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II
II
PATRICIA VALÉRIA PEREIRA SERAFIM
ESTUDO DO POLIMORFISMO Ile 462 Val DO GENE
CYP1A1 EM PACIENTES COM CÂNCER
COLORRETAL
Tese apresentada à Universidade Federal de
o Paulo - EPM, para obtenção do Título de
Mestre em Ciências.
Orientadora : Profa Dra Nora Manoukian Forones
Co-orientador: Prof. Dr. Ismael Dalle Cotrim Guerreiro da Silva
São Paulo
2005
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III
III
PATRICIA VALÉRIA PEREIRA SERAFIM
Universidade Federal de São Paulo
Escola Paulista de Medicina
Disciplina de Gastroenterologia Clínica
Chefe do Departamento de Medicina:
Profa Dra Emilia Inoue Sato
Cordenador do Programa de Pós -Graduação:
Prof. Dra. Maria Lucia Gomes Ferraz
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IV
IV
PATRICIA VALÉRIA PEREIRA SERAFIM
POLIMORFISMO Ile 462 Val NO GENE
CYP1A1 EM PACIENTES COM CÂNCER COLORRETAL
Presidente da Banca: Profa. Dra. Nora Manoukian Forones
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. _________________________________________
Prof. Dr. _________________________________________
Prof. Dr. _________________________________________
Aprovado em: ____/___/___
V
A Deus, pelo dom da vida, pelas grandes dificuldades e imensas conquistas, pois
apenas com a superação das dificuldades se conquista as grandes vitórias
Aos meus pais, Cecília e Waldemar, meus melhores e grandes amigos por seu
eterno amor e apoio em todos os momentos de minha vida.
Aos meus amados marido Rui e filhos Bruna e Guilherme, pelo incentivo, imenso
amor, estando sempre ao meu lado, sem vocês esta conquista não seria possível.
As minhas irmãs Myrian Tânia e Vanessa, vocês sempre estiveram presentes em
minhas maiores vitórias.
VI
VI
Agradecimentos
À Profa. Dra Nora Manoukian Forones, chefe da disciplina de Gastroenterologia
da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP, orientadora, pelo respeito e
confiança depositadas e por sua dedicação à orientação deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Ismael Dale Cotrim Guerreiro da Silva, professor-adjunto e
coordenador do Laboratório de Ginecologia Molecular do departamento de
Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP, co-orientador, pela
oportunidade e co-orientação deste trabalho.
A Prof Dra Maria Lucia Gomes Ferraz, coordenadora do programa de s
Graduação da disciplina de Gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo
UNIFESP, pela oportunidade de realizar o estudo.
As minhas amigas pós graduandas Jacqueline Miranda de Lima e Lessileia
Gomes Souza da disciplina de Gastroenterologia da Universidade Federal de o
Paulo UNIFESP pela amizade e incentivo e companheirismo sempre presente. Esta
vitória também é de vocês.
As amigas s graduandas Fabíola Elizabeth Vilanova e Audrey Yumi Otsuka e
técnica Tatiana dos Santos do Laboratório de Ginecologia Molecular do
Departamento de Ginecologia da Medicina da Universidade Federal de o Paulo
UNIFESP pelo carinho e incentivo em todos os momentos.
Aos pós graduandos e residentes Dr.Jaime Zaladek Gil, Dr. Luciana Zaia
Polvegliano, Marta Medeiros, Vanessa Maria Nunes Roque, Lidiane Pereira da
Silva da disciplina de Gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo
UNIFESP-EPM pelo incentivo na realização deste trabalho.
VII
VII
À Dra. Celina Tizuko Fujiyama Oshima do Laboratório da Disciplina de
Anatomia Patológica da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP pelo
interesse e apoio constante durante a execução desta tese.
À Auxiliar de enfermagem Vera Lucia de Souza do Ambulatório
Gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP-EPM , por seu
carinho e sua disposição em colaborar na execução deste trabalho
Aos secretários Magali Angélica Romano e Valdir Sophia, da disciplina de
Gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP, pelo interesse e
atenção durante a elaboração desta tese
Ao Dr Fabio Tadeu Montesano pela disponibilidade e execução dos métodos de
estatísticos deste trabalho
As minhas amigas Maria Enéas Serafim, Márcia Batista Serafim Fillocomo e
Shirley de Fátima Serafim Pereira que estiveram sempre presente incentivado com
sua alegria e torcendo por mim.
Aos pacientes que atenciosamente colaboraram para que esse trabalho pudesse ter
sido realizado.
A beleza da vida consiste na simplicidade implícita nas novas descobertas de cada
dia e de como a enxergamos”
VIII
VIII
Sumário
Lista de Tabelas---------------------------------------------------------------------------------X
Listas de Quadros e Figuras-----------------------------------------------------------------XII
Abreviaturas--------------------------------------------------------------------------------------XIII
Resumo-------------------------------------------------------------------------------------------XIV
Abstract
1. Introdução..................................................................................................01
1.1 Objetivos...................................................................................................
2. Revisão de literatura.................................................................................
2.1 Câncer ......................................................................................................
2.2 Câncer colorretal.......................................................................................
2.3 Citocromo P 450 .......................................................................................
2.4 Polimorfismo genético no gene CYP1A1..................................................
3. Casuística e Métodos ...............................................................................
3.1 Casuística .................................................................................................
3.1.1. Descrição dos Grupos...........................................................................
3.2 Métodos ....................................................................................................
3.2.1. Extração do DNA genômico..................................................................
3.2.2 Quantificação de DNA............................................................................
3.2.3. Reações de amplificação (PCR) ...........................................................
3.2.4. Análise do polimorfismo no gene CYP1A1............................................
3.3. Analise Estastica....................................................................................
4. Resultados.................................................................................................
IX
IX
4.1 PCR e Genotipagem por R.F.L.P..............................................................
4.2 Comparação entre Controles e Pacientes.................................................
4.3 Análise de correspondência......................................................................
4.4 Estudo entre os Alelos e Variáveis............................................................
4.5 Estudo das Características Ligadas à Doença..........................................
4.6 Analise de Sobrevivência..........................................................................
5. Discussão .................................................................................................
6. Concluo..................................................................................................
7. Anexos1 ....................................................................................................
X
Lista de Tabelas
Tabela 1: Características dos Oncogenes e Genes supressores de
tumor. ................................................................
................................
Tabela 2: Distribuição de pacientes e controles quanto ao sexo.
................................
Tabela 3: Distribuição de pacientes e controles quanto à etnia.
................................
Tabela 4: Distribuição de pacientes e controles quanto à história
familiar de câncer.................................................................
................................
Tabela 5: Distribuição de pacientes e controles quanto ao etilismo.
................................
Tabela 6: Distribuição de pacientes e controles quanto ao tabagismo.
..............................
Tabela 7: Distribuição de pacientes e controles quanto aos alelos
estudados.................................................................
................................
Tabela 8: Resultados da comparação entre pacientes e controles.
................................
Tabela 9: Medidas descritivas da idade dos indivíduos, segundo grupo.
..........................
Tabela 10: Distribuição de variáveis quanto aos alelos
................................
Tabela 11. Distribuição da amostra quanto ao grau de diferenciação
celular.................................................................
................................
Tabela 12. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Sexo
...............................
Tabela 13. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Etnia
...............................
Tabela14. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e História
familiar ................................................................
................................
Tabela 15. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Etilismo
..........................
Tabela 16. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e
Tabagismo................................................................
................................
Tabela 17. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Alelos
.............................
Tabela 18. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Grau de
diferenciação................................................................
................................
Tabela19. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e
Localização ................................................................
................................
XI
XI
Tabela 20. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e
Classificação T................................................................
................................
Tabela 21. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e
Classificação N................................................................
................................
Tabela 22. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e
Classificação M................................................................
................................
Tabela 23. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e
Estadiamento................................................................
................................
Tabela 23. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e
Estadiamento................................................................
................................
Tabela 24. Resultados do estudo da associação entre cada variável e a
situação atual, isoladamente................................
................................
Tabela 25. Resultados do primeiro modelo ajustado.................................
...........................
Tabela 26. Resultados do modelo ajustado, excluindo-se a variável
estadiamento ................................................................
................................
XII
XII
Listas de Quadros e Figuras
Quadro 1: Estádio do câncer colorretal ................................
..................
Quadro 2 : Classificão das famílias, subfamílias e genes
individuais ................................................................
.............
Quadro 3: Substrato e funções da família, sub-família e dos
genes do citocromo humano................................
..................
Quadro 4. Características das pacientes do grupo I.
.............................
Quadro 5: Características das pacientes do grupo II (grupo
controle).................................................................
................
Figura1: NADPH-Citocromo redutase................................
..................
Figura 2: Apresenta a foto da separação eletroforética,
demonstrando amplificação do produto de PCR
com tamanho de 340 pb.................................
.......................
Figura 3: Apresenta foto de separação eletroforética,
demonstrado os sítios de restrição com tamanhos
de 340bp, 200bp e 140 bp.................................
....................
Figura 4: Gráfico da análise de correspondência.
................................
Figura 5. Funções de sobrevivência estimadas pelo modelo
de Cox, segundo o estadiamento da doença.
........................
Figura 6. Funções de sobrevivência estimadas pelo modelo
de Cox, segundo a etnia dos pacientes.
................................
XIII
XIII
Abreviaturas
Bp Pares de base
CCR Câncer Colorretal
CEA Antígeno Carcinoembrionário
CYP Citocromo P450
CYP1A1 Citocromo P450 da familia 1 A 1
DNA Acido Desoxirribonucleico
GIST Tumor Estromal Gastrointestinal
HAA Aminas Aromáticas
HNPCC Câncer colorretal hereditário não polipoide
M Metástase
N Linfonodos
T Tumor
PCR Reação em Cadeia de Polimerase
PHAs Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos
R.F.L.P. Polimorfismo de tamanho de fragmento de restrição
RNA Ácido Ribonucleíco
UICC Union International Against Cancer
UV Ultravioleta
GST Glutationa-S-transferase
UDP Glucuronusiltranferase
NAT N-acetiltransferase
XIV
XIV
Resumo
Introdução: A enzima Citocromo P450 é integrante de uma superfamília de
proteínas organizadas em famílias, subfamílias e genes individuais com base na
porcentagem de identidade entre as seqüências de aminoácidos. Essas enzimas
desempenham o importante papel de metabolisar e detoxificar diversos compostos.
A família do gene CYP1 é induzida pelo receptor aril hidrocarboneto hidroxilase
(AHH) que acarretará na ativação dos hidrocarbonetos policíclico aromático (PAHs),
presente em vários compostos resultando em um aumento da atividade da enzima.
Foram descritos na literatura dois polimorfismos associados ao gene CYP1A1,
transição TC na região 3’ não codificadora, e uma outra transição de A G
(Ile462 Val, exon 7). Cada uma das alterações dão origem a sítios de restrição MspI .
Somente o polimorfismo TC recebe o nome da enzima MspI. Entretanto, apenas o
polimorfismo.
AG demonstra ter associação com o aumento da inducibilidade do gene
CYP1A1demonstrando um maior significância e de interesse para esse estudo.
Objetivo: investigar a incidência do polimorfimo A G (Ile462 Val, exon 7) e sua
associação com câncer colorretal, correlacionando com alguns fatores de risco da
doença .
Casuística e Método: Foram selecionados 114 pacientes portadores de câncer
colorretal e 114 indivíduos sem câncer que constituíram o grupo controle. Todos
foram submetidos à entrevista e a coleta de sangue periférico para extração do DNA
genômico. Investigamos a presença do polimorfismo do gene CYP1A1 utilizando
técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) e reação de genotipagem por
técnica de RFLP. As amostras foram analisadas por meio de corrida eletroforética
em gel de agarose e gel Low melting para a identificação da presença do
polimorfismo .
Resultados: No grupo caso, 64 eram do sexo masculino, 96 eram da etnia branca,
10 negros e 8 amarelos, 53 eram etilistas , 68 tabagistas, 59 tinham historia de
câncer . Em relação ao polimorfismo estudado 14 eram homozigotos selvagem A/A,
97 heterozigoto A/G e 3 homozigotos mutados : No grupo controle, 61 eram do sexo
XV
XV
masculino, 99 eram da etnia branca e 15 eram negros , 67 eram etilistas , 53
tabagistas, 40 tinham história de câncer . Em relação ao polimorfismo estudado 81
eram homozigotos selvagem A/A, 33 heterozigoto A/G. O tabagismo, historia familiar
de câncer e a presença do alelo G foram mais freqüentes entre os indivíduos com
câncer. Não observamos correlação entre a evolução da doença e freqüência dos
alelos. Os pacientes de etnia amarela e estádio III tiveram maior índice de
recorrência da doença.
Conclusão: Para estudar a associão conjunta dos fatores estudados com
a presença ou ausência da doença, verificou-se que a característica mais ligada à
doença foi a presença do alelo G. Observou-se um aumento da proporção do alelo
A/G e G/G em três vezes, no grupo de pacientes com câncer colorretal em relação
ao grupo controle. Sugerindo que a enzima CYP1A1 possa ser um marcador de
risco para a doença. O uso do tabaco e história familiar positiva foram mais
freqüentes entre os doentes com câncer. Não foi encontrada correlação entre o
polimorfismo e sexo, grau de diferenciação, estádio ou evolução da doença.
XVI
XVI
Abstract
Abstract
Introduction The enzyme Citocromo P450 is an integrant of a super family of
proteins organized in families, subfamilies and individual genes based on the
percentual of the identity of the amino acid sequences. These enzymes play an
important role in the metabolization and detoxification of various compounds. The aril
hydro-carbon hidroxilase (AHH) receptor induce the family of the gene CYP1
responsible for the activation of polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs), that are
present in high concentration in cigarette smoke, polluted air and foods.
Two polymorphisms of the gene CYP1A1 has been described, one on the transition
TC in the 3' noncoding region, and the other one in the A G transition (Ile462 Val,
exon 7). Both the polymorphisms generate fragments that are digestion sites of MspI,
but only the TC polymorphism receives the name of MspI enzyme. Due to its high
inducibility of the CYP1A1 gene polymorphism AG had a bigger interest.
AIM: to investigate the incidence of the polymorphism A G (Ile462 Val, éxon 7) in
colorectal cancer patients and the correlation of this polymorphism and others risk
factors.
Patients and Method: 114 patients with colorectal cancer and 114 without cancer
matched by age with the case group were included in the control group. All of the
patients had been submitted to an interview and peripheral blood was drawn for DNA
extraction. The presence of the polymorphism in the CYP1A1 gene was determined
by a specific polymerase chain reaction (PCR) and RFLP technique. The samples
had been analyzed agarosis electrophoresis gel and gel Low melting for the
identification of the presence of the polymorphism.
Results: In the case group 64 were male, being 96 white, 10 blacks and 8 yellows,
53 were etilists, 68 smokers, and 59 had family history of cancer. In the relation of
the polymorphism studied 14 were wild homozygous A/A, 97 heterozygous A/G and 3
homozygous mutated G/G. In the control group 61 were male, 99 were white race
and 15 black, 67 were etilists, 53 smokers, 40 had history of cancer, and 81 were wild
homozygous A/A and 33 heterozygous A/G. The percentual of smokers, the familiar
XVII
XVII
history of cancer and the presence of the allele G had been more frequent in the
cancer group. The asiatics and stage III patients had higher index of recurrence of the
disease.
Conclusion: The presence of the G had been the most important aspect observed
when the characteristics studied were correlated to the presence of cancer. The
colorectal cancer group had a higher proportion of A/G or G/G alleles in 3 times.
These results suggest that the CYP1A1 Val allele may be a marker of risk for the
disease. The tabagism and positive history of cancer were also more frequent in the
patients with cancer. There were not found any correlation among this polymorphism
and sex, grade of differentiation, stage or evolution of the disease.
XVIII
XVIII
______________________________________________
INTRODUÇÃO
XIX
XIX
1. INTRODUÇÃO
O câncer como doença é definido por suas propriedades de proliferação local
descontrolada de células, com invasão de estruturas normais adjacentes, e pela
disseminação à distância, ou metástase, através da corrente sanguínea dos linfáticos
ou em uma cavidade do organismo (Willard, 2002).
Mundialmente, o câncer de cólon e reto somam cerca de 943 mil novos casos a
cada ano, ocupando o quinto lugar entre os mais incidentes. Segundo dados do INCA
as estimativas para 2005 indicam que o câncer de colón e reto é a quarta neoplasia
mais incidente em ambos os sexos. A maior incidência de casos ocorre na faixa etária
entre 50 e 70 anos de idade, porém a possibilidade de desenvolvimento já aumenta a
partir dos 40 anos de idade (Instituto Nacional do Câncer INCA online, 2005).
Muitos carcinógenos químicos são metabolicamente ativados acarretando
efeitos deletérios em nosso organismo (Hayashi et al, 1991). A conversão pelo
citocromo P450 (CYP) em derivados hidrofílicos facilita a sua eliminação. A
superfamília de genes CYP450 codifica numerosas enzimas que catalizam uma notável
variedade de reações químicas e um grande número de substratos.
Consequentemente, o CYP450 é considerado o sistema biológico de catalização mais
versátil (Conforti, 2004).
Presume-se que no genoma humano existam em torno de 60 a 100 genes
codificadores de P450, e cerca de 20 deles estão envolvidos na codifição de enzimas
que metabolizam compostos exógenos (Conforti, 2004)
O CYP foi primeiramente descrito na década de 1960, e recebeu esta
terminologia pela presença de um pigmento com ação enzimática e pela faixa de
absorção no espectro de 450 nanômetros. Ainda em meados de 1960, foi associado ao
metabolismo de esteróides e drogas. Em 1970 foram estudadas algumas enzimas
associadas à membrana celular e a um sistema de detoxificação de metabólitos
(Nebert, Russell, 2002).
Aproximadamente por volta de 1980 Gonzalez e colaboradores isolaram o
primeiro RNA mensageiro (mRNA) completo de um citocromo P 450, localizado no
XX
XX
cromossomo 15 no lócus MPl, obtendo muitos resultados a partir da clonagem de
diferentes enzimas. De acordo com as seqüências, identificaram similaridade entre o
citocromo de humanos e bactérias. As isoenzimas P450 foram divididas em famílias,
com base em sua relão evolutiva determinada pelo grau de homologia de genes
individuais, e assim, estruturas de aminoácidos nas proteínas (Okey, 1990).
O citocromo P450 é uma enzima que atua principalmente na presença de
carcinógenos da dieta e do tabaco. Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAHs)
gerados pela combustão de alguns carcinógenos, incluindo os existentes no tabaco são
metabolizados por esta enzima (Badawi et al , 1996).
Estudos com os genes do citocromo P 450 humanos têm demonstrado que
estes são polimórficos e diferem nas populações quanto à origem racial e étnica
(Badawi et al, 1996).
Estas diferenças determinadas geneticamente, são responsáveis pelas
diferentes respostas às drogas e carcinógenos (Song et al, 2001).
Estudos caso-controle mostram um aumento do risco relativo para o câncer em
indivíduos portadores do genótipo C, (indivíduos homozigotos mutados G/G), em
relação aos indiduos que apresentam os genótipos A, (homozigotos tipo selvagem
A/A) e B (heterozigotos A/G), com o consumo do tabaco (Hayashi et al, 1991).
Ensaios foram realizados na pesquisa de alterações genéticas ligadas à
presença dos polimorfismos associado a mutações nos alelos da região 3’ no sitio MspI
e do exon 7 (Inoue et al, 2000), que acarretará a troca de uma interleucina por valina.
Estes polimorfismos genéticos no gene CYP1A1 aumentam o risco do
desenvolvimento de câncer de pulmão. No câncer colorretal ainda não há um consenso
quanto à associão entre o polimorfismo e maior risco de desenvolvimento da doença
(Kampman et al,1999, Inoue et al, 2000, Song et al, 2001, Sivaraman et al, 1994).
XXI
XXI
1.1 Objetivos
1. Avaliar a eventual correlação entre o polimorfismo Ile 462 Val no gene CYP1A1
com a presença de adenocarcinoma colorretal.
2. Correlacionar à presença do polimorfismo com o tabagismo, etilismo, etnia,
idade, sexo, estádio anátomo-patológico, grau de diferenciação e evolução do
câncer colorretal.
XXII
XXII
____________________________________________________________
Revisão de Literatura
XXIII
XXIII
2. Revisão de Literatura
2.1 Câncer
O termo câncer deriva de Karkinos, palavra grega que significa caranguejo e
como uma entidade clínica, esnos primeiros escritos gregos e romanos, e assumiu
uma posição de importância especial como doença muito temida e objeto de pesquisa
biomédica intensiva (Chanber et al, 1993)
A maioria dos cânceres origina-se de uma célula única, geneticamente
alterada. Vários tumores possuem células homozigóticas para certos marcadores, para
os quais o hospedeiro é heterozigoto o que sugere sua clonalidade (Chanber et al,
1993). À medida que o tumor cresce e produz metástase, vários subclones celulares
emergem, conferindo heterogeneidade à população celular maligna. Instabilidade
genética e progressão tumoral, onde as células tumorais passam pelas fases do ciclo
celular (G0, G1, MS, G2,) são as características básicas do câncer (Murad, 1996).
O crescimento de uma populão celular depende do tempo gasto para a
realização do ciclo celular (tempo decorrido entre duas mitoses sucessivas), da fração
do crescimento porcentagem de célula que ativamente passam pelo ciclo celular e da
taxa de perda celular (Murad,1996).
Existem três formas principais de ncer os sarcomas, nos quais o tumor
surgiu em tecido mesenquimal, tal como o tumor de osso, sculos ou tecido
conjuntivo; os carcinomas, que se originam no tecido epitelial, tal como as células que
revestem o intestino, os brônquios ou os ductos mamários e as malignidades
hematopoéticas e linfóides, tais como as leucemias e os linfomas, que se espalham
pela medula óssea, pelo sistema linfático e sangue periférico. Dentro de cada um dos
grupos principais, os tumores são classificados de acordo com o local, os tipos de
tecido, o aspecto histológico e o grau de malignidade (Cooper, 2001).
A neoplasia ocorre em decorrência de um desequilibrio entre a proliferação
celular e apoptose. As lulas proliferam a medida que passam pelo ciclo celular e
sofrem mitoses. A morte celular programada da célula remove as células de um tecido
XXIV
XXIV
por meio de um processo normal de fragmentação do DNA e suicídio celular chamado
de apoptose (Willard, 2002).
Os processos de divisão celular são regulados por uma grande gama de
genes. Amplas pesquisas realizadas durante as ultimas décadas revelaram que
mutações nos genes que controlam a proliferação e a morte são responsáveis pelo
câncer. Na maioria dos cânceres, as mutações ocorrem em uma única célula somática,
que então se divide e promove o câncer. Quando o ncer ocorre como parte de uma
ndrome de câncer hereditário, as mutações iniciais são herdadas por meio da
linhagem germinativa e, portanto, estão presentes em cada célula do organismo. Uma
vez iniciado, o câncer evolui pelo acúmulo adicional de danos genéticos, por meio de
mutação nos genes que codificam a maquinaria celular que repara o DNA danificado e
mantém a normalidade citogenética. Os danos a estes genes produzem uma cascata
maior de mutões em um número crescente de genes que controlam a proliferação
celular e o reparo aos danos no DNA. Deste modo, o clone original da lula
neoplásica pode evoluir em várias sublinhagens de graus variados de malignidade,
cada uma carreando um conjunto de mutações que são diferentes das mutações de
outras sublinhagens (Willard, 2002).
Desta maneira acredita-se que o câncer é o resultado de alterações estruturais
e/ou funcionais de alguns genes cuja função é controlar o crescimento normal e a
diferenciação das células que compõem o organismo. As alterações genéticas
envolvem tanto a amplificação e ativação de proto-oncogenes quanto mutações que
levam à perda e/ou à inativação dos alelos de genes supressores de tumor. A tabela 1
sumariza as principais características dos oncogenes e genes supressores de tumor.
Uma ou mais mutações podem ser herdadas ou podem surgir como conseqüência da
exposição a carcinógenos ambientais ou a agentes infecciosos.(Conforti, 2004).
XXV
XXV
Tabela 1. Características dos Oncogenes e
Supressores de tumor.
Características Oncogene
Supressores de tumor
Número de eventos mutacionais para
o desenvolvimento tumoral
Um Dois
Atividade demonstrada em ensaios de
Transfecção
Sim Sim
Função do alelo mutante Dominante
(ganho de função)
Recessiva
(perda de função)
Associação com síndromes de câncer
hereditário
Raramente
(proto-oncogene)
Frequentemente
Mutações somáticas contribuem para
o desenvolvimento do câncer
Sim Sim
Fonte: Conforti, 2004
Os oncogenes são formas alteradas dos proto-oncogenes, genes envolvidos no
controle da proliferação celular, que podem diferir tanto na estrutura quanto na função
da proteína codificada pelo seu homólogo normal e que o envolvidos no processo de
transformação maligna (Jensen, Hunter, 2001)
O que torna as mutações ocorridas nas células cancerosas diferentes é a
seleção positiva para a proliferação celular ou sobrevida da célula. É o fenótipo de uma
célula cancerosa, sua proliferão descontrolada e excessiva, permitindo que uma
célula mutante se desenvolva em doença. Em contraste, muitas vezes as mutações
fazem com que uma célula dentre muitas, perca a função ou morra sem causar efeitos
fenotípicos por que a perda da célula é mascarada pela grande maioria das outras
saudáveis em um órgão ou tecido (Cooper, 2001).
Enquanto as proteínas controladas por oncogenes promovem o ncer em
geral por mutações com ganho de função ou pelo aumento ou expressão imprópria de
um alelo do gene, existem muitos outros genes nos quais as mutações contribuem para
a malignidade por um mecanismo diferente: com a perda de função de ambos os alelos
do gene. Tais genes o genes supressores de tumor. Os genes supressores tumorais
XXVI
XXVI
são altamente heterogêneos. Alguns são verdadeiros supressores tumorais, no sentido
de que estão diretamente envolvidos na regulação do ciclo celular ou na inibição do
crescimento pelo contato célula-célula (Lodish et al, 2002).
Os supressores tumorais foram chamados de genes protetores, pois regulam
diretamente o crescimento celular. Outros genes, chamados de genes de manutenção,
estão envolvidos em reparar danos de DNA e manter a integridade genômica. A perda
de ambos os alelos dos genes que estão envolvidos em reparar danos no DNA ou
quebras cromossômicas leva indiretamente ao câncer, pois permitem que mutações
secundárias adicionais se acumulem em proto-oncogenes ou em outros genes
supressores tumorais. Os produtos de muitos genes supressores tumorais foram
isolados e estes são por natureza protetores contra o câncer. O melhor entendimento
destes mecanismos contribuirá na evolução de terapias anticâncer (Lodish et al, 2002).
2.2 Câncer Colorretal
O câncer colorretal é predominantemente uma doença de pessoas com idade
superior aos 50 anos de idade. No Brasil, é a causa de câncer em homens e a
em mulheres, sendo também a 5ª causa de morte por câncer nos homens e a 3ª. entre
as mulheres. O câncer colorretal será responsável por 7230 óbitos e 16165 casos
dessa doença serão diagnosticados neste ano (Instituto Nacional do Câncer INCA
online, 2005).
Em relação ao sexo, a freqüência entre mulheres foi ligeiramente superior que
entre homens (11,73: 10,96 casos novos a cada cem mil habitantes).
predominância dos cânceres nos segmentos do lado esquerdo (descendente, sigmóide
e reto em 70%), seguidos em menor freqüência pelo ascendente e transverso (Forones
et al, 2004).
O adenocarcinoma é responsável por mais de 90% das neoplasias de cólon e
reto. Sarcomas, mielomas, carcinóides, tumores estromais gastrointestinais (GIST) e
linfomas ocorrem raramente. Os tumores são classificados segundo o grau de
diferenciação, como moderado, pouco diferenciado e indiferenciado. O estudo do
tecido tumoral permite avaliar as invasões venosas, neurais e linfáticas (Forones et al,
2004).
XXVII
XXVII
O diagnóstico das neoplasias colorretais baseia-se no quadro clínico e em
exames complementares. A queixa mais freqüente é alteração de hábito intestinal,
diarréia na maioria dos tumores de cólon direito e obstipação nos de cólon esquerdo.
No câncer de reto, as queixas principais são afilamento das fezes, eliminão de muco
serossangüinolento e dor para evacuar. Perda de peso e astenia leve costuma ocorrer.
Parada de eliminação de fezes e flatos algumas horas, acompanhada de distensão
abdominal e dor, caracterizando quadro de abdome agudo obstrutivo podem ser os
sintomas iniciais da doença em 10% dos doentes com câncer de lon esquerdo
(Forones et al, 2004).
Laboratorialmente, o paciente poderá apresentar: anemia ferropriva
hipocrômico-microcítica, assim como perda de sangue oculto nas fezes. A
gamaglutamiltranspeptidase e a fosfatase alcalina poderão apresentar-se elevadas,
devido a metástases hepáticas acompanhadas, nesses casos, de discreta elevação
das transaminases séricas. O antígeno carcinoembrionário (CEA) é um marcador
tumoral que se eleva em aproximadamente 50% dos doentes, principalmente nos
estádios avançados (III e IV) e quando elevado, ao diagnóstico da doença, é um fator
de pior prognóstico (Minsky, 2002).
A colonoscopia e /ou a retossigmoidoscopia permite a confirmação diagnóstica
pelo aspecto da lesão e pelo estudo anatomopatológico da biópsia dirigida. A
visualização de todo o lon é necessária porque podem existir tumores sincrônicos
(lesões concomitantes em outra região colônica) em 7 a 10 % dos doentes. Nos
tumores obstrutivos que impedem a passagem do aparelho, a colonoscopia deve ser
realizada nos primeiros meses de acompanhamento pós-operatório. O enema opaco
também permite o diagnóstico da lesão, mas é menos sensível.
A ultra-sonografia endoscópica permite determinar o grau de invasão da
parede intestinal pelo tumor e presença de linfonodos, possibilitando melhor estádio
pré-operatório dos tumores de reto (Berlin, 2001).
O câncer colorretal pode ser classificado pela União Internacional Contra o
Câncer (Union International Against Câncer - UICC), segundo a infiltração tumoral (T),
invasão de linfonodos (N) e a presença de metástases (M), ou pela classificação de
XXVIII
XXVIII
Dukes ou de Dukes modificada por Aster Coller (Quadro1) (Forones et al, 2004; Astler,
Coller, 1954).
Os fatores de prognóstico principais são: níveis séricos dos marcadores
tumorais, tamanho do tumor primário, grau de diferenciação histopatológica e estádio
(Aster, Coller, 1954).
Quadro1: Estádio do câncer colorretal
Classificão Estadiamento
Dukes
Aster-Coller
Estádio
0
I
II A
II B
III A
III B
III C
IV
A Tumor limitado á mucosa e muscular
B Tumor invade todas as camadas do intestino
C Tumor com metástase em linfonodo independente da penetração tumoral
A Tumor limitado a mucosa
B1 Tumor invade a muscular própria
B2 Tumor invade todas as camadas do intestino
B3 Tumor invade órgãos adjacentes
C1 Tumor invade a muscularis própria com metástase linfonodal
C2 Tumor invade todas as camadas do intestino com metástase linfonodal
C3 Tumor invade órgãos adjacentes com metástase linfonodal
D Metástase á distância
TNM
TisN0M0
T1N0M0
T2N0M0
T3N0M0
T1N0M0
T2N1M0
T3-4N1M0
TqN2M0
TqNqM1
Fonte: Forones et al,2004.
Tis = tumor in situ, T1 = invao de mucosa, T2 = invasão de muscular principal,. T3 = invasão de serosa
ou gordura, T4 = invasão através da serosa para outros órgãos. Tq = qualquer dos T , N0 = sem
metástase linfonodal, N1 = 1 a 3 linfonodos comprometidos, N2 = > 4 linfonodos comprometidos ao longo
de grandes vasos, M0 = sem metástase á distância, M1 = com metástase á distância
XX
IX
XXIX
Os fatores que levam uma pessoa a desenvolver a neoplasia são a
predisposição genética associada a fatores ambientais. A associação do consumo
excessivo de carnes vermelhas, principalmente preparadas em altas temperaturas,
dietas pobres em resíduos e fibras, está relacionada ao aumento significativo do câncer
colorretal. Situações onde ocorrem aumentos dos sais biliares ao nível dos intestinos,
como alimentação rica em gordura e pacientes que retiraram a vesícula biliar,
aumentam a predisposição à doença
(Heath et al, 2001)
Fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal podem incluir
ambos os fatores hereditários e ambientais (Heath et al, 2001). Entre os fatores
ambientais, químicos genotóxicos, assim como ingesta de alimentos co-carcinogênicos,
podem estar envolvidos no desenvolvimento do câncer colorretal, alguns desses
agentes são formados durante o preparo dos alimentos, como aminas heterociclicos
aromáticos (HAA) (Terry et al, 2002).
2.3 Citocromo P 450
O citocromo é um termo genérico de uma superfamília de hemoproteínas,
formada por uma parte protéica (apoproteína) e outra por um grupo heme
monoxigenase em forma de proporfirina IX. Todos os CYPs possuem íons não-
covalentes e são classificadas com base nas seqüências de aminoácidos
(Pirmohamed, Park, 2003). Os CYPs estão localizados na sua grande maioria nas
membranas intracelulares do retículo endoplasmático celular, mas também podem se
localizar na membrana da mitocôndria e na membrana citoplasmática. Em seres
humanos os CYPs se localizam, principalmente, no fígado, e em menor quantidade no
tubo gastrointestinal (Weide, Steijins, 1999).
Numerosos genes do citocromo P450 codificam diferentes enzimas. Para fins
práticos estes genes estão agrupados em famílias, sub-famílias e genes individuais. A
nomenclatura do sistema caracteriza-se pelo acréscimo de um número arábico à sigla
CYP que caracteriza a família (exemplo CYP1, CYP2), de uma letra maiúscula que
caracteriza a sub-família (CYP1A, CYP1B), e novamente de um número arábico que
indicam um gene individual que codifica uma única enzima (CYP1A1, CYP2E10)
XXX
XXX
(Weide, Steijins, 1999). As famílias apresentam uma similaridade 55% entre si e as
subfamílias apresentam identidade 40% (Gonzalez, Gelboin,1993).
Atualmente existem 270 famílias diferentes, 249 genes são ativos e 24 são não
funcionais ou pseudogenes. Em humanos existem 57 genes humanos e 33
pseudogenes, estes são agrupados em 18 famílias e 42 subfamílias (Quadro 2)
(Gonzalez, Gelboin,1993).
Quadro 2 : Classificação das famílias, subfamílias e genes individuais
Fonte: Weide et al, 1999
O citocromo p450 atua numa enorme gama de substratos que incluem
vitaminas, esteróides, ácidos graxos, prostaglandinas, aminase, xenobióticos, tais
como drogas (incluindo antibióticos), carcinógenos ambientais, antioxidantes,
solventes, anestésicos, corantes, pesticidas, produtos derivados do petróleo, álcoois,
entre outros (Quadro 3).
Falia
CYP1
CYP2
CYP3
Subfamília
CYP1A
CYP2E
Gene individual
CYP1A1
CYP1B2
XXXI
XXXI
Quadro 3: Substrato e funções das sub-famílias e dos genes do citocromo
humano
de subfamília
2
13
1
5
1
2
2
2
1
1
1
1
1
3
3
1
1
1
1
1
N
o
. de genes
3
16
4
12
1
2
2
3
1
1
1
1
1
3
3
1
1
1
1
1
Substrato e Funções
Ácidos araquidônico, ecoisanóides
Ácidos araquidônico,ecoisanóides
Ácidos araquidonico, graxos e
ecoisanóides
Ácidos graxos, araquidônicos e
ecoisanóides
Tromboxano Sintetase
Colesterol, síntese de ácido biliar
Prostaciclina síntese de ácido biliar
Esteróides
Esterol 17 hidroxilase
Aromatase
Desconhecido
Esterol 21 hidroxilase
Vitamina D, 24 hidroxilase
Hidroxilação de acido retinoico
Biossíntese de ácido biliar,
24 hidroxicolesterol
24 hidroxilase colesterol
14 desmetilase colesterol
Fonte: (Nebert, Russell, 2002).
A maioria das reações inicia-se pela transferência de elétrons da NAD(P)H
para o citocromo P450 NADPH redutase, no sistema microssomal ou para a ferroxina
redutase e eno, para o citocromo P450. Isso leva a uma ativação reduzida do
oxigênio molecular, seguido da inserção de um átomo de oxigênio no substrato. As
reações incluem hidroxilação, epoxidação, peroxidação, desaminação, desulfuração,
XXXII
XXXII
desalogenação, bem como redução. A maior parte dos substratos é lipofílico e não
evidências de que as interações de carga contribuam para a união pelo citocromo.
Algumas das transformações são essenciais para a vida, como a conversão do
colesterol a corticóide e hormônios sexuais; outras particularmente com relação aos
xenobióticos, conduzem a formação de compostos mais polares, mais facilmente
excretáveis diretamente, ou a conjugação com agentes hidrossolúveis, como o ácido
glicurônico e a glutationa. A conjugação representa o processo de detoxificação,
contudo grande parte dos compostos estranhos é convertida, mediado pelo CYP450, a
produtos com poder aumentado de citotoxicidade, mutagenicidade e carcinogenicidade.
Alguns dos CYP450, tais como os envolvidos na transformação de esteróides, são
bastante seletivos em suas escolhas para os substratos, enquanto outros CYP450
particularmente os do microssomo hepático, não possuem, comumente ampla
especificidade de encaixe (Conforti, 2004)
Figura1: NADPH-Citocromo redutase
Fonte: Google/imagem (online)
NADPH-Cytochrome P450 Oxidoreductase
O DPH-citocromo P450 redutase existe em todos os tecidos mediando
reações de substratos endógenos que ocorrem em nosso esteróides, ácidos
graxos e prostaglandinas e exogenas como drogas terapêuticas, tóxicos
ambientais e carcinógenos.organismo incluindo
XXXIII
XXXIII
De uma forma simplista podemos dizer que a estrutura da enzima possui sítios para
atracar duas moléculas constituindo duas fases (Gonzalez, Gelboin, 1993).
Fase I mediado pelo metabolismo oxidativo que consiste na adição do
grupamento hidroxila a um átomo de carbono (Okei,1990). Este pode ser
catalisado por uma reação de hidroxilação, onde o Citocromo utiliza o oxigênio
como substrato. Desta forma os compostos são convertidos por reação oxidativa
em metabolitos eletrofilicos (Nebert, Russell, 2002).
RH + O
2
+ 2H
+
+ 2e
-
ROH + H
2
O
Fase II - o grupamento hidroxila funciona como substrato para a adição de co-
substrato hidrofílico, para a conjugação da Glutationa-S-transferase (GST), UDP-
Glucuronusiltranferase e N-acetiltransferase (NAT) (Nebert, Russell, 2002).
Entre as principais funções podemos citar:
a. Função detoxificadora elimina substâncias exógenas como drogas,
substâncias carcinogênicas, transformando substâncias hidrossolúveis em
lipossolúveis (Conforti-Frosis,1998).
b. Função metabolizadora metabolismo endógeno, participando no metabolismo
de esteróides, vitaminas, sais biliares, ácidos graxos saturados ou insaturados,
ecosainóides
De uma forma geral, o substrato ativa a produção de enzimas. No citocromo
P4501A1 primeiramente o químico tóxico se une a um receptor Aril hidrocarbono
hidroxilase (AAH). O complexo penetra no núcleo se une ao DNA e permite através da
transcrição para o RNA mensageiro, a produção de novas moléculas de enzima P450
que se dirigem ao retículo endoplasmático para degradação de carcinógenos
(Hayashi1991).
A metabolização de agentes químicos, geralmente resulta em um processo de
detoxificão bem sucedida, entretanto a ativação da enzima P450 pode produzir
metabolitos tóxicos, que podem contribuir para um maior risco do desenvolvimento de
câncer e efeitos tóxicos. A expressão de muitas enzimas P450 geralmente é induzida
pelo acúmulo de substrato (Sundberg, 2001).
XXXIV
XXXIV
2.4
Polimorfismo genético no gene CYP1A1
O polimorfismo genético caracteriza-se pela presença de diferentes versões de
uma seqüência de DNA (alelos), em um determinado local cromossômico (locus) e
encontram-se em uma freqüência superior a 1% nos cromossomos da população em
geral. Diferente do polimorfismo, o termo mutação se refere a qualquer mudança na
seqüência de nucleotídeos ou DNA e ocorrem em freqüência inferior a 1% da
população (Willard 2002).
O polimorfismo do gene P 450 pode desencadear várias alterações
(Pirmohamed, Park, 2003).
1. Abolição da atividade causada por uma deleção do gene, ou alterações splicing,
introdução de um stop códon, inativação do sítio trancripcional ou introdução de
aminoácido delerio. Determinando geneticamente, uma varião na atividade da
enzima resultando em diferentes fenótipos do metabolismo de drogas (Akiyama,
Gonzalez, 2002).
2. Alteração da atividade, onde o polimorfismo no sitio ativo, altera a especificidade
do substrato com mudanças na proteína ligando-a a diferentes substratos
(Akiyama, Gonzalez, 2002).
O CYP1A1 é uma enzima de fase I que atua na presença de carcinógenos da
dieta e do tabaco. Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAHs) gerados pela
combustão de alguns carcigenos, incluindo os existentes no tabaco são
metabolizados por esta enzima (Colon et al ,1999).
Dois polimorfismos do CYP1A1 foram estudados em relação a maior
suscetibilidade ao câncer (Slattery et al, 2004):
transição T C no exon 7 na região 3’ não transcrita que cria um sítio de clivagem, o
local de restrição da enzima MSPI (Slattery et al ,2004).
transição A G que leva a substituição do aminoácido valina por isoleucina no
don 462 (Ile462Val) (Slattery et al ,2004).
XXXV
XXXV
Diferenças na posição de uma base como de uma Adenina (tipo A) por uma
Guanina (tipoC), este ponto de mutação resulta na substituição de uma Interleucina
(Ile) por uma Valina (Val)na região 462.A cistina esta em uma região que pode estar
ligada ao tiolato ligando ao grupo heme que é essencial para a atividade catalítica da
enzima .Esta posição polimorfica é conservada pela Ile membro da subfamília 1A1, a
substituição do aminoácido Val afeta a atividade catalítica da enzima.(Hayashi,1991)
Fonte: Cytochrome P450/Google/imagens online
Estes polimorfismos estão associados a aumento da atividade enzimática,
aumento da ativão de carcinógenos e segundo alguns autores, do risco de câncer
(Slattery et al, 2004).
Estudos mostram correlação entre este polimorfismo, fumo e risco de câncer
de pulmão. As pessoas que têm um alelo de alta inducibilidade”, particularmente entre
os fumantes, parecem correr um maior risco de desenvolver câncer de pulmão. Os
dados indicam que o próprio fumo dos cigarros induz a expressão do gene CYP1A1.
(Marchand et al, 1998). Por outro lado, os homozigotos para o alelo recessivo de baixa
inducibilidade demonstram ser menos propensos a desenvolver câncer de pulmão
possivelmente por que sua AHH é menos eficiente, no que diz respeito a converter os
hidrocarbonetos em carcinógenos altamente reativos (Cascorbi et al 1996).
XXXVI
XXXVI
Casuística e Método
____________________________________________________
XXXVII
XXXVII
3.0 Casuística e Método
3.1 Casuística
Neste estudo foram analisados 114 pacientes com ncer colorretal atendidos
no ambulatório de Oncologia da Disciplina de Gastroenterologia da Universidade
Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, no período de setembro de
2002 a novembro 2003. Os pacientes do grupo caso foram selecionados de acordo
com o diagnóstico de adenocarcinoma colorretal, independente do estádio da
doença.
Os 114 pacientes incluídos como grupo controle, foram atendidos na
Disciplina de Gastroenterologia e Gastrocirurgia da Universidade Federal de o
Paulo, por outras doenças não neoplásicas – Escola Paulista de Medicina no período
de maio a novembro de 2004.
Todas os pacientes que participaram do estudo tiveram acesso e concordaram
de livre escolha com o termo de consentimento informado livre e esclarecido
aprovado pelo comide ética da UNIFESP (Anexo 1 e 2) e responderam a uma
entrevista (Anexos 3 e 4).
3.1.1. Descrição dos Grupos
As pacientes foram distribuídas em dois grupos:
Grupo I: Pacientes que apresentaram adenocarcinoma colorretal
Grupo II (grupo controle): pacientes s que não apresentaram câncer colorretal.
XXXVIII
XXXVIII
Características do Grupo I
Os critérios de inclusão no grupo I foram:
Diagnóstico de câncer colorretal
Confirmação do diagnóstico pelo exame anatomo-patológico
Os critérios de exclusão do grupo I foram:
Não confirmação do diagnóstico de câncer colorretal pelo exame anatomo-
patológico
As características das pacientes inclusas no grupo I estão resumidas no Quadro 1.
Quadro 4. Características das pacientes do grupo I.
Idade 20-90 anos
Estádio I II III
Situação atual Com doença/óbto Sem doença
Hábitos Tabagismo Etilismo
Etnia Brancos Negros Amarelos
Historia familiar Positva Negatva
XXXIX
XXXIX
Caracteristicas do Grupo II-Controle
Os critérios de inclusão no grupo II foram:
Idade pareados com pacientes do grupo I (igual ou com diferença inferior a 5
anos )
Ausência de câncer colorretal por avaliação clínica .
Os critérios de exclusão do grupo II foram:
Diagnóstico de câncer
As características das pacientes do grupo II estão resumidas no Quadro 2.
Quadro 5:. Características das pacientes do grupo II (grupo controle).
Idade Pareados com o grupo II (20-90 anos)
Condição Ausência de adenocarcinoma
Hábitos Tabagismo Etilismo
Etnia Brancos Negros Amarelos
Historia familiar Positiva Negativa
XL
XL
3.2. Método
3.2.1. Extração de DNA
Extração de DNA de sangue periférico
Grupos I e II. Foram coletados 5 ml de sangue peririco através de punção
venosa, com “vacutainer contendo anticoagulante (EDTA). O DNA genômico foi
isolado com o sistema de extração de DNA GFX (Amersham Biosciences) da
seguinte maneira: em uma coluna de cromatografia foram adicionados 100µl de
sangue e 500µl de tampão de lise. A seguir, esse material foi centrifugado a 8.000
rpm por 1 minuto a 4°C (Eppendorf modelo 5804 R). Em seguida, foram feitas duas
lavagens e centrifugações da coluna com tampão contendo etanol. As isso, ao
DNA foram adicionados 100 µl de H
2
O (destilada e deionizada) autoclavada e pré-
aquecida a 70°C. O DNA purificado foi armazenado a -20°C até sua utilização.
3.2.2 Quantificação de DNA
A análise da quantidade de DNA obtida nas extrações foi feita através de
espectrofotometria com comprimento de onda de 260 nm (espectrofotômetro
Spectronic modelo Genesys 5).
XLI
XLI
3.2.3. Reações de amplificação (PCR)
Amplificação do Exon 7 do gene CYP1A1
Nas reações de amplificação do exon7 do gene do CYP1A1 foram utilizados
os seguintes oligonucleotídeos (Sivarman et al., 1994):
Oligonucleotídeo Seqüência (5’-3’)
Exon7 A/C (senso) 5’- TAGGAGTCTTGTCTCATGCCT - 3’
Exon 7 A/C(anti-senso)
5’- CAGTGAAGAGGTCTAGCCGCT- 3’
Nas reações foram usados 5 µl do DNA genômico em um volume final de 30µl
de reação contendo: 0,4 pmol/µl de cada “primer” e 25 µl de mix Promega (20 mM de
Tris-HCL pH 8.4, 50 mM de KCL, 5 mM de MgCl
2
, 200 µM de dNTPs e 1,25U de Taq
DNA polimerase). As reações foram incubadas em termociclador (PTC-100 Peltier
Thermal Cicler Elmer) nas seguintes condições: desnaturação a 95°C durante 5 min,
seguida de 40 ciclos a 95°C por 30 seg, 62,2°C por 1min e 72°C por 1min,
finalizados com incubação a 72°C por 10 min Os produtos das amplificações foram
aplicados em um gel de agarose 2,0% (Invitrogen) corado com brometo de etídeo
(1µg/ml) e submetidos à eletroforese por 30 min a 100V numa cuba horizontal
contendo tampão de corrida TBE 1X. A deteão foi feita pela visualização em
transiluminador de luz ultravioleta dos produtos de PCR no gel de agarose. Os géis
foram então fotografados através do sistema de documentação científica EDAS 120
da Kodak.
XLII
XLII
Controle positivo. Para obter um controle interno que assegurasse presença
suficiente de DNA bem como para garantir a integridade dos reagentes, foram feitas
reações de PCR para o gene de cópia única β-globina. Nestas reações foram usados
os seguintes oligonucleotídeos (“primers”) (Gattas & Soares-Vieira, 2000)
Oligonucleotídeo Seqüência (5’-3’)
β-globiβ globina
(senso)
5´- CAA CTT CAT CCA CGT TCA CC – 3
β-globiβ globina
(anti-senso)
5´- GAA GAG CCA AGG ACA GGT AC – 3
3.2.4. Análise do polimorfismo no gene CYP1A1
Perfil de restrição do éxon 7 do gene com a enzima Msp I
Para essas reações foram incubados 6,0 µl do produto de PCR com 10U de
enzima Msp1, 1,5 µl de tampão de digestão (Promega). A incubação ocorreu por 8h
a 37°C, a seguir a enzima sofreu inativão térmica a 80°C por 1 min. Os sítios de
restrição reconhecidos pela enzima MspI têm a seguinte seqüência:
5’ C/CGG 3’
3’ GGC/C 5’
Os produtos das digestões foram aplicados em gel de agarose 2,5 % low
melting point” (Invitrogen) corado com brometo de etídeo (2 µg/ml) e submetidos à
eletroforese por 70 min a 70V numa cuba horizontal contendo tampão de corrida TBE
1X. A determinação dos tamanhos dos produtos da digestão foi feita pela
XLII
I
XLIII
visualização em transiluminador de luz ultravioleta. Os géis foram então fotografados
através do sistema de documentação científica EDAS 120 da Kodak.
Estratégia de determinação do SNP do éxon 7 do gene CYP1A1 resíduo 462
A determinação do polimorfismo no éxon 7 do gene CYP1A1 foi feita por
digestão dos produtos das PCRs com a enzima de restrição MspI.
O fragmento do éxon 7 do gene CYP1A1 amplificado, possui tios (AA GG)
de restrição da enzima MspI, com isso a hidrólise completa do DNA gera os
seguintes fragmentos: 340pb,200pb e 140pb.
Na figura 2 está esquematizado o diagrama metodológico da determinação do
polimorfismo no éxon 7 do gene CYP1A1. O alelo polimórfico possui uma
substituição de nucleotídeo único (SNP) no sítio de restrição do gene do CYP1A1
(Figura 2).
Quando o individuo possui os dois alelos selvagens (genótipo homozigoto
dominante, A/A), ou seja, ausência dos sítios de restrição em ambos os alelos, a
digestão com MspI gera os fragmentos; 340pb.
Por outro lado, quando ocorre o SNP (AG) somente em um alelo (genótipo
heterozigoto, C/N), a digestão gera os fragmentos: 340pb, 200pb e 140pb. (Figura 2
C). Por fim, quando possui dois alelos polimórficos (genótipo homozigoto), a digestão
com MspI gera os fragmentos de 200pb e 140pb.
XLIV
XLIV
3.3 Análise estatística
No presente estudo foram analisadas as correlações entre o
desenvolvimento de câncer colorretal e a presença do polimorfismo MspI no exon7
do gene CYP1A1 em associação com fatores de risco tais como tabagismo, etilismo,
presença ou ausência de história familiar de ncer colorretal, sexo, etnia, idade e
mais as seguintes características localização do tumor, tipo histológico,
estadiamento da doença e evolução da mesma.
Para comparar pacientes e controles quanto a cada uma das características,
dado o pareamento da amostra, aplicou-se o teste de homogeneidade marginal. No
estudo das idades entre os dois grupos foi aplicado o teste t de Student para
amostras relacionadas (Kalbfleisch, Prentice 1980).
Para estudar a associação conjunta dos fatores estudados com a presença
ou ausência de câncer utilizou-se a Análise de correspondência (Greenacre, 1984).
O teste exato de Fisher foi realizado para estudar a associação entre cada variável e
os alelos. O modelo de riscos proporcionais de Cox foi usado para estudar a
associação conjunta das variáveis estudadas e a situação atual (Cox, 1972).
XLV
XLV
Resultados
______________________________________________________________________
XLVI
XLVI
4. Resultados
4.1 PCR e Genotipagem por R.F.L.P.
Todas as amostras de DNA foram extraídas com sucesso conforme descrito
em materiais e métodos, e submetidas à PCR com primers espeficos para o
segmento de DNA referente à região codificadora do exon 7 do gene CYP1A1, na
qual incide o polimorfismo MspI. A reação resultou, na produção de amplicons com
tamanho de 340pb, que foram submetidos à separação eletroforética em gel de
agarose e fotodocumentados
1
2 3 4 5 6 7
1 - marcador de peso molecular, 100 pares de base.
2 - 7 amostras com produtos de 340 pares de base.
Figura 2. Apresenta a foto da separação eletroforética, demonstrando
amplificação do produto de PCR com tamanho de 340 pb.
A ocorrência de uma transição, resultante da troca de uma Adenina por uma
Guanina no don 462 do gene CYP1A1(exon 7), acarreta na substituição de uma
Isoleucina por uma Valina nessa mesma posição. A referida alteração acaba por dar
origem a um sítio de reconhecimento para a enzima de restrição MspI na molécula
de DNA o que tornou assim possível a genotipagem das amostras por meio de
R.F.L.P. (Figura 3). Os genótipos obtidos foram:
XLVII
XLVII
h Genótipo A - indivíduos homozigotos do tipo selvagem, alelos (A/A) não
apresentam o polimorfismo
h Genótipo B - indivíduos heterozigotos, alelos (A/G) apresentam um alelo mutante
h Genótipo C - individuo homozigoto mutante, alelo (G/G) apresentam dois alelos
mutados
Figura 2.
1 2 3 4 5 6
7
1- macador de peso molecular 100bp
2-- Amostra de individuo heterozigoto, genótipo B – (340pb, 200bp, 140 pb)
3-Amostra de individuo homozigoto mutado, genótipo C – ( 200bp, 140 pb)
4- Amostra de individuo homozigoto selvagem , genótipo A – (340 pb)
5- Amostra de individuo homozigoto selvagem, genótipo A – (340bp)
6- Amostra de individuo homozigoto selvagem, genótipo A – (340bp)
7- Amostra de individuo heterozigoto (genótipo B) – (340pb, 200bp, 140 pb)
Figura 3. Apresenta foto de separação eletroforética, demonstrado os sítios de
restrição com tamanhos de 340bp, 200bp e 140 bp.
XLVIII
XLVIII
4.2 Comparação entre Controles e Pacientes
A seguir, apresentam-se as tabelas de 2-7 com informações sobre o
comportamento de pacientes e controles quanto às variáveis estudadas (resultados
expressos no Anexo 5).
Tabela 2: Distribuição de pacientes e controles quanto ao sexo.
Paciente
Controle Feminino Masculino Total
Feminino 47 6 53
Masculino 3 58 61
Total 50 64 114
Tabela 3 : Distribuição de pacientes e controles quanto à etnia.
Paciente
Controle Branco Negro Amarelo Total
Branco 83 9 7 99
Negro 13 1 1 15
Total 96 10 8 114
XLIX
XLIX
Tabela 4: Distribuição de pacientes e controles quanto à história familiar de
câncer.
Tabela 5: Distribuição de pacientes e controles quanto ao etilismo.
Paciente
Controle Não Sim Total
Não 35 12 47
Sim 26 41 67
Total 61 53 114
Tabela 6: Distribuição de pacientes e controles quanto ao tabagismo.
Paciente
Controle Não Sim Total
Não 25 36 61
Sim 21 32 53
Total 46 68 114
Paciente
Controle Não Sim Total
Não 36 38 74
Sim 19 21 40
Total 55 59 114
L
L
Tabela 7: Distribuição de pacientes e controles quanto aos alelos estudados.
A presença do alelo G (A/G e G/G) foi encontrado em 33 indiduos do grupo
caso e em 100 indivíduos do grupo controle, evidenciando aumento em três vezes
da freqüência destes alelos na população de pacientes.
Para comparar pacientes e controles quanto a cada uma das características:
de sexo, historia familiar, etilismo, tabagismo e alelos estudados, descritas nas
tabelas acima, dada o pareamento da amostra, aplicou-se o teste de
homogeneidade marginal. Tabela 8, a seguir, resume os resultados obtidos sobre o
estudo de homogeneidade marginal. Verificou-se que pacientes e controles não
diferem quanto a Sexo e Etnia. Com relação às demais características, observamos
que a proporção de pacientes fumantes ou com história familiar de câncer foi maior
que a mesma proporção entre os controles. Ao contrário, a proporção de etilistas foi
maior entre os controles. Entre os controles, predominaram os alelos A/A. Entre os
pacientes a maior proporção foi de A/G ou G/A. Apenas entre os pacientes foram
encontrados casos G/G.
Paciente
Controle A/A G/A ou A/G G/G Total
A/
A/A
9
7
70
2
81
G/A ou
G/A ou A/G
5
2
27
1
33
G/G 0 0 0 0
Total 14 97 3 114
LI
LI
Tabela 8: Resultados da comparação entre pacientes e controles.
Quanto à idade, a observação da tabela 9 aliada à aplicação do teste t de
Student para amostras relacionadas permite afirmar que não diferenças entre os
grupos considerados (p = 0,529).
Tabela 9:
Medidas descritivas da idade dos indivíduos, segundo grupo.
Variável Nível descritivo
Sexo 0,317
Etnia 0,123
História Familiar 0,012
Etilismo 0,023
Tabagismo 0,047
Alelos 0,001
Grupo Média Desvio-padrão
Paciente 58,82 13,76
Controle 58,48 13,06
LII
LII
4.3 Análise de correspondência
Para estudar a associação conjunta dos fatores estudados com a presença
ou ausência da doença, utilizou-se a Análise de correspondência (Greenacre, 1984).
Verificou-se que as características mais ligadas à doença são, nessa ordem: a
presença do alelo G, a hisria familiar de doença e o tabagismo. A inércia
acumulada foi de 67%. O gráfico a seguir ilustra o resultado obtido. (figura 4)
Figura 4: Gráfico da análise de correspondência.
G/?
A/A
Fum
Não Fum
Com HF
Sem HF
Paciente
Controle
-1
-0,8
-0,6
-0,4
-0,2
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1
Componente 1
Componente 2
Paciente
Controle
Tabagista
o tabagista
Com história familiar
Com história familiar
Individuo homozigoto selvagem - alelo A/A
Individuo mutado ou heterozigoto - alelo A/G ou G/G
LIII
LIII
4.4
Comportamento das amostras de pacientes e controle quanto as variáveis
e a freqüência dos alelos
Tabela10: Distribuição de variáveis quanto aos alelos
Variáveis de risco
Alelos
Freqüência
controle
Freqüência
paciente
Tabagismo
A/A
42
11
A/G ou G/A 11 55
G/G 0 2
Etilismo A/A 51 8
A/G ou G/A 17 43
G/G 0 2
Historia Familiar A/A 31 7
A/G ou G/A 10 50
G/G 0 2
Etnia:
Branca A/A 70 11
A/G ou G/A 29 82
G/G 0 3
Negra A/A 11 2
A/G ou G/A 4 8
G/G 0 0
Amarela A/A 0 1
A/G ou G/A 0 7
G/G 0 0
LIV
LIV
4.5 Estudo das Características Ligadas à Doença
A tabela 11, a seguir, descreve o comportamento da amostra quanto a
determinadas características da doença.
Tabela 11. Distribuição da amostra quanto à localização, grau de diferenciação
celular, estadiamento e evolução.
Parâmetro
Porcentagem
Localização
lon Dir
25
21,9
lon Esq 19 16,7
Reto 70 61,4
G de diferenciação Pouco diferenciado 9 7,9
Mod. Diferenciado 77 67,5
Bem diferenciado 28 24,6
T 1 1 0,9
2 18 15,8
3 76 66,7
4 19 16,7
N 0 58 50,9
1 41 36,0
2 15 13,2
M 0 107 93,9
1 7 6,1
I 9 7,9
Estádio II 52 45,6
III 37 32,5
IV 16 14,0
Situação atual Sem doença 40 35,1
Com doença/óbito 74 64,9
LV
LV
4.6 Análise de sobrevincia
As tabelas (12 e 23) a seguir descrevem a associação de cada característica
estudada e a situação atual do doente (com doença ou óbito e sem doença). Não
observamos significância entre as variáveis e evolução da doença.
Tabela 12. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Sexo.
Situação atual
Sexo Sem doença
Com
doença/óbito
Total
Feminino 17 33 50
Masculino 23 41 64
Total 40 74 114
Tabela 13. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Etnia
Situação atual
Etnia Sem doença
Com
doença/óbito Total
Branco 35 61 96
Negro 3 7 10
Amarelo 2 6 8
Total 40 74 114
LVI
LVI
Tabela14. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e História familiar.
Situação atual
Hist. Familiar Sem doença
Com
doença/óbito Total
Não 22 33 55
Sim 18 41 59
Total 40 74 114
Tabela 15. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Etilismo.
Situação atual
Etilismo Sem doença
Com
doença/óbito
Total
Não 21 40 61
Sim 19 34 53
Total 40 74 114
LVII
LVII
Tabela 16. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Tabagismo.
Situação atual
Tabagismo Sem doença
Com
doença/óbito Total
Não 18 28 46
Sim 22 46 68
Total 40 74 114
Tabela 17. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Alelos.
Situação atual
Alelos Sem doença
Com
doença/óbito
Total
A/A 8 6 14
G/A ou A/G 31 66 97
G/G 0 3 3
Total 40 74 114
LVIII
LVIII
Tabela 18. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Grau de
diferenciação.
Situação atual
Grau de diferenciação Sem doença
Com
doença/óbito
Total
Pouco diferenciado 2 7 9
Mod. Diferenciado 27 50 77
Bem diferenciado 11 17 28
Total 40 74 114
Tabela19. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Localização.
Situação atual
Localização Sem doença
Com
doença/óbito Total
Reto 22 48 70
lon Esq 7 12 19
Cólon Dir 11 14 25
Total 40 74 114
LIX
LIX
Tabela 20. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Classificação T.
Situação atual
T Sem doença
Com
doença/óbito
Total
1 1 0 1
2 7 11 18
3 27 49 76
4 5 14 19
Total 40 74 114
Tabela 21. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Classificação N.
Situação atual
N Sem doença
Com
doença/óbito
Total
0 21 37 58
1 15 26 41
2 4 11 15
Total 40 74 114
LX
LX
Tabela 22. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Classificação M.
Situação atual
M Sem doença
Com
doença/óbito Total
0 40 67 107
1 0 7 7
Total 40 74 114
Tabela 23. Distribuição dos pacientes quanto a Situação atual e Estadiamento.
Situação atual
Estadiamento Sem doença
Com
doença/óbito
Total
I 1 2 3
II 19 33 52
III 20 32 52
IV 0 7 7
Total 40 74 114
LXI
LXI
Tabela 24. Resultados do estudo da associação entre cada variável e a
situação atual, isoladamente.
Variável Nível descritivo
Sexo 0,830
Etnia 0,759
História familiar 0,289
Etilismo 0,874
Tabagismo 0,457
Alelos 0,145
Grau de diferenciação 0,664
Localização 0,686
T 0,483
N 0,764
M 0,094
Estadiamento 0,495
Para estudar a associação conjunta das variáveis acima descritas e da
situação atual, empregou-se o modelo de riscos proporcionais de Cox. No modelo
incluindo Sexo, Etnia, História familiar, Etilismo, Tabagismo, Alelos, Grau de
diferenciação, Localização e Estadiamento, obtiveram-se os resultados presentes na
tabela a seguir. Os indiduos com estádio III tiveram a tendência a ter pior evolução
(Tabela 24).
LXII
LXII
Tabela 25. Resultados do primeiro modelo ajustado.
Estadiamento Coeficiente
Nível
descritivo
Risco
relativo
Intervalo de
confiança
II -0,802 0,107 0,449 0,169 1,190
III -0,935 0,066 0,392 0,145 1,063
IV 0,314 0,554 1,369 0,484 3,870
Figura 5. Funções de sobrevivência estimadas pelo modelo de Cox, segundo o
estadiamento da doença.
Tempo de acompanhamento (meses)
12010896847260483624120
Fu
ão
de
so
bre
viv
ên
cia
1,0
,9
,8
,7
,6
,5
,4
,3
,2
,1
0,0
Estadiamento
IV
III
II
I
Removendo-se o Estadiamento do modelo, apenas a variável Etnia mostrou-
se relacionada à sobrevida/intervalo livre de doença dos pacientes, da forma descrita
na tabela 25.
LXIII
LXIII
Tabela 26. Resultados do modelo ajustado, excluindo-se a variável estadiamento.
Estadiamento Coeficiente
Nível
descritivo
Risco
relativo
Intervalo de
confiança
Negro -0,683 0,158 0,505 0,195 1,305
Amarelo 0,958 0,031 2,608 1,091 6,231
Figura 6. Funções de sobrevivência estimadas pelo modelo de Cox, segundo a
etnia dos pacientes.
Tempo de acompanhamento (meses)
12010896847260483624120
Função de sobrevivência
1,0
,9
,8
,7
,6
,5
,4
,3
,2
,1
0,0
Raça
Amarelo
Negro
Branco
LXIV
LXIV
A partir dos resultados apresentados, pode-se afirmar que a mortalidade foi
maior entre os indivíduos de etnia amarela. Os negros e brancos mostraram
sobrevivência maior que os amarelos, porém foram iguais entre si.(figura 6)
LXV
LXV
Discussão
______________________________________________________________________
LXVI
LXVI
5. Discussão
O ncer colorretal é uma doença multifatorial, contribuem para o seu
desenvolvimento os hábitos alimentares, sociais como o tabagismo, e a
predisposição genética (Jong et al, 2002).
Estudos recentes demonstraram associação entre o tabaco e a dieta com o
risco de desenvolvimento de câncer colorretal gerando a formão de substratos
carcinógenos que são metabolicamente ativadores da enzima CYP. O gene CYP1A1
é induzido pela enzima aril hidrocarbono hidroxilase (AHH) responsável pela
ativação de hidrocarbonetos policiclicos aromáticos (PAHs), carcinógeno presente
no cigarro (Terry et al, 2002; Inoue et al, 2000; Persson et al, 1997; Colon et al;
1999).
Existem dois polimorfismos associados ao gene CYP1A1, a transição de
TC na região 3na região não transcrita, no sitio de restrição MspI e outra na
transição de A G gerando a substituição de uma valina por uma isoleucina, no
códon (Ile462Val, exon 7) (Slattery et al, 2004). O polimorfismo da variante Ile462Val
tem maior importância devido a sua associação com o aumento da indução do gene
CYP1A1 e posterior ativão de carcinógenos. Person et.al (1997) destacaram as
diferenças funcionais entre os dois polimorfismos. A substituição da Ile para Val seria
acompanhada de diferenças no metabolismo e bioativação de carcinógenos, com
maior potencial de desenvolvimento do ncer.
Quatro mutações pontuais foram descritas no gene CYP1A1 e dois
polimorfismos, no sítio de restrição da enzima MspI e outro na região codificadora
dos aminoácidos Ile-Val. No polimorfismo MspI são três os genótipos possíveis: A
(ml/ml), B (ml/m2) e C(m2/m2). No polimorfismo Ile-Val são três os possíveis
genótipos que codificam as seqüências de aminoácidos Ile/Ile, Val/Ile e Val/Val (Bale
et al, 1987; Nakashi et al, 1991; Crofts et al, 1994; Cascorbi et al, 1996). Os autores
comentam em seu estudo uma diferença étnica ou racial na freqüência de mutações
do alelo Ile-Val, especificamente em japoneses aonde existe uma freqüência maior
do que em caucasianos.
LXVII
LXVII
O objetivo central deste estudo foi analisar a relação entre os fatores de
risco para o desenvolvimento do câncer colorretal e o polimorfismo do gene
CYP1A1. Para tanto foram aplicadas ferramentas moleculares, técnicas de reação
em cadeia de polimerase (PCR) e análise do polimorfismo por enzima de restrição
(RFLP) e posterior eletroforese para a analise dos resultados.
Na primeira parte do trabalho, realizamos um processo de seleção de
pacientes e coleta de dados, que foi relevante para caracterizar o grupo de estudo e
o grupo controle, tornando possível relacionar o perfil social dos indivíduos com as
características da doença. Com esta finalidade, todos os pacientes foram
entrevistados e os prontuários foram consultados para obtenção das informações
relativas ao estadiamento da doença, grau de diferenciação, data do diagnóstico e
situação atual na última consulta (com doença, sem doença). O grupo controle,
constituído de pacientes ambulatoriais sem câncer foram selecionados e submetidos
à entrevista de forma semelhante ao do grupo caso.
Entre os 114 indivíduos com câncer estudados, a prevalência foi semelhante
em ambos os sexos, sendo mais comum após a 5ª. década assim como foi
descrito por outros autores (Greenlee et al, 2000), sendo que setenta e seis por
cento tinham mais que 50 anos. Estudos de estimativa publicados pelo INCA
descrevem que a maioria dos doentes tem entre 50 e 70 anos (INCA.gov.br, 2005).
Quanto ao estádio clínico, a maioria dos doentes era estádio II ou III (91%), sendo
que os demais eram estádio I, doença inicial ou IV, doença metastática. Estes
percentuais também são descritos por outros estudos (Greenlee et al, 2000), o
mesmo se verificando quando avaliamos o grau de diferenciação do tumor, a grande
maioria dos tumores era bem ou moderadamente diferenciado (92%) (Huban,1998).
Observamos que 52% dos pacientes do grupo caso apresentavam algum
tipo de história familiar, o oposto foi observado entre os indivíduos do grupo controle,
onde apenas 35% dos indiduos tinham este antecedente, sendo esta diferença
significante (p=0,012). Grover et al (2004) compararam a historia familiar através de
consultas médicas e verificaram que 50% dos mesmos apresentavam algum tipo de
antecedente de câncer na família, no entanto apenas 17% apresentaram correlação
entre história famíliar e alteração genética.
LXVIII
LXVIII
Estudos mais recentes mostram que 10% a 15% de todos os pacientes com
CCR têm historia familiar da doença caracterizada como HNPCC, câncer colorretal
hereditário não poliide quando se levam em conta apenas os critérios de
anamnese estabelecidos na reunião de Amsterdã II ou ainda antecedentes de
polipose adenomatosa familiar (Bleiker et Al, 2005). Estas doenças estão associadas
a alterações gênicas que foram identificadas na última década (Bronnor
et.al.,1994; Luo et al,2005;).
Quando estudamos o etilismo como fator de risco, notamos que o perfil dos
pacientes e controles diferiu de maneira oposta ao observado em relão à história
familiar, pois 47% dos pacientes e 59% dos indivíduos do grupo controle eram
etilistas. Muitos estudos também o encontraram maior risco de câncer entre os
etilistas, assim como não foi descrito que o álcool seja um fator protetor para esta
doença. Apesar se tratar de um substrato carcinógeno e ativador das enzimas da
família CYP, o CYP2E1, mas não o CYP1A1 metaboliza numerosos compostos, é
induzido por alguns substratos como o etanol e é ativado por compostos como N-
nitrosaminas, benzeno e outros. Esta enzima é associada à atividade catalítica, e é
expressa nos tecidos extra-hepáticos (Gonzalez ,Gelboin, 1993). Polimorfismos do
CYP2E2 foram descritos em tumores de esôfago e estômago onde o álcool é um
importante fator de risco (Gao et al, 2002). Não observamos na literatura estudos
sobre polimorfismos do CYP1A1 e etilismo (Gonzalez, Idle,1994). Acreditamos que o
percentual menor de etilistas entre os indivíduos do grupo caso possa ser decorrente
da inibição do doente em declarar aos seus cuidadores fazer uso do álcool e
portanto ter hábitos que possam torná-lo mais suscetível à doença.
Em relação ao tabagismo observamos que 60% dos pacientes e 36,5% dos
indivíduos do grupo controle fumavam ou tinham fumado, sendo o tabagismo mais
freqüente entre os doentes com câncer colorretal (p=0,047).
Chao Ann et al (2000) descreveram que existem no tabaco 55 tipos de
carcinógenos, incluindo os PAHs, as aminas heterociclicas aromáticas e as N-
nitrosaminas. Estudos epidemiológicos têm constantemente associado o tabagismo
ao risco de adenoma colorretal (Terry et al, 2002), sustentada na identificação dos
numerosos compostos carcinógenos presentes no tabaco e na possibilidade do
LXIX
LXIX
efeito direto destes compostos nos tecidos do trato digestivo e/ou por via sistêmica.
uma correlão entre o risco de adenoma e o número de cigarros/dia assim
como o período que o indivíduo fumou. Períodos maiores que 20 anos aumentam o
risco em 2 vezes e após 40 anos em 4 a 5 vezes (Giovannucci, 2001). Apesar da
associação entre tabagismo e risco de adenoma colorretal, nem sempre se observa
uma associação entre o tabaco e o risco de câncer colorretal. (Starterlry,1997). Uma
possível explicação seria o tempo necessário para que se desenvolvesse um câncer
a partir do adenoma. Os estudos que mostraram associação entre câncer colorretal
e fumo mostram um risco inferior a dois (Giovannucci, 2001). Uma hipótese seria
que o tabaco agiria mais como um iniciador do que como um promotor para o câncer
colorretal (Inoue et al, 2000).
Em um estudo epidemiológico com 18,447 indivíduos com idade media de
55-64 anos Robb et al (2004), investigaram a associação entre os fatores físico-
sociais e demográficos e o risco para desenvolver câncer colorretal. Os resultados
mostraram que indivíduos mais idosos do sexo masculino apresentaram um risco
menor. Entretanto os tabagistas, sedentários, com história familiar de câncer
colorretal, e maior nível de ansiedade, tinham maior risco para desenvolver a
doença.
O aumento de risco de adenomas ou mesmo de câncer entre os tabagistas
parece bem esclarecido, contudo o mecanismo pelo qual este evento ocorre é ainda
motivo de novas pesquisas (Inoue et al., 2000). Alterações genéticas herdadas ou
provocadas pelo tabaco podem ser uma das hipóteses.
Em ncer de pulmão, o polimorfismo envolvendo enzimas que ativam
carcinógenos como os PAHs, relacionadas ao tabaco, no gene CYP1A1 tem sido
associado ao maior risco de desenvolvimento desta doença. Foram pesquisados em
217 indivíduos com câncer de pulmão e 404 indivíduos controles. Três polimorfismos
do gene CYP1A1 foram estudados: MspI, IleVal e Thr. Como resultado
encontraram elevado risco para câncer de pulmão associado ao polimorfismo MspI,
Evidenciaram também a correlação dos polimorfismos dos genes CYP1A1, no sitio
MspI do gene e do GSTM1, em indivíduos da etnia amarela e tabagistas, à presença
LXX
LXX
de adenoma colorretal. A presença de adenomas no cólon distal foi maior nos com
polimorfismo do gene CYP1A1 com genótipo G/G (Song et al., 2001).
Recentemente, Slaterry et.al, (2004) analisaram a associação dos
polimorfismos do gene CYP1A1 e o tabaco em uma população com câncer
colorretal. Os autores descreveram que o tabaco gerou um aumento modesto de
risco para este câncer, no entanto este risco foi duas vezes e meio maior entre os
tumores com mutação de pelo menos um alelo neste gene. Estes autores ao
contrário do estudo anterior não observaram correlação entre risco e localização do
tumor no cólon. A possível hipótese para esclarecer o maior risco seria o aumento
da ativação de hidrocarbonetos policiclicos aromáticos decorrente da presença do
alelo variante do CYP1A1 somado à diminuição da capacidade de detoxificar os
PAHs, decorrente do genótipo GSTM-nulo. Uma segunda hipótese seria a
modificação do genótipo CYP1A1 pelos efeitos do tabaco e a influência dos genes
CYP1A1, no gene GSTM1 (metabolizador) e NAT2 (acetilador).
Sivaraman et al, (1994) destacaram a importância critica do CYP1A1 para o
metabolismo dos PAHs, inativando as enzimas que convertem PAHs na forma de
carcinógeno ligando–se ao DNA. Descreveram um desequilibro no CYP1A1 humano
na região 3’ terminal no resíduo 462 no exon7 desencadeando uma mutação de
adenina para uma guanina, resultando em uma substituição de uma isoleucina por
uma valina na região heme do gene CYP1A1 acarretando aumento da atividade
enzimática. Esse polimorfismo é mais comumente freqüente em japoneses que
caucasianos. Por método de PCR foi estudado a freqüência do polimorfismo MspI 3’
e mutações no exon 7(ile-val) em 43 pacientes com adenocarcinoma in situ e 129
controles em uma população japonesa e havaina. Foi estatisticamente significante a
associação entre ncer colorretal in situ e o genótipo mutante MspI nos indivíduos
japoneses e havaianos. Resultado similiar foi observado em relão ao genótipo G/G
comparado aos outros genótipos na população japonesa, sugerindo uma associação
entre o câncer de colorretal e o genótipo mutante homozigoto nesta população.
Para estudo do polimorfismo, avaliamos a separação eletroforética das
bandas conforme o peso molecular das mesmas. Desta maneira, verificamos que
85% dos pacientes apresentaram o alelo A/G, heterozigoto onde apenas um dos
LXXI
LXXI
alelos sofre a transição AG, gerando a substituição do aminoácido valina por uma
isoleucina; 12,2% dos pacientes apresentaram os alelos A/A, homozigoto tipo
selvagem, o ocorrendo o polimorfismo e apenas 2,6% dos pacientes
apresentaram o alelo G/G, homozigoto mutado, onde ocorre a presença do
polimorfismo nos dois alelos. No grupo controle, ao contrário, observamos que 29%
dos indivíduos apresentaram alelo A/G e 56,2% alelo A/A. Em relação aos alelos
G/G, estes foram encontrados somente entre os pacientes, embora em um
percentual pequeno. Estas diferenças entre os grupos foram estatisticamente
significantes. Entre as variáveis estudadas observamos que o alelo G foi a principal
variável associada à doença.
Observamos que os indivíduos da etnia amarela tiveram pior prognóstico.
Estudos americanos observaram pior evolução do câncer colorretal nos indivíduos
da etnia negra, e atribuem este fato ao baixo nível sócio-econômico desta população
e a desinformação quanto aos sintomas da doença fazendo com que esta seja
diagnosticada em fase avançada. Na amostra estudada, não observamos diferenças
sócio-econômicas entre os indivíduos estudados. Em relão ao estádio clínico,os
indivíduos da etnia amarela eram estádio I em 4, II em em 3 e em apenas um o
estádio era IV. Ao estudarmos o polimorfismo do gene CYP1A1, verificamos que o
polimorfismo em um alelo (A/G ou G/G) ocorreu em 87,5%. No entanto não
encontramos na literatura ou mesmo neste estudo correlação entre polimorfismo e
pior evolução.
Tsuchiya et al (2003) investigaram a relação entre a concentração das
dioxinas, uma vez que a concentração elevada desta substância na alimentação dos
japoneses assim como a exposição a outros poluentes qmicos, e o polimorfismo
do gene CYP1A1. Bale et al, (1987); Nakashi et al, (1991); Crofts et al, (1994);
Cascorbi et al,(1996) encontraram uma diferença étnica ou racial na freqüência de
mutações do alelo Ile-val, sendo que em japoneses observaram uma freqüência
maior do que em caucasianos.
Iwasada et al. (2004) referem que são poucos os estudos investigativos de
mortalidade de imigrantes japoneses no Brasil, embora exista uma grande
população de imigrantes japoneses. O autor comenta que a mortalidade por câncer
LXXII
LXXII
em imigrantes japoneses é maior no Brasil quando comparada a descrita nos
Estados Unidos, no entanto não difere da mortalidade de japoneses no Japão.
Em relação ao estádio clínico verificamos que os indivíduos com doença
mais avançada tiveram pior evolução. Conforme descrito em vários estudos
anteriores, o estádio clínico ainda é o melhor parâmetro para definir prognóstico.
Métodos de rastreamento de câncer com finalidade de permitir o diagnóstico
precoce da doença, assim como de lesões pré-cancerosas podendo
consequentemente reduzir a mortalidade vem sendo alvo de estudos clínicos. Nos
indivíduos sem história familiar, o toque retal, a pesquisa de sangue oculto, a
colonoscopia periódica após os 50 anos reduz a mortalidade. Nos indivíduos com
história familiar a detecção de alterações genéticas ou colonoscopias anuais
permitem o diagnóstico da doea em fase inicial, alem da retirada de lesões pré-
neopásicas com é o caso dos adenomas (Bleiker et. al.2005)
O impacto do polimorfismo genético e a sua possível correlação com a maior
susceptibilidade no desenvolvimento do câncer tem despertado um interesse
particular, principalmente quando associado às enzimas ativadoras de carcinógenos
do tabaco.
Nesta ultima década muita pesquisas tem se concentrado na identificação
gênica e sua relão na etiologia do câncer. Um interesse particular tem sido
desenvolvido em relação ao desenvolvimento do câncer e exposição a diversos
agentes ambientais e a associação com os diferentes polimorfismos. Diferentes
mecanismos de absorção e detoxificação frente a alguns carcinógenos podem ser
mediados por genes específicos. Mutões específicas no gene podem gerar
aumento ou diminuição do risco tornando de grande importância o desenvolvimento
de estudos de analise genética na tentativa de compreendermos melhor esses
mecanismos.
Definir fatores de risco ambientais e genéticos poderão permitir estratégias
preventivas para a população de maior risco, com estabelecimento de um público
alvo com economia dos recursos públicos e privados.
LXXIII
LXXIII
Conclusão
____________________________________________________________
LXXIV
LXXIV
6. Conclusão
A característica mais ligada à doença foi a presença do alelo G. Observou-
se um aumento da proporção em três vezes do alelo A/G e G/G entre o grupo de
pacientes com câncer colorretal em relação ao grupo controle. Sugerindo que a
enzima CYP1A1 possa ser um marcador de risco para a doença.
1. O uso do tabaco e historia familiar positiva foram mais freqüentes entre os doentes
com câncer. .
2. Não foi encontrada correlão entre o polimorfismo e sexo, grau de diferenciação,
estádio ou evolão da doença.
LXXV
LXXV
Anexos
_______________________________________________________
LXXV
I
LXXVI
Anexo1
Termo de consentimento – grupo controle
(Projeto Estudo do polimorfismo do gene CYP1A1)
O senhor (a) está sendo admitido(a) para o tratamento de _______________________.
Como parte de seu tratamento, você será submetido a um exame de sangue. Este sangue
será utilizado em exames laboratoriais, necessários para um diagnóstico definitivo.
Para obter um maior conhecimento clínico e científico sobre o câncer, o corpo cnico
deste hospital desenvolve pesquisa clínica científica. Por meio desta pesquisa será
possível conhecer melhor os mecanismos das doenças e, portanto, oferecer novas
possibilidades de diagnóstico e tratamento. Ainda mais, este trabalho envolve a busca de
novas alterações genéticas.
Para este estudo será necessário comparar os resultados obtidos de pacientes que
possuam câncer com aqueles que não possuam câncer, como o senhor(a). Por isso,
você está sendo convidado a participar deste estudo, perante sua autorizão para
realização de coleta de sangue para exames laboratoriais de pesquisa científica. O uso
deste material não implicará em riscos adicionais para você, nem exigirá que se submeta
a qualquer procedimento adicional. Este projeto de pesquisa foi aprovado no Comitê de
Ética em pesquisa do Hospital São Paulo, de acordo com o processo n° 0805/02, e todo
estudo que vier a utilizar este material será previamente apresentado à apreciação desse
Comitê.
Todo material colhido e usado nesta pesquisa será identificado no laboratório por códigos
e, portanto, sua privacidade e identidade serão preservadas. A eventual inclusão dos
resultados em publicação científica será feita de modo a manter o anonimato do paciente.
Concordando com o uso deste material, do modo descrito, é necessário esclarecer que o
senhor(a) o terá benefícios ou direitos financeiros sobre os eventuais resultados
decorrentes da pesquisa. Se você não concordar em permitir o uso deste material para a
pesquisa, sua decisão não influenciará, de nenhum modo, o seu tratamento.
Assinatura do(a) paciente ou representante legal: _____________________________
Nome do(a) paciente:___________________________________________________
RG do prontuário:______________________________________________________
Pesquisador responsável: _______________________________________________
LXXVII
LXXVII
Anexo2
Termo de consentimento - grupo paciente
(Projeto Estudo do polimorfismo do gene CYP1A1)
O CCR tornou-se um grande desafio para oncologistas e pesquisadores do mundo
inteiro, devido sua alta taxa de incidência e mortalidade. Entretanto, nos últimos
trinta anos foi evidenciado redução destes índices, atribuído ao aprimoramento de
métodos diagnósticos, surgimento de novas drogas e modalidades terapêuticas, e
mais recentemente, a descobertas e conhecimento dos fatores genéticos envolvidos.
Trabalhos científicos relacionam uma série de alterações genéticas que envolvem o
polimorfismo com o câncer. A enzima CYP1A1, localizada no citocromo P 450
(CYP1A1) na população brasileira com câncer colorretal.
Este projeto de pesquisa foi aprovado no Comide Ética em pesquisa do Hospital
São Paulo, de acordo com o processo n° 0805/02, e todo estudo que vier a utilizar
este material será previamente apresentado à aprecião desse Comitê.
Todo material colhido e usado nesta pesquisa será identificado no laboratório por
códigos e, portanto, sua privacidade e identidade serão preservadas. A eventual
inclusão dos resultados em publicação científica será feita de modo a manter o
anonimato do paciente.
Concordando com o uso deste material, do modo descrito, é necessário esclarecer
que o senhor(a) não terá benefícios ou direitos financeiros sobre os eventuais
resultados decorrentes da pesquisa. Se você não concordar em permitir o uso deste
material para a pesquisa, sua decisão não influenciará, de nenhum modo, o seu
tratamento.
Assinatura do(a) paciente ou representante legal: _____________________________
Nome do(a) paciente: ____________________________________________________
RG do prontuário:_______________________________________________________
Pesquisador responsável: ________________________________________________
LXXVIII
LXXVIII
Anexo 3
Ficha de entrevista –Grupo paciente
Estudo do gene CYP1A1em pacientes portadores de ncer colorretal
Registro: _____
Nome do paciente: ___________________________________________________
RG: __________ etnia: ________ Idade: _____ sexo: F( ) M( )
End: _______________________________________________________________
Tel: ________________________________________________________________
Dados Clínicos:
Diagnóstico: _________________________________________________________
Localizacão: _________________________________________________________
Estádio Clínico: _______________________________________________________
Dukes: A ( ) B ( ) C ( ) D ( )
Data do estadiamento: ___________________________
Data da ultima consulta: __________________________
C/ doença ( ) s/ doença ( ) acomp. ( ) óbto ( ) Data do óbto : ____________
Profissão: ___________________________________________________________
História familiar: ______________________________________________________
Tabagista sim( ) não ( )
Idade começou: ___________ idade que parou: _________________________
Etilista sim( ) não (
)
Idade começou: ___________ idade que parou:
_____________________
Outras drogas: sim( ) o ( )
Idade começou: ___________ idade que parou: _________________________
Hábitos alimentares:
Fibras: sim ( ) o ( )
Carne vermelha: sim ( ) não ( )
Gordura: sim ( ) o ( )
Amostra:
Sangue venoso: sim( ) não( ) data vol: ( )
LXXIX
LXXIX
Anexo 4
Ficha de entrevista –Grupo paciente
Estudo do gene CYP1A1 em pacientes portadores de câncer colorretal
Registro: _____
Nome do paciente: _______________________________________________________________
RG: ____________ etnia: _________ Idade: _____ sexo: F( ) M( )
Diagnóstico:
___________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
End: ___________________________________________________________________
Tel: ____________________________________________________________________
Profissão: _______________________________________________________________
História familiar: __________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Tabagista sim( ) não ( )
Idade começou: ___________ idade que parou: _________________________
Etilista sim( ) não (
)
Idade começou: ___________ idade que parou:
_____________________
Outras drogas: sim( ) o ( )
Idade começou: ___________ idade que parou: _________________________
Hábitos alimentares:
Fibras: sim ( ) o ( )
Carne vermelha: sim ( ) não ( )
Gordura: sim ( ) o ( )
Amostra:
Sangue venoso: sim( ) não( ) data vol: ( )
LXXX
LXXX
Anexo 5
Tabela de dados e resultados do GrupoControle
controle sexo
etnia
idade
hist fam Etilismo
tabaco alelos
A C F M N 60 S S N A/A
A C F M B 60 N N S A/A
A CF M B 60 N N S A/A
A CS F B 71 S N N A/G
A F S M B 69 N S S A/A
A FS M B 73 N S S A/A
A FS M B 69 N S S A/A
A J F M B 54 S S S A/A
A N S M B 64 N S N A/G
A F B F B 72 S N N A/A
A S B M N 58 N N N A/A
ABF M B 5S N S S A/A
AFS M B 69 S S S A/A
AFS F B 67 S N S A/A
AFS M B 67 N S S A/A
AS F N 57 N S N A/A
AS M B 69 S S N A/A
ASFV M B 82 N S S A/A
B M A F B 77 N N N A/G
BMSC F N 56 S N N A/A
C A F B 66 S N N A/G
C C M B 72 S N S A/G
C C C G F B 39 S N S A/A
C C C G F B 39 S N S A/A
CFB M B 51 N S S A/G
CF F B 70 N N N A/A
CR V S M B 34 N S N A/A
D F S F B 73 S N N A/A
D G S F B 51 N N S A/A
DAP F B 40 S S S A/A
E C J F B 58 N N N A/A
E E M B 68 N N N A/A
E L M M B 64 N S S A/A
E F G M N 47 S S N A/A
E P M B 26 N S N A/A
EFF F B 28 N S S A/A
EMP F B 46 S S N A/A
F F M B 75 S N N A/G
F M S M B 43 N S N A/G
FNV F B 53 N S S A/G
G A P M B 38 S S S A/A
G P M B 43 N N N A/G
GR F B 51 N N N A/G
LXXXI
LXXXI
Continuação da Tabela de dados e resultados do Grupo Controle
controle sexo etnia idade hist fam
Etilismo tabaco alelo
GR F B 51 N N N A/G
H G F B 73 N S S A/A
I B S F B 61 S N N A/G
I F C M B 61 N N N A/A
IMS F B 72 N N N A/A
J A F F B 47 S N S A/A
J B M N 50 N S S A/A
J B D M B 64 N S S A/A
J BM M B 72 N S S A/A
J J F M B 50 N N S A/A
J M A M B 62 S N N A/A
J N N F B 69 S N N A/A
J N Q F B 51 S S N A/A
J P R F B 68 N N N A/G
J S M B 63 S S N A/A
J S S M B 70 N S S A/A
J V F M B 45 N N S A/G
JB M B 64 N S S A/A
JDAB F N 68 N N N A/A
JG J M B 39 N S S A/G
JS S M N 61 S N N A/G
L SS F B 57 N N N A/A
M A L F B 63 S N N A/A
M A S F B 35 N N N A/G
M A S F N 36 N S S A/G
M CB F B 78 N N N A/A
M DF F B 67 N S N A/G
M E G M B 63 N S N A/A
M F S M B 61 N S N A/A
M G S F N 44 S N N A/A
M IHG F B 80 N S N A/A
M J M B 72 N S S A/A
M J A F B 72 N N N A/G
M LF F B 47 S S S A/A
M M M B 86 N S N A/A
M M M B 86 N S N A/A
M NS M B 49 S S N A/A
M R P M B 64 S S N A/G
M R P M B 62 S S N A/G
M V S F B 62 N N S A/A
MCSS F B 64 N N S A/A
MER F B 65 N N S A/A
MGM F N 32 S S S A/A
MHM F B 62 S N N A/A
MJ L F N 69 N N N A/A
LXXXII
LXXXII
Continuação da Tabela de Dados e Resultados do Grupo Controle.
controle sexo
etnia idade
hist fam
Etilismo tabaco alelo
MJ L F N 69 N N N A/A
MMSS F B 5S N S S A/A
MPA F B 47 N S S A/G
MR M B 67 N S S A/A
N M M B 48 N S S A/G
N M F F B 49 S N N A/G
NB M B 75 N S N A/G
F F M B 57 S N N A/A
FS F B 60 N S N A/G
P G M B 63 N S S A/A
PPS F B 63 S S S A/A
R C S M B 42 N S N A/A
RCBS F N 3S S S S A/G
S B S 0 B 40 N N S A/G
S J R M B 54 N S N A/A
S J S M B 50 N S S A/G
S M G F B 6S N N N A/G
SD M B 7S N S S A/A
SJVF M B 47 N S N A/A
T F S F B 69 S S S A/A
TFS M B 79 N S S A/A
V R S M B 52 N S S A/A
V S F M N 57 N N N A/A
VCA M B 62 S S S A/A
WRCF M N 42 N S N A/G
Z B F B 47 N S N A/G
ZB F B 47 N S N A/A
Legenda:
F – feminino
M masculino
S - sim
N – não
S/D sem doença
C/D – com doença
A/G – heterozigoto
A/A homozigoto (selvagem)
G/G – homozigoto (mutado)
83
83
Anexo 6
Tabela de Dados e Resultados do Grupo Estudo
Paciente sexo
etnia
Idade
Hist.
Fam Etilimo
tabagismo
Alelos Estadio Situação atual
Data do
estadiamento
AAG M B 53 S S S A/G 2 S/D 27/01/2003
AAS M B 56 S S S A/G 3 S/D 07/10/2002
AB M B 71 S S S A/A 2 S/D 26/02/2001
ABR M B 66 S N S A/G 3 C/D 15/06/2002
AC M B 60 N N N A/G 2 C/D 10/08/1998
ACC F B 57 S N N A/G 2 S/D 03/08/2001
ACF M B 82 N S S A/G 2 C/D 16/01/2001
ACS M B 60 N S N G/G 2 S/D 07/11/1998
ADV M B 69 N S S A/G 3 C/D 11/03/2002
AFBA M B 54 N S S A/G 2 C/D 17/06/2003
AFC F B 81 S N N A/G 2 C/D 15/07/2003
AJF M B 63 S S S A/G 3 C/D 18/10/1999
AJS M B 64 N N S A/G 3 C/D 10/03/2000
ALP M B 76 S S S A/A 3 C/D 06/07/2002
AMB F B 47 S N S A/G 2 C/D 11/08/2002
APN M B 68 S N S A/G 2 C/D 28/01/2002
APT M B 75 S S S A/A 3 S/D 14/03/2001
ARE M B 64 N N N A/G 3 S/D 04/05/1998
ARR F B 65 S N N A/G 2 C/D 19/04/2003
ARS M N 52 N N N A/G 3 S/D 23/01/2002
ASM M B 47 S S S A/G 2 C/D 23/09/2002
AT M B 58 S N S A/G 3 C/D 30/01/2003
AZC M B 67 N N N A/G 2 S/D 15/11/1998
BARR M B 38 S S S A/G 3 S/D 22/03/2002
CAL F B 64 S N N A/G 2 S/D 10/07/1998
CE M N 43 N N N A/G 4 C/D 20/06/2001
CPL F B 67 N S S A/G 3 C/D 14/03/2001
CVL M B 68 S S S A/G 4 C/D 15/05/2000
DPF F B 70 N N N A/G 3 S/D 06/07/2002
DR F B 68 N N S A/G 3 S/D 10/07/2000
84
84
Paciente sexo
etnia
Idade
Hist.
Fam Etilimo
tabagismo
Alelos Estadio Situação atual
Data do
estadiamento
E C G F B 71 N N N A/G 2 C/D 13/09/2001
EA M B 85 S S S A/G 2 S/D 28/05/2001
EA M B 85 N N S A/G 3 C/D 21/07/2002
ECS M B 71 N N S A/G 2 C/D 04/05/1998
EM M B 62 S N S A/G 2 C/D 06/04/2000
EM M B 61 S S S A/G 2 C/D 11/09/2002
ER M B 61 N S S A/G S S/D 17/09/2002
ES M B 57 S S S A/G 3 S/D 29/03/1998
ESJ F B 74 N N N A/G 3 C/D 14/11/2001
ESM F N 63 N N N A/G 3 C/D 11/05/2002
FEB M B 66 N S S A/A 2 S/D 23/09/2002
GC F B 69 N N S A/G 2 C/D 26/02/2001
GPG M N 50 S N S A/A 3 C/D 14/02/2002
GPS F N 44 S N S A/A 3 S/D 13/06/2003
GS F B 61 S N N A/G 2 C/D 03/01/2002
I H M A 44 S S S A/A 3 C/D 06/06/1996
IAS F B 40 S N N A/G 2 C/D 17/12/2001
IF F B 70 N N N A/G 2 S/D 20/01/2001
IFVA F B 70 N N N A/G 2 S/D 10/02/2003
IH M A 44 S S N A/G 3 C/D 01/01/2001
IMJ F B 56 S S S A/G 2 C/D 10/071/998
JBS M B 60 S S S A/G 4 C/D 17/01/2000
JCSM M B 70 N N N A/G 3 C/D 12/10/2001
JCSM M B 70 N S S A/G 2 C/D 04/07/2002
JEN M N 65 S S S A/G 2 C/D 14/02/2002
JFL F N 64 S N N A/G 2 C/D 29/04/2002
JLFL M N 65 N S S A/G 2 C/D 25/10/2001
JNB M B 44 N S S A/A 3 C/D 08/08/2002
JPS M B 76 N S S A/G 2 S/D 15/07/2002
JSMC M B 62 S S S A/G 2 C/D 12/04/2002
KAA M B 62 S S N A/G 2 C/D 12/03/2002
KY M A 70 N S S A/G 2 C/D 18/06/2003
85
85
Paciente sexo
etnia
Idade
Hist.
Fam Etilimo
tabagismo
Alelos Estadio Situação atual
Data do
estadiamento
KYK M A 60 N N S A/G 3 C/D 11/06/2002
LAC F B 36 S N N A/G 3 C/D 10/072002
LGV F B 73 S S S A/G 3 C/D 28/09/2002
LJF M B 39 S N S A/G 3 C/D 10/05/2002
LPJ F B 65 S N N A/G 3 C/D 14/09/2003
MABR F B 61 N S N A/G 3 S/D 20/05/2002
MABV F B 60 S S S G/G 3 C/D 19/03/2003
MAC F B 60 N N N A/G 3 S/D 27/01/2002
MACS F B 58 N N N A/A 3 S/D 10/07/2002
MAJ F B 70 S N S A/A 3 S/D 30/06/2003
MAF F B 47 S N N A/G 4 C/D 12/10/2002
MAP M B 76 N S S A/G 2 C/D 13/06/2002
MAS M B 79 S S S A/G 3 C/D 22/02/2002
MCSS F B 35 S N N A/G 2 C/D 10/05/2002
MCSS F B 34 N S S A/G 2 C/D 20/09/200S
MFCF F B 34 N N N A/G 2 C/D 08/02/2002
MJL F B 51 S S S A/G 3 C/D 28/06/1995
MLC F B 61 S N S A/G 3 C/D 26/03/2002
MLRN F B 53 S N N A/G 2 C/D 16/05/2002
MNP F B 52 S S S A/G 3 C/D 02//08/2002
MRC M B 64 N S S A/G 3 C/D 13/09/2001
MRS F B 75 N N N A/G S C/D 28/06/1995
MRS F B 57 S N S G/G 4 C/D 10/04/2002
MT F B 47 S N N A/G 2 S/D 05/09/1998
MTS M B 47 N S S A/G 2 S/D 22/03/200S
MZV F A 79 N N N A/G 4 C/D 30/02/2002
NAC F B 49 N N N A/G 3 S/D 15/06/2003
NSS F N 27 S N N A/G 3 C/D 24/02/2003
NSS F N 27 S N N A/G 3 C/D 24/02/2003
FBS F B 44 N N N A/G 2 C/D 04/10/2002
PFE M B 62 S S S A/G 2 S/D 07/11/2003
R A C F B 44 N N N A/G 2 C/D 02/09/2001
86
86
Paciente sexo
etnia
Idade
Hist.
Fam Etilimo
tabagismo
Alelos Estadio Situação atual
Data do
estadiamento
R A C F B 44 N N N A/G 2 C/D 26/07/2002
RC M B 54 N N S A/G 3 S/D 09/09/2001
RF M B 28 N N N A/A 2 C/D 29/01/2003
RJB M B 60 S S S A/G 3 C/D 15/06/1999
RLS M B 35 S S S A/G 3 C/D 14/02/2003
RMS M B 69 S S S A/G 3 S/D 12/04/2002
RS M N 69 S S N A/G 3 S/D 03/09/1998
RSS F B 69 N N N A/G 3 S/D 13/07/2002
SJ M B 69 N S S A/G 2 C/D 16/11/1999
SMS F B 69 N S S A/A 2 S/D 13/01/2003
ST M B 43 N S S A/G 3 C/D 06/01/2003
TF M A 68 S N N A/G 2 S/D 21/02/2002
TS M A 67 N N S A/G 2 S/D 19/09/1996
TU M A 51 S N S A/G 2 C/D 26/07/2002
VAA M B 47 S S S A/G 2 S/D 06/03/2002
VTS M B 54 N N N A/A 3 C/D 04/05/1998
WA M B 64 N S S A/A 2 S/D 12/01/2001
WC F B 44 N S N A/G S C/D 07/01/2003
WF F B 66 N N N A/G 2 S/D 04/09/2001
ZFM F B 60 S S S A/G 4 C/D 09/10/2002
ZMR F B 52 S N S A/G 3 S/D 19/03/2003
Legenda:
F – feminino
M – masculino
S - sim
N – não
S/D – sem doença
C/D – com doença
A/G – heterozigoto
A/A – homozigoto (selvagem)
G/G – homozigoto (mutado)
87
87
Referências Bibliográficas
___________________________________________________
88
88
Akiyama TE, Gonzalez FJ. Regulaction of P450 gene by liver enriched transcription
factors and nuclear receptors. Biochimica et Biophysica Acta (BBA)-General Subjects
2003; 1619:223-34
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