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1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
TESE
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PRODUTIVO DE POEDEIRAS COMERCIAIS
SEMI-PESADAS ALIMENTADAS COM DIETAS CONTENDO COMPLEXO
ENZIMÁTICO
Paulo Roberto Dallmann
Pelotas, 2007
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2
PAULO ROBERTO DALLMANN
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PRODUTIVO DE POEDEIRAS COMERCIAIS
SEMI-PESADAS ALIMENTADAS COM DIETAS CONTENDO COMPLEXO
ENZIMÁTICO
Tese apresentada ao programa de Pós-
Graduação em Zootecnia da Universidade
Federal de Pelotas, como requisito parcial à
obtenção do título de Doutor em Ciências
(área do conhecimento: Nutrição de não-
ruminantes).
Orientador: Prof. Fernando Rutz
Co-Orientadores: Prof. João Carlos Maier
Prof. Eduardo G. Xavier
Prof. Marcos Antonio Anciuti
Pesq. Valdir Silveira de Ávila
PELOTAS, 2007
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3
Banca examinadora:
Fernando Rutz – Ph.D. – UFPel
João Carlos Maier – Dr. – UFPel
Eduardo Gonçalves Xavier – Ph.D – UFPel
Marcos Antonio Anciuti – Dr. – UFPel
André Ricardo Ebert – Dr. – Alltech do Brasil Agroindustrial Ltda.
4
Agradecimentos
Ao Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça, por ter oportunizado a realização
deste curso, através da minha liberação e da disponibilização dos animais e das
instalações para realização dos experimentos.
Ao Professor Dr. Marcos Antonio Anciuti, chefe da Unidade Especial de
Avicultura, que sempre esteve pronto para auxiliar naquilo que estava ao seu
alcance.
A Alltech do Brasil Agroindustrial Ltda., empresa que financiou e possibilitou a
execução dos experimentos.
Aos Professores Dr. João Carlos Maier, Ph.D. Eduardo Gonçalves Xavier e ao
pesquisador Dr. Valdir Silveira de Ávila (CNPSA – EMBRAPA – Concórdia) por
terem participado do comitê de orientação.
Aos demais professores do Departamento de Zootecnia que não mediram
esforços para proporcionar-me uma qualificação de ótima qualidade.
Aos estagiários Patrícia Silva, Letícia Amaral, Alex Cabana e Vagner Lucheze
sem os quais nossos experimentos seriam inviáveis.
5
Aos funcionários do Aviário do Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça, em
especial ao Henry que atuou de forma marcante durante todo o período
experimental.
Às colegas Niédi Hax Franz Zauk, Carmem Lúcia Garcez Ribeiro, Marta Helena
Silveira, Patrícia Rossi e Juliana Klug Nunes que me auxiliaram durante os
experimentos.
Ao meu pai (in memorian) e a minha mãe que me proporcionaram as primeiras
oportunidades para que pudesse chegar até aqui.
À minha esposa Lenita e meus filhos Henrique e Letícia pelo apoio e dedicação
para que todos os objetivos pudessem ser atingidos.
Ao meu orientador, sobretudo meu grande amigo, professor Fernando Rutz, pela
abnegada dedicação.
6
RESUMO
DALLMANN, Paulo Roberto. Avaliação do desempenho produtivo de poedeiras
comerciais semi-pesadas alimentadas com dietas contendo complexo
enzimático. 2007. 179f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós–Graduação em
Zootecnia. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.
O estudo foi dividido em duas etapas. O objetivo da primeira foi o de estimar a
liberação de energia metabolizável aparente, em decorrência da atividade do
complexo enzimático (Allzyme
®
SSF), quando utilizado em dietas à base de milho,
farelo de soja e farinha de carne e ossos, para poedeiras Hisex Brown da 32ª a 56ª
semana de idade. Foi adicionado 150g/t de enzima à dieta. A disponibilização do
cálcio e fósforo inorgânico foi estimada em 0,1%. As aves foram alojadas em gaiolas
com 4 aves cada, com 18 repetições. O alimento foi oferecido ad libitum. Os
tratamentos foram: T1 – Controle; T2 – Controle com Allzyme
®
SSF (120kcalEM/kg);
T3 – Controle com Allzyme
®
SSF (90kcalEM/kg); T4 – Controle com Allzyme
®
SSF
(60kcalEM/kg); T5 – controle com Allzyme
®
SSF (30kcalEM/kg), T6 – Controle com
Allzyme
®
SSF (0kcalEM/kg). As variáveis estudadas foram: peso corporal das aves;
consumo de ração/dia; produção e peso do ovo; massa de ovo; conversão
alimentar/dúzia de ovos; conversão alimentar/massa de ovo; peso e coloração da
gema; altura do albúmen; unidade Haugh; gravidade específica; peso e espessura
da casca; tempo de armazenamento e percentual de cinzas da tíbia. A análise foi
realizada utilizando ANOVA. Quando o teste F foi significativo, as médias foram
comparadas através de contrastes ortogonais e comparadas duas a duas através do
teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados indicam que a energia
disponibilizada pode ser estimada em até 120kcalEM/kg, sem afetar o desempenho
das aves. A segunda etapa teve com objetivo estimar o nível de energia
metabolizável aparente liberado em conseqüência da atividade do Allzyme
®
SSF em
dietas vegetarianas, na alimentação de poedeiras Hisex Brown da 36ª a 60ª
semanas de idade. Foi adicionado 150g/t de enzima à dieta. A disponibilização do
cálcio e do fósforo inorgânico foi estimada em 0,1%. As aves foram alojadas em
gaiolas com 4 aves cada, com 22 repetições. O alimento foi oferecido ad libitum. Os
tratamentos utilizados foram: T1 – Controle; T2 – Controle com Allzyme
®
SSF
(120kcalEM/kg); T3 – Controle com Allzyme
®
SSF (90kcalEM/kg); T4 – Controle com
Allzyme
®
SSF (60kcalEM/kg); T5 – Controle com Allzyme
®
SSF (30kcalEM/kg), T6 –
controle com Allzyme
®
SSF (0kcalEM/kg). As variáveis estudadas foram: peso
corporal das aves; consumo de ração/dia; produção de ovos; peso e massa de ovo;
conversão alimentar/dúzia de ovos; conversão alimentar/massa de ovo; peso da
7
gema; coloração da gema; altura do albúmen; unidade Haugh; gravidade específica;
peso e espessura da casca; tempo de armazenamento e percentual de cinzas da
tíbia. A análise foi realizada utilizando ANOVA. Quando o teste F foi significativo, as
médias foram comparadas através de contrastes ortogonais e comparadas duas a
duas através do teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados indicam que a
energia disponibilizada pode ser estimada até 120KcalEM/kg, para as variáveis
produtivas e de qualidade do ovo, e até 90kcalEM/kg para a concentração de cinzas
na tíbia, sem afetar o desempenho das aves.
Palavras-chave: alimento, enzima, dieta, energia, poedeiras, tratamento.
8
ABSTRACT
DALLMANN, Paulo Roberto. Overestimation of metabolizable energy resulted
from enzyme (Allzyme
®
SSF) utilization for brown layer diets.2007. 179f. Tese
Doutorado – Programa de Pós–Graduação em Zootecnia. Universidade Federal de
Pelotas, Pelotas.
The study was divided in two stages. The objective of the first one was to estimate
the level of apparent metabolizable energy that could be overestimated from
Allzyme
®
SSF activity on a corn-soybean and meat and bone meal diet, fed to Hisex
layers from 32 to 56 weeks of age. The enzyme complex was added as 150g/t. With
the use of this enzyme, calcium and inorganic phosphorus were overestimated in
0,1%. The birds were randomly allocated in 18 cages (4 birds/cage) per treatment,
totalizing 72 animals per treatment. Feed and water were provided ad libitum.
Treatment consisted of T1 – Control; T2 – Control + Allzyme
®
SSF (120ME/kg
overestimation); T3 – Control + Allzyme
®
SSF (90ME/kg overestimation); T4 – Control
+ Allzyme
®
SSF, (60ME/kg overestimation); T5 – Control + Allzyme
®
SSF (30ME/kg
overestimation); T6 – Control + Allzyme
®
SSF (0kcal ME/kg overestimation). Data
were analyzed using ANOVA. When a significant F test was obtained, a polynomial
contrast analysis was used. Body weight; feed intake; egg production; egg weight;
egg mass; feed conversion/dz; feed conversion/mass; yolk weight; yolk color;
albumen height; Haugh unit; specific gravity; shell weight; shell thickness; time of
storage and bone ash were studied. There results indicated that metabolizable
energy can be overestimated up to 120kcal/kg when Allzyme
®
SSF is used in the
corn-soybean and meat and bone meal diet, without affecting the performance of the
hens. The second study aimed to determine the level of apparent metabolizable
energy that could be overestimated from Allzyme
®
SSF activity on a corn-soybean
meal diet, fed to Hissex layers from 36 to 60 weeks of age. The enzyme complex was
added as 150g/t. With use of the enzyme, calcium and inorganic phosphorus were
overestimated in 0,1%. The birds were randomly allocated in 22 cages (4 birds/cage)
per treatment, totalizing 88 animals per treatment. Feed and water were provided ad
libitum. Treatments consisted of T1 – Control; T2 – Control + Allzyme
®
SSF
(120kcalME/kg overestimation); T3 – Control + Allzyme
®
SSF (90kcalME/kg
overestimation); T4 – Control + Allzyme
®
SSF (60kcalME/kg overestimation); T5 –
Control + Allzyme
®
SSF (30kcalME/kg overestimation ); T6 – Control + Allzyme
®
SSF
(0kcalME/kg overestimation). Data were analyzed using ANOVA. When a significant
F test was obtained, a polynomial contrast analysis was used. Body weight; feed
intake; egg production; egg weight; egg mass; feed conversion/dz; feed
9
conversion/mass; yolk weight; yolk color; albumen height; Haugh unit; specific
gravity; shell weight; shell thickness; time of storage and bone ash were studied.
Results indicate that by using Allzyme SSF in total vegetable diets, themetabolizable
energy can be reformulated up to 120kcalME/kg considering productive performance
and egg quality or 90kcalME/kg, considering tibia ash.
KEY WORDS: diet, energy, enzyme, fed, layers, treatment.
10
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Unidade de Especial de Avicultura do CAVG.......................... 56
FIGURA 2 Galpão experimental................................................................ 57
FIGURA 3 Coleta de dados....................................................................... 58
FIGURA 4 Identificação do ovo/gaiola....................................................... 58
FIGURA 5 Pré-misturador.......................................................................... 59
FIGURA 6 Pré-misturador.......................................................................... 59
FIGURA 7 Pesagem das aves................................................................... 64
FIGURA 8 Pesagem do ovo...................................................................... 65
FIGURA 9 Leque colorimétrico de Roche.................................................. 66
FIGURA 10 Separação gema/clara............................................................. 67
FIGURA 11 Pesagem da gema................................................................... 67
FIGURA 12 Determinação da altura do albúmen........................................ 67
FIGURA 13 Determinação da gravidade específica.................................... 69
FIGURA 14 Material utilizado para a mensuração da espessura da casca
do ovo....................................................................................... 70
FIGURA 15 Determinação da espessura da casca do ovo......................... 70
FIGURA 16 Pesagem da casca do ovo....................................................... 70
FIGURA 17 Determinação da matéria seca................................................ 71
FIGURA 18 Determinação das cinzas......................................................... 71
FIGURA 19 Unidade de Especial de Avicultura do CAVG.......................... 102
FIGURA 20 Galpão experimental................................................................ 102
FIGURA 21 Coleta de dados....................................................................... 104
FIGURA 22 Identificação do ovo/gaiola....................................................... 104
FIGURA 23 Pré-misturador.......................................................................... 105
11
FIGURA 24 Pré-misturador.......................................................................... 105
FIGURA 25 Pesagem das aves................................................................... 110
FIGURA 26 Pesagem do ovo...................................................................... 111
FIGURA 27 Leque colorimétrico de Roche.................................................. 112
FIGURA 28 Separação gema/clara............................................................. 113
FIGURA 29 Pesagem da gema................................................................... 113
FIGURA 30 Determinação da altura do albúmen........................................ 113
FIGURA 31 Determinação da gravidade específica.................................... 115
FIGURA 32 Material utilizado para a mensuração da espessura da casca
do ovo ...................................................................................... 116
FIGURA 33 Determinação da espessura da casca do ovo......................... 116
FIGURA 34 Pesagem da casca do ovo....................................................... 116
FIGURA 35 Determinação da matéria seca................................................ 117
FIGURA 36 Determinação das cinzas......................................................... 117
12
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Peso corporal médio das poedeiras no início do experimento
(g)............................................................................................
57
TABELA 2 Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais -
Postura I.................................................................................. 60
TABELA 3 Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais -
Postura II................................................................................. 61
TABELA 4 Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais -
Postura III................................................................................ 62
TABELA 5 Matriz nutricional do Allzyme
®
SSF para poedeiras................. 63
TABELA 6 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso corporal médio das poedeiras
(g)............................................................................................ 74
TABELA 7 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o consumo médio diário de ração (g)...... 76
TABELA 8 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a produção média de ovos/ave alojada
(%)........................................................................................... 78
TABELA 9 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio do ovo (g).......................... 80
TABELA 10 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a massa média do ovo (g)...................
81
TABELA 11 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da conversão alimentar/dúzia
de ovo...................................................................................... 83
13
TABELA 12 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da conversão alimentar/massa
de ovo...................................................................................... 84
TABELA 13 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da gema (g)...................... 85
TABELA 14 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da cor da gema.......................... 86
TABELA 15 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a altura média do albúmen (mm)............ 88
TABELA 16 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh..................... 89
TABELA 17 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a gravidade específica média.................. 91
TABELA 18 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da casca (g)...................... 93
TABELA 19 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a espessura média da casca (mm)......... 94
TABELA 20 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados em condições ambientais.................. 96
TABELA 21 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o percentual médio de cinzas da tíbia
(%)............................................................................................ 97
TABELA 22 Peso corporal médio das poedeiras no início do experimento
(g)............................................................................................. 103
TABELA 23 Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais -
Postura I................................................................................... 106
TABELA 24 Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais -
Postura II.................................................................................. 107
TABELA 25 Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais -
Postura III................................................................................. 108
TABELA 26 Matriz nutricional do Allzyme
®
SSF para poedeiras.................. 109
14
TABELA 27 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso corporal médio das poedeiras
(g)............................................................................................. 120
TABELA 28 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o consumo médio diário de ração (g)...... 122
TABELA 29 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a produção média de ovos/ave alojada
(%)............................................................................................ 124
TABELA 30 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio do ovo (g).......................... 126
TABELA 31 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme®SSF sobre a média da massa de ovo (g)................. 127
TABELA 32 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da conversão alimentar/dúzia
de ovo...................................................................................... 128
TABELA 33 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da conversão alimentar/massa
de ovo...................................................................................... 130
TABELA 34 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da gema (g)....................... 131
TABELA 35 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da cor da gema.......................... 132
TABELA 36 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a altura média do albúmen (mm)............. 133
TABELA 37 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh...................... 135
TABELA 38 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a gravidade específica média.................. 136
TABELA 39 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da casca (g)...................... 138
TABELA 40 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a espessura média da casca (mm).......... 139
15
TABELA 41 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados em condições ambientais..................
141
TABELA 42 Valorização energética do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o percentual médio de cinzas da tíbia
(%)............................................................................................ 142
16
LISTA DE TABELAS DO APÊNDICE
TABELA 1A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso corporal médio das aves (g)........ 161
TABELA 2A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o consumo médio diário de ração (g)...... 161
TABELA 3A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a produção média de ovos/ave alojada
(%)........................................................................................... 161
TABELA 4A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio do ovo (g)......................... 162
TABELA 5A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da massa de ovo (g).................. 162
TABELA 6A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da conversão alimentar/dúzia
de ovo...................................................................................... 162
TABELA 7A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da conversão alimentar/massa
de ovo...................................................................................... 162
TABELA 8A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da gema (g)..................... 163
TABELA 9A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da cor da gema......................... 163
TABELA 10A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a altura média da albúmen (mm)............ 163
17
TABELA 11A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh..................... 163
TABELA 12A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a gravidade específica média................. 164
TABELA 13A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da casca do ovo (g).......... 164
TABELA 14A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a espessura média da casca do ovo
(mm)........................................................................................ 164
TABELA 15A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 3 dias em condições
ambientais............................................................................... 164
TABELA 16A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 6 dias em condições
ambientais............................................................................... 165
TABELA 17A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 9 dias em condições
ambientais............................................................................... 165
TABELA 18A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 12 dias em condições
ambientais............................................................................... 165
TABELA 19A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme®SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 15 dias em condições
ambientais............................................................................... 165
TABELA 20A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 18 dias em condições
ambientais............................................................................... 166
18
TABELA 21A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 21 dias em condições
ambientais...............................................................................
166
TABELA 22A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o percentual médio de cinzas da tíbia no
final do 3º ciclo (%).................................................................. 166
TABELA 23A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o percentual médio de cinzas tíbia no
final do 6º
ciclo (%) ................................................................. 166
TABELA 24A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso corporal médio das aves (g)........ 167
TABELA 25A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o consumo médio diário de ração (g)...... 167
TABELA 26A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a produção média de ovos/ave alojada
(%)........................................................................................... 167
TABELA 27A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio do ovo (g)......................... 167
TABELA 28A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da massa de ovo (g).................. 168
TABELA 29A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da conversão alimentar/dúzia
de ovo...................................................................................... 168
TABELA 30A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da conversão alimentar/massa
de ovo...................................................................................... 168
TABELA 31A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da gema (g)...................... 168
TABELA 32A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da cor da gema......................... 169
TABELA 33A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a altura média do albúmen (mm)............ 169
19
TABELA 34A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh..................... 169
TABELA 35A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a gravidade específica média................. 169
TABELA 36A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da casca (g)...................... 170
TABELA 37A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a espessura média da casca (mm)......... 170
TABELA 38A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 3 dias em condições
ambientais............................................................................... 170
TABELA 39A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 6 dias em condições
ambientais............................................................................... 170
TABELA 40A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 9 dias em condições
ambientais............................................................................... 171
TABELA 41A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 12 dias em condições
ambientais............................................................................... 171
TABELA 42A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 15 dias em condições
ambientais............................................................................... 171
TABELA 43A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 18 dias em condições
ambientais............................................................................... 171
20
TABELA 44A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos
mantidos armazenados durante 21 dias em condições
ambientais............................................................................... 172
TABELA 45A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o percentual médio de cinzas da tíbia no
final do 3º ciclo (%).................................................................. 172
TABELA 46A Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o percentual médio de cinzas tíbia no
final do 6º
ciclo (%) ................................................................. 172
TABELA 47A Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o
período de 14 de agosto de 2005 à 10 de setembro de 2005
(ºC
)
........................................................................................... 173
TABELA 48A Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o
período de 11 de setembro de 2005 à 09 de outubro de
2005 (ºC
)
.................................................................................. 174
TABELA 49A Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o
período de 10 de outubro de 2005 à 06 de novembro de
2005 (ºC
)
.............................................................................. 175
TABELA 50A Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o
período de 07 de novembro de 2005 à 04 de dezembro de
2005 (ºC
)
.................................................................................. 176
TABELA 51A Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o
período de 05 de dezembro de 2005 à 01 de janeiro de 2006
(ºC
)
................................................................................. 177
TABELA 52A Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o
período de 02 de janeiro de 2006 à 27 de janeiro de 2006
(ºC
)
........................................................................................... 178
TABELA 53A Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o
período de 28 de janeiro de 2006 à 16 de fevereiro de 2006
(ºC)........................................................................................... 179
21
LISTA DE ABREVIATURAS
Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça CAVG
Centro Nacional de Pesquisas de Suínos e Aves CNPSA
Energia Metabolizável EM
Unidade de Fitase FTU
Polissacarídeos não-amiláceos PNA’s
Solid Stract Fermentation SSF
Unidade de fitase ativa UFA
22
SUMÁRIO
Resumo..........................................................................................
6
Abstract..........................................................................................
8
Lista de Figuras.............................................................................
10
Lista de Tabelas............................................................................
12
Lista de Tabelas do Apêndice......................................................
16
Lista de Abreviaturas....................................................................
21
Introdução Geral...........................................................................
27
Capítulo 1 – Efeito da energia metabolizável estimada de um
complexo enzimático na produtividade de
poedeiras comerciais, utilizando dietas à base de
milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos .
1.
Introdução......................................................................................
29
2.
Revisão de Literatura....................................................................
32
2.1 Conceito e características das enzimas.......................................... 32
2.2 Produção enzimática....................................................................... 33
2.3 Parâmetros Produtivos.................................................................... 34
2.4 Parâmetros de Qualidade............................................................... 43
2.4.1 Qualidade interna do ovo................................................................ 43
2.4.2 Qualidade externa do ovo............................................................... 48
2.5 Concentração de cinzas nos ossos................................................ 53
3.
Materiais e Métodos......................................................................
56
3.1 Local e período experimental.......................................................... 56
3.2 Galpão experimental....................................................................... 56
23
3.3 Aves................................................................................................ 57
3.4 Obtenção dos dados....................................................................... 58
3.5 Programa de luz.............................................................................. 58
3.6 Manejo alimentar............................................................................. 59
3.6.1 Preparo da ração e arraçoamento.................................................. 59
3.6.2 Dietas experimentais....................................................................... 60
3.6.3
Matriz nutricional do Allzyme
®
SSF para poedeiras........................
62
3.7 Variáveis estudadas........................................................................ 63
3.7.1 Peso corporal das poedeiras.......................................................... 64
3.7.2 Consumo de ração/ dia................................................................... 64
3.7.3 Produção de ovos /ave alojada....................................................... 65
3.7.4 Peso do ovo.................................................................................... 65
3.7.5 Massa de ovo.................................................................................. 66
3.7.6 Conversão alimentar/dúzia de ovo................................................ 66
3.7.7 Conversão alimentar/massa de ovo................................................ 66
3.7.8 Qualidade interna do ovo................................................................ 66
3.7.8.1 Coloração da gema......................................................................... 66
3.7.8.2 Peso da gema................................................................................. 67
3.7.8.3 Altura do albúmen........................................................................... 67
3.7.8.4 Unidade Haugh............................................................................... 68
3.7.9 Qualidade externa do ovo............................................................... 68
3.7.9.1 Gravidade específica...................................................................... 68
3.7.9.2 Espessura da casca do ovo............................................................ 70
3.7.9.3 Peso da casca do ovo..................................................................... 70
3.7.10 Tempo de armazenamento de ovos............................................... 71
3.7.11 Percentual de cinzas da tíbia.......................................................... 71
3.8 Tratamentos.................................................................................... 71
3.9. Análise estatística......................................................................... 72
3.9.1 Quadro da análise da variância...................................................... 72
3.9.2 Modelo matemático e ANOVA....................................................... 72
4. Resultados e discussão............................................................... 73
4.1 Parâmetros produtivos.................................................................... 73
4.1.1 Peso corporal médio das poedeiras (g).......................................... 73
24
4.1.2 Consumo médio de ração/ave/dia (g)............................................ 75
4.1.3 Produção média de ovos/ave alojada (%)...................................... 77
4.1.4 Peso médio do ovo (g).................................................................... 79
4.1.5 Média da massa de ovo (g)............................................................. 81
4.1.6 Conversão alimentar média/dúzia de ovos..................................... 82
4.1.7 Conversão alimentar média/massa de ovo..................................... 84
4.2 Parâmetros de qualidade interna do ovo........................................ 85
4.2.1 Peso médio da gema (g)................................................................. 85
4.2.2 Cor média da gema......................................................................... 86
4.2.3 Altura média do albúmen (mm)....................................................... 87
4.2.4 Unidade Haugh média.................................................................... 88
4.3 Parâmetros de qualidade externa do ovo....................................... 90
4.3.1 Gravidade específica média............................................................ 90
4.3.2 Peso médio da casca do ovo (g)..................................................... 92
4.3.3 Espessura média da casca do ovo (mm)........................................ 94
4.4. Tempo médio de armazenamento do ovo (dias)............................ 95
4.5 Percentual médio de cinzas da tíbia (%)......................................... 97
5.
Conclusões....................................................................................
99
Capítulo 2 Efeito da energia metabolizável estimada de um
complexo enzimático na produtividade de
poedeiras comerciais, utilizando dietas
vegetarianas, à base de milho e farelo de soja.
1.
Introdução......................................................................................
100
2.
Materiais e Métodos......................................................................
102
2.1 Local e período experimental.......................................................... 102
2.2 Galpão experimental....................................................................... 102
2.3 Aves................................................................................................ 103
2.4 Obtenção dos dados....................................................................... 103
2.5 Programa de luz.............................................................................. 104
2.6 Manejo alimentar............................................................................. 104
2.6.1 Preparo da ração e arraçoamento.................................................. 104
2.6.2 Dietas experimentais....................................................................... 105
2.6.3
Matriz nutricional do Allzyme
®
SSF para poedeiras........................
108
25
2.7 Variáveis estudadas........................................................................ 109
2.7.1 Peso corporal das poedeiras.......................................................... 110
2.7.2 Consumo de ração/dia.................................................................... 110
2.7.3 Produção de ovos /ave alojada....................................................... 111
2.7.4 Peso do ovo.................................................................................... 111
2.7.5 Massa de ovo.................................................................................. 112
2.7.6 Conversão alimentar/dúzia de ovo............................................... 112
2.7.7 Conversão alimentar/massa de ovo................................................ 112
2.7.8 Qualidade interna do ovo................................................................ 112
2.7.8.1 Coloração da gema......................................................................... 112
2.7.8.2 Peso da gema................................................................................. 113
2.7.8.3 Altura do albúmen........................................................................... 113
2.7.8.4 Unidade Haugh............................................................................... 114
2.7.9 Qualidade externa do ovo............................................................... 114
2.7.9.1 Gravidade específica...................................................................... 114
2.7.9.2 Espessura da casca do ovo............................................................ 116
2.7.9.3 Peso da casca do ovo..................................................................... 116
2.7.10 Tempo de armazenamento............................................................. 117
2.7.11 Percentual de cinzas da tíbia.......................................................... 117
2.8 Tratamentos.................................................................................... 117
2.9 Análise estatística........................................................................... 118
2.9.1 Quadro da análise da variância...................................................... 118
2.9.2 Modelo matemático e ANOVA........................................................ 118
3.
Resultados e discussão...............................................................
119
3.1 Parâmetros produtivos.................................................................... 119
3.1.1 Peso corporal médio das poedeiras (g).......................................... 119
3.1.2 Consumo médio de ração/ave/dia (g)............................................. 121
3.1.3 Produção média de ovos/ave alojada (%)...................................... 123
3.1.4 Peso médio do ovo (g).................................................................... 125
3.1.5 Média da massa de ovo (g)............................................................ 126
3.1.6 Conversão alimentar média/dúzia de ovo....................................... 128
3.1.7 Conversão alimentar média/massa de ovo..................................... 129
3.2 Parâmetros de qualidade interna do ovo........................................ 131
26
3.2.1 Peso médio da gema (g)................................................................. 131
3.2.2 Cor média da gema........................................................................ 132
3.2.3 Altura média do albúmen (mm)....................................................... 133
3.2.4 Unidade Haugh média.................................................................... 134
3.3 Parâmetros de qualidade externa do ovo....................................... 136
3.3.1 Gravidade específica média............................................................ 136
3.3.2 Peso médio da casca (g)................................................................ 138
3.3.3 Espessura média da casca (mm).................................................... 139
3.4 Tempo médio de armazenamento do ovo (dias)............................ 141
3.5 Percentuais médios de cinzas da tíbia (%).................................... 142
4.
Conclusões....................................................................................
145
5.
Referências bibliográficas...........................................................
146
6.
Apêndice........................................................................................
161
27
INTRODUÇÃO GERAL
O interesse no uso de enzimas em rações animais tem aumentado bastante nos
últimos anos, principalmente devido aos benefícios que podem trazer em relação ao
aspecto econômico, meio ambiente e a busca do maior aproveitamento das matérias
primas tradicionais e dos ingredientes alternativos.
As enzimas são aditivos que se encontram disponíveis para a indústria avícola a
várias décadas, porém vem sendo encontrado seus efeitos práticos. O uso de
aditivos na alimentação visando melhorar o desempenho das aves é feito desde a
década de 40. A comprovada eficiência de enzimas em dietas à base de cevada,
aveia, arroz e trigo, entre outros, tem estimulado seu uso, representando um dos
principais avanços na nutrição, com notável aplicação nos últimos anos (TORRES,
1999). A limitação principal foi uma relação desfavorável que existia entre o custo e
seus benefícios. Em função dos avanços da biotecnologia, seus custos de produção
foram reduzidos. Como resultado, estas enzimas agora estão tendo papel
fundamental na tomada de decisões que tem como meta otimizar a produção de
carne e ovos do ponto-de-vista econômico (MILES, 1999).
Investigações realizadas por Corn (1999 citado por MILES 1999), mostram que
as enzimas agregadas a dietas baseadas em milho e farelo de soja podem
incrementar o conteúdo de energia metabolizável em aproximadamente 4%.
Para Sartori et al., (2003) existe uma preocupação cada vez maior por parte dos
consumidores com a qualidade dos produtos, exigindo alimentos saudáveis, com
menor quantidade de aditivos, antibióticos e ausência de resíduos. Estudos indicam
que probióticos, prebióticos, simbióticos, enzimas e acidificantes podem substituir os
promotores de crescimento. As enzimas têm a função de promover a hidrólise dos
componentes dos alimentos tornando os nutrientes mais disponíveis para a
28
absorção. Estas, muitas vezes, não são produzidas em quantidades suficientes pelo
organismo, tornando-se necessária sua utilização na forma exógena, adicionadas às
rações que por sua vez, servem de ferramenta para melhorar a eficiência na
utilização dos alimentos pelos animais. A melhora significativa na digestibilidade dos
alimentos obtida com o uso de enzimas permite alterações nas formulações das
dietas de forma a minimizar o custo, maximizando o uso dos ingredientes
energéticos e protéicos das rações. O emprego de enzimas possibilita, ainda, a
utilização de alimentos alternativos regionais ou sazonais de menor custo em
substituição ao milho e à soja, tradicionalmente utilizados como fontes de energia e
proteína, respectivamente. O uso ou não das enzimas deve ser determinado através
de um estudo econômico, levando em consideração a relação “custo/benefício”.
Além disso, deve-se considerar a questão da preservação do meio ambiente, não
menos importante, porém bem mais difícil de incluir nos cálculos econômicos.
Acevedo (2005) enfatiza que o uso de enzimas exógenas representa uma
alternativa interessante, toda vez que os conhecimentos sobre a fisiologia digestiva
das aves e da composição química dos ingredientes mostram que a capacidade de
aproveitamento dos nutrientes pode ser melhorada de maneira prática, através da
correta utilização destas ferramentas biotecnológicas e que estas, também
representam uma possibilidade de tornar mais versáteis as formulações das dietas,
permitindo a inclusão de determinados ingredientes que apresentam limitações em
função da presença de componentes de baixa digestibilidade ou fatores
antinutricionais. Segundo o mesmo autor, outro aspecto que tem favorecido o
desenvolvimento e a utilização dos complexos enzimáticos é a crescente pressão
exercida pelos consumidores em reduzir a eliminação de contaminantes para o meio
ambiente, principalmente através das excretas, tais como o fósforo, nitrogênio, cobre
e zinco e eliminar o uso de antibióticos da dieta.
29
CAPÍTULO 1
Efeito da energia metabolizável estimada de um complexo enzimático, na
produtividade de poedeiras comerciais, utilizando dietas à base de milho,
farelo de soja e farinha de carne e ossos.
1. INTRODUÇÃO
O interesse no uso de enzimas exógenas em rações tem aumentado nos últimos
15 anos (HRUBY, 2005) principalmente devido aos custos cada vez maiores com
relação às matérias primas tradicionais e a busca por outros ingredientes
alternativos como a cevada, aveia, arroz e trigo, entre outros. Além do aspecto
econômico, as enzimas também são ferramentas importante para a contenção da
contaminação ambiental reduzindo a eliminação de nutrientes nas excretas, tais
como o fósforo, nitrogênio, cobre e zinco. Park et al., (2003a) concluíram que a
adição de complexo enzimático é uma alternativa para aumentar a biodisponibilidade
do fósforo em dietas à base em milho e farelo de soja, para suínos em crescimento.
Para Park et al., (2003b) a inclusão do SSF fitase diminui a excreção de fósforo
para o meio ambiente, sem produzir efeitos adversos sobre o crescimento de suínos.
Lynch et al., (2005) verificaram que ao suplementar dietas para suínos em
crescimento com fitase, ocorre uma redução na eliminação de fósforo nas fezes e o
aumento de sua absorção e ao mesmo tempo ocorre também uma tendência,
embora não significativa, em aumentar a digestibilidade da proteína. Qin et al.,
(2005) ao adicionarem 200g/t de complexo enzimático em dietas com farelo de trigo
para suínos concluíram que é possível reduzir em 1,07% a proteína bruta da dieta,
30
sem afetar o desempenho, o nível de minerais e as características ósseas do suíno.
Rostagno et al., (2000), determinando a digestibilidade ileal em frangos de corte com
dietas com milho e farelo de soja, demonstraram que o Allzyme
®
SSF aumenta não
somente a digestibilidade do cálcio e do fósforo, como também aumenta a
digestibilidade da proteína e da energia. Os mesmos autores constataram também
que o Allzyme
®
Vegpro aumenta a digestibilidade ileal da proteína, energia, cálcio e
fósforo e que a combinação das duas enzimas (Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro),
aumentam a digestibilidade da proteína em 3%, bem como a digestibilidade ileal do
fósforo e do cálcio, diminuindo desta forma as necessidades de inclusão de proteína,
energia, cálcio e fósforo para frangos de corte. Porém, Widmer e Hadorn (2001),
trabalhando com frangos de corte, adicionando 0 e 200UF/kg, contendo 3,65 e
2,65g/kg de fósforo disponível, concluíram que os frangos que receberam
Allzyme
®
SSF tiveram um aumento no consumo de ração e a interação refletiu a
diferença na resposta na dieta com baixo fósforo e fósforo normal na dieta, e que o
alto consumo na dieta suplementada com Allzyme
®
SSF resultou em animais mais
pesados. Ainda no mesmo experimento, a dieta com baixo fósforo reduziu o ganho
de peso, indicando que os níveis estavam abaixo das necessidades.
De acordo com Sartori et al., (2003), existe uma preocupação cada vez maior
por parte dos consumidores com a qualidade dos produtos, exigindo alimentos
saudáveis, com menor quantidade de aditivos, antibióticos e ausência de resíduos.
Normalmente ao serem retirados os antibióticos promotores de crescimento de
uma dieta, ocorre um aumento de custo de produção, na ordem de 3%
eminentemente devido a uma piora na conversão alimentar. Desta forma está
amplamente provado que as enzimas melhoram a digestibilidade dos nutrientes, o
desempenho das aves e os níveis de uniformidade com relação ao peso das aves,
que recebem dietas à base de milho e soja e sorgo e soja (HRUBY, 2005). As
enzimas promovem a hidrólise dos componentes dos alimentos tornando os
nutrientes mais disponíveis para a absorção. Na maioria das vezes, não são
produzidas em quantidades suficientes, sendo necessária a adição de enzimas
exógenas nas rações, para que ocorra uma melhora na eficiência de utilização dos
alimentos por parte dos animais. Com a limitação do uso de antibióticos como
promotores de crescimento, principalmente na União Européia a partir de 2003, as
enzimas têm se mostrado como uma das alternativas.
31
O presente estudo teve como objetivo determinar o nível de energia
metabolizável aparente estimada, que pode ser liberada a partir da utilização do
complexo enzimático na alimentação de poedeiras submetidas a dietas à base de
milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos.
32
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 – Conceito e características das enzimas
Enzimas são proteínas globulares, de estrutura terciária ou quaternária, que
agem como catalisadores biológicos, aumentando a velocidade das reações no
organismo, sem serem, elas próprias, alteradas neste processo (CHAMPE e
HARVEY, 1989; FIREMAN e FIREMAN, 1998).
As enzimas são eficientes catalisadores em sistemas biológicos (STRYER, 1995)
e sua atividade, de acordo com Acamovic e Mc Cleary (1996), é influenciada por
fatores como: pré-tratamento do alimento, pH e comprimento do trato gastrintestinal,
grau de hidratação e temperatura do corpo do animal, susceptibilidade da enzima
exógena ao ataque da enzima endógena, concentração do produto em razão da
hidrólise da enzima, atividade/concentração da enzima endógena e tipo de
ingrediente utilizado na dieta.
Segundo Soto-Salanova et al., (1996) as enzimas alimentares atuam
principalmente provocando a ruptura das paredes celulares das fibras, reduzindo a
viscosidade da digesta do intestino proximal, degradando as proteínas, diminuindo
os efeitos dos fatores anti-nutritivos, como os inibidores de proteases, tornando os
nutrientes mais disponíveis para o animal e suplementando a produção de enzimas
endógenas do animal.
Inicialmente as enzimas eram utilizadas em rações contendo ingredientes com
alta quantidade de polissacarídeos não-amiláceos (PNA’s) como trigo, centeio,
triticale, cevada e aveia. Entretanto, pesquisadores têm demonstrado a possibilidade
de utilização de complexos enzimáticos em rações à base de cereais com baixa
viscosidade (milho, sorgo e farelo de soja), objetivando aumentar a utilização do
amido e da proteína (FIALHO, 2003).
33
Segundo Silva et al., (2000) as enzimas exógenas aumentam a digestibilidade e
a eficiência dos alimentos, reduzindo a ação de inibidores de crescimento, sobretudo
os polissacarídeos não-amiláceos, encontrados como componentes estruturais das
paredes celulares dos cereais, auxiliando as enzimas endógenas nos processos
digestivos. Portanto, de acordo com Wyatt e Bedford (1998), é possível mudar a
formulação da ração para redução dos custos sem prejudicar o desempenho dos
animais.
Durante muito tempo as enzimas foram estudadas e utilizadas individualmente.
As pentosanases eram e são adicionadas em dietas baseadas em trigo para
degradar fatores antinutricionais denominados pentosanas, que não podem ser
hidrolisadas por enzimas endógenas que induzem a uma baixa eficiência e a cama
úmida. As beta-glucanases, são adicionadas em dietas baseadas em cevada para
degradar beta-glucanos, que ocasionam problemas semelhantes. Durante a década
de 90, começaram surgir produtos multi-enzimáticos com o intuito de melhorar a
digestibilidade de uma ampla gama de polissacarídeos não-amídicos em muitas
matérias primas. A idéia foi aumentar o beneficio enzimático, para melhorar a
utilização da fração que restava da dieta, ou seja, as fontes protéicas.
O Allzyme
®
SSF(fermentdo em estado sólido) é um complexo multienzimático
produzido pela Alltech do Brasil Agroindustrial Ltda., a partir de fungo Aspergillus
níger, não geneticamente modificado, capaz de aumentar a disponibilidade da
energia, da proteína, dos aminoácidos, do fósforo e do cálcio. O produto é composto
por sete atividades enzimáticas (fitase, protease, xilanase, ß-glucanase, celulase,
amilase e pectinase). O Allzyme
®
SSF é capaz de clivar proteínas, celulose,
arabinoxilanos, ácido fítico e carboidratos solúveis, melhorando a digestibilidade e
disponibilidade de nutrientes para a absorção do trato intestinal da ave
(CAPORASO, 2006).
2.2 – Produção enzimática
A biotecnologia moderna possibilita a produção industrial de enzimas específicas
para certas áreas de aplicação. Para utilização na nutrição animal, no final da
década de 1980, a produção de enzimas atingiu escala comercial. Diversos tipos de
fungos, bactérias e leveduras podem produzir enzimas, por meio de técnicas de
recombinação de DNA e mutações (CAMPESTRINI et al., 2005).
34
Segundo Zanella (2001 citado por CAMPESTRINI et al., 2005), existem 3 grupos
de enzimas disponíveis no mercado: (1) enzimas para alimentos com baixa
viscosidade (milho, sorgo e soja), (2) enzimas para alimentos de alta viscosidade
(trigo, centeio, cevada, aveia, triticale e farelo de arroz) e (3) enzima para degradar o
ácido fítico dos grãos vegetais.
Na fermentação em estado sólido (do inglês, SSF), conforme o nome indica, os
microorganismos fermentam em substrato sólido.
As etapas de condução do Allzyme
®
SSF iniciam com a escolha da bactéria,
levedura ou fungo, como o Aspergillus niger que se desenvolve em substrato sólido.
A seguir, o substrato é preparado. O sistema Allzyme
®
SSF utiliza produtos
processados, tais como farelo de trigo ou de arroz, ou até outras matérias primas
facilmente disponíveis.
O substrato é aquecido e esterilizado sob pressão para destruir microrganismos
não desejáveis. O conteúdo de umidade do substrato deve ser ajustado para 45-
50%.
O baixo conteúdo de umidade livre do substrato é uma das características mais
importantes do Allzyme
®
SSF. A água presente está ligada ao substrato, o que
maximiza a exposição dos microorganismos ao ar, estimula a atividade microbiana
e, acima de tudo, a produção enzimática. Além disso, a baixa umidade reduz o
tempo de secagem e o gasto de energia durante o processamento.
O cultivo selecionado de microorganismos é colocado junto ao substrato
esterilizado e misturado para dar origem a um material chamado “koji”. O koji
fermenta e produz um material rico em enzimas. Estas enzimas são então extraídas
(CAPORASO, 2006).
2.3 – Parâmetros produtivos
Wyatt (1990) conduziu um experimento para averiguar os efeitos das cultivares
de cevada com distintos conteúdos de beta-glucanos (3,8% x 5,2%) em dietas para
poedeiras. Um preparado enzimático (beta-glucanase) foi adicionado às dietas, para
determinar a interação entre o nível total de beta-glucanos e o desempenho das
aves. O desempenho das poedeiras, que receberam cevada com baixo conteúdo de
beta-glucanos, foi semelhante ao das aves recebendo milho e farelo de soja. A
adição de enzimas não contribuiu para melhorar o desempenho. Porém, ao
adicionar cevada com grande quantidade de beta-glucanos, houve uma significativa
35
redução no ganho de peso corporal, consumo de ração, produção de ovos e
conversão alimentar, comparativamente às outras dietas. Ao adicionar beta-
glucanase nas dietas o autor observou que as aves apresentaram desempenho
semelhante comparado com as aves recebendo outras dietas experimentais.
Estudando o comportamento de um complexo enzimático (Allzyme
®
SSF) frente a
vários níveis de fósforo disponível (0,25; 0,35; 0,45 e 0,55%), Kaminska et al., (1995)
verificaram que ao adicionar o complexo enzimático ao grupo de poedeiras que
recebiam dieta contendo 0,25% de fósforo disponível, ocorreu um incremento na
produção de ovos.
Rutz (1996) relata que, embora as aves consumam o alimento para satisfazerem
suas necessidades energéticas ao aumentar o nível energético das dietas, o declínio
no consumo raramente ocorre, ou seja, o mecanismo não é linearmente perfeito.
Para Fuente e Soto-Salanova (1997) o principal efeito das enzimas quando
adicionadas a dietas com milho e farelo de soja é melhorar a digestibilidade dos
nutrientes, aumentando o nível energético da dieta. Constataram também que
quando da utilização de complexo enzimático, as aves que receberam uma dieta à
base de milho e farelo de soja com nível reduzido de energia e maior teor de girassol
apresentaram o mesmo consumo médio diário em relação a dieta controle, com
3,5% a mais de energia, demonstrando desta forma que as enzimas melhoram o
valor energético das dietas.
Leeson (1996) relata que, em condições normais, o nível de energia não
influencia o tamanho do ovo, sendo o teor de proteína da dieta o principal fator
responsável pela variação do tamanho ou do peso do ovo.
Gordon e Roland (1997) observando o desempenho de poedeiras comerciais
com 21 semanas de idade, submetidas a cinco níveis de fósforo disponível (0,1 a
0,5%) e dois níveis de fitase (0 e 300FTU[unidade de atividade de fitase]/kg de
dieta), sobre a produção de ovos, consumo de ração, peso do ovo, gravidade
específica do ovo, mortalidade e qualidade do osso, verificaram que, na dieta com
0,1% de fósforo disponível sem suplementação de fitase, houve diminuição da
produção de ovos, consumo de ração, no peso e densidade do ovo e aumento de
mortalidade. Nas dietas com fósforo disponível acima de 0,1%, não houve melhoria
no desempenho das aves com a adição de fitase.
Gordon e Roland (1998), conduzindo um experimento com poedeiras comerciais,
durante seis semanas, testando três níveis de cálcio (2,5; 2,8 e 3,1%) e dois níveis
36
de fósforo não fítico (0,1 e 0,3%), com e sem suplementação de fitase, avaliaram a
gravidade específica, consumo de alimento, produção de ovos, peso do ovo, peso
da casca, qualidade do osso e peso corporal das aves. Verificaram que ocorreu um
aumento na qualidade da casca, durante a primeira semana, com suplementação de
fitase. Não manifestou diferença significativa quando foi aumentado de 0,1% para
0,3% o teor de fósforo não fítico, sugerindo que a fitase traz benefício durante a 1ª e
a 2ª semana, com relação ao aumento na utilização do cálcio. Entre a 3ª e a 6ª
semana, foi observado uma interação entre fósforo e fitase, em que a qualidade da
casca, foi incrementada quando a dieta com percentual de 0,1% de fósforo recebeu
adição da enzima. Esta interação também foi observada entre a 3ª e a 6ª semana
com relação ao consumo de ração e a produção de ovos e, durante a 4ª e a 6ª
semana, no peso do ovo. A suplementação com fitase reduziu significativamente o
impacto da dieta com baixo cálcio sobre o desempenho das poedeiras.
Punna e Roland (1999) estudando a influência da suplementação de fitase
microbiana e quatro níveis de fósforo disponível sobre, a produção de ovos, peso do
ovo, gravidade específica e mortalidade, verificaram que aves que receberam dieta
com 0,1% de fósforo disponível sem adição de enzima apresentaram redução, no
consumo de alimento, na produção de ovos, na densidade da tíbia e aumento da
mortalidade. Porém, com a suplementação de 300FTU/kg de dieta, houve prevenção
destas deficiências e os resultados indicam também que, se houver suplementação
das dietas com baixo fósforo, desde o primeiro dia de vida da ave, poderá ser
evitada a queda no seu desempenho.
Um e Paik (1999) conduzindo um experimento com poedeira ISA Brown, com o
objetivo de avaliar a suplementação de fitase (500FTU/kg), em dietas com 0,7 e 0%
de fosfato tricálcico sobre a produção de ovos, qualidade do ovo, retenção de
nutrientes e excreção de fósforo, observaram que houve diferença significativa com
relação a produção e peso de ovos, porém o consumo de ração foi
significativamente maior, não apresentando diferença significativa na taxa de
conversão alimentar.
Jaroni et al., (1999) utilizando-se de duas linhagens de poedeiras (Dekalb e
Hisex), testaram a utilização de farelo de trigo com e sem a adição de enzimas
(xilanase e protease) sobre a produção de ovos, conversão alimentar e composição
do ovo. Observaram os autores que a produção de ovos não foi afetada pela dieta e
que o consumo de ração foi mais baixo nas aves Hisex, que receberam ração com
37
suplementação enzimática, enquanto que o percentual de postura não foi afetado. A
massa de ovo aumentou com níveis mais altos da enzima, enquanto que a
gravidade específica declinou com a suplementação.
Garcia et al., (2000) superestimaram o farelo de soja, em relação a energia
metabolizável (9%), a proteína (7%) e aminoácidos (5%), ao utilizarem a alfa-
galactosidase. Ao reformularem as dietas, menos farelo de soja e gordura foram
utilizadas na mistura reduzindo, portanto, o custo das dietas. Os autores não
observaram diferença no desempenho das aves, confirmando uma melhora na
disponibilidade dos nutrientes do farelo de soja, ao adicionar alfa-galactosidase.
Em um estudo semelhante com poedeiras, Schang e Azcona (1998)
superestimaram o farelo de girassol com relação a energia metabolizável, proteína e
aminoácidos em 7%, adicionando alfa-galactosidase às dietas. O desempenho
produtivo, a qualidade da casca e a consistência da clara, diferiram do controle.
Boling et al., (2000) em seu trabalho com poedeiras, constataram que a fitase
aumenta a utilização de fósforo em dieta à base milho e farelo de soja e que dietas
contendo 0,10% + 100FTU/kg de dieta ou 0,15% sustentou a produção de ovos e
não apresentou diferença significativa, quando comparado com dietas com 0,45% de
fósforo disponível. Os mesmos autores, posteriormente, trabalharam com poedeiras
com 20 a 70 semanas de idade, testando níveis de fósforo disponíveis em dietas
suplementadas com 300FTU/kg de dieta. Os resultados destes experimentos
indicaram que a fitase aumenta a utilização do fósforo em dietas à base de milho e
farelo de soja com baixo fósforo disponível (0,15%) ou mantém constante em dietas
com 0,10%, suportando bem a produção de ovos da 20ª até a 70ª semana de idade.
Freitas et al., (2000) não observaram diferença significativa entre os tratamentos
para a variável ganho de peso, porém foi possível observar que aves submetidas à
dieta com 2850kcalEM/kg, suplementadas com um complexo enzimático composto
por uma mistura de alfa-amilase, xilanase e proteases, apresentaram ganho de peso
3,51% acima do peso apresentado pelas aves que consumiram essa mesma dieta
sem suplementação enzimática. Já as aves submetidas à dieta com 2750kcalEM/kg,
suplementadas com enzimas, apresentaram ganho de peso 10,38% superior ao
apresentado pelas aves que consumiram essa mesma dieta sem suplementação
enzimática. Os autores sugerem que a suplementação enzimática das dietas foi
capaz de contribuir para maior ganho de peso, devido à melhora na digestibilidade
dos nutrientes da dieta. As aves submetidas à dieta com 2750kcalEM/kg, sem
38
suplementação enzimática, apresentaram ganho de peso 7% abaixo daquele
apresentado pelas aves que receberam a dieta com 2850kcalEM/kg, sem
suplementação enzimática, indicando que a redução de 3,5% no teor energético da
dieta, embora, não tenha tido nenhum efeito sobre o desempenho produtivo das
aves, foi capaz de reduzir o ganho de peso das mesmas. A adição de enzimas à
dieta com 2750kcalEM/kg foi capaz de reverter a redução no ganho de peso
verificada. No mesmo experimento, os autores também não verificaram diferença
significativa sobre a produção de ovos, medida por meio da porcentagem de postura
(ave/dia), demonstrando que a redução de 3,5% da energia não foi suficiente para
que houvesse redução na produção de ovos. Assim, essa diminuição no nível de
energia não foi suficiente para se constatar o efeito da adição de enzimas em dietas
que, pelo baixo nível de energia, possam vir a diminuir a produção de ovos, devido à
limitação da capacidade de consumo da ave. Os resultados obtidos indicam que a
suplementação enzimática das dietas não teve efeito sobre a produção de ovos.
Demonstraram ainda que os tratamentos não afetaram significativamente o peso dos
ovos, tão pouco influenciaram de forma significativa o consumo de ração (83,58;
84,24; 84,85 e 84,09g/ave/dia). O mesmo experimento demonstrou ainda que não
houve diferença entre os tratamentos, indicando que a suplementação enzimática,
não foi capaz de melhorar a conversão alimentar das poedeiras.
Trabalhando com o mesmo complexo enzimático, Ny et al., (1998) utilizando alta
e média energia em dietas à base de milho e farelo de soja, observaram que a
adição de enzimas às dietas não afetou os resultados produtivos, porém ocasionou
maior crescimento das aves, reflexo de melhoria na digestibilidade dos nutrientes. A
suplementação enzimática em uma dieta com densidade nutricional reduzida em
5%, em relação a uma dieta padrão, promoveu restabelecimento do nível de
produção de ovos, igualando-se ao obtido para a dieta padrão de alta densidade
nutricional, que funcionou como controle. No entanto, a redução de 3% no valor
energético da dieta não influenciou o peso dos ovos. Os mesmos autores, em
trabalhos subseqüentes, verificaram que com uma redução de 5% na energia
metabolizável, na proteína bruta e no teor de aminoácidos da dieta, ocorreu
diminuição no peso dos ovos. Porém, no experimento seguinte com a mesma
redução não ocorreu variações no peso dos ovos. Submetendo as aves a uma dieta
com redução de 3% no valor energético da dieta os autores não encontraram
alterações significativas no consumo de ração. Mencionam também que quando
39
ocorreu uma redução de 5% das especificações nutricionais, não ocorreram
diferenças significativas no consumo. Quando as dietas foram suplementadas com
enzimas, aquelas com menor densidade nutricional proporcionaram redução
numérica na quantidade de ração consumida.
Jalal e Scheideler (2001), estudando o efeito da suplementação de duas fontes
de fitase em poedeiras com idade de 40 a 60 semanas, submetidas a dietas com
vários níveis de fósforo não fítico, verificaram que a suplementação com fitase
exerce efeito significativo sobre o consumo de ração, conversão alimentar e massa
de ovo. A massa de ovo foi significativamente superior quando aves consumiam
dietas com fitase comparado com dieta basal com baixo fósforo. A suplementação
com fitase aumenta a digestibilidade do cálcio e do fósforo em vários níveis e em
dietas normais à base de milho e farelo de soja, aumentando também o consumo de
ração, conversão alimentar, massa do ovo e conduziu a uma resposta positiva em
relação à qualidade da casca e componentes do ovo nas dietas com baixo fósforo.
Lim et al., (2003) trabalhando com poedeiras ISA Brown com 21 a 41 semanas
de idade, utilizando dois níveis de cálcio (3,0 e 4,0%), dois níveis de fósforo não
fítico (0,15 e 0,25%) e dois níveis de fitase (0 e 300FTU/kg de dieta), constataram
que a suplementação de fitase melhorou a produção de ovos, diminuiu a taxa de
ovos trincados, de casca mole e a excreção de fósforo. No entanto os efeitos da
suplementação são modificados significativamente pelo nível de cálcio e fósforo não
fítico.
Ceylan et al., (2003) utilizando cinco níveis de fósforo (0,40; 0,35; 0,30; 0,25 e
20% + 300FTU/kg de dieta) em poedeiras Hy-Line W36, com idade entre 20 e 40
semanas de idade, verificaram que a massa de ovo diminuiu significativamente,
quando o fósforo da dieta diminuiu, porém dieta com 0,20% + fitase apresentou
massa de ovo igual aos tratamentos que continham 0,35 e 0,40% de fósforo. A
gravidade específica não foi afetada pelos tratamentos. Com relação à produção de
ovos, os autores não encontraram diferenças significativas quando a dieta com baixo
fósforo recebeu suplementação de fitase.
Trabalhando com poedeiras, Sohail et al., (2003) avaliaram um complexo
enzimático com xilanase, amilase e protease, em que as aves receberam uma dieta
baseada em milho e farelo de soja. Constataram que com o uso do complexo
enzimático ocorreu melhora na utilização da energia e lisina, tendo uma influência
sobre a produção de ovos, consumo de ração e peso corporal das aves.
40
Em experimento conduzido por Qiugang et al., (2004) acompanhando o
desempenho das aves e a disponibilidade de fósforo em dietas para poedeiras,
através da adição 200g/t de Allzyme
®
SSF ao tratamento controle negativo,
verificaram que não houve efeito significativo sobre os parâmetros produtivos, tais
como no percentual de postura, peso do ovo e conversão alimentar.
Noerbauer et al., (2005a) ao avaliarem o desempenho produtivo de poedeiras
semi-pesadas, alimentadas com diferentes níveis de cálcio, suplementadas com
fitase, verificaram que a ampla variação de cálcio dietético não afetou o peso
corporal, indicando que a fitase pode ser utilizada na formulação de dietas de
poedeiras com níveis de cálcio entre 2,4 e 4,2%. Os mesmos autores mencionam
ainda que Komegay (1996), verificou aumento no peso corporal de poedeiras
alimentadas com 300FTU e que Rodrigues et al., (2003) pesquisando os efeitos dos
níveis de cálcio, não observaram variações na postura quando aves Hisex Brown
receberam dietas com 2,5 ou 3,5% de cálcio, suplementadas com fitase.
Na condução de seu experimento, Brake (1990) constatou melhoria na produção
de ovos, quando matrizes receberam dietas à base de milho e farelo de soja,
suplementadas com um complexo enzimático.
Também trabalhando com matrizes de corte, para everiguar a contribuição da
fitase sobre a metabolização da energia, aminoácidos, cálcio e fósforo da dieta,
Fernandes et al., (2005) concluíram que quando as dietas foram suplementadas com
fitase não houve efeito sobre o peso corporal das aves, peso dos ovos e a taxa de
postura. Os autores enfatizam que ocorreu a valorização plena da matriz nutricional
preconizada para a fitase, atendendo satisfatoriamente as exigências das aves, sem
causar nenhum prejuízo zootécnico.
Plumstead et al. (2005) trabalharam também com matrizes de corte, para
verificar o efeito da dieta com baixos níveis de fósforo não fítico, com suplementação
de fitase sobre o desempenho das aves. Constataram que com níveis abaixo de
0,37% de fósforo não fítico ocorre redução da fertilidade e quando removido todo o
fósforo inorgânico da dieta com a adição de fitase, ocorreu redução de 42% da
excreção de fósforo fecal e aumento da produção de ovos e da eficiência alimentar.
Casarteli et al., (2003) testando diferentes níveis de fósforo e da enzima fitase
sobre o desempenho de poedeiras, observaram diferença significativa somente para
o peso médio dos ovos.
41
Costa et al., (2004) ao conduzirem um experimento com poedeiras de ovos de
casca marrom, avaliaram o efeito da redução dos níveis de fósforo disponível da
ração de 0,373% para 0,307% e 0,203% e o aumento dos níveis de fitase de 0%
para 0,01% e 0,02%, sendo 0; 500 e 1000FTU/kg, respectivamente, sobre o
desempenho e a qualidade interna e externa dos ovos de 324 aves. Os autores ao
longo do trabalho avaliaram o consumo de ração, a produção de ovos, o peso dos
ovos, a massa de ovo e a conversão por massa de ovo. Não verificaram efeito de
interação entre os níveis de fósforo disponível e os níveis de fitase. Do mesmo
modo, não houve efeito dos tratamentos sobre as variáveis estudadas, exceto da
conversão alimentar pela massa de ovo, que apresentou uma melhora linear.
Liebert et al., (2005) conduziram dois experimentos com poedeiras da linhagem
Lohmann Brown para avaliar a desempenho das aves e utilização de nutrientes com
dietas à base de milho, farelo de soja e farelo de trigo com baixo fósforo,
suplementadas com 300FTU/kg de dieta. Observaram no experimento com farelo de
soja que não houve diferença significativa na mortalidade, consumo de ração,
produção de ovos e peso do ovo. Os minerais da tíbia foram afetados
significativamente com a adição de fitase. Nas dietas com baixo fósforo houve
diferença significativa com relação a taxa de conversão alimentar. No experimento,
com o trigo, observaram apenas diferença significativa na conversão alimentar. Em
ambos os experimentos, a suplementação de fitase não mostrou diferenças com
relação a excreção, balanço em utilização de fósforo, utilização de nitrogênio e
energia.
Wu et al., (2006) trabalharam com poedeiras Hy-Line W36 testando duas fontes
de fitase e dois níveis de fósforo não fítico em dietas à base de milho e farelo de
soja, observaram que com a adição da fitase (duas fontes) à dieta deficiente em
fósforo (0,11%), ocorreu aumento significativo da produção e da massa de ovos,
porém, manteve se similar ao controle (0,38%). Também o consumo de ração foi
significativamente menor, nas dietas suplementadas com as duas fontes, quando
comparado ao controle. Quando realizado a suplementação da dieta com baixo
fósforo (0,11%), ocorreu também a redução de excreção de fósforo através das
fezes. Não houve diferenças significativas nos parâmetros estudados quando foram
comparadas as duas fontes.
Nunes et al., (2006a) trabalhando com o efeito da inclusão de complexo
enzimático (Allzyme
®
SSF) em dietas à base de milho, farelo de soja e farinha de
42
carne e ossos, sobre o desempenho de poedeiras semi-pesadas da linhagem Hisex
Brown com 57 semanas de idade, em relação ao consumo de ração, produção de
ovos, conversão alimentar por dúzia de ovo, massa de ovo e conversão alimentar
por massa de ovo, verificaram que não houve efeito significativo para as variáveis de
desempenho produtivo. Os tratamentos constaram da inclusão de 150g/t do
complexo enzimático, na dieta basal das aves e estimação de níveis decrescentes
de liberação de energia. Os autores consideram que embora o complexo enzimático
não tenha influenciado o desempenho das poedeiras, recomendam a sua utilização,
tendo em vista que ele contribui para disponibilizar a energia.
Nunes et al., (2006b) avaliaram o desempenho produtivo de poedeiras semi-
pesadas Hisex Brown com 58 semanas de idade, suplementadas com complexo
enzimático (Allzyme
®
SSF) em dietas à base de milho e farelo de soja. As variáveis
avaliadas foram o consumo de ração, produção de ovos, conversão alimentar por
dúzia de ovo, massa de ovo e conversão alimentar por massa de ovo. Os
tratamentos constaram da inclusão de 150g/t do complexo enzimático à dieta basal
das aves e estimação de níveis decrescentes de liberação de energia. Verificaram
os autores, que ocorreu efeito significativo apenas para a variável conversão
alimentar por massa de ovos no 1º ciclo e o complexo enzimático estatisticamente
não influenciou o desempenho das poedeiras. Concluíram que é conveniente a
utilização do Allzyme
®
SSF, em função de que realmente há valorização da energia.
Com o objetivo de verificar o efeito da adição de um complexo enzimático natural
(Allzyme
®
SSF) em dietas vegetarianas, sobre o desempenho produtivo de poedeiras
comercias, RossiI et al., (2006a) utilizaram 144 poedeiras da linhagem Hy-Line W36
com 50 a 54 semanas de idade, e mensuraram o consumo de ração, produção de
ovos, conversão alimentar por dúzia de ovo, massa de ovo e a conversão alimentar
por massa de ovo. Os tratamentos constavam de dois níveis de inclusão de
Allzyme®SSF (0 e 150g/t) adicionados na dieta basal de aves e duas categorias de
peso (aves leves, <1500g e aves pesadas, >1500g). Os autores verificaram que não
houve efeito do Allzyme
®
SSF sobre as variáveis analisadas. Puderam então concluir
que, o complexo enzimático, não melhorou o desempenho de poedeiras de 50 a 54
semanas de idade.
Rossi et al., (2006b) utilizaram-se das mesmas aves, porém com 54 a 58
semanas de idade, utilizando os mesmos tratamentos, para verificar o efeito de um
complexo enzimático natural (Allzyme
®
SSF), em dietas à base de milho e farelo de
43
soja, sobre o consumo de ração, produção de ovos, conversão alimentar por dúzia
de ovo, massa de ovo e a conversão alimentar por massa de ovo. Verificaram os
autores que, não houve efeito do Allzyme
®
SSF sobre as variáveis analisadas, com
exceção do consumo de ração. Concluíram desta forma que o complexo enzimático
não melhorou o desempenho de poedeiras.
Continuando seus estudos com o mesmo grupo de aves, com idade entre 58 a
62 semanas, utilizando-se dos mesmos tratamentos, Rossi et al., (2006c) avaliaram
o desempenho das mesmas, através do fornecimento de dietas vegetarianas com a
adição de um complexo enzimático natural (Allzyme
®
SSF). Foram mensurados o
consumo de ração, produção de ovos, conversão alimentar por dúzia de ovo, massa
de ovo e a conversão alimentar por massa de ovo. Constataram que não houve
efeito do Allzyme
®
SSF sobre as variáveis analisadas. Concluíram desta forma que, o
complexo enzimático, não melhorou a qualidade de ovos de poedeiras com 58 a 62
semanas de idade.
Rossi et al., (2006d) estudaram o efeito da suplementação de dois complexos
enzimáticos (Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro) em dietas à base de milho, farelo de
soja e farinha de carne e ossos, para poedeiras Hy-Line W36 com 60 semanas de
idade, sobre o consumo de ração, produção de ovos, conversão alimentar por dúzia
de ovo, massa de ovo e a conversão alimentar por massa de ovo. Os tratamentos
constavam da inclusão de 150g/t de Allzyme
®
SSF e 500g/t de Allzyme
®
Vegpro
adicionados à dieta basal das aves, que foi reformulada para estimar a
valorizaçãode energia e de proteína liberada pelas enzimas. Ao final do
experimento, observaram os autores que não houve efeito significativo dos
tratamentos sobre as variáveis analisadas, demonstrando que os complexos
enzimáticos Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro valorizam a energia e a proteína
necessária para melhorar o desempenho produtivo das aves em dietas
reformuladas. Concluíram então que o Allzyme
®
SSF e o Allzyme
®
Vegpro
melhoraram o desempenho de poedeiras quando alimentadas com dietas
reformuladas.
2.4 – Parâmetros de qualidade
2.4.1 – Qualidade interna do ovo
O ovo é um alimento completo e equilibrado em nutrientes, sendo uma fonte de
proteína de baixo valor econômico, podendo contribuir na melhoria das dietas de
44
famílias de baixa renda (LEANDRO et al., 2005). Para que todo esse potencial
nutritivo seja otimizado pelo homem, precisa ser preservado durante o período de
comercialização, uma vez que podem transcorrer semanas entre o momento da
postura e a sua aquisição e preparo.
Para Moreng e Avens (1990, citado por LEANDRO et al., 2005), quanto maior for
o período entre a postura e a comercialização, pior será a qualidade interna dos
ovos, já que, após a postura, eles perdem qualidade de maneira contínua,.
Para que possa ser mantida a qualidade interna do ovo, durante um período
maior, e preservado o seu valor nutritivo, aspecto importante a considerar, é a sua
refrigeração nos pontos de comercialização (Souza et al.,1997; Seleim e El-Prince
2000; Carvalho et al., 2003a, citados por LEANDRO et al., 2005). O ovo refrigerado
desde a postura tem validade de até 60 dias. Sem refrigeração, no entanto, a
validade máxima de um ovo em temperatura ambiente varia de quatro dias segundo
Ahn et al., (1981 citado por LEANDRO et al., 2005) até 15 dias para Oliveira (2000,
citado por LEANDRO et al., 2005). Na realidade, sem refrigeração desde a postura o
tempo de manejo impede que o ovo chegue fresco aos pontos de venda. O
problema do ovo é que, com o tempo, suas estruturas físico-químicas, que impedem
a contaminação interna, sofrem modificações que, por sua vez, propiciam mudanças
na qualidade do produto. Esse fato atrapalha a absorção adequada do ovo pelo
organismo humano.
O parâmetro mais usado para expressar a qualidade interna do ovo é a unidade
Haugh. HAUGH, em1937, verificou que a qualidade do ovo varia com o logaritmo da
altura da clara espessa. Sendo assim, ele desenvolveu um fator de correção para o
peso do ovo, que multiplicado pelo logaritmo da altura da clara espessa, corrigida
por 100, resultou na unidade Haugh (BRANT et al., 1951). A unidade Haugh é uma
expressão matemática que correlaciona o peso do ovo com a altura da clara
espessa.
O uso da unidade Haugh tem sido, geralmente, aceito como uma medida da
qualidade do albúmen em diversas pesquisas sobre a qualidade de ovos (EISEN et
al., 1962). Essa medida, no entanto, tem pouca relação com parâmetros da
qualidade nutricional (Sauver, citado por SILVERSIDES et al., 1993). Seu uso é
universal devido à facilidade da aplicação e à alta correlação com a aparência do
ovo quando aberto numa superfície plana.
45
O valor da unidade Haugh, de ovos frescos, diminui com o aumento da idade da
galinha poedeira (CUNNINGHAM et al., 1960; FLETCHER et al., 1981, 1983). Com o
envelhecimento da galinha ocorre aumento no tamanho dos ovos (EISEN et al.,
1962). A composição da ração e a linhagem da galinha podem afetar o escore da
unidade Haugh. A qualidade do ovo é medida para descrever as diferenças
existentes na produção de ovos frescos em função das características genéticas,
das dietas e dos fatores ambientais, aos quais as galinhas são submetidas, ou
também para descrever a deterioração na qualidade do ovo, durante o período de
armazenamento, em função das condições de armazenamento (ALLEONI e
ANTUNES, 2001).
Em seu experimento Vieira et al., (2001) além de constatarem que os
parâmetros de qualidade de casca não foram influenciados pelos tratamentos,
verificaram que houve um aumento linear com relação à unidade Haugh, à medida
que se elevaram os níveis de fitase da ração.
Em trabalho conduzido por Qiugang et al., (2004) testando o desempenho e
disponibilidade de fósforo em poedeiras, adicionando 200g/t de Allzyme
®
SSF ao
tratamento controle negativo, verificaram diferença significativa com relação a
coloração da gema e unidade Haugh.
Noerbauer et al., (2005b) estudando o efeito da fitase, em aves da linhagem
UFSM-V, para verificar o efeito da enzima e de níveis de cálcio sobre a qualidade
externa e interna de ovos de poedeiras semi-pesadas, constataram que a ação da
fitase foi restringida pelo baixo nível de cálcio da dieta e que, na linhagem em
estudo, o nível de 4,2% de cálcio provocou redução na unidade Haugh e redução na
altura do albúmen. O nível de 2,4% de cálcio apresentou menor densidade quando a
enzima foi adicionada. Lim et al., (2003), indicam que os efeitos da suplementação
de fitase são significativamente modificados pelos níveis de cálcio e de fósforo fítico,
ao avaliarem o fornecimento de 3,0 e 4,0% de cálcio, e verificaram que, no segundo
período de teste, o maior nível de cálcio proporcionou uma unidade Haugh inferior.
Rossi et al., (2006e) avaliaram o efeito de dois complexos enzimáticos
(Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro) em dietas à base de milho, farelo de soja e farinha
de carne e ossos para poedeiras Hy-Line W36. Os tratamentos constaram da
inclusão de 150g/t de Allzyme
®
SSF e 500g/t de Allzyme
®
Vegpro. Verificaram os
autores que não houve efeito significativo dos tratamentos sobre unidade Haugh,
demonstrando que o Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro, valorizam a energia e a
46
proteína, necessária para melhorar a qualidade interna de ovos de poedeiras
alimentadas com dietas reformuladas. Concluíram então que o Allzyme
®
SSF e o
Allzyme
®
Vegpro melhoram a qualidade interna dos ovos.
Trabalhando agora somente com Allzyme
®
SSF, Rossi et al., (2006f) utilizaram-se
de 144 poedeiras da linhagem Hy-Line W36 com 50 a 62 semanas de idade, para
verificar o efeito de um complexo enzimático natural, adicionado a dietas à base de
milho e farelo de soja, sobre a unidade Haugh. Os tratamentos foram constituídos de
dois níveis de inclusão de Allzyme
®
SSF (0 e 150g/t) e duas categorias de peso (aves
leves, <1500g e aves pesadas, >1500g). Constataram os autores que houve efeito
significativo, do Allzyme
®
SSF sobre esta variável aos 28 dias, porém, não foi
observado o mesmo para os demais períodos de avaliação. Concluíram então que, o
complexo enzimático, não melhorou a qualidade de ovos de poedeiras.
Nunes et al., (2006c) utilizaram 448 poedeiras da linhagem Hisex Brown, com 58
semanas de idade, para avaliar o efeito da inclusão do complexo enzimático
(Allzyme
®
SSF), em dietas à base de milho e farelo de soja, sobre a unidade Haugh.
Os tratamentos sofreram a inclusão de 150g/t do complexo enzimático, com
estimação de níveis decrescentes de liberação de energia, resultando em seis
tratamentos. Concluíram que o Allzyme
®
SSF não influenciou a unidade Haugh mas
verificaram que com a sua inclusão, em dietas para poedeiras à base de milho e
farelo de soja, ocorre a valorização da energia. Em continuidade aos seus estudos
Nunes et al., (2006d) mensuraram o efeito da inclusão de 150g/t do complexo
enzimático (Allzyme
®
SSF), em dietas de poedeiras semi-pesadas à base de milho,
farelo de soja e farinha de carne e ossos, sobre a unidade Haugh. Verificaram que
não houve efeito significativo sobre esta variável.
Em outro trabalho, Nunes et al., (2006e) utilizaram 387 poedeiras da linhagem
Hisex Brown com 57 semanas de idade, com o objetivo de averiguar o efeito de
dietas à base de milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos, suplementadas
com complexo enzimático (Allzyme
®
SSF), sobre a qualidade internas do ovo. Os
tratamentos receberam a inclusão de 150g/t do complexo enzimático com estimação
de níveis decrescentes de liberação de energia, resultando em seis tratamentos. As
variáveis estudas foram a altura do albúmen, cor e peso da gema e peso do
albúmen. Verificaram que não ocorreu efeito significativo sobre as variáveis e
concluíram que o complexo enzimático influencia a qualidade dos ovos e julgaram
47
que é conveniente a utilização de Allzyme
®
SSF como parte integrante das dietas
para poedeiras, acreditando que realmente há valorização da energia.
Utilizando-se de dietas vegetarianas, Nunes et al., (2006f) avaliaram o efeito da
inclusão do complexo enzimático (Allzyme
®
SSF) na dieta de poedeiras semi-
pesadas da linhagem Hisex Brown com 58 semanas de idade, sobre a qualidade
interna do ovo. Os tratamentos tiveram a inclusão de 150g/t do complexo enzimático
na dieta basal das aves, com estimação de níveis decrescentes de liberação de
energia, resultando em seis tratamentos. Foram mensurados a altura do albúmen,
cor e peso da gema. Observaram que ocorreu efeito significativo para a variável cor
da gema apenas no 4º ciclo. Concluíram então que o complexo enzimático não
influencia a qualidade do ovo. Aconselham a utilização do complexo enzimático em
função de sua capacidade de valorização da energia da dieta.
Utilizando-se do mesmo complexo enzimático, Rossi et al., (2006g) avaliaram o
efeito da adição deste em dietas à base de milho e farelo de soja para 504 poedeiras
da linhagem Hy-Line W36 com 50 a 54 semanas de idade, submetendo-as a dietas
com dois níveis de inclusão de Allzyme
®
SSF (0 e 150g/t) em duas categorias de
peso. As variáveis estudadas foram a cor da gema, altura da albúmen, peso da
albúmen e o peso gema. Verificaram que houve efeito, do complexo enzimático,
sobre a altura da clara, não havendo portanto, sobre as demais variáveis.
Concluíram desta forma que o Allzyme
®
SSF melhora a altura do albúmen.
Em trabalho subseqüente, Rossi et al., (2006 h) conduziram um experimento,
para avaliar a qualidade de ovos de poedeiras comerciais Hy-Line W36 com 54 a 58
semanas de idade, alimentadas com dietas à base de milho e farelo de soja,
contendo complexo enzimático natural. Submeteram as aves a dietas com dois
níveis de inclusão de Allzyme
®
SSF (0 e 150g/t) em duas categorias de peso. Foram
mensurados a cor da gema, altura do albúmen, peso do albúmen e o peso da gema.
Observaram os autores que houve efeito significativo do Allzyme
®
SSF sobre a cor e
o peso da gema. Concluíram então que o complexo enzimático, melhora a altura do
albúmen e a cor da gema.
Prosseguindo seus estudos com poedeiras, Rossi et al., (2006i) avaliaram o
efeito de um complexo enzimático natural (Allzyme
®
SSF) em dietas vegetarianas
para poedeiras da linhagem Hy-Line W36 com 58 a 62 semanas de idade. Testaram
dietas com dois níveis de inclusão de Allzyme
®
SSF (0 e 150g/t) em aves de dois
categorias de peso. Averiguaram o efeito sobre a cor da gema, altura da albúmen,
48
peso da albúmen e o peso da gema. Verificaram então que não houve efeito do
complexo enzimático sobre as variáveis analisadas, com exceção da altura do
albúmen. Puderam, desta maneira, concluir que o Allzyme
®
SSF melhora a altura de
albúmen e a cor da gema.
Utilizando poedeiras da linhagem Hy-Line W36 com 70 a 78 semanas de idade,
para testar dois complexos enzimáticos (Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro), em dietas
à base de milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos, com a inclusão de 150g/t
de Allzyme
®
SSF e 500g/t de Allzyme
®
Vegpro, em dietas basais reformuladas, para
estimar a valorização de energia e proteína liberada pelas enzimas, RossiI et al.,
(2006j) estudaram o efeito destes, sobre a cor da gema, altura do albúmen, peso da
albúmen e o peso gema. Concluíram que os complexos enzimáticos Allzyme
®
SSF e
Allzyme
®
Vegpro melhoram a qualidade dos ovos.
O aspecto coloração da gema foi abordado por Pedroso (1999) que encontrou
valores ao redor de sete, no leque colorimétrico de Roche, para gemas de ovos
encontrados no mercado.
Fireman et al., (2000) trabalhando com a inclusão de farelo de arroz
desengordurado e três níveis de fitase (0, 300 ou 600UFA/kg) em dietas de
poedeiras, constataram que o nível de 300UFA/kg de dieta intensificou a cor da
gema em dietas contendo 0 a 20% de farelo de arroz desengordurado.
Faria (2002) testando um complexo enzimático composto por celulase, xilanase
e glucanase em dietas com níveis crescentes de farelo de trigo sobre o desempenho
de poedeiras ISA-Brown, verificou que a suplementação enzimática apresentou
benefício sobre a coloração da gema em dietas em até 30% de farelo de trigo.
2.4.2 – Qualidade externa do ovo
A qualidade da casca dos ovos pode afetar tanto a avicultura de postura, com
perdas na produção de ovos, quanto a avicultura de corte, com queda na taxa de
eclosão dos ovos destinados à incubação (NORTH e BELL, 1990). Ceular e Moreno
(1998) citam que a falta de qualidade da casca do ovo causam perdas econômicas,
em todos os países do mundo, ficando em torno de 6 a 8% do total de ovos
produzidos. Estas perdas são principalmente devido à rupturas da casca durante a
manipulação, reduções da incubabilidade e morte embrionária e por último devido a
barreira insuficiente para impedir a penetração de microrganismos no interior do ovo,
causando três vezes mais contaminação quando comparado com um ovo com boa
49
casca. A possibilidade de ruptura da casca pode ocorrer no momento da postura,
com uma incidência de 3,5%, durante a manipulação, em média 3,7% podendo
oscilar entre 1 e 11% e no transporte 1%. Para os autores qualidade da casca,
refere-se a resistência da mesma a sua ruptura e que pode ser influenciada por
fatores nutricionais, de manejo, genéticos e outros, como raça, idade, estação do
ano e patológicos. Os métodos utilizados para medir a qualidade da casca podem
ser divididos em métodos diretos e indiretos, em que os métodos diretos baseiam-se
na ruptura do ovo e os indiretos têm a vantagem de que o ovo não perde sua
integridade, podendo-se fazer uso do mesmo para comercialização ou incubação. A
espessura da casca refere-se ao ponto eleito para ser realizada a medida, sendo a
mesma, mais grossa no pólo agudo e mais fino na porção intermediária e citam,
ainda que o peso da casca do ovo pode variar de 3,5 a 6g. Os mesmos autores
referem-se a gravidade específica, que segundo eles, pode ser determinada através
do princípio de Arquimedes e pela técnica de flutuação dos ovos em soluções
crescentes de concentração salina, sem diferenças significativas.
A medida da gravidade específica do ovo é provavelmente uma das técnicas
mais comumente usadas para determinar a qualidade da casca do ovo devido a sua
rapidez, praticidade e baixo custo. A técnica baseia-se no princípio da flutuação,
onde os ovos são imersos em recipiente contendo soluções salinas em ordem
crescente de densidade. Considera-se a densidade do ovo a solução na qual ele
flutua (HAMILTON, 1982). Olsson, em 1934, foi o primeiro pesquisador a relatar que
a gravidade específica dos ovos apresenta relação direta com o percentual de
casca, podendo ser utilizada como método indireto na determinação da qualidade da
casca. A gravidade específica é uma estimativa da quantidade de casca depositada
que é relacionada com a porcentagem de casca. Para Olsson (1934 citado por
SECHINATO, 2003), quando a gravidade específica aumenta, a resistência à quebra
da casca também aumenta.
Abdallah et al. (1993), estudando a relação entre a porcentagem de ovos
quebrados e a gravidade específica, observaram que a porcentagem de ovos
trincados decresce com o aumento da gravidade específica, resultando em uma
correlação negativa (r = -0,96) entre as variáveis. Segundo os autores, para cada
aumento de 0,001 na gravidade específica, a percentagem de ovos quebrados
decresceu em 1,266%.
50
De acordo com Furtado et al., (2001) para avaliar a qualidade da casca, a
medição do peso específico é suficiente, podendo a mesma ser utilizada
rotineiramente por parte de produtores e pesquisadoras.
Borramann et al., (2001) conduzindo um experimento com o objetivo de verificar
o efeito de níveis de fósforo disponível sobre a qualidade dos ovos de poedeiras,
suplementadas ou não com fitase, verificaram que dietas suplementadas resultaram
em pior espessura de casca (0,359mm), comparada com as que não receberam
suplementação (0,368mm). Estudos com fósforo disponível demonstram que à
medida que o nível aumenta, a espessura da casca diminui.
Hamilton e Sibbald (1977 citados por BORRMANN et al., 2001), mencionam que
a redução do nível de fósforo dietético com o avanço da idade da ave melhora a
qualidade da casca do ovo. Daghir et al., (1985 citados por BORRMANN et al.,
2001), observaram melhor espessura de casca quando a dieta continha níveis iguais
ou inferiores a 0,35% de fósforo disponível. Com o uso da fitase há um aumento da
biodisponibilidade do fósforo e, conseqüentemente, dos níveis de fósforo usados nas
rações, podendo assim, piorar a qualidade da casca. Ainda no mesmo trabalho,
Borramann et al., (2001), verificaram que a gravidade específica foi afetada apenas
pela idade das aves, com variações entre 1080 e 1085. Da mesma forma, Frost e
Roland (1991 citado por BORRMANN et al., 2001), também não observaram efeito
dos níveis de fósforo disponível sobre o peso específico dos ovos. Verificaram ainda
no mesmo estudo que houve efeito dos níveis de fósforo disponível sobre a
qualidade interna do ovo. Ocorreu também interação significativa entre os períodos e
fitase, bem como um efeito quadrático foi encontrado ao se variarem os níveis de
fósforo nas rações, cujo nível de 0,29% foi melhor, correspondendo a um valor de
unidade Haugh de 92,25. Para os autores, as dietas não suplementadas com fitase
tiveram um valor de unidade Haugh superior às suplementadas com fitase.
Trabalho conduzido por Kaminska et al., (1995) testando níveis de fósforo
disponível (0,25; 0,35; 0,45 e 0,55%) e a adição de Allzyme
®
SSF a um grupo de
poedeiras com dieta contendo 0,25% de fósforo disponível, verificaram um
incremento na espessura, peso e percentagem da casca e na gravidade específica.
Balander et al., (1997) conduzindo um experimento para verificar a gravidade
específica de ovos de poedeiras, utilizaram o Allzyme
®
SSF com valorizações de 20
e 40% em substituição a duas fontes de cálcio (calcáreo e farinha de ostras),
verificaram que com a adição do Allzyme
®
SSF é possível reduzir o fósforo disponível
51
em até 40%, sem afetar a gravidade específica do ovo. Verificaram ainda que todos
os valores de gravidade específica foram superiores a 1080, valor mínimo
considerado aceitável para o ovo comercial para resistir o processamento e o
transporte dos mesmos. Park (1986 citado por BALANDER et al., 1997), concluiu
também que com a adição do Allzyme
®
SSF não ocorreram variações significativas,
em relação à produção e qualidade de ovos, sob o ponto de vista comercial.
Helmich et al., (2000) observando a resposta de poedeiras à suplementação com
fitase, com diferentes níveis de energia e fósforo disponível total, constataram
diferenças significativas , indicando que dietas com níveis de 2700kcalEM/kg com
0,171% de fósforo disponível reduziram o consumo de energia e consumo de fósforo
em 7,8 e 60,8%, respectivamente e aumentaram o peso da casca e coloração da
gema em 3,4 e 17,4%, respectivamente e que a fitase adicionada às dietas reduziu o
peso da casca e aumentou o peso da clara.
Keshavarz (2000), avaliando as necessidades nutricionais de poedeiras, em
relação ao fósforo não fítico com ou sem a adição de enzimas, constatou que a
fitase aumenta a retenção de fósforo em 15%. Verificou ainda que não ocorreu
diferença significativa, em relação a gravidade específica, quando comparada a
dieta com baixo fósforo suplementado com fitase com o tratamento controle.
Vieira et al., (2001) conduzindo um experimento com poedeiras comerciais leves,
pós muda forçada, no segundo ciclo de postura, utilizando dois tipos de dietas, (1 –
Milho, farelo de soja, farelo de trigo e farelo de arroz integral; 2 – Milho e farelo de
soja) e 4 níveis de fitase (100, 200, 300 e 400FTU/kg), verificaram que os
parâmetros de qualidade de casca não foram influenciados pelos tratamentos.
Qiugang et al., (2004) testando o desempenho e disponibilidade de fósforo em
dietas de poedeiras, adicionando 200g/t de Allzyme
®
SSF ao tratamento controle
negativo, contendo níveis de fósforo fítico (0,18% abaixo) e de fósforo não fítico
(0,18% abaixo), verificaram que não houve efeito na espessura e resistência da
casca.
Ji et al., (2005) ao testarem o complexo enzimático (Allzyme
®
SSF), em dietas
com baixos níveis de energia metabolizável e fósforo para poedeiras, verificaram
que ao adicionar 200g/t nas dietas à base de milho e farelo de soja, é possível
reduzir em 0,15% o nível de fósforo disponível e em 100kcalEM/kg, sem
comprometer o desempenho das aves e a qualidade da casca do ovo.
52
Fernandes et al., (2005) trabalhando com matrizes de corte, avaliaram a
contribuição da fitase sobre a metabolização da energia, aminoácidos, cálcio e
fósforo da dieta, concluíram que a utilização da fitase em dietas para matrizes de
corte não afetou a gravidade específica. A valorização plena da matriz nutricional
preconizada para a fitase, estimada em 31,80kcalEM/kg de dieta; 0,10% de cálcio;
0,11% de fósforo; 0,135% de proteína bruta; 0,007% de lisina total; 0,001% de
metionina total e 0,008% de treonina total, atenderam satisfatoriamente as
exigências sem causar nenhum prejuízo zootécnico, podendo ser uma interessante
alternativa econômica a produção avícola.
Nunes et al., (2006e) utilizaram 387 poedeiras da linhagem Hisex Brown com 57
semanas de idade, com o objetivo de averiguar o efeito de dietas à base de milho,
farelo de soja e farinha de carne e ossos, suplementada com complexo enzimático
(Allzyme
®
SSF) sobre o peso do ovo, gravidade específica, peso e espessura da
casca. Os tratamentos tiveram a inclusão de 150g/t do complexo enzimático, sobre a
dieta basal das aves, estimando níveis decrescentes de liberação de energia,
resultando em seis tratamentos. Verificaram que não ocorreu efeito significativo,
sobre as variáveis estudadas, e concluíram que o complexo enzimático influencia a
qualidade dos ovos de poedeiras. Através dos resultados obtidos julgam que é
conveniente a utilização de Allzyme
®
SSF como parte integrante das dietas para
poedeiras, acreditando que realmente há valorização da energia.
Trabalhando com dietas vegetarianas, Nunes et al., (2006f) avaliaram o efeito da
inclusão do complexo enzimático (Allzyme
®
SSF) para poedeiras semi-pesadas da
linhagem Hisex Brown com 58 semanas de idade sobre a qualidade externa do ovo.
Os tratamentos continham a inclusão de 150g/t do complexo enzimático na dieta
basal das aves, estimando-se níveis decrescentes de liberação de energia,
resultando em seis tratamentos. Foram mensurados a gravidade específica, peso e
espessura da casca. Observaram efeito significativo para a variável gravidade
específica apenas no 1º ciclo. Concluíram os pesquisadores que o complexo
enzimático não influencia na qualidade do ovo. Aconselham a utilização do
complexo enzimático em função de sua capacidade de valorização da energia da
dieta.
Utilizando-se do mesmo complexo enzimático e utilizando dois níveis de inclusão
(0 e 150g/t) na dieta basal das aves e em duas categorias de peso, Rossi et al.,
(2006g) avaliaram o efeito da adição deste complexo em dietas para 504 poedeiras
53
da linhagem Hy-Line W36 com 50 a 54 semanas de idade. As variáveis estudadas
foram a gravidade específica, peso dos ovos, peso da casca e espessura da casca.
Através da análise da variância dos dados, verificaram que não houve efeito do
complexo sobre as variáveis estudadas.
Em trabalho subseqüente, utilizando dois níveis de inclusão de Allzyme
®
SSF (0 e
150g/t) adicionados na dieta basal de aves em duas categorias de peso, Rossi et al.,
(2006h) conduziram um experimento para avaliar a qualidade de ovos de poedeiras
comerciais Hy-Line W36 com 54 a 58 semanas, alimentadas com dietas à base de
milho e farelo de soja. Foram medidos a gravidade específica, peso dos ovos, peso
e espessura da casca. Observaram ao final do experimento que não houve efeito
significativo, do Allzyme
®
SSF sobre as variáveis estudadas.
Prosseguindo seus estudos com poedeiras, Rossi et al., (2006i) avaliaram o
efeito de um complexo enzimático natural (Allzyme
®
SSF) em dietas vegetarianas
para poedeiras, da linhagem Hy-Line W36 com 58 a 62 semanas de idade, sobre a
gravidade específica, peso dos ovos, peso casca e a espessura da casca. As aves
foram submetidas a dietas com dois níveis de inclusão (0 e 150g/t) na dieta basal
em duas categorias de peso corporal. Através da análise dos dados verificaram que
não houve efeito significativo, do Allzyme
®
SSF sobre as variáveis estudadas.
2.5 – Concentração de cinzas nos ossos
Nelson et al., (1971) demonstraram que ao adicionar fitase em uma dieta de
frangos de corte melhorou a utilização de fósforo fítico, baseando-se no conteúdo de
cinzas dos ossos.
Sebastian et al., (1998) demonstraram que a utilização de fitase aumenta o
conteúdo de cinzas dos ossos, o peso corporal e a largura da tíbia dos frangos.
Carlos e Edwards (1998) conduziram dois experimentos, para investigar o efeito
da suplementação de fitase (600FTU/kg de dieta) e 5µg de 1,25-(OH)
2
D
3,
em dietas
à base de milho e farelo de soja para poedeiras. Constataram que a fitase exerceu
efeito positivo significativo sobre as cinzas da tíbia e retenção de fósforo. Os autores
observaram ainda que no primeiro experimento com a adição da fitase e vitamina D
ou combinados, ocorreu prevenção do rápido decréscimo na produção de ovos,
causado pelo Mycoplasma gallisepticum, observada em galinhas que receberam
dieta basal, fato não ocorrido no segundo experimento. Não foram observadas
diferenças significativas em ambos os experimentos, no que se refere ao peso do
54
ovo e a gravidade específica. Constataram ainda que o ganho de peso e o conteúdo
de cinzas da tíbia pode ser aumentado ao administrar-se 600FTU/kg em uma dieta
contendo 0,1% de fósforo não fítico. Os resultados mostraram claramente que a
fitase e a vitamina D podem ser usadas para aumentar a utilização de fósforo pelas
poedeiras.
Zyla et al., (1999) registraram que a administração de uma dieta, à frangos de
corte, com fitase proporcionou o aumento do conteúdo de cinzas nos ossos.
Conte et al., (2003) testando o efeito do uso das enzimas, fitase e xilanase, no
desempenho e deposição óssea de minerais em frangos de corte alimentados com
dietas contendo 15% de farelo de arroz, baixo fósforo disponível e sem
suplementação inorgânica de ferro, cobre, zinco e manganês, verificaram que a
adição de fitase em dietas com 15% de farelo de arroz integral, permite redução na
suplementação inorgânica de fósforo, ferro, cobre, zinco e manganês, sem afetar o
desempenho das aves. A fitase aumenta o teor de cinzas e fósforo na tíbia, porém
não afeta a deposição de ferro, cobre, zinco e manganês. A utilização da enzima
xilanase melhora a conversão alimentar das aves.
Qiugang et al., (2004) testando Allzyme
®
SSF no desempenho e disponibilidade
de fósforo em poedeiras, verificaram que não houve efeito significativo, sobre o
comprimento e resistência da tíbia, peso das cinzas e conteúdo de cálcio da tíbia. O
conteúdo de fósforo da tíbia do tratamento controle negativo foi significativamente
menor, comparado ao controle positivo e o tratamento que recebeu Allzyme
®
SSF.
Nocera et al., (2005) avaliando o efeito da redução dos níveis de cálcio e fósforo
em dietas para frangos de corte, com dietas à base de milho e farelo de soja, com
diferentes granulometrias suplementadas ou não com fitase, verificaram que a fitase
pode proporcionar uma melhor utilização de alguns nutrientes, como o cálcio e o
fósforo.
Santos et al., (2005) trabalhando com a suplementação de fitase, em dietas com
reduções nos níveis nutricionais sobre a digestibilidade dos nutrientes para frangos
de corte aos 21 dias de idade, concluíram que a suplementação de 500 e 750FTU
de fitase em dietas nutricionalmente deficientes, permite restaurar o valor nutricional
da dieta, indicado pelo aumento da digestibilidade dos nutrientes com a adição da
enzima. Santos et al., (2005) citam Keshavarz e Austic (2004) que relatam o efeito
da enzima fitase e dos complexos fitato-fósforo e fitato-proteína, em que baixos
níveis de fósforo e proteína, suplementados com aminoácidos limitantes e fitase não
55
afetaram o desempenho das aves em relação a dieta controle, sendo observadas
reduções em torno de 45 e 48% nas excreções de nitrogênio e fósforo,
respectivamente.
Ao avaliar as características qualitativas das tíbias e dos fígados de frangos de
corte, alimentados com dietas contendo fitase e níveis reduzidos de fósforo,
Laurentiz et al., (2005) verificaram que a redução do teor de fósforo disponível com a
utilização de fitase nas diferentes fases de criação teve efeito sobre as
características ósseas, proporcionando os menores valores de cinza e fósforo para
os tratamentos com redução nos níveis de fósforo disponível. Viveros et al., (2002) e
Banks et al., (2004), citados por LAURENTIZ et al., (2005) verificaram redução nos
teores de cinza com a redução de fósforo disponível da dieta, e mesmo após a
inclusão de fitase nas dietas com níveis mais baixos de fósforo disponível, não foi
possível aumentar a deposição de cinzas nos osso. Referindo-se ao trabalho de Yan
et al. (2003), que verificaram mediante trabalhos com frangos com idade entre 42 e
63 dias, que níveis reduzidos de fósforo disponível afetam a deposição de cinzas
nos ossos, porém, com a utilização de fitase nas dietas, foi possível evitar as
diferenças entre os tratamentos.
Geraldo et al., (2006) com o objetivo de estudar os efeitos dos níveis nutricionais
de cálcio e da granulometria do calcário, sobre o desenvolvimento corporal e
morfométrico do trato digestório de frangas nas fases de cria e recria (3 a 12
semanas), constataram que dietas suplementadas com 500FTU de fitase evidenciou
melhora no desenvolvimento esquelético, menor consumo de ração e maior
comprimento do intestino delgado.
Rostagno et al., (2000) estudando a digestibilidade de dietas à base de milho e
farelo de soja para frangos de corte, com suplementação de complexos enzimáticos,
concluíram que o Allzyme
®
SSF não aumenta somente a digestibilidade do cálcio e
do fósforo, mas também aumenta a digestibilidade da proteína e da energia.
Segundo o autor, esta informação, pode ser utilizada pelo nutricionista através de
duas maneiras: - diminuindo as necessidades em proteína, energia, cálcio e fósforo
dos frangos ou - atribuindo novos valores nutricionais na matriz quando do uso do
Allzyme
®
SSF.
56
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 - Local e período experimental
O trabalho foi desenvolvido nas dependências da Unidade Especial de Avicultura
(Fig. 1) do Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça (CAVG), pertencente à
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, no período entre 7 de julho a 21 de
dezembro de 2005.
Figura 01- Unidade Especial
de Avicultura do CAVG.
3.2 - Galpão experimental
O experimento foi conduzido no módulo de número sete (Fig. 2), do aviário
Konrad Männel, pertencente ao CAVG, caracterizando-se por um módulo, medindo
20 x 12 metros, no sistema “dark house”, com ambiente controlado construído em
folhas de zinco duplas com material isolante entre as folhas. O galpão tem
capacidade para 1984 aves, alojadas em 496 gaiolas, com capacidade para quatro
aves/gaiola. As gaiolas dispõem-se em dois andares, suspensas e dispostas em
quatro linhas não sobrepostas, para que as excretas se depositem em canaleta de
recolhimento.
57
São equipadas com comedouros individuais, do tipo calha e bebedouros do tipo
chupeta (nipple), com dois bicos disponíveis por gaiola.
Figura 02- Galpão experimental.
3.3 – Aves
Foram utilizadas 432 poedeiras semi-pesadas, produtoras de ovos
avermelhados, da linhagem Hisex Brown, com 36 semanas de idade, selecionadas
em função dos sinais que caracterizam uma poedeira em produção, atendendo as
características de acordo com (ENGLERT, 1991).
Distância entre os ossos pélvicos: Igual ou superior a dois dedos juntos entre os
ossos pélvicos.
Cloaca: Deve apresentar-se alargada, de forma oval, sem pigmentação e úmida.
Cristas e Barbelas: Grandes, elásticas, quentes e de cor vermelho vivo.
Alem destas características, ainda foi levado em consideração o peso corporal
das aves, ficando estes entre 1600 e 1900g, obtendo-se pesos médios corporais
conforme tab.1 e distribuídas aleatoriamente nas 108 gaiolas utilizadas no
experimento.
Tabela 1 - Peso corporal médio das poedeiras no início do experimento (g).
Tratamentos T1 T2 T3 T4 T5 T6 P CV%
Pesos médios 1700 1715 1726 1710 1689 1707 0,936 6,629
Tratamentos: T1 – Controle – milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos (0 Allzyme
®
SSF); T2 – Controle
com Allzyme
®
SSF (estimado em 120 kcal EM/kg); T3 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 90 kcal
EM/kg); T4 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 60 kcal EM/kg); T5 – controle com Allzyme
®
SSF
(estimado em 30 kcal EM/kg), T6 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 0 kcal EM/kg).
O início do experimento deu-se quando as aves completaram 32 semanas de
idade, estando as mesmas com um percentual de postura de 96%.
58
3.4 – Obtenção dos dados
As coletas dos dados foram realizadas diariamente pela manhã às oito horas, no
momento do arraçoamento, e a tarde às 16h30min, no momento da coleta dos ovos
produzidos no dia, com os devidos registros de produção de ovos e consumo de
ração, em planilhas destinadas para esse fim (Fig. 3). Além das anotações
realizadas diariamente, no final de cada ciclo de 28 dias, durante seis períodos
consecutivos, os ovos foram coletados e identificados (Fig. 4), com o número da
gaiola (unidade experimental), e encaminhados para a sala de classificação de ovos.
Depois de selecionados, aqueles sem matriz mineral na casca ou pequenos a ponto
de não conter gema, foram desprezados. Os ovos viáveis foram pesados
individualmente e então realizadas as medidas de gravidade específica, coloração
da gema, peso da gema, altura do albúmen, peso da casca e espessura da casca.
No dia seguinte ao dia das avaliações referentes ao final de cada ciclo, foram
coletados todos os ovos de três unidades experimentais de cada tratamento, para
que fosse feita a avaliação do tempo de armazenamento.
Figura 03 - Coleta de dados. Figura 04 - Identificação do ovo/gaiola.
3.5 - Programa de luz
Foi imposto um fotoperíodo de 17h de luz ao dia com intensidade de 80lux/m
2
,
durante todo o período experimental. Para isso foi utilizado um “timer” através do
qual as luzes eram acesas às quatro horas e desligadas às 21h. O timer não sofreu
nenhum ajuste durante o horário de verão, já que o aumento do fotoperíodo, em
função da estação do ano, não interferiu no programa de luz, em se tratando de um
aviário fechado (dark-house).
59
3.6 – Manejo alimentar
3.6.1 – Preparo da ração e arraçoamento
As aves foram alimentadas com uma dieta à base de milho, farelo de soja,
farinha de carne e ossos, farinha de ostras, fosfato bicálcico, suplemento mineral
vitamínico, complexo enzimático e sal de modo a satisfazer as exigências de todos
os nutrientes para a linhagem em estudo.
O suplemento mineral vitamínico, juntamente com o sal e o complexo enzimático
foram misturados a um pequeno volume de milho, misturado em um pré-misturador
(Fig. 5), com capacidade para 5kg, durante cinco minutos, resultando daí a pré-
mistura 1. Posteriormente, esta pré-mistura sofreu a adição de um volume maior de
milho através de uma segunda pré-mistura através de um pré-misturador (Fig. 6),
com capacidade para 50kg durante sete minutos, e finalmente, misturados com o
restante dos ingredientes em um misturador do tipo vertical com capacidade de
1000kg, com tempo de mistura de 15min. Eram misturados volumes suficientes para
alimentar as aves durante um período de 30 dias. Posteriormente à mistura, a ração
foi acondicionada em sacos de polietileno e estocada no aviário, onde estavam
alojadas as poedeiras. O arraçoamento era realizado diariamente às oito horas da
manhã, onde eram fornecidas porções (medidas) que correspondiam a 115g de
ração e eram colocadas tantas, quantas necessárias, para garantir o consumo ad
libitum das aves. A quantidade de ração distribuída em cada gaiola foi registrada
diariamente em fichas de controle de arraçoamento semanal.
Quando da ocorrência de mortalidade, as sobras de ração foram coletadas com
posterior pesagem. A partir deste momento, as aves da gaiola passaram a receber
quantidades de alimento, proporcional ao número de aves remanescentes na
unidade experimental.
Figura 05 - Pré-Misturador. Figura 06 - Pré-Misturador.
60
3.6.2 - Dietas experimentais
As dietas experimentais foram formuladas pelo fornecedor do suplemento
mineral-vitamínico (Brastec
®
), segundo as necessidades nutricionais da linhagem em
estudo tendo com base o milho, o farelo de soja e a farinha de carne e ossos, com o
objetivo de produzir dietas isocalóricas e isoprotéicas. Nas dietas que receberam a
adição do complexo enzimático, o cálcio e o fósforo inorgânico, foram valorizados
em 0,1%. Durante o período experimental, as aves receberam dieta Postura I (Tab.
2), da 32ª
a 44ª semana de idade, Postura II (Tab. 3), da 45ª a 52ª semana e
Posturas III (Tab. 4) da 53ª até o final do experimento.
Tabela 2 - Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais – Postura I.
Tratamentos(1) T1 T2 T3 T4 T5 T6
Dietas
(Valorização do SSF- kcal EM/kg) 120 90 60 30 0
Ingredientes (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg)
Milho grão (Pb-8%, Dens. 740) 616,90 560,65 575,55 590,55 604,65 618,65
Farelo de soja (Pb-46%, Sol.-80%) 176,00 174,00 177,00 181,00 185,00 188,00
Farinha de carne 45% 61,00 43,00 43,00 43,00 43,00 44,00
Farelo de trigo 52,30 124,30 106,30 88,30 70,20 52,20
Farinha de ostras 81,00 85,00 85,00 84,00 84,00 84,00
Sal iodado 2,80 2,90 3,00 3,00 3,00 3,00
Óleo de soja 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00
Premix postura (2)
4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
SSF 0,00 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15
TOTAL 1000 1000 1000 1000 1000 1000
EMAn Kcal/kg 2750 2750 2750 2750 2750 2750
PB % 16,70 16,70 16,70 16,70 16,70 16,70
Ca % 3,80 3,80 3,80 3,80 3,80 3,80
Pt % 0,66 0,60 0,59 0,58 0,57 0,56
Pd % 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46
AAS sint % 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10
AAS totais % 0,64 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66
Met sint % 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10
Met total % 0,36 0,37 0,37 0,37 0,37 0,37
Lys total % 0,84 0,85 0,85 0,86 0,86 0,87
Colina sint mg/kg 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00
Colina total mg/kg 1081,17 1094,46 1092,81 1091,17 1089,52 1087,88
Ac linoléico % 1,93 1,92 1,92 1,93 1,93 1,93
Gord bruta % 4,03 3,90 3,89 3,88 3,87 3,86
Fibra bruta % 3,06 3,56 3,45 3,34 3,22 3,11
Na total % 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18
(1)- Tratamentos: T1 – Controle – milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos (0 Allzyme
®
SSF); T2 – Controle
com Allzyme
®
SSF (estimado em 120 kcal EM/kg); T3 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 90 kcal EM/kg);
T4 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 60 kcal EM/kg); T5 – controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 30
kcal EM/kg), T6 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 0 kcal EM/kg).
(2)- Níveis de garantia por quilograma do produto: Vitamina A 2.500.000 UI, Vitamina D
3
500.000 UI, Vitamina E
1.750mg, Vitamina K
3
375 mg, Vitamina B
1
400mg, Vitamina B
2
1.100mg, Vitamina B
6
750mg, Vitamina B
12
3.000mcg, Niacina 6.500mg, Ácido Fólico 175mg, Ácido pantotênico 2.500mg, Metionina 300g, Colina 90g,
Manganês 17.500mg, Zinco 12.500 mg, Ferro 15.000mg, Cobre 2.500mg, Iodo 90mg, Selênio 76mg.
61
Tabela 3 - Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais - Postura II.
Tratamentos(1) T1 T2 T3 T4 T5 T6
Dietas
(Valorização do SSF- kcal EM/kg) 120 90 60 30 0
Ingredientes (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg)
Milho grão (Pb-8%,Dens.740) 640,50 586,25 600,25 613,35 628,25 642,25
Farelo de soja (Pb-46%, Sol.- 80%) 174,00 170,00 174,00 178,00 181,00 185,00
Farinha de carne 45% 62,00 43,00 43,00 44,00 44,00 44,00
Farelo de trigo 30,70 103,70 85,70 67,60 49,60 31,60
Farinha de ostras 86,00 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00
Sal iodado 2,80 2,90 2,90 2,90 3,00 3,00
Premix postura(2)
4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
SSF 0,00 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15
TOTAL 1000 1000 1000 1000 1000 1000
EMAn Kcal/kg 2740 2740 2740 2740 2740 2740
PB % 16,45 16,40 16,40 16,40 16,40 16,40
Ca % 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
Pt % 0,64 0,59 0,58 0,57 0,56 0,55
Pd % 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46
AAS sint % 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07
AAS totais % 0,61 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62
Met sint % 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07
Met total % 0,33 0,34 0,34 0,34 0,34 0,34
Lys total % 0,83 0,83 0,84 0,84 0,85 0,85
Colina sint mg/kg 99,00 99,00 99,00 99,00 99,00 99,00
Colina total mg/kg 1044,45 1054,37 1052,73 1051,08 1049,44 1047,80
Ac linoléico % 1,63 1,63 1,63 1,63 1,64 1,64
Gord bruta % 3,44 3,31 3,30 3,29 3,28 3,27
Fibra bruta % 2,84 3,35 3,23 3,12 3,01 2,89
Na total % 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18
(1)- Tratamentos: T1 – Controle – milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos (0 Allzyme
®
SSF); T2 – Controle
com Allzyme
®
SSF (estimado em 120 kcal EM/kg); T3 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 90 kcal EM/kg); T4
– Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 60 kcal EM/kg); T5 – controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 30 kcal
EM/kg), T6 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 0 kcal EM/kg).
(
2) - Níveis de garantia por quilograma do produto: Vitamina A 2.500.000 UI, Vitamina D
3
500.000 UI, Vitamina E
1.750 mg, Vitamina K
3
375mg, Vitamina B
1
400mg, Vitamina B
2
1.100mg, Vitamina B
6
750mg, Vitamina B
12
3.000mcg, Niacina 6.500mg, Ácido fólico 175mg, Ácido pantotênico 2.500mg, Metionina 250g, Manganês 17.500mg,
Zinco 12.500mg, Ferro 15.000mg, Cobre 2.500mg, Iodo 90mg, Selênio 76mg.
62
Tabela 4 - Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais - Postura III.
Tratamentos(1) T1 T2 T3 T4 T5 T6
Dietas
(Valorização do SSF- kcal EM/kg) 120 90 60 30 0
Ingredientes (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg)
Milho grão (Pb-8%,Dens.740) 650,20 597,95 612,25 627,25 640,75 653,15
Farelo de soja (Pb-46%, Sol.-80%) 154,00 146,00 149,00 152,00 157,00 162,00
Farinha de carne 45% 62,00 44,00 44,00 44,00 44,00 45,00
Farelo de trigo 39,00 114,00 96,70 78,70 60,20 41,80
Farinha de ostras 88,00 91,00 91,00 91,00 91,00 91,00
Sal iodado 2,80 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90
Premix postura(2)
4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
SSF 0,00 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15
TOTAL 1000 1000 1000 1000 1000 1000
EMAn Kcal/kg 2740 2740 2740 2740 2740 2740
PB % 15,77 15,59 15,54 15,54 15,57 15,60
Ca % 4,05 4,05 4,05 4,05 4,05 4,05
Pt % 0,64 0,59 0,58 0,57 0,56 0,55
Pd % 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46
AAS sint % 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07
AAS totais % 0,59 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
Met sint % 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,070
Met total % 0,32 0,33 0,33 0,33 0,33 0,33
Lys total % 0,78 0,78 0,78 0,78 0,78 0,79
Colina sint mg/kg 99,00 99,00 99,00 99,00 99,00 99,00
Colina total mg/kg 1003,32 1006,01 1001,54 1000,00 1000,00 1000,00
Ac linoléico % 1,65 1,66 1,66 1,66 1,66 1,66
Gord bruta % 3,48 3,36 3,36 3,35 3,34 3,32
Fibra bruta % 2,81 3,32 3,20 3,09 2,98 2,86
Na total % 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18
(1)- Tratamentos: T1 – Controle – milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos (0 Allzyme
®
SSF); T2 – Controle
com Allzyme
®
SSF (estimado em 120 kcal EM/kg); T3 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 90 kcal EM/kg); T4
– Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 60 kcal EM/kg); T5 – controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 30 kcal
EM/kg), T6 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 0 kcal EM/kg).
(2) - Níveis de garantia por quilograma do produto: Vitamina A 2.500.000 UI, Vitamina D
3
500.000 UI, Vitamina E
1.750 mg, Vitamina K
3
375mg, Vitamina B
1
400mg, Vitamina B
2
1.100mg, Vitamina B
6
750mg, Vitamina B
12
3.000mcg, Niacina 6.500mg, Ácido fólico 175mg, Ácido pantotênico 2.500mg, Metionina 250mg, Manganês
17.500mg, Zinco 12.500mg, Ferro 15.000mg, Cobre 2.500mg, Iodo 90mg, Selênio 76mg.
3.6.3 - Matriz nutricional do Allzyme
®
SSF para poedeiras
O Allzyme
®
SSF é um produto composto por sete atividades enzimáticas (fitase,
protease, xilanase, ß-glucanase, celulase, amilase e pectinase), capaz de clivar
proteínas, celulose, arabinoxilanos, ácido fítico e carboidratos solúveis, melhorando
a digestibilidade e disponibilidade de nutrientes para a absorção do trato intestinal da
ave, cuja matriz nutricional pode ser observada na tab. 5.
63
Tabela 5 - Matriz nutricional da Allzyme
®
SSF para poedeiras.
% substituição na dieta Valor matricial
Adição de SSF, 150g/t 0,015
Fósforo disponível 0,100 667
Ca, % 0,100 667
EM, kcal/kg Milho 50 333333
Proteína bruta,% 0,200 1333
Lisina, % 0,029 193
Metionina, % 0,011 73
Cistina,% 0,009 60
Triptofano,% 0,004 27
Treonina,% 0,014 93
Isoleucina,% 0,024 160
Arginina,% 0,022 147
3.7 - Variáveis estudadas
As variáveis estudadas foram:
Peso corporal das aves
Consumo de ração/dia
Produção de ovos
Peso do ovo
Massa de ovo
Conversão alimentar/dúzia de ovo
Conversão alimentar/massa de ovo
Qualidade interna do ovo
- Peso da gema
- Coloração da gema
- Altura do albúmen
- Unidade Haugh
Qualidade externa do ovo
- Gravidade específica
- Peso da casca
- Espessura da casca
Tempo de armazenamento
Percentual de cinzas da tíbia
64
3.7.1 - Peso corporal das poedeiras
As aves foram pesadas individualmente (Fig. 7) no início do período
experimental, para que se obtivesse uma distribuição homogênea das aves entre os
tratamentos, tendo-se como referência o peso médio do lote, obtido através da
pesagem de uma amostra de 10% dos animais. Os pesos variaram entre 1600 e
1900g, obtendo-se pesos corporais médios por tratamento, conforme tab.1. No final
de cada ciclo (28 dias), as aves foram novamente pesadas. Para tal, foi utilizada
uma balança da marca Fillizola com intervalo de 2g.
Figura 7- Pesagem das aves.
3.7.2 - Consumo de ração/dia
O consumo de ração foi calculado a partir do total de ração fornecida durante o
período de 28 dias, descontando-se as sobras de ração de cada gaiola, recolhidas e
pesadas no final do último dia de cada ciclo, imediatamente antes do primeiro
arraçoamento do período seguinte. As pesagens das sobras de ração foram feitas
com uma balança digital, marca “marte”, modelo AS 2000, capacidade para 2000g e
sensibilidade de 0,5g. As sobras foram descontadas da quantidade total de ração
fornecida durante o ciclo. O consumo foi calculado seguindo a seguinte fórmula:
CT = TRF – S
Onde, CT: Consumo Total.
TRF: Total de Ração Fornecida; e,
S: Sobras de ração.
O consumo médio diário por ave foi calculado com base no consumo total,
através da seguinte fórmula:
CMDA = (CT/N)/28
Onde, CMDA: Consumo Médio Diário por Ave;
CT: Consumo Total;
65
N: Número de aves por unidade experimental; e,
28: Número de dias no ciclo.
Quando da ocorrência de mortalidade durante o período, a correção do cálculo
foi realizada da seguinte maneira:
CMDA = (CAM/NAAM)/NDAM + (CDM/NADM)/NDDM
Onde, CMDA: Consumo Médio Diário por Ave;
CAM: Consumo antes da morte da ave;
NAAM: Número de aves na gaiola antes da morte da ave;
NDAM: Número de dias antes da morte da ave;
CDM: Consumo depois da morte da ave;
NADM: Número de aves na gaiola depois da morte da ave; e,
NDDM: Número de dias depois da morte da ave.
No dia em que ocorria mortalidade, as porções da ração eram corrigidas para o
fornecimento do dia seguinte.
3.7.3 - Produção de ovos/ave alojada
Calculada através da somatória da produção diária de ovos, por gaiola, durante
o ciclo, dividido pelo número de galinhas alojadas por gaiola, durante o ciclo de 28
dias.
Produção (%) = TOP x 100
112
TOP: Total de ovos produzidos por gaiola no período.
112: 100% de produção para cada gaiola de 4 aves no período de 28 dias.
3.7.4 - Peso do ovo
O peso dos ovos (Fig. 8) foi obtido da produção do último dia de cada ciclo.
Figura 8- Pesagem do ovo.
66
A produção de ovos/gaiola foi pesada em balança digital, marca “marte”, modelo
AS 2000, capacidade para 2000g e sensibilidade de 0,5g. Destes pesos extraiu-se a
média e, então o peso médio do ovo/gaiola.
3.7.5 - Massa de ovo
Calculada através do peso médio do ovo, e a percentagem de produção de ovos
por tratamento.
3.7.6 - Conversão alimentar/dúzia de ovo
Esta variável foi obtida através da divisão do consumo total de ração/gaiola
durante o ciclo, pelo total de ovos produzidos na gaiola durante o ciclo, divididos por
12. A redução nas porções de ração fornecida diariamente nos casos em que
ocorreu mortalidade foi considerada. A sobra de ração, recolhida no dia da morte da
ave e a sobra de ração do final do ciclo, foram descontadas do volume total de ração
fornecida para a gaiola.
CA = CRG/TOP/12
Onde, CRG: Consumo de Ração de cada gaiola;
TOP: Total de ovos produzidos no período de 28 dias
12: Número de ovos de cada dúzia.
3.7.7 – Conversão alimentar/massa de ovo
Foi obtida através da relação existente entre o consumo de ração/ave/gaiola e a
massa de ovo durante o ciclo.
3.7.8 – Qualidade interna do ovo
3.7.8.1 – Coloração de gema
A determinação desta característica (Fig. 9), foi realizada por ocasião da quebra
Figura 9 – Leque colorimétrico de Roche.
67
do ovo oriundo da produção do último dia de cada ciclo, através da comparação
visual da cor da gema com as cores existentes no leque colorimétrico de Roche que
apresenta uma variação de 15 tonalidades da cor.
3.7.8.2 – Peso da gema
A mensuração desta variável foi determinada em todos os ovos produzidos no
último dia de cada ciclo, por ocasião da separação do albúmen da gema (Fig. 10), e
obtida através da pesagem de sua pesagem (Fig. 11), com auxílio de uma balança
da marca “Toledo”, modelo Mettler PB602 com sensibilidade de 0,01g, com
capacidade máxima de 610g e mínima de 0,05g.
Figura 10 - Separação gema/clara. Figura 11- Pesagem da gema.
3.7.8.3 – Altura do albúmen
Os valores para esta variável foram obtidos através da quebra dos ovos sobre
uma placa de petry, medindo 15cm de diâmetro, colocada sobre uma superfície
nivelada (Fig. 12), através de régua específica.
Figura 12- Determinação da altura do albúmen.
O procedimento para a determinação da altura consistiu em medir a altura da
mesma entre a borda externa da clara e a gema do ovo e que essa região estivesse
perpendicular às chalazas (BOARD et al., 1994).
68
3.7.8.4 – Unidade Haugh
A unidade Haugh é uma medida utilizada para medir a qualidade interna do ovo,
e foi obtida neste experimento, a partir dos dados relativos ao peso do ovo e da
altura do albúmen do respectivo ovo, sendo estes dados, submetidos a seguinte
fórmula:
em que: H = altura da clara espessa (milímetros); G = constante gravitacional de
valor 32;
W = peso do ovo (g) (BRANT et al.; 1951).
Quanto maior o valor da unidade Haugh, melhor será a qualidade dos ovos, que
são classificados segundo o USDA em ovos tipo AA (100 até 72), A (71 até 60), B
(59 até 30), C (29 até 0), USDA Egg-Grading Manual (2000, citado por BARBOSA
FILHO, 2004).
A unidade Haugh relaciona diretamente o peso dos ovos (g) com a altura de
albúmen (mm). É um método utilizado para verificar a qualidade dos ovos, pois, à
medida que o ovo se deteriora, a clara se espalha, resultando num menor valor para
este índice. Para a unidade Haugh, o logaritmo de altura da albumina espessa é
ajustado cem vezes para ser equivalente àquela de um ovo de 56g (Griswold 1972,
citado por HARDER, 2005).
3.7.9 – Qualidade externa do ovo
3.7.9.1 – Gravidade específica
Esta característica foi mensurada na produção de ovos do último dia de cada
ciclo, durante seis ciclos. Ela se baseia no conceito de que quanto mais espessa for
a casca do ovo, maior será sua densidade. A medida desta variável é provavelmente
uma das técnicas mais utilizadas para a determinação da qualidade da casca do
ovo, devido a sua rapidez, praticidade e baixo custo. A técnica baseia-se no princípio
da flutuação, sendo os ovos imersos em recipientes contendo soluções salinas em
ordem crescente de densidade. Considera-se a densidade do ovo aquela densidade
da solução na qual o ovo flutua (HAMILTON, 1982).
Para Voisey e Hunt (1974), os ovos devem ser colocados em recipientes com
soluções salinas, da menor para maior concentração, e devem ser retirados ao
69
flutuarem, anotando-se, assim, o valor respectivo de densidade correspondente à
solução do recipiente. Os mesmos autores sugerem ainda que, a gravidade
específica deverá ser medida de preferência logo após a postura do ovo, sendo que
ovos trincados não deverão ser testados.
Segundo Furtado et al. (2001), para avaliar a qualidade da casca, a medição do
peso específico é suficiente, podendo a mesma ser utilizada rotineiramente por parte
de produtores e pesquisadores.
Durante o experimento a gravidade específica foi determinada, após a
determinação do peso do ovo, através da imersão dos mesmos em soluções salinas
(com base de cloreto de sódio) em concentrações progressivamente crescentes (Fig.
13), variando suas densidades de 1,062 até 1,102 com intervalo de 0,004.
Figura 13 - Determinação da gravidade específica.
As concentrações foram obtidas de acordo com as recomendações feitas por
Hamilton (1982) e Ceular e Moreno (1998), em que a solução de 1062 foi atingida
dissolvendo-se 98,8g de NaCl por litro de água. As demais soluções foram obtidas
acrescentando 1,5g de NaCl por cada litro de água, para que houvesse um
incremento de 0,001 na gravidade específica. As densidades das soluções dos
baldes foram conferidas e recalibradas antes de cada procedimento de
determinação da gravidade específica dos ovos, com auxilio de um densímetro,
cujas densidades variavam de 1,050 a 1,102. Os ovos foram mergulhados, nos
baldes, através de um cesto que continha seis ovos. A cada imersão em solução
salina, os ovos que flutuavam, foram retirados do cesto e a concentração da solução
em que o ovo flutuou foi anotada.
70
3.7.9.2 – Espessura da casca do ovo
A espessura da casca foi determinada em todos os ovos produzidos no último
dia de cada ciclo. A obtenção desta variável, foi feita após a lavagem das cascas
para remover o possível albúmen aderido e submetidas posteriormente a uma
temperatura de 60ºC durante 24 horas, em uma estufa, para que ocorresse a
secagem. Após totalmente secas (Fig. 14), realizou-se então a mensuração da
espessura propriamente dita, com auxilio de um paquímetro digital marca Starret
727/2001. Na mensuração, desta variável, foram consideradas também as
membranas interna e externa da casca. O local de mensuração pré-determinado foi
a porção mediana da casca (Fig. 15).
Figura 14- Material utilizado para a Figura 15- Determinação da
mensuração da espessura da casca espessura da casca do ovo.
do ovo.
3.7.9.3 – Peso da casca do ovo
Determinada com o auxílio de uma balança da marca “Toledo”, modelo Mettler
PB602 com sensibilidade de 0,01g, com capacidade máxima de 610g e mínima de
0,05g (Fig. 16). A pesagem foi realizada após a lavagem e secagem conforme já
descrito.
Figura 16- Pesagem da casca do ovo.
71
3.7.10 – Tempo de armazenamento de ovos
Os ovos destinados a determinação do tempo de armazenamento em
temperatura ambiente, foram obtidos da produção do dia seguinte ao dia das
avaliações referentes ao final de cada ciclo de 28 dias. Foram coletados e pesados,
todos os ovos produzidos em três unidades experimentais (gaiolas), por tratamento,
e identificados individualmente com o número da unidade experimental. Após o
armazenamento, os ovos eram quebrados com intervalos de três dias, totalizando
sete quebras em cada ciclo. Por ocasião da última quebra do ciclo, os ovos estavam
com 21 dias de armazenamento. No momento da quebra foi medida a altura do
albúmen, para posterior determinação da unidade Haugh.
3.7.11 – Percentual de cinzas da tíbia
Para determinação do percentual de cinzas, foram abatidas três aves por
tratamento, no final do 3º e do 6º ciclo. Destas, foram coletadas coxas (tíbias) do
lado direito, que foram então desossadas, pesadas e colocadas na estufa a uma
temperatura de 105ºC durante 24 horas para determinação da matéria seca, (Fig.
17) e posteriormente, colocadas na mufla a 600ºC durante 12 horas para
determinação das cinzas (Fig. 18). O percentual de cinzas foi calculado com base
em matéria seca.
Figura 17 – Determinação da matéria seca. Figura 18 – Determinação das cinzas.
3.8 – Tratamentos
Os tratamentos foram constituídos da forma como segue:
T. 1 – Controle.
T. 2 – Controle + Allzyme SSF, 150g/t (estimado em120kcalEM/kg).
T. 3 – Controle + Allzyme SSF, 150g/t (estimado em 90kcalEM/kg).
T. 4 – Controle + Allzyme SSF, 150g/t (estimado em 60kcalEM/kg).
72
T. 5 – Controle + Allzyme SSF, 150g/t (estimado em 30kcalEM/kg).
T. 6 – Controle + Allzyme SSF, 150g/t (estimado em 0kcalEM/kg).
Nos tratamentos (2; 3; 4; 5 e 6), que receberam a adição do complexo
enzimático, o cálcio e o fósforo inorgânico foram valorizados em 0,1%.
3.9 Análise estatística
Foi utilizado o delineamento completamente ao acaso, com seis tratamentos e
18 repetições cada. Cada unidade experimental foi composta por uma gaiola com
quatro aves.
3.9.1 – Quadro da análise da variância
Fontes de variação Graus de liberdade
Tratamento 5
Erro 102
Total 107
3.9.2 – Modelo matemático e ANOVA
Yij = m + ti + eij
Onde:
Yij = valor observado na parcela
m = média dos tratamentos
ti = efeito dos tratamentos i aplicado na parcela
eij = erro experimental
Os dados de cada variável, registrados em cada unidade experimental, foram
inicialmente submetidos à análise de variação correspondente ao modelo
matemático especificado e as médias foram comparadas duas a duas através do
teste de Tukey a 5% de probabilidade, e quando convenientes, foram comparadas
através de contrastes ortogonais.
As análises estatísticas foram executadas através de um pacote estatístico.
73
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 – Parâmetros Produtivos
4.1.1 – Peso corporal médio das poedeiras (g)
O peso corporal das aves é uma variável importante a ser avaliada, pois
representa o status nutricional e a condição produtiva da poedeira. Do seu escore
corporal depende o sucesso ou insucesso de uma exploração e a resposta frente à
dieta consumida e ao manejo aplicado. Para poder avaliar de forma satisfatória, o
efeito dos tratamentos sobre as variáveis estudadas neste experimento, foram
considerados e tomados os pesos corporais das aves no início do experimento, e no
final de cada ciclo de 28 dias.
Considerando esta variável, foi realizada a análise da variância dos dados onde
foi possível verificar que os tratamentos não exerceram efeito significativo ao longo
do período experimental (tab. 6) e (tab. 1A do Apêndice). Estes resultados
confirmam a hipótese de que dietas suplementadas com o complexo enzimático, são
capazes de suprir todas as necessidades nutricionais da poedeira, para
desempenhar sua função produtiva, sem ter que recorrer a suas reservas corporais
e com isso perder peso, ou até mesmo, reduzir a produção de ovos em detrimento
da manutenção da vida. Pode ser observado ainda que, em todos os tratamentos,
ocorreu ganho de peso corporal e que os tratamentos que receberam
suplementação com o complexo enzimático (T-2 a T-6), foram efetivos, mostrando
que os nutrientes necessários estavam sendo disponibilizados.
Fica claro, também, que embora não ter havido diferenças significativas, nos
pesos médios corporais das aves, entre os tratamentos, é possível valorizar o
complexo enzimático em até 120kcalEM/kg, ou seja, 4,36% na ração postura 1 e
4,72% na ração postura 2 e 3. Isto pode ser atribuído a melhoria na digestibilidade e
74
disponibilidade dos nutrientes da dieta, não acarretando prejuízo algum para a
manutenção do peso corporal das aves em produção, com a adição do complexo
enzimático.
Tabela 6 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
peso corporal médio das poedeiras (g).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 1762,44 1820,94 1906,16 1906,50 1905,66 1905,66 1898,66
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 1765,27 1809,55 1898,61 1877,55 1872,50 1872,50 1869,27
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 1762,38 1829,61 1902,00 1909,33 1929,88 1929,88 1917,05
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 1777,05 1799,11 1910,83 1896,83 1906,61 1906,61 1898,11
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 1729,66 1760,16 1863,94 1835,72 1845,44 1847,77 1840,22
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 1744,11 1791,11 1864,00 1875,05 1881,61 1881,61 1872,50
P 0,754 0,496 0,666 0,512 0,483 0,511 0,519
CV % 5,644 6,199 5,946 6,674 7,073 7,075 6,714
CV % – Coeficiente de Variação.
A equivalência dos pesos corporais das aves que receberam o complexo
enzimático, em relação ao tratamento testemunha, deve-se a uma disponibilização
efetiva dos nutrientes das dietas suplementadas, em função da atividade exercida
pelo complexo enzimático sobre os ingredientes da dieta (milho e farelo de soja),
visto que, estes aumentam a digestibilidade e a eficiência dos alimentos, reduzindo a
ação de inibidores de crescimento, sobretudo os polissacarídeos não-amiláceos,
auxiliando as enzimas endógenas nos processos digestivos de acordo com Soto-
Salanova et al., (1996); Silva et al., (2000) ainda aumentando à utilização do amido
e da proteína em rações á base de cereais com baixa viscosidade como o milho,
sorgo e o farelo de soja (FIALHO, 2003). Desta forma, foi possível manter o peso
corporal das aves, com uma redução de 4,36% nos níveis energéticos da dieta
postura 1 e de 4,72% no nível energético das dietas de postura 2 e 3, comparado
com o tratamento testemunha. Com isso é possível a partir daí uma redução no
custo de produção da ração. Fica claro então que, com a adição do complexo
enzimático, ocorre um aumento na disponibilidade dos nutrientes dietéticos, tais
como cálcio, fósforo e proteínas, estando de acordo com Rostagno et al., (2000);
Keshavarz e Austic (2004, citados por SANTOS et al., 2005); (NOCERA et al.;
SANTOS et al., 2005).
75
Os resultados encontrados também são compatíveis com os obtidos por Schang
e Azcona, (1998); Wyatt, (1990); Garcia et al., (2000), que verificaram pesos
corporais, semelhantes entre tratamentos, ressaltando uma melhora na
disponibilidade dos nutrientes da dieta, com a utilização de enzimas. Da mesma
forma, Gordon e Roland, (1998); Fernandes, (2005), também não observaram
diferença entre tratamentos, com relação ao peso corporal, enfatizando que ocorreu
plena valorização da matriz nutricional.
Freitas et al., (2000) por sua vez, ao testarem dietas com diferentes níveis de
energia mediante suplementação enzimática, embora não constatando diferença
significativa, fazem referência de que as aves que receberam suplementação
apresentaram pesos superiores e que reduções de 3,5% no teor energético das
dietas sem suplementação enzimática foi capaz de reduzir o ganho de peso.
Autores como Ny et al., (1998) que trabalharam com níveis de energia e
complexo enzimático; Sohail et al. (2003) com xilanase, amilase e protease e
Komegay (1996 citados por NOERBAUER et al., 2005b) com dieta contendo fitase,
verificaram da mesma forma aumentos no peso corporal, das poedeiras, atribuídos
ao reflexo na melhoria da digestibilidade das rações. Resultados semelhantes no
que tange ao aumento da digestibilidade dos nutrientes presentes nas dietas,
também foi verificado por Santos et al., (2005) trabalhando com frangos de corte, em
que com a adição de fitase às dietas deficientes, foi possível restaurar o valor
nutricional da dieta, sem prejuízo para o desempenho das aves, indicando aumento
da disponibilidade dos nutrientes.
4.1.2 – Consumo médio de ração/ave/dia (g)
A variável consumo de ração é de fundamental importância, no que tange ao
aspecto econômico da atividade, visto que é ela a representante de maior vulto no
cálculo dos custos da exploração avícola. Tendo esta preocupação, o estudo
agrupou os valores médios de consumo de ração, obtidos no experimento, e
submeteu-os a análise da variância. Verificou-se que os tratamentos não
influenciaram, de forma significativa, o consumo de ração (tab. 7) e (tab. 2A do
Apêndice), estando de acordo com o que foi encontrado por vários autores
(LIEBERT et al., 2005; NUNES et al., 2006ab e ROSSI et al., 2006abcd), embora, ao
longo do 6º ciclo e ao final do experimento, pode ser observada uma tendência de
redução numérica no consumo médio diário de ração à medida que diminui a
76
valorização do complexo enzimático. Isto pode ser justificado em razão de que, na
medida em que as dietas aumentam seu valor energético, ocorre diminuição do
consumo, embora, Rutz (1996) relate que as aves consomem o alimento para
satisfazerem suas necessidades energéticas, e ao se aumentar o nível energético
das dietas, o declínio no consumo raramente ocorre, ou seja, o mecanismo não é
linearmente perfeito.
Tabela 7 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
consumo médio diário de ração (g).
Ciclo (28dias)
Tratamentos
1
0
5º 6º Período
T-1 - Controle 140,09 140,69 140,40 129,38 123,18 134,79 134,04
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 140,54 140,40 140,70 127,74 124,61 134,48 133,57
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 141,75 140,80 139,57 130,43 121,32 130,24 129,47
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 139,74 140,17 139,00 128,51 136,70 126,05 125,83
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 141,92 141,17 139,49 127,81 130,81 128,52 127,64
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 136,08 140,22 139,37 130,50 119,97 125,93 125,13
P 0,16 0,84 0,95 0,90 0,41 0,60 0,63
CV % 5,04 1,82 4,16 7,22 21,46 15,04 15,05
CV % – Coeficiente de Variação.
A redução numérica, na quantidade de ração consumida (tab. 7), pode ser
atribuído a um nível crescente de energia existente em relação os tratamentos T-2;
T-3; T-4; T-5 e T-6, respectivamente, em função da atividade do complexo
enzimático utilizado, estando de acordo com Wyatt (1990); Jaroni et al. (1999);
Geraldo et al., (2006) que ao fornecerem dietas com suplementação enzimática,
verificaram também que ocorria uma significativa redução do consumo de ração,
mantendo desempenho semelhante quando comparado com aves recebendo outras
dietas. Isto demonstra que as enzimas melhoraram o valor energético das dietas,
exercendo influência sobre o consumo de ração, (FUENTE e SOTO-SALANOVA
1997; NY et al., 1998; GARCIA et al., 2000; SOHAIL et al., 2003 ; WU et al., 2006) e
que o complexo enzimático (Allzyme
®
SSF), valoriza a energia (NUNES et al.,
2006ab), e a energia e a proteína necessários para melhorar o desempenho
produtivo das aves que recebem dietas reformuladas (ROSSI et al., 2006 d).
77
Ao observar os dados pode-se verificar que existe uma diferença de até 8,73g no
consumo médio diário, por ave alojada, entre o T-1 (Testemunha) e o T-6 que
valorizou o Allzyme
®
SSF em 0kcal EM/kg, e principalmente no que se refere a
custos, concordando com Schang e Azcona (1998) que superestimaram a energia
metabolizável, proteína e aminoácidos em 7%, adicionando alfa-galactosidase às
dietas; Wyatt e Bedford, (1998) que se referem a uma possível reformulação das
dietas, sem prejudicar o desempenho dos animais e Freitas et al., (2000) que ao
reduzir em 3,5% o nível energético da dieta de maior teor energético, com
suplementação enzimática, verificaram uma redução de 4,15% no custo da dieta.
Autores como Freitas et al., (2000) observaram que, a suplementação
enzimática (alfa-amilase, xilanase e protease), não foi capaz de influenciar o
consumo de ração. Goedon e Roland (1997, 1998); Costa et al., (2004) observaram
diminuição no consumo de ração, quando não foi adicionado enzima às dietas,
diferindo dos dados encontrados no experimento. Por outro lado Um e Paik (1999);
Jalal e Scheideler (2001) observaram aumento no consumo de ração, quando as
dietas eram suplementadas com fitase, em função do aumento da digestibilidade do
cálcio e do fósforo.
Os resultados obtidos, com relação a esta variável, diferem dos encontrados por
Rossi et al., (2006h) que ao testar dois níveis do complexo enzimático
(Allzyme
®
SSF), em dietas para poedeiras Hy-Line W36, com 54 a 58 semanas de
idade, verificaram diferença significativa para ao consumo médio de ração.
4.1.3 – Produção média de ovos/ave alojada (%)
Os dados relativos a esta variável após terem sido reunidos, por tratamentos e
ciclos, foram submetidos à análise da variância, através da qual, foi possível verificar
que não houve diferença significativa entre os tratamentos (tab. 8) e (tab. 3A do
Apêndice).
Estando o nível energético diretamente relacionado com os índices de postura
Leeson (1996), e a ausência de diferença significativa entre os tratamentos, fica
demonstrado que o complexo enzimático foi capaz de disponibilizar à poedeira,
quantidades suficientes de energia, atingindo níveis de valorizações de
120kcalEM/kg, em dietas à base de milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos,
mantendo a produção de ovos, nos mesmos níveis observados para o tratamento
testemunha. Este fato vem ao encontro de que foi observado por vários autores
78
(BRAKE, 1990; WYATT, 1990; GARCIA et al., 2000 ; SOHAIL et al., 2003) que, da
mesma forma, verificaram melhora na disponibilidade dos nutrientes em dietas à
base de milho e farelo de soja, quando estas, tiveram suplementação de complexos
enzimáticos à base de xilanase, amilase, protease, beta-glucanase, alfa-
galactosidase e de complexos como Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro, através do
aumento da produção ou até mesmo sustentando a produção de ovos à níveis
compatíveis com o testemunha (NUNES et al., 2006ab ; ROSSI et al., 2006abcd).
Tabela 8 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
produção média de ovos/ave alojada (%).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T- 1 -Controle 94,69 95,58 96,949 94,72 92,21 89,26 89,27
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 96,00 95,51 95,370 92,34 93,24 91,59 91,53
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 94,07 95,73 95,923 93,30 90,54 86,01 86,22
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 94,32 94,96 95,287 90,81 92,76 86,18 86,35
T-5 - SSF 30KcalEM/kg 95,11 94,81 94,790 91,82 89,94 86,32 86,26
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 94,44 95,08 94,113 92,08 90,70 87,49 87,54
P 0,72 0,98 0,906 0,84 0,73 0,40 0,43
CV % 4,14 4,95 7,769 9,50 8,41 10,60 10,49
CV % – Coeficiente de Variação.
De forma semelhante, autores como Kaminska et al., (1995); Gordon e Roland
(1997,1998); Punna e Roland (1999); Um e Paik (1999); Boling et al., (2000); Lim et
al., (2003); Qiugang et al., (2004); Fernandes et al., (2005); Plumstead et al., (2005);
Liebert et al.. (2005); Wu et al., (2006), através da utilização de diversos níveis de
fósforo em dietas suplementadas com enzimas, principalmente com fitase,
verificaram que as enzimas têm a capacidade de melhorar a produção de ovos.
No que tange ao aspecto econômico, em relação a esta variável, os dados
obtidos, estão de acordo com vários autores (WYATT e BEDFORD, 1998; FREITAS
et al., 2000) que reforçam a importância da suplementação de dietas com complexos
enzimáticos, principalmente ao se referirem à possibilidade de redução nos custos
de produção, através de reformulações das rações que poderão ser efetivadas sem
comprometer o desempenho das aves.
79
Porém, Jaroni et al., (1999); Freitas et al., (2000); Ceylan et al., (2003);
Rodrigues et al., (2003 citado por NOERBAUER et al., 2005a); Costa et al., (2004)
obtiveram resultados em seus experimentos mostrando que, a suplementação
enzimática, não foi capaz de afetar a produção de ovos de modo que pudesse ser
medido através do aumento da postura.
Esta situação, também foi verificada ao analisar os dados deste experimento, em
que houve a interferência do complexo enzimático, em relação à manutenção da
produção de ovos, através do aumento da digestibilidade e disponibilização dos
nutrientes das dietas, principalmente através da valorização da energia e da
proteína, em relação ao tratamento testemunha. Esta valorização está de acordo
com a valorização da energia feita por outros autores (NUNES et al., 2006ab) e da
valorização da energia e da proteína necessários para melhorar o desempenho
produtivo das aves que recebem dietas reformuladas (ROSSI et al., 2006d).
4.1.4 – Peso médio do ovo (g)
Ao serem analisados os resultados, referentes ao peso médio do ovo, foi
possível observar (tab. 9) e (tab. 4A do Apêndice) que não houve diferença
significativa, entre os tratamentos durante todo o transcorrer do período
experimental.
Isto mostra que o complexo enzimático, foi capaz de atuar de forma
determinante sobre o aumento da digestibilidade e disponibilidade, principalmente
da proteína, estando de acordo com Leeson (1996) que relata, que em condições
normais o nível de energia não influencia o tamanho do ovo, sendo o teor de
proteína da dieta o principal fator responsável por esta variação. Da mesma forma,
isto também foi constatado por Schang e Azcona (1998), que superestimaram a
energia metabolizável, proteína e aminoácidos, em dietas adicionando alfa-
galactosidase. Verificaram também que o desempenho produtivo não diferiu do
controle.
Os resultados, também foram corroborados com os obtidos por outros autores
(NUNES et al., 2006e; ROSSI et al., 2006ghi), que ao trabalharem com valorizações
do Allzyme
®
SSF em dietas para poedeira, também verificaram efeitos positivos do
complexo enzimático, sobre o peso de ovo.
A atividade enzimática também pode ser enfatizada, com relação a esta variável,
através da suplementação com fitase, em dietas com diferentes níveis de fósforo,
80
(GORDON e ROLAND ,1997, 1998; UM e PAIK, 199); CASARTELI et al., (2003);
com diferentes níveis de cálcio e fósforo (PUNNA e ROLAND, 1999) e com
metabolização da energia, aminoácidos, cálcio e fósforo em dietas para matrizes de
corte, (FERNANDES et al., 2005), verificando que as dietas atenderam,
satisfatoriamente, as necessidades nutricionais das aves sem causar nenhum
prejuízo zootécnico. Entretanto, Ny et al., (1998) verificaram que a atividade
enzimática somente foi eficiente quando o nível de redução energética da ração
superou 3,5%, aspecto confirmado pelos dados experimentais, que tiveram redução
de 4,36% no nível energético da dieta postura 1 e 4,72% no nível energético das
dietas postura 2 e 3.
Tabela 9 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
peso médio do ovo (g).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 64,71 64,97 66,09 64,84 64,80 65,93 65,43
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 64,22 62,84 65,38 64,35 64,28 63,75 64,02
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 64,70 65,43 66,10 64,04 65,20 64,23 64,61
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 64,97 66,48 66,22 65,51 65,14 65,23 65,33
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 63,89 65,24 65,83 64,61 64,44 65,24 64,96
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 63,94 65,05 65,70 66,00 65,90 66,00 65,86
P 0,84 0,16 0,96 0,38 0,71 0,27 0,39
CV % 4,64 6,12 4,69 4,65 5,06 5,20 4,17
CV % – Coeficiente de Variação.
Por outro lado, os dados diferem dos obtidos por Carlos e Edwards (1998), que
utilizaram fitase e 1,25-(OH)
2
D
3
em dietas de poedeiras à base de milho e farelo de
soja; Qiugang et al.. (2004) que suplementaram com Allzyme
®
SSF o tratamento
controle negativo em dietas para poedeiras; Costa et al., (2004) através da redução
dos níveis de fósforo disponível e o aumento dos níveis de fitase, e Liebert et al.,
(2005) que utilizaram fitase em dietas com farelo de soja com baixo fósforo, não
evidenciando efeito enzimático sobre a variável estudada.
81
4.1.5 – Média da massa de ovo (g)
Com relação a variável massa de ovo os resultados (tab. 10) e (tab. 5A do
Apêndice), após terem sido submetidos à análise da variância, mostram que,
embora não ter havido diferença significativa entre os tratamentos, que o complexo
enzimático, utilizado no experimento, evidenciou sua efetiva atuação principalmente
nas dietas dois; três; quatro e cinco por estarem estas, com seus níveis nutricionais
subestimados, em relação ao tratamentotestemunha.
O tratamento seis, embora, tenha tido adição do complexo enzimático, tem sua
valorização energética e protéica estimada em zero, ou seja, o complexo enzimático
foi adicionado “on top”, não sendo esperando, nenhuma atuação em termos de
melhorias dos níveis nutricionais da dieta. Portanto, mesmo havendo a valorização
máxima do complexo enzimático no tratamento dois, não foi observado diminuição
da massa de ovo, ao longo do período experimental, confirmando, desta forma, a
hipótese de que o complexo enzimático atuou satisfatoriamente.
Tabela 10 – Valorização energética do complexo enzimático “ Allzyme
®
SSF” sobre a
massa média do ovo (g).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 61,27 62,09 64,08 61,42 59,73 58,85 58,42
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 61,66 59,98 62,23 59,23 59,93 58,42 58,62
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 60,82 62,61 63,33 59,72 58,93 55,14 55,60
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 61,24 63,09 63,03 59,65 60,42 56,30 56,50
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 60,77 61,85 62,37 59,32 57,95 56,02 55,89
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 60,38 61,87 61,80 60,74 59,75 57,78 57,69
P 0,91 0,47 0,81 0,877 0,78 0,46 0,57
CV % 5,81 7,60 8,38 10,18 9,15 11,42 11,03
CV % – Coeficiente de Variação.
Estes resultados estão de acordo com os obtidos por Jalal e Scheideler (2001)
que atribuem o aumento da massa de ovo ao aumento da digestibilidade do cálcio e
do fósforo, em dietas à base de milho e farelo de soja, quando suplementadas com
fitase e por Ceylan et al., (2003) através da diminuição significativa da massa de
ovo, quando o nível de fósforo da dieta diminuiu. Entretanto ao fornecer uma dieta
com 0,20% de fósforo + fitase obtiveram igual massa de ovo quando comparado ao
82
tratamento que continham 0,35 e 0,40% de fósforo. Resultados semelhantes
também foram encontrados por autores (NUNES et al., 2006ab), que trabalharam
com Allzyme
®
SSF, em dietas de poedeiras Hisex Brown; (ROSSI et al., 2006abc)
que suplementaram com Allzyme
®
SSF as dietas de poedeiras Hy-Line W36 e
(ROSSI et al., 2006d) que trabalharam com a mesma linhagem e suplementaram as
dietas com uma associação de dois complexos (Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro).
Da mesma forma Wu et al., (2006) observaram aumento significativo da massa de
ovos quando utilizaram duas fontes de fitase em dietas à base de milho e farelo de
soja com baixo fósforo (0,11%) e mantiveram a massa de ovo similar, quando
adicionado ao controle (0,38%). O efeito positivo da utilização de enzimas, na
alimentação animal, também foi relatado por JaroniI et al., (1999) que, ao utilizarem
dietas com farelo de trigo com suplementação enzimática (xilanase e protease),
verificaram que a massa de ovo aumentou quando níveis mais altos da enzima
foram utilizados.
Porém, os resultados são diferentes dos obtidos por Costa et al., (2004) que não
verificaram efeito significativo de interação entre os níveis de fósforo disponível e os
níveis de fitase, ao estudar efeitos de níveis de fitase, em dietas com diferentes
níveis de fósforo.
4.1.6 – Conversão alimentar média/dúzia de ovo
A conversão alimentar, por dúzia de ovo produzido, é a unidade mais utilizada
para relacionar a eficiência com que o alimento é convertido em produto. Diferenças
significativas, em relação à esta variável, não foram observadas (tab. 11) e (tab. 6A
do Apêndice).
Da mesma forma, como já foi considerado ao discorrer as variáveis anteriores,
os resultados obtidos mostram que, a manutenção dos níveis produtivos se devem a
eficiência com que o complexo enzimático atuou na disponibilização dos nutrientes
principalmente naqueles tratamentos que tiveram maior valorização (T-2), quando
comparado com o tratamento testemunha, em dietas à base de milho, farelo de soja
e farinha de carne e ossos. Os resultados encontrados são semelhantes aos que
foram encontrados por Wyatt (1990) que trabalhou com beta-glucanase em dietas
para poedeiras à base de cevada e Jaroni et al., (1999) utilizando xilanase e
protease, em dietas à base de trigo.
83
Tabela 11 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da conversão alimentar/dúzia de ovo.
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 1,77 1,76 1,74 1,64 1,60 1,81 1,80
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 1,78 1,76 1,80 1,67 1,60 1,76 1,75
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 1,81 1,76 1,75 1,69 1,62 1,84 1,83
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 1,77 1,77 1,75 1,71 1,81 1,78 1,77
T-5 - SSF 30Kcal/kg EM 1,79 1,79 1,78 1,68 1,77 1,83 1,81
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 1,73 1,77 1,77 1,70 1,58 1,73 1,72
P 0,25 0,94 0,90 0,88 0,48 0,90 0,91
CV % 5,75 5,17 10,02 9,92 26,65 18,38 18,45
CV % – Coeficiente de Variação.
Trabalhando especificamente com fitase Jalal e Scheideler (2001), através
da suplementação de dietas com vários níveis de fósforo não fítico, verificaram que
a suplementação com fitase exerceu efeito significativo, sobre a conversão alimentar
das poedeiras. Da mesma forma, estudando valorizações de complexos
enzimáticos, em dietas de poedeiras, com valorizações de energia, proteína, cálcio e
fósforo, Nunes et al., (2006ab) trabalhando com Allzyme
®
SSF, em dietas de
poedeiras Hisex Brown; Rossi et al., (2006abc) que suplementaram, com
Allzyme
®
SSF, dietas de poedeiras Hy-Line W36 e Rossi et al., (2006d) que
trabalhando com a mesma linhagem, suplementaram dietas com uma associação de
dois complexos (Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro), mantiveram os mesmos valores
de massa de ovo quando comparado ao tratamento testemunha.
Comparativamente, em exploração de frangos de corte, Conte et al., (2003)
através da utilização de xilanase, obtiveram também melhora na conversão
alimentar das aves.
Os resultados, porém apresentam-se divergentes aos encontrados por Ny et al.,
(1998); Freitas et al., (2000) que trabalharam com complexo enzimático à base de
alfa-amilase, xilanase e proteases, e dos resultados encontrados por Qiugang et al.,
(2004) que utilizaram Allzyme
®
SSF, que não verificaram efeito significativo, quando
da adição do complexo enzimático ao tratamento controle negativo.
84
4.1.7 – Conversão alimentar média/massa de ovo
Seguindo a mesma tendência das variáveis anteriores, esta também não
mostrou diferença significativa (tab. 120 e (tab. 7A do Apêndice), mantendo os
valores dos tratamentos que receberam suplementação enzimática, em igualdade
com os valores do tratamento testemunha.
As valorizações realizadas, nos tratamento dois; três; quatro; cinco e seis,
mostram que mesmo com a valorização máxima de 120kcalEM/kg, ocorrida no
tratamento dois, o complexo enzimático foi capaz de suprir as necessidades
nutricionais da poedeira em termos de energia, proteína, cálcio e fósforo,
necessários para manter os níveis produtivos observados no tratamento um. O
comportamento desta variável reforça mais uma vez a eficiência que existe por parte
do complexo enzimático, quando utilizado em dietas para poedeiras, com base de
milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos. Os resultados estão de acordo
também com os resultados encontrados por Costa et al., (2004) que verificaram
efeito significativo sobre a conversão alimentar/massa de ovo, através da adição de
vários níveis de fitase, em dietas contendo diferentes níveis de fósforo disponível na
ração.
Tabela12 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da conversão alimentar/massa de ovo.
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 2,28 2,26 2,21 2,11 2,07 2,27 2,29
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 2,28 2,39 2,31 2,17 2,09 2,31 2,29
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 2,33 2,25 2,22 2,20 2,07 2,39 2,36
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 2,28 2,22 2,21 2,56 2,32 2,27 2,27
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 2,34 2,29 2,27 2,17 2,30 2,33 2,33
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 2,25 2,27 2,27 2,15 2,01 2,18 2,18
P 0,47 0,32 0,67 0,53 0,43 0,72 0, 82
CV % 6,25 9,67 9,73 34,62 25,92 17,17 17,46
CV % – Coeficiente de Variação.
Resultados semelhantes também foram encontrados por outros autores (NUNES
et al., 2006ab) que utilizaram o Allzyme
®
SSF em dietas de poedeiras Hisex Brown;
(ROSSI et al. 2006abc) que suplementaram com Allzyme
®
SSF as dietas de
85
poedeiras Hy-Line W36; (ROSSI et al., 2006d) que, utilizando se da mesma
linhagem, suplementaram dietas com uma associação de dois complexos
(Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro). Os resultados destes autores mostram que,
através da valorização dos complexos enzimáticos em vários níveis, principalmente
em termos de energia, proteína, cálcio e fósforo, as aves conseguiram manter o
nível produtivo, quando comparado ao tratamento testemunha.
4.2 – Parâmetros de qualidade Interna do ovo
4.2.1 – Peso médio da gema (g)
Os pesos médios obtidos para esta variável, após terem sido submetidos à
análise de variância (tab. 13) e (tab. 8A do Apêndice), demonstraram que não
ocorreu diferença significativa entre os tratamentos. Isto significa que os nutrientes
necessários para a formação da gema, foram totalmente disponibilizados à ave, em
conseqüência da atividade exercida pelo complexo enzimático.
Os resultados relativos a esta variável, estão de acordo com os resultados
encontrados por Nunes et al., (2006e); Rossi et al., (2006j) que utilizaram
Allzyme
®
SSF em dietas à base de milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos,
para poedeiras, e por Nunes et. al., (2006f); Rossi et al., (2006gi) que utilizaram o
mesmo complexo enzimático em dietas vegetarianas e verificaram, também, que as
dietas suplementadas mantiveram o peso da gema semelhante ao tratamento
testemunha, não mostrando diferença significativa.
Tabela 13 Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
peso médio da gema (g).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 15,86 16,33 16,87 16,69 16,52 16,80 16,67
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 16,05 16,31 16,70 16,59 16,43 16,37 16,45
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 16,17 16,68 17,03 16,82 16,59 16,44 16,56
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 15,86 16,48 16,78 15,74 16,10 16,26 16,27
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 15,80 16,38 16,77 16,67 16,58 16,67 16,62
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 15,53 16,06 16,31 16,91 16,40 16,43 16,44
P 0,26 0,40 0,30 0,27 0,62 0,66 0,71
CV % 5,15 5,23 5,56 8,84 5,66 6,348 4,88
CV % – Coeficiente de Variação.
86
Os resultados observados por Rossi et al., (2006h) mostram se diferentes, aos
resultados encontrados, ao apresentar diferença significativa, quando utilizaram
Allzyme
®
SSF, em dietas vegetarianas, para poedeiras da linhagem Hy-Line W36.
4.2.2 – Cor média da gema
Conforme pode ser observada (tab. 14) e (tab. 9A do Apêndice) a variável, cor
da gema, apresentou diferença significativa apenas durante o quinto ciclo de
postura, demonstrando, nesta situação, que as aves do tratamento seis foram
aquelas que apresentaram melhor coloração.
Tabela 14 Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da cor da gema.
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 4º 5º* Período
T-1 - Controle 6,79 9,11 8,47 7,83 7,96ab 8,22 8,11
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 6,82 9,00 8,30 7,68 7,98ab 8,31 8,12
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 7,12 9,36 8,41 7,69 7,80b 8,34 8,12
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 6,77 9,03 8,30 7,41 7,70b 8,45 8,14
T-5 - SSF 30KcalEM/kg 6,85 9,00 8,56 7,89 8,05ab 8,35 8,20
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 6,95 9,00 8,37 7,90 8,11a 8,63 8,35
P 0,71 0,66 0,72 0,55 0,04 0,54 0,51
CV % 10,74 8,07 6,89 11,32 5,52 8,00 5,25
*Em cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de
Tukey. CV % – Coeficiente de Variação.
Embora nos demais ciclos e ao final do período, os resultados não tenham-se
mostrado significativos não existe, no entanto, prejuízo comercial algum sobre a
qualidade do ovo, quando se utiliza o complexo enzimático, em dietas para
poedeiras à base de milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos, comparado ao
tratamento testemunha.
Os resultados obtidos estão de acordo com Fireman et al., (2000) que
trabalharam, com dietas, com farelo de arroz (0 a 20%); Faria (2002) com dietas à
base de trigo (até 30%) e Qiugang et al., (2004) que suplementaram dietas com
fitase, complexo enzimático composto por celulase, xilanase, glucanase e com
Allzyme
®
SSF, respectivamente, e verificaram que a suplementação enzimática
apresentou benefício sobre a coloração da gema. Outro aspecto importante, que
87
pode ser verificado, são os valores de cor de gema que se mantiveram em todos os
ciclos, com exceção do primeiro, com valores iguais ou acima dos encontrados por
Pedroso (1999), que encontrou valores ao redor de sete, no leque Roche, para
gemas de ovos encontrados no mercado.
Os resultados, também, estão de acordo com os obtidos por Nunes et al.,
(2006e) que trabalharam com dietas com farinha de carne e ossos e por Nunes et
al., (2006f) que utilizaram dietas vegetarianas e observaram diferença significativa
no 4º ciclo. Para Rossi et al., (2006g) a utilização de suplementos enzimáticos,
também, não mostra nenhuma desvantagem, em relação à coloração da gema,
quando comparado ao testemunha. No entanto, Rossi et al., (2006h) ao trabalharem
com poedeiras Hy-Line W36 com 54 a 58 semanas e Rossi et al., (2006i)
trabalhando com a mesma linhagem com 58 a 62 semanas de idade, verificaram
efeito significativo em relação a esta variável. Porém, Rossi et al., (2006j) ao
utilizarem, associações de Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro, em dietas para
poedeiras com 70 a 78 semanas de idade, não verificaram diferença significativa.
4.2.3 – Altura média do albúmen (mm)
Através da análise da variância dos dados, referente aos valores médios da
altura do albúmen (tab. 15) e (tab. 10A do Apêndice), pode ser verificado que esta
variável apresentou diferença significativa no 2º ciclo; 6º ciclo e no final período,
onde os tratamentos três e quatro, mostraram os melhores resultados, porém não
significativamente diferentes dos tratamentos dois, cinco e seis , mantendo diferença
significativa em relação ao tratamento testemunha. Também no final do período
experimental o tratamento quatro apresentou diferença significativa em relação ao
testemunha.
Isto evidencia que, o complexo enzimático, se comporta de maneira mais
eficiente, quando utilizado no decorrer do tempo, não mostrando resultados
imediatos, em relação a esta variável.
Estes resultados são corroborados com os encontrados por Rossi et al., (2006g)
que ao trabalharem com Allzyme
®
SSF, em dietas para poedeiras, com 50 a 54
semanas de idade, também, verificaram efeitos significativos. Rossi et al., (2006hij)
consideram, ainda, que ocorre melhora na altura do albúmen quando poedeiras com
54 a 58 semanas, 58 a 62 semanas e 70 a 78 semanas de idade, respectivamente,
são alimentadas com dietas contendo suplementação enzimática.
88
Tabela 15 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
altura média do albúmen (mm).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º* 3º 4º 5º 6º* Período*
T-1 - Controle 10,90 10,44ab 9,67 8,76 10,64 8,73b 9,39b
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 11,05 10,38ab 9,59 9,35 11,07 9,29ab 9,84ab
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 11,09 10,90a 9,79 9,48 11,01 9,62a 10,05ab
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 11,37 10,89ab 10,12 11,31 11,09 9,65a 10,13a
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 11,07 10,46ab 9,64 9,19 10,68 9,12ab 9,65ab
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 11,00 10,24b 9,98 9,41 10,96 9,22ab 9,81ab
P 0,69 0,03 0,29 0,22 0,86 0,033 0,03
CV % 7,69 7,07 8,07 32,68 12,60 9,84 7,26
*Em cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de
Tukey. CV % – Coeficiente de Variação.
No entanto alguns trabalhos mostram que não existe diferença significativa, em
relação a esta variável, quando poedeiras são suplementadas com enzimas
(NUNES et al., 2006ef). Este fato, porém não desmerece a eficiência do complexo
enzimático, visto que, mantêm seus valores nos mesmos níveis do tratamento
testemunha e traz como vantagem, a valorização dos nutrientes da dieta.
Em contraposição com os resultados encontrados por Noerbauer et al., (2005b),
através do estudo do efeito da fitase, sobre níveis de cálcio em dietas de poedeiras,
verificaram que a ação da fitase foi restringida pelo baixo nível de cálcio e que o
nível de 4,2% de cálcio provocou redução na altura do albúmen.
4.2.4 – Unidade Haugh média
Conforme, pode ser observado (tab. 16) e (tab. 11A do Apêndice), a análise da
variância, para esta variável, mostra diferenças significativas, durante o 2º e o 6º
ciclos, onde evidenciam-se os tratamentos três e quatro, com os melhores
resultados, porém sem mostrar diferença significativa, em relação aos tratamentos
dois; cinco e seis. Ao ser considerado o período global do experimento, esta
tendência foi confirmada, onde o tratamento quatro, mostra diferença significativa,
em relação ao tratamento um, não mostrando, porém, diferença significativa em
relação aos tratamentos dois, três, cinco e seis.
89
Tabela 16 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da unidade Haugh.
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º* 3º 4º 5º 6º* Período*
T-1 - Controle 93,44 91,03ab 86,77 85,02 93,71 80,47b 84,96b
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 94,25 90,82ab 86,27 84,32 94,23 84,57ab 87,89ab
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 94,53 93,59a 87,36 85,69 93,71 86,44a 88,98ab
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 95,83 93,39a 89,31 81,79 93,97 86,53a 89,46a
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 94,21 91,27ab 86,56 83,70 92,03 83,15ab 86,71ab
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 93,99 90,04b 88,56 84,99 93,38 83,89ab 87,62ab
P 0,67 0,04 0,28 0,72 0,85 0,02 0,02
CV % 4,53 4,39 5,20 12,23 7,68 6,90 4,75
*Em cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de
Tukey. CV % – Coeficiente de Variação.
A queda nos valores da unidade Haugh, verificada em todos os tratamentos, no
decorrer do experimento, principalmente ao se comparar o 1º ciclo com o 6º ciclo e
conseqüentemente, refletindo-se sobre a média do período, deve se ao avanço na
idade das aves, estando de acordo com outros autores (CUNNINGHAM et al., 1960;
FLETCHER et al., 1981, 1983). Esta variável geralmente é aceita, como uma medida
da qualidade do albume, em diversas pesquisas, sobre a qualidade de ovos (EISEN
et al., 1962), porém, tem pouca relação com parâmetros da qualidade nutricional
(Sauver, citado por SILVERSIDES et al., 1993).
Mesmo ocorrendo diminuição dos valores de unidade Haugh no decorrer dos
ciclos, pode se verificar que ocorreu diferença significativa entre os tratamentos.
Tanto durante o 2º e o 6º
ciclos, nos tratamentos três e quatro, quanto no final do
período experimental, o tratamento quatro apresentou os maiores valores,
mostrando diferença significativa em relação ao tratamento controle. Isto significa
que, estas dietas, oferecem um aporte mais equilibrado de nutrientes para que haja
uma melhoria principalmente em relação à altura do albúmen e peso do ovo, haja
visto, que Leeson (1996) relata que o teor de proteína da dieta é o principal fator
responsável por esta variação.
Os dados encontrados são corroborados por Vieira et al., (2001) que observaram
aumento linear da unidade Haugh, à medida que se elevaram os níveis de fitase da
ração; por Qiugang et al., (2004) que utilizaram Allzyme
®
SSF no tratamento controle
negativo, verificando diferença significativa e por Rossi et al., (2006f) que
90
trabalharam, com o mesmo complexo enzimático, em dietas vegetarianas para
poedeiras Hy Line W36 com 50 a 62 semanas de idade.
No entanto, estão em desacordo com os resultados encontrados por Rossi et al.,
(2006e) e Nunes et al., (2006cd) que utilizaram (Allzyme
®
SSF e Alzyme
®
Vegpro) e
Allzyme
®
SSF, respectivamente, para poedeiras Hy-Line W36 e Hisex Brown.
Os resultados diferem, ainda, dos resultados encontrados por Frost e Roland
(1991 citado por BORRMANN et al., 2001) que verificaram que as rações, não
suplementadas com fitase, tiveram valor de unidade Haugh superior às
suplementadas com fitase e Noerbauer et al., (2005b) e Scott et al., (1999 citados
por NOERBAUER et al., 2005b) que verificaram que a ação da fitase foi restringida
pelo baixo nível de cálcio da dieta e o nível de 4,2% de cálcio provocou redução na
unidade Haugh. Da mesma forma Lim e Paik (2003 citados por NOERBAUER et al.,
2005b) verificaram que os efeitos da suplementação de fitase são,
significativamente, modificados pelos níveis de cálcio e de fósforo fítico, e que o
maior nível de cálcio proporciona uma unidade Haugh inferior.
4.3 – Parâmetros de qualidade externa do ovo
4.3.1 – Gravidade específica média
A gravidade específica, é uma variável que estima a quantidade de casca
depositada e, está relacionada com a resistência a quebra que esta oferece. Os
resultados, referentes à gravidade específica (tab. 17) e (tab. 12A do Apêndice),
mostram que não houve diferença significativa do primeiro ao quinto ciclo, bem
como, também não mostrou, diferença significativa ao final do período experimental.
Mostrou porém, diferença significativa, ao final de sexto ciclo, onde o tratamento 2,
sobrepujou os valores dos demais tratamentos.
Pode ainda ser verificado que os tratamentos três, quatro, cinco e seis, não
mostraram diferenças significativas, em relação ao tratamento controle, mas
apresentaram uma tendência numérica de melhor qualidade da casca. Estes
resultados demonstram que, eventualmente, o complexo enzimático tem capacidade
de aumentar a resistência da casca, estando de acordo com Olsson (1934 citado por
SECHINATO, 2003) que diz que a medida que aumenta a gravidade específica
aumenta também a resistência.
91
Tabela 17 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
gravidade específica média.
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º* Período
T-1 - Controle 1088,05 1089,75 1086,83 1086,92 1086,77 1082,36b 1086,69
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 1088,03 1089,20 1086,96 1087,17 1086,89 1086,57a 1087,49
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 1088,20 1088,75 1087,35 1087,50 1087,40 1085,49ab 1087,45
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 1087,12 1088,40 1085,59 1027,34 1087,24 1084,94ab 1076,62
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 1088,59 1089,98 1085,38 1087,90 1087,01 1085,01ab 1087,31
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 1089,35 1090,15 1087,38 1087,70 1087,68 1084,29ab 1087,76
P 0,129 0,360 0,317 0,423 0,948 0,043 0,326
CV % 0,215 0,251 0,313 9,662 0,275 0,366 1,582
*Em cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de
Tukey. CV % – Coeficiente de Variação.
A não verificação de diferença significativa, nos ciclos um a cinco, e o reflexo
sobre a média do período, provavelmente deve-se a uma evolução mais lenta do
complexo enzimático, sobre esta variável, necessitando para isso, talvez um período
maior e que poderia, provavelmente, ser visto ao estender o experimento por mais
ciclos. A qualidade da casca tende a piorar, em função da idade das aves, e isso,
pode ser visto ao ser comparado o 1º com o 6º ciclo. A piora na qualidade da casca
trás grandes prejuízos ao criador. Abdallah et al., (1993) mencionam, que existe,
uma relação entre a porcentagem de ovos quebrados e a gravidade específica.
Observaram, ainda, que a porcentagem de ovos trincados decresce com o aumento
da gravidade específica e para cada aumento de 0,001 na gravidade específica, a
porcentagem de ovos quebrados decresceu em 1,266%. A partir daí, esta variável,
passou a ser uma ferramenta eficiente para ser utilizado de forma rotineira pelos
produtores e pesquisadores (FURTADO et al., 2001). A superioridade numérica dos
tratamentos suplementados, em relação ao controle, é um fator importante a ser
considerado, bem como o fato de que ao final do 6º ciclo a qualidade da casca,
referente ao controle, é bem inferior aos demais tratamentos, mostrando que, com o
avançar da idade das aves, a qualidade da casca vai piorando. Porém, aqueles que
receberam suplementação enzimática, proporcionaram melhor qualidade de casca,
devido a uma maior disponibilização e maior aporte de nutrientes para a formação
da casca do ovo. É provável que, com o avançar da idade das aves, este efeito seja
evidenciado de forma mais incisiva.
92
Trabalhando com o mesmo complexo enzimático adicionado à dietas de
poedeiras, Kaminska et al., (1995); Balander et al., (1997); Ji et al., (2005),
corroboram com os resultados obtidos, quando observaram um incremento na
gravidade específica do ovo com valores acima de 1080, que para Balander et al.,
(1997) é o valor mínimo, considerado aceitável, para que o ovo comercial possa
resistir o processamento e o transporte. Os valores acima de 1080, se mantiveram
ao longo de todos os ciclo, bem como, ao final do período, com exceção ao
tratamento quatro que apresentou, de maneira isolada, uma baixa gravidade
específica no 4º ciclo, refletido-se este valor sobre a média do período.
Resultados semelhantes aos encontrados trabalhando, especificamente, com
fitase, Gordon e Roland (1998, 1997); Punna e Roland (1999), foram observados em
dietas pobres em fósforo e cálcio, respectivamente. Após a adição de fitase ocorreu
redução, significativa, do impacto da dieta com baixo cálcio e fósforo, sobre a
qualidade da casca o desempenho das poedeiras. Também Keshavarz (2000);
Vieira et al.; Borrmann et al., (2001); Ceylan et al., (2003); Fernandes et al., (2005)
verificaram que, a gravidade específica, não é afetada quando dietas com baixo
fósforo recebem adição de fitase. Da mesma forma, ao valorizar dietas de poedeiras,
com a adição do Allzyme
®
SSF, Nunes et al., (2006ef); Rossi et al., (2006ghi)
verificaram que as dietas suplementadas com enzimas, proporcionam qualidade de
casca semelhante ao tratamento testemunha, mostrando com isso que, o complexo
enzimático, disponibilizou cálcio suficiente para manter a qualidade da casca.
São diferentes, portanto, os resultados obtidos por Jaroni et al., (1999) que ao
elaborar dietas à base de farelo de trigo, com e sem a adição de enzimas (xilanase e
protease), observaram que a gravidade específica declinou com a suplementação
enzimática, assim como Carlos e Edwards (1998), também não verificaram diferença
significativa,na gravidade específica, quando adicionaram fitase em dietas à base de
milho e farelo de soja.
4.3.2 – Peso médio da casca do ovo (g)
Ao comparar os tratamentos (tab. 18) e (tab. 13A do Apêndice), pode ser
constatado que não houve diferença significativa, com relação a esta variável.
93
Tabela 18 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
peso médio da casca (g).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 6,25 6,16 6,11 6,04 5,80 5,87 6,03
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 6,25 6,26 5,97 5,95 5,80 5,82 6,01
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 6,23 6,08 6,30 5,88 5,93 5,73 6,02
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 6,09 6,23 6,05 5,76 5,85 5,76 5,94
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 6,17 6,12 5,61 5,95 5,75 5,73 5,94
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 6,35 6,18 6,04 6,09 5,94 5,85 6,08
P 0,51 0,75 0,42 0,53 0,50 0,73 0,52
CV % 6,55 6,38 9,48 9,31 5,85 5,99 4,19
CV % – Coeficiente de Variação.
Pode ser verificada apenas uma diminuição numérica do peso da casca à
medida que avançou a idade da ave. Considerando uma valorização, de 0,1% de
cálcio e do fósforo, por parte do complexo enzimático, quando adicionado às dietas,
o experimento mostrou que as aves dos tratamentos que receberam suplementação
enzimática (dois, três, quatro, cinco e seis), produziram uma casca de igual peso ao
do tratamento controle, em decorrência de que esta valorização realmente ocorreu.
Os pesos médios de casca obtidos, não ficaram fora dos limites considerados por
Ceular e Moreno (1998), que mencionam que o peso da casca do ovo pode variar de
3,5 a 6g.
Os resultados são também semelhantes aos que foram encontrados por
Kaminska et al., (1995) que trabalharam com diferentes níveis de fósforo; por
Schang e Azcona (1998) que superestimaram a energia metabolizável, proteína e
aminoácidos em 7%, adicionando alfa-galactosidase às dietas com farelo de
girassol; por Helmich et al., (2000) que suplementaram dietas com diferentes níveis
de energia e fósforo disponível total com fitase; por Vieira et al., (2001) que
comparou duas dietas à base de milho, farelo de soja, farelo de trigo e farelo de
arroz integral e quatro níveis de fitase (100, 200, 300 e 400FTU/kg), e por Ji et al.,
(2005) medindo a eficiência do Allzyme
®
SSF em dietas à base de milho e farelo de
soja.
Outros autores (NUNES et al., 2006ef; ROSSI et al., 2006ghi) trabalharam com a
valorização do Allzyme
®
SSF em dietas para poedeiras e verificaram também que,
94
com a adição do complexo enzimático é possível manter o peso médio da casca, em
relação ao tratamento que não recebeu suplementação, demonstrando que as
enzimas são eficientes, no que tange a disponibilização do cálcio para formação da
casca.
4.3.3 – Espessura média da casca do ovo (mm)
Através da observação dos resultados, obtidos referente à variável espessura da
casca (tab. 19) e (tab. 14A do Apêndice), pode ser constatado que não houve
diferença significativa, entre os tratamentos.
Tabela 19 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
espessura média da casca (mm).
Ciclo (28 dias
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 0,42 0,41 0,44 0,37 0,37 0,39 0,39
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 0,43 0,41 0,43 0,37 0,37 0,39 0,39
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 0,43 0,41 0,45 0,37 0,37 0,38 0,38
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 0,41 0,40 0,43 0,37 0,37 0,38 0,38
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 0,42 0,41 0,43 0,37 0,37 0,38 0,38
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 0,42 0,41 0,43 0,37 0,37 0,38 0,38
P 0,19 0,76 0,10 0,71 0,71 0,14 0,65
CV % 5,86 7,09 4,70 4,58 4,58 5,54 3,60
CV % – Coeficiente de Variação.
Foi considerada, no momento das formulações das dietas, a hipótese de que o
complexo enzimático seria capaz de disponibilizar 0,1% de cálcio e fósforo, quando
adicionado à dietas de poedeiras à base de milho, farelo de soja e farinha de carne e
ossos proporcionando vantagens econômicas e ambientais. Este fato pode ser
verificado, no momento em que as valorizações foram feitas, e não foi observado
nenhum reflexo negativo destas, sobre a qualidade da casca do ovo. Isto pode ser
confirmado através da análise da variância dos dados, que não mostrou diferença
significativa entre os tratamentos, mostrando claramente que as dietas dos
tratamentos com suplementação enzimática foram tão eficientes quanto o
tratamento testemunha.
95
Os resultados encontrados estão de acordo com os resultados de Ji et al., (2005)
que utilizaram o mesmo complexo enzimático em dietas à base de milho e farelo de
soja, com baixos níveis de energia e fósforo, e verificaram que não há
comprometimento da qualidade da casca do ovo. Utilizando o mesmo complexo
enzimático, Kaminska et al., (1995), ao testarem vários níveis de fósforo,
demonstraram que ocorreu um incremento na espessura da casca ao acrescentar o
complexo enzimático as dietas. Da mesma forma, Qiugang et al., (2004)
adicionando-o ao tratamento com controle negativo, verificaram que não houve
efeito significativo na espessura da casca.
Por sua vez outros autores (NUNES et al., 2006ef; ROSSI et al., 2006ghi) ao
trabalharem, também com o mesmo complexo enzimático em dietas para poedeiras,
constataram que as enzimas disponibilizam cálcio em quantidades suficientes para
que a casca se mantenha com a mesma qualidade, comparada com o tratamento
testemunha.
Schang e Azcona (1998), utilizando-se da alfa–galactosidase, para
superestimar energia, proteína e aminoácidos em 7%, verificaram que a qualidade
da casca, diferiu em relação ao controle.
Estudos semelhantes foram conduzidos por vários autores, para verificar o efeito
de diferentes níveis de fósforo sobre a qualidade da casca, utilizando a enzima
fitase. Dentre eles, Borrmann et al., (2001) e Daghir et al., (1985 citados por
BORRMANN et al., 2001), observaram que ocorre uma piora na qualidade da
casca, com o uso de fitase, devido ao aumento da biodisponibilidade do fósforo e,
conseqüentemente, dos níveis de fósforo usados nas rações. Porém, Vieira et al.,
(2001) constataram que os parâmetros de qualidade de casca não foram
influenciados pelos tratamentos.
4.4 – Tempo médio de armazenamento do ovo (dias)
A qualidade do ovo é medida para descrever as diferenças existentes na
produção de ovos frescos, devido a características genéticas, às dietas e aos fatores
ambientais, aos quais as galinhas são submetidas ou também, para descrever a
deterioração na qualidade do ovo, durante o período de armazenamento, em função
das condições de armazenamento (ALLEONI e ANTUNES, 2001).
Durante o experimento as aves foram submetidas a diferentes dietas e os ovos
produzidos submetidos à diferentes períodos de armazenamento em temperatura
96
ambiente (tab. 47A a 53A do Apêndice). Estes dados, após analisados, mostraram
(tab. 20) e (tab. 15A a 21A do Apêndice) que não houve diferença significativa entre
os tratamentos.
Tabela 20 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados em condições ambientais.
Dias de armazenamento
Tratamentos
3 6 9 12 15 18 21
T-1 - Controle 53,89 35,44 33,99 15,21 12,60 26,48 22,22
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 52,59 48,67 27,07 23,30 19,60 31,83 15,69
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 53,80 36,05 42,09 24,60 15,10 34,95 24,28
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 55,30 43,31 35,40 25,49 12,88 37,85 22,03
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 59,30 42,59 33,39 27,31 12,91 39,11 22,08
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 49,42 46,17 29,47 27,70 18,97 41,32 19,51
P 0,46 0,60 0,22 0,35 0,35 0,13 0,30
CV % 10,51 25,39 21,04 29,83 32,56 18,44 21,17
CV % – Coeficiente de Variação.
Isto demonstra que o complexo enzimático pode ser utilizado em sua valorização
máxima sem afetar a qualidade interna do ovo após armazenamento. Verifica-se que
os maiores valores para a unidade Haugh, independentemente do tratamento ao
qual foi submetido, ocorre até o 9º dia de armazenamento. Os resultados estão de
acordo com Souza et al., (1997); Seleim e El-Prince (2000) e Carvalho et al.,
(2003a), citados por LEANDRO et al., (2005) que se referem a manutenção da
qualidade interna do ovo durante um período maior, e preservação do valor nutritivo.
Aspecto importante a considerar, é a sua refrigeração nos pontos de
comercialização, pois o ovo refrigerado desde a postura tem validade de até 60 dias,
e sem refrigeração a durabilidade varia de quatro dias, segundo Ahn et al., (1981
citado por LEANDRO et al., 2005) até 15 dias para Oliveira (2000 citado por
LEANDRO et al., 2005) após a data de postura.
Os resultados mostram que o ovo mantido sem refrigeração, a partir do momento
da postura até o momento da comercialização, sob influência da temperatura
ambiente, sofre alterações na sua qualidade interna em função de que as suas
estruturas físico-químicas, que impedem a contaminação interna, sofrem
modificações que, por sua vez, propiciam mudanças na qualidade do produto. Estão
97
também de acordo com Moreng e Evens (1990 citados por LEANDRO et al., 2005)
que relatam que quanto maior for o período, compreendido entre a postura e o
consumo do ovo, pior será sua qualidade interna do ovo, pois a partir do momento
da postura perdem qualidade de forma progressiva e contínua.
4.5 – Percentual médio de cinzas da tíbia (%)
As médias obtidas durante o experimento (tab. 21) e (tab. 22A e 23A do
Apêndice), submetidas à análise da variância, mostraram que não houve diferença
significativa entre os tratamentos.
Tabela 21 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
percentual médio de cinzas da tíbia (%).
Ciclo
Tratamentos
Final do 3º (%) Final do 6º (%)
T-1 - Controle 49,36 51,60
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 52,64 57,28
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 53,14 57,68
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 51,97 55,95
T-5 - SSF 30KcalEM/kg 49,42 55,60
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 55,42 58,98
P 0,17 0,42
CV % 7,85 9,26
CV % – Coeficiente de Variação.
Embora sem mostrar diferença significativa entre os tratamentos pode ser
verificado que houve uma diferença numérica dos tratamentos que receberam
suplementação enzimática (dois, três, quatro, cinco e seis), em relação ao
tratamento controle, sendo bem mais acentuada no final do 6º ciclo. Com base nos
dados, e em função da valorização dos minerais (cálcio e fósforo inorgânico)
realizada na matriz nutricional, pode ser constatado que o complexo enzimático
exerceu atividade de maneira satisfatória, quando suplementado à poedeiras com 32
a 56 semanas de idade, através de dietas à base de milho, farelo de soja e farinha
de carne e ossos. Os resultados mostram, de maneira clara, que ocorreu aumento
da disponibilidade dos minerais presentes na dieta, responsáveis pela formação da
matriz óssea, principalmente, do fósforo, conforme resultados obtidos por Conte et
98
al., (2003) que ao trabalharem com fitase e xilanase em dietas com baixo fósforo à
base de farelo de arroz integral para frangos de corte. Fica também demonstrado,
que a atividade enzimática exerce sua maior atividade, quando suplementada
durante um período mais prolongado, pois ao final do 3º ciclo, sua atividade ainda
não se mostra de forma bem definida, ou seja, os valores de cinzas encontrados,
nos tratamentos suplementados com enzima, ainda se encontravam muito próximos
aos valores do tratamento controle. Já no final do 6º ciclo, os valores de cinzas dos
tratamentos com suplementação, encontram-se bem mais distanciados dos valores
obtidos no tratamento controle, embora não apresente diferença significativa. Os
maiores valores de cinzas da tíbia, encontrados nos tratamentos suplementados, se
deve também ao fato de que havendo maior disponibilidade dos minerais através da
dieta, proporcionada pela ação enzimática, ocorre menor mobilização de minerais do
osso, mantendo seus níveis mais elevados, quando comparados ao tratamento
testemunha. Os resultados encontrados estão de acordo com Qiugang et al. (2004)
que trabalharam com o mesmo complexo enzimático e verificaram que o controle
negativo, foi significativamente menor, comparado ao controle positivo.
Autores como Carlos e Edwards (1998); Liebert et al., (2005) ao utilizarem fitase
em dietas com baixo fósforo para poedeiras demonstraram claramente através do
teor de cinzas dos ossos que a fitase pode ser usadas para aumentar a utilização de
fósforo pelas poedeiras.
Comparativamente, trabalhando com frangos de corte, Nelson et al., (1971);
Sebastian et al., (1998); Zyla et al., (1999); Conte et al., (2003); Laurentiz et al.,
(2005); (Viveros et al., 2002 e Banks et al., 2004, citados por LAURENTIZ et al.,
2005) baseando-se no conteúdo de cinzas dos ossos, verificaram o mesmo efeito,
quando a fitase foi adicionada a dietas com baixos níveis de fósforo, em
conseqüência da melhora na utilização do fósforo por parte das aves.
99
5. CONCLUSÕES
Nas condições em foi executado o presente experimento, é possível concluir que
a utilização do complexo enzimático, Allzyme
®
SSF, propicia:
A valorização de 120kcalEM/kg, sem afetar os parâmetros produtivos, de
qualidade externa e interna de ovos frescos e qualidade interna de ovos mantidos
sob condições de armazenamento em temperatura ambiente, não afetando também
de forma significativa, a concentração de cinzas da tíbia de poedeiras alimentadas
com dietas à base de milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos.
100
CAPÍTULO 2
Efeito da energia metabolizável estimada de um complexo enzimático na
produtividade de poedeiras comerciais, utilizando dietas vegetarianas, à base
de milho e farelo de soja.
1 – INTRODUÇÃO
As enzimas têm estado disponíveis para a indústria avícola a mais de 40 anos,
porém de alguns anos para cá, é que encontraram usos práticos. A limitação
principal foi uma relação desfavorável entre o custo e seus benefícios. Em função
dos avanços da biotecnologia, seus custos de produção foram reduzidos. Como
resultado, estas enzimas, agora estão tendo papel fundamental na tomada de
decisões, que tem como meta otimizar a produção de carne e ovos do ponto de vista
econômico (MILES, 1999). Investigações realizadas por Conn (1999 citado por
MILES, 1999), mostram que as enzimas agregadas a dietas baseadas em milho e
farelo de soja podem incrementar o conteúdo de energia metabolizável em
aproximadamente 4%.
Para SARTORI et al., (2003) existe uma preocupação cada vez maior por parte
dos consumidores, com a qualidade dos produtos, exigindo alimentos saudáveis,
com menor quantidade de aditivos, antibióticos e ausência de resíduos. As enzimas
têm a função de promoverem a hidrólise dos componentes dos alimentos tornando,
os nutrientes, mais disponíveis para a absorção. Estas enzimas, muitas vezes, não
101
são produzidas em quantidades suficientes pelo organismo, tornando-se necessária
a utilização de enzimas exógenas nas rações, que servem de ferramenta para
melhorar a eficiência de utilização dos alimentos pelos animais. A melhora
significativa na digestibilidade dos alimentos, obtida com o uso de enzimas nas
dietas, permite alterações nas formulações das rações de forma a minimizar o custo,
maximizando o uso dos ingredientes energéticos e protéicos das mesmas. O
emprego de enzimas possibilita, ainda, a utilização de alimentos alternativos
regionais ou sazonais de menor custo em substituição ao milho e ao farelo de soja,
tradicionalmente, utilizados como fontes de energia e proteína, respectivamente.
O presente estudo teve como objetivo determinar o nível de energia
metabolizável aparente que pode ser liberado a partir da utilização do complexo
enzimático (Allzyme
®
SSF), na alimentação de poedeiras, submetidas a dietas
vegetarianas à base de milho e farelo de soja.
102
2 - MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 – Local e período experimental
O presente trabalho foi desenvolvido nas dependências da Unidade Especial
de Avicultura (Fig. 19) do Conjunto Agrotécnico Visconde da graça (CAVG) - UFPel,
em Pelotas, RS, no período entre 13 de agosto de 2005 a 27 de janeiro de 2006.
Figura 19- Unidade de Especial de Avicultura do CAVG.
2.2 – Galpão experimental
O experimento foi conduzido no módulo de número 7 (Fig.20), do aviário Konrad
Männel, pertencente ao Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça.
Figura 20- Galpão experimental.
103
O galpão caracteriza-se por apresentar dimensões de 12m de largura x 20m de
comprimento, no sistema “dark house”, com capacidade para 1984 aves alojadas em
496 gaiolas com capacidade para quatro aves cada, suspensas, equipadas com
comedouros individuais do tipo calha, bebedouros do tipo chupeta (nipple) e
dispostas em quatro linhas não sobrepostas, para que as excretas se depositassem
em canaleta de recolhimento.
2.3 – Aves
Foram utilizadas 528 poedeiras semi-pesadas, produtoras de ovos
avermelhados, da linhagem Hisex Brown, com 36 semanas de idade, selecionadas
em função dos sinais que caracterizam uma poedeira em produção, atendendo as
características de acordo com (ENGLERT, 1991).
Distância entre os ossos pélvicos: Igual ou superior a dois dedos juntos entre os
ossos pélvicos.
Cloaca: Deve apresentar-se alargada, de forma oval, sem pigmentação e úmida.
Cristas e Barbelas: Grandes, elásticas, quentes e de cor vermelho vivo.
Além destas características, ainda foi levado em consideração o peso corporal
das aves, ficando estes entre 1600 e 1900g, obtendo-se pesos médios corporais
conforme tab. 22 e distribuídas aleatoriamente nas 132 gaiolas utilizadas no
experimento.
Tabela 22 – Peso corporal médio das poedeiras no início do experimento (g).
Tratamentos T1 T2 T3 T4 T5 T6 P CV%
Pesos médios 1709 1718 1707 1726 1702 1688 0,53 3,98
Tratamentos: T1 – Controle – milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos (0 Allzyme
®
SSF); T2 – Controle
com Allzyme
®
SSF (estimado em 120 kcal EM/kg); T3 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 90 kcal
EM/kg); T4 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 60 kcal EM/kg); T5 – controle com Allzyme
®
SSF
(estimado em 30 kcal EM/kg), T6 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 0 kcal EM/kg).
O início do experimento deu-se quando as aves completaram 36 semanas de
idade, estando às mesmas com um percentual de postura de 90%.
2.4 – Obtenção dos dados
As coletas dos dados foram realizadas diariamente pela manhã às oito horas, no
momento do arraçoamento, e a tarde às 16h30min, no momento da coleta dos ovos
104
produzidos no dia, com os devidos registros de produção de ovos e consumo de
ração, em planilhas destinadas para esse fim (Fig.21). Além das anotações
realizadas diariamente, no final de cada ciclo de 28 dias, durante 6 períodos
consecutivos, os ovos foram coletados e identificados (Fig.22) com o número da
gaiola (unidade experimental), e encaminhados para a sala de classificação de ovos.
Depois de selecionados, aqueles sem matriz mineral na casca ou pequenos a ponto
de não conter gema, foram desprezados. Os ovos viáveis foram pesados
individualmente e então realizadas as medidas de gravidade específica, coloração
da gema, peso da gema, altura do albúmen, peso da casca e espessura da casca.
No dia seguinte ao dia das avaliações referentes ao final de cada ciclo, foram
coletados todos os ovos de três unidades experimentais, de cada tratamento, para
que fosse feita a avaliação do tempo de armazenamento.
Figura 21 - Coleta de dados. Figura 22 - Identificação do ovo/gaiola.
2.5 – Programa de luz
Foi imposto um fotoperíodo de 17h de luz ao dia com intensidade de 80lux/m
2
,
durante todo o período experimental. Para isso foi utilizado um “timer” através do
qual as luzes eram acesas às quatro horas e desligadas às 21h. O “timer” não sofreu
nenhum ajuste durante o horário de verão, já que o aumento do fotoperíodo, em
função da estação do ano, não interferiu no programa de luz, em se tratando de um
aviário fechado (dark-house).
2.6 – Manejo Alimentar
2.6.1 – Preparo da ração e arraçoamento
As aves foram alimentadas com uma dieta vegetariana à base de milho, farelo
de soja, farinha de ostras, fosfato bicálcico, suplemento mineral vitamínico,
105
complexo enzimático e sal de modo a satisfazer as exigências nutricionais de todos
os nutrientes.
O suplemento mineral vitamínico, juntamente com o sal e o complexo enzimático
foram misturados a um pequeno volume de milho, em um pré-misturador (Fig.23),
com capacidade para 5kg, durante cinco minutos, resultando daí a pré-mistura 1.
Posteriormente, esta pré-mistura sofreu a adição de um volume maior de milho
através de uma segunda pré-mistura através de um pré-misturador (Fig.24) com
capacidade para 50kg, durante sete minutos e finalmente, misturados com o
restante dos ingredientes em um misturador do tipo vertical com capacidade de
1000kg, com tempo de mistura de 15min.
Eram misturados volumes suficientes para alimentar as aves durante um período
de 30 dias. Posteriormente à mistura, a ração foi acondicionada em sacos de
polietileno e estocada no aviário, onde estavam alojadas as poedeiras. O
arraçoamento era realizado, diariamente, às oito horas da manhã, onde eram
fornecidas porções (medidas) que correspondiam a 115g de ração e eram colocadas
tantas quantas necessárias para garantir o consumo ad libitum pelas aves. A
quantidade de ração distribuída em cada gaiola foi registrada diariamente em fichas
de controle de arraçoamento semanal.
Quando da ocorrência de mortalidade, as sobras de ração foram coletadas e
posterior pesagem. A partir deste momento a gaiola passou a receber, quantidades
de alimento, proporcional ao número de aves remanescentes na unidade
experimental.
Figura 23 - Pré-misturador. Figura 24 – Pré-misturador.
2.6.2 – Dietas experimentais
As dietas experimentais foram formuladas pelo fornecedor do suplemento
mineral vitamínico (Brastec
®
), segundo as necessidades nutricionais da linhagem em
106
estudo, tendo com base o milho e farelo de soja, com o objetivo de produzir dietas
isocalóricas e isoprotéicas (tab. 23, 24 e 25).
As dietas que receberam a adição do complexo enzimático, o cálcio e o fósforo
inorgânico, foram valorizados em 0,1%.
Durante o período experimental, as aves receberam dieta Postura I (tab. 23),
enquanto apresentavam postura superior a 85%, Postura II (tab. 24), quando com
postura entre 75 e 85% e Posturas III (tab. 25) quando da postura abaixo de 75%.
Tabela 23 - Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais –
Postura I.
Tratamentos(1) T1 T2 T3 T4 T5 T6
Dietas
(Valorização do SSF- kcal EM/kg) 120 90 60 30 0
Ingredientes (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg)
Milho grão (Pb-8%, Dens. 740) 612,10 601,85 616,25 630,55 635,45 628,55
Farelo de soja (Pb-46%, Sol.-80%) 260,00 240,00 244,00 248,00 251,00 252,00
Farelo de trigo 0,00 47,30 28,80 10,40 0,00 0,00
Farinha de ostras 93,00 94,00 94,00 94,00 94,00 94,00
Sal iodado 3,40 3,40 3,40 3,40 3,40 3,50
Fosfato bicálcico 15,00 9,30 9,40 9,50 9,50 9,50
Óleo de soja 12,50 0,00 0,00 0,00 2,50 8,30
Premix postura (2)
4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
SSF 0,00 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15
TOTAL 1000 1000 1000 1000 1000 1000
EMAn Kcal/kg 2270 2770 2770 2770 2770 2770
PB % 16,90 16,90 16,90 16,90 16,90 16,90
Ca % 3,80 3,80 3,80 3,80 3,80 3,80
Pt % 0,57 0,49 0,48 0,47 0,47 0,46
Pd % 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38 0,38
AAS totais % 0,65 0,67 0,68 0,67 0,67 0,67
Met total % 0,37 0,38 0,38 0,38 0,38 0,34
Lys total % 0,91 0,91 0,91 0,92 0,92 0,92
Colina total mg/kg 1154,51 1146,49 1145,10 1143,70 1142,86 1142,72
Ac linoléico % 2,19 1,599 1,60 1,60 1,72 2,00
Gord bruta % 3,82 2,712 2,69 2,68 2,91 3,45
Fibra bruta % 3,00 3,295 3,17 3,06 2,98 2,98
Na total % 0,18 0,18 0,18 0,17 0,18 0,18
(1)- Tratamentos: T1 – Controle – milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos (0 Allzyme
®
SSF); T2 –
Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 120 kcal EM/kg); T3 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado
em 90 kcal EM/kg); T4 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 60 kcal EM/kg); T5 – controle com
Allzyme
®
SSF (estimado em 30 kcal EM/kg), T6 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 0 kcal
EM/kg).
(2)- Níveis de garantia por quilograma do produto: Vitamina A 2.500.000 UI, Vitamina D
3
500.000 UI,
Vitamina E 1.750mg, Vitamina K
3
375 mg, Vitamina B
1
400mg, Vitamina B
2
1.100mg, Vitamina B
6
750mg,
Vitamina B
12
3.000mcg, Niacina 6.500mg, Ácido Fólico 175mg, Ácido pantotênico 2.500mg, Metionina
300g, Colina 90g, Manganês 17.500mg, Zinco 12.500 mg, Ferro 15.000mg, Cobre 2.500mg, Iodo 90mg,
Selênio 76mg.
107
Tabela 24 - Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais –
Postura II.
Tratamentos(1) T1 T2 T3 T4 T5 T6
Dietas
(Valorização do SSF- kcal EM/kg) 120 90 60 30 0
Ingredientes (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg)
Milho grão (Pb-8%, Dens. 740) 627, 80 595, 95 610, 35 624, 05 639, 15 644, 35
Farelo de soja (Pb-46%, Sol.-80%) 245, 00 222, 00 226, 00 231, 00 234, 00 237, 00
Farelo de trigo 0, 00 66, 30 47, 80 29, 00 10, 80 0, 00
Farinha de ostras 99, 00 100, 00 100, 00 100, 00 100, 00 100, 00
Sal iodado 3, 40 3, 40 3, 40 3, 40 3, 40 3, 50
Fosfato bicálcico 14, 00 8, 20 8, 30 8, 40 8, 50 8, 60
Óleo de soja 6, 80 0, 00 0, 00 0, 00 0, 00 2, 40
Premix postura (2)
4, 00 4, 00 4, 00 4, 00 4, 00 4, 00
SSF 0, 00 0, 15 0, 15 0, 15 0, 15 0, 15
TOTAL 1000 1000 1000 1000 1000 1000
EMAn Kcal/kg 2735 2735 2735 2735 2735 2735
PB % 16,33 16,30 16,30 16,31 16,30 16,30
Ca % 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
Pt % 0,54 0,48 0,47 0,46 0,45 0,44
Pd % 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36 0,36
AAS totais % 0,61 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62
Met total % 0,33 0,34 0,34 0,34 0,34 0,34
Lys total % 0,87 0,87 0,87 0,87 0,88 0,88
Colina total mg/kg 1100,46 1091,59 1090,29 1090,00 1087,50 1086,63
Ac linoléico % 1,92 1,60 1,60 1,61 1,61 1,73
Gord bruta % 3,29 2,73 2,72 2,70 2,69 2,91
Fibra bruta % 2,88 3,28 3,17 3,05 2,87 2,87
Na total % 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0, 18
(1)- Tratamentos: T1 – Controle – milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos (0 Allzyme
®
SSF); T2 –
Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 120 kcal EM/kg); T3 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em
90 kcal EM/kg); T4 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 60 kcal EM/kg); T5 – controle com
Allzyme
®
SSF (estimado em 30 kcal EM/kg), T6 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 0 kcal EM/kg).
(2)- Níveis de garantia por quilograma do produto: Vitamina A 2.500.000 UI, Vitamina D
3
500.000 UI,
Vitamina E 1.750mg, Vitamina K
3
375 mg, Vitamina B
1
400mg, Vitamina B
2
1.100mg, Vitamina B
6
750mg,
Vitamina B
12
3.000mcg, Niacina 6.500mg, Ácido Fólico 175mg, Ácido pantotênico 2.500mg, Metionina 250g,
Manganês 17.500mg, Zinco 12.500 mg, Ferro 15.000mg, Cobre 2.500mg, Iodo 90mg, Selênio 76mg.
108
Tabela 25 - Composição e níveis nutricionais das dietas experimentais –
Postura III.
Tratamentos(1) T1 T2 T3 T4 T5 T6
Dietas
(Valorização do SSF- kcal EM/kg) 120 90 60 30 0
Ingredientes (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg)
Milho grão (Pb-8%, Dens. 740) 650,80 607,45 621,85 636,25 650,75 665,05
Farelo de soja (Pb-46%, Sol.-80%) 224,00 199,00 203,00 207,00 211,00 215,00
Farelo de trigo 0,00 76,70 58,20 39,70 21,20 2,70
Farinha de ostras 101,00 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00
Sal iodado 3,40 3,40 3,40 3,40 3,40 3,50
Fosfato bicálcico 13,10 7,30 7,40 7,50 7,50 7,60
Óleo de soja 3,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Premix postura (2)
4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
SSF 0,00 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15
TOTAL 1000 1000 1000 1000 1000 1000
EMAn Kcal/kg 2735 2735 2735 2735 2735 2735
PB % 15,56 15,50 15,50 15,50 15,50 15,50
Ca % 4,05 4,05 4,05 4,05 4,05 4,05
Pt % 0,52 0,46 0,45 0,44 0,43 0,42
Pd % 0,34 0,34 0,34 0,34 0,34 0,34
AAS totais % 0,59 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
Met total % 0,32 0,33 0,33 0,33 0,33 0,33
Lys total % 0,81 0,81 0,81 0,81 0,82 0,82
Colina total mg/kg 1054,01 1044,30 1042,90 1041,51 1040,11 1038,71
Ac linoléico % 1,79 1,63 1,63 1,63 1,63 1,64
Gord bruta % 3,03 2,78 2,77 2,75 2,74 2,72
Fibra bruta % 2,80 3,25 3,14 3,02 2,79 2,79
Na total % 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18
(1)- Tratamentos: T1 – Controle – milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos (0 Allzyme
®
SSF); T2 –
Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 120 kcal EM/kg); T3 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 90
kcal EM/kg); T4 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 60 kcal EM/kg); T5 – controle com Allzyme
®
SSF
(estimado em 30 kcal EM/kg), T6 – Controle com Allzyme
®
SSF (estimado em 0 kcal EM/kg).
(2)- Níveis de garantia por quilograma do produto: Vitamina A 2.500.000 UI, Vitamina D
3
500.000 UI, Vitamina
E 1.750mg, Vitamina K
3
375 mg, Vitamina B
1
400mg, Vitamina B
2
1.100mg, Vitamina B
6
750mg, Vitamina B
12
3.000mcg, Niacina 6.500mg, Ácido Fólico 175mg, Ácido pantotênico 2.500mg, Metionina 250g, Manganês
17.500mg, Zinco 12.500 mg, Ferro 15.000mg, Cobre 2.500mg, Iodo 90mg, Selênio 76mg.
2.6.3 – Matriz nutricional da Allzyme
®
SSF para poedeiras
O Allzyme
®
SSF é um produto composto por sete atividades enzimáticas (fitase,
protease, xilanase, ß-glucanase, celulase, amilase e pectinase), capaz de clivar
proteínas, celulose, arabinoxilanos, ácido fítico e carboidratos solúveis, melhorando
a digestibilidade e disponibilidade de nutrientes para a absorção no trato intestinal da
ave, cuja matriz nutricional pode ser observada na tab. 26.
109
Tabela 26 Matriz nutricional da Allzyme
®
SSF para poedeiras.
Substituição na dieta (%) Valor matricial
Adição de SSF, 150g/t 0,015
Fósforo disponível 0,100 667
Ca, % 0,100 667
EM, kcal/kg Milho 50 333333
Proteína bruta,% 0,200 1333
Lisina, % 0,029 193
Metionina, % 0,011 73
Cistina,% 0,009 60
Triptofano,% 0,004 27
Treonina,% 0,014 93
Isoleucina,% 0,024 160
Arginina,% 0,022 147
2.7 – Variáveis estudadas
As variáveis estudadas foram:
Peso corporal das aves
Consumo de ração/dia
Produção de ovos
Peso do ovo
Massa de ovo
Conversão alimentar/dúzia de ovo
Conversão alimentar/massa de ovo
Qualidade interna do ovo
- Peso da gema
- Coloração da gema
- Altura do albúmen
- Unidade Haugh
Qualidade externa do ovo
- Gravidade específica
- Peso da casca
- Espessura da casca
Tempo de armazenamento
Percentual de cinzas da tíbia.
110
2.7.1 – Peso corporal das poedeiras
As aves foram pesadas individualmente (Fig.25) no início do período
experimental, para que se obtivesse uma distribuição homogênea das aves entre os
tratamentos, tendo-se como referência o peso médio do lote, obtido através da
pesagem de uma amostra de 10% dos animais. Os pesos variaram entre 1600 e
1900g, obtendo-se pesos corporais médios, por tratamento, conforme tab. 22. No
final de cada ciclo (28 dias), as aves foram novamente pesadas. Para tal, foi
utilizada uma balança da marca Fillizola com intervalo de 2g.
Figura 25 - Pesagem das aves.
2.7.2 – Consumo de ração/dia
O consumo de ração foi calculado a partir do total de ração fornecida durante o
período de 28 dias, descontando-se as sobras de ração de cada gaiola, recolhidas e
pesadas no final do último dia de cada ciclo, imediatamente antes do primeiro
arraçoamento do período seguinte. As pesagens das sobras de ração foram feitas
com uma balança digital, marca “marte”, modelo AS 2000, capacidade para 2000g e
sensibilidade de 0,5g. As sobras foram descontadas da quantidade total de ração
fornecida durante o ciclo. O consumo foi calculado seguindo a seguinte fórmula:
CT = TRF – S
Onde, CT: Consumo Total.
TRF: Total de Ração Fornecida; e,
S: Sobras de ração.
O consumo médio diário por ave foi calculado com base no consumo total,
através da seguinte fórmula:
CMDA = (CT/N)/28
Onde, CMDA: Consumo Médio Diário por Ave;
CT: Consumo Total;
111
N: Número de aves por unidade experimental; e,
28: Número de dias no ciclo.
Quando da ocorrência de mortalidade durante o período, a correção do cálculo
foi realizada da seguinte maneira:
CMDA = (CAM/NAAM)/NDAM + (CDM/NADM)/NDDM
Onde, CMDA: Consumo Médio Diário por Ave;
CAM: Consumo antes da morte da ave;
NAAM: Número de aves na gaiola antes da morte da ave;
NDAM: Número de dias antes da morte da ave;
CDM: Consumo depois da morte da ave;
NADM: Número de aves na gaiola depois da morte da ave; e,
NDDM: Número de dias depois da morte da ave.
No dia em que ocorria mortalidade, as porções da ração eram corrigidas para o
fornecimento do dia seguinte.
2.7.3 – Produção de ovos/ave alojada
Calculada através da somatória da produção diária de ovos, por gaiola, durante
o ciclo, dividido pelo número de galinhas alojadas por gaiola, durante o ciclo de 28
dias.
Produção (%) = TOP x 100
112
TOP: Total de ovos produzidos por gaiola no período.
112: 100% de produção para cada gaiola de 4 aves no período de 28 dias.
2.7.4 – Peso do ovo
Os pesos dos ovos (Fig.26) foram obtidos da produção do último dia de cada
ciclo.
Figura 26 - Pesagem do ovo.
112
A produção de ovos/gaiola foi pesada em balança digital, marca “marte”, modelo
AS 2000, capacidade para 2000g e sensibilidade de 0,5g. Destes pesos extraiu-se a
média e, então o peso médio do ovo/gaiola.
2.7.5 – Massa de ovo
Calculada através do peso médio do ovo, obtida de acordo com a descrição
anterior e a percentagem de produção de ovos por tratamento.
2.7.6 – Conversão alimentar/dúzia de ovo
Esta variável foi obtida através da divisão do consumo total de ração/gaiola
durante o ciclo, pelo total de ovos produzidos na gaiola durante o ciclo, divididos por
12. A redução nas porções de ração fornecida diariamente nos casos em que
ocorreu mortalidade foi considerada. A sobra de ração, recolhida no dia da morte da
ave e a sobra de ração do final do ciclo, foram descontadas do volume total de ração
fornecida para a gaiola.
CA = CRG/TOP/12
Onde, CRG: Consumo de Ração de cada gaiola;
TOP: Total de ovos produzidos no período de 28 dias; e,
12: Número de ovos da cada dúzia.
2.7.7 – Conversão Alimentar/massa de ovo
Foi obtida através da relação existente entre o consumo de ração/ave/gaiola e a
massa de ovo durante o ciclo.
2.7.8 – Qualidade interna do ovo
2.7.8.1 – Coloração de gema
A determinação desta característica (Fig.27), foi realizada por ocasião da quebra
Figura 27 - Leque colorimétrico de Roche.
113
do ovo, oriundo da produção do último dia de cada ciclo, através da comparação
visual da cor da gema, com as cores existentes no Leque colorimétrico de Roche
que apresenta uma variação de 15 tonalidades da cor.
2.7.8.2 – Peso da gema
Obtida após a separação do albúmen da gema (Fig.28) e a pesagem (Fig. 29) da
mesma com auxílio de uma balança da marca “Toledo”, modelo Mettler PB602 com
sensibilidade de 0,01g, com capacidade máxima de 610g e mínima de 0,05g. Esta
determinação foi realizada no final de cada ciclo de produção.
Figura 28- Separação gema/clara. Figura 29- Pesagem da gema.
2.7.8.3 – Altura do albúmen
Os valores para esta variável foram obtidos através da quebra do ovo sobre uma
placa de Petry, medindo 15 cm de diâmetro (Fig. 30).
Figura 30 – Determinação da altura do albúmen.
O procedimento para a determinação da altura do albúmen consiste em medir a
altura da mesma através de régua, entre a borda externa da clara e a gema do ovo e
que essa região esteja perpendicular às chalazas (BOARD et al., 1994).
114
2.7.8.4 – Unidade Haugh
A unidade Haugh é uma medida utilizada para medir a qualidade interna do ovo,
e foi obtida neste experimento, a partir dos dados relativos ao peso do ovo e da
altura do albúmen do respectivo ovo, sendo estes dados, submetidos a seguinte
fórmula:
em que: H = altura da clara espessa (milímetros); G = constante gravitacional de
valor 32;
W = peso do ovo (gramas) (BRANT et al., 1951).
Quanto maior o valor da unidade Haugh, melhor será a qualidade dos ovos, que
são classificados segundo o USDA em ovos tipo AA (100 até 72), A (71 até 60), B
(59 até 30), C (29 até 0), USDA Egg-Grading Manual, (2000 citado por BARBOSA
FILHO, 2004).
A Unidade Haugh relaciona diretamente o peso dos ovos (g) com a altura de
albúmen (mm). É um método utilizado para verificar a qualidade dos ovos, pois, à
medida que o ovo se deteriora, a clara se espalha, resultando num menor valor para
este índice. Para a unidade Haugh, o logaritmo de altura da albumina espessa é
ajustado cem vezes para ser equivalente àquela de um ovo de 56g (Griswold, 1972
citado por HARDER, 2005).
2.7.9 – Qualidade externa do ovo
2.7.9.1 – Gravidade específica
Esta característica foi mensurada, na produção de ovos do último dia de cada
ciclo, durante 6 ciclos. Ela baseia-se no conceito de que quanto mais grossa for a
casca do ovo, maior será sua densidade. A medida desta variável é provavelmente
uma das técnicas mais utilizadas para a determinação da qualidade da casca do
ovo, devido a sua rapidez, praticidade e baixo custo. A técnica baseia-se no princípio
da flutuação, sendo os ovos imersos em recipientes contendo soluções salinas em
ordem crescente de densidade. Considera-se a densidade do ovo aquela densidade
da solução na qual o ovo flutua, (HAMILTON, 1982).
Para Voisey e Hunt (1974), os ovos devem ser colocados em recipientes com
soluções salinas, da menor para maior concentração, e devem ser retirados ao
115
flutuarem, anotando-se assim, o valor respectivo de densidade correspondente à
solução do recipiente. Os mesmos autores sugerem ainda que, a gravidade
específica, deverá ser medida de preferência logo após a postura do ovo, sendo que
ovos trincados não deverão ser testados.
Segundo Furtado et al., (2001) para avaliar a qualidade da casca, a medição do
peso específico é suficiente, podendo a mesma ser utilizada rotineiramente por parte
de produtores e pesquisadores;
Durante o experimento, a gravidade específica foi determinada após a
determinação do peso do ovo, através da imersão dos mesmos em soluções salinas
(com base de cloreto de sódio) em concentrações progressivamente crescentes (Fig.
31), variando suas densidades de 1,062 até 1,102 com intervalo de 0,004.
Figura 31 - Determinação da gravidade específica.
As concentrações foram obtidas de acordo com as recomendações feitas por
Hamilton (1982) e Ceular e Moreno (1998), em que a solução de 1062 foi atingida
dissolvendo-se 98,8g de NaCl por litro de água. As demais soluções foram obtidas
acrescentando 1,5g de NaCl por cada litro de água para que houvesse um
incremento de 0,001 na gravidade específica. As densidades das soluções dos
baldes foram conferidas e recalibradas antes de cada procedimento de
determinação da gravidade específica, com auxilio de um decímetro, cujas
densidades variavam de 1,050 a 1,102. Os ovos foram mergulhados nos baldes
através de um cesto que continha 6 ovos. A cada imersão em solução salina, os
ovos que flutuavam foram retirados do cesto e a concentração da solução em que o
ovo flutuou foi anotada.
116
2.7.9.2 – Espessura da casca do ovo
A espessura da casca foi determinada em todos os ovos produzidos no último
dia de cada ciclo. A obtenção desta variável foi feita após a lavagem das cascas
para remover o possível albúmen aderido, e submetidas a uma temperatura de 60ºC
durante 24 horas em estufa, para que ocorresse a secagem. Após totalmente secas
(Fig. 32), realizou-se então a mensuração da espessura propriamente dita com
auxilio de um paquímetro digital marca Starret 727/2001. Na mensuração desta
variável, foram consideradas também as membranas interna e externa da casca. O
local de mensuração pré-determinado foi a porção mediana da casca (Fig. 33).
Figura 32 - Material utilizado para Figura 33 - Determinação da
a mensuração da espessura da espessura da casca do ovo.
casca do ovo.
2.7.9.3 – Peso da casca do ovo
Determinada com o auxílio de uma balança da marca “Toledo”, modelo Mettler
PB602 com sensibilidade de 0,01g, com capacidade máxima de 610g e mínima de
0,05g (Fig. 34). A pesagem foi realizada após a lavagem e secagem conforme já
descrito.
Figura 34 - Pesagem da casca do ovo.
117
2.7.10 – Tempo de armazenamento
Os ovos destinados a determinação de tempo de armazenamento em
temperatura ambiente, foram obtidos da produção do dia seguinte ao dia das
avaliações referentes ao final de cada ciclo de 28 dias. Foram coletados e pesados,
todos os ovos produzidos em três unidades experimentais (gaiolas), por tratamento
e identificados individualmente com o número da unidade experimental. Após o
armazenamento, os ovos eram quebrados com intervalos de três dias, totalizando
sete quebras em cada ciclo. Por ocasião da última quebra do ciclo, os ovos estavam
com 21 dias de armazenamento. No momento da quebra foi medida a altura do
albúmen, para posterior determinação da unidade Haugh.
2.7.11 – Percentual de cinzas da tíbia
Para determinação do percentual de cinzas, foram abatidas três aves por
tratamento, no final do 3º e do 6º ciclo. Destas foram coletadas as coxas (tíbias) do
lado direito que foram então desossadas, pesadas e colocadas na estufa a 105ºC
durante 24 horas para determinação da matéria seca (Fig. 35) e posteriormente
colocadas na mufla a 600ºC, para determinação das cinzas (Fig. 36). O percentual
de cinzas foi calculado com base em matéria seca.
Figura 35 – Determinação da matéria seca. Figura 36 – Determinação das cinzas.
2.8 – Tratamentos
Os tratamentos foram constituídos da forma como segue:
T. 1 – Controle
T. 2 – Controle + Allzyme SSF, 150g/t (estimado em120kcalEM/kg).
T. 3 – Controle + Allzyme SSF, 150g/t (estimado em 90kcalEM/kg).
T. 4 – Controle + Allzyme SSF, 150g/t (estimado em 60kcalEM/kg).
T. 5 – Controle + Allzyme SSF, 150g/t (estimado em 30kcalEM/kg).
118
T. 6 – Controle + Allzyme SSF, 150g/t (estimado em 0kcalEM/kg).
Nos tratamentos (dois, três, quatro, cinco e seis), que receberam a adição do
complexo enzimático, o cálcio e o fósforo inorgânico, foram valorizados em 0,1%.
2.9 – Análise estatística
Foi utilizado o delineamento completamente ao acaso, com seis tratamentos e
22 repetições cada. Cada unidade experimental foi composta por uma gaiola com
quatro aves.
2.9.1 – Quadro da análise da variância
Fontes de variação Graus de liberdade
Tratamento 5
Erro 126
Total 131
2.9.2 – Modelo matemático e ANOVA
Yij = m + ti + eij
Onde:
Yij = valor observado na parcela
m = média dos tratamentos
ti = efeito dos tratamentos i aplicado na parcela
eij = erro experimental
Os dados de cada variável registrados em cada unidade experimental foram
inicialmente submetidos à análise de variação correspondente ao modelo
matemático especificado e as médias foram comparadas duas a duas através do
teste de Tukey a 5% de probabilidade, e quando convenientes, foram comparadas
através de contrastes ortogonais.
As análises estatísticas foram executadas através de um pacote estatístico.
119
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 – Parâmetros Produtivos
3.1.1 – Peso corporal médio das poedeiras (g)
O peso corporal das aves é uma variável importante, a ser avaliada, pois
representa o status nutricional e a condição produtiva da poedeira. Do seu escore
corporal depende o sucesso ou insucesso de uma exploração e a resposta frente à
dieta consumida e manejo aplicado. Para poder avaliar de forma satisfatória, o efeito
dos tratamentos sobre as variáveis estudadas neste experimento foram
considerados e tomados os pesos corporais das aves no início do experimento, no
final de cada ciclo de 28 dias.
Considerando esta variável, foi realizada a análise da variância dos dados, onde
foi possível verificar que os tratamentos não exerceram efeito significativo ao longo
do período experimental (tab. 27) e (tab. 24A do Apêndice). Estes resultados
confirmam a hipótese de que as dietas suplementadas, com o complexo enzimático,
foram capazes de suprir nutricionalmente todas as necessidades nutricionais da
poedeira, para desempenhar sua função produtiva, sem ter que recorrer a suas
reservas corporais e com isso perder peso, ou até mesmo reduzir a produção de
ovos em detrimento a manutenção da vida. Pode ser observado ainda que, em todos
os tratamentos, ocorreu ganho de peso corporal e que as dietas que receberam a
adição do complexo enzimático foram efetivas, mostrando que os nutrientes
necessários para a manutenção e produção estavam sendo disponibilizados.
Fica claro, também, que embora não ter havido diferenças significativas nos
pesos médios corporais das aves, entre os tratamentos, é possível valorizar o
complexo enzimático, em até 120kcalEM/kg, ou seja, 4,36% na ração postura 1 e
120
4,72% na ração postura 2 e 3. Isto pode ser atribuído a melhoria na digestibilidade
dos nutrientes, constituintes da dieta, obtido através da adição do complexo
enzimático.
Tabela 27 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
peso corporal médio das aves (g).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 1738,00 1805,63 1833,36 1816,95 1825,81 1881,09 1870,68
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 1753,63 1795,13 1836,76 1772,28 1814,90 1890,76 1875,09
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 1740,77 1804,54 1733,04 1711,77 1712,22 1780,59 1766,86
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 1761,54 1817,04 1803,13 1787,09 1821,90 1926,59 1905,77
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 1727,22 1783,86 1781,45 1774,09 1817,59 1883,13 1869,63
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 1723,86 1792,45 1807,45 1760,22 1805,04 1906,45 1886,09
P 0,43 0,69 0,42 0,57 0,25 0,16 0,18
CV % 4,00 3,90 10,02 10,49 9,78 9,96 9,86
CV % – Coeficiente de Variação.
A manutenção do peso corporal das aves que receberam a adição do complexo
enzimático, comparado ao tratamento controle, deve-se a maior disponibilização dos
nutrientes das dietas suplementadas, em conseqüência da ação do complexo
enzimático, sobre os componentes da dieta (milho e farelo de soja). Os complexos
tem a capacidade de aumentar a digestibilidade e a eficiência dos alimentos,
reduzindo a ação de inibidores de crescimento, sobretudo dos polissacarídeos não-
amiláceos, auxiliando as enzimas endógenas nos processos digestivos Soto-
Salanova et al., (1993); Silva et al., (2000), aumentando à utilizão do amido e da
proteína em rações à base de cereais com baixa viscosidade como o milho, sorgo e
o farelo de soja (FIALHO, 2003). Desta forma, foi possível manter o peso corporal
das aves, permitindo uma redução de 4,36% nos níveis energéticos da dieta postura
1 e de 4,72% no nível energético das dietas de postura 2 e 3, comparado com o
tratamento testemunha. Com isso, é possível, a partir daí uma redução no custo de
produção da ração. Fica claro, então, que com a adição do complexo enzimático
ocorre um aumento na disponibilidade dos nutrientes dietéticos, tais como cálcio,
fósforo e proteínas, estando de acordo com Rostagno et al., (2000); Keshavarz e
121
Austic, (2004 citados por SANTOS et al., 2005); (NOCERA et al.; SANTOS et al.,
2005).
Os resultados encontrados também são compatíveis com os obtidos por Schang
e Azcona (1998); Wyatt (1990); Garcia et al., (2000) que verificaram pesos corporais,
semelhantes entre tratamentos, ressaltando uma melhora na disponibilidade dos
nutrientes da dieta, com a utilização de enzimas. Da mesma forma, Gordon e Roland
(1998); Fernandes (2005) também, não observaram diferença entre tratamentos,
com relação ao peso corporal, enfatizando que ocorreu plena valorização da matriz
nutricional.
Freitas et al., (2000) por sua vez ao testarem dietas com diferentes níveis de
energia mediante suplementação enzimática embora não constatando diferença
significativa, fazem referência de que as aves, que receberam suplementação,
apresentaram pesos superiores e que a redução de 3,5% no teor energético das
dietas, sem suplementação enzimática, foi capaz de reduzir o ganho de peso.
Autores como Ny et al., (1998) que trabalharam com níveis de energia e
complexo enzimático, Sohail et al. (2003) com xilanase, amilase e protease e
Komegay (1996 citados por NOERBAUER et al., 2005b) com dieta contendo fitase,
verificaram, da mesma forma, aumentos no peso corporal das poedeiras, atribuídos
ao reflexo da melhoria da digestibilidade das rações. Resultados semelhantes, no
que tange ao aumento da digestibilidade dos nutrientes presentes nas dietas,
também, foi verificado por Santos et al., (2005) trabalhando com frangos de corte,
em que com a adição de fitase às dietas deficientes, foi possível restaurar o valor
nutricional da dieta, sem prejuízo para o desempenho das aves, indicando aumento
da disponibilidade dos nutrientes.
3.1.2 – Consumo médio de ração/ave/dia (g)
A variável consumo de ração é de fundamental importância, no que tange ao
aspecto econômico, visto que é ela a representante de maior vulto no cálculo dos
custos da exploração avícola. Partindo desse pressuposto o estudo agrupou os
valores médios obtidos submetendo-os a análise da variância e verificando que os
tratamentos, ao final do período experimental, não influenciaram de forma
significativa o consumo de ração (tab. 28) e (tab. 25A do Apêndice), embora tenha
apresentado efeito significativo, no 1º e no 3º ciclos. Considerando o período
122
experimental, os resultados estão de acordo com o que foi encontrado por Liebert et
al., (2005); Nunes et al., (2006ab); Rossi et al., (2006abcd).
Tabela 28 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
consumo médio diário de ração (g).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º* 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 114,95 117,29 117,82a 104,44 110,63 111,70 110,97
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 117,65 122,73 125,11b 107,37 109,60 111,18 110,40
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 117,57 118,94 121,65ab 109,10 110,60 111,94 111,09
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 114,74 118,26 117,39a 105,60 11045 110,48 109,70
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 114,34 117,97 119,35ab 108,73 112,02 112,70 112,07
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 115,42 116,24 114,55a 103,33 111,06 111,98 111,13
P 0,01 0,07 0,001 0,34 0,85 0,93 0,92
CV % 3,50 6,06 6,94 9,68 5,40 6,22 6,27
*Em cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de
Tukey. CV % – Coeficiente de Variação.
A manutenção da quantidade de ração consumida, em todos os tratamentos, ao
final do período experimental (tab. 28), pode ser atribuído a liberação de energia em
função da atividade do complexo enzimático, quando utilizado em dietas
vegetarianas, embora teoricamente os tratamentos com menor valorização
energéticas teriam que apresentar menor consumo. Isto, porém nem sempre ocorre
pois, de acordo com que Rutz (1996) relata, as aves consomem o alimento para
satisfazerem suas necessidades energéticas, e ao se aumentar o nível energético
das dietas, o declínio no consumo raramente ocorre, ou seja, o mecanismo não é
linearmente perfeito.
Considerando o aspecto consumo de ração, os resultados diferem dos
encontrados por Wyatt (1990); Jaroni et al., (1999); Geraldo et al., (2006) que ao
fornecerem dietas, com suplementação enzimática, verificaram que ocorria uma
significativa redução do consumo de ração, mantendo desempenho semelhante
quando comparado com aves recebendo outras dietas.
Embora não tenha ocorrido variação no consumo de ração, fica demonstrado
que as enzimas melhoraram o valor energético das dietas, estando de acordo com
Fuente e Soto-Salanova (1997); Ny et al., (1998); Garcia et al., (2000); Sohail et al.,
123
(2003); Wu et al., (2006) e que o complexo enzimático (Allzyme
®
SSF) valoriza a
energia (NUNES et al., 2006ab), recomendando a sua utilização.
Ao serem observados os dados verificou-se que o complexo enzimático
disponibilizou nutrientes, tendo participação efetiva principalmente no aspecto
relativo a custos, através das reformulações das dietas, estando de acordo com
Schang e Azcona (1998) que superestimaram, a energia metabolizável, proteína e
aminoácidos em 7%, adicionando alfa-galactosidase às dietas; Wyatt e Bedford
(1998) que se referem a uma possível reformulação das dietas, sem prejudicar o
desempenho dos animais e Freitas et al., (2000) que ao reduzirem em 3,5% o nível
energético da dieta de maior teor energético, com suplementação enzimática,
verificaram uma redução de 4,15% no custo da dieta.
Autores como Freitas et al., (2000) observaram que, a suplementação
enzimática (alfa-amilase, xilanase e protease), não foi capaz de influenciar o
consumo de ração. Gordon e Roland (1997, 1998); Costa et al., (2004) observaram,
porém, diminuição no consumo de ração quando não foi adicionado enzima às
dietas, diferindo dos dados encontrados no presente experimento. Por outro lado,
Um e Paik (1999); Jalal e Scheideler (2001), observaram aumento no consumo de
ração quando as dietas eram suplementadas com fitase em função do aumento da
digestibilidade do cálcio e do fósforo.
Os resultados obtidos, com relação a esta variável, diferem, porém dos
encontrados por Rossi et al., (2006b) que ao testar dois níveis do complexo
enzimático (Allzyme
®
SSF) em dietas para poedeiras Hy-Line W36, com 54 a 58
semanas de idade, verificaram diferença significativa para o consumo médio de
ração.
3.1.3 – Produção média de ovos/ave alojada (%)
Os dados, relativos a esta variável, após terem sido reunidos por tratamentos e
ciclos, foram submetidos à análise da variância, através da qual foi possível verificar
que não houve diferença significativa, entre os tratamentos (tab. 29) e (tab. 26A do
Apêndice).
Estando o nível energético diretamente relacionado com os índices de postura,
Leeson (1996) e a ausência de diferença significativa, entre os tratamentos, fica
demonstrado que o complexo enzimático foi capaz de disponibilizar à poedeira,
quantidades suficientes de energia, atingindo níveis de valorizações de
124
120kcalEM/kg, em dietas à base em milho e farelo de soja, mantendo a produção de
ovos nos mesmos níveis observados para o tratamento testemunha. Este fato vem
ao encontro ao que foi observado por vários autores (BRAKE, 1990; WYATT, 1990;
GARCIA et al., 2000; SOHAIL et al., 2003) que, da mesma forma, verificaram
melhora na disponibilidade dos nutrientes em dietas à base de milho e farelo de
soja, quando sofreram adição de complexos enzimáticos à base de xilanase,
amilase, protease, beta-glucanase, alfa-galactosidase, e de complexos como
Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro (NUNES et al., 2006ab; ROSSI et al., 2006abcd),
através do aumento da produção ou até mesmo sustentando a produção de ovos a
níveis compatíveis com o tratamento testemunha.
Tabela 29 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
produção média de ovos/ave alojada (%).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 88,23 88,23 86,24 82,58 75,89 69,52 81,78
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 90,69 90,71 86,20 82,03 77,40 69,11 82,69
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 91,07 90,90 87,04 83,58 79,67 69,19 83,55
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 89,61 89,61 86,56 84,33 79,54 70,37 83,34
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 89,32 89,32 84,18 80,27 77,71 68,58 81,65
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 88,63 88,63 86,60 84,25 79,01 68,99 82,69
P 0,77 0,81 0,97 0,88 0,89 0,99 0,97
CV % 8,29 8,35 13,75 14,93 15,18 14,12 10,93
CV % – Coeficiente de Variação.
De forma semelhante autores como Kaminska et al., (1995); Gordon e Roland
(1997,1998); Punna e Roland ; Um e Paik (1999); Boling et al., (2000); Lim et al.,
(2003); Qiugang et al., (2004); (Fernandes et al.; Plumstead et al.; Liebert et al.,
(2005); Wu et al., 2006) através da utilização de diversos níveis de fósforo em dietas
suplementadas com enzimas, principalmente com fitase, verificaram que as enzimas
têm a capacidade de melhorar a produção de ovos.
No que tange ao aspecto econômico, em relação a esta variável, os dados
obtidos, estão de acordo com vários autores (WYATT e BEDFORD, 1998; FREITAS
et al., 2000) que reforçam a importância da suplementação de dietas, com
complexos enzimáticos, principalmente ao que se refere à possibilidade de redução
125
nos custos de produção, através de reformulações das dietas, que poderão ser
efetivadas sem comprometer o desempenho das aves.
Porém, Jaroni et al., (1999); Freitas et al., (2000); Ceylan et al., (2003); Costa et
al., (2004) e Rodrigues et al., (2003 citado por NOERBAUER et al., 2005a)
obtiveram resultados em seus experimentos mostrando que a suplementação
enzimática não foi capaz de afetar a produção de ovos de modo que pudesse ser
medido através do aumento da postura.
Esta situação também foi verificada ao analisar os dados deste experimento,
embora tenha havido interferência do complexo enzimático em relação à
manutenção da produção de ovos, através do aumento da digestibilidade e
disponibilidade dos nutrientes das dietas, principalmente através da valorização da
energia e da proteína, em relação ao tratamento testemunha. Esta valorização está
de acordo com a valorização da energia feita por outros autores (NUNES et al.,
2006ab), e da valorização da energia e da proteína realizadas por Rossi et al.,
(2006d), em dietas reformuladas.
3.1.4 – Peso médio do ovo (g)
Ao serem analisados os resultados referentes ao peso médio do ovo, foi possível
observar (tab. 30) e (tab. 27A do Apêndice) que não houve diferença significativa,
entre os tratamentos durante o período experimental indicando que o complexo
enzimático utilizado foi capaz de atuar de forma determinante sobre o aumento da
digestibilidade e disponibilidade, principalmente da proteína, estando de acordo com
Leeson (1996), que relata, que em condições normais o nível de energia não
influencia o tamanho do ovo, sendo o teor de proteína da dieta o principal fator
responsável por esta variação. Da mesma forma, isto também foi constatado por
Schang e Azcona (1998) que superestimaram a energia metabolizável, proteína e
aminoácidos, em dietas adicionando alfa-galactosidase. Verificaram também que o
desempenho produtivo não diferiu do controle.
Os resultados também foram corroborados com os obtidos por outros autores
(NUNES et al., 2006e e ROSSI et al., 2006ghi) que ao trabalharem com valorizações
do Allzyme
®
SSF, em dietas para poedeira, também verificaram efeitos positivos
sobre o peso de ovo. A atividade enzimática também pode ser enfatizada, com
relação a variável, através da suplementação com fitase, em dietas com diferentes
níveis de fósforo, (GORDON e ROLAND, 1997, 1998; UM e PAIK, 1999;
126
CASARTELI et al., 2003); com diferentes níveis de cálcio e fósforo (PUNNA e
ROLAND, 1999) e com metabolização da energia, aminoácidos, cálcio e fósforo em
dietas para matrizes de corte (FERNANDES et al., 2005), verificando que as dietas
atenderam, satisfatoriamente, as necessidades nutricionais das aves sem causar
nenhum prejuízo zootécnico.
Tabela 30 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
peso médio do ovo (g).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 – Controle 65,56 65,64 65,51 63,50 63,71 64,35 64,23
T-2 - SSF 120 kcalEM/kg 64,69 65,74 65,32 62,47 65,15 65,67 65,08
T-3 - SSF 90 kcalEM/kg 65,20 66,71 65,06 63,37 62,64 63,47 63,50
T-4 - SSF 60 kcalEM/kg 64,86 66,07 65,09 63,74 64,10 64,66 64,48
T-5 - SSF 30 kcalEM/kg 64,84 63,33 65,45 62,48 63,96 63,26 63,62
T-6 - SSF 0 kcalEM/kg 65,13 65,80 65,67 63,90 64,69 65,02 64,86
P 0,93 0,62 0,98 0,41 0,16 0,12 0,23
CV % 4,55 9,81 4,47 4,59 4,93 5,02 3,95
CV % – Coeficiente de Variação.
Ny et al., (1998) verificaram que a atividade enzimática somente foi eficiente
quando o nível de redução energética da ração superou 3,5%, o que foi confirmado
no presente experimento que encontrou redução de 4,36% no nível energético da
dieta postura 1 e 4,72% no nível energético das dietas postura 2 e 3.
Por outro lado, os dados experimentais, diferem dos obtidos por Carlos e
Edwards (1998) que utilizaram fitase e 1,25-(OH)
2
D
3
em dietas de poedeiras à base
de milho e farelo de soja; Qiugang et al. (2004) que suplementaram, com
Allzyme
®
SSF, o tratamento controle negativo, em dietas para poedeiras; Costa et al.,
(2004), através da redução dos níveis de fósforo disponível e o aumento dos níveis
de fitase, e Liebert et al., (2005) que utilizaram fitase, em dietas, com farelo de soja
com baixo fósforo, não evidenciando efeito enzimático, sobre a variável estudada.
3.1.5 – Média da Massa de ovo (g)
Com relação a variável, massa de ovo, os resultados (tab. 31) e (tab. 28A do
Apêndice) após terem sido submetidos à análise da variância, mostram que, embora
127
não tenha havido diferença significativa, entre os tratamentos, que o complexo
enzimático evidenciou sua efetiva atuação principalmente nas dietas, dois; três;
quatro e cinco por estarem estas, com seus níveis nutricionais diminuídos, em
relação ao tratamento controle. O tratamento seis, embora tenha tido adição do
complexo enzimático tem sua valorização energética e protéica estimada em zero,
ou seja, o complexo enzimático é adicionado “on top”, não sendo esperado nenhuma
atuação em termos de melhorias dos níveis nutricionais da dieta.
Tabela 31 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da massa de ovo (g).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 57,86 57,86 56,49 52,43 48,30 44,70 52,52
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 58,72 59,66 56,38 51,23 50,29 45,36 53,78
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 59,24 60,59 56,42 53,88 49,89 43,92 53,00
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 58,09 59,24 56,41 53,78 51,06 45,45 53,77
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 57,88 56,99 55,11 50,08 49,74 43,34 51,94
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 57,70 58,35 56,90 53,75 51,12 44,85 53,64
P 0,92 0,66 0,98 0,59 0,86 0,87 0,88
CV % 9,32 12,76 14,42 15,14 15,84 14,49 11,33
CV % – Coeficiente de Variação.
Portanto, mesmo havendo a valorização máxima do complexo enzimático no
tratamento dois, não foi observado diminuição da massa de ovo, ao longo do
período experimental, ocasião em que é obtida a média global do período,
confirmando desta forma a hipótese de que o complexo enzimático atuou
satisfatoriamente. Estes resultados estão de acordo com os obtidos por Jalal e
Scheideler (2001), que atribuem o aumento de massa de ovo ao aumento da
digestibilidade do cálcio e do fósforo em dietas à base de milho e farelo de soja,
quando suplementadas com fitase e por Ceylan et al., (2003) através da diminuição
significativa da massa de ovo, quando o nível de fósforo da dieta diminuiu.
Entretanto ao fornecer uma dieta com 0,20% de fósforo + fitase obtiveram igual
massa de ovo, quando comparado, ao tratamento que continham 0,35% e 0,40% de
fósforo. Resultados semelhantes também foram encontrados por autores (NUNES et
al., 2006ab) que trabalharam com Allzyme
®
SSF em dietas de poedeiras Hisex
128
Brown; por Rossi et al., (2006abc) que suplementaram com Allzyme
®
SSF as dietas
de poedeiras Hy-Line W36 e por Rossi et al., (2006d) que trabalhando com a mesma
linhagem suplementou as dietas com uma associação de dois complexos
(Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro). Da mesma forma, Wu et al., (2006) observaram
aumento significativo, da massa de ovo, quando utilizaram duas fontes de fitase em
dietas à base de milho e farelo de soja com baixo fósforo (0,11%) e mantiveram, a
massa de ovo, similar quando adicionado ao controle (0,38%). O efeito positivo, da
utilização de enzimas, na alimentação animal, também foi relatado por Jaroni et al.,
(1999) que ao utilizar dietas com farelo de trigo, com suplementação enzimática
(xilanase e protease), verificaram que a massa de ovo aumentou quando níveis mais
altos da enzima foram utilizados.
Porém, os resultados são diferentes dos obtidos por Costa et al., (2004) que não
verificaram efeito significativo de interação, entre os níveis de fósforo disponível e os
níveis de fitase, ao estudar efeitos de níveis de fitase, em dietas com diferentes
níveis de fósforo.
3.1.6 – Conversão alimentar média/dúzia de ovo
A conversão alimentar por dúzia de ovo produzido é a unidade mais utilizada
para relacionar a eficiência com que o alimento é convertido em produção.
Diferenças significativas, ao nível de 5% em relação à conversão alimentar/dúzia de
ovo, não foram observadas (tab. 32 e tab. 29A do Apêndice).
Tabela 32 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da conversão alimentar/dúzia de ovo.
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 1,57 1,61 1,66 1,55 1,77 1,96 1,64
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 1,50 1,62 1,78 1,62 1,76 1,97 1,62
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 1,55 1,58 1,73 1,61 1,70 1,99 1,61
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 1,54 1,59 1,65 1,53 1,69 1,90 1,59
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 1,54 1,60 1,73 1,66 1,77 2,01 1,66
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 1,57 1,58 1,62 1,51 1,71 1,97 1,63
P 0,94 0,95 0,52 0,58 0,88 0,91 0,88
CV % 8,31 11,01 18,86 20,61 16,87 15,36 12,26
CV % – Coeficiente de Variação.
129
Da mesma forma, como já foi considerado no discorrer das variáveis anteriores,
os resultados obtidos mostram que a manutenção dos níveis produtivos se deve a
eficiência com que o complexo enzimático atuou na disponibilização dos nutrientes
principalmente naqueles tratamentos que tiveram maior valorização (T-2), quando
comparado com o testemunha, em dietas à base de milho e farelo de soja. Os
resultados encontrados são semelhantes aos que foram encontrados por Wyatt
(1990) que trabalhou com beta-glucanase em dietas, para poedeiras, à base de
cevada e Jaroni et al., (1999) que utilizaram xilanase e protease, em dietas à base
de trigo.
Trabalhando especificamente com fitase, Jalal e Scheideler (2001) através da
suplementação de dietas, com vários níveis de fósforo não fítico, verificaram que a
suplementação com fitase exerceu efeito significativo, sobre a conversão alimentar
das poedeiras. Da mesma forma, estudando valorizações de complexos
enzimáticos, em dietas de poedeiras, com valorizações de energia, proteína, cálcio e
fósforo, Nunes et al., (2006ab) trabalhando com Allzyme
®
SSF em dietas de
poedeiras Hisex Brown; Rossi et al., (2006abc) que suplementaram com
Allzyme
®
SSF dietas de poedeiras Hy-Line W36 e Rossi et al., (2006d), que
trabalhando com a mesma linhagem, suplementaram dietas com uma associação de
dois complexos (Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro), mantiveram os mesmos valores
de conversão alimentar/dúzia de ovo, quando comparado ao tratamento testemunha.
Comparativamente, em exploração de frangos de corte, CONTE et al., (2003)
através da utilização de xilanase, obtiveram também melhora na conversão
alimentar das aves.
Os resultados, porém apresentam-se divergentes aos encontrados por NY et al.,
(1998) e FREITAS et al., (2000) que trabalharam com complexo enzimático à base
de alfa-amilase, xilanase e proteases, e dos resultados encontrados por QIUGANG
et al., (2004) que utilizaram Allzyme
®
SSF e também não verificaram efeito
significativo quando da adição do complexo enzimático ao tratamento controle
negativo.
3.1.7 – Conversão alimentar média/massa de ovo
Seguindo a mesma tendência, das variáveis anteriores, esta também não
mostrou diferença significativa (tab. 33 e tab. 30A do Apêndice), mantendo os
130
valores dos tratamentos que receberam suplementação enzimática em igualdade
com o tratamento testemunha.
As valorizações realizadas, nos tratamento dois; três; quatro; cinco e seis,
mostram que mesmo com a valorização máxima de 120kcalEM/kg, no tratamento
dois, o complexo enzimático foi capaz de suprir as necessidades nutricionais da
poedeira em termos de energia, proteína, cálcio e fósforo, necessários para manter
os níveis nutricionais compatíveis com o tratamento testemunha. O comportamento,
desta variável, reforça mais uma vez a eficiência do complexo enzimático em dietas
para poedeiras com base de milho e farelo de soja.
Os resultados estão de acordo também com os encontrados por Costa et al.,
(2004) que verificaram efeito significativo, sobre a conversão alimentar/massa de
ovo, através da adição de vários níveis de fitase em dietas contendo diferentes
níveis de fósforo disponível na ração.
Tabela 33 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da conversão alimentar/massa de ovo.
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 2,00 2,04 2,11 2,04 2,33 2,54 2,13
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 2,01 2,07 2,28 2,16 2,26 2,51 2,08
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 1,99 1,97 2,21 2,12 2,27 2,62 2,12
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 1,98 2,01 2,12 2,00 2,20 2,46 2,06
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 1,99 1,92 2,20 2,22 2,31 2,65 2,18
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 2,01 2,00 2,06 1,96 2,21 2,52 2,09
P 0,99 0,55 0,51 0,34 0,87 0,62 0,67
CV % 9,63 13,54 19,02 20,72 17,43 15,78 12,75
CV % – Coeficiente de Variação.
Resultados semelhantes também foram encontrados por outros autores (NUNES
et al., 2006ab) que utilizaram o Allzyme
®
SSF em dietas de poedeiras Hisex Brown;
por Rossi et al., (2006abc) que suplementaram com Allzyme
®
SSF as dietas de
poedeiras Hy-Line W36 e por Rossi et al., (2006d) que utilizando se da mesma
linhagem, suplementaram dietas com uma associação de dois complexos
(Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro). Os resultados destes autores mostram que,
através da valorização dos complexos enzimáticos em vários níveis, principalmente
131
em termos de energia, proteína, cálcio e fósforo, as aves conseguiram manter o
nível de produção, quando comparado ao tratamento testemunha.
3.2 – Parâmetros de qualidade interna do ovo
3.2.1 – Peso médio da gema (g)
Os pesos médios obtidos, para esta variável, após terem sido submetidos à
análise de variância demonstraram (tab. 34 e tab. 31A do Apêndice) que não
ocorreu diferença significativa, entre os tratamentos, ao final do período
experimental, apresentando se significativo apenas no 4º ciclo. Isto significa que os
nutrientes necessários para a formação da gema foram totalmente disponibilizados à
ave, através da suplementação enzimática de sua dieta.
Tabela 34 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
peso médio da gema (g).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º* 5º 6º Período
T-1 - Controle 15,41 15,75 15,70 15,12ab 15,63 6,05 6,10
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 15,20 15,81 15,43 15,11ab 15,91 6,02 6,03
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 15,54 16,43 15,96 15,67a 15,51 5,89 5,92
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 15,20 16,24 15,66 15,59ab 15,57 6,10 6,07
T-5 - SSF 30Kcal EM/kg 15,04 15,17 15,29 14,90b 15,42 6,00 6,02
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 15,27 15,96 15,26 15,30ab 15,75 5,93 5,95
P 0,25 0,12 0,18 0,01 0,34 0,38 0,41
CV % 4,76 9,68 6,46 5,33 4,95 6,05 4,45
*Em cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de
Tukey. CV % – Coeficiente de Variação.
Os resultados, relativos a esta variável, estão de acordo com os resultados
encontrados por Nunes et al., (2006e); Rossi et al., (2006j) que utilizaram
Allzyme
®
SSF em dietas à base de milho, farelo de soja e farinha de carne e ossos
para poedeiras e por Nunes et. al., (2006f); Rossi et al., (2006gi) que utilizaram o
mesmo complexo enzimático, em dietas vegetarianas, e verificaram também que as
dietas suplementadas mantiveram o peso da gema semelhante ao tratamento
testemunha, não mostrando diferença significativa.
Os resultados, encontrados por Rossi et al., (2006h) mostram se diferentes
quando comparado aos resultados obtidos no experimento, ao apresentar diferença
132
significativa em relação a esta variável, ao conduzirem seu experimento, utilizando
Allzyme
®
SSF em dietas vegetarianas para poedeiras da linhagem Hy-Line W36.
3.2.2 – Cor média da gema
Conforme pode ser observada (tab. 35 e tab. 32A do Apêndice) a variável cor da
gema apresentou diferença significativa, durante o 6º ciclo de postura e ao final do
período experimental, demonstrando que as aves dos tratamentos dois e cinco
foram os que melhor coloração da gema apresentaram, não apresentando porém
diferença significativa, entre eles.
Tabela 35 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da cor da gema.
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º* Período*
T-1 - Controle 7,43 8,23 8,16 7,09 8,84 5,93b 7,06b
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 7,40 8,31 8,15 6,90 8,79 6,87a 7,49a
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 7,58 8,32 8,46 7,07 8,83 5,83b 7,03b
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 7,52 8,40 8,37 7,42 8,87 6,06b 7,20ab
T-5 - SSF 30KcalEM/kg 7,45 8,25 8,32 7,18 8,76 6,82a 7,51a
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 7,47 8,32 8,13 6,99 8,79 6,08b 7,11b
P 0,94 0,90 0,14 0,18 0,98 0,0001 0,0003
CV % 8,26 6,00 5,87 9,56 5,59 11,47 6,16
*Em cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de
Tukey. CV % – Coeficiente de Variação.
Desta forma os resultados mostram, com evidência, que com a adição do
complexo enzimático em dietas para poedeiras à base de milho e farelo de soja, a
cor da gema pode ser melhorada, trazendo benefícios durante a comercialização,
visto que ela é um aspecto importante considerado nesta ocasião.
Os resultados obtidos estão de acordo com Fireman et al., (2000) que
trabalharam com dietas com farelo de arroz (0 a 20%); Faria (2002) com dietas à
base de trigo (até 30%) e Qiugang et al., (2004) que suplementaram dietas com
fitase, complexo enzimático composto por celulase, xilanase, glucanase e com
Allzyme
®
SSF respectivamente, e verificaram que a suplementação enzimática
apresentou benefício sobre a coloração da gema. Pode ser verificado que os
valores de cor de gema se mantiveram em todos os ciclos com valores iguais ou
133
acima daqueles encontrados por Pedroso (1999) que trabalhando com ovos
oferecidos no mercado constatou valores ao redor de 7, no leque de Roche.
Os resultados também estão de acordo com os obtidos por Nunes et al., (2006e)
que trabalharam com dietas com farinha de carne e Nunes et al., (2006f) que
utilizaram dietas vegetarianas e observaram diferença significativa no 4º ciclo. Para
Rossi et al., (2006g) a utilização de suplementos enzimáticos também não mostra
nenhuma desvantagem, em relação à coloração da gema, quando comparado ao
testemunha. No entanto, Rossi et al., (2006h) ao trabalharem com poedeiras Hy-Line
W36, com 54 a 58 semanas e Rossi et al., (2006i) trabalhando com a mesma
linhagem, com 58 a 62 semanas de idade, verificaram efeito significativo, em relação
a esta variável. Porém Rossi et al., (2006j) ao utilizarem associações de
Allzyme
®
SSF e Allzyme
®
Vegpro em dietas de poedeiras, com 70 a 78 semanas de
idade, não verificaram diferença significativa.
3.2.3 - Altura média do albúmen (mm)
Através da análise da variância dos dados, referente aos valores médios da
altura do albúmen (tab. 36 e tab. 33A do Apêndice), pode ser verificado que esta
variável não apresentou diferença significativa entre os tratamentos.
Tabela 36 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
altura média do albúmen (mm).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 10,42 9,47 9,06 9,22 8,97 9,68 9,42
T-2 - SSF 120 kcalEM/kg 10,25 9,38 8,76 8,97 9,13 9,13 9,13
T-3 - SSF 90 kcalEM/kg 10,49 9,92 9,16 8,99 9,19 9,75 9,50
T-4 - SSF 60 kcalEM/kg 10,34 9,71 8,87 9,02 9,04 9,09 9,11
T-5 - SSF 30 KcalEM/kg 10,51 10,04 9,53 8,90 9,23 9,10 9,21
T-6 - SSF 0 kcalEM/kg 10,35 9,61 9,31 9,24 9,37 9,67 9,54
P 0,91 0,10 0,12 0,79 0,80 0,23 0,34
CV % 8,13 9,01 11,03 10,46 10,66 13,79 8,99
CV % – Coeficiente de Variação.
Isto evidencia que, em dietas vegetarianas, o complexo enzimático se comporta
de maneira semelhante, entre os tratamentos, que receberam suplementação
134
enzimática, quando comparados ao tratamento testemunha, através da
disponibilização de nutriente necessários para a formação do albúmen.
Estes resultados, de certa forma, são corroborados com os resultados de Rossi
et al., (2006g) que ao trabalharem com Allzyme
®
SSF em dietas de poedeiras, com
50 a 54 semanas, verificaram que o complexo enzimático traz benefícios
significativos, quando adicionado a dietas de poedeiras. Outros autores consideram
que ocorre melhora na altura do albúmen quando poedeiras com 54 a 58 semanas,
58 a 62 semanas e 70 a 78 semanas de vida, respectivamente, são alimentadas
com suplemento enzimático (ROSSI et al., 2006hij).
Outros trabalhos também mostram que não existe diferença significativa, em
relação a esta variável, quando poedeiras são suplementadas com enzimas
(NUNES et al., 2006ef). Este fato, porém não desmerece a eficiência do complexo
enzimático, visto que ele é capaz de disponibilizar os nutrientes para a formação do
albúmen, mantendo-o com valores de altura semelhantes ao do tratamento
testemunha, ainda que as dietas estejam subestimadas em relação à matriz
nutricional.
Os resultados contrapõem-se com os resultados encontrados por Noerbauer et
al., (2005b) que através do estudo do efeito da fitase, sobre níveis de cálcio em
dietas de poedeiras, verificaram que a ação da fitase foi restringida pelo baixo nível
de cálcio e o nível de 4,2% de cálcio provocou redução na altura do albúmen.
3.2.4 – Unidade Haugh média
Conforme pode ser observado (tab. 37 e tab. 34A do Apêndice), a análise da
variância para a variável unidade Haugh, mostra que não houve diferença
significativa, durante o período experimental, quando o complexo enzimático é
utilizado em dietas vegetarianas para poedeiras comerciais.
Esta variável geralmente é aceita, como uma medida da qualidade do albúmen,
em diversas pesquisas sobre a qualidade de ovos (EISEN et al., 1962), porém tem
pouca relação com parâmetros da qualidade nutricional (Sauver, citado por
SILVERSIDES et al., 1993). Seu uso é universal, devido à facilidade da aplicação e
à alta correlação com a aparência do ovo, quando aberto numa superfície plana.
O não aparecimento de diferença significativa significa que as dietas com
suplementação enzimática oferecem um aporte ideal e equilibrado de nutrientes
para que haja uma sustentação dos valores em relação ao tratamento testemunha,
135
principalmente em relação à altura do albúmen e peso do ovo, onde segundo
Leeseon (1996) relata que o teor de proteína da dieta é o principal fator responsável
por esta variação.
Tabela 37 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da unidade Haugh.
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º Período
T-1 - Controle 91,00 85,54 82,96 83,52 82,06 86,39 85,28
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 89,96 84,86 80,97 82,29 83,10 82,56 83,12
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 91,37 88,18 83,73 82,56 83,84 87,07 85,88
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 90,64 87,05 81,75 82,76 82,79 82,64 83,32
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 91,24 89,16 85,30 82,02 83,90 82,70 83,93
T-6 - SSF 0KcalEM/kg 90,66 86,20 84,72 84,15 84,80 86,47 86,02
P 0,93 0,07 0,07 0,86 0,81 0,14 0,28
CV % 5,13 6,03 6,60 7,46 8,16 9,94 6,37
CV % – Coeficiente de Variação.
Os resultados encontrados são corroborados, de certa forma, pelos obtidos
por Vieira et al., (2001) que observaram aumento linear da unidade Haugh à medida
que se elevaram os níveis de fitase da ração; por Qiugang et al., (2004) que
utilizaram Allzyme
®
SSF, no tratamento controle negativo, verificando diferença
significativa e por Rossi et al., (2006f) que trabalharam com o mesmo complexo
enzimático, em dietas vegetarianas, para poedeiras Hy-Line W36 com 50 a 62
semanas de idade.
Também estão de acordo com outros autores como Rossi et al. (2006e); Nunes
et al., (2006c) que encontraram vantagens no uso de complexos enzimáticos, em
dietas para poedeiras, através da utilização de (Allzyme
®
SSF e Alzyme
®
Vegpro) e
Allzyme
®
SSF, respectivamente, para poedeiras Hy-Line W36 e Hisex Brown.
Os resultados, porém diferem dos encontrados por Frost e Roland (1991 citado
por BORRMANN et al., 2001) que verificaram que as dietas não suplementadas,
com fitase, tiveram um valor de unidade Haugh superior às suplementadas com
fitase; (Noerbauer et al., 2005b; Scott et al., 1999 citados por NOERBAUER et al.,
2005b) que verificaram que a ação da fitase foi restringida pelo baixo nível de cálcio
da dieta e o nível de 4,2% de cálcio provocou redução na unidade Haugh. Da
136
mesma forma, Lim e Paik (2003) verificaram que os efeitos da suplementação de
fitase são significativamente modificados, pelos níveis de cálcio e de fósforo fítico, e
que o maior nível de cálcio proporciona uma unidade Haugh inferior.
3.3 – Parâmetros de qualidade externa do ovo
3.3.1 – Gravidade específica média
A gravidade específica, é uma variável que estima a quantidade de casca
depositada e, está relacionada com a resistência a quebra que esta oferece. Quando
a gravidade específica aumenta, a resistência da casca, também aumenta Olsson
(1934 citado por SECHINATO, 2003).
Os resultados, referentes à gravidade específica (tab. 38 e tab. 35A do
Apêndice) obtidos, mostram que não houve diferença significativa, no final do
período experimental, quando dietas vegetarianas para poedeira comerciais são
suplementadas com complexo enzimático.
O aparecimento de diferença significativa, durante o sexto ciclo, mostra uma
tendência de que os tratamentos com valorização inferior a 120kcalEM/kg tenham
melhor desempenho. Isso, porém só poderá ser confirmado caso o complexo
enzimático seja utilizado durante um período maior.
Estes resultados demonstram que, eventualmente, o complexo enzimático tem
capacidade de sustentar a resistência da casca, mantendo as dietas suplementadas,
nos mesmos níveis em relação ao tratamento testemunha.
Tabela 38 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
gravidade específica média.
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º 6º* Período
T-1 - Controle 1092,74 1091,10 1088,68 1090,10 1090,51 1090,18a 1090,27
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 1090,72 1090,33 1086,65 1089,77 1086,63 1086,78b 1087,35
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 1090,40 1092,06 1088,26 1089,58 1089,10 1088,00ab 1088,69
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 1090,62 1090,53 1088,31 1090,28 1087,71 1089,22ab 1087,46
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 1090,39 1090,34 1088,54 1090,78 1089,31 1089,28ab 1089,49
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 1090,31 1090,77 1088,00 1088,78 1197,16 1086,95b 1115,02
P 0,089 0,472 0,326 0,285 0,443 0,011 0,469
CV % 0,285 0,290 0,292 0,261 19,123 0,337 4,834
*Em cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de
Tukey. CV % – Coeficiente de Variação.
137
A qualidade da casca tende a piorar em função da idade das aves, e isso, pode
ser visto ao comparar as densidades obtidas no início do experimento com as
densidades obtidas no 6º ciclo do experimento. A piora na qualidade da casca traz
grandes prejuízos ao criador. Abdallah et al., (1993) mencionam que existe uma
relação entre a percentagem de ovos quebrados e a gravidade específica.
Observaram ainda que a percentagem de ovos trincados decresce com o aumento
da gravidade específica e, para cada aumento de 0,001 na gravidade específica, a
porcentagem de ovos quebrados decresceu em 1,266%. A partir daí, a determinação
desta variável, passou a ser uma ferramenta eficiente para ser utilizado de forma
rotineira pelos produtores e pesquisadores (FURTADO et al., 2001).
Trabalhando com o mesmo complexo enzimático Kaminska et al., (1995)
utilizando controle negativo; Balander et al., (1997) valorizando em 20 e 40% a
substituição de duas fontes de fósforo e Ji et al., (2005) utilizando em dietas com
baixos níveis de energia metabolizável e fósforo para poedeiras, corroboram com os
resultados obtidos, através da observação de um incremento na gravidade
específica do ovo, mantendo valores de gravidade específica acima de 1080 que,
para Balander et al., (1997) é o valor mínimo considerado aceitável para o ovo
comercial, para que o mesmo possa resistir o processamento e o transporte.
Resultados semelhantes também aos encontrados no final do período
experimental, porém trabalhando especificamente com fitase, foram encontrados por
Gordon e Roland (1998, 1997); Punna e Roland (1999) em dietas pobres em fósforo
e cálcio, respectivamente, e que após a adição de fitase ocorreu redução,
significativa, do impacto da dieta com baixo cálcio e fósforo, sobre a qualidade da
casca e desempenho das poedeiras. Também Keshavarz (2000); Vieira et al.;
Borrmann et al., (2001); Ceylan et al., (2003); Fernandes et al., (2005) verificaram
que a gravidade específica não é afetada quando dietas com baixo fósforo recebem
adição de fitase. Da mesma forma, ao valorizar dietas de poedeiras, com a adição
do Allzyme
®
SSF, Nunes et al., (2006ef); Rossi et al., (2006ghi) verificaram que as
dietas suplementadas com enzimas proporcionam qualidade de casca semelhante,
ao tratamento testemunha, mostrando com isso que o complexo enzimático
disponibilizou cálcio suficiente para manter a qualidade da casca.
São diferentes, portanto, os resultados obtidos por Jaroni et al., (1999) que ao
elaborar dietas à base de farelo de trigo, com e sem a adição de enzimas (xilanase e
protease), observaram que a gravidade específica declinou com a suplementação
138
enzimática, assim como, Carlos e Edwards (1998) também não verificaram diferença
significativa, na gravidade específica, quando adicionaram fitase (600FTU/kg) e 5µg
de1,25-(OH)
2
D
3
em dietas à base de milho e farelo de soja para poedeiras.
3.3.2 - Peso médio da casca (g)
Ao comparar os tratamentos (tab. 39 e tab. 36A do Apêndice), pode ser
constatado que não houve diferença significativa, com relação a esta variável.
Pode ser verificada, apenas, uma diminuição numérica do peso da casca à
medida que a ave envelheceu. Considerando uma valorização de 0,1% de cálcio e
do fósforo, por parte do complexo enzimático, quando adicionada à dieta, o
experimento mostrou que os tratamentos que receberam suplementação enzimática,
produziram uma casca com peso semelhante ao do tratamento testemunha, em
decorrência de que esta disponibilização realmente ocorreu. Os pesos médios, de
casca obtidos, não ficaram fora dos limites considerados por Ceular e Moreno
(1998), que mencionam que o peso da casca do ovo pode variar de 3.5 a 6mm.
Tabela 39 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
peso médio da casca (g)
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º 5º Período
T-1 - Controle 6,34 6,20 6,30 6,02 6,16 6,05 6,10
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 6,30 6,34 6,18 5,82 6,03 6,06 6,05
T-3 - SSF 90KcalEM/kg 6,21 6,34 6,19 5,86 6,86 6,29 6,32
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 6,33 6,28 6,16 6,00 5,99 6,10 6,07
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 6,18 7,29 6,17 5,95 6,01 6,00 6,02
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 6,36 6,18 6,12 5,87 5,92 5,59 5,95
P 0,53 0,27 0,73 0,34 0,13 0,81 0,76
CV % 6,10 27,18 6,07 6,05 6,06 14,07 13,49
CV % – Coeficiente de Variação.
Os resultados são também semelhantes aos que foram encontrados por
Kaminska et al., (1995) que trabalharam com diferentes níveis de fósforo; por
Schang e Azcona (1998) que superestimaram a energia metabolizável, proteína e
aminoácidos em 7%, adicionando alfa-galactosidase às dietas com farelo de
girassol; por Helmich et al., (2000) que suplementaram dietas com diferentes níveis
139
de energia e fósforo disponível total, com fitase; por Vieira et al., (2001) que
compararam duas dietas à base de milho, farelo de soja, farelo de trigo e farelo de
arroz integral e 4 níveis de fitase (100, 200, 300 e 400FTU/kg) e por Ji et al., (2005)
que mediram a eficiência do Allzyme
®
SSF em dietas à base de milho e farelo de
soja.
Outros autores (NUNES et al., 2006ef; ROSSI et al., 2006ghi) trabalharam com a
valorização de Allzyme
®
SSF, em dietas para poedeiras, e verificaram também que,
com a adição do complexo enzimático é possível manter o peso médio da casca, em
relação ao tratamento que não recebeu suplementação, demonstrando que as
enzimas são eficientes no que tange a disponibilização do cálcio para formação da
casca.
3.3.3 Espessura média da casca (mm)
Através da observação dos resultados, referentes a esta variável (tab. 40 e tab.
37A do Apêndice), pode ser constatado que não houve diferença significativa, entre
os tratamentos. Apenas no 4º ciclo ocorreu diferença significativa em que as aves do
T-3 apresentaram espessura de casca bastante baixa em relação aos demais
tratamentos. Esta tendência, porém, não se confirmou nos ciclos subseqüentes e
nem mesmo no final do experimento. Sendo assim, este fato, pode ser
desconsiderado, pois não refletiu no resultado final.
Tabela 40 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
espessura média da casca (mm).
Ciclo (28 dias)
Tratamentos
1º 2º 3º 4º* 5º 6º Período
T-1 - Controle 0,44 0,42 0,41 0,41b 0,37 0,36 0,38
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 0,44 0,42 0,40 0,41b 0,35 0,35 0,37
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 0,44 0,42 0,40 0,39a 0,36 0,37 0,37
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 0,45 0,42 0,40 0,41ab 0,36 0,36 0,37
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 0,44 0,42 0,41 0,41b 0,36 0,36 0,37
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 0,44 0,41 0,40 0,40ab 0,35 0,36 0,37
P 0,63 0,37 0,14 0,01 0,09 0,79 0,99
CV % 4,79 4,92 5,41 5,66 6,71 8,99 6,82
*Em cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de
Tukey. CV % – Coeficiente de Variação.
140
Foi considerada no momento das formulações, das dietas, a hipótese de que o
complexo enzimático seria capaz de disponibilizar 0,1% de cálcio e fósforo quando
adicionado a dietas de poedeiras, à base de milho e farelo de soja, para que com
isso possam ter vantagens econômicas e ambientais. Este fato pode ser verificado,
no momento em que as valorizações foram feitas e não foi observado nenhum
reflexo negativo, desta redução, sobre a qualidade da casca do ovo. Isto pode ser
confirmado através da análise da variância dos dados, que não mostrou diferença
significativa entre os tratamentos, mostrando claramente que os tratamentos que
receberam suplementação enzimática foram tão eficientes quanto o tratamento
testemunha em manter a espessura da casca.
Os resultados são similares aos encontrados por Ji et al., (2005) que utilizaram o
mesmo complexo enzimático, em dietas à base de milho e soja com baixos níveis de
energia e fósforo e verificaram que não há comprometimento da qualidade da casca
do ovo. Utilizando o mesmo complexo enzimático Kaminska et al., (1995), ao testar
vários níveis de fósforo, demonstraram que ocorreu um incremento na espessura da
casca ao acrescentar o complexo enzimático as dietas.
Da mesma forma, Qiugang et al.. (2004) adicionando-o ao tratamento com
controle negativo, verificaram que não houve efeito significativo na espessura da
casca.
Por sua vez, Nunes et al., (2006ef); Rossi et al., (2006ghi) ao trabalharem
também com o mesmo complexo enzimático em dietas para poedeiras, constataram
da mesma forma, que as enzimas disponibilizam cálcio em quantidades suficientes
para que ela se mantivesse com a mesma qualidade quando comparada com o
tratamento testemunha.
Schang e Azcona (1998) utilizando-se da alfa–galactosidase, para
superestimar energia proteína e aminoácidos em 7%, verificaram que a qualidade da
casca diferiu em relação ao controle.
Estudos semelhantes foram conduzidos por vários autores para verificar o efeito,
de diferentes níveis de fósforo, sobre a qualidade da casca utilizando a enzima
fitase. Dentre eles, Borrmann et al., (2001) e Daghir et al., (1985 citados por
BORRMANN et al., 2001) observaram que ocorre uma piora na qualidade da casca,
com o uso de fitase, devido ao aumento da biodisponibilidade do fósforo e
conseqüentemente, dos níveis de fósforo usados nas rações, podendo assim, piorar
141
a qualidade da casca. Porém, Vieira et al., (2001) constataram que os parâmetros,
de qualidade de casca, não foram influenciados pelos tratamentos.
3.4 – Tempo médio de armazenamento do ovo (dias)
A qualidade do ovo é medida para descrever as diferenças existentes na
produção de ovos frescos, devido a características genéticas, às dietas e nos fatores
ambientais, aos quais as galinhas são submetidas, ou também para descrever a
deterioração na qualidade do ovo durante o período de armazenamento, em função
das condições de armazenamento (ALLEONI e ANTUNES, 2001).
Durante o experimento as aves foram submetidas a diferentes dietas e os ovos
produzidos, submetidos a diferentes períodos de armazenamento em temperatura
ambiente (tabs. 47A a 53A do apêndice). Estes dados após analisados mostram
(tab. 41 e tabs. 38A a 44A do Apêndice) que não houve diferença significativa entre
os tratamentos.
Isto demonstra que, o complexo enzimático, pode ser utilizado em sua
valorização máxima sem afetar a qualidade interna do ovo após armazenamento.
Verifica-se que os maiores valores para a unidade Haugh, independentemente do
tratamento ao qual foi submetido, ocorrem até o 9º dia de armazenamento.
Tabela 41 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre a
média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados em condições ambientais.
Dias de armazenamento
Tratamentos
3 6 9 12 15 18 21
T-1 - Controle 54,21 39,37 38,97 17,86 15,25 27,56 24,65
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 54,74 44,53 29,97 25,69 21,47 33,84 19,40
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 54,03 40,81 38,36 27,25 15,25 36,93 26,93
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 56,24 35,87 34,01 28,54 14,15 40,16 23,86
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 60,45 45,10 36,45 29,30 13,80 40,79 24,13
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 49,92 48,64 34,01 30,00 20,71 44,41 23,63
P 0,38 0,78 0,80 0,47 0,53 0,12 0,58
CV % 10,01 26,82 24,30 29,71 37,95 18,76 20,16
CV % – Coeficiente de Variação.
Os resultados estão de acordo com Souza et al., (1997), Seleim e El-prince
(2000) e carvalho et al., (2003a citados por LEANDRO et al., 2005) que se referem
142
à qualidade interna do ovo mencionando que para que essa característica possa ser
mantida durante um período maior, e preservado o seu valor nutritivo, aspecto
importante a ser considerado, é a sua refrigeração nos pontos de comercialização e
que o ovo refrigerado desde a postura tem validade de até 60 dias e sem
refrigeração, no entanto, a durabilidade varia de quatro dias, segundo Ahn et al.,
(1981, citado por LEANDRO et al., 2005) até 15 dias para Oliveira (2000 citado por
LEANDRO et al., 2005 ) após a data de postura.
Os resultados mostram que o ovo mantido sem refrigeração, a partir do momento
da postura até o momento da comercialização, sob influência da temperatura
ambiente, sofre alterações na sua qualidade interna, em função de que as suas
estruturas físico-químicas, que impedem a contaminação interna, sofrem
modificações que, por sua vez, propiciam mudanças na qualidade do produto. Os
resultados estão também de acordo com Moreng e Evens (1990 citados por
LEANDRO et al., 2005) que relatam que, quanto maior for o período compreendido
entre a postura e o consumo do ovo, pior será sua qualidade interna, pois a partir do
momento da postura, perdem qualidade de forma progressiva e contínua.
3.5 – Percentual médio de cinzas da tíbia (%)
As médias obtidas durante o experimento (tab. 42 e tab. 45A e 46A do
Apêndice), submetidas à análise da variância, mostraram que não houve diferença
significativa, entre os tratamentos.
Tabela 42 – Valorização energética do complexo enzimático Allzyme
®
SSF sobre o
percentual médio de cinzas da tíbia (%).
Ciclo (28 dias)
Tratamento
Final do 3º (%) Final do 6º (%)
T-1 - Controle 52,36 54,80
T-2 - SSF 120kcalEM/kg 53,90 52,25
T-3 - SSF 90kcalEM/kg 50,42 56,04
T-4 - SSF 60kcalEM/kg 52,48 59,06
T-5 - SSF 30kcalEM/kg 49,36 54,50
T-6 - SSF 0kcalEM/kg 48,22 52,20
P 0,17 0,14
CV % 7,24 7,33
CV % – Coeficiente de Variação.
143
Embora sem mostrar diferença significativa, entre os tratamentos, pode ser
observado que no final do 3º ciclo o tratamento testemunha apresentou valor
superior aos tratamentos três; quatro; cinco e seis. Esta tendência, porém, não se
manteve a medida que evoluiu o experimento. Com base nesses dados, e em
função da valorização dos minerais (cálcio e fósforo inorgânico) realizada na matriz
nutricional, pode-se constatar que o complexo enzimático exerceu atividade de
maneira satisfatória, quando suplementado até uma valorização de 90kcalEM/kg, em
dietas à base de milho e farelo de soja para poedeiras com idade de 36 a 60
semanas de idade.
Os resultados mostram de maneira clara, principalmente, se for comparado o 3º
com o 6º ciclo, que ocorreu aumento da disponibilidade dos minerais presentes nas
dietas suplementadas, principalmente aqueles responsáveis pela formação da matriz
óssea, como o fósforo, estando de acordo com os resultados obtidos por Conte et
al., (2003) que ao trabalharem com fitase e xilanase, em dietas, com baixo fósforo à
base de farelo de arroz integral para frangos de corte. Fica também demonstrado
que a atividade enzimática exerce sua atividade com maior clareza, quando
suplementada durante um período mais prolongado, pois ao final do 3º ciclo sua
atividade ainda não se mostra de forma bem definida, ou seja, os valores de cinzas
encontrados nos tratamentos suplementados, com o complexo enzimático, ainda se
encontravam abaixo dos valores obtidos no tratamento testemunha. Já no final do 6º
ciclo, os valores de cinzas dos tratamentos com suplementação, com exceção dos
tratamentos dois e seis, estão numericamente acima do valor encontrado no
tratamento testemunha, embora não apresente diferença significativa. Os maiores
valores de cinzas encontrados nos tratamentos (T-3 e T-4) ao final do 6º ciclo deve-
se, também, ao fato de que havendo maior disponibilidade dos minerais na dieta,
proporcionada pela ação enzimática, ocorre menor mobilização de minerais do osso,
mantendo seus níveis mais elevados quando comparados ao tratamento
testemunha. Os tratamentos cinco e seis embora numericamente menores em
relação aos tratamentos um; três e quatro mostram, da mesma forma, que a atuação
do complexo enzimático foi efetiva visto que os valores dos tratamentos cinco e seis
no 3º ciclo eram inferiores aos demais. Os resultados encontrados estão de acordo
com Qiugang et al., (2004), que trabalharam com o mesmo complexo enzimático e
verificaram que o controle negativo foi significativamente menor, comparado ao
controle positivo.
144
Autores como Carlos e Edwards (1998); Liebert et al., (2005) ao utilizarem fitase
em dietas com baixo fósforo, para poedeiras, demonstraram, claramente, através do
teor de cinzas dos ossos, que a fitase pode ser usadas para aumentar a utilização
de fósforo pelas poedeiras.
Comparativamente, trabalhando com frangos de corte, Nelson et al., (1971);
Sebastian et al., (1998); Zyla et al., (1999); Conte et al., (2003); Laurentiz et al.,
(2005); Viveros et al., e Banks et al., (2002 e 2004, citados por LAURENTIZ et al.,
2005), baseando-se no conteúdo de cinzas dos ossos, verificaram também o mesmo
efeito quando a fitase foi adicionada a dietas com baixos níveis de fósforo, em
conseqüência da melhora na utilização do fósforo por parte das aves.
145
4- CONCLUSÕES
Nas condições em que foi executado o presente experimento, é possível concluir
que a utilização do complexo enzimático, Allzyme
®
SSF, propicia:
A valorização de 120kcalEM/kg sem afetar os parâmetros produtivos, qualidade
externa de ovos frescos e qualidade interna de ovos mantidos sob condições de
armazenamento em temperatura ambiente, aumentando a coloração da gema. E
que a valorização de 90kcalEM/kg não afetou o parâmetro concentração de cinzas
da tíbia de poedeiras alimentadas com dietas à base de milho e farelo de soja.
146
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161
6 - APÊNDICE
Tabela 1A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático Allzyme
®
SSF
sobre o peso corporal médio das aves (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 67702.972 13540.594 0.85 0.5194
Resíduo 102 1629915.944 15979.568
Total 107 1697618.917
Tabela 2A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático Allzyme
®
SSF
sobre o consumo médio diário de ração (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 1312.48915 262.49783 0.69 0.6303
Resíduo 102 38665.16189 379.07021
Total 107 39977.65104
Tabela 3A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático Allzyme
®
SSF
sobre a produção média de ovos/ave alojada (%).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 415.139075 83.027815 0.98 0.4358
Resíduo 102 8671.283150 85.012580
Total 107 9086.422225
162
Tabela 4A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático Allzyme
®
SSF
sobre o peso médio do ovo (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 38.4605491 7.6921098 1.04 0.3968
Resíduo 102 752.4946833 7.3773989
Total 107 790.9552324
Tabela 5A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático Allzyme
®
SSF
sobre a média da massa de ovo (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 152.427996 30.485599 0.77 0.5758
Resíduo 102 4055.287656 39.757722
Total 107 4207.715652
Tabela 6A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático Allzyme
®
SSF
sobre a média da conversão alimentar/dúzia de ovo.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 0.15712685 0.03142537 0.29 0.9177
Resíduo 102 11.06557222 0.10848600
Total 107 11.22269907
Tabela 7A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático Allzyme
®
SSF
sobre a média da conversão alimentar/massa de ovo.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 0.34200463 0.06840093 0.43 0.8279
Resíduo 102 16.28260556 0.15963339
Total 107 16.62461019
163
Tabela 8A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático Allzyme
®
SSF
sobre o peso médio da gema (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 1.87588519 0.37517704 0.58 0.7184
Resíduo 102 66.45488889 0.65151852
Total 107 68.33077407
Tabela 9A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático Allzyme
®
SSF
sobre a média da cor da gema.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 0.79217778 0.15843556 0.86 0.5126
Resíduo 102 18.85112222 0.18481492
Total 107 19.64330000
Tabela 10A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a altura média do albúmen (mm).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 6.53815185 1.30763037 2.57 0.0312
Resíduo 102 51.89293333 0.50875425
Total 107 58.43108519
Tabela 11A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 237.722549 47.544510 2.74 0.0231
Resíduo 102 1772.000372 17.372553
Total 107 2009.722921
164
Tabela 12A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a gravidade específica média.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 1733.87850 346.77570 1.18 0.3265
Resíduo 102 30095.63013 295.05520
Total 107 31829.50863
Tabela 13A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da casca do ovo (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 0.26722222 0.05344444 0.84 0.5232
Resíduo 102 6.47654444 0.06349553
Total 107 6.74376667
Tabela 14A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a espessura média da casca do ovo (mm).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 0.00064074 0.00012815 0.66 0.6578
Resíduo 102 0.01993333 0.00019542
Total 107 0.02057407
Tabela 15A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 3 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 158.3430667 31.6686133 0.98 0.4679
Resíduo 12 387.3497333 32.2791444
Total 17 545.6928000
165
Tabela 16A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 6 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 427.386983 85.477397 0.75 0.6016
Resíduo 12 1367.326067 113.943839
Total 17 1794.713050
Tabela 17A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 9 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 405.625667 81.125133 1.62 0.2273
Resíduo 12 599.221333 49.935111
Total 17 1004.847000
Tabela 18A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 12 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 315.1325833 63.0265167 1.24 0.3516
Resíduo 12 612.0474667 51.0039556
Total 17 927.1800500
Tabela 19A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 15 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 152.6298278 30.5259656 1.22 0.3571
Resíduo 12 299.8045333 24.9837111
Total 17 452.4343611
166
Tabela 20A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 18 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 441.7648444 88.3529689 2.09 0.1373
Resíduo 12 507.5686667 42.2973889
Total 17 949.3335111
Tabela 21A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 21 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 134.6598278 26.9319656 1.37 0.3037
Resíduo 12 236.6966667 19.7247222
Total 17 371.3564944
Tabela 22A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o percentual médio de cinzas da tíbia no final do 3º ciclo (%).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 143.6220172 28.7244034 1.72 0.1704
Resíduo 23 384.4835000 16.7166739
Total 28 528.1055172
Tabela 23A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
“Allzyme
®
SSF”sobre o percentual médio de cinzas da tíbia no final do 6º ciclo (%).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 141.4556429 28.2911286 1.04 0.4206
Resíduo 22 599.9140000 27.2688182
Total 27 741.3696429
167
Tabela 24A – Análise de variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso corporal médio das aves (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 260575.230 52115.046 1.54 0.1807
Resíduo 125 4216589.946 33732.720
Total 130 4477165.176
Tabela 25A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o consumo médio diário de ração (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 69.039192 13.807838 0.29 0.9205
Resíduo 125 6054.080283 48.432642
Total 130 6123.119475
Tabela 26A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a produção média de ovos/ave alojada (%).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 65.62003 13.12401 0.16 0.9763
Resíduo 125 10196.42306 81.57138
Total 130 10262.04309
Tabela 27A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio do ovo (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 44.8020952 8.9604190 1.38 0.2345
Resíduo 125 808.8874758 6.4710998
Total 130 853.6895710
168
Tabela 28A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da massa de ovo (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 63.600042 12.720008 0.35 0.8808
Resíduo 125 4529.999813 36.239999
Total 130 4593.599855
Tabela 29A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da conversão alimentar/dúzia de ovo.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 0.06735363 0.01347073 0.34 0.8894
Resíduo 125 4.99049675 0.03992397
Total 130 5.05785038
Tabela 30A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da conversão alimentar/ massa de ovo.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 0.22916590 0.04583318 0.63 0.6766
Resíduo 125 9.08207532 0.07265660
Total 130 9.31124122
Tabela 31A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da gema (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 2.39394657 0.47878931 1.01 0.4155
Resíduo 125 59.33114351 0.47464915
Total 130 61.72509008
169
Tabela 32A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da cor da gema.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 5.08508077 1.01701615 5.10 0.0003
Resíduo 125 24.92132381 0.19937059
Total 130 30.00640458
Tabela 33A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a altura média do albúmen (mm).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 3.97539524 0.79507905 1.13 0.3479
Resíduo 125 87.93846277 0.70350770
Total 130 91.91385802
Tabela 34A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 183.069368 36.613874 1.26 0.2857
Resíduo 125 3634.036006 29.072288
Total 130 3817.105374
Tabela 35A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a gravidade específica média.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 12872.0008 2574.4002 0.92 0.4693
Resíduo 125 349121.5774 2792.9726
Total 130 361993.5782
170
Tabela 36A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o peso médio da casca (g).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 1.75393967 0.35078793 0.52 0.7616
Resíduo 125 84.49886797 0.67599094
Total 130 86.25280763
Tabela 37A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a espessura média da casca (mm).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 0.00035948 0.00007190 0.11 0.9904
Resíduo 125 0.08326342 0.00066611
Total 130 0.08362290
Tabela 38A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 3 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 175.9276667 35.1855333 1.16 0.3814
Resíduo 12 362.8607333 30.2383944
Total 17 538.7884000
Tabela 39A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 6 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 306.249450 61.249890 0.48 0.7871
Resíduo 10 1289.199050 128.919905
Total 15 1595.448500
171
Tabela 40A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 9 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 167.650178 33.530036 0.46 0.8017
Resíduo 12 883.430067 73.619172
Total 17 1051.080244
Tabela 41A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 12 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 300.105961 60.021192 0.97 0.4728
Resíduo 12 741.115467 61.759622
Total 17 1041.221428
Tabela 42A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 15 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 173.7038278 34.7407656 0.86 0.5365
Resíduo 12 486.5080000 40.5423333
Total 17 660.2118278
Tabela 43A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 18 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 533.519428 106.703886 2.18 0.1248
Resíduo 12 587.418600 48.951550
Total 17 1120.938028
172
Tabela 44A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre a média da unidade Haugh de ovos mantidos armazenados
durante 21 dias em condições ambientais.
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 89.9550944 17.9910189 0.78 0.5810
Resíduo 12 275.7484667 22.9790389
Total 17 365.7035611
Tabela 45A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o percentual médio de cinzas da tíbia no final do 3º ciclo (%).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 115.5656667 23.1131333 1.69 0.1764
Resíduo 24 329.0680000 13.7111667
Total 29 444.6336667
Tabela 46A – Análise da variância para o efeito do complexo enzimático
Allzyme
®
SSF sobre o percentual médio de cinzas da tíbia no final do 6º ciclo (%).
Fonte de variação GL S.Q Q.M Valor F Prob.>F
Tratamento 5 150.8845714 30.1769143 1.85 0.1438
Resíduo 22 358.0940000 16.2770000
Total 27 508.9785714
173
Tabela 47A – Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o período de 14 de
Agosto de 2005 à 10 de Setembro de 2005 (ºC).
Data Temperatura Máxima Temperatura Mínima
14/08/2005 22 19
15/08/2005 21 17
16/08/2005 17 12
17/08/2005 16 9
18/08/2005 15 8
19/08/2005 18 11
20/08/2005 17 9
21/08/2005 19 10
22/08/2005 21 15
23/08/2005 20 16
24/08/2005 24 19
25/08/2005 24 18
26/08/2005 24 20
27/08/2005 22 19
28/08/2005 26 20
29/08/2005 27 24
30/08/2005 22 19
31/08/2005 18 15
01/09/2005 18 13
02/09/2005 19 15
03/09/2005 20 16
04/09/2005 20 17
05/09/2005 22 17
06/09/2005 19 17
07/09/2005 18 16
08/09/2005 22 17
09/09/2005 20 16
10/09/2005 21 19
174
Tabela 48A – Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o período de 11 de
Setembro de 2005 à 09 de Outubro de 2005 (ºC).
Data Temperatura Máxima Temperatura Mínima
11/09/2005 21 16
12/09/2005 19,6 15,4
13/09/2005 19 15
14/09/2005 19 15
15/09/2005 19 18
16/09/2005 19 16
17/09/2005 18 15
18/09/2005 19 15
20/09/2005 21 17
21/09/2005 21 17
22/09/2005 24 18
23/09/2005 23 20
24/09/2005 25 20
25/09/2005 26 20
26/09/2005 23 15
27/09/2005 22 16
28/09/2005 18 16
29/09/2005 22 18
30/09/2005 25 18
01/10/2005 24 20
02/10/2005 22 18
03/10/2005 21 18
04/10/2005 21 18
05/10/2006 24 21
06/10/2006 21 12
07/10/2006 21 11
08/10/2005 19 10
09/10/2005 19 10
175
Tabela 49A – Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o período de 10 de
Outubro de 2005 à 06 de Novembro de 2005 (ºC).
Data Temperatura Máxima Temperatura Mínima
10/10/2005 23 15
11/10/2005 23 19
12/10/2005 26 19
13/10/2005 22 18
14/10/2005 22 21
15/10/2005 21 19
16/10/2005 22 20
17/10/2005 19 16
18/10/2005 19 17
19/10/2005 21 17
20/10/2005 22 19
21/10/2005 23 19
22/10/2005 23 20
23/10/2005 24 21
24/10/2005 20 17
25/10/2005 21 18
26/10/2005 20 16
27/10/2005 21 17
28/10/2005 22 19
29/10/2005 19 17
30/10/2005 20 18
31/10/2005 18 15
01/11/2005 16 15
02/11/2005 19 16
03/11/2005 22 18
04/11/2005 23 21
05/11/2005 25 21
06/11/2005 25 22
176
Tabela 50A – Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o período de 07 de
Novembro de 2005 à 04 de Dezembro de 2005 (ºC).
Data Temperatura Máxima Temperatura Mínima
07/11/2005 23 20
08/11/2005 21 20
09/11/2005 26 19
10/11/2005 24 21
11/11/2005 25 20
12/11/2005 22 21
13/11/2005 22 20
14/11/2005 22 21
15/11/2005 21 19
16/11/2005 22 20
17/11/2005 19 16
18/11/2005 19 17
19/11/2005 21 17
20/11/2005 22 19
21/11/2006 23 19
22/11/2005 22 20
23/11/2005 24 21
24/14/2005 20 17
25/11/2005 22 17
26/11/2005 21 18
27/11/2005 22 18
28/11/2005 22 19
29/11/2005 19 16
30/11/2005 17 15
01/12/2005 18 16
02/12/2005 16 15
03/12/2005 19 16
04/12/2005 22 18
177
Tabela 51A – Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o período de 05 de
Dezembro de 2005 à 01 de Janeiro de 2006 (ºC).
Data Temperatura Máxima Temperatura Mínima
05/12/2005 26 19
06/12/2005 21 20
07/12/2005 20 19
08/12/2005 21 20
09/12/2005 26 19
10/12/2005 24 20
11/12/2005 24 21
12/12/2005 22 21
13/12/2005 23 23
14/12/2005 24 23
15/12/2005 23 22
16/12/2005 25 23
17/12/2005 27 23
18/12/2005 25 21
19/12/2005 26 20
20/12/2005 22 21
21/12/2005 20 20
22/12/2005 26 20
23/12/2005 26 25
24/12/2005 23 23
25/12/2005 21 19
26/12/2005 21 18
27/12/2005 22 21
28/12/2005 24 22
29/12/2005 25 24
30/12/2005 23 22
31/12/2005 23 21
01/01/2006 24 23
178
Tabela 52A – Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o período de 02 de
Janeiro de 2006 à 27 de Janeiro de 2006 (ºC).
Data Temperatura Máxima Temperatura Mínima
02/01/2006 24 23
03/01/2006 24 22
04/01/2006 24 23
05/01/2006 23 23
06/01/2006 22 21
07/01/2006 23 22
08/01/2006 26 22
09/01/2006 25 23
10/01/2006 26 25
11/01/2006 27 26
12/01/2006 29 27
13/01/2006 33 26
14//01/2006 30 27
15/01/2006 28 27
16/01/2006 30 28
17/01/2006 27 24
18/01/2006 22 21
19/01/2006 26 21
20/01/2006 23 21
21/01/2006 21 19
22/01/2006 22 20
23/01/2006 23 22
24/01/2006 25 22
25/01/2006 25 23
26/01/2006 24 21
27/01/2006 23 21
28/01/2006 23 20
27/01/2006 22 19
179
Tabela 53A – Temperatura de armazenamento dos ovos, durante o período de 28 de
Janeiro de 2006 à 16 de Fevereiro de 2006 (ºC).
Data Temperatura Máxima Temperatura Mínima
28/01/2006 23 21
29/01/2006 24 21
30/01/2006 22 19
31/01/2006 21 19
01/02/2006 24 21
03/02/2006 27 22
04/02/2006 29 31
05/02/2006 29 26
06/02/2006 29 24
07/02/2006 29 23
08/02/2006 24 21
09/02/2006 24 21
10/02/2006 24 21
11/02/2006 25 22
12/02/2006 25 21
13/02/2006 26 21
14/02/2006 25 20
15/02/2006 26 21
16/02/2006 24 22
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