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nefelina e egirina, formando sericita e feldspatóides), cuja reserva é estimada em 350
milhões de toneladas de K
2
O, considerando um teor médio de 11% de K
2
O
(VALARELLI & GUARDANI, 1981). Outra vantagem é a energia utilizada, pois os
processos de produção baseiam-se no uso de energia elétrica ou carvão vegetal,
ambas as fontes renováveis (GUARDANI et al., 1983).
Uma vez conhecidas as potencialidades das rochas potássicas após tratamento
térmico e as vantagens intrínsecas ao seu processo de produção, alguns autores se
dedicaram a estudos agronômicos iniciais com a fonte de K em questão.
Assim, NEPTUNE et al. (1980), empregando arroz como planta indicadora, em
experimento de casa de vegetação, testaram, comparativamente ao KCl, três amostras
de materiais potássicos e kaliofilita (KAlSiO
4
) provindos de Poços de Caldas. Deve-se
destacar que todas as fontes tinham sido previamente submetidas a tratamento
hidrotérmico e continham teores de K
2
O (solúvel em ácido cítrico) que variavam de 12,4
a 24,1%. Utilizaram doses (aproximadas) de 41,5 e 83 mg dm
-3
de K. Os autores
verificaram que todas as fontes de K proporcionaram resultados semelhantes, tanto na
produção de massa seca como na concentração de K nas plantas.
Em condições de campo, VIDAL (1982) avaliou o aproveitamento das mesmas
fontes de K supracitadas, pelo sorgo sacarino, em um Nitossolo Vermelho eutroférrico
com 2,1 mmol
c
dm
-3
de K. Constatou que não houve diferenças entre as fontes testadas
para a extração de K e produção de colmos, independentemente da dose de K aplicada
(100 e 200 kg ha
-1
de K
2
O). Contudo, uma das amostras de rocha potássica, na dose
de 200 kg ha
-1
de K
2
O, proporcionou produção de grãos superior, inclusive ao KCl.
EICHLER & LOPES (1983) conduziram um experimento em casa de vegetação
para verificar os efeitos da mistura, em diferentes proporções, de Verdete de Abaeté +
calcário, submetidas a tratamento térmico, na solubilização do K e produção de massa
seca da parte aérea do milho, em comparação ao KCl. O experimento foi conduzido por
três cultivos sucessivos em amostras de um Latossolo Vermelho distrófico argiloso com
baixo teor de K. Constataram que a aplicação da mistura de Verdete do Abaeté e
calcário em partes iguais submetida a uma temperatura de calcinação de 1100°C
proporcionou elevação dos teores de K no solo, sendo, inclusive, superior ao