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...o ideal é que o livro didático seja mais para inspirar do que para ser
rigidamente seguido. E, à medida que o aluno e o professor avançam
com o livro, eles o completam, suplementam, reorganizam, recriam,
enfim, escrevem o seu próprio livro. Nesse sentido, como matéria-
prima para todos esses desenvolvimentos, o livro didático torna-se
essencial. (DANTE, 1996, p.58).
Ainda sobre a importância do livro didático e sua utilização, Machado (1996),
conclui que: “... utilizado de modo adequado, o livro mais precário é melhor do que
nenhum livro, enquanto o mais sofisticado dos livros pode tornar-se pernicioso, se
utilizado de modo catequético”. (MACHADO, 1996, p.23).
Ficam claros os papéis do professor e do livro didático no processo de ensino e
de aprendizagem: o professor deve ser um orientador que, quando necessário, adequa as
propostas de ensino contidas no livro didático à sua clientela, para torná-las mais
significativas.
O professor seleciona os conteúdos a serem seguidos, cria uma ponte entre os
conteúdos da disciplina a serem vistos e o uso de outros materiais didáticos, ou
paradidáticos, em sua aula.
O livro didático por sua vez tem o papel de servir de suporte para que o
professor possa, a partir dele, orientar seus alunos, ampliando seus conhecimentos de
modo que no processo de aprendizagem desenvolvam-se as competências e habilidades
necessárias à referida disciplina, que no caso em questão, trata-se do bloco Tratamento
da Informação – Estatística.
A Estatística, devido a sua grande importância para que haja uma compreensão
das informações no mundo atual, deve ser integrada com as demais áreas do
conhecimento. Nota-se, então, que a relevância dessas informações decorre de
competências adquiridas, tais como: capacidade de análise de dados e previsão de
intervenções futuras, que ajudam o indivíduo a desenvolver o letramento estatístico, no
qual o papel da Estatística é parte de um processo reflexivo, como citado por Lopes
(1998).
...o ensino da Estatística não poderia vincular-se a uma definição
restrita e limitada, à simples coleta, organização e representação de
dados, pois não viabiliza a formação de um aluno com pensamento
crítico desenvolvido. É preciso que a coleta de dados tenha um
sentido, ou seja, que parta de uma problemática, já que a Estatística
investiga os processos de obtenção de dados. Uma amostra se define a
partir do problema que temos para analisar. Com isso, há sentido em
organizar dados e buscar uma representação gráfica que seja mais