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densidade do plasma, a função de distribuição de energia iônica), que não serão uniformes ao
longo da superfície e a transferência de calor através do substrato para o porta amostra será
não homogênea, criando gradientes térmicos no interior do substrato. Assim, a geometria do
substrato controla a distribuição da temperatura e consequentemente a cinética do processo de
nitretação. As irregularidades na geometria do substrato, como bordas e margens, geram um
campo elétrico irregular que tem por conseqüência uma variação nas condições de
bombardeamento do plasma ao longo do substrato, afetando o balanço energético e a cinética
do processo de nitretação sobre a superfície. Ocorre assim, a formação de camadas nitretadas
irregulares e uma alta variação na dureza da superfície.
A obtenção de variações de cores sobre as amostras corrobora com os achados de LIN e
DUH (1996), que observaram que a alteração do tempo ligado (TON ON) de correntes
anôdicas e catódicas permite a obtenção de várias cores quando da deposição de filmes
coloridos sobre aço inoxidável pelo método da corrente pulsátil. LIN e DUH obtiveram
filmes das seguintes cores: ouro, ouro azulado, azul, roxo e marrom.
A fonte energética utilizada neste estudo, o plasma, obtido quando da formação de uma
diferença de potencial entre dois eletrodos, ou seja, quando da formação de um ânodo e um
cátodo, produziu sobre as superfícies das amostras de 1 a 6, dentro dos valores para ton on e
ton off utilizados neste estudo, a deposição de filmes na seguinte escala de cores: branco,
amarelo, amarelo ouro, laranja, rosa, vermelho, verde, azul escuro, marrom e preto.
Segundo LIN e DUH, a variação de carga anôdica em relação à densidade de carga
catódica é um parâmetro dominante na reação de coloração, sendo o valor final do potencial
catódico um método alternativo para o controle direto da cor durante o processo de coloração.
Em relação às bordas das amostras 1, 3, e 5, pôde-se verificar que abaixo da camada de
coloração que variou entre azul escuro a preto, existia uma camada de coloração amarelo ouro
idêntica àquela das bordas apresentadas pelas amostras 2, 4, e 6. Acredita-se que essa
ocorrência deva-se à maior temperatura de tratamento realizada nas amostras 1, 3, e 5, e uma
conseqüente deposição de filme óxido apresentando maior espessura, e portanto, uma
coloração distinta daquela apresentada pelas amostras que tiveram menor tempo de
tratamento e filmes com menor espessura. Supõe-se então que, no decorrer do processo de
tratamento de oxidação a plasma das amostras 1 a 6 até a temperatura de 300º C, existe a
deposição de uma camada de filme óxido cuja espessura promove a formação, nas bordas das