CAP. 3 A MODERNA ARQUITETURA DO CONVÊNIO ESCOLAR
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metade do tempo decorreria na escola-parque, de organização diversa da escola
tradicional, agrupados os alunos, dominantemente pela idade e tipo de aptidões,
em grupos já não mais de quarenta, mas de vinte, que deveriam, durante a
semana, participar de atividades de trabalho, atividades de educação física,
atividades sociais, atividades artísticas e atividades de organização e biblioteca.
Cada manhã, metade dos alunos estaria na escola-parque e a outra metade
distribuída pelas quatro escolas-classe. Ao meio dia, os alunos da manhã das
escolas-classe e se dirigiriam para a escola parque, onde almoçariam,
descansariam em atividades de recreio e depois, se distribuiriam, de acordo com o
programa, pelas diferentes atividades da escola-parque. E os alunos que haviam
passado a manhã na escola-parque iriam, por sua vez, almoçar nas escolas-classe
se distribuiriam a seguir pelas suas atividades escolares. Cada aluno pertencia,
deste modo, a seu grupo da escola-classe e a outro possível grupo da escola-
parque. Como, ao todo, movimentam-se, em cada dia, por vários lugares, primeiro
da escola-classe para a escola-parque e, depois, nesta, para o pavilhão de
trabalhos, o ginásio de educação física, o pavilhão de atividades sociais, o teatro, a
biblioteca e o restaurante, compreende-se que não faltaria complexidade a essa
movimentação de dois mil alunos de cada vez para atividades diversas e em locais
diferentes. O plano de funcionamento, de horários e de movimentação das crianças,
então elaborado, mostrava a perfeita exeqüibilidade do programa e dava ensejo a
que se pudesse apreciar os benefícios educativos da estrutura prevista. A
organização da escola, pela forma desejada, daria ao aluno a oportunidade de
participar, como membro da comunidade escolar, de um conjunto rico e
diversificado de experiências, em que sentiria, o estudante da escola-classe, o
trabalhador, nas oficinas de atividades industriais, o cidadão, nas atividades sociais,
o esportista, no ginásio, o artista, no teatro e nas demais atividades de arte pois
todas essas atividades podiam e deviam ser desenvolvidas partindo da experiência
atual das crianças para os planejamentos elaborados com sua plena participação
e depois executadas por elas próprias.