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CLAUDIA MORAES QUEIROZ
ESTUDO DA CONDIÇÃO PERIODONTAL EM UMA POPULAÇÃO IDOSA
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação Hospital Heliópolis, para obtenção
do título de Mestre em Ciências da Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Abrão Rapoport
SÃO PAULO
2008
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Ficha catalográfica
Queiroz, Claudia Moraes
Estudo observacional transversal da condição periodontal na
população idosa. / Claudia Moraes Queiroz; orientador Abrão
Rapoport. - São Paulo, 2008.
55 p.
Dissertação (Mestrado) – Hospital Heliópolis - Curso de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde.
1. Doenças periodontais 2. Índice periodontal
3. Odontogeriatria 4. Idoso
CDD 617.632
BLACK D64
D56
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iii
DEDICATÓRIA
Àqueles que tornam tudo possível em minha vida e que me apóiam nos momentos de maior desafio:
ao meu pai José Antonio, por ser meu exemplo de vida
à minha mãe Dagmar, pela prova de amor incondicional
à minha irmã Marília, pela compreensão e amor
ao meu namorado Caio, por toda dedicação e carinho.
Sou eternamente grata.
Amo vocês!
iv
AGRADECIMENTOS
Sem a colaboração de diversas pessoas, durante a confecção deste trabalho, nada disso seria
possível. Esforços conjuntos construíram esta obra, por isso agradeço imensamente:
Ao curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde do Complexo Hospitalar Heliópolis – HOSPHEL –
São Paulo.
Ao coordenador do Curso Prof. Dr. Abrão Rapoport, meu orientador, que me recebeu de braços
abertos, quando do meu ingresso na pós-graduação.
Aos professores do Curso de Pós-Graduação do Complexo Hospitalar Heliópolis, em especial ao Prof.
Dr. Odilon Victor Porto Denardin, que se mostrou sempre solícito.
Ao Prof. Caio Perrella de Rezende, pela excepcional ajuda e orientação durante minha vida profissional
e, acima de tudo, pelas inúmeras oportunidades que foram abertas para mim.
A todos os funcionários do Curso de Pós-Graduação do Complexo Hospitalar Heliópolis, pela atenção e
carinho despendidos em todos os dias em que estive no curso.
Aos profissionais e funcionários da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas de São Bernardo do
Campo – APCD-SBC, em especial ao Dr. Paulo César de Rezende pelo exemplo de sabedoria e ética,
e pela contribuição ao trabalho que mostrou qualidade superior à dissertação.
Aos pacientes do Curso de Odontogeriatria da APCD-SBC, pela cooperação, força de vontade e alegria
de viver.
A todos os colegas do curso, por todo o auxílio e momentos agradáveis por eles proporcionados.
À toda minha família e amigos que direta ou indiretamente contribuíram para que eu tivesse força de
vontade em persistir com o sonho da pós-graduação.
Obrigada.
v
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
pág.
Figura 1 – Gráfico da distribuição das freqüências relativas de doença periodontal, na
população do estudo ............................................................................................................... 33
Figura 2 – Gráfico da distribuição da idade em relação a doença periodontal........................ 34
vi
LISTA DE TABELAS
pág.
Tabela 1 - distribuição das freqüências absolutas e relativas do número de sextantes
avaliáveis, na população do estudo ........................................................................................ 32
Tabela 2 – distribuição do índice NTPC na população estudada, de acordo com cada
sextante avaliado......................................................................................................................
32
Tabela 3 - distribuição do índice NTPC na população estudada, de acordo com o
número de sextantes comprometidos ..................................................................................... 33
Tabela 4 - distribuição das variáveis gênero, etnia e estado civil, de acordo com a
doença periodontal ..................................................................................................................
34
vii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INTPC – Índice de Necessidade de Tratamento Periodontal das Comunidades
Mm – milímetros
OMS – Organização Mundial da Saúde
PPF – Prótese Parcial Fixa
PPR – Prótese Parcial Removível
PT – Prótese Total
viii
RESUMO
Introdução: Os avanços na área da saúde determinaram uma expectativa de vida maior com
envelhecimento populacional rápido e intenso. Apesar das práticas preventivas e restauradoras
eficazes contribuírem para a diminuição de edentados ainda observa-se padrão de saúde bucal
comprometido na população idosa. Objetivos: avaliar a freqüência de doença periodontal, em idosos,
e as suas relações com a idade, gênero, estado civil e etnia. Casuística e Método: estudo
observacional transversal com amostra de cem idosos submetidos a uma avaliação periodontal, no
período de dezembro de 2007 a fevereiro de 2008, na APCD de São Bernardo do Campo – SP. Foi
utilizado o Índice de Necessidade de Tratamento Periodontal das Comunidades “INTPC” e, de acordo
com a sua classificação, avaliada a saúde oral em normalidade, portadores de gengivite ou
periodontite. Além da estatística descritiva foram aplicados os testes de associação não paramétrico do
qui-quadrado, complementado pelo teste exato de Fischer, o teste t de Student, para amostras não
pareadas e o coeficiente de correlação de Spearman (rho). Em todas as análises foi empregado o
software estatístico SPSS 13.0 (SPSS Inc,Chicago) e o nível de significância de 5% (p< 0,05) para
rejeição da hipótese de igualdade entre os grupos. Resultados: A amostra apresentou características
demográficas com distribuição eqüitativa no sexo masculino (50%) e feminino (50%). Quanto à etnia
91% eram leucoderma e 9% melanoderma, enquanto a distribuição do estado civil mostrou 25% de
solteiros, 32% de casados, 8% de separados e 35% de viúvos. No total da amostra observou-se 64%
de periodontite e 36% de gengivite. Não foram observadas diferenças de distribuição de freqüências
em relação ao sexo, etnia e estado civil, e não foi obtida diferença entre as médias de idade dos idosos
com gengivite ou periodontite. Observou-se uma discreta redução do número de sextantes com 73%
dos idosos com menos de três sextantes. Conclusão: a freqüência de doença periodontal é elevada na
população idosa, sendo a periodontite mais freqüente que a gengivite. Não foram observadas
associações entre a ocorrência de doença periodontal e a idade, gênero, etnia ou estado civil.
Palavras-Chave: Doenças periodontais, Índice periodontal, Odontogeriatria, Idoso.
ix
ABSTRACT
Introduction: Advances in the health area study detected to longer life expectancy, resulting in a fast
and intense population aging. Despite the effective preventive and restorative strategies have been
linked to a decline in number of edentulous, we can still observe a damaged oral health in elderly
people. Aim: To evaluate the frequency of periodontal diseases in elderly patients as well as their
relation to age, gender, marital status and race. Casuistic and Methods: We used a cross-sectional
observational study including 100 elderly patients who were submitted to periodontal evaluation from
December, 2007 to February, 2008, at APCD, São Bernardo do Campo - SP. The Community
Periodontal Index of Treatment Needs (CPITN) was used, and according to its classification, oral health
could be evaluated as normal, the presence of gengivitis or periodontitis. Besides the descriptive
statistics, non-Parametric Statistical Tests (chi-square test) were applied, complemented by Fischer’s
exact test, the unpaired Student’s t test and the Spearman (rho) correlation coefficient. All analysis were
evaluated by using (ρ) with version 13.0 of Comprehensive Statistics Software, SPSS 13.0 (produced
by SPSS Inc, Chicago), 5% level of significance (p< .05) for rejection of equality hypothesis among
groups. Results: The sample had demographic characteristics equally distributed between men and
women (50% each). In terms of race 91% white and 9% black, while distribution on marital status is
25% single, 32% married, 8% divorced, 35% widowed. The total sample had 64% of periodontitis and
36% of gingivitis. No difference was observed in the distribution of frequencies related to gender, race,
and marital status, neither was any difference observed in the mean age of elderly patients with either
gingivitis or periodontitis. A discrete reduction in the number of sextants was observed, and 73% of the
elderly patients have less than three sextants. Conclusion: The frequency of periodontal disease is
high among elderly people, with higher incidence of periodontitis than gingivitis. No associations
between having periodontal disease to age, gender, race or marital status were found.
Keywords: Periodontal diseases, Periodontal index, Geriatric dentistry, Aged.
x
SUMÁRIO
pág.
Dedicatória .............................................................................................................................. iii
Agradecimentos ...................................................................................................................... iv
Lista de Ilustrações .................................................................................................................. v
Lista de Tabelas ..................................................................................................................... vi
Lista de Abreviaturas e Siglas ................................................................................................. vii
Resumo .................................................................................................................................. viii
Abstract .................................................................................................................................. ix
1. Introdução ........................................................................................................................... 1
2. Objetivos ............................................................................................................................. 4
3. Revisão da literatura ........................................................................................................... 6
3.1 Envelhecimento populacional .................................................................................. 7
3.2 Doença periodontal e envelhecimento..................................................................... 8
3.3 Saúde Bucal na população idosa ............................................................................ 20
4. Casuística e Método ........................................................................................................... 26
4.1 Casuística ................................................................................................................ 27
4.1.1 Critérios de inclusão e exclusão ................................................................ 27
4.2 Método .................................................................................................................... 28
4.2.1 Protocolo de estudo ................................................................................. 28
4.2.2 Método estatístico ..................................................................................... 30
5. Resultados .......................................................................................................................... 31
6. Discussão ........................................................................................................................... 35
7. Conclusões .......................................................................................................................... 43
8. Referências bibliográficas .................................................................................................. 45
9. Anexos ................................................................................................................................ 53
9.1 ANEXO 1 ....................................................................................................................... 54
9.2 ANEXO 2 ....................................................................................................................... 55
1. INTRODUÇÃO
2
Duarte, Castro (2001) relataram que de acordo com o IBGE, a faixa de pessoas com sessenta
anos ou mais, em 1960, era responsável por 4,8% do total da população brasileira (Acevedo, Batista,
Trentin, Civil 2001). Em 1980, esse número passou para 6,2% e em 1999 atingiu 8,7%. Mantidas as
tendências atuais, a projeção para 2025 é de que a proporção de idosos no país esteja em torno de
15%.
Marcaccini, Souza, Toledo (1997) afirmaram que tanto no Brasil como nos países
desenvolvidos, os progressos tecnológicos e os avanços dos estudos no campo da saúde
levam a um aumento na expectativa de vida do homem resultando num processo de envelhecimento
populacional rápido e intenso. O envelhecimento das populações é uma conseqüência natural do
desenvolvimento, sendo entendida por um conjunto de alterações morfológicas e fisiológicas que
ocorrem ao longo do tempo. Neste processo é possível identificar um grupo de características comuns
como alteração na composição bioquímica dos tecidos e alterações fisiológicas, que levam à uma
deteriorização progressiva, a menor capacidade de adaptação a alterações ambientais e maior
vulnerabilidade a doenças.
Marcondes e Thomsen (2005) notaram que em relação à cavidade oral, a perda dental e os
problemas que surgem em conseqüência dessa perda são situações vistas como inevitáveis no
envelhecimento. E com o surgimento de práticas preventivas e restauradoras eficazes foi observado
um declínio no número de edentados totais, estimando – se para o futuro, que mais indivíduos idosos
necessitem de tratamento periodontal.
Brunetti (2003) percebeu que a boca por não ser um órgão isolado do corpo humano, deve ser
vista como parte integrante deste, influenciando e sendo influenciada pelo organismo. E para que os
pacientes idosos recebam atendimento adequado, são fatores primordiais o conhecimento psíquico e
físico, além do conhecimento da fisiopatologia do idoso, para que assim possamos conhecer as
manifestações bucais decorrentes do envelhecimento.
3
Sahingur e Cohen (2005) relataram que as alterações gengivais mais comumente encontradas
em pacientes idosos são: diminuição da queratinização, aumento na largura da gengiva inserida com
localização constante da junção mucogengival ao longo da vida do adulto, diminuição da celularidade
do tecido conjuntivo, aumento na quantidade de substâncias intercelulares, redução no consumo de
oxigênio, além da retração e da perda de inserção gengival.
Moura, Libério, Silveira, Pereira (2004) afirmaram que em decorrência do envelhecimento, o
osso alveolar e o cemento sofrem alterações similares às que ocorrem em outros tecidos tais como, a
osteoporose, a diminuição da vascularização e a redução na capacidade metabólica de cicatrização. A
atividade de reabsorção é aumentada e o grau de formação óssea é diminuído acarretando em
aumento da porosidade óssea e maior irregularidade tanto na superfície do cemento, como do osso
alveolar voltado para o ligamento periodontal.
Pinto (1987) notou que a prevalência e a severidade da periodontite crônica do adulto aumenta
com o avançar da idade, podendo ser exacerbada nos pacientes idosos, depois de estarem
relativamente estáveis por muitos anos.
Moura et al., (2004) comentaram que algumas razões são apontadas para essas mudanças,
tais como: diminuição da destreza manual e acuidade visual, o que torna o controle do biofilme dental
menos eficiente; a redução na capacidade de defesa do sistema imunológico e o envelhecimento das
células do periodonto, que tornam o processo de cicatrização mais lento.
Costerton, Lewandowski (1995) relataram que o biofilme dental forma-se mais rapidamente em
idosos, por prováveis mudanças na composição da dieta e diminuição na quantidade de saliva
Assim sendo, considerando-se a atualidade e a importância do tema, além do pequeno número
de levantamentos bibliográficos direcionados à avaliação da doença periodontal nos idosos, justifica-se
a realização de estudo da saúde bucal da população idosa, para verificação dos principais problemas e
possibilidades de proposição de ações preventivas ou tratamentos específicos, no futuro.
2. OBJETIVOS
5
Os objetivos desta pesquisa foram:
1. avaliar a freqüência da doença periodontal, em suas diferentes formas (gengivite e
periodontite), em idosos;
2. verificar as relações das diferentes formas de doença periodontal (gengivite e
periodontite) com a idade, gênero, etnia e estado civil em idosos.
3. REVISÃO DA LITERATURA
7
3.1. ENVELHECIMENTO POPULACIONAL
Em relação à epidemiologia, Rosa, Fernandes, Pinto, Ramos (1992) relataram que o
nível de saúde bucal era precário entre os idosos que apresentam a doença periodontal.
Dini e Castellanos (1993) consideraram a real necessidade de tratamento periodontal no
Brasil, segundo levantamentos epidemiológicos em saúde bucal.
Costerton, e Lewandowski (1995) perceberam que desde 1967, mudanças demográficas
indicavam um envelhecimento populacional crescente. E essa transformação demográfica
apresentou um grande impacto na saúde oral. Desta forma, estimou que, em um futuro
próximo, 80% da prática odontológica estivesse voltada para a odontogeriatria.
Marcaccini, Souza, Toledo (1997) notaram que em 1900, 3 milhões de pessoas eram
consideradas idosas. Hoje, este número subiu para 23 milhões e em 2030, a estimativa é que
67 milhões de pessoas tenham mais de 65 anos. Percebeu assim, um declínio de
desdentados em função da melhora da qualidade de vida e do avanço da medicina, o que
num futuro faria com que mais idosos necessitassem de tratamento periodontal.
Saliba, Saliba, Marcelino, Moimaz (1999)
afirmaram que o processo de envelhecimento
populacional é real e crescente, mas as condições bucais são deficientes. Para o autor, em
2025, o Brasil será a sexta população com mais idosos no mundo.
Acevedo , Batista, Trentin, Civil (2001) constataram que a expectativa de vida aumentou
em razão dos avanços tecnológicos e ao acesso à informação, o que fez com que as
pessoas conservassem por mais tempo seus dentes, aumentando o risco da doença
periodontal.
Duarte e Castro (2001)
perceberam que
do início dos anos 80 até o final do século
XX, o crescimento da população idosa foi de mais de 100% e afirmou que, até o ano de
8
2025 seríamos a sexta maior população idosa do mundo, com mais de trinta milhões de
pessoas nesta faixa representando 15% da população total.
Brunetti (2003) considerou que os estudos epidemiológicos evidenciam o biofilme como
condição sine qua non para a instalação e desenvolvimento da doença periodontal.
Zenóbio, Toledo, Zuza (2004) afirmaram que em 1900, 3 milhões de pessoas eram
consideradas idosas. Hoje, este número subiu para 23 milhões e em 2030, a estimativa é que
67 milhões de pessoas tenham mais de 65 anos. Percebeu assim, um declínio de
desdentados em função da melhora da qualidade de vida e do avanço da medicina, o que
num futuro faria com que mais idosos necessitassem de tratamento periodontal.
Sahingur e Cohen (2005) relataram que a doença periodontal afeta entre 5 a 10% dos
adultos constituindo uma das mais comuns infecções bacterianas em humanos.
Netto, Luft, Trentin, Silva (2007) afirmaram que demograficamente, de acordo com
dados do IBGE, houve um aumento no número de idosos, bem como na estimativa de vida
dessa população no Brasil.
3 2. DOENÇA PERIODONTAL E ENVELHECIMENTO
Levy (1986) afirmou que a doença periodontal se trata de uma infecção crônica
bacteriana que afeta as estruturas de suporte dos dentes, incluindo gengiva, ligamento
periodontal e osso alveolar.
A doença periodontal, segundo Araújo, Armonia, Simone, Soares (2001) foi relatada
como uma patologia que afeta os tecidos de proteção e sustentação dos dentes, ou seja,
processos infecciosos caracterizados pela associação do acúmulo local da placa dentária,
microbiota periodontal patogênica subgengival e cálculo.
9
Duarte e Castro (2001) afirmaram que a doença se trata de uma infecção crônica
bacteriana que afeta as estruturas de suporte dos dentes, incluindo gengiva, ligamento
periodontal e osso alveolar.
Trivellato, Sallum, Line (2001) descreveram a doença periodontal como uma inflamação
crônica em resposta à presença de bactérias específicas como Porphyromonas gingivalis,
Actinobacillus actinomycetemcomitans e Bacterióides forsythus responsáveis pela destruição do
colágeno e osso.
Díaz, Elena, Pimentel (2002) constataram que a doença periodontal está incluída dentro
das enfermidades crônicas multifatoriais, onde a capacidade reduzida do hospedeiro traz como
resultado alterações no periodonto expressas por discretas inflamações gengivais e perda
óssea.
Jorgensen e Slots (2002) consideraram a doença periodontal como um processo
infeccioso iniciado pela presença da placa bacteriana colonizada por microrganismos presentes
na superfície dentária.
Yoshikawa (2002) considerou a doença periodontal como um processo infeccioso
iniciado pela presença da placa bacteriana colonizada por microrganismos presentes na
superfície dentária.
Brunetti (2003) observou que a doença é resultado de um processo interativo entre o
biofilme dental (placa bacteriana) e os tecidos periodontais através de respostas celulares e
vasculares.
Dentre os fatores de risco da doença periodontal, Marcaccini et al., (1997) afirmaram que
deve-se levar em consideração a idade, perda de inserção, profundidade de bolsa, matéria
alba acumulada, cálculo, inflamação gengival e recessão gengival. E considerou que o
desenvolvimento da doença periodontal inflamatória não se relaciona com a idade. Para o
autor, alguns fatores como medicações sistêmicas, as condições psicológicas e os distúrbios
10
endócrinos e nutricionais dos idosos também poderiam contribuir para a xerostomia
ocasionando e até agravando a doença periodontal.
Oliveira, Unfer, Costa, Arciere, Guimarães, Saliba (1998) verificaram a ocorrência de
doenças bucais ao longo da vida, como a doença periodontal, e sua forte correlação com a
idade dos indivíduos.
Armitage (1999) descreveu que devem ser considerados alguns fatores como
sobrecontorno em restaurações, abscessos gengivais, idade e higiene deficiente.
Acevedo et al., (2001) afirmaram que há algum tempo, a idade era considerada um
fator de risco para o desenvolvimento da doença periodontal. Ainda segundo o autor, os
fatores predisponentes, seriam aqueles que, na presença do biofilme bacteriano, num idoso
suscetível, poderiam desenvolver a doença periodontal, da mesma forma que em qualquer
outro paciente. Além disso, a condição de má nutrição, poderia ser considerada como fator
predisponente ao aparecimento de alterações ou infecções bucais ou sistêmicas. para o
prognóstico do tratamento periodontal.
Duarte e Castro (2001) consideraram que, além da perda da destreza, os idosos
utilizam-se de medicações como antidepressivos, anti-histamínicos, anti-hipertensivos e diuréticos
que reduzem o fluxo salivar. Esta redução (mecanismo intrínseco de limpeza dentária) somada
à higiene deficiente (mecanismo extrínseco) provocariam um grande acúmulo de placa dentária
representando um fator determinante da doença periodontal.
Trevillato et al., (2001) constataram que os fatores de risco da doença periodontal são
o cigarro, o alto nível de placa dentária, o estresse psicossocial, certos polimorfismos genéticos
e a resposta do hospedeiro.
Díaz et al., (2002) afirmaram que os fatores psicológicos como o estresse podem
interferir na condição periodontal.
11
Júnior Pucca (2002)
notou a ocorrência de doenças bucais ao longo da vida, como a
doença periodontal, e sua forte correlação com a idade dos indivíduos.
Netto (2002) considerou que, além da perda da destreza, os idosos utilizam-se de
medicações como antidepressivos, anti-histamínicos, anti-hipertensivos e diuréticos que reduzem
o fluxo salivar. Esta redução (mecanismo intrínseco de limpeza dentária) somada à higiene
deficiente (mecanismo extrínseco) provocariam um grande acúmulo de placa dentária
representando um fator determinante da doença periodontal.
Brunetti (2003) afirmou que dentre os fatores de risco, as doenças sistêmicas são
importantes modificadores da doença periodontal e o fumo também modifica a progressão e a
severidade da doença periodontal. Dentro dos fatores genéticos, a interleucina é um mediador
chave do progresso anti-inflamatório, pois modula a síntese e degradação de constituintes dos
tecidos periodontais como componentes da matriz extracelular do osso. Além disso, para o
autor, o estresse, a depressão e fatores psicossociais também poderiam estar relacionados à
doença periodontal.
Zenóbio et al., (2004) consideraram que os fatores que constituem risco para a doença
periodontal incluem o uso do tabaco, osteopenia, osteoporose, estresse, tristeza, além dos
fatores genéticos.
Ferreira, Magalhães, Moreira (2005) afirmaram que a diminuição do fluxo salivar poderia
ocasionar a doença periodontal. A perda natural da tonicidade muscular nos idosos diminuiria a
auto limpeza facilitando o acúmulo da placa e, além disso, a dificuldade motora decorrente
dessa perda provocaria uma higiene deficiente.
Marcondes e Thomsen (2005) relataram que dentre os fatores de risco, as doenças
sistêmicas são importantes modificadores da doença periodontal e o fumo também modifica a
progressão e a severidade da doença periodontal. Dentro dos fatores genéticos, a interleucina
é um mediador chave do progresso anti-inflamatório, pois modula a síntese e degradação de
12
constituintes dos tecidos periodontais como componentes da matriz extracelular do osso. Além
disso, para o autor, o estresse, a depressão e fatores psicossociais também poderiam estar
relacionados à doença periodontal.
Ronderos e Ryder (2005) notaram também que dentre os fatores de risco, as doenças
sistêmicas são importantes modificadores da doença periodontal e o fumo também modifica a
progressão e a severidade da doença periodontal.
Sahingur e Cohen (2005) observaram que os fatores de risco incluiriam o tabaco, a
predisposição genética, idade, sexo, estresse, dieta, além das condições sistêmicas.
Tibério, Santos, Ramos (2005) constataram que os fatores de risco são congênitos,
adquiridos e ambientais. Os fatores congênitos incluiriam raça, sexo, fatores genéticos/hereditários,
imunodeficiências e disfunções fagocitárias. Os fatores de risco adquiridos e ambientais
incluiriam higiene oral precária, idade, uso de medicações, cigarro, imunodeficiência adquirida,
doenças endócrinas, estresse e deficiências nutricionais. E os fatores sistêmicos, uma vez
instalada a doença periodontal, eventualmente, podem interferir na progressão da inflamação
agravando-a.
Nápoles, García, Marino, Sarabia (2006) analisaram que a falta de higiene dental,
restaurações em excesso, cáries, tabagismo, o acúmulo de placa, retrações gengivais e a
formação de bolsa levam ao desenvolvimento da doença periodontal.
Pinheiro, Sandres, Oliveira, Lima, Nulo, Rego (2006) verificaram a ocorrência de
doenças bucais ao longo da vida, como a doença periodontal, e sua forte correlação com a
idade dos indivíduos.
Silva e Saintrain (2006) relataram que a condição sistêmica, a presença de doenças
crônicas, o uso de medicamentos, a destreza, a atrição dentária, o tabagismo, além da
capacidade mental e motora do idoso são fatores que interferem no desenvolvimento da doença .
13
Ettinger (2007) consideraram que, além da perda da destreza, os idosos utilizam-se de
medicações como antidepressivos, anti-histamínicos, anti-hipertensivos e diuréticos que reduzem
o fluxo salivar. Esta redução (mecanismo intrínseco de limpeza dentária) somada à higiene
deficiente (mecanismo extrínseco) provocariam um grande acúmulo de placa dentária
representando um fator determinante da doença periodontal.
Silva, Gallo, Santos, Barão, Freitas Júnior (2007) observaram que a condição sistêmica,
a presença de doenças crônicas, o uso de medicamentos, a destreza, a atrição dentária, o
tabagismo, além da capacidade mental e motora do idoso interferem no desenvolvimento da
doença .
Em relação à severidade, progressão e prevalência da doença periodontal, Pinto (1987)
relatou que a prevalência e a gravidade da doença periodontal aumentam com a idade.
Bourgeois, Doury, Hescot (1999) observaram que a prevalência da doença periodontal
chega a 83,5% dentre os idosos (com sangramento gengival e cálculo subgengival), tendo as
mulheres, de uma forma geral, melhor saúde periodontal em relação aos homens.
Silva e Júnior Valsecki (2000) citaram que não existem doenças bucais relacionadas
diretamente à velhice.
Acevedo et al., (2001) relataram que a prevalência e a gravidade da doença periodontal
aumentam com a idade.
Araújo et al., (2001) consideraram que as variações na forma de ataque, a severidade e
as características clínicas da doença indicam diferentes formas de periodontite, que podem
apresentar aspectos microbiológicos distintos. As sucessivas alterações na relação parasita-
hospedeiro do periodonto saudável ou doente tem demonstrado uma microbiota
periodontopatogênica com diferentes microrganismos e que estaria relacionada a uma resposta
específica ativa do hospedeiro.
14
Gesser, Peres, Marcenes (2001) consideraram que a presença de cálculo, sangramento
gengival e bolsas periodontais tem altas prevalências e associam-se às condições sócio-
econômicas ruins.
Júnior Pucca (2001) perceberam que a presença de cálculo, sangramento gengival e
bolsas periodontais tem altas prevalências e associam-se às condições sócio-econômicas ruins.
Merrit, Anderson, Park, Shi (2001) constataram que a doença periodontal é tipicamente
uma doença de progressão lenta.
Trevillato et al., (2001) relataram que diferenças na prevalência e gravidade da doença
periodontal associam-se à raça, à área geográfica, ao sexo, à condição sócio-econômica e ao
nível educacional. Para o autor, o tipo e a severidade da doença seriam reflexo da
competência da resposta do hospedeiro mais do que da virulência da microflora patogênica. E
quanto a freqüência e a severidade, essas aumentam de acordo com a idade e com a higiene
oral inadequada.
Díaz et al., (2002) afirmaram que a prevalência e a gravidade da doença periodontal
relacionam-se a fatores locais e sistêmicos associados. Segundo os autores, a prevalência é
alta, vincula-se à idade e com os hábitos de higiene oral.
Lascala e Lascala (2002) observaram que a doença periodontal afeta com maior
prevalência e gravidade os adultos e idosos. Dentre as doenças periodontais, algumas afecções
podem atingir o ápice de destruição das estruturas gengivo – periodontais, eclodindo
intensamente na quarta e quinta décadas da vida.
Brunetti (2003) observou que a prevalência da doença periodontal chega a 83,5%
dentre os idosos (com sangramento gengival e cálculo subgengival), tendo as mulheres, de
uma forma geral, melhor saúde periodontal em relação aos homens.
Brunetti (2003) ainda considerou que a instalação e a progressão da doença
periodontal envolve um conjunto de eventos imunopatológicos e inflamatórios com a
15
participação dos fatores modificadores locais, sistêmicos, ambientais e genéticos. A evolução da
doença ainda é alvo de estudos devido a diferentes respostas de cada hospedeiro, dos fatores
genéticos, celulares e vasculares. Para o autor, a doença periodontal depois de instalada,
evolui de forma lenta e contínua levando à destruições severas e à perda dental.
Zenóbio et al., (2004) relataram que a prevalência e a gravidade da doença periodontal
aumentam com a idade.
Sahingur e Cohen (2005) analisaram que podem ocorrer variações individuais na
severidade e no índice de progressão da doença periodontal que não são explicados apenas
pela presença e quantidade das bactérias. Para os autores, a doença é multifatorial,
influenciada pela genética e pelo meio externo.
Tibério et al., (2005) relataram que a prevalência e a gravidade da doença periodontal
aumentam com a idade.
Em relação ao tratamento da doença periodontal, Pinto (1987) afirmou que para
promover saúde bucal, o idoso deve ter nutrição adequada, boa função mastigatória, boa
higiene, redução no consumo de açúcares refinados, ingestão maior de alimentos fibrosos,
além de profilaxias dentárias periódicas.
Dini e Castellanos (1993) constataram que o estado relativo da saúde geral no idoso
deve ser considerado no tratamento periodontal, ou seja, para a realização de raspagem,
remoção de cálculo supra e subgengival, alisamento radicular, profilaxia profissional e
doméstica, além de intervenções cirúrgicas e antibioticoterapia se necessário.
Armitage (1996) considerou que o monitoramento da terapia envolve a microbiologia da
doença e o sistema imunológico do paciente. Os microrganismos patogênicos devem ser
eliminados e o paciente deve ter retornos periódicos para controlar a doença.
Pereira, Castellanos, Silva, Watanabe, Queluz, Meneghim (1996) afirmaram que os
pacientes não apresentam visitas regulares ao dentista e manutenção periodontal.
16
Manetta, Montenegro, Brunetti (1998) citaram que a anamnese e o exame clínico
periodontal devem ser investigativos e minuciosos para a realização de um bom tratamento.
Acevedo et al., (2001) observaram que em relação à avaliação médica no idoso, os
pacientes podem sofrer de doenças crônicas, usando medicamentos capazes de modificar a
resposta ao hospedeiro ou à resistência à doença. A ingestão de medicamentos pelos idosos
altera o metabolismo e acarreta sensibilidade a drogas alterando dentes e periodonto.
Ajwani, Tervonen, Närhi, Ainamo (2001) constataram que o estado relativo da saúde
geral no idoso deve ser considerado no tratamento periodontal, ou seja, para a realização de
raspagem, remoção de cálculo supra e subgengival, alisamento radicular, profilaxia profissional
e doméstica, além de intervenções cirúrgicas e antibioticoterapia se necessário.
Araújo et al., (2001) relataram que os antibióticos podem ser utilizados como adjuntos
na eliminação dos microrganismos associados à etiologia da doença periodontal nos idosos que
não respondem à terapia convencional.
Souza, Pagani, Jorge (2001) consideraram que as ações preventivas e educativas para
os idosos são essenciais no tratamento periodontal.
Jorgensen e Slots (2002) afirmaram que o estado relativo da saúde geral no idoso
deve ser considerado no tratamento periodontal, ou seja, para a realização de raspagem,
remoção de cálculo supra e subgengival, alisamento radicular, profilaxia profissional e
doméstica, além de intervenções cirúrgicas e antibioticoterapia se necessário.
Listgarten e Loomer (2003) constataram que o correto seria identificar os
microrganismos presentes em cada caso, avaliar os possíveis fatores externos que possam
influenciar e, então, propor um planejamento e tratamento periodontal adequado para os
pacientes.
17
Zenóbio et al., (2004) notaram que o sucesso do tratamento periodontal depende de um
programa de manutenção combinado a administração de higiene pessoal e profissional
independentemente da idade, além do método preventivo que visa controlar a placa bacteriana.
Gaião, Almeida, Heukelbach (2005) consideraram que as ações preventivas e educativas
para os idosos são essenciais no tratamento periodontal.
Marsillac e Mello (2005) observaram que quanto ao tratamento periodontal, a idéia é
radical, com cirurgias, trocas de restaurações e controle caseiro da placa bacteriana.
Silva et al., (2005) relataram que as ações preventivas e educativas para os idosos são
essenciais no tratamento periodontal.
Tibério et al., (2005) consideraram que os idosos apresentam sangramento gengival,
cálculo dentário e bolsas periodontais com 4 a 5mm e mais de 6mm de forma significativa,
necessitando de tratamento odontológico periodontal preventivo.
Andrade (2006) citou que a base do tratamento periodontal consiste no debridamento
mecânico do biofilme dental, o controle da placa e eliminação dos fatores de risco.
Netto (2007) relataram que o idoso deve ser atendido com multidisciplinaridade e
prevenção dentro da periodontia.
Silva et al., (2007) observaram que o idoso deve ser atendido com multidisciplinaridade
e prevenções periodontais periódicas.
Em relação à etiologia e os microorganismos causadores da doença periodontal, Pinto
(1987) constatou que as bactérias da placa produzem toxinas que inflamam a gengiva iniciando
a doença periodontal e também que a placa pode evoluir para o cálculo dentário, que é
entendido por uma crosta rígida com superfície porosa e rugosa.
Marcaccini et al., (1997) afirmaram que o desenvolvimento da doença periodontal, quando
relacionado ao envelhecimento do periodonto, mostra-se sem correlação com o aumento da
idade, mas diretamente relacionado à suscetibilidade do paciente à doença.
18
Shinkai e Cury (2000) consideraram que dentre os fatores etiológicos que levam ao
desenvolvimento da doença periodontal, tem-se os hábitos alimentares (consumo de
carboidratos fermentáveis), a deficiência na higienização mecânica, os fatores sociais e
psicológicos, presença de infecções intraorais, desajuste em restaurações, perda de dentes,
tabagismo, alcoolismo e outros.
Araújo et al., (2001) relataram que os microrganismos causadores da doença periodontal
classificavam-se como Gram positivos e Gram negativos aeróbios e anaeróbios facultativos.
Posteriormente foram observadas algumas bactérias subgengivais, como “Porphyromonas
gingivalis”, infreqüentes no periodonto sadio. O Actinobacillus actinomycetemcomitans e a
Porphyromonas gingivallis são verdadeiros agentes infecciosos na doença periodontal, pois tem
baixa prevalência no periodonto sadio e na gengivite. Os agentes patogênicos da doença
periodontal são na grande maioria espécies anaeróbias Gram-negativas (Porphyromonas
gingivallis, Fusucabterium spp, Bacterioides forsythus e Campylobacter rectum,), algumas
espécies Gram-positivas (Eubacterium spp, Peptostreptococcus micros) e alguns Gram-negativos
facultativas (Actinobacilluss actinomycetemcomitans, Eikenella corrodens e Capnocytophaga spp).
As infecções periodontais causadas por microrganismos anaeróbios e facultativos podem ainda
ser agravadas pela presença de bactérias colonizadoras incomuns às bolsas periodontais, como
pseudomonas, estafilococos, enterococcus e leveduras. O Actinobacilluss actinomycetemcomitans
pode produzir diversas substâncias envolvidas na patogênese da doença periodontal, como a
leucotoxina, que é uma proteína ligada ao Cálcio; pode produzir um polissacarídeo responsável
pela reabsorção óssea; uma colagenase capaz de destruir o tecido conjuntivo gengival; uma
epiteliotoxina que auxilia o microrganismo na penetração das barreiras epiteliais e um fator que
suprime a resposta mitogênica linfocitária para os antígenos bacterianos; além da inibição da
leucotaxia. Estes fatores alteram a função dos polimorfonucleares, fundamentais na defesa dos
tecidos periodontais.
19
Merrit et al., (2001) observaram que dentro da homeostase ocorre a imobilização do
biofilme (principal causador da doença periodontal) que, por sua vez, oferece estabilidade para a
bactéria como nutrientes, boa temperatura, concentração mineral, oxigênio, energia e pH
satisfatório para a sua sobrevivência. Ocorre um sinergismo entre as diferentes espécies
formadas no biofilme havendo um crescimento e uma dependência metabólica entre esses
microrganismos.
Pinheiro et al. (2001) analisaram que o biofilme é a etiologia da doença periodontal,
sendo entendido como uma comunidade de bactérias aderida à uma superfície particular onde
ocorre interação de múltiplas espécies.
Brunetti (2003) relatou que o biofilme está bem estabelecido com o fator etiológico
primário da doença periodontal. A placa bacteriana é reconhecida como um biofilme microbiano.
O biofilme dental é uma comunidade bacteriana instalada em uma matriz constituída por
polímeros extracelulares, aderidas entre si ou a uma superfície sólida, como esmalte, cemento,
dentina, próteses, implantes, entre outras, e oferece uma grande proteção às bactérias,
inclusive contra antimicrobianos. As bactérias dessa estrutura agridem os tecidos periodontais
que podem responder com a quebra da homeostasia devido ao desequilíbrio decorrente do
aumento da agressão bacteriana ou diminuição das defesas orgânicas (dependendo da
virulência bacteriana). E os periodontos patógenos considerados ter forte associação na etiologia
da doença periodontal incluem: Porphyromonas gingivalis, Actinobacillus actinomycetemcomitans,
Prevotela intermédia, Tanerella forsythensis e Treponema denticola. As espécies Porphyromonas
gingivalis e Actinobacillus actinomycetemcomitans são na atualidade, os verdadeiros patógenos
periodontais.
Moura et al., (2004) consideraram que a doença periodontal pode ocorrer devido à
diminuição da destreza manual e acuidade visual do idoso, tornando o controle do biofilme
20
(principal etiologia da doença periodontal) menos eficiente. Isto também se deve à redução na
capacidade de defesa do sistema imunológico, além do envelhecimento das células do periodonto,
que tornariam o processo de cicatrização mais lento.
Sahingur e Cohen (2005) constataram que bactérias específicas são essenciais para o
início e progressão da doença periodontal, sendo que a destruição dos tecidos como
conseqüência da periodontite pode ser resultado de um desequilíbrio nos mecanismos
protetores e destrutivos do hospedeiro.
3.3. SAÚDE BUCAL NA POPULAÇÃO IDOSA
Dentre as alterações bucais que ocorrem nos idosos, Marcaccini et al., (1997) ; Acevedo
et al., (2001) ; Netto (2002) ; Moura, Libério, Silveira, Pereira (2004) ; Zenóbio et al., (2004) ;
Marsillac e Mello (2005) descreveram que a superfície periodontal do osso alveolar é recortada
e irregular e, com inserção paralela das fibras de Sharpey que sofrem um decréscimo, são
desorientadas e interrompidas. Os espaços intersticiais são grandes, vascularizados e dispostos
em áreas anteriormente ocupadas por fibras periodontais e osso. A superfície do cemento é
irregular ocorrendo maior aposição cemental, principalmente na região apical do dente. O
ligamento periodontal sofre mudanças degenerativas e atróficas similares às suturas
craniofaciais. O grau de colapso periodontal aumenta com a idade, a inflamação periodontal
progride mais rápido e o periodonto apresenta baixa cicatrização. Em relação à gengiva, os
autores citaram que o idoso apresenta diminuição da queratinização, redução ou manutenção
da qualidade de pontilhados, aumento na largura da gengiva inserida com a localização
constante da junção muco gengival através da vida do adulto, diminuição da celularidade do
tecido conjuntivo, aumento na quantidade de substâncias intercelulares, além da redução do
consumo de Oxigênio. Quanto ao ligamento periodontal, ocorre um maior número de fibras
21
elásticas, diminuição na vascularização, diminuição na atividade mitótica, fibroplasia, diminuição
no número de fibras colágenas e nos mucopolissacarídeos, aumento de mudanças
arterioescleróticas, além de relatos de aumento e diminuição na largura do ligamento. E quanto
ao osso alveolar e cemento, os autores ainda relataram que ocorrem mudanças similares ao
resto do esqueleto, incluindo osteoporose, diminuição da vascularização, redução na capacidade
metabólica de cicatrização, aumento na atividade de reabsorção e diminuição na formação
óssea resultando na porosidade óssea.
Araújo et al., (2001) observaram que os sinais clínicos da doença periodontal são:
edema tecidual, inflamação e formação de bolsas superficiais ou profundas, que sangrem
durante a sondagem; perda de suporte tecidual; inchaço na crista gengival com aumento na
secreção do fluido crevicular e perda dos tecidos de sustentação e osso alveolar.
Júnior Pucca (2002) afirmou que o idoso apresenta distúrbios degenerativos importantes
como retardo na divisão celular, diminuição da capacidade de crescimento das células e da
reparação tecidual, migração apical da inserção epitelial da gengiva, alterações no cemento
radicular, aumento da incidência de doença periodontal, gengivites, aumento da profundidade de
bolsas periodontais, mobilidade dental, migração dentária e perdas dentais em quantidade.
Ainda para o autor, a diminuição da estimulação nervosa poderia estar relacionada à perda de
elementos dentais e à manutenção da saúde periodontal, já que suas terminações nervosas
proprioceptivas colaboram na manutenção e na regulação do posicionamento mandibular. E,
com o aumento da idade, haveria um crescimento na incidência dos processos patológicos
periodontais, os sulcos gengivais tornariam-se mais profundos e ocorreria um aumento na
mobilidade e migração dentária.
Lascala e Lascala (2002) constataram que as retrações gengivais e a mobilidade dentária
são patologias típicas dos tecidos gengivoperiodontais que acometem com freqüência os idosos.
22
Isso se deve à reabsorção óssea das corticais vestibular e lingual, ocasionando a perda de
suporte biológico gengival.
Moura et al., (2004) consideraram que a maioria dos idosos apresenta dentes na região
anterior inferior devido à presença de ductos de glândulas salivares nesta região, promovendo
assim, um favorecimento na limpeza mecânica local, que resultaria na manutenção de dentes
desta região por mais tempo.
Ronderos e Ryder (2005) relataram que o envelhecimento traz perda de inserção
clínica e faz com que o osso alveolar de suporte torne-se mais prevalente, extenso e severo.
A cicatrização dos tecidos moles se faz mais lenta nos idosos devido a respostas inflamatórias
e proliferativas diminuídas ou atrasadas. Além disso, a velocidade de epitelização, a
resistência das feridas durante as primeiras fases da cicatrização e a resposta inflamatória são
reduzidas nos idosos.
Silva, Filho, Fajardo, Fernandes, Marchiori (2005) observaram que o idoso apresenta
perda de elementos dentários, atrição, redução no tamanho e na função das glândulas
salivares resultando na xerostomia, fibrose e perda da elasticidade da mucosa, candidíase,
aumento da gengiva inserida e diminuição do seu pontilhado, hipoqueratinização e redução na
celularidade do tecido conjuntivo gengival, maior espessura no cemento radicular, diminuição ou
desaparecimento do espaço pericementário e do ligamento periodontal, diminuição do rebordo
alveolar em altura e espessura, além da ocorrência de cáries radiculares e doença periodontal.
Em relação à resposta imunoinflamatória, Acevedo et al., (2001) afirmaram que idosos
saudáveis apresentam uma diminuição da função neutrofílica, incluindo a redução na
quimiotaxia, fagocitose, citotoxicidade e atividade de enzimas lisossomais. A disfunção nas
células de defesa conduziria a uma predisposição a infecções crônicas como a periodontite ou
a gengivite mais severa em seus estágios iniciais. O número total de células T não se altera
com a idade, porém apenas uma parte dessas células responde aos estímulos mitogênicos nos
23
idosos. Para o autor, o comprometimento da imunidade celular interferiria negativamente na
saúde oral, já que esse tipo de defesa age na prevenção de infecções fúngicas e virais.
Araújo et al., (2001) observaram que na gengivite e na lesão periodontal inicial, a maior
parte dos danos causados aos tecidos ocorre devido à resposta inflamatória agravada pela
presença de bactérias e seus produtos metabólicos.
Silva e Fernandes (2001) consideraram que a reação imunoinflamatória representa a
resposta do hospedeiro à microbiota do biofilme dental e aos seus produtos. Para ocorrer a
doença periodontal, as bactérias devem ser virulentas, exceder um limiar crítico de quantidade
e qualidade, vencer os microrganismos antagonistas e superar a resposta do hospedeiro. A
resposta inflamatória é a primeira defesa do organismo contra o agente agressor, é inata e
não específica. Tem -se neutrófilos, mastócitos, macrófagos, linfócitos B e T e plasmócitos. A
bolsa periodontal é a característica clínica mais importante da doença periodontal. Tem início
com a lesão do epitélio juncional e a perda da inserção conjuntiva na região dentogengival
causada pela interação da placa bacteriana e resposta tecidual. Abaixo do epitélio juncional
há uma área de fibras colágenas destruídas, que é preenchida por células inflamatórias e
edema. Ocorre perda de colágeno em função da sua destruição por colagenase. Com a perda
do colágeno, a porção apical do epitélio juncional prolifera ao longo da raiz, projetando-se em
forma de dedo. O tecido conjuntivo apresenta-se edemaciado, destruído e infiltrado por
plasmócitos, linfócitos e leucócitos dispersos. Os vasos sangüíneos estão aumentados, dilatados
e ingurgitados.
Brunetti (2003) afirmou que a reação imunoinflamatória representa a resposta do
hospedeiro à microbiota do biofilme dental e aos seus produtos. Para ocorrer a doença
periodontal, as bactérias devem ser virulentas, exceder um limiar crítico de quantidade e
qualidade, vencer os microrganismos antagonistas e superar a resposta do hospedeiro. A
resposta inflamatória é a primeira defesa do organismo contra o agente agressor, é inata e
24
não específica. Tem -se neutrófilos, mastócitos, macrófagos, linfócitos B e T e plasmócitos. A
bolsa periodontal é a característica clínica mais importante da doença periodontal. Tem início
com a lesão do epitélio juncional e a perda da inserção conjuntiva na região dentogengival
causada pela interação da placa bacteriana e resposta tecidual. Abaixo do epitélio juncional há
uma área de fibras colágenas destruídas, que é preenchida por células inflamatórias e edema.
Ocorre perda de colágeno em função da sua destruição por colagenase. Com a perda do
colágeno, a porção apical do epitélio juncional prolifera ao longo da raiz, projetando-se em
forma de dedo. O tecido conjuntivo apresenta-se edemaciado, destruído e infiltrado por
plasmócitos, linfócitos e leucócitos dispersos. Os vasos sangüíneos estão aumentados, dilatados
e ingurgitados.
Cury, Joly, Araújo, Wassall (2003) citaram que há uma constante relação das células T
com o envelhecimento sugerindo que a memória imunológica ficasse preservada e, também
que a habilidade de responder a um novo desafio antigênico é reduzida com a idade.
Cury et al., (2003) ainda relataram que a reação imunoinflamatória representa a resposta
do hospedeiro à microbiota do biofilme dental e aos seus produtos. Para ocorrer a doença
periodontal, as bactérias devem ser virulentas, exceder um limiar crítico de quantidade e
qualidade, vencer os microrganismos antagonistas e superar a resposta do hospedeiro. A
resposta inflamatória é a primeira defesa do organismo contra o agente agressor, é inata e
não específica.
Zenóbio et al., (2004) observaram que ocorre um declínio na produção de anticorpos IgM
e citocinas, além de um declínio nos sinais fenotípicos de células B e T .
Sahingur e Cohen (2005) consideraram que a reação imunoinflamatória representa a
resposta do hospedeiro à microbiota do biofilme dental e aos seus produtos. Para ocorrer a
doença periodontal, as bactérias devem ser virulentas, exceder um limiar crítico de quantidade
e qualidade, vencer os microrganismos antagonistas e superar a resposta do hospedeiro. A
25
resposta inflamatória é a primeira defesa do organismo contra o agente agressor, é inata e
não específica.
CASUÍSTICA E MÉTODO
27
Estudo observacional transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
Heliópolis, sob o número 589 (ANEXO 1).
4.1 CASUÍSTICA
Amostra de 100 indivíduos idosos com distribuição eqüitativa de participantes do sexo
masculino (50%) e feminino (50%) triados do Curso de Especialização em Odontogeriatria na
Associação Paulista de Cirurgiões – Dentistas de São Bernardo do Campo, no período de
Dezembro de 2007 a Fevereiro de 2008. Em relação à etnia 91% eram leucoderma e, apenas 9%
melanoderma, enquanto a distribuição do estado civil mostrou 25% de solteiros, 32% de casados, 8%
de separados e 35% de viúvos. A média de idade dos participantes foi de 72 anos com um desvio
padrão de nove anos. O limite inferior de idade foi de 66 anos e o superior de 99 anos. Não foram
observadas diferenças de idade em relação ao gênero, etnia, evidenciando a homogeneidade da
amostra. Quanto ao estado civil foi observado de os participantes solteiros tinham média de idade
significativamente menor do que os participantes viúvos (69 ± 8 anos versus 78 ±9 anos; p < 0,001).
4.1.1Critérios de inclusão e exclusão
Todos os participantes foram submetidos a uma entrevista, para obtenção de dados de história
clínica e demográficos e uma avaliação clínica periodontal. Foram incluídos no estudo, idosos com 60
anos ou mais idade e com renda familiar de até três salários mínimos. Todos os selecionados
para participar do estudo eram dentados ou parcialmente dentados.
Os participantes poderiam ser portadores de Prótese Total unitária superior ou inferior
(PT), Prótese Parcial Removível superior e/ou inferior (PPR), Prótese Parcial Fixa superior e/ou
inferior (PPF), ou Prótese Parcial Provisória (superior e/ou inferior). Entraram no estudo,
indivíduos do gênero masculino ou feminino independentes ou parcialmente dependentes sem
comprometimento da capacidade motora dos membros superiores, indivíduos analfabetos que
28
tivessem um cuidador ou um responsável (parente, enfermeiro) para lerem o termo de consentimento
livre e esclarecido para os mesmos, permitindo o entendimento e concordância em participar da
pesquisa proposta.
A presença de co-morbidades não foi considerada critérios de exclusão, desde que essas
doenças não interferissem ou tornassem deficiente a capacidade motora dos membros
superiores, comprometendo assim, a higiene dental dos idosos.
Foram excluídos do estudo, pacientes com idade inferior a 60 anos, com qualquer
comprometimento motor, com alguma desordem sistêmica que prejudicasse a sua capacidade
motora dos membros superiores, pacientes com deficiência mental (triados com auxílio do mini
exame mental, ou seja, “mini mental”), em tratamento ortodôntico, edentados totais, pacientes com
implantes e próteses sobre implantes (overdenture), portadores de Prótese total dupla (PT)
superior e inferior, indivíduos analfabetos sem seu cuidador ou responsável e por fim, os pacientes
que não concordarem com o termo de consentimento livre e esclarecido.
4.2 MÉTODO
4.2.1 Protocolo de estudo
Os pacientes incluídos foram submetidos a um exame clínico periodontal. Para tal, utilizou-se
uma ficha clínica periodontal, mais especificamente o Índice de Necessidade de Tratamento
Periodontal das Comunidades “INTPC” (ANEXO 2). O exame clínico foi realizado por um especialista
nesta área (periodontista), Dr. Caio Perrella de Rezende, para avaliação do grau da doença
periodontal nesses pacientes específicos.
Os materiais utilizados para a avaliação do índice INTPC foram: 01 sonda exploradora
milimetrada (Hu-Friedy) e 01 espelho clínico n° 05 (Dentoflex), ambos embalados e esterelizados
em autoclave individualmente para cada paciente (o total da amostra foram 100 pacientes). No caso
29
do indivíduo portador de qualquer tipo de aparelho protético, para a sua remoção, durante a
avaliação periodontal, foram utilizados guardanapos de papel descartáveis para descanso das
próteses.
Foram utilizados pelo cirurgião – dentista, gorro descartável, máscara descartável e luvas
de procedimento descartáveis para cada paciente avaliado. Se necessário, compressas de
gases estiveram disponíveis para limpeza imediata (de fluidos e sangue) dos instrumentais
utilizados durante o exame periodontal.
Sumariamente, esse índice corresponde a um número classificado de um a quatro, diretamente
relacionado com a profundidade das bolsas periodontais. Esse registro das condições periodontais
foi feito da seguinte forma :
X = sextante excluído
0 = sextante hígido
1 = sextante com presença de sangramento à sondagem
2 = presença de cálculo supra ou sub – gengival
3 = bolsas periodontais de 4 a 5mm
4 = bolsa periodontal de 6mm de profundidade ou mais.
Segundo Oliveira AGRC, Unfer B, Costa ICC, Arciere RM, Guimarães LOC, Saliba NA
(1998), especificamente, o código 1 é conferido a um sextante sem bolsas, cálculos ou restaurações
com sobrecontorno, porém com ocorrência de sangramento após sondagem delicada em uma ou
várias unidades gengivais (gengivite). O código 2 é atribuído a um sextante caso não haja bolsas que
excedam 3mm, porém sejam vistos nas margens gengivais ou sob as mesmas, cálculos dentais
e fatores de retenção de placa bacteriana (gengivite). Em relação ao código 3, este representa um
sextante que abriga bolsas de 4-5mm de profundidade (periodontite). E o código 4 é atribuído a um
sextante que abriga bolsas de 6mm de profundidade ou mais (periodontite).
30
Desta forma, ainda segundo Oliveira AGRC et al (1998), os idosos que apresentarem em seu
exame clínico periodontal, sextantes classificados com códigos 1 ou 2 serão considerados pacientes
com “gengivite”, onde não há a presença de bolsa periodontal. E aqueles que apresentarem sextantes
classificados com códigos 3 ou 4 serão considerados pacientes com “periodontite”, onde há a presença
de bolsa periodontal.
4.2.2 Método estatístico
A caracterização dos participantes foi contemplada pela estatística descritiva com
apresentação de gráficos de tabelas de distribuição das freqüências das variáveis relacionadas com o
número de sextantes avaliáveis e a presença de doença gengival (gengivite e periodontite).
A análise estatística das associações entre variáveis qualitativas (comprometimento de
sextantes avaliáveis, índice NTPC, doença periodontal e características demográficas – sexo, etnia,
estado civil) foi obtida pela aplicação do teste de associação não paramétrico do qui-quadrado,
complementado pelo teste exato de Fischer, nas situações em que a freqüência esperada de alguma
das associações fosse menor do que cinco. Para avaliação da participação da idade na distribuição de
doença periodontal foi utilizado o teste t de Student, para amostras não pareadas.
As correlações entre o índice NTPC e o número de sextantes comprometidos foi avaliada pelo
coeficiente de correlação de Spearman (rho) com emprego do software estatístico SPSS 13.0 (SPSS
Inc,Chicago).
Em todas as situações foi considerado o nível de significância de 5% (p< 0,05) para rejeição da
hipótese de igualdade entre os grupos estudados.
5. RESULTADOS
32
A tabela 1 apresenta os resultados dos números de sextantes avaliáveis. Observa-se uma
discreta redução do número de sextantes com 73% dos participantes apresentando menos de três
sextantes.
Tabela 1 – Distribuição das freqüências absolutas e relativas do número de
sextantes avaliáveis, na população do estudo.
Freqüências
Absoluta (n) Relativa (%)
Número de
sextantes
avaliados
1 sextante 26 26%
2 sextantes 17 17%
3 sextantes 28 28%
4 sextantes 6 6%
5 sextantes 6 6%
6 sextantes 17 17%
A tabela 2 descreve a distribuição do índice NTPC, de acordo com os sextantes avaliados. Foi
observada uma diferença significativa na distribuição do índice NTPC em relação ao número de
sextantes, com freqüência menor de comprometimento 3 e 4 nos casos de presença de até dois
sextantes.
Tabela 2 - Distribuição do índice NTPC na população estudada, de acordo com cada sextante
avaliado.
Índice NTPC
Sextantes
X 0 1 2 3 4
1 56% 0% 3% 22% 15% 4%
2 51% 0% 11% 27% 9% 2%
3 59% 0% 2% 17% 20% 2%
4 52% 0% 1% 23% 18% 6%
5 27% 0% 7% 35% 25% 6%
6 55% 0% 1% 22% 17% 5%
x
2
= 52,81; p < 0,001
Esta diferença permaneceu significativa quando se avaliou apenas os sextantes
comprometidos (índices de 1 a 4), conforme demonstrado na tabela 3.
33
Tabela 3 – Distribuição do índice NTPC na população estudada, de acordo com o número de
sextantes comprometidos.
Sextantes
Índice
NTPC
1 2 3 4 5 6
1 12% 44% 8% 4% 28% 4%
2 15% 18% 12% 16% 24% 15%
3 15% 9% 19% 17% 24% 16%
4 16% 8% 8% 24% 24% 20%
x
2
= 27,17; p = 0,038
Apesar desta tendência de aumento dos índices com o número de sextantes presentes não foi
evidenciada correlação entre estas duas variáveis (rho = 0,131, p = 0,194).
No total da amostra estudada foi observada uma maior freqüência de periodontite (64%) em
relação a gengivite (36%), conforme mostra a figura 1.
gengivite periodontite
70
60
50
40
30
20
10
0
doença periodontal
Freqüência relativa (%)
Figura 1 – Gráfico da distribuição das freqüências relativas de doença
periodontal, na população do estudo.
gengivite periodontite
70
60
50
40
30
20
10
0
doença periodontal
Freqüência relativa (%)
Figura 1 – Gráfico da distribuição das freqüências relativas de doença
periodontal, na população do estudo.
A tabela 4 apresenta a distribuição das freqüências de gengivite e periodontite segundo as
características da população. Não foram observadas diferenças de distribuição de freqüências em
relação ao sexo, etnia e estado civil (p > 0,05). Também não foi obtida diferença entre as médias de
idade dos participantes com gengivite ou periodontite (t = -0,33; p = 0,974)
34
Tabela 4 – Distribuição das variáveis gênero, etnia, estado civil e
idade, de acordo com a doença periodontal.
Doença periodontal
Variáveis
gengivite periodontite
Total
Gênero
NS
Masculino 15 35 50
Feminino 21 29 50
Etnia
NS
Leucoderma 35 56 91
Melanoderma 1 8 9
Estado civil
NS
Solteiro 4 21 25
Casado 14 18 32
Separado 3 5 8
Viúvo 15 20 35
Idade
NS
Média ± desvio padrão 72 ± 8 73 ± 9 72 ± 9
Total 36 64 100
NS
= diferença não significativa (p > 0,05)
A figura 2 ilustra a distribuição das idades em relação a classificação de doença periodontal, na
população estudada.
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
0,5 1 1,5 2 2,5
gengivite periodontite
doença periodontal
Idade (anos)
Figura 2 – Gráfico da distribuição da idade em relação
a doença periodontal.
100
90
80
70
60
50
n = 36
72 ± 8 anos
n = 64
73 ± 9 anos
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
100
0,5 1 1,5 2 2,5
gengivite periodontite
doença periodontal
Idade (anos)
Figura 2 – Gráfico da distribuição da idade em relação
a doença periodontal.
100
90
80
70
60
50
n = 36
72 ± 8 anos
n = 64
73 ± 9 anos
6. DISCUSSÃO
36
Em relação à epidemiologia, o nível de saúde bucal é precário entre os idosos que
apresentam a doença periodontal, havendo real necessidade de tratamento periodontal no Brasil
. (Acevedo et al., 2001
; Dini e Castellanos, 1993
; Duarte e Castro, 2001
; Marcaccini et al., 1997;
Netto, 2002
; Rosa et al., 1992; Sahingur e Cohen, 2005;
Saliba e Saliba , 1999
; Zenóbio et al.,
2004)
.
Todos os autores acima citados sugerem que frente aos avanços tecnológicos e ao acesso à
informação há um aumento na expectativa de vida, além de grandes mudanças demográficas que
causam impacto na saúde oral. Dessa forma, as pessoas passam a conservar por mais tempo seus
dentes, aumentando o risco da doença periodontal e ocasionando maior necessidade de tratamento
periodontal.
No estudo realizado, observou-se que 73% dos participantes da pesquisa apresentaram
discreta redução do número de sextantes avaliáveis. Os elementos dentais remanescentes,
mostraram-se, na grande maioria, com saúde periodontal precária concordando com a maioria dos
autores citados e, demonstrando real necessidade de prevenção e tratamento específico.
Estudos epidemiológicos evidenciam que o biofilme é condição sine qua non para a
instalação e desenvolvimento da doença periodontal (Brunetti, 2003; Jorgensen e Slots, 2002
Yoshikawa, 2002)
, o que vai de acordo com o trabalho realizado, pois durante o exame periodontal
(sondagem) de cada idoso, os mesmos apresentavam-se com placa dental e condições de
higiene ruins.
A doença periodontal é uma patologia que afeta os tecidos de proteção e sustentação
dos dentes, ou seja, é um processo infeccioso caracterizado pela associação do acúmulo local
da placa dentária, microbiota periodontal patogênica subgengival e cálculo (Araújo et al., 2001).
Mas além disso, outros fatores encontrados durante o exame clínico da amostra total, como
cigarro, comprometimento sistêmico, xerostomia e outros podem contribuir indiretamente para a
alteração dos tecidos periodontais.
37
A diversidade das espécies bacterianas na microbiota periodontal, a variação individual
da flora e a resposta do hospedeiro às bactérias são algumas das razões para a etiologia da
doença periodontal não ter sido estabelecida de modo muito claro (Araújo et al., 2001).
A doença periodontal está incluída dentro das enfermidades crônicas multifatoriais, onde
a capacidade reduzida do hospedeiro traz como resultado alterações no periodonto expressas
por discretas inflamações gengivais e perda óssea . Há controvérsias em relação a importância
das bactérias, aos fatores locais que facilitam sua multiplicação e as influências sistêmicas na
etiologia da doença periodontal (Díaz et al., 2002).
A definição da doença periodontal é sugerida como uma enfermidade crônica que leva à
destruição dos tecidos de suporte dentário, incluindo gengiva, ligamento periodontal e osso alveolar,
mas que obrigatoriamente necessita da presença da placa bacteriana local (biofilme) aderida à
superfície dental para acontecer (Araújo et al., 2001; Díaz et al., 2002). Isto confirma os resultados
obtidos na amostra total do trabalho, onde a periodontite esteve presente em 64% dos casos e a
gengivite em 36% confirmando a presença de algum fluido gengival em suas superfícies
dentárias durante o exame periodontal .
Dentre os fatores de risco da doença periodontal, deve-se levar em consideração a
perda de inserção, profundidade de bolsa, matéria alba acumulada, cálculo e inflamação
gengival. Alguns fatores como medicações sistêmicas, as condições psicológicas e os distúrbios
endócrinos e nutricionais dos idosos podem contribuir para a xerostomia ocasionando e até
agravando a doença periodontal (Brunetti, 2003). Isto vai de acordo com este estudo, pois os
pacientes triados com alterações sistêmicas em uso de antidepressivos, ansiolíticos, diuréticos e
antihipertensivos apresentavam-se com xerostomia, com menor quantidade de saliva e mais
cáries radiculares e doença periodontal.
A doença periodontal apresenta correlação com a idade e com a presença de fatores
predisponentes existentes nos idosos (Acevedo et al., 2001 Armitage, 1999; Júnior Pucca, 2002
;
38
Oliveira et al., 1998; Sahingur e Cohen, 2005) e na pesquisa realizada, a doença periodontal esteve
presente em 64% dos casos confirmando este dado acima citado.
Os adultos sofrem destruição periodontal avançada e a idade não representa um fator
de risco para a periodontite. A idade pode produzir alguma perda de inserção periodontal, mas
isto poderia ser totalmente compatível com a saúde e a função. Dessa forma, a periodontite
não seria uma conseqüência natural da idade, nem a principal causa da perda dentária. As
mudanças observadas no periodonto e atribuídas unicamente à idade não seriam suficientes
para conduzir a perda dentária (Acevedo et al., 2001). Nos resultados obtidos da pesquisa, a
idade mostrou-se como um fator de risco importante (64% periodontite e 36% gengivite)
podendo estar associada a outros fatores cumulativos como placa dentária, cigarro, atrição,
higiene oral deficiente e outros para o desenvolvimento da doença periodontal.
Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença periodontal, há uma discordância
em relação à idade, pois esta pode ter relação direta com a doença periodontal, argumentando a
perda natural da tonicidade muscular, a conseqüente diminuição da auto limpeza facilitando o
acúmulo da placa e, além disso, a dificuldade motora decorrente dessa perda ocasionando uma
higiene deficiente e a perda dentária. E, por outro lado, a literatura mostra que a idade sozinha
não representa um fator de risco para a periodontite, pois a perda de inserção existente seria
totalmente compatível com a saúde e a função. No trabalho, os resultados obtidos foram 64% de
idosos com periodontite e 36% com gengivite.
Em relação aos fatores de risco da doença, devem ser considerados sobre-contornos em
restaurações e higiene deficiente (Armitage, 1999), além da perda da destreza e redução do fluxo
salivar pelo uso de medicações para controle de doenças sistêmicas. Esta redução (mecanismo
intrínseco de limpeza dentária) somada à higiene deficiente (mecanismo extrínseco) provocaria
um grande acúmulo de placa dentária representando um fator determinante da doença
periodontal (Duarte e Castro, 2001; Ferreira et al., 2005; Nápoles et al., 2006; Netto, 2002), o que
39
vai de acordo com os resultados obtidos, pois os idosos avaliados não realizam visitas periódicas
de manutenção ao cirurgião - dentista, não recebem cuidados odontológicos preventivos e
especializados para a idade (manoplas, escovas elétricas e outros), se utilizam de medicações
sistêmicas simultâneas (ocasionando a xerostomia), e apresentam déficit de higiene bucal em
função da própria idade.
Os fatores de risco da doença periodontal são o cigarro (Brunetti, 2003 Díaz et al.,
2002 Ronderos e Ryder, 2005; Sahingur e Cohen, 2005; Trevillato et al., 2001; Zenóbio et al.,
2004), o alto nível de placa dentária, o estresse psicossocial (Trevillato et al., 2001) e a resposta
do hospedeiro (Brunetti, 2003; Díaz et al., 2002; Ronderos e Ryder, 2005; Trevillato et al., 2001;
Zenóbio et al., 2004), que interferem na progressão da inflamação, agravando-a (Tibério et al.,
2005). Os fatores de risco acima citados foram encontrados na amostra estudada confirmando
sua interferência no desenvolvimento e agravamento da doença periodontal.
O desenvolvimento da doença periodontal, quando relacionado ao envelhecimento do
periodonto, mostra-se sem correlação com o aumento da idade, mas diretamente relacionado à
suscetibilidade do paciente à doença e à presença de fatores locais associados (Marcaccini et al.,
1997). No trabalho realizado, a periodontite ocorreu em 64% dos participantes, enquanto que a
gengivite ocorreu em 36% dos idosos estudados.
A presença da placa dental, a matéria alba, o cigarro, a idade, a resposta do hospedeiro, a
presença de doenças sistêmicas, o uso de medicações, a xerostomia, a perda da destreza manual, e a
higiene deficiente são os principais fatores de risco para o surgimento e desenvolvimento da doença
periodontal e os resultados apresentados neste trabalho confirmam estas afirmações.
Quanto à prevalência da doença periodontal, esta chega a 83,5% dentre os idosos (com
sangramento gengival e cálculo subgengival), tendo as mulheres, de uma forma geral, melhor
saúde periodontal em relação aos homens (Bourgeois et al., 1995; Brunetti, 2003). Isto confirma
40
os resultados da amostra total, onde a periodontite apresentou-se com maior freqüência nos idosos
do sexo masculino e a gengivite no sexo feminino.
Não existem doenças bucais relacionadas diretamente à velhice (Silva e Júnior Valsecki,
2000), mas estas podem estar associadas à fatores de risco como mostram os resultados da
pesquisa, onde a doença periodontal esteve presente em 64% dos idosos avaliados.
A prevalência e a gravidade da doença periodontal aumentam com a idade (Acevedo et
al., 2001; Pinto, 1987
; Tibério et al., 2005; Trevillato et al., 2001; Zenóbio et al., 2004) e com a
higiene oral inadequada, além de outros fatores locais associados (Trevillato et al., 2001)
concordando com os resultados apresentados.
A doença periodontal afeta com maior prevalência e gravidade os adultos e idosos.
Dentre as doenças periodontais, algumas afecções podem atingir o ápice de destruição das
estruturas gengivo – periodontais, eclodindo intensamente na quarta e quinta décadas da vida
(Lascala e Lascala , 2002), o que vai de acordo com o resultado da pesquisa.
A presença de cálculo, sangramento gengival e bolsas periodontais tem altas
prevalências e associam-se às condições sócio-econômicas ruins (Díaz et al., 2002; Gesser et al.,
2001; Júnior Pucca, 2001; Trevillato et al., 2001) confirmando os resultados apresentados onde os
participantes tinham renda familiar de até três salários mínimos.
A prevalência e a gravidade da doença periodontal estão relacionadas à idade, à higiene oral
inadequada e às condições sócio-econômicas ruins. Além disso, a literatura mostra que a doença
acomete mais homens do que mulheres, o que confirma os resultados do presente trabalho onde 64%
dos idosos tinham periodontite e 36% tinham gengivite, sendo que mais homens apresentaram-
se com periodontite e mais mulheres apresentaram-se com gengivite.
Em relação à anatomia do periodonto, os sinais clínicos da doença periodontal são: edema
tecidual, inflamação e formação de bolsas superficiais ou profundas, que sangrem durante a
sondagem; perda de suporte tecidual; inchaço na crista gengival com aumento na secreção do
41
fluido crevicular e perda dos tecidos de sustentação e osso alveolar (Araújo et al., 2001;
Lascala e Lascala , 2002) confirmando os achados clínicos durante a realização do exame periodontal
(edema, sangramento, bolsas, fluido gengival e outros) e os resultados do trabalho apresentado.
A maioria dos idosos apresenta dentes na região anterior inferior devido à presença de
ductos de glândulas salivares nesta região, promovendo assim, um favorecimento na limpeza
mecânica local, que resultaria na manutenção de dentes desta região por mais tempo (Moura
et al., 2004; Pereira et al., 1996). Esta situação clínica também foi constatada durante a pesquisa e se
confirma nos resultados obtidos.
Dentre os fatores etiológicos que levam ao desenvolvimento da doença periodontal,
tem-se os hábitos alimentares (consumo de carboidratos fermentáveis), a deficiência na
higienização mecânica, os fatores sociais e psicológicos, presença de infecções intraorais,
desajuste em restaurações, perda de dentes, tabagismo, alcoolismo e outros (Shinkai e Cury,
2000), o que confirma os resultados obtidos na pesquisa.
As mudanças periodontais podem ocorrer devido à diminuição da destreza manual e
acuidade visual, tornando o controle do biofilme menos eficiente. Isto também se deve à
redução na capacidade de defesa do sistema imunológico, além do envelhecimento das
células do periodonto, que tornariam o processo de cicatrização mais lento (Moura et al., 2004),
confirmando os resultados observados no presente trabalho.
Dentre a etiologia da doença periodontal, a importância da presença dos microorganismos que
compõem a placa dental, a deficiência da destreza manual do idoso e sua conseqüente higiene oral
prejudicada, a acuidade visual, restaurações mal adaptadas e com excesso de material, além do
tabagismo, que geralmente favorecem o surgimento e desenvolvimento da doença periodontal
confirmando os resultados obtidos no trabalho em questão que mostra a precariedade das condições
bucais.
42
Os pacientes não apresentam visitas regulares ao dentista (Pinheiro et al., 2006), o que
pode ser comprovado através dos resultados do trabalho, onde 64% dos idosos apresentam-se com
periodontite instalada e 36% com gengivite.
As ações preventivas multidisciplinares e educativas para os idosos são essenciais
(Gaião et al., 2005; Silva et al., 2005; Souza et al., 2001), e isto pode ser observado nos resultados
da pesquisa em questão, que expõem a precariedade da saúde periodontal.
7. CONCLUSÕES
44
Os resultados encontrados neste estudo permitem concluir que:
1. a freqüência de doença periodontal é elevada na população idosa, sendo a
periodontite mais freqüente que a gengivite;
2. não foram observadas associações entre a ocorrência de doença periodontal e a
idade, gênero, etnia ou estado civil.
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ed. São Paulo: Editora
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9. ANEXOS
54
9.1 ANEXO 1
55
9.2 ANEXO 2
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