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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Rosangela Aparecida de Souza
AVALIAÇÃO DE METAIS EM ÁGUAS NA SUB- BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO IVINHEMA, MATO GROSSO DO SUL
Orientador: Prof. Dr. Kennedy Francis Roche
Campo Grande-MS
2007
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Rosangela Aparecida de Souza
AVALIAÇÃO DE METAIS EM ÁGUAS NA SUB-BACIA
HIDROGRÁFICA DO RIO IVINHEMA, MATO GROSSO DO SUL
Orientador: Prof. Dr. Kennedy Francis Roche
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Tecnologias Ambientais da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul como pré-
requisito para a obtenção do título de Mestre em
Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos
Campo Grande-MS
2007
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DEDICATÓRIA
Aos meus filhos Gabriel e Fernando.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me proporcionar saúde e força para concluir mais essa etapa da minha vida.
Ao Professor Doutor Kennedy Francis Roche pela orientação, paciência e compreensão
durante a elaboração dessa Dissertação.
A todos os professores responsáveis pela minha formação.
Aos colegas e funcionários da UFMS, pelo convívio harmonioso.
Ao Instituto de Meio Ambiente Pantanal IMAP, ao PNMA II - MMA, por darem
ensejo à realização deste trabalho, bem como, a todos os colegas do Centro de Controle
Ambiental que contribuíram para o desenvolvimento do mesmo.
As amigas Márcia Delmondes e Virgínia Takayassu pelo incentivo e apoio.
A minha família pela paciência, compreensão, carinho e incentivo aos estudos.
A todos que direta ou indiretamente colaboram para a realização dessa dissertação.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ i
LISTA DE TABELAS....................................................................................................... ii
LISTA DE SIGLAS........................................................................................................... iv
RESUMO........................................................................................................................... vi
ABSTRACT......................................................................................................................... vii
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 01
2. OBJETIVO........................................................................................................................ 04
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................... 05
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA SUB-BACIA DO RIO IVINHEMA................................ 05
3.1.1 Clima e hidrologia.................................................................................................... 05
3.1.2 Geologia, relevos, drenagem e solos........................................................................ 06
3.1.3 Aspectos demográficos............................................................................................ 06
3.1.4 Aspectos econômicos............................................................................................... 08
3.1.5 Impactos antropogênicos sobre as águas superficiais.............................................. 10
3.2 POLUIÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFÍCIAIS POR METAIS.................................. 11
3.3 CARACTERIZAÇÃO DOS METAIS.....................................................................
14
3.3.1 Cádmio..................................................................................................................... 14
3.3.2 Chumbo.................................................................................................................... 16
3.3.3 Cobre........................................................................................................................ 18
3.3.4 Cromo....................................................................................................................... 19
3.3.5 Ferro......................................................................................................................... 20
3.3.6 Manganês................................................................................................................. 21
3.3.7 Níquel....................................................................................................................... 22
3.3.8 Zinco.........................................................................................................................
22
ii
3.4 ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS..............................................................
23
3.4.1 Índice de Qualidade de Água adaptado pela Cetesb – IQA
Cetesb
.............................. 24
3.4.2 Índice de Qualidade de Águas Brutas para fins de Abastecimento Público
IQA
IAP
................................................................................................................................
28
3.5 LEGISLAÇÃO......................................................................................................... 31
3.5.1 Lei nº 9433 de 08 de janeiro de 1997....................................................................... 31
3.5.2 Resolução CONAMA Nº 357/05............................................................................. 31
4. METODOLOGIA.............................................................................................................. 33
4.1 Identificação dos Pontos de Amostragem................................................................ 34
4.2 Definição dos parâmetros e metodologia de avaliação............................................ 36
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................................... 38
5.1 Resultados para a aplicação do IQA
Cetesb
................................................................. 38
5.2 Resultados para a aplicação do IQA
IAP
.................................................................... 50
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..........................................................................
64
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 66
ANEXO 1 - Resultados das análises dos onze pontos de coletas......................................
73
i
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 3.1 Identificação dos pontos de amostragem...................................................... 26
FIGURA 3.2 Índice IQA – Qualidade da Água.................................................................. 27
FIGURA 3.3 Gráfico dos limites Inferiores e Superiores para o cálculo do ISTO............ 29
FIGURA 4.1 Identificação dos pontos de amostragem...................................................... 34
TABELA 5.1 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do Córrego Água Boa, na
nascente, 2005...............................................................................................
39
FIGURA 5.2 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do Córrego Água Boa,
montante do abatedouro de aves, 2005.........................................................
40
FIGURA 5.3 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do Córrego Água Boa, jusante
do abatedouro de aves, 2005.........................................................................
41
FIGURA 5.4 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do Córrego Água Boa, na foz,
2005...............................................................................................................
42
FIGURA 5.5 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do rio Dourados, montante da
foz Córrego Água Boa, 2005.........................................................................
42
FIGURA 5.6 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do rio Dourados, jusante da
foz – Água Boa, 2005...................................................................................
44
FIGURA 5.7 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do rio Dourados, na foz, 2000 45
FIGURA 5.8 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do Córrego Baile, montante
do frigorífico, 2005.......................................................................................
46
FIGURA 5.9 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do Córrego Baile, jusante do
frigorífico, 2005............................................................................................
47
FIGURA 5.10 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do Córrego Baile, jusante do
curtume, 2005...............................................................................................
48
FIGURA 5.11 Distribuição da qualidade da água IQA
Cetesb
do rio Ivinhema, na foz, 2005.
49
FIGURA 5.12 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do Córrego Água Boa, na
nascente, 2005...............................................................................................
51
ii
FIGURA 5.13 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do Córrego Água Boa,
montante do abatedouro de aves, 2005.........................................................
52
FIGURA 5.14 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do rrego Água Boa, jusante
do abatedouro de aves, 2005.........................................................................
53
FIGURA 5.15 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do rrego Água Boa, na foz,
2005..............................................................................................................
54
FIGURA 5.16 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do rio Dourados, montante da
foz – Água Boa, 2005....................................................................................
55
FIGURA 5.17 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do rio Dourados, jusante da foz
– Água Boa, 2005..........................................................................................
56
FIGURA 5.18 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do rio Dourados, na foz, 2005... 57
FIGURA 5.19 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do Córrego Baile, montante do
frigorífico, 2005............................................................................................
60
FIGURA 5.20 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do Córrego Baile, jusante do
frigorífico, 2005............................................................................................
60
FIGURA 5.21 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do Córrego Baile, jusante do
curtume, 2005................................................................................................
61
FIGURA 5.22 Distribuição da qualidade da água IQA
IAP
do rio Ivinhema, na foz, 2005....
63
iii
LISTA DE TABELAS
TABELA 3.1 Indicadores demográficos dos municípios que compõem a sub-bacia do rio
Ivinhema..........................................................................................................
07
TABELA 3.2 Tipos de atividades licenciadas por setor da Gerência de Controle
Ambiental do Instituto Estadual de Meio Ambiente Pantanal (IMAP) na
sub-bacia do rio Ivinhema de 2000 a 2002......................................................
09
TABELA 3.3 Distribuição dos processos de licenciamento de atividades poluidoras pelo
IMAP nos municípios da sub-bacia do rio Ivinhema de janeiro/2000 a
dezembro/2002, segundo os setores.................................................................
10
TABELA 3.4 Limites inferiores e superiores adotados para os metais para o lculo do
Isto....................................................................................................................
30
TABELA 4.1 Pontos de monitoramento da qualidade da água da Sub-Bacia do rio
Ivinhema...........................................................................................................
35
TABELA 4.2 Relação de parâmetros monitorados na Sub-Bacia do rio Ivinhema............... 37
TABELA 5.1 Resultados do IQA
cetesb
nos pontos amostrados, 2005..................................... 38
TABELA 5.2 Resultados do IQA
IAP
nos pontos amostrados, 2005........................................ 50
iv
LISTA DE SIMBOLOS E SIGLAS
Al Alumínio
Alc. Alcalinidade
Ba Bário
Pb Chumbo
Cd Cádmio
CECA
Conselho Estadual de Controle Ambiental
C.F. Coliformes Termotolerantes
Cr Cromo
Cu Cobre
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
Cond. Condutividade
DBO
5,20°
Demanda Bioquímica de Oxigênio (cinco dias de incubação a 20ºC)
DQO Demanda Química de Oxigênio
Fe Ferro
IQA Índice de Qualidade da Água
Lót. Lótico
Mn Manganês
MMA Ministério do Meio Ambiente
NED n-1-naftil-etilenodiamina
Ni Níquel
NKT Nitrogênio Keldahl Total
NO
3
-
Nitrogênio Nitrato
NO
2
-
Nitrogênio Nitrito
NH
3
Nitrogênio Amoniacal
OD Oxigênio Dissolvido
v
OG Óleos e Graxas
PFTHM Potencial de formação de trihalometano
SDT Sólidos Dissolvidos Totais
UFMS Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
UHE Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta
UNT Unidade Nefelométrica de Turbidez
Zn Zinco
vi
RESUMO
SOUZA,R.A (2007): Avaliação de metais em águas na sub-bacia hidrográfica do rio Ivinhema, Mato Grosso do Sul.
Campo Grande, 2007, 98 p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
O presente trabalho tem por objetivo avaliar a qualidade da água e determinação de metais
nos córregos Água Boa e Baile, rio Dourados e foz do rio Ivinhema na Sub-Bacia do rio
Ivinhema. Utilizando-se os Índices de qualidade da Água IQA
Cetesb
e IQA
IAP
, modificado e
adaptado pela Cetesb. Foram analisados os metais: Alumínio, Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo,
Ferro, Manganês, quel e Zinco. Os resultados obtidos demonstram as conseqüências do uso e
ocupação da bacia do rio Ivinhema, as crescentes expansões demográficas, agrícolas e industriais
contribuindo com concentrações significativas de substâncias tóxicas, comprometendo a
qualidade da água. O estudo mostra que nos onze pontos analisados na bacia ocorreram casos de
desconformidades, frente aos padrões legais para a classe dos rios, na maioria dos metais
avaliados, sendo recomendável uma melhoria das ações de controle para esses metais.
Palavra-chave: águas; metais; qualidade da água; Rio Ivinhema.
vii
ABSTRACT
SOUZA,R.A (2007): Avaluation the metals in waters in sub-bacia of the river Ivinhema, Mato Grosso do
Sul. Campo Grande, 2007, 98 p. Master’ Dissertation FederalUniversity of Mato Grosso do Sul, Brazil
(inPortuguese).
The aim of this present research is evaluate the surface water the metals in the stream
Água Boa the Baile, Dourados river the Ivinhema river mouth in Ivinhema river Sub Basin. The
water Quality Index IQA
Cetesb
e IQA
IAP
, adapted Environmental Sanitation Company (Cetesb).
The metals analyzed were: Aluminum, Cadmium, Lead, Copper, Chromium, Iron, Manganese,
Níquel and Zinc. The obtain result evidence effect in the custom business Ivinhema river basin,
the custom business Ivinhema river basin, the increasing population, agricultural and industrial
contribution With meaning concentration of substance toxic compromising the quality of water.
The study pointed out that the majority of the eleven points monitored rivers still present
contamination by that metal that requires an improvement of the pollution control actions.
Key-Word: Water; metals; Water Quality; Ivinhema River.
1. INTRODUÇÃO
A água é um dos recursos naturais fundamentais para as diferentes atividades humanas e
para a vida de uma forma geral. Muitos entendem que o ciclo natural da água promove a sua
recuperação, na prática não é o que se observa, considerando-se os inúmeros fatores que
interferem neste ciclo hidrológico.
De acordo com PORTO et al. (1992), quase toda a água do planeta está concentrada nos
oceanos, representando 97% do total da água existente na natureza. Os outros 3% representa a
água doce, sendo que deste , aproximadamente 2,3% está sob a forma de gelo e neve ou em
lençóis subterrâneos muito profundos. Uma pequena fração 0,5% de toda a água terrestre está
disponível ao homem e aos outros organismos. A água é um recurso natural escasso e seu uso
inclui a preservação de sua qualidade.
Muitas regiões do mundo apresentam problemas relacionados com a água, seja pela
escassez, ou seja, pela qualidade inadequada da mesma, MOTA (1998).
O comprometimento da qualidade da água pode inviabilizar o uso ou tornar impraticável
o tratamento, tanto em termos técnicos quanto financeiros. Diversos são os poluentes gerados nas
diferentes atividades humanas. Segundo BRAYNER (1998) apud LEITE (2002) entre estes
poluentes, os metais têm contribuído de forma significativa para a poluição do solo, da água e do
ar, transformando-se numa nova e perigosa classe de contaminantes criando graves problemas,
em escala local e global.
A aplicação de índices de qualidade das águas garante a utilização de parâmetros
ambientais, cujas concentrações refletem o nível de qualidade existente e torna possível a tomada
de decisão quanto às ações de preservação dos corpos de água ou melhoramento, bem como a
proteção de ambientes aquáticos conforme a necessidade do uso que se faz da água.
2
A utilização do Índice de Qualidade das Águas pela National Sanitation Foundation,
adaptado pela CETESB que contempla os parâmetros oxigênio dissolvido, coliformes
termotolerantes, pH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrogênio total, fósforo total,
temperatura, turbidez e sólidos totais, permite uma interpretação adequada da qualidade das
águas dos corpos hídricos objeto de estudo, observando os limites estabelecidos pela Resolução
CONAMA nº 357/05.
O Índice de Abastecimento Público, IQA
IAP
, avalia a qualidade da água pela presença de
substâncias tóxicas acima do seu limite máximo admissível, ou a ausência destes poluentes. A
determinação da nota do ponto de amostragem será o produto do IQA
Cetesb
pelo ISTO. Os metais
integrantes do ISTO são: parâmetros que indicam a presença de substâncias tóxicas, Potencial de
Formação de Trihalometanos PFTHM, Números de Células de Cianobactérias, Cd, Pb, Cr
Total, Hg e Ni; e que afetam as propriedades organolépticas da água: Fe, Mn, Al, Cu e Zn.
Metais podem ser introduzidos nos ecossistemas aquáticos através de processos naturais
que incluem a lixiviação de solos e rochas e atividade vulcânica. Entretanto, numerosas fontes de
contaminação por metais, provêm das atividades industriais que os utilizam como matéria prima
para seus produtos eliminando-os como subprodutos de seus processos, além de efluentes
domésticos os quais são dispostos no ambiente na forma de lodos gerados nas estações de
tratamento, JACKSON (1992) apud LEITE (2002).
Segundo Branco & Rocha (1980), os metais estão entre os principais grupos de compostos
causadores de poluição nas águas. São cumulativos no meio e quando sua concentração supera
determinados valores, tornam-se letais a muitos seres vivos.
A toxidade dos metais está relacionada com o tempo de exposição a determinadas
concentrações, as propriedades físicas e químicas dos elementos e da forma de absorção.
A sub-bacia do rio Ivinhema é a segunda maior bacia hidrográfica do Estado de Mato
Grosso do Sul, com uma área de drenagem de 44.966,66 quilômetros quadrados, abrange 25
municípios e cerca de 26% da população estadual. A densidade demográfica dos municípios na
3
sub-bacia varia de 2 à 60 habitantes por quilômetro quadrado em Anaurilândia e Fátima do Sul,
respectivamente, MATO GROSSO DO SUL (2005).
Por apresentar intensa exploração agropecuária e significativo desenvolvimento industrial,
a sub-bacia do rio Ivinhema apresenta vulnerabilidades quanto aos impactos ambientais
potenciais e efetivos sobre seus ecossistemas, em particular sobre os fatores e processos que
interferem na qualidade das águas.
Este trabalho avalia a qualidade das águas dos Córregos Água Boa e Baile, rio Dourados e
foz do rio Ivinhema na Sub-Bacia do rio Ivinhema bem como a presença dos seguintes metais:
Alumínio, Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo, Ferro, Manganês, Níquel e Zinco em águas,
observando os limites estabelecidos pelas Resoluções CONAMA 357/05, classe 2. As
campanhas de amostragens tiveram freqüência mensal, correspondendo ao período de janeiro a
dezembro de 2005.
4
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Determinar a concentração de metais na água em corpos hídricos pertencentes à Sub-
Bacia do rio Ivinhema.
2.2. Objetivos específicos
Avaliar a qualidade da água aplicando o IQA
Cetesb
e IQA
IAP
nos córregos Água Boa e
Baile, rios Dourados e Ivinhema.
Determinar a concentração dos metais Al, Cd, Pb, Cu, Cr, Fe, Mn, Ni e Zn na água.
Comparar os resultados dos parâmetros físico-químicos e bacteriológicos com os padrões
classe 2 da Resolução CONANA n° 357 de 17 de março de 2005.
5
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA SUB-BACIA DO RIO IVINHEMA
3.1.1 Clima e hidrologia
A bacia do Rio Ivinhema localiza-se na porção centro-sul de Mato Grosso do Sul, ao sul
da bacia do rio Paraná, entre as latitudes de 21° e 23°S e as longitudes de 53°30’ e 56°W, MATO
GROSSO DO SUL (1990).
A área de estudo engloba 25 municípios, 13 totalmente inseridos (Anlica, Bataiporã,
Deodápolis, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Ivinhema, Jateí, Novo
Horizonte do Sul, Taquarussu e Vicentina) e 12, parcialmente (Anaurilândia, Antônio João,
Caarapó, Itaporã, Juti, Laguna Carapã, Maracaju, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Nova
Andradina, Ponta Porã, Rio Brilhante e Sidrolândia).
Apresenta uma precipitação média anual de 1.400 a 1.700 mm, e área de drenagem de
44.966,66 quilômetros quadrados. A precipitação pluviométrica e a insolação são os mais
importantes e sensíveis fatores de clima nos trópicos. Assim, as máximas precipitações ocorrem
no verão sendo o trimestre mais chuvoso os meses de novembro, dezembro e janeiro. As mínimas
precipitações verificam-se nos meses de inverno, MATO GROSSO DO SUL (2006).
A temperatura média anual da bacia varia de 20 a 22°C. Variando no inverno de 15 a
19°C e no verão de 23 a 26°C. No transcorrer do ano, a temperatura média do ar é alta nos meses
de janeiro a março, começando a cair em abril, atingindo os menores valores em maio, junho,
julho e agosto, MATO GROSSO DO SUL (2006).
A Sub-Bacia do Rio Ivinhema possui um total de 16 estações fluviométricas registradas
no Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos, ANA (2005).
6
3.1.2 Geologia, relevos, drenagem e solos
A Sub-bacia do rio Ivinhema apresenta cinco formações geológicas, são elas: Serra Geral,
Caiuá, Santo Anastácio, aluviões atuais e Ponta Porã. As formações predominantes são Serra
Geral e Caiuá sendo que as formações aluviais ocorrem de Porto Caiuá até Anaurilândia as
margens dos rios Ivinhema, Baía e Paraná, MATO GROSSO DO SUL (2006).
O rio Ivinhema percorre no sentido noroeste-sudeste, ao longo da região sudeste do
Estado do Mato Grosso do Sul, tem como principais formadores os rios Vacarias, Brilhante e
Dourados, que nascem na vertente oriental da Serra de Maracajú, a 550m de altitude. Na
confluência com o Rio São Bento, em sua margem esquerda, inclina para sudeste e após a
embocadura do Rio Curupaí bifurca-se em dois canais, que vão desaguar na margem direita do
Rio Paraná, FORTES (2003).
Na Sub-Bacia do Rio Ivinhema predominam os latossolos, que apresentam grande
variação entre as diferentes classes. Sendo que 46% da bacia é formada por Latossolo Roxo, e
38,5% por Latossolo Vermelho-Escuro, EMBRAPA (2000).
3.1.3 Aspectos demográficos
A tabela 3.1 apresenta a populão e a densidade demográfica dos 25 municípios
localizados na sub-bacia do rio Ivinhema.
De acordo com a tabela 3.1 a densidade demográfica dos municípios da Sub-Bacia do rio
Ivinhema varia de 2,3 a 60,6 habitantes por quilometro quadrado, respectivamente, Anaurilândia
e Fátima do Sul e o município de Dourados é o que apresenta o maior numero de habitantes,
aproximadamente 31% do total da população dos municípios considerados.
7
TABELA 3.1 - Indicadores demográficos dos municípios que compõem a sub-bacia hidrográfica
do rio Ivinhema.
Município População
2000
População
2004 (1)
Área Km
2
Densidade
demográfica
(hab/km
2
) (2)
Mato Grosso do Sul 2.078.001 2.230.702 357.124,9 6,2
Anaurilândia 7.950 8.306 3.395,5 2,3
Angélica 7.377 6.598 1.273,2 5,8
Antônio João 7.404 7.804 1.143,8 6,5
Batayporã 10.610 11.987 1.828,2 5,8
Caarapó 20.691 19.790 2.089,7 9,9
Deodápolis 11.337 10.138 831,1 13,6
Douradina 4.731 4.727 280,7 16,8
Dourados 164.674 179.810 4.086,4 40,3
Fátima do Sul 19.111 17.549 315,2 60,6
Glória de Dourados 10.036 9.084 491,8 20,4
Itapo 17.035 17.614 1.322,0 12,9
Ivimhema 21.619 20.519 2.009,9 10,7
Jat 4.054 3.576 1.928,0 2,1
Juti 4.988 4.831 1.584,6 3,1
Laguna Caarapã 5.526 5.989 1.733,8 3,2
Maracajú 26.200 27.871 5.298,8 4,5
Naviraí 36.616 39.736 3.193,8 11,6
Nova Alvorada do Sul 9.949 11.340 4.019,2 2,5
Nova Andradina 35.374 38.220 4.776,1 7,4
Novo Horizonte do Sul 6.414 5.298 849,1 7,5
Ponta Porã 60.966 66.054 5.328,6 11,4
Rio Brilhante 22.528 26.060 3.987,5 5,6
Sidrolândia 23.182 27.519 5.286,5 4,4
Taquarussu 3.496 2.959 1.041,1 3,3
Vicentina 5.789 5.007 310,2 18,7
Total 548.425 578.416 58.405 9,9
(1) Estimada; (2) Relativa a 2004;
Fonte: Mato Grosso do Sul. Seplanct, Banco de dados do Estado.
8
3.1.4 Aspectos econômicos
A Sub-Bacia do rio Ivinhema situa-se em uma região de intensa exploração agropecuária,
favorecida pelas condições edáficas e de relevo. Apresenta em relação ao Estado de Mato Grosso
do Sul uma expressiva participação no que se refere ao efetivo do rebanho bovino e à utilização
de terras e pastagens. Bem como, é a mais industrializada do Estado. As principais indústrias são
de produtos alimentícios, minerais não-metálicos, metalurgia, materiais elétricos e de
comunicações, vestuário, gráfica, frigoríficos e destilarias de álcool.
A maioria absoluta das unidades econômicas dos municípios da Sub-Bacia do rio
Ivinhema está ligada ao setor terciário, com destaque para o comércio que, em todas as cidades
soma mais de 50 % das unidades locais. Ressalta-se a cidade de Dourados, que concentra a maior
parte dos estabelecimentos comerciais e de serviços, MATO GROSSO DO SUL (2006).
As atividades econômicas geradoras de carga orgânica que podem comprometer a
qualidade da água na sub-bacia do rio Ivinhema compreendem empreendimentos como
fecularias, curtumes, suinoculturas, usinas de açúcar, abatedouros de aves, suínos e bovinos entre
outros, conforme mostrado na tabela 3.2, IMAP (2003).
O potencial poluidor das atividades econômicas na sub-bacia do rio Ivinhema é de
aproximadamente 531.450 Kg DBO/dia. Considerando que grande parte dos efluentes são
lançado sem nenhum tratamento e quando o tem a eficiência não é satisfatória, MATO GROSSO
DO SUL (2006).
A gerência de Controle Ambiental do IMAP, no período de 2000 a dezembro de 2002,
registrou 1.080 processos de licenciamento, como é mostrado na tabela 3.3, MATO GROSSO
DO SUL (2006).
9
TABELA 3.2. Tipos de atividades licenciadas por setor da Gerência de Controle Ambiental do
Instituto Estadual de Meio Ambiente Pantanal (IMAP) na sub-bacia do rio Ivinhema de 2000 a
2002.
Setor Quant. Atividades mais freqüentes
418
Drenagem urbana (73), Unidade habitacional (68), Loteamento (57), Sistema
de tratamento de esgoto (45), Sistema de abastecimento de água (22),
Pavimentação e drenagem urbana (16), Pavimentação asfáltica e drenagem
(12), Sistema de esgotamento sanitário (10), Drenagem e canalização (7),
Usina Termoelétrica (2), Cemitério (1), Outros (105).
Infra-estrutura
Indústria
372
Laticínio (46), armazenamento de petróleo e álcool (33), frigorífico de bovinos
(18), usina de reciclagem de lixo (18), Frigorífico de aves (17), Fecularia de
mandioca (16), Beneficiamento de ovos/galináceas (15), Curtume (14),
Frigorífico de suínos (9), Aterro sanitário controlado (9), Agro industria
familiar (6), Usina de beneficiamento de leite (6), Fábrica de produtos de
limpeza (5), Fábrica de ração (5), Platifício (5), Usina de asfalto (5),
Beneficiamento de arroz (4), Fábrica de embalagens plásticas (4), Indústria de
cerâmica (4), Usina de açúcar e álcool (4), Fábrica de adubo (3), Fábrica de
água ardente (3), Industria de embutidos (3), Indústria de refrigerantes (3),
Graxaria e ossos verdes de suínos (2), Indústrias de bebidas (2), Indústria
metalúrgica e de artefatos de cimentos (2), Indústria de tintas e revestimentos
(2), Central de recebimento de embalagens de agrotóxicos (1), Fábrica de
máquinas e equipamentos agrícolas (1), Indústria de óleos vegetais (1),
Indústria química (1), Indústria têxtil (1), Outros (104).
Agropastoril 224 Suinocultura (127), Aqüicultura (21), Irrigação (18), Avicultura (16),
Drenagem agrícola (15), Central de recebimento de agrotóxicos (12), Capina
química (1), Captação de água (1), Outros (13).
Mineração 64 Extração de argila (14), Perfuração de poço (13), Extração de areia e
cascalho(7),Capina química (1) e outros (27).
Turismo 2 Balneário (2)
Total 1.080
10
TABELA 3.3. Distribuição dos processos de licenciamentos de atividades poluidoras pelo IMAP
nos municípios da sub-bacia do rio Ivinhema de janeiro/2000 a dezembro/2002, segundo os
setores.
Município Total de
eventos
Agropasto
ril
Indústria Infra-
estrutura
Mineração Turismo
Dourados 232 47 83 91 11
Sidrolândia 91 4 51 29 7
Itapo 75 40 19 11 5
Naviraí 67 2 36 22 5 2
Caarapó 54 10 24 20
Rio Brilhante 53 8 21 20 4
Nova Andradina 52 5 33 14
Glória de Dourados 49 28 12 9
Ivinhema 47 13 10 18 6
Maracajú 47 9 11 23 4
Taquarussu 44 15 29
Nova Alvorada do Sul 37 7 10 16 4
Fátima do Sul 37 8 5 23 1
Antônio João 30 1 10 17 1
Jatei 30 11 3 14 2
Ponta Porã 29 5 10 12 2
Vicentina 22 4 2 16
Anaurilândia 17 1 3 12 1
Batayporã 16 2 8 2 4
Deodapolis 12 1 7 4
Laguna Caarapã 11 2 4 5
Angélica 11 1 2 6 2
Novo Horizonte do Sul 9 5 3 1
Douradina 4 3 1
Juti 4 4
Total 1.080 236 397 386 59 2
3.1.5 Impactos antropogênicos sobre as águas superficiais
A intensa intervenção antrópica vem ocasionando alguns impactos ambientais potenciais e
efetivos sobre os ecossistemas da sub-bacia do rio Ivinhema. Segundo Oliveira et al. (2000) a
ocupação desordenada tem implicado grandes alterações na paisagem natural, causando
diferentes impactos nos recursos naturais, tais como destruição da cobertura vegetal, em especial
das mata ciliares, a degradação e a erosão do solo, o assoreamento e a contaminação dos
mananciais por agroquímicos, originando danos ambientais e sociais relevantes.
11
De acordo com MATO GROSSO DO SUL (2006) os principais impactos que vêm
comprometendo a qualidade e disponibilidade dos recursos hídricos é: utilização massiva de
agroquímicos nas lavouras e pastagens; cargas orgânicas provenientes das atividades econômicas,
muitas delas desprovidas de sistemas de tratamento de efluentes; demanda crescente por água
para irrigação e a disposição inadequada do lixo em praticamente todas as cidades bem como a
ausência de coleta e de tratamento de esgoto doméstico.
3.2 POLUIÇÃO DAS ÁGUAS SUPERFÍCIAIS POR METAIS
A poluição da água resulta da introdução de resíduos na forma de matéria ou energia, de
modo a torná-la prejudicial ao homem e a outras formas de vida, ou imprópria para um
determinado uso estabelecido por lei. Quando uma poluição resulta em prejuízo à saúde do
homem, diz-se que a mesma está contaminada. Uma água esta contaminada quando contém
microrganismos patogênicos ou substâncias químicas ou radioativas, causadores de doenças e ou
morte ao homem, MOTA (1997).
As propriedades físicas e químicas do meio exercem um profundo efeito sobre a atividade
biológica e determinam o grau de impacto causado pela introdução de agentes poluidores. Estes
podem atingir os ecossistemas aquáticos através de fontes difusas, como escoamento superficial
de áreas agrícolas e urbanas, águas subterrâneas contaminadas, remobilização a partir do
sedimento, disposição de material dragado e precipitação atmosférica, ou fontes pontuais, como
descargas de efluentes industriais e urbanos. Entre os fatores que determinam a vulnerabilidade
do ambiente aquático à agressão de um poluente químico estão incluídas as propriedades físicas e
químicas do composto e seus produtos de transformação e o tipo de impacto (agudo ou crônico,
intermitente ou contínuo), a capacidade de resistência do ecossistema à presença do poluente e a
localização do ecossistema em relação à descarga do poluente RAND & PETROCELLI (1985)
apud RODRIGUES (1997).
As principais fontes antrópicas de metais são fertilizantes, pesticidas, combustão a carvão
e óleo, emissões veiculares, água de irrigação contaminada, queima de biomassa na zona rural,
12
incineração de resíduos urbanos e industriais, mineração, fundição e refinamento. Portanto os
metais imobilizados nas reservas naturais estão sendo transformados em metais mobilizados para
o meio ambiente por conta da crescente demanda destes recursos por parte dos países
industrializados ou em processo de industrialização.
De acordo com ALLOWAY & AYRES (1993) a agricultura constitui uma das mais
importantes fontes não pontuais de poluição por metais. As principais fontes são:
Impurezas em fertilizantes: Cd, Cr, Mo, Pb, U, V, Zn ( por exemplo: Cd e
U em fertilizantes fosfatados);
Pesticidas: Cu, As, Hg, Pb, Mn, Zn ( por exemplo:Cu e Zn em fungicidas,
Hg em melhoramento de sementes, histórico de Pb-As em pulverização
de pomares);
Compostos e adubos: Cd, Cu, Ni, Pb, Zn e As;
Dejetos de produção intensiva de porcos e aves: Cu e As.
Segundo FÖRSTNER & WITTMANN (1983), a contaminação do ecossistema aquático
pode ser confirmada na água, organismos e sedimentos. A água é o primeiro meio contaminado
com o lançamento de metais, sendo exposta a várias e diferentes trocas iônicas químicas,
resultando na variação das concentrações de metais. Portanto, análises deste meio fornecem
somente uma condição transitória do metal lançado.
De acordo com PEREIRA (1995), em sistemas aquáticos a estabilidade das diversas
formas de ocorrência dos metais depende de um grande número de possíveis interações entre as
componentes particulada e dissolvida. Como situações causadoras da precipitação de metais
dissolvidos incluem as interações da água com partículas sólidas, a mistura de águas com
características distintas e a perda ou adição de gases na água. Contudo, os metais assumem
comportamentos distintos entre si, podendo ser classificados em grupos de acordo com suas
peculiaridades geoquímicas. Os autores descrevem a seguinte classificação:
a) Tipos oxidantes-óxidos de ferro e manganês e enxofre nativo. Precipitam-se
pela oxidação de soluções redutoras;
13
b) Tipos redutores – Cu, Se e Ag. Precipitam-se como metais ou óxidos de
valência baixa, pela redução de soluções oxidantes;
c) Tipos redutores sulfetados Fe, Cu, Ag, Zn, Pb, Hg, Ni, Co, As e Mo.
Precipitam-se como sulfetos pela redução de águas oxidantes sulfatadas,
usualmente pela ação de bactérias sulfato-redutoras;
d) Tipo sulfato-carbonato Ba, Sr e Ca. Precipitam-se pelo aumento da
concentração de sulfato ou carbonato, como resultado da mistura de águas;
e) Tipos alcalinos Ca, Mg, Sr, Mn, Fe, Cu, Zn, Pb, Cd e outros. Precipitam pelo
aumento do pH, e
f) Tipo adsorvitivo Cátions de metais de transição e cátions de valência alta.
Adsorção ou co-precipitação de íons em óxidos de Fe-Mn, argilas e matéria
orgânica.
Para se compreender a dinâmica dos metais pesados em meio hídrico é essencial o
monitoramento dos parâmetros físico-químicos da água, como pH, potencial de oxirredução,
condutividade elétrica e temperatura. Esses parâmetros fornecem importantes subsídios para a
interpretação do equilíbrio termodinâmico dos metais nos ambientes estudado, PEREIRA (1995).
De acordo com ESTEVES (1988), em ambientes ácidos os metais apresentam maior
solubilização, enquanto condições de pH acima de seis favorecem a sua precipitação.
O potencial de oxirredução indica a disponibilidade de elétrons num determinado
ambiente, influenciando na solubilidade dos metais.
De acordo com FELLENBERG (1980) apesar da intoxicação por metais apresentar um
conjunto específico de sintomas e um quadro clinico próprio. Todos os sintomas de intoxicação
se baseiam, contudo em dois mecanismos de ação fundamental: as enzimas e as membranas
celulares. No primeiro os íons de metais podem formar complexos com grupos funcionais de
muitas enzimas (formação de quelatos); assim são bloqueadas deixando de desempenharem
determinados processos metabólicos. No segundo mecanismo, muitos metais podem combinar
com as membranas celulares, alterando a estrutura das mesmas, conseqüentemente é perturbado
14
ou mesmo totalmente impedido o transporte de íons como Na
+
, K
+
, Ca
2+
e outros, bem como de
substâncias orgânicas necessárias à manutenção dos processos vitais.
3.3 CARACTERIZAÇÃO DOS METAIS
3.3.1 Cádmio
O cádmio é um metal cinza-esbranquiçado, maleável, com baixo ponto de fusão.
Apresenta somente o estado +2 em seus compostos importantes. Em soluções básicas o Cd
2+
é
precipitado como Cd(OH)
2
. Portanto o cádmio é encontrado em águas superficiais como o íon +2
hidratado, ou como um complexo iônico com outras substâncias inorgânicas ou orgânicas ( por
exemplo: com NH
3
forma amino-complexo Cd(NH
3
)
4
2+
). O cádmio forma sais fracos, que não se
dissociam completamente em água. A toxidade do elemento depende do pH e da dureza da água
bem como a presença de outros metais, como zinco e cianeto, RUSSELL (1981).
A contribuição de cádmio pelas atividades humanas advém da queima de combustíveis
fósseis que liberam cádmio para a atmosfera que retorna aos corpos d’ água por precipitação. No
revestimento de ferro protegendo contra oxidão, na composição de várias ligas, produção
primária de cobre e níquel, fabricação de equipamentos eletrônicos, lubrificantes, baterias de
níquel-cádmio, vidro, cerâmica, estabilizador de plásticos, alguns biocidas e fertilizantes
superfosfatados.
Segundo FELLENBERG (1980), liberação de cádmio na metalurgia do zinco bem
como o lançamento de traços de cádmio na atmosfera proveniente do processo de combustão de
carvão, óleo, gasolina, papel e madeira.
O cádmio apresenta efeito acumulativo sem função bioquímica ou nutricional, sendo
altamente tóxico para plantas e animais. Efeitos adversos ocorrem nas artérias, rins e pulmões. Os
danos renais incluem proteinúria e decréscimo na taxa de filtração glomerular. Atribui-se também
15
a este metal doenças do coração e hipertensão. Na intoxicação aguda pode ocorrer náusea,
vômitos, salivação, cólica, diarréia e dor abdominal.
FELLENBERG (1980) descreve que a meia vida do cádmio no organismo humano é de
cerca de 10 anos e os primeiros indícios de envenenamento são diminuição do sentido do alfato e
a formação de um anel amarelo no colo dos dentes. No decorrer da intoxicação é atacada a
medula óssea, com uma conseqüente redução do número de glóbulos vermelhos.
Simultaneamente o cálcio é removido de maneira crescente dos ossos, causando atrofia do
esqueleto, denominada inicialmente como “doença de Itai-Itai”.
Em plantas relatos de que o cádmio afeta na produtividade e no crescimento,
provocando reduções nas taxas de fotossíntese e transpiração. De acordo com ALLOWAY
(1990) plantas com aproximadamente 20 mg/Kg de Cd na porção aérea apresentam crescimento
atrofiado e sinais tóxicos nas folhas.
Segundo BRYAN & LANGSTON (1992) apud BRIGDEN et al. (2000) cádmio em
concentrações superiores a 1 µg/L causa inibição do crescimento em algumas espécies de
fitoplancton.
Segundo PORTO et al. (1992) o cádmio em concentrações tão baixas quanto 0,36 µg.L
-1
causa distúrbios de reprodução em Daphnia e peixes.
Em concentrações a partir de 5 µg.L
-1
de cádmio foram apresentadas reduções nas taxas
de reprodução e nos números populacionais em copépodes e isópodes, bem como, mudanças na
função imunológica em alguns peixes e invertebrados, BRYAN & LANGSTON
(1992),THUVANDER (1989) apud BRIGDEN et al. (2000).
16
3.3.2 – Chumbo
O chumbo existe em uma única variedade alotrópica, metálica, cinza, mole e de baixo
ponto de fusão. Seu único mineral importante é a galena, PbS, que é obtido por vários métodos,
RUSSELL (1981).
Segundo ALLOWAY (1990) comparado a outros poluentes o chumbo tem longo tempo
de residência, com tendência a se acumular em solos e sedimentos, onde, devido à baixa
solubilidade, pode permanecer acessível à cadeia alimentar e ao metabolismo humano por muito
tempo.
O chumbo tem uma tendência a formar compostos com ânions como hidróxidos,
carbonatos e fosfatos. A disponibilidade de chumbo em águas superficiais é freqüentemente baixa
e depende do pH e da salinidade. O chumbo insolúvel pode ser incorporado em material
particulado, ou como íons sorvidos, ou aderido à superfície em sedimento ou ser transportado
como parte de matéria orgânica viva ou não viva, BRIGDEN et al. (2000).
A concentração de chumbo e sua toxidade dependem da alcalinidade, dureza, pH e
oxigênio dissolvido.
As principais fontes antrópicas de chumbo são a queima de combustíveis (aditivo
antidetonante na gasolina), fusão e refinamento de minérios, utilização em baterias, tintas
resistentes à corrosão (zarcão), uso de nitratos de chumbo em fotografia, estampagem e na
fabricação de explosivos.
O chumbo não tem funções nutricionais, bioquímicas ou fisiológicas conhecida, é tóxico
para a maioria dos organismos vivos. Os efeitos xicos independem se é inalado ou ingerido.
Uma intoxicação crônica pode levar a uma doença denominado saturnismo. Outros efeitos
adversos por exposição ao chumbo incluem anemia, distúrbios no sistema nervoso e no
metabolismo ósseo, doença cardiovascular, na função renal e na reprodução.
17
De acordo com GOYER (1993) apud BRIGDEN et al. (2000), não se conhece nível
aceitável de chumbo no sangue capaz de não produzir efeitos tóxicos, particularmente no sistema
nervoso central em desenvolvimento.
Segundo ATSDR (1999) apud FIQUEIREDO (2004), crianças são mais vulneráveis ao
envenenamento por chumbo que os adultos. A exposição à quantidade elevada do metal através,
por exemplo, da ingestão de pedaços de pintura velha a base de chumbo pode desenvolver
anemia de sangue, inflamação severa de estômago, fraqueza muscular e danos ao cérebro. Se a
exposição for no período de gestação, efeitos prejudiciais incluem nascimento prematuro, bebês
menores e habilidade mental diminuída na criança.
Nos animais a toxidade do chumbo depende de alguns fatores segundo CETESB (1995)
apud FIGUEIREDO (2004), tais como:
Idade, animais jovens são mais sensíveis;
Espécie: cabras, porcos e galinhas são mais resistentes;
Estágio reprodutivo: ovelhas prenhas são mais sensíveis que não prenhas;
Taxa de ingestão: a ingestão de grandes quantidades num curto espaço de tempo
ou pequenas quantidades por um longo período pode causar a morte;
Forma do chumbo: no estado sólido é menos tóxico que os sais solúveis;
Via de entrada: o chumbo inorgânico penetra lentamente na pele, mas as formas
orgânicas, como chumbo tetraetila e tetrametila são absorvidas rapidamente pela
pele;
Estado geral de saúde: animais mal alimentados, mal instalados e com parasitas
são mais sensíveis. Para proteger animais da toxidade do chumbo a CONAMA
357 (2005) define um limite de 0,033 mg.L
-1
de Pb, classe 3, águas que podem ser
destinadas: à dessedentação de animais.
Com o aumento da dureza e do oxigênio dissolvido, diminui a toxidade do chumbo em
peixes. O chumbo induz a formação de uma película coagulante sobre a membrana mucosa,
provocando sufocação. Para proteção da vida aquática de água doce, a CONAMA 357 (2005)
prevê para corpos hídricos de classe 1 e 2 o limite de 0,01 mg.L
-1
de chumbo total.
18
3.3.3 – Cobre
É um metal bastante inerte, excelente condutor elétrico, apresenta potencial de redução
abaixo do potencial do hidrogênio o que lhe confere a não dissolução em ácidos não-oxidantes. É
oxidado pelo HNO
3
, entretanto, reduzindo o nitrato a NO e ou NO
2
, em função da concentração,
RUSSELL (1981).
O cobre apresenta dois estados de oxidação em compostos, +1 e +2, atribui-se ao estado
+2 maior importância. Na presença de hidróxidos o cobre é precipitado em forma de Cu(OH)
2
que é anfotérico e insolúvel, RUSSELL (1981).
Nas águas superficiais naturais pode existir em forma dissolvida complexada (como
carbonatos, cloretos, ácidos fúlvicos ou micos) além de precipitadas insolúveis (hidróxidos,
fosfatos e sulfetos). Pode alternativamente estar adsorvido a sedimentos de fundo ou existir como
particulados sedimentados. A concentração relativa dessas espécies está relacionada a uma série
de características da água como alcalinidade, pH, turbidez, presença de ligantes orgânicos, ânions
inorgânicos e outros íons metálicos.
Em solos o cobre pode existir como íons e complexos solúveis ou sorvidos por ligantes
orgânicos e inorgânicos. Em forma solúvel a biodisponibilidade de cobre é otimizada,
ALLOWAY (1990).
Cobre é essencial para plantas e animais. Porém concentrações elevadas de cobre
biodisponível podem provocar bioacumulação, com possíveis efeitos tóxicos.
Por ser um nutriente essencial a ingestão diária para humanos adultos é de 2,0 mg. A
deficiência é caracterizada pela anemia, resultante da síntese deficiente de hemoglobina.
Intoxicação aguda por doses elevadas pode ocasionar vômitos, problemas renais e hepáticos,
depressão, hipotensão, icterícia, coma e morte.
19
De acordo com BRYAN & LANGSTON (1992) apud BRIGDEN et al. (2000),
evidências experimentais que muitas espécies de organismos aquáticos são sensíveis a
concentrações dissolvidas a partir de 1-10 µg.L
-1
de cobre, bem como, relatos de anormalidades
em embriões de ostras e mexilhões quando são expostos a concentrações significativas do metal.
Contribuições antrópicas para as águas podem ser significativas. As principais fontes
incluem industrias siderúrgicas, fundição e refinamento, utilização em ligas, como latão (com
zinco) e bronze (com estanho), usos agrícolas como fungicida, pesticida e algicida aquáticos,
resíduos da agroindústria sucroalcooleira.
3.3.4 – Cromo
É um metal branco prateado resistente a corrosão e muito duro, solúvel em HCl e H
2
SO
4
diluídos. O cromo tem estados de oxidação desde + 1 até + 6, mas apenas as formas trivalentes
(III) e hexavalentes (IV) são consideradas de importância biológica, RUSSELL (1981).
O cromo no estado + 3 é encontrado em inúmeros complexos. Normalmente não migra
em águas superficiais naturais. Na forma trivalente é precipitada e adsorvida a partículas
suspensas e sedimentos de fundo
No estado + 6 o cromo está presente em ambientes aquáticos em forma solúvel. Será
reduzido a cromo (III) na presença de espécies redutoras como substâncias orgânicas, enxofre,
sulfato de hidrogênio e sulfato de ferro. O equilíbrio cromo(III)-cromo(VI) dependem das
propriedades químicas e físicas de um ambiente aquático.
Cromo é usado para a fabricação de aço inoxidável, na galvanização do ferro e outros
metais, tingimento têxtil como mordentes, em fotografias, explosivos, tintas, nas indústrias de
cerâmica, curtimento do couro, vidro, cimento, amianto, papel e em alguns fertilizantes e
pesticidas.
20
Em mamíferos pequenas doses de cromo(III) são essenciais, necessárias para o
metabolismo de glicose, proteínas e gorduras. A deficiência em humanos acarreta perda de peso e
baixa tolerância à glicose. A ingestão diária adequada estimada para humanos é de 50-200 µg/dia.
Os mananciais de água para abastecimento público não devem exceder 0,05 mg/L de cromo para
as classes 1 e 2 segundo CONAMA 357 (2005).
Na forma hexavalente o cromo é tóxico. Independente da dose ocorre reações alérgicas
mediante contato. Exposições breves a veis elevados podem resultar em perfurações no trato
respiratório e na irritação do trato gastrintestinal. Relatos de USPHS (1997) apud BRIGDEN et
al. (2000) apontam danos ao rim e ao gado. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer
(IARC) classifica os compostos de cromo(VI) como carcinógenos conhecidos.
3.3.5 – Ferro
O elemento ferro constitui 4,7% da crosta terrestre. Essa abundância e suas propriedades
mecânicas excepcionais, principalmente na forma de aço, tornam o elemento essencial do ponto
de vista tecnológico. Ocorre na natureza como hematita (Fe
2
O
3
), limonita (Fe
2
O
3
.H
2
O), magnetita
(Fe
3
O
4
) e siderita (FeCO
3
) RUSSELL (1981).
Águas ferruginosas permitem o desenvolvimento das ferros-bactérias que transmitem à
água odor e cor, comprometendo para consumo humano e obstruindo as canalizações.
O ferro é bastante indesejável em água para consumo humano devido a seu sabor
adstringente. Águas para consumo humano e preservação de ambientes aquáticos devem
apresentar no máximo 0,3 mgL
-1
Fe para águas superficiais, classe 1 e 2 CONAMA 357 (2005).
Concentrações acima de 20 mgL
-1
causam toxidade em plantas. O limite máximo para
água de irrigação é de 5 mgL
-1
, classe 3, segundo CONAMA 357 (2005).
21
3.3.6– Manganês
Manganês é um metal branco, brilhante, de alto ponto de fusão e de ebulição, com
considerável reatividade química. O manganês ocorre na natureza como óxido, MnO
2
. É usado
principalmente como aditivo em aços. A adição de quantidades maiores de manganês torna o aço
mais duro. Conhecem-se compostos de manganês com estados de oxidação +2, +3, +4, +5, +6 e
+7. O estado +2 é o mais significativo e mais freqüente nas águas subterrâneas do que nas águas
superficiais. Atribui-se ao fato do oxigênio presente nas águas superficiais oxidar a forma menos
solúvel do óxido de manganês hidratado RUSSELL (1981)
O manganês é um metal traço essencial, embora a exposição a altas concentrações pode
causar problemas em humanos e animais. Uma dieta deficiente de manganês interfere no
crescimento e na formação dos ossos e no sangue. Exposição crônica a níveis elevados de
manganês no ar causa uma doença chamada manganismo que é caracterizada por sintomas como:
Distúrbios mentais e emocionais, movimentos do corpo mais lentos e descoordenados.
Não se conhece ao certo se a ingestão de concentrações elevadas de manganês pode
causar manganismo ou não. A exposição a baixos níveis de manganês em trabalhadores em duas
fundições de aço foi associada a sinais precoces de danos neurológicos WENNBERG (1991)
apud BRIGDEN et al. (2000).
Segundo BRIGDEN et al. (2000) a exposição a altos níveis de manganês na comida ou na
água pode causar lesões celebrais. Além disso, estudos em animais indicam que o manganês
também pode ser um intoxicante reprodutivo, especialmente para machos, danificando os
testículos e causando impotência.
22
3.3.7 - Níquel
O níquel é um metal razoavelmente duro com um fraco brilho amarelado. Ocorre
predominantemente em estado + 2, sendo o estado + 3 menos comum e o + 4 extremamente raro
RUSSELL (1981).
As contribuições antropogênicas de níquel são queima de combustíveis fósseis, processos
de mineração e fundição do metal, laminação de metais, indústrias de eletrodeposição e
fabricação de alimentos.
Doses elevadas de níquel levam a intoxicação, afetando nervos, coração e sistema
respiratório. Exposição a soluções de níquel pode causar demartites em pessoas de pele sensível.
Segundo a resolução CONAMA 357 (2005), o teor máximo permitido em águas de
abastecimento, proteção da comunidade aquática e dessedentação de animais são de 0,025 mg.L
-1
classe 1, 2 e 3.
3.3.8 - Zinco
O zinco é um metal um tanto mole, cinza-prateado, com ponto de fusão relativamente
baixo (419 °C). É encontrado na natureza principalmente sob a forma de sulfetos, associado ao
chumbo, cobre, prata e ferro (galena, calcopirita, argentita e pirita, dentre outros). O minério
sulfetado de zinco está sujeito a grandes transformações na zona de oxidação formando óxidos,
carbonatos e silicatos. As mineralizações ocorrem, principalmente, nas rochas calcárias que são
as hospedeiras usuais. É utilizado na proteção do ferro contra corrosão, em diversas ligas e pilhas
secas. Seu único estado de oxidação é +2. O íon Zn
+2
formam complexos com NH
3
, Cl
-
, Br
-
, I
-
e
CN
-
, RUSSEL (1981).
O zinco é essencial para o bom funcionamento dos sistemas imunológico, digestivo e
nervoso, pelo crescimento, controle do diabetes e os sentidos do gosto e do olfato. Mais de 300
23
enzimas no corpo humano necessitam do zinco para o seu correto metabolismo. Seu principal uso
é na galvanização pelo mergulho de peças metálicas em banho de zinco derretido; na
galvanização eletrolítica; na fabricação de baterias secas, chapas moedas, pigmentos de tintas,
tintas para impressão, produtos para a industria da borracha, automobilística, cosméticos e sabões
WINTER (2002) apud CASTRO (2002).
Segundo ALLOWAY (1990), em solos, o metal freqüentemente permanece fortemente
sorvido, e no ambiente aquático estará ligado predominantemente ao material suspenso antes de
se acumular no sedimento.
São conhecidos os efeitos tóxicos do zinco sobre peixes bem como sobre certos tipos de
algas. BRANCO (1986) menciona a ocorrência de mortes em massa de peixes, em peixarias ou
mesmo aquáticos ornamentais, vitimados por zinco provenientes do revestimento interno de
canos galvanizados.
De acordo com estudo realizado por RODRIGUES et al (2003) a inibição de crescimento
algáceo de Raphidocelis subcapitata após 96 horas de exposição a diferentes concentrações de
sulfato de zinco apresentou faixa de sensibilidade estimada no intervalo de 0,163 a 0,267 mg.L
-1
,
concluindo-se que o sulfato de zinco (até 0,5 mg.L
-1
) apresenta efeito algistático, isto é impede o
crescimento das algas.
3.4 ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA
Índices de qualidade de água (IQA) são muito utilizados para transmitir ao público
informações qualitativas a respeito da água, mostrar possíveis tendências temporais da qualidade
da água, permitindo comparar diversos cursos d’água PORTO et al. (1991).
A escala de variação do índice de qualidade da água está entre 0 a 100, sendo que quanto
maior o índice, melhor e a qualidade da água. Os índices de qualidade estão associados ao uso
que se deseja de um corpo d’água.
24
Segundo PORTO et al. (1991), o índice de qualidade d’água pode ser estabelecido a partir
dos seguintes critérios:
1. Estabelecer o uso a ser representado pelo índice. O índice representara a qualidade da
água segundo o uso pré-estabelecido.
2. Selecionar os parâmetros que afetam a utilização do curso d’água estabelecido no
item 1.
3. Relacionar a intensidade do parâmetro e a qualidade da água. Determinar relação
entre a faixa de valores de um determinado parâmetro que pode se encontrar e suas
conseqüências sobre a qualidade.
4. Considerar uma ordem de importância entre os parâmetros através de um sistema de
pesos para que, através de uma media ponderada, seja possível mensurar um valor
geral para a qualidade da água.
As principais vantagens dos índices de qualidade de águas são a facilidade de
comunicação com o público não técnico, o status maior do que os parâmetros individuais e o fato
de representar uma média de diversas variáveis em um único número, combinando valores de
medidas diferentes em uma única unidade. O índice, apesar de fornecer uma avaliação integrada,
não substitui uma avaliação detalhada da qualidade das águas de uma determinada bacia
hidrográfica.
3.4.1 Índice de Qualidade de Água adaptado pela Cetesb – IQA
Cetesb
Segundo DERISIO (1992), o Índice utilizado pela CETESB é uma adaptação do Índice
de Qualidade das Águas desenvolvido pela National Sanitation Foundation (NSF). Este índice foi
obtido a partir de um procedimento formal para combinar as opiniões de especialistasde todas as
partes dos Estados Unidos, baseado na cnica de Delphi da Rand Corporation. Os profissionais
que participaram da pesquisa indicaram as variáveis de qualidade da água que deveriam ser
medidas, o peso relativo das mesmas e a condição em que se apresentava cada uma delas segundo
uma escala de valores. Das 35 variáveis indicadas os profissionais elegeram nove parâmetros
25
ambientais. Os julgamentos dos profissionais foram sintetizados em um conjunto de curvas
médias, uma para cada parâmetro, os quais estão relacionadas na figura 3.1 e utilizadas pela
CETESB.
O IQA é determinado pelo produtório ponderado das qualidades de água correspondentes
às variáveis: Temperatura, Oxigênio dissolvido, Demanda bioquímica de oxigênio, pH, Número
mais provável de coliformes, Nitrogênio total, Fósforo total, Turbidez e Sólidos totais.
Os parâmetros de qualidade, que fazem parte do cálculo do IQA refletem, principalmente,
a contaminação dos corpos hídricos ocasionada pelo lançamento de esgotos domésticos. É
importante salientar que este índice foi desenvolvido para avaliar a qualidade das águas, tendo
como determinante principal a sua utilização para o abastecimento público, considerando
aspectos relativos ao tratamento dessas águas.
26
FONTE: CETESB (2003).
FIGURA 3.1 – Curvas de Qualidade das Águas.
27
O calculo do Índice de Qualidade da Água segue abaixo:
IQA
Cetesb
=
=
n
i
wi
i
q
1
(Equação 3.1)
onde:
IQACetesb = Índice de Qualidade das Águas, adaptado pela Cetesb;
n = número de parâmetros;
qi = qualidade do i-ésimo parâmetro (curvas médias);
wi = peso correspondente ao i-ésimo parâmetro
.
A partir do cálculo do IQA, chega-se ao resultado da qualidade das águas, que pode ser um
número entre 0 e 100, associado a uma qualificação conforme Figura 3.2.
Categoria Ponderação
Qualidade Ótima 79 < IQA 100
Qualidade Boa 51 < IQA 79
Qualidade Regular 36 < IQA 51
Qualidade Ruim 19 < IQA 36
Qualidade Péssima
IQA 1
FONTE: CETESB (2003).
FIGURA 3.2 - Índice IQA – Qualidade da Água
De acordo com DIAS (2003), utilizando o índice IQA
Cetesb
para avaliar a qualidade das
águas na microbacia do rio Dourados/MS concluiu que os resultados obtidos não comprometeram
a qualidade das águas superficiais, predominando a qualidade boa, embora algumas amostragens
indicaram qualidade ruim.
28
OLIVEIRA (2003) avaliou a presença de metais em água e sedimentos na microbacia do
rio Dourados utilizando o índice de Stoner, observando valores negativos, indicativo de que as
águas são impróprias para fins de abastecimento e irrigação.
3.1.2 Índice de Qualidade de Água Bruta para fins de Abastecimento Público - IQA
IAP
A partir de 2002, em função da crescente urbanização e industrialização a CETESB
instituiu um programa de controle de poluição das águas utilizando índices específicos para os
principais usos do recurso. Para a captação de água superficial de abastecimento público e fontes
de poluição doméstica e industrial utiliza o Índice de Abastecimento Público, IQA
IAP
, no qual é
utilizado o IQA
CETESB
e o Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas, ISTO, conforme
equação 3.1:
IAP = IQA
Cetesb
x ISTO
(Equação 3.2)
O índice é composto por três grupos principais de parâmetros:
a) IQA
Cetesb
: parâmetros: temperatura da água, pH, turbidez, OD, DBO
5,20
, C.F., nitrogênio total
(somatório de nitrogênio Kjeldahl, nitrogênio nitrato e nitrogênio nitrito), fósforo total e
sólidos totais;
b) ISTO: parâmetros que indicam a presença de substâncias tóxicas, potencial de formação de
trihalometanos, Cd, Pb, Cr, Hg e Ni; e que afetam as propriedades organolépticas da água:
Fe, Mn, Al, Cu e Zn.
Para cada parâmetro do Isto são estabelecidos limites de qualidade entre 1 a 0,5 indicando,
respectivamente, limite inferior (LI) e limite superior (LS), como apresentado na Figura 3....
29
se Valor Medido
LI então q = 1
senão,
q = 0,5 (Valor Medido - LI) / (LS -
LI)
FONTE: CETESB (2003).
FIGURA 3.3 Gráfico dos limites Inferiores e Superiores para o cálculo do ISTO.
As faixas de variação de qualidade (qi), que o atribuídas aos valores medidos para o
potencial de formação de trihalometanos, para os metais que compõem o ISTO, refletem as
seguintes condições de qualidade da água bruta destinada ao abastecimento público:
Valor medido = LI: águas adequadas para o consumo humano. Atendem aos padrões de
potabilidade da Portaria 518/04 do Ministério da Saúde em relação às variáveis avaliadas.
LI Valor medido <LS: águas adequadas para tratamento convencional. Atendem aos padrões
de qualidade da classe 3 da Resolução CONAMA 357/05 em relação às variáveis determinadas.
Valor medido > LS: águas que não devem ser submetidas apenas a tratamento convencional.
Não atendem aos padrões de qualidade da classe 3 da Resolução CONAMA 357/05 em relação às
variáveis avaliadas.
Na Tabela 3.4 estão relacionados os limites inferiores e superiores adotados para os
parâmetros metais utilizados para o cálculo do Isto, segundo a Equação 3.3:
30
TABELA 3.4 Limites inferiores e superiores adotados para os metais no cálculo do Isto.
Grupo Variáveis Unidade Limite Inferior Limite Superior
Tóxicos
Cádmio
Chumbo
Cromo Total
Níquel
Mercúrio
PFTHM
mg/L
mg/L
mg/L
mg/L
mg/L
µg/L
0,005
0,033
0,05
0,02
0,001
373
0,01
0,05
0,059
0,025
0,002
461
Organolépticos
Alumínio
Dissolvido
Cobre Dissolvido
Ferro Dissolvido
Manganês
Zinco
mg/L
mg/L
mg/L
mg/L
mg/L
0,2
1
0,3
0,1
5
2
4
5
0,5
5,9
FONTE: CETESB, 2003.
O limite inferior para cada uma dessas variáveis foi considerado como sendo os padrões
de potabilidade estabelecidos na Portaria 518/04 do Ministério da Saúde e para o limite superior
foram considerados os padrões de qualidade de água doce Classe 3 da CONAMA 357/05.
(Equação 3.3)
(Equação 3.4)
(Equação 3.5)
(Equação 3.6)
ISTO = ST x SO
q
i
= 0,5 (Vm – LI/LS-LI)
ST = q
Cd
x q
Pb
x q
Cr
x q
Hg
x q
Ni
SO = [ (q
Al
+ q
Cu
+ q
Fe
+ q
Mn
+ q
Zn
)/6 ]
31
3.5 LEGISLAÇÃO
3.5.1 Lei n° 9.433 de 08 de janeiro de 1997
Política Nacional de Recursos Hídricos que tem por objetivos assegurar à atual e às
futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos
respectivos usos; a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte
aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; a prevenção e a defesa contra eventos
hidrológicos críticos de origem natural ou decorrente do uso inadequado dos recursos naturais.
São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:
Os Planos de Recursos Hídricos;
O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes
da água;
A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
O sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
3.5.2 Resolução CONAMA n° 357/05
A Resolução CONAMA 357, de 17 de março de 2005, dispõe sobre a classificação dos
corpos de água para as águas doces, bem como para as águas salobras e salinas do Território
Nacional, segundo os usos preponderantes a que as águas se destinam. As águas doces, em
particular, são distribuídas em cinco classes:
Classe Especial - águas destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e
c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.
Classe 1 - águas que podem ser destinadas:
32
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho);
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes
ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e
e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
Classe 2 - águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho);
d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer,
com os quais o público possa vir a ter contato direto; e
e) à aqüicultura e à atividade de pesca.
Classe 3 - águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) à pesca amadora;
d) à recreação de contato secundário; e
e) à dessedentação de animais.
Classe 4 - águas que podem ser destinadas:
a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
33
4. METODOLOGIA
Da rede básica de monitoramento existente na sub-bacia do rio Ivinhema, escolheu-se
avaliar particularmente a qualidade das águas superficiais dos rregos Água Boa e Baile bem
como dos rios Dourados na foz e a montante e jusante da foz do córrego Água Boa e rio
Ivinhema na foz, por entender ser necessário monitorá-los, visando identificar quaisquer
alterações na qualidade dessas águas por conta do uso e ocupação do solo, bem como
lançamentos de efluentes líquidos ainda que tratados, haja vista que estes corpos hídricos estão
inseridos na área de influência de empreendimentos com potencial poluidor como abatedouro de
aves, bovinos e curtume.
A implantação da rede básica de Monitoramento na sub-bacia do rio Ivinhema teve inicio
em 1999, cumprindo-se as seguintes etapas metodológicas:
a) Caracterização Geral da Bacia Hidrográfica do rio Paraná;
b) Definição e caracterização da unidade de monitoramento;
c) Complementação de informações em campo;
d) Tratamento dos dados e informações obtidos;
e) Definição dos pontos de amostragem.
Segundo SOARES (2001), um projeto de monitoramento pode ter dois tipos de objetivos:
Gerenciamento e monitoramento. Os objetivos de gerenciamento da rede estão relacionados com
o funcionamento do sistema ambiental que está se avaliando, pois a rede deve subsidiar as
decisões relacionadas à gestão dos recursos hídricos, enquanto que os objetivos de
monitoramento em si se referem mais diretamente ao conhecimento do sistema.
Tendo por objetivo: monitorar para conhecer o sistema, escolheu-se como objeto de
estudo deste trabalho onze pontos de amostragem para amostras de água. Os metais determinados
nos corpos d’água relacionados na tabela 4.1 foram: Al, Cd, Pb, Cu, Cr, Fe, Mn, Ni e Zn.
34
4.1 Identificação dos Pontos de Amostragem
A identificação dos pontos de amostragem objeto de estudo deste trabalho é mostrados na
Figura 4.1 onde se encontram indicados os 11 pontos amostrados na Sub-Bacia do rio Ivinhema.
Fonte: Adaptado, IMAP (2006)
FIGURA 4.1 Identificação dos pontos de amostragem.
35
TABELA 4.1 - Pontos de monitoramento da qualidade da água da Sub-Bacia do rio Ivinhema
Coordenadas
Geográficas
Altitude
(m)
Distância d
a
foz ao local
(Km)
Pontos
Corpo
d'água
Descrição do Local
Latitude Longitude
1
Córrego
Água Boa
Na nascente 22°13'50" 54°50'07" 444 19
2
Córrego
Água Boa
A montante do abatedouro
de aves
22°20'10" 54°48'32" 418 20
3
Córrego
Água Boa
A jusante do abatedouro
de aves
22°20'50" 54°48'00" 418 21
4
Córrego
Água Boa
Na foz 22°23'59" 54°46'57" 270 0
5
Rio
Dourados
A montante da foz do
córrego Água Boa
22°23'53" 54°41'37" 300 153
6
Rio
Dourados
A jusante da foz do
córrego Água Boa
22°24'08" 54°46'59" 300 150
7
Rio
Dourados
Na foz 22°57'19" 54°13'34" 210 0
8
Córrego
Baile
A montante do Frigorífico
22°16'42" 53°23'35" 347 52
9
Córrego
Baile
A jusante do Frigorífico e
a montante do curtume
22°16'55" 53°23'56" 346 51
10
Córrego
Baile
A jusante do curtume 22°17'15" 53°23'56" 346 50
11
Rio
Ivinhema
Na foz
23°12'24" 53°12'54" 234 0
Fonte: Adaptado IMAP, 2006.
Córrego Água Boa, sua nascente está localizada no Jardim Novo Horizonte,
Parque Antenor Martins perímetro urbano de Dourados. Trata-se de um córrego urbano, afluente
do rio Dourados que recebe Tributários com possíveis cargas poluidoras, bem como lançamento
do esgoto tratado pela empresa de saneamento e efluentes do Distrito Industrial de Dourados.
Córrego Baile, sua nascente localiza-se no município de Nova Andradina, corta o
perímetro urbano da cidade sendo afluente, pela margem direita, do rio Baía. Recebe cargas
poluidoras urbanas, poluição do deflúvio superficial rural e aporte de águas residuárias
industriais.
36
Rio Dourados, sua nascente está localizada nas imediações da serra de Maracajú, na
cidade de Antônio João, a uma altitude de aproximadamente 700 metros, com extensão de 374
Km, sendo afluente do rio Brilhante, MATO GROSSO DO SUL (2000).
O rio Ivinhema é formado pela junção dos rios Vacaria e rio Brilhante, o principal
constituinte, que tem como afluentes o rio Dourados e Santa Maria. Sendo afluente do rio Paraná,
MATO GROSSO DO SUL (2000).
4.2 Definição dos parâmetros e metodologia de avaliação
Além dos 9 parâmetros utilizados no cálculo do IQA, também foram considerados outros
em atendimento a especificidade da tipologia da atividade poluidora, contemplando basicamente
matéria inorgânica, nutrientes e metais.
O
s parâmetros e a freqüência de análises levaram em conta padrões sanitários e
ecológicos, para obter informações sobre a qualidade da água e suas condições futuras e
viabilizar o enquadramento dos corpos d’água em conformidade com a Resolução CONAMA
357 (2005), classe 2.
As amostras de água foram coletadas conforme os procedimentos descritos no Guia de
coleta e preservação de amostras de água, elaborado pela Cetesb (CETESB, 1988).
As amostras foram analisadas nos laboratórios do Centro de Controle ambiental do
IMAP, conforme métodos analíticos recomendados pelo Standard Methods for the Examination
of Water and Wastewater (1998) e constantes do Manual de normas e procedimentos do
Laboratório de Análises Físico-Químicas do Centro de Controle Ambiental, MATO GROSSO
DO SUL, 1994. Na tabela 4.2 encontra-se relacionados os parâmetros monitorados na Sub-Bacia
do rio Ivinhema.
37
A metodologia utilizada para avaliar-se a qualidade da água foi o Índice de qualidade da
Água IQA
CETESB
e IQA
IAP
, ambos adaptados pela Cetesb.
TABELA 4.2 - Relação de parâmetros monitorados na Sub-Bacia do rio Ivinhema
PARÂMETROS UNIDADES MÉTODO APHA, AWWA, WPCF 20° Ed.
Temperatura do ar ºC Termômetro °C 2550 B
Temperatura da água ºC Termômetro °C 2550 B
Condutividade
µS/cm
Eletrométrico 2510 B
pH - Eletrométrico 4500-H
+
B
Turbidez UNT Turbidimétrico 2130 B
DBO
(5,20)
mg/L DBO
5
Titulométrico 5210 B
DQO mg/L O
2
Titulométrico 5220 C
Fósforo total mg/L PO
4
-3
-P
Colorimetria 4500-P - E
Nitrogênio total Kjeldahl mg/L N
Colorimetria - Fenato
4500-N
org
- C
Nitrogênio amônia mg/L NH
3
-N
Colorimetria - Fenato
4500-N
org
- F
Nitrogênio nitrito
mg/L NO
2
-N
Colorimetria NED
4500-NO
2
-
- B
Nitrogênio nitrato
mg/L NO
3
-N
Colorimetria com
Coluna de Cádmio
4500-NO
3
-
- E
Oxigênio dissolvido mg/L O
2
Titolométrico 4500-O C
Sólidos totais mg/L ST Gravimetria 2540 B
Sólidos dissolvidos totais mg/L SDT Gravimetria 2540 D
Sólidos suspensos totais mg/L SST Gravimetria 2540 D
Metais
(Cd, Cu, Fe, Mn, Ni e Zn)
mg/L
EAA, chama ar /
acetileno
3030
Metais
(Al, Pb, Cr,)
mg/L
EAA, chama óxido
nitroso / acetileno
3030
Coliformes termotolerantes
NMP/100ml
Tubos Múltiplos 9223
Fonte: APHA, AWWA, WPCF (1998).
38
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados das análises físico-químicas, bacteriológica e metais encontram-se
discriminados nas Tabelas do Anexo I para os corpos hídricos estudados.
As figuras 5.1 a 5.11 e 5.12 a 5.22 representam respectivamente a distribuição da qualidade
da água, IQA
Cetesb
e IQA
IAP
nos pontos amostrados no ano de 2005 com freqüência mensal,
totalizando 10 (dez) campanhas.
Para os metais Alumínio e Cobre não foi possível compará-los com a Resolução CONAMA
357 (2005) pos os resultados analisados são de Alumínio e Cobre Total e os padrões são para
Dissolvidos.
5.1 Resultados para a aplicação do IQA
Cetesb
A Tabela 5.1 apresenta os valores do IQA
Cetesb
para os 11 pontos amostrados nos corpos
hídricos objeto deste estudo de janeiro a dezembro de 2005:
TABELA 5.1 - Resultados do IQA
cetesb
nos pontos amostrados, 2005.
Pontos
Localização jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
1 Água Boa - nascente 75
62
69 * 73 76
62
73 * 48
54 67
2 Montante do abatedouro de aves 36
51
47 * 36 31
34
38 * * 31 35
3 Jusante do abatedouro de aves 42
38
38 * 26 28
15
32 * 25
28 44
4 Água Boa - na foz 40
66
55 * 56 56
52
55 53
54
56 29
5 Montante da foz - Água Boa 58
77
66 * 85 69
80
82 77
55
72 47
6 Jusante da foz - Água Boa 47
75
75 * 84 76
68
82 79
54
70 50
7 Rio Dourados - na foz * 69
* * 82 78
76 81
55
67 48
8 Baile - montante frigorífico 67
57
70 * 66 43
65
49 * 47
66 44
9 Baile - jusante frigorífico 55
53
50 * 53 39
61
47 * 58
63 51
10 Baile - jusante curtume 49
51
36 * 46 30
59
43 * 55
67 55
11 Rio Ivinhema - na foz * * * * 73 * 81
83 * 63
76 75
Fonte: A autora.
39
Figura 5.1. Distribuição da qualidade da água, IQA
Cetesb
, no Córrego Água Boa, nascente, 2005.
Córrego Água Boa -nascente
Este ponto manteve-se em 90% das amostragens com qualidade BOA. A condição
REGULAR ocorreu no mês de outubro, este decaimento da qualidade pode estar relacionado à
ocorrência de chuva durante a coleta, a precipitação possibilitou o carreamento de carga
poluidora devido ao escoamento superficial, considerando que esta nascente esta inserida em uma
propriedade particular (chácara) circundada por área urbana. O fósforo total neste ponto
apresentou em 70% das coletas desconformidade com o padrão CONAMA 357/2005 para classe
2 (0,025 mg.L
-1
). Foram constatados valores para Coliformes Termotolerantes acima do limite
legal nos meses de julho, outubro e novembro.
Ponto 1
Boa
90%
Regular
10%
40
Figura 5.2. Distribuição da qualidade da água, IQA
Cetesb
, no Córrego Água Boa, montante do
abatedouro de aves, 2005.
Córrego Água Boa - montante abatedouro de aves
O ponto 2 apresentou qualidade variando entre REGULAR e RUIM em função de valores
elevados de Coliformes Termotolerantes e Fósforo Total que mantiveram-se 100 % acima do
limite CONAMA 357/2005, classe 2, nas campanhas realizadas. Foram registrados valores
inferiores ao padrão legal para OD (1,9 mg.L
-1
). Turbidez no mês de janeiro e maio apresentou
desconformidade com o padrão legal, classe 2.
P
onto 2
Regular
33%
Ruim
67%
41
Figura 5.3. Distribuição da qualidade da água, IQA
Cetesb
, no Córrego Água Boa, jusante do
abatedouro de aves, 2005.
Córrego Água Boa - a jusante abatedouro de aves
A qualidade a jusante do abatedouro de aves oscilou entre REGULAR, RUIM e
PÉSSIMA segundo IQA
Cetesb
. A PÉSSIMA ocorreu em julho por conta dos altos valores de
Coliformes Fecais (90.000 mg.L
-1
) e sforo Total. O parâmetro Turbidez esteve em
desconformidade com a Resolução 357/2005, classe 2 nos meses de outubro e novembro, porém
apresentou valores críticos em janeiro e maio, o que contribuiu para a variação na qualidade da
água. Neste ponto observa-se aumento de nitrogênio amoniacal em relação aos outros pontos do
córrego Água Boa (nascente e montante do abatedouro de aves) provavelmente relacionado ao
lançamento de efluente com elevada carga orgânica nitrogenada característica da tipologia do
empreendimento instalado a montante desse ponto.
Ponto 3
Regular
40%
Ruim
50%
Péssima
10%
42
Figura 5.4. Distribuição da qualidade da água, IQA
Cetesb
, no Córrego Água Boa, foz, 2005.
Córrego Água Boa - na foz
De acordo com o IQA
Cetesb
este ponto apresenta qualidade BOA em 80% dos eventos,
10% REGULAR e 10% RUIM, que pode estar relacionado ao período de chuvas, meses de
janeiro e dezembro. Verifica-se aumento do aporte de Coliformes Termotolerantes, Fósforo
Total, Turbidez e queda significativa de OD podendo estar relacionados à contribuição da bacia
hidrográfica. Toda a matéria seja tóxica ou não são carreadas pela chuva para o leito do rio,
alterando consideravelmente a sua qualidade.
Foram observados valores acima do determinado pela Resolução CONAMA 357/2005,
classe 2, para os seguintes parâmetros: OD, DBO, Coliformes Termotolerantes, Fósforo Total e
Turbidez.
Ponto 4
Boa
82%
Regular
9%
Ruim
9%
43
Figura 5.5. Distribuição da qualidade da água , IQA
Cetesb
, no rio Dourados, montante da foz –
Água Boa, 2005.
Rio Dourados - a montante da foz do córrego Água Boa
A qualidade da água no ponto 5 variou em ÓTIMA, BOA a REGULAR, predominando a
BOA. A REGULAR ocorreu no mês de dezembro/2005, influenciada pelos valores elevados de
Coliformes Termotolerantes (9.000 NMP/100 mL). A Turbidez no mês de outubro apresentou
desconformidade com os padrões legais, ressaltando que nos meses de janeiro e dezembro/2005 a
mesma alcançou valores significativos, contribuindo desta forma para o decaimento da qualidade
da água.
Comparando-se os resultados do IQA
Cetesb
registrados em estudos anteriores para este
corpo hídrico, DIAS (2003), com os resultados obtidos em 2005, verifica-se que a qualidade
BOA permanece constante no período de 1999 a 2002 e 2005.
Ponto 5
Ótima
27%
Boa
55%
Regular
18%
44
Figura 5.6. Distribuição da qualidade da água, IQA
Cetesb
, no rio Dourados, jusante da foz – Água
Boa, 2005.
Rio Dourados - a jusante da foz do córrego água Boa
A qualidade do rio Dourados após receber as águas do córrego Água Boa varia de
ÓTIMA, BOA a REGULAR, com predominância da segunda mesmo com os altos valores de
Coliformes Termotolerantes (16.000 NMP/100 mL) e Fosfato Total (0,364 mg.L
-1
) registrados
neste corpo hídrico. Os valores de Turbidez sofrem alterações para maior em comparação com os
registrados no ponto 5, devido ao acréscimo das águas do Água Boa.
DIAS (2003), também aplicou o IQA
Cetesb
para este corpo d’água no período de 1999 a
2002 e comparando com os resultados de 2005 percebe-se que a qualidade da água conserva-se
BOA.
Ponto 6
Ótima
18%
Boa
64%
Regular
18%
45
Figura 5.7. Distribuição da qualidade da água, IQA
Cetesb
, no rio Dourados, foz, 2005.
Rio Dourados - na foz
Para este ponto a qualidade varia de ÓTIMA a BOA, com ocorrência de decréscimo no
mês de dezembro, REGULAR, influenciada pelo baixo valor de OD, elevado número de
Coliformes Termotolerantes, Fosfato Total e Turbidez.
A qualidade da água neste ponto também foi valorada nos anos de 1999 a 2002 DIAS
(2003), e comparando os resultados obtidos deste período com os de 2005, constata-se que a
qualidade BOA permanece constante.
Ponto 7
Ótima
25%
Boa
62%
Regular
13%
46
Figura 5.8. Distribuição da qualidade da água, IQA
Cetesb
, no Córrego Baile, montante frigorífico,
2005.
Córrego Baile - a montante Frigorífico
A qualidade da água neste ponto oscilou entre REGULAR e BOA pelo IQA
Cetesb.
Esta
variação é em função dos valores altíssimos de Coliformes Termotolerantes (30.000 NMP/100
mL), Fósforo Total (0,548 mg.L
-1
), e a Turbidez (187 UNT). O parâmetro pH manteve-se abaixo
do limite em 9 meses dos 10 estudados. No mês de fevereiro foi registrado um menor valor para
OD (3,8 mg.L
-1
) e o maior valor para Resíduo Total (193 mg.L
-1
). o se observou qualquer
evento que pudesse estar relacionado ao decaimento de Oxigênio Dissolvido, OD. Bem como,
não ocorreu chuvas no dia da coleta e não registro quanto a precipitações nos dias anteriores a
amostragem.
O monitoramento do córrego Baile a montante do Frigorífico iniciou-se em outubro de
2004. Não se tem informação da qualidade da água para este corpo hídrico anterior a esta data.
Ponto 8
Boa
60%
Regular
40%
47
Figura 5.9. Distribuição da qualidade da água, IQA
Cetesb
, do Córrego Baile, jusante frigorífico,
2005.
Córrego Baile - a jusante Frigorífico
Este ponto apresentou qualidade REGULAR a BOA pelo IQA
Cetesb
, reflexo de valores
elevados para Coliformes Termotolerantes (30.000 NMP/100 mL), Fosfato Total (3,541 mg.L
-1
),
e Turbidez (178 UNT). Também estiveram em desconformidade com os padrões CONAMA
357/2005, classe 2, os parâmetros OD (4 mg.L
-1
) nos meses de janeiro e fevereiro e pH que
apresentou não conformidade com os padrões da referida resolução, com concentração média de
5,72 mg.L
-1
.
Ponto 9
Boa
60%
Regular
40%
48
Figura 5.10. Distribuição da qualidade da água, IQA
Cetesb
, do Córrego Baile, jusante curtume,
2005.
Córrego Baile - a jusante Curtume
A qualidade da água neste ponto variou em BOA, REGULAR e RUIM pelo IQA
Cetesb
. A
qualidade RUIM verificada nos meses de março e junho/2005 em função de valores para
Coliformes Termotolerantes (140.000 NMP/100 mL), (90.000 NMP/100 mL) respectivamente,
bem com Fósforo Total (5,640 mg.L
-1
) e Turbidez (299 UNT). No mês de janeiro foi registrado
um menor valor para OD (2,8 mg.L
-1
) estando abaixo do mínimo permissível pelo padrão legal
vigente.
Observam-se valores significativos para Nitrogênio Amoniacal e Nitrogênio Total
Kjeldahl fornecendo indicações de poluição por matéria nitrogenada, provavelmente relacionada
ao lançamento de efluentes do empreendimento a montante deste ponto.
Ponto 10
Boa
40%
Regular
40%
Ruim
20%
49
Ponto 11
Ótima
33%
Boa
67%
Figura 5.11. Distribuição da qualidade da água, IQA
Cetesb
, do rio Ivinhema, na foz, 2005.
Rio Ivinhema na foz
Para o IQA
Cetesb
a qualidade da água na foz do rio Ivinhema oscila de BOA a ÓTIMA. O
parâmetro Fósforo Total não atendeu ao padrão CONAMA 357/2005 em quatro campanhas das
seis realizadas para este ponto. No mês de outubro ocorreu descumprimento do limite máximo
para DBO de acordo com a classificação, classe 2 para este rio.
50
5.2 Resultados para a aplicação do IQA
IAP
A Tabela 5.2 apresenta os valores do IQA
IAP
para os 11 pontos amostrados nos corpos
hídricos objeto deste estudo de janeiro a dezembro de 2005.
Tabela 5.2 - Resultados do IQA
IAP
nos pontos amostrados, 2005.
Pontos Localização jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
1 Água Boa - nascente 28
1 3 * 19 40
0 1 * 0 24 29
2
Montante do abatedouro
de aves 0 1 1 * 24 4 16
0 * 0 18 0
3
Jusante do abatedouro de
aves 1 0 0 * 41 4 2 1 * 0 16 19
4 Água Boa - na foz 28
1 2 * 7 2 1 1 * 0 15 19
5
Montante da foz - Água
Boa * * 2 * * 5 48
* * 0 2 3
6
Jusante da foz - Água
Boa * * 1 * * 3 38
* 2 14
1 1
7 Rio Dourados - na foz * * * * 37 * 2 1 3 0 0 0
8
Baile - montante
frigorífico 5 0 3 * 67 1 47
11 * 12
10 13
9 Baile - jusante frigorífico
0 0 1 * 73 1 0 12 * 21
9 11
10 Baile - jusante curtume 3 7 6 * 5 2 4 6 * 0 0 0
11 Rio Ivinhema - na foz * * * * 12 * 16
9 * 7 0 0
* Dado não disponível
Fonte: A autora.
51
FIGURA 5.12 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, no Córrego Água Boa, nascente, 2005.
Córrego Água Boa, nascente
Neste ponto a qualidade da água de acordo com o
IQA
IAP
variou em ACEITÁVEL, RUIM
e PÉSSIMA. Os parâmetros de substâncias tóxicas e organolépticas: Manganês e Zinco
apresentaram valores inferiores aos padrões classe 3 da Resolução CONAMA 357/2005 porém
nos meses de fevereiro e outubro/2005 o Manganês apresentou desconformidade com o padrão
CONAMA classe 2, classificação esta a ser considerada para o referido corpo hídrico. O zinco
demonstrou estar sob controle. Determinou-se a concentrações de Alumínio Total, Cobre total e
Ferro total e a resolução CONAMA 357/2005 não apresenta limites não sendo possível
relacioná-los com a mesma.
Neste ponto encontraram-se concentrações médias de Alumínio total (0,506 mg.L
-1
), de
Cobre total (0,028 mg.L
-1
) e de Ferro total (1,330 mg.L
-1
).
O IQA
IAP
apresentou qualidade SSIMA em 60% das amostragens para este ponto,
figura 5.12 por conta das concentrações registradas para os metais Cádmio, Chumbo e Níquel
que apresentaram valores no limite ou acima para a classe 3 da Resolução CONAMA 357/2005.
Ponto 1
Regular
10%
Ruim 30%
Péssima
60%
52
FIGURA 5.13 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, no Córrego Água Boa, montante do
abatedouro de aves, 2005.
Córrego Água Boa - montante abatedouro de aves
Apresentou varião entre PÉSSIMA e RUIM, figura 5.13 em função da presença de
Chumbo e Níquel em concentrações superiores ao limite para classe 3, Resolução CONAMA
357/2005 em todas as campanhas realizadas. O metal Cádmio nos meses de janeiro, março e
agosto também apresentou valores em desconformidade com a classe 3. Os valores encontrados
para Manganês não atenderam a classe 2 da CONAMA 357/2005 mais manteve-se abaixo do
limite para classe 3 da referida Legislação. O metal Cromo no mês de junho apresentou
concentração superior ao limite para a classe 3, nos demais meses amostrados apresentou
conformidade com o limite classe 2. Os resultados para Zinco estiveram em conformidade com
os padrões de qualidade, classe 2 da Resolução CONAMA 357/2005 em todas as campanhas.
Para este ponto encontrou-se concentrações médias de Alumínio total (1,720 mg.L
-1
), de
Cobre total (0,050 mg.L
-1
) e de Ferro total (6,770 mg.L
-1
).
Ponto 2
Ruim
10,0%
Péssima
90,0%
53
FIGURA 5.14 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, no Córrego Água Boa, jusante do
abatedouro de aves, 2005.
Córrego Água Boa, jusante do abatedouro de aves
Cádmio, Chumbo e Níquel apresentaram desconformidade com a resolução CONAMA
357/2005 para a classe 3, e por conta desses valores a qualidade foi considerada PÉSSIMA em
90% das campanhas. Observou-se consideráveis valores de Alumínio e Cobre, porém não foi
possível compará-los com os pades pos analisou-se Alumínio, Cobre e Ferro Total e os padrões
da resolução são para Al, Cu e Fe dissolvidos. Cromo e Zinco mantiveram a conformidade com
os padrões legais.
As concentrações médias de Alumínio total, de Cobre total e de Ferro total são (2,000
mg.L
-1
), (0,057 mg.L
-1
) e (5,530 mg.L
-1
) respectivamente.
Ponto 3
Regular
10%
Péssima
90%
54
FIGURA 5.15 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, no Córrego Água Boa, foz, 2005.
Córrego Água Boa, foz
O IQA
IAP
apresentou a variação da qualidade PÉSSIMA em 90% das campanhas em
função das concentrações de Cádmio acima do limite classe 3 CONAMA 357/2005 nos meses de
julho e outubro, bem como valores em desacordo com a classe 3 para Chumbo em seis das dez
campanhas realizadas. O Níquel também apresentou em três campanhas resultados acima do
limite superior. Os metais Cromo e Zinco estão dentro dos padrões estabelecidos para a
classificação deste corpo hídrico.
Neste ponto encontraram-se concentrações médias de Alumínio total (1,47 mg.L
-1
), de
Cobre total (0,028 mg.L
-1
) e de Ferro total (1,50 mg.L
-1
).
Ponto 4
Ruim
10,0%
Péssima
90,0%
55
FIGURA 5.16 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, no rio Dourados, montante da foz –
Água Boa, 2005.
Rio Dourados, montante da foz – Água Boa
Para este ponto do Rio Dourados a qualidade PÉSSIMA predominou por conta de
concentrações de Cádmio em desacordo com a classe 3 do CONAMA 357/2005, Chumbo e
Níquel não atenderam aos padrões classe 2 da referida Legislação. Manganês nos meses de
outubro e novembro apresentou valores desconforme com a classe dois mais abaixo do limite
superior, classe 3, CONAMA 357/2005. O metal Cromo e Zinco estão dentro dos limites, classe
2 estabelecidos para este corpo hídrico.
Neste ponto encontraram-se concentrações médias de Alumínio total (2,01 mg.L
-1
), de
Cobre total (0,043 mg.L
-1
) e de Ferro total (3,542 mg.L
-1
).
Ponto 5
Regular
10%
Péssima
90%
56
FIGURA 5.17 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, no rio Dourados, jusante da foz – Água
Boa, 2005.
Rio Dourados, jusante da foz – Água Boa
A presença de Cádmio acima da classe 3 CONAMA 357/2005 nos meses de março e
setembro, bem como concentrações de Chumbo elevadas em cinco campanhas das sete realizadas
neste ponto no ano de 2005 alteraram os cálculos finais indicando qualidade PÉSSIMA em 90%
das amostras. O metal Níquel também apresentou valores elevados nos meses de março, junho e
julho. Pare este corpo hídrico não foi identificado o metal Cromo bem como o metal Zinco
manteve-se dentro do limite legal estabelecido.
Ressaltando que este corpo hídrico é considerado classe 2, e que os metais Cádmio,
Chumbo e Níquel não atenderam aos padrões classe 2, CONAMA 357/2005.
Para este ponto encontraram-se concentrações médias de Alumínio total (1,880 mg.L
-1
),
de Cobre total (0,048 mg.L
-1
) e de Ferro total (3,525mg.L
-1
).
Ponto 6
Regular
10%
Péssima
90%
57
FIGURA 5.18 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, no rio Dourados, foz, 2005.
Rio Dourados, foz
Neste ponto a qualidade foi PÉSSIMA, resultado da presença de Cádmio em
concentrações acima do limite classe 2 e 3 da Resolução CONAMA 357/2005. O metal Chumbo
também foi identificado em todas as campanhas com valores superiores aos padrões classe 3. Os
resultados para Níquel nos meses de maio, julho e agosto foram superiores aos padrões
estabelecidos para a classe 3 da resolução acima citada. O metal manganês ultrapassou o limite
CONAMA 357/2005, classe 2 no mês de outubro, nos demais meses amostrados permaneceu sob
controle. O Cromo não foi detectado neste ponto do corpo hídrico. Zinco manteve-se dentro dos
limites classe 2, na qual o referido corpo hídrico está enquadramento.
As concentrações médias de Alumínio total, de Cobre total e de Ferro total são
(1,352 mg.L
-1
), (0,048 mg.L
-1
) e (3,010 mg.L
-1
) respectivamente.
Ponto 7
Regular
10%
Péssima
90%
58
Comparando os resultados observados por OLIVEIRA (2003) na foz do rio Dourados
verifica-se que os metais Cd, Ni e Pb em água apresentavam desconformidade com os padrões
estabelecidos pela Resolução CONAMA 20/86, classe 2.
59
FIGURA 5.19 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, no Córrego Baile, montante frigorífico,
2005.
Córrego Baile, montante frigorífico
Neste ponto a qualidade da água variou entre BOA, ACEITÁVEL e PÉSSIMA, sendo que
a última teve 80% de ocorrência em razão da identificação dos metais: Cromo nos meses de
janeiro, fevereiro e maio com valores superiores aos padrões, classes 2 e 3 da Resolução
CONAMA 357/2005; Níquel nos meses de janeiro a agosto com concentrações médias de 0,036
mg.L
-1
em desacordo com as classes 2 e 3 da referida resolução; Cádmio em nove campanhas das
dez realizadas, com concentrações acima do padrão classe 2, constatando-se que das nove, cinco
apresenta valores superiores a classe 3; Chumbo com concentração média na estação das chuvas
de 0,121 mg.L
-1
e 0,086 mg.L
-1
no período de estiagem bem acima dos padrões legais vigentes. O
Zinco manteve-se sob controle.
As concentrações médias de Alumínio total, de Cobre total e de Ferro total são
(1,402 mg.L
-1
), (0,030 mg.L
-1
) e (2,854 mg.L
-1
) respectivamente.
Ponto 8
Boa 10%
Regular
10%
Péssima
80%
60
FIGURA 5.20 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, do Córrego Baile, jusante frigorífico,
2005.
Córrego Baile, jusante frigorífico
O índice de abastecimento público IQA
IAP
indicou qualidade da água para este ponto
variando entre BOA, RUIM e SSIMA. Por apresentar concentrações para o metal Cádmio
acima do limite classe 2 e 3 da Resolução CONAMA 357/2005, bem como valores superiores a
classe 3 da mesma resolução para Chumbo nos meses de fevereiro, março, junho, julho e agosto,
predominou a qualidade da água em PÉSSIMA (80%) de permanência. Para Níquel excetuando o
mês de janeiro, nos demais as concentrações manteve-se em desacordo com a classe 2, na qual o
corpo hídrico está enquadrado.
Nos meses de maio e junho o metal Cromo ultrapassou o valor limite para a classificação
deste corpo hídrico. O metal Zinco atendeu o limite CONAMA 357/2005, classe 2.
As concentrações médias de Alumínio total, de Cobre total e de Ferro total são
(1,466 mg.L
-1
), (0,035 mg.L
-1
) e (2,865 mg.L
-1
) respectivamente.
Ponto 9
Péssima
80%
Ruim
10,0%
Boa 10%
61
FIGURA 5.21 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, do Córrego Baile, jusante curtume,
2005.
A qualidade da água para este ponto foi considerada PÉSSIMA pelo IQA
IAP
em 100% das
campanhas. Esta qualificação é resultado da presença do metal Cádmio em concentrações
superiores aos padrões classe 2 e 3 da Resolução CONAMA 357/2005. Neste ponto o metal
Chumbo apresentou concentrações acima dos padrões legais, classe 2, nos meses de fevereiro,
março, maio, junho, julho e agosto.
O metal Cromo neste ponto apresenta concentrações que variam de 0,300 mg.L
-1
a 4,180
mg.L
-1
sua presença deve ser proveniente do efluente gerado pelo curtume, pos no processo de
curtimento de peles utiliza-se sais de cromo trivalente. Apesar da industria do couro tratar seu
efluente com tecnologia eficiente para recuperação de cromo, constata-se diante das
concentrações obtidas, figura 5.26, que seja por problemas de operação ou manutenção o
tratamento empregado não está sendo conveniente para a redução do cromo em atendimento aos
padrões de lançamento de efluentes estabelecidos pela legislação CONAMA 357/2005, que para
Cromo é de 0,5 mg.L
-1
, considerando que a mesma Resolução em seu artigo 28 determina que os
efluentes não poderão conferir ao corpo de água características em desacordo com as metas
obrigatórias progressivas, intermediárias e finais, do seu enquadramento. O enquadramento para
Pon
to 10
Péssima
100%
62
o corpo hídrico em questão é Classe 2, portanto excetuando o mês de janeiro nos demais as
concentrações estão em desacordo com a legislação vigente.
O metal Manganês apresentou valores acima dos padrões CONAMA 357/2005.
Observando-se que a concentração elevada de Zinco no mês de maio pode estar relacionado ao
uso deste metal como pesticida no sistema de controle de tratamento do efluente gerado pelo
empreendimento a montante deste ponto.
As concentrações médias de Alumínio total, de Cobre total e de Ferro total são (1,550
mg.L
-1
), (0,110 mg.L
-1
) e (1,578 mg.L
-1
) respectivamente.
63
FIGURA 5.22 Distribuição da qualidade da água, IQA
IAP
, do rio Ivinhema, na foz, 2005.
Rio Ivinhema, na foz
O IQA
IAP
avaliou a qualidade da água na foz do Rio Ivinhema em PÉSSIMA. Este
resultado é em função da presença de Cádmio, Chumbo e Níquel em concentrações acima dos
padrões legais vigentes. O metal Cromo foi identificado no mês de maio de 2005 estando o
mesmo acima do limite para a classe 2 e 3 da CONAMA 357/2005. Nos meses de julho e outubro
foram encontradas concentrações de Manganês em desacordo com os padrões classe 2,
CONAMA 357/2005, bem como o metal Zinco permaneceu dentro dos limites estipulados pela
mesma.
Neste corpo hídrico encontrou-se concentrações médias de Alumínio total (1,931 mg.L
-1
),
de Cobre total (0,047 mg.L
-1
) e de Ferro total (3,309 mg.L
-1
).
Ponto 11
Péssima
100%
64
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A aplicação do IQA
Cetesb
para o córrego Água Boa apresentou uma qualidade BOA na
nascente, ponto 1, qualidade RUIM nos pontos 2 e 3, trecho médio do córrego, após o aporte de
esgoto doméstico e efluentes industriais da cidade de Dourados e qualidade BOA na foz do corpo
hídrico, ponto 4.
Para o rio Dourados, pontos 5, 6 e 7 o IQA
Cetesb
apresentou qualidade BOA. Comparando
os resultados obtidos neste estudo com outros realizados para este corpo d’água no período de
1999 a 2002, constatou-se que a qualidade da água deste rio conserva-se BOA ao longo do
tempo.
Nos pontos 8, 9 e 10, córrego Baile IQA
Cetesb
apresentou qualidade oscilando entre BOA a
REGULAR, observando que este corpo hídrico recebe o aporte de poluição difusa proveniente do
deflúvio superficial rural a montante do ponto 8 e recebe aporte de águas residuárias industriais a
jusante dos pontos 9 e 10.
Para os corpos d’água objeto deste estudo verificou-se que apesar de todo o aporte de
cargas residuárias industriais, esgoto doméstico, deflúvios superficiais rural, faltas de práticas
conservacionistas de solo, uso indisciplinado de agrotóxicos, ausência adequada de destinação
final para o lixo urbano e desmatamento das margens dos corpos hídricos a qualidade da água foi
considerada boa. Fato este que deve estar relacionado às condições hidrológicas favoráveis a
autodepuração. Ressaltando que o índice de abastecimento público IQA
Cetesb
apresenta melhor
resultados da qualidade da água por não contemplarem no seu cálculo os parâmetros metais e
compostos orgânicos (trihalonetanos).
Para o Índice de Abastecimento Público IQA
IAP
o parâmetro potencial de formação de
trihalometanos (PFTHM) não foi considerado nos cálculos em virtude da não realização por
motivos orçamentais.
65
O Índice de Abastecimento Público IQA
IAP
qualificou as águas dos corpos hídricos
estudados na maioria das campanhas realizadas como PÉSSIMA, portanto as águas destes corpos
d’água são impróprias para abastecimento blico sem tratamento prévio em função da
determinação dos metais: Cádmio, Chumbo, Manganês e Níquel em desconformidade com os
padrões da Resolução CONAMA 357/2005, classe 2 e 3 em todos os pontos analisados. O metal
Cromo foi detectado uma única vez para os pontos: 1, 2 e 4 com valores acima do limite legal,
classe 2; Nos pontos 3 e 5 o cromo permaneceu sob controle; Para os pontos 6 e 7 não foi
detectado sua presença; Nos pontos 8, 9, 10 e 11 foi identificada a presença de cromo em
desconformidade com os padrões legais, observando que no ponto 10 registrou-se em
agosto/2005 concentração máxima de 4,180 mg.L
-1
para o referido metal, sua presença deve ser
proveniente do efluente gerado pelo curtume, considerando que no processo de curtimento de
peles utiliza-se sais de cromo trivalente. Apesar da indústria do couro tratar seu efluente com
tecnologia eficiente para recuperação de cromo, constata-se diante das concentrações obtidas, que
o tratamento pode não estar sendo adequado diante dos valores determinados em
desconformidade com os limites estipulados pela legislação CONAMA 357/2005.
Ressaltando-se que a presença destes metais em concentrações significativas podem
interferir nas condições hídricas, podendo em pequenas porções ser letais a determinados
organismos aquáticos, podendo atingir o ser humano via cadeia alimentar e causar-lhe diversas
doenças.
Recomenda-se ação de controle da poluição, principalmente uma redução da carga
orgânica dos efluentes industriais, com especial atenção ao controle e tratamento de efluentes
líquidos, considerando que qualquer desconformidade pode colaborar para a dispersão de
contaminantes nos corpos receptores comprometendo toda a comunidade aquática.
Recomenda-se a continuidade do programa de monitoramento dos córregos Água Boa e
Baile, bem como nos demais corpos hídricos pertencentes à sub-bacia do rio Ivinhema, devendo
ser analisados metais em águas, sedimentos, peixes e macrófitas.
66
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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20
th
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73
ANEXO I
Resultados das análises dos onze pontos de coletas
74
TABELA 1 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do córrego Água Boa nascente,
ponto 1, 2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN FEV MAR
ABR
MAI JUN JUL AGO SET
OUT NOV DEZ
CONAMA 24 22 21 19 23 27 30 17 29 14
357
CLASSE 2 14:35
09:00
08:45
09:15
08:27
10:55
08:40
13:40
09:30
08:20
Temp. água °C 27 20 23 25 19 18 23 22 26 24
pH 6,0 a 9,2 6,98 5,8 5,81 6,18 5,98 6,23 5,8 5,55 6,82 5,84
OD mg.L
-1
5 6,01 4 * 4,5 4,6 5,2 4,4 4 2,1 4,7
DBO (5,20) mg.L
-1
5 1 1 N.D 1 N.D 1 1 1 1 2
Coliformes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 500 500 110 40 < 2 1400 20 9000 1700 300
N. Total mg.L
-1
0,56 0,63 0,93 0,66 0,93 3,76 0,28 0,94 0,91 0,73
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 0,065
N.D
N.D
0,040
0,094
0,057
N.D 0,103
0,026 0,014
Res. Total mg.L
-1
76 58 70 75 55 96 71 97 120 161
Turbidez UNT 100 2,86 3,40 1,50 13,50
* * 1,29 32,20
3,94 3,12
IQA
75 62 69 73 76 62 73 48 54 67
Chuvas S N N N N N N S N N
Temp. ar °C 32 27 25 29 19 21 28 24 29 26
Cond. Espec. µS/cm 43,00
83,10
* * * * * * * *
DQO mg.L
-1
1 N.D 5 3 1 4 1 16 4 4
Fosfato Orto mg.L
-1
N.D
N.D
0,02 N.D N.D 0,01 N.D 0,02 0,02 0,01
N. Amoniacal mg.L
-1
* * * 0,01 * 0,08 0,06 0,03 0,08 0,01
N. Nitrato mg.L
-1
0,44 0,61 0,52 0,59 0,84 3,55 0,21 0,42 0,62 0,59
N. Nitrito mg.L
-1
1 N.D
N.D
N.D
N.D
N.D
N.D
N.D 0,01 N.D
N.D
N. K. Total mg.L
-1
0,12 0,02 0,41 0,07 0,09 0,21 0,07 0,51 0,29 0,14
Res. Fixo mg.L
-1
73 35 60 52 53 88 61 74 88 105
Res. Volátil mg.L
-1
26 23 10 23 2 8 10 23 32 56
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 21,8 41,5 * * * * * * * *
Transparência cm 70 50 30 45 30 30 40 45 40 40
Cor mg Pt/L 75 * 5 5 * * * * * * *
Alúminio mg.L
-1
* 0,260
0,456
0,281
1,433
0,354
0,252
* * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 0,010
0,012
0,009
0,004
N.D 0,025
0,010
0,028
0,003 0,003
Chumbo mg.L
-1
0,01 0,030
0,113
0,088
0,059
0,039
0,053
0,103
0,101
* *
Cromo mg.L
-1
0,05 0,010
N.D
N.D
N.D
N.D
N.D
N.D
N.D * *
Cobre mg.L
-1
0,018
0,016
0,014
0,045
0,065
N.D 0,001
0,038
0,030 0,025
Ferro mg.L
-1
0,3 1,474
2,030
1,302
1,424
0,554
0,997
0,961
3,273
* *
Manganes mg.L
-1
0,100 0,016
0,104
0,060
0,057
0,023
0,024
0,023
0,152
0,055 0,008
Níquel mg.L
-1
0,025 0,010
0,010
0,060
0,050
0,024
0,050
0,020
N.D * *
Zinco mg.L
-1
0,18 0,080
0,126
0,049
0,028
0,023
0,109
0,018
0,013
* *
* Dado não disponível
N.D não detectado
75
TABELA 2 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do córrego Água Boa - montante do
abatedouro de aves, ponto 2, 2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN FEV MAR
ABR
MAI JUN JUL AGO SET
OUT NOV DEZ
CONAMA 24 22 21 19 23 27 30 17 29 14
357
CLASSE 2 14:35 09:00 08:45
09:15 08:27
10:55
08:40 13:40
09:30 08:20
Temp. água °C 25 29 23 22 19 15 23 28 25
pH 6,0 a 9,2 7,26 6,74 6,74 6,76 6,86 6,84 6,7 6,68 6,51
OD mg.L
-1
5 5 4,6 * 3,5 4,3 5,6 4 1,9 5,5
DBO (5,20) mg.L
-1
5 9 6 7 6 7 8 9 9 13
Coliformes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 30000 3000 5000 2200 9000 9000 17000
30000
300.000
N. Total mg.L
-1
3,36 7,88 8,36 27,49 26,49
8,79 19,21 16,73 5,43
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 0,661 0,458 0,476
0,138 5,512
3,088
0,591 0,391 0,667
Res. Total mg.L
-1
114 134 180 275 239 301 288 277 191
Turbidez UNT 100 205,00
10,40 9,10 124,00
* * 17,60 52,30 67,50
IQA
36 51 47 36 31 34 38 31 35
Chuvas S N N N N N N N N
Temp. ar °C 28 22 24 27 19 15 31 28 25
Cond. Espec. µS/cm 171,20
209,00
* * * * * * *
DQO mg.L
-1
74 6 8 24 20 11 14 51 22
Fosfato Orto mg.L
-1
0,03 0,33 0,3 0,32 0,18 0,94 0,39 0,18 0,18
N. Amoniacal mg.L
-1
0,35 1,8 1 20,79 3,81 4,98 9,58 2,6 0,73
N. Nitrato mg.L
-1
1,09 4,89 2,39 3,01 2,77 5,15 1,76 3,75 1,23
N. Nitrito mg.L
-1
1 0,08 0,22 0,36 0,29 0,27 0,38 0,43 0,26 0,46
N. K. Total mg.L
-1
2,19 2,77 5,61 24,19 23,45
3,26 17,02 12,72 3,74
Res. Fixo mg.L
-1
85 81 158 219 187 265 218 273 179
Res. Volátil mg.L
-1
29 53 22 56 65 36 70 4 12
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 83,70 104,00
* * * * * * *
Transparência cm 5 60 40 20 30 40 40 5 20
Cor mg Pt/L 75 * 5 5 * * * * * * *
Aluminio mg.L
-1
* 1,130 0,999
1,610 1,893
1,582
3,105 * * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 0,024 0,008 0,013
0,004 N.D 0,007
0,037 * 0,006 0,005
Chumbo mg.L
-1
0,01 0,101 0,106 0,098
0,054 0,097
0,050
0,110 * * *
Cromo mg.L
-1
0,05 0,030 N.D N.D 0,020 0,110
N.D
N.D
* * *
Cobre mg.L
-1
0,082 0,030 0,029
0,061 0,084
0,015
0,012 * 0,061 0,056
Ferro mg.L
-1
0,3 23,350
3,178 3,215
8,155 3,876
2,748
2,885 * * *
Manganes mg.L
-1
0,100 0,452 0,167 0,176
0,319 0,385
0,165
0,407 * 0,093 0,151
Níquel mg.L
-1
0,025 0,030 0,010 0,060
0,050 0,050
0,040
0,040 * * *
Zinco mg.L
-1
0,18 0,158 0,072 0,078
0,072 0,035
0,053
0,026 * * *
* Dado não disponível
N.D não detectado
76
TABELA 3 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do córrego Água Boa - a jusante do
abatedouro de aves, ponto3, 2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN FEV MAR
ABR
MAI JUN JUL AGO SET
OUT NOV DEZ
CONAMA 24 22 21 19 23 27 30 17 29 14
357
CLASSE 2 14:35 09:00 08:45
09:15 08:27 10:55 08:40 13:40 09:30 08:20
Temp. água °C 25 29 23 23 19 15 23 22 25 24
pH 6,0 a 9,2 7,42 6,89 6,84 7,16 7,25 7,16 6,75 6,42 5,9 6,84
OD mg.L
-1
5 4,9 4,4 * 3,4 4,6 3,0 3,2 4 3,6 5,3
DBO (5,20) mg.L
-1
5 7 6 6 5 10 15 13 10 13 6
Coliformes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 13000 5000 8000 30000
50000
90000 30000
80000 50000 30.000
N. Total mg.L
-1
2,11 21,02 48,79
62,68 25,40 191,07
14,93 12,66 12,58 6,58
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 0,708 3,408 0,428
1,094 2,782 6,222 0,890 1,740 0,357 0,29
Res. Total mg.L
-1
130 171 175 305 247 1269 203 282 261 221
Turbidez UNT 100 98,20 13,60 17,60
95,00 * * 18,20 148,00
109,00
48,20
IQA
42 38 38 26 28 15 32 25 28 44
Chuvas S N N N N N N S N N
Temp. ar °C 29 22 24 29 19 17 31 22 26 25
Cond. Espec. µS/cm 206,00
272,00
* * * * * * *
DQO mg.L
-1
24 11 13 27 31 25 18 39 48 24
Fosfato Orto mg.L
-1
0,14 2,2 1 0,73 2,66 1,35 0,57 0,28 0,16 0,15
N. Amoniacal mg.L
-1
1,72 5,9 14 10,12 9,49 32,56 11,55 1,12 9,21 0,04
N. Nitrato mg.L
-1
10 0,22 4,3 3,02 3,18 3,19 5,46 0,93 1,6 2,21 2,45
N. Nitrito mg.L
-1
1 0,11 0,22 0,36 0,37 0,41 0,29 0,46 0,07 0,26 0,26
N. K. Total mg.L
-1
1,78 16,50 45,41
59,13 21,80 185,32
13,54 10,99 10,11 3,87
Res. Fixo mg.L
-1
110 99 160 219 187 1079 105 235 250 145
Res. Volátil mg.L
-1
20 72 15 56 60 190 98 47 11 76
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 108,00
136,00
* * * * * * *
Transparência cm 30 60 40 20 40 40 20 5 10 20
Cor mg Pt/L 75 * 5 5 * * * * * * *
Aluminio mg.L
-1
* 1,308 0,867
2,600 1,705 2,213 3,329 * * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 0,017 0,014 0,015
N.D N.D 0,011 0,012 0,03 0,007 0,006
Chumbo mg.L
-1
0,01 0,092 0,161 0,142
0,037 0,04 0,086 0,120 0,115 * *
Cromo mg.L
-1
0,05 0,03 N.D N.D 0,01 0,01 0,004 N.D N.D * *
Cobre mg.L
-1
0,062 0,028 0,051
0,077 0,075 0,017 0,011 0,080 0,084 0,085
Ferro mg.L
-1
0,3 11,930
2,769 3,096
5,534 3,359 2,371 3,021 23,245
* *
Manganes mg.L
-1
0,1 0,277 0,204 0,183
0,280 0,230 0,206 0,338 0,393 0,388 0,171
Níquel mg.L
-1
0,025 0,020 0,050 0,080
0,060 0,030 0,050 0,050 0,030 * *
Zinco mg.L
-1
0,18 0,122 0,082 0,080
0,054 0,070 0,031 0,032 N.D * *
* Dado não disponível
N.D não detectado
77
TABELA 4 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do córrego Água Boa - na foz, ponto 4,
2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN FEV MAR
ABR
MAI JUN JUL AGO
SET OUT NOV
DEZ
CONAMA 19 21 21 18 27 20 16 21 20 24 6
357
CLASSE 2 11:15 09:30 09:50
10:30
14:30
11:00
10:00
12:30
12:30
13:00
11:30
Temp. água °C 26 24 23 22 20 14 18 20 22 22 22
pH 6,0 a 9,2 6,21 6,50 6,59 6,82 6,55 6,68 6,4 6,57 6,49 6,55 6,4
OD mg.L
-1
5 5,4 7,1 4,3 4,2 7,0 5,9 4,4 5,5 6,2 6,8 2,7
DBO (5,20) mg.L
-1
5 3 N.D 7 7 9 5 8 4 7 2 6
Coliformes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 50000 500 230 130 300 5000 70 300 1600 800 160.000
N. Total mg.L
-1
0,73 5,57 2,35 7,24 13,65
4,48 2,54 7,01 2,62 2,59 4,81
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 0,288 0,312 0,441
0,309
0,438
0,322
0,367
1,244
0,532
1,099
0,187
Res. Total mg.L
-1
103 122 156 143 137 54 245 149 205 205 203
Turbidez UNT 100 150,00
12,20 18,20
7,42 7,16 11,70
11,40
5,74 28,00
13,30
183,00
IQA
40 66 55 56 56 52 55 53 54 56 29
Chuvas N N N N N N N S S N
Temp. ar °C 30 29 26 29 25 16 26 24 22 21 23
Cond. Espec. µS/cm 106,70
178,90
* * * * * * *
DQO mg.L
-1
17 4 7 7 9 10 10 6 14 8 30
Fosfato Orto mg.L
-1
0,18 0,19 0,31 0,26 0,43 0,37 0,43 0,18 0,21 0,34 0,17
N. Amoniacal mg.L
-1
0,03 0,33 N.D 0,26 5,36 0,78 0,13 0,01 0,39 1,3 0,12
N. Nitrato mg.L
-1
10 0,08 4,44 2,03 5,19 3,21 3,08 2,11 2,93 1,47 0,95 3,94
N. Nitrito mg.L
-1
1 0,01 0,03 0,32 0,19 0,30 0,23 0,25 0,23 0,08 0,30 0,08
N. K. Total mg.L
-1
0,64 1,10 N.D 1,86 10,14
1,17 0,18 3,85 1,07 1,34 0,79
Res. Fixo mg.L
-1
98 62 83 128 105 43 160 100 185 186 179
Res. Volátil mg.L
-1
5 60 73 15 32 11 85 49 20 19 24
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 53,40 89,40 * * * * * * * * *
Transparência cm 10 60 80 70 40 90 50 45 40 25 5
Cor mg Pt/L 75 * 5 5 * * * * * * *
Aluminio mg.L
-1
* * 1,174
* 1,478
1,752
* * * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 0,010 0,012 0,009
0,004
N.D 0,025
0,010
0,028
0,003
0,003
Chumbo mg.L
-1
0,01 0,030 0,113 0,088
0,059
0,039
0,053
0,103
0,101
* *
Cromo mg.L
-1
0,05 0,010 N.D
N.D
N.D
N.D
N.D
N.D N.D * *
Cobre mg.L
-1
0,018 0,016 0,014
0,045
0,065
N.D 0,001
0,038
0,030
0,025
Ferro mg.L
-1
0,3 1,474 2,030 1,302
1,424
0,554
0,997
0,961
3,273
* *
Manganes mg.L
-1
0,100 0,016 0,104 0,060
0,057
0,023
0,024
0,023
0,152
0,055
0,008
Níquel mg.L
-1
0,025 0,010 0,010 0,060
0,050
0,024
0,050
0,020
N.D * *
Zinco mg.L
-1
0,18 0,080 0,126 0,049
0,028
0,023
0,109
0,018
0,013
* *
* Dado não disponível
N.D não detectado
78
TABELA 5 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do rio Dourados - a montante da foz do
córrego Água Boa, ponto 5, 2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
SET OUT NOV
DEZ
CONAMA 19 21 21 18 27 20 16 21 20 24 6
357
CLASSE 2 10:45 09:00 09:30 09:40
15:20
09:50
09:34
10:30
09:15 12:10
10:30
Temp. água °C 24 23 22 22 20 14 17 20 22 21 25
pH 6,0 a 9,2 6,57 6,68 6,69 7,00 6,91 6,92 6,88 6,71 6,20 6,51 6,05
OD mg.L
-1
5 6 8,4 7,3 7,9 8,6 8,6 8,2 8,6 8,8 7,7 4,8
DBO (5,20) mg.L
-1
5 1 N.D N.D 1 1 1 1 N.D 1 1 2
Coliformes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 5.000 130 800 20 70 40 40 300 500 110 9.000
N. Total mg.L
-1
0,74 0,61 11,13 0,32 0,65 0,56 0,27 0,49 0,94 0,43 1,64
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 0,15 0,076 0,072 0,051
0,065
0,101
0,057
0,068
0,262 0,083
0,265
Res. Total mg.L
-1
127 45 59 94 62 51 41 90 122 221 205
Turbidez UNT 100 60,80 23,50 24,00 14,00
21,60
20,10
12,20
7,73 122,00
46,40
85,80
IQA
58 77 66
85 69 80 82 77 55 72 47
Chuvas N N N N.D N S N N N S N
Temp. ar °C 30 27 26 24 25 14 27 26 22 23 24
Cond. Espec. µS/cm 41,00 49,20 * * * * * * * * *
DQO mg.L
-1
17 4 4 4 2 3 9 3 25 14 22
Fosfato Orto mg.L
-1
0,07 0,03 0,01 0,02 0,05 N.D 0,03 0,03 0,15 0,06 0,14
N. Amoniacal mg.L
-1
0,02 0,08 N.D N.D 0,08 0,02 N.D 0,04 0,1 N.D N.D
N. Nitrato mg.L
-1
10 0,16 0,13 0,14 0,16 0,16 0,4 0,08 0,05 0,26 0,16 1,14
N. Nitrito mg.L
-1
1 0,01 N.D N.D N.D 0,01 N.D ND 0,01 0,01 0,01 N.D
N. K. Total mg.L
-1
0,57 0,48 10,99 0,16 0,48 0,16 0,19 0,43 0,67 0,26 0,5
Res. Fixo mg.L
-1
115 27 39 65 42 26 21 50 109 161 166
Res. Volátil mg.L
-1
12 18 20 29 20 25 20 40 13 60 39
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 20,6 24,5 * * * * * * * * *
Transparência cm 20 60 35 60 30 100 90 90 10 30 5
Cor mg Pt/L 75 10 5 5 * * 5 * 5 * 5 10
Aluminio mg.L
-1
* * 1,867 * 1,805
2,372
* * * * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 * * 0,011 N.D 0,01 * 0,013
0,030 0,010
0,003
Chumbo mg.L
-1
0,01 * * 0,093 * 0,053
0,005
* 0,066
0,107 0,267
0,1
Cromo mg.L
-1
0,05 * * 0,020 * N.D N.D * N.D N.D * *
Cobre mg.L
-1
* * 0,022 * 0,023
0,017
* 0,023
0,072 0,040
0,102
Ferro mg.L
-1
0,3 * * 4,199 * 4,440
3,179
* 2,393
* * *
Manganes mg.L
-1
0,100 * * 0,045 * 0,033
0,033
* 0,028
0,281 0,323
0,026
Níquel mg.L
-1
0,025 * * 0,070 * 0,05 0,040
* N.D 0,02 N.D N.D
Zinco mg.L
-1
0,18 * * 0,074 * 0,001
0,096
* N.D N.D 0,089
0,029
* Dado não disponível
N.D não detectado
79
TABELA 6 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do rio Dourados - a jusante da foz do
córrego Água Boa, ponto 6, 2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
SET OUT NOV
DEZ
CONAMA 19 21 21 18 27 20 16 21 20 24 6
357
CLASSE 2 11:35 10:00 10:15 10:05
14:50
10:40
10:20
12:00
10:05 12:50
11:05
Temp. água °C 26 23 21 23 19 14 17 20 22 20 25
pH 6,0 a 9,2 6,48 6,67 6,78 7,25 6,87 6,89 6,9 6,8 6,28 6,48 6,01
OD mg.L
-1
5 4,1 8,3 7,1 7,3 8,4 8,2 8,0 8,5 7,4 7,4 4,7
DBO (5,20) mg.L
-1
5 1 N.D 1 N.D 2 2 N.D N.D 2 6 3
Coliformes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 16.000
130 220 20 170 1.100
40 170 300 40 2.800
N. Total mg.L
-1
0,8 0,67 0,47 0,75 0,77 0,52 0,39 0,68 1,04 0,34 0,32
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 0,216 0,185 0,042 0,089
0,046
0,157
0,073
0,054
0,364 0,142
0,175
Res. Total mg.L
-1
139 58 78 52 57 64 82 98 94 196 196
Turbidez UNT 100 67,30 24,70 24,00 12,10
20,70
20,70
12,30
7,64 121,00
36,90
92,80
IQA
47 75 75 84 76 68 82 79 54 70 50
Chuvas N N N N.D N N N N N S N
Temp. ar °C 30 29 27 27 25 16 26 27 22 22 24
Cond. Espec. µS/cm 43,60 51,90 * * * * * * * * *
DQO mg.L
-1
17 29 7 2 5 4 1 1 26 11 22
Fosfato Orto mg.L
-1
0,08 0,05 0,05 0,02 0,04 0,03 0,03 0,05 0,17 0,07 0,13
N. Amoniacal mg.L
-1
0,06 0,08 0,04 0,08 0,16 0,1 N.D 0,07 0,13 0,05 0,01
N. Nitrato mg.L
-1
10 0,21 0,21 0,25 0,33 0,26 0,47 0,20 0,25 0,26 0,13 0,25
N. Nitrito mg.L
-1
1 0,02 0,01 0,01 0,01 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 N.D
N. K. Total mg.L
-1
0,57 0,45 0,21 0,41 0,49 0,44 0,18 0,42 0,77 0,2 0,07
Res. Fixo mg.L
-1
132 46 46 35 47 52 46 59 59 185 108
Res. Volátil mg.L
-1
7 12 32 17 10 12 36 39 35 11 88
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 21,8 25,9 * * * * * * * * *
Transparência cm 20 40 45 70 30 90 100 95 10 25 5
Cor mg Pt/L 75 10 5 5 * * 5 * 5 5 5 10
Aluminio mg.L
-1
* * 2,074 * 1,794
1,777
* * * * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 * * 0,012 * N.D 0,010
* 0,017
0,009 0,008
0,003
Chumbo mg.L
-1
0,01 * * 0,118 * 0,067
0,011
* 0,055
0,023 0,266
0,127
Cromo mg.L
-1
0,05 * * N.D * N.D N.D * N.D * * *
Cobre mg.L
-1
* * 0,030 * 0,050
0,010
* 0,014
0,107 0,055
0,079
Ferro mg.L
-1
0,3 * * 4,703 * 3,821
2,651
* 2,924
* * *
Manganes mg.L
-1
0,100 * * 0,051 * 0,032
0,026
* 0,028
0,390 0,141
0,013
Níquel mg.L
-1
0,025 * * 0,060 * 0,040
0,030
* 0,010
* * *
Zinco mg.L
-1
0,18 * * 0,08 * 0,059
0,075
* N.D 0,073 0,121
0,014
* Dado não disponível
N.D não detectado
80
TABELA 7 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do rio Dourados - Na foz, ponto 7, 2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO
SET OUT NOV
DEZ
CONAMA 23 18 21 17 21 19 22 8
357 13:40 11:50
11;45
11:50
13:20
10:10 13:05
09:50
Temp. água °C 26 22 15 21 19 20 25 26
pH 6,0 a 9,2 6,73 6,86 6,91 7,2 6,77 6,32 6,26 6,04
OD mg.L
-1
5 5,8 8,9 7,9 7,9 7,8 8,6 7,8 3,9
DBO (5,20) mg.L
-1
5 1 N.D 1 1 2 2 1 4
Coliformes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 800 40 70 300 20 11.000
210 1.100
N. Total mg.L
-1
0,65 0,52 0,65 0,47 0,77 1,24 0,49 1,18
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 0,098 0,041
0,093
0,064
0,080
0,207 0,176
0,369
Res. Total mg.L
-1
80 53 141 144 102 96 137 148
Turbidez UNT 100 22,60 32,00
12,50
8,66 12,50
51,30 83,10
73,60
IQA
69 82 78 76 81 55 67 48
Chuvas N N N N N S N N
Temp. ar °C 32 25 18 28 29 24 29 28
Cond. Espec. µS/cm * * * * * * * *
DQO mg.L
-1
5 7 2 2 6 26 27 26
Fosfato Orto mg.L
-1
0,03 0,04 0,06 0,03 0,02 0,14 0,16 0,18
N. Amoniacal mg.L
-1
0,04 0,07 0,02 N.D 0,02 0,09 0,09 0,03
N. Nitrato mg.L
-1
10 0,30 0,35 0,29 0,28 0,18 0,25 0,15 0,025
N. Nitrito mg.L
-1
1 0,01 0,01 N.D 0,01 0,01 0,02 N.D N.D
N. K. Total mg.L
-1
0,34 0,16 0,36 0,18 0,58 0,97 0,34 0,93
Res. Fixo mg.L
-1
66 44 101 12,6 60 76 71 87
Res. Volátil mg.L
-1
14 9 40 18 42 20 66 41
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 * * * * * * * *
Transparência cm 50 55 60 80 40 35 20 35
Cor mg Pt/L 75 5 5 5 5 * 5 5 5
Aluminio mg.L
-1
* * 1,176
* 1,873
1,006
* * * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 * * * N.D * 0,023
0,010
0,016
0,022 0,011
0,007
Chumbo mg.L
-1
0,01 * * * 0,038
* 0,048
0,086
0,045
0,083 0,331
0,35
Cromo mg.L
-1
0,05 * * * N.D * N.D N.D N.D N.D * *
Cobre mg.L
-1
* * * 0,102
* 0,007
0,007
0,015
0,051 0,074
0,08
Ferro mg.L
-1
0,3 * * * 4,561
* 3,218
1,88 3,062
2,325 * *
Manganes mg.L
-1
0,100 * * * 0,069
* 0,030
0,012
0,043
0,153 0,101
0,013
Níquel mg.L
-1
0,025 * * * 0,050
* 0,030
0,040
N.D 0,01 * *
Zinco mg.L
-1
0,18 * * * 0,071
* 0,148
0,103
N.D 0,018 0,084
0,065
* Dado não disponível
N.D não detectado
81
TABELA 8 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do córrego Baile - a montante
Frigorífico, ponto 8, 2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN FEV MAR
ABR
MAI JUN JUL AGO
SET
OUT NOV
DEZ
CONAMA 31 28 29 24 29 19 18 26 23 7
357
CLASSE 2 12:00
10:50
* 13:20
11:35 11:30
10:35
10:30 09:45
12:30
Temp. água °C 24 26 * 16 20 15 20 23 24 23
pH 6,0 a 9,2 6,02 5,86 5,99 5,73 5,89 5,96 5,89 5,54 5,71 5,01
OD mg.L
-1
5 6,2 3,8 * 8,9 * 8,0 7 6,4 7,8 6
DBO (5,20) mg.L
-1
5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Colif.ormes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 800 1700 300 1400 30000 1300 3000 23000
130 16.000
N. Total mg.L
-1
0,34 0,12 0,14 0,16 0,49 0,03 1,23 2,07 0,58 0,28
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 0,074
0,063
0,087
0,035
0,172 0,208
2,420
0,216 0,472
0,548
Res. Total mg.L
-1
36 193 153 94 82 55 163 128 166 110
Turbidez UNT 100 16,90
11,70
* 12,80
187,00 8,70 10,00
57,10 15,40
40,50
IQA
67 57 70 66 43 65 49 47 66 44
Chuvas N N * S N N N N N N
Temp. ar °C 32 30 * 24 23 13 23 25 26 25
Cond. Espec. µS/cm * * * * * * * * *
DQO mg.L
-1
9 4 5 4 26 3 7 15 3 17
Fosfato Orto mg.L
-1
0,03 0,01 0,02 0,02 0,05 N.D 0,04 0,12 0,07 0,09
N. Amoniacal mg.L
-1
0,04 N.D 0,04 N.D
N.D
0,02 0,02 1,02 0,12 0,09
N. Nitrato mg.L
-1
10 0,04 N.D N.D 0,15 0,03 N.D 0,03 0,04 0,04 0,12
N. Nitrito mg.L
-1
1 0,01 0,01 N.D 0,01 N.D
N.D
0,01 N.D
N.D
N.D
N. K. Total mg.L
-1
0,29 0,11 0,14 N.D 0,46 0,03 1,19 2,03 0,54 0,16
Res. Fixo mg.L
-1
53 149 113 67 71 35 136 81 155 69
Res. Volátil mg.L
-1
26 44 40 27 11 20 27 47 11 41
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 * * * * * * * * * *
Transparência cm 40 35 * 50 5 70 20 20 60 20
Cor mg Pt/L 75 * 5 5 * * * * * * *
Aluminio mg.L
-1
* 1,719
0,698
1,401
2,750 1,007
0,835
* * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 0,013
0,023
0,012
N.D 0,019 0,004
0,006
0,007 0,012
0,004
Chumbo mg.L
-1
0,01 0,055
0,231
0,078
0,025
0,106 N.D 0,066
* * *
Cromo mg.L
-1
0,05 0,010
0,010
N.D 0,010
N.D
N.D
N.D
* * *
Cobre mg.L
-1
0,007
0,024
0,013
0,072
0,034 0,018
0,030
0,040 0,020
0,043
Ferro mg.L
-1
0,3 3,140
4,231
2,098
1,902
3,418 1,458
3,728
* * *
Manganes mg.L
-1
0,100 0,064
0,081
0,041
0,051
0,099 0,034
0,061
0,142 N.D
N.D
Níquel mg.L
-1
0,025 0,030
0,030
0,050
0,030
0,030 0,040
0,040
* * *
Zinco mg.L
-1
0,18 0,079
0,168
0,095
0,092
0,100 0,077
0,033
* * *
* Dado não disponível
N.D não detectado
82
TABELA 9 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do córrego Baile - a jusante
Frigorífico, ponto 9, 2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN FEV MAR
ABR
MAI JUN JUL AGO SET
OUT NOV DEZ
CONAMA 31 28 29 24 29 19 18 26 23 7
357
CLASSE 2 12:45
11:20
* 14:00
12:00 11:15
11:30
11:00
10:20
11:50
Temp. água °C 24 26 * 16 20 15 20 23 24 23
pH 6,0 a 9,2 5,92 5,95 6,12 6,04 6,28 6,42 6,36 5,7 5,74 5,3
OD mg.L
-1
5 4 4 * 8,8 * 7,6 6,4 6,4 7,9 5,8
DBO (5,20) mg.L
-1
5 1 2 2 2 2 2 2 2 1 1
Coliformes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 800 5000 700 3000 30000 800 5000 1300 220 800
N. Total mg.L
-1
6,43 0,87 1,15 8,55 9,20 4,07 18,42
1,58 0,81 1,02
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 0,181
0,147
3,541
0,778
0,35 0,518
1,181
0,175
0,602
0,803
Res. Total mg.L
-1
61 64 69 162 111 53 162 105 177 210
Turbidez UNT 100 17,00
12,30
* 13,20
178,00 8,87 2,67 55,70
20,50
39,10
IQA
55 53 50 53 39 61 47 58 63 51
Chuvas N N * S N N N N N N
Temp. ar °C 32 30 * 24 23 15 22 26 27 26
Cond. Espec. µS/cm * * * * * * * * *
DQO mg.L
-1
6 6 8 8 22 4 10 16 1 20
Fosfato Orto mg.L
-1
0,13 0,1 0,23 0,16 0,17 0,12 0,25 0,16 0,05 0,16
N. Amoniacal mg.L
-1
2,64 N.D 0,8 1,85 3,42 1,46 1,56 1,22 0,04 0,41
N. Nitrato mg.L
-1
10 0,1 0,07 0,03 0,23 0,04 N.D 0,05 0,03 0,04 0,05
N. Nitrito mg.L
-1
1 0,06 0,02 0,04 0,02 0,02 0,02 0,03 0,01 0,01 N.D
N. K. Total mg.L
-1
6,27 0,78 1,08 8,3 9,14 4,05 18,34
1,54 0,76 0,97
Res. Fixo mg.L
-1
33 39 63 89 58 39 136 60 146 170
Res. Volátil mg.L
-1
28 25 6 73 53 14 27 45 31 40
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 * * * * * * * * * *
Transparência cm 40 35 * 50 5 55 40 20 30 30
Cor mg Pt/L 75 * 5 5 * * * * * * *
Aluminio mg.L
-1
* 1,581
0,705
1,237
2,971 0,794
1,510
* * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 0,080
0,024
0,014
N.D 0,018 0,025
0,007
0,003
0,011
0,005
Chumbo mg.L
-1
0,01 0,012
0,250
0,111
0,023
0,091 0,118
0,060
* * *
Cromo mg.L
-1
0,05 0,020
N.D
N.D
0,010
1,010 N.D
N.D
* * *
Cobre mg.L
-1
0,004
0,011
0,012
0,067
0,028 0,030
0,019
0,068
0,027
0,082
Ferro mg.L
-1
0,3 4,315
4,304
2,091
2,500
2,568 1,114
3,164
* * *
Manganes mg.L
-1
0,100 0,054
0,094
0,183
0,103
0,084 0,040
0,066
0,147
N.D
N.D
Níquel mg.L
-1
0,025 0,020
0,040
0,070
0,040
0,030 0,050
0,040
* * *
Zinco mg.L
-1
0,18 0,083
0,109
0,078
0,135
0,092 0,116
0,024
* * *
* Dado não disponível
N.D não detectado
83
TABELA 10 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do córrego Baile - a jusante Curtume,
ponto 10, 2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN FEV MAR ABR
MAI JUN JUL AGO
SET
OUT NOV
DEZ
CONAMA 31 28 29 24 29 19 18 26 23 7
357
CLASSE 2 13:15
10:00
* 14:07 10:25 10:20
12;10
12:10
10:55
10:40
Temp. água °C 25 26 * 18 20 15 20 24 24 23
pH 6,0 a 9,2 5,84 6,75 6,15 6,32 6,30 6,68 6,86 5,63 6,16 5,67
OD mg.L
-1
5 2,8 6,2 * 7,5 * 8,8 7,2 6,4 7,5 6,1
DBO (5,20) mg.L
-1
5 2 10 2 3 3 2 2 2 2 2
Coliformes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 1700 3000 140000 5000 90000 1100 3000 2300 1700 1.100
N. Total mg.L
-1
3,19 19,24
3,23 21,99 41,62 26,06
26,91
0,91 0,84 9,55
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 0,178
0,167
5,640 1,061 0,744 0,210
5,161
0,192
0,044
0,222
Res. Total mg.L
-1
33 80 69 89 359 61 292 90 106 185
Turbidez UNT 100 18,80
26,30
* 28,40 299,00
11,20
2,57 52,20
15,60
38,70
IQA
49 51 36 46 30 59 43 55 67 55
Chuvas N N * S N N N N N N
Temp. ar °C 33 28 * 22 26 15 21 26 31 27
Cond. Espec. µS/cm * * * * * * * * *
DQO mg.L
-1
9 36 9 12 34 6 14 16 13 18
Fosfato Orto mg.L
-1
0,11 0,03 0,28 0,19 0,72 0,04 3,19 0,13 0,03 0,22
N. Amoniacal mg.L
-1
2,89 12,50
1,36 4,80 6,80 1,45 2,40 0,38 0,09 4,4
N. Nitrato mg.L
-1
10 0,22 0,00 0,13 0,29 0,20 0,03 0,28 0,37 0,03 0,04
N. Nitrito mg.L
-1
1 0,05 0,03 0,07 0,03 0,02 0,02 0,03 0,01 0,02 0,01
N. K. Total mg.L
-1
2,92 19,21
3,03 21,67 41,40 26,01
26,60
0,53 0,79 9,50
Res. Fixo mg.L
-1
18 56 49 52 269 38 242 51 66 168
Res. Volátil mg.L
-1
15 24 20 37 90 23 50 39 40 17
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 * * * * * * * * * *
Transparência cm 30 40 * 50 5 50 20 25 50 30
Cor mg Pt/L 75 5 5 * 5 * * * * * *
Aluminio mg.L
-1
2,176
3,135
0,765 1,154 1,332 1,100
1,191
* * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 0,150
0,125
0,010 0,081 0,142 0,135
0,109
0,111
0,112
0,086
Chumbo mg.L
-1
0,01 N.D 0,572
0,065 0,447 0,706 0,772
0,578
* * *
Cromo mg.L
-1
0,05 0,300
2,800
N.D 2,500 2,800 2,400
4,180
* * *
Cobre mg.L
-1
0,159
0,087
0,024 0,114 0,084 * 0,093
0,136
0,200
0,101
Ferro mg.L
-1
0,3 2,147
1,946
2,191 1,753 0,931 0,982
1,096
* * *
Manganes mg.L
-1
0,100 0,102
0,145
0,060 0,248 0,121 0,102
0,010
0,188
0,039
N.D
Níquel mg.L
-1
0,025 0,390
0,300
0,060 0,310 0,390 0,370
0,280
* * *
Zinco mg.L
-1
0,18 0,392
0,484
0,227 45,200
0,306 0,338
0,260
* * *
* Dado não disponível
N.D não detectado
84
TABELA 11 - Resultados dos parâmetros e indicadores de qualidade das águas do rio Ivinhema na foz, ponto 11,
2005.
PARÂMETRO UNIDADE PADRÕES JAN
FEV
MAR ABR
MAI JUN
JUL AGO SET
OUT NOV DEZ
CONAMA 30 25 22 24 28 12
357
CLASSE 2 10:00 11:00 11:30 11:15 10:40 12:30
Temp. água °C 20 16 22 25 26 26
pH 6,0 a 9,2 6,43 6,66 6,61 8,87 6,1 6,06
OD mg.L
-1
5 4,9 8,1 7,6 6,2 7,7 5,1
DBO (5,20) mg.L
-1
5 1 1 1 10 1 N.D
Coliformes
Termotolerantes
NMP/100 mL 1000 26 30 40 70 40 < 2
N. Total mg.L
-1
0,35 0,63 0,43 0,50 0,78 1,17
Fosf. Total mg.L
-1
0,025 N.D 0,107 0,024 0,121 0,108 0,122
Res. Total mg.L
-1
114 125 107 99 178 202
Turbidez UNT 100 20,20 9,67 7,90 34,50 30,70 40,00
IQA
73 81 83 63 76 75
Chuvas N N N N N N
Temp. ar °C 26 12 29 31 27 28
Cond. Espec. µS/cm * * * * *
DQO mg.L
-1
9 1 7 30 16 22
Fosfato Orto mg.L
-1
0,05 0,07 N.D 0,08 0,1 0,09
N. Amoniacal mg.L
-1
0,01 0,08 0,06 0,03 0,08 0,01
N. Nitrato mg.L
-1
10 0,07 0,17 0,09 0,14 0,2 0,44
N. Nitrito mg.L
-1
1 0,01 N.D 0,08 N.D
N.D
N.D
N. K. Total mg.L
-1
0,27 0,46 0,26 0,36 0,58 0,73
Res. Fixo mg.L
-1
91 95 94 56 148 153
Res. Volátil mg.L
-1
23 30 13 43 30 49
Sól. D. Totais mg.L
-1
500 * * * * * *
Transparência cm 60 55 100 40 30 50
Cor mg Pt/L 75 5 5 * * * *
Alúminio mg.L
-1
1,876 2,21 1,706 * * *
Cádmio mg.L
-1
0,001 0,001 0,007 0,007 0,006 0,010 0,005
Chumbo mg.L
-1
0,01 0,080 0,050 0,069 0,060 0,333 0,444
Cromo mg.L
-1
0,05 0,010 N.D
N.D
* * *
Cobre mg.L
-1
0,107 0,015 0,004 0,033 0,067 0,055
Ferro mg.L
-1
0,3 4,873 2,748 2,305 * * *
Manganes mg.L
-1
0,100 0,099 0,165 0,033 0,198 0,041 N.D
Níquel mg.L
-1
0,025 0,040 0,040 0,030 * * *
Zinco mg.L
-1
0,18 0,091 0,053 0,020 0,023 N.D 0,041
* Dado não disponível
N.D não detectado
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