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de intervenção diagnóstica e terapêutica ou uma espécie de coração das tecnologias
leve-duras e duras. No plano do administrativo-funcional, dentro da Diretoria
Administrativa enredam-se as tecnologias administrativas e a manutenção da
operação hospitalar, está aí o zelo pela infra-estrutura necessária ao pleno
funcionamento. Por fim, Na Diretoria de Cuidados, com as suas coordenações de
linhas, estão: o olhar apreendido do usuário; suas dores e sofrimentos e; seus
problemas e suas expectativas. Daí o seu lugar de negociador de potencialidades, de
comprometedor de capacidades. Olhar marcado pelas tecnologias leves, pertinentes
aos processos de negociação esta direção compromete-se exaustivamente com a
integralidade da atenção, não apenas no hospital, mas na rede de serviços de saúde
do SUS. A Diretoria de Cuidados exerce também a tarefa de supervisão permanente
aos coordenadores das UF, reduzindo assim as dificuldades inerentes ao advento de
um duplo comando nestas. Não se trata com isto de se construir a idéia de um super-
diretor, mas de se estabelecer com clareza, que o eixo que organiza a funcionalidade
do hospital é o cuidado centrado no usuário.
Ao Diretor Geral, compete coordenar este trabalho matricial, acompanhar de
perto, nas discussões colegiadas e na escuta permanente das vozes, muitas vezes
ruidosas e tratar de dar ritmo e consistência ao trabalho de saúde a ao trabalho de
gestão da organização, buscando potência máxima, compromisso, vínculos e
responsabilidades, além é claro, de todo um papel externo à organização que envolve
a negociação das capacidades do hospital e das fontes de financiamento e disputas
de projetos, o que é absolutamente saudável para a construção do SUS.
No ponto em que a discussão está há uma pendência acerca da autonomia
ou do nível de autonomia que poderia ser negociado com a gestão do poder público
municipal. Seria precipitado esperar esta definição no curto prazo. Porém, o que se
pretende encorajar aqui, é que a unidade, enquanto organização, já nasça com a
possibilidade de aportes crescentes de autonomia e para isso, que já vá, independente
de seu nível formal de autonomia, construindo seus mecanismos de controle,
acompanhamento e decisão, ainda que inicialmente em caráter complementar à
máquina administrativa já existente.
Para auxiliar as tarefas de direção superior, será constituída uma gerência de
vigilância à saúde, que além de cuidar das questões pertinentes à biossegurança,
deverá ser um participante ativo no processo de planejamento, não como quem
elabora planos teóricos, mas daquele que dá suporte e viabilidade, para que o