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COMPORTAMENTO DA Brachiaria decumbens
CV. BASILISK E Brachiaria dictyoneura CV.
LANERA, SUBMETIDAS A NÍVEIS DE
SOMBREAMENTOS
IRINALVO BARRETO DE OLIVEIRA
2008
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IRINALVO BARRETO DE OLIVEIRA
COMPORTAMENTO DA Brachiaria decumbens CV. BASILISK E
Brachiaria dictyoneura CV. LANERA, SUBMETIDAS A NÍVEIS DE
SOMBREAMENTOS
Dissertação apresentada à Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia, como parte das exigências
do Programa de Pós-Graduação de Mestrado em
Agronomia, área de concentração em Fitotecnia,
para obtenção do título de Mestre.
Orientador:
Ramon Correia e Vasconcelos
Co-orientadores:
Sylvana Noami Matsumoto
Joel Queiroga Ferreira
VITÓRIA DA CONQUISTA
BAHIA-BRASIL
2008
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O47c
Oliveira, Irinalvo Barreto de.
Comportamento agronômico e bromatológico da Brachiaria
decumbens e Brachiaria dictyoneura submetidas a níveis de
sombreamentos em Vitória da Conquista – BA / Irinaldo Barreto de
Oliveira, 2008.
63f.: il.
Orientador: Ramon Correia e Vasconcelos.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual do Sudoeste
da Bahia, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Vitória da
Conquista, 2008.
Referências: f. 54-61.
1. Brachiaria decumbens. 2. Brachiaria dictyoneura. 3.
Silvipastoril Luminosidade. 4. Fitotecnia - Tese. I. Vasconcelos,
Ramon Correia e. II. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,
Programa de Pós-Graduação em Agronomia. III. T.
CDD: 634.99
Confecção da Ficha Catalográfica: Elinei Carvalho Santana – CRB 5/1026
Aos grandes amores da minha vida,
minha esposa Alcilene, minha filha Melissa,
minha mãe Nair e meu irmão Iomar que me
apoiaram nesta grande jornada,
DEDICO
AGRADECIMENTOS
A Deus, todo poderoso que sem ti nada sou;
A minha amada Alcilene Bandeira Almeida de Oliveira pelo companheirismo,
estímulo e dedicação;
A minha querida e amada filhinha Melissa Nicolle Coutinho de Oliveira pela
alegria e sentimentos;
Aos meus pais, José Gonçalves de Oliveira (in memorian) e Nair Barreto de
Oliveira, pelo incentivo e contribuição total em minha vida;
Ao professor Ramon Correia de Vasconcelos pelo companheirismo, amizade,
atenção, exemplo e orientação deste trabalho;
À professora Sylvana Naomi Matsumoto, pela amizade e atenção que sempre me
dedicou;
Ao professor Joel Queiroga Ferreira, pela minha aceitação e atenção de sempre;
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Agronomia por terem
contribuído pela oportunidade de mais uma formação acadêmica;
Aos meus grandes colegas e amigo de Mestrado Leo, João, Glaico, Miguel,
Sandra, Renato, Pedro, Carmen, Mirny, Franco;
Aos Colegas e amigos: Camila, Vera, Anderson, Elisângêla, Marcelo Lima,
Marcio, Obertal.
A todos aqueles que embora não tenha citados os nomes e que contribuíram de
alguma forma na realização deste trabalho e de minha formação, o meu muito
obrigado.
RESUMO
OLIVEIRA, I.B. Comportamento da Brachiaria decumbens cv. Basilisk e
Brachiaria dictyoneura cv. Lanera submetidas a níveis de sombreamentos.
Vitória da Conquista: UESB, 2008. 63p (Dissertação Mestrado em
Agronomia, Área de Concentração em Fitotecnia).
Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o comportamento
agronômico e bromatológico das espécies Brachiaria decumbens e dictyoneura
em sete níveis de sombreamento na cidade de Vitória da Conquista-BA. O
experimento foi instalado em área experimental do Departamento de Fitotecnia e
Zootecnia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, durante o período de
fevereiro a julho de 2008. O delineamento experimental utilizado foi de blocos
casualizados em esquema fatorial 2 X 7 com três repetições, sendo as duas
espécies de gramíneas (Brachiaria Decumbens cult. Basilisk e Brachiaria
Dictyoneura cult. Lanera) e os sete níveis de sombreamento (0%, 20%, 30%,
40%, 50%, 60% e 70%), com a parcela experimental constituída de um vaso
contendo quatro plantas. Foram avaliados o teor relativo de clorofila (SPAD),
comprimento final de folha (CFF), largura final de folha (LFF), número de
perfilhos (NPe) e produtividade de matéria seca (MS), razão parte aérea/raiz,
fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), proteína
bruta (PB) e cinzas. Foi observado efeito significativo da gramínea para a
maioria das variáveis, efeito dos níveis de sombreamento para quase todas as
variáveis. A presença da interação foi verificada diferença significativa para
CFF e LFF, indicando que a gramínea Brachiaria decumbens proporcionou
maiores valores de LFF e MS e a Brachiaria dictyoneura proporcionou maiores
valores de CFF, NPe, PB e Cinzas, sendo verificado valores semelhantes de
SPAD, FDN e FDA. Porém, ao se verificar as quantidades totais em Kg ha
-1
de
FDN, FDA, proteína bruta e cinzas, foi constatado que a Brachiaria decumbens
foi mais produtiva e apresentou uma forragem de melhor qualidade. Para as
condições em que foi realizada a pesquisa pode concluir que a Brachiaria
decumbens, melhor se apresentou e por isso recomenda-se a utilização da mesma
em sistemas silvipastoris.
Palavras-chave: luminosidade, gramíneas, produção, silvipastoril.
Orientador: Ramon Correia de Vasconcelos, D.Sc., UESB e Co-orientadores: Sylvana
Naomi Matsumoto, D.Sc., UESB e Joel Queiroga Ferreira, D.Sc., UESB.
ABSTRACT
OLIVEIRA, I.B. Agronomic behaviour and bromatológico of the Brachiaria
decumbens and Brachiaria dictyoneura was subdued to levels of shadow.
Vitória da Conquista: UESB, 2008. 63p (Dissertation Mestrado in Agronomy,
-Area of Concentration in Fitotecnia).
This work was lead with the objective to evaluate the agronomic and
bromatológico behavior of the species Brachiaria decumbens and dictyoneura in
seven levels of shade in the city of Vitória da Conquista. The experiment was
installed in experimental area of the Department of Fitotecnia e Zootecnia, of the
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, during the period of February up
to July of 2008. The used experimental delineation was of blocks fortuitous
event in factorial project 2 X 7 with three repetitions, being two grassy species
of (Brachiaria Decumbens cult. Basilisk and Brachiaria Dictyoneura cult.
Lanera) and the seven levels of shade (0%, 20%, 30%, 40%, 50%, 60% and
70%), with the experimental parcel consisting of a vase with four plants. They
had been evaluated the relative text of chlorophyll (SPAD), final leaf length
(CFF), final width of leaf (LFF), number of tiller (NPe) and productivity of dry
substance (MS), reason has broken aerial/root, fiber in neutral detergent (FDN),
fiber in acid detergent (FDA), rude protein (PB) and leached ashes. Significant
effect of the grassy one for the majority of the variable was observed, effect of
the levels of shade for almost all the variable. The presence of the interaction
was verified significant difference for CFF and LFF, having indicated that: The
grassy Brachiaria decumbens provided to greaters values of LFF and MS and
the Brachiaria dictyoneura provided to greaters values of CFF, NPe, PB and
Leached ashes, being verified similar values of SPAD, FDN and FDA.
However, when verified the total amounts in Kg ha
-1
of FDN, FDA, rude protein
and leached ashes, it was evidenced that the Brachiaria decumbens was more
productive and presented a fodder plant of better quality. For the conditions
where it was realized the research can conclude that the Brachiaria decumbens,
better was presented and therefore sends regards use to it of the same one in
silvipastoris systems.
Keywords: Brightness, gramineous, production, silvipastoris.
Orientador: Ramon Correia de Vasconcelos, D.Sc., UESB e Co-orientadores: Sylvana
Naomi Matsumoto, D.Sc., UESB e Joel Queiroga Ferreira, D.Sc., UESB.
LISTA DE TABELA
Tabela 1 - Características das espécies de capim avaliadas no
experimento. ................................................................................ 25
Tabela 2 - Características químicas do solo utilizado para semeadura
das gramíneas B. decumbens cult. Basilisk e B. dictyoneura
cult. Lanera. UESB, Vitória da Conquista- BA, 2008
1/
. ............. 26
Tabela 3 - Resumos das análises de variância dos dados de teor relativo
da clorofila (SPAD), comprimento final de folha (CFF- cm),
e largura final de folha (LFF - mm), número de perfilhos
(NPe), produtividade de matéria seca (MS) e os coeficientes
de variação (CV). Vitória da Conquista-BA, 2008. .................... 31
Tabela 4 - Valores médios para comprimento final de folhas (CFF) e
largura final de folhas das espécies B. decumbens e B.
dictyoneura avaliadas em sete níveis de sombreamento.
Vitória da Conquista-BA, 2008. ................................................. 34
Tabela 5 - Valores médios para número de perfilhos (NPe) e
produtividade de matéria seca (MS) das espécies B.
decumbens e B. dictyoneura avaliadas em sete níveis de
sombreamento.Vitória da Conquista, BA, 2008. ........................ 37
Tabela 6 - Resumos das análises de variância dos dados razão parte
aérea/raízes (PA/RA), fibra em detergente neutro (FDN),
fibra em detergente ácido (FDA), proteína bruta (PB), cinzas
e os coeficientes de variação (CV). Vitória da Conquista-
BA, 2008. .................................................................................... 42
Tabela 7 - Valores médios para porcentagem de proteína bruta (PB) e
cinzas na matéria seca das espécies B. decumbens e B.
dictyoneura avaliadas em sete níveis de
sombreamento.Vitória da Conquista-BA, 2008. ......................... 48
Tabela 1A - Resumos da análise de variância de regressão referente ao
teor relativo de clorofila (SPAD), comprimento final de
folha (CFF), e largura final de folha (LFF), número de
perfilhos (NPe), produtividade de matéria seca (MS) e os
coeficientes de variação (CV). Vitória da Conquista-BA,
2008............................................................................................. 63
Tabela 2A - Resumos das análises de variância de regressão dos dados
razão parte aérea-raízes (PA/RA), fibra em detergente neutro
(FDN), fibra em detergente ácido (FDA), proteína bruta
(PB), cinzas e os coeficientes de variação (CV). Vitória da
Conquista-BA, 2008. .................................................................. 63
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Relação entre níveis de sombreamento e o índice Spad foliar
de Brachiaria decumbens e Brachiaria dictyoneura, avaliada
aos 120 dias após transplantio. Vitória da Conquista-Bahia,
2008. .......................................................................................... 33
Figura 2 - Relação entre o nível de sombreamento e comprimento final
de folhas (CFF) de Brachiaria decumbens e Brachiaria
dictyoneura aos 120 dias após transplantio. Vitória da
Conquista – BA, 2008. ............................................................... 35
Figura 3 - Relação entre níveis de restrição da radiação incidente e
largura foliar final (LFF) de Brachiaria decumbens e
Brachiaria dictyoneura, avaliadas aos 120 dias após
transplantio. Vitória da Conquista-Bahia, 2008. ........................ 36
Figura 4 - Relação entre os níveis de sombreamento e número de
perfilhos de Brachiaria decumbens e Brachiaria
dictyoneura, avaliadas aos 120 dias após transplantio.
Vitória da Conquista-Bahia, 2008. ............................................. 38
Figura 5 - Representação gráfica da equação de regressão estimada
para os resultados de produtividade de matéria seca de
Brachiaria decumbens e Brachiaria dictyoneura, (PMSPA,
kg ha
-1
), que expressam o efeito médio dos níveis de
sombreamento, UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008. ......... 41
Figura 6 - Representação gráfica da equação de regressão estimada
para a relação entre fibra em detergente neutro (FDN) com
base em massa seca de Brachiaria decumbens e Brachiaria
dictyoneura e níveis de sombreamento, avaliado aos 120 dias
após transplantio.Vitória da Conquista - BA, 2008. .................. 44
Figura 7 - Representação gráfica da equação de regressão estimada
para a relação entre fibra em detergente ácido (FDA) com
base em massa seca de Brachiaria decumbens e Brachiaria
dictyoneura e níveis de sombreamento avaliado aos 120 dias
após transplantio.Vitória da Conquista-BA, 2008. .................... 47
Figura 8 - Representação gráfica da equação de regressão estimada
para a relação entre proteína bruta, em base de massa seca de
Brachiaria decumbens e Brachiaria dictyoneura, e níveis de
sombreamento avaliado aos 120 dias. Vitória da Conquista -
BA, 2008. ................................................................................... 49
Figura 9 - Representação gráfica da relação entre veis de restrição de
incidência de luz e teor de cinzas, com base no peso de
massa seca. Vitória da Conquista - BA, 2008. ........................... 51
LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS
CFF - Comprimento final de folha
CV - Coeficiente de Variação
DIVMS - Digestibilidade in vitro de matéria seca
FDA - Fibra detergente Ácido
FDN - Fibra detergente neutro
IAF - Índice de Área Foliar
LFF - mm – Largura final de folha
Lvdf - Latossolo vermelho distrófico
MS - Matéria seca
NPe - Número de perfilhos
PA/RA - Razão parte aérea/raiz
PB - Proteína Bruta
PMSPA - Produtividade de matéria seca parte aérea
SPAD - Soil-Plant Analysis Development
TAP - Taxa de aparecimento de perfilhos
UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 15
2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 17
2.1 Descrição morfofisiológica das braquiarias ............................................... 17
2.2 Produção .................................................................................................. 19
2.3 Níveis sombreamento ................................................................................ 21
2.4 Análise bromatológica das pastagens ........................................................ 23
3 MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................... 25
3.1 Material genético ....................................................................................... 25
3.2 Características da área experimental .......................................................... 25
3.3 Instalação e condução do experimento ...................................................... 26
3.4 Características morfológicas, agronômicas e bromatológicas avaliadas.... 28
3.4.1 Teor relativo de clorofila na folha (SPAD) ............................................. 28
3.4.2 Comprimento final de folha (CFF – cm) ................................................ 28
3.4.3 Largura final de folha (LFF – mm) ......................................................... 28
3.4.4 Número de perfilhos (NPe) ..................................................................... 28
3.4.5 Produtividade de matéria Seca (MS) ...................................................... 29
3.4.6 Razão da MS da parte aérea pela MS da raiz (PA/RA) .......................... 29
3.4.7 Análise de fibra em detergente neutro (FDN) ......................................... 29
3.4.8 Análise de fibra em detergente ácido (FDA) .......................................... 29
3.4.9 Proteína bruta (PB) ................................................................................. 29
3.4.10 Cinzas .................................................................................................. 30
3.5 Análise dos dados ...................................................................................... 30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................. 31
4.1 Teor relativo de clorofila (SPAD), comprimento final de folha (CFF),
largura final de folha (LFF), número de perfilhos (NPe) e
produtividade de matéria seca (MS) ........................................................ 31
4.2 Razão parte rea/raiz (PA/RA), fibra em detergente neutro (FDN),
fibra em detergente ácido (FDA), proteína bruta (PB) e cinzas. .............. 42
5 CONCLUSÕES ............................................................................................ 53
REFERÊNCIAS............................................................................................... 54
APÊNDICE .................................................................................................. 62
15
1 INTRODUÇÃO
O sucesso de um sistema de manejo e produção animal depende da
qualidade e produtividade das pastagens. O Brasil se destaca por apresentar 75%
das áreas agriculturáveis cultivadas com pastagens. Além disso, devido as
condições de temperatura e luminosidade favoráveis, possibilitam a obtenção de
forragens de qualidade (BRASIL,1990).
Atualmente, aspectos relacionados a sustentabilidade da produção têm
sido freqüentemente questionados em todos os setores da cadeia produtiva
agropecuária. Para a produção animal, várias alternativas de manejo têm sido
propostas para atenuar os impactos do binômio entre o elevado custo ambiental
das áreas de pastagens e as baixas taxas de conversão em proteína animal.
A concepção de sistemas agrossilvopastoris tem sido bastante explorada
como forma de redução desse impacto. Apesar da redução da produtividade, a
presença do componente arbóreo favorece a qualidade das pastagens, promove
ambiente de conforto aos animais e possibilita a redução da erosão da
diversidade de árvores nativas.
Muitas empresas relacionadas à produção de celulose e energia têm
introduzido o pastoreio de ruminantes nas áreas de plantio de florestas,
possibilitando diversos benefícios como uma receita suplementar em carne e
leite, bem como a prevenção de incêndios e a diminuição dos tratos culturais
entre as árvores (SCHREINER, 1987). Porém, para que este sistema tenha
sucesso, a necessidade de identificação de espécies tolerantes ao
sombreamento e as práticas de manejo que assegurem uma alta produtividade e
persistência em sub-bosque.
Observa-se na literatura, principalmente para as necessidades locais do
Sudoeste da Bahia, carência de estudos sobre a produção de forrageiras tropicais
consorciadas com sistema arbóreo, em especial as gramíneas do gênero
16
brachiaria, que tem grande difusão regional. De acordo com Matos (2001),
existem cerca de 40 milhões de hectares de pastagens forrageiras no território
brasileiro central, do gênero brachiaria. Mais de 85% das novas áreas de pastejo
no território brasileiro são ocupadas por gramíneas do gênero brachiaria, devido
a sua adaptabilidade a uma grande diversidade em clima e solos com baixa
fertilidade (SANTOS, 2003).
Entretanto, devido a sua capacidade de fixação de carbono ser
favorecida pela elevada luminosidade, a restrição da incidência de luz
promovida pela copa das árvores pode comprometer sua produtividade. Segundo
Andrade e outros (2004), o uso de telas de polipropileno (sombreamento
artificial) na análise da resposta de plantas ao sombreamento apresenta a
vantagem de isolar o efeito da intensidade da radiação fotossinteticamente ativa
de outras interferências que ocorrem no sombreamento natural por árvores,
como a competição por água e nutrientes.
O objetivo desta pesquisa é avaliar o comportamento das espécies de
Brachiaria decumbens cv. Basilisk e Brachiaria dictyoneura cv. Lanera, quando
submetidas a níveis de sombreamento artificial.
17
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Descrição morfofisiológica das braquiarias
As espécies do gênero Brachiaria, pertencem ao grupo de plantas C
4,
e
são bem adaptadas a solos ácidos e de baixa fertilidade, com boa tolerância a
alto teor de alumínio e de baixos teores de fósforo e cálcio no solo. Possui alto
poder de rebrota com boa persistência sob condições de intensa ou freqüente
desfolhação (FISHER; KERRIDGE, 1996). Contêm cerca de 100 espécies
distribuídas nas regiões tropical e subtropical, onde são encontradas
principalmente nas savanas africanas (RENVOIZE e outros, 1996). Possui ainda
sete espécies consideradas perenes africanas, entre elas a Brachiaria decumbens
e a Brachiaria dictyoneura, que são bastante utilizadas como plantas forrageiras,
principalmente no Brasil e América tropical (ARGEL; KELLER-GREIN, 1998;
PIZARRO e outros, 1998).
Os registros de altura de perfilho e de meristema apical, do número e o
comprimento das folhas por perfilho são parâmetros necessários para a
determinação do fluxo de tecidos que, associados a estudos de dinâmica
populacional de perfilhos, constituem ferramentas indispensáveis a serem
utilizadas para melhorar práticas de manejo de pastagens (REZENDE, 2004).
A produção de tecidos novos nessas forrageiras ocorre simultaneamente
à perda de tecidos velhos por senescência e morte (HODGSON, 1990;
MARASCHIN, 1996), equilíbrio este que opera em perfilhos individuais. O
conjunto de perfilhos (densidade populacional), associado aos padrões
demográficos de perfilhamento (natalidade, mortalidade e sobrevivência),
determina a produção da pastagem (BIRCHARN; HODGSON, 1983).
O estudo dessas características é uma ferramenta importante para se
estabelecer o manejo das brachiarias em diferentes sistemas produtivos, pois
18
fornece subsídios para o entendimento das respostas morfológicas e fisiológicas
desta espécie em diversas situações de cultivo (DIAS-FILHO; CARVALHO,
2000; DIAS-FILHO, 2000; PORTES e outros 2000).
O sombreamento de gramíneas geralmente causa o crescimento mais
alongado das hastes, reduz o índice de área foliar (IAF) e aumenta a Relação de
área foliar/peso da planta (IAF) (LUDLOW e outros 1974; PYON, 1975).
Segundo Hudgson (1990), o aumento das capacidades folhas em
absorver energia radiante, tem efeito no aumento da fotossíntese por unidade de
superfície foliar, assim, o IAF é uma ferramenta útil para compreender o
acúmulo das plantas forrageiras.
A análise de crescimento de gramíneas forrageiras tropicais tem
recebido pouca atenção dos pesquisadores, sendo escassas as estimativas de
parâmetros como área foliar específica, razão de peso foliar, razão de área foliar,
taxa assimilatória líquida e taxa de crescimento relativo (GOMIDE, 1997).
A densidade de perfilhos em áreas cultivadas é uma função do equilíbrio
entre a taxa de aparecimento de perfilhos (TAP) e a taxa de mortalidade de
perfilhos é inversamente proporcional ao aumento do IAF, até o momento que o
perfilhamento venha a cessar devido, principalmente, a qualidade de luz que
chega às gemas e a sua intensidade (NABINGER, 2002).
Segundo Alexandrino e outros (2000), uma das principais características
das gramíneas forrageiras que garante a sua persistência após o corte ou pastejo
é a capacidade de regeneração de tecido foliar, que ocorre a partir da emissão de
folhas dos meristemas remanescentes ou das gemas axilares por meio do
perfilhamento. Assim, fica evidente a importância do processo de perfilhamento
quando o meristema apical é eliminado.
19
2.2 Produção
Alvim e outros (2005), ao avaliarem efeito de diferentes porcentagens de
sombreamento sobre uma pastagem de Brachiaria decumbens, no Estado de
Minas Gerais, com três porcentagens de cobertura arbórea (12, 22 e 30% de
sombreamento), afirmaram que os menores valores de forragem verde foram
obtidos no nível de 12% de sombreamento e as maiores disponibilidades (3.616
kg ha
-1
) foram obtidas com 22% de sombreamento.
De acordo com Paciullo e outros (2005), ao analisarem a morfofisiológia
e produção de forragem da Brachiaria decumbens sob sombreamento (65% e
30%) por árvores ou a sol pleno, no Estado do Rio de Janeiro, por dois anos
consecutivos, concluíram que a massa de forragem, densidade de perfilhos e
índice de área foliar foram maiores sob luz plena no primeiro ano. A Brachiaria
decumbens foi pouco tolerante à sombra intensa, mas se desenvolveu bem em
sombra moderada.
Jakelaitis e outros (2005), ao estudarem as influências de herbicidas e de
sistemas de semeadura de Brachiaria brizantha consorciada com milho, em
Viçosa, no Estado de Minas Gerais, concluíram que os maiores valores de
clorofila total foram obtidos quando se aumenta o adensamento do plantio de
milho com a brachiaria.
Eriksen e Whitney (1981), ao estudarem a resposta de seis gramíneas
tropicais no Hawaii-EUA, com quatro níveis de intensidade luminosa de 100 %,
70 %, 45 % e 27 % e a dois níveis de adubação nitrogenada, observaram que a
Brachiaria decumbens obteve seu rendimento máximo de matéria verde (13,5 t
ha
-1
) com 45% de luminosidade. O sombreamento fez aumentar o teor de
lignina, proteínas bruta e digestível, fósforo, cálcio e magnésio na matéria seca,
porém, fez decrescer a disponibilidade de carboidratos para 57,6%.
20
Campos e outros (2007), ao fazerem um estudo sobre as características
morfogênicas e estruturais da Brachiaria decumbens em sistema de silvipastoril
em cultivo exclusivo, com plantas arbóreas na cidade de Coronel Pacheco,
Estado de Minas Gerais, concluíram que a folha submetida ao sombreamento
intenso aumenta o seu comprimento, quando comparado a pleno sol.
Wong e Wilson (1980) concluíram que as plantas sob níveis
decrescentes de luminosidade possuem uma tendência significativa de aumentar
sua área foliar. Ao estudarem as folhas de Panicum maximum observaram que as
mesmas ficaram mais longas e mais largas com a redução da luminosidade. Da
mesma forma, Bubar e Morrison (1984) constataram com a Setaria viridis e a S.
lutescens produziram folhas mais largas, quando cultivada sob menor
intensidade luminosa.
Carvalho e outros (1995), ao estudarem cinco gramíneas forrageiras
tropicais sob a copa de angico-vermelho (A. macrocarpa), afirmaram que a
diminuição da matéria seca (MS) está ligada a maiores proporções de folhas
verdes dessas forragens nas áreas sombreadas.
Scheireiner e outros (1987), ao analisarem a tolerância de quatro
gramíneas forrageiras (brachiaria, pangola, pensacola e capim limpo) à
diferentes graus de sombreamento (0, 25, 50 e 80 %), constataram que todas as
gramíneas testadas podem ser consideradas moderadamente resistentes ao
sombreamento; porém, nenhuma poderia classificar-se como resistente a
sombreamento denso. A Brachiaria decumbens foi teve uma redução de apenas
5% com 25% de sombreamento, atingindo, porém, redução de 41 e 78 %, com
50 e 80 % de sombreamento, respectivamente.
Gutteridge e outros (1976) ao avaliarem gramíneas na região sul da
Tailândia, verificaram que a Brachiaria decumbens, sob forte sombreamento
teve um excelente rendimento em torno de 18,7 t/ha de matéria verde.
21
Meirreles e Mochiutti (2004) ao estudarem o comportamento produtivo
de gramíneas forrageiras cultivadas sob três regimes de sombreamentos (0,
médio e intenso), utilizando entre as variedades Brachiaria decumbens e
Brachiaria dictyoneura, concluíram que em sombreamento intenso compromete
o desempenho produtivo das espécies estudadas.
Campos e outros (2007) e Castro e outros (1999), concluíram que o
desenvolvimento do aparelho fotossintético é marcadamente influenciado pelo
ambiente luminoso, sendo observado, para várias espécies, aumentos
significativos no comprimento da lâmina foliar das plantas em condições da
reduzida luminosidade.
2.3 Níveis sombreamento
Este sistema é uma combinação racional das árvores, pastagens e
animais em um mesmo espaço territorial, objetivando adequar o tempo e o
manejo de forma integrada, a fim de incrementar a produtividade. Apresenta
grandes benefícios econômicos e ambientais para o produtor e para a sociedade
ecologicamente correta, são considerados sistemas multifuncionais com a
possibilidade de intensificar a produção por meio de um manejo integrado dos
recursos naturais, evitando a degradação ambiental.
Os sistemas silvipastoris podem ter potencial para substituir com
vantagens os atuais ecossistemas de pastagens cultivadas. Em sua grande
maioria são constituídos por monoculturas de gramíneas forrageiras, tornando a
atividade ainda mais sustentável econômica e ambientalmente favorável
(FRANKE e outros, 2001). Essa associação de forrageiras herbáceas com
árvores tem sido apontada por obter a sustentabilidade de pastagens cultivadas,
por causa do potencial dessas espécies para auxiliar no controle de erosão,
22
melhorar a fertilidade do solo e a qualidade da forragem e aumentar a produção
de matéria seca de gramíneas forrageiras (BOTREL e outros, 2002).
A produção de matéria seca de forrageiras pode decrescer com o
sombreamento (BURTON e outros, 1959; LUDLOW e outros, 1974), porém, a
magnitude desse efeito no crescimento depende do estádio de crescimento da
planta e da interação dos efeitos de sombreamento com a temperatura e
umidade.
Souto e Aronovich (1992) concluíram que o aumento dos níveis de
sombreamento, geralmente, acarreta uma grande perda da percentagem de
matéria seca (MS) das gramíneas.
Segundo Chee e Wong (1990), a taxa de assimilação líquida de
gramíneas sob sombreamento, difere de espécie para espécie e determina sua
tolerância à sombra.
No caso das espécies forrageiras, não basta que estas sejam tolerantes ao
sombreamento, é necessário selecionar espécies com boa capacidade produtiva,
adaptadas ao manejo e ambientadas às condições edafoclimáticas da região onde
serão implantadas (GARCIA; ANDRADE, 2001).
Segundo Andrade e outros (2004), o uso de telas de polipropileno
(sombreamento artificial) na análise da resposta de plantas ao sombreamento
apresenta a vantagem de isolar o efeito da intensidade da radiação
fotossinteticamente ativa de outras interferências que ocorrem no sombreamento
natural por árvores, como a competição por água e nutrientes.
Paciullo e outros (2005), ao estudarem as gramíneas das espécies
braquiaria sob condições de sombreamentos intensos, concluíram que as mesmas
apresentam uma redução do número de perfilhos em condição de sombreamento
intenso.
Silva e Silva e outros (2007), ao estudarem o efeito da luz no
crescimento e mudas de Hymenaea pervifolia Huber, verificaram que existe uma
23
tendência de diminuição da razão parte aérea/raiz observada em plântulas
cultivadas em veis mais altos de luz e que sob sombreamento mais intenso
(70%) ocorreu redução na massa seca da raiz.
Costa Jr. e outros (2003) constataram que o aumento no nível de
sombreamento proporciona grande diminuição na atividade fotossintética e
diminuição na síntese de carboidratos o que influencia negativamente o
enraizamento e a produção das gramíneas.
2.4 Análise bromatológica das pastagens
As pastagens tropicais apresentam elevado potencial de produção de
forragem por área, e normalmente baixo teor de proteína, alto teor de fibra e
baixa digestibilidade.
O conteúdo de nitrogênio de gramíneas normalmente pode aumentar
com o sombreamento (SOUTO; ARONOVICH, 1992).
Para que seja possível explorar e analisar o potencial de produção e
crescimento de uma determinada espécie de planta forrageira, além de estudos
de avaliação do comportamento de variáveis morfogenéticas e agronômicas
como a dinâmica de perfilhamento e perdas de forragem, dos processos
fisiológicos, é necessária a determinação do teor de substâncias nutritivas, por
intermédio de análises químicas bromatológicas (SILVA; QUEIROZ, 2002).
O aumento do sombreamento, geralmente, acarreta diminuição
acentuada na percentagem de MS das gramíneas, o que pode ter uma grande
importância prática no planejamento da nutrição animal. Em gramíneas
sombreadas, observa-se decréscimo na quantidade de raízes. Em pastagens
sombreadas, portanto, todo cuidado deve ser tomado, a fim de evitar a depressão
das reservas das raízes. Apesar das leguminosas serem mais competitivas no
crescimento da parte aérea do que o capim sob sombreamento, os resultados
24
indicam que as leguminosas necessitam de um moderado nível de radiação e de
um manejo mais brando para evitar a depressão das reservas das raízes
(SOUTO; ARONOVICH, 1992).
Na avaliação da composição bromatológica e do valor nutritivo das
plantas forrageiras, o estudo do teor de proteína bruta (PB), da fibra em
detergente neutro (FDN) e em fibra em detergente ácido (FDA), assume um
papel muito importante na análise qualitativa das espécies de gramíneas (VAN
SOEST, 1994).
A boa digestibilidade da forragem está relacionada com seus teores de
fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA), pois é
certo que com o aumento no teor de fibra diminui os valores da digestibilidade
da matéria seca (DIVMS) (NUSSIO e outros, 1998).
A FDN é constituída basicamente de celulose, hemicelulose e lignina, e a
FDA de lignina e celulose (VAN SOEST, 1994), d estar mais associada com a
digestibilidade dos alimentos, enquanto a FDN com a ingestão, taxa de enchimento
e passagem do alimento pelo sistema digestório dos ruminantes. A fração de FDA é
um indicador do valor energético das gramíneas. Quanto menor a FDA, maior se o
valor energético, nadia um bom valor de FDA nas gramíneas, eso em torno de
valores menores do que 35% (MESQUITA e outros, 2002).
Sousa e outros (2007), conforme afirma, Carvalho e outros (2002), que
não encontraram variações nos percentuais de FDN da MS das gramíneas
sombreadas sob condição de sombreamento natural. Paciullo e outros (2006),
ao estudarem o valor nutritivo do capim braquiaria sob sombreamento natural e
a sol pleno verificou que o teor de FDN diminuiu com o sombreamento.
Mesquita e outros (2002), ao estudarem os efeitos de métodos de
estabelecimento de Braquiaria e Estilosantes e de doses de calcário, fósforo e
gesso sobre alguns componentes nutricionais da forragem, concluíram que a
FDN da B. decumbens variou entre 68,1 a 72,4 % e a PB entre 6,2 a 7,6 %.
25
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Material genético
Foram avaliadas duas espécies de capins do gênero Brachiaria da
empresa de sementes Ourofino AgroSciences (B.decumbens e B. dictyoneura). A
escolha das gramíneas se deu em função de sua utilização generalizada na região
de Vitória da Conquista-BA (Tabela 1).
Tabela 1 - Características das espécies de capim avaliadas no experimento.
Características
B. decumbens
Cult. Basilisk
B. dictyoneura
Cult. Lanera
Exigência de solo Média / Baixa Média/Alta
Hábito de crescimento Prostado decumbente Estolonífero
Sombreamento Tolera muito bem Tolera bem
Pisoteio Alta resistência Alta resistência
Produção 9 a 11 t/ha/ano 9 a 12 t/ha/ano
Proteína Bruta 5 a 9 % 8 a 12 %
Fonte: Ourofino AgroSciences (2007).
3.2 Características da área experimental
A pesquisa foi desenvolvida em área experimental da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, sob telados, no período de janeiro a
julho de 2008. O solo utilizado para o enchimento dos vasos foi coletado na
camada de 0-20 cm de profundidade, em uma área classificada como sendo de
um Latossolo Vermelho distrófico (LVdf) de textura argilosa. Os resultados das
análises químicas do solo podem ser verificados na Tabela 2.
26
Tabela 2 - Características químicas do solo utilizado para semeadura das
gramíneas B. decumbens cult. Basilisk e B. dictyoneura cult. Lanera. UESB,
Vitória da Conquista- BA, 2008
1/
.
Determinação Valores
pH em água (1:2,5) 5,2
P (mg/dm
)
2/
4,8
K
+
(cmol/ dm
)
3/
1,8
Al
3+
(cmol/ dm
)
3/
0,2
Ca
2+
(cmol/ dm
)
3/
4,0
Mg
2+
(cmol/ dm
)
3/
2,0
H+Al
3+
(cmol/ dm
)
4/
7,2
S. B. (cmol/ dm
) 7,8
T 15
V% 52
1/
: Análise realizada no Laboratório de Solos da UESB.
2/
: Extrator Mehlich - 1.
3/
: Extrator KCl 1 mol.L
-1
.
4/
: Extrator solução SMP, pH 7,5 a 7,6.
A cidade de Vitória da Conquista está situada na região Sudoeste da
Bahia, a 14°53’ latitude Sul e 40°48’ longitude Oeste, com altitude média de 923
m e temperaturas máximas e mínimas de 25,3°C e 16,1°C, respectivamente. A
pluviosidade média anual é de 750 mm, o clima é tipo AW com chuvas no verão
(BRASIL, 1992).
3.3 Instalação e condução do experimento
Foram construídos dois canteiros de 1,0 m x 1,0 m, onde a terra foi
revolvida com enxada, aplainada e adicionada uma camada de 5cm da areia
grossa. A semeadura foi feita a lanço no dia 20 de fevereiro de 2008 e as
sementes foram recobertas com uma camada de 1 cm de areia, sendo uma
espécie de gramínea semeada em cada canteiro. Foram realizadas regas diárias
27
por 25 dias, até as plântulas atingirem 20 cm de altura, quando então foram
transplantadas deixando quatro plântulas por vaso.
Foram utilizados vasos plásticos com 26 cm de diâmetro, 22 cm de
altura e capacidade de 10 litros. Inicialmente o solo foi coletado, seco ao ar à
temperatura ambiente, destorroado, peneirado em malha de 2 mm e, por fim,
homogeneizado e colocado nos vasos. No momento da homogeneização foi
misturado ao solo o equivalente a 100 kg.ha
-1
do formulado 04-14-08. O
transplante foi realizado no dia 17 de março de 2008. Em seguida, os vasos com
as mudas foram transportados para os ambientes que ficariam em definitivo, ou
seja, a pleno sol (0 % de sombreamento) e no interior dos telados de
polipropileno com níveis de sombreamento de 20 %, 30 %, 40 %, 50 %, 60 % e
70 %. A partir de então os vasos com as mudas foram irrigados (regados)
diariamente. O corte das gramíneas foi realizado 120 dias após a semeadura.
O experimento foi conduzido sob o delineamento experimental de bloco
ao acaso, em esquema fatorial 2 x 7, com três repetições, sendo as duas espécies
de capim (Brachiaria decumbens cult. Basilisk e Brachiaria dictyoneura cult.
Lanera) e os sete níveis de sombreamento (0 , 20 %, 30 %, 40 %, 50 %, 60 % e
70 %). A parcela experimental foi constituída por um vaso contendo quatro
plantas.
As determinações bromatológicas de matéria seca (MS), proteína bruta
(PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e
cinzas ou matéria mineral (Cinzas) das gramíneas foram realizadas no
Laboratório de Nutrição Animal da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia. Para todas as análises executadas, foram efetuadas duplicatas das amostra
obtidas em cada vaso.
28
3.4 Características morfológicas, agronômicas e bromatológicas avaliadas
3.4.1 Teor relativo de clorofila na folha (SPAD)
Medida obtida com a utilização do Chlorophyll Meter SPAD-5002. As
leituras foram realizadas no dia do corte, na ultima folha expandida de três
perfilhos (Lígula visível). Foram utilizadas três folhas por planta e quatro plantas
por vaso de 10 l.
3.4.2 Comprimento final de folha (CFF – cm)
Obtido com uma régua graduada em milímetros. As leituras foram
realizadas no dia do corte, medindo-se a partir da inserção do limbo na bainha
até o ápice foliar da primeira folha expandida do perfilho (lígula visível). Foram
utilizadas três folhas por planta e quatro plantas por vaso de 10 l.
3.4.3 Largura final de folha (LFF – mm)
Obtida com a utilização do paquímetro digital Mitutoyo Absolute Proof
IP65. As medições foram realizadas no dia do corte, no terço médio da primeira
folha expandida do perfilho (lígula visível). Foram utilizadas três folhas por
planta e quatro plantas vaso de 10 l.
3.4.4 Número de perfilhos (NPe)
Foi realizada a contagem do número de perfilhos por vaso de 10 l.
29
3.4.5 Produtividade de matéria Seca (MS)
Obtida após a correção da porcentagem de matéria seca obtida a 65ºC
até peso constante pela porcentagem de matéria seca a 105º C. O peso médio foi
transformado em kg ha
-1
.
3.4.6 Razão da MS da parte aérea pela MS da raiz (PA/RA)
A matéria seca da raiz foi obtida com a mesma metodologia para a
matéria seca da parte aérea, após o que, dividiu-se o peso seco da parte aérea
pelo peso seco das raízes.
3.4.7 Análise de fibra em detergente neutro (FDN)
Foi determinado por análise não seqüencial, segundo metodologia
descrita por Van Soest e outros (1991). A técnica de FDN utilizou 0,5 g de
sulfito de sódio e 200 ul de alfa amilase.
3.4.8 Análise de fibra em detergente ácido (FDA)
Foi determinado por análise não seqüencial, segundo metodologia
descrita por Van Soest e outros (1991).
3.4.9 Proteína bruta (PB)
Foi determinado o teor de nitrogênio utilizando-se o aparelho de
destilação a vapor micro-Kjedahl, conforme metodologia proposta por Silva e
Queiroz (2002).
30
3.4.10 Cinzas
Determinado pelo método gravimétrico após a incineração do material
em mufla a 550-600º C , conforme metodologia proposta por Silva e Queiroz
(2002).
3.5 Análise dos dados
Todas as características morfológicas, agronômicas e bromatológicas
obtidas foram submetidas a análises de variância e de regressão utilizando o
programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2005).
31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Teor relativo de clorofila (SPAD), comprimento final de folha (CFF),
largura final de folha (LFF), número de perfilhos (NPe) e produtividade de
matéria seca (MS)
Os resumos das análises de variância para as características teor relativo
de clorofila (SPAD), comprimento final de folha (CFF), largura final de folha
(LFF), número de perfilhos (NPe), produtividade de matéria seca (MS) e os
coeficientes de variação (CV) e médias estão apresentados na tabela 3. Foi
observado efeito significativo da gramínea para quase todas as características,
com exceção para o teor relativo de clorofila. Para níveis de sombreamento foi
observado efeito significativo para todas as características. Observou-se também
efeito significativo da interação gramínea x níveis de sombreamento para as
características comprimento final de folha e largura final de folha, indicando que
o comportamento das espécies foi diferente para os níveis estudados para essas
características.
Tabela 3 - Resumos das análises de variância dos dados de teor relativo da
clorofila (SPAD), comprimento final de folha (CFF- cm), e largura final de
folha (LFF - mm), número de perfilhos (NPe), produtividade de matéria
seca (MS) e os coeficientes de variação (CV). Vitória da Conquista-BA,
2008.
F.V
GL
QM
SPAD CFF LFF NPe MS
Bloco 2 1,40 0,06 0,16 53,59 786036,05
Gramínea 1 1,17 553,93* 175,23* 15048,21* 27148169,54*
N. Somb. 6 111,82* 160,76* 7,19* 1130,46* 19349035,36*
Gram x N.
6 2,12 11,76* 1,07* 532,10 1508364,65
Erro 26 6,38 0,08 0,09 305,31 1751553,57
CV (%) 7,11 1,01 2,50 15,06 23,83
* Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
32
A precisão experimental estimada pelo coeficiente de variação (CV)
variou entre as características, sendo que o maior valor observado foi para a
produtividade de matéria seca (23,83 %). Para as demais características, os
valores do coeficiente de variação foram sempre inferiores a 16 %, indicando
um bom nível de precisão experimental.
Não foi verificado efeito significativo da gramínea sobre o teor relativo
de clorofila. O B. decumbens apresentou valor médio de SPAD de 35,37 % e o
B. dictyoneura de 34,57 %. Na figura 1 esta apresentada a equação de regressão
para os valores de teor relativo de clorofila em função dos sete veis de
sombreamento. Foi encontrado relação linear significativa entre o teor relativo
de clorofila e os diferentes níveis de sombreamento das espécies de gramínea B.
decumbens e B. dictyoneura, com o coeficiente de determinação de 92,72.
Foi constatado acréscimo de 0,17 % nos valores do SPAD para cada 1%
de aumento do nível de sombreamento a partir do nível zero até o nível estudado
para as gramíneas estudadas indicando que os maiores valores de SPAD são
encontrados nos ambientes com maior nível de sombreamento.
Jakelaitis e outros (2005), ao estudarem as influências de herbicidas e de
sistemas de semeadura de Brachiaria brizantha consorciada com milho, em
Viçosa-MG, concluíram que os maiores valores de clorofila total foram obtidos
quando se aumenta o adensamento do plantio dos milhos com a brachiaria,
corroborando com os resultados encontrados neste trabalho.
33
Figura 1 - Relação entre níveis de sombreamento e o índice Spad foliar de
Brachiaria decumbens e Brachiaria dictyoneura, avaliada aos 120 dias após
transplantio. Vitória da Conquista-Bahia, 2008.
*Significativo a 5% de probabilidade, pela análise de variância da regressão.
As médias do comprimento final de folhas (CFF) e largura final de
folhas (LFF) das espécies B. decumbens e B. dictyoneura avaliadas em sete
níveis de sombreamento (0 , 20 %, 30 %, 40 %, 50 %, 60 % e 70 %), estão
apresentados na Tabela 4.
Foi verificado efeito significativo para comprimento final de folhas,
sendo que a B. decumbens apresentou, na média, 7,27 cm a menos que a B.
dictyoneura. Esse comportamento de superioridade da dictyoneura pode ser
constatado em todos os níveis de sombreamento.
25
27
29
31
33
35
37
39
41
0
10 20 30 40
50
60 70
Níveis de sombreamento (%)
SPAD
Spad: ŷ* = 28,7839 + 0,1727x (R² = 0,9293 )
34
Campos e outros (2007), ao analisarem as características morfogênicas e
estruturais da Brachiaria decumbens em sistema de silvipastoril em cultivo
exclusivo na cidade de Coronel Pacheco-MG, encontrou o comprimento de
folhas de 23,5 cm para o sombreamento intenso e de 16,0 cm para pleno sol,
sendo estes valores condizentes com os encontrados neste trabalho (Tabela 4).
Na figura 2 estão apresentadas as equações de regressão para os valores
de comprimento final de folhas em função dos níveis de sombreamento. Foi
encontrada relação linear significativa entre comprimento final de folhas das
espécies B. decumbens e B. dictyoneura e os diferentes níveis de sombreamento,
sendo os coeficientes de determinação de 95,29 % e 90,21 %, respectivamente.
Tabela 4 - Valores médios para comprimento final de folhas (CFF) e
largura final de folhas das espécies B. decumbens e B. dictyoneura avaliadas
em sete níveis de sombreamento. Vitória da Conquista-BA, 2008.
CFF (cm) LFF (mm)
Níveis de
Somb.
B. decumbens
B. dictyoneura B. decumbens
B. dictyoneura
0 18,50
b
26,00
a
11,73
9,16
b
20 20,67
b
27,71
a
12,86
9,56
b
30 25,20
b
27,76
a
14,09
9,89
b
40 26,34
b
31,33
a
14,41
9,92
b
50 28,50
b
36,80
a
15,24
a
10,71
b
60 29,41
b
38,95
a
15,63
10,87
b
70 30,31
b
41,23
a
15,76
11,02
a
Média
25,56
b
32,83
a
14,24
a
10,16
b
Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste T a 5% de
probabilidade.
Foi constatado acréscimo de 0,18 cm no comprimento final das folhas
para cada 1% de aumento do nível de sombreamento a partir do nível zero para o
B. decumbens e de 0,24 cm para o B. dictyoneura, indicando uma tendência das
folhas cresceram mais em ambientes sombreados. Essa é uma forma de
35
adaptação da planta para tentar compensar a menor radiação solar recebida e
obter uma maior captação de luz no ambiente com reduzida luminosidade.
Campos e outros (2007), ao estudarem características morfogênicas e
estruturais da Brachiaria decumbens em sistema silvipastoril e cultivo
exclusivo, encontraram valores maiores de comprimento de folhas em gramíneas
nas condições de sombreamento intenso, corroborando com os resultados
encontrados no presente trabalho.
Figura 2 - Relação entre o nível de sombreamento e comprimento final de
folhas (CFF) de Brachiaria decumbens e Brachiaria dictyoneura aos 120
dias após transplantio. Vitória da Conquista – BA, 2008.
*Significativo a 5% de probabilidade pela análise de variância da regressão.
Ainda segundo Samarakoon e outros (1990) e Castro e outros (1999),
citado por Campos e outros (2007), o desenvolvimento do aparelho
15
20
25
30
35
40
45
0 10 20 30
40
50
60 70
Níveis de sombreamento (%)
CFF (cm)
B. dictyoneura
: ŷ* = 23,527 + 0,2411x (R²= 0,9021)
B. decumbens
: ŷ*= 18,5600 + 0,1815x (R² = 0,9529)
36
fotossintético é marcadamente influenciado pelo ambiente luminoso, sendo
observado para várias espécies, aumentos significativos no comprimento da
lâmina foliar das plantas em condições de reduzida luminosidade.
Figura 3 - Relação entre níveis de restrição da radiação incidente e largura
foliar final (LFF) de Brachiaria decumbens e Brachiaria dictyoneura,
avaliadas aos 120 dias após transplantio. Vitória da Conquista-Bahia, 2008.
*Significativo a 5% de probabilidade pela análise de variância da regressão.
Para a característica largura final das folhas foi verificado efeito
significativo, sendo que a B. decumbens apresentou na média 4,08 cm a mais
que a B. dictyoneura. Esse comportamento pode ser constatado em todos os
níveis de sombreamento.
Na Figura 3 estão apresentadas as equações de regressão para os valores
de largura final de folhas em função dos níveis de sombreamento. Foi
encontrada relação linear significativa entre largura final de folhas das espécies
6
8
10
12
14
16
18
0 10 20 30 40 50
60 70
Níveis de sombreamento (%)
LFF (cm)
B. decumbens: ŷ* = 11,889 + 0,0611x(R² = 0,9639)
B. dictyoneura: ŷ* = 9,0525 + 0,0288x(R² = 0,9488)
37
B. decumbens e B. dictyoneura e os diferentes níveis de sombreamento, sendo os
coeficientes de determinação de 96,39 % e 94,88 %, respectivamente.
No presente trabalho foi constatado que as duas espécies estudadas
aumentaram a largura final das folhas com a redução da luminosidade,
concordando com resultados obtidos por Wong e Wilson (1980), que
verificaram que plantas sob níveis decrescentes de luminosidade tendem a
aumentar sua área foliar, em estudo com as folhas de Panicum maximum, que as
mesmas ficaram mais longas e mais largas com a redução da luminosidade. Da
mesma forma, Bubar e Morrison (1984) constataram com a gramínea Setaria
viridis e a S. lutescens produziram folhas mais largas, quando cultivada sob
menor intensidade luminosa.
As médias do número de perfilhos (NPe) e produtividade de MS das
espécies B. decumbens e B. dictyoneura avaliadas em sete níveis de
sombreamento (0 %, 20 %, 30 %, 40 %, 50 %, 60 % e 70 %), estão apresentadas
na Tabela 5.
Tabela 5 - Valores médios para número de perfilhos (NPe) e produtividade
de matéria seca (MS) das espécies B. decumbens e B. dictyoneura avaliadas
em sete níveis de sombreamento.Vitória da Conquista, BA, 2008.
Variáveis
B. decumbens B. dictyoneura
NPe 99,38
b
134,95
a
MS (kg ha
-
) 6.358,27
a
4750,31
b
Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste T a 5% de
probabilidade.
Para a característica número de perfilhos, foi verificado que o B.
dictyoneura apresentou 35,57 % a mais de perfilhos que o B. decumbens.
38
Figura 4 - Relação entre os níveis de sombreamento e número de perfilhos
de Brachiaria decumbens e Brachiaria dictyoneura, avaliadas aos 120 dias
após transplantio. Vitória da Conquista-Bahia, 2008.
*Significativo a 5% de probabilidade pela análise de variância da regressão.
Na Figura 4 está apresentada a equação de regressão para os valores de
número de perfilhos em função dos níveis de sombreamento (0 , 20 %, 30 %, 40
%, 50 %, 60 % e 70%). As duas gramíneas apresentaram comportamentos
semelhantes. Foi encontrada relação quadrática significativa entre os valores do
número de perfilhos das gramíneas tendo como coeficiente de determinação de
58,28 %.
Foi constatado decréscimo de 1,01 perfilhos para cada 1% de aumento
do vel do sombreamento, a partir do vel zero de sombreamento, observando
uma tendência decrescente para ambas as espécies, sendo que ocorreu um
90
95
100
105
110
115
120
125
130
135
140
0
10
20
30
40
50
60
70
Níveis de sombreamento (%)
Número de perfilhos
Número de perfilhos:
ŷ* = 136,6100 – 1,0138x + 0,0099 x
2
(R² = 0,5828)
39
aumento no número de perfilhos a partir de 52% de sombreamento, indicando
um comportamento intermediário desta gramínea para esta característica.
Mattos e outros (2005), ao estudarem o crescimento de espécies de
Brachiaria a pleno sol, sob déficit hídrico e em condições de alagamento,
verificaram em Viçosa MG, um aumento maior do número de perfilhos na
espécie B. dictyoneura, quando comparado com as B. decumbens e B. brizantha.
Resultados próximos aos encontrados nesta pesquisa foram relatados por
Paciullo e outros (2005), ao estudarem a morfofisiológia e o valor nutritivo
dessas espécies sob sombreamento natural e a sol pleno quando constataram que
as gramíneas das espécies Braquiaria tendem a apresentar uma redução do
número de perfilhos em condição de sombreamento intenso (65%). A maiorias
dos trabalhos feitos com gramíneas tropicais indicam uma redução na produção
de perfilhos sob sombreamento intenso (DEINUM e outros 1996; CASTRO e
outros 1999; ANDRADE e outros 2004).
Para a característica produtividade de MS, foi verificado que o B.
decumbens apresentou 33,85 % a mais de MS que o B. dictyoneura. Apesar de
não ter sido avaliado o comprimento dos perfilhos, em função da grande
variabilidade de comprimento destes, foi observado que grande parte dos
perfilhos do B. dictyoneura ainda se achavam pequenos, o que explica em parte
o B. dictyoneura ter apresentado menor produtividade de MS que o B.
decumbens.
Na Figura 5 está apresentada a equação de regressão para os valores de
produtividade de MS (kg ha
-1
) em função dos diferentes níveis de
sombreamento. As duas gramíneas apresentaram comportamentos semelhantes.
Foi encontrada relação linear significativa e negativa entre os valores de
produtividade de MS das gramíneas B.decumbens e B. dictyoneura e os
diferentes níveis de sombreamento, com coeficiente de determinação de
96,29 %.
40
Foi verificado decréscimo de 73,11 Kg ha
-1
de MS para cada 1 % de
aumento do nível de sombreamento a partir do vel zero para as brachiarias
estudadas, observando uma tendência decrescente para ambas espécies.
Apesar da B. dictyoneura apresentar 35,79 % a mais de perfilhos que a
B. decumbens sua produtividade de MS foi inferior em 33,85 %. Isso pode ser
explicado pelo fato dos perfilhos do B. decumbens se encontrarem maiores que
os da B. dictyoneura.
Houve decréscimo da produção de MS para ambas espécies,
principalmente quando estas foram submetidas a sombreamentos mais intensos.
Fato este também relatado por Castro e outros (1999) e Andrade e outros (2002),
que afirmaram que o teor de MS de todas as gramíneas B. Brizantha, B.
decumbens, Andropogon gayanus e Panicum maximus foi maior sob
luminosidade ambiente (pleno sol), decrescendo à medida que aumentou o
sombreamento. Afirmaram ainda que as gramíneas cultivadas à sombra são mais
suculentas, possuindo um menor teor de MS. Carvalho e outros (1995), citados
por Castro (1999) afirmaram que o desenvolvimento mais lento das plantas à
sombra com reduzida velocidade pela perda de água pelos seus tecidos, os quais
permanecem mais tenros e suculentos por maior período de tempo (JEFFERIES,
1965).
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Níveis de somb
reamento (%)
PMSPA (kg ha
-
1
)
PMSPA: ŷ* = 8374,3 - 73,11x (R
2
= 0,9629)
Figura 5 - Representação gráfica da equação de regressão estimada para os
resultados de produtividade de matéria seca de Brachiaria decumbens e
Brachiaria dictyoneura, (PMSPA, kg ha
-1
), que expressam o efeito médio dos
níveis de sombreamento, UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008.
*Significativo a 5% de probabilidade pela análise de variância da regressão.
Souto e Aronovich (1992) concluíram que o aumento do sombreamento,
geralmente, acarreta uma diminuição acentuada da percentagem de MS das
gramíneas.
Andrade e outros (2004), ao estudarem o crescimento de gramíneas e
leguminosas forrageiras tropicais sob sombreamento, constataram que quanto
maior o nível de sombreamento, menor a diferença entre as taxas de acúmulo de
MS, divergindo dos resultados desta pesquisa, onde se verificou que nos níveis
mais elevados de sombreamento as taxas de acúmulo de MS se distanciaram
42
Meirelles e Mochiutti (2004) observaram que em todas as gramíneas o
sombreamento reduziu a produção de forragem, sendo que as menores
produções estariam sobre sombreamento intenso.
4.2 Razão parte aérea/raiz (PA/RA), fibra em detergente neutro (FDN),
fibra em detergente ácido (FDA), proteína bruta (PB) e cinzas.
Os resumos das análises de variância para as características razão parte
aérea/raiz (PA/RA), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido
(FDA), proteína bruta (PB), cinzas e os coeficientes de variação (CV) estão
apresentados na tabela 6. Foi observado efeito significativo da gramínea para as
características proteína bruta e cinzas. Para níveis de sombreamento foi
observado efeito significativo para quase todas as características, com exceção
da razão parte aérea/raiz. Não foi observado efeito da interação gramínea x
níveis de sombreamento para qualquer das características estudadas.
A precisão experimental avaliada pelo coeficiente de variação (CV) foi
baixa para a maioria das características, com exceção da razão parte aérea/raiz
que foi de 53,3 %.
Tabela 6 - Resumos das análises de variância dos dados razão parte
aérea/raízes (PA/RA), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em
detergente ácido (FDA), proteína bruta (PB), cinzas e os coeficientes de
variação (CV). Vitória da Conquista-BA, 2008.
F.V
GL
QM
PA/RA FDN FDA PB Cinzas
Bloco 2 0.363231 1.121850 8.330474 0.507610 0.839879
Gramínea 1 0.000536 18.974593 35.769943 20.804610* 21.902593*
N. Somb. 6 0.782415 39.537471* 52.763105* 16.123815* 6.222083*
Cult. x N. 6 0.076569 1.877821 5.591787 1.316604 0.158371
Erro 26 0.425905 6.973817 13.047358 1.688856 0.502614
CV (%) 53,30 3,71 10,57 16,78 6,77
* Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
43
Segundo Samarakoon e outros (1990), um efeito comum do
sombreamento sobre as forrageiras é a redução no crescimento do sistema
radicular, mesmo quando a parte aérea é beneficiada.
Silva e Silva e outros (2007), ao estudarem o efeito da luz no crescimento e
mudas de Hymenaea pervifolia Huber, verificaram que existe uma tenncia de
diminuão da razão parte rea/raiz observada em plântulas cultivadas em níveis
mais altos de luz e que sob sombreamento mais intenso (70%) ocorreu redão na
massa seca da raiz. O mesmo comportamento foi observado por Souto e Aronovich
(1992), que verificaram que o sombreamento em forrageiras proporcionou
decréscimos na massa de raízes, bem como uma redução significativa no peso seco
da parte aérea, resultando em uma maior relação parte rea/raiz. Também Heller e
outros (1994) e Figueiredo e outros (1995), citados por Costa Jr. e outros (2003)
constataram que o sombreamento proporciona diminuição na atividade
fotossintica e diminuão na síntese de carboidratos, o que influencia
negativamente o enraizamento. Pois a maior disponibilidade de auxina nos tecidos
pode proporcionar a diminuição do enraizamento.
Silva e Silva e outros (2007) ressaltam que valores mais baixos de razão
parte aérea/raiz, são observados em plântulas cultivadas em níveis mais altos de
luz, e afirma que plantas cultivadas em baixa disponibilidade de luz tendem a
investir mais biomassa na parte aérea em detrimento da raiz, fato ocorrido com
maior intensidade em plantas mantidas sob 70 % de sombreamento.
Não foi verificado efeito significativo da gramínea para a característica
FDN, sendo que a B. decumbens apresentou em torno de 70,55 e a B. dictyoneura
71,89 de FDN na MS, respectivamente.
Com relação aos veis de sombreamento,
na figura 6 estão apresentadas as equações de regreso para os valores de
porcentagem de FDN na MS em fuão dos sete níveis de sombreamento. Foi
encontrada relação quadrática significativa entre porcentagem FDN na de MS das
escies B. decumbens e B. dictyoneura e os diferentes níveis de sombreamento,
44
sendo o coeficiente de determinação de 92,11 %.
Na Figura 6 está apresentada a equação de regressão para os valores de
percentagem de FDN na MS em função dos níveis de sombreamento estudados.
Foi constatado um acréscimo de 0,15 % na porcentagem de FDN na MS para
cada aumento do nível de sombreamento a partir do nível zero para as gramíneas
até o nível de 24 % de sombreamento quando atingiu um máximo de 73,87 % de
FDN. A partir daí, aumentos no nível de sombreamento proporcionam
diminuições na porcentagem de FDN na MS.
Figura 6 - Representação gráfica da equação de regressão estimada para a
relação entre fibra em detergente neutro (FDN) com base em massa seca de
Brachiaria decumbens e Brachiaria dictyoneura e níveis de sombreamento,
avaliado aos 120 dias após transplantio.Vitória da Conquista - BA, 2008.
*Significativo a 5% de probabilidade, pela análise de variância da regressão.
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Níveis de sombreamento (
%)
FDN (%)
FDN: ŷ* = 71,9451 + 0,1592x - 0,0033x² (R²= 0,9211))
45
Sousa e outros (2007) e Carvalho e outros (2002), não encontraram
variações nos percentuais de FDN da MS sob condição de sombreamento
natural. Estes autores verificaram que os teores de FDN estavam próximos dos
encontrados por eles na literatura, em torno de 74,6%. No entanto, Paciullo e
Aroeira (2006) afirmam existir uma tendência de redução dos teores de FDN em
altos níveis de sombreamento, o que corrobora em parte com os resultados
encontrados neste trabalho.
Paciullo (2007) ao estudar a morfofisiologia e valor nutritivo do capim
braquiaria sob sombreamento natural e a sol pleno verificou que o teor de FDN
diminuiu com o sombreamento, com o que concordam Castro e outros (1998),
que verificaram que teores de FDN de todas as gramíneas, exceto os de B.
brizantha, foram reduzidos com o aumento do nível de sombreamento.
Mesquita e outros (2002), ao estudarem os efeitos de métodos de
estabelecimento de Braquiaria e Estilosantes e de doses de calcário, fósforo e
gesso sobre alguns componentes nutricionais da forragem, concluíram que a
FDN da B. decumbens variou de 68,1 a 72,4 %, sendo esses valores próximos ao
encontrado neste estudo.
As espécies de gramíneas apresentaram percentuais de FDA
semelhantes, sendo que a B. decumbens apresentou em torno de 33,26
% e a B.
dictyoneura 35,11 % de FDA na MS, respectivamente. Porém, ao transformar
esses valores para Kg ha
-1
observou-se uma quantidade de 447 Kg ha
-1
de fibra
de qualidade inferior para a B. decumbens. Com relação aos níveis de
sombreamento, na figura 7 esta apresentada à equação de regressão para os
valores de porcentagem de FDA na MS em função dos sete níveis de
sombreamento. Foi constatada relação quadrática significativa entre
porcentagem FDA na de MS das espécies B. decumbens e B. dictyoneura e os
diferentes níveis de sombreamento, com o coeficiente de determinação de
90,47%.
46
Foi constatado um acréscimo na porcentagem de FDA na MS para cada
aumento do nível de sombreamento a partir do nível zero para as gramíneas até o
nível de 29 % de sombreamento quando atingiu um máximo de 36,95 % de
FDA. A partir daí, aumentos no nível de sombreamento proporcionam
diminuições na porcentagem de FDA na MS.
Parte da literatura sobre teores de FDA em gramíneas, os valores
verificados estão em torno de 34 % quando explorado a pleno sol. De acordo
com os resultados obtidos neste trabalho, valores mais elevados que os
encontrados na literatura foram verificados apenas para o B. decumbens, e em
níveis intermediários de sombreamento (entre 20 % e 50 %). Resultados
semelhantes foram verificados por Castro e outros (1999) ao avaliarem B.
brizantha cv. Marandu em condições de sombreamento artificial. Estes autores
verificaram que os maiores teores de FDA ocorreram com sombreamento entre
30 a 60%.
Oliveira e outros (2007), ao analisarem a produtividade de Brachiaria
brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf cv. Marandu sob diferentes arranjos
estruturais de sistema agrosilvipastoril com eucalipto, observou uma diferença
significativa os valores de FDN e FDA o que corrobora com os valores
encontrados nesta pesquisa.
Sousa e outros (2007) verificaram que para o B.brizantha cv. Marandu,
os teores de FDA foram mais altos em áreas sombreadas, mas estes autores não
informaram o nível de sombreamento.
Apesar da diminuição da produtividade de MS houve melhoria da
qualidade da forragem, pois os teores de FDN e FDA diminuíram com o
aumento intensivo do sombreamento. A boa digestibilidade da forragem está
relacionada com seus teores de FDN e FDA, pois é certo que com o aumento no
teor de fibra diminui os valores da DIVMS (NUSSIO e outros, 1998).
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Níveis de sombreamento (%)
FDA (%)
FDA: ŷ* = 32,7541 + 0,2809x -0,0047x² (R² = 0,9047))
Figura 7 - Representação gráfica da equação de regressão estimada para a
relação entre fibra em detergente ácido (FDA) com base em massa seca de
Brachiaria decumbens e Brachiaria dictyoneura e níveis de sombreamento
avaliado aos 120 dias após transplantio.Vitória da Conquista-BA, 2008.
*Significativo a 5% de probabilidade pela análise de variância da regressão.
As médias da porcentagem de proteína bruta (PB) e cinzas na MS das
espécies B. decumbens e B. dictyoneura avaliadas em sete níveis de
sombreamento (0 %, 20 %, 30 %, 40 %, 50 %, 60 % e 70 %), estão apresentados
na Tabela 7.
48
Tabela 7 - Valores médios para porcentagem de proteína bruta (PB) e
cinzas na matéria seca das espécies B. decumbens e B. dictyoneura avaliadas
em sete níveis de sombreamento.Vitória da Conquista-BA, 2008.
Variáveis
B. decumbens B. dictyoneura
PB (%)
7,04
b
8.44
a
Cinzas (%)
9,74
b
11,87
a
Médias seguidas da mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste T a 5% de
probabilidade.
Foi verificada diferença significativa entre as gramíneas para a
característica porcentagem de PB na MS, sendo que a B. decumbens apresentou
na média 1,40 % a menos de PB que o B. dictyoneura. Porém, ao transformar
esses percentuais para Kg ha
-1
observou-se que a B. decumbens produziu 46,7
Kg ha
-1
de proteína bruta a mais que a B. dictyoneura.
Na Figura 8 está apresentada a equação de regressão para os valores de
percentagem de PB na MS em função dos níveis de sombreamento estudados.
As duas gramíneas apresentaram comportamentos semelhantes, sendo que na
medida em que se aumentou o nível de sombreamento, verificou-se um
distanciamento entre os teores de PB, com valores mais elevados para a B.
dictyoneura.
Foi verificada relação linear significativa positiva entre os valores de
produtividade de MS das gramíneas B decumbens e B. dictyoneura e os
diferentes níveis de sombreamento, sendo o coeficiente de determinação de
89,07 %. Constatando-se um acréscimo de 0,06 % de PB para cada 1 % de
aumento do nível de sombreamento, a partir do nível zero para a B. decumbens e
B. dictyoneura.
49
Figura 8 - Representação gráfica da equação de regressão estimada para a
relação entre proteína bruta, em base de massa seca de Brachiaria
decumbens e Brachiaria dictyoneura, e níveis de sombreamento avaliado aos
120 dias. Vitória da Conquista - BA, 2008.
*Significativo a 5% de probabilidade, pela análise de variância da regressão.
Vários autores verificaram que geralmente o teor de nitrogênio aumenta
com o sombreamento em gramíneas fazendo com que aumente também os teores
de PB (BATHURST; MITCHELL, 1958; citado por SOUTO; ARONOVICH,
1992) e (BURTON e outros, 1959).
Segundo Eriksen e Whitney (1981), as gramíneas tropicais forrageiras
sem adubação nitrogenada, em um estado de sombreamento moderado a forte,
aumenta o N total em duas a três vezes.
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Níveis de sombreamento
(%)
Proteína bruta
(%)
Proteína bruta: ŷ* = 5,2674 + 0,0642x (R² = 0,8907)
50
Mesquita e outros (2002) quando estudaram os componentes nutricionais
de algumas braquiárias e de estilizantes, encontraram valores de PB variando
entre 6,2 a 7,6 %, corroborando com os valores encontrados nesse estudo.
Para Sousa e outros (2007), o teor de PB na B. brizantha cv Marandu
nos sub-bosques de Z. tuberculosa foi 29% maior que no seu controle (pleno
sol), fato este, tamm observado por Carvalho e outros (1995), ao verificarem
que todas gramíneas sombreadas apresentaram maior concentração de N que as
gramíneas plantadas a pleno sol.
Carvalho e outros (1997), ao estudarem o comportamento de seis
gramíneas tropicais cultivadas em sub-bosque de angico-vermelho, pode
concluir que produção de PB da B. brizantha cv. Marandu apresentou-se 47%
mais alta do que a que está sombreada.
McEwen e Dietz (1965), citados por Sartor e outros (2006), ao
analisarem a produção de forragem de espécies de inverno em ambiente
sombreado afirmam que à sombra as gramíneas podem alterar seu valor
nutritivo, devido ao atraso no crescimento, permitindo a manutenção de teores
de PB mais elevados por mais tempo.
Com relação ao percentual de cinzas na MS, foi verificada diferença
significativa entre as gramíneas para essa característica, sendo que a B.
decumbens apresentou na média 2,13 % a menos de cinzas que o B. dictyoneura.
Porém, ao transformar esses percentuais para Kg ha
-1
observou-se que a B.
decumbens produziu 55,43 Kg ha
-1
de matéria mineral a mais que a B.
dictyoneura.
51
Figura 9 - Representação gráfica da relação entre níveis de restrição de
incidência de luz e teor de cinzas, com base no peso de massa seca. Vitória
da Conquista - BA, 2008.
*Significativo a 5% de probabilidade pela análise de variância da regressão.
A Figura 9 apresenta a equação de regressão para os valores de
percentagem de cinzas na MS em função dos níveis de sombreamento estudados.
As duas gramíneas apresentaram comportamentos semelhantes, sendo que na
medida em que se aumentou o nível de sombreamento, verificou-se um aumento
entre teores de cinzas das duas gramíneas e os diferentes níveis de
sombreamento, sendo o coeficiente de determinação de 94,84 %.
Foi constatado acréscimo de 0,041 % de cinzas para cada 1 % de
aumento do nível de sombreamento, a partir do nível zero para a B. decumbens e
B. dictyoneura.
McEwen e Dietz (1965) e Belsky (1992), observaram em seu estudo que
pastagens nativas sombreadas por espécies arbóreas, apresentavam uma maior
concentração de fósforo na massa forrageira.
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Níveis de sombreamento
(%)
Cinzas (%)
Cinzas: ŷ* =8,8756 + 0,0411x (R² = 0,9484))
52
Souto e Aronovich (1992) concluíram que com algumas exceções, os
teores de minerais nas gramíneas tendem a ser mais altos nas plantas mais
sombreadas ou adubadas com nitrogênio.
Segundo Castro e outros (2001), ao estudarem os efeitos do
sombreamento na composição mineral de gramíneas forrageiras tropicais,
concluíram que o sombreamento resultou em tendência geral à elevação dos
teores de P, K, Ca e Mg na forragem das gramíneas estudadas. Arborização de
uma pastagem de B. decumbens, na densidade de 20-30%, contribuiu para
aumentar as concentrações de N, K e Mg na forragem (CARVALHO, 2002).
Os resultados encontrados para percentual de cinzas na MS neste trabalho
estão de acordo com os resultados obtidos na literatura evidenciando que em
condições de sombreamento as gramíneas são mais ricas em minerais, o que
pode auxiliar no manejo dos animais.
53
5 CONCLUSÕES
A B. decumbens cv. Basilisk apresentou-se mais produtiva que a B.
dictyoneura cv. Lanera, entretanto, apresentou menor percentual de proteína
bruta e cinzas em todos os níveis de sombreamentos. Com relação à qualidade
das fibras as gramíneas se equivalem.
Os elevados teores de FDN verificados neste estudo devem proporcionar
um elevado consumo de matéria seca e associado aos baixos teores de FDA
indicam que essas gramíneas cultivadas em condições de sombreamento
apresentam alta digestibilidade quando comparado a pleno sol.
54
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62
APÊNDICE
63
APÊNDICE A - Resumos da análise de variância de regressão.
Tabela 1A - Resumos da análise de variância de regressão referente ao teor
relativo de clorofila (SPAD), comprimento final de folha (CFF), e largura
final de folha (LFF), número de perfilhos (NPe), produtividade de matéria
seca (MS) e os coeficientes de variação (CV). Vitória da Conquista-BA,
2008.
F.V
GL
QM
SPAD
CFF
LFF
NPe
MS
Linear 1 630,58*
953,38*
40,03*
1961,17
109753997,21*
Quadrática 1 10,71 0,48 1,40*
1440,29
10037,06
Erro 26 6,36 0,08 0,093
305,31
1751553,57
* significativo, a 5%.
Tabela 2A - Resumos das análises de variância de regressão dos dados
razão parte aérea-raízes (PA/RA), fibra em detergente neutro (FDN), fibra
em detergente ácido (FDA), proteína bruta (PB), cinzas e os coeficientes de
variação (CV). Vitória da Conquista-BA, 2008.
F.V
GL
QM
FDN FDA PB Cinzas
Linear 1 115,54* 89,10 91,14* 36,72*
Quadrática
1 86,14* 190,64* 5,06 0,23
Erro 26 6,97 13,05 1,69 0,50
* significativo, a 5% .
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