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trabalhei em propaganda [...] Trabalhei de setenta e um a setenta e três na
McCann, de setenta e três a setenta e cinco, eu fui para a LF. Eu trabalhei como
boy, depois eu fui auxiliar de mídia. Depois eu fui para a JMM, trabalhei como
mídia durante dois anos. Da JMM eu fui para a PIB, que era uma empresa de
editoria de revistas especializadas na área de mineração e na área de construção
pesada, era a revista Empreiteira e Minério. Trabalhei lá de setenta e sete a setenta
e nove. Fui para a Globo em setenta e nove e trabalhei na Globo até mil novecentos
e oitenta e seis. Em mil novecentos oitenta e seis eu montei um escritório de
representação própria, fiquei no escritório até noventa e um. Em noventa e um eu
fui chamado para assumir a superintendência comercial da (nome de uma empresa
do grupo), e estou no grupo até hoje, há quatorze anos. Essa é a minha experiência.
(diretor de holding de veículos de comunicação)
Eu tenho cinqüenta anos, eu sou formado em Comunicação Social: jornalismo,
publicidade e relações publicas, pós-graduado em marketing. Eu me formei na
Fafich, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, da UFMG, em setenta e sete.
Em mil novecentos e noventa e nove agora, com quase cinqüenta anos, descobri que
eu tinha que estudar um pouquinho mais e fiz pós-graduação em marketing pela
Fundação Getúlio Vargas. Atuo com comunicação desde os quinze anos de idade,
já fui ator de televisão na Itacolomy, apresentador, produtor de programas, fui
cinegrafista da Super 8 [...] Trabalhei como publicitário, como RTVCine, como
produtor gráfico, como contato, como auxiliar de mídia e um dia resolvi caminhar
por conta própria e abri uma agência chamada (nome da agência). Já tinha sido
corretor autônomo. Como corretor autônomo fui o maior faturamento autônomo da
Rede Globo de Televisão, durante determinado período, e o décimo sétimo do
faturamento da emissora, como autônomo. Montei a agência em mil novecentos e
oitenta e três. Sempre fui uma agência de pequeno porte, mais fui agência de alguns
dos nomes que foram ícones do mercado. Alguns continuam meus clientes, fui
responsável pelas imagens deles como: (nomes de clientes), todos enquanto eu
atendi foram líderes do mercado. (dono de agência)
Já entre os mais novos, as mudanças foram mais constantes e, ao mudarem de
organização, sempre houve mudança nas funções que exerciam e nas capacidades exigidas nas
novas posições. As características descritas por Chanlat: “Diversificação de carreiras,
instabilidade, menor linearidade, descontinuidade e horizontalidade” tornam-se ainda mais
evidentes, bem como a perspectiva de carreira horizontalizada, em zigue-zague, ou em espiral
e o desenvolvimento de diversas trajetórias ao longo do tempo ou em paralelo:
Tenho quarenta e três anos, sou seu conterrâneo Soteropolitano. Me formei em
Administração de Empresas, comecei minha carreira profissional no Baneb, lá
entrei na área de comunicação [...] Depois fui pra Arthur Andersen, fui auditor.
Depois, aqui em Minas, eu militei na área pública e na área privada, andei de
passagem pelo Governo de Estado. Como veículo de comunicação: Jornal Hoje em
Dia, Tv Record, Rádio Cidade... Fiz muitos contatos, com praticamente todas as
grandes agências mineiras na época. Depois eu passei um tempo na área da
construção civil, reciclagem de lixo, que é uma coisa que tenho hoje ainda e, nos
dois últimos anos, estou com uma agência de propaganda mais focada em
marketing político. (dono de agência de marketing político)