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Article nº. 1
1. Conhecimento como recurso estratégico
empresarial
2. ANTECEDENTES
3. As organizações brasileiras defrontam-se
hoje
com rapidez e profundas transformações
(políticas, econômicas, sociais, tecnológicas)
dos ambientes nacional e internacional,
associadas a uma crescente competição no
mundo dos negócios e ao surgimento de uma
categoria de clientes conscientizados de seus
direitos a produtos e serviços de alta
qualidade.
4. No Primeiro Mundo, frente a idênticos
desafios, a resposta das organizações-líderes
tem sido um movimento de mudanças em
direção à melhor sintonia com o mercado e à
busca de excelencia, o que se levou à
valorização da informação e da tecnologia da
informação como parte de um elenco de
recursos estratégicos capazes de lhes
propiciar vantagem competitiva diante da
concorrência.
5. Tal movimento fez com que informação,
conhecimento e inteligência se incluíssem
atualmente entre os termos mais freqüentes
da literatura sobre gestão empresarial e que
delas se tenham ocupado autores como
Porter, Drucker, Toffler, Ohmae e Cronin,
considerando tais elementos como recursos
estratégicos e insumos para a gestão das
organizações em ambiente competitivo.
6. Falando especificamente de organizações
industriais, cujas atividades-fim demandam
constantes insumos de informação científica e
tecnológica (ICT), diferentes pesquisas
desenvolvidas e divulgadas por autores
diversos (Orpen, Goldhar, Koenig, Ginman),
a partir de Allen, estabelecem uma relação
direta entre produtividade, inovação e um
livre e vigoroso fluxo de informações intra e
interorganizacionais (in, out, up, down and
accross the organization).
7. CONCEITOS
8. Assim, entende-se hoje como um dos mais
nobres papéis do administrador aquele
relacionado à preservação e ao
desenvolvimento do saber específico de sua
organização em todos os seus setores e níveis
hierárquicos, seja esse saber codificado sob
forma, de dados, documentos, informações e
sistemas, ou personalizado sob forma de
knowhow do especialista dotado de
conhecimento teórico e experiência prática.
Esse saber é hoje reconhecido como um
valioso ativo empresarial que se busca
maximizar (mediante a educação formal,
treinamento e comunicação), registrar
(sob forma de sistemas
arquivos/bibliotecas/centros-de-informação, e
via tecnologia - DBMS/Data based
Management System, MIS/Management
Information System, EIS/Executive
Information System, KBS/Knowledge-based
System, KBDSS/Knowledge-based Decision
Supporting System) e integrar sob uma
GRI/gerência de recursos informacionais
(IRM/Information Resources Management,
função para cujo desempenho em ambiente
tecnológico a IBM ganhou a figura do Chief
Information Officer. (CIO).
9. Vistos isoladamente cada um desses
recursos, dados são considerados fragmentos
da realidade que, codificados/moldados para
a comunicação e o uso de cliente(s)
específico(s), convertem-se
em informação. Prosseguindo nessa
hierarquia qualitativa, conhecimento é
informação com valor agregado, produzida
com pretensão de validade universal,
assimilada pelo indivíduo ou pela
organização e integrada a seu saber
anterior. Por fim, inteligência é o conjunto de
estratégias utilizadas (pelo indivíduo, pela
empresa ou pelo país) para captar, avaliar,
combinar e utilizar eficazmente informações
em decisões e ações necessárias para sua
adaptação às mudanças ambientais, tendo em
vista o alcance de objetivos preestabelecidos;
quando se trata de um pais, denomina-se
"inteligência social", enquanto a expressão
"inteligência (continua...)