e trouxeram essa experiência para o Piauí. Assim, originou-se a Coordenação Estadual
das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Piauí entidade que engloba os
quilombos do estado e luta pela terra e por seus direitos.
Atualmente foram cadastrados em diversos municípios do Piauí, 45
comunidades quilombolas
1
, como Vila Carolina, São João da Boa Esperança, Vila São
Francisco, Olho D’água dos Pretos, Curralinhos, Suçuarana, Marinheiro, Macacos, Sítio
Velho, Campo Alegre, Mimbó, Caldeirão, Paquetá, Potes, Alegre, Aroeira do
Matadouro, Custanera, Canabrava dos Amaros, Tronco, Jacaré, Atrás da Serra, Chapada
do Encanto, Cabeceira, Garapa, Fortaleza, Escondido, Tanque de Cima, Chupeiro, São
Martins, Angical de Baixo, Sumidouro, Tapuio, Pitombeira, Lisboa, Saco, Curtume,
Marrecas, Estreito, Boi Morto, Retiro, Lagoa das Emas, Calango, Baixa do Boi, Jacaré,
Lagoa Grande. Revelando assim, o grande número de quilombos no Piauí.
A Fundação Cultural Palmares
2
já reconheceu 28 comunidades quilombolas no
Piauí. São as seguintes, seguidas por seus municípios: Angical (Paulistana), Angical de
Cima (Acauã), Baixão (Betânia), Chapada do Encontro (Caridade), Curralinhos
(Esperantina), Cabaceira (Caridade), Caetitu (Curral Novo), Campo Alegre ((Jacobina),
Chupeira ((Paulistana), Estreito (Batalha), Escondido (Acauã), Garapa (Curral), Lagoa
da Serra (Batalha), Laranjo (Betânia), Maria (Jacobina), Mimbó (Amarante), Olho
D’água dos Pires (Esperantina), Paquetá (São João da Varjota), Pitombeira (Queimada
Nova), Sabonete (Isaías Coelho), São Martins (Paulistana), São João Vila Boa
Esperança (Campo Largo do Piauí), Silvino (Betânia), Sítio Velho (Assunção do Piauí),
Sumidouro (Queimada Nova), Tanque de Cima (Acauã), Tapuio (Queimada Nova),
Volta do Campo Grande (Acampinas do Piauí).
Com esses dados observamos que a luta dos quilombolas por seus direitos são
bem antigas no Piauí e no século XX tomou novo impulso e força que vem
solidificando-se no século XXI.
1
Vide Atlas Escolar do Piauí, p.171.
2
www.palmares.org.br (acessado em 03/06/2008). A Fundação Cultural Palmares é uma entidade
pública vinculada ao Ministério da Cultura, instituída pela Lei Federal nº 7.668, de 22.08.88, tendo o seu
Estatuto aprovado pelo Decreto nº 418, de 10.01.92, cuja missão corporifica os preceitos constitucionais
de reforços à cidadania, à identidade, à ação e à memória dos segmentos étnicos dos grupos formadores
da sociedade brasileira, somando-se, ainda, o direito de acesso á cultura e a indispensável ação do Estado
na preservação das manifestações afro-brasileiras. Sua finalidade esta definida no artigo 1º, da Lei que a
instituiu, que diz: "promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da
influência negra na formação da sociedade brasileira".