39
vai de acordo com os resultados obtidos, pois os idosos avaliados não realizam visitas periódicas
de manutenção ao cirurgião - dentista, não recebem cuidados odontológicos preventivos e
especializados para a idade (manoplas, escovas elétricas e outros), se utilizam de medicações
sistêmicas simultâneas (ocasionando a xerostomia), e apresentam déficit de higiene bucal em
função da própria idade.
Os fatores de risco da doença periodontal são o cigarro (Brunetti, 2003 Díaz et al.,
2002 Ronderos e Ryder, 2005; Sahingur e Cohen, 2005; Trevillato et al., 2001; Zenóbio et al.,
2004), o alto nível de placa dentária, o estresse psicossocial (Trevillato et al., 2001) e a resposta
do hospedeiro (Brunetti, 2003; Díaz et al., 2002; Ronderos e Ryder, 2005; Trevillato et al., 2001;
Zenóbio et al., 2004), que interferem na progressão da inflamação, agravando-a (Tibério et al.,
2005). Os fatores de risco acima citados foram encontrados na amostra estudada confirmando
sua interferência no desenvolvimento e agravamento da doença periodontal.
O desenvolvimento da doença periodontal, quando relacionado ao envelhecimento do
periodonto, mostra-se sem correlação com o aumento da idade, mas diretamente relacionado à
suscetibilidade do paciente à doença e à presença de fatores locais associados (Marcaccini et al.,
1997). No trabalho realizado, a periodontite ocorreu em 64% dos participantes, enquanto que a
gengivite ocorreu em 36% dos idosos estudados.
A presença da placa dental, a matéria alba, o cigarro, a idade, a resposta do hospedeiro, a
presença de doenças sistêmicas, o uso de medicações, a xerostomia, a perda da destreza manual, e a
higiene deficiente são os principais fatores de risco para o surgimento e desenvolvimento da doença
periodontal e os resultados apresentados neste trabalho confirmam estas afirmações.
Quanto à prevalência da doença periodontal, esta chega a 83,5% dentre os idosos (com
sangramento gengival e cálculo subgengival), tendo as mulheres, de uma forma geral, melhor
saúde periodontal em relação aos homens (Bourgeois et al., 1995; Brunetti, 2003). Isto confirma