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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO TERMOFOSFATO
MAGNESIANO POTÁSSICO PARA O CAPIM-MARANDU
Valdeci Orioli Júnior
Engenheiro Agrônomo
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
Outubro de 2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO TERMOFOSFATO
MAGNESIANO POTÁSSICO PARA O CAPIM-MARANDU
Valdeci Orioli Júnior
Orientador: Prof. Dr. Edson Luiz Mendes Coutinho
Dissertação apresentada à Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias Unesp,
Câmpus de Jaboticabal, como parte das
exigências para a obtenção do título de Mestre
em Agronomia (Produção Vegetal).
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
Outubro de 2008
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Orioli Júnior, Valdeci
O69a Avaliação da eficiência do termofosfato magnesiano potássico
para o capim-marandu / Valdeci Orioli Júnior. – – Jaboticabal, 2008
viii, 36 f. : il. ; 28 cm
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2008
Orientador: Edson Luiz Mendes Coutinho
Banca examinadora: Mara Cristina Pessôa da Cruz, Takashi
Muraoka
Bibliografia
1. Brachiaria brizantha. 2. Granulometria. 3. Nível crítico. 4.
Potássio. I. Título. II. Jaboticabal-Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias.
CDU 631.8:633.2
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação – Serviço
Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
i
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
VALDECI ORIOLI JÚNIOR, nascido em 23 de Janeiro de 1983, em Catanduva -
SP, é Engenheiro Agrônomo formado em julho de 2006 pela Faculdade de Engenharia
UNESP (Campus de Ilha Solteira). Trabalhou, neste período, com manejo de tratos
culturais na cultura do trigo, sendo bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP) de 2004 a 2006. Em agosto de 2006, ingressou no
curso de mestrado do Programa de Pós-graduação em Agronomia (Produção Vegetal)
da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP (Campus de Jaboticabal),
sendo bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES). Obteve o Título de Mestre em outubro de 2008.
ii
“Não se gerencia o que não se mede, não
se mede o que não se define, não se
define o que não se entende, não
sucesso no que não se gerencia.”
(William Edward Deming)
iii
Aos meus pais Valdeci Orioli e
Nilva de Lourdes Alberghini Orioli, pela
forma que me educaram, sendo sempre
exemplos incontestáveis de amor,
honestidade, solidariedade, inteligência,
força e superação. Exemplos que levarei
por toda a vida e que, sem dúvida,
propiciaram mais esta vitória e
proporcionarão outros acertados passos e
conquistas.
OFEREÇO
À minha namorada Karina Roberto
pelo amor e carinho, pelo exemplo de
determinação, pela compreensão de minha
ausência, pela colaboração nas várias fases
deste trabalho, mas, em especial, por
compartilhar meus objetivos.
DEDICO
iv
AGRADECIMENTO ESPECIAL
Aos meus irmãos, Eng. Agr.
Fabrício Alberghini Orioli e Dra. Priscila
Alberghini Orioli, pelo amor, incentivo,
conselhos e confiança. E aos pequeninos
e amados sobrinhos Giulia, Laís e Rafael,
pelos momentos de alegria e
descontração que inconscientemente
foram capazes de amenizar momentos de
tensão e angústia.
Ao Prof. Dr. Edson Luiz Mendes
Coutinho, pela orientação acadêmica, que a
faz com invejável sabedoria, organização e
profissionalismo, pelo apoio e confiança,
mas, sobretudo, pela distinta amizade.
v
AGRADECIMENTOS
A todos os funcionários do Departamento de Solos e Adubos em especial à
Claudia Campos Dela Marta e Dejair Lúcio da Silva, pela amizade e valiosa
cooperação.
Ao colega, acadêmico em agronomia, André Mendes Coutinho Neto, por abdicar
de momentos de descanso e lazer para colaborar na condução desse experimento.
À Profa. Dra. Mara Cristina Pessôa da Cruz e ao Dr. José Carlos Barbosa,
membros da banca examinadora do exame geral de qualificação, pelas sugestões
apresentadas.
Ao Prof. Dr. Takashi Muraoka e, novamente, à Profa. Dra. Mara Cristina Pessôa
da Cruz, pelas críticas e propostas apresentadas na defesa desta dissertação.
Aos professores das disciplinas cursadas durante o mestrado: Célia Regina Paes
Bueno, Edson Luiz Mendes Coutinho, Itamar Andrioli, José Carlos Barbosa, José
Eduardo Corá, Renato de Mello Prado e William Natale.
Aos colegas de pós-graduação Alysson Roberto da Silva, Roberto Savério Souza
Costa, Fabiana de Souza Pereira e Daniela Cleide Azevedo de Abreu, pela divertida e
fraterna convivência e auxílio mútuo.
Aos acadêmicos do curso de graduação em agronomia Bruna Zaparoli Beretta,
Felipe Pontes Stefaroli e Leandro Hernandez da Costa, pela amizade e agradável
convivência.
Aos grandes amigos de infância Ricardo José Guirado e Rogério Segantini
Barato, pela força e companheirismo incondicionais durante mais esta etapa de minha
vida.
Ao amigo Renan Carosio de Oliveira por todas as vezes que se propôs a me
ajudar.
Aos cunhados Marlene Aparecida Botelho Orioli e Luis Gustavo Vicchini de
Barros, pelo harmonioso convívio.
vi
Ao Senhor Mário Finoto Roberto e sua esposa Senhora Claudete Gonçalves
Guerra Roberto, ao Senhor Dionizio Roberto e sua esposa Dona Ana Finoto Roberto e
também à jovem Paula Roberto, pela carinhosa acolhida, principalmente nos momentos
finais de redação deste trabalho.
Ao Conselho do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal)
e a CAPES, pela oportunidade e concessão de bolsa de estudos.
Finalmente, a Deus, por todas as oportunidades concedidas e pela saúde para
que pudesse aproveitá-las.
vii
SUMÁRIO
Página
RESUMO...............
.......................................................................................................
viii
ABSTRACT...................................................................................................................
ix
1. INTRODUÇÃO.....
.....................................................................................................
1
2. REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................
4
3. MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................................
15
3.1. Solos................................................................................................................... 15
3.2. Delineamento estatístico e tratamentos..............................................................
15
3.3. Instalação e condução do experimento...............................................................
16
3.4. Análises químicas............................................................................................... 17
3.5. Análises estatísticas............................................................................................
17
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................
......................
19
5. CONCLUSÕES.........................................................................................................
28
6. REFERÊNCIAS............................................................................................
.............
29
viii
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO TERMOFOSFATO MAGNESIANO POTÁSSICO
PARA O CAPIM-MARANDU
RESUMO O alto custo atual do cloreto de potássio e a grande dependência de
sua importação para suprir a demanda nacional, sugerem a necessidade de estudos
que procurem avaliar a eficiência de outras fontes de potássio, principalmente aquelas
baseadas em matéria-prima nacional. Nesse sentido, foi conduzido um experimento em
casa de vegetação com amostras de um Latossolo Vermelho distrófico textura média,
adotando-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x3x2
(quatro doses de K, três fontes e duas granulometrias), com três repetições. Os
fertilizantes potássicos utilizados foram o cloreto de potássio, o termofosfato
magnesiano potássico (TK) e a mistura TK (70%) + cloreto de potássio (30%), todos
fornecidos em duas granulometrias (100 e 60 mesh) e aplicados nas doses de 0, 60,
120 e 180 mg kg
-1
de K. Verificou-se que a adubação potássica promoveu incrementos
significativos na produção de massa seca (parte aérea) nos dois crescimentos do
capim-marandu e nas concentrações de K no solo e na planta, não havendo diferenças
entre as fontes e suas granulometrias. Os níveis críticos de K no solo e na parte aérea
das plantas foram 1,5 mmol
c
dm
-3
e 19 g kg
-1
, respectivamente.
Palavras-Chave: Brachiaria brizantha, granulometria, nível crítico, potássio
ix
EFFECTIVENESS OF THE FUSED MAGNESIUM POTASSIUM PHOSPHATE FOR
MARANDU GRASS
SUMMARY The high acquisition cost of potassium chloride and the fact that
Brazil has to import it justify the search for the new sources of potassium, mainly among
raw materials which can be found in Brazil. With this in view, an experiment was
conducted under greenhouse conditions with samples of a sandy clay loam Typic
Haplustox in completely randomized design in factorial scheme 4x3x2 (four rates of K,
three sources and two particle sizes), with three replications. The potassium fertilizers
employed in the experiment were potassium chloride, fused magnesium potassium
phosphate (TK) and a mixture of 70% of TK and 30% of potassium chloride. The particle
sizes for each fertilizer were of 100 and of 60 mesh. The rates were of 0, 60, 120, and
180 mg kg
-1
of K. The results showed that the potassium fertilization resulted in
significant increments in the yield of shoot dry matter in the two cuttings of the Marandu
grass and in the levels of K both in the plant and in the soil. Source and particle size had
no significant effect on the evaluated parameters. K critical levels in the soil and in the
shoot were found to be of 1.5 mmol
c
dm
-3
and 19 g kg
-1
, respectively.
Keywords: Brachiaria brizantha, potassium, particle size, critical level
1 INTRODUÇÃO
Não obstante o potássio ser um elemento requerido em grandes quantidades
pelas plantas forrageiras, a sua importância muitas vezes tem sido negligenciada,
talvez, partindo-se do conhecimento de que esse nutriente é reciclado através da urina
e das fezes dos animais em pastejo. Em termos de espaço e de tempo, CANTARUTTI
et al. (2001) e BRAZ et al. (2002) destacaram, entretanto, que o ato de excretar é
diferente do ato de pastejar, de modo que concentração de excreções e
transferência de nutrientes para locais restritos, que não têm influência na produção
global da pastagem. Grande proporção das excreções concentra-se próximo de cercas,
cochos, bebedouros e áreas sombreadas. Dessa maneira, deficiências deste nutriente,
mascaradas ou não, podem estar reduzindo de forma significativa a produção e a
perenidade das pastagens.
A adição de potássio tem proporcionado incrementos significativos na produção
de massa seca da parte aérea da Brachiaria brizantha Stapf. cv. Marandu quando esta
é cultivada em meio deficiente em K, como demonstrado pelos experimentos de
MATTOS & MONTEIRO (1998) e GAMA-RODRIGUES et al. (2002).
No Brasil, a adubação potássica é realizada empregando exclusivamente sais
solúveis em água, principalmente o cloreto de potássio, que em sua maioria é
importado de países como Canadá e Rússia (LOPES, 2005). Segundo o autor, a
produção nacional é pequena, representando apenas 11% do consumo, com a
agravante da mina Taquari/Vassouras, única fonte nacional de K fertilizante, ter
condições de ser explorada somente até 2017. Associado a esse fato, no mercado
internacional houve um aumento substancial no preço do cloreto de potássio, o que
torna a questão dos adubos potássicos no Brasil bastante preocupante.
muito tempo estuda-se a possibilidade de uso de outras fontes de potássio,
procurando privilegiar a exploração de matérias-primas abundantes no País, como os
sienitos nefelínicos da região de Poços de Caldas MG (VALARELLI & GUARDANI,
1981). Foi verificado, entretanto, que esses materiais apresentam baixa solubilidade, o
2
que inviabiliza a sua utilização como fonte direta de potássio às plantas (SIQUEIRA et
al., 1985). FAQUIN et al. (1987) demonstraram, entretanto, que o tratamento térmico da
mistura de sienito nefelínico com calcário dolomítico favorece a liberação do potássio
para as plantas.
Recentemente, aproveitando a tecnologia de produção do termofosfato
magnesiano, surgiu no mercado nacional o termofosfato magnesiano potássico, o qual
é obtido do tratamento térmico a, no mínimo, 1000ºC (fundição), do fosfato natural com
adição de compostos magnesianos, sílicos (dolomitos, serpentinitos, escórias
magnesianas) e potássicos (sienitos, ardósias, filitos) com rápido resfriamento da
mistura por jateamento de água (BRASIL, 2008). Esse tratamento hidrotérmico originou
um produto insolúvel em água, mas muito solúvel em ácido cítrico.
Tratando-se de um produto recém-introduzido, a sua eficiência necessita ser
avaliada, uma vez que esse fertilizante, em tese, pode oferecer vantagens quando
comparado com fontes de K solúveis em água, como o cloreto de potássio. NEPTUNE
et al. (1980) citam que a utilização do produto do tratamento térmico de rochas
potássicas pode reduzir perdas de K por lixiviação e os problemas devidos ao efeito
salino que pode prejudicar a germinação e o bom desenvolvimento de algumas
culturas. Conseqüentemente, diminuem as preocupações com o fracionamento das
aplicações.
Devido à insolubilidade do material em água e por não se conhecer a velocidade
de liberação para as plantas do K solúvel em ácido cítrico, pode-se aventar a
possibilidade da aplicação de uma mistura com cloreto de potássio, fonte de K bastante
solúvel em água, a qual poderia atender as necessidades iniciais da cultura. FAQUIN et
al. (1987), trabalhando com mistura de sienito nefelínico e calcário dolomítico,
submetida a diferentes temperaturas, observaram no primeiro cultivo do milho uma
acumulação de K na parte aérea inferior à obtida com cloreto de potássio.
Ainda, por se tratar de material insolúvel em água, pode-se especular que a
eficiência agronômica deste material, assim como seu efeito residual, podem estar
relacionados com a sua granulometria, o que está apoiado no fato de que a subdivisão
de um material aumenta sua superfície de exposição por unidade de massa e, como
3
conseqüência, todos os fenômenos que dependem do contato, como a velocidade de
dissolução, são intensificados pela diminuição do tamanho da partícula.
Objetivou-se, com esse trabalho, avaliar os efeitos da adubação potássica,
realizada com cloreto de potássio e/ou termofosfato magnesiano potássico em
diferentes granulometrias, na produção de massa seca e nas concentrações de K no
solo e na parte aérea do capim-marandu e determinar o nível crítico de K no solo e na
parte aérea das plantas.
2 REVISÃO DE LITERATURA
A utilização do K na agricultura brasileira baseia-se, atualmente, única e
exclusivamente no aproveitamento de sais solúveis em água, principalmente cloreto e
subordinadamente sulfato de potássio, formados em evaporitos. Em virtude da pequena
produção interna, comparada à grande demanda pelo produto, o Brasil situa-se no
contexto mundial como grande importador de K fertilizante, tendo como principais
fornecedores em 2007, o Canadá (29%)
, a Rússia (19%), a Alemanha (18%), a
Bielorússia (18%) e Israel (12%) (OLIVEIRA, 2008).
A produção interna de cloreto de potássio, iniciada no ano de 1985, está restrita
ao Complexo Mina/Usina de Taquari/Vassouras, no Estado de Sergipe, única fonte
nacional de produção de K fertilizante. Muito embora tenha apresentado crescimento no
ano de 2006, a produção de cloreto de potássio apresentou, em 2007, uma queda em
relação ao ano anterior, sendo essa produção bem aquém a demanda interna pelo
produto. Em 2007 a produção interna de K ficou em torno de 10% do consumo interno
aparente, sendo o restante suprido via importação, que atingiu 4.057.387 t de K
2
O, com
valor FOB de US$ 1.500.059 x 10
3
(OLIVEIRA, 2008).
De acordo com LOPES (2005) existem estimativas de expansão da produção do
complexo Taquari/Vassouras para 850.000 t ano
-1
de KCl nos próximos anos, havendo,
nestas condições, previsão de vida útil deste complexo somente até 2017.
Estimativas da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA, 2004)
prevêem um aumento da área plantada, passando de 60,7 milhões de ha em 2003 (não
considerando área de reflorestamento e pastagens naturais e artificiais) para 80,1
milhões de ha em 2010, o que sugere considerável incremento do consumo de K.
Essas estimativas levarão ao aumento de consumo total no País de 3,65 milhões de
toneladas de K
2
O em 2003 para 5,2 milhões de toneladas em 2010. Assim, mesmo com
as perspectivas de aumento de produção de fertilizantes potássicos no Brasil em
decorrência dos investimentos no complexo Taquari/Vassouras, o aumento esperado
5
da demanda deverá continuar a ser atendido basicamente por importações (LOPES,
2005).
Essas estimativas indicaram à época um déficit a ser suprido via importação de
27.673 milhões de toneladas de K
2
O, o que acarretaria grande ônus para a balança
comercial do setor mineral do País. Aliado a isso, deve-se considerar a exorbitante alta
dos preços dos fertilizantes na atualidade que, no caso do KCl oriundo do Canadá, foi
da ordem de 114% (ROBERTO, 2008), custando hoje cerca de US$ 800,00/tonelada.
Essa situação reforça a afirmação de LOPES (2005) acerca da necessidade de uma
ação política governamental objetivando o aproveitamento das potencialidades
conhecidas, como os silicatos potássicos, para a produção de fertilizantes potássicos
no Brasil.
Embora esses silicatos ricos em K, como o feldspato potássico, a muscovita e a
leucita, contenham entre 10 e 20% de K
2
O e sejam abundantes na crosta, não
constituem fontes importantes de K porque não são solúveis em água e suas estruturas
não são rompidas com facilidade por meios artificiais, sendo necessário um tratamento
mais energético para a extração e o aproveitamento do elemento. Em função disto, o
aproveitamento de rochas ígneas como fonte de K se limitava a áreas de exploração de
outras substâncias, nas quais o K é obtido como subproduto (RAHAL, 1990; OLIVEIRA
& SOUZA, 2001).
Segundo relatos de NEPTUNE et al. (1980), muito tempo, mesmo antes das
descobertas dos sais de Stassfurt, na Alemanha, houve a preocupação de utilizar
rochas potássicas finamente moídas. No Brasil, diversos estudos foram realizados para
a utilização das rochas potássicas na agricultura como fonte de K, porém, em sua
maioria, mostraram que estes minerais não liberam o K em quantidade suficiente para
suprir as necessidades vegetais a curto prazo (BOOCK et al., 1960; NEVES et al.,
1960; LOPES et al., 1972; NEPTUNE et al., 1980; EICHLER & LOPES, 1983;
SIQUEIRA et al., 1985). No entanto, esses minerais ao sofrerem algum tipo de
tratamento, dentre eles o tratamento hidrotérmico, têm se mostrado fontes promissoras
de K, como é o caso do termofosfato magnesiano potássico.
6
Esse produto foi registrado recentemente e, de acordo com a Instrução
Normativa nº 21 de 16 de abril de 2008 do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (BRASIL, 2008), o termofosfato magnesiano potássico é resultado do
tratamento térmico a, no mínimo, 1000ºC (fundição), do fosfato natural ou concentrado
apatítico combinado com compostos magnesianos (dolomitos, serpentinitos, escórias
magnesianas), potássicos (sienitos, ardósias, filitos) e sílicos. Deve conter, no mínimo,
12% de P
2
O
5
, 16% de Ca, 7% de Mg e 10% de Si em teores totais e 6% de P
2
O
5
e 4%
de K
2
O
solúveis em ácido cítrico a 20 g L
-1
na relação 1:100. Pode ser produzido na
forma de ou farelado fino e apresenta ainda, características de corretivo da acidez
do solo.
O produto obtido da fusão dessa mistura deve ser resfriado rapidamente (com
jateamento de água, conhecido como “quenching”), impedindo a recristalização da
apatita e resultando em um material vítreo (RAHAL, 1990). O produto é insolúvel em
água, mas solúvel em solução de ácido cítrico, com 90% ou mais de solubilidade
(VALARELLI & GUARDANI, 1981). O processo de produção de termofosfato
magnesiano potássico é bastante semelhante ao processo de produção do termofosfato
magnesiano. As diferenças estão nos materiais utilizados para mistura e nas
temperaturas de fusão mais elevadas (RAHAL, 1990).
Os aditivos (silicatos de magnésio, serpentina e olivina, ou ainda serpentinitos,
dunitos, dolomitos, areias silicosas) visam abaixar o ponto de fusão da mistura para um
valor por volta de 1200 e 1300°C e favorecer a formação da fase vítrea, pois o ponto de
fusão da fluorapatita está por volta de 1600°C (RAHAL, 1990).
De acordo com RAHAL & VALARELLI (1990), a solubilidade em ácido cítrico
desses produtos, seu conteúdo em macronutrientes (P, K, Ca e Mg), seu caráter básico
no solo e sua insolubilidade em água constituem vantagens intrínsecas dos
termofosfatos.
Deve-se ainda considerar o fato de que a produção de termofosfatos é baseada
em insumos nacionais de grande disponibilidade, como as rochas potássicas de Poços
de Caldas (modificações de rochas alcalinas, devido a processos hidrotermais nos
últimos estágios da atividade ígnea, com destruição parcial ou total dos feldspatos,
7
nefelina e egirina, formando sericita e feldspatóides), cuja reserva é estimada em 350
milhões de toneladas de K
2
O, considerando um teor médio de 11% de K
2
O
(VALARELLI & GUARDANI, 1981). Outra vantagem é a energia utilizada, pois os
processos de produção baseiam-se no uso de energia elétrica ou carvão vegetal,
ambas as fontes renováveis (GUARDANI et al., 1983).
Uma vez conhecidas as potencialidades das rochas potássicas após tratamento
térmico e as vantagens intrínsecas ao seu processo de produção, alguns autores se
dedicaram a estudos agronômicos iniciais com a fonte de K em questão.
Assim, NEPTUNE et al. (1980), empregando arroz como planta indicadora, em
experimento de casa de vegetação, testaram, comparativamente ao KCl, três amostras
de materiais potássicos e kaliofilita (KAlSiO
4
) provindos de Poços de Caldas. Deve-se
destacar que todas as fontes tinham sido previamente submetidas a tratamento
hidrotérmico e continham teores de K
2
O (solúvel em ácido cítrico) que variavam de 12,4
a 24,1%. Utilizaram doses (aproximadas) de 41,5 e 83 mg dm
-3
de K. Os autores
verificaram que todas as fontes de K proporcionaram resultados semelhantes, tanto na
produção de massa seca como na concentração de K nas plantas.
Em condições de campo, VIDAL (1982) avaliou o aproveitamento das mesmas
fontes de K supracitadas, pelo sorgo sacarino, em um Nitossolo Vermelho eutroférrico
com 2,1 mmol
c
dm
-3
de K. Constatou que não houve diferenças entre as fontes testadas
para a extração de K e produção de colmos, independentemente da dose de K aplicada
(100 e 200 kg ha
-1
de K
2
O). Contudo, uma das amostras de rocha potássica, na dose
de 200 kg ha
-1
de K
2
O, proporcionou produção de grãos superior, inclusive ao KCl.
EICHLER & LOPES (1983) conduziram um experimento em casa de vegetação
para verificar os efeitos da mistura, em diferentes proporções, de Verdete de Abaeté +
calcário, submetidas a tratamento térmico, na solubilização do K e produção de massa
seca da parte aérea do milho, em comparação ao KCl. O experimento foi conduzido por
três cultivos sucessivos em amostras de um Latossolo Vermelho distrófico argiloso com
baixo teor de K. Constataram que a aplicação da mistura de Verdete do Abaeté e
calcário em partes iguais submetida a uma temperatura de calcinação de 1100°C
proporcionou elevação dos teores de K no solo, sendo, inclusive, superior ao
8
tratamento com KCl, mostrando um maior efeito residual, o que promoveu uma
produção de massa seca equivalente ao KCl no primeiro cultivo e maior nos cultivos
subseqüentes. A acumulação de K pelas plantas, por sua vez, foi muito maior no
primeiro cultivo no tratamento com KCl, sem contudo afetar a produção de massa seca,
sugerindo um consumo de luxo do nutriente a partir desta fonte.
Avaliando a eficiência da kaliofilita (KAlSiO
4
) tratada hidrotermicamente,
proveniente do complexo alcalino de Poços de Caldas e de fontes solúveis em água
(KCl e K
2
SO
4
) para a cultura do milheto em um Argissolo Vermelho-Amarelo com 0,6
mmol
c
dm
-3
de K, SANZONOWICS & MIELNICZUK (1985) verificaram que apesar das
fontes solúveis em água propiciarem maiores quantidades de K absorvido, não houve
diferenças entre as fontes quanto a produção de massa seca, para qualquer dose de K
aplicada (0, 150 e 350 kg ha
-1
de K). Segundo os autores, a kaliofilita (23,5% de K) após
tratamento à temperatura de 200°C, numa pressão de 14 kg cm
-2
, por um período de
quatro horas, libera o K com maior facilidade, pois com solução 1mol L
-1
de HCl, foi
extraído 95% do K.
SIQUEIRA & GUEDES (1986) submeteram amostras de sienito nefelínico de
Poços de Caldas a aquecimento por uma hora às temperaturas de 110, 400, 500, 600,
700, 800 e 900°C, adicionando posteriormente diferentes proporções de calcário ou
fosfato natural e reaquecendo as misturas a 600, 900 e 1150°C. Avaliaram então os
efeitos desses tratamentos na produção e nutrição do milho em casa de vegetação,
utilizando amostras de um Latossolo Vermelho distrófico argiloso com 0,6 mmol
c
dm
-3
de K. Observaram que a solubilização do K do sienito nefelínico aumenta de modo
significativo pela adição de calcário e que a mistura de 50% de calcário e rocha
potássica, com aquecimento por uma hora, apresentou eficiência semelhante à do
cloreto de potássio. Isto foi atribuído a ação fundente dos carbonatos da rocha calcária
quando aquecidos a temperaturas superiores a 900°C. Provavelmente o aquecimento
do sienito nefelínico na presença de carbonatos provoca alterações estruturais nos
minerais constituintes da rocha, resultando na formação de outros compostos, com
conseqüente liberação de K retido na rede cristalina do sienito nefelínico, dando
9
formação de K
2
O, K
2
CO
3
e K
2
O.Al
2
O
3
(KIRSCH, 1972; VALARELLI & GUARDANI,
1981) e, possivelmente, silicato de potássio solúvel (MIWA et al., 1978).
Estudando a liberação de K do sienito nefelínico em mistura ou o com calcário
em função de várias temperaturas de calcinação (1000 a 1300°C), inclusive a fusão
(por volta de 1450°C), FAQUIN et al. (1986) concluíram que o tratamento térmico,
assim como a utilização de aditivos (calcário), favoreciam a solubilização do K em água,
sendo a proporção de 1:1 (sienito nefelínico:calcário) nas temperaturas de 1000 ou
1100°C a mais eficiente. No entanto, ressaltaram a necessidade de avaliações
agronômicas destes materiais.
Assim, FAQUIN et al. (1987), dispondo dos mesmos materiais, avaliaram a sua
eficiência como fertilizantes, comparativamente ao cloreto de potássio, em amostras de
solo de cerrado (Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico 1,2 mmol
c
dm
-3
de K), por
meio de três cultivos sucessivos de milho. Observaram que o tratamento térmico da
mistura de sienito nefelínico com calcário na proporção 1:1 promoveu maior produção
de massa seca e maior acumulação de K pela parte aérea do milho. Todavia, no estudo
com solo, a temperatura de fusão (por volta de 1450°C) foi a mais promissora,
discordando dos resultados de solubilidade apresentados anteriormente.
NEPTUNE et al. (1980) relataram que estas fontes de K oferecem outras
vantagens quando comparadas com as fontes solúveis deste nutriente, pois, além de
evitar o consumo de luxo pelas plantas, mesmo quando aplicadas em doses elevadas,
as perdas por lixiviação poderiam ser significativamente reduzidas e ainda, o haveria
problemas de efeito salino que poderia prejudicar a germinação e o bom
desenvolvimento de certas culturas e, conseqüentemente, anula-se a preocupação com
o fracionamento nas aplicações. Quanto a lixiviação de K, GABOS et al. (2006)
observaram que no fornecimento de K por meio de termofosfato magnesiano potássico
fundido a lixiviação do nutriente foi significativamente menor quando comparada a
obtida com a utilização de KCl, independentemente do tipo de solo ou das doses
utilizadas.
A solubilização do K contido em fertilizantes insolúveis em água pode ser
dependente da granulometria dos mesmos, influenciando sua eficiência inicial e seu
10
efeito residual. Neste sentido, VIDAL (1982) avaliou algumas amostras de rochas
potássicas de Poços de Caldas submetidas a tratamento térmico com diferentes
granulometrias. No entanto, a autora observou que as amostras de menor
granulometria não foram aquelas que apresentaram o maior teor de K solúvel, tanto em
água quanto em ácido cítrico.
No tocante a adubação potássica, especificamente para gramíneas forrageiras,
existe a crença de que, em condições de pastejo, a resposta em produtividade à
aplicação de K seja nula ou muito pequena. Essa suposta ausência de efeitos positivos
na produção seria explicada pela elevada reciclagem de K proporcionada pelas fezes e
urina dos animais em pastejo (WERNER, 1986) e pelo retorno desse mesmo nutriente
decorrente dos tecidos mortos da parte aérea e raízes da forragem não consumida
pelos animais (MONTEIRO & WERNER, 1997).
Segundo CANTARUTTI et al. (2000) e BRAZ et al. (2001), contudo, as excreções
e a conseqüente transferência de nutrientes, se restringem a locais sobre a influência
de sombras ou próximos a cochos, bebedouros e cercas, não influenciando a produção
global das pastagens. Ainda, de acordo com levantamento realizado por COUTINHO et
al. (2004), a adubação potássica tem proporcionado significativos incrementos na
produção de gramíneas forrageiras estabelecidas em solos com teores baixos ou muito
baixos de K.
Os relatos de baixa resposta de gramíneas forrageiras à adubação potássica
estão geralmente relacionados com teores médios ou altos de K no solo. Tal é o caso
de experimento realizado por PAULINO et al. (1986) que, utilizando amostras de dois
solos de várzea do Estado de São Paulo, com teores de K variando de 1,8 a 2,2 mmol
c
dm
-3
, não observaram alterações significativas na produção de massa seca da
Brachiaria humidicola (dois cortes) em ambos os solos.
De maneira semelhante, ANDRADE et al. (1997), cultivando Brachiaria
decumbens em um Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico com teor inicial de K de 2,6
mmol
c
dm
-3
, obtiveram respostas positivas ao fornecimento de K na produção de massa
seca apenas no quinto e sexto cortes da forrageira. Esse teor inicial de K no solo, de
acordo com RAIJ et al. (1996), é considerado médio e, portanto, os efeitos positivos da
11
adubação potássica foram evidentes após a concentração de K no solo ser
sensivelmente reduzida.
A pecuária é uma das principais atividades econômicas do Brasil e baseia-se,
principalmente, no uso de pastagens (ANUALPEC, 2003). Contudo, quase sempre esta
atividade é relegada às terras de baixa fertilidade (MATTOS & MONTEIRO, 1998), o
que torna imperiosa a prática da adubação, incluso o fornecimento de K, a fim de
permitir exploração animal mais intensiva, capaz de competir com outras formas de
exploração dentro da atividade agrícola.
Assim, o manejo da adubação potássica para gramíneas forrageiras deve ser
realizado considerando a capacidade do solo em suprir este nutriente para as plantas; o
total de K removido nos ciclos de pastejo, que é dependente do fim a que se destina a
produção; e também a reciclagem deste nutriente, conforme discutido por MONTEIRO
& WERNER (1997).
A fim de fornecer subsídios que possibilitem a avaliação da necessidade de K
por gramíneas forrageiras, diversas modalidades de estudo têm sido utilizadas. Dentre
elas, os experimentos com solução nutritiva. Os resultados destes estudos têm
enfatizado a importância do K para essas culturas, evidenciando, principalmente, sua
influência na produção de massa seca, dinâmica do perfilhamento, exigências
nutricionais e sintomas de deficiência.
Utilizando esta modalidade de estudo, MATTOS & MONTEIRO (1998) avaliaram
o efeito de doses de K (0; 9,75; 39; 78; 156; 234; 312 e 468 mg L
-1
) em Brachiaria
brizantha cv. Marandu (dois crescimentos) e puderam constatar que o aumento de K na
solução propiciou incrementos na massa seca da parte aérea e raízes, no perfilhamento
e também na concentração do nutriente nos tecidos dessa forrageira. As máximas
produções de massa seca foram obtidas com as doses de 365 e 399 mg L
-1
de K e os
níveis críticos de K nas folhas recém-expandidas, associados uma produção relativa de
90%, foram de 29 e 30 g kg
-1
,
no primeiro e segundo crescimento respectivamente. Os
autores ainda detectaram que os primeiros sintomas de deficiência de K, nos
tratamentos sem adição de K, iniciaram aos 10 dias após transplante, caracterizado por
uma clorose na borda das folhas, que se acentuava em direção à nervura principal.
12
FERRAGINE & MONTEIRO (1999), trabalhando com Brachiaria decumbens cv.
Basilisk, estudaram cinco doses de N (42, 140, 238, 336 e 434 mg L
-1
de N) em
combinação com três doses de K (78, 234, e 390 mg L
-1
de K) e observaram que a
produção de massa seca no primeiro crescimento foi influenciada conjuntamente por N
e K, sendo a maior produção obtida com o fornecimento de 434 mg L
-1
de N e de 234
mg L
-1
de K. Os autores salientam que a adubação nitrogenada deve ser sempre
acompanhada de uma adubação potássica equilibrada quando se objetivam altas
produtividades, conforme sugerido também por MONTEIRO et al. (1980) e ROBINSON
(1985).
Outros trabalhos, tendo como substrato amostras de solo ou realizados em
condições de campo têm também mostrado a importância da adubação potássica para
as gramíneas forrageiras.
Utilizando a diagnose por subtração, com amostras de um Argissolo Vermelho-
Amarelo com 1,7 mmol
c
dm
-3
de K, CARRIEL et al. (1989) observaram que a omissão
de K limitou significativamente a produção de massa seca da parte aérea da Brachiaria
decumbes apenas no segundo crescimento. Porém, acarretou drástica redução nos
teores do nutriente na parte aérea. Nos tratamentos com adição de K os teores deste
nutriente na parte aérea estiveram em torno de 10,5 g kg
-1
no primeiro e 8,0 g kg
-1
no
segundo crescimento.
FERRARI NETO (1991) conduziu um experimento em Latossolo Vermelho para
verificar as limitações nutricionais da Brachiaria decumbens, também por meio da
técnica da diagnose por subtração. O autor observou que as omissões de N, P, K e S
na adubação reduziram significativamente o crescimento da parte aérea das plantas,
sendo, na soma de dois cortes, o K responsável por redução de 38,2% em relação ao
tratamento completo, enquanto que o N, P e S acarretaram perdas de 23, 26 e 42%,
respectivamente. Verificou ainda que a omissão de K reduziu sigficativamente o
perfilhamento das plantas.
Avaliando, por dois anos (três crescimentos), as respostas da Brachiaria
decumbens à adubação nitrogenada e potássica em um Latossolo Vermelho-Amarelo
com 1,1 mmol
c
dm
-3
de K,
CARVALHO et al. (1991) verificaram que, nos tratamentos
13
que não receberam K, as plantas desenvolveram sintomas visuais de deficiência do
nutriente nas folhas. Esses sintomas desapareceram quando as concentrações médias
de K na forragem situaram-se entre 10 a 15 g kg
-1
, as quais foram obtidas com a
aplicação das maiores doses de K (150 e 200 kg ha
-1
de K
2
O no primeiro e segundo
ano, respectivamente). A aplicação dessas doses elevou os teores do nutriente no solo
a valores próximos de 1,5 mmol
c
dm
-3
. Os autores também constataram que a produção
de massa seca da parte aérea também foi incrementada pelo suprimento de K, e foi
significativamente dependente do fornecimento de N.
Do mesmo modo, GAMA-RODRIGUES et al. (2002) verificaram que em
Latossolos Amarelos coesos da região sudeste da Bahia, o teor de K trocável em torno
de 1,5 mmol
c
dm
-3
não foi limitante para o estabelecimento da Brachiaria brizantha cv.
Marandu até aproximadamente 75 dias de crescimento. Após esse período, o aumento
dos níveis de K no solo, em condições de disponibilidade adequada de outros
nutrientes, produziu efeito benéfico na produção de massa seca, aumentando a oferta
de forragem disponível. Observaram ainda que o aumento das doses de K propiciou
maior longevidade das folhas verdes expandidas e em expansão.
TOWNSEND et al. (2003) avaliaram os efeitos da aplicação de 30 ou 60 kg ha
-1
de K
2
O, anualmente, a cada dois ou três anos, nos atributos químicos de um Latossolo
Amarelo distrófico argiloso de Porto Velho (RO) com 1,2 mmol
c
dm
-3
de K, cultivado
com Brachiaria brizantha cv. Marandu. Os autores verificaram que mesmo com
aplicação anual de 60 kg ha
-1
de K
2
O os teores de K no solo não sofreram alteração,
situando-se por volta de 0,8 mmol
c
dm
-3
de K.
Em amostras de um Latossolo Vermelho distrófico de textura média do Noroeste
do Paraná (0,6 mmol
c
dm
-3
de K), FAQUIN et al. (1995) avaliaram o desenvolvimento de
Brachiaria decumbens adubada com K (0, 50, 100, 200 e 400 mg kg
-1
de K) e
observaram, nos dois crescimentos avaliados, que a massa seca da parte aérea dessa
gramínea é significativamente incrementada ao se elevar o suprimento de K. Na soma
dos cortes, o aumento de produção de massa seca foi quase quatro vezes maior do
que o tratamento sem K. Verificaram que para atingir a máxima produção foram
necessárias doses de 65 mg kg
-1
de K no primeiro e 100 mg kg
-1
de K no segundo corte
14
e que os níveis críticos do elemento na parte aérea das plantas, associados a uma
produção relativa de 90%, foram 13,5 e 6,4 g kg
-1
, respectivamente, no primeiro e
segundo corte. Observaram ainda que o fornecimento de K também proporcionou
melhor perfilhamento das plantas.
COSTA et al. (2008), estudando os efeitos da combinação de doses de N (0, 25,
50 e 100 mg dm
-3
de N) e K (0, 25, 50 e 100 mg dm
-3
de K) na concentração de
nutrientes em Brachiaria brizantha cv. Xaraés, utilizando amostras de um Argissolo
Vermelho-Amarelo eutrófico com 3,6 mmol
c
dm
-3
de K, verificaram que a adubação
potássica aumentou a concentração de K nas plantas, mesmo com altos teores de K no
solo. A concentração de K na forrageira variou, dentro da amplitude das doses
utilizadas, de 16 a 18,9 g kg
-1
, correspondendo a um aumento de 18,12% em relação à
testemunha, o que evidencia a exigência dessa gramínea a esse nutriente.
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Solo
Utilizou-se amostra de um Latossolo Vermelho distrófico típico (LVd), A
moderado textura média, classificado segundo EMBRAPA (2006). A amostra foi
coletada na camada arável do terreno (0-20 cm de profundidade), no município de
Jaboticabal/SP. Após secagem ao ar, foi passada em peneira com 6 mm de abertura de
malha e armazenada. Antecedendo a implantação do experimento realizou-se análise
para fins de fertilidade de acordo com métodos descritos por RAIJ et al. (1987), e os
resultados foram: pH (CaCl
2
) 5,2; MO = 17 g dm
-3
; P (resina) = 5 mg dm
-3
;
K = 0,6 mmol
c
dm
-3
; Ca = 32 mmol
c
dm
-3
; Mg = 9 mmol
c
dm
-3
; H+Al = 25 mmol
c
dm
-3
;
CTC = 67 mmol
c
dm
-3
; V = 62%.
3.2 Delineamento estatístico e tratamentos
A disposição das unidades experimentais foi realizada de modo a caracterizar
um delineamento inteiramente casualizado, com três repetições, em esquema fatorial
4x3x2 (quatro doses de potássio, três fontes de potássio e duas granulometrias),
totalizando 72 unidades experimentais, que eram constituídas de um vaso de cerâmica
revestido internamente com saco de plástico contendo 4,3 kg de amostra de solo seca
ao ar.
As doses de potássio empregadas foram 0, 60, 120 e 180 mg kg
-1
, tendo como
base de cálculo o teor total do nutriente em cada fonte. Utilizou-se como fonte de
potássio o cloreto de potássio (fonte padrão), o termofosfato magnesiano potássico
(TK) e uma mistura de 70% de termofosfato magnesiano potássico (TK) e 30% de
cloreto de potássio. O TK apresentava as seguintes características: P
2
O
5
total = 8,52%;
P
2
O
5
solúvel em ácido cítrico 20 g L
-1
, na relação 1:100 = 5,17%; K
2
O total = 6,10%;
K
2
O solúvel em ácido cítrico 20 g L
-1
, na relação 1:100 = 5,60%; Ca = 17,35%;
16
Mg = 8,77% e SiO
2
= 36,70%. As fontes foram avaliadas em duas granulometrias:
a-) 100 mesh: produto 100% passante em peneira ABNT nº 100 (abertura de malha =
0,149 mm); b-) 60 mesh: produto 100% passante na peneira ABNT 20 (abertura de
malha = 0,84 mm) e 60% retido na peneira ABNT nº 100.
3.3 Instalação e condução do experimento
Inicialmente todas as unidades experimentais receberam uma adubação básica
de semeadura, composta de: N = 10 mg kg
-1
e S = 12 mg kg
-1
(sulfato de amônio p.a.);
B = 0,5 mg kg
-1
(ácido bórico p.a.); Zn = 3,0 mg kg
-1
(sulfato de zinco p.a.) e P = 200 mg
kg
-1
. A aplicação dos tratamentos foi realizada na mesmo ocasião. Como o termofosfato
magnesiano potássico atuou também como fonte de P, o que faltou para atingir a dose
de P na semeadura, foi completado com termofosfato magnesiano sem potássio, em
conformidade com a granulometria constante nos tratamentos. A aplicação dos adubos
foi realizada no volume total de solo de cada vaso. Os fertilizantes utilizados para a
adubação básica de semeadura, com exceção do termofosfato sem K, foram aplicados
por meio de solução aquosa, de modo a permitir distribuição o mais uniforme possível.
Então, adicionou-se água destilada e as amostras foram deixadas incubando por 18
dias. No término desse período efetuou-se a primeira amostragem de solo, coletando-
se 70 g de solo por vaso.
Procedeu-se então a semeadura do capim-marandu (Brachiaria brizantha cv.
Marandu), utilizando-se 40 sementes por vaso e, seis dias após a emergência das
plantas, realizou-se um desbaste deixando cinco plantas por vaso. Após o desbaste foi
realizada uma adubação de cobertura constituída da aplicação de 100 mg kg
-1
de N e
120 mg kg
-1
de S (sulfato de amônio p. a.).
Vinte e sete dias após a emergência das plantas foi realizado o primeiro corte da
parte aérea, a 10 cm da superfície do solo. Em seguida foi realizada a segunda
amostragem de solo (70 g de solo por vaso), utilizando-se um amostrador tipo sonda,
com, aproximadamente, 25 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro. Após essa
amostragem, realizou-se a aplicação em cobertura de 100 mg kg
-1
de N e 120 mg kg
-1
17
de S (sulfato de amônio p.a.). Os demais nutrientes não foram reaplicados. O segundo
corte das plantas foi efetuado aos 27 dias após o primeiro corte, também a 10 cm da
superfície do solo.
Durante todo o período experimental procurou-se manter o solo a
aproximadamente 80% da capacidade máxima de retenção de água do solo, por regas
diárias com água destilada, cuja quantidade foi determinada com base na pesagem
diária dos vasos.
3.4 Análises químicas
Após cada colheita, o material vegetal foi lavado em solução diluída de água +
detergente biodegradável neutro e enxaguado na seguinte seqüência: água corrente;
água + HCl 0,1 mol L
-1
; água destilada. Posteriormente foi acondicionado em sacos de
papel previamente furados para promover a circulação do ar e seco em estufa a 65°C.
Após a secagem determinou-se a massa seca da parte aérea, e então as amostras
foram moídas em moinho tipo Willey e armazenadas para futuras análises químicas.
Cada amostra referente ao material vegetal da parte aérea das plantas foi
analisada para K, segundo metodologia descrita por BATAGLIA et al. (1983).
O teor de K trocável no solo foi determinado empregando-se a metodologia
descrita por RAIJ et al. (1987).
3.5 Análise estatística
Os resultados foram submetidos à análise de variância segundo BANZATTO &
KRONKA (2006), sendo as relações entre as doses, granulometrias e fontes de K,
ajustadas por meio de análise de regressão. Através da relação entre a produção
relativa de massa seca da parte aérea e as concentrações de K na planta ou no solo
calcularam-se os níveis críticos desse nutriente. O nível crítico de K na parte aérea foi
associado a uma produção relativa de 90%. Para a determinação do nível crítico de K
no solo foi utilizado o modelo linear descontínuo descrito por ALVAREZ V. (1994),
18
sendo esse valor definido pela intersecção das duas retas. Nesse modelo o primeiro
segmento é determinado por regressão linear e o segundo por cálculo da média. Para
definir os pontos do segundo segmento adotou-se como critério o maior coeficiente de
determinação (R
2
) para o dois segmentos em conjunto.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados estatísticos e as médias referentes às concentrações de K no solo
e na planta e à produção de massa seca da parte aérea do capim-marandu para todos
os tratamentos em ambas as amostragens ou crescimentos são apresentados na
Tabela 1.
Tabela 1. Concentrações de K no solo e na planta e produção de massa seca do
capim-marandu em função de doses de K, fontes e granulometria.
Causas de variação
K no solo K na planta Massa seca
1º Amostr. 2º Amostr. 1º Crescim. 2º Crescim.
1º Crescim.
2º Crescim.
Doses de K (D) (mg kg
-
1
)
---------
mmol
c
dm
-3
--------
------------
g kg
-1
------------
------------
g/vaso
------------
0 0,5 0,4 8,7 7,7 4,99 3,78
60 1,3 1,0 12,9 11,8 7,29 7,89
120 2,4 1,7 24,7 18,2 8,07 12,58
180 3,4 2,4 26,6 23,5 8,68 13,10
Teste F 190,68**
60,25** 6,02** 115,89**
37,99**
90,42**
Regressão L** L** L** L** L** Q** L
**
Q**
Fontes de K (F)
TK 1,9 1,4 18,0 15,0 7,26 8,97
KCl 2,0 1,4 18,4 15,2 7,28 9,54
TK + KCl 1,9 1,3 18,6 15,6 7,24 9,51
Teste F 0,34
NS
0,59
NS
1,12
NS
0,31
NS
0,009
NS
0,65
NS
Granulometrias (G)
100 mesh 2,0 1,4 18,2 15,5 7,35 9,33
60 mesh 1,8 1,4 19,5 15,0 7,16 9,35
Teste F 0,92
NS
0,05
NS
1,13
NS
0,56
NS
0,54
NS
0,02
NS
Interações
D x F 0,20
NS
0,11
NS
0,99
NS
0,03
NS
0,63
NS
0,40
NS
D x G 1,03
NS
0,23
NS
1,27
NS
0,35
NS
0,06
NS
0,29
NS
F x G 0,11
NS
0,17
NS
1,34
NS
1,49
NS
0,21
NS
0,21
NS
C.V. (%) 13,8 19,5 11,35 18,0 15,3 20,9
** - significativo a 1%;
NS
- não significativo; L, Q - regressão linear e quadrática, respectivamente
20
Verifica-se que o aumento das doses de K proporcionou incrementos
significativos (P < 0,01) nos teores do nutriente no solo nas duas amostragens.
Contudo, para as fontes de K, não foram constatadas diferenças significativas (Tabela
1). SIQUEIRA et al. (1985) demonstraram que a rocha potássica “in natura”, apenas
moída, não se presta como fonte de K para as plantas devido à dificuldade de liberação
do K. Assim, esse incremento linear nos teores de K no solo (Figura 1),
independentemente das fontes de K, é um resultado indicativo de que o tratamento
hidrotérmico aliado a adição de fundentes magnesianos melhora a liberação do K
contido na rocha potássica (EICHLER & LOPES, 1983; SIQUEIRA & GUEDES, 1986;
FAQUIN et al., 1987). Provavelmente, o tratamento térmico faz com que a energia
reticular de retenção do átomo de K seja reduzida, facilitando sua liberação para as
plantas.
Figura 1. Efeitos da adubação potássica no teor de K no solo em função das fontes de
K e das amostragens de solo realizadas.
Chama atenção, entretanto, não haver diferença significativa do TK em relação
ao cloreto de potássio na primeira amostragem (Tabela 1), contrariando resultados de
0 30 60 90 120 150 180
2
a
amostragem
TK
KCl
TK + KCl
y = 0,395 + 0,012 x (R
2
= 0,99
**
)
y = 0,308 + 0,012 x (R
2
= 0,98
**
)
y = 0,448 + 0,011 x (R
2
= 0,99
**
)
0 30 60 90 120 150 180
K solo, mmol
c
dm
-3
0
1
2
3
4
1
a
amostragem
TK
KCl
TK + KCl
y = 0,440 + 0,017 x (R
2
= 0,99
**
)
y = 0,450 + 0,015 x (R
2
= 0,99
**
)
y = 0,505 + 0,015 x (R
2
= 0,99
**
)
Dose de K, mg kg
-
1
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
21
EICHLER & LOPES (1983) que, utilizando produto experimental oriundo do tratamento
térmico da mistura de rocha potássica e calcário dolomítico, observaram, inicialmente,
uma menor liberação de K deste em relação ao KCl. Essa diferença pode estar
relacionada, além da temperatura e do tempo de aquecimento, com os componentes da
mistura e suas proporções. Para a obtenção de TK utiliza-se o serpentinito, enquanto
que no trabalho citado foi usado calcário. Tais aditivos têm a função de reduzir a
temperatura de fusão da mistura, o que, segundo KIRSCH (1972), favorece a maior
alteração estrutural nos minerais originais e a formação subseqüente de outros
compostos, com liberação de K.
Observando-se ainda os resultados de FAQUIN et al. (1987), em que, em um
primeiro momento, a eficiência das fontes alternativas de K foi bem inferior a do KCl,
pode-se aventar uma outra explicação, que seria o processo de resfriamento. O TK é
resfriado bruscamente com jateamento d’água ao passo que o produto utilizado por
FAQUIN et al. (1987) teve resfriamento lento, o que pode influenciar a solubilidade, pois
o resfriamento brusco tem por finalidade impedir a recristalização dos minerais, a qual
reduz a solubilidade do produto (RAHAL, 1990).
No tocante ao fornecimento de outros nutrientes, existe uma preocupação na
literatura quanto à granulometria. Em tese, a velocidade de dissolução do fertilizante é
mais elevada quanto maior a superfície específica das partículas, ou seja, quanto maior
o grau de finura do material. Entretanto, no presente trabalho tal fato não foi observado,
uma vez que não houve diferenças significativas entre as granulometrias (Tabela 1). Na
Figura 3 pode-se visualizar as variações do teor de K no solo para as duas
granulometrias avaliadas.
Os incrementos do nutriente no solo refletiram-se significativamente (P < 0,01)
nas concentrações de K na parte aérea das plantas (Tabela 1). Pode-se verificar na
Figura 2, que o aumento das doses de K no solo elevaram linearmente as
concentrações de K na forrageira, independentemente da fonte de K. Considerando o
tratamento testemunha (sem K) e a dose de 180 mg kg
-1
de K, verificou-se que as
concentrações de K na forrageira variaram de 8,0 a 29,2 g kg
-1
na primeira amostragem
e de 7,0 a 23,8 g kg
-1
na segunda. MATTOS & MONTEIRO (1998) também constataram
22
que a adubação potássica aumentou a concentração desse macronutriente na parte
aérea do capim-marandu.
Figura 2. Efeitos da adubação potássica nas concentrações de K na parte aérea do
capim-marandu (dois crescimentos) em função das fontes de K.
As plantas dos tratamentos que não receberam adubação potássica
apresentaram sintomas típicos de deficiência desse nutriente nos dois crescimentos,
caracterizados como clorose na margem das folhas mais velhas, avançando em direção
à nervura principal. Sintomas semelhantes foram descritos por MATTOS & MONTEIRO
(1998). O aparecimento desses sintomas esteve associado a concentrações menores
que 0,5 mmol
c
dm
-3
de K no solo e 8,8 g kg
-1
de K na parte aérea. Esses sintomas
visuais não foram observados nos tratamentos em que se aplicou 60 mg kg
-1
de K, que
propiciou concentrações maiores que 1,3 e 1,1 mmol
c
dm
-3
de K no solo e 14,6 e 12,3 g
kg
-1
de K na parte aérea da forrageira, na primeira e segunda amostragem,
respectivamente. CARVALHO et al. (1991) também constataram que os sintomas de
deficiência de K na Brachiaria decumbens desapareciam quando as concentrações na
parte aérea encontravam-se entre 10 e 15 g kg
-1
de K.
0 30 60 90 120 150
180
K parte aérea, g kg
-1
5
10
15
20
25
30
35
1
o
crescimento
TK
KCl
TK + KCl
y = 8,00 + 0,111 x (R
2
= 0,92
**
)
y = 8,47 + 0,110 x (R
2
= 0,91
*
)
y = 8,86 + 0,113 x (R
2
= 0,90
*
)
0 30 60 90 120 150 180
2
o
crescimento
TK
TK + KCl
KCl
y = 7,05 + 0,0883 x (R
2
= 0,99
**
)
y = 7,16 + 0,0902 x (R
2
= 0,99
**
)
y = 7,45 + 0,0908 x (R
2
= 0,99
**
)
Dose de K, mg kg
-
1
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
23
Não houve diferenças significativas no teor de K na parte aérea da forrageira em
função da fonte utilizada nas duas amostragens (Tabela 1). Trabalhos que compararam
fontes de potássio insolúveis em água (submetidas a tratamento hidrotérmico) com o
KCl corroboram os resultados aqui apresentados, mostrando também que estas fontes
são tão eficientes quanto o KCl, proporcionando concentrações e/ou acúmulo do
nutriente nas plantas semelhantes aos obtidos com o uso da fonte solúvel em água
(NEPTUNE et al., 1980; SIQUEIRA & GUEDES, 1986). Deve-se destacar, entretanto,
que FAQUIN et al. (1987) verificaram um efeito semelhante ao cloreto de potássio
quando considerado o efeito residual.
Assim como para os teores de K no solo, a granulometria das fontes não foi fator
influente nas concentrações de K na parte aérea do capim-marandu, tanto no primeiro
quanto no segundo crescimentos (Tabela 1). A variação no teor de K na parte aérea em
função das doses de K aplicadas para as duas granulometrias pode ser visualizada na
Figura 3.
Figura 3. Efeitos da adubação potássica no teor de K no solo (A) - duas amostragens -
e na parte aérea do capim-marandu (B) - dois crescimentos - em função da
granulometria das fontes de K.
0 30 60 90 120 150 180
K parte aérea, g kg
-1
5
10
15
20
25
30
35
1
o
crescimento
y = 8,27 + 0,110 x (R
2
= 0,95
**
)
y = 8,15 + 0,105 x (R
2
= 0,96
**
)
2
o
crescimento
y = 7,36 + 0,091 x (R
2
= 0,99
**
)
y = 7,03 + 0,089 x (R
2
= 0,99
**
)
100 mesh
60 mesh
B
0 30 60 90 120 150 180
K solo, mmol
c
dm
-3
0
1
2
3
4
1
a
amostragem
100 mesh
60 mesh
y = 0,473 + 0,017 x (R
2
= 0,99
**
)
y = 0,487 + 0,015 x (R
2
= 0,99
**
)
2
a
amostragem
y = 0,368 + 0,012 x (R
2
= 0,99
**
)
y = 0,446 + 0,010 x (R
2
= 0,99
**
)
A
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
Dose de K, mg kg
-
1
24
A produção de massa seca nos dois crescimentos, à semelhança dos resultados
anteriores, também foi incrementada significativamente (P < 0,01) com o fornecimento
de K (Tabela 1). No primeiro crescimento houve um acréscimo de aproximadamente
74% e no segundo crescimento esse aumento foi da ordem de 246% quando
comparados os tratamentos com a maior dose e aqueles sem aplicação de K (Figura 4).
Observou-se, visualmente, nos tratamentos com adição de K, maior perfilhamento e a
ocorrência de folhas mais largas nos dois crescimentos, o que poderia explicar o
aumento de produção de massa seca constatado. De fato, tem sido relatado que o
fornecimento de K aumenta o perfilhamento (MATTOS & MONTEIRO, 1998) e a área
foliar (RODRIGUES et al., 2006) das gramíneas forrageiras, com reflexos na produção
de massa seca da parte aérea.
Figura 4. Efeito da adubação potássica na produção de massa seca do capim-marandu
(dois crescimentos) em função das fontes de K.
Ainda, pode-se visualizar nas Figuras 4 e 5, que no segundo crescimento as
produções de massa seca foram superiores ao primeiro, com exceção do tratamento
testemunha, no qual ocorreu redução de aproximadamente 24% entre os crescimentos.
O aumento na produção do primeiro para o segundo corte também foi observado por
MATTOS & MONTEIRO (1998) com Brachiaria brizantha cv. Marandu. Isso pode ser
0 30 60 90 120 150 180
2
o
crescimento
TK
KCl
TK + KCl
y = 3,688 + 0,658 X
0,5
(R
2
= 0,97
**
)
y = 3,471 + 0,768 x
0,5
(R
2
= 0,94
**
)
y = 3,361 + 0,765 x
0,5
(R
2
= 0,93
**
)
0 30 60 90 120 150 180
Massa seca, g/vaso
3.0
4.5
6.0
7.5
9.0
10.5
12.0
13.5
15.0
y = 5,03 + 0,277 x
0,5
(R
2
= 0,96
**
)
y = 5,10 + 0,297x
0,5
(R
2
= 0,98
**
)
y = 5,04 + 0,255 x
0,5
(R
2
= 0,96
**
)
1
o
crescimento
TK
KCl
TK + KCl
,
,
,
,
,
,
,
,
,
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
Dose de K, mg kg
-
25
atribuído ao fato da planta destinar, no primeiro crescimento, mais energia para a
formação e estabelecimento do seu sistema radicular, enquanto que na ocasião do
segundo crescimento a planta estabelecida utiliza suas reservas para a formação e
manutenção da parte aérea (LAVRES JÚNIOR & MONTEIRO, 2002). Uma vez
estabelecidas, as raízes são os órgãos preferenciais de armazenamento de
carboidratos não-estruturais (RODRIGUES et al., 2007). Esses compostos, juntamente
com as reservas nitrogenadas, são as principais fontes de energia da planta em
processo de rebrota e, segundo MARSCHNER (1995), a deficiência de potássio pode
comprometer a magnitude dessas reservas pelo fato desse nutriente estar ligado ao
metabolismo nitrogenado e ao transporte de açúcares no vegetal.
Para a produção de massa seca da parte aérea, em ambos os crescimentos, não
houve diferenças significativas entre as fontes (Tabela 1). Analogamente aos
apresentados anteriormente, esse resultado confirma a hipótese inicial de trabalho
demonstrando que o termofosfato magnesiano potássico tem elevado potencial como
fonte de K. Outros autores também observaram incrementos na produção das culturas
em função da adubação potássica com o produto do tratamento hidrotérmico de rochas
potássicas (NEPTUNE et al., 1980; SIQUEIRA & GUEDES, 1986; FAQUIN et al., 1987).
Esses resultados ainda sugerem que a solubilidade do K em ácido cítrico pode ser um
bom critério para predizer a disponibilidade de K de fontes insolúveis em água.
A granulometria dos fertilizantes não influenciou significativamente a massa seca
da parte aérea em ambos os crescimentos (Tabela 1). As diferentes produções de
massa seca da parte aérea em função da aplicação de K dentro de cada granulometria
estão ilustradas na Figura 5. Nota-se que o comportamento da granulometria foi
semelhante independentemente da dose de K considerada. Esse resultado abre a
possibilidade da utilização do produto com partículas mais grosseiras, sem perda da
eficiência. Isso é importante em condições de campo, pois permite, durante a aplicação,
um melhor escoamento do produto e uma diminuição nos problemas de compacidade,
ou seja, o produto sofrerá uma menor compactação quando submetido a cargas de
compressão no compartimento de adubo durante o transporte no campo.
26
0 30 60 90 120 150 180
Massa seca, g/vaso
3.0
4.5
6.0
7.5
9.0
10.5
12.0
13.5
15.0
100 mesh
60 mesh
1
o
crescimento
y = 5,082 + 0,287 x
0,5
(R
2
= 0,99
**
)
y = 4,994 + 0.270 x
0,5
(R
2
= 0,99
**
)
,
,
,
,
,
,
,
,
,
0 30 60 90 120 150 180
100 mesh
60 mesh
2
o
crescimento
y = 3,527 + 0,747 x
0,5
(R
2
= 0,93
**
)
y = 3,779 + 0,717 x
0,5
(R
2
= 0,97
**
)
ŷ
ŷ
ŷ
ŷ
Dose de K, mg kg
-
1
Figura 5. Efeitos da adubação potássica na produção de massa seca do capim-
marandu (dois crescimentos) em função da granulometria das fontes de K.
Por outro lado, é bastante sugestivo procurar-se fornecer subsídios para a
calibração da análise química do solo, uma vez que as classes de fertilidade,
empregadas atualmente para as forrageiras, foram estabelecidas para as culturas
anuais (RAIJ, 1991). Em função disto, procurou-se determinar o nível crítico,
estabelecendo-se assim, duas classes. A relação entre a produção relativa de massa
seca e os teores de K no solo é apresentada na Figura 6. O nível crítico determinado
(K = 1,5 mmol
c
dm
-3
) é bastante próximo daquele obtido por COUTINHO et al. (2004),
empregando dados oriundos de três experimentos com forrageiras do gênero Cynodon.
Deve-se destacar ainda, que apesar dos valores de nível crítico terem sido
estabelecidos para culturas anuais, o nível crítico determinado é também bastante
próximo daqueles utilizados em grande parte dos estados brasileiros (RAIJ et al., 1996;
ALVAREZ V. et al., 1999) e serviu nas condições desse experimento, para separar
situações de probabilidade de resposta positiva à adubação de outras, onde a
probabilidade era nula ou muito baixa.
27
O nível crítico de K na parte aérea das plantas foi 19 g kg
-1
(Figura 6). Essa
concentração está dentro da faixa sugerida por WERNER et al. (1996) para Brachiaria
brizantha (12 a 30 g kg
-1
de K).
Figura 6. Nível crítico de K no solo (A) e na parte aérea (B) do capim-marandu.
K na planta, g kg
-1
5 10 15 20 25 30
NC = 19
y = 0,0178 x
5,51 - 2,04 log x
R
2
= 0,84**
B
K no solo, mmol
c
dm
-3
0 1 2 3 4 5
Produção relativa, %
20
30
40
50
60
70
80
90
100
NC = 1,5
y = 11,8 + 50,7 x, se K <
1,53
R
2
= 0,78
**
A
ŷ
ŷ
5 CONCLUSÕES
A adubação potássica promoveu incrementos significativos na produção de
massa seca (parte aérea) nos dois crescimentos do capim-marandu e nas
concentrações de K no solo e na planta, não havendo diferença significativa entre o
termofosfato magnesiano potássico, cloreto de potássio e a mistura de ambos, e nem
quanto a granulometria dessas fontes;
Os níveis críticos de K no solo e na parte aérea do capim-marandu foram,
respectivamente, 1,5 mmol
c
dm
-3
e 19 g kg
-1
.
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