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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ODONTOLOGIA e CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MPUS DE ARAÇATUBA
AVALIAÇÃO DO MÉTODO DE SUCÇÃO DE ENCÉFALO
DE MORCEGOS (CHIROPTERA, MAMMALIA) PARA
DIAGNÓSTICO DA RAIVA
Juliano Ferreira Gonçales
Biólogo
ARAÇATUBA – SP
2008
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Catalogação-na-Publicação (CIP)
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação – FOA / UNESP
Gonçales, Juliano Ferreira
G635a Avaliação do método de sucção de encéfalo de morcegos
(Chiroptera, Mammalia) para diagnóstico da raiva / Juliano
Ferreira Gonçales. - Araçatuba: [s.n.], 2008
37 f. : il. ; tab.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Odontologia e Curso de Medicina Veterinária, 2008
Orientador: Profa. Adj. Luzia Helena Queiroz
1. Amostra-encéfalo 2. Aspiração mecânica-encéfalo 3. Crânio
4. Chiroptera 5. Técnicas e procedimentos de laboratório
CDD 636.0896
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AVALIAÇÃO DO MÉTODO DE SUCÇÃO DE ENCÉFALO
DE MORCEGOS (CHIROPTERA, MAMMALIA) PARA
DIAGNÓSTICO DA RAIVA
Juliano Ferreira Gonçales
Orientador: Prof. Dra. Luzia Helena Queiroz
ARAÇATUBA – SP
2008
ARAÇATUBA - SP
2008
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia -
Unesp, Campus de Araçatuba,
como parte das exigência
s para a obtenção do
título de Mestre em Ciência Animal (Medicina
Veterinária Preventiva e Saúde Animal).
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
JULIANO FERREIRA GONÇALES - nasceu em Jundiaí - SP no dia 27 de julho
de 1980. É Biólogo registrado no CRBio-1 sob . 56749/01-D. Possui
graduação em Ciências Biológicas pela Faculdade de Filosofia Ciências e
Letras de Penápolis - FAFIPE (2005) e iniciou oficialmente o curso de pós-
graduação (mestrado) em Ciência Animal pela Universidade Estadual Paulista
"Júlio de Mesquita Filho" - UNESP no ano de 2007. Aprovado em concurso
público em 2001 ingressou em 2002 como funcionário da Superintendência de
Controle de Endemias (SUCEN), autarquia vinculada à Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo, com atuação no controle de vetores por meio do uso de
praguicidas. Estagiou, durante 2005 e 2006, na disciplina de Defesa Sanitária
Animal, junto ao Laboratório de Raiva, com destaque no manejo e identificação
de morcegos e diagnóstico laboratorial da raiva. Acompanhou o projeto de
pesquisa com auxílio financeiro da FAPESP (processo 06/01247-6), auxiliando
o mestrando Cristiano de Carvalho nas atividades de campo.
“O prêmio da boa obra é tê-la realizado.”
(Sêneca)
Dedico...
A Deus, que me conduz pela vida de acordo com o Seu projeto de amor.
A minha querida esposa Maria Lucia, pela imensa compreensão, por sempre
acreditar em mim e por seu amor, e à minha filha Ana Laura que é um presente
de Deus em minha vida.
AGRADECIMENTOS
À Faculdade de Odontologia e Curso de Medicina Veterinária da Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESP, Campus de Araçatuba,
pela acolhida.
À Profª. Drª. Luzia Helena Queiroz pela orientação e pela dedicação
demonstrada durante todo o trabalho. Sua presença foi constante e
fundamental para a execução da pesquisa.
À minha mãe, Nadir, meu padrasto Reinaldo, minhas irmãs Camila e Michele,
por tanto carinho, dedicação, confiança e amor incondicional.
À minha sogra, Maria, por sempre ter me motivado durante este mestrado.
À Profª. Ass. Drª. Silvia Helena Venturoli Perri pelo processamento e análise
estatística de parte dos dados.
Ao biólogo Cristiano de Carvalho pela amizade, auxílio e colaboração no
trabalho.
Às funcionárias da biblioteca do Curso de Medicina Veterinária UNESP -
Campus de Araçatuba, Isabel Pereira de Matos, Fátima Maria Metello
Bertolucci e Alexandra Bento pelo carinho e pelas instruções.
Aos professores do curso pelos ensinamentos transmitidos.
E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste
trabalho, muito obrigado.
viii
SUMÁRIO
Página
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 11
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................ 13
3 MATERIAL E MÉTODO................................................................................ 17
4 RESULTADO E DISCUSSÃO ..................................................................... 24
5 CONCLUSÃO............................................................................................... 26
REFERÊNCIAS................................................................................................ 27
APÊNDICE....................................................................................................... 33
AVALIAÇÃO DO MÉTODO DE SUCÇÃO DE ENCÉFALO DE MORCEGOS
(CHIROPTERA, MAMMALIA) PARA DIAGNÓSTICO DA RAIVA
RESUMO - O diagnóstico laboratorial da raiva em morcegos é realizado
utilizando-se, principalmente, o encéfalo do animal suspeito. O objetivo do
presente trabalho foi testar a hipótese de que o método de aspiração com
pipeta plástica (tipo Pasteur) é eficaz na obtenção de encéfalo de morcegos
para a realização do diagnóstico comparado com o método tradicional de
abertura de crânio. Para tanto, estudaram-se quatro espécies diferentes de
morcegos, Molossus rufus (E. Geoffroy, 1805), Molossus molossus (Pallas,
1766), Artibeus lituratus (Olfers,1818) e Myotis nigricans (Schinz, 1821),
totalizando 200 amostras. A quantidade de massa encefálica obtida pelo
método tradicional foi significativamente maior, contudo, o material colhido pela
aspiração foi suficiente para a execução do diagnóstico da doença. Ambos os
métodos detectaram indivíduos positivos, sendo que o todo de aspiração
teve a vantagem de preservar o crânio possibilitando melhor identificação das
espécies.
Palavras-chave: Amostra encéfalo, aspiração mecânica encéfalo, crânio,
Chiroptera, técnicas e procedimentos de laboratório
EVALUATION OF SUCTION METHOD OF BAT BRAIN (CHIROPTERA,
MAMMALIA) FOR RABIES DIAGNOSIS
SUMMARY - Rabies diagnosis in bats is usually performed using the brain of
suspected animals. The main hypothesis tested by this work was that aspiration
method using plastic pipette (Pasteur type) was effective in the collection of bat
brain sample for rabies diagnosis when compared to the opening skull method.
A total of two hundred bats of four species were studied: Molossus rufus (E.
Geoffroy, 1805), Molossus molossus (Pallas, 1766), Artibeus lituratus (Olfers,
1818) and Myotis nigricans (Schinz, 1821). The proportion of brain weight
compared to body weight was statistically higher when using the traditional
method, although the brain mass collected by aspiration method was enough
for rabies diagnosis. Results demonstrate that independently of the collecting
method, both gated to detect positive samples and the aspiration method has
the advantage of skull preservation, permitting the identification of the species.
Keywords: Brain – sampling, suction – brain, skull, Chiroptera, diagnostic
techniques neurological
11
1 INTRODUÇÃO
A raiva é uma doença infecciosa aguda, causada por um Lyssavírus que
acomete todos os mamíferos, inclusive os morcegos e o homem. Sua
epidemiologia é, em parte, influenciada, pela distribuição, abundância,
demografia, ecologia comportamental, dispersão das espécies de
reservatórios, assim como pelas suas interações com os seres humanos
(RUPPRECHT et al., 1995).
O conhecimento de aspectos ligados à patogenia e epidemiologia da
raiva nas diferentes espécies de morcegos constitui importante instrumento
para o controle da enfermidade nesses animais, bem como em herbívoros,
animais de estimação e humanos (SCHEFFER et al., 2007).
Nas regiões norte e noroeste do estado de São Paulo, com municípios
sede em Araçatuba, Presidente Prudente e o José do Rio Preto, no período
de 1997 a 2002, foram registrados 98 casos de raiva em várias espécies de
morcegos em áreas urbanas e rurais. A doença ocorreu predominantemente
em morcegos frugívoros, com destaque para Artibeus lituratus (Olfers,1818),
espécie com maior número de exemplares positivos nessas regiões (CUNHA et
al., 2006).
No Estado de São Paulo, segundo normas do Programa Estadual de
Controle da Raiva (KOTAIT et al., 1998), os municípios devem recolher os
morcegos suspeitos e enviá-los para diagnóstico laboratorial por meio da
imunofluorescência direta (DEAN et al., 1996) e de inoculação intracerebral em
camundongos (KOPROWISKI, 1996). Segundo as normas de profilaxia da
raiva humana no Estado de São Paulo, todos os casos de agressões por
morcegos, animais considerados de alto risco, devem ser tratados com soro-
vacinação ou tratamento de re-exposição, conforme o caso (COSTA et al.,
2000). Assim, os resultados laboratoriais, não influenciem na decisão de se
proceder ou não um tratamento, como ocorre no caso de outras espécies.
Entretanto, são importantes para o estudo da epidemiologia e para se instituir
medidas de controle da doença.
12
Para a realização do diagnóstico da raiva, a colheita de encéfalo é feita
tradicionalmente por meio da abertura do crânio com tesoura. Entretanto, este
procedimento causa danos aos ossos, cujas características são importantes
para a identificação da espécie, feita por meio de dados biométricos e
morfológicos (VIZOTTO; TADDEI, 1973; GREGORIN; TADDEI, 2002; REIS et
al., 2007). Essa identificação, por usa vez, é importante para a sistemática
filogenética, que fornece subsídios para uma compreensão geral da
diversidade biológica, da evolução dos táxons e da modificação de caracteres
(AMORIN, 2002), que o método comparativo vem sendo, desde os tempos
de Darwin, uma das principais maneiras de estudar os padrões e processos da
evolução biológica (DINIZ FILHO, 2000).
O método de sucção foi utilizado por meio de pipeta plástica (tipo
Pasteur), conforme citado por KING (1998), e indicado para situações nas
quais não a possibilidade da abertura do crânio e pelo uso de canudos de
plástico introduzidos pelo forame magno, segundo EAST et al., (2001), para a
coleta de amostras de cérebro de hienas mortas por acidentes. Além disso, a
utilização da pipeta plástica demonstrou-se bastante útil para a coleta de
encéfalo de animais silvestres de pequeno porte, destinados à pesquisa do
vírus rábico, em área de preservação permanente no município de Ribeirão
Grande, SP (IAMAMOTO, 2005).
Não foram encontradas na literatura, pesquisas que investigaram
qualquer diferença de eficácia entre estes dois todos de colheita de
encéfalo. Considerando que o sucesso para a realização das técnicas depende
de uma quantidade do órgão suficiente para efetuar o decalque na lâmina de
imunofluorescência e para preparar o macerado que se utilizado na prova
biológica e que havia sido comprovado, por meio de um treinamento prévio da
técnica de sucção, que a quantidade de encéfalo colhida com a pipeta plástica
foi suficiente para a realização dos dois procedimentos, esperava-se que a
possível diferença na quantidade de massa encefálica obtida pelas duas
técnicas não interferisse no diagnóstico da raiva.
13
Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo testar a hipótese
de que o método de sucção com pipeta plástica (tipo Pasteur) é eficaz na
obtenção de encéfalo para a realização do diagnóstico comparado com o
método tradicional de abertura de crânio.
2 REVISÃO DE LITERATURA
A palavra raiva provém do latim “rabere”, que significa delirar, desvairar,
que por sua vez tem sua origem do sânscrito antigo, “rabhas”, cuja tradução é
“fazer violência”. Na Grécia, as primeiras descrições da doença em cães
realizaram-se por Demócritos, 500 a.C. e Aristóteles, no século IV a.C, que não
reconheciam o acometimento de humanos. Em humanos o responsável pela
primeira descrição foi Hipócrates (BERAN, 1994; STEELE; FERNANDEZ 1991
apud IAMAMOTO, 2005).
Foi a partir do século XIX que a ciência deu um grande salto no
conhecimento da raiva e descobertas muito importantes ocorreram. Em 1804,
Zinke demonstrou pela primeira vez que a raiva poderia ser transmitida pela
saliva, contaminando incisões superficiais na pele do animal sadio com a saliva
do animal doente (KAPLAN, 1985; STEELE; FERNANDEZ, 1991, apud
IAMAMOTO, 2005).
O trabalho definitivo sobre a transmissão da raiva foi realizado por Louis
Pasteur, que em 1881, concluiu que o sistema nervoso central (SNC) estava
envolvido no desenvolvimento da doença, provando que o vírus não estava
presente somente na saliva. Posteriormente, descobriu-se que, injetando-se o
material de SNC de um animal raivoso diretamente no cérebro de outro animal,
o período médio de incubação era de duas semanas. Em 1884, por meio de
experimentos, ficou estabelecido que todo o SNC era suscetível à raiva,
levantando ainda a suspeita de que o microorganismo seria extremamente
pequeno (KAPLAN, 1985; STEELE ; FERNANDEZ 1991 apud IAMAMOTO,
2005).
Goldwasser e Kissiling, em 1958, reportaram a aplicação do teste de
14
imunofluorescência direta (IFD) para demonstrar o antígeno da raiva no SNC.
O teste também tem sido utilizado para vários outros tecidos como células da
córnea, da mucosa oro-nasal e bulbo capilar. Seu uso mais freqüente, porém, é
em tecido cerebral “post morten” (BERAN, 1994). Ainda hoje o teste de
imunofluorescência direta e o teste de inoculação intracerebral em
camundongos são considerados os testes de eleição para o diagnostico da
raiva (MESLIN; KAPLAN, 1996).
A raiva é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus que
acomete todos os mamíferos, inclusive o homem. O agente etiológico causador
da desta enfermidade é um vírus pertencente ao gênero Lyssavirus, da família
Rhabdoviridae e da Ordem Mononegavirales.
Embora todos os animais vertebrados de “sangue quente sejam
suscetíveis à infecção experimental, apenas os mamíferos são importantes na
epidemiologia da raiva. Existem mais de 4.000 espécies na classe Mammalia,
todos teoricamente suscetíveis e capazes de infectar outros mamíferos
(RUPPRECHT et al., 2001), observando-se dentro deste grupo alguns mais
aptos que outros na dispersão do vírus da raiva e uma variação de
suscetibilidade entre as espécies (KAPLAN, 1985). O vírus foi isolado de
quase todas as ordens de mamíferos, porém os que são considerados
reservatórios pertencem principalmente às ordens Carnivora e Chiroptera
(ACHA; SZYFRES, 2003, RUPPRECHT et al., 2001).
Apesar de fazerem parte do ciclo de transmissão da raiva, os morcegos
são animais muito úteis ao homem, pois algumas espécies insetívoras são
responsáveis por consumir toneladas de insetos por ano. Apenas um morcego
insetívoro é capaz de devorar mais de 600 mosquitos por hora, fazendo assim
um rigoroso controle de população, contribuindo significativamente para a
redução do uso de inseticidas químicos utilizados nas plantações, o que leva à
produção de alimentos mais saudáveis.
os morcegos frugívoros espalham sementes de centenas de
espécies de árvores, contribuindo desta forma para a recomposição de nossas
florestas e matas. Uma variedade enorme de plantas depende quase que
15
exclusivamente dos morcegos para espalhar suas sementes, perpetuando as
espécies.
O modo mais comum de transmissão da raiva é a mordida
(RUPPRECHT et al., 1995) tendo como veículo do vírus a saliva.
Sempre que possível uma suspeita clínica de raiva deve ser confirmada
por testes laboratoriais (KING, 1998). Os resultados laboratoriais influenciam
tanto na decisão de se proceder ou não um tratamento, como na decisão de se
instituir medidas para controle da doença. Além disso, permitem assegurar a
eficácia e a segurança de produtos biológicos usados nos tratamentos de
prevenção em humanos e animais (MESLIN et al., 1996).
Para o diagnóstico o principal tecido analisado é o cérebro, sendo que
quando o resultado dessa prova é positivo, confirma-se o diagnóstico, porém,
quando negativo, não se pode excluir a possibilidade de infecção (ACHA;
SZYFRES, 2003). Recomenda-se que a imunofluorescência direta seja
realizada paralelamente com a prova de inoculação em cultivo de células ou
inoculação intracerebral em camundongos, método descrito por KOPROWSKI
(1996) pelo qual o vírus é isolado e os sintomas das doenças são reproduzidos
nestes animais.
Na região norte-noroeste do Estado de São Paulo, 98 morcegos,
pertencentes a 17 espécies, foram identificados como positivos para raiva no
período entre 1997 e 2002 (CUNHA et al., 2006).
Nos municípios de Araçatuba, Penápolis e São José do Rio Preto, foram
registrados 4 casos de raiva em Molossus ater capturados em áreas urbanas
(QUEIROZ DA SILVA et al., 1999). A denominação Molossus rufus (E.
Geoffroy, 1805) foi posteriormente utilizada em substituição a Molossus ater (E.
Geoffroy, 1805) seguindo-se os argumentos de Carter e Dolan (1978) e Dolan
(1989), apud Gregorin (2002).
A raiva também ocorre em morcegos frugívoros, como por exemplo,
Artibeus lituratus, que foi a espécie com maior número de exemplares positivos
na região noroeste do Estado de São Paulo (CUNHA et al., 2006; QUEIROZ
DA SILVA et al., 2001).
16
A preocupação com a presença do vírus rábico em morcegos com hábito
alimentar frugívoro e insetívoro é relevante que esses animais estão cada
vez mais presentes em áreas urbanas (ALMEIDA et al., 1994). Estas espécies
não-hematófagas possuem importantes funções de polinização, dispersão de
(RUPPRECHT et al., 2002).
Segundo o Programa Estadual de Controle da Raiva (KOTAIT et al.,
1998), os profissionais da área de saúde e agricultura dos municípios recolhem
os animais suspeitos e os enviam para o diagnóstico laboratorial da raiva. Os
morcegos devem ser enviados inteiros para que seja feita a identificação da
espécie de acordo com os dados biométricos e morfológicos descritos por
Vizotto e Taddei (1973,1976), Carter e Dolan (1978), Dolan (1989); Pedro
(1998), e Gregorin e Taddei (2002).
Além de serem identificados, estes espécimes podem ser agregados a
coleções, nas quais permanecem guardados para permitir posteriores análises
taxonômicas, com o intuito de ordenar filogeneticamente o conhecimento da
ordem quiróptera e até propor hipóteses de evolução de estruturas e de
relações entre grupos taxonômicos.
A sistemática filogenética fornece subsídios para uma compreensão
geral da diversidade biológica, da evolução dos táxons e da modificação de
caracteres (AMORIN, 2002), já que o método comparativo vem sendo desde os
tempos de Darwin, uma das principais maneiras de estudar os padrões e
processos da evolução biológica (DINIZ FILHO, 2000). Nesse sentido, o crânio
que aloja o encéfalo e os órgãos dos sentidos é a estrutura mais complexa do
esqueleto (ORR, 1986; STEBBINS et al., 1998). Também é rico em
informações que servem de base para as pesquisas sobre as origens
singulares, a filogenia, os processos ortogenéticos e o sucesso adaptativo dos
Vertebrata (STEBBINS et al., 1998).
Dessa forma, em alguns trabalhos científicos, a retirada de encéfalo
passou a ser feita também com pipetas plásticas descartáveis do tipo Pasteur,
17
com aspirações pelo forame magno, preservando-se a integridade do osso
craniano (IAMAMOTO, 2005) e contribuindo para a identificação das espécies.
A aspiração do cérebro por meio da utilização da pipeta plástica (tipo
Pasteur) foi citada por King (1998), indicando-a para situações sem
possibilidade de abertura do crânio. East et al., (2001) utilizaram canudos de
plástico (“plastic straw”) para a coleta de amostras de cérebros de hienas
mortas por carros, por leões ou por outros motivos, introduzindo os canudos
pelo forame magno.
Estas foram as únicas referências encontradas em literatura sobre a
retirada de cérebro por meio de aspiração, não tendo sido descritos estudos
comparativos entre este todo e a forma clássica de retirada por meio da
abertura do crânio.
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Amostras
Foi utilizado no presente trabalho um total de 200 morcegos
provenientes de municípios da região de Araçatuba (Figura 1), encaminhados
ao Laboratório de Raiva da Universidade Estadual Paulista Campus de
Araçatuba, no período de agosto de 2005 a novembro de 2007. Apenas um
morcego utilizado foi proveniente do município de Agudos, região de Botucatu,
SP. De cada um deles, obteve-se uma amostra de encéfalo para a realização
dos testes de imunofluorescência direta (IFD) e inoculação intracerebral em
camundongos, segundo recomendações da OMS (MESLIN et al., 1996).
Os espécimes selecionados estavam em boas condições de
conservação, isto é, ainda o haviam entrado em decomposição e haviam
sido enviados sob refrigeração ou ainda vivos.
3.2 Delineamento experimental
3.2.1 Escolha das espécies de morcegos
As espécies incluídas no estudo, corresponderam àquelas recebidas
18
com maior freqüência no laboratório, ou seja, Molossus rufus (E. Geoffroy,
1805) (80 espécimes), Molossus molossus (Pallas, 1766) (60 espécimes),
Artibeus lituratus (Olfers,1818) (40 espécimes) e Myotis nigricans (Schinz,
1821) (20 espécimes). Formaram-se dois grupos para cada espécie, segundo o
método utilizado, sendo que cada grupo teve a mesma quantidade de
espécimes, totalizando 100 amostras para cada todo, uma vez que não
seria possível utilizar o mesmo encéfalo para fazer os dois todos. A Tabela
1 mostra o número de amostras utilizadas segundo a espécie e o município de
origem.
FIGURA 1 - Localização da região de Araçatuba, destacando os municípios
que enviaram amostras para exame e a quantidade de espécimes de morcegos
enviada, no período de agosto de 2005 a novembro de 2007. Araçatuba, 2008.
Foi escolhida uma faixa de peso correspondente a 10% a mais ou a
menos do que a média descrita por Pedro (1998) para três destas espécies na
idade adulta: Molossus rufus, Artibeus lituratus e Myotis nigricans. Para as
amostras de Molossus molossus o critério de escolha da faixa de peso foi de
40% a menos ou igual à média descrita por Pedro (1998) para esta espécie,
uma vez que os espécimes recebidos não conseguiram alcançar a faixa de
19
peso escolhida para as outras três, por corresponderem, em sua maioria, a
indivíduos jovens ou por estarem, alguns deles, em estado de desidratação.
3.2.2 Escolha do método de retirada do encéfalo
A escolha do método pelo qual o encéfalo foi retirado (abertura de crânio
ou a sucção com pipeta plástica) foi feita por meio de sorteio simples visando a
casualização das amostras, as quais foram pesadas, sempre pela mesma
pessoa (previamente treinada no novo método durante seis meses), em uma
balança eletrônica de precisão (0,01g) devidamente calibrada, anotando-se o
peso corporal, e em seguida, o peso do tecido cerebral retirado. O
detalhamento de peso corporal e cerebral de cada uma das amostras, estão
apresentados individualmente nas tabelas anexadas da dissertação.
20
Tabela 1 - Distribuição dos espécimes de morcegos segundo os métodos de
retirada de encéfalo e municípios de procedência, no período de agosto de
2005 a novembro de 2007. Araçatuba, 2008
Espécie Município AC* AP**
Total
Artibeus lituratus
Andradina 2 1 3
Araçatuba 3 2 5
Birigui 0 1 1
Castilho 0 1 1
Guararapes 0 1 1
Ilha Solteira 2 1 3
Valparaíso 13 13 26
Molossus molossus
Agudos 1 0 1
Andradina 1 0 1
Araçatuba 6 4 10
Birigui 1 3 4
Guararapes 0 2 2
Ilha Solteira 19 7 26
Penápolis 2 3 5
Pereira Barreto
0 1 1
Valparaíso 0 10 10
Molossus rufus
Andradina 8 4 12
Araçatuba 11 6 17
Bilac 0 1 1
Birigui 7 5 12
Guararapes 1 0 1
Ilha Solteira 2 3 5
Penápolis 10 18 28
Sud Menucci 0 1 1
Valparaíso 1 2 3
Myotis nigricans
Valparaíso 10 10 20
Total 100
100
200
*AC: Abertura de Crânio **AP: Aspiração com Pipeta
21
3.3 Proporção peso encefálico X peso corporal
A partir dos pesos obtidos dos animais, foi calculada e registrada para
cada animal, por meio de uma regra de três, a proporção do peso encefálico
em razão do peso corporal, denominada PPERPC e dada em porcentagem.
Ela foi calculada multiplicando-se por 100 o peso do encéfalo retirado e
dividindo-se esse resultado pelo peso integral do morcego, demonstrado na
seguinte fórmula:
PPERPC = PCx100/PM,
Onde o PE representa o peso do encéfalo retirado e PM o peso integral do
morcego. Esse parâmetro tornou-se mais coerente para a comparação, uma
vez que os animais recebidos não eram da mesma espécie e não
apresentavam pesos iguais. Os valores individuais da PPERPC para cada
uma das espécies de morcegos avaliadas, estão apresentados nas tabelas em
anexo do final da dissertação.
3.4 Coleta do encéfalo
3.4.1 Abertura do crânio
No método de abertura de crânio, a retirada do encéfalo foi feita com
uma tesoura de aço inox, pequena, com ponta fina, devidamente afiada e
esterilizada, cortando-se os tecidos que cobrem a cabeça e afastando-se os
músculos que recobrem o crânio para uma melhor visualização do osso (Figura
2-A e B). Foram realizados três cortes, sendo o primeiro, na região orbital
(Figura 3-A) por onde foram inseridas as pontas da tesoura e os seguintes nas
duas laterais do crânio de modo a abrir a calota craniana (Figura 3-B). Uma vez
totalmente exposto, o encéfalo foi retirado com a própria tesoura e, quando
necessário, com o auxílio de uma pinça anatômica para que nenhum resíduo
de encéfalo ficasse dentro da cavidade craniana (Figura 2-C).
22
FIGURA 2 - Retirada do encéfalo por meio da abertura do crânio com o uso de
tesoura. Araçatuba, 2008.
FIGURA 3 - Localização das regiões craniais usadas nos métodos de abertura
de crânio (AB) e de sucção com pipeta plástica (C) para a retirada de encéfalo
de morcegos. Araçatuba, 2008.
A
B
C
23
3.4.2 Sucção com pipeta plástica
No método de sucção com pipeta plástica (tipo Pasteur), a retirada foi
feita por meio de uma secção na altura da articulação atlanto-occiptal do
morcego, pelo qual, com auxílio de uma pinça anatômica pequena, foi feita a
desobstrução do forame magno (Figura 3-C), retirando-se o osso atlas. Nesse
orifício, foi inserida a ponta de uma pipeta plástica de polipropileno, tipo
Pasteur, de 170mm e ponta com 3 mm de diâmetro, com capacidade de 3ml. O
tecido encefálico foi então aspirado, executando-se, em média quatro sucções
até a obtenção de uma aspiração seca (Figura 4 - A e B).
FIGURA 4 - Retirada do encéfalo por meio de aspiração com o uso da pipeta
plástica (tipo Pasteur). Araçatuba, 2008.
3.5 Análise estatística
Utilizou-se o teste t para a comparação das dias da PPERPC obtidas
pelos dois métodos, adotando-se o nível de significância de 5% (ZAR, 1998).
As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio de um programa
estatístico computadorizado – “Statistical Analysis System (SAS)”.
A
B
24
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
A diferença entre os métodos, no que se refere à quantidade de massa
encefálica obtida, em todas as espécies, foi estatisticamente significante (P <
0,0001), conforme apresentado na Figura 5.
FIGURA 5 - Médias e desvios padrões da proporção do peso encefálico em
razão do peso corporal (PPERPC) obtidas por dois todos de retirada de
cérebro de espécies de morcegos, no período de 2005 a 2007. Araçatuba,
2008.
O teste t indicou uma diferença estatística de 0,26 entre a PPERPC no
grupo dos Molossus rufus; de 0,51 no grupo dos Molossus molossus; de 0,53
no grupo dos Artibeus lituratus e de 0,41 no grupo dos Myotis nigricans. Esses
valores foram considerados altamente significativos na comparação das
PPERPC’s. Contudo, em termos práticos, ambos foram tecnicamente similares,
haja vista que em todos os morcegos estudados foi possível a colheita de
material cerebral suficiente para todas as análises.
25
A técnica de abertura de crânio resultou em maior quantidade de massa
encefálica, porém danificou o osso, principalmente na espécie Artibeus lituratus
que apresentou uma maior densidade óssea do crânio em relação às outras
três espécies.
Das 200 amostras encefálicas selecionadas para análise e submetidas
ao diagnóstico laboratorial da raiva duas foram positivas (1%), sendo uma
delas da espécie Molossus molossus enviada pelo Centro de Controle de
Zoonoses do município de Araçatuba em abril de 2006 e colhida pelo método
de sucção com pipeta plástica, e a outra da espécie Artibeus lituratus, enviada
pela Secretaria de Saúde do município de Ilha Solteira, em agosto do mesmo
ano, colhida pelo método de abertura de crânio.
Adotar um procedimento que retire a massa encefálica e preserve o
crânio facilita muito o processo de identificação de espécies nas áreas de
sistemática filogenética e taxonomia.
O emprego do método de sucção por meio de pipetas plásticas para
colheita de encéfalo, foi descrito, quando nãopossibilidade de retirada da
cabeça do animal ou do encéfalo inteiro (KING, 1998). Também foram
encontrados relatos utilizando canudos plásticos, para colheita de encéfalo de
hienas encontradas mortas por atropelamento ou por leões no Serengeti, para
pesquisa de vírus rábico.
Iamamoto (2005) utilizou a técnica de sucção por pipeta plástica para
colheita de massa encefálica de pequenos roedores, marsupiais e morcegos,
para pesquisa do rus rábico. Estes animais eram provenientes de uma
reserva florestal natural do município de Ribeirão Grande, SP e faziam parte de
uma pesquisa de impacto ambiental e após serem eutanasiados, deveriam ser
identificados com o objetivo de se obter o conhecimento das espécies que ali
habitam. Assim, era primordial que se conservasse a estrutura craniana dos
animais capturados e a pesquisa do vírus rábico foi possível com a
utilização do método de sucção (IAMAMOTO, 2005).
Este é o primeiro relato de estudo comparando este método alternativo
26
com o método tradicional de abertura de crânio, para a colheita de encéfalos de
pequenos animais, em especial de morcegos, para o exame da raiva.
A metodologia empregada neste estudo é inovadora e facilita a colheita
de encéfalo em animais capturados e eutanasiados em pesquisas em áreas de
conservação ambiental. Assim, um mero maior de amostras poderia ser
enviado para a pesquisa do vírus da raiva, sem a necessidade da remessa do
animal inteiro ao laboratório. O método de sucção permite ainda a coleta de
amostras de encéfalo de animais mortos por atropelamento em estradas, sem
a necessidade da coleta integral do encéfalo ou envio do material inteiro,
conforme já demonstrado por King (1998).
5 CONCLUSÃO
Os resultados aqui apresentados permitem comprovar a hipótese de que
o método de sucção com pipeta plástica (tipo Pasteur) é eficaz na obtenção de
encéfalo para a realização do diagnóstico comparado com o método tradicional
de abertura de crânio, pois, apesar da menor quantidade de massa encefálica
obtida, esta foi suficiente para a execução dos métodos diagnósticos e
detecção de um caso positivo.
27
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APÊNDICE
APÊNDICE A – Tabelas com dados individuais de cada grupo experimental
Tabela 1A - Peso encefálico obtido com dois processos de retirada em
Molossus ruffus de 2005 a 2007. Araçatuba, 2008
Abertura de Crânio Aspiração com pipeta plástica
Registro
PC PE PPERPC Município Registro
PC PCE
PPERPC Município
270/05 38,02
0,42
1,10 Andradina 274/05 34,25
0,32
0,93 Penápolis
271/05 38,00
0,41
1,08 Andradina 276/05 32,80
0,31
0,95 Penápolis
360/05 32,41
0,36
1,11 Araçatuba 277/05 38,60
0,32
0,83 Penápolis
383/05 33,81
0,39
1,15 Andradina 309/05 38,52
0,31
0,80 Sud Menucci
415/05 31,60
0,39
1,23 Birigui 386/05 34,25
0,33
0,96 Penápolis
418/05 31,66
0,35
1,11 Birigui 387/05 32,10
0,28
0,87 Penápolis
420/05 34,80
0,41
1,18 Andradina 470/05 33,37
0,32
0,96 Araçatuba
422/05 31,62
0,38
1,20 Ilha Solteira 47/06 31,59
0,28
0,89 Penápolis
427/05 33,20
0,39
1,17 Guararapes 49/06 35,25
0,28
0,79 Penápolis
459/05 37,95
0,49
1,29 Araçatuba 52/06 33,76
0,31
0,92 Penápolis
460/05 35,37
0,41
1,16 Birigui 59/06 35,25
0,28
0,79 Birigui
464/05 38,04
0,37
0,97 Birigui 65/06 31,59
0,27
0,85 Andradina
467/05 38,59
0,42
1,09 Araçatuba 82/06 37,80
0,29
0,77 Birigui
471/05 37,00
0,39
1,05 Araçatuba 206d/06 32,92
0,31
0,94 Penápolis
473/05 35,35
0,41
1,16 Araçatuba 206e/06 34,72
0,3 0,86 Penápolis
474/05 38,29
0,41
1,07 Araçatuba 206f/06 35,18
0,32
0,91 Penápolis
476/05 38,06
0,48
1,26 Araçatuba 206j/06 34,46
0,29
0,84 Penápolis
206a/06 35,27
0,41
1,16 Penápolis 206k/06 38,61
0,33
0,85 Penápolis
206b/06 35,26
0,39
1,11 Penápolis 206l/06 35,25
0,28
0,79 Penápolis
206c/06 35,11
0,38
1,08 Penápolis 206m/06
34,25
0,31
0,91 Penápolis
206g/06 35,26
0,39
1,11 Penápolis 206p/06 35,17
0,31
0,88 Penápolis
206h/06 35,08
0,39
1,11 Penápolis 212/06 35,25
0,28
0,79 Araçatuba
206i/06 35,15
0,37
1,05 Penápolis 213/06 32,00
0,31
0,97 Birigui
206n/06 32,01
0,38
1,19 Penápolis 233/06 37,85
0,31
0,82 Birigui
206o/06 33,61
0,34
1,01 Penápolis 235/06 32,46
0,27
0,83 Araçatuba
232/06 38,55
0,41
1,06 Birigui 258/06 35,68
0,27
0,76 Valparaíso
353/06 36,27
0,37
1,02 Valparaíso 322/06 35,09
0,31
0,88 Andradina
377/06 31,62
0,29
0,92 Araçatuba 378/06 35,25
0,28
0,79 Araçatuba
385/06 37,24
0,46
1,24 Andradina 338/06 35,55
0,31
0,87 Valparaíso
387/06 32,71
0,38
1,16 Andradina 352/06 35,25
0,31
0,88 Andradina
395/06 33,67
0,36
1,07 Araçatuba 380/06 32,26
0,29
0,90 Penápolis
398/06 34,87
0,37
1,06 Araçatuba 381/06 35,86
0,33
0,92 Penápolis
406/06 31,89
0,44
1,38 Birigui 386/06 32,15
0,28
0,87 Andradina
408/06 38,25
0,41
1,07 Andradina 388/06 35,77
0,33
0,92 Ilha Solteira
403/06 31,84
0,39
1,22 Ilha Solteira 396/06 35,51
0,31
0,87 Araçatuba
295/07 33,67
0,36
1,07 Andradina 402/06 37,97
0,33
0,87 Ilha Solteira
275/07 33,96
0,39
1,15 Penápolis 404/06 36,66
0,33
0,90 Bilac
276/07 31,62
0,36
1,14 Penápolis 283/07 35,22
0,29
0,82 Ilha Solteira
208/07 31,62
0,36
1,14 Araçatuba 211/07 36,39
0,33
0,91 Araçatuba
241A/07
33,17
0,36
1,09 Birigui 241B/07 35,87
0,30
0,84 Birigui
Registro: Numeração recebida pelo animal (contendo o número do exame/ano)
PC: Peso corporal em gramas; PE: Peso encefálico em gramas;
PPERPC: Proporção do peso encefálico em razão do peso corporal (em %)
Tabela 2A - Massa encefálica obtida com dois processos de retirada em
Molossus molossus de 2005 a 2007. Araçatuba, 2008.
Abertura de Crânio Aspiração com pipeta plástica
Registro
PC PE PPERPC
Município Registro
PC PE PPERPC
Município
281/05 13,06 0,24 1,84 Andradina 102/06 11,53 0,18 1,56 Birigui
363/05 11,81 0,23 1,95 Araçatuba 103/06 11,49 0,18 1,57 Pereira Barreto
384/05 12,06 0,22 1,82 Birigui 162/06 11,97 0,17 1,42 Araçatuba
466/05 13,25 0,24 1,81 Araçatuba 215/06 12,05 0,18 1,49 Ilha Solteira
468/05 11,93 0,22 1,84 Araçatuba 228/06 13,52 0,17 1,26 Ilha Solteira
61/06 11,43 0,22 1,92 Ilha Solteira
263/06 13,04 0,14 1,07 Guararapes
77/06 13,25 0,23 1,74 Ilha Solteira
276/06 11,89 0,16 1,35 Ilha Solteira
78/06 14,26 0,31 2,17 Ilha Solteira
277/06 14,84 0,18 1,21 Ilha Solteira
78/06 11,93 0,22 1,84 Ilha Solteira
278/06 14,47 0,18 1,24 Penápolis
80/06 11,79 0,21 1,78 Ilha Solteira
389/06 13,04 0,18 1,38 Ilha Solteira
81/06 11,68 0,22 1,88 Ilha Solteira
393/06 12,87 0,18 1,40 Guararapes
90/06 11,28 0,19 1,68 Penápolis 397/06 13,66 0,18 1,32 Araçatuba
95/06 11,82 0,21 1,78 Ilha Solteira
400/06 13,47 0,18 1,34 Araçatuba
96/06 11,55 0,21 1,82 Ilha Solteira
401/06 13,34 0,17 1,27 Ilha Solteira
97/06 11,64 0,19 1,63 Ilha Solteira
405/06 14,54 0,17 1,17 Birigui
98/06 11,13 0,22 1,98 Ilha Solteira
282/06 11,69 0,17 1,45 Birigui
100/06 13,25 0,23 1,74 Agudos 97A/07 12,09 0,16 1,32 Valparaíso
207/06 14,46 0,29 2,01 Ilha Solteira
97B/07 13,42 0,17 1,27 Valparaíso
208/06 11,38 0,19 1,67 Ilha Solteira
97C/07 14,41 0,18 1,25 Valparaíso
214/06 14,63 0,26 1,78 Ilha Solteira
97D/07 14,99 0,19 1,27 Valparaíso
230/06 15,00 0,25 1,67 Ilha Solteira
97E/07 13,51 0,17 1,26 Valparaíso
234/06 14,17 0,26 1,83 Araçatuba 97F/07 12,08 0,18 1,49 Valparaíso
269/06 12,16 0,22 1,81 Ilha Solteira
97G/07 14,37 0,18 1,25 Valparaíso
293/07 11,08 0,22 1,99 Araçatuba 97H/07 13,22 0,17 1,29 Valparaíso
294/07 11,27 0,19 1,69 Ilha Solteira
97I/07 14,33 0,18 1,26 Valparaíso
337/07 11,81 0,21 1,78 Araçatuba 97J/07 13,42 0,17 1,27 Valparaíso
336A/07 12,27 0,24 1,96 Penápolis 336B/07 11,16 0,16 1,43 Penápolis
367/07 14,87 0,29 1,95 Ilha Solteira
277/07 11,42 0,16 1,40 Penápolis
368/07 14,89 0,28 1,88 Ilha Solteira
284/07 12,79 0,17 1,33 Ilha Solteira
369/07 14,76 0,29 1,96 Ilha Solteira
209/07 13,22 0,19 1,44 Araçatuba
Registro: Numeração recebida pelo animal (contendo o número do exame/ano)
PC: Peso corporal em gramas; PE: Peso encefálico em gramas;
PPERPC: Proporção do peso encefálico em razão do peso corporal (em %)
Tabela 3A - Massa encefálica obtida com dois processos de retirada em
Artibeus lituratus de 2005 a 2007. Araçatuba, 2008.
Abertura de Crânio Aspiração com pipeta plástica
Registro PC PE PPERPC
Município Registro PC PE PPERPC
Município
229/06 65,58 1,02 1,56 Ilha Solteira
236/06 59,78 0,69 1,15 Araçatuba
309/06 66,04 1,12 1,70 Ilha Solteira
265/06 62,59 0,71 1,13 Castilho
323/06 59,43 1,01 1,70 Andradina 350/06 62,07 0,72 1,16 Andradina
365/06 71,92 1,26 1,75 Araçatuba 309/06 59,41 0,69 1,16 Ilha Solteira
106/07 71,65 1,19 1,66 Araçatuba 136/07 70,02 0,87 1,24 Araçatuba
231/07 71,88 1,18 1,64 Araçatuba 240/07 72,03 0,89 1,24 Birigui
246/07 60,43 1,13 1,87 Andradina 264/07 59,44 0,68 1,14 Guararapes
334A/07 62,54 1,09 1,74 Valparaíso 366_31/07
66,09 0,81 1,23 Valparaíso
366_35/07
66,78 1,14 1,71 Valparaíso 366_29/07
63,18 0,77 1,22 Valparaíso
366_38/07
65,89 1,17 1,78 Valparaíso 366_8/07 65,88 0,76 1,15 Valparaíso
366_23/07
66,07 1,11 1,68 Valparaíso 366_6/07 59,48 0,69 1,16 Valparaíso
366_11/07
59,52 1,06 1,78 Valparaíso 366_16/07
59,46 0,71 1,19 Valparaíso
366_14/07
59,48 0,99 1,66 Valparaíso 366_5/07 59,89 0,74 1,24 Valparaíso
I 71,98 1,18 1,64 Valparaíso VIII 70,92 0,88 1,24 Valparaíso
II 62,49 1,13 1,81 Valparaíso IX 69,65 0,79 1,13 Valparaíso
III 63,54 1,09 1,72 Valparaíso X 72,08 0,91 1,26 Valparaíso
IV 65,78 1,14 1,73 Valparaíso XI 60,43 0,76 1,26 Valparaíso
V 65,89 1,17 1,78 Valparaíso XII 62,34 0,78 1,25 Valparaíso
VI 66,22 1,11 1,68 Valparaíso XIII 66,78 0,79 1,18 Valparaíso
VII 59,52 1,06 1,78 Valparaíso XIV 65,39 0,72 1,10 Valparaíso
Registro: Numeração recebida pelo animal (contendo o número do exame/ano)
PC: Peso corporal em gramas; PCE: Peso cerebral em gramas
PPCRPC: Proporção do peso cerebral em razão do peso corporal (em %)
Tabela 4A - Massa encefálica obtida com dois processos de retirada em Myotis
nigricans de 2005 a 2007, UNESP, Araçatuba, SP.
Abertura de Crânio Aspiração com pipeta plástica
Registro
PC PE PPERPC
Município
Registro
PC PE PPERPC
Município
96/07a 4,63 0,04 0,86 Valparaíso
96/07d 5,34 0,03 0,56 Valparaíso
96/07b 5,03 0,05 0,99 Valparaíso
96/07f 5,41 0,03 0,55 Valparaíso
96/07c 5,11 0,05 0,98 Valparaíso
96/07g 5,49 0,03 0,55 Valparaíso
96/07e 4,77 0,04 0,84 Valparaíso
96/07h 4,92 0,02 0,41 Valparaíso
96/07j 4,84 0,04 0,83 Valparaíso
96/07i 4,97 0,02 0,40 Valparaíso
96/07l 4,92 0,05 1,02 Valparaíso
96/07k 5,12 0,02 0,39 Valparaíso
96/07n 4,91 0,05 1,02 Valparaíso
96/07m 4,77 0,02 0,42 Valparaíso
96/07r 5,04 0,04 0,79 Valparaíso
96/07o 4,98 0,03 0,60 Valparaíso
96/07s 5,28 0,05 0,95 Valparaíso
96/07p 5,09 0,03 0,59 Valparaíso
96/07t 5,22 0,05 0,96 Valparaíso
96/07q 5,07 0,03 0,59 Valparaíso
Registro: Numeração recebida pelo animal (contendo o número do exame/ano)
PC: Peso corporal em gramas; PE: Peso encefálico em gramas;
PPERPC: Proporção do peso encefálico em razão do peso corporal (em %)
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