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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
FATORES CONDICIONANTES NA FORMAÇÃO DE AGLOMERADOS NO
TURISMO: UM ESTUDO DA PERSPECTIVA DOS EMPRESÁRIOS EM REGIÃO
DO LITORAL DO NORDESTE DO BRASIL
por
GIOVANI RODRIGUES JUNIOR
BACHAREL EM ECONOMIA, UFRN, 1984
TESE SUBMETIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
MARÇO, 2004
© 2004 GIOVANI RODRIGUES JUNIOR
TODOS DIREITOS RESERVADOS.
O autor aqui designado concede ao Programa de Engenharia de Produção da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir, comunicar ao público,
em papel ou meio eletrônico, esta obra, no todo ou em parte, nos termos da Lei.
Assinatura do Autor: ______________________________________________
APROVADO POR:
__________________________________________________________________
Profa. Maria do Socorro Gondim Teixeira, Dr. – Orientadora, Presidente
__________________________________________________________________
Prof. Rubens Eugênio Barreto Ramos, Dr., Membro Examinador.
__________________________________________________________________
Prof. Francisco Correia de Oliveira, Dr., Membro Examinador Externo
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Rodrigues, Giovani Junior
Fatores condicionantes na formação de aglomerados no turismo: um estudo da
perspectiva dos empresários em região do litoral do Nordeste do Brasil/ Giovani
Rodrigues Junior – Natal, 2004
Orientador: Maria do Socorro Gondim Teixeira
Co-orientador: Rubens Eugênio Barretos Ramos
Xv, 000 p. 29,7 cm.Tese (Mestrado)- Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Centro de Tecnologia, Programa de Engenharia de Produção.
1. Turismo. 2. Vantagens Competitivas. 3. Aglomerados Turísticos 4.Estratégia.
I. UFRN/PEP II. Título (série )
RN/UF/BCZM CDU XXXX.XXX
ii
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CURRICULUM VITAE RESUMIDO
Nome: Giovani Rodrigues Junior
Filiação: Giovani Rodrigues da Silva e Adalva Dias Rodrigues
Local e Data de Nascimento: Fortaleza/CE, 25 de Setembro de 1963
FORMAÇÃO
o Bacharelado em Ciências Econômicas – UFRN – 1981-1985 – Natal/RN
o Pós-Graduação em Administração – UFRN – 1987-1989 – Natal/RN
o X Curso ASBACE de Administração Bancária – ASBACE – 1990 – Recife/PE
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
o Técnico em Desenvolvimento Econômico e Chefe do Departamento Financeiro do
Banco do Estado do Rio Grande do Norte/BANDERN – 1982-1995 – Natal/RN
o Professor do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Potiguar/UnP – 1991 –
____ Natal/RN
o Diretor Adjunto do Curso de Ciências Econômicas da UnP – 1998-2001 – Natal/RN
o Diretor do Curso de Ciências Econômicas da UnP – 2001-2003 – Natal/RN
o Sócio Proprietário do Restaurante Paçoca de Pilão – 1990- ____ Parnamirim/RN
o Coordenador de Turismo da Prefeitura Municipal de Parnamirim – 2001-2003 –
Parnamirim/RN
o Secretário Regional do Litoral de Parnamirim – 2003- ____ Parnamirim/RN
iii
Dedico este trabalho ao meu pai, Giovani Rodrigues da Silva,
Prof. da UFRN, pelo exemplo de vida e estímulo à vida
acadêmica (in memória) e a minha mãe Adalva Dias Rodrigues,
pelo seu exemplo de bravura e resistência.
iv
AGRADECIMENTOS
À Deus, o criador, que é a minha maior fonte de energia.
À minha amada e querida esposa Elizabeth Henriques da Costa Rodrigues (Bebeta), que
nos momentos mais difíceis soube compreender minhas ausências.
Aos meus amados e valorosos filhos Maria Carolina da Costa Rodrigues e Gabriel da
Costa Rodrigues, por acreditar que um dia irão perdoar a pouca dedicação que pude dar
durante este período.
A Universidade Pública Brasileira, em particular a Universidade Federal do Rio Grande
do Norte-UFRN, que dedica seus recursos com o objetivo de construir uma Nação melhor
através do ensino, pesquisa e extensão.
Ao chanceler da Universidade Potiguar - UnP, Prof. Paulo de Paula, por ter me acolhido no
seu corpo docente.
Ao Programa de Engenharia de ProduçãoPEP da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte - UFRN, por ter permitido a realização deste sonho.
À Profa. Dra. Maria do Socorro Gondim Teixeira, pelo apoio na realização deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Rubens Eugênio Barreto Ramos, Coordenador do Programa de Engenharia de
Produção, que não mede esforços para engrandecer o programa e que se tornou co-orientador
desta pesquisa, dedicando tempo e paciência.
A professora e amiga Keila Brandão Cavalcanti, pela recomendação ao mestrado.
Ao amigo e prof. Mário Jessiel que dedicou parte do seu tempo para revisar e sugerir
melhorias neste trabalho.
Aos colegas da Associação dos Empresários do Litoral de Parnamirim - AELP que
contribuíram com esta tese.
Ao Prefeito da cidade de Parnamirim, Agnelo Alves, por ter compreendido a importância do
curso.
À colega Idaíza Cavalcanti Fernandes, pela flexibilização dos meus horários frente à
Coordenação de Turismo.
À colega Isabel Nobre Pinheiro, pelo suporte na elaboração e tratamento estatístico da
pesquisa.
Ao amigo Max Simon Gabbay, pelo apoio, incentivo e colaboração em todas as etapas do
curso.
v
Aos colegas da turma PEP-2001 que agregaram seus conhecimentos para o crescimento do
grupo.
Aos demais Professores do Programa de Engenharia de Produção, pelos ensinamentos
transmitidos ao longo do curso.
Às Secretárias do Programa de Engenharia de Produção, pela atenção e colaboração
dispensada durante o curso.
Ao amigo, diretor do Curso de Economia da UnP e prof. Orildo Sávio, pelo apoio e paciência
durante a consecução deste trabalho.
A todos, meus agradecimentos de coração.
vi
Resumo da Tese apresentada à UFRN/PEP como parte dos requisitos necessários para a
obtenção do grau de Mestre em Ciências em Engenharia de Produção.
FATORES CONDICIONANTES NA FORMAÇÃO DE AGLOMERADOS NO
TURISMO: UM ESTUDO DA PERSPECTIVA DOS EMPRESÁRIOS EM REGIÃO
DO LITORAL DO NORDESTE DO BRASIL
GIOVANI RODRIGUES JUNIOR
Março/2004
Orientador : Maria do Socorro Gondin Teixeira
Curso: Mestrado em Ciências em Engenharia de Produção
RESUMO: O turismo tem sido apresentando como uma alternativa de produção para
determinadas regiões do País. Neste cenário, percebe-se que é necessário observar como cada
localidade está situada para enfrentar o mundo globalizado e altamente competitivo. Este
trabalho trata de uma pesquisa de campo junto aos empresários do litoral da Cidade de
Parnamirim/RN. O principal objetivo da pesquisa foi analisar os fatores condicionantes na
formação de aglomerados no turismo, na percepção dos empresários associados à Associação
dos Empresários do Litoral de Parnamirim – AELP, tendo como base as vantagens
competitivas apresentadas no modelo de Porter, referente às condições dos fatores de
produção; às condições da demanda; aos setores correlatos e de apoio; e à estratégia da
empresa, estrutura e rivalidade. No tratamento estatístico, foram realizadas análise descritiva e
análise cruzada. A pesquisa sugere a existência, segundo os líderes empresariais, de fatores
determinantes geradores de vantagens competitivas, que integradas, podem reunir atributos
que permitem a formação de um aglomerado turístico competitivo numa região do litoral do
Nordeste do Brasil. A pesquisa também evidenciou uma forte dependência do empresariado
das ações governamentais. As palavras-chave deste trabalho são: turismo, aglomerado
turístico, vantagens competitivas e estratégia.
vii
Abstract of Master Thesis presented to UFRN/PEP as fullfilment of requirements to the
degree of Master of Science in Production Engineering
CONDITIONING FACTORES IN THE FORMATION OF CLUSTERS ON
TOURISM: ACCORDING TO THE PERCEPTION OF THE ENTREPRENEURS IN
REGION OF THE NORTHEAST COAST OF BRAZIL
March/2004
Thesis Supervisor : Rubens Eugênio Barreto Ramos
Program: Master of Science in Production Engineering
ABSTRACT: The tourism has been presented as an alternative of production for determined
regions of the Country. In this scene, one perceives that it is necessary to observe where each
locality is situated in order to face an highly competitive and globalized world. The data used
on this work was collected on a field research with the entrepreneurs of the coast of the City
of Parnamirim/RN. The main objective of this research was to analyze the conditioning
factors in the formation of clusters on tourism, according to the perception of the
entrepreneurs of the Association of the Entrepreneurs of the Coast of Parnamirim – AELP,
based on the competitive advantages showed on Porter’s model, referring to the conditions of
the production factors, the demand, the associated and support sector, the strategy and
structure of the company. On the statistical treatment, descriptive analysis and crossed
analysis were carried through. According to the data, the research suggests the existence of
some determinative factors that can generate competitive advantages, that whwn integrated,
can congregate attributes that allow the formation of a competitive tourist accumulation in a
region of the northeast coast of Brazil. The research also evidenced that the entrepreneurs
have a strong dependence of the governmental actions. The key-words of this work are:
tourism, cluster, competitive advantages and strategy.
viii
SUMÁRIO
Capítulo 1 – Introdução..........................................................................................................01
1.1 Contextualização do tema da pesquisa................................................................................02
1.2 O turismo no Brasil e no Nordeste......................................................................................04
1.3 Objetivos da pesquisa..........................................................................................................08
1.4 Justificativa pela escolha do tema e sua delimitação..........................................................08
1.5 Organização da tese............................................................................................................10
Capítulo 2 Formação de Aglomerados Turísticos................................................................11
2.1 Vantagem comparativa e a vantagem competitiva.............................................................11
2.2 As vantagens competitivas..................................................................................................12
2.3 Aglomerados de empresas turísticas (clusters turísticos)....................................................15
2.4 Tipos genéricos de clusters.................................................................................................20
Capítulo 3 Metodologia da Pesquisa de Campo...................................................................22
3.1 Classificação metodológica da pesquisa.............................................................................22
3.2 Justificativa para escolha do litoral de Parnamirim............................................................22
3.3 População............................................................................................................................25
3.4 Instrumento de coleta de dados...........................................................................................25
3.5 Coleta de dados...................................................................................................................29
3.6 Técnicas de análises............................................................................................................30
Capítulo 4 Resultados da pesquisa de campo......................................................................31
4.1 Validação da pesquisa........................................................................................................31
4.2 Perfil do Pesquisados.........................................................................................................32
4.3 Análise descritiva...............................................................................................................36
4.4 Avaliação dos cenários.......................................................................................................63
4.5 Resultados na análise de clusters........................................................................................64
4.6 Análise dos cenários............................................................................................................73
ix
4.7 Conclusão............................................................................................................................75
Capítulo 5 Conclusões e recomendações...............................................................................83
5.1 Síntese da revisão teórica....................................................................................................83
5.2 Síntese da metodologia da pesquisa....................................................................................84
5.3 Principais dos resultados da pesquisa de campo.................................................................85
5.4 Análise crítica do trabalho..................................................................................................87
5.5 Limitações do trabalho........................................................................................................88
5.6 Direções de pesquisa...........................................................................................................88
5.7 Recomendações...................................................................................................................89
5.8 Conclusão............................................................................................................................89
Referências ..............................................................................................................................90
Apêndice...................................................................................................................................95
Apêndice 1 – Formulário de pesquisa.......................................................................................95
Apêndice 2 – Outras variáveis contidas no questionário........................................................105
Apêndice 3 – Resultado da análise de cluster.........................................................................112
Anexo......................................................................................................................................122
Anexo 1 – Mapa.....................................................................................................................122
Anexo 2 – Relação dos empresários pesquisados..................................................................124
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 – Determinantes da vantagem competitiva nacional...............................................14
Figura 3.1 – Número de Visitantes ao Cajueiro de Pirangi nos anos de 2000/01/02................24
Figura 3.2 – Percepção das condições dos fatores....................................................................26
Figura 3.3 – Percepção das condições da demanda..................................................................27
Figura 3.4 – Percepção dos setores correlatos de apoio............................................................28
Figura 3.5 - Percepção da estratégia das empresas, estrutura e rivalidade...............................29
Figura 3.6 - Avaliação dos cenários..........................................................................................31
Figura 4.1 – Principal atividade das empresas que compõem a AELP....................................32
Figura 4.2 – Tempo de fundação e associação das empresas que compõem a AELP..............33
Figura 4.3 – Percentual de empresas (AELP) que fizeram ou não algum projeto de viabilidade
econômica e financeira do negócio...........................................................................................34
Figura 4.4 – Fonte de renda dos empresários............................................................................34
Figura 4.5 – Fonte de financiamento dos investimentos realizados pelos empresários............35
Figura 4.6 – Motivação das empresas que compõem a AELP para realização do negócio......36
Figura 4.7 – Consideração do nível de qualificação dos funcionários para trabalhar no
turismo......................................................................................................................................37
Figura 4.8 – Consideração do nível de produtividade dos funcionários...................................37
Figura 4.9 – Qualificação de mão-de-obra disponível no litoral de Parnamirim......................38
Figura 4.10 – Importância do nível de escolaridade do(s) funcionário(s) para o funcionamento
da empresa.................................................................................................................................39
Figura 4.11 – Opinião sobre o retorno do investimento...........................................................40
Figura 4.12 – Opinião sobre os últimos investimentos em Infra-estrutura como Rota do Sol,
Aeroporto e Iluminação............................................................................................................40
Figura 4.13 – Avaliação do retorno de capital, caso o empresários tivesse realizado o mesmo
investimento na Cidade de Natal..............................................................................................41
xi
Figura 4.14 – Avaliação do valor do terreno que o empresário comprou para abrir o negócio,
comparando com os dias de hoje..............................................................................................42
Figura 4.15 – Importância da tecnologia para o funcionamento do negócio............................43
Figura 4.16 – Percepção dos empresários quanto a demanda pelo estabelecimento, por ordem
crescente....................................................................................................................................44
Figura 4.17 – Percepção da demanda média dos empresários..................................................44
Figura 4.18 – Freqüência nos três meses de maior procura, onde a demanda é maior que a
possibilidade de atender............................................................................................................45
Figura 4.19 – Situação da demanda pelos produtos e serviços, comparando com empresas
similares localizadas em Natal..................................................................................................46
Figura 4.20 – Percepção dos empresários quanto a demanda...................................................46
Figura 4.21 – Percepção dos empresários quanto ao nível de exigência..................................47
Figura 4.22 – Grau de importância para o negócio conhecer o perfil e o nível de exigência dos
seus clientes...............................................................................................................................48
Figura 4.23 – Avaliação da disponibilidade dos insumos de produção no Litoral de
Parnamirim................................................................................................................................49
Figura 4.24 – Importância para o negócio que os insumos necessários à produção sejam de
empresas locais.........................................................................................................................49
Figura 4.25 – Nível de relacionamento com os fornecedores...................................................50
Figura 4.26 – Grau de importância das agências e operadoras de turismo para a empresa.....51
Figura 4.27 – Opinião quanto à necessidade para a empresa que existam empresas
complementares à mesma atividade..........................................................................................51
Figura 4.28 – Grau de importância da infra-estrutura turística do Litoral de Parnamirim para a
atividade da empresas...............................................................................................................52
Figura 4.29 – Grau de importância do SEBRAE e do SENAC para capacitar a comunidade
local...........................................................................................................................................53
Figura 4.30 – Grau de importância quanto ao cuidado com infra-estrutura urbana (Escola,
hospital, praça, limpeza, iluminação, etc) no litoral de Parnamirim para o crescimento da
atividade da empresa.................................................................................................................53
xii
Figura 4.31 – Grau de importância do Governo intervir para promover o desenvolvimento do
Município..................................................................................................................................54
Figura 4.32 – Consideração quanto ao gerenciamento da empresa..........................................55
Figura 4.33 – Nível educacional do empreendedor..................................................................56
Figura 4.34 – Maior Investimento realizado na empresa..........................................................56
Figura 4.35 – Avaliação da importância da competição...........................................................57
Figura 4.36 – Freqüência com a empresas lançou algum produto ou serviço novo no mercado
no ano de 2003..........................................................................................................................58
Figura 4.37 – Freqüência com que a empresas tem que baixar o preço frente aos concorrentes
para ampliar o número de clientes............................................................................................59
Figura 4.38 – Freqüência com que a empresa participou de feiras, congressos e eventos
turísticos no ano de 2003..........................................................................................................59
Figura 4.39 – Grau de importância para o negócio, a participação em uma Associação dos
Empresários do Litoral de Parnamirim.....................................................................................60
Figura 4.40 – Nível de confiança existente entre as empresas que participam da Associação.61
Figura 4.41 – Freqüência com que a empresa tem recebido algum ganho direto ou indireto que
possa ter ajudado a atividade da empresa.................................................................................62
Figura 4.42 – Freqüência com que as discussões de interesse comuns têm sido a prática da
Associação................................................................................................................................62
Figura 4.43 – Melhor cenário para o negócio na opinião dos empresários...............................64
Figura 4.44 – Formação de clusters incluindo todas as variáveis.............................................65
Figura 4.45 – Formação de clusters na percepção dos custos dos fatores................................68
Figura 4.46 – Formação de clusters na percepção das condições da demanda.........................69
Figura 4.47 – Formação de clusters na percepção dos setores correlatos de apoio..................71
Figura 4.48 – Formação de clusters na percepção da estratégia da empresa, estrutura e
rivalidade...................................................................................................................................73
Figura 4.49 – Formação de clusters na avaliação dos cenários.................................................75
xiii
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1 – Grupos de questões cujos dados foram cruzados.................................................64
Tabela 4.2 – Variáveis significantes na separação dos clusters................................................65
Tabela 4.3 – Significância das diferenças entre as médias das variáveis referentes a percepção
das condições dos fatores..........................................................................................................67
Tabela 4.4 – Significância das diferenças entre as médias das variáveis referentes a percepção
das condições da demanda........................................................................................................68
Tabela 4.5 – Significância das diferenças entre as médias das variáveis referentes a percepção
dos setores correlatos de apoio.................................................................................................69
Tabela 4.6 – Significância das diferenças entre as médias das variáveis referentes a percepção
da estratégia da empresa, estrutura e rivalidade........................................................................71
Tabela 4.7 – Significância das diferenças entre as média das variáveis referentes a análise dos
cenários.....................................................................................................................................73
xiv
LISTA DE SIGLAS
AELP – Associação dos Empresários do Litoral de Parnamirim
CE – Avaliação dos Cenários
DDD – Discagem Direta a Distância
EMBRATUR – Empresa Brasileira de Turismo
EUA – Estados Unidos da América
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
OMT – Organização Mundial do Turismo
P&D – Pesquisa e Desenvolvimento
PCD – Percepção das Condições da Demanda
PCF – Percepção das Condições dos Fatores
PEE – Percepção da Estratégia da Empresa, Estrutura e Rivalidade
PEP – Programa de Engenharia de Produção
PEs – Pequenas Empresas
PIB – Produto Interno Bruto
PMEs – Pequenas e Micro empresas
PRODETUR – Programa para o Desenvolvimento do Nordeste
PSCA – Percepção dos Setores Correlatos de Apoio
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas
SECTUR – Secretaria de Turismo do Município de Natal
SENAC – Serviço Nacional do Comércio
SETUR – Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Norte
UFRN- Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UnP – Universidade Potiguar
xv
Capítulo 1
Introdução
No mundo globalizado, a competição tem sido ampliada. A quebra das barreiras e a
redução do protecionismo levam à disponibilidade de bens e serviços para todo o mundo.
Expondo-os à análise e à comparação de todo o globo. Isto tem exigido mais das empresas
que precisam encontrar alternativas para se fortalecerem e competirem a nível global, pois
tem sido observado no mundo, que as desigualdades e disparidades entre as localidades vêm
sendo ampliadas.
Neste contexto, o turismo tem surgido como alternativa para determinadas regiões.
Entretanto, a administração da produção turística é complexa em função da sazonalidade da
demanda, existente em determinadas localidades. Analisando as vantagens comparativas e
competitivas que explicam as trocas internacionais, podem-se observar alguns caminhos que
podem ser percorridos com o intuito de superar as dificuldades, principalmente levando em
consideração as vantagens competitivas abordadas por Michael E. Porter. Neste sentido, a
formação de aglomerados de empresas tem sido apresentada como uma possibilidade.
Entretanto, a quebra do paradigma da competitividade pura e simples, para a percepção da
coopetição exige mudanças no comportamento do empresariado o que é o maior desafio.
É com a necessidade de percorrer esta linha de raciocínio que se observa adiante a
abordagem teórica do campo de conhecimento, que sustentará a lógica do trabalho, ora
apresentado, objetivando contextualizar o assunto. O capítulo consta dos seguintes tópicos:
Contextualização do tema da pesquisa; O turismo no Brasil e no Nordeste; Objetivos da
pesquisa; Justificativa para escolha do tema e sua delimitação; Organização da tese.
1
1.1 Contextualização do tema da pesquisa
Um dos maiores desafios da humanidade é o desenvolvimento econômico. Sabe-se
que o simples fato de ocorrer crescimento da economia não é o suficiente para o
fortalecimento da sociedade e do homem que a compõe. Sendo assim, a busca incessante pelo
bem estar da humanidade tem provocado inúmeras discussões, debates, estudos e projeções
quanto às perspectivas do futuro. No meio deste debate, o turismo tem surgido como uma
alternativa para o desenvolvimento de determinados países, regiões e localidades.
O turismo como setor gerador de emprego e renda, de intercâmbio cultural entre os
povos e de promotor do desenvolvimento de determinadas localidades, pode ser agrupado em
alguns sub-setores como: alimentação, hospedagem, transporte, comercialização e atividades
turísticas diversas.
A partir da década de cinqüenta, o turismo mundial tem mostrado altas taxas de
crescimento, tendo se tornado uma indústria importante no ponto de vista econômico de
determinados países e regiões. Segundo dados da Organização Mundial do Turismo – OMT,
publicado no Anuário Estatístico EMBRATUR – 2003, em 2002 a indústria gerou uma receita
de 483,0 bilhões de dólares, registrando em todo um mundo por volta de 714,6 milhões de
visitantes.
Assim, o turismo pode ser apresentado como um dos promotores do desenvolvimento
econômico de determinadas localidades, no entanto, vale salientar que ele não é a única
alternativa para as localidades. Pode-se dizer que para a maioria das localidades o turismo não
se apresenta como alternativa, para algumas, uma alternativa complementar, para outras a
única alternativa.
Cunha (2001, p. 227) ressalta que “o fenômeno turístico apresenta maiores
dificuldades de conceptualização do que as actividades produtoras de bens físicos em virtude
da sua complexidade e da sua heterogeneidade, quer do ponto de vista da procura, quer da
oferta.”
A sazonalidade da atividade é observada como algo preocupante para a viabilidade
desse processo produtivo, já que dependendo da intensidade da redução do fluxo de procura e
do período de tempo no qual esse fenômeno ocorre, pode haver a inviabilização da atividade
turística e o aprofundamento da pobreza e do desemprego em determinadas localidades, pois
2
em determinas regiões a atividade só apresenta poucos meses de alta e muitos, de baixa
demanda, como exemplifica Cunha (2001, p. 189):
A distribuição temporal da procura não é a mesma em todos os países nem em todos
os destinos: a concentração da procura é maior nos meses de Julho e Agosto, na
Europa, mas já nos países do hemisfério sul se concentra mais nos meses de Janeiro
a Março; nos meses de inverno é maior nos países alpinos do que nos países de
mediterrâneo e dentro do mesmo país existem variações acentuadas de uma região
para outras.
Assim, a administração da produção turística é cuidadosa e exige dos empreendedores
um nível de profissionalização elevado para poderem gerir as oscilações da demanda, que, por
conseguinte, altera todo o processo produtivo, o relacionamento com os funcionários, com os
fornecedores e com o próprio governo.
Sendo assim, é importante ter conhecimento das operações de produção e do nível de
sazonalidade da produção turística, para poder montar uma estratégia que permita a
sobrevivência dessa atividade geradora de emprego e renda, em várias localidades do país,
principalmente na região litorânea.
Observa-se na economia mundial uma disputa acirrada pelos mercados, cada nação
buscando ocupar uma fatia maior do globo. No entanto, o advento da globalização não tem
demonstrado redução das disparidades regionais, nacionais e internacionais tenham sido
reduzidas. Pelo contrário, verifica-se sua ampliação. Sendo assim, tem-se observado que
apesar de se viver em um mundo global, onde os novos blocos passam a definir a geopolítica
mundial, as localidades e as regiões, os países que não se preocuparem com o seu
desenvolvimento interno, não conseguirão competir.
Dentro desta perspectiva tem se observado o Desenvolvimento Local Integrado e
Sustentável como uma alternativa. O foco passa a ser o espaço geográfico localizado, o qual
pode dar respostas rápidas, criativas e sustentáveis, através de inovações que possam
fortalecer o processo produtivo e permitir a competição a nível global. Para tanto, a integração
das atividades e a preocupação em mantê-la ativa durante muitos anos, precisa está no foco do
desenvolvimento local.
Os desafios lançados para a administração da produção da atividade turística são
enormes. A produção é baseada na prestação de serviços, portanto, com as seguintes
características: são intangíveis na maioria das vezes; não podem ser estocados; tem um alto
grau de contato com o consumidor; não podem ser transportados; e é difícil julgar a
qualidade.
3
Os empreendimentos turísticos devem ser viáveis financeiramente, tanto para o setor
público, como para o privado. Quanto ao primeiro, no sentido de proporcionar a melhoria do
padrão de vida da comunidade local, através da infra-estrutura básica e da geração de
emprego e renda. O segundo, quanto à obtenção do retorno do capital investido, gerando
possibilidades de novos investimentos e, por conseguinte, a formação de um ciclo virtuoso de
desenvolvimento de determinadas localidades.
1.2 O turismo no Brasil e no Nordeste
No Brasil, o turismo pode representar um papel fundamental para o desenvolvimento
econômico do país, uma vez que tem registrado uma procura por turistas estrangeiros e
crescimento do turismo interno, tendo em vista a dimensão territorial e a diversidade sócio-
cultural existente. Segundo dados da OMT, publicados no Anuário Estatístico da
EMBRATUR (2003) , a receita em 2002 foi de 3,1 bilhões de dólares, tendo recebido 3,8
milhões de turistas, no entanto, a participação do país no mundo é de apenas 0,53% dos
turistas do total mundial, com uma participação na receita cambial mundial de 0,64%. Tais
dados demonstram que existe espaço para o crescimento da atividade se comparados com
outras localidades.
Entretanto, para consolidar o turismo como uma alternativa concreta e real ao
desenvolvimento econômico, faz-se necessária uma mudança na visão da produtividade
turística, deixando de ser uma atividade “de quem não tem o que fazer”, para se tornar uma
atividade que, dentro do processo produtivo, seja essencial para dar continuidade à produção.
Portanto, o amadorismo, o descaso, o descrédito, a falta de planejamento apresentado
pelos agentes do processo produtivo, ou seja, os governos, as empresas e as unidades
familiares, têm que ser deixados de lado. A atividade turística deveria, na realidade, ser vista
como uma alternativa possível para inúmeras famílias localizadas à margem do processo de
produção industrial e agrícola, em particular, nas regiões menos desenvolvidas do país, tendo
como exemplo a região Nordeste.
Cunha (2001, p. 189) coloca que existem quatro fatores estruturais de desequilíbrio da
produção turística: a sazonalidade; a imobilidade da oferta; a concentração dos recursos
turísticos e, por fim, a saturação e sobrecarga turística. Pode-se dizer então que, dos quatro
fatores de desequilíbrio, a sazonalidade manifesta maior complexidade. O autor apresenta
4
como causas da sazonalidade: o clima, a composição social, os hábitos, as férias escolares e a
situação econômica.
No Brasil, as férias escolares e os hábitos locais são os definidores do turismo interno,
cuja concentração dá-se nos meses de janeiro, fevereiro e julho. A sazonalidade tem
apresentado os seguintes problemas:
x Subutilização dos empreendimentos turísticos nos meses de menor procura,
gerando desequilíbrios na rentabilidade dos investimentos e na gestão financeira;
x Sobreutilização nos meses de ponta, gerando desequilíbrios da gestão operacional
e funcional;
x Desestabilidade do trabalho, provocando dificuldade de preparação e qualificação
profissional.
x Precariedade do emprego, causando instabilidade de rendimentos e repartição
desigual do trabalho.
x Desequilíbrio quanto a utilização das infraestruturas, do ambiente e do patrimônio
cultural e natural.
x Desestruturação das relações sociais e culturais da comunidade local.
O turismo deve ser visto como uma atividade complexa e de extrema sensibilidade da
demanda, muitas vezes concentrada em determinados meses do ano, em determinadas
localidades e passível de mudança de gosto e preferência com facilidade. Por outro lado, a
oferta exige investimentos em instalações que passaram um período sem utilização devido a
período de inatividade, gerando subemprego dos fatores de produção e um elevado custo de
manutenção.
Mesmo assim, o turismo pode ser uma grande fonte de atração de divisas e, em
particular, à Região Nordeste. Segundo pesquisa realizada junto aos turistas internacionais em
2002, apresentada no Anuário Estatístico EMBRATUR – 2003, quando perguntado sobre o
motivo da viagem, 51,21% responderam que viajavam para lazer, e 51,83%, que as
informações dos amigos influenciaram na decisão pela viagem ao Brasil. Tais turistas
permanecem no país, em média, durante 14 dias, com gastos médios diário per capita (US$)
86,17 dólares. Ainda conforme a pesquisa, dentre as 10 cidades mais visitadas estão: Rio de
Janeiro-RJ com 38,58% das indicações; São Paulo-SP com 20,84%; Salvador com 12,76%;
Foz de Iguaçu-PR com 9,27%; Recife-PE com 8,24%; Porto Alegre-RS com 6,42%; Natal-
5
RN com 3,76% e Búzios-RJ com 3,56%. Portanto, as regiões mais indicadas são: Sudeste
com 62,98% das indicações, seguida pela Região Nordeste com 31,92% e da região Sul com
23,63%. Logo, a região Nordeste vem despontando no cenário nacional como um destino
turístico internacional.
Segundo Haguenauer e Prochnik (2000, p.92):
O Nordeste apresenta oportunidades de investimentos nas mais diversas áreas.
Possui um mercado local relevante – cerca de 50 milhões de pessoa e PIB superior
ao de países como Chile e Colômbia (segundo dados Banco do Nordeste) -, além de
apresentar vantagens locacionais, em relação ao Sul e Sudeste do País, nas vendas à
Região Norte e nas exportações à Europa e EUA.
O Nordeste do Brasil tem 1.526.489,33 Km2 de área e nove estados litorâneos com
3.300 km de costa com 47.741.771 habitantes, segundo censo do IBGE-2000, no entanto,
40% da população vivem abaixo do nível da pobreza, 50% das moradias conectadas à água
potável e menos de 10% com rede de esgoto. Neste sentido, Castroman (2003, p. 284) coloca
que “governos de estados e de municípios (principalmente litorâneos) vêem no turismo um
possível agente dinamizador das economias locais e regionais e, conseqüentemente, uma
possibilidade de minimização dos problemas sócios econômicos que afligem a Região”.
Com intuito de dinamizar o turismo na região os governos dos estados nordestinos,
com o apoio do Governo Federal, criaram duas políticas regionais, nas últimas décadas: a
Política de Megaprojetos Turísticos, instituída a partir da década de 70, com a construção de
grandes hotéis, que deu origem a vários projetos, entre eles, o Projeto Parque da Dunas – Via
Costeira - RN ; e do Programa para o Desenvolvimento do Nordeste (PRODETUR-NE), na
década de 90, com o objetivo de melhorar a infra-estrutura básica e a gestão turística, que deu
origem, por exemplo, a criação do Pólo Costa das Dunas – RN.
Pode-se dizer que o Nordeste despertou para o turismo, neste período, descobrindo um
imenso potencial de atrações, digno de ser visitado, seja por suas praias; pelo acervo de
igrejas coloniais; pela culinária especial e de características próprias; pelo folclore e
artesanato singular; e, sobretudo, pelo povo hospitaleiro.
Ainda neste contexto, Teixeira (1991, p.54) coloca:
No caso do Nordeste do Brasil, o clima é sempre o mesmo o ano inteiro – quente – o
que permite uma continuidade do uso dos equipamentos turísticos, sobretudo
aqueles situados na orla marítima, o que faz o binômio sol-mar o ponto forte da
oferta turística nesta Região.
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Apesar de todas as potencialidades existentes e necessitando de ser exploradas, seu
crescimento exige o planejamento, a capacitação, a formação profissional e de forma
proeminente do empreendedor dinâmico, inovador, competitivo e cooperativo.
Considerando a atividade turística como nova no Brasil, se comparada com outras
atividades, pode-se compreender a falta de profissionalização na atividade. No entanto,
considerando a importância que o tema pode representar para o desenvolvimento econômico e
social de determinadas localidades, é necessário ampliar o nível de conhecimento na área,
principalmente na administração da produção.
Neste sentido, é necessário definir a dimensão do produto turístico em regiões
litorâneas que assumem as seguintes características:
a) Baixa dimensão de volume em determinado período a qual implica na baixa repetição das
tarefas, assim, os funcionários participam mais do trabalho, o que tem menor
sistematização dos processos e cujos custos de produção por sua vez são altos.
b) Alta dimensão de variedade que implica em alta flexibilidade, atividades mais complexas;
tendem a atender às necessidades dos consumidores e, para tanto, o custo unitário é alto.
c) Com alta dimensão de variação da demanda sua capacidade é mutante; deve procurar se
antecipar; implica em flexibilidade; precisa buscar o ajuste permanente com a demanda
elevando assim o custo unitário;
d) Alta dimensão de contato com o consumidor o que implica em tolerância de espera
limitada; satisfação definida pela percepção do consumidor; necessidade de habilidade de
contato como o consumidor; a variedade recebida é alta e o custo unitário é alto.
Assim, trata-se de uma atividade de alta complexidade, a qual exige dos gestores
privados, um alto nível de qualificação profissional e de conhecimento, para que possa moldar
seu produto a um baixo volume de produção, na maioria dos meses do ano. Por outro lado,
tem uma alta variedade de produtos exigida pelo cliente, tendo uma alta variação da procura e
um contato com o consumidor também alto. Logo, observa-se a necessidade de implementar
uma nova estratégia de produção que leve as empresas a enfrentar a sazonalidade, com
produtos de qualidade, bons serviços, pronto atendimento, cumprimento das promessas,
demanda pelos produtos e serviços da própria região e buscar alternativas para minimizar os
custos da produção, atendendo aos cinco objetivos de desempenho: qualidade, rapidez,
confiabilidade, flexibilidade e custo baixo.
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Neste sentido, tem que se buscar alternativas para manter um alto nível de
competitividade, a diversificação existente no mundo globalizado exige uma busca
permanente por inovações, invenções e estímulo ao desenvolvimento de atrativos e estes
possam manter a atenção dos turistas para determinada localidade.
1.3 Objetivo da pesquisa
O objetivo desta pesquisa é analisar os fatores condicionantes na formação de
aglomerados no turismo, na percepção dos empresários do litoral de Parnamirim. Para a
persecução deste objetivo, faz-se necessário, investigar a percepção dos empresários do litoral
de Parnamirim, quanto às vantagens competitivas apresentadas no modelo de Porter,
referentes às condições dos fatores de produção em relação a trabalho, capital, terra e
tecnologia; condições da demanda, quanto à procura existente e perfil dos clientes; aos setores
correlatos e de apoio existentes, no tocante a cadeia de suprimentos e governo; a estratégia da
empresa, estrutura e rivalidade, em ralação a estrutura, estratégia e rivalidade, associação e
perfil. Somando-se a isto, avaliar os cenários que, na percepção dos empresários, poderiam
gerar melhoria para o seu negócio e contribuir para a discussão dos aglomerados turísticos no
Nordeste do Brasil. Trabalha-se com a hipótese de que na percepção dos empresários
associados a AELP, existem no litoral de Parnamirim fatores condicionantes para formação de
aglomerado turístico.
1.4 Justificativa pela escolha do tema e sua delimitação
Para fortalecer a base de sustentação da limitação do assunto, vale recorrer a Marshall
que escreveu Principles of Economics (1985, p. 213) e apresentou a seguinte filosofia:
A afeição tribal, que se inicia num plano pouco mais elevado do que o existente
entre uma alcatéia de lobos ou uma quadrilha de salteadores, eleva-se até se
transformar num patriotismo de caráter nobre – o ideal religioso se eleva e se
purifica. As raças nas quais essas qualidades estiverem mais desenvolvidas serão,
certamente, em igualdade de circunstâncias, mais fortes que outras em guerras e em
lutas contra a fome ou epidemias, e acabarão por sobreviver às demais. Assim, pois,
a luta pela existência faz que, a longo prazo, sobrevivam as raças em que o
indivíduo estiver mais disposto a se sacrificar pela coletividade, ou seja, as raças
mais bem adaptadas coletivamente a se utilizarem do seu meio ambiente.
Tal colocação parece ser contraditória no mundo globalizado, onde as fronteiras foram
quebradas, as informações estão disponíveis em todos os cantos, a competição entre os
indivíduos e empresas tornou-se acirrada, quando a sobrevivência no planeta está em jogo.
Mas, por incrível que possa parecer é nesse momento de acelerada evolução da informação e
da comunicação entre as nações, que se discute a necessidade de se voltar para o local,
8
conhecer suas potencialidades, buscar diferenciais através da inovação, despertar
conhecimentos específicos construídos durante anos, décadas, séculos e milênios.
Como pode então uma empresa turística localizada no litoral de uma cidade do
Nordeste brasileiro, competir a nível global? Para Porter (1999, p. 167) a resposta para a
vantagem competitiva está na localidade. “As diferenças nos valores nacionais, a cultura, as
estruturas econômicas, as instituições e a história são fatores que contribuem para o êxito
competitivo”.
A escolha dos fatores condicionantes na formação de aglomerados no turismo,
considerando o modelo de Porter, que apresenta a vantagem de uma localidade, está baseada
na lapidação de um “diamante”, cuja composição dá-se por meio de quatro atributos
fundamentais: as condições dos fatores; as condições da demanda; os setores correlatos e de
apoio e a estratégia, estrutura e rivalidade das empresas. Na percepção sistêmica, a
disponibilidade destes ingredientes podem definir o grau de competitividade de um
aglomerado turístico.
Os elementos encontrados no Brasil, no litoral do Nordeste e, em particular, no
Município de Parnamirim, demonstram que é possível oferecer aos visitantes um excelente
atrativo turístico, no entanto, resta saber se existem na percepção dos empresários do litoral
dessa cidade as condições para o estímulo à formação de um mini-cluster turístico
competitivo e sustentável. Este estudo pretende levantar os fatores competitivos da localidade,
identificando, segundo a visão dos empresários locais, como se encontram os quatro atributos
do diamante, propostos por Porter.
Porter (1998, p. 212) coloca que “a identificação das partes constituintes do
aglomerado exige que se adote como ponto de partida uma grande empresa ou uma
concentração de empresas semelhantes, para em seguida se analisar a montante e a jusante a
cadeia vertical de empresas e instituições”. Sendo assim, o presente trabalho não se propõe a
estudar toda a cadeia vertical e horizontal que possibilitam a formação de um aglomerado de
empresas, mas a concentração de empresas localizadas no litoral de Parnamirim, as quais
fazem parte da Associação dos Empresários do Litoral de Parnamirim – AELP.
Para se estabelecer este ambiente, é necessário que ocorram mudanças na forma de
agir dos líderes empreendedores, no sentido de estabelecer uma nova prática inovadora a qual
possibilite a formação de aglomerados de empresas coopetitivas. No entanto, muitas práticas
inovadoras não se estabelecem pela resistência encontradas por elas, no próprio meio.
9
Pela própria característica da atividade, o turismo, pressupõe uma maior abertura para
a realização de mudanças, em particular de práticas gerenciais compartilhadas, uma vez que
no seu seio a interação, o contato com pessoas diversas, a quebra de fronteiras e barreiras
culturais, sociais e econômicas estão estabelecidas.
Assim, os lideres empreendedores de uma determinada localidade precisam estar
abertos para as novas possibilidades que surgem, ou melhor, que têm sido apresentadas como
alternativas para enfrentar a dificuldade de atividade complexa a qual exige, talvez, mais que
qualquer outra, um trabalho cooperado.
Admitindo que o turismo pode promover o desenvolvimento de uma determinada
localidade, que no mundo globalizado o nível de competitividade é elevado e sem fronteiras
necessitando de mudança de paradigmas para sobrevir neste cenário; que o desenvolvimento
local do turismo sustentável pode indicar caminhos para a comunidade; que o Brasil pode ter
no turismo uma de suas atividades produtivas, sendo necessário identificar suas reais
potencialidades; que o Nordeste brasileiro é uma região que nas três últimas décadas tem
despertado para o turismo, como fonte geradora de emprego e renda; que a região litorânea
dispõe de atrativos naturais, históricos, culturais, gastronômicos, folclóricos, artesanais e seres
humanos que podem utilizar os recursos disponíveis; que o litoral do município de
Parnamirim apresenta elementos para torna-se competitivo no turismo, resta levantar os
fatores competitivos da localidade.
1.5 Organização da tese
Este trabalho está dividido em cinco capítulos.
O primeiro capítulo aborda a contextualização do tema da pesquisa, justifica e delimita
o estudo e sua organização. O segundo apresenta o referencial teórico do trabalho, detalhando
os principais tópicos consolidados na pesquisa relacionados a vantagens competitivas e
aglomerados, com destaque a visão de Porter das vantagens competitivas de uma nação e a
formação de aglomerados. O terceiro relata a classificação metodológica da pesquisa,
mostrando os caminhos percorridos na busca do objetivo final do trabalho. O quarto analisa os
dados coletados, e apresenta os resultados da pesquisa. A conclusão aborda os principais
dados da pesquisa e as recomendações para futuros trabalhos.
10
Capítulo 2
Formação de Aglomerados Turísticos
O principal objetivo deste capítulo é analisar as teorias disponíveis, no intuito de
permitir uma maior articulação da atividade turística com a formação de aglomerados
produtivos.
O capítulo consta dos seguintes tópicos: Vantagem comparativa e a vantagem
competitiva; As vantagens competitivas; Aglomerados de empresas turísticas (clusters
turísticos); Tipos genéricos de clusters.
2.1 Vantagem comparativa e a vantagem competitiva
Partindo do estudo das trocas entre as nações, ou melhor dizendo, entre as regiões
localizadas que dispõem de produção e competem entre si, destacam-se duas teorias básicas a
da Vantagem Comparativa e a Vantagem Competitiva. A teoria da vantagem comparativa
parte do princípio de que os países irão se especializar na produção de bens e serviços, e esses
representem menores custos comparativos. Já a teoria da vantagem competitiva parte do
princípio que os países conseguem êxito em determinados bens e serviços se o “ambiente
doméstico é o mais progressista, dinâmico e desafiador”, isso faz os valores locais, como a
cultura, a infra-estrutura, as instituições, as empresas e a própria história poderem contribuir
para a vantagem competitiva.
Considerando a importância da vantagem comparativa entre as nações, cujos preços
comparativos possam atrair demanda por produtos e serviços, pode-se dizer que sua
concepção é macroeconômica, já que é representada pelo comportamento geral do país. Por
outro lado, a vantagem competitiva tem uma concepção microeconômica. A atração da
demanda pode está nas especificidades de cada localidade, se essas permitirem a inovação, e
11
fazendo a rivalidade interna gerar pressões e desafios para enfrentar a competitividade global,
representada pelo comportamento particular das unidades econômicas.
As vantagens comparativas explicadas pelos economistas clássicos para a realização
das trocas internacionais estão baseadas na diferença de custos de produção entre as nações.
Tal fato pode ser observado no turismo entre países, ou melhor, entre destinos, quanto à
existência de recursos naturais disponíveis como praia, clima, formação geográfica, etc,
quanto às condições sócio econômicas como mão-de-obra, preço dos transportes e
hospedagem, câmbio, impostos, juros, entre outros.
Neste sentido afirma Cunha (2001, p 214):
A teoria dos custos comparativos permite dar uma explicação para um grande
número de trocas turísticas internacionais na medida em que a diferença de custos
pode ser considerada como um dos factores determinantes da repartição e da
evolução do turismo internacional. Não explica a existência deste mas explica a
existência de trocas turísticas entre dois países com factores de atracção
semelhantes.
No entanto, a visão dos custos comparativos tem no governo um forte componente de
decisão já que mudanças cambiais, alterações na carga tributária, políticas de subsídios a
investimentos turísticos, entre outros, podem mudar o posicionamento de determinadas
regiões quanto aos custos comparativos.
Portanto, as vantagens comparativas, por si só, não são suficientes para explicar as
trocas internacionais, pois existem outros componentes que estimulam sua prática. A relação
qualidade/preço vem sendo considerada como um diferencial importante para estimular as
relações entre países.
2.2 As vantagens competitivas
As vantagens competitivas são incorporadas aos destinos turísticos, fazem parte do
valor agregado pelos consumidores, fornecedores, apoiadores e produtores da atividade
turística, portanto, do seu nível de desenvolvimento humano, do esforço da criatividade
humana, enfim, da produtividade do capital e do trabalho. Neste sentido, Porter (1999, p. 172)
coloca que “a produtividade é o primordial determinante do padrão de vida de longo prazo do
país; é a causa primordial da renda per capta nacional. A produtividade dos recursos humanos
determina o salário dos empregados, a do capital estabelece o retorno gerado para seus
detentores”.
12
Neste sentido Sancho (2001, p. 189) destaca que:
O novo paradigma busca a rentabilidade sustentável da atividade turística a longo
prazo, ou seja, pretende não só aumentar, mas manter a capacidade de obter lucros
ao longo do tempo. Rompe, portanto, com a idéia que predominou até o momento:
maximizar os lucros a curto prazo, sem ter em conta os impactos negativos
(econômicos, sócias e ambientais) da atividade turística no entorno. A vantagem
comparativa já não garante a manutenção do diferencial do destino.
As vantagens comparativas são importantes, mas dependentes de fatores exógenos de
uma localidade, já as vantagens competitivas dependem de fatores endógenos da localidade.
Dar-se-á, portanto, destaque as vantagens competitivas em função da observação na
perspectiva local.
Assim, utilizar-se-ão como base da pesquisa, os quatro atributos que lapidam o
“diamante” da vantagem nacional, segundo Porter (1999, p. 178):
1. Condições dos fatores. A posição do país quanto aos fatores de produção, como
mão-de-obra qualificada e infra-estrutura, necessários para competir num
determinado setor.
2. Condições de demanda. A natureza da demanda no mercado interno para os
produtos ou serviços do setor.
3. Setores correlatos e de apoio. A Presença ou ausência, no país, de setores
fornecedores e outros correlatos, que sejam internacionalmente competitivos.
4. Estratégia, estrutura e rivalidade das empresas. As condições predominantes
no país, que determinam como as empresas são constituídas, organizadas e
gerenciadas, assim como a natureza da rivalidade no mercado interno.
Os atributos apresentados devem ser considerados de forma sistêmica, uma vez que a
junção dos atributos constitui a beleza do “diamante”, conforme pode-se observar na figura
2.1. As condições dos fatores não devem ser vistas, simplesmente, como consagrava a teoria
clássica - trabalho, capital e terra (tecnologia) – do ponto de vista quantitativo, mas,
principalmente, do ponto de vista qualitativo. Para Porter (1999, p.184) “o país não herda,
mas, ao contrário, cria os mais importantes fatores de produção – como recursos humanos
qualificados ou base científica”.
13
Fonte: PORTER (1999, p. 179)
Figura 2.1 – Determinantes da vantagem competitiva nacional
As condições da demanda iram determinar o comportamento empresarial e as
estratégias a serem seguidas, considerando que a dimensão da demanda doméstica e seu nível
de exigência em relação aos produtos e serviços iram definir a dimensão da vantagem
competitiva. Segundo Porter (1999, p. 187) “os compradores locais são capazes de ajudar as
empresas a conquistarem vantagem se suas necessidades anteciparem ou mesmo moldarem as
dos demais países – se suas necessidades representarem constantes “indicadores preliminares”
das tendências do mercado global”.
Os setores correlatos e de apoio internos, localizados nas proximidades da produção,
se tiverem dotado de competitividade internacional, podem reduzir custos, atender com
rapidez, exigir menos estoques, promover uma comunicação mais próxima, realizar constante
fluxo de informações, troca de idéias e de inovações. Neste sentido, Porter (1999, p. 190)
coloca que “o fluxo de informação e o intercâmbio técnico aceleram o ritmo da inovação e da
melhoria. O setor correlato interno também aumenta a probabilidade das empresas
Estratégia,
Estrutura e
Rivalidade das
Empresas
Condições da
Demanda
Condições dos
Fatores
Setores Correlatos
e de Apoio
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desenvolverem novas habilidades e se constitui numa fonte de entrantes que trarão uma nova
abordagem para a competição”.
A estratégia da empresa, estrutura e rivalidade têm uma certa peculiaridade, “nenhum
sistema gerencial é de aplicação universal”, portanto, pode-se dizer que não existe o certo e o
errado. De acordo com Porter (1999, p. 190) “na Itália, por exemplo, os competidores
internacionais bem-sucedidos geralmente são empresas de capital fechado de pequeno ou
médio porte, que funcionam como grandes famílias; na Alemanha, ao contrário, elas tendem a
ser muito hierarquizadas na organização e nas práticas gerenciais, e os gerentes seniores quase
sempre são técnicos”. Os objetivos de empresas e indivíduos são diferentes, a motivação para
o trabalho, a qualificação, o nível de associativismo e a história, também.
Porter (1999, p. 192) arremata afirmando:
A eficiência estática é muito menos importante do que a melhoria dinâmica,
espicaçada pela rivalidade interna, mais do que por qualquer outro fator. A
rivalidade doméstica, como, de resto, qualquer rivalidade, exerce pressões sobre as
empresas em direção à inovação e às melhorias. Os rivais locais empurram uns aos
outros para menores custos, para a melhoria da qualidade e dos serviços e para a
criação de novos produtos e processos.... Os concorrentes domésticos se envolvem
em rixas acirradas, competem não apenas pela participação no mercado, mas
também por pessoas, pela excelência técnica e, talvez o mais importante, pelo
“direito à bazófia”. O êxito de um rival doméstico demonstra aos demais a
possibilidade do avanço e, muitas vezes, atrai novos rivais para o setor. As
empresas, em geral, atribuem o sucesso dos concorrentes externos a vantagens
“injustas”. No caso de rivais domésticos, não há desculpas.
Os agentes produtivos devem ter a clareza do seu papel. As unidades familiares
participando de forma cidadã da vida da comunidade, buscando a melhoria contínua e o
desenvolvimento do ser humano; o governo agindo como auxiliar do processo e dando as
condições imprescindíveis para o desenvolvimento das atividades, criando, assim, o ambiente
para as empresas ganharem vantagem competitiva; e as empresas preocupadas com as
inovações, a concorrência, a rivalidade e aliança seletiva.
2.3 Aglomerados de empresas turísticas (clusters turísticos)
Por mais que a globalização tenha sido apresentada como irreversível para todos os
povos, tem-se observado que, com sua renovação, as desigualdades e as disparidades entre as
nações não têm cessado, pelo contrário tem se aprofundado. Assim, a visão local, estadual e
nacional da competitividade existente no contexto da economia global tem que ser estudada
no intuito de buscar alternativas para manter a competitividade. Assim, tem ressurgido a visão
15
de Marshall, que defendia a importância da localização para o desenvolvimento de indústrias
especializadas, para tanto reforça:
São tais as vantagens que as pessoas que seguem uma mesma profissão
especializada obtêm de uma vizinhança próxima, que desde que uma industria
escolha uma localidade para se fixar, aí permanece por longo espaço de tempo. Os
segredos da profissão deixam de ser segredos, e, por assim dizer, ficam soltos no ar,
de modo que as crianças absorvem inconscientemente grande número deles.
Aprecia-se devidamente um trabalho bem feito, discutem-se imediatamente os
méritos de inventos e melhorias na maquinaria, nos métodos e na organização geral
da empresas. Se lança uma idéia nova, ela é imediatamente adotada por outros, que a
combinam com sugestões próprias e, assim, essa idéia se torna uma fonte de outras
idéias novas. Acabam por surgir, nas proximidades desse local, atividades
subsidiárias que fornecem à indústria principal instrumentos e matérias-primas,
organizam seu comércio e, por muitos meios, lhe proporcionam economia de
material. (1982, p. 234)
Atualmente o aglomerado de empresas localizadas tem se apresentado em diversos
países como uma alternativa para as pequenas e médias empresas industriais. Para Lins (1998,
p. 05), a experiência internacional sugere que os clusters configuram-se como ambientes
favoráveis ao desenvolvimento industrial. Não surpreende, assim, que na atualidade o
principal foco das políticas públicas de PMEs em diferentes latitudes, seja o problema das
relações interfirmas e institucionais em nível de clusters.
A formação desses aglomerados pode ter como base uma visão de espaço produtivo
utilizado pelas políticas públicas. Nilder, citado por Nasser (2000, p. 150-1), sugere os
seguintes recortes regionais para estudos específicos:
x Eixo - Determinado corte espacial que focaliza sub-regiões dinâmicas onde a
seleção das ações de desenvolvimento integrado permite maior propagação desse
dinamismo para a região ou para o país. Mostra orientação para as potencialidades
das sub-regiões, que podem ser agregadas para estabelecer capacidades de setores
produtivos e vantagens na localização de atividades ainda não devidamente
exploradas.
x Pólo - Cortes espaciais menores para áreas com real potencial de
desenvolvimento, podendo ser um centro de interação entre o sistema produtivo e o
desenvolvimento tecnológico. A comunidade é vista como protagonista,
empreendedora, autônoma e interdependente, com um modelo de gerenciamento
mais específico, voltado para a mobilização e a informação.
x Clusters – Lugar geograficamente estabelecido onde várias empresas
relacionadas e situadas ao longo da cadeia produtiva com elementos de apoio
financeiro, estratégico e de infra-estrutura competem e crescem, constituindo uma
estrutura dinâmica.
x Corredor – Elemento físico que integra os eixos, pólos e clusters. As atividades a
serem desenvolvidas estão ligadas aos conceitos de interligação estrutural dos
clusters e áreas caracterizadas pelo desenvolvimento local. Em caso de eixos em
maior escala, utiliza-se um eixo estruturante ao invés de corredores.
16
Para tanto, deve-se observar como se desenvolve e quais os elementos que podem
indicar a possibilidade de apoio na atividade produtiva do turismo, com a formação dos
aglomerados de empresas para a eficiência da cadeia produtiva, desafiando a sazonalidade.
Neste mesmo sentido Porter (1999, p. 211) define um aglomerado como “um
agrupamento geograficamente concentrado de empresas inter-relacionadas e instituições
correlatas numa determinada área, vinculadas por elementos comuns e complementares”. E
defende a idéia de que as vantagens competitivas podem ser fortalecidas através da formação
de aglomerados de empresas que possam competir e cooperar entre si para fortalecer sua
competitividade a nível global.
Beni (2000, p. 155) reforça:
Mesmo no interior dos países desenvolvidos, assumem uma posição de destaque
aquelas regiões cujo sistema produtivo encontra-se articulado internamente e
apoiado por uma série de fatores externos que permitem a obtenção de elevados
níveis de competitividade nos mercados globais. Essa constatação denota um
fenômeno aparentemente contraditório da globalização: o fortalecimento do papel
das regiões como também o de espaços localizados. Num momento em que o
conhecimento assume função proeminente no processo produtivo e o ritmo das
inovações intensifica-se, o global encontra seu contraponto na emergência do
regional e do local.
Porter (1999, p. 217) coloca:
A visualização de um grupo de empresas e instituições como um aglomerado
acentua as oportunidades de coordenação e aprimoramento mútuos, em áreas de
interesse comum, sem ameaçar ou distorcer a competitividade ao restringir a
intensidade da rivalidade. O aglomerado proporciona um foro construtivo e eficiente
para o diálogo entre empresas correlatas e seus fornecedores, governo e outras
instituições de destaque. Os investimentos públicos e privados para a melhoria das
condições dos aglomerados beneficiam muitas empresas.
Porter (1999, p. 225) ainda defende que os aglomerados influenciam a competição de
três maneiras amplas:
a) Pelo aumento da produtividade das empresas ou setores correlatos, através do acesso a
insumos e ao pessoal especializado; acesso à informação; complementaridade; acesso a
instituições e a bens públicos e incentivos a mensuração do desempenho.
b) Pelo fortalecimento da capacidade de inovação e, em conseqüência, pela elevação da
produtividade, através da percepção mais clara e rápida da necessidade dos compradores;
das possibilidades tecnológicas; da pressão para inovar e redução de custos.
c) Pelo estimulo à formação de novas empresas, que reforçam a inovação e ampliam o
aglomerado, através de melhores informações sobre as oportunidades existentes na
17
localidade; sinalização existente de oportunidades; percepção das lacunas existentes e
redução da percepção dos riscos de entrada.
Porter (1999, p. 221) defende que os aglomerados ocorrem em vários setores da
economia, em dimensões diferentes e mesmo em negócios localizados. “Estão presentes em
economias grandes e pequenas, em áreas rurais e urbanas e em vários níveis geográficos”.
Portanto, a formação do aglomerado depende da percepção dos empreendedores localizados
em uma determinada região. Se eles acreditam que se estiverem organizados, competindo e
cooperando entre si, podem reduzir custos dado ao fato das atividades poderem ser
financiadas por várias empresas, ampliar as possibilidades de eficiência coletiva; e promover
a atuação conjunta e explícita entre a esfera pública e a privada.
A nova prática de gestão de empresas turísticas que sofrem com a sazonalidade, com
altos custos de produção, alto contato com os clientes, não padronização dos processos e
produtos não estocáveis, requer uma quebra da visão competitiva exclusiva, para a visão da
competição com cooperação.
Beni (2000, p. 155) comenta:
A competitividade se produz em âmbitos locais ou clusters. O turismo de sol e praia
na Bahia, por exemplo, requer boas praias com alto grau de exposição à radiação
solar. A esse atrativo natural deverão associar-se bons hotéis e serviços receptivos
correspondentes. Porém, a existência do consumidor e seu nível de satisfação serão
o resultado de um conjunto de elementos que influirá no seu grau de percepção da
qualidade (competitividade) do cluster. Dentre os elementos desse conjunto cabe
mencionar a qualidade do aeroporto, as facilidades de traslado, a estética do entorno
urbano, a gastronomia típica, a hospitalidade do povo, o nível de informação
recebida, as compras, a sinalização dos atrativos, os serviços de apoio. Mesmo que
todo esse conjunto de fatores apresente nível satisfatório e portanto competitivo,
basta que um deles seja negativo para a qualidade do produto final do cluster seja
comprometido.
Sancho (2001, p. 352) reforça:
Para conseguir qualidade turística, todos os componentes da experiência turística
devem ser levados em conta, pois o consumidor não limita sua compra a um quarto
de hotel ou a uma refeição num restaurante, mas entra em contato com uma
combinação de serviços, produtos e entorno. Portanto, deve-se recorrer a uma
aproximação que compreenda as atrações, a infra-estrutura, os equipamentos, os
serviços logísticos, o entorno e, claro, os recursos humanos envolvidos na
experiência turística.
Considerando que o turismo é uma alternativa para o desenvolvimento econômico de
determinadas localidades, que administrar a produção turística com elevada sazonalidade
torna uma tarefa de extrema complexidade e elevados custos, que as vantagens competitivas
permite uma ação micro, que a formação de aglomerados pode ser uma alternativa para
enfrentar as adversidades da atividade, mas que para tanto, faz-se necessário a mudança, ou
18
melhor, a quebra de paradigmas por parte de todos os agentes ativos e, em particular, dos
empreendedores.
Ainda segundo Beni (2003, p. 20) :
Os fatores determinantes do crescimento do turismo no sistema de competição
global são, na realidade, as forças criativas do mercado. Essas forças compreendem
um círculo ininterrupto de componentes que, em conjunto, determinam o ritmo de
desenvolvimento da atividade turística. São fatores de produção que significam o
acesso aos recursos; a inovação; os mecanismos de criação envolvendo capital
humano, pesquisa e aplicações; a quantidade e a qualidade dos produtos; o tamanho
e as redes de empresas; e, no aspecto institucional, constituem o sistema de
incentivos e financiamentos oferecidos pelo poder público.
Mas, para Souza e Botelho (2000, p. 04 ):
A constituição de relações de cooperação não é um processo fácil, em especial, a
superação da desconfiança entre os parceiros, que é natural quando se trata de reunir
pequenas empresas, usualmente submetidas a um processo de concorrência
predatória entre si. Nesta situação, não é surpreendente que seus dirigentes não
consigam apreender de imediato as vantagens do “cooperar para poder continuar a
concorrer”; muito menos que se disponham a atuar horas de explanações sobre a
subordinação da cooperação à concorrência. Mesmo depois de convencidos das
vantagens da atuação conjunta, esta só será consolidada diante das primeiras
evidências inquestionáveis de que esforço será traduzido em resultados bastante
perceptíveis nos resultados econômico e financeiro de cada empresa
individualmente.
Sendo assim, para Quandt, citado por Olane e Neto (2000, p. 04), as empresas podem
decidir pela formação de clusters quando:
x Os “recursos complementares” – com alto grau de “intensidade tácita” e,
portanto, “propensos à apropriação” na forma de conhecimento proprietário ou
específico à firma – representam insumos importantes para a produção de tecnologia
e/ou de conhecimento novo ou para processos de produção.
x O intercâmbio de tais recursos e os processos associados de aprendizagem só
podem ocorrer através de contatos bastante próximos e relações personalizadas;
x A instabilidade econômica, incerteza tecnológica e rápidas mudanças na
demanda valorizam a rapidez;
x Altos custos de P&D forçam a administração a buscar maneiras de agrupar
recursos com outras firmas, em alguns casos até mesmo com concorrentes;
x A flexibilidade e a possibilidade de reverter decisões são importantes;
Existe a expectativa por parte dos sócios em potencial de que a reciprocidade
prevalecerá, implicando na existência de uma base para confiança e em alguma garantia de
que o oportunismo será punido.
Ainda, segundo Souza e Botelho (2000, p. 6), a formação de aglomerados pode ser
“considerado um dos caminhos promissores de atuação conjunta entre o poder público e o
setor privado na promoção do desenvolvimento industrial e da inserção qualificada de PEs nas
estruturas industriais de países menos desenvolvidos”.
19
2.4 Tipos genéricos de aglomerados
Para Pietrobelli e Guerrieri (2003) existem diferentes formas de clusters e modelos de
organizações industriais, são eles:
1. Marshalian – tem como estrutura predominante o mercado de pequenas e
médias empresas; com alta extensão geográfica; baixa economia de escala; comércio
entre as empresas altamente desenvolvido; decisões locais de investimento; baixa
cooperação entre firmas; mercado de trabalho flexível; compromisso do trabalhador
com a localidade; identidade cultural local desenvolvida; fonte de conhecimento
interno; fonte de financiamento e assistência técnica interna; retorno de capital lento;
associação comercial forte e o governo local realiza um papel importante na
empresa.
2. Hub-and-apoke district – tem como estrutura predominante uma grande
empresa e várias grandes empresas de suprimento; a extensão geográfica é média;
alta economia de escala; comércio entre a grande empresa e a de suprimentos; alta
cooperação entre as empresas; o mercado de trabalho é interno a localidade e
flexível; compromisso do trabalho com a grande empresa; identidade cultural local
desenvolvida; fonte de conhecimento e inovação principalmente do eixo de atuação;
fonte de financiamento e assistência técnica da grande empresa; capital raro fora da
grande empresa; praticamente ausente de associações comerciais e o governo local
realiza um papel importante na empresa.
3. Satellite industrial platform – tem como estrutura predominante uma grande
empresa fora da localidade; a extensão geográfica é limitada, porém externa, além
do cluster local; alta economia de escala; comércio entre empresas é mínimo; as
decisões são externas; alta cooperação entre as empresas da companhia; o mercado
de trabalho é externo na empresa e interno nos grandes empreendimentos locais;
compromisso do trabalho com a grande empresa; identidade cultural local é
praticamente ausente; fonte de conhecimento e inovação principalmente da
companhia; fonte de financiamento e assistência técnica é externo; não existe fonte
de financiamento; ausente de associações comerciais e o governo local realiza um
papel importante na empresa.
4. State-anchored industrial district - tem como estrutura predominante o
governo e várias instituições governamentais providenciando a infra-estrutura; a
extensão geográfica é alta; alta economia de escala; comércio entre empresas é alta
entre instituições e suprimentos; as decisões são do governo local ou externas ao
distrito; alta cooperação entre as instituições governamentais; o mercado de trabalho
é interno e nacionais para as instituições; compromisso do trabalho com as
instituições do governo e com o distrito; identidade cultural local é desenvolvida;
fonte de conhecimento e inovação externa (nacional/ governo local, base militar,
universidades estaduais ou centro de pesquisa); fonte de financiamento e assistência
técnica é externo; não existe fonte de financiamento; franca associação comerciais e
o governo local tem fraca regulação na empresa estatal e promoção industrial, mas é
importante da infra-estrutura.
Qualquer destes tipos de “clusters” ou distritos industriais está focalizado na existência
de externalidades que cruzam várias empresas e atividades distintas. Estas externalidades, que
podem revestir a forma de acesso facilitado a um conjunto de trabalhadores qualificados;
estreito relacionamento com os fornecedores e com empresas relacionadas; acesso a
instituições de ensino e pesquisa, são cada vez mais importantes mo mundo global de hoje.
20
No contexto estudado, pode-se dizer que o tipo de cluster é o “cluster” local ou “micro
cluster”, onde a base é permitir sua sobrevivência através da identificação das necessidades de
inovação, mantendo-o competitivo no seu atual perfil de produtos e serviços e pensar nas
perspectivas de realização de novas ações. Dentro do recorte territorial, deve-se observar a
possibilidade de formação de “cluster” local que possa expandir-se para formação de
corredores, pólos e eixos de desenvolvimento.
Tanto as vantagens comparativas como as vantagens competitivas são importantes
para se ocupar um espaço no mundo global, mas a primeira depende mais de variáveis
exógenas e a segunda de variáveis endógenas. Pode-se, portanto, supor que o
desenvolvimento turístico sustentável de uma determinada localidade está ligado a vantagens
competitivas existentes, que devem ser estudadas e aprimoradas por todos os agentes
envolvidos no processo produtivo.
21
Capítulo 3
Metodologia da Pesquisa de Campo
Este capítulo apresenta os seguintes tópicos: Classificação metodológica da pesquisa;
Justificativa para escolha do litoral de Parnamirim/RN; População; Instrumento de coleta de
dados; Coleta de dados; Técnicas de análise.
3.1 Classificação metodológica da pesquisa
Este estudo caracterizou-se como descritivo. Onde são investigadas as percepções dos
empresários do litoral de Parnamirim, quanto às vantagens competitivas levantadas por Porter.
Para Gil (1996, p. 46), “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de
relações entre variáveis.”
Primeiro, foi realizada uma pesquisa descritiva para identificação de possíveis
relações entre as variáveis. E de acordo com o tema e objetivo, é feita uma análise estatística
multivariada, objetivando fazer um estudo simultâneo das relações entre as variáveis
estudadas e, assim, encontrar grupos homogêneos em relação às respostas do questionário
aplicado.
3.2 Justificativa para escolha do litoral de Parnamirim/RN
Parnamirim é uma cidade do Estado do Rio Grande do Norte, portanto na região
Nordeste, que se encontra a 25km do centro da capital, Natal. Tem o terceiro orçamento do
Estado e já foi um pólo de industrialização. É a cidade que mais tem crescido em termos
populacionais, sua população é de 124.600 habitantes de acordo com o último censo/2000
(IBGE). Tal fato ocorre em função de sua proximidade com a capital, além de ter em sua área
22
o Aeroporto Internacional Augusto Severo, uma vasta área comercial e no seu litoral a
existência da atividade turística, com pouca área agrícola.
Inserido na Mesorregião Leste, Microrregião de Natal, e dentro da Zona Homogênea
do Litoral Oriental, tem um clima úmido nas áreas centrais, e sub-úmido nas áreas mais
próximas ao litoral. Temperatura média de 27,1ºC e umidade relativa do ar de 79%. Os limites
atuais são: ao norte com o município de Natal; ao sul com os municípios de São José do
Mipibú e Nísia Floresta; ao leste com o Oceano Atlântico e ao oeste com o município de
Macaíba.(IBGE)
Dentro das atividades econômicas, a industria já teve seu grande ciclo de investimento,
no entanto nos anos 90 viu-se o encerramento deste ciclo. Segundo Peixoto (2003, p. 178):
Nos últimos anos, a economia do município tem dado sinais de ter encontrado outras
alternativas de desenvolvimento, à margem da opção industrial, registrando
crescimento significativo em atividades como o comércio, avicultura e o turismo,
este último centralizado nas praias de Cotovelo e Pirangi do Norte.
Na área litorânea, a cidade é composta das localidades de Pium, Cotovelo e Pirangi do
Norte, a atividade produtiva que tem se destacado é a atividade turística. Segundo Pesquisa de
Campo SEBRAE/SECTUR/SETUR/UnP-2001, o Município conta com 15 (quinze)
restaurantes considerados aptos a atender o turista, 09 (nove) pousadas e hotéis, 06 (seis)
casas de entretenimentos e 01(uma) agência de viagens. Além disso, conta com uma feira
permanente de frutas e verduras com 17(dezessete) barracas e cerca de 60 (sessenta) lojas de
artesanato. É importante destacar que todos os empreendimentos são considerados pequenas e
microempresas. Destacam-se, ainda, nesta área as residências secundárias e o clube dos
funcionários da Caixa Econômica Federal.
Parnamirim foi a cidade do Rio Grande do Norte que recebeu o maior investimento do
PRODETUR NE I, no período de 1994/2001, tendo sido investido R$ 26.815.805,00. Vale
salientar que a maior parte desse recurso foi para a construção e ampliação do Aeroporto
Augusto Severo, o qual apesar de localizado em Parnamirim, é chamado de Aeroporto de
Natal.
No entanto, apesar de toda potencialidade de recursos naturais, de infra-estrutura
básica e de empreendimentos privados na última década, a região não vinha recebendo por
parte do poder público local maior atenção, tendo sido considerada uma localidade problema
do município, que só é lembrada durante o veraneio (alta estação turística), quando um grande
contingente de turistas-veranistas se desloca da capital e da sede do Município para passar o
23
veraneio. Nesse período, como era de se esperar, a atividade produtiva se torna aquecida
gerando renda e emprego para todos os que ali moram.
O problema se apresenta quando termina o veraneio e a atividade produtiva básica cai
drasticamente, levando uma parcela considerável da população a viver como formiga,
esperando bom tempo para armazenar comida para os tempos difíceis. A participação do
produto turístico se torna insignificante na formação do PIB do Município. A baixa demanda
por um longo período de tempo tem levado a uma alta ociosidade os equipamentos turísticos,
provocando o desemprego e uma preocupação com o destino dos investimentos turísticos
como atividade produtiva.
Fonte: Dados coletados na AELP, 2003
Figura 3.1 – Número de Visitantes ao Cajueiro de Pirangi nos anos de 2000/01/02
Para perceber o grau da sazonalidade da demanda da faixa litorânea da Cidade de
Parnamirim, observa-se na figura 3.1, a variação do número de visitantes ao maior cajueiro do
mundo, um dos ícones do turismo potiguar, localizado na Praia de Pirangi do Norte, com uma
área de aproximadamente 9.000m2, produzindo por cerca de 100 pés de caju, com uma
produção, na safra de 2002, por volta de 50.000 frutos, sendo, portanto, um grande atrativo
turístico natural.
0
10000
20000
30000
40000
50000
123456789101112
Meses
N° de Visitantes
Seqüência1 Seqüência2 Seqüência3
24
Observa-se na Figura 3.1 que ocorre uma regularidade na visitação ao Maior Cajueiro
do Mundo, nos últimos três anos. O mês de janeiro é onde ocorre a maior demanda, seguido
pelo mês de julho, mesmo com uma queda de 40% da demanda de janeiro. Nos meses de
fevereiro e março ocorre uma queda que tende a se acentuar até o mês de junho, chegando a
representar uma queda de 80% da demanda de janeiro. Após a recuperação de julho, volta-se
a observar uma queda no mês de agosto em torno de 70% da demanda de janeiro, onde a
partir daí começa um lento processo de recuperação nos meses de setembro, outubro,
novembro e dezembro, onde a demanda cai por volta de 40%, ainda, comparado a janeiro.
Está figura demonstra existir uma grande disparidade da demanda no mês de janeiro
comparado com os demais meses do ano. Geralmente é essa disparidade que leva ao
surgimento da euforia do turismo como empregador e gerador de riqueza na economia. No
entanto, na realidade vivenciada no período de baixa, é completamente diferente, necessitando
ser melhor estudado.
3.3 População
Com base nos objetivos da pesquisa fez-se a opção de colher depoimento dos
empresários do litoral de Parnamirim que fazem parte da AELP. Segundo Laville (1999, p.
183) “o recurso a esses depoimentos permite a exploração dos conhecimentos das pessoas,
mas também de suas representações, crenças, valores, opiniões, sentimentos, esperanças,
desejos, projetos, etc”. Assim, foi constituída como população alvo todos os empresários que
compõem a AELP. No total são 18 empresários.
3.4 Instrumento de Coleta de Dados
A pesquisa utilizou, como instrumento de coleta de dados, um formulário estruturado
(Anexo I). O formulário foi pré-testado em uma pesquisa piloto realizada com 04 pessoas.
Depois foram efetuadas algumas modificações necessárias com o intuito de tornar as questões
mais claras e objetivas. Este instrumento é composto em cinco blocos ou grupos. O primeiro,
avalia a percepção das condições dos fatores de trabalho, capital, terra e tecnologia (questões
1 a 14). O segundo, a percepção da demanda e cliente (questões 15 a 21). O terceiro, a
percepção dos setores correlatos de apoio (questões 22 a 33). O quarto, a percepção da
estratégia da empresa, estrutura e rivalidade (questões 34 a 53). O último bloco avalia a
25
percepção dos empresários através de quatro cenários (questões 54 a 62). O formulário foi
elaborado tomando como base os determinantes das vantagens competitivas propostos no
modelo de Porter.
3.4.1 Classificação das variáveis
A classificação das variáveis foi baseada nas vantagens competitivas abordadas por
Porter e se construiu os cenários baseados nos modelos de Pietrobelli e Guerrieri.
x Percepção das Condições dos Fatores
Na construção das variáveis da percepção das condições dos fatores, buscou-se
observar a visão dos empresários pesquisados quanto aos fatores de produção: trabalho,
capital, terra e tecnologia.
Variável Descrição da Variável
Grupo
PCF_T1
Consideração do nível de qualificação dos funcionários para
trabalhar no turismo.
PCF_T2 Consideração do nível de produtividade dos funcionários.
PCF_T3 Nível de rotatividade de pessoal.
PCF_T4 Quantidade de mão-de-obra disponível no litoral de Parnamrim.
PCF_T5
Importância do nível de escolaridade do(s) funcionário(s) para o
funcionamento da empresa.
Trabalho
PCF_C6 Opinião sobre o retorno do investimento.
PCF_C7 Quanto à renda que o empresário recebe da empresa.
PCF_C8
Opinião sobre os últimos investimentos em Infra-estrutura como
Rota do Sol, Aeroporto e Iluminação.
PCF_C9 Sobre a maior fonte de financiamento da sua empresa.
PCF_C10
Avaliação do retorno de capital, caso o empresário tivesse
realizado o mesmo investimento na Cidade de Natal.
Capital
PCF_T11
Avaliação do valor do terreno que o empresário comprou para abrir
o negócio, comparando com os dias de hoje.
PCF_T12
Avaliação da disponibilidade de terra no litoral para realizar novos
investimentos.
PCF_T13 Importância da tecnologia para o funcionamento do negócio.
PCF_T14
Situação da tecnologia da empresa do entrevistado em relação
aos outros concorrentes.
Terra e Tecnologia
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 3.2 – Percepção das condições dos fatores
26
x Percepção das Condições da Demanda
Na construção das variáveis da percepção das condições da demanda, buscou-se
observar a visão dos empresários pesquisados, quanto à demanda existente na localidade e o
comportamento da clientela.
Variável Descrição da Variável
Grupo
PCD_D15 Demanda pelo estabelecimento por ordem crescente (mês).
PCD_D16
Freqüência nos três meses de maior procura, onde a demanda é
maior que a possibilidade de atender.
PCD_D17
Freqüência de aumento de preços no estabelecimento durante os
meses de maior procura.
PCD_D18
Situação da demanda pelos produtos e serviços, comparando com
empresas similares localizadas em Natal.
Demanda
PCD_C19
A quem se comercializa a maioria dos produtos e serviços, por
ordem de prioridade.
PCD_C20
Os mais exigentes quanto ao nível da qualidade dos produtos e
serviços, por ordem de prioridade.
PCD_C21
Grau de importância para o negócio conhecer o perfil e o nível de
exigência dos seus clientes.
Cliente
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 3.3 – Percepção das condições da demanda
x Percepção dos Setores Correlatos de Apoio
Na construção das variáveis da percepção dos setores correlatos de apoio, buscou-se
observar a visão dos empresários pesquisados, quanto à cadeia de suprimentos e ação do
governo.
Variável Descrição da Variável
Grupo
PSCA_S22
Avaliação da disponibilidade dos insumos de produção no Litoral
de Parnamirim.
PSCA_S23
Importância para o negócio que os insumos necessários à
produção sejam de empresas locais.
PSCA_S24
Avaliação dos custos dos insumos básicos a produção (energia,
água, telefone).
PSCA_S25 Nível de relacionamento com os fornecedores.
PSCA_S26
Grau de importância das agências e as operadoras de turismo
para a empresa.
PSCA_S27
Opinião quanto à necessidade para a empresa que existam
empresas similares à mesma atividade.
PSCA_S28
Opinião quanto à necessidade para a empresa que existam
empresas complementares à mesma atividade.
Cadeia de
Suprimento
27
PSCA_G29
Grau de importância da infra-estrutura turística do Litoral de
Parnamirim para a atividade da empresa.
PSCA_G30
Grau de importância de universidades para o desenvolvimento
turístico do Município.
PSCA_G31
Grau de importância do SEBRAE e o SENAC para capacitar a
comunidade local.
PSCA_G32
Grau de importância quanto ao cuidado com infra-estrutura urbana
(Escola, hospital, praça, limpeza, iluminação, etc) no litoral de
Parnamirim para o crescimento da atividade da empresa.
PSCA_G33
Grau de importância de o Governo intervir para promover o
desenvolvimento do Município.
Governo
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 3.4 – Percepção dos setores correlatos de apoio
x Percepção da Estratégia da Empresa, Estrutura e Rivalidade
Na construção das variáveis da percepção da estratégia da empresa, estrutura e
rivalidade, buscou-se observar a visão dos empresários pesquisados quanto a estrutura,
estratégia e rivalidade, associação e história.
Variável Descrição da Variável Grupo
PEE_E34 Consideração quanto ao gerenciamento da empresa.
PEE_E35 Nível educacional do empreendedor.
PEE_R36 Maior investimento realizado na empresa.
Estrutura
PEE_R37 Avaliação da importância da competição.
PEE_R38
Avaliação da empresa frente aos concorrentes no Litoral de
Parnamirim.
PEE_R39
Freqüência com que a empresa busca imitar, ou copiar, as ações
das empresas concorrentes localizadas no Litoral de Parnamirim.
PEE_R40
Freqüência com que a empresa lançou algum produto ou serviço
novo no mercado no ano de 2003.
PEE_R41
Freqüência com que a empresa tem que baixar o preço frente aos
concorrentes para ampliar o número de clientes.
PEE_R42
Freqüência com que a empresa participou de feiras, congressos e
eventos turísticos no ano de 2003.
PEE_R43
Comportamento da concentração geográfica de várias empresas
turísticas do mesmo segmento no Litoral de Parnamirim.
Estratégia e
Rivalidade
PEE_A44
Grau de importância para o negócio, a participação em uma
Associação dos Empresários do Litoral de Parnamirim.
PEE_A45
Nível de confiança existente entre as empresas que participam da
Associação.
PEE_A46
Freqüência com que as discussões de interesses comuns têm sido
a prática da Associação.
Associação
28
PEE_A47
Freqüência com que a empresa tem recebido algum ganho direto
ou indireto que possa ter ajudado a atividade da empresa.
PEE_A48
Freqüência com que os associados participam das reuniões da
AELP.
PEE_H49 Principal atividade da empresa.
PEE_H50 Ano de Fundação da Empresa.
PEE_H51 Tempo de Associado na AELP.
PEE_H52
Empresas que fizeram algum projeto de viabilidade econômica e
financeira do negócio.
PEE_H53 Motivação para a realização do negócio.
História/ Perfil
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 3.5 – Percepção da estratégia da empresas, estrutura e rivalidade
x Avaliação dos Cenários
Na construção dos cenários, buscou-se observar a percepção dos empresários quanto à
formação de um aglomerado de pequenas e micro empresas, da construção de um resort, de
um hotel e de um centro de convenções.
Variável Descrição da Variável Grupo
CE_1_P1
Avaliação do cenário 1 para promover o desenvolvimento do
turismo na região.
CE_1_P2 Avaliação da situação do negócio com relação ao cenário 1.
Cenário 1
CE_2_P1
Avaliação do cenário 2 para promover o desenvolvimento do
turismo na região.
CE_2_P2 Avaliação da situação do negócio com relação ao cenário 2.
Cenário 2
CE_3_P1
Avaliação do cenário 3 para promover o desenvolvimento do
turismo na região.
CE_3_P2 Avaliação da situação do negócio com relação ao cenário 3.
Cenário 3
CE_4_P1
Avaliação do cenário 4 para promover o desenvolvimento do
turismo na região.
CE_4_P2 Avaliação da situação do negócio com relação ao cenário 4.
Cenário 4
CENARIO Melhor cenário para o negócio na opinião do empresário. Cenários
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 3.6 – Avaliação dos cenários
3.5 Coleta de Dados
A pesquisa foi realizada utilizando o questionário como método de coleta de dados
que era preenchido por cada empresário, com a presença do pesquisador. A coleta de dados
29
foi realizada no período 28 de novembro a 02 de dezembro de 2003 na própria empresa do
entrevistado que compõe a AELP. Ver anexo 4.
3.6 Técnicas de Análises
As técnicas estatísticas utilizadas para análise de dados da percepção dos empresários
foram a análise descritiva e análise multivariada.
3.6.1 Análise Descritiva e Exploratória
A estatística descritiva consiste na produção de tabelas, figuras e medidas que
possibilitem uma melhor compreensão dos dados. Todas as perguntas do questionário estão
representadas graficamente nos Anexos.
3.6.2 Análise Multivariada
A partir dos dados tabelados, partiu-se para a análise através de técnicas estatísticas
multivariadas, objetivando a determinação de grupos homogêneos em relação às respostas
obtidas, através de uma escala de múltipla escolha.
A técnica estatística utilizada foi a Análise de Agrupamentos (Clusters). Essa técnica
permite uma forma consistente de classificar os indivíduos presentes no estudo, possibilitando
sintetizar as informações colhidas, fazendo com que a informação sobre os indivíduos seja
reduzida de forma conveniente à informação sobre apenas k grupos.
HAIR et all (1998) definem a Análise de Agrupamentos como um conjunto de
técnicas que possuem o objetivo de agrupar indivíduos ou objetos, baseada nas características
dos mesmos. Os grupos de objetos resultantes devem então exibir alta homogeneidade interna
e alta heterogeneidade externa.
Como método para a formação dos clusters utilizamos o “K-Médias”. Esse método
procura diretamente uma partição de grupos de funcionários segundo as questões utilizadas,
de modo que satisfaçam as duas premissas básicas: coesão interna e isolamento dos grupos.
30
Capítulo 4
Resultados e Discussão
O propósito deste capítulo é apresentar os dados encontrados na pesquisa de campo,
realizar análise descritiva e exploratória, através de tabelas e figuras, e análise de clusters. A
seguir serão discutidos os resultados encontrados com base no questionário.
Este capítulo está enfatizando os seguintes tópicos: Validação da pesquisa; Perfil dos
pesquisados; Análise descritiva; Avaliação dos cenários; Resultados da análise de clusters;
Análise dos cenários; e Conclusão.
4.1. Validação da Pesquisa
Durante o período de coleta foram contatados 18 empresários que fazem parte da
AELP – Associação dos Empresários do Litoral de Parnamirim, tendo sido esta a população
pesquisada. A tabulação e análise dos dados foram realizadas através do software Statística
versão 6.0.
4.1.1 Análises dos respondentes
Todos os empresários que fazem parte da AELP foram entrevistados conforme o
planejamento inicial.
4.12 Análise crítica do questionário
Todas as variáveis do questionário foram consideradas, não tendo sido apontado
nenhum erro ou incompreensão por parte dos entrevistados.
31
4.2. Perfil dos pesquisados
Nas últimas décadas, o turismo vem tomando impulso no Brasil e, principalmente, na
região Nordeste, observa-se que foi com a Política de Megaprojetos Turísticos na década de
setenta, e do PRODETUR-NE na década de noventa, que essa atividade passou a ocupar um
papel de destaque na economia da região. No entanto, questiona-se a fragilidade desta
atividade diante de alguns aspectos como: sazonalidade, imobilidade da oferta, concentração
dos recursos turísticos, saturação e sobrecarga turística. No litoral de Parnamirim, o
crescimento da atividade turística ocorre no fim da década de 80 e início da década de 90, em
função da expansão do turismo na Capital do Estado.
As variáveis que compõem o perfil dos empresários pesquisados no litoral de
Parnamirim são analisadas a seguir.
4.2.1 Principal atividade
As principais atividades turísticas desenvolvidas na localidade são de hospedagem,
alimentação, artesanato, entretenimento e imobiliária, conforme pode ser observado na Figura
4.1, que representa a atividade das empresas componentes da AELP. Portanto, a associação é
composta de 7 empresários da hotelaria, 5 de restaurantes, 3 de turismo representado por
passeios de barco, feira de frutas e cajueiro, 2 de artesanato e 1 do ramo imobiliário e agente
de viagem.
38,9%
27,8%
16,7%
11,1%
5,6%
75321
Hospedagem Restaurante Turismo Artesanato Imobiliária
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.1 – Principal atividade das empresas que compõem a AELP
32
4.2.2 Tempo de fundação e associação
De acordo com o que já foi estudado, o tempo médio de fundação das empresas
pesquisadas é de 10 anos, tendo a sua maioria associado-se a AELP desde sua fundação, de
acordo com a Figura 4.2. Neste sentido, é interessante observar que a motivação para
constituição de uma associação se deu há quatro anos, pela dificuldade que as empresas
estavam passando devido ausência de demanda, em um longo período do ano,
correspondendo a maioria dos empresários pesquisados.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
123456789101112131415161718
Empresas
Tempo (anos)
Fundação
Associação
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.2 – Tempo de fundação e associação das empresas que compõem a AELP
4.2.3 Viabilidade econômica e financeira
Realizar um projeto de viabilidade econômica e financeira de uma empresa é a
primeira ação que um empresário deve realizar para colocar um negócio. Segundo Machado
(2002, p. 11) “a existência de planos, programas e projetos, capazes de orientar a canalização
de recursos para a produção de bens e serviços socialmente necessários, é de fundamental
importância”.
Assim, analisando a Figura 4.3 – onde está representado o percentual de empresas
associadas a AELP as quais fizeram ou não algum projeto de viabilidade econômica e
financeira do negócio, observa-se que 72,2% das empresas não fizeram nenhum projeto de
33
viabilidade, indicando que a maioria delas realizaram seus investimentos de modo meramente
intuitivo, sem nenhuma análise técnica apropriada.
27,8%
72,2%
513
Sim o
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.3 – Percentual de empresas (AELP) que fizeram ou não algum projeto
de viabilidade econômica e financeira do negócio
A Figura 4.4 – trata da dependência da renda recebida da empresa na constituição da
renda familiar, observa-se que apenas 22,2% dependem unicamente da atividade, ou seja, dos
18 empresários pesquisados, apenas 04 têm no turismo a sua única renda familiar, os demais
têm outras atividades.
22,2% 22,2% 22,2%
16,7% 16,7%
44433
Única Principal Intermediária Complementar Insignificante
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.4 – Fonte de Renda dos empresários
Quanto à fonte de recursos para investimento no negócio, observa-se na Figura 4.5,
que apenas 5,6% utilizaram o banco como fonte de financiamento, a maioria 77,7% utiliza
34
recursos próprios e de familiares. Tais dados permitem a seguinte interpretação, que confirma
a colocação de Beni (2003, p. 20) “existe uma real falta de capital, particularmente para gerar
roteiros tradicionais, novas instalações e equipamentos, que resultam numa solidificação e
rigidez das estruturas. Isso se deve aos riscos estruturais envolvidos neste setor, relativos às
flutuações da demanda, e a outros riscos exógenos”. Isto leva as instituições financeiras a
estudarem novas formas de financiamento para o segmento, como por exemplo, com
prestações diferenciadas nos períodos de alta e baixa temporada.
5,6% 5,6%
33,3%
44,4%
11,1%
11682
Bancos Agiotas Familiares Próprios Empresas
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.5 – Fonte de Financiamento dos investimentos realizados pelos empresários
4.2.4 Motivação
A Figura 4.6 – representa o que motivou os empresários a realizarem seu negócio,
44,4% responderam tê-lo feito devido a empolgação com a atividade turística e, apenas, 22,2%
como oportunidade de investimento. Estes dados permitem supor que as políticas
macroeconômicas dos anos 70 e 90, de incentivo a atividade turística, despertaram
empreendedores para investirem na área, no entanto, tal ação não foi acompanhada de uma
orientação microeconômica básica, como a necessidade de elaboração de projetos de
viabilidade.
35
44,4%
22,2%
22,2%
16,7%
11,1%
8
4
4
3
2
Empolgação
com a atividade
turística
Oportunidade
de investimento Outros Aposentadoria
Ampliar a renda
familiar
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.6 – Motivação das empresas que compõem a AELP para realização do negócio
Tendo uma base histórica do comportamento e do perfil dos empresários pesquisados,
pode-se agora avaliar a percepção destes empresários quanto aos quatro fatores determinantes
das vantagens competitivas.
4.3 Análise Descritiva
Todas as variáveis que compõem o questionário estão representadas de forma gráfica
e encontram-se também em anexo para possíveis análises. As variáveis que compõem a
percepção dos pesquisados quanto aos determinantes da vantagem competitiva são analisadas
a seguir.
4.3.1 Percepção das Condições dos Fatores
Neste item da pesquisa buscou-se captar a percepção dos empresários quanto às
condições dos fatores de produção: trabalho, capital, terra e tecnologia.
x Trabalho
Considerando o trabalho como fator fundamental para a realização da atividade
turística, observa-se na figura seguinte que não existe uma grande dispersão na percepção do
empresariado pesquisa. Na Figura 4.7, observa-se o seguinte: 44,4% dos empresários
pesquisados consideram o nível de qualificação dos seus funcionários bom; 44,4%
36
consideraram regular, e 5,6% considera ruim, tendo como fator relevante nenhum empresário
apontar os extremos (péssimo e excelente). Indicando que para o empresariado pesquisado o
nível de qualificação dos funcionários da localidade é positivo.
0,0%
5,6%
44,4% 44,4%
0,0%
01880
Péssimo Ruim Regular Bom Excelente
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.7 - Consideração do nível de qualificação dos funcionários para trabalhar no turismo
Quanto ao nível de produtividade, 66,7% dos empresários consideram adequado, neste
mesmo caso, os extremos não são citados, ou seja, muito baixo e muito alto, no entanto, o
curioso é que na baixa estação a produtividade é muito baixa, merecendo um aprofundamento
do estudo, conforme Figura 4.8.
0,0%
16,7%
66,7%
11,1%
0,0%
031220
Muito baixo Baixo Adequado Alto Muito alto
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.8 - Consideração do nível de produtividade dos funcionários
37
Para Porter (1999, p. 172)
o principal objetivo do país consiste em proporcionar um padrão de vida elevado e
crescente para os cidadãos. A capacidade para tanto depende da produtividade com
que o trabalho e o capital atuam...A produtividade é o principal determinante do
padrão de vida de longo prazo do país; é a causa primordial da renda per capta
nacional. A produtividade dos recursos humanos determina o salário dos
empregados, a do capital estabelece o retorno gerado para seus detentores.
Quanto à quantidade de mão-de-obra disponível no litoral de Parnamirim, Figura 4.9, é
considerada para 66,7% dos empresários como adequada, o que representa uma percepção
mediana, talvez explicada pelo fato de na baixa estação existir uma disponibilidade razoável
de mão de obra, no entanto, na alta estação as empresas encontram dificuldades de contratar
funcionários da localidade, em função da demanda elevada por empregados das empresas
locais, das empresas que migram na alta estação e dos veranistas.
0,0%
16,7%
66,7%
11,1%
0,0%
031220
Muito baixo Baixo Adequado Alto Muito alto
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.9 - Quantidade de mão-de-obra disponível no litoral de Parnamrim
Já quanto ao nível de escolaridade dos empregados, Figura 4.10, 27,8% dos
empresários consideram importante, 44,4% muito importante e 22,2% consideram
imprescindível para as empresas. O que demonstra a valorização do empresariado pesquisado
para com o nível de escolaridade dos seus funcionários.
38
0,0%
5,6%
27,8%
44,4%
22,2%
01584
Muito pouco
importante
Pouco
importante
Importante Muito importante Imprescindível
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.10 - Importância do nível de escolaridade do(s) funcionário(s) para o
funcionamento da empresa
Analisando o fator trabalho, na perspectiva dos empresários do litoral de Parnamirim,
pode-se dizer que consideram o nível de qualificação dos trabalhadores como bom, uma
produtividade adequada, pouca disponibilidade de mão de obra, e ser esse nível de
qualificação muito importante para as empresas.
Tais informações permitem imaginar já existir na localidade uma mão-de-obra que
pode representar um diferencial competitivo, pois, segundo Porter (1999, p.228)
Os aglomerados também proporcionam vantagens de abastecimento semelhantes,
embora não idênticas, em termos de empregados especializados. O aglomerado
dispõe de um pool de pessoal com essas características, reduzindo os custos de busca
e de transação no recrutamento e possibilitando maior compatibilização entre pessoas
e cargos.
x Capital
Quanto ao fator capital, pode-se observar na Figura 4.11, que 55,6% dos empresários
consideram o retorno do investimento realizado como abaixo do esperado, apesar de 38,9%
ter considerado esse retorno de acordo com o esperado, vale lembrar que a maioria dos
empresários não realizou projetos de viabilidade econômica e financeira, conforme foi
apontado na Figura 4.3.
39
16,7%
38,9% 38,9%
5,6%
0,0%
37710
Muito abaixo do
esperado
Abaixo de
esperado
O que era
esperado
Acima do
esperado
Muito acima do
esperado
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.11 - Opinião sobre o retorno do investimento
Os últimos investimentos de infra-estrutura realizados no litoral provocaram um
aumento no patrimônio para 55,6% dos empresários pesquisados, enquanto para 44,4%
permaneceu o mesmo. Isso demonstra que existe uma relação entre os investimentos em infra-
estrutura realizados pelo Estado na localidade e a valorização do patrimônio privado.
0,0% 0,0%
44,4%
55,6%
0,0%
008100
Diminuisse
muito
Diminuisse Mantivesse o
mesmo
Aumentasse Aumentasse
muito
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.12 - Opinião sobre os últimos investimentos em Infra-estrutura como
Rota do Sol, Aeroporto e Iluminação
40
Quando perguntados se o mesmo investimento tivesse sido realizado na Cidade de
Natal, os empresários em sua maioria responderam que o seu retorno seria superior e muito
superior ao que está sendo obtido no litoral de Parnamirim, conforme se observa na Figura
4.13. Tal fato pode ser explicado pelo crescimento marginal no Município devido o
crescimento turístico da capital, além do ciclo sazonal existente.
0,0%
11,1% 11,1%
44,4%
33,3%
02286
Muito inferior Inferior Igual Superior Muito superior
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.13 - Avaliação o retorno de capital, caso o empresário tivesse realizado o mesmo
investimento na Cidade de Natal
Considerando o fator capital, pode-se dizer que os empresários do litoral de
Parnamirim, em sua maioria, não têm na atividade turística sua principal ou única fonte de
renda. O retorno do investimento no período pesquisado é abaixo do esperado. Isso os leva a
achar que se tivessem realizado o mesmo investimento em Natal o retorno seria maior, que as
maiores fontes de financiamentos dos seus negócios foram os recursos familiares e próprios e
que as obras de infra-estrutura fizeram valorizar seu patrimônio.
As informações coletadas permitem diagnosticar terem a maioria dos empresários
outras fontes de renda. Os mesmos já tinham conseguido acumular algum capital para realizar
investimentos e não obtêm o retorno esperado do seu negócio.
Entretanto, as condições do litoral de Parnamirim permitem levantar dois aspectos, o
primeiro, que pode ser positivo, é o fato dos empresários em sua maioria não dependerem do
capital financeiro e terem outra fonte de renda, isso permite a sobrevivência da chamada baixa
estação, o segundo, negativo, é o baixo retorno do capital que pode provocar um desestimulo
41
na atividade produtiva, não despertando a importância da inovação, da criação e da renovação
para geração de vantagens competitivas.
x Terra e Tecnologia
Quanto ao fator terra ocorreu uma valorização dos terrenos comprados no litoral,
segundo a percepção da maioria dos empresários, conforme se pode observar na Figura 4.14.
Pode-se considerar que tal fato tenha ocorrido pelos investimentos em infra-estrutura
realizados na localidade e pela expansão das residências secundárias que vem ocorrendo de
forma crescente.
0,0% 0,0%
5,6%
77,8%
16,7%
0 0 1143
Muito inferior Inferior Igual Superior Muito superior
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.14 - Avaliação do valor do terreno que o empresário comprou para abrir o
negócio, comparando com os dias de hoje
Avaliando a Figura 4.15, observa-se que apesar das empresas pesquisadas terem em
sua essência a prestação de serviços, 55,6% dos empresários consideraram a tecnologia como
muito importante ou essencial para realização das suas atividades, o que sinaliza uma certa
abertura a novas ferramentas de comercialização turística, como a internet.
42
5,6% 5,6%
33,3%
27,8% 27,8%
11655
Sem importância Pouca
importância
Razoável Muita importância Essencial
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.15 - Importância da tecnologia para o funcionamento do negócio
Neste aspecto pesquisado, pode-se dizer que as empresas tiveram uma valorização
dos imóveis e que existe uma certa escassez de terrenos para novos investimentos, que a
tecnologia é considerada importante para as empresas e que a maioria encontra-se no mesmo
patamar de uso dessa ferramenta. Tal aspecto permite supor a valorização e a escassez da terra
como sendo um atrativo para novos investimentos. Isso induz à competição, e utilização da
tecnologia como ferramenta para atrair demanda de forma cooperada. Segundo Porter (1999,
p. 237) “muitas, se não a maioria, das novas empresas se instalam em aglomerados existentes
e não em localidades isoladas”.
4.3.2 Percepção das Condições da Demanda
Conhecer a demanda por seu produto é fundamental para estabelecer sua estratégia de
funcionamento, no entanto, o turismo é um segmento da economia que tem uma grande
deficiência de informações.
x Demanda
Comparando a percepção dos empresários pesquisados, quanto à demanda pelo seu
estabelecimento, Figura 4.16, observa-se que o comportamento apresenta uma certa
conformidade, inclusive se comparado com a Figura 1.1, do fluxo de visitas ao maior cajueiro
do mundo, demonstrado que janeiro é o mês de maior demanda turística.
43
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Ordem numérica
Hospedagem
Refeição
Turismo
Artesanato
Imobiliária
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.16. Percepção dos empresários quanto a demanda pelo estabelecimento, por ordem crescente
Na Figura 4.17, observa-se que à média, o mês de maior demanda é Janeiro, seguido
por Fevereiro, Dezembro e Julho, sendo apontado pelos empresários, os meses de Março,
Abril, Maio e Junho como os de menor demanda.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Ordem numérica
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.17 – Percepção da demanda média dos empresários
44
Como já foi analisado, o mês de maior demanda é janeiro, seguido por fevereiro e
dezembro. No entanto, observa-se na Figura 4.18 que 55,6% dos empresários responderam
nunca ou quase nunca terem uma sobre-utilização da sua estrutura, apenas uma empresa
respondeu que nos três meses de maior procura, a demanda é maior que a possibilidade de
atender, representando a existência de um excesso de oferta na localidade.
16,7%
38,9%
27,8%
11,1%
5,6%
37521
Nunca Quase nunca As vezes Quase sempre Sempre
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.18 - Freqüência nos três meses de maior procura, onde a demanda é maior que a
possibilidade de atender.
Quando comparada à demanda existente com as empresas similares localizadas em
Natal, mais uma vez o desempenho é menor. As empresas similares localizadas em
Parnamirim em sua maioria têm uma demanda maior que as localizadas no litoral, na
percepção de 55,6% dos empresários pesquisados, conforme pode ser observado na Figura
4.19. O que demonstra uma certa coerência quanto ao retorno do investimento realizado em
Parnamirim, comparando com a possibilidade de ter realizado em Natal. Ou seja, se a
demanda é maior em Natal é esperado que o retorno, também seja maior, uma vez existirem
melhores meios de acesso, infra-estrutura, concentração e diversificação de ofertas turísticas,
entre outros.
45
5,6%
50,0%
33,3%
0,0%
11,1%
19602
Muito inferior Inferior Igual Superior Muito superior
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.19 - Situação da demanda pelos produtos e serviços, comparando com empresas
similares localizadas em Natal
x Cliente
Analisando a Figura 4.20 – que representa a procedência dos turistas visitantes do
litoral de Parnamirim, segundo opinião dos empresários, os que mais demandam são da
Região Sudeste do país, acompanhado pela região Nordeste e da capital do estado, sendo
muito pequeno o turismo estrangeiro.
0
2
4
6
8
10
12
1º Lugar 2º Lugar 3º Lugar 4º Lugar 5º Lugar 6º Lugar 7º Lugar
Estrangeiro
Sudeste
Outras regiões
RN
Com. Local
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.20 – Percepção dos empresários quanto a demanda
46
Neste sentido Porter (1999, p. 186) coloca que “a composição e a natureza do mercado
doméstico em geral exercem um efeito desproporcionalmente elevado sobre como as
empresas percebem, interpretam e respondem às necessidades dos compradores”.
Quanto ao nível de exigência da qualidade dos produtos e serviços, observa-se na
Figura 4.21 que os consumidores de Natal, do Sudeste e no Nordeste são os mais exigentes,
segundo os empresários pesquisados. Segundo Porter (1999, p. 187) “as empresas de um país
ganharão vantagem competitiva se os compradores domésticos forem os mais sofisticados do
mundo e mostrarem-se exigentes em relação aos produtos e serviços”. Pode-se concluir,
portanto, que no Litoral de Parnamirim, quanto à composição e a natureza da demanda, que
existem condições para conquistar vantagens competitivas.
0
2
4
6
8
10
12
Lugar Lugar Lugar Lugar Lugar Lugar Lugar
Estrangeiro
Sudeste
Outras regiões
RN
Com. Local
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 21 – Percepção dos empresários quanto ao nível de exigência
Ao levantar a percepção das condições da demanda dos empresários no litoral de
Parnamirim, observa-se o comportamento da demanda e o perfil do cliente que utiliza os bens
e os serviços da localidade.
Os empresários pesquisados consideram que ter conhecimento do perfil do cliente é
muito importante para o seu negócio, tendo 83,4% dos respondentes considerado muito
importante ou fundamental conhecer o perfil e o nível de exigência dos seus clientes.
47
0,0% 0,0%
16,7%
27,8%
55,6%
003510
Sem
importância
Pouca
importante
Importante Muito
importante
Fundamental
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.22 - Grau de importância para o negócio conhecer o perfil e o nível de exigência dos
seus clientes
Nesse aspecto pesquisado, observa-se que a demanda está concentrada em três meses
do ano, que a maioria dos estabelecimentos não chegam, mesmo neste período, a ter uma
sobrecarga de produção, que algumas empresas aumentam seus preços e outras não e que a
demanda é inferior a de Natal, para a maioria. Considerando o perfil do cliente, observa-se
que a base é do Sudeste do país, sendo, também os mais exigentes e que os empresários
consideram fundamental conhecer o perfil e o nível de exigência da sua clientela. Tais
aspectos posicionam o litoral de Parnamirim de forma marginal quanto à demanda de turistas,
no entanto, o perfil e o nível de exigência da clientela doméstica permite observar
possibilidades de vantagens competitivas.
4.3.3 Percepção dos setores Correlatos de Apoio
Neste item da pesquisa, procurou-se captar a percepção dos empresários quanto à
cadeia de suprimentos existente da localidade, e a percepção das ações do governo na região.
x Cadeia de Suprimentos
No tocante a disponibilidade dos insumos de produção no litoral de Parnamirim, pode-
se observar na Figura 4.23, que 44,4% dos empresários consideram regular a disponibilidade
de insumos, apenas 5,6% considera grande e, os demais: pequena e muito pequena. Donde
48
pode-se concluir que os empresários não estão satisfeitos com a quantidade de empresas
fornecedoras de insumos básicos localizadas no litoral.
16,7%
27,8%
44,4%
5,6%
0,0%
35810
Muito pequena Pequena Regular Grande Muito grande
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.23 - Avaliação da disponibilidade dos insumos de produção no Litoral
de Parnamirim.
Quanto à importância de que o fornecimento dos insumos básicos fosse realizado por
empresas locais, a figura 4.24 demonstra que 56,6% dos empresários pesquisados consideram
muito importante e 16,7% fundamental, isso indica ser importante para os empresários,
surgirem empresas fornecedoras de suprimento na localidade.
0,0%
5,6%
22,2%
55,6%
16,7%
014103
Sem
importância
Pouca
importante
Importante Muito
importante
Fundamental
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.24 - Importância para o negócio que os insumos necessários à
produção sejam de empresas locais
49
Quanto ao custo de insumos básicos como energia, água e telefone, pode-se observar
no Anexo I, que a maioria dos empresários considera alto, no entanto, foi no item telefone que
se observou a maior incidência de muito alto com 88,2%. Isso pode ser explicado pelo fato
do litoral fazer parte da cidade de Parnamirim, mas não ter área conurbada com Natal, em
decorrência da Barreira do Inferno, todas as ligações entre as localidade de Pirangi do Norte,
Cotovelo e Pium entre si, a sede do município e as demais cidades são Discagem Direta a
Distância (DDD), encarecendo as constas telefônicas.
No tocante ao relacionamento com os fornecedores, Figura 4.25, 33,3% dos
empresários responderam que mantêm um relacionamento pessoal com todos os fornecedores
e 27,8% com a maioria dos fornecedores, de acordo com a Figura 4.25. Segundo Porter (1999,
p. 239), “boa parte da vantagem competitiva dos aglomerados depende do livre fluxo de
informações, da descoberta de intercâmbios e transações agregadoras de valor, da disposição
de alinhar agendas e atuar além das fronteiras empresariais e da forte motivação para os
aprimoramentos”.
33,3%
27,8%
5,6%
22,2%
5,6%
65141
Todos Maioria Metade Poucos Nunhum
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.25 – Nível de relacionamento com os fornecedores
Na figura 4.26, observa-se a importância, para os empresários pesquisados, das
agências e das operadoras de turismo, 33,3% consideram fundamental, 16,7% muito
importante, 27,8% importante, 11,1% pouco importante e 5,6% sem importância. Os dados
indicam a importância das agências e das operadoras de turismo para as empresas, sinalizando
50
que um dos caminhos para enfrentar a sazonalidade é fortalecer o relacionamento com essas
empresas.
5,6%
11,1%
27,8%
16,7%
33,3%
12536
Sem importância Pouca importante Importante Muito importante Fundamental
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.26 – Grau de importância das agências e as operadoras de turismo para a empresa.
De acordo com Figura 4.27 abaixo, 38,9% dos respondentes consideraram
fundamental a existência de empresas complementares, 11,1% consideraram muito
necessário, 33,4% necessário e 16,7% pouco necessário. O turismo é uma atividade que exige
inúmeros serviços complementares.
0,0%
16,7%
33,3%
11,1%
38,9%
03627
Desnecessário Pouco
necessário
Necessário Muito necessário Fundamental
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.27 – Opinião quanto à necessidade para a empresa que existam empresas
complementares à mesma atividade
51
Porter (1999, p. 230) coloca que:
No turismo, por exemplo, a qualidade da experiência do visitante depende não só do
apelo da principal atração (como praias ou localidades históricas), mas também do
conforto e do serviço dos hotéis, restaurantes, lojas de suvenires, aeroportos, outros
meios de transporte e assim por diante...O mau desempenho de uma delas
compromete o êxito das demais.
x Governo
Neste item se buscar observar a percepção dos empresários da localidade estudada
quanto à ação dos governos e entidades de suporte. Na Figura 4.28, demonstra-se o grau de
importância conferida à infra-estrutura pelos empresários. Observa-se que 50% consideraram
muito alta, 5,6% alta, 27,8% média e 16,7% baixa. Vale lembrar que a localidade pesquisada
recebeu investimentos do PRODETUR I em infra-estrutura.
0,0%
16,7%
27,8%
5,6%
50,0%
03519
Muito baixa Baixa dia Alta Muito alta
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.28 - Grau de importância da infra-estrutura turística do Litoral de
Parnamirim para a atividade da empresa
Quando questionados sobre as estruturas de apoio como Universidades, SEBRAE e
SENAC, os empresários deram uma importância alta a estes segmentos, conforme se pode
observar na Figura 4.29, 83,3% dos empresários consideraram alta ou muito alta a
importância do SEBRAE e do SENAC para capacitar a comunidade local.
Ainda segundo Porter (1999, p. 232):
Os investimentos públicos em instituições especializadas, programas educacionais,
informação, feiras comerciais e outras modalidades que beneficiam o aglomerado
são estimulados pela qualidade e visibilidade dos participantes deste último e pelo
52
número de empresas sujeitas aos benefícios dos “extravasamentos” desses
investimentos.
0,0%
5,6%
11,1%
22,2%
61,1%
012411
Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.29 - Grau de importância do SEBRAE e o SENAC para capacitar a comunidade local.
Cuidar da infra-estrutura urbana existente, conforme Figura 4.30, é de alta importância
para 77,8% dos empresários pesquisados, demonstrando que não é importante só construir
escola, hospital, praça, entre outros, mas mantê-las também é importante.
0,0%
11,1%
5,6% 5,6%
77,8%
021114
Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.30 - Grau de importância quanto ao cuidado com infra-estrutura urbana
(Escola, hospital, praça, limpeza, iluminação, etc) no litoral de Parnamirim para
o crescimento da atividade da empresa.
53
Por fim, perguntou-se da importância do Governo intervir para promover o
desenvolvimento do Município. Para os empresários pesquisados 66,7% consideram muito
alta, 16,7% acharam alta, repetindo o mesmo percentual para os que acharam média. Os dados
coletados permitem considerar que existe um forte indicativo de dependência dos empresários
pela intervenção do Estado.
0,0% 0,0%
16,7% 16,7%
66,7%
003312
Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.31 - Grau de importância de o Governo intervir para promover o
desenvolvimento do Município.
Concluído este item, pode-se dizer que as empresas pesquisadas consideram
importante a participação do Governo na infra-estrutura, na capacitação, na manutenção e na
promoção do desenvolvimento da localidade e, nesse sentido, Porter (1999, p. 197) coloca que
“as políticas governamentais bem-sucedidas são aquelas que criam um ambiente em que as
empresas são capazes de ganhar vantagem competitiva, e não aquelas que envolvem o
governo diretamente no processo, com exceção dos países que ainda se encontram no início
do processo de desenvolvimento”.
4.3.4 Percepção da Estratégia da Empresa, Estrutura e Rivalidade
Neste item, o objetivo é revelar a percepção dos empresários quanto à estrutura interna
da empresa, as estratégias adotadas e o nível de rivalidade e o comportamento associativista
existente.
54
x Estrutura
Todas as empresas localizadas no litoral de Parnamirim são avaliadas pelos
empresários como de pequeno e médio porte, tendo 27,8% dos pesquisados considerados
como Familiar de Pequeno Porte, 27,8% Familiar de Médio Porte e 27,8% Profissional de
Pequeno Porte. Apenas 11,1% consideraram Profissional de Médio Porte, conforme Figura
4.32. Portanto, a maioria das empresas tem um gerenciamento familiar, onde a própria familiar
participa da atividade produtiva.
27,8% 27,8% 27,8%
11,1%
0,0%
55520
Familiar de
pequeno porte
Familiar de médio
porte
Profissional de
pequeno porte
Profissional de
médio porte
Grande porte
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.32 - Consideração quanto ao gerenciamento da empresa
Na Figura 4.33, observa-se que apenas 22,2% dos empresários têm apenas o Ensino
Fundamental, 38,9% tem o Ensino Médio e repete-se o mesmo percentual para o Nível
Superior. Tais dados indicam um bom nível educacional do empreendedor da localidade.
Ainda consoante Porter (1999, p. 191) “a motivação individual para trabalhar e ampliar suas
qualificações também é importante para a vantagem competitiva. O talento notável é um
recurso escasso na maioria dos países. O êxito de um país depende, em grande parte, do tipo
de educação escolhido pelas pessoas talentosas, suas opções em termos de trabalho e seu grau
de comprometimento e esforço”.
55
0,0%
22,2%
38,9% 38,9%
0,0%
Sem instrução Ensino
Fundamental
Ensino Médio Nível Superior Pós-graduação
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.33 - Nível educacional do empreendedor
Para 38,9% dos entrevistados o maior investimento realizado na empresa foi em ativos
físicos e 27,8% em habilidade humana, conforme se observa na Figura 4.34. Considerando
que a atividade turística é baseada na prestação de serviços, espera-se que o maior
componente de investimento das empresas seja em seres humanos.
Observa-se, portanto, uma inversão de valores a serem investidos pelas empresas
localizadas no litoral de Parnamirim. Segundo Porter (1999, p. 184) “o país não herda, mas,
ao contrário, cria os mais importantes fatores de produção – como recursos humanos
qualificados ou base científica”.
38,9%
27,8%
0,0%
11,1%
5,6% 5,6%
11,1%
75 2112
AF HH TC AF e HH AF e TC HH e TC AF, HH e
TC
A
F: Ativos físicos
HH: Habilidade Humana
TC: Tecnologia
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.34 - Maior investimento realizado na empresa.
56
x Estratégia e Rivalidade
De acordo com a Figura 4.35 abaixo, 38,9% dos pesquisados disseram que sempre é
positiva a importância da competição, 38,9% disseram que pode ser positiva e 22,2% que pode
ser ruim ou positiva. Nenhum dos pesquisados disse poder ser ruim ou certamente é ruim a
competição. Donde se conclui que os empresários percebem que a competição pode ser
positiva para estimular seus negócios. Porter (1999, 192) coloca que “de todos os pontos do
“diamante”, a rivalidade doméstica é, segundo se entende, o mais importante , em razão do
poderoso efeito estimulante sobre os demais”.
0,0% 0,0%
22,2%
38,9% 38,9%
00477
Certamente é
ruim
Pode ser ruim Pode ser ruim ou
positiva
Pode ser positiva Sempre é
positiva
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.35 - Avaliação da importância da competição.
Na Figura 4.36, 33,3% das empresas pesquisadas responderam que não lançaram
nenhum novo produto ou serviço no mercado no ano de 2003 e 67,7% lançaram pelo menos
um. Tais dados indicam que a maioria das empresas pesquisada está preocupada com a
inovação e criação de novos produtos no mercado.
Ainda citando Porter (1999, p. 192) “os rivais locais empurram uns aos outros para
menores custos, para a melhoria da qualidade e dos serviços e para a criação de novos
produtos e processos....O êxito de um rival doméstico demonstra aos demais a possibilidade
do avanço e, muitas vezes, atrai novos rivais para o setor”.
57
33,3%
16,7%
27,8%
11,1% 11,1%
63522
Nenhum Um Dois Três Mais de três
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.36 - Freqüência com que a empresa lançou algum produto ou serviço
novo no mercado no ano de 2003.
A Figura 4.37 mostra o comportamento das empresas quanto à variável preço como
diferencial competitivo, para 44,4% do empresariado nunca ter utilizado o preço como
variável competitiva, 16,7% responderam que poucas vezes, 33,4% às vezes e, apenas, 5,6%
quase sempre. Pode-se dizer que o empresariado local não tem na baixa do preço, frente aos
concorrentes, a arma para conquistar clientes, o que é interessante, pois Teixeira (1991, p.172)
coloca que na baixa estação alguns hotéis reduzem os preços das diárias para manter-se no
mercado, mesmo sabendo que não são suficientes para cobrir seus custos.
Acompanhando a visão de Porter (1999, p.172) que é a produtividade que dá realce à
competitividade de um país, “o crescimento sustentado da produtividade exige que a
economia sempre se aprimore a si mesma. As empresas devem melhorar de forma implacável
a produtividade dos setores existentes, adicionando características desejáveis, desenvolvendo
a tecnologia de produtos ou impulsionando a eficiência da produção”.
58
44,4%
16,7%
33,3%
5,6%
0,0%
83610
Nunca Poucas vezes Às vezes Quase sempre Sempre
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.37 - Freqüência com que a empresa tem que baixar o preço frente aos
concorrentes para ampliar o número de clientes.
Consoante a Figura 4.38, 50% dos pesquisados disseram que não participaram de
nenhuma feira, congressos e eventos turísticos no ano de 2003. Considerando-se que a
Secretaria de Turismo do Governo do Estado participou de todas as feiras nacionais e
internacionais de destaque no ano de 2003, fica evidenciado que parte do empresariado local
está distante das ações do Estado.
50,0%
5,6%
16,7%
11,1%
16,7%
91323
Nenhuma Uma Duas Três Mais de três
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.38 - Freqüência com que a empresa participou de feiras, congressos e
eventos turísticos no ano de 2003
59
Avaliando-se as estratégias e rivalidades existentes na localidade, pode-se dizer que
existe um ambiente competitivo, onde a competição é positiva para o incremento dos
negócios, que a maioria das empresas da localidade buscam lançar novos produtos e serviços
no mercado, que o preço não tem sido usado como uma variável competitiva, não entrando,
portanto, na guerra de preços que muitas vezes tem sido estabelecida, que, entretanto, não têm
participado de feiras, congressos e eventos para divulgar e negociar seus produtos.
x Associação
Na Figura 4.39, 44,4% dos pesquisados consideraram muito importante sua
participação na AELP, 22,2% consideraram de fundamental importância, mesmo percentual
para importante e, apenas, 11,1% consideram pouco importante apesar de continuarem
participando da associação.
Segundo Porter (1999, p. 274) “as associações comerciais, representando a totalidade
ou a maioria dos participantes dos aglomerados, são capazes de conquistar maior atenção e
exercer maior influência do que os membros individuais; ademais, os órgãos associativos ou
coletivos são meios para compartilhar custos”.
0,0%
11,1%
22,2%
44,4%
22,2%
02484
Sem
importância
Pouco
importante
Importante Muito importante Fundamental
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.39 - Grau de importância para o negócio, a participação em uma
Associação dos Empresários do Litoral de Parnamirim
Quanto ao nível de confiança entre as empresas que participam da AELP, observa-se
na figura 4.40, que 44,4% dos empresários consideraram que existe um nível regular de
confiança, 33,3% bom nível de confiança e 5,6% excelente. Para que se possa estabelecer
60
aspirações compartilhadas, faz-se necessário que se tenha confiança. A confiança é o regente
da ação coletiva, sem ela não é possível pensar nem agir de forma conjunta.
Para Porter (1999, p.240), os benefícios da confiança e da permeabilidade
organizacional, fomentados pelas sucessivas interações e pelo senso de dependência mútua
dentro de uma região ou cidade lubrificam as interações dentro dos aglomerados, que
aumentam a produtividade, estimulam a inovação e resultam na criação de novas empresas.
5,6%
11,1%
44,4%
33,3%
5,6%
12861
Não existe Baixo Regular Bom Excelente
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.40 - Nível de confiança existente entre as empresas que participam da
Associação.
Quanto à percepção dos ganhos diretos ou indiretos que possam ter ajudado a empresa
do pesquisado, 22,2% disseram que nunca tinham recebido nenhum ganho. O restante 87,8%
já tinha recebido algum ganho, conforme Figura 4.41, isto reforça a idéia que a consolidação
de uma ação conjunta passa pelas perspectivas de ganho, de resultados perceptíveis
econômicos e financeiros de cada empresa individual.
61
22,2%
27,8% 27,8%
11,1% 11,1%
Nunca Poucas vezes As vezes Quase sempre Sempre
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.41 - Freqüência com que a empresa tem recebido algum ganho
direto ou indireto que possa ter ajudado a atividade da empresa.
De acordo com a Figura 4.42, 55,5% dos empresários afirmaram que quase sempre ou
sempre, as discussões de interesse comum têm sido a prática da Associação, insto pode
explicar a existência de reuniões semanais na AELP, com a participação ativa de alguns
associados. Algo raro na maioria das associações.
5,6%
11,1%
27,8%
33,3%
22,2%
12564
Nunca Poucas vezes As vezes Quase sempre Sempre
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.42 - Freqüência com que as discussões de interesses comuns têm sido
a prática da Associação.
62
Nesse item pode-se dizer que existem elementos que possibilitam a formação de um
aglomerado produtivo na região, pelo fato da associação apresentar um alto índice
importância para os associados, de apresentar confiança entre os parceiros, tendo sido
externado pelos pesquisados que as discussões de interesses comuns têm sido sua prática,
além de já ter apresentado algum ganho para a maioria dos participantes.
4.4 Avaliação dos Cenários
Com o objetivo de verificar a percepção dos empresários quanto às formas de
organização turística que fosse de melhor conveniência para os seus negócios, se criou quatro
cenários. O primeiro com as características dos clusters marshalian, onde pequenas e médias
empresas se uniriam para formar um aglomerado na localidade. O segundo hub-and-apoke,
onde na localidade seria construído um grande hotel que atrairia clientes para a região. O
terceiro com características de satellite industrial platform, sendo construído na localidade
um grande resort com diversas empresas de suporte. O quarto com características de state-
anchored industrial district, onde na localidade seria construído um grande centro de
convenções pelo Governo, com o objetivo de atrair eventos.
Conforme se pode observa na Figura 4.43, 66,7% dos empresários pesquisados
fizeram opção pela construção de um centro de convenções pelo Governo, como forma de
atrair eventos e, por conseguinte, incrementar seus negócios. 16,7% elegeram a formação de
cluster mashalian, 5,6% a construção de um resort e 11,1% de um grande hotel. Os dados
apresentados indicam uma forte dependência dos empresários da localidade com ações do
Governo, no entanto, existe um grupo que já tem uma percepção de formação de cluster, o que
pode ser considerado como positivo.
63
16,7%
11,1%
5,6%
66,7%
32112
Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 Cenário 4
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.43 - Melhor cenário para o negócio na opinião do empresário
4.5 Resultados da Análise de Clusters
A partir da divisão em grupos, foi realizada uma Análise de Variância para descobrir
quais variáveis mais contribuíram na discriminação entre os conglomerados. A tabela 4.1
apresenta os grupos de questões cujos dados foram cruzados.
Tabela 4.1 – Grupos de questões cujos dados foram cruzados
Grupos Questões
Percepção das Condições dos Fatores Questões 01 a 14
Percepção das Condições da Demanda Questões 15 a 21
Percepção dos Setores Correlatos de Apoio Questões de 22 a 33
Percepção da Estratégia da Empresa, Estrutura e Rivalidade Questões de 34 a 53
Avaliação de Cenários Questões de 54 a 62
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
As variáveis foram escolhidas baseadas num nível descritivo de 0,05 (5%) resultado
da Análise de Variância indicando quais variáveis são importantes na separação dos grupos
(ou seja, p d 0,05).
Avaliando todas as variáveis observa-se a formação de dois clusters com seis
variáveis, conforme Tabela 4.2:
64
Tabela 4.2 – Variáveis significante na separação dos clusters
Variáveis p-valor
PCF_T5 – Referente à importância do nível de escolaridade 0,05
PCF_C8 – Referente a investimento em infra-estrutura x valorização do patrimônio 0,00
PCD_D14 – Referente ao aumento de preços na alta estação 0,01
PEE_A44 – Referente a importância de participar da AELP 0,01
PEE_A47 – Referente aos ganhos diretos ou indiretos recebidos por participar da
AELP
0,01
PEE_A48 – Referente a freqüência que participa das reuniões 0,00
A Figura 4.44 ilustra os resultados da análise de clusters incluindo todas as variáveis.
Cluster
No. 1
Cluster
No. 2
Plot of Means for Each Cluster
Variables
2
3
4
5
6
7
8
9
10
PCF_T5 PCF_C8 PCD_D14 PEE_A41 PEE_A44 PEE_A45
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.44 – Formação de clusters incluído todas as variáveis
Observa-se que 08 empresários pesquisados fazem parte do Cluster 1 e 10 fazem parte
do Cluster 2. Na análise das percepções dos empresários observa-se que os cluster foram
formados na seguinte distribuição: 02 nas condições dos fatores; 01 nas condições da
demanda e 03 na estratégia e rivalidade.
65
Analisando as condições dos fatores, percebe-se: os que fazem parte do Cluster 1
valorizam mais a escolaridade dos funcionários que os do Cluster 2, e quanto ao investimento
realizado em infra-estrutura para este aglomerado seu patrimônio permaneceu o mesmo,
enquanto para o segundo houve um aumento do patrimônio.
Já na percepção das condições da demanda, os empresários que fazem parte do Cluster
1 quase sempre aumentam seus preços nos meses de maior demanda, enquanto os que fazem
parte do Cluster 2, quase nunca aumentam seus preços;
Por fim, ao analisar as estratégias e rivalidade observa-se que a formação dos clusters
se deu no item referente à associação, o primeiro aglomerado acredita que a participação na
AELP é muito importante, aproximando-se de fundamental, enquanto, o segundo aglomerado
considera importante. Quanto ao recebimento de algum ganho direto ou indireto o Cluster 1
assinala que obteve algumas vezes ganhos, aproximando-se de muitas vezes, enquanto, o
Cluster 2 assinala que poucas vezes recebeu algum ganho. Quanto a participação nas reuniões
o Cluster 1 sempre participa das reuniões da associação, enquanto, o Cluster 2 assinala que
poucas vezes participam da reunião.
Pode-se dizer, portanto, que os empresários do Cluster 1, possuem as seguintes
características: a) consideram muito importante a escolaridade dos funcionários; b) não
tiveram valorização do patrimônio em função dos investimentos em infra-estrutura; c) às
vezes aumentam seus preços na alta estação; d) consideram muito importante participarem da
AELP; e) algumas vezes já obtiveram ganhos direto ou indireto por fazerem parte da AELP e
f) sempre participam das suas reuniões.
Já os empresários do Cluster 2, possuem as seguintes características: a) consideram
importante a escolaridade dos funcionários; b) aumentaram seu patrimônio em função dos
investimentos em infra-estrutura; c) quase nunca aumentam seus preços na alta estação; d)
consideram importante a participação na AELP; e) poucas vezes obtiveram algum ganho
direto ou indireto por fazer parte da AELP e f) poucas vezes participam da sua reunião.
Analisando as variáveis por determinantes de percepção, observa-se a seguinte
distribuição:
4.5.1 Percepção das Condições dos Fatores
A percepção das condições dos fatores é composta de 14 questionamentos, dos quais
apenas 03 apresentaram significância suficiente para formação de clusters, conforme pode ser
observado na Tabela 4.3.
66
Tabela 4.3 Significância das diferenças entre as médias das variáveis referentes a percepção das
condições dos fatores
Variável p-valor
PCF_C10 - Avaliação do retorno do investimento comparando com Natal 0,05
PCF_T12 - Avaliação da disponibilidade de terra para novos investimentos 0,00
PCF_T13 - Importância da tecnologia para o seu negócio 0,02
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
O Cluster 1 é formado por 14 empresas e o Cluster 2 por 04 empresas. Para o primeiro,
os investimentos realizados no litoral de Parnamirima teriam tido um retorno superior se o
mesmo investimento tivessem sido realizado em Natal, conforme pode ser observado na
Figura 4.45; para o segundo, o retorno teria sido muito superior. Observa-se, portanto, que
para ambos os casos, se tivessem realizado o mesmo investimento na capital do Estado,
teriam tido retorno superiores, o que os diferenciam é a intensidade.
No tocante à disponibilidade de terra, o Cluster 1 responde que é razoável a
disponibilidade de terra, enquanto, o Cluster 2 considera que existe muita terra disponível na
localidade para realização de novos investimentos. Para ambos os aglomerados, ainda existe
terra disponível na localidade para realização de novos investimentos turísticos, sinalizando a
possibilidade de ações para atrair investidores.
Quanto à importância da tecnologia para o funcionamento da empresa, o Cluster 1
considera de razoável importância, já o Cluster 2 considera essencial. Levando em
consideração que a atividade turística é baseada na prestação de serviços, portanto, no contato
direto das pessoas com o cliente, é de se esperar que a tecnologia não tenha tanta importância.
Sendo o Cluster 1 formado pela maioria dos empresários, pode-se dizer que a maioria
considera que se tivesse realizado o mesmo investimento na cidade de Natal, teria tido um
retorno superior, que a disponibilidade de terra é razoável e que a tecnologia é de razoável
importância.
67
Cluster
No. 1
Cluster
No. 2
Plot of Means for Each Cluster
Variables
4
5
6
7
8
9
10
PCF_C10 PCF_T12 PCF_T13
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.45 – Formação de clusters na percepção dos custos dos fatores
4.5.2 Percepção das Condições da Demanda
A percepção das condições de demanda é composta de 07 questionamentos, dos quais
apenas 01 apresenta significância suficiente para formação de clusters, conforme pode ser
observado na Tabela 4.4.
Tabela 4.4 Significância das diferenças entre as médias das variáveis referentes a percepção das
condições da demanda
Variável p-valor
PCD_17 - Aumento de preços durante a alta estação 0,00
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003.
O Cluster 1 é formado por nove empresas e o Cluster 2 pela mesma quantidade. Na
Figura 4.46, pode ser observado que para o primeiro quase sempre ocorre aumento de preços
na alta estação turística, já para o segundo quase nunca ocorre aumento de preços.
Considerando que o aumento de demanda na economia geralmente indez à elevação de
preços, era de se esperar que as empresas pesquisadas tivessem aumento de preços na alta
estação. No entanto, tal fato pode não ocorrer por não existir sobre-utilização da capacidade
produtiva de algumas empresas.
68
Cluster
No. 1
Cluster
No. 2
Plot of Means for Each Cluster
Variables
1
2
3
4
5
6
7
8
9
PCD_D14
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.46 – Formação de clusters na percepção das condições da demanda
4.5.3 Percepção dos Setores Correlatos de Apoio
A percepção dos setores correlatos de apoio é composta de 12 questionamentos, dos
quais 04 apresentaram significância suficiente para formação de clusters, conforme pode ser
observado na Tabela 4.5.
Tabela 4.5 - Significância das diferenças entre as médias das variáveis referentes a percepção dos
setores correlatos de apoio
Variável p-valor
PSCA_G30-Avaliação da importância da Universidade para o desenvolvimento turístico 0,00
PSCA_G31-Avaliação da importância do SEBRAE e SENAC para a capacitação da
comunidade local
0,00
PSCA_G32-Avaliação da importância do cuidado com a infra-estrutura urbana 0,00
PSCA_G33-Avaliação da importância do Governo intervir para promover o
desenvolvimento
0,00
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
O Cluster 1 é formado por quatro empresas e o Cluster 2 por catorze empresas. Para o
primeiro a importância da universidade para o desenvolvimento turístico é entre baixa e
média, e para o segundo é alta, demonstrando que para a maioria dos empresários a
69
universidade é importante para o desenvolvimento turístico da localidade, de acordo com a
Figura 4.47.
No tocante a importância do SEBRAE e SENAC o Cluster 1 considera de média
importância para capacitação da comunidade, enquanto, o Cluster 2 considera muito alta,
demonstrando que, para a maioria dos empresários, as entidade citadas têm uma importância
muito alta à capacitação da comunidade.
Quanto a importância do cuidado com a infra-estrutura urbana, o Cluster 1 considera
de média importância, já o Cluster 2 considera de importância muito alta. Levando em
consideração que a atividade turística exige o cuidado com a infra-estrutura básica com
escola, hospital, praça, limpeza, iluminação, entre outras, pode-se dizer que a maioria dos
empresários da localidade tem essa percepção.
Referindo-se a intervenção do Estado para promover o desenvolvimento turístico, o
Cluster 1 considera como de média importância, aproximando-se para alta e o Cluster 2
considera muito alta. Sendo o Cluster 2 a maioria, pode-se dizer que existe um chamamento
dos pequenos e médios empresários da região para que o governo promova o
desenvolvimento turístico, podendo ser explicado pela elevada sazonalidade da localidade
litorânea.
O Cluster 2 é composto pela maioria dos empresários que consideram de alta
importância a universidade, muito alta a importância do SEBRAE e do SENAC para
capacitação da comunidade local, muito alta a importância do cuidado com a infra-estrutura
urbana e média, a intervenção para promover o turismo, demonstrando claramente que esta
maioria considera importante as ações dos setores correlatos de apoio governamental. Neste
sentido, Porter (1999, p. 260-1) aponta os seguintes papéis do governo na economia:
x assegurar a estabilidade macroeconômica e política;
x melhorar a capacidade microeconômica geral da economia; através do aumento da eficiência e da
qualidade dos insumos básicos das empresas, esquematizados no “diamante” (mão-de-obra educada,
infra-estrutura física apropriada e informação econômica precisa e oportuna); e fomentar as
instituições que fornecem esses elementos;
x definir as regras microeconômicas gerais e a criar incentivos que regem a competição, de modo a
encorajar o crescimento da produtividade;
x facilitar o desenvolvimento e aprimoramento dos aglomerados.
x Desenvolver e implementar um programa de ação econômica de longo prazo, positivo e diferenciado;
ou um processo de mudança que mobilize o governo, as empresas, as instituições e os cidadãos para
melhorar o ambiente geral dos negócios e o conjunto dos aglomerados locais. Porter (1999, p. 260-1)
70
Cluster
No. 1
Cluster
No. 2
Plot of Means for Each Cluster
Variables
4
5
6
7
8
9
10
11
PSCA_G27 PSCA_G28 PSCA_G29 PSCA_G30
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.47 – Formação de clusters na percepção dos setores correlatos de apoio
4.5.4 Percepção da Estratégia da Empresa, Estrutura e Rivalidade
A percepção das condições dos fatores é composta de 20 questionamentos, dos quais
apenas 02 apresentaram significância suficiente para formação de clusters, conforme pode ser
observado na Tabela 4.6.
Tabela 4.6 Significância das diferenças entre as médias das variáveis referentes a percepção da
estratégia da empresa, estrutura e rivalidade
Variável p-valor
PEE_E34 - Considerações sobre o gerenciamento da empresa 0,02
PEE_A47 - Avaliação dos ganhos diretos ou indiretos por participar da AELP 0,00
PEE_A48 - Freqüência da participação nas reuniões da AELP 0,00
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
O Cluster 1 é formado por oito empresas e o cluster 2 por dez empresas. Observa-se na
Figura 4.48, que, para o primeiro, o gerenciamento da empresa é familiar de médio porte,
enquanto, para o segundo, é profissional, de pequeno porte. Sabe-se que a maioria das
empresas pesquisadas é de pequeno porte e de gerenciamento familiar, no entanto, os que
compõem o Cluster 1 consideram familiar, mas de médio porte, e os que compõem o Cluster
71
2 consideram o gerenciamento profissional de pequeno porte, mesmo sendo familiar. Tal fato
pode ser explicado por Porter (1999, p. 192), quando coloca que “os concorrentes domésticos
se envolvem em rixas acirradas, competem não apenas pela participação no mercado, mas
também por pessoas, pela excelência técnica e, talvez o mais importante, pelo “direito à
bazófia”.”
No tocante ao recebimento de algum ganho direto ou indireto que possa ter ajudado a
atividade da empresa, por participarem da AELP, o Cluster 1 considera que muitas vezes
recebeu, enquanto, o Cluster 2 considera que poucas vezes recebeu. Neste item, pode-se dizer
que a maioria dos empresários pesquisados já recebeu algum ganho por participarem da
associação, o que nos faz retornar a Souza e Botelho (2000, p. 04) “mesmo depois de
convencidos das vantagens da atuação conjunta, esta só será consolidada diante das primeiras
evidências inquestionáveis de que esforço será traduzido em resultados bastante perceptíveis
nos resultados econômicos e financeiros de cada empresa individualmente.”
Quanto à freqüência ás reuniões da associação, o Cluster 1 sempre participa da
reunião, já o Cluster 2, às vezes participa. Considerando que as reuniões da AELP são
semanais, todas as terças, as 10:00h, nas empresas participantes da associação, uma em cada
semana, pode-se dizer existir uma boa participação dos associados. Para Porter (1999, p. 275):
As associações exercem funções especialmente importantes nos aglomerados em
que prevalecem muitas empresas de pequeno e médio porte (por exemplo, turismo,
vestuário e agricultura). Esses aglomerados apresentam maior necessidade de órgãos
coletivos no exercício de atividades sensíveis à escala.
Os empresários que compõem o Cluster 1 acreditam que o gerenciamento de suas
empresas é familiar de médio porte, que muitas vezes recebeu algum ganho direto ou indireto
por participar da AELP e sempre participam da reunião. Já os que compõem o Cluster 2
assinalam um gerenciamento profissional de pequeno porte, que poucas vezes receberam
algum ganho direto ou indireto por participar da AELP e às vezes participarem de suas
reuniões.
72
Cluster
No. 1
Cluster
No. 2
Plot of Means for Each Cluster
Variables
2
3
4
5
6
7
8
9
10
PEE_E31 PEE_A44 PEE_A45
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.48 – Formação de clusters na percepção da estratégia da empresa, estrutura e rivalidade
4.6 Análise dos Cenários
A construção dos cenários apresentou o maior número de formação de clusters, pois
das 09 questões formuladas, 05 formaram aglomerados, conforme pode ser observado na
Tabela 4.7.
Tabela 4.7 Significância das diferenças entre as médias das variáveis referentes a analise dos cenários
Variável p-valor
CE_1_P2 – Avaliação da situação do seu negócio na formação de aglomerados de
pequenas e micro empresas
0,02
CE_2_P1 - Avaliação da localidade com a construção de um resort 0,00
CE_2_P2 – Avaliação da situação do seu negócio na construção de um resort na
localidade
0,00
CE_3_P1 - Avaliação da localidade com a construção de um grande hotel 0,01
CE_3_P2 - Avaliação da situação do seu negócio na construção de um grande hotel na
localidade
0,00
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
O Cluster 1 é formado por oito empresas e o cluster 2 por dez empresas. Conforme
pode ser observado na Figura 4.49, para o primeiro, a formação de aglomerados de pequenas
73
e micro empresas, indica que certamente a empresa terá a ganhar com a construção deste
cenário, enquanto para o segundo possivelmente terá a ganhar. Este indicativo demonstra uma
predisposição dos empresários da localidade à formação de um aglomerado turístico.
Para Porter (1999, p. 282):
Os aglomerados são sistemas de empresas e instituições inter-relacionadas, cujo
todo é maior do que a soma das partes. Os aglomerados desempenham um papel
importante na competição e trazem implicações relevantes para as empresas,
governos, universidades e outras instituições da economia.
Quanto ao cenário da construção de um Resort na localidade, observou-se a formação
de clusters nas duas questões. Na primeira o Cluster 1 avaliou que sendo construído um
Resort certamente irá promover o desenvolvimento da região, já o Cluster 2 ficou em dúvida,
apontando que talvez promova ou não. Na segunda questão, o comportamento foi semelhante,
o Cluster 1 avaliou que sendo construído um resort o negócio da empresa, certamente terá a
ganhar, enquanto, o Cluster 2 ficou em dúvida apontando, que talvez promova ou não. Sendo
o Cluster 2, formado pela maioria dos empresários, pode-se dizer que existe uma certa dúvida
da importância da construção de um Resort na localidade.
No tocante ao cenário de construção de um grande hotel, também se observou a
formação de clusters nas duas questões. Na primeira o Cluster 1 avaliou que sendo construído
um grande hotel certamente irá promover o desenvolvimento do turismo na localidade, já o
Cluster 2 assinalou que possivelmente irá promover. Na segunda questão, o comportamento
foi semelhante, o Cluster 1 avaliou que, sendo construído um grande hotel, certamente o seu
negócio teria a ganhar, enquanto, o Cluster 2 assinalou que possivelmente terá a ganhar.
Sendo formado pela maioria dos empresários, o Cluster 2 apresenta uma situação mais
favorável que a construção de um resort.
No entanto, analisado os três cenários, observa-se que a formação de um aglomerado
de pequenas e médias empresas pode ser considerada como possível para a maioria dos
empresários. Contudo, o cenário que não apresentou nenhum cluster e que teve a maior
indicação positiva da maioria dos empresários foi à construção de um centro de convenções
pelo estado na localidade. O que talvez possa se explicado pela tradição de governos fortes e
centralizados, que tenha acostumado os empresários à liderança do Estado.
74
Cluster
No. 1
Cluster
No. 2
Plot of Means for Each Cluster
Variables
5
6
7
8
9
10
11
CE_1_P2 CE_2_P1 CE_2_P2 CE_3_P1 CE_3_P2
Fonte: Dados coletados na pesquisa, 2003
Figura 4.49 – Formação de clusters na avaliação dos cenários
4.7 Conclusão
Os principais resultados da pesquisa encontram-se a seguir:
Em relação ao perfil da empresas:
x Empresas que compõem a AELP: 7 de hospedagem, 5 de restaurante, 3 turismo, 2
artesanato e 1 imobiliária e agência de viagem,
x Tempo de fundação e associação: o tempo médio de fundação das empresas é de 10
anos, sendo a maioria associada a AELP desde a fundação-,
x Viabilidade econômica e Financeira: 13 empresários, a maioria, responderam que
não fizeram nenhum projeto de viabilidade econômica e financeira do negócio.
x Fonte de renda dos empresários: apenas 4 empresários responderam que têm no
turismo a sua única fonte de renda, 4 consideram como a principal fonte de renda
familiar, 4 como fonte intermediária, 3 como fonte complementar e 3 como fonte
insignificante de sua renda.
x Fonte de financiamento dos investimentos: apenas 1 empresário utilizou o banco
para financiar seus investimento, 1 utilizou agiota, 6 utilizaram recursos de familiares,
8 utilizaram recursos próprios e 1 de empresas.
75
x Motivação para colocar o negócio: para 8 empresários foi a empolgação com a
atividade turística, apenas 4 foram motivados pela oportunidade de investimento , 3
pela aposentadoria, 2 para ampliar a renda familiar e 4 por outros motivos.
Neste ponto, pode-se dizer que a AELP tem uma formação heterogênea, com
predominância da atividade hoteleira, onde a média de fundação das empresas é de 10 anos
sendo a maioria dos empresários associados desde a abertura da associação, no entanto, a
maioria não realizou projeto de viabilidade econômica e financeira, não tem na atividade sua
única fonte de renda, utilizaram recursos próprios e de familiares para realizarem os
investimentos e foram motivados por empolgação com a atividade turística. Apesar dessas
informações, segundo Dorabela (1999, p. 70) o estudo sobre empreendedorismo é recente não
existindo nenhum padrão definitivo, princípios gerais ou fundamentos que possam garantir o
conhecimento na área, portanto, julgamento do perfil do empreendedor.
Em relação a percepção das condições dos fatores:
a) Trabalho
Nivel de qualificação dos funcionários: 8 empresários consideram regular o nível de
qualificação dos seus funcionários e 8 consideram bom, apenas 1 considerou ruim.
Nivel de Produtividade: a maioria dos empresários considera a produtividade adequada.
Disponibilidade de mão-de-obra: a maioria dos empresários considera a quantidade de mão-
de-obra disponível, adequada.
Importância da Escolaridade dos empregados: 44% dos respondentes acreditam ser muito
importante o nível de escolaridade dos funcionários, 22,2% acreditam ser imprescindível.
No tocante ao fator trabalho, observa-se que na perspectiva dos empresários do litoral
de Parnamirim o nível de qualificação dos funcionários é considerado pela maioria como
regular e bom, a produtividade é considerada adequada, assim como, a disponibilidade de
mão-de-obra, e o interessante a maioria dos empresários considera muito importante o nível
de escolaridade dos funcionários. Diante da percepção dos empresários pode-se dizer existir
na localidade uma mão-de-obra que pode representar um diferencial competitivo.
76
b) Capital
Retorno do investimento: 7 empresários consideraram o retomo do investimento conforme
esperado, 7 abaixo do esperado, 3 muito abaixo do esperado e 1 acima do esperado.
Investimento em infra-estrutura e valorização do patrimônio: 55,6% responderam que
ocorreu um aumento de patrimônio.
Retorno do capital se tivesse investido em Natal: 44,4% dos respondentes consideraram
que se tivessem investido em Natal o retomo teria sido superior, 33,3% teria sido muito
superior.
Considerando o fator capital, pode-se dizer que a maioria dos empresários pesquisados
teve o retorno do capital abaixo do esperado, que os investimentos em infraestrutura
valorizaram seu patrimônio, mas que se tivessem investido na capital do Estado o retorno teria
sido superior. Sabe-se que o capital por si só não é diferencial competitivo, no entanto, a falta
de retomo do capital investido e localidades com maiores retornos tendem a se fortalecer,
entretanto, os investimentos em infra-estrutura valorizaram o patrimônio existente. Diante da
possibilidade de novos investimentos do PRODETUR II, referente ao saneamento básico e
urbanização da orla, podem compensar a deficiência do retomo do capital existente na
localidade.
c) Terra e Tecnologia
Valorização do terreno: 14 dos empresários responderam que o valor do terreno hoje é
superior ao valor do passado, 3 muito superior e 1 igual.
Importância da tecnologia no negócio: 33,3% dos respondentes consideram razoável a
importância da tecnologia para o funcionamento do negócio, 27,8% consideram muito
importante e essencial.
Neste aspecto pesquisado, observa-se ter ocorrido na percepção dos empresários, uma
valorização do terreno na localidade e que a tecnologia tem uma certa importância para o
funcionamento do negócio. A valorização dos terrenos na localidade podem atrair
investidores, uma vez existirem empresas instaladas o que pode atrair novas empresas, e
quanto à percepção da tecnologia para os seus negócios, pode indicar a sua utilização para
atrair demanda de forma cooperada.
77
Em relação a percepção das condições dos fatores:
a) Demanda
Comportamento da demanda: para a maioria dos empresários o mês de janeiro é o de maior
demanda pelo seu estabelecimento, acompanhados de fevereiro dezembro e julho.
Sobre-utilização da estrutura: 38,9% dos empresários consideram que quase nunca ocorre
uma demanda maior que a capacidade de atender nos meses de maior procura, 27,8% dos
empresários consideram que as vezes ocorre.
Demanda comparada com empresas similares localizadas em Natal: 50% dos empresários
responderam que a demanda no litoral de Parnamirim é inferior as empresas similares
localizada em Natal.
Neste aspecto pesquisado, observa-se que a demanda está concentrada em três meses
do ano, sem, no entanto, ter uma sobrecarga de produção para a maioria dos empresários e
que a demanda é inferior a de Natal. Tais aspectos posicionam o litoral de Parnamirim de
forma marginal quanto à demanda de turistas.
b) Cliente
Procedência dos turistas: para a maioria dos empresários os que mais demandam são da
região Sudeste do país, acompanhado pela região Nordeste e da capital do Estado, sendo
pequeno o turismo estrangeiro.
Nível de exigência dos clientes: na percepção dos empresários em primeiro lugar no nível de
exigência, vêm os turistas do estado e os estrangeiros, acompanhados do sudeste do pais, em
segundo lugar os turistas do Sudeste acompanhados do turista do estado.
Conhecer o cliente: 55,6% dos empresários consideram que é fundamental conhecer o perfil
e o nível de exigência dos seus clientes.
Considerando o perfil do cliente, observou-se que a base é do Sudeste do país, sendo os
mais exigentes, são os turistas do próprio estado, do sudeste e estrangeiros e que os
empresários consideram fundamental conhecer o perfil e o nível de exigência da sua clientela.
O perfil e o nível de exigência da clientela doméstica permite observar possibilidades de
vantagens competitivas.
78
Em relação a percepção dos setores correlatos de apoio:
a) Cadeia de suprimentos
Disponibilidade de insumos de produção: 44,4% dos respondentes consideraram regular a
disponibilidade de insumos no litoral de Parnamirim.
Importância dos insumos na localidade: 72,3% dos empresários consideram que é muito
importante ou de fundamental importância, os insumos serem fornecidos por empresas locais.
Nível de relacionamento com os fornecedores: 33,3% dos empresários responderam que
mantêm um relacionamento pessoal com todos os fornecedores, 27,8% com a maioria dos
fornecedores.
Importância das agências e operadoras de turismo: 33,3% consideram fundamental,
16,7% consideram muito importante, 27,8% consideram importante..
Existência de empresas complementares: 38,9% dos respondentes consideraram
fundamental a existência de empresas complementares, 11,1 % consideraram muito
necessário, 33,3% consideram necessário e 16,7% pouco necessário.
Quanto à cadeia de suprimentos, pode-se dizer que para maioria dos empresários a
disponibilidade de insumos na localidade é regular, tendo a maioria considerado muito
importante e até mesmo fundamental que os insumos sejam fornecidos por empresas locais.
Existe a manutenção de um relacionamento pessoal com os fornecedores, e dado uma
importância as agências e operadoras e de turismo, assim como, é considerado necessária a
extensiva de empresas complementares. Tais dados indicam que as percepções dos
empresários possibilitam a obtenção de vantagens competitivas.
b) Governo
Importância da infra-estrutura turística: 50% dos empresários consideraram muito alta a
importância da infra-estrutura turística para a atividade da empresa.
Importância do SEBRAE e SENAC para capacitar: 83,3% dos empresários consideraram
alta ou muito alta a importância do SEBRAE e do SENAC para capacitar a comunidade local.
Importância do cuidado com a infra-estrutura urbana: 77,8% responderam que a
importância do cuidado com a infra-estrutura urbana é muito alta.
79
O Governo intervir para promover o desenvolvimento: 66,7% dos empresários
consideram muito alta a importância da intervenção do Governo para promover o
desenvolvimento.
Concluído esse item, pode-se dizer que as empresas pesquisadas consideram
importante a participação do Governo na infra-estrutura, na capacitação, na manutenção e na
promoção do desenvolvimento da localidade, demonstrando um alto grau de dependência das
ações Governamentais, o que indica a necessidade de uma forte interação com o poder
público para a formação de um aglomerado.
Em relação a percepção da estratégia da empresa, estrutura e rivalidade:
a) Estrutura
Gerenciamento da empresa: 27,8% dos pesquisados consideram o gerenciamento como
Familiar de Pequeno Porte, Familiar de Médio Porte e Profissional de Pequeno Porte,
respectivamente, apenas 11,1% consideraram Profissional de Médio Porte.
Nível educacional do empreendedor: 22,2% dos empresários têm apenas o primeiro grau,
38,9% tem o segundo grau e repete-se o mesmo percentual para o nível superior.
Investimentos realizados na empresa: para 38,9% dos entrevistados o maior investimento
realizado na empresa é em ativos físicos e 27,8% em habilidade humana.
Nesse item, observa-se que os empresários pesquisados têm uma visão heterogênea do
gerenciamento da empresa, tem um nível educacional bom e investem mais em ativos físicos
do que em recursos humanos. Pode-se supor que a heterogeneidade apresentada no
gerenciamento da empresa pode ter um componente de bazófia, uma vez que a maioria das
empresas pesquisadas é familiar de pequeno porte; o nível educacional permite admitir uma
maior sensibilidade a mudanças e, apesar dos investimentos em ativos físicos serem maiores
que em recursos humanos, já existe, no grupo pesquisado, um movimento nessa direção, o
que possibilita imaginar a existência de vantagens competitivas.
b) Estratégia e rivalidade
Importância da competição: 38,9% dos pesquisados disseram que sempre é positiva a
importância da competição, 38,9% disseram que pode ser positiva e 22,2% que pode ser ruim
ou positiva.
Lançamento de novos produtos no mercado: 67,7% da empresas pesquisadas responderam
que lançaram pelo menos um novo produto ou serviço no mercado no ano de 2003.
80
Baixa de preços como diferencial competitivo: 44,4% do empresariado nunca utilizaram o
preço como uma variável competitiva, 16,7% responderam que poucas vezes, 33,40% às
vezes e, apenas, 5,6% quase sempre.
Participação de feiras, congressos e eventos turísticos: 50% dos pesquisados disseram que
não participaram de nenhuma feira, congressos e eventos turísticos no ano de 2003.
Avaliando as estratégias e rivalidades existentes na localidade, pode-se dizer que
existe um ambiente competitivo, onde a competição é positiva para o incremento dos
negócios, que a maioria das empresas da localidade buscam lançar novos produtos e serviços
no mercado, que o preço não tem sido usado como uma variável competitiva, entretanto, não
têm participado de feiras, congressos e eventos para divulgar ou negociar seus produtos.
c) Associação
Importância de participar da AELP: 44,4% dos pesquisados consideraram muito
importante sua participação da AELP, 22,2% consideraram de fundamental importância,
mesmo percentual para importante.
x Nível de confiança: 44,4% dos empresários consideraram que existe um nível regular de
confiança, 33,3% bom nível de confiança e 5,6% excelente.
x Ganhos diretos ou indiretos obtidos: 87,8% dos empresários já responderam que já
tinham recebido algum ganho por participar da associação.
x Discussão de interesse comum: 33,3% dos respondentes assinalaram que as discussões
de interesse comum têm sido a prática da Associação, 22,2% assinalaram que sempre e
27,8% assinalaram às vezes.
Neste item, pode-se dizer que existem elementos, os quais possibilitam a formação de
um aglomerado produtivo na região, pelo fato da associação apresentar um alto índice os de
importância para os associados, de apresentar confiança entre os parceiros, foi externado,
pela maioria dos pesquisador que as discussões de interesses comuns têm sido sua prática,
além de já ter apresentado algum ganho para a maioria dos participantes.
Em relação a avaliação dos cenários:
Dos quatro cenários apresentados: aglomerados de pequenas e médias
empresas; construção de um resort; construção de um grande hotel e construção de um
centrode convenções pelo Governo do Estado, 66,7% dos entrevistados fizeram opção pela
81
construção de um centro de convenções na localidade, 16,7% a formação de aglomerados,
11,1 % a construção de um resort e 5,6% de um grande hotel.
Em relação a análise de cluster:
O resultado da análise de clusters, incluídas todas as variáveis, gerou-se a formação de 02
clusters com 06 variáveis: 02 nas condições dos fatores, 01 nas condições da demanda e 03 na
estratégia e rivalidade.
Na percepção das condições dos fatores, formaram-se 02 clusters, tendo apresentado
significância em 03 variáveis.
Na percepção das condições da demanda, formaram-se 02 clusters, tendo apresentado
significância em 01 variável.
Na percepção dos setores correlatos de apoio, formaram-se 02 clusters, tendo apresentado
significância em 04 variáveis.
Na percepção da estratégia da empresa, estrutura e rivalidade formaram-se 02 clusters, tendo
apresentado significância em 03 variáveis.
Na análise dos cenários, formaram-se 02 clusters, tendo apresentado significância em 05
variáveis.
82
Capítulo 5
Conclusões e Recomendações
Este capítulo apresenta uma síntese da Tese, as conclusões e as recomendações para
que se possa ter uma visão geral do que foi produzido, facilitando a compreensão do todo.
No propósito de atingir este objetivo, o capítulo constará dos seguintes tópicos:
Síntese da revisão teórica; Síntese da metodologia da pesquisa; Principais resultados da
pesquisa de campo; Análise critica do trabalho; Limitações do trabalho; Direções de pesquisa;
Recomendações; e Conclusão.
5.1 Síntese da Revisão Teórica
Partindo do principio que no mundo globalizado é a diferença de cada localidade que
irá promover o diferencial competitivo, permitindo que o destino turístico possa competir com
outros. O foco deste trabalho foi nas vantagens competitivas apontadas por Porter.
Para Porter, os quatro atributos que lapidam o "diamante" da vantagem nacional são:
Condições dos Fatores- Condições da Demanda; Setores Correlatos e de Apoio; e Estratégia,
Estrutura e Rivalidade das Empresas. Atributos que devem ser apresentados de forma
sistêmica para que possam constituir a beleza do "diamante". (1999, p. 178)
Porter (1999, p. 184) ensina que "o país não herda, mas, ao contrário, cria os mais
importantes fatores de produção - como recursos humanos qualificados ou bases científicas”.
Sugerindo que em determinados momentos é mais importante a velocidade e a eficiência
pelas quais se gera, aprimora e distribui os fatores entre os setores produtivos, que a
quantidade disponível.
O desafio está na busca da melhoria contínua dos agentes produtivos da economia, seja
das unidades familiares, do governo ou das empresas, para que se possam gerar vantagens
competitivas e essas permitam a sobrevivência no globo.
83
Marshall (1985, p. 213) filosofa "a luta pela existência faz que, a longo prazo,
sobrevivam as raças em que o indivíduo estiver mais disposto a se sacrificar pela coletividade,
ou se a as raças mais bem adaptadas coletivamente a se utilizarem do seu meio ambiente
Neste sentido Porter (1999, p. 211) define um aglomerado como "um agrupamento
geograficamente concentrado de empresas inter-relacionadas e instituições correlatas numa
determinada área, vinculadas por elementos comuns e complementares".
Beni (2000, p. 155) reforça que "num momento em que o conhecimento assume
função proeminente no processo produtivo e o ritmo das inovações intensifica-se, o global
encontra seu contraponto na emergência do regional e do local".
No entanto, Souza e Botelho (2000, p. 04) colocam que "a constituição de relações de
cooperação não é um processo fácil, em especial, a superação da desconfiança entre os
parceiros, que é natural quando se trata de reunir pequenas empresas, usualmente submetidas
a um processo de concorrência predatória entre si”.
Por fim, Pietrobelli e Guerrieri (2003, p, 12) sugerem que existem diferentes formas de
cluster e modelos de organização industrial, são eles "marshalian; hub-and-apoke district;
satellite industrial platform; state-anchores industrial district.
5.2 Síntese da Metodologia da Pesquisa
Este estudo caracterizou-se como descritivo, de caráter exploratório. Tendo sido
investigadas as percepções dos empresários do litoral de Parnamirim, quanto às vantagens
competitivas levantadas por Porter.
O problema de pesquisa foi centrado na existência de sinais do empresariado que
possibilitassem a formação de aglomerados turístico-competitivos nessa região do litoral do
Nordeste.
A população pesquisada foi todos os 18 empresários associados da AELP - Associação
dos Empresários do Litoral de Parnamirim.
A pesquisa utilizou um formulário estruturado como instrumento de coleta de dados.
Onde classificou as variáveis baseadas nas vantagens competitivas abordadas por Porter e
foram construídos cenários baseados nos modelos de Pietrobelli e Guerricri.
Os dados foram coletados diretamente com os empresários, no período de 28 de
novembro a 02 de dezembro de 2003. O tratamento estático dos dados foi feito através de
84
análise descritiva e análise multivariada, neste ponto, foi realizado Análise de Agrupamentos
(Clusters) como técnica estatística.
5.3 Principais Resultados da Pesquisa de Campo
O objetivo desta pesquisa foi analisar os fatores condicionantes na formação de
aglomerados no turismo, na percepção dos empresários do litoral de Parnamirim, quanto às
vantagens competitivas apresentadas no modelo de Porter. Assim, evidenciaram-se as
seguintes conclusões:
a) Percepção das condições dos fatores:
xFator trabalho - as informações coletadas permitem imaginar que já existe na
localidade uma mão de obra que pode representar um diferencial competitivo;
xFator capital - levantou-se o aspecto da independência do capital financeiro e, por
outro lado, o baixo retorno do capital investido, o que pode gerar desestímulo à
atividade produtiva inibindo a geração de vantagens competitivas;
xFatores terra e tecnologia - apresentou-se uma valorização e escassez do primeiro e
considerou-se importante o uso da tecnologia nas atividades desenvolvidas, tendo na
terra escassa e valorizada, uma indução, a competição e atração de novos
concorrentes e na tecnologia, a possibilidade de desenvolvimento de ações
cooperadas.
b) Percepção das condições da demanda:
xDemanda - na percepção da maioria dos empresários, a demanda é concentrada em
três meses do ano, nesse período não existe sobrecarga de produção. Formam-se
dois clusters no aspecto do aumento de preços e a demanda é inferior a de Natal,
revelando que o produto turístico da localidade está a margem da capital do estado.
xCliente - na visão dos empresários a base da clientela e o maior nível de exigência
estão localizadas no Sudeste do país, o que representa a possibilidade da existência
de diferencial competitivo.
c) Percepção dos setores correlatos de apoio:
x Cadeia de Suprimentos - A maioria do empresariado não está satisfeita com a
quantidade de empresas fornecedoras de insumos básicos localizadas no litoral,
apesar de considerarem muito importante que existam, indicando existir uma fraca
85
estrutura de apoio para as empresas; quanto as empresas complementares, sabe-se
que no turismo existe uma forte complementariedade entre elas o que é percebido
pela maioria dos empresários pesquisados, indicando a possibilidade de formação
de aglomerados, apesar da carência de empresas fornecedoras;
x Governo – O empresariado pesquisado, em sua maioria, considera muito alta a
importância da infra-estrutura; o SEBRAE e o SENAC; o cuidado com a infra-
estrutura existente e a intervenção do Governo para promover o desenvolvimento
do turismo, neste aspecto, observa-se uma forte dependência do empresariado local,
o que é aceitável em função do início do processo de desenvolvimento do país.
d) Percepção da estratégia da empresa, estrutura e rivalidade:
x Estrutura – observa-se que o empresariado apresenta percepção distinta quanto ao
gerenciamento da empresa, o que parece demonstrar uma bazófia, indicando
rivalidade entre as empresas; existe a indicação de um bom nível educacional; e
concentração de investimentos em ativos físicos.
x Estratégia e Rivalidade – a competição é vista pela maioria dos empresários como
positiva, indicando que a rivalidade doméstica pode estimular a todos; a maioria
lançou novos produtos em 2003, demonstrando o resultado positivo da competição;
o empresariado não costuma usar o preço como diferencial competitivo o que exige
a busca de alternativas competitivas; e que em sua maioria não tem participado de
feiras, congressos e eventos turísticos que vedem seus produtos, apresentando uma
grande deficiência do trade estudado.
x Associação – a maioria do empresariado considera muito importante participar da
AELP, o que é importante para formação do aglomerado; a confiança foi
considerada positiva indicando um bom sinal para a sustentabilidade de um cluster;
tendo a maioria dos empresários considerado que já obtiveram algum ganho por
participar da associação; assim como, foi indicado pela maioria que as discussões
apresentadas nas reuniões são de interesse comum, podendo-se dizer existirem
elementos que possibilitam a formação de um aglomerado.
Finalizando, na construção dos cenários, observou-se que a construção de um centro
de convenções pelo poder público obteve a maior incidência de respostas, demonstrando com
86
clareza a dependência do governo, no entanto, a formação de aglomerados de pequenas
empresas vem em seguida, demonstrando o despertar para a possibilidade de formação de um
cluster turístico.
5.4 Análise Crítica do Trabalho
O trabalho atendeu ao seu objetivo principal, que foi investigar a percepção dos
empresários do litoral de Pamamirim quanto às vantagens competitivas apresentadas no
modelo de Porter.
No mesmo sentido, atendeu aos objetivos específicos:
x Identificando a percepção dos empresários quanto aos fatores de produção;
x Aferindo a percepção dos empresários quanto às condições da demanda;
x Revelando a percepção dos empresários quanto aos setores correlatos e de apoio;
x Estudando a percepção dos empresários quanto à estratégia das empresas, estrutura
e rivalidade;
x Avaliando a percepção dos empresários em relação aos cenários propostos;
x Contribuindo para a discussão dos aglomerados turísticos no Nordeste do Brasil.
Considerando-se que a formatação da pesquisa foi baseada nos fatores determinantes
das vantagens competitivas apresentadas por Porter, pode-se dizer que os resultados
encontrados sinalizam na localidade estudada, a existência da possibilidade de formação de
um aglomerado competitivo, se é que já não se pode classificá-lo como um aglomerado
turístico em estágio embrionário.
5.5 Limitações do Trabalho
A seguir serão apresentadas as limitações do trabalho que devem ser destacadas:
x o resultado alcançado é representativo da percepção dos empresários que formam a
associação dos empresários do litoral de Parnamirim, portanto, não pode ser
generalizado;
x os levantamentos foram realizados em um determinado período de tempo e sob
determinadas circunstâncias, o que sugere resultados diferentes caso seja
realizada a mesma pesquisa em outro momento;
x o formulário criado, com certeza, limitou a liberdade de resposta dos empresários;
87
5.6 Direções de Pesquisa
Para pesquisas futuras correlatas ao tema pesquisado, apresentam-se a seguir algumas
propostas de direção de pesquisa, principalmente à comunidade acadêmica:
x investigar a percepção dos demais agentes envolvidos na formação do aglomerado
como: fornecedores, entidades de apoio, trabalhadores e governo;
x levantar a percepção dos não associados a AELP;
x mapear na região Nordeste as localidade que dispõem de vantagens
competitivas que possam formar aglomerados turísticos;
x aplicar pesquisa semelhante a que foi realizada neste trabalho em outras localidades
do Estado e do Nordeste;
5.7 Recomendações
Recomenda-se que os empresários filiados a Associação dos Empresários do Litoral
de Parnamirim analisem a possibilidade de formação de um aglomerado turístico competitivo,
para que possam enfrentar a complexidade da atividade e encontrem alternativas para
minimizar a baixa estação turística. Por fim, recomenda-se que o Governo avalie a imensa
expectativa que existe, por parte dos empresários pesquisados, da sua intervenção para
promover o desenvolvimento turístico.
5.8 Conclusão
No mundo globalizado, a saída pode está nas especificidades de cada localidade. O
turismo como alternativa de desenvolvimento tem que se centrar nas vantagens competitivas
existentes na localidade, promovendo o chamado desenvolvimento sustentável. Assim,
observa-se que em uma região do litoral do Nordeste do Brasil, na cidade de Parnamirim,
existem empresas associadas que segundo a percepção de seus líderes existem alguns fatores
determinantes que podem gerar vantagens competitivas, que integradas podem reunir
atributos que permitam constituir a beleza do "diamante" anunciada por Porter. No entanto,
observou-se uma grande dependência governamental do empresariado que pode levar a perda
de competitividade, perdendo mercado nesta atividade de alta complexidade.
88
Referências
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94
Apêndice
Apêndice 1 – Formulário de Pesquisa
95
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Esta pesquisa é realizada pelo Programa de Engenharia de Produção da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte – PEP/UFRN, com o objetivo de conhecer a percepção dos
Empresários do Litoral de Parnamirim quanto aos atributos que proporcionam vantagem
competitiva, segundo Porter, e quanto a AELP – Associação dos Empresários do Litoral de
Parnamirim.
I – Percepção das Condições dos Fatores
a) Trabalho
1) Como você considera o nível de qualificação dos seus funcionários para trabalhar no
turismo?
Péssimo Ruim Regular Bom Excelente Sem
Opinião
12345 678910 0
2) Como você considera o nível de produtividade dos seus funcionários?
Muito Baixo Baixo Adequado Alto Muito Alto Sem
Opinião
123 45678910 0
3) O nível de rotatividade de pessoal é:
Muito Baixo Baixo Médio Alto Muito Alto Sem
Opinião
123 45678910 0
4) A quantidade de mão-de-obra disponível no litoral de Parnamrim é:
Muito Baixa Baixa Adequada Alta Muito Alta Sem
Opinião
123 45678910 0
5) O quanto é importante o nível de escolaridade do(s) seu(s) funcionário(s) para o seu
funcionamento?
Muito Pouco
Importante
Pouco
Importante
Importante Muito
Importante
Imprescindível Sem
Opinião
1 234 5 6 78 9 10 0
b) Capital
6) O retorno do investimento que você fez é:
Muito Abaixo
do Esperado
Abaixo do
Esperado
O que era
Esperado
Acima do
Esperado
Muito Acima
do Esperado
Sem
Opinião
1 23 45678910 0
96
7) A renda que você recebe da empresa é:
A Única Fonte
Renda da
Família
A Principal
Fonte de
Renda da
Família
Uma Fonte
Intermediária
da Renda da
Família
Uma Fonte
Complementar
da Renda da
Família
Uma Fonte
Insignificante
da Renda da
Família
Sem
Opinião
12345678910 0
8) Os últimos investimentos em Infra-estrutura como Rota do Sol, Aeroporto e Iluminação,
fizeram com que seu patrimônio:
Diminuísse
Muito
Diminuísse Mantivesse o
mesmo
Aumentasse Aumentasse
Muito
Sem
Opinião
12345678910 0
9) Qual foi a maior fonte de financiamento da sua empresa?
Recursos de
Bancos
Recursos de
Agiotas
Recursos de
Familiares
Recursos
Próprios
Recursos
Empresas
Sem
Opinião
10) Caso você tivesse realizado o mesmo investimento na Cidade de Natal, como você avalia
que seria o retorno:
Muito Inferior Inferior Igual Superior Muito
Superior
Sem
Opinião
12345678910 0
c) Terra e Tecnologia
11) Como está o valor do terreno que você comprou para abrir seu negócio, comparando com
os dias de hoje:
Muito Inferior Inferior Igual Superior Muito
Superior
Sem
Opinião
12345 678910 0
12) Como você avalia a disponibilidade de terra no litoral para realizar novos investimentos?
Inexistente Pouca Razoável Muita Plena Sem
Opinião
12345 67 8910 0
13) O quanto é importante a tecnologia para o funcionamento do seu negócio?
Sem
Importância
Pouca
Importância
Razoável Muita
Importância
Essencial Sem
Opinião
12345678910 0
14) Como está a tecnologia da sua empresa em relação aos outros concorrentes?
Muito Inferior Inferior Igual Superior Muito Superior Sem
Opinião
12345678910 0
97
II – Percepção das Condições da Demanda
a) Demanda
15) Assinale por ordem crescente a demanda pelo seu estabelecimento:
( ) Janeiro ( ) Fevereiro ( ) Março ( ) Abril ( ) Maio ( ) Junho
( ) Julho ( ) Agosto ( ) Setembro ( ) Outubro ( ) Novembro ( ) Dezembro
16) Nos três meses de maior procura, a demanda é maior que a possibilidade de atender?
Nunca Quase nunca Às vezes Quase
Sempre
Sempre Sem
Opinião
12345 678910 0
17) No seu estabelecimento durante os meses de maior procura ocorre aumento de preços?
Nunca Quase nunca Às vezes Quase
Sempre
Sempre Sem
Opinião
12345678910 0
18) Como está a demanda pelos seus produtos e serviços, comparando com empresas
similares localizadas em Natal?
Muito Inferior Inferior Igual Superior Muito Superior Sem
Opinião
12345678910 0
b) Clientes
19) A quem você comercializa a maioria dos produtos e serviços, por ordem de prioridade:
Turistas
Estrangeiros
Turistas
do
Sudeste
do País
Turistas
do
Nordeste
do País
Turistas
das
demais
Regiões
Turistas
do
Interior -
RGN
Turista
da
Cidade
do Natal.
Comunidade
Local
Sem
Opinião
20) Quanto ao nível de exigência da qualidade dos produtos e serviços, quem é mais exigente,
por ordem de prioridade:
Turistas
Estrangeiros
Turistas
do
Sudeste
do País
Turistas
do
Nordeste
do País
Turistas
das
demais
Regiões
Turistas
do
Interior -
RGN
Turista
da
Cidade
do Natal.
Comunidade
Local
Sem
Opinião
21) O quanto é importante para o seu negócio conhecer o perfil e o nível de exigência dos
seus clientes:
Sem
Importância
Pouco
Importante
Importante Muito
Importante
Fundamental Sem
Opinião
12345678910 0
98
III – Percepção dos Setores Correlatos de Apoio
a) Cadeia de Suprimento
22) Como você avalia a disponibilidade dos insumos de produção no Litoral de Parnamirim:
Muito Pequena Pequena Regular Grande Muito
Grande
Sem Opinião
12345678910 0
23) O quanto é importante para o seu negócio que os insumos necessários à sua produção
sejam de empresas locais:
Sem
Importância
Pouco
Importante
Importante Muito
Importante
Fundamental Sem
Opinião
12345678910 0
24) Como você considera os custos dos insumos básicos a produção (energia, água, telefone):
Muito Baixo Baixo Regular Alto Muito Alto Sem Opinião
a) Energia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0
b) Água 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0
c) Telefone 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0
25) Como está seu relacionamento com os fornecedores?
Mantenho
Relacionamento
Pessoal com
Todos os
Fornecedores
Mantenho
Relacionamento
Pessoal com a
Maioria dos
Fornecedores
Mantenho
Relacionamento
Pessoal com a
Metade dos
Fornecedores
Mantenho
Relacionamento
Pessoal com
Poucos
Fornecedores
Não Mantenho
Nenhum
Relacionamento
Pessoal com os
Fornecedores
Sem
Opinião
123456789100
26) Quanto é importante para a sua empresa as agências e as operadoras de turismo?
Sem
Importância
Pouco
Importante
Importante Muito
Importante
Fundamental Sem
Opinião
12345678910 0
27) O quanto é necessário para sua empresa que existam empresas similares à sua atividade?
Desnecessário Pouco
Necessário
Necessário Muito
Necessário
Fundamental Sem
Opinião
12345678910 0
28) O quanto é necessário para sua empresa que exista empresas complementares à sua
atividade?
Desnecessário Pouco
Necessário
Necessário Muito
Necessário
Fundamental Sem
Opinião
12345678910 0
99
b) Governo
29) Como você considera a importância da infra-estrutura turística do Litoral de Parnamirim
para a sua atividade:
Muito Baixa Baixa Média Alta Muito Alta Sem
Opinião
12345678910 0
30) Como você avalia a importância de universidades para o desenvolvimento turístico do
Município:
Muito Baixa Baixa Média Alta Muito Alta Sem
Opinião
12345678910 0
31) Como você avalia a importância do SEBRAE e o SENAC para capacitar a comunidade
local:
Muito Baixa Baixa Média Alta Muito Alta Sem
Opinião
12345678910 0
32) Como você avalia a importância do cuidado com infra-estrutura urbana (Escola, hospital,
praça, limpeza, iluminação, etc) no litoral de Parnamirim para o crescimento da sua
atividade:
Muito Baixa Baixa Média Alta Muito Alta Sem Opinião
1 23 4 5678910 0
33) Como você avalia a importância do Governo intervir para promover o desenvolvimento
do Município?
Muito Baixa Baixa Média Alta Muito Alta Sem
Opinião
12345678910 0
IV – Percepção da Estratégia da Empresa, Estrutura e Rivalidade.
a) Estrutura
34) Como você considera o gerenciamento da sua empresa:
Familiar de
Pequeno
Porte
Familiar de
Médio Porte
Profissional de
Pequeno Porte
Profissional de
Médio Porte
Grande Porte Sem
Opinião
1234 5 6 7 8 910 0
35) Nível educacional do empreendedor:
Sem instrução 1º Grau 2º Grau Nível Superior Pós-graduação Sem
Opinião
1234567 8 910 0
100
36) O maior investimento que você realiza na empresa é:
Ativos
Físicos
(AF)
Habilidade
Humana(HH)
Tecnologia(TC) AF e HH AF e TC HH e TC AF, HH e
TC
b) Estratégia e Rivalidade
37) Como você avalia a importância da competição?
Certamente é
Ruim
Pode ser
Ruim
Pode ser
Ruim ou
Positiva
Pode Ser
Positiva
Sempre é
Positiva
Sem
Opinião
123 45678910 0
38) Como você avalia sua empresa frente aos concorrentes no Litoral de Parnamirim?
Não tenho
Concorrente
Tenho Poucos
Concorrentes
Tenho Alguns
Concorrentes
Tenho Vários
Concorrentes
Tenho Muitos
Concorrentes
Sem
Opinião
12 3 4 5 6 7 8 910 0
39) Sua empresa busca imitar, ou copiar, as ações das empresas concorrentes localizadas no
Litoral de Parnamirim?
Nunca Poucas Vezes Às Vezes Muitas Vezes Sempre Sem
Opinião
123 4567 8910 0
40) Sua empresa lançou algum produto ou serviço novo no mercado no ano de 2003? Se sim,
quantos?
Não Um Dois Três Mais de Três
41) O preço é uma variável competitiva, ou seja, para ampliar o número de clientes você tem
que baixar o preço frente aos concorrentes:
Nunca Poucas Vezes Às Vezes Quase Sempre Sempre Sem Opinião
123 4567 8910 0
42) No ano de 2003, sua empresa participou de quantas feiras, congressos e eventos
turísticos?
Nenhuma Uma Duas Três Mais de Três
43) A concentração geográfica de várias empresas turísticas do mesmo segmento no Litoral
de Parnamirim:
Amplia
Muito a
Rivalidade
Amplia a
Rivalidade
Pode Ampliar
ou Não a
Rivalidade
Amplia Pouco
a Rivalidade
Não Amplia a
Rivalidade
Sem
Opinião
1234 5 6 7 8 910 0
101
c) Associação
44) O quanto é importante para o seu negócio a participação em uma Associação dos
Empresários do Litoral de Parnamirim?
Nenhuma
Importância
Pouco
Importante
Importante Muito
Importante
Fundamental Sem
Opinião
12345678910 0
45) Como você avalia o nível de confiança existente entre as empresas que participam da
Associação?
Não existe Baixo Regular Bom Excelente Sem
Opinião
12345678910 0
46) As discussões de interesses comuns têm sido a prática da Associação?
Nunca Poucas Vezes Às Vezes Muitas Vezes Sempre Sem
Opinião
1234567 8910 0
47) Como associado da AELP, sua empresa já recebeu algum ganho direto ou indireto que
possa ter ajudado a sua atividade?
Nunca Poucas
Vezes
Algumas
Vezes
Muitas Vezes Sempre Sem Opinião
12345 6 7 8 910 0
48) Você participa com que freqüência às reuniões da AELP?
Nunca Poucas Vezes Às Vezes Muitas Vezes Sempre Sem
Opinião
12345678910 0
d) História
49) Qual a principal atividade da empresa?____________________________
50) Ano de Fundação da Empresa:____________
51) Tempo de Associado:____________
52) Foi feito algum projeto de viabilidade econômica e financeira do
negócio?_______________
53) Qual foi a motivação para a realização do negócio?
( ) Aposentadoria
( ) Desemprego
( ) Ampliar a renda familiar
( ) Empolgação com a atividade turística
( ) Oportunidade de Investimento
( ) Outros:__________________
102
AVALIE OS CENÁRIOS:
CENÁRIO 01: Na localidade existem várias pequenas e micro empresas, realizando a
atividade turística, agindo de forma conjunta para promover o destino turístico e atrair um
número maior de clientes para os seus estabelecimentos.
P1: Como você avalia este cenário para promover o desenvolvimento do turismo na região?
Certamente
Não Irá
Promover
Possivelmente
Não Irá
Promover
Talvez
Promova ou
Não
Possivelmente
Irá Promover
Certamente
Irá Promover
Sem
Opinião
123456 7 8910 0
P2: Como você avalia a situação do seu negócio no cenário descrito:
Certamente
Não Terá a
Ganhar
Possivelmente
Não Terá a
Ganhar
Talvez Ganhe
ou Não
Possivelmente
Terá a Ganhar
Certamente
Terá a Ganhar
Sem
Opinião
123456 7 8910 0
CENÁRIO 02: Na localidade será construído um Resort com pequenas e micros empresas
(restaurantes, lanchonetes, lojas de artesanato, quiosque de frutas, entre outras) atuando dentro
dele. Cada estabelecimento pagará um aluguel e uma comissão por tudo que vender ao Resort,
semelhante a um shopping.
P1: Como você avalia este cenário para promover o desenvolvimento do turismo na região?
Certamente
Não Irá
Promover
Possivelmente
Não Irá
Promover
Talvez
Promova ou
Não
Possivelmente
Irá Promover
Certamente
Irá Promover
Sem
Opinião
123456 7 8910 0
P2: Como você avalia a situação do seu negócio no cenário descrito:
Certamente
Não Terá a
Ganhar
Possivelmente
Não Terá a
Ganhar
Talvez Ganhe
ou Não
Possivelmente
Terá a Ganhar
Certamente
Terá a Ganhar
Sem
Opinião
123456 7 8910 0
103
CENÁRIO 03: Na localidade será construído um grande Hotel que atrairá turistas, ficando as
pequenas e micro empresas esperando a demanda destes clientes.
P1: Como você avalia este cenário para promover o desenvolvimento do turismo na região?
Certamente
Não Irá
Promover
Possivelmente
Não Irá
Promover
Talvez
Promova ou
Não
Possivelmente
Irá Promover
Certamente
Irá Promover
Sem
Opinião
123456 7 8910 0
P2: Como você avalia a situação do seu negócio no cenário descrito:
Certamente
Não Terá a
Ganhar
Possivelmente
Não Terá a
Ganhar
Talvez Ganhe
ou Não
Possivelmente
Terá a Ganhar
Certamente
Terá a Ganhar
Sem
Opinião
123456 7 8910 0
CENÁRIO 04: Na localidade será construído pelo Governo um Grande Centro de
Convenções com o objetivo de atrair congressos e eventos.
P1: Como você avalia este cenário para promover o desenvolvimento do turismo na região?
Certamente
Não Irá
Promover
Possivelmente
Não Irá
Promover
Talvez
Promova ou
Não
Possivelmente
Irá Promover
Certamente
Irá Promover
Sem
Opinião
123456 7 8910 0
P2: Como você avalia a situação do seu negócio no cenário descrito:
Certamente
Não Terá a
Ganhar
Possivelmente
Não Terá a
Ganhar
Talvez Ganhe
ou Não
Possivelmente
Terá a Ganhar
Certamente
Terá a Ganhar
Sem
Opinião
123456 7 8910 0
62) Se você tivesse a possibilidade de escolher um destes cenários, qual seria o melhor para o
seu negócio?
Cenário 01 Cenário 02 Cenário 03 Cenário 04 Sem Opinião
104
Apêndice 2
Outras variáveis contidas no questionário
105
11%
39%
44%
0% 0%
27800
Muito baixo Baixo Adequado Alto Muito alto
Figura 1 – Opinião dos empresários sobre o nível de rotatividade de pessoal
(Questão 3)
6%
28%
39%
22%
6%
15741
Inexistente Pouca Razoável Muita Plena
Figura 2 - Avaliação quanto à disponibilidade de terra no litoral para realizar
novos investimentos (Questão 12)
106
0%
22%
39%
11% 11%
04722
Muito inferior Inferior Igual Superior Muito superior
Figura 3 - Opinião quanto à tecnologia da empresa em relação aos
outros concorrentes (Questão 14)
39%
11%
22%
6%
22%
72414
Nunca Quase nunca As vezes Quase sempre Sempre
Figura 4 – Freqüência de aumento de preços no estabelecimento
durante os meses de maior procura (Questão 17)
107
0% 0%
6%
44% 44%
6% 6%
17%
44%
17%
0% 0% 0%
11%
83%
Muito baixo Baixo Regular Alto Muito alto
Energia
Água
Telefone
Figura 5 – Avaliação dos custos dos insumos básicos a produção
(Questão 24)
17% 17%
22%
28%
11%
33452
Desnecessário Pouco
necessário
Necessário Muito
necessário
Fundamental
Figura 6 – Opinião quanto à necessidade para a empresa que existam empresas
similares à mesma atividade (Questão 27)
108
0%
17%
6%
44%
28%
03185
Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta
Figura 7 – Avaliação da importância das universidades para o
desenvolvimento turístico do Município (Questão 30)
11%
33%
28% 28%
0%
26550
Não tem Poucos Alguns Vários Muitos
Figura 8 – Percepção dos empresários quanto aos concorrentes no Litoral de
Parnamirim (Questão 38)
109
39% 39%
17%
0%
6%
77301
Nunca Poucas vezes As vezes Quase sempre Sempre
Figura 9 – Freqüência com que a empresa busca imitar, ou
copiar, as ações das empresas concorrentes localizadas no Litoral
de Parnamirim (Questão 39)
6% 6%
28% 28% 28%
11555
Amplia muito Amplia Pode ampliar ou
não
Amplia pouco Não amplia
Figura 10 – Opinião sobre a influência da concentração
geográfica de várias empresas turísticas do mesmo segmento no
Litoral de Parnamirim na RIVALIDADE (Questão 43)
110
0%
33%
17% 17%
33%
06336
Nunca Poucas vezes As vezes Quase sempre Sempre
Figura 11 - Freqüência com que o empresário participa das
reuniões da AELP (Questão 48)
111
Apêndice 3
Resultados da Análise de Cluster
112
3.1. Análise de Cluster incluindo todos os grupos
Tabela 1 - Analysis of Variance
Between SS df Within SS df F signif. p
PCF_T1 0,6920 1 19,5433 16 0,5666 0,4626
PCF_T2 1,1695 1 20,9481 16 0,8933 0,3586
PCF_T3 0,0123 1 40,2230 16 0,0049 0,9451
PCF_T4 0,0000 1 61,7778 16 0,0000 1,0000
PCF_T5 12,5000 1 45,7778 16 4,3689 0,0529
PCF_C6 0,2222 1 52,2222 16 0,0681 0,7975
PCF_C8 5,4256 1 8,3391 16 10,4100 0,0053
PCF_C10 8,0000 1 53,7778 16 2,3802 0,1424
PCF_T11 0,4260 1 15,8817 16 0,4292 0,5217
PCF_T12 2,7222 1 70,8889 16 0,6144 0,4446
PCF_T13 8,0000 1 80,0000 16 1,6000 0,2240
PCF_T14 6,8039 1 62,1294 16 1,7522 0,2042
PCD_D16 1,3889 1 86,8889 16 0,2558 0,6199
PCD_D17 60,5000 1 122,0000 16 7,9344 0,0124
PCD_D18 2,1599 1 66,8989 16 0,5166 0,4827
PCD_C21 1,3889 1 38,8889 16 0,5714 0,4607
PSCA_S22 0,3722 1 51,7455 16 0,1151 0,7389
PSCA_S23 0,0123 1 38,2230 16 0,0051 0,9437
PSCA_SEN 1,3889 1 24,5486 16 0,9052 0,3555
PSCA_SAG 16,1817 1 66,7516 16 3,8787 0,0665
PSCA_STE 1,2303 1 10,2991 16 1,9113 0,1858
PSCA_S25 10,5260 1 128,5329 16 1,3103 0,2692
PSCA_S26 16,3906 1 94,0800 16 2,7875 0,1144
PSCA_S27 0,0556 1 119,3819 16 0,0074 0,9323
PSCA_S28 1,3889 1 88,2222 16 0,2519 0,6226
PSCA_G29 0,5000 1 95,7778 16 0,0835 0,7763
PSCA_G30 3,0519 1 69,0657 16 0,7070 0,4128
PSCA_G31 3,5556 1 50,4445 16 1,1278 0,3040
PSCA_G32 18,0000 1 65,7778 16 4,3784 0,0527
PSCA_G33 0,2222 1 47,5556 16 0,0748 0,7880
PEE_E34 3,1496 1 65,0857 16 0,7743 0,3919
PEE_E35 2,0000 1 44,0000 16 0,7273 0,4064
PEE_R37 0,1968 1 39,5679 16 0,0796 0,7815
PEE_R38 0,5000 1 61,1111 16 0,1309 0,7222
PEE_R39 0,8889 1 69,5556 16 0,2045 0,6572
PEE_R41 1,3889 1 70,2222 16 0,3165 0,5815
PEE_R43 12,5000 1 66,4286 16 3,0108 0,1019
PEE_A44 24,5000 1 36,0000 16 10,8889 0,0045
PEE_A45 8,9689 1 44,5606 16 3,2204 0,0916
PEE_A46 0,8889 1 94,2222 16 0,1509 0,7028
PEE_A47 43,5556 1 80,2222 16 8,6870 0,0095*
PEE_A48 72,0000 1 53,1111 16 21,6904 0,0003*
CE_1_P1 0,0556 1 27,5556 16 0,0323 0,8597
CE_1_P2 1,3889 1 28,8889 16 0,7692 0,3934
CE_2_P1 2,9558 1 60,5736 16 0,7807 0,3900
CE_2_P2 8,0000 1 62,4444 16 2,0498 0,1715
CE_3_P1 1,2303 1 60,2991 16 0,3265 0,5757
CE_3_P2 1,1695 1 52,9481 16 0,3534 0,5605
CE_4_P1 0,2222 1 18,2222 16 0,1951 0,6646
CE_4_P2 0,0556 1 26,2222 16 0,0339 0,8562
3.2. Análise descritiva de cada cluster incluindo todos os grupos
Tabela 2- Descriptive Statistics for Cluster 1 Tabela 3 - Descriptive Statistics for Cluster 2
113
Cluster contains 8 cases Cluster contains 10 cases
Standard Standard
Mean Deviatn. Variance Mean Deviatn. Variance
PCF_T5 8,3750 1,6850 2,8393 PCF_T5 6,6000 1,6465 2,7111
PCF_C8 6,1250 0,3536 0,1250 PCF_C8 7,4882 0,7173 0,5145
PCD_D14 6,7500 3,6154 13,0714 PCD_D14 3,3000 2,0575 4,2333
PEE_A41 8,7500 1,4880 2,2143 PEE_A41 6,5000 1,5811 2,5000
PEE_A44 6,7500 2,4928 6,2143 PEE_A44 3,4000 1,8379 3,3778
PEE_A45 9,3750 0,9161 0,8393 PEE_A45 4,7000 1,5670 2,4556
3.3. Casos em cada cluster incluindo todos os grupos
Tabela 4 – Cada caso e seu respectivo cluster
Cluster
Case
12
Artesanato x
Artesanato x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Imobiliária x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Turismo x
Turismo x
Turismo x
3.4. Análise de Cluster – Percepção das Condições dos Fatores
Tabela 5 - Analysis of Variance
114
Between SS df Within SS df F signif. p
PCF_T1 0,0123 1 20,2230 16 0,0097 0,9226
PCF_T2 0,6467 1 21,4710 16 0,4819 0,4975
PCF_T3 10,1692 1 30,0661 16 5,4116 0,0335
PCF_T4 10,8889 1 50,8889 16 3,4236 0,0828
PCF_T5 6,7222 1 51,5556 16 2,0862 0,1679
PCF_C6 3,5556 1 48,8889 16 1,1636 0,2967
PCF_C8 0,8374 1 12,9273 16 1,0364 0,3238
PCF_C10 22,2222 1 39,5556 16 8,9888 0,0085
PCF_T11 0,2577 1 16,0500 16 0,2569 0,6192
PCF_T12 16,0556 1 57,5556 16 4,4633 0,0507
PCF_T13 26,8889 1 61,1111 16 7,0400 0,0174
PCF_T14 2,6706 1 66,2627 16 0,6449 0,4337
Tabela 6 - Analysis of Variance – variáveis significantes
Between SS df Within SS df F signif.p
PCF_C10
13,3492 1 48,4285 16 4,4103 0,0519
PCF_T12
39,6825 1 33,9285 16 18,7134 0,0005
PCF_T13
26,0357 1 61,9642 16 6,7227 0,0196
3.5. Análise descritiva de cada cluster - Percepção das Condições dos Fatores
Tabela 7 - Descriptive Statistics for Cluster 1 Tabela 8 - Descriptive Statistics for Cluster 2
Cluster contains 14 cases Cluster contains 4 cases
Standard Standard
Mean
Deviatn.
Variance Mean
Deviatn.
Variance
PCF_C10 7,4286 1,8694 3,4945 PCF_C10 9,5000 1,0000 1,0000
PCF_T12 4,9286 1,5424 2,3791 PCF_T12 8,5000 1,0000 1,0000
PCF_T13 6,3571 2,1342 4,5549 PCF_T13 9,2500 0,9574 0,9167
3.6. Casos em cada cluster - Percepção das Condições dos Fatores
Tabela 9 – Cada caso e seu respectivo cluster
Cluster
Atividade
12
Artesanato x
Artesanato x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Imobiliária x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
115
Rest./Lanchonete x
Turismo x
Turismo x
Turismo x
3.7. Análise de Cluster – Percepção das Condições da Demanda
Tabela 10 - Analysis of Variance
Between SS df Within SS df F signif. p
PCD_D16 4,5000 1 83,7778 16 0,8594 0,3677
PCD_D17 144,5000 1 38,0000 16 60,8421 0,0000
PCD_D18 5,2972 1 63,7616 16 1,3292 0,2659
PCD_C21 0,0556 1 40,2222 16 0,0221 0,8837
Tabela 11 - Analysis of Variance (variável significante)
Between SS df Within SS df F signif. p
PCD_D17 144,5000 1 38,0000 16 60,8421 0,0000
3.8. Análise descritiva de cada cluster - Percepção das Condições da Demanda
Tabela 12 - Descriptive Statistics for Cluster 1 Tabela 13 - Descriptive Statistics for Cluster 2
Cluster contains 9 cases Cluster contains 9 cases
Standard Standard
Mean
Deviatn.
Variance Mean
Deviatn.
Variance
PCD_D17 7,6667 1,9365 3,7500 PCD_D17 2 1 1
116
3.9. Casos em cada cluster - Percepção das Condições da Demanda
Tabela 14 – Cada caso e seu respectivo cluster
Cluster
Atividade
12
Artesanato x
Artesanato x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Imobiliária x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Turismo x
Turismo x
Turismo x
3.10. Análise de Cluster – Percepção dos Setores Correlatos de Apoio
Tabela 15 - Analysis of Variance
Between SS df Within SS df F signif. p
PSCA_S22 3,0574 1 49,0602 16 0,9971 0,3329
PSCA_S23 0,0678 1 38,1675 16 0,0284 0,8682
PSCA_SEN 0,0391 1 25,8984 16 0,0241 0,8785
PSCA_SAG 5,7760 1 77,1573 16 1,1977 0,2900
PSCA_STE 6,7820 1 4,7474 16 22,8572 0,0002
PSCA_S25 1,1640 1 137,8948 16 0,1351 0,7181
PSCA_S26 1,0851 1 109,3855 16 0,1587 0,6956
PSCA_S27 8,5562 1 110,8812 16 1,2346 0,2829
PSCA_S28 1,3444 1 88,2667 16 0,2437 0,6282
PSCA_G29 18,6778 1 77,6000 16 3,8511 0,0673
PSCA_G30 38,1398 1 33,9779 16 17,9598 0,0006
PSCA_G31 25,6000 1 28,4000 16 14,4225 0,0016
PSCA_G32 74,7111 1 9,0667 16 131,8432 0,0000
PSCA_G33 12,8444 1 34,9333 16 5,8829 0,0275
117
Tabela 16 - Analysis of Variance – variáveis significantes
Between SS df Within SS df F signif. p
PSCA_G30 34,4518 1 37,6658 16 14,6347 0,0015
PSCA_G31 36,5714 1 17,4286 16 33,5738 0,0000
PSCA_G32 59,0635 1 24,7143 16 38,2376 0,0000
PSCA_G33 23,5278 1 24,2500 16 15,5235 0,0012
3.11. Análise descritiva de cada cluster - Percepção dos Setores Correlatos de Apoio
Tabela 17 - Descriptive Statistics for Cluster 1 Tabela 18 - Descriptive Statistics for Cluster 2
Cluster contains 4 cases
Cluster contains 14 cases
Standard Standard
Mean
Deviatn.
Variance Mean
Deviatn.
Variance
PSCA_G30 5,00 1,41 2,00 PSCA_G30 8,33 1,56 2,44
PSCA_G31 6,00 1,63 2,67 PSCA_G31 9,43 0,85 0,73
PSCA_G32 5,50 2,64 7,00 PSCA_G32 9,86 0,53 0,29
PSCA_G33 6,75 2,22 4,92 PSCA_G33 9,50 0,85 0,73
3.12. Casos em cada cluster - Percepção dos Setores Correlatos de Apoio
Tabela 19 – Cada caso e seu respectivo cluster
Cluster
Atividade
12
Artesanato x
Artesanato x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Imobiliária x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Turismo x
Turismo x
Turismo x
3.13. Análise de Cluster – Percepção da Estratégia da Empresa, Estrutura e Rivalidade
118
Tabela 20 - Analysis of Variance
Between SS df Within SS df F signif. p
PEE_E34 17,4429 1 50,7924 16 5,4947 0,0323
PEE_E35 1,0000 1 45,0000 16 0,3556 0,5593
PEE_R37 0,4187 1 39,3460 16 0,1703 0,6854
PEE_R38 5,4444 1 56,1667 16 1,5509 0,2309
PEE_R39 10,0278 1 60,4167 16 2,6556 0,1227
PEE_R41 17,3611 1 54,2500 16 5,1203 0,0379
PEE_R43 6,9847 1 71,9439 16 1,5534 0,2306
PEE_A44 12,2500 1 48,2500 16 4,0622 0,0610
PEE_A45 0,1462 1 53,3832 16 0,0438 0,8368
PEE_A46 13,4444 1 81,6667 16 2,6340 0,1241
PEE_A47 69,4444 1 54,3334 16 20,4499 0,0003
PEE_A48 51,3611 1 73,7500 16 11,1428 0,0042
Tabela 21 - Analysis of Variance – variáveis significantes
Between SS df Within SS df F signif. p
PEE_E34 19,4356 1 48,7997 16 6,3724 0,0225
PEE_A47 56,8028 1 66,9750 16 13,5699 0,0020
PEE_A48 79,3361 1 45,7750 16 27,7308 0,0001
3.14. Análise descritiva de cada cluster – Percepção da Estratégia da Empresa,
Estrutura e Rivalidade
Tabela 22 - Descriptive Statistics for Cluster 1 Tabela 23 - Descriptive Statistics for Cluster 2
Cluster contains 8 cases
Cluster contains 10 cases
Standard Standard
Mean
Deviatn.
Variance Mean
Deviatn.
Variance
PEE_E34 3,31 1,53 2,34 PEE_E34 5,40 1,90 3,60
PEE_A47 6,88 2,42 5,84 PEE_A47 3,30 1,70 2,90
PEE_A48 9,13 1,46 2,12 PEE_A48 4,90 1,85 3,43
3.15. Casos em cada cluster – Percepção da Estratégia da Empresa, Estrutura e
Rivalidade
Tabela 24 – Cada caso e seu respectivo cluster
119
Cluster
Atividade
12
Artesanato x
Artesanato x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Imobiliária x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Turismo x
Turismo x
Turismo x
3.16. Análise de Cluster – Cenários
Tabela 25 - Analysis of Variance
Between SS df Within SS df F signif. p
CE_1_P1 3,2111 1 24,4000 16 2,1056 0,1661
CE_1_P2 8,4028 1 21,8750 16 6,1460 0,0247
CE_2_P1 46,3516 1 17,1779 16 43,1733 0,0000
CE_2_P2 46,9444 1 23,5000 16 31,9622 0,0000
CE_3_P1 19,6824 1 41,8470 16 7,5255 0,0144
CE_3_P2 21,1959 1 32,9217 16 10,3013 0,0055
CE_4_P1 1,4694 1 16,9750 16 1,3850 0,2565
CE_4_P2 5,3778 1 20,9000 16 4,1170 0,0594
Tabela 26 - Analysis of Variance – variáveis significantes
Between SS df Within SS df F signif. p
CE_1_P2 8,4028 1 21,8750 16 6,1460 0,0247
CE_2_P1 46,3516 1 17,1779 16 43,1733 0,0000
CE_2_P2 46,9444 1 23,5000 16 31,9622 0,0000
CE_3_P1 19,6824 1 41,8470 16 7,5255 0,0144
120
CE_3_P2 21,1959 1 32,9217 16 10,3013 0,0055
3.17. Análise descritiva de cada cluster - Cenários
Tabela 27 - Descriptive Statistics for Cluster 1 Tabela 28 - Descriptive Statistics for Cluster 2
Cluster contains 8 cases Cluster contains 10 cases
Standard Standard
Mean
Deviatn.
Variance Mean
Deviatn.
Variance
CE_1_P2 9,38 0,92 0,84 CE_1_P2 8,00 1,33 1,78
CE_2_P1 9,50 0,76 0,57 CE_2_P1 6,27 1,21 1,46
CE_2_P2 9,25 1,39 1,93 CE_2_P2 6,00 1,05 1,11
CE_3_P1 9,88 0,35 0,12 CE_3_P1 7,77 2,13 4,55
CE_3_P2 9,63 0,52 0,27 CE_3_P2 7,44 1,86 3,45
3.18. Casos em cada cluster – Cenários
Tabela 29 – Cada caso e seu respectivo cluster
Cluster
Atividade
12
Artesanato x
Artesanato x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Hotel/Hospedagem x
Imobiliária x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Rest./Lanchonete x
Turismo x
Turismo x
Turismo x
121
Anexos
Anexo 1 - Mapa
122
Pólo Costa da Dunas – Rio Grande do Norte
123
Anexo 2 - Relação dos Empresários Pesquisados
Nome Empresa Fone
Adalva Dias Rodrigues Restaurante Paçoca de Pilão 238-2088
Antonio Ferreira Hotel Village do Sol 238-2020
Ana Maria Guerra Maior Cajueiro 238-2300
Antônio Leonardo AVAC 238-3084
Arlindo F. de Oliveira Restaurante Vai e Vem 238-2436
Bibiana B. Maranhão Pousada Praias Belas 238-2587
Gastão G. Cabral Marina Badauê 238-2066
Itamires Carvalho Filho Beleza Bar e Restaurante 238-2244
Johilton Vargas Paular SPA Colinas 237-2232
José Pereira Barbosa Cerâmica Inhapoan 238-2645
Mariceli Tinoco Cabral Pousada Esquina do Sol 238-2078
Marta Maria de Lima Feira de Frutas Pium 237-2286
Mauro Luiz Nogueria Restaurante Casa Mineira 238-2340
Miriam Gimenez Pousada Gitana 238-3313
Renato da Silva Oliveira Pousada do Cajueiro 238-2047
Ruth Vera S. de Medeiros Apart Hotel Caravelas 238-2900
Seraphin Funari Netto Paulista Pizzaria e Rest. 238-3292
Simone Brilhante Maia Tur Imóveis 238-2527
124
125
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