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Tabela 5. Unidades de solo encontradas nos municípios de Serra Branca e Coxixola, PB
TIPO DE
SOLO
EMBRAPA
(1999)
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS UTILIZAÇÃO
Bruno não
cálcico
NC 25
NC45
NC 49
Luvissolo
Hipocrômico
TP
São solos minerais pouco profundos ou rasos, não
hidromórficos, com argila de atividade alta.
Apresentam horizonte superficial de coloração marrom
não muito escuro, eutróficos com horizonte A de
consistência dura a muito dura, quando secos,
estrutura maciça ou em blocos fracamente
desenvolvidos. São solos que apresentam uma
tendência muito forte à erosão e ocorrência de forte
pedregosidade na superfície. O conteúdo de cálcio,
magnésio e potássio é alto. São comuns no semi-árido
brasileiro, onde as chuvas escassas, mal distribuídas e
de altas intensidades e baixas durações, contribuem
para que sejam rasos, por dificultar a decomposição
das rochas enquanto que as chuvas intensas
provocam forte erosão.
Sua utilização é restrita devido ao
clima, à pedregosidade e à pouca
profundidade. Os principais usos
encontrados no semi-árido são
algodão mocó, pecuária extensiva
e culturas de subsistência.
Vertissolo
V2
V13
Vertissolo
Cromado
VC
São solos argilosos a muito argilosos, com elevado
teor de argila do tipo 2:1 (montmorilonita), que se
caracteriza por expandir com o umedecimento e se
contrair em condições de pouca umidade, provocando
a formação de fendas que, podem atingir 10 a 20 cm
de largura na superfície e estendem-se até
profundidades de 50 a 100 cm. Situam-se
normalmente em baixadas planas. Proporcionam um
escoamento fraco ou médio no início das chuvas,
período em que apresentam profundas fendas.
Entretanto, quando saturados com água, devido à
expansão de suas argilas e conseqüente fechamento
das fendas, podem provocar um escoamento muito
elevado, essas características, aumentam a
irregularidade dos escoamentos.
No semi-árido têm sido utilizados
para culturas de algodão com
pecuária extensiva em meio à
vegetação natural, feijão e milho.
Solo
Aluvial
Eutrófico
Ae3
Ae6
Neossolos
Flúvicos
RU
Esta unidade é constituída por solos pouco
desenvolvidos, provenientes de deposições fluviais,
constituídos de camadas alternadas e,
freqüentemente, de classes texturais distintas, que
apresentam um horizonte A bem desenvolvido
assentado diretamente sobre o horizonte C, composto
de camadas estratificadas das decomposições
sedimentares sem nenhuma relação genética entre si.
Tem saturação de bases alta (V%), saturação com
alumínio praticamente nula e atividade de argila alta
(Ta).
Possuem grande potencialidade
agrícola pela proximidade às
áreas de várzea. Na região semi-
árida do nordeste este tipo de solo
oferece melhor condição de
umidade e são os mais
importantes para a região para o
cultivo de culturas irrigadas ou de
sequeiro.
Solo
Litólico
Re20
Re23
Re25
Re39
Re66
Re70
Neossolo
Litólico
RL
São solos pouco desenvolvidos, rasos ou muito rasos,
apresentando alta pedregosidade e/ou rochosidade à
superfície. Possuem forte drenagem, e devido a sua
reduzida espessura e ao relevo são comumente muito
suscetíveis à erosão.
Sua grande limitação está
relacionada à pequena
espessura, o que dificulta a
penetração do sistema radicular
das plantas. São indicados para
reservas naturais, reflorestamento
e pastagens. Essa limitação é
acentuada no semi-árido.
Regossolo
REe17
Neossolo
Regolítico
RR
São solos de textura arenosa (com menos de 15% de
argila) e que possuem minerais primários de fácil
intemperização, como mica e feldspato. Variam em
profundidade de pouco a muito profundos, são bem
drenados a excessivamente drenados. Ocupam
regiões com relevo plano e suave ondulado.
São utilizados para a agricultura
devido à reserva de nutrientes e à
textura arenosa, que facilita a
cultura não mecanizada. São
comumente cultivados mandioca,
milho, feijão, algodão herbáceo,
palma forrageira, sisal e
pastagens. A vocação natural é o
uso com pequena agricultura, não
sendo recomendada utilização
intensiva com alta tecnologia e
insumos em grandes
propriedades.
Fonte: Paraíba (1978), Embrapa (1999), Prado (2003), adaptados.