Download PDF
ads:
WAGNER LOYOLA
AÇÃO PROTETORA DE EXTRATO DE SEMENTES DE
Artocarpus integrifolia L. CONTRA INFECÇÃO POR Candida
albicans ATRAVÉS DO AUMENTO DAS FUNÇÕES DE
FAGÓCITOS
Londrina
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
W
AGNER LOYOLA
AÇÃO PROTETORA DE EXTRATO DE SEMENTES DE
Artocarpus integrifolia L. CONTRA INFECÇÃO POR Candida
albicans ATRAVÉS DO AUMENTO DAS FUNÇÕES DE
FAGÓCITOS
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Microbiologia da Universidade Estadual de Londrina
como requisito parcial à obtenção do título de Doutor
em Microbiologia.
Orientadora: Profa. Dra. Ionice Felipe.
Londrina
2008
ads:
WAGNER LOYOLA
AÇÃO PROTETORA DE EXTRATO DE SEMENTES DE
Artocarpus integrifolia L. CONTRA INFECÇÃO POR Candida
albicans ATRAVÉS DO AUMENTO DAS FUNÇÕES DE
FAGÓCITOS
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Dr.João Santana da Silva
________________________________________
Profa. Dra. Halha Ostrensky Saridakis
________________________________________
Prof. Dr.Luis Carlos Jabur Gaziri
________________________________________
Prof. Dr.Luciano Aparecido Panagio
________________________________________
Profa. Dra. Ionice Felipe
Londrina, 24 de março de 2008.
A
Maria Emilia e Gabriel com muito amor.
AGRADECIMENTOS
A Deus inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Por todos os presentes que tem
me dado durante a minha vida, inclusive as pessoas que estão ao meu lado sempre
À Profª. Drª. Ionice Felipe, pela oportunidade, orientação, paciência e dedicação. Pelo incentivo
nesse processo de formação científica, seu exemplo sempre estará em meus pensamentos e em
minhas atitudes
Ao prof. Dr. Luiz Carlos Jabur Gaziri, pela participação neste trabalho, e por toda orientação
durante minha vida acadêmica, “se enxerguei ao longe é por que estive sobre os ombros de
gigantes” (Isaac Newton).
Aos amigos Ivete Conchon Costa e Flavio Lauretti, “na vida não fazemos amigos, nós os
reconhecemos”, por todo incentivo e principalmente pela amizade sincera.
Aos amigos Pedro S. Raimundo Filho e Jesus Antonio Vargas, no auxílio constante e
principalmente pela amizade que foram além do compromisso profissional.
Aos amigos, Luiz Antonio Custódio e Eliana de Vito, pela participação e apoio durante esta
etapa.
Ao amigo Alexandre Saito pela constante colaboração nesta tese.
Aos estagiários Ana Carolina Vitor, Jean Alcântara de Freitas e Adriana Storer pelo apoio e
amizade.
À coordenação do curso de Pós-Graduação em Microbiologia, pelo constante apoio.
A Todos que de forma direta ou indireta me auxiliaram neste trabalho
LOYOLA, Wagner. Ação protetora de extrato de sementes de Artocarpus integrifolia L.
contra infecção por Candida albicans através do aumento das funções de fagócitos. 2008.
52f. Tese (Doutorado em Microbiologia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2008.
RESUMO
Este trabalho pesquisou os principais efeitos de extrato de sementes de Artocarpus integrifolia
(EJ), na fagocitose e morte de Candida albicans, na produção de TNF-α e envolvimento com a
sobrevivência dos animais a um inóculo letal do fungo. Os macrófagos de animais pré-tratados
com EJ por 72 h foram co-incubados 1:5 leveduras de C. albicans (CR15) por 30 minutos a 37ºC.
A eficiência fagocítica foi de 68% de macrófagos fagocitantes na presença de soro, cuja atividade
fungicida reduziu 76% do inóculo de C. albicans. Esta ativação dos fagócitos pode ser explicada
pelo aumento significativo na produção de anion superóxido comparado ao de fagócitos de
animais controle (PBS). A atividade dos receptores foi pesquisada na presença de Manose (50
mM) e Manana (100µg) ou Laminarina (1mg). A eficiência da fagocitose aumentou
significativamente (52%) nos macrófagos de camundongos pré-tratados com JE 72 h antes dos
ensaios, contra 20% dos macrófagos controle. Este aumento foi reduzido a 34% na presença de
bloqueadores do receptor de manose (Manose mais Manana) e para 16% na presença de glucana
solúvel (laminarina), um inibidor do receptor Dectina-1. Os macrófagos pré-tratados com JE 72h
apresentaram aumento na produção de TNF-α após serem co-incubados com C. albicans, por 2h,
ação que foi inibida com a presença de laminarina durante os ensaios. Neste trabalho, avaliamos
também a ação do EJ na proteção contra candidíase, assim, animais pré-tratados 72h com o
extrato, apresentaram aumento na produção de TNF-α após 2h de infecção com C. albicans e
uma redução na concentração do fungo no exsudato peritoneal, fígado, baço e rim durante este
tempo. Estes resultados sugerem que EJ aumentou significativamente os níveis de TNF-α, a
atividade dos receptores de Manose, Dectina-1 e de Complemento, sendo estes processos
relacionados com maior atividade fagocítica e candidacida, o que possibilitou 90% dos animais
tratados com extrato sobreviverem a um inóculo letal de C. albicans versus 20% do controle.
Palavras-chave: Artocarpus. Testes microbiológicos. Fungos patogênicos. Microbiologia.
Candida albicans
LOYOLA, Wagner. Ação protetora de extrato de sementes de Artocarpus integrifolia L.
contra infecção por Candida albicans através do aumento das funções de fagócitos. 2008.
52f. Tese (Doutorado em Microbiologia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2008.
ABSTRACT
In this study we analysed the main receptors participating in phagocytosis of Candida albicans
and candidacidal mechanisms by macrophages from mice pretreated from Artocarpus integrifolia
seeds extract (jack extract). The animals’ macrophages pretreated with EJ for 72 h were co-
incubated 1:5 of C. albicans CR15 (yeast) for 30 minutes 37ºC. The phagocytic efficiency was
68% of macrophages from mice pretreated, in serum non-immune presence, whose fungicidal
activity reduced 76% C. albicans inoculum. This activation of phagocitic cells can be explained
by the significant increase in anion superoxide production comparative by animals control
phagocytes (PBS). The receptors activity was investigated in Mannose presence (50mM) and
Mannan (100mg) or laminarin (1mg). The phagocytosis efficiency increased significantly (52%)
in mice’s macrophages of pretreated with EJ 72 h before the assays, against 20% of the
macrophages control. This increase was reduced 34% in receptors presence of mannose
inhibitors, and from 16% in presence of Dectin-1 inhibitor laminarin. The macrophages
pretreated with EJ 72h had presented increase in production of TNF-α after be co-incubated with
C. albicans, for 2h, action that was inhibited with laminarin presence during the assays. In this
work, we also evaluate the EJ action in protection against candidiasis, thus, mice pretreated 72h
with extract before the infection, those had presented increase in production of TNF-α 2h of after
infection with C. albicans and a reduction in fungus concentration in exsudate peritoneal, liver,
spleen and kidney during this time. These results suggest that EJ increased significantly the TNF-
α levels, receptors Mannose activity, Dectin-1 and Complement, these processes related with
increased phagocytic and candidacidal activity and 90% of these mice survived versus 20% of the
control.
Keywords: Pathogenic fungi. Microbiology. Artocarpuses. Microbiological assay.
LISTA DE ABREVIATURAS
HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana
SAPs – Aspartil proteinases
MAT – Matting locus
MTL – Like Matting locus
PMN – Leucócitos Polimorfonucleares
TLR – Receptores Toll Like
GM-CSF – Fator Estimulador de Colônia de Macrófagos e Granulócitos
MAPK – Proteína Mitógena Kinase
IFN-γInterferon gama
TNF-αFator de Necrose Tumoral alfa
PAF – Fator Ativador de Plaquetas
DTH – Hipersensibilidade do Tipo Tardia
JE – Extrato de Sementes de Artocarpus integrifolia (Jaca)
Con-AConcanavalina A
IL-12, 10, 8, 1β, 6 – Interleucinas 10, 12, 8, 1β, 6
MHC II – Complexo de Histocompatibilidade Principal de classe II
MR – Receptor de Manose
VCAM – Moléculas de Adesão Celular Vascular
PRR – Receptor de Reconhecimento Padrão
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
1.1 C
ANDIDA ALBICANS E CANDIDÍASE
....................................................................................... 10
1.2 R
ESPOSTA IMUNE A CANDIDÍASE
......................................................................................... 15
1.2.1 Imunidade Inata .............................................................................................................. 15
1.2.2 Receptores da Resposta Imune Inata .............................................................................. 16
1.3 C
ÉLULAS
E
FETORAS
........................................................................................................... 18
1.3.1 Células Dendríticas......................................................................................................... 18
1.3.2 Neutrófilos...................................................................................................................... 19
1.3.3 Macrófagos ..................................................................................................................... 20
1.4 I
MUNIDADE
A
DAPTATIVA
................................................................................................... 22
1.5 E
XTRATO DE SEMENTES DE
A
RTOCARPUS INTEGRIFÓLIA
...................................................... 23
2 OBJETIVOS....................................................................................................................... 26
2.1 O
BJETIVO
G
ERAL
................................................................................................................ 26
2.2 O
BJETIVOS
E
SPECÍFICOS
..................................................................................................... 26
3 CONCLUSÃO..................................................................................................................... 27
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 28
ARTIGO: Protection against Candida albicans infection by an extract of Artocarpus
integrifolia seeds through enhanced phagocyte functions.................................... 40
Abstract.................................................................................................................................... 40
Introduction ............................................................................................................................. 41
Materials and methods............................................................................................................. 41
Results ..................................................................................................................................... 43
Discussion................................................................................................................................ 44
References ............................................................................................................................... 45
Fig. 1........................................................................................................................................ 47
Fig. 2........................................................................................................................................ 48
Fig. 3........................................................................................................................................ 49
Fig. 4........................................................................................................................................ 50
Fig. 5........................................................................................................................................ 51
Table 1 ..................................................................................................................................... 52
10
1 INTRODUÇÃO
1.1 Candida albicans
E CANDIDÍASE
A importância das doenças fúngicas aumentou nas ultimas três décadas, devido
principalmente, ao aumento da população de indivíduos imunocomprometidos, incluindo
pacientes infectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), transplantados e portadores
de câncer (ROMANI, 2004; DAVIES et al., 2006).
As espécies de Candida em condições predisponentes podem expressar fatores
de virulência causando doenças conhecidas como candidíases (HUBE & NAGLIK, 2001). As
doenças causadas por esse fungo, podem variar desde infecções superficiais de pele e mucosa até
formas sistêmicas chamada de candidemia, podendo atingir órgãos profundos (ODDS, 1988;
ODDS 1994; CALDERONE & FONZI, 2001).
Candida são microrganismos integrantes da microbiota bucal do homem desde
o nascimento. Esta condição microbiológica propicia comumente uma relação de equilíbrio entre
o fungo e o hospedeiro, diante da manutenção da integridade das barreiras teciduais, relação
harmônica da microbiota autóctone e funcionamento adequado do sistema imunológico humano,
havendo em contrapartida por parte do fungo permanência equilibrada da capacidade de
aderência e de produção de toxinas e enzimas (CALDERONE & FONZI, 2001).
Das espécies pertencentes ao gênero Candida, a que mais causa infecções é a C.
albicans. Este fungo é dimórfico oportunista, freqüentemente isolado na cavidade oral, sistema
digestório e vagina de humanos e vários mamíferos (DIGNANI et al., 2003). Pode variar sua
forma de leveduriforme para filamentosa, sendo que durante este processo pode apresentar as
formas intermediárias de tubo germinativo e pseudo-hifa. Outras espécies não C. albicans, como
C. krusei, C. parapsilosis, C. tropicalis, C. glabrata entre outras, também tem capacidade de se
tornarem patogênicas (ODDS, 1994; ROILIDES et al., 1999; PAUL et al., 2007). Tanto as
formas leveduriformes como as filamentosas estão presentes nos sítios de infecção, sugerindo que
ambas contribuem para a patogenicidade do fungo (MITCHELL, 1998; CLEMONS &
STEVENS, 2001; HUBE & NAGLIK, 2001; DIGNANI et al., 2003).
11
A maior freqüência das infecções ocorre no tegumento, como: da pele, das
unhas e das mucosas do trato gastrintestinal, oral ou a vaginal. Cerca de 70% das mulheres
saudáveis terão algum caso de candidíase vaginal durante a vida, e 5% terão infecções recorrentes
(SOBEL et al. 1988; SOBEL et al., 1992). Porém, nos indivíduos com resposta imune deprimida
por câncer, transplantados ou com procedimentos cirúrgicos, este fungo poderá causar candidíase
sistêmica, podendo levá-los à morte. Aproximadamente 85% dos pacientes portadores do vírus
HIV terão pelo menos um caso de candidíase orofaríngea (BORG-VON ZEPELIN et al., 1999).
A limitação de nutrientes no tecido hospedeiro é um fator importante para a
atividade do patógeno. O microrganismo deve estar apto a realizar suas reações de catabolismo e
anabolismo, para poder sobreviver como um saprófita ou como um patógeno, na superfície dos
tecidos do hospedeiro. Quanto maior a expressão de genes que regulam estas duas vias, mais
competente será o patógeno. Desta forma C. albicans é capaz de crescer em extremos fisiológicos
de pH. Devido a esta habilidade este fungo pode causar infecções tanto na corrente sanguínea,
onde o pH é neutro, como na superfície de mucosas com pH ácido (CALDERONE & FONZI,
2001). Portanto, C. albicans está constituída geneticamente para se adaptar e sobreviver em
diferentes locais do organismo hospedeiro, capacidade que envolve fatores essenciais, tais como
moléculas de aderência do fungo a matriz extracelular do tecido hospedeiro, a produção de
fosfolipase, protease e elastase que podem lesar e impedir as defesas do hospedeiro (ROMANI,
2004). Em principio, a principal ação do microrganismo é sobreviver e reproduzir, sendo que, a
morte ou danos severos ao hospedeiro, constitui efeitos colaterais (HUBE & NAGLIK, 2001).
A aderência às células do hospedeiro é um pré-requisito para a colonização e
um passo essencial no estabelecimento de infecções. Neste processo, ocorre a combinação de
mecanismos específicos (adesinas) e não específicos (forças eletrostáticas, agregação e
hidrofobicidade) (COTTER & KAVANAGH, 2000; ANDRE et al., 2004). De acordo com
Masuoka et al. (1999), leveduras com características mais hidrofóbicas aderem-se com mais
facilidade às células epiteliais, proteínas da matriz extracelular e plástico, e são mais resistentes à
fagocitose. A fração protéica das manoproteínas, provavelmente, determina o padrão de
hidrofobicidade da parede celular, como demonstrado em estudos com anticorpos. As formas
filamentosas de C. albicans têm superfície mais hidrofóbica que as leveduriformes.
A parede celular de C. albicans é uma estrutura complexa e responsável pela
manutenção da forma celular, gradiente osmótico e regulação da permeabilidade. É formada por
12
várias camadas, e seu peso seco compõe-se de 47-60% de beta glucanas (β1-3; β1-6) e 10% de
quitina, imersas em matriz amorfa de polímeros de manose, as mananas (aproximadamente 40%
do peso seco), associadas covalentemente a proteínas em ligações N e O glicosídicas. Além disso,
a parede celular contém proteínas (6 a 25%) e uma porcentagem de lipídios (1 a 7%).
A produção de aspartil proteinases (SAPs) constitui um importante fator de
virulência. Estas enzimas são codificadas por um grupo de dez genes, sendo que cada enzima
SAP é codificada por um par de genes desta família gênica. As diferentes SAPs são expressas em
diferentes condições de crescimento em laboratório e durante infecções experimentais in vivo e in
vitro. A contribuição das SAPs para a patogênese da C. albicans tem sido demonstrada
claramente com a utilização de mutantes deficientes nestas enzimas e de inibidores de proteinases
(HUBE & NAGLIK, 2001). O fungo utiliza estas enzimas como artifício para obtenção de
nutrientes degradando estruturas do hospedeiro (imunoglobulinas, colágeno, albumina,
queratina), além de utilizá-las na evasão da resposta imune (De ANDRADE & FELIPE, 1992;
BORG-VON ZEPELIN et al., 1998; KOELSCH et al., 2000; Dos SANTOS et al., 2002).
A deleção de genes que codificam SAP1, SAP2 ou SAP3, de isolados de C.
albicans resultou em menor dano ao organismo do hospedeiro (SCHALLER et al., 1999), menor
aderência às células epiteliais bucais (WATTS et al., 1998) e menor virulência no modelo de
vaginite em ratos DE BERNARDIS et al., 1999). Nas infecções de mucosas a SAP3 foi
considerada a mais importante, enquanto em infecções profundas este papel é desempenhado
pelas SAPs 4 e 6 , as SAPs 7 e 8 também são importantes durante as infecções (NAGLIK et al.,
2003).
A virulência do fungo C. albicans não depende apenas de seu repertório
genético, mas também da condição imunológica do hospedeiro o qual desempenha papel
fundamental na progressão da doença (MITCHELL, 1998; MARTINEZ-SANCHEZ & PEREZ-
MARTINS, 2001). Estudos epidemiológicos demonstraram que patógenos deste grupo passaram
de oitavo lugar em causas de infecções nosocomiais, para quarto lugar. Este fato se deve
principalmente ao aumento do número de pacientes imunocomprometidos ou submetidos a
processos invasivos tais como aidéticos, transplantados, pacientes com ventilação artificial, em
uso de cateter venoso central ou alimentação parenteral (SENET, 1997; HUBE & NAGLIK,
2001). O uso de drogas imunossupressoras tais como, corticosteróides e drogas citotóxicas,
utilizadas em pacientes leucêmicos, portadores de linfoma ou outros tumores, assim como o uso
13
prolongado e indiscriminado de antibióticos de amplo espectro e utilização de técnicas invasivas
que abrem brechas para a invasão do fungo são fatores predisponentes.
Formas de reprodução sexuadas não eram observadas em laboratório ou em
isolados clínicos. A população de C. albicans era vista como uma grande estrutura clonal,
indicando predominantemente um modo assexuado de reprodução. O locus do genoma do fungo
S. cerevisiae que continha os genes responsáveis pela reprodução sexuada foi chamado de
matting (MAT) lócus e a região homóloga em C. albicans foi chamada de matting-type-like
(MTL) (JOHNSON, 2003). O locus em C. albicans (9kb) é muito maior do que em S. cerevisiae
(0,7kb) e contém muito mais genes. Em princípio, este tipo de reprodução poderia gerar o
aumento da diversidade genética durante um processo infeccioso. Porém, nem todos os fungos
resultantes desta variação genética sobreviveriam às condições encontradas no hospedeiro. Esta
idéia pode contribuir para o entendimento da estrutura clonal e da alta taxa de reprodução
sexuada encontrada em laboratório (JOHNSON, 2003).
C. albicans ao longo da história tem sido descrita como agente de doenças em
humanos. Hipócrates, Galen e Samuel Pepys já descreviam sintomas semelhantes aos das
infecções por este fungo. Porém, não existia em qualquer língua um termo técnico que definisse a
candidíase, atestando e difundindo seu reconhecimento (ODDS, 1988; CALDERONE, 2002).
Depois de vários anos a confusão taxonômica foi resolvida pelo projeto de classificação
codificado em 1923, definindo como Candida albicans. O nome deriva de Toga Candida, do
latim a expressão do manto branco que identificava os candidatos ao senado romano, e albicans,
gramaticamente devido à cor branca das lesões provocadas pelo fungo (ODDS, 1988).
Nos últimos anos vem ocorrendo aumento no número de relatos das infecções
invasivas causadas por Candida ssp. Em 1963 conheciam-se apenas cinco espécies de Candida
como causadoras de doenças em humanos, incluindo C. parapsilosis, C.tropicalis, C.
stellatoidea, C. guilliermondii. Atualmente, são conhecidas em torno de vinte espécies
pertencentes ao gênero Candida, capazes de causar micoses, sendo estas espécies de maior
interesse clínico (DIGNANI, 2003).
O estudo da história natural de pacientes com candidemia mostra que parte dos
episódios de fungemia tem caráter transitório e autolimitado, particularmente em indivíduos não
neutropênicos. Entretanto, não há dados clínicos e laboratoriais que permitam identificar com
segurança, quais episódios serão apenas transitórios e quais acarretarão quadro de candidíase
14
hematogênica disseminada com invasão do tecido de vários órgãos e sepse (COLOMBO &
GUIMARÃES, 2003).
Segundo Colombo (2000), outro aspecto relevante é que em alguns pacientes as
complicações infecciosas, documentadas em vísceras, aparecem semanas ou meses após o
episódio de candidemia como acontece com rinites e meningite causadas por Candida ssp.
Quando presente, a disseminação aguda da candidemia para órgãos (fígado, rim e pulmões), pode
também acometer pele e globo ocular. O padrão clínico mais freqüente de apresentação da
candidemia em adultos, resulta na presença de febre em pacientes com antibioticoterapia. A febre
pode ter início insidioso, ou apresentar-se de forma súbita, acompanhada de calafrios, mialgia,
taquicardia e hipotensão (DIGNANI et al., 2003).
Endoftalmites podem ocorrer em cerca de 10 a 30% dos casos, sendo esta
variação dependente das condições do hospedeiro (DIGNANI et al., 2003). C. albicans pode
infectar as estruturas oculares por disseminação hematogênica ou por inoculação direta, durante
cirurgia ocular. Os sintomas incluem perturbações visuais, escotomas e dor bulbar. As
anormalidades são caracterizadas por lesões na retina e no humor vítrio, manchas de Roth e
uveíte. Todas as estruturas oculares podem ser afetadas, porém quando ocorrem endoftalmites a
terapia é difícil e a incidência de seqüelas é alta (DIGNANI, 2002).
Segundo Carstedt et al. (2002), existe uma prevalência de fungos do gênero
Candida na cavidade bucal de crianças e adolescentes com síndrome de Down. Nessas crianças,
além das alterações anatomico-fisiológicas bucais, macroglossia, estagnação salivar decorrente da
incompetência muscular da boca, dificuldades motoras, constantes doenças respiratórias e
comprometimento simultâneo das respostas imunológica inata e adquirida, estes fatores
adicionais às tornem mais suscetíveis a processos infecciosos, incluindo os fúngicos, sendo as
espécies de Candida são os agentes etiológicos mais preponderantes (RONCARIO et al., 2002).
Agrega-se ainda a esta situação, a resposta imune celular e humoral. Linfócitos T e células NK
possuem suas atividades funcionais afetadas, nessas crianças. Níveis baixos de imunoglobulinas
IgG
2
e IgG
4
favorecem infecções microbiológicas, além da irregularidade fisiológica da
peróxido-dismutase comprometendo a defesa orgânica contra microrganismos (RIBEIRO et al.,
2002).
O envolvimento de sistema nervoso central ocorre com grande freqüência em
prematuros que desenvolvem candidemia. Nesta população, a investigação de meningite em caso
15
de candidemia é prioritária. Em adultos, a meningite por Candida ssp é geralmente decorrente de
contaminação durante procedimento neurocirúrgico, sendo poucas vezes documentadas como
complicação de candidemia. Entretanto, segundo dados obtidos em série de necropsias, pacientes
com sepse por Cândida ssp que evoluem para óbito apresentam lesões fúngicas no sistema
nervoso central em até 20% dos casos (FILLER & KULLBERG, 2003).
A antibioticoterapia prolongada e a quimioterapia podem causar modificações
na microbiota das mucosas, além de diminuir o número de leucócitos circulantes levando à
proliferação de C. albicans (HUBE, 2004; DAVIES et al., 2006). Os corticoterápicos promovem
modificações na rede de citocinas podendo afetar polimorfonucleares (PMN), macrófagos e as
principais atividades das células T prejudicando assim, a atividade antifúngica (NOHMI et al.,
1994; DAVIES et al., 2006).
O cateterismo pode causar lesões no tegumento e promover um substrato para o
desenvolvimento do fungo. Uma vez dentro do vaso sangüíneo o patógeno pode ser rapidamente
recoberto por fibronectina, plaquetas e outros constituintes do sangue. Estes fatores se constituem
em suporte para a colonização e proliferação do microorganismo, podendo ainda formar
biofilmes sobre superfícies plásticas como próteses dentárias, cateteres e sondas urinárias,
impedindo a ação dos antifúngicos (SENNET, 1997, COLOMBO et al., 2006; PHALLER &
DIEKEMA, 2007), além de dificultar o reconhecimento do fungo pelo sistema imune inato
(STICKLER & McLEAN, 1995).
1.2 R
ESPOSTA IMUNE A CANDIDÍASE
1.2.1 Imunidade Inata
Os mecanismos de defesa do hospedeiro podem influenciar tanto na
manifestação, como na severidade das infecções fúngicas. Deste modo, a forma clínica da doença
dependerá da resposta imune do paciente. Os mecanismos e a capacidade de defesa dos
organismos multicelulares contra o fungo evoluíram de sistema mais simples (imunidade inata),
16
até mecanismos mais sofisticados (imunidade adaptativa) de defesa dos hospedeiros vertebrados
(ROMANI, 2004).
As defesas antifúngicas inatas dos mamíferos são mediadas por células,
receptores celulares e vários fatores humorais. Fagócitos profissionais como neutrófilos,
macrófagos e células dendríticas possuem papel fundamental nesta defesa. Porém células NK,
linfócitos T e células não hematopoiéticas, tais como células endoteliais e epiteliais, também
participam no combate ao fungo (ROMANI et al., 2002). Esta resposta possui dois papéis
principais: ação antifúngica efetora levando a destruição do patógeno, por uma resposta imediata
às partículas fúngicas ingeridas, ou secreção de mediadores pró-inflamatórios, influenciando a
resposta imune adaptativa (VILLAMÓN et al., 2004). A atividade das células do sistema imune
inato pode ser ampliada através das de quimiocinas e citocinas ou anticorpos (ROMANI, 2004;
AKIRA et al.; 2006).
1.2.2 Receptores da resposta imune inata
Os mecanismos de defesa do hospedeiro são ativados após a infecção, e sua
ativação depende de um grupo de moléculas expressas constitutivamente pelo patógeno, que são
reconhecidos por um grupo de receptores que fazem o reconhecimento de moléculas padrões e
incluem os receptores de manose, receptores tipo “Toll” e receptores Dectina-1 (ROMANI, 2004,
BROWN, 2006). Após as interações com as moléculas padrões do patógeno, as células do
sistema imune do hospedeiro iniciam um amplo espectro de mecanismos de defesa tais como a
produção de peptídeos antimicrobianos e a produção de uma rede de citocinas e quimiocinas, o
que resulta no desenvolvimento de uma resposta inflamatória e na resistência à infecção (AKIRA
et al., 2006).
Receptores de manose reconhecem grande variedade de carboidratos (manose,
fucose, N-acetilglucosamina e glucose) presentes na superfície de microrganismos. Estes
receptores são expressos principalmente em macrófagos e células dendríticas, sendo
especialmente importante na fagocitose de C. albicans e promovem uma ligação entre as
respostas imune inata e adaptativa. A expressão aumentada de receptores de manose ocorre
17
devido ao fator estimulador de colônia-macrófago (M-CSF) (KARBASSI et al., 1987) e
interferon-γ (IFN-γ) (MARÓDI & JOHNSTON, 1993), o que tem melhorado a capacidade
fagocítica e candidacida de macrófagos (APOSTOLOPOULOS & McKENZIE, 2001).
Yamamoto et al. (1997) demonstraram que a fagocitose de levedura de C. albicans através do
receptor de manose resulta na produção de citocinas pró-inflamatórias como IL-1β, IL-6 e fator
estimulador de colônias de macrófagos e granulócitos (GM-CSF), degradação do fungo e
estímulo de moléculas co-estimulatórias, moléculas do complexo de histocompatibilidade
principal II (MHC II) e ativação de resposta celular protetora Th1.
Os receptores TLR-2 (receptor para fosfolipomanana) e TLR-4 (receptor para
lipopolissacarídeo e manana) são proteínas de membrana expressas na superfície de muitas
células (ATHMAN e PHILPOTT, 2004), sendo os principais receptores envolvidos na defesa
antifúngica (LEVITZ, 2004; POULAIN & JOUAULT, 2004; VILLAMÓN et al., 2005). Durante
a fagocitose os receptores TLR-2 e TLR-4 são ativados, através da sua ligação com componentes
das paredes celulares dos microrganismos, e recrutados para os fagossomos (UNDERHILL et al.,
1999; BLANDER & MEDZHITOV, 2006). A maturação do endossomo é mediada por sinais
gerados por receptores TLR, e transmitido ao núcleo do fagócito através da proteína adaptadora
MyD88 e da proteína mitógena Kinase (MAPK) p38, que resultam na ativação do fator NF-κB e
subseqüente transcrição de genes de citocinas pro-inflamatórias e antiinflamatórias (GIL e
GOZALBO, 2006).
A diferença no padrão de citocinas sintetizadas pode ser explicada através da
falha no envolvimento do receptor Dectina-1 para o reconhecimento de hifa, uma vez que a β-
glucana encontra-se encoberta na forma filamentosa, enquanto que na forma leveduriforme
devido à cicatriz deixada exposta pelo brotamento, que é rica em β-glucana, ocorre a interação
com Dectina-1 (GANTNER et al., 2005). A cooperação entre receptores para β-glucanas
(Dectina-1) e resíduos manosilados pelo receptor TLR-2, é responsável pela síntese de citocinas
pró-inflamatórias tais como TNF-α, IL-1β, IL-6 e IFN-γ (NETEA et al., 2006). O receptor
Dectina-1 é expresso principalmente em células de linhagem mielóide e reconhece
especificamente resíduos de β-glucana (BROWN & GORDON, 2001; BROWN, 2002; TAYLOR
et al., 2002).
18
1.3 C
ÉLULAS
E
FETORAS
1.3.1 Células Dendríticas
A localização estratégica das células dendríticas nos tecidos, superfície de
mucosas e pele sugere que estas células são as primeiras a iniciar uma resposta protetora contra
C. albicans. Estas células possuem uma atividade de apresentação de antígenos maior que as do
macrófago (NEWMAN & HOLLY, 2001). Quando imaturas, capturam uma molécula estranha e
migram ao órgão linfóide secundário mais próximo onde fazem a apresentação do antígeno ao
linfócito específico, influenciando na diferenciação de células precursoras em linfócitos
Th1(AUSTYN, 1992; ROMANI, 2004).
As células dendríticas possuem a capacidade de internalizar diferentes tipos
morfológicos de fungos, tanto a forma leveduriforme como filamentosa de C. albicans. O
reconhecimento e fagocitose de leveduras ocorrem principalmente por meio de receptores de
manose (MR), DC-SIGN e em parte CR3. Por outro lado a fagocitose de hifas ocorre de um
modo mais convencional (tipo zíper) e envolve a ação cooperativa de FcγR e CR3 (ROMANI et
al., 2002; ROMANI, 2004). A fagocitose de ambas as formas pelas células dendríticas não requer
TLR-2, TLR-4, TLR-9 ou MYD88 (BELLOCCHIO et al., 2004).
A interação de células dendríticas e o fungo através de diferentes receptores
resultam em formas diferentes de sinalização e conseqüentemente diferentes perfis de citocinas.
O reconhecimento de leveduras de C. albicans através de MR promove a produção de citocinas
pró-inflamatórias, aumento na expressão de moléculas co-estimulatórias e MHC de classe II. A
ligação de células dendríticas com hifas opsonizadas, através de C3b ou anticorpos, leva à
produção de citocinas IL-4 e IL-10, aumento da expressão de moléculas MHC II e ativação de
células Th2 (ROMANI, 2004).
19
1.3.2 Neutrófilos
Neutrófilos desempenham um importante papel na prevenção de doenças
fúngicas em hospedeiro vertebrados. Alterações nas funções deste fagócito facilitam a
disseminação de C.albicans (WALSH et al., 1990; FRADIN et al., 2005). Os neutrófilos
constituem a primeira linha de defesa contra microrganismos invasivos. Porém, in vivo, o papel
dos reagentes oxidativos produzidos por estes fagócitos não está bem determinado. A
mieloperoxidase (MPO) uma enzima produzida por neutrófilos, catalisa reações do peróxido de
hidrogênio com o íon cloro para produzir o ácido hipocloroso, que é utilizado pelos fagócitos
para matar microrganismos (PHAM, 2006). Animais nocaute em MPO (MPO-KO) apresentaram
uma redução significativa na sua atividade candidacida, indicando que o sistema oxidativo
dependente da MPO é um importante mecanismo de defesa. Loyola et al. (2002), demonstraram
que a adição de catalase, além de degradar H
2
O
2
impede a sua utilização pela MPO, diminuindo
consideravelmente a capacidade candidacida de neutrófilos e depuração do fungo dos órgãos
infectados.
Indivíduos com doença granulomatosa crônica apresentam sinais clínicos
precoce de candidíase (ARATANI, 2006). Neutrófilos possuem ainda mecanismos microbicidas
não dependentes de oxigênio. Estes mecanismos envolvem as enzimas lisossomais, que são muito
importantes nos tecidos onde a concentração de oxigênio é baixa e a cadeia respiratória não pode
funcionar efetivamente. Dentre as hidrolases lisossomais podemos citar as peroxidases como a
lactoperoxidase (TAYLOR et al., 2005).
Uma importante ação imunoregulatória tem sido atribuída aos neutrófilos,
células que estão envolvidas com a produção de citocinas tais como IL-10 e IL-12. Neutrófilos
podem produzir IL-12 bioativa, que é capaz de induzir a diferenciação de linfócitos precursores
em linfócitos do grupo Th1 com ação antifúngica (CASSONE et al., 1997; MENCACCI et al.,
1998 a; CENCI et al., 1998). Estudos demonstraram que a produção de IL-10 ocorre em infecção
por cepas virulentas, e a neutralização de IL-10 pode promover aumento na resistência a C.
albicans (ROMANI, 2004). Gasparoto et al. (2004), demonstraram que a infecção por C.
albicans (CR1) induziu a apoptose de fagócitos e promoveu aumento nos níveis de IL-10 depois
de 24 h de infecção, tempo em que ocorreu o aumento de neutrófilos no exudato peritoneal. O
20
tratamento de C. albicans com pepstatina (inibidor de proteinase) previniu o processo de
apoptose e reduziu significativamente a produção de IL-10, sugerindo que o aumento da
produção de citocina foi decorrente da ação de enzimas produzidas pelo fungo.
A presença de neutrófilos no local da infecção por pré-tratamento de
camundongos com Con-A 6 h antes da infecção com C. albicans, aumentou a população de
neutrófilos peritoneais, resultando em uma maior depuração do fungo na cavidade peritoneal,
confirmando a importância desta população de fagócitos na defesa contra infecções fungicas
(LOYOLA et al. 2002).
1.3.3 Macrófagos
As respostas anti fúngicas pelas células efetoras incluem morte e inibição de
crescimento do fungo. Em geral as células fagocíticas possuem atividade antifúngica intrínseca
que pode ser potencializada por opsoninas (anticorpos, C3b, iC3b) ou citocinas derivadas de
células T, o que indica que as respostas imune inata e adaptativa não funcionam de forma
independente, mas são reciprocamente reguladas (ROMANI, 2002; HUFFNAGLE, DEEPE,
2003).
A ativação dos macrófagos residentes confere ao hospedeiro maior resistência a
infecções. Um macrófago ativado difere do residente em vários aspectos, como mudanças
morfológicas, expressão de receptores na superfície celular, com aumento de reagentes oxidativos
(H
2
O
2
, 0
2
-
, OH
-
) e nitrogenados (NO
-
), e consequentemente um aumento da atividade microbicida
e produção de citocinas. Em geral, macrófagos ativados fagocitam e matam microrganismos mais
eficientemente que macrófagos residentes. In vivo, a ativação de macrófagos ocorre
principalmente através da interação com linfócitos T e é mediado por citocinas tais como
interleucinas 1 (IL-1), 6 (IL-6) e 8 (IL-8), fator estimulador de colônias de macrófagos e
granulócitos (GM-CSF) e fator de necrose tumoral α (TNF-α) que podem estimular outras
células ou os próprios macrófagos em uma atividade autócrina (MARÓDI et al., 1991;
LANGERMANS et al., 1992; MURPHY et al., 1998).
21
A citocina IFN-γ é essencial para a resistência a infecções fúngicas. Pode ativar
as funções fungicidas de macrófagos, restabelecendo a resposta imune celular em indivíduos
imunodeprimidos (VÁSQUEZ-TORRES & BALISH, 1997). Macrófagos e neutrófilos ativados
por IFN-γ podem produzir a interleucina 12 (IL-12), que é indicadora da resposta protetora contra
infecções fúngicas, além de ser necessária para uma resposta celular eficiente (CENCI et al.,
1998; KASHINO et al., 2000). A adição de anticorpo monoclonal anti-IFN-γ inibiu a produção
de NO
-
, diminuindo a atividade anti-fúngica dos macrófagos (ROACH & BLACKWELL,1992;
NASCIMENTO et al., 2002; FILLER et al., 2005).
TNF-α desempenha papel importante na defesa do hospedeiro contra infecções
por C. albicans. Esta citocina é produzida em resposta a infecções fúngicas, principalmente por
macrófagos, e estimula a síntese de quimiocinas e moléculas de adesão por estes fagócitos (as
quais são essenciais para o recrutamento de neutrófilos), além de possuir ação estimuladora sobre
a atividade candidacida destas células. Em camundongos o aumento na produção de TNF-α
ocorre durante as primeiras 12 h após a infecção e está correlacionado ao acúmulo de grande
número de leucócitos no sítio da infecção (CANNOM et al., 2002; FILLER et al., 2005).
Camundongos deficientes em TNF-α e linfotoxinas desenvolvem uma resposta Th2 para as
infecções por C. albicans e apresentam altos níveis de IL-4 e IL-10 (MARINO et al., 1997;
MENCACCI et al., 1998). A sobrevivência dos animais TNF/LT
-/-
foi menor e correlacionada a
um aumento do fungo nos órgãos (NETEA et al., 1998), enquanto os camundongos heterozigotos
(TNF/LT
+/-
) com fenótipo intermediário tiveram uma taxa de mortalidade de 60% em 20 dias de
infecção. Em outros estudos a neutralização do TNF-α através da utilização de anticorpos
policlonais anti-TNF-α murino causou o crescimento do fungo no rim e baço e acelerou a morte
após infecção endovenosa (LOUIE et al., 1994; FILLER et al., 2005).
Conchon-Costa e colaboradores (2007), demonstraram que camundongos pré-
tratados com Con-A apresentaram aumento na produção de TNF-α 2 h após a infecção por via
intraperitoneal, quando comparado aos animais controle. A elevação precoce na produção de
TNF-α demonstra o aumento da capacidade de síntese de citocinas pró-inflamatórias pelos
fagócitos peritoneais tratados com a lectina, fato que aumentou a resistência à infecção fúngica.
Esta ativação resultou na taxa de sobrevivência de 100% dos animais pré-tratados em relação aos
controles, quando expostos a um inóculo letal e diminuiu a concentração de C.albicans nos
órgãos (baço fígado e rim) no decorrer da infecção.
22
A citocina TNF-α pode estimular também a expressão de outras moléculas
envolvidas na defesa do hospedeiro contra infecções por C. albicans. Entre estas moléculas
incluem-se as moléculas de adesão E-selectinas e VCAM-1, IL-8, fator ativador de plaquetas
(PAF) que estão relacionadas à adesão e do recrutamento de leucócitos. IL-8 além de ser um
potente fator quimiotático para neutrófilos, que inicia a ativação destes fagócitos aumentando a
sua capacidade candidacida (FILLER et al., 2005, OROZCO et al., 2000).
A atividade fagocítica de macrófagos e neutrófilos podem ser estimuladas
também pela ação de lectinas de origem vegetal. É o caso da concanavalina A (Con-A), que atua
sobre linfócitos aumentando sua secreção de IFN-γ (BERTRAM et al., 1997) e da KM
+
, obtida da
semente de jaca (Artocarpus integrifólia), que atua diretamente sobre as células fagocíticas
aumentando a secreção de IL-12 (PANUNTO-CASTELO et al., 2001).
Estudos demonstraram que o pré-tratamento com lectinas aumentou
significativamente o número de fagócitos na cavidade peritoneal de camundongos, e da
capacidade candidacida dessas células, além da expressão de receptores de manose (FELIPE et
al., 1995; GAZIRI et al., 1999; LOYOLA et al., 2002; CONCHON-COSTA et al., 2007). A
associação destas ações sobre os fagócitos peritoneais de camundongos pré-tratados com Con-A
96 h antes da infecção resultou na eliminação de 80% do inóculo de C. albicans e na expressão
máxima dos receptores de manose (LOYOLA et al., 2002). A fagocitose foi inibida em 50% após
a adição de manana (50µg) e manose (50mM), sugerindo que esta atividade teve a participação
dos receptores de manose (GAZIRI et al., 1999).
1.4 I
MUNIDADE ADAPTATIVA
A resistência a candidíase está correlacionada com a detecção de resposta
imune celular e a presença de hipersensibilidade tardia (DTH). Observações clínicas sugerem que
citocinas Th2 podem ser produzidas em resposta a antígenos de C. albicans em diferentes
estágios da doença, incluindo infecções sintomáticas e doenças imunológicas. Este fato implica
que a produção de citocinas do padrão Th1 está associada a indivíduos sadios e portadores de
23
leveduras saprófitas, enquanto que a produção de citocinas Th2, está correlacionada com a
manifestação da doença fúngica.
Os linfócitos com fenótipo 1 (Th1) produzem as citocinas pró-inflamatórias
como interleucina 2 (IL-2) e IFN-γ, e os linfócitos com fenótipo 2 (Th2) produzem citocinas
antiinflamatórias como interleucinas (IL)-4, 5, 10 e 13. Pacientes com infecção disseminada
apresentam uma resposta imune celular diminuída, anergia de DTH e níveis aumentados de
citocinas Th2 (IL-4 e IL-5), IgE IgG4 e IgA e eosinofilia a qual é um marcador característico
para micoses disseminadas. As citocinas Th2 como IL-10 possuem uma relação inversa na
produção de citocinas Th1 tais como IL-12 e IFN-γ. Altos níveis de IL-10 estão associados com o
bloqueio na produção de IFN-γ e aumento na suscetibilidade a candidíase sistêmica (CALICH et
al., 1998).
O predomínio de células Th1 pode resultar na produção de citocinas que
estimulam a atividade citotóxica das células efetoras, enquanto que as células Th2 produzem
citocinas que desativam tais atividades e estimulam a produção de anticorpos. Entretanto, a
combinação de citocinas dos diferentes grupos como IFN-γ e IL-4, ou IL-10 e IL-12 é necessária
para que ocorra uma proteção eficiente contra a infecção por fungos, indicando a existência de
um complexo circuito imunoregulatório (ROMANI et al., 1997; STEVENS, 1998; SPELLBERG
& EDWARD Jr, 2001; SU et al., 2007).
1.5 E
XTRATO DE SEMENTES DE
Artocarpus integrifólia
As interações proteína-carboidrato são utilizadas para a comunicação
intracelular. As lectinas são proteínas inicialmente identificadas em vegetais, e que se ligam
especificamente a uma grande variedade de carboidratos presentes na superfície de células de
mamíferos. Devido a esta alta afinidade as lectinas vegetais são utilizadas para identificação,
purificação e estimulação de glicoproteínas específicas na superfície de células humanas. A
compreensão das bases moleculares da interação lectina-carboidrato e as sinalizações
intracelulares envolvidas neste processo prometem o desenvolvimento de novas drogas para o
24
tratamento de infecções, processos inflamatórios e doenças malignas (SHANMUGHAM et al.,
2005).
KM
+
e jacalina são lectinas extraídas da semente de jaca (Artocarpus
integrifolia), estruturalmente relacionadas, porém apresentam distintas ações biológicas e
especificidade na ligação aos carboidratos. A jacalina liga-se à D-galactose e possui alta
afinidade por glicoproteínas que possuam resíduos α-D-galactosil (HORTIN & TRIMP, 1990).
KM
+
liga-se a D-manose e exibem alta afinidade a trissacarídeos presentes no centro de cadeias
de oligossacarídeos de glicoproteínas (Manα1-3[Manα1-6] Man) (RANI et al., 1999). Rosa et al.
(1999) estudaram esta especificidade na ligação a carboidratos apresentada pelas lectinas da
semente de A. integrifólia, e demonstraram que jacalina e KM
+
compartilham 52% de homologia.
Porém, KM
+
não sofre clivagem pós-transcricional em duas cadeias, em contraste com a jacalina,
conservando um ligante rico em glicina, o qual consegue discriminar a ligação entre manose e
galactose. Em termos de ação biológica, jacalina induz a secreção de IL-6 por células
monocíticas U937 (TAIMI et al., 1994) e potencializa a resposta humoral a trinitrofenol e
Trypanosoma cruzi em ratos (ALBUQUERQUE et al., 1999). KM
+
, por sua vez tem sido usado
com instrumento para estudar a haptotaxia da migração de neutrófilos em ratos (SANTOS-DE-
OLIVEIRA et al., 1994).
A jacalina (JCA) presente no extrato bruto das sementes de A. integrifolia
possui forte ação mitogênica sobre monócitos e linfócitos T CD4
+
humanos, porém esta ação não
foi observada em células B (BUNN-MORENO & CAMPOS-NETO, 1981). Esta lectina é
utilizada como diagnóstico e purificação de IgA devido a sua capacidade de ligação específica
com cadeias pesadas presentes neste tipo de imunoglobulina (AUCOUTURIER et al., 1981). JCA
é uma lectina multimérica capaz de se ligar a moléculas CD4 presentes nas superfícies de células
T humanas, sendo que esta ação pode bloquear a ligação do HIV aos linfócitos através da
glicoproteína (gp) 120 presente na superfície do vírus (CORBEAU et al., 1990).
Além da ação bloqueadora da ligação de lectina como JCA e moléculas co-
estimulatórias CD4, estudos recentes têm demonstrado que a ligação JCA-CD4 pode disparar a
sinalização intracelular levando a síntese de citocinas como a interleucina 6 (IL-6) (LAFONT et
al., 1997). Taimi et al. (1994) demonstraram, utilizando linhagens de células
promielomonocíticas (U937), que a estimulação destas células por JCA produziu dez vezes mais
IL-6, do que a estimulação por lipopolissacarídeos bacterianos.
25
As lectinas são capazes de se ligar a elementos da matriz extracelular como a
laminina. A ligação da KM
+
à laminina promove o processo de haptotaxia em modelo in vivo, ou
seja, promove a atração de leucócitos da corrente sangüínea para os tecidos. Diferente da
quimiotaxia, na qual os sinais que atraem os leucócitos estão na forma solúvel, na haptotaxia
estes sinais permanecem ligados à superfície de células endoteliais, membrana basal e tecido
conjuntivo. A interação de lectinas com laminina pode contribuir para a formação de um
gradiente haptotático requerido para a indução da migração dos neutrófilos (PEREIRA-DA-
SILVA et al., 2006).
Estudos demonstraram que KM
+
exerce ação estimulatória na indução da
migração de neutrófilos, através do reconhecimento de resíduos de manose presentes nos
receptores para quimiocinas CXCR2, expressos na superfície de neutrófilos e monócitos
inflamatórios, porém não em macrófagos residentes. Esta interação resulta na ativação de
neutrófilos é demonstrado, pelas mudanças morfológicas destas células, acompanhadas da
internalização do complexo KM
+
/ligante. A participação de açucares como ligantes a receptores
na superfície de neutrófilos abre novos caminhos para potencializar ou inibir reações
inflamatórias (PEREIRA-DA-SILVA et al., 2006), induzindo efeitos protetores contra patógenos
que são susceptíveis a resposta imune mediada por citocinas Th1 (PANUNTO-CASTELO et al.,
2001).
Uma complexa cooperação de diversos receptores PRR é necessário para a
defesa do hospedeiro contra infecção fúngica, envolvendo diversas moléculas na superfície dos
fungos que são reconhecidas por receptores na superfície de células da resposta imune inata e que
disparam a produção de citocinas e ativação de linfócitos T. Baseado nos conhecimentos prévios
utilizamos o modelo de candidíase experimental, para esclarecimento de mecanismos protetores
induzidos por lectinas (KM+ e jacalina), presentes no extrato de semente de Artocarpus
integrifolia.
26
2 OBJETIVOS
2.1 O
BJETIVO
G
ERAL
Ação de extrato de sementes de Artocarpus integrifolia na resposta imune de
camundongos Swiss, no curso de infecção com Candida albicans.
2.2 O
BJETIVOS
E
SPECÍFICOS
Subgrupos de camundongos Swiss tratados com PBS ou extrato de sementes de
Artocarpus integrifolia foram analisados com relação aos seguintes aspectos:
1- Efeito do tempo de tratamento com extrato de sementes de Artocarpus
integrifolia sobre a atividade fagocítica e candidacida de fagócitos peritoneais;
2- Produção de anion superóxido por fagócitos após fagocitose de C. albicans;
3- Atividade de receptores de manose, complemento e receptor Dectina-1 na
fagocitose de C. albicans e sinalização para a síntese de TNF-α;
4- Concentração de TNF-α produzida por fagócitos peritoneais em ensaios
fagocíticos in vitro e no sobrenadante de células da cavidade peritoneal e de fígado no curso da
infecção.
5- Unidades formadoras de colônia (UFC) no fígado, baço, rim e exsudato
peritoneal no curso da infecção com C. albicans;
6- Sobrevivência dos animais infectados com dose letal de C. albicans;
7- Análise de atividade de alanina aminotransferase (ALT) no plasma de
animais infectados.
27
3 CONCLUSÃO
O extrato de sementes de Artocarpus integrifolia foi eficiente em ativar
macrófagos peritoneais murinos aumentando sua capacidade fagocítica e candidacida, sendo que
esta ação foi significativamente aumentada nos macrófagos de animais pré-tratados por 48 a 96 h
antes dos ensaios fagocíticos. Este aumento está correlacionado com a expressão dos receptores
de manose, Dectina-1 e para frações C3b e iC3b do sistema complemento, indicado pelo aumento
da porcentagem de células fagocitantes comparado ao controle. Dentre os receptores estudados o
receptor para β-glucana (Dectina-1) foi o mais importante no reconhecimento e na internalização
de leveduras, o bloqueio deste receptor resultou na diminuição da produção de TNF-α e na
porcentagem de macrófagos fagocitantes. Estes resultados sugerem que o receptor Dectina-1
além de fazer o reconhecimento do patógeno, pode estar também relacionado com a sinalização
para a síntese de citocinas pró-inflamatórias. Além desta ação, os fagócitos peritoneais
demonstraram maior capacidade de produzir substâncias microbicidas tais como anion
superóxido, resultando em menor concentração do fungo nos órgãos tais como fígado, baço, rim
além da cavidade peritoneal, o que poderia explicar 90% de sobrevivência destes animais ao
inoculo letal de C. albicans versus 20% do grupo tratado com PBS. Infecções oportunistas são
mais freqüentes em pacientes imunocomprometidos, grupo de indivíduos que vem aumentando
muito nos últimos anos. A ativação das células efetoras não só aumenta o reconhecimento e a
destruição do patógeno, mas também a síntese de citocinas pró-inflamatórias, demonstrando uma
ação imunoregulatória de macrófagos e neutrófilos, sendo que este grupo de citocinas pode
induzir a diferenciação de linfócitos T precursores em células do tipo Th1, o que resultaria no
aumento da resistência do hospedeiro às infecções fúngicas.
28
REFERÊNCIAS
AKIRA, S.; TAKEDA, K.; KAISHO, T. (2001). Toll-like receptors: critical proteins linking
innate and acquired immunity. Nat. Immunol. v.2, p.675-680.
AKIRA, S.; UEMATSU, S.; TAKEUCHI, O. (2006). Pathogen recognition and innate immunity.
Cell. v.124, p.783-801.
ALBUQUERQUE, D.A.; MARTINS, G.A.; CAMPOS-NETO, A.; SILVA, J.S. (1999). The
adjuvant effect to jacalin on the mouse humoral immune response to trinitrophenyl and
Trypanosoma cruzi. Immunol. Lett. v.68, p.375-378.
ANDRE, D.C.; LOPES, J.D.; FRANCO, M.F.; VAZ, C.A.C.; CALICH, V.L.G. (2004). Binding
of lamin to Paracoccidioides brasiliensis induces a less severe pulmonary
paracoccidioidomycosis caused by virulent and low-virulence isolates. Micr. and Infect. v.6,
n.6, p.549-558.
APOSTOLOPOULOS, V & MCKENZIE, I.F.C. (2001). Role of the Mannose Receptor in the
Immune Response. Curr. Mol. Med. v.1, p.469-474.
ARATANI, Y. (2006). Role of Myeloperoxidasein Host defense against Fungal Infection. Jpn. J.
Med. Mycol. v.47, n.3, p.195-199.
ATHMAN, R. & PHILPOTT, D. (2004).
Innate immunity via Toll-like receptors and Nod proteins.
Curr. Op. Microb. v.7, n.1, p.25-32
.
AUCOUTURIER, P.; PINEAU, N.; BRUGIER, J.C.; MIHAESCO, E.; DUARTE, F.;
SKVARIL, F.; PREUD'HOMME, J.L. (1981). Jacalin: a new laboratory tool in
immunochemistry and cellular immunology. J. Immunol. v.127, n.2, p.427-429.
AUSTYN, J.M. (1992. Antigen uptake and presentation by dendritic leukocytes. Semin.
Immunol., v.4, p.227-236,.
BELLOCCHIO, S.; MORETTI, S.; PERRUCCIO, K.; FALLARINO, F.; BOZZA, S.;
MONTAGNOLI, C.; MOSCI, P.; LIPFORD, G.B.; PITZURRA, L.; ROMANI, L. (2004). TLRs
govern neutrophil activity in aspergillosis. J Immunol. v.173, p.7406-7415.
29
BERTRAM, E.M.; JILBERT, A.R.; KOTLARSKI, I. (1997). Optimization of an in vitro assay
which measures the proliferation of Duck T Lymphocytes from peripheral blood in response to
stimulation with PHA and CON-A. Develop. Comp. Immunol. v.21, n.3, p. 299-310.
BLANDER, J.M.; MEDZHITOV, R. (2006). On regulation of phagosome maturation and
antigen presentation. Nature. v.7, n.10, p.1029-1035.
BORG-VON ZEPELIN, M.; BEGGAH, S.; BOGGIAN, F.; SANGLARD, D.; MONOD, M.
(1998). The expression of the secreted aspartyl proteinases SAP 4 to SAP6 from Candida
albicans in murine macrophages. Mol. Microbiol v.28, n.3, p.543-554.
BROWN, G.D. & GORDON, S. (2001). A new receptor for beta-glucans. Nature, v.413, p.36-
37.
BROWN, G.D.; HERRE, J.; WILLIAMS, D.L.; WILLMENT, J.A.; MARSHALL, A.S.J.;
GORDON, S. (2003). Dectin-1 Mediates the Biological Effects of ß-Glucans. J. Exp. Medicine,
v.197, n.9, p.1119-1124.
BROWN, G.D. (2006). Dectin-1: a signaling non-TLR pattern-recognition receptor. Nat. Rev.
Immunol. v.6, n.1, p.33-43.
BUNN-MORENO, M.M.; CAMPOS-NETO, A. (1981). Lectins extracted from seeds of
Artocarpus integrifólia (jackfruit): Potent and selective stimulators of distinct human T and B cell
functions. J. Immunol. v.127, p.427-429.
CALDERONE, R.A.; FONZI, W.A. (2001). Virulence factores of Candida albicans. Rev.
Trends Microbiol. v.9, p.327-335.
CORBEAU, P.; HARAN, M.; BINZ, H.; DEVAUX, C. (1990). Jacalin, a lectin with anti-HIV-1
properties, and HIV-1 gp120 envelope protein interact with distinct regions of the CD4 molecule.
Clin Exp Immunol. v.80, n.3, p.420-425.
CALDERONE, R.A.(2002). Candida and Candidiasis. ASM PRESS. Washington DC.
CALICH, V.L.; VAZ, C.A.; BURGER, E. (1998). Immunity to Paracoccidioides brasiliensis
infection. Res. Immunol. v.149, p.407-417.
30
CANNON, R.R.; FRENCH, S.W.; JOHNSTON, D.; EDWARDS, J.E. JR.; FILLER, S.G. (2002).
Candida albicans stimulates local expression of leukocyte adhesion molecules and cytokines in
vivo. J Infect Dis. v.186, p.389–96.
CARLSTEDT, K.; COLS, A.C.; DAHLLOFG, ; ERICSSON, B.; BRAATHEN, G.; MODER,
R.T. (2002). Oral carriage of Candida species children and adolescents with Down’s syndrome.
I. J. Pediatric Dentistry. v.6, p.95-100.
CASSONE, A.; CHIANI, P.; QUINTI, I.; TOROSANTUCCI, A. (1997). A possible participation
of polymorphonuclear cells stimulated by microbial immunomodulators in cytokine dysregulated
patterns of AIDS patients. J. Leuk. Biol. v.62, p.60–66.
CENCI, E.; MENCACCI, A.; DEL SERO, G.; FÉ D’OSTIANI, C.; MOSCI, P.; BACCI, A.;
MONTAGNOLI, C.; KOPF, M.; ROMANI, L. (1998). IFN-γ is required for IL-12
responsiveness in mice with Candida albicans. J. Immunol. v.161, p.3543-3550.
CLEMONS, K.; STEVENS, D.A. (2001). Overwiew of host defense mechanisms in systemic
mycoses and the basis for immunotherapy. Seminar. Respir. Infect. v.16, p.60-66.
COLOMBO, A.L. (2000). Epidemiology and treatment of hematogenous candidiasis: A brazilian
perspective. Braz. J. Infect. Dis. v.4, p.113-118.
COLOMBO, A.L.; GUIMARÃES, T. (2003). Epidemiologia das infecções hematogênicas por
Candida ssp. Rev. Soc. Bras. Méd. Trop. v.36, n.5, p.599-607.
COLOMBO, A.L.; NUCCI, M.; PARK, B.J.; NOUÉR, S.A.; ARTHINGTON-SKAGGS, B.; da
MATA, D.A.; WARNOCK, D.; MORGAN, J. (2006). Epidemiology of candidemia in Brazil: a
nationwide sentinel surveillance of candidemia in eleven medical centers. J. Clin. Microbiol.
v.8, p.2816-2823.
CONCHON-COSTA, I.; LOYOLA, W.; GAZIRI, L.C.J.; CUSTÓDIO, L.A.; FELIPE, I. (2007).
Low dose of Concanavalin-A enhances innate immune response and prevents liver injury in mice
infected with Candida albicans. FEMS Immunol. Med. Microbiol. v.
49, n.3, p.330–336.
COTTER, J.E. & KAVANAGH, K. (2000). Adherence mechanisms of Candida albicans. Br. J.
Biomed. Sci. v.57, n.3, p.241-249.
31
DAVIES, A.N.; BRAILSFORD, S.R.; BEIGHTON, D. (2006). Oral candidosis in patients with
advanced cancer. Oral Oncology. v.42, p.698-702.
De ANDRADE, G.M. & FELIPE, I. (1992). Evidence for the participation of proteinase released
by Candida albicans in the early killing of peritoneal macrophages in vitro. Braz. J. Med. Biol.
Res. v.25, n.2, p.167-174.
DE BERNARDIS, F.; ARANCIA, S.; MORELI, L.; HUBE, B.; SANGLARD, D.; SHAFER, W.;
CASSONE, A. (1999). Evidence that members of the secretory aspartyl secretorie genes family,
in particular SAP2, are virulence factors for Candida vaginitis. J. Infect. Dis. v.179, n.1, p.201-
208.
DIGNANI, M.C. (2002). Epidemiology and pathogenesis of sytemics fungal infections in the
immunocompromised host. J. Antimicrob. Chemother. v.28, p.1-16.
DIGNANI, M.C.; SOLOMKIN, J.S.; ANISSE, E. (2003). Candida, In: ANAISSE, E.;
MCGINNIS, M.R.; PFALLER, M.A. (eds). Vet. Medical Micology, 1
a
ed., Churchill
Devingstone, Filadélfia, p.195-239.
Dos SANTOS, A.A.; de SÁ, E.A.C.; GAZIRI, L.C.J.; FELIPE, I. (2002). Treatment of serum
with supernatants from cultures of Candida albicans reduces its serum-dependent phagocytosis.
Braz. J. Microbiol. v.33, p. 79-83.
FELIPE, I.; BIM, S.; SOMENSI, C.C. (1995). Increased clearence of Candida albicans from the
peritoneal cavity of mice pré-treated with concanavalin-A or jacalin. Braz. J. Med. Biol. Res.
v.28, p.477-483.
FILLER, S.G. & KULLBERG, B.J. Dup-seated Candida infections. In: ANAISSEI, E.;
MCGINNIS, M. R.; PFALLER, M.A. (eds) (2003). Rev. Medical Mycology, 1
a
ed., Churchill
Livingstone, Filadéfia, p.341-348.
FILLER, S.G.; YEAMAN, M.R.; SHEPPARD, D.C. (2005). Tumor Necrosis Factor Inhibition
and Invasive Fungal Infections. Clin. Infect. Dis. v.41, p.208–212.
FRADIN, C.; DE GROOT, P.; MacCALLUN, D.; SCHALLER, M.; KILS, F.; ODDS, F.C.;
HUBE, B. (2005). Granulocytes govern the transcriptional response, morphology and
proliferation of Candida albicans in human blood. Mol. Microbiol. v.56, p.397-415.
32
GANTNER, B.N.; SIMMONS R.M.; UNDERHILL D.M. (2005). Dectin-1 mediates macrophage
recognition of Candida albicans yeast but not filaments. EMBO J. v.24, p.1277-1286.
GASPAROTO, T.H.; GAZIRI, L.C.; BURGER, E.; DE ALMEIDA, R.S.; FELIPE, I. (2004).
Apoptosis of phagocytic cells induced by Candida albicans and production of IL-10.
FEMS
Immunol. Med. Microbiol.
v.42, n.2, p.219-24.
GAZIRI, G.; GAZIRI, L.C.J.; KIKUCHI, R.; SCANAVACCA, J.; FELIPE, I. (1999).
Phagocytosis of Candida albicans by concanavalina-A activated peritoneal macrophages. Med.
Mycol. v.37, p.195-200.
GIL, M.L. & GOZALBO, D. (2006). TLR2, but no TLR4, triggers cytokine production by
murine cells in response to Candida albicans yeast and hyphae. Microb. Infect. v.8, n.8, p.2299-
2304.
HORTIN, G.L.; TRIMPE B.L. (1990). Lectin affinity chromatography of proteins bearing O-
linked oligosaccharides: application of jacalin agarose. Anal. Biochem. v.188, p.271-277.
HUBE, B. & NAGLIK, J.R. (2001). Possible role of secreted proteinase in Candida albicans
infections. Rev. Iberoam. Micol. v.15, p.65-68
HUBE, B. (2004). From commensal to pathogen: stage-and tissue- specific gene expression of
Candida albicans. Current. Op. Microbiol. v.7, p.336-341.
HUFFNAGLE, G. B. & DEEPE JR, G. S. (2003). Innate and adaptive determinants of host
susceptibility to medically important fungi. Current. Op. Microbiol., v.6, n.4, p.344-350.
JOHNSON, A. (2003). The biology of matting in Candida albicans. Nat. Rev. Microbiol. v.1,
n.2, p.106-116.
KARBASSI, A.; BECKER, J.M.; FOSTER, J.S.; MOORE, R.N. (1987). Enhanced killing of
Candida albicans by murine macrphages treated with macrophages colony-stimulating factor:
evidencefor augmented expression of mannose receptors. J. Immunol. v.139, n.2, p.417-421.
KASHINO, S.S., FAZIOLI, R.A.; CAFALLI-FAVATI, C.; MELONI-BRUNERI, L.H.; VAZ,
C.A.C.; BURGER, E.; SINGER, L.M.; CALICH, V.L.G. (2000). Resistance to Paracoccidioides
brasiliensis infection is linked to a preferential TH1 immune response, whereas susceptibility is
associated with absence of IFN-α production. J. Interf. Cyt. Res. v.20, n.1, p.89-97.
33
KOELSCH, G.; TANG, J.; LOY, J.A.; MONOD, M.; JACKSON, K.; FOUNDLING, S.I.; LIN,
X. (2000). Enzymic characteristic of aspartic secreted proteases of Candida albicans. Biochim.
et Biophys. Acta. v.1480, n.1-2, p.117-131.
LAFONT, V.; HIVROZ, C.; CARAYON, P.; DORNAND, J.; FAVERO, J. (1997). The Lectin Jacalin
Specificaly Triggers Cell Signaling in CD4 T Lymphocytes. Cell. Immunol. v.181, p.23-29.
LANGERMANS, J.A.M.; NIBBERING, P.H.; VAN DER HULST, M.E.B.; VAN FURTH R.
1992. Macrophage activation by recombinant cytokines. In: Van Furth, R., Mononuclear
Phagocytes. 1 ed. Kluwer Academic Publishers, p.602-617.
LEVITZ, S.M. (2004). Interactions of Toll-like receptors with fungi. Microbes Infect. v.6,
p.1351-1355.
LOUIE, A.; BALTCH, A.L.; SMITH, R.P. (1994). Tumor necrosis factor alpha has a protective
role in a murine model of systemic candidiasis. Infect. Immun. v.62, p.2761-2772.
LOYOLA, W.; GAZIRI, D.; GAZIRI, L.C.J.; FELIPE, I. (2002). Concanavalin-A enhances
phagocytosis and killing of Candida albicans by mice peritoneal neutrophils and macrophages. FEMS
Immunol. Med. Microbiol. v.33, p.201-208.
MARINO, M.W.; DUNN, A.; GRAIL, D. (1997). Characterization of tumor necrosis factor-
deficient mice. Proc. Natl. Acad. Sci USA. v.94, p.8093-8098.
MARÓDI, L.; FOREHAND, J.R.; JOHNSTON Jr., R.B. (1991). Mechanisms of host defense
against Candida species. II. Biochemical basis for the killing of Candida by mononuclear
phagocytes. J. Immunol. v.146, p.2790-2794.
MARÓDI, L. & JOHNSTON Jr., R.B. (1993). Enhancement of. macrophage candidacidal
activity by interferon-γ. Immunodeficiency. v.4, p.181-185.
MARTINEZ-SANCHEZ; PÉREZ-MARTÍN, J. (2001). Dimorphism in fungal pathogens; Candida
albicans and Ustilago maydis similar inputs, differents outputs. Curr. Opin. Microbiol. v.4, p.214-
221.
34
MASUOKA, J.; GUANGPIN, W.; GLEE, P.M.; HAZEN, C.K. (1999). Inhibition of Candida
albicans attachment to extracellular matrix by antibodies wich recognize hydrophobic cell wall
proteins. FEMS Immunol. Med. Microbiol. v.24, p.421-429.
MENCACCI, A.; CENCI, E.; DEL SERO, G.; FE` D’OSTIANI, C.; MOSCI, P.; BISTONI, F.;
TRINCHIERI, G.; ADORINI, L.; ROMANI, L. (1998a). IL-10 is required for development of
protective CD41 T helper type 1 cell responses to Candida albicans. J. Immunol. v.161, p.6228–
6237.
MENCACCI, A.; DEL SERO, G.; CENCI, E.; FE D’OSTIANI, C.; BACCI, A.;
MONTAGNOLI, C.; KOPF, M.; ROMANI, L. (1998b) IL-4 is required for development of
protective CD41 T helper type 1 cell responses to Candida albicans. J. Exp. Med. v.187, p.307–
317.
MITCHELL, A.P. (1998). Dimorphism and virulence in Candida albicans. Current. Opion.
Microbiol. v.1, n.6, p. 687-692.
MURPHY, G.M.; YANG, L.; CORDELL, B. (1998). Macrophage Colony-stimulating Factor
Augments β-Amyloid-induced Interleukin-1, Interleukin-6, and Nitric Oxide Production by
Microglial Cells. J. Biol. Chem. v.273, n.33, p. 20967-20971.
NAGLIK, J.R.; CHALLACOMBE, S.J.; HUBE, B. (2003). Candida albicans secreted aspartyl
proteinases in virulence and pathogenesis. Microbiol. Mol. Biol. Rev. v.67, n.3, p. 400-28.
NASCIMENTO, F.R.F.; CALICH, V.L.G.; RODRTIGUÉZ, D.; RUSSO, M. (2002). Dual role
for nitric oxide in paracoccidioidomycosis: Essential for resistance, but overproduction associated
with susceptibility. J. Immunol. v.168, p.4593-4600.
NETEA, M.G.; KULLBERG, B.J.; VAN DER MEER, J.W. (1998). Lipopolysaccharide-induced
production of tumour necrosis factor and interleukin-1 is differentially regulated at the receptor
level: the role of CD14-dependent and CD14-independent pathway. Immunol. v.94, n.3, p.340–
344.
NETEA, M.G.; GOW, N.A.R.; MUNRO, C.A.; BATES, S.; COLLINS, C.; FERWERDA, G.;
HOBSON, R.P.; BERTRAM, G.; HUGHES, H.B.; JANSEN, T.; JACOBS, L.; BUURMAN,
E.T.; GIJZEN, K.; WILLIAMS, D.L.; TORENSMA, R.; McKINNON, A.; MacCALLUM, D.M.;
ODDS, F.C.; van DER MEER, J.W.M.; BROWN, A.J.P.; KULBERG, B.J. (2006). Immune
sensing of Candida albicans requires cooperative recognition of mannans and glucans by lectin
and toll-like receptors. J. Clin. Invest., v.116, p.1642-1650.
35
NEWMAN, S.L. & HOLLY, A. (2001). Candida albicans Is Phagocytosed, Killed, and
Processed for Antigen Presentation by Human Dendritic Cells. Infect. Immun. v.69, n.11,
p.6813-6822.
NOHMI, T.; ABE, S.; DOBASHI, K.; TANSHO, S.; YAMAGUSHI, H. (1994). Supression of
anti-Candida activity of murine and human neutriphils by glucocorticoids. Microbiol. Immunol.
v.38, n.12, p.977-982.
ODDS, F.C. (1988). Candida and candidosis. 2
nd
ed. London: Bailliere Tindall.
ODDS, F.C. (1994). Presential address: Candida albicans, the life and times of pathogenic yeast.
J. Med. Vet. Mycol. v.32, n.1, p.1-6.
OROZCO, A.S.; ZHOU, X.; FILLER, S.G. (2000). Mechanisms of the proinflammatory response
of endothelial cells to Candida albicans infection. Infect. Immun. v.68, p.1134-1141.
PANUNTO-CASTELO, A.; SOUZA, M.A.; ROQUE-BARREIRA, M.C.; SILVA, J.S. (2001).
KM
+
, a lectin from Artocarpus integrifolia, induces IL-12 p40 production by macrophages and
switches from type 2 to type 1 cell-mediated immunity against Leishmania major antigens,
resulting in BALB/c mice resistance to infection. Glycobiol. v.11, n.12, p.1035-1042.
PEREIRA-DA-SILVA, G.; MORENO, A.N.; MARQUES, F.; OLIVER, C.; JAMUR, M.C.;
PANUNTO-CASTELO, A.; ROQUE-BARREIRA, M.C. (2006). Neutrophil activation induced
by the lectin KM
+
involves binding to CXCR2. Biochim. Biophys. Acta. v.1760, n.1, p.86-94.
PAUL, M.; NIELSEN, A. D.; GOLDBERG, E.; ANDREASSEN, S.; TACCONELLI, E.;
ALMANASREH, N.; FRANK, U.; CAUDA, R.; LEIBOVICI, L. (2007). Prediction of specific
pathogens in patients with sepsis: evaluation of TREAT, a computerized decision support system.
J. Antimicrob. Chemoth. v.59, p.1204–1207.
PFALLER, M. A. & DIEKEMA, D. J. (2007). Epidemiology of Invasive Candidiasis: a
Persistent Public Health Problem. Clin. Microbiol. Rev. v.20, n.1, p.133-163.
PHAM, C.T.N. (2006). Neutrophil serine proteases: specific regulators of inflammation. Nature.
v.6, p.541-550.
36
POULAIN, D. & JOUAULT, T. (2004). Candida albicans cell wall glycans, host receptors and
responses: elements for a decisive crosstalk. Curr. Opin. Microbiol. v.7, p.342-349.
RANI, P.G.; BACHHAWAT, K.; MISQUITH, S.; SUROLIA, A. (1999). Thermo-dynamic
studies of saccharide binding to artocarpin, a B cell mitogen, revealsthe extended nature of its
interaction with mannotriose [3,6-Di-O-(alpha-D-mannopyranosyl)-D-mannose]. J. Biol. Chem.
v.274, p.29694-29698.
RIBEIRO, E.L.; CAMPOS, C.C.C.; CRESPO, A.M.C.C.; CASTRO, J.S.; ROCHA, F.P.;
ALVES, M.; GOULART, M.S.; CARDOSO, C.; FERREIRA, W.; NAVES, P.L.; SOARES, A.J.;
RIBEIRO, S.M.; PIMENTA, F.C. (2002). Detecção de C. albicans fosfolipidolíticas isoladas da
saliva de crianças com síndrome de Down. Act. Méd. Port. v.3, p.171-174.
ROACH, T.I.A. & BLACKWELL, J.M. (1992). Priming activation of macrophages for
antileishmanial activity: Role of TNF-α and nitric oxide in killing of Leihmania donovani. In:
Van Furth, R. Mononuclear Phagocytes. 1 ed. Kluwer Academic Publishers, p.523-527.
ROILIDES, E.; LYMAN, C.A.; SEIN, T.; GONZALEZ, C.; WLASH, T.J. (1999). Antifungal
activity of splenic, liver and pulmonary macrophages against Candida albicans and effects of
macrophages colony-stimulating-factor. Med. Mycol. v.38, p.161-168.
ROMANI, L.; MENCACCI, A.; CENCI, E.; DEL SERO, G.; BISTONI, F.; PUCCETTI, P.
(1997a). An immunoregulatory role for neutrophils in CD41 T helper subset selection in mice
with candidiasis. J. Immunol. v.158, p.2356–2362.
ROMANI, L.; MENCACCI, A.; CENCI, E.; SPACCAPELO, R.; DEL SERO, G.; NICOLETTI,
I.; TRINCHIERI, G.; BISTONI, F.; PUCCETTI, P. (1997b) Neutrophils production of IL-12 and
IL-10 in candidiasis and efficacy of IL-12 therapy in neutropenic mice. J. Immunol. v.158,
p.5349– 5356.
ROMANI, L.; BISTONI, F.; PUCCETTI, P. (2002). Fungi, dendritic cells and receptors: a host
perspective of fungal virulence. Tren. Microbiol. V.10, n.11, p.508-514.
ROMANI, L. (2004). Immunity to fungal infections. Nat Rev Immunol. v.4, p.1-23.
37
ROMANI, L.; MONTAGNOLI, C.; BOZZA, S.; PERRUCCIO, K.; SPRECA, A.; ALLAVENA,
P.; VERBEEK, S.; CALDERONE, R.A.; BISTONI, F.; PUCCETTI, P. (2004). The exploitation
of distinct recognition receptors in dendritic cells determines the full range of host immune
relationships with Candida albicans. Int Immunol. v.16, p.149-161.
RONCARIO, A.M.; RODRIGUES, A.B.; ELIAS, M.S. (2002). Síndrome de Down e
Odontologia. Rev. Invest. v.6, p.70-74.
ROSA, J.C.; OLIVEIRA, P.S.L.; GARRAT, R.; BELTRAMINI, L.; RESING, K.; ROQUE-
BARREIRA, M.C.; GREENE, L.J. (1999). KM
+
, a mannose-specific lectin of Artocarpus
integrifólia: amino acid sequence, predicted tertiary structure, carbohydrate recognition and
analysis of the beta-prism fold. Protein. Sci. v.8, p.13-24.
ROTSTEIN, D.; PARODO, J.; TANEJA, R.; MARSHALL, J.C. (2000). Phagocytosis of
Candida albicans induces apoptosis of human neutrophils. Shock. v.14, p.278–283.
SANTOS-DE-OLIVEIRA, R.; DIAS-BARUFFI, M.; THOMAZ, S.M.; BELTRAMINI, L.;
ROQUE-BARREIRA, M.C. (1994). A neutrophil migration-induciong lectin from Artocarpus
integrifolia. J. Immunol. v.153, p.1798-1807.
SAVILL, J.S.; WYLLIE, A.H.; HENSON, J.E.; WALPORT, M.J.; HENSON, P.M.; HASLETT,
C. (1989). Macrophage phagocytosis of aging neutrophils in inflammation programmed cell
death in the neutrophil leads to recognition by macrophages. J Clin Invest v.83, p.865–75.
SCHALLER, M.; KORTING, H.C.; SCHAFER, W.; BASTERT, J.; CHEN, W.; HUBE, B.
(1999). Secreted aspartic proteinase (Sap) activity contributes to tissue damage in a model of
human oral candidosis. Mol. Microbiol. v.34, n.1, p.169-180.
SENET, J.M. (1997). Risk factors and physiopathology of candidiasis. Rev. Iberoam. Micol.
v.14, n.6, p.6-13.
SHANMUGHAM, B.; KARP, J.; DRAYER, R.; REYNOLDS III, C.F.; ALEXOPOULOS, G.
(2005). Evidence-Based Pharmacologic Interventions for Geriatric Depression. Psych. Clin.
Nort. Amer. v.28, n.4, p.821-835.
SOBEL, J.D. (1988). Pathogenesis and epidemiology of vulvovaginal candidiasis. Ann. NY
Acad. Sci. v.544, p.547-557.
38
SOBEL, J.D. (1992). Pathogenesis and treatment of recurrent vulvovaginal candidiasis. Clin.
Infect. Dis. v.14 , n.1, p.8148-8153.
STICKLER, D.J. & McLEAN, R.J.C. (1995). Biomaterials associated infections: the scale of the
problem. Cell Mater. v.5, p.167-182.
SWEENEY, J.F.; NGUYEN, P.K.; OMANN, G.M.; HINSHAW, D.B. (1998). Autocrine-
paracrine modulation of polymorphonuclear leukocyte survival after exposure to Candida
albicans. Shock. v.9, p.146–152.
TAIMI, M.; DORNAND, J.; NICOLAS, M.; MARTI, J.; FAVERO, J. (1994). Involvement of
CD4 in interleukin-6 secretion by U937 monocytic cells stimulated with the lectin jacalin. J.
Leuk. Biol. v.55, n.2, p.214-220.
TAYLOR, P.R.; BROWN, G.D.; REID, D.M.; WILLMENT, J.A.; MARTINEZ-POMARES, L.;
GORDON, S.; WONG, S.Y. (2002). The beta-glucan receptor, dectin-1, is predominantly
expressed on the surface of cells of the monocyte/macrophage and neutrophil lineages. J
Immunol. v.169, p.3876-3882.
TAYLOR, P.R.; MARTINEZ-POMARES, L.; STACEY, M.; LIN, H-H; BROWN, G.D.;
GORDON, S. (2005). Macrophage Receptors and Immune Recognition. Annu. Rev. Immunol.
v.23, p.901-944.
UNDERHILL, D.M.; BASSETTI M.; RUDENSKY, A.; ADEREM, A., 1999. Dynamic
interactions of macrophages with T cells during antigen presentation. J Exp Med. v.190, p.1909-
1914.
VÁSQUEZ-TORRES, A. & BALISH, E. (1997). Macrophages in resistance to candidiasis.
Microbiol. Mol. Biol. Rev. v.61, p.170-192.
VILLAMÓN, E.; GOZALBO, D.; ROIG, P.; O’CONNOR, J.E.; FERRANDIZ, M.L.;
FRADELIZI, D.; GIL, M.L. (2004). Toll-like receptor 2 is dispensable for acquired host immune
resistance to Candida albicans in a murine model of disseminated candidiasis. Micr. Infect. v.6,
n.6, p.542-548.
VILLAMÓN, E.; ROIG, P.; GIL, M.L.; GOZALBO, D. (2005). Toll-like receptor-2 mediates
prostaglandin E2 production in murine peritoneal macrophages and splenocytes in response to
Candida albicans. Microbil. v.156, n.1, p.115-118.
39
VONK, A.G.; WIELAND, C.W.; NETEA, M.G.; KULLBERG, B.J. (2002). Phagocytosis and
intracellular killing of Candida albicans blastoconidia by neutrophils and macrophages: a
comparison of different microbiological test systems. J. Microbiol. Methods. v.49, p.55–62.
WALSH, T.J.; LEE, J.; AOKI, S.; MECHINAUD, F.; BACHER, J.; LECCIONES, J.;
THOMAS, V.; RUBIN, M.; PIZZO, P.A. (1990). Experimental basis for use of fluconazole for
preventive or early treatment of disseminated candidiasis in granulocytopenic host. Rev. Infect.
Dis. v.12, n.3, p.307-S317.
WATTS, H.J.; CHEAH, F.S.; HUBE, B.; SANGLARD, D.; GOW, N.A. (1998). Altered
adherence in strains of Candida albicans harbouring null mutations in secreted aspartic
proteinase genes. FEMS Microbiol. Let. v.159, n.1, p.129-135.
YAMAMOTO Y.; KLEIN, T.W.; FRIEDMAN, H. (1997). Involvement of mannose receptor in
cytokine interleukin-1ß (IL-1ß), IL-6, and granulocyte-macrophage colony-stimulating factor
response, but not in chemiokyne macrophage inflammatory protein 1ß (MIP-1ß), MIP-2, and KC
response, caused by attachment of Candida albicans to macrophage. Infect. Immun. v.65,
p.1077-1082.
40
ARTIGO
Protection against Candida albicans infection by an extract of Artocarpus integrifolia seeds through enhanced
phagocyte functions.
Wagner Loyola
a
, Ivete Conchon-Costa
a
, Jean Alcantara Freitas
a
, Luis Carlos Jabur Gaziri
b
, Auro Nomizo
c
, João Santana
Silva
c
, Ionice Felipe
a*
. Departments of Pathological Sciences
a
and Physiological Sciences
b
, Londrina State University,
São Paulo State University
c
, Brazil.
Abstract
Macrophage activation by an Artocarpus intergrifolia seed extract protected mice against experimental Candida albicans
infection. Regarding this protective effect, the receptors for phagocytosis and candidacidal mechanisms was investigated.
Peritoneal macrophages were coincubated with C. albicans (yeast) for 30 min. Phagocytosis efficiency by macrophages
from mice pretreated for three days with jack extract was significantly enhanced, achieving 68% in presence of serum.
Phagocytosis in absence of serum was reduced from 52% to 34% (P<0.05) in the presence of mannose plus mannan and
from 52% to 16% (P<0.01) in the presence of dectin-1 inhibitor, laminarin, whereas only 20% of control macrophages
phagocytozed yeast cells. TNF-α production was significantly greater both in vitro and in vivo in mice pretreated with
jack extract, in relation to assays conducted in the presence of laminarin or controls. C. albicans clearance was faster in
mice pretreated with jack extract and 90% of these mice survived an otherwise lethal inoculum of this fungus. These data
indicate that jack extract enhanced macrophage functions, as shown by the greater participation of complement, dectin-1
and mannose receptors on phagocytosis, the improved capacity to kill the pathogen by triggering TNF-α production and
superoxide anion secretion and reducing the fungal burden in organs.
Key words: Artocarpus intergrifolia, Candida albicans, lectin receptors, phagocytosis, TNFα.
Correspondence: Ionice Felipe, Departamento de Ciências Patológicas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina,
Paraná, Brazil, 86051-990. Tel:+51 43 3371-4267; e-mail:[email protected]
41
Introduction
Candida albicans causes infection ranging from mucocutaneous to systemic infection in immunocompromised hosts and
in patients who undergo major surgical procedures (Garber, 2001). Under such conditions, C. albicans express several
virulence factors that contribute to pathogenesis, such as adherence to host cells, the ability to form germ-tubes and
hyphae, secreted aspartyl proteases and phospholipases and phenotypic switching (Soll, 2002; Calderone & Fonzi,
2001;Vargas et al., 2000).
Neutrophils are extremely important against systemic infection caused by C. albicans, as shown by the fact that
neutropenic patients are highly susceptible to fungal infection; macrophages also play an important role in the cellular
defenses against candidiasis (Lilic et al., 2003;Roilides & Walsh, 2004). Strategies that promote an increase in phagocytic
functions have been used. Thus, GM-CSF increases the fungicidal activity of human neutrophils against pseudohyphae
and of human monocytes against C. albicans blastoconidia and has been used in patients presenting neutropenia after
chemotherapy for acute myelogenous leukemia (Buchner et al., 1991). Several proinflammatory cytokines, such as TNF-
α, IL-1β, IL-6, and IFN-γ are produced by neutrophils, monocytes and macrophages after recognition of molecular
patterns on the surface of C. albicans. It has been suggested that mannan from C. albicans can be recognized by mannose
receptors or by TLR4 and that phospholipomannan interacts with TLR2, whereas β-glucans are recognized by a complex
of dectin-1 and TLR2, which triggers the induction of microbial killing and constitutes the first step in the activation of
the innate immune response (Brown & Gordon, 2003; Gantner et al., 2003; Netea et al., 2006)
Certain biological response modifiers, such as plant lectins, induce cytokine production, among these are those
related to the Th1 response, such as interferon-γ (IFN-γ ) (Panunto-Castelo et al., 2001) and IL-12 (Muraille et al., 1999).
The authors previously observed that pretreatment with concanavalin-A (Con-A) protected the experimental animals
against a lethal C. albicans inoculum by increasing phagocytosis through complement and mannose receptors (Gaziri et
al., 1999; Moresco et al., 2002; Loyola et al., 2002). This process of macrophage activation was dependent on Th1 cells
releasing IFN-γ, because Con-A binds directly to carbohydrates in MHC molecules and T cell receptors on T helper cells
(Bertranm et al 1997) and presents no direct action on macrophages. TNF-α production was observed after infection with
C. albicans in the peritoneal cavity, liver and spleen and correlated with decreased fungal burden in the organs, a finding
not observed in control mice. Moreover, 100% of mice infected three days posttreatment survived versus 20% of the
control group (Conchon-Costa et al., 2007).
In contrast, information concerning immune system activation by an A. integrifolia extract is not completely
understood. A. integrifolia extract is known to contain two lectins, jacalin and KM+. Jacalin induces IL-6 secretion by
U937 monocytic cells (Taimi et al., 1994) and potentiates mouse humoral immune response to Trypanosoma cruzi
(Albuquerque et al., 1999). KM+ has been reported as tool for multiple biomedical applications, including the induction
of neutrophil migration (Pereira da Silva et al., 2006) and the induction of IL-12 production by macrophages, which then
stimulate IFN-γ by lymphocytes (Panunto-Castelo et al., 2001). However, advances in these studies are often limited by
the difficulty in obtaining sufficient quantities of jacalin-free KM+ through direct seed extraction. Studies regarding
cDNA cloning and the functional expression of KM+ are in progress. In this work, the protective mechanisms of jack
extract against a lethal infection with C. albicans was investigated by analyzing receptors for phagocytosis, fungicidal
mechanisms, TNF-α production and Candida
clearance from mouse organs.
Materials and Methods
Candida albicans culture
C. albicans strain CR15 was isolated from the oral mucosa of an HIV-infected individual at the Londrina State University
hospital and maintained on Sabouraud dextrose agar; the isolate was used after two serial animal passages. After growth
in Sabouraud dextrose broth for 24h at 28°C, C. albicans yeast cells were cytospun, washed with phosphate-buffered
saline (PBS) and resuspended at 2 X 10
6
, 10
7
or 10
8
cells ml
-1
RPMI 1640 (Sigma, Saint Louis, MO, USA). The yeast
cells were also inactivated by heating for 1 h at 60°C, for evaluation of TNF-α in phagocytic assays.
Extract from Artocarpus integrifolia seeds
A. integrifolia aqueous extract was prepared in the following manner: the seeds of jackfruit were collected, washed in
water, and dried for 24 h at 37°C. Five hundred grams of dried seeds were ground and added to five liters of phosphate
42
buffered saline (PBS) 0.01M, pH 7.2.The mixture was incubated for 24 h at 4ºC, followed by centrifugation at 2000x G
for 20 min in a Sorvall RC2B centrifuge. The supernatant was collected and dialysed against several changes of PBS for
48 h. This crude extract that contains the lectins (jacalin and artocarpin/KM+) was sterilized by Millipore filtration and
stored in aliquots in a -70ºC freezer. The protein concentration was measured by Bradford method using bovine serum
albumin as standard.
Treatment and infection of mice
Subgroups of four male Swiss mice, each weighing 28-32g, received extract from A. integrifolia seeds (jack extract)
containing 500 µg protein ml
-1
PBS intraperitoneally (ip) or PBS only and after 6 to 72 h were sacrificed to obtain
peritoneal phagocytic cells. Mice (10 per group) received jack extract or PBS ip and the survival of mice postinfection
with a lethal dose of C. albicans (10
8
ml
-1
PBS) ip was observed for a follow-up period of 28 days.
Phagocytosis assays
Mice were sacrificed after pretreatment with jack extract or PBS and the exudate cells were immediately diluted to 4 x10
5
cells ml
-1
in RPMI containing 5% fetal calf serum and 70µg of gentamicin (CM) and incubated on coverslips for 1h at
37°C. After washing the cells to remove nonadherent cells, 2 X 10
5
ml
-1
phagocytes in CM were coincubated with 2 X
10
6
ml
-1
C. albicans in CM for 30min at 37°C. Opsonization was performed by adding 2.5% of fresh nonimmune mice
serum to C. albicans for 5 min at 37°C before coincubation with phagocytes. A total of 200 phagocytes were analyzed for
each preparation and the percentage of phagocytes that phagocytozed Candida were counted after staining the cells with
May-Grunwald-Giemsa.
Quantification of superoxide anion (O
2
-
) production
Superoxide generation by phagocytes was quantified by SOD-inhibitable reduction of ferrocytochrome c (type III;
Sigma) as previously described by Schnur & Newman (1990). Phagocytes (2 X10
6
) were incubated for 1h at 37°C with
opsonized or nonopsonized Candida cells 1:1, in Krebs Ringer phosphate buffer with 0.2% dextrose containing 80 µM
cytochrome c. Control wells contained cytochrome c without Candida (resting cells) or Candida plus 40 µg of SOD/ml.
The supernatants were collected by centrifugation at 4°C at the end of incubation. Absorbance of the supernatants at
550nm was measured in a Varian spectrophotometer, and the background absorbance in control tubes containing only
buffer and cytochrome was subtracted. All experiments were performed in triplicate and the results were calculated as
nanomoles of O
-
2
using E550= 2.1x10
4
M
-1
cm
-1
. The results are expressed as nanomoles of reduced cytochrome c per
2x10
6
cells per hour.
Candidacidal assays
Phagocyte candidacidal activity was assayed as previously described by Loyola et al. (2002). Briefly, 4 X 10
5
exudate
cells were plated (0.2ml /well) for 1h at 37°C and coincubated with 2 X 10
6
yeast cells in 0.8ml of CM for 30 min at
37°C. Sterilized double-distilled water (1ml) containing 0.5% triton X 100 (Pharmacia) was added to the wells for 10
min. Serial 10-fold dilutions from each well were realized in PBS. Aliquots (100µl) were plated on Sabouraud agar and
the number of colony forming units (CFUs) was determined 24h after incubation at 37°C. The percentage of CFU
reduction (mean ± S.D.) was determined as follows: percentage of CFU reduction = 100- (CFUs experimental
group/CFUs control cultures) x 100. C. albicans incubated with no effector cells were used as controls. The results
represent the average of four independent experiments and two replicates per mouse.
Receptor analysis
To study dectin-1, a receptor that binds β-glucans from yeast cell bud scars, the method used by Gantner et al. (2003) was
followed; peritoneal macrophages were preincubated with laminarin (Sigma) 1mg ml
-1
CM for 30min. To study mannose
receptors, the macrophages were preincubated with 9µg mannose plus 100µg mannan (Loyola et al., 2002). The
inhibitors were maintained in the medium and 2 X 10
6
C. albicans were added for 30min at 37°C. A total of 200
phagocytes were analyzed for each preparation and the percentage of phagocytes that presented phagocytozed Candida
were counted after staining the cells with May-Grunwald-Giemsa. The mice received 500µg ml
-1
jack extract in PBS or
PBS alone 72 h before phagocytic assays.
43
Quantification of viable C. albicans in exudate and organs
The liver, spleen, and kidneys of infected mice were each homogenized with 10, 5 and 5 ml of PBS
respectively. Samples (100µl) were collected after dilutions for each organ or exudate and were plated on Sabouraud
dextrose agar plates (Conchon-Costa et al., 2007). The colonies were counted after 24 h of incubation at 37°C and
CFUs were calculated per organ or milliliter of exudate.
TNF-α assays
Supernatants from peritoneal exudate and homogenized organs were collected by centrifugation of samples from each
mouse from all groups and submitted to capture enzyme–linked immunosorbent assay (ELISA) using purified antimouse
TNF-α (IF3F3D4, from Bioscience). The cytokine concentration was determined with reference to a standard curve for
serial two–fold dilutions of mouse recombinant TNF-α; optical absorbance was measured at 492nm.
Determination of alanine aminotransferase
Alanine aminotransferase (ALT) activity was determined with the kinetic UV test recommended by the
International Federation of Clinical Chemistry. The test was first described by Bergmeyer et al. (1978). ALT activity
was determined with the Dade Flex cassette System (Dade Behring Inc, Newark, USA) using a Dade Behring
Dimension Clinical Chemistry System.
Statistical analysis
Statistical differences were determined using the Student t test. Survival rates were estimated by Kaplan-Meier curves
and analyzed by the log rank test. P values <0.05 were considered statistically significant.
Results
Effect of jack extract administration on the activities of phagocytic cells
The percentage of peritoneal macrophages phagocytozing C. albicans through complement receptors increased from day
2 to day 4 posttreatment (ip) with jack extract and returned to near control values afterwards (Fig. 1A). In the absence of
added serum, the percentage of phagocytozing macrophages was also greater, suggesting that jack extract increased both
opsonic and lectin-like receptor activities (Fig. 1 A).
The migration of phagocytes to the peritoneal cavity and the efficiency in killing Candida was time-dependent on
treatment. A predominance of neutrophils (58.7 ± 8.1 %) occurred after 6 h, these cells were able to kill the pathogen, and
a predominance of macrophages (96.0 ±4.5 %) between days 2 and 4. The macrophages were considered activated due to
greater spreading and the ability to ingest and to kill yeast compared to control macrophages (Fig. 1B).
Opsonized yeast cells stimulated significantly greater quantities of superoxide anion by macrophages 72 h posttreatment
with jack extract compared to nonopsonized yeast or by control phagocytes (
**
P<0.01). Moreover, macrophages from
mice pretreated with jack extract released significant quantities of superoxide anion compared to controls (*P<0.05). In
the presence of SOD, the quantity of superoxide anion was reduced (P<0.05; Fig. 2).
The influence of jack extract on the activities of dectin-1 and mannose receptors and TNF-α production
Only 20% of control macrophages phagocytozed C. albicans, whereas 52% of macrophages collected after treatment
with jack extract were able to ingest C. albicans (Fig. 3A). The addition of mannan plus mannose to assays reduced
phagocytosis from 52% to 34% (P<0.05). In presence of dectin-1 inhibitor, laminarin phagocytosis was reduced from
52% to 16% (P<0.001).
Fig. 3B shows significantly greater TNF-α production after phagocytosis of C. albicans by activated macrophages and
this increase was inhibited in presence of laminarin (Fig. 3C).
Effect of jack extract on TNF-α levels and C. albicans clearance
44
A significant increase in the content of TNF-α in supernatants from peritoneal exudate cells and from liver cells of mice
pretreated with jack extract for three days was observed 2 h postinfection with C. albicans (Fig. 4A). To correlate TNF-α
production with C. albicans clearance, samples of homogenized organs were plated in Sabouraud dextrose agar; CFUs
were significantly reduced in all the organs studied and in the peritoneal cavity (Fig. 4B).
Influence of jack extract on liver injury and the survival of mice infected with C.albicans
Jack extract prevented liver injury, as confirmed by normal alanine aminotransferase activity (48.0±15.2), in contrast
with the control group (239.3±80.5) one day after inoculum of 5 X 10
7
yeast cells (Table 1). C. albicans CR15 was highly
pathogenic and 60% of mice that received 1 X 10
8
blastoconidia ip died 6 days postinfection; this increased to 80% after
14 days of the course of infection; whereas 100% of mice pretreated for 72h with jack extract survived for 14 days and
10% died due to the inoculum during the follow-up period of 28 days (Fig. 5).
Discussion
The present study showed that jack extract was able to increase the migration of phagocytes to the peritoneal cavity with
increased phagocytic and candidacidal activities and these processes depended on the time of administration.
Phagocytosis mediated by complement receptors and by mannose receptors or by dectin-1 receptors was increased three
days posttreatment, as shown by specific inhibitors. Thus, mannan plus mannose reduced phagocytosis from 52% to 34%.
The enhanced phagocytosis was also strongly inhibited by soluble β-glucans (laminarin), with the reduction in
phagocytosis diminishing from 52% to 16%. According to Gantner et al. (2003), microbial components are directly
recognized by both dectin-1 and TLRs and these receptors trigger independent and cooperative inflammatory responses.
In this study, it was shown that macrophages from mice pretreated for three days with jack extract were able to produce
the inflammatory cytokine TNF-α in vitro after 2 h of incubation with C. albicans killed by heating; a process inhibited
in the presence of laminarin (Fig. 3). These macrophages were also effective at producing significant quantities of
superoxide anion in the presence of opsonized or nonopsonized C. albicans compared to controls. Corroborating these
results, after binding with particulate β-glucans, such as zymozan, dectin-1 can induce the production of various
cytokines and chemokines, including TNF-α and CXC-chemokine ligand 2; it can also induce a respiratory burst, as
reported by Brown (2006).
However, experimental infection with Candida is more complex than in vitro assays. Whereas jack extract
stimulated the migration of neutrophils and macrophages and these were coincubated with C. albicans in vitro to study
the receptors involved in phagocytosis and TNF-α release, the outcome of experimental infection is influenced by
multiple mechanisms, including pattern recognition and the production of several cytokines, as well as pathogen
virulence factors. Interestingly, peritoneal and liver cells from mice pretreated with jack extract and challenged by an
intraperitoneal inoculum of C. albicans presented a significant increase in TNF-α production and these mice cleared the
fungal infection faster than control mice (Fig. 4). The authors previously demonstrated similar results by administration
of Con-A (Conchon-Costa et al., 2007). The proinflammatory cytokine TNF-α mediates a variety of biological responses,
among them improved phagocyte functions (Netea et al., 1999; Ohmura et al., 2001; Gantner et al ., 2005; Filler, 2006;
Murciano et al., 2007; Conchon-Costa et al., 2007), which suggest that TNF-α secretion might be related to the onset of
protective immunity.
As expected, due to the increase in TNF-α production and the increase in phagocytic and candidacidal activities of
phagocytes through of stimulation with jack extract, 90% of mice pretreated with jack extract for three days survived to
the lethal C. albicans inoculum. In contrast, only 20% of the control group survived the 28 day follow-up period. The
effective protection afforded by jack extract was confirmed by measuring the activity of alanine aminotransferase (ALT)
in the plasma of mice infected with C. albicans. An inoculum of 5 X 10
7
yeast cells caused a significant increase in ALT
activity in control mice. In contrast, mice pretreated with jack extract for three days and receiving the same Candida
inoculum presented unaltered ALT activity, suggesting that jack extract protected the mice against C. albicans infection
and that jack extract alone was not toxic for mice.
Acknowledgements
The authors would like to thank Dr. Jair Aparecido Oliveira of the Londrina State University hospital, for
his technical assistance during the kinetic UV test. This work was funded by grants from the CNPq, CAPES and
Fundação Araucária.
45
References
Albuquerque DA, Martins GA, Campos-Neto A & Silva JS (1999). The adjuvant effect of jacalin on the mouse humoral
immune response to trinitrophenyl and Trypanosoma cruzi Immunol Lett. 68: 375-381.
Bergmeyer HU, Scheibe P, & Wahlefeld AW (1978). Optimization of methods for aspartate aminotransferase and alanine
aminotransferase. Clin Chem 24 : 58-73.
Bertram EM, Jilbert AR & Kotlarski L (1997). Optimization of an in vitro assay which measures the proliferation of duck
T lymphocytes from peripheral blood in response to stimulation with PHA and Con-A. Dev Comp Immunol 21:299-
310.
Brown G & Gordon S (2003). fungal β-Glucans and mammalian immunity. Immun 19:311-315.
Browm G (2006). Dectin-1: a signaling non-TLR pattern-recognition receptor. Nature Reviews/Immunol 6:33-41.
Buchner T, Hiddemann W, Koenigsmann M, et al. (1991). Recombinant human granulocyte-macrophage colony-
stimulating factor after chemotherapy in patients with acute myeloid leukemia at higher age or after relapse. Blood 78
: 1190-1197.
Calderone RA & Fonzi WA (2001). Virulence factors of Candida albicans Trends Microbiol. 9: 327-335.
Conchon-Costa I, Loyola W, Gaziri LCJ, Custodio LA & Felipe I (2007). Low dose of concanavalin-A enhances innate
immune response and prevents liver injury in mice infected with Candida albicans. FEMS Immunol Med Microbiol
49 :330-336.
Filler SG, (2006) Candida–host cell receptor-ligand interactions. Curr Opin Microbiol 9: 1-7
Gantner BN, Simmons RM & Underhill DM (2005). Dectin-1 mediates macrophages recognition of Candida albicans
yeast but not filaments. Embo J 24 : 1277-1286
Gantner BN, Simmons RM, Canavera SJ, Akira S, Underhill DM (2003). Collaborative induction of inflammatory
responses by dectin-1 and Toll-like receptor 2. J Exp Med 197:1107-1117.
Garber G (2001). An overview of fungal infection. Drugs 61 (Suppl.1): 1-12.
Gaziri G, Gaziri LCJ, Kikuchi R, Scanavacca J & Felipe I (1999). Phagocytosis of Candida albicans by concanavalin-A
activated peritoneal macrophages. Med Mycol 37: 195-200.
Lilic D, Gravenor I, Robson N, Lammas DA, Drysdale P, Calvert JE, cant AJ, & Abinum M.(2003). Deregulated
production of protective cytokines in response to Candida albicans infection in patients with chronic mucocutaneous
candidiasis. Infect Immun 71: 5690-5699.
Loyola W, Gaziri DA, Gaziri LCJ, Felipe I (2002). Concanavalin-A enhances phagocytosis and killing of Candida
albicans by mice peritoneal neutrophils and macrophages. FEMS Immunol Med Microbiol 33 : 201-208.
Moresco TR, Gaziri LCJ, Yasumoto Y, Felipe I (2002). Phagocytic and candidacidal activities of macrophages from
suckling and adult mice pretreated with concanavalin-A. Med Mycol 40: 393-397.
Muraille E, Pajak B, Urbain J & Leo O (1999). Carbohydrate-bearing cell surface receptors involved in innate immunity:
interleukin-12 induction by mitogenic and non mitogenic lectins. Cell Immunol 191:1-9.
Murciano C, Yanez A, Gil ML & Gozalbo D (2007). Both viable and killed Candida albicans cells induce in vitro
production of TNF-alpha and IFN-gamma in murine cells through a TLR2-dependent signaling. Eur Cytokine Netw
18: 38-43.
Netea MG, van Tits LJH, Curfs JHAJ, Amito F, Meiss JFGM, van der Meer JWM & Kullberg BJ (1999). Increased
susceptibility of TNF-α lymphotoxin-α double knockout mice to systemic candidiasis through impaired recruitment of
neutrophils and phagocytosis of Candida albicans. J Immunol 163: 1498-1505.
Netea MG, Gow MAR, Munro CA, Bates S, Collins C, Fewerda G, Hobson RP, Bertram G, Hughes B et al. (2006).
Immune sensing of Candida albicans requires cooperative recognition of mannans and glucans by lectin and Toll-like
receptors. J Clin Invest 16:1642-1650.
Ohmura Y, Matsunaga K, Motokawa I, Sakurai K & Ando T (2001). Protective effects of a protein-bound
polysaccharide, PKS, on Candida albicans infection in mice via tumor necrosis factor-α induction. Internat
Immunopharmacol 1: 1797-1811.
Panunto-Castelo A, Souza MA, Roque-Barreira, MC & Silva JS (2001). KM+, a lectin from Artocarpus integrifolia,
induces IL-12 p40 production by macrophages and switches from type 2 to type 1 cell-mediated immunity against
Leishmania major antigens, resulting in BALB/c mice resistance to infection. Glycobiology 11:1035-1042.
Pereira-da-Silva G, Moreno AN, Marques F, Oliver C, Jamur MC, Panunto-Castelo A & Roque-Barreira MC (2006).
Neutrophil activation induced by lectin KM+ involves binding to CXCR2. Biochem Biophys Acta 1760: 86-94.
Roilides E & Walsh T (2004). Recombinant cytokines in augmentation and immunomodulation of host defenses against
Candida spp. Med Mycol 42: 1-13.
Schnur RA & Newman S (1990). The respiratory burst response to Histoplasma capsulatum by human neutrophils.
Evidence for intracellular trapping of superoxide anion. J Immunol 144: 4765-4772.
46
Soll DR (2002). Candida commensalism and virulence: the evolution of phenotypic plasticity. Acta Trop 81: 101-110.
Taimi M, Dornand J, Nicolas M, Marti J & Favero J (1994). Involvement of CD4 in Interleukin-6 secretion by U937
monocytic cells stimulated with the lectin jacalin. J Leukoc Biol 55: 214-220.
Vargas K, Messer SA, Pfaller M, Lochart R, Stapleton JT, Hellstein J, Soll DR (2000). Elevated phenotypic switching
and drug resistance of Candida albicans from human immunodeficiency virus-positive individuals prior to first thrush
episode. J Clin Microbiol 38: 3595-3607.
47
Figure 1. Effect of jack extract administration on phagocytosis and candidacidal activities.
The phagocytes are from mice pretreated with PBS only (control) or jack extract. A. Percentage of macrophages
phagocytozing in absence of serum (closed); in the presence of nonimmune mouse serum (open); in the presence of heat-
inactivated serum (shadowed) B. Percentage of C. albicans killed by phagocytes in absence of serum (closed); in the
presence of nonimmune mouse serum (open). *P<0.05 for jack extract vs. PBS group.
48
Figure 2. Influence of jack extract on the phagocytes to superoxide anion production.
Superoxide generation by phagocytes was quantified by SOD-inhibitable reduction of ferrocytochrome c. Macrophages
(2X10
6
) were co-incubated with opsonized (op) or unopsonized Candida (1X10
7
) either in the absence or presence of
SOD (50µg/ml). Control (closed), jack extract 6-h (shadow) and jack extract 72h before assays (open). The data are
means ± SEM of 6 experiments.
**P<0.01 and *P< 0.05 compared to control.
49
Figure 3. Mannose receptors and dectin-1 activities and TNF-α production.
Control macrophages (closed) or macrophages from mice pretreated with jack extract for 3 days (open) were
preincubated with inhibitors (mannan plus mannose) or laminarin, or medium only, for 30 min and then C. albicans was
added for 30 min at 37°C (A). The supernatants were collected, and TNF-α was determined by ELISA. Production of
TNF-α in the absence (B) or presence of laminarin (C).
* P< 0.05 and **P < 0.01 compared to control.
50
Figure 4. TNF-α production and C. albicans clearance postinfection.
Mice were pretreated with PBS (closed bars) or jack extract (open bars) 3 days before inoculation ip with 10
7
C.albicans.
A. TNF-α production in supernatants from exudate peritoneal cells and liver. B. CFU (log) from organs infected. Data
are reported from 4 experiments. *P<0.05 for jack extract vs. PBS group.
51
Figure 5. Effect of jack extract on the survival of mice after infection with C. albicans.
Mice (10 per group) received jack extract (500 µg) or PBS before ip infection with 10
8
C. albicans. * P < 0.05 (vs. PBS
group) in log-rank test for survival rates
52
Table 1: Determination of plasma alanine aminotransferase activities (IU L
-1
) from mice infected with C. albicans
after pretreatment with Jack extract (JE).
JE 500µg ml
-1
PBS or PBS alone were administered i.p. 6h or 72h before infection with C. albicans.Values are
reported as means ±S.D. for 6 mice in each group. * Statistically significant at P< 0.05 for PBS vs. JE.
Alanine aminotransferase activity (IUL
-1
)
Inoculum
1x10
7
5x10
7
Treatment Control 24h 24h 72h
PBS 52.3 ± 19.6 48.8 ± 18.4 239.3 ± 80.5* 369.75 ± 51.1*
JE 6h 46.0 ± 11.9 30.0 ± 4.6 55.8 ± 11.7 139.5 ± 33.9*
JE 72h 47.7 ± 6.6 38.5 ± 10.4 48.0 ± 15.2 43.0 ± 7.5
Table 1. Determination of plasma alanine transferase activities (IUL
-1
) from mice infected with Candida albicans after
pretreatment with jack extract.
Jack extract 500µg mL
-1
PBS or PBS only was administered ip 6 h or 3 days before infection with 10
8
C. albicans. Values
are reported as means ± SD for 6 mice in each group. * Statistically significant at P<0.05 for PBS vs. jack extract.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo