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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE AGRONOMIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
CARACTERIZAÇÃO CITOGENÉTICA E MORFOLÓGICA EM UMA
COLEÇÃO DE ACESSOS DE Paspalum nicorae PARODI
CAMILA APARECIDA DE OLIVEIRA DOS REIS
ENGENHEIRA AGRÔNOMA (UFRGS)
Dissertação apresentada como um dos requisitos à obtenção do Grau de
Mestre em Zootecnia
Área de concentração Plantas Forrageiras
Porto Alegre, RS, Brasil
Março, 2008.
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Agradecimentos
Quero expressar o meu carinho e gratidão a todas às pessoas que,
direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho.
A minha grande orientadora, Maria Teresa Schifino-Wittmann, pela
amizade, apoio, preocupação, pela constante presença e auxílio e a confiança
que depositou na minha pessoa e no meu trabalho.
Ao meu co-orientador Miguel Dall’Agnol pelos ensinamentos.
Aos professores Carlos Nabinger e Ilsi Boldrini pelo aprendizado e
pela disposição em passar seus conhecimentos.
Aos colegas de laboratório, Ana, Carlos, Dani, Ionara, Júlio, Nair,
Vivi, pela amizade, auxílio e palavras de carinho nas horas difíceis.
Aos amigos de sempre: André, Carol, Elis, Luciano, Raquel, Rita,
Taís, Teca; e aos novos: Soraya Tanure, Fernanda Bortolini, Emerson And
Pereira, Armando dos Santos, Thaís Devincenzi, Raquel Barro.
Ao Laboratório de Pós-Colheita do Departamento de Horticultura e
Silvicultura, na pessoa do professor Renan Bender pelo empréstimo do
colorímetro.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul pela oportunidade e
ao Capes pela bolsa de estudos que me concedeu.
Aos meus pais, Regina e Aurélio pelo amor, carinho, compreensão,
companheirismo e apoio ao longo dessa jornada.
A Deus por todas as maravilhas que tem feito na minha vida, por
mais esta conquista e pelas as outras que estão por chegar. Agradeço por ter
me dado o privilégio de ter vinda filha de meus pais.
A minha mãe, a quem com todo amor, respeito e admiração, dedico
este trabalho: Gracias Madre.
“Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho.”
(Mario Quintana)
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CARACTERIZAÇÃO CITOGENÉTICA E MORFOLÓGICA DE UMA
COLEÇÃO DE ACESSOS DE Paspalum nicorae Parodi
Autora: Camila Aparecida de Oliveira dos Reis
Orientadora: Maria Teresa Schifino-Wittmann
Co-orientador: Miguel Dall’Agnol
RESUMO
Paspalum nicorae Parodi é uma espécie forrageira, perene, apomítica,
com uma alta tolerância ao pastejo. Este trabalho faz parte de um projeto mais
amplo de melhoramento da espécie, em andamento no Departamento de
Plantas Forrageiras e Agrometeorologia da UFRGS. Neste trabalho foram
analisados o número cromossômico, o comportamento meiótico, a fertilidade
do pólen e realizada a caracterização morfológica de diversas populações
naturais. A análise citogenética foi feita em 53 acessos, todos tetraplóides, com
2n=40 cromossomos (n=20). Todos os acessos apresentaram algum tipo de
anormalidade meiótica, com freqüências variáveis de configurações
cromossômicas com a presença de irregularidades como quadrivalentes,
trivalentes e univalentes em diacinese e metáfase I, além de outras
irregularidades como pontes e retardatários nas anáfases e telófases. A
viabilidade de pólen foi alta, variando de 88,99% a 95,06% (média de 91,78%),
o que é esperado em apomítico pseudogâmico. Quanto à análise morfológica,
dos 53 acessos avaliados 35,84% apresentaram 100% de pêlos nas folhas,
73,58% bainha verde, 54,71% nervura central esbranquiçada e 50,94% bito
decumbente. Os 52 acessos analisados para cor de folha, foram classificados
como 76,92% de cor verde, 13,45% amarelo esverdeado e 9,62% verde
acinzentado pelo método da cartela e pelo colorímetro foram classificados
como 59,62% acinzentado, 32,69% acinzentado amarelo, 5,77% amarelo e
1,92% acinzentado escuro. O comprimento de racemos variou de 9,4cm a
1,3cm (média de 3,54cm) e a quantidade de racemos variou de 1 a 6 (48,72%
dos acessos apresentaram 4 racemos na inflorescência) para os 39 acessos
analisados. Comprimento e a largura da folha foram medidos em 52 acessos: o
comprimento variou de 36,13cm a 13,06cm (média de 26,91cm) e a largura
variou de 0,67cm a 0,36cm (média de 0,53cm). Foram avaliados 53 acessos,
com relação à altura, que variou de 115,7cm a 29,0cm (média de 50,2cm).
Embora não haja variabilidade no número cromossômico, existe variabilidade
citogenética no nível de associações cromossômicas, assim como uma alta
variabilidade morfológica entre os acessos analisados
1
.Dissertação de Mestrado em Zootecnia Plantas Forrageiras, Faculdade de
Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil. (143p.) Março, 2008.
iv
CYTOGENETIC ANS MORPHOLOGICAL CHARACTERIZATION OF A
COLLECTION OF Paspalum nicorae Parodi ACCESSIONS
Author: Camila Aparecida de Oliveira dos Reis
Adviser: Maria Teresa Schifino-Wittmann
Co-adviser: Miguel Dall’Agnol
ABSTRACT
Paspalum nicorae Parodi is a perennial apomictic forage species, with
grazing tolerance. This work is part of a wider genetic breeding project of this
species, in development at the Departamento de Plantas Forrageiras e
Agrometeorologia, UFRGS. In the present work, analyses of chromosome
numbers, meiotic behaviour, pollen fertility and a morphological chatacterization
were performed in several natural populations. Cytogenetic analysis of 53
accessions showed that all of them were tetraploid, with 2n=40 chromosomes
(n=20) and presented some kind of meiotic abnormalities, with varying
chromosome configurations and irregularities such as quadrivalentes, trivalents
and univalents at diakinesis and metaphase I, besides other abnormalities as
bridges an laggards at anaphases and telophases. Pollen viability was high,
ranging from 88.99% to 95.06% (average 91.78%), what is expected in a
pseudogamous apomictic. Regarding morphological analyses, from the 53
accession evaluated, 35.84% presented 100% of hairs in the leaves, 73.58%
green sheath, 54.71% whitish central venation and 50.94% decumbent habit.
The 52 accessions analysed for leaf colour were classified as 76.92% green,
13.45% greenish yellow and 9.62% as greyish green by the table of colors
standard method and by the colorimeter as 59.62% greyish, 32.69% greyish
yellow, 5,77% yellow and 1.92% dark greyish. Raceme length ranged from
9.4cm to 1.3cm (average 3,54cm) and number of racemes from 1 to 6 (48.72%
of the 39 accessions analysed had 4 racemes. Leaf length and width were
measured in 52 accessions: length ranged from 36.13cm to 13.06cm (average
26.91cm) and width ranged from 0.67cm to 0.36cm (average 0.53cm). Fifty
three accessions were evaluated regarding height, which ranged from 115.7 cm
to 29.0cm (average 50.2cm). Despite no variability in chromosome number,
there is cytogenetic variability in chromosome associations, as well as a high
morphological variation among the accessions analysed.
1
.Master of Science Dissertation in Forage Science, Faculdade de Agronomia,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brazil. (143p.)
March, 2008.
v
SUMÁRIO
Página
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................................................
2.1 O Gênero Paspalum L.........................................................................
2.2 Citogenética: considerações gerais.....................................................
2.2.1 Citogenética e Modo de Reprodução em Paspalum...................
2.3 Morfologia: considerações gerais........................................................
2.3.1 Morfologia em Paspalum............................................................
3. MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................
3.1 Material utilizado..................................................................................
3.2 Estudos citogenéticos..........................................................................
3.2.1 Métodos.......................................................................................
3.2.1.1 Número cromossômico....................................................
3.2.1.2 Análise do comportamento meiótico................................
3.2.1.3 Estimativa da viabilidade dos grãos de pólen..................
3.2.2 Análise do material......................................................................
3.3 Estudos morfológicos...........................................................................
3.3.1 Pilosidade das Folhas (PIL).........................................................
3.3.2 Cor de Folha (CFRHS E CFCOL) ...............................................
3.3.3 Cor de Bainha (CBAI)..................................................................
3.3.4 Cor de Nervura Central (CNEC)..................................................
3.3.5 Hábito de Crescimento (HAB).....................................................
3.3.6 Comprimento e Números de Racemos (CRA, NRA)...................
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3.3.7 Altura das Plantas (ALT)..............................................................
3.3.8 Comprimento do Colmo florífero..................................................
3.3.9 Comprimento e Largura da Folha Bandeira.................................
3.3.10 Comprimento e Largura da Folha (CFF e LARG)......................
3.4 Análise estatística.................................................................................
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................
4.1 Citogenética..........................................................................................
4.1.1 Número cromossômico................................................................
4.1.2 Análise do comportamento meiótico............................................
4.1.3 Viabilidade do pólen....................................................................
4.2 Morfologia.............................................................................................
4.2.1 Pilosidade das Folhas (PIL) .......................................................
4.2.2 Cor de Folha (CFRHS E CFCOL) ..............................................
4.2.3 Cor da Bainha (CBAI)...................................................................
4.2.4 Cor de Nervura Central (CNEC)...................................................
4.2.5 Hábito de Crescimento (HAB) .....................................................
4.2.6 Comprimento e Números de Racemos (CRA e NRA)................
4.2.7 Altura das Plantas (ALT).............................................................
4.2.8 Comprimento do Colmo Florífero; Comprimento e
Largura da Folha Bandeira...................................................................
4.2.9 Comprimento e Largura da Folha (CFF e LARG)........................
5. CONCLUSÕES.........................................................................................
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................
7. APÊNDICES.............................................................................................
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8. VITA..........................................................................................................
143
viii
RELAÇÃO DE TABELAS
Página
1
.
Origem dos acessos de Paspalum nicorae...............................................
2. Classificação de cores, baseados nos valores da RHS
Colour Chart..............................................................................................
3. Classificação de cores, baseados em valores de "b"...............................
4. Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos
de Paspalum nicorae Parodi....................................................................
5. Estimativa da viabilidade dos grãos de pólen
...................................................
6. Média dos eixos maior (P) e menor (E) de grãos de pólen.......................
7. Estatística descritiva para as 7 características avaliadas.........................
8. Comprimento dos racemos (CRA) e número de racemos (NRA)
dos acessos..............................................................................................
9. Estatística descritiva para a característica analisada –
ALTURA (cm)............................................................................................
10. Valores para comprimento de colmo florífero (cm),
comprimento e largura da folha bandeira (cm).......................................
11. Estatística descritiva para as características morfológicas.....................
analisadas (CFF – comprimento da folha; LARG – largura da folha)......
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RELAÇÃO DE FIGURAS
Página
1. Regiões de coleta das plantas de P. nicorae...........................................
2. Vista parcial da coleção de plantas de Paspalum nicorae........................
3. Perfilhos marcados de Paspalum nicorae.................................................
4. Diagrama de representação de “a” e “b”...................................................
5. Representação das coordenadas uniformes (L*a*b) no...........................
espaço tridimensional de cor...................................................................
6. Células mitóticas
a) P. nicorae 19 (2n=40).........................................................................
b) P. nicorae 19 (2n=40).........................................................................
c) P. nicorae 33B (2n=40)......................................................................
d) P. nicorae 26C (2n=40)......................................................................
7. Células mitóticas.......................................................................................
a) P. nicorae 11B (2n=40)......................................................................
b) P. nicorae 17 (2n=40).........................................................................
8. Células meióticas P. nicorae 19................................................................
a) Anáfase I início (40 cromossomos) ....................................................
b) Metáfase I final início anáfase I (12II + 16I)........................................
9. Células meióticas P. nicorae 13A.............................................................
a) Anáfase I final normal........................................................................
b) Anáfase I final normal........................................................................
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c) Telófase I normal...............................................................................
10. Células meióticas P.nicorae 13B ............................................................
a) Anáfase I final com cromossomos retardatários...............................
b) Anáfase I final com cromossomos retardatários...............................
c) Telófase I normal...............................................................................
11. Células meióticas P. nicorae 26D...........................................................
a) Anáfase I final normal........................................................................
b) Anáfase I final com cromossomos retardatários................................
c) Tétrade...............................................................................................
12. Células meióticas....................................................................................
a) P. nicorae 12B (anáfase/telófase com retardatários).........................
b) P. nicorae 13A (anáfase I final normal)..............................................
c) P. nicorae 17 metáfases I...................................................................
d) P. nicorae 11A metáfase I (18II + 1IV)...............................................
13. Células meióticas....................................................................................
a) P. nicorae 29 prometáfase (20II)........................................................
b) P. nicorae 29 (anáfase I com 2 cromossomos retardatários).............
c) P. nicorae 29 (anáfase/telófase I com retardatários).........................
d) P. nicorae 28E (anáfase I com cromossomos retardatários) )...........
14. Células meióticas....................................................................................
a) P. nicorae 26D (anáfase/telófase I com irregularidades)...................
b) P. nicorae 26D (anáfase/telófase i normal)........................................
c) P. nicorae 28B (40 cromossomos).....................................................
d) P. nicorae 28B telófase I normal........................................................
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15. Células meióticas P. nicorae 26C...........................................................
a) Diacinese (7II + 1I + 3III + 4IV)...........................................................
b) Metáfase I (20II)..................................................................................
c) Anáfase I final normal.........................................................................
d) Anáfase I final normal.........................................................................
e) Anáfase I com 2 cromossomos retardatários.....................................
16. Células meióticas....................................................................................
a) P. nicorae 11A (anáfase I com cromossomos retardatários)..............
b) P. nicorae 11A (anáfase I final com cromossomos retardatários)......
c) P. nicorae 11B (anáfase I normal – n=20)..........................................
d) P. nicorae 11B (anáfase I com cromossomos retardatários).............
17. Células meióticas P. nicorae 9A..............................................................
a) Anáfase I com retardatários...............................................................
b) Anáfase I com retardatários...............................................................
c) Anáfase I com retardatários...............................................................
d) Telófase I com presença de retardatários..........................................
18. ................................................................................................................
a) P. nicorae 26C (tríade).......................................................................
b) P. nicorae 26C (díade).......................................................................
c) Tétrades.............................................................................................
d) P. nicorae 27A (tétrades)...................................................................
19. Pólens inviáveis......................................................................................
a) Grãos inviáveis de pólen de P. nicorae..............................................
b) Grãos inviáveis de pólen de P. nicorae..............................................
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c) P. nicorae 26A (grão inviável)............................................................
d) P. nicorae 26D (grão inviável)............................................................
20. Grãos de pólen........................................................................................
a) Grãos de pólen viáveis.......................................................................
Grãos de pólen viáveis.......................................................................
b) P. nicorae 26A (grão de pólen viável)................................................
c) P. nicorae 26A (grãos de pólen inviável e viável)...............................
21. Pilosidade nas folhas..............................................................................
a) P. nicorae 6A (pilosidade 1)...............................................................
b) P. nicorae 14 (pilosidade 2)...............................................................
c) P. nicorae 9 (pilosidade 3).................................................................
d) P. nicorae 11B (pilosidade 4).............................................................
e) P. nicorae 4 (pilosidade 5).................................................................
f) Pilosidade 5 e pilosidade 1)...............................................................
22. Freqüência relativa dos acessos em relação a pilosidade.....................
23. Freqüência relativa dos acessos em relação a cor da folha ( R.H.S
Colour Chart)...........................................................................................
24. Freqüência relativa dos acessos em relação a cor da folha
(colorímetro)............................................................................................
25. Cor de bainha.........................................................................................
a) P. nicorae 9 (violácea).......................................................................
b) P. nicorae 12B (violácea)...................................................................
c) P. nicorae 26A (verde).......................................................................
d) P. nicorae 3 (verde)............................................................................
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xiii
26. Freqüência relativa dos acessos em relação a cor de bainha................
27. Freqüência relativa dos acessos em relação a cor de nervura
central......................................................................................................
28. Hábito de crescimento............................................................................
a) P. nicorae 12B (ereto)........................................................................
b) Planta de P. nicorae com hábito de crescimento...............................
c) P. nicorae 33A (decumbente)............................................................
d) P. nicorae 9 (decumbente).................................................................
29. Freqüência relativa dos acessos em relação a hábito de
crescimento............................................................................................
30. Inflorescências.......................................................................................
a) Planta de P. nicorae (inflorescência com 3 racemos)........................
b) P. nicorae (inflorescência com 4 racemos)........................................
c) P. nicorae 12A....................................................................................
d) P. nicorae 12A....................................................................................
e) P. nicorae 28B....................................................................................
f) Planta de P. nicorae (inflorescência com 4 racemos)........................
31. Freqüência relativa dos acessos em relação ao número de
racemos..................................................................................................
32. Altura média (cm) dos acessos...............................................................
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99
xiv
RELAÇÃO DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
P...........................................................................................................
E..........................................................................................................
PIL......................................................................................
CFRHS..............................................................
CFCOL..........................................................................
CBAI................................................................................................
CNEC................................................................................
HAB .................................................................................
CRA.............................................................................
NRA...............................................................................
ALT...........................................................................................
CFF....................................................................................
LARG.........................................................................................
Eixo maior
Eixo menor
Pilosidade das Folhas
Cor de Folha/R.H.S Colour Chart
Cor de Folha/Colorímetro
Cor de Bainha
Cor de Nervura Central
Hábito de Crescimento
Comprimento de Racemos
Número de Racemos
Altura das Plantas
Comprimento de folha
Largura da Folha
1
1. INTRODUÇÃO
A busca de maior conhecimento sobre a dinâmica das pastagens
nativas do Rio Grande do Sul tem levado ao estudo de espécies que
apresentam um maior potencial de sustentação de sistemas produtivos
baseados na utilização de pastagens.
A constatação da importância das espécies de Paspalum L. para o
aumento da produtividade das pastagens naturais resultou em um crescente
interesse por sua possível utilização em cultivos forrageiros intensivos (Canto-
Dorow, 1993).
O estudo das espécies do gênero ocorrentes no Rio Grande do Sul
começou efetivamente em 1954, sob orientação do Prof
o
Lorenzo Raimundo
Parodi (1885 - 1966). No Rio Grande do Sul, as espécies estão distribuídas por
todas as Regiões Fisiográficas e fazem parte de todas as formações
campestres. Aproximadamente 70 entidades taxonômicas foram constatadas
com distribuição ampla e muitas vezes particularizadas (Barreto, 1974).
Um elevado número de espécies de Paspalum são consideradas
como excelentes forrageiras, sendo que muitas destas ocorrem em diversos
ecossistemas brasileiros, porém poucas espécies nativas têm sido cultivadas
como forragem, especialmente as do grupo Dilatata, Notata e Plicatula
(Adamowski et al., 2005). A
exploração racional da diversidade das espécies
2
nativas com potencial forrageiro é de importância fundamental para a
manutenção da diversidade do campo.
Número cromossômico e comportamento meiótico (pareamento e
segregação) são informações citológicas importantes para interpretação
taxonômica das espécies de Paspalum. Além disto, o estudo de sacos
embrionários e de formação de cariopses sob condições controladas de
polinização, contribui para a confirmação de hipóteses sobre os sistemas de
plantas representativas de populações específicas (Valls, 2000).
O conhecimento da citologia e comportamento reprodutivo das
espécies é essencial para o melhoramento de plantas, principalmente quando
envolvimento de cruzamentos (Burson, 1975). No caso de Paspalum que
possui variados níveis de ploidia, o conhecimento do número cromossômico é
indispensável.
A determinação do número cromossômico em Paspalum e/ou
análise do comportamento meiótico pode fornecer dados para a avaliação dos
acessos, contribuindo para que o conhecimento da variabilidade existente seja
estendido a um maior número de espécies, e que programas de melhoramento
genético sejam bem sucedidos. Características morfológicas contribuem para a
correta identificação das espécies. Esta correta identificação das espécies do
gênero é essencial para o estudo das pastagens naturais e para a busca de
espécies com potencial agronômico, adaptáveis ao cultivo ou para uso no
melhoramento genético (Oliveira & Valls, 2002).
A rápida expansão das áreas cobertas por um número restrito de
cultivares, especialmente quando estas se tornam contíguas e abrangem
3
ambientes inadequados, carrega em si o perigo da vulnerabilidade genética.
Este perigo é mais eminente, quando um único genótipo apresenta grande
expansão: problemas com patógenos (cigarrinhas-das-pastagens) e doenças
(vírus do enfezamento - PSV) são algumas das conseqüências. Vall et al.
(2003) relataram que a maior parte das pastagens cultivadas do Brasil, em
torno de 85% é composta por apenas dois gêneros (Brachiaria (Trin.) Griseb e
Panicum L.), o que representa uma estreita base genética. Daí a importância
de se pesquisar espécies nativas como forrageiras.
Burson e Bennett (1970); Boldrini (2006); Dall’Agnol et al. (2006),
citam a importância de Paspalum nicorae Parodi como forrageira nativa e seu
potencial para ser utilizado não só para alimentação de bovinos, como na
recuperação e conservação de solos degradados, porém poucos trabalhos
foram realizados. Em virtude disto, P. nicorae foi selecionada para este projeto.
Este trabalho está inserido em um projeto mais amplo de
caracterização de germoplasma e melhoramento de Paspalum, em
desenvolvimento no Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia
da UFRGS. O objetivo deste trabalho foi determinar o número cromossômico,
estudar o comportamento meiótico, estimar a fertilidade de len e caracterizar
morfologicamente populações naturais de Grama Cinzenta (Paspalum nicorae
Parodi), coletadas em diversas regiões do Estado do Rio Grande do Sul.
4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O Gênero Paspalum L.
De acordo com o IBGE (1996), os campos representam 13.656
milhões de hectares no Brasil e estão situados principalmente na região Sul do
país. Nos anos 50, Rambo (1952) citava 13 milhões de hectares (46,26%)
cobertos por vegetação campestre no estado do Rio Grande do Sul. Entre 1970
e 1996 ocorreu uma perda de 3,5 milhões de hectares na superfície das
pastagens naturais, o que corresponde a uma taxa de conversão de 137 mil
hectares por ano. Atualmente a área coberta por campos é em torno de quatro
milhões de hectares (Hasenack et al., 2007).
Boldrini (1997) estima 3000 o número de espécies campestres para
o Estado, destas 400 são gramíneas, 600 são compostas e 150 leguminosas. A
pastagem nativa do Rio Grande do Sul representa cerca de 37% da área total
do Estado, sendo que estes campos estão inseridos em dois biomas
brasileiros: bioma Mata Atlântica e o bioma Pampa, este último se restringindo
ao Rio Grande do Sul e ocupando originalmente 63% do território do Estado
(IBGE, 2004).
Paspalum ocupa um lugar destacado entre as gramíneas brasileiras,
pois além de englobar o maior número de espécies nativas, também reúne a
maior porcentagem daquelas com bom valor forrageiro (Valls, 1987).
5
O gênero Paspalum está inserido na tribo Paniceae, subfamília
Panicoidae. Além da importância evidenciada pela qualidade de forragem,
possui uma ampla distribuição geográfica - regiões tropicais e subtropicais da
América, com poucas espécies na África e Ásia. A maioria das espécies é de
origem americana e se supõe que o centro de origem do gênero seria a
América do Sul, possivelmente as extensas savanas do Chaco (Moraes-
Fernandes, 1971).
Apesar da falta de um estudo taxonômico completo, é difícil
determinar o número total de espécies de Paspalum (Aliscioni, 2002); acredita-
se que o gênero compreenda mais de 400 espécies tropicais e subtropicais,
cuja importância é evidenciada por sua adaptabilidade a diferentes
ecossistemas, o que representa menor risco de causar desequilíbrio biológico
devido à grande diversidade genética existente (Strapasson et al., 2000).
Segundo Takayama et al. (1998)
muitas espécies são componentes das
pastagens naturais no Paraguai, Uruguai, sul do Brasil e nordeste da Argentina,
onde representam as melhores pastagens. Para o Brasil, não um
levantamento detalhado sobre o número de espécies de Paspalum ocorrentes,
porém segundo Valls & Pozzobon (1987) ocorrem cerca de 220.
O gênero foi criado por Linnaeus, em 1759, com base em quatro
espécies: Paspalum dimidiatum Linnaeus, Paspalum virgatum Linnaeus,
Paspalum paniculatum Linnaeus e Paspalum distichum Linnaeus. Após a
publicação do gênero, novas espécies foram sendo descritas, revelando uma
grande diversidade morfológica. Em 1929, Agnes Chase dividiu as espécies do
gênero que ocorriam na América do Norte em grupos baseados em
6
características exomorfológicas (hábito, tipo de inflorescência, forma e
dimensões das espiguetas, indumento e largura das minas). Posteriormente
estes grupos informais foram utilizados por agrostologistas do mundo inteiro,
com adição de novos grupos e/ou com uma adaptação dos grupos para as
floras regionais. Esta classificação infragenérica proposta por Chase (1929) é a
mais aceita e originalmente compreende dois subgêneros e 27 grupos
informais (Canto-Dorow 1993; Souza-Chies et al., 2006).
Barreto (1974) aceita vinte grupos para as espécies sul-
riograndenses de Paspalum estando de acordo com onze grupos, Disticha,
Notata, Plicatula, Virgata, Caespitosa, Conjugata, Corcovadensia, Fasciculata,
Paniculata, Livida e Dilatata, propostos por Chase (1929). Além destes, o
referido autor aceitou os grupos Stellata, Acuminata, Elliptica, Modesta,
Polyphylla, Eriantha, Quadrifaria, Erianthoidea e Ovalia.
Esta classificação de Barreto (1974) é a mais utilizada como
referência nos trabalhos, apesar de não existir um estudo total do gênero que
permita confirmar se as espécies que integram cada um dos grupos
taxonômicos têm nculo filogenético comum. O gênero Paspalum é um
complexo de espécies de difícil classificação taxonômica, que hoje em dia se
encontra em revisão (Miz & Souza-Chies, 2006; Essi & Souza-Chies 2007;
Souza-Chies et al., 2006; Vaio et al., 2005).
A situação taxonômica das espécies do gênero é bastante peculiar,
quando comparada a outros gêneros importantes de gramíneas e leguminosas
forrageiras nativas do Brasil. Certos grupos foram revisados nos últimos anos
(Barreto, 1974; Renvoize, 1972; Souza-Chies, 2006) e graças aos trabalhos de
7
citogenética realizados em várias espécies (Burson, 1975, 1997; Burson &
Bennett, 1970, 1971, 1976; Moraes-Fernandes, 1971; Moraes-Fernandes et al.
1968, 1973, 1974; Quarín et al., 1984, 1991; Pagliarini et al., 2001; Valls &
Pozzobon, 1987; Balbinot, 2007), algumas tem seu modo de reprodução bem
conhecido e linhagens apomíticas bem descritas, porém grupos com
problemas taxonômicos onde espécies estão mal delimitadas. Um bom
exemplo desta situação são os grupos Linearia, Eriantha e Notata, que
apresentam problemas de circunscrição (Valls, 1987; Ferreira et al., 2005). Essi
& Souza-Chies (2007) verificaram, a partir de estudos filogenéticos com
seqüências de DNA ITS de rRNA nuclear, que Linearia e Notata o grupos
informais muito artificiais, e que no grupo Notata um grupo muito pequeno de
espécies pode ser aceita para formar um grupo. Em outro estudo, Souza-Chies
et al. (2006) estudaram as relações filogenéticas entre as espécies de
Paspalum dos grupos Notata, Linearia e Dilatata. Utilizaram uma combinação
de caracteres morfológicos e moleculares. O gênero Paspalum não foi
confirmado como monofilético, porém o houve contradição disto. Um grupo
formado pela espécies Notata e Linearia apareceu como um grupo
monofilético, assim como um grupo formado somente por espécies do grupo
Notata (Paspalum conduplicatum Canto-Dorow, Valls e Longhi-Wagner,
Paspalum notatum var. notatum Flügge, Paspalum minus E. Fournier,
Paspalum pumilum Nees e Paspalum subciliatum Chase ).
Além da caracterização taxonômica, molecular e citogenética, há
iniciativas de aplicação de descritores morfológicos para separação de acessos
8
de uma mesma espécie, abrangendo os grupos Notata e o Plicatula, por
exemplo, (Boldrini, 1986).
Cerca de 75% das espécies de Paspalum conhecidas ocorrem no
Brasil, fazendo parte das mais variadas formações vegetais em diferentes
condições ecológicas. As espécies do gênero no Rio Grande do Sul são
freqüentes e numerosas, constituindo componentes obrigatórios em todas as
formações campestres. O seu estudo, portanto, é importante não para o
conhecimento das pastagens naturais do Estado, como também para buscar
espécies com características agronômicas desejáveis, possíveis de utilizar em
programas de melhoramento e/ou para serem empregadas diretamente como
forrageira (Barreto, 1974).
Boldrini et al. (2005) cita para o Estado do Rio Grande do Sul 62
espécies nativas de Paspalum, entre elas: P. notatum var. notatum (grama-
forquilha), P. pumilum (grama baixa), pertencentes ao grupo Notata; Paspalum
dilatatum Poir. (capim-melador), Paspalum urvillei Steud. (capim-das-roças)
pertencentes ao grupo Dilatata; P. nicorae (grama cinzenta), Paspalum
plicatulum Michx. (grama colchão) pertencentes ao grupo Plicatula; P.
distichum (grama-doce, grama-de-ponta), Paspalum vaginatum Schwartz
(grama-da-praia) do grupo Disticha.
Segundo um estudo realizado por Barreto (1974), espécies
pertencentes aos grupos Dilatata, Notata, Livida e Plicatula apresentaram as
melhores características agronômicas; em geral, são espécies produtoras de
forragem tenra, suculenta e muito apreciada pelos animais. Além de importante
valor agronômico, servindo como base alimentar para herbívoros domésticos,
9
suas sementes são importantes fontes alimentares para ssaros. As espécies
do gênero se destacam pela maior resistência a geadas, produção e qualidade
de forragem, quando comparados a outras gramíneas nativas do Rio Grande
do Sul (Dall’ Agnol et al., 2006).
Em uma série de experimentos com espécies com P. dilatatum
biótipo Virasoro (espécie C4, subtropical) e com Festuca arundinaceae
Schreb.(gramínea hibernal, C3, perene e exótica ) Costa et al. (2003)
verificaram que P. dilatatum biótipo Virasoro apresentou ciclo estacional, com a
maior disponibilidade de matéria seca na primavera/verão (98 g MS/planta),
enquanto a festuca teve a maior disponibilidade de matéria seca no
inverno/primavera (100 g MS/planta). O P. dilatatum biótipo Virasoro mostrou
teores mais elevados de proteína bruta nas folhas (19,09%) em relação à
festuca (17,8%), mas essa apresentou menor conteúdo de fibra de detergente
ácido (FDA) (29%) em relação ao virasoro (43%); para fibra de detergente
neutro (FDN) nas folhas o houve diferença entre as espécies, com médias
de 62%. O biótipo Virasoro não foi infectado por Claviceps paspali, que
comumente ocorre em P. dilatatum, indicando resistência ao fungo.
As espécies do gênero Paspalum, principalmente as do grupo
Plicatula, apresentam variabilidade genética quanto à capacidade fisiológica de
produção de sementes viáveis, destacando-se para época de florescimento,
germinação das sementes e tolerância à presença de patógenos nas
sementes, podendo desta forma, serem utilizadas em programas de
melhoramento genético também para esta característica (Batista et al. 1995).
Batista & Godoy (2000) analisaram acessos do grupo Plicatula e outras
10
espécies do gênero Paspalum para produção de sementes; 72% apresentaram
condições de propagação seminífera a campo e nos testes de germinação em
laboratório apresentaram elevada correlação com o teste realizado a campo,
podendo este servir como seleção prévia para discriminar acessos que o
apresentam capacidade fisiológica de produção de sementes viáveis.
Conforme Prestes et al. (1976) o gênero Paspalum apresenta papel
relevante na conservação do solo, principalmente em zonas litorâneas. P.
nicorae, Paspalum stellatum H. & B. Ex Fl. e Acanthospermum australe
Loefl.
(carrapicho-do-campo) são importantes fixadores de solos arenosos,
principalmente na região centro-oeste do Rio Grande do Sul (Boldrini, 2006).
Freitas (2006) cita a família das gramíneas como dominante na
estrutura horizontal e Agrostis L., Andropogon L., Aristida L., Axonopus
Beauvious, Chloris Swartz, Eleusine
Gaertn., Elyonurus Humb. & Bonpl. ex
Willd., Eragrostis Wolf, Panicum e Paspalum, como os principais gêneros da
família nos campos sujeitos à arenização.
Freitas (2006) realizou nos anos de 2004 e 2005 um estudo em uma
área de campo nativo, submetido a pastejo contínuo, para conhecer a
composição florística, a fitossociologia e a dinâmica vegetacional da região
sudoeste do Rio Grande do Sul, no município de São Francisco de Assis. A
área de estudo foi dividida em duas subáreas (uma com processo de
arenização e a outra sem a ocorrência do processo). Foram identificadas 163
espécies nas duas subáreas, sendo P. stellatum e P. nicorae as que detiveram
as maiores coberturas vegetais nas duas subáreas. Na área onde ocorria o
processo de arenização observou-se baixos índices de matéria orgânica e
11
argila, baixa capacidade de troca catiônicas, baixo índice de saturação de
bases, reduzida disponibilidade de P (fósforo), K (potássio) e Mg (magnésio) e
alta saturação de Al (alumínio).
Paspalum nicorae Parodi está incluso no grupo Plicatula, assim
como: Paspalum rojasii
Hack., Paspalum parodii Barreto ex Oliveira & Valls,
Paspalum yaguaronense Henrard, Paspalum guenoarum Arechav. e P.
plicatulum. P. nicorae, P. plicatulum e P. yaguaronense têm sido utilizados para
formação de pastagens na Austrália, e em nossas condições, especialmente os
dois primeiros, são responsáveis por pastagens naturais de regular qualidade
(Barreto, 1974). Conforme Quarín et al. (1997) o grupo Plicatula desperta
grande interesse agronômico, uma vez que apresenta espécies que são
aceitas pelo gado além de existir uma extensa variação de citótipos. Além
disso, engloba uma ampla variação morfológica.
P. nicorae é nativa da América do Sul, sendo considerada uma
forrageira de excelente qualidade (Burson & Bennet, 1970). No Rio Grande do
Sul foi pela primeira vez encontrada no Posto Zootécnico de Tupanciretã, em
uma área de solo arenoso (arenito de Botucatu). Dentro de poucos anos
estendeu-se muito, ocupando superfície muito maior, inclusive com domínio
sobre a grama-forquilha (P. notatum) local. Foi cultivada em parcela no Posto
Zootécnico de Tupanciretã, resultando em uma massa verde densa, tenra, de
altura de 30 cm. Os rizomas invadiram a parcela vizinha, tornando-se
necessário cortá-los anualmente pela periferia. A germinação é fácil por meio
de sementes (Araújo, 1971). Quase sempre é encontrada pastejada, o que
indica sua boa qualidade, pela preferência que lhes dedicam os herbívoros.
12
Geralmente é mais encontrada em solos arenosos, o que indica um potencial
de tolerância à seca e a baixa fertilidade, contudo responde acentuadamente à
fertilização (Dall'Agnol & Nabinger, comunicação pessoal). Conforme Burson &
Bennet (1970) quando fertilização com nitrogênio, os índices de rendimento
e qualidade de forragem de P. nicorae são comparáveis ao da Pensacola (P.
notatum var. saurae).
Rosengurtt (1979) afirma que P. nicorae é uma espécie rizomatosa,
perene, encontrada nos campos naturais do Uruguai, muito freqüente
principalmente em solos arenosos, onde é muito agressiva, e quando
apresenta uma menor palatabilidade. A palatabilidade é maior quando a planta
possui folhas jovens. O período de produção de sementes é de janeiro a abril
(período inferior ao apresentado por P. dilatatum - dezembro a abril).
Ainda conforme o autor acima citado, o tipo de forragem produzida
por P. nicorae é do tipo encontrada em “pastos tenros”. Ele classifica pastos
tenros” como aqueles que mostram uma produtividade de média a alta e uma
palatabilidade prolongada a média. As espécies que integram este tipo de
pasto suportam altas cargas animais (kg PV/ha – quilos de peso vivo por
hectare) durante o seu período produtivo, resultando em excelentes campos
para criação de ótimos terneiros. Estas espécies respondem bem a fertilização.
Além de P. nicorae, P. plicatulum, P. guenoarum e Coelorachis selloana Hack.
são algumas das espécies formadoras dos “pastos tenros” encontrados no
Uruguai.
Burkart (1969) cita a ocorrência de P. nicorae no Uruguai, na
Argentina na região chamada Mesopotâmia argentina (províncias de
13
Misiones, Corrientes e Entre Ríos) sendo muito comum na província de Entre
Ríos. Este mesmo autor cita a respeito de um inseto que ataca a cariopse de P.
nicorae e acaba a destruindo.
Devido ao seu hábito rizomatoso, P. nicorae tem um aumento na sua
capacidade de cobertura do solo assim como na sua adaptação aos solos de
baixa fertilidade, além disso, apresenta altos níveis de produção. É tolerante a
geadas, à secas moderadas e ao pastejo.
Batista e Godoy (2000) avaliaram acessos de espécies de P.
yaguaronense, Paspalum atratum
Swallen, Paspalum regnellii Mez., P.
guenoarum, Paspalum conspersum Schrad. ex Schult., P. plicatulum, P.
nicorae entre outros e relataram a existência de variabilidade intraespecífica
para produção de forragem, sugerindo a possibilidade de seleção, uma vez que
a base desta variação seria genética.
Prestes et al. (1976) em testes a campo no município de Guaíba,
observaram que dois ecótipos de P. nicorae apresentaram produções médias
de matéria seca (16,9 t/ha/ano) 66% superiores àqueles obtidos por cinco
ecótipos de P. notatum (10,2 t/ha/ano) e estes foram inferiores a P. notatum
var. saurae (11,6 t/ha/ano). Soares et al. (1986) compararam seis ecótipos
nativos de P. notatum e dois ecótipos nativos de P. nicorae com a cultivar
Pensacola (P. notatum var. saurae). Os trabalhos foram conduzidos nas
Estações Zootécnicas de Vacaria, São Gabriel e Tupanciretã, onde foram
realizados 12, 15 e 11 cortes respectivamente. Durante os três anos de período
experimental foram avaliados matéria seca, matéria digestível e teor e
rendimento de proteína bruta. Em São Gabriel, a cultivar Pensacola e o P.
14
nicorae ecótipo Tupanciretã tiveram rendimentos semelhantes e superiores aos
demais tratamentos, 19,4 e 20,4 kgMS/ha (quilos de matéria seca por hectare)
respectivamente; a digestibilidade dos ecótipos nativos foi baixa e inferior à
Pensacola.
Na Austrália, P. nicorae tem sido utilizada como uma alternativa para
os campos cultivados com Pennisetum clandestinum Hochst. ex Chiov., Setaria
anceps Stapf., Sporobolus pyramidalis P. Beauv. e Eragrostis curvula (Schrad.)
Nees. Estas espécies são atacadas por muitas doenças e patógenos além de
serem pouco tolerantes a solos de baixa fertilidade e com altos valores de
oxalatos. Ainda neste país, P. nicorae se adapta em solos arenosos a
argilosos, com uma precipitação de 900 a 1500 mm. A cultivar “Blue Dawn”
(derivado da cultivar americana “Amcorae”) mostra uma alta tolerância em
períodos secos e a baixas temperaturas de (- 4ºC), mantendo a sua coloração
verde das folhas (Pizarro, 2000).
Valores de ganho médio diário de bovinos de corte em pastagens
comerciais de P. nicorae são estimados em 1,2 kg/animal; são valores
superiores aos estimados para P. notatum: 0,380 kg/animal (média de 1 ano)
(Pizarro 2000).
2.2 Citogenética: considerações gerais
Melhoramento genético de plantas é a arte e a ciência de melhorar a
hereditariedade de plantas para benefício da humanidade. Como arte, depende
da habilidade em observar características estéticas, ambientais, nutricionais,
econômicas que são visíveis em cada indivíduo. Como ciência, o
15
melhoramento depende de várias áreas do conhecimento, como a botânica,
genética, fisiologia, entomologia, estatística, dentre outras (Poehlman, 1995).
O sucesso de um programa de melhoramento genético depende,
entre outros aspectos, da realização inicial de estudos básicos de
caracterização dos recursos genéticos disponíveis.
Germoplasma é todo o conjunto genético de uma espécie, que em
uma coleção (banco de germoplasma) servem como fonte genética a ser
utilizada por melhoristas (Miglani, 1998).
A caracterização de germoplasma pode ser realizada de diversas
maneiras, como por exemplo, através de análises morfológicas (tamanho das
folhas, duração do período vegetativo, floração e frutificação), agronômicas
(produção de sementes, produtividade, resistências ao estresse e a doenças),
bioquímicas (flavonóides, isoenzimas), moleculares (marcadores de DNA),
genéticas (análise de herança de caracteres) e citogenéticas (número
cromossômico, regularidade meiótica, fertilidade dos grãos de pólen). Neste
sentido, a citogenética é uma ferramenta de grande importância para
caracterizar a variabilidade.
Segundo Guerra (1988), a citogenética compreende todo e qualquer
estudo relativo ao cromossomo isolado ou em conjunto, condensado ou
distendido, no que diz respeito à morfologia, organização, função e replicação,
bem como na sua variação e evolução. Diferenças cromossômicas refletem
diferenças na origem da variação genética, enquanto diferenças morfológicas,
fisiológicas e bioquímicas refletem diferenças nos produtos de ação gênica,
16
modificados por influências ambientais (Stebbins, 1971). A citogenética
também possui um papel importante nos estudos evolutivos e taxonômicos.
A comparação de características citogenéticas e morfológicas pode,
em muitos casos, ser empregada para auxiliar nos problemas de classificação
e identificação taxonômica, auxiliando na compreensão de certos grupos, como
tem sido feito, por exemplo, com algumas forrageiras (Schifino-Wittmann,
2000).
A caracterização citogenética deveria ser encarada como um pré-
requisito e uma atividade básica na caracterização das coleções de
germoplasma. Caracterização que envolve, entre outros aspectos, a contagem
do número cromossômico, determinação do nível de ploidia, avaliação do
comportamento meiótico e da fertilidade de pólen e a determinação da
afinidade genômica entre acessos em híbridos interespecíficos (Pagliarini &
Pozzobon, 2004). Conforme Hanna (1980) as informações básicas geradas
pela citogenética tem contribuído e continuarão contribuindo diretamente para o
melhoramento de plantas.
Singh (1993) considera a citogenética como uma ciência híbrida que
combina citologia (estudos dos cromossomos e outros componentes celulares)
e genética (estudo da herança) e que inclui manipulação dos cromossomos
(técnicas de coloração cromossômica), função e movimento dos cromossomos
(mitose e meiose), número e estrutura dos cromossomos (análise do cariótipo).
Números cromossômicos têm sido registrados para apenas 25% das
angiospermas (Bennett, 1998), e muitas dessas espécies têm apenas uma ou
poucas contagens, estas freqüentemente antigas e muitas vezes duvidosas.
17
Apesar do significado fundamental do número cromossômico em sistemática e
evolução, os dados para angiospermas são incompletos e uma ampla
documentação de dados cromossômicos básicos é uma importante prioridade,
devido aos problemas atuais frente à conservação dos recursos genéticos
mundiais (Stace, 2000).
Vários trabalhos dentro da citogenética vêm sendo realizados no
Departamento de Plantas Forrageiras da Faculdade de Agronomia da UFRGS
para a elucidação de questões envolvendo taxonomia e evolução (Maciel &
Schifino-Wittmann, 2002; Conterato & Schifino-Wittmann, 2006), origem e
evolução (Pozzobon et al., 2006), seleção de plantas férteis (parentais
masculinos) em cruzamentos programados (Boff & Schifino-Wittmann, 2002) e
determinação de nível de ploidia, avaliação do comportamento meiótico e da
fertilidade de pólen (Balbinot, 2007).
2.2.1 Citogenética e Modo de Reprodução em Paspalum
Muitas das espécies do gênero Paspalum são poliplóides,
prevalecendo os níveis tetraplóide e hexaplóide. A presença de
hexadecaplóides (2n=160) no gênero indica a presença de uma possível
hibridação (Takayama et al., 1998). A poliploidia é um evento bastante
freqüente na evolução de plantas superiores. Cerca de 25 a 30% das espécies
de plantas fanerógamas o poliplóides com referência a seus parentes mais
próximos (Stebbins, 1971). A poliploidia em Paspalum é estimada em
aproximadamente 80% das espécies, na qual predomina o nível tetraplóide
(Quarín, 1992). Isto evidencia a importância da poliploidia na evolução destas
18
gramíneas tropicais sul-americanas e demonstra a maior adaptabilidade das
espécies tetraplóides.
O primeiro estudo citogenético no gênero Paspalum data de 1930,
posteriormente foi revisado por Burton em 1940 (Pagliarini et al., 2001). O
número básico cromossômico de x=6 e x=10 tem sido aceito para o gênero
(Burson, 1975), com várias espécies que têm número cromossômico que são
múltiplos de 10. Duas espécies, Paspalum hexastachyum Parodi e Paspalum
almum Chase têm como número básico cromossômico x=6. Os níveis de
ploidia observados no Rio Grande do Sul para as espécies de Paspalum vão
de diplóide a octaplóide e praticamente todas as espécies de Paspalum têm o
número básico cromossômico x=10 (Moraes-Fernandes, 1971).
Acessos poliplóides de Paspalum apresentam, em geral, elevada
freqüência de anormalidades meióticas relacionadas diretamente com o nível
de ploidia e porque são apomíticos (Takayama et al., 1998; Adamowski et al.,
2000, 2005; Pagliarini et al., 2001). As plantas apomíticas e com nível de
ploidia tetraplóide usualmente mostram associações de cromossomos
quadrivalentes na meiose, sendo este um evento de alta estabilidade evolutiva
que culmina na redução do número de cromossomos e a sua normalidade
garante a viabilidade gamética (Sybenga, 1996; Pagliarini, 2000).
A maior parte das espécies apomíticas tetraplóides de Paspalum
tem em contrapartida co-específicos sexuais, diplóides e auto-incompatíveis
(Quarín & Norrmann, 1990).
Segundo Pozzobon et al. (1997) é importante conhecer o nível de
ploidia de um novo acesso para o estabelecimento de um programa de
19
melhoramento e também para determinar o procedimento mais adequado para
a multiplicação de cada acesso. A existência de citótipos com diferentes níveis
de ploidia em algumas espécies evidencia a variação existente e torna-se
indispensável à análise citológica em Paspalum. Muitas espécies apresentam
citótipos diplóides (2n=20), sexuais e alógamos por autocompatibilidade, além
de citótipos tetraplóides (2n=40), mas que são apomíticos, pseudógamos e
autoférteis (Quarín, 1992).
P. notatum (Notata) tem citótipos com 2n=2x=20, 3x=30, 4x=40 e
5x=50 cromossomos. P. dilatatum (Dilatata) apresenta citótipos 2n=4x=40,
5x=50 e 6x=60 cromossomos e alguns citótipos com o mesmo número
cromossômico têm diferente comportamento meiótico (Burson, 1997). Para o
grupo Plicatula foram identificados alguns acessos diplóides de P. plicatulum
(2n=2x=20) e P. yaguaronense (2n=2x=20). Para esta última espécie também
existem citações de 2n=4x=40 e 2n=6x=60 cromossomos. Paspalum
glaucescens Hackel, também pertencente ao grupo Plicatula, é caracterizado
reprodutivamente pela dominância de linhas apomíticas, sendo que os
tetraplóides são a maioria na população e os diplóides são raros (Pozzobon et
al., 2000). Neste grupo predominam as formas tetraplóides com meiose
irregular e provável apomixia.
Dados citológicos sobre P. nicorae são escassos. Saura (1948);
Burson & Bennett (1970); Moraes Fernandes (1971) relatam número
cromossômico de 2n=40 e mencionam a presença de uni, bi, tri e
quadrivalentes na diacinese e metáfase I, prevalecendo bivalentes. Nuñez
(1952) analisando células de raízes também relata número cromossômico de
20
2n=40. Bashaw et al. (1970) observaram número cromossômico igual a 40 com
associações de 10 bivalentes e cinco quadrivalentes. Portanto é uma espécie
tetraplóide, com comportamento meiótico anormal (Moraes Fernandes, 1971).
As anormalidades no comportamento meiótico encontradas no grupo Plicatula
estão relacionadas com a ocorrência de associações múltiplas (Pagliarini et al.,
2001).
Burson & Bennett (1970) estudaram a citologia, modo de reprodução
e a fertilidade de 10 introduções de P. nicorae. Neste estudo todas as plantas
de P. nicorae apresentaram 2n=40 cromossomos na diacinese e metáfase I.
Em média 0,49 univalente por célula, 16,67 bivalentes por célula e 1,48
quadrivalentes por célula. O pareamento de quadrivalentes e a presença de
cromossomos retardatários sugerem que esta espécie é originada a partir de
uma hibridização de duas espécies com uma relação próxima. Espécies de
Paspalum têm sido consideradas como alopoliplóides segmentares (Burson &
Bennett, 1971; Takayama et al., 1998; Pagliarini et al., 2001). A baixa
freqüência de multivalentes é um argumento freqüentemente usado para
defender a teoria da alopoliploidia segmentar. Sybenga (1996) sugere que esta
característica o é necessariamente um indicador confiável da limitada
afinidade de pareamento, e deste modo de homologia, porque até mesmo
autopoliplóides verdadeiros podem formar quadrivalentes com uma freqüência
menor que a possibilidade teórica. Este tipo de classificação é impossível de
ser baseada em descobertas citológicas, portanto, P. nicorae pode ser
considerado tanto um alotetraplóide segmentar ou um autotetraplóide (Burson
& Bennet, 1970).
21
Jarret et al. (1995) examinaram a utilização da citometria de fluxo
para verificar a diversidade existente no germoplasma de Paspalum de 81
acessos (35 espécies de diversos grupos taxonômicos) na variação de
conteúdo de DNA. Esta informação poderia ser utilizada como uma
característica taxonômica complementar. Foram analisados sete acessos de P.
nicorae coletados na Argentina, Uruguai e no Brasil. O conteúdo de DNA variou
de 2,69 a 3,07 (média 2,90 ±0,14 pg/2C nuclear). Já em P. notatum o conteúdo
de DNA em dois acessos analisados variou de 1,14 a 1,17 (média 1,15 pg/2C
nuclear).
A ampla variação que existe no número cromossômico nas plantas
em geral é bem conhecida, da mesma forma, a quantidade de DNA nuclear
também apresenta uma ampla variação entre as plantas. Essa enorme
variação em número e tamanho cromossômico, e, principalmente, na
quantidade de DNA nuclear em organismos que possuem níveis equivalentes
de complexidade, levou à definição do termo paradoxo-C, que se refere às
diferenças observadas na quantidade de DNA não ligadas a diferenças na
funcionalidade ou grau de organização (Schifino-Wittmann, 2004).
Estudos da distribuição geográfica conduzidos com diferentes
espécies na Argentina, Uruguai e Brasil, tem revelado a relação entre nível de
ploidia e condições ambientais (Takayama, 1998). Os citótipos diplóides de
Paspalum quadrifarum Lam. (Quadrifaria) estavam limitados a uma área
subtropical a nordeste da Argentina entre as latitudes 30º e 32º (Quarín &
Lombardo, 1986), enquanto triplóides estavam distribuídos em locais úmidos,
com temperaturas elevadas e tetraplóides no sudoeste do Brasil e nordeste do
22
Uruguai (Normann et al., 1989). Pozzobon & Valls (2000) estudando a
localização geográfica de acessos diplóides e tetraplóides de P. glaucescens
(Plicatula) no sul do Brasil, verificaram uma maior proporção de diplóides em
baixas altitudes (leste e oeste do Rio Grande do Sul) e um predomínio de
tetraplóides em altas altitudes.
No gênero Paspalum uma estreita correlação entre nível de
ploidia e modo de reprodução, onde a diploidia está correlacionada com
reprodução sexuada e alogamia e poliploidia está correlacionada com
apomixia. Acessos tetraplóides apomíticos podem também ser utilizados como
genitores masculinos (doadores de pólen) em cruzamentos com fêmeas
tetraplóides sexuais. A utilização destes, todavia, deve ser precedida de uma
análise meiótica criteriosa, pois devem apresentar alta fertilidade de pólen. A
poliploidia pode levar a segregações cromossômicas irregulares que afetam a
viabilidade do pólen.
Savidan (1987) indicou a necessidade de estudar melhor a natureza
do modo de reprodução de cada espécie do gênero Paspalum, porque sua
determinação foi baseada apenas em análises citológicas de sacos
embrionários. Embora observações sobre a origem e o desenvolvimento da
célula que origina o embrião sejam essenciais para identificar o mecanismo de
reprodução, elas não indicam qual a freqüência de sementes sexuais e
assexuais formadas em apomíticos facultativos. Esta informação é obtida
pela observação da percentagem de plantas idênticas à planta-mãe entre a
descendência.
23
A apomixia (forma de reprodução assexual onde formação de
sementes que se desenvolvem no ovário das flores e a progênie é igual à
planta mãe) prevalece como método de reprodução em Paspalum (Burson,
1997). Em geral, diplóides são sexuais e a maioria dos poliplóides são
apomíticos (Quarín & Burson, 1991); entretanto alguns poliplóides se
reproduzem sexualmente e muitos apomíticos são facultativos (Burson, 1997).
Em Paspalum foram identificados dois mecanismos apomíticos:
aposporia e diplosporia. A reprodução apomítica origem a novos indivíduos
sem que haja fecundação. Na
apomixia do tipo apospórico, o embrião
desenvolve-se a partir de alguma célula somática do óvulo, diferente da lula-
mãe de megásporo, formando um saco embrionário não-reduzido. Como o
embrião apospórico se origina a partir de divisões mitóticas de uma célula
somática, ele possui exatamente o mesmo complemento cromossômico e
constituição genética da planta-mãe. Devido a isto, a aposporia suprime a troca
de genes, levando a heterozigose fixada. Em muitas formas de aposporia,
ocorre a fecundação dos cleos polares do saco embrionário por um núcleo
do grão de pólen levando a formação do endosperma, sem ocorrer a
fecundação da oosfera, fenômeno este denominado de pseudogamia (Cavalli,
2003; Gauer et al., 2001). na disploporia, o embrião e o endosperma
desenvolvem-se de um saco embrionário não-reduzido cromossomicamente,
derivado da célula-mãe de megásporo. Na diferenciação da célula-mãe de
megásporo o núcleo não sofre meiose ou, alternativamente, passa por uma
meiose alterada que não acarreta redução do número cromossômico
(diplosporia meiótica). A diplosporia meiótica é rara em Paspalum, porém já foi
24
relatada para: Paspalum commersonii Lam, Paspalum longifolium
Roxb,
Paspalum conjugatum Bergius e P. minus (Dusi et al., 2000; Cavalli, 2003). A
predominância de um mecanismo de reprodução apomítica não exclui a
presença de outro; Bonila & Quarín (1997) observaram a presença de sacos
embrionários apospóricos e diplospóricos em um mesmo óvulo em P. minus.
Tentando correlacionar número cromossômico e modo de
reprodução, Valls (2000), separa as espécies brasileiras de Paspalum em
categorias: espécies sexuais alógamas apenas diplóides (Paspalum bertonii
Hackel, Paspalum densum Poir., Paspalum chacoense Parodi, Paspalum
equitans Mez., Paspalum fasciculatum Willd ex Flügge
e Paspalum indecorum
Mez.); espécies sexuais autógamas apenas diplóides (Paspalum jurgensii
Hackel, P. paniculatum e P. pumilum); apenas tetraplóides (Paspalum
boscianum
Flügge, P. regnellii e P. urvillei); apenas hexaplóides (Paspalum
inaequivalve
Raddi); espécies apomíticas tetraplóides (P. atratum, P.
guenoarum, P. nicorae, Paspalum exaltatum J. Presl. e Paspalum
malacophyllum Trin.); espécies apomíticas apenas hexaplóides (P. jesuiticum,
Paspalum ramboi Barreto, P. dilatatum “Uruguaio (Chirú)”, P. dilatatum
“Uruguaiana” e P. dilatatum “Torres”. P. jesuiticum e P. ramboi não mostram
problemas taxonômicos, mas as formas apomíticas de P. dilatatum necessitam
de revisão nomenclatural; espécies com citótipos sexuais e apomíticos,
incluindo 2n=2x (+3x)+4x e 2n=4x+8x (Paspalum brunneum Mez., Paspalum
coryphaeum Trin., Paspalum haumanii Parodi, Paspalum intermedium Munro
ex Morong & Britton, P. quadrifarum, Paspalum rufum Nees ex Steud,
Paspalum cromyorhizon Trin. ex Döll, Paspalum ionanthum Chase, Paspalum
25
maculosum Trin
.
, Paspalum ligulare Nees, Paspalum pleostachyum Döll,
Paspalum dedeccae Quarín, Paspalum hydrophilum Henrard, Paspalum
modestum Mez., Paspalum palustre Mez., Paspalum simplex Morong, P.
plicatulum, P. glaucescens, Paspalum compressifolium Swallen). Nesta
situação, P. almum inclui P. hexastachym e P. notatum inclui saurae (Pozzobon
& Valls, 1997; Balbinot, 2007).
A reprodução sexual associada à auto-incompatibilidade é rara no
grupo Plicatula (Quarín et al., 1996). A uniformidade na progênie e os estudos
dos sacos embrionários realizado por Burson & Bennet (1970) indicaram que
as plantas de P. nicorae foram apomíticos obrigatórios, as quais se
reproduziram por aposporia e pseudogamia. A porcentagem de sementes
férteis sob suposta polinização cruzada variou de 18,6 a 48% e 5,2 a 26,4%
sob supostas condições de autopolinização.
Como P. nicorae se reproduz por apomixia
(apospórica/pseudogâmica) para sua utilização em um programa de
melhoramento convencional que envolva cruzamentos, seria necessário a
identificação de tipos sexuais. Outra probabilidade seria usar introduções de
populações apomíticas de locais distintos que apresentassem as
características desejáveis e que pudessem ser utilizados sem a necessidade
de cruzamentos.
2.3 Morfologia: considerações gerais
A identificação correta das espécies que ocorrem nas pastagens
naturais dos trópicos e subtrópicos constitui aspecto importante do estudo de
26
pastagens, pois muitas delas são extremamente variáveis e sua taxonomia
ainda não está bem estabelecida (Barreto, 1974).
A caracterização morfológica consiste na adoção de descritores
botânicos herdáveis, facilmente visíveis e mensuráveis, que, a princípio são
expressos em todos os ambientes (Weiler, 2006). Este tipo de análise é mais
simples e de menor custo, embora apresente limitações relacionadas aos
caracteres que apresentam herança aditiva, os quais o altamente
influenciados pelo ambiente, e às cultivares com grande semelhança
fenotípica. Mesmo assim esta técnica é utilizada internacionalmente,
conseguindo, em certos casos, discriminar amateriais vegetais, que não são
possíveis de discriminação através de marcadores moleculares ou bioquímicos.
Quando variação morfológica intra-específica o utilizados, em
muitos casos, descritores morfológicos previamente selecionados para
caracterizar diferentes biótipos existentes.
Por exemplo, em Trilfolium repens L. (trevo-branco), umas das
espécies de leguminosas mais utilizadas em consorciação com gramíneas no
inverno e primavera nas pastagens do Rio Grande do Sul, tem sido melhorada
desde 1930 e a caracterização do seu germoplasma tem sido geralmente
realizada através de marcadores morfológicos, cujas limitações tem gerado a
necessidade de buscar outras alternativas que sejam mais eficientes para
caracteres mais complexos e, portanto, de difícil identificação (Bortolini, 2004).
27
2.3.1 Morfologia em Paspalum
Os caracteres mais notáveis que identificam o gênero Paspalum
são: inflorescência com um ou vários racemos; posicionamento da espigueta
em relação a ráquis do racemo, ausência da primeira gluma, formato da
espigueta e a textura coriácea do antécio.
Canto-Dorow (1993) em uma revisão taxonômica das espécies sul-
riograndenses de espécies do grupo Notata, verificou que P. notatum
apresenta uma grande variação intra-específica, com diferentes tipos
morfológicos, que o autor denominou como biótipos
1
, por suas diferenças
compreenderem também caracteres não apenas morfológicos.
Steiner (2005) analisando acessos de P. notatum revelou uma ampla
variabilidade genética em relação aos caracteres morfológicos; entre os
caracteres analisados foi verificado que comprimento e a largura da folha,
comprimento do racemo e o comprimento da espigueta foram as principais
características discriminatórias dos acessos.
Strapasson et al. (2000) avaliaram descritores reprodutivos,
vegetativos e agronômicos em espécies do grupo Plicatula (P. guenoarum e P.
plicatulum) e selecionaram como prioritários: pilosidade do racemo, época do
florescimento, comprimento do escapo (reprodutivos), distribuição dos pêlos
nas bainhas, comprimento médio da bainha e largura da base da bainha
(vegetativo).
A variação fenotípica presente em P. glaucescens, pertencente ao
grupo Plicatula, sugere boas perspectivas para o seu uso em programas de
1
Biótipo: é um grupo de indivíduos geneticamente iguais, que mantém as suas características em
ambientes diferentes.
Ecótipo: é um grupo morfológico relacionado a um habitat particular.
28
melhoramento de forrageiras. As plantas variam em hábito, estatura,
dimensões de estruturas vegetativas, mero e comprimento dos ramos das
inflorescências, cor da antera e fenologia (Pozzobon et al., 2000).
Aparentemente, a apomixia predominante fixou, ao longo da
evolução do grupo Plicatula, uma gama de genótipos muito relacionados, cada
qual representado nas comunidades vegetais por centenas de indivíduos, com
distribuição em mosaico das várias formas. Com isto, a taxonomia do grupo
Plicatula é extremamente confusa, em nada melhorada pelo esforço de
denominação taxonômica de uma profusão de formas, às quais foi atribuído
nível de espécie (Valls & Pozzobon, 1987).
No Brasil Central, as espécies do grupo Plicatula, destacam-se tipos
de grande porte, distintos daqueles freqüentes no Sul e Leste do país. Várias
cultivares são normalmente comercializadas para produção de forragem sem
ter passado previamente por programas de melhoramento com cruzamentos,
constituindo-se em seleções entre biótipos apomíticos, entre eles: P. plicatulum
(cultivar “Hartley” – originário do Brasil e reintroduzido no país a partir da
Austrália e a cultivar “Rood´s Bay”), P. guenoarum (pasto Ramirez nativo da
região sul do Brasil e países vizinhos, pasto rojas) e Paspalum oteroi Swallen
(grama tio Pedro) (Pozzobon & Valls, 1987).
A espécie P. nicorae é descrita por Barreto (1974), como sendo
plantas perenes, cespitosas ou com rizomas curtos oblíquos ou verticais.
Touceiras em geral compactas. Gluma e lema estéril densamente pubescentes
ou albo-pilosas. Espiguetas de 3 a 3,5 mm de comprimento. Racemo com
ráquis glabro. Lâminas planas, pubescentes ou pilosas em ambas as faces, de
29
4 a 8 mm de largura. Segundo
Boldrini et al. (2005) a inflorescência possui 3 a
4 racemos e existem ecótipos de coloração acinzentada a esverdeada,
altamente agressivos. Floresce de outubro a março. A presença de rizomas e
estolões confere ao P. nicorae uma alta tolerância ao pastejo. Burkart (1969)
cita que são plantas que medem de 20 a 70 cm altura, com rizomas de 5 a 25
cm de comprimento; folhas pouco pubescentes a subglabras (raramente muito
pilosas), conduplicadas; lígula membranosa, de 0,5 a 2,5 mm de comprimento.
Para a descrição de P. nicorae, Barreto (1974) cita que não foi
examinado o exemplar da espécie (P. nicorae é baseado em Paspalum
plicatulum var. arenarium ARECH.) por não ter sido encontrado na coleção de
ARECHAVALETA (MVM); entretanto foi examinado o material estudado e
desenhado por Parodi. O exemplar de MONTORO GUARCH em Herbário
Parodi nº 5065 é que deve ser considerado como a espécie tipo.
Portanto, esta ampla variabilidade aliada a uma descrição
morfológica escassa, demonstra a necessidade de uma melhor caracterização
morfológica da espécie.
30
3. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho experimental foi conduzido no Laboratório de
Citogenética e Eletroforese, casa de vegetação e telado do Departamento de
Plantas Forrageiras e Agrometeorologia da Faculdade de Agronomia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
3.1 Material utilizado
O material utilizado foi obtido a partir de coletas realizadas em
diferentes localidades do Estado do Rio Grande do Sul (RS), principalmente
cidades da Fronteira-Oeste do Estado, no ano de 2005 (TABELA 1, FIGURAS
1, 2), totalizando 53 acessos. A coleta consistiu da parte vegetativa das
plantas.
As mudas coletadas foram transplantadas para vasos de cinco litros
com substrato comercial e mantidas no viveiro do Departamento de Plantas
Forrageiras e Agrometeorologia da Faculdade de Agronomia da UFRGS.
Periodicamente eram irrigadas, conforme a necessidade.
31
TABELA 1- Origem dos acessos Paspalum nicorae.
Coleta
Acessos Coletor
a
Município
b
Coordenadas
c
2 MD, CN s/nº
2A MD, CN s/nº
Cristal, RS
Lat -31º00’00’
Long -52º03’00’’
3 MD, CN s/nº São Lourenço do Sul, RS
Lat -31º21’55’
Long -51º58’42’’
4 MD, CN s/nº
4A MD, CN s/nº
5 MD, CN s/nº
Capão do Leão, RS
Lat -31º45’46’
Long -52º29’02’’
6A MD, CN s/nº
6B MD, CN s/nº
Pinheiro Machado, RS
Lat -31º34’40’
Long -53º22’51’’
8A MD, CN s/nº
8B MD, CN s/nº
Pinheiro Machado, RS
alt 429m
Lat -31º34’40’
Long -53º22’51’’
9 MD, CN s/nº
9A MD, CN s/nº
Pinheiro Machado/Candiota, RS
alt 338m
Lat -31º33’28’
Long -53º40’22’’
10 MD, CN s/nº
Hulha Negra/Candiota, RS
alt 213m
Lat -31º24’14’
Long -53º52’08’’
11A MD, CN s/nº
11B MD, CN s/nº
Bagé, RS
alt 318m
Lat -31º19’51’
Long -54º06’25’’
12A MD, CN s/nº
12B MD, CN s/nº
Dom Pedrito, RS
alt 63m
Lat -30º58’59’
Long -54º40’22’’
13A MD, CN s/nº
13B MD, CN s/nº
Dom Pedrito, RS
Lat -30º58’59’
Long -54º40’22’’
14 MD, CN s/nº
14A MD, CN s/nº
Dom Pedrito/Santana do Livramento, RS
alt 53m
Lat -30º53’27’
Long -55º31’58’’
17 MD, CN s/nº
Santana do Livramento, RS
alt 285m
Lat -30º53’27’
Long -55º31’58’’
18 MD, CN s/nº
Santana do Livramento, RS
alt 288m
Lat -30º53’27’
Long -55º31’58’’
19 MD, CN s/nº
Santana do Livramento, RS
alt 277m
Lat -30º53’27’
Long -55º31’58’’
20B MD, CN s/nº
20C MD, CN s/nº
Santana do Livramento, RS
Lat -30º53’27’
Long -55º31’58’’
26A MD, CN s/nº
Alegrete, RS
alt 169m
Lat -29º47’02’
Long -55º47’28’’
32
Continuação
TABELA 1- Origem dos acessos Paspalum nicorae.
Coleta
Acessos Coletor
a
Município
b
Coordenadas
c
26C MD, CN s/nº
26D MD, CN s/nº
26F MD, CN s/nº
Alegrete, RS
alt 169m
Lat -29º47’02’
Long -55º47’28’’
27A MD, CN s/nº
27B MD, CN s/nº
Alegrete, RS
alt 169m
Lat -29º47’02’
Long -55º47’28’’
28A MD, CN s/nº
28B MD, CN s/nº
28C MD, CN s/nº
28D MD, CN s/nº
28E MD, CN s/nº
Rosário do Sul, RS
alt 171m
Lat -30º15’28’
Long -54º54’50’’
29 MD, CN s/nº
Rosário do Sul, RS
alt 128m
Lat -30º15’28’
Long -54º54’50’’
30A MD, CN s/nº
30B MD, CN s/nº
São Gabriel, RS
alt140m
Lat -30º20’09’
Long -54º19’12’’
31A MD, CN s/nº
31B MD, CN s/nº
São Gabriel, RS
alt 143m
Lat -30º20’09’
Long -54º19’12’’
32A MD, CN s/nº
32B MD, CN s/nº
32C MD, CN s/nº
Santa Margarida do Sul/ Vila Rufino, RS
alt 144m
Lat -30º20’24’
Long -54º04’48’’
33A MD, CN s/nº
Vila Nova do Sul, RS
alt 228m
33B MD, CN s/nº
Vila Nova do Sul, RS
alt 204m
Lat -30º20’38’
Long -53º52’58’’
34 MD, CN s/nº Vila Nova do Sul, RS
Lat -30º20’38’
Long -53º52’58’’
35 MD, CN s/nº
36 MD, CN s/nº
Eldorado do Sul, RS
EEA -UFRGS
Lat -30º05’02’
Long -51º36’57’’
37A DN s/nº
37C DN s/nº
37D DN s/nº
Viamão, RS
Itapuã
Lat -30º04’51’
Long -51º01’22’’
a
CN: Carlos Nabinger – UFRGS – Porto Alegre – RS
DN: Danilo Menezes Sant'Anna – UFRGS – Porto Alegre – RS
MD: Miguel Dall'Agnol – UFRGS – Porto Alegre – RS
b
alt: altitude do local de coleta, em metros (m)
c
Coordenadas geográficas dos municípios – Lat: latitude ; Long: longitude
33
Um acesso correspondeu a uma coleta representativa da população,
identificada por um número. Quando as plantas estavam entorno de 20m de
distância recebiam outro número de coleta. Durante as coletas foram feitas
anotações sobre os locais de ocorrência, habitat e particularidades mostradas
pelas plantas em seus locais de ocorrência.
Um acesso correspondeu a uma coleta representativa da população,
identificada por um número. Quando as plantas estavam entorno de 20m de
distância recebiam outro número de coleta. Durante as coletas foram feitas
anotações sobre os locais de ocorrência, habitat e particularidades mostradas
pelas plantas em seus locais de ocorrência.
FIGURA 1 – Regiões de coleta das plantas da coleção de Paspalum nicorae.
34
As plantas coletadas foram identificadas pelos seus coletores,
Miguel Dall´Agnol, Carlos Nabinger e Danilo Menezes Sant´Anna.
Posteriormente foram confirmadas pela professora Ilsi Iob Boldrini, do
Departamento de Botânica da UFRGS. Esta coleção de P.nicorae tem 53
acessos e está sendo mantida viva no Departamento de Plantas Forrageiras e
Agrometeorologia da Faculdade de Agronomia da UFRGS.
FIGURA 2 – Vista parcial da coleção de plantas de Paspalum nicorae.
35
3.2 Estudos citogenéticos
3.2.1 Métodos
3.2.1.1 Número cromossômico
O número cromossômico foi determinado de duas formas: número
cromossômico gamético - a partir de células mãe de pólen e número
cromossômico somático - a partir de células de ponta de raiz (mitose).
Para a determinação do número cromossômico somático foram
utilizadas células de ponta de raiz com 0,5 a 1,0 cm. As raízes em crescimento
foram retiradas das plantas mantidas em vasos, estes eram invertidos, as
raízes cortadas e limpas e a planta re-envasada.
As raízes coletadas foram lavadas com água destilada, para retirada
total do solo, e pré-tratadas com solução saturada de Paradiclorobenzeno
(PDB) por 24 h a C. Posteriormente, foram lavadas novamente e fixadas em
solução Carnoy II 6:3:1(clorofórmio:etanol absoluto:ácido acético glacial) por
mais 24 horas a temperatura ambiente. O material então foi transferido para
álcool 70% e armazenado em congelador até a preparação das lâminas.
As lâminas foram preparadas com hidrólise das raízes em HCl 1N
(ácido clorídrico 1 normal) em banho-maria a 60°C p or 10 minutos. Em
seguida, as raízes foram lavadas em água destilada e coradas com Feulgen
por 1 hora. Posteriormente, as raízes foram colocadas em solução de
pectinase 2% por 1 minuto, depois transferidas para as lâminas, esmagadas
com carmim propiônico 0,6%. As lamínulas foram seladas com luto (breu e
cera de abelha na proporção 3:1). Após, as lâminas foram analisadas ao
microscópico. No mínimo 10 células, com bom espalhamento dos
36
cromossomos e em estágio equivalente de contração foram analisadas por
planta.
Para a determinação do número cromossômico gamético foi
realizada a coleta das inflorescências quando estas ainda estavam totalmente
envoltas pela folha bandeira. As coletas foi foram feitas diretamente dos vasos,
realizadas no período de outubro de 2006 a outubro 2007. Este material foi
fixado em Carnoy 3:1 (etanol absoluto:ácido acético glacial) por 24 horas em
temperatura ambiente e após estocadas em álcool 70% até o uso.
As anteras foram maceradas com carmim propiônico 0,6% e as
lamínulas seladas com luto. Após, as lâminas foram analisadas ao
microscópico. O número cromossômico foi determinado em no mínimo 20
células por plantas nas fases de diacinese e metáfase I, e quando possível em
anáfase I e II.
3.2.1.2 Análise do comportamento meiótico
Os estudos de comportamento meiótico foram realizados em lulas
mães de pólen. Em cada lâmina (preparada conforme descrito para análise do
número cromossômico gamético), todas as células em divisão foram
observadas, com especial atenção para as associações cromossômicas em
diacinese e metáfase I. As lulas nestas fases foram consideradas com
comportamento regular quando apresentaram todos os cromossomos em
associações bivalentes (II). Nas fases anáfases I, II e telófase I e II foram
observadas sempre que possível a disjunção dos cromossomos e suas
migrações para os pólos, registrando-se quaisquer irregularidades.
37
O índice meiótico foi calculado conforme Löve (1949), dividindo-se o
número de tétrades (produto final da meiose II) normais pelo número total de
tétrades observadas multiplicado por 100. As tétrades foram consideradas
normais quando apresentavam os quatro micrósporos iguais, e anormais
quando apresentavam número diferente de quatro ou então micrósporos de
tamanhos diferentes. Foram analisadas 200 tétrades por indivíduo a partir da
análise de inflorescências.
3.2.1.3 Estimativa da viabilidade dos grãos de pólen
Foram analisados grãos de pólen maduros, coletados de
inflorescências mais velhas. As anteras maduras foram cortadas, colocadas
sobre a lâmina, adicionado carmim propiônico 0,6% e maceradas suavemente
para expulsar os grãos de pólen. Em seguida o excesso de material foi retirado,
e as lamínulas seladas com luto e analisadas.
A viabilidade do pólen foi estimada de acordo com a capacidade de
coloração com o corante carmim propiônico. Os grãos foram considerados
viáveis quando se apresentaram corados. Foram contados os grãos viáveis
(corados) e inviáveis (totalmente vazios e incolores).
Para cada acesso foram analisadas quatro lâminas, totalizando 1200
grãos de pólen por acesso (300 em cada lâmina). O percentual de grãos de
pólen viáveis foi estimado, dividindo-se o número de grãos corados pelo total
de grãos observados, multiplicando-se por 100. Também foram feitas medições
dos eixos maior (P) e menor (E) de 20 grãos por planta.
38
3.2.2 Análise do material
As análises foram realizadas diretamente em microscópico óptico,
acoplado com câmera digital e com auxílio de um programa de captação de
imagens (SDI - sistema digital de imagens). As células com melhor
espalhamento dos cromossomos foram fotografadas em fotomicroscópio Nikon
em aumento de 10x40 ou 10x100 vezes.
3.3 Estudos morfológicos
Para os estudos morfológicos foi realizado inicialmente um
levantamento, na literatura, dos caracteres de importância taxonômica
utilizados pela maioria dos autores para a descrição morfológica das espécies
do gênero; caracteres quantitativos e qualitativos ligados à morfologia
vegetativa e reprodutiva. Além do levantamento na literatura para a seleção
dos caracteres, igualmente foi realizada uma análise visual das plantas
pertencentes à coleção e verificada as principais características contrastantes
entre as plantas, para que estas características também fossem selecionadas
para a avaliação.
Os termos morfológicos utilizados neste trabalho para descrever a
forma e indumento de diferentes estruturas, foram baseados em Barreto (1974)
e Boldrini et al. (2005). Sendo que o primeiro cita a estrutura “racemos” e a
segunda cita “ramos”; optou-se por racemos, uma vez que a chave de
identificação para Paspalum, proposta por Boldrini et al. (2005) é baseada na
descrição de Barreto (1974).
39
Os nomes populares citados neste trabalho foram mencionados com
base na literatura e em nomes utilizados regionalmente.
Para as avaliações comprimento e largura de folhas, comprimento
dos colmos floríferos, comprimento e largura da folha bandeira, foi utilizada a
técnica de afilhos marcados. Para cada acesso, foram selecionados 3 perfilhos
(que constituíram as 3 repetições) utilizando-se anéis de fio metálico encapado
com plástico de cor branca, que posteriormente foram coloridos (perfilho 1:
azul; perfilho 2: vermelho; perfilho 3: verde) com caneta de retroprojetor para
identificar a ordem de avaliação dos perfilhos - FIGURA 3. As avaliações foram
realizadas semanalmente, durante os meses de março e abril de 2007 (09/03 a
27/04), sendo realizadas 9 avaliações para cada acesso.
As características morfológicas selecionadas para serem avaliadas
em cada um dos acessos da coleção de P. nicorae são descritas a seguir:
FIGURA 3 - Perfilhos marcados de Paspalum nicorae.
40
3.3.1 Pilosidade das Folhas (PIL)
A pilosidade nas folhas foi estimada conforme a presença de pêlos
na fase superior da lâmina foliar; para isto foi utilizada um escala de 1 a 5.
Foram feitos padrões para cada percentagem de pilosidade, sendo que: 1
(ausência de pêlos); 2 (25% de pêlos na lâmina foliar); 3 (50% de los na
lâmina foliar); 4 (75% de pêlos na lâmina foliar); 5 (100% de pêlos na mina
foliar).
3.3.2 Cor de Folha (CFRHS e CFCOL)
Na descrição das cores de folha, foram obedecidos os padrões da
R.S.H Colour Chart The Royal Horticultural Society London. Para esta
metodologia, as cores foram divididas em 3 grandes grupos de cores: os
verdes (Green Group), amarelos esverdeados (Yellow Green Group) e os
verdes acinzentados (Greyed Green) TABELA 2.
Posteriormente, foi realizada medida da cor com um colorímetro
MINOLTA CR-300, que opera na faixa espectral do visível, utilizando o sistema
L*a*b*. O colorímetro possui um sensor que quantifica a energia refletida na
região do espectro visível, resultante da interação da luz com a folha, utilizando
os valores triestímulos básicos propostos pela Commission internationale de
l'éclairage (CIE, 1931). O sistema CIE L*a*b*, que foi instituído em 1976,
estabelece coordenadas uniformes no espaço tridimensional de cor, sendo que
“L” é a luminosidade e “ae “b” contêm as informações de croma, onde “a”
corresponde a um eixo que varia do vermelho ao verde e “b” é um eixo que
varia do amarelo ao azul, conforme pode ser observado na FIGURAS 4 e 5. O
41
colorímetro foi cedido pelo Departamento de Horticultura e Silvicultura da
Faculdade de Agronomia UFRGS, sendo as avaliações realizadas no
Laboratório de s Colheita deste departamento. De 4 a 5 folhas de cada
acesso foram coletadas, colocadas em embalagens de papel, identificadas e
levadas até o laboratório. Folhas senescentes, com manchas, ou com outros
tipos de injúrias foram descartadas.
Para tornar os valores obtidos a partir do colorímetro mais
apropriados para uso de caracterização e descrição, os valores foram divididos
em 4 grupos (1- acinzentado escuro; 2- acinzentado claro; 3- acinzentado
amarelo; 4- amarelo), baseados nos valores obtidos da leitura de “b”, uma vez
que todos os valores de “a” nas leituras no colorímetro foram negativas, ficando
no eixo do verde. Valores de “b” de 1 a 10 foram classificados como 1
(acinzentado escuro); valores de “b” de 11 a 20 foram classificados como 2
(acinzentado claro); valores de “b” de 21 a 30 foram classificados como 3
(acinzentado amarelo); valores de “b” de 31 a 40 foram classificados como 4
(amarelo) - TABELA 3. Também foram observados os eixos de coordenadas,
disposto no diagrama apresentado na FIGURA 4.
TABELA 2 – Classificação de cores, baseados nos valores da RHS Colour Chart
Grupos de cores
Grupos RHS Colour Chart
Cor
1 Green Group 137A
2 Green Group 137B
3 Green Group 137C
4 Green Group 138A
5 Green Group 138B
Verde
6 Yellow Green Group 144A
7 Yellow Green Group 146B
8 Yellow Green Group 147B
Amarelo Esverdeado
9 Greyed Green Group 189A
10 Greyed Green Group 191A
Verde Acinzentado
42
TABELA 3 – Classificação de cores, baseadas em valores de “b”
3.3.3 Cor de Bainha (CBAI)
As bainhas foliares foram avaliadas pela coloração verde (1) ou
violácea (2).
Valores de "b" Grupos de cores
1 a 10 1 - acinzentado escuro
11 a 20 2 - acinzentado claro
21 a 30 3 - acinzentado amarelo
31 a 40 4 - amarelo
FIGURA 4 - Diagrama de representação de “a” e “b” (retirado do manual MINOLTA CR300).
43
3.3.4 Cor de Nervura Central (CNEC)
As cores da nervura central das folhas foram avaliadas como
esbranquiçada (1) ou esverdeada (2).
3.3.5 Hábito de Crescimento (HAB)
Para hábito de crescimento das plantas, foram atribuídos os tipos
ereto (1) e decumbente (2).
3.3.6 Comprimento e Número de Racemos (CRA, NRA)
Exemplares de cada um dos acessos foram coletados e
herborizados (exsicatas) para avaliação de comprimento e quantidade de
racemos. As coletas foram realizadas no estádio de florescimento pleno (com
FIGURA 5 - Representação das coordenadas uniformes (L*a*b) no
espaço tridimensional de cor
(retirado do manual MINOLTA CR300).
44
inflorescências totalmente expandidas), compreendendo os meses de outubro,
novembro e dezembro de 2006.
3.3.7 Altura das Plantas (ALT)
Para altura das plantas foi realizada a mensuração, com uma régua
graduada em milímetros, do solo até a folha mais alta. A avaliação foi realizada
semanalmente, de 8 de fevereiro a 27 de abril de 2007, sendo realizadas 9
avaliações para cada acesso.
3.3.8 Comprimento do Colmo florífero
As medidas do colmo florífero foram tomadas a partir da base do
entrenó basal até o da base da folha bandeira, sendo utilizada uma régua
graduada em milímetros. Esta avaliação era realizada quando um dos 3
perfilhos selecionados emitia uma inflorescência; quando esta estava
totalmente expandida, a mensuração era realizada. A avaliação foi realizada
semanalmente, de 9 de março a 27 de abril de 2007, sendo realizadas 9
avaliações para cada acesso
3.3.9 Comprimento e Largura da Folha Bandeira
A medição da folha bandeira era realizada concomitantemente ao
colmo florífero, ou seja, quando a inflorescência estava totalmente expandida.
45
3.3.10 Comprimento e Largura da Folha (CFF e LARG)
CFF e LARG foram obtidas ao final do período de avaliação (foi
tomado o maior valor obtido para cada uma das folhas do perfilho), na qual nas
lâminas foliares do perfilho eram medidos o comprimento e a largura, com o
auxílio de uma régua graduada em milímetros, sendo que a largura foi tomada
na parte dia das estruturas. A avaliação foi realizada nos 3 perfilhos
selecionados.
3.4 Análise estatística
As variáveis qualitativas (pilosidade, cor de bainha, cor de nervura
central, cor de folha - R.H.S Colour Chart e hábito de crescimento) e variáveis
quantitativas (número e comprimento de racemos, cor de folha colorímetro,
comprimento do colmo florífero, comprimento e largura da folha bandeira,
comprimento e largura das folhas) foram submetidas à análise estatística
descritiva através do programa Microsoft Excel
.
46
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos a partir dos estudos citogenéticos realizados
neste trabalho estão apresentados nos seguintes tópicos: número
cromossômico, análise do comportamento meiótico, viabilidade do pólen. Já os
estudos relacionados aos estudos morfológicos, estão dispostos da seguinte
forma: pilosidade das folhas, cor de folha, cor de bainha, cor de nervura central,
hábito de crescimento, comprimento e quantidade de racemos, altura das
plantas, comprimento do colmo florífero e comprimento e largura da folha
bandeira e comprimento e largura final da folha.
Nos APÊNDICES 1, 2, 3, 4, 5 e 6 encontram-se as análises
detalhadas.
4.1 Citogenética
4.1.1 Número cromossômico
Este é o primeiro trabalho em que um grande número de populações
de P. nicorae o avaliados (53 acessos); Burson & Bennet (1970) avaliaram
10 acessos de P. nicorae do U. S. Department of Agriculture, State College
(Mississipi-Estados Unidos da América), Moraes Fernandes et al. (1974)
analisaram 2 acessos de P. nicorae do Herbário da Diretoria da Produção
Animal da Secretaria de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul e
47
Pagliarini et al. (2001) avaliaram 1 acesso de P. nicorae pertencente a
Embrapa Pecuária do Sudeste.
No presente trabalho, o número cromossômico foi determinado para
os 53 acessos de P. nicorae; para todos os acessos foram realizadas análises
do número cromossômico gamético e para 19 acessos foram também
realizadas análises do número cromossômico somático (TABELA 4). Com
relação número cromossômico somático, não foi possível a realização da
análise para os 53 acessos, uma vez que foi extremamente difícil adequar o
protocolo estabelecido para o gênero Paspalum. As principais dificuldades
foram encontradas no pré-tratamento; como descrito anteriormente, foi utilizado
PDB para inibição do fuso, porém isto não ocorria freqüentemente. Foram
utilizados outros agentes para este objetivo (8-hidroxiquinoleína, água gelada
“choque frio”), no entanto também se mostraram ineficientes. As análises dos
19 acessos foram realizadas com PDB.
O número cromossômico encontrado para os 53 acessos foi de
n=20/2n=40 (FIGURA 6, 7, 8).
Estes resultados coincidem com os apresentados por Saura (1948);
Nuñez (1952); Bashaw et al. (1970); Burson & Bennet (1970); Moraes
Fernandes (1971); Moraes Fernandes et al. (1974); Pozzobon et al. (2000);
Pagliarini et al. (2001).
48
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
2 - 20
20II (7)
32I + 2IV (10)
17 N(5) N(3)
N(1)
R(1)
10 27 99,5
2A 40 20
20II (3)
18II + 1IV (4)
18II + 4I (1)
16II + 2IV (4)
16II + 4I + 1IV (1)
14II + 4I + 2IV (1)
14II + 3IV (2)
13II + 14I (1)
12II + 4IV (2)
10II + 5IV (1)
10II + 4I + 4IV (2)
22 -
N(5)
R(2)
N(6) 8 35 87,5
3 40 20
20II (3)
18II + 1IV (5)
12II + 4IV (4)
12
N(5)
R(4)
- - 9 21 -
4 40 20
20II (1)
19II + 2I (2)
18II + 1IV (1)
18II + 4I (2)
16II + 2IV (3)
16II + 4I + 1IV (2)
16II + 8I (1)
15
N(2)
R(2)
N(5)
R(2)
N(9) 20 35 94,0
48
49
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
4
14II + 4I + 2IV (1)
13II + 2I + 3IV (2)
4A
40 20
20II (3)
19II + 2I (1)
18II + 4I (10)
10II + 5IV (10)
36I + 1IV (1)
25
N(20)
R(5)
- - 25 50 -
5 - 20
20II (3)
14II + 4I + 2IV (3)
12II + 4IV (2)
8
N(3)
R(6)
- N(15) 24 32 -
6A - 20
20II (1)
19II + 2I (1)
17II + 2I + 1IV (1)
16II + 2IV (2)
14II + 3IV (3)
12II + 4IV (1)
12II + 1I + 1III + 3IV (1)
10II + 5I + 1III + 3IV (1)
6II + 25I + 1III (1)
5II + 22I + 2IV (1)
13 R(1) N(3)
N(2)
R(1)
7 20 -
6B - 20
18II + 1IV (2)
16II + 2IV (1)
6
N(7)
R(11)
-
-
18 24 98,0
49
50
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
6B
15II + 7I + 1III (1)
3II + 34I (1)
2II + 36I (1)
8A 40 20
20II (12)
19II + 2I (4)
18II + 4I (3)
19
N (6)
R (9)
- - 15 34 -
8B - 20
20II (17)
14II + 3IV (5)
22
N(4)
R(6)
- - 10 32 -
9 - 20
20II (7)
18II + 1IV (1)
16II + 2IV (3)
14II + 3IV (1)
13II + 6I + 2IV (1)
10II + 5IV (2)
7II + 2I + 6IV (1)
32I + 2IV (1)
17 R(3) N(1) - 4 21 -
9A - 20
20II (3)
18II + 1IV (4)
16II + 2IV (2)
14II + 3IV (1)
14II + 4I + 2IV (3)
13II + 11I + 1III (1)
11II + 2I + 4IV (1)
10II + 16I + 1IV (1)
16
N(2)
R(3)
N(1)
R(2)
N(3)
R(1)
12 28 -
50
51
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
10 - 20
20II (2)
18II + 1IV (3)
18II + 1I + 1III (1)
17II + 2I + 1IV (2)
16II + 2IV (1)
14II + 3IV (1)
12II + 4IV (1)
11 R(3)
N(3)
R(4)
R(3)
N(3)
16 27 -
11A 40 20
20II (8)
19II + 2I (1)
18II + 1IV (9)
17II + 2I + 1IV (1)
16II + 2IV (3)
15II + 2I + 2IV (1)
14II + 3IV (3)
10II + 20I (1)
27
N(8)
R(10)
N(5)
R(3)
N(2) 28 55 -
11B 40 20
20II (8)
19II + 2I (3)
18II + 1IV (6)
18II + 4I (2)
17II + 2I + 1IV (1)
16II + 2IV (2)
14II + 4I + 2IV (1)
23
N(3)
R(3)
N(20)
R(3)
N(8)
R(9)
46 69 -
51
52
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
12A 40 20
20II (3)
18II + 1IV (1)
18II + 1I + 1III (1)
16II + 2IV (1)
6
N(12)
R(2)
N(14) N(4) 32 38 82,0
12B 40 20
18II + 1IV (1)
18II + 1I + 1III (1)
17II + 2I + 1IV (1)
16II + 1I + 1III + 1IV (2)
14II + 3IV (1)
10II + 20I (10)
16 R(2)
N(8)
R(1)
N(1) 12 28 91,0
13A - 20
20II (9)
16II + 2IV (7)
13II + 3I + 1III + 2IV (1)
10II + 5IV (2)
8II + 20I + 1IV (3)
22 N(1) N(34) N(9) 44 66 96,5
13B - 20
20II (13)
19II +2I (2)
18II +1IV (36)
17II + 2I + 1IV (1)
14II + 3IV (2)
14II + 8I + 1IV (1)
12II + 4IV (1)
2II + 24I + 3IV (1)
57
N(8)
R(2)
N(30)
R(15)
N(2)
R(2)
59 116 96,0
52
53
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
14 - 20
20II (15)
16II + 2IV (6)
21 - - - - 21 -
14A - 20
20II (9)
18II + 1IV (6)
14II + 3IV (2)
17 - -
N(10)
R(2)
12 29 -
17 40 20
20II (5)
18II +1IV (2)
16II + 2IV (4)
16II + 1I + 1III + 1IV (6)
17 - N(6) R(1) 7 24 -
18 40 20
20II (8)
18II + 1IV (5)
10II + 5IV (2)
15
N(6)
R(10)
-
N(16)
R(3)
35 50 -
19 40 20
20II (8)
19II + 2I (3)
18II + 1IV (4)
18II + 4I (4)
17II + 6I (2)
16II + 2IV (1)
16II + 4I + 1IV (1)
15II + 1IV + 6I (1)
14II + 4I + 2IV (1)
14II + 8I + 1IV (1)
12II + 4IV (1)
12II + 4I + 3IV (1)
12II + 16I (1)
29
N(3)
R(13)
-
N(6)
R(4)
26 55 -
53
54
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
20B - 20
19II + 2I (3)
15II + 2III + 1IV (1)
4 R(4) N(5) N(7) 16 20 -
20C - 20
20II (8)
18II + 1IV (5)
14II + 8I + 1IV (6)
19 - - N(2) 2 21 -
26A
- 20
20II (11)
18II + 1IV (10)
18II + 1I + 1III (7)
28
N(16)
R(7)
- - 23 51 -
26C 40 20
20II (2)
10II + 12I + 2IV (2)
10II + 20I (1)
8II + 12I + 3IV (1)
8II + 13I + 1III + 2IV (1)
8II + 16I + 2IV (1)
8II + 24I (1)
7II + 1I + 3III + 4IV (1)
7II + 14I + 3IV (1)
7II + 22I + 1IV (2)
7II + 26I (1)
6II + 1I + 2III + 5IV (2)
6II + 3I + 3III + 4IV (1)
6II + 25I + 1III (1)
6II + 28I (3)
5II + 14I + 4IV (1)
33
N(14)
R(2)
-
N(23)
R(3)
42 75 93,0
54
55
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
26C
4II + 29I + 1III (1)
4II + 32I (5)
3II + 31I + 1III (1)
3II + 34I (1)
1II + 38I (1)
28I + 3IV (2)
26D - 20
20II (11)
18II + 1IV (9)
18II + 1I + 1III (7)
17II + 2I + 1IV (1)
16II + 2IV (1)
14II + 3IV (1)
9II + 22I (1)
31 N(3)
N(10)
R(7)
N(2) 22 51 97,0
26F - 20
20II (17)
18II + 1I + 1III (3)
18II + 1IV (4)
24 N(8) - N(16) 24 48 -
27A - 20
20II (21)
16II + 2IV (1)
16II + 1I + 1III + 1IV (1)
14II + 3IV (2)
10II + 5IV (1)
26
N(4)
R(3)
N(42)
N(25)
R(1)
75 101 88,5
55
56
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
27B - 20
18II + 1IV (7)
16II + 2IV (4)
12II + 4IV (1)
10II + 12I + 2IV (1)
8II + 6IV(1)
14 N(5) -
N (9)
R(1)
15 29 -
28A - 20
20II (5)
15II + 2I + 2IV (10)
15 -
N(1)
R(1)
N(7)
R(1)
10 25 -
28B - 20
20II (6)
18II + 1IV (1)
16II + 2IV (8)
12II + 4IV (1)
16
N(3)
R(1)
N(8)
R(2)
N(3) 17 33 90,5
28C 40 20
20II (6)
18II + 1IV (6)
16II + 2IV (5)
17 -
N(8)
R(3)
N(6) 17 34 -
28D - 20
20II (8)
19II + 2I (1)
18II + 1IV (7)
16II + 2IV (1)
12II + 1I + 1III + 3IV (1)
10II + 5IV (1)
19
N(5)
R(1)
N(7)
R(3)
R(2)
N(6)
24 43 -
28E - 20
20II (5)
18II + 1IV (2)
18II + 4I (1)
19
N(1)
R(6)
-
N(19)
R(4)
30 49 -
56
57
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
28E
16II + 4I + 1IV (1)
15II + 7I + 1III (1)
14II + 3IV (3)
14II + 4I + 2IV (3)
11II + 11I + 1III + 1IV (1)
10II + 5IV (1)
2II + 36I (1)
29 - 20
20II (9)
19II + 2I (3)
18II + 1IV (3)
18II + 1I + 1III (1)
17II + 6I (1)
16II + 2IV (3)
16II + 4I + 1IV (1)
15II + 2I + 2IV (1)
14II + 3IV (1)
14II + 2I + 2III + 1IV (1)
7II + 3I + 1III + 5IV (1)
5II + 30I (1)
3II + 34I (1)
27 R(1)
N(4)
R(3)
N(3) 11 38 -
30A - 20
20II (5)
18II + 1IV (10)
16II + 2IV (5)
20
N(7)
R(3)
R(8)
N(8)
R(1)
27 47 -
57
58
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
30B - 20
18II + 1IV (12)
16II + 2IV (4)
16
N(5)
R(3)
N(4)
R(7)
N(9) 28 44 -
31A - 20
18II + 1IV (13)
16II + 2IV (6)
19
N (5)
R(6)
N (5)
R(10)
N(9)
R(3)
38 57 -
31B - 20
18II + 1IV (10)
16II + 2IV (6)
16 N(5) - N(1) 6 22 -
32A - 20
20II (15)
18II + 1IV (2)
17
N(14)
R(10)
- N(11) 35 52 -
32B 40 20
20II (24)
18II + 1IV (9)
16II + 2IV (2)
35 N(1) N(1) N(24) 26 61 -
32C 40 20
20II (12)
18II + 1IV (6)
16II + 4I + 1IV (3)
21
N(8)
R(13)
N(6)
R(3)
N(7) 37 58 -
33A 40 20
20II (3)
14II + 3IV (6)
16II + 2IV (2)
11
N(5)
R(10)
-
N(10)
R(1)
26 37 -
33B - 20
20II (6)
18II + 1IV (2)
16II + 2IV (2)
14II + 3IV (3)
13
N(6)
R(1)
N(5) N(7) 19 32 -
58
59
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
34 - 20
20II (3)
19II + 2I (1)
18II + 1IV (10)
16II + 2IV (2)
16II + 4I + 1IV (1)
14II + 3IV (7)
14II + 1I + 1III + 2IV (4)
12II + 4IV (3)
10II + 5IV (1)
9II + 3I + 1III + 4IV (1)
8II + 6IV (1)
34
-
-
N(1) 1 35 -
35 40 20
18II + 1IV (6)
16II + 2IV (2)
8
N(13)
R(8)
N(5) R(2) 28 36 -
36 - 20
20II (9)
18II + 1IV (4)
16II + 2IV (8)
21 N(8) N(1) N(3) 12 33 -
37A 40 20
20II (9)
19II + 2I (1)
18II + 1IV (4)
16II + 4I + 1IV (3)
17
N(10)
R(3)
- - 13 30 -
37C - 20
20II (3)
18II + 1IV (2)
16 - - N(15) 15 31 -
59
60
Continuação
TABELA 4 – Número cromossômico e comportamento meiótico em acessos de Paspalum nicorae Parodi.
Meiose
Acesso
1
2n n
Associações Diacinese e
Metáfase I
2
células
Anáfase I
3
Anáfase/Telófase
3
Telófase
3
células
nº total de
células
Índice meiótico
(%)
37C
16II + 4I + 1IV (7)
16II + 2IV (4)
37D - 20
20II (11)
18II + 1IV (2)
16II + 2IV (8)
12II + 4IV (3)
24
N(16)
R(1)
- - 17 41 -
1
Coleção de plantas do Departamento de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia da Faculdade de Agronomia UFRGS.
2
Associações cromossômicas em diacinese e metáfase I: I univalentes; II bivalentes; III trivalentes; IV quadrivalentes, número de células entre parênteses.
3
N, disjunção normal; R presença de retardatários.
60
61
a
b
FIGURA 7 - Células mitóticas: a) P. nicorae 11B (2n = 40); b) P. nicorae 17 (2n = 40).
Escala: 10µm
FIGURA 6 - Células mitóticas: a e b) P. nicorae 19 (2n = 40); c) P. nicorae 33B; d) P.
nicorae 26C (2n = 40). Escala: 10µm.
FIGURA 8 - Células meióticas P. nicorae 19: a) anáfase I início (40 cromossomos);
b) prometáfase12II + 16I - a seta indica univalente. Escala: 10µm.
a
b
a
b
c
d
62
Moraes-Fernandes (1971) propõe x=10 como número básico para
todas as espécies de Paspalum; portanto, considerando x=10 para P. nicorae
todos os acessos analisados são tetraplóides. Estes dados cromossômicos
concordam com os apresentados por Moraes-Fernandes (1971) que considera
P. nicorae como um tetraplóide (2n=4x=40).
Takayama et al. (1998) analisando espécies do grupo Plicatula
constataram a ocorrência de tetraplóides (2n=4x=40) e hexaplóides
(2n=6x=60). Neste grupo são verificados os seguintes citótipos: Paspalum
compressifolium Swallen (2n=2x=20, 2n=4x=40, 2n=6x=60), P. oteroi
(2n=4x=40), P. plicatulum (2n=2x=20, 2n=4x=40), P. glaucescens (2n=2x=20,
2n=4x=40, 2n=6x=60) (Quarín et al., 1996; Pagliarini, 2001).
Até o momento, indivíduos diplóides ou com nível de ploidia
diferente de quatro (tetraplóide) de P. nicorae não foram encontrados.
4.1.2 Análise do comportamento meiótico
Todas as análises do pareamento cromossômico foram realizadas
em diacinese e metáfase I pela maior facilidade de visualização dos
cromossomos e das associações que estes apresentavam. Devido ao bom
espalhamento dos cromossomos em algumas células da anáfase I foi possível
a sua contagem, bem como a verificação da presença de cromossomos
retardatários. Outras fases da meiose, anáfase I e telófase I, foram registradas
(TABELA 4, FIGURAS 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15).
Neste trabalho foram avaliados, quanto ao comportamento meiótico,
os 53 acessos de P. nicorae da coleção.
63
FIGURA 9 - Células meióticas P.nicorae 13A: a) e b) anáfase I final normal; c)
anáfase I normal; d) telófase I normal. Escala: 10µm.
FIGURA 10 - Células meióticas de P.nicorae 13B: a) e b) anáfase I final com
cromossomos retardatários; c) telófase I normal. As setas indicam
cromossomos retardatários. Escala: 10µm.
a
c
b
a
d
c
b
64
FIGURA 11 - Células meióticas P. nicorae 26D: a) anáfase I final normal; b)
anáfase I final com cromossomos retardatários - as setas
indicam cromossomos retardatários; c) tétrade. Escala: 10µm.
a
c
b
FIGURA 12 - Células meióticas: a) P. nicorae 12B (anáfase/telófase com
retardatários - as setas indicam cromossomos retardatários); b)
P. nicorae 13A (anáfase I final normal); c) P. nicorae 17
metáfases I; d) P. nicorae 11A, metáfase I (18II + 1IV) a seta
indica quadrivalente. Escala: 10µm.
a
c
b
d
65
FIGURA 13 - Células meióticas: a) P. nicorae 29 - prometáfase (20 II); b) P. nicorae 29
(anáfase final I com 2 cromossomos retardatários); c) P. nicorae 29
(anáfase/telófase I com retardatários); d) P. nicorae 28E (anáfase I com
cromossomos retardatários). As setas indicam cromossomos retardatários.
Escala: 10µm.
FIGURA 14 - Células meióticas: a) P. nicorae 26D (anáfase/telófase I com
irregularidades - a seta indica cromossomos retardatários); b) P.
nicorae 26D (anáfase/telófase I norma)l; c) P. nicorae 28B (40
cromossomos); P. nicorae 28B - telófase I normal. Escala: 10µm.
a
d
c
b
a
d
c
b
66
Para a maioria dos acessos analisados o comportamento meiótico
foi irregular. Praticamente todos acessos apresentaram várias anormalidades,
incluindo quadrivalentes (IV), trivalentes (III) e univalentes (I) FIGURAS 10,
11, 12, 13, 14, 15, 16, 17.
Em alguns acessos predominaram associações em bivalentes (II)–
8A (63, 15% das células), 8B (77,17% das células), 12A (50% das células), 14
(71,42% das células), 14A (52,94% das células), 18 (53,33% das células), 27B
(50% das células), 32A (88,23% das células), 32B (68,57% das células), 32C
(57,14% das células) e 37A (52,94% das células). No acesso 27A das 26
células analisadas em diacinese e metáfase I, 80,76% apresentaram
associações bivalentes; enquanto 19,21% apresentaram configurações do tipo:
16II+2IV, 16II+1I+1III+1IV, 14II+3IV, 10II+5IV. A freqüência de cromossomos
retardatários na anáfase I e telófase I foi baixa neste acesso: 94,66% das
células analisadas apresentaram disjunção normal dos cromossomos.
FIGURA 15 - Células meióticas P. nicorae 26C: a) diacinese (7II + 1I +
3III + 4IV) a seta indica sobreposição de 1bivalente; b e
c) anáfase I final normal; d) anáfase I com 2
cromossomos retardatários. Escala: 10µm.
d
c
b
a
67
Nenhum dos acessos analisados apresentou comportamento
meiótico altamente regular com a formação exclusiva de bivalentes em
diacinese ou metáfase I.
FIGURA 16 - Células meióticas: a) P.nicorae 11A (anáfase I com cromossomos
retardatários); b) P.nicorae 11A (anáfase I final com cromossomos
retardatários); c) P.nicorae 11B (anáfase I normal n=20); d) P.nicorae
11B (anáfase I com cromossomos retardatários). As setas indicam
cromossomos retardatários. Escala: 10µm.
FIGURA 17 - Células meióticas P. nicorae 9A: a, b e c) anáfase I com
retardatários; d) telófase com presença de retardatários.
As setas indicam cromossomos retardatários. Escala:
10µm.
a
c
b
d
a
d
c
b
68
A taxa de irregularidades nas células observadas em diacinese e
metáfase I em alguns acessos foi de 100%: 6B, 12B, 20B, 30B, 31A, 31B e
32A.
Outros acessos também apresentaram uma taxa de irregularidades
(univalentes, trivalentes, quadrivalentes) relativamente alta: 2A (86,28% das
células), 4 (93,3% das células), 6A (92,28% das células), 26C (93,93%das
células) e 34 (90,95% das lulas); entretanto houve uma baixa freqüência de
cromossomos retardatários na anáfase I e telófase I.
O acesso 6B apresentou uma elevada taxa de disjunção anormal na
anáfase I e telófase I: 61,12% das células analisadas. Demais acessos também
apresentaram uma elevada taxa de disjunção anormal: 8A (60%), 8B (60% das
células), 10 (62,5% das células), 19 (65,38% das células).
Pagliarini et al. (2001) encontraram uma alta percentagem de células
de P. nicorae com irregularidades: 38,47% em anáfase I e telófase I; 26,32%
em metáfase I. Todas as fases da meiose II (prófase II, metáfase II, anáfase II
e telófase II) foram analisadas e 80,67% das células apresentaram
irregularidades.
Houve uma variabilidade nas configurações cromossômicas dos
acessos estudados, sendo que a ocorrência de quadrivalentes foi comum e a
configuração 18II + 1IV foi a mais freqüente. A maior ocorrência de bivalentes e
quadrivalentes estão de acordo com os resultados obtidos por Pagliarini et al.
(2001) no qual estes obtiveram 13,75% bivalentes por célula e 2,65%
quadrivalentes por célula. Foram observados ainda trivalentes (0,15% por
célula) e univalentes (1,55% por célula) no estudo, no qual foi avaliado um
69
acesso de P. nicorae (BRA-010782) da coleção de Paspalum da Embrapa
Pecuária do Sudeste.
Bashaw et al. (1970) mencionam como número cromossômico 40
para P. nicorae e com associações cromossômicas do tipo 10II+ 5IV.
A variabilidade para configurações cromossômicas entre as
diferentes classes de diferentes espécies de Paspalum foi relatada por
outros autores; por exemplo, Balbinot (2007) relata a ocorrência de uma grande
variabilidade de associações cromossômicas em 49 acessos estudados de P.
notatum (dentre esses acessos de Pensacola).
Moraes Fernandes (1971) estudando espécies de Paspalum
constatou pareamento anormal em 60% das espécies tetraplóides estudadas.
Bivalentes, trivalentes e quadrivalentes foram observados em espécies
tetraplóides por Pagliarini (2001). É comum tetraplóides apomíticos
apresentarem associações de cromossomos quadrivalentes.
Moraes Fernandes et al. (1968), analisaram o número cromossômico
somático e comportamento meiótico em cinco formas de P. dilatatum. Os
dados mostraram: 2n=40 cromossomos e comportamento meiótico
essencialmente regular no tipo sexual e a forma “Comum” (2n=50) apresentou
20II e 10I em cerca de 85% das células analisadas em diacinese e metáfase I.
Analisando os tipos “Pauciciliatum”
2
(2n=40) e “Uruguaiana” (2n=60), estes
mesmos autores verificaram uma ampla variação de configurações
cromossômicas (univalentes, trivalentes e quadrivalentes) e a forma “Torres”
mostrou uniformemente 60 univalentes em todas as células analisadas.
2
atualmente é considerado espécie Paspalum pauciciliatum (Parodi) Herter.
70
Quarín et al. (1996) avaliaram diversos acessos de P.
compressifolium com três níveis de ploidia: (2n=2x=20, 2n=4x=40 e 2n=6x=60).
O acesso diplóide (2x) apresentou um comportamento meiótico regular com a
formação de 10II na diacinese e metáfase I. Nos acessos tetraplóides a meiose
foi irregular com a ocorrência de univalentes, bivalentes e multivalentes. Os
hexaplóides apresentaram de univalentes a hexavalentes. Com estes
resultados, os autores concluem que esta espécie é um complexo de espécies
caracterizado por níveis diferentes de ploidias.
Segundo Stebbins (1971), a ocorrência de quadrivalentes na meiose
pode ser explicada pela heterozigosidade devido as translocações
cromossômicas ou pode refletir homologia entre os cromossomos devido à
origem poliplóide. Por exemplo, a freqüência maior que a esperada de
quadrivalentes observada por Boff & Schifino-Wittmann (2003) em espécies de
Leucaena Bentham permitiu aos autores sugerir uma origem paleopoliplóide
para as espécies diplóides e nas espécies tetraplóides a presença de
quadrivalentes reflete homologia cromossômica devido à origem poliplóide.
Anormalidades na meiose também foram verificadas em uma
população de tangerina [(Citrus clementina X (Citrus paradisi X Citrus
tangerina)] (Cavalcante, et al., 2000). Todas as plantas eram diplóides (2n=18)
e a maioria apresentou uma meiose regular, com a prevalência de bivalentes
na metáfase I e com disjunção regular na anáfase I. Porém foram observadas
irregularidades na meiose, incluindo univalentes, quadrivalentes, retardatários,
pontes e cromossomos aderentes. Houve uma grande variação de
configurações cromossômicas nas células analisadas. Agarwall (1987) sugere
71
que a presença de quadrivalentes em híbridos de Citrus indicaria homologia
(ou homoeologia) entre diferentes genomas.
Moraes Fernandes et al. (1974) estudaram várias espécies de
Paspalum, de diversos grupos taxonômicos. No grupo Plicatula foi verificado
que P. plicatulum pode ocorrer como um diplóide (2x) ou como um possível
autotetraplóide (4x). Todas os outros tetraplóides (P. guenoarum, P. nicorae, P.
rojasii e P. yaguaronense) mostraram uma alta taxa de irregularidades no
comportamento meiótico. Esta mesma situação foi verificada no grupo
Quadrifaria: a meiose do diplóide Paspalum intermedium Munro ex Morong &
Britton foi regular, mas os dois tetraplóides (Paspalum brunneum Mez. e
Paspalum exaltatum J. Presl.) e um hexaplóide (Paspalum durifolium Mez.)
apresentaram associações multivalentes na diacinese e metáfase I. Em P.
nicorae eles encontraram uma maior ocorrência de bivalentes e univalentes.
Também foi verificada a presença de multivalentes, discordando com dados
reportados em outros trabalhos. A fórmula genômica denominada por estes
autores para P. nicorae é H
1
H
1
H
4
H
4
.
Burson & Bennett (1970) estudando acessos de P. nicorae
encontraram um predomínio de bivalentes e quadrivalentes nas lulas
analisadas. Estes autores acreditam que os genomas de P. nicorae,
denominados como XX X
1
X
1
têm uma relação próxima, porém não são
idênticos; existindo uma homologia segmental entre os genomas X e X
1
. Os
autores sugerem que a presença dos quadrivalentes e cromossomos
retardatários indica que P. nicorae é originado a partir de uma hibridização de
duas espécies próximas.
72
Apesar do número cromossômico não ter variado (2n=40) entre os
acessos, houve uma grande variabilidade em relação à freqüência de
diferentes associações cromossômicas. Esta variabilidade de associações
pode ser explicada pelo modo de reprodução da espécie; P. nicorae é um
tetraplóide apomítico, os quadrivalentes residuais do processo de
poliploidização podem ser mantidos (sem haver necessidade de “diploidização”
cromossômica, fato comum em diplóides sexuais). Além das eventuais
mutações e aberrações cromossômicas (como translocações, inversões, etc.)
que ocorram, podem ser mantidas pelas plantas sem prejuízo de sua fertilidade
residual, importante no caso de espécies pseudogâmicas.
Quarín (1999) investigou o efeito de diferentes procedências e níveis
de ploidia (diplóides, triplóides, tetraplóides, pentaplóides e hexaplóides) de
pólens doadores na formação do endosperma e produção de sementes em
espécies tetraplóides apospóricas (2n=4x=40) de P. notatum. O
desenvolvimento do endosperma e a produção da espécie ocorreram
independente da espécie (Paspalum simplex Morong ou Paspalum
cromyrrhizon Trin. ex Döll) ou nível de ploidia do pólen doador, porém a
germinação das sementes foi significamente reduzida nas autopolinizações
induzidas realizadas com os lens triplóides de P. cromyrrhizon e nos
diplóides e tetraplóides de P. simplex. Portanto deve haver uma razão 2:1
(maternal:paternal) para um desenvolvimento normal e formação do
endosperma.
P. nicorae sendo uma espécie que se reproduz por aposporia e
pseudogamia, como ficou evidente no trabalho de Burson & Bennet (1970),
73
necessidade de um mínimo de regularidade meiótica para assegurar sua
fertilidade de pólen suficiente para formar o endosperma.
Na TABELA 4 estão apresentados os resultados observados em 12
acessos de P. nicorae para o estudo das tétrades.
Os acessos analisados apresentaram índice meiótico entre 82,0% a
99,5%, apresentando tétrades com quatro micrósporos normais, conforme
FIGURA 18. A presença de díades e tríades foi observada em baixa freqüência
(0,5% a 18,0%) nos acessos analisados. No APÊNDICE 1 encontra-se a
análise detalhada.
Valores de índice meiótico acima de 90% foram observados em
Lupinus L. (Conterato, 2004) e em Adesmia DC. (Tedesco et al., 2002). Boff
(2002) encontrou em Leucaena índices meióticos entre 85,0% a 98,0% e na
a
d
c
b
FIGURA 18 - a) P. nicorae 26C (tríade); b) P. nicorae
26C (díade); c) tétrades;
d) P. nicorae 27A (tétrades). Escala: 10µm.
74
fase de tétrade, a presença de díades e tríades foi observada com freqüência
entre 0,5% a 10,0%.
Mendes-Bonato et al. (2002) (Hochst. ex A. Rich.) Stapf,
encontraram a formação de díades e tríades no final da meiose, em estudos
com Brachiaria brizantha. As díades e tríades foram encontradas entre as
tétrades, porém, em freqüência bem menor que estas. A porcentagem de
díades variou de 3,44% e a de tríades de zero a 8,26%.
Pagliarini et al. (2001) encontraram 19,8% de irregularidades nas
tétrades avaliadas em P. nicorae.
Pozzobon & Schifino-Wittmann (2006) estudaram espécies do
gênero Capsicum L. e encontraram índices meióticos em algumas plantas
acima de 90% e consideraram estas como meioticamente estáveis e
adequadas, do ponto de vista citológico, para serem utilizadas em programas
de melhoramento. Em Capsicum, os índices meióticos provavelmente refletem
o que ocorre durante a segunda divisão meiótica (Pozzobon & Schifino-
Wittmann, 2006).
Os elevados índices meióticos encontrados nos acessos estudados
de P. nicorae são um indicativo de que estas plantas são meioticamente
estáveis.
4.1.3 Viabilidade do pólen
Uma das técnicas mais utilizadas para observar a viabilidade de
pólen é a técnica com coloração de carmim (Boff & Schifino-Wittmann, 2002;
Conterato & Schifino-Wittmann, 2006; Balbinot, 2007). Esta técnica foi utilizada
no presente trabalho, sendo que, para esta análise os grãos foram
75
classificados em viáveis, quando completamente corados; inviáveis, quando
não havia sinais de corante, conforme apresentado nas FIGURAS 19, 20. A
coloração do pólen pode indicar a freqüência de esterilidade que ocorre nestas
plantas.
O número de grãos de pólen observados para o estudo do pólen da
coleção de P. nicorae foi de 1200 por acesso. Detalhes da análise individual
são apresentados no APÊNDICE 2.
Neste trabalho foi realizada uma estimativa da viabilidade de pólen
nos 53 acessos de P. nicorae da coleção. Os resultados mostraram uma alta
viabilidade dos grãos em todos os acessos analisados TABELA 5. A
viabilidade variou de 88,99% (acesso 6B) a 95,06% (acesso 11A), tendo uma
média de 91,78%. Esta alta viabilidade de pólen também foi relata por Balbinot
(2007), que estudando diferentes biótipos de P. notatum e P. notatum var.
saurae encontrou uma viabilidade de pólen relativamente alta (72,40 a
98,00%).
Moraes Fernandes (1974) verificou a viabilidade de pólen em espécies do
grupo taxonômico Notata; Paspalum affins minus (comportamento meiótico
normal) apresentou uma ampla variação de viabilidade de len, onde uma
amostra teve 10,10% e outra 78,80%. Em relação aos biótipos com
comportamento meiótico anormal a percentagem de grãos vazios também
variou amplamente (de 14,70% até 100%). Esses valores extremos ocorreram
nas formas tetraplóides de P. notatum. Foi identificada a ocorrência de 100%
de lens vazios em P. notatum forma “Gigante”; em P. notatum forma
76
“Capivari” também ocorreu grande variação nos grãos inviáveis (30 a 100%). O
autor acredita que nestas plantas haja uma esterilidade gênica.
FIGURA 19 - Pólens inviáveis: a e b) Grãos de pólen de P. nicorae inviáveis; c) P.
nicorae 26A (grão inviável); d) P. nicorae 26D pólens inviáveis.
Escala: 10µm.
a
b
d
c
FIGURA 20 - Grãos de pólen: a e b) grãos de pólen viáveis; c) P. nicorae 26A
(grão de pólen viável); P. nicorae 26A (grãos de pólen inviável e
viável). Escala: 10µm.
a
d
c
b
77
TABELA 5 – Estimativa da viabilidade dos grãos de pólen.
Acesso
Viabilidade do pólen
(%)
Acesso
Viabilidade do pólen
(%)
2 90,75 26C 90,16
2A 93,54 26D 92,54
3 91,11 26F 91,80
4 91,50 27A 91,47
4A 91,07 27B 93,00
5 92,50 28A 91,47
6A 92,22 28B 90,55
6B 88,99 28C 92,42
8A 92,11 28D 91,16
8B 92,35 28E 93,23
9 91,88 29 90,97
9A 92,89 30A 93,07
10 91,99 30B 91,72
11A 95,06 31A 92,08
11B 91,10 31B 90,16
12A 91,90 32A 92,24
12B 93,21 32B 89,18
13A 91,18 32C 91,64
13B 91,90 33A 92,13
14 92,62 33B 91,92
14A 90,06 34 91,78
17 91,18 35 91,81
18 91,99 36 93,06
19 91,71 37A 90,85
20B 91,21 37C 91,50
20C 91,89 37D 91,26
26A 92,96
MÉDIA
91,78
A ocorrência de lens corados em plantas com meiose totalmente
assináptica, como P. dilatatum forma “Torres” e P. jesuiticum, bem como a alta
freqüência de grãos corados em P. dilatatum var. pauciciliatum, que apresenta
comportamento altamente anormal, podem ser devidas a cleos de
restituição, à separação desigual em segunda divisão ou a fases diversas de
maturação dos grãos analisados (Moraes Fernandes, 1974).
78
Forbes & Burton (1961) não encontraram lens inviáveis nos
tetraplóides induzidos de P. notatum e de 30% a 60% nos tetraplóides naturais.
Com relação ao tamanho dos grãos de pólen, foram analisados 12
acessos de diferentes regiões do RS (TABELA 6). O tamanho dos grãos variou
de 34 a 42,5 µm (média de 37,46 µm) para o eixo maior (P); e 27,5 a 40,0 µm
(média de 34,84 µm) para o eixo menor (E). O acesso 31A apresentou o maior
tamanho de pólen, sendo o maior eixo (42,5 µm) e o menor eixo (40,0 µm).
Não foi evidenciada uma grande variação entre os eixos, assim como o
tamanho do pólen não variou de região para região.
O estudo dos grãos de pólen traz subsídios para avaliar o potencial
de fertilidade de indivíduos e populações, podendo ainda contribuir para
estudos taxonômicos e de melhoramento de plantas.
TABELA 6 – Média dos eixos maior (P) e menor (E) de grãos de pólens.
Acesso
P (µ
µµ
µm) E (µ
µµ
µm)
Acesso
P (µ
µµ
µm) E (µ
µµ
µm)
2
39,0
36,1
17 34 31,5
4A
41,5
37,5
26A 31,5 27,5
6A 36,5 33,5 28A 38,5 36,5
9 40,5 37,5 29 35,0 33,0
11A 36,00 34 31A 42,5 40,0
12A 39,5 37,5 35 35,0 33,5
Máximo 42,5 40,0
Mínimo 31,5 31,5
MÉDIA
37,4 34,8
79
Balbinot (2007) realizou medições nos eixos maior e menor dos
grãos de pólen de biótipos de P. notatum e P. notatum var. saurae, e encontrou
uma variação ampla no tamanho dos eixos. Em P. notatum “típico”, o tamanho
variou de 30,88 a 51,05 µm (eixo maior) e de 27,50 a 48,13 µm (eixo menor);
para P. notatum “Bagual” 33,63 a 51,10 µm (eixo maior) e de 30,38 a 48,55 µm
(eixo menor); para P.notatum “André da Rocha” 36,63 a 51,10 (eixo maior) e de
33,13 a 48,55 µm (eixo menor). Para P. notatum var. saurae (Pensacola) foi
encontrado 28,13 µm a 35,13 µm (eixo maior) e 24,25 µm a 29,38 µm (eixo
menor).
Em alguns gêneros com reprodução apomítica, como Paspalum e
Brachiaria, a formação de sementes viáveis ocorre se houver fecundação
dos núcleos polares do saco embrionário por um dos núcleos gaméticos do
grão de pólen, fenômeno conhecido como pseudogamia. Portanto, acessos
tetraplóides, com fertilidade de pólen de média a alta podem ser usados como
parentais masculinos em cruzamentos com fêmeas sexuais diplóides (2x)
tetraploidizadas artificialmente (4x). Pagliarini & Pozzobon (2004) afirmam que
os acessos tetraplóides com alta taxa de anormalidades meióticas e baixa
fertilidade de pólen devem ser descartados.
Balbinot (2007) comenta sobre um possível “conflito” genético e
evolutivo entre a possibilidade de P. notatum acumular anormalidades
meióticas, por ser apomítico, mas, ao mesmo tempo, ter necessidade de uma
mínima fertilidade de pólen, por ser pseudogâmico.
Apesar de P. nicorae, uma espécie apomítica, suportar uma taxa de
anormalidades meióticas, que variam entre os diferentes acessos analisados,
80
deve haver ao mesmo tempo, uma percentagem mínima de fertilidade de pólen
que permite a formação do endosperma, que foi verificado neste trabalho.
Os altos percentuais de pólens viáveis (alta fertilidade de pólen)
encontrados nos acessos estudados de P. nicorae são um indicativo de que
estas plantas são meioticamente estáveis e seu uso como progenitores
masculinos em eventuais cruzamentos provavelmente não apresentará
problemas.
TABELA 7 – Estatística descritiva para as 7 características avaliadas.
4.2 Morfologia
Os resultados obtidos para cada uma das características morfológicas
realizadas são descritos a seguir.
Os valores médios para as características morfológicas (PIL, CBAI,
CNEC, HAB, NRA, CFRHS, CFCOL) medidas nos acessos estudados, com os
VARIÁVEL
VARIÂNCIA
MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
DESVIO
PADRÃO
OBSERVAÇÕES
PIL 2,3606 3,2830 5 1 1,5364 53
CBAI 0,1981 1,2641 2 1 0,445 53
CNEC 0,2525 1,4528 2 1 0,5025 53
HAB 0,2547 1,5094 2 1 0,5046 53
NRA 0,8313 3,8974 6 2 0,9117 39
CFRHS 6,875943 3,7884 10 1 2,6222 52
CFCOL 0,405732 2,42308
4 1 0,636971 52
PIL
: pilosidade da folha – 1 (ausente); 2 (25%); 3 (50%); 4 (75%); 5 (100%)
CBAI: cor da bainha – 1 (verde); 2 (violácea)
CNEC: cor da nervura central – 1 (esbranquiçada); 2 (esverdeada)
HAB: hábito de crescimento – 1 (ereto); 2 (decumbente)
NRA: nº de racemos
CFRHS: cor de folha pelo método de cartela (RHS Colour Chart) - 1 (Green Group 137A); 2 (Green Group 137B); 3
(Green Group 137C); 4 (Green Group 138A); 5 (Green Group 138B); 6 (Yellow Green Group 144A); 7 (Yellow Green
Group 146B); 8 (Yellow Green Group 147B); 9 (Greyed Green Group 189A); 10 (Greyed Green Group 191A)
CFCOL: cor de folha pelo método do colorímetro - 1 (acinzentado escuro); 2 (acinzentado claro); 3 (acinzentado
amarelo); 4 (amarelo)
81
respectivos desvios médios e variância encontram-se na TABELA 7. Análises
detalhadas encontram-se no APÊNDICE 3.
No dia 25 de janeiro de 2007 foi realizado um corte (de
aproximadamente 10 cm de altura) acidental em todos os 53 acessos.
4.2.1 Pilosidade das Folhas (PIL)
Com relação à pilosidade, 16,98% dos acessos apresentaram
ausência de pêlos, ou seja, lâminas foliares glabras. Dos 53 acessos da
coleção analisados, 35,84% dos acessos tiveram lâminas foliares
completamente pilosas (100% de pêlos na lâmina foliar) FIGURAS 21, 22. A
média para a característica pilosidade foi de 3,28 e com um desvio de padrão
de 1,53 TABELA 7; portanto, a maior parte dos acessos de P. nicorae da
coleção apresentaram alguma quantidade de pêlos na lâmina foliar. Estes
resultados discordam com a descrição taxonômica de Barreto (1974) para P.
nicorae, que descreve as lâminas foliares da espécie como sendo pubescentes
ou pilosas. Burkart (1969) cita folhas brevemente pubescentes a subglabras,
raramente muito pilosas. Destes 53 acessos da coleção avaliados, 8
apresentaram um lâmina foliar glabra: 5, 6A, 10, 17, 18, 26A, 37A, 37C.
Somente os acessos 37A e 37C possuem o mesmo local de coleta
Itapuã/Viamão - RS. Os acessos 17 e 18 foram coletados no mesmo município
(Santana do Livramento - RS), porém não foram coletados no mesmo local.
Analisando as espécies pertencentes ao grupo Plicatula, somente P.
plicatulum é descrita por Barreto (1974) como tendo as lâminas foliares
escassamente pubescentes, porém na fase inferior.
82
Pilosidade
16,98
18,87 18,87
35,84
9,43
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5
Freqüência (%)
1- ausente
2- 25%
3- 50%
4- 75%
5- 100%
Boldrini et al. (2005) cita a existência de biótipos de P. nicorae
glabros e pilosos. Plantas do gênero Paspalum são descritas como tendo
lâminas foliares glabras até densamente pubescentes (Barreto, 1974, Canto-
Dorow, 1993). Canto-Dorow (1993) analisou a presença e a ausência de pêlos
a
c
b
f
e d
FIGURA 22 - Freqüência relativa dos acessos em relação a pilosidade.
FIGURA 21 Pilosidade nas folhas: a) P. nicorae 6A (pilosidade 1); b) P. nicorae 14 (pilosidade 2);
c) P. nicorae 9 (pilosidade 3); d) P. nicorae 11B (pilosidade 4); e) P. nicorae 4
(pilosidade 5); f) pilosidade 5 e pilosidade 1.
83
em biótipos de P. notatum como parte de uma revisão taxonômica destas
espécies sul-rio-grandenses, além da distribuição destes pêlos na lâmina foliar.
Esta análise de distribuição não foi utilizada, porque visualmente não era
observada uma variação na distribuição dos pêlos, mas sim uma variação no
percentual de los na lâmina foliar. Steiner (2005) usou pilosidade (PIL) para
caracterizar uma coleção de P. notatum, e encontrou uma média de 1,9 (1 - PIL
pilosa; 2 - PIL glabra) para os 41 acessos analisados para esta característica.
Analisando os dados, é possível dividir a coleção em dois grupos
distintos: plantas com lâminas foliares glabras e plantas com lâminas foliares
pilosas.
4.2.2 Cor de Folha (CFRHS E CFCOL)
Para cor de folha utilizando a metodologia do R.H.S Colour Chart a
média ficou em 3,78 e o desvio padrão em 2,62 (TABELA 7); portanto a maior
parte dos acessos de P. nicorae da coleção obtiveram coloração do tipo verde.
Dos 52 acessos analisados da coleção, 76,92% foram classificados no grupo
verde, sendo: 9,61% pertencentes ao Green Group 137A; 30,77% pertencentes
ao Green Group 137B; 28,85% pertencentes ao Green Group 137C; 5,77%
pertencentes ao Green Group 138A; 1,92% pertencente ao Green Group 138B
(FIGURA 23). Todas as regiões onde foram feitas as coletas das plantas de P.
nicorae apresentaram acessos de coloração do grupo verde. Sendo os grupos
Green Group 137A, Green Group 137B, Green Group 137C, Green Group
138A, Green Group 138B grupos de coloração verde, todos os acessos
incluídos nestes grupos (76,92% dos acessos analisados) podem ser
classificados por ter folhas de coloração verde.
84
Dos 52 acessos analisados, 5,77% foram incluídos no grupo Greyed
Green Group 191A: os acessos 5, 8A e 8B. Os acessos 8A e 8B foram
coletados no mesmo município (Pinheiro Machado - RS) e o acesso 5 foi
coletado no município de Capão do Leão - RS. Dois acessos foram incluídos
no grupo Greyed Green Group 189A: 10 e 17; o primeiro coletado em Hulha
Negra - RS e o segundo em Santana do Livramento – RS (FIGURA 23). Sendo
os grupos Greyed Green Group 191A e Greyed Green Group 189A grupos de
coloração verde acinzentado, todos os acessos incluídos nestes dois grupos
(9,62% dos acessos analisados) podem ser classificados por terem folhas de
coloração verde acinzentada.
Cor da Folha
9,61
30,77
28,85
5,77 1,92
9,61
1,92
5,77
3,85
1,92
0
20
40
60
80
100
137A
Green
137B
Green
137C
Green
138A
Green
138B
Green
144A
Yellow
Green
146B
Yellow
Green
147B
Yellow
Green
189A
Greyed
Green
191A
Greyed
Green
Freqüência (%)
Os cinco acessos classificados com folhas de coloração verde
acinzentada (5, 8A, 8B, 10 e 17) foram coletados em municípios localizados na
FIGURA 23 - Freqüência relativa dos acessos em relação a cor da folha ( R.H.S Colour Chart).
85
região sul do RS. Dos 52 acessos analisados, 13,45% dos acessos
apresentaram coloração do tipo amarelo esverdeado: 9,61% foram
classificados no grupo Yellow Green Group 144A (11A, 20C, 29, 31B, 32A);
1,92% foram classificados no grupo Yellow Green Group 146B (32C); 1,92%
foram classificados no grupo Yellow Green Group 147B (28E). Sendo os
grupos Yellow Green Group 144A, Yellow Green Group 146B e Yellow Green
Group 146B grupos de coloração amarelo esverdeado, todos os acessos
incluídos nestes dois grupos (13,45% dos acessos analisados) podem ser
classificados por ter folhas de coloração amarelo esverdeado. Os acessos 11A
e 11B foram coletados no mesmo local (Bagé - RS), porém apresentaram
colorações distintas: 11A apresentou coloração do tipo Yellow Green Group
144A e o 11B Green Group 137C; ou seja, 11A pertencente ao grupo dos
amarelo esverdeados e 11B ao grupo dos verdes. Isto também ocorreu nos
acessos 20C e 20B, sendo o primeiro classificado como Green Group 137B e o
segundo como Yellow Green Group 144A. Os acessos 17 e 18 foram coletados
no mesmo município (Santana do Livramento - RS), porém não foram
coletados no mesmo local, obtiveram colorações distintas: 17 apresentou
coloração do tipo Greyed Green Group (verde acinzentados) e o acesso 18 foi
classificado no grupo Green Group (verde).
com relação as análises realizadas com o colorímetro, a média
obtida foi de 2,42 e o desvio-padrão em 0,63 (TABELA 7, APÊNDICE 3).
Dos 52 acessos analisados, 59,62% apresentaram coloração do tipo
acinzentado claro (2). Apenas o acesso 5 (1,92% dos acessos analisados)
apresentou coloração do tipo acinzentado escuro (1). A coloração amarela (4)
86
apareceu em 5,77% dos acessos analisados: 11A, 29 e 32A. A coloração
acinzentado amarelo (3) foi a classificação de 32,69% dos acessos analisados
(FIGURA 24).
A cor de folha não foi avaliada para o acesso 27A, tanto para R.H.S.
Colour Chart como para o colorímetro, uma vez que as suas lâminas foliares
apresentavam uma alta quantidade de pústulas/lesões de ferrugem (Puccinia
sp.); isto poderia comprometer os resultados da avaliação, portanto o acesso
foi excluído para nesta avaliação.
Cor de Folha
1,92
59,62
5,77
32,69
0
20
40
60
80
100
acinzentado escuro acinzentado claro acinzentado amarelo amarelo
Freqüência (%)
Tanto na avaliação a partir do R.H.S. Colour Chart e colorímetro, o
acesso 5 foi classificado como acinzentado. Os acessos 11A e 11B foram
coletados no mesmo local (Bagé - RS), porém apresentaram colorações
distintas, assim como ocorreu na classificação pelo R.H.S. Colour Chart: 11A
apresentou coloração do tipo amarela (4) e o 11B acinzentado amarelo (3).
FIGURA 24 - Freqüência relativa dos acessos em relação a cor da folha ( colorímetro).
87
Boldrini et al. (2005) citam a existência de biótipos de P. nicorae de
coloração acinzentada e esverdeada.
A classificação pelo método R.H.S. Colour Chart apresentou 10
classes, enquanto pelo colorímetro foram obtidas 4 classes. A utilização do
colorímetro foi mais eficiente, uma vez que conseguiu discriminar bem os
acessos (menor quantidade de classes), a separação dos acessos foi mais
clara. A obtenção da cor com instrumentos de medida (colorímetros,
espectrofotômetros e espectrorradiômetros) resultam em maior precisão por se
darem em condições controladas e não subjetivas. Do ponto de vista prático, a
utilização das cartelas para classificação de cor folha é melhor do que o
colorímetro, uma vez que para utilização deste deve ocorrer à coleta e o
transporte para o laboratório, enquanto que as cartelas podem ser conduzidas
até o campo. O uso da colometria tem sido feita para caracterização de frutos
em pós-colheita (Calegaro et al., 2002), medição de cor de solos (Botelho, et
al., 2006) e têm se mostrado muito eficiente. Nesta caracterização da coleção
de P. nicorae, o método também se mostrou eficiente, uma vez que a maior
parte dos seus resultados concordou com os obtidos na classificação pelo
método R.H.S. Colour Chart.
4.2.3 Cor da Bainha (CBAI)
Foram analisados os 53 acessos da coleção para este caractere;
sendo que 73,58% apresentaram cor de bainha (CBAI) verde (FIGURAS 25 e
26) A média para esta característica foi de 1,26 e o desvio-padrão 0,44
(TABELA 7, APÊNDICE 3). Para o gênero Paspalum, Barreto (1974) e Canto-
88
Dorow (1993) descrevem as bainhas foliares como esverdeadas e violáceas,
glabras ou pubescentes. Apesar de não ter sido avaliada a presença de
pilosidade nas bainhas, visualmente isso não foi evidenciado nas plantas de P.
nicorae da coleção. Na descrição para espécie, Barreto (1974) não utiliza o
caractere CBAI.
Steiner (2005) usou cor de bainha (CBAI) para caracterizar uma
coleção de P. notatum, e encontrou uma média de 1,7 (1 - verde; 2 - violácea)
para os 41 acessos analisados para esta característica.
Não foi verificada uma relação entre a variação morfológica de CBAI
com os diferentes ambientes e áreas fisiográficas do RS onde as plantas foram
coletadas. Entretanto, excetuando os acessos 28B e 28C, os demais acessos
coletados nas localidades de Rosário do Sul, São Gabriel, Santa Margarida do
Sul/Vila Rufino (municípios localizados na região sul do Estado) apresentaram
BAI de coloração verde.
Verificando os resultados obtidos, é possível observar a formação de
dois grupos bem distintos: plantas com bainha verde; plantas com bainha
violácea. O caráter BAI descriminou bem as plantas existentes na coleção.
4.2.4 Cor de Nervura Central (CNEC)
Para esta característica foram analisados os 53 acessos da coleção,
sendo que 54,71% das plantas apresentaram a nervura central da lâmina foliar
com coloração esbranquiçada (FIGURA 26). A média para esta característica
foi de 1,45 e o desvio-padrão de 0,50 (TABELA 7, APÊNDICE 3).
89
Cor da Bainha
73,58
26,41
0
20
40
60
80
100
1 2
Freqüência (%)
1- verde
2- violácea
a
b
d
c
FIGURA 25 Cor de bainha: a) P. nicorae 9 (violácea); b) P. nicorae 12B (violácea); c) P.
nicorae 26A (verde); d) P. nicorae 3 (verde).
FIGURA 26 – Freqüência relativa dos acessos em relação a cor de bainha.
90
Para a descrição taxonômica de P. nicorae, não é utilizado o
caractere CNEC. Steiner (2005) usou NEC para caracterizar uma coleção de P.
notatum, e encontrou uma média de 1,7 (1 - CNEC esbranquiçada; 2 - CNEC
esverdeado) para os 41 acessos analisados para esta característica.
Não foi verificada uma relação entre a variação morfológica de
CNEC com os diferentes ambientes e áreas fisiográficas do RS onde as
plantas foram coletadas. Excluindo o acesso 30A, os acessos coletados nos
municípios de são Gabriel, Santa Margarida do Sul/Vila Rufino, Vila Nova do
Sul (municípios localizados na região sul do Estado) possuem NEC
esverdeadas.
Não foi verificada uma relação entre a variação morfológica de
CNEC com os diferentes ambientes e áreas fisiográficas do RS onde as
plantas foram coletadas. Excluindo o acesso 30A, os acessos coletados nos
municípios de são Gabriel, Santa Margarida do Sul/Vila Rufino, Vila Nova do
Sul (municípios localizados na região sul do Estado) possuem NEC
esverdeadas.
Não houve uma descriminação satisfatória dos acessos utilizando
CNEC, portanto é um caractere que não deve ser utilizado.
4.2.5 Hábito de Crescimento (HAB)
Com relação a hábito de crescimento, foram analisados os 53
acessos da coleção, sendo que 50,94% apresentaram HAB decumbente
(FIGURAS 28 e 29). A média para esta característica foi 1,50 e desvio-padrão
de 0,50 (TABELA 7, APÊNDICE 3).
91
Cor da Nervura Central
54,71
45,29
0
20
40
60
80
100
1 2
Freqüência (%)
1- esbranquiçada
2- esverdeada
Uma das características para descrição das plantas do grupo
Plicatula são plantas perenes, cespitosas, eretas ou suberetas (Barreto, 1974).
Steiner (2005) usou hábito de crescimento (HAB) para caracterizar
uma coleção de P. notatum, e encontrou uma média de 2,2 (1 - HAB ereto; 2 -
HAB decumbente; 3 - prostrado) para os 41 acessos analisados para esta
característica.
Não foi verificada uma relação entre a variação morfológica de HAB
com os diferentes ambientes e áreas fisiográficas do RS onde as plantas foram
coletadas.
Não houve uma descriminação satisfatória dos acessos utilizando
HAB.
FIGURA 27 – Freqüência relativa dos acessos em relação a cor de nervura central.
92
Hábito de Crescimento
49,05
50,94
0
20
40
60
80
100
1 2
Freqüência (%)
1- ereto
2- decumbente
a
c
b
d
FIGURA 28 - Hábito de crescimento: a) P. nicorae 12B (ereto); b) planta de P. nicorae com hábito
ereto; c) P. nicorae 33A (decumbente); d) P. nicorae 9 (decumbente).
FIGURA 29 – Freqüência relativa dos acessos em relação a hábito de crescimento.
93
4.2.6 Comprimento e Número de Racemos (CRA e NRA)
Com relação à quantidade de racemos na inflorescência, foram
obtidos o valor mínimo de 2 e máximo de 6 racemos nas inflorescências
(TABELAS 7 e 8). A média obtida foi de 3,89 e desvio-padrão de 0,91. Dos 39
acessos avaliados para esta característica, 48,72% apresentaram 4 racemos
na inflorescência (FIGURAS 30, 31). Os acessos 17 e 27A apresentaram 2
racemos na inflorescência (5,13% dos acessos analisados). Os acessos 13A e
20B apresentaram 6 racemos na inflorescência (5,13% dos acessos
analisados). Seis acessos (6B, 13B, 26C, 32B, 33A, 35) apresentaram 5
racemos na inflorescência (15,38% dos acessos analisados). A presença de 3
racemos na inflorescência foi observada em 25,64% dos acessos observados.
A presença de 2, 3, 4 e 5 racemos na inflorescência concordam com a
descrição taxonômica de P. nicorae. Barreto (1974) e Boldrini et al. (2005)
descrevem P.nicorae com um número de 2 a 5 racemos na inflorescência.
Burkart (1969) descreve P.nicorae com racemos espiciformes em mero de 2
a 5. Portanto, a presença de 6 racemos na inflorescência, verificada nos
acessos 13A e 20B, não é descrita para a espécie.
Na avaliação dos comprimentos dos racemos da inflorescência a
média geral foi de 3,54 cm (TABELA 8), concordando com os valores sugeridos
por Barreto (1974) para a espécie, que são racemos de 2 a 5 cm. Burkart
(1969) relata valores de 1,5 a 6,5 cm. O acesso 12A apresentou a maior média
para CRA (6,98 cm) e um desvio-padrão de 2,57 (APÊNDICE 5); o acesso
apresentou 4 racemos, sendo que o máximo CRA foi 9,4 cm e o mínimo 3,6 cm
(APÊNDICE 5). O acesso 37C apresentou a menor média de CRA (1,98 cm) e
94
desvio-padrão 0,20; este acesso apresentou 3 racemos na inflorescência
(APÊNDICE 5), sendo que o máximo CRA foi de 2,15 cm e o mínimo 1,75 cm.
Barreto (1974) descreve os racemos das inflorescências de P.nicorae com 2 a
5 racemos medindo de 2 a 5 cm de comprimento; portanto os acessos 3, 6B, 9,
9A, 13A, 13B, 17, 28A, 32B, 32C, 37C tiveram valores menores que o mínimo
sugerido pelo autor para CRA.
Dos 39 acessos analisados para CRA, 16 acessos apresentaram
valores maiores que o máximo (5 cm) sugerido por Barreto (1974) (APÊNDICE
5). Não foi observado que altos valores de CRA foram acompanhados de
maiores valores de NRA.
e
d
c
b
f
FIGURA 30 - Inflorescências: a) planta de P. nicorae (inflorescência com 3 racemos); b) P.
nicorae (inflorescência com 4 racemos); c) e d) P. nicorae 12A; e) P.nicorae
28B; f) planta de P. nicorae (inflorescência com 4 racemos).
95
TABELA 8 – Comprimento dos racemos (CRA) e número de racemos (NRA) dos acessos.
COMPRIMENTO DOS RACEMOS
ACESSO NRA
R1
1
R2 R3 R4 R5 R6
MÉDIA
2 4 4,9 4,0 3,2 2,7
- -
3,70
3 4 3,0 4,0 2,3 1,7
-
2,75
4 4 4,9 4,0 2,6 2,6
- -
3,53
4A 4 4,7 3,0 3,0 2,8
- -
3,38
5 3 3,2 2,8 1,8 -
- -
2,60
6A 4 3,4 4,0 3,4 2,7
- -
3,38
6B 5 5,2 4,2 2,1 2,0
1,4 -
2,98
9 4 5,2 3,2 2,6 1,6
- -
3,15
9A 4 4,0 3,7 3,3 3,0
- -
3,50
10 4 4,0 2,8 2,0 2,1
- -
2,73
11A 3 5,0 3,0 3,0 -
- -
3,67
11B 4 5,8 5,3 4,0 3,6
- -
4,68
12A 4 9,4 8,5 6,4 3,6
- -
6,98
12B 4 6,9 6,7 6,3 5,2
- -
6,28
13A 6 6,4 4,5 2,7 2,5 1,6 1,5 3,20
13B 5 5,5 3,9 3,2 3,4 1,5 - 3,50
14 4 6,0 5,2 4,5 4,0 - - 4,93
17 2 2,8 1,9 - - - - 2,35
18 3 3,8 3,3 2,4 - - - 3,17
20B 6 4,8 4,5 2,5 3,8 2,1 2,0 3,28
26C 5 4,5 3,2 2,8 2,6 3,2 - 3,26
26D 3 4,9 4,6 2,9 - - - 4,13
26F 4 4,8 4,0 3,3 2,4 - - 3,63
27A 2 3,3 2,8 - - - 3,05
27B 3 5,0 3,5 3,0 - - - 3,83
28A 3 2,8 1,9 2,0 - - - 2,23
28B 4 4,5 3,1 3,1 3,0 - - 3,43
28D 3 5,2 4,0 3,3 - - - 4,17
28E 3 5,2 3,7 6,2 - - - 5,03
29 4 5,0 4,6 3,2 2,8 - - 3,90
30A 4 5,2 3,9 3,0 2,8 - - 3,73
31B 4 5,2 4,0 3,0 2,5 - - 3,68
32A 4 5,5 4,3 3,2 2,9 - - 3,98
32B 5 5,2 3,8 2,3 2,0 1,3 - 2,92
32C 4 2,5 2,2 1,7 1,6 - - 2,00
33A 5 5,4 3,8 2,8 2,2 2,0 - 3,24
35 5 4,9 3,0 3,0 2,6 2,3 - 3,16
37C 3 2,15 2,05 1,75 - - - 1,98
37D 3 4,7 2,7 2,2 - - - 3,20
MÉDIA GERAL
3,54
1
R1: 1 racemo R4: 4 racemos
R2: 2 racemos R5: 5 racemos
R3: 3 racemos R6: 6 racemos
96
Número de Racemos
15,38
48,72
25,64
5,13 5,13
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5
Freqüência (%)
2
3
5
4
6
Steiner (2005) usou número de racemos (NRA) e comprimento de
racemos (CRA) para caracterizar uma coleção de P. notatum, e encontrou uma
média de para NRA = 2,1 cm e CRA = 8,2 cm para os 41 acessos analisados
para esta característica.
4.2.7 Altura das Plantas (ALT)
O corte acidental realizado no dia 25 de janeiro de 2007,
proporcionou uma padronização das alturas iniciais das plantas, permitindo a
comparação da altura em um mesmo tempo de rebrota e a partir de uma
mesma condição.
Os valores médios para ALT encontram-se nas TABELA 9, FIGURA
32. A média de ALT para os 53 acessos avaliados nas 9 avaliações foi de
50,2cm. Os valores máximos obtidos variam de 115,7cm (acesso 19) e 29,0 cm
(acesso 2). para os valores mínimos de ALT, os valores variaram de 1
FIGURA 31 - Freqüência relativa dos acessos em relação ao número de racemos .
97
(acessos 33A e 34) a 65,2 cm (acesso 28C). Esses valores de 1 para os
acessos 33A e 34 não indicam a senescência completa da planta, mais sim
pelo fato da altura das plantas estarem com uma altura muito reduzida, com
poucas folhas, ou ainda por estas estarem muito danificadas. O acesso 19
apresentou a maior média (78cm) de ALT, com desvio-padrão de 16,87. O
acesso 33B teve a menor média (9,55 cm) de ALT, com desvio-padrão de
16,57 cm.
Portanto o valor médio de ALT para os 53 acessos avaliados
(50,2cm) concorda com Burkart (1969) que descreve as plantas de P. nicorae
como plantas perenes de 20 a 70cm de altura.
Como citado Araújo (1971) observou uma massa verde densa,
tenra, de altura de 30cm em parcelas onde P. nicorae foi cultivado.
Ainda que as plantas estivessem em um ambiente diferente do seu
habitat (com pouco espaço, por exemplo) elas tiveram valores médios de altura
superiores que aos encontrados por Araújo (1971) em parcelas cultivadas a
campo.
TABELA 9 – Estatística descritiva para a característica analisada – ALTURA (cm).
ACESSO MÉDIA
DESVIO
PADRÃO
MÁXIMA MÍNIMO VARIÂNCIA
2 22,7667 5,281 29,0 10 27,8900
2A 45,1444 7,809 51,4 29,2 60,9878
3 40,5778 3,800 47,7 36 14,4419
4 57,5667 4,715 63,2 46,8 22,2325
4A 44,0444 8,352 56,4 31 69,7503
5 49,6333 8,133 53,6 28,2 66,1425
6A 50,9111 2,723 53,8 47,7 7,4161
6B 53,5667 10,978 62,5 31 120,5200
8A 47,8889 3,409 51,0 39,5 11,6211
8B 45,5111 6,783 56,0 37,5 46,0111
98
Continuação
TABELA 9 – Estatística descritiva para a característica analisada – ALTURA (cm).
ACESSO MÉDIA
DESVIO
PADRÃO
MÁXIMA MÍNIMO VARIÂNCIA
9 51,0111 9,119 59,8 30 83,1486
9A 58,1111 7,384 67,1 44,7 54,5261
10 52,9333 8,202 63,3 41,9 67,2775
11A 54,5556 9,485 64,0 40 89,9703
11B 47,6222 12,515 62,3 30 156,6169
12A 77,2000 8,821 89,2 64,5 77,8150
12B 76,3778 6,390 87,0 67 40,8369
13A 53,8000 7,651 63,6 40,2 58,5375
13B 48,7667 9,612 58,7 28,8 92,3950
14 38,6333 3,063 42,0 34,5 9,3850
14A 45,6667 8,894 57,8 34 79,1100
17 43,8333 4,945 50,2 35,5 24,4550
18 43,0000 6,061 49,0 28,5 36,7350
19 78,8333 16,874 115,7 54 284,7400
20B 56,1111 3,959 60,0 47 15,6711
20C 43,3222 5,702 50,5 34,5 32,5094
26A 56,5000 8,685 72,6 47 75,4225
26C 40,0667 4,444 47,5 32 19,7525
26D 75,1111 11,867 85,5 50 140,8211
26F 51,3222 5,309 58,7 41,7 28,1819
27A 39,0222 2,488 42,0 35,2 6,1894
27B 43,5889 5,968 50,5 34,5 35,6211
28A 54,1444 3,574 60,6 51 12,7703
28B 65,1778 3,339 69,5 57,5 11,1519
28C 69,2778 3,585 74,5 65,2 12,8544
28D 59,7444 6,335 67,4 49,5 40,1378
28E 69,4222 6,249 79,0 59,5 39,0544
29 43,2000 11,492 52,0 21 132,0600
30A 54,8000 6,317 62,0 46,5 39,9100
30B 39,7889 6,643 53,5 32,5 44,1286
31A 37,6556 5,963 49,3 30,5 35,5528
31B 48,8889 7,875 58,7 37,5 62,0136
32A 41,2222 7,082 48,2 29,5 50,1519
32B 51,4111 6,331 58,1 40,5 40,0861
32C 46,3556 12,600 62,3 31 158,7603
33A 45,4333 2,363 48,2 42 5,5825
33B 9,5556 16,576 42,0 1 274,7778
34 34,7778 13,236 42,3 1 175,1944
35 27,7667 9,301 41,1 10 86,5150
36 50,6889 5,599 59,1 44,3 31,3461
37A 49,2889 7,267 61,4 39,5 52,8136
37C 59,2222 4,734 69,2 51,4 22,4144
37D 68,8778 8,285 79,7 56,5 68,6494
Média
Geral
50,1830 - - - -
99
0
20
40
60
80
2
2A
3
4
4A
5
6A
6B
8A
8B
9
9A
10
11A
11B
12A
12B
13A
13B
14
14A
17
18
19
20B
20C
26A
26C
26D
26F
27A
27B
28A
28B
28C
28D
28E
29
30A
30B
31A
31B
32A
32B
32C
33A
33B
34
35
36
37A
37C
37D
Acessos
Altura (cm)
FIGURA 32 - Altura média (cm) dos acessos.
99
100
4.2.8 Comprimento do Colmo Florífero; Comprimento e Largura
da Folha Bandeira
Os resultados de colmo florífero e folha bandeira foram prejudicados,
uma vez que não houve o florescimento de todas as repetições de todos os
acessos. Como não há descrição na literatura de valores para colmo flofero e
folha bandeira, optou-se por apresentar os resultados da avaliação daquelas
plantas que floresceram, no intuito de oferecer algum dado para comparações
futuras. Os valores obtidos nas avaliações encontram-se na TABELA 10.
Canto-Dorow (1993) analisou o comprimento do colmo florífero em
biótipos de P. notatum em um trabalho de revisão taxonômica destas espécies
sul-rio-grandenses. O autor utiliza este caractere com um dos descritores
utilizados em avaliações a campo. O autor, acima citado, também realizou
análises em laboratório, sendo uma delas o comprimento e largura da folha
bandeira em biótipos de P. notatum. Ele não fez visualizações a campo,
como analisou exsicatas. Barreto (1974) para descrever P. nicorae fez a
descrição da espécie a partir de análise de exsicatas, como foi citado
anteriormente.
Os maiores valores de comprimento de colmo florífero foram obtidos
nos acessos 12A (R2=38,5cm; R3 = 46,0cm) e 28D (R3 = 43,6cm). Os acessos
4A, 32C e 37C tiveram os maiores valores para comprimento de folha bandeira
(R2=22cm; R2=20cm; R1=19,9cm). Já para largura de folha bandeira a maior
medida foi de 6cm: 11B (R3=0,6); 12A
(R3=0,6); 32A (R1=0,6; R2=0,6); 32C
(R1=0,6; R2=0,6).
101
Foram observados os dias de florescimento - quantos dias o perfilho
necessitou para emitir uma inflorescência - obtidos a partir do dia 25 de janeiro
de 2007 até o dia que a inflorescência estava completamente expandida. Os
valores variam de 65 dias (28A, 32C, 37C) a 93 dias (12A).
4.2.9 Comprimento e Largura da Folha (CFF e LARG)
Com relação a característica CFF, foram analisados 52 acessos (o
acesso 33B foi retirado da avaliação, assim como na avaliação LARG). A
média geral para esta característica foi de 26,91cm, sendo que o acesso 28C,
foi o que apresentou a maior média (36,13cm e desvio-padrão de 8,45 –
TABELA 11). O acesso 2 apresentou a menor média (13,06 cm e desvio
padrão de 4,25 TABELA 11). Para a característica LARG, a média geral para
os 52 acessos analisados foi de 0,53cm. Os acesso 12A e 34 apresentaram as
maiores médias (0,66cm e 0,67cm TABELA 11); o acesso 8B apresentou a
menor média (0,36cm).
Burkart (1969) cita valores entre 4 a 5mm para largura das folhas de
P. nicorae. Barreto (1974) menciona para P. plicatulum valores de 2 a 5mm de
largura de folha.
Basicamente houve formação de 3 grupos distintos: grupo 1 formado
por lâminas foliares longas (maiores que 20cm de comprimento) e largas
(maiores que 0,5cm); grupo 2 formado por lâminas foliares longas e estreitas
(menores de 0,5cm de largura); grupo 3 formado por lâminas foliares pequenas
(menores que 20cm de comprimento) e estreitas (menores que 0,5cm de
largura).
102
TABELA 10 – Valores para comprimento de colmo florífero (cm), comprimento e largura da folha bandeira (cm).
COMPRIMENTO
DE COLMO
(cm)
COMPRIMENTO DA
FOLHA BANDEIRA
(cm)
LARGURA DA FOLHA
BANDEIRA (cm)
FLORESCIMENTO
(dias)
2
ACESSO
R1
1
R2 R3
MÉDIA
R1 R2 R3
MÉDIA
R1 R2 R3
MÉDIA
R1 R2 R3
4A - 26 - 26 - 22 - 22,00 0,3 - 0,30 - 70
11B 33 - 16,4
24,7 15 - 13 14,00 0,5 - 0,6 0,37 86 - 86
12A 38,5
46 42,25 - 7 5 6,00 0,4 0,6 0,50 - 93 86
27A 18,6
18,6 9,2 - - 9,20 0,4 - - 0,40 70 - -
28A - 28,5
28,5 - 12,6 - 12,60 - 0,4 - 0,40 65 -
28D - - 43,6
43,6 - - 8 8,00 - - 0,3 0,30 - - 86
29 - - 36,5
36,5 - - 9,2 9,20 - - 0,6 0,60 - - 70
31B - - 32 32 - - 13,6 13,60 - - 0,3 0,30 - - 65
32A 33 30,5
- 31,75 12,4 13 - 12,70 0,6 0,6 - 0,60 70 79 -
32C 23 31,5
- 27,25 15,5 20 - 17,75 0,6 0,6 - 0,60 65 70 -
37C 17,5
- 17 17,25 19,9 - 17 18,45 0,4 - 0,4 0,40 65 - 79
1
repetição
2
valores de florescimento foram obtidos a partir do dia 25 de janeiro de 2007 até o dia que a inflorescência estava totalmente expandida.
102
103
O grupo 3 é formado por apenas 2 acessos (3,85% dos acessos
analisados): o acesso 2 e o acesso 35 que apresentaram folhas pequenas
(13,06cm e 14,65cm de comprimento) e estreitas (0,43cm e 0,43cm de
largura). O grupo 1 é formado por 26 acessos (50% dos acessos analisados),
enquanto o grupo 2 é formado por 24 acessos (46,15% dos acessos
analisados).
Canto-Dorow (1993) analisou as folhas em biótipos de P. notatum
em um trabalho de revisão taxonômica da espécie. Além da folha bandeira
(citado posteriormente) ela avaliou CFF e LARG da 1
a
e 2
a
folha (abaixo da
folha bandeira). Ela encontrou basicamente dois grupos: grupo 1 com lâminas
foliares longas (maiores do que 9,5 cm de comprimento) e largas (maiores do
que 5,0mm); grupo 2 com lâminas foliares longas e estreitas (menores do que
5,0mm).
O comprimento final da folha depende da taxa de alongamento foliar
e da taxa de surgimento, com isto depende dos mesmos fatores que afetam
estas duas características; são características estreitamente correlacionadas:
alta velocidade de emissão de folhas resulta em folhas pequenas; baixa
velocidade de alongamento foliar decorre em folhas grandes. Além disto, o
comprimento final pode ser modificado uma variável estrutural das plantas)
pela forma de utilização da pastagem se esta espécies é plástica (pastejo
intenso e contínuo resulta em folhas pequenas), como é o caso de P. notatum
e P. dilatatum. Steiner (2005) em estudos morfogenéticos com acessos de P.
notatum, encontrou valores para comprimento final de folha de 13,9cm para P.
notatum ecótipo Bagual; 17,3cm para P. notatum var. saurae (Pensacola) e
104
10,9cm P. notatum ecótipo André da Rocha (média geral de 14,0cm). o
existe estudos morfogenéticos para P. nicorae.
TABELA 11 Estatística descritiva para as características morfológicas analisadas (CFF
comprimento da folha; LARG – largura da folha).
CFF
1
LARG
2
ACESSO
MÉDIA
DESVIO
PADRÃO
MÉDIA
DESVIO
PADRÃO
GRUPOS
2 13,0625 4,2592 0,4344 0,1044 3
2A 25,3500 9,2433 0,5021 0,1344 1
3 22,3682 9,1689 0,4941 0,1159 2
4 34,2350 11,1898 0,5650 0,0587 1
4A 28,7900 10,8254 0,5760 0,1033 1
5 28,0478 6,9124 0,3913 0,0417 2
6A 28,1143 10,4293 0,4633 0,0896 2
6B 24,9944 10,4456 0,5111 0,1008 1
8A 23,4250 11,5406 0,4417 0,0776 2
8B 22,1917 8,9906 0,3613 0,0600 2
9 28,4667 11,7201 0,6214 0,0902 1
9A 34,0762 10,4466 0,4748 0,0999 2
10 28,4609 10,2574 0,5000 0,0889 1
11A 32,8957 10,6601 0,5783 0,0850 1
11B 28,1833 7,8135 0,6222 0,0808 1
12A 35,3783 14,6889 0,6661 0,1398 1
12B 35,9208 11,0952 0,6292 0,0806 1
13A 26,5217 9,1528 0,5391 0,0783 1
13B 27,3000 9,0990 0,4955 0,0999 2
14 20,9267 9,9136 0,3600 0,0632 2
14A 21,5714 8,6756 0,3693 0,0783 2
17 27,8478 7,0653 0,5413 0,0577 1
18 23,9000 9,6335 0,4870 0,0626 2
19 28,3296 10,9558 0,6148 0,0818 1
20B 31,0739 7,5965 0,5413 0,0577 1
20C 25,1957 9,2135 0,6000 0,0798 1
26A 28,4091 13,7346 0,4341 0,1357 2
26C 26,0150 7,6288 0,3800 0,0768 2
26D 36,2682 14,2699 0,5614 0,1154 1
26F 26,0273 12,8726 0,4682 0,0933 2
27A 20,2154 5,8609 0,3725 0,1017 2
27B 25,9682 6,7062 0,4500 0,0617 2
105
Continuação
TABELA 11 Estatística descritiva para as características morfológicas analisadas (CFF
comprimento da folha; LARG – largura da folha).
CFF
1
LARG
2
ACESSO
MÉDIA
DESVIO
PADRÃO
MÉDIA
DESVIO
PADRÃO
GRUPOS
28A 23,4636 6,9416 0,4555 0,0875 2
28B 29,2103 10,7882 0,4845 0,2000 2
28C 36,1333 8,4549 0,5604 0,0872 1
28D 29,2091 8,0933 0,4032 0,0752 2
28E 34,5958 13,2368 0,4750 0,0608 2
29 24,1579 11,7887 0,4968 0,1279 2
30A 32,2840 11,2091 0,5980 0,1005 1
30B 29,5700 10,9538 0,5500 0,1179 1
31A 24,5722 4,7128 0,5300 0,1261 1
31B 23,3550 8,6878 0,4450 0,0605 2
32A 21,2421 6,5709 0,4947 0,0848 2
32B 23,7500 7,9316 0,5050 0,0999 1
32C 28,9875 10,7668 0,5013 0,0981 1
34 22,1231 8,5608 0,6731 0,1194 1
35 14,6556 5,8520 0,4333 0,1283 3
36 28,6917 8,0031 0,5008 0,0770 1
37C 27,8765 11,6050 0,4800 0,0752 2
37D 30,8077 7,0276 0,4592 0,0511 2
Média Geral
26,9139 0,5302
1
CFF: Comprimento da Folha (cm)
2
LARG: Largura da Folha (cm)
3
GRUPOS: 1- lâminas foliares grandes e largas;2- lâminas foliares grandes e estreitas;3 lâminas foliares pequenas e
estreitas;
106
5. CONCLUSÕES
Os acessos analisados de P. nicorae não apresentam diferenças
quanto ao número cromossômico; todos os 53 acessos avaliados são
tetraplóides, com, 2n=4x=40. Existe a ocorrência de variabilidade citogenética
no nível de associações cromossômicas entre os acessos.
Não foi identificado indivíduos diplóides de P. nicorae entre os
acessos analisados.
A alta viabilidade da fertilidade de pólen sugere que estes acessos
de P. nicorae poderiam ser usados em programas de melhoramento como
progenitores masculinos em eventuais cruzamentos.
Cor de nervura central (CNEC) e bito de crescimento (HAB) foram
ineficazes para distinguir as plantas em cultivo.
132
107
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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117
7. APÊNDICES
118
APÊNDICE 1 – Valores de índice meiótico.
Acessos
tétrades
normais
díades tríades TOTAL
%
díades+tríades
ÍNDICE
MEIÓTICO
2 199 1 - 200 0,5 99,5
2A 175 15 10 200 12,5 87,5
4 188 11 1 200 6,0 94,0
6B 196 4 - 200 2,0 98,0
12A 164 31 5 200 18,0 82,0
12B 182 16 2 200 9,0 91,0
13A 193 6 1 200 3,5 96,5
13B 192 5 3 200 4,0 96,0
26C 186 6 8 200 7,0 93,0
26D 194 5 1 200 3,0 97,0
27A 177 21 2 200 11,5 88,5
28B 181 10 9 200 9,5 90,5
119
APÊNDICE 2 - Estimativa da viabilidade de grãos de pólen.
Acesso
Nº da
Lâmina
GP
Viáveis
GP
Inviáveis
Acesso
Nº da
Lâmina
GP
Viáveis
GP
Inviáveis
1 293 30 1 293 28
2 296 23 2 284 20
3 283 31 3 278 26
2
4 285 34
9
4 288 27
1 293 21 1 297 24
2 290 20 2 285 22
3 292 19 3 290 21
2A
4 298 21
9A
4 304 23
1 287 33 1 290 24
2 278 26 2 287 22
3 293 28 3 305 25
3
4 280 24
10
4 278 30
1 292 27 1 301 15
2 302 28 2 291 13
3 286 24 3 299 16
4
4 293 30
11A
4 303 18
1 285 21 1 280 22
2 282 29 2 276 26
3 312 32 3 282 34
4A
4 283 32
11B
4 288 28
1 297 21 1 303 30
2 292 25 2 286 20
3 296 27 3 290 24
5
4 286 22
12A
4 279 28
1 289 26 1 328 26
2 328 23 2 291 20
3 306 25 3 288 17
6A
4 286 28
12B
4 287 24
1 271 38 1 293 30
2 288 38 2 290 23
3 291 33 3 286 27
6B
4 281 31
13A
4 278 31
1 296 22 1 288 20
2 300 28 2 281 31
3 312 29 3 290 23
8A
4 295 24
13B
4 299 28
1 310 25 1 303 23
2 270 28 2 306 24
3 290 20 3 311 22
8B
4 325 26
14
4 284 27
120
Continuação
APÊNDICE 2 - Estimativa da viabilidade de grãos de pólen.
Acesso
Nº da
Lâmina
GP
Viáveis
GP
Inviáveis
Acesso
Nº da
Lâmina
GP
Viáveis
GP
Inviáveis
1 298 37 1 294 30
2 280 29 2 305 26
3 273 31 3 277 25
14A
4 290 29
27A
4 303 29
1 283 29 1 287 27
2 289 27 2 290 18
3 320 30 3 285 22
17
4 287 28
27B
4 294 20
1 309 23 1 275 29
2 284 25 2 280 24
3 286 26 3 290 22
18
4 293 28
28A
4 291 31
1 282 24 1 273 35
2 289 25 2 309 28
3 298 27 3 317 28
19
4 292 29
28B
4 280 32
1 305 31 1 321 28
2 292 27 2 294 18
3 287 25 3 297 22
20B
4 289 30
28C
4 332 34
1 282 20 1 280 33
2 294 22 2 290 26
3 282 29 3 285 20
20C
4 286 30
28D
4 289 32
1 309 20 1 290 20
2 303 24 2 289 24
3 311 27 3 285 22
26A
4 305 22
28E
4 293 18
1 258 43 1 281 33
2 290 16 2 281 29
3 261 42 3 288 25
26C
4 428 34
29
4 289 26
1 336 28 1 286 22
2 285 20 2 306 26
3 290 22 3 303 21
26D
4 280 26
30A
4 286 19
1 289 25 1 288 30
2 330 29 2 305 23
3 280 28 3 280 27
26F
4 287 24
30B
4 301 26
121
Continuação
APÊNDICE 2 - Estimativa da viabilidade de grãos de pólen.
Acesso
Nº da
Lâmina
GP
Viáveis
GP
Inviáveis
Acesso
Nº da
Lâmina
GP
Viáveis
GP
Inviáveis
1
324 33
1 318
23
2
307 27
2 281
26
3
298 22
3 286
29
31A
4
304 24
34
4 287
27
1
285 38
1 285
31
2
283 32
2 300
20
3
290 29
3 293
24
31B
4
287 26
35
4 288
29
1
280 20
1 291
26
2
275 28
2 290
18
3
272 26
3 285
20
32A
4
290 20
36
4 288
22
1
265 51
1 292
30
2
277 23
2 285
26
3
273 27
3 279
28
32B
4
281 32
37A
4 296
32
1
285 23
1
291 30
2
304 30
2
319 24
3
290 25
3
314 29
32C
4
272 27
37C
4
292 30
1
281 24 1 294 29
2
300 28 2 286 35
3
270 20 3 290 27
33A
4
285 25
37D
4 300 21
1 278
26
2 282
28
3 278
23
33B
4 288
22
123
APÊNDICE 3 – Valores obtidos para as características morfológicas analisadas: PIL, CBAI, NEC, HAB, CFRHS, CFCOL.
Cor/R.H.S
5
Cor/Colorímetro
6
Acesso PIL
1
CBAI
2
CNECl
3
HAB
4
R.H.S Grupo
L* a* b* Grupo
2 2 1 2 1 Green group 137B 2 40,60 -16,08 23,28 3
2A 4 1 1 1 Green group 137C 3 34,90 -8,88 11,17 3
3 1 1 1 1 Green group 137B 2 42,01 -14,07 17,22 2
4 5 2 1 1 Green group 137B 2 42,65 -13,42 15,97 2
4A 4 1 1 2 Green group 138A 4 40,75 -16,06 22,10 3
5 1 2 1 2 Greyed green group
191A 10 42,32 -10,17 9,92 1
6A 1 1 2 2 Green group 137B 2 41,38 -11,39 11,70 2
6B 5 2 2 2 Green group 137B 2 41,58 -12,73 17,07 2
8A 2 1 1 1 Greyed green group
191A 10 42,68 -11,35 12,68 2
8B 2 1 2 1 Greyed green group
191A 10 40,90 -11,08 12,68 2
9 3 2 1 1 Green group 137C 3 44,05 -16,74 23,56 3
9A 3 1 1 2 Green group 137C 3 43,63 -11,27 13,55 2
10 1 1 1 1 Greyed green group
189A 9 37,18 -11,68 13,53 2
11A 5 1 2 2 Yellow Green group
144A 6 53,46 -19,55 31,79 4
11B 4 1 1 2 Green group 137C 3 44,69 -16,27 22,40 3
12A 5 2 1 2 Green group 137C 3 42,98 -13,94 17,67 2
12B 5 1 1 1 Green group 137B 2 41,11 -12,90 16,51 2
13A 5 1 2 1 Green group 137B 2 39,60 -13,70 18,08
2
13B 5 1 1 2 Green group 137B 2 39,95 -14,19 18,13 2
14 2
1 2 2
Green group 138B 5 43,53 -12,34 17,80 2
14A 5 1 2 2 Green group 137C 3 39,88 -13,89 19,72 2
17 1 1 2 2 Greyed green group
189A 9 43,56 -11,97 11,58 2
122
124
Continuação
APÊNDICE 3 – Valores obtidos para as características morfológicas analisadas: PIL, CBAI, NEC, HAB, CFRHS,
CFCOL.
Cor/R.H.S
5
Cor/Colorímetro
6
Acesso PIL
1
Bainha
2
Nervura
Central
3
Hábito
4
R.H.S Grupo
L* a* b* Grupo
18 1 2 2 2 Green group 138A 9 43,02 -11,75 11,73 2
19 2 1 1 1 Green group 137C 3 39,14 -14,84 21,52 3
20B 3 2 1 1 Green group 137B 2 40,21 -14,83 21,51 3
20C 5 1 1 2 Yellow green group 144A 6 39,66 -12,67 19,78 2
26A 1 1 1 2 Green group 137B 2 38,82 -13,91 19,82 2
26C 2 1 1 1 Green group 137B 2 39,08 -18,04 24,93 3
26D 5 1 1 2 Green group 137C 3 43,54 -14,36 20,52 3
26F 5 1 1 2 Green group 137C 3 40,55 -13,33 17,29 2
27A 5 2 2 2 -
- -
- - - -
27B 5 1 2 2 Green group 137A 1 42,11 -15,78 23,99 3
28A 3 1 1 1 Green group 137A 1 40,46 -12,17 19,03 2
28B 3 2 1 1 Green group 138A 4 45,05 -14,77 19,19 2
28C 3 2 2 1 Green group 137C 3 40,93 -12,91 15,91 2
28D 5 1 1 1 Green group 137C 3 45,95 -14,27 23,09 3
28E 2 1 1 1 Green group 147B 8 46,54 -13,88 16,53 2
29 3 1 2 2 Yellow green group 144A 6 51,38 -20,20 32,17 4
30A 5 1 1 2 Green group 137B 2 36,44 -12,72 16,87 2
30B 5 1 2 1 Green group 137A 1 41,37 -16,70 21,01 3
31A 5 1 2 1 Green group 137B 2 36,04 -12,43 16,33 2
31B 2 1 2 1 Yellow green group 144A 6 40,44 -15,12 22,74 3
123
125
Continuação
APÊNDICE 3 – Valores obtidos para as características morfológicas analisadas: PIL, CBAI, NEC, HAB, CFRHS, CFCOL.
Cor/R.H.S
5
Cor/Colorímetro
6
Acesso Pilosidade
1
Bainha
2
Nervura
3
Central
Hábito
4
R.H.S Grupo
L* a* b* Grupo
32A 3 1 2 1 Yellow green group 144A 6 46,82 -18,35 31,50 4
32B 3 1 2 1 Green group 137C 3 42,72 -16,35 22,80 3
32C 3 1 2 1 Yellow green group 146B 7 39,52 -13,22 18,98 2
33A 5 2 2 2 Green group 137A 1 37,60 -11,97 15,65 2
33B 4 2 2 1 Green group 137A 1 37,11 -15,96 21,20 3
34 5 1 2 2 Green group 137C 3 44,56 -17,22 24,66 3
35 2 1 2 1 Green group 137B 2 40,17 -11,63 16,28 2
36 4 1 1 2 Green group 137C 3 43,52 -16,36 23,21 3
37A 1 1 1 2 Green group 137B 2 40,39 -10,78 14,25 2
37C 1 2 1 2 Green group 137C 3 39,45 -9,68 12,19 2
37D 2 2 1 2 Green group 137B 2 39,68 -9,98 14,34 2
1
pilosidade da folha1 (ausente); 2 (25%); 3 (50%); 4 (75%); 5 (100%)
2
cor da bainha – 1 (verde); 2 (violácea)
3
cor da nervura central – 1 (esbranquiçada); 2 (esverdeada)
4
hábito de crescimento – 1 (ereto); 2 (decumbente)
5
cor de folha pelo método de cartela (RHS Colour Chart) - 1 (Green Group 137A); 2 (Green Group 137B); 3 (Green Group 137C); 4 (Green Group 138A); 5 (Green Group 138B); 6
(Yellow Green Group 144A); 7 (Yellow Green Group 146B); 8 (Yellow Green Group 147B); 9 (Greyed Green Group 189A); 10 (Greyed Green Group 191A)
6
cor de folha pelo método do colorímetro - 1 (acinzentado escuro); 2 (acinzentado claro); 3 (acinzentado amarelo); 4 (amarelo)
124
125
APÊNDICE 4 – Dados meteorológicos 8
o
DISME (Instituto Nacional de Meteorologia -
Climatológicos de Superfície).
TEMPERATURA ºC
MÉDIA
MÊS MÁXIMA
MÍNIMA
MÁXIMA
MÍNIMA
PRECIPITAÇÃO TOTAL
(mm)
FEVEREIRO 36,6 16,5 30,8 20,5 167,4
MARÇO 35,4 18,4 30,3 21,9 108,9
ABRIL 33,0 9,9 37,8 18,3 38,9
127
APÊNDICE 5 - Estatística descritiva gerada pelo programa Excel para as variáveis morfológicas Número de Racemos (NRA) e Comprimento de
Racemos (CRA).
Comprimento dos racemos
Acesso
NRA
R1 R2 R3 R4 R5 R6
Média Desvio Padrão Máximo Mínimo Variância
2 4 4,9 4,0 3,2 2,7 - - 3,70 0,962635 4,9 2,7 0,926667
3 4 3,0 4,0 2,3 1,7 - - 2,75 0,988264 4,0 1,7 0,976667
4 4 4,9 4,0 2,6 2,6 3,53 1,129528 4,9 2,6 1,275833
4A 4 4,7 3,0 3,0 2,8 3,38 0,888351 4,7 2,8 0,789167
5 3 3,2 2,8 1,8 2,60 0,72111 3,2 1,8 0,52
6A 4 3,4 4,0 3,4 2,7 3,38 0,531507 4,0 2,7 0,2825
6B 5 5,2 4,2 2,1 2,0 1,4 2,98 1,631564 5,2 1,4 2,662
9 4 5,2 3,2 2,6 1,6 3,15 1,517674 5,2 1,6 2,303333
9A 4 4,0 3,7 3,3 3,0 3,50 0,439697 4,0 3,0 0,193333
10 4 4,0 2,8 2,0 2,1 2,73 0,921502 4,0 2,0 0,849167
11A 3 5,0 3,0 3,0 3,67 1,154701 5,0 3,0 1,333333
11B 4 5,8 5,3 4,0 3,6 4,68 1,043631 5,8 3,6 1,089167
12A 4 9,4 8,5 6,4 3,6 6,98 2,577305 9,4 3,6 6,6425
12B 4 6,9 6,7 6,3 5,2 6,28 0,758837 6,9 5,2 0,575833
13A 6 6,4 4,5 2,7 2,5 1,6 1,5 3,20 1,903681 6,4 1,5 3,624
13B 5 5,5 3,9 3,2 3,4 1,5 3,50 1,437011 5,5 1,5 2,065
126
127
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3
repetições por acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
2 1 1 14,5 0,4 2A 9 2 - -
2 1 2 15,1 0,4 2A 9 3 38,5
0,6
2 1 3 8,2 0,4 2A 10 1 - -
2 2 1 16,5 0,6 2A 10 2 - -
2 2 2 14,3 0,4 2A 10 3 19,3
0,6
2 2 3 12,6 0,4 2A 11 1 - -
2 3 1 19,1 0,6 2A 11 2 - -
2 3 2 11,7 0,4 2A 11 3 19,1
0,7
2 3 3 12,6 0,4 2A 12 1 - -
2 4 1 18,3 0,55 2A 12 2 - -
2 4 2 13,8 0,4 2A 12 3 15,7
0,8
2 4 3 6 0,2 3 1 1 27,5
0,5
2 5 1 18,3 0,4 3 1 2 15,8
0,6
2 5 2 14,5 0,6 3 1 3 27,5
0,5
2 5 3 5,5 0,4 3 2 1 36,4
0,5
2 6 1 - - 3 2 2 19,2
0,6
2 6 2 8 0,4 3 2 3 36,3
0,5
2 6 3 - - 3 3 1 18,5
0,5
2A 1 1 17 0,4 3 3 2 23,7
0,6
2A 1 2 8,5 0,5 3 3 3 36 0,52
2A 1 3 29,5 0,52 3 4 1 25,3
0,3
2A 2 1 22 0,4 3 4 2 27,1
0,6
2A 2 2 15,9 0,3 3 4 3 7 0,4
2A 2 3 28,5 0,6 3 5 1 22,3
0,4
2A 3 1 27,8 0,43 3 5 2 28,2
0,6
2A 3 2 22,9 0,4 3 5 3 18,2
0,35
2A 3 3 29,5 0,6 3 6 1 13,3
0,4
2A 4 1 29,3 0,4 3 6 2 24,9
0,6
2A 4 2 16 0,4 3 6 3 14,8
0,4
2A 4 3 33,9 0,6 3 7 1 4,3 0,2
2A 5 1 26 0,4 3 7 2 34,3
0,6
2A 5 2 - - 3 7 3 - -
2A 5 3 38,4 0,6 3 8 1 - -
2A 6 1 25,2 0,3 3 8 2 20,5
0,6
2A 6 2 - - 3 8 3 - -
2A 6 3 37,7 0,6 3 9 1 - -
2A 7 1 16,3 0,4 3 9 2 11 0,6
2A 7 2 - - 3 9 3 - -
2A 7 3 40,8 0,6 4 1 1 38 0,6
2A 8 1 13,2 0,3 4 1 2 13,5
0,7
2A 8 2 - - 4 1 3 30 0,5
2A 8 3 37,4 0,6 4 2 1 42,5
0,6
2A 9 1 - - 4 2 2 27,5
0,5
128
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3
repetições por acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
4 2 3 39,1 0,6 5 1 3 24,3
0,4
4 3 1 49,2 0,6 5 2 1 31,5
0,4
4 3 2 34 0,6 5 2 2 32,6
0,4
4 3 3 37 0,6 5 2 3 31,1
0,4
4 4 1 49,2 0,5 5 3 1 36,2
0,4
4 4 2 34 0,6 5 3 2 33 0,4
4 4 3 37 0,6 5 3 3 36,9
0,4
4 5 1 49,3 0,5 5 4 1 37,3
0,4
4 5 2 - - 5 4 2 34,5
0,5
4 5 3 28,5 0,6 5 4 3 35,5
0,3
4 6 1 49,3 0,6 5 5 1 33,9
0,4
4 6 2 - - 5 5 2 25 0,4
4 6 3 28,5 0,5 5 5 3 26,1
0,4
4 7 1 39,3 0,5 5 6 1 32 0,4
4 7 2 - - 5 6 2 20,9
0,4
4 7 3 22,7 0,6 5 6 3 29 0,3
4 8 1 25,6 0,5 5 7 1 24,6
0,4
4 8 2 - - 5 7 2 23,2
0,4
4 8 3 10,5 0,5 5 7 3 17,5
0,4
4A 1 1 15,6 0,5 5 8 1 13,1
0,4
4A 1 2 61 0,5 5 8 2 20 0,3
4A 1 3 26 0,5 5 8 3 - -
4A 2 1 25,5 0,6 6A 1 1 23 0,45
4A 2 2 34 0,6 6A 1 2 28,5
0,4
4A 2 3 30,5 0,4 6A 1 3 38,5
0,5
4A 5 1 34,4 0,7 6A 2 1 26 0,5
4A 5 2 - - 6A 2 2 35,6
0,5
4A 5 3 27,2 0,5 6A 2 3 38,8
0,5
4A 6 1 32,1 0,7 6A 3 1 25 0,5
4A 6 2 - - 6A 3 2 37,6
0,6
4A 6 3 20,1 0,7 6A 3 3 26,1
0,5
4A 7 1 31,8 0,7 6A 4 1 7,3 0,4
4A 7 2 - - 6A 4 2 29 0,6
4A 7 3 8,9 0,5 8A 5 1 32,5
0,6
4A 8 1 33 0,7 8A 5 2 28,7
0,5
4A 8 2 - - 8A 5 3 17,3
0,3
4A 8 3 - - 8A 6 1 26,3
0,5
4A 9 1 11,7 0,6 8A 6 2 32,3
0,4
4A 9 2 - - 8A 6 3 11 0,4
4A 9 3 - - 8A 7 1 10,5
0,4
5 1 1 18,4 0,4 8A 7 2 30,8
0,4
5 1 2 28,5 0,4 8A 7 3 13,6
0,4
129
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3
repetições por acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
8A 8 1 - - 9 11 2 - 0,7
8A 8 2 25,2 0,4 9 11 3 - -
8A 8 3 9,8 0,4 9A 1 1 24,5
0,5
8A 9 1 - - 9A 1 2 35,5
0,4
8A 9 2 10,1 0,4 9A 1 3 34,7
0,5
8A 9 3 - - 9A 2 1 32,5
0,5
8B 1 1 20 0,3 9A 2 2 32,5
0,5
8B 1 2 38,6 0,3 9A 2 3 43 0,4
8B 1 3 18,5 0,3 9A 3 1 40,1
0,52
8B 2 1 25 0,4 9A 3 2 38 0,4
8B 2 2 38,5 0,4 9A 3 3 52,3
0,5
8B 2 3 23,6 0,32 9A 4 1 39 0,4
8B 3 1 29,5 0,4 9A 4 2 32,4
0,4
8B 3 2 33,8 0,45 9A 4 3 49 0,6
8B 3 3 24,3 0,3 9A 5 1 32,9
0,4
8B 4 1 29,4 0,4 9A 5 2 - -
8B 4 2 28,3 0,4 9A 5 3 39,5
0,6
8B 4 3 21,9 0,3 9A 6 1 36 0,4
8B 5 1 22,4 0,5 9A 6 2 - -
8B 5 2 27 0,3 9A 6 3 37,2
0,65
8B 5 3 17,4 0,4 9A 7 1 26,4
0,4
8B 6 1 22,4 0,4 9A 7 2 - -
8B 6 2 27 0,3 9A 7 3 36,8
0,7
8B 6 3 17,4 0,4 9A 8 1 6,3 0,3
8B 7 1 5,8 0,4 9A 8 2 - -
8B 7 2 19 0,3 9A 8 3 35 0,5
8B 7 3 11,8 0,4 9A 9 1 - -
8B 8 1 - - 9A 9 2 - -
8B 8 2 6 0,3 9A 9 3 12 0,4
8B 8 3 19 0,4 10 1 1 23,5
0,4
8B 9 1 - - 10 1 2 21,5
0,4
8B 9 2 - - 10 1 3 16,4
0,5
8B 9 3 6 0,3 10 2 1 27,5
0,5
9 1 1 20,7 0,55 10 2 2 28,5
0,5
9 1 2 27,8 0,6 10 2 3 32,6
0,5
9 1 3 13,4 0,5 10 3 1 33 0,6
9 2 1 23,7 0,6 10 3 2 32,5
0,6
9 2 2 33 0,7 10 3 3 35,5
0,5
9 2 3 17,2 0,6 10 4 1 40,1
0,62
9 3 1 23,8 0,6 10 4 2 35,5
0,5
9 3 2 48 0,7 10 4 3 36,5
0,6
9 11 1 21,5 - 10 5 1 32,5
0,6
130
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3
repetições por acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
10 5 2 30,8 0,4 11A 10 2 8,7 0,7
10 5 3 35,5 0,6 11A 10 3 - -
10 6 1 42,3 0,5 11B 1 1 26,5
0,6
10 6 2 - - 11B 1 2 15,9
0,5
10 6 3 35,2 0,5 11B 1 3 17 0,6
10 7 1 39,3 0,6 11B 2 1 31 0,7
10 7 2 - - 11B 2 2 25,5
0,5
10 7 3 23 0,4 11B 2 3 26,5
0,6
10 8 1 28,8 0,6 11B 3 1 36,5
0,7
10 8 2 - - 11B 3 2 25,7
0,5
10 8 3 12,2 0,4 11B 3 3 33,8
0,7
10 9 1 8 0,3 11B 4 1 40,7
0,7
10 9 2 - - 11B 4 2 40,2
-
10 9 3 3,9 0,5 11B 4 3 -- 0,7
11A 1 1 24,5 0,6 11B 5 1 27 0,7
11A 1 2 30 0,4 11B 5 2 - -
11A 1 3 26 0,5 11B 5 3 33,5
0,6
11A 2 1 28,2 0,6 11B 6 1 37 0,7
11A 2 2 37,8 0,6 11B 6 2 - -
11A 2 3 39,1 0,6 11B 6 3 21 0,6
11A 3 1 36,5 0,7 11B 7 1 30,5
0,7
11A 3 2 42 0,6 11B 7 2 - -
11A 3 3 44 0,6 11B 7 3 16,5
0,6
11A 4 1 34,7 0,6 11B 8 1 22,5
0,5
11A 4 2 47 0,6 11B 8 2 - -
11A 4 3 46,5 0,7 11B 8 3 - -
11A 5 1 - - 12A 1 1 17 0,5
11A 5 2 46 0,6 12A 1 2 35,1
0,4
11A 5 3 37,5 0,7 12A 1 3 49 0,7
11A 6 1 - - 12A 2 1 27 0,62
11A 6 2 36,3 0,5 12A 2 2 45,5
0,6
11A 6 3 37,5 0,6 12A 2 3 53,7
0,8
11A 7 1 - - 12A 3 1 29,5
0,6
11A 7 2 27,3 0,5 12A 3 2 57,8
0,7
11A 7 3 38,5 0,6 12A 3 3 54,8
0,8
11A 8 1 - - 12A 4 1 39,6
0,7
11A 8 2 18,5 0,4 12A 4 2 54 0,7
11A 8 3 35,5 0,5 12A 4 3 45,2
0,8
11A 9 1 - - 12A 5 1 41 0,6
11A 9 2 10 0,5 12A 5 2 46,9
0,8
11A 9 3 24,5 0,6 12A 5 3 35,9
0,9
11A 10 1 - - 12A 6 1 38 0,7
131
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3
repetições por acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
12A 6 2 28,7 0,8 12B 11 2 - -
12A 6 3 9 0,6 12B 11 3 - -
12A 7 1 33,3 0,6 13A 1 1 22 0,5
12A 7 2 27,5 0,8 13A 1 2 3,1 0,5
12A 7 3 - - 13A 1 3 29,5
0,5
12A 8 1 22,7 0,7 13A 2 1 25,5
0,5
12A 8 2 15,5 0,6 13A 2 2 18,7
0,6
12A 8 3 - - 13A 2 3 32 0,5
12A 9 1 13A 3 1 34,5
0,6
12A 9 2 7 0,3 13A 3 2 24,7
0,5
12A 9 3 - - 13A 3 3 29 0,6
12B 1 1 25 0,6 13A 4 1 39,5
0,5
12B 1 2 44,1 0,6 13A 4 2 39,7
0,6
12B 1 3 24,5 0,5 13A 4 3 30,9
0,6
12B 2 1 32,3 0,6 13A 5 1 24 0,6
12B 2 2 52,7 0,6 13A 5 2 36,3
0,5
12B 2 3 29,6 0,6 13A 5 3 18,5
0,7
12B 3 1 42 0,6 13A 6 1 32,7
0,6
12B 3 2 54 0,7 13A 6 2 29 0,5
12B 3 3 38,2 0,6 13A 6 3 - -
12B 4 1 41,5 0,7 13A 7 1 19,5
0,6
12B 4 2 50,9 0,7 13A 7 2 31,2
0,6
12B 4 3 42,2 0,7 13A 7 3 - -
12B 5 1 37,7 0,7 13A 8 1 32,1
0,5
12B 5 2 52,8 0,7 13A 8 2 7,5 0,3
12B 5 3 35,8 0,6 13A 8 3 - -
12B 6 1 35,4 0,7 13A 9 1 30,5
0,5
12B 6 2 43 0,7 13A 9 2 - -
12B 6 3 29,7 0,7 13A 9 3 - -
12B 7 1 32,9 0,7 13A 10 1 19,6
0,5
12B 7 2 22 0,5 13A 10 2 - -
12B 7 3 - - 13A 10 3 - -
12B 8 1 32,5 0,7 13B 1 1 37,5
0,5
12B 8 2 - - 13B 1 2 14 0,3
12B 8 3 - - 13B 1 3 28,2
0,4
12B 9 1 28 0,6 13B 2 1 38 0,6
12B 9 2 - - 13B 2 2 27,3
0,4
12B 9 3 - - 13B 2 3 36,7
0,5
12B 10 1 27,5 0,6 13B 3 1 36 0,6
12B 10 2 - - 13B 3 2 35,7
0,4
12B 10 3 - - 13B 3 3 38,1
0,5
12B 11 1 7,8 0,4 13B 4 1 24,8
0,7
132
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
13B 4 2 28,7 0,4 14A 2 2 31,2
0,45
13B 4 3 32,5 0,6 14A 2 3 26,4
0,4
13B 5 1 26,5 0,5 14A 3 1 22,1
0,4
13B 5 2 15,5 0,4 14A 3 2 31,5
0,4
13B 5 3 22 0,5 14A 3 3 7,4 0,2
13B 6 1 32 0,5 14A 4 1 13,1
0,3
13B 6 2 - - 14A 4 2 30 0,3
13B 6 3 22 0,5 14A 4 3 - -
13B 7 1 35 0,5 14A 5 1 - -
13B 7 2 - - 14A 5 2 16,1
0,3
13B 7 3 15,5 0,5 14A 5 3 - -
13B 8 1 30 0,5 14A 6 1 - -
13B 8 2 - - 14A 6 2 11,8
0,42
13B 8 3 - - 14A 6 3 - -
13B 9 1 18,7 0,7 14A 7 1 - -
13B 9 2 - - 14A 7 2 11,8
0,4
13B 9 3 - - 14A 7 3 - -
13B 10 1 5,9 0,4 17 1 1 28,5
0,5
13B 10 2 - - 17 1 2 27,9
0,6
13B 10 3 - - 17 1 3 27,1
0,6
14 1 1 28 0,4 17 2 1 29,5
0,6
14 1 2 34,5 0,5 17 2 2 28 0,55
14 1 3 27,8 0,3 17 2 3 28 0,6
14 2 1 28,2 0,4 17 3 1 29,5
0,6
14 2 2 31,5 0,4 17 3 2 31,5
0,6
14 2 3 23,6 0,4 17 3 3 35,3
0,5
14 3 1 21,5 0,4 17 4 1 31,3
0,6
14 3 2 31,5 0,3 17 4 2 33 0,5
14 3 3 26 0,4 17 4 3 33,4
0,5
14 4 1 5,5 0,3 17 5 1 35,8
0,6
14 4 2 13,7 0,3 17 5 2 28,5
0,5
14 4 3 16 0,4 17 5 3 26,5
0,5
14 5 1 10,8 0,3 17 6 1 38 0,6
14 5 2 - - 17 6 2 26,9
0,5
14 5 3 4,9 0,3 17 6 3 23,1
0,5
14 6 1 - - 17 7 1 33,9
0,5
14 6 2 10,4 - 17 7 2 17,9
0,4
14 6 3 - 0,3 17 7 3 9,4 0,5
14A 1 1 16 0,3 17 8 1 26,5
0,5
14A 1 2 31,5 0,5 17 8 2 11 0,6
14A 1 3 29,7 0,4 17 8 3 - -
14A 2 1 23,4 0,4 18 1 1 27 0,5
133
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
18 1 2 10 0,4 19 6 2 34,5
0,5
18 1 3 22 0,5 19 6 3 4,1 0,6
18 2 1 22,7 0,6 19 7 1 41,6
0,7
18 2 2 33,8 0,5 19 7 2 36,4
0,5
18 2 3 31,3 0,5 19 7 3 27 0,6
18 3 1 26 0,6 19 8 1 34,5
0,7
18 3 2 39 0,5 19 8 2 32,2
0,6
18 3 3 31,2 0,5 19 8 3 12,5
0,4
18 4 1 34,8 0,5 19 9 1 20,4
0,6
18 4 2 34 0,5 19 9 2 23,2
0,7
18 4 3 31 0,5 19 9 3 - -
18 5 1 33,7 0,6 19 10 1 - -
18 5 2 4,6 0,4 19 10 2 14 0,7
18 5 3 26 0,5 19 10 3 - -
18 6 1 28,7 0,5 20B 1 1 28,5
0,6
18 6 2 9,5 0,4 20B 1 2 32,5
0,5
18 6 3 21,4 0,5 20B 1 3 26,5
0,5
18 7 1 26 0,5 20B 2 1 33,5
0,5
18 7 2 11,8 0,4 20B 2 2 36,2
0,5
18 7 3 13,1 0,4 20B 2 3 29,6
0,55
18 8 1 19,5 0,5 20B 3 1 31,8
0,6
18 8 2 - - 20B 3 2 40,9
0,6
18 8 3 - - 20B 3 3 32,8
0,5
18 9 1 12,6 0,4 20B 4 1 32,7
0,6
18 9 2 - - 20B 4 2 39 0,5
18 9 3 - - 20B 4 3 35,2
0,6
19 1 1 11 0,5 20B 5 1 32,5
0,6
19 1 2 12,4 0,7 20B 5 2 37 0,5
19 1 3 17 0,5 20B 5 3 39,4
0,5
19 2 1 26,1 0,6 20B 6 1 27,2
0,6
19 2 2 21,2 0,7 20B 6 2 41,5
0,5
19 2 3 31,5 0,6 20B 6 3 32,5
0,6
19 3 1 37,6 0,6 20B 7 1 29 0,6
19 3 2 30,7 0,7 20B 7 2 29,6
0,5
19 3 3 37,8 0,6 20B 7 3 19,5
0,6
19 4 1 37,8 0,7 20B 8 1 18,3
0,5
19 4 2 30,6 0,6 20B 8 2 9 0,4
19 4 3 42,5 0,7 20B 8 3 - -
19 5 1 39,5 0,6 20C 1 1 24,1
0,6
19 5 2 38,5 0,6 20C 1 2 31 0,6
19 5 3 27,8 0,6 20C 1 3 22,5
0,5
19 6 1 42,5 0,7 20C 2 1 32 0,6
134
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
20C 2 2 35,4 0,7 26A 6 2 27,2
0,5
20C 2 3 26,8 0,6 26A 6 3 - -
20C 3 1 37,5 0,7 26A 7 1 26,8
0,3
20C 3 2 37,3 0,6 26A 7 2 25,9
0,4
20C 3 3 10,5 0,6 26A 7 3 - -
20C 4 1 33,6 0,7 26A 8 1 26,5
0,45
20C 4 2 29,9 0,7 26A 8 2 25,4
0,4
20C 4 3 29,8 0,6 26A 8 3 - -
20C 5 1 29,5 0,6 26A 9 1 9,4 0,4
20C 5 2 13,4 0,5 26A 9 2 19 0,5
20C 5 3 34 0,6 26A 9 3 - -
20C 6 1 31,6 0,6 26A 10 1 - -
20C 6 2 - - 26A 10 2 5,1 0,2
20C 6 3 25,8 0,6 26A 10 3 - -
20C 7 1 24 0,4 26C 1 1 27,6
0,4
20C 7 2 - - 26C 1 2 35,7
0,4
20C 7 3 9,2 0,7 26C 1 3 28,5
0,3
20C 8 1 19 0,5 26C 2 1 32,1
0,3
20C 8 2 - - 26C 2 2 36,2
0,4
20C 8 3 6,7 0,5 26C 2 3 29 0,3
20C 9 1 21,5 0,6 26C 3 1 36,5
0,4
20C 9 2 - - 26C 3 2 22,9
0,4
20C 9 3 - - 26C 3 3 31,6
0,4
20C 10 1 14,4 0,7 26C 4 1 28,3
0,4
20C 10 2 - - 26C 4 2 22,9
0,4
20C 10 3 - - 26C 4 3 22,6
0,3
26A 1 1 57,5 0,6 26C 5 1 22,1
0,5
26A 1 2 21,4 0,35 26C 5 2 26,3
0,3
26A 1 3 31 0,5 26C 5 3 - -
26A 2 1 52,5 0,6 26C 6 1 27,7
0,4
26A 2 2 24,3 0,4 26C 6 2 15,4
0,5
26A 2 3 31,5 0,45 26C 6 3 - -
26A 3 1 56 0,8 26C 7 1 27 0,4
26A 3 2 24,2 0,4 26C 7 2 - -
26A 3 3 13 0,25 26C 7 3 - -
26A 4 1 39,3 0,6 26C 8 1 26,4
0,4
26A 4 2 32 0,4 26C 8 2 - -
26A 4 3 - - 26C 8 3 - -
26A 5 1 12,6 0,25 26C 9 1 17 0,5
26A 5 2 30 0,4 26C 9 2 - -
26A 5 3 - - 26C 9 3 - -
26A 6 1 34,4 0,4 26C 10 1 4,5 0,2
135
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
26C 10 2 - - 26F 5 2 21,3
0,3
26C 10 3 - 26F 5 3 33,5
0,6
26D 1 1 47,4 0,6 26F 6 1 17,5
0,45
26D 1 2 37 0,8 26F 6 2 22 0,4
26D 1 3 31,5 0,6 26F 6 3 25 0,5
26D 2 1 47,2 0,6 26F 7 1 5,8 0,4
26D 2 2 49,2 0,6 26F 7 2 13,3
0,6
26D 2 3 37,9 0,6 26F 7 3 19 0,5
26D 3 1 50 0,6 26F 8 1 - -
26D 3 2 57 0,6 26F 8 2 - -
26D 3 3 42,4 0,5 26F 8 3 5,5 0,3
26D 4 1 57,8 0,7 27A 1 1 28,6
0,42
26D 4 2 39,5 0,65 27A 1 2 19,5
0,4
26D 4 3 35,5 0,5 27A 1 3 19,2
0,4
26D 5 1 41,3 0,6 27A 2 1 26 0,4
26D 5 2 45,5 0,6 27A 2 2 25,6
0,4
26D 5 3 25,8 0,5 27A 2 3 21,4
0,4
26D 6 1 11 0,3 27A 3 1 23,5
0,5
26D 6 2 42,2 0,5 27A 3 2 19,1
0,3
26D 6 3 19,5 0,4 27A 3 3 5,5 0,1
26D 7 1 34,5 0,6 27A 4 1 20,5
0,4
26D 7 2 - - 27A 4 2 - -
26D 7 3 6 0,3 27A 4 3 - -
26D 8 1 26 0,6 27A 5 1 20,3
0,45
26D 8 2 - - 27A 5 2 - -
26D 8 3 - - 27A 5 3 - -
26D 9 1 13,7 0,6 27A 6 1 13,3
0,3
26D 9 2 - - 27A 6 2 - -
26D 9 3 - - 27A 6 3 - -
26F 1 1 35,3 0,5 27B 1 1 30,5
0,4
26F 1 2 4,8 0,4 27B 1 2 21,6
0,5
26F 1 3 42 0,4 27B 1 3 27,3
0,45
26F 2 1 39 0,6 27B 2 1 28,5
0,4
26F 2 2 21,1 0,45 27B 2 2 30 0,55
26F 2 3 39,3 0,6 27B 2 3 31,2
0,5
26F 3 1 41 0,6 27B 3 1 33,9
0,5
26F 3 2 34,7 0,4 27B 3 2 37,5
0,5
26F 3 3 43,3 0,5 27B 3 3 25 0,4
26F 4 1 32 0,5 27B 4 1 28,7
0,5
26F 4 2 20 0,4 27B 4 2 37,8
0,5
26F 4 3 43,2 0,5 27B 4 3 19,2
0,4
26F 5 1 14 0,4 27B 5 1 27,8
0,5
136
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
27B 5 2 31,2 0,5 28A 10 2 - -
27B 5 3 17,5 0,4 28A 10 3 - -
27B 6 1 22,5 0,4 28B 1 1 14,1
0,5
27B 6 2 30 0,5 28B 1 2 33,9
0,5
27B 6 3 - - 28B 1 3 35,5
0,3
27B 7 1 15,7 0,4 28B 2 1 24,3
0,45
27B 7 2 18,5 0,5 28B 2 2 33,5
0,5
27B 7 3 - - 28B 2 3 36,1
0,5
27B 8 1 17,6 0,3 28B 3 1 32,6
0,5
27B 8 2 22,9 0,4 28B 3 2 36,1
0,6
27B 8 3 - - 28B 3 3 38,3
0,6
27B 9 1 - - 28B 4 1 35,5
0,4
27B 9 2 16,4 0,4 28B 4 2 40,7
0,5
27B 9 3 - - 28B 4 3 40 0,6
28A 1 1 11,7 0,5 28B 5 1 35,5
0,5
28A 1 2 26 0,5 28B 5 2 41,8
0,5
28A 1 3 20 0,4 28B 5 3 44,6
0,6
28A 2 1 17,5 0,5 28B 6 1 32,2
0,5
28A 2 2 28,5 0,5 28B 6 2 33,5
0,6
28A 2 3 19,1 0,4 28B 6 3 38 0,5
28A 3 1 24 0,5 28B 7 1 27,4
0,4
28A 3 2 28 0,62 28B 7 2 29,5
0,5
28A 3 3 22,3 0,4 28B 7 3 34 0,5
28A 4 1 31,5 0,5 28B 8 1 27,5
0,5
28A 4 2 24,5 0,6 28B 8 2 22 0,6
28A 4 3 28,3 0,4 28B 8 3 24,5
0,4
28A 5 1 31,6 0,5 28B 9 1 19 0,6
28A 5 2 12,6 0,4 28B 9 2 9,4 0,4
28A 5 3 21,1 0,3 28B 9 3 17,7
0,5
28A 6 1 32,5 0,5 28B 10 1 4,7 0,3
28A 6 2 - - 28B 10 2 - -
28A 6 3 14,8 0,3 28B 10 3 5,2 0,2
28A 7 1 28 0,5 28C 1 1 37 0,6
28A 7 2 - - 28C 1 2 20,4
0,6
28A 7 3 9,2 0,3 28C 1 3 34,5
0,4
28A 8 1 27,5 0,4 28C 2 1 43,5
0,75
28A 8 2 - - 28C 2 2 37,1
0,5
28A 8 3 - - 28C 2 3 34,8
0,3
28A 9 1 32 0,5 28C 3 1 46,6
0,5
28A 9 2 - - 28C 3 2 44,7
0,6
28A 9 3 - - 28C 3 3 42,2
0,5
28A 10 1 25,5 0,5 28C 4 1 46,7
0,5
137
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
28C 4 2 44,8 0,6 28E 1 2 41,5
0,5
28C 4 3 37,2 0,6 28E 1 3 41,3
0,5
28C 5 1 43,5 0,6 28E 2 1 21,3
0,4
28C 5 2 38,4 0,6 28E 2 2 49,7
0,5
28C 5 3 36,5 0,5 28E 2 3 40,1
0,4
28C 6 1 39,6 0,6 28E 3 1 41,1
0,4
28C 6 2 38,3 0,5 28E 3 2 50,7
0,5
28C 6 3 30,7 0,6 28E 3 3 52,5
0,5
28C 7 1 39,2 0,6 28E 4 1 50,6
0,4
28C 7 2 32,4 0,6 28E 4 2 45,6
0,6
28C 7 3 18,8 0,6 28E 4 3 37,5
0,5
28C 8 1 39,3 0,6 28E 5 1 50,5
0,6
28C 8 2 20,8 0,6 28E 5 2 42,7
0,5
28C 8 3 - - 28E 5 3 35,3
0,5
28C 9 1 20,2 0,6 28E 6 1 34 0,5
28C 9 2 - - 28E 6 2 38 0,5
28C 9 3 - - 28E 6 3 25 0,4
28D 1 1 35,5 0,32 28E 7 1 24,6
0,4
28D 1 2 26,1 0,45 28E 7 2 32 0,5
28D 1 3 15 0,3 28E 7 3 11,1
0,4
28D 2 1 36 0,3 28E 8 1 23 0,5
28D 2 2 42,2 0,4 28E 8 2 16,7
0,5
28D 2 3 27,5 0,4 28E 8 3 - -
28D 3 1 42,3 0,4 28E 9 1 14 0,5
28D 3 2 34,5 0,5 28E 9 2 - -
28D 3 3 35,5 0,4 28E 9 3 - -
28D 4 1 36,4 0,4 29 1 1 24 0,6
28D 4 2 36,3 0,5 29 1 2 14 0,3
28D 4 3 26 0,5 29 1 3 34 0,7
28D 5 1 26 0,4 29 2 1 31,7
0,62
28D 5 2 34,8 0,5 29 2 2 33,1
0,5
28D 5 3 22,7 0,5 29 2 3 33,7
0,7
28D 6 1 21 0,4 29 3 1 37,3
0,6
28D 6 2 22,5 0,4 29 3 2 34,8
0,4
28D 6 3 33 0,4 29 3 3 10,7
0,5
28D 7 1 22,9 0,4 29 4 1 28,1
0,6
28D 7 2 25,8 0,4 29 4 2 39,4
0,5
28D 7 3 28,5 0,4 29 4 3 10,6
0,6
28D 8 1 - - 29 5 1 21,8
0,52
28D 8 2 12,1 0,2 29 5 2 38,2
0,4
28D 8 3 - - 29 5 3 - -
28E 1 1 11,5 0,4 29 6 1 15,9
0,5
138
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
29 6 2 30 0,4 30B 2 2 11,7
0,4
29 6 3 - - 30B 2 3 - -
29 7 1 6,8 0,4 30B 3 1 52,5
0,6
29 7 2 5,2 0,3 30B 3 2 - -
29 7 3 - - 30B 3 3 - -
29 8 1 - - 30B 4 1 36,4
0,6
29 8 2 9,7 0,3 30B 4 2 - -
29 8 3 - - 30B 4 3 - -
30A 1 1 18,4 0,4 30B 5 1 26,2
0,6
30A 1 2 38,2 0,5 30B 5 2 - -
30A 1 3 32,4 0,5 30B 5 3 - -
30A 2 1 42,7 0,6 30B 6 1 27,4
0,4
30A 2 2 42,3 0,5 30B 6 2 - -
30A 2 3 31,8 0,6 30B 6 3 - -
30A 3 1 43 0,6 30B 7 1 30 0,6
30A 3 2 47,5 0,5 30B 7 2 - -
30A 3 3 18,5 0,5 30B 7 3 - -
30A 4 1 46,5 0,6 30B 8 1 19,5
0,8
30A 4 2 45,3 0,6 30B 8 2 - -
30A 4 3 27 0,6 30B 8 3 - -
30A 5 1 42,7 0,7 31A 1 1 28,4
0,5
30A 5 2 21,8 0,6 31A 1 2 21,7
0,5
30A 5 3 38,2 0,55 31A 1 3 23,7
0,4
30A 6 1 43,8 0,7 31A 2 1 33 0,5
30A 6 2 34,7 0,5 31A 2 2 27,9
0,5
30A 6 3 20,8 0,6 31A 2 3 26,4
0,4
30A 7 1 40 0,7 31A 3 1 29,4
0,5
30A 7 2 24,4 0,5 31A 3 2 17,8
0,3
30A 7 3 - - 31A 3 3 28 0,5
30A 8 1 36 0,8 31A 4 1 27,3
0,4
30A 8 2 20 0,6 31A 4 2 - -
30A 8 3 - - 31A 4 3 - -
30A 9 1 26,5 0,8 31A 5 1 26,5
0,4
30A 9 2 12,8 0,7 31A 5 2 - -
30A 9 3 - - 31A 5 3 24,8
0,6
30A 10 1 11,8 0,7 31A 6 1 23,1
0,5
30A 10 2 - - 31A 6 2 - -
30A 10 3 - - 31A 6 3 23,5
0,6
30B 1 1 34,3 0,5 31A 7 1 21,5
0,6
30B 1 2 24 0,5 31A 7 2 - -
30B 1 3 - - 31A 7 3 21,7
0,7
30B 2 1 33,7 0,5 31A 8 1 14 0,7
139
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
31A 8 2 - - 32A 5 2 25,3
0,6
31A 8 3 23,6 0,7 32A 5 3 19,1
0,4
31A 9 1 - - 32A 6 1 - -
31A 9 2 - - 32A 6 2 14 0,5
31A 9 3 16,3 0,8 32A 6 3 16,5
0,4
31B 1 1 24,8 0,5 32A 7 1 - -
31B 1 2 14 0,5 32A 7 2 13 0,6
31B 1 3 32 0,5 32A 7 3 12 0,3
31B 2 1 31 0,5 32B 1 1 22,5
0,5
31B 2 2 30 0,5 32B 1 2 21,7
0,4
31B 2 3 31,4 0,5 32B 1 3 33,8
0,5
31B 3 1 31,5 0,5 32B 2 1 24 0,5
31B 3 2 38,1 0,4 32B 2 2 27,6
0,6
31B 3 3 26 0,5 32B 2 3 33,3
0,6
31B 4 1 27,1 0,5 32B 3 1 22,5
0,5
31B 4 2 32,7 0,4 32B 3 2 29,5
0,6
31B 4 3 13,9 0,4 32B 3 3 37,2
0,6
31B 5 1 23,8 0,5 32B 4 1 24,7
0,5
31B 5 2 25,4 0,4 32B 4 2 24,7
0,6
31B 5 3 - - 32B 4 3 27 0,6
31B 6 1 17,7 0,4 32B 5 1 18 0,5
31B 6 2 20,4 0,4 32B 5 2 26,9
0,6
31B 6 3 - - 32B 5 3 32,5
0,5
31B 7 1 15,2 0,4 32B 6 1 12,1
0,5
31B 7 2 15 0,3 32B 6 2 18 0,5
31B 7 3 - - 32B 6 3 20,3
0,4
31B 8 1 7,8 0,4 32B 7 1 - -
31B 8 2 9,3 0,4 32B 7 2 4,9 0,2
31B 8 3 - - 32B 7 3 13,8
0,4
32A 1 1 22,7 0,5 32C 1 1 29,2
0,5
32A 1 2 23,4 0,4 32C 1 2 35,6
0,6
32A 1 3 20,6 0,5 32C 1 3 36 0,4
32A 2 1 25,4 0,6 32C 2 1 31 0,5
32A 2 2 29,5 0,5 32C 2 2 40,8
0,62
32A 2 3 12,5 0,4 32C 2 3 40,5
0,5
32A 3 1 28,3 0,5 32C 3 1 28,1
0,5
32A 3 2 31,5 0,6 32C 3 2 37,2
0,7
32A 3 3 18,6 0,5 32C 3 3 42,9
0,6
32A 4 1 24,3 0,5 32C 4 1 15,5
0,3
32A 4 2 32,7 0,6 32C 4 2 35,7
0,5
32A 4 3 20,4 0,5 32C 4 3 29,8
0,5
32A 5 1 13,8 0,5 32C 5 1 - -
140
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
32C 5 2 24,8 0,5 34 1 2 4,9 0,6
32C 5 3 15 0,4 34 1 3 6,5 0,65
32C 6 1 - - 34 2 1 28 0,7
32C 6 2 - - 34 2 2 16,2
0,7
32C 6 3 13 0,4 34 2 3 13,9
0,7
32C 7 1 - - 34 3 1 28 0,7
32C 7 2 - - 34 3 2 20,7
0,8
32C 7 3 8,7 0,5 34 3 3 19,6
0,7
33A 1 1 27,2 0,35 34 4 1 32,1
0,7
33A 1 2 19,4 0,3 34 4 2 23,5
0,8
33A 1 3 11,5 0,3 34 4 3 22,5
0,6
33A 2 1 40,3 0,62 34 5 1 31,6
0,7
33A 2 2 19 0,4 34 5 2 28,8
0,8
33A 2 3 19,1 0,35 34 5 3 15,8
0,6
33A 3 1 39,6 0,6 34 6 1 31,5
0,7
33A 3 2 17 0,4 34 6 2 32,6
0,8
33A 3 3 - - 34 6 3 17,4
0,6
33A 4 1 36,5 0,6 34 7 1 29,5
0,7
33A 4 2 17,5 0,4 34 7 2 25,7
0,8
33A 4 3 - - 34 7 3 17,4
0,4
33A 5 1 38,8 0,6 34 8 1 22,5
0,6
33A 5 2 13,1 0,4 34 8 2 31 0,8
33A 5 3 - - 34 8 3 5 0,35
33A 6 1 33,5 0,7 34 9 1 - -
33A 6 2 19,5 0,6 34 9 2 30,2
0,8
33A 6 3 - - 34 9 3 - -
33A 7 1 28 0,7 34 10 1 - -
33A 7 2 19,5 0,4 34 10 2 13,8
0,7
33A 7 3 - - 34 10 3 - -
33A 8 1 24,9 0,7 35 1 1 5,3 0,5
33A 8 2 19,1 0,62 35 1 2 7,4 0,4
33A 8 3 - - 35 1 3 9,6 0,3
33A 9 1 15 0,8 35 2 1 14,5
0,5
33A 9 2 17 0,7 35 2 2 11,9
0,3
33A 9 3 - - 35 2 3 16,4
0,4
33A 10 1 - - 35 3 1 21,1
0,5
33A 10 2 19,1 0,8 35 3 2 12,8
0,4
33A 10 3 - - 35 3 3 19,7
0,3
33A 11 1 - - 35 4 1 25 0,5
33A 11 2 13,1 0,8 35 4 2 10,1
0,4
33A 11 3 - - 35 4 3 - -
34 1 1 26,5 0,5 35 5 1 21 0,5
141
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF
LARG
35 5 2 11,5 0,2 37A 1 2 30 0,6
35 5 3 - - 37A 1 3 27,3
0,4
35 6 1 22,5 0,4 37A 2 1 8,2 0,5
35 6 2 6,6 0,3 37A 2 2 43,5
0,7
35 6 3 - - 37A 2 3 31,8
0,4
35 7 1 15,2 0,6 37A 3 1 17,3
0,7
35 7 2 - - 37A 3 2 42,8
0,6
35 7 3 - - 37A 3 3 35,8
0,4
35 8 1 20 0,6 37A 4 1 17,2
0,6
35 8 2 - - 37A 4 2 24,7
0,5
35 8 3 37A 4 3 36 0,5
35 9 1 13,2 0,7 37A 5 1 8,2 0,3
35 9 2 - - 37A 5 2 7,8 0,6
35 9 3 - - 37A 5 3 29,5
0,5
36 1 1 26,5 0,5 37A 6 1 13,5
0,6
36 1 2 30 0,4 37A 6 2 - -
36 1 3 17 0,5 37A 6 3 - -
36 2 1 30 0,5 37A 7 1 14,2
0,6
36 2 2 34 0,4 37A 7 2 - -
36 2 3 32 0,6 37A 7 3 - -
36 3 1 41,1 0,4 37A 8 1 7 0,5
36 3 2 36,8 0,42 37A 8 2 - -
36 3 3 34,3 0,6 37A 8 3 - -
36 4 1 39,3 0,6 37C 1 1 34 0,5
36 4 2 35,9 0,6 37C 1 2 7,4 0,42
36 4 3 26,7 0,6 37C 1 3 30 0,4
36 5 1 28,5 0,5 37C 2 1 38,6
0,5
36 5 2 34,2 0,5 37C 2 2 41,1
0,52
36 5 3 30,5 0,6 37C 2 3 25 0,4
36 6 1 28 0,4 37C 3 1 39 0,6
36 6 2 34,5 0,5 37C 3 2 39,2
0,6
36 6 3 28,8 0,5 37C 3 3 16 0,4
36 7 1 17,5 0,4 37C 4 1 37,5
0,5
36 7 2 31,2 0,4 37C 4 2 40,3
0,5
36 7 3 27,8 0,5 37C 4 3 12 0,4
36 8 1 - - 37C 5 1 33,3
0,5
36 8 2 15,5 0,5 37C 5 2 32,1
0,6
36 8 3 20,5 0,6 37C 5 3 - -
36 9 1 - - 37C 6 1 19,9
0,4
36 9 2 - - 37C 6 2 17,5
0,52
36 9 3 8 0,5 37C 6 3 - -
37A 1 1 5,3 0,5 37C 7 1 - -
142
Continuação
APÊNDICE 6 - Valores obtidos para as variáveis CFF e LARG avaliadas em 3 repetições por
acesso.
ACESSOS
FOLHA
REP
CFF LARG
37C 7 2 11 0,4
37C 7 3 - -
37D 1 1 26,9 0,5
37D 1 2 19,2 0,4
37D 1 3 22,3 0,5
37D 2 1 40,4 0,5
37D 2 2 33,5 0,4
37D 2 3 30,5 0,45
37D 3 1 43,9 0,52
37D 3 2 33,5 0,4
37D 3 3 30,5 0,5
37D 4 1 35,8 0,5
37D 4 2 31,5 0,4
37D 4 3 29,8 0,4
37D 5 1 - -
37D 5 2 - -
37D 5 3 22,7 0,5
143
8. VITA
Camila Aparecida de Oliveira dos Reis, filha de Aurélio Henrique dos
Reis e Regina Aparecida de Oliveira, nasceu em 18 de novembro de 1979.
Realizou o ensino fundamental na Escola Espírito Santo e o ensino médio no
Colégio La Salle, ambos no município de Canoas - RS.
No ano de 1999 ingressou na Faculdade de Agronomia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, graduando-se no ano de 2005.
Neste período participou de atividades relacionadas à pesquisa nos
Departamentos de Plantas de Lavoura e no Departamento de Plantas
Forrageiras e Agrometeorologia.
Em 2006, ingressou como aluna no Curso de Mestrado em
Zootecnia, área de concentração Forrageiras, da Faculdade de Agronomia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
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