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ESCOLA NACIONAL DE CIÊNCIAS ESTATÍSTICAS
MESTRADO EM ESTUDOS POPULACIONAIS E
PESQUISAS SOCIAIS.
Especialização e Espacialização da Indústria Brasileira:
Uma Discussão Metodológica
ALEXANDRE PESSÔA BRANDÃO
Dissertação de Mestrado, apresentada
à Escola Nacional de Ciências
Estatísticas, com vistas a obtenção do
título de Mestre em Estudos
Populacionais e Pesquisas Sociais.
Área de Concentração: População,
Sociedade e Território
Orientador: Prof. Dr. Cesar Ajara
Rio de Janeiro, julho de 2006.
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II
Dissertação submetida ao corpo docente do programa de mestrado em Estudos
Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas como
parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de mestre em Estudos Populacionais
e Pesquisas Sociais.
Aprovada por:
Prof. Dr. Cesar Ajara
Prof. Dr. Cláudio Antonio Gonçalves Egler
Prof. Dr. Miguel Antonio Pinho Bruno
Rio de Janeiro, julho de 2006.
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III
Agradecimentos e Afins
Parece haver uma regra bem clara no momento de fazer
agradecimentos, sejam eles de qualquer espécie. Poderíamos resumi-la em
duas palavras: economia e generalidade. No extremo, para não dizer a palavra
protocolar, nos agradecimentos sobram referências a instituições e faltam a
pessoas. “À família”. “Aos pais”. “À esposa e aos filhos”. “À empresa, pela
licença”. Por aí vai.
Mas respondam: o que seria uma monografia senão o cumprimento de
uma série de regras, que começa pelo rigor das escolhas (inclusive do
orientador), passa pela leitura acertada e desemboca na escrita modelar? Se é
assim, resta o espaço dos agradecimentos para afrouxar o laço da gravata,
correr riscos, ser indisciplinado e gritar como não é de bom tom para um
candidato a mestre.
Sendo assim, obrigado, mamãe. Conto para vocês, ou para quem está
interessado os outros saltem direto para o primeiro capítulo (melhor passar
antes pela Introdução, vai por mim). Pois bem: minha mãe sempre quis filhos
estudados, não bastando o canudo, em si objeto raro nesse País injusto,
deveríamos ir além, sermos mestres e doutores. Meu irmão mais velho, de
quem falo daqui a pouco, cumpriu à risca tal desejo. Eu e minha irmã mais
velha cursamos o mestrado e não defendemos a tese (sou um repetente).
Minha outra irmã, que nem tentou o mestrado, é pós-graduada. Sendo assim,
agradeço a Dona Haydée essa diretriz elevada, que nos deu uma vontade
danada de crescer, sempre. Não poderia dedicar esta tese a não ser a ela.
Dedico-a também — e, emendadinho, agradeço — a meu irmão Salazar,
um exemplo. Mais velho do que eu, pôde me ajudar a estudar, digo
financeiramente, e digo também fraternalmente, e não parou aí. Me incentiva,
abre caminhos, me convida para escrever artigos em co-autoria. Esse
mestrado tardio é, de certa forma, uma retribuição a todo o seu
desprendimento em relação a mim.
IV
Desprendimento que também foi de sua família. Pois ele não pagou
minha faculdade como me levou para viver em sua casa, onde havia esposa e
filhos. Assim, minha gratidão se esparrama também para o lado de Elisabeth,
Tia Beth, e de meus sobrinhos, Marcelo, Bernardo e Carolina.
No primeiro e interrompido mestrado eu estudava “Economia Agrícola”.
A sorte, ou o acidente (usando uma expressão que é cara ao estudo de
geografia econômica, conforme a estabeleceu Krugman), me fez entrar no
Departamento de Indústria do IBGE. Ali, onde estou, com uma pequena
ausência, por quase 20 anos, aprendi a trabalhar, a (quase) entender o que é
estatística, particularmente a industrial. Sendo assim, ao longo do tempo, fiquei
em dívida de gratidão com pessoas como Adriane Gonzales, Adriane Zaeyen,
Antônio Brás, Bernadete Ferreira, Carlos Sobral, Ednéa Machado, Fernanda
Santis, Frederico Barcelos, Gélio Bazzoni, Getúlio Cruz, Heloisa Filgueiras,
Isabella Nunes, João Batista de Oliveira, Jurandir Oliveira, Luisa La Croix,
Marcus José Campos, Maria Helena Jerusalmi, Mariana Rebouças, Mônica
Alcântara (tão solidária nesse processo de escrever a tese), Myrian Theresa
Ferreira, Neusa Mansour, Regina Paiva, Roberto Olinto, Rosane Soares, Silvio
Sales (hoje chefe, amigo sempre), Therezinha do Nascimento e Wasmália
Bivar (hoje chefe do chefe, amiga sempre). Não com elas: nesse pequeno
mundo chamado até pouco de DEIND, e mais recentemente (numa dessas
mudanças fenomenais da burocracia) de COIND, me acostumei a gostar da
Yolanda Portela, da Gláucia Rizzon, que faz tanta falta, da Sandra Coelho e do
Domingos Cersósimo, que se tornam representantes de todos que não estão
citados, mas que se reconhecem entre aqueles a quem dôo meu carinho.
Gostaria de citar, sim, “minha” atual equipe, desbravadores de um mundo novo,
o dos preços ao produtor: Cristiano dos Santos, Fernanda Silva, Flávio Peixoto,
Flávio Renato Klein, Manuel Sousa Neto e Marcus Túlio dos Santos. Eles têm
ensinado muito a este velho estaticista (que é como quer que sejamos o
educador e colega de IBGE, Nelson Senra).
Para esse mestrado tive de cumprir várias etapas, desde participar do
processo de seleção até escrever a tese, passando pelo curso em si. Pois bem,
em cada um desses momentos houve uma pessoa, ou um grupo delas, me
V
dando a mão. Magdalena Cronenberg gentilmente escreveu uma carta de
recomendação; Wasmália, de novo ela, desta vez por também escrever uma
carta; Silvio, de novo ele, por não criar nenhum embaraço à minha ausência;
Marcus José, outra vez, por seu incentivo (amizade), por suas broncas
(fraternidade), por sua leitura (intelectualidade); os professores, tantos, uns
mais próximos, outros bem distantes, cumprindo seu dever; os colegas, sem
distinção, mas especialmente: Alessandra Rocha, Andréa Mendes, Beatriz
Cunha (que me deu um amuleto da sorte), Ennio Melo, Herberth Santos,
Jussara Rieveres, Osvaldo Caruso, Victor Pieri e Wadih Scandar Neto.
Vânia Matos e José Luis Louzada foram pessoas que, desinteressadas,
me ajudaram naquilo que é a parte mais indigesta do trabalho: a preparação da
base de dados. Odicéa Arantes Matos da DIBIS (“biblioteca da DPE”) se
desdobrou, como sempre se desdobra, para conseguir um texto, nos poupando
sola de sapato e tempo. Evangelina Oliveira, a quem conheço de nome, de
bibliografia e de vista, respondeu com desprendimento a meu pedido de ajuda
para resolver questões ligadas à sincronia entre municípios e Mesorregiões em
momentos distintos do tempo. Novamente cito Cristiano, Manuel, dessa vez na
linha de “assessores” para assuntos informáticos, e Flávio Peixoto, o “tradutor
sem juramento”.
A todos meu muitíssimo obrigado, que talvez seja pouco, mas é de
coração (o famoso: pobrinho mas honesto).
Aos doutores Cláudio Egler e Miguel Bruno, que fazem parte da banca
examinadora, todo o meu respeito e apreço. Não sei se serão os únicos a ler a
dissertação, mas dificilmente existirão outros com tamanha qualificação.
Para terminar, agradeço meu mestre, mestre não, doutor, César Ajara,
por mostrar que a academia não é apenas um lugar em que desfilam egos,
mas é, e deveria ser sempre, onde mestre e aprendiz se jogam ao trabalho
dosando de igual modo a humildade, o rigor, a crítica e a perseverança. Muito
obrigado, Don Ajara.
VI
Resumo
A partir do fim dos Censos Econômicos do IBGE, os estudos voltados para as
questões de especialização e espacialização da produção industrial sofreram com os
limites (em termos de abertura regional; de âmbito da coleta; e mesmo de interrupção
de série) impostos pelas informações oferecidas pelo Instituto, o que os obrigou a
trabalhar com bases de dados alternativas (RAIS, PIB municipal calculado fora do
IBGE e, ainda, extrapolações a partir dos Censos de 1985 e de séries mensais).
A presente dissertação busca, a partir da contextualização do modelo de
produção de estatísticas industriais desde o fim do Censo até os dias atuais, tanto
discutir algumas das soluções encontradas na literatura, como oferecer uma nova
metodologia para permitir que, usando a nova série da Pesquisa Industrial Anual do
IBGE (que se inicia em 1996), se faça análise no nível das Mesorregiões. Nesse
sentido, foi construída uma série de indicadores para dois momentos do tempo, 1985
(ano do último Censo) e 2003 (ano da informação mais recente), e, desse modo, foi
possível comparar os resultados alcançados com os de outros pesquisadores.
Dentre os resultados, sobressai o fato de não ter havido grandes alterações,
tanto na especialização quanto na espacialização produtiva, quando se compara um
ano e outro. Pôde-se observar também que os indicadores, nas duas perspectivas,
são relativamente baixos, embora, independentemente da escala, os indicadores de
localização sejam sempre menores que os de especialização. Foi possível detectar
também a continuidade do processo de desconcentração industrial, cujo início se deu
já na década de 70.
Abstract
Since the end of the Economic Census of IBGE, industrial production studies
related to specialization and localization had been widely affected (in terms of regional
openness; collecting environment; and even time series interruption) by the information
constrain imposed by the Institute, which compelled them to search for alternative data
bases (such as RAIS, municipal GDP accounted externally to the Institute, besides
extrapolation made from the Year 1985 Census, and monthly series).
The aim of this dissertation is, from the industrial statistics production models
framework since the end of the Census to present days, to discuss some of the
solutions found in the literature, as well as to submit a new methodology that enables -
by using the latest IBGE’s Annual Industrial Survey (begun in 1996) - one to analyze at
the Mesoregion level of aggregation. Hence, several indicators for two moments in
time, 1985 (the year of the last Census) and 2003 (the most recent information), were
built in order to compare the results found in this work with someone else’s.
It is worth highlighting, amongst the results achieved, that productive
specialization and localization have not shown further changes, by comparing one year
with another. In addition, it can also be seen that the indicators are relatively low in
both approaches, though localization indicators have always been lower than
specialization’s, autonomously from the scale that is being used. At last, it was also
possible to detect the continuity of the industrial de-concentration process, started in
the 1970’s.
VII
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
12
I A DINÂMICA DAS BASES DE DADOS UTILIZADAS NOS
ESTUDOS DE ESPECIALIZAÇÃO E ESPACIALIZAÇÃO DA
PRODUÇÃO
17
I.1 O Fim dos Censos Econômicos e o Novo Sistema de Estatísticas Industriais 17
I.2 RAIS 33
II ESTUDOS RECENTES SOBRE ESPACIALIZAÇÃO E
ESPECIALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA
36
II.1 A Literatura Pioneira 38
II.2 Novas Inserções no Tema 47
III INDICADORES PARA ESTUDOS DE ESPACIALIZAÇÃO E
ESPECIALIZAÇÃO
64
III.1 Indicadores Descritivos 65
III.2 Contribuições Recentes 74
III.3 Indicadores Estatísticos 77
IV ESPECIALIZAÇÃO E ESPACIALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA:
UMA ANÁLISE POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 1985 E 2003
84
IV.1 Limites e Soluções para os Problemas de Abertura das Informações 84
IV.2 Espacialização e Especialização nas Unidades da Federação: 1985/2003 88
V ESPECIALIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA: UMA
ANÁLISE POR MESORREGIÃO – 1985 E 2003
108
V. Particularidades no Tratamento da Informação obtida para as Mesorregiões 109
V.2 A Indústria Brasileira nas Mesorregiões: Confronto entre o Perfil de 1985 e o de 2003 109
V.3 Espacialização e Especialização Industriais das Mesorregiões — 1985 e 2003 118
CONSIDERAÇÕES FINAIS
139
VIII
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
145
ANEXO A: METODOLOGIA PARA CÁLCULO DO VTI DAS
MESORREGIÕES
149
ANEXO B: TABELAS COM INFORMAÇÕES POR UNIDADES DA
FEDERAÇÃO
154
ANEXO C: TABELAS COM INFORMAÇÕES POR
MESORREGIÕES
167
IX
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Estrutura Regional (%) para Unidades da Federação Selecionadas —
1985, 1994 e 1996 ........................................................................................... 43
Tabela 2: Estrutura Setorial da Indústria Brasileira, 1985 e 2003 .................... 88
Tabela 3: Estrutura Regional da Indústria Brasileira, 1985 e 2003 .................. 90
Tabela 4: Coeficiente de Redistribuição das Atividades Econômicas entre 1985
e 2003 .............................................................................................................. 92
Tabela 5: Coeficiente de Reestruturação das Unidades da Federação entre
1985 e 2003 ..................................................................................................... 94
Tabela 6: Coeficiente de Localização Global das Atividades Econômicas, 1985
e 2003 .............................................................................................................. 95
Tabela 7: Coeficiente de Especialização Global das Unidades da Federação,
1985 e 2003 ................................................................................................... 101
Tabela 8: Associação Geográfica entre as Atividades Econômicas, médias
setoriais — 1985 e 2003 ................................................................................ 104
Tabela 9: Diferenças Bilaterais entre as Unidades da Federação, médias 1985
e 2003 ............................................................................................................ 105
Tabela 10: Estrutura Mesorregional da Indústria Brasileira, 1985 e 2003...... 111
Tabela 11: Participação das Pequenas Mesorregiões na Produção Nacional115
Tabela 12: Coeficiente de Redistribuição das Atividades Econômicas no
Espaço das Mesorregiões, entre 1985 e 2003............................................... 120
Tabela 13: Coeficiente de Reestruturação das Mesorregiões entre 1985 e 2003
....................................................................................................................... 123
Tabela 14: Coeficiente de Especialização Global das Mesorregiões, 1985 e
2003 ............................................................................................................... 129
Tabela 15: Diferenças Bilaterais entre as Mesorregiões, médias 1985 e 2003
....................................................................................................................... 136
Tabela 16: Estrutura setorial da Indústria Brasileira, 1985............................. 155
Tabela 17: Estrutura Setorial da Indústria Brasileira, 2003 ............................ 157
Tabela 18: Estrutura Regional da Indústria Brasileira, 1985 .......................... 159
X
Tabela 19: Estrutura Regional da Indústria Brasileira, 2003 .......................... 161
Tabela 20: Associação Geográfica entre as Atividades Industriais, 1985..... 163
Tabela 21: Associação Geográfica entre as Atividades Industriais, 2003...... 164
Tabela 22: Diferenças Bilaterais entre as Unidades da Federação, 1985...... 165
Tabela 23: Diferenças Bilaterais entre as Unidades da Federação, 2003...... 166
Tabela 24: Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985................. 168
Tabela 25: Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003................. 181
Tabela 26: Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985............ 194
Tabela 27: Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003............ 207
XI
QUADROS
Quadro 1: Principais características metodológicas e resultados alcançados
pela literatura pioneira para os anos posteriores a 1985.................................. 49
Quadro 2: Principais características metodológicas e resultados alcançados
pela nova literatura para os anos posteriores a 1985....................................... 63
Quadro 3: Indicadores de Localização............................................................. 70
Quadro 4: Medidas de Especialização............................................................. 73
Quadro 5: Agregações de Atividades............................................................... 87
QUADROS INDICATIVOS
(quadros utilizados como recurso didático)
Quadro Indicativo 1: Valor da Transformação Industrial, segundo
Unidades da Federação e Atividades Industriais......................................... 66
Quadro Indicativo 2: Estrutura Setorial da Indústria, segundo Unidades da
Federação ..................................................................................................................... 67
Quadro Indicativo 3: Estrutura Regional da Indústria, segundo Setores
Industriais..................................................................................................................... 68
Quadro Indicativo 4: Diferenças bilaterais entre Unidades da Federação. 76
Quadro Indicativo 5: Valor da Transformação Industrial, por divisão de Indústria
— Rio de Janeiro — 2003.............................................................................. 150
Quadro Indicativo 6: VTI das Empresas com 30 ou mais empregados, segundo
as Mesorregiões do Rio de Janeiro................................................................ 152
Quadro Indicativo 7: Participação Percentual das produção das Mesorregiões
do Rio de Janeiro, para o conjunto de empresas com 5 a 29 empregados ... 152
12
Introdução
Três esferas do conhecimento são utilizadas na elaboração desta
dissertação. São elas: a ciência econômica, a produção estatística e uma visão
ampliada sobre as questões que envolvem população, sociedade e território.
A primeira chega pelas vias da formação universitária inicial. A segunda
pelo fato de trabalhar com estatísticas industriais, no IBGE, por quase 20 anos.
A última justamente por ter cursado o mestrado da ENCE, claramente
multidisciplinar em sua estrutura.
No IBGE, comecei fazendo parte da equipe que, naquele momento,
apurava os Censos Econômicos de 1985. Devo dizer que foi, para um recém
saído da universidade, um choque. No bom sentido, acrescente-se. As pessoas
que se envolviam com o projeto, espalhadas em quatro áreas distintas da
instituição (a Coordenação dos Censos Econômicos, os Departamentos de
Indústria e de Comércio e Serviços e a parte da Diretoria de Informática
encarregada de dar suporte à tarefa), tinham uma característica marcante: a
paixão, que, sem dúvida nenhuma, era resposta a uma muito boa diretriz
gerencial. Não presenciei, mas sei bem a história: aquele arranjo sucedeu a
pelo menos três significativos momentos: o de uma grande reforma processada
no IBGE a partir de meados dos anos 70, que na área econômica teve como
marco o início do cálculo das Contas Nacionais; o de uma intervenção política
autoritária nos últimos suspiros da ditadura; e o da resistência interna, cujo
ápice seria a recriação do movimento dos trabalhadores da casa.
Participei também da onda contrária, a da crise orçamentária que
desembocou no fim dos Censos Econômicos e que significou também
desarticulação de equipes. Ainda assim, digamos que de forma inapropriada,
os trabalhos avançaram culminando com o Censo Cadastro de 1985, uma
13
operação que possibilitaria novamente integrar as diversas áreas, não sem que
houvesse formalmente a (re)criação da instância coordenadora.
A partir daí iniciou-se um processo conhecido como de “modernização
das estatísticas econômicas” que se caracterizaria pelo foco na entidade
empresa (facilitando o preenchimento dos dados por ser o locus da
organização contábil empresarial); pela definição de pesquisas anuais com
seleção probabilística para o conjunto das pequenas empresas e censitária
para o das grandes
1
; pela inovação na captura dos dados (por questionários
eletrônicos); enfim, pelo restabelecimento de um trabalho estruturado.
Essa pequena digressão teve o propósito de mostrar como temas
relacionados à economia industrial estão vinculados a minha trajetória de
pesquisador do IBGE. Na dissertação, onde se discutem as mudanças na
espacialização e especialização da produção, a essa experiência acrescento
novos conhecimentos adquiridos durante o mestrado. Poderia ser dito que meu
trabalho transita entre as seguintes áreas de pesquisa do programa da ENCE:
a de “Metodologia Estatística para Censos, Pesquisas Amostrais e Registros
Administrativos” e a de “Sociedade, Economia e Território no Brasil
Contemporâneo”.
Nesse trabalho entende-se especialização
2
como sendo a configuração
setorial presente nas Unidades da Federação ou nas Mesorregiões. Por outro
lado, espacialização demarca como a produção se espalha entre as Unidades
da Federação ou entre as Mesorregiões.
Como um dos principais obstáculos para o estudo relacionado a
regionalização do espaço econômico está na insuficiência de informações
disponíveis, o objetivo deste trabalho é criar uma base de dados, a partir da
1
Todas estas características serão discutidas detalhadamente no corpo da dissertação.
2
Nessa dissertação, segue-se os conceitos como foram apresentados por Haddad (1989), inclusive no que
diz respeito aos nomes. Os coeficientes ligados à especialização, por exemplo, buscam captar tanto o
movimento de especialização propriamente dito quanto o de diversificação. Talvez, melhor do que
especialização fosse setorialização, mas foi dada preferência a essa proximidade com o trabalho
mencionado.
14
Pesquisa Industrial Anual de Empresas do IBGE, que preencha tal lacuna.
Conseqüentemente, tendo-se a base, outro objetivo imediato é analisá-la à luz
da bibliografia existente.
Os estudos recentes nesse tema, como será discutido ao longo da
dissertação, foram feitos justamente quando, ao lado de indícios de que uma
profunda transformação das estratégias de localização e de diversificação
empresariais estaria em marcha, como resposta a um processo maior, o de
globalização, cortes orçamentários impingiram postergação, interrupção e
redução de âmbito das pesquisas econômicas do IBGE. E, mais ainda: no novo
modelo de produção de estatísticas econômicas adotado pelo IBGE, as
pesquisas passaram a ser produzidas de modo a que as informações tivessem,
em sua desagregação máxima, o espaço das Unidades da Federação como
referência.
A falta plena de informação, de um lado, e a limitação de suas
aberturas (setoriais e regionais), de outro, fizeram com que uma das principais
características da bibliografia do período fosse a de empreender esforços no
sentido de obter a informação ou de obtê-la nos níveis desejados. Três tipos de
soluções surgiram: i) uso de novas fontes de dados; ii) atualização das
informações do passado por meio de pesquisas conjunturais; e iii) uso de
bases parciais. Como produtor de informação e analista, minha contribuição no
debate partirá justamente da reflexão sobre as bases de dados, de um lado,
utilizando os resultados da nova série da pesquisa anual de indústria do IBGE,
iniciada em 1996, e de outro propondo uma metodologia para a consolidação
de uma base de dados que alcance a Mesorregião. Com isso, estarão
estabelecidos os elementos que permitem a comparação de resultados, ao fim
e ao cabo, nosso intuito final.
A dissertação está organizada da seguinte forma. No primeiro capítulo,
é feito um breve histórico sobre a mudança no sistema de estatística industrial
a partir do fim dos Censos Econômicos. Nele, o perfil do atual modelo de
produção estatística é discutido à luz do anterior, sugerindo que de certa forma
15
não houve um simples e puro rompimento com o passado; em muitos casos, as
características atuais são extensões das que o inovador Censo de 1985
efetuara. São também reflexos dos avanços experimentados no exterior, bem
como resposta a demandas de usuários. Mesmo assim, existem diferenças
marcantes entre o que se fazia antes e o que se faz hoje.
No segundo capítulo, faz-se um esforço de resgate da bibliografia
escrita justamente no vácuo da falta das informações do IBGE. As soluções
metodológicas dos autores, objetivando não só realçar o esforço de cada um
deles, mas inclusive as possíveis fontes de imprecisão que carregam, são o
foco principal. Não se despreza, contudo, o resultado em si, que, em poucas
linhas, poderia ser resumido assim: no período pós 1985 o processo de
desconcentração industrial, característico desde os anos 70 até a primeira
metade dos 80, não é mais tão claro assim. São Paulo continua perdendo
importância na produção nacional sem que isso signifique que regiões antes
relegadas tenham recebido parte dos investimentos, que se tornaram mais
pulverizados.
No terceiro capítulo, a atenção se volta para os indicadores
normalmente utilizados nos estudos voltados tanto para a questão da
espacialização quanto da especialização da produção. Definiu-se uma tipologia
para contrastar os mais tradicionais (indicadores descritivos) com os mais
modernos (indicadores estatísticos). Nestes, modelos probabilísticos dão
fundamentação para o seu cálculo. Nos primeiros, se compara uma
determinada distribuição (por exemplo: da indústria automobilística entre as
regiões ou das várias atividades em São Paulo) com a mesma no nível
nacional. Apesar de os estatísticos serem, sob vários pontos de vista,
indicadores melhores do que os descritivos, são estes os analisados nos
capítulos quatro e cinco. Isso porque são os mais utilizados na literatura
trabalhada e também porque alguns dos estatísticos requerem em seu cálculo
ou bem o acesso ao microdado da pesquisa ou bem o uso de outras fontes
16
complementares, tarefas que demandariam um esforço adicional inimaginável
na execução deste trabalho.
No quarto capítulo, o corte analítico, contrapondo o ano de 1985 (último
Censo) ao de 2003 (dado mais recente), cruza as informações das Unidades
da Federação com as das atividades no nível da divisão da Classificação
Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Esse corte não exige nenhum
tratamento especial dos dados, haja vista que a Pesquisa Industrial Anual de
Empresa (PIA Empresa), condicionada pelo seu desenho amostral, divulga
informações nestes níveis
3
.
No quinto capítulo, a exploração vai além das Unidades da Federação,
o que cobrou a definição de uma metodologia para calcular os valores
pertinentes às divisões de indústria para cada uma das Mesorregiões. Optou-
se por utilizar uma estrutura da informação faltosa, obtida por meio de dados
agregados do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, que permitiu ratear o
valor conhecido das Unidades da Federação
4
.
Como foi criada uma base de dados bastante extensa, a análise
propriamente dita se caracterizou por ser genérica e descritiva. Neste sentido,
privilegiou-se descrever os grandes movimentos, deixando para um segundo
momento a compreensão das circunstâncias que os justifiquem e que, enfim,
dão a eles um sentido articulado ás esferas política, econômica e social.
Por fim, um capítulo de considerações finais e três anexos fecham esta
dissertação.
3
No caso das atividades, para Brasil e alguns Estados, pode-se ter uma visão ainda mais desagregada.
Discutimos isso no capítulo 1, a seguir.
4
No Anexo A é descrita a metodologia desse cálculo.
17
I A dinâmica das bases de dados utilizadas nos estudos de
especialização e espacialização da produção
Com o fim dos Censos Econômicos, no início dos anos 90, estudos
voltados para a questão tanto da espacialização (das atividades econômicas)
quanto da especialização (regional) viram-se forçados a buscar em “novas”
fontes de dados a sustentação empírica das análises empreendidas. Outras
informações sob a responsabilidade do IBGE (pesquisas anuais e mensais) e a
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) foram as mais usuais.
Encontramos esporadicamente bases menos abrangentes do Ministério da
Indústria e Comércio (PACHECO, 1999) e, recentemente, o PIB municipal
calculado no âmbito do Nemesis/IPEA (AJARA, 2001 e ANDRADE e SERRA,
ano desconhecido).
O objetivo do capítulo é, numa primeira seção, fazer um pequeno relato
do processo por que passou o IBGE desde o fim dos Censos Econômicos até a
definição do novo modelo de produção de estatísticas industriais, apontando
até onde as duas configurações se assemelham e, também, os fundamentos
das novas diretrizes. Numa segunda, ainda que de forma geral, as principais
características da RAIS, a fonte alternativa mais usualmente utilizada pelos
pesquisadores, são descritas.
I.1 O Fim dos Censos Econômicos e o Novo Sistema de Estatísticas
Industriais
5
Em 1991, seguindo uma periodicidade qüinqüenal, o IBGE deveria ter
levado a campo os Censos Econômicos de 1990, cobrindo as áreas de
indústria, construção, comércio e serviços. Todavia, por falta de recursos
orçamentários (GÓES, 1996), a operação foi cancelada. Naquele ano também
não se fez o Censo Demográfico, realizado no ano de 2001, depois de uma
5
O autor, por trabalhar sempre nas coordenações responsáveis pelas estatísticas econômicas do IBGE,
participou de todas as discussões que se seguem. Conhece alguns detalhes que, nem sempre, estão
documentados, dos quais se servirá ao longo do capítulo.
18
operação menor, a contagem populacional de 1996. O Censo Agropecuário,
por sua vez, sofreria atraso de um ano, não havendo informações para o ano
de 1995, como era o esperado, e sim para o de 1996.
Estes cancelamentos e adiamentos repercutiram de forma diferente
sobre os vários subsistemas de estatísticas do IBGE. No caso do econômico, a
possibilidade de contar com um cadastro de abrangência universal, formado
pelas informações das próprias pesquisas (particularmente o Censo de 1985) e
atualizado pela RAIS, abriu caminho para o estabelecimento de pesquisas
amostrais como elemento central do sistema. Assim, o IBGE se preparou, na
primeira metade da década de 1990, para, a partir de 1996, iniciar uma série de
pesquisas anuais cujo desenho amostral basearia-se num levantamento
abrangente e contínuo das grandes empresas (no caso da indústria, o conjunto
daquelas com pelo menos 30 pessoas ocupadas) mesclado a uma amostra
probabilística das demais (na indústria, aquelas que empregam entre 5 e 29
pessoas)
6
.
Dentro dos citados preparativos, constam a fixação de uma nova
classificação de atividades econômicas (a Classificação Nacional de Atividades
Econômicas, CNAE), em 1994
7
, e uma operação, batizada de Censo Cadastro
(1995) embora não fosse exatamente um Censo, mas uma pesquisa
bastante ampla —, cujo objetivo principal foi o de ratificar ou retificar a nova
classificação de atividades presente nas unidades empresariais da RAIS
8
. Ao
final dessa etapa, o IBGE estabeleceu um cadastro (Cadastro Central de
6
Muitas dessas informações estão espalhadas numa série de textos internos das coordenações do IBGE.
No entanto, Góes (1996) e Rebouças e Bivar (1997) fazem um apanhado geral de todos os detalhes que
compõem o atual modelo.
7
A CNAE deixou de ser uma classificação interna do IBGE e passou a ser de uso obrigatório nos
registros gerados pelo governo. Para isso, também em 1994, foi instituída, por meio do decreto número
1264 de 11/10, a Comissão Nacional de Classificação, CONCLA (GÓES, 1996, p. 5). A RAIS, o Imposto
de Renda, as guias da Previdência Social são exemplos de registros que adotariam na primeira hora a
nova classificação (GÓES, 1996, p. 5).
8
A classificação existente na RAIS é definida de forma autônoma pelos próprios informantes, o que
levanta a suspeita de ocorrer imprecisões, tanto por descuido no preenchimento do campo como, e
principalmente, por haver algumas zonas fronteiriças, particularmente em setores que misturam uma forte
tradição fabril a uma crescente prestação de serviços (muitos deles financeiros ou de negociação de
marcas, por exemplo).
19
Empresas – CEMPRE) com todas as unidades formalmente constituídas e
atualizado anualmente, podendo, com isso, definir pesquisas setoriais por
intermédio de amostras probabilísticas. Em 1996, foram a campo as pesquisas
anuais de indústria (Pesquisa Industrial Anual de Empresa, PIA-Empresa) e de
comércio (Pesquisa Anual de Comércio, PAC). Em 1998, juntaram-se a estas
uma anual de serviços (Pesquisa Anual de Serviços, PAS) e outra de indústria
(Pesquisa Industrial Anual de Produto, PIA- Produto)
9
.
Deve-se ter em mente que, no modelo anterior, cabia às pesquisas
anuais o papel de suprir as informações no intervalo entre um Censo e o outro,
ainda que suas aberturas espacial e setorial fossem menos abrangentes.
Quando tornam o eixo central do sistema de estatística, as pesquisas anuais,
como vimos, compensam a menor abrangência com a inclusão no extrato
certo da amostra de um número grande de empresas (todas com mais de 30
empregados). Seja como for, os questionários dos Censos e os das pesquisas
anuais geram um conjunto de dados comparáveis, pelo menos no que diz
respeito às variáveis calculadas. De forma mais concreta, tanto nos Censos
quanto nas pesquisas anuais é possível obter os valores aproximados dos
agregados macroeconômicos sugeridos pelo sistema de Contas Nacionais (o
valor da produção, o consumo intermediário e o valor agregado). Por essa
razão é que, logo a seguir, ao discutir as diferenças do modelo anterior com o
atual, compararemos, no caso da indústria, o Censo Industrial com a PIA-
Empresa.
Ao lado das pesquisas anuais, ou estruturais, as adaptações do novo
modelo de produção de estatísticas chegaram, ao longo dos anos, às
conjunturais. No caso das industriais, entre dezembro de 2000 e março de
2001, coexistiram duas pesquisas de amostras probabilísticas direcionadas à
questão do emprego. Março de 2001 foi o último mês da série da Pesquisa
Industrial Mensal de Dados Gerais a PIM-DG, que teve como cadastro de
9
A PIA-Empresa levanta os dados econômico-financeiros das empresas (pessoal ocupado, receitas,
custos, etc.) enquanto a PIA-Produto, os dados de produção (quantidades produzidas e vendidas e valor
das vendas).
20
seleção da amostra o Censo Industrial de 1980. A Pesquisa Industrial Mensal
de Emprego e Salário (PIMES) substituiria a PIM-DG, extraindo novas
amostras (do CEMPRE), adotando um específico arranjo de atividades a partir
da CNAE e oferecendo informações para novos locais
10
. No caso das variáveis
investigadas, a PIMES levanta apenas as de emprego propriamente ditas
(Pessoal Ocupado, Folha de Pagamento, Horas Pagas, Admissões e
Desligamentos), ao contrário da PIM-DG, que também levantava o Valor da
Produção
11
. Vale dizer que uma das críticas usuais à pesquisa de emprego
seria a de manter amostras fixas ao longo do tempo, o que, atualmente, pelo
que acabamos de ver, deixa de ser problema.
No período entre janeiro de 2001 e março de 2003 conviveram no
campo duas amostras da Pesquisa Industrial Mensal de Produção sica
PIM-PF: a antiga, baseada no Censo de 1985, e a atual, cujas bases foram as
novas pesquisas estruturais, a PIA-Empresa e a PIA-Produto. Nesta
12
foram
novos os produtos selecionados e os pesos das atividades e dos produtos. Os
indicadores passaram a ser calculados para outras Unidades da Federação,
sem descontinuar as habituais, e, o que seria de fundamental importância, a
ser organizados segundo a CNAE. No caso da produção, encadeando-se as
duas séries tornou-se possível obter resultados, na recente configuração, a
partir de janeiro de 1991.
Para nosso propósito, é fundamental discutir a abrangência geográfica
do novo modelo de pesquisa. As pesquisas conjunturais, na sua forma mais
desagregada, geram informações apenas para as Unidades da Federação
escolhidas no momento de seu desenho. Na pesquisa de emprego, uma
amostra probabilística, obter informações para áreas além destas Unidades
depende de estudos estatísticos que mostrem viáveis, em termos de qualidade,
os resultados obtidos. Ainda que possível, tal produto poderia ser feito pelo
10
Ver detalhes em INDICADORES ..., v. 27, 2004.
11
Com isso, uma das prováveis fontes de atualização da estrutura do Censo deixaria de existir. Ver
ANDRADE e SERRA (2000) para essa discussão, resenhada adiante, em nosso segundo capítulo.
12
Ver detalhes em INDICADORES ..., v. 31, 2004.
21
próprio IBGE, mas as limitações, particularmente as de recursos humanos,
parecem indicar que isso não será feito num curto espaço de tempo. para a
pesquisa de produção, um painel de produtos e informantes, ainda que
trabalhoso, não é descartável a idéia de se calcular índices subestaduais; isso
porque, como cada produto “carrega” seu peso, é possível, analisando caso a
caso, definir se a amostra obtida é ou não representativa. Em ambos os casos,
obter resultados para Unidades da Federação não contempladas no desenho
original é uma tarefa ainda mais complexa do que as anteriormente
comentadas.
Em relação às pesquisas estruturais, duas realidades bastante
distintas. Por um lado, o desenho da PIA-Produto objetiva dar resultados para o
Brasil como um todo, embora crescentemente o IBGE os utilize regionalmente,
como foi o caso de tê-los como base do desenho da amostra regional da PIM-
PF. Por outro lado, a amostra da PIA-Empresa tem nas informações das
Unidades da Federação seu alcance máximo.
A PIA-Empresa se preza para estudos de espacialização e
especialização econômicas por se tratar de uma informação do universo
industrial e também por acumular um número grande de variáveis, entre elas a
de emprego e uma proxy do valor agregado, o Valor da Transformação
Industrial (VTI).
A seguir pontuaremos algumas diferenças existentes entre a PIA-
Empresa e o Censo Industrial com o objetivo de esclarecer até que ponto o
novo modelo de produção estatística baseia-se no anterior. Antes indicaremos
certas inovações devidas ao último Censo Industrial, o de 1985, uma vez que
nos parece terem sido de suma importância para tudo que veio a seguir.
I.1.1 Breve Relato das Inovações do Censo de 1985
O Censo de 1985 demarcou de uma vez por todas a opção dos
levantamentos econômicos pelo grupo de empresas que formam o setor formal
22
da economia
13
. Desde então, as empresas não registradas não são visitadas
pelas pesquisas econômicas, passando a ser do âmbito das domiciliares ou
das mistas, como é a pesquisa da Economia Informal Urbana.
Uma inovação operacional no Censo Industrial, que tornaria a produção
de estatística mais flexível, foi o levantamento do registro da empresa, na
época o CGC (Cadastro Geral do Contribuinte) e agora o CNPJ (Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica). Este cria facilidade para o processamento
mecânico, tanto num momento determinado do tempo como através do tempo,
uma vez que é o mesmo sempre
14
. Além disso, como tal registro aparece em
outras bases, como o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a RAIS, ao usá-
lo criam-se as condições de compartilhamento entre elas. No caso do IBGE,
graças a isso foi possível criar o Cadastro de Empresas.
Se, desde 1970, o IBGE tentou, sem sucesso, incluir a ótica de
investigação empresa nos Censos Econômicos (BARCELOS e MENDES,
1991, p. 19), em 1985 pôde-se enfim trabalhar com essa dimensão. Desse
modo, uma âncora fundamental à produção estatística foi criada, na medida em
que as informações dos vários estabelecimentos, antes peças autônomas,
poderiam ser agregadas por empresa e, assim, criticadas, evitando-se, por
exemplo, duplicações. Mais do que isso: a empresa é de fato a parte que
interage com o mercado, sendo também responsável pelas políticas de
investimento e de emprego. Logo, sobre ela um interesse analítico
específico.
Desde 1985, os dados das empresas têm sido obtidos por modelos
diferenciados de questionário, um completo para as maiores e um simplificado
para as menores. Mudou, com o tempo, o entendimento do que seriam grandes
13
Entendido como aquele em que atuam as empresas legalmente constituídas, ou seja, as que têm registro
no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Tal definição consta de todas as notas metodológicas
escritas no âmbito dos Censos ou das pesquisas industriais.
14
A menos que haja algum processo de venda, fusão, cisão, etc., mas nesses casos fica preservado o
histórico do ocorrido, registrando-se os CNPJ´s envolvidos.
23
e pequenas empresas; nos Censos tal corte baseava-se em valores monetários
e, hoje, no número de empregados.
No caso específico da indústria, a criação de uma unidade chamada
Departamento de Vendas, levantada por intermédio de questionário da alçada
do Censo Industrial, foi capaz de levar para este setor uma parte da produção
que em Censos anteriores estava no comércio (ibid, 1991, p. 39). Essa
inovação expressava a emergente idéia de trabalhar com os dados
integralizados, ou seja, não seria pelo fato de o Departamento de Venda
apresentar-se muitas vezes como uma loja
15
que deixaria de ser industrial, pois
pertencia a uma empresa industrial e, mais do que isso, a margem obtida com
a venda dos produtos ali não expressava o negócio comercial típico, qual seja,
o de comprar para revender.
O cálculo do Valor Bruto da Produção Industrial, do Custo Operacional
da Indústria e, por conseguinte, do Valor da Transformação Industrial a partir
de outras variáveis presentes no questionário e não obtidos pela pergunta
direta ao informante, deu ao Censo um maior controle sobre as variáveis
analíticas mais importantes, justamente as que encontram seu arcabouço
teórico no Sistema de Contas Nacionais.
A análise de resultados, atualmente presente na maioria das publicações
das pesquisas econômicas, foi impulsionada também pelos Censos de 1985
16
.
Com isso, integrou-se ao olhar do produtor de estatísticas o do analista de
resultados, disciplinado pelo conhecimento da teoria e da bibliografia. Vale
frisar que o ponto de vista do analista está direcionado para a informação
agregada, e não para o dado individual. Como resposta a essa integração, o
próprio processo de crítica das pesquisas, a partir de 1985, passou a ser
modificado de tal modo que, desde o início, consideram-se os valores
agregados (macrocrítica ou crítica de agregados). Em Barcelos e Mendes
15
Na realidade, a loja de fábrica ou o varejo da fábrica, na linguagem comum.
24
(1991) é encontrada uma boa documentação do que foi essa análise
precursora.
Ainda poderíamos citar entre as inovações: a criação das modalidades
(“estabelecimentos” auxiliares à produção); a codificação automática dos
produtos; a criação de uma área voltada para a apuração das empresas mais
complexas; etc.
I.1.2 Diferenças entre a PIA-Empresa e o Censo Industrial de 1985
A PIA-Empresa é a pesquisa que mais se aproxima dos Censos
Industriais no que diz respeito à sua abrangência, número de variáveis
pesquisadas, óticas de investigação (empresa e atividade). Contudo,
algumas diferenças, nem todas devidamente mensuradas em termos de
impacto nos agregados calculados. Sobre essas diferenças, e sem interesse
em mensurá-las, nos debruçaremos nos parágrafos a seguir.
O âmbito das pesquisas, no modelo atual, é estabelecido a partir da
classificação principal da empresa. Esta é industrial ou é comercial ou é de
serviços ou é de construção e, como tal, é levantada no questionário de
indústria, ou de comércio, ou de serviços e ou de construção, respectivamente.
Isso não a impede de ter múltiplas atividades, que seriam secundárias. No
passado, os Censos se organizavam por atividade, ou seja, o industrial
levantava todas as atividades industriais presentes tanto em empresas
industriais quanto em não industriais.
Segue-se do parágrafo anterior que as atividades secundárias, no atual
modelo, não têm o mesmo tratamento tido no passado, com exceção daquelas
desenvolvidas no âmbito das empresas industriais, uma vez que a PIA-
Empresa capta um conjunto pequeno de informações em qualquer endereço de
atuação da empresa, independentemente de a atividade ali desenvolvida ser
16
As Pesquisas Industriais Anuais dos anos de 1981 a 1984 tiveram uma análise de resultados, mas essa
foi divulgada enquanto se processava o Censo de 1985 e estava fortemente influenciada pelas idéias dos
que trabalhavam no Censo, quando não eram as mesmas pessoas.
25
ou não industrial. Portanto, poderíamos dizer que, em termos de atividade, a
indústria hoje em dia está subestimada por uma parte da atividade processada
em empresas não industriais.
O âmbito da PIA-Empresa e o do Censo Industrial diferem-se também
porque na PIA-Empresa não são investigadas as empresas com menos de 5
(cinco) empregados. Sabe-se que o corte no âmbito, no modelo atual, foi uma
questão de custo e benefício. As empresas com menos de 5 empregados
agregam muito pouco, quer se olhe do ponto de vista do emprego quer do valor
agregado
17
, ao mesmo tempo em que são a maioria em termos de número de
empresas
18
e em incidência de mortes. Portanto, haveria um custo muito
elevado de selecionar empresas que seriam, minoritariamente, encontradas em
campo
19
.
Na PIA-Empresa, ao contrário do Censo Industrial, a empresa e suas
unidades locais são pesquisadas de forma integrada, em um questionário
grande o suficiente para coletar as informações agregadas da empresa e, para
o caso de empresas multiplantas, outro pequeno para cada uma das unidades
produtivas (industriais ou não) existentes. Segue disso que, do cadastro à
apuração e disseminação das informações, a empresa é tratada em conjunto
com suas partes. No Censo Industrial, havia um questionário pequeno para a
empresa e vários maiores para os estabelecimentos e a apuração e a
disseminação se davam de forma independente
20
.
A diferenciação relatada anteriormente se deu porque as estatísticas
passaram a ser coletadas onde efetivamente está organizada a contabilidade
17
Segundo o CEMPRE de 2003, as empresas industriais com menos de 5 empregados respondem por
8,9% do pessoal ocupado total. Em <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/cempre/default.asp>,
conforme pesquisa em 26/05/2006.
18
As empresas com menos de 5 empregados somam 69,0% das empresas industriais. Ibid.
19
Na PIA-Empresa de 2005, a ser divulgada em meados de 2007, haverá informações para as empresas
com menos de 5 empregados, no entanto, apresentadas de forma bastante agregada (Brasil e total das
Regiões), seguindo o que foi feito, a partir de 2002, na Pesquisa Anual da Indústria da Construção
(PAIC).
20
É verdade que, no Censo, havia algumas operações que “checavam” a coerência entre as partes
(estabelecimentos) e o todo (empresa), sendo que a classificação da empresa se dava a partir da
classificação de seus vários estabelecimentos.
26
empresarial, poupando, assim, o informante (GÓES, 1996; REBOUÇAS e
BIVAR, 1997). Nesse sentido, a empresa, ao contrário das unidades locais e
principalmente dos estabelecimentos, é o espaço contábil privilegiado, onde
são mantidos os registros mais extensivos e organizados. Logo, o cálculo das
variáveis fundamentais do ponto de vista da análise econômica (derivadas do
Sistema de Contas Nacionais), no modelo atual, se no nível da empresa,
rateando seus valores no caso de empresas diversificadas em termos setoriais
e espaciais.
Como exemplo, tomemos uma empresa classificada na produção de
vestuário. Imaginemos que uma de suas unidades produz vestidos e a outra,
tecido de algodão
21
. A primeira poderia estar localizada no Rio de Janeiro e a
segunda, em Minas Gerais. Pois bem, no questionário que contém a
informação agregada da empresa (que poderia estar no Rio de Janeiro) é
possível obter todos os elementos para calcular o valor bruto da produção (a
receita industrial e os estoques, que dizem respeito tanto à produção de vestido
quanto de tecido de algodão), e, depois dividi-lo entre as duas atividades (ou as
duas Unidades da Federação) do seguinte modo:
+
+
=
i
i
i
i
TV
TV
VBPIVBPI
)(
)(
*
(1)
Onde: VBPI – Valor Bruto da Produção Industrial;
V – Valor de Vendas;
T – Valor das Transferências Efetuadas;
i – Unidade Local.
Na ausência do subescrito i o dado é o da empresa.
No exemplo, cada uma das unidades tem uma classificação distinta,
portanto, ao calcular o VBPI da unidade calculou-se imediatamente o da
atividade. Do mesmo modo, como cada uma delas está numa Unidade da
21
Por hipótese, a empresa vende ao mercado tanto vestido como tecido de algodão.
27
Federação distinta, de uma vez obteve-se o cálculo para Rio de Janeiro e
Minas Gerais.
O que se fez para o VBPI poderia se fazer para o Custo Operacional da
Indústria (COI). Ao final, para cada unidade e cada setor existiriam os
elementos que entram no cálculo do Valor da Transformação Industrial (VTI),
que se obtém da subtração do COI do VBPI.
No modelo anterior, o cálculo era direto, uma vez que os dados estavam
investigados em cada um dos estabelecimentos. Logo, entre um modelo e
outro, a diferença é grande. Quando se privilegia o estabelecimento, se
realmente não existe um controle contábil rigoroso nesse nível, é a empresa
que define como distribuir seus valores entre todos os seus estabelecimentos.
Quando se privilegia a empresa, parte-se da hipótese de que a produção se
divide de forma proporcional às vendas e transferências registradas nas
unidades locais. Apesar das diferenças “conceituais”, não há medidas das
diferenças nos valores obtidos de um jeito ou de outro.
No parágrafo anterior falamos de duas instâncias distintas: o
estabelecimento (unidade de investigação própria do Censo Industrial de 1985)
e a unidade local (utilizada atualmente). O estabelecimento se define como
parte de uma unidade de operação da empresa, ou uma própria unidade em
si, ou, ainda, um conjunto dessas unidades que, por atenderem a
determinadas pré-condições, caracterizam-se como unidades de prestação
de informações estatísticas. (CENSOS ..., 1990, p. 185.)
Dentre as pré-condições está o fato de, naquele local, haver distintas
linhas de produção, ou seja, cada estabelecimento, no limite, estaria associado
a uma e somente uma atividade produtiva
22
. Sendo assim, as unidades locais
podem conter um ou mais estabelecimentos, dependendo de sua linha de
22
Num endereço em que são feitos simultaneamente o beneficiamento do algodão e o tecido, existiria um
estabelecimento para cada uma dessas operações.
28
produção e da disponibilidade de informações
23
. Portanto, diferenças
quando as atividades são captadas num espaço físico, e contábil, muito claro, o
endereço ou a unidade local, ou quando o são numa unidade “virtual”
24
, o
estabelecimento. Os primeiros podem conter várias atividades (intermediárias)
que não aparecem isoladamente, mas apareceriam no estabelecimento.
Apesar disso, o novo modelo de pesquisas industriais, assim como no Censo,
permite estudar a indústria a partir da atuação diferenciada das empresas, quer
seja do ponto de vista regional (empresa multiplanta), quer seja do ponto de
vista da diversificação produtiva (empresa que atua em distintas atividades).
As possibilidades de estudos de espacialização e de especialização da
produção, a partir da PIA-Empresa, têm limites bem delimitados. Em um
Censo, as informações estão disponíveis nos níveis mais desagregados tanto
do ponto de vista regional (o município) quanto do setorial; na PIA, não. Como
o desenho amostral define suas aberturas máximas, que na escala regional
não ultrapassa
25
a Unidade da Federação e, em termos de atividade, o 3
dígitos da CNAE, neste caso, dependendo ainda da Unidade da Federação
26
. É
certo que para o conjunto de empresas com mais de 30 pessoas ocupadas, a
PIA faz um censo anual, portanto, para elas os resultados podem ser mais
desagregados
27
.
23
Vale dizer que os Censos baseavam-se em procedimentos internacionais descritos em vários manuais
desenvolvidos pela divisão de estatísticas da ONU. De particular interesse, por ser onde se discute o
tratamento a ser dado aos estabelecimentos, é a documentação da classificação, a International Standard
Industrial Classification of All Economic Ativities, Revision 2 (ISIC REV 2).
24
Virtual no sentido de nem sempre ser reconhecido, em termos contábeis, por exemplo, como uma
unidade autônoma da empresa.
25
A menos que, como se disse para o caso da PIMES, se faça um trabalho estatístico sofisticado,
lidando com os microdados da pesquisa.
26
Para Brasil, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, as
informações podem ir a 3 dígitos, para os demais locais a 2. Os detalhes da metodologia estão em
PESQUISA ..., 2004.
27
Graças a isso, como se verá no capítulo seguinte, Sousa (2002) desenvolve seu trabalho para o conjunto
dessas “grandes” empresas.
29
I.1.3 O Novo Modelo de Produção Estatística: Interações Nacionais e
Internacionais
Dois elementos dão contorno à produção estatística, em especial a da
área econômica. De um lado, as interações que se estabelecem no interior do
país com vistas a definir grandes diretrizes. De outro, as interações
internacionais com o mesmo objetivo anterior, mas também com o de
acompanhar a evolução da prática de produção estatística, quer em termos de
método, quer em termos de conteúdo investigado
28
.
No primeiro caso, o IBGE se responsabiliza por organizar as
Conferências Estatísticas, onde pesquisadores, outras instituições produtoras,
governo e iniciativa privada discutem tanto a produção efetiva do país como
também possíveis desdobramentos (apontando lacunas, sugerindo ajustes,
etc.). Nelas, a presença internacional é também comum, normalmente para
apontar certas características de seus modelos, fixados em resposta a
mudanças na esfera econômica e social dos países.
Na produção estatística de modo geral, o IBGE tem caminhado de forma
bem próxima da recomendação internacional, traduzida, quase sempre, em
manuais assinados pelo conselho estatístico da ONU e de outros órgãos
internacionais assemelhados.
No caso das estatísticas econômicas, essa diretriz tem sido perseguida
muito tempo, tanto no passado em que os Censos ocupavam papel de
destaque na oferta de informações como agora, quando registros
administrativos se incorporam ou bem na produção estatística ou bem, como é
o caso da RAIS no IBGE, como elemento facilitador dos processos de
delimitação do universo das pesquisas e de seleção de amostra.
O novo modelo adotado pelas estatísticas econômicas seguiu, ao lado
da “fidelidade” conceitual às Contas Nacionais, algumas das diretrizes
28
Por exemplo: como adaptar as pesquisas no momento em que o espaço de fixação das empresas não
está mais circunscrito a um determinado país? Como medir a produtividade do trabalho num ambiente de
intensa terceirização produtiva?
30
discutidas ao longo das últimas Conferências de Estatísticas (CONFEST), de
1989 e 1996, parte delas estabelecida nos institutos internacionais, outra,
em processo de incorporação. Nesse sentido, o movimento feito no âmbito da
União Européia, de um lado, e a experiência canadense, de outro, são fontes
de inspiração para o IBGE.
Partindo dos documentos relativos as duas últimas CONFEST
29
,
podemos perceber como o uso de registros administrativos, as unidades de
investigação, a classificação, a incorporação de novos temas (ligados à
preocupação com o meio ambiente e à inovação tecnológica, por exemplo) e
também a questão dos tempos de divulgação das pesquisas estão presentes
nesses encontros. Pode-se dizer, considerando a situação presente e a
anterior, que muito se avançou em termos da divulgação (hoje o IBGE cumpre
um calendário definido ao final do ano anterior); na incorporação, nas
estatísticas primárias
30
, de registros administrativos; no ajustamento da
classificação, tornando-a diretamente comparável à sugerida pela ONU
(GÓES, 1996); no uso da empresa como unidade privilegiada de investigação.
Todavia, ainda que tenha se iniciado, no ano de 2000, um levantamento sobre
inovação tecnológica na esfera dos setores industriais (a Pesquisa de Inovação
Tecnológica PINTEC), outros temas que constam da pauta de sugestão
permanecem fora da produção corrente
31
.
Patrocinado pelo EUROSTAT, no caso da União Européia, coube ao
Instituto Nacional de Estatísticas da Espanha (INE) o papel de prover
treinamento em metodologia de pesquisa aos países de língua espanhola,
incorporando-se o Brasil nesse processo por sua proximidade com a América
29
Ver em <http://biblioteca.ibge.gov.br/ACERVO>. Alguns textos específicos desta documentação estão
listados na Referência Bibliográfica.
30
Primárias porque estão atreladas ao levantamento direto de informações. As Contas Nacionais, por
exemplo, se responsabilizam por fazer uma síntese de informações primárias.
31
Alguns exemplos: na esfera da conjuntura: pedidos em carteira, estoques, preços ao produtor. Este
último está em processo de planejamento, mas os demais não. No âmbito das estruturais: melhor captura
do investimento. Ver Suzigan e Sarti (1996).
31
Hispânica
32
. Dessa maneira estabeleceu-se um intenso intercâmbio entre as
duas instituições, o que levou o IBGE, na recente “modernização”, adaptar, por
exemplo, o desenho da pesquisa anual aplicada na Espanha.
Analisando todos os elementos constitutivos da metodologia de
pesquisa, o que ocorria em particular na Espanha também ocorria no restante
da União Européia e em outros países, com destaque para o Canadá. Neste
país, por exemplo, a partir de 1997 inicia-se um processo de integração da
produção de estatística em que se privilegia tanto o foco nas empresas
complexas como também uma maior integração entre o Statistics Canada e
outros órgãos de governo, notadamente os fiscais. Neste caso, por serem,
também eles, produtores de informação. O projeto, denominado “Unified
Entrerprise Survey Program” (UES) e projetado para ser desenvolvido
gradualmente, teve como estímulo inicial dar unicidade a um extenso rol de
pesquisas, que se faziam sem grande integração (NON-TECHNICAL... 1999,
p.1). Citamos duas passagens deste documento. Como se verá, os elementos
aos quais o projeto destaque (foco nas empresas e uso de registros
administrativos) são também aqueles que o IBGE procurou incorporar em seu
modelo. Vejamos:
Data collection under the UES focuses on the enterprise, rather than on the
establishment. There are two types of enterprises:
Complex enterprises, defined as those having more than one company
(legal entity) and/or having establishments in more than one province and/or
industry.
Simple enterprises, defined as those having just one legal entity and
usually just one establishment, or defined as having all establishments in the
same province and industry. (ibid, p. 2, grifo nosso)
Simple enterprises are far more numerous than complex ones. There are
almost one million incorporated simple enterprises and perhaps twice that
number of unincorporated enterprises in Canada. Because their economic
activities are confined to one particular province, industry and legal entity, it
is possible to use tax-based data to measure many of their important
characteristics.
Statistics Canada already surveys most of the 8,000 complex enterprises of
significant size and their approximately 50,000 establishments. The UES
does this more systematically. Statistics on the simple enterprises are
32
Portugal, por sua vez, se dedica ao treinamento dos países de língua portuguesa, notadamente os
africanos.
32
being developed from tax data as much as possible, supplemented by
surveys only where necessary. (ibid, p.2-3, grifos nossos.)
Apesar dos fundamentos compartilhados, os resultados alcançados aqui
e noutras partes do mundo são distintos. No Brasil, por exemplo, o IBGE tem
acesso apenas a dados agregados do Imposto de Renda assim mesmo,
recentemente e para o uso específico de confronto com as pesquisas do
instituto
33
. Está longe, portanto, o momento de usar os dados fiscais na
obtenção das informações das empresas simples. Não resta dúvida que isso
seria extremamente desejável, não para o IBGE, mas para o Estado, na
medida em que faria parte de um processo de racionalização do uso de
recursos públicos.
Voltando à fixação do novo modelo de pesquisa econômica, vale dizer
que esta não se deu sem que houvesse sugestão alternativa. A principal delas
veio de reflexões feitas dentro do IBGE, mas fora da área que lidava
diretamente com o planejamento das pesquisas econômicas. Oliveira e La
Croix (1994) propunham a criação de Áreas Industriais, que seriam “bases para
as pesquisas, não simplesmente cartográficas, e sim territoriais” (p. 3). No
modo de entender das autoras, o sistema estatístico tal qual concebido não
daria conta de refletir todas as mudanças no cenário econômico (globalização
de um lado e fragmentação na escala internacional de outro), necessitando,
portanto, de ajustes que o tornasse flexível. O modelo de produção estatística,
voltado para o cumprimento desse objetivo,
teria cadastros censitários interligados e pesquisas contínuas, com
diferentes universos territoriais ou áreas especiais adequadas aos
padrões locacionais dos fenômenos em pauta —, para dar conta da
natureza global e fragmentada dos processos, transcendendo o paradigma
generalizante dos grandes censos e das grandes pesquisas contínuas
nacionais, de rígidos planos amostrais. (ibid, p. 2)
33
Em realidade, a partir da Constituição de 1998, as bases fiscais passaram a ser protegidas pela lei do
sigilo, o que impede que a mesma seja compartilhada por outros órgãos do Governo Federal. Antes, o
IBGE chegou a ter acesso a estas bases, no âmbito das Contas Nacionais.
33
Em suma, as autoras propunham um sistema que possibilitasse a
definição de pesquisas “menores”, voltadas na medição de um certo fenômeno.
Este não necessariamente ocorreria da mesma forma em todo o território, logo,
e desde o início, as áreas de ocorrência configurariam o próprio desenho das
pesquisas.
Essa diretriz inovadora não foi incorporada ao modelo que se fixou,
ainda que a idéia, presente nele, de pesquisas satélites aquelas que não
fazem parte do corpo central do sistema de estatísticas e servem para captar
fenômenos específicos pudesse ser o elemento de conciliação das duas
visões
34
.
I.2 RAIS
Entre o Censo de 1985 e a fixação de um novo modelo de estatísticas
econômicas, passaram-se 11 anos, pois 1996 foi o primeiro ano da nova série
da PIA-Empresa. As informações geradas neste período sofreram severos
reveses.
A PIA desenhada para os anos imediatamente posteriores ao Censo de
1985 baseava-se em três unidades de investigação. As já habituais, empresa e
estabelecimento, ao lado da unidade local, que é no mais das vezes o
endereço de atuação da empresa. Esta última seria vista como uma alternativa
aos estabelecimentos por serem reconhecidas facilmente pelas empresas, por
terem registros contábeis próprios. Portanto, o desenho que se fixou pós Censo
era visto como um “ensaio” para um novo onde as unidades locais se
sobreporiam aos estabelecimentos, não antes de se medir a “perda” gerada
com isso
35
.
34
Até agora foram duas pesquisas satélites desenvolvidas pelo IBGE, ambas no âmbito da Coordenação
de Indústria: a PCI (Pesquisa de Consumo Industrial), que, tendo como objetivo captar o consumo de
matérias-primas no setor, contribuiria para o cálculo da nova base das Contas Nacionais; e a PINTEC
(Pesquisa de Inovação Tecnológica).
35
Perda no sentido de que muitas atividades intermediárias, vistas sob a ótica dos estabelecimentos, não
mais o seriam sob a das unidades locais.
34
O planejamento dessa passagem não se concretizou por uma série de
percalços, entre os quais poderíamos citar: o desenho da PIA se mostrou por
demais complicado (GÓES, 1996), ainda mais num ambiente em que o
cadastro da pesquisa sofria de uma defasagem relativamente grande, pois era
extraído do Censo; o atraso inicial de lançamento da pesquisa, atrelado à
montagem do cadastro, que, por sua vez, estava condicionada ao término do
Censo, fez com que a série para os anos de 1986 a 1988 contasse apenas
com os dados das aproximadamente mil maiores empresas. A pesquisa
completa ocorreria nos anos de 1989 e de 1990. Em 1991, por falta de
orçamento, não se fez a pesquisa. Por fim, entre 1992 e 1995, ajustes na
amostra mantiveram no âmbito da pesquisa apenas as empresas mais
complexas
36
.
Não o fato de não haver nenhuma base de dados como foram os
Censos, mas, principalmente, por não se ter uma série de dados robusta e
contínua justifica o “abandono” das estatísticas estruturais nos estudos sobre
espacialização e especialização produtivas. Isto pode ser confirmado pelo fato
de, tão logo a nova série tornou-se estável, novos estudos se utilizaram dela
para explorações empíricas (Sousa, 2002; Suzigan et al, 2002).
A RAIS, nesse ambiente, passou a ser uma das únicas saídas possíveis
para os pesquisadores. No entanto, a informação desta fonte é o emprego e
não a produção, e estes nem sempre caminham no mesmo sentido, pois
ganhos de produtividade, por exemplo, significam que menos emprego é
necessário para alcançar um mesmo nível de produção
37
. Seja como for, a
RAIS tem um apelo grande: sua abrangência de aproximadamente 97%
38
permite a obtenção de dados desde o nível mais agregado até o mais
desagregado, em termos regionais e setoriais.
36
Para maiores detalhes, veja: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pia/default.asp?o=13&i=P>.
37
Veja, por exemplo: Andrade e Serra, 2000; e Sabóia, 2000.
38
Conforme NOTAS..., 2004.
35
As principais características
39
da RAIS são:
Série iniciada em 1975;
Periodicidade anual com abrangência nacional;
Levantamento dos estabelecimentos (que, na realidade, são as
unidades locais) de todas as atividades, inclusive daquelas que
estão fora do âmbito das atividades econômicas do IBGE. O CNPJ é
o elemento organizador;
Uso da CNAE;
Principais variáveis: emprego no dia 31-12; salário médio em
número de salários mínimos; massa salarial (multiplicação das
variáveis anteriores); admitidos e desligados segundo gênero, faixa
etária, grau de escolaridade; tempo de serviço e rendimentos,
desagregados em nível ocupacional, geográfico e setorial;
nacionalidade do empregado. A natureza jurídica do
estabelecimento é demarcada.
Deve-se acrescentar a essas características o fato de, a partir de 1995,
a RAIS aceitar declarações via Internet e, a partir de 2000, aceitar por meio
magnético e Internet
40
. Segundo avaliação interna, isso significou uma melhora
de qualidade e permitiu a redução da evasão.
No próximo capítulo, a bibliografia recente, desenvolvida justamente na
ausência dos dados censitários, será o foco de nossa atenção.
39
Ibid.
40
Ibid.
36
II Estudos Recentes Sobre Espacialização e Especialização da
Indústria Brasileira
No capítulo anterior, vimos que, com o fim dos Censos Econômicos,
realizados qüinqüenalmente pelo IBGE até o ano de 1985, abriu-se uma lacuna
importante na oferta de informações estatísticas, que repercutiu de forma
singular nos estudos direcionados às questões de espacialização e
especialização da indústria brasileira e de sua transformação no tempo.
O sistema estatístico concebido pelo IBGE desde então sofreu
descontinuidade que se estende do imediato pós-1985 até o ano de 1995.
Neste período encontra-se um sem-número de situações que culminarão, a
partir de 1996, com a fixação de um novo modelo de produção estatística,
baseado em pesquisas amostrais amplas, cujo desenho se faz com o objetivo
de gerar informações para o Brasil e para todas as suas Unidades da
Federação. Neste sentido, qualquer estudo que vise cortes espaciais
subestaduais enfrentará grandes dificuldades ao recorrer a estas bases.
As pesquisas acadêmicas que enfrentaram as limitações impostas pela
falta de informação ou pela pouca abrangência, feitas a partir de 1985, tiveram
um grau elevado de criatividade na preparação de suas bases de dados.
Extrapolação dos resultados do Censo de 1985 por intermédio de pesquisas
conjunturais (PACHECO, 1999), uso de novas fontes de informação, como a
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho
(SABÓIA, 2000), foram algumas das possibilidades exploradas.
Este capítulo se propõe a interagir com esta bibliografia, salientando
tanto seus resultados como as bases de dados utilizadas.
O interesse pela distribuição espacial e diversificação setorial da
indústria está ligado, de certa forma, a uma questão pragmática, senão política,
marcada por ações de cunho desenvolvimentista conduzidas tanto por
37
Unidades da Federação quanto por Municípios. Vamos encontrar atualmente
uma gama imensa de políticas pró-ativas, no sentido de tentar atrair novas
empresas para determinadas regiões. A renúncia fiscal e as facilidades
promovidas por governos (cessão de terrenos, construção de infra-estrutura
etc.) parecem os instrumentos mais utilizados. O setor automobilístico é
exemplar nesse aspecto (PACHECO, 1999).
Por outro lado, no âmbito da teoria, a partir da década de 90, torna-se
crescente a preocupação com essas questões. Novos ares foram soprados a
partir da contribuição de Krugman e seus colaboradores (RUIZ, 2003;
SUZIGAN, 2001), que viria a ser batizada de “abordagem da nova geografia
econômica” (SUZIGAN, 2001, p. 28). Não se quer aqui discutir estes aspectos
teóricos, mas, seja como for, tese e antítese, alimentadas por esse novo veio
teórico, surgiram intensamente nos últimos anos (RUIZ, 2003).
Ações políticas sem planejamento centralizado, portanto, competitivas
entre si no espaço estadual ou mesmo no subestadual, e um novo e forte
aparato teórico estimularam, no Brasil, a crescente preocupação com as
questões de especialização e distribuição espacial da indústria.
No período anterior a 1985, o tema esteve em voga (CANO, 1997;
PACHECO, 1999), observando-se, grosso modo, um processo intenso de
desconcentração industrial, mais precisamente, uma retração da indústria em
São Paulo e no Rio de Janeiro. Pontua Pacheco (1999, p. 7):
No início desse período, São Paulo e Rio de Janeiro respondiam por 73,2%
do VTI industrial, mas, considerando-se a perda de participação relativa dos
dois estados, que em 1985 representavam 61,4% do VTI nacional, pode-se
deduzir que cerca da metade dos investimentos implementados entre 1970 e
1985 ocorreu em outras Unidades da Federação. Se o mesmo raciocínio
fosse feito para o agregado Rio de Janeiro mais Área Metropolitana de São
Paulo, os resultados seriam ainda mais expressivos.
A bibliografia selecionada a seguir é aquela que trata do período
posterior, iniciado em meados da década de 80, durante o qual, vimos, as
38
estatísticas sofreram uma série de contratempos, tornando-se limitado o seu
alcance. Por isso mesmo, ao discutir a literatura, daremos especial ênfase ao
tratamento dado às bases de dados exploradas pelos pesquisadores.
O capítulo será organizado do seguinte modo.
Na primeira parte, focaremos as análises pioneiras, entendidas como
aquelas feitas ainda na década de 90, início de 2000, tendo como destaque:
Diniz e Crocco (1996), Pacheco (1999) e Sabóia (2000). Entenda-se pioneira
tanto no sentido de anteceder as demais, mas também por definir uma
determinada metodologia. A título de exemplo: Pacheco buscou fazer
extrapolações dos dados do Censo Industrial de 1985, mas também se utilizou
da RAIS, que seria, por sua vez, exaustivamente analisada por Sabóia.
Na segunda, buscaremos estudos mais recentes, que ou incorporam
novas bases de dados (AJARA, 2001; ANDRADE e SERRA, ano desconhecido
e 2000) ou, além disso, avançam significativamente na exploração estatística
(RESENDE e WYLLIE, 2004; SOUZA, 2004).
II.1 A Literatura Pioneira
Diniz e Crocco (1996), preocupados com possíveis mudanças no
padrão de localização da indústria brasileira a partir de 1985, “dialogam” com
os estudos feitos para o período anterior, daí que o início de seu trabalho é um
questionamento da opção de trabalhar com as regiões brasileiras, pela
dimensão territorial do país, seja pela diversidade natural, econômica e social
dentro das grandes regiões ou Estados” (ibid, p. 77). Afirmam mais:
Nos últimos anos a mesma se tornou ainda mais problemática, resultado da
ampliação destas diferenças dentro de cada região ou Estado, associada,
especialmente aos processos de reversão de polarização e reconcentração
regional dentro do Estado de São Paulo e à natureza, às vezes contraditória,
do crescimento industrial dentro dos Estados de Minas Gerais, do Paraná e
do Rio Grande do Sul, onde existem áreas de crescimento industrial
acelerado e áreas estagnadas ou decadentes. (ibid, p. 77).
39
No que tange aos aspectos teóricos, os autores listam os padrões
identificados pela literatura internacional, apontando, entretanto, a dificuldade
de adaptá-los à realidade brasileira, justamente por defrontar-se, no período
pós-70, com o intenso processo de desconcentração. Este, por sua vez,
alimentado por quatro grandes movimentos, a saber: o aumento dos custos e
da reversão da extrema concentração industrial nas áreas metropolitanas do
Rio de Janeiro e de São Paulo; a melhora na infra-estrutura geral, com seus
efeitos óbvios sobre a unificação dos mercados e sobre a criação de
“economias de urbanização” para um leque maior de regiões e cidades; os
investimentos estatais bem como os incentivos fiscais; e o papel que o avanço
das fronteiras agrícola e mineral teve sobre a disponibilidade dos recursos
naturais (ibid, p. 80).
A atuação conjunta dos quatro movimentos anteriores foi capaz de gerar
a intensa desconcentração, ocorrida entre os anos de 1970 e 1990 ou 1991,
período sob análise. Nisto, seus resultados são semelhantes a outros estudos,
no entanto, parece interessante apontar a afirmação segundo a qual a
desconcentração se “dentro da Região Centro-Sul, em um grande polígono
que vai da Região Central de Minas Gerais ao Nordeste do Rio Grande do Sul”
(ibid, p. 86). Na época em que escrevem, os autores percebem uma grande
força motriz na questão da locação industrial advinda do emergente acordo
comercial, o Mercosul, que animaria, com mais razão ainda, este polígono.
Uma forte contribuição do trabalho viria de sua análise empírica. As
microrregiões homogêneas são o espaço analítico observado, escolhendo,
entre elas, todas que empregassem pelo menos dez mil pessoas na indústria
(aglomerações industriais relevantes). O número delas, por si mesmo, é um
indicativo da desconcentração, na medida em que sobe de 33 para 90, entre
1970 e 1990. Igualmente importante é o que ocorre com o emprego nesse
agregado. Em 1970, as 33 aglomerações industriais relevantes
responsabilizavam-se por 75% do emprego industrial, enquanto, em 1990, 86%
do emprego estavam nas 90. Ao lado disso, o número destas áreas cresce por
40
todas as regiões do país, especialmente no Nordeste e no interior de São
Paulo, neste caso mostrando como teria sido eficaz a política de
desenvolvimento do interior do Estado em consonância com o processo de
desconcentração (ibid, p. 89).
A partir do emprego, Diniz e Crocco separam as aglomerações
industriais relevantes em quatro grupos: aquelas cujo crescimento do emprego
foi abaixo da média nacional; as que o crescimento esteve entre a média e
25% acima da média; as que a taxa de crescimento se colocou entre os 25% e
os 50% acima da média; por fim, todas que cresceram 50% ou mais acima da
taxa média nacional. A partir desta categorização, o autor percebe nos anos
mais recentes um movimento de concentração maior na região Centro-Sul,
embora com um espalhamento mais generalizado entre as áreas desta grande
região.
Pacheco (1999) voltou à temática com a qual obtivera seu
doutoramento tentando entender o que teria ocorrido com o padrão de
localização da indústria a partir de meados da década de 80, limite temporal de
seu trabalho anterior. Sua análise, cujos graus de abertura são as regiões e as
Unidades da Federação, conduz à conclusão de que, de 1985 até 1996, último
ano considerado, não houve uma tendência clara no sentido da reaglomeração,
mas tampouco outra em sentido contrário (ibid, p.6).
Se São Paulo e Rio de Janeiro ainda perdem espaço na conformação
da indústria brasileira, em termos de atividades econômicas, alguns setores, da
mesma forma, reduzem a concentração histórica (os de bens duráveis,
particularmente a produção automobilística, e até mesmo parte da produção de
bens salários, como no caso da indústria têxtil, de vestuário e de calçados),
enquanto outros, ao contrário, reforçam a concentração telecomunicações e
informática. O processo de desconcentração encontra uma explicação
justamente nas políticas regionais fortemente apoiadas em renúncia fiscal. Por
outro lado, as privatizações e o surgimento de novas necessidades de serviços
industriais, que se apresentam no mais das vezes nas áreas tradicionais de
41
industrialização, pendem a balança no sentido de uma maior concentração. O
movimento pendular entre essas duas forças ajudou a definir um padrão
heterogêneo de localização internamente às regiões, surgindo, aqui e ali,
verdadeiras “ilhas de produtividade” (ibid, p.4), que estimulam o crescimento
das cidades médias.
Ainda que não o faça de modo sistemático, Pacheco alinhou alguns
fatores que contribuem para a caracterização vista anteriormente. Segundo ele
(ibid, p. 6), seriam: o fato de o Estado ter reduzido sua participação no
investimento produtivo; a abertura comercial e os novos arranjos regionais de
comércio internacional (no nosso caso, o Mercosul); e o processo mais amplo
de mudança na economia internacional.
As conclusões de Pacheco se baseiam na análise do VTI, constante do
Censo Industrial. A definição formal da variável é a seguinte:
iii
COIVBPIVTI
=
==
=
(1)
onde:
a)
iii
EVIVBPI
+
++
+
=
==
=
(2),
sendo que
VI é o valor recebido pela venda e transferência dos produtos efetivamente
produzidos pelos estabelecimentos industriais; e
E é a variação dos estoques de produtos acabados e dos em curso de
fabricação
41
.
b)
=
i
COI
custos dos fatores que efetivamente entram na produção
(matérias-primas, energia etc.), excluindo-se todos aqueles ligados ao custo da
mão-de-obra
(3);
41
Rigorosamente, deveriam ser acrescentados ao VBPI outros destinos dados à produção como são a
distribuição gratuita e a incorporação de parte da produção ao patrimônio das empresas, mas para
simplificar a argumentação, e levando em conta que esses fatores não são, em valor, expressivos, não o
fizemos.
42
e, por fim,
c) i refere-se aos estabelecimentos.
Para se obter em (1), (2) ou (3) o resultado de um agregado como o
município ou uma determinada atividade, procede-se à soma dos valores
circunscritos a essa dimensão.
A expressão (1) mostra que o VTI é a contribuição efetiva da indústria
ao processo produtivo num determinado ano. A variável está influenciada por
uma série de fatores, quais sejam: os preços dos produtos e das matérias-
primas; as quantidades produzidas; e os padrões de valoração dos estoques.
Quanto maior o preço dos produtos fabricados pelo estabelecimento, tudo mais
constante, maior o VTI daquele setor (ou daquele município ou daquele
Estado). De outro modo, quanto maior o custo de energia, menor o VTI.
Esta pequena digressão se justifica para fixarmos os possíveis
problemas relacionados à metodologia adotada por Pacheco. Isto porque a
forma que o autor encontrou de atualizar o VTI, para os anos seguintes ao do
Censo Industrial, foi usar as informações dos índices de quantum, calculados a
partir da PIM-PF. Em termos teóricos, o movimento das quantidades é elegido
como uma boa aproximação do que ocorreria com o próprio VTI
42
. Todavia,
deve-se ter em mente que, no sistema de índices de quantum, os preços
relativos dos bens estão fixados num determinado período base. Com isso, as
atividades ganham ou perdem peso conforme cresçam ou diminuam as suas
quantidades produzidas
43
. Um exemplo atual pode ajudar a ver a fonte dos
prováveis problemas. Imagine a produção de celular no início da década de 90.
Produzia-se pouco a preços elevados. Pois bem, um índice cuja base fosse o
início da década de 90 daria ao setor um peso inicial pequeno, mas, à medida
que a produção de celulares fosse crescendo, ainda que com queda de preços,
este produto e, conseqüentemente, o setor a que estivesse atrelado, ganharia
42
Ver Indicadores... v. 31, 2004, p. 12.
43
Isso vale para índices de base móvel, não para os de base fixa. Nestes, o peso está fixado no ano base.
43
peso no índice. No caso de celular, concordaríamos que efetivamente o
produto ganhou peso, mas de quanto? Com certeza não foi na mesma
intensidade do crescimento da produção física, uma vez que os preços caíram
acentuadamente no mesmo período.
O que se quer com isso é apontar que uma atualização, de longo prazo,
de uma variável como o VTI por outra, cujo objetivo é indicar tendências de
curto prazo da produção, pode gerar distorções. Talvez por isso Pacheco
explore outras variáveis em seu trabalho: o emprego e os investimentos. No
primeiro caso, usando os dados da RAIS e os do Censo Cadastro do IBGE. No
outro, usando as intenções de investimento, uma série do Ministério de
Indústria e Comércio.
A título de ilustração, reproduzimos na Tabela 1 a estrutura regional
encontrada por Pacheco para o ano de 1994 e a efetivamente obtida para o
ano de 1996 (PIA Empresa). A do Censo de 1985 também aparece na tabela.
Tabela 1: Estrutura Regional (%) para Unidades da Federação
Selecionadas — 1985, 1994 e 1996
Unidade da
Federação
*
1985
(IBGE)
1994
(Pacheco)
1996
(IBGE)
Pernambuco
1,7
2,6
1,5
Bahia 4,3 1,8 2,8
Espírito Santo 1,5 1,3 1,3
Minas Gerais 8,6 9,5 9,1
Rio de Janeiro 13,2 7,9 8,2
São Paulo 48,1 43,8 49,5
Paraná 4,3 5,8 5,3
Santa Catarina 3,7 6,6 4,5
Rio Grande do Sul 6,9 10,1 7,8
Fonte: Elaboração própria a partir de Pacheco, 1999 e PIA-Empresa, 2001. 2006.
Nota: * Estas são as Unidades da Federação para as quais, até 2001, calculavam-se índices
de quantum a partir da PIM-PF.
44
Como se alguns casos de diferenças bastante expressivas. Não
nos parece que isso comprometa os resultados mais gerais, todavia, é uma
fonte possível de imprecisão. Veja, por exemplo, as seguintes situações:
Pernambuco, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul estariam, comparando os cálculos de Pacheco
aos do IBGE, superestimados
44
. No caso de Pernambuco (73%),
Santa Catarina (47%) e Rio Grande do Sul (29%) as diferenças
são acentuadas.
De outro lado, Bahia (- 36%), Rio de Janeiro (- 4%) e São Paulo
(-11%) estariam subestimados.
São Paulo, na extrapolação feita por Pacheco, teria perdido,
confrontando os dados de 1994 aos de 1985, aproximadamente 9% de sua
participação na indústria brasileira. Já, na comparação entre os dados da PIA-
Empresa com os do Censo, haveria um ganho de mais ou menos 13%.
Estamos, deste modo, diante de quadros bem distintos. O de Pacheco aponta
para a perda de importância de São Paulo, o do IBGE, para ganho
45
.
A variável usada por Sabóia (2000) é o emprego industrial, retirado da
base do Ministério do Trabalho, a RAIS. Uma de suas conclusões mais gerais
qualifica as obtidas por Diniz e Crocco. Nas palavras de Sabóia:
Embora em linhas gerais as conclusões de Diniz e Crocco permaneçam
válidas, tem havido um recente movimento da indústria para alguns estados
do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Por outro lado, a desconcentração
industrial em direção ao interior dos estados é generalizada em todo o país,
não sendo uma característica apenas das regiões Sul e Sudeste. Apesar da
queda do emprego nos principais pólos industriais, novas aglomerações se
consolidaram nas mais diversas regiões do país (ibid, p. 70).
44
Temos de ter um certo cuidado na análise por não estarmos com dados de um mesmo ano. Todavia, não
nos parece que estes dois anos distintos entre os dados de Pacheco e os do IBGE expliquem as diferenças
encontradas.
45
Na nova série da PIA-Empresa, São Paulo começa a perder importância relativa na produção industrial
a partir do ano de 1997 (49,6%). Entre este ano e o de 2003, o estado perdeu mais ou menos 17% de
participação.
45
Sabóia, ao acompanhar o emprego, aborda uma questão não tratada
até então: o seu uso no lugar da produção supõe que ambos andem pari
passu. Crescendo um, o outro cresceria. Indo o emprego para uma
determinada região, para também iria a produção. Acontece todavia que a
produtividade pode mudar significativamente e menos emprego associar-se a
mais produção. Sobre isso, comenta Sabóia
46
:
Se o nível de produtividade do trabalho variar muito entre as regiões, a
análise da concentração industrial a partir do emprego pode estar refletindo
tais diferenciais, distorcendo os resultados. Felizmente, a evidência empírica
aponta no sentido de uma menor heterogeneidade dos diferenciais regionais
de produtividade na indústria (ibid, p. 71).
Segundo Sabóia, os principais problemas da RAIS seriam o da sub-
declaração observada nos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e o da
mudança de classificação ocorrida em 1995, quando se introduz a CNAE
47
. Se,
no que diz respeito à classificação, não maiores dificuldades para o
pesquisador, uma vez que sua análise é feita num nível bastante agregado, o
fato de haver uma série em que os graus de cobertura divergem de ano para
ano é um problema, que maiores coberturas podem ser confundidas com
taxas de crescimento do emprego. Sabóia conviverá com este problema,
precavendo-se contudo ao dizer que “parte dessas dificuldades é minimizada,
tendo em vista o fato de o estudo restringir-se às maiores microrregiões em
termos de emprego industrial” (SABÓIA, 2000, p. 73).
As primeiras evidências trabalhadas por Sabóia apontam para a
continuação do processo de desconcentração. O movimento de contração do
emprego observado entre os anos de 1989 e 1997 foi, com exceção do Centro-
Oeste, generalizado. Contudo, para uma taxa média de 23,4%, a queda no
Sudeste foi maior, 30,7%, esta por sua vez explicada principalmente pelos
46
Retornaremos mais adiante a essa questão quando tratarmos das considerações feitas por Andrade e
Serra (2000).
47
Segundo o autor, a questão da introdução da CNAE gera problema na comparação com a série anterior,
principalmente nos níveis mais desagregados (ibid, p. 72).
46
desempenhos negativos de Rio de Janeiro (- 43,1%) e de São Paulo (- 33,6%).
Paralelamente, um efeito inverso no número de estabelecimentos, ou seja,
para todas as regiões e todos os estados, com exceção do Rio de Janeiro,
cresce este número. Pode-se sugerir, a partir das evidências anteriores, existir
um processo de desconcentração, espalhado para todos os quadrantes do
país. Esta sugestão encontra forte apoio no cálculo dos índices de Herfindahl
48
,
tanto para o emprego quanto para o número de estabelecimentos. Como o
índice caiu em 1997 quando comparado a 1989, essa queda confirmaria a
tendência de desconcentração. Mais ainda, como o valor do índice para a
variável emprego é maior do que o para o número de estabelecimentos, a
concentração seria maior para o emprego
49
.
Num outro corte analítico, o autor percebe que também as capitais das
Unidades da Federação perderam importância no espalhamento do emprego
industrial nos anos em foco. No mesmo sentido, decresceram relativamente o
número de estabelecimentos na capital vis-à-vis no interior dos Estados. Para
exemplificar: em 1989, o conjunto das capitais brasileiras concentrava 52,8%
do emprego e 47,3% dos estabelecimentos, números que em 1997 são,
respectivamente, 45,7% e 41,5%. Um fato relevante, na análise de Sabóia, é a
sua percepção de um processo generalizado de downsizing, isto porque, em
1989, cada estabelecimento ocupava, em média, 38 empregados na capital e
30 no interior. Em 1997, estes números são, respectivamente, 23 e 19.
Por fim, numa última alternativa analítica, Sabóia classifica as regiões
em quatro tipos de aglomerações: macroaglomerações (onde o emprego
industrial é da ordem de 100 mil ou mais empregados); grandes aglomerações
(o emprego varia entre 50 mil e 100 mil); médias aglomerações (entre 10 mil e
50 mil pessoas empregadas na indústria); e as pequenas aglomerações (o
48
Neste capítulo faz-se referência a muitos índices, sem esclarecer exatamente sua fórmula. Nosso
próximo capitulo tratará disso, na medida em que discutirá algumas “medidas” utilizadas na discussão
voltada para as questões de espacialização e especialização produtivas.
49
O autor não faz referência ao fato de o crescimento do número de estabelecimento poder ser enganoso,
uma vez que a RAIS não capta as mortes empresariais com a mesma eficiência do que os nascimentos.
47
emprego é de no mínimo 5 mil empregados e no máximo de 10 mil). A partir
dessa classificação, o autor chega a três grandes conclusões:
i) as pequenas e médias aglomerações ganharam importância tanto
em número como na absorção do emprego (ibid, p.93-4);
ii) não se pode concluir sobre os elos efetivos entre o dinamismo da
indústria e seu grau de diversificação, o que depende em grande
parte dos setores de cada local. Apesar disso, as áreas com maiores
taxas de crescimento foram aquelas menos diversificadas,
concentrada substancialmente em um ou dois setores produtivos
(ibid, p.112); e, por fim,
iii) o movimento da indústria se deu para as áreas em que os níveis
salariais são menores. De outro lado, entretanto, o fluxo de
empresas para essas áreas beneficiou duplamente a mão-de-obra
local, ao aumentar a oferta de emprego e ao elevar os níveis
salariais locais (ibid, p.113).
O Quadro 1 é uma síntese da resenha anteriormente discutida. Nele,
chamamos a atenção para as bases de dados, o período, a(s) variável(is) e a
abertura geográfica utilizadas por cada um dos trabalhos discutidos
anteriormente. Fazemos também um pequeno resumo dos resultados.
II.2 Novas Inserções no Tema
Nas análises discutidas a seguir observa-se claramente tentativas de
contornar os problemas conseqüentes da falta de dados em níveis compatíveis
àqueles do Censo Industrial. Nesse sentido, algumas foram feitas nos moldes
da literatura pioneira estudada anteriormente, porém a partir de bases de
dados inexploradas até então (AJARA, 2001; e ANDRADE e SERRA, ano
desconhecido e 2000) ou da exploração da nova série da Pesquisa Industrial
Anual de Empresas (PIA-Empresa), compatibilizando-a ao censo de 1985
(SOUZA, 2004). Andrade e Serra, Sousa e Rezende e Wyllie (2004), que utiliza
48
a RAIS, inovam ao fazer uso sofisticado do instrumental estatístico, definindo e
calculando indicadores importantes bem como testando, em exercícios
econométricos, hipóteses que justifiquem os movimentos encontrados.
49
Quadro 1:
Principais características metodológicas e resultados alcançados pela literatura pioneira para
os anos posteriores a 1985
Autor
Característica
Diniz e Crocco
(1996)
PACHECO
(1999)
Sabóia
(2000)
Base de dados
RAIS e Censos Industriais Censo Industrial, PIM-
PF, RAIS
e Intenção de Investimento
RAIS
Período 1970/1990, 1991 1985/1996 1989/1997
Variável Emprego VTI, emprego e investimento
Emprego e Número de
Estabelecimentos
Abertura
Regional
Aglomerações Regionais
Relevantes (100 mil ou mais
empregados)
Unidades da Federação Unidades da Federação;
Aglomerações (5
mil ou mais
empregados)
Resultados
Cresce o número de
Aglomerações Regionais
Relevantes, com destaque para
a Região Nordeste e o interior
de São Paulo;
O processo de desconcentração
não é generalizado, havendo,
de fato, concentração num
espaço (polígono
), que se
estende de Minas Gerais ao Rio
Grande do Sul, maior do que
aquele anterior restrito a Rio de
Janeiro e São Paulo.
Padrões não apontam um único
sentido, nem o de
reaglomeração, nem o de
desconcentração;
Padrão heterogêneo de
localização interno à
s regiões,
com surgimento de “ilhas de
produtividade”.
Conclusões semelhantes as de
Diniz e Crocco, mas salienta a
intensa movimentação da
indústria para as regiões fora do
polígono bem como
generalizado, em todas as
Unidades da Federação, o
movimento para o interior.
Fonte: elaboração própria, 2006.
50
Andrade e Serra (2000)
, tendo o Estado do Rio Grande do Sul como foco,
polemizam com autores como Diniz e Crocco, Pacheco e Sabóia em relação às
metodologias adotadas por estes. Neste sentido, tal análise pode tanto ser vista
como a crítica máxima aos resultados alcançados a partir de uma falta crônica de
informações como também como a abertura de novas perspectivas analíticas.
As mudanças estruturais ocorridas nos anos 90 quais sejam, a abertura
comercial, a reestruturação produtiva e a mudança do papel do Estado no
processo de desenvolvimento ocorreram concomitantemente à insuficiência de
dados, num momento de evolução ímpar da produtividade do trabalho. De tal
intensidade foram as mudanças na produtividade que se tornaria temerária a
utilização do emprego como aproximação da evolução da produção (ibid, p. 208).
Segundo os autores, os resultados dos estudos no período, ainda que baseados
em outra variável, o VTI
50
, são conflitantes entre si, graças à intensidade das
mudanças observadas, incapazes de ser contempladas pelas metodologias
adotadas. Com isso podem ser indicadas políticas econômicas equivocadas, que
se traduzam em reconcentração industrial. Por fim, frisam que, sem bases de
dados adequadas, não se pode medir “os custos sociais de uma não-política
regional” (ibid, p.208; grifo dos autores).
Os argumentos dos autores, no que diz respeito ao cuidado a se ter no uso
do movimento do emprego como aproximação do movimento da produção, estão
amparados em duas linhas de argumentação:
i) a produtividade do trabalho aumentou no período, ainda que as
evidências se apóiem em estatísticas conjunturais não capazes de
captar a dinâmica do emprego (captada pela PIM-DG) ou da produção
50
Extrapolado a partir do ano de 1985. Os autores estão falando das soluções apresentadas por Pacheco
(1999) e por Azzoni e Ferreira (apud ANDRADE e SERRA, 2000, p.214) .
51
(PIM-PF). Por isso, a localização espacial da produção pode não
coincidir com a do emprego;
ii) a RAIS sofre dos vários problemas explicitados por Sabóia, mas não só.
Deve-se acrescentar o fato de o registro centrar-se apenas no emprego
formal das empresas formais, o que, segundo os autores, leva a
desconsiderar
dois atuais e importantes mecanismos defensivos relativos ao processo
recessivo, quais sejam: a montagem de pequenas indústrias informais
(ex.:
confecções de ‘fundo de quintal’) e a contratação informal de
trabalho por indústrias formais (ibid, p. 213).
Além disso, criticam os problemas que as fontes usuais para o cálculo da
produtividade têm. Segundo eles:
A PIM-PF e a PIM-DG são pesquisas desatualizadas que não permitem a
incorporação do valor da produção de bens industriais que não estivessem
na amostra original destas pesquisas. Além do mais, como dito, as
referidas pesquisas não estão aptas a refletir espacialmente a geração de
valor novo, tradicionalmente medida pelo VTI. Não estão aptas porque
assumem como invariável a razão valor da produção/valor agregado dos
respectivos anos-base para cada um dos componentes da amostra (ibid,
p. 214).
Vale registrar algumas questões metodológicas das pesquisas
supracitadas, uma vez que as críticas sobre elas são um dos pilares do trabalho
de Andrade e Serra.
A PIM-DG é uma pesquisa cuja amostra é probabilística. Ou seja, tomando
os dados censitários de 1980 foi selecionado, aleatoriamente, um determinado
número de estabelecimentos, de variados tamanhos, para os quais passou a ser
investigada uma série de variáveis relacionadas ao emprego (salários, ligamentos
e desligamentos, horas pagas etc.), além do valor da produção. Cada uma dessas
variáveis é extrapolada para gerar resultados para o universo da pesquisa e, a
52
partir dos dados expandidos, calculam-se os índices. Sendo assim, não há, como
sugerem os autores, uma relação fixa da variável valor da produção/valor
agregado determinada no ano-base da pesquisa. O que há, sim, é que o cadastro
desta pesquisa não foi atualizado, ou pelo menos não foram incluídos novos
estabelecimentos, já que muitos deixam de existir ao longo da pesquisas
51
. O que
pode haver então de problemático? O fato conjunto de não incluir novos, de um
lado, e de excluir as mortes, de outro, acaba reduzindo a pesquisa ao grupo de
estabelecimentos menos propícios à morte, notadamente os grandes, com efeitos
diretos sobre a expansão da amostra e, conseqüentemente, sobre a trajetória dos
índices, que tenderia a ser a mesma observada nas maiores unidades. Por esse
problema potencial, em 2001, o IBGE descontinuou a série da PIM-DG,
substituindo-a pela da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES).
A PIMES se restringe ao levantamento dos dados de emprego, não
coletando mais o valor da produção, pela razão de esta variável conter dois
problemas latentes. O primeiro: os estabelecimentos não trabalham com esse
conceito, tipicamente da contabilidade nacional, portanto a variável informada, na
prática, era o faturamento. O segundo: não existe um índice de preços que possa
servir como deflator de uma variável como essa, já que nem os índices ao
consumidor nem o atacadista são preços observados na porta das fábricas. Vale
frisar, ainda, que a PIMES, também uma amostra probabilística, seleciona, de um
cadastro atualizado constantemente, suas amostras válidas para um ano inteiro, o
que é a solução para o principal problema observado na PIM-DG.
A crítica de Andrade e Serra cabe melhor para os índices de produção
física, uma vez que, nesse caso, sim, os produtos são selecionados num
determinado ano, a partir de uma relação fixa entre o valor da produção/valor
agregado, relação esta que determinará o peso inicial de cada um dos produtos. A
amostra um painel de informantes extraídos a partir de uma seqüência de
51
Se o desaparecimento está relacionado a uma mudança estrutural, como é a absorção de um
estabelecimento de uma empresa por outra, o mesmo continua na pesquisa.
53
cortes: 80% das atividades locais; dentro delas, 80% dos produtos de cada
atividade; entre eles, os informantes que respondem por 80% de sua produção
52
continuará a mesma até que haja uma nova seleção, podendo, quando muito,
incluir-se um ou outro produto que seja muito parecido com algum existente
(incluir CD com o mesmo peso de discos de vinil, por exemplo). Sem menosprezar
a crítica dos autores, não podemos perder de vista que a indústria brasileira é
extremamente concentrada. Segundo os dados da Pesquisa Industrial Anual de
Produto, os 100 principais produtos da indústria brasileira representavam, em
2000, aproximadamente 40% tanto do faturamento quanto do valor da produção
da indústria brasileira.
Outra linha de argumentação, ainda considerando as pesquisas
conjunturais do IBGE, parte da constatação de que são atingidos resultados
distintos conforme se utilize as projeções por intermédio da variável valor da
produção, da PIM-DG, ou via quantum, da PIM-PF. Tendo como pano de fundo
resultados obtidos por Pacheco (PIM-PF) e Azzoni e Ferreira
53
(PIM-DG), Andrade
e Serra observam que as estruturas regionais obtidas, ao longo do tempo,
conforme se atualizem os dados de 1985 via valor da produção (PIM-DG) ou
quantum (PIM-PF) são bastante diferentes reconcentração espacial no primeiro
caso e desconcentração no outro (Andrade e Serra, 2000, p. 215)
54
. De forma
conclusiva, os autores afirmam:
A conclusão que se chega acerca das possibilidades de interpretação da
espacialização do Produto industrial nos níveis regionais e estaduais pós-1985 é
a de que são limitadas, seja em virtude da defasagem das amostras (...), seja em
função das dificuldades de deflacionar as informações, dado que a variação dos
preços não é homogênea para os diversos produtos industriais componentes da
amostra. (ibid, p. 216).
52
Essa sistemática foi utilizada na última atualização da PIM-PF, em 2002, mas a idéia geral vale para
amostras dessa natureza. Vale dizer que, para o Brasil, todas as atividades são levadas em consideração, não
havendo, portanto, o corte inicial dos 80% das atividades.
53
Ver, em Andrade e Serra (2000), tabela 1, p. 214.
54
Um pouco antes, fizemos parcialmente esta discussão ao confrontar os dados obtidos por Pacheco com os
da PIA-Empresa.
54
Por fim, acrescentam ainda: as limitações até então discutidas, se
resolvidas, possibilitariam aos pesquisadores fazer uma boa análise estadual.
Para outras explorações, no nível dos municípios, por exemplo, somente a RAIS,
com todos os seus problemas, e alguns cálculos de PIB municipal, feitos sem
padronização metodológica, serviriam como bases de dados, ou melhor, limitadas
bases de dados.
Na seqüência do artigo, Andrade e Serra (2000) utilizam a base municipal
disponibilizada para o Rio Grande do Sul pela Fundação de Economia e
Estatística FEE (p. 216 em diante). A questão colocada é: até que ponto se
obtém, na comparação entre os dados, uma boa aproximação entre as variáveis
pessoal ocupado e o produto industrial no nível municipal (ibid, p. 216). Partindo,
portanto, das informações do Rio Grande do Sul, nos anos de 1990, 1995, 1996 e
1997, tendo como base a RAIS (pessoal ocupado) e o PIB industrial calculado
pela FEE, os autores, fazendo uso de coeficientes de correlação e de
desigualdade entre as duas variáveis, chegam a conclusão que, embora haja
correlação entre elas, isso não assegura que se use indistintamente uma ou outra
(ibid, p.225).
Em outro trabalho,
Andrade e Serra (ano desconhecido)
fazem uma
exploração do PIB municipal calculado no âmbito do Nemesis
55
. O objetivo do
trabalho é, para os anos 1975, 1980 e 1996, comparar quatro aspectos da
dinâmica regional, a saber: i) como o agregado de 111 metrópoles e centros
regionais e sub-regionais que juntos respondem por aproximadamente 80% da
produção industrial em qualquer um dos anos analisados — contribuíram na
geração do produto nacional; ii) como foi o comportamento tanto deste agregado
55
O NEMESIS Núcleo de Estudos e Modelos Espaciais Sistêmicos é patrocinado pelo PRONEX -
Programa de Apoio a Núcleos de Excelência, uma iniciativa do MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia,
através da FINEP-Finaciadora de Estudos e Projetos e do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico. O objetivo do NEMESIS é a modelagem (no sentido conceitual, matemático ou
econométrico) dos processos demográficos, econômicos e ecológicos no Brasil, explicitando suas
interrelações espaciais, em sentido lato. Os objetivos são analisar padrões geográficos de ocupação do
território, suas consequências ambientais e, sobretudo, avaliar impactos espaciais de políticas
governamentais”. Extraído de <http://www.nemesis.org.br>. Acesso em 15 de fevereiro de 2006.
55
de município quanto de cada um deles isoladamente; iii) como o desempenho
destas aglomerações urbanas esteve associado às suas vantagens comparativas;
e iv) em que grau ocorreu desenvolvimento econômico nestas aglomerações.
Entre os resultados alcançados, evidencia-se a perda de importância das
cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, que alcançam uma produção conjunta,
em 1996, de 23% da produção industrial, contra 26%, em 1975. Ante a pequena
perda de participação das duas metrópoles globais, Salvador, Belo Horizonte,
Fortaleza, Brasília, Curitiba, Belém, Goiânia, Manaus e muitos centros regionais,
que aumentaram sua participação em 50%, ao sair, em 1975, de uma importância
de 6% para alcançar, em 1996, 9% (ibid, p. 34), se vêem favorecidos. Grande
parte deste movimento deveu-se a desempenhos diferenciados entre os
municípios, sendo perceptível o pouco dinamismo do Rio de Janeiro (com taxa
média de crescimento no período de 0,93% contra um crescimento do país de
2,71%) e o tímido de São Paulo (2,14%) contra outros bem satisfatórios (3,77%
das metrópoles regionais e 4,59% dos centros regionais).
Outro resultado obtido diz respeito à uma depuração do crescimento no
período entre 1975 e 1980, levando-os à concluir que a especialização foi um fator
propulsor do crescimento, quando esta se deu nas metrópoles com estruturas
produtivas que o favoreciam. Por fim, a análise do PIB per capita, como indicativo
do desenvolvimento regional, indicou que alguns centros menores (São José dos
Campos, Santos, Florianópolis, Porto Velho entre outros) alcançaram um valor
que os colocou em posição melhor do que o Rio de Janeiro, por exemplo, ainda
que esta metrópole e as demais apresentassem indicadores maiores do que a
média nacional.
Os trabalhos de Souza (2004) e de Resende e Wyllie (2004) têm como
característica marcante o uso do instrumental econométrico, que os credencia a
formular algumas hipóteses de causa-efeito e testá-las. Souza, por exemplo,
relacionará o processo de abertura comercial dos anos 90 à menor concentração
56
industrial brasileira. Na seqüência deste capítulo, cuidaremos de sumariar as
principais contribuições destes autores.
Souza (2004)
, utilizando, para os anos de 1970, 1975, 1980 e 1985, os
dados do Censo Industrial, e, para 1985
56
, 1996 e 1997, os da PIA-Empresa,
analisa cada um dos períodos, seguindo, em cada um deles, a seguinte estrutura.
Num primeiro momento, o cálculo do índice de Gini. Num segundo, o do índice de
Vernables, que, ao contrário do Gini, leva em conta as distâncias geográficas
entre os estados. Depois, o de um produto interno, o Viés da Característica dos
Estados (VCE), que permite observar para quais estados a indústria está ou não
se concentrando. Finalmente, o autor usa um modelo econométrico, sugerido por
Midelfart-Knarvik e outros, com o objetivo de entender como “fatores industriais
conjugados aos estaduais podem explicar as forças que levam à localização dos
setores industriais em determinados estados” (ibid, p. 3). Vale ressaltar que a
variável utilizada é o VTI.
Entre os resultados alcançados, realçamos: a) tanto os investimentos em
infra-estrutura, dos anos 70, como a abertura comercial, dos 90, influenciaram
sobremaneira a distribuição da atividade industrial entre os estados brasileiros,
que se deu no sentido de uma maior desconcentração; b) os setores tecnológicos,
nos dois períodos analisados, apresentaram níveis superiores de concentração
quando comparados aos de consumo final ou aos de fornecedores de insumo; c)
pelo índice de Gini, os setores fornecedores de insumo tornaram-se mais
dispersos depois de 1985, e os de consumo final, mais concentrados, mas quando
a distância entre os estados é considerada, ou seja, pelo índice de Vernables, a
dispersão seria uma característica geral. Essa aparente contradição significa “que
a produção ficou mais concentrada em alguns estados, mas com uma maior
dispersão espacial” (ibid, p. 19); d) não como dizer o tipo de estado para o qual
as indústrias se direcionaram, embora os que mais atraentes tenham sido aqueles
56
O ano de 1985 aparece duas vezes porque, na prática, é aquele que possibilita fazer o elo entre os dois
momentos. Para a série posterior a este ano, o Censo Industrial de 1985 foi remodelado para tornar-se
comparável às Pesquisas Industriais Anuais (PIA). Ver Souza, 2004, p. 6.
57
com maior proporção de gastos em infra-estrutura e com maior participação da
agricultura na sua economia local; e, por fim, e) no que tange aos efeitos
cruzados, observados pelo modelo de Midelfart-Knarvik e outros, são as
interações do potencial de mercado com os encadeamentos anteriores e
posteriores e com as economias de escala que determinarão, em grande medida,
a localização industrial.
Resende e Wyllie (2004)
fazem uma série de análises a partir de medidas
de aglomeração, usando os dados de pessoal ocupado da RAIS
57
, nos níveis de
microrregião, agregadas segundo a classe (4 dígitos) da CNAE e tomando as
unidades locais (estabelecimentos no entender dos autores) como referência.
As medidas de aglomeração dos autores, as quais voltaremos com maior
atenção no próximo capítulo, partem do índice de Herfindahl, que, segundo os
autores, “tem sido freqüentemente utilizada [a medida] na literatura de Economia
Industrial face às suas propriedades superiores relativamente a medidas mais
simplificadas como as chamadas razões de concentração” (ibid, p. 8). Vale dizer
que o índice de Herfindahl requer a informação individual das empresas, portanto,
os autores se utilizaram dos microdados da RAIS.
Salientamos os seguintes resultados:
uma elevada heterogeneidade entre os diversos setores industriais,
levando em conta qualquer um dos índices calculados. Se a grande
desagregação setorial pode explicar tamanha heterogeneidade,
também é verdade que se percebe facilmente uma mudança nos
padrões de aglomeração ao longo dos anos;
57
Os autores recorrem a Andrade e Serra (2000) para questionar o uso das pesquisas conjunturais de indústria
do IBGE e, por outro lado, rechaçam a PIA porque “tal desenho amostral [grupo de empresas entre 5 e 29
empregados selecionado aleatorialmente e as com mais de 30 investigadas exaustivamente] é impróprio para
o cálculo de medidas de concentração” (RESENDE e WYLLIE, 2004, p. 15; texto entre colchetes nosso).
58
dentre os 20 setores com maior aglomeração, houve uma mudança na
ordenação vigente no ano de 2001 quando comparada com a vigente
em 1995. Mais recentemente, entram 9 setores que não se
apresentavam como tal em 1995. Além disso, como as medidas de
aglomeração apresentaram uma elevação simultânea nos coeficientes
de assimetria, conclui-se que a proporção de setores com baixo grau
de aglomeração aumentou.
Ajara (2001)
defenderia seu doutoramento abordando as questões que
estamos discutindo, ou por outra, tudo que norteou o restante da bibliografia até
agora tratada, com um viés quantitativo bastante forte, encontra-se presente em
seu trabalho, no entanto, de forma auxiliar, como ferramenta capaz de costurar os
elementos teóricos básicos, entre os quais citaríamos a globalização e os seus
possíveis desdobramentos no Brasil. É fundamental pontuar, todavia, o trabalho
de geógrafo do autor, que vai buscar no mapeamento o espaço de representação
das mudanças em curso, não se limitando, desse modo, à descrição e cálculos de
indicadores tão-somente.
Assim, sua hipótese poderia ser descrita, de uma maneira ampla,
conforme o seguinte trecho do trabalho:
(...) no movimento contemporâneo de reestruturação espacial opera uma
vertente de alta seletividade espacial que responde por tendências à exclusão
de áreas cujas características o se mostram em sintonia com a dinâmica e os
interesses de globalização do sistema capitalista (ibid, p.2).
Com isso, o autor quer dizer que a adaptação brasileira ao processo de
globalização
58
, desencadeado desde os países industriais capitalistas
centralizados a partir da crise dos anos 80, desdobrou-se na fragmentação
espacial, no sentido de criar ‘’áreas de inclusão” vis-à-vis outras, “de exclusão”.
58
Cujos os marcos gerais seriam tanto a abertura comercial como a própria reestruturação produtiva das
empresas. A título de exemplo, veja p. 159 do trabalho em consideração.
59
No entanto, ao tratar das questões empíricas de fato, Ajara discute
também as próprias opções metodológicas adotadas, colocando, de antemão,
como um de seus objetivos:
(...) validar o quadro referencial selecionado como sendo apropriado ao
entendimento das configurações que o movimento de reestruturação espacial,
em nível mundial, assume num País de dimensão continental em processo de
redefinição econômico-produtiva e de redimensionamento do Estado e com
profunda heterogeneidade em termos sócio-econômicos e espaciais. (ibid, p.1 e
2).
Vale dizer que formam o quadro referencial supracitado a variável
escolhida (o PIB) e a escala (as Mesorregiões). Acrescenta-se, por acreditar na
importância justificadora da citação, o que diz sobre a variável-foco:
(...) o Produto Interno Bruto (PIB) foi tomado como sintetizador do conjunto de
transformações associadas aos mencionados processos em curso e, portanto,
como indicador fundamental selecionado para o tratamento no âmbito
operacional, pois, embora aparente expressar fenômeno do campo estritamente
econômico, tem nele contida a dimensão política responsável por um conjunto
de decisões e de ações, que se concretizam na esfera da geração de riqueza e
da organização espacial da economia. (ibid, p.155).
Definido o escopo de sua análise empírica, Ajara buscará no esboço de
mapas a apresentação de seus resultados. Como não os reproduziremos,
pontuamos a partir de agora os grandes resultados encontrados pelo autor,
demarcando, também, os vários cortes analíticos efetuados ao longo de seu
trabalho.
Parece oportuno mostrar que nos três capítulos dedicados ao tratamento
empírico, é utilizada uma mesma sistemática, qual seja: primeiro o foco se
sobre o PIB geral; depois, sobre suas componentes setoriais PIB primário,
secundário e terciário.
60
O primeiro corte analítico é o da distribuição espacial percentual do PIB, ou
seja, para cada mesorregião tomou-se o valor de PIB correspondente, dividindo-o
pelo PIB nacional.
Em termos matemáticos, o indicador seria o seguinte:
100*
Brasil
PIB
PIBj
PartPIBj =
(4)
Onde:
j
mesorregião. Num segundo momento, na análise setorial,
haveria duas instância: a mesorregião (j) e a atividade (
i
). A equação seria
adaptada, mas sem perder a característica apontada na formulação acima.
O segundo corte, sempre usando a variável PIB, diverge do primeiro por
tratar, agora, com valores absolutos. O indicador poderia ser descrito da seguinte
forma:
)1985()1996( j
PIB
j
PIB
j
PIB =
(5)
Onde:
j
mesorregião. Como na formulação anterior, um indicador da
atividade entra na equação quando a análise acrescenta a perspectiva setorial.
Em termos analíticos, como terceiro corte, Ajara (2001) apresenta, no
sexto capítulo de sua tese, a contribuição que mais difere das que temos vistos
até aqui: o cálculo dos quocientes sucessivos, apresentados em mapas apoiados
em representação em faixas, que tem a largura proporcional à importância dos
setores da economia (ibid, p. 320).
Entre os muitos resultados alcançados pelo autor, poderíamos citar:
61
suas informações mais gerais tangenciam aquelas encontradas por
Diniz e Crocco (1996)
59
, pois, assim como os autores precursores
dessas análises, Ajara (2001) percebe uma concentração do PIB no
polígono “cujos vértices seriam constituídos por Belo Horizonte,
Uberlândia, Maringá, Porto Alegre, Florianópolis, São José dos
Campos” (ibid, p. 169). Posto de outra forma, nem todas as ações de
governo no sentido de atenuar a concentração espacial da atividade
econômica conseguiu espalhá-la de forma mais abrangente por todo o
território nacional (ibid, p. 169).
O autor reforça a (pré) existência de fatores infra-estruturais, tais como
a presença de universidades, laboratórios de pesquisas, redes de
serviços, etc. (ibid, p.167) como um elemento definitivo na contenção
do espalhamento da indústria. Alguns de seus números mostram bem
isso: as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo
respondiam, em 1980 e também em 1996, por praticamente 1/3 do PIB
nacional. Somando-se outras seis Mesorregiões (metrópoles de São
Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador e a
mesorregião de Campinas), o indicador de participação salta, em 1980,
para 50%. Vale dizer que pelos mesmos 50%, em 1996, responderam
as mesmas áreas anteriores acrescidas das Mesorregiões
Metropolitana de Curitiba e Metropolitana do Distrito Federal (ibid, p.
164).
Em relação ao setor secundário, a primeira constatação é a sua perda
de importância entre os períodos analisados, caindo de 41% do PIB
total, em 1980, para 32%, em 1996 (ibid, p.180). Esse encolhimento,
todavia, não foi acompanhado por um processo de desconcentração
59
Devemos ter em mente que enquanto Ajara está falando no total das atividades econômicas, Diniz e Crocco
estão focados na atividade industrial apenas. Como a indústria é o nosso corte de análise, salientaremos, nessa
resenha de Ajara, seus resultados voltados para o setor secundário.
62
haja vista que, como pontuaram Diniz e Crocco (1996), o eixo principal
da indústria continuou contido no polígono apontado acima.
De outro lado, mais de 40% das Mesorregiões brasileiras, quer se fale
do ano de 1980, quer se fale do de 1996, respondem, isoladamente,
por 0,10% ou menos do PIB do setor secundário (ibid, p.180). Portanto,
em termos gerais, os padrões não divergem num ou noutro momento
do tempo.
Porém, é de se ter em mente que há ajustes bem característicos
quando se olha um conjunto de Mesorregiões com certas
características comuns. No Nordeste, com exceção da Bahia, o
movimento se deu no sentido de concentrar a atividade industrial ao
redor das capitais estaduais (ibid, p.187). Por outro lado, evidencia-se,
como apontado em Pacheco (1996, apud Ajara, 2001, p. 188), um
processo de interiorização da produção em São Paulo, com destaque
para Mesorregiões como as de Ribeirão Preto, Piracicaba, São José do
Rio Preto e Bauru. O mesmo movimento Ajara encontra em Minas
Gerais (ibid, p. 238).
Do mesmo modo que fizemos antes, apresentamos a seguir um quadro
condensando a metodologia e o resultado presentes na bibliografia recém
discutida.
Até agora expusemos, no primeiro capítulo, como foi o caminho percorrido
pelo depois do fim dos Censos Econômicos. Neste, realçamos certas
particularidades do tratamento metodológico feito pelos pesquisadores, que não
mais tiveram os dados nos níveis dos oferecidos pelo Censo, e os resultados
alcançados. No próximo, os indicadores serão nosso foco. Definir suas fórmulas e
organizá-los em termos de alcance analítico serão nossa tarefa primordial.
63
Quadro 2:
Principais características metodológicas e resultados alcançados pela nova literatura para os anos
posteriores a 1985
Autor
Característica
Andrade e Serra
(2000)
Andrade e Serra
(ano desconhecido)
Souza
(2004)
Ajara
(2001)
Resende e Wyllie
(2004)
Base de dados
RAIS; PIB Rio Grande
do Sul
PIB Municipal Nemesis
Censo Industrial e
PIA-Empresa
PIB Municipal Nemesis
RAIS
Período
1990, 1995, 1996 e
1997
1975, 1980 e 1996 1970 – 1985;
1985 – 1997
1980 e 1996 1995 e 2001
Variável Emprego e PIB PIB VTI PIB municipal Emprego
Abertura Regional
Municípios
111 metrópoles e
centros regionais e
sub-regionais
Unidades da
Federação
Mesorregiões Microrregião
Resultados Análise feita entre
municípios do Rio
Grande do Sul;
Principal resultado
seria metodológico:
não se pode usar
indistintamente o
emprego e o PIB,
ainda que sejam
variáveis altamente
correlacionados.
Rio de Janeiro e São
Paulo perdem
importância e
crescem abaixo da
média nacional;
Composição da
estrutura produtiva
favoreceu o
crescimento do PIB
nos casos das
metrópoles e dos
centros regionais,
mas não nos centros
sub-regionais.
Desconcentração
industrial,
influenciada pelos
investimentos
federais, nos anos 70,
e pela abertur
a
comercial, nos 90;
Setores tecnológicos
tornaram-
se mais
concentrados;
Fornecedores de
insumo tornaram-
se
mais dispersos,
enquanto os de bens
de consumo,
dependendo do
indicador utilizado,
podem ter ficado mais
ou menos
concentrado.
Percebe um processo
de desconcentração
limitada, nos moldes
daquele observado
por Diniz e Crocco;
No novo quadro,
combinam
fragmentação e
reconcentração, com
a fixação conseqüente
de um quadro
fragmentado de
crescimento
econômico;
O foco na
competitividade
reforça os forte
s e
enfraquece os fracos.
Padrões de
aglomeração alteram-
se no tempo, tendo-
se elevado a
proporção dos setores
com baixo grau de
aglomeração.
Fonte: elaboração própria, 2006.
64
III Indicadores para Estudos de Espacialização e
Especialização
Depois de, no primeiro capítulo, acompanharmos o processo de
mudança no sistema de estatísticas industriais ocorrido nos últimos 20 anos e
de, no segundo, discutir uma boa parte da bibliografia ligada aos estudos
voltados para a questão da localização e especialização produtivas, neste
capítulo buscaremos, sem pretensão de exaustividade, apresentar um conjunto
de indicadores utilizados ou não pela bibliografia estudada. Para organizá-lo,
os indicadores serão diferenciados entre dois tipos: os descritivos e os
estatísticos
60
.
Ajara (2001), Andrade e Serra (ano desconhecido), Diniz e Crocco
(1996), Pacheco (1999) e Sabóia (2000) calculam, ainda que não
exclusivamente (Sabóia e Andrade e Serra), os indicadores tipicamente
descritivos.
Os indicadores estatísticos surgem a partir da “provocação” teórica feita
por Krugman (1991), alçando a questão da regionalização produtiva para o
topo da teoria econômica, o que acabaria por desembocar nos indicadores
estatísticos. No caso brasileiro, estes aparecem nos trabalhados resenhados,
de forma auxiliar em Sabóia (2000) e Andrade e Serra (2000) e de forma
preponderante em Sousa (2002) e Resende e Wyllie (2004).
Os indicadores, independentemente do fato de serem descritivos ou
estatísticos, buscam comparar uma certa distribuição (a importância de uma
determinada atividade numa determinada região ou vice-versa) com outra,
geral ou ideal. A questão fundamental está em “encontraressa distribuição
ideal. E é justamente nisso que se diferenciam os dois tipos de indicadores. O
descritivo usa como ideal a distribuição nacional, o que quer dizer que todas as
comparações serão feitas tendo-a como paradigma. No entanto, esta estrutura
industrial pode, ela mesma, ser imperfeita (por exemplo, em um país com
extrema concentração), portanto, o pressuposto da comparação fica
60
Resende e Wyllie (2004) propõem algo parecido, embora não cheguem a dar nome aos indicadores.
65
prejudicado. É o que quer evitar o indicador estatístico. Nesse sentido, busca-
se construir uma distribuição teórica contra o qual se fazem as comparações,
que pode ser obtida por intermédio de um modelo estatístico em que se
definem as probabilidades (teóricas) de criação de uma empresa de uma
determinada atividade numa determinada região.
Se discutimos e apresentamos tanto os indicadores descritivos quanto
os estatísticos, no próximo capítulo, quando passaremos à análise de
resultados, utilizaremos os descritivos em nossa análise. Isto porque eles nos
permitirão um “diálogo” mais próximo com a literatura discutida. Um
desdobramento deste trabalho irá na linha de calcular os indicadores
estatísticos, explorando-os de forma mais acentuada, como o fazem, por
exemplo, Sousa e Resende e Wyllie.
O capítulo está configurado em três seções. Na primeira, partindo da
apresentação de indicadores feita por Haddad (1989), definiremos os principais
indicadores descritivos, procurando pontuar algumas de suas qualidades e
também de seus defeitos. Na segunda, acrescentaremos algumas
contribuições recentes (Midelfart-Knarvik et all, 2000; Mulligan e Schmidt,
2005). Na terceira seção, selecionaremos uns poucos indicadores estatísticos,
explorados apenas de forma exemplar, tendo como ponto de partida, seguindo
o que fazem Resende e Wyllie (2004), o índice de Herfindahl.
III.1 Indicadores Descritivos
Haddad (1989) apresenta indicadores para medidas de localização e
também para medidas de especialização (ou regionais)
61
.
As medidas de localização são
De natureza setorial e se preocupam com a localização das atividades entre
as regiões; vale dizer, procuram identificar padrões de concentração ou
dispersão espacial do emprego social
62
, num dado período ou entre dois ou
mais períodos. (Haddad, 1989, p. 231-232)
61
O autor chama a atenção para o caráter descritivo e limitado dos indicadores, mas que serviriam a
análises exploratórias que se fazem acompanhadas de outras técnicas (Haddad, 1989, p.225).
62
O autor fala em emprego social, mas os indicadores valem igualmente para outra variável, como por
exemplo o PIB, aliás variável que se utiliza Haddad quando faz exemplos numéricos dos indicadores.
66
Já os de medida regionais
Se concentram na análise da estrutura produtiva de cada região, fixando as
colunas nas matrizes de informações, com o objetivo de investigar o grau de
especialização das economias regionais num dado período, assim como o
processo de diversificação observado entre dois ou mais períodos. (ibid, p.
239)
Os dois tipos de indicadores se utilizam de duas matrizes de informação
construídas a partir de uma base de dados organizada como no quadro-
exemplo a seguir definido.
Quadro Indicativo 1: Valor da Transformação Industrial, segundo Unidades
da Federação e Atividades Industriais
Unidade da
Federação (j)
Setor (i)
11 12 .... 53 Total
Setorial
10 a
10,11
a
10,12
... a
10,53
j
a
10j
11 a
11,11
a
11,12
... a
11, 53
j
a
11j
.... ... ... ... ... ...
37 a
37,11
a
37,12
... a
37, 53
j
a
37j
Total Estadual
i
a
i11
i
a
i12
...
i
a
i53
i
j
a
ij
* Adaptamos o quadro de Haddad de forma a incluir os níveis da análise que faremos adiante. Nas
linhas “atividades” estão abertas as divisões de indústria (2 digitos) da CNAE, enquanto nas colunas
“Unidades da Federação”, as atuais 27 Unidades da Federação conforme o código numérico definido pelo
IBGE. É verdade que no quinto capítulo nossa análise descerá para o nível das Mesorregiões, o que não
modifica em nada o resultado aqui apresentado.
Cada célula de informação no quadro acima expressa o Valor da
Transformação Industrial (VTI) numa determinada atividade localizada numa
determinada Unidade da Federação. Assim, por exemplo, a
10,11
é o VTI da
Extração de Carvão Vegetal (que recebe o código 10 na CNAE) em Rondônia
(código 11); a
10,12
, o VTI da mesma Extração de Carvão Vegetal, agora no Acre
(12); e assim por diante.
A soma obtida por linha resulta no valor que a atividade obtém no total
nacional (
j
a
10j
é a produção total obtida com a extração de carvão vegetal) e a
obtida por coluna, no total da produção de uma determinada Unidade da
Federação (
i
a
i53
é a produção industrial total do Distrito Federal). Vale dizer
67
que
i
j
a
ij
é o valor nacional total do VTI, que se pode obter tanto somando o
total da produção por Setor quanto por Unidade da Federação.
A partir da construção de dois quadros baseados nas informações
contidas no Quadro Indicativo 1 é possível obter todos os indicadores
propostos por Haddad. Tais quadros apresentam valores percentuais, ora
considerando as linhas, ora as colunas.
Quadro Indicativo 2:
Estrutura Setorial da Indústria, segundo
Unidades da Federação
Unidade da
Federação
(j)
Setor (i)
*
11 12
...
53
Total Setorial
10 a
10,11/
i
a
i11
a
10,12/
i
a
i12
...
a
10,53/
i
a
i53
j
a
10j /
i
j
a
ij
11 a
11,11/
i
a
i11
a
11,12/
i
a
i12
...
a
11,53
/
i
a
i53
j
a
11j /
i
j
a
ij
.... ... ...
...
... ...
37 a
37,11/
i
a
i11
a
37,12/
i
a
i12
...
a
37, 53
/
i
a
i53
j
a
37j /
i
j
a
ij
Total Estadual
1,00 1,00
...
1,00 1,00
* Comumente nessa linha o valor que aparece é 100, ou seja, os indicadores seriam cada um deles
multiplicado por 100 para dar a idéia exata de percentagem.
Qualquer célula no Quadro Indicativo 2 indica a participação de uma
determinada Atividade na produção de uma determinada Unidade da
Federação. Por exemplo: a
37,11/
i
a
i11
(*100) indica de quanto é a participação
da atividade de Reciclagem na produção industrial total de Rondônia. Na última
coluna do quadro, os percentuais dizem respeito ao total nacional, ou seja,
j
a
37j /
i
j
a
ij
(*100) aponta a importância da atividade de Reciclagem na
produção industrial nacional.
68
Quadro Indicativo 3:
Estrutura Regional da Indústria, segundo
Setores Industriais
Unidade da
Federação
(j)
Setor (i)
11 12
....
53
Total
Setorial
10 a
10,11/
j
a
10j
a
10,12/
j
a
10j
...
a
10,53/
j
a
10j
1,00
11 a
11,11/
j
a
11j
a
11,12/
j
a
11j
...
a
11,53/
j
a
11j
1,00
.... ... ...
...
... ...
37 a
37,11/
j
a
37j
a
37.12/
j
a
37j
...
a
37,53/
j
a
37j
1,00
Total Estadual
i
a
i,11/
i
j
a
ij
i
a
i,12/
i
j
a
ij
...
i
a
i,53/
i
j
a
i,j
1,00
No Quadro Indicativo 3, cada célula representa a participação de uma
determinada Unidade da Federação na produção de uma determinada
Atividade. Podemos entender a
11,12/
j
a
11j
(*100) como quanto da atividade de
Extração de Petróleo e Serviços Correlatos está localizada no Acre. A última
linha da tabela, por sua vez, indica como a produção nacional se distribui ao
longo de suas Unidades da Federação. Sabe-se, por exemplo, que
i
a
i,53
i
j
a
i,j
(*100) é a contribuição percentual do Distrito Federal para a produção industrial
brasileira.
Na literatura que tivemos oportunidade de discutir, muitas das análises
se deram, no todo ou em parte, com os dois últimos quadros anteriormente
vistos. Os analistas comparavam os valores percentuais obtidos num período
com os obtidos noutro. Assim em Pacheco (1999), Sabóia (2000), Ajara (2001),
Andrade e Serra (ano desconhecido).
Antes de discutir os indicadores propostos por Haddad (1989),
definiremos:
69
=
i
ji
ji
e
a
a
i
j
,
,
é a comparação de uma determinada célula com o total obtido
na coluna, ou seja, a distribuição setorial da produção numa determinada
região; e
=
j
ji
ji
e
a
a
j
i
,
,
é a comparação de uma determinada célula com o total
obtido na linha, ou seja, a distribuição regional do VTI de uma determinada
atividade.
Haddad (1989) sugere quatro indicadores, apresentados no Quadro 3,
como medidas de localização.
70
Quadro 3: Indicadores de Localização
Indicador Fórmula Esclarecimento Observação
Quociente Locacional
(quociente locacional da Atividade
i na Unidade da Federação j)
=
i j
ij
i
ij
e
ij
a
a
j
QL
i
Compara-se a importância de uma
Unidade da Federação numa
Atividade com a importância da
mesma no Brasil.
> 1
Unidade da Federação é mais importante,
nacionalmente, em termos daquele setor do que de
todos os setores.
Entende-se que nesta situação há um forte potencial
exportador.
Coeficiente de Localização
(coeficiente de localização da
Atividade i)
=
j i
ee
i
ii
jjCl *5,0
Relaciona duas distribuições
percentuais: a do VTI setorial com a
do VTI total.
A multiplicação por ½ nessa
expressão, bem como em todas as
demais deste quadro e do próximo,
é uma forma de padronizar a
duplicação conseqüente do
somatório das diferenças absolutas
(Mulligan e Schmidt, 2005, p. 568)
0 Cl
i
1;
Se = 0, a Atividade i estará distribuída
regionalmente da mesma forma que o conjunto de
todas as atividades;
Se = 1, a Atividade i apresenta um padrão de
concentração regional mais intenso do que o
conjunto de todas as atividades.
Coeficiente de Associação
Geográfica
(coeficiente de localização
geográfica entre as Atividades i e
k)
=
j
ekei
ki
jjCA *5,0
,
Compara as distribuições
percentuais da produção (VTI) das
Atividades i e k entre as regiões.
0 CA
i,k
1;
Se = 0, as duas atividades se distribuem
regionalmente da mesma forma, indicando um forte
padrão de associação geográfica.
Coeficientes de Redistribuição
(coeficiente de redistribuição da
Atividade i entre os períodos 0 e
1)
=
j
eiei
oi
jjCR
1
*5,0
(0 e 1 indicam os períodos)
Para uma mesma Atividade, o
coeficiente de redistribuição
compara suas distribuições em dois
momentos do tempo.
0 CR
i
1;
Se = 0, entre os dois períodos não houve
modificação no padrão de concentração ou de
dispersão espacial.
Fonte: elaboração própria, 2006.
71
Ainda como medida de localização, Haddad (1989) sugere a definição de
curvas de localização, semelhantes à curva de Lorenz. A idéia é construir gráficos
em que são expressos os valores acumulados da produção (por atividade) numa
determinada Unidade da Federação, no eixo vertical , e, no horizontal, a estrutura
setorial do Brasil. Chama-se de “valor de referência” à curva de 45
o
, indicando que
os valores acumulados numa e noutra perspectiva seriam os mesmos. O gráfico
abaixo, com dados fictícios, mostra a idéia geral da medida.
Curva de Lorenz
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Valores acumulados do VTI setorial - Brasil
Valores acumulados do VTI setorial - UF Y
Fonte: elaboração própria, com dados fictícios, 2006.
Considerando a curva anterior, Haddad (1989, p. 238) diz que
O cálculo da relação entre a área sob a curva e a diagonal e a área do triângulo
abaixo da diagonal mede a intensidade desta concentração, com valores-limites
de zero e um (em ordem crescente de grau de concentração). (ibid, p. 238)
Essa área é, por sua vez, o próprio índice de Gini, que viria a ser o
principal instrumental de Krugman (1991, p. 54-59) ao apresentar algumas
72
evidências sobre a questão da localização
63
para o caso americano como
exemplo.
São dois os indicadores de
especialização
explorados por Haddad (1989),
e estão no quadro a seguir.
As críticas que se fazem aos indicadores, de localização e de
especialização, poderiam ser resumidas da seguinte forma:
i) a disponibilidade dos dados nem sempre obedece ao nível de
agregação desejável na análise. Quer por questões de
desidentificação
64
das informações, que podem inclusive ocultar as de
setores importantes e concentrados, como o é o da produção de aviões
(Krugman, 1991, p. 57), quer por existência apenas parcial dos dados
(Resende, 2002, p. 76). A este respeito, Haddad (1989) diz o seguinte:
Normalmente, a disponibilidade de dados estatísticos impõe restrições ao grau
de desagregação regional e setorial em que poderão ser calculadas as medidas
de localização e de especialização. Ora, os resultados destes cálculos são
extremamente sensíveis ao tamanho da região e à classificação industrial que
serviram de base para a montagem das matrizes de informações, de tal forma
que os padrões obtidos através destas medidas estão condicionados pelos
processos classificatórios inicias. (ibid, p. 242.)
ii) A falta de variável de produção induz ao uso de outras variáveis,
notadamente o emprego, no cálculo dos indicadores. Ambientes de
acelerado crescimento da produtividade podem levar a conclusões
erradas sobre a produção tendo como foco o emprego (ANDRADE e
SERRA, 2000; HADDAD, 1989; SABÓIA, 2000).
63
O autor estaria respondendo a duas questões. Em suas próprias palavras: “First, how localized in the
“typical U.S. industry? (...) Second, what sorts of industry are highly localized?” (p. 55)
64
Os institutos produtores de estatísticas ocultam as informações que podem gerar a identificação dos
informantes. Normalmente, no caso das pesquisas econômicas, ocultam-se aquelas células quem têm menos
de 3 informantes. No caso do Brasil, veja os volumes usuais de disseminação das pesquisas anuais
(PESQUISA... vários anos); no americano, Krugman (1991, p. 57).
73
Quadro 4: Medidas de Especialização
Indicador Fórmula Esclarecimento Observação
Coeficiente de Especialização
(grau de especialização de uma
determinada Unidade da
Federação)
=
i j
ee
j
jj
iiCE *5,0
Compara a estrutura produtiva de uma
determinada Unidade da Federação
com a nacional.
0 CE
j
1;
Se = 0, a distribuição setorial da Unidade da
Federação é idêntica à nacional;
Se = 1, a Unidade da Federação tem um alto
grau de especialização em determinadas
atividades ou a distribuição local é muito
diversa da nacional.
Coeficiente de Reestruturação
(relaciona a estrutura produtiva
local em dois momentos do
tempo)
=
i
ejej
oj
iiCT
1
*5,0
(0 e 1 indicam os períodos)
Procura, ao analisar dois períodos do
tempo, medir se houve mudança no
sentido de uma maior especialização
produtiva local.
0 CT
j
1;
Se = 0, não se terá observado nenhuma
modificação com a passagem do tempo;
Se = 1, a modificação terá sido radical.
Fonte: elaboração própria, 2006.
74
iii) Em relação ao Índice de Gini, Krugman incorpora algumas
considerações, que se podem tomar como válidas para os
indicadores discutidos até agora. Primeiro, calculam-se os índices
para estruturas regionais definidas administrativamente. Porém,
estas são bastante diferenciadas no que tange ao tamanho de sua
população e de suas cidades
65
. Além disso, uma suposição de
que a atividade econômica limite-se a essas fronteiras (KRUGMAN,
1991, p. 57). Acrescenta, ainda, que o uso muito agregado da
classificação corresponderá a uma análise de “objetos”
heterogêneos, uma vez que uma atividade como alimentos e bebidas
(2 dígitos da classificação de atividades brasileira) inclui tanto setores
extremamente simples do ponto de vista tecnológico, como outros
sofisticados; ou de outro modo, tanto setores voltados para classes
de consumo “populares” (parte dos alimentos) como outros (como
certos vinhos) para os quais os principais consumidores são classes
mais abastadas.
iv) Haddad (1989, p. 242) chama os problemas acima de “técnicos”,
diferindo dos “conceituais”, estes sim marcados pela incapacidade
dessas medidas de gerar relações explicativas para os fenômenos
observados, pois não foram concebidas para tal” (ibid, p. 243).
III.2 Contribuições Recentes
Apesar das críticas, particularmente a denominada “conceitual”,
indicadores descritivos têm sido usados, defendidos e atualizados, como o
fizeram recentemente Midelfart-Knarvik et al (2000) e também os geógrafos
Mulligan e Schmidt (2005).
65
“An industry that is completely concentrated around a small town in Califórnia will not generate as
high a locational Gini as comparably concentrated industry in Rhode Island.” (Krugman, 1991, p. 57)
75
Mulligan e Schmidt (2005), a partir dos quadros indicativos numerados
de 1 a 3, criam indicadores de “coeficientes globais”, um para o caso da
localização e outro para o da especialização.
Tomemos o coeficiente de Localização, definido no Quadro 3 como:
=
j i
i
e
ji
e
j
i
Cl *5,0
(1)
O número de coeficientes de localização encontrados para o país será
o mesmo do número de atividades sob análise. No caso brasileiro são 26 níveis
tomando as divisões da CNAE.
O coeficiente global (CG) será definido como:
=
i
i
CL
i
uLCG )(
(2)
Onde:
=
i j
ij
i
ij
i
a
a
u
(3) expressa a importância da atividade i no agregado do
país.
Antes de mostrar a potencialidade do coeficiente definido em (2), vale
dizer que o coeficiente global (CG) pode ser obtido por meio do coeficiente de
especialização. Em Mulligan e Schmidt (2005) encontram-se os elementos que
comprovam que CG(L) = CG(R), definindo-se este último como:
=
j
j
CR
j
vRCG )(
(4)
Onde:
76
=
i j
ij
j
ij
j
a
a
v
(5) expressa, por sua vez, a importância da Unidade da
Federação j no agregado do país.
O coeficiente global permite, sob o prisma da espacialização ou da
especialização, obter um conhecimento integrado das mudanças que
ocorreram ao longo do tempo.
Por exemplo, uma queda no valor de CG(L), de um ano para outro,
estaria associada a uma menor concentração espacial, mas quanto dela se
deve a mudanças no padrão locacional (CL) e quanto a alterações na
importância da atividade na produção nacional (u) somente a análise dos
elementos distintos permitirá responder.
Outra contribuição, de Midelfart-Knarvik et all (2000), vai no sentido da
comparação entre regiões. A idéia dos autores é construir um quadro do tipo
descrito abaixo.
Quadro Indicativo 4:
Diferenças bilaterais entre Unidades da
Federação
Unidade da
Federação
11
12
....
53
11 0,00
0 ≤ m
11,12
≤ 1
...
0 ≤ m
11,53
≤ 1
12 0 ≤ m
12,11
≤ 1
0,00
...
0 ≤ m
12,53
≤ 1
.... ... ...
...
...
53 0 ≤ m
53,11
≤ 1
0 ≤ m
53,12
≤ 1
... 0,00
As características básicas do Quadro Indicativo 4 são:
Um elemento m qualquer é uma medida da diferença básica entre duas
regiões, portanto, m
11,12
é a diferença existente entre Rondônia (UF 11)
e Acre (12);
77
na diagonal principal da matriz os valores são zero, fato que expressa
que não diferença bilateral entre uma Unidade da Federação e ela
mesma;
a matriz quadrada, por sua vez, tem os elementos m
11,12
= m
12,1,1
o que
significa dizer que a diferença entre duas regiões é sempre a mesma;
o maior valor de m é 1, caso em que não haveria nenhuma similaridade
entre as estruturas industriais das duas regiões.
Cada elemento da matriz é obtido da seguinte forma:
=
i
ek
i
ej
i
jk
m *5,0
(6)
66
, onde j e k são as Unidades da Federação.
O indicador anterior é a contrapartida do indicador de agregação
geográfica definido no Quadro 3. Num caso, comparamos a localização das
atividades (associação geográfica), noutro a especialização (diferenças
bilaterais).
III.3 Indicadores Estatísticos
Como dissemos, e tivemos oportunidade de ver nas seções anteriores,
os indicadores descritivos nada mais são do que uma comparação entre uma
distribuição particular (voltada para a questão da localização ou a da
especialização) e a nacional. Quando miramos a questão da localização,
medimos, por exemplo, a importância da atividade Têxtil no Rio de Janeiro vis-
à-vis a importância da mesma atividade na produção nacional.
Haddad (1989) diz o seguinte a respeito dos coeficientes calculados
sob estas perspectivas:
66
Na realidade, estamos fazendo um pouco diferente do que fizeram Midelfart-Kanrvik et all (2000), na
medida em que estamos multiplicando por ½ o valor absoluto. Isso porque nosso coeficiente de
especialização, ao contrário do deles, é também multiplicado por ½. Desse modo, os valores de m ficam
restritos, no nosso caso, ao intervalo [0,1].
78
Como este coeficiente é um valor relativo derivado a partir da comparação de
duas distribuições, é preciso destacar que sua relevância depende das
possíveis distorções que são mantidas na própria distribuição-base. (ibid, p.
234)
Os indicadores estatísticos servem ao propósito de contornar as
distorções na distribuição-base uma vez que substituem a existente por uma
teórica.
Resende e Wyllie (2004) fazem um apanhado de indicadores
recentemente utilizados na literatura relacionado à questão regional. O ponto
de partida dos indicadores discutidos por eles
67
é o índice de Herfindahl.
Conceitualmente, este índice é definido por:
=
=
N
i
i
sH
1
2
(7)
Onde
2
i
s
é o quadrado da parcela de mercado da i-ésima firma em uma
indústria com N firmas. Se a produção for concentrada em uma única firma, H =
1 (valor máximo). Seu valor mínimo, que ocorreria quando todas as firmas
dividem a produção de forma igualitária
68
, é dado por 1/N. O índice de
Herfindahl tem vantagens sobre outros índices de concentração, os chamados
de razão de concentração
69
, uma vez que respondem positivamente a certos
critérios axiomáticos (RESENDE e BOFF, 2002, p. 88-90).
Podemos calcular um índice similar ao anterior, mas considerando as
regiões e não as firmas.
=
=
K
j
j
sJ
1
2
(8)
67
Os autores se utilizam de indicadores propostos por Devereux et al (2004), Maurel e Sédillot (1999) e
Ellison e Glaeser (1997). Ver Resende e Wyllie, 2004, p.8-14.
68
Para uma “prova” ver Resende e Boff, 2002, p. 78.
69
Por exemplo o CR (4), que mede a fatia de mercado das quatro maiores firmas de uma atividade. Ver
Resende e Boff, 2002.
79
Onde K é o número total de localidades e
2
j
S
é o quadrado do peso
devido a uma localidade
70
.
Um índice de aglomeração, baseado nos anteriores (RESENDE e
WYLLIE, 2004, p. 10), poderia ser:
MF
=
α
(9)
Onde:
*
2
*
1
]
1
[
K
J
K
sF
k
j
j
==
(10), sendo que
K
*
= min [N,K], sendo N o número de firmas e K o número de regiões; e
N
H
N
sCV
N
sM
N
i
i
j
1
)(
]
1
[
1
2
2
===
=
(11)
; e
2
)(
i
sCV
representa o quadrado do coeficiente de variação das parcelas
de mercado (das firmas).
O índice proposto pela igualdade 9 acima trata de duas dimensões.
Numa a região é vista numa perspectiva nacional (F), noutra é observada a
organização das firmas dentro de uma determinada região (M).
-1 < α < + 1. Quando α = 0, uma distribuição uniforme de tamanho
dos estabelecimentos dentro das indústrias e entre localidades onde existem.
Quando α +1, existe um número grande de firmas concentradas numa única
localidade. Quando α - 1, isso significaria a existência de um grande número
de firmas numa mesma localidade, mas uma delas teria quase a totalidade do
mercado.
Podemos fazer outras duas observações a respeito do indicador α. Em
primeiro lugar, para calculá-lo é necessário ter informações individualizadas
das empresas, haja vista que são requeridas as parcelas de mercado de cada
70
Em nossos quadros anteriores, este valor corresponderia ao quadrado de
i
a
ij/
i
j
a
ij.
80
uma das firmas. Logo, o uso de um índice como este tem como condição
necessária o acesso ao microdado. Por outro lado, ainda não inserimos no
cálculo do índice a tal distribuição teórica de que falávamos no início dessa
seção.
Continuando com os índices cuja base conceitual é o Herfindahl,
Resende e Wyllie (ibid) apresentam outras medidas de aglomeração, essas
sim, justificadas a partir de modelo probabilístico de localização de plantas. O
índice a seguir, sugerido por Maurel e Sédillot (apud RESENDE e WYLLIE,
2004, p. 11), é um exemplo:
H
HX
G
MS
MS
=
1
)1(
γ
(12)
Onde:
==
=
K
j
j
K
j
jMS
xsG
1
2
1
2
)(
(13)
; e
=
=
K
j
j
xX
1
2
(14)
cada xj indica a
participação percentual da produção da localidade j na produção nacional.
Sem entrar em detalhes
71
, a medida
MS
γ
se justificaria a partir de um
modelo probabilístico de localização de plantas, identificando-se com o
“coeficiente de correlação entre as decisões locacionais dos diversos pares de
plantas e aproximaria a importância de fatores relativos às externalidades”
(ibid, p. 11).
O índice anterior estaria baseado em um outro, devido a Ellison e
Glaeser (ibid, 11), que, segundo Overman et al (2003, p. 30), teriam sido os
primeiros a propor índices com essa concepção, objetivando evitar o problema
descrito a seguir:
Industries characterized by higher increasing returns to scale (larger plants)
will ceteris-paribus appear more spatially concentrated than industries
characterized by low increasing returns (small plants), simply because they
have relatively few plants. (ibid, p. 30)
71
Estes podem ser encontrados em Resende e Wyllie, 2004, p. 11-13.
81
Para não ficar restrito às famílias de índices fundamentados em
Herfindahl damos um último exemplo, este sugerido por Mori et al (2005). O
índice, definido pelos autores, é confrontado com uma “distribuição de
dispersão espacial completa” (formulada como hipótese nula) da seguinte
forma: para cada atividade o índice, D, é medido como a divergência de
Kullback-Leibler (ibid, p. 1) entre a distribuição real e a teórica. Quanto maior o
valor de D, menor a dispersão, portanto, maior a concentração espacial. As
características estatísticas do índice, por sua vez, permitem comparações entre
os valores das diversas atividades e, com isso, é possível saber qual delas é
mais ou menos significativamente concentrada. Além disso, como a
divergência de Kullback-Leibler é decomposta nas várias áreas de um
determinado espaço, D também pode ser decomposto em termos das unidades
geográficas escolhidas, o que, por sua vez, serve como um meio de medir a
melhor extensão para se processar a análise.
A expressão a seguir é a definição formal do índice proposto por Mori et
al (2005).
=
Rr
or
ir
iroi
p
p
pppD )ln()|(
(15)
onde: i
I (1,..., I) representa as atividades; r
R (1,..., R), as regiões.
O resultado a que se chegou na igualdade (15) parte dos seguintes
pressupostos:
Definindo N
ir
como o número total de estabelecimentos da indústria i na
região r, então o padrão de localização dos estabelecimentos — N
ir
: ir
R de cada indústria i é uma amostra aleatória de tamanho
=
r
iri
Nn
, extraída de uma população com um número grande de
estabelecimentos amostráveis. Assim,
):( Rrpp
irir
=
expressa a
probabilidade de um estabelecimento da atividade i, escolhido
aleatoriamente, estar localizado na região r. Deve-se ter em mente que o
modelo assim descrito supõe que as decisões de localização das
unidades são tratadas como eventos estatisticamente independentes;
82
Para contrastar com a distribuição anterior, define-se uma teórica, que,
no caso de Mori et al (ibid), é um modelo de completa dispersão
espacial, a partir do pressuposto de que os estabelecimentos da
atividade i têm chances iguais de se instalarem em qualquer área
econômica, a, de uma determinada região. A probabilidade associada se
expressa por:
a
a
po
r
r
=
, onde r
R
(16)
e a hipótese de dispersão espacial completa é resumida pela seguinte
distribuição probabilística:
):( Rrpopo
r
=
(17),
que, por sua vez, é a expressão ideal
com a qual, na expressão 15 acima, se compara
):( Rrpp
irir
=
.
Na expressão 15 não se conhece de fato o valor de
):( Rrpp
irir
=
.
Desta forma, é preciso calcular um estimador para este valor, que
poderia ser:
i
ir
ir
n
N
p =
^
, r
R
(18)
72
.
Neste capítulo tratamos de mostrar tanto os indicadores que
utilizaremos nos próximos capítulos bem como uns poucos outros que são, na
realidade, uma evolução em relação aos escolhidos. Não tivemos a intenção de
fazer uma discussão detalhada das características dos indicadores, mas a de
mostrar suas possibilidades e limitações.
Nos próximos capítulos, que encerram esta dissertação, discutiremos
os indicadores a partir de dois cortes espaciais: no quarto capítulo, as
Unidades da Federação; no quinto, as Mesorregiões. Como se verá, num e
noutro caso a abertura setorial é a da divisão da CNAE. Além disso, questões
72
Em Mori et al (2005, p.6) discute-se as características do estimador escolhido, que não repetimos aqui.
83
de identificação da informação nos fizeram adotar, tanto com as regiões quanto
com as atividades, algumas agregações.
84
IV Especialização e Espacialização da Indústria: Uma Análise
por Unidade da Federação – 1985 e 2003
Até o capítulo anterior tratamos dos aspectos básicos que dão contorno
às questões da especialização e da localização industriais. No primeiro,
discutimos as bases de dados, com ênfase nas mudanças ocorridas na
produção de estatísticas industriais pelo IBGE. No segundo, consideramos a
bibliografia surgida justamente no momento de transição do modelo de
produção de estatísticas industriais, quando lacunas importantes reduziram a
disponibilidade de dados. Por fim, apresentamos uma série de indicadores
usualmente utilizados em estudos dessa natureza.
Neste capítulo, analisaremos os dados, ainda que num nível bastante
agregado, o da Unidade da Federação. Deste modo, cumprimos dois
propósitos. Primeiro: mostrar como existem certos percalços com os quais nos
deparamos na hora de trabalhar com as informações. Assim, discutiremos
como, mesmo neste vel, a questão de contornar a identificação da
informação implica em tomar decisões que, em maior ou menor escala,
influenciam o resultado alcançado (Krugman, 1991, p. 57). Segundo: refletir
sobre nossos resultados tendo como pano de fundo as conclusões alcançadas
por outros pesquisadores.
A organização do capítulo é a seguinte. A maneira de contornar os
limites impostos pela possibilidade de abertura das informações está na
primeira seção. Depois, partindo de indicadores sintéticos que levam em conta
os dois períodos do tempo, iniciaremos a análise propriamente dita.
IV.1 Limites e Soluções para os Problemas de Abertura das Informações
As bases de dados utilizadas neste trabalho são o Censo Industrial de
1985 e a Pesquisa Industrial Anual de Empresas de 2003. A escolha se deveu
ao fato de a primeira ser o último levantamento extensivo, que permite
explorações de dados em níveis bem desagregados, tanto do ponto de vista da
85
classificação quanto em termos da escala regional, e a segunda de ser a
informação mais recentemente divulgada pelo IBGE
73
.
Pelas razões também explicadas, é preciso fazer, sobre as duas bases,
um trabalho anterior no intuito de torná-las comparáveis. Recordando, as
principais diferenças são:
Âmbito: nas pesquisas atuais, o setor industrial é aquele processado
no âmbito das empresas industriais, sendo desconsiderada toda
atividade industrial feita em empresas comerciais, de serviços e
outras. Por outro lado, fazem parte da pesquisa o conjunto de
empresas com pelo menos 5 pessoas ocupadas. Essas duas
características fazem com que se considere, do Censo Industrial,
apenas as empresas que correspondam ao perfil anteriormente
definido;
Unidade de Investigação: a unidade de investigação da pesquisa
atual é a Unidade Local, que pode incluir mais de um
Estabelecimento, a unidade do Censo Industrial. Foi possível
rearranjar o Censo de forma a criar as unidades locais;
Classificação: as classificações utilizadas nas duas bases são
diferentes entre si. No entanto foi possível, através de um tradutor
entre ambas
74
, usar a CNAE.
Inclusão de Tocantins: em 1985 ainda não fora criado o Estado, que
pertenceria à Região Norte. No entanto, por intermédio dos
municípios que vieram a compor o novo estado foi possível tornar
compatíveis as informações nos dois anos.
Logo, é sobre o Censo de 1985 que se fazem as mudanças, tornando-o
comparável à PIA. Este trabalho não foi feito no âmbito de nosso trabalho. O
IBGE mantém uma base com as informações comparáveis, utilizada tanto
73
A divulgação anual da pesquisa industrial do IBGE ocorre, normalmente, na primeira metade do ano,
com uma defasagem, em relação a dezembro do ano de referência, de aproximadamente 18 meses. A
relativa aos dados de 2004 se deu no final de junho de 2006.
86
internamente quanto também por pesquisadores outras instituições (SOUSA,
2002).
Porém, não podemos perder de vista dois outros problemas. O primeiro:
a PIA não possibilita análises em níveis mais desagregados do que a Unidade
da Federação. O segundo: células de informação que infringem o sigilo
estatístico acontecem mesmo quando consideramos níveis agregados de
classificação e de abertura espacial. Falaremos sobre cada um deles a seguir.
O primeiro será tratado em nosso próximo capítulo, quando a análise se
der no nível das Mesorregiões, que, no das Unidades da Federação, ele de
fato não exista.
Para contornar a identificação da informação, fomos obrigados a
estabelecer algumas agregações, tanto de Unidades da Federação quanto de
classificações. O Quadro 5 mostra as que foram feitas em termos de atividades
produtivas. No que diz respeito às Unidades da Federação, foram agregadas
todas as da Região Norte, com exceção dos Estados do Amazonas e do Pará.
Essas agregações garantiram que todas as informações para o ano de
2003 pudessem ser exploradas, mas não para 1985. Neste caso, optamos
simplesmente por ajustar o VTI, subtraindo dos totais estaduais e o nacional a
parcela correspondente aos dados identificados. O impacto, no agregado
Brasil, foi de menos de 1%.
Uma última palavra a respeito da metodologia. Utilizamos, no cálculo
dos indicadores, o VTI. Esta variável expressa, de fato, a contribuição da
indústria à produção nacional. Todavia, Midelfart-Knarvik et al (2000) sugerem
que, graças ao panorama atual da organização industrial, marcada por
processos de terceirização, desverticalização, etc., muita das vezes com a
presença de unidades fabris complementares localizadas em países distintos,
ela poderia não corresponder ao que, em tese, é o esperado. Por isso, no
cálculo do índice de concentração sugerido por eles, a escolha recai sobre o
Valor Bruto da Produção Industrial. A explicação dos autores é a seguinte:
74
Este tradutor pode ser obtido em <http://www.ibge.gov.br/concla/cnae/correspondencias>.
87
Previous studies on the location of production in Europe have used value
added instead of gross production value as measure of activity level.
However, the use of value added makes the analysis much more vulnerable
to structural shifts in outsourcing to other sectors. Over the period we study
there have been large changes in outsourcing, particularly increased
outsourcing of service sector intermediates, and it is this that motivates our
use of gross production value. (p. 4)
Quadro 5: Agregações de Atividades
Atividade CNAE
Extrativa
Extração de Carvão Mineral;
Extração de Petróleo e Serviços Co
rrelatos; Extração de
Minerais Metálicos; e
Extração de Minerais Não-Metálicos.
Alimento, Bebida
e Fumo
Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas; e
Fabricação de Produtos do Fumo.
Refino e Química
Fabricação de Coque, Refino de Petróleo, Elaboraç
ão de
Combustíveis Nucleares e Produção de Álcool; e
Fabricação de Produtos Químicos.
Eletroeletrônico
Fabricação de Máquinas para Escritórios e Equipamentos
de Informática;
Fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos;
Fabricação de M
aterial Eletrônico e de Aparelhos e
Equipamentos de Comunicações; e
Fabricação de Equipamentos de Instrumentação Médico-
Hospitalares, Instrumentos de Precisão e Ópticos,
Equipamentos para Automação Industrial, Cronômetros
e Relógios.
Material de
Transporte
Fabricação e Montagem de Veículos Automotores,
Reboque e Carrocerias; e
Fabricação de Outros Equipamentos de Transporte.
Diversas
Fabricação de Móveis e Indústrias Diversas; e
Reciclagem.
Fonte: elaboração própria, 2006.
Optamos por manter a solução mais comum (uso do VTI) uma vez que
assim podemos, por um lado, avaliar nossos resultados à luz daqueles
constantes na bibliografia brasileira e, por outro, por nos parecer que o
problema apontado anteriormente tem importância maior em países que
88
participam de mercados comuns, como os da América do Norte e os da
Europa, onde, por exemplo, recursos humanos e investimentos transitam para
além das fronteiras nacionais sem grandes obstáculos
75
.
IV.2 Espacialização e Especialização nas Unidades da Federação:
1985/2003
Para analisar os diversos indicadores sintéticos de que dispomos
comecemos por fixar as informações mais gerais, quais sejam, as das
estruturas setorial e regional da indústria brasileira. As tabelas 2 e 3, a seguir,
apresentam os dados percentuais, calculados a partir do VTI.
Tabela 2: Estrutura Setorial da Indústria Brasileira, 1985 e 2003
Estrutura Setorial
(%)
Atividade
1985
2003
Extrativa
8,3
7,0
Alimento, Bebida e Fumo 11,5 17,3
Têxtil 6,0 2,2
Vestuário 2,9 1,4
Couros e Calçados 2,2 1,9
Produtos de Madeira 1,3 1,6
Celulose e Papel 3,0 4,4
Edição 1,8 2,9
Refino e Química 18,6 22,4
Borracha e Plástico 3,8 3,8
Minerais Não-Metálicos 4,4 3,7
Metalurgia Básica 8,0 6,9
Produtos de Metal 3,9 3,0
Máquinas e Equipamentos 7,4 5,7
Eletroeletrônico 7,0 5,1
Material de Transporte 6,7 8,9
Diversas 2,9 1,7
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
Na Tabela 2 chama a atenção os setores que ganharam peso entre
1985 e 2003. Edição é aquele em que houve o maior crescimento percentual
na participação (57%), embora sua contribuição à produção ainda seja
75
Essa característica tem efeito sobre a própria produção estatística, uma vez que a produção nacional
89
relativamente pequena em 2003 (2,9%). Ao lado dela, sobressai Celulose e
Papel, que aumenta sua participação em 46%. Todavia, alguns setores de
grande importância também avançam de forma expressiva, como é o caso de
Alimento, Bebida e Fumo, Refino e Química e Material de Transporte. Se em
1985, os três respondiam por 36,8% da indústria brasileira, em 2003 este valor
é 32% maior. No sentido inverso, a indústria extrativa, terceira na estrutura de
1985, cai para a quarta posição em 2003, perdendo 15% de sua participação
percentual. Finalmente, são os setores ligados ao parque têxtil que reduzem
mais sua participação na indústria. O têxtil propriamente dito, ao sair de 6,0%
para 2,2%, perdeu 64% de sua importância relativa. Um pouco atrás, vestuário
encolheu em 54% sua contribuição. Os eletroeletrônicos estão entre os que
perdem participação com recuo de 28%.
Uma primeira observação a ser feita a respeito da Tabela 3, que
apresenta a estrutura regional da indústria brasileira, é a do crescimento
vertiginoso da participação percentual dos Estados da Região Centro-Oeste e
do Pará, todos com uma importância relativa em 2003 superior em mais de
100% àquela do ano de 1985. No caso de Mato Grosso a participação em 2003
é de quase 390% maior, refletindo o fato de para este estado, e de resto para
todo o Centro-Oeste, os efeitos da modernização agrícola (AJARA, 2001, p.
326) terem transbordado para a indústria. Mesmo assim, a contribuição
conjunta destas Unidades da Federação continua relativamente pequena para
a produção nacional.
Em 2001, quando do lançamento da PIA-Empresa de 2000, o IBGE
76
apresentou, em sua “Análise dos Resultados” quadros com a estrutura regional
para os anos de 1985, 1996 e 2000. Se não grandes diferenças entre a
informação dos anos mais recentes daquela série e a que apresentamos para o
ano de 2003, elas existem. Registra-se nesse sentido o que acontece com os
Estados de Pernambuco, que reverte, em 2003, sua constante perda de
participação na indústria nacional ao passar de 1,1%, em 2000, para 1,4%; do
Ceará que, ao contrário de Pernambuco, perde espaço (de 1,7% em 2000 para
perde, em parte, seu poder de explicação. A este respeito ver, por exemplo, Fellegi, 1998.
76
PESQUISA INDUSTRIAL, 2001.
90
1,0%); da Bahia, que não aumenta, marginalmente, sua participação (de
3,9% para 4,1%), mas consolida uma posição de ganhos, uma vez que o
estado, em 1996, antes da instalação da indústria automobilística por exemplo,
havia regredido sua participação para 2,8% da indústria nacional.
Tabela 3: Estrutura Regional da Indústria Brasileira, 1985 e 2003
Estrutura Regional
(%)
Unidade da Federação
1985
2003
Norte, exceto AM e PA
0,2
0,2
Amazonas 1,8 3,2
Pará 0,7 1,5
Maranhão 0,3 0,5
Piauí 0,1 0,1
Ceará 0,9 1,0
Rio Grande do Norte 0,9 0,5
Paraíba 0,3 0,4
Pernambuco 1,7 1,4
Alagoas 0,4 0,4
Sergipe 0,8 0,5
Bahia 4,3 4,1
Minas Gerais 8,5 9,7
Espírito Santo 1,5 2,1
Rio de Janeiro 13,2 10,4
São Paulo 48,1 40,8
Paraná 4,3 6,9
Santa Catarina 3, 7 4,7
Rio Grande do Sul 6,9 8,0
Mato Grosso do Sul 0,2 0,7
Mato Grosso 0,2 0,9
Goiás 0,7 1,6
Distrito Federal 0,1 0,3
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria
.
A perda de importância de São Paulo permanece; mais do que isso, em
2003 ela se acelera, uma vez que em 2000 São Paulo detinha 45,3% da
indústria nacional
77
. Aliás, utilizando dos dados apresentados no documento do
IBGE supracitado, entre 1985 e 1970, São Paulo retrocedera em 15% sua
77
Ibid.
91
participação nacional, e entre 1996 e 2003 (apenas 7 anos contra os 15 da
comparação anterior), 18%. Não se pode perder de vista que entre 1996 e
1985 São Paulo havia recuperado parte de suas perdas, que seu peso na
estrutura industrial saíra de 48,0% para 49,5%.
Outro fato marcante, quando se consideram não as pontas da série
como na Tabela 3, mas outros anos entre 1985 e 2003, é que o Rio de
Janeiro, que perdeu espaço na indústria nacional até 1996, reverte essa
tendência, chegando aos 10,4% atuais depois de contribuir para a produção
industrial com 9,4% em 2000 e 8,2% em 1996.
Na realidade, a produção continua bastante concentrada, ainda que com
pequenas alterações dentro das áreas de maior importância. Vejamos: a
Região Sudeste perde em participação, saindo de uma contribuição de 71,4%
em 1985 para 63,0% em 2003. O comportamento dos dois principais Estados
produtores da região, Rio de Janeiro e São Paulo, efetivamente explica esta
queda, haja vista que, em conjunto, a participação cai de 61,4% para 51,3% ao
mesmo tempo em que crescem a participação de Minas Gerais e a do Espírito
Santo. Ao lado desta região, encontramos o Nordeste também encolhendo de
importância, ainda que em níveis bem menores. As demais regiões ganham:
Norte avança em 75%, Sul em 32% e Centro-Oeste em 195%.
Estes resultados condensados nas duas tabelas anteriores são por
demais conhecidos. Como vimos, grande parte das análises se utilizaram
justamente dessas informações para afirmar sobre um possível processo de
desconcentração industrial. Uma parte da discussão que se seguiu à
constatação da menor participação das regiões mais densamente industriais
(São Paulo e Rio de Janeiro) deu-se no sentido de entender quais foram as
áreas que se beneficiaram disto. Por um lado, um espalhamento no sentido do
interior dos Estados foi um resultado recorrente na literatura (AJARA, 2001;
DINIZ e CROCCO, 1996; PACHECO, 1999; SABÓIA, 2000). Em relação a
esse fato, no próximo capítulo, ao trabalhar com as Mesorregiões, teremos
como discuti-lo. Por outro lado, o deslocamento de algumas indústrias para
áreas mais distantes dos centros tradicionais foi visto como fato marcante,
92
inclusive porque seria a resposta a uma multiplicidade de políticas industriais
não coordenadas, apoiadas em renúncia fiscal, por exemplo (PACHECO,
1999).
Os coeficientes de redistribuição e de reestruturação são analisados a
seguir, a partir dos dados das duas próximas tabelas.
O primeiro deles é o coeficiente de redistribuição (CR). Neste indicador é
possível observar como as atividades econômicas se redistribuíram
(regionalmente) quando comparado o ano de 1985 ao de 2003. Cabe lembrar
que quanto mais próximo de 1 for o indicador maior terá sido a mudança no
padrão de localização do setor. Os dados aparecem na tabela a seguir.
Tabela 4: Coeficiente de Redistribuição das Atividades Econômicas entre
1985 e 2003
Atividade
Coeficiente de Redistribuição
Extrativa 0,21
Alimento, Bebida e Fumo 0,12
Têxtil 0,17
Vestuário 0,20
Couros e Calçados 0,19
Produtos de Madeira 0,18
Celulose e Papel 0,16
Edição 0,16
Refino e Química 0,07
Borracha e Plástico 0,10
Minerais Não-Metálicos 0,21
Metalurgia Básica 0,16
Produtos de Metal 0,17
Máquinas e Equipamentos 0,18
Eletroeletrônico 0,19
Material de Transporte 0,21
Diversas 0,25
Total 0,11
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
Chama a atenção, na Tabela 4, o fato de os números serem muito
baixos. Para o total, o coeficiente é de 0,11. Isto quer dizer que não há grandes
modificações entre os padrões existentes em 1985 e os atuais. Mais adiante
poderemos ter uma melhor idéia de que padrão é este. Seja como for, as
93
maiores mudanças ocorreram nas indústrias Diversas
78
(0,25) e Minerais Não-
Metálicos (0,21). Na outra extremidade, Refino e Química (0,07) é, sem dúvida
nenhuma, a indústria com o menor grau de alteração na comparação entre os
dois anos.
Na Tabela 5, exploramos o coeficiente de reestruturação (CT), que
indica como as Unidades da Federação modificaram suas estruturas
produtivas, comparando-se 1985 a 2003. Novamente, o número total do
indicador (0,15) não é muito elevado, mostrando uma certa inflexibilidade
produtiva. No entanto, os valores de CT são maiores do que os de CR, o que
indicaria que a reestruturação produtiva dentro das Unidades da Federação foi
um fator mais importante do que a redistribuição da produção.
Os dados da tabela apontam para o fato de ter havido, em algumas
Unidades da Federação, mudanças significativas, como é o caso de Sergipe
(0,43) e o de Piauí (0,43). No outro sentido, Rio Grande do Sul (0,12), Paraná
(0,14), Rio de Janeiro (0,15), Minas Gerais (0,16) e São Paulo (0,18) são as
Unidades com os menores valores e, portanto, com os menores níveis de
reestruturação. Na realidade, estas são as principais regiões industriais do país
e sua estrutura produtiva, em 2003 ou 1985, sempre foi bastante completa (no
sentido de ter a quase totalidade das atividades no seu interior). Logo, o
indicador aponta para o fato de que as Unidades da Federação com menor
importância industrial serem as que tiveram maior grau de reestruturação.
A partir dos coeficientes globais, de localização e de especialização,
podemos ver com mais detalhes os movimentos acima descritos.
78
A indústria Diversas inclui Reciclagem. Este setor, em 1985, era praticamente inexistente e não
constava explicitamente da classificação de atividades industriais.
94
Tabela 5: Coeficiente de Reestruturação das Unidades da Federação entre
1985 e 2003
Unidade da Federação
Coeficiente de Reestruturação
Norte, exceto AM e PA 0,38
Amazonas 0,35
Pará 0,31
Maranhão 0,35
Piauí 0,43
Ceará 0,31
Rio Grande do Norte 0,24
Paraíba 0,31
Pernambuco 0,26
Alagoas 0,21
Sergipe 0,43
Bahia 0,24
Minas Gerais 0,16
Espírito Santo 0,26
Rio de Janeiro 0,15
São Paulo 0,18
Paraná 0,14
Santa Catarina 0,20
Rio Grande do Sul 0,12
Mato Grosso do Sul 0,38
Mato Grosso 0,30
Goiás 0,24
Distrito Federal 0,28
Total 0,15
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
Na Tabela 6 estão os resultados do coeficiente global de localização.
Como visto no capítulo anterior, tal indicador é obtido a partir da multiplicação
do Coeficiente de Localização (CL) pelo peso de cada atividade na estrutura
setorial e sua leitura indica efetivamente a importância que cada um destes
elementos tem sobre o padrão geral de localização.
Começaremos pela análise isolada do Coeficiente de Localização (CL).
95
Tabela 6: Coeficiente de Localização Global das Atividades Econômicas, 1985 e 2003
1985 2003
CL Global CL Global
Atividade
Coeficiente de
Localização
(CL)
Peso
Total %
Coeficiente de
Localização
(CL)
Peso
Total
%
Extrativa
0,62 0,08 0,05 20,2 0,62 0,07 0,04 16,7
Alimento, Bebida e Fumo 0,23 0,12 0,03 10,2 0,21 0,17 0,04 13,8
Têxtil 0,16 0,06 0,01 3,8 0,25 0,02 0,01 2,1
Vestuário 0,19 0,03 0,01 2,2 0,26 0,01 0,00 1,4
Couros e Calçados 0,47 0,02 0,01 4,0 0,54 0,02 0,01 4,0
Produtos de Madeira 0,54 0,01 0,01 2,8 0,55 0,02 0,01 3,5
Celulose e Papel 0,22 0,03 0,01 2, 6 0,26 0,04 0,01 4,4
Edição 0,19 0,02 0,00 1,4 0,23 0,03 0,01 2,5
Refino e Química 0,14 0,19 0,03 10,5 0,17 0,22 0,04 15,1
Borracha e Plástico 0,21 0,04 0,01 3,1 0,22 0,04 0,01 3,3
Minerais Não-Metálicos 0,22 0,04 0,01 3,7 0,20 0,04 0,01 2,8
Metalurgia Básica 0,28 0,08 0,02 8,8 0,38 0,07 0,03 10,3
Produtos de Metal 0,19 0,04 0,01 2,9 0,15 0,03 0,00 1,7
Máquinas e Equipamentos
0,26 0,07 0,02 7,4 0,27 0,06 0,02 6,0
Eletroeletrônico 0,27 0,07 0,02 7,5 0,25 0,05 0,01 4,8
Material de Transporte 0,25 0,07 0,02 6,5 0,18 0,09 0,02 6,3
Diversas 0,20 0,03 0,01 2,3 0,22 0,02 0,00 1,5
Total 1,00 0,26 100,0 1,00 0,26 100,0
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
96
Não resta dúvida que a extração é o setor em que há, num e noutro ano,
um maior grau relativo de concentração espacial, ainda que tenha tido uma
ligeira queda no coeficiente (menos de 1%). Por outro lado, em Refino e
Química, que era a indústria com o menor coeficiente em 1985, observa-se um
aumento no coeficiente de mais de 20%, sem que isso altere substancialmente
o padrão existente. Em 2003, o posto de setor menos concentrado
espacialmente passa a ser ocupado por Produtos de Metal, cujo coeficiente
regride em 25%. Porém, os efeitos relativos mais extremos ocorrem em outros
dois setores. Em Material de Transporte, com queda no padrão de
concentração (diminuição de 26% no coeficiente), e em Têxtil, com aumento
(mais 53%).
No caso de Material de Transporte, o processo de instalação de novas
fábricas automobilísticas fora do Estado de São Paulo justifica a evidência. Em
termos estruturais, São Paulo detinha 72,3% da indústria de transporte em
1985 e 55,1% em 2003, um recuo de aproximadamente 24%. Rio de Janeiro
também perde importância (de 10,2% para 7,8%), apesar da entrada de novas
plantas produtoras de automóveis, o que mostra que, neste caso, o efeito da
crise do setor naval repercutiu de forma mais intensa. Os efeitos da indústria
automobilística sobre Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia são visíveis. Estas
Unidades da Federação chegaram a 2003 respondendo por 9,3%, 7,4% e 2,7%
da indústria, respectivamente. Estas taxas significam crescimentos percentuais
impressionantes. No caso da Bahia, de mais de 2000% e nos outros a
participação dobrou (Rio Grande do Sul) ou até mesmo triplicou (Paraná).
Minas Gerais, por sua vez, que detinha 6,4% do setor, salta para 10,4% em
2003.
Caso oposto ocorre no setor Têxtil, onde um processo de reversão de
sua dispersão espacial se pôs em marcha. O coeficiente de localização desta
indústria saltou de 0,16 para 0,25, um aumento de 53%. Não se pode perder de
vista neste caso que os coeficientes, num ano e noutro, são muito baixos e as
diferenças, no que tange à estrutura espacial do setor, muito sutis. De certo
97
mesmo é a perda de importância do Rio de Janeiro (que detinha 7,03% da
produção em 1985; e apenas 2,59% em 2003), que, com isso, deixa de figurar
entre as regiões de maior importância. Na outra ponta, Ceará, Minas Gerais e
Santa Catarina passam a ocupar mais espaço nesta indústria.
Ao setor Têxtil está associado um processo de reestruturação produtiva
ocorrido por conta da abertura econômica e do aumento da concorrência
internacional. Também terá sido esse o motivo que explique a maior
concentração do setor de Couros e Calçados (com aumento de 15% no
coeficiente de localização), ainda que pese o fato de novas plantas terem sido
instaladas para além das regiões tradicionais, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Aliás, a importância dos dois Estados percorre trajetórias distintas. Rio Grande
do Sul lidera nos dois anos com produção na casa dos 50,0%. São Paulo
respondeu por aproximadamente 30,0% dos setor em 1985 e por algo como
19,0% em 2003.
O coeficiente global é uma medida geral segundo a qual não grande
diferença entre o padrão de 1985 e o de 2003, uma vez que o valor do
indicador gira em torno de 0,25. Todavia, vale a pena olhar para o indicador
que a combinação do efeito do coeficiente de localização com o do peso do
setor facilita o entendimento da dinâmica setorial.
Ao lado de uma menor concentração espacial, o setor extrativo também
perdeu peso na indústria nacional. Assim, para o padrão global de localização,
sua importância cai de tal modo que, se em 1985, 20,2% do coeficiente se
devia a essa indústria, em 2003 esse número é reduzido em quase 4 pontos
percentuais.
Fato curioso ocorre com o setor Têxtil, uma vez que a combinação de
um substantivo crescimento de sua localização, expresso pela elevação do CL
em 53%, se faz acompanhar de uma perda de sua magnitude da ordem de
61%. Sendo assim, o efeito combinado atua no sentido de reduzir sua
influência no coeficiente global (de 3,8% em 1985 para 2,1% em 2003). Esse
padrão é reproduzido na Metalurgia Básica, porém, neste caso, o peso do setor
na produção nacional é muito maior do que o de Têxtil, ainda que se reduza de
98
forma acentuada (na estrutura, entre 1985 e 2003, o setor perde por volta de
14%).
Celulose e Papel chega em 2003 contribuindo com 4,48% para o
coeficiente global, um aumento de 71%. Tal configuração deve-se mais ao
aumento da participação da indústria na produção nacional (com crescimento
de 46%) do que a maior concentração espacial verificada (expressa no
aumento em 19% do CL).
No caso de Material de Transporte, a chegada de novas plantas
industriais, construídas em áreas distintas de onde estavam as mais
tradicionais, justifica a redução no coeficiente de localização. Este efeito se
sobrepõe ao aumento da importância da atividade na produção nacional de tal
forma que, em 2003, ainda que de forma pouco expressiva, o setor influencia
menos o coeficiente global (6,3% contra 6,5% em 1985).
Os setores de maior peso na produção industrial, Refino e Química e
Alimento, Bebida e Fumo, aumentaram seu poder de explicação do coeficiente
global de localização. O primeiro saltou de 10,5% para 15,1% enquanto o
segundo, de 10,2% para 13,8%. Se cada um deles isoladamente ganhou peso
em 2003 vis-à-vis 1985, Refino e Química tornou-se um pouco mais
concentrado espacialmente (embora com números bem baixos: de 0,14 para
0,17) e Alimento, Bebida e Fumo, menos (de 0,23 para 0,21).
havíamos visto que o setor editorial teve o maior aumento no
indicador da estrutura setorial, uma evolução de aproximadamente 56%, e
agora concluímos que, considerando também sua maior tendência à
concentração espacial (CL aumenta em 18%), foi ele, entre todos os demais, o
que mais evoluiu no sentido de aumentar sua contribuição para o padrão geral.
A contrapartida do coeficiente global de localização é o de
especialização, que está condensado na próxima tabela. Relembrando o
resultado do capítulo anterior, os dois coeficientes têm o mesmo valor, o que os
diferencia são as partes que os compõem. No de localização, as atividades; no
de especialização, as regiões.
99
A Tabela 7 auxilia a entender como os efeitos de uma maior (menor)
especialização e de um crescente (decrescente) avanço na estrutura regional
configuram o coeficiente global de especialização.
Como havia ocorrido com os índices de redistribuição e
reestruturação, os de especialização (CE) são, de modo geral, maiores do que
os de localização. Do ponto de vista deste indicador, alguns casos se mostram
interessantes. Onde houve a entrada do setor automobilístico, por exemplo, a
Unidade da Federação se tornou menos especializada. Veja, por exemplo, os
casos do Rio Grande do Sul (CE é reduzido em 23%), Paraná (- 38%) e Bahia
(-31%). Porém, encontramos esse processo de “desespecialização” também
noutros casos.
Sergipe, por exemplo, que tinha o maior grau de especialização em
1985, tem seu coeficiente reduzido em 32%. Neste caso, em 1985, 75% da
indústria local estava concentrada na indústria Extrativa. Em 2003, este número
é reduzido quase à metade, passando a ter importância no Estado as indústrias
de Alimento, Bebida e Fumo (18%), de Refino e Química (12%) e de Minerais
Não-Metálicos (17%).
No Estado do Amazonas, o recuo da especialização se por conta da
perda de importância relativa da indústria Eletroeletrônica, que, mesmo
mantendo a posição de principal atividade local, reduz a participação em 33%
(passando de 53,6% da produção industrial em 1985 para 35,9% em 2003). De
outro modo, Alimento, Bebidas e Fumo, com um salto de quase 4 vezes na
participação, e Refino e Química (com salto de 8) alçam posto de elevada
importância estadual, contrabalançando o peso do setor líder.
Ceará também reduziu seu grau de especialização, expresso no recuo
em 25% do coeficiente. Em 1985, os três principais setores do Estado
respondiam por 71% da produção local. Em 2003, os três alcançam a marca de
59%. Além disso, dois dos três setores são distintos num ano e noutro.
Alimento, Bebida e Fumo (32% da indústria local); Têxtil (24%); e Vestuário
(16%) são os setores de 1985. Os de 2003: Alimento, Bebida e Fumo (26%),
Refino e Química (18%) e Couros e Calçados (15%). É conhecida a recente
100
história do Estado, particularmente no que diz respeito à instalação da indústria
calçadista (produtos de plástico).
No caso do Pará, o aumento de sua especialização, se deveu em
grande parte à mudança das atividades que lideram sua estrutura industrial.
Nesse sentido, perderam espaço: Alimento, Bebida e Fumo (seu peso em 1985
era de 20,4% e cai para 9,5%)), Minerais Não-Metálicos (de 12,4% para 6,0%)
e Têxtil (de 5,6% para 0,7%). Em contrapartida, os setores de Metalurgia
Básica (que sai de 0,4% para 23,5%) e Extrativa (de 28,5% para 34,1%) são os
que crescem. Os quatro principais setores respondiam, em 1985, por 77,0% da
produção paraense e, em 2003, por 84,7%. Não são, entretanto, os mesmos.
Em 1985, por ordem de importância: Extrativa; Alimento, Bebida e Fumo;
Produtos de Madeira; e Minerais Não-Metálicos. Em 2003, Metalurgia Básica
ocupa o segundo posto, o que faz com que Alimento, Bebida e Fumo se
desloque para o quarto lugar e Minerais Não-Metálicos deixe de constar do
grupo. No caso deste Estado, como salienta Ajara (2001, p.253), os resultados
têm de ser entendidos à luz de projetos como Grande Carajás.
Rio de Janeiro apresenta também uma tendência à especialização, isto
porque seus três principais setores (Extrativa; Refino e Química; e Metalurgia
Básica) ganham em importância na passagem de 1985 para 2003. Em
conjunto, eles representavam 56% da produção fluminense em 1985 e 69% em
2003. Os ganhos são da seguinte magnitude: Extrativa aumenta em mais ou
menos 1% sua participação, enquanto Metalurgia e Refino e Química em 51%
e 44%, respectivamente.
No caso do Coeficiente de Especialização Global (CEG), as diferenças
entre os dois anos não são pronunciadas. Vale destacar o caso de São Paulo,
pois em 1985 esta Unidade da Federação explicava 29,4% do CEG e em 2003,
24,5%. O que justifica este fato é a perda de importância do Estado na
produção nacional, que, como se viu na Tabela 3, foi da ordem de 17%.
101
Tabela 7:
Coeficiente de Especialização Global das Unidades da Federação, 1985 e 2003
1985 2003
CE Global CE Global
Atividade
Coeficiente de
Especialização
(CE)
Peso
Total %
Coeficiente de
Especialização
(CE)
Peso
Total %
Norte, exceto AM e PA
0,67 0,00 0,00 0,6 0,62 0,00 0,00 0,4
Amazonas 0,54 0,02 0,01 3,9 0,35 0,03 0,01 4,3
Pará 0,52 0,01 0,00 1,4 0,62 0,02 0,01 3,6
Maranhão 0,49 0,00 0,00 0,5 0,56 0,00 0,00 1,0
Piauí 0,56 0,00 0,00 0,3 0,52 0,00 0,00 0,3
Ceará 0,52 0,01 0,00 1,8 0,39 0,01 0,00 1,5
Rio Grande do Norte 0,68 0,01 0,01 2,5 0,56 0,01 0,00 1,2
Paraíba 0,48 0,00 0,00 0,6 0,53 0,00 0,00 0,8
Pernambuco 0,34 0,02 0,01 2,2 0,36 0,01 0,01 1,9
Alagoas 0,51 0,00 0,00 0,7 0,48 0,00 0,00 0,7
Sergipe 0,71 0,01 0,01 2,3 0,48 0,01 0,00 0,9
Bahia 0,42 0,04 0,02 7,1 0,29 0,04 0,01 4,6
Minas Gerais 0,26 0,09 0,02 8,7 0,25 0,10 0,02 9,5
Espírito Santo 0,48 0,01 0,01 2,8 0,59 0,02 0,01 4,8
Rio de Janeiro 0,27 0,13 0,04 14,0 0,34 0,10 0,04 13,7
São Paulo 0,16 0,48 0,08 29,4 0,16 0,41 0,06 24,5
Paraná 0,30 0,04 0,01 5,0 0,18 0,07 0,01 4,9
Santa Catarina 0,37 0,04 0,01 5,3 0,39 0,05 0,02 7,0
Rio Grande do Sul 0,32 0,07 0,02 8,5 0,24 0,08 0,02 7,6
Mato Grosso do Sul 0,44 0,00 0,00 0,3 0,57 0,01 0,00 1,5
Mato Grosso 0,62 0,00 0,00 0,4 0,57 0,01 0,01 1,9
Goiás 0,43 0,01 0,00 1,1 0,40 0,02 0,01 2,6
Distrito Federal 0,61 0,00 0,00 0,3 0,63 0,00 0,00 0,8
Brasil 1,00 0,26 100,0 1,00 0,26 100,0
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
102
O fato de a Bahia ter-se tornado menos especializada foi, por seu turno,
o fato que explica o recuo de sua influência sobre o CEG (de 7,1% para 4,6%),
que sua importância relativa na indústria nacional se manteve relativamente
estável na casa dos 4,0%.
Santa Catarina alia tanto uma maior tendência à especialização como
uma maior importância na indústria nacional para saltar de uma contribuição de
5,4% em 1985 para 7.1%.
Por fim, toda a Região Centro-Oeste passa a ter maior peso no CEG em
2003. Para cada uma das Unidades da Federação da região a justificativa é um
pouco diferente, mas todas têm em comum o fato de terem avançado na
distribuição regional da produção.
Associação Regional e Diferenças Bilaterais
Exploraremos, a partir de agora, dois conjuntos de indicadores: o de
Associação Geográfica e o de Diferenças Bilaterais. Ambos buscam mostrar as
inter-relações existentes entre as atividades (o primeiro) e entre as Unidades
da Federação (o segundo).
A apresentação destes indicadores se por intermédio de uma matriz
em que a diagonal principal tem o valor zero uma vez que expressa a
associação (diferença) entre as mesmas atividades (regiões). De outro modo,
os valores abaixo da diagonal principal e os acima se repetem, já que a
associação entre o setor Alimento, Bebida e Fumo e Metalurgia Básica é a
mesma existente entre Metalurgia Básica e Alimento, Bebida e Fumo.
Este tipo de tabela gera uma dificuldade analítica na medida em que são
muitos números representando inúmeras relações. Assim, para simplificar a
análise trabalhamos com os valores médios de um ano e de outro
79
. A idéia é
que uma atividade que se associe geograficamente de forma mais intensa com
79
As tabelas completas podem ser vistas em anexo.
103
outras terá uma média maior do que as demais. O mesmo vale para as
Unidades da Federação.
No caso da Associação Geográfica, quanto menor for o seu valor mais
parecida é a distribuição geográfica de um setor e de outro. No caso das
médias, a leitura é um pouco distinta. Se uma atividade tem índice menor do
que outra isso aponta o fato de que ela, quando comparada a todas as
atividades, tem sempre um padrão espacial mais parecido com estas do que as
demais.
Neste sentido, conforme a Tabela 8, a indústria Diversas, em 1985, e
Produtos de Metal, em 2003, são aquelas com os menores valores (0,28 e
0,29, respectivamente). Assim mesmo, no caso de Diversas, os valores que
entram no cálculo da média, excluindo o zero da diagonal principal da matriz,
variam entre 0,11 (associação com o setor de Máquinas e Equipamentos) até
0,8 (com Extrativa). Para Produtos de Metal, a mais forte associação se dá com
o setor de Material de Transporte (0,13) e a mais fraca com a indústria
Extrativa (0,72).
A extração é, nos dois anos, a atividade cujos valores são os maiores.
Em 1985, sua maior similaridade se dava com a Metalurgia Básica (0,42), o
que não ocorre mais em 2003, uma vez que Minerais Não-Metálicos (0,53)
passa a ser aquela que compartilha da maior proximidade no espalhamento
regional.
Na tabela chama a atenção também o fato de Material de Transporte ter
sido, em termos percentuais, o setor que sofreu a maior inflexão no sentido de
se tornar espacialmente mais similar aos demais. Isso se deve, em grande
parte, ao fato de os valores de associação entre o setor e Alimento, Bebida e
Fumo (ao saltar de 0,42, em 1985, para 0,31), Edição (de 0,28 para 0,17) e
Refino e Química (0,21 para 0,15) terem diminuído.
104
Tabela 8: Associação Geográfica entre as Atividades Econômicas, médias
setoriais — 1985 e 2003
Atividade
1985
2003
Variação
(%)
Extrativa
0,69 0,68 (1,1)
Alimento, Bebida e Fumo
0,34 0,34 0,7
Têxtil 0,30 0,35 15,3
Vestuário 0,32 0,36 11,2
Couros e Calçados 0,49 0,56 13,4
Produtos de Madeira
0,55 0,56 0,8
Celulose e Papel
0,29 0,34 18,0
Edição 0,32 0,33 4,2
Refino e Química
0,29 0,32 8,8
Borracha e Plástico
0,28 0,32 13,9
Minerais Não-Metálicos
0,35 0,34 (1,2)
Metalurgia Básica
0,41 0,47 16,7
Produtos de Metal
0,28 0,29 5,0
Máquinas e Equipamentos 0,30 0,32 7,0
Eletroeletrônico 0,32 0,35 9,6
Material de Transporte 0,31 0,31 (1,5)
Diversas 0,28 0,32 18,0
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
Na última tabela deste capítulo tratamos de analisar as Diferenças
Bilaterais entre as Unidades da Federação.
Como tem acontecido com os outros indicadores, estes são maiores do
que os de Associação Geográfica. Neste caso, isso deve ser entendido como
sendo a expressão do fato de as regiões terem graus de especialização mais
claros do que as atividades os de espacialização.
Pernambuco e Goiás são as Unidades da Federação que têm os
menores valores médios no indicador de diferenças bilaterais. São, portanto, os
estados que tendem a se parecer mais com o conjunto dos demais, no sentido
de ter uma estrutura produtiva não muito distinta. Em relação a Pernambuco,
em 1985, o valor de 0,23 indicava que sua estrutura produtiva se parecia mais
com a do Ceará; em 2003, é o Mato Grosso que ocupa esse papel, sendo
que a diferença gira em torno de 0,18. Sua principais diferenças ocorrem na
105
comparação com a Região Norte; em 1985, com aqueles estados distintos de
Amazonas e Pará (índice de 0,77); em 2003, com o Pará (0,69).
Tabela 9: Diferenças Bilaterais entre as Unidades da Federação, médias
1985 e 2003
Unidade da Federação
1985
2003
Variação
(%)
Norte, exceto AM e PA 0,64 0,59 (7,2)
Amazonas 0,68 0,56 (16,5)
Pará 0,48 0,61 27,2
Maranhão 0,52 0,62 18,2
Piauí 0,53 0,49 (7,6)
Ceará
0,52 0,48 (7,6)
Rio Grande do Norte 0,64 0,57 (12,0)
Paraíba 0,54 0,57 5,9
Pernambuco 0,45 0,45 0,2
Alagoas 0,54 0,50 (6,9)
Sergipe 0,66 0,51 (21,9)
Bahia 0,56 0,54 (4,7)
Minas Gerais 0,49 0,46 (5,9)
Espírito Santo 0,53 0,63 18,4
Rio de Janeiro 0,49 0,54 9,5
São Paulo 0,53 0,49 (6,3)
Paraná 0,46 0,46 0,7
Santa Catarina 0,49 0,51 4,3
Rio Grande do Sul 0,52 0,47 (10,4)
Mato Grosso do Sul 0,46 0,53 14,5
Mato Grosso 0,54 0,51 (4,8)
Goiás 0,46 0,46 (1,0)
Distrito Federal 0,61 0,59 (4,2)
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
Goiás, por sua vez, tinha maior proximidade, em 1985, com Mato Grosso
do Sul (0,21), e em 2003, com Pernambuco (0,18). No extremo oposto, suas
maiores diferenças são, em 1985, Sergipe (0,72) e, em 2003, Pará (0,69).
Pará, que aparece nos dois casos analisados anteriormente, foi o Estado
que mais aumentou a média de suas diferenças bilaterais (em 27%), o que
coincide com o movimento observado na extração mineral. Em 1985, a maior e
a menor diferenças bilaterais do Estado se davam com outros áreas da mesma
região — a maior com o Amazonas (0,66), o menor com o conjunto dos demais
106
estados (0,33). em 2003, sua maior diferença se em relação a Alagoas
(0,80) e a menor com o Espírito Santo
80
(0,32). Neste caso, essa proximidade
não pode ser um resultado inesperado na medida em que o setor de extração,
nos dois casos, esteve imerso num profundo processo modernizador.
Neste capítulo, a partir de uma análise cruzada entre as Unidades da
Federação e a agregação de determinadas divisões da CNAE, procuramos
entender os principais movimentos que se deram sob a perspectiva da
espacialização da produção ou a da especialização regional. Para isso,
utilizamos um conjunto de indicadores tradicionalmente sugeridos pela
literatura.
Vimos que, recentemente, ganhou peso na produção nacional aqueles
setores que ocupavam as primeiras posições no ranking. Refino e Química,
a principal indústria brasileira, e Alimento, Bebida e Fumo, a segunda,
respondiam, em 1985, por aproximadamente 30%, valor que salta para 40%
em 2003. Ao lado disso, setores como Têxtil, Vestuário, Couros e Calçados e
Minerais-Não Metálicos perdem posição. Outros, ainda que tradicionais, mas
ligados de forma mais contundente à exportação, como Produtos de Madeira,
avançam ligeiramente. Material de Transporte também avança, o que está
associado tanto à entrada de novas plantas como, ainda, à sua inserção no
mercado externo. Calculando o índice de Herfindahl, tomando as participações
percentuais das atividades tal qual a definimos aqui, seu valor saltaria de 0.09,
em 1985, para 0,11, em 2003, um aumento de 27%. Isso bem a dimensão
da maior especialização ocorrida entre estes dois momentos do tempo.
De outro lado, os Estados do Amazonas, do Pará, de Minas Gerais, do
Espírito Santo, os do Sul e os do Centro-Oeste aparecem como aqueles que
ganham peso na estrutura industrial. São Paulo e Rio de Janeiro perdem,
embora este recupere parcialmente suas perdas em anos mais recentes. O
índice de Herfindahl como uma medida de concentração espacial (REZENDE E
WYLLIE, 2004, p. 9) encontra os seguintes valores: 0,27 (1985) e 0,20 (2003),
um recuo de aproximadamente 24%, que representa justamente uma menor
concentração da indústria brasileira, em termos espaciais.
80
Este Estado foi responsável pela terceira maior taxa de variação positiva no indicador: 16,1%.
107
Encontramos valores muito baixos para todos os indicadores setoriais.
No caso da redistribuição, os valores variaram entre 0,07 (Refino e Química) e
0,25 (Diversas). No caso do coeficiente global de localização, os valores foram
de aproximadamente 0,26 nos dois anos da análise, 1985 e 2003. Em 1985,
Edição teve o menor valor global (0,00) e Extrativa, o maior (0,05); estas
posições foram ocupadas, em 2003, respectivamente por Vestuário (0,00) e
novamente por Extrativa (0,04).
Valores maiores encontramos para os indicadores de especialização. No
caso da reestruturação, os pontos extremos foram ocupados por Rio Grande
do Sul (0,12) e Sergipe (0,43). em termos do coeficiente global de
especialização, nos dois anos, Piauí teve o menor valor global (0,00, em 1985
e 2003) e São Paulo, o maior (0,08 e 0,06).
No próximo capítulo, com o mesmo conjunto de indicadores, faremos
uma análise em que os cruzamentos serão as Mesorregiões e as mesmas
agregações de divisões aqui exploradas.
108
V Especialização e Localização da Indústria: Uma Análise por
Mesorregião – 1985 e 2003
Neste capítulo, analisaremos as informações no nível das Mesorregiões.
Como discutimos, a PIA-Empresa não foi planejada para gerar dados nesta
escala, portanto, tivemos de recorrer a um procedimento de estimação dos
mesmos.
Recordemos: a PIA-Empresa é composta de dois extratos amostrais. O
certo, que reúne as empresas com mais de 30 empregados, pode ser visto
como a parte censitária da pesquisa, uma vez que todas as suas empresas
necessariamente fazem parte dos levantamentos anuais. O aleatório, formado
pelas empresas cujo emprego varia entre 5 e 29 pessoas, é o resultado da
seleção aleatória sobre o cadastro, feita numa razão aproximada de uma
empresa a cada dez.
A informação, quando restrita às empresas com mais de 30
empregados, não sofre limitação de abertura regional ou setorial. Já as demais,
bem como a agregação total da pesquisa, condicionadas pelo desenho da
amostra, têm nas Unidades da Federação sua abertura regional máxima. Em
termos setoriais, a abertura pode se dar no dois (divisão) ou três (grupo) dígitos
da CNAE, dependo da Unidade da Federação.
A conseqüência imediata das características anteriores é que, para obter
a informação universal (de todas as empresas com mais de 5 empregados) no
nível da mesorregião, deve-se estimar os valores das empresas com menos de
30 empregados. Como pode ser visto no Anexo A, a partir de uma estrutura
percentual obtida da base do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, para o grupo
de empresas selecionadas aleatoriamente na PIA-Empresa, foi possível ratear,
para as Mesorregiões, os valores obtidos para o total das Unidades da
Federação. Como no capítulo anterior, a divisão da CNAE foi a abertura
setorial escolhida.
Organizamos este capítulo nos mesmos moldes do anterior.
Começamos por relatar, a seguir, as dificuldades encontradas no tratamento
109
dos dados e como contornamos isso. Depois, fazemos uma análise dos
resultados alcançados.
V. Particularidades no Tratamento da Informação obtida para as
Mesorregiões
Os problemas mais genéricos descritos no capítulo anterior continuaram
recebendo o mesmo tratamento neste momento. Assim, as diferenças de
âmbito, unidades de investigação e classificação foram compatibilizadas da
mesma forma. As diferenças recaem sobre a adequação regional, no sentido
de que foi necessário estabelecer uma relação entre os municípios de 1985 e
as atuais Mesorregiões. Para isso, contamos com a ajuda da pesquisadora do
IBGE, Evangelina Oliveira.
Por fim, para contornar os problemas de identificação, os valores que
não puderam ser incorporados ao trabalho foram igualmente subtraídos dos
totais. Com isso, por um lado, os totais obtidos quando a base utilizada é a das
Mesorregiões diferem-se de quando o são por via das Unidades da Federação.
No entanto, também no caso das Mesorregiões o valor total “deixado de lado” é
inferior a 1%.
Por fim, promovemos uma única agregação de Mesorregiões porque foi
o único caso em que uma destas áreas, depois de excluída aquelas com
identificação, aparecia em um ano (1985) e não em outro. O Sudoeste
Amazonense foi somado ao Centro Amazonense.
V.2 A Indústria Brasileira nas Mesorregiões: Confronto entre o Perfil de
1985 e o de 2003
Um dos principais resultados dessa dissertação é a apresentação da
estrutura industrial brasileira no nível das Mesorregiões. Em toda a literatura
que tivemos oportunidade de discutir, quando esse espaço fez parte da análise
as informações ou bem eram do emprego ou bem do PIB municipal calculado
fora do IBGE. Portanto, nosso cálculo abre a possibilidade não de incluir as
110
Mesorregiões no espaço analítico como também de confrontá-lo com os
demais, inclusive com o próprio PIB Municipal calculado pelo IBGE, que tem
nas variáveis fiscais sua âncora distributiva principal.
Nosso intuito, entretanto, é perceber até que ponto a situação presente
no ano de 1985 difere da atual no que diz respeito à distribuição da variável de
produção (VTI) do setor industrial brasileiro.
Na Tabela 10 é apresentada a estrutura mesorregional para o ano de
1985 e o de 2003. Nos próximos parágrafos exploramos algumas
características realçadas por estes números.
Vimos no capitulo anterior que as regiões Nordeste e Sudeste, quando
confrontados os anos de 1985 e de 2003, perdem espaço na estrutura
industrial. As demais regiões ocupam esse espaço, com um crescimento
expressivo do Centro-Oeste. Nesta perspectiva, está clara a existência de uma
certa desconcentração industrial, que, como aponta a literatura, teve início
no início da década de 70. De posse de informações regionais mais detalhadas
podemos qualificar melhor esse movimento, entendendo até que ponto, dentro
das regiões perdedoras, houve uma mudança favorável ao interior.
A Tabela 11 nos auxilia nisto. Nela trabalhamos com três aberturas. Uma
de porte das Mesorregiões, distribuídas em três tipologias: < 1% são as
Mesorregiões que, individualmente, contribuem com menos de 1% do VTI
nacional; [1%;10%] aquelas cuja contribuição varia entre 1% e 10%; por fim,
> 10%.— com a única Mesorregião (Metropolitana de São Paulo) que nos dois
anos responde por mais de 10% da produção. Além disso, fizemos, ainda na
mesma tabela, outros dois cortes: separamos as Mesorregiões localizadas no
Sudeste e no Sul das demais; e aquelas em que estão as capitais das outras.
111
Tabela 10: Estrutura Mesorregional da Indústria Brasileira, 1985 e 2003
(continua)
(continua)
Estrutura Mesorregional Estrutura Mesorregional
Mesorregiões
1985 2003
Mesorregiões
1985 2003
Madeira-Guaporé 0,10 0,02 Sul Cearense 0,03 0,03
Leste Rondoniense 0,08 0,13 Oeste Potiguar 0,09 0,07
Vale do Juruá 0,00 0,00 Central Potiguar 0,06 0,02
Vale do Acre 0,02 0,01 Agreste Potiguar 0,01 0,00
Centro Amazonense 1,83 3,15 Leste Potiguar 0,79 0,40
Sul Amazonense 0,00 0,00 Sertão Paraibano 0,02 0,01
Norte de Roraima 0,00 0,00 Borborema 0,01 0,00
Sul de Roraima 0,00 0,00 Agreste Paraibano 0,08 0,09
Baixo Amazonas 0,23 0,19 Mata Paraibana 0,23 0,32
Marajó 0,02 0,08 Sertão Pernambucano 0,02 0,01
Metropolitana de Belém 0,31 0,62 São Francisco Pernambucano 0,04 0,06
Nordeste Paraense 0,03 0,06 Agreste Pernambucano 0,11 0,07
Sudoeste Paraense 0,01 0,02 Mata Pernambucana 0,26 0,21
Sudeste Paraense 0,07 0,46 Metropolitana de Recife 1,28 0,92
Sul do Amapá 0,02 0,01 Sertão Alagoano 0,02 0,01
Ocidental do Tocantins 0,01 0,04 Agreste Alagoano 0,00 0,02
Oriental do Tocantins 0,00 0,01 Leste Alagoano 0,35 0,34
Norte Maranhense 0,17 0,28 Sertão Sergipano 0,00 0,00
Oeste Maranhense 0,04 0,10 Agreste Sergipano 0,01 0,01
Centro Maranhense 0,01 0,01 Leste Sergipano 0,84 0,50
Leste Maranhense 0,05 0,03 Extremo Oeste Baiano 0,00 0,19
Sul Maranhense 0,00 0,02 Vale São-Franciscano da Bahia 0,04 0,04
Norte Piauiense 0,02 0,01 Centro Norte Baiano 0,15 0,18
Centro-Norte Piauiense 0,08 0,09 Nordeste Baiano 0,04 0,05
Sudoeste Piauiense 0,00 0,01 Metropolitana de Salvador 3,82 3,14
Sudeste Piauiense 0,02 0,02 Centro Sul Baiano 0,07 0,12
Noroeste Cearense 0,03 0,05 Sul Baiano 0,22 0,39
Norte Cearense 0,04 0,08 Noroeste de Minas 0,03 0,03
Metropolitana de Fortaleza 0,71 0,82 Norte de Minas 0,27 0,30
Sertões Cearenses 0,02 0,00 Jequitinhonha 0,02 0,02
Jaguaribe 0,03 0,03 Vale do Mucuri 0,02 0,02
Centro-Sul Cearense 0,02 0,00 Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba
0,79 1,29
112
Tabela 10: Estrutura Mesorregional da Indústria Brasileira, 1985 e 2003
(continua)
(continua)
Estrutura Mesorregional Estrutura Mesorregional
Mesorregiões
1985 2003
Mesorregiões
1985 2003
Central Mineira 0,11 0,12 Noroeste Paranaense 0,09 0,23
Metropolitana de Belo Horizonte 4,22 4,94 Centro Ocidental Paranaense 0,03 0,04
Vale do Rio Doce 1,34 1,00 Norte Central Paranaense 0,63 0,91
Oeste de Minas 0,31 0,31 Norte Pioneiro Paranaense 0,18 0,12
Sul/Sudoeste de Minas 0,81 1,04 Centro Oriental Paranaense 0,48 0,84
Campo das Vertentes 0,13 0,19 Oeste Paranaense 0,18 0,30
Zona da Mata 0,53 0,42 Sudoeste Paranaense 0,08 0,10
Noroeste Espírito-santense 0,04 0,06 Centro-Sul Paranaense 0,14 0,17
Litoral Norte Espírito-santense 0,19 0,92 Sudeste Paranaense 0,09 0,10
Central Espírito-santense 0,95 0,97 Metropolitana de Curitiba 2,41 4,25
Sul Espírito-santense 0,10 0,14 Oeste Catarinense 0,59 1,11
Noroeste Fluminense 0,03 0,02 Norte Catarinense 1,24 1,66
Norte Fluminense 3,92 3,07 Serrana 0,16 0,29
Centro Fluminense 0,24 0,16 Vale do Itajaí 1,18 1,11
Baixadas 0,06 0,04 Grande Florianópolis 0,11 0,18
Sul Fluminense 1,47 1,95 Sul Catarinense 0,41 0,49
Metropolitana do Rio de Janeiro 7,56 5,13 Noroeste Rio-grandense 0,42 0,96
São José do Rio Preto 0,41 0,62 Nordeste Rio-grandense 1,08 1,45
Ribeirão Preto 1,62 1,72 Centro Ocidental Rio-grandense 0,05 0,07
Araçatuba 0,29 0,37 Centro Oriental Rio-grandense 0,38 0,99
Bauru 0,82 0,94 Metropolitana de Porto Alegre 4,34 4,64
Araraquara 1,03 1,06 Sudoeste Rio-grandense 0,25 0,10
Piracicaba 1,54 1,89 Sudeste Rio-grandense 0,38 0,34
Campinas 5,47 7,18 Pantanais Sul Mato-grossense 0,03 0,05
Presidente Prudente 0,22 0,23 Centro Norte de Mato Grosso do Sul 0,08 0,21
Marília 0,20 0,26 Leste de Mato Grosso do Sul 0,02 0,25
Assis 0,18 0,24 Sudoeste de Mato Grosso do Sul 0,07 0,16
Itapetininga 0,29 0,45 Norte Mato-grossense 0,05 0,21
Macro Metropolitana Paulista 2,95 3,45 Nordeste Mato-grossense 0,00 0,03
Vale do Paraíba Paulista 3,97 4,92 Sudoeste Mato-grossense 0,01 0,12
Litoral Sul Paulista 0,09 0,03 Centro-Sul Mato-grossense 0,10 0,26
Metropolitana de São Paulo 29,19 17,03
113
Tabela 10: Estrutura Mesorregional da Indústria Brasileira, 1985 e 2003
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
(conclusão)
Estrutura Mesorregional
Mesorregiões
1985 2003
Sudeste Mato-grossense 0,01 0,28
Noroeste Goiano 0,00 0,07
Norte Goiano 0,06 0,07
Centro Goiano 0,37 0,81
Leste Goiano 0,01 0,10
Sul Goiano 0,17 0,58
Distrito Federal 0,15 0,33
114
No que tange ao conjunto das Mesorregiões, perdem espaço na
estrutura industrial tanto aquelas que estão localizadas nas Regiões Sudeste e
Sul (-4%) quanto aquelas onde se encontram localizadas as capitais estaduais
(-18%). Os aumentos alcançados pelas demais áreas (localizadas fora das
Regiões Sudeste e Sul 24,5% e no interior dos estados 26,6%) são
expressivos. No caso das que estão localizadas no interior dos estados, esse
ganho de participação coloca a produção industrial igualmente dividida entre
capital e interior do estado, depois de ter uma relação de 60% capital contra
40% interior no ano de 1985. Como, no outro caso, o avanço não é tão grande
assim, podemos concluir que o processo de interiorização realmente existiu,
ainda que se tenha concentrado nas regiões tradicionalmente densas do ponto
de vista da produção industrial.
A Metropolitana de São Paulo, entre 1985 e 2003, perde algo como 42%
de sua participação na indústria nacional, compensado em aumento tanto do
grupo das pequenas Mesorregiões (cuja contribuição individual não chega a
1%), com um avanço de 28,6%, quanto das demais, que apresentam um salto
na estrutura industrial de 13,1%.
No caso das pequenas, o avanço sobre a estrutura industrial foi
generalizado. Ao sair de uma contribuição à produção de aproximadamente
18% em 1985 e chegar a 24% em 2003, essas Mesorregiões avançaram
estando ou não nas Regiões Sudeste e Sul, sendo ou não capital de estado.
Aliás, poderíamos dizer que o perfil do melhor desempenho entre elas foi a da
Mesorregião capital de estado, localizada fora do eixo Sudeste/Sul.
entre as Mesorregiões que, individualmente, contribuem para a
produção nacional com algo entre 1% e 10%, o melhor desempenho veio
daquelas que estão no interior dos estados das Regiões Sudeste e Sul. É o
caso, por exemplo, de Campinas, que se consolida como segunda força
produtiva, passando a Metropolitana do Rio de Janeiro. Outros destaques
seriam: o Vale do Paraíba Paulista e a Macrometropolitana Paulista; o Norte e
o Oeste Catarinenses; o Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba; e o Sul Fluminense.
115
Tabela 11: Participação das Pequenas Mesorregiões na Produção Nacional
1985 2003
Tipologia
Número de
Mesorregiões
Participação no
VTI Nacional
Número de
Mesorregiões
Participação no
VTI Nacional
Variação Percentual
na Participação no
VTI Nacional
Total 134 100,0 134 100,0
Localizadas no
Sudeste/Sul
60 86,3 60 82,9 (3,9)
Localizadas nas
Demais Regiões
74 13,7 74 17,1 24,5
Capitais de Estado
27 60,0 27 49,4 (17,7)
Interior do Estado
107 40,0 107 50,6 26,6
< 1% 114 18,5 112 23,8 28,6
Localizadas no
Sudeste/Sul
43 11,8 40 13,1 11,1
Localizadas nas
Demais Regiões
71 6,8 72 10,8 59,1
Capitais de Estado
19 5,4 20 7,1 32,1
Interior do Estado
95 13,2 92 16,7 27,2
[1;10] 19 52,3 21 59,1 13,1
Localizadas no
Sudeste/Sul
16 45,3 19 52,8 16,6
Localizadas nas
Demais Regiões
3 6,9 2 6,3 (9,3)
Capitais de Estado
7 25,5 6 25,3 (0,8)
Interior do Estado
12 26,8 15 33,9 26,4
> 10% 1 29,2 1 17,0 (41,7)
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
Voltando à Tabela 10, podemos ter a seguinte constatação: em 2003, 26
Mesorregiões responsabilizaram-se por 80% da produção industrial brasileira.
Esse número era menor em 1985, quando 19 delas atingiam esta marca.
Em 1985, entre as Mesorregiões responsáveis por 80% da produção,
havia três não pertencentes às regiões Sudeste e Sul. Eram elas: Metropolitana
de Recife, Centro Amazonense e Metropolitana de Salvador. Em 2003, apenas
116
as duas últimas continuam no grupo. De todo jeito, a importância das áreas
fora das regiões Sudeste e Sul continuou muito similar (6,9% em 1985 e 6,3%
em 2003).
Excluindo a mesorregião Metropolitana de Recife, que deixa o grupo
que concentra 80% da produção em 2003, as demais 18 perdem participação
na produção nacional de aproximadamente 11%. É verdade que parte delas
ganha importância (em ordem do maior ganho para o menor: Metropolitana de
Curitiba, Centro Amazonense, Nordeste Rio-grandense, Norte Catarinense, Sul
Fluminense, Campinas, Vale do Paraíba Paulista, Piracicaba, Metropolitana de
Belo Horizonte, Macro Metropolitana Paulista, Metropolitana de Porto Alegre e
Ribeirão Preto), mas entre as que perdem aparecem justamente duas grandes
Mesorregiões industriais do país: a Metropolitana de São Paulo (- 42%) e a do
Rio de Janeiro (- 32%), acompanhadas por Vale do Itajaí, Metropolitana de
Salvador, Norte Fluminense e Vale do Rio Doce.
As Mesorregiões que surgem entre aquelas com grande importância na
produção nacional são, mantendo a ordem da maior para a menor participação
percentual: Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, Oeste Catarinense, Araraquara,
Sul/Sudoeste de Minas, Centro Oriental Rio-grandense, Central Espírito-
santense, Noroeste Rio-grandense e Bauru. Juntas, sua contribuição é de
8,4%.
Vimos que as Mesorregiões que incluem as capitais dos Estados
respondem, em 2003, por metade da produção nacional, mas em 1985 essa
contribuição era maior (60%). No entanto, a dinâmica entre elas é muito
distinta. As localizadas no Centro-Oeste ganharam peso exorbitante na
produção nacional (121% no caso do Centro Goiano e 174% no do Centro
Norte de Mato Grosso do Sul). No Norte, as que incluem Palmas e Belém
também aparecem como destaque positivo. No lado oposto, além de Rio de
Janeiro e São Paulo, aparecem as Mesorregiões das capitais de Rondônia,
Acre, Amapá, Rio Grande do Norte e Sergipe. No gráfico a seguir, mostramos
como o espaço destas áreas se reconfigura considerando os dois anos.
117
Distribuição da Produção entre as "Capitais" do
Estado - 1985
29,19
9,13
7,56
4,34
4,22
3,82
2,41
1,28
0,71
0,31
Metropolitana de o Paulo Demais Mesorregiões das Capitais
Metropolitana do Rio de Janeiro Metropolitana de Porto Alegre
Metropolitana de Belo Horizonte Metropolitana de Salvador
Metropolitana de Curitiba Metropolitana de Recife
Metropolitana de Fortaleza Metropolitana de Belém
Distribuição da Produção entre as "Capitais" do
Estado - 2003
17,03
11,34
5,13
4,94
4,64
4,25
3,14
0,92
0,82
0,62
Metropolitana de São Paulo Demais Mesorregiões das Capitais
Metropolitana do Rio de Janeiro Metropolitana de Belo Horizonte
Metropolitana de Porto Alegre Metropolitana de Curitiba
Metropolitana de Salvador Metropolitana de Recife
Metropolitana de Fortaleza Metropolitana de Belém
118
Os resultados anteriores indicam que o processo de desconcentração
industrial continua ativo nos últimos 20 anos, ainda que se tenha de qualificá-lo.
As Mesorregiões localizadas no interior dos estados das Regiões
Sudeste e Sul passaram a ter participação mais efetiva na produção nacional,
resultado que havia sido salientado por outros autores, em particular Sabóia
(2000).
Ganha importância na produção nacional aquelas Mesorregiões
pequenas, cuja contribuição individual não chega a 1%. Neste caso, isso é
verdade independentemente de estarem nas Regiões Sudeste e Sul ou de
serem capital de estado. Este é um resultado que mesmo uma base de
dados como a nossa, universal e baseada no VTI, pode gerar. Em quase toda
a literatura que comentamos
81
, os pesquisadores se viram obrigados a fazer
algum tipo de agregação. Pacheco (1999), por exemplo, trabalhou apenas com
as Unidades da Federação para as quais havia índices de quantum. Sabóia
(2000), com as aglomerações com 5 mil ou mais empregados. Diniz e Crocco
(1996), de forma mais agregada ainda, com as que tinham pelo menos 100 mil
empregados. No capítulo 2 exploramos estes detalhes metodológicos.
À medida que explorarmos na próxima seção os indicadores setoriais e
regionais teremos oportunidade de perceber melhor os movimentos
processados nesses quase 20 anos que separam 1985 de 2003.
V.3 Espacialização e Especialização Industriais das Mesorregiões — 1985
e 2003
Nesta seção, exploraremos os indicadores tal qual fizemos no capítulo
anterior. A diferença reside no fato de nossa abertura espacial ter sido
estendida para as Mesorregiões. Em termos setoriais, mantivemos a divisão.
Apesar de ser a mesma abertura setorial, quando os indicadores são
calculados sob a base das Unidades da Federação alguns de seus resultados
81
As exceções seriam Ajara (2001), embora sua análise seja bastante agregada do ponto de vista setorial,
e Resende e Wyllie (2004).
119
são diferentes de quando o são sob a base das Mesorregiões. Veremos isso a
seguir.
Nosso primeiro indicador é o coeficiente de redistribuição. Tal medida
leva em conta os dois anos analisados e indica até que ponto uma determinada
atividade sofreu mudanças em sua localização. Se o número se aproxima de 1,
maior terá sido a mudança.
Quando comparada à tabela similar explorada no capítulo anterior, os
valores apresentados na Tabela 12 são sempre maiores. Para se ter uma idéia,
no caso do total, o número de agora é algo como 62% maior do que o obtido
anteriormente
82
. No entanto, não isso acontece. A redistribuição, quando o
espaço é o das Mesorregiões, se de uma forma diferente daquela vista no
espaço das Unidades da Federação. Claro que, com a maior abertura espacial,
o indicador é capaz de “medir” movimentos ocorridos dentro das Unidades da
Federação, entre as distintas Mesorregiões.
Desconsiderando a indústria Diversas, notadamente pouco homogênea
em seu interior, o setor de Material de Transporte é aquele que apresenta uma
mudança no padrão espacial mais profunda. A título de ilustração veja como a
produção se distribui nos dois anos para os quais temos dado atenção. Em
1985, 80% da produção deste setor espalhava-se nas seguintes Mesorregiões:
Metropolitana de São Paulo (50%), Vale do Paraíba Paulista (10%), Campinas
(7%), Metropolitana do Rio de Janeiro e Metropolitana de Belo Horizonte
(ambas com 6%). em 2003, o quadro é o seguinte: Metropolitana de São
Paulo (21%), Vale do Paraíba Paulista (18%), Metropolitana de Curitiba (9%),
Campinas (8%), Metropolitana de Belo Horizonte (7%), Sul Fluminense,
Metropolitana de Porto Alegre, Centro Amazonense e Macro Metropolitana
Paulista (estas últimas com 4% cada).
Esse talvez seja o exemplo mais claro de uma desconcentração
limitada, na medida em que apenas uma área fora do circuito Sudeste/Sul, o
Centro Amazonense, figura entre aquelas cuja importância no setor é alta. Vale
dizer, todavia, que a indústria automobilística se dirige também para a Bahia,
82
Ainda que 0,19 continue sendo um número pequeno.
120
fazendo com que a Metropolitana de Salvador aumente sua participação, que
atinge, em 2003, aproximadamente 3%, o que a coloca imediatamente atrás do
grupo anterior. Uma última constatação: nem todas as Mesorregiões constante
da lista anterior produzem automóveis. No Norte, a produção de motocicletas, e
também de embarcações, explica o alcance do Centro Amazonense. Na Macro
Metropolitana Paulista, a de aviões.
Tabela 12: Coeficiente de Redistribuição das Atividades Econômicas no
Espaço das Mesorregiões, entre 1985 e 2003
Atividade
Coeficiente de Redistribuição
Extrativa 0,31
Alimento, Bebida e Fumo 0,35
Têxtil 0,39
Vestuário 0,38
Couros e Calçados 0,38
Produtos de Madeira 0,39
Celulose e Papel 0,40
Edição 0,28
Refino e Química 0,27
Borracha e Plástico 0,37
Minerais Não-Metálicos 0,44
Metalurgia Básica 0,36
Produtos de Metal 0,41
Máquinas e Equipamentos 0,43
Eletroeletrônico 0,45
Material de Transporte 0,52
Diversas 0,53
Total 0,19
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
No caso dos Eletroeletrônicos o quadro é um pouco parecido com o
anterior. A Metropolitana de São Paulo reduz a participação na produção
nacional em mais ou menos 50%, mas, ao contrário do que ocorre no setor de
transporte, esse recuo é responsável pelo deslocamento da Mesorregião para
a segunda em importância, sendo ultrapassada pelo Centro Amazonense.
O maior número de Mesorregiões necessário para a obtenção de 80%
da produção (em 1985 eram 6 e em 2003, 9) reflete esforços locais para a
efetivação desta indústria, como parece ser o caso do Norte Catarinense, que
praticamente triplica sua participação no setor (1,3% em 1985 para 3,9%). A
121
Mesorregião associada à cidade do Rio de Janeiro, por sua vez, aparece na
contramão do exemplo anterior, uma vez que a indústria perde, como São
Paulo, 50% de sua participação, deixando, com isso, de figurar entre aquelas
de maior importância.
Na Tabela 13, o foco da análise se volta para a questão da
reestruturação, que estaria associada a uma mudança no perfil setorial das
Mesorregiões.
Os casos de uma profunda mudança setorial dentro das Mesorregiões
estão associados a áreas pouco importantes na produção industrial nacional. A
título de exemplo, tomemos o caso do Sul Maranhense, com 0,97 como
coeficiente de reestruturação, maior valor entre todos. Área que responde, em
2003, por 0,02% da produção industrial, o perfil setorial existente em 1985
difere completamente do atual simplesmente porque, anteriormente, 74% da
produção local provinha do setor de Alimento, Bebida e Fumo, enquanto hoje
82% se deve ao setor de Refino e Química. Situações como esta, de
dependência de uma única atividade num determinado momento do tempo, se
encontram em muitas outras Mesorregiões de porte parecido. No Sudeste
Piauiense, troca-se a dependência pelo setor Vestuário, em 1985, pela de
Minerais Não-Metálicos. No Sudoeste Paraense, a Extrativa pela Madeira.
Mesmo em outras áreas de maior importância, ainda que não
encontremos graus tão elevados de concentração, a simples mudança entre
setores destacados da produção local garante um indicador de reestruturação
relativamente elevado. Um bom exemplo é o que ocorre na Metropolitana de
Belém. O índice de reestruturação alcançado (0,54) se explica pelo fato de, em
1985, 37% da produção local ter-se devido a Alimento, Bebida e Fumo,
enquanto em 2003, 52%, a Metalurgia Básica. Como esta transforma produtos
de mais alto valor agregado, a mudança de perfil setorial garantiu a Belém a
duplicação de sua presença na indústria nacional.
No campo oposto, encontram-se aquelas Mesorregiões que pouca
alteração setorial tiveram. Dois exemplos distintos são:
122
A Metropolitana de Porto Alegre apresenta uma estrutura industrial
bastante diversificada. Nos dois anos em questão, não se percebe nenhuma
mudança de posição relativa entre os setores; e
A Extrativa é a principal indústria, se não a única, do Norte
Fluminense, respondendo por 96% da produção tanto em 1985 quanto em
2003. No Sul de Roraima encontramos, todavia, a Mesorregião com maior
rigidez estrutural. Ali a produção de madeira é a única atividade industrial
existente nos dois anos.
Levando em conta o resultado discutido anteriormente, segundo o qual
as Mesorregiões “pequenas” ganharam espaço na produção nacional, o fato de
elas serem também as que mais passaram por um processo de reestruturação
nos faz crer que, de forma geral, estas regiões têm hoje indústrias um pouco
mais sofisticadas (particularmente do ponto de vista de produzirem produtos de
mais alto valor agregado), porém não perderam a fragilidade de dependerem
quase que exclusivamente de uma única atividade industrial.
123
Tabela 13: Coeficiente de Reestruturação das Mesorregiões entre 1985 e 2003
(continua)
(continua)
Unidade da Federação
Coeficiente de
Reestruturação Unidade da Federação
Coeficiente de
Reestruturação
Madeira-Guaporé 0,52 Sul Cearense 0,47
Leste Rondoniense 0,42 Oeste Potiguar 0,22
Vale do Juruá 0,88 Central Potiguar 0,24
Vale do Acre 0,50 Agreste Potiguar 0,94
Centro Amazonense 0,35 Leste Potiguar 0,20
Sul Amazonense 0,01 Sertão Paraibano 0,62
Norte de Roraima 0,27 Borborema 0,79
Sul de Roraima - Agreste Paraibano 0,45
Baixo Amazonas 0,19 Mata Paraibana 0,37
Marajó 0,18 Sertão Pernambucano 0,61
Metropolitana de Belém 0,54 São Francisco Pernambucano 0,80
Nordeste Paraense 0,43 Agreste Pernambucano 0,17
Sudoeste Paraense 0,94 Mata Pernambucana 0,14
Sudeste Paraense 0,55 Metropolitana de Recife 0,30
Sul do Amapá 0,52 Sertão Alagoano 0,13
Ocidental do Tocantins 0,10 Agreste Alagoano 0,56
Oriental do Tocantins 0,80 Leste Alagoano 0,19
Norte Maranhense 0,35 Sertão Sergipano 0,55
Oeste Maranhense 0,77 Agreste Sergipano 0,43
Centro Maranhense 0,50 Leste Sergipano 0,44
Leste Maranhense 0,25 Extremo Oeste Baiano 0,69
Sul Maranhense 0,97 Vale São-Franciscano da Bahia 0,05
Norte Piauiense 0,19 Centro Norte Baiano 0,42
Centro-Norte Piauiense 0,46 Nordeste Baiano 0,54
Sudoeste Piauiense 0,17 Metropolitana de Salvador 0,24
Sudeste Piauiense 0,96 Centro Sul Baiano 0,44
Noroeste Cearense 0,48 Sul Baiano 0,58
Norte Cearense 0,73 Noroeste de Minas 0,66
Metropolitana de Fortaleza 0,29 Norte de Minas 0,40
Sertões Cearenses 0,72 Jequitinhonha 0,49
Jaguaribe 0,46 Vale do Mucuri 0,30
Centro-Sul Cearense 0,76 Triângulo Mineiro/Alto Pranaíba 0,18
124
Tabela 13: Coeficiente de Reestruturação das Mesorregiões entre 1985 e 2003
(continua)
(continua)
Unidade da Federação
Coeficiente de
Reestruturação Unidade da Federação
Coeficiente de
Reestruturação
Central Mineira 0,18 Noroeste Paranaense 0,30
Metropolitana de Belo Horizonte 0,15 Centro Ocidental Paranaense 0,74
Vale do Rio Doce 0,16 Norte Central Paranaense 0,22
Oeste de Minas 0,25 Norte Pioneiro Paranaense 0,27
Sul/Sudoeste de Minas 0,23 Centro Oriental Paranaense 0,25
Campo das Vertentes 0,46 Oeste Paranaense 0,13
Zona da Mata 0,29 Sudoeste Paranaense 0,38
Noroeste Espírito-santense 0,52 Centro-Sul Paranaense 0,36
Litoral Norte Espírito-santense 0,33 Sudeste Paranaense 0,19
Central Espírito-santense 0,24 Metropolitana de Curitiba 0,20
Sul Espírito-santense 0,21 Oeste Catarinense 0,11
Noroeste Fluminense 0,55 Norte Catarinense 0,25
Norte Fluminense 0,03 Serrana 0,24
Centro Fluminense 0,36 Vale do Itajaí 0,22
Baixadas 0,15 Grande Florianópolis 0,35
Sul Fluminense 0,20 Sul Catarinense 0,37
Metropolitana do Rio de Janeiro 0,28 Noroeste Rio-grandense 0,17
São José do Rio Preto 0,29 Nordeste Rio-grandense 0,22
Ribeirão Preto 0,34 Centro Ocidental Rio-grandense 0,30
Araçatuba 0,17 Centro Oriental Rio-grandense 0,29
Bauru 0,22 Metropolitana de Porto Alegre 0,15
Araraquara 0,19 Sudoeste Rio-grandense 0,09
Piracicaba 0,26 Sudeste Rio-grandense 0,14
Campinas 0,18 Pantanais Sul Mato-grossense 0,51
Presidente Prudente 0,18 Centro Norte de Mato Grosso do Sul 0,23
Marília 0,13 Leste de Mato Grosso do Sul 0,71
Assis 0,41 Sudoeste de Mato Grosso do Sul 0,43
Itapetininga 0,25 Norte Mato-grossense 0,33
Macro Metropolitana Paulista 0,26 Nordeste Mato-grossense 0,17
Vale do Paraíba Paulista 0,23 Sudoeste Mato-grossense 0,42
Litoral Sul Paulista 0,21 Centro-Sul Mato-grossense 0,22
Metropolitana de São Paulo 0,19 Sudeste Mato-grossense 0,18
125
Tabela 13: Coeficiente de Reestruturação das Mesorregiões entre 1985 e 2003
Fonte: Censo Industrial 1985; PA Empresa 2003. Elaboração Própria.
(conclusão)
Unidade da Federação
Coeficiente de
Reestruturação
Noroeste Goiano 0,33
Norte Goiano 0,05
Centro Goiano 0,16
Leste Goiano 0,70
Sul Goiano 0,40
Distrito Federal 0,28
Total 0,14
126
Os dados de localização global, quando se trabalha a partir das
Mesorregiões, não se mostraram muito diferentes daqueles vistos na análise
por Unidade da Federação. Assim como no caso da redistribuição, os valores
obtidos para o Coeficiente de Localização são maiores, mas os movimentos de
maior ou menor concentração espacial foram os mesmos. Nesse sentido,
analisaremos a seguir o Coeficiente Global de Especialização, este, sim,
trazendo elementos novos para a análise na medida em que estaremos
trabalhando com 134 Mesorregiões e não apenas com as 23 aberturas por
Unidades da Federação (já que juntamos as da Região Norte, exclusive
Amazonas e Pará).
Começaremos pela coluna que contém o Coeficiente de Especialização
(CE), seguindo então para a análise do coeficiente global.
As Mesorregiões que tiveram o maior acréscimo no CE foram, em ordem
decrescente: Norte Maranhense, Piracicaba, Metropolitana de Belo Horizonte,
Centro Norte Baiano, Mata Paraibana, Metropolitana do Rio de Janeiro e
Metropolitana de Belém. No caso das Mesorregiões mais importantes entre
elas, salientaríamos:
Em Piracicaba, as três principais atividades respondiam, em 1985, por
54% da produção local, alcançando, em 2003, 62%. As atividades em
1985 eram Máquinas e Equipamentos, Refino e Química e Alimento,
Bebida e Fumo; em 2003, Celulose e Papel ocupa o espaço de Refino e
Química;
Na Metropolitana de Belo Horizonte, os quatro principais setores
(Metalurgia Básica, Refino e Química, Extrativa e Material de
Transporte) aumentam seu peso na produção local, passando de 65%
para 74%;
No caso da Mesorregião que engloba a cidade do Rio de Janeiro, a
maior especialização se por conta do ganho que o setor mais
127
importante, Refino e Química, tem ao saltar de 30% para 54% da
produção local; e, por fim,
Uma mudança no padrão setorial somada à ascensão de uma indústria
com valor desprezível em 1985, a Metalurgia Básica, faz com que a
Metropolitana de Belém apareça entre estes casos de maior
especialização.
No lado oposto, ou seja, onde houve uma trajetória no sentido de uma
menor especialização produtiva, as principais Mesorregiões, em ordem do
menor coeficiente para o maior, são: Noroeste de Minas, Noroeste Fluminense,
Vale do Mucuri, Oriental do Tocantins e Centro Amazonense. Como se vê, com
exceção do Centro Amazonense, são áreas pouco significativas do ponto de
vista da produção industrial. Assim mesmo, a explicação que se a esse
processo de menor especialização ou reside no fato de ter aumentado o
número de atividades locais (Noroeste Fluminense, Vale do Mucuri Oriental do
Tocantins e Centro Amazonense) ou no fato, mais nítido, de desconcentração
setorial. Oriental do Tocantins é emblemático nesse sentido, uma vez que em
1985, ainda não sendo um estado independente, sua produção concentrava-se
totalmente em Minerais-Não Metálicos. O Centro Amazonense, por sua vez,
passou pelo processo de perda de importância da indústria Eletroeletrônica,
que ainda que se mantenha como a principal, não ocupa mais 54% da
produção, mas tão somente 36%.
O Coeficiente Global de Especialização, quando calculado tendo como
base as Mesorregiões, tem valor maior do que quando a base são as Unidades
da Federação. Ainda assim, nem para 1985, nem para 2003, os valores são
muito altos, o que aponta para um grau de especialização não muito
exacerbado. De todo modo vale a pena perceber algumas características
existentes na passagem entre estes anos.
As cinco principais Mesorregiões na composição do CG foram alteradas
entre 1985 e 2003. No primeiro ano, a Metropolitana de São Paulo respondia
sozinha por quase 16% do CG, seguida pelo Norte Fluminense (9%),
Metropolitana do Rio de Janeiro (6%), Metropolitana de Salvador (5%) e
128
Campinas (4%). Em 2003, o quadro é o seguinte: Metropolitana de São Paulo
(10%), Norte Fluminense (7%), Campinas (6%), Metropolitana do Rio de
Janeiro (5%) e Metropolitana de Belo Horizonte (5%). Os movimentos que se
processaram têm a ver com a dinâmica industrial que vimos antes, um
processo no sentido de uma menor concentração industrial acompanhada de
aumento da importância das áreas do interior das Regiões Sudeste e Sul.
As Mesorregiões que mais aumentaram seu peso no cálculo do
Coeficiente Global foram Oriental Tocantins, Nordeste Mato-grossense,
Sudeste Mato-grossense, Noroeste Goiano e Sul Maranhense. Em termos do
índice, o grau de especialização de cada uma delas, comparando-se 2003 a
1985, diminuiu, principalmente pela entrada de novas atividades, ao mesmo
tempo em que aumentou a participação na estrutura industrial brasileira. Mais
do que isso: todas são áreas ligadas a agroindústria, particularmente a soja.
Entre as que perderam peso no cálculo do CG, Metropolitana de São
Paulo, Metropolitana do Rio de Janeiro e Metropolitana de Recife, embora não
sejam aquelas com as maiores quedas, estão entre elas. No caso da de São
Paulo, esta ainda é a que maior contribuição ao índice, mas em 1985 a
participação era de aproximadamente 16% e em 2003 de 10%. A Metropolitana
do Rio de Janeiro tem um caso similar ao anterior, pois ambos compensaram o
aumento da especialização (o Coeficiente de Especialização que discutimos
anteriormente) com uma queda grande em sua importância na indústria
nacional. a Metropolitana de Recife, seu grau de especialização não se
alterou muito, mas a diminuição de seu peso na estrutura industrial explica sua
menor contribuição ao cálculo do Coeficiente Global.
.
129
Tabela 14:
Coeficiente de Especialização Global das Mesorregiões, 1985 e 2003
(continua)
1985 2003
CE Global CE Global
Mesorregião
Coeficiente de
Especialização (CE)
Peso
Total %
Coeficiente de
Especialização
(CE) Peso
Total %
Madeira-Guaporé 0,78 0,00 0,00 0,2 0,61 0,00 0,00 0,0
Leste Rondoniense 0,78 0,00 0,00 0,2 0,71 0,00 0,00 0,2
Vale do Juruá 0,85 0,00 0,00 0,0 0,75 0,00 0,00 0,0
Vale do Acre 0,75 0,00 0,00 0,0 0,64 0,00 0,00 0,0
Centro Amazonense 0,55 0,02 0,01 2,7 0,36 0,03 0,01 2,8
Sul Amazonense 0,99 0,00 0,00 0,0 0,97 0,00 0,00 0,0
Norte de Roraima 0,79 0,00 0,00 0,0 0,60 0,00 0,00 0,0
Sul de Roraima 0,99 0,00 0,00 0,0 0,98 0,00 0,00 0,0
Baixo Amazonas 0,75 0,00 0,00 0,5 0,85 0,00 0,00 0,4
Marajó 0,86 0,00 0,00 0,0 0,97 0,00 0,00 0,2
Metropolitana de Belém 0,51 0,00 0,00 0,4 0,63 0,01 0,00 1,0
Nordeste Paraense 0,79 0,00 0,00 0,1 0,70 0,00 0,00 0,1
Sudoeste Paraense 0,90 0,00 0,00 0,0 0,91 0,00 0,00 0,0
Sudeste Paraense 0,76 0,00 0,00 0,1 0,76 0,00 0,00 0,9
Sul do Amapá 0,76 0,00 0,00 0,0 0,70 0,00 0,00 0,0
Ocidental do Tocantins 0,79 0,00 0,00 0,0 0,67 0,00 0,00 0,1
Oriental do Tocantins 0,96 0,00 0,00 0,0 0,61 0,00 0,00 0,0
Norte Maranhense 0,46 0,00 0,00 0,2 0,73 0,00 0,00 0,5
Oeste Maranhense 0,78 0,00 0,00 0,1 0,78 0,00 0,00 0,2
Centro Maranhense 0,70 0,00 0,00 0,0 0,56 0,00 0,00 0,0
Leste Maranhense 0,71 0,00 0,00 0,1 0,58 0,00 0,00 0,0
Sul Maranhense 0,84 0,00 0,00 0,0 0,66 0,00 0,00 0,0
Norte Piauiense 0,58 0,00 0,00 0,0 0,51 0,00 0,00 0,0
Centro-Norte Piauiense 0,68 0,00 0,00 0,1 0,48 0,00 0,00 0,1
Sudoeste Piauiense 0,87 0,00 0,00 0,0 0,71 0,00 0,00 0,0
Sudeste Piauiense 0,84 0,00 0,00 0,0 0,95 0,00 0,00 0,0
130
Tabela 14: Coeficiente de Especialização Global das Mesorregiões, 1985 e 2003
(continua)
1985 2003
CE Global CE Global
Mesorregião
Coeficiente de
Especialização
(CE)
Peso
Total %
Coeficiente de
Especialização
(CE)
Peso
Total %
Noroeste Cearense 0,67 0,00 0,00 0,1 0,64 0,00 0,00 0,1
Norte Cearense 0,77 0,00 0,00 0,1 0,78 0,00 0,00 0,1
Metropolitana de Fortaleza 0,50 0,01 0,00 1,0 0,36 0,01 0,00 0,7
Sertões Cearenses 0,87 0,00 0,00 0,0 0,78 0,00 0,00 0,0
Jaguaribe 0,70 0,00 0,00 0,1 0,56 0,00 0,00 0,0
Centro-Sul Cearense 0,81 0,00 0,00 0,0 0,67 0,00 0,00 0,0
Sul Cearense 0,69 0,00 0,00 0,1 0,60 0,00 0,00 0,0
Oeste Potiguar 0,72 0,00 0,00 0,2 0,59 0,00 0,00 0,1
Central Potiguar 0,78 0,00 0,00 0,1 0,68 0,00 0,00 0,0
Agreste Potiguar 0,88 0,00 0,00 0,0 0,74 0,00 0,00 0,0
Leste Potiguar 0,71 0,01 0,01 1,5 0,64 0,00 0,00 0,6
Sertão Paraibano 0,80 0,00 0,00 0,0 0,62 0,00 0,00 0,0
Borborema 0,76 0,00 0,00 0,0 0,72 0,00 0,00 0,0
Agreste Paraibano 0,56 0,00 0,00 0,1 0,52 0,00 0,00 0,1
Mata Paraibana 0,45 0,00 0,00 0,3 0,58 0,00 0,00 0,5
Sertão Pernambucano 0,69 0,00 0,00 0,0 0,60 0,00 0,00 0,0
São Francisco Pernambucano 0,63 0,00 0,00 0,1 0,76 0,00 0,00 0,1
Agreste Pernambucano 0,62 0,00 0,00 0,2 0,54 0,00 0,00 0,1
Mata Pernambucana 0,71 0,00 0,00 0,5 0,66 0,00 0,00 0,3
Metropolitana de Recife 0,28 0,01 0,00 1,0 0,29 0,01 0,00 0,7
Sertão Alagoano 0,84 0,00 0,00 0,0 0,80 0,00 0,00 0,0
Agreste Alagoano 0,78 0,00 0,00 0,0 0,74 0,00 0,00 0,0
Leste Alagoano 0,55 0,00 0,00 0,5 0,51 0,00 0,00 0,4
Sertão Sergipano 0,82 0,00 0,00 0,0 0,77 0,00 0,00 0,0
Agreste Sergipano 0,79 0,00 0,00 0,0 0,59 0,00 0,00 0,0
Leste Sergipano 0,72 0,01 0,01 1,6 0,48 0,00 0,00 0,6
Extremo Oeste Baiano 0,83 0,00 0,00 0,0 0,74 0,00 0,00 0,3
Vale São-Franciscano da Bahia 0,82 0,00 0,00 0,1 0,74 0,00 0,00 0,1
Centro Norte Baiano 0,38 0,00 0,00 0,2 0,51 0,00 0,00 0,2
131
Tabela 14:
Coeficiente de Especialização Global das Mesorregiões, 1985 e 2003
(continua)
1985 2003
CE Global CE Global
Mesorregião
Coeficiente de
Especialização
(CE)
Peso
Total %
Coeficiente de
Especialização
(CE)
Peso
Total %
Nordeste Baiano 0,70 0,00 0,00 0,1 0,61 0,00 0,00 0,1
Metropolitana de Salvador 0,49 0,04 0,02 5,1 0,42 0,03 0,01 3,3
Centro Sul Baiano 0,59 0,00 0,00 0,1 0,56 0,00 0,00 0,2
Sul Baiano 0,70 0,00 0,00 0,4 0,62 0,00 0,00 0,6
Noroeste de Minas 0,68 0,00 0,00 0,0 0,42 0,00 0,00 0,0
Norte de Minas 0,46 0,00 0,00 0,3 0,40 0,00 0,00 0,3
Jequitinhonha 0,69 0,00 0,00 0,0 0,46 0,00 0,00 0,0
Vale do Mucuri 0,83 0,00 0,00 0,0 0,52 0,00 0,00 0,0
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba 0,38 0,01 0,00 0,8 0,40 0,01 0,01 1,3
Central Mineira 0,68 0,00 0,00 0,2 0,51 0,00 0,00 0,1
Metropolitana de Belo Horizonte 0,28 0,04 0,01 3,2 0,37 0,05 0,02 4,6
Vale do Rio Doce 0,79 0,01 0,01 2,9 0,74 0,01 0,01 1,8
Oeste de Minas 0,52 0,00 0,00 0,4 0,49 0,00 0,00 0,4
Sul/Sudoeste de Minas 0,35 0,01 0,00 0,8 0,27 0,01 0,00 0,7
Campo das Vertentes 0,61 0,00 0,00 0,2 0,53 0,00 0,00 0,2
Zona da Mata 0,37 0,01 0,00 0,5 0,32 0,00 0,00 0,3
Noroeste Espírito-santense 0,74 0,00 0,00 0,1 0,62 0,00 0,00 0,1
Litoral Norte Espírito-santense 0,77 0,00 0,00 0,4 0,75 0,01 0,01 1,7
Central Espírito-santense 0,51 0,01 0,00 1,3 0,57 0,01 0,01 1,4
Sul Espírito-santense 0,73 0,00 0,00 0,2 0,72 0,00 0,00 0,3
Noroeste Fluminense 0,82 0,00 0,00 0,1 0,52 0,00 0,00 0,0
Norte Fluminense 0,88 0,04 0,03 9,4 0,89 0,03 0,03 6,9
Centro Fluminense 0,52 0,00 0,00 0,3 0,62 0,00 0,00 0,2
Baixadas 0,65 0,00 0,00 0,1 0,54 0,00 0,00 0,1
Sul Fluminense 0,58 0,01 0,01 2,3 0,64 0,02 0,01 3,1
Metropolitana do Rio de Janeiro 0,29 0,08 0,02 5,9 0,38 0,05 0,02 4,8
São José do Rio Preto 0,44 0,00 0,00 0,5 0,43 0,01 0,00 0,7
Ribeirão Preto 0,45 0,02 0,01 2,0 0,40 0,02 0,01 1,7
Araçatuba 0,51 0,00 0,00 0,4 0,41 0,00 0,00 0,4
132
Tabela 14: Coeficiente de Especialização Global das Mesorregiões, 1985 e 2003
(continua)
1985 2003
CE Global CE Global
Mesorregião
Coeficiente de
Especialização
(CE)
Peso
Total %
Coeficiente de
Especialização
(CE)
Peso
Total %
Araraquara 0,47 0,01 0,00 1,3 0,52 0,01 0,01 1,4
Piracicaba 0,28 0,02 0,00 1,2 0,38 0,02 0,01 1,8
Campinas 0,29 0,05 0,02 4,3 0,34 0,07 0,02 6,1
Presidente Prudente 0,54 0,00 0,00 0,3 0,45 0,00 0,00 0,3
Marília 0,55 0,00 0,00 0,3 0,60 0,00 0,00 0,4
Assis 0,54 0,00 0,00 0,3 0,62 0,00 0,00 0,4
Itapetininga 0,42 0,00 0,00 0,3 0,40 0,00 0,00 0,4
Macro Metropolitana Paulista 0,26 0,03 0,01 2,1 0,23 0,03 0,01 2,0
Vale do Paraíba Paulista 0,33 0,04 0,01 3,6 0,37 0,05 0,02 4,5
Litoral Sul Paulista 0,59 0,00 0,00 0,1 0,66 0,00 0,00 0,0
Metropolitana de São Paulo 0,20 0,29 0,06 15,8 0,23 0,17 0,04 9,9
Noroeste Paranaense 0,50 0,00 0,00 0,1 0,54 0,00 0,00 0,3
Centro Ocidental Paranaense 0,51 0,00 0,00 0,0 0,59 0,00 0,00 0,1
Norte Central Paranaense 0,45 0,01 0,00 0,8 0,38 0,01 0,00 0,9
Norte Pioneiro Paranaense 0,59 0,00 0,00 0,3 0,50 0,00 0,00 0,1
Centro Oriental Paranaense 0,64 0,00 0,00 0,8 0,63 0,01 0,01 1,3
Oeste Paranaense 0,69 0,00 0,00 0,3 0,57 0,00 0,00 0,4
Sudoeste Paranaense 0,75 0,00 0,00 0,1 0,57 0,00 0,00 0,1
Centro-Sul Paranaense 0,82 0,00 0,00 0,3 0,77 0,00 0,00 0,3
Sudeste Paranaense 0,74 0,00 0,00 0,2 0,70 0,00 0,00 0,2
Metropolitana de Curitiba 0,28 0,02 0,01 1,9 0,25 0,04 0,01 2,7
Oeste Catarinense 0,73 0,01 0,00 1,2 0,63 0,01 0,01 1,7
Norte Catarinense 0,43 0,01 0,01 1,4 0,44 0,02 0,01 1,8
Serrana 0,86 0,00 0,00 0,4 0,64 0,00 0,00 0,5
Vale do Itajaí 0,54 0,01 0,01 1,7 0,43 0,01 0,00 1,2
Grande Florianópolis 0,60 0,00 0,00 0,2 0,48 0,00 0,00 0,2
Sul Catarinense 0,47 0,00 0,00 0,5 0,43 0,00 0,00 0,5
Noroeste Rio-grandense 0,61 0,00 0,00 0,7 0,56 0,01 0,01 1,4
Nordeste Rio-grandense 0,49 0,01 0,01 1,4 0,41 0,01 0,01 1,5
133
Tabela 14:
Coeficiente de Especialização Global das Mesorregiões, 1985 e 2003
(conclusão)
1985 2003
CE Global CE Global
Mesorregião
Coeficiente de
Especialização
(CE)
Peso
Total %
Coeficiente de
Especialização
(CE)
Peso
Total %
Centro Ocidental Rio-grandense 0,67 0,00 0,00 0,1 0,48 0,00 0,00 0,1
Centro Oriental Rio-grandense 0,57 0,00 0,00 0,6 0,63 0,01 0,01 1,6
Metropolitana de Porto Alegre 0,28 0,04 0,01 3,3 0,22 0,05 0,01 2,6
Sudoeste Rio-grandense 0,77 0,00 0,00 0,5 0,70 0,00 0,00 0,2
Sudeste Rio-grandense 0,54 0,00 0,00 0,5 0,42 0,00 0,00 0,4
Pantanais Sul Mato-grossense 0,76 0,00 0,00 0,1 0,71 0,00 0,00 0,1
Centro Norte de Mato Grosso do Sul
0,54 0,00 0,00 0,1 0,60 0,00 0,00 0,3
Leste de Mato Grosso do Sul 0,65 0,00 0,00 0,0 0,66 0,00 0,00 0,4
Sudoeste de Mato Grosso do Sul 0,59 0,00 0,00 0,1 0,63 0,00 0,00 0,2
Norte Mato-grossense 0,84 0,00 0,00 0,1 0,62 0,00 0,00 0,3
Nordeste Mato-grossense 0,83 0,00 0,00 0,0 0,65 0,00 0,00 0,0
Sudoeste Mato-grossense 0,68 0,00 0,00 0,0 0,53 0,00 0,00 0,2
Centro-Sul Mato-grossense 0,68 0,00 0,00 0,2 0,62 0,00 0,00 0,4
Sudeste Mato-grossense 0,80 0,00 0,00 0,0 0,69 0,00 0,00 0,5
Noroeste Goiano 0,83 0,00 0,00 0,0 0,81 0,00 0,00 0,1
Norte Goiano 0,86 0,00 0,00 0,1 0,82 0,00 0,00 0,1
Centro Goiano 0,52 0,00 0,00 0,5 0,48 0,01 0,00 1,0
Leste Goiano 0,80 0,00 0,00 0,0 0,67 0,00 0,00 0,2
Sul Goiano 0,45 0,00 0,00 0,2 0,43 0,01 0,00 0,6
Distrito Federal 0,60 0,00 0,00 0,2 0,62 0,00 0,00 0,5
Brasil
0,368
100,0
0,400
100,0
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
134
Associação Geográfica e Diferença Bilateral
Estes indicadores, como havíamos visto quando nosso foco estava
voltado para as Unidades da Federação, são de extrema dificuldade analítica,
uma vez que estão em jogo inumeráveis interações setoriais ou regionais. No
estudo das Mesorregiões aumenta ainda mais as dificuldades. Nos parece
que estes indicadores servem mais para o planejamento econômico, onde a
partir dos mapas apontados por eles pode-se efetivamente entender a razão
das diferenças existentes e propor medidas que as diminuam. Seja como for,
faremos breves comentários a seguir.
No caso dos indicadores de Associação Geográfica e Diferença
Bilateral acontece algo parecido com os demais: os valores são maiores do
que os obtidos no caso da análise por Unidade da Federação. Isso significa
que, quando o espectro espacial da comparação se expande, tornam-se
menores as associações entre os setores. Embora não se possa comparar
diretamente os resultados, os números das Diferenças Bilaterais são maiores
entre as Mesorregiões do que eram entre as Unidades da Federação.
Como o resultado da Associação Geográfica não é muito diferente
quando a base são as Mesorregiões, em confronto com as Unidades da
Federação, faremos alguns breves comentários a respeito das Diferenças
Bilaterais.
Algumas Mesorregiões localizadas no Norte e Nordeste estão entre
aquelas que mais aumentaram, na média, suas diferenças bilaterais. Sul
Maranhense, Metropolitana de Belém, Norte Cearense, Marajó, Oeste
Maranhense, Norte Maranhense, Noroeste Cearense e Sudeste Piauiense
aumentaram suas diferenças bilaterais médias entre 12% no caso da última
até 29% no caso do Sul Maranhense.
135
Entre as que diminuíram, o caso extremo se na Oriental do
Tocantins. Parece bastante claro que a explicação está no fato de pertencer
a uma área que se tornou, no intervalo entre o Censo de 1985 e o ano de
2003, estado, para onde canalizaram-se recursos e investimentos novos.
vimos, anteriormente, que esta Mesorregião saiu de uma situação em que
havia uma única atividade industrial para outra bem menos especializada.
Outros casos de diminuição das diferenças estão relacionados a
regiões que avançaram na estrutura industrial. São exemplos: o Centro
Amazonense, Ribeirão Preto, Piracicaba e Macro Metropolitana Paulista. Não
por acaso, áreas interioranas ou capital de estado.
Neste capítulo, a partir de nossa estimação de dados para o nível das
Mesorregiões, pudemos comparar a estrutura produtiva do ano de 1985 com
a de 2003. De modo geral, encontramos elementos que justificam a
continuidade do processo de desconcentração industrial. Uma descrição
genérica deste processo nos levaria a afirmar que o interior dos Estados
densamente industriais foi o principal sentido tomado pela indústria que
deixou as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente. Também
se beneficiaram as Capitais de Estado, notadamente aquelas que não têm
grande importância na composição da produção industrial brasileira.
Vimos também que, no caso dos indicadores, a comparação feita com
um número maior de áreas se traduz em coeficientes maiores. Aqueles
ligados à localização não mostraram muitas diferenças quando comparados
com os que calculamos para o caso das Unidades da Federação. No entanto,
para os de especialização, pudemos constatar que reestruturação pode
significar a permanência de uma fragilidade relacionada a uma determinada
Mesorregião. Isso ficou claro quando, ao analisar o indicador de
reestruturação, nos deparamos com áreas de pouco vulto e que trocam a
dependência de um setor por uma de outro. Vimos também como a moderna
agroindústria, particularmente ligada a soja, garantiu um avanço de regiões
de Goiás, do Mato Grosso, da Bahia e do Maranhão no Coeficiente Global de
Especialização.
136
Tabela 15: Diferenças Bilaterais entre as Mesorregiões, médias 1985 e 2003
Mesorregião
1985
2003
Variação
(%)
Mesorregião
1985
2003
Variação
(%)
Madeira-Guaporé
0,77 0,64 (16,9)
Jaguaribe
0,60 0,57 (3,8)
Leste Rondoniense
0,77 0,65 (15,4)
Centro-Sul Cearense
0,68 0,67 (1,5)
Vale do Juruá
0,88 0,68 (23,1)
Sul Cearense
0,69 0,70 0,4
Vale do Acre
0,74 0,57 (22,7)
Oeste Potiguar
0,72 0,64 (10,9)
Centro Amazonense
0,81 0,70 (13,2)
Central Potiguar
0,80 0,72 (10,3)
Sul Amazonense
0,91 0,92 0,7
Agreste Potiguar
0,83 0,62 (25,3)
Norte de Roraima
0,65 0,62 (3,8)
Leste Potiguar
0,78 0,70 (10,0)
Sul de Roraima
0,91 0,93 1,6
Sertão Paraibano
0,72 0,56 (21,4)
Baixo Amazonas
0,78 0,83 6,2
Borborema
0,78 0,70 (10,6)
Marajó
0,77 0,91 18,1
Agreste Paraibano
0,63 0,67 7,4
Metropolitana de Belém
0,57 0,71 23,8
Mata Paraibana
0,65 0,66 1,7
Nordeste Paraense
0,75 0,59 (21,0)
Sertão Pernambucano
0,72 0,64 (10,1)
Sudoeste Paraense
0,89 0,88 (0,5)
São Francisco Pernambucano
0,74 0,62 (15,7)
Sudeste Paraense
0,75 0,80 6,4
Agreste Pernambucano
0,60 0,57 (5,7)
Sul do Amapá
0,71 0,59 (16,3)
Mata Pernambucana
0,61 0,57 (6,3)
Ocidental do Tocantins
0,63 0,57 (9,9)
Metropolitana de Recife
0,61 0,55 (10,1)
Oriental do Tocantins
0,90 0,64 (28,5)
Sertão Alagoano
0,79 0,81 2,3
Norte Maranhense
0,71 0,81 13,9
Agreste Alagoano
0,64 0,62 (3,8)
Oeste Maranhense
0,71 0,82 15,3
Leste Alagoano
0,61 0,55 (9,5)
Centro Maranhense
0,63 0,65 3,9
Sertão Sergipano
0,77 0,66 (13,2)
Leste Maranhense
0,64 0,60 (6,2)
Agreste Sergipano
0,65 0,55 (15,8)
Sul Maranhense
0,64 0,83 28,9
Leste Sergipano
0,76 0,62 (18,8)
Norte Piauiense
0,68 0,65 (5,0)
Extremo Oeste Baiano
0,67 0,62 (7,4)
Centro-Norte Piauiense
0,68 0,53 (21,7)
Vale São-Franciscano da Bahia
0,67 0,60 (10,3)
Sudoeste Piauiense
0,68 0,60 (10,7)
Centro Norte Baiano
0,69 0,68 (1,0)
Sudeste Piauiense
0,81 0,90 11,6
Nordeste Baiano
0,73 0,68 (6,6)
Noroeste Cearense
0,60 0,67 12,4
Metropolitana de Salvador
0,75 0,75 0,0
Norte Cearense
0,62 0,75 20,5
Centro Sul Baiano
0,66 0,63 (5,0)
Metropolitana de Fortaleza
0,62 0,59 (4,3)
Sul Baiano
0,61 0,67 10,0
Sertões Cearenses
0,83 0,78 (5,8)
Noroeste de Minas
0,73 0,53 (27,3)
137
Tabela 15: Diferenças Bilaterais entre as Mesorregiões, médias 1985 e 2003
Mesorregião
1985
2003
Variação
(%)
Mesorregião
1985
2003
Variação
(%)
Norte de Minas
0,68 0,65 (5,0)
Assis
0,62 0,56 (9,5)
Jequitinhonha
0,64 0,66 3, 6
Itapetininga
0,67 0,64 (5,3)
Vale do Mucuri
0,65 0,56 (14,2)
Macro Metropolitana Paulista
0,66 0,59 (10,6)
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba
0,59 0,54 (7,8)
Vale do Paraíba Paulista
0,76 0,74 (2,9)
Central Mineira
0,72 0,69 (3,9)
Litoral Sul Paulista
0,70 0,72 3,6
Metropolitana de Belo Horizonte
0,70 0,68 (3,3)
Metropolitana de São Paulo
0,72 0,68 (5,2)
Vale do Rio Doce
0,88 0,83 (6,2)
Noroeste Paranaense
0,57 0,54 (5,5)
Oeste de Minas
0,68 0,66 (3,4)
Centro Ocidental Paranaense
0,66 0,59 (11,1)
Sul/Sudoeste de Minas
0,61 0,58 (5,4)
Norte Central Paranaense
0,57 0,56 (1,2)
Campo das Vertentes
0,70 0,70 (0,6)
Norte Pioneiro Paranaense
0,59 0,53 (10,8)
Zona da Mata
0,64 0,62 (3,0)
Centro Oriental Paranaense
0,64 0,69 7,4
Noroeste Espírito-santense
0,69 0,68 (0,4)
Oeste Paranaense
0,60 0,55 (9,1)
Litoral Norte Espírito-santense
0,88 0,83 (5,7)
Sudoeste Paranaense
0,63 0,58 (7,7)
Central Espírito-santense
0,69 0,69 0,6
Centro-Sul Paranaense
0,71 0,78 10,1
Sul Espírito-santense
0,70 0,76 7,7
Sudeste Paranaense
0,76 0,75 (1,6)
Noroeste Fluminense
0,68 0,65 (4,1)
Metropolitana de Curitiba
0,68 0,64 (5,1)
Norte Fluminense
0,87 0,89 1,9
Oeste Catarinense
0,64 0,57 (10,2)
Centro Fluminense
0,70 0,68 (2,5)
Norte Catarinense
0,75 0,68 (10,0)
Baixadas
0,77 0,72 (6,9)
Serrana
0,85 0,71 (15,9)
Sul Fluminense
0,81 0,82 1,4
Vale do Itajaí
0,69 0,65 (6,8)
Metropolitana do Rio de Janeiro
0,69 0,70 2,4
Grande Florianópolis
0,59 0,65 10,3
São José do Rio Preto
0,62 0,54 (13,8)
Sul Catarinense
0,66 0,64 (4,4)
Ribeirão Preto
0,64 0,55 (15,1)
Noroeste Rio-grandense
0,70 0,61 (12,2)
Araçatuba 0,61 0,58 (3,6)
Nordeste Rio-grandense 0,70 0,68 (4,1)
Bauru
0,59 0,55 (6,7)
Centro Ocidental Rio-grandense
0,63 0,54 (14,6)
Araraquara 0,64 0,61 (4,7)
Centro Oriental Rio-grandense 0,62 0,56 (9,4)
Piracicaba
0,66 0,57 (12,7)
Metropolitana de Porto Alegre
0,69 0,63 (8,00)
Campinas
0,70 0,70 (0,2)
Sudoeste Rio-grandense
0,65 0,60 (7,9)
Presidente Prudente
0,59 0,55 (7,2)
Sudeste Rio-grandense
0,59 0,54 (8,5)
Marília
0,65 0,64 (1,8)
Pantanais Sul Mato-grossense
0,74 0,61 (16,8)
138
Tabela 15: Diferenças Bilaterais entre as Mesorregiões, médias 1985 e 2003
Fonte: Censo Industrial 1985; PIA Empresa 2003. Elaboração Própria.
Mesorregião
1985
2003
Variação
(%)
Centro Norte de Mato Grosso do Sul
0,60 0,55 (8,9)
Leste de Mato Grosso do Sul
0,72 0,58 (19,9)
Sudoeste de Mato Grosso do Sul
0,58 0,54 (5,6)
Norte Mato-grossense
0,81 0,67 (17,5)
Nordeste Mato-grossense
0,64 0,57 (10,5)
Sudoeste Mato-grossense
0,75 0,59 (21,6)
Centro-Sul Mato-grossense
0,59 0,55 (7,4)
Sudeste Mato-grossense
0,64 0,59 (6,9)
Noroeste Goiano
0,63 0,65 3,7
Norte Goiano
0,85 0,82 (3,8)
Centro Goiano
0,57 0,53 (7,4)
Leste Goiano
0,72 0,58 (18,5)
Sul Goiano
0,60 0,53 (11,1)
Distrito Federal
0,68 0,63 (8,0)
139
Considerações Finais
Esta dissertação buscou atuar em duas áreas. Uma metodológica,
outra analítica.
Na primeira, o problema consistia em que, para possibilitar o estudo
das questões ligadas à localização e à especialização industriais, as
informações disseminadas pelo IBGE impõem limites muito claros, pois a
abertura máxima regional são as Unidades da Federação e a setorial são as
divisões (2 dígitos da CNAE), no caso das Unidades “menos” industrializadas,
ou os grupos (3 dígitos), no caso de Brasil, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo e de todos os estados do Sul. Portanto, apresentamos uma forma de
ratear os valores das Unidades da Federação para as Mesorregiões,
mantendo as divisões na abertura setorial (ANEXO A).
Resolvida essa questão pudemos, a partir de nossos cálculos, obter
indicadores descritivos comparáveis com aqueles obtidos por outros
pesquisadores. Com isso, atuamos na perspectiva analítica do trabalho.
A limitação a que nos referimos pouco se deve ao fato de, na
substituição do modelo de produção estatística ancorado nos Censos
Econômicos por outro cujo marco são as pesquisas anuais, ter havido um
lapso de tempo (entre 1986 e 1995) em que a produção das estatísticas
sofreu vários reveses, inclusive interrupção, e, a partir da fixação do novo
modelo, os níveis de abertura da informação terem sido aqueles que
dissemos também há pouco.
No que tange aos métodos, nos deparamos, com o objetivo de
contornar as limitações existentes, com três grandes “saídas” adotadas pela
bibliografia:
i) Uso das pesquisas mensais para extrapolar os dados do último
Censo;
ii) Uso do emprego (RAIS); e
140
iii) Uso de novas fontes, notadamente o PIB municipal calculado fora
do IBGE.
A primeira solução se mostrou incapaz de expressar corretamente a
nova estrutura industrial em anos mais recentes, isso porque a atualização da
estrutura de 1985 a partir da variação dos índices de quantum sofre com o
fato de os preços relativos permanecerem fixos no ano-base da série (quando
se utiliza os índices de base fixa) ou as estruturas se moverem simplesmente
pela variação das quantidades (nos índices de base móvel).
A segunda trouxe com ela a discussão a respeito do que ocorre com a
produtividade da mão-de-obra, uma vez que nem sempre coincidem os
movimentos do emprego e o da produção.
Por fim, a terceira, em tese perfeita, rebate na própria metodologia de
cálculo do PIB municipal. Mais recentemente, o IBGE, em parceria com
órgãos estaduais e outros federais, tomou a si a responsabilidade de fazer
este cálculo.
Diante dos potenciais problemas existentes com as várias fontes,
nossa solução procurou contornar o problema usando, para um mesmo ano e
a partir de duas fontes de dados, a mesma variável, o VTI. Com isso, fugimos
dos problemas apresentados pelas outras soluções. Poderíamos, sim, ter
usado o próprio PIB municipal calculado pelo IBGE, mas, com vistas a
extrapolações futuras, de interesse do próprio Instituto, preferimos essa
solução, que poderá ser contrastada com a existente para o cálculo do PIB.
Para o trabalho analítico procuramos nos servir das medidas de
localização e especialização apresentadas em Haddad (1989),
acrescentando algumas outras recentemente propostas. Discutimos também,
apenas com o intuito de apontar futuras explorações de nossa base de
dados, alguns indicadores mais modernos, que se baseiam em modelos
probabilísticos. Chamamos aqueles propostos por Haddad de descritivos e os
outros de estatísticos.
141
Entre os indicadores que utilizamos, tivemos a chance de fazer a
discussão de forma estruturada, ou seja, partimos da contribuição de Mulligan
e Schmidt (2005), que propuseram coeficientes globais de especialização e
de localização. Acrescentamos, ao lado deles, indicadores que levam em
conta os dois anos sob análise (redistribuição e reestruturação) e, ainda, os
que procuram auferir a associação geográfica entre os setores e as
diferenças bilaterais entre as Unidades da Federação (capítulo IV) ou as
Mesorregiões (capítulo V).
Em termos de resultados, fizemos a análise em duas escalas:
Unidades da Federação e Mesorregiões.
Independentemente da escala, percebemos que os indicadores de
localização são sempre menores que os de especialização. Do mesmo modo,
o de redistribuição é menor do que o de reestruturação; e o de associação
geográfica menor do que o de diferença bilateral. Isso quer dizer que os
indicadores que partem da matriz de estrutura setorial se mostram menores
do que os que partem da matriz de estrutura regional e, portanto, que as
modificações dentro do espaço regional (seja ele na escala das Unidades da
Federação ou na das Mesorregiões) foram mais importantes do que a
distribuição produtiva entre as regiões. Apesar disso, os valores em si, num
conjunto de indicadores ou noutro, são pequenos, mostrando então que não
se observou nesses quase 20 anos que separam 1985 de 2003 nenhuma
grande mudança no que diz respeito a espacialização ou a especialização.
Isso não quer dizer que o processo de desconcentração industrial
tenha perdido força como sugere parte da literatura comentada (Pacheco,
1999). Pudemos, por diversos caminhos, perceber que o movimento, ao
longo desses quase vinte anos, se deu no sentido da manutenção do
espalhamento da produção industrial. Se, sob a perspectiva das Unidades da
Federação, a desconcentração fica clara para setores específicos ou para
movimentos globais (a perda de importância de São Paulo e do Rio de
Janeiro, embora este tenha revertido em parte esta queda), sob a ótica das
Mesorregiões, transparecem certas características fundamentais: a
interiorização, circunscrita ao espaço das Regiões Sudeste e Sul (S
ABÓIA
,
142
2000), que reforça a idéia de concentração limitada ao polígono que se
traçaria ligando as áreas entre o centro- sul de Minas Gerais e o Norte do Rio
Grande do Sul (A
JARA
, 2001; D
INIZ
e C
ROCCO
, 1996); e o fortalecimento das
capitais nas demais regiões brasileiras (A
JARA
, 2001).
Nossa análise teve caráter descritivo. Primeiro, por conta dos
indicadores escolhidos. Segundo, porque criamos uma base de dados
bastante ampla, de onde se pode auferir uma série de movimentos paralelos.
Neste sentido, preferimos explorá-la de forma geral e não particular. Portanto,
trocamos uma possível visão do tipo causa-efeito, que importância aos
processos de ajustes, por uma do tipo antes-depois, ou seja, que elege os
pontos de saída e de chegada. Se entendemos que essa dissertação é o
início de um processo de pesquisa, seu mérito foi criar as bases, a partir de
uma nova metodologia, e fazer uma exploração estruturada da mesma.
A estruturação se deu por intermédio dos indicadores escolhidos, um
conjunto bem articulado de medidas voltadas para a análise da
especialização e da espacialização. É verdade que o trabalho com os
indicadores se mostrou limitado em certo sentido.
No caso dos indicadores de Associação Geográfica e de Diferenças
Básicas, porque suas inúmeras relações impedem que se estabeleça uma
visão mais genérica dos movimentos. Nos parecem, assim, indicadores mais
funcionais do que analíticos, sendo úteis para subsidiar a elaboração,
formulação e aprimoramento das políticas públicas.
Os indicadores que usam os dois anos da análise, o de Reestruturação
e o de Redistribuição, trouxeram resultados que se mostraram bastante úteis
do ponto de vista analítico. Isso porque, sendo uma medida sintética,
permitem conhecer o resultado final de um dinâmico movimento promovido
pelas empresas, através de seus investimentos. Seus valores são pequenos,
o que sugere que, de modo geral, a indústria brasileira não modificou seu
perfil de espalhamento da produção e de especialização regional. De todo
modo, no que tange à redistribuição, alguns setores, como Minerais Não-
Metálicos e Material de Transporte, mostraram uma alteração substantiva em
143
seu perfil de atuação territorial. Já quanto à reestruturação, foram as áreas de
menor intensidade industrial aquelas que mais modificaram sua composição
setorial, que, muitas das vezes, se traduz na troca de uma única atividade por
outra. Metropolitana de Belém não está numa situação limítrofe como esta,
mas a entrada da Metalurgia Básica modificou seu padrão setorial de forma
acentuada, sendo responsável, também, pelo ganho de importância que a
Mesorregião teve na produção industrial nacional.
É verdade que, ao saltar da esfera das Unidades da Federação para a
das Mesorregiões, os indicadores ligados à espacialização (principalmente o
Coeficiente de Globalização e a Associação Geográfica) não foram capazes
de modificar as análises feitas no nível mais agregado, ainda que tenha
aumentado o valor das medidas. os ligados à especialização, sim, mesmo
porque a matriz da medida foi, no primeiro momento, as Unidades da
Federação e, no outro, as Mesorregiões. Particularmente interessante foram
os resultados, num nível e noutro, obtidos a partir do Coeficiente Global de
Especialização.
No caso das Unidades da Federação, os processos de especialização
se deram naquelas em que houve a entrada da indústria automobilística (Rio
Grande do Sul, Paraná e Bahia) e em outras, como Ceará, Pará e Amazonas,
estas também por receber novos investimentos que recompõem a estrutura
local. Porém, quando se soma o peso que as Unidades da Federação têm na
estrutura industrial ao Coeficiente de Especialização, o que chamamos de
Coeficiente Global de Especialização, evidenciou-se que São Paulo reduz
seu poder de influenciar a medida, justamente porque perde importância no
cômputo geral. Interessante também foi o fato de todos as Unidades do
Centro-Oeste ganharem importância, não pelo aumento de sua
especialização, mas pelo seu avanço na produção industrial.
No caso das Mesorregiões, na maioria daquelas em que houve uma
maior especialização, isso se deu porque os setores antes importantes na
estrutura local tornaram-se ainda mais. Um caso diferente é o que ocorre na
citada Metropolitana de Belém, pois ali a Metalurgia Básica quase inexistia
no ano de 1985. Entre as que diminuíram o grau de especialização,
144
aparecem a Oriental do Tocantins que no intervalo de tempo considerado,
deixou de ser uma área de um certo Estado para ser a principal área de um
novo, e o Centro Amazonense, onde a Eletroeletrônica cede espaço para
outras indústrias (Alimento, Bebida e Fumo e Material de Transporte).
Quando a análise se no nível do Coeficiente Global de Especialização, ao
lado da já comentada queda de importância de São Paulo, particularmente da
Metropolitana de São Paulo, vê-se o mesmo ocorrendo com todas aquelas
que se mostraram as de maior peso (Norte Fluminense, Metropolitana do Rio
de Janeiro, Metropolitana de Salvador). As Mesorregiões que mais ganharam
peso no Coeficiente Global estão localizadas entre o Centro-Oeste e
Nordeste, na região que tem a soja como principal produto animador da
indústria local.
Por fim, nossa dissertação antes de ser um fim é um princípio. Temos
pela frente uma série de passos a serem dados. Entre eles, citaríamos:
Avançar no cálculo dos índices estatísticos e, por intermédio deles,
buscar definir algumas relações que justifiquem os resultados
alcançados, na mesma linha que fizeram Sousa (2002) e Resende e
Wyllie (2004);
Comparar a estrutura industrial aqui obtida com a do PIB Municipal
do IBGE, tentando perceber até que ponto distintas metodologias
geram informações conflitantes. Se houver discrepâncias, responder
qual é, do ponto de vista conceitual, a melhor estratégia de rateio das
informações existentes para as Unidades da Federação; e
Proceder análises parciais da base de dados. Para uma Unidade da
Federação, por exemplo. Com isso, aumentar o conhecimento dos
processos dinâmicos existentes nestas áreas e, com isso, ter uma
melhor compreensão dos resultados aqui atingidos.
145
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discussão. Rio de Janeiro: IBGE, 1996, v. 8, t.5.
149
Anexo A: Metodologia para Cálculo do VTI das Mesorregiões
O objetivo deste anexo é mostrar como, para o ano de 2003, a partir da
PIA Empresa, foi possível chegar às informações para as Mesorregiões,
abertas por divisão de indústria (2 dígitos da CNAE).
O procedimento consistiu em ratear os valores existentes no nível das
Unidades da Federação, gerados pela PIA, para cada uma das Mesorregiões.
Tomemos um exemplo hipotético para tornar a descrição do
procedimento metodológico a mais simples possível.
O Quadro Indicativo 5 mostra o valor fictício” do VTI, aberto para as
divisões de indústria, para uma determinada Unidade da Federação, digamos o
Rio de Janeiro.
O problema que temos de enfrentar é o de distribuir o valor de 100
(poderia ser em bilhões de reais) entre as mesorregiões do Estado. Não o
valor total, como também cada um daqueles relativos às diversas divisões de
indústria.
Podemos dividir o problema em dois.
Para o conjunto de empresas que empregam pelo menos 30 pessoas, a
PIA faz, de fato, um censo. Sendo assim, para estas, não haveria, na realidade,
nenhum problema em obter os valores das Mesorregiões ou até mesmo dos
municípios, assegurado o sigilo estatístico. Para se ter uma idéia aproximada
do que estamos falando, na Região Sudeste, 93% do VTI vêm das empresas
com pelo menos 30 empregados.
Portanto, o rateio é feito para um grupo de empresas (cujo emprego
varia entre 5 e 29 pessoas ocupadas
83
) que geram um valor pequeno (7%
84
).
Todavia, cada vez que descemos mais no detalhe regional a importância das
83
O âmbito da PIA, como já se viu, é o das empresas industriais com pelo menos 5 pessoas ocupadas.
84
Não se tem nas publicações do IBGE estes valores abertos por Unidades da Federação, mas apenas por
Grandes Regiões.
150
pequenas empresas aumenta, pois é de se supor que uma cidade pequena em
empresas, quando as tem, também pequenas.
Quadro Indicativo 5: Valor da Transformação Industrial, por divisão de Indústria — Rio
de Janeiro — 2003
Divisões de Indústria
VTI
(em bilhões de reais)
Rio de Janeiro 100,0
Indústrias Extrativas 30,0
10 -
11 29,0
13 -
14 1,0
Indústria de Transformação 70,0
15 5,0
16 0,0
17 0,0
18 1,0
19 0,0
20 0,0
21 1,0
22 4,0
23 18,0
24 9,0
25 2,0
26 3,0
27 12,0
28 2,0
29 2,0
30 2,0
31 1,0
32 1,0
33 1,0
34 3,0
35 3,0
36 0,0
37 0,0
Fonte: elaboração própria, com informações fictícias.
A questão a saber é: qual fator poderia ser usado para ratear para os
níveis das Mesorregiões os valores da Unidade da Federação?
Um candidato natural seria o emprego. O Cadastro de Empresas do
IBGE teria dados para isso. Acontece, entretanto, que o emprego, como se viu
em alguns momentos de nosso trabalho, pode não ser um bom indicador da
151
direção tomada pela produção. Os ganhos de produtividade fazem com que
mais produção ocorra sem um aumento proporcional de mão-de-obra.
Outro candidato, o PIB Municipal. estão disponíveis os dados para o
ano de 2003, não havendo grandes problemas em usá-los. Todavia, o PIB
municipal é, ele mesmo, um rateio a partir do PIB estadual (PRODUTO...,
2004). A variável utilizada neste rateio é eminentemente fiscal; mais
precisamente condicionada ao pagamento de tributos (ICMS, IPI etc.). Como
nem sempre a realidade fiscal coincide com a da produção, nos pareceu que
deveríamos buscar uma forte alternativa que, inclusive, nos permitisse
confrontar
85
os resultados obtidos de um modo e de outro, criando uma visão
crítica dos próprios procedimentos internos do IBGE. Se não de fato
grandes diferenças entre o resultado obtido por um “rateio fiscal” e um não
fiscal e se os dados dos tributos são mais facilmente disponíveis do que outros
então o procedimento adotado no PIB poderia ser utilizado com os dados de
produção, obtendo-se a partir de então séries em níveis bem desagregados,
como é o caso do município.
Uma terceira fonte seria o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). A
partir dos questionários desta fonte é possível calcular as principais medidas
utilizadas usualmente na análise econômica; por exemplo, o VTI. No entanto,
assim como as bases do IBGE, o IRPJ tem a limitação do sigilo. Todavia, a
partir de um acordo, as áreas de pesquisas econômicas (entre elas a de
Indústria e as Contas Nacionais) do IBGE têm recebido tabulações especiais
obtidas de forma agregada. Mais do que isso, como uma empresa pode estar
em uma classificação nas bases do IBGE e noutra na Receita, esta faz as
tabulações a partir da situação da empresa no IBGE.
Pois bem, a partir de uma tabulação como esta foi possível calcular os
valores percentuais para cada cruzamento Mesorregiões X divisão de indústria.
Vamos imaginar, ainda a partir de nossa tabela hipotética, que os 100 do
Rio de Janeiro sejam distribuído em 90 para as empresas com 30 ou mais
85
Não no âmbito desta tese.
152
empregados e 10 para as com 5 até 29 empregados. Podemos alocar os 90
diretamente em cada Mesorregiões. Os valores seriam os seguintes:
Quadro Indicativo 6: VTI das Empresas com 30 ou mais empregados, segundo as
Mesorregiões do Rio de Janeiro.
Mesorregião Valor
Noroeste Fluminense 0
Norte Fluminense 23
Centro Fluminense 2
Baixadas 0
Sul Fluminense 14
Metropolitana do Rio de Janeiro 51
Fonte: elaboração própria, dados fictícios
O mesmo procedimento deveria ser adotado para as aberturas de
atividade, ou seja, é preciso tabular os 23 bilhões do Norte Fluminense em
cada uma de suas atividades. Seja como for, restam 10 (bilhões) para serem,
estes sim, rateados. Então, a tabulação do IRPJ teria o seguinte aspecto.
Quadro Indicativo 7: Participação Percentual das produção das Mesorregiões do Rio de
Janeiro, para o conjunto de empresas com 5 a 29 empregados
Mesorregião Valor
Noroeste Fluminense 2%
Norte Fluminense 30%
Centro Fluminense 5%
Baixadas 8%
Sul Fluminense 25%
Metropolitana do Rio de Janeiro 30%
Fonte: elaboração própria, dados fictícios.
Agora basta fazer uma conta bem simples.
Para o Noroeste Fluminense, por exemplo:
2,010*02,0
=
=
Nor
VTI
o VTI do Noroeste Fluminense, para as
empresas com menos de 30 empregados, é de 0,2 bilhão. Somando-o ao que
é devido ao outro conjunto de empresas, o VTI total desta Mesorregiões é o de
0,2 ou 0 (zero) se não considerarmos a casa decimal.
Já para a Metropolitana do Rio de Janeiro:
153
310*3,0
=
=
MRJ
VTI
o VTI desta Mesorregião, para as empresas com
menos de 30 empregados, é de 3 bilhões. Somando-o ao que é devido ao
outro conjunto de empresas, o VTI total é o de 54 bilhões.
Esta conta, como sempre, se repete para todas as divisões de indústria
em cada Mesorregião.
154
Anexo B: Tabelas com Informações por Unidades da
Federação
155
Tabela 16: Estrutura setorial da Indústria Brasileira, 1985
(continua)
Atividade
Norte, exceto
AM e PA
Amazonas Pará Maranhão Piauí Ceará
Rio Grande
do Norte
Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia
Extrativa
30,93 13,00 28,47 1,56 0,77 1,17 68,31 2,55 0,48 1,03 73,06 23,64
Alimentos, Bebida e Fumo 9,64 3,58 20,37 22,60 24,71 31,78 4,99 15,91 31,67 44,21 5,94 8,09
Têxtil - 3,98 5,64 0,31 12,98 23,99 7,54 36,16 11,23 6,18 12,20 3,45
Vestuário - 0,20 0,32 0,53 23,30 15,71 9,24 1,95 3,95 0,04 1,14 0,71
Couros e Calçados - 0,09 0,93 - 7,33 2,92 0,44 6,93 4,31 - - 0,48
Produtos de Madeira 40,25 2,07 15,68 10,17 0,61 0,30 0,05 0,29 0,16 0,07 0,08 0,39
Celulose e Papel - 0,13 3,71 3,73 - 0,29 0,22 2,32 2,83 0,10 0,07 0,69
Edição 1,67 0,56 2,21 1,43 0,93 1,38 0,42 2,29 1,87 0,99 0,29 0,66
Refino e Química 0,42 3,57 1,93 14,25 8,79 3,43 3,19 9,89 11,87 36,95 3,56 45,04
Borracha e Plástico 8,60 2,77 2,73 0,37 0,76 1,76 0,12 6,19 2,49 0,26 0,14 1,33
Minerais Não-Metálicos 5,22 0,34 12,44 8,02 8,86 4,20 3,73 10,67 6,21 4,46 2,83 1,66
Metalurgia Básica - 1,14 0,41 32,41 - 1,30 0,29 - 4,38 1,92 - 8,39
Produtos de Metal 0,57 2,44 1,33 2,09 0,74 2,10 0,08 1,13 2,55 0,19 0,18 0,45
Máquinas e Equipamentos 0,62 0,64 0,55 0,09 0,37 3,98 0,28 0,44 2,37 3,07 0,11 2,84
Eletroeletrônico - 53,63 0,46 0,66 - 1,71 0,10 0,60 10,43 - 0,10 1,51
Material de Transporte 0,55 7,38 1,25 0,42 0,51 2,96 0,07 0,12 1,23 0,25 0,04 0,18
Diversas 1,53 4,49 1,56 1,35 9,34 1,01 0,93 2,56 1,96 0,28 0,28 0,49
Indústria Geral 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte: Censo Industrial de 1985. Elaboração Própria.
156
Tabela 16: Estrutura setorial da Indústria Brasileira, 1985
(conclusão)
Atividade
Minas
Gerais
Espírito
Santo
Rio de
Janeiro
São
Paulo Paraná
Santa
Catarina
Rio
Grande
do Sul
Mato
Grosso
do Sul
Mato
Grosso Goiás
Distrito
Federal Brasil
Extrativa
9,87
26,27
28,77
0,26
0,74
3,54
0,81
5,76
7,01
10,30
0,20
8,31
Alimentos, Bebida e Fumo
11,06
13,12
5,20
8,76
25,40
19,35
20,88
39,38
40,63
39,52
25,11
11,54
Têxtil
7,21
3,33
3,19
6,33
4,12
14,10
2,18
5,78 -
3,12 -
6,01
Vestuário
1,89
1,85
2,94
2,66
1,22
12,15
2,67
0,38
0,32
1,92
0,79
2,93
Couros e Calçados
1,38
0,94
0,24
1,37
0,71
1,39
16,12
0,30
0,88
1,21
0,23
2,19
Produtos de Madeira
0,31
2,78
0,13
0,59
6,83
6,10
1,43
7,87
26,78
0,27
1,02
1,35
Celulose e Papel
1,94
10,08
1,05
3,57
6,81
5,70
2,65
-
0,12
0,48
0,50
2,99
Edição
0,84
0,55
4,24
1,89
0,93
0,52
1,17
1,55
1,34
1,69
13,41
1,85
Refino e Química
12,99
3,17
18,98
21,13
22,83
2,23
14,63
21,00
6,17
11,43
0,18
18,57
Borracha e Plástico
1,18
0,16
2,83
5,33
2,10
5,72
3,93
0,46
0,26
0,64
0,77
3,85
Minerais Não-Metálicos
5,77
5,81
8,16
3,28
5,54
5,27
1,84
12,02
11,43
14,86
24,58
4,44
Metalurgia Básica
29,93
26,90
8,17
6,23
1,21
3,87
2,37
1,37
0,11
10,17
0,05
8,03
Produtos de Metal
3,65
0,64
2,79
5,08
1,50
1,90
6,30
1,98
1,06
0,93
3,08
3,87
Máquinas e Equipamentos
3,25
0,79
3,01
10,65
5,36
8,34
11,75
0,61
0,40
0,52
4,29
7,40
Eletroeletrônico
2,41
1,26
3,69
9,09
6,09
4,14
3,36
0,64
0,25
1,22
22,17
7,02
Material de Transporte
4,99
1,26
5,19
10,17
4,29
1,64
3,33
0,55
1,87
0,84
0,56
6,71
Diversas
1,32
1,08
1,43
3,63
4,33
4,04
4,60
0,35
1,35
0,86
3,06
2,92
Indústria Geral
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
Fonte: Censo Industrial de 1985. Elaboração Própria.
157
Tabela 17: Estrutura Setorial da Indústria Brasileira, 2003
(continua)
Atividade
Norte, exceto
AM e PA Amazonas Pará Maranhão Piauí Ceará
Rio Grande
do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia
Extrativa 2,41 5,47 34,12 12,67 1,18 0,68 50,24 5,32 0,49 0,84 35,62 7,97
Alimentos, Bebida e Fumo 28,59 12,30 9,54 10,78 50,09 25,60 20,03 16,50 47,88 62,04 18,07 11,88
Têxtil 0,11 0,05 0,71 0,35 0,27 12,96 8,75 16,58 1,86 1,81 6,61 1,54
Vestuário 0,90 0,11 0,08 0,14 5,16 6,74 4,17 0,58 1,02 0,15 0,84 0,68
Couros e Calçados 10,38 - 0,17 0,25 2,37 15,27 1,70 16,69 0,82 0,04 0,74 2,31
Produtos de Madeira 43,29 0,25 17,52 3,32 0,15 0,11 1,93 0,24 0,86 0,16 0,08 0,17
Celulose e Papel 0,28 0,40 4,06 2,16 0,69 2,12 0,33 1,04 1,82 0,14 0,62 5,74
Edição 3,77 4,42 0,56 0,90 2,05 2,27 1,12 3,42 3,14 1,36 0,80 0,69
Refino e Química 0,27 19,73 1,45 7,57 12,18 18,41 2,54 7,53 12,28 24,69 12,49 48,72
Borracha e Plástico 1,96 2,77 0,32 0,78 0,50 0,95 1,68 2,31 3,29 1,53 0,50 2,69
Minerais Não-Metálicos 3,61 0,78 5,99 4,19 16,82 4,51 4,33 26,62 5,83 4,96 17,24 1,18
Metalurgia Básica 1,24 0,26 23,50 55,09 0,57 2,17 0,37 0,03 6,99 0,03 - 4,76
Produtos de Metal 0,90 2,63 0,37 0,49 0,38 2,30 0,53 0,83 6,20 0,56 4,06 1,54
Máquinas e Equipamentos 0,12 1,44 0,38 0,19 0,88 2,40 0,94 0,78 1,85 0,90 1,63 1,15
Eletroeletrônico 0,20 35,85 0,37 0,27 0,69 1,65 0,23 0,55 3,25 0,16 0,20 2,50
Material de Transporte 0,53 11,45 0,16 0,11 2,57 1,06 0,41 0,06 1,56 0,26 0,23 5,81
Diversas 1,45 2,08 0,71 0,72 3,43 0,78 0,69 0,91 0,85 0,39 0,27 0,68
Indústria Geral 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte: Pesquisa Industrial Anual de 2003. Elaboração Própria.
158
Tabela 17: Estrutura Setorial da Indústria Brasileira, 2003
(conclusão)
Atividade
Minas
Gerais
Espírito
Santo
Rio de
Janeiro
São
Paulo
Paraná
Santa
Catarina
Rio
Grande
do Sul
Mato
Grosso
do Sul
Mato
Grosso
Goiás
Distrito
Federal
Brasil
Extrativa
14,32
29,56
29,18
0,28
0,44
1,38
0,64
4,48
1,58
5,96
0,37
7,04
Alimentos, Bebida e Fumo
15,03
6,80
4,52
14,12
21,82
29,37
23,30
71,77
62,06
56,28
33,16
17,27
Têxtil
2,57
0,29
0,54
2,22
1,53
7,31
0,91
2,20
0,46
0,45
0,04
2,16
Vestuário
1,00
1,27
1,03
1,12
1,07
6,85
0,89
0,91
0,24
2,67
0,52
1,36
Couros e Calçados
0,75
0,20
0,24
0,88
0,50
0,74
11,71
3,32
1,88
1,88
0,04
1,91
Produtos de Madeira
0,40
0,22
0,11
0,62
6,16
5,39
1,70
2,70
12,50
0,24
0,51
1,65
Celulose e Papel
2,55
25,03
0,91
5,09
7,81
6,76
1,95
1,29
0,03
1,17
0,17
4,36
Edição
1,13
0,67
4,34
3,81
2,13
1,15
1,92
1,08
0,56
1,38
28,58
2,90
Refino e Química
14,65
2,87
27,42
28,08
22,14
2,62
17,12
4,62
11,38
12,86
1,18
22,44
Borracha e Plástico
1,18
0,79
2,26
5,75
3,11
4,95
3,88
0,69
1,63
1,18
0,70
3,81
Minerais Não-Metálicos
5,88
10,03
2,62
2,94
3,43
4,47
2,58
3,56
5,18
3,21
22,38
3,68
Metalurgia Básica
21,66
16,33
12,36
4,39
1,13
1,28
2,87
1,26
0,36
6,10
1,13
6,95
Produtos de Metal
3,09
0,70
1,74
3,66
2,42
2,77
4,29
0,36
1,13
2,92
5,51
3,01
Máquinas e Equipamentos
2,75
3,08
1,78
7,67
7,37
10,84
10,52
0,43
0,28
0,64
3,07
5,70
Eletroeletrônico
2,23
0,92
3,75
5,64
3,96
6,14
3,33
0,26
0,18
0,25
1,29
5,09
Material de Transporte
9,56
0,35
6,68
12,07
12,09
4,04
8,26
0,27
0,27
2,04
0,49
8,93
Diversas
1,25
0,90
0,53
1,65
2,89
3,92
4,13
0,81
0,28
0,76
0,85
1,75
Indústria Geral
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
Fonte: Pesquisa Industrial Anual de 2003. Elaboração Própria.
159
Tabela 18: Estrutura Regional da Indústria Brasileira, 1985
(
continua)
Atividade
Norte, exceto
AM e PA Amazonas Pará Maranhão Piauí Ceará
Rio Grande
do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia
Extrativa 0,92 2,87 2,34 0,05 0,01 0,13 7,81 0,10 0,10 0,05 7,46 12,29
Alimentos, Bebida e Fumo 0,21 0,57 1,21 0,51 0,27 2,47 0,41 0,46 4,69 1,41 0,44 3,03
Têxtil - 1,21 0,64 0,01 0,27 3,58 1,19 1,99 3,19 0,38 1,72 2,48
Vestuário - 0,13 0,07 0,05 0,99 4,80 2,99 0,22 2,30 0,00 0,33 1,05
Couros e Calçados - 0,07 0,29 - 0,42 1,20 0,19 1,05 3,37 - - 0,94
Produtos de Madeira 7,41 2,81 7,95 1,97 0,06 0,20 0,03 0,07 0,20 0,02 0,05 1,26
Celulose e Papel - 0,08 0,85 0,33 - 0,09 0,07 0,26 1,62 0,01 0,02 1,00
Edição 0,22 0,55 0,82 0,20 0,06 0,67 0,21 0,41 1,73 0,20 0,13 1,54
Refino e Química 0,01 0,35 0,07 0,20 0,06 0,17 0,16 0,18 1,09 0,73 0,16 10,48
Borracha e Plástico 0,55 1,32 0,48 0,03 0,02 0,41 0,03 0,53 1,10 0,03 0,03 1,50
Minerais Não-Metálicos 0,29 0,14 1,92 0,47 0,25 0,85 0,80 0,79 2,39 0,37 0,54 1,62
Metalurgia Básica - 0,26 0,04 1,06 - 0,14 0,03 - 0,93 0,09 - 4,51
Produtos de Metal 0,04 1,16 0,24 0,14 0,02 0,49 0,02 0,10 1,13 0,02 0,04 0,50
Máquinas e Equipamentos 0,02 0,16 0,05 0,00 0,01 0,48 0,04 0,02 0,55 0,15 0,01 1,66
Eletroeletrônico - 13,99 0,05 0,02 - 0,22 0,01 0,03 2,54 - 0,01 0,93
Material de Transporte 0,02 2,01 0,13 0,02 0,01 0,40 0,01 0,01 0,31 0,01 0,00 0,12
Diversas 0,13 2,81 0,36 0,12 0,40 0,31 0,30 0,29 1,14 0,03 0,08 0,72
Indústria Geral 0,25 1,83 0,68 0,26 0,12 0,90 0,95 0,33 1,71 0,37 0,85 4,32
Fonte: Censo Industrial de 1985. Elaboração Própria.
160
Tabela 18: Estrutura Regional da Indústria Brasileira, 1985
(conclusão)
Atividade
Minas
Gerais
Espírito
Santo
Rio de
Janeiro
São
Paulo
Paraná
Santa
Catarina
Rio
Grande
do Sul
Mato
Grosso
do Sul
Mato
Grosso
Goiás
Distrito
Federal
Brasil
Extrativa
10,15
4,68
45,81
1,50
0,38
1,56
0,67
0,14
0,15
0,82
0,00
100,00
Alimentos, Bebida e Fumo
8,19
1,68
5,96
36,54
9,45
6,16
12,42
0,70
0,64
2,27
0,32
100,00
Têxtil
10,25
0,82
7,03
50,66
2,94
8,61
2,49
0,20 -
0,34 -
100,00
Vestuário
5,52
0,94
13,26
43,59
1,79
15,21
6,24
0,03
0,02
0,44
0,04
100,00
Couros e Calçados
5,38
0,63
1,48
30,18
1,39
2,32
50,60
0,03
0,07
0,37
0,02
100,00
Produtos de Madeira
2,00
3,05
1,25
21,02
21,74
16,62
7,26
1,19
3,59
0,13
0,11
100,00
Celulose e Papel
5,54
4,99
4,63
57,51
9,78
7,00
6,09
-
0,01
0,11
0,02
100,00
Edição
3,88
0,44
30,30
49,14
2,15
1,04
4,34
0,17
0,13
0,61
1,06
100,00
Refino e Química
5,98
0,25
13,53
54,75
5,28
0,44
5,41
0,23
0,06
0,41
0,00
100,00
Borracha e Plástico
2,62
0,06
9,72
66,59
2,34
5,46
7,00
0,02
0,01
0,11
0,03
100,00
Minerais Não-Metálicos
11,11
1,94
24,34
35,54
5,36
4,36
2,84
0,55
0,47
2,22
0,81
100,00
Metalurgia Básica
31,85
4,95
13,46
37,36
0,65
1,77
2,02
0,03
0,00
0,84
0,00
100,00
Produtos de Metal
8,07
0,24
9,55
63,17
1,66
1,80
11,19
0,10
0,05
0,16
0,12
100,00
Máquinas e Equipamentos
3,75
0,16
5,38
69,26
3,11
4,14
10,90
0,02
0,01
0,05
0,09
100,00
Eletroeletrônico
2,94
0,27
6,95
62,27
3,72
2,16
3,28
0,02
0,01
0,12
0,46
100,00
Material de Transporte
6,35
0,28
10,24
72,88
2,75
0,90
3,40
0,02
0,05
0,08
0,01
100,00
Diversas
3,86
0,55
6,47
59,74
6,35
5,07
10,79
0,02
0,08
0,20
0,15
100,00
Indústria Geral
8,55
1,48
13,24
48,13
4,29
3,67
6,87
0,20
0,18
0,66
0,15
100,00
Fonte: Censo Industrial de 1985. Elaboração Própria.
161
Tabela 19: Estrutura Regional da Indústria Brasileira, 2003
(continua)
Atividade
Norte, exceto
AM e PA
Amazonas Pará Maranhão Piauí Ceará
Rio Grande
do Norte
Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia
Extrativa
0,05 2,48 7,29 0,85 0,02 0,10 3,90 0,32 0,10 0,04 2,57 4,63
Alimentos, Bebida e Fumo 0,26 2,27 0,83 0,29 0,40 1,52 0,63 0,40 3,88 1,36 0,53 2,82
Têxtil 0,01 0,08 0,50 0,08 0,02 6,14 2,21 3,22 1,20 0,32 1,55 2,92
Vestuário 0,10 0,25 0,09 0,05 0,52 5,06 1,67 0,18 1,05 0,04 0,31 2,05
Couros e Calçados 0,86 - 0,13 0,06 0,17 8,17 0,49 3,66 0,60 0,01 0,20 4,94
Produtos de Madeira 4,18 0,49 16,00 0,95 0,01 0,07 0,64 0,06 0,73 0,04 0,02 0,41
Celulose e Papel 0,01 0,29 1,40 0,23 0,02 0,50 0,04 0,10 0,58 0,01 0,07 5,38
Edição 0,21 4,84 0,29 0,15 0,10 0,80 0,21 0,49 1,51 0,18 0,14 0,98
Refino e Química 0,00 2,80 0,10 0,16 0,07 0,84 0,06 0,14 0,76 0,42 0,28 8,89
Borracha e Plástico 0,08 2,32 0,12 0,10 0,02 0,26 0,24 0,25 1,21 0,15 0,07 2,90
Minerais Não-Metálicos 0,16 0,68 2,44 0,54 0,62 1,25 0,64 3,03 2,21 0,51 2,38 1,31
Metalurgia Básica 0,03 0,12 5,08 3,74 0,01 0,32 0,03 0,00 1,40 0,00 - 2,80
Produtos de Metal 0,05 2,79 0,18 0,08 0,02 0,78 0,10 0,12 2,88 0,07 0,69 2,10
Máquinas e Equipamentos 0,00 0,81 0,10 0,02 0,02 0,43 0,09 0,06 0,45 0,06 0,14 0,83
Eletroeletrônico 0,01 22,44 0,11 0,03 0,02 0,33 0,02 0,05 0,89 0,01 0,02 2,01
Material de Transporte 0,01 4,09 0,03 0,01 0,04 0,12 0,03 0,00 0,24 0,01 0,01 2,67
Diversas 0,13 3,79 0,61 0,19 0,27 0,46 0,21 0,22 0,67 0,08 0,08 1,59
Indústria Geral 0,16 3,18 1,50 0,47 0,14 1,02 0,55 0,42 1,40 0,38 0,51 4,09
Fonte: Pesquisa Industrial Anual de 2003. Elaboração Própria.
162
Tabela 19: Estrutura Regional da Indústria Brasileira, 2003
(conclusão)
Atividade
Minas
Gerais
Espírito
Santo
Rio de
Janeiro
São
Paulo Paraná
Santa
Catarina
Rio
Grande
do Sul
Mato
Grosso
do Sul
Mato
Grosso Goiás
Distrito
Federal Brasil
Extrativa
19,73
8,85
43,31
1,63
0,43
0,92
0,73
0,43
0,20
1,40
0,02
100,00
Alimentos, Bebida e Fumo
8,44
0,83
2,73
33,36
8,71
7,95
10,84
2,78
3,18
5,37
0,62
100,00
Têxtil
11,56
0,28
2,59
41,97
4,90
15,83
3,40
0,68
0,19
0,35
0,01
100,00
Vestuário
7,12
1,96
7,88
33,53
5,41
23,53
5,23
0,45
0,15
3,23
0,12
100,00
Couros e Calçados
3,79
0,22
1,29
18,86
1,80
1,81
49,26
1,16
0,87
1,62
0,01
100,00
Produtos de Madeira
2,34
0,28
0,71
15,44
25,82
15,31
8,32
1,10
6,72
0,24
0,10
100,00
Celulose e Papel
5,67
12,08
2,17
47,59
12,35
7,24
3,59
0,20
0,01
0,44
0,01
100,00
Edição
3,77
0,49
15,63
53,61
5,06
1,85
5,32
0,25
0,17
0,79
3,18
100,00
Refino e Química
6,33
0,27
12,76
51,08
6,80
0,55
6,13
0,14
0,45
0,95
0,02
100,00
Borracha e Plástico
3,00
0,43
6,21
61,65
5,64
6,08
8,20
0,12
0,38
0,51
0,06
100,00
Minerais Não-Metálicos
15,47
5,73
7,44
32,60
6,42
5,67
5,62
0,65
1,24
1,44
1,96
100,00
Metalurgia Básica
30,21
4,95
18,56
25,79
1,12
0,86
3,32
0,12
0,05
1,45
0,05
100,00
Produtos de Metal
9,98
0,49
6,06
49,71
5,54
4,31
11,47
0,08
0,33
1,60
0,59
100,00
Máquinas e Equipamentos
4,67
1,14
3,26
54,87
8,90
8,88
14,82
0,05
0,04
0,18
0,17
100,00
Eletroeletrônico
4,26
0,38
7,69
45,24
5,36
5,65
5,25
0,03
0,03
0,08
0,08
100,00
Material de Transporte
10,38
0,08
7,82
55,14
9,34
2,12
7,43
0,02
0,03
0,38
0,02
100,00
Diversas
6,90
1,08
3,13
38,51
11,37
10,47
18,92
0,31
0,14
0,72
0,16
100,00
Indústria Geral
9,69
2,11
10,44
40,81
6,90
4,67
8,04
0,67
0,88
1,65
0,32
100,00
Fonte: Pesquisa Industrial Anual de 2003. Elaboração Própria.
163
Tabela 20: Associação Geográfica entre as Atividades Industriais, 1985
Atividade Extrativa
Alimento,
Bebida e
Fumo Têxtil Vestuário
Couros e
Calçados
Produtos
de
Madeira
Celulose
e Papel
Edição
Refino e
Química
Borracha
e Plástico
Minerais
Não-
Metálicos
Metalur-
gia
Básica
Produtos
de Metal
Máqui-
nas e
Equipa-
mentos
Eletroele-
trônico
Material de
Transpor-
te Diversas
Extrativa
-
0,73
0,70
0,71
0,86
0,81
0,79
0,57
0,65
0,79
0,53
0,62
0,75
0,84
0,81
0,77
0,80
Alimentos,
Bebida e Fumo
0,73
-
0,25
0,29
0,39
0,45
0,25
0,38
0,33
0,35
0,24
0,37
0,31
0,33
0,40
0,42
0,26
Têxtil
0,70
0,25
-
0,21
0,49
0,57
0,22
0,27
0,25
0,24
0,28
0,36
0,24
0,27
0,26
0,27
0,23
Vestuário
0,71
0,29
0,21
-
0,47
0,49
0,27
0,27
0,26
0,27
0,29
0,36
0,29
0,32
0,35
0,33
0,29
Couros e
Calçados
0,86
0,39
0,49
0,47
-
0,62
0,49
0,52
0,52
0,51
0,50
0,55
0,46
0,48
0,54
0,56
0,46
Produtos de
Madeira
0,81
0,45
0,57
0,49
0,62
-
0,47
0,64
0,61
0,56
0,55
0,65
0,62
0,59
0,62
0,66
0,51
Celulose e
Papel
0,79
0,25
0,22
0,27
0,49
0,47
-
0,30
0,21
0,18
0,35
0,40
0,20
0,19
0,23
0,24
0,13
Edição
0,57
0,38
0,27
0,27
0,52
0,64
0,30
-
0,21
0,26
0,22
0,37
0,26
0,31
0,30
0,28
0,28
Refino e
Química
0,65
0,33
0,25
0,26
0,52
0,61
0,21
0,21
-
0,21
0,31
0,33
0,19
0,24
0,25
0,21
0,20
Borracha e
Plástico
0,79
0,35
0,24
0,27
0,51
0,56
0,18
0,26
0,21
-
0,38
0,43
0,10
0,09
0,16
0,12
0,12
Minerais Não-
Metálicos
0,53
0,24
0,28
0,29
0,50
0,55
0,35
0,22
0,31
0,38
-
0,29
0,37
0,42
0,41
0,40
0,37
Metalurgia
Básica
0,62
0,37
0,36
0,36
0,55
0,65
0,40
0,37
0,33
0,43
0,29
-
0,38
0,46
0,46
0,41
0,45
Produtos de
Metal
0,75
0,31
0,24
0,29
0,46
0,62
0,20
0,26
0,19
0,10
0,37
0,38
-
0,11
0,17
0,12
0,11
Máquinas e
Equipamentos
0,84
0,33
0,27
0,32
0,48
0,59
0,19
0,31
0,24
0,09
0,42
0,46
0,11
-
0,19
0,13
0,11
Eletroeletrônico
0,81
0,40
0,26
0,35
0,54
0,62
0,23
0,30
0,25
0,16
0,41
0,46
0,17
0,19
-
0,18
0,16
Material de
Transporte
0,77
0,42
0,27
0,33
0,56
0,66
0,24
0,28
0,21
0,12
0,40
0,41
0,12
0,13
0,18
-
0,19
Diversas
0,80
0,26
0,23
0,29
0,46
0,51
0,13
0,28
0,20
0,12
0,37
0,45
0,11
0,11
0,16
0,19
-
Média
0,69
0,34
0,30
0,32
0,49
0,55
0,29
0,32
0,29
0,28
0,35
0,41
0,28
0,30
0,32
0,31
0,28
Fonte: Censo Industrial de 1985. Elaboração Própria.
164
Tabela 21: Associação Geográfica entre as Atividades Industriais, 2003
Atividade Extrativa
Alimento
Bebida e
Fumo Têxtil Vestuário
Couros
e Calça-
dos
Produtos
de
Madeira
Celulose
e Papel Edição
Refino e
Química
Borracha
e
Plástico
Minerais
Não-
Metá-
licos
Metalur-
gia
Básica
Produtos
de Metal
Maqui-
nas e
Equipa-
mentos
Eletroele-
trônico
Material
de
Trans-
porte Diversas
Extrativa
- 0,74 0,73 0,72 0,83 0,82 0,72 0,70 0,68 0,79 0,57 0,42 0,72 0,85 0,79 0,72 0,78
Alimentos,
Bebida e Fumo
0,74 - 0,30 0,27 0,51 0,48 0,32 0,38 0,34 0,32 0,25 0,49 0,23 0,27 0,37 0,31 0,21
Têxtil
0,73 0,30 - 0,21 0,54 0,54 0,29 0,36 0,34 0,32 0,28 0,49 0,27 0,31 0,33 0,31 0,28
Vestuário
0,72 0,27 0,21 - 0,56 0,52 0,36 0,37 0,35 0,35 0,27 0,47 0,31 0,35 0,34 0,35 0,29
Couros e
Calçados
0,83 0,51 0,54 0,56 - 0,64 0,62 0,62 0,59 0,59 0,56 0,65 0,55 0,55 0,64 0,61 0,48
Produtos de
Madeira
0,82 0,48 0,54 0,52 0,64 - 0,54 0,66 0,65 0,58 0,56 0,68 0,60 0,53 0,63 0,61 0,47
Celulose e Papel
0,72 0,32 0,29 0,36 0,62 0,54 - 0,32 0,25 0,26 0,33 0,50 0,26 0,22 0,30 0,26 0,26
Edição
0,70 0,38 0,36 0,37 0,62 0,66 0,32 - 0,14 0,18 0,35 0,45 0,19 0,23 0,23 0,16 0,33
Refino e Química
0,68 0,34 0,34 0,35 0,59 0,65 0,25 0,14 - 0,19 0,34 0,44 0,17 0,24 0,25 0,15 0,31
Borracha e
Plástico
0,79 0,32 0,32 0,35 0,59 0,58 0,26 0,18 0,19 - 0,35 0,54 0,15 0,15 0,23 0,14 0,28
Minerais Não-
Metálicos
0,57 0,25 0,28 0,27 0,56 0,56 0,33 0,35 0,34 0,35 - 0,33 0,27 0,37 0,35 0,32 0,32
Metalurgia
Básica
0,42 0,49 0,49 0,47 0,65 0,68 0,50 0,45 0,44 0,54 0,33 - 0,46 0,58 0,53 0,47 0,53
Produtos de
Metal
0,72 0,23 0,27 0,31 0,55 0,60 0,26 0,19 0,17 0,15 0,27 0,46 - 0,17 0,23 0,13 0,22
Máquinas e
Equipamentos
0,85 0,27 0,31 0,35 0,55 0,53 0,22 0,23 0,24 0,15 0,37 0,58 0,17 - 0,28 0,16 0,17
Eletroeletrônico
0,79
0,37
0,33
0,34
0,64
0,63
0,30
0,23
0,25
0,23
0,35
0,53
0,23
0,28
-
0,23
0,31
Material de
Transporte
0,72
0,31
0,31
0,35
0,61
0,61
0,26
0,16
0,15
0,14
0,32
0,47
0,13
0,16
0,23
-
0,26
Diversas
0,78
0,21
0,28
0,29
0,48
0,47
0,26
0,33
0,31
0,28
0,32
0,53
0,22
0,17
0,31
0,26
-
Média
0,68
0,34
0,35
0,36
0,56
0,56
0,34
0,33
0,32
0,32
0,34
0,47
0,29
0,32
0,35
0,31
0,32
Fonte: Pesquisa Industrial Anual de 2003. Elaboração Própria.
165
Tabela 22: Diferenças Bilaterais entre as Unidades da Federação, 1985
Unidades da
Federação
Norte,
exceto
AM e
PA
Amazo-
nas Pará
Maranh
ão Piauí Ceará
Rio
Grande
do
Norte Paraíba
Per-
nambu-
co Alagoas Sergipe Bahia
Minas
Gerais
Espírito
Santo
Rio de
Janeiro
São
Paulo Paraná
Santa
Catari-
na
Rio
Grande
do Sul
Mato
Grosso
do Sul
Mato
Grosso Goiás
Distrito
Federal
Norte, exceto
AM e PA
-
0,74
0,33
0,69
0,79
0,78
0,58
0,71
0,77
0,82
0,59
0,62
0,69
0,52
0,53
0,76
0,71
0,66
0,77
0,67
0,46
0,69
0,78
Amazonas
0,74
-
0,66
0,82
0,79
0,75
0,73
0,77
0,67
0,84
0,74
0,69
0,63
0,67
0,58
0,60
0,65
0,67
0,69
0,74
0,77
0,72
0,64
Pará
0,33
0,66
-
0,48
0,56
0,57
0,52
0,51
0,51
0,63
0,54
0,55
0,55
0,37
0,41
0,65
0,47
0,44
0,58
0,40
0,36
0,43
0,57
Maranhão
0,69
0,82
0,48
-
0,54
0,60
0,83
0,56
0,44
0,53
0,84
0,61
0,30
0,38
0,54
0,56
0,39
0,52
0,49
0,38
0,46
0,40
0,60
Piauí
0,79
0,79
0,56
0,54
-
0,31
0,68
0,38
0,35
0,53
0,72
0,73
0,58
0,67
0,66
0,61
0,46
0,38
0,47
0,46
0,54
0,46
0,58
Ceará
0,78
0,75
0,57
0,60
0,31
-
0,67
0,39
0,29
0,47
0,72
0,72
0,55
0,65
0,64
0,57
0,45
0,31
0,49
0,45
0,51
0,45
0,57
Rio Grande do
Norte
0,58
0,73
0,52
0,83
0,68
0,67
-
0,73
0,73
0,79
0,11
0,60
0,66
0,54
0,50
0,76
0,79
0,66
0,81
0,74
0,78
0,70
0,88
Paraíba
0,71
0,77
0,51
0,56
0,38
0,39
0,73
-
0,39
0,60
0,71
0,68
0,52
0,63
0,59
0,53
0,51
0,43
0,48
0,50
0,58
0,49
0,63
Pernambuco
0,77
0,67
0,51
0,44
0,35
0,29
0,73
0,39
-
0,39
0,74
0,61
0,42
0,58
0,49
0,37
0,30
0,35
0,35
0,36
0,48
0,32
0,46
Alagoas
0,82
0,84
0,63
0,53
0,53
0,47
0,79
0,60
0,39
-
0,79
0,42
0,57
0,71
0,60
0,53
0,36
0,60
0,52
0,24
0,45
0,36
0,65
Sergipe
0,59
0,74
0,54
0,84
0,72
0,72
0,11
0,71
0,74
0,79
-
0,60
0,68
0,56
0,54
0,79
0,80
0,71
0,83
0,75
0,79
0,72
0,89
Bahia
0,62
0,69
0,55
0,61
0,73
0,72
0,60
0,68
0,61
0,42
0,60
-
0,46
0,46
0,30
0,49
0,52
0,68
0,61
0,54
0,73
0,51
0,81
Minas Gerais
0,69
0,63
0,55
0,30
0,58
0,55
0,66
0,52
0,42
0,57
0,68
0,46
-
0,29
0,35
0,39
0,45
0,49
0,47
0,51
0,62
0,39
0,69
Espírito Santo
0,52
0,67
0,37
0,38
0,67
0,65
0,54
0,63
0,58
0,71
0,56
0,46
0,29
-
0,39
0,62
0,56
0,52
0,64
0,60
0,62
0,46
0,73
Rio de Janeiro
0,53
0,58
0,41
0,54
0,66
0,64
0,50
0,59
0,49
0,60
0,54
0,30
0,35
0,39
-
0,38
0,46
0,57
0,51
0,50
0,66
0,44
0,68
São Paulo
0,76
0,60
0,65
0,56
0,61
0,57
0,76
0,53
0,37
0,53
0,79
0,49
0,39
0,62
0,38
-
0,31
0,42
0,32
0,52
0,73
0,56
0,63
Paraná
0,71
0,65
0,47
0,39
0,46
0,45
0,79
0,51
0,30
0,36
0,80
0,52
0,45
0,56
0,46
0,31
-
0,34
0,32
0,29
0,48
0,44
0,49
Santa
Catarina
0,66
0,67
0,44
0,52
0,38
0,31
0,66
0,43
0,35
0,60
0,71
0,68
0,49
0,52
0,57
0,42
0,34
-
0,39
0,51
0,57
0,53
0,57
Rio Grande do
Sul
0,77
0,69
0,58
0,49
0,47
0,49
0,81
0,48
0,35
0,52
0,83
0,61
0,47
0,64
0,51
0,32
0,32
0,39
-
0,50
0,61
0,50
0,58
Mato Grosso
do Sul
0,67
0,74
0,40
0,38
0,46
0,45
0,74
0,50
0,36
0,24
0,75
0,54
0,51
0,60
0,50
0,52
0,29
0,51
0,50
-
0,24
0,21
0,55
Mato Grosso
0,46
0,77
0,36
0,46
0,54
0,51
0,78
0,58
0,48
0,45
0,79
0,73
0,62
0,62
0,66
0,73
0,48
0,57
0,61
0,24
-
0,29
0,56
Goiás
0,69
0,72
0,43
0,40
0,46
0,45
0,70
0,49
0,32
0,36
0,72
0,51
0,39
0,46
0,44
0,56
0,44
0,53
0,50
0,21
0,29
-
0,51
Distrito
Federal
0,78
0,64
0,57
0,60
0,58
0,57
0,87
0,63
0,46
0,65
0,89
0,81
0,69
0,73
0,68
0,63
0,49
0,57
0,58
0,55
0,56
0,51
-
Média
0,64
0,68
0,48
0,52
0,53
0,52
0,64
0,54
0,45
0,54
0,66
0,56
0,49
0,53
0,49
0,53
0,46
0,49
0,52
0,46
0,54
0,46
0,61
Fonte: Censo Industrial de 1985. Elaboração Própria.
166
Tabela 23: Diferenças Bilaterais entre as Unidades da Federação, 2003
Unidades da
Federação
Norte,
exceto
AM e
PA
Amazo-
nas Pará
Maranh
ão Piauí Ceará
Rio
Grande
do
Norte Paraíba
Per-
nambu-
co Alagoas Sergipe Bahia
Minas
Gerais
Espírito
Santo
Rio de
Janeiro
São
Paulo Paraná
Santa
Catari-
na
Rio
Grande
do Sul
Mato
Grosso
do Sul
Mato
Grosso Goiás
Distrito
Federal
Norte, exceto
AM e PA
-
0,74
0,62
0,74
0,57
0,51
0,64
0,58
0,55
0,62
0,71
0,74
0,70
0,80
0,79
0,69
0,58
0,51
0,52
0,53
0,47
0,56
0,58
Amazonas
0,74
-
0,79
0,71
0,63
0,56
0,72
0,64
0,57
0,61
0,62
0,46
0,46
0,77
0,48
0,36
0,39
0,62
0,46
0,73
0,69
0,59
0,73
Pará
0,62
0,79
-
0,40
0,77
0,76
0,44
0,73
0,69
0,80
0,45
0,67
0,40
0,32
0,45
0,73
0,70
0,69
0,75
0,72
0,67
0,69
0,78
Maranhão
0,74
0,71
0,40
-
0,71
0,68
0,63
0,67
0,63
0,73
0,61
0,61
0,36
0,51
0,55
0,67
0,67
0,70
0,68
0,67
0,69
0,61
0,78
Piauí
0,57
0,63
0,77
0,71
-
0,42
0,61
0,49
0,23
0,27
0,46
0,63
0,55
0,72
0,69
0,58
0,49
0,45
0,46
0,32
0,27
0,21
0,41
Ceará
0,51
0,56
0,76
0,68
0,42
-
0,52
0,35
0,38
0,44
0,49
0,51
0,46
0,72
0,59
0,44
0,38
0,38
0,28
0,53
0,51
0,42
0,56
Rio Grande do
Norte
0,64
0,72
0,44
0,63
0,61
0,52
-
0,55
0,62
0,65
0,27
0,66
0,53
0,50
0,53
0,69
0,62
0,51
0,63
0,58
0,63
0,58
0,68
Paraíba
0,58
0,64
0,73
0,67
0,49
0,35
0,55
-
0,57
0,63
0,41
0,63
0,56
0,68
0,69
0,61
0,61
0,58
0,51
0,60
0,63
0,58
0,51
Pernambuco
0,55
0,57
0,69
0,63
0,23
0,38
0,62
0,57
-
0,27
0,51
0,54
0,42
0,67
0,56
0,42
0,40
0,41
0,36
0,33
0,28
0,18
0,43
Alagoas
0,62
0,61
0,80
0,73
0,27
0,44
0,65
0,63
0,27
-
0,58
0,55
0,58
0,80
0,61
0,50
0,45
0,55
0,50
0,23
0,16
0,21
0,55
Sergipe
0,71
0,62
0,45
0,61
0,46
0,49
0,27
0,41
0,51
0,58
-
0,58
0,41
0,45
0,44
0,58
0,56
0,58
0,55
0,62
0,59
0,52
0,55
Bahia
0,74
0,46
0,67
0,61
0,63
0,51
0,66
0,63
0,54
0,55
0,58
-
0,41
0,64
0,37
0,31
0,40
0,59
0,45
0,67
0,67
0,52
0,77
Minas Gerais
0,70
0,46
0,40
0,36
0,55
0,46
0,53
0,56
0,42
0,58
0,41
0,41
-
0,42
0,33
0,36
0,39
0,53
0,39
0,62
0,61
0,44
0,65
Espírito Santo
0,80
0,77
0,32
0,51
0,72
0,72
0,50
0,68
0,67
0,80
0,45
0,64
0,42
-
0,40
0,68
0,68
0,67
0,73
0,75
0,79
0,68
0,72
Rio de Janeiro
0,79
0,48
0,45
0,55
0,69
0,59
0,53
0,69
0,56
0,61
0,44
0,37
0,33
0,40
-
0,37
0,47
0,70
0,51
0,76
0,74
0,57
0,78
São Paulo
0,69
0,36
0,73
0,67
0,58
0,44
0,69
0,61
0,42
0,50
0,58
0,31
0,36
0,68
0,37
-
0,18
0,41
0,27
0,67
0,64
0,52
0,65
Paraná
0,58
0,39
0,70
0,67
0,49
0,38
0,62
0,61
0,40
0,45
0,56
0,40
0,39
0,68
0,47
0,18
-
0,30
0,22
0,58
0,51
0,48
0,60
Santa
Catarina
0,51
0,62
0,69
0,70
0,45
0,38
0,51
0,58
0,41
0,55
0,58
0,59
0,53
0,67
0,70
0,41
0,30
-
0,34
0,50
0,51
0,48
0,52
Rio Grande do
Sul
0,52
0,46
0,75
0,68
0,46
0,28
0,63
0,51
0,36
0,50
0,55
0,45
0,39
0,73
0,51
0,27
0,22
0,34
-
0,56
0,53
0,44
0,58
Mato Grosso
do Sul
0,53
0,73
0,72
0,67
0,32
0,53
0,58
0,60
0,33
0,23
0,62
0,67
0,62
0,75
0,76
0,67
0,58
0,50
0,56
-
0,20
0,22
0,55
Mato Grosso
0,47
0,69
0,67
0,69
0,27
0,51
0,63
0,63
0,28
0,16
0,59
0,67
0,61
0,79
0,74
0,64
0,51
0,51
0,53
0,20
-
0,20
0,55
Goiás
0,56
0,59
0,69
0,61
0,21
0,42
0,58
0,58
0,18
0,21
0,52
0,52
0,44
0,68
0,57
0,52
0,48
0,48
0,44
0,22
0,20
-
0,53
Distrito
Federal
0,43
0,36
0,86
0,92
0,82
0,66
0,90
0,79
0,79
0,81
0,83
0,71
0,69
1,01
0,77
0,63
0,57
0,78
0,57
0,86
0,74
0,79
-
Média
0,59
0,56
0,61
0,62
0,49
0,48
0,57
0,57
0,45
0,50
0,51
0,54
0,46
0,63
0,54
0,49
0,46
0,51
0,47
0,53
0,51
0,46
0,59
Fonte: Pesquisa Industrial Anual, 2003. Elaboração Própria.
167
Anexo C: Tabelas com Informações por Mesorregiões
168
Tabela 24: Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Madeira-
Guaporé
Leste
Rondoniense
Vale do
Juruá
Vale do
Acre
Centro
Amazonense
Sul
Amazonense
Norte de
Roraima
Sul de
Roraima
Baixo
Amazonas
Marajó
Metropolitana
de Belém
Extrativa 52,15
20,82
-
-
13,07
-
-
-
68,41
-
0,00
Alimentos, Bebida e Fumo
6,69
4,24
12,41
18,00
3,59
-
37,32
-
3,98
17,82
37,13
Têxtil -
-
-
-
4,00
-
-
-
0,25
-
12,04
Vestuário -
-
-
-
0,20
-
-
-
-
-
0,70
Couros e Calçados -
-
-
-
0,09
-
-
-
-
-
2,03
Produtos de Madeira 34,80
60,87
-
34,67
2,06
100,00
41,33
100,00
1,16
80,79
13,90
Celulose e Papel -
-
-
-
0,13
-
-
-
7,46
-
2,57
Edição 2,38
0,53
-
4,83
0,56
-
-
-
-
-
4,78
Refino e Química 0,63
0,25
-
-
3,59
-
-
-
-
-
4,17
Borracha e Plástico -
-
87,59
35,18
2,29
-
-
-
2,15
-
3,87
Minerais Não-Metálicos 1,62
10,48
-
5,76
0,34
-
16,80
-
14,58
1,39
8,82
Metalurgia Básica -
-
-
-
1,15
-
-
-
-
-
0,90
Produtos de Metal 0,42
0,33
-
1,55
2,45
-
4,55
-
-
-
2,80
Máquinas e
Equipamentos -
0,56
-
-
0,64
-
-
-
-
-
1,05
Eletroeletrônico -
-
-
-
53,91
-
-
-
-
-
1,02
Material de Transporte 0,93
0,40
-
-
7,41
-
-
-
1,18
-
1,81
Diversas 0,38
1,51
-
-
4,51
-
-
-
0,82
-
2,38
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
169
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Nordeste
Paraense
Sudoeste
Paraense
Sudeste
Paraense
Sul do
Amapá
Ocidental do
Tocantins
Oriental do
Tocantins
Norte
Maranhense
Oeste
Maranhense
Centro
Maranhense
Leste
Maranhense
Sul
Maranhense
Extrativa 5,54
98,27
28,29
34,14
-
-
1,90
-
-
-
-
Alimentos, Bebida e Fumo
10,16
1,73
10,63
20,26
80,69
-
14,55
23,74
70,49
40,56
74,42
Têxtil -
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Vestuário -
-
-
-
-
-
0,75
0,39
-
-
-
Couros e Calçados -
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Produtos de Madeira 20,51
-
57,09
42,18
4,34
-
0,83
67,12
9,51
1,21
-
Celulose e Papel -
-
-
-
-
-
0,02
-
-
21,39
-
Edição -
-
-
-
-
-
2,07
0,37
-
-
-
Refino e Química -
-
-
-
1,40
-
19,07
-
13,76
8,63
-
Borracha e Plástico -
-
-
-
-
-
0,36
-
-
-
-
Minerais Não-Metálicos 63,80
-
3,77
0,87
10,95
100,00
4,13
2,87
-
28,21
25,58
Metalurgia Básica -
-
-
-
-
-
50,77
-
-
-
-
Produtos de Metal -
-
0,23
-
2,62
-
3,20
-
-
-
-
Máquinas e
Equipamentos -
-
-
2,56
-
-
-
0,67
-
-
-
Eletroeletrônico -
-
-
-
-
-
1,03
-
-
-
-
Material de Transporte -
-
-
-
-
-
-
2,91
-
-
-
Diversas -
-
-
-
-
-
1,32
1,93
6,25
-
-
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
170
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Norte
Piauiense
Centro-
Norte
Piauiense
Sudoeste
Piauiense
Sudeste
Piauiense
Noroeste
Cearense
Norte
Cearense
Metropolitana
de Fortaleza
Sertões
Cearenses Jaguaribe
Centro-Sul
Cearense
Sul
Cearense
Extrativa 4,21
-
-
-
6,35
0,56
0,46 -
14,81
-
-
Alimentos, Bebida e Fumo
24,73
27,91
82,61
5,58
38,63
74,40
30,21 2,92
54,81
37,22
12,31
Têxtil -
-
-
89,94
21,75
19,77
21,23 91,46
19,08
61,43
39,62
Vestuário 1,86
34,65
-
-
4,81
-
19,58 -
-
-
0,81
Couros e Calçados 30,46
3,37
-
-
-
-
1,90 -
-
-
18,18
Produtos de Madeira 0,63
0,36
17,39
-
0,19
0,34
0,22 3,12
0,25
-
0,23
Celulose e Papel -
-
-
-
-
-
0,29 -
-
-
-
Edição -
1,25
-
-
-
-
1,71 -
0,02
-
0,52
Refino e Química 35,42
3,73
-
-
-
-
4,03 -
-
-
1,38
Borracha e Plástico -
0,75
-
-
-
-
2,02 -
-
-
4,17
Minerais Não-Metálicos 1,78
11,80
-
4,48
26,89
4,94
2,06 2,49
11,04
1,35
22,33
Metalurgia Básica -
-
-
-
-
-
1,64 -
-
-
-
Produtos de Metal -
1,10
-
-
-
-
2,58 -
-
-
-
Máquinas e
Equipamentos -
0,56
-
-
-
-
5,02 -
-
-
-
Eletroeletrônico -
-
-
-
-
-
2,16 -
-
-
-
Material de Transporte -
0,67
-
-
0,42
-
3,71 -
-
-
-
Diversas 0,91
13,85
-
-
0,95
-
1,18 -
-
-
0,44
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
100,00
171
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Oeste
Potiguar
Central
Potiguar
Agreste
Potiguar
Leste
Potiguar
Sertão
Paraibano Borborema
Agreste
Paraibano
Mata
Paraibana
Sertão
Pernambucano
São Francisco
Pernambucano
Extrativa 51,46
77,78
-
70,50
-
11,19
0,84
3,15
13,01
-
Alimentos, Bebida e Fumo
12,09
2,99
6,40
4,43
24,90
8,09
23,28
12,83
8,99
19,14
Têxtil 3,43
14,19
93,60
6,97
72,52
78,87
14,67
40,22
55,75
-
Vestuário -
-
-
10,98
-
-
2,23
1,98
-
-
Couros e Calçados -
-
-
-
1,28
-
19,01
3,19
-
15,62
Produtos de Madeira 0,35
-
-
0,02
-
-
0,16
0,36
-
-
Celulose e Papel -
-
-
0,27
-
-
2,63
2,44
-
-
Edição -
-
-
0,49
0,32
-
1,35
2,83
-
0,63
Refino e Química 0,19
4,16
-
3,48
-
-
1,09
14,00
-
59,64
Borracha e Plástico -
-
-
0,12
-
-
5,40
7,10
-
-
Minerais Não-Metálicos 32,47
0,88
-
0,91
-
1,85
20,66
8,05
16,01
-
Metalurgia Básica -
-
-
0,35
-
-
-
-
-
-
Produtos de Metal -
-
-
0,10
-
-
4,51
0,01
-
4,98
Máquinas e
Equipamentos -
-
-
0,31
-
-
0,78
0,35
-
-
Eletroeletrônico -
-
-
-
-
-
2,18
0,09
-
-
Material de Transporte -
-
-
0,09
-
-
-
0,17
-
-
Diversas -
-
-
0,98
0,99
-
1,22
3,23
6,25
-
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
172
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Agreste
Pernambucano
Mata
Pernambucana
Metropolitana
de Recife
Sertão
Alagoano
Agreste
Alagoano
Leste
Alagoano
Sertão
Sergipano
Agreste
Sergipano
Leste
Sergipano
Extremo
Oeste
Baiano
Vale São-
Franciscano
da Bahia
Extrativa 0,96
0,40
0,26 -
-
0,98
-
-
74,10
-
-
Alimentos, Bebida e Fumo
56,33
73,78
21,83 5,88
40,60
46,04
16,78
47,34
5,57
30,36 74,48
Têxtil 14,49
3,04
12,25 84,95
-
2,70
83,22
-
11,99
-
3,37
Vestuário 9,63
- 4,41 -
4,28
-
-
-
1,09
-
-
Couros e Calçados 4,71
1,37
4,65 -
-
-
-
-
-
-
20,90
Produtos de Madeira 0,75
0,12
0,13 -
7,95
0,04
-
2,38
0,06
27,14 -
Celulose e Papel -
3,68
3,04 -
-
0,11
-
-
0,07
-
-
Edição 0,19
0,12
2,44 -
1,97
1,03
-
-
0,26
-
0,52
Refino e Química 0,33
3,95
13,26 -
-
38,87
-
-
3,63
-
-
Borracha e Plástico 2,44
- 3,10 -
-
0,23
-
-
0,08
-
-
Minerais Não-Metálicos 4,40
12,63
5,07 9,17
45,20
4,05
-
47,09
2,49
42,50 0,38
Metalurgia Básica -
- 5,73 -
-
2,02
-
-
-
-
-
Produtos de Metal -
0,25
3,22 -
-
0,19
-
-
0,17
-
-
Máquinas e
Equipamentos
-
0,19
3,14 -
-
3,23
-
-
0,11
-
-
Eletroeletrônico 5,09
- 13,50 -
-
-
-
-
0,10
-
-
Material de Transporte 0,42
- 1,60 -
-
0,24
-
3,19
0,01
-
0,27
Diversas 0,26
0,48
2,40 -
-
0,28
-
-
0,27
-
0,09
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
173
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Centro
Norte
Baiano
Nordeste
Baiano
Metropolitana
de Salvador
Centro Sul
Baiano Sul Baiano
Noroeste de
Minas
Norte de
Minas Jequitinhonha
Vale do
Mucuri
Triângulo
Mineiro/Alto
Paranaíba
Central
Mineira
Extrativa 40,41
38,89
24,25 31,47
0,79
60,22
2,26
22,13
-
9,06
-
Alimentos, Bebida e Fumo
9,15
6,10
3,37 14,53
76,18
6,77
9,89
26,53
70,84
37,54
24,49
Têxtil 0,83
17,11
2,97 30,10
3,31
-
21,12
13,32
-
4,38
11,70
Vestuário 0,77
-
0,44 9,57
3,04
-
0,08
-
-
0,69
0,58
Couros e Calçados -
21,34
0,08 2,09
-
-
1,48
-
-
1,53
-
Produtos de Madeira 0,53
0,64
0,04 0,63
6,23
0,53
0,12
-
17,26
1,15
-
Celulose e Papel 3,69
-
0,63 -
-
-
-
-
-
0,17
-
Edição 1,15
-
0,67 0,34
0,25
1,01
0,18
-
-
0,56
-
Refino e Química 13,22
-
50,22 3,25
5,48
10,21
9,14
-
0,31
26,27
3,96
Borracha e Plástico 8,76
-
1,04 -
2,03
-
-
-
-
0,32
-
Minerais Não-Metálicos 4,79
9,22
1,40 5,98
1,52
20,66
13,47
37,07
1,32
2,64
0,71
Metalurgia Básica 5,48
-
9,30 -
-
-
30,14
-
-
11,77
57,64
Produtos de Metal 1,01
-
0,41 1,43
0,44
-
1,65
-
-
1,31
-
Máquinas e
Equipamentos 3,69
-
3,06 -
0,24
-
7,61
0,76
-
0,36
-
Eletroeletrônico 3,82
-
1,56 -
0,09
-
2,73
-
-
1,34
-
Material de Transporte 1,19
-
0,14 -
0,27
-
-
-
-
0,35
-
Diversas 1,52
6,70
0,41 0,60
0,13
0,60
0,13
0,19
10,27
0,57
0,92
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
174
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Metropolitana
de Belo
Horizonte
Vale do Rio
Doce
Oeste de
Minas
Sul/Sudoeste
de Minas
Campo das
Vertentes
Zona da
Mata
Noroeste
Espírito-
santense
Litoral Norte
Espírito-
santense
Central
Espírito-
santense
Sul Espírito-
santense
Noroeste
Fluminense
Extrativa 17,01 0,07
1,34
2,39
3,43
0,70
-
-
19,08
3,65
0,37
Alimentos, Bebida e Fumo
3,72 3,53
11,63
29,40
6,11
17,36
37,35
1,68
16,66
20,04
78,05
Têxtil 5,49 0,03
19,77
6,27
38,04
22,24
2,06
-
5,15
-
-
Vestuário 1,51 0,37
4,82
1,91
3,70
9,74
44,54
-
0,97
1,42
0,73
Couros e Calçados 0,59 0,14
4,38
5,59
1,23
2,74
-
-
0,40
10,00
-
Produtos de Madeira 0,17 0,17
0,09
0,23
0,08
0,45
6,06
3,95
3,29
0,41
-
Celulose e Papel 0,39 7,99
0,32
1,79
-
4,77
-
77,34
0,32
-
18,87
Edição 1,45 0,05
0,22
0,16
0,10
0,53
1,11
0,06
0,74
0,57
-
Refino e Química 17,45 0,32
4,89
7,87
4,86
9,59
0,08
7,26
3,37
1,43
-
Borracha e Plástico 1,56 0,10
1,66
2,88
-
0,53
-
-
0,20
-
-
Minerais Não-Metálicos 7,07 0,75
8,39
6,26
23,10
1,84
4,56
-
2,44
61,16
1,61
Metalurgia Básica 21,54 81,18
37,89
16,01
17,53
11,48
-
6,28
41,01
-
-
Produtos de Metal 3,84 4,28
0,28
7,45
0,15
3,18
-
0,08
0,57
0,08
0,38
Máquinas e
Equipamentos 4,95 0,55
2,19
1,25
0,44
4,06
-
0,38
1,03
-
-
Eletroeletrônico 2,48 0,08
0,28
7,07
-
4,73
-
-
1,98
-
-
Material de Transporte 9,38 -
0,67
2,83
-
0,43
-
-
1,95
0,16
-
Diversas 1,42 0,37
1,19
0,62
1,23
5,63
4,25
2,95
0,82
1,07
-
Indústria Geral 100,00 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
175
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Norte
Fluminense
Centro
Fluminense Baixadas
Sul
Fluminense
Metropolitana
do Rio de
Janeiro
São José do
Rio Preto
Ribeirão
Preto Araçatuba Bauru Araraquara Piracicaba
Extrativa 96,15
0,63
46,45
0,13
0,30 0,37
0,32
0,19
0,29
1,14
0,39
Alimentos, Bebida e Fumo
2,54
9,64
5,59
4,46
6,27 30,77
26,19
46,31
52,49
30,22
14,52
Têxtil 0,09
17,72
-
3,14
4,40 1,98
2,63
1,40
8,77
6,87
3,37
Vestuário 0,09
13,42
-
0,32
4,63 5,42
0,56
1,34
5,61
3,38
2,39
Couros e Calçados -
-
-
-
0,41 2,23
13,85
18,31
4,17
0,42
1,13
Produtos de Madeira 0,00
-
0,42
0,01
0,21 0,86
0,07
0,12
5,85
0,38
0,45
Celulose e Papel -
-
-
2,38
1,26 0,29
0,75
2,19
0,53
0,90
9,22
Edição 0,00
0,31
-
0,10
7,41 1,47
0,31
0,52
3,63
0,21
0,27
Refino e Química 0,82
2,91
45,51
11,02
30,35 29,28
35,61
18,11
4,20
12,53
21,36
Borracha e Plástico 0,03
6,48
-
0,08
4,73 0,71
2,82
1,14
1,50
1,90
1,97
Minerais Não-Metálicos 0,11
17,03
0,93
1,75
13,40 1,49
1,34
1,71
0,84
0,60
7,28
Metalurgia Básica -
1,79
-
57,26
3,17 1,05
1,97
0,22
0,26
0,90
4,42
Produtos de Metal 0,03
5,03
0,27
4,83
3,79 3,08
1,11
1,71
0,81
2,30
2,12
Máquinas e
Equipamentos 0,04
3,41
-
0,40
5,06 2,27
9,38
2,43
4,03
32,87
18,49
Eletroeletrônico -
0,79
-
0,02
6,45 2,74
1,82
0,61
2,55
0,18
1,42
Material de Transporte 0,01
20,54
-
14,09
5,70 1,33
0,38
0,60
3,41
0,31
8,73
Diversas 0,09
0,31
0,85
-
2,44 14,65
0,88
3,09
1,05
4,89
2,45
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
176
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades Campinas
Presidente
Prudente Marília Assis Itapetininga
Macro
Metropolitana
Paulista
Vale do
Paraíba
Paulista
Litoral Sul
Paulista
Metropolitana
de São Paulo
Noroeste
Paranaense
Centro
Ocidental
Paranaense
Extrativa 0,15
0,63
-
0,80
2,51
0,23 0,11
5,01
0,22 1,18
1,29
Alimentos, Bebida e Fumo
6,59
61,67
35,31
41,42
4,28
11,23 2,71
14,34
5,06 42,63
14,78
Têxtil 10,16
3,59
9,62
-
19,13
12,77 2,92
-
5,74 14,43
46,02
Vestuário 0,95
0,84
0,70
1,67
2,14
1,67 0,05
-
3,48 2,48
-
Couros e Calçados 1,65
2,43
-
1,31
0,17
2,25 -
-
0,36 -
-
Produtos de Madeira 0,09
0,36
0,71
0,27
6,44
4,03 0,07
2,85
0,24 3,43
4,21
Celulose e Papel 5,77
-
1,08
-
4,53
2,67 2,53
-
3,56 -
1,73
Edição 0,30
0,58
0,49
0,56
1,54
0,30 0,10
-
2,83 0,55
0,41
Refino e Química 35,39
20,97
4,93
42,28
13,97
6,38 32,60
19,30
18,37 26,16
23,39
Borracha e Plástico 6,59
0,38
3,92
0,30
2,33
2,94 1,17
-
6,69 0,35
1,75
Minerais Não-Metálicos 3,34
1,28
0,54
2,02
17,89
6,47 2,60
58,41
2,85 2,64
0,93
Metalurgia Básica 0,85
0,34
0,60
-
4,57
10,96 7,84
-
7,54 -
-
Produtos de Metal 2,07
0,80
9,99
0,98
2,94
11,68 3,92
0,08
5,86 0,75
1,44
Máquinas e
Equipamentos 7,73
1,22
28,80
4,10
-
8,85 12,63
-
10,51 0,33
0,86
Eletroeletrônico 7,71
0,39
0,78
-
15,64
8,25 8,26
-
11,17 -
-
Material de Transporte 8,37
0,78
0,54
1,18
-
5,60 18,06
-
11,61 1,15
-
Diversas 2,31
3,78
2,00
3,10
1,91
3,73 4,43
-
3,90 3,92
3,19
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
177
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Norte
Central
Paranaense
Norte
Pioneiro
Paranaense
Centro
Oriental
Paranaense
Oeste
Paranaense
Sudoeste
Paranaense
Centro-Sul
Paranaense
Sudeste
Paranaense
Metropolitana
de Curitiba
Oeste
Catarinense
Norte
Catarinense Serrana
Extrativa 0,27
2,63
0,76
0,80
0,41
-
0,63
0,74 0,12
0,15
0,21
Alimentos, Bebida e Fumo
46,49
58,56
40,36
71,44
77,02
32,90
9,33
9,03 69,62
5,23
2,80
Têxtil 9,02
16,86
5,07
4,43
-
-
-
1,28 -
7,78
-
Vestuário 6,39
0,22
-
0,27
0,75
-
-
0,35 0,34
12,32
0,86
Couros e Calçados 1,52
-
-
0,28
-
-
-
0,78 2,77
0,07
0,12
Produtos de Madeira 1,19
0,21
4,47
10,32
10,80
37,95
60,62
5,33 10,88
3,93
38,82
Celulose e Papel 0,80
-
35,42
0,05
-
27,34
12,94
2,85 8,13
2,08
50,24
Edição 1,10
0,24
0,34
1,14
0,57
-
-
1,14 0,56
0,28
0,32
Refino e Química 15,42
19,34
6,14
1,32
0,82
0,58
5,39
32,53 0,16
1,68
0,39
Borracha e Plástico 0,91
-
0,06
0,50
1,43
-
-
3,35 0,42
14,18
0,30
Minerais Não-Metálicos 2,89
0,57
1,29
3,07
1,84
0,17
1,50
8,40 0,29
2,17
0,11
Metalurgia Básica 0,09
-
0,36
0,18
-
-
-
2,05 0,76
9,27
-
Produtos de Metal 2,37
0,31
1,86
1,20
0,95
0,07
0,39
1,48 0,62
3,09
0,16
Máquinas e
Equipamentos 1,63
0,93
1,96
2,60
2,71
0,45
1,24
8,32 3,53
18,42
0,93
Eletroeletrônico 2,15
-
-
-
-
-
-
10,31 0,04
7,52
-
Material de Transporte 1,36
0,12
0,49
0,39
0,07
0,25
-
7,12 0,62
2,65
0,54
Diversas 6,40
-
1,42
2,02
2,62
0,31
7,95
4,95 1,15
9,17
4,20
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
178
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Vale do
Itajaí
Grande
Florianópolis
Sul
Catarinense
Noroeste
Rio-
grandense
Nordeste
Rio-
grandense
Centro
Ocidental
Rio-
grandense
Centro
Oriental Rio-
grandense
Metropolitana
de Porto
Alegre
Sudoeste
Rio-
grandense
Sudeste
Rio-
grandense
Pantanais
Sul Mato-
grossense
Extrativa 0,29
0,50
29,99
0,20
0,08
1,67
1,04
0,67 2,83
3,50
29,72
Alimentos, Bebida e Fumo
12,46
47,74
8,90
30,00
19,48
72,97
43,53
11,03 83,02
58,10
13,50
Têxtil 35,25
4,91
0,29
0,08
1,91
-
-
2,28 11,57
0,33
-
Vestuário 23,39
1,44
3,46
2,18
6,29
0,51
3,83
2,08 0,18
0,32
-
Couros e Calçados 0,41
3,68
6,04
5,09
9,63
6,32
23,17
20,29 0,22
3,61
-
Produtos de Madeira 3,47
2,61
1,60
1,65
4,28
0,82
4,04
0,65 0,08
0,16
-
Celulose e Papel 4,21
0,34
1,50
0,34
1,88
-
0,15
3,69 -
0,03
-
Edição 0,45
5,46
0,20
0,92
0,88
0,97
1,02
1,40 0,40
0,29
-
Refino e Química 0,72
1,35
12,16
0,69
0,65
0,17
6,87
20,51 0,07
21,86
-
Borracha e Plástico 1,34
3,81
3,06
1,22
2,82
-
3,66
5,02 -
0,87
-
Minerais Não-Metálicos 3,27
21,97
25,05
0,89
0,43
2,66
2,23
1,87 0,43
7,02
56,77
Metalurgia Básica 1,33
0,04
1,89
1,71
1,51
-
0,45
3,17 -
0,04
-
Produtos de Metal 2,17
0,51
0,37
12,00
10,12
4,31
2,57
5,93 0,08
1,48
-
Máquinas e
Equipamentos 3,52
0,54
3,67
36,86
12,97
4,63
2,68
11,35 1,06
1,89
-
Eletroeletrônico 4,74
2,74
0,05
0,89
1,52
-
0,13
4,86 -
0,01
-
Material de Transporte 1,85
0,08
0,26
0,37
11,12
0,60
0,90
2,36 -
0,29
-
Diversas 1,13
2,29
1,51
4,91
14,41
4,38
3,73
2,84 0,07
0,20
-
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
179
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(continua)
Atividades
Centro Norte
de Mato
Grosso do
Sul
Leste de
Mato Grosso
do Sul
Sudoeste de
Mato Grosso
do Sul
Norte Mato-
grossense
Nordeste
Mato-
grossense
Sudoeste
Mato-
grossense
Centro-Sul
Mato-
grossense
Sudeste
Mato-
grossense
Noroeste
Goiano
Norte
Goiano
Centro
Goiano
Extrativa 1,40
-
1,34
19,89
-
-
1,16
-
-
94,08
1,00
Alimentos, Bebida e Fumo
58,49
21,76
40,21
0,67
70,14
13,41
60,07
79,26
66,12
5,92
55,30
Têxtil -
-
16,54
-
-
-
-
-
-
-
2,60
Vestuário 0,33
-
-
-
-
-
0,58
-
-
-
3,36
Couros e Calçados -
-
-
-
-
-
1,61
-
-
-
2,14
Produtos de Madeira 0,38
2,51
21,23
67,55
21,63
22,24
12,45
0,37
5,19
-
0,21
Celulose e Papel -
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,87
Edição 3,02
0,57
0,97
0,43
-
-
1,91
1,93
-
-
2,97
Refino e Química 23,76
72,56
13,24
-
-
64,34
0,96
1,71
-
-
9,26
Borracha e Plástico 0,72
-
-
-
-
-
0,42
-
-
-
1,16
Minerais Não-Metálicos 3,67
1,59
4,13
10,01
8,23
-
13,22
16,74
28,69
-
11,40
Metalurgia Básica -
-
-
0,31
-
-
0,04
-
-
-
2,20
Produtos de Metal 4,44
0,50
0,77
0,43
-
-
1,43
-
-
-
1,58
Máquinas e
Equipamentos 1,14
-
0,52
-
-
-
0,62
-
-
-
0,95
Eletroeletrônico 1,61
-
-
-
-
-
0,37
-
-
-
2,21
Material de Transporte 0,78
-
0,44
-
-
-
3,17
-
-
-
1,36
Diversas 0,26
0,50
0,60
0,73
-
-
1,98
-
-
-
1,44
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
180
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 1985
(conclusão)
Fonte: Censo Industrial,
1985. Elaboração Própria. 2006.
Atividades
Leste
Goiano Sul Goiano
Distrito
Federal Brasil
Extrativa 2,46
4,60
0,20
8,13
Alimentos, Bebida e Fumo
24,89
29,49
25,11
11,59
Têxtil -
6,49
-
6,03
Vestuário -
0,20
0,79
2,94
Couros e Calçados -
-
0,23
2,13
Produtos de Madeira 1,20
0,37
1,02
1,35
Celulose e Papel -
-
0,50
3,00
Edição -
0,16
13,41
1,86
Refino e Química -
21,02
0,18
18,64
Borracha e Plástico -
-
0,77
3,84
Minerais Não-Metálicos 71,45
25,51
24,58
4,45
Metalurgia Básica -
11,55
0,05
8,02
Produtos de Metal -
0,17
3,08
3,88
Máquinas e
Equipamentos -
-
4,29
7,43
Eletroeletrônico -
-
22,17
7,05
Material de Transporte -
0,19
0,56
6,73
Diversas -
0,24
3,06
2,93
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
181
Tabela 25: Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Madeira-
Guaporé
Leste
Rondoniense
Vale do
Juruá
Vale do
Acre
Centro
Amazonense
Sul
Amazonense
Norte de
Roraima
Sul de
Roraima
Baixo
Amazonas
Marajó
Metropolitana
de Belém
Extrativa 1,51
0,61
-
0,83
5,54
-
-
-
79,63
-
2,15
Alimentos, Bebida e Fumo
32,72
32,56
34,13
52,63
12,21
-
38,80
-
1,31
1,48
12,26
Têxtil -
0,13
-
-
0,07
-
-
-
-
-
1,69
Vestuário 1,03
0,09
-
1,07
0,09
-
-
-
0,07
-
0,09
Couros e Calçados -
11,39
-
-
-
-
0,05
-
-
-
0,24
Produtos de Madeira 40,16
48,37
10,81
21,65
0,23
98,85
27,12
100,00
7,61
98,52
14,23
Celulose e Papel -
0,50
-
-
0,38
-
-
-
-
-
1,11
Edição 7,94
0,66
-
10,77
4,43
-
12,20
-
0,23
-
1,40
Refino e Química -
0,16
-
2,46
19,79
-
-
-
0,01
-
1,66
Borracha e Plástico 0,14
0,72
-
-
2,66
-
-
-
-
-
0,48
Minerais Não-Metálicos 1,98
3,03
10,18
3,74
0,60
-
4,51
-
9,94
-
9,16
Metalurgia Básica 9,10
0,32
-
-
0,16
-
-
-
-
-
51,78
Produtos de Metal 2,56
0,38
-
2,54
2,69
-
3,61
-
0,04
-
0,80
Máquinas e
Equipamentos -
0,08
-
-
1,44
-
-
-
1,02
-
0,32
Eletroeletrônico 1,53
0,07
-
-
36,13
-
-
-
-
-
0,71
Material de Transporte 0,21
0,23
-
0,92
11,47
-
11,13
-
0,10
-
0,34
Diversas 1,12
0,67
44,88
3,38
2,10
1,15
2,58
-
0,05
-
1,58
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
182
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Nordeste
Paraense
Sudoeste
Paraense
Sudeste
Paraense
Sul do
Amapá
Ocidental do
Tocantins
Oriental do
Tocantins
Norte
Maranhense
Oeste
Maranhense
Centro
Maranhense
Leste
Maranhense
Sul
Maranhense
Extrativa 8,27
4,57
74,23
-
1,15
6,39
19,74
-
-
-
13,23
Alimentos, Bebida e Fumo
49,84
1,65
6,47
50,97
82,09
30,97
2,94
4,12
32,63
38,51
1,03
Têxtil -
-
-
0,26
-
-
0,34
0,04
-
2,47
-
Vestuário -
0,14
0,02
-
0,46
1,80
0,10
0,19
-
0,58
-
Couros e Calçados -
-
0,20
-
2,26
-
-
0,67
-
-
-
Produtos de Madeira 19,56
92,31
10,00
27,11
0,47
-
0,44
14,54
0,08
0,15
-
Celulose e Papel -
-
-
-
-
-
-
0,01
-
-
-
Edição 0,13
0,53
0,08
8,28
-
22,18
1,07
0,30
-
0,39
0,20
Refino e Química -
-
2,03
-
2,72
-
3,78
2,25
61,23
16,33
82,20
Borracha e Plástico -
-
0,04
-
1,73
11,47
0,91
1,37
0,16
1,25
-
Minerais Não-Metálicos 22,14
0,71
0,18
9,20
6,25
20,39
1,99
0,86
2,19
40,32
2,44
Metalurgia Básica -
-
6,58
-
-
-
67,32
71,76
-
-
-
Produtos de Metal 0,04
-
0,07
2,75
1,08
6,53
0,67
0,31
-
-
0,90
Máquinas e
Equipamentos -
-
-
-
0,03
-
-
0,97
-
-
-
Eletroeletrônico -
-
-
-
0,05
-
0,41
-
-
-
-
Material de Transporte -
-
0,05
-
0,70
0,28
0,08
0,12
-
-
-
Diversas 0,01
0,09
0,06
1,43
1,01
-
0,20
2,51
3,71
-
-
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
183
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Norte
Piauiense
Centro-
Norte
Piauiense
Sudoeste
Piauiense
Sudeste
Piauiense
Noroeste
Cearense
Norte
Cearense
Metropolitana
de Fortaleza
Sertões
Cearenses Jaguaribe
Centro-Sul
Cearense
Sul
Cearense
Extrativa 0,08
0,30
-
-
3,70
0,16
0,28 -
1,71
31,03
3,50
Alimentos, Bebida e Fumo
19,29
55,11
89,05
-
18,54
26,18
25,82 15,71
44,92
22,93
7,10
Têxtil -
0,18
-
-
0,70
-
16,00 22,75
2,55
-
0,58
Vestuário 5,66
6,77
-
0,11
0,75
0,69
8,31 -
0,33
1,93
3,17
Couros e Calçados 20,98
2,31
-
-
13,93
71,85
8,69 58,90
29,32
-
21,28
Produtos de Madeira 0,37
0,06
0,77
-
0,21
0,04
0,14 -
0,50
6,24
0,50
Celulose e Papel -
0,97
-
-
0,66
-
2,54 -
-
-
1,56
Edição -
2,76
0,95
0,13
0,55
-
2,88 -
-
-
0,65
Refino e Química 40,67
14,73
7,34
-
4,67
-
21,78 -
13,73
-
6,38
Borracha e Plástico -
0,45
-
-
-
-
0,86 -
0,66
-
1,78
Minerais Não-Metálicos 11,20
5,47
1,81
98,36
54,04
1,00
1,27 2,65
4,90
11,14
25,54
Metalurgia Básica -
-
-
-
-
-
2,35 -
-
-
-
Produtos de Metal 0,53
0,57
0,09
1,40
-
-
2,79 -
-
-
2,98
Máquinas e
Equipamentos -
0,36
-
-
-
-
2,52 -
-
-
20,83
Eletroeletrônico -
1,18
-
-
-
-
2,10 -
-
-
-
Material de Transporte -
3,91
-
-
-
-
1,33 -
-
-
-
Diversas 1,22
4,88
-
-
2,25
0,09
0,35 -
1,38
26,73
4,16
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
100,00
184
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Oeste
Potiguar
Central
Potiguar
Agreste
Potiguar
Leste
Potiguar
Sertão
Paraibano Borborema
Agreste
Paraibano
Mata
Paraibana
Sertão
Pernambucano
São Francisco
Pernambucano
Extrativa 44,30
69,97
0,96
57,60
-
58,85
13,18
2,37
11,52
0,56
Alimentos, Bebida e Fumo
22,01
16,77
51,60
14,07
52,69
22,46
14,67
15,30
23,57
93,32
Têxtil -
2,03
-
11,61
10,82
-
1,21
21,34
-
-
Vestuário 0,49
2,77
28,61
5,11
3,26
-
1,39
0,65
0,87
0,41
Couros e Calçados 0,01
0,14
-
1,91
15,01
-
45,00
9,47
0,79
-
Produtos de Madeira 0,15
-
3,12
0,09
-
-
0,33
0,09
0,07
0,02
Celulose e Papel -
-
-
0,28
0,80
-
2,50
0,62
-
-
Edição 0,62
0,53
-
1,30
1,88
-
2,04
4,04
1,20
0,37
Refino e Química 1,72
0,04
-
3,21
4,16
-
4,95
8,41
2,50
-
Borracha e Plástico 1,03
0,21
-
1,98
0,24
-
6,56
1,19
0,95
0,65
Minerais Não-Metálicos 21,32
7,19
15,72
0,73
3,11
18,69
2,99
34,16
53,11
3,11
Metalurgia Básica 0,24
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Produtos de Metal 2,72
0,18
-
0,36
6,96
-
2,13
0,50
1,45
0,32
Máquinas e
Equipamentos 4,74
-
-
0,28
-
-
0,52
0,46
1,48
0,24
Eletroeletrônico -
-
-
0,26
-
-
0,40
0,50
-
0,25
Material de Transporte 0,36
-
-
0,45
-
-
0,16
0,03
-
-
Diversas 0,30
0,17
-
0,76
1,06
-
1,97
0,88
2,50
0,76
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
185
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Agreste
Pernambucano
Mata
Pernambucana
Metropolitana
de Recife
Sertão
Alagoano
Agreste
Alagoano
Leste
Alagoano
Sertão
Sergipano
Agreste
Sergipano
Leste
Sergipano
Extremo
Oeste
Baiano
Vale São-
Franciscano
da Bahia
Extrativa 0,71
0,67
0,29 -
-
0,66
-
1,68
36,27
0,16
0,52
Alimentos, Bebida e Fumo
48,80
66,92
35,32 19,19
87,41
62,25
48,78
55,00
17,44
91,80 73,75
Têxtil 8,08
0,41
1,78 80,17
-
0,18
27,93
5,62
6,69
0,49 -
Vestuário 15,86
0,14
0,80 -
0,37
0,20
0,55
3,91
0,64
-
0,36
Couros e Calçados 3,37
3,40
0,04 -
0,69
0,02
-
7,64
0,57
-
20,19
Produtos de Madeira 0,72
0,08
0,12 -
-
0,16
-
1,37
0,09
-
0,38
Celulose e Papel 0,24
2,21
2,20 -
-
0,08
-
-
0,67
0,00 -
Edição 0,70
0,03
4,78 -
1,25
1,34
0,25
0,67
0,88
0,12
1,10
Refino e Química 1,25
3,10
17,76 -
-
27,32
-
-
12,64
5,94 1,79
Borracha e Plástico 4,85
0,02
4,50 -
7,83
0,58
-
8,87
0,21
0,26 0,77
Minerais Não-Metálicos 3,64
10,56
4,99 0,63
1,47
4,95
-
7,55
17,40
0,15
0,77
Metalurgia Básica 4,51
- 10,29 -
-
0,01
-
-
-
-
-
Produtos de Metal 0,43
11,98
6,72 -
0,65
0,39
-
3,09
4,09
0,81
0,30
Máquinas e
Equipamentos 0,22
0,17
2,68 -
-
1,08
-
0,45
1,68
0,17 -
Eletroeletrônico 4,04
- 4,43 -
-
0,14
-
-
0,20
-
-
Material de Transporte 0,67
0,16
2,13 -
-
0,32
-
1,14
0,18
-
0,09
Diversas 1,91
0,15
1,18 -
0,33
0,32
22,50
3,01
0,32
0,11 -
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
186
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Centro
Norte
Baiano
Nordeste
Baiano
Metropolitana
de Salvador
Centro Sul
Baiano Sul Baiano
Noroeste de
Minas
Norte de
Minas Jequitinhonha
Vale do
Mucuri
Triângulo
Mineiro/Alto
Paranaíba
Central
Mineira
Extrativa 16,39
2,37
8,41 25,61
0,73
12,68
0,85
33,25
-
0,65
2,98
Alimentos, Bebida e Fumo
10,20
21,64
3,70 20,75
31,11
52,93
19,24
11,02
68,16
51,70
17,07
Têxtil 0,06
12,04
1,41 0,93
3,41
2,39
29,50
10,78
-
0,37
1,17
Vestuário 1,55
0,69
0,25 1,71
3,22
2,10
0,54
0,70
1,57
0,49
0,81
Couros e Calçados 7,41
42,19
0,56 30,20
0,17
-
0,12
-
-
1,48
0,61
Produtos de Madeira 0,49
1,85
0,06 0,32
0,57
0,56
0,47
0,66
0,70
1,69
0,45
Celulose e Papel 6,18
-
0,97 0,13
49,63
-
-
-
-
0,13
-
Edição 0,86
0,40
0,78 0,71
0,20
1,57
0,39
0,90
0,94
0,80
0,41
Refino e Química 6,21
0,85
62,68 2,21
1,34
21,19
28,02
31,07
23,98
23,40
12,67
Borracha e Plástico 26,85
0,59
1,67 1,45
0,52
-
0,19
-
-
0,54
0,39
Minerais Não-Metálicos 8,98
2,77
0,54 9,90
0,83
2,26
7,47
6,34
3,18
1,41
2,07
Metalurgia Básica 0,17
13,10
6,03 -
0,03
-
8,75
-
-
11,93
57,86
Produtos de Metal 9,23
0,36
1,31 1,35
0,32
1,99
0,65
1,52
0,86
1,64
0,39
Máquinas e
Equipamentos 1,35
-
0,94 1,84
2,17
0,49
0,05
1,80
0,61
2,80
1,11
Eletroeletrônico 2,70
0,51
2,30 0,13
5,22
-
1,08
-
-
0,27
-
Material de Transporte 0,12
-
7,54 0,81
0,04
0,66
2,12
-
-
0,14
0,13
Diversas 1,24
0,64
0,81 1,96
0,47
1,17
0,55
1,95
-
0,57
1,88
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
187
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Metropolitana
de Belo
Horizonte
Vale do Rio
Doce
Oeste de
Minas
Sul/Sudoeste
de Minas
Campo das
Vertentes
Zona da
Mata
Noroeste
Espírito-
santense
Litoral Norte
Espírito-
santense
Central
Espírito-
santense
Sul Espírito-
santense
Noroeste
Fluminense
Extrativa 25,95 0,54
8,32
3,43
2,40
4,67
39,71
28,89
32,71
9,22
1,78
Alimentos, Bebida e Fumo
5,98 3,61
9,53
23,58
9,70
19,29
15,54
1,47
11,71
8,88
23,29
Têxtil 1,19 0,03
4,26
4,89
2,73
7,01
0,72
0,08
0,42
0,49
1,16
Vestuário 0,61 0,42
6,24
1,95
0,86
6,71
24,30
0,22
0,71
1,64
6,66
Couros e Calçados 0,21 0,20
10,17
1,05
3,37
0,46
-
-
0,38
0,63
-
Produtos de Madeira 0,20 0,31
0,45
0,42
0,85
0,52
0,95
0,25
0,35
0,40
1,09
Celulose e Papel 0,33 18,71
0,88
1,44
-
4,87
-
57,33
0,29
-
20,52
Edição 1,48 0,17
0,50
0,33
0,35
3,39
0,87
0,11
1,56
0,40
1,41
Refino e Química 16,16 1,70
6,58
10,44
6,49
8,89
1,55
4,48
1,80
2,00
-
Borracha e Plástico 0,87 0,18
2,51
2,88
0,14
1,16
0,56
0,08
1,58
0,49
0,16
Minerais Não-Metálicos 6,27 1,29
8,91
10,04
37,33
1,10
10,25
0,37
7,96
73,17
8,42
Metalurgia Básica 18,62 64,76
31,09
10,33
11,27
12,34
-
1,85
33,55
-
0,71
Produtos de Metal 2,42 5,03
5,38
3,25
0,90
1,92
0,63
0,53
0,76
0,20
5,48
Máquinas e
Equipamentos 3,39 1,69
1,44
2,48
0,33
1,72
0,55
2,32
3,69
1,79
1,79
Eletroeletrônico 2,33 0,38
0,32
6,39
0,04
1,33
-
0,49
1,57
0,14
-
Material de Transporte 12,97 0,05
1,13
15,35
22,23
15,79
3,29
0,04
0,25
0,15
26,31
Diversas 1,03 0,95
2,30
1,75
1,00
8,82
1,09
1,48
0,70
0,39
1,21
Indústria Geral 100,00 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
188
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Norte
Fluminense
Centro
Fluminense Baixadas
Sul
Fluminense
Metropolitana
do Rio de
Janeiro
São José do
Rio Preto
Ribeirão
Preto Araçatuba Bauru Araraquara Piracicaba
Extrativa 96,20
0,58
31,98
0,09
0,60 0,36
0,15
0,19
0,32
1,05
0,59
Alimentos, Bebida e Fumo
0,57
13,15
4,73
2,31
7,63 49,14
46,15
32,26
39,05
37,92
31,68
Têxtil 0,02
7,39
0,12
0,14
0,81 0,34
0,68
0,30
4,33
4,32
1,27
Vestuário 0,06
14,32
0,88
0,06
1,85 3,50
0,37
1,02
1,48
0,47
0,77
Couros e Calçados 0,00
-
-
-
0,46 1,10
7,18
21,25
9,83
0,12
0,06
Produtos de Madeira 0,01
0,34
0,73
0,19
0,16 0,44
0,13
0,35
7,62
0,06
1,65
Celulose e Papel 0,00
0,79
-
-
1,51 0,32
7,02
4,03
5,33
0,62
12,95
Edição 0,08
1,00
1,60
0,09
8,33 2,28
1,06
1,50
4,07
0,41
0,69
Refino e Química 0,31
4,49
46,30
3,88
53,77 11,59
14,68
28,39
6,28
3,99
7,23
Borracha e Plástico 0,01
4,36
-
1,59
3,91 1,56
4,91
1,10
1,73
0,97
3,87
Minerais Não-Metálicos 0,22
38,44
8,43
3,37
2,57 1,12
0,49
0,73
1,47
0,43
7,25
Metalurgia Básica -
0,17
0,38
54,39
4,53 0,70
1,78
-
0,19
0,08
1,71
Produtos de Metal 0,64
11,31
1,18
2,65
1,67 5,58
5,00
2,61
1,90
3,39
2,77
Máquinas e
Equipamentos 1,23
0,72
0,64
0,53
2,53 4,16
6,18
2,17
6,46
31,09
17,30
Eletroeletrônico 0,02
0,33
-
11,09
3,32 2,40
2,30
0,80
2,33
0,51
1,91
Material de Transporte 0,61
2,10
1,59
19,28
5,31 6,26
1,14
0,49
6,40
10,10
6,14
Diversas 0,03
0,49
1,43
0,32
1,01 9,16
0,77
2,81
1,21
4,46
2,16
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
189
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades Campinas
Presidente
Prudente Marília Assis Itapetininga
Macro
Metropolitana
Paulista
Vale do
Paraíba
Paulista
Litoral Sul
Paulista
Metropolitana
de São Paulo
Noroeste
Paranaense
Centro
Ocidental
Paranaense
Extrativa 0,15
0,62
0,10
0,72
0,93
0,26 0,14
9,25
0,29 0,65
0,38
Alimentos, Bebida e Fumo
8,65
47,26
36,96
77,59
11,42
21,64 6,19
12,96
6,68 62,83
49,49
Têxtil 3,41
0,12
2,72
0,09
9,53
3,96 0,46
0,50
1,78 1,31
1,28
Vestuário 0,47
1,48
0,59
1,55
1,67
0,88 0,09
0,35
1,63 9,21
7,61
Couros e Calçados 0,15
4,63
0,12
0,46
0,06
0,06 0,01
-
0,26 1,14
0,37
Produtos de Madeira 0,10
0,80
0,24
0,98
7,45
1,83 0,23
2,58
0,38 1,52
1,29
Celulose e Papel 4,51
0,06
0,25
0,15
3,28
8,39 4,09
-
4,71 0,31
-
Edição 0,64
1,75
0,98
0,55
3,64
0,65 0,16
1,18
7,28 0,61
1,64
Refino e Química 48,32
20,62
1,03
4,45
10,55
10,26 34,75
-
29,17 14,90
0,56
Borracha e Plástico 7,13
0,31
6,73
0,36
12,05
4,70 1,64
1,06
7,67 0,80
0,41
Minerais Não-Metálicos 2,40
1,77
0,71
1,29
15,04
6,32 1,68
66,62
2,80 1,38
0,99
Metalurgia Básica 1,05
0,20
0,34
-
3,80
8,78 6,75
-
5,66 0,12
0,24
Produtos de Metal 1,67
1,56
9,81
1,51
2,63
5,27 2,41
2,97
5,13 0,87
8,81
Máquinas e
Equipamentos 3,85
1,66
34,63
4,86
1,76
8,93 2,85
1,59
7,11 0,94
4,87
Eletroeletrônico 6,97
1,58
1,59
1,31
11,10
5,96 4,83
0,55
6,65 0,29
3,85
Material de Transporte 9,88
1,25
0,16
0,16
2,57
9,84 33,39
-
10,96 0,51
0,88
Diversas 0,66
14,35
3,06
4,00
2,52
2,27 0,32
0,38
1,85 2,61
17,33
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
190
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Norte
Central
Paranaense
Norte
Pioneiro
Paranaense
Centro
Oriental
Paranaense
Oeste
Paranaense
Sudoeste
Paranaense
Centro-Sul
Paranaense
Sudeste
Paranaense
Metropolitana
de Curitiba
Oeste
Catarinense
Norte
Catarinense Serrana
Extrativa 0,20
2,26
0,61
0,27
0,61
0,23
2,77
0,42 0,11
0,16
0,29
Alimentos, Bebida e Fumo
33,80
51,62
23,66
70,59
44,86
10,13
5,54
12,77 74,10
14,09
18,83
Têxtil 3,00
5,00
1,16
1,02
0,53
1,02
0,47
1,34 0,52
5,98
1,93
Vestuário 6,25
1,44
0,15
2,21
10,02
0,50
0,57
0,26 1,84
7,09
0,34
Couros e Calçados 3,05
0,09
0,01
0,83
0,24
0,10
0,38
0,13 1,22
0,03
0,08
Produtos de Madeira 0,85
12,44
11,31
2,42
6,03
68,23
49,44
4,00 5,40
4,88
16,93
Celulose e Papel 1,04
0,20
51,95
1,65
0,58
14,66
15,68
1,41 6,13
2,48
48,96
Edição 2,10
0,37
0,25
1,56
1,08
0,33
0,29
3,02 0,41
0,49
0,33
Refino e Química 14,91
11,73
4,62
1,43
-
1,11
1,94
29,86 0,64
2,32
0,95
Borracha e Plástico 11,80
0,37
0,29
1,57
5,28
0,37
1,30
2,34 2,01
6,56
0,22
Minerais Não-Metálicos 1,07
2,02
0,26
2,59
1,94
1,02
6,92
4,49 0,46
1,55
0,48
Metalurgia Básica 0,70
-
0,36
0,47
1,08
0,12
0,11
1,61 0,18
1,54
0,07
Produtos de Metal 3,04
1,75
1,17
1,89
4,70
0,72
1,41
2,71 1,45
4,02
1,31
Máquinas e
Equipamentos 4,26
4,22
2,56
5,99
13,77
0,37
0,79
9,15 1,97
20,86
3,64
Eletroeletrônico 3,33
0,68
0,35
0,70
1,70
-
2,39
5,42 0,20
11,89
0,19
Material de Transporte 1,82
1,01
0,23
0,99
0,01
0,22
0,22
19,20 0,68
8,49
0,52
Diversas 8,79
4,79
1,05
3,81
7,56
0,88
9,79
1,87 2,67
7,58
4,93
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
191
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Vale do
Itajaí
Grande
Florianópolis
Sul
Catarinense
Noroeste
Rio-
grandense
Nordeste
Rio-
grandense
Centro
Ocidental
Rio-
grandense
Centro
Oriental Rio-
grandense
Metropolitana
de Porto
Alegre
Sudoeste
Rio-
grandense
Sudeste
Rio-
grandense
Pantanais
Sul Mato-
grossense
Extrativa 0,61
2,53
7,86
0,38
0,16
2,20
0,37
0,38 1,87
6,06
43,88
Alimentos, Bebida e Fumo
18,82
13,56
11,30
40,15
13,70
43,41
71,00
12,50 85,69
49,54
49,41
Têxtil 20,01
5,11
1,43
0,20
1,55
0,32
0,12
1,22 3,83
0,08
-
Vestuário 17,42
3,27
9,10
1,37
2,79
1,19
0,77
0,65 1,53
0,24
0,11
Couros e Calçados 0,18
5,17
0,83
2,72
4,04
15,64
11,86
16,06 1,70
1,97
-
Produtos de Madeira 4,43
1,47
7,71
0,99
1,98
3,26
1,67
0,67 0,30
2,76
-
Celulose e Papel 5,46
1,42
0,66
0,33
1,59
-
0,46
2,82 -
0,09
-
Edição 1,42
7,27
1,81
1,42
1,75
3,44
0,58
2,20 0,70
0,74
-
Refino e Química 2,10
2,55
8,62
1,22
0,82
6,79
3,04
26,29 0,14
28,99
-
Borracha e Plástico 3,04
4,92
14,26
0,74
7,65
1,07
1,69
4,29 0,86
0,92
-
Minerais Não-Metálicos 2,79
25,17
20,07
0,94
3,75
4,60
1,28
2,56 0,50
5,63
6,18
Metalurgia Básica 1,47
1,44
3,90
1,29
2,68
0,14
0,07
4,13 -
0,11
-
Produtos de Metal 4,15
3,18
2,02
2,62
11,75
3,93
1,67
3,70 1,43
0,45
-
Máquinas e
Equipamentos 7,86
2,24
6,97
34,10
9,43
6,13
2,94
8,09 0,96
0,76
-
Eletroeletrônico 5,45
15,82
0,53
0,55
4,87
0,97
0,48
4,01 -
0,97
-
Material de Transporte 3,03
0,44
0,92
4,51
17,36
0,70
0,16
8,09 0,21
0,45
0,11
Diversas 1,77
4,44
2,00
6,47
14,13
6,21
1,83
2,34 0,28
0,26
0,31
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00 100,00
100,00
100,00
192
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(continua)
Atividades
Centro Norte
de Mato
Grosso do
Sul
Leste de
Mato Grosso
do Sul
Sudoeste de
Mato Grosso
do Sul
Norte Mato-
grossense
Nordeste
Mato-
grossense
Sudoeste
Mato-
grossense
Centro-Sul
Mato-
grossense
Sudeste
Mato-
grossense
Noroeste
Goiano
Norte
Goiano
Centro
Goiano
Extrativa 0,30
0,11
1,29
2,14
-
2,27
1,42
0,21
0,56
88,69
0,37
Alimentos, Bebida e Fumo
70,31
80,48
71,21
17,48
73,31
49,92
76,49
86,52
98,30
7,33
57,53
Têxtil 0,90
3,97
2,11
0,27
-
-
0,61
0,63
-
0,20
0,36
Vestuário 0,70
1,86
0,57
0,12
0,24
0,06
0,61
0,11
-
-
6,73
Couros e Calçados 4,98
0,83
6,15
-
-
1,73
2,13
0,01
-
-
3,01
Produtos de Madeira 5,37
2,40
1,56
52,35
11,27
1,11
1,73
0,30
0,39
0,03
0,23
Celulose e Papel 0,04
2,11
-
-
-
-
0,14
-
-
-
1,45
Edição 3,04
0,16
0,82
0,33
1,04
0,22
1,61
0,21
0,13
0,34
2,69
Refino e Química 8,69
2,86
4,70
9,34
10,16
43,19
0,97
9,68
-
-
13,14
Borracha e Plástico 0,51
0,16
0,57
0,23
0,94
0,66
1,25
0,28
-
-
2,06
Minerais Não-Metálicos 2,12
0,81
8,95
15,37
1,10
0,37
6,20
0,88
0,26
1,81
2,64
Metalurgia Básica 0,01
1,72
-
-
-
-
1,22
-
-
-
0,40
Produtos de Metal 0,86
0,22
0,65
0,90
1,25
0,05
2,54
0,70
-
1,22
5,13
Máquinas e
Equipamentos 1,10
0,05
0,36
0,32
-
-
0,90
0,16
-
-
1,02
Eletroeletrônico 0,54
0,29
0,14
0,03
-
-
0,62
0,07
-
-
0,66
Material de Transporte 0,20
0,05
0,51
0,26
0,68
0,10
0,56
0,15
-
-
0,42
Diversas 0,32
1,91
0,41
0,87
-
0,34
1,01
0,09
0,37
0,37
2,15
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
100,00
193
Estrutura Setorial das Mesorregiões Brasileiras, 2003
(conclusão)
Atividades
Leste
Goiano Sul Goiano
Distrito
Federal Brasil
Extrativa 4,48
5,31
0,23
6,98
Alimentos, Bebida e Fumo
82,66
59,35
32,80
17,64
Têxtil -
1,08
0,09
2,17
Vestuário 0,29
0,55
0,79
1,51
Couros e Calçados -
1,04
0,06
1,94
Produtos de Madeira 0,24
0,46
0,59
1,73
Celulose e Papel 0,23
1,45
0,15
4,29
Edição 1,38
0,20
28,38
2,78
Refino e Química 0,43
18,24
1,38
22,22
Borracha e Plástico 0,87
0,45
0,70
3,80
Minerais Não-Metálicos 2,68
5,05
22,17
3,69
Metalurgia Básica -
-
1,13
6,83
Produtos de Metal 5,27
1,15
5,92
3,12
Máquinas e
Equipamentos -
0,25
3,07
5,46
Eletroeletrônico -
0,03
1,33
5,02
Material de Transporte 0,12
5,20
0,54
8,90
Diversas 1,36
0,20
0,68
1,92
Indústria Geral 100,00
100,00
100,00
100,00
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2003. Elaboração Própria. 2006.
194
Tabela 26: Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Madeira-
Guaporé
Leste
Rondoniense
Vale do
Juruá
Vale do
Acre
Centro
Amazonense
Sul
Amazonense
Norte de
Roraima
Sul de
Roraima
Baixo
Amazonas
Marajó
Metropolitana
de Belém
Extrativa 0,64
0,20
-
-
2,94
-
-
-
1,97
-
0,00
Alimentos, Bebida e Fumo
0,06
0,03
0,00
0,04
0,57
-
0,01
-
0,08
0,02
1,01
Têxtil -
-
-
-
1,21
-
-
-
0,01
-
0,63
Vestuário -
-
-
-
0,13
-
-
-
-
-
0,08
Couros e Calçados -
-
-
-
0,08
-
-
-
-
-
0,30
Produtos de Madeira 2,58
3,55
-
0,63
2,79
0,02
0,06
0,05
0,20
0,95
3,22
Celulose e Papel -
-
-
-
0,08
-
-
-
0,58
-
0,27
Edição 0,13
0,02
-
0,06
0,55
-
-
-
-
-
0,81
Refino e Química 0,00
0,00
-
-
0,35
-
-
-
-
-
0,07
Borracha e Plástico -
-
0,04
0,23
1,09
-
-
-
0,13
-
0,32
Minerais Não-Metálicos 0,04
0,19
-
0,03
0,14
-
0,01
-
0,77
0,00
0,62
Metalurgia Básica -
-
-
-
0,26
-
-
-
-
-
0,04
Produtos de Metal 0,01
0,01
-
0,01
1,16
-
0,00
-
-
-
0,23
Máquinas e
Equipamentos -
0,01
-
-
0,16
-
-
-
-
-
0,04
Eletroeletrônico -
-
-
-
14,00
-
-
-
-
-
0,05
Material de Transporte 0,01
0,00
-
-
2,01
-
-
-
0,04
-
0,08
Diversas 0,01
0,04
-
-
2,82
-
-
-
0,07
-
0,26
Indústria Geral 0,10
0,08
0,00
0,02
1,83
0,00
0,00
0,00
0,23
0,02
0,31
195
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Nordeste
Paraense
Sudoeste
Paraense
Sudeste
Paraense
Sul do
Amapá
Ocidental do
Tocantins
Oriental do
Tocantins
Norte
Maranhense
Oeste
Maranhense
Centro
Maranhense
Leste
Maranhense
Sul
Maranhense
Extrativa 0,02
0,16
0,25
0,07
-
-
0,04
-
-
-
-
Alimentos, Bebida e Fumo
0,03
0,00
0,07
0,03
0,04
-
0,21
0,07
0,06
0,16
0,01
Têxtil -
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Vestuário -
-
-
-
-
-
0,04
0,00
-
-
-
Couros e Calçados -
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Produtos de Madeira 0,49
-
3,08
0,52
0,02
-
0,10
1,76
0,07
0,04
-
Celulose e Papel -
-
-
-
-
-
0,00
-
-
0,33
-
Edição -
-
-
-
-
-
0,19
0,01
-
-
-
Refino e Química -
-
-
-
0,00
-
0,17
-
0,01
0,02
-
Borracha e Plástico -
-
-
-
-
-
0,02
-
-
-
-
Minerais Não-Metálicos 0,46
-
0,06
0,00
0,02
0,01
0,16
0,02
-
0,29
0,01
Metalurgia Básica -
-
-
-
-
-
1,06
-
-
-
-
Produtos de Metal -
-
0,00
-
0,00
-
0,14
-
-
-
-
Máquinas e
Equipamentos -
-
-
0,01
-
-
-
0,00
-
-
-
Eletroeletrônico -
-
-
-
-
-
0,02
-
-
-
-
Material de Transporte -
-
-
-
-
-
-
0,02
-
-
-
Diversas -
-
-
-
-
-
0,08
0,02
0,02
-
-
Indústria Geral 0,03
0,01
0,07
0,02
0,01
0,00
0,17
0,04
0,01
0,05
0,00
196
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Norte
Piauiense
Centro-
Norte
Piauiense
Sudoeste
Piauiense
Sudeste
Piauiense
Noroeste
Cearense
Norte
Cearense
Metropolitana
de Fortaleza
Sertões
Cearenses Jaguaribe
Centro-Sul
Cearense
Sul
Cearense
Extrativa 0,01
-
-
-
0,03
0,00
0,04 -
0,06
-
-
Alimentos, Bebida e Fumo
0,04
0,20
0,01
0,01
0,11
0,25
1,86 0,01
0,15
0,05
0,04
Têxtil -
-
-
0,27
0,12
0,13
2,51 0,33
0,10
0,16
0,23
Vestuário 0,01
0,98
-
-
0,06
-
4,74 -
-
-
0,01
Couros e Calçados 0,30
0,13
-
-
-
-
0,63 -
-
-
0,30
Produtos de Madeira 0,01
0,02
0,02
-
0,00
0,01
0,12 0,05
0,01
-
0,01
Celulose e Papel -
-
-
-
-
-
0,07 -
-
-
-
Edição -
0,06
-
-
-
-
0,66 -
0,00
-
0,01
Refino e Química 0,04
0,02
-
-
-
-
0,15 -
-
-
0,00
Borracha e Plástico -
0,02
-
-
-
-
0,38 -
-
-
0,04
Minerais Não-Metálicos 0,01
0,22
-
0,02
0,20
0,04
0,33 0,01
0,08
0,00
0,18
Metalurgia Básica -
-
-
-
-
-
0,15 -
-
-
-
Produtos de Metal -
0,02
-
-
-
-
0,47 -
-
-
-
Máquinas e
Equipamentos -
0,01
-
-
-
-
0,48 -
-
-
-
Eletroeletrônico -
-
-
-
-
-
0,22 -
-
-
-
Material de Transporte -
0,01
-
-
0,00
-
0,39 -
-
-
-
Diversas 0,01
0,39
-
-
0,01
-
0,29 -
-
-
0,01
Indústria Geral 0,02
0,08
0,00
0,02
0,03
0,04
0,71 0,02
0,03
0,02
0,03
197
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Oeste
Potiguar
Central
Potiguar
Agreste
Potiguar
Leste
Potiguar
Sertão
Paraibano Borborema
Agreste
Paraibano
Mata
Paraibana
Sertão
Pernambucano
São Francisco
Pernambucano
Extrativa 0,54
0,61
-
6,86
-
0,01
0,01
0,09
0,03
-
Alimentos, Bebida e Fumo
0,09
0,02
0,00
0,30
0,04
0,00
0,16
0,25
0,02
0,06
Têxtil 0,05
0,15
0,08
0,91
0,20
0,07
0,20
1,51
0,20
-
Vestuário -
-
-
2,95
-
-
0,06
0,15
-
-
Couros e Calçados -
-
-
-
0,01
-
0,73
0,34
-
0,27
Produtos de Madeira 0,02
-
-
0,01
-
-
0,01
0,06
-
-
Celulose e Papel -
-
-
0,07
-
-
0,07
0,19
-
-
Edição -
-
-
0,21
0,00
-
0,06
0,35
-
0,01
Refino e Química 0,00
0,01
-
0,15
-
-
0,00
0,17
-
0,12
Borracha e Plástico -
-
-
0,03
-
-
0,11
0,42
-
-
Minerais Não-Metálicos 0,62
0,01
-
0,16
-
0,00
0,38
0,41
0,08
-
Metalurgia Básica -
-
-
0,03
-
-
-
-
-
-
Produtos de Metal -
-
-
0,02
-
-
0,10
0,00
-
0,05
Máquinas e
Equipamentos -
-
-
0,03
-
-
0,01
0,01
-
-
Eletroeletrônico -
-
-
-
-
-
0,03
0,00
-
-
Material de Transporte -
-
-
0,01
-
-
-
0,01
-
-
Diversas -
-
-
0,27
0,01
-
0,03
0,25
0,05
-
Indústria Geral 0,09
0,06
0,01
0,79
0,02
0,01
0,08
0,23
0,02
0,04
198
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Agreste
Pernambucano
Mata
Pernambucana
Metropolitana
de Recife
Sertão
Alagoano
Agreste
Alagoano
Leste
Alagoano
Sertão
Sergipano
Agreste
Sergipano
Leste
Sergipano
Extremo
Oeste
Baiano
Vale São-
Franciscano
da Bahia
Extrativa 0,01
0,01
0,04 -
-
0,04
-
-
7,63
-
-
Alimentos, Bebida e Fumo
0,54
1,67
2,41 0,01
0,01
1,39 0,01
0,03
0,40
0,00 0,25
Têxtil 0,26
0,13
2,60 0,22
-
0,16 0,06
-
1,66
-
0,02
Vestuário 0,36
- 1,92 -
0,00
-
-
-
0,31
-
-
Couros e Calçados 0,24
0,17
2,79 -
-
-
-
-
-
-
0,38
Produtos de Madeira 0,06
0,02
0,12 -
0,01
0,01
-
0,01
0,04
0,02
-
Celulose e Papel -
0,32
1,30 -
-
0,01 -
-
0,02
-
-
Edição 0,01
0,02
1,68 -
0,00
0,19 -
-
0,12
-
0,01
Refino e Química 0,00
0,06
0,91 -
-
0,73
-
-
0,16
-
-
Borracha e Plástico 0,07
- 1,03 -
-
0,02 -
-
0,02
-
-
Minerais Não-Metálicos 0,11
0,74
1,46 0,03
0,02
0,32
-
0,07
0,47
0,01
0,00
Metalurgia Básica -
- 0,92 -
-
0,09 -
-
-
-
-
Produtos de Metal -
0,02
1,06 -
-
0,02 -
-
0,04
-
-
Máquinas e
Equipamentos
-
0,01
0,54 -
-
0,15
-
-
0,01
-
-
Eletroeletrônico 0,08
- 2,45 -
-
-
-
-
0,01
-
-
Material de Transporte 0,01
- 0,30 -
-
0,01 -
0,00
0,00
-
0,00
Diversas 0,01
0,04
1,05 -
-
0,03 -
-
0,08
-
0,00
Indústria Geral 0,11
0,26
1,28 0,02
0,00
0,35 0,00
0,01
0,84
0,00 0,04
199
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Centro
Norte
Baiano
Nordeste
Baiano
Metropolitana
de Salvador
Centro Sul
Baiano Sul Baiano
Noroeste de
Minas
Norte de
Minas Jequitinhonha
Vale do
Mucuri
Triângulo
Mineiro/Alto
Paranaíba
Central
Mineira
Extrativa 0,76
0,18
11,41 0,25
0,02
0,19
0,07
0,05
-
0,88
-
Alimentos, Bebida e Fumo
0,12
0,02
1,11 0,08
1,44
0,02
0,23
0,04
0,12
2,55
0,23
Têxtil 0,02
0,11
1,89 0,33
0,12
-
0,94
0,04
-
0,57
0,21
Vestuário 0,04
-
0,57 0,21
0,23
-
0,01
-
-
0,18
0,02
Couros e Calçados -
0,38
0,15 0,06
-
-
0,19
-
-
0,56
-
Produtos de Madeira 0,06
0,02
0,12 0,03
1,01
0,01
0,02
-
0,24
0,67
-
Celulose e Papel 0,19
-
0,81 -
-
-
-
-
-
0,05
-
Edição 0,09
-
1,39 0,01
0,03
0,01
0,03
-
-
0,24
-
Refino e Química 0,11
-
10,30 0,01
0,06
0,01
0,13
-
0,00
1,11
0,02
Borracha e Plástico 0,35
-
1,04 -
0,12
-
-
-
-
0,06
-
Minerais Não-Metálicos 0,16
0,08
1,20 0,09
0,07
0,12
0,81
0,15
0,01
0,47
0,02
Metalurgia Básica 0,10
-
4,44 -
-
-
1,00
-
-
1,15
0,79
Produtos de Metal 0,04
-
0,41 0,02
0,02
-
0,11
-
-
0,27
-
Máquinas e
Equipamentos 0,08
-
1,58 -
0,01
-
0,27
0,00
-
0,04
-
Eletroeletrônico 0,08
-
0,85 -
0,00
-
0,10
-
-
0,15
-
Material de Transporte 0,03
-
0,08 -
0,01
-
-
-
-
0,04
-
Diversas 0,08
0,09
0,53 0,01
0,01
0,01
0,01
0,00
0,07
0,15
0,03
Indústria Geral 0,15
0,04
3,82 0,07
0,22
0,03
0,27
0,02
0,02
0,79
0,11
200
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Metropolitana
de Belo
Horizonte
Vale do Rio
Doce
Oeste de
Minas
Sul/Sudoeste
de Minas
Campo das
Vertentes
Zona da
Mata
Noroeste
Espírito-
santense
Litoral Norte
Espírito-
santense
Central
Espírito-
santense
Sul Espírito-
santense
Noroeste
Fluminense
Extrativa 8,83 0,01
0,05
0,24
0,05
0,05
-
-
2,22
0,05
0,00
Alimentos, Bebida e Fumo
1,35 0,41
0,31
2,07
0,07
0,80
0,12
0,03
1,36
0,17
0,22
Têxtil 3,84 0,01
1,02
0,85
0,82
1,97
0,01
-
0,81
-
-
Vestuário 2,16 0,17
0,51
0,53
0,16
1,77
0,57
-
0,31
0,05
0,01
Couros e Calçados 1,17 0,09
0,64
2,13
0,08
0,69
-
-
0,18
0,47
-
Produtos de Madeira 0,52 0,17
0,02
0,14
0,01
0,18
0,17
0,55
2,30
0,03
-
Celulose e Papel 0,54 3,58
0,03
0,49
-
0,85
-
4,90
0,10
-
0,20
Edição 3,29 0,03
0,04
0,07
0,01
0,15
0,02
0,01
0,38
0,03
-
Refino e Química 3,95 0,02
0,08
0,34
0,03
0,27
0,00
0,07
0,17
0,01
-
Borracha e Plástico 1,71 0,04
0,13
0,61
-
0,07
-
-
0,05
-
-
Minerais Não-Metálicos 6,70 0,23
0,59
1,15
0,68
0,22
0,04
-
0,52
1,38
0,01
Metalurgia Básica 11,33 13,61
1,47
1,63
0,28
0,76
-
0,15
4,83
-
-
Produtos de Metal 4,18 1,48
0,02
1,56
0,01
0,44
-
0,00
0,14
0,00
0,00
Máquinas e
Equipamentos 2,81 0,10
0,09
0,14
0,01
0,29
-
0,01
0,13
-
-
Eletroeletrônico 1,48 0,02
0,01
0,82
-
0,36
-
-
0,27
-
-
Material de Transporte 5,87 -
0,03
0,34
-
0,03
-
-
0,27
0,00
-
Diversas 2,04 0,17
0,13
0,17
0,05
1,03
0,06
0,19
0,27
0,04
-
Indústria Geral 4,22 1,34
0,31
0,81
0,13
0,53
0,04
0,19
0,95
0,10
0,03
201
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Norte
Fluminense
Centro
Fluminense Baixadas
Sul
Fluminense
Metropolitana
do Rio de
Janeiro
São José do
Rio Preto
Ribeirão
Preto Araçatuba Bauru Araraquara Piracicaba
Extrativa 46,36
0,02
0,34
0,02
0,28 0,02
0,06
0,01
0,03
0,14
0,07
Alimentos, Bebida e Fumo
0,86
0,20
0,03
0,57
4,09 1,09
3,65
1,18
3,70
2,69
1,93
Têxtil 0,06
0,70
-
0,76
5,51 0,13
0,70
0,07
1,19
1,17
0,86
Vestuário 0,12
1,09
-
0,16
11,90 0,75
0,31
0,13
1,56
1,19
1,25
Couros e Calçados -
-
-
-
1,47 0,43
10,50
2,53
1,60
0,20
0,82
Produtos de Madeira 0,01
-
0,02
0,01
1,19 0,26
0,09
0,03
3,54
0,29
0,51
Celulose e Papel -
-
-
1,17
3,18 0,04
0,41
0,22
0,14
0,31
4,74
Edição 0,01
0,04
-
0,08
30,20 0,32
0,27
0,08
1,60
0,12
0,23
Refino e Química 0,17
0,04
0,15
0,87
12,31 0,64
3,09
0,29
0,18
0,69
1,77
Borracha e Plástico 0,03
0,40
-
0,03
9,31 0,08
1,19
0,09
0,32
0,51
0,79
Minerais Não-Metálicos 0,09
0,91
0,01
0,58
22,75 0,14
0,49
0,11
0,15
0,14
2,52
Metalurgia Básica -
0,05
-
10,49
2,99 0,05
0,40
0,01
0,03
0,12
0,85
Produtos de Metal 0,03
0,31
0,00
1,83
7,39 0,32
0,46
0,13
0,17
0,61
0,84
Máquinas e
Equipamentos 0,02
0,11
-
0,08
5,16 0,13
2,04
0,10
0,44
4,57
3,84
Eletroeletrônico -
0,03
-
0,01
6,92 0,16
0,42
0,03
0,30
0,03
0,31
Material de Transporte 0,01
0,73
-
3,08
6,39 0,08
0,09
0,03
0,41
0,05
2,00
Diversas 0,12
0,03
0,02
-
6,31 2,05
0,48
0,31
0,29
1,72
1,29
Indústria Geral 3,92
0,24
0,06
1,47
7,56 0,41
1,62
0,29
0,82
1,03
1,54
202
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades Campinas
Presidente
Prudente Marília Assis Itapetininga
Macro
Metropolitana
Paulista
Vale do
Paraíba
Paulista
Litoral Sul
Paulista
Metropolitana
de São Paulo
Noroeste
Paranaense
Centro
Ocidental
Paranaense
Extrativa 0,10
0,02
-
0,02
0,09
0,08 0,05
0,06
0,79 0,01
0,00
Alimentos, Bebida e Fumo
3,11
1,18
0,60
0,64
0,11
2,86 0,93
0,12
12,75 0,31
0,04
Têxtil 9,22
0,13
0,31
-
0,93
6,25 1,92
-
27,78 0,20
0,23
Vestuário 1,76
0,06
0,05
0,10
0,21
1,67 0,07
-
34,52 0,07
-
Couros e Calçados 4,24
0,25
-
0,11
0,02
3,11 -
-
4,94 -
-
Produtos de Madeira 0,35
0,06
0,10
0,04
1,40
8,79 0,22
0,20
5,19 0,22
0,10
Celulose e Papel 10,53
-
0,07
-
0,44
2,63 3,35
-
34,70 -
0,02
Edição 0,89
0,07
0,05
0,05
0,24
0,48 0,22
-
44,56 0,03
0,01
Refino e Química 10,39
0,25
0,05
0,41
0,22
1,01 6,94
0,10
28,76 0,12
0,04
Borracha e Plástico 9,39
0,02
0,20
0,01
0,18
2,26 1,20
-
50,82 0,01
0,01
Minerais Não-Metálicos 4,11
0,06
0,02
0,08
1,18
4,29 2,32
1,25
18,70 0,05
0,01
Metalurgia Básica 0,58
0,01
0,01
-
0,17
4,03 3,88
-
27,43 -
-
Produtos de Metal 2,92
0,05
0,50
0,05
0,22
8,89 4,00
0,00
44,08 0,02
0,01
Máquinas e
Equipamentos 5,70
0,04
0,76
0,10
-
3,52 6,74
-
41,33 0,00
0,00
Eletroeletrônico 5,99
0,01
0,02
-
0,65
3,45 4,65
-
46,28 -
-
Material de Transporte 6,80
0,03
0,02
0,03
-
2,45 10,63
-
50,34 0,01
-
Diversas 4,31
0,29
0,13
0,19
0,19
3,76 6,01
-
38,88 0,11
0,03
Indústria Geral 5,47
0,22
0,20
0,18
0,29
2,95 3,97
0,09
29,19 0,09
0,03
203
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Norte
Central
Paranaense
Norte
Pioneiro
Paranaense
Centro
Oriental
Paranaense
Oeste
Paranaense
Sudoeste
Paranaense
Centro-Sul
Paranaense
Sudeste
Paranaense
Metropolitana
de Curitiba
Oeste
Catarinense
Norte
Catarinense Serrana
Extrativa 0,02
0,06
0,04
0,02
0,00
-
0,01
0,22 0,01
0,02
0,00
Alimentos, Bebida e Fumo
2,54
0,92
1,67
1,12
0,50
0,40
0,07
1,88 3,52
0,56
0,04
Têxtil 0,95
0,51
0,40
0,13
-
-
-
0,51 -
1,60
-
Vestuário 1,37
0,01
-
0,02
0,02
-
-
0,29 0,07
5,18
0,05
Couros e Calçados 0,45
-
-
0,02
-
-
-
0,88 0,76
0,04
0,01
Produtos de Madeira 0,56
0,03
1,58
1,39
0,60
3,92
3,89
9,49 4,72
3,60
4,59
Celulose e Papel 0,17
-
5,65
0,00
-
1,27
0,37
2,29 1,59
0,86
2,68
Edição 0,37
0,02
0,09
0,11
0,02
-
-
1,49 0,18
0,19
0,03
Refino e Química 0,52
0,19
0,16
0,01
0,00
0,00
0,03
4,21 0,01
0,11
0,00
Borracha e Plástico 0,15
-
0,01
0,02
0,03
-
-
2,10 0,06
4,57
0,01
Minerais Não-Metálicos 0,41
0,02
0,14
0,13
0,03
0,01
0,03
4,54 0,04
0,60
0,00
Metalurgia Básica 0,01
-
0,02
0,00
-
-
-
0,62 0,06
1,43
-
Produtos de Metal 0,39
0,01
0,23
0,06
0,02
0,00
0,01
0,92 0,09
0,99
0,01
Máquinas e
Equipamentos 0,14
0,02
0,13
0,06
0,03
0,01
0,01
2,70 0,28
3,07
0,02
Eletroeletrônico 0,19
-
-
-
-
-
-
3,53 0,00
1,32
-
Material de Transporte 0,13
0,00
0,03
0,01
0,00
0,01
-
2,55 0,05
0,49
0,01
Diversas 1,38
-
0,23
0,13
0,07
0,01
0,24
4,07 0,23
3,88
0,23
Indústria Geral 0,63
0,18
0,48
0,18
0,08
0,14
0,09
2,41 0,59
1,24
0,16
204
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Vale do
Itajaí
Grande
Florianópolis
Sul
Catarinense
Noroeste
Rio-
grandense
Nordeste
Rio-
grandense
Centro
Ocidental
Rio-
grandense
Centro
Oriental Rio-
grandense
Metropolitana
de Porto
Alegre
Sudoeste
Rio-
grandense
Sudeste
Rio-
grandense
Pantanais
Sul Mato-
grossense
Extrativa 0,04
0,01
1,52
0,01
0,01
0,01
0,05
0,36 0,09
0,16
0,12
Alimentos, Bebida e Fumo
1,27
0,45
0,32
1,09
1,82
0,30
1,44
4,13 1,76
1,88
0,04
Têxtil 6,90
0,09
0,02
0,01
0,34
-
-
1,64 0,47
0,02
-
Vestuário 9,40
0,05
0,48
0,31
2,31
0,01
0,50
3,07 0,01
0,04
-
Couros e Calçados 0,23
0,19
1,17
1,01
4,88
0,14
4,17
41,27 0,03
0,64
-
Produtos de Madeira 3,04
0,21
0,49
0,51
3,42
0,03
1,15
2,10 0,01
0,04
-
Celulose e Papel 1,66
0,01
0,21
0,05
0,68
-
0,02
5,35 -
0,00
-
Edição 0,28
0,32
0,04
0,21
0,51
0,03
0,21
3,28 0,05
0,06
-
Refino e Química 0,05
0,01
0,27
0,02
0,04
0,00
0,14
4,77 0,00
0,44
-
Borracha e Plástico 0,41
0,11
0,33
0,13
0,79
-
0,37
5,67 -
0,08
-
Minerais Não-Metálicos 0,87
0,54
2,32
0,08
0,10
0,03
0,19
1,82 0,02
0,59
0,42
Metalurgia Básica 0,20
0,00
0,10
0,09
0,20
-
0,02
1,71 -
0,00
-
Produtos de Metal 0,66
0,01
0,04
1,30
2,82
0,05
0,25
6,63 0,01
0,14
-
Máquinas e
Equipamentos 0,56
0,01
0,20
2,09
1,89
0,03
0,14
6,63 0,03
0,10
-
Eletroeletrônico 0,79
0,04
0,00
0,05
0,23
-
0,01
2,99 -
0,00
-
Material de Transporte 0,33
0,00
0,02
0,02
1,78
0,00
0,05
1,52 -
0,02
-
Diversas 0,46
0,09
0,21
0,71
5,32
0,07
0,49
4,21 0,01
0,03
-
Indústria Geral 1,18
0,11
0,41
0,42
1,08
0,05
0,38
4,34 0,25
0,38
0,03
205
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(continua)
Atividades
Centro Norte
de Mato
Grosso do
Sul
Leste de
Mato Grosso
do Sul
Sudoeste de
Mato Grosso
do Sul
Norte Mato-
grossense
Nordeste
Mato-
grossense
Sudoeste
Mato-
grossense
Centro-Sul
Mato-
grossense
Sudeste
Mato-
grossense
Noroeste
Goiano
Norte
Goiano
Centro
Goiano
Extrativa 0,01
-
0,01
0,12
-
-
0,01
-
-
0,68
0,04
Alimentos, Bebida e Fumo
0,39
0,04
0,23
0,00
0,01
0,01
0,52
0,09
0,02
0,03
1,75
Têxtil -
-
0,18
-
-
-
-
-
-
-
0,16
Vestuário 0,01
-
-
-
-
-
0,02
-
-
-
0,42
Couros e Calçados -
-
-
-
-
-
0,08
-
-
-
0,37
Produtos de Madeira 0,02
0,04
1,05
2,45
0,02
0,20
0,92
0,00
0,01
-
0,06
Celulose e Papel -
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,11
Edição 0,12
0,01
0,04
0,01
-
-
0,10
0,01
-
-
0,59
Refino e Química 0,10
0,09
0,05
-
-
0,04
0,01
0,00
-
-
0,18
Borracha e Plástico 0,01
-
-
-
-
-
0,01
-
-
-
0,11
Minerais Não-Metálicos 0,06
0,01
0,06
0,11
0,00
-
0,30
0,05
0,02
-
0,94
Metalurgia Básica -
-
-
0,00
-
-
0,00
-
-
-
0,10
Produtos de Metal 0,09
0,00
0,01
0,01
-
-
0,04
-
-
-
0,15
Máquinas e
Equipamentos 0,01
-
0,00
-
-
-
0,01
-
-
-
0,05
Eletroeletrônico 0,02
-
-
-
-
-
0,01
-
-
-
0,12
Material de Transporte 0,01
-
0,00
-
-
-
0,05
-
-
-
0,07
Diversas 0,01
0,00
0,01
0,01
-
-
0,07
-
-
-
0,18
Indústria Geral 0,08
0,02
0,07
0,05
0,00
0,01
0,10
0,01
0,00
0,06
0,37
206
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 1985
(conclusão)
Atividades
Leste
Goiano Sul Goiano
Distrito
Federal Brasil
Extrativa 0,00
0,10
0,00
100,00
Alimentos, Bebida e Fumo
0,03
0,44
0,32
100,00
Têxtil -
0,19
-
100,00
Vestuário -
0,01
0,04
100,00
Couros e Calçados -
-
0,02
100,00
Produtos de Madeira 0,01
0,05
0,11
100,00
Celulose e Papel -
-
0,02
100,00
Edição -
0,02
1,07
100,00
Refino e Química -
0,20
0,00
100,00
Borracha e Plástico -
-
0,03
100,00
Minerais Não-Metálicos 0,23
0,99
0,81
100,00
Metalurgia Básica -
0,25
0,00
100,00
Produtos de Metal -
0,01
0,12
100,00
Máquinas e
Equipamentos -
-
0,09
100,00
Eletroeletrônico -
-
0,46
100,00
Material de Transporte -
0,00
0,01
100,00
Diversas -
0,01
0,15
100,00
Indústria Geral 0,01
0,17
0,15
100,00
Fonte: Censo Industrial 1985. Elaboração Própria. 2006.
207
Tabela 27: Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Madeira-
Guaporé
Leste
Rondoniense
Vale do
Juruá
Vale do
Acre
Centro
Amazonense
Sul
Amazonense
Norte de
Roraima
Sul de
Roraima
Baixo
Amazonas
Marajó
Metropolitana
de Belém
Extrativa 0,00
0,01
-
0,00
2,50
-
-
-
2,21
-
0,19
Alimentos, Bebida e Fumo
0,04
0,24
0,00
0,03
2,18
-
0,01
-
0,01
0,01
0,43
Têxtil -
0,01
-
-
0,10
-
-
-
-
-
0,48
Vestuário 0,01
0,01
-
0,01
0,20
-
-
-
0,01
-
0,04
Couros e Calçados -
0,78
-
-
-
-
0,00
-
-
-
0,08
Produtos de Madeira 0,49
3,69
0,00
0,11
0,43
0,04
0,05
0,02
0,85
4,53
5,06
Celulose e Papel -
0,02
-
-
0,28
-
-
-
-
-
0,16
Edição 0,06
0,03
-
0,03
5,03
-
0,01
-
0,02
-
0,31
Refino e Química -
0,00
-
0,00
2,81
-
-
-
0,00
-
0,05
Borracha e Plástico 0,00
0,03
-
-
2,21
-
-
-
-
-
0,08
Minerais Não-Metálicos 0,01
0,11
0,00
0,01
0,51
-
0,00
-
0,52
-
1,53
Metalurgia Básica 0,03
0,01
-
-
0,08
-
-
-
-
-
4,67
Produtos de Metal 0,02
0,02
-
0,01
2,73
-
0,00
-
0,00
-
0,16
Máquinas e
Equipamentos -
0,00
-
-
0,83
-
-
-
0,04
-
0,04
Eletroeletrônico 0,01
0,00
-
-
22,69
-
-
-
-
-
0,09
Material de Transporte 0,00
0,00
-
0,00
4,06
-
0,00
-
0,00
-
0,02
Diversas 0,01
0,05
0,00
0,02
3,45
0,00
0,00
-
0,01
-
0,51
Indústria Geral 0,02
0,13
0,00
0,01
3,15
0,00
0,00
0,00
0,19
0,08
0,62
208
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Nordeste
Paraense
Sudoeste
Paraense
Sudeste
Paraense
Sul do
Amapá
Ocidental do
Tocantins
Oriental do
Tocantins
Norte
Maranhense
Oeste
Maranhense
Centro
Maranhense
Leste
Maranhense
Sul
Maranhense
Extrativa 0,07
0,01
4,89
-
0,01
0,01
0,80
-
-
-
0,03
Alimentos, Bebida e Fumo
0,16
0,00
0,17
0,02
0,18
0,02
0,05
0,02
0,01
0,07
0,00
Têxtil -
-
-
0,00
-
-
0,04
0,00
-
0,04
-
Vestuário -
0,00
0,01
-
0,01
0,01
0,02
0,01
-
0,01
-
Couros e Calçados -
-
0,05
-
0,04
-
-
0,03
-
-
-
Produtos de Madeira 0,65
1,09
2,66
0,12
0,01
-
0,07
0,83
0,00
0,00
-
Celulose e Papel -
-
-
-
-
-
-
0,00
-
-
-
Edição 0,00
0,00
0,01
0,02
-
0,08
0,11
0,01
-
0,00
0,00
Refino e Química -
-
0,04
-
0,00
-
0,05
0,01
0,02
0,02
0,06
Borracha e Plástico -
-
0,00
-
0,02
0,03
0,07
0,04
0,00
0,01
-
Minerais Não-Metálicos 0,35
0,00
0,02
0,02
0,06
0,06
0,15
0,02
0,00
0,34
0,01
Metalurgia Básica -
-
0,44
-
-
-
2,78
1,04
-
-
-
Produtos de Metal 0,00
-
0,01
0,01
0,01
0,02
0,06
0,01
-
-
0,00
Máquinas e
Equipamentos -
-
-
-
0,00
-
-
0,02
-
-
-
Eletroeletrônico -
-
-
-
0,00
-
0,02
-
-
-
-
Material de Transporte -
-
0,00
-
0,00
0,00
0,00
0,00
-
-
-
Diversas 0,00
0,00
0,01
0,01
0,02
-
0,03
0,13
0,01
-
-
Indústria Geral 0,06
0,02
0,46
0,01
0,04
0,01
0,28
0,10
0,01
0,03
0,02
209
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Norte
Piauiense
Centro-Norte
Piauiense
Sudoeste
Piauiense
Sudeste
Piauiense
Noroeste
Cearense
Norte
Cearense
Metropolitana
de Fortaleza
Sertões
Cearenses
Jaguaribe
Centro-Sul
Cearense
Sul Cearense
Extrativa 0,00 0,00 - - 0,03 0,00 0,03 - 0,01 0,01 0,01
Alimentos, Bebida e Fumo 0,01 0,29 0,05 - 0,05 0,11 1,20 0,00 0,08 0,00 0,01
Têxtil - 0,01 - - 0,02 - 6,05 0,04 0,04 - 0,01
Vestuário 0,02 0,41 - 0,00 0,03 0,03 4,52 - 0,01 0,00 0,06
Couros e Calçados 0,05 0,11 - - 0,36 2,84 3,66 0,11 0,49 - 0,29
Produtos de Madeira 0,00 0,00 0,00 - 0,01 0,00 0,07 - 0,01 0,01 0,01
Celulose e Papel - 0,02 - - 0,01 - 0,48 - - - 0,01
Edição - 0,09 0,00 0,00 0,01 - 0,85 - - - 0,01
Refino e Química 0,01 0,06 0,00 - 0,01 - 0,80 - 0,02 - 0,01
Borracha e Plástico - 0,01 - - - - 0,19 - 0,01 - 0,01
Minerais Não-Metálicos 0,02 0,14 0,00 0,44 0,75 0,02 0,28 0,00 0,04 0,01 0,18
Metalurgia Básica - - - - - - 0,28 - - - -
Produtos de Metal 0,00 0,02 0,00 0,01 - - 0,73 - - - 0,03
Máquinas e Equipamentos - 0,01 - - - - 0,38 - - - 0,10
Eletroeletrônico - 0,02 - - - - 0,34 - - - -
Material de Transporte - 0,04 - - - - 0,12 - - - -
Diversas 0,00 0,23 - - 0,06 0,00 0,15 - 0,02 0,03 0,06
Indústria Geral 0,01 0,09 0,01 0,02 0,05 0,08 0,82 0,00 0,03 0,00 0,03
210
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Oeste
Potiguar
Central
Potiguar
Agreste
Potiguar
Leste
Potiguar
Sertão
Paraibano Borborema
Agreste
Paraibano
Mata
Paraibana
Sertão
Pernambucano
São Francisco
Pernambucano
Extrativa 0,44
0,20
0,00
3,28
-
0,03
0,17
0,11
0,02
0,00
Alimentos, Bebida e Fumo
0,09
0,02
0,00
0,32
0,03
0,00
0,08
0,28
0,02
0,29
Têxtil -
0,02
-
2,13
0,05
-
0,05
3,15
-
-
Vestuário 0,02
0,04
0,03
1,35
0,02
-
0,08
0,14
0,01
0,02
Couros e Calçados 0,00
0,00
-
0,39
0,07
-
2,10
1,56
0,01
-
Produtos de Madeira 0,01
-
0,00
0,02
-
-
0,02
0,02
0,00
0,00
Celulose e Papel -
-
-
0,03
0,00
-
0,05
0,05
-
-
Edição 0,02
0,00
-
0,19
0,01
-
0,07
0,47
0,01
0,01
Refino e Química 0,01
0,00
-
0,06
0,00
-
0,02
0,12
0,00
-
Borracha e Plástico 0,02
0,00
-
0,21
0,00
-
0,16
0,10
0,00
0,01
Minerais Não-Metálicos 0,40
0,04
0,01
0,08
0,01
0,02
0,07
2,97
0,21
0,05
Metalurgia Básica 0,00
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Produtos de Metal 0,06
0,00
-
0,05
0,02
-
0,06
0,05
0,01
0,01
Máquinas e
Equipamentos 0,06
-
-
0,02
-
-
0,01
0,03
0,00
0,00
Eletroeletrônico -
-
-
0,02
-
-
0,01
0,03
-
0,00
Material de Transporte 0,00
-
-
0,02
-
-
0,00
0,00
-
-
Diversas 0,01
0,00
-
0,16
0,01
-
0,09
0,15
0,02
0,02
Indústria Geral 0,07
0,02
0,00
0,40
0,01
0,00
0,09
0,32
0,01
0,06
211
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Agreste
Pernambucano
Mata
Pernambucana
Metropolitana
de Recife
Sertão
Alagoano
Agreste
Alagoano
Leste
Alagoano
Sertão
Sergipano
Agreste
Sergipano
Leste
Sergipano
Extremo
Oeste
Baiano
Vale São-
Franciscano
da Bahia
Extrativa 0,01
0,02
0,04 -
-
0,03
-
0,00
2,59
0,00
0,00
Alimentos, Bebida e Fumo
0,19
0,78
1,85 0,01
0,12
1,20 0,01
0,04
0,49
0,98 0,15
Têxtil 0,26
0,04
0,76 0,27
-
0,03 0,03
0,03
1,54
0,04 -
Vestuário 0,73
0,02
0,49 -
0,01
0,05
0,00
0,03
0,21
-
0,01
Couros e Calçados 0,12
0,36
0,02 -
0,01
0,00 -
0,05
0,15
-
0,37
Produtos de Madeira 0,03
0,01
0,06 -
-
0,03 -
0,01
0,03
-
0,01
Celulose e Papel 0,00
0,11
0,47 -
-
0,01
-
-
0,08
0,00
-
Edição 0,02
0,00
1,59 -
0,01
0,16 0,00
0,00
0,16
0,01 0,01
Refino e Química 0,00
0,03
0,74 -
-
0,42
-
-
0,28
0,05
0,00
Borracha e Plástico 0,09
0,00
1,09 -
0,05
0,05 -
0,03
0,03
0,01 0,01
Minerais Não-Metálicos 0,07
0,59
1,25 0,00
0,01
0,46 -
0,03
2,35
0,01 0,01
Metalurgia Básica 0,05
- 1,39 -
-
0,00
-
-
-
-
-
Produtos de Metal 0,01
0,79
1,99 -
0,00
0,04 -
0,01
0,66
0,05 0,00
Máquinas e
Equipamentos 0,00
0,01
0,45 -
-
0,07 -
0,00
0,15
0,01 -
Eletroeletrônico 0,06
- 0,81 -
-
0,01
-
-
0,02
-
-
Material de Transporte 0,01
0,00
0,22 -
-
0,01 -
0,00
0,01
-
0,00
Diversas 0,07
0,02
0,57 -
0,00
0,06 0,03
0,02
0,08
0,01 -
Indústria Geral 0,07
0,21
0,92 0,01
0,02
0,34
0,00
0,01
0,50
0,19
0,04
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Centro
Norte
Baiano
Nordeste
Baiano
Metropolitana
de Salvador
Centro Sul
Baiano Sul Baiano
Noroeste de
Minas
Norte de
Minas Jequitinhonha
Vale do
Mucuri
Triângulo
Mineiro/Alto
Paranaíba
Central
Mineira
Extrativa 0,41
0,02
3,79 0,45
0,04
0,06
0,04
0,08
-
0,12
0,05
212
Alimentos, Bebida e Fumo
0,10
0,06
0,66 0,14
0,69
0,09
0,33
0,01
0,07
3,78
0,12
Têxtil 0,00
0,27
2,04 0,05
0,62
0,03
4,12
0,09
-
0,22
0,07
Vestuário 0,18
0,02
0,53 0,14
0,84
0,04
0,11
0,01
0,02
0,42
0,07
Couros e Calçados 0,67
1,04
0,91 1,89
0,03
-
0,02
-
-
0,98
0,04
Produtos de Madeira 0,05
0,05
0,12 0,02
0,13
0,01
0,08
0,01
0,01
1,26
0,03
Celulose e Papel 0,25
-
0,71 0,00
4,53
-
-
-
-
0,04
-
Edição 0,05
0,01
0,88 0,03
0,03
0,02
0,04
0,01
0,01
0,37
0,02
Refino e Química 0,05
0,00
8,86 0,01
0,02
0,03
0,38
0,02
0,02
1,36
0,07
Borracha e Plástico 1,25
0,01
1,38 0,05
0,05
-
0,02
-
-
0,18
0,01
Minerais Não-Metálicos 0,43
0,04
0,46 0,33
0,09
0,02
0,61
0,03
0,02
0,49
0,07
Metalurgia Básica 0,00
0,09
2,78 -
0,00
-
0,39
-
-
2,25
1,02
Produtos de Metal 0,52
0,01
1,32 0,05
0,04
0,02
0,06
0,01
0,01
0,68
0,02
Máquinas e
Equipamentos 0,04
-
0,54 0,04
0,16
0,00
0,00
0,01
0,00
0,66
0,02
Eletroeletrônico 0,09
0,00
1,44 0,00
0,41
-
0,06
-
-
0,07
-
Material de Transporte 0,00
-
2,66 0,01
0,00
0,00
0,07
-
-
0,02
0,00
Diversas 0,11
0,02
1,32 0,12
0,10
0,02
0,09
0,02
-
0,39
0,12
Indústria Geral 0,18
0,05
3,14 0,12
0,39
0,03
0,30
0,02
0,02
1,29
0,12
213
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Metropolitana
de Belo
Horizonte
Vale do Rio
Doce
Oeste de
Minas
Sul/Sudoeste
de Minas
Campo das
Vertentes
Zona da
Mata
Noroeste
Espírito-
santense
Litoral Norte
Espírito-
santense
Central
Espírito-
santense
Sul Espírito-
santense
Noroeste
Fluminense
Extrativa 18,37 0,08
0,37
0,51
0,07
0,28
0,32
3,80
4,56
0,19
0,01
Alimentos, Bebida e Fumo
1,67 0,20
0,17
1,39
0,10
0,45
0,05
0,08
0,64
0,07
0,03
Têxtil 2,72 0,02
0,61
2,35
0,24
1,34
0,02
0,03
0,19
0,03
0,01
Vestuário 2,02 0,28
1,29
1,35
0,11
1,85
0,90
0,13
0,46
0,16
0,10
Couros e Calçados 0,53 0,10
1,63
0,57
0,33
0,10
-
-
0,19
0,05
-
Produtos de Madeira 0,57 0,18
0,08
0,25
0,09
0,13
0,03
0,13
0,19
0,03
0,01
Celulose e Papel 0,37 4,34
0,06
0,35
-
0,47
-
12,23
0,07
-
0,11
Edição 2,64 0,06
0,06
0,12
0,02
0,51
0,02
0,04
0,55
0,02
0,01
Refino e Química 3,59 0,08
0,09
0,49
0,06
0,17
0,00
0,18
0,08
0,01
-
Borracha e Plástico 1,13 0,05
0,21
0,79
0,01
0,13
0,01
0,02
0,40
0,02
0,00
Minerais Não-Metálicos 8,39 0,35
0,75
2,84
1,93
0,12
0,15
0,09
2,10
2,84
0,05
Metalurgia Básica 13,47 9,44
1,42
1,58
0,31
0,75
-
0,25
4,77
-
0,00
Produtos de Metal 3,84 1,61
0,54
1,09
0,05
0,26
0,01
0,16
0,24
0,01
0,04
Máquinas e
Equipamentos 3,06 0,31
0,08
0,47
0,01
0,13
0,01
0,39
0,66
0,05
0,01
Eletroeletrônico 2,29 0,08
0,02
1,33
0,00
0,11
-
0,09
0,30
0,00
-
Material de Transporte 7,20 0,01
0,04
1,80
0,47
0,74
0,02
0,00
0,03
0,00
0,07
Diversas 2,64 0,49
0,37
0,95
0,10
1,91
0,03
0,71
0,35
0,03
0,01
Indústria Geral 4,94 1,00
0,31
1,04
0,19
0,42
0,06
0,92
0,97
0,14
0,02
214
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Norte
Fluminense
Centro
Fluminense Baixadas
Sul
Fluminense
Metropolitana
do Rio de
Janeiro
São José do
Rio Preto
Ribeirão
Preto Araçatuba Bauru Araraquara Piracicaba
Extrativa 42,35
0,01
0,19
0,03
0,44 0,03
0,04
0,01
0,04
0,16
0,16
Alimentos, Bebida e Fumo
0,10
0,12
0,01
0,26
2,22 1,71
4,49
0,68
2,07
2,28
3,40
Têxtil 0,02
0,55
0,00
0,13
1,92 0,10
0,54
0,05
1,87
2,11
1,11
Vestuário 0,11
1,54
0,02
0,08
6,32 1,43
0,42
0,25
0,92
0,33
0,97
Couros e Calçados 0,01
-
-
-
1,22 0,35
6,34
4,04
4,74
0,06
0,06
Produtos de Madeira 0,02
0,03
0,02
0,21
0,48 0,16
0,13
0,08
4,13
0,04
1,80
Celulose e Papel 0,00
0,03
-
-
1,81 0,05
2,80
0,35
1,16
0,15
5,70
Edição 0,09
0,06
0,02
0,06
15,41 0,51
0,65
0,20
1,37
0,16
0,47
Refino e Química 0,04
0,03
0,09
0,34
12,42 0,32
1,13
0,47
0,26
0,19
0,62
Borracha e Plástico 0,01
0,19
-
0,82
5,29 0,25
2,22
0,11
0,43
0,27
1,93
Minerais Não-Metálicos 0,18
1,69
0,10
1,78
3,58 0,19
0,23
0,07
0,37
0,12
3,72
Metalurgia Básica -
0,00
0,00
15,56
3,40 0,06
0,45
-
0,03
0,01
0,47
Produtos de Metal 0,63
0,59
0,02
1,66
2,76 1,10
2,75
0,31
0,57
1,15
1,68
Máquinas e
Equipamentos 0,69
0,02
0,00
0,19
2,38 0,47
1,94
0,15
1,11
6,03
5,99
Eletroeletrônico 0,01
0,01
-
4,31
3,40 0,29
0,78
0,06
0,43
0,11
0,72
Material de Transporte 0,21
0,04
0,01
4,23
3,06 0,43
0,22
0,02
0,67
1,20
1,30
Diversas 0,04
0,04
0,03
0,32
2,71 2,93
0,69
0,54
0,59
2,46
2,12
Indústria Geral 3,07
0,16
0,04
1,95
5,13 0,62
1,72
0,37
0,94
1,06
1,89
215
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades Campinas
Presidente
Prudente Marília Assis Itapetininga
Macro
Metropolitana
Paulista
Vale do
Paraíba
Paulista
Litoral Sul
Paulista
Metropolitana
de São Paulo
Noroeste
Paranaense
Centro
Ocidental
Paranaense
Extrativa 0,15
0,02
0,00
0,02
0,06
0,13 0,10
0,04
0,70 0,02
0,00
Alimentos, Bebida e Fumo
3,52
0,61
0,54
1,06
0,29
4,23 1,72
0,02
6,44 0,82
0,12
Têxtil 11,28
0,01
0,32
0,01
1,96
6,30 1,04
0,01
13,95 0,14
0,03
Vestuário 2,22
0,23
0,10
0,25
0,49
2,02 0,31
0,01
18,45 1,41
0,22
Couros e Calçados 0,56
0,55
0,02
0,06
0,01
0,11 0,03
-
2,28 0,13
0,01
Produtos de Madeira 0,42
0,11
0,04
0,14
1,92
3,65 0,65
0,05
3,72 0,20
0,03
Celulose e Papel 7,55
0,00
0,01
0,01
0,34
6,73 4,68
-
18,68 0,02
-
Edição 1,65
0,14
0,09
0,05
0,58
0,80 0,28
0,01
44,66 0,05
0,03
Refino e Química 15,61
0,21
0,01
0,05
0,21
1,59 7,69
-
22,35 0,15
0,00
Borracha e Plástico 13,49
0,02
0,45
0,02
1,42
4,27 2,12
0,01
34,41 0,05
0,00
Minerais Não-Metálicos 4,68
0,11
0,05
0,08
1,82
5,90 2,24
0,57
12,92 0,09
0,01
Metalurgia Básica 1,11
0,01
0,01
-
0,25
4,43 4,86
-
14,11 0,00
0,00
Produtos de Metal 3,85
0,11
0,80
0,12
0,38
5,83 3,80
0,03
28,00 0,06
0,13
Máquinas e
Equipamentos 5,06
0,07
1,62
0,21
0,14
5,63 2,57
0,01
22,15 0,04
0,04
Eletroeletrônico 9,97
0,07
0,08
0,06
0,99
4,09 4,73
0,00
22,57 0,01
0,03
Material de Transporte 7,97
0,03
0,00
0,00
0,13
3,81 18,44
-
20,96 0,01
0,00
Diversas 2,47
1,71
0,41
0,50
0,58
4,07 0,82
0,01
16,37 0,31
0,40
Indústria Geral 7,18
0,23
0,26
0,24
0,45
3,45 4,92
0,03
17,03 0,23
0,04
216
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Norte
Central
Paranaense
Norte
Pioneiro
Paranaense
Centro
Oriental
Paranaense
Oeste
Paranaense
Sudoeste
Paranaense
Centro-Sul
Paranaense
Sudeste
Paranaense
Metropolitana
de Curitiba
Oeste
Catarinense
Norte
Catarinense Serrana
Extrativa 0,03
0,04
0,07
0,01
0,01
0,01
0,04
0,25 0,02
0,04
0,01
Alimentos, Bebida e Fumo
1,74
0,35
1,12
1,19
0,25
0,10
0,03
3,08 4,66
1,32
0,31
Têxtil 1,25
0,27
0,45
0,14
0,02
0,08
0,02
2,63 0,27
4,57
0,26
Vestuário 3,76
0,11
0,08
0,44
0,65
0,06
0,04
0,74 1,35
7,79
0,06
Couros e Calçados 1,42
0,01
0,01
0,13
0,01
0,01
0,02
0,29 0,70
0,02
0,01
Produtos de Madeira 0,45
0,85
5,46
0,42
0,34
6,85
2,81
9,81 3,46
4,68
2,85
Celulose e Papel 0,22
0,01
10,11
0,11
0,01
0,59
0,36
1,39 1,59
0,96
3,32
Edição 0,68
0,02
0,07
0,17
0,04
0,02
0,01
4,62 0,16
0,29
0,03
Refino e Química 0,61
0,06
0,17
0,02
-
0,01
0,01
5,71 0,03
0,17
0,01
Borracha e Plástico 2,82
0,01
0,06
0,12
0,14
0,02
0,03
2,62 0,59
2,86
0,02
Minerais Não-Metálicos 0,26
0,06
0,06
0,21
0,05
0,05
0,18
5,17 0,14
0,70
0,04
Metalurgia Básica 0,09
-
0,04
0,02
0,02
0,00
0,00
1,00 0,03
0,37
0,00
Produtos de Metal 0,88
0,07
0,31
0,18
0,15
0,04
0,04
3,70 0,52
2,13
0,12
Máquinas e
Equipamentos 0,71
0,09
0,39
0,33
0,25
0,01
0,01
7,11 0,40
6,32
0,19
Eletroeletrônico 0,60
0,02
0,06
0,04
0,03
-
0,05
4,58 0,04
3,92
0,01
Material de Transporte 0,19
0,01
0,02
0,03
0,00
0,00
0,00
9,16 0,09
1,58
0,02
Diversas 4,15
0,30
0,46
0,59
0,39
0,08
0,50
4,14 1,54
6,53
0,75
Indústria Geral 0,91
0,12
0,84
0,30
0,10
0,17
0,10
4,25 1,11
1,66
0,29
217
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Vale do
Itajaí
Grande
Florianópolis
Sul
Catarinense
Noroeste
Rio-
grandense
Nordeste
Rio-
grandense
Centro
Ocidental
Rio-
grandense
Centro
Oriental Rio-
grandense
Metropolitana
de Porto
Alegre
Sudoeste
Rio-
grandense
Sudeste
Rio-
grandense
Pantanais
Sul Mato-
grossense
Extrativa 0,10
0,06
0,55
0,05
0,03
0,02
0,05
0,25 0,03
0,30
0,32
Alimentos, Bebida e Fumo
1,19
0,13
0,31
2,19
1,12
0,16
3,99
3,29 0,49
0,96
0,14
Têxtil 10,26
0,41
0,32
0,09
1,03
0,01
0,06
2,60 0,18
0,01
-
Vestuário 12,86
0,38
2,97
0,88
2,67
0,05
0,51
2,00 0,10
0,05
0,00
Couros e Calçados 0,10
0,47
0,21
1,34
3,01
0,53
6,06
38,34 0,09
0,35
-
Produtos de Madeira 2,85
0,15
2,19
0,55
1,66
0,13
0,96
1,80 0,02
0,54
-
Celulose e Papel 1,41
0,06
0,08
0,07
0,54
-
0,11
3,05 -
0,01
-
Edição 0,57
0,46
0,32
0,49
0,91
0,08
0,21
3,67 0,03
0,09
-
Refino e Química 0,10
0,02
0,19
0,05
0,05
0,02
0,14
5,49 0,00
0,44
-
Borracha e Plástico 0,89
0,23
1,84
0,19
2,92
0,02
0,44
5,24 0,02
0,08
-
Minerais Não-Metálicos 0,84
1,19
2,67
0,24
1,47
0,08
0,34
3,22 0,01
0,52
0,08
Metalurgia Básica 0,24
0,04
0,28
0,18
0,57
0,00
0,01
2,80 -
0,01
-
Produtos de Metal 1,48
0,18
0,32
0,81
5,45
0,08
0,53
5,51 0,05
0,05
-
Máquinas e
Equipamentos 1,60
0,07
0,63
6,00
2,49
0,07
0,53
6,87 0,02
0,05
-
Eletroeletrônico 1,21
0,55
0,05
0,10
1,40
0,01
0,10
3,70 -
0,07
-
Material de Transporte 0,38
0,01
0,05
0,49
2,82
0,01
0,02
4,21 0,00
0,02
0,00
Diversas 1,02
0,40
0,51
3,23
10,63
0,21
0,94
5,66 0,01
0,05
0,01
Indústria Geral 1,11
0,18
0,49
0,96
1,45
0,07
0,99
4,64 0,10
0,34
0,05
218
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(continua)
Atividades
Centro Norte
de Mato
Grosso do
Sul
Leste de
Mato Grosso
do Sul
Sudoeste de
Mato Grosso
do Sul
Norte Mato-
grossense
Nordeste
Mato-
grossense
Sudoeste
Mato-
grossense
Centro-Sul
Mato-
grossense
Sudeste
Mato-
grossense
Noroeste
Goiano
Norte
Goiano
Centro
Goiano
Extrativa 0,01
0,00
0,03
0,07
-
0,04
0,05
0,01
0,01
0,84
0,04
Alimentos, Bebida e Fumo
0,83
1,14
0,65
0,21
0,13
0,33
1,13
1,36
0,38
0,03
2,64
Têxtil 0,09
0,46
0,16
0,03
-
-
0,07
0,08
-
0,01
0,13
Vestuário 0,10
0,31
0,06
0,02
0,00
0,00
0,10
0,02
-
-
3,62
Couros e Calçados 0,54
0,11
0,51
-
-
0,10
0,29
0,00
-
-
1,26
Produtos de Madeira 0,65
0,35
0,14
6,50
0,20
0,08
0,26
0,05
0,01
0,00
0,11
Celulose e Papel 0,00
0,12
-
-
-
-
0,01
-
-
-
0,27
Edição 0,23
0,01
0,05
0,03
0,01
0,01
0,15
0,02
0,00
0,01
0,79
Refino e Química 0,08
0,03
0,03
0,09
0,01
0,23
0,01
0,12
-
-
0,48
Borracha e Plástico 0,03
0,01
0,02
0,01
0,01
0,02
0,09
0,02
-
-
0,44
Minerais Não-Metálicos 0,12
0,05
0,39
0,90
0,01
0,01
0,44
0,07
0,00
0,03
0,58
Metalurgia Básica 0,00
0,06
-
-
-
-
0,05
-
-
-
0,05
Produtos de Metal 0,06
0,02
0,03
0,06
0,01
0,00
0,21
0,06
-
0,03
1,33
Máquinas e
Equipamentos 0,04
0,00
0,01
0,01
-
-
0,04
0,01
-
-
0,15
Eletroeletrônico 0,02
0,01
0,00
0,00
-
-
0,03
0,00
-
-
0,11
Material de Transporte 0,00
0,00
0,01
0,01
0,00
0,00
0,02
0,00
-
-
0,04
Diversas 0,03
0,25
0,03
0,10
-
0,02
0,14
0,01
0,01
0,01
0,91
Indústria Geral 0,21
0,25
0,16
0,21
0,03
0,12
0,26
0,28
0,07
0,07
0,81
219
Estrutura Mesorregional das Atividades Industriais, 2003
(conclusão)
Atividades
Leste
Goiano Sul Goiano
Distrito
Federal Brasil
Extrativa 0,06
0,44
0,01
100,00
Alimentos, Bebida e Fumo
0,47
1,95
0,61
100,00
Têxtil -
0,29
0,01
100,00
Vestuário 0,02
0,21
0,17
100,00
Couros e Calçados -
0,31
0,01
100,00
Produtos de Madeira 0,01
0,15
0,11
100,00
Celulose e Papel 0,01
0,20
0,01
100,00
Edição 0,05
0,04
3,37
100,00
Refino e Química 0,00
0,48
0,02
100,00
Borracha e Plástico 0,02
0,07
0,06
100,00
Minerais Não-Metálicos 0,07
0,80
1,98
100,00
Metalurgia Básica -
-
0,05
100,00
Produtos de Metal 0,17
0,21
0,63
100,00
Máquinas e
Equipamentos -
0,03
0,19
100,00
Eletroeletrônico -
0,00
0,09
100,00
Material de Transporte 0,00
0,34
0,02
100,00
Diversas 0,07
0,06
0,12
100,00
Indústria Geral 0,10
0,58
0,33
100,00
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2003. Elaboração Própria. 2006.
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