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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
COMPETIÇÃO E REGULAÇÃO NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS: UM
ESTUDO NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL
por
MIGUEL ALFREDO FLORES DUEÑAS
ENGENHEIRIO CIVIL, UFRN, 2001
TESE SUBMETIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
NOVEMBRO, 2004
© 2004 MIGUEL ALFREDO FLORES-DUEÑAS
TODOS DIREITOS RESERVADOS.
O autor aqui designado concede ao Programa de Engenharia de Produção da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir, comunicar ao
público, em papel ou meio eletnico, esta obra, no todo ou em parte, nos termos da Lei.
Assinatura do Autor: _________________________________________________
APROVADO POR:
___________________________________________________________________
Prof. Enilson Medeiros dos Santos, D. Sc. Orientador, Presidente
___________________________________________________________________
Prof. Rubens Eugênio Barreto Ramos, D. Sc. Membro Examinador
___________________________________________________________________
Prof. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado, Dr. Ing. Membro Examinador Externo
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ii
Divisão de Serviços Técnicos
Flores-Dueñas, Miguel Alfredo.
Competição e regulamentação no transporte de passageiros: Um
estúdio no transporte rodoviário intermunicipal / Miguel Alfredo
Flores – Dueñas. - Natal, RN 2004.
185 f.:il.
Orientador: Enilson Medeiros dos Santos.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Programa de Engenharia de Produção.
1.Transporte Rodoviário Natal (RN). 2. Regulamentação -
Transporte Coletivo tese. 3. Estratégia Competitiva Tese. I.
Santos, Enilson Medeiros dos. II. Título.
RN/UF/BCZN CBU 656.1 (813.2)
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iii
CURRICULUM VITAE RESUMIDO
Miguel Alfredo Flores Dueñas é engenheiro Civil, formado pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 2001. Durante a
fase de mestrado realizada no Programa de Engenharia de Produção da
UFRN, publicou diversos artigos científicos em Congressos Nacionais.
FLORES-DUEÑAS, M. A. et al (2003). O impacto do “lixo” na qualidade de vida da
comunidade circunvizinha nos Barrios de Cidade Nova e Felipe Camarão Natal/Rn. XXIII
Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Ouro Preto, Brasil.
FLORES-DUEÑAS, M. A. (2004). Estratégia e Competitividade em Transporte
Intermunicipal de Passageiros. Anais do XVI Congresso de Pesquisa e Ensino em Transporte,
ANPET, Resumem de Dissertação, Florianópolis, Novembro.
iv
Graça a Deus pela constante proteção e fortaleza recebida
A minha mãe, Elizabeth, que alem do amor maternal, principal fomentadora,
impulsionadora e exemplo de todas as fases da minha vida que remontou a distância.
A meu pai Miguel e meus irmãos Tomás e Jorge, pelo constate amor e incentivo.
v
AGRADECIMENTOS
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instituição que aprendi a respeitar e
pela qual tenho um profundo carinho, devo toda minha formação profissional.
Ao Programa de Engenharia de Produção, pela Bolsa recebida fruto da confiança
depositada pelo coordenador do programa.
Ao Prof. D. Sc. Enilson Medeiros dos Santos, orientador deste trabalho, pessoa
humilde e de grande conhecimento - sou grato pela condução do presente trabalho.
Ao Coordenador do Programa de Engenharia de Produção, Prof. D. Sc. Rubens
Eugênio Barreto Ramos, por toda ajuda brindada que sem ela não teria êxito este trabalho.
Ao departamento de Estradas e Rodagem do Estado DER - RN na pessoa de Maristela
Lopes de Sousa, pela ajuda e acesso a dados relevantes a esta pesquisa.
A ATP-Engenharia na pessoa de Karla Fabiana de França Barboza, pela ajuda e acesso
nos dados relevantes a esta pesquisa.
Aos bolsistas do NET – Natal e amigos pelos questionários aplicados
As grandes amizades de Ana Rosa, Danny e Mario construídas durante o mestrado.
Aos amigos da cantina
Aos meus amigos da pesada Eric e Manuel
A Leopoldo, Hermann e Alonso pelas inumeráveis horas de diálogos ricos em cultura,
conselhos e experiências de vida.
A Conceição, Stella e Micaela pela grande amizade que nos une.
A Mildred pelo constante luz e carinho
A meus amigos estrangeiros, pelo intercambio de vivências e constate ajuda.
Aos amigos brasileiros e sua bela terra, que com seu mar e céu conquistaram meu
coração.
vi
Resumo da Tese apresentada à UFRN/PEP como parte dos requisitos necessários para a
obtenção do grau de Mestre em Ciências em Engenharia de Produção.
COMPETIÇÃO E REGULAÇÃO NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS: UM
ESTUDO NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL
MIGUEL ALFREDO FLORES DUEÑAS
Novembro/2004
Orientador : Enilson Medeiros dos Santos
Curso: Mestrado em Ciências em Engenharia de Produção
O objetivo desta pesquisa é a verificação da competição no mercado intermunicipal, após a
entrada de novos concorrentes (vans e microônibus) regulamentadas e ou clandestinas. Para
verificação deste novo panorama efetuo-se uma pesquisa de caráter documental para o
conhecimento da regulamentação e caráter exploratório do sistema Natal Região do Seridó,
para assim nos familiarizar com sua problemática, bem como suas características,
atratividades e desenvolvimento da região do Seri, e seu elo com a Capital (Natal).
Posteriormente, se realizou uma pesquisa exploratória descritiva do tipo survey com os
passageiros para saber como estes estão sendo atendidos e sua satisfação em relação às
empresas regulamentadas. Com os motoristas se efetuou um focus group, e com o pessoal do
guichê uma pesquisa survey, visando conhecer as estratégias utilizadas pela única empresa de
ônibus que atende a região do Seri, a implantação destas e o reflexo do usuário. De acordo
com a tipologia de Porter e suas estratégias genéricas, percebeu-se que a empresa de ônibus
adotou a estratégia de “liderança de preçopara ser competitiva, aproveitando a sua melhor
colocação no mercado, já as vans e os microônibus com sua limitada participação apostam
numa estratégia de diferenciação” no seu serviço, efetuando viagens mais rápidas e na
estratégia de enfoque” encontramos os serviços não regulamentares ganha no serviço ao
gosto do usuário.
vii
Abstract of Master Thesis presented to UFRN/PEP as fullfilment of requirements to the
degree of Master of Science in Production Engineering
COMPETITION AND REGULATION IN THE TRANSPORT OF PASSENGERS: A
STUDY IN ROAD TRANSPORT INTERCITY
MIGUEL ALFREDO FLORES DUEÑAS
November/2004
Thesis Supervisor : Enilson Medeiros dos Santos
Program: Master of Science in Production Engineering
The objective of this research is the verification of the competition in the intecity market, after
the entrance of new competitors (vans and microbus) regulated and clandestine. For
verification of this new view was effected one research of documentary character for the
knowledge of the regulation and exploratory character of the system Natal - territory of the
Seri, for thus in making will know this problematic, well as its characteristics,
attractivenesses and development of the territory of the Seridó, and its link with the Capital
(Natal). Later, through a descriptive exploratory research of the type survey with the
passengers to know as these are being taken care and its satisfaction in relation to the
regulated companies. With the drivers if focus effected one group, and with the staff of the of
sale ticket a research survey, aiming at to know the strategies used for the only company of
bus that takes care of the territory of the Seri, the implantation of these and the consequence
of the user. In accordance with the generic tipologia of Porter and its strategies, were
perceived that the bus company adopted the strategy of “price leadership” being competitive,
using to advantage its bigger space in the market, already vans and the microbuses with its
limited participation bet in a strategy of "differentiation" in its service, effecting faster trips
and in the strategy of "approach" we find the not regulated services earn the service to the
taste of the user
viii
SUMÁRIO
Capítulo 1 Introdução............................................................................................................. 1
1.1. Contextualização.............................................................................................................. 1
1.2. Problema.......................................................................................................................... 2
1.3. Relevância da Pesquisa.................................................................................................... 3
1.4.Objetivo.............................................................................................................................
4
1.5 Estrutura do trabalho......................................................................................................... 4
Capítulo 2 Regulamentação e Estratégias para Competitividade de Mercados...................... 6
2.1. Importância do Papel do Estado...................................................................................... 8
2.1.1. Primeiros serviços e a consolidação do ônibus............................................................. 10
2.1.2. A Regulamentação e seu Papel na Sociedade............................................................... 12
2.2. Marco Teórico da Regulamentação de Mercados............................................................ 14
2.2.1. Políticas Anti-truste...................................................................................................... 18
2.2.2. Regulamentação Social................................................................................................. 21
2.2.3. Regulamentação Econômica......................................................................................... 23
2.3. A Regulação e o Transporte Coletivo.............................................................................. 24
2.3.1. Regulamentação de Mercados de Ônibus..................................................................... 27
2.3.2. Teoria dos Monopólios Naturais................................................................................... 29
2.3.3. Mercados Contestáveis ................................................................................................ 31
2.4. Competitividade de Mercado........................................................................................... 33
2.4.1. Processos de Licitação ................................................................................................. 35
2.4.2 Políticas Tarifarias......................................................................................................... 35
2.4.3. Contratos....................................................................................................................... 37
2.4.4. Concorrência Perfeita....................................................................................................
38
2.5. Estratégias Competitivas.................................................................................................. 40
2.5.1. Estratégias Competitivas .............................................................................................. 40
2.5.2 Estratégias Competitivas para o Mercado de Transportes............................................. 43
2.6. Tópicos Conclusivos........................................................................................................ 46
Capítulo 3 Metodologia da Pesquisa de Campo..................................................................... 48
3.1. Delineamento da pesquisas.............................................................................................. 48
3.2. Tipologia da pesquisas..................................................................................................... 49
3.3. Definição do problema de pesquisa................................................................................. 50
3.4. Do Objetivo da pesquisa.................................................................................................. 50
ix
3.5 População ......................................................................................................................... 50
3.6. Plano Amostral.................................................................................................................
51
3.7. Coleta de dados................................................................................................................ 53
3.8. Instrumento de pesquisa .................................................................................................. 54
3.9. Técnicas de Analises dos dados....................................................................................... 55
3.10. Conclusão....................................................................................................................... 57
Capítulo 4 Estratégias Competitivas no Transporte Rodoviário: O Caso Natal – Região do
Seri no Rio Grande do Norte.............................................................................................. 58
4.1. Visão Geral do Sistema de Transporte Rodoviário: Natal -Seri.................................. 59
4.1.1. O Sistema atual............................................................................................................. 60
4.1.2. Óro Gestor................................................................................................................. 63
4.1.3. Marco Regulatorio........................................................................................................ 64
4.1.4. A legislação................................................................................................................... 66
4.2. Competição entre o STR e a TOMP................................................................................ 68
4.3 Validação da Pesquisa.......................................................................................................
72
4.4. Análise da Pesquisa..........................................................................................................
73
4.4.1. Analise descritiva.......................................................................................................... 73
4.4.2 Analisando os Resultados.............................................................................................. 75
4.5. Analises das Variáveis de Qualidade............................................................................... 86
4.5.1.Em Relação aos serviços dos Ônibus Convencional..................................................... 86
4.5.2 Em Relação aos serviços dos Alternativos.................................................................... 91
4.6. Avaliação das Estratégias................................................................................................ 96
4.6.1. Estratégias verificadas.................................................................................................. 96
4.6.2. Estratégias segundo Porter............................................................................................ 104
4.7. Tópicos Conclusivos........................................................................................................ 106
Capítulo 5 Conclusões e Recomendações...............................................................................
111
5.1. Resultados da Pesquisa Bibliográfica.............................................................................. 111
5.2. Resultado do estudo de caso............................................................................................ 114
5.3. Limitações do trabalho..................................................................................................... 116
5.4. Recomendações para futuras Pesquisas........................................................................... 116
5.5 Conclusão.......................................................................................................................... 117
Referências Bibliográficas...................................................................................................... 118
Anexos.................................................................................................................................... 124
x
Anexo A.................................................................................................................................. 125
Anexo B.................................................................................................................................. 127
Anexo C.................................................................................................................................. 129
Anexo D.................................................................................................................................. 130
Anexo E.................................................................................................................................. 131
Anexo F.................................................................................................................................. 132
Anexo G.................................................................................................................................. 133
Anexo H.................................................................................................................................. 134
Anexo I....................................................................................................................................
135
Histogramas I.......................................................................................................................... 136
Histogramas II......................................................................................................................... 139
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 Variáveis da.Qualidade do Veículo..................................................................... 54
Tabela 3.1. Variáveis da.Qualidade de Serviços................................................................... 55
Tabela 4.1 Quantidade de empresas e linhas cadastradas no RN........................................... 61
Tabela 4.2 Passageiros transportados pelas empresas atuantes entre Natal - Seridó.............. 62
Tabela 4.3 Aumento da motorização...................................................................................... 62
Tabela 4.4 Índice de motorização para 10.000 habitantes...................................................... 63
Tabela 4.5 Sínteses do Regulamento do Estado.................................................................... 67
Tabela 4.6 Linhas para o Seripela empresa STR............................................................... 70
Tabela 4.7 Linhas para o Seripelas empresas TOMP........................................................ 71
Tabela 4.8 Passageiros Transportados pelas TOMP............................................................... 71
Tabela 4.9. Variáveis da.Qualidade do Veículo STR............................................................ 86
Tabela 4.10 Variáveis da.Qualidade do Serviço STR.............................................................
86
Tabela 4.11 Resumo do Analises do Cluster com o Perfil dos usuários do ônibus............... 88
Tabela 4.12 Resumo das Análises do Cluster com relação ao Sistema Rodoviário e sua
avaliação dos usuários do ônibus............................................................................................ 90
Tabela 4.13 Resumo das Análises do Cluster com o Comportamento dos usuários do
ônibus após a avaliação do sistema......................................................................................... 91
Tabela 4.14. Variáveis da.Qualidade do Veículo TOMP....................................................... 91
Tabela 4.15 Variáveis da.Qualidade do Serviço TOMP......................................................... 92
Tabela 4.16. Resumo do Analises do Cluster com o Perfil dos usuários do Alternativo....... 94
Tabela 4.17 Resumo das Análises do Cluster com relação ao Sistema Rodoviário e sua
avaliação dos usuários do Alternativo.................................................................................... 95
Tabela 4.18 Resumo das Análises do Cluster com o Comportamento dos usuários do
Alternativo após a avaliação do sistema ................................................................................ 96
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1. Fluxograma do processo Regulatório................................................................... 17
Figura 2.2 Estratégias Genéricas de Porter............................................................................. 41
Figura 2.3. Abordagem estratégica......................................................................................... 44
Figura 4.1. Crescimento da frota dos veículos do Estado....................................................... 63
Figura 4.2. Cadeia de Produção do Transporte intermunicipal.............................................. 69
Figura 4.3. Passageiros Transportados pela STR................................................................... 72
Figura 4.4. Perfil dos entrevistados, quanto ao sexo...............................................................
74
Figura 4.5. Perfil dos entrevistados, quanto ao sexo...............................................................
74
Figura 4.6. Perfil dos entrevistados, onde mora...................... ...............................................
75
Figura 4.7.. Perfil dos entrevistados, Grau de instrução......................................................... 75
Figura 4.8 Freqüência de Viagem........................................................................................... 76
Figura 4.9. Motivo da viagem................................................................................................. 76
Figura 4.10. Motivo dos Passageiros que viagem duas ou três vezes ao mês........................ 77
Figura 4.11. Motivos Passageiros que viagem uma vez ao mês............................................. 77
Figura 4.12. Tipo de Serviços utilizado por Passageiros que viagem uma vez ao mês.......,.. 77
Figura 4.13. Tipo de Serviços utilizado por Passageiros que viagem duas ou três vezes ao
mês.......................................................................................................................................... 77
Figura 4.14. Avaliação do Sistema......................................................................................... 78
Figura 4.15. Avaliação do Sistema pelos usuários STR ....................................................... 78
Figura 4.16. Avaliação do Sistema pelos usuários TOMP ................................................... 79
Figura 4.17. Avaliação por Passageiros que viagem uma vez ao mês.................................... 79
Figura 4.18. Avaliação por Passageiros que viagem duas ou três vezes ao mês.................... 79
Figura 4.19. Passageiros por sexo que viagem uma vez ao mês.............................................
79
Figura 4.20. Passageiros por sexo que viagem duas ou três vezes ao mês............................. 79
Figura 4.21. Motivo da Viagem por Sexo Masculino............................................................. 80
Figura 4.22. Motivo da Viagem por Sexo Feminino.............................................................. 80
Figura 4.23. Tipo de Serviços utilizado por Sexo Masculino................................................. 80
Figura 4.24. Tipo de Serviços utilizado por Sexo Feminino.................................................. 80
Figura 4.25. Passageiros por faixa etária que viagem uma vez ao mês.................................. 81
Figura 4.26. Passageiros por faixa etária que viagem duas ou três vezes ao mês.................. 81
Figura 4.27. Passageiros por grau de instrução que viagem uma vez ao mês........................ 81
Figura 4.28. Passageiros por grau de instrução que viagem duas ou três vezes ao mês......... 81
xiii
Figura 4.29. Primeiro grau incompleto por faixa etária.......................................................... 82
Figura 4.30. Passageiros que viagem uma vez ao mês, segundo a sua moradia.....................
82
Figura 4.31. Passageiros que viagem duas ou três vezes ao mês, segundo a sua moradia..... 82
Figura 4.32. Passageiro que utiliza o serviço alternativo segundo a localidade que mora..... 83
Figura 4.33. Passageiros do ônibus que já viajou de serviço alternativo................................ 83
Figura 4.34. Passageiros do ônibus que viajam como freqüência que já utilizaram o
serviço alternativo................................................................................................................... 83
Figura 4.35. Passageiros do ônibus que viajam como freqüência que já utilizaram os
serviços alternativo segundo faixa etária................................................................................ 84
Figura 4.36. Passageiros do ônibus que viajam como freqüência que já utilizaram o
serviços alternativo segundo o seu grau de instrução............................................................. 84
Figura 4.37. Passageiros que deixaria de usar os serviços do sistema intermunicipal........... 85
Figura 4.38. Passageiros do ônibus que viajam como freqüência, que deixariam de usar o
ônibus...................................................................................................................................... 85
Figura 4.39. Motivos que deixaria de usar o serviços do ônibus dos passageiros que
viajam como mais freqüência................................................................................................. 85
Figura 4.40. Cluster em relação ao ônibus.............................................................................. 87
Figura 4.41. Cluster em relação aos Alternativos................................................................... 93
Figura 4.42. Histograma da Tarifa do ônibus......................................................................... 97
Figura 4.43. Cluster com Tarifa do ônibus............................................................................. 97
Figura 4.44. Histograma de Rapidez do ônibus...................................................................... 98
Figura 4.45. Cluster com Rapidez de ônibus.......................................................................... 99
Figura 4.46. Cluster com conservação dos ônibus.................................................................. 99
Figura 4.47. Cluster com Funciorios atenciosos dos ônibus............................................... 100
Figura 4.48. Cluster com Motorista que dirige com segurança dos ônibus ........................... 101
Figura 4.49.Histograma do que falta para melhorar o serviço segundo o usuário do ônibus. 101
Figura 4.50. Cluster com Rapidez do Alternativo.................................................................. 102
Figura 4.51. Cluster com Flexibilidade de paradas do Alternativo........................................ 103
Figura 4.52. Cluster com Tarifa do Alternativo...................................................................... 103
Figura 4.53. Histograma do que falta para melhorar o serviço segundo o usuário do
Alternativo.............................................................................................................................. 104
Figura 4.54.Resumo da Estratégia genérica de Porter para o Mercado de Transporte
Rodoviário.............................................................................................................................. 105
1
Capítulo 1
Introdução
1.1. Contextualização
O deslocamento da população das cidades brasileiras e entre cidades tem sido
realizado em sua maioria por ônibus. Assim, o sistema de transporte por ônibus consolidou-se
como a principal modalidade de transporte no país. O transporte de passageiros por rodovias
tem dois componentes principais: (i) entre cidades feitas por ônibus; e (ii) urbano – suburbano
por ônibus de linha. A estes podemos somar serviços de fretamento e serviços turísticos,
ônibus escolares, serviços de táxi. Todos estes serviços fazem um mercado atraente,
economicamente, pela quantidade de usuários que precisam de acessibilidade rápida, segura e
a um preço justo para diferentes destinos.
Entretanto, por falta de uma filosofia empresarial eficiente, diversas deficiências no
sistema regular como falta de conforto e segurança, tarifa elevada, demora, entre outros e
uma oferta inadequada e insuficiente para atender à crescente demanda, provocaram a
insatisfação dos usuários com o sistema. Com este panorama, Aragão et.al (2000a) coloca,
que a própria liderança empresarial começa a reconhecer as ineficiências desse setor, que tem
apresentado baixos níveis de qualidade e competitividade.
Tal insatisfação provocou o surgimento do transporte alternativo, juntamente com a
atual crise econômica do país que levou os trabalhadores desempregados a entrarem neste
setor em busca de novas fontes de renda. Esta modalidade de transporte tem evoluído muito
na última década e abrange atualmente tanto os perímetros urbanos, quanto o transporte
intermunicipal, até interestadual.
No transporte intermunicipal, podemos encontrar uma ocorrência expressiva deste tipo
de transporte, como nos estados do Nordeste (Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba).
No Estado do Rio Grande do norte o fenômeno do transporte alternativo intermunicipal tem
2
atingido aos poucos o mercado de transporte de passageiros, como na região do Seri, que
estava, até poucos anos atrás, com apenas uma operadora de transporte, dessa forma os
moradores da região ficavam restritos aos serviços oferecidos por esta empresa, a qual detinha
o monopólio da área, não se preocupando em melhorar o serviço.
Existem divergências por parte dos grupos envolvidos em relação à percepção da atual
condição do serviço intermunicipal, dado a falta de inovação tecnológica, de estratégias de
mercado para melhorar o serviço e atendimento do usuário. Este cenário foi propício para o
surgimento do transporte alternativo (por vans, microônibus) num princípio ilegal, mas foi
bem aceito pelos usuários obrigando ao órgão público competente regulamentar o setor. Este
novo serviço que começou captando os usuários insatisfeitos do serviço tradicional provocou
quedas no número de passageiros da mesma, a isto se soma os usuários que decidiram viajar
de carro particular e/ou alugado.
O papel da administração pública é mediar a disputa dos usuários entre estes modais
de transporte intermunicipal e combater a falta de competitividade em beneficio destes,
introduzindo mecanismos competitivos que sejam salutares ao mercado de transportes
estimulando a eficácia (qualidade) e eficiência (produtividade). (RAMOS, 2000).
Como o mercado intermunicipal modificado a região do Seri apresenta
características e necessidades de serviços diferenciados para seus usuários e com suas
pequenas cidades e cidades médias propiciam um bom fluxo de passageiros que se deslocar
para a capital (Natal) e/ou vice versa, tornando –o mercado atrativo as operadoras que
operam na região.
1.2. Problema
Analisando-se o setor de transporte rodoviário de passageiros, historicamente no
Brasil, ao contrário da maioria dos países, esses serviços eram prestados pela iniciativa
privada através de delegações, (GIFONI NETO, 2002). Em outras palavras existia um sistema
regulado de ônibus que detinham no seu poder parcelas de mercados. Balassiano & Braga,
(2000) Colocam que os sistemas regulares são, em geral, alvos da competição de sistemas não
regulamentados, provocando que este legado esteja ameaçado por uma crise de diminuição do
número de passageiros transportados, pelas migrações destes para o transporte clandestino ou
optar por pelo transporte individual (ARAGÃO et. al 2000). Não foi diferente para o mercado
intermunicipal de passageiros da região do Seri, para distancias curtas e médias distâncias
3
com a utilização de micro-ônibus, vans e ate carros comuns. Hoje já existem algumas
regularizadas, atingindo diretamente a empresa que detinha a concessão monopolista da área.
Soma-se também a estabilidade econômica da última década, com o aumento de renda
obtido pelo Plano Real e instalação do novo regime automotor, com a decorrente expansão do
mercado de automóveis de segunda mão; isto abre uma vasta parcela da população pela
primeira vez o acesso ao carro particular (ARAGÃO et. al 2000a).
Com esse novo panorama de mercado a preocupação principal é como a empresa
tradicional está encarando a nova realidade para se tornar competitiva em relação as novas
operadoras e a motorização da região e surge os questionamento: Que estratégias ou quais
estratégias estão sendo adotadas pela empresa de ônibus para fazer frente ao novo quadro de
mercado do transporte rodoviário com o objetivo atrair mais passageiros, que estratégias ou
quais estratégias foram tomadas por esta para ser mais competitivo e se consolidar no
mercado em vista da quebra do monopólio que detinham?
1.3. Relevância da pesquisa
O fenômeno do transporte ilegal e alternativo é relativamente novo e por isto ainda
o está satisfatoriamente documentado, embora a importância crescente dada ao assunto
tenha causado o aumento das publicações a respeito (BARBOZA, 2002), principalmente nas
transformações e impactos nas cidades, deixando um pouco de lado as mudanças e que
também estão ocorrendo no setor intermunicipal.
a) Relevância teórica
Contribuir, para o meio acadêmico, com conhecimento sobre o mercado
intermunicipal de transportes de passageiros a sua competitividade e regulamentação,
como o motivo de melhorar entender o comportamento do setor bem como as suas
tendências futuras.
b) Relevância prática
Na prática se pretende que haja uma visão abrangente de todos os aspectos relevantes
ao problema (falta de competitividade) e priorizar alternativas à sua melhora (tipos de
Estratégia). De forma de chamar a atenção das empresas e reguladores para decisões
estratégicas em mercados regulamentados com presencia de competição tomando em conta
os grupos de interesse (usuários, poder público, empresas de ônibus e ultimamente os
alternativos) e critérios relevantes de cada um, para alcançar um desenvolvimento
4
econômico e equilibro dos mercados, tendo por finalidade obter a máxima eficiência na
prestação do serviço. Desta forma, os usuários teriam ao seu dispor um serviço de maior
qualidade e a empresa uma melhor produtividade. Esta atitude seria vital para o
melhoramento da atual situação do transporte intermunicipal de passageiros.
1.4. Objetivo
O principal objetivo é analisar como as empresas formais do setor de transporte por
ônibus intermunicipal se comportam com a introdução da competição através de mudança
regulatória e que tipo de estratégias utiliza para combater essa novas concorrências sem violar
aspectos competitivos do transporte rodoviário de passageiros.
1.6. Estrutura do Trabalho
A estrutura deste da dissertação está composta por cinco capítulos, inclusive este, e
mais um referencial bibliográfico e o anexo. O capitulo 2 (dois) está dedicado a fundamentos
conceituais necessários para o desenvolvimento deste trabalho; no capitulo 3 (três) se
mostrará a metodologia utilizada na realização do presente; no capitulo 4 (quatro) se fala
como está caracterizado o sistema intermunicipal do estado e o estudo de cada
competitividade das empresas e no último no capitulo às conclusões e recomendações a
seguir um resumo dele.
O Capítulo 2 descreverá os aspectos da estratégia competitiva, começando na importância do
papel do Estado nos mercado de caráter regulado, posteriormente os conceitos de uma
economia regulatória para logo entrar no regulamentação do mercado de transportes. Com a
abordagem na estratégia competitiva regulamentação de mercados não pode-se deixar de fora
as definições de agências regulatórias e sua estrutura. Seguidamente os conceitos de
competitividade de mercados e o processo na busca uma concorrência perfeita mediante a
licitação, políticas tarifarias e os contratos. Finalmente as estratégias competitivas mediante a
descrição do modelo de Porter e sus forças competitivas
Capítulo 3: é apresentado o procedimento metodológico utilizado para investigação as
estratégias competitivas no mercado rodoviário intermunicipal. Inicialmente são apresentados
os elementos metodológicos básicos para a execução da pesquisa de campo, destacando-se os
tipos de pesquisa que se utilizou para analisar a proposta de investigação, amostra e período
5
histórico de coleta de dados considerado para o estudo, instrumento de pesquisa utilizado e
uma descrição do procedimento utilizado para análise dos dados coletados.
Capítulo 4: apresenta os dados coletados durante a fase de pesquisa de campo, realizar análise
descritiva, através de tabelas e figuras e análise de agrupamento entre variáveis, bem como
discute os resultados encontrados.
Capítulo 5: apresenta as conclusões em dois grupos: principais resultados da pesquisa
bibliográfica e resultados do estudo de caso. E em seguida são discorridas as limitações do
trabalho e direções de pesquisa.
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Capítulo 2
Regulamentação e Estratégias para Competitividade de
Mercados
Não se pode falar de Estratégias Competitivas para os mercados de infra-estrutura e de
serviços sem falar em Regulação no qual a participação do Estado tem que ser de forma
marcante seja como, controlador, fiscalização e se for necessário intervir para que nos
diversos mercados o existam abusos, sejam entre Empresas (concorrência predatória) e
Empresa e consumidores (preços abusivos).
Em rios paises, principalmente Europeus e na América do Norte, a adoção de
políticas de Estado é uma prática comum e necessária para equilibro dos diversos tipos de
mercado, (telefonia, eletricidade, mineração, água, saúde, transportes, etc). No Brasil estes
mercados de Serviços blicos esta regulamentada pelo Estado com a lei das concessões (Lei
8.987/95) como está previsto no artigo 175 da Constituição Federal, que dise sobre o
regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos.
Regular para obter equilíbrio de mercado é essencial para que os operadores tenham a
confiança de ter um mercado atrativo e competitivo, para isso Possas, Ponde & Fagundes
(1997) afirmam que o objetivo central da regulação de atividades economia“não” é promover
a concorrência” como um fim em si mesmo, mas aumentar o nível de “Eficiência
Econômica” dos mercados correspondentes. De outro ponto, desregularizar significa abolir ou
reduzir quantidade ou controlar capacidade ou fixar taxas segundo as condições do mercado
(OCDE, 1990).
Dizer que o tipo de Regulação seja aplicado o essencial é promover a competitividade,
para aumentar a eficiência, e colocar critérios eficazes, dependendo das falhas existentes no
mercado mas, não podemos deixar de lado a busca de Bem Estar Social e econômico.
Lahera (1998) entende que tal competência deve resultar em benefícios para o consumidor, já
7
que os ganhos de eficiência devem traduzir-se em preços menores. Daí que as medidas
efetivas de Regulação ou desregulão além de obter à competência, boa qualidade e
aumentar a produção devem promover a melhor qualidade de vida da sociedade.
Não podemos esquecer que estas falhas de mercado provocam impactos cada vez
maiores na sociedade. Por isso, Green (1999) diz, que os reguladores têm que proteger os
consumidores, mas alguns têm que ser mais protegidos que outros. Principalmente os de baixa
renda; para isso, Goodwin (2001) aponta que o modelo de regulação tem que ter referências
em várias escalas sociais, culturais e institucionais que juntas sustentem e promovam um
crescimento econômico.
As medidas tomadas por evidentes falhas de mercados, como por exemplo, de
monolios naturais, segundo Lahera (1998), apontam que, ineficiências em matéria de
delegação de recursos produtivos de divergências entre o pro e os custos marginais
conduzem a inexistência de soluções competitivas. Outras falhas colocadas pelo autor
explicam que, ao não se produzirem soluções de ótima eficiência por distintos motivos das
economias de escala, razão que os indivíduos não internalizaram no processo de tomada de
decisões, os custos (ou benefícios) de suas decisões influem em terceiros. As principais
situações correspondem as externalidades e as assimetrias de informação.
Tradicionalmente, os serviços de transportes estão sujeitos a uma forte regulação
econômica diz respeito a entrantes (operadores) nos mercados existente, bem como a
qualidade de preços e serviços (ESTACHE & RUS. 2000a). A regulão pelo estado tem que
garantir a eficiência e produtividade para que exista um equilíbrio no mercado, combatendo
atividades anti-competitivas, aplicando políticas “anti-trus”, para maior bem estar do cliente.
Santos & Orrico Filho (1996) enfatizam que dentro de certos pressupostos, que a auto-
regulação dos mercados propiciaria máxima eficiência produtiva e a otimização alocativa de
recursos sociais. O equilibro (de longo prazo) entre oferta e demanda se daria a um preço
equivalente ao custo marginal. Na perspectiva teórica da concorrência perfeita, a atuação das
forças de mercado está endereçada à maximização da utilidade dos agentes, tomados
individualmente.
No mercado de ônibus a lei de Concessões influi diretamente na estrutura dos serviços
públicos. Criou as facilidades para que a delegação de serviços seja em todas as instâncias
Federal, Estadual e Municipal, convertendo ao Estado como principal agente regulador, com
objetivos econômicos claros, visando um equilíbrio e competitividade entre os concorrentes.
Dentro das funções do Regulador está: licitar, concessionar e fiscalizar este serviço,
8
priorizando capacidade técnica, rentabilidade e uma boa qualidade de atendimento do usuário
de transporte público.
Com essas mudanças na legislação e com as diversas características de cada mercado
de transporte, a regulação tem que ser adaptada a cada realidade, tendo em consideração os
componentes existentes. Nesta complexidade de implementação tem que se considerar o
planteamento por Santos (2000) em que, a análise estrutural de mercados de transporte
público no Brasil deve ser precedida por uma compreensão crítica da natureza e das
características da intervenção estatal no setor, o que pressupõe o enquadramento da
regulamentação setorial na complexa moldura das relações entre Estado e economia, tanto em
termos gerais, quanto no caso brasileiro.
No Transporte intermunicipal, esta complexidade em comparação com o transporte
Urbano foi menos problemática, influenciado pelo sistema existente que geralmente
funcionavam através de delegação deste serviço para empresas privadas, que atuam a vários
anos neste mercado. Estes, em diversos casos, detinham monopólios para distintas localidades
ou uma área de atuação, colocado por Aragão & Santos (2000) em que o transporte rodoviário
tem se sujeitado ao regulamento do tipo de monopólio natural, devido às implicações sobre
mercado ferroviário em que o monopólio era justificado pelos custos capital e da manutenção
de infra-estrutura que o operador tinha que arcar.
No capitulo atual se abordara o papel do Estado na regulamentação dos serviços
públicos e sua ênfase no setor de transportes, sua importâncias para a sociedade bem como os
fundamentos econômicos que proporcionem um equilíbrio do mercado para bem-estar do
usuário; seguidamente o funcionamento do órgão gestor e sua complexa atuação na
competitividade de mercado e as estratégias competitivas que as empresas necessitam para se
manter no mercado.
2.1. Importância do Papel do Estado.
Em muitos paises o Estado intervém nos diversos mercados para salvaguardar a
população. Esta justificativa provoca uma forte presença do governo sobre diferentes
argumentos, como declives de demanda e de oferta, ineficiências produtivas, baixa
competitividade e/ou atitudes anticompetitivas entre concorrentes.
Fica claro a importância do Estado em ditar normas para o equilíbrio dos diversos
mercados nos papeis de (des) regulador, fiscalizador e de arbitragem e promotor do
9
desenvolvimento para bem do interesse blico. Thompson (2000) diz que "regular" nesta
discussão significa uma “Regulação Econômica”, isto é, a intervenção pública nas taxas ou
nos serviços oferecidos por uma entidade que vende bens ou serviços ao público. Fiane &
Pinto Jr (2002) afirma que assim caberia aos capitais privados de novos operadores a missão
de recuperar o vel de investimento em infra-estrutura, eliminando os gargalos” de
crescimento.
Promover a competência implica de modo direto e imediato tanto o desenvolvimento
produtivo quanto a competitividade. Por isso, a ação pública deverá ocupar-se de desregular
mercados naturalmente competitivos e de desmontar barreiras artificiais na estrada de
competidores, assim como regular apropriadamente mercados dominados por monopólios
naturais, na medida em que aumente a competitividade. Esta mesma aumenta, também, a
eficiência. Quando a disciplina da competência falha, os governos não podem permitir-se o
luxo de abandonar todos os controles por mais privatização ou concessão que se tenha
realizado (LAHERA, 1998).
Como Lahera (1998) coloca o governo não pode deixar sem controle os mercados, ao
contrário, tem que aumentar o seu poder de atuação fornecendo meios econômicos
(financiamentos) e administrativos, para intervir no mercado sempre que for necessário, para
velar pelos interesses do equilíbrio entre os competidores e evitar impactos sociais. Em fim, o
Estado é um facilitador para que as economias sejam viáveis e competitivas nas diversas áreas
de serviços: telefônica, luz, saúde, educação, pesquisas sociais e tecnológicas, e investimentos
em infra-estruturas.
Precisamente este é o caso dos setores que abrangem as infra-estruturas e os serviços
públicos. Da perspectiva do fomento e da estabilização ao desenvolvimento econômico, esses
setores se apresentam como de significação fundamental, seja porque desempenham o papel
de suporte ao conjunto das atividades econômicas e, portanto, exercem forte influência sobre
custos e pros, seja porque constituem de por se mesma atividades econômicas importantes
em termos de geração de oportunidades de investimento, renda e emprego. Por outro lado,
infraestruturas e serviços blicos são elementos cruciais para a definição dos níveis de bem-
estar social, para a redução das desigualdades de renda entre pessoas e regiões, enfim para a
integração e a coesão nacionais (SANTOS, 2000).
A alma de muitas políticas de mercado está na busca de melhorar a eficiência em
forma sustentável, o que está, provavelmente, em segundo plano para o Estado pela
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necessidade de fornecer financiamento adicional, mas isso é “o centrode um novo rol dos
governos no setor de transportes. (ESTACHE e RUS, 2000b).
O Modelo brasileiro de delegação de serviços de transportes coletivos são modelos de
remuneração empresarial. Objetiva-se sistematizar os problemas e limites do quadro
regulatório, ainda vigente para o setor, de uma ótica que privilegia qualidade e eficiência
operacional (GOMIDE e ORRICO FILHO, 2000). No modelo é fundamental a atuação do
Estado, para “Regulação do mercado”, isto que dizer fazer uma regulamentação econômica
para manter um equilíbrio entre os concorrentes, incentivar a competitividade e eficiência
entre eles, com leis claras e objetivas em busca de melhor atender os usuários de transportes
o passageiro”.
No setor Intermunicipal o poder público delegava o serviço até que a promulgação da
“lei das concessões dos serviços públicos”. O que redefine o papel do Estado que deve ter
claramente a função precípua da intervenção do estatal nas atividades econômicas, que é
regular os desequilíbrio do mercado e promover o desenvolvimento econômico e o bem-estar
coletivo. (ARAGÃO et. al 2000b).
Não basta dar os serviços e esperar o melhor desempenho de parte das operadoras
se não estabelecer, metas futuras de eficiências e eficácia, que as empresas tem que cumprir
mediante contratos específicos, tornando-se um mecanismo de controle do poder público.
Fiani (2002) o contrato, como medidas que especificam, no presente, uma determinada
performance no futuro, condicionada à ocorrência de eventos definidos antecipadamente no
futuro, isto é, contratos de cláusulas condicionais.
2.1.1. Primeiros serviços e a consolidação do ônibus no mercado de passageiros
O desafio por parte do homem de vencer as distancia com maior rapidez levou a um
desenvolvimento tecnológico de diversos médios para uso de deslocamentos entre cidades
num começo realizadas a pé, caravanas, carroças de tração animal, a época dos trens e hoje
em dia a maioria de viagens terrestres são efetuados por veículos motorizados. Todas estas
mudanças no transporte se desenvolveu sempre na busca da eficiência, centrado neste
principio os modais inviáveis foram sendo substituídos por outros tecnológicos cada vez mais
modernos, de custos mais baixos e de maiores alcances, o exemplo mais próximo foi
substituição da modal ferroviário pelo Rodoviário.
Dessa forma no Brasil no século XX na I Republica a expansão da malha rodoviária
começa a representar marcar a potica de transportes dos distintos Governos Federal e
11
Estadual da época, assim o governo central tomou a decisão de incentivar a construção de
rodovias no País, num inicio dando subvenções a serem pagas por quilometro de rodovia
construída, com isso vários estados começaram a construção de vias, como no Estado de São
Paolo a via São Paolo Alto de Cubatão em 1913 e no estado de Minas executaram-se
diferentes obras rodoviárias ligando a capital como o interior do estado em 1924. Com tudo
esse progresso o transporte de passageiro por ônibus se perfilava num mercado muito
prospero. No inicio dos anos 30s existiam empresas de caráter privado que se consorciaram
para realizar viagem entre São Paolo - Rio de Janeiro fazendo competão à linha férrea.
(BRASILEIRO et al 2001).
Nestas primeiras décadas do Século XX o transporte por rodovias ainda engatinhado,
pela falta de vias, por esses motivos entre os anos de 1930 e 1945 começa a se consolidar as
políticas de transporte por parte do Estado pelo modal rodoviário como forma mais rápida
encontrada por ela de realizar uma integração nacional. Entre os planos a ligações Nordeste
com o Sul como a estrada Bahia e Rio de Janeiro concluída em 1948 e posteriormente a via
Dutra entre São Paolo e o Rio de Janeiro. Estas e outras vias favoreceram a migração dos
locais empobrecidos para os centro urbanos influenciando no crescimento das transportadoras,
neste período aparecem caminhões adaptados para caminhos de terra, o famoso pau–de–
arara” na região Nordeste, que trocaram o transporte de mercadorias pelos de passageiros.
(BRASILEIRO & HENRY, 1999).
Com um grande mercado interno que induzia a imensos fluxos comercial que
dificilmente seriam atendidos por vias marítimas e férreas, com rodovias pavimentadas a essa
resposta para muitos destes fluxos foi dada pelo ônibus interurbano (BRASILEIRO &
HENRY, 1999). O sistema rodoviário vai se consolidando e mais ainda graça ao Primeiro
Plano Rodoviário Nacional datado em 1944 e a Lei Joppert que reorganizou o DNER que
funcionava desde 1937 como um órgão normativo, com esta lei se cria o setor de trafego
encarregado da área do transporte de passageiros e carga e o Fundo Rodoviário Nacional -
FRN divididos entre o DNER e Estados e Municípios. (BRASILEIRO et al 2001). Estas
políticas confirmaram que a integração nacional passa pelas rodovias, num país com
dimensões continentais com o Brasil, em que pioneiros se arriscavam no setor de transporte
interurbano de passageiros com a clara decadência do transporte ferroviário que não teria
alcance nacional, que este poderia dar ao país.
Dentro das políticas de integração nacional estava o programa da implantação
progressiva de uma industria automobilistas na década dos 60 do século XX, este plano
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impulsionou o aumento da produção e o crescimento do parque automotor. Com esse
crescimento a Mercedes-Benz se consolidou no mercado de fabricação de ônibus com isso
aliando-se a empresas do setor, ajudando a estas se afirmaram nos mercados diversos de
transporte e na implantação de políticas de ampliação e renovação de frotas. (BRASILEIRO
& HENRY, 1999)
Na região nordeste ate nos anos 50 a infra-estrutura era precária nos anos 60 do
século XX com projeto do governo federal (SUDENE) a integração começou a realizou a
ligar as principais capitais e esta com interior dos seus estados. Paralelamente a este projeto,
no ano de em 1965 foi Criada o Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes
GEIPOT este definiu os problemas e inadequações do setor e como o resultado deste
ingressaram novas metodologias de analises de viabilidade econômica financeira de
previsão de demanda e melhorar os serviços dos mercados de transportes. (BRASILEIRO et
al 2001). No Estado do Rio Grande do Norte na mesma época viajar para pontos distantes do
interior era muito difícil pela existiam poucas vias asfaltadas, muitas eram de calçamentos,
dificultando a circulação de pessoas e mercadorias. A mesma potica beneficiou o
melhoramento e implantação de Rodovias no Estado. (SOUZA, 1997). Com essas novas vias
se abrem novas expectativas de mercados para o surgimento de empresas privadas.
Com passar dos anos as empresa privadas tomaram conta do transporte rodoviário de
passageiros desenvolvendo-se de forma coorporativa da forma artesanal para numerosas
frotas conseguindo concessões, delegações e/ou permissões para a exploração dos serviços
rodoviários se tornado protagonistas da integração nacional.
Com essa tradicional rodoviária a preocupações dos estudiosos, técnicos e tomadores
de decisões nesta área se têm voltado para o aperfeoamento metodológico da planilha de
calculo dos custos da produção dos serviços de transporte por ônibus e, em particular, de sua
repercussão sobre o estabelecimento das tarifas para a existência de uma viabilidade
econômica e justa ao alcance dos usuários.(ORRICO FILHO, R.D et. al.,1996).
2.1.2. A Regulamentação e seu Papel na Sociedade.
As regras de competição e o desenho regulatórios são cruciais em fixar ganhos para os
setores mais pobres. Com a delegação de serviços para o capital privado com leis que
incentivem a delinear mercados e torná-los mais eficientes, em busca de melhorá-los, apontou
um marco importante. Entretanto, a menos que a competição e o regulamento disciplinem os
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operadores dos diversos setores não existem garantias para motivar a competitividade, indo
em contra do beneficio do consumidor, especial o mais pobre.
No caso específico da infra-estrutura, em razão de os investimentos serem suporte para
as demais atividades econômicas e permitirem a integração do espaço nacional, a relação
custo-benefício privada tende a ser inferior à social, podendo gerar um volume de
investimentos inferior ao socialmente desejável. Essa situação justificou, historicamente, a
intervenção governamental com o objetivo de procurar aproximar do social o retorno privado,
garantindo, assim, uma oferta satisfatória desses serviços. (PIRES, & PICCININI 1999).
Com isso Estache, Foster & Wondon (2002), verificaram o surgimento do modelo de
serviço de infra-estruturas que emergiu durante os 1990s e foi baseado em uma separação
institucional dividida entre as funções de poticas de mercado, regulador e o fornecedor de
serviço. Neste modelo, o processo próprio da reforma consiste nos seguintes três componentes
principais: políticas, regulamentos e os fornecedores.
Políticas.- As poticas de mercado decidem-se tipicamente na reestruturação do
fornecedor de serviço e eliminar as limitações de entrada para abrir o caminho à
competição Este processo da liberação requer alguma supervisão de uma agência da
competição responsável para assegurar-se de que os ganhos potenciais da eficiência
estejam realizados e que nenhum abuso ocorre nas partes residuais dos serviços das
infra-estruturas controlados por monopólios.
Regulamento.- A função das agências reguladoras é ajustar tarifas e alvos da conexão;
monitorar a qualidade nos aspectos anti-competitivos do serviço; e assegure-se de que
os ganhos da eficiência conseguidos na indústria sejam benéficos para todos os
usuários, incluindo os pobres.
Fornecedores.- O sucesso de Transferência da responsabilidade para serviço privado
requer uma distribuição justa dos riscos entre estas firma privadas, usuários, o
governo, e quem paga os impostos. Tem que se levar em consideração que pessoas de
menos recurso e que é considerado freqüentemente como uma fonte do risco
comercial, que possa limitar a atratividade dos negócios aos operadores. Controlar este
risco é corretamente conseqüentemente essencial.
A heterogeneidade entre estes três componentes dificulta as escolhas dos instrumentos
que um governo pode se usar e dirigir às necessidades de um equilibro econômico de todos os
agentes envolvidos na regulação principalmente os consumidores de baixa renda.
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A importância do equilibro da economia e dos problemas destes, Schwartz (2000),
refere que a Ciência Econômica se converte em Problemática da Potica Ecomica, por
tanto não se trata de apenas de “falhas de mercadoou “falhas de mecanismos econômicos”
mais em sim de um impasse epistemológico típico das sociedades industrializadas e
democráticas modernas. Por isso sobre o ponto de vista o Estado Social tem um sentido amplo
do que se adota correspondente a uma política de Bem Estar social.
Com a globalização e o ressurgimento da ideologia do livre mercado, não impede que
o Estado possa ou deva, se verificadas as condições para tanto, deixar espaços da vida social e
econômica livres de qualquer intervenção ou regulação. Deve, no entanto, estar sempre atento
para que esta liberdade não prejudique os interesses da sociedade como um todo, de forma
que a liberdade só possa existir enquanto for mais benéfica para a sociedade do que a
regulação estatal. (ARAGÃO, 2002). Tomando sempre presente que a modalidade do
regulamento tem que ter base de sustentações sociais, cultural e institucional e junto sustentar
e promover o crescimento econômico. (GOODWIN, 2001).
2.2. Marco Teórico da Regulação de Mercados.
A regulação tem seguido o processo de globalização, que se estende a paises em que
predomina uma atitude protecionista. Cada vez fica mais difícil entender as políticas de
regulação como um assunto de cada Estado, sem considerar dimensões regionais ou
internacionais. A globalização da economia significa que a competitividade será
crescentemente, entre produtores nacionais e estrangeiros. (LAHERA, 1998).
A América Latina tem passado por processos desregulatórios, apontados por este autor
como: (i) privatização ou liquidação da maioria da empresas estatais; (ii) a progressiva
eliminação dos controles de preços e as restrições das barreiras de entrada e operação de
empresas em diversos mercados; (iii) abertura no exterior, com rebaixa generalizada das taxas
e sua progressiva homogeneização. Submeteu-se, assim, a um regime de maior
competitividade aos setores transáveis da economia; (iv) o fortalecimento das ações
antimonopolistas; a criação de um sistema regulatório para enfrentar a competitividade
externa desleal; e (v) a reforma institucional nos diversos serviços básico. (LAHERA, 1998).
O processo de regulação da infra-estrutura está condicionado, muitas vezes, a uma
ampla reestruturação dos setores, conduzindo ao desmonte de situações de monopólio natural,
separando determinadas atividades de outras e regulando, diferentemente, os segmentos
15
potencialmente competitivos. Nessa diretriz, alguns serviços deixam de ostentar a
configuração de serviço público, no sentido tradicional da expressão. (MORAES, 1997).
É que o Estado tem o poder de implantar e aplicar poticas blicas para manter o
equilíbrio dos diversos tipos de mercados, implantando regulações ecomicas que em muitos
casos nascem com deficiências, como afirma Button (1993), em que economistas reconhecem
que na prática estes sobrem de imperfeições sérias. Então estes mercados têm que ser
intervindos conforme seja necessário para sua reorganizar, caso estes se desequilibrem.
Possas, Ponde, & Fagundes (1997) apontam que os aspectos importantes para as poticas
públicas têm dois grandes blocos de questão: (i) políticas de defesa da concorrência ou
antitruste, voltada para a prevenção e repressão de condutas anticompetitivas; (ii) poticas de
regulação das atividades de infra-estrutura, freqüentemente sobre monopólios naturais sob
controle Estatal, e que têm sido submetidas a processo de reestruturação e privatização total
ou parcial
A existência de regulação específica para um setor de economia, implica, a princípio,
no fato de que este passa a ser regido por um arcabouço regulatório complexo, em decorrência
da superposição de prescrições gerais e particulares, em um cerio de políticas blicas de
promoção de desenvolvimento e de eqüidade social que, freqüentemente, também apresentam
diretrizes setoriais. (SANTOS & ORRICO FILHO, 1996 a).
No sentido amplo, regulação pode ser concebida como toda forma de intervenção do
Estado na economia. Para uma interpretação menos abrangente, regulação equivale à
intervenção estatal na economia que não se efetiva pela participação direta na atividade
econômica (como agente), mas se concretiza mediante condicionamento, coordenação e
disciplina da atividade econômica privada (SWANN, 1989).
A regulação permitiu a entrada de empresas de caráter privado além de assegurar o
desempenho desta, principalmente, o equilíbrio econômico a que estas decisões costumam se
pautar, a fim de alcançar a eficiência (produtividade).
Swann (1989), propõe três categorias de regulação: (a) poticas anti-truste, (b)
regulamentação social e (c) regulamentação econômica. As duas primeiras, embora possam
assumir especificidades no plano de cada setor da economia, tem um tido caráter geral. Por
sua vez, a regulação econômica incide mais claramente sobre um mercado em particular, uma
vez que envolve controles de entrada e saída de mercado, de quantidade e qualidade de
produtos, de preços e de tecnologias de produção.
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Farina , Azevedo e Picchetti (1997), denomina regulação social, ao controle das
situações em que estão presentes externalidades e informações imperfeitas ou assimétricas,
enquanto a regulação econômica é a prescrão para as situações de monopólio natural da qual
deriva o exercício do poder de monopólio; e por sua vez, a potica anti-truste tem a função de
controlar o poder de monopólio decorrente de estruturas oligopolistas de mercado.
No jargão, a regulação econômica e regulação social são chamadas de regulação
quantitativa e qualitativa, respectivamente. No transporte, primeiro é referente a controlar a
quantidade fornecida em mercados de transporte, o que fornece e o preço que os
consumidores pagam. O regulamento social especifica a natureza de relacionar-se aos
serviços fornecidos de transporte, por exemplo, para o projeto de um veículo, níveis máximos
das emissões, jornada de trabalho de operários, treinamento de pessoal, etc. Limitar a entrada
do mercado, por exemplo, pode conter muitos efeitos ambientais adversos do transporte,
quando os controles de qualidade estritos puderem agir para conter a competição (BUTTON,
1993).
Os mercados atuais, pelas variabilidades constantes, precisam ser corrigidos e/ou
adaptados pelas circunstâncias que estes possam estar atravessando, por inúmeras e diversas
características referentes a cada setor. Cabe ao gestor público interferir para evitar
desequilíbrios entre os concorrentes, Santos & Orrico Filho (1996) para evitar existentes ou
potenciais falhas de mercado dentre as quais destacam-se:
tendência à formação de monopólios, oligopólios ou outra forma imperfeita de
competição;
retornos crescentes de escala, conduzindo a monopólios naturais;
possibilidades de lucros rentáveis;
concorrência predatória;
existência de externalidades;
falta de coordenação e complementaridade;
risco e incerteza;
insuficiência de informação;
instabilidade dinâmica do mercado;
situação de risco moral;
17
escassez de bens essenciais ou de condições de produção.
Ademais das falhas do mercado o Estado pode intervir por razões estratégicas, na
busca de bem estar da população buscando um equilíbrio social. Strambi (2000) refere-se a
uma eqüidade social relacionada a uma justiça social que está preocupada com a distribuição
dos benefícios e custos através da sociedade. Para Santos (2000), a intervenção pública em
um determinado setor da economia pode ser ditado, ou justificado, por escolhas estratégicas
de políticas blicas endereçadas ao bom cumprimento das funções de fomento ao
desenvolvimento econômico ou de redistribuição de renda.
Figura 2.1: Fluxograma do processo do desenho Regulatório
Fonte: (ARAGÃO et al 2000b).
Desta foram, torna-se indispensável que o Poder Público planeje de forma bastante
meticulosa sua intervenções. Assim, o desenho Regulatório (figura 2.1) haverá de partir de
análises detalhadas sobre a realidade, verificando as falhas concretas a corrigir para, depois,
definir claramente os objetivos a serem atingidos passando, a partir daí, a estudar as diversas
estratégias e medidas Regulatórias cabíveis; uma vez essas esboçadas, cabe ainda uma
avaliação prévia dos seus possíveis efeitos e, sobretudo dos custos administrativos (análise da
Estudo das condições econômicas básicas
Objetivos e diretrizes da regulação
Estratégias e dimensões da intervenção
Avaliação de custos e benefícios
Processos de implantação e respectiva
organização institucional
Transformações das condições de
mercado e obsolescência da
Regulação
18
viabilidade potico-institucional e econômica) e finalmente, se adotariam os passos
organizativos e legais para a sua adoção.(ARAGÃO et al 2000b).
Como mostra a figura (2.1), o processo de regulação funciona como um loop implica
numa constante revisão das etapas porque elas terminam ficando obsoletas e de fato urgem da
necessidade de adaptarmos novamente os contratos (previstos nestes), regras, metas futuras e
incentivos. O Estado por meio de suas agências ou autarquias devem intervir de formar
corretora no mercado e restabelecer o equilíbrio e a competitividade do setor em falência, o
bem estar dos usuários e atratividade do setor. Para Moraes (1997) na prática, os elementos
necessários para alcançar as principais finalidades da concessão de serviços públicos: o
atendimento aos direitos do consumidor, a eficiência da concessionária e a prestação
adequada dos serviços, em relação à qualidade, regularidade e modernidade, à segurança e à
proteção ambiental.
2.2.1. Políticas Antitrustes.
Uma das poticas blicas de regulação de defesa da concorrência, ou antitruste,
voltada à prevenção e repressão de condutas anticompetitivas, incluindo o controle prévio de
fusões e incorporações que possam conduzir a estruturas mercado fortemente concentradas.
(POSSAS, PONDE & FAGUNDES 1997). Estas Poticas têm merecido reconhecimento
internacional como um dos instrumentos de potica econômica indispensável para garantir a
competitividade das economias. Temas relacionados encontram-se amiúde em pauta em
congressos, publicações e em toda a rede de informações gerada pela comunidade acadêmico-
científica e, mais diligentemente, são presença obrigatória nos fóruns poticos dos governos.
(MONTEIRO, 2002).
Entre as primeiras leis antitrustes está o act Sherman, em 1893, contra a Companhia
América de Açúcar refinado sendo este o marco inicial das poticas Antitruste. A origem de
uma regulação Antitruste está em leis que foram decretadas para obstruir o renascimento da
tendência do “poder do monopólio” (ARMENTANO, 1990). Para Mello (2002), a lei
antitruste não torna o poder de mercado “nem os monopólios ilegais, mas apenas tenta
controlar a forma pela qual esse poder é adquirido e mantido. A lei procura reprimir o
exercício abusivo do poder de mercado”, e não o poder em si.
O objetivo de exercer um ato séqüito e de correção constante dos diferentes mercados
e de condições estruturais, de forma a garantir justo equilíbrio entre os concorrentes. Farina
(1994) aponta estas duas formas de enfrentar o poder do monopólio: (i) Aproximando a
19
estrutura de mercado às características competitivas, de forma a aumentar a probabilidade de
emergência de condutas e desempenho desejados, mais ou menos automaticamente; e (ii)
inibindo ou proibindo certos tipos indesejáveis de “conduta” das firmas.
Estas regras relativas à “conduta” prevêem punições às praticas anticompetitivas
(restritivas da concorrência) derivadas do abuso “do poder de mercado”, independentemente
de prejudicarem uma ou outra empresa concorrente. Serão consideradas ilícitas se
restringirem o processo concorrencial, prejudicando, em última análise, os consumidores. Este
é um caráter repressivo. Em relação ao caráter estrutural”, buscam evitar o surgimento de
estruturas de mercado mais concentradas, por meio de “controle preventivo sobre os
chamados “atos de concentração” (fusões, aquisições, joint-ventures, etc). (MELLO, 2002).
A proteção do processo competitivo, cuja existência supõe-se, gera resultados
socialmente aproveitáveis (bem-estar); é de interesse de toda a sociedade e não de um ou
outro concorrente, estão sobre âmbito de incidência da lei antitruste tais como o de repressão
como a concorrência cesleal (relação entre concorrentes) e de defesa do consumidor (direitos
dos consumidores finais).
Toda análise antitruste gira em torno da noção de “poder de mercado”. Danos ou
restrições à concorrência só podem ser causados por empresas detentoras desse “poder” que é,
portanto, “condição necessária” para haver ilicitude do ponto de vista da lei. Mas não é
suficiente, por causa desta ilegalidade, depende ainda da concentração de “efeitos
anticompetitivos” que deriva de uma conduta ou de um ato de concentração. Contudo, certas
condutas restritivas ou certos atos de concentração, ainda que provoquem efeitos negativos
sobre a concorrência, podem também gerar ganhos de eficiência que os compensem. Nesses
casos, consenso que não devem ser proibidos quando seus eventuais efeitos restritivos
forem devidamente compensados pelas eficiências, por eles gerados. (MELLO, 2002).
Poder de Mercado está associado à capacidade de restringir a produção e aumentar
preços (barreiras de entrada), de modo a: não atrair novos competidores e obter grandes
lucros, definido como poder de fixar os preços significativamente e persistentemente acima do
nível competitivo. Para Monteiro (2002), poder de mercado se entende como sendo a
habilidade de uma empresa, ou grupo de empresas, aumentar e manter preços acima do nível
que prevaleceria sob livre competição, e depende do tamanho relativo (market share) e da
estrutura do mercado, do número de concorrentes, das barreiras à entrada e da disponibilidade
de produtos substitutos. A existência destas barreiras faz os preços se elevarem, por isso a
20
importância da ausência delas é fundamental para analises antitruste, seja para atos de
concentração, como para as “condutas”.
O importante, em qualquer caso, são os efeitos quidos sobre a eficiência econômica.
Essa forma de abordagem decorre, logicamente, dos objetivos da lei antitruste e a fundamenta
jurídica e economicamente. As análises das eficiências devem observar algumas condições:
(1) se houver um significativo risco de prejuízo à competitividade, como decorrência de ato
ou conduta em questão. Caso se avalie que sequer existe um efeito anticompetitivo, a análise
será interrompida neste ponto, e a identificação e avaliação de eficiências serão
desnecessárias; (2) as eficiências consideradas aptas a compensar os efeitos restritivos devem
ser decorrência necessária daquele ato ou conduta, para compensar sua autorização por parte
das autoridades antitruste; e (3) deve-se comprovar, ainda, que as eficiências geradas por atos
ou condutas restritivos não poderiam ser alcançadas de outra forma menos lesiva ao processo
concorrencial. se justifica autorizar umas restrições à concorrência se isso for uma
condição necessária aos ganhos de eficiência alegados; caso contrario, tais ganhos poderiam
ser alcançados com uma hipótese melhor para o bem-estar. (MELLO, 2002).
Nos Estados Unidos as leis antitrustes são as mais estritas e mais detalhadas em
relação a outras nações. Muitas outras nações industrializadas, talvez porque se focalizam na
possibilidade de competição estrangeira, têm a lei antitruste nima. Nos Estados Unidos, a
lei antitruste aplicada foi o act Sherman de 1890, com as extensões importantes adicionadas
em 1914. Hoje tem duas agências de governo que têm a autoridade para reforçar as leis
antitrustes, a divisão antitruste do departamento da justiça e a comissão de comércio federal.
Além disso, as leis permitem a companhias, organizações, ou pessoas que sejam afetadas
adversamente por ações que viole atos antitrustes sejam processados por danos e prejuízos.
(SCHENK, 1998).
No Brasil, em 1962, a Lei nº 4.137, que especifica a concorrência, foi decretada,
criando uma agência para aplicá-la. Nos últimos dez anos a defesa da concorrência galgou
lugar de destaque na agenda política brasileira, normalmente pelo fato de que as condições da
economia, até então, são de forte intervencionismo estatal, protecionista da indústria nacional
altamente concentrada, altos patamares inflacionários, alheamento da política econômica
nacional à disciplina antitruste, impediam ou obstavam uma potica eficaz nesse campo. A
Lei 8.884/94, conhecida como Lei de Defesa da Concorrênciaou Lei Antitruste”, não
por acaso contemporânea das reformas ecomicas que trouxeram a estabilização de preços
(Plano Real), inaugura a era moderna da política de concorrência no Brasil, revigorando as
21
atribuões do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e transformando-o em
uma agência independente para efetivamente proceder a aplicar a legislação da concorrência.
(MONTEIRO, 2002)
Numa análise feita pela ANP (2004), a Lei 8.884/94 estabelece que a ilegalidade de
uma conduta associa-se aos efeitos por ela produzidos. De acordo com seu artigo 20, em que
constituem infração da ordem econômica, independente de culpa, os atos sob qualquer forma
manifestados, que tenham por objetivo ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não
sejam alcançados:
a) limitar, falsear, ou de qualquer outra forma prejudicar a livre concorrência ou a
livre iniciativa;
b) dominar mercado relevante de bens ou serviços;
c) aumentar, arbitrariamente, os lucros;
d) exercer de forma abusiva posição dominante.
Cumpre notar que os efeitos decorrentes das condutas típicas ilegais são descritos
superficialmente na lei, cabendo à análise econômica indicá-los nas situações concretas e
avaliar supostas eficiências deles provenientes. Juridicamente, é de extrema relevância
destacar que qualquer conduta, enunciada ou não na lei, pode ser reputada ilegal com base no
exame dos “efeitos econômicos líquidos”.
2.2.2. Regulação Social
A regulação social, por sua vez, surge como uma questão extremamente complexa,
pela fragilidade da sociedade frente à viabilização de serviços públicos que venham de
encontro às suas necessidades. Têm três grupos de interesses neste processo: o Estado, as
concessionárias e, ao final, o interesse dos usuários. Nesta relação, atenta-se para o princípio
da igualdade e logo se percebe que o interesse dos usuários não se encontra devidamente
representado.
Nem todas as falhas de mercado podem ser superadas pela reforma nas estruturas da
indústria ou nas leis da competência. Daí que alguma intervenção regularia para proteger o
bem-estar dos consumidores pode seguir sendo importantes. Com a regulação social se busca
corrigir uma ampla gama de efeitos colaterais às características externas das atividades
econômicas, em relação à saúde, ao meio ambiente, a segurança do trabalhador e ao interesse
22
dos consumidores. Ela também pode incluir medidas antidiscriminatórias e que garantam os
direitos da cidadania. (LAHERA, 1998).
Essas ações econômicas, mesmo quando estabelecidas visando a assegurar uma
alocação de recursos eficientes, m impactos distributivos que podem afetar a população de
uma forma que pode ser considerada injusta. Tal fato justifica a consideração do objetivo de
equidade” na tomada de decisões econômicas, em particular quando estas são de
responsabilidade do poder público. O conceito de “eqüidade” está relacionado à idéia de
justiça social, e suas dimensões podem ser econômicas ou sociais, ou de equalização de
oportunidades ou resultados. (STRAMBI, 2000).
O movimento para justificar os novos regulamentos, baseados na regulação de custos
sociais, critica cada um dos procedimentos usados para definir a potica econômica eficiente
por seu impacto na sociedade, isso levou a muita discussão sobre a política do transporte, que
usa o conceito do custo social do transporte. Uma larga variedade de críticas do benefício do
custo tem uma fundamentação no conceito de eqüidade, a saúde da comunidade ou aspectos
mais amplamente definidos de uma boa política social, até ao ponto em que o objetivo da
política do transporte seja incentivar a eqüidade ou o acesso igual, ou realce a mobilidade para
suas próprias necessidades. (BOYER, 1997)
De forma sintética, diria que os países de regulação social para Sposati (2002),
apresentam três grandes determinantes: (1) os condicionamentos do processo histórico-
político que fundam o modelo de contrato social e o alcance do reconhecimento da cidadania
(universal, a segmentos, elitizada, etc.) e da garantia de mínimos sociais; (2) a forma de
combinação da responsabilidade pública e social entre Estado-Sociedade-Mercado e o modo
de gestão dos múltiplos agentes; e (3) a hegemonia democrática no processo de gestão do
país, da região, da cidade e suas relações de submissão aos agentes financiadores externos e
de externalidades em relação aos movimentos e lutas mundiais no cumprimento das agendas
internacionais. A combinação destas três grandes determinantes por certo traz marcas distintas
ao contrato social estabelecido entre Sociedade-Estado-Mercado e, por conseqüência, às
políticas sociais entre os países com regulação social.
À regulação social podemos chamá-lo de falhas sociais do mercado e têm suas
particularidades. No caso das regulações explicitamente baseadas em considerações o
econômicas, o governo sempre deveria considerar seu impacto social agregado, em
comparação com um programa explícito. Em ambos casos, existem custos e a melhor opção
23
nem sempre é a mais evidente. Em todo caso, as políticas de regulação não deveriam ser
encarregadas de objetivos sociais mais amplos, os quais podem ser executados de melhor
maneira através de poticas mais especificas, por exemplo, as poticas regionais podem ser
mais eficazes na solução dos problemas locais de desemprego. (LAHERA, 1998)
2.2.3. Regulação Econômica
O que o termo regulamentação econômica vem propriamente a designar? A
intervenção do Estado nos serviços em tela concentra-se em três tipos básicos de controle: de
qualidade, de quantidade (número de serviços e de operadores) e o de preços (ORRICO
FILHO, 1996). Para Fiani e Pinto (2002), a regulação de quantidades será através de limites
mínimos de produção ou da limitação de número de empresas que podem atuar em
determinado setor; regulão de qualidade garante a presença de determinadas características
no serviço ou produto a ser ofertado; e regulação de preços referente às tarifas, forma de ser
cobradas e implantadas.
Para Gifoni Neto (2002), a Teoria da Regulação Econômica está relacionada ao
controle do funcionamento de determinados setores da atividade econômica considerados
essenciais ou básicos para a vida econômica e social nas sociedades e fazem com que a
relação entre produtor e usuário (ou consumidor) requeira alguma forma de intervenção
pública. Santos (2000) diz, que em geral, a regulamentação econômica de um mercado por
parte dos Poderes Públicos é normalmente justificada em função de existentes ou potenciais
falhas do mercado.
Nas abordagens mais convencionais o se espera que haja qualquer necessidade do
governo interferir na liberdade de decisão econômica das empresas, uma vez que se supõe a
economia em uma situação de concorrência perfeita, quando o mercado fornece estímulos
eficientes através do mecanismo de preços para alocação de recursos. Contudo, a teoria
econômica, mesmo em suas vertentes mais liberais, reconhece que existem algumas situações
em que o mercado o consegue levar a uma alocação eficiente de recursos, entendida como
aquela em que os custos de oportunidade são minimizados. (FIANI & PINTO, 2002)
A intervenção do Estado nas atividades econômicas em uma economia de mercado
justifica-se pelo fato de esse mercado apresentar instabilidade chamadas falhas de mercado,
que o fazem afastar-se da eficiência produtiva e eficácia alocativa. Button (1991), apresenta
como falhas cssicas: concorrência imperfeita, externalidades, insatisfação da taxa de retorno
e excesso de competição.
24
Para o exercício dessas suas funções, o Estado dispõe de um arsenal vasto de
instrumentos, que podem, conforme proposta de Button (1992) e são classificados em:
instrumentos fiscais: impostos e taxas, multas, incentivos fiscais, subsídios, potica
tarifária, controle e acompanhamento de custos, incluindo-se o tabelamento de preços;
instrumentos de comando e controle: controle de entrada e saída do mercado,
controles da qualidade e quantidade da produção; no caso mais extremo, execução
direta de atividades econômicas com base na propriedade estatal dos meios de
produção;
demais instrumentos: legislação e medidas antitrustes, disposição de informações
obrigatórias, regulamentação da responsabilidade civil e a criação de direitos
negociáveis de propriedade (os produtores adquirem o direito de produzir
externalidades negativas desde que compensem ao governo ou aos diretamente
afetados).
2.3. A Regulação e o Transporte Coletivo
Os Transportes encontram-se entre os setores da atividade econômica que registram
mais intensa e continuadamente a presença do Estado. Enquanto suporte ao desenvolvimento
econômico e a integração nacional, a infra-estrutura de transportes sempre teve no Estado um
importante provedor, freqüentemente o único. Em face do papel que pode desempenhar nas
políticas sociais e econômicas também ambientais, uma preocupação mais recente –, os
serviços de transporte constituem um campo preferencial para a atuação antitruste e as ações
distributivas do Poder público. Alem disso, mercados de transporte sempre foram
considerados muitos afeitos a apresentarem falhas. Por isso, o setor sempre foi objeto de uma
regulamentação complexa e subsetorialmente diversificada. (SANTOS & ORRICO FILHO,
1996a)
Para Boyer (1997), os aspectos econômicos mais importantes do regulamento do
transporte é o investimento - fixar o pro e regras de operação. Sobre os serviços coletivos
recai uma atuação regulatória blica que apresenta elementos diretos de regulamentação
econômica (preços, quantidade, qualidade, entrada e saída do mercado), enquanto que, sobre a
provisão individual, apenas aparecem as restrições regulatórias de caráter técnico-ambiental
(regulação de tráfego, em geral). (SANTOS, 2000).
25
Para Button (1993), o transporte tem uma larga gama de argumentos, algumas de
lógica ecomica duvidosa, motivo a que foram desenhados excessos de debates sobre o
regulamento do transporte. Amplamente, os tipos de falhas de mercado que atrai maior
cuidado: (a) detenção do poder do monopólio; (b) o controle sobre competição excessiva; (c)
a regulão de externalidades; (d) as condições de bens públicos; (e) as condições de elevados
custos em infra-estrutura; (f) assistência a grupos dentro das “necessidade” de um transporte
adequado; (g) a existência de elevados custos de transação; (h) a integração do transporte
dentro de uma ampla potica econômica; (i) a necessidade de refletir o custo verdadeiro dos
recursos de transporte e (j) implantar melhoras na coordenação do transporte.
É evidente que estas imperfeições do mercado sejam identificadas pelo interes público
para intervir e reduzir seus efeitos nocivos do sistema. Button (1993), nos fornecer uma lista
dos vários instrumentos ou mecanismos de poticas que ajuda a melhorá-lo:
Taxas e subsídios: O Governo tem poder de fiscal, seja de aumentar o diminuir os
rios custos do transporte ou sobre diferentes rotas de serviços. Ou certamente os
custos gerais do transporte. Isto pode influenciar no fator custos da entrada do
transporte;
Meios de controle: Os governos centrais e locais são controladores dos operadores,
através da municipalidade e obrigações nacionais, de uma ampla escala de serviço de
transporte. Eles também são responsáveis para suprir/equipar, substancialmente, o
aumento da infra-estrutura de transporte e complementando os serviços do mesmo
modo como as políticas;
Leis e regulações: Os Governantes podem legitimar a regulação no setor de
transportes e ter um crescimento extensivo do corpo da lei que, de fato, controla e
dirige as atividades de operadores e usuários de transportes;
Política competitiva e legislação de proteção do usuário: Deve distinguir a legislação
geral da industrial, administrando coisas como a prática restritiva e fusões, e legislação
de proteção do consumidor, cumprindo com as leis publicadas, que abraçam todos os
formulários das atividades na economia e não somente do transporte;
Licensing: Os governos podem regular entre a qualidade ou quantidade do controle do
transporte por terem uma grande diversidade de formas de licenças para os operadores,
veículos ou serviços. A autorização para o sistema privado está influenciada em
relação à demanda;
26
Aquisição de serviços de Transporte: Para várias atividades o governo requere do uso
do transporte. Por conseguinte, por meio de sua posição de grande consumidor pode
exercer um grande poder de contrabalançamento sobre os operadores de transporte;
Convencimento moral: Vários exemplos como do comportamento fraco, no aspecto
educacional ou de dar conselhos sobre os problemas como os de segurança (por
exemplo, prevendo ou anunciando o avançado desgaste dos cintos de seguranças dos
acentos), mas isso pode ser ainda mais indigesto quando a alternativa é aceitar o
conselho exercido pelo governo, outros de seus poderes (por exemplo, a negar uma
licença ou a retirada do subsídio);
Pesquisa e desenvolvimento: O Governo pode influenciar longos términos de
desenvolvimento de transportes mediante suas próprias atividades de pesquisa. Estes
são, por um lado, conduzidos por seus próprios comissários (por exemplo, a pesquisa
de campo do transporte) e por outro, mediante fundos externos de pesquisa;
Meios de informação: Os governos, mediante várias agências oferecem assessoria
técnica para o transporte de passageiros e providenciam informação geral para
melhorar as decisões dentro do mercado de transportes. Muitos destes serviços o
específicos para o transporte (por exemplo, previsão do clima para os barcos),
enquanto orientar a empresas do mesmo setor que estejam operando em desvantagens
competitivas (por exemplo, conseguir informações de negócios marítimos);
Políticas relacionadas à entrada: Sem vidas, são as políticas de governo de grande
importância, haja visto este ser o fornecedor e executor da regulamentação no setor,
podendo limitar ou impedir a entrada de novos operadores através de exercício de
controle de licenças. (ORRICO FILHO & SANTOS, 1996).
No Brasil Orrico Filho & Santos (1996), descrevem o transporte coletivo brasileiro
como tendo grandes particularidades porque contrasta com operadores artesanais das cidades
do terceiro mundo e com os monopólios de prestação de serviços do mundo desenvolvido; as
companhias privadas de ônibus encontram-se num processo de forte crescimento e
concentração de capital, onde a entrada não é livre. Ao contrario, exigências legais, técnicas e
econômicas impedem fortemente a aproximação de novos operadores. Ademais, os elementos
que conformam a oferta itinerários das linhas, quantidade, qualidade e tarifa do serviço
são definidos, ao menos formalmente, por uns órgãos públicos gestores de transportes.
27
Para combater as falhas apresentadas pelas diversas características de mercado de
transportes e para focalizar um maior equilibro destes, Ramos (2000), propõe o um sistema
regulatório em quatro veis:
Instância de dimensão política: instância independente, com representação de diversos
setores sociais e do Estado, responsável pela discussão e elaboração da política mais
geral de transporte público urbano. Pode ser definida na forma de Conselhos de
Transportes, com representação dos diversos setores sociais envolvidos;
Órgão regulador: lugar de elaboração de leis, regulamentos e normas gerais ou
específicas que regem o sistema (mercado) de transporte público urbano. Esta
instância pode ser definida como situada no plano do poder legislativo municipal,
instituição tipicamente normativa;
Órgão gestor: instância que executa a potica de transporte público urbano com base
na regulação. Esta instância deve ser de atribuição do Poder Público executivo,
geralmente uma secretaria, superintendência o departamento de transportes;
Operador de serviço: empresas, preferencialmente privadas que realizem o transporte
de público devem ser independentes, controladas por contratos de gestão, e não terem
qualquer privilégio operacional ou subsídio, de modo a minimizar ou evitar a
influência junto ao órgão executor da regulação.
Estas instâncias do sistema, segundo o mesmo autor, devem objetivar ainda: (i) buscar
promover o comportamento competitivo das empresas atuantes; (ii) estabelecer restrições
formais ou informais nos procedimentos de mudança do sistema regulatório; e (iii) definir
instituições que garantam estas restrições.
2.3.1. Regulamentação de Mercados de Ônibus.
Como visto anteriormente, por causa de diversas falhas, propõem-se instrumentos e
modelos em buscas da melhor regulação, segundo as características de cada mercado,
nacional, estadual, local cada um com suas características particulares. A organização do
mercado tem que visar sempre à competão.
Os modelos regulatórios, como a delegação dos serviços na busca da competitividade
tem tido bons resultados baseados em contratos entre óros reguladores e prestadores de
serviços. Cox e Duthion (2001) nos mostra três exemplos realizados pela LTA (Local Transit
Authorities), órgão regulador francês:
28
Contribuição financeira fixada anualmente: O operador tem um risco operacional,
dentre limites razoáveis de receitas e gastos. O gestor não tem risco nem surpresas. O
déficit é compensado anualmente. O risco comercial do operador esta baseada na suas
projeções de receitas segundo as tarifas e na parte operacional segundo a sua
produtividade. (melhor manuteão, equipamentos e funcionários.).
Preço fixo por um ano: O operador tem que se sustentar totalmente sobre os risco de
gastos. O gestor é responsável pelas receitas e é garante do operador fixando uma
cobertura de custos anualmente.
Cobrador de Rendas (Farmer): O órgão gestor assume todos os riscos de receita e
gastos (igual que os U.S.). O operador começa com uma remuneração anual fixa para
operar, mas segundo o desempenho existem bônus e penalidades.
Os instrumentos regulatórios segundo Burns & Riechmann (2004) têm sido
compreendidos por muito tempo para ter que realizar um forte investimento, e a parte dessa
motivação introduzir grandes e fortes regimes e contratos regulatórios para reduzir os
incentivos às ineficiências e o sobre os investimentos (gold plating) inerentes ao método
regulatórios do cost – plus.
No Brasil o modelo de regulação econômica e de estrutura de mercado principalmente
urbana é uma combinação bastante complexa da forma de delegação dos serviços para
empresas privadas ou particulares e a forma de sua remuneração utilizando o método de cost –
plus. Estes são descritos por Orrico Filho & Santos (1996) da seguinte forma:
Delegação dos serviços se faz por meio do uso de mecanismos jurídico
institucionais bastante conhecidos, a Concessão ou a Permissão, cujo objetivo, em
geral, é cada linha ou serviço de cada empresa. Com esse controle de entrada, o acesso
de um novo operador ao mercado não depende exclusivamente de sua vontade ou de
sua capacidade empresarial. Daí que a quantidade de empresas ativas no mercado
depende de ação governamental, que poderá concordar ou não com a entrada de novos
operadores. Alem disso, a disposição espacial das linhas e sua divisão entre os
operadores tentam sempre garantir, senão o monopólio, a exclusividade a uma
empresa, no atendimento a um conjunto de deslocamentos.Esta delegação pode ser
feito em “concessão e permissão” e como monopólio natural por linha.
Forma de remuneração das empresas brasileiras se aproxima da tradição Norte-
americana conhecida como cost plus: Estabelecimento de preços se da pela adição
29
aos custos de produção de uma margem de rentabilidade incidente, em geral sobre
capital imobilizado logo vem o ressarcimento seja por o modelo de receita publica ou
modelo da tarifa. A pratica e a historia fizeram avançar essa forma de remuneração, a
ponto de criar um conjunto variado de soluções diferenciadas, próprias a cada
situação.
Existem também um ressarcimento com uma a existência de uma “câmara de
compensação tarifaria” que permite a delegação a empresas de linhas deficitárias, este
déficits poderiam ser compensados pelos superávits de outras linhas mesmo operadas
por outras linhas.
Para o setor intermunicipal a tarifa é feita
Delegação dos serviços se realiza mediante um mecanismo jurídico como concessão,
permissão, e autorização, realizadas por áreas de atuação para empresa de grande porte
e enquanto para linhas opcionais de médio porte por linhas. Com essa pequena
abertura o acesso de um novo operador ao mercado depende de uma licitação, dessa
forma a quantidade de empresas ativas no mercado depende de ação do gestor do
mercado, que poderá concordar ou não com a entrada de novos operadores.
Forma de remuneração prove da receita da tarifa cobrada aos usuários do serviço, esta
tarifa fixada pelo óro gestor tem que cobrir os custos operacionais e é calculado de
formar segmentada ou por trechos em que o preço e baseado pelo quilometro
percorrido. A atualização desse valor é feita por índices especificados existentes nos
contratos que as empresas de serviços têm com o órgão regulador. Neste mercado não
existe a câmara de compensação como no caso urbano
2.3.2. Teoria dos Monopólios Naturais.
Partindo do conceito de Monopólio em que Passos & Passos (1998) definem como
uma situação de mercado em que um só produtor de um bem (ou serviço) que não tenha
substituto próximo. Devido a isso o monopolista exerce grande influencia na determinação do
preço a ser cobrado pelo seu produto, para Hasenclever & Kuper (2002) é a estrutura em
que há apenas um produtor no mercado. As causas da existência desde são varias; algumas
políticas, outras economias e outras técnicas. Para estes autores as causas apontadas pela
teoria econômica neoclássica para a ocorrência do monopólio esta condicionada a seguintes
hipóteses:
30
Propriedade exclusiva de matéria prima ou técnica de produção de um determinado
produto que é suprido por uma única empresa.
Patentes sobre produtos ou processos de produção fazendo que não exista substitutos
próximos para estes.
Licença governamental ou governamental ou imposição de barreiras comerciais para
excluir competidores, especialmente estrangeiros.
O caso do monopólio natural quando o mercado não suporta mais do que uma
empresa, pois a tecnologia de produção ime que a produção eficiente tenha
economias de escala substancias.
Pare este ultimo item, é o caso das industrias que tem uma parcela muito alta de custos
fixos e custos variáveis relativamente baixos. Nessas condições, os custos fixos passam a
serem distribuídos entre um número cada vez maior de unidades à medida que a produção
aumenta, cabendo a cada unidade uma carga cada vez menor dos custos fixos. A tendência,
então, é ter uma curva de custos médio decrescente em uma larga faixa de produção, o que
origem àquilo que denominamos de Monopólio Natural (PASSOS & PASSOS, 1998).
Então podemos definir monopólio natural acontece quando é eficiente para apenas
uma empresa suprir a demanda do mercado. Neste caso, os custos totais de produção
aumentariam se duas ou mais empresas operassem, ao invés de uma. A sua estrutura de custos
do monopólio natural é caracterizada por economias de escala em todos os níveis da faixa
relevante de produção (LOOTTY & SZAPIRO 2002). Para Lahera (1998), gera se condições
para um monopólio natural quando uma ofertante numa industria, é o método de menos
custo de produção quando existe economia de escala ou agregação em toda os processo de
produção relevante, significa custos baixos que se devem a inversões irreversíveis.
Para Pinto Jr e Fiani (2002), o monopólio natural para um único produto, os custo são
menores se produzimos uma dada quantidade x do produto em uma única firma do que em
duas. Essa propriedade, conhecida com subaditividadeda função de custo. Algebricamente,
se temos: x
*
= x
1
+ x
2
, onde x
*
x
1
e x
2
são quantidades de um mesmo produto, teremos um
monolio natural se graças à hipóteses de subaditividade da função de custo for verdade que:
C
a
(x
*
) < C
b
(x
1
) + C
c
(x
2
), onde C representa a função custo e a,b e c, três empresas distintas.
Dessa forma, o que mostra que é mais barato produzir x
*
= x
1
+ x
2
apenas na firma A do que
nas distribuir essa produção entre as firmas B e C.
31
Enquanto alternativa à abordagem microeconômica dos mercados de transporte há que
considerar que o monopólio natural se coloca, implicitamente, como uma estrutura de
mercado que demanda regulamentação e favorece a estatização dos serviços, forma limite da
intervenção estatal na economia. Os fatores tecnológicos que qualificariam como monopólio
natural (a) a indivisibilidade do processo de produtivo; (b) a existência de custos fixos
comuns aos distintos produtores. Como no caso da utilização da infra-estrutura viária; (c) a
possibilidade de deslocamento de input para setores distintos da produção decorrentes da
característica multiproduto dos transportes urbanos –, como no caso de condutores ou
veículos a serviços de linhas distintas; e (d) a existência de benefícios resultantes da produção
da produção integrada dos distintos serviços, tanto para o consumidor, para quem o serviço
integrado ser traduz em incremento de qualidade, quanto para o produtor, que poderá obter
rendimentos crescentes de escala e escopo. (SANTOS & ORRICO FILHO 1996a).
Estes fatores tecnológicos também são aplicados para o transporte intermunicipal, tem
que levar sempre em consideração que existam condições competitivas para o criar, um
potencial abuso da posição monopolista o que afetaria adversamente a eficiência na
assinalação de recursos, o bem estar dos usuários e a competitividade da industria.
Ai cabe a intervenção estatal que estão se faz necessária é de caráter multidimensional.
Por isso nos transporte públicos, o Estado deverá que interfere: (a) na execução direta ou
indireta (delegada) de serviços, mediante vários níveis de propriedade blica ou privada; (b)
definição administração tarifaria (definição da tarifa e dos níveis de subsidio); (c) no
estabelecimento e controle de execução de obrigações de serviço (itinerários e freqüências);
(d) nas ações de restrições à entrada e constituição. (BRASILEIRO, 1996)
2.3.3. Mercados Contestáveis.
Desenvolvida na década dos 1970 à importância das condições que reagem a saída de
empresas da industria como elementos relevantes da analises da decisão de entrada. O
mecanismo de equilibro na contestabilidade é devido à entrada e saída de empresas nas
industrias em que a configuração endógena resultante é “não-sustentável”. O equilíbrio é
assim é assim assegurado pela existência de livre mobilidade do capital no sentido cssico e
o apropriadamente por ações e reações das empresas rivais em uma da industria. Em outras
palavras, o importante nas teorias de mercados contestáveis é a concorrência definida pela
exigência ou não de custos irrecuperáveis (sunk cost) significativos para a empresa entrante.
(KUPFER, 2002)
32
A teoria de mercados contestáveis que Segundo Baumol et al. (1988), assinala dois
pontos básicos da Teoria da Contestabilidade são os conceitos de mercado contestável e
sustentabilidade. O mercado contestável é aquele acessível a entrantes potenciais, com as
seguintes propriedades: (i) Os entrantes potenciais o se defrontam com barreiras à entrada
ou à saída e podem, sem restrição, servir à mesma demanda e utilizar as mesmas técnicas
produtivas das firmas sem incorrerem em custos não comuns àquelas. (ii) Os entrantes
potenciais avaliam a lucratividade da entrada com base nos preços das firmas atuantes e
reconhecem que, embora uma expansão da produção da indústria leve à prática de preços
menores no mercado, estão dispostos a praticá-los e assumem que poderão vender na
quantidade demandada pelo mercado aos seus próprios preços e poderão obter lucro
A essência da teoria da contestabilidade de mercados é assimilar a competição virtual
e a competição real, em termos de seus efeitos sobre o trinômio custo-quantidade-preço. Tal
assimilação se traduz no prognóstico de que, não se constituindo em monopólios naturais, os
mercados perfeitamente contestáveis produzirão de forma economicamente eficiente, pelo
fato de que a ameaça de competição potencial levará os produtores a um comportamento
próximo ao que teriam se estivessem em mercados perfeitamente concorrências. (SANTOS,
2000)
Como assinala Kupfer (2002) segundo esta teoria, uma configuração industrial é
factível quando todas as empresas da industria atende a totalidade da demanda sem incorrer
em prejuízos, o que depende somente da exteno do mercado, da técnica e dos preços dos
fatores. Uma configuração industrial é sustentável quando, além de fatível, não há plano
possível para uma empresa entrante que lhe forneça lucros com os preços e quantidades que
vigoram no mercado. Nesse caso, a industria pratica preços tais que P
e
y
e
– C(y
e
) < E(y
e
), onde
P
e
são os preços , y
e
as quantidades, C(y
e
) os custos totais de produção das empresas
estabelecidas e E(y
e
) os custos de entrada.
Desde que a não existência de monopólios naturais, os mercados perfeitamente
contestáveis alcançam o equilíbrio sustentando de forma economicamente eficiente, emulando
os resultados prognosticados no modelo de concorrência perfeita. No caso de um monolio
natural, um mercado contestável atinge o equilíbrio em regime de eficiência técnica com
preços equivalente a custos médios. (SANTOS & ORRICO FILHO, 1996b).
No setor de transporte para mercado contestável está alicerçado em observações feitas
para serviço urbano por Santos e Orrico Filho (1996a) as quais pode adaptá-las por o setor
intermunicipal
33
São baixos os custos irrecuperáveis (sunk costs), uma vez que os veículos baratos,
especialmente quando adquiridos no mercado de usados ou quando o produtor tem a
opção de recorrer ao leasing operacional. Gifoni Neto (2002) acrescenta que podemos
juntar aos custos operacionais os serviços de manutenção (que por sua vez, poderiam
ser terceirizados) junto com o aluguel de garagens;
Não existem, no setor economias de escala. As infra estruturas viárias e também os
terminais já são financiados pelo poder público. Os operadores devem, alem de no
caso limite do setor não dispor de mão de obra treinada propiciar treinamento a
condutores e demais pessoal de operação;
A principio, não existe monopólio tecnológico. Quando muito, pode haver uma
perturbação da contestabilidade, caso as empresas forem proprietárias de terminais
com localização mais favorável.
A possibilidade da entrada do tipo hit-and-run, quem perturbaria o equilíbrio
sustentável do mercado, pode ser restringida por meio do estabelecimento de prazos
mínimos de aviso prévio antes da inauguração, alteração ou cancelamento de qualquer
serviço, assegurando aos usuários um nível condizente de estabilidade nos serviços.
Co isso o mercado intermunicipal podemos afirmar que existe uma contestabilidade
desde a quebra dos monopólios. Sem a existência destes se alcançará um equilibro
sustentável, economicamente eficiente, em busca de um mercado de concorrência perfeita.
Fazendo uma adaptação para o mercado intermunicipal realizada para o mercado urbano
mostrada em Santos & Orrico filho (1996):
2.4. Competitividade do Mercado.
A idéia de competição tem conduzido a poticos a adotar freqüentemente políticas
sem sua atenção suficientes aos detalhes das sus implantação. A retórica da simples potica
de enaltecer a virtudes da competição e esconder os detalhes de sua aplicação.
Freqüentemente o debate público não distingue os tipos diferentes da competição e as
características particulares de cada indústria. A competição não é uma é um fim potico, mas
um meio de um melhor bem-estar econômico. Sua aplicabilidade às circunstâncias
particulares depende dos custos e dos benefícios relevantes serem viáveis. Helm & Jenkinson
(1997) afirmam, se houver ganhos consideráveis, o monopólio regulado pode em algumas
34
circunstâncias ser preferível e mesmo onde a competição é prativel e desejável, as
mudanças legais podem ter efeitos profundos na forma e no grau de uma nova competição.
Promover a competitividade e fomentar de modo direto e imediato tanto o
desenvolvimento produtivo e a competitividade como bem estar dos consumidores, essa
responsabilidade cai nas mãos da ação publica que deveria ocupar-se de regular mercados
naturais competitivos desmontando barreiras artificiais e flexibilidade a entrada de
competidores.
Nesse ponto o estado tem o papel de promover o desenvolvimento econômico e
regular os desequilíbrios do mercado. Os objetivos da sua presença na economia seriam o
fomento e a estabilização do crescimento, a redistribuição de renda e a garantia da
maximização da utilidade coletiva. Enquanto as primeiras buscariam aperfeiçoar os
mecanismos do livre mercado, a última se voltaria para evitar ou corrigir desvios da alocação
ótima de recursos e da maximização da eficiência, que ocorrem quando os mercado se afasta
do modelo de concorrência perfeita. (SANTOS & ORRICO, 1996a).
No sistema de transporte o qual de constitui uma infra-estrutura básica para a
economia é um gerador de graves externalidades para toda a sociedade. Como representa um
setor econômico prodigioso, que emprega uma parcela considerável da população na suas
diversas atividades industriais e terciárias intrínsecas, assim como em atividades a montante e
jusante.(ARAGÃO & MARAR, 1996).
A competitividade no mercado de transporte tem objetivos como mostra Orrico Filho
& Santos (1996) adaptado para o transporte intermunicipal: (i) disputa pelo usuário (nos
terminais), (ii) disputa pelo direito de estabelecer plantas de produção.
A disputa dos usuários nos terminais pela escolha da qualidade do serviço, preço,
rapidez, pontualidade, horários, etc e da qualidade do veiculo mais novos e confortáveis, com
ar-condicionado,etc. Esta disputas é pela maior receita que podem obter as operadoras
dependendo do maior numero de passageiros transportados.
A disputa pelo direito de estabelecer plantas de produção, tendo em vista que o
mercado o é livre, as empresas não podem produzir todo e qualquer produto que desejarem.
A entrada de novos operadores, e mesmo a expansão dos serviços dos operadores existentes,
somente se fazem através de delegação do entre governamental. (ORRICO FILHO &
SANTOS, 1996).
35
O Principal ponto para a existência de competitividade dentro do mercado de
transportes parte de uma potica de regulamentação que fomenta o equilibro de mercado entre
os operadores deste, realização de processos de licitação claros de forma que o principal foco
é melhorar o serviço dos usuários.
2.4.1. Processos de Licitação.
A finalidade dos processos de licitação no art ° 3 da lei 8666/93 é garantir a
observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa
para a Administração.
Esta lei tem diversas modalidades de licitação, dentre das quais a concorrência e mais
complexa e que se aplica obrigatoriamente às condições de serviço público.Nessa modalidade,
o procedimento é subdivido em duas partes: a habilitação dos licitantes e a seleção entre as
propostas do habilitados. (ARAGÃO, 1996a).
Acredita-se que esta escolha deva estar realmente baseada em critérios de eficiência e
eficácia do serviço, pois os empresários estarão pagando pelo serviço prestado e por isto irão
exigir o melhor para si. A preocupação é se os ganhos decorrentes dessa estratégia serão
repassados para os usuários. A única forma para que o repasse seja feito é a realização de
licitações periódicas dos permissionários. Através das licitações seriam conhecidas as
características gerenciais e de produtividade do operador e de seus subcontratados, orientada a
disputa com base na eficiência e no padrão mínimo de rentabilidade por eles buscados.
(ARAGÃO, 1996b). A licitação competitiva presente na legislação federal e obrigatória para
todo os serviços públicos, deve ser periódica e com tempo de duração da concessão limitados
ao tempo de recuperação do capital fixo (no caso do transporte a frota) (RAMOS, 2000)
A licitação para o setor de transportes Santos & Orrico Filho (1996b), distinguem dois
tipos básicos, por contrato e por franquias, o primeiro o poder público especifica com detalhes
os serviços a serem produzidos e no segundo, as empresas competem pelo direito de prestar
como exclusividade de serviços em condições de operação definidas por elas mesmas,
deixando ao poder publico fixar paramentos mínimos de serviços.
2.4.2. Políticas Tarifárias.
A estrutura tarifaria tem três objetivos em conjunto que segundo Moraes (1997) o
poder concedente tem que harmonizar: (i) objetivo financeiro – equilibro de custos dos
36
serviço; (ii) objetivo econômico maximização dos recursos disponíveis da coletividade de
usuários; e (iii) objetivo social – o acesso do serviço público adequado a todos.
Morais (1997) ainda enfatiza, que é fundamental que a atividade regulatória se
concentre em traçar mecanismos e instrumentos que possibilitem o atendimento ao primeiro,
dos objetivos (financeiro) ou seja, que a receita a ser gerada pela concessionária este incluído
os custos operacionais da prestação de serviços.
Do ponto de vista econômico, o mesmo autor, referee a capacidade de investimento
sustentável pelo retorno direto de um setor de infra – estrutura tem um seguinte conjugado: (i)
da estrutura tarifaria implantada (receita potencial); (ii) da eficiência esperada do operador
(margem operacional potencial); (iii) dos critérios adotados em termos de capacidade de
renovação de equipamentos e de cobertura dos serviços (extensão); (iv) da solidez do
esquema de garantia elaborado em parceria entre o poder concedente e os atores privado
(operador, construtor , financiador).Dentro de esta premissa básica, de desenvolvimento auto-
sustentado, a estrutura tarifária deve ser concebida com vistas à definição de modelos para
cada setor especifico, de forma a estabelecer um ritmo para que os programas de
investimentos, ampliação e modernização acompanhado o fluxo das receitas, adotando a
formula de subsídios apenas excepcionalmente (MORAES, 1997).
A própria licitação define o preço do serviço a não ser que da hipótese da licitação ter
utilizado o critério de seleção maior oferta pecuniária, e o preço (objetivo financeiro) da
proposta vencedora que definira a tarifa (ARAGÃO, 1996b). Uma obrigação do Estado na
mesma medida em que este assumia as decisões concernentes ao projeto operacional da rede,
inclusive no que respeitava à potica tarifária. Em conseqüência, os déficits de operação
deveriam ser cobertos pelo conjunto da sociedade, na medida em que os benefícios de um
transporte eficiente se configuravam como vantagens socializadas, disseminando-se os seus
efeitos positivos por todos os agentes sociais e econômicos (SANTOS, 2000).
Possas, Ponde & Fagundes (1997), define que o regime tarifário pode partir das regras
de fixação dos preços das empresas reguladas, entre as modalidade apontadas por estes
autores temos:
(i) Tarifação pela taxa de retorno; consiste na adão de preços aos custos de margem
com taxas de retorno consideradas adequadas, para cada setor da industria. Sus
limitações são em avaliar os custos, que servem de base para determinar o preço
pela assimetria das empresas e o órgão gestor. Este método induz à ineficiência
37
pela falta de estimulo competitivo e investimentos, acarretando altos custos de
regulação;
(ii) Tarifação pelo custo marginal; a ocorrência de oferta de multiprodutos em setores
de infra-estrutura (eletricidade, telecomunicações) leva a preocupação crescente
com a distribuição mais racional dos custos. A tarifação pelo custo marginal de
cada serviço/produto poderia favorecer tal resultado, reduzindo as ineficiências
decorrentes de subutilização da capacidade. As dificuldades principais referem-se
a que critério adotar para cobertura dos custos fixo e à complexa informão
necessária sobre custos em geral, igual aos problemas tradicionais da assimetria de
informão dos envolvidos;
(iii) Regulação pelo desempenho; (yardstick competition) baseado em incentivos de
maior eficiência pela eliminação de excessos de assimetria de informação quando
varias empresas. Seu inconveniente é o possível acordo por estas firmas pelo
sobre o lucro.
(iv) Price cap; Este mecanismo de fixação da tarifa compreende uma rega de reajustes
por índice público de preços, acompanhada de provisão de redução de custos por
aumento de produtividade, com objetivo de estimular, buscando o aumento da
eficiência microeconômica.
No caso venha ocorrer mudanças, substanciais nos custos da concessionária
devidamente comprovada, poder concedente poderá, a qualquer tempo, revisar a tarifa, não
sentido de recompor o equilibro econômico – financeiro. Como esta no §2 art 9 da lei
8987/95.
2.4.3. Contratos.
No artigo 2, parágrafo único da lei 8666/93 que, considera contrato todo e qualquer
ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um
acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja
qual for a denominação utilizada. Para Freedland & King (2003) é a escolha potica na qual o
Governo tem que adotar um contrato ou formulário para o relacionamento entre o gestor e um
operador, em que este tenha caráter em quem a autoridade pública exerça o poder e o
controle.
38
Moraes (1997), recomenda que cada setor de atividade de exploração de serviços
públicos cuida de ordenar a concessão, promovendo um perfeito entrelaçamento entre as
disposições contratuais, as normas legais e as regulamentares, de modo de evitar os conflitos
interpretativos, que prejudicam o atendimento aos princípios que reagem a licitação e a
prestação de serviços. Por sua a vez estes contratos administrativos têm que possuir uma
espécie de seguro ou proteção, que garantam o equilibro econômico destes, para que os
serviços não parem de funcionar para não ferir o interesse blico nem os dos contratados
(ARAGÃO, 1996b).
O contrato para Norheim (1999), tem que ter um modelo que ajude a fornecer
desenvolvimento no mercado eficiente e um custo eficiente no caso dos transportes públicos,
o modelo considera a necessidade de: (i) desenvolver um produto orientado ao consumidor;
(ii) planejamento a longo prazo; (iii) Coordenação da rede de rotas em uma região integrada
de transportes; e (iv) definir claramente parâmetros e objetivos possíveis
Algumas exigências mínimas devem existir para ter um contrato de qualidade, o preço
que represente o valor justo pelo serviço e da acessibilidade que a autoridade pública desejam
manter, alem os elementos como: (i) O sistema garantir que a viagem seja segura e
confortável; (ii) em que o índice da satisfação de cliente é usado como um indicador da
qualidade, permitindo que o contrato seja terminado ou renegociado se os indicadores cair
abaixo de um nível especificado; e (iii) a taxa dia da tarifa não se elevaria acima de um
nível que seja predeterminado.
2.4.4. Concorrência Perfeita.
No conceito clássico da concorrência adotada por Ricardo Smith é aplicável a livre
mobilidade de capital entre diversas indústrias, implica a livre entradas (iniciativa), sem
barreiras. A concorrência era vista com um processo que se desenrola al longo do tempo, pelo
qual os investimentos são atrdos pelas indústrias que proporcionam maior taxa de lucro,
afastando-se das de menor rentabilidade. (POSSAS, 2002).
Num conceito schumpeteriana colocada por Possas (2002), concorrência é um
processo (ativo) de criação de espaços e oportunidades econômicas, e não apenas, ou
principalmente, um processo (passivo) de ajustamento em direção a um suposto equilíbrio,
nem supõe qualquer estado tendencial normal ou de equilibro, como nos enfoques clássicos e
neoclássicos.
39
As hipóteses de uma concorrência perfeita baseiam: (i) numa existência grande de
números de compradores e vendedores sendo estes tão pequenos em relação ao tamanho de
mercado, que nenhum deles, atuando isoladamente, consegue influenciar o preço da
mercadoria; (ii) estas mercadorias têm que ter caráter homogêneo, ou seja, perfeitos
substitutos entre si, como isso os compradores são indiferentes quando a empresa da qual irão
adquirir o produto; (iii) a livre entrada e saída de empresas, sem essas barreiras legais e
econômicas; e (iv) transparência de mercado, hipóteses em que compradores quando
vendedores têm informações perfeitas sobre o mercado, produtos e preços, custos e lucros dos
concorrentes. (PASSOS & PASSOS, 1998), (PINDYCK & RUBINFELD, 2002)
No setor industrial, para Melo (2002), a estrutura de mercado definida como
competição perfeita não prevê qualquer tipo de coordenação entre as empresas atuando no
mercado. As empresas tomam decisões de forma descentralizada, apenas sujeitas à disciplina
do mercado.
Sobre a concorrência perfeita Marshall, esta associada ao mecanismo de mercado
(tanto para na oferta como na demanda) em que empresas individuais são tomadas (ou
conquistadores) de preço (price takers), ou seja, incapazes de afetar o preço de mercado,
determinado pelo equilibro entre oferta e demanda, com o preço de mercado igual a seu custo
marginal. (POSSAS, 2002).
No setor de transporte o excesso de concorrência levaria as empresas à não serem
competitivas, piorando o serviço prestado ao usuário como aconteceu no Peru e no Chile
quando foi implantada uma desregulamentação, por isso, as políticas têm que ser claras, como
as “leis de defesa da concorrência”. Mello (2002) Afirma que uma política de concorrência
tem por finalidade garantir a existência de condições de competição, preservando ou
estimulando a formação de ambientes competitivos, com vista a induzir, se possível, maior
eficiência econômica com resultado do funcionamento dos mercados.
Em busca desta finalidade no mercado de transporte, Santos (2000), ressalta a
importância de decisões poticas que podem potencializar a adoção de estratégias regulatórias
segmentadas, induzindo ou levando à criação de serviços coletivos regulados de forma mais
flexível, à parte da rede regular de serviços, mas que tenham o objetivo claro de aumentar a
competitividade dos modos coletivos. O mesmo autor complementa que essa competão é
moldada pela tipologia regulatória adotada para o mercado e, conseqüentemente, será mais ou
menos intensa, e produzi resultados econômicos e sociais mais ou menos favoráveis ao
conjunto dos consumidores dos serviços.
40
2.5. Estratégias Competitivas
A palavra estratégia deriva da palavra grega strategos, significando a arte do
general”, que ao longo do tempo este significado tem sido aplicado a praticas de
gerenciamento. Para Hayes & Wheelwright (1984) estratégia inclui elementos como,
objetivos a estabelecer, grupos de direção, desenvolvimentos de planos, executando de ações
principais e assegurar diferente vantagem. A Colocação de Mintzberg & Quinn (2001) sobre
estratégia é o padrão ou plano que integra as principais metas, poticas e seqüências de ações
de uma organização em um todo coerente.
O desenvolvimento de estratégias competitivas, e desenvolvimento de uma formulação
ampla de forma que as empresas em competição saibam qual são suas metas e poticas a
adotar para cada mercado. Para Porter (1986), a formulação de uma estratégia competitiva e
relacionar uma companhia ao seu médio ambiente.
Hamel & Prahalad (2001) chamam a atenção justamente à intenção estratégia
colocando três pontos, (i) que capta a essência de ganhar; (ii) que seja estável al longo do
tempo; e (iii) que estabeleça uma meta que merece esforço pessoal e comprometimento.
2.5.1. Estratégias Competitivas
A Tipologia de Porter abarca 3 (três) estratégias genéricas para enfrentar as cinco
forças competitivas e alcançar um desempenho sustentável superior aos das outras empresas,
a saber: liderança no custo total; diferenciação e enfoque. As duas primeiras se referem a
como competir; a última, aonde competir. As abordagens não são necessariamente
excludentes, mas segundo o autor, é raro que a empresa consiga seguir com sucesso mais de
uma estratégia simultaneamente. Figura 2.2
a) Liderança de baixo Custo
Com esta estratégia a empresa prioriza os custos baixos, tendo assim a necessidade de
diminuir o preço de seus produtos perante o mercado. Para isso, a empresa deve rever e
analisar todos os seus custos, desde a pré-compra até a pós-venda, procurando sempre tornar
os setores mais eficientes.
Caso uma empresa opte pelo baixo custo, isto o significa ter um produto de
qualidade inferior, muito pelo contrário, o mercado atual requer e exige no nimo uma boa
qualidade, por isso, o ato de baixar os custos o pode significar diminuir o padrão de
qualidade da empresa, tem sim, que significar uma eficiência maior na produção do produto,
41
na manutenção e administração da empresa, conquistando assim o baixo custo do produto
vendido.
Figura 2.2: Estratégias Genéricas de Porter
Fonte: Porter (2001)
Para a obtenção do baixo custo, a empresa deve estar preparada para prejuízos iniciais
na implantação da estratégia. Contudo, o empresário precisa manter sua empresa sempre
atualizada com as novas tecnologias, considerando um investimento pesado nessa área, pois
para a empresa tornar-se der de baixo custo é necessário não quinas atualizadas, como
também sistemas de informações integrados com profissionais competentes.
Geralmente as empresas de baixo custo tendem a ter uma administração forte e rígida
para poder conter os custos, pois o dicil em uma estratégia não é aplicá-la e sim, mantê-la.
Não podemos nos olvidar de dois setores também importantes dentro de uma empresa que
são: o de entrada e saída, ou seja, a entrada de matéria-prima para a empresa tem de ser pelo
menor custo possível e o mais rápido também, e a saída do produto final tem de ser feita de
maneira eficiente e rápida para não desagradar o cliente.
A estratégia também melhora a posição da empresa em relação aos fornecedores, pois
permite uma maior flexibilidade frente a aumentos de insumos; aumenta as barreiras de
entrada em função da economia de escala, do baixo custo e preço do produto, e melhora o
VANTAGEM
COMPETITIVA
Custo Mais Baixo Diferenciação
1. Liderança
de custos
2. Diferenciação
3.A. Enfoque
de custos
3.B. Enfoques de
diferenciação
Meta
ampla
Margem competitiva
Meta
restrita
42
posicionamento da empresa frente aos produtos substitutos, em função da melhoria do trade-
off desempenho e preço.
Como toda estratégia a existência de riscos sempre são latentes neste caso seriam: (i) a
desatualização perante as novas tecnologias, que possivelmente serão adquiridas pelos
concorrentes; (ii) a concorrência conseguir imitar colocando o produto com o custo mais
baixo; e (iii) retardação na mudança em seu produto ou em sua empresa devido à atenção
dada ao custo.
b) Diferenciação
De acordo com o próprio nome, esta estratégia implica na diferenciação do produto
oferecido pela empresa, ou seja, diferenciada de outras em algum aspecto, seja na alta
qualidade, em alguma nova tecnologia, ou até mesmo em serviços diferenciados.
Nem sempre a empresa que procura uma estratégia de diferenciação consegue manter
custos baixos, mas deve insistir para que os mesmos sejam os mais baixos possíveis. A
empresa precisa ter um marketing muito forte, aumentar a tecnologia envolvida no produto,
acrescentar algumas peculiaridades, oferecer serviços sob encomenda, e ampliar a rede de
fornecedores e realizando também uma pesquisa forte de mercado. O tipo de diferenciação
mais comum encontrado em empresas que utilizam essa estratégia é a alta qualidade de seus
produtos ou uma tecnologia inovadora.
Os riscos da diferenciação para as empresas seriam: (i) a opção do cliente por
economia de menor custos e não por lealdade à marca; (ii) a imitação por parte dos
concorrentes reduz a diferenciação da empresa; e (iii) desatenção da empresa com relação aos
custos, permanecendo muito mais alto que a empresa de custo baixo.
c) Enfoque
Com a estratégia de enfoque, a empresa necessita escolher um mercado regional
específico ou um grupo de compradores e direcionar sua atenção para eles, podendo então,
escolher entre a diferenciação ou o baixo custo para atingir o alvo com mias eficácia e
eficiência.
A semelhança desta estratégia com as outras, por exemplo, é que usando esta
estratégia pode-se escolher também entre usar a estratégia de diferenciação ou a de baixo
custo, mas a diferença está no foco das atividades da empresa. Todas as características,
43
requisitos e determinações usadas nas outras estratégias podem e devem ser aplicadas nesta
também.
Os riscos do enfoque: (i) abarca todos anteriores, visto que este usa a diferenciação ou
o custo baixo como estratégia; e (ii) com as mudanças praticamente contínuas nos ramos de
negócios, com a globalização em constante crescimento, é arriscado, se prender num único
nicho de mercado, pois cedo ou tarde uma empresa multinacional de outro ramo pode adentrar
nesse nicho, tomando assim sua única clientela.
Porter (1986) coloca que as estratégias genéricas apresentam dois riscos principais
para as empresas que decidem colocá-las em prática, alem das correspondentes a cada umas
das estratégias: O primeiro risco refere-se à possibilidade de fracasso na própria
implementação ou sustentação da estratégia escolhida e o segundo se refere ao desgaste que o
valor da vantagem competitiva alcançada pode sofrer em função da evolução correspondente
a cada indústria.
O modelo de Porter criado para mercados industriais para mercados abertos, no caso
dos transportes rodoviário uma abertura ou liberação do mercado provocaria uma alta
concorrência que, num começo teria bons resultados pelo aumento de serviços e opções para
livre escolha do usuário, com o atrativo de menores preços, a medida que o tempo transcorre
o excesso de oferta com uma tarifa unilateralmente fixada sem um critério sócio - ecomico
evitaria uma re-capitalização e evolução do setor, provocando uma queda na qualidade dos
veículos e qualidade do serviço.
2.5.2. Estratégias competitivas para mercado de Transportes
BUTTON (1993) destaca a importância do setor de transporte enquanto atividade
econômica: geração de empregos diretos e indiretamente numa parte considerável da
população ativa, também ao fato de alimentar toda uma complexa cadeia de fornecedores,
além do que, os transportes é uma atividade que potencializar rios setores da economia.
Michael Porter recomenda uma abordagem, que consiste no desenvolvimento de uma
estratégia a partir de pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades identificados nos
ambientes interno e externo às empresas. Utilizando essa abordagem para o setor rodoviário
(figura 2.3).
44
Figura 2.3: Abordagem estratégica
Pontos Fortes
- Tradição de mercado rodoviário
- Tendência à profissionalização
- Investimentos em Recursos Humanos
Pontos fracos
- Falta de cultura competitiva
- Falta de visão de mercado
- Regulamentaçãogida
- Rigidez causada pela concentração
de capital
Ameaças
- Concorrência (modos formais e
informais, táxis de lotação incluindo
carro particular)
- Depressão econômica (redução das
atividades econômicas)
Oportunidades
- Atuar em outras modalidades
(microônibus)
- Reconhecer e atender mercados
segmentados
- Diferenciar serviços e tarifas
- Integrar transportes com outras
atividades
Fonte: Bodmer &Esteves 1998. Adaptação pelo autor
Entre os pontos fortes importantes, a tradição da empresa no mercado tem a maior
relevância os outros dois pela influenciados pela competitividade, tem se tornados pontos
importantes, profissionais e investimento em recursos humanos. Dos pontos fracos
conseqüência de anos de proteção das políticas de mercado, notoriamente e a falta de uma
cultura competitiva e visão de mercado. A estagnação das empresas provocada pela falta de
competitividade, a estabilização da economia e falta de emprego, os serviços rodoviários por
ônibus, tem perdido espaço para modais diferentes sentindo-se ameaçado por transportes
artesanais formais e informais, táxi de lotação e do carro particular outra grande ameaça foi
depressão da economia nos últimos anos. As oportunidades para fazer frente a ameaças e se
consolidar no mercado seria adoção de microônibus para linhas menores ou complementares,
buscar diferenciar seu serviços para diversidade de usuários, com tarifas diferenciadas.
a. Estratégias de inovação
A empresa é concebida como um organismo vivo em permanente mutação que recebe
influencias de seus ambientes (mercados), mais ao mesmo tempo é capaz de transformá-lo ou
criar novos mercados ou industrias a partir da introdução de inovações tecnológicas.
(HASENCLEVER & TIGRE, 2002).
No caso dos transportes a busca de novas tecnologias as empresas tem que estar em
constante inovação de novos serviços para substituir os que não estão funcionando, para
melhor sua eficiência e aumentar o desempenho, estes câmbios são realizados segundo as
45
necessidades do mercado e evitar que novos serviços inovadores tomem seus nichos de
mercado.
b. Estratégia de marketing
Elemento fundamental na buscas de rentabilidade pelas empresas consiste no processo
de diferenciação em relação ao comportamento médio da indústria. A propaganda é um
instrumento muito utilizado para a diferenciação de produtos muito parecidos. O objetivo
básico da empresa ao realizar propaganda é influenciar na formação das preferências dos
consumidores, aumentando a demanda de seu produto. Por tanto a propaganda, e um elemento
relativamente de estratégia competitiva das empresas. (ALMEIDA. & LOSEKANN, 2002). A
relevância da marca numa empresa de transporte pode significar a confiabilidade, da melhor
qualidade e eficiência do serviço, que esta pode proporcionar a seus usuários. A propaganda
de uma empresa do setor rodoviário pode estar associada ao melhor preço, conforto e
segurança, pontualidade, etc, serviços diferenciados que influenciem o cliente a optar pelo uso
dos serviços conhecidos destes, a um concorrente que não tenha marca conhecida e que não
representa a mesma confiabilidade.
c. Estratégia de segmentação
A possibilidade de segmentação é limitada como são possíveis grau, podemos,
entretanto distinguir uma escala disso, de uma simples estratégia de se segmentação, a uma
segmentação hiperfina. Algumas organizações procura ser abrangentes, pra atender a todos os
segmentos, outros tentam ser seletivos, visando apenas certos segmentos. (MINTZBERG,
2001)
No caso de transportes rodoviários a existência de alvos diferenciados esta pouco
explorado, ainda as empresas tem serviços normal e/ou executivos (com ar-acondicionado)
porem não esta diferenciando para que tipo de mercado esta sendo utilizado, que as
empresas misturam seu uso segundo a sua necessidade e não para as necessidades dos
usuários.
d. Estratégia de financiamento
Pinto Jr (2001), destaca a importância do sistema financeiro no processo industrial é a
sua importância no credito para o desenvolvimento destes. Este autor chama a tenção na
existência de três abordagens que privilegiam a analise das relações de causalidade entre
sistema financeiro e sistema industrial: (i) o desenvolvimento do sistema financeiro como
resultado das transformações do sistema industrial; (ii) os problemas diretos de propriedade
46
dos grupos aglomerados; e (iii) destacar as relações de interdependia entre os sistemas
industrial e financeiro, caracterizados por um estado de interação permanente.
A interdependia no setor de transporte e fundamental para se re-capitalizar da empresa,
o motivo principal de se re-financiar para reinvestir seja na compra de insumos ou ampliação
de sua infra-estrutura para obter sucessos das estratégias adotadas.
2.6.Tópicos Conclusivos
Neste capitulo abordamos importância da regulamentação em mercados regulados e
suas estratégias, dentro deste contexto a importância do Papel do Estado em busca da
equidade social pela transformação do Estado antes fornecedor de serviços agora com gestor
dos serviços, neste ponto foi a busca de competitividade nos diversos mercados
principalmente na exisncia de monopólios e mercados com falhas de mercados.
O Estado na sua preocupação com as infra-estruturas em deterioro e sem poder
reinvestir nelas, considerado estas o motor de qualquer economia, justificou a necessidade de
realizar concessões em benefícios de proporcional melhores serviços aos consumidores e
usuários dos diferentes mercados. O principal instrumento utilizado é a regulamentação
baseada em leis federais, estaduais e municipais para assegurar os diversos mercados em que
os futuros concorrentes escolhidos de formas técnica possam competir em condições de
igualdade com a segurança do retorno esperado do investimento inicial.
As Empresas do setor de Transportes acostumados serem protegidas pelos monopólios
operando sempre com baixa eficiência pela falta de eficácia e a inexistência de concorrência.
Nos últimos anos este setor tem sido fortemente golpeados pela abertura de sus mercados pela
ausência de preparo em operar em um mercado (operadores de baixa capacidade de
passageiros) com a existência de competitividade, somado a falta de preparo dos empresários
do setor. Estes começarão tardiamente a ver que a regulamentação que por décadas os
protegeu que agora exige delas mais eficiência (produtividade) para seguir operando.
O êxito da competitividade tem que passar por uma rígida seleção conforme o
estabelecido nas leis federais 8666/93 (lei dos contratos) e 8987/95 (lei das conceições), em
que os candidatos do processo licitario sejam escolhidos por fatores técnicos que a existência
da competitividade num determinado mercado, tomando em a base uma tarifa em que, os
candidatos ganhadores possam recuperar seu custo capital no final de contrato.
47
Todo este capitulo centrado na competitividade e estratégia de mercados visa
contribuir no conhecimento para basear-nos melhor com os serviços prestados pelos
fornecedores ou operadores para a uma verdadeira existência de transferência de ganhos
social (bem-estar) para os consumidores dos diversos mercados, perante busca de qualidade
(eficácia) e produtividade (eficiência) atingindo o foco central a “competitividade”.
48
Capítulo 3
Metodologia da Pesquisa de Campo
O propósito deste capítulo é apresentar o procedimento metodológico na busca de
alcançar os objetivos estabelecidos, resolvendo assim o problema da pesquisa. Inicialmente,
são apresentados os elementos metodológicos, aspectos documentais até a execução da
pesquisa de campo, destacando-se os tipos de pesquisa que se utilizou para analisar a proposta
de investigação, amostra e período histórico de coleta de dados considerado para o estudo,
instrumento de pesquisa utilizado e uma descrão do procedimentos utilizados para análise
dos dados coletados.
3.1 Delineamento da pesquisa
Entre as diversas etapas desta pesquisa numa primeira parte exploratória,
imprescindível para caracterizar o sistema rodoviário Natal - região do Seri e a
regulamentação do serviço, começou pelas transformações ocorridas nas últimas décadas, a
participação do Estado na, normalização, leis e outros fatores que influenciaram na mudança
estrutural e da infra-estrutura dos serviços rodoviários, com dados estatísticos do órgão
regulador DER-RN e do DETRAN-RN, que segundo Cervo & Bervian (1996) tais estudos
têm por objetivo familiarizar-se com o femeno ou obter nova percepção do mesmo e
descobrir novas idéias. Posteriormente, realizar uma pesquisa exploratória e descritiva do tipo
Survey, direcionada aos usuários do sistema e funcionários da empresa motoristas e o pessoal
do setor de venda de passagens.
As pesquisas deste tipo se caracterizam pela interrogante direta das pessoas, cujo
comportamento deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informação a um
grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante
analises quantitativa, obter as conclusões correspondentes dos dados coletados. (GIL, 1999).
49
Na busca de aprimorar os objetivos da pesquisa, foi necessário realizar um focus
group com funciorios da empresa (motoristas). Este tipo de entrevista realizada em
reuniões apresenta características definidas quanto ao foco ou objetivos (Estratégias) de
análises e a interação dentro do grupo (OLIVEIRA & FREITAS, 1998). Finalmente, um
diálogo com um administrador da empresa de ônibus, há anos no setor rodoviário.
Este trabalho se orientou numa abordagem positivista, ou seja, de um empirismo
lógico. Para o empirismo, são os sentidos a verdade da natureza que tem como ponto de
chegada formulação de leis ou sistemas de leis para descrever, explicar e prever a realidade.
Neste trabalho fez-se a opção pelo método monográfico ou de estudo de caso, para
Andrade (2001), o método monográfico ou estudo de caso consiste na observação de
determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidade, com a
finalidade de obter generalizações.
A pesquisa propõe-se a investigar a possível adoção de determinada atitude de
estratégia gerencial, assim a metodologia a ser adotada terá caráter quantitativo. Para
Richardson (1989), método quantitativo caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto
nas modalidades de coleta de informação, quanto no tratamento dessa através de técnicas
estatísticas.
Uma forma de transformar dados quantitativos em qualitativos consiste em utilizar
como parâmetros o emprego de critérios, categorias, escalas de atitudes ou ainda, identificar a
intensidade, ou grau de um conceito, uma atitude, uma opinião.
3.2. Tipologia da pesquisa
A pesquisa aqui proposta é do tipo descritiva, de caráter exploratório, em que são
investigadas as estratégias das empresas rodoviárias que operam nas linhas Natal – Seri. Gil
(1999) define pesquisa descritiva como àquela que tem por objetivo primordial a descrição
das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de
relações entre variáveis. Já Andrade (2001) descreve pesquisa descritiva como a descrição dos
fatos observados, registrados, analisados e interpretados, sem que o pesquisar interfira sobre
ele.
50
3.3. Definição do problema de pesquisa
É consensual no meio cientifico que toda pesquisa surge da percepção de algum tipo
de problema, Marconi & Lakatos (2000), colocam que toda pesquisa deve basear-se em uma
teoria, que serve como ponto de partida para a investigação bem sucedida de um problema,
em que o problema é uma dificuldade, teórica ou pratica, no conhecimento de alguma coisa
real importante, para a qual se deve encontrar uma solução, em que a colocação clara do
problema pode facilitar a construção da hipótese central. Chegamos a formulação da pesquisa:
Que estratégias ou quais estratégias estão sendo adotadas pela empresa de ônibus para fazer
frente ao novo quadro de mercado do transporte rodoviário, com o objetivo de atrair mais
passageiros e que estratégias ou quais estratégias foram tomadas por esta para ser mais
competitiva e se consolidar no mercado em vista da quebra do monopólio que detinham?
3.4. Do objetivo da pesquisa.
Neste ponto descreveremos o que se irá pesquisar, destacando o que se pretende
alcançar. O objetivo da pesquisa, em suma, é a resolução do problema vislumbrado, podendo
fixar um objetivo geral e/ou enumerar outros específicos. Richardson (1989), define os
objetivos gerais como sendo àqueles que se pretende alcançar com a realização da pesquisa,
os objetivos específicos definem aspectos determinados que se pretende estudar e que
contribuem para alcançar o objetivo geral.
No trabalho o objetivo é de caráter geral que é, conhecer como as empresas formais do
setor de transporte por ônibus intermunicipal se comportam frente ao surgimento de serviços
competitivos prestados de forma regulamentar e não regulamentar e que tipo de estratégias
utilizam para combater essa nova concorrência sem violar aspectos competitivos de mercado.
3.5. População
A palavra “população” é usada freqüentemente para denotar as observações ou
mensurações ao invés de denotar indivíduos ou objetos (SPIEGEL, 1993), de acordo com o
objetivo para verificar se as estratégias existentes estão atingindo o alvo previsto que é melhor
serviço para o usuário, conseqüentemente nossa população é o passageiro intermunicipal da
região do Seri do estado Rio Grande do Norte. Para saber das estratégias e como estão
sendo realizadas, de onde extraímos diferentes tipos de amostras para cada etapa da pesquisa
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que para Barbetta (2001), é um conjunto de elementos passíveis de serem mensurados, com
respeito às variáveis que se pretendem levantar.
3.6. Plano Amostral
Para alcançar as metas propostas nesta pesquisa para execução da entrevista será
necessária uma amostra que represente nosso universo populacional.
Freqüentemente precisamos, na prática, tirar conclusões válidas sobre um grande
grupo de indivíduos ou objetos. Ao invés de examinar todo o grupo (chamado população) o
que pode ser difícil ou mesmo impossível pode-se cogitar de estudar apenas uma pequena
parte (amostra) dessa população. (SPIEGEL, 1993).
Para fazermos um plano de amostragem devemos ter bem definidos os objetivos da
pesquisa, a população a ser amostrada, bem como os parâmetros que precisamos estimar para
atingir aos objetivos da pesquisa. (BARBETTA, 2000).
Na realização da pesquisa tipo Survey o universo total dos usuários de transporte
intermunicipal, por ser um número elevado será utilizado pela característica de não ser
totalmente probabilista (não probabilística), por dificuldades operacionais para realizar uma
pesquisa totalmente aleatória sendo adotada o tipo de conveniência (convenience) para obter a
amostragem, já que os participantes da pesquisa foram escolhidos por estar disponíveis.
A forma para o lculo do número da “amostra” para os passageiros, que para Gil
(1999), é subconjunto do universo ou da populão, por meio do qual se estabelecem ou se
estimam as características deste universo ou população, utilizamos a fórmula segundo
Fonseca, (1996).
2
2
d
qpZ
n
××
=
n = Amostra.
p = Estimativa da verdadeira proporção.
q = 1- p = Complemento da verdadeira proporção.
Z = Abscissa da normal padrão.
d = Erro amostral, expresso em decimais.
52
Para os valores de “p” no caso de nossa pesquisa, como afirma Fonseca (1996), se não
tiver condições de prever o valor de “p” admita p = 0,5, pois dessa forma , terá o maior
tamanho da amostra, admitindo-se constantemente os demais elementos, e o vel de eficácia.
Freitas et. al (2000) diz, que o tamanho da amostra deve ser estabelecido considerando alguns
aspectos: se o universo é finito ou infinito, o nível de confiança estabelecido (usualmente
95%) e o erro permitido (normalmente o superior a 5%), e a proporção em que a
caracterização do foco da pesquisa se manifesta na população.
Efetuando o cálculo da mostra considerando:
p = 0,5
q = 1- 0,5 = 0,5
Z = 1,96
d = 5%
38516,384
0025,0
9604,0
05,0
5,05,096,1
2
2
===
××
=n entrevistas
n = 385 questionários
A amostra nima a ser colocada seria 385 questionários, porem optaremos por uma
amostra de 400 questionários. Para verificação e correção dos resultados da amostra
utilizamos a fórmula que tem valor menor ou igual 5% para ser válida a amostra.
n
qp
Zd
×
×=
05,0049945,002548,096,1
385
5,05,0
96,1 =×=
×
×=d
Para verificar da melhor forma o comportamento do mercado de passageiros, a
intenção é coletar 70% da amostra, com usuários de ônibus e 30% como usuários dos
alternativos.
Para efeito de amostragem, para os funcionários do setor de vendas, por possuir um
universo pequeno será efetuada na sua totalidade dos funcionários no setor, já para os
motoristas se aplicou um focus group. Oliveira & Freitas (1998) recomenda um tamanho
moderado de participantes para que todos tenham a oportunidade de partilhar suas percepções
53
é grande o suficiente para fornecer diversidade de percepções os que seriam constituídos entre
6 a 10 pessoas.
3.7. Coleta de dados
Este trabalho, com o objetivo da busca da competitividade na área intermunicipal de
transportes, na procura destes resultados desejados, numa primeira etapa se iniciou uma coleta
de dados documentais que para Godoy (1995) constituem uma fonte não-reativa em que as
informações nela contidas permanecem as mesmas após longo tempo e podem ser
considerados uma fonte natural de informação à medida que, têm origem num determinado
contexto histórico, econômico e social. Para o feito do estudo estas diretrizes são a lei dos
contratos e das concessões dos serviços públicos lei 8666/93 e 8987/95 e da
regulamentação intermunicipal do estatal no Decreto 16225 de 2002, junto com sua
alteração pelo Decreto N° 16.369 de 2 outubro de 2002. Para a familiarização legal do
funcionamento e sua regulação do sistema rodoviário e do quadro jurídico federal.
Numa segunda etapa foi coletado dado do órgão gestor do Estado no Departamento de
Estradas de Rodagem DER RN, no Departamento de Trânsito do Estado DETRAN –RN e
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Nesta fase exploratória, que para
Cervo & Bervian (1996) nos familiariza com fenômenos e a obtenção de uma nova percepção
do mesmo e descobrimos novas idéias. O objetivo e nos conhecer o sistema rodoviário, as
concessões, autorizarão a permissão dos serviços existentes, as empresas e linhas atuantes nas
áreas e o estado dos contratos, também do entendimento da região como seu crescimento
populacional e seu parque automotor.
A terceira etapa foi realizar a coleta de dados de usuários na rodovria e executar com
questionários de tipo fechado (uma única resposta entre várias opções possíveis) com
perguntas estruturadas de forma longitudinal, quer dizer ao longo do tempo em períodos ou
pontos específicos neste caso na plataforma de embarque, a partir de variáveis direcionadas na
busca de estratégias que as empresas intermunicipais utilizam no transporte rodoviário de
passageiros, (Anexos A e B). Esta coleta é uma pesquisa de caráter survey, que para Freitas et
al (2000) pode ser descrita como a obtenção de dados ou informações sobre características,
ações ou opiniões de determinado grupo de pessoas.A opinião dos usuários nos ajudara a
identificar a satisfação dos usuários pela qualidade dos ônibus e prestação dos serviços das
operadoras.
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Paralelamente se efetua uma pesquisa com os funcionários, primeiramente com os
guichês, abordando todos os trabalhadores que lidam com o usuário na venda de passagem no
terminal rodoviário também com uma metodologia survey e com os motoristas realizou-se o
focus group com objetivo de examinar a partir destes a suas as percepções das estratégias
utilizada pela empresa e como estão sendo implantadas e o reflexo do usuário a estas medidas.
Finalmente, um diálogo com o empresário administrador da empresa de ônibus da
região para nos detalhar mais suas estratégias e a sua implantação se foram bem ou mau
sucedidas, a aceitação ou não destas pelos usuários, bem como novas perspectivas da empresa
no mercado.
3.8. Instrumento de pesquisa
a) Questionário
O instrumento de pesquisa para nos auxiliar na busca das estratégias principalmente na
terceira etapa da pesquisa foi um questiorio, aplicado por um grupo de alunos da
universidade na sua maioria integrantes do Núcleo de Estudos em Transporte da UFRN, NET
- Natal. O instrumento de pesquisa direcionado para usuários do sistema rodoviário
intermunicipal, como a existência de dois tipos de serviços de transportes marcantes um
ônibus regular e outro o transporte de baixa capacidade ou alternativos sendo necessário um
instrumento direcionado para usuários do ônibus e outro para usuários do alternativo.
Tabela 3.1: Variáveis da Qualidade do Veiculo
[v1] AC FACIL Acesso cil
[v2] ESP INTERNO Espaço interno
[v3] AR Ar Condicionado
[v4] BANCOS Bancos Individuais: Macios e recliveis
[v6] JAN CORT Janelas Escuras /cortinas
[v7] TV SOM TV/ Vídeo /Som
[v8] CINTOS Ter cintos de segurança.
[v9] VENTILAÇ Ventilão
Ambos os questionários têm leves diferenças (anexos A e B) mas têm a mesma
divisão. Temos as variáveis de qualidade do veículo (tabela 3.1) e qualidade dos serviços
(tabela 3.2) que visa verificar a percepção do usuário em 5 (cinco) níveis, que secruzada
com os outros elementos do questionário que são: (i) o perfil do usuário; (ii)sobre o
comportamento dos usuários e sua avaliação do sistema rodoviário; e (iii) finalmente o
comportamento dos usuários após a avaliação do sistema.
55
Tabela 3.2: Variáveis da Qualidade de Serviços
[s1] HORARIOS Horários adequados
[s2] COF / SEG Conforto / segurança
[s3] TERMINAIS Conforto dos Terminais de origem /chegada
[s4] TARIFA Tarifa
[s5] ATEN DIF Atendimentos diferenciados: Ido/gest/def
[s6] FAC RECLA Facilidade de reclamações e/ou sugestões
[s7] IDA VOLT Compra de passagem: ida e volta
[s8] FAC ACESS cil acesso ao terminal na origem / chegada
[s9] CONSERVAÇ Estado de conservação do ônibus
[s10] FUN ATEM Motorista e cobrador atenciosos e apresentáveis.
[s11] DIRI SEG Motorista dirige c/ segurança
[s12] INTI PAR Informação: itinerário e paradas
[s13] LIMPEZA Limpeza
[s14] PONTUALI Pontualidade saída /chegada
[s15] RAPIDEZ Ser rápido
[s16] BAGAGERO Ter ajuda e bom espaço para pacote /bagagem
[s17] FLEXIBIL Flexibilidade de parada.
b) Focus gruop
O principal auxilio desta ferramenta de pesquisa é uma observação participante e
percepção do pensamento dos participantes concentrada sobre o tópico do objetivo da
investigação (no nosso caso Estratégia da empresa,ver anexo I). Têm dois pontos importantes:
perguntas direcionadas “sobre a empresa” e “sobre o serviço”, tamm uma caracterização do
perfil do funcionário e informações gerais destes.
Para o sucesso deste processo deve-se desenvolver um plano cronológico, incluindo
atividades de: desenvolvimento das queses, identificar as características dos participantes,
obter lista deles, recrutamento, realizar a reunião, feadback do planejamento, transcrição e
redação final (OLIVEIRA & FREITAS. 1998)
3.9 Técnicas de análise dos dados
a). Analises de dados obtidos como o focus group
A maior preocupação foi a transcrição de toda conversa com os funciorios, a análise
sistemática sobre os pontos principais, visando em todo momento informações sobre as
atividades competitivas das Empresa. Oliveira & Freitas. (1998) ressalta da consideração das
palavras e seu significado; o contexto em que foram colocadas as idéias, a consistência
interna, freqüência e extensão dos comentários, a especificação das respostas e importância de
identificar as grandes idéias.
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b) Tratamento estatístico.
Tomando-se por base o objetivo da pesquisa, passa-se a enunciar os métodos
estatísticos que foram utilizados para a descrição, análise e interpretação dos dados coletados
em campo. Realizou-se uma análise descritiva com a finalidade de organizar, resumir dados,
facilitar a análise e interpretar observações disponíveis.
A inferência como ferramenta utilizada para analisar a população, Lapponi (2000)
coloca que objetivo da inferência estatística é obter respostas corretas de questões especificas,
atendendo a um determinado grau de acertos.
Para análise cruzada, foi utilizada a Cluster Analysis , ou análise de Cluster ou Análise
de agrupamento. Para tanto, lançou mão do algorítmo K-means clustering, do software
STATISTICA. A análise de agrupamento, de acordo com Hair e tal (1998), classifica objetivos
de forma que cada um é semelhante aos demais. No interior de um mesmo agrupamento (ou
cluster), sendo esta semelhança dependente dos critérios pré-definidos para a análise. Assim,
os grupos resultantes apresentam grande homogeneidade interna, ou seja, entre os objetivos
de um mesmo grupo, e grande heterogeneidade externa, ou seja, entre os objetos de grupos
diferentes. Uma vantagem desde algoritmo é a possibilidade de se decidir antecipadamente
pelo número de cluster que se deseja obter, no nosso caso serão dois clusters por análise.
Para interpretar os dados dos grupos tem um escala de entre 1 (um) e 5 (cinco) em que:
1 (um) e menor que 2 (dois) será muito insatisfeito;
de 2 (dois) ate menor que 3 (três) insatisfeito;
de 3 (três) ate menor que 4 (quatro) indiferente;
de 4 (quatro) ate menor que 5 (cinco) satisfeito; e
5 (cinco) muito satisfeito.
Com objetivo de análise, neste trabalho as variáveis de qualidade de veículos (quadro
3.1) e qualidade dos serviços (quadro 3.2), para cada questionário de forma separada uma
análise para usuários de ônibus e outra análise para usuários dos alternativos em busca das
estratégias, seguidamente se efetuará um cruzamento deste com (i), o perfil do usuário;
(ii)sobre o comportamento dos usuários e sua avaliação do sistema rodoviário; e (iii)
finalmente, o comportamento dos usuários após a avaliação do sistema.
57
3.10 Conclusão
Tendo-se feito os comentários mais importantes a respeito da abordagem
metodológica da pesquisa, da sua tipologia, definição do problema, dos objetivos, da
população e amostra escolhida, a coleta e o instrumento de pesquisas e técnica de análise.
Desta forma, podermos passar ao capítulo 4 e apresentar os resultados da pesquisa, com o
auxílio da parte Estatística Descritiva e de Análises de Agrupamento.
58
Capítulo 4
Estratégias Competitivas no Transporte Rodoviário: O
caso Natal - Região do Seridó no Rio Grande do Norte
A abordagem do transporte de baixa capacidade, regulamentada ou não para uso
Rodoviário para curtas e/ou médias distâncias, em que sua demanda se concentra em regiões
com grande influência de uma metrópole podendo ser uma capital ou uma cidade de porte
dio. Este fenômeno apontado por Guerra & Balassiano (2002) que surgiu e se consolidou
em meados da década de 1990, introduzindo novos conceitos diferenciados de transportes e
serviços, que chegou e quebrou a forma mais tradicional de delegação de serviços. “Os
monopólios por área de atuação”, principal agente fomentador da ineficiência de empresas do
transporte coletivo, possibilitou e contribuiu para o aparecimento de novos operadores, com
uma proposta alternativa de serviços para os usuários, em linhas em que o ônibus demonstra
contínua falência de proporcionar oferta para suprir a demanda existente.
Como o principal alvo da nova concorrência encontra-se o sistema regular de ônibus
que, por sua própria ineficiência, pouca visão gerencial e falta de investimentos em novas
tecnologias, tem sofrido com a redução de passageiros. Alia-se a isto, diferentes fatores das
mudanças de habito dos usuários, que se encontram cativos por um transporte de baixa
qualidade à procura de alternativas diferenciadas adequadas a suas necessidades encontrando
no transporte alternativo a resposta. Guerra & Balassiano (2002) destaca que estes veículos de
baixa capacidade oferecem melhores serviços diferenciados como rapidez (para menos),
conforto (sempre sentados) e flexibilidade de percursos e paradas.
Balassiano & Braga (1999), atribuem a estas vantagens ter contribuído para o câmbio
de percepção do usuário para trocar o ônibus pelo alternativo, regulado ou não. A utilização
mais freqüente deste modal o é exclusividade da cidade e paises em vias de
59
desenvolvimento, mas tamm nos EUA e em paises europeus (BRASILEIRO, 1999). A
gama de serviços utilizada em vários paises é muito variada, existem veículos de um
passageiro como os Rickshaws (tipo de carroça puxada por homens e utilizada no oriente) até
micro-ônibus com capacidade para 25 passageiros (BALASSIANO & BRAGA, 2000).
Com essa virada nos mercados, os veículos de baixa capacidade aos poucos foram
sendo regulamentados, mas sua entrada não foi facilitada pelos regulamentos já que estes
protegem de todas as formas possíveis, os operadores do sistema convencional de ônibus, se
valendo de influências poticas para que a normalização satisfaça seus interesses de modo
paternalista, em vez de se preocupar em se tornar mais eficientes com a existência de
concorrência.
Neste capítulo abordaremos o estudo da Região do Seri e sua ligação com Natal,
capital do Rio grande do Norte, (anexo C) caracterizando primeiro o sistema Rodoviário Natal
– Seri ao longo de Rodovias estaduais e federais que cortam a região do estudo e como está
sistematizada a regulação rodoviária. O objetivo é verificar o comportamento do mercado
intermunicipal de passageiros num regime de concorrência e avaliar as possíveis estratégias
adotadas, pela pertinente, para criar um ambiente competitivo sem subsídios entre os
operadores fazendo prevalecer um equilíbrio econômico entre elas e pelas permissionárias ser
mais eficientes sem tomar medidas anticompetitivas. Para tanto, recorremos ao quadro de
referências constituído por diretrizes que regulamentam o transporte rodovrio do Estado no
Decreto n° 16.223 de 30 de julho de 2002 e no Decreto 16.369 de 4 de setembro do mesmo
ano, do quadro jurídico brasileiro pelas leis n° 8666/93 e 8987/95, somados a resultados de
opinião dos usuários do sistema Rodoviário e funcionários que lidam como os usuários
diariamente (motoristas e pessoal de vendas) juntos com um executivo da empresa que opera
no setor Rodoviário da Região estudada.
4.1. Visão Geral do Sistema de transporte Rodoviário: Natal – Seridó
Na última cada 1990s, o sistema Rodoviário tem passado por diversas mudanças,
desde o poder público, operadores e usuários. Em relação ao poder público que se viu
obrigado a regulamentar os mercados, abrindo a entrada de novos operadores de forma restrita
resultado pelas ineficiências das operadas existentes, com a iia que este serviço seja
complementar e/ou suplementar às linhas existes. Os operadores existentes no mercado após a
concorrência regulamentada têm transparecido cada vez mais suas falências em quanto o
60
usuário tem se visto favorecido e poder decidir pelo melhor serviço ou aquele que se adeqüa a
suas necessidades.
4.1.1. O Sistema atual
O sistema Natal Seri está dentro do sistema geral do Transporte Rodoviário do
Estado o qual está, sob jurisdição do Departamento de Estradas e Rodagem DER – RN, órgão
ao qual compete a Gestão dos Serviços bem como planejar e regulamentar a concessão,
permissão, autorização, fiscalização e o controle destes serviços, além de promover a
implantação e funcionamento de infra-estrutura para os serviços Rodoviários.
O modelo institucional do DER - RN de regulação do setor de transporte rodoviário
tem três hierarquias: (i) Secretaria Estadual de Infra-estrutura (SIN); (ii) o Departamento
Estadual de Estradas e Rodagem - DER, autarquia ligada ao (SIN); e (iii) pelas operadoras do
serviço. No modelo tradicional dos DER´s apontado por GINOFI NETO (2002) destaca estes
três níveis colocando com a distinção no primeiro nível a Secretaria Estadual de Transportes,
óro da Administração Direta e os outros níveis operando da mesma forma.
O campo de ação da Secretaria de Estado dos Transportes compreende a definição da
política estadual de transportes, a implantação, ampliação, melhoria e integração da respectiva
infra-estrutura e a compatibilização de suas iniciativas aos programas de desenvolvimento do
estado.
O sistema implantado pelo DER-RN tem características Semi–urbana e Rodoviária
exploradas por três tipos de serviços (tabela 4.1): (i) Sistema de Transporte Regular STR
nibus), conformado por 20 empresas, 232 linhas em operação e uma frota de 458 ônibus;
(ii) Transporte Opcional de Porte Médio TOPM (Vans / Microônibus) que está constituído
por 160 empresas, 160 linhas em operação e 147 veículos; e (iii) Serviço de Transporte
Especial (turismo, escolar), possui 187 empresas.
Natal-RN, principal lo de passageiros do Estado cujo município tem 712.317
habitantes numa área de 170,3 Km
2
considerando os municípios próximos que fazem parte da
Grande Natal o número de habitantes chega a 1.043.321 representando 37,57% da população
do Estado (IBGE, 2000). A Região do Serié uma das sub regiões do Estado do Rio Grande
do Norte (Anexo C); tem uma supercie de 8.682 Km
2
e é a parte centro-sul do estado com
16,3% da área do estado, suas principias vias de acesso são BR 226 e BR 427. Estas duas
BR’s atravessam municípios localizados no semi–árido. Araújo (2003) descreve o Seri
como uma área de solos de baixíssima fertilidade (salvo os escassos aluviões) que está
61
submetida a regime de escassez e desigual distribuição de chuvas. Composta de 21
municípios (Anexo D), com uma população de 240.439 habitantes (IBGE, 2000), um pouco
mais que 8,5% da populão estadual e com uma urbanização de 76,4% acima da média do
estado que é de 73,35%.
Tabela 4.1: Quantidade de empresas e linhas cadastradas no RN
Serviços
Empresas Linhas Frota
Registradas Operando Registradas Operando
STR 20 18 232 221 458
TOMP 160 153 160 151 147
Serviços de Transporte
Especial
234 187 234
TOTAL 414 358 392 372 839
Fonte: DER-RN / ATP Engenharia
Apesar de tantas dificuldades geográficas, a região tem se tornado uma região
empreendedora, apesar das diversas crises vive um franco processo de reestruturação após os
pilares de sua economia regional ruírem, a um tempo a algodoeira, a pecuária e a
mineradora. Hoje uma das principais atividades, senão a principal, é a atividade leiteira,
aproveitando a oportunidade aberta pelo apoio concedido pelo "Programa do Leite", e a
caprino-ovinocultura regional, encontra-se em tido processo de ampliação e modernização.
Por sua vez, a cajucultura de base orgânica, valorizada hoje no mercado mundial, se expande
ao lado da produção de outras frutas. (ARAUJO, 2003). Cabe destacar seu desenvolvimento
socioeconômico, encontrando-se entre os 5 (cinco) municípios entre os 10 (dez) melhores
índices de Desenvolvimento Socioeconômico (Anexo D) do Estado, (IDEC, 1998).
O DER-RN dividiu o sistema em dez áreas de atuação para atender o estado, a área
onde se encontra a Região do Seri é a área 6 (seis). De todas as empresas cadastradas no
sistema Rodoviário do estado 1 (uma) empresa do STR atende esta área até 1997, enquanto
o existia uma regulação que permitia a competição no setor Rodoviário do Estado. Após um
estudo realizado e pela recomendação do Plano de Transporte Intermunicipal de Passageiros
do Estado do Rio Grande do Norte PTIP/RN como a proposta de um novo regulamento para o
setor com a implantação do Serviço de Transporte Passageiros Médio Porte ou de baixa
capacidade, quebrando dessa forma os monopólios das empresas, pelas ineficiências destas
em fornecer um bom serviço e pela demanda reprimida que ocasionou que os usuários
procurem serviços não regulamentados. O PTIP/RN foi aprovado, pelo Decreto 13.508 de
11/09/1997 que ampliou o sistema com novos operadores. Tal sistema seria mantido em
caráter provisório, pelo prazo estabelecido na época pela Secretaria de Transportes e Obras
Públicas do Estado – STOP (hoje desativada), para assegurar a continuidade do serviço
62
público. Na área seis foram oferecidos um total de 44 linhas para o Serviço Transporte de
Porte Médio, mas foram preenchidas 6 (seis) linhas, 4 (quatro) para a Região do Seridó.
Desde a existência desta regulação com operadores novos de forma geral a redução de
passageiros por parte da empresa de ônibus, como mostra a tabela 4.2, (dados existentes desde
2001) foi de uma forma drástica principalmente dos anos 2001 a 2002 uma redução de
35,75%, e nos seguintes anos uma perda em média de 10%, enquanto para as empresas
TOMP o aumento foi considerável entre 2002 e 2003, um crescimento de 110,5%. Podemos
verificar apesar de que demanda de total de passageiros do sistema tem se reduzido de 40.603
passageiros a 23.499, as TOMP tem aumentado a sua demanda.
Tabela 4.2: Passageiros transportados pelas empresas atuantes entre Natal - Seri
STR % TOMP % Total
2001 39.305 1.298 40.603
2002 25.253 -35,75%
1.516 16,80% 26.769
2003 22.642 -10,34%
3.191 110,49%
25.833
2004* 20.479 -9,55% 3.020 -5,36% 23.499
Fonte: DER – RN/ ATP Engenharia *ate o mês de junho
Estas reduções não podem ser atribuídas apenas à concorrência dos novos operadores
regulamentados, existem fatores como operadores não-regulamentados que fizeram diminuir
linhas de ônibus e o mau uso das autorizações dos operadores de caráter especial. Outro fator
ao aumento de motorização do Sistema na região do Seri e da grande Natal, desde o
lançamento do plano real, é a estabilidade da economia que tem crescido em média 500% nos
últimos 14 anos (tabela 4.3).
Tabela 4.3: Aumento da motorização
1990 *2004 %cres %Total
Seri 6270 37076 491,32%
8,26%
Grande Natal
39.918
249.959
526,18%
55,68%
Total 74.080
448.940
506,02%
Fonte: DETRAN – RN *ate 16/07
O crescimento da frota desde 1990 foi de forma acentuada chegando a 450 mil
veículos em todo o Estado com 55,68% da frota locada na Grande Natal e 8,26% nos
municípios da região do Seri. A Figura 4.1, o resumo no anexo E, mostra o crescimento da
motorizarão do Estado.
Conseqüentemente, o índice de motorização tem se elevado por todos estes anos,
tomando como base os anos que foram feitos censos 1991, 1996 e 2000 realizados e
63
considerando uma estimativa da população para o ano 2003 (tabela 4.4) mostra um
crescimento de quase 300% na região do Seri e 241% na grande Natal.
Crescimento de veiculos do Estado
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
x1000
Seri Grande Natal TOTAL
Fonte : DETRAN-RN
Figura 4.1: Crescimento da frota dos veículos do Estado
Tabela 4.4: Índice de motorização para 10.000 habitantes
1991 1996 2000 2003* %cres
Seri 366,127
695,2311
1084,922
1450,466
296,2%
Grande Natal
642,5985
1250,159
1788,73
2193,526
241,4%
Estado 396,5487
767,3548
1166,102
1471,792
271,2%
Fonte: DETRAN/RN / IBGE * população estimativa
4.1.2. Órgão Gestor
O Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio Grande do Norte DER
RN pela Lei complementar 163 do 05 de fevereiro de 1999, lhe compete no que diz ao
respeito ao Sistema de Transporte Coletivo Intermunicipal, (i) a coordenação, o controle e
fiscalização da exploração dos serviços do Sistema, no território do Estado; (ii) a permissão
ou autorização dos mesmos, para terceiros, na forma regulamentada em lei; e, (iii) prestação
das informações ao público sobre os itinerários desde transporte coletivo, distâncias, estado de
conservação das rodovias e recursos disponíveis ao longo desta.
Com a aprovação do Decreto 16.225 de 30 julho de 2002, que consolidou a
Regulamentação dos Serviços intermunicipal de passageiros o DER-RN é enfatizado como
Gestor do Sistema Rodoviário de Passageiros no Estado, com os objetivos de: (i) planejar, (ii)
regular a concessão, (iii) permissão, (iv) a autorização, (v) fiscalização, e (vi) controle destes
64
serviços, bem como de promover a implantação e funcionamento de Terminais Rodoviários
de Passageiros e respectivos pontos de apoio.
No DER-RN, a Diretoria de Transportes é responsável pela Gestão do Sistema, apesar
de não estar institucionalizada no Regulamento Geral do Órgão. Esta diretoria abrange três
Chefias de Divisão, (1) Divisão de transportes Diversos, (2) Divisão de fiscalização, e (3)
Divisão de administração de terminais, para com estas gerir o planejamento, a
regulamentação, as concessões, as permissões, as autorizações, a fiscalização e o controle dos
Serviços de Transporte Coletivo Rodoviário.
4.1.3 Marco Regulatório
No histórico das indefinições constantes e mudaas institucionais e administrativas
são características deste órgão gestor do Transporte Rodoviário de Transportes de
Passageiros. Antes de 1980 a gestão do sistema foi delegada à Chefia de Divisão na Estrutura
organizacional do DER-RN que no ano 1975 aprovou o número de linhas do transporte
coletivo concedidas e fiscalizado no Estado.(Portaria 0086/75).
Em 1980 criou-se a Diretoria de Transporte Rodoviário para ampliar a estrutura do
DER-RN vinculada à Secretaria de Transportes e Obras blica do Estado STOP, cujas
competências eram de organizar, orientar, fiscalizar, controlar, e coordenar as atividades
relativas ao Transporte Rodoviário de passageiros, com também a de administrar os Terminais
Rodoviários de Passageiros.
No ano de 1982 foi aprovada a regulamentação do transporte Rodoviário
intermunicipal do Estado (Decreto 8.549 de 9 dezembro de 1982). Ficando claro que a
renovação das permissões era anual e que permissão era a autorização dada a uma ou mais
empresa para explorar linhas intermunicipais, o podendo os permissionários transferir os
direitos sobre as permissões sem previa autorização. As empresas permissionárias de linhas
intermunicipais tinham preferências no estabelecimento de novas linhas.
No ano de 1994 o Decreto Publicado no dia 28 de dezembro, aponta que os serviços
seriam adjudicados pelo regime de concessão, para os serviços regulares e através de
concorrência pública e pelo regime de autorização para os serviços especiais. As permissões
da época ficavam mantidas pelo prazo de dez anos prorrogáveis por um período igual.
Em 1995 com a aprovação e promulgação da lei 8987/95 das concessões publicas,
marco legal muito importante no país, o óro gestor STOP, o renovou as permissões
65
existentes e deu início a uma pesquisa para a elaboração de um Plano de Transporte
Intermunicipal de Passageiros do Estado PTIP/RN que seria de base para a reorganização do
sistema. Concluído o estudo em 1997, o PTIP/RN tinha três pontos importantes: (i) a relação
de 166 linhas, com seus digos, denominações, itinerários, extensão, seccionamento e
designação da(s) empresa(s) e operadora(s); (ii) Um novo modelo Tarifário; e (iii) A proposta
de uma nova regulamentação para o Sistema intermunicipal de passageiros.
O plano foi aprovado e promulgado pelo Estado pelo Decreto 13.508, de 11 de
setembro de 1997, regulamento que deu origem a abertura do mercado Rodoviário com a
entrada de novos operadores com características de baixa capacidade de passageiros como
nome de Transporte opcional de Porte Médio TOPM. No começo se determinou que estas
operadores teriam a permissão em caráter provisório.
Entre 1997 e 1999 a coordenadoria de Transportes juntamente com a Consultoria
Geral do Estado realizou as minutas do contrato para os operadores STR, os quais o foram
assinados sendo entregues somente as Ordens de Serviços Operacionais OSOs. No caso das
TOMP foram vários editais de concorrência blica oferecidas em todo o Estado que sua na
totalidade foram 309 linhas, das quais foram preenchidas 165 linhas um total de 53,4% a
maioria das linhas preenchidas foram caráter semi-urbano representando 29,77% do total do
todo o Estado. Na região do Seri oferecidas 21 linhas das quais 4 linhas foram preenchidas,
estas foram as de maior percurso e as que tem origem ou destino na Capital do Estado.
Em 1999, com a reorganização do poder executivo do Estado, a Autarquia do DER-
RN passou a ser vinculada à Secretaria de Infra-estrutura – SIN, sendo desativada a STOP.
Até a promulgação do Decreto n° 16.085 do 29 de maio de 2002, por meio de diversos
decretos anteriores, foram sendo prorrogadas as permissões existentes sempre em caráter
provisório. Com este Decreto ficaram mantidas as permissões e ordem de serviços
operacionais OSOs, e que os prazos dos contratos teriam validades de 15 (quinze) anos
improrrogáveis, como está descrito na lei 8987/95 artigo 42, tendo que ser assinados os
contratos baseados nos moldes do Decreto n° 13.508/97, no prazo de 12 (doze) meses
contados a partir da data deste Decreto.
Neste mesmo ano foram ainda necessários dois Decretos para a consolidação do
Serviço Rodoviário o Decreto 16.225 de 31 de julho, alterado pelo Decreto 16.369 de 4
de setembro de 2002, por meio destes foi mantido pelo prazo de 20 (vinte) anos para o caso
das STR, as atuais concessões e por 15 (quinze) anos as atuais permissões, autorizações as
66
OSO’s, mesmo com prazos vencidos. Para o caso das TOMP, as atuais permissões,
autorizações e OSO’s mesmo as de prazo vencido serão mantidas pelo prazo de 10 (dez) anos.
Todos estes contratos têm caráter prorrogável por um período igual aos assinados,
cada renovação será feita individualmente por cada operadora, através de processo
administrativo. Estes contratos podem ser revogados se no prazo de dois anos para os
operadores atuantes que não se apresentar imediatamente para assinar os contratos, pela
existência de débitos com o Estado este prazo se encerrou a 30 de julho de 2004.
4.1.4 A legislação.
Como bem sabemos, o transporte de passageiros tem uma enorme necessidade pública
e um grande peso na atividade econômica, quando o Estado concessiona os serviços, autoriza
ou dá permissão para empresas privadas explorarem o sistema, utilizando infra-estrutura
pública como dizem Santos & Orrico Filho (1996), os transportes encontram-se entre os
setores da atividade econômica que registram mais intensa e continuadamente a presença do
Estado. Enquanto suporte ao desenvolvimento econômico e a integração nacional, a infra-
estrutura de transportes sempre teve no Estado um importante provedor, freqüentemente o
único.
Na tabela 4.5 mostra um resumo da regulamentação do Estado (Decreto n° 16225, de 3
de julho de 2002, com alterações no Decreto n° 16.369 de 4 de setembro do mesmo ano)
quando consolida o Regulamento dos Serviços de Transporte Coletivo Rodoviário
Intermunicipal de passageiros entre o Serviço de Transporte Regular STR (Ônibus) e
Transporte Opcional de Porte Médio TOPM (Alternativos), procurando mostrar itens
importantes que influenciam diretamente na competitividade do setor intermunicipal.
Ressaltando diferenças principalmente na maneira como outorga as autorizações,
permissões do serviço em que o serviço STR, não realizada uma licitação pública, como esta
exigida pela lei 8987/95, artigo 14. Sendo mantidas as linhas existentes estas concessões e
permissões feitas por áreas de atuação, enquanto para as TOMP por linhas, os prazos tamm
são diferenciados para cada tipo de serviço 20 e 15 para os STR dependendo de sua situação
contratual; enquanto para TOMP 10 anos, contratos prorrogáveis pelo mesmo período.
Sobre a freqüência, o limite de viagem para TOMP é de no máximo duas vigem
completas e como são poucas unidades a freqüência é muito baixa, enquanto o ônibus tem
diversas saídas durante o dia. Tarifas determinadas dentro dos intervalos do DER-RN e as
vistorias devem ser feitas sempre pelo DER-RN, anualmente, para todos os veículos a fim de
67
continuar transportando passageiros, a exigência Administrativa de Recursos de infração
JADI/DER/RN com um representante de cada categorias, reunindo-se cada semana. Os
veículos têm capacidade de 20 a 40 para microônibus e, mais 40 para ônibus; e para os
alternativos de 10-16 passageiros. As barreiras os donos das empresas tem que ser pessoas
jurídicas com endereços próximos da localidade do Sistema para STR e para TOMP tenha
resincias próximas ao percurso das linhas que concorrem para licitação.
Tabela 4.5: nteses do Regulamento do Estado
Itens Ônibus STR
Opcional de porte Médio
TOMP
Licitação dos serviços
Prevista para novas linhas
quando forem criadas ou
quando houver a necessidade de
aumento de frota. A licitação
pode ser feita por linha ou frota
A licitação é feita por linha
Formação de contração/
Delegação dos Serviços*
Concessão ou Permissão, sendo
Concessão (20 anos) e
Permissão (15 anos)
Concessão ou Permissão, sendo
Concessão (10 anos) e
Permissão (10 anos)
Características Do Serviço
Freqüências intermitentes.
Com: itinerário;
Quadros de horários;
Seccionamentos definidos;
Pode levar passageiro em pé.
Freqüências intermitentes.
Com: itinerário;
Quadros de horários;
Seccionamentos definido:
Todos passageiros sentados.
Forma de remuneração das
empresas e dos serviços
Mediante a tarifa cobrada ao
usuário
Mediante a tarifa cobrada ao
usuário
Forma de controle de
qualidade
Vistorias pelo DER -RN Vistorias pelo DER - RN
Forma de incentivos à
redução de custos
nenhum nenhum
Política Tarifaria e de
Subsídios
Tarifa fixada pelo DER-RN Tarifa fixada pelo DER-RN
Modo de definição da
tarifas
Tarifa deve contemplar todos os
custos fixos variáveis e custo
capital.
Tarifa deve contemplar todos os
custos fixos variáveis e custo
capital
Forma de controle social do
sistema
Junta Administrativa de
Recursos de infração
JADI/DER/RN
Comissão Especial de Licitação
CEL/DER/RN
Junta Administrativa de
Recursos de infração
JADI/DER/RN
Comissão Especial de Licitação
CEL/DER/RN
Barreiras
Podem operar os serviços de
transporte coletivo
intermunicipal pessoas Jurídicas
Podem operar os serviços de
transporte coletivo
intermunicipal pessoas Jurídicas
Veículos
Mais de 40 passageiros para
ônibus
Entre 20 – 40 passageiros para
microônibus
De 10 a 16 passageiros para os
alternativos
Fonte : Diário oficial do Rio grande do Norte Decreto n° 16225 * Autorização só para transporte especial
68
Dos pontos fracos: a renovação dos contratos sem considerar as leis federais 8666/93 e
8789/95; a falta de definição para a inclusão de novas linhas e detalhamentos de datas para se
instaurar processo de caducidade; ausência de especificação caso existam mudanças nos
itinerários antes existentes, sob pretextos comprovadas de seu desequibrio, em itinerários de
linhas existes (art 37 §3); Omissão sobre a autorização precária para o caso de necessidade
comprovada de deslocamento da demanda reprimida, pela falta de oferta ou condições de
adaptações na mesma; Proibição de uso de rodagem dupla para as TOMP limitando o número
de passageiros destes, divergência na idade mínima dos sistemas STR no inciso II do §1 do
art.47; e falta de inspeção nos terminais; falta contemplação do cálculo tarifário das
gratuidades ou meias passagens (idosos carentes, portadores de HIV e estudantes).
Dos pontos fortes: a principal de todas foi à inclusão de competição em todas as ares
do transporte do Estado induzindo ao mercado intermunicipal a ter uma contestabilidade; a
adequação a leis federais de concessões e dos contratos; admissão da exploração dos serviços
da formação de consórcios; classificação e definição de serviços; previsão de frota reserva;
regulação da implantação de novas seções; exploração do regime de linhas e serviços;
substituição das linhas que estejam sendo mal servidas; segundo o PTIP/RN se definiu ao
porcentual máximo da participação no mercado segundo a demanda atual para cada empresa
em 20%; in-transferência de contratos sem prévio consentimento do órgão; e prestação de
serviços em caráter emergencial, quando da ocorrência de qualquer caso de caducidade.
4.2. Competição entre o STR e a TOMP no Seridó
Os elementos do mercado do transporte intermunicipal estão formados principalmente
pelo gestor, as empresas e os usuários estes três elementos interligados com o mercado onde
se reflete o comportamento do usuário satisfeito ou insatisfeito, as empresas concorrentes
sendo eficientes ou o e se o gestor está cumprindo o seu papel do administrador do sistema,
fazendo que a regulamentação brinde o equilíbrio necessário, principalmente para o bem estar
do usuário e uma concorrência saudável para tornar o serviço cada vez melhor.
Na figura 4.2 mostramos a relação de que estes três elementos têm uma relação com
mercado principalmente o órgão gestor que está ligado com todos os demais elementos ao
regular o mercado, ao licitar os serviços (para os operadores) e definir estes para o usuário. As
empresas fornecidas dos insumos dos fornecedores fazendo os pagamentos destes e de taxas
de operação para o órgão gestor o essencial é produzir os serviços para o mercado. Os
usuários pagam estes serviços e exigem do órgão gestor uma melhora destes. o mercado
69
onde se juntam estes elementos que estando equilibrado traz benéficos ao órgão gestor em
termos financeiros, para as empresas brinda o pagamento dos serviços produzidos por estas,
enquanto os usuários têm os serviços que compraram segundo a sua necessidade.
Fonte: Sousa (1996), adaptado pelo autor.
Figura 4.2: Cadeia de Produção do Transporte intermunicipal
Para as empresas concorrentes, que procuram sempre eficiência e melhorá-la
constantemente, esta cadeia dos serviços será sempre competitiva aos olhos dos usuários que
são o alvo principal e de maior atenção do sistema e têm que velar pelo seu melhor
atendimento.
No mercado do transporte, segundo a regulamentação do Estado, o serviço está
operando num regime de competição. Na região do Seri a competão existe entre dois
tipos de serviços: 1 (uma) empresa do Serviço de Transporte Regular –STR por ônibus e 4
(quatro) empresas do Transporte Opcional de Médio Porte TOMP, vans e microônibus de
um eixo.
A empresa STR que há décadas detinha o monopólio do setor em toda a região do
Seri e áreas próximas, chegando a ter quase 100 (cem) ônibus e quase 50 (cinqüenta) linhas
M E R C A D O
Equilibro.
Melhores Serviços
Serviço produzido
E M P R E S A
Benefício
Pagamento
s dos serviços produzidos
Pagamentos
dos serviços produzidos
Pagamentos de insumos
F O N E C E D O R E S
Concorrência
insumos
Licitação, concessão, permissão, autorização.
Taxas de Custos, operação.
Pagamento
do Serviço comprado
Serviço comprado
Definição do Serviço
E M P R E S A
U S U
Á R I O
G
E
S
T
O
R
70
no Estado, todas com origem no destino ou passagem pela Região do Seri, hoje tem 29
linhas e 58 ônibus em operação, das quais 11 entre normal e expresso são de Natal para a
Região do Seri.
Tabela 4.6: Linhas para o Seri pela empresa STR
Linhas Frota
N° saída
(dia*)
N° de
viagem
semanal**
Media de
Passageiros
mensal***
Km
percorridos
p/ mês
Natal – Jucutú (via Florânia) 2 1 (2) 16 516 16.448
Natal
Caicó (via Cruzeta e
São José do Seridó)
3 3 42 2.206 45.528
Natal
Caicó (via Cruzeta)
Expresso
2 2 28 1.886 30.352
Natal
Caico (vai Jardim do
Seridó)
4 4 56 2.116 64.288
Natal
Currais Novos
1
1
14
1.201
10.360
Natal
Currais Novos (via
Campo Redondo)
1 (1) 2 1.207 1.528
Natal
-
Jardim d
o Seridó (via
Carnaúba dos Dantas)
1 1 12 1.473 12.144
Natal
-
Ouro Branco (via
Jardim do Seridó)
1 1 12 252 12.768
Natal
Parelhas (expresso)
2
2
28
167
27.552
Natal
Parelhas (via Carnaúba
dos Dantas)
1 1 14 434 14.448
Natal
Santa do Seridó
1
1
1
4
142
15.120
20
17 (20)
238
11.600
250.536
Fonte: DER-RN & ATP Engenharia
*Saídas de Natal **Ida e volta ***Media do 1° semestre de 2004 (n) Número de Saídas nas sextas
A Empresas tem 17 saídas diárias para o Serinas sextas tem mais 3 saídas extras
nas sextas, uma frota para atender a Região de pelo menos 20 ônibus que fazem um total de
238 viagem no total por mês e no primeiro semestre de 2004 esta linhas transportaram 11.600
passageiros. (Tabela 4.6). Cabe lembrar que órgão gestor planejou 88% da demanda de
mercado para este tipo de serviço.
As Empresas TOMP numa totalidade de 4 (quatro) fazendo uma a duas viagem dia
com poucas freqüências pela unidade que eles possuem 4 (quatro) no total um por cada
empresa (tabela 4.7) realizando de 6 a 11 viagem dia efetuando 85 viagem semanais e
transportando em media 3.121 passageiros mensais. Para estes a fatia de mercado seria de
12% da demanda.
Estas empresas nos últimos m se confrontado pelos usuários da Região tendo em
contra que empresa STR detinha o monopólio do setor no ano 2000 os dados da tabela 4.2
71
mostrados na figura 4.3 mostra que a quantidade de passageiros da empresa tem diminuído
nos últimos anos a quase a metade em apenas três anos
Tabela 4.7: Linhas para o Seri pelas empresas TOMP
Linhas TOMP Frota
N° saída
(dia*)
N° de
viagem
semanal**
Media de
Passageiros
mensal***
Km
percorridos
p/ mês
1 Natal – Jucutú 1 1(2) 13 685 13.416
2
Natal
Parelhas
1
1 (2)
20
460
19.200
3
Natal
Caicó (via Cruzeta)
1
2 (1)*
26
1.026
24.960
4
Natal
Currais Novos
1
2
26
950
18.720
4
6 (11)
85
3.121
76.296
Fonte: DER-RN & ATP Engenharia *Saídas de Natal
**Ida e volta ***Media do 1° semestre de 2004 (1) Saídas nas sextas ()* Quarta e Domingos
A empresas TOMP que atua na área tem crescido na media de passageiros
transportados, com quatro empresas operando na região, com mostra a tabela 4.2, mostrando
seu detalhamento na Tabela 4.8. No ano de 2002 o crescimento em media foi de 16,80% da
quais dois empresas (TOMP 1 e 3) tiveram um crescimento de 23,58% e 47,25% e as outras
duas (TOMP 2 e 4) uma diminuição -4,75% e -0,62% . No ano de 2003 o crescimento foi
significativo de todas estas chegando a 110,49% e as empresa tiveram grandes melhoras
(TOMP 1, 2 ,3 e 4) 47,34% , 68,33%, 84,0% e 260,44% de passageiros. No ano 2004 com
dados do (primeiro) semestre de 2004 o crescimento tem sido muito pequeno em relação
ao ano anterior e uma teve um queda grande da TOMP 4 de -17,89% fazendo que a media do
ano deste serviço seja negativa de -5.36%, apesar do saldo positivo (TOMP 1, 2 e 3) 2,68%,
1,74%, 1,38 das outras TOMP. (Cabe ressaltar que todas as informações de passageiros
transportadas são fornecidas pelos operadores do serviço intermunicipal).
Tabela 4.8: Passageiros Transportados pelas TOMP
TOMP
1
%
TOMP
2
%
TOMP
3
%
TOMP
4
%
2001 246 358 371 323
2002 304 23,58%
341 -4,75%
550 48,25%
321 -0,62%
2003 448 47,37%
574 68,33%
1.012 84,00%
1.157 260,44%
2004* 460 2,68% 584 1,74% 1.026 1,38% 950 -17,89%
Fonte: DER –RN/ ATP Engenharia *ate o mês de junho
72
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
2001 2002 2003 2004*
mil
-40%
-35%
-30%
-25%
-20%
-15%
-10%
-5%
0%
STR %
Fonte: DER –RN/ ATP Engenharia *ate o mês de junho
Figura 4.3: Passageiros Transportados pela STR
4.3. Validação da Pesquisa
A validação da pesquisa apresenta as diferenças encontradas entre o que foi planejado
originalmente para o trabalho em termos de objetivos pretendidos com a metodologia
estabelecida, e os resultados obtidos quando da sua aplicação. Marconi & Lakatos (2000)
colocam que o procedimento mais utilizado para averiguar a sua validade é o teste preliminar
ou pré-teste.Por isso a principio efetuaram-se dois pré-testes, Gil (1999) coloca que para os
testes sejam eficazes, é necessário que os elementos selecionados para este fim, sejam típicos
em relação ao universo e que aceitem dedicar para responder ao questionário maior tempo que
os respondentes definitivos. O primeiro um estudo piloto, visando avaliar o instrumento de
pesquisa e realizar possíveis correções, foi efetuada com alunos da universidade num número
de 10 (dez) com preferência quem viajam ou sejam da Região da pesquisa e a outra realizada
num dia na Rodoviária uma semana antes do inicio da coleta de dados para treinamento e
verificação final do questionário. Após os ajustes realizados e os resultados da pré-pesquisas
realizada, os dados fornecidos por este, foram os esperados com os objetivos da pesquisa.
A amostra utilizada corresponde ao conjunto de pesquisas efetuadas no terminal
Rodoviário com passageiros nas plataformas de embarque num número de 493 e o
funcionários do Guichê na sua totalidade 6 (seis). Na empresa STR foi realiza um encontro
73
com 7 (Sete) motoristas e 1 (um) cobrador e um dialogo com um dos Administradores da
Empresa. A amostra dos usuários do ônibus teve que ser aumentada para obter a amostra
desejada, pela dificuldade de coletar informações dos usuários dos alternativos pela pouca
freqüência e horários que este serviço possui. Dos 493 questionários 426 foram efetuadas para
os passageiros com passagem comprada de ônibus e 67 para passageiros para os alternativos,
dos quais 392 (92%) foram aprovados no caso para ônibus e 57 (85%) dos alternativos, como
a amostra nima da coleta para cumprir os 5% de erro que era 385 questionários, a coleta
esta dentro do esperado. A coleta dos dados demorou 4 (quatro) semanas para alcaar os
números citados.
No caso do dialogo realizado como os motoristas, Oliveira & Freitas (1998) afirmam
que os resultados do focus group são validos se o método tiver sido usado para um problema
que é adequado para a investigação. O método foi satisfatório para o focus group realizado
identificando alem das estratégias as falha destas, bem como pontos interessantes para a
empresa melhorar suas atividades.
4.4. Análise da Pesquisa
4.4.1. Análise descritiva
A análise descritiva teve com objetivo avaliar, de uma forma exploratória, em busca da
competitividade das empresas com relação ao perfil de usuários, sistema de transportes e sua
avaliação quanto à qualidade dos ônibus e a qualidade de serviços das empresas e o
comportamento dos usuários dos serviços após a avaliação do sistema rodovrio.
Os entrevistados foram caracterizados quanto ao sexo, à faixa etária, onde mora, grau
de instrução e sobre sua renda familiar, segundo o que as famílias dos usuários possuem em
suas casa. Dos usuários a maioria é do sexo feminino com 55,9% contra os 44,1% do sexo
masculino (figura 4.4). Em relação à faixa etária, (figura 4.5) até os 25 anos a porcentagem de
passageiros chega próximo dos 40% , quase 30% entre 26 aos 40 e maiores de 40 um pouco
mais de 30%.
De todos os usuários a maioria deles tem residência na capital do estado, Natal com
58,4% e 36,3% na região do Seri e 5,3% que moram em outras regiões (figura 4.6). Dentro
do perfil notamos que a maioria dos usuários 28,1% tem segundo grau completo, seguido dos
usuários do primeiro grau incompleto com 20,9%, as outras percentagens são 63% para
74
terceiro grau incompleto, seguido de 11,1% que tem os usuários com segundo grau
incompleto, estes três grupos representam quase o 60% dos passageiros (figura 4.7).
No anexo histogramas I temos os relacionados à renda dos usuários podemos
considerar baixa, em que quase 60% dos usuários não possuem carro próprio, mais de 80%
o têm empregada em casa, 66,8% não têm acesso a TV paga. Finalmente, 64,4% e 66,6%
o têm computador nem acesso a Internet.
Figura 4.4: Perfil dos entrevistados, quanto ao sexo.
Figura 4.5: Perfil dos entrevistados, quanto ao sexo.
75
Figura 4.6: Perfil dos entrevistados, onde mora.
Figura 4.7: Perfil dos entrevistados, Grau de instrução.
4.4.2 Analisando os Resultados
Os resultados da pesquisa mostram que os 57,7 % dos usuários viajam com mais
freqüência, que seria uma vez por mês (28,5%), e 2(duas) a 3 (três) vezes (29,2%), conforme
figura 4.8; sendo o maior motivo da viagem visitar parentes e amigos 54,1% (figura 4.9). A
importância deste grupo de passageiros para as operadoras que representam mais da metade
76
de seus clientes, merece uma maior atenção, pois identificando suas necessidades podem
melhor atendê-los. Identificando os usuários que viajam mais pelos motivos da viagem, o
resultado é que 51,6 % e 42,7%, respectivamente, para quem viaja uma vez por mês e de duas
a três vezes por mês (figura 4.10 e 4.11), um ponto relevante em um dos motivos da viagem é
o Trabalho, que chegou a 29 % e os Estudos com 12,2 % de quem viaja de 2 (duas) a 3(três)
vezes.
Figura 4.8: Freqüência de viagem.
Figura 4.9 Motivo da viagem.
77
viagem 2 a 3 vezes p/ mês X Motivo
38
16
15
4
2
29,0
12,2
11,5
3,1
1,5
56
42,7
Trabalho Estudo Saúde Lazer Visitas outros
passageiros Percentagem
viagem 1 vez p/ mês X Motivo
22
9
14 14
3
17,2
7,0
10,9 10,9
2,3
66
51,6
Trabalho Estudo Saúde Lazer Visitas outros
passageiros Percentagem
Figura 4.10 Figura 4.11
viaja 1 vez p/mes X Tipo de Serviço
36
8
11
57,0
28,1
6,3
8,6
73
Normal Expresso Vans Microônibus
Passagerios Percentagem
viaja 2 a 3 ve z p/mes X Tipo de Serviço
36
11
7
58,8
27,5
8,4
5,3
77
Normal Expresso Vans Micrnibus
Passagerios Percentagem
Figura 4.12 Figura 4.13
Para o deslocamento destes usuários existem quatro tipos para escolher: Ônibus
normal, ônibus expresso, vans e microônibus, efetuando 57%, 28,1%, 6,3% e 8,2% para quem
viaja uma vez por mês (figura 4.12) e 58,8% 27,5%, 8,4% e 5,3% (figura 4.13) para duas ou
três vezes por mês, respectivamente. A avaliação destes usuários do sistema para quem viaja
muito é importante de forma geral, juntando Bom e muito bom chega 58% (figura 4.14),
porém é importante mostrar uma avaliação separada dos usuários por cada serviço STR por
ônibus (figura 4.15) e as TOMP (figura 4.16). A aprovação do sistema de ônibus entre bom e
muito bom é de 53,8%, enquanto dos alternativos supera os 85%. Nas figuras 4.17 e 4.18
podemos verificar que dos usuários que mais viajam avaliam o sistema entre bom e muito
bom é de 61,4 % e 48,1% respectivamente.
Entre o gênero dos usuários que se deslocam com maior freqüência para região do
Seri os homens viajam ligeiramente mais que as mulheres (figuras 4.19 e 4.20) 51,6 %
contra 48,4%; para quem viaja uma vez por mês é 51,1% e 48,9% que se desloca de duas ou
78
três vezes por mês. Isto chama a atenção já que na avaliação geral as mulheres são as que
viajam mais que o homem (figura 4.4). O principal motivo para ambos os gêneros é visitar
parentes, de acordo com a figura 4.9. As figuras 4.21 e 4.22 nos ratificam isso, mas nos
mostra que o segundo motivo para os homens é o trabalho e das mulheres é a saúde.
Figura 4.14: Avaliação do Sistema.
Figura 4.15: Avaliação do Sistema pelos usuários STR.
79
Figura 4.16: Avaliação do Sistema pelos usuários TOMP.
viagem 1 vez p/mê s X Avaliação
4
10
35
68
10
3,1
7,9
27,6
53,5
7,9
Muito Ruim Ruim Regular Bom Muito Bom
Passageiros Percentagem
viagem 2 ou 3 vezes p/m ês X Avaliação
9
14
45
57
6
6,9
10,7
34,4
43,5
4,6
Muito Ruim Ruim Regular Bom Muito Bom
Passageiros Percentagem
Figura 4.17 Figura 4.18
viaja 1 vez p/mês X Sexo
62
51,6
48,4
66
Homem Mulher
Passagerios Percentagem
viaja 2 a 3 vezes p/m ês X Se xo
64
51,1
48,9
67
Homem Mulher
Passagerios Percentagem
Figura 4.19 Figura 4.20
80
Masculino X M otivo
52
14
7
20
4
26,3
7,1
3,5
10,1
2,0
101
51,0
Trabalho Estudo Saúde Lazer Visitas outros
passageiros Percentagem
Fem enino X Motivo
24
17
40
25
3
9,6
6,8
15,9
10,0
1,2
142
56,6
Trabalho Estudo Saúde Lazer Visitas outros
passageiros Percentagem
Figura 4.21 Figura 4.22
Sobre o tipo de serviço que utilizam para viajar, ambos gêneros usam ônibus tipo
normal que leva mais passageiros, por sua maior freqüência, pom em relação ao alternativo
o homem prefere pegar as vans e a mulher prefere mais o microônibus. (Figuras 4.23 e 4.24).
Sexo Masculino X Tipo de Serviço
62
7
9
58,8
27,5
8,4
5,3
120
Normal Expresso Vans Micro ônibus
Passagerios Percentagem
Se xo Femenino X Tipo de Serviço
70
19
22
57,0
28,1
6,3
8,6
140
Normal Expresso Vans Micro ônibus
Passagerios Percentagem
Figura 4.23 Figura 4.24
Dentro da faixa etária dos usuários que mais se deslocam estão os mais jovens (até 25
anos), quem viaja uma vez por mês a percentagem é 27,3% dos passageiros e são menores de
21 anos (figura 4.25) enquanto os que viajam 2(duas) a 3(três) vezes por mês a faixa entre 22
e 25 anos tem 22,1 % e até os 21 21,4% (figura 4.26), isto pode ser confrontado com o grau
de instrução, pois na sua maioria são passageiros de segundo grau completo e terceiro o grau
incompleto (figura 4.27 e 4.28), que somados é de 50% e para quem viaja mas de duas ou três
vezes a soma das porcentagem chega a 41,9%. Um dado interessante a levar em consideração
é que para as duas maiores freqüências de viagem existe 20% de passageiros com primeiro
grau incompleto, porém que não são jovens como mostra figura 4.29. Na sua maioria são
passageiros maiores de 50 anos, 28,7% para a faixa entre 51 e 65 anos e 21,3 % para maiores
de 65 anos.
81
viagem 1 vez p/ mês X Faixa
35
19
17 17
13 13
14
10,210,2
13,3
13,3
14,8
27,3
10,9
Ate 21 22 a 25 26 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 65 > 65
passageiros Percentagem
viagem 2 a 3 vezes p/ mês X Faixa
28
29
18
17
10
13
16
12,2
21,4
22,1
13,7
13,0
7,6
9,9
Ate 21 22 a 25 26 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 65 > 65
passageiros Percentagem
Figura 4.25 Figura 4.26
GRau X Freq 1 p/ mês
5
26
12
30
13
3,9
6,3
9,4
1
33
8
0,8
25,8
23,4
10,2
20,3
Analfabeto 1° incomp 1° comple 2° incomp 2° comple 3° inco mp 3° comple 4° grau
Passageiros Percentagem
Figura 4.27
GRau X Freq 2 a 3 p/ s
2
27
13
26
13
1,5
9,9 9,9
13
29
8
20,6
9,9
19,8
22,1
6,1
Analfabeto 1° incomp 1° comple 2° incomp 2° comple 3° incomp 3° comple grau
Passageiros Percentagem
Figura 4.28
82
Com 1 grau incom pleto X Faixa
6
4
10
15
27
20
12
12,8
6,4
4,3
10,6
16,0
28,7
21,3
Ate 21 22 a 25 26 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 65 > 65
passageiros Percentagem
Figura 4.29
Em relação aos que viajam uma vez por mês a maioria dos passageiros 63,3%; moram
na capital, os usuários que viajam entre duas e três vezes em sua maioria moram no Seri
com 51,1%. (figura 4.30 e 4.31).
Mora X frequencia 1 vez por mês
38
9
63,3
29,7
7,0
81
Natal Seri Outro local
Passagerios Percentagem
Mora X Fre quencia 2 a 3 veze s por mês
67
4
45,8
51,1
3,1
60
Natal Seri Outro local
Passagerios Percentagem
Figura 4.30 Figura 4.31
Do total de passageiros que utilizam o serviço do ônibus, seja normal ou expresso, os
moradores de Natal 50,88 % já utilizaram o micrnibus e quase 34% as vans (figura 4.32)
contra os usuários do Seri que o utilizaram 56,74% e 36,81% respectivamente. Na figura
4.33, os passageiros habituais do serviço normal têm utilizado mais o serviço alternativo, em
que 53,85% utilizaram o microônibus e 40,38 % viajou de vans, significa passageiros
insatisfeitos com tendência em mudar. Os passageiros que viajaram no expresso 48,48%
utilizaram o microônibus em quanto 36,36% utilizaram a van. Em ambos casos tem um
preferência de utilizar um micrnibus.
83
Passageiros segundo a localidade
50,88%
33,97%
56,74%
36,81%
Microônibus Vans
Natal Seridó
Passageiros de ônibus
53,85%
40,38%
36,36%
48,48%
Microônibus Vans
Normal Expresso
Figura 4.32 Figura 4.33
Confrontando os passageiros que viajaram de ônibus (normal e expresso) e com a
maior freqüência, 45% e 40,71% dos que viajam uma vez por s e de duas a três vezes por
mês já utilizaram a van para viajar ao seri, enquanto 55% e 62% respectivamente já
viajaram de microônibus (Figura 4.34). Do grupo de usuários do STR que já viajaram pelo
TOPM, ate 21 anos 25% e 22,88% já utilizaram o microônibus e a van respectivamente e os
usuários entre 22 e 25, é o segundo maior grupo, que já utiliza os serviços alternativos com
20,59 % e 23, 53% (figura 4.35). Na figura 4.36 mostra que o grau de instrução dos que já
viajaram nos alternativos também é a que mais viajam, com 30% para os usuários de segundo
grau completo e 19,61% para os de terceiro grau incompleto.
Passageiros de ônibus que viaja com mais
freqüência
40,71%
44,95%
55,05%
61,95%
1 vez p/mês 2 a 3 vezes p/mês
Vans Microônbus
Figura 4.34
84
Faixa etaria de quem usa onibus mas ja foi em
vans e microonibus
11,76%
10,46%
11,76%
23,53%
12,75%
20,59%
25,00%
22,88%
10,46%
9,15%
11,27%
8,33%
9,31%
12,75%
> 65
51 a 65
41 a 50
31 a 40
26 a 30
22 a 25
ate 21
Vans Microônibus
Figura 4.35
Grau de instrução quem usa onibus mas ja foi em
vans ou micronibus
30,72%
10,78%
3,43%
2,61%
9,80%
11,76%
19,61%
15,69%
7,84%
1,96%
15,20%
9,80%
30,39%
19,61%
1,47%
9,31%
Posgrado
completo
incompleto
completo
incompleto
completo
incompleto
Analfebeto
Vans Microônibus
Figura 4.36
O resultado da pesquisa mostra que do total de usuários 36,5% deixariam de usar os
serviços de transporte rodoviário, considerando os usuários do STR 38,8 % deixariam de
utilizar este serviço e 21,1% deixam de utilizar o sistema alternativo (figura 4.37), verificando
estes passageiros que deixariam de utilizar estes serviços para viajar à rego do Seri na
figura 4.38 mostra que 48,62% e 35,40% dos usuários do sistema STR que viajam uma vez
por mês e de duas a três vezes por mês respectivamente, deixariam de utilizá-lo. para o
85
serviço TOMP 21,05% e 11,11% com maior freqüência de viagem respectivamente deixariam
de utilizar este serviço.
Usuarios dos serviços
21,10%
36,50%
38,80%
Geral STR TOPM
Deixaria de usar
Deixaria de Usar
48,62%
35,40%
11,11%
21,05%
1 vez p/ mês 2 a 3 vezes p/mês
STR TOPM
Figura 4.37 Figura 4.38
Considerando toda a amostra e a maiores freqüências na figura 4.39 mostra que os
usuários que deixariam de usar o serviço utilizado seja de ônibus ou de alternativos os
motivos apontam a falta de conforto e segurança com uma porcentagem parecida 33%, logo
vem o motivo do preço da passagem que provocaria a mudança principalmente para quem
viaja de duas a três vezes por mês com 27,91 % e 24,56% para os que viajam uma vez por
mês, este mesmo grupo mudaria pela falta de rapidez com 22,81% contra 18,60 % com os que
viajam duas a três vezes por mês.
Por que deixaria de usar
22,81%
3,51%
6,98%
11,63%
2,33%
5,26%
5,26%
5,26%
24,56%
33,33%
18,60%
32,56%
27,91%
Conf /seg
Preço
Rapidez
Flexibilidade
Horários
higiene
outros
1 vez p/ mês 2 a 3 vezesp/ mês
Figura 4.39
86
Pelo motivo de flexibilidade de paradas a porcentagem foi parecida para cada grupo, já
por causa dos horários. Quem viaja duas a três vezes 11,63 % dos usuários mudariam e 5,26%
dos que viajam uma vez por mês mudaria, um detalhe interessante foi que o grupo que viaja
uma vez por mês aponta que mudariam por causa da higiene, com 3,51% enquanto os que
viajam duas a três vezes não teve porcentagem alguma.
4.5. Analises das Variáveis de qualidade
4.5.1. Em relação aos serviços dos Ônibus convencional
As variáveis com relação à qualidade do veiculo (Tabela 4.9) e as variáveis com
relação ao serviço (Tabela 4.10) oferecido aos usuários de transporte Rodoviário de ônibus.
Tabela 4.9: Variáveis da Qualidade do Veiculo STR
[v1] AC FACIL Acesso cil
[v2] ESP INTERNO Espaço interno
[v3] AR Ar condicionado
[v4] BANCOS Bancos individuais: macios e recliveis
[v5] BANHEI Banheiro
[v6] JAN CORT Janelas escuras /cortinas
[v7] TV SOM TV/ Vídeo /Som
[v8] CINTOS Ter cintos de segurança.
[v9] VENTILAÇ Ventilão
Tabela 4.10: Variáveis da Qualidade de Serviços STR
[s1] HORARIOS Horários adequados
[s2] COF / SEG Conforto / segurança
[s3] TERMINAIS Conforto dos terminais de origem /chegada
[s4] TARIFA Tarifa
[s5] ATEN DIF Atendimentos diferenciados: Ido/Gest/Def
[s6] FAC RECLA Facilidade de reclamações e/ou sugestões
[s7] IDA VOLT Compra de passagem ida e volta
[s8] FAC ACESS cil acesso ao terminal na origem / chegada
[s9] CONSERVAÇ Estado de conservação do ônibus
[s10] FUN ATEM Motorista e cobrador atenciosos e apresentáveis.
[s11] DIRI SEG Motorista dirige c/ segurança
[s12] INTI PAR Informação: itinerário e paradas
[s13] LIMPEZA Limpeza
[s14] PONTUALI Pontualidade: saída /chegada
[s15] RAPIDEZ Ser rápido
[s16] BAGAGERO Ter ajuda e bom espaço para pacote /bagagem
[s17] FLEXIBIL Flexibilidade de parada.
[s18] VIASENT Viajar sempre sentado
87
Para poder analisar melhor estas variáveis e saber em que a empresa está falhando ou
está indo por um bom caminho, recorremos ao auxilio de uma análise de agrupamento
(cluster). Todas as variáveis foram aceitas como média as análises da variância em que p <
0,05, como mostra no anexo F, encontrando dois grupos característicos (figura 4.40),
consideramos os questiorios efetuados para usuários de ônibus.
Cluster 1 ou grupo 1 ao ser dividido formou um total de 217 casos ou usuários dos
quais as suas principais característica são: em relação ao veiculo, estão satisfeitos em relação
ao: acesso cil, espaço interno, bancos individuais, janelas e cortinas e ventilação. Ficaram
insatisfeitos pela falta de cintos de seguranças e TV, deo e som, enquanto nas demais
variáveis de ar condicionado e banheiro ficaram indiferentes. Em relação à qualidade do
serviço estes usuários estão satisfeitos, em relação: ao horário, conforto e segurança, venda de
passagem de ida e volta, funcionário atencioso, motorista dirigindo com segurança,
pontualidade, bagageiro e viajar sentado; nas demais variáveis se mostram indiferentes.
Figura 4.40: Cluster em relação ao ônibus
Cluster 2 ou grupo 2 totalizou 175 usuários caracterizando-os da seguinte forma: em
relação ao veiculo, mostram-se insatisfeitos pelos banheiros, cintos e TV , deo e som; nas
demais variáveis ficaram indiferentes. Em relação ao serviço, estes usuários estão insatisfeitos
com o conforto e segurança, a tarifa cobrada, o atendimento diferenciado (gestantes, idosos e
deficientes), fazer reclamações e / ou sugestões, sobre a conservação dos ônibus, a falta de
informão de itinerários e paradas, de limpeza e pela demora da viagem. Este grupo também
está insatisfeito pela falta de infra-estrutura do terminal rodoviário. As demais variáveis
88
ficaram indiferentes. Em nenhuma das variáveis este grupo ficou satisfeito nem pela
qualidade do veículo nem pelo serviço.
Analisando os resultados dos grupos em relação às variáveis de: (i) Perfil do usuário
do ônibus; (ii) Sobre o comportamento dos usuários do ônibus e sua avaliação do sistema
rodoviário e; (iii) Comportamento dos usuários do ônibus após a avaliação do sistema.
I) O perfil dos usuários do ônibus:
Notamos que no perfil dos usuários no grupo 1 (Tabela 4.11) tem uma maior
concentração que o esperado de usuários acima dos 50 anos, os quais moram na Rego do
Seri (interior) e seu grau de instrução é de primeiro e segundo graus incompletos, o
possuem carro, nem computador e não têm empregada, significando uma renda baixa.
Tabela 4.11: Resumo do Analises do Cluster com o Perfil dos usuários do ônibus
Variáveis Cluster 1 (217) Cluster 2 (175)
P.1. SEX Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma.
P.2. FAIXA ET Existe uma preferência de
usuários maiores de 50 anos
Existe uma preferência de usuários
entre a faixa de 22 e 25
P.3. MORA EM Tem uma concentração de
passageiros da Região do Seri
A maior concentração de
passageiros é de Natal
P.4. INSTRUÇÃ Esta uma concentração de
usuários de primeiro e segundo
graus incompletos
A presença majoritária é de
passageiros com terceiro grau
completo ou incompleto
P.5.
a
TEMCARRO A grande maioria não possui
carro
O relevante desde grupo é que tem
passageiros com dois carros
P.5
b.
TEMEMPRE Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
P.5.
c
TEMTVCABO Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
P.5.
d
TEMCOMP A grande maioria deste grupo
o tem computador
Tem uma concentração relevante de
usuários que possuem pelo menos
um computador
P.5.
e
TEMINTER Em um número considerável de
usuários não tem acesso a
Internet
Este grupo possui uma concentração
relevante de usuários que tem
acesso à internet
O perfil do grupo 2 (Tabela 4.11), tem uma concentração relevantes de usuários jovens
entre 22 e 25 anos, os usuários deste grupo residem mais na capital e em porcentagem tem um
grau de instrução de 3 grau completo ou incompleto. A renda deste grupo é um pouco mais
alta em relação ao do grupo 1, com relevância de possuir dois carros; também tem uma
empregada e pelo menos uma conexão de TV por assinatura. Também possui em média um
computador com acesso a internet.
89
Nas variáveis, no caso do sexo ficou bem distribuída em ambos os grupos, apesar de
ter mais mulheres, nas outras variáveis como ter empregada e possuir TV por assinatura,
existe uma uniformidade dos usuários da mesma forma como os histogramas (histogramas II),
mostrando como a grande maioria - mais de 50% - dos passageiros não tem empregada nem
TV paga.
II) Sobre o sistema de transporte Rodoviário para o usuário do ônibus.
O grupo 1 (Tabela 4.12) tem usuários que viajam raramente, tendo o maior motivo da
viagem a visita aos parentes. Avalia o sistema como bom e utiliza mais o serviço Expresso,
que o outro serviço é muito lento e para muitos, sobre a sua avaliação do micrnibus, carro
próprio e alugado, táxi e de carona dizem ser pior em comparação ao ônibus, dessa forma
prefere utilizar o ônibus para viajar; mesmo que tenha que optar pelo microônibus, raramente
o utilizaria.
O grupo 2 tem passageiros com uma freqüência de duas a três vezes por mês. O
resultado do cruzamento mostra que o faz em busca de lazer, compras e festas, utiliza o geral
o serviço normal pela falta de melhores horários de poder utilizar o outro serviço e avaliam o
táxi e micrnibus como melhores serviços em comparação ao ônibus e ainda muito melhor a
utilização de carro próprio, alugado e viajar de carona. Nas suas preferências utilizariam, de
vez em quando o ônibus e finamente entre escolher o microônibus ou ônibus, quase sempre
utilizariam o microônibus (Tabela 4.12).
Nas variáveis em que os usuários têm viajado utilizando outros serviços, como vans,
carro alugado, táxi e carona, mais de 50% dos usuários não utilizarão e mais da metade dos
usuários já utilizou carro próprio e microônibus para viajar. Na variável que avalia as vans, os
grupos apontam este serviço como pior em comparação ao ônibus.
III) Comportamento dos usuários do ônibus após a avaliação do sistema.
O grupo 1, mostrado na tabela 4.13, não deixaria de usar o ônibus mas se tivesse que
mudar de opção deixaria de usar o serviço por causa do preço da tarifa, apesar disso está
satisfeito com o serviço prestado atualmente.
O grupo 2, mostrado na Tabela 4.13, tem uma maior tendência de deixar de usar este
serviço principalmente pela falta de conforto e pela demora da viagem, propondo, para
melhorar o serviço, uma melhor tecnologia de ônibus e melhor atendimento dos funcionários.
90
Tabela 4.12: Resumo das Análises do Cluster com relação ao Sistema Rodoviário e sua avaliação dos usuários
do ônibus
Variáveis Cluster 1 (217) Cluster 2 (175)
I.1. FREQVIAG Apresenta um numero razoável
de passageiros que viajam
raramente
Tem uma relevância com passageiros
que viajam duas a três vezes por mês
I.2. MOTIVIAG O maior motivo deste grupo foi
visita a parentes
Motivo relevante neste grupo foi o
lazer, festas e compras.
I.3. AVALIA Considera o sistema “Bom Aponta o sistema regular
I.4. TIPOSERV Este grupo utiliza mais o
serviço expresso
O mais representativo foi que utiliza
mais o serviço normal
I.5. PQÑOUTRO A não utilização de outro
serviço se deve a demorada da
viagem e excesso de paradas
A falta de horários é a razão mais
apontada por não utilizar o outro
serviço.
I.6.a VIAVANS Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.6.b VIAMICRO Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.6.c VIACAPRO Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.6.d VIACAALU Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.6.e VIATAXI Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.6.f VIACARON Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
PAGGAS Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.7.a AVAVANS Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.7.b AVAMICRO O avalia pior que o ônibus O avalia melhor que o ônibus
I.7.c AVACAPRO O avalia pior que o ônibus. O avalia muito melhor que o ônibus.
I.7.d AVACAALU O avalia pior que o ônibus. O avalia muito melhor que o ônibus.
I.7.e AVATAXI O avalia pior que o ônibus O avalia melhor que o ônibus
I.7.f AVACARON O avalia pior que o ônibus O avalia muito melhor que o ônibus
I.8. PREBUS Prefere sempre o ônibus admite utilizar “de vez em
quando” o ônibus
I.9. VAN O BUS Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.10. MIC O BUS Raramente preferiria o
microônibus no lugar do ônibus
Admite preferir utilizar o
microônibus “quase sempre”
Na variável que utilizaria” se deixaria de usar o ônibus em ambos os grupos, apontam
que utilizariam carro próprio com 64,3%% para viajar como mostra o histograma
correspondente. (anexo histograma II)
91
Tabela 4.13: Resumo das Análises do Cluster com o Comportamento dos usuários do ônibus as a avaliação
do sistema dos usuários do ônibus
Variáveis Cluster 1 (217) Cluster 2 (175)
Q.3. DEI USAR Tem uma maior tendência de os
usuários não deixarem de usar
Tem um numero majoritário que
deixaria de usar
Q.4. MOT DEIX Deixaria por causa do preço da
passagem
Deixaria pela falta de conforto e
segurança e pela demora da viagem
Q.5. Q UTILIZ Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
Q.6. PA MELHO Com valor relevante, este grupo
está satisfeito pelo Serviço
utilizado.
Em relação ao melhor atendimento
dos funcionários e a melhor
qualidade dos ônibus.
4.5.2. Em relação aos serviços dos Alternativos
As variáveis com relação à qualidade do veículo (Tabela 4.14) e as variáveis com
relação ao serviço (Tabela 4.15) oferecido aos usuários de transporte Rodoviário
Tabela 4.14: Variáveis da Qualidade do Veículo TOMP
[v1] AC FACIL Acesso cil
[v2] ESP INTERNO Espaço interno
[v3] AR Ar condicionado
[v4] BANCOS Bancos individuais: macios e recliveis
[v6] JAN CORT Janelas escuras /cortinas
[v7] TV SOM TV/ Vídeo /Som
[v8] CINTOS Ter cintos de segurança.
[v9] VENTILAÇ Ventilão
Para analisar melhor estas variáveis e saber o comportamento do serviço alternativo
consideramos desta forma apenas questiorios efetuados para usuários deste serviço, com o
auxilio de uma análise de agrupamento (cluster). Na primeira tentativa, as variáveis com
relação ao veiculo: Ar condicionado, TV e som; e com relação ao serviço, a variável
flexibilidade de paradas. Nas análises de variância ficaram com o valor de p > 0,05 sendo
descartadas (anexo G). Realizou-se novamente outra análise, sem estas variáveis, obtendo um
resultado satisfatório com o restante das variáveis (anexo H) obtendo um p < 0,05. Com estas
variáveis satisfatórias encontradas formamos os dois grupos característicos. (figura 4.41).
No grupo 1, formado por 27 usuários, tem-se as seguintes características: em relação
ao veiculo está satisfeito com: ventilação, e está insatisfeito com os cintos de segurança; com
relação ao serviço prestado pela operadora, o usuário está insatisfeito pela falta de um
atendimento diferenciado e pela inexistência de um bagageiro. Também está insatisfeito com
a infra-estrutura do terminal rodoviário, nas demais variáveis de serviço ficou indiferente.
92
Tabela 4.15: Variáveis da Qualidade de Serviços
[s1] HORARIOS Horários adequados
[s2] COF / SEG Conforto / segurança
[s3] TERMINAIS Conforto dos Terminais de origem /chegada
[s4] TARIFA Tarifa
[s5] ATEN DIF Atendimentos diferenciados: Ido/gest/def
[s6] FAC RECLA Facilidade de reclamações e/ou sugestões
[s7] IDA VOLT Compra de passagem Ida e Volta
[s8] FAC ACESS cil acesso ao terminal na origem / chegada
[s9] CONSERVAÇ Estado de conservação do ônibus
[s10] FUN ATEM Motorista e cobrador atenciosos e apresentáveis.
[s11] DIRI SEG Motorista dirige c/ segurança
[s12] INTI PAR Informação: itinerário e paradas
[s13] LIMPEZA Limpeza
[s14] PONTUALI Pontualidade: saída /chegada
[s15] RAPIDEZ Ser rápido
[s16] BAGAGERO Ter ajuda e bom espaço para pacote/bagagem
[s17] FLEXIBIL Flexibilidade de parada.
As características do grupo 2, constituído por 30 usuários, tem uma satisfação em
quase todas as variáveis seja com respeito ao veículo tais como acesso, espaço interno, bancos
individuais, janelas e cortinas, e ventilação; quanto ao serviço prestado como horários,
conforto e segurança, tarifa, venda de passagem ida e volta, conservação do veiculo,
funcionários atenciosos, dirigir com segurança, informação de itinerários, limpeza,
pontualidade e rapidez da viagem, também aponta satisfação da acessibilidade aos terminais
de origem e destino. Nas outras variáveis ficaram indiferentes.
Analisando os resultados dos grupos em relação as variáveis de: (i) Perfil do usuário
do alternativo; (ii) Sobre o comportamento dos usuários do alternativo e sua avaliação do
sistema rodoviário e; (iii) Comportamento dos usuários do alternativo após a avaliação do
sistema.
I) Perfil do Usuário do alternativo
O cluster 1 tem características de ser formado por usuários mais jovens, que moram na
região do Seri e tem o terceiro grau completo, possuem um computador e um acesso a
internet, pelo menos (Tabela 4.16).
O cluster 2 se caracteriza por passageiros (Tabela 4.16) que estão entre a faixa de
idade mais alta ente 41 a 50 e 51 a 65 anos e tem uma concentração de pessoas que moram na
93
capital (Natal) e seu grau de instrução é de primeiro grau incompleto; e na sua grande maioria
o possui computador nem acesso a internet.
Figura 4.41: Cluster em relação ao Alternativo
Nas demais variáveis comotem carro, tem empregada ou TV por assinatura”, o
comportamento dos usuários é parecido aos histogramas onde é mostrado que o passageiro e
sua família em sua maioria - mais de 50% - o possuem carro, o tem empregada nem TV
por assinatura.
II) Sobre o sistema de transporte Rodoviário para o usuário do alternativo
O grupo 1 tem uma preferência de viajar de uma a duas vezes por mês e utilizam a
vans para seu deslocamento ao Seri e o utiliza pela falta de melhores horários e a avalia
igual este serviço em comparação ao ônibus (Tabela 4.17).
O grupo 2 viaja pelo menos uma vez por s e gosta de utilizar o microônibus
apontando esse motivo para a utilização deste serviço em relação ao outro serviço, e considera
pior o serviço do ônibus com relação ao alternativo.(Tabela 4.17)
94
Tabela 4.16: Resumo das Análises do Cluster com o Perfil dos usuários dos Alternativos
Variáveis Cluster 1 (27) Cluster 2 (30)
P.1. SEX
Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma.
P.2. FAIXA ET
Tem mais usuários ente as faixas
de 22 a 25 anos e até os 21 anos
Concentração de passageiros entre
as faixas 41 a 50 anos e 51 a 65
anos
P.3. MORA EM
Tem uma concentração de
passageiros da Região do Seri
A maior concentração de
passageiros é de Natal
P.4. INSTRUÇÃ
Existe uma leve concentração de
usuários de terceiro grau
completo
A presença majoritária é de
passageiros com primeiro grau
incompleto
P.5.a TEMCARRO
Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
P.5b. TEMEMPRE
Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
P.5.c TEMTVCABO
Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
P.5.d TEMCOMP
Tem uma concentração relevante
de usuários que possuem pelo
menos um computador
A grande maioria deste grupo não
tem computador
P.5.e TEMINTER
Concentração de usuários que
têm pelo menos um acesso à
Internet
Um número considerável de
usuários que não têm acesso a
Internet
Nas variáveis sobre o motivo das viagens ambos os grupos apontaram a “vista a
parentes” como principal motivo da viajem, com uma boa aprovação por parte dos seus
usuários avaliando como “Bom” com 76,8% (Histograma anexo). Em relação a utilizar outros
serviços para viajar, mais da metade dos usuários já fizeram a viagem de carro próprio e
alugado, enquanto de táxi e carro alugado mais de 80% dos passageiros nunca viajou com
estes serviços, cabe lembrar que praticamente a totalidade destes passageiros viajaram de
ônibus.
Para as variáveis de avaliação em relação ao serviço do TOPM, viajar de carro próprio
varia entre muito melhor e melhor e somam 90%, para o carro alugado os grupos o avaliam
como igual com mais da metade dos usuários; na avaliação do táxi e de carona em ambas
variáveis o consideram melhor 36,4% e 42,9 % respectivamente (anexo histograma II).
Na preferência em viajar por van ou microônibus, apesar da existência dos diversos
serviços, os passageiros das vans, com 30%, preferem sempre a van e de vez enquanto,
33,3%, o microônibus. Em relação a preferir utilizar o ônibus em vez da van e/ou microônibus
a apreciação destes usuários foi que raramente viajariam de ônibus com 38,3% e 33,2%
respectivamente.
95
Tabela 4.17: Resumo das Análises do Cluster com relação ao Sistema Rodoviário e sua avaliação dos usuários
do Alternativo
Variáveis Cluster 1 (27) Cluster 2 (30)
I.1. FREQVIAG Este grupo viaja mais de duas a
três vezes por mês
Este grupo viaja pelo menos uma vez
por mês
I.2. MOTIVIAG Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.3. AVALIA Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.4. TIPOSERV Este grupo utiliza mais o
serviço da vans
O mais representativo foi que utiliza
mais o serviço do microônibus
I.5. PQÑOUTRO A falta de melhores horários É apontado ligeiramente porque
gosta
I.6.a VIABUS Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.6.b VIACAPRO Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.6.c VIACAALU Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.6.d VIATAXI Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.6.e VIACARON Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
PAGGAS Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.7.a AVABUS Igual ao Alternativo Pior que o Alternativo
I.7.b AVACAPRO Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.7.c AVACAALU Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.7.d AVATAXI Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.7.e AVACARON Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.8. PREVANS Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.9 PREMICRO Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.10. BUS O VAN Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
I.11. BUS O MIC Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
III) Comportamento dos usuários do alternativo após a avaliação do sistema
Neste item o grupo 1 (Tabela 4.18) aponta “melhorar o conforto e a seguraa dos
veículos” para um melhor serviço rodoviário; enquanto o grupo 2 gostaria de mais freqüência
96
e melhores horários. Na variável de deixar de usar 21,1%, abandonaria este serviço e destes
usuários 33,3% o fariam por causa dos preços e 75% utilizaria carro próprio e 25% voltariam
a usar o ônibus.
Tabela 4.18: Resumo das Análises do Cluster sobre o Comportamento dos usuários do Alternativo após a
avaliação do sistema
Variáveis Cluster 1 (27) Cluster 2 (30)
Q.3. DEI USAR Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
Q.4. MOT DEIX Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
Q.5. Q UTILIZ Comportamento semelhante ao
histograma
Comportamento semelhante ao
histograma
Q.6. PA MELHO Aponta a falta do conforto e
segurança
Aqui aponta uma melhora nos
horários e freqüências
4.6. Avaliação das Estratégias.
4.6.1 Estratégias verificadas
a) ônibus
Para poder identificar as estratégias da única empresa de ônibus que atende a área do
Seri numa combinação de questionários, realizados com funcionários do guicde vendas
da rodoviária, motorista e pontos de vendas tradicionais no percurso dos ônibus, junto com
um diálogo com motoristas da empresa e administrador - empresário. A principal política da
empresa para se manter no mercado é o “preço”, segundo o administrado.r
Com esta estratégia se realiza esforços necessários para manter o valor da tarifa, , para
se tornar mais competitivo num mercado com concorrência. A segunda estratégia é a “rapidez
da viagem”; também foi adotadas a terceirização do setor de venda de passagens na estação
rodoviária e investimento no setor de recursos humanos como atendimento e treinamento dos
funcionários.
Considerando a principal estratégia adotada pela empresa, pelo modelo adotado para
afrontar as forças competitivas e a busca da “liderança no custo totalconsiderando que sua
presença no mercado e superior às outras operadoras, por transportar mais de 80 % dos
usuários, com isso tem um grande poder de barganha e de poder implantar preços menores
como de vender passagem de ida oferecendo a volta de graça (desconto da passagem de 50%)
aproveitando o maior número em algumas linhas incentivado pela freqüência que esta possui.
97
As estratégias parecem estar dando bons resultados, que os 39,5% dos passageiros
dos ônibus estão satisfeito e 10,7% muitos satisfeitos (figura 4.42), porém ainda tem umas
porcentagens consideráveis de insatisfação por parte dos usuários com 25,8% e 10% de muito
insatisfeito.
Figura 4.42: Histograma da Tarifa
Figura 4.43: Cluster com tarifa
98
Com os resultados das análises de agrupamentos, verificamos que o grupo 2 (figura
4.43) se concentra significativamente dentro dos usuários insatisfeitos com 14,79% (58
usuários) e dos muito insatisfeitos 5,87% (23 usuários)
Outra estratégia apontada foi a rapidez”. Para isso têm sido suprimidos os locais de
tradicionais paradas com o objetivo de diminuir o tempo de percurso para diminuir a
diferença de tempo da viagem, principal estratégia dos alternativos. O resultado desta
estratégia (figura 4.44) mostra uma satisfação de 43% e muita satisfação para 16,8%. os
insatisfeitos são 25,5% e 5,1% os muito insatisfeitos.
Figura 4.44: Histograma de rapidez
Com relação ao grupo 2 mostrado na figura 4.45 tem uma relevante porcentagem de
insatisfeito 17,86% (70) encontrados neste grupo e 3,32% (13) de muito satisfeitos também
formam parte do grupo que estão desaprovando esta estratégia.
Baseado nestas estratégias as principais melhoras foram no serviço do expresso, com
ônibus mais confortáveis, e de melhor tecnologia mantendo o preço e tentando ser rápido na
viagem; e alguns horários do serviço “normaltambém são realizados com melhores ônibus.
A falta de conservação destes mostrou a maior porcentagem de insatisfação 31,6% e de muito
insatisfeito 10,2 % com relação à qualidade de serviço (anexo histograma II). Em relação às
análises de agrupamento do grupo 2 (figura 4.46), 21,17% (83) deste grupo fazem parte dos
insatisfeitos e 8,42% (33) dos muito insatisfeitos.
Com relação a melhorar o treinamento dos funcionários, os resultados da estratégia
mostram (anexo histogramas II) que 50% dos usuários estão satisfeitos e 27% muito
99
satisfeitos quanto aos funcionários atenciosos e apresentáveis (motorista e cobradores),
enquanto no item de dirigir com segurança 59% dos usuários ficaram satisfeitos e 28,6%
muito satisfeitos. No grupo relacionado com a variável “funcionários atenciosos e
apresentáveis” na figura 4.47 ambos os grupos m boa aceitação em termos de satisfação
deste serviço o ponto relevante é a porcentagem dos insatisfeitos que 10,20% quase a
totalidade dos insatisfeitos que é de 12,8% (anexo histogramas II).
Figura 4.45: Cluster com Rapidez
Figura 4.46: Cluster com Conservação dos ônibus
100
Figura 4.47: Cluster com Funcionários atenciosos
Agora com a variável motorista que “dirige com segurança” (anexo histogramas II)
58,9% estão satisfeitos e 28,6% muito satisfeitos. Os clusters 1 e 2 confirmam que ambos os
grupos dividem igualmente esta satisfação. (figura 4.48).
Apesar dos histogramas terem nos fornecidos dados gerais de satisfação em quase
todos as variáveis (anexo Histogramas II), o que mostra as figuras 4.43, figuras 4.45 e 4.48 o
comportamento desses grupos 1 e 2 tem um comportamento parecido, em que os usuários do
grupo 1 estão mais satisfeitos e muito satisfeitos com os serviços, enquanto os usuários do
grupo 2 estão mais insatisfeito e muito insatisfeito.
A terceirização do setor de vendas com objetivo de reorganizar o atendimento.
Melhorou-se a infra-estrutura do local em que os funcionários terceirizados estão satisfeitos
com o local do trabalho fazendo que efetuem suas atividades laborais de forma eficiente.
Dentro desta estratégia, o uso da informática tem melhorado o controle das vendas, facilitando
reservas de passagens bem como o pagamento eletnico à vista e em crédito, tudo isso reflete
uma boa resposta do usuário, demonstrada na figura 4.49 onde os usuários colocaram ao ser
questionado o que falta para melhorar o transporte rodoviário: melhorar e aumentar os locais
de venda foi citado por 1,3% dos usuários de ônibus.
Ainda na figura 4.49 vemos que os usuários apontam como maior importância, para
melhorar o sistema rodoviário a qualidade da frota dos ônibus com 24,2%, seguida do
conforto e segurança e mais horários e freqüência, com 12,7%, podemos afirmar frente a estes
resultados, com relação às estratégias adotadas pelas empresas o preço ficou com 7,3% e
101
rapidez com menos paradas com 4,1% parece ter bons resultados ou o usuário está mesmo
preocupado em que os ônibus sejam de melhor qualidade, assim a melhor estratégia seria uma
renovação da frota: maior e com mais rapidez e, finalmente, 7,9% dos usuários pedem melhor
preparação dos funcionários (motoristas, cobradores e guichês).
Figura 4.48: Cluster com motorista que dirige com segurança
Figura 4.49: O que falta melhorar para o usuário do ônibus
102
b) Alternativos
Os alternativos apostam na rapidez, flexibilidade de parada e preço com pontos altos
de competitividade; em todos estes pontos o alternativo ( ver anexo histograma II).obtém
56,1%, 56,1% e 43,9% respectivamente, como satisfeitos e muito satisfeitos 28,1%, 28,1 e
33,3% dos seus usuários para cada uma das estratégias. Quanto às análises de agrupamentos
para os usuários dos alternativos ambos os grupos estão, como mostra a figura 4.50, no grupo
1, 31,57% (18) e no grupo 2, 24,56% (14) estão satisfeitos.
Figura 4.50: Cluster com Rapidez
Em relação à flexibilidade de paradas (figura 4.51) o grupo 1 está satisfeito
encontrando-se neste grupo 38,6%(22) do total de 56,1% usuários do histograma, enquanto no
grupo 2 tem 24,56% (14) dos muito satisfeitos que na sua totalidade são 28,1%.
Finalmente, a estratégia de preços é bem aceitada no histograma (anexo histogramas
II) com 43,9% dos usuários satisfeitos e 33,3% de muito satisfeitos, já nos clusters do
alternativo o grupo 1 (figura 4.52) concentrou 24,56% (14) dos satisfeitos, enquanto o grupo 2
concentra 29,89% (17) dos muito satisfeitos.
Confirmando estas estratégias os usuários dos alternativos responderam o que está
faltando para melhorar o sistema rodoviário (figura 4.53). 20,8% pedem para melhorar o
conforto e segurança e 18,8% mais horários e freqüência, estratégia difícil de ser efetuada
pelos alternativos por causa da regulamentação existente, em que limita o número de unidades
103
para este serviço. Conseqüentemente, com poucos horários de saída. Sobre suas principais
estratégias - rapidez e menos paradas (flexibilidade) - 100% de aprovação; e com relação à
tarifa 6,3% pedem por um melhor preço para o serviço.
Figura 4.51: Cluster com Flexibilidade de paradas
.
Figura 4.52: Cluster com Tarifa
104
Figura 4.53: O que falta melhorar para o usuário do Alternativo
4.6.2. Estratégias segundo Porter
a) Liderança no custo
Como mencionado no segundo capítulo, a estratégia de liderança no custo tem como
objetivo tornar a empresa der de mercado com o menor custo, diminuir os valores
operacionais, sem descuidar da qualidade, através da combinação de soluções econômicas e
industriais.
No mercado estudado, o pro na empresa tradicional do seu serviço normal tem o
mesmo preço é ligeiramente menor (Ex: R$ 24,00, Natal – Caico ) que das operadoras
opcionais (R$ 25,00 Natal - Caico). Cabe ressaltar que a empresa tradicional aceita
passageiros estudantes com número limitado de vagas no ônibus pagando metade do preço,
porém na existência de vagas na hora de partida do ônibus podem ser ampliados (evitar sair
menos vazio) os números de estudantes por viagem, como o ônibus normal tem o maior
número de saídas por dia (tabela 4.6) e com o volume de passageiros transportado é
considerável, conseqüentemente a empresa pode praticar preços melhores.
b) Diferenciação
Esta estratégia baseada na disposição de produtos e/ou serviços diferenciados para o
mercado, com a finalidade de aumentar algum valor agregado para estes, pelo qual o usuário
está disposto a consumir.
105
A principal estratégia utilizada pelos alternativos (transporte de baixa capacidade) com
a passagem ligeiramente superior realizam as viagem com maior rapidez e maior
flexibilidade.
c) Estratégia de Enfoque
Esta estratégia visa restringir o escopo dos serviços a apenas um grupo consumidor ou
comprador. o foi identificado para as empresas regulamentadas, porem ampliando a visão
do sistema os podemos focalizar os táxis de lotação não regulamentados (clandestinos). Este
serviço qualificado de porta-a-porta tem um alvo especifico eficiente para seus usuários (hora
de saídas, hora da volta) criando-se uma fidelidade entre estes, de esta forma este operador
por ate cobrar preços mais baixos ser rápido e com alta flexibilidade.
Meta
ampla
Margem competitiva
Meta
restrita
Fonte: Porter (2001), Adaptado pelo autor.
Figura 5.54: Resume Estratégia Genérica de Porter para Mercado de Transportes Rodoviário
Verificando os pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades neste ambiente
baseado na figura 2.4 para empresa tradicional: (i) pontos fortes: é inegável a forte presencia
da empresa no mercado rodoviário; atualmente com a tendência a se profissionalizar mais; e
investindo cada vez mais em recursos humanos; (ii) pontos fracos, ainda sofrem com quebra
do monopólio ainda se adaptando à existência de competitividade, prejudicando em muito sua
adaptação no mercado, com a regulação ainda sobre protegendo, limitando sua capacidade
VANTAGEM
COMPETITIVA
Custo Mais Baixo Diferenciação
1. Liderança de custos
Ônibus
Melhor Preço
2. Diferenciação
Alternativos
Rapidez e Flexibilidade
3.A. Enfoque de custos
Táxi de lotação
Preços baixo
3.B. Enfoques de
diferenciação
Táxi de lotação
Rapidez e alta flexibilidade
(porta a porta)
106
competitividade; (iii) sobre as ameaças, são os serviços substitutos que o usuário esta
adotando principalmente as não reguladas, como táxis de lotação vans e ate de carros
particulares; e (iv) dentro das oportunidades de ampliar sua fatia de mercado que esta cada
vez menor, a necessidade de optar microônibus em para linhas de menor demanda e/ou
complementar para linhas de maior demanda podendo desta forma segmentar seu mercado ate
melhor preços. Detentor da maior demanda do sistema, pode oferecer serviços diferenciados.
4.7. Tópicos Conclusivos
Numa visão geral deste sistema rodoviário em que a competição, principalmente entre
dois tipos de serviços adotados pelo órgão gestor do Estado DER/RN - podemos apontar o
seguinte:
Com o Plano de Transporte Intermunicipal de Passageiros do Estado do Rio Grande
do Norte PTIP/RN, ponto de partida que deu origem a um transporte regulamentado
com incentivado a competição recomendando a quebra do monopólio das empresas
existentes, formalizado pelo Decreto 13.508 do 11 de setembro de 1997 e
consolidados com os Decretos 16.225 do 31 de julho e 16.369 do 4 de setembro de
2002;
A regulamentação clara vantagem para as empresas tradicionais do setor. Com
estas medidas dificulta que o mercado seja equilibrado e competitivo. Na região do
Seri, a empresa tradicional não precisou passar por um processo seletivo para seguir
operando, nem assinar contrato funcionando com Ordens de Serviço Operacional,
enquanto para o tipo TOMP (vans) passaram por uma licitação para poder ter a
concessão ou permissão. Por outro lado, como mostra a tabela 4.6 e a tabela 4.7, o
maior número de ônibus (maior capacidade) e de linhas que estão envolvidos em uma
empresa que tem uma grande vantagem competitiva para o transporte de maior
número de passageiros em comparação com as linhas das Vans, de pouca capacidade e
número (Tabela 4.6 e tabela 4.8), e principalmente da forma como foi regulamento
pelo DER-RN para a área do Seridó, um carro por linha.
Nas análises dos dados descritivos coletados nos questionários efetuados na rodoviária
nos mostra:
Dos usuários que mais utilizam os serviços rodoviários (duas a três vezes por mês e
uma vez por mês) são motivados para viajar para visitar parentes na região e por
trabalho. Esta demanda é na sua maioria transportada pelo ônibus (normal e expresso),
107
pela grande capacidade que esta possui ainda no mercado rodoviário para transportar
tamanha demanda;
Numa avaliação geral do sistema, este tem uma boa avaliação (50% como bom) para
todos os usuários, porém tomando em conta os usuários do ônibus e alternativos por
separados, os usuários do ônibus praticamente sustentam a mesma avaliação já os
usuários dos alternativos um pouco mais de 75% de seus usuários avaliam como bom
este serviço;
Apesar que pessoas do sexo feminino viajar mais que pessoas do sexo masculino,
estes está entre os usuários que viajam mais para a região. O principal motivo continua
sendo visitas, porém o segundo motivo para o sexo masculino é viajar por trabalho,
enquanto para o sexo feminino é por motivo de saúde. Com relação ao serviço
utilizado, o ônibus continua como preferência para ambos os sexos, porém nos
alternativos o sexo feminino prefere a utilização deste serviço em relação ao sexo
masculino;
A faixa etária que mais viaja é até os 21 anos, principalmente uma vez por mês,
seguida pela faixa entre 22 a 25 anos que viaja mais de duas a três vezes por mês,
ambas as faixas encaixam-se corretamente no perfil dos estudantes como mostra as
figuras 4.25 e 4.26, a maioria deles tem segundo grau completo e terceiro incompleto
(figuras 4.27 e 4.28), nestas figuras mostra um número grande de passageiros com
primeiros graus incompletos, que na sua maioria são passageiros maiores 50 anos. Da
faixa etária dos jovens geralmente possuem segundo grau completo que são usuários
do ônibus, a maioria tem utilizado muito os alternativos. (figura 4.35 e 3.36);
Dos passageiros que moram, seja em Natal ou Seri, os que viajam pelo menos de
uma vez por mês são usuários que moram em Natal, enquanto os que viajam de duas a
três vezes são da Região do Seri;
Apesar do grande volume de oferta feito pela empresa de ônibus na região, mais de
50% dos usuários de ônibus m utilizado o serviço alternativo principalmente os
usuários do serviço de ônibus normal; preferindo o serviço do microônibus apesar de
também utilizarem o serviço da van. Isto aumenta nos usuários que precisam viajar
mais (figura 4.34) sempre com preferência da utilização do microônibus,
principalmente, para quem viaja mais de duas a ts vezes por mês;
Dos usuários dos sistemas como mostra a figura 4.37 que deixariam de usar os ônibus
e os alternativos, a grande maioria são os usuários que utilizam os serviços dos ônibus
108
(figura 4.38). O motivo apontado é a falta de conforto e segurança seguido pelo preço;
na sua grande maioria o uso do carro próprio seria a saída destes usuários para
continuar viajando.
No contexto geral os histogramas refletem que na maioria das variáveis os usuários
estão satisfeitos (anexos histogramas II), porém após realizar uma análise de agrupamento
para os usuários de cada serviço de ônibus com seus serviços normal e expresso e dos
alternativos microônibus e van verificamos que:
As análises para os usuários de ônibus dividem os usuários em dos grupos
identificando o comportamento diferenciado de usuários: no grupo 1 (um) passageiros
mais satisfeitos, existindo uma concentração de maiores de 50 (cinqüenta) anos, que
moram na região do Seri e têm um poder aquisitivo baixo. Considera o sistema
“Bom”. Existe uma concentração de usuários que sua freqüência de viagem é baixa e
gostam de utilizar o serviço expresso. Em sua avaliação sobre os serviços dos
alternativos, carro próprio, táxi e carona sinalam sempre que é pior que o ônibus, desta
forma a sua preferência ao ônibus. Por esse motivo nunca deixam de usá-lo, a o
ser motivados pelo aumento de preço da passagem; o grupo 2 (dois) demonstra-se
menos satisfeito com serviço do ônibus. A faixa etária está justamente numa
concentração de passageiros que utiliza mais este serviço entre 22 e 25 anos, são
moradores principalmente da Capital (Natal) e têm terceiro grau completo ou
incompleto e um maior poder aquisitivo. Viajam duas a três vezes por s. Estes
avaliam o sistema como “Regular” e, como se deslocam constantemente, utilizam
muito o serviço normal pela falta de opção de ter um melhor serviço, pela falta de
mais horários e freqüência do serviço expresso. Avaliação dos outros serviços, este
grupo sinaliza para o microônibus e táxi melhor que o ônibus e para carro próprio,
alugado e de carona muito melhor que o ônibus, de modo que utilizariam, de vez em
quando, o ônibus e admite o uso do microônibus. Tem uma grande concentração que
deixaria de usar o serviço de ônibus motivado pela falta de conforto e segurança e pela
demora da viagem e pedem para melhorar o serviço, a qualidade dos ônibus e o
atendimento dos funcionários.
Das análises para os usuários dos alternativos temos: o grupo 1 (um) está levemente
satisfeito. A faixa etária é mais jovem até 25 anos, são moradores da região do Seri
na sua maioria e tem terceiro grau completo e uma renda elevada. Este grupo tem uma
freqüência de duas a três vezes de viagem por mês, utiliza as vans para efetuar seu
109
deslocamento. Avalia este serviço igual ao do ônibus e sinalam como melhoria do
sistema a melhoria do conforto e segurança da viagem; o grupo 2 (dois) está mesmo
satisfeito com este serviço. São usuários maiores de 40 anos que moram na capital
(Natal) e seu grau de instrução é baixo, tal qual sua renda. A freqüência de viagem
deste grupo é de uma vez por mês e utiliza o microônibus, e o faz por que gosta.
Avalia o ônibus pior que o alternativo e para melhor o sistema rodoviário apontam
para a necessidade de mais horários e freqüência.
Dos pontos fortes e fracos de cada tipo de serviço segundo as variáveis de qualidade
temos:
Em relação ao ônibus: para a qualidade do veículo destaca-se a sua acessibilidade,
janela e cortinas e ventilação do mesmo, deixando a desejar o banheiro e
principalmente (para ambos os grupos) a falta de cintos de segurança e serviços como
vídeo e /ou som. Na qualidade do serviço ficou em destaque viajar sentado, o horário,
venda de passagem de ida e volta, funcionário atencioso, motorista dirigindo de
segurança, pontualidade e bagageiro. Neste item falta melhorar principalmente a
conservação dos ônibus, logo a tarifa cobrada, o atendimento diferenciado (gestantes,
idosos e deficientes), fazer reclamação e / ou sugestões, a falta de informação de
itinerários e paradas, da limpeza e pela demora da viagem. O item de conforto e
segurança pode ser considerando ponto fraca para o grupo 2 (dois) de usuários, parao
grupo 1(um) considerado ponto forte, como mostra a figura 4.39.
Um ponto negativo da empresa e sua falta de homogeneidade em prestar o serviço, o
setores estão muito isolados, a setor administrativo, vendas e os funcionários
rodoviários (motoristas e cobradores), estes dois últimos principalmente, setores que
lidam com os usuários, não estão ao tanto das câmbios que o setor administrativo
realiza, esta falta de comunicação prejudica muito o atendimento do usuário.
Do alternativo: os pontos fortes em relação ao veículo estão a ventilação, logo o
acesso ao veículo, bancos individuais e janelas e cortinas, Como ponto baixo a falta de
cintos de segurança. O espaço interno está apontado pelo grupo 1 como ponto fraco,
enquanto para o grupo 2 é um ponto forte. Em relação ao serviço, os pontos altos são
primeiramente funcionários atenciosos, dirigir com segurança, logo conforto e
segurança, os horários, tarifa, venta de passagem ida e volta, conservação do veículo,
informão de itinerários, limpeza, pontualidade e rapidez. Os pontos baixos são
espaço dos bagageiros e atendimento diferenciado para idosos, gestantes e deficientes.
110
Cabe lembrar que o grupo 2 (dois ) do ônibus e o grupo 1 (um) dos alternativos
apontam a sua insatisfação com a infra-estrutura do terminal rodoviário.
Sobre as estratégias:
Como principal estratégia do ônibus está o preço apesar de ter um preço maior num
determinado serviço aproveita seu grande volume de oferta para equiparar ao preço da
concorrência, que ainda é limitada e sua oferta é pequena. Lembremos que o maior
número de pessoas que viajam mais continuamente tem como maior preocupação o
conforto e a segurança (figura 4.39), Já o grupo 2 (dois) relacionado ao ônibus (Tabela
4.14) deixam o preço para o segundo lugar. Isto pode significar que a estratégia está
funcionando. Seria a hora de melhorar o conforto e segurança, melhorando a frota,
item mais sinalado pelos usuários para melhorar o sistema rodoviário (figura 4.49)
como uma nova estratégia para atrair mais passageiros sem esquecer de manter a
estratégia do preço.
Os alternativos com seu reduzido quadro de unidades tem tomado conta de quase
21,20% do mercado (baseado nas tabelas 4.7 e 4.8) quase 10% a mais planejado pelo
gestor, enquanto o ônibus ficou com o 78,8%, isso confirma que estratégia de
diferenciação de rapidez e flexibilidades esta alçando bom resultados.
111
Capítulo 5
Conclusões e Recomendações
A diversidade de situações aqui estudadas, conforme esperado, possibilitou a obtenção
de uma visão satisfatória dos diversos pontos abordados ao longo do texto; neste capítulo elas
são apresentadas de forma mais resumida, destacando-se apenas aqueles detalhes
considerados como fundamentais para que o enunciado das conclusões.
A estruturar a apresentação das conclusões mais relevantes do trabalho, para melhor
clareza optou-se por apresentá-las em duas partes. A primeira delas corresponde aos
resultados provenientes do capitulo 2 de uma revisão bibliográfica, sejam as fontes de
natureza teórico-conceitual ou mais derivadas de análise empírica. Na segunda parte,
destacam-se as conclusões resultantes ao estudo de caso e sus análises enfocadas nesta
dissertação no capitulo 4. Em seguida, apresentados os principais resultados do trabalho, suas
limitações, recomendações para futuras pesquisas e conclusões finais
5.1. Resultados da Pesquisa Bibliográfica
O Estado provedor histórico das infra-estruturas e serviços nos diferentes mercados,
como telefonia, eletricidade, água, petróleo e s, transporte, entre outros serviços durante
todo o século XX, chega nos final do século (anos 90) com a necessidade de passar por
múltiplas reformas pela urgência de modernizar-se e fornecer ferramentas legais quem
impulsiones os mercados internos para enfrentar desafios alem de suas fronteiras a
globalização”.
O papel do Estado é velar pela competitividade dos diversos mercados (infra-
estruturas e de serviço) realizando estudos socioeconômicos, considerando como principio o
bem-estar dos consumidores dos diversos produtos gerados por estes. Para o Estado alcançar
112
este objetivo tem que melhorar seu desempenho como governo e ser mais ágil com as
reformas, tendo que ultrapassar as complexidades (ex: burocracias) para adequar-se aos
desafios contemporâneos.
As reformas um Estado regulador têm que abrir o caminho para poticas de mercados,
que por sua vez sejam eficientes e sustentáveis para a transformação dos monopólios,
oligopólios naturais tradicionalmente implantados, por mercados com existência de regras
competitivas e modelos regulatórios. Surge ai a figura das agências reguladoras, porem a
adoção destas não significa que o Estado deverá se retirar de suas atribuições de formulação
de políticas e planejamento setoriais (GIFONI NETO, 2002). Pelo contrário, esta passagem
exige o fortalecimento da postura política do Estado, definindo claramente a normalização a
serem seguidos pela agência reguladora.
Em todo os aspectos da reforma do Estado, da criação das agências, das
regulamentações da incessante busca da competitividade nos setores regulados para melhor a
qualidade dos serviços e das infra-estruturas, nos últimos anos este processo esta em crises,
pelo lado do governo verifica-se a dificuldade de manter o Estado de bem Estar, alia-se à falta
da confiabilidade do cidadão na capacidade das instituições do Estado em mesmo se
preocupar pelo bem Estar deste. Exemplo das dificuldades da ANATEL e da ANS que ate
hoje, Bem Estar prometido aos seus usuários está longe do real, encontrando-se num jogo de
liminares judiciais. A participação da sociedade civil na reforma de Estado deveria ser
fundamentar, para expor suas necessidades, que estes, o tem partidos, nem interesses
particulares, a sua preocupação será, focalizando um amplo desenvolvimento social, pom a
sociedade não é escutada, nem consultada para auxiliar na normalização, restrita aos
fornecedores e ou operadores e o Estado.
Com as estrutura e regulamentação implantada, transmite-se a responsabilidade dos
riscos as empresas em buscas da qualidade e produtividade nos diferentes setores, da mesma
forma incentiva à disputa pelos consumidores, conseqüentemente as firmas procuram ser
competitivos adotam diversas estratégias para fazer frente a seus concorrentes, posteriormente
solidificando-se e ampliando sua fatia mercado. Uma concorrência dentro destes moldes e
muito saudável trazendo benéficos não só as empresas se não também aos consumidores.
No Caso do transporte coletivo no Brasil, que nasceu da iniciativa privada alimentada
por pioneiros que apostaram na idéia que o transporte por ônibus seria o modal ideal para a
integração nacional por seu baixo custo e grande flexibilidade. O Estado detentor da infra-
estrutura de transporte tem delegado a exploração destes para enumeráveis empresas
113
nacionais, estatuais, criando-se monopólios de serviços. Estas empresas principalmente de
caráter rodoviário sem concorrência direta, com barreiras protecionistas que impossibilitavam
entrada de novos serviços e respaldo político do governo, elementos que direcionaram a uma
ineficiência empresarial e queda da qualidade dos serviços, a falta de investimento em novas
tecnologias, sem qualificação de funcionários e administradores sem o conhecimento de lidar
com as mudanças no mercado transporte, penalizando o usuário a ser cativo da ineficiência.
Com a intervenção do Estado no setor de transportes para mudar todo esse panorama
nos seus diversos mercados, teve que passar também por uma reestruturação para implantar
elementos competitivos que não existiam no setor, mas exigidas em leis federais que
obrigavam aos reguladores (federais, estaduais e municipais) a motivar competitividade entre
operadores, dessa forma foram quebrados os monopólios e implantada um regime competitivo
pela captação de passageiros.
Apesar dos cuidados em tornar os mercados rodoviários competitivos, estes
apresentam falhas. Apesar do regime de monopólios e oligolios são proibidas, ainda
existem grandes favorecimentos as empresas rodoviárias para sua pratica, por parte da
regulamentação e o poder público, por grande influencia potica, nas novas regulação e
contratos, com essa atitude limitaram uma maior competitividade e a concorrência do setor,
transformando a essência da regulamentação que é a de defender o bem Estar dos usuários,
em um protecionismo as empresas tradicionais do setor. Para evitar esta falha num sistema
regulatória dever existir um representa dos usuários por dio um instituto privado ou órgão
do governo que possa proteger seus interesses.
Com toda essa proteção diminui os risco das empresas de maior fatia de mercado, isso
vai encontra da competitividade do setor provocando pouca qualidade e ineficiências nos
serviços, da mesma forma que como um estado de monopólio, motivada pela pouca
concorrência, apesar disso as poucas empresas artesanais autorizadas a operar tem
segmentado bem o mercado de passageiros surpreendendo muito seu desempenho aos órgãos
gestores e as empresas tradicionais.
Se os reguladores trabalharem como parâmetros de desempenho (yardstick
competition) uma forma de regulação através de incentivos, não importaria a fatia de mercado
que uma empresa possua, este mecanismo pode estimular a introdução de inovações
tecnológicas e plantas de produção que contribuiriam, de maneira geral, para a obtenção de
ganhos de produtividade e para a melhoria do bem-estar social.
114
Com baixa qualidade ainda apresentada pelas empresas ônibus deixando mercados mal
atendidos a mercê de operadores informais que são os principais os vilãos do sistema
intermunicipal alia-se a este a falta da fiscalização dos óros gestores. No podemos deixar da
falar que este fenômeno informal também é fruto da falta de emprego, da crise
macroeconômica, que não Brasil passa, se o a grande maioria dos paises em vias de
desenvolvimento.
5.2. Resultados do estudo de caso
Na literatura teórica se fala muito do bem-estar da sociedade do equilíbrio dos
mercados levando em consideração aspetos socioeconômicos, com a aplicação da ferramenta
da regulação, ao parecer no setor de transportes rodoviários principalmente de curtas
distancia, esta faltando maturidade para alcançar esta meta, o usuário continua cativo da baixa
qualidade, e preço alto, a regulação o esta favorecendo a competitividade, falta fiscalização
do órgão e os empresários dos ônibus parecer que vêm estes novos concorrentes como um
fenômeno temporário, seguros do suportar esta ameaça, mas esquecem que pela legislação a
partir de hoje terão uma concorrência permanente.
Na regulamentação estadual inexistem verdadeiros elementos competitivos, este
formalizou de forma limitada à entrada de alguns operadores para o mercado rodoviário
intermunicipal de media distancia (uma veiculo por linha) para cumprir as determinações das
leis federias que exigia ambientes competitivos. Na regulamentação as regrar parece ser igual
para todos os operadores, mesmo ambiente, infra-estrutura porem limitação no numero de
frota e capacidade conseqüentemente uma menor fatia de mercado.
Desde a implantação do regime competitivo a Empresa de ônibus da Região tem tido
uma grande redução de passageiros por esta não estar preparada para um regime competitivo
como mostra a tabela 4.2, em contra partida as empresas de alternativos como, com limitações
de freqüência, capacidade e horários tem se mostrados competentes com resultados
satisfatórios com o crescimento de sua demanda de passageiros e com capacidade para
crescer, mais a principal preocupação do sistema atual são os serviços não regulamentados,
carro particular, vans e táxis de lotação, que tem aumentado vertiginosamente influenciados
pelo crescimento do parque automotor. Fazer frente a esta competência e evitar que continue a
queda de passageiros a estratégia mais conveniente é apostar nas inovações tecnológicas para
melhorar sua eficiência e aumentar o seu desempenho.
115
A empresa de ônibus adotando como principal estratégia o preço, aposta nela se
fundamentando na grande fatia de mercado, mais o o preço vai superar todas as
deficiências de qualidade do serviço, e principalmente da qualidade dos veículos. Apesar de
que os usuários demonstrem satisfação pelo serviço, influenciados pelo preço, o único serviço
que poder ter acesso.
Entre as melhoras a cadeia de produção dos serviços e fundamental para a empresa
regular como processo estratégico, quem conseguir uma melhor cadeia terá melhor tecnologia
e serviços conseqüentemente obtendo melhores preços, lamentavelmente a falta de parâmetros
competitivos e incentivos para melhor às cadeias inexistente na regulamentação estadual pode
limitar a empresa não apostam neste tipo de estratégia, que trairia um ganho social muito
como a redução do preço.
A existência de produtos (serviços) parecidos colocados no mercado à empresa de
ônibus, pode apostar na estratégia de melhor a sua imagem, no mercado diferenciando seus
produtos aparentemente iguais, mostrando confiabilidade, segurança, vantagens,
credibilidade, etc, influenciando na escolha do serviço por parte do usuário que liga a
propaganda a uma melhor marca, como melhor serviço. Esta estratégia com características de
diferenciação do Modelo de Porter, de forma genérica, a marca da empresa deve se
diferenciar em rias dimensões. Esta estratégia posiciona a empresa em relação às cinco
forças através do desenvolvimento da fidelidade dos consumidores e da diminuição da
possibilidade de substituição. Como o preço do produto pode ser mais alto, as margens
aumentam e a relação com os fornecedores fica menos dependente.
Com ajuda do analises de agrupamento (cluster) identificados grupos de clientes
(usuários) por necessidades e características intrínsecas inticas por ter uma constituir grupos
com uma homogeneidade relativa a comportamentos de escolha do transporte. Cabe a
empresa desenvolver estratégia, para valorizar as características de cada grupo e direcionar
serviços a estes. Na analise no trabalho mostramos dois grupo com característica semelhantes
no grupo 1 (217) 55% do usuários tem demonstrado muita satisfação pelo serviço e o grupo 2
(175) 45% tem mostrado mais desconformes, a maior ausência e a falta qualidade do frota,
este grupo tem um maior poder aquisitivo que o outro podendo conseqüentemente pagar por
serviços diferenciados, cabe a empresa reconhecer estas necessidades antes que estes usuários
continue migrando para novos serviços ou produtos substitutos, lembrado que produtos
substitutos obtém maiores lucro, relacionado ao preço e desempenho que a empresa possa
desenvolver.
116
5.3 Limitações do trabalho
No escopo do trabalho não foi abarcado todo o sistema intermunicipal do Estado à
abordagem realizada foi entre a Cidade de Natal como a região do Seri, sem considerar a
totalidade de linhas delegadas pelo DER - RN à Empresa. As linhas consideradas são com
destino e saída do Seridó, as linhas que cortam a região ficara de fora da analises.
Também não foi levada em consideração na sua totalidade a área seis (6), onde se
encontra incluída região do Seri. Abrindo mão de verificar o comportamento competitivo
de outras linhas de caráter opcional com linhas da empresa regular.
A ausência de dados cadastrais do sistema rodoviário do Estado que o óro gestor
o possui ate o ano 2001, esta falta de dados compromete a uma melhor analises do
comportamento do sistema intermunicipal nos primeiros anos após a quebra do monopólio.
Na coleta de dados teve dificuldade de coletar um número maior de usuários dos
alternativos, pela pouca freqüências e horários que estes apresentam.
Todos estes elementos podem ter mostrado aspectos complementares de forma de
enriquecer este trabalho.
5.4. Recomendações para futuras Pesquisas
Partindo-se do estudo realizado podemos sugerir outras pesquisas acadêmicas:
Ampliação da pesquisa para as outras áreas de transporte do mercados do Estado.
Com base, a que todo ambiente competitivo de transporte esta baseada na sua forma
de regulamentação, pesquisas podem ajudar a melhor esta para otimizar o mercado
intermunicipal.
Investigar os impactos provocados pela presencia de Táxis e vans de lotação ao
sistema intermunicipal.
Realizar estudos sobre a viabilidade e integrar de forma regulamentar as vans e táxis
de lotação ao sistema para verificar a sua eficiência.
Realizar estudos de mercado para a implantação parâmetros competitivos.
Realizar pesquisas em mercados interestaduais entre capitais ou cidade de médio
porte, próximas em que o fluxo de passageiros seja constante.
117
5.5. Concluo
Finalmente, do objetivo da pesquisa, verificamos que o comportamento da empresa
tradicional com relação a suas novas concorrentes regulamentadas. Certificamos que esta, não
está muito preocupa com eles, por saber que seu serviço é limitado, dessa forma aproveita seu
grande espaço e força de mercado que possuí, para influencias no preço fazendo promoções.
Porem a sua preocupação está voltada para o transporte o regulamentado de caráter
predatória, apontado com principal causador (atual) pela diminuição de usuários, que vem
aumentando nos últimos pelos fatores falados anteriormente, alia-se a falta de fiscalização
que, apesar de ter aumentado, não tem conseguido parar o crescimento do transporte de
lotação ilegal. A estratégia encontrada pela empresa para realizar uma retaliação contra estes,
foi adotar em determinados trechos onde a empresa tem uma constante freqüência, foi vender
passagens pela metade de preços (compra ida ganha a volta), formula encontrada pela
empresa para retirar do mercado os transportes ilegais, para dessa forma recuperar
passageiros.
A conclusão importante sobre o sistema de transporte intermunicipal Natal Seri, é
a introdução da competição foi positiva para o usuário apesar de que a distribuição do
mercado regulamentada foi limitada para as novas concorrentes, também ouve redução da
demanda do ônibus que se deve mais ao comportamento sistema que à competição, enquanto
os alternativos tiveram sua demanda aumentada.
Na topologia da vantagem competitiva a “diferenciação” de metas alta ou baixa
apontam com estratégias mais viáveis comparadas com a do liderança do preço” adotado
pela empresa de ônibus já que sua redução de passageiros é evidente, enquanto com a
estratégia da “diferenciação” os alternativos têm aumentado sua demanda.
118
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