo gad as, ca te go ri zada s , t a bulad o s e a nal is a do s de m o do a
e vid e nc iar o s s e gu im e nto s m a is p ro m is sores d o pon to d e vis ta a f o r m a r um con ju nto
de i nf o rm a çõ es refe r ent e à pr opr ie da d e e spe c íf ic a de c ada g ru p o re l ac io n ad o às
Co op e ra t iv as. D esta fo r ma , elab o ro u-s e um ban co d ad o s, q ue p o s t e r i o r m ent e, a u xi liou
no su po rte d a c ons t ru çã o d os a gr upa me nto s do uni ve rso a m os tra l.
Deste modo, procurou-se compreender o comportamento aleatório dos
dados brutos (conjunto de informações sobre as Cooperativas), que foram
coletados durante o levantamento secundário e, em seguida, efetuou-se a
amostragem de campo, com o intuito de identificar as características do universo
em função de suas variáveis a serem estudadas para consolidar a análise
confirmatória dos dados de campo. Neste caso, a análise é de natureza primária,
obtidos por intermédio de pesquisa direta com a realização de pequenas
entrevistas e observações extrdas aos Municípios e aos seus respectivos
órgãos que estruturam o aparelho de Estado.
Do universo amostral, as 350 cooperativas, foram inicialmente coletadas
junto ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Secretária
de Comércio e Serviços, Departamento Nacional de Registros do Comércio e
Junta Comercial do Estado de Rondônia, numeradas e codificadas pelo CNPJ,
com os respectivos nomes, condição gerencial, participação financeira dos
diretores, e os seus ramos de atividades. Em seguida, todos esses dados foram
plotados na forma tabular e inseridos em planilhas por área de atuação e unidade
de localização municipal no período próximo de 10 anos, desde janeiro de 1996 a
dezembro de 2006. Com isto, foi criado um BANCO DE DADOS. A partir do
banco de dados, efetuou-se a distribuição dos respectivos intervalos de classes
44
por municípios com suas freqüências relativas, utilizando-se o programa Excel da
Microsoft e XLSTART da Addinsoft (2007), conforme ilustra a Tabela 05.
Tabela 4 – Freqüências das cooperativas por município do Estado de Rondônia.
Ordem
Munipio
Quantidade
01
Alta Floresta do Oeste
3
02
Alto Alegre do Parecis
2
03
Alto Paraíso
3
04
Alvorada do Oeste
5
05
Ariquemes
25
06
Buritis
1
07
Cacoal
10
08
Campo Novo de RO
3
09
Candeias do Jamari
6
10
Cerejeiras
3
11
Colorado do Oeste
4
12
Corumbiara
1
13
Costa Marques
1
14
Espigão do Oeste
13
15
Gov. Jorge Teixeira
6
16
Guajará-Mirim
9
17
Itapdo Oeste
4
18
Jaru
12
19
Ji-Paraná
36
20
Machadinho do Oeste
4
21
Ministro Andreazza
1
22
Mirante da Serra
2
23
Monte Negro
1
24
Nova Brasilândia do Oeste
3
25
Nova União
2
26
Ouro Preto do Oeste
10
27
Pimenta Bueno
11
28
Porto Velho
122
29
Presidente Médici
5
30
Rio Crespo
1
Cont.
45
Ordem
Munipio
Quantidade
31
Rolim de Moura
11
32
São Felipe do Oeste
1
33
o Miguel do Guaporé
4
34
Teixeiropolis
2
35
Theobroma
2
36
Urupá
4
37
Vale do Paraíso
1
38
Vilhena
16
T O T A L
350
Fonte: Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Com. Exterior Secretária de
Comércio e Serviços - Departamento Nacional de Registro do comércio - Junta
Comercial de Ronnia
A partir da confecção do banco de dados das cooperativas, observou-se que
a unidade amostral era heterogênea e aleatoriamente simples o refletindo
nenhuma heterogeneidade, por esse motivo, realizou-se a estratificação das
cooperativas por pólo, utilizando a mesma metodologia do (Perfil dos Setores
Produtivos, 2005. p.11), onde:
[...]em que cada uma delas identifica o município com maior
desenvolvimento infra-estrutura física, educacional, de
comunicação, de transporte etc, denominando município pólo.
Desta forma, a divisão em regiões considerou proximidade dos
municípios, a integração econômica já observada e o papel central
desempenhado pelo município-pólo. As regiões e respectivos
pólos são: Região de Porto Velho: Porto Velho, Guajará-Mirim,
Itapuã d`Oeste, Nova Mamoré e Candeias do Jamari;
Região de Ariquemes: Ariquemes, Alto Paraíso, Buritis,
Cacaulândia, Campo Novo, Cujubim, Monte Negro, Rio Crespo,
Vale do Anari e Machadinho do Oeste;
Região de Ji-Paraná: Ji-Paraná, Jarú, Ouro Preto do Oeste, Vale
do Paraíso, Governador Jorge Teixeira, Nova União, Mirante da
Serra, Teixeirópolis, Presidente Médici e Theobroma;
Região de Cacoal: Cacoal, Pimenta Bueno, São Felipe do Oeste,
Primavera, Espigão d`Oeste, Parecis e Ministro Andreazza;
Região de Rolim de Moura: Rolim de moura, Nova Brasilândia
do Oeste, Castanheiras, Alta Floresta, Santa Luzia d`Oeste, Alto
Alegre dos Parecis, Novo Horizonte do Oeste, Alvorada dÒeste,
o Miguel do Guaporé, São Francisco, Seringueiras, Costa
Marques e Urupá;
Região de Vilhena: Vilhena Chupinguaia, Pimenteiras do Oeste,
Corumbiara, Cerejeiras, Colorado do Oeste e Cabixi.Perfil dos
Setores Produtivos, (2005. p.11), [...]
46
Desta forma, os principais pólos foram reinseridos em planilhas do Programa
Excel, conforme método proposto e desenvolvida por (LOPES, 2000) e (Perfil dos
Setores Produtivos 2005), conforme, ilustra as Tabelas de 6 a 11.
Tabela 5 - Distribuição das cooperativas por pólo – Ariquemes.
lo de Ariquemes
1
Alto Paraíso
3
2
Ariquemes
25
3
Buritis
1
4
Campo Novo de RO
3
5
Machadinho do Oeste
4
6
Monte Negro
1
7
Rio Crespo
1
Total
38
Fonte: Junta Comercial do Estado de Rondônia 2008
Tabela 6 - Distribuição das cooperativas por pólo – Rolim de Moura.
lo de Rolim de Moura
1
Alta Floresta do Oeste
3
2
Alto Alegre do Parecis
2
3
Alvorada do Oeste
5
4
Costa Marques
1
5
Nova Brasilândia do Oeste
3
6
Rolim de Moura
11
7
o Miguel do Guaporé
4
8
Urupá
4
Total
33
Fonte: Junta Comercial do Estado de Rondônia - 2008
47
Tabela 7 - Distribuição das cooperativas por pólo – Ji-Paraná.
lo de Ji-Paraná
1
Gov. Jorge Teixeira
6
2
Jarú
12
3
Ji-Paraná
36
4
Mirante da Serra
2
5
Nova União
2
6
Ouro Preto do Oeste
10
7
Presidente Médici
5
8
Teixeirópolis
2
9
Theobroma
2
10
Vale do Paraíso
1
Total
78
Fonte: Junta Comercial do Estado de Rondônia 2008
Tabela 8 - Distribuição das cooperativas por pólo – Vilhena.
lo de Vilhena
1
Cerejeiras
3
2
Colorado do Oeste
4
3
Corumbiara
1
4
Vilhena
16
Total
24
Fonte: Junta Comercial do Estado de Rondônia - 2008
Tabela 9 - Distribuição das cooperativas por pólo – Cacoal.
lo Cacoal
1
Cacoal
10
2
Espigão do Oeste
13
3
Ministro Andreaza
1
4
Pimenta Bueno
11
5
São Felipe do Oeste
1
Total
36
Fonte: Junta Comercial do Estado de Rondônia 2008
48
Tabela 10 - Distribuição das cooperativas por pólo – Porto Velho.
lo Porto Velho
1
Candeias do Jamari
6
2
Guajará-Mirim
9
3
Itapdo Oeste
4
4
Porto Velho
122
Total
141
Fonte: Junta Comercial do Estado de Rondônia - 2008
A Figura 5 ilustra a distribuição estratificada do universo das 79 cooperativas
em funcionamento por pólo: Ariquemes 38(trinta e oito), Rolim de Moura 33 (trinta
e três), Ji-Paraná 78 (setenta e oito), Vilhena 24 (vinte e quatro), Cacoal 36(trinta
e seis) e Porto Velho 141 (cento quarenta e um). Desta forma, as empresas foram
catalogadas, organizadas em rol na planilha do Programa da Microsoft Excel,
divididas e classificadas por cooperativas, cidades e registros do ramo de
atuação.
Figura 5 - Distribuição das cooperativas por pólo.
Fonte: Junta Comercial do Estado de Rondônia
49
Dando continuidade ao processo metodológico, foi selecionado das 350
Cooperativas pelo processo de exclusão e com a checagem in loco, junto ao
Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Exterior, Secretária de
Comércio e Serviços, Departamento Nacional de Registro do Comércio e Junta
Comercial do Estado de Rondônia, das Cooperativas que estavam em operação
até a data de 31/01 2008 e, com isto, foi constatado que do universo amostral(U-
350), apenas setenta e nove (N=79), estão em funcionamento.
Efetuando-se cálculo de proporção simples, partiu-se do Universo de 350
Cooperativas como sendo inversamente proporcional ao produto das
Cooperativas em funcionamento (N=79), pelo percentual máximo (100%), cujo
resultado é igual a 22,57%, das cooperativas que estão em atividades atualmente.
Do mesmo modo, efetua-se a mesma operação, onde o número total de
cooperativas (N=350) é inversamente proporcional ao produto da Cooperativas
que não estão em funcionamento (onde N=U79), pelo percentual
máximo(100%), que corresponde a 77,43% das cooperativas que saíram do
mercado, no período de 2003 a janeiro de 2008. As Tabelas 13 e Figura 6 ilustra
a distribuição das cooperativas pelos respectivos ramos principais de atividade.
Tabela 11 - Cooperativas por Ramo de Atuação.
Ordem
Cooperativas
Atuação
01
Coop. Agrop. Mista Extrativista Santa Fé –
COOPAMESF
Agropecuário
02
Coop. Agrop. de Alto Alegre dos Parecis –
COOPEALTO
Agropecuário
03
Coop. de Trab. Armaz. Adm. e Cons. Ltda. - COOTRAL
Trabalho
04
Coop. de Cred. Rural de Ariquemes Ltda. – CREDIARI
Crédito
05
Coeda - Coop. Educ. e de Desenvolvimento da
Amazônia
Educacional
06
Coop. Trab. Armaz. Adm.e Conservação Ltda. –
COOTRAL
Infra-estrutura
07
Coop. dos Garimpeiros do Est. De RO. Ltda. -
COOGER
Mineral
08
Coop. de Benef. de Gemas da Amazônia –
COOBEGAM
Mineral
09
Coop. dos Garimpeiros do Est. De RO. Ltda. -
COOGER
Mineral
10
Unimed de Ariquemes Coop. de Trab. Médico
Saúde
Cont.
50
Ordem
Cooperativas
Atuação
11
Coop. dos Engenheiros e Técnicos de RO. Ltda. -
CETROL
Trab.
12
Coop. de cred. Rural de buritis – SICOOB
Crédito
13
Coop. de agronegócios dos produto. da Amazônia -
COAPA
Agropecuário
14
Coop. de crédito rural de Cacoal ltda. - CREDICACOAL
Crédito
15
Coop. de Mineração de Cacoal - COOPEMCAL
Mineral
16
Unimed Ji-Paraná Coop. de Trab. Médico
Saúde
17
Coop. de Trab. Armaz. Adm . e ConsLtda. - COOTRAL
Trabalho
18
Coop. dos trab.s de estradas e rodagens de RO.
Coopter
Trabalho
19
Coop. de coletores de matérias recicláveis -
Coopemarca
Trabalho
20
Coopercal - coop. De transporte de cargas Cacoal ltda.
Trabalho
21
Coop. Agrop. e extr. dos agric. de Jacilandia -
cooperlandia
Agropecuário
22
Coop. Ag ra-flor do Jamari - COOAFCAN, Candeias do
Jamari
Agropecuário
23
Coop. Agrop. dos prod. Rio Doce ltda. -
COOPERIODOCE
Trabalho
24
Coop. de crédito rural do sul de RO. Ltda. - CREDISUL,
Crédito
25
Coop. de cred. rural de Colorado do Oeste ltda. -
COLCREDI
Crédito
26
Coop. Escola. Federal de Colorado ltda. -
COOPEAFECOL
Educacional
27
Coatron-coop. Agrop. de eletr. telefonia e desen. Ltda.
Agropecuário
28
Coop. Agropecuária de Espigão do Oeste- COAGEO
Agropecuário
29
Coop. de cred. Rural de Espigão - CREDIESPIGÃO
Crédito
30
Coop. Agropecuário ouro verde ltda - COAPOVEL
Agropecuário
31
Coop. dos produto. de leite Nova União - COOPLENU
Agropecuário
32
Coop. de crédito rural do vale do Mamo- SICOOB
credivale
Crédito
33
Coop. de garimpeiros mineralcoop ltda.
Mineral
34
Coop. de cred. Rural de Jarú ltda. jarucredi
Crédito
35
Coop. de profissionais em educação - Ja/RO,
Educacional
36
Unimed Ji-paraná coop. de trab. Medico
Saúde
37
Coop. de cred. Rural de Ji-paraná ltda. - ji-cred
Crédito
38
Elo - coop. de consumo de RO.
Consumo
39
Coop. de cred. dos empre. de Ji-Paraná/RO -
emprecred
Crédito
40
Coop. de educadores de Ji-Paraná – coopeji
Educacional
41
Unimed Ji-paraná coop. de trab. Médico
Saúde
42
Coop. dos prod. Rurais orga. para ajuda mútua
(coocaram)
Trabalho
43
Coopmedh - coop. de serviços médicos e hospitalares
Trabalho
44
Coop. dos produto. De flores - Amazônia em flores
Agropecuário
45
Coop. Educacional rondoniense – COOPER
Educacional
46
Coop. de trab. de Ministro Andreazza - COTRAZZA
Infra-estrutura
47
Coop. dos criadores de avestruz de Mirante da Serra
Agropecuário
Cont.
51
Ordem
Cooperativas
Atuação
48
Coop. de cred. Rural do vale do Urupá ltda. -
CREDIRON
Crédito
49
Coop. de cred. Rural. Ouro Preto do Oeste -
UROCREDI
Crédito
50
Coop. de cred. do centro sul rondoniense-sicoob
CREDIP
Crédito
51
Coop. Mista agro. e Pimenta Bueno - COOPEMAGRI
Trabalho
52
Coop. Rondoniense de carne ltda. - COOPEROCARNE
Trabalho
53
Coop. Ag ro p. extrativista da Amazônia ltda. – COAPEX
Agropecuário
54
Coop. de prod.agrop. e frutícola de RO.
Coop'agrofruticola
Agropecuário
55
Coop. Agrop. dos produto. do Rio Preto ltda. -
COAPROR
Agropecuário
56
Coop. de consumo de Porto Velho
Consumo
57
Coop. cred. Mútuo do poder executivo SICOOB-
POLICREDI
Crédito
58
Coop. cred. do norte do Brasil - SICOOB central norte
Crédito
59
Coop. cred. Mútuo dos servi. federal. CREDIFORTE
Crédito
60
Coop. Hab. casa própria/RO sem teto COOPCASA
Ppria
Crédito
61
Coop. de cred. Rural de Porto Velho ltda. -
PORTOCREDI
Crédito
62
Coop. de cred. dos emp. de Porto Velho -
CREDEMPRESAS
Crédito
63
Coop. Educacional de RO. Ltda. –COOPERO
Educacional
64
Coop. dos garimpeiros do Rio Madeira - COOGARIMA
Mineral
65
Unimed de RO. Coop. E trab. Medico
Saúde
66
Coop. dos trans.s rodo. Auto. de comb. cargas-
COOTRANs
Trabalho
67
Coop. Multid. de trab. e dese Amazônia -
COOAMAZONIA
Trabalho
68
Coop. de trab. dos cineg. de RO.
COOPFOTOGRAFOS
Trabalho
69
Coop. de téc. e aux.s em diag/imagem .
COOPTADIRON
Trabalho
70
Central de come. das coop.s de/RO. CENTRALCOOPA
Trabalho
71
Coop. trab de caçambas, ônibus e máquinas pesadas
Ltda.
Trabalho
72
Coop. de transportes de RO. Ctr
Trabalho
73
Coavezon - Coop. dos criadores de avestruz da
Amazônia
Agropecuário
74
Coop. de mototaxista de Rolim de Moura -COOPMOTO
Trabalho
75
Coop. Agropecuária bom sucessoCOOABS
Agropecuário
76
Coop. dos deficientes do Estado de RO. COOPERON
Especial
77
Unimed Vilhena - coop. Trab. Medico,
Saúde
78
Coop. de transportes de RO. Ctr
Trabalho
79
Coop. de Trabalho do Estado de RO -
Trabalho
Fonte: Junta Comercial do Estado de Rondônia 2008, modificado por Silveira (2008).
52
Figura 6 - Gráfico de Cooperativas em Funcionamento.
Fonte: Silveira (2008)
Em fase posterior, do total de cooperativas que estão em funcionamento,
isto é, as 79 (setenta e nove), foram novamente inseridas em planilha do
Programa Microsoft Excel, onde, foi realizado o lculo da distribuição da
freqüência relativa, conforme demonstra a Tabela 14 e Gráfico na Figura 6 e, em
seguida migradas para o XLSTAT da Addinsoft (2007), para em fase posterior,
efetuar a elaboração final da análise multivariada.
53
Tabela 12 – Distribuição da Freqüência Relativa das Cooperativas em
Funcionamento por Pólos.
los
Freqüência
Pólo Porto Velho
25
Pólo Cacoal
13
Pólo de Ji-Paraná
20
lo Vilhena
7
lo Rolim de Moura
4
Polo de Ariquemes
10
Total
79
Fonte: Dados de Pesquisa. 2008
Figura 7 - Gráfico da distribuição dos Municípios pólos com as
Freqüências Relativas.
Fonte: Dados de Pesquisa 2008
Dando continuidade ao processo metodológico, passou, então, para a utilizar
análise Estatística multivariada pelo método de Cluster Hierárquico (AHC) e dos
Componentes Principais (ACP).
A análise de Cluster, nos moldes proposto por HAIR et al., (2007),.Plata et
al. (2005), tendo por objeto agrupar elementos de um conjunto em subgrupos
homogêneos, considerando-se a similaridade para cada elemento. Neste sentido,
54
foram agrupados em função das variáveis independentes como representativa
dos municípios pólos do Estado de Rondônia (ver Tabela 04 e Figura 07), com o
N=79, das Cooperativas que estão em funcionamento, representados pela ordem
alfa-numérica e correlacionáveis aos respectivos ramos de atividades das
Cooperativas, conforme demonstra o Anexo 01. Esta técnica é considerada
apropriada, para certo número de clusters” previamente determinado, de modo
que, possa calcular os pontos que representem os seus respectivos “centros, que
estavam espalhados homogeneamente no universo de dados e movidos
heuristicamente, até alcançar um equilíbrio estático.
A análise dos Componentes Principais (ACP) foi elaborada a partir do
modelo proposto por Pfeiffer (1980), que classifica dois grupos pelo método de
combinação dos elementos agrupados: os hierárquicos e não-hierárquicos. No
método hierárquico, o grupo representativo é dos municípios pólos do Estado de
Rondônia e, com os não-hierárquicos, representados pelo ramo de atividade, que
se agrupam simultaneamente com as similaridades entre os agrupamentos
definidos pelos elementos com a menor semelhança entre si.
Elabora-se um conjunto de variáveis ortogonais (estatisticamente
independentes, neste caso, representados pelos municípios) Z
1
, Z
2
, ..., Z
k
a partir
de uma combinação linear das variáveis ortogonais observadas (atributos,
correlacionáveis com o ramo de atividade) X
1
, X
2
, ..., X
k
. Por construção as
variáveis obtidas pelo método da (ACP) são ortogonais, possuindo correlação
igual a zero. Os componentes Z
k
são calculados de forma que o primeiro
componente Z
1
condense e sintetize a maior parcela da variância, e assim por
diante. Este modelo de classificação denomina-se análise multivariada AAKER,
KUMAR e DAY (1998), MOITA NETO, 2008; e LANDIM, 2003.
A matriz de proximidade realizada entre os municípios los
correspondentes as que permaneceram em funcionamento , foi construída a partir
do diagrama de similaridade denominado dendrograma (dendr(o) = árvore,
conforme demonstra (Moita Neto, 2008). Sendo que o dendrograma hierarquiza a
similaridade ou dissimilaridade de modo a ter uma visão bidimensional de todo o
conjunto de municípios utilizado neste estudo. Apresentando a similaridade entre
55
as variáveis correlacionáveis entre as variáveis do conjunto de municípios
estudado. Para esse procedimento, foi utilizando XLSTAT Addinsoft, 2007.
56
4 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A análise demonstrou-se bem definida os três grupos no cluster 1, 2 e 3,
segundo os principais pólos por ramo de atividade e mercado de atuação,
conforme ilustra a Tabela 14 - Composição dos clusters”, onde, cada número
representa um município específico conforme distribuição no Anexo 02 e,
confirmado matematicamente pelo dendrograma, os agrupamentos hierárquicos
dos municípios, intercalados entre os pontos no espaço multidimensional
formando a matriz de proximidade das principais cidades do Estado de Rondônia.
Fica evidenciado que no grupo 1 da composição dos cluster, exemplificado
na Tabela 14 e confirmado no ANEXO 02, pelos pólos de Porto Velho RO(22) e
Ji-Parana (16), situam-se totalmente isolado de todos os demais municípios do
Estado. O primeiro, Porto Velho, por ser um potencial industrial com cerca de
17,44% (SEPLAN,2005), possuir maior número de empresas comerciais e
serviços, com participação de 21,22%(SEPLAN,2005), do potencial do Estado e,
por ser o pólo concentrador das áreas relacionadas aos serviços de saúde, infra-
estrutura educacional, saneamento, energia, transporte e, administrativa tanto em
nível estadual como federal. Cabe ressaltar que a cidade de Porto Velho é
predominantemente representada por empresas de micro e pequeno porte, na
sua maioria por construtoras, panificadoras, serralharia, madeireiras, moveleiras,
metalúrgicas, alimentos, confecção e oficinas mecânicas, gráficas e revenda de
material mecânico e automotivo em geral.
Tabela 13 - Composição dos clusters.
Cluster
Composão
1
16, 22
2
4
3
26, 24, 06
Fonte: Dados de Pesquisa. 2008
57
Cabe salientar que, a cidade de Guajará-Mirim pertence ao pólo de Porto
Velho, tendo como característica básica, a manutenção da sua sustentabilidade
econômica na exportação de alguns produtos primários e, principalmente, nos
recursos provenientes dos salários dos servidores públicos federais, estaduais e
municipais, e tem sua base de sustentação na criação de bovinos para o corte. E
nos últimos anos, passou a congregar um papel fundamental na economia do
Estado com serviços e compra e venda de commodities. Ainda, conforme afirma
(Fusinato, 2006), entre os agentes que incentivam o cooperativismo, destaca-se a
ação do SEBRAE, por ter sido a agência norteadora da formação da cooperativa
de moveleiros de Guajará-Mirim.
Muito embora o discurso desta instituição afasta-se dos princípios
cooperativistas para reforçar o discurso do empreendedorismo. A noção de
cooperação que divulgam é distorcida, na medida em que consideram que os
cooperados devem se unir para conseguir apenas vantagens econômicas,
preservando a individualidade que gera uma competição que é saudável
Entretanto, não se pode deixar de concluir o papel significativo das cooperativas
neste município. Outro papel de destaque para o lo de Guajara- Mirim, é em
função de ser uma fronteira ativa com a Bolívia e, constituir-se numa zona de livre
comércio. Chegando a um universo populacional maior que 300 mil habitantes,
envolvendo as cidade de Mamoré, Guayara Mirim (Bo), Ribeiralta (Bo).
E o segundo, Ji-Paraná, como pólo concentrador de serviços nos ramos de
trabalho, agropecuária e ramo médico e prestação de serviços. Neste mesmo
diapasão, Ji-Paraná é a segunda cidade em população do Estado de Rondônia,
localizada no quase centro geográfico do Estado, sendo um pólo concentrador de
mais de 11 municípios, o que facilita o acesso intra-municípios e com os outros
Estados. Tem sua economia baseada no setor madeireiro, indústria do laticínio,
frigoríficos, curtume, empresas de granitos, agricultura e prestação de serviços.
Atualmente, Ji-Paraná, segundo (INSTRIA BRASILEIRA, 2008), concentra
60% da indústria do Estado de Rondônia.
Quando comparado com os dados de SEPLAM 2002, Ji-Para representa
(11,55%), as atividades de indústria de transformação, com 9,27% (indústrias no
ramo de granitos para exportação, indústria de minerais, rações e concentrados,
58
alimentícias, madeireiras); construção civil (1,75%); extrativa mineral e produção e
distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana com 0,53%.
Ainda no cluster 01, os resultados confirmam a análise realizada pela
(INSTRIA BRASILEIRA, 2008. p.21), que constatou que em ambos os pólos, a
ocorrência de empresas de médio a grande porte está em equilíbrio nos pólos de
Porto Velho e Ji-Paraná
O Cluster 2, alocado na Tabela 14, representa o pólo de Ariquemes, por
concentrar empresas de médio a grande porte, como abatedouros frigoríficos,
laticínio, indústrias madeireiras das áreas de laminação e compensados,
beneficiamento de cereais e cerâmica (IEL,2005). No cluster 02, pode-se concluir
que os ramos de atividade mais importante é o do Trabalho e agropecuário,
seguido pelo ramo Mineral. O Pólo de Ariquemes representa uma das oito
microrregiões do Estado de Rondônia, e compõe a Mesorregião do Leste
Rondoniense, composta por oito muncicípios (Alto Paraiso, Cacaulandia, Monte
Negro, Machadinho D”Oeste, Rio Crespo e Vale do Anari e Buritis). Sendo que
esta região é conhecida pela extração de madeira, plantação de cacau, frigoríco,
indústria metálica e extração mineral. Ariquemes possui um comércio agressivo
com relação à prestação de serviços, revendas de automotivos e motos.
O Cluster 03 representa os demais pólos, Vilhena, Cacoal e Rolim de Moura.
O lo de Vilhena (Corumbiara, Cerejeira, Colorado D”oeste, Pimenteiras do
Oeste, Chupinguaia e Cabixi), situa-se no planalto do Parecis, distante de Porto
Velho 780 km, tendo como uma das principais atividade o ramo de comércio,
prestação de serviços e agricultura, sendo que este último, teve impulso
significativo no período de 2002 a 2005 com a inserção do cultivo da soja. Sendo
que parte da soja é produzida para exportação por meio da hidrovia do Madeira
via porto de Porto Velho e, a outra parte, para industrialização local, como óleo de
comestível e, atualmente, muito procurado para produção de biodiesel, além da
opção dos subprodutos, como farelo de soja e ração animal (INDÚSTRIA
BRASILEIRA, 2008. p.168) e(IBGE-2008).
O lo de Vilhena representa um importante centro industrial de
beneficiamento de carne para cortes especiais, charques e enlatados, bem como
a industrialização de afiambrados, farinha de sangue, carne e osso, sabão,
presunto e apresuntados (SEPLAN, 2007).
59
Cabe ressaltar que a região, além de possuir um clima de altitude pelos
vastos campos de que facilita tanto o turismo ecológico como a agricultura do
milho, feijão, arroz, trigo além dos produtos horticultura com grandes canteiros de
hortlícias legumes e especiarias. (IBGE-2008).
O Pólo de Cacoal, compreende a micro região,composta pelas cidade
Cacoal, Pimenta Bueno, São Felipe do Oeste, Primavera, Espigão d`Oeste,
Parecis e Ministro Andreazza, É um dos mais importantes do Estado por sua
sólida e promissora economia no setor agropecuário, extração e processamento
de madeira, exploração de minerais metálicos e o metálicos e comércio. Na
agricultura se destaca como primeiro lugar na produção de café in natura e
torrado ou solúvel.. O setor mineral é um dos mais promissores do Estado por
apresentar argila de boa qualidade para uso na indústria de cerâmica estrutural,
pisos de revestimentos e cerâmica vermelha. Vale ressaltar que nesta micro-
região encontra-se uma das maiores jazidas secundária de diamante do mundo
na reserva Roosevelt. O cooperativismo é uma atividade ecomica em expansão
e têm na agropecuária, comércio, serviços, principalmente de ligados a educação
e saúde.
O Pólo de Rolim de Moura, composto pelas cidades de: Rolim de Moura,
Nova Brasilândia do Oeste, Castanheiras, Alta Floresta, Santa Luzia d`Oeste, Alto
Alegre dos Parecis, Novo Horizonte do Oeste, Alvorada d`Oeste, São Miguel do
Guaporé, São Francisco, Seringueiras, Costa Marques e Urupá. É um importante
pólo regional, sendo a cidade mais populosa e economicamente ativa do que
chamam Zona da Mata Rondoniense, com uma população de cerca de 50 mil
habitantes e totalizando uma população de cerca de 151.000 habitantes e área de
19.664km² por uma área de 1.458km², ,.
As principais fontes de recursos da microrregião é a agropecuária e a
indústria madeireira, as lavouras de relevância são as de arroz, café, milho e
feio, a pecuária extensiva ocupa grande espaço geográfico que abriga
1.572.113 cabeças de gado, o crescimento do rebanho microrregional está
estagnado pela superlotação das pastagens, existe um forte movimento de
migração do rebanho de corte para o leiteiro devido a instalação de novas
indústrias de processamento de leite.
60
A Tabela 15 ilustra os agrupamentos de cada cluster e seus respectivos
ramos de atividades. Assim, como se observou no cluster 1 da tabela 14, é
evidenciado (Tabela 15), que o principal ramo de atividade é o trabalho. Percebe-
se que este tipo de prestação de serviço na capital do Estado tem um significado
importante na melhoria da qualidade de serviço prestado pela
empresa/organizações cooperativistas na qualificação de mão obra e/ou área de
recursos humanos. Isto confirma a tendência em nível nacional, quando
comparado aos resultados das Contas Nacionais divulgado pelo IBGE (ano de
referência 2000). Com o agrupamento dos cluster, pode-se notar também, que
por associação os setores de serviços ganharam participação significativa no PIB
em detrimento dos setores produtores de bens; e, certamente, isto vai ser
percebido regionalmente, conforme destaque da tabela 4. O cluster 01, confirma
que o pólo de Porto Velho como o representativo mais expressivo no setor
econômico do Estado.
Tendo como segundo ramo de atividade a agropecuária seguindo ao de
crédito no cluster 2, onde, pode-se notar que o ramo de maior destaque é a
atividade da agropecuária, com uma proximidade do trabalho, e o terceiro ramo
de atuão pela atividade de crédito. Pode-se notar também, o agrupamento dos
demais municípios resultou em relativo equilíbrio em termos de quantidade e certa
homogeneidade das atividades dos clusters, o que confirma a atuação cio-
econômico dos demais municípios para o Estado de Rondônia.
O clusters 3, demonstra que o ramo agropecuário é a atividade principal,
seguido de ramo trabalho e crédito em condições de equilíbrio. Os agrupamentos
demonstraram relativo equibrio entre as atividades, confirmando, desta forma,
potencial econômico ligado aos dois municípios. Este ramo de atividades
desenvolvida nos pólos de Porto Velho e Ji-Paraná confirma a tendência deste
dois centros, quanto à atuação na área da consultoria, prestação de serviços
médicos, forte atuação na área educacional, turismo e lazer.
61
Tabela 14 - Cluster por ordem de atividade de importância.
Cluster/atividade
Agrop.
Créd.
Trab.
Cluster1
2,00
4,00
5,00
Cluster2
1,50
0,57
1,20
Cluster3
0,54
0,45
0,45
Fonte: Dados da Pesquisa. 2008
O cálculo da distância entre os centróides, conforme ilustra a Tabela 16, o
cluster 01 (um), anteriormente demonstrado como representativo do município de
Porto Velho e Ji-Paraná, apresentam forte atuação com a atividade de Trabalho e
prestação de serviço. Pode-se observar que, o ramo de crédito é também muito
forte no cluster 01, demonstrando e confirmando o esperado para os dois maiores
pólos concentradores econômicos do Estado, na terceira posição o ramo
agropecuário.
Ainda para o Cluster 01 (um), quando se calcula a distância em os
centróides finais (Tabela 16), pode-se notar que existe igualdade para as
atividades de crédito e Trabalho.
No cluster 02 (dois), o ramo de atividade é o agropecrio, seguido do
trabalho e prestação de serviços, e na terceira posição a atividade de crédito
No cluster 03 as cooperativas apresentam as suas principais característica
de prestação de serviço e trabalho, seguindo o mesmo fenômeno do cluster 01
(um). Com isto, pode-se concluir que a resultante do cálculo da distância entre os
centróides finais, vem de encontro com a teorização de Berta-Becker (1990),
quando afirma que o centros urbanos amazônicos vive basicamente em função
dos serviços e trabalho. Fato esse observado no estudo estatístico multivariado
com os agrupamentos, confirmando como verdadeiro, uma vez que, o potencial
da atividade industrial ainda não se instalou no Estado de Rondônia.
62
Tabela 15 - Distância entre Centróides Finais.
Cluster1
Cluster2
Cluster3
Cluster1
1,00
2,00
2,00
Cluster2
0,00
1,00
1,00
Cluster3
0,00
1,00
0,00
Fonte: Dados da Pesquisa. 2008
Os Coeficientes de correlação das associações dos diversos ramos de
atividade podem ser observados na Tabela 16, (Matriz de Correlação Spearmen).
Nessa matriz de Correlação, pode-se constatar que as cooperativas ligadas ao
ramo agropecuário como atividade principal, têm forte correlação com as
atividades de Consumo, Crédito e Trabalho. Assim, o inverso também é
verdadeiro, quando a matriz correlaciona o ramo de atividade de crédito com as
demais atividades. Entretanto, pode-se notar claramente que, o ramo de crédito
também possui forte correlação com Saúde e Educação.
A matriz de correlação de Spearmen, também demonstra a baixa correlação
existente entre os ramos de atividade de Turismo e Lazer,
63
Tabela 16 - Matriz de correlação por atividade.
Atividade
Agrop.
Cd.
Trab.
Saúde
Educ.
Min.
Infra-Estr.
Cons.
Esp.
Tur. e Laz.
Agrop.
1
0,399
0,422
0,212
0,114
-0,065
-0,238
0,505
0,093
0,093
Créd.
1
0,798
0,531
0,531
0,270
-0,062
0,769
-0,125
0,204
Trab.
1
0,403
0,358
0,353
-0,058
0,707
0,019
0,136
Saúde
1
0,695
0,308
0,150
0,725
0,303
0,701
Educ.
1
0,308
0,150
0,725
-0,096
0,701
Min
1
0,572
-0,087
-0,075
0,075
Infra-Estr.
1
-0,087
-0,060
-0,060
Cons.
1
-0,060
0,692
Fonte: Dados da Pesquisa. 2008
Observa-se na Tabela 17, a variável que apresenta baixa explicação com
outros ramos de atividade é a especial. Esta apresenta característica própria no
seu ramo de atuação enquanto prestadora de serviço. quanto ao ramo de
atividade mineral, o que demonstra que o Estado tem em sua cadeia produtiva o
fortalecimento desta economia no setor desenvolmentista. Ainda com relação ao
setor mineral, nota-se que a baixa relação ao Crédito se pelo
autofinanciamento das empresas que atuam nesta área, tanto na pesquisa
mineral, quanto na prospecção e lavra. Uma vez que, este ramo empresarial está
associado às empresas de médio a grande porte. Por outro lado, quando esta
atividade está relacionada ao setor garimpeiro, este ramo não utiliza as
cooperativas de créditos, que os mesmos são autônomos e dependem
exclusivamente de seus próprios maquinários e esforços.
64
Figura 8 - Contribuição das variáveis. - eixo de explicação (f1 e f2)
Fonte: Dados da Pesquisa. 2008
Portanto verifica-se que coeficiente de explicação para a variância
cumulada nos dois eixos F1 e F2, é de aproximadamente 58% da variação total,
isto significa, carga de efeito aleatório esta se dando nas baixas fontes de
variação da atividade turismo/lazer, especial, Infra-estrutura e mineral. Quanto ao
turismo e lazer, era previsível, uma vez, são raros os investimentos tanto em nível
Federal, Estadual e Municipal, bem como, os de empresas privadas para este
ramo de atividade. Quanto ao setor mineral, pode-se afirmar esta atividade possui
uma participação efetiva na economia e no PIB do Estado de Rondônia,
principalmente no pólo de Ariquemes. Do mesmo modo, que está representado
na Figura 05, a atividade mineral possui autofinanciamento empresarial e/ou
atividade garimpeira sem utilizar Créditos cooperativos. Uma das razões
apresentadas é que a atividade garimpeiro em Rondônia extrai apenas minerais
preciosos, como, ouro, diamante, cassiterita, topázio, columbita e tantalita. Todos
minerais com alto valor de mercado tanto em nível nacional como internacional.
65
Com relação a atividade de Ramo Especial, observáveis nas variáveis das
Figuras 05 e 06, obteve participação mínima, posicionando-se bem fora da
concentração modal das demais atividades. Isto pode ser explicado, pelo fato de
que o ramo Especial, representativo especificamente um determinado grupo de
indivíduos e/ou empresários especializados, os que são portadores de
Necessidades Especiais, por isso, a situação é mais sofrível, de modo que, sua
estruturação depende totalmente de investimentos governamentais para sua
autogestão. Estes fatos demonstram a necessidade de uma política de inclusão
social mais efetiva por parte do aparelho de Estado em todas as Esferas .
Na figura 6 que representa o eixo biplot demonstra que os de Porto Velho,
Ji-Parana e Vilhena se fortalecem pelo agregamento das atividades, trabalho,
prestação de serviços, saúde, educação e agropecuária estes, com papel
fundamental para a economia do estado, pois estes ramos de atividades
consolidam nossa economia e, ainda, projetar perspectiva de crescimento para as
empresa prestadora de serviço nessas atividades. Em segundo e terceiro vem as
atividade de trabalho e crédito. As cooperativas que atuam nessa linha de
desenvolvimento apresentam um compromisso social com a qualificação de mão
obra e abertura de pequenas empresas para atendimento ao nicho de mercado
que compõem o quadro desenvolmentista do interior do Estado, sustentado pela
atividade da agropecuária.
Para os municípios de Ariquemes e Porto Velho, tem como ramo
importante de atividade o trabalho, ou seja, a formação de mão obra qualificada,
para atender o mercado consumidor de Rondônia. O município de Porto Velho,
hoje é denominado como a capital cultural do Estado, por comportar grandes
universidades e estas estarem colocando no mercado mão de obra aperfeiçoada
para atuação nos diverso campo de mercado e sendo lo estratégico para o
desenvolvimento de formação de o de obra dado para atendimento ao interior
de Estado. Os outros tipos de atividades das cooperativas são as de crédito e
agropecuária. A segunda tem como objetivo a formação pessoal na busca de
consolidar a abertura de pequenas empresas para consolidação do mercado que
atualmente está aquecido em Rondônia.
A outra atividade é a agropecuária, por ser representativa de dois pólos em
acessão e possuir mercado consumidor competitivo e se manter em pontos
66
estratégico para na economia do Estado, fazendo com que este ramo seja atrativo
a atividade de negócio no campo das cooperativas.
67
5 - CONCLUSÃO
Após o desenvolvimento de todo o processo metodológico, foi constatado
que as dificuldades enfrentadas pelas cooperativas instaladas no estado de
Rondônia apresentaram o mesmo fenômeno do baixo tempo de residência que
ocorreu com as demais cooperativas em nível nacional, comprovando os relatos
de diversos autores. Com Isto, foi possível, em função da realização da
organização das informações e com as análises estatísticas quantitativas e
qualitativas interpretar os fatos pretéritos. Desta forma, foi evidenciado que das
350 cooperativas inicialmente estudadas 77,43% saíram do mercado no período
menor que 10 anos.
Conclusivamente, pode-se afirmar que, os objetivos foram alcançados e,
após a análise de atuação das Cooperativas do Estado de Rondônia, por meio do
agrupamentos com os principais ramos de atividades e, os resultados gerados
tamm foram satisfatórios, uma vez que todos os municípios foram submetidos
metodologicamente pelo processo de enumeração, classificação, e diversificados
por ramos de atuação, confeccionados e plotados em mapas de cluster. No
clusters, foram evidenciado os 03 (ts), grupos de forma bem definida, segundo
ramo de atividade e mercado de atuação. O grupo 1 (um), apresentou-se como
destaque, os pólos de Porto Velho e Ji-Paraná, o grupo 02 (dois), o pólo de
Ariquemes e o grupo 03 (três), os pólos de Rolim de Moura, Cacoal e Vilhena.
O trabalho é o principal ramo de atividade dos pólos de encontrado em todos
os pólos, principalmente sua relação é significativamente mais forte nas cidade de
Porto Velho e Ji-Paraná, por representar expressiva participação em termos
quantitativos e qualitativos em serviço prestado, qualificação de mão obra e
formação de recursos humanos no Estado de Rondônia.
O segundo ramo de atividade que foi demonstrado é o da agropecuária, com
destaque nos pólos de Ji-Panara, Ariquemes, Vilhena e Rolim de Moura. E,
conforme matriz de proximidade pode-se observar que a atividade do trabalho e
crédito não são discordantes e, estão presentes no Estado de forma
diversificadas com características própria e peculiar, inerente de cada micro-
região.
68
O Estudo da aplicação da matriz de correlação, também demonstrou que foi
um instrumento poderoso na delimitação das cooperativas versus a área de
atividade e, confirmando os resultados da Matriz de proximidade, que o principal
ramo de atividade é o trabalho, seguido do Crédito e Agropecuário e, em menor
instância as cooperativas no ramo Educacional e Infra-Estrutura. Para as
cooperativas que tem como atividade principal o ramo de crédito, foi observado
que elas atuam também com as atividades de Saúde, Trabalho, Educação,
Turismo e Lazer. As Cooperativas que estão relacionadas com a atividade de
Saúde, também atuam com outros ramos de atividade como o Turismo e Lazer e
Infra-Estrutura.
Ficou evidente, que a atividade do Ramo Especial está ligada diretamente
relacionada aos empreendedores que são portadores de Necessidades Especiais,
e neste caso, o Estado de Rondônia ainda é incipiente com este grupo de
empresários, por apresentar características própria no seu ramo de atuação
enquanto prestadora de serviço. Este fato justifica a necessidade de uma política
de inclusão social mais efetiva por parte do aparelho de Estado.
Os dados analíticos demonstram que o setor mineral, tem baixa relação com
as atividades do ramo de crédito. Isto pode ser explicado, face, ao processo de
autofinanciamento dessas cooperativas, uma vez que, para requerer o alvará de
pesquisa mineral, prospecção e lavra junto ao Departamento Nacional da
Prodão Mineral DNPM, estes empresário m obrigatoriamente de apresentar
uma capacidade de suporte econômico, tanto em vel de pequenas, médias ou
grandes mineradoras.
Por outro lado, quando a atividade mineral é realizada por meio de garimpos,
pode-se justificar a não utilização das Cooperativas de Créditos por parte dos
garimpeiros, uma vez que, esse grupo de trabalhadores o autônomos quando
estão realizando a prospecção mineral ou a lavra diretamente, já que dependem
exclusivamente de seus próprios maquinários e esforços. Cabe salientar que a
atividade de mineração tanto em nível empresarial como na forma de garimpos é
amplamente difundida nos los de Ariquemes e Pimenta Bueno, com uma
participação efetiva na economia e no PIB do Estado de Rondônia.
Metodologicamente, a análise de multivariada aplicada no estudo
Cooperativismo no Estado de Rondônia: Principais ramos de atividade por
69
municípios”, como suporte cnico-teórico, demonstrou-se satisfatória para esse
modelo de análise, além de sido uma ferramenta útil. A análise estatística
demonstrou também que os cálculos do dendrograma, matriz de similaridade e
proximidade com relação aos municípios o precisos e, os agrupamentos de
clusters, não só confirmaram a similaridade, bem como, também, demonstraram a
mesma equidade com relação ao municípios pólos “versusramos de atividade.
70
6 - REFERÊNCIAS
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http://www.cbd-ri.com.br/port/governanca/codigo_etica.asp
77
AN EX OS
ANEXO 1 Distribuição das Cooperativas por Ramo de Atividade e Por município
Anexo 2 - Dendrograma
Livros Grátis
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Milhares de Livros para Download:
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