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CRISTIANE MACEDO DEL RIO DO VALLE
Estudo morfofuncional de rins de primatas Callithrix
jacchus em cativeiro
São Paulo
2008
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CRISTIANE MACEDO DEL RIO DO VALLE
Estudo morfofuncional de rins de primatas Callithrix
jacchus em cativeiro
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Anatomia dos Animais
Domésticos e Silvestres da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da
Universidade de São Paulo para obtenção
de título de Doutor em Ciências
Departamento:
Cirurgia
Área de concentração:
Anatomia dos Animais Domésticos e
Silvestres
Orientador:
Prof. Dr. Pedro Primo Bombonato
São Paulo
2008
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Autorizo a reprodução parcial ou total desta obra, para fins acadêmicos, desde que citada a fonte.
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO-NA-PUBLICAÇÃO
(Biblioteca Virginie Buff D’Ápice da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo)
T.1970 Valle, Cristiane Macedo del Rio do
FMVZ Estudo morfofuncional de rins de primatas Callithrix
jacchus em cativeiro / Cristiane Macedo del Rio do Valle. – São
Paulo : C. M. R. Valle, 2008.
158 f. : il.
Tese (doutorado) - Universidade de São Paulo. Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia. Departamento de Cirurgia,
2008.
Programa de Pós-Graduação: Anatomia dos Animais
Domésticos e Silvestres.
Área de concentração: Anatomia dos Animais Domésticos e
Silvestres.
Orientador: Prof. Dr. Pedro Primo Bombonato.
1. Rim. 2. Callithrix jacchus. 3. Ultra-som. 4. Raio X.
5. Histologia. I. Título.
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome: VALLE, Cristiane Macedo del Rio do
Título: Estudo morfofuncional de rins de primatas Callithrix jacchus em
cativeiro
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Anatomia dos Animais
Domésticos e Silvestres da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da
Universidade de São Paulo para obtenção
de título de Doutor em Ciências
Data: ___/___/___
Banca Examinadora
Prof. Dr. _______________________ Instituição: ____________________
Assinatura: _______________________ Julgamento: ___________________
Prof. Dr. _______________________ Instituição: ____________________
Assinatura: _______________________ Julgamento: ___________________
Prof. Dr. ______________________ Instituição: _____________________
Assinatura: ______________________Julgamento: ____________________
Prof. Dr. _____________________ Instituição: _____________________
Assinatura: ______________________ Julgamento: ____________________
Prof. Dr. ______________________ Instituição: _____________________
Assinatura: ______________________Julgamento: ____________________
Dedico
Aos maus pais João Carlos e Marli, meus irmãos
Júnior e Daniela, meu marido Rodrigo e meu filho
André. Obrigada por tudo e principalmente por
existirem em minha vida.
“Em geral, não nos damos conta de que recebemos muito mais do que
damos e de que a vida se enriquece justamente com o agradecimento.
Facilmente damos importância exagerada aos nossos atos, esquecendo
que recebemos dos outros o que chegamos a ser.” (Chiara Lubich)
Ao meu orientador Prof. Dr. Pedro Bombonato...
Excelente é o mestre que, ensinando, faz nascer no espírito do discípulo
um grande desejo de aprender.” (Rui Barbosa)
... e à minha orientadora Dra. Penelope Nayudu.
“Que nossos esforços desafiem as impossibilidades. Lembrai-vos que
as grandes proezas da história foram conquistadas com o que parecia
impossível.” (Charles Chaplin)
À todos os animais, e principalmente àqueles que fizeram parte deste estudo, dando
sua valiosa contribuição.
“Em termos de evolução, bem maior é o débito da Humanidade
para com os animais do que o crédito que lhes temos dispensado para seu
bem-estar e progresso.” (Eurípedes Kuhl)
“Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque
de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você
se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que
todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em
determinado ponto eles são nós e nós somos eles.” (Philip Ochoa)
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Pedro Primo Bombonato, meu orientador, pela confiança, ensinamentos
e principalmente pela sua amizade.
À Dra. Penelope Lea Nayudu, minha orientadora, pelos ensinamentos, por toda a
preciosa ajuda para a realização deste trabalho e por tornar a estadia na Alemanha
muito prazerosa.
Ao meu marido Rodrigo pela importante ajuda na realização do experimento,
paciência, apoio, dedicação e amor.
Ao meu filho André que chegou neste período para trazer uma alegria imensa na
minha vida.
Ao Dr. José Augusto Pereira Carneiro Muniz, pelo apoio na realização do
experimento e pela amizade.
Ao Paulo Henrique Gomes de Castro pela ajuda na realização do experimento.
Aos funcionários do Centro Nacional de Primatas que colaboraram com esta
pesquisa.
Aos estagiários do Centro Nacional de Primatas, Roberta, Felipe, Tobias e
Francisco, pela ajuda na realização do experimento.
Ao laboratório Borborema em Belém pelas análises clínicas realizadas.
Ao Renato Valentim pela importante participação na análise dos resultados
estatísticos.
Ao Marcilio pela ajuda com a estatística.
Ao Ronaldo Agostinho pela ajuda e atenção durante a pesquisa.
Aos professores e funcionários do Departamento de Cirurgia da FMVZ – USP -
Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, pela dedicação e companheirismo.
À Fátima pela ajuda na correção da tese.
Aos pós-graduandos do Departamento Anatomia dos Animais Domésticos e
Silvestres.
À Angelina Berenson e Kerstin Fuhrmann, por toda ajuda durante a pesquisa no
Centro de Primatas da Alemanha (Deutsches Primatenzentrum – DPZ).
Aos amigos Olena Tkachenko e Edris, pela ajuda e pelo companheirismo.
A todos do Departamento de Biologia Reprodutiva do Centro de Primatas da
Alemanha – DPZ.
Ao Dr. Frank Eitner do Hospital Universitário de Aachen – Alemanha, pelos
ensinamentos e colaboração nos exames de imunohistoquímica.
À Prof. Dra. Lilian, do Departamento de Patologia da FMVZ, pela análise do material
histológico.
Ao Prof. Dr. Guerra pela ajuda e ensinamentos.
Ao Claudio Arroyo do Departamento de Patologia da FMVZ pela ajuda na confecção
das lâminas de histologia.
Às amigas Fernanda e Lilian por toda a ajuda e amizade.
A todos os amigos que me incentivaram e me deram força.
À minha família, João Carlos e Marli, meus pais, meus irmãos Júnior e Daniela e
minha cunhada Tatiana por todo incentivo, carinho e ajuda que me foi dado.
Ao meu sogro Dilson e minha sogra Zélia, minhas cunhadas Milena e Lizandra e
meu cunhado Leonardo, pelo incentivo, amizade e ajuda tão importantes, e aos
meus sobrinhos Carolina, Bruno, Pedro e Ana pela alegria trazida.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste
trabalho.
Ao Centro Nacional de Primatas - CENP, Secretaria de Vigilância em Saúde -
SVS/MS, pelo apoio à realização desta pesquisa.
Ao Deutsches Primatenzentrum – DPZ pelo apoio à realização da pesquisa.
Á CAPES, pela concessão de bolsa no Brasil e pela concessão da bolsa de
doutorado sandwich no Deutsches Primatenzentrum – DPZ, Göttingen, Alemanha
para a realização desta pesquisa.
Aos animais, que são a grande razão da existência desta profissão.
RESUMO
VALLE, C. M. R. Estudo morfofuncional de rins de primatas Callithrix jacchus
em cativeiro. [Morphofunctional study in kidneys of captive Callithrix jacchus
primates]. 2008. 158 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
Analisou-se rins de 51 Callithrix jacchus, 38 animais provenientes do DPZ
(Centro de Primatas da Alemanha) e 13 animais provenientes do CENP (Centro
Nacional de Primatas – Brasil), para a caracterização morfológica e biométrica dos
rins desta espécie, utilizando-se de exames ultra-sonográficos e radiográficos,
comparando-se os dados de cada colônia para verificação de possíveis diferenças
decorrentes de manejos distintos. Foram realizados exames de urina e sangue para
verificar a condição de sanidade dos animais. Foi realizada também a histologia do
rim em 19 animais do DPZ. Com os resultados pudemos concluir que nos animais do
DPZ, os parâmetros mensurados não são influenciados pelo sexo. Os Callithrix
jacchus da colônia do DPZ apresentaram a biometria corpórea maior do que os
Callithrix jacchus da colônia do CENP e os animais com alterações renais
apresentaram peso maior do que os animais sadios. No exame ultra-sonográfico, o
rim desta espécie apresenta aspecto ovalado, é unipiramidal, e a relação de
ecogenicidade é igual à descrita para outras espécies de primatas. Houve a
isoecogenicidade do fígado e do baço em relação ao rim. Nos animais do CENP, a
região cortical e medular e a junção cortico-medular foram mais definidas do que nos
animais do DPZ. Os aspectos radiográficos para os rins de Callithrix jacchus foram
semelhantes ao descrito para outras espécies. Os rins de animais com alterações
apresentaram um volume maior do que os rins de animais sadios. Foram
observadas alterações histológicas nos rins dos animais necropsiados, mesmo no
grupo dos animais sem alterações laboratoriais.
Palavras-chave: Rim. Callithrix jacchus. Ultra-som. Raio X. Histologia.
ABSTRACT
VALLE, C. M. R. Morphofunctional study in kidneys of captive Callithrix jacchus
primates. [Estudo morfofuncional de rins de primatas Callithrix jacchus em cativeiro].
2008. 158 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
The kidneys of fifty one Callithrix jacchus, being thirty eight animals from the
DPZ (Germany Primate Center) and thirteen animals from the CENP (National
Primate Center – Brazil), were used in the present experiment. Kidneys
morphological and biometrical characterizations were evaluated using ultra-
sonographic and radiographic exams. Comparisons were performed between each
colony in order to evaluate the effect of different management. Soundness
evaluation was performed in all animals using blood and urine analysis. The kidneys
of nineteen animals from the DPZ were used for histological evaluations. Results
indicate that variables were not influenced by gender on DPZ animals. Animals from
the DPZ colony showed higher values of body biometry than those from the CENP
colony. Furthermore, animals showing renal alterations presented higher weight
when compared to healthy animals. At the ultra-sonographic exam, the kidney of this
specie showed an elliptical and unipyramidal aspect, with an echogenicity similar to
other primates species previously described. Kidney echogenicity was also similar to
the liver and spleen. At the CENP, animals showed better definition at the cortical
and the medullar region, as well as the cortico-medular junction, when compared to
the DPZ. The radiographic aspects of the Callithrix jacchus kidneys were similar to
species previously described. Kidneys from animals with alterations showed a higher
volume when compared to the healthy animals. Histological kidney abnormalities
were found at necropsy also on animals with no laboratorial alterations.
Key- words: Kidney. Callithrix jacchus. Ultrasound. X Ray. Histology.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Espécime de sagüi-de tufo-branco (Callithrix jacchus) da colônia do
Centro Nacional de Primatas (CENP)..................................................27
Figura 2 - Exame ultra-sonográfico de animal do Deutsches Primatenzentrum
(DPZ)....................................................................................................58
Figura 3 - Imagem ultra-sonográfica do rim direito (corte longitudinal) de animal
do CENP que demonstra as mensurações realizadas.........................58
Figura 4 - Imagem ultra-sonográfica do rim direito (corte transversal) de animal
proveniente do CENP que demonstra as mensurações realizadas..58
Figura 5 - Exame radiográfico de animal do CENP..............................................60
Figura 6 - Imagem digitalizada de radiografia de Callithrix jacchus do CENP nas
projeções látero-lateral e ventro-dorsal................................................60
Figura 7 - Mensuração da 2ª vértebra lombar (in situ).........................................64
Figura 8 - Imagem de Callithrix jacchus do DPZ com peso > 400 gramas..........68
Figura 9 - Imagem de Callithrix jacchus do DPZ com peso < 400 gramas..........68
Figura 10 - Imagem de Callithrix jacchus do CENP com peso < 400 gramas.......68
Figura 11 - Imagem ultra-sonográfica do rim direito em corte longitudinal do menor
rim encontrado de animal do CENP.....................................................78
Figura 12 - Imagem ultra-sonográfica do rim direito em corte longitudinal do maior
rim encontrado de animal do CENP.....................................................78
Figura 13 - Imagem ultra-sonográfica do rim direito em corte longitudinal do menor
rim encontrado de animal do DPZ........................................................78
Figura 14 - Imagem ultra-sonográfica do rim direito em corte longitudinal do maior
rim encontrado de animal do DPZ........................................................78
Figura 15 - Imagem digitalizada de radiografia do rim esquerdo de Callithrix
jacchus em projeção látero-lateral.......................................................79
Figura 16 - Imagem digitalizada de radiografia dos rins de Callithrix jacchus em
projeção ventro-dorsal.........................................................................79
Figura 17 - Necropsia de Callithrix jacchus do grupo G3 demonstrando o tamanho
e o posicionamento dos rins (setas). Animal – Carneval....................83
Figura 18 - Necropsia de Callithrix jacchus do grupo G4 demonstrando o tamanho
e o posicionamento dos rins (setas). Neste, o rim direito encontra-se
encoberto pelo fígado aumentado de tamanho. Animal –
Gerda...................................................................................................83
Figura 19 - Rim de Callithrix jacchus do grupo G3 demonstrando tamanho e
forma....................................................................................................83
Figura 20 - Rim de Callithrix jacchus do grupo G4 demonstrando tamanho e
forma....................................................................................................83
Figura 21 - Rim de Callithrix jacchus do grupo G3 demonstrando a morfologia
interna...................................................................................................83
Figura 22 - Rim de Callithrix jacchus do grupo G4 demonstrando a morfologia
interna...................................................................................................83
Figura 23 - Necropsia de Callithrix jacchus do grupo G4 demonstrando a
aparência, o tamanho e o posicionamento dos rins (setas) com
alterações. Animal – Logan..................................................................84
Figura 24 - Rim de Callithrix jacchus do grupo G4 demonstrando a aparência,
tamanho e forma alterada....................................................................84
Figura 25 - Rim de Callithrix jacchus do grupo G4 demonstrando a morfologia
interna alterada....................................................................................84
Figura 26 - Corte histológico de rim de Callithrix jacchus corado com HE. Animal
com escore total = 0. Animal – Carneval............................................85
Figura 27 - Corte histológico de rim de Callithrix jacchus corado com HE. Animal
com escore total = 1. Animal – Gerda.................................................85
Figura 28 - Corte histológico de rim de Callithrix jacchus corado com HE. Animal
com escore total = 2. Animal – Logan................................................86
Figura 29 - Corte histológico de rim de Callithrix jacchus corado com HE. Animal
com escore total = 2. Animal – Logan................................................86
Figura 30 - Glomérulo com leve depósito de IgA de animal com escore total 0 no
exame histológico. Animal – Winny...................................................87
Figura 31 - Glomérulo com moderado depósito de IgA de animal com escore total
2 no exame histológico. Animal – Babalou........................................87
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Valores referentes à idade (anos) dos machos de Callithrix jacchus
da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix jacchus da
colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005................67
Tabela 2 - Valores referentes ao peso (g) dos machos de Callithrix jacchus da
colônia do CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix jacchus da
colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005................67
Tabela 3 - Valores referentes ao comprimento do corpo (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................69
Tabela 4 - Valores referentes ao perímetro torácico (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................69
Tabela 5 - Valores referentes ao perímetro abdominal (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................70
Tabela 6 - Valores referentes ao comprimento do rim direito (cm) dos machos
de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................71
Tabela 7 - Valores referentes à altura do rim direito (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................72
Tabela 8 - Valores referentes à largura do rim direito (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................72
Tabela 9 - Valores referentes ao volume do rim direito (cm
3
) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................73
Tabela 10 - Valores referentes ao córtex (corte longitudinal) do rim direito (cm)
dos machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos
e fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007
e Goettingen – 2005..........................................................................73
Tabela 11 - Valores referentes ao córtex (corte transversal) do rim direito (cm)
dos machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos
e fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007
e Goettingen – 2005..........................................................................74
Tabela 12 - Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (cm) dos
machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e
fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................74
Tabela 13 - Valores referentes à altura do rim esquerdo (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................75
Tabela 14 - Valores referentes à largura do rim esquerdo (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................75
Tabela 15 - Valores referentes ao volume do rim esquerdo (cm
3
) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................76
Tabela 16 - Valores referentes ao córtex (corte longitudinal) do rim esquerdo (cm)
dos machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos
e fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007
e Goettingen – 2005..........................................................................76
Tabela 17 - Valores referentes ao córtex (corte transversal) do rim esquerdo (cm)
dos machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos
e fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007
e Goettingen – 2005..........................................................................77
Tabela 18 - Valores referentes ao comprimento do rim direito (cm) dos machos
de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................80
Tabela 19 - Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (cm) dos
machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e
fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................80
Tabela 20 - Valores referentes ao comprimento do rim direito (em relação à 2
a
vértebra lombar) dos machos de Callithrix jacchus da colônia do
CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do
DPZ. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005.................................81
Tabela 21 - Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (em relação à 2
a
vértebra lombar) dos machos de Callithrix jacchus da colônia do
CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do
DPZ. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005..................................81
Tabela 22 - Valores referentes à idade (anos) dos Callithrix jacchus (G1 e G2)
pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3 e G4),
pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e G6),
pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral. Ananindeua -
2007 e Goettingen – 2005.................................................................88
Tabela 23 - Valores referentes ao peso (g) dos Callithrix jacchus (G1 e G2)
pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3 e G4),
pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e G6),
pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral. Ananindeua -
2007 e Goettingen – 2005.................................................................88
Tabela 24 - Valores referentes ao comprimento do corpo (cm) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005.................................89
Tabela 25 - Valores referentes ao perímetro torácico (cm) dos Callithrix jacchus
(G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus
(G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus
(G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral.
Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005...........................................89
Tabela 26 - Valores referentes ao perímetro abdominal (cm) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005.................................90
Tabela 27 - Valores referentes ao comprimento do rim direito (cm) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005.................................90
Tabela 28 - Valores referentes a altura do rim direito (cm) dos Callithrix jacchus
(G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus
(G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus
(G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral.
Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005...........................................91
Tabela 29 - Valores referentes à largura do rim direito (cm) dos Callithrix jacchus
(G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus
(G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus
(G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral.
Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005...........................................91
Tabela 30 - Valores referentes ao volume do rim direito (cm
3
) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005.................................92
Tabela 31 - Valores referentes ao córtex (corte longitudinal) do rim direito (cm)
dos Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP,
dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e
dos Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP +
DPZ = grupo geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005..........92
Tabela 32 - Valores referentes ao córtex (corte transversal) do rim direito (cm)
dos Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP,
dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e
dos Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP +
DPZ = grupo geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005..........93
Tabela 33 - Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (cm) dos
Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos
Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos
Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ
= grupo geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005...................93
Tabela 34 - Valores referentes à altura do rim esquerdo (cm) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005.................................94
Tabela 35 - Valores referentes à largura do rim esquerdo (cm) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005.................................94
Tabela 36 - Valores referentes ao volume do rim esquerdo (cm
3
) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005.................................95
Tabela 37 - Valores referentes ao córtex (corte longitudinal) do rim esquerdo (cm)
dos Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP,
dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e
dos Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP +
DPZ = grupo geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005..........95
Tabela 38 - Valores referentes ao córtex (corte transversal) do rim esquerdo (cm)
dos Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP,
dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e
dos Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP +
DPZ = grupo geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005..........96
Tabela 39 - Valores referentes ao comprimento do rim direito (cm) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005.................................96
Tabela 40 - Valores referentes ao comprimento do rim direito (em relação à 2ª
vértebra lombar) dos Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à
colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à
colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à
colônia do CENP + DPZ = grupo geral. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................97
Tabela 41 - Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (cm) dos
Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos
Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos
Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ
= grupo geral. Ananindeua - 2007 e Goettingen – 2005...................97
Tabela 42 - Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (em relação à 2ª
vértebra lombar) dos Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à
colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à
colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à
colônia do CENP + DPZ = grupo geral. Ananindeua - 2007 e
Goettingen – 2005.............................................................................98
Tabela 43 - Valores referentes ao volume do rim direito (mensuração anatômica)
(cm) dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do
DPZ. Goettingen – 2005....................................................................98
Tabela 44 - Valores referentes ao volume do rim esquerdo (mensuração
anatômica) (cm) dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à
colônia do DPZ. Goettingen – 2005...................................................99
Tabela 45 - Valores referentes ao peso do rim direito (mensuração anatômica) (g)
dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ.
Goettingen – 2005.............................................................................99
Tabela 46 - Valores referentes ao peso do rim esquerdo (mensuração anatômica)
(g) dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ.
Goettingen – 2005...........................................................................100
Tabela 47 - Valores referentes ao córtex do rim direito (mensuração anatômica)
(cm) dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do
DPZ. Goettingen – 2005..................................................................100
Tabela 48 - Valores referentes ao córtex do rim esquerdo (mensuração
anatômica) (cm) dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à
colônia do DPZ. Goettingen – 2005................................................101
Tabela 49 - Valores referentes ao coeficiente de correlação (R) entre os valores
biométricos corpóreos e valores métricos renais por meio do exame
ultra-sonográfico, radiográfico e mensuração anatômica dos Callithrix
jacchus da colônia do DPZ e do CENP. Goettingen – 2005 e
Ananindeua – 2007.........................................................................103
LISTA DE ANEXOS
Anexo A - Protocolo de coloração para Imunohistoquímica............................129
Anexo B - Protocolo de coloração para Hematoxilina-Eosina.........................130
Anexo C - Protocolo de coloração para PAS...................................................131
Anexo D - Protocolo de coloração para Tricomico de Masson........................133
Anexo E - Protocolo de coloração para Vermelho Congo...............................135
Anexo F - Grupos.............................................................................................136
Anexo G - Dados referentes ao sexo, idade (anos) e peso (g) dos animais do
DPZ e dos animais do CENP..........................................................138
Anexo H - Dados referentes ao comprimento corpóreo e medidas das
circunferências do tórax e do abdômen (cm) de animais do DPZ e do
CENP...............................................................................................139
Anexo I - Valores das mensurações dos exames ultra-sonográficos
(comprimento, altura, largura, córtex no corte longitudinal, córtex no
corte transversal e volume dos rins direito e esquerdo) (cm) dos
animais provenientes do DPZ.........................................................140
Anexo J - Valores das mensurações dos exames ultra-sonográficos
(comprimento, altura, largura, córtex no corte longitudinal, córtex no
corte transversal e volume dos rins direito e esquerdo) (cm) dos
animais provenientes do CENP......................................................142
Anexo K - Valores das mensurações (comprimento) dos rins direito e esquerdo
e comprimento da segunda vértebra lombar realizadas em imagem
radiográfica e a proporção entre o comprimento do rim e o
comprimento da segunda vértebra lombar de animais do DPZ.....143
Anexo L - Valores das mensurações (comprimento) dos rins direito e esquerdo
e comprimento da segunda vértebra lombar realizadas em imagem
radiográfica e a proporção entre o comprimento do rim e o
comprimento da segunda vértebra lombar de animais do CENP..143
Anexo M - Valores de hemograma (células brancas (10
3
/ul); neutrófilo, linfócito,
monócito, eosinófilo e basófilo (%); células vermelhas (10
6
/ul),
hemoglobina (g/dl), hematócrito (%), MCV(fl), MCH (pg) e
MCHC(g/dl)) de animais do DPZ....................................................144
Anexo N - Valores de hemograma (células brancas (mm
3
); neutrófilo, linfócito,
monócito, eosinófilo e basófilo (%); células vermelhas (mm
3
),
hemoglobina (g/dl), hematócrito (%), MCV(u
3
), MCH (uup) e
MCHC(%)) de animais do CENP.....................................................146
Anexo O - Valores referentes à bioquímica sérica (creatinina e uréia (mg/dl)) de
animais do DPZ...............................................................................147
Anexo P - Valores referentes à bioquímica sérica (creatinina e uréia (mg/dl)) de
animais do CENP...........................................................................148
Anexo Q - Valores de parâmetros urinários (proteína e sangue) mensurados por
meio de testes de fita (+); e albumina (mg/dl), creatinina (mg/dl) e
relação albumina/creatinina mensurados em laboratório dos 3
exames realizados nos animais do DPZ........................................149
Anexo R - Valores de parâmetros urinários (proteína e sangue) mensurados por
meio de testes de fita (+); e albumina (mg/dl), creatinina (mg/dl) e
relação albumina/creatinina mensurados em laboratório dos 2
exames realizados nos animais do CENP......................................152
Anexo S - Valores das taxas de glicose sanguínea (mg/dl) do exame da curva
glicêmica antes da sobrecarga de glicose e 20 minutos após a
sobrecarga para sangue venoso (V) e periférico (P) e 10, 40, 60, 80,
100, 120, 140 e 160 minutos após a sobrecarga para sangue
periférico de animais do DPZ.........................................................153
Anexo T - Valores das taxas de glicose sanguínea (mg/dl) do exame da curva
glicêmica antes da sobrecarga de glicose, 10, 20, 40, 60, 80, 100 e
120 minutos após a sobrecarga para sangue periférico de animais
do CENP.........................................................................................155
Anexo U - Valores das taxas de glicose sanguínea (mg/dl) do exame da curva
glicêmica em 10, 20, 40, 60, 80, 100 e 120 minutos com a
sobrecarga de glicose (G) e sem a sobrecarga de glicose para
sangue periférico de 6 animais do DPZ..........................................156
Anexo V - Escores morfológicos e classificação final (total) do exame
histológico dos 19 animais do DPZ................................................157
Anexo W - Valores das mensurações da 2ª vértebra lombar (in situ) e dos rins
(mensuração anatômica) (comprimento, altura, largura, córtex (cm),
volume (cm
3
) e peso (g) dos rins direito e esquerdo) dos 19 animais
provenientes do DPZ......................................................................158
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................26
2 REVISÃO DE LITERATURA................................................................31
2.1 Aspectos da morfologia renal...........................................................31
2.2 Aspectos ultra-sonográficos.............................................................35
2.3 Aspectos radiográficos......................................................................44
2.4
Aspectos relativos às doenças renais que acometem
callitriquídeos.....................................................................................46
3 MATERIAL E MÉTODO.......................................................................55
3.1 Animais................................................................................................55
3.2 Contenção Física e Química..............................................................56
3.3 Biometria corpórea.............................................................................57
3.4 Exame Ultra-sonográfico...................................................................57
3.5 Estudo Radiográfico..........................................................................59
3.6 Exames Complementares..................................................................61
3.7 Exame de Urina tipo I.........................................................................61
3.8 Colheita de Sangue e Exames Hematológicos
................................62
3.9 Exame para a verificação da glicemia..............................................62
3.10 Histologia............................................................................................63
3.11 Formação dos Grupos de Estudo.....................................................66
3.12 Análise Estatística..............................................................................66
4 RESULTADOS.....................................................................................67
4.1 Exame Ultra-sonográfico...................................................................70
4.2 Exame Radiográfico...........................................................................79
4.3 Exames Laboratoriais........................................................................82
5 SUMÁRIO ESTATÍSTICO..................................................................102
6 DISCUSSÃO......................................................................................106
7 CONCLUSÕES..................................................................................119
REFERÊNCIAS .................................................................................121
ANEXOS.............................................................................................129
26
1 INTRODUÇÃO
A contínua evolução do conhecimento humano, especialmente em biologia,
bem como em medicina humana e veterinária, repercute no desenvolvimento de
ações envolvendo a criação e a experimentação animal. É incalculável o valor da
contribuição dos animais de laboratório às novas descobertas para a prevenção de
doenças e sua cura, bem como para o desenvolvimento de novas técnicas de
tratamento clínico e cirúrgico (ANDRADE, 2002).
Nos últimos 30 anos, o estudo dos primatas tem recebido grande atenção,
pela sua importância em estudos experimentais e comportamentais. À medida que
estes estudos desenvolveram-se, muito se descobriu acerca da fragilidade em que
se encontram a maioria das espécies, devido principalmente à destruição do
ambiente onde vivem (AURICCHIO, 1995).
Assim, o uso destes animais tem causado apreensão em ecologistas,
primatologistas, uma vez que a captura indiscriminada pode resultar na redução das
populações e até a sua extinção. Por isso, indiscutivelmente, dados referentes à
biologia, fisiologia e psicologia destas espécies possibilitam que os mesmos sejam
utilizados experimentalmente de maneira coerente (SCHAEFFTER, 1996).
O Brasil é possuidor de uma considerável variedade de ecossistemas
silvestres, contando com a maior diversidade de primatas do planeta (RYLANDS;
MITTERMEIER; RODRÍGUEZ-LUNA, 1995; RYLANDS et al., 2000).
Desta variedade, o Callithrix jacchus, também chamado de sagüi-de-tufo-
branco, sagüi comum, “common marmoset” (ing.) (Figura 1), é o mais comum e
conhecido dos sagüis (AURICCHIO, 1995).
Segundo Schneider em Schneider e Rosenberg (1996) a classificação
taxonômica do sagüi-de-tufo-branco está descrita a seguir:
27
Classe
Mammalian
Ordem
Primate
Infraordem
Platyrrhini
Família
Cebidae
Subfamília
Callitrichinae
Gênero
Callithrix (Erxleben, 1777)
Espécie
Callithrix jacchus (Linnaeus, 1758)
Os indivíduos desta espécie apresentam tufo de pêlos brancos circum-
auriculares e ápice castanho muito escuro com mancha branca no nariz e na testa,
faces e pescoço cinza-sujo. A coloração geral do corpo é acinzentado-claro com
reflexos castanhos e pretos. Apresentam “baixo dorso” e cauda com faixas
transversais (AURICCHIO, 1995; STEVENSON; RYLANDS, 1988).
Figura 1 Espécime de sagüi-de tufo-branco (Callithrix
jacchus) da colônia do Centro Nacional de
Primatas (CENP)
28
Os animais do gênero Callithrix são de pequeno porte com 350 a 450 g de
peso (STEVENSON; RYLANDS, 1988), o mesmo peso foi descrito especificamente
para Callithrix jacchus por Clarke (1994). Entretanto, Auricchio (1995) relata que a
média de peso para esta espécie é de 250 g. Segundo Clarke (1994) e Stevenson e
Rylands (1988) o peso ao nascimento é de 22 a 38 g.
Araújo et al. (2000) realizaram estudo para verificar diferenças de pesos em
Callithrix jacchus em vida livre (243 indivíduos em 15 grupos em vida livre da floresta
Nísia - Natal) e em cativeiro (138 indivíduos da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte) e relatam que em vida livre os machos pesaram entre 282,8 a 352g e as
fêmeas pesaram entre 281,6 a 362,4g. Em cativeiro os machos pesaram entre 317,1
a 378,1g e as fêmeas pesaram entre 309,3 a 410,1g.
Neste estudo não existiu diferença significante entre machos e fêmeas, mas
os indivíduos em cativeiro são mais pesados do que na vida livre e sugerem que as
diferenças entre cativeiro e vida livre não são de constituição corpórea, mas devidas
a dieta e atividade física (ARAÚJO et al., 2000).
Boere et al. (2005) realizaram estudo com 24 callitriquídeos em cativeiro e
relatam que não houve diferenças significantes em relação à biometria corpórea
entre machos e fêmeas. A média de peso dos machos adultos foi de 361,25g,
variando de 260 a 450g e das fêmeas foi de 338,75 variando de 330 a 400g.
Valle et al. (2005) relatam que foi encontrado, na colônia do Centro de
Primatas da Alemanha (Deutsches Primatenzentrum – DPZ), Goettingen, Alemanha,
70% dos animais com peso superior a 400 g.
Os animais desta espécie são basicamente insetívoros-gumívoros, e por
conta da gumivoria, os dentes incisivos inferiores são longos e estreitos
(AURICCHIO, 1995; STEVENSON; RYLANDS, 1988; MIRANDA; FARIA, 2001;
LOWENSTINE; RIDEOUT, 2005).
Segundo Diniz e Costa (1995), esta espécie é monogâmica e somente o
macho e a fêmea dominante se reproduzem no grupo. A supressão da ovulação das
fêmeas subordinadas pela fêmea dominante é comportamental e endocrinológica as
quais restabelecem a ovulação rapidamente quando removidas de seus grupos
sociais (ABBOTT; HODGES; GEORGE, 1988). Em contraste, Nievergelt et al. (2002)
observaram em seu estudo que duas fêmeas reprodutoras acasalavam
principalmente com apenas um macho dominante e classificaram estes animais
como poliginimonândricos. Não existe sazonalidade para a reprodução (DINIZ;
29
COSTA, 1995; STEVENSON; RYLANDS, 1988) e a gestação dura 140 a 150 dias
(AURICCHIO, 1995; STEVENSON; RYLANDS, 1988) com intervalo entre partos de
5 meses (STEVENSON; RYLANDS, 1988). Os indivíduos são considerados adultos
a partir dos 15 meses de vida (STEVENSON; RYLANDS, 1988).
A temperatura corpórea no Callithrix jacchus é de aproximadamente 36,5°C e
a longevidade pode alcançar 10 anos (DINIZ; COSTA, 1995).
Esta espécie habita a caatinga e o cerrado em formações arbóreas baixas
(AURICCHIO, 1995; STEVENSON; RYLANDS, 1988). Os animais formam grupos de
7 a 15 indivíduos em uma área de 5 ha por grupo (AURICCHIO, 1995).
O Callithrix jacchus ocorre naturalmente no nordeste do Brasil (AURICCHIO,
1995; STEVENSON; RYLANDS, 1988), ao norte do Rio São Francisco e ao leste do
Rio Parnaíba (AURICCHIO, 1995), e atualmente são encontrados nos estados da
Bahia, Goiás, Minas Gerais e São Paulo (STEVENSON;RYLANDS, 1988;
MIRANDA; FARIA, 2001).
Como foi introduzido em várias matas do Brasil, principalmente no Sudeste,
estes animais podem ser encontrados também na Serra da Carioca e Tijuca no Rio
de Janeiro, Serra da Cantareira e em vários parques da Cidade de São Paulo, onde
se adaptaram muito bem (AURICCHIO, 1995; STEVENSON; RYLANDS, 1988).
Dentre as diversas espécies que ocorrem naturalmente no Brasil utilizadas
em pesquisas biomédicas, os primatas do gênero Callithrix, representam excelentes
modelos experimentais, sendo largamente utilizados em pesquisas toxicológicas,
reprodutivas, neurológicas, câncer, entre outras (VALLE, 2007).
Os primatas do gênero Callithrix são usados como modelos para elucidar
vários aspectos da fisiologia humana, principalmente em relação aos rins
(HORACEK et al., 1986).
Stevenson e Rylands (1988) citam que uma das razões para o aumento da
utilização do sagüi-de-tufo-branco em laboratórios para pesquisas médicas e
farmacêuticas é, entre outros aspectos, a sua alta fecundidade.
Existe uma carência em pesquisas básicas em primatas não-humanos, tais
como, por exemplo, aquelas que abordam aspectos da morfologia dos diferentes
órgãos e tecidos, em especial com o uso de técnicas imagológicas não invasivas.
O conhecimento da morfologia normal do corpo e a designação adequada das
estruturas, em especial dos primatas, é básica e fundamental para o aprendizado, e
30
conseqüentemente para o desenvolvimento e avanço de todas as áreas da ciência
médica (SCHAEFFTER, 1996).
A utilização de técnicas de produção da imagem tem auxiliado o
aprofundamento na compreensão da anatomia sistemática e topográfica, e através
do uso de técnicas como a radiologia e a ultra-sonografia, tem-se estabelecido a
conexão entre a anatomia, considerada ciência básica, e as ciências médicas
aplicadas (SCHAEFFTER, 1996).
O Centro Nacional de Primatas – CENP, órgão da SVS/MS, localizado no
município de Ananindeua, Estado do Pará, cria e reproduz primatas não humanos
sob condições controladas, para preservação, e para que sejam utilizados em
pesquisas biomédicas no Brasil e no exterior, com a racionalização da utilização dos
animais e gerenciamento de modelos alternativos para pesquisa. Atualmente, o
CENP possui um plantel de aproximadamente 600 exemplares de 24 espécies
diferentes, que vivem em gaiolas instaladas em uma estrutura de 15.146,6 m
2
, em
uma reserva ecológica de aproximadamente 25 hectares com vegetação típica da
floresta amazônica.
A colônia do Centro de Primatas da Alemanha - DPZ está localizada na
periferia da cidade de Goettingen, Alemanha. O DPZ, também, cria e reproduz
primatas não humanos de 4 espécies, sob condições controladas, para pesquisas
biomédicas. Atualmente, o DPZ possui um plantel de aproximadamente 600
exemplares de Callithrix jacchus, alojados em recintos "in-doors", de tamanhos
variáveis de acordo com o tamanho do grupo, sob condições controladas de luz,
umidade e temperatura. A colônia consiste exclusivamente de animais nascidos em
cativeiro na Europa há várias gerações.
Os primatas do gênero Callithrix são animais largamente utilizados em várias
pesquisas experimentais; contudo, parcimoniosos e escassos são os estudos
básicos, que utilizam métodos não invasivos de análise, como é o caso da biometria
imagológica do sistema urinário.
O intuito deste estudo é a caracterização morfológica e biométrica dos rins da
espécie Callithrix jacchus, utilizando-se de exames ultra-sonográficos e
radiográficos, comparando-se os dados de cada colônia para verificação de
possíveis diferenças decorrentes de manejos distintos.
31
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Aspectos da morfologia renal
Os rins são órgãos pares localizados na porção superior e posterior do
abdômen, no caso dos primatas (COTRAN et al., 1996). Dentre as várias funções
que desempenha, se destacam a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico do
organismo e a eliminação de substâncias através da urina (COTRAN et al., 1996;
AUGHEY; FRYE, 2001).
Devido os rins regularem o volume do líquido corporal, o equilíbrio ácido –
básico e a composição eletrolítica, o órgão exerce um papel central na criação e na
manutenção de um ambiente interno para as células (BANKS, 1991).
Adicionalmente, o rim funciona como um órgão endócrino, que secreta renina,
fator eritropoético renal (eritrogênio) e metabólitos ativos da vitamina D (BANKS,
1991; AUGHEY; FRYE, 2001).
Para o desempenho destas funções eles recebem 25% do débito cardíaco por
meio das artérias renais provenientes diretamente da aorta. Com isso, é alvo de
substâncias provenientes da corrente sanguínea, como imunocomplexos, venenos,
drogas, etc. Por conta disso, pode também ser lesado por alterações da pressão
arterial, tanto hipotensão quanto hipertensão (COTRAN et al., 1996).
Nos humanos, os rins estão situados no “espaço retroperitoneal”, na parte
posterior do abdômen, lateralmente à coluna vertebral. O pólo cranial dos rins está
relacionado com a 12ª vértebra torácica e o pólo caudal com a 3ª vértebra lombar. O
rim direito é usualmente encontrado levemente mais caudal que o rim esquerdo. O
peso de cada rim em um homem adulto varia de 125 a 170g e de 115 a 155g na
mulher adulta. Nos Homens, o comprimento do rim é de aproximadamente 11 a 12
cm, a largura é de aproximadamente 5 a 7,5 cm e a espessura é de
aproximadamente 2,5 a 3 cm (TISHER; MADSEN, 1996).
Localizado na parte medial ou côncava do rim existe uma fenda, chamada
hilo, por onde a pelve renal, a artéria e a veia renal, os plexos nervoso e linfático
alcançam o seio renal. O órgão é envolvido por uma cápsula fibrosa lisa que é
32
facilmente removida em condições normais (TISHER; MADSEN, 1996; AUGHEY;
FRYE, 2001).
Duas regiões distintas podem ser identificadas na superfície de corte do rim
seccionado em duas partes: uma região mais pálida, externa, chamada córtex e uma
região mais escura, interna, chamada medula (TISHER; MADSEN, 1996; AUGHEY;
FRYE, 2001).
Em humanos, a medula é dividida em 8 a 18 massas estriadas cônicas
chamadas pirâmides. A base de cada pirâmide é posicionada no limite córtico-
medular, e o ápice prolonga-se em direção a pelve renal para formar a papila. Na
extremidade de cada papila existem de 10 a 25 pequenas aberturas que
representam a porção terminal distal dos túbulos coletores. Estas aberturas formam
a área crivosa (TISHER; MADSEN, 1996).
Em contraste com o rim humano, os rins de ratos e de muitos outros animais
de laboratório possuem uma única pirâmide renal e é denominado unipapilar
(TISHER; MADSEN, 1996; BACHMANN; KRIZ, 1998). Por outro lado, estes rins
assemelham-se aos rins dos Homens em sua aparência geral (TISHER; MADSEN,
1996).
Em humanos, o córtex renal tem aproximadamente 1 cm de largura, forma
uma capa sobre a base de cada pirâmide renal e se projeta no sentido descendente
entre cada pirâmide para formar as colunas renais de Bertin. Da base das pirâmides
renais, elementos longitudinais chamados raios medulares de Ferrein se projetam
para dentro do córtex. Apesar desse nome, os raios medulares atualmente são
considerados parte do córtex e são formados pelos dutos coletores e de segmentos
retos dos túbulos proximal e distal (TISHER; MADSEN, 1996).
Nos ratos, baseado nos vários níveis nos quais ocorrem transições entre
diferentes epitélios tubulares é possível dividir a medula renal em três partes: a
medula externa, que é subdividida em faixa externa e interna e a medula interna, a
que forma a papila longa (BACHMANN; KRIZ, 1998).
A pelve renal é formada por epitélio de transição e representa a expansão da
porção do trato urinário superior. Em humanos, os cálices maiores se estendem
exteriormente do final dilatado superior da pelve renal. De cada um dos cálices
maiores, alguns cálices menores estendem-se em direção a papila das pirâmides e
drenam a urina formada por cada unidade piramidal (TISHER; MADSEN, 1996).
33
Nos mamíferos que possuem um rim unipapilar, a papila é diretamente
rodeada pela pelve renal. Os ureteres são originados da porção inferior da pelve
renal na junção ureteropélvica e, em humanos, eles descem a uma distância de
aproximadamente 28 a 34 cm para abrir na porção fúndica da bexiga. As paredes
dos cálices, pelve e ureteres são formadas por músculo liso que contraem
ritmicamente para propelir a urina para a bexiga (TISHER; MADSEN, 1996).
Os rins do cão e do gato normais estão localizados no “espaço
retroperitoneal” dorso-cranial do abdômen (ELLENPORT, 1986; OWENS; BIERY,
1998; KEALY; MCALLISTER, 2005). Ambos os rins devem apresentar margem lisa e
tamanho e forma similares, que no caso dos cães, tem a forma de feijão
(ELLENPORT, 1986; OWENS; BIERY, 1998) e, no caso dos gatos, são mais
arredondados (OWENS; BIERY, 1998).
Nos cães, os rins são relativamente grandes, alcançando aproximadamente
1/500 a 1/200 do peso corporal; o rim esquerdo é normalmente mais pesado do que
o direito (ELLENPORT, 1986).
Nos cães, o rim esquerdo está relacionado caudalmente à grande curvatura
do estômago (ELLENPORT, 1986; HALÁSC VAC, 2004; KEALY; MCALLISTER,
2005) e medialmente ao baço (HALÁSC VAC, 2004; KEALY; MCALLISTER, 2005);
cranialmente está em contato com o lobo esquerdo do pâncreas (ELLENPORT,
1986; KEALY; MCALLISTER, 2005) e medialmente, com a adrenal esquerda
(ELLENPORT, 1975; KEALY; MCALLISTER, 2005).
Ainda nesta espécie, a extremidade cranial do rim direito está localizada na
fossa renal do lobo caudato do fígado (ELLENPORT, 1986; KEALY; MCALLISTER,
2005), a margem medial próxima à veia cava caudal, a margem mediocranial
próxima à adrenal direita (HALÁSC VAC, 2004; KEALY; MCALLISTER, 2005) e,
ventralmente, relaciona-se com o duodeno descendente e lobo direito do pâncreas
(ELLENPORT, 1975; HALÁSC VAC, 2004; KEALY; MCALLISTER, 2005).
Cada rim consiste em um córtex periférico ao redor da medula, a qual envolve
o seio renal, o qual contém gordura, vasos, nervos e a pelve renal. A porção da
medula perto do seio renal que se projeta para dentro da pelve renal é chamada de
crista renal ou papila renal. A pelve coleta a urina dos dutos coletores do rim de
onde passa pelo ureter para a bexiga. Uma abertura no aspecto medial do rim é
chamada de hilo e abriga a artéria e veia renal, o ureter, vasos linfáticos e nervos.
34
Cinco ou seis divertículos se estendem da pelve para dentro do parênquima renal
(KEALY; MCALLISTER, 2005).
Ambos os rins movem-se durante a respiração. Os rins do gato são mais
móveis do que o dos cães. Os rins são deslocados caudalmente com o estômago
repleto ou cranialmente com o útero gravídico (KEALY; MCALLISTER, 2005).
Nos cães, o córtex, a zona limitante e a medula estão claramente definidos
(ELLENPORT, 1986).
O aspecto anatômico dos rins de primatas em comparação com os rins da
espécie humana são muito similares com exceção a duas “pequenas” variações
anatômicas. Nos primatas não humanos o rim esquerdo encontra-se caudal ao rim
direito, ao contrário do humano, onde o rim direito encontra-se localizado
caudalmente ao rim esquerdo. Além disso, os primatas não humanos possuem rins
classificados como unipapilares, enquanto o rim humano é do tipo multipapilar
(ROBERTS, 1972), exceto no caso do macaco aranha (Ateles geoffroyi) que possui
um rim anatomicamente (multipapilar) e funcionalmente semelhante ao rim humano
(GOODMAN; WOLF; ROBERTS, 1977).
Nos gorilas o rim esquerdo situa-se mais caudal que o direito. O pólo cranial
do rim direito encontra-se relacionado com o 12° arco costal, enquanto que o rim
esquerdo encontra-se relacionado com o 13° arco costal. Em ambos os lados o osso
íleo encontra-se lateralmente à porção inferior dos rins. Em relação às estruturas
internas, os rins desta espécie apresentam um contraste em relação aos rins de
humanos: existe somente um cálice e somente uma pirâmide completamente
desenvolvida, o que é uma característica dos primatas em geral. Os humanos são a
exceção (RAVEN et al., 1950).
Embora o padrão básico dos rins dos gorilas é apresentar uma única pirâmide
com uma única papila, cada uma destas estruturas possui variações estruturais. A
papila é pontuda, enrugada ou possui elevações. A região entre o córtex e a medula
é freqüentemente ondulada e a pirâmide é dividida em subpirâmides. Nas fêmeas do
estudo, a secção frontal mostrou 5 subpirâmides no rim direito, mas nenhuma
subdivisão no rim esquerdo (RAVEN et al., 1950).
Gaschen, Menninger e Schuurman (2000), em seus estudos ultra-
sonográficos em Macaca fascicularis, relatam que as formas dos rins direito e
esquerdo não são idênticas. O rim esquerdo é menor, mais afilado no pólo cranial
com um pólo caudal mais largo e arredondado. Em contraste, o rim direito é
35
uniformemente oval, lembrando o rim humano. O plano transverso dos hilos, de
ambos os rins, tem forma de “ferradura”, assim como em humanos. O rim esquerdo
está localizado entre a aorta e o baço, com seu pólo cranial em contato com o baço.
O rim direito é lateral à veia cava e o pólo cranial se encontra na fossa renal do lobo
caudato do fígado.
Hill (1999) realizou estudo com 136 fêmeas de macacos rhesus (Macaca
mulatta) onde foram analisados valores de mensurações com dados completos
(incluindo todos os ossos, radiografias e mensurações dos rins). Foram
determinados a distribuição normal renal, o peso e o volume e foram obtidas as
correlações entre o peso e o volume e várias mensurações do esqueleto em
radiografias e necropsias. Apesar da diferença de idade, peso ou tamanho do
esqueleto, todas as fêmeas adultas, aparentemente normais, possuíam tipicamente
rins de tamanhos similares, sendo esta informação útil, reduzindo preocupações
sobre consistência em assuntos experimentais.
Os rins dos Callithrix jacchus são unilobares, em forma de feijão e são
cobertos por uma fina cápsula fibrosa com poucas fibras elásticas (MIRAGLIA;
ROSSI; MOREIRA, 1968).
Em estudo realizado por Wadsworth et al. (1981) em Callithrix jacchus juvenis
e adultos em cativeiro, correlacionando o peso do animal com o peso dos órgãos, os
autores citam que houve correlações estatisticamente significantes entre o peso do
animal e o peso do coração, fígado, rins, testículos, ovários, adrenais, baço e
cérebro. Os machos tinham peso corpóreo entre 148 e 400g (295,79g média) e
peso renal entre 0,794 e 2,381g (1,648g média). As fêmeas pesaram entre 162 e
420g (307,72g média) e seus rins pesaram entre 1,106 e 2,636g (1,7552g média).
2.2 Aspectos ultra-sonográficos
Em relação aos animais silvestres, poucos estudos têm sido feitos utilizando-
se o ultra-som, especialmente visando o estudo da anatomia e fisiologia de seus
órgãos (JARRETA; BOMBONATO; GUIMARAES, 2004) entretanto, houve um
crescimento expressivo na utilização desta técnica entre espécies de animais
silvestres nos últimos anos SCHAEFFTER (1996), no entanto, embora com todas as
36
vantagens deste método não invasivo, a aplicação em primatas não humanos tem
sido limitada a poucas espécies usadas em pesquisas biomédicas (OERKE, et al.,
2002).
Schaeffter (1996) cita também que alguns autores indicam que a ultra-
sonografia tem grande aplicação na abordagem obstétrica, urológica e abdominal de
maneira geral em primatas não humanos e especificamente em relação ao sistema
urinário. Este exame complementar pode ser de grande utilidade, pois os rins são
facilmente identificados nestas espécies, o que facilita a obtenção de dados
morfológicos mais precisos.
A técnica é eficaz e complementa informações obtidas pelo exame clínico,
laboratorial e radiográfico, sendo de fundamental importância para avaliação de
doenças renais (SAMPAIO; ARAÚJO, 2002).
Finn-Bodner (1995) cita que a ultra-sonografia é mais sensível do que a
radiografia para massas pequenas no parênquima e mudanças na estrutura interna
dos rins.
Informações anatômicas importantes são obtidas através do exame ultra-
sonográfico, como dimensões, forma, contornos e arquitetura interna,
independentemente de sua função (HRICAK; WHITE, 1996; HALÁSC VAC, 2004;
KEALY; MCALLISTER, 2005).
Não é necessária nenhuma preparação especial no animal para a ultra-
sonografia abdominal. Diferentes técnicas têm sido utilizadas para diminuir a
quantidade de gás intestinal. A superfície do transdutor deve estar em contato direto
e uniforme com a pele, portanto os pêlos devem ser retirados o mais completamente
possível e óleos minerais e vários tipos de gel têm sido utilizados (JAMES et al.,
1976).
Segundo Halásc Vac (2004), nos animais, os rins podem ser examinados em
decúbito lateral direito e esquerdo ou dorsal. Este último, facilita muitas vezes a
visualização do rim direito.
As imagens ultrasonográficas dos rins nos humanos são rotineiramente
realizadas nos planos longitudinais e transversais. O rim direito é normalmente
visualizado em plano parasagital, onde o fígado é usado como janela acústica. As
melhores imagens do rim esquerdo são obtidas com uma pequena aproximação
posterior, usualmente perto da linha média axilar, a qual evita interferência de gases
intestinais e do cólon esquerdo (HRICAK; WHITE, 1996).
37
Nos cães, o rim direito é encontrado junto ao lobo caudato do fígado. O rim
esquerdo se encontra atrás da última costela medialmente ao baço (KEALY;
MCALLISTER, 2005).
Através do corte longitudinal do rim, pode-se visualizar a cápsula renal, que
produz um fino eco brilhante quando a onda sonora incide perpendicularmente. Em
relação ao parênquima renal, a região cortical é mais ecogênica (mais clara) que a
região medular, devido à presença dos glomérulos com uma maior quantidade de
células. A região medular é composta pela maioria dos túbulos do sistema coletor e
apresenta uma maior quantidade de fluido, o que torna esta região hipoecogênica
(enegrecida). A região mais central é hiperecogênica (branca) e corresponde a pelve
e a gordura peripélvica e é chamada de complexo ecogênico central (FINN-
BODNER, 1995; HRICAK; WHITE, 1996; HALÁSC VAC, 2004).
Os rins apresentam uma demarcação evidente entre as regiões cortical e
medular, chamada de junção córtico-medular, onde se localizam as artérias e veias
arqueadas, definida por uma região hiperecóica (HALÁSC VAC, 2004; KEALY;
MCALLISTER, 2005). As linhas ecogênicas que acompanham as artérias e veias
interlobares são os divertículos dorsais e ventrais, espaçados regularmente e
localizados na região medular, dividindo-a em segmentos. A medula, portanto, é
dividida em múltiplas secções pelos divertículos e vasos interlobares. Nos cães, o
rim é unipiramidal e sem cálices, portanto essas secções representam separações
da mesma crista renal. A margem medial é identificada pela abertura oval chamada
hilo, por onde saem a veia renal e o ureter e os vasos linfáticos e entra a artéria
renal (HALÁSC VAC, 2004).
As artérias e veias renais podem ser visualizadas desde o hilo renal até a
aorta e veia cava inferior, respectivamente. Os ureteres podem ser visualizados
somente quando estão distendidos (HRICAK; WHITE, 1996).
Através do corte transversal também é possível visualizar as regiões cortical e
medular, divertículos, pelve renal e gordura peripélvica (FINN-BODNER, 1995;
HALÁSC VAC, 2004).
A relação de ecogenicidade do rim com o fígado e com o baço é importante
na identificação de anormalidades. A ecogenicidade da região cortical é similar ou
discretamente menor que a do fígado normal e bem menor que a do baço normal,
quando comparados em profundidades semelhantes (FINN-BODNER, 1995;
HRICAK; WHITE, 1996; HALÁSC VAC, 2004; KEALY; MCALLISTER, 2005).
38
A medula renal de neonatos e infantis aparecem quase anecóicas, pois a
idade afeta a ecogenicidade do córtex e da medula (FINN-BODNER, 1995).
Embora seja não específico, o aumento da ecogenicidade dos rins é um
achado anormal. Quando a ecogenicidade renal é avaliada, no entanto, deve-se
lembrar que avaliação não é confiável se os órgãos internos padrão, por exemplo o
fígado, está alterado por uma doença primária como infiltração gordurosa, que é
associada com aumento de ecogenicidade hepática (HRICAK; WHITE, 1996).
Devido ao baço ser normalmente mais ecogênico que o fígado, é mais difícil
detectar anormalidades médias na ecogenicidade do rim esquerdo, no entanto, as
doenças dos rins são bilaterais (HRICAK; WHITE, 1996).
O aumento da ecogenicidade da região cortical pode ser observado na nefrite
glomerular ou intersticial, necrose tubular aguda, amiloidose, doença renal terminal e
calcificações do parênquima (nefrocalcinose) (HALÁSC VAC, 2004) e
hipervitaminose D (KEALY; MCALLISTER, 2005). O aumento total da ecogenicidade
renal e a diminuição da definição dos limites córtico-medulares têm sido descritos
em displasia renal congênita, doença inflamatória crônica e doença renal terminal,
por várias causas, em cães e gatos. Nesta última, os rins costumam ser pequenos,
irregulares, difusamente hiperecogênicos, com perda de definição da arquitetura
interna e dos limites córtico-medulares (HALÁSC VAC, 2004). Um aumento da
ecogenicidade focal normalmente é associado com cálculo (KEALY; MCALLISTER,
2005).
A redução da ecogenicidade da região cortical ocorre com menos freqüência
e pode ser causada por linfossarcoma em cães e gatos (HALÁSC VAC, 2004) ou
devido a um refluxo ureteral vesical ou formação de abscesso (KEALY;
MCALLISTER, 2005).
Doença renal em cães pode estar associada a alterações no tamanho renal.
Por exemplo, nefrite intersticial crônica muitas vezes resulta em diminuição do
tamanho renal, enquanto condições como pielonefrite aguda, doença policística e
hidronefrose, neoplasia, amiloidose e nefrite glomerular podem levar ao aumento do
rim (BARR; HOLT; GIBBS, 1990; KEALY; SAMPAIO; ARAÚJO, 2002; MCALLISTER,
2005). Alterações no tamanho podem em alguns casos, preceder outras mudanças
radiográficas e ultra-sonográficas (BARR; HOLT; GIBBS, 1990).
Os rins em estágio final de doença renal normalmente são pequenos,
irregulares e possuem um aumento da ecogenicidade cortical com uma pobre
39
distinção da junção cortico-medular e normalmente são difíceis de se encontrar
(KEALY; MCALLISTER, 2005).
Mensurações dos rins podem ser obtidas pela ultra-sonografia com alto grau
de precisão, refletindo as verdadeiras dimensões dos rins analisados à necropsia e
estudos realizados em humanos confirmam que esta técnica é confiável, sugerindo
ser bom indicador do tamanho dos rins (SAMPAIO; ARAÚJO, 2002).
Stahl (1965) mostrou que o peso dos órgãos em mamíferos pode ser
relacionado com o peso corpóreo total. Transformações logarítmicas do peso de
ambos os órgãos e peso corpóreo resultam em correlações lineares válidas sobre
uma enorme extensão de peso (25g a 1000kg). Por esta razão, deve ser possível
relacionar as mensurações renais obtidas ultra-sonograficamente com o peso
corpóreo nos cães (BARR; HOLT; GIBBS, 1990).
Kirkwood (1985) e Sampaio e Araújo (2002) confirmaram que dimensões
lineares e massas dos órgãos internos dos cães são relacionadas com o peso
corpóreo.
Sampaio e Araújo (2002) realizaram exame ultra-sonográfico em rins de 35
cães adultos, clinicamente normais, sem raça definida com idade entre 2 a 6 anos.
Estes foram divididos em grupos de acordo com o peso corpóreo. Os planos de
secção sagital, dorsal e transversal foram utilizados para a obtenção das medidas
lineares de comprimento, largura e espessura. O volume renal foi calculado a partir
das medidas lineares, utilizando-se a fórmula para o volume de um elipsóide. As
dimensões dos rins direito e esquerdo e de machos e fêmeas foram equivalentes e
observaram-se correlações positivas entre todas as medidas renais e o peso
corpóreo.
Barr, Holt e Gibbs (1990) estudaram ultra-sonograficamente 100 cães adultos
cujos pesos variaram de 1 a 97kg. Diferenças significantes foram encontradas nas
dimensões dos rins esquerdo e direito e nas dimensões dos rins de machos e
fêmeas de pesos corpóreos similares. Esta diferença não foi detectada entre as
médias de volume renal direito e esquerdo. No entanto, para propósitos práticos, as
dimensões dos rins esquerdo e direito nos cães podem ser considerados similares.
Existe uma correlação estatisticamente significante entre o comprimento renal
e o peso corpóreo. Esta correlação é linear com exceção dos pesos corpóreos muito
baixos ou muito altos. Há também uma correlação estatisticamente significante entre
40
o volume renal e o peso corpóreo e a correlação permanece linear mesmo nos
extremos de pesos corpóreos (BARR; HOLT; GIBBS, 1990).
Em outro estudo, Jarreta, Bombonato e Guimarães (2004) examinaram os
rins de 33 felinos da espécie Lepardus tigrinus (20 machos e 13 fêmeas), por meio
de ultra-sonografia sob anestesia em decúbito dorsal e lateral direito e esquerdo.
Foram mensurados o comprimento, a altura e a largura dos rins e o seu volume foi
calculado. Foi também observado a ecogenicidade e arquitetura renal normal e
anormal desta espécie. Os animais foram pesados, e foi colhido sangue para exame
da função renal.
Ainda segundo Jarreta, Bombonato e Guimarães (2004), no rim direito a
média do comprimento (cm) foi de 3,65 ± 0,35, a da largura (cm) foi de 2,34 ± 0,35, a
da altura (cm) foi de 1,95 ± 0,25 e a média do volume (cm
3
) foi de 9,29 ± 3,39. No
rim esquerdo a média do comprimento (cm) foi de 3,69 ± 0,4, a da largura (cm) foi de
2,34 ± 0,36, a da altura (cm) foi de 2,05 ± 0,28 e a média do volume (cm
3
) foi de 9,63
± 3,35. Não foi observada nenhuma diferença significante ao se comparar as
mensurações dos rins direito e esquerdo e entre machos e fêmeas, a não ser entre
os volumes de cada sexo. As correlações referentes a todas as mensurações
tiveram sempre média e alta intensidade. Em relação aos exames da função renal,
os resultados sinalizaram os animais estudados dentro do intervalo de normalidade.
Mazzotta et al. (2002) estudaram homens adultos sadios e pacientes
nefropatas, para detectar relações entre dimensões sonográficas dos rins e função
renal, expressa pelo clearence de creatinina para avaliar parâmetros ultra
sonográficos mais significantes e úteis para as nefropatias. Os pacientes foram
divididos em três classes de acordo com o clearence de creatinina: Classe 1 –
Clearence de creatinina >70 ml/min; Classe 2 - Clearence de creatinina >30<70
ml/min; Classe 3 - Clearence de creatinina <30>10 ml/min. Os resultados
demonstraram que o comprimento renal reduziu dentro das três classes de
pacientes, mas a redução foi significante somente entre a primeira e segunda
classes de pacientes. O diâmetro transverso e o índice do tamanho renal não
reduziram significantemente dentro das três classes de pacientes. O volume do
parênquima renal reduziu significantemente dentro das três classes (MAZZOTA et
al., 2002).
Mazzotta et al. (2002) concluem que a mensuração mais importante para o
tamanho renal é o diâmetro longitudinal em indivíduos com a função renal normal.
41
No entanto, o volume do parênquima renal é o parâmetro sonográfico mais exato
nos estágios finais de falência renal.
Rins de 27 fêmeas adultas saudáveis de macaco cynomolgus (Macaca
fascicularis) foram examinados em ultra-som bi-dimensional e Doppler, sob sedação
ou anestesia geral, com o propósito de se obter mensurações de rins normais. No
rim direito a média do comprimento (cm) foi de 3,7 (3,3 – 4,1), a da largura (cm) foi
de 1,6 (1,3 – 1,9), a da altura (cm) foi de 1,9 (1,5 – 2,3), a espessura da cortical (cm)
foi de 3,7 (3,2 – 5,2) e a média do volume (cm
3
) foi de 5,9 (4,3 – 7,6). No rim
esquerdo a média do comprimento (cm) foi de 3,7 (3,5 – 4,2), a da largura (cm) foi
de 1,5 (1,3 – 1,8), a da altura (cm) foi de 1,7 (1,3 – 2,3), a espessura da cortical (cm)
foi de 3,9 (3,1 – 5,3) e a média do volume (cm
3
) foi de 5,1 (3,5 – 6,7) (GASCHEN;
MENNINGER; SCHUURMAN, 2000).
Com exceção da forma e da ecogenicidade do seio, os rins de Macaca
fascicularis são morfologicamente similares aos rins dos humanos. A estimação do
volume do rim esquerdo foi significantemente menor que o direito e ambos
aumentaram significantemente com o aumento do peso corpóreo. A cápsula renal
produz um eco fino, brilhante e plano. O córtex renal é hiperecóico em relação à
medula e existe uma demarcação distinta entre o córtex e a medula na região
córtico-medular. Os córtices renais direito e esquerdo são isoecóicos com fígado e o
baço respectivamente. No entanto, os rins possuem uma ecoestrutura mais
homogênea do que o baço e o fígado. O hilo renal não mostra uma zona
hiperecogênica proeminente como em humanos devido a gordura pélvica,
provavelmente devido aos animais serem extremamente magros. O ureter não é
visível em nenhum exame, mesmo quando a bexiga está cheia (GASCHEN;
MENNINGER; SCHUURMAN, 2000).
Avaliações morfológicas e com Doppler dos rins podem ser rotineiramente
realizadas em macacos cynomolgus conscientes, sendo que a anestesia pode
causar efeitos hemodinâmicos que alteram o formato das ondas no Doppler
(GASCHEN; MENNINGER; SCHUURMAN, 2000).
Gaschen e Schuurman (2001) e Gaschen et al. (2001) realizaram estudo
ultra-sonográfico em Macaca fascicularis com rins recém transplantados e citam que
exames não invasivos de imagem como o ultra-som podem ser usados em
monitoramento de animais recém transplantados para detectar doenças que seriam
42
somente observadas na necropsia, como informações sobre o parênquima do órgão
ou problemas causados por rejeição.
Gaschen e Schuurman (2001) citam também a vantagem da ultra-sonografia,
que pode ser realizada com o animal consciente ou sob sedação, ao contrário da
tomografia computadorizada e da ressonância magnética que requerem anestesia
geral.
James et al. (1976) realizaram exame ultra-sonográfico para a avaliação
abdominal em Macaca mulatta e são descritas a visualização do fígado, baço, rins e
patologias intra-abominais. Os autores relatam que no plano transversal, os rins têm
formato redondo, considerando que no plano longitudinal, o formato é oval. O
sistema coletor renal (cálices e pelves) aparece com um padrão uniforme de eco
localizado centro-medialmente. O parênquima renal é sonoluscente geralmente sem
ecos internos. Quando comparado com o humano, os ecos centrais do sistema
coletor não são tão grandes em relação ao córtex e a medula livre de ecos. As
posições dos dois rins são variáveis, mas o rim esquerdo sempre se encontra
inferiormente ao direito.
Schaeffter (1996) realizou exames ultra-sonográficos de rins de 86 macacos
prego (Cebus sp.) (49 fêmeas e 37 machos), adultos, pesando entre 1080 e 5320
gramas, sem processos patológicos aparentes, com auxílio de um transdutor
convexo de 5,0 MHz. Após sedação, imagens ultra-sonográficas de cortes
longitudinais e transversais evidenciaram a medular renal hipoecogênica em relação
a cortical e a pelve renal hiperecogênica. Não se observou diferenças
estatisticamente significantes para os valores obtidos entre o rim direito e o
esquerdo, tão pouco quando confrontadas as diferentes variáveis e o sexo.
Correlações positivas de média e alta intensidade foram observadas entre todos os
valores métricos.
Wencke e Kirberger (2005a) realizaram estudo ultra-sonográfico em 17
Callithrix jacchus adultos saudáveis com idades entre 1,5 a 9 anos, com o propósito
de descrever a ecoanatomia normal do abdômen nesta espécie. Os animais eram
provenientes do “World Primate Sanctuary”. Foi realizado exame clínico, hemograma
completo e bioquímica hepática, renal e pancreática. Todos os valores foram
considerados normais. Os exames foram realizados com um transdutor linear
multifrequencial operado em 9 MHz. O rim esquerdo tem um formato oval e está
localizado caudalmente ao baço e à glândula adrenal esquerda. O rim direito está
43
em contato direto com o fígado e também tem um formato ovalado e ocasionalmente
mais afilado no pólo caudal. O córtex renal é hiperecóico em relação ao baço,
principalmente hiperecóico, e somente ocasionalmente isoecóico em relação ao
fígado. A distinção cortico-medular foi geralmente pobre. Não foi observado sinal da
medular. A medula foi particularmente estreita em relação ao córtex, o qual era
acentuado nas imagens transversas. Uma moderada quantidade de gordura pélvica
estava presente.
Segundo Wencke e Kirberger (2005a) a média do comprimento renal
esquerdo foi de 19,00 ± 2,0 mm e existiu diferença significante entre o comprimento
do rim entre machos e fêmeas (17,8 ± 2,2 mm e 20,2 ± 0,6 mm, respectivamente). A
média do comprimento renal direito foi de 18,2 ± 2,1 mm e também existiu diferença
significante entre o comprimento do rim entre machos e fêmeas (17,1 ± 2,5 mm e
19,2 ± 1,0 mm, respectivamente). O comprimento do rim direito foi significantemente
menor do que o esquerdo (p=0,01). Não houve correlação significante entre o
comprimento do rim e o peso corpóreo. A largura foi maior que a altura. Os autores
relatam que a distinção córtico-medular é pobre e o aumento da ecogenicidade
presente pode ser descrito como displasia renal congênita, doença inflamatória
crônica e estágio final de doença renal em cães e gatos, mas desde que estes
animais eram considerados normais, estes achados devem ser considerados
fisiológicos para callitriquídeos. No entanto, as dietas em cativeiro e na vida livre são
muito diferentes, e isso pode ter efeito nestes achados, por isso um estudo
comparando animais de cativeiro e vida livre seria ideal para uma resposta definitiva.
44
2.3 Aspectos radiográficos
O Raio X ainda possui seu lugar na avaliação dos rins, apesar da proliferação
de novas e superiores modalidades de técnicas imagológicas (HRICAK; WHITE,
1996).
Os rins são claramente visualizados em 50% dos estudos abdominais dos
cães. Quando os rins são os órgãos de interesse, o ideal é que se faça uma
preparação do animal anteriormente, assim como jejum de alimentos sólidos por 12
horas com água a vontade e também o uso de enema 2 horas antes do exame para
a limpeza intestinal (KEALY; MCALLISTER, 2005).
A visualização das margens renais, no Raio X, é relativa de acordo com a
quantidade de gordura perirenal e retroperitoneal presente. Os rins são mais
prontamente visualizados em gatos e cães obesos. Uma visualização renal pobre é
comum em cães e gatos jovens, em animais magros e em animais com doença
retroperitoneal, como por exemplo, uma efusão (OWENS; BIERY, 1998).
De acordo com Owens e Biery (1998) e Kealy e Mc Allister (2005) as
projeções padrão para a visualização do número, tamanho, forma, posição e
radiopacidade dos rins são os decúbitos lateral direito e esquerdo e a projeção
ventro-dorsal do abdômen.
Na projeção lateral, os rins ficam parcialmente sobrepostos com o pólo cranial
do rim esquerdo sobreposto ao pólo caudal do rim direito (KEALY; MCALLISTER,
2005).
A radiografia contrastada pode ser usada para se delinear o sistema urinário,
e pode fornecer informações valiosas sobre a sua forma, localização (na urografia
excretora) e função qualitativa (ROOT, 1987; HRICAK; WHITE, 1996). A função
renal quantitativa é pobremente determinada através da radiografia contrastada,
uma vez que não se detecta uma perda de função renal acima de 50%, através da
urografia excretora (ROOT, 1987).
O rim normal, nos cães, é aproximadamente 2,5 a 3,5 vezes o comprimento
do corpo da segunda vértebra lombar observada em projeção ventro-dorsal. No caso
dos felinos, este é aproximadamente 2,4 a 3,0 vezes o comprimento do corpo da
segunda vértebra lombar observada na mesma projeção (KEALY; MCALLISTER,
2005).
45
As mensurações relacionadas com o corpo das vértebras não são
consideradas precisas. Rins normais podem ser maiores ou menores do que os
comprimentos sugeridos. Anormalidades devem ser suspeitas se o rim do cão for
menor do que 2,5 ou maior do que 3,5 vezes o comprimento da segunda vértebra
lombar. Rins normais possuem uma superfície lisa e regular, mas o fato dos rins
aparecerem normais nas radiografias não exclui a possibilidade de doença (KEALY;
MCALLISTER, 2005).
Hackendahl e Citino (2005) realizaram estudo radiográfico em 15 guepardos
(Acinonyx jubatus) com o propósito de se determinar as mensurações renais destes
animais em cativeiro, com função renal aparentemente normal. Em adição, um
pequeno número de animais desta mesma espécie com falência renal confirmada,
foram avaliados para a comparação com os animais com função renal normal. Foi
colhido sangue e urina para a mensuração da uréia e creatinina e também para se
avaliar a densidade da urina. Foram realizadas radiografias ventro-dorsais e látero-
laterais. Foram mensurados os comprimentos da segunda vértebra lombar (L2) e os
comprimentos de ambos os rins (do pólo cranial ao pólo caudal).
Não existiu diferença significante entre os tamanhos dos rins esquerdo e
direito e nem entre rins normais e de animais com doença renal. Isto sugere que não
há diferença entre a razão do comprimento renal e do comprimento da segunda
vértebra lombar em animais normais e em animais com falência renal crônica. Uma
razão para isto pode ser que a amiloidose, que pode ser um componente da doença
renal em guepardos e a natureza infiltrativa desta proteína que pode prevenir a
redução do tamanho renal. Além disso, é possível que a mudança do tamanho renal
poderia ser observada se fosse dado mais tempo entre o diagnóstico de falência
renal crônica e a avaliação do tamanho renal (HACKENDAHL; CITINO, 2005).
Wencke e Kirberger (2005b) realizaram estudo radiográfico em 17 Callithrix
jacchus adultos saudáveis com idades entre 1,5 a 9 anos, com o propósito de
desenvolver um procedimento radiográfico padrão para tórax e abdômen e
descrever valores de referência anatômicos. Os animais eram provenientes do
“World Primate Sanctuary”. Foi realizado exame clínico, hemograma completo e
bioquímica hepática, renal e pancreática. Todos os valores foram considerados
normais. Foi realizado também o exame ultra-sonográfico abdominal e não foram
observadas anormalidades. As radiografias foram realizadas em projeção látero-
lateral, ventro-dorsal e dorso-ventral. O comprimento dos rins foi comparado ao
46
comprimento da segunda vértebra lombar (L2) e também mensurado em centímetros
e sua posição foi determinada em relação à vértebra. Os animais pesaram entre 328
a 506g e não houve diferença significante para os pesos entre machos e fêmeas.
Independentemente da técnica usada, detalhes abdominais foram sempre pobres.
Ambos os rins foram identificados em 9 dos 17 animais em projeção ventro-
dorsal e dorso-ventral e 3 dos 17 em projeção lateral. O rim direito foi posicionado
caudal ao rim esquerdo. Na projeção ventro-dorsal e dorso-ventral, a média de
comprimento do rim esquerdo foi 1,91± 0,16 cm, variando de 1,6 a 2,1 cm enquanto
que a média de comprimento do rim direito foi 1,96 ± 0,11 cm, variando de 1,8 a 2,1.
A média de comprimento entre o rim esquerdo e direito, nesta mesma projeção
comparado com a L2 foi significativamente diferente entre machos e fêmeas (1,78 e
2,03 respectivamente) (WENCKE; KIRBERGER, 2005b).
Um estudo realizado por Power et al. (2001) em 20 Callithrix jacchus com
idades entre 0,96 a 7,97 anos mostrou uma forte correlação positiva entre peso
corpóreo e a quantidade de gordura, o que significa que o peso corpóreo oferece
uma estimativa real de gordura no animal. Neste estudo, não houve diferenças nas
mensurações de machos e fêmeas, o peso corpóreo variou entre 272 a 466g e a
gordura corpórea variou entre 1,6 a 19,5%.
2.4 Aspectos relativos às doenças renais que acometem callitriquídeos:
Em seu ambiente natural, as espécies menores de callitriquídeos tendem a se
alimentar de frutas, insetos e exudatos (goma) e esta variedade de alimentos não é
comercialmente viável as instituições (CRISSEY et al., 2003).
Muitas instituições normalmente oferecem ração peletizada para
callitriquídeos, a qual contém grãos de cereais na composição. Estudos recentes, no
entanto, indicam que significantes níveis de anticorpos IgA podem ser encontrados
em callitriquídeos cujas dietas contém esse tipo de grão (CRISSEY et al., 2003).
Uma nefropatia progressiva, caracterizada por depósitos de IgM mesangiais,
proliferação de células mesangiais, superprodução de matriz mesangial e finalmente,
glomérulo esclerose tem sido descritas em sagüis e micos nas seguintes espécies:
Saguinus oedipus, Saguinus fuscicollis, Saguinus labiatus, Saguinus mystax,
47
Saguinus bicolor, Leontopithecus rosalia, Callithrix jacchus, Callithrix geoffroyi,
Callithrix penicillata e Cebuella pygmaea (BRACK; WEBBER, 1995; BRACK et al.,
1999).
Sagüis e micos nascem como gêmeos dizigotos hematopoiéticos quiméricos
que são imunotolerantes aos seus irmãos. Sagüis e micos adultos são considerados
menos imunologicamente competentes do que os primatas do velho mundo; sua
dieta natural inclui insetos, frutas, seiva de árvore e ovos, mas não contém nenhuma
semente de gramínea ou produtos de leite, necessariamente usados na composição
da alimentação em cativeiro (BRACK et al., 1999).
Lowenstine e Rideout (2005) citam que os callitriquídeos em geral possuem
uma alta incidência de doenças renais por enfermidades não muito entendidas como
as glomerulonefrites, glomerulopatia por IgM, nefrite intersticial crônica, rins
policísticos adultos e nefropatia hipertensiva.
A desordem IgM/IgA, em callitriquídeos, começa na infância, mas com 1 ano
de idade já acomete 70% dos callitriquídeos examinados. A doença renal é
associada com níveis elevados circulantes de IgM sujeitos a certos antígenos
nutricionais como trigo, aveia, soja ou proteínas do leite. Em razão dos antígenos ou
auto anticorpos nutricionais serem sugeridos em iniciar nefropatia IgA em humanos,
é recomendável o estudo da associação da nefropatia dos callitriquídeos com
antígenos nutricionais, especialmente desde que as dietas em cativeiro divergem
consideravelmente em sua antigenicidade das dietas naturais (BRACK et al., 1999).
Tradicionalmente, as doenças renais têm sido divididas naquelas que afetam
um, ou mais de um, dos quatro componentes básicos: glomérulos, túbulos, interstício
e vasos. Essa é geralmente uma abordagem prática, uma vez que as manifestações
iniciais da doença, afetando cada um desses componentes tendem a ser distintas
(COTRAN et al., 1996).
Gatesman (1987) investigou a incidência de doenças renais em 35 Saguinus
fuscicollis, 12 Saguinus labiatus e 9 Saguinus oedipus da colônia do Centro de
Primatas da Alemanha, e relata uma alta incidência de doenças do trato urinário
nestas espécies (93%-100%). O autor cita que a doença renal é evidenciada por
hematúria, proteinúria e formação de cilindros que estavam presentes em um grande
número de animais aparentemente saudáveis.
Lesões inflamatórias renais, que ocorreram em mais de 90% dos membros
em uma colônia de callitriquídeos, foram relacionadas com mortes de 10-20% dos
48
mesmos. Os sinais clínicos não eram específicos, consistindo em hematúria
transitória ou contínua, proteinúria e cilindros urinários. Histologicamente, as lesões
típicas foram esclerose mesangial, proliferação e esclerose da cápsula de Bowman e
esclerose glomerular. No mesângio, as lesões foram fortemente associadas com
depósitos de IgM. Esta doença progressiva não parece ser genética ou ter influência
sexual (POTKAY, 1992).
Tucker (1984) pesquisou doenças em 567 Callithrix jaccus. Foram
encontradas algumas alterações em animais utilizados em estudos com 6 meses de
duração, sugerindo que o sagüi-de-tufo-branco pode ser um primata não-humano útil
para rotina toxicológica. As alterações mais comuns encontradas foram colites
crônicas, tireoidites crônicas e infiltração mononuclear nos rins.
Brack e Rothe (1981) estudaram 6 animais da espécie Callithrix jacchus com
idades entre 20 meses a 16 anos, que morreram devido a uma doença caracterizada
por fraqueza e paralisia das pernas, perda de peso, anemia e diarréia transitória. As
lesões mais proeminentes na necropsia foram nefrite túbulo-intersticial subaguda a
crônica, pancreatite subaguda a crônica e hemosiderose generalizada.
As observações morfológicas em relação aos rins foram que os rins estavam
pálidos, com a superfície granular e estavam firmes e resistentes ao corte. As
alterações histológicas foram predominantemente infiltrados linfocíticos bilaterais e
multifocais no interstício tubular, usualmente acompanhado de fibrose intersticial
massiva. As lesões inflamatórias estavam usualmente nos tecidos sub-pélvicos e
nas junções córtico-medulares, mas às vezes ao redor de glomérulos inalterados
(BRACK; ROTHE, 1981).
Nos rins grandes e com estágio avançado de esclerose, o infiltrado linfocítico
foi acompanhado por proliferação de tecido conjuntivo contendo depósitos minerais
focais. Na esclerose renal avançada, isto usualmente foi acompanhado por atrofia e
dano do epitélio tubular (BRACK; ROTHE, 1981).
As lesões glomerulares nos animais afetados pela síndrome do
emagrecimento parecem ser secundárias. Alguns glomérulos tiveram atrofia da rede
capilar glomerular, aumento focal da matriz mesangial, fibrose intersticial geral e
destruição tubular. As células mesangiais raramente tiveram proliferação e os
capilares glomerulares não mostraram sinais de outro envolvimento que dilatação ou
compressão. O espaço de Bowman freqüentemente estava dilatado (BRACK;
ROTHE, 1981).
49
Nefrite tubulointersticial e nefrite crônica foram reportadas em Callitriquídeos
sem associação com a síndrome do emagrecimento (BRACK; ROTHE, 1981).
Tecidos renais de callitriquídeos com nefropatia por IgM foram examinados
imunohistoquimicamente para verificar a participação de IgA na patogênese. Em 58
rins com nefropatia positiva, IgM predominou em 20 casos e IgA em 7 casos e
ambas IgA e IgM em 31 casos. A doença, portanto, deve ser descrita como
nefropatia IgM/IgA. Os tecidos renais e soro também foram testados para antígenos
nutricionais ou anticorpos anti-antígenos nutricionais. Evidencias de antígenos
nutricionais nos tecidos renais foram inconclusivas, embora uma classe de
anticorpos IgG circulante anti cereais, leite e proteínas de ovo estavam presentes em
completamente todos os soros (BRACK et al., 1999).
Os depósitos de IgM/IgA no mesângio dos callitriquídeos foram associados
principalmente com depósitos de C3 neste estudo e em relatos anteriores (BRACK
et al., 1999).
Nos humanos, em 75% dos doentes, identifica-se como sinal clínico inaugural
a macro-hematúria, sendo o diagnóstico nos restantes sugerido pela presença de
micro-hematúria em análise de rotina. Os episódios de macro-hematúria duram
habitualmente 3-4 dias, persistindo a micro-hematúria entre os episódios
macroscópicos (PESSEGUEIRO; BARATA; CORREIA, 2003).
A proteinúria, habitualmente, situa-se na faixa subnefrótica, ocorrendo
síndrome nefrótica em até 10% dos casos, com maior incidência de edema,
hipertensão arterial e diminuição do filtrado glomerular nos doentes idosos.
Raramente os doentes apresentam um quadro de hipertensão arterial maligna
(PESSEGUEIRO; BARATA; CORREIA, 2003).
Laboratorialmente, caracteriza-se pela presença de cilindros eritrocitários na
urina fresca, o que identifica o rim como origem da hematúria. A proteinúria associa-
se freqüentemente aos episódios de hematúria macroscópica, raramente
ultrapassando os níveis nefróticos (PESSEGUEIRO; BARATA; CORREIA, 2003).
Nos doentes em que se suspeita do diagnóstico de nefropatia por IgA, em
particular, se for observado hematúria e proteinúria persistente, deve-se realizar a
biópsia renal a qual revela um variado espectro de alterações. No entanto, os
achados histológicos mais comumente encontrados são a glomerulonefrite
mesangial proliferativa difusa e a glomerulonefrite proliferativa focal
(PESSEGUEIRO; BARATA; CORREIA, 2003).
50
As doenças glomerulares constituem alguns dos maiores problemas em
nefrologia. Os glomérulos podem ser afetados por uma variedade de fatores e a
doença glomerular pode ser uma glomerulonefrite primária ou uma glomerulonefrite
secundária a alguma doença como, por exemplo, uma doença imunológica sistêmica
ou a diabetes. No entanto, as manifestações clínicas e as mudanças histológicas
podem ser similares tanto na glomerulonefrite primária quanto na secundária
(ALPERS, 2004).
O diagnóstico da diabetes baseia-se fundamentalmente nas alterações da
glicose plasmática de jejum ou após uma sobrecarga de glicose por via oral. O teste
oral de tolerância à glicose é o método de referência, considerando-se a presença
de diabetes ou tolerância à glicose diminuída quando a glicose plasmática de 2 h
após a ingestão de 75g de glicose for 200mg/dl ou 140 e < 200 mg/dl,
respectivamente. Pode ser utilizada também a medida da glicose plasmática em
jejum, considerando-se como diabetes ou glicose alterada em jejum quando os
valores forem 126 mg/dl ou 110 e < 126 mg/dl, respectivamente. A medida da
glico-hemoglobina não deve ser utilizada para o diagnóstico, mas é o método de
referência para avaliar o grau de controle glicêmico a longo prazo (GROSS et al.,
2002).
Schlumbohm et al. (2005), realizaram estudo com 43 Callithrix jacchus onde,
após 20 minutos da administração oral de 2 g de glicose por Kg de peso corpóreo,
foi coletado sangue para verificação da taxa de glicose. Com os resultados, os
animais foram separados em três grupos: Normais - com taxa de glicose de 121,78
mg/dl ± 39,27 antes da glicose e 166,46 mg/dl ± 62,69 após a glicose; Tolerância a
glicose afetada - com taxa de glicose de 141,78 mg/dl ± 63,95 antes da glicose e
237,99 mg/dl ± 48,46 após a glicose e Intolerantes à glicose - com taxa de glicose de
168,80 mg/dl ± 44,13 antes da glicose e 356,53 mg/dl ± 34,77 após a glicose.
Direta ou indiretamente, estes testes medem a estrutura e a função renal.
Idealmente, eles devem detectar anormalidades cedo o possível para alertar os
pacientes e os médicos para uma terapia para prevenir a morbidade e a mortalidade
associada com a doença renal (KASISKE; KEANE, 1996).
A hematúria é definida na literatura como a eliminação de um número anormal
de hemácias na urina. Geralmente, quando não-glomerulares, também chamadas de
pós-glomerulares ou extraglomerulares, as hemácias são provenientes dos túbulos,
ductos ou de todo o trato urinário restante, apresentando-se na forma isomórfica.
51
Quando se originam nos glomérulos, também chamadas de hemorragias
glomerulares, as hemácias variam em forma, dimensão e conteúdo de hemoglobina,
apresentando-se dismórficas (VASCONCELLOS; PENIDO; VIDIGAL, 2005).
A microscopia por contraste de fase parece ser o melhor método de análise
do sedimento urinário, principalmente para o estudo do dismorfismo eritrocitário,
dispensando o uso de colorações especiais (VASCONCELLOS; PENIDO; VIDIGAL,
2005).
Em animais domésticos, os testes diagnósticos para a avaliação de doença
renal incluem concentração sérica de uréia e creatinina, em conjunto com a
densidade da urina. A razão da proteína na urina com a creatinina pode ser
realizada para favorecer a avaliação da doença renal (HACKENDAHL; CITINO,
2005).
O uso de fitas reagentes que fazem uma medida semi-quantitativa da glicose
na urina é de fácil realização e baixo custo. No entanto, a glicosúria só se torna
positiva quando a sua concentração sérica é superior a 180 mg/dl em pacientes com
função renal normal e com valores ainda mais elevados em pacientes com
nefropatia diabética (GROSS et al., 2002).
Um estudo realizado com callitriquídeos das espécies Callithrix geoffroyi,
Saguinus fuscicollis, Saguinus labiatus e Saguinus oedipus em dois institutos (160
animais do Centro de Primatas da Alemanha e 48 animais da Universidade de
Bielefeld, Alemanha) para a verificação de intolerância a glicose e diabetes mellitus
usando fitas reagentes na urina, demonstrou que, a incidência de intolerância a
glicose (glicosúria entre 100-500 mg/dl) varia entre as espécies e foi observada em
5,8-57,1% dos animais investigados e a incidência de glicosúria diabética (entre
1000-5000 mg/dl) também varia entre as espécies e foi observada em 0-13,5% dos
animais investigados (GATESMAN, 1989).
A proteinúria, devida a alterações de carga e ou tamanho da seletividade da
parede glomerular é a primeira evidência clínica de nefropatia diabética (BAKOUSH
et al., 2002; BOTTINI et al., 2005), mas também ocorre em indivíduos não-
diabéticos, especialmente em casos de hipertensão arterial sistêmica e em
associação com doenças cardiovasculares, e recentemente tem sido considerada
um novo fator de risco para aterosclerose (BOTTINI et al., 2005).
52
Cerca de um terço das proteínas presentes na urina é albumina, e, por ser
quantidade inferior à sensibilidade das fitas reagentes de urina, não são detectadas
em exame de rotina (VASCONCELLOS; PENIDO; VIDIGAL, 2005).
A microalbuminúria é definida como excreção de albumina urinária maior que
30 mg/24h (20µg/min) e menor ou igual a 300 mg/24h (200 µg/min), independendo
de como a urina é coletada e é um forte preditivo do desenvolvimento de nefropatia
diabética em ambos os tipos de diabetes (PARVING et al., 1996).
Estudos prévios têm mostrado evidências da íntima associação entre
obesidade, hipertensão e desordem metabólica assim como a Diabetes mellitus tipo
II. No entanto, a obesidade é também uma causa importante de doença renal. As
duas causas mais importantes de estágio final de doença renal são diabetes mellitus
e hipertensão, as quais são intimamente associadas com obesidade (HENEGAR et
al., 2001).
Existem poucos estudos relacionados à estrutura e função renal na
obesidade, e estes geralmente examinaram rins após obesidade prolongada e o
desenvolvimento de disfunções renais marcadas. Estes estudos sugerem que rins
de pessoas obesas exibem substancial glomérulo esclerose focal e outras mudanças
morfológicas similares com aquelas observadas na nefropatia diabética (HENEGAR
et al., 2001).
Henegar et al., (2001) realizaram estudo para verificar mudanças estruturais e
funcionais nos rins em estágios iniciais de obesidade em cães. Neste estudo a área
glomerular foi quantificada usando cortes corados em hematoxilina-eosina.
Neste estudo o peso corpóreo foram 58 +- 5% maiores e os pesos dos rins
foram 31 +- 7% maiores em cães obesos, comparados com a média de peso de
cães magros. A obesidade foi associada com um aumento da média da pressão
arterial de 12 +- 3 mmHg, 38 +- 6% maior GFR, e 61 +- 7% maior corrente
plasmática renal comparados com cães magros. A área do espaço de Bowman
glomerular foi significantemente maior (+41 +- 7%) em cães alimentados com
alimentos com alto teor de gordura, comparados com cães magros, principalmente
por causa da expansão da cápsula de Bowman (+22 +- 7%). Existe também um
aumento da matriz mesangial e um espessamento da membrana basal glomerular e
tubular (HENEGAR et al., 2001).
Portanto, uma dieta com alto teor de gordura causou aumento da pressão
arterial, hiperfiltração glomerular e mudanças estruturais nos rins que devem ser
53
precursoras de injúrias mais severas associadas com obesidade prolongada.
(HENEGAR et al., 2001).
Hipertrofia e hiperfiltração renal são fatores inerentes no curso da Diabetes
mellitus experimental e humana inicial. O nível de crescimento e da hiperfiltração
glomerular é sabido ser um preditivo do desenvolvimento de posterior nefropatia
diabética. O aumento dos rins foi encontrado ser correlacionado com nível de
hiperglicemia e preceder o aumento da taxa de filtração glomerular. Uma variedade
de estudos clínicos e experimentais tem conduzido em seqüência caracterizar as
mudanças renais diabéticas iniciais que depois são seguidas por aumento da
excreção de albumina e lesões renais (CHRISTIANSEN; STØDKILDE-
JØRGENSEN; FLYVBJERG, 1997).
Em seu estudo utilizando ratos diabéticos e não diabéticos, Christiansen,
Stødkilde-Jørgensen e Flyvbjerg (1997) relatam que animais diabéticos com
diabetes não tratadas por aproximadamente 2 meses tiveram um aumento de
volume renal quando mensurados através de Ressonância Magnética in vivo, e um
aumento do peso renal in vitro, quando comparados com animais controles não-
diabéticos.
Em outro estudo, Christiansen et al. (1997) estudaram 3 grupos de ratos:
animais controles não-diabéticos, animais diabéticos induzidos não tratados por 30
dias e animais diabéticos tratados com insulina do dia 21 ao dia 30 após indução da
diabetes. Foram feitos exames de Ressonância Magnética nos animais anestesiados
e os rins, córtex, medula e pelve foram mensurados durante o experimento até o dia
30.
Nos animais diabéticos não tratados, um aumento dos rins foi visto 4 dias
após a indução da diabetes e após 30 dias este aumento foi de 73%, com aumento
similar do córtex (63%) e medula (69%). Não foram vistas alterações no volume da
pelve. Administração de insulina no dia 21 nos ratos diabéticos não tratados, reduziu
abruptamente o volume renal para 21%, volume do córtex para 27% e volume da
medula para 18%, e após 4 dias todos os três parâmetros eram similares com
aqueles vistos nos animais não-diabéticos controle (CHRISTIANSEN et al., 1997).
Wirta et al. (1996) estudaram 150 pacientes humanos com diabetes não
insulino-dependentes (NIDD) utilizando um grupo controle de indivíduos não
diabéticos. Eles relatam que a taxa de filtração glomerular é elevada em pacientes
NIDD iniciais e que rins em pacientes diabéticos para qualquer nível de falência
54
renal são maiores do que rins de indivíduos não-diabéticos. Foi encontrada uma
relação direta entre tamanho dos rins no início da doença e a taxa de filtração
glomerular após 6 anos.
Wirta et al. (1996) concluem que o tamanho renal continua sendo um fator
determinante importante de hiperfiltração.
55
3 MATERIAL E MÉTODO
Os animais da espécie Callithrix jacchus apresentam um posicionamento
quadrupedal, portanto a nomenclatura de posicionamento dos órgãos foi utilizada
baseada neste aspecto.
3.1 Animais
Neste estudo foram utilizados 51 animais da espécie Callithrix jacchus,
destes, 38 animais, 17 machos e 21 fêmeas eram provenientes da colônia do Centro
de Primatas da Alemanha – DPZ e o restante, 13 machos eram provenientes da
colônia do Centro Nacional de Primatas – SVS-MS.
A colônia do Centro de Primatas da Alemanha - DPZ está localizada na
periferia da cidade de Goettingen, Alemanha e consiste, exclusivamente, de animais
nascidos em cativeiro na Europa há várias gerações. Todos os animais estavam
alojados em recintos internos, com dimensões variáveis de acordo com o tamanho
do grupo, sob condições controladas de luz (12h), umidade (55 ± 10%) e
temperatura (25 ± 3°C). Os animais recebem alimentação variada baseada em
comida fresca (carne bovina e frango), ração peletizada para primatas, ração
peletizada para gatos, frutas da estação, legumes, verduras, pão, leite, água filtrada
ad libidum e suplementação vitamínica. Larvas de tenébrio eram oferecidas 2 vezes
por semana.
O CENP está localizado em uma reserva biológica com vegetação com
características primárias, no município de Ananindeua, Pará, Brasil. A colônia é
composta por animais nascidos em cativeiro no CENP, em outras instituições
zoológicas brasileiras e por animais resgatados do mercado ilegal de animais
silvestres. Os animais são mantidos em casais ou grupos familiares com suas crias
jovens e recém nascidas, em galpão de alvenaria, em recintos de tamanhos
variáveis de acordo com a espécie.
A alimentação oferecida diariamente aos animais é composta por frutas
variadas (banana, mamão, melão, abacate, uva Itália, abóbora, laranja pêra e
56
abacaxi), cenoura, batata doce, pepino, ovo cozido, ração canina de filhote com 28%
- 30% de proteína, água filtrada ad libidum e suplementos de vitaminas e minerais
misturados à água de beber. Larvas de tenébrio e leite são oferecidos 2 vezes por
semana.
As fêmeas não estavam prenhes no momento do estudo, conforme verificado
pelo exame ultra-sonográfico.
Os animais permaneceram em jejum prévio de alimentos sólidos por 12
horas, com água à vontade, para a limpeza do cólon e do reto para a realização dos
exames imagológicos.
3.2 Contenção Física e Química
A contenção física era executada por um tratador que, devidamente
paramentado e com auxílio de luvas de couro procedia a contenção de acordo com
as regras de manejo de cada instituição.
No DPZ foi utilizada contenção química apenas nos animais que foram
submetidos ao exame radiográfico com o uso de cloridrato de cetamina, na dose de
20 mg/Kg por animal segundo protocolo recomendado por Tamara
1
(2005)
(informação verbal), veterinária responsável pela Instituição, a qual realizou o
procedimento.
No CENP, cada animal era retirado da gaiola e sedado com o uso de
associação de 20 mg/Kg de cloridrato de cetamina, 7 mg/Kg de tiletamina mais
zolazepan e 10 mg/Kg de cloridrato de xilazina sendo administrado 0,1 ml desta
associação por via intramuscular segundo protocolo recomendado por Muniz
2
(2007)
(informação verbal), veterinário responsável pela Instituição, de forma que cada
animal permanecesse sedado durante todo o procedimento (Ultra-sonografia, Raio X
e Biometria corpórea).
1
Informação fornecida por Tamara em Goettingen, em 2005.
2
Informação fornecida por Muniz em Ananindeua, em 2007.
57
3.3 Biometria corpórea
Com os animais sedados, era realizada a pesagem em balança digital e
executada a tomada dos dados biométricos corpóreos.
A biometria consistiu na tomada das medidas do comprimento do corpo (da
extremidade rostral do mento, com a cabeça voltada para trás até a articulação da 1ª
vértebra coccígea), do perímetro abdominal e do perímetro torácico. As medidas
foram obtidas com fita métrica padronizada.
3.4 Exame Ultra-sonográfico
No CENP e no DPZ, os exames de ultra-som foram feitos em equipamento
portátil da marca SonoSite
®
e transdutor linear de 5-10 MHz para a análise e
mensuração dos rins (Figura 2) para realização dos exames, foi realizada tricotomia
na região abdominal e aplicação de gel acústico específico. Através das imagens de
cortes longitudinais e transversais dos rins direito e esquerdo, foram obtidos, além
da arquitetura renal, valores referentes ao comprimento, altura, largura, volume e
espessura da cortical.
O volume renal foi calculado segundo a seguinte fórmula:
Área maior= ((Comprimento do rim / 2) x (Altura do rim / 2)) x 3,14
Área menor= ((Comprimento do rim / 2) x (Largura do rim / 2)) x 3,14
Volume= (Área maior / 2 + Área menor / 2) x comprimento do rim
A imagem do corte longitudinal abordou o maior eixo renal até que refletisse o
tamanho renal máximo com visualização total da região da pelve renal. Este corte
forneceu o comprimento renal como sendo a distância bipolar máxima e a altura
renal, no nível da pelve renal, como sendo a distância entre as superfícies ventral e
dorsal (Figura 3).
A espessura da cortical também foi tomada como sendo a distância entre a
margem externa da pelve renal e a cápsula renal, no ponto de altura máxima entre
as extremidades cranial e caudal.
58
A imagem da qual se obteve o corte transversal foi conseguida através da
rotação do transdutor em 90 graus, de maneira a se obter uma imagem oval com
visualização total da pelve renal. Esta abordagem determinou o valor referente à
largura renal como sendo a distância entre as superfícies dorsal e ventral (Figura 4).
Os exames foram realizados sempre no período da manhã.
Figura 2 - Exame ultra-sonográfico de animal
do Deutsches Primatenzentrum
(DPZ)
Figura 3 - Imagem ultra-sonográfica do rim
direito (corte longitudinal) de
animal do CENP que demonstra
as mensurações realizadas
Figura 4 - Imagem ultra-sonográfica do rim
direito (corte transversal) de um
animal do CENP que demonstra
as mensurações realizadas
59
3.5 Estudo Radiográfico
As radiografias foram realizadas em projeção ventro-dorsal e látero-lateral
conforme modelo preconizado por Schebitz e Wilkens (1978).
No CENP foi utilizado equipamento da marca Intecal
®
, modelo CR-7 e
potência de 100 KV e 100 mA.
No DPZ foi utilizado equipamento da marca Univet
®
e potência de 125 KV e
210mA.
Os cálculos de kilovoltagem (KV) e miliamperagem (mA) foram feitos
baseados na espessura da região a ser radiografada. Os “ecrans” e os filmes
utilizados tiveram as dimensões de 24 cm x 30 cm.
As radiografias foram processadas em reveladora manual. Foi utilizada uma
placa de madeira de 2 cm de espessura entre o animal e o chassi para obtenção de
uma melhor imagem (Figura 5).
Foi colocada no ato da radiografia, junto do animal, uma placa de metal com a
finalidade de propiciar um parâmetro de unidade de medida, para corrigir as
diferenças de projeção. A placa de metal foi medida com um paquímetro de
precisão.
Com as radiografias visualizadas em negatoscópio, foram feitas as
mensurações crânio-caudal e látero-lateral dos rins e também sua medida em
relação ao tamanho do corpo da segunda vértebra lombar. Foi utilizado um
paquímetro de precisão para a realização das medidas. Adicionalmente, os rins
foram avaliados quanto ao número, localização, forma e contornos (Figura 6).
60
Figura 5 - Exame radiográfico de animal do CENP
Figura 6 - Imagem digitalizada de radiografia de Callithrix jacchus do CENP nas
projeções látero-lateral e ventro-dorsal
61
3.6 Exames Complementares
Foram realizados exames de urina tipo I, albumina e creatinina urinária,
hemograma, bioquímica sanguínea e curva glicêmica para verificar a condição de
sanidade dos animais. Foi realizada também a histologia do rim em 19 animais (9
machos e 10 fêmeas) que foram eutanasiados no DPZ devido a outros
experimentos.
Conforme protocolo convencional, os animais ficaram em jejum prévio de
alimentos sólidos por 12 horas, com água à vontade para a realização dos exames
de glicemia, hemograma e bioquímica sérica.
3.7 Exame de Urina tipo I
Os exames de urina visaram a detecção de alterações renais principalmente
através da quantidade de proteína e sangue na urina. Na noite anterior a colheita
urinária, os animais foram separados e foi colocado um plástico coletor sob a gaiola.
A utilização deste plástico possibilitou colher somente a urina que não estava em
contato com as fezes. Na manhã do dia seguinte foi colhida toda a urina que estava
no plástico.
O exame físico de urina constou da avaliação de cor, aspecto e densidade, e
o químico, na análise de ph, proteína, glicose, corpos cetônicos, bilirrubina,
urobilinogênio, nitrito, leucócitos e hemácias utilizando-se fitas reagentes da marca
Multistix 10 SG – Bayer
®
usando um aparelho para a leitura (Clinitek Status –
Bayer
®
).
Uma alíquota da urina foi encaminhada para o laboratório para a realização
do exame de albumina e creatinina urinária.
No DPZ, a albumina foi mensurada utilizando-se o kit ALB plus da Roche
®
e o
equipamento Roche/Hitachi
®
/ MODULAR:ACN 413 e a creatinina foi mensurada
utilizando-se o kit Crea Plus – Cobas
®
em equipamento Roche/Hitachi
®
.
62
No CENP a albumina foi mensurada através do método de imunoturbidimetria
automatizada com equipamento Tecnikon
®
e a creatinina foi mensurada através de
método colorimétrico.
Para este estudo foram utilizados somente os parâmetros de proteína e
sangue medidos por meio da fita e os parâmetros de albumina e creatinina urinária.
Foram realizadas 3 colheitas em dias diferentes no DPZ e 2 colheitas em dias
diferentes no CENP.
3.8 Colheita de Sangue e Exames Hematológicos
No CENP, foram colhidos 1,5 mL de sangue na veia femoral, para a
realização da bioquímica sérica pela metodologia de bioquímica seca com o
equipamento vitrus da Johnson & Johnson
®
e também do hemograma completo com
equipamento da marca Melet Schloesing Laboratories
®
, modelo MS 4.
Do total colhido, 1 mL foi colocado em tubo tipo “Vacuntainer” com
anticoagulante EDTA e destinado para a realização do hemograma completo. O
restante (0,5 mL) foi colocado em tubo tipo “Vacuntainer” sem anticoagulante e
encaminhado para a realização da bioquímica sérica. Os parâmetros bioquímicos
avaliados foram: glicose, uréia e creatinina.
No DPZ, os procedimentos foram os mesmos e o sangue foi encaminhado
para a análise no laboratório do Hospital Universitário de Goettingen.
3.9 Exame para a verificação da glicemia
Além do exame de glicemia no laboratório (item 3.8), foi realizado exame de
glicemia capilar por meio do aparelho Accu-Chek Compact Blood Glucose Meter -
Roche
®
(DPZ) assim como a curva glicêmica, que consiste na determinação seriada
das glicemias durante um período de até 2 horas, após a administração de uma
sobrecarga de glicose.
63
Os animais foram mantidos em jejum prévio de alimentos sólidos por 12
horas, com água à vontade. Foi realizada uma primeira mensuração antes da
sobrecarga de glicose com o aparelho (sangue periférico) e também foi colhido
sangue (1 ml) para a dosagem da glicose (sangue venoso). A seguir, foi oferecida ao
animal por via oral 4 ml/Kg de solução de glicose (Solução – 0,5g glicose/ml).
Depois, foram realizadas mais duas mensurações com o aparelho Accu-Chek
Compact Blood Glucose Meter (sangue periférico) com intervalos de 10 min. No
mesmo tempo da segunda mensuração, foi colhido 0,5 ml de sangue para o
hemograma e para o exame de glicose no laboratório. A partir deste tempo foram
feitas mensurações a cada 20 min com o aparelho até completar 2 horas. Em 2
animais do DPZ, o exame se estendeu até 140 min e em 1 animal até 160 min.
Os dados foram analisados em forma de curva e os animais que tiveram o
valor máximo acima de 150 mg/dl foram considerados com intolerância a glicose.
A curva glicêmica foi realizada em 6 animais do DPZ sem a sobrecarga de
glicose, no intuito de verificar se o estresse dos animais poderia interferir no
resultado da curva.
Nos animais do CENP foi utilizado exame de glicemia capilar por meio do
aparelho Accu-Chek Advantage - Roche
®
.
3.10 Histologia
Em 19 animais do DPZ (Alemanha) procedeu-se eutanásia, em conformidade
com os protololos da instituição, para outros experimentos, o que tornou possível
colher os rins para exame histológico. Não foi realizado nenhum procedimento com
os animais que pudesse interferir na função renal. Os animais foram pesados e
foram obtidas as mensurações corpóreas utilizando-se fita métrica de lona com
marcação em milímetros. As mensurações foram as mesmas citadas anteriormente.
Foi realizada adicionalmente a mensuração da segunda vértebra lombar (in
situ) com o auxílio de agulhas fixadas no espaço intervertebral e em seguida a
tomada da medida com o auxílio de um paquímetro de precisão (Figura 7).
64
Figura 7 - Mensuração da 2ª vértebra lombar (in situ)
Os rins foram fotografados, pesados e mensurados e, em seguida,
seccionados e fixados em solução aquosa de formol a 10% e processados para
inclusão em parafina.
Na Alemanha, para a realização da imunohistoquímica para IgA, foram
realizados cortes de 1 µm para a confecção das lâminas. As mesmas ficaram por 30
min em temperatura ambiente para secar e em seguida foram colocadas em estufa a
55°C durante a noite (Anexo A).
No Brasil, foram realizados cortes de 5 µm para a confecção das lâminas. As
mesmas ficaram por 30 min em temperatura ambiente para secar e em seguida
foram colocadas em estufa a 55°C durante 2 – 3 horas.
Nos rins foram realizadas as seguintes colorações: HE (Hematoxilina-Eosina),
PAS (periodic acid-Schiff), Tricromico de Masson e Vermelho Congo (Anexos B, C,
D e E).
O critério adotado na avaliação microscópica de depósito de IgA no
parênquima renal foi a presença ou ausência do depósito da imunoglobulina e os
critérios adotados na avaliação histopatológica do parênquima renal foram divididos
em três partes e posteriormente em escores:
- parâmetro glomerular: celularidade, espessamento do mesângio, espaço
glomerular, lobulação, presença de sinéquia, formação de crescente e
espessamento da membrana basal;
65
- parâmetro interstício: intensidade do processo inflamatório, células inflamatórias
presentes, intensidade e distribuição de fibrose e intensidade de alterações
circulatórias;
- parâmetro tubular: dilatação, epitélio regenerativo, hiperplasia epitelial, presença
de cilindros hialinos e granulosos e necrose.
Critérios morfológicos:
Escore 0 – ausência de comprometimento glomerular e de cilindros hialinos.
Observa-se mínimo infiltrado inflamatório intersticial de linfócitos, plasmócitos,
macrófagos e neutrófilos. Ausência de fibrose.
Escore 1 – presença de glomerulopatia segmentar multifocal, discreto número de
túbulos com cilindros hialinos, discreto infiltrado inflamatório intersticial de linfócitos,
plasmócitos e neutrófilos. Edema intersticial e ausência de fibrose intersticial.
Escore 2 – presença de glomerulopatia segmentar a global multifocal, sinéquia
glomerular, redução do espaço glomerular, moderado número de túbulos com
cilindros hialinos; moderado infiltrado inflamatório intersticial multifocal de linfócitos,
plasmócitos e neutrófilos e discretos focos de fibrose intersticial.
Escore 3 – presença de glomerulopatia global generalizada, formação de crescente,
sinéquia glomerular, glomeruloesclerose; grande número de túbulos com cilindros
hialinos, severo infiltrado inflamatório intersticial de linfócitos, plasmócitos e
neutrófilos; múltiplos focos a focos coalescentes de fibrose intersticial.
Com a avaliação morfológica baseada nos parâmetros e escores previamente
definidos, os animais podem ser classificados em escores que variaram entre 0 e 3:
0 – indivíduo com pelo menos dois padrões dentro da normalidade. Indivíduo
normal.
1 - indivíduo com pelo menos dois parâmetros com alterações discretas ou mínimas.
Variando o terceiro parâmetro em ausência de alterações com moderada alteração.
66
Ex: 0-1-1=1 ou 2-1-1=1 ou 1-1-1=1. Indivíduo clinicamente normal e com alterações
laboratoriais mínimas ou intercorrentes.
2 - indivíduo com pelo menos dois parâmetros com alterações moderadas. Ex: 2-2-
1=2 ou 2-2-2=2 ou 2-2-3=2. Indivíduo clinicamente normal e com alterações
laboratoriais permanentes ou moderadas.
3 - indivíduo com pelo menos dois parâmetros com alterações severas. Ex: 3-3-2=3
ou 3-3-3=3. Indivíduo clinicamente doente e com alterações laboratoriais marcantes.
3.11 Formação dos grupos de estudo
O critério de seleção baseou-se principalmente nos exames de proteinúria
(mais de duas cruzes pelo menos em 1 dos 2 últimos exames) e hematúria
(presença de sangue na urina), relação albumina e creatinina na urina (relação
acima de 0,025) e curva glicêmica (pico de glicose acima de 200mg/dl). Os animais
foram considerados com alteração aqueles que tiveram alteração em todos os
exames.
Com os resultados dos exames laboratoriais, os animais foram divididos em 6
grupos: G1 (CENP - sem alteração nos exames), G2 (CENP - com alteração nos
exames), G3 (DPZ - sem alteração nos exames), G4 (DPZ - com alteração nos
exames), G5 (CENP + DPZ = grupo geral, sem alteração nos exames) e G6 (CENP
+ DPZ = grupo geral, com alteração nos exames) (Anexo F).
3.12 Análise estatística
A análise estatística foi realizada com o programa de computador SAS
®
. A
análise de variância foi realizada com o programa ANOVA
®
. As correlações foram
feitas pelo programa Correl
®
.
67
4 RESULTADOS
Nos animais estudados, verificamos que a idade (anos) variou conforme a
tabela 1 (valores de idade – Anexo G):
Tabela 1 – Valores referentes à idade (anos) dos machos de Callithrix jacchus da
colônia do CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix jacchus da
colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
IDADE
Amostra geral
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Machos
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Fêmeas
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
CENP
-
3,67 ± 1,54; 3,55
(1,5 – 6)
-
DPZ
4,28 ± 2,35; 3
(1– 8,5)
4,97 ± 2,34; 5,5
(1– 8,5)
3,71 ± 2,25; 3
(1– 8)
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
O peso (g) variou conforme a tabela 2 (valores de peso – Anexo G):
Tabela 2 – Valores referentes ao peso (g) dos machos de Callithrix jacchus da
colônia do CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix jacchus da
colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
PESO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra
Geral
- - -
Machos
321,15 ± 55,65 350 225 – 385
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra
Geral
420,59 ± 64,56 420 299 – 552
Machos
405 ± 58,94 411,50 299 – 548
DPZ
Fêmeas
432,48 ± 67,49 448 301 – 552
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
68
As figuras 8 e 9 representam Callithrix jacchus do DPZ com peso superior e
inferior a 400 gramas, e a figura 10 representa animal do CENP com peso inferior a
400 gramas.
Figura 10 - Imagem de Callithrix
jacchus do CENP
com peso < 400
gramas
Figura 9 - Imagem de Callithrix jacchus
do DPZ com peso < 400
gramas
Figura 8 - Imagem de Callithrix jacchus
do DPZ com peso > 400
gramas
69
O comprimento do corpo (cm) variou conforme a tabela 3 (valores – Anexo H):
Tabela 3 – Valores referentes ao comprimento do corpo (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen
– 2005
COMPRIMENTO DO CORPO
Amostra geral
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Machos
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Fêmeas
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
CENP
-
19,54 ± 1,64; 20
(16 – 22,50)
-
DPZ
21,48 ± 1,50; 21,50
(18,50 – 24)
21,45 ± 1,42; 22
(18,50 – 23)
21,50 ± 1,61; 21
(19 – 24)
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 23
O perímetro torácico (cm) variou conforme a tabela 4 (valores – Anexo H):
Tabela 4 – Valores referentes ao perímetro torácico (cm) dos machos de Callithrix
jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix
jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
PERÍMETRO TORÁCICO
Amostra geral
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Machos
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Fêmeas
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
CENP
-
13,23 ± 0,83; 13
(12 – 15)
-
DPZ
14,91 ± 1,55; 14,50
(13 – 17,50)
14,65 ± 1,56; 14,25
(13 – 17,50)
15,12 ± 1,57; 15
(13 – 17,50)
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 23
70
O perímetro abdominal (cm) variou conforme a tabela 5 (valores – Anexo H):
Tabela 5 – Valores referentes ao perímetro abdominal (cm) dos machos de Callithrix
jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix
jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
PERÍMETRO ABDOMINAL
Amostra geral
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Machos
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Fêmeas
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
CENP
-
10,27 ± 1,15; 10
(9 – 13)
-
DPZ
13,61 ± 2,33; 13,50
(10 – 18)
12,95 ± 2,29; 12,75
(10 – 18)
14,12 ± 2,32; 13,50
(11 – 18)
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 23
4.1 Exame Ultra-sonográfico
Ao exame ultra-sonográfico, tanto o rim direito quanto o esquerdo, dos
Callithrix jacchus têm aspecto ovalado, são unipiramidais ou unipapilares e estão
divididos em três regiões distintas: a mais externa (região cortical), representada por
área hipoecogênica homogênea; a região intermediária (medular), representada por
área anecogênica, e a pelve, como área central alongada hiperecogênica. A
cápsula renal e os vasos renais não foram observados.
Nos animais do CENP a região cortical e a região medular são melhor
definidas dos que nos animais do DPZ, o mesmo acontecendo em relação à junção
cortico-medular. Nos animais do DPZ, na maioria dos animais, não foi possível a
visualização da região medular.
Nos animais do CENP, o rim direito apresentou-se isoecogênico em relação
ao fígado em 84% ± 10,01 (11) dos animais, enquanto que em 16% ± 9,98 (2) dos
animais, o rim direito apresentou-se hiperecogênico em relação ao fígado.
Nos mesmos animais, o rim esquerdo apresentou-se isoecogênico em relação
ao baço em 84% ± 10,01 (11) dos animais, enquanto que em 16% ± 9,98 (2) dos
animais, o rim esquerdo apresentou-se hiperecogênico em relação ao baço.
71
Nos animais do DPZ, o rim direito apresentou-se isoecogênico em relação ao
fígado em 78% ± 20,93 (30) dos animais, hipoecogênico em relação ao fígado em
11% ± 4,97 (4) dos animais e em 11% ± 4,97 (4) dos animais, o rim direito
apresentou-se hiperecogênico em relação ao fígado.
Nos mesmos animais, pudemos verificar que, o rim esquerdo apresentou-se
isoecogênico em relação ao baço em 73% ± 7,14 (28) dos animais, hipoecogênico
em relação ao baço em 15% ± 5,91 (6) dos animais e em 12% ± 4,97 (4) dos
animais, o rim esquerdo apresentou-se hiperecogênico em relação ao baço.
A ecogenicidade dos rins de Callithrix jacchus mostrou-se ser isoecogênica
em relação ao fígado e ao baço em 89,58% ± 6,75 (21) dos animais sem alterações
renais deste estudo.
Como pudemos observar, os rins da maioria dos animais apresentaram-se
isoecogênicos em relação ao fígado e ao baço. Os valores das mensurações do
exame ultra-sonográfico estão descritos nos anexos I e J.
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o comprimento do rim direito (cm)
variou conforme a tabela 6:
Tabela 6 – Valores referentes ao comprimento do rim direito (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen –
2005
COMPRIMENTO DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra Geral
- - -
Machos
1,55 ± 0,17 1,58 1,30 – 1,82
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra Geral
1,87 ± 0,26 1,84 1,26 – 2,68
Machos
1,84 ± 0,31 1,83 1,26 – 2,68
DPZ
Fêmeas
1,89 ± 0,22 1,84 1,60 – 2,25
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
72
Em relação ao exame ultra-sonográfico, a altura do rim direito (cm) variou
conforme a tabela 7:
Tabela 7 – Valores referentes à altura do rim direito (cm) dos machos de Callithrix
jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix
jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
ALTURA DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra Geral
- - -
Machos
0,87 ± 0,14 0,86 0,64 – 1,15
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra Geral
0,99 ± 0,18 0,98 0,67 – 1,53
Machos
0,99 ± 0,19 0,98 0,73 – 1,44
DPZ
Fêmeas
0,99 ± 0,17 0,97 0,67 – 1,53
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
Em relação ao exame ultra-sonográfico, a largura do rim direito (cm) variou
conforme a tabela 8:
Tabela 8 – Valores referentes à largura do rim direito (cm) dos machos de Callithrix
jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix
jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
LARGURA DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra
Geral
- - -
Machos
0,87 ± 0,10 0,88 0,70 – 1,01
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra
Geral
1,01 ± 0,19 0,98 0,49 – 1,40
Machos
0,99 ± 0,19 0,98 0,67 – 1,40
DPZ
Fêmeas
0,99 ± 0,20 0,96 0,49 – 1,40
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
73
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o volume do rim direito (cm
3
) variou
conforme a tabela 9:
Tabela 9 – Valores referentes ao volume do rim direito (cm
3
) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen
– 2005
VOLUME DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra
Geral
- - -
Machos
1,55 ± 0,50 1,40 0,87 – 2,37
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra
Geral
2,20 ± 1,05 1,97 0,74 – 6,18
Machos
2,19 ± 1,23 1,97 0,74 – 6,18
DPZ
Fêmeas
2,21 ± 0,91 2,14 1,07 – 4,93
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o córtex (corte longitudinal) do rim
direito (cm) variou conforme a tabela 10:
Tabela 10 – Valores referentes ao córtex (corte longitudinal) do rim direito (cm) dos
machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e
fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e
Goettingen – 2005
CÓRTEX (CORTE LONGITUDINAL) RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra
Geral
- - -
Machos
0,31 ± 0,07 0,33 0,23 – 0,47
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra
Geral
0,41 ± 0,10 0,38 0,26 – 0,66
Machos
0,43 ± 0,12 0,43 0,27 – 0,66
DPZ
Fêmeas
0,40 ± 0,09 0,38 0,26 – 0,64
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
74
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o córtex (corte transversal) do rim
direito (cm) variou conforme a tabela 11:
Tabela 11 – Valores referentes ao córtex (corte transversal) do rim direito (cm) dos
machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e
fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e
Goettingen – 2005
CÓRTEX (CORTE TRANSVERSAL) RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra
Geral
- - -
Machos
0,28 ± 0,06 0,27 0,18 – 0,39
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra
Geral
0,41 ± 0,11 0,38 0,22 – 0,56
Machos
0,41 ± 0,10 0,38 0,27 – 0,56
DPZ
Fêmeas
0,40 ± 0,12 0,41 0,22 – 0,55
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o comprimento do rim esquerdo (cm)
variou conforme a tabela12:
Tabela 12 – Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (cm) dos machos
de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen
– 2005
COMPRIMENTO DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra Geral
- - -
Machos
1,48 ± 0,24 1,43 1,15 – 1,92
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra Geral
1,73 ± 0,30 1,74 1,12 – 2,53
Machos
1,73 ± 0,33 1,63 1,14 – 2,53
DPZ
Fêmeas
1,72 ± 0,28 1,71 1,12 – 2,28
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
75
Em relação ao exame ultra-sonográfico, a altura do rim esquerdo (cm) variou
conforme a tabela 13:
Tabela 13 – Valores referentes à altura do rim esquerdo (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen
– 2005
ALTURA DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra
Geral
- - -
Machos
0,98 ± 0,14 0,95 0,80 – 1,27
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra
Geral
0,99 ± 0,17 0,99 0,76 – 1,45
Machos
0,98 ± 0,19 0,93 0,76 – 1,45
DPZ
Fêmeas
1,00 ± 0,16 1,04 0,76 – 1,45
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
Em relação ao exame ultra-sonográfico, a largura do rim esquedo (cm) variou
conforme a tabela 14:
Tabela 14 – Valores referentes à largura do rim esquerdo (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen
– 2005
LARGURA DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra Geral
- - -
Machos
0,96 ± 0,11 0,94 0,81 – 1,15
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra Geral
1,00 ± 0,18 0,99 0,63 – 1,62
Machos
1,00 ± 0,13 1,00 0,78 – 1,26
DPZ
Fêmeas
1,00 ± 0,21 0,98 0,63 – 1,62
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
76
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o volume do rim esquerdo (cm
3
)
variou conforme a tabela 15:
Tabela 15 – Valores referentes ao volume do rim esquerdo (cm
3
) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen
– 2005
VOLUME DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra
Geral
- - -
Machos
1,57 ± 0,81 1,23 0,66 – 3,03
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra
Geral
1,93 ± 0,91 1,78 0,68 – 5,00
Machos
1,90 ± 0,94 1,76 0,84 – 5,00
DPZ
Fêmeas
1,95 ± 0,90 1,80 0,68 – 4,71
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o córtex (corte longitudinal) do rim
esquerdo (cm) variou conforme a tabela 16:
Tabela 16 – Valores referentes ao córtex (corte longitudinal) do rim esquerdo (cm)
dos machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e
fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e
Goettingen – 2005
CÓRTEX (CORTE LONGITUDINAL) RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra
Geral
- - -
Machos
0,32 ± 0,05 0,32 0,24 – 0,41
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra
Geral
0,41 ± 0,10 0,39 0,27 – 0,65
Machos
0,40 ± 0,10 0,39 0,27 – 0,65
DPZ
Fêmeas
0,41 ± 0,10 0,38 0,28 – 0,64
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
77
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o córtex (corte transversal) do rim
esquerdo (cm) variou conforme a tabela 17:
Tabela 17 – Valores referentes ao córtex (corte transversal) do rim esquerdo (cm)
dos machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e
fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e
Goettingen – 2005
CÓRTEX (CORTE TRANSVERSAL) RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
Amostra
Geral
- - -
Machos
0,30 ± 0,05 0,29 0,22 – 0,42
CENP
Fêmeas
- - -
Amostra
Geral
0,42 ± 0,11 0,43 0,25 – 0,64
Machos
0,44 ± 0,10 0,44 0,28 – 0,57
DPZ
Fêmeas
0,40 ± 0,12 0,40 0,17 – 0,71
CENP: n = 13 ; DPZ: n = 38
78
As variações de tamanhos dos rins das duas colônias (CENP e DPZ) estão
ilustradas nas figuras 11, 12, 13 e 14.
Figura 11 - Imagem ultra-sonográfica do rim
direito em corte longitudinal do
menor rim encontrado de animal
do CENP
Figura 12 - Imagem ultra-sonográfica do rim
direito em corte longitudinal do
maior rim encontrado de animal
do CENP
Figura 13 - Imagem ultra-sonográfica do rim
direito em corte longitudinal do
menor rim encontrado de animal
do DPZ
Figura 14 - Imagem ultra-sonográfica do rim
direito em corte longitudinal do
maior rim encontrado de animal
do DPZ
79
4.2 Exame Radiográfico
Quanto à morfologia, pudemos verificar que os rins de primatas da espécie
Callithrix jacchus apresentam-se em número de dois, de aspecto ovalado e com
contornos definidos. Os rins direito e esquerdo estão localizados lateralmente às
vértebras L1 e L2, sendo o rim direito ligeiramente cranial ao esquerdo (Figuras 15 e
16). Os valores das mensurações do exame radiográfico estão nos anexos K e L.
L2
L2
Figura 15 - Imagem digitalizada de radiografia
do rim esquerdo de Callithrix
jacchus em projeção látero-lateral
Figura 16 - Imagem digitalizada de radiografia
dos rins de Callithrix jacchus em
projeção ventro-dorsal
80
Em 8 animais estudados no CENP e em 5 no DPZ (2 machos e 3 fêmeas), foi
possível a visualização do rim direito pelo do exame radiográfico, e seu comprimento
(cm) variou conforme a tabela 18:
Tabela 18 – Valores referentes ao comprimento do rim direito (cm) dos machos de
Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen
– 2005
COMPRIMENTO DO RIM DIREITO (cm)
Amostra geral
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Machos
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Fêmeas
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
CENP
-
1,37 ± 0,19; 1,44
(1,10 – 1,63)
-
DPZ
1,89 ± 0,31; 2,00
(1,37 – 2,15)
2,08 ± 0,11; 2,08
(2,00– 2,15)
1,76 ± 0,35; 1,86
(1,37 – 2,05)
CENP: n = 8 ; DPZ: n = 5
Em 11 animais estudados no CENP e em 7 no DPZ (3 machos e 4 fêmeas),
foi possível a visualização do rim esquerdo pelo do exame radiográfico, e seu
comprimento (cm) variou conforme a tabela 19:
Tabela 19 – Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (cm) dos machos
de Callithrix jacchus da colônia do CENP e dos machos e fêmeas de
Callithrix jacchus da colônia do DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen
– 2005
COMPRIMENTO DO RIM ESQUERDO (cm)
Amostra geral
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Machos
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Fêmeas
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
CENP
-
1,42 ± 0,17; 1,42
(1,04 – 1,65)
-
DPZ
1,71 ± 0,49; 1,58
(1,17 – 2,46)
1,93 ± 0,68; 2,16
(1,17 – 2,46)
1,54 ± 0,30; 1,47
(1,28 – 1,95)
CENP: n = 11 ; DPZ: n = 7
81
No estudo radiográfico de 8 animais no CENP e em 5 no DPZ (2 machos e 3
fêmeas), o comprimento do rim direito (em relação à 2
a
vértebra lombar) variou
conforme a tabela 20:
Tabela 20 – Valores referentes ao comprimento do rim direito (em relação à 2
a
vértebra lombar) dos machos de Callithrix jacchus da colônia do
CENP e dos machos e fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do
DPZ. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
COMPRIMENTO DO RIM DIREITO
(em relação à 2
a
vértebra lombar)
Amostra geral
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Machos
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Fêmeas
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
CENP
-
1,71 ± 0,24; 1,66
(1,36 – 2,14)
-
DPZ
2,11 ± 0,42; 2,21
(1,52 – 2,65)
2,43 ± 0,31; 2,43
(2,21– 2,65)
1,90 ± 0,36; 1,95
(1,52 – 2,23)
CENP: n = 8 ; DPZ: n = 5
No estudo radiográfico de 11 animais no CENP e em 7 no DPZ (3 machos e 4
fêmeas), o comprimento do rim esquerdo (em relação à 2
a
vértebra lombar) variou
conforme a tabela 21:
Tabela 21 – Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (em relação à 2
a
vértebra lombar) dos machos de Callithrix jacchus da colônia do CENP
e dos machos e fêmeas de Callithrix jacchus da colônia do DPZ.
Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
COMPRIMENTO DO RIM ESQUERDO
(em relação à 2
a
vértebra lombar)
Amostra geral
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Machos
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
Fêmeas
Média±DP;Mediana
(Min-Máx)
CENP
-
1,78 ± 0,21; 1,83
(1,38 – 2,06)
-
DPZ
1,80 ± 0,49; 1,66
(1,23 – 2,47)
1,99 ± 0,67; 2,28
(1,23 – 2,47)
1,65 ± 0,34; 1,58
(1,33 – 2,12)
CENP: n = 11 ; DPZ: n = 7
82
4.3 Exames Laboratoriais
Todos os animais do estudo tiveram os resultados do hemograma completo e
da bioquímica sanguínea para uréia e creatinina, dentro dos limites de normalidade
segundo Yarbrought et al. (1984) (Anexos M, N, O e P). No estudo, 27 animais
tiveram resultados alterados nos exames de urina como proteinúria e hematúria,
presença de albumina e creatinina urinária em grande quantidade segundo Agarwal
et al. (2004) e curva glicêmica com pico de glicose acima de 200 mg/dl (Anexos Q,
R, S e T). No teste da curva glicêmica sem a administração de sobrecarga de
glicose, os 6 animais apresentaram aumento da taxa de glicose após o início do
teste (Anexo U).
Os animais então, foram separados em grupos: com alterações nos exames
laboratoriais e sem alterações nos exames laboratoriais.
Nas figuras 17 – 25 estão demonstradas fotos da necropsia com animais do
grupo G3 e G4 demonstrando o posicionamento e a morfologia renal.
Dos 19 animais estudados (9 machos e 10 fêmeas), 16 apresentaram
alterações no exame histológico (8 machos e 8 fêmeas). Destes 16 animais, 12
tiveram alterações no exame laboratorial (6 machos e 6 fêmeas). Dos 3 animais que
não apresentaram alterações no exame histológico, 2 não apresentaram alterações
no exame laboratorial (1 macho e 1 fêmea). Destes 19 animais, 3 (1 macho e 2
fêmeas) apresentaram escore total 0, 9 (4 machos e 5 fêmeas) apresentaram escore
total 1, 7 (4 machos e 3 fêmeas) apresentaram escore total 2 e nenhum apresentou
escore total 3 (Figuras 26 – 29) (Anexo V). No exame histológico, todos os animais
do DPZ apresentaram depósitos de IgA nos rins (Figuras 30 e 31). Os 19 animais
foram negativos para amiloidose pela coloração Vermelho Congo.
83
Figura 17 - Necropsia de Callithrix
jacchus do grupo G3
demonstrando o tamanho,
o posicionamento dos rins
(setas) e a quantidade de
gordura na cavidade
abdominal. Animal –
Carneval
Figura 18 - Necropsia de Callithrix jacchus
do grupo G4 demonstrando o
tamanho e o posicionamento
dos rins (setas) e a quantidade
de gordura na cavidade
abdominal. Neste, o rim direito
encontra-se encoberto pelo
fígado aumentado de tamanho.
Animal – Gerda.
Figura 19 - Rim de Callithrix jacchus do
grupo G3 demonstrando
tamanho e forma
Figura 20 - Rim de Callithrix jacchus do
grupo G4 demonstrando
tamanho e forma
Figura 21 - Rim de Callithrix jacchus do
grupo G3 demonstrando a
morfologia interna
Figura 22 - Rim de Callithrix jacchus do
grupo G4 demonstrando a
morfologia interna
84
Figura 23 - Necropsia de Callithrix
jacchus do grupo G4
demonstrando a
aparência, o tamanho e o
posicionamento dos rins
(setas) com alterações e
a quantidade de gordura
na cavidade abdominal.
Animal – Logan.
Figura 24 - Rim de Callithrix jacchus do
grupo G4 demonstrando a
aparência, tamanho e
forma alterada
Figura 25 - Rim de Callithrix jacchus do
grupo G4 demonstrando a
morfologia interna alterada
85
Figura 26 - Corte histológico de rim de Callithrix jacchus corado
com HE. Animal com escore total = 0. Animal –
Carneval
Figura 27 - Corte histológico de rim de Callithrix jacchus corado
com HE. Animal com escore total = 1. Animal –
Gerda
200µm
200µm
86
Figura 28 - Corte histológico de rim de Callithrix jacchus corado
com HE. Animal com escore total = 2. Animal –
Logan
Figura 29 - Corte histológico de rim de Callithrix jacchus corado
com HE. Animal com escore total = 2. Animal –
Logan
200µm
50
µ
m
87
Figura 30 - Glomérulo com leve depósito de IgA de animal com
escore total 0 no exame histológico. Animal – Winny
Figura 31 - Glomérulo com moderado depósito de IgA de animal
com escore total 2 no exame histológico. Animal –
Babalou
100 µm
100
µ
m
88
As tabelas a seguir mostram a média, desvio padrão, mediana, mínimo e
máximo dos valores referentes aos animais separados em grupos.
A idade (anos) variou conforme a tabela 22:
Tabela 22 – Valores referentes à idade (anos) dos Callithrix jacchus (G1 e G2)
pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3 e G4),
pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e G6),
pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral. Ananindeua –
2007 e Goettingen – 2005
IDADE
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
3,67 ± 1,54 3,55 1,50 – 6,00
CENP
G2
- - -
G3
3,65 ± 2,11 2,50 1,00 – 7,00
DPZ
G4
4,60 ± 2,44 4,00 1,00 – 8,50
G5
3,66 ± 1,90 3,00 1,00 – 7,00
Grupo
Geral
G6
4,60 ± 2,44 4,00 1,00 – 8,50
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 25; Grupo geral – G5 n = 24, G6 n = 27
O peso (g) variou conforme a tabela 23:
Tabela 23 – Valores referentes ao peso (g) dos Callithrix jacchus (G1 e G2)
pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3 e G4),
pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e G6),
pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral. Ananindeua –
2007 e Goettingen – 2005
PESO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
322,73 ± 58,45 350,00 225 – 385
CENP
G2
312,50 ± 53,03 312,50 275 – 350
G3
382,92 ± 54,66 396,00 301 – 477
DPZ
G4
441,92 ± 59,95 448,00 299 – 552
G5
355,33 ± 63,11 362,50 225 – 477
Grupo
Geral
G6
432,33 ± 67,96 440,00 275 – 552
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 25; Grupo geral – G5 n = 25, G6 n = 27
89
O comprimento do corpo (cm) variou conforme a tabela 24:
Tabela 24 – Valores referentes ao comprimento do corpo (cm) dos Callithrix jacchus
(G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3
e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e
G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral.
Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
COMPRIMENTO DO CORPO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
19,64 ± 1,72 20,00 16 – 22,50
CENP
G2
19,00 ± 1,41 19,00 18 – 20
G3
21,88 ± 1,25 22,00 20 – 24
DPZ
G4
21,27 ± 1,61 21,00 18,50 – 24
G5
20,58 ± 1,88 20,50 16 – 24
Grupo
Geral
G6
21,00 ± 1,72 21,00 18 – 24
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 8, G4 n = 15; Grupo geral – G5 n = 19, G6 n = 17
O perímetro torácico (cm) variou conforme a tabela 25:
Tabela 25 – Valores referentes ao perímetro torácico (cm) dos Callithrix jacchus (G1
e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3 e
G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e G6),
pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral. Ananindeua –
2007 e Goettingen – 2005
PERÍMETRO TORÁCICO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
13,18 ± 0,60 13,00 12,50 – 14,00
CENP
G2
13,50 ± 2,12 13,50 12,00 – 15,00
G3
14,75 ± 1,58 14,75 13,00 – 17,00
DPZ
G4
15,00 ± 1,58 14,50 13,00 – 17,50
G5
13,84 ± 1,34 13,50 12,50 – 17,00
Grupo
Geral
G6
14,82 ± 1,65 14,50 12,00 – 17,50
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 8, G4 n = 15; Grupo geral – G5 n = 19, G6 n = 17
90
O perímetro abdominal (cm) variou conforme a tabela 26:
Tabela 26 – Valores referentes ao perímetro abdominal (cm) dos Callithrix jacchus
(G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3
e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e
G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral.
Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
PERÍMETRO ABDOMINAL
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
10,32 ± 1,17 10,00 9 – 13
CENP
G2
10,00 ± 1,41 10,00 9 – 11
G3
12,56 ± 1,66 12,25 11 – 16
DPZ
G4
14,17 ± 2,49 14,00 10 – 18
G5
11,26 ± 1,77 11,00 9 – 16
Grupo
Geral
G6
13,68 ± 2,73 13,50 9 – 18
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 8, G4 n = 15; Grupo geral – G5 n = 19, G6 n = 17
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o comprimento do rim direito (cm)
variou conforme a tabela 27:
Tabela 27 – Valores referentes ao comprimento do rim direito (cm) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
COMPRIMENTO DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
1,63 ± 0,17 1,67 1,38 – 1,86
CENP
G2
1,61 ± 0,28 1,61 1,41 – 1,81
G3
1,70 ± 0,20 1,71 1,26 – 2,06
DPZ
G4
1,96 ± 0,24 1,98 1,63 – 2,68
G5
1,67 ± 0,19 1,70 1,26 – 2,06
Grupo
Geral
G6
1,93 ± 0,26 1,93 1,41 – 2,68
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 25; Grupo geral – G5 n = 24, G6 n = 27
91
Em relação ao exame ultra-sonográfico, a altura do rim direito (cm) variou
conforme a tabela 28:
Tabela 28 – Valores referentes à altura do rim direito (cm) dos Callithrix jacchus (G1
e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3 e
G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e G6),
pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral. Ananindeua –
2007 e Goettingen – 2005
ALTURA DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
0,94 ± 0,13 0,89 0,71 – 1,16
CENP
G2
0,94 ± 0,01 0,94 0,93 – 0,94
G3
0,85 ± 0,11 0,84 0,67 – 1,02
DPZ
G4
1,06 ± 0,16 1,00 0,87 – 1,53
G5
0,89 ± 0,13 0,88 0,67 – 1,16
Grupo
Geral
G6
1,05 ± 0,16 0,99 0,87 – 1,53
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 25; Grupo geral – G5 n = 24, G6 n = 27
Em relação ao exame ultra-sonográfico, a largura do rim direito (cm) variou
conforme a tabela 29:
Tabela 29 – Valores referentes à largura do rim direito (cm) dos Callithrix jacchus
(G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3
e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e
G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral.
Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
LARGURA DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
0,89 ± 0,15 0,86 0,67 – 1,12
CENP
G2
0,91 ± 0,09 0,91 0,84 – 0,97
G3
0,93 ± 0,14 0,95 0,67 – 1,15
DPZ
G4
1,05 ± 0,21 1,08 0,49 – 1,40
G5
0,91 ± 0,14 0,94 0,67 – 1,15
Grupo
Geral
G6
1,04 ± 0,20 1,04 0,49 – 1,40
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 25; Grupo geral – G5 n = 24, G6 n = 27
92
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o volume do rim direito (cm
3
) variou
conforme a tabela 30:
Tabela 30 – Valores referentes ao volume do rim direito (cm
3
) dos Callithrix jacchus
(G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3
e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e
G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral.
Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
VOLUME DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
1,56 ± 0,54 1,40 0,87 – 2,37
CENP
G2
1,49 ± 0,37 1,49 1,23 – 1,75
G3
1,53 ± 0,53 1,45 0,74 – 2,63
DPZ
G4
2,55 ± 1,09 2,32 1,43 – 6,18
G5
1,55 ± 0,52 1,45 0,74 – 2,63
Grupo
Geral
G6
2,47 ± 1,09 2,23 1,23 – 6,18
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 25; Grupo geral – G5 n = 24, G6 n = 27
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o córtex (corte longitudinal) do rim
direito (cm) variou conforme a tabela 31:
Tabela 31 – Valores referentes ao córtex (corte longitudinal) do rim direito (cm) dos
Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos
Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos
Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ =
grupo geral. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
CÓRTEX (CORTE LONGITUDINAL) RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
0,34 ± 0,11 0,31 0,26 – 0,59
CENP
G2
0,26 ± 0,01 0,26 0,25 – 0,27
G3
0,35 ± 0,07 0,33 0,26 – 0,49
DPZ
G4
0,45 ± 0,10 0,44 0,27 – 0,66
G5
0,35 ± 0,09 0,33 0,26 – 0,59
Grupo
Geral
G6
0,43 ± 0,11 0,43 0,25 – 0,66
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 24; Grupo geral – G5 n = 24, G6 n = 26
93
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o córtex (corte transversal) do rim
direito (cm) variou conforme a tabela 32:
Tabela 32 – Valores referentes ao córtex (corte transversal) do rim direito (cm) dos
Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos
Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos
Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ =
grupo geral. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
CÓRTEX (CORTE TRANSVERSAL) RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
0,29 ± 0,07 0,28 0,18 – 0,40
CENP
G2
0,28 ± 0,06 0,28 0,24 – 0,32
G3
0,35 ± 0,10 0,34 0,22 – 0,50
DPZ
G4
0,44 ± 0,10 0,48 0,24 – 0,56
G5
0,32 ± 0,09 0,30 0,18 – 0,50
Grupo
Geral
G6
0,42 ± 0,11 0,43 0,24 – 0,56
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 10, G4 n = 17; Grupo geral – G5 n = 21, G6 n = 19
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o comprimento do rim esquerdo (cm)
variou conforme a tabela 33:
Tabela 33 – Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (cm) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
COMPRIMENTO DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
1,50 ± 0,33 1,41 1,08 – 2,09
CENP
G2
1,44 ± 0,33 1,44 1,21 – 1,67
G3
1,56 ± 0,26 1,54 1,12 – 1,97
DPZ
G4
1,81 ± 0,29 1,79 1,14 – 2,53
G5
1,54 ± 0,29 1,46 1,08 – 2,09
Grupo
Geral
G6
1,78 ± 0,30 1,79 1,14 – 2,53
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 25; Grupo geral – G5 n = 24, G6 n = 27
94
Em relação ao exame ultra-sonográfico, a altura do rim esquerdo (cm) variou
conforme a tabela 34:
Tabela 34 – Valores referentes à altura do rim esquerdo (cm) dos Callithrix jacchus
(G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3
e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e
G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral.
Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
ALTURA DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
1,03 ± 0,18 1,04 0,82 – 1,40
CENP
G2
0,99 ± 0,06 0,99 0,94 – 1,03
G3
0,90 ± 0,10 0,87 0,76 – 1,06
DPZ
G4
1,05 ± 0,18 1,04 0,76 – 1,45
G5
0,96 ± 0,15 0,95 0,76 – 1,40
Grupo
Geral
G6
1,04 ± 0,17 1,04 0,76 – 1,45
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 25; Grupo geral – G5 n = 24, G6 n = 27
Em relação ao exame ultra-sonográfico, a largura do rim esquerdo (cm) variou
conforme a tabela 35:
Tabela 35 – Valores referentes à largura do rim esquerdo (cm) dos Callithrix jacchus
(G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3
e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e
G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo geral.
Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
LARGURA DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
0,95 ± 0,16 0,96 0,73 – 1,26
CENP
G2
1,03 ± 0,08 1,03 0,97 – 1,08
G3
0,86 ± 0,12 0,87 0,63 – 1,07
DPZ
G4
1,07 ± 0,16 1,04 0,84 – 1,62
G5
0,90 ± 0,14 0,92 0,63 – 1,26
Grupo
Geral
G6
1,07 ± 0,16 1,04 0,84 – 1,62
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 25; Grupo geral – G5 n = 24, G6 n = 27
95
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o volume do rim esquerdo (cm
3
)
variou conforme a tabela 36:
Tabela 36 – Valores referentes ao volume do rim esquerdo (cm
3
) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
VOLUME DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
1,60 ± 0,86 1,23 0,66 – 3,03
CENP
G2
1,41 ± 0,62 1,41 0,97 – 1,85
G3
1,38 ± 0,53 1,29 0,68– 2,44
DPZ
G4
2,21 ± 0,95 1,91 1,12 – 5,00
G5
1,48 ± 0,69 1,26 0,66 – 3,03
Grupo
Geral
G6
2,15 ± 0,94 1,90 0,97 – 5,00
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 13, G4 n = 25; Grupo geral – G5 n = 24, G6 n = 27
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o córtex (corte longitudinal) do rim
esquerdo (cm) variou conforme a tabela 37:
Tabela 37 – Valores referentes ao córtex (corte longitudinal) do rim esquerdo (cm)
dos Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos
Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos
Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ =
grupo geral. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
RTEX (CORTE LONGITUDINAL) RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
0,36 ± 0,10 0,33 0,19 – 0,51
CENP
G2
0,32 ± 0,06 0,32 0,27 – 0,36
G3
0,37 ± 0,08 0,37 0,27 – 0,53
DPZ
G4
0,42 ± 0,10 0,39 0,29– 0,65
G5
0,36 ± 0,09 0,34 0,19 – 0,53
Grupo
Geral
G6
0,41 ± 0,10 0,39 0,27 – 0,65
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 12, G4 n = 24; Grupo geral – G5 n = 23, G6 n = 26
96
Em relação ao exame ultra-sonográfico, o córtex (corte transversal) do rim
esquerdo (cm) variou conforme a tabela 38:
Tabela 38 – Valores referentes ao córtex (corte transversal) do rim esquerdo (cm)
dos Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos
Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos
Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ =
grupo geral. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
CÓRTEX (CORTE TRANSVERSAL) RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
0,32 ± 0,08 0,30 0,17 – 0,50
CENP
G2
0,32 ± 0,01 0,32 0,31 – 0,33
G3
0,35 ± 0,08 0,35 0,17 – 0,44
DPZ
G4
0,46 ± 0,11 0,46 0,27 – 0,71
G5
0,33 ± 0,08 0,33 0,17 – 0,50
Grupo
Geral
G6
0,44 ± 0,11 0,45 0,27 – 0,71
CENP: G1 n = 11, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 12, G4 n = 20; Grupo geral – G5 n = 23, G6 n = 22
Em relação ao exame radiográfico, o comprimento do rim direito (cm) variou
conforme a tabela 39:
Tabela 39 – Valores referentes ao comprimento do rim direito (cm) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
COMPRIMENTO DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
1,35 ± 0,19 1,44 1,10 – 1,63
CENP
G2
1,43 ± 0,23 1,43 1,26 – 1,59
G3
1,79 ± 0,39 1,86 1,37 – 2,15
DPZ
G4
2,03 ± 0,04 2,03 2,00 – 2,05
G5
1,46 ± 0,31 1,45 1,10 – 2,15
Grupo
Geral
G6
1,73 ± 0,37 1,80 1,26 – 2,05
CENP: G1 n = 9, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 3, G4 n = 2; Grupo geral – G5 n = 12, G6 n = 4
97
Em relação ao exame radiográfico, o comprimento do rim direito (em relação
à 2ª vértebra lombar) variou conforme a tabela 40:
Tabela 40 – Valores referentes ao comprimento do rim direito (em relação à 2ª
vértebra lombar) dos Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à
colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à
colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à
colônia do CENP + DPZ = grupo geral. Ananindeua – 2007 e
Goettingen – 2005
COMPRIMENTO DO RIM DIREITO
(em relação à 2ª vértebra lombar)
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
1,70 ± 0,26 1,66 1,36 – 2,14
CENP
G2
1,79 ± 0,18 1,79 1,66 – 1,91
G3
2,04 ± 0,57 1,95 1,52 – 2,65
DPZ
G4
2,22 ± 0,01 2,22 2,21– 2,23
G5
1,78 ± 0,36 1,74 1,36 – 2,65
Grupo
Geral
G6
2,00 ± 0,27 2,06 1,66 – 2,23
CENP: G1 n = 9, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 3, G4 n = 2; Grupo geral – G5 n = 12, G6 n = 4
Em relação ao exame radiográfico, o comprimento do rim esquerdo (cm)
variou conforme a tabela 41:
Tabela 41 – Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (cm) dos Callithrix
jacchus (G1 e G2) pertencentes à colônia do CENP, dos Callithrix
jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ e dos Callithrix
jacchus (G5 e G6), pertencentes à colônia do CENP + DPZ = grupo
geral. Ananindeua – 2007 e Goettingen – 2005
COMPRIMENTO DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
1,42 ± 0,19 1,42 1,04 – 1,65
CENP
G2
1,43 ± 0,05 1,36 1,39 – 1,46
G3
1,41 ± 0,16 1,36 1,28 – 1,58
DPZ
G4
1,94 ± 0,55 2,06 1,17 – 2,46
G5
1,42 ± 0,17 1,42 1,04 – 1,65
Grupo
Geral
G6
1,77 ± 0,50 1,71 1,17 – 2,46
CENP: G1 n = 9, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 3, G4 n = 4; Grupo geral – G5 n = 12, G6 n = 6
98
Em relação ao exame radiográfico, o comprimento do rim esquerdo (em
relação à 2ª vértebra lombar) variou conforme a tabela 42:
Tabela 42 – Valores referentes ao comprimento do rim esquerdo (em relação à 2ª
vértebra lombar) dos Callithrix jacchus (G1 e G2) pertencentes à
colônia do CENP, dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à
colônia do DPZ e dos Callithrix jacchus (G5 e G6), pertencentes à
colônia do CENP + DPZ = grupo geral. Ananindeua – 2007 e
Goettingen – 2005
COMPRIMENTO DO RIM ESQUERDO
(em relação à 2ª vértebra lombar)
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G1
1,78 ± 0,24 1,90 1,38 – 2,06
CENP
G2
1,80 ± 0,05 1,80 1,76 – 1,83
G3
1,50 ± 0,17 1,50 1,33 – 1,66
DPZ
G4
2,03 ± 0,55 2,20 1,23– 2,47
G5
1,71 ± 0,25 1,69 1,33– 2,06
Grupo
Geral
G6
1,95 ± 0,44 1,98 1,23 – 2,47
CENP: G1 n = 9, G2 n = 2; DPZ: G3 n = 3, G4 n = 4; Grupo geral – G5 n = 12, G6 n = 6
Em relação à morfologia renal (mensuração anatômica), o volume do rim
direito (cm) variou conforme a tabela 43 (valores das mensurações do rim
(mensuração anatômica) – Anexo W):
Tabela 43 – Valores referentes ao volume do rim direito (mensuração anatômica)
(cm) dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ.
Goettingen – 2005
VOLUME DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G3
2,04 ± 0,43 2,05 1,55 – 2,66
DPZ
G4
3,16 ± 0,01 3,01 1,31 – 7,89
DPZ G3 + G4
2,96 ± 1,45 2,74 1,31 – 7,89
DPZ: G3 n = 5, G4 n = 13; G3 + G4 n = 18
99
Em relação à morfologia renal (mensuração anatômica), o volume do rim
esquerdo (cm) variou conforme a tabela 44:
Tabela 44 – Valores referentes ao volume do rim esquerdo (mensuração anatômica)
(cm) dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ.
Goettingen – 2005
VOLUME DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G3
1,80 ± 0,61 2,06 0,80 – 2,54
DPZ
G4
2,99 ± 0,01 2,91 1,70 – 6,21
DPZ G3 + G4
2,73 ± 1,12 2,56 0,80 – 6,21
DPZ: G3 n = 5, G4 n = 13; G3 + G4 n = 18
Em relação à morfologia renal (mensuração anatômica), o peso do rim direito
(g) variou conforme a tabela 45:
Tabela 45 – Valores referentes ao peso do rim direito (mensuração anatômica) (g)
dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ.
Goettingen – 2005
PESO DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G3
1,13 ± 0,23 1,12 0,80 – 1,43
DPZ
G4
2,03 ± 0,77 1,85 1,24 – 4,09
DPZ G3 + G4
1,78 ± 0,78 1,57 0,80 – 4,09
DPZ: G3 n = 5, G4 n = 13; G3 + G4 n = 18
100
Em relação à morfologia renal (mensuração anatômica), o peso do rim
esquerdo (g) variou conforme a tabela 46:
Tabela 46 – Valores referentes ao peso do rim esquerdo (mensuração anatômica)
(g) dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ.
Goettingen – 2005
PESO DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G3
1,09 ± 0,19 1,09 0,86 – 1,38
DPZ
G4
1,93 ± 0,66 1,79 1,23 – 3,55
DPZ G3 + G4
1,70 ± 0,68 1,47 0,86 – 3,55
DPZ: G3 n = 5, G4 n = 13; G3 + G4 n = 18
Em relação à morfologia renal (mensuração anatômica), o córtex do rim
direito (cm) variou conforme a tabela 47:
Tabela 47 – Valores referentes ao córtex do rim direito (mensuração anatômica) (cm)
dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ.
Goettingen – 2005
CÓRTEX DO RIM DIREITO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G3
0,38 ± 0,06 0,38 0,30 – 0,45
DPZ
G4
0,47 ± 0,07 0,45 0,35 – 0,60
DPZ G3 + G4
0,44 ± 0,08 0,45 0,30 – 0,60
DPZ: G3 n = 4, G4 n = 8; G3 + G4 n = 12
101
Em relação à morfologia renal (mensuração anatômica), o córtex do rim
esquerdo (cm) variou conforme a tabela 48:
Tabela 48 – Valores referentes ao córtex do rim esquerdo (mensuração anatômica)
(cm) dos Callithrix jacchus (G3 e G4), pertencentes à colônia do DPZ.
Goettingen – 2005
CÓRTEX DO RIM ESQUERDO
Média ± DP Mediana Mínimo – Máximo
G3
0,40 ± 0,00 0,40 0,40 – 0,40
DPZ
G4
0,41 ± 0,07 0,40 0,30 – 0,52
DPZ G3 + G4
0,41 ± 0,05 0,40 0,30 – 0,52
DPZ: G3 n = 4, G4 n = 8; G3 + G4 n = 12
102
5 SUMÁRIO ESTATÍSTICO
A análise de variância indica haver diferenças significativas quando
considerada a origem de onde são provenientes os animais em relação ao
comprimento do corpo (p = 0,005), circunferência do tórax (p = 0,058) e
circunferência do abdômen (p = 0,032) e, no exame radiográfico, em relação ao
comprimento do rim direito (p = 0,002), comprimento da segunda vértebra lombar (p
= 0,035) e a proporção entre o rim direito e a segunda vértebra lombar (p = 0,008).
A análise de variância não indica haver diferenças significativas quando
considerada a idade dos animais em relação à origem (p = 0,991) e a saúde dos
animais (p = 0,226).
A análise de variância não indica haver diferenças significativas quando
considerada o sexo dos animais em relação a todos os parâmetros mensurados.
A análise de variância indica haver diferenças significativas quando
considerado o peso dos animais em relação à origem (p = 0,019) e a saúde dos
animais (p = 0,011).
A mesma indica haver diferenças significativas quando considerada a saúde
dos animais (exames laboratoriais) em relação ao córtex do rim direito (p = 0,039),
comprimento do rim direito (p = 0,003), altura do rim direito (p = 0,001), volume do
rim direito (p = 0,004), córtex do rim esquerdo (p = 0,009), comprimento do rim
esquerdo (p = 0,038), altura do rim esquerdo (p = 0,022), largura do rim esquerdo (p
= 0,000) e volume do rim esquerdo (p = 0,015) pelo exame ultra-sonográfico; largura
do rim direito (p = 0,063), peso do rim direito (p = 0,029), comprimento do rim
esquerdo (p = 0,038), largura do rim esquerdo (p = 0,014) e peso do rim esquerdo
(mensuração anatômica) (p = 0,019).
Quando considerado os grupos G3 e G4 para a biometria corpórea, a análise
de variância indica haver diferenças significativas somente em relação ao peso dos
animais (p = 0,054).
103
Tabela 49 – Valores referentes ao coeficiente de correlação (R) entre os valores
biométricos corpóreos e valores métricos renais por meio do exame
ultra-sonográfico, radiográfico e mensuração anatômica dos Callithrix
jacchus da colônia do DPZ e do CENP. Goettingen – 2005 e
Ananindeua – 2007 (Continua)
US Córtex RD US VRD US Córtex RE US VRE Comprimento Tórax
US VRD
0,530
US Córtex RD
0,294 0,351
US VRE
0,405 0,792
m
0,511
Comprimento
0,312 0,184 0,248 0,235
Tórax
0,233 0,345 0,214 0,312 0,455
Abdômen
0,359 0,542 0,299 0,508 0,491 0,821
m
2
a
VL (in situ)
- 0,330 0,038 0,196 0,068 0,169 0,225
Peso RD
0,375 0,926
a
0,295 0,842
m
- 0,099 0,558
Córtex RD (mens.
anatômica)
0,424 0,838
m
0,146 0,755
m
- 0,426 0,451
Peso RE
0,353 0,910
a
0,387 0,867
m
- 0,051 0,562
Córtex RE (mens.
anatômica)
- 0,158 0,715
m
- 0,343 0,487 - 0,296 0,448
2
a
VL Rx
0,332 0,433 0,211 0,468 0,588 0,693
m
Prop. 2ª VL e RD (Rx)
0,154 - 0,309 - 0,192 - 0,358 0,262 0,304
Prop. 2ª VL e RE (Rx)
0,426 0,390 - 0,196 0,115 0,017 0,321
vrd (mens. anatômica)
0,309 0,830
m
0,174 0,746
m
- 0,062 0,619
m
vre (mens. anatômica)
0,339 0,881
m
0,298 0,853
m
- 0,083 0,603
m
Peso Animal
0,341 0,524 0,340 0,543 0,635
m
0,767
m
a = alta intensidade; m = média intensidade; US = ultra-som; RD = rim direito; RE = rim esquerdo;
VRD = volume do rim direito; VRE = volume do rim esquerdo; VL = vértebra lombar; Rx = Raio X
104
Tabela 49 – Valores referentes ao coeficiente de correlação (R) entre os valores
biométricos corpóreos e valores métricos renais por meio do exame
ultra-sonográfico, radiográfico e mensuração anatômica dos Callithrix
jacchus da colônia do DPZ e do CENP. Goettingen – 2005 e
Ananindeua – 2007(Continuação)
Abdômen
2
a
VL
(in
situ)
Peso
RD
Córtex RD
(mens.
anatômica)
Peso
RE
Córtex RE
(mens.
anatômica)
2
a
VL
Rx
Prop.
2ª VL e
RD
(Rx)
2
a
VL (in situ)
0,374
Peso RD
0,665
m
0,120
Córtex RD
(mens.
anatômica)
0,569 - 0,083 0,830
m
Peso RE
0,663
m
0,150 0,989
a
0,809
m
Córtex RE
(mens.
anatômica)
0,525 0,247 0,679
m
0,604
m
0,632
m
2
a
VL Rx
0,696
m
- 0,030 0,734
m
0,918
a
0,757
m
0,231
Prop. 2ª VL e
RD (Rx)
0,222 - - - - - 0,090
Prop. 2ª VL e
RE (Rx)
0,342 1,000
a
1,000
a
1,000
a
1,000
a
1,000
a
- 0,050 0,583
vrd (mens.
anatômica)
0,696
m
0,040 0,946
a
0,812
m
0,909
a
0,646
m
0,710
m
-
vre (mens.
anatômica)
0,703
m
0,113 0,969
a
0,817
m
0,952
a
0,606
m
0,775
m
-
Peso Animal
0,881
m
0,535 0,715
m
0,564 0,740
m
0,514 0,780
m
0,249
a = alta intensidade; m = média intensidade; RD = rim direito; RE = rim esquerdo; VRD = volume do
rim direito; VRE = volume do rim esquerdo; VL = vértebra lombar; Rx = Raio X
105
Tabela 49 – Valores referentes ao coeficiente de correlação (R) entre os valores
biométricos corpóreos e valores métricos renais por meio do exame
ultra-sonográfico, radiográfico e mensuração anatômica dos Callithrix
jacchus da colônia do DPZ e do CENP. Goettingen – 2005 e
Ananindeua – 2007(Conclusão)
Prop. 2ª VL e RE (Rx)
vrd (mens.
anatômica)
vre (mens.
anatômica)
Peso Animal
vrd (mens.
anatômica)
1,000
a
vre (mens.
anatômica)
1,000
a
0,959
a
Peso Animal
0,317 0,685
a
0,737
a
a = alta intensidade; m = média intensidade; RD = rim direito; RE = rim esquerdo; VRD = volume do
rim direito; VRE = volume do rim esquerdo; VL = vértebra lombar; Rx = Raio X
106
6 DISCUSSÃO
Os callitriquídeos, em geral, possuem uma alta incidência de doenças renais
por enfermidades não muito entendidas, como as glomerulopatias (LOWENSTINE;
RIDEOUT, 2005), infiltração mononuclear nos rins (TUCKER, 1984) e nefropatia
progressiva caracterizada por depósitos de IgM mesangiais (BRACK; WEBBER,
1995; BRACK et al., 1999).
Segundo Brack e Rothe (1981), Gatesman (1987), Brack e Webber (1995) e
Brack et al. (1999), muitos dos animais do DPZ apresentavam histórico de algum
tipo de alteração renal. Estas observações motivaram o planejamento de um estudo
comparativo para avaliar as possíveis diferenças morfológicas renais entre os
animais da colônia do DPZ e da colônia do CENP, onde, até o momento não foram
observadas alterações funcionais dos rins que, segundo Banks (1991) e Aughey e
Frye (2001) regulam o volume do líquido corporal, o equilíbrio ácido – básico e a
composição eletrolítica.
São poucos os estudos básicos encontrados que se utilizam de exames
imagológicos do sistema urinário de primatas neotropicais e este fato foi
determinante para a escolha destas técnicas para a avaliação renal dos animais das
colônias de Callithrix jacchus do DPZ e do CENP.
A ultra-sonografia é uma excelente técnica imagológica auxiliar de diagnóstico
utilizada, por exemplo, na avaliação de doenças renais, devido ao fato dos rins
serem facilmente visualizados, além de fornecer informações anatômicas
importantes como dimensões, forma, contornos e arquitetura interna (HRICAK;
WHITE, 1996; SCHAEFFTER, 1996; SAMPAIO; ARAÚJO, 2002; HALÁSC VAC,
2004; KEALY; MCALLISTER, 2005) e, embora este método não invasivo tenha a
aplicação em primatas não humanos limitada a poucas espécies usadas em
pesquisas biomédicas (OERKE et al., 2002) ele foi escolhido para utilização neste
estudo morfofuncional dos rins de Callithrix jacchus.
No caso de primatas, quando os animais são condicionados, a ultra-
sonografia pode ser realizada sem o auxílio de sedação, como realizada no DPZ.
Porém, pelo que se pôde observar em alguns animais com comportamento mais
agitado, a contenção é dificultada, o que requer um exame mais rápido e torna mais
difícil a visualização dos órgãos. No CENP, ao contrário, os animais foram sedados
107
e, neste caso, os animais ficaram mais relaxados, o que permitiu um exame mais
detalhado.
Estas observações corroboram com Gaschen e Schuurman, (2001), que
citam que uma vantagem da ultra-sonografia é que a mesma pode ser realizada com
o animal consciente ou sob sedação, ao contrário da tomografia computadorizada e
da ressonância magnética que requerem anestesia geral. Outra vantagem é o custo
mais baixo para a realização do exame, quando comparado às outras técnicas
citadas.
O estudo radiográfico é igualmente importante na avaliação de doenças
renais, pois permite a visualização de número, tamanho, forma, posição e
radiopacidade dos rins, de acordo com Hricak e White (1996) para humanos, e Root
(1987), Owens e Biery (1998) e Kealy e Mc Allister (2005) para cães e gatos.
Adicionalmente, este exame, assim como a ultra-sonografia, é uma técnica não
invasiva e de baixo custo, características necessárias para a medicina veterinária.
Diversos exames foram realizados para a verificação da condição de saúde
dos animais, estes procedimentos foram necessários para a separação dos animais
em grupos.
Os exames de proteinúria e o exame de hematúria foram realizados baseados
em Parving et al. (1996), Christiansen, Stødkilde-Jørgensen e Flyvbjerg (1997),
Bakoush et al. (2002), Pessegueiro, Barata e Correia (2003), Bottini et al. (2005),
Hackendahl e Citino (2005) e Vasconcellos, Penido e Vidigal (2005), que relatam ser
a proteinúria o primeiro sinal de nefropatia, e a hematúria o primeiro achado clínico
em 75% de humanos nefropatas.
A proteinúria associada à hematúria podem ser consideradas os melhores
parâmetros para a verificação da condição renal dos animais, pois os animais deste
estudo com alterações apresentaram proteinúria e hematúria com variação entre 1 a
4 cruzes nos exames com a fita e, proteinúria acima do normal no exame que avalia
a razão da concentração de albumina/creatinina na urina.
Estes achados são sustentados por Gatesman (1987) que, para Saguinus
fuscicollis, Saguinus labiatus e Saguinus oedipus da colônia do DPZ, cita que a
doença renal é evidenciada por hematúria, proteinúria e formação de cilindros que
estavam presentes em um grande número de animais aparentemente saudáveis. O
mesmo é descrito por Potkay (1992) onde em uma colônia de callitriquídeos, lesões
inflamatórias renais, que ocorreram em mais de 90% dos membros tinham sinais
108
clínicos não específicos, consistindo em hematúria transitória ou contínua,
proteinúria e cilindros urinários.
Hackendal e Citino (2005) citam que, em animais domésticos, os testes
diagnósticos para a avaliação da doença renal incluem a concentração sérica da
uréia e creatinina. No entanto, neste estudo, todos os animais apresentaram estes
dois parâmetros dentro do limite de normalidade descrito por Yarbrought et al.
(1984), portanto, para esta espécie, estes parâmetros não foram ideais para a
verificação de doença renal, visto que alguns animais apresentavam alterações nos
exames de urina.
O exame da curva glicêmica foi realizado em todos os animais deste estudo
pois segundo Alpers (2004), em humanos, as doenças glomerulares representam
um dos maiores problemas em nefrologia que podem ser primárias ou secundárias a
uma doença imunológica sistêmica ou a diabetes.
Este exame foi realizado para verificar a ocorrência de diabetes nos animais
do estudo pois, segundo Gross et al. (2002) o diagnóstico da diabetes baseia-se
fundamentalmente nas alterações da glicose plasmática de jejum ou após uma
sobrecarga de glicose por via oral.
Alguns animais do estudo apresentaram um pico de glicose plasmática após a
sobrecarga de glicose maior do que 200 mg/dl e esses resultados corroboram com
Schlumbohm et al. (2005) que relatam ter encontrado animais com tolerância a
glicose afetada, com taxa de glicose de 237,99 mg/dl ± 48,46 após a sobrecarga de
glicose e animais intolerantes à glicose, com taxa de glicose de 356,53 mg/dl ± 34,77
após a sobrecarga de glicose.
Dos 19 animais necropsiados, 9 indivíduos apresentaram o pico de glicose
maior do que 200 mg/dl no exame da curva glicêmica associado à lesão renal no
exame histológico, o que sugere que este teste pode ter a mesma importância que
em humanos, nos quais, segundo Kasiske e Keane (1996), estes testes detectam
anormalidades cedo o possível para alertar os pacientes e os médicos para uma
terapia para prevenir a morbidade e a mortalidade associada com a doença renal.
A análise de variância demonstrou que não houve diferenças significativas
entre as idades dos animais utilizados entre as duas colônias (p = 0,991), o que
possibilitou a análise como um todo. Pôde-se verificar que não houve relação entre à
idade dos animais e o estado de saúde dos mesmos (p = 0,226), visto que foram
109
observados animais jovens dentro do grupo dos animais com alterações nos exames
laboratoriais.
Embora o grupo do DPZ fosse constituído de machos e fêmeas e o grupo do
CENP apenas por machos, a análise de variância indicou não haver diferenças
significativas entre machos e fêmeas da colônia do DPZ, em relação a todos os
parâmetros mensurados, o que, mais uma vez, possibilitou a análise como um todo
e permitiu comparar as duas populações.
No que diz respeito ao peso, o mesmo teste indicou haver diferenças
significativas em relação à origem (p = 0,019) e ao estado de saúde dos animais (p =
0,011). Estas diferenças eram esperadas, uma vez que a população do DPZ
apresentou peso maior (420,59 g) que a população do CENP (321,15 g), o manejo
nutricional era diferente nas duas colônias e que, é sabido que a obesidade pode
afetar o estado de saúde dos animais.
O peso médio encontrado para a população do DPZ corrobora com os valores
descritos por Clarke (1994) para Callithrix jacchus, porém diferem do peso médio
encontrado para a colônia do CENP, que ficou abaixo de 400 gramas e está de
acordo com os valores descritos por Boere et al. (2005) para animais mantidos em
cativeiro e por Auricchio (1994) e Araújo et al. (2000) para animais de vida livre.
Araújo et al. (2000) sugerem que as diferenças entre cativeiro e vida livre não
são de constituição corpórea, mas devidas a dieta e atividade física. No entanto,
este estudo, após a análise de variância, demonstrou que houve diferenças
significativas entre as duas colônias em relação ao comprimento do corpo (p =
0,005), diâmetro abdominal (p = 0,032), resultados que sugerem que, além da dieta
e da atividade física, uma seleção por animais maiores realizada no manejo
reprodutivo pode resultar em aumento no tamanho dos animais dentro da colônia.
Esta seleção foi realizada no manejo da colônia do DPZ segundo a Dra.Penelope
Nayudu
3
(2005) (informação verbal).
Deve-se ressaltar que mesmo para a colônia do DPZ, onde o comprimento do
corpo dos animais foi maior que na colônia do CENP, encontramos animais com
porte menor, pois a variação desta medida foi de 18,5 cm a 24 cm e no CENP foi de
19 cm a 22,5 cm. Estes resultados indicam que os animais do DPZ, embora
apresentem valores médios do comprimento do corpo maiores, podem ser obesos,
3
Informação fornecida por Penelope em Göttingen, em 2005.
110
pois na necropsia verificou-se maior quantidade de gordura na cavidade abdominal
do grupo de animais com alterações (peso médio = 441,92 g) do que no grupo de
animais sadios (peso médio = 382,92 g), com diferenças significativas para o peso
nestes dois grupos (p = 0,005).
Segundo Henegar et al., (2001) uma dieta com alto teor de gordura causou
aumento da pressão arterial, hiperfiltração glomerular e mudanças estruturais nos
rins de cães que devem ser precursoras de injúrias mais severas associadas com
obesidade prolongada.
A correlação de média intensidade encontrada foi mais baixa entre o peso em
relação ao comprimento do animal (p = 0,635), do que em relação ao tórax (p =
0,767) e ao abdômen do animal (p = 0,881), e estes achados sugerem que animais
com maior peso apresentam maior diâmetro abdominal, porém nem sempre maior
comprimento do corpo.
Power et al. (2001) sustentam esta hipótese, pois relatam haver uma forte
correlação positiva entre peso corpóreo, que variou entre 272 a 466g, e a
quantidade de gordura (1,6 a 19,5%), o que significa que o peso corpóreo oferece
uma estimativa real de gordura nos Callithrix jacchus.
Segundo Cotran et al. (1996), no caso dos primatas, os rins são órgãos pares
localizados na porção superior e posterior do abdômen e o mesmo foi verificado nos
animais deste estudo.
Neste estudo, ao exame ultra-sonográfico, tanto o rim direito quanto o
esquerdo apresentaram morfologia externa com aspecto ovalado, assim como
descrito para esta mesma espécie por Wencke e Kirberger (2005a) e ao contrário de
Miraglia, Rossi e Moreira (1968) que relatam serem os rins desta espécie em
formato de feijão. Os rins também apresentaram aspecto ovalado em Macaca
mulatta (JAMES et al., 1976), e em Macaca fascicularis, que lembra o formato do rim
humano (GASCHEN et al., 2000). Isto sugere que este formato pode ser comum à
maioria das espécies de primatas e que diferem de outras espécies animais, como
nos gatos que possuem rins mais arredondados (OWENS; BIERY, 1998), e como
cães, que possuem rins em formato de feijão como descrito por Ellenport (1986) e
Owens e Biery (1998).
A morfologia interna dos rins de Callithrix jacchus observados por meio do
exame ultra-sonográfico e pela necropsia demonstrou que são unipiramidais ou
unipapilares, assim como descreve Miraglia, Rossi e Moreira (1968) para a mesma
111
espécie, Raven et al. (1950) para gorilas e Roberts (1972) e Schaeffter (1996) para o
rim de primatas em geral, com exceção do macaco aranha (Ateles geoffroyi) que
possui um rim multipapilar como descreve Goodman, Wolf e Roberts (1977). A
mesma morfologia do órgão é descrita para o rim de ratos por Tisher e Madsen
(1996) e Bachmann e Kriz (1998) e dos cães por Halásc Vac (2004).
Em contraste, o rim humano é multipiramidal, como descrito por Schaeffter
(1996), Tisher e Madsen (1996) e Bachmann e Kriz (1998). Gaschen, Menninger e
Schuurman (2000) citam que os rins de Macaca fascicularis são morfologicamente
similares aos rins dos humanos.
Segundo Tisher e Madsen (1996) e Aughey e Frye (2001), duas regiões
distintas podem ser identificadas na superfície de corte do rim seccionado em duas
partes: uma região mais pálida, externa, chamada córtex e uma região mais escura,
interna, chamada medula.
O rim do Callithrix jacchus está dividido em três regiões distintas: a mais
externa (região cortical), representada por área hipoecogênica homogênea; a região
intermediária (medular), representada por área anecogênica, e a pelve, como área
central alongada hiperecogênica, assim como descrito por Finn-Bodner (1995),
Hricak e White (1996) e Halásc Vac (2004) para esta espécie, e em concordância
com os relatos de Schaeffter (1996) para o rim de Cebus sp., James et al. (1976)
para o rim de Macaca mulatta e Menninger e Schuurman (2000) para o rim de
Macaca fascicularis.
A mensuração dos rins com auxílio da ultra-sonografia pode ser utilizada
como ferramenta para a avaliação renal, pois este estudo demonstrou haver
correlação estatisticamente significativa entre o volume renal (mensuração
anatômica) e o volume renal no ultrassom (p = 0,830 para o rim direito e p = 0,853
para o rim esquerdo).
Stahl (1965) mostrou que o peso dos órgãos em mamíferos pode ser
relacionado com o peso corpóreo total e Kirkwood (1985) e Sampaio e Araújo (2002)
confirmaram que dimensões lineares e massas dos órgãos internos dos cães são
relacionadas com o peso corpóreo. Para Callithrix jacchus juvenis e adultos em
cativeiro, Wadsworth et al. (1981) verificaram que houve correlações
estatisticamente significativas entre o peso do animal e o peso dos rins.
112
Este estudo corrobora com estes autores, pois existiu uma correlação de
média intensidade entre o peso do animal e o peso do rim direito (p = 0,715) e do
esquerdo (p = 0,740).
Barr, Holt e Gibbs (1990) relatam haver correlação estatisticamente
significativa entre o comprimento renal em cães e o peso corpóreo e também uma
correlação estatisticamente significativa entre o volume renal e o peso corpóreo. O
mesmo ocorreu neste estudo, pois existiram correlações de média intensidade entre
o peso do animal e o comprimento do rim direito (p = 0,759) e esquerdo (p = 0,708)
(mensuração anatômica), e entre o peso corporal e o volume renal direito (p =
0,685), ao contrário do que cita Wencke e Kirberger (2005a) que relata não haver
correlação significativa entre o comprimento do rim e o peso corpóreo para Callithrix
jacchus.
O tamanho dos rins direito e esquerdo nos Callithrix jacchus podem ser
considerados similares, visto que houve uma correlação de alta intensidade (p =
0,959) entre o volume do órgão direito e esquerdo (mensuração anatômica), assim
como descrito por Barr et al. (1990) para os rins de cães e por Jarreta, Bombonato e
Guimarães (2004) para o rim de Lepardus tigrinus e por Hill (1999) para Macaca
mulatta. Em contraste, Gaschen, Menninger e Schuurman (2000) relatam que em
Macaca fascicularis o volume do rim esquerdo foi significativamente menor que o
direito.
Segundo Jarreta, Bombonato e Guimarães (2004), houve diferenças
significativas entre os sexos em relação aos volumes renais de Lepardus tigrinus, e,
segundo Wencke e Kirberger (2005a) esta diferença também existiu em relação ao
comprimento dos rins em machos e fêmeas de Callithrix jacchus, o que não ocorreu
em nosso estudo, pois não houve diferença significativa (rim direito p = 0,477 e rim
esquerdo p = 0,296), em concordância com Schaeffter (1996) que, para macacos
prego (Cebus sp.), não encontrou diferenças estatisticamente significativas para os
valores obtidos entre o rim direito e o esquerdo, tão pouco quando confrontadas as
diferentes variáveis e o sexo.
Acredita-se que a similaridade no volume renal encontrada entre machos e
fêmeas neste estudo era esperada, uma vez que não houve diferença significativa
entre os sexos para o peso corporal (p = 0,119) e para o comprimento do corpo (p =
0,998), e que encontrou-se correlação entre o volume renal direito (mensuração
anatômica) e o peso corporal (p = 0,685).
113
Mazzotta et al. (2002) concluem que a mensuração mais importante para o
tamanho renal é o diâmetro longitudinal em indivíduos com a função renal normal, o
mesmo foi encontrado neste estudo, pois o diâmetro longitudinal apresentou-se
maior do que o diâmetro transversal em todos os animais.
Finn-Bodner (1995), Hricak e White (1996), Halásc Vac (2004) e Kealy e
MCallister (2005) relatam que a relação de ecogenicidade do rim com o fígado e com
o baço é importante na identificação de anormalidades.
Baseados nesta relação, a ecogenicidade dos rins de Callithrix jacchus
mostrou-se ser isoecogênica em relação ao fígado e ao baço em 89,58% dos
animais sem alterações renais deste estudo, assim como Gaschen, Menninger e
Schuurman (2000) descrevem ser a ecogenicidade dos rins de Macaca fascicularis,
e diferentemente do que descrevem Wencke e Kirberger (2005a), onde o córtex
renal de Callithrix jacchus foi hiperecóico em relação ao baço e ao fígado, e somente
ocasionalmente isoecóico em relação ao fígado. Esta diferença pode estar
relacionada ao fato de que o estudo de Wencke e Kirberger (2005a) considerou os
animais sadios baseados apenas no exame de bioquímica renal sérica, o que
consideramos insuficiente para determinação da presença ou não de alterações
renais.
Os mesmos autores citam que a distinção cortico-medular foi geralmente
pobre e a medula foi particularmente estreita em relação ao córtex, o que foi
observado também neste estudo nos animais do DPZ, onde, na maioria dos animais
não foi possível a visualização da região medular.
Ainda segundo estes autores, a distinção cortico-medular pobre e o aumento
da ecogenicidade presente podem ser descritos como displasia renal congênita,
doença inflamatória crônica e estágio final de doença renal em cães e gatos. Esta
afirmação é sustentada por Halásc Vac (2004) e Kealy e MCallister (2005), porém
Wencke e Kirberger (2005a) relatam que como os Callithrix jacchus de seu estudo
foram considerados normais, estes achados devem ser considerados fisiológicos
para callitriquídeos.
Baseados neste estudo, refutamos esta afirmação, pois Wencke e Kirberger
(2005a) relatam que foram realizados exames clínico, hemograma completo e
bioquímica sérica hepática, renal e pancreática nos animais e que todos os valores
foram considerados normais, porém, pudemos verificar que estes exames não são
suficientes para a verificação de alterações renais, visto que, mesmo os animais que
114
apresentaram uma alteração renal grave, aparentemente poderiam ser considerados
saudáveis e apresentavam valores de hemograma e bioquímica renal dentro dos
parâmetros considerados normais segundo dados de literatura para a espécie.
Portanto, esta aparência renal não deve ser considerada fisiológica para
callitriquídeos como citam estes autores.
Alguns dos animais deste estudo que apresentaram alterações renais
também apresentaram aumento de ecogenicidade da região cortical. Este aumento
de ecogenicidade pode estar relacionado às alterações encontradas, pois foi
relatado que esta maior ecogenicidade pode ser observada na nefrite glomerular ou
intersticial, necrose tubular aguda, amiloidose, doença renal terminal e calcificações
do parênquima (nefrocalcinose) (HALÁSC VAC, 2004) e hipervitaminose D (KEALY;
MCALLISTER, 2005).
Como relatado por Halásc Vac (2004) e Kealy e MCallister (2005), os rins de
cães e gatos com doença renal terminal costumam ser pequenos, irregulares,
difusamente hiperecogênicos, com perda de definição da arquitetura interna e dos
limites córtico-medulares e normalmente são difíceis de se encontrar. Neste estudo,
a maioria destas características não foram observadas nos animais com alterações
nos exames laboratoriais, portanto, suspeita-se que os animais com alterações
laboratoriais não apresentavam uma doença renal terminal.
Entretanto, observou-se que muitos animais apresentaram diminuição da
definição dos limites córtico-medulares e alguns animais apresentaram aumento total
da ecogenicidade renal, o que sugere que estes animais apresentavam uma doença
inflamatória crônica.
Neste estudo, observou-se também um aumento no volume renal,
principalmente nos animais que apresentavam alterações severas nos exames
laboratoriais. Em cães, alterações no tamanho renal podem estar associadas a
condições como pielonefrite aguda, doença policística e hidronefrose, neoplasia,
amiloidose e nefrite glomerular (BARR; HOLT; GIBBS, 1990; SAMPAIO; ARAÚJO,
2002; KEALY; MCALLISTER, 2005), esta última também ocorre em ratos diabéticos
não tratados (CHRISTIANSEN et al., 1997).
Nos exames radiográficos realizados neste estudo, em alguns dos animais
estudados não foi possível a visualização de nenhum dos rins, e em outros animais
foi possível a visualização de somente um dos rins. No caso dos animais do CENP,
isto pode ter ocorrido devido aos animais serem magros e, consequentemente, sem
115
a gordura que facilita a visualização. No caso de alguns dos animais do DPZ, a
causa pode ter sido o aumento de tamanho do fígado que pode encobrir o rim
direito.
Outro fator que pode ter impedido a visualização de um ou dos dois rins é a
sobreposição destes órgãos pelo intestino, que mesmo após privação alimentar de
12 horas poderia estar repleto de gases. A não visualização dos rins nos exames
radiográficos pode ocorrer em outras espécies como o cão, onde, segundo Kealy e
MCallister (2005), os rins são claramente visualizados em 50% dos estudos
abdominais.
No presente estudo, a média do comprimento renal em relação à segunda
vértebra lombar, nos animais sadios foi de 1,78 e dos animais com alterações renais
foi de 2,00 para o rim direito. Para o rim esquerdo, nos animais sadios foi de 1,71 e
com alterações foi de 1,95. Com estes resultados verificou-se que houve um
aumento de valores absolutos do tamanho renal nos animais com alterações.
Hackendahl e Citino (2005), em seu estudo com guepardos (Acinonyx
jubatus), sugerem que não há diferença entre a razão do comprimento renal e
comprimento da segunda vértebra lombar em animais normais e em animais com
falência renal crônica. Sugerem ainda que a amiloidose é uma possível razão para
isto, pois esta pode ser um componente da doença renal em guepardos e a natureza
infiltrativa desta proteína pode prevenir a redução do tamanho renal nos casos de
animais portadores de doença renal. Além disso, é possível que a mudança do
tamanho renal pudesse ser observada se o intervalo entre o diagnóstico de falência
renal crônica e a avaliação do tamanho renal fosse maior.
Neste estudo foi realizado exame histológico para a verificação de amiloidose
nos rins, o qual foi negativo em todos os animais, portanto as alterações de volume
renal encontradas não sofreram influência desta proteína.
Wencke e Kirberger (2005b) realizaram estudo radiográfico em 17 Callithrix
jacchus adultos e citam que a média de comprimento do rim esquerdo foi de 1,91
cm, variando de 1,6 a 2,1 cm. Neste estudo, as médias do comprimento renal para o
rim esquerdo foram de 1,42, variando de 1,04 a 1,65 cm nos animais do CENP e de
1,71, variando de 1,17 a 2,46 cm nos animais do DPZ. Wencke e Kirberger (2005b)
citam que a média de comprimento do rim direito foi de 1,96 cm, variando de 1,8 a
2,1 cm. Neste estudo, as médias do comprimento renal para o rim direito foram de
116
1,37, variando de 1,10 a 1,63 cm nos animais do CENP e de 1,89, variando de 1,37
a 2,15 cm nos animais do DPZ.
Comparando-se os resultados encontrados, pudemos verificar que o
comprimento renal dos animais do CENP foram numericamente menores que os rins
dos animais do DPZ e também dos animais do estudo realizado por Wencke e
Kirberger (2005b). Isto pode ser devido ao fato de que, em relação ao tamanho, a
maioria dos animais do CENP não apresentou alterações renais e também ao fato
destes se assemelharem aos animais encontrados na natureza.
Em nosso estudo, não houve diferença significativa entre a média de
comprimento entre o rim esquerdo e direito comparado com a L2 em relação ao sexo
dos animais, o que difere dos resultados descritos por Wencke e Kirberger (2005b)
onde a média de comprimento entre o rim esquerdo e direito comparado com a L2
foi significativamente diferente entre machos e fêmeas (1,78 e 2,03
respectivamente).
De acordo com Kealy e MCallister (2005) rins normais possuem uma
superfície lisa e regular, mas o fato dos rins aparecerem normais nas radiografias
não exclui a possibilidade de doença. Em nosso material, mesmo nos animais com
indicadores de alteração renal, os que foram necropsiados ou naqueles examinados
radiograficamente, também não se observaram alterações da superfície renal,
embora na necropsia, ao corte, o interior do órgão mostrou-se comprometido.
Existiram correlações de média intensidade, entre o peso do rim direito e a
cortical do rim direito (mensuração anatômica) (p = 0,830) e entre o peso do rim
esquerdo e a cortical do rim esquerdo (mensuração anatômica) (p = 0,632). Isto
provavelmente deve-se ao fato da região cortical ser uma região parenquimatosa,
onde na maioria das vezes se dá o aumento de tamanho renal, ficando então mais
pesado.
Existiram correlações de média intensidade, entre o volume renal direito
(mensuração anatômica) (p = 0,812) e a cortical do rim direito (mensuração
anatômica) e entre o volume renal esquerdo (mensuração anatômica) e a cortical do
rim esquerdo (mensuração anatômica) (p = 0,606). Isto se dá provavelmente devido
ao fato desta ser uma região onde, na maioria das vezes, se dá o aumento de
tamanho renal.
Dos 19 animais do DPZ onde se pôde realizar a histopatologia dos rins, 3
animais apresentaram ausência de comprometimento glomerular e de cilindros
117
hialinos. Observou-se mínimo infiltrado inflamatório intersticial de linfócitos,
plasmócitos, macrófagos e neutrófilos e ausência de fibrose. Nove animais
apresentaram presença de glomerulopatia segmentar multifocal, discreto número de
túbulos com cilindros hialinos, discreto infiltrado inflamatório intersticial de linfócitos,
plasmócitos e neutrófilos, edema intersticial e ausência de fibrose intersticial. Sete
animais apresentaram presença de glomerulopatia segmentar à global multifocal,
sinéquia glomerular, redução do espaço glomerular, moderado número de túbulos
com cilindros hialinos; moderado infiltrado inflamatório intersticial multifocal de
linfócitos, plasmócitos e neutrófilos e discretos focos de fibrose intersticial. Todos os
animais apresentaram depósito de IgA renal.
Dos 19 animais estudados, 16 apresentaram alterações no exame histológico.
Destes 16 animais, 12 tiveram alterações no exame laboratorial. Dos 3 animais que
não apresentaram alterações no exame histológico, 2 não apresentaram alterações
no exame laboratorial. Com isso, pode-se dizer que os exames laboratoriais
realizados podem ser considerados suficientes para a suspeita de lesões renais e
podem indicar a necessidade de exames complementares.
Segundo Brack e Rothe (1981), Gatesman (1987), Brack e Webber (1995) e
Brack et al. (1999), os animais do DPZ apresentaram alguns tipos de alterações
renais dentre elas a deposição de imunocomplexos IgA/IgM nos rins, que, segundo
Brack et al. (1999) pode ser devida a certos antígenos nutricionais como trigo, aveia,
soja ou proteínas do leite, usados na composição da alimentação em cativeiro que
normalmente oferecem ração peletizada para callitriquídeos, a qual contém grãos de
cereais na composição. Estas dietas em cativeiro divergem da dieta natural desta
espécie, pois, de acordo com Stevenson e Rylands (1988), Auricchio (1995),
Miranda e Faria (2001), Crissey et al. (2003) e Lowenstine e Rideout (2005), estes
animais são basicamente insetívoros-gumívoros.
Wencke e Kirberger (2005a) também citam que as dietas em cativeiro e em
vida livre são muito diferentes, e isso pode ter efeito nos achados ultra-sonográficos,
e sugerem que um estudo comparando animais de cativeiro e vida livre seria ideal
para uma resposta definitiva.
Ao comparar as dietas oferecidas no DPZ e no CENP, percebeu-se que os
animais do DPZ recebem uma quantidade maior de proteínas do que no CENP,
além de receberem 2 tipos de rações peletizadas e pão, o que pode contribuir com a
deposição de imunocomplexos nos rins.
118
A dieta oferecida aos animais do CENP parece ser mais semelhante à dieta
na natureza, no entanto, não foram realizados estudos para a verificação de
deposição de imunocomplexos no rim e estudo histológico comparativo com exames
laboratoriais como foi realizado no DPZ.
Suspeita-se que a dieta seja um fator desencadeante de lesão renal em
Callithrix jacchus, visto que os rins de todos os animais necropsiados apresentaram
depósitos de IgA e na maioria foram encontradas outras alterações.
119
7 CONCLUSÕES
Da análise dos resultados encontrados, cremos poder concluir que:
9 Nos animais do DPZ, os parâmetros mensurados não são influenciados pelo
sexo.
Em relação à biometria corpórea:
9 Os Callithrix jacchus da colônia do DPZ apresentaram peso, comprimento do
corpo, tórax e abdômen maiores do que os da colônia do CENP.
9 Os animais com alterações renais apresentaram peso maior do que os
animais sadios.
Em relação aos parâmetros renais:
9 No exame ultra-sonográfico, o rim de Callithrix jacchus apresenta aspecto
ovalado, é unipiramidal e a relação de ecogenicidade é igual à descrita para
outras espécies de primatas.
9 Houve a isoecogenicidade do fígado e do baço em relação ao rim.
9 Nos animais do CENP, a região cortical e medular e a junção cortico-medular
foram mais definidas do que nos animais do DPZ.
9 O comprimento dos rins dos Callithrix jacchus da colônia do DPZ foi maior no
exame radiográfico, do que nos animais da colônia do CENP.
9 Os aspectos radiográficos para os rins de Callithrix jacchus são semelhantes
ao descrito para outras espécies.
120
9 Os rins de animais com alterações apresentaram um volume maior do que os
rins de animais sadios tanto na mensuração anatômica quanto na ultra-
sonográfica.
9 Tanto nos animais que apresentaram alterações laboratoriais quanto nos que
não apresentaram foram encontradas alterações histológicas tais como,
infiltrado inflamatório intersticial de linfócitos, plasmócitos, macrófagos e
neutrófilos, glomerulopatia segmentar multifocal, túbulos com cilindros
hialinos, edema intersticial, sinéquia glomerular, redução do espaço
glomerular, discretos focos de fibrose intersticial em maior ou menor grau e
depósito de IgA renal.
121
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YARBROUGHT, L. W.; TOLLETT, J. L.; MONTREY, R. D.; BEATTIE, R. J. Serum
biochemical, hematological and body measurement data for common marmosets
(Callithrix jacchus jacchus). Laboratory Animal Science, v. 34, n. 3, p. 276-280,
1984.
129
ANEXO A - Protocolo de coloração para Imunohistoquímica
1. Desparafinização: 3 x 5 min xylol
2. Reidratação: 3 x 2 min ETOH 100% , 2 x 2 min ETOH 95%, 1 x 2 min ETOH
70%
3. H2O2 (180 ml água destilada + 20 ml H2O2 30%): 10 min
4. PBS: 2 x 5 min
5. Protease (200 ml água destilada + 75 mg protease): 10 min 37°C
6. ETOH 95%: 2 mergulhos
7. PBS: 2 x 5 min
8. 1° anticorpo: colocar o anticorpo na lâmina e colocar a mesma em câmara
úmida por 60 min
9. PBS: 2 x 5 min
10. 2° anticorpo: colocar o anticorpo na lâmina e colocar a mesma em câmara
úmida por 30 min
11. PBS: 2 x 5 min
12. 3° anticorpo: colocar o anticorpo na lâmina e colocar a mesma em câmara
úmida por 30 min
13. PBS: 2 x 5 min
14. Solução de 4 ml DAB + 1 ml NiCl2 + 0,1 ml H2O2 + 175 ml TRIS pH7,6 em
banho maria a 37°C: 10 min em banho maria a 37°C
15. Água deslilada – 5 min
16. Methylgreen – 2 min
17. Mergulhos rápidos: 1 x ETOH 70%, 2 x ETOH 95%, 3 x ETOH 100%
18. Xylol: 3 x 5 min
19. Montagem das lâminas
20. Secar durante a noite
Anticorpos:
1°anticorpo – IgA
2°anticorpo – Biotinylierten
3°anticorpo – ABC Komplex
130
ANEXO B - Protocolo de coloração para Hematoxilina-Eosina
1. Desparafinização: 2 x 10 min xylol
2. Reidratação: 3 min ETOH 100% , 3 min ETOH 95%, 3 min ETOH 70%
3. Água corrente – 3 min
4. Hematoxilina – 4 min
5. Água corrente – 10 min
6. Álcool ácido – bem rápido
7. Água corrente – 10 min
8. Eosina - 15 seg
9. Água – 1 mergulho
10. Mergulho rápido ETOH 95%, 2 trocas ETOH 100%, 2 min ETOH 100%
11. Álcool Xylol: 2 min
12. Xylol I: 2 min
13. Xylol D: 2 min
14. Montagem das lâminas
15. Secar durante a noite
131
ANEXO C - Protocolo de coloração para PAS
Antes de iniciar o processo de desparafinização, indica-se que as lâminas
permaneçam por 1 a 2 horas em estufa à 60ºC para que o excesso de parafina
derreta e escorra.
Xilol I (10 minutos)
Xilol II (10 minutos)
Álcool + Xilol (10 minutos)
Álcool 100% I (5 minutos)
Álcool 100% II (5 minutos)
Álcool 95% I (5 minutos)
Álcool 95% II (5 minutos)
Álcool 70% I (5 minutos)
Álcool 70% II (5 minutos)
Água destilada (1 lavagem)
Tratar os cortes em solução de Ácido Periódico (5 minutos)
Lavar em água destilada (3 banhos de 30 segundos)
Tratar no Reativo de Schiff (10 minutos – o tempo varia de acordo com a data
em que este reativo foi feito)
Tratar com água sulfurosa (180ml de água destilada + 10 ml de solução de
HCl 1 N + 10 ml de metabissulfito de sódio a 10%) (3 banhos de 30
segundos) – No intervalo de cada banho, lavar em água corrente por 60
segundos
Hematoxilina (1 banho)
Lavar em água corrente (10 minutos)
Diafanização e montagem
132
Protocolo de Diafanização e Montagem das Lâminas
Após a coloração dos cortes histológicos, as lâminas devem passar pelo
processo de diafanização e montagem com lamínula.
Álcool 70º (5 minutos)
Álcool 95% (5 minutos)
Álcool 100% I (5 minutos)
Álcool 100% II (5 minutos)
Álcool + Xilol (10 minutos)
Xilol I (10 minutos)
Xilol II (10 minutos)
133
ANEXO D - Protocolo de coloração para Tricomico de Masson
1. Xylol I: 20 min
2. Xylol II: 15 min
3. Reidratação: 10 min ETOH 100% , 10 min ETOH 95%, 5 min ETOH 70%
4. Água destilada – 5 min
5. Hematoxilina férrica - 4 min
6. Água corrente – 5 min
7. Solução A – 5 min
8. Água destilada – 5 min
9. Solução B – 20 min
10. Solução C – 10 min
11. Água deslilada – lavar
12. 5 min ETOH 95%, 5 min - ETOH 100%, 5 min - ETOH 100%
13. Xylol I: 5 min
14. Xylol II: 5 min
15. Montagem das lâminas
16. Secar durante a noite
Solução A: Fucsina Ácida
- Fucsina ácida solução aquosa 1% 10 ml
- Escarlate Biebrich solução aquosa 1% 1 ml
- Ácido acético 1 ml
Solução B: Solução fosfotungstica
- Ácido fosfomolibídico 5 g (5%) - 12,5
- Água destilada 200 ml
Solução C: Azul de Anilina Acética
134
- Azul de anilina 5 g
- Água destilada 100ml
Filtrar e adicionar 8 ml ácido acético
135
ANEXO E - Protocolo de coloração para Vermelho Congo
1. Desparafinar
2. Lavar em água corrente por 5 min
3. Corar pelo Vermelho Congo por 1 hora
4. Lavar de 2 a 3 vezes
5. Diferenciar em álcool alcalino por 3 a 5 segundos
6. Lavar em água corrente por 5 minutos
7. Corar pela Hematoxilina de Fundo por 1 minuto
8. Lavar em água corrente por 5 min
9. Desidratar
10. Montar as lâminas
Álcool: 100 ml de álcool 50% + 1 ml de hidróxido de sódio (solução stock –
1g/100ml)
136
ANEXO F – Grupos (Continuação)
Grupo 1: G1 (CENP - sem alteração nos exames)
AD-BBA
AD-BAC
AD-BBL
AD-BBH
AD-BBE
AD-BAL
AD-BBS
AD-BCF
AD-BAD
AD-BCM
AD-BBX
Grupo 2: G2 (CENP - com alteração nos exames)
AD-BBI
AD-ACI
Grupo 3: G3 (DPZ - sem alteração nos exames)
Jette
Isotop
Geran
Bochum
Aladine
Aschenputtel
Nicoletta
Carneval
Warina
Itschie
Southern
Blanche
Olana
137
ANEXO F – Grupos (Concluído)
Grupo 4: G4 (DPZ - com alteração nos exames)
Winny Eyla Vulkana Hagebütte
Babalou Arusha Zigeuner Noel
Atlas Malte Karla Verina
Anina Ariberta Epson Alessio
Agi Logan Gerda
Titia Asko Pernia
Halloween Honoris Klemens
Grupo 5: G5 (CENP + DPZ = grupo geral, sem alteração nos exames)
Jette AD-BBA
Isotop AD-BAC
Geran AD-BBL
Bochum AD-BBH
Aladine AD-BBE
Aschenputtel AD-BAL
Nicoletta AD-BBS
Carneval AD-BCF
Warina AD-BAD
Itschie AD-BCM
Southern AD-BBX
Blanche
Olana
Grupo 6: G6 (CENP + DPZ = grupo geral, com alteração nos exames)
Winny Logan Noel
Babalou Asko Verina
Atlas Honoris Alessio
Anina Vulkana AD-BBI
Agi Zigeuner AD-ACI
Titia Karla
Halloween Epson
Eyla Gerda
Arusha Pernia
Malte Klemens
Ariberta Hagebütte
138
ANEXO G - Dados referentes ao sexo, idade (anos) e peso (g) dos animais do DPZ
e dos animais do CENP
Instituto Animal Sexo Idade Peso
DPZ Winny F
2 412
DPZ Aschenputtel F
2,5 365
DPZ Babalou M
8,5 299
DPZ Nicoletta F
6,5 460
DPZ Atlas M
6,5 404
DPZ Anina F
4 486
DPZ Agi M
5,5 418
DPZ Titia F
2,5 448
DPZ Halloween F
8 350
DPZ Carneval M
2 416
DPZ Eyla F
2,5 451
DPZ Aladine F
2 403
DPZ Warina F
1,5 325
DPZ Arusha F
2 453
DPZ Jette F
1 477
DPZ Itschie F
5,5 347
DPZ Malte M
5,5 451
DPZ Ariberta F
3 552
DPZ Logan M
5 548
DPZ Isotop M
2,5 319
DPZ Asko M
2,5 360
DPZ Geran M
3 420
DPZ Honoris M
2 420
DPZ Vulkana F
3 440
DPZ Zigeuner M
7 -
DPZ Karla F
8 513
DPZ Epson M
8 390
DPZ Southern M
7 407
DPZ Gerda F
3 534
DPZ Pernia F
3 485
DPZ Klemens M
7 425
DPZ Bochum M
6 342
DPZ Blanche F
5,5 301
DPZ Hagebütte F
8 454
DPZ Noel M
5,5 397
DPZ Verina F
2 430
DPZ Olana F
2,5 396
DPZ Alessio M
1 464
CENP AD-BCM M
1,5 365
CENP AD-BBA M
3,3 375
CENP AD-BAC M
6 350
CENP AD-BBX M
- 360
CENP AD-BBL M
- 370
CENP AD-BAD M
4,6 335
CENP AD-BBH M
- 280
CENP AD-BBI M
- 275
CENP AD-BBE M
2,8 385
CENP AD-BAL M
3,8 255
CENP AD-BBS M
- 250
CENP AD-ACI M
- 350
CENP AD-BCF M
- 225
139
ANEXO H - Dados referentes ao comprimento corpóreo e medidas das
circunferências do tórax e do abdômen (cm) de animais do DPZ e do
CENP
Instituto Animal Comprimento Tórax Abdômen
DPZ Winny
21,5 13,5 11,5
DPZ Aschenputtel
21 15,5 12
DPZ Babalou
18,5 13 10
DPZ Nicoletta
24 17 16
DPZ Atlas
22 14 11,5
DPZ Anina
19 17,5 16,6
DPZ Agi
- - -
DPZ Titia
19,5 14,5 13,5
DPZ Halloween
- - -
DPZ Carneval
22,5 15,5 13,5
DPZ Eyla
- - -
DPZ Aladine
21 16,5 13
DPZ Warina
20 13 12,5
DPZ Arusha
- - -
DPZ Jette
- - -
DPZ Itschie
- - -
DPZ Malte
22 17 14,5
DPZ Ariberta
22,5 15,5 16
DPZ Logan
20 17,5 18
DPZ Isotop
- - -
DPZ Asko
- - -
DPZ Geran
- - -
DPZ Honoris
- - -
DPZ Vulkana
- - -
DPZ Zigeuner
23 14,5 13,5
DPZ Karla
24 15 16,5
DPZ Epson
21 14,5 12
DPZ Southern
22,5 14 11,5
DPZ Gerda
23,5 17 18
DPZ Pernia
21 15 15
DPZ Klemens
20,5 13 14
DPZ Bochum
22,5 13,5 11
DPZ Blanche
21,5 13 11
DPZ Hagebütte
21 13,5 12
DPZ Noel
- - -
DPZ Verina
- - -
DPZ Olana
- - -
DPZ Alessio
- - -
CENP AD-BCM
22,5 13 9
CENP AD-BBA
21 14 10
CENP AD-BAC
19,5 13 10,5
CENP AD-BBX
20 14 11
CENP AD-BBL
20,5 14 11
CENP AD-BAD
20 13 13
CENP AD-BBH
19 13 10
CENP AD-BBI
18 12 9
CENP AD-BBE
20 13,5 11
CENP AD-BAL
20 12,5 9,5
CENP AD-BBS
17,5 12,5 9
CENP AD-ACI
20 15 11
CENP AD-BCF
16 12,5 9,5
140
ANEXO I - Valores das mensurações dos exames ultra-sonográficos (comprimento, altura, largura, córtex no corte longitudinal,
córtex no corte transversal e volume dos rins direito e esquerdo) (cm) dos animais provenientes do DPZ (Continua)
Animal Sexo C R D A R D L R D Córtex L D Córtex T D V R D C R E A R E L R E Córtex L E Córtex T E V R E
Winny F
1,73 0,96 0,96 0,44 0,37 1,75 1,71 1,03 0,90 0,29 0,41 1,80
Aschenputtel F
1,71 0,88 0,76 0,33 0,29 1,45 1,42 1,06 0,63 0,46 0,33 1,21
Babalou M
1,87 1,12 1,37 0,36 0,55 2,66 1,55 0,98 1,04 0,36 - 1,54
Nicoletta F
1,81 1,02 1,15 0,49 0,50 2,14 1,92 0,99 1,00 0,40 0,43 2,17
Atlas M
1,93 1,18 1,15 0,66 0,56 2,75 1,79 0,93 1,14 0,33 0,53 1,91
Anina F
1,63 0,95 0,84 0,43 0,24 1,50 1,41 0,86 0,95 0,37 0,51 1,12
Agi M
1,86 1,03 1,30 0,25 0,36 1,97 1,97 1,12 1,18 0,58 0,33 1,69
Titia F
2,00 0,93 0,49 0,34 - 1,81 1,52 1,08 1,15 0,38 0,33 1,72
Halloween F
1,98 0,99 0,92 0,37 - 2,23 1,62 1,06 1,21 0,45 - 1,90
Carneval M
1,77 0,82 0,95 0,36 0,29 1,54 1,39 0,78 0,78 0,27 0,30 0,92
Eyla F
1,71 0,88 0,94 - - 1,56 1,82 1,04 1,07 0,54 0,49 2,14
Aladine F
1,60 0,91 0,95 0,31 0,44 1,45 1,80 0,89 0,87 0,38 0,30 1,67
Warina F
1,64 0,67 0,86 0,26 0,26 1,07 1,12 0,83 0,77 0,28 0,37 0,68
Arusha F
1,98 0,97 1,10 0,49 0,55 2,32 1,86 1,10 1,03 0,53 0,50 2,32
Jette F
1,84 0,84 0,90 0,36 0,22 1,66 1,46 0,77 0,91 0,35 0,40 1,04
Itschie F
1,91 1,01 1,00 0,33 0,34 2,20 1,54 0,85 0,98 0,30 0,17 1,29
Malte M
1,99 1,08 0,95 0,62 0,50 2,48 1,79 0,90 1,00 0,34 0,54 1,76
Ariberta F
2,23 1,21 1,09 0,32 - 3,51 2,02 1,09 1,22 0,54 - 2,80
Logan M
2,68 1,44 1,40 0,48 0,55 6,18 2,53 1,33 1,26 0,39 - 5,00
Isotop M
1,26 0,73 0,79 0,27 - 0,74 1,28 0,76 0,93 - - 0,84
Asko M
1,87 0,96 0,94 0,37 0,47 1,97 1,64 1,02 0,84 0,42 0,40 1,62
Geran M
1,72 0,86 0,98 0,36 0,33 1,56 1,75 0,98 0,94 0,53 0,44 1,81
Honoris M
2,10 1,19 1,11 0,43 0,33 3,14 1,14 1,45 0,97 0,41 0,39 1,36
Vulkana F
1,98 1,20 1,18 0,38 0,36 2,94 1,69 1,18 0,97 0,35 0,27 2,08
141
ANEXO I - Valores das mensurações dos exames ultra-sonográficos (comprimento, altura, largura, córtex no corte longitudinal,
córtex no corte transversal e volume dos rins direito e esquerdo) (cm) dos animais provenientes do DPZ (Conclusão)
Animal Sexo C R D A R D L R D Córtex L D Córtex T D V R D C R E A R E L R E Córtex L E Córtex T E V R E
Zigeuner M
1,64 1,00 1,11 0,46 - 1,77 1,98 1,14 1,15 0,65 0,54 2,77
Karla F
2,24 0,98 1,34 0,50 - 3,08 1,74 1,13 1,11 0,47 0,47 2,19
Epson M
2,00 1,01 0,95 0,50 0,35 2,33 1,81 1,06 1,06 0,50 0,44 2,16
Southern M
1,55 0,77 0,98 0,31 0,34 1,18 1,97 1,04 1,07 0,41 0,43 2,44
Gerda F
2,22 1,08 1,04 0,40 0,48 3,06 2,28 1,04 1,21 0,47 0,45 3,24
Pernia F
1,82 1,07 1,08 0,38 0,52 2,21 2,13 1,06 1,01 0,35 0,40 2,78
Klemens M
2,05 1,10 1,09 0,50 0,37 2,77 1,85 0,89 1,09 0,29 0,54 1,89
Bochum M
1,47 0,73 0,67 0,32 - 0,90 1,37 0,87 0,78 0,32 0,28 1,00
Blanche F
2,06 1,02 1,14 0,49 - 2,63 1,60 0,97 0,74 0,46 0,44 1,42
Hagebütte F
2,25 1,53 1,40 0,64 0,52 4,93 2,18 1,45 1,62 0,64 0,71 4,71
Noel M
1,71 0,93 1,03 0,54 0,39 1,71 1,96 0,86 1,03 0,48 0,57 1,97
Verina F
1,68 0,87 0,83 0,40 - 1,43 1,62 0,76 0,84 0,29 0,34 1,18
Olana F
1,60 0,81 0,92 0,37 0,50 1,42 1,71 0,86 0,84 0,28 0,30 1,47
Alessio M
1,83 0,87 0,78 0,27 0,27 1,63 1,73 0,93 0,88 0,39 0,30 1,64
142
ANEXO J - Valores das mensurações dos exames ultra-sonográficos (comprimento, altura, largura, córtex no corte longitudinal,
córtex no corte transversal e volume dos rins direito e esquerdo) (cm) dos animais provenientes do CENP
Animal Sexo C R D A R D L R D Córtex L D Córtex T D V R D C R E A R E L R E Córtex L E Córtex T E V R E
AD-BCM M
1,67 0,87 0,79 0,31 0,33 1,40 1,41 0,82 0,78 0,33 0,34 0,99
AD-BBA M
1,51 0,89 0,71 0,28 0,28 1,17 1,46 0,99 0,84 0,4 0,26 1,30
AD-BAC M
1,86 1,1 1,08 0,35 0,27 2,36 1,84 1,19 1,26 0,34 0,37 2,66
AD-BBX M
1,84 1,16 0,99 0,29 0,3 2,37 1,77 1,04 0,97 0,51 0,26 1,97
AD-BBL M
1,69 0,93 1,12 0,27 0,4 1,73 1,83 1,4 0,96 0,27 0,29 2,80
AD-BAD M
1,78 1,05 1,01 0,5 0,4 2,04 2,09 1,15 1,13 0,49 0,5 3,03
AD-BBH M
1,74 1,04 0,77 0,59 0,33 1,78 1,16 1,04 0,97 0,31 0,3 1,00
AD-BBI M
1,81 0,93 0,84 0,25 0,32 1,75 1,67 1,03 1,08 0,27 0,31 1,85
AD-BBE M
1,62 0,88 0,86 0,33 0,27 1,38 1,33 0,92 0,92 0,32 0,34 1,08
AD-BAL M
1,41 0,71 0,81 0,26 0,18 0,87 1,28 0,83 0,73 0,19 0,17 0,83
AD-BBS M
1,38 0,81 0,67 0,32 0,21 0,89 1,08 0,83 0,81 0,28 0,28 0,66
AD-ACI M
1,41 0,94 0,97 0,27 0,24 1,23 1,21 0,94 0,97 0,36 0,33 0,97
AD-BCF M
1,43 0,88 0,97 0,26 0,26 1,18 1,27 1,07 1,04 0,49 0,36 1,23
143
ANEXO K - Valores das mensurações (comprimento) dos rins direito e esquerdo e
comprimento da segunda vértebra lombar realizadas em imagem
radiográfica e a proporção entre o comprimento do rim e o
comprimento da segunda vértebra lombar de animais do DPZ
Animal Rx Comp RD (cm) Rx Comp RE (cm) 2 V Lombar Prop RD Prop RE
Aschenputtel
1,86 1,58 0,95 1,95 1,66
Anina
2,01 1,91 0,90 2,23 2,12
Aladine
- 1,29 0,97 - 1,33
Warina
1,35 1,34 0,89 1,52 1,50
Malte
2,17 2,42 0,98 2,21 2,47
Logan
- 2,12 0,93 - 2,28
Epson
- 1,16 0,94 - 1,23
Bochum
2,12 - 0,80 2,65 -
ANEXO L - Valores das mensurações (comprimento) dos rins direito e esquerdo e
comprimento da segunda vértebra lombar realizadas em imagem
radiográfica e a proporção entre o comprimento do rim e o
comprimento da segunda vértebra lombar de animais do CENP
Animal Rx Comp RD (cm) Rx Comp RE (cm) 2 V Lombar Prop RD Prop RE
AD-BCM
1,51 1,59 0,83 1,82 1,91
AD-BBA
1,76 1,48 0,92 1,91 1,61
AD-BBX
1,16 1,71 0,85 1,36 2,01
AD-BBL
1,25 1,26 0,91 1,37 1,38
AD-BAD
1,47 1,55 0,90 1,63 1,72
AD-BBH
1,10 1,42 0,73 1,51 1,94
AD-BBI
1,59 1,46 0,83 1,91 1,76
AD-BAL
1,45 1,48 0,78 1,86 1,90
AD-BBS
1,48 1,42 0,69 2,14 2,06
AD-ACI
1,26 1,39 0,76 1,66 1,83
AD-BCF
1,15 1,04 0,69 1,66 1,51
144
ANEXO M - Valores de hemograma (células brancas (10
3
/ul); neutrófilo, linfócito, monócito, eosinófilo e basófilo (%); células
vermelhas (10
6
/ul), hemoglobina (g/dl), hematócrito (%), MCV(fl), MCH (pg) e MCHC(g/dl)) do DPZ (Continua)
Animal WBC 2 NEU 2 LIN 2 MONO 2 EOS 2 BASO 2 RBC 2 HGB 2 HCT 2 MCV 2 MCH 2 MCHC 2
Winny
3,69 1,24 2,31 0,065 0,018 0,063 6,63 14,7 47,3 71,4 22,2 31,0
Aschenputtel
3,61 2,27 2,96 0,162 0,065 0,037 7,21 15,2 51,2 70,9 21,0 29,7
Babalou
6,87 3,45 3,15 0,160 0,099 0,017 6,34 14,8 45,8 72,3 23,4 32,4
Nicoletta
5,88 2,04 3,56 0,184 0,043 0,051 7,96 15,8 51,5 64,8 19,9 30,7
Atlas
4,51 2,72 1,65 0,040 0,064 0,026 8,24 16,8 56,5 68,6 20,4 29,8
Anina
17,1 5,27 11,1 0,517 0,030 0,180 7,23 15,2 46,7 64,6 21,0 32,5
Agi
6,37 2,83 3,04 0,420 0,029 0,053 6,20 14,3 46,0 74,2 23,0 31,0
Titia
11,1 5,54 5,17 0,324 0,053 0,036 7,72 15,5 52,4 67,9 20,1 29,6
Halloween
6,50 2,72 3,10 0,525 0,007 0,150 6,69 14,6 47,8 71,3 21,8 30,5
Carneval
5,22 3,77 1,30 0,117 0,010 0,022 7,32 16,1 51,1 69,7 21,9 31,4
Eyla
2,43 1,36 1,01 0,030 0,022 0,00 5,53 12,0 38,9 70,4 21,8 31,0
Aladine
6,76 2,83 3,70 0,127 0,075 0,025 8,08 16,8 56,2 69,5 20,7 29,8
Warina
5,16 3,87 1,10 0,165 0,017 0,002 6,72 15,9 48,4 72,0 23,7 32,9
Arusha
8,62 5,45 2,94 0,083 0,035 0,108 7,02 14,3 47,3 67,3 20,3 30,2
Jette
4,45 1,94 2,39 0,089 0,015 0,013 6,49 14,0 45,5 70,1 21,6 30,9
Itschie
5,74 2,68 2,81 0,191 0,015 0,037 7,15 15,5 48,9 68,4 21,7 31,7
Malte
10,9 6,18 4,54 0,135 0,050 0,041 6,69 14,9 47,7 71,3 22,3 31,2
Ariberta
13,1 1,86 11,0 0,293 0,016 0,00 6,74 14,6 46,6 69,1 21,6 31,2
Logan
10,2 6,45 3,33 0,289 0,088 0,035 7,10 14,9 47,8 67,4 21,0 31,1
Isotop
3,87 2,25 1,31 0,206 0,039 0,062 7,12 15,4 51,8 72,7 21,7 29,8
Asko
6,59 3,90 2,55 0,068 0,015 0,063 7,56 16,0 51,7 68,4 21,1 30,9
Geran
6,28 3,89 2,16 0,125 0,026 0,079 7,44 16,0 51,8 69,6 21,5 30,9
Honoris
8,05 3,07 4,67 0,258 0,012 0,031 7,48 16,2 53,2 71,2 21,6 30,4
Vulkana
16,2 10,9 4,85 0,379 0,063 0,059 7,40 14,1 49,4 66,8 19,0 28,5
Zigeuner
7,98 4,30 3,21 0,412 0,055 0,058 7,28 14,0 46,6 64,1 19,3 30,1
Karla
9,48 5,17 3,86 0,303 0,055 0,092 7,79 16,6 55,3 71,0 21,4 30,1
Epson
8,72 4,17 4,19 0,297 0,035 0,037 7,66 16,8 50,9 66,4 21,9 32,9
Southern
10,9 5,42 5,31 0,140 0,023 0,028 6,65 15,6 51,2 77,0 23,5 30,5
Gerda
5,92 3,02 2,12 0,736 0,00 0,042 6,11 14,8 47,5 77,8 24,2 31,1
Pernia
6,27 2,35 3,04 0,760 0,029 0,086 6,48 14,3 46,9 72,4 22,1 30,5
145
ANEXO M - Valores de hemograma (células brancas (10
3
/ul); neutrófilo, linfócito, monócito, eosinófilo e basófilo (%); células
vermelhas (10
6
/ul), hemoglobina (g/dl), hematócrito (%), MCV(fl), MCH (pg) e MCHC(g/dl)) de animais do DPZ
(Conclusão)
Animal WBC 2 NEU 2 LIN 2 MONO 2 EOS 2 BASO 2 RBC 2 HGB 2 HCT 2 MCV 2 MCH 2 MCHC 2
Klemens
10,4 4,20 5,99 0,106 0,009 0,082 6,97 14,8 46,9 67,3 21,2 31,5
Bochum
8,66 2,29 6,03 0,312 0,010 0,023 7,08 14,5 49,5 70,0 20,5 29,3
Blanche
9,99 4,25 4,16 0,377 0,030 0,175 7,42 15,6 51,8 69,8 21,1 30,2
Hagebütte
6,10 2,37 3,55 0,097 0,014 0,063 6,73 15,6 47,8 71,0 23,2 32,7
Noel
4,71 2,54 2,04 0,090 0,008 0,025 7,15 16,4 53,8 75,3 23,0 30,6
Verina
5,08 1,35 3,45 0,167 0,019 0,089 7,19 14,6 48,6 67,5 20,2 30,0
Olana
6,32 2,62 3,44 0,155 0,048 0,054 7,09 15,3 50,3 71,0 21,6 30,4
Alessio
13,1 4,38 8,58 0,063 0,014 0,063 6,66 14,3 46,0 69,0 21,4 31,1
146
ANEXO N - Valores de hemograma (células brancas (mm
3
); neutrófilo, linfócito, monócito, eosinófilo e basófilo (%); células
vermelhas (mm
3
), hemoglobina (g/dl), hematócrito (%), MCV(u
3
), MCH (uup) e MCHC(%)) de animais do CENP
Animal WBC NEU LIN MONO EOS BASO RBC HGB HCT MCV MCH MCHC
AD-BCM
7100 - 43 0 2 0 6800 14,7 47,9 70,4 21,6 30,7
AD-BBA
7900 - 35 2 5 0 6800 14,6 48,6 71,5 21,5 30
AD-BAC
7300 - 49 1 3 0 5560 12,9 44,4 79,9 23,2 29,1
AD-BBX
5700 - 37 1 2 0 5130 11,8 39,2 76,4 23 30,1
AD-BBL
8000 - 33 1 1 0 6740 15,1 51,2 76 22,4 29,5
AD-BAD
8900 - 63 2 1 0 6070 13,8 46,4 76,4 22,7 29,7
AD-BBH
7000 - 50 0 1 0 5490 11,9 40,4 73,6 21,7 29,5
AD-BBI
3500 - 47 1 1 0 5560 12,4 42 75 22,1 29,5
AD-BBE
12100 - 70 0 2 0 6220 13,9 46,5 74,8 22,3 29,9
AD-BAL
11300 - 70 0 0 0 5110 11,7 40,9 80 22,9 28,6
AD-BBS
4800 - 58 1 1 0 6390 15,5 49,9 78,1 24,3 31,1
AD-ACI
7700 - 61 1 1 0 5630 13,4 45,3 80,5 23,8 29,6
AD-BCF
5000 - 47 1 2 0 5640 12,5 41,2 72,8 22,1 30,3
147
ANEXO O - Valores referentes à bioquímica sérica (creatinina e uréia (mg/dl)) de
animais do DPZ
Animal Creatinina Uréia
Winny
0,25 14,0
Aschenputtel
0,32 7,5
Babalou
0,46 25,7
Nicoletta
0,26 12,5
Atlas
0,24 12,1
Anina
0,29 12,7
Agi
0,34 16,3
Titia
0,25 15,8
Halloween
0,26 8,7
Carneval
0,50 21,8
Eyla
0,17 14,6
Aladine
0,21 12,8
Warina
0,29 14,9
Arusha
0,18 14,5
Jette
0,18 17,1
Itschie
0,21 21,1
Malte
0,30 13,4
Ariberta
0,33 14,3
Logan
0,19 10,8
Isotop
0,47 19,2
Asko
0,29 13,1
Geran
0,24 10,9
Honoris
0,16 11,5
Vulkana
0,34 13,2
Zigeuner
0,31 20
Karla
0,31 14,5
Epson
0,32 14,7
Southern
0,28 19,1
Gerda
0,19 8,8
Pernia
0,20 13,6
Klemens
0,32 17,9
Bochum
0,29 19,1
Blanche
0,18 16,7
Hagebütte
0,18 13,9
Noel
0,22 19,8
Verina
0,18 22,0
Olana
0,26 13,8
Alessio
0,22 20,4
148
ANEXO P - Valores referentes à bioquímica sérica (creatinina e uréia (mg/dl)) de
animais do CENP
Animal Creatinina Uréia
AD-BCM
0,5 10
AD-BBA
0,4 8
AD-BAC
0,3 28
AD-BBX
0,3 12
AD-BBL
0,3 21
AD-BAD
0,3 10
AD-BBH
0,5 33
AD-BBI
0,4 8
AD-BBE
0,5 13
AD-BAL
0,4 7
AD-BBS
0,3 15
AD-ACI
0,5 13
AD-BCF
< 9
149
ANEXO Q - Valores de parâmetros urinários (proteína e sangue) mensurados por
meio de testes de fita (+); e albumina (mg/dl), creatinina (mg/dl) e
relação albumina/creatinina mensurados em laboratório dos 3 exames
realizados nos animais do DPZ (Continua)
Animal Sexo Proteína Sangue Albumina Creatinina Alb/Creat
1 2 3,6 66,48 0,054
1 0 8,84 48,9 0,18
Winny F
2 0 16,5 63,41 0,26
1 0 0,83 52,79 0,015
0 0 0,73 48,9 0,014
Aschenputtel F
1 0 0,90 123,2 0,007
3 0 128 18,37 6,967
3 0 0,60 20,67 0,029
Babalou M
3 1 1,04 27,61 0,037
0 0 1,07 51,77 0,02
0 0 1,92 35,93 0,053
Nicoletta F
0 0 1,77 43,62 0,04
3 1 0,41 30,14 0,013
3 3 39,5 62,49 0,632
Atlas M
3 0 353 54,47 6,48
2 4 18,2 25,64 0,709
2 4 17,4 112,2 0,155
Anina F
2 0 38,2 97,34 0,392
1 0 6,51 53,11 0,122
1 0 17,7 97,67 0,181
Agi M
2 0 32,9 78,13 0,421
2 4 92,9 112,7 0,824
3 1 22,1 135,2 0,163
Titia F
2 0 48,4 66,44 0,728
1 0 6,86 52,48 0,13
1 0 15,8 61,58 0,256
Halloween F
2 0 10,2 76,59 0,133
1 0 8,88 104,1 0,085
1 0 2,64 111,9 0,023
Carneval M
1 1 2,55 44,91 0,056
1 4 36,9 53,22 0,693
2 4 114 92,64 1,23
Eyla F
3 2 65,3 66,49 0,982
1 0 6,15 192,6 0,031
1 4 2,78 92,56 0,03
Aladine F
0 1 1,51 16,96 0,089
0 0 0,64 83,74 0,007
1 0 1,18 91,73 0,012
Warina F
1 0 1,33 67,03 0,019
1 0 1,42 50,48 0,028
1 0 3,01 156,4 0,019
Arusha F
1 0 6,27 25,53 0,245
1 0 1,67 105 0,015
0 0 0,78 108,4 0,007
Jette F
1 0 1,03 97,42 0,01
1 0 1,45 67,73 0,021
1 0 9,24 49,77 0,185
Itschie F
0 0 2,99 47,98 0,062
1 0 13,3 64,48 0,206
3 0 46,8 67,19 0,696
Malte M
3 0 80,5 47,11 1,708
150
ANEXO Q - Valores de parâmetros urinários (proteína e sangue) mensurados por
meio de testes de fita (+); e albumina (mg/dl), creatinina (mg/dl) e
relação albumina/creatinina mensurados em laboratório dos 3 exames
realizados nos animais do DPZ (Continuação)
Animal Sexo Proteína Sangue Albumina Creatinina Alb/Creat
2 0 0,24 69,87 0,003
3 1 64,7 59,67 1,084
Ariberta F
3 1 228 95,34 2,391
3 4 670 68,13 9,834
3 4 108 11,98 9,015
Logan M
3 2 0,9 20,96 0,043
1 0 1,52 62,38 0,024
1 0 2,53 45,07 0,056
Isotop M
0 0 1,67 71,02 0,023
1 0 2,05 85,57 0,023
1 2 12,8 67,53 0,018
Asko M
1 0 7,97 112,6 0,071
3 1 0,40 93,95 0,004
1 0 2,18 57,92 0,037
Geran M
1 1 6,81 94,97 0,071
1 0 5,96 94,71 0,062
3 2 67,7 61,58 1,099
Honoris M
3 0 452 0,62 729
1 0 7,70 83,56 0,092
3 2 60,1 107,4 0,559
Vulkana F
3 1 274 61,87 4,428
1 1 11,8 63,54 0,185
1 0 15,5 76,42 0,202
Zigeuner M
2 0 17,2 72,27 0,237
3 0 465 100,2 4,638
3 1 3,58 108,2 0,033
Karla F
3 1 212 31,81 6,664
3 2 451 84,81 5,317
3 3 247 79,38 3,111
Epson M
3 1 585 104,1 5,621
0 0 0,89 28,18 0,031
1 0 0,60 101,9 0,059
Southern M
1 0 3,39 107,6 0,031
2 4 48,2 41,42 1,163
3 4 864 75,18 11,49
Gerda F
3 1 83 75,76 1,095
1 3 23,5 50,34 0,466
3 4 81,1 64,95 1,248
Pernia F
3 2 90,6 44,28 2,046
3 4 1,01 58,99 0,017
3 2 777 48,48 16,03
Klemens M
3 1 191 48,48 3,939
0 0 1,27 35,67 0,035
0 0 1,2 35,76 0,033
Bochum M
0 0 2,37 39,09 0,06
1 0 2,43 124,1 0,019
0 0 1,01 65,82 0,015
Blanche F
1 0 1,36 108,7 0,012
151
ANEXO Q - Valores de parâmetros urinários (proteína e sangue) mensurados por
meio de testes de fita (+); e albumina (mg/dl), creatinina (mg/dl) e
relação albumina/creatinina mensurados em laboratório dos 3 exames
realizados nos animais do DPZ. (Conclusão)
Animal Sexo Proteína Sangue Albumina Creatinina Alb/Creat
3 3 0,95 39,06 0,024
3 1 10,9 29,77 0,366
Hagebütte F
3 0 88 47,86 1,838
2 1 1,02 25,77 0,039
0 0 1,15 29,77 0,038
Noel M
1 0 7,06 82,58 0,085
1 0 9,48 91,97 0,103
0 0 0,42 53,89 0,007
Verina F
1 0 3,67 91,1 0,004
0 0 0,78 61,37 0,057
1 0 2,46 106,2 0,023
Olana F
0 0 0,47 70,23 0,006
0 0 1,21 43,53 0,027
0 0 1,5 31,56 0,004
Alessio M
0 0 1,08 56,59 0,019
152
ANEXO R - Valores de parâmetros urinários (proteína e sangue) mensurados por
meio de testes de fita (+); e albumina (mg/dl), creatinina (mg/dl) e
relação albumina/creatinina mensurados em laboratório dos 2 exames
realizados nos animais do CENP
Animal Sexo Proteína Sangue Albumina Creatinina Alb/Creat
2 1 53 49 1,08
AD-BCM M
1 0 61 64 0,95
1 0 38 83 0,45
AD-BBA M
1 0 73 93 0,78
1 0 57 100 0,57
AD-BAC M
1 0 45 90 0,5
1 1 57 184 0,3
AD-BBX M
1 0 80 125 0,64
1 0 49 87 0,56
AD-BBL M
1 0 68 67 1,01
2 0 68 57 1,19
AD-BAD M
1 0 80 98 0,81
1 0 49 45 1,08
AD-BBH M
1 0 80 106 0,75
0 0 80 101 0,79
AD-BBI M
1 0 68 98 0,69
1 0 72 110 0,65
AD-BBE M
1 0 53 124 0,42
1 0 63 108 0,58
AD-BAL M
1 0 53 130 0,4
1 0 72 105 0,68
AD-BBS M
1 0 68 112 0,6
2 0 68 160 0,42
AD-ACI M
1 0 68 200 0,34
1 0 87 38 2,28
AD-BCF M
1 0 41 104 0,39
153
ANEXO S - Valores das taxas de glicose sanguínea (mg/dl) do exame da curva glicêmica antes da sobrecarga de glicose e 20
minutos após a sobrecarga para sangue venoso (V) e periférico (P) e 10, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160 minutos
após a sobrecarga para sangue periférico de animais do DPZ (Continua)
Animal
Antes (V) Antes (P) 10 m 20 m (V) 20 m (P) 40 m 60 m 80 m 100 m 120 m 140 m
160 m
Winny
123 98 191 214 200 253 236 170 135 132 - -
Aschenputtel
-- 135 143 - 128 119 116 121 116 - - -
Babalou
-- 99 130 - 152 150 139 125 112 94
‐ ‐
Nicoletta
-- 106 108 - 102 83 92 100 92 80
‐ ‐
Atlas
103 81 79 159 98 111 137 138 124 101
‐ ‐
Anina
139 147 152 148 158 206 250 186 168 87
‐ ‐
Agi
153 99 231 226 219 233 239 261 266 267 212
‐
Titia
13-6 202 224 282 260 248 241 299 337 278
‐ ‐
Halloween
-- 98 108 - 117 95 113 126 118 121
‐ ‐
Carneval
-155 153 132 143 161 183 221 225 164
‐ ‐ ‐
Eyla
165 124 261 375 351 448 481 389 307 331
‐ ‐
Aladine
- 165 127 - 141 131 150 126 89 94
‐ ‐
Warina
- 126 120 - 113 119 157 178 146 103
‐ ‐
Arusha
176 170 272 275 267 249 246 207 175
‐ ‐ ‐
Jette
94 96 172 239 228 214 198 219 144 107
‐ ‐
Itschie
106 102 100 136 118 109 115 134 153 181 189 154
Malte
158 137 182 316 275 415 401 390 374 344
‐ ‐
Ariberta
121 146 137 124 114 154 194 214 227 166
‐ ‐
Logan
170 143 134 153 130 192 216 202 109 93
‐ ‐
Isotop
- 147 219 - 226 158 119 134 131 117
‐ ‐
Asko
170 152 177 199 204 261 284 311 197 185
‐ ‐
Geran
122 98 111 133 124 159 162 174 130 161
‐ ‐
Honoris
- 111 139 - 136 159 191 174 127 93
‐ ‐
Vulkana
192 168 233 301 317 294 260 188 166
‐ ‐ ‐
Zigeuner
114 127 126 133 117 140 145 166 127
‐ ‐ ‐
Karla
- 79 141 - 167 247 266 248 217 166
‐ ‐
Epson
- 82 153 - 144 169 251 247 242 232
‐ ‐
Southern
132 106 96 85 83 84 97 103 101 108
‐ ‐
154
ANEXO S - Valores das taxas de glicose sanguínea (mg/dl) do exame da curva glicêmica antes da sobrecarga de glicose e 20
minutos após a sobrecarga para sangue venoso (V) e periférico (P) e 10, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160 minutos
após a sobrecarga para sangue periférico de animais do DPZ (Conclusão)
Animal
Antes (V) Antes (P) 10 m 20 m (V) 20 m (P) 40 m 60 m 80 m 100 m 120 m 140 m
160 m
Gerda
172 148 157 163 160 174 258 261 243 192
‐ ‐
Pernia
142 118 118 112 115 147 177 163 149 113
‐ ‐
Klemens
200 171 213 286 244 280 239 241 245 254
‐ ‐
Bochum
- 154 232 - 222 161 137 137 153 116
‐ ‐
Blanche
- 147 199 - 192 159 171 183 159 110
‐ ‐
Hagebütte
97 75 107 180 164 224 268 291 233 219 200
‐
Noel
108 94 93 120 133 110 107 123 128 120
‐ ‐
Verina
126
123 190
210 216
182 179
197
120 138‐
Olana
135
117
157 153 177
160 152 140 129‐‐
Alessio
203
136‐
200
186 246
351
238 172 144‐
155
ANEXO T - Valores das taxas de glicose sanguínea (mg/dl) do exame da curva
glicêmica antes da sobrecarga de glicose, 10, 20, 40, 60, 80, 100 e 120
minutos após a sobrecarga para sangue periférico de animais do CENP
Animal
Antes 10 m 20 m 40 m 60 m 80 m 100 m 120 m
AD-BCM
128 129 124 118 144 151 151 -
AD-BBA
143 110 119 - 111 116 - -
AD-BAC
67 110 128 97 88 - - -
AD-BBX
113 140 150 - 117 - - -
AD-BBL
60 76 106 110 84 - - -
AD-BAD
149 208 188 123 112 - - -
AD-BBH
98 125 157 131 131 - - -
AD-BBI
174 178 254 256 315 232 175
-
AD-BBE
139 160 163 146 174 137 -
-
AD-BAL
127 158 174 186 - 186 - -
AD-BBS
94 95 159 157 - 104 - -
AD-ACI
175 - 253 258 255 247 - 172
AD-BCF
150 207 183 - 175 157 -
-
156
ANEXO U - Valores das taxas de glicose sanguínea (mg/dl) do exame da curva
glicêmica em 10, 20, 40, 60, 80, 100 e 120 minutos com a sobrecarga
de glicose (G) e sem a sobrecarga de glicose para sangue periférico de
6 animais do DPZ
Antes 10 min 20 min 40 min 60 min 80 min 100 min 120 min
Malte
101 189 168 112 - 224 258 224
Malte G
137 182 275 415 401 390 374 344
Titia
60 112 98 81 88 - - -
Titia G
202 224 260 248 241 299 337 278
Blanche
95 - 112 100 97 106 - -
Blanche G
147 199 192 159 171 183 159 110
Arusha G
170 272 267 249 246 207 175 -
Arusha
125 168 150 - 179 167 149 -
Aschenputtel G
135 143 128 119 116 121 116 -
Aschenputtel
129 144 118 85 86 90 76 -
Nicoletta G
106 108 102 83 92 100 92 80
Nicoletta
84 107 110 78 82 82 86 -
157
ANEXO V - Escores morfológicos e classificação final (total) do exame histológico
dos 19 animais do DPZ
Animal
Escore
glomerulonefrite
Escore
interstício
Escore
túbulo
Total
Carneval
1 0 0
0
Nicoletta
1 0 0
0
Southern
2 1 1
1
Olana
1 1 1
1
Klemens
2 1 1
1
Babalou
2 2 1
2
Karla
2 2 1
2
Gerda
1 1 1
1
Hagebutte
2 2 2
2
Zigeuner
1 1 1
1
Epson
2 2 1
2
Ariberta
2 2 2
2
Pernia
1 1 1
1
Atlas
2 2 1
2
Blanche
1 1 0
1
Winny
1 0 0
0
Bochum
1 1 0
1
Logan
2 2 3
2
Titia
1 0 1
1
158
ANEXO W – Valores das mensurações da 2ª vértebra lombar (in situ) e dos rins (mensuração anatômica) (comprimento, altura,
largura, córtex (cm), volume (cm
3
) e peso (g) dos rins direito e esquerdo) dos 19 animais provenientes do DPZ
Nome 2ª VLomb Comp. RD Alt. RD Larg. RD Cort.RD
Vol.RD PesoRD
Comp.RE Alt. RE Larg. RE
Cort.RE Vol.RE PesoRE
Winny
1,00 1,80 1,20 0,90 -
2,29 1,24
1,70 1,25 1,00
‐ 2,25 1,23
Nicoletta
1,05 1,80 1,30 1,10 0,45
2,66 1,43
1,80 1,20 1,00
0,40 2,37 1,38
Carneval
1,10 1,86 1,00 1,10 0,30
2,16 1,19
1,70 1,00 1,12
0,40 1,88 1,09
Klemens
1,05 1,91 1,21 1,19 0,45
2,81 1,70
1,76 1,22 1,29
0,41 2,57 1,44
Southern
1,05 1,65 0,96 1,12 0,40
1,72 1,10
1,65 1,10 1,20
0,40 2,03 1,10
Olana
- - - - -
‐ ‐
- - -
‐ ‐ ‐
Babalou
1,00 1,60 0,80 1,00 -
1,31 1,26
1,60 1,00 1,10
‐ 1,70 1,32
Karla
1,10 2,20 1,40 1,40 0,45
4,35 2,44
2,00 1,30 1,45
0,40 3,52 2,30
Gerda
1,00 2,20 1,05 1,40 0,45
3,26 2,24
2,15 1,15 1,35
0,40 3,40 2,21
Hagebütte
1,00 2,00 1,35 1,25 -
3,44 2,62
2,00 1,35 1,35
‐ 3,55 2,53
Zigeuner
1,15 1,88 1,05 1,30 0,35
2,46 1,39
1,70 1,30 1,25
0,30 2,56 1,50
Epson
0,80 1,95 1,40 1,10 0,50
3,27 1,80
1,90 1,10 1,45
0,35 2,75 1,76
Ariberta
1,40 2,00 1,25 1,55 0,48
3,48 2,40
2,01 1,20 1,55
0,48 3,37 2,39
Pernia
1,00 2,10 1,10 1,40 -
3,17 1,85
2,10 1,10 1,40
‐ 3,17 1,80
Atlas
1,00 1,80 1,30 1,30 -
2,85 1,95
1,85 1,20 1,20
‐ 2,66 1,79
Blanche
0,90 1,85 1,00 1,11 -
2,15 1,12
1,75 1,10 1,10
‐ 2,15 1,01
Bochum
0,90 1,50 1,10 0,90 0,35
1,55 0,80
0,95 1,10 1,00
0,40 0,80 0,86
Logan
0,99 2,65 1,78 1,61 0,60
7,89 4,09
2,50 1,51 1,69
0,52 6,21 3,55
Titia
1,20 1,85 1,15 1,15 0,45
2,51 1,41
1,70 1,15 1,25
0,40 2,26 1,27
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