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Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Características produtivas e valor nutritivo num ano de recuperação do capim-
Braquiária com aplicações de nitrogênio e enxofre
Daniela Alves de Oliveira
Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em
Agronomia. Área de concentração: Solos e Nutrição de
Plantas
Piracicaba
2008
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2
Daniela Alves de Oliveira
Engenheiro Agrônomo
Características produtivas e valor nutritivo num ano de recuperação do capim-Braquiária
com aplicações de nitrogênio e enxofre
Orientador:
Prof. Dr. FRANCISCO ANTONIO MONTEIRO
Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em
Agronomia. Área de concentração: Solos e Nutrição de
Plantas
Piracicaba
2008
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/USP
Oliveira, Daniela Alves de
Características produtivas e valor nutritivo num ano de recuperação do capim-
Braquiária com aplicações de nitrogênio e enxofre / Daniela Alves de Oliveira. - -
Piracicaba, 2008.
119 p. : il.
Dissertação (Mestrado) - - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2008.
Bibliografia.
1. Adubação 2. Bromatologia 3. Capim braquiária 4. Enxofre 5. Forragem – Produção
6. Nitrogênio 7. Pastagens I. Título
CDD 633.2
“Permitida a cópia total ou parcial deste documento, desde que citada a fonte – O autor”
3
“A vida não é medida pelo número de respirações
que damos, mas sim pelos momentos que
nos fazem perder a respiração”
“Autor desconhecido”
4
Aos meus queridos pais Luiz e Ivete e aos meus irmãos
Luciana, Patrícia e Leandro pelo amor,
carinho, incentivo e compreensão
OFEREÇO E DEDICO
5
AGRADECIMENTOS
A Deus e ao meu anjo da guarda, sempre presentes, por terem me iluminado em todas as
etapas da minha vida.
À Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz” (ESALQ-USP) e à Coordenação do
Programa de Pós-graduação em Solos e Nutrição de Plantas pela oportunidade de retorno para a
realização do curso.
Ao Prof. Dr. Francisco Antonio Monteiro pelo incentivo, pela excelente orientação,
confiança, paciência e amizade.
A toda minha amada família (“Elefante Branco”) pelo apoio, conselhos, amizade e pelos
bons e inesquecíveis momentos de descontração.
Ao Fred Rodrigues de Menezes pelo imenso carinho, compreensão, pela presença integral
em todos os momentos e pela extraordinária ajuda nas etapas mais difíceis da minha jornada.
Aos Professores Antonio Roque Dechen, Quirino Augusto de Camargo Carmello e Silvio
Zocchi, pela convivência, aprendizagem e valiosas sugestões.
A todos os professores dos Departamentos de Ciência do Solo e de Zootecnia, que
contribuíram de forma direta ou indireta com o meu aprendizado.
Ao Bruno Pedreira, pela contribuição maravilhosa para a conclusão das análises
laboratoriais do meu experimento.
À amiga Jakeline Vieira Romero, pela amizade, convivência, ajuda e pelo “empréstimo”
dos animais em uma das fases do meu experimento.
A todos os amigos e companheiros de trabalho, Daniel Manfredini, Adna Viana Dutra,
Adriana Guirado, Magnus Dall’Igna Deon, Marcio Mahmoud Megda, Edna Maria Bonfim da
Silva, Fabiano Daniel de Bona, Gilberto Nava, Jackson Locks Lange, José Olímpio de Souza
Júnior, e um agradecimento especial a Cristiane Prezotto Silveira, pela amizade, paciência e pelos
valiosos conselhos.
A todos os estagiários que contribuíram de alguma forma para o bom desenvolvimento e
conclusão do meu trabalho.
Às amigas Ana Cláudia Ribeiro Rossi e Carolina Schultz Lopes, pela amizade, conselhos,
trocas de experiências e pelos bons momentos que compartilhamos juntas em nossa “casinha”.
6
Aos casais possuidores de uma importância ímpar em minha vida, Luciana e bio,
Ângela e Antônio, pelos inesquecíveis momentos juntos e pelos inigualáveis dias de muitas
risadas.
A minha afilhada Fabiana, pessoa que possui um extraordinário significado em minha
vida, pelos gestos e sorrisos e pelo sincero carinho que enriquecem os meus dias.
Às amigas Ana Paula Ferrata e Mariana Franco Arruda, que mesmo distante, me deram
muita força e incentivo para que eu pudesse ultrapassar as difíceis barreiras encontradas durante
todo o transcorrer do mestrado.
Às funcionárias do Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas, Ednéia Mondoni, Lurdes
de González, Nivanda de Moura, Sueli Bovi e Maria Ivonete da Silva Pereira, pelo convívio e
amizade, e um agradecimento especial a amiga Lúcia Forti, pela paciência e pelo companheirismo
em um dos momentos mais difíceis da minha jornada.
À Carla Maris Bittar e ao Carlos César Alves, pela amizade e consideração, e pelo auxílio
nas análises laboratoriais.
Ao proprietário da Fazenda Rodomeu, pela área e pelos animais cedidos para a realização
do experimento, e aos funcionários da Fazenda, pela atenção, ajuda e harmoniosa convivência.
À Coordenadoria de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão
da bolsa de estudos e à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo
financiamento do projeto.
E a todas as outras pessoas que de alguma forma contribuíram para a realização deste
trabalho.
7
SUMÁRIO
RESUMO ..........................................................................................................................................9
ABSTRACT ....................................................................................................................................10
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................................13
2.1 Recuperação de pastagens degradadas ......................................................................................13
2.2 Brachiaria decumbens (capim-Braquiária) ...............................................................................14
2.3 Nitrogênio nas plantas forrageiras.............................................................................................15
2.4 Enxofre nas plantas forrageiras .................................................................................................19
2.5 Relação nitrogênio: enxofre.......................................................................................................23
2.6 Área foliar..................................................................................................................................25
2.7 Relação lâmina foliar: colmo mais bainha ................................................................................26
2.8 Valor nutritivo das plantas forrageiras ......................................................................................28
2.9 NIRS na determinação do valor nutritivo das forrageiras.........................................................32
3 MATERIAL E MÉTODOS..........................................................................................................36
3.1 Local, período e descrição da área experimental.......................................................................36
3.2 Informações climáticas..............................................................................................................36
3.3 Análise química da terra e correção da acidez ..........................................................................37
3.4 Delineamento experimental e descrição dos tratamentos..........................................................37
3.5 Condução do experimento.........................................................................................................39
3.6 Produção de massa seca da parte aérea .....................................................................................40
3.7 Área foliar e relação lâmina foliar:colmo mais bainha .............................................................40
3.8 Determinações bromatológicas..................................................................................................40
3.9 Análises estatísticas...................................................................................................................43
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................44
4.1 Produção de massa seca da parte aérea .....................................................................................44
4.1.1 Período chuvoso .....................................................................................................................44
4.1.2 Período seco............................................................................................................................48
4.2 Área foliar..................................................................................................................................52
4.2.1 Período chuvoso .....................................................................................................................52
4.2.2 Período seco............................................................................................................................56
8
4.3 Relação lâmina foliar: colmo mais bainha ................................................................................58
4.3.1 Período chuvoso .....................................................................................................................58
4.3.2 Período seco............................................................................................................................61
4.4 Valor nutritivo ...........................................................................................................................61
4.4.1 Proteína bruta..........................................................................................................................61
4.4.1.1 Período chuvoso ..................................................................................................................61
4.4.1.2 Período seco.........................................................................................................................66
4.4.2 Fibra em detergente neutro.....................................................................................................69
4.4.2.1 Período chuvoso ..................................................................................................................69
4.4.2.2 Período seco.........................................................................................................................72
4.4.3 Fibra em detergente ácido.......................................................................................................75
4.4.3.1 Período chuvoso ..................................................................................................................75
4.4.3.2 Período seco.........................................................................................................................77
4.4.4 Digestibilidade “in vitro” da massa seca................................................................................79
4.4.4.1 Período chuvoso ..................................................................................................................79
4.4.4.2 Período seco.........................................................................................................................82
4.4.5 Nitrogênio solúvel ..................................................................................................................84
4.4.5.1 Período chuvoso ..................................................................................................................84
4.4.5.2 Período seco.........................................................................................................................88
4.4.6 Nitrogênio não protéico..........................................................................................................89
4.4.6.1 Período chuvoso ..................................................................................................................89
4.4.6.2 Período seco.........................................................................................................................95
4.4.7 NIRS.......................................................................................................................................96
5 CONCLUSÕES..........................................................................................................................100
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................101
9
RESUMO
Características produtivas e valor nutritivo num ano de recuperação do capim-Braquiária
com aplicações de nitrogênio e enxofre
A melhoria da fertilidade do solo é relevante para a recuperação de pastagem degradada, e
o fornecimento de nitrogênio junto com o enxofre passa a ser uma alternativa, tendo em vista a
forte relação entre esses nutrientes. Objetivou-se estudar a influência das combinações de doses de
nitrogênio e de enxofre na recuperação de pastagem de capim-Braquiária (Brachiaria
decumbens), avaliando-se variáveis relacionadas à produção e ao valor nutritivo do capim, nos
períodos chuvoso e seco de um ano agrícola. O experimento foi realizado em uma fazenda no
município de Piracicaba, SP, em pastagem de capim-Braquiária que estava degradada. Utilizaram-
se cinco doses de nitrogênio (0, 150, 300, 450 e 600 kg ha
-1
ano
-1
) e cinco doses de enxofre (0, 15,
30, 45 e 60 kg ha
-1
ano
-1
), combinadas em fatorial 5x5 fracionado, em delineamento de blocos ao
acaso, com três repetições. A fonte de nitrogênio foi nitrato de amônio e a de enxofre foi o gesso
agrícola, aplicadas em três vezes no período das águas (17/11/2005, 23/12/2005 e 28/01/2006). As
avaliações no campo foram realizadas a cada 35 dias no período das águas (de 21/12/2005 a
10/05/2006), totalizando cinco avaliações, e a cada 56 dias no período da seca (de 05/07/2006 a
25/10/2006), totalizando três avaliações. Os cortes das plantas foram realizados em área
delimitada de 0,25 m
2
, a 5 cm da superfície do solo para a estimativa da área foliar e da relação
lâmina foliar:colmo mais bainha, e a 10 cm da superfície do solo para a quantificação da produção
de massa seca da parte aérea e avaliação do valor nutritivo. Os resultados demonstraram que a
combinação de doses de nitrogênio e de enxofre alterou a produção de massa seca da parte aérea,
a relação lâmina foliar:colmo mais bainha e a proporção de nitrogênio solúvel (Nsol) e de
nitrogênio não protéico (NnP) em avaliações próximas a última aplicação dos adubos contendo
nitrogênio e enxofre, e também alterou a concentração de proteína bruta (PB), o teor de fibra em
detergente neutro (FDN) e de fibra em detergente ácido (FDA) na primeira avaliação do período
seco. O nitronio foi o nutriente que mais influenciou a alteração das variáveis analisadas no
capim-Braquiária no primeiro ano de recuperação, proporcionando a variação da produção de
massa seca da parte aérea, da área foliar, da relação lâmina foliar:colmo mais bainha, da
concentração de PB, do teor de FDN e de FDA, da digestibilidade in vitro da massa seca
(DIVMS) e da proporção de Nsol e de NnP, tanto no período chuvoso como no seco. O enxofre
demonstrou influência na variação da DIVMS e na proporção de Nsol e de NnP somente no
período chuvoso. O método de espectroscopia de reflectância no infravermelho próximo (NIRS)
apresentou resultados satisfatórios para a estimativa da concentração de PB, dos teores de FDN e
de FDA e da DIVMS para o capim-Braquiária.
Palavras-chave: Adubação; Brachiaria decumbens; Composição bromatológica; Pastagem
degradada; Produção forrageira
10
ABSTRACT
Productive characteristics and nutritive value in an year of Signalgrass recovery with
applications of nitrogen and sulphur
Soil fertility improve is very important for degraded pasture recovery, and the supply of
both nitrogen and sulphur in one option for that, when anyone take into consideration the
relationship between these nutrients. The objective was to study the effects of combinations
between nitrogen rates and sulphur rates for the recovery of a Signalgrass (Brachiaria decumbens)
pasture, evaluating variables related to forage yield and nutritive value during the wet and dry
seasons in an agricultural year. The experiment was carried out in a farm at the Piracicaba
country, State of São Paulo, in a degraded pasture of Signalgrass. Five nitrogen rates (0, 150, 300,
450 and 600 kg ha
-1
year
-1
) and five sulphur rates (0, 15, 30, 45 and 60 kg ha
-1
year
-1
) were
combined in a 5x5 fractionated factorial, in a randomized block design, with three replications.
Nitrogen was supplied as ammonium nitrate and sulphur as gypsum, and the fertilizations were
split into three applications during the wet season (Nov.17.2005; Dec.23.2005 and Jan.28.2006).
Field evaluations were done at 35-days intervals during the wet season (from Dec.21.2005 to
May.10.2006), in a number of five evaluations, and at 56-days intervals during the dry season
(July.05.2006 to Oct.25.2006), with three evaluations. Plants were harvested in a 0,25 m
2
area, in
a 5 cm height from the soil surface for leaf area and leaf lamina:culm plus sheath ratio, and in a
10 cm heigth for forage yield and nutritive value determinations. The results showed that the
nitrogen and sulphur rates changed forage yield, leaf lamina:culm plus sheath and soluble nitrogen
(Nsol) and non-proteic nitrogen (NnP) in evaluations near the time of the last fertilizations with
nitrogen and sulphur, and also changed crude protein (CP), neutral detergent fiber (NDF) and acid
detergent fiber (ADF) concentrations in the first evaluation of the dry season. Nitrogen was the
most influencing nutrient for the analysed variables of Signalgrass, in the first year of pasture
recovery, resulting in changes in forage yield, leaf area, leaf lamina:culm plus sheath ratio, CP,
NDF and ADF concentrations, in vitro digestibility of dry mass (IVDDM) and both Nsol and
NnP proportions, in the wet and dry seasons. Sulphur affected IVDDM and both Nsol and NnP
proportions during the wet season. The near infrared spectroscopy (NIRS) showed good results
for the estimation of CP, NDF and ADF concentrations and IVDDM in Signalgrass.
Keywords: Brachiaria decumbens; Bromatological composition; Degraded pasture; Fertilization;
Forage yield
11
1 INTRODUÇÃO
As plantas forrageiras têm grande importância para a produção animal em todo o Brasil. O
gênero Brachiaria possui papel relevante nas pastagens brasileiras, principalmente com relação à
produção de bovinos de corte, e sua participação no sistema pecuário teve grande incremento nos
20 anos mais recentes. A espécie Brachiaria decumbens (capim-Braquiária) participa em alta
porcentagem nas pastagens brasileiras, pois possui boa adaptação a variados tipos de solo e
condições climáticas, chegando a ter produções de massa seca satisfatórias em condições de seca
ou em solos com baixa fertilidade, condições estas encontradas em diversas regiões em todo o
território nacional.
A tradição extrativista dos pecuaristas brasileiros tem resultado em maior degradação
dessas pastagens, mesmo no caso de plantas mais tolerantes, como no caso do capim-Braquiária.
Essa degradação, por sua vez, tem proporcionado alteração significativa na composição
morfogênica das plantas ao longo do tempo, o que ocasiona diminuição da produtividade e queda
no valor nutritivo dessas pastagens. Os principais fatores relacionados com a degradação das
pastagens são o manejo inadequado e o declínio da fertilidade natural dos solos, ocasionado pela
não reposição de nutrientes necessários no sistema. Desse modo, torna-se necessário buscar
alternativas de recuperação de pastagens degradadas, enfatizando a importância da adubação
nesse contexto.
Para a formação, manutenção e recuperação direta da pastagem, a adubação tem sido
indispensável, tendo o nitrogênio papel relevante nos casos de pastagens exclusivas de gramíneas
forrageiras. A adequação da necessidade de enxofre nem sempre é avaliada, levando em
consideração situações tanto de pesquisa como de produções comerciais, tornando dessa forma,
fator limitante na produção das pastagens.
O nitrogênio, assim como o enxofre, é de importância tanto para a produtividade quanto
para o valor nutritivo das plantas forrageiras, pela participação ativa no metabolismo vegetal,
fazendo parte da síntese de compostos orgânicos (como as proteínas).
Pela relevante participação da Brachiaria decumbens nas pastagens brasileiras, e devido à
alta percentagem de áreas degradadas dessa espécie de planta forrageira, torna-se imprescindível o
estudo da recuperação dessas pastagens envolvendo a utilização de adubações de nitrogênio e de
enxofre, contribuindo de forma positiva na produtividade e no valor nutritivo das mesmas.
12
Nesse contexto, tem-se a hipótese de que a utilização de doses de nitrogênio e de enxofre
contribui para a melhoria nos aspectos produtivos e nas características nutricionais da planta
forrageira em recuperação. Assim, objetivou-se estudar a influência das combinações de doses de
nitrogênio e de enxofre na recuperação de pastagem de capim-Braquiária, avaliando-se aspectos
relacionados à produção e ao valor nutritivo desse capim, nos períodos chuvoso e seco de um ano
agrícola. Objetivou-se também, desenvolver curvas de calibração do NIRS para estimativa da
composição química-bromatológica do capim-Braquiária.
13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Recuperação de pastagens degradadas
A área de pastagens cultivadas no Brasil corresponde a aproximadamente 100 milhões de
hectares (ZIMMER et al., 2002) e, segundo Macedo (2004) aumentaram consideravelmente nas
três décadas mais recentes.
Geralmente os solos mais férteis vêm sendo ocupados com a agricultura de exportação e,
em menores áreas, com culturas de subsistência. As pastagens acabam ocupando áreas mais
acidentadas (com alto declive) e/ou com uma ou mais das limitações de solo em fertilidade muito
baixa, má drenagem, pedregosidade, entre outras (SOARES; MACEDO, 1991).
As pastagens brasileiras são manejadas de forma que se tornam pouco duradouras.
Algumas práticas adotadas historicamente na pecuária nacional, como a reforma periódica das
pastagens, a troca sucessiva por espécies de menor exigência em fertilidade do solo, a insistência
em não adotar correção e fertilização e a degradação dessas pastagens são justificadas pela
dificuldade do setor produtivo em entender e aceitar o conceito de que as pastagens tropicais,
quando fertilizadas e manejadas adequadamente, são perenes (OLIVEIRA, 2007).
A degradação da pastagem pode ser caracterizada pela intensa diminuição da vegetação da
área, provocada pela degradação do solo, que, por diversas razões de fertilidade, de natureza
química (perda de nutrientes e acidificação), física (erosão e compactação) ou biológica (queda no
teor de matéria orgânica), perde a capacidade de sustentar produção vegetal significativa (DIAS-
FILHO, 2005). Assim, a planta forrageira de interesse vai sendo excluída da pastagem e acaba
sendo substituída por outras plantas de baixo valor forrageiro (SOARES FILHO, 1993).
Desse modo, pastagem degradada poderia ser definida como área com acentuada
diminuição da produtividade agrícola (diminuição acentuada da capacidade ideal de suporte) que
seria esperada para aquela área, podendo ou não ter perdido a capacidade de manter a
produtividade do ponto de vista biológico (DIAS-FILHO, 2005).
A degradação das pastagens não é um fenômeno restrito ou localizado, mas uma realidade
em grande parte da área de pastagens do mundo (SOUZA NETO; PEDREIRA, 2004). Cerca de
20% das áreas de pastagens no mundo apresentam grau de degradação de 25 a 50% e 4,1% das
áreas de pastagens do mundo apresentam degradação de mais de 50% de sua área (SBRISSIA;
SILVA, 2001).
14
Dentre os desequilíbrios ambientais da atualidade, a degradação das áreas agricultáveis é
um dos aspectos mais importantes, porque provoca a compactação, a falta de aeração dos solos,
diminuindo a infiltração de água e aumentando a possibilidade de emissão de gases de efeito
estufa, além de o solo descoberto favorecer o aumento da amplitude térmica, que acelera ainda
mais o processo de degradação (PRIMAVESI, 2007).
Dentre as práticas de manejo para a recuperação de pastagens degradadas, a melhoria da
fertilidade do solo é de extrema importância. Quando se recupera o pasto, utilizando fertilização
do solo e manejo das plantas, o aumento da cobertura do solo pelas plantas forrageiras ocorre, em
sua maior parte, pelo perfilhamento das plantas existentes, e não por meio de plântulas novas
oriundas de sementeiras, sendo desnecessária a prática de promover longos períodos de descanso
para favorecer o florescimento e a produção de sementes (OLIVEIRA, 2007).
Com relação à fertilidade do solo, a deficiência de nitrogênio é uma das principais causas
de degradação de pastagens cultivadas, não podendo ser desconsiderado que em uma dada
condição de pastagem, qualquer nutriente pode ser limitante, mas tem sido mais freqüente a
limitação por nitrogênio e enxofre (SOARES FILHO, 1993). O enxofre tem grande importância,
pois as plantas forrageiras em geral mostram-se exigentes nesse nutriente, principalmente quando
o suprimento de nitrogênio é elevado (WERNER, 1986). Dessa forma, o fornecimento de
nitrogênio junto com o enxofre passa a ser uma alternativa para a recuperação de áreas de
pastagens degradadas, tendo em vista a forte relação entre esses nutrientes (MATTOS;
MONTEIRO, 2003).
2.2 Brachiaria decumbens (capim-Braquiária)
Espécies de gramíneas dos gêneros Brachiaria, Andropogon e Panicum, trazidas do
continente africano, foram plantadas no Brasil em larga escala nas três décadas mais recentes.
Algumas espécies de Brachiaria, como a Brachiaria decumbens e a Brachiaria humidicola
juntamente com o Andropogon gayanus e outras espécies de forrageiras são classificadas segundo
o seu grau de exigência de fertilidade de solo, como pouco exigentes (SOARES; MACEDO,
1991). Existem graus diferenciados de adaptação das plantas às condições adversas do solo ou
exigências quanto à fertilidade do solo entre as espécies e dentro delas. Devido a esses fatores,
uma imensa monocultura de Brachiaria decumbens foi estabelecida no Brasil a partir de 1970
(SOARES; MACEDO, 1991).
15
A Brachiaria decumbens é originária da região dos grandes lagos, na Uganda, África,
sendo que no Brasil existem dois cultivares. O primeiro conhecido como cultivar IPEAN,
introduzido pelo Instituto de Pesquisa Agropecuária do Norte, em Belém, no Estado do Pará, em
1952, que se caracteriza por crescimento mais decumbente, com raízes nos nós e folhas muito
pilosas. O segundo é proveniente da Austrália, porém de origem africana, e teve seu
desenvolvimento inicial no Estado de São Paulo, sendo robusto, de crescimento semi-ereto, com
folhas menos pilosas e conhecido como cultivar Basilisk ou Australiana (ALCÂNTARA, 1987).
O cultivar Basilisk apresenta boa cobertura do solo, além de ter alta resistência ao pisoteio.
Vegeta bem em solos argilosos ou arenosos, desenvolve em solos de baixa a média fertilidade,
tem alta resistência à seca, não apresenta resistência ao ataque de cigarrinhas e não tolera o
encharcamento. Possui desenvolvimento satisfatório no verão, porém, por ser muito sensível ao
frio, sua produção é muito prejudicada pela ocorrência de geadas. A produção potencial pode
atingir até 11 toneladas de massa seca por hectare por ano, podendo ser propagada por mudas
(estolões) ou sementes (ALCÂNTARA; BUFARAH, 1988; ALCÂNTARA et al., 1993; SOARES
FILHO, 1994).
Pesquisas demonstram que 20% do total de áreas de pastagens no Brasil são ocupados pelo
gênero Brachiaria, porém em degradação. Segundo Soares Filho et al. (1992), a maior parte das
pastagens de capim-Braquiária no Estado de São Paulo encontra-se em estado de degradação, e
apesar dessa ser uma planta tolerante à baixa fertilidade do solo, essa degradação é conseqüência
do esgotamento da fertilidade e do manejo inadequado do solo.
2.3 Nitrogênio nas plantas forrageiras
O nitrogênio não é um componente da rocha matriz, a qual é a grande fonte da maioria dos
nutrientes minerais (MALAVOLTA, 1980). Segundo Raij (1991), apesar de ser um dos elementos
mais difundidos na natureza, o nitrogênio praticamente não aparece nas rochas que dão origem
aos solos, mas está em 78% em volume do ar atmosférico, que é a fonte primária desse nutriente.
A fonte natural de nitrogênio no solo é a matéria orgânica, que não é absorvida
diretamente pelas plantas e tem decomposição por ação lenta e contínua dos microorganismos.
Segundo Boddey et al. (1993), é necessário verificar se essa contribuição de nitrogênio é
suficiente para contrabalancear as perdas, principalmente derivadas das excreções dos animais, de
forma a manter estável os teores de nitrogênio e de matéria orgânica no solo.
16
Monteiro e Werner (1989) mencionaram que as perdas de nitrogênio por lixiviação e
volatilização podem representar as principais formas de saída do nutriente do sistema de uma
pastagem exclusiva de gramínea, e vir a constituir a principal causa de degradação das pastagens,
caso não haja reposição desse nutriente por meio de uma fonte externa.
Segundo Azam et al. (1985), o nitrogênio aplicado ao solo pode ser absorvido pela planta,
perdido do sistema solo-planta ou permanecer no solo. Em geral, 50% do nitrogênio fertilizante
aplicado ao solo é absorvido pelas plantas, 25% é perdido do sistema solo-planta e 25%
permanece no solo.
O nitrogênio é o macronutriente exigido pelas plantas em maior quantidade. Geralmente
sua concentração na massa seca está entre de 10 e 40 g kg
-1
nos tecidos vegetais, sendo
componente de muitos compostos essenciais aos processos de crescimento vegetal, como os
aminoácidos e as proteínas (TAIZ; ZEIGER, 2004).
A redistribuição desse nutriente na planta é facilmente conduzida, via floema e,
conseqüentemente, as plantas deficientes em nitrogênio apresentam sintomas primeiramente nas
folhas velhas (MENGEL; KIRKBY, 2001).
Segundo Monteiro e Werner (1977) e Werner (1986), o aumento na produção de forragem
depende da adequada disponibilidade de nutrientes, dentre os quais se destaca a de nitrogênio. A
adubação nitrogenada estimula o crescimento mais rápido das plantas forrageiras, sendo possíveis
colheitas mais freqüentes de forragem mais digestível (RIBEIRO, 1995).
O nitrogênio é o principal nutriente para a manutenção da produtividade das gramíneas
forrageiras, sendo o principal constituinte das proteínas que participam ativamente na síntese dos
compostos orgânicos constituintes da estrutura vegetal e, portanto, responsável por características
ligadas ao porte da planta, tais como o tamanho das folhas, tamanho do colmo e aparecimento e
desenvolvimento dos perfilhos (WERNER, 1986). Também é o grande responsável pela alteração
nas características nutricionais das gramíneas forrageiras e o seu efeito tem mostrado ser
dependente do enxofre, pela relação entre esses nutrientes no metabolismo vegetal
(MARSCHNER, 1995). A planta forrageira com deficiência de nitrogênio responde pouco ao
enxofre, porém em alta disponibilidade de nitrogênio é maior a exigência por enxofre, uma vez
que é importante no metabolismo do nitrogênio e na síntese de proteína (WERNER; MONTEIRO,
1988).
17
Segundo Novoa e Loomis (1981), a eficiência na utilização do nitrogênio está diretamente
relacionada com o metabolismo e a partição do carbono, considerando-se a planta como um todo.
Esses autores enfatizaram que o nitrogênio deve ser visto como um elemento chave devido à sua
participação em compostos como proteínas e ácidos nucléicos, os quais atuam diretamente na
garantia da perpetuação da espécie. Cerca de 80 a 90% do nitrogênio encontrado nas plantas
corresponde somente ao nitrogênio presente na forma de proteínas.
Harding e Grof (1978), estudando doses de nitrogênio em Brachiaria decumbens,
constataram que a dose anual de nitrogênio de 365 kg ha
-1
atendeu a planta quanto à produção de
forragem e aproveitamento do nitrogênio. Em pastagem estabelecida há mais de cinco anos,
Sanzonowicz (1986) relatou que o nitrogênio foi o nutriente que mais limitou a produção de
Brachiaria ruzizienses e Brachiaria decumbens. Resultados positivos quanto ao perfilhamento do
capim-braquiária também foram encontrados por Santos (1997), Ferragine (1998) e Mattos
(2001).
As respostas do capim-Marandu (Brachiaria brizantha) à aplicação ou não de nitrogênio
foram estudadas por Monteiro et al. (1995), que relataram expressiva limitação para o crescimento
das plantas e, conseqüentemente, na produção de massa seca da parte aérea.
As limitações nutricionais da Brachiaria decumbens foram estudadas em casa de
vegetação por Ferrari Neto (1991), que constatou serem os elementos mais limitantes para a
produção de massa seca, em ordem decrescente, nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre. Nesse
sentido também, Faquin et al. (1995), pesquisando as limitações nutricionais para gramíneas
forrageiras, observaram que na Brachiaria brizantha e no Andropogon gayanus os tratamentos
que mais limitaram o crescimento das plantas foram os de não fornecimento nitrogênio, fósforo e
potássio.
Ferragine e Monteiro (1999), estudando as combinações de doses de nitrogênio e potássio
na nutrição mineral do capim-Braquiária, observaram ser a dose de nitrogênio de 434 mg L
-1
a
responsável pela maior produção de massa seca da parte aérea, aos 43 dias após o transplante.
Santos Júnior e Monteiro (2003), avaliando a nutrição em nitrogênio do capim-Marandu
submetido a doses de nitrogênio e idades de crescimento, constataram interação significativa para
estes fatores, identificando as doses de nitrogênio de 257 e 304 mg L
-1
na solução como as
necessárias para a máxima produção de massa seca.
18
Santos (1997), trabalhando com o capim-Braquiária, testou oito doses de nitrogênio (0; 14;
42; 126; 210; 294; 378 e 462 mg L
-1
) e observou que as doses de nitrogênio proporcionaram
aumentos na produção de massa seca da parte aérea, das raízes e no número de perfilhos da
gramínea.
Bonfim-da-Silva (2005), estudando a utilização de doses de nitrogênio (0, 100, 200, 300,
400 mg dm
-3
), na forma de nitrato de amônio, e de enxofre (0, 10, 20, 30 e 40 mg dm
-3
), na forma
de sulfato de cálcio, na recuperação de pastagem de capim-Braquiária em degradação em
Neossolo Quartzarênico com expressiva matéria orgânica, verificou respostas significativas às
doses de nitrogênio nas ocasiões do segundo e do terceiro cortes, sendo as doses de nitrogênio de
366 e 288 mg dm
-3
responsáveis pelas máximas produções de massa seca do capim-Braquiária,
respectivamente.
As folhas são as partes de primeira oferta aos herbívoros e sua composição química torna-
se primordial para a determinação do seu valor nutritivo (BLASER et al., 1986). Um dos
parâmetros utilizados para avaliar o valor nutritivo das plantas é a concentração de proteína bruta
no tecido vegetal (BLASER et al., 1986).
O nitrogênio aplicado às plantas eleva a concentração de proteína na massa seca. O
aumento do fornecimento de nitrogênio na forma de adubo reduz os teores de carboidratos
solúveis. Grandes acúmulos de produtos nitrogenados e proteínas causam diluição da fração de
parede celular, incrementando a digestibilidade. Qualquer incremento em componentes
nitrogenados requer diminuição compensatória em componentes não-nitrogenados, especialmente
carboidratos solúveis, e mudança na digestibilidade depende do balanço de fatores
compensatórios (VAN SOEST, 1994).
Fernandes e Rossielo (1985) observaram, em Brachiaria decumbens, que doses de
nitrogênio de 0 a 40 kg ha
-1
resultaram em baixa concentração de nitrogênio na parte aérea,
correspondentes a 7,8 e 9,0 g kg
-1
, respectivamente. Botrel et al. (1990) verificaram que a
concentração de proteína bruta na massa seca em todos os acessos estudados de Brachiaria
aumentou em função do nitrogênio aplicado, tanto no período da seca quanto no período das
águas.
Ao avaliar a composição químico-bromatológica do capim-Aruana (Panicum maximum cv.
Aruana), Cecato et al. (1994) detectaram que as plantas adubadas apresentaram concentração de
proteína bruta maiores que as não adubadas. Nos períodos de maior crescimento, as plantas
19
adubadas com nitrogênio apresentaram incremento na fibra em detergente ácido e na proteína
bruta, e redução na digestibilidade “in vitro” da massa seca em relação aquelas não-adubadas.
Barros et al. (2002), avaliando o rendimento e composição química do capim-Tanzânia
(Panicum maximum) estabelecido com milheto (Pennisetum americanum) sob três doses de
nitrogênio, visualizaram incrementos lineares nas concentrações de proteína bruta e fibra em
detergente ácido, sem influenciar significativamente as concentrações de fibra em detergente
neutro.
A utilização da adubação nitrogenada pode promover aumentos na produção de forragem
por aumentar a taxa fotossintética. Andrade et al. (2000) registraram aumentos lineares nos teores
e rendimento de proteína bruta do capim-Elefante (Pennisetum purpureum cv. Napier), em relação
às doses de nitrogênio.
De acordo com Colozza (1998), diversos estudos têm demonstrado aumentos
significativos na produção de massa seca e valor nutritivo de Panicum maximum com o
suprimento de nitrogênio e, apesar de na maioria desses experimentos ter havido respostas
lineares ao nitrogênio, a magnitude dessas respostas têm sido variadas. Assim, concluiu que
necessidade de estudar doses de nitrogênio, como também a freqüência do seu suprimento.
Cox et al. (1993) testaram doses de nitrogênio nas concentrações de proteína bruta, fibra
em detergente ácido, fibra em detergente neutro e digestibilidade “in vitro” da massa seca do
milho (Zea mays) e constataram que houve resposta linear em função da dose aplicada, com queda
das concentrações de fibra e aumento da digestibilidade e das concentrações de proteína bruta.
Segundo Buxton e Fales (1994), o aumento da digestibilidade em virtude da fertilização pode
estar associada às baixas concentrações de nitrogênio normalmente encontradas em gramíneas C4,
que limitam o desenvolvimento microbiano no rúmen. A adubação nitrogenada, também pode
alterar a relação lâmina foliar:colmo mais bainha, contribuindo para a elevação da digestibilidade.
2.4 Enxofre nas plantas forrageiras
A matéria orgânica, na maioria dos solos cultivados, é a principal fonte de enxofre.
Entretanto, o teor de enxofre total no solo é baixo em relação a outros componentes do ciclo do
enxofre na biosfera (TRUDINGER, 1975). Dessa forma, o teor de enxofre total no solo indica as
reservas do elemento que podem ser convertidas na forma de sulfato por ação química ou
bacteriana e o teor de enxofre nos solos cultivados pode variar de valores próximos a 0 até ao
20
redor de 0,6 g dm
-3
, enquanto que em solos orgânicos pode estar próximo de 5 g dm
-3
e em muitos
solos esse teor varia entre 0,1 e 0,5 g dm
-3
(BEATON et al., 1968).
Bettany et al. (1973), estudando os teores de enxofre no solo, bem como a relação carbono:
nitrogênio: enxofre em pastagem, floresta e associações de solos em amostras de solo coletadas na
profundidade de 0-15 cm, relataram que o teor total de enxofre nos solos variou de 88 a 760
mg dm
-3
e descreveram que o teor de enxofre está altamente correlacionado com o carbono e o
nitrogênio orgânico, sendo que a mineralização de sulfato (SO
4
2-
) da matéria orgânica é bastante
afetada pela relação C:N:S que é indicada como sendo da ordem de 100:10:1 (RAIJ, 1991).
A mineralização de compostos orgânicos contendo enxofre é fundamental para o
fornecimento de enxofre inorgânico (SO
4
2-
), principal forma em que esse nutriente é absorvido
pelas plantas. No entanto, nem todo enxofre mineralizado é aproveitado pelas plantas, devido à
ocorrência de perdas, principalmente por lixiviação (CANTARELLA et al., 1992). Em condições
tropicais e subtropicais o sulfato pode estar presente em quantidades apreciáveis nas plantas.
Entretanto, nessas condições os solos de textura arenosa apresentam teores muito baixos de
matéria orgânica que é oxidada rapidamente, liberando sulfato (PASRICHA; FOX, 1993).
O enxofre nas plantas participa da formação de substâncias determinantes da qualidade do
produto, desempenhando funções vitais, sobretudo no metabolismo das albuminas, nas reações
enzimáticas e é constituinte dos aminoácidos essenciais cistina, cisteína e metionina. Também está
ligado às vitaminas biotina e tiamina (MALAVOLTA, 1980). O enxofre também é componente
da acetil-CoA, composto central no ciclo de Krebs, influenciando, portanto, todo o metabolismo
de gorduras e carboidratos. Esse elemento atua na ativação de enzimas proteolíticas, e faz parte
das ferredoxinas, complexos enzimáticos envolvidos na fotossíntese e na fixação do N
2
. Os
grupos sulfidrilos (-SH) do tecido vegetal parecem contribuir para maior resistência da planta ao
frio e à seca (BISSANI; TEDESCO, 1988).
O enxofre está intimamente ligado ao metabolismo do nitrogênio, convertendo-o de
nitrogênio não protéico em proteína, quer o absorvido do solo, quer o fixado da atmosfera via o
sistema simbiótico, sendo inclusive a relação N:S do vegetal utilizada para avaliar o seu estado
nutricional (WERNER; MONTEIRO, 1988).
O incremento na utilização de adubos concentrados no sistema agropecuário em geral vem
reduzindo significativamente a adição de enxofre em áreas de cultivo, com efeitos mais
agravantes em solos de textura mais arenosa e com baixo teor de matéria orgânica, situados em
21
áreas de alta incidência pluvial e, em condições de baixa disponibilidade desse nutriente, verifica-
se limitação na produção de massa seca de forrageiras (SANTOS; MONTEIRO, 1999).
Capins sendo adubados periodicamente com os demais nutrientes (em particular,
nitrogênio e fósforo) e estando em solos com baixo teor de matéria orgânica, têm revelado
necessidade acentuada de receber enxofre na adubação. O retardamento no florescimento, bem
como redução no número de inflorescências e de sementes, tem sido detectado com a deficiência
de enxofre em plantas forrageiras (MONTEIRO at al., 2004).
Em estudos desenvolvidos pelo CIAT (1978) constatou-se que, entre as gramíneas
avaliadas quanto à influência do enxofre, a Brachiaria decumbens foi a mais exigente.
Casagrande e Souza (1982), em trabalhos para avaliar a resposta de gramíneas forrageiras a quatro
doses de enxofre (0; 15; 30 e 60 kg ha
-1
) em três solos (Areia Quartzosa, Latossolo Vermelho
Escuro eutrófico fase cerradão, Latossolo Vermelho Escuro distrófico fase cerrado), após três
cortes, observaram que as plantas forrageiras responderam significativamente até 30 kg ha
-1
,
sendo a Brachiaria decumbens e o Melinis minutiflora as espécies que mais responderam ao
enxofre, em aumento da produção de massa seca.
Ferrari Neto (1991) constatou que, em condições de não aplicação de enxofre, os capins
Braquiária e Colonião apresentaram reduções de 30 a 41% na produção de massa seca da parte
aérea. Santos (1997) também relatou limitação na produção de massa seca do capim-Braquiária
em condições de baixa disponibilidade de enxofre.
Hoffmann (1992), estudando a nutrição e o crescimento do capim-Braquiária sob
influência das aplicações de doses de nitrogênio e de enxofre em Latossolo da região noroeste do
Estado do Paraná, obteve no segundo corte a máxima produção de massa seca nas doses isoladas
de nitrogênio e de enxofre de 437 e 76 m kg
-1
, respectivamente.
Cunha et al. (2001), testando os efeitos das doses de nitrogênio (50; 100; 150 e 200
kg ha
-1
) e de enxofre (0; 10; 20; 30; 40 e 50 kg ha
-1
) nas formas de uréia e sulfato de amônio na
produção e qualidade da forragem de campo natural de Planossolo no Rio Grande do Sul,
concluíram que a pastagem respondeu positivamente em termos de produtividade de massa seca,
quando adubado com nitrogênio ou enxofre, no início da primavera. Ressaltaram também que a
produtividade de massa seca atingiu o máximo na dose de enxofre de 33,4 kg ha
-1
.
A deficiência de enxofre promove redução no tamanho e no número de células foliares, o
que resulta em diminuição da área foliar (MARSCHNER, 1995). Mattos (2001), estudando a área
22
foliar mediante a aplicação de nitrogênio e enxofre, em pastagem degradada de capim-Braquiária,
encontrou no primeiro crescimento efeito significativo para as doses de nitrogênio (50, 100 e 200
mg dm
-3
) dentro das doses de enxofre de 30 e 60 mg dm
-3
. Os pontos de máxima área foliar total
dessa gramínea forrageira ocorreram com as doses de nitrogênio de 122, 125 e 220 mg dm
-3
para
as doses de enxofre de 0, 30 e 60 mg dm
-3
, respectivamente. No segundo crescimento verificou
efeito significativo na área foliar para as doses de nitrogênio, porém não para as doses de enxofre.
No terceiro crescimento observou efeito significativo do nitrogênio dentro das doses de enxofre,
segundo modelo linear nas doses de enxofre de 0 e 60 mg dm
-3
e quadrático na dose de enxofre de
30 mg dm
-3
.
A aplicação de nitrogênio e de enxofre na recuperação de pastagem de capim-Braquiária
em degradação em solo com expressiva matéria orgânica foi estudada por Bonfim-da-Silva
(2005), que relatou interação significativa doses de nitrogênio x doses de enxofre na ocasião do
primeiro e segundo cortes para a área foliar. No primeiro corte, constatou que a máxima área
foliar ocorreu na dose de nitrogênio de 368 mg dm
-3
associada à dose de enxofre de 35 mg dm
-3
.
No segundo corte as doses de nitrogênio e de enxofre responsáveis pela máxima área foliar do
capim-Braquiária foram de 328 e 45 mg dm
-3
, respectivamente.
Respostas significativas na produção de massa seca da Brachiaria decumbens cultivada
em vasos com Latossolo Vermelho Escuro, devido à aplicação de doses de enxofre, foram
observadas por Faquin et al. (1995).
Monteiro e Ono (1995) observaram incrementos significativos na produção de massa seca
da parte aérea e das raízes da Brachiaria brizantha em conseqüência do suprimento de doses de
enxofre em solução nutritiva.
Num estudo para avaliar respostas de Brachiaria decumbens cv. Basilisk à adição de doses
de nitrogênio e de enxofre, Santos (1997) verificou que o aumento das doses de enxofre
proporcionou aumentos na produção de massa seca da parte aérea e de raízes da planta forrageira.
O número de perfilhos não sofreu influência das doses de enxofre no primeiro crescimento, mas
foi incrementado no segundo crescimento para as doses de 64 e 80 mg L
-1
de enxofre na solução
nutritiva. Apesar dessas doses não diferirem entre si, apresentaram um número de perfilhos
superior às doses baixas de enxofre.
Em levantamento da composição mineral de forrageiras do Estado de São Paulo, Gallo et
al. (1974) observaram que de 249 amostras (sendo 122 de gramíneas e 127 de leguminosas), 33%
23
das espécies analisadas apresentavam concentração de enxofre abaixo de 1 g kg
-1
, considerado
pelo NRC (2001) como nível crítico para mantença dos bovinos, e 52% das gramíneas continham
concentrações menores que 1 g kg
-1
, o que demonstra a necessidade de correção da deficiência de
enxofre nessas pastagens, a fim de que se elevem as concentrações de enxofre na forragem.
2.5 Relação nitrogênio: enxofre
Devido a participação conjunta do nitrogênio e do enxofre em diversos processos
metabólicos, a relação nitrogênio:enxofre no tecido vegetal tem sido usada como índice para
determinar a probabilidade de resposta de produção à aplicação de nitrogênio e à fertilização com
enxofre (MARSCHNER, 1995).
Na pastagem, a quantidade de enxofre requerida para o crescimento e para as atividades
metabólicas das gramíneas é consideravelmente menor que a demanda de nitrogênio e a carência
de enxofre não tem sido relatada tão freqüentemente quanto a de nitrogênio, porém em alta
disponibilidade de nitrogênio a exigência por enxofre é maior, devido à importância desse
nutriente no metabolismo do nitrogênio e na síntese de proteína, portanto, o suprimento de
enxofre pode estar sendo inadequado para as gramíneas que crescem em altas doses de nitronio
(DIJKSHOORN; LAMPE, 1960).
Segundo Santos (1997), a importância do equilíbrio entre a quantidade de nitrogênio e de
enxofre no solo e na planta é refletida no crescimento e no estado nutricional do vegetal. A adição
de doses mais elevadas de um desses nutrientes no sistema de produção pode induzir à menor
disponibilidade do outro nutriente para a planta. Em condições de deficiência desses elementos,
pode ocorrer menor teor de aminoácidos, diminuição na síntese de proteínas e aumentos na
relação N solúvel: N protéico (MARSCHNER, 1995).
Werner e Monteiro (1988) ressaltaram que pastagens exclusivas de gramíneas não
adubadas com nitrogênio e fósforo mostram pouca ou nenhuma resposta ao enxofre. A
concentração do enxofre na planta acima da requerida para a síntese de proteínas resulta em
acúmulo do enxofre no tecido vegetal, especialmente na forma de sulfato. Conseqüentemente, o
equilíbrio entre as quantidades de nitrogênio e de enxofre no solo e na planta é refletido no
crescimento e no estado nutricional do vegetal (SANTOS, 1997). Quando a concentração de
nitrogênio nas folhas é baixa, as plantas não metabolizam nutrientes eficientemente e dessa forma
não fazem o uso eficiente do enxofre presente, e portanto, não crescem (CONLEY et al., 2002).
24
Werner e Monteiro (1988), por meio de vários trabalhos sobre a resposta das pastagens à
aplicação de enxofre, demonstraram que a relação N:S nas plantas forrageiras pode variar de 12:1
a 19:1, dependendo da espécie e do suprimento de enxofre. Segundo Monteiro e Carriel (1987),
quando a planta atinge a maturidade, a relação N:S tende a se estabilizar ao redor de 14:1 nas
gramíneas, sendo que a relação N:S de 20:1, ou mais larga, revela deficiência de enxofre. Essa
deficiência interfere no aproveitamento de nitrogênio, restringindo o crescimento da planta,
devido ao fato de que uma das principais funções do enxofre está relacionada à conversão do
nitrogênio não-protéico em protéico (MARSCHNER, 1995).
As respostas do capim-Marandu a combinações de doses de nitrogênio e enxofre em
solução nutritiva foram estudadas por Batista (2002). Relatou que a aplicação de baixa dose de
nitrogênio proporcionou crescimento reduzido e estreita relação N:S (2,8:1) nas lâminas de folhas
recém-expandidas da forrageira, enquanto alta dose de nitrogênio em presença de baixa dose de
enxofre resultou em deficiência de enxofre concomitantemente à larga relação N:S (37,2:1)
naquelas lâminas foliares.
Monteiro e Carriel (1987), em trabalhos realizados com capim-Colonião em dois solos
arenosos do Estado de São Paulo, observaram que a aplicação de enxofre de 40 kg ha
-1
num solo
Podzólico Vermelho-Amarelo resultou na relação N:S de 13,7:1.
Tamassia et al. (1999) estudaram três doses de nitrogênio (42; 210 e 378 mg L
-1
) e de
enxofre (3,2; 48 e 80 mg L
-1
) no estabelecimento do capim-Tanzânia e observaram que a
combinação da dose de nitrogênio de 378 mg L
-1
com a dose de enxofre de 48 m L
-1
(relação N:S
de 7,9:1) resultou em maior produção de massa seca no primeiro corte.
Bonfim-da-Silva (2005), utilizando a combinação de doses de nitrogênio (0, 100, 200, 300
e 400 mg dm
-3
) e de enxofre (0, 10, 20, 30 e 40 mg dm
-3
) na recuperação de pastagem de capim-
Braquiária, verificou baixa relação N:S na ausência de aplicação de nitrogênio, indicando maior
deficiência de nitrogênio do que de enxofre.
Ruminantes alimentados com dietas com baixa concentração de proteína, ou com baixas
concentrações de enxofre e larga relação N:S podem sofrer deficiência de enxofre (SJEBERT;
VIJCHULATA, 1983). Segundo esses autores, forragens com baixa concentração de proteína são
usualmente pobres em valor nutritivo, isto é, são freqüentemente tão fibrosas e de digestibilidade
tão baixa que os animais são capazes de consumi-las apenas em quantidades limitadas.
25
2.6 Área foliar
Segundo Taiz e Zeiger (2004), o crescimento de um vegetal inicia-se com a germinação da
semente, emergência da plântula e formação das primeiras folhas sobre o perfilho principal. A
continuação do processo de formação e aparecimento de perfilhos primários e secundários
caracteriza a fase linear de crescimento, de rápidos aumentos de massa, altura e área foliar. A
última fase do crescimento da planta é alcançada quando a formação de novos tecidos é
compensada pela senescência e morte de partes mais velhas.
As plantas forrageiras são extremamente bem adaptadas às condições de desfolha, pois
possuem mecanismo de formação contínua de tecidos após a remoção das folhas, sendo esse
mecanismo verificado a antes do estágio de florescimento ser alcançado. Durante a fase
vegetativa as regiões de crescimento (zonas meristemáticas) estão localizadas na base das plantas,
além do alcance da boca dos animais e do corte por máquinas. Caso alguns meristemas sejam
removidos pela desfolha, eles são prontamente substituídos por novos perfilhos. Poucas plantas
possuem um mecanismo eficiente de recuperação do crescimento e por isso não é de se admirar
que as gramíneas tenham assumido a posição de importantes plantas forrageiras (LANGER,
1979).
A área foliar é um importante parâmetro para a análise de crescimento e desenvolvimento
das plantas. Quanto maior a área foliar, maior sea superfície de exposição das folhas e, dentro
de limites, maior a capacidade fotossintética da planta (TAIZ; ZEIGER, 2004).
Segundo Nabinger (1997), entre os fatores limitantes ao índice de área foliar (IAF), a
deficiência de água e de nitrogênio são os mais comuns, e ambos diminuem progressivamente a
taxa fotossintética das folhas, a eficiência de conversão, a interceptação de luz, a produção da
energia luminosa, e consequentemente a área foliar do vegetal.
O nitrogênio promove alterações na morfologia das plantas, e em condições de alto
suprimento de nitrogênio ocorre aumento na área foliar e como conseqüência amplia a curvatura
das folhas em efeito que interfere na interceptação de luz (MARSCHNER,1995).
De acordo com Gastal e Nelson (1994), o efeito do nitrogênio decorre do maior acúmulo
desse nutriente na zona de alongamento da folha, mais precisamente na região de divisão celular.
Esses autores verificaram alta correlação entre a quantidade de nitrogênio contida nessa região e a
taxa de expansão foliar. Segundo Mazzanti e Lemaire (1994), a deficiência de nitronio reduz
26
ligeiramente a duração de vida das folhas, sendo que a taxa de senescência aumenta devido ao
efeito do nitrogênio na taxa de aparecimento e no tamanho da folha.
Santos Junior e Monteiro (2003), analisando a dinâmica de crescimento e nutrição do
capim-Marandu submetido a doses de nitrogênio, observaram que a área foliar foi
significativamente aumentada pelo incremento nas doses de nitrogênio.
Os componentes de produção e morfogênese do capim-Aruana em resposta ao nitrogênio
foram estudados por Lavres Junior et al. (2004). Relataram que as doses de nitrogênio
promoveram incrementos na área foliar do capim, por ocasião de dois cortes.
Pearse e Wilman (1984) constataram que a taxa de expansão foliar de azevém (Lolium
perenne) aumentou de 4,2 para 8,3 e 12,1 mm em cada perfilho e por dia, quando utilizaram doses
de nitrogênio de 0; 66 e 132 kg ha
-1
, respectivamente. Gastal et al. (1992) também ressaltaram que
a disponibilidade de nitrogênio tem pronunciado efeito na taxa de alongamento das folhas por
perfilho, podendo resultar em valores de três a quatro vezes menores em intensa deficiência,
relativamente à condição de nutrição adequada do nutriente. Estudos de Pinto et al. (1994a),
Lavres Junior (2001), Mattos (2001) e Premazzi (2001) também mostraram os efeitos
significativos do nitrogênio na área foliar de gramíneas forrageiras.
Mattos e Monteiro (2003), com o intuito de recuperar o capim-Braquiária em degradação,
verificaram interação significativa doses de nitrogênio x doses de enxofre para área foliar, quando
demonstraram a necessidade de incremento na dose de enxofre sempre que o nitrogênio era
fornecido em doses mais elevadas.
2.7 Relação lâmina foliar: colmo mais bainha
Para que haja bom desempenho animal é importante que ele alimente-se de forragem de
boa qualidade, sendo que as folhas são os componentes da forragem que possuem melhor valor
nutritivo, consequentemente, melhor qualidade. A pastagem deve ser manejada de tal forma que
tenha boa rebrota, produza bom volume de forragem e que esta se constitua principalmente de
folhas. Cuidado especial deve ser dado para evitar que a rebrota envelheça e a planta entoucere e
produza talos (ZIMMER et al., 1995).
A relação lâmina foliar:colmo mais bainha (F:C) é uma variável de grande importância
para a nutrição mineral e para o manejo das plantas forrageiras. A anatomia das partes vegetais,
lâminas foliares e colmos mais bainhas, influenciam não só a produção de forragem, mas também
27
seu valor nutritivo. Em lâminas foliares, as células do mesófilo e as do floema são rapidamente
digeridas (AKIN, 1973), as células da epiderme e da bainha parenquimática dos feixes são
reconhecidas como de digestão lenta e parcial, já tecidos como esclerênquima e o xilema, que
apresentam parede celular espessa e lignificada, são muito pouco digeridos. Dos tecidos do colmo,
apenas o parênquima, em estádio inicial de desenvolvimento, e o floema são rapidamente
digeridos, sendo o xilema, a epiderme e o esclerênquima praticamente indigestíveis (AKIN,
1989).
Alta relação folha:colmo representa forragem de elevado teor de proteína, digestibilidade e
consumo, capaz de atender às exigências nutricionais dos ruminantes, garantindo maior ganho de
peso ou produção de leite pelos animais (WILSON, 1982). Do mesmo modo, a alta relação
folha:colmo confere à gramínea melhor adaptação ao pastejo ou tolerância ao corte, por
representar um momento fenológico em que os meristemas apicais se apresentam mais próximos
ao solo e, portanto, menos vulneráveis à destruição pelo corte animal ou máquina (PINTO et al.,
1994b).
Diminuição da relação folha:colmo, em função da estacionalidade de produção da planta
forrageira, pode ocorrer devido à redução da precipitação pluvial, da temperatura e da
luminosidade nessa época, mas também pode ocorrer devido a características fisiológicas da
planta, como o florescimento (Santos et al., 1999).
Otoya (1986) encontrou valores de relação folha:colmo de 1,0, na época chuvosa e de 0,6,
na época seca para a Brachiaria decumbens, enquanto a forragem selecionada pelos animais tinha
relação de 17,5 e 11,9 respectivamente, nas águas e na seca. Pode-se verificar que os animais
selecionam maior quantidade de folhas na sua dieta. A relação lâmina foliar:colmo mais bainha
também variou de 1,2 no início do pastejo para 0,8 no final durante as águas e de 0,7 para 0,5 na
seca. Também os teores de proteína bruta e digestibilidade foram mais elevados com maiores
relações lâminas foliares: colmos mais bainhas.
Cândido et al. (2005), trabalhando com Panicum maximum cv. Mombaça sob pastejo de
lotação intermitente, verificaram maior altura e maior produção de massa seca de forragem por
ciclo de pastejo, devido ao prolongamento do período de descanso, porém, com proporção
crescente de colmos, acarretando acentuada diminuição da relação folha:colmo.
O nitrogênio possui grande influência na relação lâmina foliar:colmo mais bainha em
gramíneas forrageiras, pois promove diversas alterações fisiológicas, como no número, tamanho,
28
massa e taxa de aparecimento de perfilhos e folhas, e alongamento do colmo, fatores estes,
intrínsecos na produção de massa seca e no valor nutritivo da planta forrageira (Corsi, 1984).
O incremento na adubação, principalmente com nitrogênio, aumenta mais a produção de
colmos mais bainhas que a de lâminas foliares das gramíneas forrageiras, o que resulta em
decréscimo na relação lâmina foliar:colmo mais bainha. O limite crítico dessa relação é
considerado igual a 1,0 e esse nível crítico considera a quantidade e a qualidade da forragem
produzida (PINTO et al., 1994b; ANDRADE, 1997).
Decréscimos na relação lâmina foliar:colmo mais bainha foram observados por Bonfim-
da-Silva e Monteiro (2006) no primeiro e segundo cortes do capim-Braquiária recebendo doses de
nitrogênio e enxofre, e estão de acordo com os resultados apresentados por Pinto et al. (1994b) e
Lavres Jr. et al. (2004), para gramíneas forrageiras.
Entretanto, segundo Martha Jr. et al. (2004), a relação folha:colmo do capim-Tanzânia
aumentou linearmente, depois da adubação nitrogenada, durante a primavera, quando o pastejo foi
intenso (baixo resíduo pós-pastejo).
2.8 Valor nutritivo das plantas forrageiras
O valor nutritivo é dado pela composição químico-bromatológica das plantas forrageiras,
representada principalmente, pelos teores de proteína bruta (PB), fibra em detergente ácido
(FDA), fibra em detergente neutro (FDN) e valores de digestibilade in vitro da massa seca
(DIVMS) (VAN SOEST, 1994). A associação entre valor nutritivo e consumo voluntário da
forragem pelo animal em pastejo é definida como sendo a qualidade da mesma, e afeta o
desempenho animal e a produtividade animal em pastagens (MINSON; WILSON, 1994).
A estimativa do valor nutritivo das plantas forrageiras é de grande importância prática, seja
para fornecer subsídios para melhorar a qualidade das pastagens ofertadas aos animais ou para
permitir adequada suplementação de dietas à base de volumosos.
As plantas forrageiras tropicais, como é o caso do capim-Braquiária, absorvem CO
2
do ar
atmosférico via ciclo C4. Essas plantas são caracterizadas por apresentarem altas taxas de
crescimento, e com o avanço da idade fisiológica perdem valor nutritivo mais rapidamente,
quando comparadas às plantas que predominam em países de clima temperado, que possuem o
sistema de absorção do CO
2
pelo ciclo C3 (VAN SOEST, 1994).
29
Plantas forrageiras de ciclo C4, quando crescem em condições de temperaturas mais
amenas e de déficit hídrico moderado, apresentam valor nutritivo superior as de ciclo C3, uma vez
que altas temperaturas acarretam aumentos na espessura da parede celular em detrimento aos
componentes solúveis (VAN SOEST, 1994). Além disso, deficiências hídricas moderadas
reduzem o crescimento da planta, e conseqüentemente, retardam o aparecimento de colmos mais
bainhas (REIS; RODRIGUES, 1993).
A estrutura anatômica básica das gramíneas tropicais apresenta limitação adicional à
digestibilidade, devido aos elevados teores de parede celular associados à anatomia tipo Kranz
(WILSON et al., 1983). Embora a parede celular seja nutricionalmente importante, por apresentar
frações potencialmente digestíveis, quando em elevadas concentrações na forragem, resulta em
comprometimento da digestibilidade e consumo pelos ruminantes. De acordo com Wilson (1994),
a digestibilidade da parede celular ou da fração fibrosa em plantas forrageiras pode variar de 30 a
60% e, dependendo do tipo de célula, de 0 a 100%. Em geral, os constituintes fibrosos são
correlacionados negativamente com a digestibilidade (WILSON et al., 1983; WEISS, 1994;
QUEIROZ et al., 2000).
A fibra é um dos nutrientes fundamentais para o funcionamento do rúmen. É caracterizada
nutricionalmente, como carboidrato que não é digerido por enzimas dos mamíferos (CARVALHO
et al., 2003). Os carboidratos que são digeridos por enzimas presentes nos organismos são a
sacarose, amido e lactose, enquanto os demais são digeridos pelas enzimas da microbiota ruminal
(CARVALHO et al., 2003).
Van Soest (1965) propôs a metodologia de determinação do valor nutritivo das plantas
forrageiras baseado na separação das frações fibrosas, com o emprego de reagentes específicos,
denominados detergentes. Por meio do detergente neutro é possível separar o conteúdo celular
(parte da forragem solúvel no detergente neutro), formado, principalmente, de proteínas, gorduras,
carboidratos solúveis, pectina e outros constituintes solúveis em água da parede celular (parte da
forragem insolúvel em detergente neutro), também chamada de fibra em detergente neutro (FDN),
que é constituída basicamente de celulose, hemicelulose, lignina, proteína danificada pelo calor e
proteína da parede celular e minerais (cinzas). Dando continuidade, o mesmo autor sugeriu um
detergente ácido específico, a fim de solubilizar o conteúdo celular, a hemicelulose e os minerais
solúveis, além da maior parte da proteína insolúvel, obtendo-se o resíduo denominado fibra em
detergente ácido (FDA), constituída, em sua quase totalidade de celulose e lignina, de proteína
30
danificada pelo calor e parte da proteína da parede celular e de minerais insolúveis (cinzas). A
outra fração, a lignina é solubilizada por intermédio de reagentes (H
2
SO
4
72%) ou pelo método do
KMnO
4
(VAN SOEST, 1967).
A correlação dos teores de fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido com a
digestibilidade pode estar condicionada ao grau de associação entre os teores de lignina e de fibra.
Se essa associação é baixa, o conteúdo de fibra da forrageira não é bom indicador da
digestibilidade (VAN SOEST, 1994; QUEIROZ et al., 2000).
O teor de fibra em detergente ácido é, freqüentemente, utilizado para estimativa da
digestibilidade (WEISS, 1994). Os coeficientes de correlação entre as concentrações de fibra em
detergente ácido e a digestibilidade da massa seca variam entre -0,5 e -0,95 (MINSON, 1982).
A lignina é o principal componente químico a limitar a digestibilidade de forrageiras
(JUNG; ALLEN, 1995). Altas e negativas correlações têm sido obtidas entre os teores de lignina,
determinados por diversas metodologias e a digestibilidade “in vitro” da massa seca (JUNG et al.,
1997; QUEIROZ et al., 2000). Entretanto, a variação na digestibilidade não pode ser explicada
somente pela concentração de lignina. Jung e Allen (1995) relataram que a composição da lignina
pode diferir entre espécies, cultivares, frações da planta e tecidos, o que modifica o impacto da
lignificação na digestibilidade. A maior concentração de tecido lignificado é encontrada no caule
e nervura central, enquanto o limbo concentra a maior parte do tecido epidérmico e vascular não
lignificado. Plantas novas possuem maior proporção de tecido parenquimático, e com a
maturidade, a proporção de tecidos lignificados aumenta (BRITO et al., 1997).
As frações fibrosas e protéicas são as mais comumente analisadas, pois ocorre aumento na
concentração dos constituintes da parede celular nos tecidos vegetais com o avanço da maturidade
da planta. As bainhas das folhas velhas atingem maior porcentagem de fibra bruta e lignina,
senescem perdendo água, tendo declínio no teor de proteína bruta. As hastes alongam-se e se
tornam pouco suculentas (EUCLIDES, 1995). Concentração de proteína bruta inferior a 7,0% na
massa seca de algumas gramíneas tropicais, promovem redução na digestão das mesmas, devido
às inadequadas concentrações de nitrogênio para os microorganismos do rúmen (MILFORD;
MINSON; 1966).
O nitrogênio, assim como o enxofre, está intimamente relacionado à síntese de proteína
nas plantas forrageiras, proporcionando aumentos consistentes na concentração de proteína bruta
31
na massa seca das plantas, e conseqüentemente, no nível de substrato para os microorganismos do
rúmen.
Andrade et al. (1996) verificaram que a adubação nitrogenada resultou em aumento de
85% na concentração de proteína bruta no capim-Marandu. Esses autores, trabalhando com
Brachiaria ruziziensis, também verificaram aumento de 59,8% na concentração de proteína bruta
na massa seca da forragem, com a elevação nas doses de nitrogênio.
Barros et al. (2002), avaliando o rendimento e composição química do capim-Tanzânia
estabelecido com milheto sob três doses de nitrogênio, observaram incrementos lineares nos
teores de PB e FDA, sem influenciar significativamente os teores de FDN.
O valor nutritivo da planta forrageira, porém, deve ser analisada não em relação as
alterações na parede celular e na concentração de proteína bruta, mas também em relação às
frações protéicas, tanto em teores como em sua composição (BALSALOBRE, 2002).
O grau de degradabilidade ruminal da proteína bruta pode ser variável para as espécies
forrageiras, o que reflete na disponibilidade de compostos nitrogenados no rúmen para a ntese
microbiana, e de aminoácido no intestino, proveniente da fração protéica não degradada no
rúmen.
Sniffen et al. (1992) sugeriram que os compostos nitrogenados sejam fracionados de
acordo com a composição química, degradação ruminal e digestibilidade pós ruminal. Uma das
frações é o nitrogênio não protéico (NnP), amônia, peptídeos e aminoácidos, que possui alta
digestibilidade no rumem. Outra fração é o nitrogênio solúvel (Nsol), que contém os compostos
nitrogenados não protéicos, além de aminoácidos, peptídeos e proteínas. Segundo Licitra et al.
(1995) o nitrogênio solúvel é definido como proteína verdadeira, que é solúvel em pH tampão do
rúmen. A estimativa da proteína solúvel verdadeira dá-se pela diferença da mensuração do Nsol
pelo NnP. Essencialmente, toda a proteína solúvel em silagens e em forragens está na forma de
NnP (PICHARD, 1977; PICHARD; VAN SOEST, 1977).
Com resultados do fracionamento dos compostos nitrogenados pode haver predição de
desempenho dos animais e estimativa da quantidade de proteína metabolizável (GESUALDI
JUNIOR et al., 2005).
A produtividade das pastagens e o desempenho animal obtido a partir delas são objeto de
numerosos estudos. O acúmulo de forragem varia com a espécie forrageira e ambiente e a
manipulação desses fatores pode determinar a produção da planta. A proporção dos compostos
32
morfológicos (folha, colmo e material morto) influencia tanto a resposta da planta como a do
animal. A maior proporção de folhas pode ser indicativo de forragem com melhor valor nutritivo e
pode proporcionar maior consumo por animais utilizando aquela pastagem (NETO, 2004).
O valor nutritivo é o principal indicativo para caracterização de forragens, tanto por sua
influência no consumo que aumenta com o valor nutritivo, como a resposta do animal à maior
ingestão de nutrientes (NETO, 2004).
2.9 NIRS na determinação do valor nutritivo das forrageiras
O espectrômetro NIR (“Near Infrared Reflectance”) é um equipamento de alta precisão
que efetua análises de alimentos e outras amostras orgânicas (e algumas inornicas) com o
emprego do princípio de radiação eletromagnética. O espectrômetro NIR se baseia na aplicação da
matemática à química analítica (quimiometria). A técnica é uma integração da espectroscopia,
estatística e computação de resultados (BORGES et al., 2001).
O uso da espectroscopia de reflectância no infravermelho próximo (NIRS) é relativamente
recente, sendo os primeiros relatos de 1939, na Pensilvânia, Estados Unidos da América.
Comercialmente foi utilizado em 1985, e em 1988 o método foi aceito oficialmente (BORGES et
al., 2001).
O valor nutritivo dos alimentos é expresso tradicionalmente em energia e proteína,
derivado de determinações químicas e de estudo com metabolismo com animais. As experiências
“in vivo” são tediosas, demoradas, caras e executadas principalmente em instituições cientificas.
Para a caracterização dos alimentos tornarem-se práticas em larga escala, a pesquisa tem
desenvolvido relações que predizem o comportamento “in vivo” a partir da composição química,
as quais deram origem às técnicas in vitro”, que utilizam microorganismos do rúmen ou enzimas
comerciais (GIVENS; DEAVILLE, 1999). Embora essas estimativas sejam um tanto razoáveis
devido a sua simplicidade e precisão de predição, o processo é relativamente lento (GIVENS;
DEAVILLE, 1999).
O NIRS pode prover a maioria das informações referentes ao valor nutritivo em segundos.
Além disso, indicações que o NIRS poderá ser ferramenta singular, que caracterize a cinética
de nutrientes, o conteúdo de energia e de proteína, e para calcular os constituintes disponíveis para
a absorção. Além da rapidez, o NIRS oferece várias outras vantagens importantes sobre os
métodos tradicionais. È um método físico, o destrutivo, que requer mínima ou nenhuma
33
preparação da amostra e é de alta precisão. Contrapõe-se à análise química tradicional, pois
nenhum reagente é necessário, não desperdícios, nem produção e a utilização de compostos
tóxicos e nocivos (BORGES et al., 2001).
As principais desvantagens são a necessidade por alta precisão, o caro instrumental
espectroscópio, a dependência de procedimentos de calibração, demorados e laboriosos, e a
complexidade na escolha dos tratamentos utilizados. A transferência de calibrações entre
instrumentos também é complexa (BORGES et al., 2001).
Os alimentos são compostos principalmente de matéria orgânica e de menor proporção de
fração inorgânica. As ligações moleculares mais comuns nos alimentos são entre hidrogênio,
carbono, oxigênio, enxofre, fósforo e nitrogênio. A freqüência da vibração entre essas moléculas
implica em determinada absorção de luz na região infravermelha, isto é, na região que se estende
além do vermelho no arco íris (não visível para humanos), uma vez que seu comprimento de onda
é mais alto que 700 nm (BORGES et al., 2001).
Os compostos orgânicos presentes nos alimentos absorvem energia eletromagnética na
região do infravermelho (IV) e nessas absorções vibracionais, as ligações covalentes se
comportam como se fossem elásticas. O espectro no IV das moléculas orgânicas tem sido
comparado à sua impressão digital (VOGE, 1992). O NIR se baseia no fato de que as ligações
covalentes das substâncias orgânicas absorvem essa energia, usando-se essa absorção para estimar
o número e tipo de ligações moleculares nas amostras. Assim, o principio mecânico seria o de
iluminar uma amostra com luz de comprimento de onda específico e conhecido da região do
infravermelho próximo. A absorção de luz é medida por diferenças entre a quantidade de luz
emitida pelo NIR e a quantidade de luz refletida pela amostra, relação pela qual se pode predizer a
sua composição química, desde que as leituras obtidas possam ser instantâneas, efetivamente
comparadas e ajustadas na matriz de um banco de resultados armazenados que calibra o
“software” de logística do equipamento (KEMPEM; JACKSON, 1996).
Quando uma amostra é irradiada, a luz é absorvida seletivamente de acordo com
freqüência especifica de vibração das moléculas presentes e origem a um espectro (BORGES
et al., 2001).
A luz pode apresentar alguns comportamentos que não são adequados para as medidas do
NIRS, como a reflexão especular. Isso porque, se toda a luz é refletida, nada é absorvido então
não há justificativa para a utilização do NIRS. Entretanto, os alimentos não são totalmente opacos
34
e apresentam alguma reflectância especular, além daquela reflectância difusa (BORGES et al.,
2001). Desse modo, os aparelhos de NIRS têm de ser calibrados para que avaliem somente a
reflectância difusa (OSBORNE, 1981).
Outras importantes perdas de energia da amostra podem ocorrer. Por isso existem alguns
modelos matemáticos e pré-tratamentos dos resultados espectrais utilizados para corrigir essas
distorções (BORGES et al., 2001).
A reflectância difusa, mais comumente usada no NIRS, é utilizada em amostras em que a
variação do comprimento de ondas está entre 1100 e 2.500 nm, enquanto que a transmitância é
medida de 800 a 1.100 nm. Essas medidas vão ser determinadas pelo tipo de ligações moleculares
dos alimentos (BORGES et al., 2001). A proteína bruta está relacionada com a ligação N-H de
comprimento de onda 1.500 – 1.510 nm e a fibra com 2.092 nm (DEAVILE; FLINN, 2000).
Os alimentos apresentam grande número de ligações moleculares que caracterizam
diversos compostos orgânicos, mas que absorvem luz de um dado comprimento de onda. Dessa
forma, um alimento apresenta um espectro com muitas bandas de vibração e harmônicas
sobrepostas e a relação entre concentração e energia absorvida de uma amostra é formada por uma
sobreposição de várias bandas espectrais dos diversos constituintes (SHENK; WESTERHAUS,
1995). Assim, o espectro se apresenta com uma mistura de vários picos sobrepostos e indistintos,
essa sobreposição vai depender das substâncias presentes em cada alimento, e às vezes podem ser
variáveis dentro de um mesmo alimento, quando se comparam amostras distintas (BORGES et al.,
2001).
Com a falta de distinção das medidas dos picos do espectro fica difícil predizer a
composição do alimento a partir de modelos matemáticos simples, que indicam quais os
comprimentos de onda correspondentes a cada composto molecular. Como não existe um modelo
matemático para descrever a difusão em uma amostra contendo uma distribuição heterogênea de
substâncias químicas, o NIRS utiliza o artifício de comparar resultados de laboratório com os
espectros obtidos por ele. Assim, o NIRS é um método secundário que requer calibração,
utilizando amostras de composição conhecida e determinadas por uma técnica química padrão
(técnicas primarias) (BORGES et al., 2001)
A seleção do tratamento matemático final para representar a melhor equação para cada
variável estudada será baseada no valor mais baixo do erro-padrão de calibração (EPC) e no erro-
padrão de validação (EPV), combinados com os valores de coeficientes de determinação (R
2
),
35
obtidos nas etapas de validação e captação (SALIBA et al., 2001). Os resultados espectrais devem
ser corrigidos, pois, sofrem inúmeras interferências. As interferências causadas por propriedades
físicas da amostra, como o tamanho de partícula, podem ser corrigidas no espectro total por pré-
tratamentos. Os pré-tratamentos não alteram a informação química, que tem local determinado no
espectro, mas auxiliam no maior aprimoramento da calibração. Os procedimentos matemáticos
mais utilizados incluem “standard normal variate detrending” (SNV-D), correção multiplicativa
da difusão (MSC) e derivações do espectro. Se o espectro do NIRS não fosse afetado por tamanho
de partícula, coeficiente de difusão e variações no caminho da onda, as calibrações poderiam ser
executadas diretamente dos resultados de absorbância, mas como isso não ocorre, os pré-
tratamentos espectrais são necessários (SALIBA et al., 2001). O passo seguinte é a obtenção do
espectro, pelo pré-tratamento, e a derivação de um modelo matemático que relacione os resultados
do espectro com os resultados de referência, processo quimiométrico (GINVENS; DEAVILLE,
1999; DEAVILLE; FLINN, 2000; REEVES, 2000,).
A espectroscopia do infravermelho proximal tem sido reconhecida como valiosa
ferramenta em determinar com acurácia a composição química de um grande número de forragens
(SHENK; WESTERHAUS, 1994) e na determinação de parâmetros de digestibilidade, usando
forragens secas ou in natura (BARBER et al., 1990; PARK et al., 1997; PARK et al., 1998).
As mais precisas estimativas são obtidas com proteína bruta e umidade, pois apresentam
um grupo funcional único (N-H), enquanto as frações da fibra (FDN e FDA) também apresentam
alta acurácia (PIRES; PRATES, 1997).
Nesse sentido, o NIRS tem sido adotado como um método oficial pela ASSOCIATION
OF OFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS (AOAC) para a estimativa de PB e FDA em forragens
(DEAVILLE; FLINN, 2000). No Brasil, são poucos os trabalhos com a metodologia NIRS, o que
em parte, reflete o pequeno uso deste equipamento no país, embora apresente grande perspectiva
(PIRES; PRATES, 1997).
36
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local, período e descrição da área experimental
O experimento, desenvolvido no período de um ano, foi realizado na Agropecuária
Rodomeu, localizada no distrito de Ibitiruna, município de Piracicaba, Estado de São Paulo, nas
coordenadas 47°57’56” longitude oeste e 22°46’30” latitude sul, com altitude média de 600 m e o
clima, segundo a classificação de Köppen, do tipo Cwa, tropical de altitude, com inverno seco e
temperatura do mês mais quente maior que 22ºC (VIANELLO; ALVES, 2000).
A área experimental composta pelo capim-Braquiária (Brachiaria decumbens) em
processo de degradação, foi estabelecida mais de oito anos em solo classificado como
Neossolo Quartzarênico, com baixo teor de matéria orgânica. A área total do experimento foi de
1800 m
2
, com parcelas experimentais representadas por áreas de 5 m x 8 m.
Figura 1 - Vista parcial da área experimental, na ocasião da primeira avaliação
3.2 Informações climáticas
Os dados climáticos foram obtidos na Estação Meteorológica do Departamento de
Ciências Exatas, na ESALQ-USP. Esta é a estação meteorológica mais próxima do local,
situando-se a 45 km da área experimental (Tabela 1).
37
Tabela 1 – Dados climáticos da área experimental
Mês/ano
T Med
(a)
UR Med
(b)
T Max
(c)
T Min
(d)
Chuva
(
o
C)
(%)
(
o
C) (
o
C)
(mm)
Novembro/ 05
22,4 82,5 29,1 17,0 116,8
Dezembro/ 05 22,8 84,9 29,2 17,9 122,4
Janeiro/ 06 24,4 84,0 30,8 19,6 225,2
Fevereiro/ 06 23,8 91,3 29,8 19,7 164,8
Março/ 06 23,8 89,5 30,4 19,3 151,5
Abril/ 06 21,2 86,1 27,9 15,9 31,7
Maio/ 06 17,5 83,4 24,9 10,8 0,1
Junho/ 06 17,5 81,3 25,7 10,4 18,6
Julho/ 06 18,2 78,5 26,4 10,8 28,1
Agosto/ 06 20,0 70,6 28,6 12,0 9,4
Setembro/ 06 20,2 75,7 27,6 13,7 60,3
Outubro/ 06 22,5 82,6 29,1 17,1 74,9
Novembro/ 06 22,8 82,2 29,8 17,6 195,3
(a)
T Med: temperatura média
(b)
UR Med: umidade relativa média
(c)
T Max: temperatura máxima
(d)
T Min: temperatura mínima
3.3 Análise química da terra e correção da acidez
A análise química da terra da área experimental em amostras coletadas na profundidade de
0-20 cm, antes da aplicação dos adubos e corretivos apresentou os seguintes resultados: pH
(CaCl
2
) de 4,08; 9,76 mg dm
-3
de MO; P de 5,34 mg dm
-3
;
K de 1,75 mmol
c
dm
-3
; Ca de 4,00
mmol
c
dm
-3
; Mg de 2,30 mmol
c
dm
-3
; Al de 4,00 mmol
c
dm
-3
; H+Al de 21,50 mmol
c
dm
-3
; S-SO
4
de 8,40 mg dm
-3
; SB de 8,05 mmol
c
dm
-3
; CTC de 29,50 mmol
c
dm
-3
e V de 26,80%.
Antecedendo a aplicação dos fertilizantes, foi corrigida a acidez da área com aplicação de
calcário (em superfície, manualmente e a lanço), de 600 kg ha
-1
, no dia 20 de outubro de 2005,
empregando o valor da porcentagem de saturação por bases V
2
de 40%, após rebaixamento das
plantas à altura de 10 cm da superfície do solo.
3.4 Delineamento experimental e descrição dos tratamentos
Foram estudadas em cinco doses de nitrogênio (0; 150; 300; 450 e 600 kg ha
-1
ano
-1
)
combinadas com cinco doses de enxofre (0; 15; 30; 45 e 60 kg ha
-1
ano
-1
), em estudo de superfície
de resposta baseado em desenho experimental composto central modificado de um fatorial 5 x 5
38
Nitrogênio (X
1
)
Enxofre (X
2
)
0; 0
600; 30300; 300; 30
450; 15150; 15
600; 0300; 0
450; 45150; 45
0; 60 300; 60 600; 60
Nitrogênio (X
1
)
Enxofre (X
2
)
0; 0
600; 30300; 300; 30
450; 15150; 15
600; 0300; 0
450; 45150; 45
0; 60 300; 60 600; 60
Nitrogênio (X
1
)
Enxofre (X
2
)
0; 0
600; 30300; 300; 30
450; 15150; 15
600; 0300; 0
450; 45150; 45
0; 60 300; 60 600; 60
Enxofre (X
2
)
0; 0
600; 30300; 300; 30
450; 15150; 15
600; 0300; 0
450; 45150; 45
0; 60 300; 60 600; 60
fracionado em parcelas subdivididas, de acordo com Littell e Mott (1975), distribuído em blocos
ao acaso, com três repetições. De acordo com esse esquema (Figura 2), 13 combinações entre as
doses desses nutrientes, em kg ha
-1
ano
-1
: 0-0; 0-30; 0-60; 150-15; 150-45; 300-0; 300-30; 300-60;
450-15; 450-45; 600-0; 600-30 e 600-60. As adubações foram parceladas em três vezes, durante o
período das águas (17/11/05, 23/12/05 e 28/01/06). O nitrogênio foi fornecido como nitrato de
amônio presente na formulação 32-00-02 (NPK) e o enxofre como gesso agrícola.
Figura 2 - Desenho experimental do composto central modificado de um esquema fatorial 5 x 5
fracionado, segundo Littell e Mott (1975)
As adubações com fósforo e potássio foram baseadas na análise química da terra, com o
objetivo de atender as exigências da gramínea forrageira. Foram aplicados 28 kg ha
-1
ano
-1
de
P
2
O
5
, sendo fornecido como superfosfato triplo e 30 kg ha
-1
ano
-1
de K
2
O, fornecido como cloreto
de potássio. Foram utilizadas formulações tipo “fritas” FTE, com aplicação de 30 kg ha
-1
, para o
fornecimento de micronutrientes, conforme recomendação de Monteiro et al. (2004).
Figura 3 – Croqui da área experimental
39
3.5 Condução do experimento
As avaliações no experimento foram realizadas em intervalos pré-determinados de 35 dias
no período das águas e de 56 dias nas secas, durante um ano (Tabela 2), e a área experimental foi
pastejada por novilhas cruzadas, durante o período de 24 horas por bloco, com o intuito de
rebaixar o capim-Braquiária à altura de 10 cm. Os cortes das plantas foram realizados em área
delimitada por um retângulo de madeira de 1,00 m x 0,25 m (0,25 m
2
).
Tabela 2 - Ordem, data de início e término e período das avaliações
Avaliações Início Término Período
1 21/12/05 23/12/05 Chuvoso
2 25/01/06 28/01/06 Chuvoso
3 01/03/06 04/03/06 Chuvoso
4 05/04/06 08/04/06 Chuvoso
5 10/05/06 13/05/06 Chuvoso
6 05/07/06 08/07/06 Seco
7 30/08/06 02/09/06 Seco
8 25/10/06 28/10/06 Seco
Por ocasião dos cortes foram realizadas amostragens de plantas para estudos das
características massa seca da parte aérea, área foliar, relação lâmina foliar:colmo mais bainha,
determinações bromatológicas e variáveis relativas ao valor nutritivo da planta forrageira.
O quadro amostrador para coleta da parte aérea foi jogado dentro das parcelas de forma a
coletar amostras homogêneas, e foram realizadas duas amostragens por parcela, uma a 10 cm da
superfície do solo, simulando a altura ideal de pastejo para o capim-Braquiária (MACHADO;
KICHEL, 2004), para avaliações da produção da massa seca da forragem e do valor nutritivo, e
outra a 5 cm da superfície do solo, para avaliações das demais características produtivas, como
área foliar e relação lâmina foliar:colmo mais bainha. Foram realizadas amostragens da parte
aérea em duas alturas devido ao fato das parcelas não adubadas, em alguns casos no início do
experimento, apresentarem altura inferior a 10 cm, o que impossibilitaria a amostragem da parte
aérea em todas as parcelas.
40
3.6 Produção de massa seca da parte aérea
As amostras coletadas a 10 cm foram acondicionadas em sacos de papel, devidamente
identificados, e foram secadas em estufa à temperatura de 65º C por 72 horas, para posterior
pesagem e estimativa de produção de massa seca de cada unidade experimental.
Posteriormente, essas amostras foram moídas em macro moinho tipo Willey e colocadas
em sacos plásticos, devidamente identificados, para a realização das determinações
bromatológicas.
3.7 Área foliar e relação lâmina foliar:colmo mais bainha
As amostras coletadas a 5 cm foram acondicionadas em sacos plásticos devidamente
identificados, sendo posteriormente levados ao Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas, do
Departamento de Ciência do Solo na ESALQ-USP, onde uma sub-amostra (conjunto de perfilhos)
de aproximadamente 100 g foi retirada para separar a parte aérea das plantas em seus
componentes botânicos, destacando-se as folhas emergentes (FE), lâminas de folhas recém-
expandidas (LR), lâminas de folhas maduras (LM) e colmos mais bainhas (CB).
As lâminas das folhas (FE, LR e LM) tiveram suas áreas medidas em aparelho integrador
de área foliar (LICOR
@
LI-3000). Posteriormente, esses valores foram somados para que fosse
obtida área foliar total de cada unidade experimental.
Após a medição da área foliar, cada fração da parte aérea foi acondicionada em saco de
papel devidamente identificado. Esse material foi secado em estufa à temperatura de 65º C por 72
horas. A soma dos valores de massa seca das frações FE, LR e LM foi dividida pela massa seca da
fração CB, obtendo-se a relação lâmina foliar:colmo mais bainha.
3.8 Determinações bromatológicas
Nas amostras da parte aérea total, simulando o pastejo, coletadas a 10 cm da superfície do
solo foram determinadas massa seca (MS), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente
ácido (FDA), digestibilidade in vitroda massa seca (DIVMS), proteína bruta (PB) e as frações
nitrogenadas, nitrogênio solúvel (Nsol) e nitrogênio não protéico (NnP).
A determinação de massa seca (MS) foi realizada no Laboratório de Bromatologia do
Departamento de Zootecnia na ESALQ-USP, segundo Campos et al. (2004), à temperatura de
41
105º C, para que pudessem ser efetuadas as correções dos teores de PB, FDN, FDA, DIVMS e das
frações nitrogenadas para 100% da MS.
As determinações de fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA)
foram realizadas no Laboratório de Bromatologia do Departamento de Zootecnia na ESALQ-
USP, e utilizaram o aparelho Ankon (Ankon 200 Fiber Analyser da Ankon Technology
Corporation), segundo metodologia de Goering e Van Soest (1970) adaptada por Campos et al.
(2004). Na determinação do FDN foi adicionado o sulfito de sódio, com o objetivo de solubilizar
a proteína aderida à parede celular (MERTENS, 1998).
Para a determinação da digestibilidade “in vitro” da matéria seca (DIVMS), também
realizada no Laboratório de Bromatologia do Departamento de Zootecnia na ESALQ-USP,
seguiu-se a metodologia de Tilley e Terry (1963) adaptada por Campos et al. (2004). Os animais
utilizados para a retirada do conteúdo líquido de rúmen (inóculo) estavam submetidos a dietas
exclusivas de feno de capim-Elefante (Pennisetum purpureum).
No Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas do Departamento de Ciência do Solo na
ESALQ-USP, foi determinado o nitrogênio total nas amostras, pelo método semimicro Kjeldhal,
conforme a metodologia descrita por Sarruge e Haag (1974), para posterior estimativa da
concentração de proteína bruta (PB), usando fator 6,25 para conversão de nitrogênio em proteína
bruta (Association of Official Analytical Chemists - AOAC, 1970).
Para as avaliações das frações nitrogenadas (Nsol e NnP), também determinadas no
Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas do Departamento de Ciência do Solo na ESALQ-
USP, foram efetuadas adaptações das metodologias de Goering e Van Soest (1970),
Krishnamoorthy et al. (1982) e Licitra et al. (1995), para que as determinações das concentrações
de nitrogênio pudessem ser realizadas pelo método semimicro Kjeldhal, de acordo com o relato na
metodologia de Sarruge e Haag (1974).
Para a determinação do NnP foram utilizados os seguintes procedimentos: pesou-se 0,1 g de
massa seca da amostra moída em Erlenmeyer de 125 ml, adicionaram-se 10 ml de água
desionizada e deixou em repouso por 30 minutos; após o período de repouso, adicionaram-se 2 ml
de solução de ácido tricloroacético (TCA) a 10%, mantida sob refrigeração; homogeneizou-se e
deixou em repouso por 30 minutos; o conteúdo do Erlenmeyer foi filtrado em papel-de-filtro
Whatman 541 (com diâmetro de 9 mm) por gravidade, e o resíduo foi lavado com a solução TCA
42
por duas vezes; o papel-de-filtro, contendo o resíduo da filtragem, foi transferido para o tubo de
digestão, para a determinação do nitrogênio não protéico.
Para a determinação do Nsol foi utilizada a seguinte seqüência: pesou-se 0,1 g de massa seca
da amostra moída em Erlenmeyer de 125 ml, adicionaram-se 10 ml de solução boro-fosfato (12,20
g L
-1
de fosfato monosódico, 8,91 g L
-1
de tetraborato de sódio e 100 ml L
-1
de álcool butílico
terciário) e adicionaram-se 0,2 ml de solução de azida sódica a 10%; homogeneizou-se e deixou
em repouso a temperatura ambiente por 3 horas. Após o período de repouso, o conteúdo do
Erlenmeyer foi filtrado em papel-de-filtro Whatman 541 (com diâmetro de 9 mm) por gravidade,
e o resíduo foi lavado com 50 ml de água desionizada; o papel-de-filtro, contendo o resíduo da
filtragem, foi transferido para o tubo de digestão, para a determinação do nitrogênio solúvel.
Em paralelo, com a finalidade de desenvolver curvas de calibração, as amostras coletadas
a 10 cm da superfície do solo também foram analisadas utilizando-se o método de espectroscopia
de reflectância no infravermelho próximo (NIRS) de acordo com Berzaghi (2002). Os espectros
das amostras foram colhidos e armazenados como log (1/R), onde R é a reflectância na faixa de
comprimento de onda de 1100 a 2498 nm, em espectrômetro FOSS NIRSystem 5000 (NIR
Systems, Silver Springs, MD, USA), no Laboratório de Bromatologia, Departamento de
Zootecnia da ESALQ-USP. Os resultados foram tratados utilizando-se o software WINISI versão
1.5 (Infrasoft International, Silver Spring, MD).
Para o desenvolvimento de curvas de calibração foram utilizadas todas as amostras e sua
respectiva composição química analisada em laboratório. O algoritmo “CENTER”, o qual
demonstra a distância global do centro da população para identificação de outliers”, foi usado
como função discriminante na estruturação da população, com valor de GH (Global H, onde H
representa a distância de Mahalanobis) de 3,0. Para a geração das equações foi utilizado o
tratamento matemático do programa WINISI versão 1.5.
Na calibração, os resultados laboratoriais foram regredidos com as informações espectrais.
Para tanto, foi utilizado modelo de regressão de componentes principais (PCR – “Principal
Components Regression”); as correções de dispersão do erro por meio do SNV (“Standard
Normal Variate”), SNV-D (“Standard Normal Variate and Detrend”), SMSC (“Standard
Multiplicative Scatter Corretions”), MSC (“Multiplicative Scatter Corretions”); e os tratamentos
matemáticos 1,4,4,1; 2,4,4,1; 1,10,10,1 e 2,20,20,1 (“derivative, gap over, smooth, second
43
smooth”). As equações desenvolvidas foram selecionadas pelos menores valores de erro padrão
da calibração (SEC) e erro padrão da validação cruzada (SECV), e maiores valores de coeficiente
de determinação da calibração (R
2
) e coeficientes de determinação da validação cruzada (1-VR).
Após a seleção das melhores curvas de calibração as equações foram utilizadas para
predição de cada componente bromatológico das amostras. Posteriormente, fez-se a análise de
regressão, tendo como variável independente os resultados das análises químicas e, como variável
dependente, os resultados do NIRS. A avaliação do grau de ajuste foi feita efetuada por
intermédio dos coeficientes de determinação (R
2
).
3.9 Análises estatísticas
Todos os resultados receberam o recomendado tratamento estatístico, com análise por
meio do emprego do “Statistical Analysis System” (SAS, 2000). Inicialmente foi realizada a
análise de variância para as combinações das doses de nitrogênio e doses de enxofre e, em função
do nível de significância do teste F para essas combinações, foi efetuado o estudo de regressão
polinomial (superfície de resposta) por meio do procedimento RSREG. Nos casos em que a
interação doses de nitrogênio x doses de enxofre não foi significativa, foi efetuado o estudo de
regressão de primeiro e segundo graus por meio do comando GLM. Foi empregado o nível de
significância de 5 % em todos os testes estatísticos. Nos casos em que a interação doses de
nitrogênio x doses de enxofre foi significativa o R
2
dessas regressões foi recalculado, e demonstra
a variabilidade dos tratamentos explicada pelo modelo.
Para os resultados do NIRS, foi realizada a análise de variância, utilizando-se o
procedimento GLM do pacote estatístico SAS (2000), sendo que as médias foram comparadas
pelo teste t, e posteriormente foi efetuada a análise de correlação das respostas que não diferiram
significativamente entre as análises bromatológicas convencionais com os resultados estimados
pelo NIRS.
44
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Produção de massa seca da parte aérea
4.1.1 Período chuvoso
Na primeira avaliação do período chuvoso do primeiro ano recuperação do capim-
Braquiária, 35 dias após a aplicação da primeira parcela da adubação, observou-se efeito
significativo na produção da massa seca da parte aérea das doses de nitrogênio, com os resultados
ajustando-se a modelo linear de regressão (Figura 4). À medida em que se elevaram as doses de
nitrogênio aplicadas na pastagem ocorreu aumento da produção de massa seca da parte aérea das
plantas, que variou de 0 a 950 kg ha
-1
. A ausência de produção de massa seca acima dos 10 cm da
superfície do solo do capim em recuperação ocorreu devido a falta de adubação nitrogenada.
0
200
400
600
800
1000
0 150 300 450 600
Massa seca da parte aérea (kg ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = - 6,3163 + 1,7036N
R
2
= 0,90
Figura 4 – Produção de massa seca da parte aérea do capim-Braquiária, na ocasião da primeira
avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Esse incremento em produção de forragem, proporcional ao aumento das doses de
nitrogênio aplicadas em Brachiaria decumbens, seguiu o mesmo padrão de resposta linear
positiva dos resultados descritos por Fonseca et al. (1998), Paciullo et al. (1998) e Soria (2002).
Esse efeito do nitrogênio pode ser atribuído à influência desse nutriente nos processos fisiológicos
da planta (HERRERA; HERNANDEZ, 1985).
45
Essa resposta também se assemelha à encontrada por Ferragine (1998), que verificou
incrementos lineares quanto à produção de massa seca da parte aérea em função de doses de
nitrogênio, no segundo crescimento do capim-Braquiária. Outros autores observaram também
respostas lineares na massa seca de forragem do capim-Braquiária até a faixa de doses de
nitrogênio aplicado de 400 a 600 kg ha
-1
ano
-1
(ALVIM et al., 1998; QUEIROZ NETO et al.,
2001).
Na segunda, terceira e quinta avaliações do período chuvoso, também se observou efeito
significativo das doses de nitrogênio na produção da massa seca da parte aérea com os resultados
ajustando-se ao modelo quadrático de regressão (Figuras 5, 6 e 8). Constatou-se que os valores
máximos de produção da planta forrageira foram observados nas doses de nitrogênio de 333, 368
e 359 kg ha
-1
ano
-1
, respectivamente, para a segunda, terceira e quinta avaliações do período
chuvoso.
2000
3000
4000
5000
6000
7000
0 150 300 450 600
Massa seca da parte aérea (kg ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 3795,7670 + 18,0393N - 0,02711N
2
R
2
= 0,71
Figura 5 - Produção de massa seca da parte aérea do capim-Braquiária, na ocasião da segunda
avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Bonfim-da-Silva (2005), trabalhando em casa de vegetação na recuperação do capim-
Braquiária com aplicação de nitrogênio e enxofre, no segundo e terceiro cortes, constatou efeitos
isolados do nitrogênio na produção de massa seca.
46
Dias Filho (2007), em trabalho com capins Braquiária e Áries, constatou resposta
significativa à aplicação de nitrogênio quanto à produção de massa seca, ajustando-se os
resultados a modelo quadrático de regressão, demonstrando que, no primeiro e no segundo corte,
as doses de nitrogênio de 437 e 396 kg ha
-1
foram responsáveis pelas máximas produções de
massa seca.
1000
1500
2000
2500
3000
0 150 300 450 600
Massa seca da parte aérea (kg ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 1577,6961 + 4,9262N - 0,0067N
2
R
2
= 0,64
Figura 6 - Produção de massa seca da parte aérea do capim-Braquiária, na ocasião da terceira
avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Apenas na quarta avaliação do período chuvoso, posteriormente à aplicação de todas as
parcelas da adubação, a produção de massa seca da parte aérea apresentou comportamento
diferenciado, com a análise de variância mostrando significância para a interação doses de
nitrogênio x doses de enxofre. A produção de massa seca da parte aérea dependeu do suprimento
conjunto de nitrogênio e de enxofre, ajustando-se os resultados ao modelo polinomial de regressão
(Figura 7). No estudo da superfície de resposta observou-se que as doses de nitrogênio e de
enxofre para a máxima produção de massa seca foram de 450 e 45 kg ha
-1
, respectivamente, com
a relação de 10:1 entre elas. Verificou-se ainda que, em condições de baixo fornecimento de doses
nitrogênio, mesmo com incrementos de doses de enxofre, a produção de massa seca do capim-
Braquiária permaneceu constante, e à medida em que se aumentou o fornecimento de nitrogênio,
houve maior desenvolvimento da parte aérea das plantas quando foram incrementadas as doses de
47
enxofre. Esses resultados confirmam os encontrados por Rodrigues (2002), Mattos e Monteiro
(2003) e Bonfim-da-Silva (2005), demonstrando que o incremento de doses de nitrogênio pode
induzir ao maior suprimento de enxofre para maximizar as respostas em produção de massa seca
do capim-Braquiária.
0
150
300
450
600
3000
3700
4400
5100
5800
6500
0
15
30
45
60
Nitrogênio
(kg ha
-1
ano
-1
)
Massa seca da parte aérea (kg ha
-1
)
Enxofre
(kg ha
-1
ano
-1
)
5800
-
6500
5100
-
5800
4400-5100
3700-4400
3000
-
3700
Y = 3198,4383 + 10,5585N - 0,0154N
2
+ 31,7285S - 0,7200S
2
+ 0,0661NS
R
2
= 0,85
Figura 7 - Produção de massa seca da parte aérea do capim-Braquiária, na ocasião da quarta
avaliação do período chuvoso, em função da combinação das doses de nitrogênio e de
enxofre
Marques et al. (1995) observaram que a omissão de enxofre não interferiu no rendimento
total de massa seca da parte aérea da Brachiaria brizantha, enquanto Monteiro et al. (1995)
observaram reduções significativas na produção desse capim no tratamento em que omitiram
enxofre, quando comparado com o tratamento completo.
Haddad (1983) trabalhou com capim-Colonião em solo de cerrado e testou doses de
nitrogênio em conjunto com doses de enxofre e observou que houve respostas acentuadas desse
capim à aplicação de enxofre somente quando o nitrogênio também foi empregado na adubação.
Soares Filho (1991), estudando a variação sazonal de parâmetros bioquímico-fisiológicos
em capim-Braquiária estabelecido em solo Podzólico Vermelho-Amarelo distrófico, encontrou
que no tratamento com adubação com macro e micronutrientes, incluindo nitrogênio e enxofre, a
produção de massa seca do capim foi superior aos demais tratamentos (testemunha; gradagem;
gradagem mais adubação com macro e micronutrientes, menos nitrogênio).
48
2500
3000
3500
4000
4500
0 150 300 450 600
Massa seca da parte aérea (kg ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 2923,0024 + 7,3148N - 0,0102N
2
R
2
= 0,82
Figura 8 - Produção de massa seca da parte aérea do capim-Braquiária, na ocasião da quinta
avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
4.1.2 Período seco
Na primeira e terceira avaliações do período seco do ano, observou-se efeito significativo
para a produção de massa seca da parte aérea para as doses de nitrogênio, com os resultados
ajustando-se ao modelo quadrático de regressão (Figuras 9 e 10). Constatou-se que os valores
máximos de produção da planta forrageira foram atingidos nas doses de nitrogênio de 386 e 489
kg ha
-1
ano
-1
, respectivamente, para a primeira e terceira avaliações do período seco. Pode-se
verificar que as máximas produções obtidas nessas avaliações do período seco foram bem
inferiores às do período chuvoso, ressaltando a importância dos fatores climáticos gua, luz e
temperatura), que no período seco tornam-se limitantes à produção das plantas forrageiras. De
fato, os processos de formação, desenvolvimento, crescimento e senescência de folhas e perfilhos
são sensíveis às condições climáticas desfavoráveis (CARVALHO, 2000; UEBELE, 2002), uma
vez que a divisão, e principalmente o crescimento das células são processos extremamente
sensíveis ao turgor celular e à temperatura (LUDLOW; NG, 1977).
Essas respostas no período seco, ainda que de menor magnitude das respostas do período
chuvoso, foram conseqüência das adubações realizadas em 17/11/2005, 23/12/2005 e 28/01/2006.
49
600
850
1100
1350
1600
0 150 300 450 600
Massa seca da parte aérea (kg ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 705,9771 + 4,5909N - 0,0060N
2
R
2
= 0,99
Figura 9 - Produção de massa seca da parte aérea do capim-Braquiária, na ocasião da primeira
avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
Na segunda avaliação do período seco não foram obtidas respostas significativas na
produção de massa seca da parte aérea da planta, em conseqüência das aplicações de doses de
nitrogênio e de enxofre.
800
1220
1640
2060
2480
0 150 300 450 600
Massa seca da parte aérea (kg ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 858,6529 + 5,7713N - 0,0059N
2
R
2
= 0,98
Figura 10 - Produção de massa seca da parte aérea do capim-Braquiária, na ocasião da terceira
avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
50
Colozza (1998), avaliando o rendimento do capim-Aruana (Panicum maximum cv.
Aruana) cultivado em Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico em Nova Odessa, SP, constatou
aumento na produção de massa seca da parte aérea do capim-Aruana, com incrementos na
adubação nitrogenada.
Para as produções totais de massa seca da parte aérea de ambos os períodos e de todo o
ano agrícola, observou-se efeito significativo das doses de nitrogênio, com os resultados
ajustando-se ao modelo quadrático de regressão (Figuras 11, 12 e 13). Considerando os modelos
apresentados os valores máximos de produção seriam atingidos nas doses de nitrogênio de 375,
435 e 386 kg ha
-1
ano
-1
, respectivamente, para os períodos chuvoso e seco e para todo o ano. A
eficiência de conversão do nitrogênio, entre a não aplicação da adubação e a aplicação de
nitrogênio de 150 kg ha
-1
ano
-1
, foi da ordem de 66 kg de massa seca por quilograma de nitrogênio
aplicado, no total anual. Assim nota-se que o grande impacto na produção de massa seca do
capim-Braquiária em recuperação ocorreu com aplicação de nitrogênio de 150 kg ha
-1
ano
-1
.
10000
12000
14000
16000
18000
20000
0 150 300 450 600
Massa seca da parte aérea (kg ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 10696,1998 + 47,2391N - 0,0630N
2
R
2
= 0,89
Figura 11 - Produção total de massa seca da parte aérea do capim-Braquiária durante do período
chuvoso do primeiro ano de recuperação do capim, em função das doses de nitrogênio
51
2000
2800
3600
4400
5200
0 150 300 450 600
Massa seca da parte aérea (kg ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 2240,7736 + 12,0967N - 0,0139N
2
R
2
= 0,98
Figura 12 - Produção total de massa seca da parte aérea do capim-Braquiária durante do período
seco do primeiro ano de recuperação do capim, em função das doses de nitrogênio
12000
15500
19000
22500
26000
0 150 300 450 600
Massa seca da parte aérea (kg ha
-1
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 12936,9734 + 59,3358N - 0,0769N
2
R
2
= 0,94
Figura 13 - Produção total de massa seca da parte aérea do capim-Braquiária no primeiro ano de
recuperação do capim, em função das doses de nitrogênio
As médias de produção total de massa seca do capim-Braquiária nos períodos chuvoso e
seco do ano, no presente experimento, foram de 16.140 e 3.946 kg ha
-1
, respectivamente.
52
Considerando a produção média total anual de 20.087 kg ha
-1
, o período seco representou 20% e o
chuvoso 80% da produção de massa seca da forragem.
Fagundes et al. (2005), estudando a influência da adubação nitrogenada (doses de 0 a 300
kg ha
-1
) no acúmulo de forragem do capim-Braquiária, observaram durante todo o ano de 2002,
resposta significativa quanto à aplicação de nitrogênio, ajustando-se a modelo linear de regressão,
e durante o período da seca verificaram que a média de produção do capim foi de 1.500 kg ha
-1
.
Fonseca et al. (1984), trabalhando com fertilização nitrogenada no capim Coast-cross
(Cynodon dactylon), obtiveram rendimento de massa seca máximo de 4,2 Mg ha
-1
, no período
seco do ano, com aplicação de 400 kg ha
-1
ano
-1
. Euclides et al. (2007), estudando a adubação
nitrogenada no capim-Tanzânia no final do verão em área experimental da Embrapa Gado de
Corte, observaram que no período seco, a média da produção de massa seca foi de 2.970 kg ha
-1
quando o capim foi adubado com doses de nitrogênio de 100 kg ha
-1
.
Nesse primeiro ano de recuperação do capim-Braquiária, pode-se verificar expressivo
aumento na produção de massa seca com incremento de doses de nitrogênio, com produções
consideradas satisfatórias para essa planta forrageira, segundo Silva (1995).
Segundo Monteiro e Werner (1977) e Werner (1986), o aumento na produção de forragem
depende da adequada disponibilidade de nutrientes, dentre os quais se destaca a de nitrogênio. O
nitrogênio é o principal nutriente para a manutenção da produtividade das gramíneas forrageiras,
sendo o principal constituinte das proteínas que participam ativamente na síntese dos compostos
orgânicos constituintes da estrutura vegetal e, portanto, responsável por características ligadas ao
porte da planta, tais como o tamanho das folhas, tamanho do colmo e aparecimento e
desenvolvimento dos perfilhos (WERNER, 1986).
4.2 Área foliar
4.2.1 Período chuvoso
Para a área foliar, a interação doses de nitrogênio x doses de enxofre não foi significativa
nas avaliações do período chuvoso. Nessas avaliações, a área foliar apresentou significância para
as doses de nitrogênio, demonstrando mais uma vez a importância do fornecimento de nitrogênio
para incrementar a área foliar da planta forrageira.
Na primeira e terceira avaliações do período chuvoso a área foliar foi significativamente
influenciada pelas doses de nitrogênio, com os resultados ajustando-se a modelo quadrático de
53
regressão (Figuras 14 e 16). Desse modo, obtiveram-se os valores máximos de área foliar nas
doses de nitrogênio de 593 e 310 kg ha
-1
ano
-1
, respectivamente, sendo que o valor máximo
encontrado na primeira avaliação foi 40% menor do que o encontrado na terceira avaliação.
Na segunda avaliação do período chuvoso, observou-se efeito significativo das doses de
nitrogênio na área foliar do capim, com os resultados ajustando-se a modelo linear de regressão
(Figura 15). À medida em que se elevaram as doses de nitrogênio no solo ocorreu aumento da
área foliar, variando de 1450 a 2700 cm
2
no quadro amostrador de 0,25 m
2
.
A disponibilidade de nitrogênio tem pronunciado efeito na taxa de alongamento foliar,
podendo resultar em valores três a quatro vezes menores num alto nível de deficiência, quando
comparado a um nível não limitante do nutriente (GASTAL et al., 1992).
O efeito do nitrogênio na taxa de alongamento foliar decorre do maior acúmulo desse
nutriente na zona de alongamento da folha, mais precisamente na região de divisão celular
(GASTAL; NELSON, 1994). Segundo esses autores, alta correlação entre a quantidade de
nitrogênio contida nessa região e a taxa de expansão foliar. Santos Junior e Monteiro (2003)
também verificaram que a área foliar do capim-Marandu foi alterada positivamente pela aplicação
de nitrogênio.
300
1600
2900
4200
5500
0 150 300 450 600
Área foliar (cm
2
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 361,6883 + 16,8492N - 0,0142N
2
R
2
= 0,97
Figura 14 - Área foliar do capim-Braquiária, contido no quadro amostrador de 0,25 m
2
, na ocasião
da primeira avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
54
1400
1730
2060
2390
2720
0 150 300 450 600
Área foliar (cm
2
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 1750,2889 + 1,5697N
R
2
= 0,63
Figura 15 - Área foliar do capim-Braquiária, contido no quadro amostrador de 0,25 m
2
, na ocasião
da segunda avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
6000
7000
8000
9000
10000
0 150 300 450 600
Área foliar (cm
2
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 6483,6648 + 15,9236N - 0,0257N
2
R
2
= 0,85
Figura 16 - Área foliar do capim-Braquiária, contido no quadro amostrador de 0,25 m
2
, na ocasião
da terceira avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
55
Mattos (2001), avaliando a recuperação do capim-Braquiária com suprimento de
nitrogênio e enxofre, observou significância das doses de nitrogênio na área foliar, no segundo
crescimento, ajustando-se o resultado a modelo linear de regressão.
Na quarta e quinta avaliações do período chuvoso a área foliar também apresentou
resposta significativa às doses de nitrogênio, com ajuste dos resultados a modelo quadrático de
regressão (Figuras 17 e 18). Pela equação de regressão foi possível obter os valores máximos de
área foliar nas doses de nitrogênio de 410 e 388 kg ha
-1
ano
-1
, respectivamente, na quarta e quinta
avaliações, sendo que o valor máximo encontrado na quinta avaliação foi 23,5% menor do que o
encontrado na quarta avaliação.
Manarin (2000) constatou significativa variação na área foliar influenciada pelas doses de
nitrogênio na solução nutritiva, em dois períodos de crescimento do Panicum maximum cv.
Mombaça. Rodrigues (2002), trabalhando na recuperação do capim-Braquiária, na segunda
avaliação, alcançou o valor máximo de área foliar total em dose de nitrogênio de 960,2 mg kg
-1
de
solo.
6000
7000
8000
9000
10000
11000
0 150 300 450 600
Área foliar (cm
2
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 7308,6606 + 17,2022N - 0,0210N
2
R
2
= 0,94
Figura 17 - Área foliar do capim-Braquiária, contido no quadro amostrador de 0,25 m
2
, na ocasião
da quarta avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
56
5000
6000
7000
8000
9000
0 150 300 450 600
Área foliar (cm
2
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 5223,5384 + 15,8129N - 0,0204N
2
R
2
= 0,89
Figura 18 - Área foliar do capim-Braquiária, contido no quadro amostrador de 0,25 m
2
,
na ocasião
da quinta avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
4.2.2 Período seco
De forma similar ao constatado na produção de massa seca do capim-Braquiária, somente
na primeira e terceira avaliações do período seco foram obtidas respostas significativas na área
foliar da gramínea, para a aplicação de nitrogênio. Observou-se efeito significativo para a
primeira e terceira avaliações, com os resultados ajustando-se a modelo linear de regressão
(Figuras 19 e 20). Com o incremento das doses de nitrogênio, os valores de área foliar foram
aumentando no quadro amostrador de 4400 a 6400 e de 3100 a 5500 cm
2
, na primeira e terceira
avaliações, respectivamente.
Os valores de área foliar verificados no período da seca foram bem inferiores aos do
período chuvoso, com exceção das duas primeiras avaliações. Vários fatores podem ser limitantes
ao aumento na área foliar do capim. Dentre esses fatores, o déficit hídrico associado à falta de
nitrogênio são os mais comuns, e tanto um como o outro, diminuem progressivamente a taxa
fotossintética das folhas, a eficiência de conversão, a interceptação luminosa, e
conseqüentemente, a área foliar do vegetal (NABINGER, 1997). Segundo Hodgson (1990), a
disponibilidade de água e de nutrientes atua na velocidade com que a planta alcança o índice de
área foliar máximo.
57
4000
4700
5400
6100
6800
0 150 300 450 600
Área foliar (cm
2
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 4469,8452 + 2,9528N
R
2
= 0,58
Figura 19 - Área foliar do capim-Braquiária, contido no quadro amostrador de 0,25 m
2
,
na ocasião
da primeira avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
3000
3700
4400
5100
5800
0 150 300 450 600
Área foliar (cm
2
)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 3223,5803 + 3,6221N
R
2
= 0,85
Figura 20 - Área foliar do capim-Braquiária, contido no quadro amostrador de 0,25 m
2
,
na ocasião
da terceira avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
58
Nas avaliações do período seco, assim como do período chuvoso, analisando a área foliar
do capim-Braquiária, não se constatou dependência do enxofre à medida em que foram
incrementadas as doses de nitronio. Uma possível reserva desse nutriente no capim teria
proporcionado auto-suficiência para suprir a exigência nutricional quanto ao enxofre, para a
formação e elongação das folhas e perfilhos.
Mattos (2001) verificou interação significativa doses de nitrogênio x doses de enxofre para
a área foliar no primeiro e terceiro crescimentos das plantas do capim-Braquiária. Bonfim-da-
Silva (2005) também observou interação significativa doses de nitrogênio x doses de enxofre na
área foliar do capim-Braquiária, no primeiro e segundo cortes, e em ambos os casos os resultados
ajustaram-se a modelo polinomial de regressão. Segundo essa autora, pode-se sugerir que no
início da recuperação do capim-Braquiária existiu dependência do enxofre à medida que se
incrementou as doses de nitrogênio.
4.3 Relação lâmina foliar: colmo mais bainha
4.3.1 Período chuvoso
Para a relação lâmina foliar:colmo mais bainha, somente na terceira e quarta avaliações a
resposta foi significativa, porém com comportamentos diferenciados. Na terceira avaliação do
período chuvoso a análise de variância revelou significância para as doses de nitrogênio, com
ajuste dos resultados a modelo linear de regressão (Figura 21). A relação lâmina foliar:colmo mais
bainha de 1,50 a 1,74 foi incrementada com as doses de nitrogênio, e estimaram-se aumentos na
relação de 0,0004 unidades para cada quilograma de nitrogênio aplicado. Cabe ressaltar que esses
valores de relação lâmina foliar:colmo mais bainha encontram-se acima do valor considerado
crítico (1,00), relacionado com a quantidade e a qualidade da forragem (ANDRADE, 1997),
interferindo no consumo dos animais. A alta relação lâmina foliar:colmo mais bainha é
característica desejável para as culturas forrageiras, uma vez que as lâminas apresentam melhor
valor nutritivo em relação ao colmo, além de expressarem preferência de consumo pelos animais
(CHACON et al., 1978).
Bonfim-da-Silva (2005), estudando a influência da combinação de doses de nitrogênio e
de enxofre nas características produtivas do capim-Braquiária proveniente de área de pastagem
em degradação, observou no terceiro corte das plantas que a relação lâmina foliar:colmo mais
bainha mostrou resposta significativa à aplicação de nitrogênio, com os resultados ajustando-se a
59
modelo quadrático de regressão. Também verificou que a máxima relação foi de 0,54 e que na
condição de não aplicação de adubo (nitrogênio e enxofre) essa relação mostrou valor de 0,28.
Alves (2000) estimou aumentos na relação lâmina:colmo de 0,0037 e 0,0016 unidades
para cada quilograma de nitrogênio aplicado, respectivamente, no primeiro e segundo anos
experimentais. Martin (1997), avaliando o capim-Tifton 85, sob doses de nitrogênio e potássio,
observou que aumentos nas frações folha e colmo decorreram, respectivamente, da adubação
nitrogenada e potássica. Todavia, a influência da adubação nitrogenada na relação lâmina
foliar:colmo mais bainha de gramíneas forrageiras não é acentuada, conforme constatado nos
trabalhos de Stobbs (1975), Pinto et al. (1994a), Ribeiro (1995) e Paciullo (1997), pois o
nitrogênio favorece o desenvolvimento vegetativo das plantas, incrementando tanto o crescimento
das lâminas foliares quanto dos colmos mais bainhas.
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
0 150 300 450 600
Lâmina foliar:colmo mais bainha
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 1,49608 + 0,00039N
R
2
= 0,83
Figura 21 - Relação lâmina foliar:colmo mais bainha do capim-Braquiária, na ocasião da terceira
avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Na quarta avaliação a relação lâmina foliar:colmo mais bainha revelou significância para a
interação doses de nitrogênio x doses de enxofre, ajustando-se a modelo polinomial de regressão
(Figura 22). De acordo com a superfície de resposta pode-se verificar diminuição da relação
lâmina foliar:colmo mais bainha conforme foram sendo incrementadas as doses de nitrogênio,
60
com pequeno aumento quando as doses de enxofre eram relativamente baixas, e aumento dessa
relação conforme foram sendo diminuídas as doses de nitrogênio conjuntamente com o aumento
das doses de enxofre. De acordo com a superfície de resposta a mínima relação lâmina
foliar:colmo mais bainha foi de 0,86, e ocorreu na dose de nitrogênio de 400 kg ha
-1
ano
-1
associada à dose de enxofre de 28 kg ha
-1
ano
-1
, correspondendo à relação entre essas doses de
14:1.
Bonfim-da-Silva (2005) também obteve significância para a interação doses de nitrogênio
x doses de enxofre, em termos da relação lâmina foliar:colmo mais bainha, no segundo corte,
demonstrando que a mínima relação encontrada foi de 1,00, ocorrendo quando a doses de
nitrogênio foi 17 vezes mais elevada que a de enxofre (17:1).
0
150
300
450
600
0,80
0,95
1,10
1,25
1,40
1,55
0
15
30
45
60
Nitrogênio
(Kg ha
-1
ano
-1
)
Lâmina foliar:colmo mais bainha
Enxofre
(kg ha
-1
ano
-1
)
1
,
40
-
1
,
55
1
,
25
-
1
,
40
1,10-1,25
0,95-1,10
0
,
80
-
0
,
95
Y = 1,01066 - 0,000983N + 0,000002N
2
+ 0,003349S + 0,000061S
2
- 0,000017S
R
2
= 0,35
Figura 22 - Relação lâmina foliar:colmo mais bainha do capim-Braquiária, na ocasião da quarta
avaliação do período chuvoso, em função da combinação das doses de nitrogênio e
de enxofre
Gomide (1994) relatou que a maior produção de colmos pode ser amenizada cortando-se
as plantas em intervalos menores de tempo, o que proporciona maior relação lâminas foliares:
colmos mais bainhas. De acordo com Martha Júnior et al. (2004), a relação folha:colmo do capim-
Tanzânia na primavera aumentou linearmente depois da adubação nitrogenada, quando o pastejo
foi intenso (baixo resíduo pós-pastejo), propiciando boa capacidade de rebrota.
61
4.3.2 Período seco
No período seco do primeiro ano de recuperação do capim-Braquiária somente na terceira
avaliação a análise de variância revelou significância para as doses de nitrogênio, com ajuste dos
resultados a modelo linear de regressão (Figura 23). Conforme foram sendo incrementadas as
doses fornecidas de nitrogênio, a relação lâmina foliar:colmo bainha foi diminuindo linearmente,
variando de 1,74 a 2,00, porém sempre tendo valor maior do que o considerado crítico. O
decréscimo nessa relação está de acordo com os resultados apresentados por Costa (1990), Pinto
et al. (1994b) e Lavres Júnior et al. (2004) para gramíneas forrageiras.
1,70
1,80
1,90
2,00
2,10
0 150 300 450 600
Lâmina foliar:colmo mais bainha
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 2,00233 - 0,00044N
R
2
= 0,82
Figura 23 - Relação folha:colmo do capim-Braquiária, na ocasião da terceira avaliação do período
seco, em função das doses de nitrogênio
4.4 Valor nutritivo
4.4.1 Proteína bruta
4.4.1.1 Período chuvoso
Para a concentração de proteína bruta (PB) na massa seca do capim-Braquiária a interação
doses de nitrogênio x doses de enxofre não foi significativa nas avaliações do período chuvoso de
recuperação da pastagem. Nessas avaliações, a variação da concentração de PB apresentou
significância para as doses de nitrogênio.
62
Na primeira, segunda e quinta avaliações do período chuvoso a análise de variância
revelou significância nessa variável para as doses de nitrogênio, com ajuste dos resultados a
modelo linear de regressão (Figuras 24, 25 e 28), corroborando assim o relatado na maioria dos
trabalhos encontrados na literatura. Conforme foram sendo incrementadas as doses fornecidas de
nitrogênio, as concentrações de PB conjuntamente foram aumentando, variando de 14,4 a 18,8%
na primeira avaliação, de 5,5 a 14,7% na segunda avaliação e de 7,0 a 11,8% na quinta avaliação.
A média das concentrações de PB na primeira avaliação foi superior às outras duas avaliações,
pois nesse caso, em parcelas não adubadas com nitrogênio e enxofre, não havia material suficiente
para a realização da determinação da PB.
13
15
17
19
21
0 150 300 450 600
PB (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 14,43608 + 0,00741N
R
2
= 0,92
Figura 24 - Concentração de proteína bruta na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
primeira avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Teles (2006), estudando a influência da adubação com NPK na produção e composição
química de Brachiaria brizantha cv. MG-4, verificou que as doses de nitrogênio proporcionaram
incremento linear nas concentrações de PB nas folhas, concordando com o que foi observado por
Andrade et al. (1996), demonstraram ter as doses de nitrogênio proporcionado maior concentração
de proteína bruta em Brachiaria brizantha cv. Marandu.
63
4
7
10
13
16
0 150 300 450 600
PB (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 6,22269 + 0,01417N
R
2
= 0,96
Figura 25 - Concentração de proteína bruta na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
segunda avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Na terceira e quarta avaliações do período chuvoso observaram-se efeitos significativos na
concentração de PB para as doses de nitrogênio, com os resultados ajustando-se a modelo
quadrático de regressão (Figuras 26 e 27). Constatou-se que as máximas concentrações de
proteína bruta (19,0 e 11,8%) foram observadas respectivamente nas doses de nitrogênio de 550 e
424 kg ha
-1
ano
-1
, para a terceira e quarta avaliações do período chuvoso.
Dias et al. (1998), avaliando a aplicação de nitrogênio no final do período das águas na
produtividade e qualidade dos capins tropicais, verificaram que a aplicação de doses de nitrogênio
teve efeito quadrático quanto à concentração de PB no capim Coast-cross, encontrando maiores
concentrações médias com aplicação de nitrogênio de 400 kg ha
-1
. Esses valores foram inferiores
aos obtidos por Coelho et al. (1966), que registraram maiores valores médios com dose de
nitrogênio de 240 kg ha
-1
. Poucos foram os trabalhos encontrados com respostas quadráticas de
teor de PB em plantas forrageiras em função da aplicação de doses de nitrogênio, pois a maioria
das respostas ajusta-se a modelo linear de regressão, tendo-se em consideração que na maioria dos
trabalhos foram utilizadas doses anuais inferiores a 450 kg ha
-1
ano
-1
.
A colheita das amostras no experimento em fase avançada de maturação pode prejudicar a
concentração protéica das forrageiras, confirmando os resultados de Santana e Santos (1983) e
64
Ruggieri et al., (1995). A redução nas concentrações de proteína bruta em função da idade das
plantas representa um fato importante para definir os ciclos de pastejo de uma forrageira, visando
com isso, maximizar o valor nutritivo do alimento fornecido aos animais. Ainda quanto ao
período de crescimento da planta, Carambula (1977) afirmou que quanto maior o período de
crescimento da forragem após a fertilização maior será o efeito do nitrogênio em aumentar a
produtividade de massa seca e menor será a concentração de proteína bruta (efeito diluição).
Dessa forma, procurou-se no presente trabalho, administrar de forma coerente, de acordo com as
exigências e respostas da gramínea forrageira, os períodos de crescimento, para que isso não
interferisse nos resultados.
8
11
14
17
20
0 150 300 450 600
PB (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 9,90615 + 0,03303N - 0,00003N
2
R
2
= 0,93
Figura 26 - Concentração de proteína bruta na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
terceira avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Dias Filho (2007) observou influência da aplicação de nitrogênio (0 a 450 mg kg
-1
), na
concentração de PB na parte aérea do capim-Braquiária, no primeiro e no segundo corte,
verificando que os resultados ajustaram-se a modelo linear, nos dois cortes. Rodrigues (2002),
estudando a recuperação da Brachiaria decumbens com aplicação de calcário, nitrogênio e
65
enxofre, constatou que houve efeito significativo do nitrogênio na concentração de PB nas folhas,
com os resultados ajustando-se a modelo quadrático de regressão.
5
7
9
11
13
0 150 300 450 600
PB (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 8,15293 + 0,01698N - 0,00002N
2
R
2
= 0,85
Figura 27 - Concentração de proteína bruta na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
quarta avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Souza et al. (2006), avaliando aspectos relacionados ao valor nutritivo de cultivares de
Panicum maximum, observaram efeito significativo da adubação nitrogenada na concentração de
proteína bruta na forragem, com resposta linear positiva à medida em que se incrementou as doses
de nitrogênio. Euclides et al. (2007), avaliando as características do pasto de capim-Tanzânia
adubado com nitrogênio no final do verão, não observaram efeito significativo da adubação
nitrogenada na concentração de proteína bruta na massa seca da forragem. Justificaram essa
resposta em função da quantidade aplicada de nitrogênio (50 kg ha
-1
) ter sido baixa, e qualquer
efeito do nitrogênio no valor nutritivo da planta seria diluído, quando os resultados foram
agrupados por períodos de águas e secas.
66
5
7
9
11
13
0 150 300 450 600
PB(%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 7,35972 + 0,00755N
R
2
= 0,96
Figura 28 - Concentração de proteína bruta na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
quinta avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
As concentrações de PB nas três primeiras avaliações apresentaram limites superiores aos
das duas últimas avaliações do período chuvoso, o que pode ser explicado pela proximidade das
adubações nas três primeiras avaliações.
4.4.1.2 Período seco
Para o período seco do primeiro ano de recuperação do capim-Braquiária, somente na
primeira avaliação a interação doses de nitrogênio x doses de enxofre foi significativa para a
concentração de PB (Figura 29). Nas demais avaliações do período seco, a concentração de PB
apresentou significância para as doses de nitrogênio.
67
0
150
300
450
600
6
8
10
12
14
16
0
15
30
45
60
Nitrogênio
(kg ha
-1
ano
-1
)
PB (%)
Enxofre
(kg ha
-1
ano
-1
)
14
-
16
12
-
14
10-12
8-10
6
-
8
Y = 6,849908 + 0,014215N - 0,000002071N
2
- 0,014519S + 0,001043S
2
- 0,000138NS
R
2
= 0,84
Figura 29 - Concentração de proteína bruta na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
primeira avaliação do período seco, em função da combinação das doses de
nitrogênio e de enxofre
Na primeira avaliação desse período, a concentração de PB revelou significância para a
interação doses de nitrogênio x doses de enxofre, ajustando-se ao modelo polinomial de regressão.
De acordo com a superfície de resposta pode-se verificar aumento na concentração de PB
conforme foram sendo incrementadas as doses de nitrogênio, e observou-se que as concentrações
mais altas de PB encontravam-se em altas doses de nitrogênio e baixas doses de enxofre.
Cunha et al. (2001), aplicando doses de nitrogênio e de enxofre para a produção e
qualidade da forragem de campo natural de Planossolo no Rio Grande do Sul, verificaram no
primeiro corte das plantas, significância na concentração de PB para o nitrogênio e para o enxofre,
de forma isolada. No segundo corte, obtiveram interação significativa doses de nitrogênio x doses
de enxofre, com ajuste dos resultados a modelo polinomial de regressão.
Na segunda avaliação do período seco, observou-se efeito significativo das doses de
nitrogênio na concentração de PB, com os resultados ajustando-se a modelo quadrático de
regressão (Figura 30). Constatou-se que a máxima concentração de proteína bruta (13,9%) foi
observada na dose de nitrogênio de 565 kg ha
-1
ano
-1
.
68
7
9
11
13
15
0 150 300 450 600
PB (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 7,56446 + 0,02260N - 0,00002N
2
R
2
= 0,88
Figura 30 - Concentração de proteína bruta na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
segunda avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
Na terceira avaliação do período seco a análise de variância revelou significância para as
doses de nitrogênio, com ajuste dos resultados a modelo linear de regressão (Figura 31).
Conforme foram sendo incrementadas as doses de nitrogênio, as concentrações de PB foram
aumentando, com variação de 11,7 a 17,2%.
Respostas significativas da concentração de PB quanto à aplicação de nitrogênio, com
ajuste a modelo linear de regressão, também foram observadas por Gomide e Zago (1986),
Andrade et al. (1996), Macedo et al. (2003) e Quadros e Rodrigues (2006).
É importante salientar ainda que as concentrações médias de proteína bruta nas oito
avaliações, tanto do período chuvoso, quanto do seco, foram superiores a 7%, nível crítico para o
atendimento das necessidades nutricionais dos ruminantes, conforme Minson e Wilson (1994).
Em alguns casos da não aplicação da adubação (nitrogênio e enxofre), as concentrações
mostraram-se inferiores a esse valor considerado crítico, como na segunda e quinta avaliações do
período chuvoso.
69
10
12
14
16
18
0 150 300 450 600
PB (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 12,11971 + 0,00859N
R
2
= 0,86
Figura 31 - Concentração de proteína bruta na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
terceira avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
4.4.2 Fibra em detergente neutro
4.4.2.1 Período chuvoso
Para o teor de fibra em detergente neutro (FDN) na massa seca do capim-Braquiária, que
inclui hemicelulose, celulose e lignina, a interação doses de nitrogênio x doses de enxofre não foi
significativa no período chuvoso. Com exceção da primeira avaliação quando não houve resposta
significativa para a aplicação de doses de nitrogênio e de enxofre, nas demais quatro avaliações do
período chuvoso, a variação no teor de FDN apresentou significância para as doses de nitrogênio.
A FDN está relacionada com a ingestão potencial de matéria seca da forragem pelos
animais. O consumo de forragem pode ser predito (em kg dia
-1
), dividindo-se a capacidade de
ingestão do animal (kg) pelo enchimento do rúmen (dia) e, como a fração fibrosa do alimento é
um dos fatores responsáveis pelo enchimento do rúmen, as variáveis de degradação e a taxa de
passagem ruminal baseiam-se na FDN da forrageira (MADSEN et al., 1997). De acordo com
Lima et al. (2002), a FDN apresenta relação inversamente proporcional à densidade energética da
dieta e valores de FDN acima de 60%, correlacionam-se negativamente com consumo de
forragem (MERTENS, 1996).
70
Na segunda e terceira avaliações do período chuvoso o teor de FDN variou com as doses
de nitrogênio segundo modelo quadrático de regressão e foram verificados teores mínimos de
FDN de 71 e 67%, nas doses de nitrogênio de 428 e 468 kg ha
-1
ano
-1
, respectivamente para a
segunda e terceira avaliações (Figura 32 e 33). Esses teores nimos estão acima do teor
considerado crítico para o consumo de forragem.
66
69
72
75
78
0 150 300 450 600
FDN (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 76,45377 - 0,02566N + 0,00003N
2
R
2
= 0,96
Figura 32 - Teor de fibra em detergente neutro na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
segunda avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Basso et al. (2007), avaliando o rendimento e a qualidade de massa seca de dois cultivares
de Cynodon submetidos a doses de nitrogênio, verificaram resultados com ajuste quadrático nos
teores de FDN, sendo que o teor mínimo, também mostrou-se superior ao teor crítico (72,4%).
Alvim et al. (1996), testando doses de nitrogênio para gramínea do mesmo nero, verificaram
também decréscimo nos teores de FDN com incrementos nas doses de nitrogênio.
71
64
66
68
70
72
0 150 300 450 600
FDN (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 71,36961 - 0,01873N + 0,00002N
2
R
2
= 0,80
Figura 33 - Teor de fibra em detergente neutro na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
terceira avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Na quarta avaliação do período chuvoso não ocorreu resposta significativa no teor de FDN
para as doses de nitrogênio e de enxofre e o valor médio encontrado (72,7%) foi superior ao do
teor crítico. Freire et al. (2006), estudando o efeito da adubação nitrogenada na composição
química da Brachiaria decumbens, sob pastejo rotacionado, obtiveram resultado semelhante,
verificando que não houve resposta significativa nos teores de FDN em função das doses de
nitrogênio, e que o teor médio (73,4%) foi mais elevado que o considerado crítico.
Na quinta avaliação do período chuvoso a análise de variância revelou significância para
as doses de nitrogênio, com ajuste dos resultados a modelo linear de regressão (Figura 34).
Conforme foram sendo incrementadas as doses de nitrogênio, os teores de FDN foram
diminuindo, com variação de 71,6 a 68,8% MS, mas estando sempre acima do teor crítico.
72
68
69
70
71
72
0 150 300 450 600
FDN (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 71,61537 - 0,00458N
R
2
= 0,91
Figura 34 - Teor de fibra em detergente neutro na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
quinta avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Costa et al. (2007), avaliando doses de nitrogênio na composição bromatológica do capim-
Marandu em estágio moderado de degradação, observaram redução nos teores de FDN com
aumento das doses de nitrogênio, com os resultados ajustando a modelo linear de regressão. As
médias ajustadas pela equação de regressão ficaram entre 70,44 a 64,15% para a testemunha e a
dose máxima estudada, respectivamente, nos três anos avaliados. O menor teor de FDN foi obtido
na dose de nitrogênio de 300 kg ha
-1
, com redução de 8,93% em relação à testemunha.
4.4.2.2 Período seco
No período seco do primeiro ano de recuperação do capim-Braquiária a interação doses de
nitrogênio x doses de enxofre foi significativa para o teor de fibra em detergente neutro (FDN)
somente para a primeira avaliação. Nas demais avaliações desse período o teor de FDN
apresentou variação significativa com as doses de nitrogênio.
Na primeira avaliação os resultados do teor de FDN ajustarem-se a modelo polinomial de
regressão (Figura 35). De acordo com a superfície de resposta pode-se verificar diminuição no
teor de FDN conforme foram sendo incrementadas as doses de nitrogênio, e os teores mais
elevados de FDN (da ordem de 15%) foram obtidos na combinação de baixas doses de nitrogênio
73
com baixas doses de enxofre. O teor médio encontrado (72%), assim como da maioria das
avaliações do período chuvoso, mostrou-se mais elevado que o teor considerado crítico.
0
150
300
450
600
66
68
70
72
74
76
0
15
30
45
60
Nitrogênio
(Kg ha
-1
ano
-1
)
FDN (%)
Enxofre
(kg ha
-1
ano
-1
)
74-76
72-74
70
-
72
68
-
70
66
-
68
Y = 75,413007 - 0,004363N - 0,000016446N
2
- 0,019333S - 0,000643S
2
+0,000194NS
R
2
= 0,70
Figura 35 - Teor de fibra em detergente neutro na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
primeira avaliação do período seco, em função da combinação das doses de nitrogênio
e de enxofre
Na segunda avaliação do período seco observou-se efeito significativo das doses de
nitrogênio no teor de FDN, com os resultados ajustando-se a uma função inversa (Figura 36). A
função inversa demonstrou comportamento decrescente do teor de FDN quando a dose de
nitrogênio variou de 0 a 150 kg ha
-1
ano
-1
, havendo uma abrupta diminuição nos teores de FDN
com mínimo incremento nas doses de nitrogênio, até que esses teores mantiveram-se constantes
(oscilando de 64 a 72%), mediante aumento no fornecimento de nitrogênio. Essa resposta
demonstra que a ausência, ou mínima aplicação de doses de nitrogênio (0 a 150 kg ha
-1
ano
-1
)
influencia os teores de FDN, porém, a partir desse ponto, o aumento das doses de nitrogênio não
mais influencia a variação dos teores de FDN nas plantas forrageiras. O teor médio encontrado foi
de 65,25%, estando assim superior ao considerado crítico.
74
62
65
68
71
74
0 150 300 450 600
FDN (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
88983,6+ 04043 ,65Y =
(N+1)
R
2
= 0,95
Figura 36 - Teor de fibra em detergente neutro na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
segunda avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
Na terceira avaliação do período seco a análise de variância revelou significância das
doses de nitrogênio no teor de FDN, com ajuste dos resultados a modelo linear de regressão
(Figura 37). Conforme foram sendo incrementadas as doses fornecidas de nitrogênio (0 a 600
kg ha
-1
ano
-1
), os teores de FDN foram diminuindo de 63,2 a 59,5%.
Segundo Souza et al. (2006), o teor de fibra em detergente neutro (FDN) foi influenciado
pelos cultivares de Panicum maximum e pela adubação nitrogenada. O teor de FDN decresceu
conforme o aumento na adubação nitrogenada, sendo que para cada quilograma de nitrogênio
aplicado houve diminuição de dois pontos percentuais no teor de FDN. De acordo com Van Soest
(1994), o aumento no suprimento de nitrogênio para as plantas proporciona incremento na
concentração de proteínas no conteúdo celular e tem efeito de diluição dos componentes da parede
celular, diminuindo a concentração da FDN.
75
59
60
61
62
63
64
0 150 300 450 600
FDN (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 63,24766 - 0,00620N
R
2
= 0,93
Figura 37 - Teor de fibra em detergente neutro na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
terceira avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
4.4.3 Fibra em detergente ácido
4.4.3.1 Período chuvoso
No primeiro ano de recuperação do capim-Braquiária, para o teor de fibra em detergente
ácido (FDA) na massa seca do capim, que inclui celulose e lignina, a interação doses de
nitrogênio x doses de enxofre não foi significativa para as avaliações do período chuvoso. O teor
de FDA mostrou variação significativa com as doses de nitrogênio na segunda e quarta avaliações
do período chuvoso.
Na segunda e quarta avaliações os resultados ajustaram-se a modelo linear de regressão,
tendo sido as respostas bem diferenciadas. Na regressão linear da segunda avaliação, conforme
foram sendo incrementadas as doses fornecidas de nitrogênio, os teores de FDA foram
diminuindo, variando de 45,0 a 39,5% (Figura 38). Esse decréscimo é considerado importante,
pois, o teor de FDA avalia a digestibilidade de um alimento. À medida que há aumento dos teores
de FDA da forrageira, diminui a digestibilidade da massa seca, comprometendo o aproveitamento
da forragem ingerida.
Na regressão linear para a quarta avaliação, conforme foram sendo incrementadas as doses
de nitrogênio, os teores de FDA foram aumentando, variando de 40,6 a 44,8 % (Figura 39), e a
76
possível causa pode ter sido em virtude do aumento de tecidos lignificados nas plantas durante
esse período. O aumento dos teores de FDA em função da adubação nitrogenada não é
comumente verificado em trabalhos científicos. Burton (1998) explicou que as adubações,
principalmente a nitrogenada, além de elevar a produção de massa seca, aumentam a concentração
de proteína bruta da forragem e, em alguns casos, diminuem o teor de fibra, contribuindo dessa
forma para a melhoria do seu valor nutritivo.
38
40
42
44
46
0 150 300 450 600
FDA (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 45,00422 - 0,00835N
R
2
= 0,99
Figura 38 - Teor de fibra em detergente ácido na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
segunda avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Costa et al. (2007) verificou a mesma resposta da variação dos teores FDN em função das
doses de nitrogênio, mostrando decréscimo linear com o aumento das doses de nitrogênio. As
médias ajustadas pela equação de regressão ficaram entre 41,14 a 30,33%, nos três anos avaliados,
com redução no teor de FDA na dose máxima (300 kg ha
-1
) de 26,28% em relação à testemunha.
Magalhães et al. (2005), trabalhando com doses de nitrogênio (0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
ano
-1
) na
Brachiaria decumbens, verificaram que a adubação nitrogenada reduziu o teor de FDA de 29,6%
(testemunha) para 27,4% (300 kg ha
-1
ano
-1
).
Basso et al. (2007) verificou resposta similar entre as variações nos teores de FDN e de
FDA, demonstrando que o aumento nas doses de nitrogênio provocou decréscimos nos teores
FDA, melhorando o valor nutritivo da forragem. Rodrigues et al. (2005), da mesma forma,
77
avaliando o efeito da adubação nitrogenada na produção de massa seca e composição
bromatológica de cultivares de Brachiaria brizantha, verificaram diminuição nos teores de FDA
com acréscimos nas doses de nitrogênio.
39
41
43
45
47
0 150 300 450 600
FDA (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y =41,06137 + 0,00628N
R
2
= 0,66
Figura 39 - Teor de fibra em detergente ácido na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
quarta avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Gomide (1996), avaliando características fisiológicas e químicas em cinco cultivares de
Cynodon, encontrou resposta significativa da aplicação de nitrogênio na variação dos teores de
FDA e verificou os maiores teores na dose de 200 kg ha
-1
ano
-1
.
4.4.3.2 Período seco
No período seco do primeiro ano de recuperação do capim-Braquiária, para teor de fibra
em detergente ácido (FDA) na massa seca do capim a interação doses de nitrogênio x doses de
enxofre foi significativa somente para a primeira avaliação. Na segunda avaliação do período seco
o teor de FDA apresentou significância para as doses de nitrogênio, enquanto na terceira avaliação
não mostrou variação significativa, quer para as doses de nitrogênio quer para as de enxofre.
Na primeira avaliação os resultados ajustaram-se a modelo polinomial de regressão
(Figura 40). De acordo com a superfície de resposta pode-se verificar aumento no teor de FDA
conforme foram sendo incrementadas as doses de nitrogênio, até atingir o teor máximo de FDA
78
(45%), na combinação de doses de nitrogênio e de enxofre de 243 e 27 kg ha
-1
ano
-1
,
respectivamente. Em doses mais elevadas de ambos os nutrientes constatou-se decréscimo dos
teores de FDA.
0
150
300
450
600
37
39
41
43
45
47
0
15
30
45
60
Nitrogênio
(kg ha
-1
ano
-1
)
FDA (%)
Enxofre
(kg ha
-1
ano
-1
)
45
-
47
43
-
45
41-43
39-41
37
-
39
Y = 44,094945 + 0,007661N - 0,000028N
2
+ 0,002720S - 0,001082S
2
+ 0,000230NS
R
2
= 0,65
Figura 40 - Teor de fibra em detergente ácido na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
primeira avaliação do período seco, em função da combinação das doses de
nitrogênio e de enxofre
Na segunda avaliação, a análise de variância revelou significância somente para as doses
de nitrogênio, com ajuste dos resultados a modelo linear de regressão. À medida em que foram
sendo incrementadas as doses de nitrogênio, os teores de FDA foram diminuindo (Figura 41).
Cecato et al. (2004), avaliando a influência das adubações nitrogenada e fosfatada na
composição químico-bromatológica do capim-Marandu, verificaram que os teores de FDA
apresentaram variação linear, com as doses de nitrogênio (no intervalo de 0 a 600 kg ha
-1
), no
período das águas e da seca. Segundo esses autores, isto provavelmente ocorreu em função da
maior proporção de lâmina foliar em relação à de colmo e, conseqüentemente, de presença menor
de constituintes da parede celular, o que corroba a observação de Cecato et al. (1994).
79
34
36
38
40
42
0 150 300 450 600
FDA (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 39,71916 - 0,00828N
R
2
= 0,52
Figura 41 - Teor de fibra em detergente ácido na massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da
segunda avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
4.4.4 Digestibilidade “in vitro” da massa seca
4.4.4.1 Período chuvoso
Nas avaliações do período chuvoso do primeiro ano de recuperação do capim-Braquiária, a
interação doses de nitrogênio x doses de enxofre não foi significativa quanto à digestibilidade in
vitro” da massa seca do capim (DIVMS).
Na primeira avaliação a DIVMS não mostrou variação significativa quer paras as doses de
nitrogênio quer para as de enxofre, enquanto que na segunda, terceira e quinta avaliações a
DIVMS apresentou variação significância com as doses de nitrogênio, e na quarta avaliação, a
DIVMS também demonstrou resposta significativa para as doses de enxofre.
Euclides et al. (2007), avaliando as características do pasto de capim-Tanzânia adubado
com nitrogênio no final do verão, verificaram incrementos na DIVMO apenas em março, logo
após a adubação nitrogenada. Quadros e Rodrigues (2006) também encontraram acréscimos na
DIVMS, quando as doses de nitrogênio variaram de 100 a 230 kg ha
-1
.
Na segunda, terceira e quinta avaliações do período chuvoso os resultados ajustaram-se a
modelo linear de regressão (Figuras 42, 43 e 45). À medida em que foram sendo incrementadas as
80
doses de nitrogênio, a DIVMS conjuntamente foi aumentando, variando de 53,4 a 66,7%, de 62,9
a 72,0% e de 53,6 a 60,2%, na segunda, terceira e quinta avaliações, respectivamente.
48
54
60
66
72
0 150 300 450 600
DIVMS (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 53,78461 + 0,02162N
R
2
= 0,72
Figura 42 - Digestibilidade in vitro” da massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da segunda
avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
61
64
67
70
73
0 150 300 450 600
DIVMS (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 62,96711 + 0,01506N
R
2
= 0,81
Figura 43 - Digestibilidade in vitro” da massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da terceira
avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
81
Cecato et al. (2004) verificaram que a DIVMS das plantas de capim-Marandu não foi
influenciada pelas doses de nitrogênio e apresentou valor médio de 59,7%, situando-se entre 50 e
60%, valores estimados para as braquiárias (GOMIDE; QUEIROZ, 1994).
Na quarta avaliação do período chuvoso os resultados ajustaram-se ao modelo quadrático
de regressão e o valor mínimo encontrado de DIVMS foi de 61% sendo atingido na dose de
enxofre de 28 kg ha
-1
ano
-1
(Figura 44). O aumento da digestibilidade pode ter sido favorecido
pelo aumento dos teores de FDA. Possivelmente pode ter ocorrido aumento nos teores de
hemicelulose na massa seca, ao invés de componentes lignificados. Dessa forma seria de se
esperar aumento da digestibilidade da forragem, em decorrência da adubação sulfatada, pois a
hemicelulose é altamente digestível.
59
61
63
65
67
0 15 30 45 60
DIVMS (%)
Enxofre (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 64,78685 - 0,25335S +0,00445S
2
R
2
= 0,71
Figura 44 - Digestibilidade in vitro” da massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da quarta
avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
82
54
56
58
60
62
0 150 300 450 600
DIVMS (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 56,27983 + 0,00650N
R
2
= 0,76
Figura 45 - Digestibilidade in vitro” da massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da quinta
avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Alves (2000), estudando o rendimento forrageiro e o valor nutritivo do capim-Tifton 85
(Cynodon), colhido ao atingir 30, 40 e 50 cm de altura, verificou resposta significativa para
DIVMS na fração colmo em função dos incrementos das doses de nitrogênio, com os resultados
ajustando-se ao modelo linear de regressão e demonstrando incrementos na DIVMS de 0,069%
por quilograma de nitrogênio aplicado. Segundo esse autor, respostas lineares significativas de
DIVMS na fração lâmina e na planta inteira em função das doses de nitrogênio foram observadas,
e na planta inteira verificou incrementos lineares de 0,05; 0,084 e 0,117% na DIVMS, para cada
quilograma de nitronio aplicado, para plantas colhidas aos 30, 40 e 50 cm de altura,
respectivamente.
4.4.4.2 Período seco
Nas avaliações do período seco a interação doses de nitrogênio x doses de enxofre não foi
significativa quanto à digestibilidade in vitro” da massa seca do capim. A DIVMS apresentou
significância para as doses de nitrogênio na primeira e segunda avaliações, enquanto que na
terceira avaliação a DIVMS não variou significativamente com as adubações empregadas.
83
Na primeira avaliação, os resultados ajustaram-se a modelo quadrático de regressão e o
valor mínimo encontrado de DIVMS, atingido na dose de nitrogênio de 118 kg ha
-1
ano
-1
, foi de
51% (Figura 46).
49
52
55
58
61
0 150 300 450 600
DIVMS (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 51,12178 - 0,00707N + 0,00003N
2
R
2
= 0,78
Figura 46 - Digestibilidade in vitro” da massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da primeira
avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
Van Soest (1975) observou que as doses de nitrogênio resultaram em aumentos nos teores
de PB, com diminuição nos teores de fibra, porém sem efeito na DIVMS. Segundo esse autor,
algumas pesquisas revelam aumento na DIVMS enquanto outras não, quando se fornece
nitrogênio às plantas forrageiras.
Resultados encontrados na literatura têm sido inconsistentes quanto aos efeitos da
adubação nitrogenada na digestibilidade em gramíneas forrageiras. Monson e Burton (1982),
Herrera et al. (1985) e Martin (1997) observaram incrementos na DIVMS de cultivares de
Cynodon, com aumento na dose de adubo nitrogenado. No entanto, Cáceres et al. (1989) e Coto et
al. (1990) não observaram variação na DIVMS do capim Coast-cross, recebendo doses de
nitrogênio anuais até 400 kg ha
-1
.
Segundo Noller e Rhykerd (1974), o nitrogênio, ao estimular o crescimento rápido das
plantas, possibilita cortes mais freqüentes e, portanto, forragens mais tenras e mais digestíveis.
Esses autores estimaram valores de DIVMS da planta inteira de 60,62 e 67,46%; 54,71 e 65,96%
84
e 48,81 e 64,46%, para plantas colhidas aos 30, 40 e 50 cm de altura, respectivamente, recebendo
de nitrogênio 0 e 133 kg ha
-1
.
Na segunda avaliação do período seco os resultados da DIVMS apresentaram ajuste a
modelo linear de regressão (Figura 47). Conforme foram sendo incrementadas as doses fornecidas
de nitrogênio, a DIVMS conjuntamente foi aumentando, com variação de 56,0 a 69,0%.
54
58
62
66
70
0 150 300 450 600
DIVMS (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 57,69244 + 0,01936N
R
2
= 0,85
Figura 47 - Digestibilidade in vitro” da massa seca do capim-Braquiária, na ocasião da segunda
avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
4.4.5 Nitrogênio solúvel
4.4.5.1 Período chuvoso
Na primeira avaliação do período chuvoso do primeiro ano de recuperação do capim-
Braquiária a percentagem de nitrogênio solúvel no nitrogênio total (Nsol) não mostrou variação
significativa quer paras as doses de nitrogênio quer para as de enxofre.
Na segunda avaliação verificou-se resposta significativa na fração nitrogenada solúvel para
as doses de nitrogênio e de enxofre, isoladamente. Os resultados ajustaram-se a modelo linear de
regressão com as doses de nitrogênio
(Figura 48), e a modelo quadrático de regressão com as
doses de enxofre (Figura 49). As porcentagens de Nsol variaram de 21 a 44% no N total, em
85
função das doses de nitrogênio, enquanto com as doses de enxofre o valor máximo foi de 38,9% e
foi atingido na dose de enxofre de 23 kg ha
-1
ano
-1
.
20
26
32
38
44
0 150 300 450 600
Nsol (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 24,48994 + 0,03197N
R
2
= 0,87
Figura 48 - Fração de nitrogênio solúvel em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária, na
ocasião da segunda avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
24
28
32
36
40
0 15 30 45 60
Nsol (%)
Enxofre (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 34,17865 + 0,41117S - 0,00898S
R
2
= 0,99
Figura 49 - Fração de nitrogênio solúvel em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária, na
ocasião da segunda avaliação do período chuvoso, em função das doses de enxofre
86
Balsalobre (2002), avaliando o valor nutritivo do capim-Tanzânia, verificou que o teor de
Nsol variou de 24,97 a 35,97%, sendo que o nitrogênio não protéico (NnP) representou em torno
de 75 a 80% do Nsol.
Na terceira avaliação os resultados referentes à fração de Nsol revelaram significância para
a interação doses de nitrogênio x doses de enxofre, com ajuste a modelo polinomial de regressão.
De acordo com a superfície de resposta pode-se verificar que as doses de nitrogênio em
combinação com baixas doses de enxofre influenciaram positivamente a proporção de Nsol,
mostrando as porcentagens mais elevadas no intervalo de doses de nitrogênio de 300 a 600
kg ha
-1
ano
-1
combinadas com doses de enxofre de 0 a 15 kg ha
-1
ano
-1
(Figura 50).
0
150
300
450
600
10
18
26
34
42
50
0
15
30
45
60
Nitrogênio
(kg ha
-1
ano
-1
)
Nsol (%)
Enxofre
(kg ha
-1
ano
-1
)
42
-
50
34
-
42
26-34
18-26
10
-
18
Y = 23,272501 + 0,106583N - 0,000107N
2
- 0,646386S + 0,011631S
2
- 0,000744NS
R
2
= 0,91
Figura 50 - Fração de nitrogênio solúvel em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária, na
ocasião da terceira avaliação do período chuvoso, em função da combinação de doses
de nitrogênio e de enxofre
Os resultados para a proporção de Nsol da quarta e da quinta avaliação mostraram efeitos
significativos das doses de nitrogênio, com ajustes a modelos lineares de regressão. Na quarta
avaliação os valores de Nsol variaram de 24 a 46% do N total (Figura 51), enquanto na quinta
avaliação verificou-se variação de 27 a 40% do N total (Figura 52), em função das doses de
nitrogênio.
87
24
30
36
42
48
0 150 300 450 600
Nsol (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 29,79897 + 0,02562N
R
2
= 0,51
Figura 51 - Fração de nitrogênio solúvel em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária, na
ocasião da quarta avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
26
30
34
38
42
0 150 300 450 600
Nsol (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 28,1126 + 0,0187N
R
2
= 0,74
Figura 52 - Fração de nitrogênio solúvel em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária, na
ocasião da quinta avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
88
4.4.5.2 Período seco
Nas avaliações do período seco, a interação doses de nitrogênio x doses de enxofre não foi
significativa quanto à percentagem de nitrogênio solúvel em relação ao nitrogênio total (Nsol)
presente no capim-Braquiária. Na primeira e terceira avaliações constatou-se significância para as
doses de nitrogênio. Em ambas as avaliações, observou-se ajuste dos resultados a modelo linear
de regressão, com elevações nos valores de Nsol à medida em que se elevaram as doses de
nitrogênio. Na primeira avaliação as proporções de Nsol variaram de 29 a 44% do N total (Figura
53), enquanto na terceira avaliação essa variação foi de 20 a 33% do N total (Figura 54).
28
32
36
40
44
0 150 300 450 600
Nsol (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 29,1429 + 0,0230N
R
2
= 0,90
Figura 53 - Fração de nitrogênio solúvel em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária, na
ocasião da primeira avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
89
20
24
27
31
34
0 150 300 450 600
Nsol (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 20,67628 + 0,02005N
R
2
= 0,86
Figura 54 - Fração de nitrogênio solúvel em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária, na
ocasião da terceira avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
4.4.6 Nitrogênio não protéico
4.4.6.1 Período chuvoso
Na primeira avaliação do período chuvoso do primeiro ano de recuperação do capim-
Braquiária a percentagem de nitrogênio não protéico no nitrogênio total (NnP) não mostrou
variação significativa quer paras as doses de nitrogênio quer para as de enxofre.
Na segunda avaliação foi possível observar efeito significativo das doses de nitrogênio e
das doses de enxofre no NnP, com resultados mostrando ajuste a modelo linear para as doses de
nitrogênio (Figura 55) e a modelo quadrático de regressão para as doses de enxofre (Figura 56).
Considerando as doses de enxofre o valor máximo encontrado de NnP foi de 44,4% e foi atingido
na dose de enxofre de 24 kg ha
-1
ano
-1
.
90
32
36
40
44
48
0 150 300 450 600
NnP (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 34,55399 + 0,01899N
R
2
= 0,50
Figura 55 - Fração de nitrogênio não protéico em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária,
na ocasião da segunda avaliação do período chuvoso, em função das doses de
nitrogênio
33
36
39
42
45
0 15 30 45 60
NnP (%)
Enxofre (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 39,88218 + 0,37687S - 0,00791S
2
R
2
= 0,93
Figura 56 - Fração de nitrogênio não protéico em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária,
na ocasião da segunda avaliação do período chuvoso, em função das doses de enxofre
91
Cabral et al. (1999) verificaram que o capim-Tifton-85, adubado com dose de nitrogênio
de 133 kg ha
-1
em cada corte e colhido com 30 e 50 cm de altura, apresentou a proporção de NnP
de 12,4% da proteína bruta. Lima et al. (1999), trabalhando com plantas não adubadas de capim-
Tifton-85, Hermathria altíssima e Paspalum notatum, observaram que no capim-Tifton-85 o NnP
variou entre 15,90 e 21,80%, para Hermarthria variou de 11,40 e 20,10%, enquanto para
Paspalum notatum essa fração nitrogenada esteve em patamares entre 7,50 e 8,50%.
No presente experimento os resultados na terceira avaliação mostraram variação similar ao
da segunda, observando-se efeito significativo das doses de nitrogênio e das doses de enxofre,
isoladamente, no NnP. Os resultados ajustaram-se a modelo linear para as doses de nitrogênio,
com baixo R
2
(Figura 57) e a modelo quadrático para as doses de enxofre (Figura 58). Em função
das doses de nitrogênio a variação da proporção de NnP foi de 31 a 44% do N total, enquanto em
função das doses de enxofre, o valor mínimo encontrado de NnP foi de 31,6% do N total e foi
atingido na dose de enxofre de 34 kg ha
-1
ano
-1
.
29
33
37
41
45
0 150 300 450 600
NnP (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 31,18009 + 0,01856N
R
2
= 0,46
Figura 57 - Fração de nitrogênio não protéico em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária,
na ocasião da terceira avaliação do período chuvoso, em função das doses de
nitrogênio
92
30
34
38
42
46
0 15 30 45 60
NnP (%)
Enxofre (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 43,26030 - 0,68885S + 0,01022S
R
2
= 0,75
Figura 58 - Fração de nitrogênio não protéico em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária,
na ocasião da terceira avaliação do período chuvoso, em função das doses de enxofre
No trabalho de Glenn et al. (1985) foi constatado aumento na concentração de proteína em
uma espécie de clima temperado, a festuca (Festuca arundinaceae), conforme a adubação
nitrogenada aumentou de 0 para 300 kg ha
-1
ano
-1
. A elevação foi de 14,7 para 21,5% de proteína
total na massa seca, o que corresponde ao incremento de 47%, enquanto o NnP foi paralelamente
aumentado em 24%.
Na quarta avaliação do período chuvoso a proporção de NnP revelou significância para a
interação das doses de nitrogênio x doses de enxofre, ajustando-se os resultados a modelo
polinomial de regressão. De acordo com a superfície de resposta pode-se verificar que o teor
mínimo de NnP foi alcançado na ausência de nitrogênio, associado às doses baixas de enxofre (0 a
15 kg ha
-1
ano
-1
). As doses de nitrogênio influenciaram positivamente as proporções de NnP,
verificando-se os valores mais elevados no intervalo de doses de nitrogênio de 450 a 600 kg ha
-1
ano
-1
combinadas com doses de enxofre de 0 a 30 kg ha
-1
ano
-1
(Figura 59).
93
0
150
300
450
600
24
30
36
42
48
54
0
15
30
45
60
Nitrogênio
(kg ha
-1
ano
-1
)
NnP (%)
Enxofre
(kg ha
-1
ano
-1
)
48
-
54
42-48
36-42
30-36
24
-
30
Y = 26.923891 + 0,057167N - 0,000027N
2
+ 0,230879S - 0,002245S
2
- 0,000483NS
R
2
= 0,78
Figura 59 - Fração de nitrogênio não protéico em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária,
na ocasião da quarta avaliação do período chuvoso, em função das doses de enxofre
Na quinta avaliação observou-se efeito significativo na variação no NnP em função das
doses de nitrogênio, com os resultados tendo se ajustado a modelo linear de regressão. As
proporções oscilaram de 34 a 42% do N total (Figura 60), e essa variação no NnP foi superior à de
Nsol, na mesma avaliação.
Cilliers et al. (1997) constataram aumento da concentração de nitrogênio na massa seca
total de 9,9 para 14,7 g kg
-1
, quando numa área com mistura de plantas forrageiras tropicais foi
adubada com doses de nitrogênio de 0 e 80 kg ha
-1
. Segundo esses autores, pode-se afirmar que
houve aumento da síntese líquida de proteína à medida em que se aumentou a adubação
nitrogenada.
94
30
34
38
42
46
0 150 300 450 600
NnP (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 33,65993 + 0,01430N
R
2
= 0,75
Figura 60 - Fração de nitrogênio não protéico em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária,
na ocasião da quinta avaliação do período chuvoso, em função das doses de nitrogênio
Resultados de pesquisa mostram que a aplicação única de elevadas doses de nitrogênio (a
partir de 50 kg ha
-1
em cada aplicação), principalmente em períodos em que restrições
ambientais para o desenvolvimento da planta forrageira, determina o acúmulo de nitrogênio não
protéico na forragem (PRIMAVESI et al., 2001; BALSALOBRE, 2002). O aproveitamento dessa
fração de nitrogênio pelos ruminantes depende do sincronismo com a disponibilidade de
carboidratos no rúmen. Fontes de NnP são fundamentais para o bom funcionamento ruminal, pois
os microorganismos fermentadores de carboidratos estruturais presentes no rúmen, utilizam a
amônia como fonte de nitrogênio para síntese de proteína microbiana (PEREIRA et al., 2007).
Nos casos em que isso não ocorre, esse nitrogênio é metabolizado e eliminado com custo
energético para os animais, comprometendo seu desempenho. Além disso, o nitrogênio liberado
pelos animais por excreções pode provocar impactos negativos do sistema de produção animal no
ambiente, como o acúmulo de nitrato em lençóis freáticos (SANTOS et al., 2007).
95
4.4.6.2 Período seco
Nas avaliações do período seco, a interação doses de nitrogênio x doses de enxofre não foi
significativa para a proporção de nitrogênio não protéico em relação ao nitrogênio total presente
no capim-Braquiária.
Na primeira avaliação observou-se efeito significativo das doses de nitrogênio no NnP,
com resultados tendo ajuste a modelo linear. Os valores de NnP variaram de 32 a 45% do N total
(Figura 61) e são semelhantes aos encontrados para o Nsol na mesma avaliação.
30
34
38
42
46
0 150 300 450 600
NnP (%)
Nitrogênio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 34,28352 + 0,01426N
R
2
= 0,58
Figura 61 - Fração de nitrogênio não protéico em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária,
na ocasião da primeira avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
Na terceira avaliação também se observou efeito significativo das doses de nitrogênio no
NnP e os resultados ajustaram-se a modelo linear. Os valores de NnP foram inferiores aos
encontrados na mesma avaliação para o Nsol e variaram de 20 a 31% do N total (Figura 62).
96
20
23
26
29
32
0 150 300 450 600
NnP (%)
Nitronio (kg ha
-1
ano
-1
)
Y = 20,60000 + 0,01784N
R
2
= 0,93
Figura 62 - Fração de nitrogênio não protéico em relação ao nitrogênio total do capim-Braquiária,
na ocasião da terceira avaliação do período seco, em função das doses de nitrogênio
Como resultado geral do fracionamento de nitrogênio, especificamente com relação ao
nitrogênio solúvel e ao nitrogênio não protéico, verificou-se que os valores médios encontrados de
todas as combinações de doses de nitrogênio e de enxofre, tanto no período chuvoso, quanto no
período seco do ano, demonstraram valores similares, porém com uma pequena superioridade do
NnP em relação ao Nsol. A média dos valores do NnP e do Nsol no período chuvoso foi de 35,4 e
31,7% e no período da seca foi de 31,9 e 30,7%, respectivamente.
4.4.7 NIRS
A Tabela 3 mostra os resultados para as amostras analisadas após o desenvolvimento das
curvas de calibração, em cada parâmetro analisado. O que se busca nas curvas de calibração são
altos coeficientes de determinação (R
2
)
e baixos erros padrões de calibração (SEC). Dentre os
constituintes estudados, a PB apresentou as melhores curvas de calibração, independentemente do
tratamento matemático aplicado, com altos valores de R
2
de calibração e do R
2
de validação
cruzada, e baixos valores do erro padrão de calibração (SEC) e do erro de validação cruzada na
calibração (SECV). Vários trabalhos de pesquisa têm obtido curvas satisfatórias de validação para
PB (PIRES; PRATES, 1998; SALIBA et al., 2003; FONTANELI et al., 2004).
97
Observou-se boa curva para predição da DIVMS, com índices satisfatórios de R
2
de
calibração, R
2
de validação cruzada, SEC e SECV. Alguns trabalhos também apresentaram boas
curvas para predição de DIVMS, como Saliba et al. (2003), trabalhando com sorgo (Sorghum
bicolor). O banco de resultados para calibração de qualquer constituinte deve apresentar via-de-
regra uma boa distribuição, dentro de valores das amostras a serem preditas (SHENK;
WESTERHAUS, 1991).
A fração fibra também apresentou coeficientes de determinação bem satisfatórios, com
valores de 0,95 e 0,92 FDN e FDA, respectivamente. Embora não tenham obtido bons resultados
na validação das equações para predição de FDN e FDA, Pires e Prates (1998), trabalhando com
alfafa (Medicago sativa) também obtiveram boas curvas para esses constituintes.
Tabela 3 - Variáveis da equação de validação para a determinação de PB, FDN, FDA, DIVMS,
Nsol e NnP
Parâmetro
(%)
N
(a)
DP
(b)
(%)
SEC
(c)
(%)
R
2
de
calibração
SECV
(d)
(%)
R
2
de
validação
cruzada
Tratamento
matemático
PB
288
3,63 0,94 0,9325 1,0215 0,9210 NSV 1,10,10,1
FDN
288
5,55 1,17 0,9555 1,4924 0,9277 MMSC 2,4,4,1
FDA
288
6,11 1,75 0,9174 1,9216 0,9009 NSVD 2,4,4,1
DIVMS
285
8,54 3,00 0,8766 3,1464 0,8640 Detrend
1,4,4,1
Nsol
285
9,58 6,05 0,6010 6,9228 0,4771 NSVD 2,4,4,1
NnP
288
9,46 5,33 0,6822 7,1597 0,4259 MSC 2,4,4,1
a
N: número de amostras efetivamente utilizadas para a regressão
b
DP: desvio padrão
c
SEC: erro padrão da calibração
d
SECV: erro padrão de validação cruzada na calibração
As frações nitrogenadas, Nsol e NnP, apresentaram baixos coeficientes de determinação,
com valores de 0,60 e 0,68 Nsol e NnP, respectivamente, e valores considerados altos de SEC, o
que demonstra resultados não muito satisfatórios quanto a calibração da curva desses parâmetros
analisados, demonstrando menor precisão da técnica NIRS. Para essas frações nitrogenadas não
foram obtidos bons resultados na validação das equações para predição de Nsol e NnP e isso se
98
deve aos baixos coeficientes de determinação de validação cruzada, além dos altos valores de
SECV.
Os resultados das análises bromatológicas realizadas pelo método NIRS e pelo método
químico tradicional não foram estatisticamente diferentes, e a partir daí, foi realizada análise de
correlação entre os métodos. Na Tabela 4 são apresentados o número de amostras utilizadas na
análise de correlação, o coeficiente de correlação de Pearson (r), a amplitude, as médias e os
desvios-padrão obtidos para os constituintes do valor nutritivo estudados.
Tabela 4 - Análise de correlação entre a composição bromatológica de Brachiaria decumbens
determinada pelo NIRS e pelo método químico tradicional
Parâmetro
(%)
de
amostras
r Amplitude
(%)
Média
(%)
Desvio-padrão
(%)
Químico NIRS Químico
NIRS
Químico
NIRS
PB
300 0,95
4,9 - 23,4 5,3 - 22,5 12,30 12,27 3,75 3,52
FDN
300 0,93
50,9 - 88,7
53,9 - 78,4
68,21 68,1 5,79 5,47
FDA
299 0,90
19,5 - 57,9
19,7 - 48,6
38,52 38,46 6,33 5,89
DIVMS
298 0,89
40,9 - 94,2
48,0 - 81,3
64,09 64,15 8,80 8,06
Nsol
297 0,71
6,4 - 63,3 15,6 - 61,9
32,60 33,05 10,31 7,63
NnP
298 0,77
8,1 - 64,8 10,4 - 62,2
35,49 35,51 10,32 7,94
De acordo com os resultados do NIRS, a concentração média de PB (12,27%) foi inferior à
obtida por Fontaneli et al. (2004) que trabalharam com capim-Bermuda (Cynodon dactylon),
entretanto, demonstrou elevada amplitude, de 5,3 a 22,5%, e foi superior à obtida por Saliba et al.
(2003).
A média de FDN (68,1%) foi inferior aos valores apresentados por Rocha et al. (2001),
que trabalharam com três gramíneas do nero Cynodon, e por Fontaneli et al. (2004), porém foi
superior à obtida por Saliba et al. (2003), alcançando elevada amplitude (de 53,9 a 78,4%). O
valor médio de FDA (38,46%) também foi inferior aos relatados por Rocha et al. (2001), porém
foi superior ao valor encontrado por Fontaneli et al. (2004) e Saliba et al. (2003), mostrando
elevada amplitude (de 19,7 a 48,6%).
99
O valor médio da DIVMS (64,15%) foi superior ao obtido por Nussio et al. (2005), que
trabalharam com capim-Marandu, e por Saliba et al. (2003), trabalhando com sorgo, e também
alcançaram alta amplitude (de 48,0 a 81,3%).
Para PB, FDN, FDA e DIVMS, os coeficientes de correlação de Pearson mostraram-se
com valores elevados, da ordem de 0,95, 0,93, 0,90 e 0,89, respectivamente, demonstrando alta
correlação entre esses dois métodos analisados.
100
5 CONCLUSÕES
A combinação de doses de nitrogênio e de enxofre altera a produção de massa seca da
parte aérea, a relação mina foliar:colmo mais bainha e a proporção de nitrogênio solúvel e de
nitrogênio não protéico em avaliações próximas à ultima aplicação dos adubos contendo
nitrogênio e enxofre no período chuvoso, e também altera a concentração de proteína bruta e o
teor de fibra em detergente neutro e de fibra em detergente ácido na primeira avaliação do período
seco.
O nitrogênio é o nutriente que mais influencia a variação dos fatores analisados no capim-
Braquiária em recuperação com respostas significativas em 60% dos casos estudados. As doses de
nitrogênio até 600 kg ha
-1
ano
-1
proporcionam variação segundo modelos lineares e quadráticos
em produção de massa seca da parte aérea, área foliar, relação lâmina foliar:colmo mais bainha,
concentração de proteína bruta, teor de fibra em detergente neutro e de fibra em detergente ácido,
digestibilidade in vitroda massa seca e proporção de nitrogênio solúvel e de nitrogênio não
protéico, tanto no período chuvoso como no seco. Na produção de massa seca do capim observa-
se grande impacto com aplicação de nitrogênio de 150 kg ha
-1
ano
-1
.
As doses de enxofre até 60 kg ha
-1
ano
-1
demonstram influência na variação da
digestibilidade in vitroda massa seca e na proporção de nitrogênio solúvel e de nitrogênio não
protéico somente no período chuvoso.
O método de espectroscopia de reflectância no infravermelho próximo (NIRS) apresenta
resultados satisfatórios para a estimativa da concentração de proteína bruta, dos teores de fibra em
detergente neutro e de fibra em detergente ácido e da digestibilidade “in vitro” da massa seca para
o capim-Braquiária.
101
REFERÊNCIAS
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