Capítulo 4 – Estudo Experimental
48
ambiente. Essa consideração apesar de simplificativa, ao mesmo tempo é conservativa, pois
na prática os excessos dos gases utilizados nos experimentos foram um pouco maiores que
os valores teóricos calculados.
Não foi avaliada a influência da variação da pressão dos gases sobre o desempenho
da célula-combustível, devido à limitação dos rotâmetros da bancada experimental, os quais
não suportam pressões superiores a 100 kPa (manométrica). A temperatura ambiente foi
controlada em 25°C. Como a célula-combustível não tem sistema de resfriamento, o
controle da temperatura de operação foi realizado com o auxílio de um ventilador auxiliar.
Numa primeira etapa, foram realizados testes nas temperaturas de umidificação de
25, 50, 70 e 85°C, associadas às temperaturas de operação de 30, 40, 50, 60, 70°C. Em
cada uma dessas combinações de temperatura, levantou-se a curva de polarização de
Tensão (V) versus Densidade de Corrente (A/cm
2
). Foram também realizados experimentos
sem umidificação nas temperaturas de operação de 30, 40, 50 e 60 °C, com as mesmas
vazões de hidrogênio e de oxigênio.
Em seguida, os experimentos anteriores foram repetidos para uma vazão de
hidrogênio abaixo do recomendado pelo fabricante. A vazão de hidrogênio utilizada foi de
200 ml/min, enquanto que todas as demais condições anteriores foram mantidas. Essa seria
a vazão estequiométrica de hidrogênio necessária, caso não ocorresse perda de carga nos
tubos, válvulas, conexões e umidificador e o gás entrasse na célula na pressão de 50 kPa
(manométrica). Neste caso, não foram feitos testes sem umidificação.
Após estes testes, outros se sucederam com o objetivo de avaliar o problema de
aumento da temperatura da célula durante a operação. Nestes testes, percebeu-se uma
sensível queda na eficiência da célula ao longo do tempo, prejudicando a repetibilidade dos
ensaios, o que levou à necessidade de troca do conjunto membrana-eletrodos.
Após a troca, uma nova bateria de testes foi realizada. Estes testes também foram
realizados com vazões de hidrogênio e de oxigênio de 305 ml/min e de 155 ml/min,
respectivamente. Assim como nos testes anteriores, a pressão dos gases mantida em 50
kPa (manométrica) e a temperatura ambiente estava em 25°C. Os testes foram realizados,
considerando-se temperaturas de umidificação de 30, 40, 50, 60 e 70°C, com temperaturas
de operação de 30, 40, 50, 60 e 70°C.
Para o levantamento das curvas de polarização citadas, os testes foram iniciados
com o circuito aberto (corrente zero), ao qual corresponde uma tensão máxima. Em seguida,
a corrente foi aumentada de 1,0 em 1,0 A até atingir 25,0 A, que é a corrente máxima
suportável pela carga dinâmica. Os dados (tensão e corrente) foram coletados em cada um
desses pontos, considerando um tempo de 90 segundos para que os parâmetros se
estabilizassem em cada ponto.
Para avaliação da influência da variação de temperatura sobre o desempenho da
célula PEM, foi realizado um experimento adicional com vazões de hidrogênio e oxigênio
PDF criado com versão de teste do pdfFactory Pro. Para comprar, acesse www.divertire.com.br/pdfFactory