EMATER, que era uma empresa de orientação, educadora, de difusão de
tecnologia, empresa de mudança de comportamento e junta com uma
empresa chamada IGAP, que é uma empresa de fiscalização, de punição,
aí ficou difícil a nossa ida até o produtor rural.Nós não gozávamos mais
daquela credibilidade que o produtor rural tinha em nós. Quando a gente
chegava e perguntava ao produtor rural qual era o rebanho dele, ele ficava
com medo de responder, já pensava que aquela pergunta era pra saber se
ele estava sonegando ou estava escondendo alguma cabeça de gado. Foi
difícil o nosso trabalho juntando essas empresas, principalmente uma
empresa de punição que era o IGAP. A classificação também não teve
muito o que fazer em virtude que ela pendeu mais pelo lado da
fiscalização, então ficou difícil. Aí ficou um trabalho quase que
praticamente, quase que junto, tinha a mesma visão , o mesmo
sentimento,já tinha o mesmo direcionamento, trabalhava com o pequeno
produtor,que era o IDAGO, aí sim houve um casamento forte, ampliamos
aquilo que já vínhamos fazendo, de maneira a errar menos e acertar mais,
a empresa de pesquisa também que era geradora de tecnologia que era a
EMGOPA, embora que a empresa que se sobressaiu era a empresa que
punia, que fiscaliza e trazia dinheiro , então a que põe dinheiro dentro de
casa é a que realmente fala mais alto , e aí o pessoal pegou a idéia de
punir de fiscalizar, e ficou no que tá hoje, o campo desassistidos”.
Técnico em Agropecuária Luís Antônio,
“Nossa foi, pra nós foi terrível, nós tinha o apoio financeiro, sendo extinto o
Estado tem poucos recursos. Muito também pelo seguinte, mudou-se a
direção para pessoas que nem sabiam o que produtor, suas necessidades,
muitos não estavam preparados para assumir esses cargos técnicos”.
Engenheiro Agrônomo Henrique,
Bom, eu acho que antes da sua extinção nós já estávamos abalados, pois, a
partir de quando acabou com os programas do governo federal, pois tivemos
que passar para o governo estadual e saímos da extensão e passamos para
o crédito e vice e verso, e isso dificulta muito, é preciso adaptação.
Ficávamos sem saber por onde começar. Naquela época a extensão rural
ficou sem incentivo e apoio a gente trabalhava com o que podia. A extinção
da Embratel foi por um capricho, nacionalmente hoje não tem uma política de
extensão rural e assistência técnica, assim como não tem a nível estadual, e
talvez trabalhamos no município pela demanda, trabalhamos pela
necessidade do produtor. Para falar da liquidação da EMATER-GO, aí vamos
voltar um pouco com a ACAR-GO. A empresa já nascia com dificuldade,
apesar que era com o apoio do governo estadual, muitas vezes tinha o
salário do governo estadual e não tínhamos um programa de trabalho do
Governo Estadual. Com a AGENCIARURAL, grandes problemas, não teve
recomposição dos cargos, dificuldades para fazer concursos, as pessoas
contratadas não têm funções técnicas, tem funções administrativas, nós
temos muitos escritórios sem cargos técnicos. Um grande problema da
AGENCIARURAL foi juntar a parte de fiscalização com extensão. Ao mesmo
tempo que faz extensão você faz fiscalização, esse foi o problema da junção.
Apresentamos os pontos principais que demonstram a atuação da EMATER-
GO e sua relação com os produtores de base familiar no período de 1975 à 1999. É
preciso analisar o problema central da nossa pesquisa, ou seja, a extensão rural no