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Campus de Ilha Solteira
ESTABILIDADE E ADAPTABILIDADE DE
CULTIVARES TRANSGÊNICAS E CONVENCIONAIS
DE SOJA, NA REGIÃO DOS CHAPADÕES
JEFFERSON LUIS ANSELMO
Engenheiro agrônomo
Dissertação apresentada à Faculdade de
Engenharia da UNESP, Campus de Ilha
Solteira, para a obtenção do título de
Mestre em Agronomia
Especialidade: Sistema de Produção
ILHA SOLTEIRA - SP
AGOSTO - 2008
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PROGRAMA DES-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
ESTABILIDADE E ADAPTABILIDADE DE
CULTIVARES TRANSGÊNICAS E CONVENCIONAIS
DE SOJA, NA REGIÃO DOS CHAPADÕES
JEFFERSON LUIS ANSELMO
Engenheiro agrônomo
Dissertação apresentada à Faculdade de
Engenharia da UNESP, Campus de Ilha
Solteira, para a obtenção do título de
Mestre em Agronomia
Especialidade: Sistema de Produção
Orientador: Prof. Dr. João Antonio da Costa Andrade
Co-orientador: Prof. Dr. Edson Lazarini
ILHA SOLTEIRA - SP
AGOSTO - 2008
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Esta conquista dedico a minha Mãe,
por seu incondicional amor e ao meu
Pai, pelo belo exemplo de vida
AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS pela oportunidade de conceder sabedoria, saúde e foa
de vontade para conclusão do curso.
Meus agradecimentos ao meu Orientador João Antonio da Costa Andrade
pela grande oportunidade concebida, compartilhando idéias, experiência de vida e
reflexões a todo o momento.
Ao professor Lazarini pela co-orientação e troca de conhecimento.
A família Kurokawa por acolher em seus lares durante minha jornada em
especial a Fernanda e o Luquinha.
Aos meus irmãos Rodrigo e César pelo carinho e amor que existem entre nós.
Aos companheiros Joaquim e companhia de amigos que me acolheram durante o
curso.
Aos meus tios, primos e avós pelo laço de amizade existente durante toda
minha vida.
A todos os membros da equipe da Fundação Chapadão por conceder esta
oportunidade em especial ao Germison e Aguinaldo.
Aos colegas de Mestrado, em especial os amigos Luis Sérgio Vanzela,
Renato, Igor e Rafael.
Aos professores da UNESP, do curso de agronomia e mestrado em especial
a Cidinha, Enes, Marcos, Proença, Luiz Corrêa, Regininha, Boliani e Malcon.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................... 3
2.1. Interação genótipo x ambiente ............................................................................. 3
2.2. Época de semeadura ........................................................................................... 5
2.3. Adaptabilidade e estabilidade ............................................................................... 6
2.3.1. Conceitos .......................................................................................................... 6
2.3.2. Métodos paramétricos ....................................................................................... 8
2.3.3. Métodos não paramétricos .............................................................................. 10
3. MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 12
3.1. Descrição dos locais........................................................................................... 12
3.2. Cultivares avaliadas e ambientes de produção .................................................. 13
3.3. Práticas culturais e delineamento experimental ................................................. 13
3.4. Caracteres mensurados e análises estatísticas ................................................. 15
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 17
4.1. Análise de variância ........................................................................................... 17
4.2. Análise de adaptabilidade e estabilidade para rendimento de grãos.................. 24
5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 35
6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 36
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Regime pluviométrico (mm) ocorrido durante o ciclo da cultura da soja na
safra 06/07. Chapadão do Sul-MS, Chapadão do u-GO e Água Clara-
MS.............................................................................................................12
Tabela 2. Atributos químicos e físicos dos solos em Chapadão do Sul-MS, Água
Clara-MS e Chapadão do Céu-GO...........................................................14
Tabela 3. Rendimentos médio de grãos (kg/ha) de 20 cultivares de soja e análise de
variância dos oito ambientes de produção: - Chapadão do Sul em 16/10/06
(AMB1), 27/10/06 (AMB2), 17/11/06 (AMB3) e 30/11/06 (AMB4); Água
Clara em 07/11/06 (AMB5) e 28/11/06 (AMB6); Chapadão do Céu em
27/10/06 (AMB7) e 23/11/06 (AMB8)..........................................................18
Tabela 4. Altura média de plantas (cm) de 20 cultivares de soja e análise de
variância dos oito ambientes de produção: - Chapadão do Sul em 16/10/06
(AMB1), 27/10/06 (AMB2), 17/11/06 (AMB3) e 30/11/06 (AMB4); Água
Clara em 07/11/06 (AMB5) e 28/11/06 (AMB6); Chapadão do Céu em
27/10/06 (AMB7) e 23/11/06 (AMB8)..........................................................19
Tabela 5. Altura média de inserção da primeira vagem (cm) de 20 cultivares de soja
e análise de variância dos oito ambientes de produção: - Chapadão do
Sul em 16/10/06 (AMB1), 27/10/06 (AMB2), 17/11/06 (AMB3) e 30/11/06
(AMB4); Água Clara em 07/11/06 (AMB5) e 28/11/06 (AMB6); Chapadão
do Céu em 27/10/06 (AMB7) e 23/11/06 (AMB8)...................................20
Tabela 6. Quadrados médios da análise de variância conjunta para rendimento de
grãos (kg/ha), altura das plantas (cm) e altura da inseão da primeira
vagem (cm) de 20 cultivares de soja avaliadas em oito ambientes
envolvendo épocas e locais.....................................................................23
Tabela 7. Médias de ambientes e índices ambientais I
j
e T(I
j
) obtidas em épocas e
locais distintos de semeadura, utilizando o método de Cruz et al. (1989) ................. 25
Tabela 8. Médias gerais (
oi
), médias dos ambientes favoráveis (F), dias dos
ambientes desfavoráveis (D), quadrados médios dos desvios da
regressão (Q.M.), coeficientes de determinação (R
2
) coeficiente de
regressão para ambientes desfavoráveis (
1i
) e coeficientes de regressão
para ambientes favoráveis (
1i
+
2i
), estimados segundo a metodologia
de Cruz et al. (1989), para 20 cultivares de soja avaliadas em oito
ambientes..................................................................................................27
LISTAS DE FIGURAS
Figura 1. Regressão linear bissegmentada do rendimento de grãos das cultivares Msoy
6101 (a), ENG 316 (b), Msoy 8001 (c) e Msoy 8400 (d) em função dos
índices ambientais.........................................................................................29
Figura 2. Regressão linear bissegmentada do rendimento de grãos das cultivares Msoy
8329 (a), Conquista (b), Chapadões (c) e AN 8500 (d) em função dos índices
ambientais.....................................................................................................30
Figura 3. Regressão linear bissegmentada do rendimento de grãos das cultivares
Tucuna(a), Pintado (b), Msoy 8000 (RR) (c) e Msoy 8008 (RR) (d) em
função dos índices ambientais......................................................................31
Figura 4. Regressão linear bissegmentada do rendimento de grãos das cultivares Msoy
7908 (RR) (a), Valiosa (RR) (b), TMG 113 (RR) (c) e Silvânia (RR) (d) em
função dos índices ambientais............................................................................32
Figura 5. Regressão linear bissegmentada do rendimento de grãos das cultivares TMG
121 (RR) (a), Msoy 8787 (RR) (b), TMG 115 (RR) (c) e TMG 117(RR) (d) em
função dos índices ambientais............................................................................33
ANSELMO, J.L. Estabilidade e adaptabilidade de cultivares transgênicas e
convencionais de soja, na região dos Chapadões. Ilha Solteira, 2008. Dissertação.
(Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade
Estadual Paulista, Ilha Solteira.
Resumo
A caracterização de cultivares de soja é de fundamental importância, visando fornecer
informações mais seguras aos produtores no momento da utilizão ou substituição de
cultivares, contribuindo assim para o ganho em rendimento ao longo dos anos de
cultivo, no sentido de se atingir altos rendimentos. O objetivo do trabalho foi verificar a
estabilidade e adaptabilidade de cultivares transgênicas e convencionais de soja na
região dos Chapadões, em diversos ambientes de produção, envolvendo locais e
épocas de semeadura. Os experimentos foram instalados em Chapadão do Sul-MS,
Água Clara-MS e Chapadão do Céu-GO na safra 2006/07. Foram avaliadas 20
cultivares, sendo 10 convencionais e 10 transgênicas (RR). Os ambientes de produção
corresponderam às combinações de locais e épocas de semeadura, sendo quatro
épocas em Chapadão do Sul (16/10/06, 27/10/06, 17/11/06 e 30/11/06), duas em Água
Clara (07/11/06 e 28/11/06) e duas em Chapadão do Céu (27/10/06 e 23/11/06). Foi
realizada análise de estabilidade e adaptabilidade, para rendimento de grãos, pelo
método da regressão linear bissegmentada. As cultivares convencionais foram mais
produtivas na média dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, apresentando
performances acima da média de rendimento (3.701 kg.ha
-1
) quando comparadas com
as transgênicas, exceto TMG 115 (RR) e TMG 121 (RR). As transgênicas foram mais
sensíveis às mudanças ambientais que as convencionais, embora isso não tenha
ocorrido para estabilidade. As primeiras épocas de semeadura apresentaram os
melhores índices ambientais, sendo as melhores para se atingir altos rendimentos. No
conjunto dos parâmetros de estabilidade e adaptabilidade a cultivar TMG 115 (RR) foi a
que mais se destacou, sendo recomendável tanto para ambientes favoráveis como
desfavoráveis, seguida pelas cultivares Msoy 8001 e Chapadões. A cultivar valiosa,
uma das mais utilizadas na região, foi a mais estável, embora com rendimento um
pouco inferior.
Palavras-chave: interação genótipo x ambiente, épocas de semeadura, regressão
bissegmentada, Glycine max (L.) Merrill.
ANSELMO, J.L. Stability and adaptability of transgenic and no transgenic soybean
cultivars in Chapadões region. Ilha Solteira, 2008. Dissertação. (Mestrado em
Agronomia) - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual
Paulista, Ilha Solteira.
Abstract
The characterization of soybean cultivars is more important to provide sure information
to farmers in moment of utilization or substitution cultivars, contributing to yield gain
along of cultivation years, looking obtain high yields. The work purpose was to verify
stability and adaptability of transgenic and no transgenic soybean cultivars in
Chapadões region at different production environments, considering locals and sowing
seasons. Experiments were installed in Chapadão do Sul-MS, Água Clara-MS and
Chapadão do Céu-GO, in 2006/07 crop. Were evaluated 20 soybean cultivars, been 10
transgenic (RR) and 10 no transgenic. The production environments were locals and
sowing seasons combination, been four seasons at Chapadão do Sul, (10/16/06,
10/27/06, 11/17/06 and 11/30/06), two at Água Clara (11/07/06 and 11/28/06) and two
at Chapadão do Céu (10/27/06 and 11/23/06). Stability and adaptability analysis were
performed by bi-segmented linear regression. No transgenic cultivars were more
productive at favorable and unfavorable environments average, presenting performance
greater than productivity average (3,701kg.ha
-1
), when compared to transgenic
cultivars, except TMG 115 (RR) and TMG 121 (RR). Transgenic cultivars tend to be
more sensitive to environment changes than no transgenic, nevertheless didn’t happen
for stability. Early sowing seasons present the best environments index, been indicated
for high grain yield. On the whole of stability and adaptability parameters, cultivar TG
115 (RR) was the best, been indicated as much for favorable as unfavorable
environments. Following classify themselves Msoy 8001 and Chapadões cultivars. The
Valiosa cultivar, more cultivated in area, was more stable, however with inferior yield.
Key-words: genotype x environment interaction, sowing seasons, bi-segmented
regression, Glycine max (L.) Merril
1
1. INTRODUÇÃO
A soja, no Brasil, é a principal oleaginosa responsável pela geração de divisas e
tamm uma das principais culturas produtoras de óleo vegetal e fonte de proteína.
Representa, aproximadamente, 45% da área semeada com grãos. O rendimento médio
está ao redor de 2819 kg/ha e a produção estimada, para a safra 2007/08, é de 59,8
milhões de toneladas (CONAB, 2008).
Ao longo dos anos, com a expansão da cultura e os avanços tecnológicos,
houve aumento significativo do rendimento e foi crescente a necessidade de introduzir
novas cultivares adaptadas às diferentes condições edafoclimáticas das diversas
regiões produtoras no país. Neste contexto, sabe-se que a soja apresenta notável
sensibilidade fotoperiódica e respostas distintas nos diversos ambientes de produção,
resultando em comportamentos diferenciais dos genótipos.
Com a introdução das cultivares transgênicas nas principais regiões produtoras
do país, pouco se sabe a respeito do comportamento destas nos diversos ambientes,
em comparação com as convencionais que possuem uma gama ampla de materiais
adaptados para cada local de cultivo. Portanto, prevendo-se que o plantio de soja
transgênica vai aumentar significativamente durante os próximos anos em relação às
convencionais, por apresentar facilidade de manejo de plantas daninhas e provável
redução nos custos de produção, necessita-se de estudos mais amplos relacionados
com a adaptabilidade e estabilidade dos materiais. Isto também se justifica pelo fato de
que muitos agricultores importam materiais da região sul do país ou de países vizinhos,
como a Argentina, introduzindo-os em outras regiões como o cerrado, que atualmente
constitui a maior rego produtora de soja do país, sem uma análise mais criteriosa do
comportamento dos mesmos.
A utilizão da tecnologia RR (Roundup Ready) vem crescendo muito entre os
produtores, assim como a oferta de novas cultivares por parte das instituições de
pesquisa. Em 2005, foram registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento 22 cultivares tolerantes ao glyphosate. Igual número foi novamente
inscrito no Registro Nacional de Cultivares a agosto de 2006, elevando a
disponibilidade total de cultivares RR (EMBRAPA SOJA, 2007).
O objetivo deste trabalho foi identificar cultivares de soja estáveis e adaptáveis,
entre transgênicas e convencionais, na região dos Chapaes, em diversos ambientes
de produção, envolvendo locais e épocas de semeadura.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Interação genótipos x ambiente
Um dos fatores mais importantes inseridos nos programas de melhoramento
genético, aplicado na sojicultura brasileira visando aumentos de rendimento, a
interação genótipo x ambiente é responsável por determinar a escolha do material, bem
como a época ideal de semeadura e, conseqüentemente, pleitear sucesso no sistema
de produção.
Quando um genótipo é observado em ambientes diferentes, possivelmente
apresentará fenótipos distintos para diversos caracteres, devido ao efeito dos
ambientes. Isso ocorre devido ao fato de que genes poderão ser ativados ou
desativados comforme os diferentes estímulos de cada ambiente. Dentro do processo
de obtenção de uma nova cultivar, os genótipos de uma espécie qualquer são
avaliados em diferentes ambientes (ano, local, época de semeadura), visando a
seleção dos genótipos mais produtivos, portadores de características agronômicas
desejáveis e que apresentem um desempenho consistente nos diversos ambientes
avaliados (MAURO et al., 2000).
As interações de genótipos com ambientes (GxA) trazem aos melhoristas
dificuldades na identificação de genótipos superiores, seja por ocasião da seleção, seja
no momento da recomendação de cultivares. A presença dessas interações indica que
o comportamento relativo dos genótipos nos testes depende, fundamentalmente, das
condições ambientais a que eso submetidos. Desta forma, a resposta fenotípica de
qualquer genótipo em relação a outros podeser inconsistente, o que se manifesta
pela alteração da posição relativa dos genótipos de um ambiente para outro, ou em
alterações na magnitude das diferenças absolutas entre seus fenótipos, sem que a sua
ordem seja alterada. Em síntese, essas respostas genotípicas diferenciadas a
ambientes distintos são coletivamente chamadas de interação de genótipos por
ambientes (KANG, 1998).
A cultura da soja é comumente submetida a inúmeras variações ambientais e a
interação GxA assume papel importante na manifestação fenotípica. Por isso, deve ser
estimada buscando-se avaliar sua importância na recomendação de cultivares e na
condução de programas de melhoramento genético (OLIVEIRA; DUARTE; PINHEIRO,
2003). Sediyama et al. (1990) afirmam que estudos criteriosos de adaptabilidade e
3
estabilidade de produção em soja devem ser realizados para garantir maior segurança
às recomendações de cultivares.
Os caracteres relacionados à produção estão condicionados ao controle
genético dos organismos, aos ambientes em que são cultivados e à interação entre
esses dois fatores. As diferentes respostas fenotípicas frente a mudanças nas
condições ambientais resultam em comportamentos distintos dos genótipos,
caracterizando a interação. Se a expressão de um determinado genótipo depende dos
genes e do ambiente em que é avaliado, a interação GxA deve ser mais um fator a ser
considerado na análise. Assim, no melhoramento, o processo de seleção depende
tamm da estimação dessa interação, para que não ocorra a queda inesperada de
desempenho de um material testado (YAMAMOTO, 2006).
Nas diversas regiões produtoras do Brasil existe uma grande variabilidade nas
condições ambientais, causando variação ambiental mais acentuada e menos
previsível do que em regiões temperadas. Isso provoca o aparecimento da interação
genótipo com ambiente que é o principal complicador do trabalho dos melhoristas,
principalmente pelo comportamento distinto das cultivares nos ambientes avaliados
(PATERNIANI, 1999).
Segundo EBERHART & RUSSEL (1966), quando o avaliados genótipos em
vários ambientes, normalmente não se obtém um comportamento constante. Esta
variação de comportamento gera uma interação dos genótipos com os ambientes e,
quando significativa, é uma indicação de que podem existir genótipos particulares para
determinados ambientes e, possivelmente, genótipos menos influenciáveis pelas
variações ambientais. As variações ocorridas no ambiente foram classificadas em
previsíveis e imprevisíveis por ALLARD & BRADSHAW (1964). As previsíveis são
consideradas como permanentes do ambiente, tais como as características gerais de
clima, tipos de solo, época de plantio, comprimento do dia, doses de fertilizantes e
outras. Entre as imprevisíveis, estão incluídos fatores ambientais como a precipitação
pluviométrica, temperatura, etc.
Segundo Ramalho et al. (1993), quando o comportamento de duas cultivares
são concordantes em dois ambientes distintos, a interação é chamada de interação
simples, o acarretando maiores problemas. Entretanto, quando as cultivares
possuem comportamento diverso, a interação é denominada complexa. Considerando
um número maior de ambientes e de cultivares, a presença de interação complexa
quase sempre indica a existência de cultivares especificamente adaptadas a ambientes
4
particulares, bem como de outras com adaptação mais ampla, porém nem sempre com
alto potencial produtivo. Estes autores apresentaram três maneiras de atenuar os
efeitos da interação GxA: 1) identificar cultivares específicas para cada ambiente, 2)
zoneamento ecogico e 3) identificação de cultivares com maior estabilidade
fenotípica. Além desses a utilização de cultivares multilinhas pode ser uma outra
alternativa interessante.
Uma das alternativas para se atenuar os efeitos da interação genótipo com
ambiente é a estratificação dos ambientes, ou seja, divisão em sub-regiões mais
homogêneas àquela região onde se pretende desenvolver cultivares. Outra alternativa
é se obter um material específico para cada ambiente (MORAIS, 1980). Isso é possível
em algumas situações quando ocorre interação genótipo com locais de produção. Por
se tratar a soja de planta anual, a comercialização de cultivares para ambientes
específicos é dicil além de arriscada, pois pode haver interação de cultivares com
fatores imprevisíveis, inutilizando essa estratégia (PIROLA, 2000). Portanto a maioria
dos pesquisadores sugere como procedimento mais racional de controlar a interação
genótipo x ambiente a utilização de cultivares que mostrem alto grau de estabilidade de
desempenho em uma gama convenientemente ampla de ambientes (OLIVEIRA, 1976).
2.2. Épocas de semeadura
A época de semeadura é um dos fatores que mais influenciam o rendimento da
soja, uma vez que determina a exposição da cultivar à variação dos fatores climáticos
limitantes. Assim, semeaduras em épocas inadequadas podem afetar o porte, o ciclo e
o rendimento das plantas e aumentar as perdas na colheita. (EMBRAPA SOJA, 2007).
O conhecimento de épocas de semeadura que interajam pouco com os
genótipos de soja ou de genótipos que sejam considerados estáveis em rendimento,
possibilita semeaduras fora de épocas recomendadas, facilitando o aumento de
campos de multiplicação de sementes, avanço de gerações em programas de
melhoramento e semeadura em período safrinha (MORAIS et al., 2003).
Diversas pesquisas realizadas no Brasil (SEDIYAMA et al., 1990; MARCHIORI
et al., 1999; PEIXOTO et al., 2000; PRADO et al., 2001) demonstraram que a época de
semeadura é um dos fatores que mais influencia o rendimento de genótipos de soja. Ao
se optar por determinada época de semeadura, pode-se estar influenciando a duração
dos estádios fenológicos da cultura, o que poderá influenciar o rendimento.
5
A época de semeadura é definida por um conjunto de fatores ambientais que
interagem entre si e com a planta, promovendo variações no rendimento e afetando
outros caracteres agronômicos (PEIXOTO et al., 2000).
SAKIYAMA et al. (1988), analisando 46 ensaios de avaliação de genótipos de
soja, em 16 locais de Minas Gerais, por dois anos consecutivos, fizeram comparações
com a seleção realizada em apenas duas localidades em três épocas de semeadura.
Os autores concluíram que esta última alternativa pode ser muito eficiente se a escolha
dos locais for adequada. OLIVEIRA et al. (2003), objetivando o melhor local para
rendimento de grãos de soja num conjunto de 14 linhagens, indicaram Goiânia como
sendo o melhor local para teste de linhagens quando comparada com Jate Itumbiara,
após os dados de rendimento serem analisados pelo método de AMMI. Com o local
bem escolhido, a variação de épocas é interessante para estudos de interação.
PRADO et al. (2001), estudando 21 cultivares de soja em cinco épocas de
semeadura no cerrado de Rondônia, concluíram que as duas primeiras épocas,
correspondente a primeira quinzena de novembro (05 e 15/11), se mostraram as mais
favoveis para obtenção de rendimentos acima de 2.700 kg/ha, quando comparadas
com as épocas mais tardias (30/11, 15/12 e 01/01), provavelmente porque entre as
cultivares testadas não existiam as que atendessem satisfatoriamente ao
escalonamento da semeadura em diferentes épocas.
Estudos de interação genótipo x épocas, utilizando todos de análise de
estabilidade e adaptabilidade também são realizados para outras culturas, como
ANDRADE et al. (2005) que analisaram 25 híbridos de milho em quatro épocas, no
campo experimental da UNESP de Ilha Solteira, localizado em Selvíria-MS.
2.3. Adaptabilidade e estabilidade
2.3.1. Conceitos
As diferentes respostas dos genótipos frente a mudanças das condições
ambientais representam um problema para os agricultores e um grande desafio para os
melhoristas. É de interesse para ambos que as plantas cultivadas apresentem, além de
alto rendimento, a estabilidade na qualidade e quantidade do produto comercial. Além
disso, a planta deve responder aos diferentes ambientes, com capacidade de
6
aproveitar as condições favoráveis ou de responder da melhor maneira possível aos
fatores ambientais limitantes (desfavoráveis).
Existem diferentes interpretações entre os autores referentes aos conceitos de
adaptabilidade e estabilidade nos programas de melhoramento genético. Sendo assim,
a comunidade acadêmica define de várias maneiras esses conceitos, dependendo do
ponto de vista do pesquisador em relação ao problema.
Para LEWIS (1954), a estabilidade genotípica relaciona-se com a capacidade
das populações de produzirem um mero limitado de fenótipos sob diferentes
condições de ambiente. SIMMONDS (1962) definiu adaptabilidade como o potencial
genético de variação inerente ao genótipo e que lhe confere a capacidade de adaptar a
novos ambientes em função da variabilidade criada. O termo adaptação foi definido
pelo mesmo autor como de natureza estática e relaciona-se com o nível de
ajustamento de um genótipo a um ambiente específico, ou seja, a adaptação refere-se
à habilidade de sobrevivência frente às condições seletivas do local.
MARIOTTI et al. (1976) conceituaram adaptabilidade como a capacidade dos
genótipos aproveitarem vantajosamente os estímulos do ambiente e a estabilidade
como a capacidade dos getipos mostrarem comportamento altamente previsível, em
função dos estímulos ambientais.
Quando as interações de genótipos com o ambiente são significativas, é
possível avaliar tanto a estabilidade (previsibilidade) quanto à adaptabilidade
(responsividade) dos genótipos nos diferentes ambientes testados por modelos
biométricos (CRUZ & REGAZZI, 1994). Embora haja consenso sobre a importância
desse tipo de análise entre os pesquisadores, ainda é pouco empregada e
questionamentos em relação às formas de sua estimão.
EASTON & CLEMENTS (1973) e LIN et al. (1986), afirmaram que a
caracterização da adaptabilidade e estabilidade fenotípica é relativa ao conjunto dos
genótipos incluídos no experimento. Como a produção do ambiente é expressa pelo
próprio desempenho médio dos genótipos no experimento, não qualquer segurança
de que um genótipo considerado estável e adaptável em um grupo, tamm o seja
quando avaliado em outro grupo diferente de genótipos. Embora o comportamento do
genótipo não seja alterado, comparativamente aos novos genótipos ele poderá ser
considerado menos produtivo, menos esvel ou menos adaptável. Essa é a base para
a substituição de cultivares na agricultura.
7
2.3.2. Métodos paramétricos
Para estudar as diferenças fenotípicas entre genótipos e suas interações em
diversos ambientes de produção, diversos métodos têm sido propostos para estudo da
estabilidade e adaptabilidade como o método tradicional de Plaisted & Peterson (1959),
Finlay & Wilkinson (1963), Wricke (1965), Eberhart & Russell (1966), Perkins & Jinks
(1968), Freeman & Perkins (1971), Tai (1971), Verma et al. (1978), Silva & Barreto
(1986) e Cruz et al. (1989).
Os métodos mais simples praticamente consideram apenas a estabilidade,
baseando-se no desempenho de cada genótipo nos diversos ambientes avaliados. Os
mais modernos e mais utilizados baseiam-se na regressão dos valores fenotípicos em
função dos ambientes. Eberhart & Russell (1966) sugeriram uma regressão simples,
considerando todos os ambientes, o que foi adaptado por Silva & Barreto (1986) e Cruz
et al. (1989) para uma regressão bissegmentada para ambientes desfavoráveis e
favoveis. Em todos esses métodos os valores ambientais são representados pelas
médias de todos os genótipos em cada ambiente ou por um índice ambiental que é o
desvio da dia de cada ambiente em relação à média geral dos genótipos em todos
os ambientes. O coeficiente de regressão () é utilizado como parâmetro de
adaptabilidade e o quadrado médio dos desvios da regressão (
2
di
) é utilizado como
parâmetro de estabilidade, com pequenas variações de interpretação em cada todo.
Em geral um genótipo adapvel seria aquele com coeficiente de regressão igual ou
maior do que um e o mais estável aquele cujo quadrado médio dos desvios da
regressão seja baixo, de preferência estatisticamente igual a zero. Também pode ser
colocado que o mais adaptável seria mais responsivo às melhorias ambientais e o mais
estável aquele de comportamento mais previsível, onde os valores fenotípicos
observados em cada ambiente coincidem melhor com a curva de regressão. Portanto,
além de valores baixos dos quadrados médios dos desvios da regressão, o coeficiente
de determinação alto também indica boa estabilidade. Nos métodos com regressão
bissegmentada, considera-se como ideal o genótipo com boa média, coeficiente de
regressão menor que um nos ambientes desfavoráveis, maior que um nos ambientes
favoveis e quadrados médios dos desvios da regressão não significativos.
Pela metodologia proposta por Eberhart & Russell (1966), a cultivar ideal é
aquela que tem produção média alta, coeficiente de regressão igual à unidade e desvio
de regressão pequeno, isto é, aquele que tem resposta positiva à melhoria das
8
condições ambientais
1
=1,0) e comportamento altamente previsível (
2
di
= 0,0). Este é
um método ainda muito utilizado devido à simplicidade e facilidade de interpretação.
Lin et al. (1986) apresentaram críticas aos métodos de avaliar a estabilidade
baseada nos desvios da regressão. Segundo os autores, os desvios da regressão
servem para indicar o ajuste dos dados à equação obtida, em vez de maior ou menor
estabilidade da cultivar. Reiteram que baixa estabilidade representada por σ
2
di
grande
ou coeficiente de determinão (R
i
2
) pequeno devem ser interpretados como indicativo
de que o uso do modelo de regressão para estimar a estabilidade não é apropriado e
que alternativas devam ser investigadas.
Alliprandini et al. (1994) analisaram os efeitos da interação genótipo x ambiente
sobre o rendimento da soja, considerando vários locais e vários anos, no Estado do
Paraná, e concluíram que o componente de ano x local foi o de maior importância para
as condições do experimento, correspondendo a 58,5%, 57,0% e 37,1% da
variabilidade ambiental dos grupos L (ciclo precoce), M (ciclo semi-precoce) e N (ciclo
médio), respectivamente. Outros componentes significativos corresponderam aos
efeitos de ano x local x genótipo nos grupos L, M, e N e, local x genótipo no grupo N.
Os autores concluíram, ainda, que, no caso em que a recomendação de cultivares é
necessária com apenas um ano de teste, seria conveniente que este teste fosse
realizado em vários locais.
Prado et al. (2001) estudaram estabilidade de 21 cultivares de soja em cinco
épocas de semeadura em Rondônia e concluíram que a não-significância das
hipóteses (H0: ß
1i
= 1), (H0: ß
2i
= 0) e (H0: (ß
1i
+ ß
2i
) = 1), no modelo de Cruz et al.
(1989), indica que o comportamento produtivo das cultivares ao longo das épocas de
semeadura é mais bem representado pelo modelo linear proposto por Eberhart &
Russell (1966).
Vencovsky & Barriga (1992) relatam que o método de Eberhart & Russell (1966)
tem sido usado com sucesso em diversas espécies cultivadas, tais como, aveia, arroz
de sequeiro, trigo, soja, feijão, sorgo, milho e mandioca. Segundo os autores, este
método é o mais indicado quando o número de ambientes é pequeno.
A metodologia de análise de adaptabilidade e estabilidade proposta por CRUZ et
al. (1989), tem sido empregada em culturas como a soja (PRADO et al., 2001), milho
(MONTEIRO et al., 2000; ALVES et al., 2006), milho pipoca (VENDRUSCOLO et al.,
2001), algodão (CARVALHO et al., 2000) e feijão (DUARTE e ZIMERMANN, 1994;
CARBONELL et al., 2001). Com um número de ambientes superior a cinco este
9
método é mais interessante, pois tanto os ambientes favoráveis como desfavoráveis
terão uma melhor representatividade na equação de regressão.
Um ponto importante a ser considerado é destacado por Easton & Clements
(1973) e Lin et al. (1986), que salientaram que a caracterizão da adaptabilidade e
estabilidade fenopica é relativa ao conjunto dos genótipos incluídos no experimento.
Como o valor do ambiente é expresso pelo próprio desempenho médio dos genótipos
no experimento, o qualquer segurança de que um genótipo manterá o mesmo
comportamento quando avaliado com diferentes genótipos. Isso evidencia a natureza
contínua e persistente do melhoramento, pois sempre é possível conseguir cultivares
mais produtivas, mais adaptáveis e mais estáveis ao longo do processo de seleção.
2.3.3. Métodoso paramétricos
Os métodos não paramétricos são caracterizados por serem mais simples e
versáteis. O teste é empregado quando o modelo não especifica condições sobre os
parâmetros da população da qual a amostra foi obtida. Quando não observadas
algumas pressuposições básicas verificadas em métodos paramétricos, constitui uma
valiosa ferramenta de trabalho ao estatístico (CAMPOS, 1983).
Algumas vantagens das medidas não paramétricas de estabilidade fenotípicas
baseadas em postos constituem uma alternativa útil e foram descritas por Huehn
(1990) quando comparadas com as medidas paramétricas, tais como: redução ou
prevenção de vícios causados por delineamentos; pressuposições básicas não
necessárias; reduções de ocorrer probabilidade de variações nas estimativas quando
ocorre adição ou subtração de um ou poucos genótipos; em programas de teste e
seleção, os pametros de estabilidade baseados em postos são facilmente
interpretados e utilizados, cuja informão da ordem dos postos torna-se a mais
essencial.
Nassar e Huehn (1987) apresentaram uma discussão sobre metodologias
alternativas quando é avaliada a estabilidade fenotípica de cultivares de espécies
vegetais e observaram que tais metodologias são baseadas na classificação das
cultivares em cada ambiente, usando o princípio da homeostase, definida por Breese
(1969) como sendo a capacidade da planta em adaptar suas funções fisiológicas às
constantes mudanças do ambiente onde ela desenvolva de forma a ser menos
afetadas por elas. O termo estabilidade é o que define tecnicamente tal condição. Os
10
genótipos classificados como estáveis são aqueles que apresentam postos
semelhantes nos diferentes ambientes, segundo essa metodologia.
Os métodos o paramétricos mostraram-se de fácil interpretação em relação
aos demais podendo ser usados em substituição aos de Plaisted e Peterson (1953) e
Wricke (1965) no estudo realizado por Miranda et al. (1997) ao avaliar quatro métodos
de estabilidade fenotípica de cultivares de feijoeiro (Tradicional, PLAISTED e
PETERSON, 1959; WRICKE, 1965 e HUEHN, 1990).
LU (1995) desenvolveu um programa de computador para estimar medidas não
paramétricas S
i
(1)
e S
i
(2)
e salientou que este fato pode tornar o uso destas medidas
mais usuais na desenvoltura da interação genótipos x ambientes. PELÁ (1997)
estudando a estabilidade fenotípica de cinco híbridos de milho em 30 ambientes, pela
metodologia de HUHN (1990), constatou que todos os materiais apresentaram boa
estabilidade para rendimento de grãos de acordo com as medidas de estabilidade S
i
(1)
e S
i
(2)
. Salientou ainda, que quando o experimento não se dispõe de repetições, o
método tornou-se simples e interpretação facilitada.
11
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Descrição dos locais
Os experimentos foram instalados nos municípios de Chapadão do Sul-MS
(52º37’22’’W, 18º47’39’’S, 820m de altitude, 1890mm de precipitação anual), Chapadão
do Céu-GO (52º30’57’’W, 18º23’43’’S, 840m de altitude, 1850mm de precipitação
anual) e Água Clara-MS (53º09’37’’W, 19º14’40”S, 710m de altitude, 1700mm de
precipitação anual). As coordenadas geogficas e altitude foram obtidas por GPS e o
regime pluviométrico coletado ao longo de 10 anos nas áreas experimentais da
Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecria de Chapadão – Fundação Chapadão.
O regime pluviométrico, em milímetros, ocorrido durante o ciclo da cultura na
safra 06/07, em Chapadão do Sul-MS, Chapadão do Céu-GO e Água Clara-MS,
encontram-se na Tabela 1. Os solos dos três locais são do tipo Latossolo Vermelho
distrófico (LVd), com variações nas características físicas e químicas (Tabela 2).
Tabela 1. Regime pluviométrico (mm) ocorrido durante o ciclo da cultura da soja na
safra 06/07. Chapadão do Sul-MS, Chapadão do Céu-GO e Água Clara-MS.
Meses/Locais Chapadão do Sul Chapadão do Céu Água Clara
Outubro 338 351 205
Novembro 401 339 82
Dezembro 266 273 194
Janeiro 532 514 169
Fevereiro 231 238 334
Março 159 212 72
Abril 100 76 163
Total 2027 2003 1219
3.2. Cultivares avaliadas e ambientes de produção
Foram avaliadas as cultivares convencionais com os respectivos ciclos de
maturação Msoy 6101 (precoce), ENGOPA 316 (precoce), Msoy 8001 (médio), Msoy
8400 (tardio), Msoy 8329 (tardio), MG/BR 46 (Conquista) (tardio), BRSGO Chapadões
12
(tardio), AN 8500 (tardio), FMT Tucunaré (tardio) e BRSMT Pintado (tardio), além das
transgênicas “Roundup Ready” (RR) Msoy 8000 (precoce), Msoy 8008 (precoce), Msoy
7908 (precoce), BRS Valiosa (médio), TMG 113 (médio), BRS Silvania (médio), TMG
121 (médio), Msoy 8787 (tardio), TMG 115 (tardio) e TMG 117 (tardio). Os oito
ambientes de produção estudados corresponderam às combinações de locais e épocas
de semeadura sendo quatro épocas em Chapadão do Sul-MS (16/10/06, 27/10/06,
17/11/06 e 30/11/06), duas épocas em Água Clara-MS (07/11/06 e 28/11/06) e duas
épocas em Chapadão do Céu-GO (27/10/06 e 23/11/06), respectivamente identificados
como AMB1, AMB2, AMB3, AMB4, AMB5, AMB6, AMB7 e AMB8.
3.3. Práticas culturais e delineamento experimental
Em cada local os experimentos foram instalados em sistema de plantio direto, no
delineamento blocos ao acaso com quatro repetições, com parcelas de quatro linhas de
5 metros de comprimento, espaçadas de 0,40m. As parcelas foram semeadas com
semeadora de parcela, com densidade de semeadura variável conforme a
recomendação da empresa fornecedora das sementes. Foram utilizadas como área útil
as duas linhas centrais com 4m de comprimento, desprezando-se meio metro de cada
extremidade.
A correção do solo e adubação, para todos os ambientes de produção, foram
feitas de acordo com as análises de solo das áreas experimentais da Fundação
Chapadão, apresentadas na Tabela 2. Utilizou-se 1 t/ha de calcário, aplicado
superficialmente, visando elevar a saturação por bases da camada de 0,20 cm do solo
a aproximadamente 55%. As adubações de plantio nos três locais foram: 300 kg.ha
-1
da
fórmula 03-20-10 (Chapadão do Sul), 300 kg.ha
-1
da rmula 03-20-10 (Chapadão do
Céu) e 400 kg.ha
-1
da fórmula 04-18-12 (Água Clara). Como adubação de cobertura foi
utilizado 80 kg.ha
-1
de Cloreto de Potássio (KCl), nos três locais ensaiados. Mesmo em
solos com teor alto de K é recomendada uma adubação de manutensão de 20 kg de
K
2
O por tonelada de grãos que se espera produzir (EMBRAPA, 2007). Doses maiores
tamm são utilizadas no sentido de conferir maior resistência à doenças.
13
Tabela 2 Atributos químicos e físicos dos solos em Chapadão do Sul-MS, Água
Clara-MS e Chapadão do Céu-GO (safra 2006/2007).
Atributos Chapadão do Sul Água Clara Chapadão do Céu
Oxi-Red.), g.dm
-
3
34 18 30
pH (
Sol. CaCl
2
),
4,7 4,7 4,8
P (
Resina), mg.dm
-
3
20 13 56
K (
Resina), mmol
c
.dm
-
3
2,4 1 4
Ca (
Resina), mmol
c
.dm
-
3
27 12 22
Mg (
Resina), mmol
c
.dm
-
3
8 2 2
Al (
KCl) mmol
c
.dm
-
3
1 2 1
H+Al (
Tampão SMP) mmol
c
.dm
-
3
47 35 55
S.B.
mmol
c
.dm
-
3
37,5 15,1 28,2
C.T.C.
mmol
c
.dm
-
3
84,5 50,5 83,2
V%
44 30 34
S (
Fosf. Cálcio), mg.dm
-
3
7 15 24
B (
Água Quente), mg.dm
-
3
0,36 0,15 0,41
Cu
(
Mehlich), mg.dm
-
3
1 0,8 0,8
Fe (
Mehlich), mg.dm
-
3
29 47 69
Mn (
Mehlich), mg.dm
-
3
14,5 43,5 13
Zn (
Mehlich), mg.dm
-
3
5,4 3,8 5,8
Argila (
HMFS), g.kg
-
1
653 147 693
Silte (
HMFS), g.kg
-
1
115 93 95
Areia (
HMFS), g.kg
-
1
232 760 212
As sementes foram tratadas com o fungicida Derosal plus (200 ML/100 kg de
sementes), seguindo-se, inoculação com estirpes de Bradyrhizobium japonicum. O
controle de ervas foi realizado com os herbicidas Cobra (0,4 L/ha) e Classic (50g/ha).
As práticas culturais foram realizadas sempre quando necessário, visando manter a
sanidade dos materiais e o potencial produtivo. A colheita dos materiais ocorreu
quando as plantas estavam secas e desfolhadas. A trilhagem dos materiais foi
realizada com trilhadeira apropriada para experimentos.
3.4. Caracteres mensurados e análises estatísticas
Os seguintes caracteres foram mensurados:
- Altura de plantas: medida em cm, com uma fita métrica graduada, do colo ao
ápice da planta, em três plantas amostradas aleatoriamente em uma das linhas da área
útil de cada parcela por ocasião da colheita;
14
- Altura de inserção da primeira vagem: medida em cm, com uma fita métrica
graduada, do colo até a inserção da primeira vagem, em três plantas amostradas
aleatoriamente em uma das linhas da área útil de cada parcela por ocasião da colheita;
- Rendimento: obtido em kg.ha
-1
a partir da massa dos grãos colhidos da área
útil de cada parcela, corrigidos para 13% de umidade (base úmida).
As análises de variância para cada local, análise conjunta e análise de
estabilidade e adaptabilidade foram realizadas com auxílio do aplicativo computacional
em genética e estatística Genes (CRUZ, 1997). O método de análise de adaptabilidade
e estabilidade foi o de regressão linear bissegmentada, proposto por Cruz et al. (1989),
cujo modelo estatístico é Y
ij
= I
j
T(I
j
) + +
ij
, em que:
Y
ij
= rendimento médio do i-ésimo genótipo no j-ésimo ambiente;
oi
= média do i-ésimo genótipo;
i1
= resposta linear aos ambientes desfavoráveis;
i2
= resposta linear aos ambientes favoráveis;
ag
Y
g
Y
I
j
j
..
.
= índice ambiental;
T = 0 se I
j
< 0 e I
j
– I
+
se I
j
> 0, sendo I
+
a média dos índices I
j
positivos;
ij
=: desvios da regressão;
ij
= erro médio experimental.
A utilização dos índices I
j
para se realizar a regressão, utilizado inicialmente por
Finlay & Wilkinson (1963), foi estendida para outros métodos por serem indicativos
mais coerentes da qualidade dos ambientes avaliados. Valores negativos de I
j
identificam os ambientes desfavoráveis, normalmente associados a regiões de
condições climáticas, ou de solo adversas ou áreas de emprego de baixa tecnologia de
produção em razão do uso de quantidade e qualidade de insumos e/ou equipamentos
agrícolas insuficientes. Valores positivos de I
j
identificam os ambientes favoráveis,
considerados pelos melhoristas como sendo regiões com condições edafoclimáticas
aptas à cultura, ou seja, onde se emprega alta tecnologia de produção, caracterizada
pelo uso de insumos adequados e mecanização agrícola.
Pelo método proposto por Cruz et al. (1989), uma cultivar ideal seria aquela com
média alta, coeficiente de regressão menor do que um (
i1
< 1) para ambientes
15
desfavoráveis e maior do que um (
i1
+
i2
> 1) para ambientes favoráveis. O parâmetro
de estabilidade é o quadrado médio dos desvios da regreso que sendo pximo de
zero indica getipo estável (previsível) e sendo significativamente diferente de zero
indica genótipo não estável (não previsível). O coeficiente de determinação (R
2
) pode
ser utilizado como medida auxiliar na definição da estabilidade das cultivares, ou seja,
expressa a adequação do modelo utilizado.
No presente trabalho, envolvendo épocas e locais distintos de semeadura que
caracterizou os ambientes de produção, optou-se por este método, pela maior
facilidade em identificar características inerentes as cultivares avaliadas dentro dos
ambientes de produção que foram instalados os experimentos. Tamm apresenta
interpretações diferentes de outros métodos, pois a intenção principal foi a utilização do
mesmo para recomendação de cultivares. Na cultura da soja a recomendação de
cultivares específicas para condições especiais (pouco representativas) é inviável
economicamente, e sempre se busca identificar aquelas com maior previsibilidade de
comportamento (estáveis) e que respondam adequadamente às melhorias ambientais
(adaptáveis).
16
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Análise de variância
Nas Tabelas 3, 4 e 5 são apresentadas as médias obtidas, assim como a análise
de variância do rendimento de grãos (kg.ha
-1
), altura de plantas (cm) e altura de
inserção da primeira vagem (cm) das 20 cultivares de soja cultivadas em oito
ambientes de produção. As relações dos maiores e menores quadrados médios dos
resíduos para rendimento de grãos, alturas de plantas e inserção da primeira vagem
foram 2,28, 1,99 e 2,88 respectivamente, demonstrando homogeneidade dos
quadrados médios do resíduo, o que indica que os resultados da análise conjunta são
consistentes.
Os rendimentos médios de grãos variaram de 2.950 à 4.454 kg.ha
-1
. A média
geral nos oito ambientes estudados (3.701 kg.ha
-1
), e mesmo o limite mínimo (Tabela
3), são considerados como satisfatórios para região dos Chapadões, pois são
superiores em comparação com a dia nacional que é de 2.819 kg.ha
-1
(CONAB,
2008). O teste F significativo nas análises de variâncias individuais (Tabela 3) indica
variação entre os genótipos em todos os ambientes de produção. Os coeficientes de
variação foram relativamente baixos, variando de 9,84% a 17,98%, o que evidencia a
precisão dos dados experimentais (GOMES, 1987). Os mais elevados (16,09 e
17,98%) ocorreram em Água Clara, onde os quadrados médios residuais foram
maiores.
As médias gerais de rendimento (Tabela 3) indicam uma predominância das
variedades não transgênicas nas primeiras colocações. Entre as 10 primeiras apenas
duas são transgênicas. Nos ambientes desfavoráveis essa tendência foi mantida e nos
favoveis apareceram três transgênicas entre as 10 primeiras (Tabela 8). Essa é uma
evidência preliminar da necessidade de estudos mais aprofundados antes de se adotar
uma nova cultivar apenas pelo fato de ser transgênica.
Em Chapadão do Sul, nas primeiras épocas de semeadura, ocorreram as
maiores médias de rendimento, seguido de Chapadão do Céu, também na semeadura
mais cedo. Em Água Clara as médias foram inferiores devido ao solo menos fértil e
possivelmente às épocas mais tardias de semeadura. A época de semeadura é um dos
fatores que mais influencia o rendimento de grãos e, quando aliada a região produtora
e condições edafoclimáticas, determina o potencial produtivo de genótipos de soja
17
Tabela 3 - Rendimentos médio de grãos (kg/ha) de 20 cultivares de soja e análise de varncia dos oito ambientes de produção: - Chapadão
do Sul em 16/10/06 (AMB1), 27/10/06 (AMB2), 17/11/06 (AMB3) e 30/11/06 (AMB4); Água Clara em 07/11/06 (AMB5) e 28/11/06
(AMB6); Chapadão do Céu em 27/10/06 (AMB7) e 23/11/06 (AMB8).
Cultivares AMB1 AMB2 AMB3 AMB4 AMB5 AMB6 AMB7 AMB8 dia
Chapadões
5.414 4.302 4.579 3.688 3.741 3.485
5.717
3.727 4.332
TMG 121 (RR)
5.009 3.776 4.064 3.570 3.823 4.403
5.373
3.819 4.229
Msoy 8001
4.748 4.510 4.184 3.833 4.116 3.483
4.536
3.474 4.110
Pintado
4.366 5.394 3.863 3.083 3.850 3.476
5.278
3.037 4.043
Tucunaré
4.607 4.000 3.775 3.132 4.283 3.680
5.427
3.297 4.025
Msoy 8400
4.879 4.243 4.612 3.294 4.470 2.854
4.610
2.986 3.993
TMG 115 (RR)
5.402 4.667 3.608 3.024 3.808 3.223
4.767
3.270 3.971
Msoy 8329
4.519 4.554 3.961 3.363 4.031 2.953
5.098
2.834 3.914
Conquista
4.313 4.194 3.946 3.078 3.914 3.529
4.125
2.634 3.717
Msoy 6101
4.337 4.294 3.950 3.370 3.640 3.014
3.815
3.193 3.702
TMG 113 (RR)
4.897 4.445 3.082 2.876 3.496 3.311
4.845
2.637 3.699
AN 8500
4.827 4.439 4.504 3.330 3.008 2.737
4.187
2.220 3.656
Valiosa (RR)
4.554 4.129 3.586 3.040 3.537 3.139
4.147
2.819 3.619
Msoy 7908 (RR)
3.960 3.781 3.956 3.407 3.027 3.720
3.620
2.810 3.535
Msoy 8008 (RR)
3.187 4.180 3.661 2.953 2.981 3.865
4.026
3.215 3.508
ENG 316
4.228 3.872 3.642 3.357 2.798 2.807
4.175
2.919 3.475
Msoy 8787 (RR)
4.994 3.929 3.267 2.990 2.975 2.281
3.878
2.508 3.353
TMG 117 (RR)
3.991 3.674 3.221 2.415 3.331 2.199
4.410
2.862 3.263
Msoy 8000 (RR)
3.628 3.527 3.381 3.063 2.585 3.488
3.095
2.618 3.173
Silvania (RR)
3.230 3.316 3.429 2.329 2.145 2.091 2.893 2.118 2.694
dia
4.454 4.161 3.813 3.160 3.478 3.187 4.401 2.950 3.701
Q.M. Blocos 35.316 61.823 308.846 244.987 314.958 228.592 82.018 67.791
-----
Q.M. Tratamentos 1.556.704** 855.835** 76.993** 544.264** 1.470.062** 1.366.811** 2.308.08** 796.102** -----
Q.M. Resíduo 192.359 230.602 240.096 143.973 313.490 328.572 205.1090 148.501 -----
DMS Tukey (0,05) 1.151,86 1.261,17 1.286,87 996,51 1.470,47 1.505,42 1.189,42 1.012,06 423,08
CV (%) 9,84 11,53 12,84 12,00 16,09 17,98 10,28 13,06 12,82
* *
Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.
Tabela 4 – Altura média de plantas
(cm) de 20 cultivares de soja e análise de variância dos oito ambientes de produção:
16/10/06 (AMB1), 27/10/06 (AMB2), 17/11/06 (AMB3) e 30/11/06 (AMB4); Água Clara em 07/11/06 (AMB5) e 28/11/06 (A
Chapadão do Céu em 27/10/06 (AMB7) e 23/11/06 (AMB8).
Cultivares
AMB1
AMB2
AMB3
AMB4
AMB5
AMB6
AMB7
Chapadões
71,25
74,00
57,41
61,74
66,25
64,50
96,50
TMG 121 (RR)
74,75 71,33 66,83 56,66 75,25 74,75
86,75
Msoy 8001 61,41 77,83 65,58 60,91 62,25 62,75
74,50
Pintado
76,50 84,16 72,58 70,75 71,75 72,00
95,50
Tucunaré
73,33 76,91 71,50 58,74 73,25 69,25
85,50
Msoy 8400
73,83 73,99 76,50 59,83 77,75 71,50
102,00
TMG 115 (RR)
72,41 77,91 68,08 49,50 70,75 70,50
87,50
Msoy 8329
76,75 83,83 77,83 62,08 82,50 84,25
105,50
Conquista 62,00 74,41 77,24 64,91 74,50 68,50
97,25
Msoy 6101
88,25 89,16 83,24 61,91 78,25 66,25
95,50
TMG 113 (RR)
75,24 82,33 70,08 56,66 73,00 59,50
87,25
AN 8500
84,50 88,16 81,91 68,83 72,00 73,75
108,25
Valiosa (RR) 57,83 78,41 65,33 61,75 75,00 72,25
84,25
Msoy 7908 (RR)
54,58 70,33 63,08 47,25 71,75 65,00
72,00
Msoy 8008 (RR) 63,08 83,16 69,33 56,41 69,50 66,50
97,25
ENG 316
87,83 86,49 80,16 70,00 89,75 75,50
94,75
Msoy 8787 (RR)
92,33 91,41 81,16 68,99 86,75 86,50
100,50
TMG 117 (RR)
54,91 76,58 71,33 58,41 67,50 74,25
76,00
Msoy 8000 (RR)
51,75 69,75 59,08 49,58 64,00 56,75
71,00
Silvania (RR)
75,24 82,33 70,08 56,66 73,00 59,50
87,25
Média
70,49
79,61
71,85
60,42
73,66
70,61
90,15
Q.M. Blocos 102,32 2,48 34,76 11,08 14,54 114,24
3,86
Q.M. Tratamentos 593,85** 164,48** 232,00** 177,53** 191,29** 221,27**
479,80**
Q.M. Resíduo 41,92 40,59 35,71 68,99 52,90 71,26
61,58
DMS Tukey (0,05) 17,00 16,73 15,69 21,81 19,10 22,17
20,61
CV (%) 9,18 8,00 8,31 13,74 9,87 11,95
8,70
* *
Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.
Tabela 5 Altura média de inserção da primeira vagem
(cm) de 20 cultivares de soja e análise de variância dos oito ambie
Chapadão do Sul em 16/10/06 (AMB1), 27/10/06 (AMB2), 17/11/06 (AMB3) e 30/11/06 (AMB4); Água Clara em 07/11/06 (AMB5) e
28/11/06 (AMB6); Chapao do Céu em 27/10/06 (AMB7) e 23/11/06 (AMB8).
Cultivares
AMB1
AMB2
AMB3
AMB4
AMB5
AMB6
AMB
Chapadões
12,58
11,99
10,24
13,00
12,75
11,75
15,50
TMG 121 (RR) 12,66 16,75 15,08 13,50 15,25 12,75
13,25
Msoy 8001
10,00 13,75 14,08 12,58 13,75 14,00
17,00
Pintado
14,00 17,83 16,66 16,25 18,25 12,25
14,25
Tucunaré 15,25 21,58 17,58 13,08 18,25 15,50
11,50
Msoy 8400
13,25 14,83 10,99 14,33 18,25 14,00
18,50
TMG 115 (RR)
14,00 17,91 17,83 13,08 21,75 15,75
18,00
Msoy 8329
13,33 18,25 12,16 16,25 19,50 15,25
18,75
Conquista
13,58 17,91 13,83 16,33 20,00 17,75
20,75
Msoy 6101
14,33 13,83 15,83 12,41 14,25 10,50
16,50
TMG 113 (RR) 14,33 18,91 17,66 15,75 18,00 15,25
18,50
AN 8500
16,00 17,41 17,75 15,33 17,00 12,25
15,75
Valiosa (RR)
15,83 15,99 18,66 17,33 14,75 17,50
17,00
Msoy 7908 (RR)
15,25 16,50 13,50 14,83 19,25 17,50
13,25
Msoy 8008 (RR)
15,49 15,00 15,00 15,33 12,25 10,50
16,50
ENG 316
16,58 17,00 17,41 16,16 16,50 12,25
18,75
Msoy 8787 (RR) 13,24 13,08 13,16 16,91 16,50 19,25
14,75
TMG 117 (RR)
11,58 17,83 19,50 16,41 15,75 16,75
16,75
Msoy 8000 (RR)
13,91 15,50 14,08 13,08 13,50 15,75
13,50
Silvania (RR)
8,91 14,83 14,33 16,83 16,50 17,00
14,75
Média
13,70
16,33
15,27
14,94
16,60
14,67
16,17
Q.M. Blocos 2,72 6,32 4,22 3,06 13,50 24,88
1,48
Q.M. Tratamentos 14,98** 20,75** 26,67** 10,89** 26,69** 26,39** 22,0
5**
Q.M. Resíduo 5,74 5,02 8,43 6,33 14,23 14,51
9,72
DMS Tukey (0,05) 6,29 5,88 7,62 6,60 9,90 10,00
8,18
CV (%) 17,48 13,72 19,01 16,84 22,72 25,96
19,27
* *
Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.
20
(SEDIYAMA et al., 1990; MARCHIORI et al., 1999; PEIXOTO et al., 2000;PRADO et
al., 2001). Isso ficou evidenciado pelos resultados obtidos nos experimentos
conduzidos em Chapadão do Sul.
As médias gerais das alturas de planta e inserção da primeira vagem foram
respectivamente 73,86 cm e 15,53 cm (Tabelas 4 e 5) e são consideradas
desejáveis para a colheita mecanizada, quando comparadas aos valores de 60 e 12
cm obtidos por Oliveira et al. (2006). Das cultivares transnicas avaliadas, as que
apresentaram valores abaixo desta condição para altura de plantas, nos respectivos
ambientes foram: Msoy 8000, Msoy 7908, Valiosa, Silvânia e TMG 117 (ambiente 1);
Msoy 8000 (ambiente 3); Msoy 8000, Msoy 8008, Msoy 7908, TMG 113, TMG 115 e
TMG 117 (ambiente 4); Msoy 8000 e TMG 113 (ambiente 6); Msoy 7908 (ambiente
8). Dentre as convencionais foi verificado esta observação apenas nas cultivares
Msoy 8001 e Chapadões nos ambientes 3 e 8, respectivamente (Tabela 4).
Para altura de inserção da primeira vagem houve cultivares que apresentaram
valores com limites inferiores das permitidas para que não ocorram perdas na
colheita mecanizada (Tabela 5). Isto foi verificado nas cultivares convencionais, nos
respectivos ambientes: Msoy 6101 (ambiente 1), Msoy 8001 (ambiente 3 e 8), Msoy
8400 (ambiente 3), Chapadões (ambiente 3 e 6) e Tucunaré (ambiente 7). Também
foi observado nas transgênicas: Msoy 8000 (ambiente 8), Msoy 8008 (ambiente 6),
Silvânia (ambiente 1) e TMG 117 (ambiente 1). Para ambos os caracteres foram
verificados efeitos significativos das cultivares em todos os ambientes de produção.
Os coeficientes de variação oscilaram de baixo a dio, indicando boa precisão dos
experimentos (GOMES, 1987). O ambiente 7 apresentou o maior valor médio para o
caráter altura de plantas e o ambiente 4 o menor (Tabela 4), pois no ambiente 7 a
época de semeadura antecipada foi mais favorável quando comparado com o
ambiente 4 para o desenvolvimento das plantas, evidenciando a época como fator
determinante na desenvoltura das cultivares testadas, mesmo em locais distintos.
Este mesmo raciocínio ficou evidente para rendimentos de grãos, que em épocas
mais antecipadas de semeadura, verificaram-se os rendimentos mais elevados das
cultivares. O ambiente 5 apresentou o maior valor médio para a característica
inserção da primeira vagem e o ambiente 1 o menor (Tabela 5). Para essa
característica, quando comparada com altura de plantas e rendimento, o efeito da
época não foi marcante nesses ambientes.
21
Na tabela 6 são apresentados os resultados das análises de variâncias
conjuntas para os caracteres avaliados, que foram possíveis devido à
homogeneidade dos quadrados médios residuais. Observou-se efeito significativo
(P< 0,01) de ambientes, genótipos e da interação genótipos x ambientes para os três
caracteres avaliados. O mesmo efeito foi observado por Carvalho et al (2006) para
rendimento de grãos quando estudou o comportamento de 26 genótipos de feijoeiro
do nordeste brasileiro em nove locais, utilizando o mesmo método de estabilidade e
adaptabilidade deste trabalho.
Ao efetuar a decomposição dos quadrados médios da análise conjunta,
verificaram-se efeitos significativos para todas as cultivares testadas entre os
ambientes, para os caracteres rendimento de grãos e altura de plantas (Tabela 6).
Esta observação evidencia que houve variação no comportamento das cultivares
entre os ambientes avaliados, e através dos métodos mais antigos de interpretações
de estabilidade e adaptabilidade, as cultivares apresentaram comportamento
instável (não previsível) entre os ambientes para essas duas características. Este
fato difere dos dados obtidos por Pelá (1997) quando estudou a estabilidade
fenotípica de cinco híbridos de milho em 30 ambientes, pela metodologia de Huhn
(1990), pois constatou que todos os materiais apresentaram boa estabilidade para
rendimento de grãos de acordo com as medidas não paramétricas de estabilidade.
Em contrapartida, por esses mesmos métodos, quando observados os valores dos
quadrados médios das alturas de inserção da primeira vagem, notam-se efeitos não
significativos de quatro cultivares convencionais (Msoy 6101, ENG 316, Chapadões
e Pintado) e cinco transgênicas (Msoy 8000, Msoy 8008, Msoy 7908, Valiosa e TMG
113), portanto sendo consideradas estáveis (previsíveis) entre os ambientes (Tabela
6).
22
Tabela 6 - Quadrados médios da análise de variância conjunta para rendimento de
grãos (kg/ha), altura das plantas (cm) e altura da inserção da primeira
vagem (cm) de 20 cultivares de soja avaliadas em oito ambientes
envolvendo épocas e locais.
Fontes de Variação
Quadrados médios
GL
Rendimento
de grãos
Altura
de plantas
Inserção
da 1
a
vagem
Blocos/Ambientes 24 167.986,76 40,11 8,09
Ambientes 7 28.039.515,24** 5.769,81** 88,19**
Cultivares 19 5.055.802,56** 1.619,95** 57,08**
Cultivares x Ambientes 133 658.579,46** 153,71** 21,52**
Amb/Msoy 6101 7 956.736,00** 551.654,35**
15.093,02
Amb/ENG 316 7 1.410.857,12** 268.846,44**
16.117,02
Amb/Msoy 8001 7 931.556,56** 236.002,46**
18.899,71*
Amb/Msoy 8400 7 2.650.729,25** 681.326,79** 66.308,75**
Amb/Msoy 8329 7 2.619.524,50** 729.034,44**
39.526,17**
Amb/Conquista 7 1.403.922,25** 551.149,06**
26.951,83**
Amb/Chapadões 7 2.856.694,75** 565.801,23**
10.132,04
Amb/AN 8500 7 3.665.837,75** 711.336,90**
42.365,01**
Amb/Tucunaré 7 2.218.016,00** 238.959,75**
39.353,1**
Amb/Pintado 7 3.303.008,00** 287.288,31**
16.730,4
Amb/Msoy 8000 (RR) 7 655.689,12** 284.591,91**
11.428,5
Amb/Msoy 8008 (RR) 7 939.808,00** 644.679,61**
17.313,97
Amb/Msoy 7908 (RR) 7 719.638,87** 330.295,45**
16.453,97
Amb/Valiosa (RR) 7 1.500.621,75** 319.916,45**
5.767,32
Amb/TMG 113 (RR) 7 3.247.524,50** 489.370,32**
16.440,56
Amb/Silvânia (RR) 7 1.362.672,00** 357.820,04**
28.238,02**
Amb/TMG 121 (RR) 7 1.683.355,37** 297.068,89**
36.798,37**
Amb/Msoy 8787 (RR) 7 3.110.614,75** 408.942,32**
19.339,13*
Amb/TMG 115 (RR) 7 3.011.076,50** 460.088,53**
31.417,73**
Amb/TMG 117 (RR) 7 2.304.644,50** 276.159,43**
22.563,24*
Erro Médio 456 225.338,38 52,92 8,88
Média
-------
3.700,99
73,87
15,53
C.V (%) ------- 12,82 9,84 19,18
**,* Significativo a 1% e 5% de probabilidade pelo teste F.
23
A significância da interação genótipo x ambiente indica que os genótipos
apresentaram um comportamento distinto nos ambientes estudados, justificando a
aplicação da análise de adaptabilidade e estabilidade para rendimento de grãos.
Este efeito também foi observado por MAURO et al. (2000).
4.2. Análise de adaptabilidade e estabilidade para rendimento de grãos
Na Tabela 7 encontram-se as médias dos rendimentos de grãos e índices
ambientais dos ambientes de produção, efetuada conforme o modelo proposto por
Cruz et al (1989). As médias de produtividade dos oito ambientes de produção e os
índices ambientais I
j
e T(I
j
) (Tabela 7) indicaram índices ambientais positivos
referentes à primeira, segunda e terceira época de semeadura em Chapadão do Sul
e primeira época em Chapadão do Céu, para produtividades médias acima de 3.701
kg.ha
-1
. Por este critério, as épocas 30/11 em Chapadão do Sul e 23/11 em
Chapadão do Céu foram consideradas desfavoráveis. Como a precipitação foi
adequada para essas épocas (Tabela 1), provavelmente isso ocorreu porque, entre
as cultivares avaliadas, o existiam as que atendessem satisfatoriamente o
escalonamento de semeadura em diferentes épocas e por apresentarem maior
sensibilidade fotoperiódica nas épocas mais tardias.
Em Água Clara, por apresentar condições edafoclimáticas menos favoráveis
quando comparada com Chapadão do Sul e Chapadão do Céu, as épocas 7/11 e
28/11 foram desfavoráveis para as cultivares avaliadas. Portanto ficou bem definido
que as primeiras épocas de semeaduras foram as melhores, com índices T(I
j
)
positivos, concordando com os resultados obtidos por Prado et al (2001).
Os parâmetros da análise de estabilidade e adaptabilidade das cultivares de
soja, quanto ao rendimento de grãos (kg.ha
-1
) ao longo de oito ambientes de
produção pelos métodos da regressão bissegmentada, estimados segundo a
metodologia de Cruz et al. (1989), encontram-se na Tabela 8. Os gráficos que
representam as cultivares avaliadas pela regressão linear bissegmentada do
rendimento de grãos em função dos índices ambientais encontram-se nas Figuras 1
a 5.
24
Tabela 7 - Médias de ambientes e índices ambientais I
j
e T(I
j
) obtidas em épocas e
locais distintos de semeadura, utilizando o método de Cruz et al. (1989).
Época/Local Média (kg.ha
-1
) I
j
T(I
j
) Tipo
16/10/06 - Chapadão do Sul
4.455 753,85 246,88 Favorável
27/10/06 - Chapadão do Sul 4.162 460,67 -46,29 Favorável
17/11/06 - Chapadão do Sul 3.814 112,86 -394,10 Favorável
30/11/06 - Chapadão do Sul 3.160 -540,87 0,00 Desfavorável
07/11/06 – Água Clara
3.478 -222,64 0,00 Desfavorável
28/11/06 - Água Clara 3.187 -513,64 0,00 Desfavorável
27/10/06 – Chapadão do Céu
4.401 700,47 193,50 Favorável
23/11/06 - Chapadão do Céu 2.950 -750,72 0,00 Desfavorável
Média dos ambientes Favoráveis = 4.208 Desfavoráveis = 3.194
Dentre as cultivares estudadas houve variabilidade tanto para adaptabilidade
como para estabilidade. As cultivares com coeficientes de regressão maior do que
um nos ambientes desfavoráveis foram Pintado e AN 8500 com
1i
= 1,36 e 1,62,
respectivamente, o que torna as mesmas não recomendáveis para essas condições
(Tabela 8 e Figuras 3b e 2d). Essas duas cultivares apresentaram quadrados médios
dos desvios significativos, ou seja, diferentes de zero, tornando-as imprevisíveis (não
estáveis) nos ambientes avaliados. Além disso o comportamento da AN 8500 foi
inferior tanto na comparação com a média geral (envolvendo todos os ambientes)
como com a média dos ambientes desfavoráveis (Tabela 8).
Nos ambientes favoráveis destacaram-se como responsivas (
1i
+
2i
> 1) as
cultivares TMG 121 (RR) (ciclo médio), TMG 115 (RR) (ciclo tardio), TMG 113 (RR)
(ciclo médio) e Msoy 8787 (RR) (ciclo tardio) (Tabela 8). Entre as cultivares
avaliadas a TMG 121 (RR) (ciclo médio) apresentou a maior média nos ambientes
desfavoráveis (3.904 kg.ha
-1
), apresentou taxa de resposta e média elevada (4.556
kg.ha
-1
) nos ambientes favoráveis e comportamento imprevisível, verificado pelo
coeficiente de determinação baixo (R
2
= 60,40%) e quadrado médio dos desvios
significativo (P < 0,01), diferindo de zero (Tabela 8 e Figura 5a).
As cultivares TMG 115 (RR) e TMG 113 (RR) apresentaram comportamentos
25
semelhantes, o respondendo fortemente aos ambientes desfavoráveis (
1i
= 1) e
responsivas aos ambientes favoráveis (
1i
+
2i
> 1). Ainda foram previsíveis
(estáveis), apresentando coeficiente de determinação alto (R
2
= 93,92 e 96,40%,
respectivamente) e quadrados médios não significativos (Tabela 8 e Figuras 5c e
4c). Por esse motivo, e pelo fato de apresentar médias elevadas no conjunto de
todos os ambientes (3.971 kg.ha
-1
), nos ambientes favoráveis (4.611 kg.ha
-1
) e
desfavoráveis (3.332 kg.ha
-1
), a cultivar TMG 115 (RR) foi a que mais se aproximou
da condição ideal preconizada pelo método de CRUZ et al. (1989). Portanto, pode
ser recomendada para qualquer dos ambientes de produção avaliados.
Das cultivares convencionais, apenas a Tucunaré teve alta resposta às
melhorias dos ambientes, apresentando
1i
+
2i
significativamente maior que um.
Teve média geral elevada (4.025 kg.ha
-1
), mas seu desempenho foi imprevisível nos
ambientes avaliados, de acordo com a significância dos quadrados médios dos
desvios e coeficiente de determinação não muito alto (R
2
= 74,30) (Tabela 8 e Figura
3a).
As cultivares responsivas nos ambientes desfavoráveis (
1i
< 1) foram TMG
121 (RR), Msoy 7908 (RR), Msoy 8008 (RR) e Msoy 8000 (RR) (Tabela 8 e Figura
5a, 4a, 3d e 3c). Nos ambientes favoráveis a maioria das cultivares que
apresentaram baixa taxa de resposta à melhoria das condições ambientais (
1i
+
2i
< 1), foram transgênicas: Msoy 7908 (RR), Msoy 8008 (RR), Msoy 8000 (RR) e
Silvânia (RR). A exceção foi AN 8500 com
1i
+
2i
= 0,08. Entre todas as cultivares
avaliadas, a Msoy 8008 (RR) e a Msoy 8000 (RR) foram as que apresentaram
comportamentos mais imprevisíveis (menos estáveis), com os valores dos
coeficientes de determinação mais baixos (27,32 e 33,66%, respectivamente) e
quadrados médios dos desvios da regressão significativos. Embora pouco
responsivas aos ambientes desfavoráveis, apresentaram médias abaixo da média
geral e também não responderam as melhorias dos ambientes (Tabela 8 e Figura 3
c e d). Portanto, não são indicadas nem mesmo para os ambientes menos
favoráveis.
26
Tabela 8 Médias gerais (
oi
), médias dos ambientes favoráveis (F), médias dos
ambientes desfavoráveis (D), quadrados médios dos desvios da
regressão (Q.M.), coeficientes de determinação (R
2
) coeficiente de
regressão para ambientes desfavoráveis (
1i
) e coeficientes de
regressão para ambientes favoráveis (
1i
+
2i
), estimados segundo a
metodologia de Cruz et al. (1989), para 20 cultivares de soja avaliadas
em oito ambientes.
Cultivares
oi
D F
1i
1i
+
2i
Q.M. R
2
Chapadões 4.332 3.660 5.003 1,24
1,72
683.263* 82,90
TMG 121 (RR) 4.230 3.904 4.556 0,60* 1,95* 934.232** 60,40
Msoy 8001 4.111 3.726 4.495 0,79
0,75
100.618 92,28
Pintado 4.044 3.361 4.725 1,36* 1,28
1.030.172** 77,72
Tucunaré 4.025 3.598 4.452 0,92
2,01* 797.830** 74,30
Msoy 8400 3.994 3.401 4.586 1,28 0,32
804.071** 78,33
TMG 115 (RR) 3.971 3.332 4.611 1,25 2,41** 256.109 93,92
Msoy 8329 3.914 3.295 4.533 1,29 1,29
409.288 88,83
Conquista 3.717 3.289 4.144 0,94 0,44
352.712 82,05
Msoy 6101 3.702 3.304 4.099 0,79 0,21
235.794 82,39
TMG 113 (RR) 3.699 3.080 4.317 1,25 2,84** 163.222 96,40
AN 8500 3.656 2.824 4.489 1,62** 0,08* 517.833* 89,91
Valiosa (RR) 3.619 3.134 4.104 0,98 1,26
74.593 96,45
Msoy 7908 (RR) 3.535 3.241 3.829 0,56** -0,22** 448.978 55,44
Msoy 8008 (RR) 3.508 3.253 3.764 0,44** -0,27** 956.200** 27,32
ENG 316 3.475 2.970 3.979 0,91 0,93
347.218 82,42
Msoy 8787 (RR) 3.353 2.689 4.017 1,28 2,01* 652.012* 85,03
TMG 117 (RR) 3.263 2.702 3.824 1,10 1,56
580.351* 82,01
Msoy 8000 (RR) 3.173 2.938 3.408 0,42** -0,01* 608.961* 33,66
Silvania (RR) 2.694 2.171 3.217 0,96 -0,58** 199.462 89,54
Médias 3.701 3.194 4.208 --- --- --- ---
*, ** - Significativamente deferente de 1 em nível de 1 e 5% de probabilidade pelo teste t (
1i
e
1i
+
2i
;); Significativamente diferente de zero a 1 e 5% de probabilidade pelo teste F (Q.M. dos desvios da
regressão).
27
Com quadrados médios dos desvios da regressão não significativos e
coeficientes de determinação acima de 80% (Tabela 8), metade das cultivares
avaliadas podem ser consideradas estáveis (previsíveis), sendo cinco convencionais
(Msoy 8001, Msoy 8329, Conquista, Msoy 6101 e ENG 316) e cinco transgênicas
(TMG 115, TMG 113, Valiosa, Msoy 7908 e Silvânia). Dentre elas apenas para Msoy
7908 (RR) o coeficiente de determinação foi menor que 80%, dando consistência
para a estabilidade das demais. As cultivares Chapadões, Pintado, Tucunaré, Msoy
8400, AN 8500, TMG 121 (RR), Msoy 8008 (RR), Msoy 8787 (RR), TMG 117 (RR) e
Msoy 8000 (RR) tiveram comportamento considerado pouco previsível, por
apresentarem significância dos quadrados médios dos desvios da regressão. Nada
indica que a condição transgênica favoreça ou não a estabilidade das cultivares,
pois houve uma distribuição eqüitativa entre transgênicas e convencionais estáveis e
não estáveis.
Pela interpretação dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade, um
genótipo ideal seria aquele com média alta,
1i
< 1,
1i
+
2i
>1 e quadrados médios
dos desvios não significativos, o que não ocorreu no grupo das cultivares estudado.
Resultados semelhantes foram observados por Prado et al (2001). Em muitos casos
não é possível encontrar cultivares perfeitas no grupo estudado, como preconizado
pelo método de análise.
A cultivar Msoy 8001 também merece destaque, embora responsiva às
condições adversas de produção (
1i
= 1) e não altamente responsiva às melhorias
das condições ambientais (ambientes favoráveis) (Tabela 8 e Figura 1c). No entanto,
apresenta média alta (4.111 kg.ha
-1
), coeficientes de regressão iguais a um,
quadrado médio dos desvios não significativo e coeficientes de determinação
elevado (R
2
= 92,28%), caracterizando-se como estável (previsível). A mesma
cultivar foi destacada no trabalho desenvolvido por Oliveira et al (2006), por
apresentar boas características de adaptação e estabilidade, porém em comparação
com cultivares diferentes do grupo avaliado neste trabalho. Destaque também dever
ser dado à cultivar Chapadões (Tabela 8 e Figura 2c), com as melhores médias,
coeficientes de regressão iguais a um, embora com baixa previsibilidade (quadrado
médio dos desvios significativo). No entanto a imprevisibilidade não deve
comprometer a sua indicação para ambos os tipos de ambientes, pois o coeficiente
de determinação foi de 82,9%.
28
Figura 1. Regressão linear bissegmentada do rendimento de grãos das cultivares
Msoy 6101 (a), ENG 316 (b), Msoy 8001 (c) e Msoy 8400 (d) em função
dos índices ambientais.
Msoy 6101
a. Rendimento (kg.ha
-
1
)
ENG 316
b. Rendimento (kg.ha
-
1
)
c. Rendimento (kg.ha
-
1
)
Msoy 8001
d. Rendimento (kg.ha
-
1
)
Msoy 8400
29
Figura 2. Regressão linear bissegmentada do rendimento de grãos das cultivares
Msoy 8329 (a), Conquista (b), Chapadões (c) e AN 8500 (d) em função
dos índices ambientais.
a. Rendimento (kg.ha
-
1
)
b. Rendimento (kg.ha
-
1
)
Msoy 8329
Conquista
c. Rendimento (kg.ha
-
1
)
d. Rendimento (kg.ha
-
1
)
Chapadões
AN 8500
30
Figura 3. Regressão linear bissegmentada do rendimento de grãos das cultivares
Tucunaré (a), Pintado (b), Msoy 8000 (RR) (c) e Msoy 8008 (RR) (d) em
função dos índices ambientais.
a. Rendimento (kg.ha
-
1
) b. Rendimento (kg.ha
-
1
)
c. Rendimento (kg.ha
-
1
)
d. Rendimento (kg.ha
-
1
)
Tucunaré
Pintado
Msoy 8008 (RR)
Msoy 8000 (RR)
31
Figura 4. Regressão linear bissegmentada do rendimento de grãos das cultivares
Msoy 7908 (RR) (a), Valiosa (RR) (b), TMG 113 (RR) (c) e Silvânia (RR)
(d) em função dos índices ambientais.
Msoy 8000 (RR)
Msoy 7908 (RR)
Valiosa (RR)
a. Rendimento (kg.ha
-
1
)
b. Rendimento (kg.ha
-
1
)
d. Rendimento (kg.ha
-
1
)
c. Rendimento (kg.ha
-
1
)
TMG 113 (RR)
Silvania (RR)
32
Figura 5. Regressão linear bissegmentada do rendimento de grãos das cultivares
TMG 121 (RR) (a), Msoy 8787 (RR) (b), TMG 115 (RR) (c) e TMG
117(RR) (d) em função dos índices ambientais.
a. Rendimento (kg.ha
-
1
) b. Rendimento (kg.ha
-
1
)
TMG 121 (RR)
Msoy 8787 (R
R)
c. Rendimento (kg.ha
-
1
) d. Rendimento (kg.ha
-
1
)
TMG 115 (RR)
TMG 117 (RR)
33
Também o foram observadas cultivares recomendadas apenas para
ambientes desfavoráveis, com boa média,
1i
< 1,
1i
+
2i
< 1 e quadrado médio dos
desvios igual a zero. Vendruscolo et al. (2001), utilizando o mesmo todo,
obtiveram o mesma interpretação do resultado em milho-pipoca quando avaliaram
15 cultivares em 19 locais.
As propriedades que indicam recomendação apenas para ambientes
favoráveis, (média alta,
1i
> 1,
1i
+
2i
> 1 e quadrado médio dos desvios igual a
zero) tamm não foram encontradas neste grupo de cultivares.
Na comparação entre transgênicas e convencionais algumas características
foram observadas. As transgênicas ocuparam posições extremas quanto à
adaptabilidade em ambientes favoráveis, com quatro cultivares com alta resposta e
quatro com baixa resposta. A maioria das convencionais apresentou coeficientes de
regressão iguais a um. Os coeficientes de regressão das transgênicas se colocaram
acima ou abaixo de um, exceto a cultivar Valiosa (RR) (Tabela 8 e Figura 4b) que
também apresentou o maior coeficiente de determinação (R
2
= 96,45) e quadrado
médio dos desvios de regressãoo significativos. Esta estabilidade explica o
motivo dessa cultivar ser uma das transgênicas mais semeadas na região dos
Chapadões, embora tenha um comportamento abaixo da média geral do grupo
estudado. Com estudos desta natureza informões importantes poderão ser
repassadas aos agricultores no sentido de substituir cultivares com um bom nível de
segurança.
34
5. CONCLUSÕES
1. As cultivares transgênicas foram mais sensíveis às mudanças ambientais que
as convencionais, embora não tenham ocorrido diferenças para estabilidade.
2. As primeiras épocas de semeadura apresentaram os melhores índices
ambientais, sendo as melhores para se atingir altos rendimentos.
3. No conjunto dos parâmetros de estabilidade e adaptabilidade a cultivar TMG
115 (RR) foi a que mais se destacou, sendo responsiva às melhorias das
condições ambientais e previsível (estável) para os ambientes avaliados. Em
seguida colocaram-se as cultivares Msoy 8001 e Chapadões.
4. A cultivar Valiosa (RR) foi a mais esvel entre todas as cultivares avaliadas.
35
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