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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
TESE
Avaliação de opções forrageiras de estação quente
para a produção de leite
Luis Henrique Ebling Farinatti
Pelotas, 2007
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Luis Henrique Ebling Farinatti
Avaliação de opções forrageiras de estação quente para a produção
de leite
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação
em Zootecnia da Universidade Federal de Pelotas
como requisito parcial à obtenção do título de
Doutor em Ciências, área de conhecimento:
Pastagens
Orientador: Prof Dr. Pedro Lima Monks
Co-orientador: Prof. Dra. Vivian Fischer
Co-orientador: Prof. PhD. César H.E.C. Poli
Pelotas, 2007
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Dados de catalogação na fonte:
( Marlene Cravo Castillo – CRB-10/744 )
F225a Farinatti, Luis Henrique Ebling
Avaliação de opções forrageiras de estação quente
para a produção de leite / Luis Henrique Ebling
Farinatti. - Pelotas, 2007.
93f. : il.
Tese ( Doutorado ) –Programa de Pós-Graduação
em Zootecnia. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel.
Universidade Federal de Pelotas. - Pelotas, 2007,
Pedro Monks, Orientador; Co-orientadores Vivian
Fischer e César Henrique Espírito Candal Poli.
1. Capim-elefante anão 2. Lâmina foliar 3.
Qualidade do leite 4. Tanzânia
-
1 5. Tempo de pastejo
Banca examinadora:
_______________________________
Dr.
Pedro de Lima Monks – Prof. do Departamento de Zootecnia/UFPel/FAEM
/Orientador
_______________________________
PhD. Lotar Siewerdt - Prof. do Departamento de Zootecnia/UFPel/FAEM
________________________________
Dr. Jerri Teixeira Zanusso – Prof. do Departamento de Zootecnia/UFPel/FAEM
_____________________________________
Dr. Otoniel Geter Lauz Ferreira - Eng. Agrônomo
_______________________________________
Dr. Fernando Luiz Ferreira de Quadros – Prof. do Departamento de Zootecnia/UFSM
Dedico
Aos meus pais,
Eloíza e Luis Antonio,
pela inestimável função de pais
Ofereço
ao meu avô Juvenal Ebling
um exemplo de vida
Agradecimentos
Ao prof. Doutor Pedro Lima Monks e a prof. Doutora Vivian Fischer pela contribuição na
minha formação e orientação para realização do meu trabalho.
Ao Eng. Agrônomo Ph.D. César Henrique Espírito Candal Poli, pelo incansável auxílio e
incentivo durante o período de pós-graduação e pelo fortalecimento da nossa amizade.
A pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, Méd. Vet. MSc. Renata Sune Martins, pelo
auxílio constante nas atividades práticas dos experimentos.
A FEPAGRO CAMPANHA, que permitiu a realização dos experimentos na sua unidade
do município de Hulha Negra.
Aos estagiários do Setor de Bovinocultura de leite da UFPel, pelo auxílio durante as
avaliações nos experimentos.
Aos estagiários da Embrapa Pecuária Sul, pela contribuição nas avaliações de campo dos
experimentos.
Aos funcionários da Embrapa Pecuária Sul, Fepagro Campanha, pelo acompanhamento
das atividades realizadas.
Aos professores, colegas e funcionários que compartilharam conhecimento neste período
do Doutorado.
A CAPES, que forneceu auxílio financeiro para a realização deste Doutorado.
Ao Tales Amaral Perufo, por me acolher em Pelotas, amizade e companheirismo.
Ao Vicente Luquete Netto, amigo para sempre.
Ao meu irmão, Luis Augusto, pelo estímulo para a realização do Doutorado.
Aos meus avós, pelo companheirismo e auxílio financeiro para a realização deste curso.
A Raquel, minha esposa, por estar junto a nós.
A Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt
RESUMO
FARINATTI, L.H.E, AVALIAÇÃO DE OPÇÕES FORRAGEIRAS DE VERÃO PARA A
PRODUÇÃO DE LEITE, 2007. 101 pags. Tese (Doutorado). Programa de Pós-graduação em
Zootecnia. Universidade Federal de Pelotas-RS
O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o efeito da produção de forrageiras de estação quente
nas características quantitativas e qualitativas do leite conforme o comportamento animal em
sistemas de produção exclusivamente a pasto. Os experimentos foram conduzidos na estação
quente em dois anos consecutivos (2002 e 2003). O experimento I foi composto por um sistema
de pastejo rotacionado em pastagens perenes de Tanzânia-1 (Panicum maximum Jacq.), Capim
elefante anão (Penissitum purpureum Schum) cv. Mott e Tifton 85 (Cynodon spp.) estabelecidas
na Unidade de pesquisa da Fepagro/Campanha, localizada em Hulha Negra/RS. O delineamento
experimental foi no modelo de quadrado latino, com três tratamentos e três unidades
experimentais. A área experimental constava de três hectares de cada pastagem, divididas em 28
parcelas com 0,1 ha; essa parcela permitia o pastejo dos animais durante um dia. No experimento
II foi realizado na mesma Unidade, avaliando duas ofertas de material verde seco no campo
nativo comparando-os à pastagem de Tifton 85, estabelecida. O delineamento experimental foi
em blocos ao acaso com duplo reverso. O sistema de pastejo foi rotacionado, utilizando 1,8 ha
para cada tratamento, divididos em parcelas de 0,3 ha, que permitiu 3,5 dias de permanência dos
animais. Os animais utilizados nos dois experimentos foram vacas da raça Holandês em produção
e bloqueadas conforme o período de lactação, peso e produção de leite. As avaliações de
forrageiras mediram a massa de forragem através do método de corte de amostras das forrageiras
para determinação de disponibilidade de forragem, massa de lâmina foliar verde de forragem e os
teores de proteína bruta, fibra detergente neutra, digestibilidade in vitro da matéria seca e
orgânica das pastagens. Também foi medida a altura com auxílio de um instrumento medidor
(sward stick). Essas medidas permitiram a determinação da oferta de forragem nos períodos
experimentais. Nos animais foi acompanhado o seu desempenho através das pesagens no início
de cada período, para auxiliar o controle da lotação das pastagens nos experimentos e observado
o comportamento ingestivo. A produção de leite foi medida individualmente nos períodos
experimentais e realizadas análises laboratoriais das suas características qualitativas. Nas
avaliações das forrageiras no experimento I, a pastagem de Tanzânia-1 apresentou maior massa
de lâmina foliar verde que permitiu maior carga animal e maior produção de leite por hectare,
apesar do teor de proteína ser inferior às pastagens de capim elefante anão e Tifton 85. A
pastagem natural e a pastagem cultivada de Tifton 85 não diferiram no tempo de pastejo e o
número de bocados diários, mas os teores de digestibilidade e fibra influenciaram a produção de
leite das vacas da raça Holandês, no sistema exclusivo a pasto. O percentual de lâmina foliar
verde seca nas pastagens tropicais foi determinante para a produção de leite das vacas em
produção.
Palavras-chave: Capim elefante anão, lâmina foliar, Tanzânia-1, Tempo de pastejo,
Tifton-85
ABSTRACT
FARINATTI, L.H.E, EVALUATION OF SUMMER FORRAGE ALTERNATIVES TO
THE MILK PRODUCTION. 101 pags. Doctor Thesis - Post Graduation Program in
Zootechny. Federal University of Pelotas-RS
The aim of this research was to assess the effect of summer forages in quantitative and qualitative
features of milk as well as to relate it with animal behavior in pasture production systems. The
experiments were conducted during summer 2002, 2003 and 2004. Experiment 1 consisted of a
pasture rotation system in perennial pastures of Tanzania grass, Elephant grass and Tifton 85,
which had been established in Fepagro/Campanha Research Unit in Hulha Negra. The
experimental allotment was Latin Square, with three treatments and three experimental units.
The experimental area contained three hectares of each pasture, split into 28 plots with 0,1 ha.
This plot permitted animals to graze during one day. Experiment 2 was carried out at the same
research unit, assessing two allowances in the native field and comparing it with the pasture of
Tifton 85, which had been already established. The experimental allotment was of complete
randomized blocks with double reverse. The pasture system was rotation, using 1,8 ha for each
treatment, split into 0,3 plots which permitted the animals to remain for 3,5 days. The animals
used in these two experiments were Holstein Cows in production, gathered according to the
lactation period, body weight and milk production. The assessements of forages estimated the
herbage mass through Cut Sample Method in order to determine its availability, green lâmina
mass and the crude protein content, neuter detergent fiber, dry and organic matter in vitro
digestibility of pastures. The height was measured by a measuring device (Sward Stick). These
measures made possible the forage allowance during experimental periods. For the animals, its
performances were analyzed through weighting in the beginning of each period and the ingestive
behavior, aiming at assisting the pasture stocking rate control throughout the experiments. The
milk production was measured in the experimental periods and its qualitative features analysed in
laboratory. In experiment 1, Tanzania Grass showed greater lâmina leaf, which permitted greater
animal load and bigger milk production for hectare. In spite of this factor, it presented smaller
quantity of protein content than in Dwarf Elefant Grass and Tifton 85. In experiment 2, the
natural pasture and the Tifton pasture did not limited grazing time and the number of daily bits,
but fiber and digestibility contents affected Holstein cows milk production in the exclusive
pasture feeding. In the present research, it was verified the possibility of dealing with Holstein
cows, with medium level of milk production, in tropical pastures, when there is no restriction to
grazing.
Key words: Elephant Grass, grazing time, leaf grass, Tanzânia -1, Tifton-85
LISTA DE TABELAS
Experimento I
Tabela 1: Valores médios da oferta de lâmina foliar (OFL), massa de forragem
total (MFT) e residual (MFTR), massa de lâmina foliar verde seca (MLFVS) e
residual (MLFVSR), taxa de acúmulo de forragem (TAF) e altura da pastagem
(AP) e altura residual da planta nas pastagens tropicais perenes sob pastejo de
vacas, da raça holandesa, para a produção de leite 2002 ........................................
45
Tabela 2: Valores médios dos teores de proteína bruta (PB), fibra detergente
neutra (FDN), digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) e digestibilidade
in vitro da matéria orgânica (DIVMO) das forrageiras tropicais perenes sob
pastejo de vacas, da raça holandesa, para a produção de leite na estação quente
de 2002 ....................................................................................................................
48
Tabela 3: Valores médios das características da produção animal nas pastagens
tropicais perenes sob pastejo de vacas, da raça holandesa, para a produção de
leite, na estação quente no ano de 2002 ..................................................................
50
Experimento II
Tabela 1: Avaliação das características do comportamento ingestivo das vacas
em lactação em sistema de pastejo rotativo nas pastagens nativas e cultivada
perene (Tifton 85) sob pastejo de vacas holandesas para a produção de leite,
2003 .........................................................................................................................
63
Tabela 2: Valores médios das características forrageiras quantitativas e
qualitativas das pastagens nativa e cultivada perene sob pastejo de vacas em
lactação, 2003 ..........................................................................................................
66
Tabela 3: Análise da produção de leite individual, dos tratamentos e qualitativa
do leite obtido através de vacas, da raça holandês estritamente em pastagem de
Tifton 85 e pastagem natural, 2003 .........................................................................
68
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1: Preparação de trabalhos para Revista Brasileira de Zootecnia
Anexo 2: Normas pra a publicação na Revista Brasileira de Agrociência
LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE A: Altura das plantas das pastagens de tanzânia-1, capim elefante anão
(CEA) e tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2002. ..................
86
APÊNDICE B: Produção de massa de forragem e masa de lâmina foliar na entrada e
saída dos animais das pastagens de tanzânia-1, capim elefante anão
(CEA) e tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2002. .................
86
APÊNDICE C: Taxa de acumulo de forragem das pastagens de tanzânia-1, capim
elefante anão (CEA) e tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação,
2002. .....................................................................................................
87
APÊNDICE D: Produção de massa de forragem e masa de lâmina foliar na entrada e
saída dos animais das pastagens de tanzânia-1, capim elefante anão
(CEA) e tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2002. .................
88
APÊNDICE E: Produção de leite corrigido a 4% e teor de gordura no leite de vacas
em lactação em pastagens de tanzânia-1, capim elefante anão (CEA)
e tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2002. ............................
89
APÊNDICE F: Carga animal e Produção de leite por dia, por hectare e por mês de
vacas em lactação em pastagens de tanzânia-1, capim elefante anão
(CEA) e tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2002. .................
89
APÊNDICE G: Produção de massa de forragem (kg de MS/ha) das pastagens nativas
e de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2003. ........................
90
APÊNDICE H: Produção de massa de lâmina foliar verde seca (kg de MLFVS/ha)
das pastagens nativas e de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação,
2003. .....................................................................................................
90
APÊNDICE I: Carga animal (kg de peso vivo/ha) nas pastagens nativas e de tifton-
85 sob pastejo de vacas em lactação, 2003. ..........................................
90
APÊNDICE J: Oferta de matéria verde seca de forragem (kg de MVS/100 kg de PV)
nas pastagens nativas e de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação,
2003. .....................................................................................................
90
APÊNDICE K: Oferta de forragem (kg de MS/100 kg de PV) nas pastagens nativas
e de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2003. ........................
90
APÊNDICE L: Análises de amostras do leite realizadas em Passo Fundo (UPF) obtidas
de vacas em lactação nas pastagens nativas e de tifton-85 sob pastejo
93de vacas em lactação, 2003. ..............................................................
91
APÊNDICE M: Produção de leite obtida de vacas em lactação nas pastagens nativas e
de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2003. .............................
92
APÊNDICE N: Atividades ingestivas das vacas em lactação nas pastagens nativas e
de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2003. ...........................
93
Sumário
RESUMO ......................................................................................................................................................................6
ABSTRACT ..................................................................................................................................................................8
LISTA DE TABELAS................................................................................................................................................10
LISTA DEANEXOS...................................................................................................................................................11
LISTA DE APÊNDICES ...........................................................................................................................................12
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................15
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA ..............................................................................................................................18
2.1. PLANTAS FORRAGEIRAS.....................................................................................................................................22
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................................31
ARTIGO 1...................................................................................................................................................................38
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FORRAGEIRAS DE PASTAGENS TROPICAIS PERENES NO SISTEMA DE PRODUÇÃO
DE LEITE ...................................................................................................................................................................39
Resumo................................................................................................................................................................39
Abstract...............................................................................................................................................................40
Introdução...........................................................................................................................................................41
Material e Métodos.............................................................................................................................................42
Resultados e Discussão.......................................................................................................................................44
Conclusões ..........................................................................................................................................................52
Referências bibliográficas ..................................................................................................................................53
ARTIGO 2...................................................................................................................................................................56
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FORRAGEIRAS DE PASTAGENS TROPICAIS PERENES NO SISTEMA DE PRODUÇÃO
DE LEITE ...................................................................................................................................................................57
Resumo................................................................................................................................................................57
Abstract...............................................................................................................................................................58
Introdução...........................................................................................................................................................59
Material e Métodos.............................................................................................................................................60
Resultados e Discussão.......................................................................................................................................62
Conclusões ..........................................................................................................................................................70
Referências bibliográficas ..................................................................................................................................71
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................................................74
1. INTRODUÇÃO
Na maioria das propriedades de exploração leiteira, tem sido crescente o uso de pastagens
como principal fonte de volumoso para vacas em lactação. Segundo Assis (1982), esse fato se
deve não somente à grande extensão de terras disponíveis nas regiões tropicais para a produção
animal, como também ao elevado custo dos alimentos processados e concentrados.
A contribuição desses volumosos na alimentação do rebanho pode variar em função do
grau de intensificação da exploração leiteira e do grau de especialização ou exigência nutricional
do rebanho, podendo chegar a 100% em sistemas menos intensivos, nos quais se utilizam animais
de menor potencial genético para produção de leite (ETGEN et al., 1987).
O uso de pastagens como principal fonte de alimento para produção de ruminantes é
altamente recomendável, pois as condições ambientais favoráveis contribuem para um menor
custo da forragem. As pastagens atendem às exigências nutricionais de algumas categorias
animais, quando as condições de umidade e temperatura são favoráveis (BRÂNCIO et al., 1997).
No entanto, quando as condições climáticas são menos favoráveis no período da seca, ocorre a
queda na qualidade da forragem, devido à redução do teor de proteína e digestibilidade e à rápida
lignificação das gramíneas (SILVA, 2001), comprometendo a produção animal.
A oferta de forragem significa uma determinada quantidade de forragem (kg de MS) que é
ofertada ao animal (para cada 100 kg de PV) por um determinado período de tempo. Sendo
assim, percebe-se que a variável oferta de forragem não traz nenhuma relação com a estrutura da
vegetação na qual o animal deve buscar aquilo que está sendo oferecido. A heterogeneidade
existente na pastagem afeta a quantidade e qualidade da forragem ingerida pelos animais
determinando distintos níveis de produção animal para um mesmo valor de oferta de forragem
(CARVALHO, 1997).
16
Gomide (1994) cita que a aptidão leiteira da vaca, o valor nutritivo da pastagem e o
consumo de forragem determinam a produção de leite. Sob pastejo, o consumo de matéria seca
verde é afetado principalmente pela disponibilidade de forragem, mas também pela estrutura da
vegetação: densidade, altura, relação folha/colmo.
De acordo com Santos et al. (1999), o conhecimento das diversas características da
vegetação fornece informações necessárias para promover seu eficiente aproveitamento e auxilia
no manejo de pastagens. Portanto, o primeiro passo no manejo de pastagens consiste em conhecer
as características da pastagem, para assim direcionar as decisões a serem tomadas.
A estrutura da pastagem é uma condição importante na determinação da facilidade com
que a forragem é apreendida pelo animal. É possível observar que diferentes níveis de ingestão
podem ser atingidos, por exemplo, numa mesma quantidade de massa de forragem disponível.
Isto acontece porque, na verdade, uma mesma massa de forragem pode se apresentar ao animal
de diferentes formas através de inúmeras combinações entre altura e densidade (CARVALHO,
1997).
No que concerne às características da condição do pasto, como a massa de forragem
(MF/ha), massa de forragem verde (MFV/ha), massa de lâminas de folhas verdes (MI.FV/ha) e a
relação lâmina de folha verde/colmo verde, as forrageiras de verão merecem quantificação dessas
características em experimentos de pastejo (CANTO et al, 2001).
As gramíneas tropicais são freqüentemente mencionadas na literatura como possuidoras
de baixo valor nutritivo. Esse valor nutritivo está associado ao reduzido teor de proteína bruta e
mineral, ao alto conteúdo de fibra e a baixa digestibilidade da matéria seca (EUCLIDES et al.,
1995).
Heringer & Carvalho (2002) definem massa de forragem como a quantidade de massa
seca (MS) da pastagem existente na área num determinado momento. A massa de forragem, para
17
um mesmo tempo, pode estar espacialmente disposta em uma forma infinita de combinações de
altura e densidade volumétrica, podendo-se obter uma mesma massa nas mais diversas formas.
Os objetivos deste trabalho foram: 1- comparar a massa de forragem, altura da pastagem,
relação folha/colmo e as características qualitativas de gramíneas forrageiras utilizadas na região
da Campanha do Rio Grande do Sul; 2- relacionar essas características com a produção de leite e
o comportamento ingestivo de vacas em produção.
18
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
No Brasil, os sistemas de produção animal são caracterizados fundamentalmente pela
utilização de pastagens como principal fonte de alimento para os rebanhos. Apesar do potencial
produtivo das espécies forrageiras tropicais, o desempenho e a produtividade animais
apresentados pela agropecuária brasileira são bastante inferiores aos níveis possíveis de serem
obtidos, tanto do ponto de vista biológico como do ponto de vista operacional. Pesquisas são
realizadas visando identificar os pontos de estrangulamento desses sistemas de produção e
conseqüentemente aumentar a eficiência e a viabilidade do processo produtivo, que o pasto é a
forma mais econômica de alimentação animal, (MELLO et al., 2004).
Nos últimos anos o elevado potencial de produção das pastagens tropicais tem sido
ressaltado e justificado pela disponibilidade de espécies forrageiras extremamente produtivas e
adaptadas ao pastejo como é o caso dos capins dos gêneros Brachiaria e Panicum. De fato, essas
espécies predominam nas áreas de pastagens cultivadas do País e, sem dúvida, representam boa
parte dos esforços e recursos investidos em programas de pesquisa, melhoramento e introdução
de novas espécies e cultivares. No entanto, em termos práticos, os benefícios desse potencial de
produção dificilmente têm sido alcançados, uma vez que os indicadores produtivos e zootécnicos
apontam para aumentos de produtividade muito modestos em relação ao que poderia ser obtido
(NASCIMENTO Jr et al., 2004).
Silva et al. (2005) relata que a informação e o conhecimento disponíveis para o uso e
manejo dessas plantas em pastagens não estão sendo utilizados de maneira adequada e/ou
apresentam limitações que se tornam aparentes quando de sua implementação em situações
específicas e particulares de produção.
19
As características da condição do pasto, como a massa de forragem (MF)/ha, massa de
forragem verde (MFV)/ha, massa de lâminas de folhas verdes (MI.FVS)/ha e a relação lâmina de
folha verde/colmo verde, merecem ser quantificadas em experimentos de pastejo, quando
mantidas no pasto manejado em diferentes alturas (MELLO et al., 2004). Dessa forma, tornam-se
relevantes estudos da dinâmica de produção primária das gramíneas forrageiras, por meio de
avaliações de características morfogênicas, uma vez que elas permitem uma análise do
crescimento vegetal. Com isso, pode-se ter uma estimativa da produção forrageira, bem como de
sua taxa de acúmulo de matéria seca. Estes estudos podem gerar conhecimentos básicos
necessários para definições de estratégias de manejo para plantas forrageiras nas mais variadas
condições (BARBOSA et al., 2002).
O monitoramento da variação da massa de forragem é uma das formas mais efetivas de
gerar subsídios para os diversos processos de gerenciamento e tomada de decisão sobre o manejo
do pastejo (SANDERSON et al., 2001).
Heringer & Carvalho (2002), definem massa de forragem como a quantidade de massa
seca (MS) da pastagem existente na área num determinado momento. A massa de forragem, para
um mesmo tempo, pode estar espacialmente disposta em uma forma infinita de combinações de
altura e densidade volumétrica, podendo-se obter uma mesma massa nas mais diversas formas. Já
a oferta de forragem significa uma determinada quantidade de forragem (kg de MS) que é
ofertada ao animal (para cada 100 kg de PV) por um determinado período de tempo. Sendo
assim, percebe-se que a variável oferta de forragem não traz nenhuma relação com a estrutura da
vegetação na qual o animal deve buscar aquilo que está sendo oferecido. A heterogeneidade
existente na pastagem afeta a quantidade e qualidade da forragem ingerida pelos animais
determinando distintos níveis de produção animal para um mesmo valor de oferta de forragem
(CARVALHO, 1997).
20
De acordo com alguns autores (STOBBS, 1977; HUILLIER et al.,1986) existe um
consenso de que a seleção de forragem está relacionada à distribuição de folhas verdes dentro dos
horizontes de pastejo. Huiller et al. (1986) concluíram que os avanços em produção animal serão
obtidos mantendo pastagens com folhas verdes acessíveis nos horizontes superficiais.
Quanto à resposta animal, as características do pasto têm sido estudadas principalmente
por sua influência no consumo de forragem e comportamento ingestivo (HODGSON et al., 1977;
PENNING et al., 1991; PENNING et al., 1994).
A utilização do nível adequado de biomassa para os animais, pode ser monitorado pelo
controle da altura de pastejo como ideal no monitoramento da biomassa de forragem (CANTO et
al., 2001). Quanto ao efeito das características do alimento sobre o consumo, as gramíneas
tropicais são menos consumidas quando comparadas às do clima temperado, o que está associado
ao baixo teor de nitrogênio, baixa digestibilidade e altos teores de fibras e ao tempo de retenção
das mesmas no rúmen, (EUCLIDES et al., 1989). Segundo Van Soest (1994), concentrações de
proteína bruta acima de 7% não são bem correlacionadas com o consumo, porém abaixo desse
nível, ocorre decréscimo na ingestão. Além da composição química, a disponibilidade de
forragem pode influenciar o consumo. Assim para não interferir no consumo, em pastagens,
deve-se trabalhar numa situação de oferta de forragem não limitante, para avaliação consistente
do consumo (MERTENS, 1994).
O manejo da pastagem deve visar uma boa produção de forragem tanto em quantidade
como em qualidade. O desempenho dos animais é altamente dependente da quantidade de folhas
verdes ofertadas e da estrutura das pastagens e a rebrota das plantas depende muito da
disponibilidade de nutrientes, condições climáticas e da quantidade residual de folhas após o
pastejo.
21
Várias espécies forrageiras tropicais o usadas no Rio Grande do Sul, principalmente
pelos produtores de leite. Entre elas podem ser citadas algumas perenes como Pennisetum
purpureum cv. Mott. (capim-elefante Anão), cultivares de Panicum maximum, como Tanzânia-1
e ultimamente os híbridos de Cynodon spp como Tifton 85.
Outras espécies forrageiras que iniciam sua expansão no sul do País são as pastagens
tropicais perenes, principalmente a Brachiaria brizantha cv Marandu e pelo Panicum maximum
cultivares Mombaça e Tanzânia-1, que demonstram na prática da desfolhação a necessidade de
um monitoramento adequado baseado em informações que assegurem um equilíbrio ótimo entre
os processos de crescimento, senescência e consumo de forma a possibilitar elevada
produtividade de forragem de boa qualidade (PAULINO, 2004).
De acordo com Da Silva & Corsi (2003) algumas espécies forrageiras tropicais como as
pertencentes aos gêneros Brachiaria e Panicum necessitam de monitoramento adequado baseado
em informações que assegurem equilíbrio ótimo entre os processos de crescimento, senescência e
consumo da forragem.
Outra opção na utilização dos pastos para produção animal, seria a pastagem nativa que
representa 13.656 milhões de hectares no Brasil, estando situados principalmente no Sul do País,
(IBGE, 2006). Os campos do Rio Grande do Sul estão inseridos em dois biomas brasileiros:
bioma Mata Atlântica e bioma Pampa (IBGE, 2004). Os campos destes biomas pela sua
diversidade ecológica estão contemplados nas regiões da Campanha Gaúcha, Serra do Sudeste e
Planície Costeira, assim como os Campos do Planalto e os Campos da Baixada de Bagé (MMA
2002).
22
2.1. Plantas forrageiras
As plantas do gênero Panicum são caracterizadas pelo seu potencial de produção de
forragem, porém possuem dificuldades para sererem manejadas sob pastejo contínuo,
prevalecendo, de uma forma geral, o seu uso na forma de pastejo rotacionado (SILVA et al.,
2005). As cultivares, Mombaça e Tanzania-1 de Panicum maximum adquiriram grande destaque
nas áreas de pastagens cultivadas do País e, por essa razão, têm concentrado boa parte dos
esforços e recursos investidos em pesquisa em anos recentes. Estas forrageiras têm sido utilizadas
principalmente em pastejo e as produções animais obtidas por área podem ser elevadas desde que
as condições de manejo sejam adequadas para que estas gramíneas possam expressar seu
potencial qualitativo e produtivo. A Tanzânia-1 e Mombaça têm sido utilizadas em sistemas
intensivos de produção de carne e leite a pasto em regiões tropicais com excelentes resultados.
A partir de abril maio, em condições tropicais, à medida que as gramíneas amadurecem,
ocorre uma redução dos componentes potencialmente digestíveis, como carboidratos solúveis e
proteínas e um aumento de lignina, celulose, hemicelulose protegida e outras porções
indigestíveis, com conseqüente diminuição do desempenho animal, (DERESZ et al., 1994).
Entre os cultivares de Panicum maximum, o capim-Tanzânia-1 apresenta, como principais
características, alto potencial de produção de massa seca, bom valor nutritivo (REGO, 2001).
Cano et al. (2004) concluíram que o manejo do capim Tanzânia-1, por meio da altura do dossel
forrageiro entre 40 e 50 cm, constituiu-se em adequada orientação de monitoramento da massa de
forragem, proporcionando melhores respostas de composição morfológica e garantindo boa
massa de lâminas foliares verdes, de massa de forragem verde, taxa de acúmulo de massa seca, de
acúmulo total de forragem e de cobertura do solo.
23
Canto et al. (2001) avaliaram na pastagem de Tanzânia-1, a massa de lâmina foliar verde
(MLFV/ha) que variou de 985 kg de MS/ha na altura de pasto de 24,6 cm a 1.813 kg de MS/ha na
altura de pasto de 71,4 cm. A massa de colmo verde (MCV/ha) foi superior a 745 kg de MS/ha
nos níveis de altura de pasto acima de 55 cm. Canto et al. (2001) encontraram na pastagem de
Tanzânia-1 a massa de forragem (MF/ha) variando de 2.405 kg de MS/ha na altura de pasto de
24,6 cm a 5.394 kg de MS/ha na altura de pasto de 71,4 cm em sistema de pastejo rotativo.
Cecato et al. (1996), observaram em pastagens constituídas por cultivares de Panicum
maximum, massa de forragem de 7.441 kg de matéria seca/ha, para um ciclo de pastejo de 35
dias. Santos et al. (1999), como a mesma cultivar obtiveram 5.772 kg de matéria seca/ha, para o
ciclo de pastejo de 38 dias. Cano et al (2004) verificaram valores médios de 1.560 e 5.820 kg de
MS/ha nas alturas de 20 e 65 cm de dossel, respectivamente, manejadas com bovinos em sistema
rotativo de pastejo, em pastagens de Tanzânia-1.
O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) é de origem africana, mas apresenta-se
adaptado praticamente em todas as regiões brasileiras. Nas regiões subtropicais úmidas, suas
raízes e colmo são resistentes às temperaturas extremas as quais são submetidas. A geada pode
ocasionar a morte da parte aérea, cujo crescimento a partir da primavera é realizado a expensas
das reservas orgânicas acumuladas na base da planta, (DERESZ, 2000).
O capim-elefante com manejo adequado tem demonstrado bons rendimentos em
experimentos onde a resposta da pastagem é avaliada em termos de produto animal, seja carne ou
1eite. É uma forrageira muito estudada, através de trabalhos com avaliações de rendimento com a
qualidade de ensaios que procuram determinar reservas orgânicas, manutenção do vigor, altura de
corte e produção de forragem (MAGALHÃES et. al., 2007).
As principais cultivares utilizadas no Brasil são: Napier, Merker, Mineiro, Porto Rico 534,
Gigante de Pinda, Mole Volta Grande, Taiwan A- 144, Taiwan A-146, Taiwan A- 148,
24
Vruckwona, Cameroon, Roxo Botucatu e, mais recentemente, a cultivar Mott, também conhecido
como capim-elefante Anão.
Na busca de produtividade na pecuária leiteira, o capim-elefante tem sido a forrageira que
melhor se adaptou às exigências dos sistemas de produção de leite com base em pastagens,
(DERESZ, 1994).
Como forrageira, de estação quente, o capim-elefante apresenta grande potencial a ser
explorado para aumentar a produtividade nos sistemas de produção de carne e leite. Ao redor dos
grandes centros urbanos onde o custo da terra é elevado, esta planta poderá ter um grande valor.
Neste caso o produtor precisa conseguir altos índices de produtividade para viabilizar
economicamente os investimentos da atividade.
O potencial do meio ambiente pode ser realçado e mais explorado por meio da
incorporação de espécies cultivadas superiores e de características quantitativas, como as do
capim-elefante Anão (Pennisetum purpureum Schum.) cv. Mott. Nesse sentido, Sollenberger e
Jones Jr. (1989) compararam o capim-elefante Anão ‘Mott’ e (Paspalum notatum) cv. Pensacola,
em termos de ganho de peso e capacidade de suporte, bem como a qualidade de forragem por
simulação de pastejo, em pastejo rotativo com 7 dias de ocupação e 35 dias de descanso. Almeida
et al. (2000) verificaram que resíduos médios de massa de lâmina verde seca (MLVS) de 2.200
kg/ha asseguraram taxa de acúmulo de MSLV de 70 kg/ha/dia, produzindo 11.850 kg/ha de
acúmulo de MLVS, permitindo colheita de forragem com 17,8% de PB e 68,4% de DIVMO em
capim-elefante Anão.
Aroeira et al. (1999) encontraram valores médios de 1.900 kg/ha de matéria seca para
capim-elefante manejado com 30 dias de descanso e adubado com 200 kg/ha/ano de nitrogênio.
Trabalhos realizados por Jacques (1994) mostraram teores de proteína bruta variando de
5,38 a 12,81% em várias cultivares de capim-elefante. Segundo esse autor, as estações do ano
25
têm influência não somente na produção de massa verde por área, mas também na composição
química e bromatológica. Santos et al. (2001), avaliando as características forrageiras qualitativas
do capim-elefante cv Roxo encontraram teores de MS, PB, FDN e FDA de 18,56; 7,50; 72,27; e
41,89%, respectivamente.
Produções diárias de 10,6; 12,0; 13,3; e 14,4 kg de leite/vaca em pastejo utilizando capim-
elefante, estão relatadas na literatura (DEREZ & MOZZER, 1994; SILVA et al., 1994;
STRADIOTTI JR., 1995).
Silva et al. (1994) verificaram, que a produção diária de leite não foi afetada pela variação
nas ofertas de forragem, com médias de 13,2; 13,3; e 13,0 kg de leite por vaca. Apesar de
obterem maior número de vacas/dia por hectare para baixa oferta de MS (6-3 kg MS/100 kg
PV/dia) e, conseqüentemente, maior produção de leite por hectare, os autores concluíram que a
oferta de 9-6 kg MS/100 kg PV/dia parece que corresponderia à ótima pressão de pastejo, capaz
de garantir a persistência do capim- elefante Anão.
Produções diárias de leite na estação das chuvas, de 12 a 14 kg/vaca sem concentrado em
pastagem de capim-elefante manejado em sistema rotativo com período de descanso de 30 dias e
adubado com 200 kg/ha/ano de N e de K
2
O, foram observadas por DEREZ et al. (1994).
Silva et al. (1994) testaram o efeito das ofertas de 12-9; 9-6 e 6-3 kg MS/100 kg PV/dia,
respectivamente, à entrada e saída de vacas em lactação, sobre o valor nutritivo, o consumo e a
produção de leite de uma pastagem de capim-elefante Anão. Obtiveram maiores teores de PB,
menores de FDN, bem como maior DIVMO para baixa e média oferta de forragem.
Cóser et al. (1999) avaliaram a influência de diferentes períodos de ocupação dos piquetes
(um, três e cinco dias) em pastagem de capim-elefante sobre a produção de leite. Verificaram que
a produção de leite não foi afetada por eles. As produções anuais, obtidas pelo somatório das
épocas chuvosa e seca, atingiram 14.568, 14.448 e 14.352 kg de leite por hectare para um, três e
26
cinco dias de ocupação dos piquetes, respectivamente. Embora tenham sido observadas variações
diárias na produção de leite em função dos períodos de ocupação dos piquetes, estas não afetaram
a produção média por animal nem por área. Com um dia de pastejo, a produção de leite por
animal variou muito pouco em virtude de a forragem disponível apresentar disponibilidade e
qualidade uniformes. Entretanto, o mesmo não ocorreu quando se utilizou mais de um dia de
pastejo no mesmo piquete. Nesse caso, tanto a disponibilidade quanto a qualidade da forragem
ingerida foram mais altas no primeiro e mais baixas no último dia e, nessas condições, a
produção de leite diária por vaca foi oscilante. Segundo Blaser et al. (1986), isso é conseqüência
do pastejo seletivo praticado pelas vacas, o que resulta em consumo mais alto de matéria seca
digestível no primeiro dia e mais baixo no último.
Produções diárias de leite superiores a 100 kg/ha durante na época chuvosa, o que
corresponde a mais de 30.000 kg/ha/ano, são reportadas no trabalho de Cruz Filho et al. (1996),
em pastagens de capim-elefante irrigado no norte de Minas Gerais.
DERESZ et al. (1994) observaram valores de 15,5% de PB e de 68,5% de digestibilidade
in vitro da matéria seca, em amostras de capim-elefante simulando o pastejo, manejado com 30
dias de descanso.
O gênero Cynodon é bastante conhecido pelo seu caráter colonizador e a espécie Cynodon
dactylon (L.) Pers, é encontrada nas regiões subtropicais e tropicais do Mundo (BORTOLO &
CECATO 2001). A Tifton 85 foi selecionada por sua alta produtividade e digestibilidade, quando
comparada com a maioria das outras cultivares de bermuda (BURTON et al.,1993). A cultivar
Tifton 85 foi desenvolvida por Burton et al. (1993) na USD-ARS em cooperação com a Coastal
Plain Experiment Station da Universidade da Geórgia, em Tifton nos EUA, e lançado em 1992. É
um híbrido interespecífico (Cynodon spp.) selecionado do cruzamento entre uma grama bermuda
27
(Cynodon dactylon) do sul da África (P1290884) e o capim-bermuda cultivar ‘Tifton 68’
(Cynodon nlemfuënsis).
Estudos de Alvim et al. (1998) mostraram produções de matéria seca para o Coast Cross-1
e para o Tifton 85 de 4,0 e 3,4 t/ha/ano respectivamente, sem adubação nitrogenada, mas com
adubação fosfatada e potássica. Outros resultados mostraram que a taxa de acúmulo do Tifton-85
foi de 119 e 216 kg MS/ha/dia para uma biomassa de 4.400 e 6.300 kg MS/ha (GOMIDE et al.,
1997).
No entanto, quando se considera a oferta de matéria seca verde (10,51 kg MS/100 kg PV),
constata-se que esta se situou abaixo dos valores que permitem a ingestão máxima de forragem, o
que de acordo com Moojen (1991) e Correa (1993) observaram em pastagens nativas que as
ofertas variaram entre 12 e 16 kg MS/100 kg PV, para pastagens nativas da Depressão Central do
Rio Grande do Sul. Nos trabalhos de Alvim et al. (1998, 1999), doses de N:K
2
O (relação N:K
2
O
= 0,8) e intervalos de cortes interferiram nos teores de PB na forragem do Coastcross e do Tifton
85. Para o Coastcross, os teores de PB variaram de 10,3 a 23,4% e para a cultivar Tifton 85, de 5
a 23%, respectivamente, na freqüência de cortes de duas semanas e sem adubação nitrogenada e
na freqüência de cortes de sete semanas e adubação N:K2O de 600:480 kg/ha/ano.
De acordo com Herrera (1983) a cultivar Coastcross-1, quando bem manejado, pode
proporcionar elevados teores de PB e DIVMS e isto pode resultar em produções de 15.000 kg de
leite/ha/ano (GARCIA TRUJILO, 1983). Com altos níveis de adubação e em idades diferentes da
planta, Vilela et al. (1996) verificaram valores para PB de 17,1%, FDN de 66,7% e DIVMS de
63,8% em pastagem de grama Coastcross-1. Obtiveram ainda produção de 27.448 litros de
leite/ha/ano, com suplementação de 3kg de concentrado/vaca/dia e uma taxa de lotação de 5,7
UA/ha. Num outro experimento, com Tifton 85, Hill et al (1996), obtiveram 1.156 kg de peso
vivo/ha e ganho médio diário de 0,67 kg/cab/dia, na Universidade de Georgia - EUA. HILL et al.
28
(1993) mediram o desempemho de novilhos em pastagem de Tifton 85, com aproximadamente
2.500 kg MS/ha disponível, obtendo 0.67 kg/cab/dia e uma taxa de lotação média de 10,8 cab/ha
(1cab = 325 kg de PV), durante 169 dias.
Em Cuba, Milera et al. (1987) avaliaram o efeito da taxa de lotação (2,7; 3,7 e 4,5
vacas/ha) e do período de pastejo (3,5 e 7 dias) sobre a produção de leite de vacas mestiças, em
pastagens de Coastcross, sem o fornecimento de concentrado. Na média, foram obtidas produções
de leite de 8,1, 8,7 e 7,8 kg/vaca/dia nas três lotações citadas, respectivamente,
independentemente do período de pastejo. Foi obtida produção de leite, de 8,0 e 8,6 kg/vaca/dia
nos períodos de 3,5 e 7 dias, respectivamente, independentemente da taxa de lotação empregada.
Gomes et al. (1997) a cultivar Tifton- 85 comparado a outros 4 cultivares do gênero
Cynodon, apresentou mais alta produção de matéria seca (13,7 t/ha) e maior relação folha/colmo
(0,55), quando submetidos a adubação nitrogenada de 400 kg N/ha no período chuvoso.
Produções de leite de l5.000 kg/ha/180 dias, durante a estação chuvosa, foram relatadas
por Deresz e Mozzer (l994), usando vacas mestiças, Holandês x Zebus em pastejo rotativo em
pastagem de Capim-elefante Anão.
A utilização da pastagem nativa no Rio Grande do Sul é correlacionada com variação
sazonal quantitativa e qualitativa, que é reconhecida há vários anos. Entre as causas desta
sazonalidade, pode-se citar a sua composição botânica (JACQUES, 1997).
Segundo Vaz (1998), a pastagem nativa apresentou, durante o verão, DIVMO de 39% e
proteína bruta de 7,1%, com disponibilidade de 2128 kg de MS/ha. Nesse aspecto, a implantação
de pastagens cultivadas de verão constitui-se em excelente alternativa para fornecer forragem de
melhor qualidade (RESTLE et al., 1996; MUEHLMANN et al., 1997), visando maximizar o
potencial de ganho de peso dos animais, obtendo-se, assim, maior eficiência no sistema
produtivo.
29
As pastagens tropicais, quando bem manejadas, são capazes de sustentar níveis
satisfatórios de produção de leite e carne, sobretudo nas épocas mais favoráveis do ano, suprindo
as necessidades de energia, proteína, minerais e vitaminas essenciais à produção animal.
Produções diárias de 10,6; 12,0; 13,3; e 14,4 kg de leite/vaca estão relatadas na literatura
(DERESZ & MOZZER, 1994; SILVA et al., 1994; STRADIOTTI JR., 1995).
Alvim et al. (1996) e Vilela et al. (1996), trabalhando com vacas da raça Holandês,
alcançaram produções bem próximas de 12 a 14 kg/vaca/dia, quando se descartou o efeito da
suplementação do concentrado em pastagens de coast cross.
Em regime de alimentação em pastagens, a produção de leite por área e por vaca
relaciona-se, respectivamente, com a capacidade de suporte e o valor nutritivo do pasto. A
capacidade de suporte da pastagem está condicionada aos fatores de clima, solo, manejo e
adaptação da espécie forrageira ao pastejo. O valor nutritivo da forragem, por sua vez, é avaliado
pela sua digestibilidade e pelos seus teores de proteína bruta e de parede celular, características
estreitamente relacionadas com o consumo de matéria seca. Segundo Van Soest (1965), o teor de
FDN é o fator mais limitante do consumo de volumosos, sendo que os valores dos constituintes
da parede celular superiores a 55-60% na matéria seca correlacionam-se de forma negativa com o
consumo de forragem.
Nos trópicos onde as gramíneas acumulam grande quantidade de material morto, muitas
vezes, devido ao manejo inadequado, a relação entre forragem disponível e consumo está muito
relacionada à fração verde da forragem. Dessa forma, a produção de matéria seca de forragem
verde (MSFV) torna-se uma variável importante, tanto para selecionar as espécies, como para
determinar o uso correto das taxas de lotação da pastagem (t’MANNETJE & EBERSOHN,
1980). Por outro lado, os bovinos possuem a habilidade de selecionar a dieta a partir da forragem
disponível, sendo que a prioridade é para as folhas mais novas, as quais possuem maior valor
30
nutritivo, seguido das folhas dos estratos inferiores e do colmo. O pastejo seletivo permite ao
ruminante compensar o baixo valor nutritivo da forragem disponível, por possibilitar o pastejo
das partes mais nutritivas da planta (STOBBS, 1977). Também Chacon e Stobbs (1978)
reportaram que ótimo desempenho animal tem sido obtido quando a disponibilidade de folhas
permite elevado grau de seletividade no pastejo.
Objetivou-se observar as características forrageiras de um grupo de pastagens perenes
cultivadas e naturais sob pastejo de vacas leiteiras em produção no período de verão. As
pastagens foram formadas por grupos no primeiro ano: Panicum maximum (cultivar Tanzânia-1),
Penisetum purureum (Capim-elefante Anão cv. Mott) e Cynodon dacylum (Tifton 85). E no
segundo ano: Cynodon dacylum (Tifton 85), Pastagem Natural (Pastagem nativa) em sistema de
produção de leite exclusivamente a pasto.
31
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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38
Artigo 1
Avaliação das características forrageiras de pastagens tropicais perenes no sistema de
produção de leite
1
1
Artigo formatado conforme as normas da Revista Brasileira de Agrociência (Pelotas, RS)
39
Avaliação das características forrageiras de pastagens tropicais perenes no sistema de
produção de leite
2
Luis Henrique Ebling Farinatti
3
, Pedro Lima Monks
4
, Vivian Fischer
5
, César Henrique
Espírito Candal Poli
4
, Renata Sune Martins
6
, Zélia Maria de Souza Castilhos
7
Resumo
O objetivo do experimento foi avaliar a produção de forragem das pastagens tropicais
utilizadas na produção de leite. O mesmo foi conduzido na Fepagro/Campanha, no município de
Hulha Negra RS, em área experimental de 8,4 ha, dividida em três piquetes com pastagens
extremes de Tanzânia-1 (Panicum maximum), capim-elefante (Pennisetum purpureum cv. Mott) e
Tifton 85 (Cynodon spp.). O período experimental foi de novembro de 2002 a abril de 2003,
sendo realizadas observações nos animais e da pastagem em um período de 28 dias. Foram
utilizadas nove vacas, da raça Holandês, como animais testes, As vacas testes foram bloqueadas
pela fase de lactação, idade (número de lactações) e potenciais de produção de leite, e dessa
forma, alocadas aos tratamentos, segundo o delineamento quadrado latino. A oferta de lâmina
foliar manteve-se semelhantes nas espécies forrageiras avaliadas, apesar da diferença encontrada
na massa de lâmina foliar, mostrando superioridade para a pastagem de Tanzânia-1 em relação ao
Capim-elefante Anão e o Tifton 85, que não foram diferentes entre si. A massa de forragem e a
taxa de crescimento foram semelhantes nos tratamentos durante o período experimental. Os
teores de proteína bruta foram superiores para o Capim-elefante e o Tifton 85. A DIVMS e
DIVMO foram maiores para o capim-elefante Anão e o teor de FDN foi maior para o Tifton 85.
A carga animal e a lotação animal foram maiores na pastagem de Tanzânia-1 em relação à
pastagem de Capim-elefante Anão e Tifton 85 que não diferiram entre si. O desempenho animal e
a produção de leite, como seu teor de gordura, foram semelhantes nos tratamentos. Através dos
resultados forrageiros obtidos conclui-se que as três forrageiras demonstram potencial para a
produção de leite com bom teor de gordura do leite.
Palavra-chave: Capim-elefante Anão, lâmina foliar, proteína bruta, Tanzânia-1, Tifton-85
2
Trabalho parte da Tese de Doutorado/UFPel
3
Aluno de Doutorado/UFPel
4
Prof. Dr. Departamento de Zootecnia/UFPel (Orientador)
5
Prof. Dr. Departamento de Zootecnia/UFRGS (co-orientador)
6
Pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul/Bagé
7
Pesquisadora da Fepagro Campanha/Hulha Negra
40
Abstract
Evaluation of perennial tropical pastures characteristics in the dairy production system
The present experiment assessed tropical pasture characteristics and its relationships to
milk production in summer. It was of FEPAGRO (Research Foundation of Rio Grande do Sul
State), in Hulha Negra-RS, in a experimental area of 9,0 ha, divided into three pastures with
extreme grazing of Tanzania-1 (Panicum maximum) and Elephant Grass (penisetum purpureum)
cv. “Mott” and Tifton 85 (Cynodon dactlon). The experimental period was from November 2002
to Abril 2003, with observations each 28 days, consisting. Nine Holstein cows were used as
testers and variable number of “put and take” animals and rotation pasture system. The testers
were blocked according to lactation stage, age (number of lactations) and milk production
potential. Thus, they were placed for the treatment, which consists of pasture characteristics and
animal production assessment, following Latin Square allotment. The assessment showed that
leaf lâmina allowance was similar among the treatments, despite the difference found in their
mass. This way, showing superiority for Tanzania-1 pasture over Elephant grass and Tifton 85,
which did not differ between both grasses. Forage mass and Growth rate were similar throughout
the treatments, during experimental period. The crude protein content was greater for Elephant
Grass and Tifton 85. Elephant Grass showed the highest level of DIVMS and DIVMO and Tifton
85 showed the highest level of FDN. The stocking rate was greater in Tanzania-1 grass than in
the other pastures that did not showed any difference. The animal performance, milk production
and fat content were similar among the treatments. With these findings, we can conclude that did
not exist any difference in milk production and its fat content, during the experimental
treatments, because of the exclusive use of Tanzania Grass, Elephant Grass and Tifton 85.
Key words: crude protein, Elephant Grass, leaf grass
41
Introdução
A baixa produtividade de áreas de pastagens no Brasil é uma das principais causas da
pequena rentabilidade e competitividade dos sistemas de produção animal em relação a outros
sistemas agrícolas. Isso se deve, em parte, à falta de conhecimento dos limites de utilização das
plantas forrageiras nos mais variados ambientes. No entanto, a preocupação sempre esteve
centrada em questões como estacionalidade de produção e valor nutritivo, razão pela qual tem
existido uma busca incessante por opções de plantas forrageiras com menos limitações
(BARBOSA et al., 2007).
A gama de plantas forrageiras disponíveis é, aparentemente, suficiente para se afirmar
que, salvo raras exceções, existem opções de espécies forrageiras disponíveis para os diversos
tipos de ecossistemas brasileiros, assim como para quaisquer modalidades de intensificação das
atividades possíveis no cenário da pecuária nacional (LUPINACCI, 2003). Ultimamente, existe
grande demanda por informações sobre o uso de outras gramíneas tropicais manejadas em
sistema de pastejo rotativo para produção de leite e carne, visando, principalmente, a diminuição
dos custos de produção, (HOLMES, 1995).
Entre as opções para melhorar a eficiência dos sistemas de produção de bovinos está a
utilização de gramíneas de estação quente bem adaptadas às condições de meio ambiente da
região. O potencial do meio ambiente pode ser melhorado por meio da incorporação de espécies
cultivadas com melhores características de produção, como as do capim-elefante Anão
(Pennisetum purpureum Schum. cv. Mott), (ALMEIDA et al., 2000). Outras gramíneas tais como
Panicum maximum, cultivar como a Tanzânia-1, têm sido utilizada visando altas produções de
forragem com boa qualidade (MACHADO et al., 1998). O capim Tifton 85 (Cynodon spp.),
conhecido como grama bermuda, tem sido utilizado em varias propriedades rurais do Rio Grande
42
do Sul. Sendo selecionado por sua elevada produção de matéria seca e boa digestibilidade em
comparação com a maioria das gramas bermudas híbridas (PEDREIRA, 1995).
Os objetivos deste trabalho foram de comparar a massa de forragem, altura da pastagem,
relação folha/colmo e as características qualitativas de gramíneas forrageiras utilizadas na região
com oferta semelhante de massa de lâmina foliar verde seca (MLFVS), e relacionar essas
características com a produção de leite de vacas em produção.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido na Estação Experimental do Centro de Pesquisa da
Fundação de Pesquisa Agropecuária Rio do Grande do Sul (FEPAGRO), município de Hulha
Negra. . Na a região fisiográfica da Campanha e situada a uma altitude de 46 m acima do nível do mar.
O clima da região é classificado do tipo Cfa (subtropical úmido) com verão quente, segundo classificação
de Köppen. A temperatura média anual é de 19,3º C, sendo julho o mês mais frio (14ºC) e janeiro o mês
mais quente (25,6 ºC). A umidade relativa média anual é de 77% e a insolação média de 2.303 horas por
ano. O solo da área experimental pertence à Unidade de Mapeamento Arroio dos Ratos, correspondente
a Planossolo de textura média, sendo imperfeitamente drenado, raso, ocupando um relevo suavemente
ondulado com elevados teores de areia grossa (EMBRAPA, 1999). A área experimental foi de 8,4 ha,
sendo dividida em três piquetes, com 2,8 ha cada potreiro com uma espécie forrageira, os quais
constituíam os tratamentos. Dessa forma os piquetes eram constituídos de Tifton 85 (Cynodon
spp), Tanzânia-1 (Panicum maximum) e de capim-elefante Anão (Penisetum purpureum cv
Mott.). Antes da implantação das pastagens que foi realizado em novembro de 2000, foi feito a
adubação com 200 kg de NPK (05-20-20) e 150 kg de superfosfato triplo. Foi aplicado
nitrogênio, em doses de 50 kg N/ha por vez, totalizando 150 kg N/ha.
O período experimental teve início em janeiro de 2002 e seu término em abril/2002. Os
períodos de pastejo avaliados foram de 14 dias, este após os animais terem sidos submetidos a
43
uma adaptação de e 14 dias de avaliação, a cada período dos animais nos tratamentos que foram
formados por três tipos de forrageiras: capim Tanzânia-1, Capim-elefante Anão e Tifton 85. Os
animais foram manejados através do sistema de pastejo rotativo, com tempo de permanência de
um dia e 27 dias de descanso, em uma área de 2,8 ha, subdividida em 28 parcelas de 0,1ha para
cada espécie forrageira. A oferta pretendida de lâmina foliar verde seca foi da ordem de 10% do
peso vivo dos animais. O ajuste de carga foi realizado com animais reguladores a cada 14 dias.
Foram utilizadas nove vacas da raça holandês preto e branco com peso médio de 481±16
kg e 115 dias de lactação. Os animais foram ordenhados duas vezes ao dia, as 5 h da manhã e às 5
h da tarde, e apresentaram antes de entrar no experimento produção de leite média de 16±0,87
litros de leite/dia, pois estavam utilizando pastagem cultivada de milheto (Penissetum
americanum).
A massa de forragem foi avaliada através de três cortes rente ao solo, utilizando uma
segadera (Tobata), otendo uma amostra de 1mx2m, com área de 2 m
2
no primeiro piquete a ser
pastoreado, antes e após o pastejo. Essa avaliação foi a cada 14 dias, considerando a mesma
estimativa para o restante dos potreiros. Após o corte, as amostras foram separadas em lâmina
verde e outros componentes (bainha, colmo, material morto e outras espécies), sendo colocadas
por 72 horas em estufa com ar forçado a 60
o
C.
A taxa de acúmulo de matéria seca da forragem correspondeu à diferença entre a
quantidade de matéria seca de forragem presente logo após o pastejo e 28 dias depois. Antes do
regresso dos animais na área. Foram utilizadas as mesmas amostras de forragem para avaliação
da taxa de acúmulo de teor de matéria seca.
44
As medidas da altura da pastagem foram tomadas antes e após o pastejo no primeiro
potreiro, a cada 14 dias através de 100 pontos em cada parcela. A amostragem foi feita ao acaso
com auxílio de transectas utilizando-se um bastão graduado de 2 m de altura (sward stick).
As lâminas foliares verdes secas (LFVS) foram separadas, provenientes das amostras
cortadas e após colocadas na estufa e moídas, foram utilizadas para as avaliações de teores de
proteína bruta, fibra detergente neutro e digestibilidade in vitro da matéria seca e orgânica.
O controle da produção de leite de todas as vacas foi realizado uma vez por semana. A
produção de cada vaca foi pesada e anotada. O peso dos animais foi verificado logo após a
ordenha, antes da troca do tipo de pastagem no início de cada período de pastejo (28 dias).
O delineamento utilizado foi o de quadrado latino, sendo que as linhas corresponderam
aos períodos de pastejo (3 períodos) e as colunas aos grupos de animais. Em cada grupo foram
utilizadas três vacas em lactação, bloqueadas pela fase de lactação, idade (número de lactações
durante a vida) e potencial de produção de leite. Os atributos qualitativos e quantitativos da
pastagem foram submetidos à análise da variância e comparação de médias para avaliar os efeitos
dos tratamentos. O valor da probabilidade máxima para rejeição da hipótese de nulidade foi 0,05.
Resultados e Discussão
A oferta de lâmina foliar verde seca (Tabela 1) foi semelhante entre os tratamentos,
apresentando uma média de 13,06 kg de matéria seca de lâmina foliar verde/100 kg de PV/dia.
Essa oferta permitiu seletividade, não havendo restrição ao pastejo, visto que, trabalhos com
diferentes espécies forrageiras têm mostrado maiores consumo de forragem sob oferta de
forragem na faixa de 6 a 9 kg de MS/100 kg de PV (STRADIOTTI JR., 1995).
45
As massas de forragem também o apresentaram diferença entre as pastagens, sendo
6382± 649 e 5009±778 kg de MS/ha, respectivamente.
A massa de lâmina foliar e seu resíduo foram superiores para a pastagem de Tanzânia-1
em relação à de Capim-elefante Anão, que apresentava baixa população de plantas na área
experimental, mas obteve resultados semelhantes ao Tifton 85, que não diferiram entre si, com
médias de 3.043; 1.290 e 1.442 kg/ha, e 1.659; 716; 777 kg/ha, respectivamente para a massa de
lâminas foliares e para os resíduos.
As taxas de acúmulo de forragem das pastagens não mostraram diferença significativa
entre as pastagens avaliadas, com média de 76±19 kg de MS/ha.
A altura da pastagem no início do experimento foi de 77; 84 e 37 cm, respectivamente,
para as pastagens de Tanzânia, Capim-elefante Anão e Tifton 8. A altura do resíduo, foi de 45, 47
e 23 cm para as pastagens de Tanzânia-1, Capim-elefante Anão e Tifton 85.
A oferta de MLFVS utilizada no experimento foi de 13,06%, considerada semelhante ou
mesmo superior às encontradas por diversos autores. Costa et al (2000), trabalharam com ofertas
que variaram de 10 a 12 e 6 a 8 kg de MLF/ha, em sistema rotacionado de pastagens formadas
por capim Tanzânia-1. Penati et al. (1999) trabalharam com intervalo de ofertas de lâmina
foliares 9 e 12 kg de MLFVS/100 kg de peso vivo. A oferta e massa de lâmina foliar utilizadas na
pastagem de capim-elefante (Tabela 1) encontra-se no intervalo testado por Almeida et al. (2000),
que avaliaram resíduos médios de massa de lâminas foliares (MLF) do capim-elefante que
variaram de 722 a 2.542 kg de MS/ha mantidos na pastagem para as ofertas reais de 3,8; 7,5; 10,2
e 14,0 kg de MLF/100 kg PV/dia.
46
Tabela 1: Valores médios da oferta de lâmina foliar (OFL), massa de forragem total (MFT) e
residual (MFTR), massa de lâmina foliar verde seca (MLFVS) e residual (MLFVSR),
taxa de acúmulo de forragem (TAF) e altura da pastagem (AP) e altura residual da
planta nas pastagens tropicais perenes sob pastejo de vacas, da raça holandesa, para a
produção de leite, 2002.
Table 1:Average values in relation to the offer of leaf blade (OLB), total (TFM) and residual
(TRFM) forage mass, green (GLBDM) and residual dry leaf blade (RLBM), net
herbage accumulation rate (NHAR), plant height (PH) and plant residual height in
perennial tropical pastures upon Holstein Cows grazing to the production of milk, 2002
Tratamentos
Características
forrageiras
Tanzânia-1
Capim-
elefante
Anão
Tifton 85
Média
±
Desvio Padrão
Coeficiente
de
Variação
PF
kg de MLFVS/100kg de pv/dia
OLF
15,96 11,45 11,76 13,06±2,52 41,972 0,308
kg de MS/ha)
MFT
7031 6022 6093 6382± 649 17,055 0,501
MFTR 5559 4459 5414 5009±778 18,231 0,521
kg de MLFVS/ha
MLFVS 3043 A 1290 B 1442 B 1926± 973 11,545 0,001
MLFVSR 1659A 716B 777B 1051± 527 11,765 0,001
kg de MS/ha/dia
TAF
96 75 57 76± 19 52,356 0,549
Cm
AP
77 A 84 A 37 B 66± 25 8,295 0,009
APR 45A 47A 23B 38±13,04 8,053 0,007
* Média seguidas da mesma letra na linha cão diferem significativamente para o teste de tukey (P
= 0,05)
A Tanzânia-1 mostrou adaptabilidade na estação quente (primavera-verão), o que
possibilitou trabalhar com massa de lâmina foliar da pastagem de 3054 kg de MLFVS, que foi
47
semelhante a encontra no intervalo trabalhado por Costa (2000) que obteve de 4.920 a 2.920 kg
de MLFVS/ha de disponibilidade de lâmina foliar em diferentes ofertas. Cano et al. (2004),
encontraram com Tanzânia-1, para alturas de 20 e 80 cm a produção de MLFVS de 730 a 3.690
kg/ha, respectivamente, que ajuda a validar os valores trabalhos no experimento. Os valores
encontrados no experimento mostraram superioridade aos observados por Canto et al. (2001) que
variaram de 985 kg de MS/ha na altura de pasto de 24,6 cm a 1.813 kg de MS/ha na altura de
pasto de 71,4 cm. Enquanto, Penati et al (1999) encontraram valores superiores a massa de
lâmina foliar e altura dia que as trabalhadas neste experimento, sendo 6.500 kg de MLFVS/ha
e 95 cm de altura da pastagem de Tanzânia-1. Dessa forma a MLFVS na altura de 80 cm
encontrada por esses autores mostrou-se muito próxima da registrada neste experimento com 77
cm, mostrando uma boa disponibilidade de forragem na pastagem de Tanzânia-1 para produção
de leite.
A altura média do Tifton 85 correspondeu ao intervalo avaliado por FAGUNDES et al.
(1999) que verificaram acúmulo de forragem em pastagens de Tifton 85 sob diferentes
intensidades de pastejo. Essa relação certificou o desempenho da pastagem de Tifton 85, quando
utilizado em pastejo rotativo com bovinos de leite.
Os dados de acúmulo de forragem revelam taxas semelhantes às encontradas neste
experimento apenas no Tifton 85 avaliado por CARVALHO et al. 2000, que no inverno,
obtiveram em média de 28 kg MS ha/dia, enquanto as maiores taxas ocorreram durante o verão
apresentando uma média de 97 kg MS ha/dia. Na primavera o acúmulo de forragem foi em média
de 62 kg MS/ha/dia. Esses dados nos levam a acreditar que a pastagem de Tifton 85 possui
adatabilidade a região da Campanha do Rio Grande do Sul.
As médias de massa de forragem total e as taxas de acúmulo de forragem foram
semelhantes para as três espécies avaliadas no período experimental, apresentando 6.351 kg de
48
matéria seca de forragem/ha e 76 kg de MS/ha/dia. A média da massa de forragem encontrada na
pastagem de Tanzânia-1 (Tabela 1) foi superior à verificada por Barbosa et al, (2007). Os autores
verificaram que os pastos manejados com 50 cm e a 25 cm de resíduo, apresentaram médias de
5.810 e 4.890 kg de MS/ha, respectivamente. Santos et al (1999) encontraram 5.772 kg de MS/ha
com Tanzânia-1, para um ciclo de pastejo de 38 dias. CECATO et al. (1996) encontraram
produção de 7.441 kg de MS/ha, para um ciclo de pastejo de 35 dias para a pastagem de
Tanzânia. Encontraram também taxa de acúmulo de forragem entre 185 e 65 kg MS/ha/dia, para
os períodos de 1983/84 e 1984/85, respectivamente.
BERETTA et al. (1999) obtiveram taxa de acúmulo de MS de 97,6 kg/ha.dia, durante o
período chuvoso, em pastagem formada com capim-Tanzânia-1 em Campo Grande, MS. Estas
taxas foram semelhantes às encontradas no presente experimento, demonstrando o bom
desempenho desta forrageira na região da Campanha do Rio Grande do Sul
A MLFVS da pastagem de Tanzânia-1 foi maior que as encontradas na pastagem de
Capim-elefante Anão e Tifton 85, no entanto, a massa de forragem não mostrou diferença, como
também à oferta de lâmina foliar trabalhada neste experimento.
As espécies forrageiras apresentaram nas suas massas de lâmina foliar, maiores teores de
proteína bruta para as pastagens de Capim-elefante Anão e Tifton 85 em relação à pastagem de
Tanzânia-1. Enquanto que os teores de fibra detergente neutra foram superiores para o Tifton 85,
seguido do Capime Elefante Anão e Tanzânia (Tabela 2). A avaliação qualitativa nas lâminas
foliares deve-se ao relatado feito por Minson (1990) e Van Soest (1994), as folhas apresentam
maior teor de PB e menores teores de FDN, de FDA e de lignina que os caules ou colmos das
plantas forrageiras.
49
Tabela 2: Valores médios dos teores de proteína bruta (PB), fibra detergente neutra (FDN),
digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) e digestibilidade in vitro da matéria
orgânica (DIVMO) das forrageiras tropicais perenes sob pastejo de vacas, da raça
holandesa, para a produção de leite na estação quente de 2002.
Table 2: Average values of crude protein ( CP), neutral detergent fiber (FDN), in vitro dry
matter digestibility (IVDMD) and in vitro organic matter digestibility (IVOMD) in the
tropical perennial forage upon Holstein Cows grazing to the milk production in the summer
time in 2002.
Tratamentos
Teores
de
Tanzânia-1
Capim-
elefante
Anão
Tifton 85
Média
±
Desvio
Padrão
Coeficiente
de
Variação
PF
PB (%) 11,22B 14,66A 13,20A 13,02±1,72 9,5416 0,0001
FDN(%) 78,35B 74,31C 83,04A 78,56±4,37 2,8991 0,0013
DIVMS(%) 55,03B 63,11A 53,29B 57,14±5,24 3,6816 0,0001
DIVMO(%)
55,85B 64,56A 52,28C 57,56±6,31 3,6727 0,0001
* Média seguidas da mesma letra na linha não diferem significativamente para o teste de tukey (P
= 0,05)
Gerdes et al. (2000) obtiveram de 10,8 a 19,8 % de proteína bruta nas folhas de capim-
Tanzânia-1 nas estações outono e inverno, primavera e verão, respectivamente, quando
pastejadas por vacas, da raça holandesa em lactação. Os resultados obtidos na primavera-verão
foram superiores aos encontrados neste experimento, mas os teores de FDN e DIVMS se
mostraram semelhante.
Os teores de proteína bruta de Tifton-85 nas lâminas foliares apresentaram valores
inferiores aos encontrados por Pedreira (1995) devido a massa de lâmina foliar disponibilizada
aos animais. Este autor obteve 16 % de PB em amostras de Tifton 85 pastejado por novilhas.
50
Vilela & Alvim (1996) observaram valores de 16 a 23% de PB para Coastcross-1 pastejado por
bovinos leiteiros, Hill et al. (1993) e Gomide (1996) encontraram 16% de PB nas folhas e 10%
de PB nas pseudohastes, em cultivares de Cynodon spp.
Ocorreu diferença no percentual de FDN entre as espécies estudadas. O capim Tifton
apresentou valor mais alto, enquanto que o capim-elefante Anão apresentou valor mais baixo
(Tabela 2). Os teores de FDN encontrados na pastagem de Tifton 85 foram superiores aos
observados por Pedreira.(1995) que encontraram valores próximos de 80% .
A pastagem de Capim-elefante Anão apresentou melhor digestibilidade in vitro da matéria
seca e orgânica que as demais pastagens, com percentuais de 63,11 e 64,56 %, enquanto a
pastagem de tanzânia mostrou teor de DIVMS (Tabela 2) semelhante ao encontrado na pastagem
de Tifton 85, e superioridade na DIVMO, sendo 55,85 e 52,28%.
A carga animal e a lotação animal foram superiores para a pastagem de Tanzânia em
relação às pastagens de Capim-elefante Anão e Tifton 85, que não diferiram entre si.
Neste trabalho a produção de leite individual foi maior para a pastagem de Tifton 85,
enquanto que por hectare esta produção foi superior a pastagem de CEA e Tanzânia-1, que não
diferiram entre si, sendo compensada pela lotação animal devido à disponibilidade de lâmina
verde.
Cowan et al. (1993), Alvim et al. (1996) e Vilela et al. (1996), trabalhando com Coast
Cross e vacas da raça Holandês, alcançaram produções bem próximas de 12 a 14 kg/vaca/dia,
quando se descartaram o efeito da suplementação do concentrado. Deresz (2001) observa que a
produção diária média de leite no tratamento sem concentrado foi de 11,9 kg/vaca, e aquela no
tratamento com concentrado de 13,4 kg/vaca, em pastagem de capim-elefante Anão.
51
Tabela 3: Valores médios das características da produção animal nas pastagens tropicais perenes
sob pastejo de vacas, da raça holandesa, para a produção de leite, na estação quente no
ano de 2002.
Table 3: Average values of the animal production characteristics in tropical perennial pastures
upon grazing of Holstein Cows to milk production, during the summer time of 2002.
Tratamentos
Tanzânia-1
CEA Tifton 85
Média
±
Desvio
Padrão
Coeficiente
De
Variação
PF
kg/há
Carga Animal 1025A 584B 607B 738±248 14,264 0,010
UA/há Lotação Animal/ha/
tratamento 2,3A 1,3 B 1,3B 4,55+1,89 23,1386 0,013
Kg Peso Vivo
individual 486,67 483,00 473,6 481,09+6,74 4,0009 0,07
litros/vaca/dia
Produção de Leite
14,4B 14,1B 15,6A 14,75±0,82 6,854 0,002
litros/ha
Produção de Leite 26,4A 14,2B 19,2AB 19,62±6,58 9,995 0,003
%
Teor de Gordura 3,41B 3,50A 3,48A 3,46±0,05 8,320 0,009
* Média seguidas da mesma letra na linha não diferem significativamente para o teste de Tukey
(P = 0,05)
A média do teor de gordura por vaca/dia foram superiores para as pastagens de Capim-
elefante Anão e Tifton 85 em relação aos obtidos na pastagem de Tanzânia-1. Os valores
encontrados estão acima do teor trabalhado no leite industrializado (3%), correspondente ao
teores de gordura do leite (%) com os valores de 3,8 (sem concentrado) a 3,7 (com concentrado)
para vacas mestiças Holandês x zebu manejadas em pastagens durante os primeiros 200 dias de
lactação (DERESZ, 2001).
52
Conclusões
A utilização exclusiva das pastagens de Tifton 85, Tanzânia-1 e Capim-elefante Anão cv.
Mott, com ofertas ao redor de 12%, possibilitou produções de leite superiores a 14 litros diários
por vaca. A pastagem de Tanzânia-1 pode suportar carga 40 % maior que as pastagens de
Capim-elefante Anão cv. Mott e Tifton 85 para oferta ao redor de 12 kg de MLFVS/100 kg de
peso vivo. A utilização de espécies forrageiras tropicais perenes pode ser uma boa opção na
alimentação de vacas leiteiras para produção de leite com qualidade.
53
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56
Artigo 2
Avaliação das características forrageiras de pastagens tropicais perenes no sistema de
produção de leite
8
2
Artigo formatado conforme normas da Revista Brasileira de Zootecnia (Viçosa, MG)
57
Avaliação das características forrageiras de pastagens tropicais perenes no sistema de
produção de leite
9
Luis Henrique Ebling Farinatti
10
, Pedro Lima Monks
11
, Vivian Fischer
12
, César Henrique
Espírito Candal Poli
4
, Renata Sune Martins
13
, Zélia Maria de Souza Castilhos
14
Resumo
O objetivo do experimento foi avaliar a produção de forragem das pastagens tropicais
utilizadas na produção de leite. O mesmo foi conduzido na Fepagro/Campanha, no município de
Hulha Negra RS, em área experimental de 8,4 ha, dividida em três piquetes com pastagens
extremes de Tanzânia-1 (Panicum maximum), capim-elefante (Pennisetum purpureum cv. Mott) e
Tifton 85 (Cynodon spp.). O período experimental foi de novembro de 2002 a abril de 2003,
sendo realizadas observações nos animais e da pastagem em um período de 28 dias. Foram
utilizadas nove vacas, da raça Holandês, como animais testes, As vacas testes foram bloqueadas
pela fase de lactação, idade (número de lactações) e potenciais de produção de leite, e dessa
forma, alocadas aos tratamentos, segundo o delineamento quadrado latino. A oferta de lâmina
foliar manteve-se semelhantes nas espécies forrageiras avaliadas, apesar da diferença encontrada
na massa de lâmina foliar, mostrando superioridade para a pastagem de Tanzânia-1 em relação ao
Capim-elefante Anão e o Tifton 85, que não foram diferentes entre si. A massa de forragem e a
taxa de crescimento foram semelhantes nos tratamentos durante o período experimental. Os
teores de proteína bruta foram superiores para o Capim-elefante e o Tifton 85. A DIVMS e
DIVMO foram maiores para o capim-elefante Anão e o teor de FDN foi maior para o Tifton 85.
A carga animal e a lotação animal foram maiores na pastagem de Tanzânia-1 em relação à
pastagem de Capim-elefante Anão e Tifton 85 que não diferiram entre si. O desempenho animal e
a produção de leite, como seu teor de gordura, foram semelhantes nos tratamentos. Através dos
resultados forrageiros obtidos conclui-se que as três forrageiras demonstram potencial para a
produção de leite com bom teor de gordura do leite.
Palavra-chave: Capim-elefante Anão, lâmina foliar, proteína bruta, Tanzânia-1, Tifton-85
9
Trabalho parte da Tese de Doutorado/UFPel
10
Aluno de Doutorado/UFPel
11
Prof. Dr. Departamento de Zootecnia/UFPel (Orientador)
12
Prof. Dr. Departamento de Zootecnia/UFRGS (co-orientador)
13
Pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul/Bagé
14
Pesquisadora da Fepagro Campanha/Hulha Negra
58
Abstract
Evaluation of perennial tropical pastures characteristics in the dairy production system
The present experiment assessed tropical pasture characteristics and its relationships to
milk production in summer. It was of FEPAGRO (Research Foundation of Rio Grande do Sul
State), in Hulha Negra-RS, in a experimental area of 9,0 ha, divided into three pastures with
extreme grazing of Tanzania-1 (Panicum maximum) and Elephant Grass (penisetum purpureum)
cv. “Mott” and Tifton 85 (Cynodon dactlon). The experimental period was from November 2002
to Abril 2003, with observations each 28 days, consisting. Nine Holstein cows were used as
testers and variable number of “put and take” animals and rotation pasture system. The testers
were blocked according to lactation stage, age (number of lactations) and milk production
potential. Thus, they were placed for the treatment, which consists of pasture characteristics and
animal production assessment, following Latin Square allotment. The assessment showed that
leaf lâmina allowance was similar among the treatments, despite the difference found in their
mass. This way, showing superiority for Tanzania-1 pasture over Elephant grass and Tifton 85,
which did not differ between both grasses. Forage mass and Growth rate were similar throughout
the treatments, during experimental period. The crude protein content was greater for Elephant
Grass and Tifton 85. Elephant Grass showed the highest level of DIVMS and DIVMO and Tifton
85 showed the highest level of FDN. The stocking rate was greater in Tanzania-1 grass than in
the other pastures that did not showed any difference. The animal performance, milk production
and fat content were similar among the treatments. With these findings, we can conclude that did
not exist any difference in milk production and its fat content, during the experimental
treatments, because of the exclusive use of Tanzania Grass, Elephant Grass and Tifton 85.
Key words: crude protein, Elephant Grass, leaf grass
59
Introdução
A baixa produtividade de áreas de pastagens no Brasil é uma das principais causas da
pequena rentabilidade e competitividade dos sistemas de produção animal em relação a outros
sistemas agrícolas. Isso se deve, em parte, à falta de conhecimento dos limites de utilização das
plantas forrageiras nos mais variados ambientes. No entanto, a preocupação sempre esteve
centrada em questões como estacionalidade de produção e valor nutritivo, razão pela qual tem
existido uma busca incessante por opções de plantas forrageiras com menos limitações
(BARBOSA et al., 2007).
A gama de plantas forrageiras disponíveis é, aparentemente, suficiente para se afirmar
que, salvo raras exceções, existem opções de espécies forrageiras disponíveis para os diversos
tipos de ecossistemas brasileiros, assim como para quaisquer modalidades de intensificação das
atividades possíveis no cenário da pecuária nacional (LUPINACCI, 2003). Ultimamente, existe
grande demanda por informações sobre o uso de outras gramíneas tropicais manejadas em
sistema de pastejo rotativo para produção de leite e carne, visando, principalmente, a diminuição
dos custos de produção, (HOLMES, 1995).
Entre as opções para melhorar a eficiência dos sistemas de produção de bovinos está a
utilização de gramíneas de estação quente bem adaptadas às condições de meio ambiente da
região. O potencial do meio ambiente pode ser melhorado por meio da incorporação de espécies
cultivadas com melhores características de produção, como as do capim-elefante Anão
(Pennisetum purpureum Schum. cv. Mott), (ALMEIDA et al., 2000). Outras gramíneas tais como
Panicum maximum, cultivar como a Tanzânia-1, têm sido utilizada visando altas produções de
forragem com boa qualidade (MACHADO et al., 1998). O capim Tifton 85 (Cynodon spp.),
conhecido como grama bermuda, tem sido utilizado em varias propriedades rurais do Rio Grande
60
do Sul. Sendo selecionado por sua elevada produção de matéria seca e boa digestibilidade em
comparação com a maioria das gramas bermudas híbridas (PEDREIRA, 1995).
Os objetivos deste trabalho foram de comparar a massa de forragem, altura da pastagem,
relação folha/colmo e as características qualitativas de gramíneas forrageiras utilizadas na região
com oferta semelhante de massa de lâmina foliar verde seca (MLFVS), e relacionar essas
características com a produção de leite de vacas em produção.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido na Estação Experimental do Centro de Pesquisa da
Fundação de Pesquisa Agropecuária Rio do Grande do Sul (FEPAGRO), município de Hulha
Negra. . Na a região fisiográfica da Campanha e situada a uma altitude de 46 m acima do nível do mar.
O clima da região é classificado do tipo Cfa (subtropical úmido) com verão quente, segundo classificação
de Köppen. A temperatura média anual é de 19,3º C, sendo julho o mês mais frio (14ºC) e janeiro o mês
mais quente (25,6 ºC). A umidade relativa média anual é de 77% e a insolação média de 2.303 horas por
ano. O solo da área experimental pertence à Unidade de Mapeamento Arroio dos Ratos, correspondente
a Planossolo de textura média, sendo imperfeitamente drenado, raso, ocupando um relevo suavemente
ondulado com elevados teores de areia grossa (EMBRAPA, 1999). A área experimental foi de 8,4 ha,
sendo dividida em três piquetes, com 2,8 ha cada potreiro com uma espécie forrageira, os quais
constituíam os tratamentos. Dessa forma os piquetes eram constituídos de Tifton 85 (Cynodon
spp), Tanzânia-1 (Panicum maximum) e de capim-elefante Anão (Penisetum purpureum cv
Mott.). Antes da implantação das pastagens que foi realizado em novembro de 2000, foi feito a
adubação com 200 kg de NPK (05-20-20) e 150 kg de superfosfato triplo. Foi aplicado
nitrogênio, em doses de 50 kg N/ha por vez, totalizando 150 kg N/ha.
O período experimental teve início em janeiro de 2002 e seu término em abril/2002. Os
períodos de pastejo avaliados foram de 14 dias, este após os animais terem sidos submetidos a
61
uma adaptação de e 14 dias de avaliação, a cada período dos animais nos tratamentos que foram
formados por três tipos de forrageiras: capim Tanzânia-1, Capim-elefante Anão e Tifton 85. Os
animais foram manejados através do sistema de pastejo rotativo, com tempo de permanência de
um dia e 27 dias de descanso, em uma área de 2,8 ha, subdividida em 28 parcelas de 0,1ha para
cada espécie forrageira. A oferta pretendida de lâmina foliar verde seca foi da ordem de 10% do
peso vivo dos animais. O ajuste de carga foi realizado com animais reguladores a cada 14 dias.
Foram utilizadas nove vacas da raça holandês preto e branco com peso médio de 481±16
kg e 115 dias de lactação. Os animais foram ordenhados duas vezes ao dia, as 5 h da manhã e às 5
h da tarde, e apresentaram antes de entrar no experimento produção de leite média de 16±0,87
litros de leite/dia, pois estavam utilizando pastagem cultivada de milheto (Penissetum
americanum).
A massa de forragem foi avaliada através de três cortes rente ao solo, utilizando uma
segadera (Tobata), otendo uma amostra de 1mx2m, com área de 2 m
2
no primeiro piquete a ser
pastoreado, antes e após o pastejo. Essa avaliação foi a cada 14 dias, considerando a mesma
estimativa para o restante dos potreiros. Após o corte, as amostras foram separadas em lâmina
verde e outros componentes (bainha, colmo, material morto e outras espécies), sendo colocadas
por 72 horas em estufa com ar forçado a 60
o
C.
A taxa de acúmulo de matéria seca da forragem correspondeu à diferença entre a
quantidade de matéria seca de forragem presente logo após o pastejo e 28 dias depois. Antes do
regresso dos animais na área. Foram utilizadas as mesmas amostras de forragem para avaliação
da taxa de acúmulo de teor de matéria seca.
62
As medidas da altura da pastagem foram tomadas antes e após o pastejo no primeiro
potreiro, a cada 14 dias através de 100 pontos em cada parcela. A amostragem foi feita ao acaso
com auxílio de transectas utilizando-se um bastão graduado de 2 m de altura (sward stick).
As lâminas foliares verdes secas (LFVS) foram separadas, provenientes das amostras
cortadas e após colocadas na estufa e moídas, foram utilizadas para as avaliações de teores de
proteína bruta, fibra detergente neutro e digestibilidade in vitro da matéria seca e orgânica.
O controle da produção de leite de todas as vacas foi realizado uma vez por semana. A
produção de cada vaca foi pesada e anotada. O peso dos animais foi verificado logo após a
ordenha, antes da troca do tipo de pastagem no início de cada período de pastejo (28 dias).
O delineamento utilizado foi o de quadrado latino, sendo que as linhas corresponderam
aos períodos de pastejo (3 períodos) e as colunas aos grupos de animais. Em cada grupo foram
utilizadas três vacas em lactação, bloqueadas pela fase de lactação, idade (número de lactações
durante a vida) e potencial de produção de leite. Os atributos qualitativos e quantitativos da
pastagem foram submetidos à análise da variância e comparação de médias para avaliar os efeitos
dos tratamentos. O valor da probabilidade máxima para rejeição da hipótese de nulidade foi 0,05.
Resultados e Discussão
A oferta de lâmina foliar verde seca (Tabela 1) foi semelhante entre os tratamentos,
apresentando uma média de 13,06 kg de matéria seca de lâmina foliar verde/100 kg de PV/dia.
Essa oferta permitiu seletividade, não havendo restrição ao pastejo, visto que, trabalhos com
diferentes espécies forrageiras têm mostrado maiores consumo de forragem sob oferta de
forragem na faixa de 6 a 9 kg de MS/100 kg de PV (STRADIOTTI JR., 1995).
63
As massas de forragem também o apresentaram diferença entre as pastagens, sendo
6382± 649 e 5009±778 kg de MS/ha, respectivamente.
A massa de lâmina foliar e seu resíduo foram superiores para a pastagem de Tanzânia-1
em relação à de Capim-elefante Anão, que apresentava baixa população de plantas na área
experimental, mas obteve resultados semelhantes ao Tifton 85, que não diferiram entre si, com
médias de 3.043; 1.290 e 1.442 kg/ha, e 1.659; 716; 777 kg/ha, respectivamente para a massa de
lâminas foliares e para os resíduos.
As taxas de acúmulo de forragem das pastagens não mostraram diferença significativa
entre as pastagens avaliadas, com média de 76±19 kg de MS/ha.
A altura da pastagem no início do experimento foi de 77; 84 e 37 cm, respectivamente,
para as pastagens de Tanzânia, Capim-elefante Anão e Tifton 8. A altura do resíduo, foi de 45, 47
e 23 cm para as pastagens de Tanzânia-1, Capim-elefante Anão e Tifton 85.
A oferta de MLFVS utilizada no experimento foi de 13,06%, considerada semelhante ou
mesmo superior às encontradas por diversos autores. Costa et al (2000), trabalharam com ofertas
que variaram de 10 a 12 e 6 a 8 kg de MLF/ha, em sistema rotacionado de pastagens formadas
por capim Tanzânia-1. Penati et al. (1999) trabalharam com intervalo de ofertas de lâmina
foliares 9 e 12 kg de MLFVS/100 kg de peso vivo. A oferta e massa de lâmina foliar utilizadas na
pastagem de capim-elefante (Tabela 1) encontra-se no intervalo testado por Almeida et al. (2000),
que avaliaram resíduos médios de massa de lâminas foliares (MLF) do capim-elefante que
variaram de 722 a 2.542 kg de MS/ha mantidos na pastagem para as ofertas reais de 3,8; 7,5; 10,2
e 14,0 kg de MLF/100 kg PV/dia.
64
Tabela 1: Valores médios da oferta de lâmina foliar (OFL), massa de forragem total (MFT) e
residual (MFTR), massa de lâmina foliar verde seca (MLFVS) e residual (MLFVSR),
taxa de acúmulo de forragem (TAF) e altura da pastagem (AP) e altura residual da
planta nas pastagens tropicais perenes sob pastejo de vacas, da raça holandesa, para a
produção de leite, 2002.
Table 1:Average values in relation to the offer of leaf blade (OLB), total (TFM) and residual
(TRFM) forage mass, green (GLBDM) and residual dry leaf blade (RLBM), net
herbage accumulation rate (NHAR), plant height (PH) and plant residual height in
perennial tropical pastures upon Holstein Cows grazing to the production of milk, 2002
Tratamentos
Características
forrageiras
Tanzânia-1
Capim-
elefante
Anão
Tifton 85
Média
±
Desvio Padrão
Coeficiente
de
Variação
PF
kg de MLFVS/100kg de pv/dia
OLF
15,96 11,45 11,76 13,06±2,52 41,972 0,308
kg de MS/ha)
MFT
7031 6022 6093 6382± 649 17,055 0,501
MFTR 5559 4459 5414 5009±778 18,231 0,521
kg de MLFVS/ha
MLFVS 3043 A 1290 B 1442 B 1926± 973 11,545 0,001
MLFVSR 1659A 716B 777B 1051± 527 11,765 0,001
kg de MS/ha/dia
TAF
96 75 57 76± 19 52,356 0,549
Cm
AP
77 A 84 A 37 B 66± 25 8,295 0,009
APR 45A 47A 23B 38±13,04 8,053 0,007
* Média seguidas da mesma letra na linha cão diferem significativamente para o teste de tukey (P
= 0,05)
A Tanzânia-1 mostrou adaptabilidade na estação quente (primavera-verão), o que
possibilitou trabalhar com massa de lâmina foliar da pastagem de 3054 kg de MLFVS, que foi
65
semelhante a encontra no intervalo trabalhado por Costa (2000) que obteve de 4.920 a 2.920 kg
de MLFVS/ha de disponibilidade de lâmina foliar em diferentes ofertas. Cano et al. (2004),
encontraram com Tanzânia-1, para alturas de 20 e 80 cm a produção de MLFVS de 730 a 3.690
kg/ha, respectivamente, que ajuda a validar os valores trabalhos no experimento. Os valores
encontrados no experimento mostraram superioridade aos observados por Canto et al. (2001) que
variaram de 985 kg de MS/ha na altura de pasto de 24,6 cm a 1.813 kg de MS/ha na altura de
pasto de 71,4 cm. Enquanto, Penati et al (1999) encontraram valores superiores a massa de
lâmina foliar e altura dia que as trabalhadas neste experimento, sendo 6.500 kg de MLFVS/ha
e 95 cm de altura da pastagem de Tanzânia-1. Dessa forma a MLFVS na altura de 80 cm
encontrada por esses autores mostrou-se muito próxima da registrada neste experimento com 77
cm, mostrando uma boa disponibilidade de forragem na pastagem de Tanzânia-1 para produção
de leite.
A altura média do Tifton 85 correspondeu ao intervalo avaliado por FAGUNDES et al.
(1999) que verificaram acúmulo de forragem em pastagens de Tifton 85 sob diferentes
intensidades de pastejo. Essa relação certificou o desempenho da pastagem de Tifton 85, quando
utilizado em pastejo rotativo com bovinos de leite.
Os dados de acúmulo de forragem revelam taxas semelhantes às encontradas neste
experimento apenas no Tifton 85 avaliado por CARVALHO et al. 2000, que no inverno,
obtiveram em média de 28 kg MS ha/dia, enquanto as maiores taxas ocorreram durante o verão
apresentando uma média de 97 kg MS ha/dia. Na primavera o acúmulo de forragem foi em média
de 62 kg MS/ha/dia. Esses dados nos levam a acreditar que a pastagem de Tifton 85 possui
adatabilidade a região da Campanha do Rio Grande do Sul.
As médias de massa de forragem total e as taxas de acúmulo de forragem foram
semelhantes para as três espécies avaliadas no período experimental, apresentando 6.351 kg de
66
matéria seca de forragem/ha e 76 kg de MS/ha/dia. A média da massa de forragem encontrada na
pastagem de Tanzânia-1 (Tabela 1) foi superior à verificada por Barbosa et al, (2007). Os autores
verificaram que os pastos manejados com 50 cm e a 25 cm de resíduo, apresentaram médias de
5.810 e 4.890 kg de MS/ha, respectivamente. Santos et al (1999) encontraram 5.772 kg de MS/ha
com Tanzânia-1, para um ciclo de pastejo de 38 dias. CECATO et al. (1996) encontraram
produção de 7.441 kg de MS/ha, para um ciclo de pastejo de 35 dias para a pastagem de
Tanzânia. Encontraram também taxa de acúmulo de forragem entre 185 e 65 kg MS/ha/dia, para
os períodos de 1983/84 e 1984/85, respectivamente.
BERETTA et al. (1999) obtiveram taxa de acúmulo de MS de 97,6 kg/ha.dia, durante o
período chuvoso, em pastagem formada com capim-Tanzânia-1 em Campo Grande, MS. Estas
taxas foram semelhantes às encontradas no presente experimento, demonstrando o bom
desempenho desta forrageira na região da Campanha do Rio Grande do Sul
A MLFVS da pastagem de Tanzânia-1 foi maior que as encontradas na pastagem de
Capim-elefante Anão e Tifton 85, no entanto, a massa de forragem não mostrou diferença, como
também à oferta de lâmina foliar trabalhada neste experimento.
As espécies forrageiras apresentaram nas suas massas de lâmina foliar, maiores teores de
proteína bruta para as pastagens de Capim-elefante Anão e Tifton 85 em relação à pastagem de
Tanzânia-1. Enquanto que os teores de fibra detergente neutra foram superiores para o Tifton 85,
seguido do Capime Elefante Anão e Tanzânia (Tabela 2). A avaliação qualitativa nas lâminas
foliares deve-se ao relatado feito por Minson (1990) e Van Soest (1994), as folhas apresentam
maior teor de PB e menores teores de FDN, de FDA e de lignina que os caules ou colmos das
plantas forrageiras.
67
Tabela 2: Valores médios dos teores de proteína bruta (PB), fibra detergente neutra (FDN),
digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) e digestibilidade in vitro da matéria
orgânica (DIVMO) das forrageiras tropicais perenes sob pastejo de vacas, da raça
holandesa, para a produção de leite na estação quente de 2002.
Table 2: Average values of crude protein ( CP), neutral detergent fiber (FDN), in vitro dry
matter digestibility (IVDMD) and in vitro organic matter digestibility (IVOMD) in the
tropical perennial forage upon Holstein Cows grazing to the milk production in the summer
time in 2002.
Tratamentos
Teores
de
Tanzânia-1
Capim-
elefante
Anão
Tifton 85
Média
±
Desvio
Padrão
Coeficiente
de
Variação
PF
PB (%) 11,22B 14,66A 13,20A 13,02±1,72 9,5416 0,0001
FDN(%) 78,35B 74,31C 83,04A 78,56±4,37 2,8991 0,0013
DIVMS(%) 55,03B 63,11A 53,29B 57,14±5,24 3,6816 0,0001
DIVMO(%)
55,85B 64,56A 52,28C 57,56±6,31 3,6727 0,0001
* Média seguidas da mesma letra na linha não diferem significativamente para o teste de tukey (P
= 0,05)
Gerdes et al. (2000) obtiveram de 10,8 a 19,8 % de proteína bruta nas folhas de capim-
Tanzânia-1 nas estações outono e inverno, primavera e verão, respectivamente, quando
pastejadas por vacas, da raça holandesa em lactação. Os resultados obtidos na primavera-verão
foram superiores aos encontrados neste experimento, mas os teores de FDN e DIVMS se
mostraram semelhante.
Os teores de proteína bruta de Tifton-85 nas lâminas foliares apresentaram valores
inferiores aos encontrados por Pedreira (1995) devido a massa de lâmina foliar disponibilizada
aos animais. Este autor obteve 16 % de PB em amostras de Tifton 85 pastejado por novilhas.
68
Vilela & Alvim (1996) observaram valores de 16 a 23% de PB para Coastcross-1 pastejado por
bovinos leiteiros, Hill et al. (1993) e Gomide (1996) encontraram 16% de PB nas folhas e 10%
de PB nas pseudohastes, em cultivares de Cynodon spp.
Ocorreu diferença no percentual de FDN entre as espécies estudadas. O capim Tifton
apresentou valor mais alto, enquanto que o capim-elefante Anão apresentou valor mais baixo
(Tabela 2). Os teores de FDN encontrados na pastagem de Tifton 85 foram superiores aos
observados por Pedreira.(1995) que encontraram valores próximos de 80% .
A pastagem de Capim-elefante Anão apresentou melhor digestibilidade in vitro da matéria
seca e orgânica que as demais pastagens, com percentuais de 63,11 e 64,56 %, enquanto a
pastagem de tanzânia mostrou teor de DIVMS (Tabela 2) semelhante ao encontrado na pastagem
de Tifton 85, e superioridade na DIVMO, sendo 55,85 e 52,28%.
A carga animal e a lotação animal foram superiores para a pastagem de Tanzânia em
relação às pastagens de Capim-elefante Anão e Tifton 85, que não diferiram entre si.
Neste trabalho a produção de leite individual foi maior para a pastagem de Tifton 85, enquanto
que por hectare esta produção foi superior a pastagem de CEA e Tanzânia-1, que não diferiram
entre si, sendo compensada pela lotação animal devido à disponibilidade de lâmina verde.
Cowan et al. (1993), Alvim et al. (1996) e Vilela et al. (1996), trabalhando com Coast
Cross e vacas da raça Holandês, alcançaram produções bem próximas de 12 a 14 kg/vaca/dia,
quando se descartaram o efeito da suplementação do concentrado. Deresz (2001) observa que a
produção diária média de leite no tratamento sem concentrado foi de 11,9 kg/vaca, e aquela no
tratamento com concentrado de 13,4 kg/vaca, em pastagem de capim-elefante Anão.
69
Tabela 3: Valores médios das características da produção animal nas pastagens tropicais perenes
sob pastejo de vacas, da raça holandesa, para a produção de leite, na estação quente no
ano de 2002.
Table 3: Average values of the animal production characteristics in tropical perennial pastures
upon grazing of Holstein Cows to milk production, during the summer time of 2002.
Tratamentos
Tanzânia-1
CEA Tifton 85
Média
±
Desvio
Padrão
Coeficiente
De
Variação
PF
kg/há
Carga Animal 1025A 584B 607B 738±248 14,264 0,010
UA/há Lotação Animal/ha/
tratamento 2,3A 1,3 B 1,3B 4,55+1,89 23,1386 0,013
Kg Peso Vivo
individual 486,67 483,00 473,6 481,09+6,74 4,0009 0,07
litros/vaca/dia
Produção de Leite
14,4B 14,1B 15,6A 14,75±0,82 6,854 0,002
litros/ha
Produção de Leite 26,4A 14,2B 19,2AB 19,62±6,58 9,995 0,003
%
Teor de Gordura 3,41B 3,50A 3,48A 3,46±0,05 8,320 0,009
* Média seguidas da mesma letra na linha não diferem significativamente para o teste de Tukey
(P = 0,05)
A média do teor de gordura por vaca/dia foram superiores para as pastagens de Capim-
elefante Anão e Tifton 85 em relação aos obtidos na pastagem de Tanzânia-1. Os valores
encontrados estão acima do teor trabalhado no leite industrializado (3%), correspondente ao
teores de gordura do leite (%) com os valores de 3,8 (sem concentrado) a 3,7 (com concentrado)
para vacas mestiças Holandês x zebu manejadas em pastagens durante os primeiros 200 dias de
lactação (DERESZ, 2001).
70
Conclusões
A utilização exclusiva das pastagens de Tifton 85, Tanzânia-1 e Capim-elefante Anão cv.
Mott, com ofertas ao redor de 12%, possibilitou produções de leite superiores a 14 litros diários
por vaca. A pastagem de Tanzânia-1 pode suportar carga 40 % maior que as pastagens de
Capim-elefante Anão cv. Mott e Tifton 85 para oferta ao redor de 12 kg de MLFVS/100 kg de
peso vivo. A utilização de espécies forrageiras tropicais perenes pode ser uma boa opção na
alimentação de vacas leiteiras para produção de leite com qualidade.
71
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74
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As pastagens tropicais perenes podem ser utilizadas exclusivamente na alimentação de
vacas holandesas que possuem produção de leite ao redor de 15 litros por dia.
A oferta da pastagem para bovinos de leite deve ser relacionada a disponibilidade de
lâmina foliares, independente da espécie forrageira.
As características qualitativas das forrageiras tropicais não influenciam na produção
individual de leite, desde que a não exista restrição de massa de lâmina foliares.
As diferentes ofertas da pastagem nativa não modificaram o tempo de pastejo, ruminação,
ócio e o número de bocados por minuto das vacas e a produção de leite.
Os teores de fibra e digestibilidade encontrados nas pastagens tropicais cultivadas e
nativas podem ter limitado a produção de leite.
O sistema rotativo permitiu um maior controle da oferta de massa de lâmina foliares e da
produção de leite das vacas holandesas.
75
ANEXO 1
Forma e preparação de trabalhos para Revista Brasileira de Zootecnia
Instruções gerais
Os trabalhos publicados ou sob consideração em qualquer outra publicação não serão aceitos.
Ressalta-se que esta norma não é válida para resumos expandidos.
Só serão aceitos trabalhos escritos em português ou inglês.
Formatação de texto
O texto deve ser digitado em fonte Times New Roman 12, espaço duplo (exceto Resumo,
Abstract e Tabelas, que devem ser elaborados em espaço 1,5), margens superior, inferior,
esquerda e direita de 2,5; 2,5; 3,5; e 2,5 cm, respectivamente.
Pode conter até 25 páginas, numeradas seqüencialmente em algarismos arábicos.
As páginas devem apresentar linhas numeradas (a numeração é feita da seguinte forma: MENU
ARQUIVO/CONFIGURAR PÁGINA/LAYOUT/NÚMEROS DE LINHA.../ NUMERAR
LINHAS), com paginação contínua e centralizada no rodapé.
Estrutura do artigo
O artigo deve ser dividido em seções com cabeçalho centralizado, em negrito, na seguinte ordem:
Resumo, Abstract, Introdução, Material e Métodos, Resultados e Discussão, Conclusões,
Agradecimento e Literatura Citada.
Não serão aceitos cabeçalhos de 3a ordem.
Os parágrafos devem iniciar a 1,0 cm da margem esquerda.
Título
Deve ser preciso e informativo. Quinze palavras são o ideal e 25, o máximo. Digitá-lo em negrito
e centralizado, segundo o exemplo: Valor nutritivo da cana-de-açúcar para bovinos em
crescimento. Indicar sempre a entidade financiadora da pesquisa, como primeira chamada de
rodapé numerada.
Autores
Deve-se listar até seis autores. A primeira letra de cada nome/sobrenome deve ser maiúscula
(Ex.: Anacleto José Benevenutto). Não listá-los apenas com as iniciais e o último sobrenome
(Ex.: A.J. Benevenutto).
76
Outras pessoas que auxiliaram na condução do experimento e/ou preparação/ avaliação do
trabalho devem ser mencionadas em Agradecimento.
Resumo
Deve conter no máximo 1.800 caracteres com espaço. As informações do resumo devem ser
precisas e informativas. Resumos extensos serão devolvidos para adequação às normas.
Deve sumarizar objetivos, material e métodos, resultados e conclusões. Não deve conter
introdução. Referências nunca devem ser citadas no resumo.
O texto deve ser justificado e digitado em parágrafo único e espaço 1,5, começando por
RESUMO, iniciado a 1,0 cm da margem esquerda.
Abstract
Deve aparecer obrigatoriamente na segunda página e ser redigido em inglês científico, evitando-
se sua tradução por meio de aplicativos comerciais.
O texto deve ser justificado e digitado em espaço 1,5, começando por ABSTRACT, em parágrafo
único, iniciado a 1,0 cm da margem esquerda.
Palavras-chave e Key Words
Apresentar até seis (6) palavras-chave e Key Words imediatamente após o RESUMO e
ABSTRACT, respectivamente, em ordem alfabética. Devem ser elaboradas de modo que o
trabalho seja rapidamente resgatado nas pesquisas bibliográficas. o podem ser retiradas do
título do artigo. Digitá-las em letras minúsculas, com alinhamento justificado e separado por
vírgulas. Não devem conter ponto final.
Introdução
Deve conter no máximo 2.500 caracteres com espaço.
Deve-se evitar a citação de várias referências para o mesmo assunto.
Trabalhos com introdução extensa serão devolvidos para adequação às normas.
Material e Métodos
Descrição clara e com referência específica original para todos os procedimentos biológicos,
analíticos e estatísticos. Todas as modificações de procedimentos devem ser explicadas.
Resultados e Discussão
77
Os resultados devem ser combinados com discussão. Dados suficientes, todos com algum índice
de variação incluso, devem ser apresentados para permitir ao leitor a interpretação dos resultados
do experimento. A discussão deve interpretar clara e concisamente os resultados e integrar
resultados de literatura com os da pesquisa para proporcionar ao leitor uma base ampla na qual
possa aceitar ou rejeitar as hipóteses testadas.
Evitar parágrafos soltos e citações pouco relacionadas ao assunto.
Conclusões
Devem ser redigidas em parágrafo único e conter no máximo 1.000 caracteres com espaço.
Não devem ser repetição de resultados. Devem ser dirigidas aos leitores que não são
necessariamente profissionais ligados à ciência animal. Devem explicar claramente, sem
abreviações, acrônimos ou citações, o que os resultados da pesquisa concluem para a ciência
animal.
Abreviaturas, símbolos e unidades
Abreviaturas, símbolos e unidades devem ser listados conforme indicado na home page da RBZ,
link Revista>Estilo RBZ.
Deve-se evitar o uso de abreviações não consagradas e de acrônimos, como por exemplo: "o T3
foi maior que o T4, que não diferiu do T5 e do T6". Este tipo de redação é muito cômoda para o
autor, mas é de difícil compreensão para o leitor.
Tabelas e Figuras
É imprescindível que todas as Tabelas sejam digitadas segundo menu do Word "Inserir Tabela",
em células distintas (não serão aceitas tabelas com valores separados pelo recurso ENTER ou
coladas como figura). Tabelas e figuras enviadas fora de normas serão devolvidas para
adequação.
São expressas em forma bilíngüe (português e inglês), em que o correspondente expresso em
inglês deve ser digitado em tamanho menor e italizado.
Devem ser numeradas seqüencialmente em algarismos arábicos e apresentadas logo após a
chamada no texto.
O título das tabelas e figuras deve ser curto e informativo, devendo-se adotar as abreviaturas
divulgadas oficialmente pela RBZ.
A legenda das figuras (chave das convenções adotadas) deve ser incluída no corpo da figura. Nos
gráficos, as designações das variáveis dos eixos X e Y devem ter iniciais maiúsculas e unidades
entre parênteses.
78
Figuras não-originais devem conter, após o título, a fonte de onde foram extraídas, que deve ser
referenciada.
As unidades, a fonte (Times New Roman) e o corpo das letras em todas as figuras devem ser
padronizados.
Os pontos das curvas devem ser representados por marcadores contrastantes, como círculo,
quadrado, triângulo ou losango (cheios ou vazios).
As curvas devem ser identificadas na própria figura, evitando o excesso de informações que
comprometa o entendimento do gráfico.
As figuras devem ser gravadas no programa Word, Excel ou Corel Draw (extensão CDR), para
possibilitar a edição e possíveis correções.
Usar linhas com, no mínimo, 3/4 ponto de espessura.
No caso de gráfico de barras, usar diferentes efeitos de preenchimento (linhas horizontais,
verticais, diagonais, pontinhos etc). Evite os padrões de cinza porque eles dificultam a
visualização quando impressos.
As figuras deverão ser exclusivamente monocromáticas.
Não usar negrito nas figuras.
Os números decimais apresentados no interior das tabelas e figuras devem conter vírgula, e não
ponto.
Citações no texto
As citações de autores no texto são em letras minúsculas, seguidas do ano de publicação. Quando
houver dois autores, usar & (e comercial) e, no caso de três ou mais autores, citar apenas o
sobrenome do primeiro, seguido de et al.
Comunicação pessoal (ABNT-NBR 10520).
Não fazem parte da lista de referências, sendo colocadas apenas em nota de rodapé. Coloca-se o
sobrenome do autor seguido da expressão "comunicação pessoal", a data da comunicação, o
nome, estado e país da instituição à qual o autor é vinculado.
Literatura Citada
Baseia-se na Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (NBR 6023).
Devem ser redigidas em página separada e ordenadas alfabeticamente pelo(s) sobrenome(s) do(s)
autor(es).
79
Digitá-las em espaço simples, alinhamento justificado e recuo até a terceira letra a partir da
segunda linha da referência. Para formatá-las, siga as seguintes instruções: no menu
FORMATAR, escolha a opção PARÁGRAFO... RECUO ESPECIAL, opção
DESLOCAMENTO... 0,6 cm.
Em obras com dois e três autores, mencionam-se os autores separados por ponto-e-vírgula e,
naquelas com mais de três autores, os três primeiros vêm seguidos de et al. As iniciais dos autores
não podem conter espaços. O termo et al. não deve ser italizado nem precedido de vírgula.
O recurso tipográfico utilizado para destacar o elemento título será negrito e, para os nomes
científicos, itálico.
Indica(m)-se o(s) autor(es) com entrada pelo último sobrenome seguido do(s) prenome(s)
abreviado (s), exceto para nomes de origem espanhola, em que entram os dois últimos
sobrenomes.
No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o nome do estado (ex.: Viçosa, MG; Viçosa,
AL; Viçosa, RJ).
Obras de responsabilidade de uma entidade coletiva
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY - AOAC. Official methods of
analysis. 16.ed. Arlington: AOAC International, 1995. 1025p.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV. Sistema de análises estatísticas e genéticas
- SAEG. Versão 8.0. Viçosa, MG, 2000. 142p.
Livros e capítulos de livro
LINDHAL, I.L. Nutrición y alimentación de las cabras. In: CHURCH, D.C. (Ed.) Fisiologia
digestiva y nutrición de los ruminantes. 3.ed. Zaragoza: Acríbia, 1974. p.425-434.
NEWMANN, A.L.; SNAPP, R.R. Beef cattle. 7.ed. New York: John Wiley, 1997. 883p.
Teses e dissertações
CASTRO, F.B. Avaliação do processo de digestão do bagaço de cana-de-açúcar auto-
hidrolisado em bovinos. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1989.
123p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz,
1989.
Boletins e relatórios
BOWMAN,V.A. Palatability of animal, vegetable and blended fats by equine. (S.L.):
Virgínia Polytechnic Institute and State University, 1979. p.133-141 (Research division report,
175).
80
Artigos
RESTLE, J.; VAZ, R.Z.; ALVES FILHO, D.C. et al. Desempenho de vacas Charolês e Nelore
desterneiradas aos três ou sete meses. Revista Brasileira de Zootecnia, v.30, n.2, p.499-507,
2001.
Congressos, reuniões, seminários etc
Citar o mínimo de trabalhos publicados em forma de resumo, procurando sempre referenciar os
artigos publicados na íntegra em periódicos indexados.
CASACCIA, J.L.; PIRES, C.C.; RESTLE, J. Confinamento de bovinos inteiros ou castrados de
diferentes grupos genéticos. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ZOOTECNIA, 30., 1993, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de
Zootecnia, 1993. p.468.
EUCLIDES, V.P.B.; MACEDO, M.C.M.; OLIVEIRA, M.P. Avaliação de cultivares de Panicum
maximum em pastejo. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ZOOTECNIA, 36., 1999, Porto Alegre. Anais... São Paulo: Sociedade Brasileira de
Zootecnia/Gmosis, [1999] (CD-ROM).
Artigo e/ou matéria em meios eletrônicos
NGUYEN, T.H.N.; NGUYEN, V.H.; NGUYEN, T.N. et al. [2003]. Effect of drenching with
cooking oil on performance of local yellow cattle fed rice straw and cassava foliage. Livestock
Research for Rural Development, v.15, n.7, 2003. Disponível em: <http://
www.cipav.org.co/lrrd/lrrd15/7/nhan157.htm> Acesso em: 28/07/2005.
REBOLLAR, P.G.; BLAS, C. [2002]. Digestión de la soja integral en rumiantes. Disponível
em: <http://www. ussoymeal.org/ruminant_s.pdf.> Acesso em: 12/10/02.
SILVA, R.N.; OLIVEIRA, R. [1996]. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade
total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996,
Recife. Anais eletrônicos... Recife: Universidade Federal do Pernanbuco, 1996. Disponível
em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm> Acesso em: 21/01/97.
81
ANEXO 2
Normas para publicação na Revista Brasileira de Agrociência
1 - Idioma: O idioma oficial da Revista é o português, aceitando-se trabalhos em espanhol e
inglês.
2 - Condições para publicação: Serão aceitos artigos científicos originais, revisões
bibliográficas e notas técnicas referentes à área de Ciências Agrárias. Após o aceite para
publicação, não será permitida a reprodução, mesmo que parcial, sem o consentimento da
Revista.
A seqüência do processo de publicação envolve o recebimento (nº de
protocolo),pagamento da taxa de tramitação,análise preliminar (trabalhos apresentados fora das
normas aqui especificadas serão devolvidos sem análise do mérito), a revisão (consultoria ad
hoc), o aceite, a preparação dos trabalhos, a impressão em oficina gráfica e a distribuição da
revista para os assinantes quites da Revista Brasileira de Agrociência (RBA) e envio para
permuta. Uma vez publicados, os trabalhos poderão ser transcritos parcial ou totalmente mediante
citação da RBA, do(s) autor(es) e do volume, número, paginação e ano.
3 - Organização dos Trabalhos: Os trabalhos devem ser apresentados com os seguintes itens:
O artigo científico deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Nomes dos
Autor(es) completos (sem abreviações); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words;
Introdução com Revisão de Literatura; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão
(opcional); Agradecimento(s) (opcional); Fontes de Aquisição, quando houver, e Referências
Bibliográficas.
A revisão bibliográfica deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo;
Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução; Desenvolvimento; Conclusão ou
Considerações Finais; Referências Bibliográficas.
A nota técnica deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-
chave; Abstract; Key words; Texto corrido [sem subdivisão, porém com introdução;
metodologia; resultados e discussão e conclusão (opcional) (podendo conter tabelas ou figuras)];
Referências Bibliográficas.
4 - Organização do texto: Os trabalhos com no máximo 20 páginas (artigo científico ou revisão
bibliográfica) e 10 páginas para nota técnica, devem ser apresentados em 1 via impressa e cópia
em disquete ou CD, paginados e numeradas as linhas. A digitação deve ser feita em papel
tamanho Carta com a seguinte formatação: margens: 2 cm (superior); 1,8 cm (inferior); 1,5 cm
(direita e esquerda), espaço entre linhas duplo e parágrafo na primeira linha com 0,8 cm. A fonte
deve ser Arial 14 para o título e arial 12 no texto. Tabelas e Figuras devem ser inseridas no texto,
acompanhadas do título e numeradas, utilizando-se os programas Word for Windows (texto) e
82
Excel (gráficos). Após aceite e para eventuais correções, será solicitada ao(s) autor(es), o
disquete com a versão final do texto.
As citações dos autores, no texto, deverão ser feitas com letras maiúsculas seguidas do ano de
publicação, conforme exemplos: Assim CUNHA (2001) observou ...; A média citada por
ZONTA & SILVEIRA (1986) foi ao redor de ...; GRÜTZMACHER et al. (1999) indicaram ...;
...como uma má formação (OLIVEIRA, 1997). Siqueira, apud ABAID (1999), alterou a via...
No caso de dois autores, usar & (e comercial). Havendo mais de dois autores, é citado apenas o
sobrenome do primeiro, seguido de et al. (não itálico). Comunicações pessoais, trabalhos em
andamento e inéditos devem ser citados no rodapé, não devendo aparecer nas Referências
Bibliográficas.
5 -Encaminhamento de artigos e assinaturas: Toda correspondência sobre assuntos ligados à
Revista Brasileira de Agrociência deverá ser endereçada a:
Endereço:
Comissão Editorial da Revista Brasileira de Agrociência
Universidade Federal de Pelotas
Faculdade de Agronomia “Eliseu Maciel”
Campus Universitário _ Caixa Postal, 354
CEP 96010 - 900 Pelotas, RS - Brasil
Telefone: (53) 3275-7250 e 3275-7394 FAX: (53) 3275-7394
Homepage: http://www.ufpel.tche.br/faem/agrociencia
O ofício de encaminhamento dos trabalhos deve conter, obrigatoriamente, a assinatura de
todos os autores ou termo de compromisso do autor principal, responsabilizando-se pela
inclusão dos co-autores, bem como o endereço completo, e-mail e telefone para contato. Também
deve constar o compromisso dos autores de não encaminhar o mesmo trabalho para outro meio de
divulgação.
TÍTULO:
O título do trabalho deverá ser claro e conciso devendo facilitar pronta identificação do assunto
tratado, escritos em letras maiúsculas (com exceção dos nomes científicos), fonte Arial e tamanho
14. O título do artigo, da revisão ou da nota deverá apresentar no máximo 25 palavras. Dois
83
espaços abaixo será colocado o tulo em inglês e mais dois espaços abaixo serão colocados o(s)
nome(s) do(s) autor(es), com fonte Arial tamanho 10.
Observação: na apresentação da página de rosto, somente na cópia para arquivo da RBA,
os nomes dos autores deverão ser colocados por extenso abaixo do título, um ao lado do
outro, seguidos de meros que serão repetidos no rodapé, para a especificação (profissão,
titulação e instituição) e indicação com asterisco de autor para correspondência (com
endereço completo, CEP e, preferencialmente, E-mail).
Os autores também poderão citar a entidade da qual são bolsistas e fazer menção ao
patrocinador quando da apresentação do trabalho em reuniões científicas e/ou quando
parte integrante de dissertações e de teses. Três espaços abaixo deverá vir o resumo.
RESUMO:
Deverá ser feita uma apresentação concisa do texto, contendo uma pequena introdução na qual
serão descritos a importância e os objetivos do trabalho, a metodologia utilizada, os principais
resultados e conclusões. Dois espaços abaixo, deverão ser colocadas as palavras-chave. O resumo
do artigo, da revisão ou da nota deverá apresentar no máximo 250 palavras e até 5 palavras-
chave. Não repetir nas palavras-chave palavras do título.
ABSTRACT:
Deverá conter texto semelhante ao resumo e dois espaços abaixo key words.
Quando o artigo for apresentado em ngua inglesa, o título, resumo e palavras-chave deverão
também ser feitos em português.
INTRODUÇÃO:
A introdução deverá apresentar uma idéia global de todo trabalho. Nela se define o problema
investigado, o objetivo da pesquisa e seus limites, formulando-se hipóteses, quando for o caso.
Informações sobre pressupostos necessários ao entendimento do assunto aparecem igualmente
nessa parte, bem como referência à importância dos resultados da pesquisa no conjunto dos
conhecimentos afins. A revisão bibliográfica representa uma síntese dos estudos realizados
sobre a matéria, dando ênfase aos mais importantes e recentes, que possam mostrar o estado em
que se encontram as investigações.
Os nomes científicos somente devem aparecer por extenso quando mencionado pela primeira
vez no Resumo, Abstract e Introdução. Abrevie o gênero nos demais itens e nas legendas de
figuras e de tabelas.
MATERIAL E MÉTODOS:
Caracterizar o(s) material(s) empregado(s), descrevendo de forma concisa e completa, a
metodologia, fixando-se circunstâncias de tempo e lugar. Os elementos novos devem ser
84
descritos minuciosamente ou definidos com precisão; os já conhecidos apresentam-se pela
citação bibliográfica correspondente. Todo recurso utilizado na apuração e análise dos fatos
devem ser referidos nessa parte.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados obtidos durante a pesquisa devem ser expostos imparcialmente, com o mínimo
de interpretação pessoal. Podem ser documentados ou ilustrados com tabelas, gráficos,
fotografias - Recursos que permitem imediata visão de conjunto daquilo que se descreve. Na
discussão os resultados devem ser interpretados, comparando-se os novos dados com os de outros
autores, buscando-se explicações para as divergências encontradas.
CONCLUSÃO:
Na conclusão deve ser feita uma síntese interpretativa do trabalho, respondendo ao problema
definido na introdução.
REFERÊNCIAS:
As referências deverão ser efetuadas conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT (NBR 6023:2000). Devem ser apresentadas em:
· ordem alfabética pelo sobrenome do autor e sem recuo na 3ª letra;
· dois ou mais autores, separar por (;);
· os títulos dos periódicos não devem ser abreviados;
· após o terceiro autor utilizar et al. (não itálico);
· evitar referências de Resumos de Congresso, Teses e Dissertações, Artigos de Revistas não
Científicas ou de Jornal.
Alguns exemplos são apresentados a seguir:
- Livro:
FERNANDES, F. Mudanças sociais no Brasil: aspectos do desenvolvimento da sociedade
brasileira. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1960. 401p.
PINDYC, R.S.; RUBINFELD, D.L. Econometric models and economic forecasts. 3.ed. New
York: McGraw-Hill, 1991. 596p.
- Capítulo de livro:
85
HASSAN, S.A. Seleção de espécies de Trichogramma para o uso em programas de controle
biológico. In: PARRA, J.R.P.; ZUCCHI, R.A. (Eds.) Trichogramma e o controle biológico
aplicado. Piracicaba: FEALQ, 1997. cap. 7. p 183-206.
FRIED, W.M.; WARNER, J.R. Organization and expression of eukaryotic ribosomal protein
genes. In: STEIN, G.S.; STEIN, J.L. (Eds.) Recombinant DNA and cell proliferation. Orlando:
Academic Press, 1984. cap.1. p.169-192.
- Artigo de Periódico:
HOFFMANN, A.; FACHINELLO, J.C.; SANTOS, A.M. Enraizamento de duas cultivares de
Mirtilo (Vaccinium ashei Reade) em diferentes substratos. Revista Brasileira de Agrociência,
Pelotas, v.1, n.1, p.7-11, 1995.
- Resumo:
GRÜTZMACHER, A.D.; MARTINS, J.F. da S.; CUNHA, U.S. et al. Strategy of seed treatment
for rationalization of chemical control of Oryzophagus oryzae on flooded rice. In:
INTERNATIONAL CONGRESS OF ENTOMOLOGY, 21., 2000, Foz do Iguaçu, Abstracts…
Londrina: Embrapa Soja, 2000. v.1. p. 683.
Tese e Dissertação:
HOFFMANN, A. Propagação de Mirtilo (Vaccinium ashei Reade) através de estacas. Pelotas,
1994. 94p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Agronomia “Eliseu Maciel”,
Universidade Federal de Pelotas.
GRÜTZMACHER, A.D. Avaliação de danos de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797)
(Lepidoptera: Noctuidae) no arroz irrigado em cultivar precoce. Piracicaba, 1998. 132p. Tese
(Doutorado em Entomologia) - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade
de São Paulo.
- Boletim Técnico:
ROGIK, F.A. Indústria da lactose. São Paulo: Departamento de Produção Animal, 1942. 20p.
(Boletim Técnico, 20).
- Documento eletrônico:
ROSSI, C.E.; FERRAZ, I.C.C.B. Efeitos de diferentes plantas hospedeiras sobre a morfometria
de uma população brasileira de Heterodera glycines. Arquivos do Instituto Biológico, São
Paulo, v.68, n.1, p.95-102, 2001. Revisado em 25 jun. 2001, 1 CD-ROM.
BRENZIKOFER, R. O método científico: um desafio permanente. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE BIOMECÂNICA, 7., 1997, Campinas. Anais eletrônicos... Campinas:
86
UNICAMP, 1997. Disponível em: <http://www.unicamp.br/fef/eventos/viicbb/ini.htm>. Acesso
em: 09 out. 2001.
6 - FIGURAS E TABELAS: Desenhos, gráficos e fotografias serão denominados Figuras e
terão o número de ordem em algarismos arábicos (Ex: Figura 1). As Tabelas devem conter a
palavra Tabela, seguida do número de ordem em algarismo arábico (Ex: Tabela 1) e não devem
exceder uma lauda. Nas Tabelas o título deve ficar acima e nas Figuras o título deve ficar abaixo.
Os gráficos devem ser em Excel e as fotografias e desenhos devem ser fornecidos no formato jpg
ou tif.
As legendas das figuras e tabelas deverão ser auto-explicativas e concisas. As Figuras (gráficos,
desenhos ou fotografias) deverão ser apresentadas em preto e branco. As fotografias deverão ser
de boa qualidade, bem focalizadas e de bom contraste. Publicação de fotos coloridas terão custo
ao autor mediante consulta a RBA.
7 - NOMENCLATURA CIENTÍFICA: A nomenclatura científica deve ser citada segundo os
critérios estabelecidos nos Códigos Internacionais em cada área. Unidades e Medidas devem
seguir o Sistema Internacional. (Exs.: mL, kg ha
-1
).
8 - Informações Gerais: As opiniões e conceitos emitidos nos artigos são de exclusiva
responsabilidade do(s) autor(es). Contudo, ao Editor Geral, com a assistência da Comissão
Editorial e da Assessoria Científica, será reservado o direito de sugerir ou solicitar modificações
pertinentes. Cada trabalho será submetido à apreciação de pelo menos dois revisores externos da
RBA.
87
5. APÊNDICES
APÊNDICE A: Altura das plantas das pastagens de tanzânia-1, capim elefante anão (CEA) e
tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2002.
Avaliação
Período TANZÂNIA-1
CEA TIFTON-85
Janeiro 74,23 73,00
24,17
Entrada fevereiro 82,70 94,29
39,74
Março 75,14 84,39
44,98
Janeiro 43,20 49,47
19,18
Saída fevereiro 42,73 46,99
23,31
Março 47,71 45,55
27,59
APÊNDICE B: Produção de massa de forragem e masa de lâmina foliar na entrada e saída dos
animais das pastagens de tanzânia-1, capim elefante anão (CEA) e tifton-85 sob
pastejo de vacas em lactação, 2002.
Entrada dos animais
Tratamento Tanzânia-1
Períodos: Janeiro
Abril Março
Massa de Forragem (kg de MS/há) 7853 6655 6515
Massa de lamina foliar (kg de MLFVS/ha) 3056 3062 3019
Saída dos animais
Janeiro
Abril Março
Massa de Forragem (kg de MS/há) 4862 5541 6278
Massa de lamina foliar (kg de MLFVS/ha) 1137 1818 2024
Entrada dos animais
Tratamento Tifton 85
Períodos Janeiro
Abril Março
Massa de Forragem (kg de MS/há) 5502 6656 7505
Massa de lamina foliar (kg de MLFVS/ha) 990 1677 1658
Saída dos animais
Períodos Janeiro
Abril Março
Massa de Forragem (kg de MS/há) 4484 4785 6976
Massa de lamina foliar (kg de MLFVS/ha) 4862 5541 6278
Entrada dos animais
Tratamento Capim Elefante Anão
Períodos Janeiro
Abril Março
Massa de Forragem (kg de MS/há) 5733,7 5221,5 5820,3
Massa de lamina foliar (kg de MLFVS/ha) 1127,2 1546,7 1195,5
Saída dos animais
Períodos Janeiro
Abril Março
Massa de Forragem (kg de MS/há) 2925,66
6419,91
4032,65
Massa de lamina foliar (kg de MLFVS/ha) 300,17 872,51 977,20
88
APÊNDICE C: Taxa de acumulo de forragem das pastagens de tanzânia-1, capim elefante anão
(CEA) e tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2002.
Tratamento/Período 1 2 3 Média
Tanzânia-1 117,59 99,63 70,92 96,05
Capim elefante anão
-9,43 154,79 50,10 65,15
Tifton 85 -26,90 92,36 125,28 63,58
89
APÊNDICE D: Produção de massa de forragem e masa de lâmina foliar na entrada e saída dos animais das pastagens de tanzânia-1, capim
elefante anão (CEA) e tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2002.
Tratamento Tanzânia-1 CEA Tifton-85
Avaliação Periodo 1 2 3 1 2 3 1 2 3
% MS 35,0 27,8 22,9 37,7 25,3 20,5 41,7 36,2 26,4
kg de MS/ha 7852,9 6654,8 6514,7 5733,7 5221,5 5820,3 5501,6 6655,9 7505,2
kg de MS de lf/há 3056,0 3062,2 3019,4 1127,2 1546,7 1195,5 990,3 1677,3 1658,6
Entrada dos
animais
% de lf 38,9 46,0 46,3 19,7 29,6 20,5 18,0 25,2 22,1
%MS 33,8 27,6 25,9 37,99 30,83 24,51 36,5 31,0 30,2
kg de MS/ha 4861,9 5540,5 6278,2 2925,66 6419,91 4032,65 4483,5 4784,7 6976,2
Saída dos animais
lâmina foliar/ha 1136,7 1817,5 2023,7 300,17 872,51 977,20 499,7 694,9 1137,1
88
90
APÊNDICE E: Produção de leite corrigido a 4% e teor de gordura no leite de vacas em
lactação em pastagens de tanzânia-1, capim elefante anão (CEA) e tifton-
85 sob pastejo de vacas em lactação, 2002.
Período Grupo Tratamento Gordura l/vaca/dia
corrig
4% kgord
Prodtotal
4%
1 1 CEA 2,85 12,33 10,21 0,352 306,18
2 Tifton 3,26 16,04 14,26 0,523 427,83
3 Tânzania 2,83 13,08 10,79 0,370 323,62
2 1 Tifton 3,38 16,08 14,59 0,544 437,63
2 Tanzânia 3,66 15,96 15,14 0,584 454,33
3 CEA 4,03 16,04 16,11 0,646 483,42
3 1 Tanzânia 3,75 14,17 13,64 0,531 409,06
2 CEA 3,63 14,13 13,34 0,513 400,23
3 Tifton 3,80 14,96 14,51 0,568 435,29
APÊNDICE F: Carga animal e Produção de leite por dia, por hectare e por mês de vacas
em lactação em pastagens de tanzânia-1, capim elefante anão (CEA) e
tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2002.
Período Grupo Tratamento
Carga
animal prodleite/dia
prodleite/ha
prodleite/mês
1 C. Elefante
707,67 61,26 20,42 571,76
2 Tifton 693,67 56,41 18,80 526,49
1
3 Tânzania 1038,75
81,98 27,33 765,15
1 Tifton 631,17 73,3 24,43 684,13
2 Tanzânia 945,92 73,95 24,65 690,20
2 3 C. Elefante
494,83 48,33 16,11 451,08
1 Tanzânia 779,00 95,93 31,98 895,35
2 C. Elefante
478,92 40,02 13,34 373,52
3 3 Tifton 498,17 43,53 14,51 406,28
91
APÊNDICE G: Produção de massa de forragem (kg de MS/ha) das pastagens nativas e
de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2003.
Disponibilidade de forragem
trat 1
2
3
4
5
6
média
PN16% 3064
2840
2839
7076
2760
3828
3734,5
PN10% 4152
4243
4748
5400
3182
6408
4688,833
Tifiton 7798
4203
5622
6419
4410
4788
5540
PN1 = 16 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo e
PN 2 = 10 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo
APÊNDICE H: Produção de massa de lâmina foliar verde seca (kg de MLFVS/ha) das
pastagens nativas e de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2003.
1 2 3 4 5 6 média
PN16%
2267
1448
1590
2901
1269
1148
1770,5
PN10%
3114
2079
2458
2700
1719
2563
2438,833
Tifiton 4768
1723
2332
1925
1676
1436
2310
PN1 = 16 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo e
PN 2 = 10 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo
APÊNDICE I: Carga animal (kg de peso vivo/ha) nas pastagens nativas e de tifton-85
sob pastejo de vacas em lactação, 2003.
1
2
3
4
5
6
PN16% 1320
1333
1338,5
1338,5
1336
1361,5
1337,917
PN10% 2910
2425,5
1665
1339
1340
1654,5
1889
Tifton 4520
4024,5
2453,5
1456
1474
1507,5
2572,583
PN1 = 16 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo e
PN 2 = 10 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo
APÊNDICE J: Oferta de matéria verde seca de forragem (kg de MVS/100 kg de PV)
nas pastagens nativas e de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação,
2003.
oferta de MV
1
2
3
4
5
6
PN16% 12,26732
7,759083
8,484978
15,48108
6,784645
6,022769
9,466645
PN10% 7,643594
6,122449
10,54483
14,40307
9,163113
11,06506
9,823687
Tifton 7,534766
3,058055
6,789135
9,443681
8,121729
6,804075
6,958574
PN1 = 16 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo e
PN 2 = 10 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo
APÊNDICE K: Oferta de forragem (kg de MS/100 kg de PV) nas pastagens nativas e de
tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2003.
oferta de forragem
PN16% 16,58009
15,21809
15,15022
37,76082
14,7562
20,08289
19,92472
PN10% 10,19146
12,49521
20,36894
28,80615
16,96162
27,66481
19,4147
Tifton 12,32301
7,459667
16,36729
31,49038
21,37042
22,68657
18,61622
PN1 = 16 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo e
PN 2 = 10 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo
92
APÊNDICE L: Análises de amostras do leite realizadas em Passo Fundo (UPF) obtidas de
vacas em lactação nas pastagens nativas e de tifton-85 sob pastejo de
vacas em lactação, 2003.
Médias dos tratamentos/perídos
%gordura
PN 16% 2,12 3,45 4,33 4,04 4,69
PN 10% 2,36 3,49 4,38 4,43 2,45
TIFTON 1,95 3,21 3,20 5,09 4,16
%proteína
PN 16% 2,63 2,82 2,85 3,31 3,49
PN 10% 2,78 2,90 3,07 3,11 3,20
TIFTON 2,69 2,75 2,93 3,02 3,62
% lactose
PN 16% 4,31 4,23 4,25 4,48 4,48
PN 10% 4,38 4,44 4,23 4,47 5,44
TIFTON 4,41 4,30 4,31 4,19 4,66
% Sólidos. Totais
PN 16% 9,88 11,38 12,26 12,76 13,66
PN 10% 10,57 11,76 12,54 12,96 12,14
TIFTON 9,89 11,15 11,28 13,23 13,47
CCS (x 1000)
PN 16% 667,3 271,0 321,0 317,0 434,0
PN 10% 64,0 179,3 279,0 290,0 4,0
TIFTON 128,3 201,7 120,0 490,0 294,7
Leite/vac/Período
PN 16% 8,47 8,73 7,92 5,27 7,20
PN 10% 7,93 7,98 6,90 6,57 5,37
Tifton 9,33 7,73 6,93 5,50 5,73
14/jan
22/fev
8/mar
22/mar
13/abr
Produção total 1º
PN 16% 21,0 25,0 22,2 15,4 20,8
PN 10% 21,0 28,0 24,7 19,3 17,4
Tifton 24,0 29,0 29,5 18,7 16,3
PN1 = 16 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo e
PN 2 = 10 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo
APÊNDICE M: Produção de leite
obtida de vacas em lactação nas pastagens nativas e de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2003.
Trat/leite 1 2 2 3 3 4 5 5 6 6
28/jan 10/fev 17/fev 5/mar 17/mar 24/mar 15/abr 28/abr 3/mai 16/mai
Tratamento
Tifton PN 16% PN 16% PN 10% PN 10% Tifton PN 10% PN 10% PN 16% PN 16%
Laranja1 11,2 11,3 7,8 7,4 5,6 5 5,4 3,7 4,1 5,1
Verde1 7 6,1 9,4 7 6,8 5,7 6,3 5,4 3,9 5,1
Vermelha1 9,8 10,6 7,2 7,4 7,2 5,8 7,3 4,1 3,2 4,4
Média 9,333333
9,333333
8,133333
7,266667
6,533333
5,5 6,333333
4,4 3,733333
4,866667
SOMA 28 28 24,4 21,8 19,6 16,5 19 13,2 11,2 14,6
PN 16% PN 10% PN 10% Tifton Tifton PN 16% Tifton Tifton PN 10% PN 10%
Preta2 8,6 8 8,6 7 5 4,9 3,8 6,3 5,6 5,8
Rosa2 9,8 9,6 8,5 7,8 5,4 5 5,5 7,2 5,4 6,4
Azul claro2
7 6,5 6,7 9,8 6,6 5,9 6,2 5,4 4,7 4,5
média 8,466667
8,033333
7,933333
8,2 5,666667
5,266667
5,166667
6,3 5,233333
5,566667
25,4 24,1 23,8 24,6 17 15,8 15,5 18,9 15,7 16,7
PN 10% Tifton Tifton PN 16% PN 16% PN 10% PN 16% PN 16% Tifton Tifton
Amarela 3 7 7,4 5 6,8 6,8 6,3 7,1 5,2 4,8 7
Marrom3 6,5 6,4 6,8 9,3 7,8 7,2 8,9 6,6 6,2 7,3
Azul3 10,3 10,9 9,9 8 8,8 6,2 7,7 7,7 5,2 6,8
média 7,933333
8,233333
7,233333
8,033333
7,8 6,566667
7,9 6,5 5,4 7,033333
23,8 24,7 21,7 24,1 23,4 19,7 23,7 19,5 16,2 21,1
PN1 = 16 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo e
PN 2 = 10 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo
92
94
APÊNDICE N: Atividades ingestivas das vacas em lactação nas pastagens nativas e de tifton-85 sob pastejo de vacas em lactação, 2003.
PN16 PN10 Tifton-85
Avaliação PASTEJO RUMINAÇÃO ÓCIO
Total
PASTEJO RUMINAÇÃO ÓCIO
Total
PASTEJO RUMINAÇÃO ÓCIO
Total
Tempo relativo 36
48
16
100
38
45
16
100
69
14
16
1 Avaliação Tempo real 446
659
205
1310
469
637
203
1310
726
208
376
1310
Nº de bocados 48
21078
48
22460
48
34308
Tempo relativo 47
40
13
43
46
11
46
27
27
2 Avaliação Tempo real 602
537
171
1310
546
628
136
1310
591
328
391
1310
Nº de bocados 52
29725
Tempo relativo 43
33
24
36
32
32
46
26
28
3 avaliação Tempo real 540
422
348
1310
430
422
458
1310
576
365
369
1310
Nº de bocados 35
20638
38
16724
38
20562
Tempo relativo 44
35
20
50
33
17
53
23
24
4 avaliação Tempo real 535
493
282
1310
612
456
242
1310
666
334
309
1310
Nº de bocados 45
25367
45
28448
55
30465
Tempo relativo 44
41
15
466
647
236
1350
32
40
29
5 avaliação Tempo real 550
598
202
1350
41
19410
428
531
391
1350
Nº de bocados 39
21544
17534
41
Tempo relativo 45
41
15
43
46
11
44
17
38
6 avaliação Tempo real 533
563
214
1310
506
653
152
1310
508
236
566
1310
Nº de bocados 44
22514
45
21086
46
20396
PN1 = 16 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo e
PN 2 = 10 kg de MS de pastagem nativa/100 kg de peso vivo
93
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