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JOÃO RODRIGO SAROT
Análise da Distribuição de Tensões em
Implantes Dentários de PEEK
Pelo Método de Elementos Finitos 3D
Florianópolis-SC
Dezembro, 2008
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JOÃO RODRIGO SAROT
Análise da Distribuição de Tensões em
Implantes Dentários de PEEK
Pelo Método de Elementos Finitos 3D
Tese apresentada ao Curso de Pós-
graduação em Odontologia do
Centro de Ciências da Saúde da
Universidade Federal de Santa
Catarina, como requisito parcial para
obtenção do título de Doutor em
Odontologia Área de concentração
Implantodontia.
Este artigo está formatado de acordo
com as Normas para Elaboração de
Artigos da revista “Biomaterials”.
Orientador: Prof. Dr. Ricardo de Souza Magini
Florianópolis-SC
Dezembro, 2008
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Catalogação na fonte por: Vera Ingrid Hobold Sovernigo CRB-14/009
S246a Sarot, João Rodrigo
Análise da distribuição de tensões em implantes dentários de PEEK
pelo método de elementos finitos 3D / João Rodrigo Sarot; orientador
Ricardo de Souza Magini. - Florianópolis, 2008.
108 f.
Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina. Centro
de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Odontologia -
Opção Implantodontia.
Inclui bibliografia.
1. PEEK. 2. Titânio. 3. Materiais dentários. 4. Implantes dentários.
I. Magini, Ricardo de Souza. II. Universidade Federal de Santa Catarina.
Programa de Pós-
Graduação em Odontologia. III. Título.
CDU 616.314-
089.843
JOÃO RODRIGO SAROT
Análise da Distribuição de Tensões em
Implantes Dentários de PEEK
Pelo Método de Elementos Finitos 3D
Esta tese foi julgada adequada para a obtenção do título de
Doutor em Odontologia, Área de Concentração Implantodontia, e
aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação em
Odontologia.
Florianópolis, 11 de dezembro de 2008.
Ricardo de Sousa Vieira
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Banca Examinadora
Orientador: Ricardo de Souza Magini
Antonio Carlos Cardoso
Jayme Bordini Jr
Nelson Luis Barbosa Rebellato
Ederson Áureo Betiol
À minha Patrícia.
Meu amor, minha companheira, minha cúmplice.
Esta conquista é sua também.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador professor Ricardo Magini pelo acolhimento como
aluno, pela liberdade no desenvolvimento do curso e por desmistificar a vida
acadêmica mostrando novos rumos e alternativas profissionais.
Ao professor Antonio Carlos Cardoso pelo estimulo no desenvolvimento
profissional e pessoal. Por despertar em mim novos interesses e, principalmente,
o gosto por desafios.
À professora Ariadne Cristiane Cabral da Cruz pela atenção, carinho,
dedicação e participação fundamental na realização deste trabalho.
Aos meus colegas de curso, agora irmãos, Aline, Cleide, César e Ricardo
pelo companheirismo, a amizade e os ensinamentos que enriqueceram muito
nossa caminhada juntos.
Ao meu amigo e sócio” Ernesto Barquero pela amizade sincera e
parceria durante o curso.
Aos colegas do mestrado em implantodontia Rodrigo, André, Gabriela,
Elisa, Leonardo e Gisele pela amizade e momentos agradáveis.
Às minhas amigas Miriam, Gisella e Dolores pelo empenho em suas
funções e o carinho com que me receberam no CEPID.
Aos professores Gastão Valle Nicolau, Jayme Bordini Jr por acreditarem
em mim e pelo apoio em mais esta empreitada.
À Patrícia Peters pelo companheirismo e dedicação insuperáveis, sem
os quais esta conquista não seria possível.
À minha mãe, dona Mari, pelo exemplo de perseverança que sempre
me norteou.
Aos meus sogros, Mary e Valdir Peters, pela confiança e apoio
incondicionais depositados em mim.
À minha amiga Cintia Milani Contar, companheira desde os tempos de
graduação, pelo auxílio na execução deste trabalho.
À Sonia Mara Saldanha Bach, bibliotecária da Biblioteca Ciências da
Saúde do Campus Botânico da Universidade Federal do Paraná, pela amizade
e prestabilidade na pesquisa e obtenção da bibliografia necessária para este
trabalho.
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS
RESUMO
ABSTRACT
7
8
9
INTRODUÇÃO 10
PROPOSIÇÃO 13
MATERIAL E MÉTODO
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
14
20
22
26
FIGURAS 27
TABELAS
REFERÊNCIAS
VERSÃO EM INGLÊS
APÊNDICE – REVISÃO DE LITERATURA ESTENDIDA
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
35
38
46
78
100
7
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
Å Angstrom
0
C Graus Celsius
CFR Reforço de Fibra de Carbono
GPa Giga Pascal
GPEEK Glass Poly Ether Ether Ketone
HA Hidroxiapatita
KGy Unidade de dosagem de radiação no SI
MGy Unidade de dosagem de radiação no SI
MPa Mega Pascal
N Newton
PAEK Poly Aryl Ether Ketone
PEEK Poly Ether Ether Ketone
Ti Titânio
UHMWPE Polímero Alifático - Poliolefina
w/w Unidade de solubilidade em água
% Porcentagem
µm Micrometro
8
SAROT, João Rodrigo. Análise da Distribuição de Tensões em Implantes
Dentários de PEEK pelo Método de Elementos Finitos 3D. 2008. 108 f. Tese
(Doutorado em Odontologia – Área de Concentração Implantodontia) – Curso
de Pós-graduação em Odontologia, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis.
RESUMO
O PEEK vem se mostrando um excelente material na substituição do titânio em
aplicações ortopédicas. Seus compostos relacionados podem ser fabricados
com larga escala de propriedades físicas, mecânicas e de superfície e nos
mais diversos formatos. Esta versatilidade abre um novo horizonte de
possibilidades no projeto de novos implantes e componentes para reabilitação
bucal, especialmente ao se levar em consideração o comportamento
biomecânico deste material. O objetivo deste estudo foi comparar, por meio
do Método de Elementos Finitos (MEF), a distribuição de tensões ao osso de
suporte periimplantar em modelos distintos compostos por componentes e
implantes de PEEK com 30% de reforço de fibras de carbono (30% CFR-PEEK) e
titânio. Nas simulações, com união perfeita entre implante e osso, o 30% CFR-
PEEK apresentou maior concentração de tensões no pescoço do implante e
osso adjacente devido a sua menor rigidez e maior deformação em relação
ao titânio. Implantes e componentes de 30% CFR-PEEK não mostraram
vantagens, no que se refere à distribuição de tensões, quando comparados
aos implantes e componentes de titânio.
Palavras-chave: PEEK, poli éter éter cetona, implante dentário, distribuição de
tensões, método de elementos finitos (MEF).
9
Evaluation of the Stress Distribution in PEEK Dental Implants by the Three-
dimensional Finite Element Method.
ABSTRACT
PEEK (poly ether ether ketone) has proved to be an excellent material for the
titanium substitute in orthopedic applications. Its related composites can be
manufactured with many physical, mechanical and surface properties and in
several shapes. This versatility opens a new horizon of possibilities in the
development of new implants and components for bucal rehab, especially
when the biomechanical behavior of this material is taken into consideration.
The aim of this study was to compare, using the three-dimensional finite
element method, the stress distribution in the peri-implant support bone in
distinct models composed by PEEK components and implants with 30% carbon
fiber reinforced (30% CFR-PEEK) and titanium. In the simulations, with a perfect
bonding between the bone and the implant, the 30% CFR-PEEK presented
higher stress concentration in the implant neck and the adjacent bone due to
its lower hardness and higher deformation in relation to the titanium. 30% CFR-
PEEK implants and components did not show any advantages in relation to the
stress distribution when compared to the titanium implants and components.
Keywords: PEEK, poly ether ether ketone, dental implant, stress distribution, finite
element method (FEM).
10
1. INTRODUÇÃO
Em quarenta anos de evolução a Implantodontia avança rompendo
barreiras e quebrando paradigmas na busca por soluções e aprimoramento
na arte da reabilitação bucal. Tópicos como quantidade de implantes,
formato, tratamento de superfície e componentes protéticos mais estéticos
são amplamente discutidos. Vem se introduzindo nesta discussão a utilização
de polímeros para fabricação de implantes osseointegrados em substituição
aos convencionais de titânio.
Nos anos 90 o PEEK (poly ether ether ketone, em português poli éter éter
cetona), membro dominante da família dos polímeros PAEK (poly aryl ether
ketone, em português poli aríl éter cetona) despontou como candidato
principal dos polímeros termo plásticos de alta performance para substituir
componentes e implantes metálicos, especialmente na ortopedia e trauma
[1,2]. O interesse por polímeros poliaromáticos surgiu no desenvolvimento de
próteses para o quadril e de placas de fixação de fratura com rigidez
comparável a do osso [3,4]. Embora os polímeros poliaromáticos puros exibam
um módulo de elasticidade que varia de 3 a 4 GPa, este valor pode ser
modificado e se aproximar ao do osso cortical (18 GPa) com a adição de
compostos como fibra de carbono (CFR-PEEK) [5].
PEEK e compostos de PEEK o considerados biocompatíveis de acordo
com testes realizados em cultura celular, tecido subcutâneo e muscular [6-13],
incluindo pesquisas de cultura celular com osteoblastos sobre compostos de
PEEK testados como arcabouço [14-16]. Vários estudos [17-20] também
mostram o bom desempenho clínico deste polímero em pacientes
ortopédicos.
11
O PEEK e compostos relacionados podem ser fabricados com larga escala
de propriedades físicas, mecânicas e de superfície, nos mais diversos formatos,
dependendo da utilização como implante. Esta versatilidade abre um novo
horizonte de possibilidades no projeto de novos implantes e componentes
para reabilitação bucal, especialmente ao se levar em consideração o
comportamento biomecânico deste material.
Baseados na hipótese da dissipação de energia [21] sabe-se que, graças a
característica de conservação de energia apresentada pelos implantes
rígidos, uma força aplicada a uma coroa implanto-suportada é transferida,
pelo implante, com pequenas alterações, resultando em uma deformação
elástica e mínima absorção da energia mecânica pelo implante. Implantes
metálicos são, no mínimo, 8 vezes mais duros que o osso circunvizinho. Esta
diferença de gradiente gera estresse na interface osso/implante durante a
dissipação das cargas [22]. A idéia de um implante com módulo de
elasticidade similar ao do osso sugere uma distribuição das tensões mais
homogênea aos tecidos de suporte com decréscimo do estresse nesta
interface.
Quando um implante dentário é carregado oclusalmente a carga é
transferida ao osso de suporte e com maior intensidade à porção coronal. Isto
é conseqüência de um princípio geral de Engenharia que determina que
quando um corpo composto por duas partes recebe carga o estresse é maior
na linha de união destas partes [17]. Isto foi observado também em outros
estudos com simulações de carga em implantes odontológicos em análises
com resinas fotoelásticas e por método de elementos finitos (MEF) [23,24].
O MEF é uma técnica que permite a formulação virtual de um modelo
matemático adequado que representa ou simula o comportamento de um
12
sistema físico específico [25-27]. Este método tem grande aplicação na
Engenharia e tem sido utilizado em Medicina e Odontologia para simular
situações clínicas e o comportamento das estruturas corporais desde 1975 [28].
Auxiliando no desenvolvimento e aperfeiçoamento de protótipos, predizendo
seu comportamento mecânico, térmico e elétrico, reduzindo custo e tempo
de desenvolvimento, fornecendo informações difíceis de serem obtidas pelos
métodos experimentais convencionais como distribuição de tensões e
deformação da estrutura ou componente [29].
Outro fator que favorece as pesquisas com método dos elementos finitos é
a ausência do comprometimento de estruturas biológicas, uma vez que,
atualmente por motivos éticos, tem-se dado muita atenção e preferência por
estudos que não incluam indiscriminadamente tecidos vivos, seja de origem
humana ou animal.
Outros estudos utilizaram o MEF para avaliação da distribuição das tensões
ao osso tendo como variáveis o material constituinte de componentes
protéticos [30], formato [31], diâmetro e comprimento [32] do implante ou
materiais para superfície oclusal [33,34]. Nas simulações deste estudo a
variável foi o material de fabricação do implante e componente protético
comparando-se titânio e PEEK.
13
2. PROPOSIÇÃO
O objetivo deste estudo foi comparar, por meio do Método de
Elementos Finitos (MEF), a distribuição de tensões ao osso adjacente
periimplantar em quatro modelos distintos compostos por componente
e implante de titânio, componente de PEEK e implante de titânio,
componente de titânio e implante de PEEK e componente e implante
de PEEK.
14
3. MATERIAL E MÉTODO
A análise da distribuição de tensões periimplantares foi realizada pelo
método computacional denominado de Método dos Elementos Finitos (MEF).
3.1 Método dos Elementos Finitos
Seguiram-se os seguintes passos: modelagem da geometria, aplicação
das condições de contorno (fixação do modelo, aplicação das cargas) e
informações das propriedades dos materiais empregados.
Para execução do software alimentou-se as propriedades dos materiais:
Módulo de elasticidade, Módulo de Young ou Módulo elástico (E) :
Define a inclinação da curva tensão-deformação até o limite de
proporcionalidade. E é uma medida de rigidez do material em sua região
elástica e tem as mesmas unidades da tensão. A maioria dos materiais exibe
esse comportamento linear. Também a maior parte dos materiais dúcteis, o
módulo de elasticidade em compressão é o mesmo que em tensão.
Coeficiente de Poisson (v):
Quando um corpo deformável é submetido a uma força axial
compressiva o material deforma-se longitudinalmente e transversalmente. Para
caracterizar estas deformações define-se o coeficiente de Poisson como a
relação da deformação transversal (alongamento ou contração) com a
deformação longitudinal (alongamento ou contração) do material.
15
3.2 Etapas do Processo de Simulação por MEF
O processo de simulação seguiu basicamente três etapas : pré-
processamento (construção do modelo), processamento (solução do
problema) e pós-processamento (análise dos resultados).
Pré-processamento: Consistiu na construção do modelo geométrico e
informações pertinentes das propriedades dos materiais empregados na
construção do modelo. Em seguida, a estrutura do modelo foi dividida em um
número finito de elementos (discretização) que são interconectados por
pontos nodais os quais se encontram no sistema de coordenadas X,Y,Z, onde o
conjunto resultante é denominado “malha”. Posteriormente, ainda após o
processo de modelagem são consideradas as restrições do modelo físico,
onde as condições de contorno estruturais foram aplicadas com a finalidade
de simular o modelo físico real. Essas condições de contorno resumiram-se em
fixação do modelo e aplicação do carregamento.
Processamento: Após a criação do modelo, com o processamento
numérico, o problema estrutural foi solucionado computacionalmente. Os
resultados dos campos de tensões, deformações e deslocamentos foram
obtidos.
Pós-processamento: A análise do modelo foi efetuada utilizando-se os
resultados obtidos. A análise de tensões foi feita pela comparação dos
componentes de tensões normais, tensões principais ou ainda tensão
equivalente de Von Mises (tensão efetiva).
No critério de Von Mises todos os componentes de tensões normais,
como também os componentes de tensões cisalhantes, são incorporados no
cálculo da chamada tensão de Von Mises [35].
16
3.3 Reconstrução virtual de tomografia computadorizada
Para a fase inicial do trabalho um voluntário foi submetido a exame de
tomografia computadorizada (i-CAT, Xoran Technologies, Ann Arbor, USA)
para obtenção do modelo digital. O exame de tomografia foi realizado no
terço ântero-inferior da face com objetivo de analisar a região da mandíbula,
em cortes transversais de 0,25 mm de distância perfazendo um total de 212
cortes. Estes cortes foram gravados no formato Dicom (Digital imaging and
communications in medicine standart) e importados para um programa de
processamento de imagens e reconstrução digital (software desenvolvido pelo
curso de pós-graduação em Métodos Numéricos e Engenharia da
Universidade Federal do Paraná). Neste o programa reconstruiu digitalmente a
mandíbula resultando em um modelo 3D, como mostra a figura 1.
Deste modelo, foi extraída apenas a parte correspondente ao dente 35,
como mostra a figura 2.
3.4 Edição dos modelos
Após a reconstrução virtual, o modelo 3D foi exportado para o software
Ansys DesignModeler v11 (Ansys Inc., Canonsburg, PA, USA) para edição dos
modelos virtuais. Foi modelado um implante unitário, componentes protéticos
(pilar e parafuso), osso cortical e medular ao redor do implante. O dente
previamente scaneado foi seccionado na porção cervical e unido ao modelo
para representar uma coroa protética unida ao implante conforme
especificações abaixo.
17
Implante , pilar e parafuso:
Implante cilíndrico rosqueável, com conexão do tipo hexágono
externo, 10 mm de altura, diâmetro da plataforma de 4.1mm
(figura 3).
Pilar universal com conexão do tipo hexágono externo,
plataforma inferior de 4,1 mm e porção superior cônica (figura 4).
Parafuso de titânio com roscas apenas no terço inferior (figura 5).
Prótese:
Infra-estrutura de cromo cobalto de no nimo 0,3 mm de
espessura sobre o pilar do implante, e de forma semelhante a
coroa cerâmica.
Porcelana feldspática recobrindo a infra-estrutura e modelando
a forma coronária da prótese (figura 6).
Demais estruturas:
uma linha de cimento de fosfato de zinco de aproximadamente
0,1 mm de espessura entre o pilar e a prótese.
Osso cortical recobrindo a crista do osso em espessura de 1,0
mm.
Osso medular recobrindo as porções internas do osso cortical
(figura 6).
Cilindros em esmaltes distribuídos na superfície oclusal da
cerâmica simulando contatos dentários conforme figura 7.
18
3.5 Fatores de variação
Os diferentes modelos deste trabalho tiveram o objetivo de avaliar a
influência nas tensões que o uso de componentes e implantes do material
PEEK reforçado com 30% de fibra de carbono (30% CFR- PEEK) acarretam em
um tratamento com implante unitário:
Modelo A ou controle: este modelo foi configurado com o pilar e o
implante em titânio.
Modelo B: semelhante ao modelo A, mas o pilar em PEEK.
Modelo C: semelhante ao modelo A, mas com o implante em PEEK.
Modelo D: semelhante ao modelo A, mas com o implante e o pilar em
PEEK.
Com exceção das propriedades dos materiais todos os modelos foram
idênticos.
3.6 Simulação
Todos os modelos foram exportados do software DesignModeler (Ansys
Inc., Canonsburg, PA, USA) para o software de simulação de elementos finitos
Ansys Workbench V11. (Ansys Inc., Canonsburg, PA, USA).
Cada elemento dos modelos foi configurado com um módulo de
elasticidade e coeficiente de Poisson retirados da literatura conforme o
modelo simulado (Tabela 1).
Todos os contatos entre as estruturas foram considerados como união
perfeita, com exceção da união entre cimento e pilar. Os contatos entre
titânio e cimento foram considerados como friccionais permitindo
19
deslizamentos e formação de espaços para se aproximar de uma situação
real. Foram utilizadas aproximações dos coeficientes de fricção baseado em
outros materiais semelhantes [43]. Embora o coeficiente de fricção varie de
acordo com diversos fatores, para simular uma cimentação com cimento de
fosfato de zinco foi usado um coeficiente de 0,2 nas uniões entre cimento de
fosfato de zinco e titânio e cimento de fosfato de zinco e PEEK. As simulações
foram do tipo não-linear em relação ao contato .
Suportes rígidos foram adicionados na região inferior e laterais do osso
simulando a união do modelo ao resto de uma mandíbula. Cargas verticais
paralelas em relação ao longo eixo do dente com 100 N de magnitude foram
adicionadas nos cilindros de esmalte, conforme mostra figura 8.
As malhas foram validadas por meio de um processo de refinamento da
malha, verificando-se a convergência dos resultados. Quando a diferença
entre os picos de tensão dos resultados atingiu um erro estipulado de 5% ou
menos a malha foi considerada válida. A malha foi gerada com elementos
tetraédricos, conforme mostram as figuras 9 e 10, resultando em malhas com
1402615 nós e 894630 elementos. Todos os modelos foram então resolvidos
(Windows XP X64, processador Intel Core 2 quad Q6600, 8 Gb memória RAM), a
plotagem gráfica e numérica dos dados foi registrada, avaliada e
comparada.
20
4. RESULTADOS
Os resultados foram apresentados por diagramas de
tensão/deformação, com a distribuição de tensões, para avaliação
qualitativa e por valores numéricos dos picos de tensão para avaliação
quantitativa.
A figura 11 mostra exclusivamente as forças de compressão com
comportamento similar nos quatro modelos, indicando a predominância do
formato do implante no padrão de distribuição das cargas. Os implantes de
PEEK (modelos C e D) apresentam maior concentração de força na porção
cervical e sobre o osso cortical que os implantes de titânio (modelos A e B), isto
ocorre indistintamente em relação ao material constituinte do pilar.
As forças de tração, representadas na figura 12, têm intensidade inferior
as de compressão e sem diferenças significativas no padrão de distribuição
entre os diferentes modelos.
A tensão de Von Mises, critério que engloba todos os componentes de
tensão sobre os implantes, inclusive cisalhante, é demonstrada na figura 13. Os
implantes de titânio, nos modelos A e B, apresentam picos de tensão
equivalentes na porção cervical e uma distribuição mais homogênea das
cargas por todo corpo do implante. os implantes de PEEK, nos modelos C e
D, as tensões aparecem mais concentradas em uma porção menor da área
cervical com menor aproveitamento do comprimento do implante. Mais uma
vez, não houve distinção entre os modelos relacionada ao pilar.
21
Na figura 14 vemos o critério de Von Mises aplicado com destaque para
os componentes protéticos. Semelhante aos implantes, os pilares de titânio
(modelos A e C) têm a distribuição das tensões mais homogênea com os picos
de tensão equivalentes. Nos modelos C e D os pilares de PEEK repetem o
comportamento dos implantes de PEEK concentrando as cargas em uma área
menor.
O resultado da deformação sofrida pelos modelos compostos por
implante e pilar de titânio (A) e implante e pilar de PEEK (D), com destaque
para porção do implante e osso periimplantar, é apresentada na figura 15. O
pico de deformação do modelo A é menor e nota-se maior deformação na
porção de osso medular em relação ao modelo D, onde é clara a maior
deformação na porção de osso cortical cervical.
Para analise quantitativa a tabela 2 apresenta os picos de tensões nas
diferentes estruturas dos modelos referentes às simulações apresentadas nas
figuras 11, 12, 13 e 14. A tabela 3 mostra os picos de tensões em uma
simulação com carga aplicada apenas nos dois pontos de contato na face
lingual da coroa, verificando uma oclusão e conseqüentemente distribuição
de tensões menos homogênea.
22
5. DISCUSSÃO
As promissoras propriedades mecânicas dos polímeros da família PAEK
juntamente com a enorme versatilidade de formas e aplicações como
implantes despertam a curiosidade acadêmica para este biomaterial desde
os anos 90. Aagora, os melhores resultados na medicina são relatados na
ortopedia, em especial no campo de coluna vertebral [17] com os chamados
Cages para estabilização intervertebral. Estes bons resultados são atribuídos ao
módulo de elasticidade similar ao do osso, característica do PEEK reforçado
com 30% de fibra de carbono. Razão pela qual foi este o material de opção
para realização deste experimento.
Dados sobre o módulo de elasticidade do PEEK e compostos selecionados,
enquanto úteis para finalidades comparativas, devem ser vistos como o ponto
de partida mais básico para a seleção do biomaterial para um projeto de
implante [44]. As aplicações são específicas, conseqüentemente o
desenvolvimento de métodos analíticos assim como os testes funcionais deve
considerar o contexto específico que o projeto esta inserido.
O método dos elementos finitos é uma cnica destinada para resolver
modelos computacionais que representam o comportamento de um sistema
físico determinado, em outras palavras, o protótipo físico pode ser estudado
mediante a formulação de um modelo matemático adequado [25-27].
Apesar de alguns autores [45] lembrarem que o MEF é um modelo
matemático que não pode representar a complexidade biológica
plenamente, é expressiva a multiplicidade de aplicações nas pesquisas em
odontologia por este método. Como a otimização do desenho de
23
restaurações, implantes dentais, pinos ou núcleos, próteses parciais fixas ou
removíveis, interações entre osso periodontal, ligamento e dente, efeitos físicos
e biomecânicos das forças de mastigação e aparelhos ortodônticos [46].
Visto que a forma dos modelos não difere, o objetivo deste trabalho foi
avaliar as propriedades mecânicas dos materiais.
Como em outros estudos [47-49], utilizou-se a força de 100 N como valor da
carga oclusal aplicada por 3 pontos de contato sobre a superfície oclusal do
dente com relevo natural, com incidência da carga no eixo axial.
Não existe nenhum estudo clínico randomizado sobre a influência de forças
controladas ou estandardizadas no osso peri-implantar. Certamente, é difícil
quantificar clinicamente o valor e sentido naturais de forças oclusais [47].
Sabe-se que o tecido ósseo é mais resistente às forças compressivas, menos
resistente às cargas de tração e menos ainda às forças no sentido de
cisalhamento [50]. Entretanto é valido ressaltar que o processo de maior
importância, considerando o implante em função, é a remodelação óssea e
esta ainda não é completamente elucidada na literatura, inclusive sobre o
efeito distinto das cargas de tração e compressão neste processo [51].
Alguns autores [24,32,48,] apontam que a remodelação óssea
periimplantar pode influenciar a distribuição das cargas após algum tempo do
implante em função. Os modelos deste estudo foram idealizados
considerando a adaptação normal esperada do nível ósseo ao redor do
pescoço de um implante padrão, como o utilizado, com a lâmina cortical
incidindo na primeira espira da rosca do implante.
Na simulação apenas da força de compressão (figura 11) o resultado foi
de uma maior concentração das cargas na porção cervical óssea, com
intensidade levemente maior nos implantes de PEEK (tabela 2). Mesmo
24
fenômeno visto em outros estudos [23,24,52] similares, que pode ser explicado
pela hipótese da dissipação de energia [21], formato do implante [31,52, 53]
ou pela maior resistência oferecida pelo osso cortical nesta área [24,54].
As cargas de tração se mostraram com intensidade muito menor em
relação às de compressão (tabela 2), com padrão de distribuição muito similar
entre os quatro modelos (figura 12) e mantendo-se com valores proporcionais
na simulação com carga lingual (tabela 3).
Analisando de forma subjetiva e objetiva pelo critério de Von Mises (figura
13 e tabela 2) percebemos a tendência, nos diferentes modelos, da
concentração de tensões no pescoço do implante, concordando com relatos
prévios na literatura [55-58]. Entretanto, constatamos a menor dissipação das
cargas pelo corpo do implante de PEEK, com maior concentração de força
em uma área menor do pescoço. Nos modelos com implante de titânio pode-
se notar que este transmite as cargas de forma mais homogênea, alcançando
a porção apical do implante aumentando a área com maior concentração
de tensões na porção cervical.
A simulação de deformação (figura 15) ajuda a entender os padrões de
distribuição das tensões apresentados pelos diferentes modelos. Quando o
modelo D com implante e pilar em PEEK foi simulado a porção cervical do
implante sofreu maior deformação que a do modelo A, com implante e pilar
de titânio, conseqüentemente com maior deslocamento gerando maiores
tensões (tabela 2). Este achado corrobora o consenso de que micro
movimentações do implante dentário o prejudiciais ao osso de suporte
[51,59,60].
O PEEK apresenta resultados superiores ao titânio em suas aplicações na
ortopedia [17,18] por apresentar menor rigidez. Ou seja, maior deformação,
25
acompanhando a movimentação da coluna vertebral, aumentando a área
de distribuição das tensões e diminuindo a concentração de forças. Na
implantodontia dental a união entre implante e osso é rígida, o que não
possibilita a expansão por deformação inerente ao PEEK tendo um
comportamento funcional diferente, concentrando ainda mais as tensões no
pescoço do implante. Descoberta surpreendente, visto que se esperava
exatamente o oposto, uma distribuição mais homogênea das tensões pelo
corpo do implante diminuindo o estresse na interface osso/implante.
Em relação aos componentes protéticos as distribuições de tensões foram
equivalentes para cada material, sem alterações significativas em relação aos
implantes adjacentes e sem influência na dissipação das cargas ao osso
periimplantar. Estas foram determinadas exclusivamente pelo formato e
material constituinte dos implantes. Mesmo resultado encontrado em estudo
[30] que testou pilares modelados em Polioximetileno e também em outro
experimento [61] que avaliou a distribuição de tensões por análise fotoelástica.
A idéia de que uma carga não axial é mais prejudicial aos implantes
dentários do que uma carga axial é suportada por achados em estudos
[48,62] com análise de elementos finitos 3D, onde as cargas não axiais
resultaram em níveis maiores de estresse no osso periimplantar do que cargas
axiais. O mesmo foi observado em estudo [30] com MEF onde a concentração
de tensões no osso e nos componentes do sistema de implante foram maiores
quando submetidos a cargas oblíquas (30 graus), do que quando sujeitos a
cargas verticais. Os resultados deste trabalho confirmam os destes estudos
quando a simulação foi feita com a carga incidindo apenas na porção lingual
da coroa por dois pontos de contato, como mostram os dados da tabela 3.
26
6. CONCLUSÃO
O implante de titânio distribui de forma mais homogenia as tensões em
relação ao implante de PEEK, devido a sua menor deformação.
O implante de PEEK não demonstrou vantagens em relação ao implante
de titânio no que se refere à distribuição das tensões ao osso periimplantar.
27
FIGURAS
Figura 1 Figura 2
Figura 3 Figura 4 Figura 5
Figura 1- Reconstrução digital a partir de tomografia sem qualquer edição.
Figura 2- Reconstrução digital do dente 35.
Figura 3- Vista do implante modelado.
Figura 4- Vista do pilar modelado.
Figura 5- Vista do parafuso modelado.
28
Figura 6
Figura 6- Figura do modelo final, com remoção apenas das estruturas de esmalte para
simular contatos dentários. Corte explicativo à direita: rosa - osso medular, cinza - osso
cortical, verde - implante, vermelho - parafuso, azul - pilar, roxo - guta percha, laranja -
cimento de fosfato de zinco, cinza escuro – infra-estrutura metálica e amarelo –
cerâmica.
29
Figura 7
Figura 8
Figura 7- Vista dos cilindros de esmalte para simular contatos dentários em marrom, os
cilindros foram dispostos a fim de representar uma oclusão estável.
Figura 8- Em vermelho aparecem áreas onde a carga de 100N foi aplicada, distribuída
igualmente entre os três cilindros. Detalhe da seta mostra a direção das tensões
30
Figura 9
Figura 10
Figura 9- Malha do modelo completo. A malha foi refinada a fim de apresentar maior
densidade nas regiões de importância para este estudo.
Figura 10- Vista da malha na porção de maior interesse para avaliação da distribuição
das tensões ao osso.
Figura 11-
Imagens das simulações apenas da força de compressão. A
pilar em titânio, B-
implante em titânio e pilar em PEEK, C
titânio e D-
implante e pilar em PEEK.
Figura 12- I
magens das simulações apenas da força de tração. A
titânio, B-
implante em titânio e pilar em PEEK
D-
implante e pilar em PEEK.
A
B
A
B
Figura 11
Figura 12
Imagens das simulações apenas da força de compressão. A
-
implante em titânio e pilar em PEEK, C
-
implante em PEEK e pilar em
implante e pilar em PEEK.
magens das simulações apenas da força de tração. A
-
implante e pilar
implante em titânio e pilar em PEEK
, C-
implante em PEEK e pilar em titânio e
implante e pilar em PEEK.
C
D
C
D
31
MPa
MPa
-
implante e
implante em PEEK e pilar em
implante e pilar
em
implante em PEEK e pilar em titânio e
32
MPa
Figura 13
Figura 13- Comparação de tensão de Von Mises entre os implantes. A- implante e pilar
em titânio, B- implante em titânio e pilar em PEEK, C- implante em PEEK e pilar em
titânio e D- implante e pilar em PEEK.
A
B
C
D
33
MPa
Figura 14
Figura 14- Comparação de tensão de Von Mises entre os pilares. A- implante e pilar em
titânio, B- implante em titânio e pilar em PEEK, C- implante em PEEK e pilar em titânio e
D- implante e pilar em PEEK.
A
B
C
D
34
Figura 15
Figura 15- Comparação de deformação com escala em milímetros. A- implante e pilar
em titânio e D- implante e pilar em PEEK.
Observe as maiores deformações na região
cervical e menores na apical do implante no modelo D.
A
D
35
TABELAS
Tabela 1: Propriedades mecânicas dos materiais
Material
Módulo de Young
(MPa)
Coeficiente de
Poisson
Guta percha [36] 0,69 0,45
Esmalte [37] 84100 0,20
Osso cortical [38] 17400 0,30
Osso Medular [38] 1740 0,30
Cimento de fosfato de zinco
[36]
22400 0,25
Porcelana feldspática [39] 69000 0,30
Titânio [40] 110000 0,35
30% CFR - PEEK [5,41] 18000 0,39
Liga de cromo-cobalto [42]
218000 0,33
Tabela 1
36
Tabela 2: Resultados dos picos de tensão nas diferentes estruturas do modelo.
(em MPa)
Von
Mises
implante
Von Mises
pilar
Tração Compressão
Cortical/Medular
Cortical/Medular
Modelo A ou
controle (1+3)
76,46 41,76 32,70 / 2,48 81,14 / 3,19
Modelo B (1+4) 74,70 33,82 32,70 / 2,47 81,04 / 3,19
Modelo C (2+3) 85,54 41,32 27,77 / 4,22 89,47 / 3,58
Modelo D (2+4) 86,61 33,96 27,90 / 4,2 86,57 / 3,6
1 = implante titânio 2 = implante peek 3 = pilar titânio 4 = pilar peek
Tabela 2
37
Tabela 3: Resultados dos picos de tensão nas diferentes estruturas do modelo
com carga lingual. (em MPa)
Von
Mises
implante
Von
Mises
pilar
Tração Compressão
Cortical/Medular Cortical/Medular
Modelo A ou
controle (1+3)
171,42 84,82 22,02/2,65 146,26/3,95
Modelo B (1+4) 172,02 69,96 21,85/2,65 146,04/3,96
Modelo C (2+3) 188,95 84,17 58,82/4,90 177,81/6,42
Modelo D (2+4) 189,72 69,41 57,53/4,89 177,58/6,44
1 = implante titânio 2 = implante peek 3 = pilar titânio 4 = pilar peek
Tabela 3
38
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46
VERSÃO EM INGLÊS
Evaluation of the Stress Distribution in PEEK Dental
Implants by the Three-dimensional Finite Element
Method
This article is formatted according to
the Guidelines for Preparing
Manuscripts for the journal
“Biomaterials”.
47
Evaluation of the Stress Distribution in PEEK Dental Implants by the Three-
dimensional Finite Element Method.
ABSTRACT
PEEK (poly ether ether ketone) has proved to be an excellent material for the
titanium substitute in orthopedic applications. Its related composites can be
manufactured with many physical, mechanical and surface properties and in
several shapes. This versatility opens a new horizon of possibilities in the
development of new implants and components for bucal rehab, especially
when the biomechanical behavior of this material is taken into consideration.
The aim of this study was to compare, using the three-dimensional finite
element method, the stress distribution in the peri-implant support bone in
distinct models composed by PEEK components and implants with 30% carbon
fiber reinforced (30% CFR-PEEK) and titanium. In the simulations, with a perfect
bonding between the bone and the implant, the 30% CFR-PEEK presented
higher stress concentration in the implant neck and the adjacent bone due to
its lower hardness and higher deformation in relation to the titanium. 30% CFR-
PEEK implants and components did not show any advantages in relation to the
stress distribution when compared to the titanium implants and components.
Keywords: PEEK, poly ether ether ketone, dental implant, stress distribution, finite
element method (FEM).
48
1.
INTRODUCTION
Implantodontics has been progressing for more than forty years of evolution,
breaking barriers and paradigms in the search for solutions and improvement in
the bucal rehab art. Topics such as implants amount, shape, surfaces treatment
and more esthetic prosthetic components have been widely discussed. The use
of polymers for the manufacture of bone integrated implants as a substitute for
the titanium conventional ones has been introduced.
In the 90’s, PEEK (poly-ether-ether-ketone), a dominant member of the PAEK
(poly-aryl-ether-ketone) polymer family has appeared as a main substitute to
the metallic components and implants from the high performance
thermoplastic polymers side, especially in orthopedics and trauma [1, 2]. The
interest for poly-aromatic polymers has appeared in the development of hip
prosthesis and plates for fracture fixation with a similar hardness to the bone [3,
4]. Although pure poly-aromatic polymers exhibit an elastic modulus that varies
from 3 to 4 GPa, this value can be modified and made closer to the cortical
bone (18 GPa), with the addition of composites such as carbon fiber (CFR-PEEK)
[5].
PEEK and PEEK composites are considered biocompatible according to
tests carried out in cellular culture, subcutaneous and muscular tissue [6-13],
including cellular culture researches with osteoblasts on PEEK composites tested
as scaffolds [14-16]. Several studies [17-20] have also shown favorable clinical
performance of this polymer in orthopedic patients.
PEEK and related composites can be manufactured with a wide range of
physical, mechanical and surface properties, in several shapes, depending on
how the implant is going to be used. This versatility opens a new horizon of
possibilities in the development of new implants and components for bucal
49
rehab, especially when the biomechanical behavior of this material is taken
into account.
Based on the energy dissipation theory [21], it is known that thanks to the
energy conservation feature presented by the rigid implants, a force applied to
the implant-supported crown is transferred through the implant, with small
alterations, resulting in an elastic deformation and minimal mechanical energy
absorption by the implant. Metallic implants are at least 8 times harder than the
neighbor bone. This gradient difference generates stress in the bone / implant
interface during load dissipation [22]. The idea of an implant with an elastic
modulus similar to the bone suggests a more homogenous tension distribution to
the support tissues with a stress decrease in this interface.
When a dental implant is occlusaly loaded, the load is transferred to the
support bone and to the coronal portion at a higher intensity. This is a
consequence of a general engineering principle which determines that when a
two-part composed body receives a load, the stress is higher in the line
bonding these two parts [17]. This has also been observed in other studies with
load simulation in orthodontics implants in analyses with photoelastic resins and
by the finite elements method (FEM) [23, 24].
FEM is a technique that allows the virtual planning of an adequate
mathematical model which represents or simulates the behavior of a specific
physical system. This method is widely applied in Engineering and has been
used in Medicine and Orthodontics in order to simulate clinical situations and
the behavior of body structures since 1975 [25]. It helps in the development and
improvement of prototypes, predicting its mechanical, thermal and electrical
behavior, reducing the development time and cost, providing information that
50
is difficult to obtain through the conventional experimental methods such as
tension distribution and structure or component deformation [26].
Another factor that favors the researches with the finite elements method is
the absence of the biological structures impairment, once that studies which
do not include human or animal live tissues indiscriminately have been favored
lately and given a lot of attention to for ethical reasons.
Other studies have also used FEM for the evaluation of the stress distribution
to the bone having the prosthetic components constituent material [27], shape
[28], implant diameter and length [29] or material for the occlusal surface [30]
as variables. In the simulations of this study, the variables were the implant
manufacture material and the prosthetic component comparing titanium and
PEEK.
51
2. PROPOSITION
The aim of this study was to compare, using the Finite Elements Method
(FEM), the stress distribution near to the peri-implant bone in four distinct models
composed by titanium abutment and implant, PEEK abutment and titanium
implant, titanium abutment and PEEK implant and PEEK abutment and implant.
52
3. MATERIAL AND METHOD
A volunteer was submitted to a computerized tomography exam (i-CAT,
Xoran Technologies, Ann Arbor, USA) for obtaining the digital model in the initial
phase of the work. The tomography exam was carried out by analyzing the
third front bottom part of the face in order to analyze the jaw region, in
transversal cuts of 0.25 mm in length forming a total of 212 cuts. These cuts were
recorded in Dicom format (Digital imaging and communications in medicine
standart) and imported to an image processing and digital reconstruction
program (software developed by the post graduation course in Numeric
Methods and Engineering of Universidade Federal do Paraná, Brazil). The
program has digitally reconstructed the jaw and the result is a 3D model. Only
the part that corresponds to the tooth 35 was extracted from this model.
After the virtual reconstruction, the 3D model was exported to the Ansys
DesignModeler v11 software (Ansys Inc., Canonsburg, PA, USA) for virtual
models edition. A unitary implant, prosthetics components (abutment and
bolt), cortical and medullar bone around the implant were modeled. The
previously scanned tooth was cut in the cervical portion and bonded to the
model in order to represent a prosthetic crown bonded to the implant
according to the specifications below (figure 1).
Implant, abutment and screw:
Cylindrical implants that can be screwed, with an outer hexagon
type connection, 10 mm in height and platform diameter of 4.1
mm.
Universal abutment with an outer hexagon type connection, 4.1
mm bottom platform and upper conic portion.
Titanium bolt with screws only in the lower third.
53
Prosthesis:
Chrome-cobalt structure of at least 0.3 mm thick on the implant
abutment and having a similar shape to the ceramic crown.
Feldspatic porcelain covering the structure and modeling the
coronary shape of the prosthesis.
Other structures:
A zinc phosphate line of approximately 0.1 mm thick between the
connector and the prosthesis.
Cortical bone covering the bone crest of 1.0 mm thick.
Medullar bone covering the inner portion of the cortical bone.
Enamel cylinders distributed on the ceramic oclusal surface
simulating dental contacts.
The different models of this work aimed to evaluate the impact on the
stresses in the use of PEEK components and implants reinforced with 30%
carbon fiber (30% CFR- PEEK) on a treatment with unitary implant:
Model A or control: this model was configured with the titanium
abutment and implant.
Model B: similar to model A, but with a PEEK abutment.
Model C: similar to model A, but with a PEEK implant.
Model D: similar to model A, but with a PEEK implant and abutment.
All the models were identical except for the materials properties.
All the models were exported from the DesignModeler software (Ansys
Inc., Canonsburg, PA, USA) to the Ansys Workbench V11 finite elements
simulation software (Ansys Inc., Canonsburg, PA, USA).
54
Each element from the models was configured with an elastic modulus
and Poisson ratio taken from the literature according to the simulated model
(Table 1).
All the contacts among the structures were considered a perfect
bonding, except for the bonding between cement and abutment. The
contacts between titanium and cement were considered frictional, allowing
slides and space formation in order to approach a real situation. Approaches
of the friction coefficients were used based on other similar materials [38].
Although, friction coefficient varies according to several factors, in order to
simulate a cementation with zinc phosphate cement, a 0.2 coefficient was
used in bonding between zinc phosphate cement and titanium and between
zinc phosphate cement and PEEK. The simulations were non-linear in relation to
the contact.
Rigid supports were added in the lower and lateral regions of bone
simulating the bonding of the model to the rest of a jaw. Parallel vertical loads
in relation to the long axis of the tooth with 100 N in magnitude were added to
the enamel cylinders.
The meshes were validated through a refinement process of the mesh,
checking the convergence of the results. When the difference between the
stress peaks of the results reached a predetermined error of 5% or less, the mesh
was considered valid. The mesh was created with tetrahedral elements, as
shown in figures 2 and 3, resulting in meshes with 1402615 nodes and 894630
elements. All the models were then solved (Windows XP X64, Intel Core 2 quad
Q6600 processor, 8 Gb of RAM memory), the graphic and numeric plotting of
the data was registered, evaluated and compared.
55
4. RESULTS
The results were presented in stress/strain diagrams, with the stress
distribution for qualitative evaluation and in numeric values of the stress peaks
for quantitative evaluation.
Figure 4 shows only the compression strengths with similar behavior in the
four models, indicating the predominance of the implant shape in the load
distribution pattern. The PEEK implants (models C and D) presented a higher
strength concentration in the cervical portion and on the cortical bone than
the titanium implants (models A and B). This does not occur very clearly in
relation to the abutment component material.
The stress strengths, presented in figure 5, have lower intensity than the
compression strengths and no significant difference in the distribution pattern
among the different models.
The Von Mises stresses, a criterion that includes all the tension
components on the implants, including shearing, is demonstrated in figure 6.
The titanium implants, in the models A and B, presented equivalent stress peaks
in the cervical portion and a more homogeneous load distribution throughout
the implant body. However, the PEEK implant, in models C and D, presented
more concentrated tensions in a smaller portion of the cervical area, taking less
advantage of the implant length. One again, there was no difference among
the models in relation to abutment.
In figure 7, we see the Von Mises criterion applied with emphasis to the
prosthetics components. Similar to the implants, the titanium abutments
(models A and C) have a more homogeneous tension distribution with
equivalent tension peaks. In models C and D, the PEEK abutments repeat the
same behavior as the PEEK implants, concentrating the loads in a smaller area.
56
The result of the deformation felt in the models composed by titanium
implant and abutment (A) and PEEK implant and abutment (D), with emphasis
to the implant portion and peri-implant bone, is presented in figure 8. The
deformation peak of model A is lower and a higher deformation is noticed in
the medullar bone portion in relation to model D, where a higher deformation
in the cortical cervical bone portion is clear.
Table 2 presents the stress peaks in the different structures of the models
relative to the simulations presented in figures 4, 5, 6 and 7 for quantitative
analysis. Table 3 shows the tension peaks in a simulation with the load applied
only to the two contact points in the lingual face of the crown, confirming an
occlusion and consequently, a less homogeneous tension distribution.
57
5. DISCUSSION
The promising mechanical properties of the PAEK polymer family
together with an enormous versatility of shapes and applications such as
implants have aroused the academic curiosity towards this biomaterial since
the 90’s. Until these days, the best achieved results in medicine are reported in
orthopedics, especially regarding the spine field [17] with the cages for
intervertebral stabilization. These good results are attributed to the elastic
modulus being similar to the bone, which is a feature of the PEEK reinforced
with 30% of carbon fiber. For this reason, this material was chosen for this
experiment.
Although the data about the elastic modulus of PEEK and selected
composites are useful for comparative means, they must be seen as the most
basic starting point for the biomaterial selection for an implant project [39]. The
applications are specific, so, the development of analytical methods as well as
functional tests must consider the specific context in which the project is in.
Despite some authors [40] having recalled that MEF is a mathematical
model which can not represent in full the biological complexity, the variety of
applications in orthodontics researches by this method is expressive. We can
cite the restoration design optimization, dental implants, pins or nucleus, fixed or
removable partial prosthesis, interactions among the periodontal bone,
ligament and tooth, physical and biomechanical effect of the chewing
strengths and orthodontic braces [41].
Due to the fact that the shape of the models does not differ, we have
concentrated in evaluating the materials mechanical properties in this work.
As in other studies [42-44], we used the strength of 100 N as the value for
occlusal load applied in 3 contact points on the tooth occlusal surface with
58
natural relief, aiming to achieve a stable occlusion simulation with load
incidence in relation to the axial axis, which is similar to the real function
situation.
There are no random clinical studies about the influence of controlled or
standardized strengths on the peri-implant bone. Certainly, it is hard to clinically
quantify the natural sense and value of the occlusal strengths [42]. It is known
that the bone tissue is more resistant to the compressive strengths, less resistant
to the tension loads and even less resistant to the strengths towards the
shearing [45]. However, we should highlight that the most important process,
considering the implant in function, is the osseous remodeling and it is not
entirely clear in the literature yet, including the distinct effect of the traction
and compression loads in this process [46].
Some authors [24, 29, 43] pointed out that the peri-implant bone remodeling
may influence the load distribution some time after the implant in function. The
models from this study were idealized considering the expected normal
adaptation of osseous level around the neck of a standard implant, as the one
used, with cortical plate happening in the first spiral of the implant flange.
Observing the simulation of the compression strength only (figure 4), the
result was a higher concentration of the loads in the osseous cervical portion,
with a slightly higher intensity in the PEEK implants (table 2). This same
phenomenon was seen in other similar studies [23, 24, 47] and can be
explained by the energy dissipation hypothesis [21], implant shape [28, 47, 48]
or by the highest resistance offered by the cortical bone in this area [24, 49].
The tensile loads showed a much lower intensity in relation to the
compression loads (table 2), with a very similar distribution pattern among the
59
four models (figure 5) and keeping proportional values in the simulation with
lingual load (table 3).
Analyzing in a subjective and objective way by the Von Mises criterion
(figure 6 and table 2), we noticed a stress concentration tendency in the
implant neck in the different models, which is in agreement with previous
reports in the literature [50-53]. However, we observed a smaller load dissipation
by the PEEK implant body with a higher strength concentration in a smaller area
of the neck. In the models with titanium implant, it can be noticed that it
transmits the loads in a more homogenous way, reaching the apical portion of
the implant and increasing the area with a higher strength concentration in the
cervical portion.
The deformation simulation (figure 8) helps understand the stress distribution
patterns presented by the different models. When the model D with PEEK
implant and abutment was simulated, the cervical portion of the implant
suffered more deformation than model A, with titanium implant and abutment.
Consequently, it had a higher displacement generating higher tensions (table
2). This finding confirms the consensus that micro movements of the dental
implant are harmful for the support bone [46, 54, 55].
PEEK presents better results than titanium in terms of orthopedics
applications [17,18] for being less rigid. In other words, a higher deformation
following the spine movement, increases the stress distribution area and
reduces the strength concentration. In dental implantodontics, the bonding
between the implant and bone is rigid and perfect, not allowing the expansion
by deformation which is inherent of PEEK and it presents a different functional
behavior, concentrating the stresses in the neck implant even more. This
discovery came as a surprise, once we expected just the opposite, a more
60
homogenous distribution of the stresses through the implant body, diminishing
thus, the stress in the interface implant / bone.
Regarding the prosthetics components, the stress distribution was equivalent
for each material without any significant alteration in relation to the adjacent
implants and without any influence in the load dissipation to the peri-implant
bone. This was solely determined by the shape and the material forming the
implants. This same result was found in a study [30] that tested Polyoxymetilen
modeled abutments and also in another experiment [56] that evaluated the
tension distribution by photoelastic analysis.
The idea that a non axial load is more harmful to the dental implants than
an axial load is supported by findings in studies [48, 57] with 3D finite element
analysis, where the non axial loads resulted in higher stress levels in the peri-
implant bone than the axial loads. The same was observed in a study [30] with
MEF, where the tension concentration in the bone and components of the
implant system was higher when submitted to sidelong loads (30 degrees) than
when subject to vertical loads. Our results confirmed this study results when the
simulation was done with the load applied only to the lingual portion of the
crown in two contact points, as the data shows in table 3.
61
6. CONCLUSION
The titanium implant distributes the stresses in a more homogenous way in
relation to the PEEK implant due to its smaller deformation.
PEEK implant did not present any advantages in relation to the titanium
implant in relation to the stress distribution to the peri-implant bone.
62
FIGURES
Figure 1
Figure 1- Figure of the final model, with only the enamel structures removed in order to
simulate dental contacts. Explicative cut on the right: pink medullar bone, grey
cortical bone, green – implant, red bolt, blue – abutman, purple - guta percha,
orange – zinc phosphate cement, dark grey – metallic infrastructure and yellow
ceramic.
63
Figure 2
Figure 3
Figure 2- Mesh of the complete model. The mesh was refined in order to present higher
density in the important regions for this study.
Figure 3- View of the mesh portion of greatest interest for the evaluation of the tension
distribution to the bone.
Figure 4-
Simulation images of t
abutment, B-
titanium implant and PEEK abutment
abutment, and D-
PEEK implant and abutment.
Figure 5-
Simulation images of
abutment, B-
titanium implant and PEEK abutment
abutment, and D-
PEEK implant and abutment.
A
B
A
B
Figure 4
Figure 5
Simulation images of t
he compression strength only. A-
titanium implant and
titanium implant and PEEK abutment
, C-
PEEK implant and titanium
PEEK implant and abutment.
Simulation images of
the traction strength only. A-
titanium implant
titanium implant and PEEK abutment
, C-
PEEK implant and titanium
PEEK implant and abutment.
C
D
C
D
64
MPa
MPa
titanium implant and
PEEK implant and titanium
titanium implant
and
PEEK implant and titanium
65
MPa
Figure 6
Figure 6- Von Mises stress comparison among the implants. A titanium implant and
abutment, B– titanium implant and PEEK abutment, C– PEEK implant and titanium
abutment, and D- PEEK implant and abutment.
A
B
C
D
66
MPa
Figure 7
Figure 7- Von Mises stress comparison among the abutments. A– titanium implant and
abutment, B– titanium implant and PEEK abutment, C– PEEK implant and titanium
abutment, and D- PEEK implant and abutment.
A
B
C
D
67
Figure 8
Figure 8- Deformation comparison with scale in millimeters. A titanium implant and
abutment, and D- PEEK implant and abutment. Observe the biggest deformations in
the cervical region and the smallest ones in the apical of the implant in model D.
A
D
68
TABLES
Table 1: Mechanical properties of the materials
Material Young Modulus (MPa)
Poisson Ratio
Guta percha [31] 0,69 0,45
Enamel [32] 84100 0,20
Cortical bone [33] 17400 0,30
Medullar bone [33] 1740 0,30
Zinc phosphate cement [31]
22400 0,25
Feldspatic porcelain [34] 69000 0,30
Titanium [35] 110000 0,35
30% CFR - PEEK [5,36] 18000 0,39
Crome-cobalt alloy [37] 218000 0,33
Table 1
69
Table 2: Results of the stress peaks in the different structures of the model (MPa)
Von
Mises
implant
Von Mises
abutment
Tensile Compression
Cortical/Medullar
Cortical/Medullar
Model A or
control (1+3)
76,46 41,76 32,70 / 2,48 81,14 / 3,19
Model B (1+4)
74,70 33,82 32,70 / 2,47 81,04 / 3,19
Model C
(2+3)
85,54 41,32 27,77 / 4,22 89,47 / 3,58
Model D
(2+4)
86,61 33,96 27,90 / 4,2 86,57 / 3,6
1 = titanium implant 2 = peek implant 3 = titanium abutment 4 = peek abutment
Table 2
70
Table 3: Results of the tension peaks in the different structures of the model with
lingual load. (MPa)
Von
Mises
implant
Von Mises
abutment
Tensile Compression
Cortical/Medullar
Cortical/Medullar
Model A or
control (1+3)
171,42 84,82 22,02/2,65 146,26/3,95
Model B (1+4)
172,02 69,96 21,85/2,65 146,04/3,96
Model C
(2+3)
188,95 84,17 58,82/4,90 177,81/6,42
Model D
(2+4)
189,72 69,41 57,53/4,89 177,58/6,44
1 = titanium implant 2 = peek implant 3 = titanium abutment 4 = peek abutment
Table 3
71
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78
APÊNDICE
REVISÃO DE LITERATURA ESTENDIDA
79
O objetivo desta Revisão de Literatura Estendida anexa é ampliar o
universo de informações fornecidas sobre o PEEK.
HISTÓRICO
A aplicação médica de polímeros iniciou nos anos 1960 com a
utilização de seringas e cateteres descartáveis em substituição aos
convencionais de vidro e metal reutilizáveis, o que contribuiu
significativamente para o controle de infecção [1]. O interesse por polímeros
poliaromáticos surgiu no desenvolvimento de próteses para o quadril e de
placas de fixação de fratura com rigidez comparável a do osso. Embora os
polímeros poliaromáticos puros exibam um módulo de elasticidade de 3 a 4
GPa, este valor pode ser modificado e se aproximar ao do osso cortical (18
GPa) ou ao da liga de titânio (110GPa), com compostos reforçados com fibra
de carbono (CFR), por exemplo [2].
Nos anos 90 o PEEK (poly ether ether ketone, em português poli éter éter
cetona), membro dominante da família dos polímeros PAEK (poly aryl ether
ketone, em português poli aríl éter cetona), emergiu como candidato principal
dos polímeros termoplásticos de alta performance para substituir componentes
e implantes metálicos, especialmente na ortopedia e trauma [3,4]. Em abril de
1998 passou a ser oferecido comercialmente como biomaterial para implantes
(Invibio Ltda, Thornton-Cleveleys, Reino Unido), fomentando a pesquisa sobre
este polímero que floresceu e espera-se continuar a avançar no futuro [5].
Vários estudos [6-8] documentam o sucesso clínico de polímeros em pacientes
ortopédicos. Como resultado do progresso das pesquisas de biomateriais o
PEEK e compostos relacionados podem ser fabricados com grande variação
80
de propriedades físicas, mecânicas e de superfície, nos mais diversos formatos,
dependendo da utilização como implante.
Entretanto, esta versatilidade traduz complexidade aumentada para
novos projetos de implantes, assim como para pesquisadores que buscam
explorá-lo em novas aplicações. O avanço no processamento do PEEK
progrediu firmemente, mas boa parte da pesquisa foi fragmentada entre as
ciências de materiais, de compostos, de biomateriais e na literatura específica
aplicada.
NOMENCLATURA
A literatura da resina de PAEK é um labirinto de nomes comerciais e de
produtores, que mudaram ao longo dos anos, complicando a interpretação
de dados publicados atualmente. Para os investigadores interessados em
decifrar a literatura histórica da ciência do polímero a tabela 1 fornece a
nomenclatura das resinas de PAEK usadas para finalidades industriais bem
como para biomateriais [9].
81
Tabela 1: Sumário nomenclatura PAEK
Polímero
Nome Comercial
Fabricante
Comentário
PEEK
OPTIMA (Biomaterial)
Invibio (Subsidiaria da
Victrex)
Thornton-Cleveleys, UK
Aprovado na Comunidade
Européia e pelo FDA desde
1998.
PEEK
Victrex
Victrex, Thornton
-
Cleveleys, UK
Fornece PEEK para contato
com tecidos e sangue por
menos de 24 horas.
PEEK
Gatone
Gharda, India
Não produz para
uso médico.
PEEK
Keto
-
Spire
Solvay Advanced Polymers, LLC
Não produz para uso médico.
PEKK
PEKK
DuPont (Wilmington, DE)
Não produz para uso médico.
PEKK
OXPEKK
Oxford Performance Material
(Enfield, CT)
Disponível para uso médico.
PEKEKK
Ultrapek
BASF, Estados Unidos
Produção interrompida em
1995.
Fonte: Kurtz, SM. & Devine, JN, 2007 [9]
O termo resina, quando usado no contexto desta revisão, refere-se ao
puro, que é criado pela polimerização, visto que as classes são
caracterizadas tipicamente por características do fluxo (por exemplo, por
molde de injeção ou molde da compressão) ou baseadas em seu índice de
preenchimento (por exemplo, a fibra de vidro ou fibra de carbono). Os
polímeros de PAEK são convertidos usando técnicas de processamento
termoplástico padrão, tais como o molde de injeção, a extrusão, e o molde da
compressão. O polímero está disponível em forma de pó, granulado e barras
(ou tarugos) com diferentes diâmetros (figura 1).
82
Figura 1: PEEK nos formatos de barra, granulado e pó.
Fonte: Invibio® Biomaterial Solutions,UK.
ESTABILIDADE QUÍMICA, TÉRMICA E À RADIAÇÃO
A estrutura do PEEK confere resistência química proeminente (figura 2)
[2]. Os anéis aris são interconectados por meio de grupos de cetona e éter
situados em extremidades opostas do anel (referido na química como “para”
posição). Sabe-se [9] que o PEEK não pode ser danificado pela exposição aos
solventes, à exceção do ácido sulfúrico concentrado a 98%. A inerte estrutura
química do PEEK explica também sua biocompatibilidade, o que será
discutido mais detalhadamente em uma seção subseqüente desta revisão.
83
Figura 2: Molécula PEEK.
Fonte: Kurtz, SM. e Devine, JN [9].
O PEEK tem solubilidade em água de 0.5 w/w%, mas como mencionado
acima não é danificado quimicamente pela exposição a longo prazo, mesmo
em temperaturas de até 260
o
C [10]. Embora o PEEK não seja suscetível à
hidrólise, foram levantadas dúvidas sobre o comportamento da interface entre
o polímero e os reforços, como a fibra de carbono, que poderia ser vulnerável
aos fluidos em vivo [11]. Outro estudo [10] evidenciou que a absorção de
água pode ligeiramente reduzir a cristalinização do PEEK. Conseqüentemente,
considerou-se importante esclarecer a exposição á fluidos em testes
biomecânicos de materiais compostos com PEEK para implantes.
A absorção da água pelo PEEK e em compostos com fibra de carbono
segue um relacionamento exponencial durante determinado período de
tempo. Em um estudo [12] os espécimes foram preparados por 30 dias para
atingir 98% de absorção de fluido pelo PEEK antes de serem submetidos ao
teste mecânico a longo prazo. As experiências cíclicas de fadiga à
compressão conduzidas em compostos de CFR-PEEK em solução salina com
temperaturas que variaram entre 37
o
C e 95
o
C não mostraram nenhuma
mudança significativa no módulo de compressão e na força compressiva
após 5000 horas de teste. Outro estudo [13] observou, similarmente, que
nenhuma mudança significativa ocorre às propriedades mecânicas de flexão
n
c
C
84
em compostos de PEEK após a exposição aos ambientes salinos em alta
temperatura.
A estabilidade térmica do PEEK foi estudada por suas aplicações
industriais em altas temperaturas. Hay e Kemmish [14] relataram que a
degradação térmica, acompanhada pela geração de compostos voláteis
instáveis, foi de difícil aferição abaixo de 427
o
C. Cole e Casella [15] estudaram
a degradação térmica de compostos de PEEK e CFR-PEEK entre 400
o
C e 480
o
C
utilizando técnicas de espectroscopia infravermelha e nenhuma diferença
significativa foi encontrada no comportamento térmico da degradação do
PEEK puro em comparação aos compostos de CFR-PEEK. Buggy e Carew [16]
investigaram a degradação de propriedades de flexão e cristalinização em
compostos de PEEK laminados entre 120
o
C e 310
o
C por até 76 semanas. A
120
o
C mudanças insignificantes na estática e nas propriedades de fadiga do
composto foram observadas. Em 250
o
C, a degradação mecânica foi
detectada após 16 semanas de envelhecimento térmico, visto que envelhecer
a 310
o
C produziu “rápida” degradação. Baseado nestes estudos fica claro
que a degradação térmica não é significativa durante o uso clínico de
biomateriais com PEEK em torno de 37
o
C.
Utilizado como arcabouço para culturas celulares de fibroblastos da
córnea e submetido a múltiplos ciclos de autoclavagem o PEEK não
apresentou deformação, bem como efeitos citotóxicos ou inibidores sobre as
culturas [17].
Dois diferentes estudos comprovaram que o PEEK preserva suas
propriedades mesmo após a esterilização a vapor por 2500 horas [18] ou após
3000 ciclos de autoclavagem [19].
85
Outro trabalho [20] que comparou os efeitos dos processos de
esterilização por vapor e radiação gama na integridade estrutural do PEEK
com reforço de fibras de carbono não encontrou mudança significativa no
módulo de elasticidade ou dureza do polímero em ambos os processos.
O PEEK possui notável resistência às radiações gama e à de feixe de
elétrons, com valores G da formação de radicais livres aproximadamente cem
vezes mais baixos do que outros polímeros, como o polietileno [21]. Nos estudos
de deterioração por radical livre usando a ressonância de rotação de elétron
(ESR), Li e col [22] não encontraram nenhuma evidência de radicais livres
residuais no PEEK imediatamente após a exposição com até 600 kGy de
radiação gama, indicando que todos os radicais livres produzidos pela
irradiação do PEEK têm vida inferior a 20 minutos, tempo necessário para
transferir as amostras da câmara de irradiação ao aparelho de ESR em sua
experiência.
A estabilidade à radiação do PEEK cristalino e não cristalino foi
estudada extensivamente por duas décadas passadas devido ao interesse em
aplicações aeroespaciais e em reatores de fusão nuclear, onde a exposição
total às escalas da radiação variam entre 10 e 50 MGy (isto é, 10.000-50.000
kGy) [21,23,24]. Embora a degradação do PEEK ocorra em doses acima de 10
MGy, deve-se lembrar que as exposições de interesse da indústria
aeroespacial e de energia nuclear excedem as doses padrões de esterilização
para os dispositivos médicos (25-40 kGy) em mais de mil vezes. Outra
experiência [25] com esterilizações repetidas pela radiação gama não
detectou mudanças significativas no comportamento mecânico do PEEK puro,
bem como no reforçado com fibra do carbono.
86
COMPORTAMENTO MECÂNICO
Como uma família de biomateriais poliméricos, o PEEK e seus
compostos, fornecem uma ampla escala de propriedades mecânicas para
diferentes modelos e aplicações de implantes médicos. Devido ao grande
interesse no comportamento mecânico do PEEK, em especial ao que se refere
à fadiga e fratura, percebeu-se que estas propriedades são governadas pela
micro-mecânica da matriz do PEEK e de suas relações com as fibras de reforço
[26].
O comportamento da fadiga do PEEK foi revisto primeiramente por
Jones e col [27], que relatou que o comportamento dinâmico do PEEK
carbono-reforçado era superior ao PEEK vidro-reforçado e puro. Entretanto, o
comportamento da fadiga de CFR-PEEK é complexo, porque envolve
interações entre o polímero e a fibra de reforço. A incorporação das estruturas
compostas laminadas que usam fibras longas de carbono introduz uma
complexidade adicional na resposta estrutural sob circunstâncias dinâmicas
de carregamento (aplicação de carga), porque a intensidade da fadiga
depende do comprimento, bem como da orientação das fibras relativas ao
sentido do carregamento [16].
Embora a compreensão fundamental de mecanismos de fadiga e de
fratura do PEEK seja essencial para uma perspectiva científica básica, no
presente a habilidade em aplicar estes testes e dimensionar o impacto dos
resultados ao projeto de engenharia dos implantes remanesce extremamente
limitada. Na prática, os métodos mecânicos dos testes são usados mais
freqüentemente por bioengenheiros para classificar materiais e compostos,
melhor que para tomar decisões nos projetos de implantes. Um exemplo desta
prática pode ser encontrado na avaliação da fadiga dos materiais bioativos
do PEEK que incorp
oram
ao que os componentes do implante foram submetidos utilizou cargas
previstas para placas de fixação de fratura de quadril feitas de CFR
Dados sobre o módulo de elasticidade do PEEK e compost
selecionados são sumariados
enquanto úteis para finalidades comparativas, devem ser vistos como o ponto
de partida mais básico para a seleção do biomaterial para um projeto de
implante [27].
As aplicações são específicas, conseqüentemente o
desenvolvimento de métodos analíticos assim como os testes funcionais de
fadiga e desgaste deve considerar o contexto específico que o projeto esta
inserido.
Gráfico 1:
Módulo de elasticidade
Fonte:
Implantes metálicos são, no mínimo, 8 vezes mais duros que o osso
circunvizinho, esta diferença de gradiente gera um estresse excessivo na
interface osso/implante durante a distribuição das
0
PEEK-OPTIMA
20%BaSO4 PEEK-OPTIMA
30%GLASS-PEEK-OPTIMA
Femur humano
30%CF
-
PEEK
-
OPTIMA
Titânio 6AL
-
4V
Aço 316
Cromo-cobalto
Alumina
prática pode ser encontrado na avaliação da fadiga dos materiais bioativos
oram
Hidroxi Apatita (HA) [28].
O teste da fadiga funcional
ao que os componentes do implante foram submetidos utilizou cargas
previstas para placas de fixação de fratura de quadril feitas de CFR
Dados sobre o módulo de elasticidade do PEEK e compost
selecionados são sumariados
no gráfico 1
. Entretanto, estes dados sumários,
enquanto úteis para finalidades comparativas, devem ser vistos como o ponto
de partida mais básico para a seleção do biomaterial para um projeto de
As aplicações são específicas, conseqüentemente o
desenvolvimento de métodos analíticos assim como os testes funcionais de
fadiga e desgaste deve considerar o contexto específico que o projeto esta
Módulo de elasticidade
em GPa
Fonte:
Invibio® Biomaterial Solutions,UK.
Implantes metálicos são, no mínimo, 8 vezes mais duros que o osso
circunvizinho, esta diferença de gradiente gera um estresse excessivo na
interface osso/implante durante a distribuição das
cargas [29].
0
20 40 60 80 100 120
87
prática pode ser encontrado na avaliação da fadiga dos materiais bioativos
O teste da fadiga funcional
ao que os componentes do implante foram submetidos utilizou cargas
previstas para placas de fixação de fratura de quadril feitas de CFR
-PEEK.
Dados sobre o módulo de elasticidade do PEEK e compost
os
. Entretanto, estes dados sumários,
enquanto úteis para finalidades comparativas, devem ser vistos como o ponto
de partida mais básico para a seleção do biomaterial para um projeto de
As aplicações são específicas, conseqüentemente o
desenvolvimento de métodos analíticos assim como os testes funcionais de
fadiga e desgaste deve considerar o contexto específico que o projeto esta
Implantes metálicos são, no mínimo, 8 vezes mais duros que o osso
circunvizinho, esta diferença de gradiente gera um estresse excessivo na
cargas [29].
Um implante
140 160
88
com módulo de elasticidade similar ao do osso minimizaria este estresse na
interface e teria uma distribuição das cargas mais homogenia ao osso
adjacente.
Não existe nenhum estudo clínico randomizado sobre a influencia de
forças controladas ou estandardizadas no osso peri-implantar. Certamente, é
difícil quantificar clinicamente o valor e sentido naturais de forças oclusais [30].
Sabe-se que o tecido ósseo é mais resistente às forças compressivas, menos
resistente às cargas de tração e menos ainda às forças no sentido de
cisalhamento [31].
A idéia de que uma carga não axial é mais prejudicial aos implantes
dentários do que uma carga axial é suportada por achados em estudos [32]
com análise de elementos finitos 3D, onde as cargas não axiais resultaram em
níveis maiores de estresse no osso periimplantar do que cargas axiais.
Quando um implante dentário é carregado oclusalmente a carga é
transferida ao osso de suporte e com maior intensidade à porção coronal. Isto
é conseqüência de um princípio geral de engenharia que determina que
quando um corpo composto por duas partes recebe carga o estresse é maior
na linha de união destas partes [9]. Isto foi observado também em outros
estudos com simulações de carga em implantes odontológicos em análises de
elementos finitos e com resinas fotoelásticas [33,34].
Alguma perda óssea marginal cervical nos implantes dentários no
primeiro ano em função é uma observação comum. Muitas causas diferentes
para este fenômeno foram sugeridas como trauma cirúrgico, preparo do leito
do implante, micro espaço entre o componente protético e implante, invasão
bacteriana, espaço biológico, configuração da porção coronal do implante e
também sobrecarga oclusal [35].
89
Foi aferida a mesma perda óssea ao redor dos pescoços de implantes
expostos à alta tensão axial cíclica, mas não em torno dos controles sem
carga em um estudo com implantes tipo parafuso introduzidos em bias de
cães [36]. Resultados similares também foram observados em outro modelo
animal por Duyck e col [37]. Cargas estáticas e cíclicas foram aplicadas por 14
dias em implantes de 10 mm de comprimento instalados bicorticalmente em
tíbia de coelho. A análise histológica era similar para o grupo controle sem
carga e o grupo com carga estática, sem nenhuma perda óssea em ambos.
Por outro lado, defeitos ósseos em forma de cratera ocorreram na porção
marginal dos implantes submetidos às cargas cíclicas.
Uma série de experiências [38-41] estudou os efeitos da carga estática
criada com parafusos de expansão em implantes introduzidos em mandíbula
de cão. Em nenhum dos estudos os implantes falharam. Ao contrário, uma
adaptação estrutural à carga direcionada lateralmente ocorreu com o
aumento da densidade óssea e maior contato osso implante no grupo
carregado do que no grupo que não recebeu carga.
Juntos estes estudos indicam que altas cargas cíclicas têm efeito
prejudicial maior ao osso periimplantar do que cargas estáticas.
BIOCOMPATIBILIDADE
Atualmente existe considerável evidência científica para suportar a
biocompatibilidade do PEEK e de compostos de PEEK como uma família de
biomateriais [1,42-47]. PEEK-OPTIMA e compostos CFR-PEEK-OPTIMA
submeteram-se a extensivos testes de biocompatibilidade para atingir os
critérios de aprovação do FDA. Estes incluem numerosos estudos de toxicidade
90
intracutânea e intramuscular sem nenhum efeito adverso. Testes de
sensibilidade de acordo com ISO 10993-10-1995 não mostraram sensibilização
de tecidos, assim como testes de toxicidade genética não apresentaram
nenhuma aberração cromossômica devido ao PEEK [9].
Williams e col [42] relataram os primeiros estudos animais com PEEK na
literatura em 1987. Amostras puras do PEEK e do CFR foram implantadas
subcutaneamente em coelhos por 6 meses e implantadas submuscularmente
em ratos por 30 semanas. Os autores indicaram que o PEEK obteve uma
“resposta mínima” em ambos os modelos animais.
A primeira experiência de cultura celular e citotoxicidade publicada
para o PEEK foi executada por Wenz e col [1] que usou fibroblastos de rato. Um
material composto CFR-PEEK/30% foi avaliado. Depois que 96 h da exposição
ao PEEK a cultura celular estava saudável e não parecia diferente dos
controles. Concluíram que o composto do PEEK exibiu uma “excelente
biocompatibilidade in vitro neste modelo de cultura celular.
O crescimento e a ligação de osteoblastos e fibroblastos ao PEEK foram
avaliados por Hunter e col [43] em uma série de experiências com cultura
celular. Foram usados como controle liga de Ti, liga de CoCr, e UHMWPE. As
linhagens celulares foram obtidas de sarcoma osteogênico de rato
(osteoblastos), do tendão da cauda de rato (fibroblastos), e do pulmão fetal
humano (fibroblastos). Embora a composição do material tivesse um efeito na
ligação do fibroblasto (UHMWPE teve o mais baixo), nenhuma diferença
significativa foi notada na ligação do osteoblasto entre os vários materiais
avaliados. Os resultados deste estudo sugeriram que o PEEK não pareceu
afetar nocivamente osteoblastos e fibroblastos.
91
Em um estudo similar, com cultura celular, Macnair e col [48]
enfatizaram especialmente a caracterização de superfície do PEEK para ser
significativamente mais áspera que a de liga de titânio. A resposta celular para
o PEEK foi similar aos resultados do estudo de Hunter e col [43].
Culturas celulares de osteoblastos humanos foram usadas para avaliar
um composto de PEEK com fibra de vidro a 10% [46]. Nesta experiência, a
aspereza de superfície do “GPEEK” variou entre 3 e 9 µm. Todas as superfícies
de GPEEK promoveram a proliferação e sustentabilidade dos osteoblastos nos
5 dias de exposição.
Mais recentemente, Scotchford e col [49] examinaram a resposta
biológica in vitro de osteoblastos humanos (osso trabecular) ao CFR-PEEK . Não
encontraram diferença significativa na extensão da ligação do osteoblasto e
proliferação entre CFR-PEEK e os discos de liga de titânio (Ti6Al4V).
A resposta de osteoblastos e fibroblastos ao PEEK foi estudada também
por Morrison e col [44]. Linhagens de fibroblastos foram derivadas de rato
adulto e linhagens de osteoblastos foram derivadas de rato neonatal. Os
autores descreveram que o PEEK o era citotóxico e sugeriram que fosse
considerado no desenvolvimento de próteses isoelásticas para aplicação
ortopédica. E de fato, a linhagem de células osteoblásticas pareceu ser
estimulada pelo CFR-PEEK, sugerindo algum efeito estimulante do material em
osteoblastos.
Seguindo a linha de pesquisa de cultura celular sobre o PEEK somam
estudos [17,47,50] que corroboram a biocompatibilidade deste material bem
como indicam um possível efeito de estimulação sobre culturas de
osteoblastos. Resultados promissores que o incluem como opção de
arcabouço em estudos de engenharia tecidual [51,52].
92
COMPOSTOS DE PEEK BIOATIVOS
Como o PEEK foi considerado ser inerte em um contexto biológico na
década passada houve um interesse maior em modificar o polímero para
estimular a justaposição do osso em aplicações ortopédicas que recebem
carga [28,53,55-58]. Os compostos de PEEK Bioativos foram criados
combinando o PEEK com biomateriais de fosfato de cálcio, tais como o fosfato
beta-tricálcio (b-TCP) e a HA.
Em um trabalho que comparou a eficácia de Cages feitos de PEEK para
o tratamento de Espondilose Cervical concluiu-se que o Cage de PEEK
associado com fosfato de cálcio bifásico cerâmico obteve resultados
semelhantes aos Cages de PEEK associados com enxerto ósseo autógeno de
ilíaco, com as vantagens de menor morbidade do procedimento, diminuição
do tempo de internação e melhor pós-operatório para o paciente [59].
A pesquisa inicial com compostos PEEK-HA objetivou caracterizar a
composição e as características térmicas da mistura do polímero [60,61]. Estes
estudos pilotos confirmaram que o HA não interferiu com a cristalização ou os
processos de derretimento de misturas de pó PEEK-HA.
O molde de injeção tem sido um método comum relatado na literatura
para produzir compostos PEEK-HA com as frações da HA de até 40% do peso
[28,55-58].
Experimentos subseqüentes focaram em caracterizar a bioatividade in
vitro [53,58], bem como o comportamento mecânico estático e de fadiga dos
compostos PEEK-HA. Apesar dos estudos proporcionarem resultados
incentivadores a respeito da bioatividade de compostos PEEK-HA, os dados da
caracterização mecânica o antagônicos. Por um lado, carregar PEEK com
93
partículas de HA resulta em um aumento significativo no módulo de
elasticidade [55-58]. O reforço com 40% e 50% em volume exibiu os módulos
de elasticidade de 17 e 23 GPa respectivamente, muito semelhantes ao do
osso [62]. Entretanto, em contraste com os aditivos de fibra de carbono e de
vidro, a HA em particular, não mostra uma forte afinidade mecânica à matriz
do PEEK.
A eletromicrografia de varredura da superfície da fratura do composto
de PEEK-HA mostra as partículas do HA completamente não aderidas à matriz
do PEEK (figura 3) [9]. Em conseqüência, aumentar a concentração da HA no
PEEK tem efeito substancial na redução da dureza dos compostos. Nenhum
benefício em relação à resistência foi relatado para compostos de PEEK-HA
[9].
Figura 3: Eletromicrografia de varredura da superfície da fratura do composto
PEEK-HA mostrando as partículas de HA não aderidas à matriz.
Fonte: Kurtz, SM. e Devine, JN [9].
94
Em resumo, compostos de PEEK-HA mostram grande promessa como
implantes bioativos mas podem ser inferiores na capacidade de suportar
carga quando comparados a outros compostos do PEEK, especialmente em
níveis de concentração de 40% de HA. Análises micro mecânicas detalhadas
[28,54] sugerem ligação fraca em compostos bioativos PEEK-HA. Por outro
lado, estudos [55] em animais com PEEK carregado com HA a 20% mostraram
que células crescem nos poros do composto. Embora os investigadores
advoguem compostos de PEEK-HA para aplicações ortopédicas com carga
elevada, uma pesquisa adicional é necessária para melhorar a adesão de
partículas de HA à matriz do PEEK, bem como para delinear mais claramente
quais concentrações de HA são apropriadas para aplicações ortopédicas
específicas.
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE DE IMPLANTES DE PEEK
Como vimos, incorporar níveis elevados de HA no PEEK pode promover
a bioatividade, mas apresenta inconvenientes no que diz respeito à resistência
e à dureza. Conseqüentemente, o estudo e a modificação de interfaces do
polímero é outra área ativa da pesquisa acadêmica e comercial que envolve
o PEEK. Em um esforço em melhorar a relação osso-implante, investigadores
revestiram o PEEK e os compostos de PEEK com liga de titânio e HA [63].
Técnicas de processamento de deposição por plasma são compatíveis com o
PEEK [64-66]. A modificação de superfície do PEEK também pode ser feita por
imersão [67,68] para melhorar a biocompatibilidade.
Cook e Rust-Dawicki [45] investigaram a justaposição do osso em CFR-
PEEK Ti-revestido para aplicações em implantodontia. Os autores relataram
95
que o revestimento de titânio com 2000Å de espessura foi criado por
deposição com plasma spray, mas nenhum detalhe é fornecido sobre as
especificações do PEEK ou a metodologia do revestimento. Implantes de CFR-
PEEK revestidos e sem revestimento foram implantados em cães e avaliados
histologicamente a justaposição óssea bem como a força de união osso-
implante usando o teste de tração em 4 e 8 semanas. Interessantemente, os
implantes revestidos exibiram uma justaposição significativamente maior de
osso em relação aos implantes sem revestimento, de acordo com a histologia,
mas a direta justaposição óssea foi observada em ambas as amostras.
Entretanto, o teste de tração não revelou nenhuma diferença significativa na
força de união entre os dois grupos de implantes.
Embora alguma informação sobre a tecnologia de revestimento possa
ser obtida da literatura [64], a maioria dos detalhes da engenharia de
processamento de superfície de implantes PEEK permanece sob segredo
industrial. Hoje, os implantes ortopédicos de PEEK comercialmente disponíveis
são produzidos por plasma spray térmico de HA. Alternativamente, os
implantes são produzidos também pelo plasma spray de titânio seguido pelo
plasma térmico que reveste com HA. O objetivo deste revestimento dual é
prover ao tecido ósseo uma situação mais favorável, com a superfície
biocompatível do implante (titânio) surgindo após a absorção da HA em vivo.
96
APLICAÇÕES CLÍNICAS
O emprego de polímeros de alta performance na indústria aeroespacial
despertou a curiosidade sobre a aplicação destes materiais com propriedades
mecânicas tão interessantes, principalmente para dispositivos ortopédicos
[2,13]. Conseqüentemente, o recente histórico clinico do PEEK tem seu maior
volume na literatura sobre tratamento da coluna vertebral [6,69-72].
O PEEK foi introduzido como biomaterial para cages da coluna vertebral nos
anos 90 pela AcroMed (Cleveland, OH, now Depuy Spine, Raynham, MA). Estes
cages foram desenvolvidos para estabilizar o pilar anterior da coluna lombar
ou cervical e facilitar a fusão como tratamento da doença degenerativa do
disco intervertebral (figuras 4 e 5).
Figura 4: Cages de Brantigan.
Fonte: Invibio® Biomaterial Solutions,UK.
Figura 5: Demonstrativo da aplicação
Fonte:
Devido às exigências mecânicas, estes implantes permanentes,
inicialmente foram concebidos em titânio com uma fenestração ao centro
que permitisse o cres
cimento de osso através dele. Mas dois inconvenientes
foram percebidos neste projeto inicial, a rigidez do titânio e sua radiopacidade
que impedia a visualização do crescimento ósseo através do cage no exame
radiográfico. Assim o PEEK foi sugerido para sup
O sucesso clínico e comercial deste dispositivo médico, que ficou
conhecido como Cage de Brantigan, nome do cirurgião que o desenvolveu,
fundamenta e difunde o PEEK como excelente opção para tratamento da
fusão da coluna vertebr
al por mais de uma década e meia
Figura 5: Demonstrativo da aplicação
do Cage de Brantigan substituindo um
disco intervertebral.
Fonte:
Invibio® Biomaterial Solutions,UK.
Devido às exigências mecânicas, estes implantes permanentes,
inicialmente foram concebidos em titânio com uma fenestração ao centro
cimento de osso através dele. Mas dois inconvenientes
foram percebidos neste projeto inicial, a rigidez do titânio e sua radiopacidade
que impedia a visualização do crescimento ósseo através do cage no exame
radiográfico. Assim o PEEK foi sugerido para sup
erar estas limitações
O sucesso clínico e comercial deste dispositivo médico, que ficou
conhecido como Cage de Brantigan, nome do cirurgião que o desenvolveu,
fundamenta e difunde o PEEK como excelente opção para tratamento da
al por mais de uma década e meia
[9].
97
do Cage de Brantigan substituindo um
Devido às exigências mecânicas, estes implantes permanentes,
inicialmente foram concebidos em titânio com uma fenestração ao centro
cimento de osso através dele. Mas dois inconvenientes
foram percebidos neste projeto inicial, a rigidez do titânio e sua radiopacidade
que impedia a visualização do crescimento ósseo através do cage no exame
erar estas limitações
[73].
O sucesso clínico e comercial deste dispositivo médico, que ficou
conhecido como Cage de Brantigan, nome do cirurgião que o desenvolveu,
fundamenta e difunde o PEEK como excelente opção para tratamento da
98
A possível disponibilidade nas mais variadas formas deste polímero
termoplástico e o sucesso biomecânico do PEEK estimularam o interesse em
aumentar suas aplicações. Como material de fixação de fraturas, por
exemplo, com pesquisas sobre componentes (placas e parafusos) [74,75]
mas ainda sem relatos clínicos (figura 6).
Figura 6: Placa e parafusos de PEEK reforçado com fibras de carbono.
Fonte: Invibio® Biomaterial Solutions,UK.
Os implantes tradicionais metálicos e cerâmicos usados atualmente
para reabilitação total de quadril e joelho são considerados razoavelmente
bem sucedidos, com dados de sobrevida na população idosa que excede
90% em 10 anos. Mas as necessidades clínicas na ortopedia evoluíram com o
aumento da expectativa de vida desta população idosa bem como em
expandir o sucesso de reabilitações totais em pacientes jovens mais ativos [9].
99
Conseqüentemente, novas tecnologias de implantes ortopédicos
precisam demonstrar melhores desempenhos no que se refere à resistência e
longevidade (figura 7).
Figura 7: Prótese de quadril.
Fonte: Invibio® Biomaterial Solutions,UK.
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