No estado do Ceará, com relação à importância deste setor, observa-se um cenário semelhante
ao resto do país. Em 31 de dezembro de 2004, segundo dados do IBGE, através da pesquisa
anual da indústria da construção (PAIC), a construção civil cearense possuía 729 empresas as
quais, juntas, empregavam 34.177 trabalhadores.
Segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) (2004 apud
Mourão, 2008, p.14):
A indústria da construção civil representa 20% do PIB do Ceará, 57% do
PIB do setor secundário cearense, e empregou 7,13% da força de trabalho
ocupada em 1998 e, mesmo com a recessão de 1999, empregou 5,51% da
mão-de-obra ativa do Estado, ou seja, cerca de 210 mil pessoas dos 3,8
milhões de trabalhadores cearenses, segundo o IBGE e [Fundação Instituto
de Pesquisa e Informação do Ceará] (IPLANCE). Portanto, a construção
civil, direta e indiretamente, contribuiu com cerca de 800 mil empregos em
1999 no Ceará, isto é, aproximadamente 22% da população empregada do
Estado neste ano.
A geração de oportunidades de trabalho é um ponto de fundamental participação da indústria
da construção civil. No primeiro semestre de 2006, de acordo com reportagem publicada no
jornal O Povo em 28 de julho daquele ano e, segundo dados do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), a construção civil no Ceará foi a atividade econômica que possuiu o maior
índice percentual positivo na relação entre a quantidade de admissões e desligamentos. O
percentual de 13,49% observado no período suplanta com ampla vantagem os demais setores,
inclusive a tradicional indústria de transformação que no período obteve índice negativo (mais
desligamentos que admissões) de 1,41%.
Esta tendência de saldo positivo na relação entre o número de admitidos e o número de
desligamentos mostra-se positiva a nível nacional desde o ano de 2004, onde, segundo dados
do MTE publicados no anuário 2007 emitido pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos (DIEESE), apresentou um saldo positivo superior a 50 mil postos
de trabalho.
Resultados ainda melhores foram obtidos nos dois anos seguintes a 2004 quando este saldo
ultrapassa o montante anual de 85 mil admissões a mais do que desligamentos. Estes números
são inferiores somente aos apresentados pelos setores de serviços, comércio e indústria de
transformação, conforme evidenciado no anuário 2007.
A PAIC em 2006 publicou que o desempenho das empresas de construção, naquele ano,
mostrou-se estar em linha com os resultados da economia brasileira, cujo PIB avançou 3,8 %,
com a atividade de construção se expandindo 4,6%.