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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO E APLICAÇÃO
SUPERFICIAL DE CORRETIVOS EM PLANTIO DIRETO
MATHEUS GUSTAVO DA SILVA
Engenheiro Agrônomo
Prof. Dr. ORIVALDO ARF
Orientador
Prof. Dr. CARLOS ALEXANDRE COSTA CRUSCIOL
Orientador
Tese apresentada à Faculdade de
Engenharia do Campus de Ilha Solteira
UNESP, para obtenção do título de Doutor
em Agronomia: Área de Concentração em
Sistemas de Produção.
Ilha Solteira
Estado de São Paulo – Brasil
Dezembro – 2008
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ii
DEDICO
A Deus, pela vida e oportunidades !
Aos meus pais CLORISVALDO e MARIA INEZ,
aos quais devo muito do que sou hoje, pois são exemplos
de honestidade e competência.
Aos meus irmãos EDUARDO E ANA CLÁUDIA
pela ajuda direta e indireta em todos os aspectos da
minha vida.
Aos meus cunhados, sempre muito atenciosos e
prestativos.
A Sofia, um anjinho !
Aos meus familiares, que mesmo distantes, sempre
torcem pelo meu sucesso.
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iii
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Orivaldo Arf, pela orientação, incentivo e amizade em todas as fases da
minha vida profissional e pessoal. Eficiência e responsabilidade caminham juntas com ele.
Ao Prof. Dr. Carlos Alexandre Costa Crusciol, pela co-orientação, entusiasmo e
energia que me passou ao longo de toda esta fase de minha vida. Obrigado por sempre me mostrar
novos horizontes.
Ao Prof. Dr. Rogério Peres Soratto, pela amizade desde os tempos de graduação em
Ilha Solteira, um verdadeiro amigo, indispensável e de importância relevante em minha vida.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pelo apoio
financeiro, concedido através de bolsa de estudo e reserva técnica, sem os quais seria impossível
realizar este trabalho de pesquisa.
Aos Professores Drs. Marco Eustáquio de , Marcelo Andreotti, Edson Lazarini,
Morel Passos e Carvalho, Ricardo Antônio Ferreira Rodrigues, Marlene Cristina Alves, Salatiér
Buzetti, Enes Furlani Jr., pela paciência e auxílio nas diversas análises realizadas neste trabalho.
Ao Engenheiro Agrônomo Thiago Longhi Adorno, fundamental em todas as etapas
do meu Doutorado, sempre presente e muito solícito. Um amigão.
Aos técnicos e funcionários dos Laboratórios de Física do Solo, Fertilidade do Solo e
Fazenda de Ensino e Pesquisa, em especial Jean, Valdivino, Carlinhos, João e Alexandre.
Ao eterno amigo FERNANDO MANOEL TOBAL (in memorian).
Aos amigos Ana Luisa Ferrari, Pablo R. B. Flozi, Camila Mantello e respectivas
famílias, pelo carinho com que sempre me trataram, sempre me incentivando, apoiando nos
momentos mais difíceis desta empreitada. Estima imensurável!
Aos antigos meio-irmãos da República Tcheca, Fernando “Poty”, Carlos
“Vassoura”, Eduardo Espigão” e Rômulo “Perereca”, pela amizade contínua desde os tempos de
graduação.
Aos amigos do curso de pós-graduação das UNESP´s de Ilha Solteira e Botucatu, em
especial Julio Gramps, Inocêncio Zigas e Marco Zizou, pela boa convivência em minha estada em
Botucatu.
Aos inúmeros amigos que tenho em Ilha Solteira, em especial aos brothers Glauber
Crow, Filipe Frank e Alex Lekonis.
Aos novos amigos que fiz em Nova Xavantina.
A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho.
iv
ÍNDICE
Lista de Tabelas ........................................................................................................................... vii
Lista de figuras ........................................................................................................................... xvi
RESUMO ....................................................................................................................................... 1
SUMMARY ................................................................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5
2. OBJETIVOS .......................................................................................................................... 7
3. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................. 8
3.1. Correção da acidez do solo ................................................................................................... 8
3.2. Sucessão de culturas ........................................................................................................... 10
4. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................. 14
4.1. Localização e caracterização climática da área experimental ........................................ 14
4.2. Caracterização química do solo e histórico da área experimental .................................. 14
4.3. Delineamento experimental e tratamentos ...................................................................... 14
4.3.1. Corretivos do solo .................................................................................................. 15
4.3.2. Sucessões de culturas ............................................................................................. 15
4.3.2.1. Sucessão “safra - forrageira” ............................................................................... 15
4.3.2.2. Sucessão “safra - safrinha” ................................................................................. 15
4.3.2.3. Sucessão “safra - pousio” ................................................................................... 16
4.3.2.4. Sucessão “safra - adubo verde” ........................................................................... 16
4.3.3. Culturas de verão .................................................................................................... 16
4.3.3.1. Milho ................................................................................................................. 16
4.3.3.1.1. Produção de massa seca ............................................................................... 17
4.3.3.1.2. Produtividade de grãos ................................................................................. 17
4.3.3.2. Soja .................................................................................................................... 17
4.3.3.2.1. Produção da massa seca ............................................................................... 17
4.3.3.2.2. Produtividade de grãos ................................................................................. 17
4.3.3.3. Arroz .................................................................................................................. 17
4.3.3.3.1. Produção de massa seca ............................................................................... 18
4.3.3.3.2. Produtividade de grãos ................................................................................. 18
4.3.4. Culturas de outono / inverno ................................................................................... 18
4.3.4.1. Feijão ................................................................................................................. 18
4.3.4.1.1. Produção de massa seca ............................................................................... 19
4.3.4.1.2. Produtividade de grãos ................................................................................. 19
4.3.4.2. Triticale .............................................................................................................. 19
4.3.4.2.1. Produção de massa seca ............................................................................... 19
4.3.4.2.2. Produtividade de grãos ................................................................................. 20
4.3.5. Culturas de cobertura .............................................................................................. 20
4.3.5.1. Guandú ............................................................................................................... 20
4.3.5.1.1. Produção de massa seca ............................................................................... 20
4.3.5.2. Milheto ............................................................................................................... 20
v
4.3.5.2.1.Milheto (sucessão “safra-safrinha”) .................................................................... 20
4.3.5.2.2.Milheto (sucessão “safra adubo verde”) .............................................................. 21
4.3.5.2.3. Produção de massa seca ............................................................................... 21
4.3.6. Culturas forrageiras ................................................................................................ 21
4.3.6.1. Brachiaria brizantha .......................................................................................... 21
4.3.6.1.1. Produção de massa seca ............................................................................... 21
4.4. Amostragens e avaliações gerais .................................................................................... 22
4.4.1. Características químicas do solo ............................................................................. 22
4.4.2. Características físicas do solo ................................................................................. 22
4.4.2.1. Densidade, macroporosidade, microporosidade e porosidade total do solo .......... 22
4.4.2.2. Resistência à penetração do solo ......................................................................... 23
4.4.2.3. Velocidade básica de infiltração ......................................................................... 23
4.4.3. Soma de cátions e condutividade elétrica dos extratos vegetais ............................... 23
4.4.4. Calcário residual ..................................................................................................... 23
4.4.5. Custo de produção .................................................................................................. 24
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 25
5.1. Área de sequeiro ............................................................................................................ 25
5.1.1. Características físicas do solo ................................................................................. 25
5.1.1.1. Início do experimento ......................................................................................... 25
5.1.1.2. Término do experimento ..................................................................................... 30
5.1.2. Características químicas do solo ............................................................................. 35
5.1.2.1. 18 meses após a aplicação dos corretivos ............................................................ 35
5.1.2.2. 34 meses após a aplicação dos corretivos ............................................................ 42
5.1.2.3. Calcário residual ................................................................................................. 45
5.1.3. Milho ..................................................................................................................... 46
5.1.4. Soja ........................................................................................................................ 48
5.1.5. Arroz ...................................................................................................................... 50
5.1.6. Feijão ..................................................................................................................... 52
5.1.7. Triticale .................................................................................................................. 55
5.1.8. Brachiaria brizantha .............................................................................................. 56
5.1.9. Guandú................................................................................................................... 59
5.1.10. Milheto................................................................................................................... 61
5.2. Área Irrigada ................................................................................................................. 64
5.2.1. Características físicas do solo ................................................................................. 64
5.2.1.1. Início do experimento ......................................................................................... 64
5.2.1.2. Término do experimento ..................................................................................... 69
5.2.2. Características químicas do solo ............................................................................. 74
5.2.2.1. 18 meses após a aplicação dos corretivos ............................................................ 74
5.2.2.2. 34 meses após a aplicação dos corretivos ............................................................ 81
5.2.2.3. Calcário residual ................................................................................................. 84
5.2.3. Milho ..................................................................................................................... 85
5.2.4. Soja ........................................................................................................................ 87
5.2.5. Arroz ...................................................................................................................... 89
5.2.6. Feijão ..................................................................................................................... 91
5.2.7. Triticale .................................................................................................................. 93
5.2.8. Brachiaria brizantha .............................................................................................. 94
5.2.9. Guandú................................................................................................................... 97
5.2.10. Milheto................................................................................................................... 99
vi
5.3. Análise Econômica ....................................................................................................... 102
6. Considerações Finais ......................................................................................................... 105
7. Conclusões .......................................................................................................................... 107
8. Referências bibliográficas ................................................................................................. 108
9. Anexos ................................................................................................................................ 120
vii
Lista de Tabelas
Tabela 1 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total e densidade do
solo, na camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, antes da aplicação de
corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 26
Tabela 2 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área de sequeiro, antes da aplicação de
corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 27
Tabela 3 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em área de sequeiro, antes da aplicação de
corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 27
Tabela 4 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em área de sequeiro, antes da aplicação de
corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 28
Tabela 5 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total e densidade do
solo, na camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação de
corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 31
Tabela 6 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação
de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 32
Tabela 7 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação
de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 32
Tabela 8 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação
de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 33
Tabela 9 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0-0,05 m, em área
de sequeiro, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto,
após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). ..................................................... 38
Tabela 10 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente a K (mmol
c
dm
-3
), na camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, 18
meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 39
Tabela 11 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente a Ca (mmol
c
dm
-3
), na camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, 18
meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 39
Tabela 12 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente a Si (g kg
-1
), na camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, 18 meses
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008)............ 39
viii
Tabela 13 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente à saturação por bases (mmol
c
dm
-3
), na camada de solo de 0-0,05 m, em área de
sequeiro, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 39
Tabela 14 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em
área de sequeiro, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .......................................... 40
Tabela 15 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente a Mg (mmol
c
dm
-3
), na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área de sequeiro, 18
meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 40
Tabela 16 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em
área de sequeiro, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .......................................... 41
Tabela 17 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente a Si (g kg
-1
), na camada de solo de 0,10-0,20 m, em área de sequeiro, 18 meses
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008)............ 41
Tabela 18 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em
área de sequeiro, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .......................................... 42
Tabela 19 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
), e saturação por bases, na camada de solo de 0-0,05 m, em área
de sequeiro, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto,
após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). ..................................................... 44
Tabela 20 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
), e saturação por bases, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em
área de sequeiro, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .......................................... 44
Tabela 21 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
), e saturação por bases, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em
área de sequeiro, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .......................................... 45
Tabela 22 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
), e saturação por bases, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em
área de sequeiro, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .......................................... 45
Tabela 23 Coeficientes de correlação simples (r) entre os teores de Ca e Mg trocáveis,
extraídos por percolação com solução de KCl e os extraídos por resina trocadora de íons,
em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .......................................... 46
Tabela 24 Produção de massa seca e produtividade da cultura da cultura do milho, em área
de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após
diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). ............................................................. 47
Tabela 25 Teores de cátions hidrossolúveis (mmol
c
kg
-1
) na massa seca da cultura do milho
coletados após sua colheita e condutividade elétrica do extrato (S m
-1
), em área de
sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após
diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). ............................................................. 48
ix
Tabela 26 Produção de massa seca e produtividade da cultura da soja, em área de sequeiro,
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes
sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). ............................................................................. 49
Tabela 27 – Teores de cátions hidrossolúveis na massa seca da soja coletados após sua
colheita e condutividade elétrica do extrato, em área de sequeiro, após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 50
Tabela 28 – Produção de massa seca da cultura do arroz, em área de sequeiro, após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de
culturas. Selvíria MS (2008). ................................................................................................. 51
Tabela 29 – Teores de tions hidrossolúveis na massa seca da cultura do arroz coletados após
sua colheita e condutividade elétrica do extrato, em área de sequeiro, após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 52
Tabela 30 – Produção de massa seca e produtividade de grãos da cultura do feijão, em área de
sequeiro (1º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 53
Tabela 31 Teores de cátions hidrossolúveis (mmol
c
dm
-3
) e condutividade elétrica (S m
-
1)
do extrato dos resíduos vegetais do feijão, por ocasião de sua colheita, em área de
sequeiro (1º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 53
Tabela 32 – Produção de massa seca e produtividade de grãos da cultura do feijão, em área de
sequeiro (3º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 54
Tabela 33 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais do feijão, por ocasião de sua colheita, em área de sequeiro (3º ano de
experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 54
Tabela 34 Produção de massa seca e produtividade de grãos para a cultura do triticale, em
área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 55
Tabela 35 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais do triticale, por ocasião de sua colheita, em área de sequeiro, após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). ..................................... 56
Tabela 36 – Produção de massa seca (3 cortes) para a cultura da Brachiaria brizantha
semeada nas entrelinhas do milho (sucessão safra forrageira), em área de sequeiro, após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). ..................... 56
Tabela 37 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura da Brachiaria brizantha semeada nas entrelinhas do milho, por
ocasião de sua roçagem, em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). ............................................................................ 57
Tabela 38 – Produção de massa seca (1 corte) para a cultura da Brachiaria brizantha semeada
em sobressemeadura da soja (sucessão safra forrageira), em área de sequeiro, após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). ..................... 57
Tabela 39 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura da Brachiaria brizantha semeada em sobressemeadura da soja, por
ocasião de sua roçagem, em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). ............................................................................ 58
Tabela 40 – Produção de massa seca (3 cortes) para a cultura da Brachiaria brizantha
semeada em conjunto com a cultura do arroz (Sistema Santa - sucessão safra
x
forrageira), em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 58
Tabela 41 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura da Brachiaria brizantha semeada em conjunto com a cultura do arroz
(Sistema Santa - sucessão safra forrageira), por ocasião de sua roçagem, em área de
sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 59
Tabela 42 Produção de massa seca (2 cortes) para a cultura do guandú, em área de sequeiro
(1º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto. Selvíria MS (2008). ..................................................................................................... 59
Tabela 43 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do guandú, por ocasião de sua roçagem, em área de sequeiro (1º ano
de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 60
Tabela 44 Produção de massa seca (1 corte) para a cultura do guandú, em área de sequeiro
(3º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto. Selvíria MS (2008). ..................................................................................................... 60
Tabela 45 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do guandú, por ocasião de sua roçagem, em área de sequeiro (3º ano
de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 61
Tabela 46 Produção de massa seca para a cultura do milheto (1º ano - sucessão safra
safrinha), em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto. Selvíria MS (2008). ..................................................................................................... 62
Tabela 47 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do milheto (1º ano - sucessão safra safrinha), por ocasião de sua
roçagem, em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto. Selvíria MS (2008). ..................................................................................................... 62
Tabela 48 Produção de massa seca para a cultura do milheto (2º ano - sucessão safra
safrinha), em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto. Selvíria MS (2008). ..................................................................................................... 62
Tabela 49 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do milheto (2º ano - sucessão safra safrinha), por ocasião de sua
roçagem, em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto. Selvíria MS (2008). ..................................................................................................... 63
Tabela 50 Produção de massa seca para a cultura do milheto (sucessão safra adubo verde),
em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 63
Tabela 51 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do milheto (sucessão safra adubo verde), por ocasião de sua roçagem,
em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 63
Tabela 52 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0-0,05 m, em área irrigada por pivô central, antes da
aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 65
Tabela 53 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área irrigada por pivô central, antes da
aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 66
xi
Tabela 54 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em área irrigada por pivô central, antes da
aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 66
Tabela 55 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em área irrigada por pivô central, antes da
aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 67
Tabela 56 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0-0,05 m, em área irrigada por pivô central, após 34 meses da
aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 70
Tabela 57 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área irrigada por pivô central, após 34 meses
da aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 71
Tabela 58 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em área irrigada por pivô central, após 34 meses
da aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 71
Tabela 59 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do
solo, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em área irrigada por pivô central, após 34 meses
da aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 72
Tabela 60 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0-0,05 m, em área
irrigada por pivô central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .............................. 77
Tabela 61 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente a Ca, na camada de solo de 0 0,05 m, em área irrigada por pivô central, 18
meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 78
Tabela 62 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente a Mg, na camada de solo de 0 0,05 m, em área irrigada por pivô central, 18
meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 78
Tabela 63 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente à saturação por bases, na camada de solo de 0 0,05 m, em área irrigada por
pivô central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 78
Tabela 64 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em
área irrigada por pi central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .................. 79
Tabela 65 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente a pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área
irrigada por pivô central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 79
Tabela 66 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente à Ca, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área irrigada por pivô central, 18
xii
meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 79
Tabela 67 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente à saturação por bases, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área irrigada por
pivô central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 80
Tabela 68 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em
área irrigada por pi central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .................. 80
Tabela 69 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente a Si, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em área irrigada por pivô central, 18
meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 80
Tabela 70 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em
área irrigada por pi central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .................. 81
Tabela 7 1 – Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância
referente a Si, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em área irrigada por pivô central, 18
meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 81
Tabela 72 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0 - 0,05 m, em área
irrigada por pivô central, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .............................. 83
Tabela 73 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,05 0,10 m, em
área irrigada por pi central, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .................. 83
Tabela 74 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,10 0,20 m, em
área irrigada por pi central, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .................. 84
Tabela 75 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,20 0,40 m, em
área irrigada por pi central, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .................. 84
Tabela 76 Coeficientes de correlação simples (r) entre os teores de Ca e Mg trocáveis,
extraídos por percolação com solução de KCl e os extraídos por resina trocadora de íons,
em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .......................................... 85
Tabela 77 Produção de massa seca e produtividade da cultura da cultura do milho, em área
irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .......................................... 86
Tabela 78 Teores de cátions hidrossolúveis na massa seca da cultura do milho coletados
após sua colheita e condutividade elétrica do extrato, em área irrigada por pivô central,
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes
sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). ............................................................................. 87
xiii
Tabela 79 Produção de massa seca e produtividade da cultura da cultura da soja, em área
irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). .......................................... 88
Tabela 80 Teores de cátions hidrossolúveis na massa seca da cultura da soja coletados após
sua colheita e condutividade elétrica do extrato, em área irrigada por pivô central, após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de
culturas. Selvíria MS (2008). ................................................................................................. 89
Tabela 81 Produção de massa seca da cultura do arroz, em área irrigada por pivô central,
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes
sucessões de culturas. Selvíria MS (2008). ............................................................................. 90
Tabela 82 – Teores de tions hidrossolúveis na massa seca da cultura do arroz coletados após
sua colheita e condutividade elétrica do extrato, em área irrigada por pivô central, após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de
culturas. Selvíria MS (2008). ................................................................................................. 91
Tabela 83 Produção de massa seca e produtividade de grãos da cultura do feijão, em área
irrigada por pivô central (1º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do
solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). .............................................................. 92
Tabela 84 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do feijão, por ocasião de sua colheita, em área irrigada por pi
central (1º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 92
Tabela 85 Produção de massa seca e produtividade de grãos da cultura do feijão, em área
irrigada por pivô central (3º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do
solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). .............................................................. 93
Tabela 86 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do feijão, por ocasião de sua colheita, em área irrigada por pi
central (3º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 93
Tabela 87 Produção de massa seca e produtividade de grãos para a cultura do triticale, em
área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto. Selvíria MS (2008). ..................................................................................................... 94
Tabela 88 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do triticale, por ocasião de sua colheita, em área irrigada por pivô
central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 94
Tabela 89 Produção de massa seca (4 cortes) da cultura da Brachiaria brizantha semeada
nas entrelinhas do milho (sucessão safra forrageira), em área irrigada por pivô central,
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008)............ 95
Tabela 90 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura da Brachiaria brizantha semeada nas entrelinhas do milho, por
ocasião de sua roçagem, em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos
do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). .......................................................... 95
Tabela 91 Produção de massa seca (2 cortes) da cultura da Brachiaria brizantha semeada
em sobressemeadura da soja (sucessão safra forrageira), em área irrigada por pivô
central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 96
Tabela 92 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura da Brachiaria brizantha semeada em sobressemeadura da soja, por
ocasião de sua roçagem, em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos
do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). .......................................................... 96
xiv
Tabela 93 Produção de massa seca (2 cortes) da cultura da Brachiaria brizantha, semeada
em conjunto com a cultura do arroz (Sistema Santa - sucessão safra forrageira), em
área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto. Selvíria MS (2008). ..................................................................................................... 97
Tabela 94 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura da Brachiaria brizantha, semeada em conjunto com a cultura do
arroz (Sistema Santa Fé - sucessão safra forrageira), por ocasião de sua roçagem, em área
irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto. Selvíria MS (2008). ..................................................................................................... 97
Tabela 95 Produção de massa seca (2 cortes) da cultura do guandú, em área irrigada por
pivô central (1º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). ............................................................................ 98
Tabela 96 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do guandú, em área irrigada por pivô central (1º ano de
experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 98
Tabela 97 – Produção de massa seca (1 corte) da cultura do guandú, em área irrigada por pivô
central (3º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 99
Tabela 98 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do guandú, em área irrigada por pivô central (3º ano de
experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 99
Tabela 99 Produção de massa seca da cultura do milheto (1º ano - sucessão safra safrinha),
em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ....................................................................................... 100
Tabela 100 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do milheto (1º ano - sucessão safra safrinha), por ocasião de sua
roçagem, em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). .......................................................................... 100
Tabela 101 – Produção de massa seca da cultura do milheto (2º ano - sucessão safra safrinha),
em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ....................................................................................... 101
Tabela 102 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do milheto (2º ano - sucessão safra safrinha), por ocasião de sua
roçagem, em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). .......................................................................... 101
Tabela 103 – Produção de massa seca da cultura do milheto (sucessão safra adubo verde), em
área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto. Selvíria MS (2008). ................................................................................................... 102
Tabela 104 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos
vegetais da cultura do milheto (sucessão safra adubo verde), por ocasião de sua roçagem,
em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ....................................................................................... 102
Tabela 105 Custo operacional total, receita bruta e receita líquida de algumas sucessões de
culturas, após a aplicação de dois corretivos do solo, em área de sequeiro. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................. 104
Tabela 106 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra
forrageira, sem aplicação de corretivos do solo, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008). ... 121
xv
Tabela 107 – Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra safrinha,
sem aplicação de corretivos do solo, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008). .................... 122
Tabela 108 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra pousio,
sem aplicação de corretivos do solo, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008). .................... 124
Tabela 109 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra adubo
verde, sem aplicação de corretivos do solo, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008). .......... 125
Tabela 110 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra
forrageira, após a aplicação de calcário dolomítico, em área de sequeiro. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................. 126
Tabela 111 – Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra safrinha,
após a aplicação de calcário dolomítico, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008). .............. 127
Tabela 112 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra pousio,
após a aplicação de calcário dolomítico, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008). .............. 129
Tabela 113 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra adubo
verde, após a aplicação de calcário dolomítico, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008). .... 130
Tabela 114 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra
forrageira, após a aplicação de silicato de cálcio e magnésio, em área de sequeiro.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................. 131
Tabela 115 – Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra safrinha,
após a aplicação de silicato de cálcio e magnésio, em área de sequeiro. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................. 132
Tabela 116 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra pousio,
após a aplicação de silicato de cálcio e magnésio, em área de sequeiro. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................. 134
Tabela 117 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra adubo
verde, após a aplicação de silicato de cálcio e magnésio, em área de sequeiro. Selvíria
MS (2008). .......................................................................................................................... 135
xvi
Lista de figuras
Figura 1 - Resistência à penetração e umidade do solo, em área de sequeiro, em função das
subparcelas onde foram instaladas posteriormente às sucessões indicadas. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 29
Figura 2 - Taxa de infiltração média da área de sequeiro, em função das subparcelas onde
foram instaladas posteriormente às sucessões indicadas. Selvíria MS (2008). ......................... 30
Figura 3 - Resistência à penetração e umidade do solo, em área de sequeiro, após 34 meses da
aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 34
Figura 4 - Taxa de infiltração média da área de sequeiro, após 34 meses da aplicação de
corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 35
Figura 5 - Resistência à penetração e umidade do solo, em área irrigada por picentral, em
função das subparcelas onde foram instaladas posteriormente às sucessões indicadas.
Selvíria MS (2008). ............................................................................................................... 68
Figura 6 - Taxa de infiltração média da área irrigada por pivô central, em função das
subparcelas onde foram instaladas posteriormente às sucessões indicadas. Selvíria MS
(2008). ................................................................................................................................... 69
Figura 7 - Resistência à penetração e umidade do solo, em área irrigada por pivô central, após
34 meses da aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008). ............................................................................ 73
Figura 8 - Taxa de infiltração média da área irrigada por pi central, após 34 meses da
aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008). ......................................................................................... 74
Figura 9 - Temperaturas máximas, mínimas e precipitação média durante a condução dos dois
primeiros anos agrícolas. Selvíria MS (2008). ...................................................................... 120
1
RESUMO
O sistema plantio direto é uma prática conservacionista vegetativa que preconiza o não
revolvimento do solo, sua cobertura por massa seca e a utilização de sucessão de culturas.
Depois de instalado, inicia-se um contínuo acúmulo de massa seca e fertilizantes na superfície
do solo, acelerando seu processo de acidificação, afetando diretamente o desenvolvimento das
culturas, fazendo-se necessária a correção de sua acidez. Em sistema plantio direto, a
aplicação de materiais corretivos é realizada superficialmente sem prévia incorporação,
muitas vezes reduzindo sua eficácia, que pode ser facilitada utilizando-se produtos com maior
solubilidade aliados à sucessão de culturas. Assim, o experimento foi desenvolvido em área
experimental da UNESP – Campus de Ilha Solteira, localizada no município de Selvíria (MS),
de 2004 a 2007, em um Latossolo Vermelho distroférrico, objetivando avaliar os efeitos da
aplicação de corretivos de acidez, em sistema plantio direto estabelecido, em conjunto com
a adoção de diferentes sucessões de culturas, ao longo de três anos, sobre as características
físicas, movimentação de bases, correção da acidez do solo, bem como as alterações
proporcionadas na produtividade das culturas, em região de inverno seco, em condição de
sequeiro e de irrigação via pivô central. Dessa forma a semeadura das culturas de verão foi
realizada nos meses de novembro de 2004, 2005 e 2006; as culturas de outono/inverno
foram semeadas em abril/maio. A adubação levou em conta as características químicas do
solo e as exigências médias de cada cultura. Para todas as culturas de verão, o delineamento
experimental foi em blocos casualisados com parcelas subdivididas e 4 repetições. para as
culturas de outono, inverno e primavera, o delineamento seguido foi em blocos casualisados,
com 8 repetições. Assim, as parcelas foram constituídas por 3 modalidades de correção (I
Correção com calcário dolomítico; II – Correção com silicato; III Sem correção) e as
subparcelas por 4 sucessões de culturas (I – Milho + Brachiaria brizantha / Soja + Brachiaria
brizantha / Arroz + Brachiaria brizantha; II Milho / Feijão / Milheto / Soja / Triticale /
Milheto / Arroz / Feijão; III Milho / Pousio / Soja / Pousio / Arroz / Pousio; IV Milho /
Guandú / Soja / Milheto / Arroz / Guandú). Para efeito de análise em blocos casualisados com
parcelas subdivididas foram considerados ambos os fatores (modalidades de correção do solo
e sucessões de culturas). Para análise em blocos casualisados, foi considerado como
tratamento apenas as modalidades de correção. Foram realizadas avaliações de produção de
massa seca e produtividade de cada uma das culturas. Foi realizada prévia caracterização
física antes da instalação e após o termino do experimento. Antes da instalação do
experimento, foi realizada a caracterização química geral do solo da área experimental (0-0,20
m). Após 6, 18 e 34 meses após a aplicação dos corretivos, foram realizadas caracterizações
químicas nas camadas de 0-0,05 m, 0,05-0,10 m, 0,10-0,20 m e 0,20-0,40 m. A análise de
custo de produção para cada um dos tratamentos foi realizada ao término do experimento. As
propriedades físicas do solo indicam que ambas as áreas (sequeiro e irrigada) são
homogêneas, no que diz respeito à porosidade, densidade, infiltração e resistência à
penetração do solo, mesmo após 3 anos de experimentação. De acordo com os resultados,
para a região de Ilha Solteira, não se recomenda o cultivo em safrinha e na época de inverno,
sem a utilização de irrigação suplementar, dada a grande possibilidade de estresse hídrico,
decorrente de veranicos, característicos da região. Após 34 meses, a aplicação de corretivos
superficialmente ou a adoção de diferentes sucessões de culturas não modifica a porosidade
do solo (macroporosidade e microporosidade), bem como densidade do solo, resistência do
solo à penetração e velocidade básica de infiltração. Após 18 meses da aplicação superficial
de calcário dolomítico e de silicato de cálcio e magnésio em sistema plantio direto conclui-se
que ambos são eficientes na correção da acidez na camada superficial (0-0,05m), com seus
efeitos se estendendo até a camada de 0,10-0,20m, após 34 meses da aplicação dos corretivos.
2
Em área de sequeiro, os teores de Ca na camada de 0,05-0,10m são elevados após 18 meses
da aplicação dos corretivos. em área irrigada esse incremento é observado até a camada de
0,10-0,20m, permanecendo assim a34 meses após aplicação; Em solos com bons níveis de
fertilidade, a aplicação dos corretivos não altera a produtividade das culturas de verão (milho,
soja e arroz), tanto em área de sequeiro, como em área irrigada; Em área de sequeiro, feijão e
triticale respondem à aplicação do silicato. em área irrigada, a produtividade das mesmas é
incrementada mediante utilização de ambos os corretivos; De modo geral, o milheto responde
à aplicação de corretivos de acidez, diferentemente ao feijão guandú; Do ponto de visto
econômico, para regiões com elevado déficit hídrico e sem condições de suplementação
hídrica, recomenda-se apenas 1 cultivo durante o ano, ou seja, o cultivo das águas com
semeadura em novembro/dezembro, ou seja, a adoção da sucessão safra-pousio (milho-
pousio-soja-pousio-arroz-pousio).
Termos para indexação: Sucessão de culturas, sucessão de culturas, calcário dolomítico,
silicato de Ca e Mg e custo de produção.
3
SUMMARY
No tillage system is a conservationist practice that advocates the non-revolving soil, its
coverage by dry matter and crop rotation. After installed, starts a continuous dry matter
fertilizers accumulation in soil surface, accelerating acidity process, directly affecting crop
development, making necessary acidity correction. In no-tillage system, correctives materials
application is made superficially without previous incorporation, sometimes reducing your
effectiveness, which can be facilitated using products with more solubility alies crop
succession. Thus, the experiment was carried out in a UNESP Ilha Solteira Campus
experimental area, in Selviria county, from 2004 to 2007, on a Haplorthox, aiming to evaluate
lime surface application effects, in a established no-tillage system, with the adoption of crop
succession, beyond three years, on physical properties, cations movement, soil acidity
correction, and crop productivity, in a dry winter region, in dry condition and irrigated
condition. This way, the summer crops was sowing in 2004, 2005 and 2006 November;
autumn/winter crops was sowing in 2005, 2006 and 2007 April/May. The fertilizer was
applied in the sowing rows according to the soil analysis and recommendations for each crop.
For the summer crops, it was used a randomized complete block design, in split-plot scheme,
and four replications. For the autumn, winter and spring crops, it was used a randomized
complete block design and eight replications. Thus, the plots was composed by three (3)
correction modalities (I dolomitic lime correction; II calcium and magnesium silicate
correction; III – without correction) and the subplots composed by four (4) crop successions (I
– Corn + Brachiaria brizantha / Soybean + Brachiaria brizantha / Rice + Brachiaria
brizantha; II Corn / Common Bean / Millet / Soybean / Triticale / Millet / Rice / Common
Bean; III Corn / Fallow / Soybean / Fallow / Rice / Fallow; IV Corn / Pigeon pea /
Soybean / Millet / Rice / Pigeon pea). For the randomized complete block design, in split-plot
scheme analysis was considerate both factors (soil correction modalities and crop succession).
For the randomized complete block design analysis, was considered as a treatment only the
correction modalities. The following variables were evaluated: shoot dry matter yields at full-
flowering and crop productivity for each ones. It was made a previous physical
characterization before the experiment installation and after his finish. Before the experiment
installation, it was made a general soil chemical characterization of the experimental area (0-
0.20m). After 6, 18 and 34 months after the corrective application, soil chemical
characterizations were performed in 0-0.05m, 0.05-0.10m, 0.10-0.20m and 0.20-0.40m layers.
Cost production analysis for each treatments was made at the end of the experiment. The soil
physical properties indicate that both areas (non-irrigated and irrigated) are homogeneous, in
relation to soil porosity, density, infiltration and penetration resistance, even after 3 years of
experimentation. For the Ilha Solteira region even safrinha and winter cultivation is not
recommended, without supplemental irrigation, because there’s a great possibility of water
stress, caused by veranicos, characteristic of the region. After 34 months, correctives surface
application or crop succession adoption does not modify soil porosity (macro and micro), soil
density, penetration resistance and infiltration rates. After 18 months of dolomitic lime and
calcium and magnesium silicate surface application in no-tillage system it conclude that both
are effective in correcting the surface layer acidity (0-0.05m), with effects extending up to
0.10-0.20m layer, after 34 months. In non-irrigated area, Ca contents in 0.05-0.10m layer are
high after 18 months of applying correctives. This increase in irrigated area is observed in
0.10-0.20m layer yet, and remained so until 34 months after application; In high fertility soils,
the corrective application does not modify the summer crops productivity (corn, soybean and
rice), both in non-irrigated area, as in irrigated area; In non-irrigation area, common bean and
triticale respond to calcium and magnesium silicate application. Already in irrigated area,
both productivity is enhanced by both correctives; Generally, the millet responds to acidity
4
correctives application, unlike pigeon pea; In economic terms, areas with high water deficit
and unable to supplemental water, it is recommended only one (1) crop during the year, which
would be wet season sowing in November/December. Thus, it recommended the adoption of
safra fallow succession (corn-fallow-soybean-fallow-rice-fallow).
Index terms: Crop succession, dolomitic lime, Ca and Mg silicate and production cost.
5
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos 10 anos o sistema plantio direto tem sido um dos responsáveis pelo
significativo aumento da produtividade e a continuidade da exploração agrícola dos solos
brasileiros. Para sua implantação e condução de forma sustentável, é indispensável à rotação
de culturas de forma a proporcionar a manutenção permanente de uma quantidade mínima de
massa seca na superfície do solo, a qual é função do tipo de resíduo, grau de trituração,
quantidade, composição química (principalmente a relação C/N) e grau de contato com o solo.
De fato, a maior limitação para a sustentabilidade do sistema plantio direto na grande
maioria do território do Estado de São Paulo e na maior parte do Brasil Central é a baixa
produção de massa seca no período de outono/inverno e inverno/primavera, tanto das espécies
utilizadas para adubação verde e cobertura do solo, como das culturas graníferas, em razão
das condições climáticas desfavoráveis, notadamente baixa disponibilidade hídrica,
caracterizando essas regiões como de inverno seco. Assim, devido à rápida decomposição da
massa seca de leguminosas como a soja e o feijão, principalmente em cultivos de verão, e a
alta probabilidade de insucesso das culturas de safrinha, muitas áreas, nessas regiões, ficam
ociosas durante sete meses do ano, com quantidades ínfimas de massa seca, comprometendo a
viabilidade e sustentabilidade do sistema plantio direto. Para minimizar este problema alguns
agricultores na região Centro-Oeste iniciaram o cultivo consorciado de culturas como o milho,
a soja, o arroz, o feijão e o sorgo, com plantas forrageiras, notadamente a Brachiaria
brizantha e Panicum maximum, semeadas concomitantemente ou quando as culturas
graníferas estão em adiantado estádio de desenvolvimento, favorecendo a produção de
massa seca e, por conseguinte proteção do solo.
A proteção da superfície do solo é especialmente importante para a manutenção das
propriedades físicas e a atividade de microrganismos que, uma vez constituídos na matéria
orgânica, promovem a liberação de determinados elementos, como o nitrogênio e fósforo,
contribuindo para a absorção destes nutrientes pelo sistema radicular das plantas. Por outro
lado, o não revolvimento do solo no sistema plantio direto e o conseqüente acúmulo de massa
seca e fertilizantes na superfície aceleram o processo de acidificação. Assim como ocorre em
sistemas de preparo do solo convencionais, existe necessidade de restabelecimento da
fertilidade do solo, sendo primordial a aplicação de materiais corretivos da acidez, bem como
de fertilizantes.
A aplicação de corretivos é uma prática usual e essencial para a garantia do sucesso da
produtividade das culturas, tendo como benefício a neutralização da acidez do solo, o
fornecimento de cálcio e magnésio e a redução da toxidez de alumínio, proporcionando
máxima disponibilidade relativa de nutrientes,
Quando aplicados no solo, a reação dos corretivos de modo geral é restrita a uma
pequena distância do local da aplicação, assim, o benefício máximo é obtido com a aplicação
antecipada, distribuição uniforme e maior profundidade de incorporação. Contudo, a técnica
tradicional de correção de acidez, mediante incorporação de calcário ao solo com aração e
gradagem, se contrapõe aos fundamentos do sistema plantio direto, podendo interferir
6
negativamente nos benefícios proporcionados pela ausência de preparo do solo. Dessa forma,
no sistema plantio direto, a aplicação de corretivos tem sido realizada mediante a aplicação do
calcário na superfície do solo, sem incorporação. Porém, esse método de aplicação de
corretivos, ainda é bastante questionado, pois se sabe que o calcário é um produto que
apresenta baixa solubilidade em água e baixa reatividade, o que teoricamente dificultaria sua
reação.
Outro problema relacionado à aplicação de calcário em superfície, em sistema plantio
direto, é a correção da acidez do subsolo, que limita, em muitos casos, o crescimento radicular
e conseqüentemente a absorção de água e nutrientes pelas culturas, pois a aplicação de
corretivos dificilmente corrige a acidez e a deficiência de cálcio em subsuperfície. Além
disso, sabe-se que há movimentação do cálcio no perfil do solo auxiliado pelos ânions
resultantes da reação de corretivos ou da decomposição da massa seca, ou seja, os ácidos
orgânicos e os íons SO
4
-2
e NO
3
-
, que ligados ao cálcio fazem com que seja levado nas
camadas subsuperficiais. Mas a intensidade com que o fenômeno ocorre, assim como suas
condicionantes, não são bem conhecidas. Provavelmente, os mecanismos que levam o cálcio
para a subsuperfície dos solos devem estar ligados aos tipos de massa seca das plantas que são
utilizadas em sistema de plantio direto, levando assim a diferentes resultados.
No Brasil, o material mais utilizado como corretivo de acidez do solo é o calcário. No
entanto, os silicatos provenientes das escórias de aciaria são materiais que se comportam de
forma semelhante aos calcários, podendo ser utilizados como corretivo, pois além de
promoverem elevação do pH, dos teores de cálcio e de magnésio trocável, da disponibilidade
de fósforo, e redução de toxidez de ferro, manganês e alumínio, são fontes de silício para as
plantas. O silício atualmente é considerado um micronutriente, proporcionando efeitos
benéficos para algumas culturas, principalmente gramíneas, em especial o arroz. A utilização
desses materiais no sistema plantio direto, aliada à uma rotação de culturas viável, pode ser
uma alternativa interessante no processo de correção de acidez do solo, visto que, algumas
escórias apresentam maior solubilidade que o calcário, promovendo, dessa forma, efeito
corretivo em profundidade e em menor tempo.
7
2. OBJETIVOS
O trabalho partiu da seguinte hipótese: As diferentes suceses de culturas, ao longo
de três anos, proporcionariam, concomitantemente ao uso de dois tipos de corretivos, a
neutralização da acidez em superfície e subsuperficie, em sistema plantio direto
estabelecido ?
Assim, o objetivo deste experimento foi avaliar os efeitos da aplicação de corretivos
de acidez, em sistema plantio direto estabelecido, em conjunto com a adoção de diferentes
sucessões de culturas, ao longo de três anos, sobre as características físicas, movimentação de
bases, correção da acidez do solo, bem como as alterações proporcionadas na produtividade
das culturas, em região de inverno seco, em condição de sequeiro e de irrigação via pivô
central.
8
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. Correção da acidez do solo
A baixa fertilidade de um solo ácido pode ser corrigida tanto pela aplicação de
corretivos quanto pela adição de um adubo verde, especialmente em solos de cargas
dependentes do pH (Hunter et al., 1995), que é uma medida direta de acidez do solo; para as
culturas de soja, feijão, milho e trigo o pH ideal está em torno de 6,0
(Fageria & Zimmermann, 1998), no entanto, sabe-se que o pH médio dos solos de cerrado
está em torno de 5,0 (Lopes, 1983) e, portanto, é necessária a correção dos solos da região dos
cerrados. Assim, a aplicação de corretivos é prática usual na correção da acidez do solo e
quando realizada de modo adequado, eleva o pH e a saturação por bases do solo, além de
fornecer Ca e Mg, sendo que a elevação do pH tem influência direta na redução da toxidez de
Al, podendo alterar positivamente a disponibilidade de nutrientes para as plantas (Azevedo
et al., 1996; Miranda & Miranda, 2000).
Normalmente a aplicação de corretivos é realizada de forma antecipada à semeadura
das culturas, havendo uma prévia incorporação para que sua eficiência seja aumentada (Raij
et al., 1986), com auxílio de grades e/ou arados, sendo essa variável de acordo com a
tecnologia do produtor, contrapondo os conceitos do sistema plantio direto.
O sistema plantio direto é uma das melhores alternativas para a manutenção da
sustentabilidade dos recursos naturais, na utilização agrícola dos solos tropicais e subtropicais.
Dentro desse sistema, a o movimentação do solo promove modificações químicas no solo
em função do acúmulo de massa seca, corretivos e fertilizantes na sua superfície, ocorrendo
de forma gradual e progressiva, a partir da superfície do solo, afetando tanto a disponibilidade
de nutrientes quanto o processo de acidificação do solo (Sidiras & Pavan, 1985; Rheinheimer
et al., 1998).
Em áreas anteriormente cultivadas no sistema convencional de preparo do solo ou sob
pastagens, tem sido observada a aplicação do calcário sem sua incorporação prévia (Caires et
al., 1998, 1999; Rheinheimer et al., 2000; Soratto, 2005), o que pode ser feito desde que o
haja impedimento físico ao crescimento radicular. As vantagens desse procedimento estão
relacionadas principalmente ao maior controle da erosão e economia nas operações de preparo
do solo e incorporação de corretivos (Caires et al., 2003). Por outro lado, existem dúvidas
quanto à eficiência desta prática (Sá, 1995), quando realizada na superfície do solo, uma vez
que os corretivos à base de carbonatos de cálcio e magnésio são pouco solúveis em água,
tendo os produtos de sua reação com o solo mobilidade limitada no perfil (Caires et al., 1998;
Pavan & Oliveira, 2000), com seus benefícios se restringindo às camadas superficiais do solo
(Ritchey et al., 1982; Caires et al., 1998, 2004, 2006), porém alguns pesquisadores têm
demonstrado que os benefícios acima citados podem ocorrer na subsuperfície do solo
(Oliveira & Pavan, 1996; Caires et al., 1996, 1998, 1999, 2000; Rheinheimer et al., 2000;
Franchini et al., 2000).
9
A neutralização da acidez em profundidade também pode ser atribuída à liberação de
compostos orgânicos hidrossolúveis de baixa massa molar (ácidos orgânicos) pela massa seca,
antes do início da decomposição microbiana (Oliveira & Pavan, 1996; Caires et al., 1999;
Franchini et al., 1999a, 1999b, 2001, 2003). Isso reforça a idéia de que a adoção da
rotação/sucessão de culturas é fundamental não só para a manutenção do aporte necessário de
massa seca, mas também como ferramenta auxiliar na movimentação dos produtos da
dissolução do calcário. Assim, alguns autores concluíram que desde que o solo esteja coberto
por grandes quantidades de resíduos de plantas, o calcário aplicado superficialmente consegue
mover o cálcio para a subsuperfície, bem como aumentar o pH e reduzir os teores de (Pavan
& Miyazawa, 1998; Miyazawa et al., 1998; Ziglio et al., 1999). Em função da elevação do pH
do solo, há geração de cargas negativas variáveis, as quais adsorvem cátions básicos (K
+
, Ca
2+
e Mg
2+
), dificultando o deslocamento dos mesmos (Caires et al., 2004).
A formação de pares iônicos entre os cátions do solo e os compostos inorgânicos pode
ocorrer com os próprios produtos da dissolução do corretivo ou de ânions liberados pela
exsudação radicular na rizosfera como OH
-
e HCO
3
-
, além de outros ânions como nitrato
(NO
3
-
), sulfato (SO
4
2-
) e cloreto (Cl
-
), provenientes da mineralização de adubos ou da
decomposição de resíduos vegetais do solo pelos microrganismos, na camada superficial
(Rosolem et al., 2003).
Por outro lado, em experimento quantificando a contribuição da massa seca de plantas
de cobertura para a movimentação dos produtos da dissolução do calcário aplicados em um
Latossolo Vermelho textura muito argilosa, Moraes et al. (2007) concluíram que a aplicação
de corretivos, isolada ou em associação com massa seca de nabo forrageiro, aveia-preta, sais
neutros e sais orgânicos, promoveu a neutralização da acidez e do alumínio no solo somente
na camada superficial (0–8 cm). Além disso, notaram que a presença de plantas de cobertura,
sais neutros e ácidos orgânicos por si não consegue neutralizar a acidez do solo,
corroborando os dados apresentados por Caires et al. (2006), que observaram em Latossolo
Vermelho distrófico, textura argilo-arenosa, que o resíduo de aveia preta mantido na
superfície do solo em quantidades usualmente produzidas nas lavouras em plantio direto não
ocasionou benefícios à ão da aplicação de corretivos na correção da acidez em
subsuperfície. Assim, a mobilidade dos produtos da dissolução do calcário é dependente de
outros fatores, como a formação de canais pelas raízes de plantas, como a braquiária (Petrere
& Anghinoni, 2001), canais estes mantidos intactos pela ausência de preparo do solo (Amaral
et al., 2004) ou então pelo aumento da fauna responsável pela abertura de canais contínuos,
pelos quais pode ocorrer movimentação física do calcário aplicado superficialmente (Oliveira
& Pavan, 1996). De acordo com Almeida et al. (2007), a relação entre a fauna edáfica, manejo
do solo e calagem, em um Cambissolo, é sensível às alterações advindas do manejo do solo,
se beneficiando em sistema plantio direto, mas sem correlação direta com as modificações
químicas decorrentes da calagem.
Dessa forma, para que haja movimentação dos produtos da dissolução dos corretivos
aplicados superficialmente, em sistema plantio direto estabelecido, são necessários canais
formados pela decomposição das raízes das plantas, macrofauna do solo ou resíduos vegetais,
os quais liberam compostos orgânicos hidrossolúveis de baixa massa molar ou ainda utilizar
corretivos mais solúveis.
O calcário é o material corretivo mais utilizado no Brasil, entretanto, outros materiais
podem ser utilizados como corretivos de acidez, desde que contenham um constituinte
neutralizante (Alcarde, 1985). Um exemplo seriam os silicatos provenientes das escórias de
aciaria, os quais são materiais que se comportam de forma semelhante aos calcários, podendo
ser utilizados como corretivo da acidez do solo, pois além de promoverem os benefícios do
calcário (Korndörfer et al., 2002), fornecem silício às plantas (Alcarde, 1992). Uma
observação interessante são os benefícios do micronutriente silício (Brasil, 2004) para as
10
gramíneas como um todo, permitindo que as mesmas consigam acumular grandes quantidades
deste elemento na epiderme foliar, aumentando a resistência da parede celular e assim
diminuindo a perda de água por evapotranspiração, aumentando a tolerância a pragas e
doenças e a eficiência fotossintética (Barbosa Filho et al., 2000; Korndörfer et al., 2002).
Assim, esses materiais podem ser uma alternativa interessante no processo de correção de
acidez do subsolo, visto que possuem solubilidade mais elevada que o carbonato de cálcio
(CaCO
3
= 0,014 g dm
-3
; CaSiO
3
= 0,095 g dm
-3
) (Alcarde, 1992). Dessa forma, esses
corretivos seriam uma boa opção para aplicações superficiais, promovendo, dessa forma,
efeito corretivo em profundidade e em menor tempo.
O tempo de reação do calcário, assim como seus benefícios é variável de acordo com a
região e tipo de solo. Assim, a diminuição do Al trocável e o aumento do pH do solo, até 0,40
m de profundidade, 32 meses após a aplicação de calcário na superfície foram constatados por
em Latossolo Vermelho, na região de Ponta Grossa (PR), em sistema plantio direto
estabelecido cerca de um ano (Oliveira & Pavan, 1996). Em solo semelhante e na mesma
região, Caires et al. (1999) observaram aumento nos valores de pH e nos teores de Ca e Mg,
além da diminuição do Al trocável, até a profundidade de 0,40 m, 18 meses após a aplicação
de calcário em superfície, em um solo sob plantio direto 15 anos. Lima (2004), em um
Nitossolo Vermelho distrófico, textura argilosa, na região de Botucatu (SP), verificou
aumento do pH e da saturação por bases até a profundidade de 0,40 m, com apenas cinco
meses após a aplicação do calcário, na implantação do sistema plantio direto.
Por outro lado, vários trabalhos indicam que a reação do calcário é restrita a pequenas
distâncias do local de aplicação. Assim, trabalho desenvolvido região de Botucatu, em um
Latossolo Vermelho distroférrico, permitiu concluir que houve efeito da aplicação de
corretivos superficial na diminuição da acidez potencial e elevação do pH, apenas na camada
superficial (0-0,05 m), dez meses após a aplicação do corretivo, na implantação do sistema
plantio direto (Barizon, 2001). Na mesma região, Mello et al. (2003) destacam que os
atributos químicos do solo (pH, H+Al, Ca e Mg) foram alterados positivamente doze meses
após a aplicação do calcário, apenas na camada superficial (0,00-0,10m). Além disso, em
outras regiões com regimes hídricos distintos, relatos que o efeito da aplicação de calcário,
se restringiu às camadas de 0-0,10 m, doze meses (Caires et al., 1998) e 30 meses (Alleoni et
al., 2005), e 0-0,05 m, 34 meses após a aplicação de corretivo na superfície (Pöttker & Ben,
1998), no sistema plantio direto consolidado, evidenciando que ainda existem muitas dúvidas
quanto à eficiência dessa prática.
Apesar das ressalvas quanto à eficiência da aplicação de corretivos em sistema plantio
direto, vários experimentos indicaram aumento de produtividade de soja, milho e trigo em
função da aplicação de calcário, em sistema plantio direto estabelecido (Oliveira & Pavan,
1996, Sá, 1999; Caires et al., 2000; Caires et al., 2004).
3.2. Sucessão de culturas
Na maioria das regiões do Brasil, principalmente nas que possuem distribuição de
chuvas irregular, normalmente é realizado apenas um cultivo, na estação chuvosa do ano,
deixando-se o solo descoberto e sujeito às intempéries climáticas o resto do ano, o que
aumenta a erosão e conseqüente perda de nutrientes por lixiviação (Gassen & Gassen, 1996),
sendo esta perda relacionada às condições climáticas da região e das culturas utilizadas.
Todo cultivo é uma sucessão de culturas, entretanto, apenas respeitando essas
premissas é que se pode denominar uma sucessão de culturas de rotação de culturas.
A rotação de culturas é um manejo conservacionista, que consiste em alternar espécies
vegetais ao longo dos anos em uma mesma gleba ou talhão. Inúmeras vantagens m sido
relacionadas à sucessão, dentre elas a diversificação de renda, melhor aproveitamento das
11
máquinas, variação no tipo e na profundidade utilizada pelos sistemas radiculares, controle de
plantas daninhas, pragas e doenças, fixação de nitrogênio pelas leguminosas, efeitos
alelopáticos, redução das perdas de água e de solo, além de aumento na produtividade
(Derpsch et al., 1991). Calegari (2000) infere que a rotação de culturas é a alternância de
espécies vegetais na mesma estação em determinada área, observando-se um período mínimo
sem o cultivo da mesma espécie na mesma área. Ademais, Adegas (1997) cita que esta
alternância regular e ordenada de culturas em seqüência temporal numa determinada área
dificulta a instalação de plantas invasoras. O fato ocorre pelas características das culturas
utilizadas em uma rotação de culturas, como rapidez de crescimento, eficiência na ocupação
do espaço do solo, sombreamento e liberação de substâncias alelopáticas.
A escolha da espécie que será semeada em sucessão dentro de uma rotação de culturas
é determinante para o sucesso do sistema plantio direto (Argenta et al., 2001; Oliveira et al.,
2002). E depende da manutenção de sistemas capazes de gerar quantidades de massa seca
suficientes para manter o solo coberto durante todo o ano (Ceretta et al., 2002). No entanto, a
produção de massa seca para o sistema plantio direto no cerrado brasileiro, está sujeita
principalmente às condições de umidade e temperatura elevadas em boa parte do ano, as quais
causam a pida decomposição da massa depositada sobre o solo. Caso não haja esta
manutenção, o sistema de cultivo, compreendido como rotação e sucessão de culturas, o
influenciará, em geral, as propriedades físicas do solo, tanto em sistema plantio direto quanto
no preparo convencional e, além disso, os efeitos benéficos do sistema plantio direto e da
rotação não ocorrerão da forma esperada. (Bertol et al., 2004).
Experimentos realizados por Silveira (2002) objetivando avaliar os efeitos da rotação
de culturas sobre o feijoeiro, no cerrado brasileiro, constataram que a rotação arroz
consorciado com calopogônio proporcionou os maiores produtividades do feijoeiro nos seis
anos de cultivo. De acordo com os autores a inclusão de leguminosas melhorou as
características físicas, químicas e biológicas do solo, além do mais as rotações com
leguminosas determinaram os maiores incrementos de nitrogênio total no solo. De modo
geral, os piores produtividades do feijoeiro foram alcançados nas rotações milho-feijão e
milho-feijão-milho-feijão-arroz-feijão. A menor produtividade do feijoeiro após o milho foi
atribuída, em parte, à deficiência de nitrogênio, devido à maior competição dos
microorganismos, para com o nutriente, durante a decomposição da massa seca de milho.
Para a cultura do milho, a rotação de culturas é uma das práticas de cultivo de grande
importância porque evita a incorporação contínua de restos com elevada relação C/N
(Embrapa, 1996). Da mesma forma, experimento desenvolvido por Silveira (2002) na região
dos cerrados testando alternância de cultivos, destaca que houve aumento de produtividade do
milho em cultivos bienais.
Estudando a rotação para a cultura do milho, Mascarenhas et al. (1998), constataram
que o uso de soja, arroz, crotalária em qualquer esquema foi mais produtivo que o
monocultivo do milho. Já Derpsch et al. (1991) constataram que depois do cultivo de soja e
tremoço sem adubação nitrogenada, houve considerável aumento no produtividade de milho
quando comparado à produção em monocultura e pousio de inverno.
Para a soja, Santos et al. (1998) verificaram que os menores valores de produtividade
de grãos e altura da inserção de vagens da soja estão relacionados diretamente às
características da cultura antecessora. Outro fator que deve ser levado em consideração é o
aumento do produtividade das culturas quando cultivadas em intervalos maiores na mesma
área, conforme observado por Silveira (2002), na região dos cerrados, que constataram
aumento de produtividade da soja em cultivos bienais.
A adubação verde é a prática de cultivo e incorporação de plantas, produzidas no local
ou adicionadas, com a finalidade de manter os teores de matéria orgânica e nutrientes dos
solos, indo ao encontro a tendência mundial da busca de alimentos mais saudáveis,
12
provenientes da agricultura orgânica ou produzidos com a mínima utilização de insumos
químicos e degradação do meio ambiente (Silva et al., 1999). Uma das principais limitações
ao uso da adubação verde na região dos cerrados está relacionada à época de semeadura dos
adubos pelo prejuízo que poderá causar à produção da cultura comercial e, segundo Pereira et
al. (1985), seu uso pode ser viabilizado com a semeadura no final da estação chuvosa, em
rotação à cultura.
A rotação utilizando-se adubos verdes e o arroz pode ser benéfica pela utilização do
nitrogênio residual por esta cultura. O fato foi comprovado por Mascarenhas et al. (1998), que
demonstraram que o arroz apresentou maior produção quando sucedeu soja e crotalária, no
segundo ano de cultivo, do que quando sucedeu somente a soja, indicando efeito positivo
adicional do adubo verde, no caso a crotalária, sobre o arroz. Vários autores citam que a
adubação verde pode provocar incrementos na produção de culturas subseqüentes em até 65%
em relação a cultivos contínuos. (Miyasaka et al., 1965; Ferraz et al., 1977; Tanaka et al.,
1992; Rodrigues Filho et al., 1996). Silva (1998) destaca que o monocultivo de arroz, em
decorrência de seu sistema radicular fasciculado e superficial, acaba explorando o solo
continuamente a uma mesma profundidade, diminuindo o estoque de nutrientes na camada
arável (0,00 – 0,20m), onde estão concentradas as raízes, além de degradar a estrutura do solo,
compactando-o e reduzindo sua porosidade.
Entre as diversas leguminosas que se utilizam para adubação verde na região dos
cerrados, destacam-se: mucuna-preta (Mucuna aterrima), guandú (Cajanus cajan), crotalárias
(Crotalaria juncea, Crotalaria ochroleuca, Crotalaria paulina e Crotalaria spectabilis),
feijão-bravo-do-ceará (Canavalia brasiliensis), feijão-de-porco (Canavalia ensiformis),
estilosantes (Stylosanthes guianensis) (Pereira & Peres, 1986; Pereira et al., 1985), além do
milheto (Pennisetum glaucum) que vem se destacando no sistema plantio direto de soja no
Centro-Oeste, onde é semeado em agosto, sendo dessecado no início de novembro.
O guandú, de ciclo anual ou perene, é uma leguminosa forrageira comumente semeada
nas regiões tropicais e subtropicais. Adaptada a ampla faixa de precipitação, mostra-se
resistente à seca, desenvolvendo-se melhor em temperaturas mais elevadas (Seiffert &
Thiago, 1983). Durante a estação seca, na região dos cerrados, torna-se caducifólia devido à
severa deficiência hídrica registrada na região nesse período (Pereira et al., 1985).
Comparando diferentes adubos verdes, Alvarenga (1993) concluiu ser o guandú a espécie de
maior potencial para penetração de raízes no solo, maior produção de massa seca e maior
quantidade de nutrientes imobilizados. Além do guandú, a crotalária também se destaca na
produção de massa seca (Kiehl, 1960).
O milheto é uma planta da família das gramíneas, de ciclo anual e crescimento ereto,
de alta adaptabilidade a solos de baixa fertilidade e arenosos, sendo muito resistente à seca.
Esta gramínea tem as mais diversas utilizações, como para formação de pasto, feno, silagem,
cobertura morta para o sistema plantio direto, bem como pode entrar em esquemas de
consorciação ou em rotação, principalmente com lab-lab e guandú. O milheto se constituiu
em boa opção de cultivo no inverno, em regiões de cerrado como em Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, apresentando, nesse período, área cultivada de 600.000 e 200.000 ha
respectivamente, sendo grande parte desta área cultivada, para formação de palha, para o
sistema plantio direto (Salton, 2001). O sucesso da adaptação dessa cultura nos cerrados é
devido à sua capacidade de produção de restos vegetais, além de ser uma cultura de cil
instalação e desenvolvimento e excelente forrageira. Enfatizando estas qualidades, Scaléa
(1999) o apresenta como alternativa valiosa na integração agricultura – pecuária, pois é
altamente palatável, de grande capacidade de rebrota, e bom valor nutricional. Além disso,
trata-se de uma escie de alta capacidade de extração de nutrientes com amplas vantagens de
reciclagem, principalmente nitrogênio e potássio (Kichel & Macedo, 1994).
13
Os benefícios proporcionados pela utilização dos adubos verdes nem sempre trazem
melhorias visíveis ou lucro imediato ao produtor. No entanto, a sua utilização quando de
forma racional e, se possível inserida dentro de um sistema de rotação ou sucessão de
culturas, pode trazer inúmeros benefícios às culturas subseqüentes como também ao próprio
solo, com melhorias nas suas condições físicas, químicas e biológicas.
A integração agricultura pecuária poderá viabilizar a agropecuária brasileira,
aumentando a receita do agricultor e do pecuarista, além de fornecer nutrientes para as
plantas, melhorar a fertilidade do solo, permitir a rotação de culturas, diminuir a incidência de
pragas e doenças e gerar empregos. Dentre os inúmeros benefícios desta prática estão a
recuperação eficiente da fertilidade do solo, facilidade da aplicação de práticas para a
conservação do solo, implantação de pastagens com baixos custos, melhoria nas propriedades
físicas, químicas e biológicas do solo, controle de pragas, doenças e invasoras, reciclagem dos
nutrientes do solo, aproveitamento de adubo residual, aumento na produção de grãos e
resíduos no sistema, aumento das oportunidades de trabalho, maior eficiência no emprego de
máquinas, equipamentos e mão de obra, diversificação do sistema produtivo e aumento da
produtividade e lucratividade (Kichel, 1998). Além disso, a mesma possibilita ao mesmo
tempo, melhoria da qualidade das pastagens por meio do fornecimento de nutrientes residuais
da lavoura de soja e formação de palha com relação C/N alta, proveniente da dessecação da
pastagem (Broch et al., 1997), o que é fundamental para a instalação do sistema plantio direto.
Dentro deste contexto, o gênero Brachiaria é muito utilizado nesta integração pois apresenta
sistema radicular abundante, agressivo, o que contribui para a melhoria da infiltração de água,
da agregação e da aeração do solo (Heckler et al., 1998) e, de acordo com Vilela et al. (2001),
a participação relativa de espécies do gênero Brachiaria na região dos cerrados é da ordem de
85%, sendo que a Brachiaria decumbens ocupa cerca de 55% da área total de pastagem.
A estratégia de renovação de pastagens mediante a consorciação de culturas de grãos
com capins é uma alternativa viável. Ao conjunto de técnicas criadas ou adaptadas visando
renovar as pastagens degradadas e produzir grãos simultaneamente, enfatizando sua auto-
sustentação, denominou-se Sistema Barreirão (Kluthcouski et al., 1991; Oliveira et al., 1996).
Vários trabalhos realizados constataram a viabilidade do sistema do ponto de vista técnico e
econômico (Kluthcouski et al., 1991; Portes et al., 1995; Oliveira et al., 1996; Yokoyama
et al., 1998). A redução apresentada quanto à produtividade de grãos no sistema consorciado,
em relação ao solteiro, não o inviabiliza, visto que vários outros fatores o beneficiam, em
especial a pastagem renovada. No entanto, verifica-se que mesmo com avanços na pesquisa
sobre o consorciamento de escies, questiona-se a intensidade com que cada cultura interfere
no crescimento da forrageira, na recuperação pós colheita das culturas e quais as variações
no crescimento da mesma no cultivo consorciado, em relação ao monocultivo.
14
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Localização e caracterização climática da área experimental
O experimento foi instalado em área experimental pertencente à Faculdade de
Engenharia de Ilha Solteira UNESP, localizada no município de Selvíria (MS),
apresentando como coordenadas geográficas 51º 22’ de longitude Oeste de Greenwich e 20º
22’ de latitude Sul, com altitude de 335 metros.
Segundo Köppen, o clima da região é do tipo Aw, apresentando precipitação média
anual de 1370 mm, temperatura média anual de 23,5
o
C e umidade relativa do ar entre 70 e
80% (média anual). Os dados diários referentes às temperaturas máxima, mínima e
precipitação pluvial (novembro de 2004 a outubro de 2007) estão contidos na Figura 9
(Anexos).
4.2. Caracterização química do solo e histórico da área experimental
O experimento foi conduzido em área de sequeiro, inicialmente com saturação por
bases de 51%. Da mesma forma, também foi conduzido o mesmo experimento, com irrigação
suplementar via pivô central, inicialmente com saturação por bases de 39%. As avaliações de
campo e laboratório foram as mesmas para as duas áreas no decorrer do experimento.
O solo do local é do tipo Latossolo Vermelho distrófico argiloso (Embrapa, 1999). As
áreas em que os experimentos foram instalados apresentavam-se em sistema plantio direto
9 anos.
Em outubro de 2004 foram retiradas amostras para fins de fertilidade, tanto na área de
sequeiro como na área irrigada, na camada de 0-0,20 m, para a realização de análise química
necessária para o cálculo de necessidade de aplicação de corretivos, seguindo metodologia
proposta por Raij et al. (2001), com exceção da determinação de Si (Korndörfer et al., 1999).
A área de sequeiro apresentou os seguintes resultados: P
resina
= 12 mg dm
-3
; pH (CaCl
2
)
= 5,2; M.O. = 21,7 g dm
-3
; K
= 2,8 mmol
c
dm
-3
; Ca = 18 mmol
c
dm
-3
; Mg = 11 mmol
c
dm
-3
; H
+ Al = 30 mmol
c
dm
-3
, Si (CaCl
2
) = 5 mg kg
-1
, S-SO
4
2-
= 14 mg dm
-3
e V = 51 %.
a área irrigada apresentou os seguintes resultados: P
resina
= 13 mg dm
-3
; pH (CaCl
2
)
= 4,7; M.O. = 18,6 g dm
-3
; K
= 3,9 mmol
c
dm
-3
; Ca = 15 mmol
c
dm
-3
; Mg = 9 mmol
c
dm
-3
; H
+ Al = 44 mmol
c
dm
-3
, Si (CaCl
2
) = 6 mg kg
-1
, S-SO
4
2-
= 16 mg dm
-3
e V = 39 %, na camada
de 0 – 0,20 m.
Em ambas as áreas, o controle de invasoras (plantas daninhas, tigüeras, etc.), doenças e
pragas foi realizado mediante prévias avaliações de campo, utilizando-se agroquímicos
recomendados a cada uma das culturas.
4.3. Delineamento experimental e tratamentos
Para todas as culturas de verão (milho, soja e arroz), o delineamento experimental foi
em blocos casualisados com parcelas subdivididas e 4 repetições. Para essa análise foram
15
considerados ambos as fontes de variação (modalidades de correção do solo e sucessões de
culturas).
Para as culturas de outono, inverno e primavera, o delineamento seguido foi em blocos
casualisados, com 8 repetições, considerando-se como tratamento apenas as modalidades de
correção.
Assim, as parcelas foram constituídas por 3 modalidades de correção (I Correção
com calcário dolomítico; II – Correção com silicato; III Sem correção) e as subparcelas por
4 sucessões de culturas (I Milho + Brachiaria brizantha / Soja + Brachiaria brizantha /
Arroz + Brachiaria brizantha; II – Milho / Feijão / Milheto / Soja / Triticale / Milheto / Arroz
/ Feijão; III Milho / Pousio / Soja / Pousio / Arroz / Pousio; IV Milho / Guandú / Soja /
Milheto / Arroz / Guandú).
Cada parcela e subparcela apresentaram dimensões de 216 m
2
(10,0 x 21,6m) e 54 m
2
(10,0 x 5,4 m), respectivamente. Para todas as avaliações referentes às culturas, foram
desconsideradas as linhas mais externas e 1 metro das extremidades.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F. Quando o valor
de F foi significativo ao nível de 5% de probabilidade, aplicou-se o teste de Tukey (Pimentel
– Gomes & Garcia, 2002), utilizando o software estatístico SISVAR (Ferreira, 2003).
4.3.1. Corretivos do solo
Foram utilizados como corretivos o calcário dolomítico (PRNT = 90%, CaO = 36% e
MgO = 12%) e o agrosilício (silicato de Ca / PRNT = 90%, CaO = 42%, MgO = 12% e SiO
2
= 23%). Além destes dois corretivos, houve também uma testemunha que não recebeu
correção. Em ambas as áreas, as doses dos corretivos foram calculadas objetivando elevar a
saturação por bases a 70%. Para a área de sequeiro a dose de ambos os corretivos foi de 1,30 t
ha
-1
e para a área irrigada foi de 2,47 t ha
-1
. A aplicação dos corretivos foi realizada
manualmente de maneira uniforme, no dia 21 de novembro de 2004.
4.3.2. Sucessões de culturas
Em ambas as áreas, as sucessões de culturas foram constituídas por quatro (4)
seqüências de culturas, conforme descrito abaixo.
4.3.2.1. Sucessão “safra - forrageira”
ano agrícola (2004/05)
Milho semeado em novembro de 2004;
Brachiaria brizantha semeada na adubação de cobertura do milho (6 – 7
folhas).
ano agrícola (2005/06)
Soja semeada em novembro de 2004;
Brachiaria brizantha em sobressemeadura a lanço (estádio R6 – R7 da soja).
ano agrícola (2006/07)
Arroz semeado com Brachiaria brizantha em novembro de 2004.
4.3.2.2. Sucessão “safra - safrinha”
ano agrícola (2004/05)
Milho semeado em novembro de 2004;
Feijão semeado em abril de 2005;
Milheto semeado em setembro de 2005 (cultivo de 50 dias na primavera).
ano agrícola (2005/06)
Soja semeada em novembro de 2005;
Triticale semeado em maio de 2006;
16
Milheto semeado em setembro de 2006 (cultivo de 50 dias na primavera).
ano agrícola (2006/07)
Arroz semeado em novembro de 2006;
Feijão semeado em abril/maio de 2007.
4.3.2.3. Sucessão “safra - pousio”
ano agrícola (2004/05)
Milho semeado em novembro de 2004;
Pousio (a partir da colheita do milho até novembro de 2005 - semeadura da
soja).
ano agrícola (2005/06)
Soja semeada em novembro de 2005;
Pousio (a partir da colheita da soja até novembro de 2006 - semeadura do
arroz).
ano agrícola (2006/07)
Arroz semeado em novembro de 2006;
Pousio (a partir da colheita do arroz).
4.3.2.4. Sucessão “safra - adubo verde”
ano agrícola (2004/05)
Milho semeado em novembro de 2004;
Guandú semeado em abril de 2005.
ano agrícola (2005/06)
Soja semeada em novembro de 2005;
Milheto semeado em maio de 2006.
ano agrícola (2006/07)
Arroz semeado em novembro de 2006;
Guandú semeado em abril/maio de 2007.
4.3.3. Culturas de verão
Em ambas as áreas, as culturas de verão foram semeadas e conduzidas da seguinte
forma:
4.3.3.1. Milho
A área total do experimento foi dessecada no dia 29 de novembro de 2004 utilizando-
se herbicida glifosate (1981 g ha
-1
do i.a.).
A cultura do milho foi semeada no dia 17 dezembro de 2004, utilizando-se o híbrido
AGN 3150, no espaçamento de 0,90 m entrelinhas e sementes necessárias para se obter 5 6
plantas por metro. As sementes de milho receberam tratamento com fungicida (Captan - 120g
do i.a. 100 kg de sementes
-1
).
Para a adubação de base nos sulcos de semeadura foram utilizados 250 kg ha
-1
da
formulação 08-28-16, levando-se em conta as características químicas do solo e as
recomendações para a cultura do arroz (Raij & Cantarella, 1997). No dia 18 de dezembro de
2004, foi aplicado o herbicida pré-emergente atrazine (2500 g ha
-1
do i.a.). A emergência do
milho se deu no dia 24 de dezembro de 2004. A adubação de cobertura do milho foi realizada
no dia 24 de janeiro, aplicando-se manualmente 300 kg ha
-1
de sulfato de amônio (60 kg ha
-1
de N) em filetes ao lado das linhas de plantas.
O florescimento pleno do milho ocorreu 61 dias após sua emergência e a colheita foi
realizada no dia 04 de abril de 2005. Durante a condução da cultura foram realizadas as
seguintes avaliações:
17
4.3.3.1.1. Produção de massa seca
Foi determinada por ocasião do florescimento pleno das plantas, coletando-se em local
pré-determinado na área útil de cada subparcela, 20 plantas que foram levadas para secagem
em estufa de ventilação forçada a temperatura média de 60 – 70
o
C, até atingir massa
constante, transformando-se os dados para kg ha
-1
.
4.3.3.1.2. Produtividade de grãos
Por ocasião da colheita do milho, as espigas de 2 linhas de 8 m da área útil de cada
subparcela foram coletadas e deixadas para secagem a pleno sol. Após a secagem, as mesmas
foram submetidas a trilhagem mecânica, pesando-se os grãos e os dados foram transformados
em kg ha
-1
(13% base úmida).
4.3.3.2. Soja
A área total do experimento foi dessecada no dia 18 de novembro de 2005 utilizando-
se o herbicida glifosate (1981 g ha
-1
do i.a.).
A cultura da soja foi semeada no dia 22 de novembro de 2005, utilizando-se a
variedade Conquista, no espaçamento de 0,45 m entrelinhas e sementes necessárias para se
obter 16 20 plantas por metro. As sementes de soja receberam tratamento com fungicida
(vitavax + thiram – 50 + 50 g do i.a. 100 kg de sementes
-1
).
Para a adubação de base nos sulcos de semeadura foram utilizados 220 kg ha
-1
da
formulação 04-30-10, levando-se em conta as características químicas do solo e as
recomendações para a cultura da soja (Mascarenhas & Tanaka, 1997). A emergência da soja
se deu no dia 29 de novembro de 2005.
O controle de pragas e doenças na soja foi realizado mediante aplicação de inseticida
deltametrina (7,5 g ha
-1
do i.a.) e do fungicida epoxiconazole + pyraclostrobin (25 + 67 g ha
-1
do i.a.), no dia 03 de fevereiro de 2006.
O florescimento pleno da soja ocorreu 45 dias após sua emergência e a colheita foi
realizada no dia 04 de abril de 2006. Durante a condução da cultura foram realizadas as
seguintes avaliações:
4.3.3.2.1. Produção da massa seca
Foi determinada por ocasião do florescimento pleno das plantas, coletando-se em local
pré-determinado na área útil de cada subparcela, 10 plantas que foram acondicionadas em
sacos de papel e levadas ao laboratório para secagem em estufa de ventilação forçada a
temperatura dia de 60 70
o
C, até atingir massa constante e posterior pesagem,
transformando-se os dados para kg ha
-1
.
4.3.3.2.2. Produtividade de grãos
Por ocasião da colheita da soja, foram coletadas 2 linhas de 8 metros dentro da área
útil de cada subparcela e deixadas para secagem a pleno sol. Após a secagem, as mesmas
foram submetidas a trilhagem mecânica, os grãos foram pesados e os dados transformados em
kg ha
-1
(13% base úmida).
4.3.3.3. Arroz
A área total do experimento foi dessecada no dia 25 de novembro de 2006 utilizando-
se herbicida glifosate (1981 g ha
-1
do i.a.), e no dia 30 de novembro utilizando-se ácido
diclorofenóxiacético (806 g ha
-1
do i.a.).
A cultura do arroz foi semeada no dia 6 de dezembro de 2006, utilizando-se o cultivar
IAC 202, no espaçamento de 0,34 m entrelinhas e 80 sementes viáveis por metro. As
sementes de arroz foram tratadas com tiodicarb (450 g do i.a. 100 kg de sementes
-1
).
18
Para a adubação de base nos sulcos de semeadura foram utilizados 200 kg ha
-1
de 08 -
28 - 16, levando-se em conta as características químicas do solo e as recomendações para a
cultura do arroz (Cantarella & Furlani, 1997). A emergência do arroz se deu no dia 15 de
dezembro de 2006. Aos 40 dias após a emergência das plantas realizou-se a adubação de
cobertura com 30 kg ha
-1
de N na forma de sulfato de amônio (150 kg ha
-1
) em filetes ao lado
das linhas de plantas.
O florescimento pleno do arroz ocorreu 71 dias após sua emergência e a colheita foi
realizada no dia 10 de março de 2007.
Durante a condução da cultura foram realizadas as seguintes avaliações:
4.3.3.3.1. Produção de massa seca
Por ocasião do florescimento pleno das plantas, foi realizada a coleta de plantas em
0,50 m de linha, em dois pontos na área útil de cada subparcela. As amostras foram levadas ao
laboratório, acondicionadas em sacos de papel devidamente identificados e colocadas para
secagem em estufa de ventilação forçada à temperatura média de 60-70
o
C, até atingir massa
constante e posterior pesagem, transformando os dados para kg ha
-1
.
4.3.3.3.2. Produtividade de grãos
Foi feita a colheita de três linhas centrais da área útil de cada subparcela manualmente,
e posterior trilhagem das amostras. Os grãos obtidos foram pesados e os dados transformados
em kg ha
-1
corrigidos para 13% (base úmida).
4.3.4. Culturas de outono / inverno
Em ambas as áreas, as culturas de outono/inverno foram semeadas e conduzidas da
seguinte forma:
4.3.4.1. Feijão
No primeiro ano de experimentação (2005), a área referente à sucessão “safra -
safrinha” (II) foi dessecada no dia 05 de abril de 2005 utilizando-se herbicida glifosate (1981
g ha
-1
do i.a.).
A cultura do feijão foi semeada no dia 13 de abril de 2005, utilizando-se o cultivar
Pérola, no espaçamento de 0,45 m entrelinhas e sementes necessárias para se obter 12 a 13
plantas por metro. As sementes de feijão receberam tratamento com fungicida (captan - 150g
do i.a. 100 kg de sementes
-1
).
Para a adubação de base nos sulcos de semeadura foram utilizados 220 kg ha
-1
da
formulação 08-28-16 (Ambrosano et al., 1997). No dia 14 de abril de 2005, a área referente à
sucessão “safra - safrinha” (II) foi dessecada com herbicida pós-emergente paraquat (400 g
ha
-1
do i.a.). A emergência do feijão se deu no dia 19 de abril de 2005.
O controle de pragas no feijoeiro foi realizado mediante aplicação de inseticida
lambdacialotrina (30 g ha
-1
do i.a.) nos dias 29 de abril e 16 de maio de 2005. A adubação de
cobertura do feijoeiro foi realizada no dia 19 de maio de 2005, aplicando-se 350 kg ha
-1
de
sulfato de amônio (70 kg ha
-1
de N) em filetes ao lado das linhas de plantas.
O florescimento pleno do feijoeiro ocorreu 41 dias após sua emergência e a colheita
foi realizada no dia 13 de julho de 2005.
No terceiro ano de experimentação (2007), a área referente à sucessão “safra -
safrinha” (II) foi dessecada no dia 06 de abril de 2007 utilizando-se herbicida glifosate (1981
g ha
-1
do i.a.).
A cultura do feijão foi semeada no dia 12 de abril de 2007, utilizando-se cultivar
Pérola, no espaçamento de 0,45 m entrelinhas e sementes necessárias para se obter 12 a 13
19
plantas por metro. As sementes de feijão receberam tratamento com fungicida (captan - 150g
do i.a. 100 kg de sementes
-1
).
Para a adubação de base nos sulcos de semeadura foram utilizados 220 kg ha
-1
da
formulação 08-28-16, levando-se em conta as recomendações para a cultura (Ambrosano et
al., 1997). No dia 15 de abril de 2007, a área referente à sucessão “safra - safrinha” (II) foi
dessecada com herbicida pós-emergente paraquat (400 g ha
-1
do i.a.). A emergência do feijão
se deu no dia 18 de abril de 2007.
O controle de pragas no feijoeiro foi realizado mediante aplicação de inseticida
lambdacialotrina (30 g ha
-1
do i.a.) no dia 27 de abril de 2007, e methamidophos (600 g ha
-1
do
i.a.) no dia 9 de maio de 2007. A adubação de cobertura do feijoeiro foi realizada no dia 18 de
maio de 2007, aplicando-se 350 kg ha
-1
de sulfato de amônio (70 kg ha
-1
de N) em filetes ao
lado das linhas de plantas.
O florescimento pleno do feijoeiro ocorreu 40 dias após sua emergência e a colheita
foi realizada no dia 18 de julho de 2007.
Durante a condução da cultura do feijão, em ambos os anos de cultivo (2005 e 2007),
foram realizadas as seguintes avaliações:
4.3.4.1.1. Produção de massa seca
Para ambos os anos de experimentação em que o feijão foi cultivado (2005 e 2007), a
mesma foi determinada por ocasião do florescimento pleno das plantas, coletando-se em local
pré-determinado na área útil de cada subparcela, 10 plantas que foram acondicionadas em
sacos de papel e levadas ao laboratório para secagem em estufa de ventilação forçada a
temperatura média de 60 70
o
C, até atingir massa constante e posterior pesagem,
transformando-se os dados para kg ha
-1
.
4.3.4.1.2. Produtividade de grãos
Por ocasião da colheita do feijoeiro, em ambos os anos de experimentação, foram
coletadas 2 linhas de 8 metros dentro da área útil de cada subparcela e deixadas para secagem
a pleno sol. Após a secagem, as mesmas foram submetidas a trilhagem mecânica, os grãos
foram pesados e os dados transformados em kg ha
-1
(13% base úmida).
4.3.4.2. Triticale
A área do experimento referente a sucessão “safra-safrinha” (II) foi dessecada no dia
11 de maio de 2006 utilizando-se herbicida glifosate (1981 g ha
-1
do i.a.).
A cultura do triticale foi semeada no dia 18 de maio de 2006, utilizando-se o cultivar
BRS 53, no espaçamento de 0,17 m entrelinhas e 115 sementes viáveis por metro, utilizando-
se espaçamento de 0,17 m. As sementes foram tratadas com inseticida thiamethoxam (75 g do
i.a. 100 kg
-1
de semente). A emergência do triticale ocorreu no dia 25 de maio de 2006.
Para a adubação de base nos sulcos de semeadura foram utilizados 200 kg ha
-1
de
formulação 08-28-16, levando-se em conta as características químicas do solo e as
recomendações para a cultura do triticale (Camargo et al., 1997).
O florescimento pleno ocorreu 48 dias após sua emergência e a colheita foi realizada
no dia 4 de setembro de 2006. Durante a condução da cultura do triticale foram realizadas as
seguintes avaliações:
4.3.4.2.1. Produção de massa seca
Por ocasião do florescimento pleno, foram coletadas as plantas de 0,50 m de linha, em
dois pontos na área útil das subparcelas, levadas para secagem em estufa de ventilação
forçada à temperatura de 60-70
o
C até atingir massa constante e posterior pesagem,
transformando-se os dados para kg ha
-1
.
20
4.3.4.2.2. Produtividade de grãos
Foram coletadas manualmente 3 linhas de 5 metros da área útil de cada subparcela,
deixando-se para secagem a pleno sol. Após a secagem, as mesmas foram submetidas a
trilhagem mecânica e os grãos pesados, transformando-se os dados para kg ha
-1
(13% base
úmida).
4.3.5. Culturas de cobertura
4.3.5.1. Guandú
No primeiro ano de experimentação (2005), a área referente à sucessão “safra -
adubo verde” (IV) foi dessecada no dia 05 de abril de 2005 utilizando-se o herbicida glifosate
(1981g ha
-1
do i.a.). Assim, a cultura foi semeada no dia 14 abril de 2005 (cultivar IAC Fava
Larga), no espaçamento de 0,45 m entrelinhas, utilizando-se sementes necessárias para se
obter 14 plantas por metro.
A emergência do guandú se deu no dia 20 de abril de 2005. O florescimento pleno
ocorreu no dia 13 de agosto de 2005. Nesta ocasião se procedeu ao manejo do mesmo rente ao
solo com desintegrador mecânico. Posteriormente, houve rebrota havendo outro florescimento
no dia 22 de novembro de 2005, ou seja, 99 dias após seu primeiro florescimento. Assim
como no 1º florescimento, procedeu-se o manejo com desintegrador mecânico.
No terceiro ano de experimentação (2007), a área referente à sucessão “safra - adubo
verde” (IV) foi dessecada no dia 10 de abril de 2007 utilizando-se herbicida glifosate (1981g
ha
-1
do i.a.). Assim, a cultura foi semeada no dia 12 abril de 2007 (cultivar IAC Fava Larga),
no espaçamento de 0,45 m entrelinhas, utilizando-se sementes necessárias para se obter 14
plantas por metro.
A emergência do guandú se deu no dia 19 de abril de 2007. O florescimento pleno
ocorreu no dia 29 de junho de 2007. Nesta ocasião se procedeu ao manejo do mesmo rente ao
solo com desintegrador mecânico.
Durante a condução da cultura do guandú, em ambos os anos de cultivo (2005 e 2007),
foram realizadas as seguintes avaliações:
4.3.5.1.1. Produção de massa seca
Para ambos os anos de experimentação em que o guandú foi cultivado (2005 e 2007),
a mesma foi determinada por ocasião do florescimento pleno das plantas, coletando-se em
local pré-determinado na área útil de cada subparcela, 10 plantas que foram acondicionadas
em sacos de papel e levadas ao laboratório para secagem em estufa de ventilação forçada a
temperatura média de 60 70
o
C, até atingir massa constante e posterior pesagem,
transformando-se os dados para kg ha
-1
. Procedeu-se da mesma forma na rebrota do guandú,
conforme ocorrido no primeiro ano experimental (2005).
4.3.5.2. Milheto
A cultura do milheto esteve presente tanto na sucessão “safra - safrinha” como na
sucessão “safra - adubo verde”, conforme descrito abaixo.
4.3.5.2.1. Milheto (sucessão “safra-safrinha”)
Para esta sucessão, a cultura do milheto foi semeada nos dias 30 de setembro de 2005
e 13 de setembro de 2006, utilizando-se a variedade ADR 500, no espaçamento de 0,17 m
entrelinhas e 20 kg ha
-1
de sementes viáveis.
Para esta sucessão, em ambos os anos, a emergência do milheto ocorreu aos 6 dias
após a semeadura, e seu estabelecimento ocorreu dentro do esperado, atingindo porte e
densidade adequados. O florescimento pleno da cultura não ocorreu de forma uniforme,
21
porém quando da semeadura da soja, em 2005, e do arroz em 2006, algumas plantas
apresentavam o pendão desenvolvido.
4.3.5.2.2. Milheto (sucessão “safra adubo verde”)
Para esta sucessão, a cultura do milheto foi semeada apenas no dia 18 de maio de
2006, utilizando-se a mesma cultivar, espaçamento e densidades citados anteriormente.
A emergência do milheto ocorreu 8 dias após a semeadura. Nesta sucessão, foi
verificado que a cultura não se estabeleceu adequadamente, havendo algumas falhas na
semeadura e desuniformidade no desenvolvimento das plantas. O florescimento pleno da
cultura não ocorreu de forma uniforme.
Durante a condução da cultura do milheto, tanto na sucessão “safra - safrinha” como
na “safra - adubo verde” foram realizadas as seguintes avaliações:
4.3.5.2.3. Produção de massa seca
Foi determinada por ocasião do florescimento pleno das plantas, coletando-se 0,50 m,
em local pré-determinado, na área útil de cada subparcela, sendo submetido a secagem em
estufa de ventilação forçada, a temperatura média de 60 – 70
o
C, até atingir massa constante e
posterior pesagem, transformando-se os dados para kg ha
-1
.
4.3.6. Culturas forrageiras
4.3.6.1. Brachiaria brizantha
A Brachiaria brizantha é a única forrageira presente no experimento e está inserida na
sucessão “safra - forrageira”. No ano agrícola (2004/05), foi semeada nas entrelinhas do
milho no dia 24 de janeiro de 2005, utilizando-se a cultivar Marandu. No ano agrícola
(2005/06), quando a cultura da soja estava no estádio R6 - R7, foi realizada a
sobressemeadura a lanço sobre a cultura da soja. Para o ano agrícola, a forrageira foi
semeada no dia 06 de dezembro de 2006, sendo suas sementes depositadas e misturadas ao
adubo químico, no compartimento de fertilizante da semeadora - adubadora. Em todas as
semeaduras utilizou-se 240 pontos de VC (40% VC), com o objetivo de semear 6 kg ha
-1
de
sementes puras viáveis.
Durante a condução da forrageira foram realizadas as seguintes avaliações:
4.3.6.1.1. Produção de massa seca
Imediatamente após a colheita do milho e da soja, foram realizadas avaliações de
produção de massa seca (kg ha
-1
) pela forrageira, por meio de amostragens de 1m
2
em cada
subparcela.
Para o consórcio com milho, esta avaliação foi prejudicada pelo porte ainda reduzido
da forrageira em consórcio com o milho,o sendo possível de ser realizada. Após a colheita
do milho, a forrageira se restabeleceu e atingiu porte adequado, adotando-se o seguinte
manejo até o mês de setembro: corte a 0,25 m em relação à superfície do solo, sempre que as
forrageiras atingiam o porte de 0,50 m de altura. Antes de cada manejo, foi determinada a
produção de massa seca (kg ha
-1
). Os manejos a 0,25 m de altura foram realizados nos dias 14
de maio, 10 de junho e 12 de julho de 2005. Após este último manejo, a forrageira teve livre
crescimento, durante um período de 30 a 40 dias, com a finalidade de produção de massa seca
para a próxima safra de verão, no caso a soja. No dia 21 de novembro de 2005, as vésperas da
semeadura da soja em área total, foi realizada nova avaliação, totalizando, portanto 4
avaliações de produção de massa seca.
No caso do consórcio da forrageira com a soja, o desenvolvimento inicial da forrageira
foi extremamente prejudicado talvez pelo tipo de semeadura lanço), o que de fato pode ter
22
ocasionado germinação não uniforme da forrageira. Da mesma forma que ocorreu com o
milho, após a colheita da soja adotou-se o seguinte manejo até o mês de setembro: corte a
0,25 m em relação à superfície do solo, sempre que a forrageira atingia o porte de 0,50 m de
altura. Antes de cada manejo, foi determinada a produção de massa seca (kg ha
-1
). Foi
realizada uma única avaliação na área de sequeiro e duas (2) na área irrigada, nos dias 25 de
novembro de 2006 (área de sequeiro) e, 06 de setembro e 25 de novembro de 2006 (área
irrigada).
Para o consórcio com o arroz, as sementes de braquiária foram semeadas em conjunto
com o fertilizantes, sendo depositadas a uma profundidade semelhante a que os fertilizantes
são depositados, entretanto, o seu desenvolvimento inicial, que era para ser retardado em
função da maior profundidade de semeadura em relação ao arroz, ocorreu rapidamente,
inclusive influenciando negativamente no desenvolvimento da cultura em consórcio com a
forrageira, no caso o arroz. Da mesma forma que ocorreu nos consórcios anteriores, após a
colheita do arroz adotou-se o seguinte manejo até o mês de setembro: corte a 0,25 m em
relação à superfície do solo, sempre que as forrageiras atingiam o porte de 0,50 m de altura.
Antes de cada manejo, foi determinada a produção de massa seca (kg ha
-1
). Foram realizadas
três (3) avaliações de produção de massa seca (kg ha
-1
) em ambas as áreas, nos dias 10 de
março, 16 de junho e 13 de agosto de 2007.
4.4. Amostragens e avaliações gerais
Durante a condução do experimento como um todo foram realizadas as seguintes
avaliações:
4.4.1. Características químicas do solo
No dia 28 de abril de 2006, após 18 meses da instalação do experimento,
respectivamente, foram realizadas amostragens estratrificadas nas camadas de 0-0,05 m, 0,05-
0,10 m, 0,10-0,20 m e 0,20-0,40 m de profundidade. Da mesma forma ainda foi realizada
outra amostragem, por ocasião do término do experimento, aos 34 meses após a aplicação dos
corretivos (agosto de 2007). Foram retiradas aleatoriamente quatro amostras simples na área
útil de cada subparcela, para constituir uma amostra composta, sempre na entrelinha, com
auxílio de enxadão (0-0,05 m e 0,05-0,10 m) e trado de rosca (0,10-0,20 m e 0,20-0,40m). As
amostras compostas foram secas e peneiradas (malha 2 mm). Posteriormente foram
submetidas à análise para determinação do pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica, K,
Ca e Mg trocáveis, conforme metodologia proposta por Raij et al. (2001), e de Si, seguindo
metodologia proposta por Korndörfer et al. (1999).
4.4.2. Características físicas do solo
4.4.2.1. Densidade, macroporosidade, microporosidade e porosidade total
do solo
Em outubro de 2004 e agosto de 2007, foram coletadas amostras indeformadas do solo
para determinação das características físicas do solo, nas camadas de 0-0,05 m, 0,05-0,10 m,
0,10-0,20 m e 0,20-0,40 m, por meio de anéis volumétricos. As determinações realizadas
foram de densidade do solo (Embrapa, 1997); macroporosidade, microporosidade e
porosidade total (Embrapa, 1997). As amostras foram retiradas em dois pontos aleatórios
dentro de cada subparcela, sempre nas entrelinhas, nas camadas indicadas. As avaliações de
densidade do solo, macroporosidade, microporosidade e porosidade total levaram em
consideração as modalidades de correção do solo e as sucessões de culturas. Como foram
23
consideradas ambas as fontes de variação (modalidade de correção e sucessões de culturas),
seguiu-se o delineamento em blocos casualisados, em esquema de parcelas subdivididas.
4.4.2.2. Resistência à penetração do solo
Em outubro de 2004 e agosto de 2007, a resistência à penetração do solo foi
determinada nas camadas de 0-0,05 m, 0,05-0,10 m, 0,10-0,20 m e 0,20-0,40 m, utilizando-se
o penetrógrafo Penetrographer
pat
SC 60, sendo a umidade a base de massa avaliada no
mesmo dia da resistência à penetração, sendo que o método empregado foi o da umidade
gravimétrica (Embrapa, 1997), utilizando-se trado de rosca para retirar as amostras referentes
à umidade gravimétrica. As amostras compostas foram constituídas por 3 amostras simples,
retiradas aleatoriamente na entrelinha das culturas. Para efeito de análise estatística, a
resistência à penetração e a umidade do solo foram determinadas levando-se em consideração
apenas as 4 sucessões de culturas (delineamento em blocos casualisados, com 4 tratamentos).
4.4.2.3. Velocidade básica de infiltração
Em outubro de 2004 e agosto de 2007, determinou-se a taxa de infiltração do solo
utilizando-se infiltrômetros de duplo cilindro (Bertrand, 1965). Para avaliação da velocidade
básica de infiltração levou-se em consideração apenas as 4 sucessões de culturas
(delineamento em blocos casualisados, com 4 tratamentos), sendo determinada em dois
pontos por tratamento.
Os dados foram ajustados segundo o modelo de Philip (1957), ou seja: i = a t
-b
+ C,
onde: i = taxa de infiltração de água no solo a ser estimada (cm h
-1
); t = tempo (h); C = taxa
constante de infiltração de água no solo determinada (cm h
-1
); a, b = parâmetros de ajuste.
4.4.3. Soma de cátions e condutividade elétrica dos extratos vegetais
Para a determinação da soma de cátions e condutividade elétrica dos extratos vegetais
foram utilizadas amostras coletadas por ocasião da colheita das culturas do milho, soja, arroz,
feijão e triticale; para as demais culturas (milheto, guandú, braquiária) as mesmas foram
coletadas imediatamente após o manejo das mesmas, seguindo o método descrito por
Miyazawa et al. (2000) e Franchini et al. (2001).
As amostras foram coletados 3 pontos por subparcela (totalizando 3m
2
),
imediatamente após a colheita/manejo das mesmas, sendo trituradas em triturador mecânico e
posteriormente moídas em moinho tipo Willey. Neste sentido, para extração dos compostos
hidrossolúveis (ácidos orgânicos de baixo peso molecular), se transferiu 1 g dos resíduos para
frascos de 100 mL, adicionando-se 50 mL de água destilada, sendo deixados para agitarem
por 4 horas a 200 rpm, com posterior filtragem.
De posse dos extratos vegetais, os teores de Ca, Mg e Mn foram determinados por
absorção atômica e de K por fotometria de chamas. Os resultados foram expressos em mmol
c
kg
-1
, de forma individual para cada elemento e na forma de soma de cátions ( Ca, Mg, Mn e
K). Foi analisada, no extrato vegetal, a condutividade elétrica (CE) da solução por
condutivimetria, em µS m
-1
. Como esse método determinou-se a concentração total dos íons
dissolvidos na solução, se realizando testes de correlação simples (r) com a soma dos cátions
determinada. Tanto a soma de cátions, como a CE, correspondem à quantidade de H
+
e Al
3+
que podem ser neutralizados pelo resíduo vegetal.
4.4.4. Calcário residual
Esse método, num primeiro momento, determinou os teores de Ca e Mg trocáveis do
solo, extraídos por extrato de KCl 1 mol L
-1
. Em tubo percolador foi colocado 5 cm
3
de solo,
entre papéis de filtro, sendo percolado 50 ml da solução de KCl. Com 1 mL desse extrato, se
acrescentou 10 mL de La 0,1% e se realizaram as leituras por espectrofotometria de absorção
24
atômica. Os resultados indicaram num determinado período de tempo, a quantidade já reagida
do calcário aplicado. Este método pode ser observado em trabalho desenvolvido por Quaggio
et al. (1995).
Posteriormente, com o mesmo solo que foi utilizado no processo de extração anterior,
transferido para erlenmeyer, se adicionou 15 ml de H
2
O + 25 ml de HCl 0,8 mol L
-1
. O
conjunto foi fervido em chapa aquecedora por 5 minutos (200ºC). Dessa forma, mediante a
fervura do solo, juntamente com a ação do ácido clorídrico, o calcário residual (corretivo
remanescente) foi forçado a reagir (rápida dissolução). Na seqüência do processo, após
resfriamento, o material foi filtrado, sendo que em 1 mL do extrato se acrescentou mais 10
mL de La 0,5%. A leitura foi feita por espectrofotometria, determinando-se Ca e Mg
trocáveis, referentes a valores estimados de Ca e Mg o trocáveis do corretivo que ainda
iriam reagir no solo.
Por ocasião do término do experimento (34 meses após a aplicação dos corretivos),
apenas para os tratamentos com aplicação de corretivos, foi realizado estudo de correlação
simples (r) dos teores trocáveis de Ca e Mg, extraídos por meio de extrato de KCl, com os
extraídos pela resina trocadora de íons, verificando a similaridade entre os dois métodos.
4.4.5. Custo de produção
O custo de produção foi determinado para cada um dos tratamentos. A metodologia
para o cálculo do custo foi baseada no custo operacional total (COT), desenvolvida pelo
Instituto de Economia Rural (Matsunaga, 1976).
O custo operacional efetivo foi representado pelas despesas com o-de-obra,
sementes, fertilizantes, defensivos, reparos de máquinas, equipamentos, entre outros.
Adicionando-se a essas despesas uma parcela dos custos fixos representados pelas despesas
com depreciação dos bens duráveis empregados no processo de produção, juros de custeio, e
outras despesas operacionais determinou-se o COT.
Para estimar a lucratividade dos tratamentos, foi estimada a receita bruta como o
produto da produção pelo preço de venda atualizado; a receita líquida pela diferença entre a
receita bruta e o custo operacional total (adaptado de Martin, 1997).
25
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Área de sequeiro
5.1.1. Características físicas do solo
5.1.1.1. Início do experimento
O solo necessita de espaço poroso para o movimento de água, gases e resistência
favorável à penetração das raízes, porém seu cultivo altera suas propriedades físicas em
relação ao solo não cultivado. Essas alterações são mais pronunciadas nos sistemas
convencionais de preparo do que nos conservacionistas, como o sistema plantio direto, as
quais se manifestam, em geral, na densidade do solo, volume e distribuição de tamanho dos
poros e estabilidade dos agregados do solo, influenciando a infiltração da água, erosão hídrica
e desenvolvimento das plantas.
Entretanto, mesmo em sistema plantio direto há tendência de redução do espaço
poroso, em virtude da ausência de movimentação do solo e contínuo tráfego de maquinário.
Portanto, o estudo das características físicas em experimentos de longa duração é necessária,
uma vez que as mesmas apresentam grande correlação, como é o caso da resistência à
penetração, que é uma característica física utilizada para estabelecer o grau de compactação
dos solos, sendo intimamente relacionado à umidade e densidade do solo. A porosidade total
também é outra característica diretamente proporcional à macroporosidade e
microporosidade.
Dessa forma, os valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total e
densidade do solo, bem como coeficientes de variação e teste F, nas camadas de 0-0,05, 0,05-
0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, em área de sequeiro, antes da aplicação dos corretivos e da
instalação das sucessões de culturas, estão apresentados nas Tabelas 1, 2, 3 e 4,
respectivamente. Essa avaliação foi realizada na área de sequeiro, com as parcelas e
subparcelas demarcadas, porém sem que os tratamentos tivessem sido instalados.
Não raro têm sido observado que em regiões onde distribuição de chuvas irregular,
o sistema plantio direto fica comprometido, uma vez que a produção de resíduos vegetais não
é suficiente. Assim, em muitos caso, nessas regiões, observa-se melhores resultados com o
preparo convencional, no que tange a produtividade das culturas. Entretanto, os aspectos
positivos dos preparos convencionais são perdidos, quando o solo, descoberto pelo efeito do
preparo, é submetido às chuvas erosivas, as quais o desagregam partículas na superfície pelo
impacto das gotas e diminuem a taxa de infiltração de água (Bertol et al., 2001). Apesar de
não se comparar à uma área em que o ação antrópica, na semeadura direta maior
estabilidade dos agregados e continuidade dos poros (Costa, 2001), o que favorecem
plenamente a infiltração de água e dificultam o escoamento superficial (Schick et al., 2000),
bem como a lixiviação de alguns nutrientes.
26
A literatura preconiza como sendo o solo ideal aquele que apresenta valores de 0,10 a
0,16 m
3
m
-3
para macroporosidade, de até 0,33 m
3
m
-3
para microporosidade e
aproximadamente 0,50 m
3
m
-3
para porosidade total do solo (Baver, 1972; Kiehl, 1979).
Não existe consenso na literatura quanto ao nível crítico da densidade do solo (valor
acima do qual o solo é considerado compactado). Camargo & Alleoni (1997) consideram
crítico o valor de 1,6 kg dm
-3
em solos franco-argilosos a argilosos. De Maria et al. (1999)
constataram que acima de 1,2 kg dm
-3
, em Latossolo Roxo, ocorre restrição ao
desenvolvimento de raízes quando o solo estiver na capacidade de campo, o que caracteriza
um estado de compactação do solo.
Tabela 1 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total e densidade do solo, na camada de
solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, antes da aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de
culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos %
Mg m
-
3
Testemunha 7,56 35,22 42,79 1,48
Calcário 7,37 34,93 42,30 1,50
Silicato 7,10 35,08 42,17 1,47
D.M.S. - - - -
C.V. 8,51 9,78 8,59 4,26
Rotações
Safra forrageira 7,51 36,08 43,58 1,48
Safra safrinha 6,76 34,31 41,07 1,49
Safra pousio 7,38 34,48 41,87 1,47
Safra adubo verde 7,72 35,44 43,16 1,48
D.M.S. - - - -
C.V. 18,02 8,25 7,55 3,71
F
Corretivo (C) 2,3 n.s. 0,1 n.s. 0,1 n.s. 0,8 n.s.
Sucessão (S) 1,2 n.s. 1,0 n.s. 1,6 n.s. 0,4 n.s.
C * S 1,6 n.s. 1,1 n.s. 1,0 n.s. 2,0 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
27
Tabela 2 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,05-0,10 m, em área de sequeiro, antes da aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões
de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos % Mg m
-
3
Testemunha 7,10 40,34 47,43 1,28
Calcário 7,20 38,98 46,18 1,29
Silicato 8,36 38,18 46,54 1,32
D.M.S. - - - -
C.V. 16,70 5,80 3,55 3,92
Rotações
Safra forrageira 7,91 38,29 46,20 1,29
Safra safrinha 7,17 40,84 48,02 1,25
Safra pousio 7,08 38,29 45,36 1,34
Safra adubo verde 8,05 39,25 47,30 1,31
D.M.S. - - - -
C.V. 16,32 6,68 6,52 5,91
F
Corretivo (C) 5,0 n.s. 3,7 n.s. 2,4 n.s. 1,9 n.s.
Sucessão (S) 2,0 n.s. 2,6 n.s. 1,8 n.s. 2,6 n.s.
C * S 1,2 n.s. 1,1 n.s. 1,5 n.s. 1,6 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 3 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,10-0,20 m, em área de sequeiro, antes da aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões
de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos % Mg m
-
3
Testemunha 8,05 37,71 45,75 1,31
Calcário 8,30 38,58 46,88 1,33
Silicato 8,03 39,12 47,15 1,35
D.M.S. - - - -
C.V. 9,49 9,39 6,41 4,84
Rotações
Safra forrageira 7,84 37,41 45,25 1,34
Safra safrinha 8,24 38,90 47,14 1,33
Safra pousio 8,14 38,81 46,95 1,33
Safra adubo verde 8,28 38,76 47,04 1,32
D.M.S. - - - -
C.V. 10,16 6,90 5,60 4,06
F
Corretivo (C) 0,6 n.s. 0,6 n.s. 1,0 n.s. 1,7 n.s.
Sucessão (S) 0,7 n.s. 0,9 n.s. 1,4 n.s. 0,3 n.s.
C * S 0,7 n.s. 2,1 n.s. 2,2 n.s. 1,7 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
28
Tabela 4 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,20-0,40 m, em área de sequeiro, antes da aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões
de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos % Mg m
-
3
Testemunha 11,09 38,83 49,93 1,19
Calcário 10,86 38,47 49,33 1,22
Silicato 10,36 38,83 49,18 1,21
D.M.S. - - - -
C.V. 17,87 5,54 3,93 3,17
Rotações
Safra forrageira 10,93 38,19 49,12 1,20
Safra safrinha 10,22 38,90 49,12 1,19
Safra pousio 10,78 39,61 50,39 1,20
Safra adubo verde 11,15 38,14 49,29 1,23
D.M.S. - - - -
C.V. 13,03 4,22 3,71 4,03
F
Corretivo (C) 0,6 n.s. 0,2 n.s. 0,7 n.s. 3,3 n.s.
Sucessão (S) 1,0 n.s. 2,1 n.s. 1,3 n.s. 1,5 n.s.
C * S 1,3 n.s. 1,0 n.s. 2,5 n.s. 0,8 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Neste experimento, por se tratar de avaliação inicial de uma área considerada uniforme
do ponto de vista de cultivos e tratos culturais, era de se esperar que a mesma não
apresentasse diferenças significativas para as características físicas estudadas em relação aos
tratamentos aplicados, conforme de fato ocorreu. Os valores de macroporosidade estão um
pouco aquém do preconizado como ideal, que seria entre 10% e 16%, bem como os de
microporosidade, que estão acima de 33%. Isso ocorreu devido ao fato de ser uma área em
que não havia preparo do solo 9 anos. Uma característica que comprova isso é a elevada
densidade do solo na camada superficial, comparada às demais camadas, permitindo concluir
que há adensamento superficial.
A resistência à penetração e a umidade do solo, nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,10,
0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, em área de sequeiro, antes da aplicação dos corretivos e da
instalação das sucessões de culturas, estão apresentadas na Figura 1, onde se verificou que até
os 0,10m iniciais, os valores se mantiveram aquém do valor considerado limitante, que seria
em torno de 2,5 kg cm
-2
(Taylor, 1971).
De acordo com Imhoff et al. (2000), a determinação da curva de resistência do solo é
um parâmetro útil na avaliação da qualidade física do solo, permitindo a identificação de solos
potencialmente limitantes ao crescimento das plantas. Assim, verificou-se que nas camadas
mais profundas (0,10-0,20 e 0,20-0,40 m), houve diferença significativa entre os valores
observados nas áreas em que as sucessões foram instaladas posteriormente. As áreas onde as
sucessões safra-forrageira e safra-adubo verde foram instaladas apresentaram maiores valores
nas camadas citadas, concomitantemente à redução da umidade para as mesmas sucessões nas
mesmas camadas. A resistência do solo à penetração das raízes está relacionada com a
permanência da continuidade dos poros, pois poros formados pela ação das raízes no solo são
mais estáveis, pois a decomposição dessas por microrganismos gera materiais que atuam
como cimentantes nas paredes desses poros, proporcionando maior durabilidade, se
comparados com aqueles formados por implementos mecânicos (Abreu, 2000).
29
Sequeiro
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0
Resisncia à penetração (MPa)
Profundidade (cm)
forrageira
adubo
verde
safrinha
pousio
Sequeiro
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 5 10 15 20 25
Umidade (kg kg
-1
)
forrageira
adubo verde
safrinha
pousio
Figura 1 - Resistência à penetração e umidade do solo, em área de sequeiro, em função das subparcelas onde
foram instaladas posteriormente às sucessões indicadas. Selvíria MS (2008).
A velocidade de infiltração básica de água no solo é a propriedade que melhor reflete o
grau de degradação do sistema poroso do solo (Dalla Rosa, 1981). Dessa forma, a taxa de
infiltração, em área de sequeiro, antes da aplicação dos corretivos e da instalação das
sucessões de culturas, está apresentada na Figura 2.
Notou-se o mesmo comportamento para todas as sucessões indicadas, havendo pouca
variação, a exceção dos 5 minutos iniciais de avaliação. Nesse período, notou-se que a
sucessão safra forrageira apresentou uma discreta rapidez na estabilização da velocidade em
detrimento das demais sucessões.
30
Safra Forrageira
y = 60,745x
-0,3077
+ 13,8
R
2
= 0,9773
0
10
20
30
40
50
60
70
0 10 20 30 40 50 60 70
Taxa de Infiltração
(cm hora
-1
)
Safra Safrinha
y = 43,644x
-0,2978
+ 13,6
R
2
= 0,9098
0
10
20
30
40
50
60
70
0 10 20 30 40 50 60 70
Safra Pousio
y = 51,05x
-0,3615
+ 13,2
R
2
= 0,9294
0
10
20
30
40
50
60
70
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (minutos)
Taxa de Infiltração
(cm hora
-1
)
Safra Adubo Verde
y = 42,693x
-0,3226
+ 12,4
R
2
= 0,912
0
10
20
30
40
50
60
70
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (minutos)
2
-
Taxa de infiltração dia da área de sequeiro, em função das subparcelas onde foram instaladas
posteriormente às sucessões indicadas. Selvíria MS (2008).
5.1.1.2. Término do experimento
Os valores obtidos na avaliação das características físicas do solo estão apresentados
nas Tabelas 5, 6, 7 e 8, nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m,
respectivamente.
A aplicação dos corretivos o promoveu alteração nos valores de macroporosidade,
microporosidade, porosidade total e densidade do solo em todas as camadas avaliadas.
Esperava-se que os corretivos proporcionassem efeitos benéficos indiretos para essas
características, uma vez que o desenvolvimento radicular e de parte aérea, bem como a
absorção de nutrientes são beneficiados pela ação dos corretivos.
Após 34 meses, verificou-se que a adoção de diferentes sucessões de culturas
promoveu alterações significativas em praticamente todas as características físicas.
Para a macroporosidade, observou-se que a sucessão safra safrinha proporcionou os
maior valor comparativamente à safra forrageira. Isso talvez tenha ocorrido em virtude do
maior número de cultivo na área referente à essa sucessão (8 – oito), comparativamente à área
safra forrageira.
A microporosidade praticamente não foi alterada de modo significativo pelas
sucessões, com diferenças não alcançando 3% nas camadas de 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m.
Os valores obtidos para porosidade total praticamente refletiram os resultados obtidos
na avaliação da macroporosidade. Da mesma forma, observou-se que até os 0,20 m de
31
profundidade, a sucessão safra forrageira sempre apresentou os menores valores,
comparativamente as demais sucessões.
a densidade do solo foi influenciada apenas nas duas camadas mais superficiais,
com a área da sucessão safra forrageira apresentando os maiores valores em relação as demais
sucessões adotadas. Ressalta-se que a diferença observada nos valores obtidos para essa
característica não ultrapassaram 0,09 Mg m
-3
.
Os resultados permitem concluir que a macroporosidade está abaixo do ideal, bem
como a porosidade total; a microporosidade e densidade do solo apresentam-se com valores
mais elevados do que os preconizados como ideais, conforme visto anteriormente.
Tabela 5 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total e densidade do solo, na camada de
solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação de corretivos do solo e da instalação das
sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos %
Mg m
-
3
Testemunha 8,82 38,02 46,84 1,39
Calcário 8,36 38,48 46,83 1,39
Silicato 8,10 38,59 46,69 1,40
D.M.S. - - - -
C.V. 13,38 2,14 1,63 3,35
Rotações
Safra forrageira 6,63 b 39,05 45,68 b 1,42 a
Safra safrinha 10,25 a 37,98 48,23 a 1,35 b
Safra pousio 8,49 ab 37,58 46,07 b 1,41 a
Safra adubo verde 8,32 ab 38,84 47,16 ab 1,39 ab
D.M.S. 2,16 - 1,53
C.V. 22,94 4,11 2,93 3,32
F
Corretivo (C) 1,7 n.s. 2,1 n.s. 0,2 n.s. 0,1 n.s.
Sucessão (S) 7,0 * 2,3 n.s. 8,4 * 5,1 *
C * S 1,1 n.s. 1,2 n.s. 0,8 n.s. 0,8 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
32
Tabela 6 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,05-0,10 m, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação de corretivos do solo e da instalação das
sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos % Mg m
-
3
Testemunha 7,19 39,66 46,86 1,40
Calcário 6,83 39,47 46,31 1,38
Silicato 6,55 40,13 46,67 1,40
D.M.S. - - - -
C.V. 14,25 2,90 3,67 3,60
Rotações
Safra forrageira 4,89 c 40,71 a 45,60 b 1,43 a
Safra safrinha 7,28 ab 39,36 ab 46,64 ab 1,40 ab
Safra pousio 8,51 a 38,75 b 47,26 a 1,36 b
Safra adubo verde 6,76 b 40,19 ab 46,95 ab 1,39 b
D.M.S. 1,54 1,50 1,42 0,04
C.V. 20,08 3,38 2,73 2,44
F
Corretivo (C) 1,7 n.s. 1,4 n.s. 0,4 n.s. 0,7 n.s.
Sucessão (S) 14,3 * 5,0 * 3,8 * 7,3 *
C * S 2,1 n.s. 1,2 n.s. 1,1 n.s. 1,9 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 7 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,10-0,20 m, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação de corretivos do solo e da instalação das
sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos % Mg m
-
3
Testemunha 9,44 38,12 47,57 1,36
Calcário 9,25 38,25 47,50 1,37
Silicato 8,46 39,07 47,53 1,37
D.M.S. - - - -
C.V. 25,13 3,88 3,54 3,50
Rotações
Safra forrageira 7,23 b 39,59 ab 46,81 b 1,38
Safra safrinha 10,11 ab 37,29 ab 47,40 ab 1,36
Safra pousio 10,42 a 37,14 b 47,55 ab 1,36
Safra adubo verde 8,45 ab 39,91 a 48,36 a 1,36
D.M.S. 3,05 2,76 1,38 -
C.V. 30,13 6,41 2,60 1,94
F
Corretivo (C) 0,8 n.s. 1,9 n.s. 0,1 n.s. 0,2 n.s.
Sucessão (S) 3,6 * 4,3 * 3,2 * 2,3 n.s.
C * S 1,2 n.s. 1,3 n.s. 0,2 n.s. 0,6 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
33
Tabela 8 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,20-0,40 m, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação de corretivos do solo e da instalação das
sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos % Mg m
-
3
Testemunha 10,38 39,24 49,61 1,27
Calcário 10,91 40,13 51,04 1,24
Silicato 10,76 40,49 51,25 1,24
D.M.S. - - - -
C.V. 19,93 7,68 5,47 4,27
Rotações
Safra forrageira 8,55 b 41,69 50,25 1,25
Safra safrinha 12,18 a 38,93 51,11 1,24
Safra pousio 12,02 a 38,92 50,93 1,24
Safra adubo verde 9,98 ab 40,26 50,24 1,26
D.M.S. 3,18 - - -
C.V. 26,67 9,81 6,24 3,85
F
Corretivo (C) 0,3 n.s. 0,7 n.s. 1,6 n.s. 2,1 n.s.
Sucessão (S) 4,5 * 1,4 n.s. 0,2 n.s. 0,5 n.s.
C * S 2,0 n.s. 1,2 n.s. 1,3 n.s. 1,7 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
A resistência à penetração e a umidade do solo, nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,10,
0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação dos corretivos e da
instalação das sucessões de culturas, estão apresentadas na Figura 3. Conforme visto
anteriormente, a determinação da curva de resistência do solo é um parâmetro útil na
avaliação da qualidade física do solo (Imhoff et al., 2000), que se caracteriza por ser
inversamente proporcional à umidade do solo, o que se observa na dada figura. O que se pode
inferir é que na camada superficial (0-0,05 m), a sucessão safra adubo verde proporcionou
menores valores de resistência à penetração, assim como na camada 0,05-0,10 m, porém nesta
diferindo apenas da sucessão safra pousio. Nas demais camadas estudadas (0,10-0,20 e 0,20-
0,40 m), não houve diferença.
A resistência à penetração se manteve estável em praticamente todo o perfil estudado,
variando de 1,73 a 3,22 MPa, estando próximos ao valor considerado limitante, que seria em
torno de 2,5 kg cm
-2
(Taylor, 1971). A sucessão safra adubo verde proporcionou o menor
valor considerando a camada superficial (0-0,05m), talvez pelo fato da resistência do solo à
penetração das raízes estar relacionada com a permanência da continuidade dos poros, pois
poros formados pela ão das raízes no solo o mais estáveis, pois a decomposição dessas
por microrganismos gera materiais que atuam como cimentantes nas paredes desses poros,
proporcionando maior durabilidade, se comparados com aqueles formados por implementos
mecânicos (Abreu, 2000).
34
Figura 3 - Resistência à penetração e umidade do solo, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação de
corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
A taxa de infiltração, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação dos corretivos e
da instalação das sucessões de culturas, está apresentada na Figura 4. Com exceção da área
onde foi instalada a sucessão safra adubo verde, em toda a área houve o mesmo
comportamento, ou seja, estabilização da velocidade de infiltração por volta de 20 cm h
-1
.
Para a sucessão safra adubo verde, este valor foi de 30 cm h
-1
, indicando que o solo utilizado
nesse sistema apresentou a formação de canais no solo, o que pode em função do cultivo do
guandú, cultivado duas vezes num período de 34 meses, e do mesmo ser uma escie de
grande potencial para penetração de raízes no solo (Alvarenga, 1993), o que teoricamente
favoreceu a infiltração e retenção de água no solo, uma vez que poros formados pela ação das
raízes no solo são mais estáveis devido aos materiais cimentantes provenientes da
decomposição das mesmas pelos microorganismos (Abreu, 2000).
35
Figura 4 - Taxa de infiltração média da área de sequeiro, após 34 meses da aplicação de corretivos do solo e da
instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
5.1.2. Características químicas do solo
As características químicas do perfil do solo (pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria
orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na área de
sequeiro, em duas épocas de amostragem, aos 18 e 34 meses após a aplicação dos corretivos,
estão apresentadas em função da aplicação dos corretivos do solo (calcário e silicato), e das
sucessões de culturas (safra forrageira, safra safrinha, safra pousio e safra adubo verde).
Quando houve interação significativa entre as fontes de variação (corretivos e sucessões) para
alguma característica estudada, optou-se por discutir apenas seu desdobramento.
5.1.2.1. 18 meses após a aplicação dos corretivos
Os valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, bem como coeficientes de variação, teste F e
desdobramentos, nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, em área de
sequeiro, 18 meses após a aplicação dos corretivos e da instalação das sucessões de culturas,
estão apresentados nas Tabelas 9 a 18.
Aos 18 meses se observou efeito característico de ambos os corretivos, na camada
de 0-0,05 m, onde o calcário e o silicato proporcionaram elevação dos valores de pH em
CaCl
2
. Isso indica que após 18 meses, o calcário ainda continua reagindo na camada
superficial, corroborando com os dados obtidos por Lima (2004). Os resultados obtidos neste
36
experimento também estão em consonância com os obtidos por Rheinheimer et al. (2000), que
observaram efeito do calcário apenas para a camada de 0-0,05 m, após 18 meses da aplicação.
No presente experimento, para as camadas seguintes (0,05-0,10 e 0,10-0,20m) não foi
observado efeito dos mesmos. O silicato, na camada de 0,20-0,40 m, proporcionou o maior
valor de pH em CaCl
2
, diferindo da testemunha sem aplicação e do tratamento com calcário,
provavelmente devido à maior solubilidade do silicato, comparativamente ao calcário. O
efeito do silicato em profundidade pode ter ocorrido devido ao deslocamento mecânico de
partículas finas de calcário, através de canais formados por raízes mortas (Oliveira & Pavan,
1996), de planos de fraqueza (Amaral et al., 2004), ou de galerias de organismos do solo e de
macrocanais biológicos (Rheinheimer et al., 2000), os quais foram mantidos intactos pelo não
revolvimento do solo.
As sucessões, já em seu segundo ano, não proporcionaram efeito algum ao pH em
CaCl
2
(Tabelas 9, 14, 16 e 18), com exceção da camada de 0,20-0,40m, onde a sucessão safra
adubo verde sobressaiu-se em relação às demais, o que talvez explique o efeito do silicato na
elevação do pH, pois o sistema radicular do guandú é agressivo, com alta densidade e
comprimento. Por ocasião da amostragem após 18 meses, haviam sido cultivadas nessa
sucessão, a seqüência milho-guandú-soja. O guandú tem sido recomendado (Cubilla et al.,
2002) por ter sistema radicular agressivo, com alta densidade e comprimento, e por crescer
em solos com estado de compactação restritivo às culturas produtoras de grãos. Após cessar o
ciclo, as raízes se decompõem e formam-se bioporos que, apesar de representarem pequeno
volume em relação ao volume total de poros, são altamente funcionais e podem ter facilitado
o caminhamento das partículas de silicato até a referida camada, uma vez que canais
provenientes da decomposição de raízes têm estabilidade muito grande (Abreu, 2000).
Os efeitos dos corretivos e das sucessões praticamente não alteraram os valores de
matéria orgânica, após 18 meses da aplicação dos corretivos (Tabelas 9, 14, 16 e 18). O teor
obtido de matéria orgânica na camada de 0,10-0,20 m, na sucessão safra adubo verde, foi
superior ao obtido mediante utilização das sucessões safra safrinha e safra pousio. O guandú,
presente na sucessão safra adubo verde, pode ter ocasionado essa alteração, devido ao seu
agressivo sistema radicular, com alta densidade e comprimento (Cubilla et al., 2002), o que
possivelmente pode ter ocasionado elevação dos teores de matéria orgânica na referida
camada. Trabalhando com doses e modos de aplicação de calcário em um Latossolo
Vermelho distrófico de cerrado, Alleoni et al. (2005), observaram que não há efeito da
aplicação de calcário após 6, 18 e 30 meses sobre os teores de matéria orgânica. Segundo os
autores, tal fato foi atribuído à maior atividade microbiana e, assim, à maior mineralização nas
parcelas com maior pH.
Houve interação corretivo x sucessão, na camada de 0-0,05 m, para os teores de K
(Tabela 10). Quando não houve a aplicação de corretivos, o maior teor de K foi encontrado na
sucessão safra forrageira, provavelmente em função da elevada produção de massa seca pela
forrageira (Tabelas 36 e 38). quando houve a aplicação de corretivos, as sucessões não
interferiram nos teores de K. de se destacar que nas sucessões safra adubo verde e safra
forrageira, a aplicação de corretivos proporcionou os menores valores para K, discordando
dos resultados apresentados por Quaggio et al. (1991), que estudando a relação entre calagem
e molibdênio na extração de nitrogênio pelo milho, verificaram que a aplicação do calcário
proporciona maiores teores de K no solo. Para as demais camadas, praticamente não houve
efeito significativo dos tratamentos, à exceção da camada de 0,05-0,10 m, onde a testemunha
apresentou o maior teor de K, diferenciando-se do calcário (Tabela 14).
Na camada de 0-0,05 m, houve interação entre corretivo x sucessão para o teor de Ca,
e o desdobramento está apresentado na Tabela 11. Mediante o mesmo, pode-se destacar que à
exceção da sucessão safra forrageira, nas demais ficou destacado que a aplicação de silicato
proporcionou os maiores valores para Ca, suplantando a testemunha sem aplicação. Nas
37
camadas de 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m, a aplicação de silicato proporcionou os maiores valores
de Ca em relação ao calcário e a testemunha, devido à sua elevada solubilidade (Alcarde,
1992). Para essas duas camadas, as sucessões não influenciaram os teores de Ca (Tabelas 14 e
16). Na camada mais profunda (0,20-0,40 m), a adoção da sucessão safra adubo verde
proporcionou o maior teor de Ca, podendo ser explicado pela presença do guandú nessa
sucessão, que com seu sistema radicular abundante e profundo pode ter formado bioporos,
mediante decomposição de suas raízes, facilitando o caminhamento do calcário, uma vez que
esses poros são altamente funcionais, apresentando grande estabilidade (Abreu, 2000). Outro
ponto importante é que o aumento do pH na superfície do solo, conforme foi observado no
presente experimento, pode ter acelerado a velocidade com que o íon HCO
3
-
, acompanhado
por Ca e Mg, movimentou-se para o subsolo para reagir com a acidez (Caires et al., 2003).
Após 18 meses, os teores de Mg na camada de 0-0,05 m permaneceram inalterados
com a utilização dos corretivos e das sucessões (Tabela 9), o que permite concluir que o Mg
que estava em superfície se perdeu por lixiviação ou por extração pelas culturas. o
desdobramento da interação corretivo x sucessão na camada de 0,05-0,10 m, permite concluir
que o teor de Mg foi reduzido quando aplicados silicato e calcário, comparativamente a
testemunha sem aplicação, para a sucessão safra pousio (Tabela 15), podendo esse fato ser
explicado devido ao alto coeficiente de variação. Nas demais camadas (0,10-0,20 e 0,20-0,40
m), praticamente não houve alteração nos valores obtidos para Mg, à exceção da camada de
0,20-0,40 m, em que a sucessão safra adubo verde apresentou o maior teor de Mg,
comparativamente às demais. Esses resultados são discordantes dos apresentados por Soratto
(2005), que verificaram após 12 meses da aplicação dos corretivos que os teores de Mg
trocável se elevaram em todo perfil estudado, inclusive com redução nos teores de Al
3+
. A
movimentação ocorrida no presente experimento pode ser explicada pela formação de
complexos orgânicos hidrossolúveis à partir de ácidos orgânicos liberados dos restos vegetais
presentes na superfície do solo (Miyazawa et al., 1993; Miyazawa et al., 1996).
Para o teor de silício no solo houve interação significativa nas camadas de 0-0,05 m
(Tabela 12) e 0,10-0,20 m (Tabela 17). Para as demais camadas não foi promovida alteração
mediante aplicação dos corretivos e das sucessões utilizadas (Tabela 14 e 18). Na camada
mais profunda, as sucessões safra pousio e safra adubo verde apresentaram os teores mais
elevados do nutriente (Tabela 18). Os desdobramentos para o teor de Si no solo, na camada de
0-0,05 m, permitem concluir que quando não há aplicação dos corretivos, os teores do
elemento praticamente se equivalem, enquanto que na aplicação dos mesmos, os teores de Si
são mais elevados na sucessão safra forrageira. Outro ponto que se observa claramente é a
superioridade da testemunha em relação aos demais, comparando-se a aplicação dos
corretivos dentro de cada uma das sucessões (Tabela 12). Na camada de 0,10-0,20 m (Tabela
17), o desdobramento indica que quando não foi utilizado corretivos, os valores de Si o
mais elevados na sucessão safra adubo verde que nas demais. De forma semelhante quando
utilizado calcário, essa mesma sucessão se sobressai, entretanto, apenas com relação a safra
safrinha. Quando se observam as sucessões, verifica-se que dentro de safra forrageira e safra
adubo verde, a testemunha e o tratamento com calcário proporcionam valores superiores aos
obtidos com a aplicação de silicato. Já na sucessão safra safrinha, isso se inverte com a
testemunha e a aplicação de silicato apresentando os melhores valores.
Mediante desdobramento da interação corretivo x sucessão na camada de 0-0,05 m,
detectou-se que a saturação por bases foi alterada com a aplicação dos corretivos,
comparativamente à testemunha, demonstrando o efeito corretivo e mantenedor da capacidade
produtiva de ambos os corretivos em praticamente todas as sucessões utilizadas. Com a
aplicação de calcário ou sem aplicação de corretivos não houve diferença entre as sucessões,
porém com a aplicação de silicato, a sucessão safra adubo verde foi superior à sucessão safra
forrageira (Tabela 13).
38
Para as demais camadas avaliadas, à exceção da camada mais profunda (0,20-0,40 m),
os tratamentos não surtiram efeito sobre os valores de saturação por bases. Na camada de
0,20-0,40 m, a sucessão safra adubo verde foi a sucessão que se sobressaiu (Tabela 18).
Ressalta-se que, após 18 meses da aplicação dos corretivos, o solo manteve a
saturação por bases em torno de 70%, na camada de 0-0,05 m, o que confirma a tendência de
restrição da reação dos corretivos aplicados superficialmente em sistema plantio direto às
camadas superficiais, estando em consonância com os resultados obtidos por Miranda et al.
(2005) e Pádua et al. (2006) em Latossolo Vermelho, os quais verificaram que o efeito do
calcário aplicado superficialmente em sistema plantio direto se restringe a camada de 0-
0,05m.
de se destacar que a sucessão safra adubo verde, pela qual já haviam sido
cultivados milho, guandú e soja, por ocasião da avaliação (18 meses), proporcionou
incrementos à característica, principalmente às camadas de 0,20-0,40 m. Uma das hipóteses
mais prováveis seria de que o guandú, presente nesta sucessão, possa ter contribuído com essa
alteração, devido ao seu agressivo sistema radicular, com alta densidade e comprimento
(Cubilla et al., 2002). Após 18 meses da aplicação dos corretivos, concluiu-se que a saturação
por bases apresenta alterações mediante a aplicação dos corretivos, restringindo-se à camada
superficial de 0-0,05 m.
Tabela 9 – Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-
1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, 18 meses após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha
5,44 b
23,88
5,39
23,19
17,81
11,25
63,13
Calcário
5,99 a
24,38
4,57
52,25
23,13
3,88
79,19
Silicato 5,99 a 24,69 4,41 62,44 20,19 7,13 78,31
D.M.S. 0,35 - - - - - -
C.V. 5,59 9,04 23,68 68,42 26,04 45,61 11,73
Rotações
Safra forrageira
5,68
25,08
5,44
39,17
21,75
9,92
72,00
Safra safrinha 5,86 23,58 4,77 49,00 18,75 5,92 74,42
Safra pousio 5,75 23,58 4,56 47,67 20,33 7,67 72,67
Safra adubo verde
5,96
25,00
4,39
48,00
20,67
6,17
75,08
D.M.S.
-
-
-
-
-
-
C.V.
4,75
10,74
18,60
29,89
15,70
35,63
7,23
F
Corretivo (C)
15,3 *
0,6 n.s.
3,4 n.s.
6,7 *
4,0 n.s.
19,1 *
17,6 *
Sucessão (S) 2,4 n.s. 1,3 n.s. 3,2 * 1,3 n.s. 1,8 n.s. 5,8 * 0,9 n.s.
C * S 1,5 n.s. 0,4 n.s. 3,5 * 3,3 * 1,5 n.s. 2,6 * 3,0 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
39
Tabela 10 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente a K (mmol
c
dm
-
3
), na camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira
Safra safrinha
Safra pousio
Safra adu
bo verde
D.M.S.
Testemunha
6,90 a A
4,60 a B
4,38 a B
5,68 a AB
1,68 Calcário 4,83 b A 4,53 a A 5,00 a A 3,93 b A
Silicato 4,60 b A 5,18 a A 4,30 a A 3,58 b A
D.M.S. 1,72
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
Tabela 11 – Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente a Ca (mmol
c
dm
-
3
), na camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos Safra forrageira Safra safrinha Safra pousio Safra adubo verde D.M.S.
Testemunha 23,00 a A 21,75 b A 23,00 b A 25,00 b A
36,51
Calcário
55,75 a A
62,25 a A
50,00 ab A
41,00 b A
Silicato
38,75 a B
63,00 a AB
70,00 a A
78,00 a A
D.M.S.
26,60
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
Tabela 12 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente a Si (g kg
-1
), na
camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos Safra forrageira Safra safrinha Safra pousio Safra adubo verde D.M.S.
Testemunha 11,25 a A 10,75 a A 12,00 a A 11,00 a A
4,98 Calcário 7,25 a A 1,75 b B 8,75 a AB 4,25 b AB
Silicato 11,25 a A 5,25 b BC 2,25 b AB 3,25 b C
D.M.S. 5,11
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
Tabela 13 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente à saturação por
bases (mmol
c
dm
-3
), na camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, 18 meses após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira
Safra safrinha
Safra pousio
Safra adubo verde
D.M.S.
Testemunha
66,25 b A
61,00 b A
61,25 b A
64,00 b A
11,25
Calcário
79,00 a A
82,00 a A
79,75 a A
76,00 a A
Silicato 70,75 ab B 80,25 a AB 77,00 a AB 85,25 a A
D.M.S. 10,30
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
40
Tabela 14 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área de sequeiro, 18 meses após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha
5,16
20,56
3,26 a
20,56 b
14,19
9,88 a
53,44
Calcário 5,23 21,00 2,41 b 21,88 b 12,19 7,75 b 53,44
Silicato 5,41 20,81 2,58 ab 26,06 a 13,56 8,06 ab 59,31
D.M.S. - - 0,81 3,64 - 2,12
C.V.
5,29
8,32
27,09
14,68
27,17
22,80
12,87
Rotações
Safra forrageira
5,17
21,08
3,13
21,08
12,08
8,42
53,00
Safra safrinha
5,23
21,08
2,66
21,75
11,67
8,08
53,75
Safra pousio 5,31 19,92 2,52 23,50 15,92 8,58 57,17
Safra adubo verde 5,36 21,08 2,68 25,00 13,58 9,17 57,67
D.M.S. - - - - - - -
C.V.
4,38
10,60
33,18
21,33
26,11
16,49
13,86
F
Corretivo (C)
3,6 n.s.
0,3 n.s.
5,8 *
11,7 *
1,3 n.s.
5,5 *
3,6 n.s.
Sucessão (S)
1,6 n
.s.
0,8 n.s.
1,0 n.s.
1,6 n.s.
3,7 *
1,2 n.s.
1,1 n.s.
C * S 1,9 n.s. 0,1 n.s. 1,1 n.s. 1,3 n.s. 2,9 * 1,3 n.s. 1,4 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 15 – Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente a Mg (mmol
c
dm
-
3
), na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área de sequeiro, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira Safra safrinha Safra pousio Safra adubo verde D.M.S.
Testemunha 12,00 a B 10,75 a B 21,75 a A 12,25 a B
6,10
Calcário
12,00 a A
11,25 a
A
12,75 b
A
12,72 a A
Silicato
12,2
5 a A
13,00 a
A
13,25 b
A
15,75 a A
D.M.S.
6,73
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
41
Tabela 16 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em área de sequeiro, 18 meses após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha
5,11
19,75
1,84
18,38 b
10,94
8,75
49,88
Calcário 5,12 18,81 1,34 19,25 b 10,75 8,00 49,38
Silicato 5,24 19,69 1,44 23,81 a 11,94 7,69 54,94
D.M.S. - - - 4,43 - - -
C.V.
2,89
7,93
44,58
19,93
14,70
11,89
10,68
Rotações
Safra forrageira
5,13
19,00 ab
1,68
21,92
11,25
7,17
51,92
Safra safrinha
5,12
18,58 b
1,37
18,50
10,75
7,75
50,25
Safra pousio 5,14 18,67 b 1,32 18,42 10,83 8,75 48,83
Safra adubo verde 5,24 21,42 a 1,79 23,08 12,00 8,92 54,58
D.M.S. - 2,53 - - - - -
C.V.
3,43
11,65
42,71
21,20
12,92
11,71
11,99
F
Corretivo (C)
4,2 n.s.
1,9 n.s.
2,4 n.s.
8,2 *
2,4 n.s.
5,1 n.s.
5,0 n.s.
Sucessã
o (S)
1,3 n.s.
4,3 *
1,5 n.s.
3,6 n.s.
1,9 n.s.
9,1 *
1,9 n.s.
C * S 1,1 n.s. 0,9 n.s. 0,7 n.s. 1,7 n.s. 1,0 n.s. 8,7 * 1,1 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 17 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente a Si (g kg
-1
), na
camada de solo de 0,10-0,20 m, em área de sequeiro, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira
Safra safrinha
Safra pousio
Safra adubo verde
D.M.S.
Testemunha 7,75 a B 8,25 a B 8,25 a B 10,75 a A
1,66
Calcário
7,75 a AB
6,25 b B
8,75 a A
9,25 a A
Silicato
6,00 b B
8,7
5 a A
9,25 a A
6,75 b B
D.M.S. 1,85
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
42
Tabela 18 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em área de sequeiro, 18 meses após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha
5,39 b
13,00
0,66
11,44
8,00
3,81
44,50
Calcário 5,41 b 12,88 0,49 11,13 7,88 3,25 44,50
Silicato 5,51 a 12,94 0,56 12,56 8,81 3,44 47,25
D.M.S. 0,05 - - - - - -
C.V.
0,91
6,08
30,34
16,62
14,64
22,46
7,39
Rotações
Safra forrageira
5,37 b
13,50
0,63
11,50 ab
8,00 b
3,58 ab
44,75 b
Safra safrinha
5,43 b
13,08
0,47
10,92 b
7,83 b
2,42 b
44,92 b
Safra pousio 5,40 b 11,50 0,57 10,67 b 6,75 b 3,92 a 42,83 b
Safra adubo verde 5,54 a 13,67 0,63 13,75 a 10,33 a 4,08 a 49,17 a
D.M.S. 0,10 - - 2,71 2,18 1,50 3,88
C.V. 1,66 17,90 46,67 20,72 23,71 38,34 7,65
F
Corretivo (C) 26,8 * 0,1 n.s. 3,8 n.s. 2,4 n.s. 2,9 n.s. 2,1 n.s. 3,6 n.s.
Sucessão (S)
8,6 *
2,2 n.s.
1,0 n.s.
4,0 *
7,2 *
3,8 *
7,1 *
C * S 0,6 n.s. 0,8 n.s. 0,8 n.s. 0,4 n.s. 2,3 n.s. 1,0 n.s. 0,6 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.1.2.2. 34 meses após a aplicação dos corretivos
Os valores de pH em CaCl
2
, matéria orgânica, K, Ca, Mg, Si e saturação por bases,
bem como coeficientes de variação e teste F, nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20 e
0,20-0,40 m, em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação dos corretivos e da instalação
das sucessões de culturas, estão apresentados nas Tabelas 19 a 22.
Não foi detectada nenhuma interação entre as modalidades de aplicação superficial dos
corretivos em sistema plantio direto estabelecido e as sucessões de culturas adotadas ao longo
de três anos.
Após 34 meses da aplicação dos corretivos foi observado que houve elevação do pH a
os 0,20 m iniciais (Tabelas 19, 20 e 21), onde se observa na camada inicial (0-0,05 m) que
ambos os corretivos foram superiores à testemunha sem aplicação. Nas camadas de 0,05-
0,10m e 0,10-0,20m, houve essa superioridade apenas com a utilização do silicato de cálcio e
magnésio, sendo um indício de que a substituição do calcário pelo silicato pode ser
perfeitamente realizada. Isso ocorreu devido à maior solubilidade do silicato em relação ao
calcário, conforme observação feita por (Alcarde, 1992). Em experimento conduzido em
Latossolo, na região dos cerrados, estudando doses e formas de aplicação de calcário, Alleoni
et al. (2005) verificaram que, apenas após 30 meses da aplicação dos corretivos, houve
alteração do pH, se restringindo à camada de 0-10 m; Pöttker & Ben (1998) em uma
Latossolo concluiram que houve correção da acidez até 0,05m após 34 meses.Resultados
semelhantes foram observados em um Latossolo Vermelho, com a aplicação de até 4,3 t ha
-1
,
no qual houve correção da acidez apenas até os 0,10m iniciais após 12 meses da aplicação do
calcário (Soratto & Crusciol, 2008a).
Para as sucessões de culturas, observa-se que os maiores valores foram observados na
seqüência safra-forrageira. Isso ocorre devido ao número de cultivos realizados durante o
experimento. Na dada sucessão, foram 6 semeaduras, enquanto na sucessão que apresentou
menor valor de pH foram 9 semeaduras. Isso explica o aumento da acidez, uma vez que
quanto maior a remoção de bases da solução do solo, maiores são a quantidade de sítios
liberados no solo, sendo preenchidos prontamente pelos íons hidrogênio (Vitti & Luz, 2004).
43
Esse efeito foi restrito à camada superficial (0-0,05 m). Nas demais camadas, as sucessões se
equivaleram com pH em torno de 5,0.
Na Tabela 19, a aplicação dos corretivos não surtiu efeito sobre a matéria orgânica,
com seus valores se equivalendo. As sucessões apresentaram alterações, com as sucessões
safra forrageira e safra adubo verde apresentando os maiores teores de matéria orgânica
comparativamente às sucessões safra safrinha e safra pousio, para a camada de 0-0,05 m. Isso
de certa forma reflete a quantidade de massa seca produzida pela braquiária na sucessão safra
forrageira, e pelo guandú (duas vezes) e milheto na sucessão safra adubo verde, fato este que
ao longo de três anos, pode ter incrementado, ainda que pouco, os teores de matéria orgânica.
Os dados obtidos no presente experimento corroboram os obtidos por Alleoni et al. (2005),
que trabalhando com doses e modos de aplicação de calcário em um Latossolo Vermelho
distrófico de cerrado, observaram que não efeito da aplicação de calcário após 6, 18 e 30
meses sobre os teores de matéria orgânica.
Após 34 meses da aplicação dos corretivos, verificou-se que os teores de K
permaneceram inalterados mediante o uso dos corretivos e sucessões de culturas para todas as
camadas estudadas.
Em relação à testemunha sem aplicação, os teores de Ca trocável foram superiores na
camada superficial com a utilização de silicato, com os valores se equiparando ao calcário.
Nas demais camadas nenhum efeito dos corretivos foi observado, embora os valores para o
nutriente estejam altos. Com relação às sucessões, verificou-se que a sucessão safra safrinha
apresentou valores de Ca, nas camadas de 0,10-0,20 m e 0,20-0,40 m, superiores a sucessão
safra forrageira.
Os teores de Mg se equivaleram após 34 meses da aplicação dos corretivos e adoção
das sucessões de culturas, indicando que os efeitos da calagem não são tão duradouros.
O Si apresentou maiores valores quando da aplicação do silicato comparativamente ao
tratamento onde se aplicou calcário, apenas na camada superficial (0-0,05 m). As sucessões
não modificaram seus teores.
A saturação por bases é uma medida direta da fertilidade de um solo e se apresentou
maior na camada superficial (0-0,05m) com o uso de ambos os corretivos. Nas demais
camadas não houve efeito dos mesmos. As sucessões não influenciaram a saturação por bases.
Resumidamente, verificou-se que apesar da correção da acidez até os 0,20 m iniciais,
os valores de matéria orgânica, K, Ca, Mg, Si e saturação por bases permaneceram
praticamente inalterados nas camadas de 0,05-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, com exceção do
Ca que nas camadas de 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m foi influenciado pela adoção da sucessão
safra safrinha, a qual proporcionou os maiores valores para o nutriente.
44
Tabela 19 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
), e saturação por bases, na camada de solo de 0-0,05 m, em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha
4,99 b
17,69 a
6,03
33,88 b
16,88
11,25 ab
64,56 b
Calcário 5,56 a 15,69 b 5,91 54,50 a 19,63 10,31 b 76,94 a
Silicato 5,49 a 16,44 ab 5,80 54,00 a 18,75 11,81 a 75,38 a
D.M.S. 0,27 1,71 - 17,47 - 1,21 10,26
C.V.
4,64
9,52
24,49
33,94
18,39
10,02
13,09
Rotações
Safra forrageira
5,47 a
19,42 a
6,20
46,75
19,33
10,83
74,50
Safra saf
rinha
5,13 b
15,17 b
5,54
48,08
17,00
11,75
71,08
Safra pousio 5,37 ab 15,75 b 5,96 50,25 19,25 11,08 70,50
Safra adubo verde 5,42 ab 16,08 ab 5,95 44,75 18,08 10,83 73,08
D.M.S. 0,29 3,38 - - - - -
C.V.
4,87
18,20
24,17
25,20
21,12
17,40
11,73
F
Corretivo (C)
24,5 *
6,5 *
0,1 n.s.
8,5 *
2,8 n.s.
7,4 *
8,1 *
Sucessão (S)
3,9 *
4,8 *
0,4 n.s.
0,4 n.s.
1,0 n.s.
0,6 n.s.
0,6 n.s.
C * S 0,5 n.s. 0,6 n.s. 0,9 n.s. 0,5 n.s. 0,1 n.s. 0,4 n.s. 0,4 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 20 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
), e saturação por bases, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha 5,00 b 12,50 3,06 31,25 13,7 8,25 62,88
Calcário
5,23 ab
12,25
2,89
37,63
13,8
8,06
67,06
Silicato
5,28 a
12,31
2,81
37,06
13,7
7,94
68,38
D.M.S.
0,27
-
-
-
-
-
-
C.V. 4,84 9,42 43,23 19,39 8,32 6,92 10,21
Rotações
Safra forrageira 5,18 13,33 2,56 31,33 12,8 7,83 64,08
Safra safrinha 5,07 11,58 2,58 36,92 14,1 8,25 66,58
Safra pousio
5,21
12,25
3,38
38,58
14,7
8,08
66,33
Safra adubo verde
5,24
12,25
3,16
34,41
13,3
8,17
67,42
D.M.S.
-
-
-
-
-
-
-
C.V. 4,57 15,03 36,52 20,38 18,42 16,86 9,32
F
Corretivo (C) 5,5 * 0,2 n.s. 0,2 n.s. 4,3 n.s. 0,1 n.s. 1,3 n.s. 2,9 n.s.
Sucessão (S) 1,2 n.s. 1,8 n.s. 1,8 n.s. 2,3 n.s. 1,2 n.s. 0,2 n.s. 0,6 n.s.
C * S
0,5 n.s.
0,8 n.s.
0,7 n.s.
1,0 n.s.
0,3 n.s.
0,2 n.s.
0,7 n
.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
45
Tabela 21 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
), e saturação por bases, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha
4,98 b
11,06
1,93
29,25
12,25 ab
7,63
61,06
Calcário 5,06 ab 10,63 2,09 30,31 12,13 b 7,69 62,50
Silicato 5,14 a 11,19 1,81 31,69 12,56 a 7,44 63,38
D.M.S. 0,15 - - - 0,37 - -
C.V.
2,70
11,41
31,67
8,89
2,79
6,86
4,10
Rotações
Safra forrageira
5,08
11,75
1,68
26,83 b
11,67
7,33
61,25
Safra safrinha
5,07
10,92
2,06
33,58 a
13,17
7,58
64,25
Safra pousio 5,02 11,08 2,01 31,17 ab 12,33 7,25 61,33
Safra adubo verde 5,08 10,08 2,02 30,08 ab 12,08 8,17 62,42
D.M.S. - - - 5,23 - - -
C.V.
4,13
15,30
50,08
15,38
14,56
15,72
9,75
F
Corretivo (C)
5,7 *
0,9 n.s.
0,8 n.s.
3,3 n.s.
6,9 *
1,0 n.s.
3,3 n.s.
Sucessão (S)
0,3 n.s.
2,0 n.s.
0,4 n.s.
4,3 *
1,5 n.s.
1,4 n.s.
0,6 n.s.
C * S 0,2 n.s. 0,5 n.s. 0,2 n.s. 0,2 n.s. 0,4 n.s. 0,4 n.s. 1,0 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 22 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
), e saturação por bases, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha 5,21 8,38 0,96 24,31 10,50 7,13 61,81
Calcário
5,24
7,88
0,88
21,75
9,56
6,63
58,44
Silicato
5,28
8,31
0,86
24,19
10,38
6,32
61,88
D.M.S. - - - - - - -
C.V. 1,72 20,63 31,88 14,56 17,48 15,91 6,03
Rotações
Safra forrageira 5,28 8,17 0,96 20,17 b 9,42 6,33 59,25
Safra safrinha
5,18
8,00
0,89
25,33 a
10,92
6,67
62,33
Safra pousio
5,21
8,25
0,86
23,42 ab
9,42
6,75
58,83
Safra adubo verde 5,31 8,33 0,88 24,75 ab 10,83 7,00 62,42
D.M.S. - - - 4,83 - - -
C.V. 3,47 20,90 46,67 18,46 17,83 19,42 10,04
F
Corretivo (C) 1,9 n.s. 0,4 n.s. 0,5 n.s. 2,9 n.s. 1,3 n.s. 2,4 n.s. 4,6 n.s.
Sucessão (S)
1,2 n.s.
0,1 n.s.
0,1 n.s.
3,4
*
2,6 n.s.
0,5 n.s.
1,2 n.s.
C * S
0,2 n.s.
0,4 n.s.
0,7 n.s.
1,0 n.s.
1,5 n.s.
0,7 n.s.
0,9 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.1.2.3. Calcário residual
Na Tabela 23, estão estabelecidos os coeficientes de correlação simples entre os teores
de Ca e Mg trocáveis, extraídos por percolação com solução de KCl e os extraídos por resina
trocadora de íons, em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. O objetivo deste estudo de
calcário residual reside no fato de que são determinados Ca e Mg trocáveis e não trocáveis. A
fração não trocável de ambos os elementos é um indicativo de quanto de calcário no solo
46
ainda há para reagir. O teste de correlação descrito é um indicativo se os métodos têm estreita
correlação. Isso indicaria, num primeiro momento, que ambas as extrações são eficientes para
determinação de Ca e Mg trocáveis, e portanto, de suas frações não trocáveis, podendo ser
uma ferramenta importante para auxiliar na definição do momento em que se faz necessária a
reaplicação de calcário no sistema plantio direto (Raij et al., 1982; Quaggio et al., 1982; Lima,
2004).
Dessa forma, detectou-se que os valores extraídos pela percolação com solução de
KCl foram superiores ao obtidos com extração mediante uso da resina trocadora de íons.
Esses resultados podem indicar uma superestimativa dos teores de Ca no solo com essa
metodologia alternativa à resina. Ainda verificou-se que os teores de Ca e Mg apresentaram
correlação significativa, embora os valores estejam muito abaixo dos relatados na literatura,
conduzidos no mesmo tipo de solo do presente experimento, que encontraram alta correlação
positiva entre os valores de Ca e Mg extraídos pela percolação com solução de KCl e pela
resina (Lima, 2004; Soratto & Crusciol, 2008b).
Tabela 23 – Coeficientes de correlação simples (r) entre os teores de Ca e Mg trocáveis, extraídos por percolação
com solução de KCl e os extraídos por resina trocadora de íons, em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Profundidade (m
)
Ca
Mg
0
,00
0,05
0,36
*
0,21
*
0,05
0,10
0,24
*
0,05
*
0,10 – 0,20 0,21 * -0,04
0,20 – 0,40 0,30 * -0,13
* indica significância estatística a 0,1% pelo teste t.
5.1.3. Milho
Tradicionalmente, o milho é cultivado em quase todo Brasil, durante o período das
águas e também na safrinha, quando por ocasião da colheita da cultura cultivada no verão,
aproveita-se o final da época chuvosa para se realizar a semeadura do milho. Trata-se de uma
planta C4, que diferentemente das plantas C3, têm alta taxa de fotossíntese e baixa taxa de
fotorrespiração, além de apresentarem alta eficiência no uso da água e translocação de
fotossintatos e em condições favoráveis, ser uma cultura altamente produtiva, quando a água
não é fator limitante (Fageria, 1989).
Diante do exposto, os valores médios referentes à cultura do milho, para produção de
massa seca e produtividade de grãos, estão apresentados na Tabela 24. A cultura do milho foi
instalada em área total e entrou nos esquemas de sucessão como a primeira cultura de verão,
ou seja, todas as sucessões se iniciam com ela.
A produção de massa seca pela cultura do milho não foi alterada pelos tratamentos
utilizados, embora possa se destacar que todas as médias foram superiores à 10 t ha
-1
, estando
acima dos obtidos por Tissi et al. (2004), que observaram em Latossolo, produções de massa
seca pelo milho em torno de 8,1 t ha
-1
.
Com relação à aplicação dos corretivos, provavelmente o tempo de reação do calcário
e do silicato de cálcio e magnésio foi insuficiente para os mesmos demonstrarem seus efeitos,
e assim, o tratamento testemunha se equivaleu no que diz respeito à produtividade de grãos do
milho. Um dos fatores que talvez colaboraram na falta de resposta mediante a aplicação de
corretivos é que houve deficiência hídrica entre a emissão dos pendões e a polinização. De
fato, o milho é considerado uma cultura responsiva à aplicação de corretivos, embora exista
grande variabilidade genética com respeito à tolerância à acidez e vários trabalhos
47
demonstraram aumentos na produtividade da cultura (Fageria, 2001; Caires et al., 2004;
Miranda et al., 2005).
Em função da cultura do milho ter sido a primeira cultura de todas as sucessões, não se
pode dizer que as sucessões alterariam sua produtividade, pois ao contrário dos corretivos, as
sucessões entrariam em andamento apenas por ocasião da colheita do milho, com exceção da
sucessão safra forrageira, a qual teve a forrageira semeada nas entrelinhas de milho por
ocasião da adubação de cobertura da cultura.
Tabela 24 – Produção de massa seca e produtividade da cultura da cultura do milho, em área de sequeiro, após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS
(2008).
Tratamentos Massa seca Produtividade
Corretivos kg ha
-1
kg ha
-1
Testemunha 11122 2449
Calcário 12453 2327
Silicato 11808 2418
D.M.S. - -
C.V. 14,30 15,12
Rotações
Safra forrageira 12090 2216 ab
Safra safrinha 10885 2021 b
Safra pousio 12446 2568 ab
Safra adubo verde 11756 2786 a
D.M.S. - 730
C.V. 25,01 27,23
F
Corretivo (C) 2,5 n.s. 0,5 n.s.
Sucessão (S) 0,6 n.s. 3,3 *
C * S 1,1 n.s. 0,7 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Estudos têm demonstrado o efeito da massa seca sobre a mobilidade de cátions no solo
(Franchini et al., 1999a; Miyazawa et al., 2002). De acordo com alguns autores, a
permanência de resíduos vegetais na superfície e a ausência de revolvimento do solo reduz a
taxa de decomposição dos ligantes orgânicos por microrganismos; com a disponibilidade de
água, os compostos orgânicos podem ser solubilizados e lixiviados (Caires, 2000; Miyazawa
et al., 2000). Esse fato, somado ao constante aporte de resíduos, possibilita a produção
contínua desses compostos orgânicos, podendo resultar em sua perenizarão no solo (Amaral et
al., 2004).
Na planta, esses compostos estão na forma de ânions orgânicos para manutenção da
eletroneutralidade química, devido à absorção de cátions básicos (Pierre & Banwart, 1973);
além disso, apesar da existência de ânions inorgânicos (NO
3
-
, SO
4
2-
, H
2
PO
4
-
e Cl
-
) no tecido
vegetal, estes se apresentam em teores pouco significativos. Assim, como a determinação de
cátions no tecido vegetal é relativamente mais fácil do que a de ânions orgânicos, a somatória
de cátions é um dos melhores indicadores dos efeitos de resíduos na química da solução de
solos ácidos (Franchini et al., 1999a; Miyazawa et al., 2002).
Dessa forma, a determinação da soma de cátions solúveis pode indicar o potencial de
mobilização de cátions e as quantidades de H
+
e Al
3+
que podem ser neutralizadas pelos
resíduos vegetais, correlacionando-se com os efeitos dos materiais vegetais no aumento do pH
e do Ca trocável e na diminuição do Al trocável do solo (Miyazawa et al., 1993; Franchini et
al., 1999a; Meda et al., 2001; Cassiolato et al., 2002), pois os cátions Ca, Mg, K, Na e Mn
48
ligados nos compostos orgânicos são substituídos por H
+
ou Al
3+
, formando compostos
estáveis protonados ou complexo Al - orgânico (Miyazawa et al., 2000).
A quantidade de ácidos orgânicos no tecido vegetal está diretamente relacionada com
a atividade metabólica das plantas e, conseqüentemente, com seu estádio de desenvolvimento,
o que os torna mais abundantes nos resíduos manejados em seu pleno crescimento vegetativo
ou início do florescimento, situação comum em plantas de cobertura (Franchini et al., 2003),
porém ressalta-se que culturas comerciais também produzem quantidades apreciáveis de
resíduos vegetais, tal como o milho neste experimento. Ademais, observou-se que o efeito do
resíduo vegetal sobre a mobilidade do calcário no solo varia com a espécie e cultivares de
uma mesma espécie (Cassiolato et al., 2000; Miyazawa et al., 2002). Como a correção do solo
influencia a disponibilidade de nutrientes no solo e a absorção destes pelas plantas, também
podem influenciar o teor desses nutrientes que se apresenta na forma solúvel na planta.
Diante do exposto, os teores de cátions hidrossolúveis no milho bem como a soma de
cátions o foram alterados mediante a utilização dos tratamentos, a exceção do teor de Ca
hidrossolúvel, que foi incrementado com a aplicação do calcário, diferindo da testemunha sem
aplicação de corretivos. A condutividade elétrica do extrato utilizado na determinação dos
cátions hidrossolúveis teve comportamento semelhante ao observado para os demais cátions
(Tabela 25), corroborando com os dados obtidos por Soratto (2005). Esse autor ainda infere
que isso pode indicar a necessidade de quantificação de outros cátions solúveis, como o NH
4
+
e o Fe
2+
.
Tabela 25 – Teores de cátions hidrossolúveis (mmol
c
kg
-1
) na massa seca da cultura do milho coletados após sua
colheita e condutividade elétrica do extrato (S m
-1
), em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo,
em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
Corretivos
Testemunha 4,6 16,5 b 135,2 0,9 157,2
830
Calcário 4,7 18,0 a 143,3 0,9 167,0
856
Silicato 4,7 17,7 ab 137,3 0,9 160,7 845
D.M.S. - 1,41 - - -
-
C.V. 19,10 7,22 14,61 25,63 13,21
17,52
Rotações
Safra forrageira 5,2 17,8 136,7 0,9 160,1
891
Safra safrinha 4,4 16,5 134,4 0,9 156,2
803
Safra pousio 4,9 17,9 145,9 1,0 169,7
870
Safra adubo verde 4,2 17,5 137,6 0,9 160,2
809
D.M.S. - - - - - -
C.V. 29,91 9,42 14,41 22,22 12,83
16,72
F
Corretivo (C) 0,2 n.s. 6,5 * 0,7 n.s. 0,3 n.s.
0,9 n.s.
0,1 n.s.
Sucessão
(S)
1,2 n.s.
1,8 n.s.
0,8 n.s.
1,1 n.s.
0,9 n.s.
1,2 n.s.
C * S 0,6 n.s. 0,6 n.s. 0,7 n.s. 0,5 n.s. 0,7 n.s. 1,0 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.1.4. Soja
A soja é uma planta de dia curto, com sensibilidade ao fotoperiodismo, entretanto,
como melhoramento genético, tem sido amplamente cultivada, em quase todo o Brasil. Ela é
adaptada a diferentes tipos de solos, mas cresce bem em solos drenados, com pH próximo da
neutralidade. Outro ponto interessante é que é trata-se de uma planta menos sensível a déficit
hídrico, seja na fase vegetativa como na fase reprodutiva, em relação à feijão e triticale.
49
Diante do exposto, os valores médios referentes à cultura da soja, para produção de
massa seca e produtividade de grãos estão apresentados na Tabela 26. A cultura da soja foi
instalada em área total e entrou nos esquemas de sucessão como a segunda cultura de verão.
Notou-se que a produção de massa seca pela cultura não foi alterada mediante a
aplicação de corretivos ou uso de diferentes sucessões de culturas. Efeito semelhante foi
observado por Caires & Fonseca (2000), entretanto com uma ressalva aos valores de produção
de massa seca obtidos pelos autores, que foram praticamente o dobro do obtido neste
experimento, ou seja, próximos a 8 t ha
-1
, valor semelhante ao obtido por outros autores
(Bataglia & Mascarenhas, 1977; Cordeiro et al., 1979).
A produtividade de grãos da cultura da soja não foi incrementada mediante aplicação
dos corretivos do solo, muito provavelmente em razão dos teores de Ca, Mg e K estarem em
disponibilidade suficiente no perfil do solo para manter uma relação adequada com o Al
3+
(Caires et al., 1998), conforme observado neste experimento, onde mesmo sem a aplicação
dos corretivos, havia teores médios a altos de Ca, Mg e K. Outra possibilidade seria devido ao
menor efeito tóxico do alumínio, decorrente da formação de complexos orgânicos solúveis
presentes nos restos das plantas (Miyazawa et al., 1996), principalmente nas sucessões safra
forrageira e safra adubo verde conduzidas no presente experimento. Experimentos conduzidos
na região de Ponta Grossa (PR), no mesmo tipo de solo, indicaram que em condições de
baixas concentrações de Al, como foi o caso no presente experimento, não houve alteração na
produtividade da soja, mesmo com a maior dose aplicada (6 t ha
-1
).
Tabela 26 – Produção de massa seca e produtividade da cultura da soja, em área de sequeiro, após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa
seca
Produtividade
Corretivos kg ha
-1
kg ha
-1
Testemunha 4515 3273
Calcário 4413 3153
Silicato 4412 3159
D.M.S. - -
C.V. 12,41 20,19
Rotações
Safra forrageira 4726 3017
Safra safrinha 4609 2985
Safra pousio 4208 3511
Safra adubo verde 4242 3266
D.M.S. - -
C.V. 19,53 18,04
F
Corretivo (C) 0,2 n.s. 0,2 n.s.
Sucessão (S)
1,1 n.s.
2,2 n.s.
C * S
1,2 n.s.
0,8 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Estudos têm demonstrado o efeito de resíduos vegetais sobre a mobilidade de cátions
no solo (Franchini et al., 1999a; Miyazawa et al., 2002). Segundo Caires (2000) e Miyazawa
et al. (2000), a permanência de resíduos vegetais na superfície e a ausência de revolvimento
do solo reduzem a taxa de decomposição dos ligantes orgânicos por microrganismos; com a
disponibilidade de água, os compostos orgânicos podem ser solubilizados e lixiviados. Esse
fato, somado ao constante aporte de resíduos, possibilita a produção contínua desses
compostos orgânicos, podendo resultar em sua perenização no solo (Amaral et al., 2004).
Assim, verificou-se neste experimento que a aplicação dos corretivos não proporcionou
alterações significativas nos teores de cátions hidrossolúveis, soma dos mesmos e nem quanto
50
à condutividade elétrica do extrato, assemelhando-se aos dados obtidos por Soratto (2005). O
autor ainda infere que isso pode indicar a necessidade de quantificação de outros cátions
solúveis, como o NH
4
+
e o Fe
2+
.
Para as sucessões, os teores de K hidrossolúvel foram mais elevados na sucessão safra
forrageira, diferenciando-se da sucessão safra safrinha. Apesar dos valores para Mn terem
sido baixos, a utilização da sucessão safra adubo verde proporcionou os maiores valores para
o cátion, diferindo da sucessão safra safrinha. de se destacar que os valores obtidos para
condutividade elétrica do extrato, no tratamento safra forrageira, foram mais elevados que os
determinados para as sucessões safra safrinha e safra pousio (Tabela 27).
Tabela 27 Teores de cátions hidrossolúveis na massa seca da soja coletados após sua colheita e condutividade
elétrica do extrato, em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após
diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
Corretivos mmol
c
kg
-1
S m
-1
Testemunha 14,1 216,9 139,9 0,8 371,7
783
Calcário 14,5 216,3 162,9 0,8 394,5
777
Silicato 14,1 216,4 144,5 0,6 375,7
747
D.M.S. - - - - -
-
C.V. 14,01 11,71 38,78 29,20 19,72
18,81
Rotações
Safra forrageira 15,4 a 218,3 149,1 0,8 ab 383,7
840 a
Safra safrinha 13,5 b 214,0 136,5 0,6 b 364,6
714 b
Safra pousio 13,7 ab 215,1 138,2 0,7 ab 367,7
743 b
Safra adubo verde 14,4 ab 218,6 172,6 0,8 a 406,4 779 ab
D.M.S. 1,8 - - 0,2 -
80
C.V. 11,42 12,11 21,78 20,16 13,16 9,32
F
Corretivo (C) 0,2 n.s. 0,1 n.s. 0,7 n.s. 2,1 n.s.
0,4 n.s.
0,3 n.s.
Sucessão
(S)
3,4 *
0,1 n.s.
3,2 n.s.
3,5 *
1,8 n.s.
6,9 *
C * S
1,5 n.s.
1,3 n.s.
1,7 n.s.
2,6 n.s.
1,4 n.s.
2,5 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.1.5. Arroz
Na Tabela 28 estão apresentadas as médias de produção de massa seca pelo arroz. A
utilização de corretivos do solo bem como a adoção de diferentes sucessões de culturas não
proporcionou alterações nesse componente vegetativo. De forma semelhante, Carvalho-Pupatto
et al. (2004) e Wielewicki et al. (1998) observaram que a aplicação de silicato e de calcário,
respectivamente, não influenciou na quantidade de massa seca produzida pelo arroz em relação
à não aplicação desse corretivo, porém as médias observadas pelos primeiros autores são
superiores em aproximadamente 1500 kg ha
-1
, em relação à média obtida no presente
experimento. Isso talvez possa ser explicado pelo fato do arroz ter sido semeado em dezembro e
não em novembro, que é a época recomendada para a semeadura da cultura na região (Arf et al.,
2000). O que ocorreu no presente experimento é que houve a semeadura em novembro,
entretanto, foi necessária nova semeadura, desta vez em dezembro, conforme descrito no item
material e métodos, devido à problemas na germinação das sementes de arroz, decorrentes da
excessiva camada de massa seca que se encontrava na área.
A produtividade da cultura do arroz não apresentou alteração mediante aplicação dos
corretivos. O não incremento na produtividade do arroz pela aplicação dos corretivos pode ser
explicado em partes, pois o arroz é bastante tolerante a acidez do solo, o respondendo a
aplicação de corretivos de acidez (Fageria, 2000), o que de fato ocorreu no presente
51
experimento. A produtividade do arroz foi menor que a observada por Carvalho-Pupatto et al.
(2004) e por Buzetti et al. (2006), que em experimentos desenvolvidos na região de São Manuel
(SP) e Selvíria (MS), respectivamente, utilizando o mesmo cultivar observaram produtividade
de grãos por volta de 5000 kg ha
-1
. Resultado que pode ser explicado devido ao fato da
semeadura ter sido realizada em dezembro, pois, ocorreram alguns problemas para a
emergência das plantas na semeadura realizada em novembro, época recomendada para
semeadura na região (Arf et al., 2000).
Quanto às sucessões, houve problemas quanto à competição entre as culturas do arroz e
braquiária, no que tange à sucessão safra forrageira, uma vez que a primeira teria que ter seu
desenvolvimento retardado devido ao fato de ser semeada em conjunto com o fertilizante,
portanto sendo depositada mais profundamente que as sementes de arroz. Isso, de fato o
ocorreu, fazendo com que ambas praticamente germinassem ao mesmo tempo. Assim, a
braquiária, por se tratar de uma cultura mais agressiva que o arroz, acabou afetando
negativamente o desenvolvimento do arroz, acarretando em redução na sua produtividade em
aproximadamente 400%.
Tabela 28 Produção de massa seca da cultura do arroz, em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do
solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos Massa seca Produtividade de grãos
Corretivos kg ha
-
1
kg ha
-
1
Testemunha 5163 1841
Calcário 4027 1766
Silicato 4303 1559
D.M.S. - -
C.V. 30,58 16,93
Rotações
Safra forrageira 3761 520 b
Safra safrinha 4509 2266 a
Safra pousio 5480 2000 a
Safra adubo verde 4240 2103 a
D.M.S. - 486
C.V. 35,48 25,27
F
Corretivo (C) 3,0 n.s. 4,0 n.s.
Sucessão (S) 2,5 n.s. 41,4 *
C * S 0,3 n.s. 0,8 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Estudos têm demonstrado o efeito de resíduos vegetais sobre a mobilidade de cátions
no solo (Franchini et al., 1999a; Miyazawa et al., 2002). Segundo Caires (2000) e Miyazawa
et al. (2000), a permanência de resíduos vegetais na superfície e a ausência de revolvimento
do solo reduzem a taxa de decomposição dos ligantes orgânicos por microrganismos; com a
disponibilidade de água, os compostos orgânicos podem ser solubilizados e lixiviados. Esse
fato, somado ao constante aporte de resíduos, possibilita a produção contínua desses
compostos orgânicos, podendo resultar em sua manutenção sobre a superfície do solo (Amaral
et al., 2004).
Dessa forma, verificou-se que a aplicação dos corretivos proporcionou elevação dos
teores de cátions hidrossolúveis e soma de cátions, diferindo significativamente da
testemunha sem aplicação (Tabela 29) corroborando com os dados obtidos por Soratto (2005)
e Soratto & Crusciol (2008), que afirmam que a aplicação de corretivos pode aumentar a
disponibilidade de K no solo quando o efeito de deslocamento do K+ do complexo de troca
52
para a solução do solo for superior ao efeito competitivo nos processos de absorção,
decorrente das maiores concentrações de Ca
2+
e Mg
2+
na solução do solo. No presente
experimento, no que tange ao teor de Ca hidrossolúvel, a aplicação de calcário em relação à
de silicato se sobressaiu. Há de se destacar que a aplicação de calcário e silicato reduziu o teor
de Mn solúvel.
A condutividade elétrica do extrato apresentou-se mais elevada com a aplicação de
silicato e de calcário, respectivamente, em relação à testemunha sem aplicação,
provavelmente em função do maior teor de K hidrossolúvel e, por conseguinte da soma de
cátions hidrossolúveis.
Tabela 29 Teores de cátions hidrossolúveis na massa seca da cultura do arroz coletados após sua colheita e
condutividade elétrica do extrato, em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio
direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
Corretivos mmol
c
kg
-1
S m
-1
Testemunha 310,1 b 5,4 c 175,4 b 9,36 a 497,13 b
1133 c
Calcário 336,4 a 9,0 a 193,4 a 6,09 b 548,31 a 1136 b
Silicato 334,1 a 8,5 b 191,1 a 6,29 b 542,94 a
1140 a
D.M.S. 10,3 0,2 9,6 0,22 20,00
2
C.V. 2,90 2,88 4,76 0,01 3,48
0,01
Rotações
Safra forrageira 326,0 7,6 ab 186,0 8,1 ab 527,8 ab
1110 b
Safra safrinha 324,6 7,1 b 184,6 7,7 b 524,0 b
1129 ab
Safra pousio 325,8 7,9 a 185,8 8,4 a 527,8 ab
1159 ab
Safra adubo verde 331,3 8,0 a 190,3 8,5 a 538,3 a
1147 ab
D.M.S. 6,7 0,7 - 0,55 12,62
46,59
C.V. 1,83 8,18 2,84 6,02 2,13
3,67
F
Corretivo (C)
37,7 * 122,4 * 19,6 * 120,0 * 37,2 * 98,6 *
Sucessão
(S)
3,0 * 5,3 * 2,6 n.s. 7,5 * 3,5 * 3,2 *
C * S
1,3 n.s. 0,2 n.s. 1,7 n.s. 6,0 n.s. 1,5 n.s. 0,1 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.1.6. Feijão
A cultura do feijão é amplamente cultivada no Brasil, tendo três épocas de semeadura,
que são o feijão “das águas”, “da seca” e o “de inverno”. No caso deste experimento, o feijão
encaixa-se na semeadura “da seca”. O feijoeiro é uma cultura que em condições favoráveis,
expressa seu potencial, entretanto tanto o déficit como o excesso de água, bem como a acidez
dos solos, podem interferir no seu crescimento e desenvolvimento. Existem na literatura
vários trabalhos que indicam resposta do feijão à aplicação de corretivos quando o calcário é
incorporado (Barbosa Filho & Silva, 2000; Fageria & Stone, 2004; Soratto, 2005). relatos
também que a cultura tenha sua produtividade incrementada quando utilizada em sucessão de
culturas com outras plantas, como a mucuna preta e lab-lab (Arf et al., 1999), milheto (Bordin
et al., 2003) e o guandú (Silveira et al., 2005).
A produção de massa seca e a produtividade de grãos do feijoeiro cultivado no ano
de experimentação estão apresentadas na Tabela 30.
A produção de massa seca pela cultura do feijão foi incrementada pela aplicação de
calcário, divergindo dos resultados apresentados por Soratto (2005). Entretanto, existem
vários relatos de que realmente incrementos na massa seca do feijoeiro, em função da
53
aplicação de corretivos, porém quando a mesma é realizada mediante incorporação (Fageria,
1989; Vale, 1998; Silva, 2002).
a produtividade da cultura do feijão foi alterada positivamente mediante a aplicação
do silicato. A hipótese que pode explicar essa maior produtividade seria que o feijoeiro
absorveu maior quantidade de Si e este por sua vez atuou diretamente na planta, minimizando
em partes o efeito do estresse hídrico, ocasionado pela escassez de chuvas no período de
florescimento/enchimento de vagens (Figura 5, Anexos). Independente do efeito positivo da
aplicação do silicato verifica-se que a redução excessiva da massa de 100 grãos, foi a
principal responsável pela redução na produtividade de grãos. Em trabalho realizado por
Soratto (2005), verificou-se efeito significativo para a aplicação de corretivos superficial,
alcançando produtividades elevadas, maiores que 2 t ha
-1
.
Tabela 30 Produção de massa seca e produtividade de grãos da cultura do feijão, em área de sequeiro ( ano
de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos Massa seca Produtividade
Corretivos g planta
-1
kg ha
–1
Testemunha 8,5 ab 500 b
Calcário 9,1 a 601 b
Silicato 7,9 b 821 a
D.M.S. 1,2 145
C.V. 10,71 17,27
F 3,78 * 17,6 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Estudos a respeito dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na
literatura (Soratto, 2005). Mais raros ainda são os realizados em campo. O efeito da aplicação
de corretivos nas características químicas do solo, bem como na disponibilidade de nutrientes
é conhecida. Dessa forma, determinaram-se os teores de tions solúveis presentes nos
resíduos do feijoeiro, por ocasião de sua colheita.
Os teores de cátions hidrossolúveis permaneceram inalterados depois da aplicação dos
corretivos. Já a condutividade elétrica dos extratos foi incrementada significativamente pela
aplicação de silicato (Tabela 31).
Tabela 31 Teores de cátions hidrossolúveis (mmol
c
dm
-3
) e condutividade elétrica (S m
-
1) do extrato dos
resíduos vegetais do feijão, por ocasião de sua colheita, em área de sequeiro ( ano de experimentação), após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 11,4 201,8 291,6 0,78 505,6 1027 b
Calcário 11,3 185,9 291,6 0,76 498,5 991 b
Silicato 12,2 183,7 271,0 0,76 467,7 1110 a
D.M.S. - - - - - 81
C.V. 8,4 9,8 8,7 5,3 8,6 5,9
F 2,2 n.s. 2,2 n.s. 1,8 n.s. 0,5 n.s. 1,7 n.s. 7,8 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
A produção de massa seca e a produtividade de grãos do feijoeiro cultivado no ano
de experimentação estão apresentadas na Tabela 32.
54
A produção de massa seca pela cultura do feijão não foi incrementada pela aplicação
dos corretivos, estando em consonância com os dados apresentados por Soratto (2005).
Entretanto, existem vários relatos de que realmente há incrementos na massa seca do feijoeiro,
em função da aplicação de corretivos, porém quando a mesma é realizada mediante
incorporação (Fageria, 1989; Vale, 1998; Silva, 2002).
A produtividade da cultura do feijão também não apresentou alteração mediante a
aplicação dos corretivos. Seguindo a mesma linha de pesquisa com corretivos do solo, Soratto
(2005) verificou efeito significativo para a aplicação de corretivos superficial, alcançando
produtividades elevadas, maiores que 2 t ha
-1
, em experimento conduzido na região de
Botucatu-SP.
Tabela 32 Produção de massa seca e produtividade de grãos da cultura do feijão, em área de sequeiro ( ano
de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
Produtividade
Corretivos g planta
-1
kg ha
–1
Testemunha 4,4 588
Calcário 4,6 622
Silicato 4,3 717
D.M.S. - -
C.V. 6,58 21,98
F 3,0 n.s. 1,8 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Estudos a respeito dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na
literatura (Soratto, 2005). Mais raros ainda são os realizados em campo. O efeito da aplicação
de corretivos nas características químicas do solo, bem como na disponibilidade de nutrientes
é conhecida. Dessa forma, determinaram-se os teores de tions solúveis presentes nos
resíduos do feijoeiro, por ocasião de sua colheita.
Os teores de cátions hidrossolúveis permaneceram inalterados depois da aplicação dos
corretivos. Já a condutividade elétrica dos extratos foi incrementada significativamente pela
aplicação de silicato (Tabela 33), conforme observado no primeiro ano de experimentação
(2005 – Tabela 31).
Tabela 33 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais do feijão,
por ocasião de sua colheita, em área de sequeiro (3º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do
solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 10,9 196,8 286,6 0,73 495,0 1024 b
Calcário 10,8 180,9 286,6 0,71 479,0 988 b
Silicato 11,7 178,7 266,0 0,71 457,2 1107 a
D.M.S. - - - - - 81
C.V. 8,76 10,08 8,86 5,67 8,76 5,95
F 2,2 n.s. 2,2 n.s. 1,8 n.s. 0,5 n.s. 1,7 n.s. 7,8 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
55
5.1.7. Triticale
O triticale é o primeiro cereal criado pelo homem, criado a partir do cruzamento entre
o trigo e o centeio. Nesse cruzamento, o triticale herdou das espécies parentais características
favoráveis, como potencial de produtividade de grãos e de biomassa, resistência a doenças,
bom desenvolvimento em baixas temperaturas, tolerância à seca e ao frio, sistema radicular
profundo, e grãos de alto valor protéico. São poucos os estudos relacionados com a cultura,
normalmente se adotando os critérios para aplicação de corretivos, adubação, entre outras
práticas, utilizados para o cultivo do trigo.
A aplicação dos corretivos não alterou a produção de massa seca. de se ressaltar
que na região do experimento houve grande déficit hídrico, o que promoveu redução da
produção de massa seca, além é claro, de minimizar os efeitos dos corretivos, que têm eficácia
variável, conforme a umidade do solo (Tabela 34).
A produtividade de grãos, apesar de estar muito aquém do potencial da cultura, atingiu
maior valor quando foi aplicado silicato, em relação ao calcário e a testemunha (Tabela 34),
demonstrando possível efeito benéfico do Si em condições estressantes, como foi o ocorrido
neste experimento. As produtividades foram muito reduzidas devido ao estresse hídrico
ocorrido por ocasião da emissão das estruturas reprodutivas da cultura. O ficit foi tão
agressivo, que se esperava que a cultura não completasse seu ciclo.
Tabela 34 Produção de massa seca e produtividade de grãos para a cultura do triticale, em área de sequeiro,
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-1
Produtividade
kg ha
1
Corretivos
Testemunha 796 97 b
Calcário 894 92 b
Silicato 863 188 a
D.M.S. - 63
C.V. 15,28 38,53
F 1,2 n.s.
10,1 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Assim como para as demais culturas utilizadas neste experimento, estudos a respeito
dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na literatura (Soratto, 2005) e
inexistentes para o triticale. O efeito da aplicação de corretivos nas características químicas do
solo, bem como na disponibilidade de nutrientes é conhecida. Dessa forma, determinaram-se
os teores de cátions solúveis presentes nos resíduos do triticale, por ocasião de sua colheita.
Nesse sentido, verificou-se que o teor de K solúvel foi mais elevado quando da utilização do
silicato, diferenciando-se da testemunha. para o Ca solúvel, o efeito foi inverso, ou seja, a
testemunha apresentou maior teor comparativamente ao tratamento com silicato. Talvez
devido ao maior teor de K solúvel apresentado pela cultura do triticale tenha repercutido na
condutividade elétrica do extrato solúvel, a qual apresentou comportamento semelhante ao
teor de K hidrossolúvel (Tabela 35).
56
Tabela 35 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais do
triticale, por ocasião de sua colheita, em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 9,7 b 30,2 45,3 a 4,7 89,8 477 b
Calcário 10,2 ab 26,2 41,6 ab 4,6 82,5 479 ab
Silicato 11,4 a 27,2 39,9 b 4,4 82,9 532 a
D.M.S. 1,2 - 4,9 - - 54
C.V. 9,0 13,4 8,8 17,9 8,1 8,3
F 6,7 * 2,5 n.s. 4,4 * 0,2 n.s. 2,8 n.s. 4,7 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.1.8. Brachiaria brizantha
A produção e manutenção de massa seca sobre o solo é fundamental para o sucesso do
sistema plantio direto. Diante deste fato, é necessária a incorporação de plantas que
proporcionem altas produções de massa seca, a fim de elevar os teores de matéria orgânica,
manter a umidade no solo em períodos de déficit hídrico, além dos efeitos proporcionados no
controle de invasoras e na reciclagem de nutrientes.
Dessa forma, a Brachiaria brizantha foi semeada nos três anos agrícolas pertinentes
ao experimento conforme demonstrado no item material e métodos. A primeira semeadura (1º
ano agrícola - Tabelas 36 e 37) é referente à semeadura nas entrelinhas da cultura do milho
por ocasião de sua adubação de cobertura. a segunda semeadura (2º ano agrícola - Tabelas
38 e 39) é referente à sobressemeadura que foi realizada por ocasião da fase R6-R7 da cultura
da soja. Para a terceira semeadura (3º ano agrícola Tabelas de 40 e 41), foi semeada
conjuntamente com a cultura do arroz.
Na primeira semeadura, praticamente não houve resposta da cultura da Brachiaria
brizantha à aplicação dos corretivos do solo (Tabela 36) para a produção de massa seca,
embora os valores observados para massa seca tenham sido excepcionais, considerando-se a
região dos Cerrados.
Tabela 36 Produção de massa seca (3 cortes) para a cultura da Brachiaria brizantha semeada nas entrelinhas
do milho (sucessão safra forrageira), em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 23194
Calcário 23535
Silicato 26597
D.M.S. -
C.V. 18,3
F 1,4 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Assim como para as demais culturas utilizadas neste experimento, estudos a respeito
dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na literatura (Soratto, 2005).
O efeito da aplicação de corretivos nas características químicas do solo, bem como na
57
disponibilidade de nutrientes é conhecida. Dessa forma, determinaram-se os teores de cátions
solúveis presentes nos resíduos da braquiária, por ocasião de seus manejos.
Nesse sentido, a condutividade elétrica do extrato bem como a soma de cátions
hidrossolúveis, praticamente não apresentaram alterações em seus valores mediante a
utilização dos diferentes corretivos. Apenas o teor de K solúvel foi maior quando da o
utilização de corretivos, comparativamente ao tratamento silicato (Tabela 37).
Tabela 37 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
da Brachiaria brizantha semeada nas entrelinhas do milho, por ocasião de sua roçagem, em área de sequeiro,
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 23,8 a 40,1 116,5 3,8 184,1 2120
Calcário 22,9 ab 37,1 125,0 3,5 188,4 2070
Silicato 20,5 b 40,5 132,2 3,3 196,5 1956
D.M.S. 2,3 - - - - -
C.V. 8,0 12,4 17,8 13,2 11,7 8,0
F 7,0 * 1,2 n.s. 1,0 n.s. 2,5 n.s. 0,6 n.s. 2,1 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
para a segunda semeadura, os dados estão apresentados nas Tabelas 38 e 39. Nessa
semeadura, houve problemas com o estabelecimento da forrageira, a qual teve produção de
massa seca (Tabela 38) muito inferior à da primeira semeadura (Tabela 36), sendo passível de
manejo apenas uma (1) vez durante todo o ano, ao contrário da primeira, manejada três (3)
vezes. Dessa forma, para a segunda semeadura, a produção de massa seca novamente não foi
alterada mediante a aplicação dos corretivos.
Para os teores de cátions hidrossolúveis, soma de tions hidrossolúveis e
condutividade elétrica do extrato (Tabela 39), foram detectadas diferenças significativas para
os teores de Mg solúvel e soma de cátions, com o tratamento silicato apresentando os maiores
teores, comparativamente ao tratamento com calcário. Isso foi proporcionado pelos maiores
teores de Mg apresentados nas camadas superficiais do solo, o que promoveu o aumento do
Mg hidrossolúvel nos resíduos da forrageira.
Tabela 38 Produção de massa seca (1 corte) para a cultura da Brachiaria brizantha semeada em
sobressemeadura da soja (sucessão safra forrageira), em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo,
em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 7301 a
Calcário 8450 a
Silicato 7470 a
D.M.S. 1178
C.V. 11,6
F 3,8 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
58
Tabela 39 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
da Brachiaria brizantha semeada em sobressemeadura da soja, por ocasião de sua roçagem, em área de sequeiro,
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 15,4 21,5 165,1 ab 5,5 207,4 ab 1695
Calcário 16,6 16,6 161,0 b 5,2 199,4 b 1790
Silicato 15,7 19,1 182,3 a 5,0 222,1 a 1672
D.M.S. - - 20,8 - 20,3 -
C.V. 8,8 31,2 9,4 7,7 7,4 10,2
F 1,6 n.s. 1,3 n.s. 4,0 * 2,3 n.s. 4,4 * 1,0 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Na terceira semeadura, praticamente não houve resposta da Brachiaria brizantha à
aplicação dos corretivos do solo (Tabela 40) para a produção de massa seca, embora os
valores observados para massa seca tenham sido excepcionais, considerando-se a região dos
Cerrados.
Assim como para as demais culturas utilizadas neste experimento, estudos a respeito
dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na literatura (Soratto, 2005).
O efeito da aplicação de corretivos nas características químicas do solo, bem como na
disponibilidade de nutrientes é conhecida. Dessa forma, determinaram-se os teores de cátions
solúveis presentes nos resíduos da braquiária, por ocasião de seus manejos. Nesse sentido,
verificou-se que o teor de Mg hidrossolúvel foi mais elevado com a aplicação de silicato,
comparativamente ao calcário, o que repercutiu na soma de cátions hidrossolúveis. A
condutividade elétrica do extrato não apresentou alteração mediante a aplicação dos corretivos
(Tabela 41).
Tabela 40 – Produção de massa seca (3 cortes) para a cultura da Brachiaria brizantha semeada em conjunto com
a cultura do arroz (Sistema Santa - sucessão safra forrageira), em área de sequeiro, após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 18871
Calcário 18316
Silicato 18603
D.M.S. -
C.V. 16,87
F
0,1 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
59
Tabela 41 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
da Brachiaria brizantha semeada em conjunto com a cultura do arroz (Sistema Santa Fé - sucessão safra
forrageira), por ocasião de sua roçagem, em área de sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema
plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 14,5 20,2 160,1 ab 5,3 200,0 ab 1688
Calcário 15,7 15,3 156,0 b 5,0 192,0 b 1783
Silicato 14,8 17,8 177,3 a 4,8 214,7 a 1665
D.M.S. - - 20,8 - 20,3 -
C.V. 9,34 33,46 9,66 8,00 7,66 10,29
F 1,6 n.s. 1,4 n.s. 4,1 * 2,3 n.s. 4,4 * 1,0 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.1.9. Guandú
O guandú é uma planta com capacidade de reciclar elevadas quantidades de nutrientes
do solo, apresentando alta produção de massa seca (Alcântara et al., 2000). Tem sido
recomendado por ter sistema radicular agressivo, com alta densidade e comprimento, e por
crescer em solos com estado de compactação restritivo às culturas produtoras de grãos
(Cubilla et al., 2002). Após cessar o ciclo, as raízes se decompõem e formam-se bioporos que,
apesar de representarem pequeno volume em relação ao volume total de poros, são altamente
funcionais e reduzem a resistência do solo, especialmente por formar macroporos que podem
ser comprimidos quando há pressões aplicadas ao solo.
O guandú é uma das opções para cobertura de solo no verão/outono, e pode produzir
em consórcio com o milho quantidades de massa seca superiores a 2 t ha
-1
. Em alguns casos,
produz mais de 10 t ha
-1
quando cultivado isoladamente em solos férteis e com boas
condições climáticas, conforme dados de Calegari (1995), que encontrou variação de 3 a 22 t
ha
-1
de massa seca. Monegat (1981) também constatou produtividade de massa seca de
guandú de 10 t ha
-1
, em Chapecó, SC.
Conforme descrito para a cultura do guandú no item material e métodos, houve dois
cortes durante a condução da sucessão safra adubo verde, ou seja, a cultura atingiu o
florescimento pleno duas vezes, sendo assim necessários dois manejos. A produção de massa
seca pela cultura do guandú foi elevada, entretanto o guandú não respondeu de forma
significativa à aplicação dos corretivos (Tabela 42), observando-se valores próximos aos
obtidos por Calegari (1995), que encontraram variação de 3 a 22 t ha
-1
.
Tabela 42 Produção de massa seca (2 cortes) para a cultura do guandú, em área de sequeiro (1º ano de
experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
Kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 17583
Calcário 16920
Silicato 17656
D.M.S. -
C.V. 15,68
F 0,2 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
60
Assim como para as demais culturas utilizadas neste experimento, estudos a respeito
dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na literatura (Soratto, 2005).
O efeito da aplicação de corretivos nas características químicas do solo, bem como na
disponibilidade de nutrientes é conhecida. Dessa forma, os teores de tions hidrossolúveis,
soma de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica dos extratos solúvel permaneceram
inalterados com a aplicação dos corretivos (Tabela 43).
Tabela 43 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
do guandú, por ocasião de sua roçagem, em área de sequeiro ( ano de experimentação), após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 18,5 129,4 128,6 1,1 277,6 1513
Calcário 18,5 120,7 115,7 1,0 255,9 1569
Silicato 18,0 122,9 119,3 1,0 261,2 1580
D.M.S. - - - - - -
C.V. 6,5 9,0 9,4 23,7 7,6 6,4
F 0,5 n.s. 1,3 n.s. 2,7 n.s. 0,2 n.s. 2,5 n.s. 1,0 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Conforme descrito para a cultura do guandú no item material e métodos, no terceiro
ano de experimentação (2007) houve apenas um corte durante a condução da sucessão safra
adubo verde, acarretando apenas um manejo. A produção de massa seca pela cultura do
guandú foi bem aquém do seu potencial, com base na produção obtida no primeiro ano de
experimentação (2005 Tabela 42), não respondendo de forma significativa à aplicação dos
corretivos (Tabela 44), estando seus valores próximos aos mínimos observados por Calegari
(1995), que verificaram variação de 3 a 22 t ha
-1
.
Tabela 44 Produção de massa seca (1 corte) para a cultura do guandú, em área de sequeiro (3º ano de
experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 3848
Calcário 3976
Silicato 3799
D.M.S. -
C.V. 20,31
F 0,1 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Assim como para as demais culturas utilizadas neste experimento, estudos a respeito
dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na literatura (Soratto, 2005).
O efeito da aplicação de corretivos nas características químicas do solo, bem como na
disponibilidade de nutrientes é conhecida. Dessa forma, os teores de tions hidrossolúveis,
soma de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica dos extratos solúvel permaneceram
inalterados com a aplicação dos corretivos (Tabela 45).
61
Tabela 45 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
do guandú, por ocasião de sua roçagem, em área de sequeiro ( ano de experimentação), após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 17,2 126,4 125,6 1,1 270,3 1499
Calcário 17,2 117,7 112,7 1,0 248,6 1555
Silicato 16,7 119,9 116,3 1,0 253,9 1566
D.M.S. - - - - - -
C.V. 7,03 9,20 9,60 24,38 7,81 6,50
F 0,5 n.s. 1,3 n.s. 2,7 n.s. 0,2 n.s. 2,5 n.s. 1,0 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.1.10. Milheto
O milheto é uma gramínea de clima tropical, de crescimento ereto, altura variando
entre 1,50 a 1,80 m e ciclo de 130 a 160 dias, sendo considerado uma espécie rústica,
indiferente à textura do solo, com baixa exigência quanto à fertilidade, média tolerância ao Al
e ao frio, resistência moderada à geada e boa tolerância à seca, necessitando de no mínimo
600 mm anuais (Salton & Kichel, 1997). Entretanto, apesar da capacidade de produzir em
condições extremamente adversas, como em solos de baixa fertilidade, responde muito bem à
adubação ou a solos mais férteis e com boa disponibilidade hídrica. A produção de massa seca
pode chegar entre 10 a 15 t ha
-1
, dependendo do cultivar e do ambiente (Pereira, 1990). No
Mato Grosso do Sul, o milheto tem se constituído em uma boa opção de planta de cobertura,
assim como no restante de toda a região de cerrado, fornecendo quantidades razoáveis de
massa seca, que vem possibilitando o sucesso do sistema plantio direto. No mesmo estado,
chegou-se a obter 9,2 t ha
-1
de massa seca no florescimento, aos 50 dias após a emergência
(Pereira, 1990).
Assim, a cultura do milheto vem sendo conduzida nas sucessões safra safrinha e safra
adubo verde. Na sucessão safra safrinha foi semeado em setembro de 2005 (Tabelas 46 e 47)
e de 2006 (Tabelas 48 e 49), conforme explicitado no item material e métodos, sendo
cultivado por apenas 50 dias. Já na sucessão safra adubo verde, conforme previsto foi
semeada apenas uma vez, em maio de 2006 (Tabelas 50 e 51), porém nessa semeadura, o
crescimento do mesmo foi livre e percebeu-se claramente a influência do fotoperíodo no
estabelecimento inicial da cultura do milheto.
Para a primeira semeadura do milheto na sucessão safra safrinha, a produção de massa
seca respondeu positivamente à aplicação dos corretivos, ficando abaixo dos valores obtidos
por Lima (2004), que observaram produção de massa seca em torno de 10 t ha
-1
(Tabela 46).
Assim como para as demais culturas utilizadas neste experimento, estudos a respeito
dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na literatura (Soratto, 2005).
O efeito da aplicação de corretivos nas características químicas do solo, bem como na
disponibilidade de nutrientes é conhecida. Os teores de K hidrossolúvel foi alterado pela
aplicação de silicato, comparativamente ao calcário. Para os outros cátions hidrossolúveis não
houve alteração nos seus teores, bem como na condutividade elétrica dos extratos
hidrossolúveis (Tabela 47).
62
Tabela 46 Produção de massa seca para a cultura do milheto (1º ano - sucessão safra safrinha), em área de
sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 3888 b
Calcário 6060 a
Silicato 5698 a
D.M.S. 687
C.V. 10,06
F 39,4 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 47 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
do milheto (1º ano - sucessão safra safrinha), por ocasião de sua ragem, em área de sequeiro, após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 17,1 ab 36,2 156,9 3,5 213,7 3103
Calcário 16,5 b 39,9 160,2 3,2 219,8 3130
Silicato 18,6 a 45,4 164,6 3,4 232,0 3060
D.M.S. 1,8 - - - - -
C.V. 8,1 23,3 11,0 17,2 11,3 6,8
F 4,8 *. 1,9 n.s. 0,4 n.s. 0,7 n.s. 1,1 n.s. 0,2 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Para a segunda semeadura do milheto na sucessão safra safrinha, a produção de massa
seca apresentou valores inferiores aos obtidos na primeira semeadura, principalmente quando
houve aplicação dos corretivos. A despeito dessa informação as produções de massa seca
onde houve aplicação ou não foram semelhantes (Tabela 48).
Os teores de cátions hidrossolúveis, a exceção do K permaneceram inalterados. A
testemunha proporcionou os maiores teores de K solúvel comparativamente ao tratamento
calcário. A condutividade elétrica também permaneceu inalterada mediante aplicação dos
tratamentos (Tabela 49).
Tabela 48 Produção de massa seca para a cultura do milheto (2º ano - sucessão safra safrinha), em área de
sequeiro, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha
4457
Calcário
4924
Silicato
4782
D.M.S.
-
C.V.
15,15
F
0,9 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
63
Tabela 49 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
do milheto (2º ano - sucessão safra safrinha), por ocasião de sua ragem, em área de sequeiro, após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 15,0 a 21,1 199,5 4,5 240,1 1800
Calcário 13,3 b 23,3 180,5 4,8 221,9 1613
Silicato 14,2 ab 21,6 187,7 4,6 228,2 1717
D.M.S. - - - - - -
C.V. 8,7 61,9 10,8 13,6 9,0 11,2
F 3,7 n.s. 0,1 n.s. 1,8 n.s. 0,5 n.s. 1,6 n.s. 1,9 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Para a semeadura do milheto inserido na sucessão safra adubo verde, observou-se que
a produção de massa seca foi elevada (Tabela 50).
Os teores de K e Ca hidrossolúveis permaneceram inalterados mediante a aplicação
dos corretivos. os teores de Mg e Mn foram mais elevados onde se aplicou o silicato,
comparativamente ao tratamento com calcário, refletindo na soma de cátions hidrossolúveis,
porém não interferindo na condutividade elétrica dos extratos em que os cátions foram
determinados (Tabela 51).
Tabela 50 – Produção de massa seca para a cultura do milheto (sucessão safra adubo verde), em área de sequeiro,
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha
6269
Calcário
5711
Silicato
6644
D.M.S.
-
C.V.
14,69
F
2,1 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 51 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
do milheto (sucessão safra adubo verde), por ocasião de sua roçagem, em área de sequeiro, após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 15,0 18,7 154,9 ab 4,5 ab 193,0 ab 1570
Calcário 14,7 23,0 138,2 b 3,9 b 179,8 b 1535
Silicato 14,2 19,3 167,0 a 4,9 a 205,6 a 1596
D.M.S. - - 22,3 1,0 23,0 -
C.V. 11,2 40,5 11,1 17,3 9,1 13,2
F 0,4 n.s. 0,6 n.s. 5,8 * 3,8 * 4,3 * 0,2 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
64
5.2. Área Irrigada
5.2.1. Características físicas do solo
5.2.1.1. Início do experimento
O solo necessita de espaço poroso para o movimento de água, gases e resistência
favorável à penetração das raízes, porém seu cultivo altera suas propriedades físicas em
relação ao solo não cultivado. Essas alterações são mais pronunciadas nos sistemas
convencionais de preparo do que nos conservacionistas, como o sistema plantio direto, as
quais se manifestam, em geral, na densidade do solo, volume e distribuição de tamanho dos
poros e estabilidade dos agregados do solo, influenciando a infiltração da água, erosão hídrica
e desenvolvimento das plantas.
Entretanto, mesmo em sistema plantio direto há tendência de redução do espaço
poroso, em virtude da ausência de movimentação do solo e contínuo tráfego de maquinário.
Portanto, o estudo das características físicas em experimentos de longa duração é necessário,
uma vez que as mesmas apresentam grande correlação, como é o caso da resistência à
penetração, que é uma característica física utilizada para estabelecer o grau de compactação
dos solos, sendo intimamente relacionado à umidade e densidade do solo. A porosidade total
também é outra característica diretamente proporcional à macroporosidade e
microporosidade.
Uma das características marcante do sistema plantio direto é que se consegue reduzir
as perdas de água por evapotranspiração, uma vez que a amplitude rmica é reduzida. Em
áreas irrigadas, essa perda pode ser suprida com o fornecimento de água via aspersão,
entretanto a economia de água, além de outros benefícios do sistema plantio direto faz com
que o agricultor opte por esse sistema, apesar das dificuldades encontradas em sua condução.
Apesar de não se comparar a uma área em que não ação antrópica, no plantio direto
maior estabilidade dos agregados e continuidade dos poros (Costa, 2001), o que favorecem
plenamente a infiltração de água e dificultam o escoamento superficial (Schick et al., 2000),
bem como a lixiviação de alguns nutrientes. Em contrapartida, os aspectos positivos dos
preparos convencionais são perdidos, quando o solo, descoberto pelo efeito do preparo, é
submetido às chuvas erosivas, as quais o desagregam na superfície pelo impacto das gotas e
diminuem a taxa de infiltração de água (Bertol et al., 2001).
Assim, os valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total e densidade
do solo, bem como coeficientes de variação e teste F, nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,10, 0,10-
0,20 e 0,20-0,40, em área irrigada por pivô central, antes da aplicação dos corretivos e da
instalação das sucessões de culturas, estão apresentados nas Tabelas 52, 53, 54 e 55,
respectivamente. Essa avaliação foi realizada na área irrigada por pivô central, com as
parcelas e subparcelas demarcadas, porém sem que os tratamentos tivessem sido instalados.
Por se tratar de avaliação inicial de uma área considerada uniforme do ponto de vista
de cultivos e tratos culturais, era de se esperar que a mesma o apresentasse diferenças
significativas para as características físicas estudadas em relação aos tratamentos, conforme
de fato ocorreu, à exceção da densidade do solo, na camada de 0,10-0,20 m, que apesar de
apresentar maior valor na sucessão safra forrageira em relação à sucessão safra adubo verde,
ressalta-se que a diferença do ponto de vista prático é desprezível.
A literatura preconiza como sendo o solo ideal aquele que apresente valores de 0,10 a
0,16 m
3
m
-3
para macroporosidade, de até 0,33 m
3
m
-3
para microporosidade e
aproximadamente 0,50 m
3
m
-3
para porosidade total do solo (Baver, 1972; Kiehl, 1979).
Não existe consenso na literatura quanto ao nível crítico da densidade do solo (valor
acima do qual o solo é considerado compactado). Camargo & Alleoni (1997) consideram
65
crítico o valor de 1,6 kg dm
-3
em solos franco-argilosos a argilosos. De Maria et al. (1999)
constataram que acima de 1,2 kg dm
-3
, em Latossolo Roxo, ocorre restrição ao
desenvolvimento de raízes quando o solo estiver na capacidade de campo, o que caracteriza
um estado de compactação do solo.
Os valores de macroporosidade estão um pouco aquém do preconizado como ideal,
que seria entre 10% e 16%. a microporosidade teve seus valores próximos ao ideal. Isso
ocorreu devido ao fato de ser uma área em que não havia preparo do solo 9 anos. Uma
característica que comprova isso é a elevada densidade do solo na camada superficial,
comparada às demais camadas, permitindo concluir que adensamento superficial. Uma
questão é que essa área em questão recebia no mínimo duas culturas por ano, o que pode ter
colaborado para redução dos valores de microporosidade e elevação da densidade do solo.
Tabela 52 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0-0,05 m, em área irrigada por pivô central, antes da aplicação de corretivos do solo e da instalação das
sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos
Testemunha
% Mg m
-
3
7,78 33,88 40,79 1,46
Calcário 7,97 32,78 40,30 1,49
Silicato 7,57 33,06 40,17 1,45
D.M.S. - - - -
C.V. 15,40 10,18 9,02 6,49
Rotações
Safra forrageira 7,81 33,77 41,58 1,48
Safra safrinha 7,23 32,88 39,07 1,49
Safra pousio 7,85 33,34 39,87 1,47
Safra adubo verde 8,19 32,97 41,16 1,41
D.M.S. - - - -
C.V. 21,26 8,40 7,92 7,20
F
Corretivo (C) 0,5 n.s. 0,5 n.s. 0,1 n.s. 0,6 n.s.
Sucessão (S) 0,7 n.s. 0,3 n.s. 1,6 n.s. 1,4 n.s.
C * S 1,7 n.s. 1,2 n.s. 1,0 n.s. 1,6 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
66
Tabela 53 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,05-0,10 m, em área irrigada por pivô central, antes da aplicação de corretivos do solo e da instalação
das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos % Mg m
-
3
Testemunha 6,31 33,30 39,61 1,50
Calcário 6,38 34,33 40,64 1,51
Silicato 6,16 34,48 40,71 1,44
D.M.S. - - - -
C.V. 13,14 5,34 3,73 7,29
Rotações
Safra forrageira 5,89 34,76 40,65 1,49
Safra safrinha 5,90 34,16 40,06 1,51
Safra pousio 6,56 33,18 39,74 1,51
Safra adubo verde 6,79 34,05 40,84 1,43
D.M.S. - - - -
C.V. 15,30 10,00 7,78 5,38
F
Corretivo (C) 0,3 n.s. 2,0 n.s. 2,7 n.s. 2,1 n.s.
Sucessão (S) 2,8 n.s. 0,4 n.s. 0,3 n.s. 2,9 n.s.
C * S 1,7 n.s. 0,5 n.s. 0,4 n.s. 2,4 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 54 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,10-0,20 m, em área irrigada por pivô central, antes da aplicação de corretivos do solo e da instalação
das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos % Mg m
-
3
Testemunha 8,39 31,74 40,31 1,47
Calcário 8,46 31,36 39,72 1,49
Silicato 8,77 32,27 40,50 1,46
D.M.S. - - - -
C.V. 4,42 3,55 2,90 2,10
Rotações
Safra forrageira 8,37 31,76 40,27 1,50 a
Safra safrinha 8,44 32,13 39,51 1,50 ab
Safra pousio 8,83 31,14 40,19 1,46 ab
Safra adubo verde 8,52 32,12 40,72 1,44 b
D.M.S. - - - 0,05
C.V. 9,05 7,29 5,12 3,33
F
Corretivo (C) 4,7 n.s. 2,6 n.s. 2,0 n.s. 4,3 n.s.
Sucessão (S) 0,8 n.s. 0,5 n.s. 0,7 n.s. 4,0 *
C * S 1,4 n.s. 1,8 n.s. 0,5 n.s. 0,6 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
67
Tabela 55 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,20-0,40 m, em área irrigada por pivô central, antes da aplicação de corretivos do solo e da instalação
das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos % Mg m
-
3
Testemunha 12,03 32,20 44,24 1,41
Calcário 12,33 32,04 44,37 1,39
Silicato 11,73 31,39 43,12 1,39
D.M.S. - - - -
C.V. 6,47 4,51 3,32 6,79
Rotações
Safra forrageira 11,89 31,73 43,62 1,38
Safra safrinha 11,96 33,46 45,42 1,36
Safra pousio 12,06 30,24 42,30 1,45
Safra adubo verde 12,22 32,08 44,30 1,40
D.M.S. - - - -
C.V. 7,47 10,89 7,30 5,77
F
Corretivo (C) 2,4 n.s. 1,4 n.s. 3,6 n.s. 0,2 n.s.
Sucessão (S) 0,3 n.s. 1,7 n.s. 2,0 n.s. 2,4 n.s.
C * S 1,0 n.s. 1,7 n.s. 2,2 n.s. 1,3 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
De acordo com Imhoff et al. (2000), a determinação da curva de resistência do solo é
de fato um parâmetro útil na avaliação da qualidade física do solo, permitindo a identificação
de solos potencialmente limitantes ao crescimento das plantas, se relacionando intimamente
com a permanência da continuidade dos poros, pois poros formados pela ação das raízes no
solo são mais estáveis, pois a decomposição dessas por microrganismos gera materiais que
atuam como cimentantes nas paredes desses poros, proporcionando maior durabilidade, se
comparados com aqueles formados por implementos mecânicos (Abreu, 2000).
Os dados de resistência à penetração e de umidade do solo, nas camadas de 0-0,05,
0,05-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, em área irrigada por picentral, antes da aplicação dos
corretivos e da instalação das sucessões de culturas, estão apresentados na Figura 5. A
resistência à penetração se caracteriza por ser inversamente proporcional à umidade do solo.
Dessa forma observa-se que na camada de 0,20-0,40 m, houve diferença significativa entre os
valores observados nas áreas em que as sucessões foram instaladas posteriormente. As
sucessões safra-adubo verde e safra pousio apresentam maiores valores nas camadas citadas,
concomitantemente à redução da umidade para as mesmas sucessões na camada de 0,20-0,40
m. Entretanto, os valores se mantiveram próximos ao valor considerado limitante, que seria
em torno de 2,5 kg cm
-2
(Taylor, 1971).
68
Irrigado
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0
Resisncia à penetração (MPa)
Profundidade (cm)
forrageira
adubo verde
safrinha
pousio
Irrigado
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 5 10 15 20 25
Umidade (kg kg
-1
)
forrageira
adubo verde
safrinha
pousio
Figura 5 - Resistência à penetração e umidade do solo, em área irrigada por pivô central, em função das
subparcelas onde foram instaladas posteriormente às sucessões indicadas. Selvíria MS (2008).
A velocidade de infiltração básica de água no solo é a propriedade que melhor reflete o
grau de degradação do sistema poroso do solo (Dalla Rosa, 1981). Dessa forma, a taxa de
infiltração, em área irrigada por pivô central, antes da aplicação dos corretivos e da instalação
das sucessões de culturas, está apresentada na Figura 6. Ressalta-se que houve
comportamento semelhante para todas as sucessões indicadas.
69
Safra Forrageira
y = 60,745x
-0,3077
+ 17,7
R2 = 0,9773
0
10
20
30
40
50
60
70
0 10 20 30 40 50 60 70
Taxa de Infiltração
(cm h
-1
)
Safra Safrinha
y = 53,24x
-0,2956
+ 16,8
R
2
= 0,9354
0
10
20
30
40
50
60
70
0 10 20 30 40 50 60 70
Safra Pousio
y = 62,31x
-0,3613
+ 15,6
R
2
= 0,9328
0
10
20
30
40
50
60
70
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (minutos)
Taxa de Infiltração
(cm h
-1
)
Safra Adubo Verde
y = 65,915x
-0,3478
+ 17,4
R
2
= 0,9472
0
10
20
30
40
50
60
70
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (minutos)
Taxa de Infiltração
(cm h
-1
)
Figura 6 - Taxa de infiltração média da área irrigada por pivô central, em função das subparcelas onde foram
instaladas posteriormente às sucessões indicadas. Selvíria MS (2008).
5.2.1.2. Término do experimento
Os valores obtidos na avaliação das características sicas do solo, após 34 meses da
aplicação dos corretivos, estão apresentados nas Tabelas 56, 57, 58 e 59, nas camadas de 0-
0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, respectivamente.
A aplicação dos corretivos o promoveu alteração nos valores de macroporosidade,
microporosidade, porosidade total e densidade do solo em todas as camadas avaliadas.
Esperava-se, assim como na área de sequeiro, que os corretivos proporcionassem efeitos
benéficos indiretos para essas características, uma vez que o desenvolvimento radicular e de
parte aérea, bem como a absorção de nutrientes são beneficiados pela ação dos corretivos,
porém isso não foi detectado.
Com exceção da microporosidade, após 34 meses, verificou-se que a adoção de
diferentes sucessões de culturas promoveu alterações significativas em todas as características
físicas. Para a macroporosidade, observou-se que a sucessão safra safrinha proporcionou
maiores valores para a característica. As demais sucessões praticamente se equivaleram. Os
valores obtidos para porosidade total praticamente refletiram os resultados obtidos na
avaliação da macroporosidade. Da mesma forma, observa-se que até 0,20 m de profundidade,
a sucessão safra safrinha apresentou os maiores valores, comparativamente as demais
sucessões.
a densidade do solo foi influenciada apenas nas duas camadas mais superficiais,
com a área da sucessão safra forrageira e safra pousio apresentando os maiores valores em
70
relação às demais sucessões adotadas. Ressalta-se que a diferença observada nos valores
obtidos para essa característica não ultrapassaram 0,11 Mg m
-3
.
De modo geral se constatou que a microporosidade ao longo do experimento foi
reduzida, provando que independente da seqüência de culturas que se utilize em uma dada
área, o adensamento provocado principalmente pelo trânsito de máquinas refletiu diretamente
na característica do solo supracitada. Outro ponto se refere à porosidade total e a densidade do
solo, que se encontram acima dos valores preconizados como ideais.
Tabela 56 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0-0,05 m, em área irrigada por pivô central, após 34 meses da aplicação de corretivos do solo e da
instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos m
3
m
-
3
Mg m
-
3
Testemunha 9,13 31,34 40,47 1,45
Calcário 9,03 30,51 39,55 1,46
Silicato 8,38 30,87 39,25 1,46
D.M.S. - - - -
C.V. 20,79 4,30 2,95 2,82
Rotações
Safra forrageira 6,30 c 31,44 37,75 c 1,50 a
Safra safrinha 12,92 a 30,22 43,14 a 1,39 c
Safra pousio 6,93 bc 30,86 37,79 c 1,50 ab
Safra adubo verde 9,24 b 31,11 40,35 b 1,43 bc
D.M.S. 2,57 - 2,41 0,07
C.V. 26,04 4,54 5,43 4,00
F
Corretivo (C) 0,8 n.s. 1,6 n.s. 4,7 n.s. 0,5 n.s.
Sucessão (S) 20,3 * 1,6 n.s. 16,9 * 9,8 *
C * S 2,6 n.s. 1,8 n.s. 1,9 n.s. 2,2 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
71
Tabela 57 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,05-0,10 m, em área irrigada por pivô central, após 34 meses da aplicação de corretivos do solo e da
instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos m
3
m
-
3
Mg m
-
3
Testemunha 8,01 29,91 36,95 1,51
Calcário 6,31 30,66 39,97 1,55
Silicato 6,11 30,85 37,92 1,56
D.M.S. - - - -
C.V. 26,43 4,09 5,70 3,32
Rotações
Safra forrageira 6,08 b 30,41 36,49 b 1,55 ab
Safra safrinha 8,68 a 29,87 38,55 a 1,52 b
Safra pousio 5,82 b 30,41 36,23 b 1,57 a
Safra adubo verde 6,67 b 31,19 37,86 ab 1,53 b
D.M.S. 1,42 - 1,64 0,04
C.V. 18,63 4,10 3,94 2,46
F
Corretivo (C) 5,4 * 2,5 n.s. 1,1 n.s. 3,7 n.s.
Sucessão (S) 12,5 * 2,3 n.s. 6,8 * 4,4 *
C * S 2,2 n.s. 0,5 n.s. 0,9 n.s. 1,0 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 58 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,10-0,20 m, em área irrigada por pivô central, após 34 meses da aplicação de corretivos do solo e da
instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos m
3
m
-
3
Mg m
-
3
Testemunha 6,99 31,21 38,20 1,53
Calcário 6,44 31,00 37,43 1,54
Silicato 6,38 31,84 38,22 1,53
D.M.S. - - - -
C.V. 18,90 3,68 4,43 2,25
Rotações
Safra forrageira 6,22 b 30,78 37,00 b 1,55
Safra safrinha 6,56 ab 31,18 37,74 ab 1,54
Safra pousio 7,30 a 31,37 38,67 a 1,53
Safra adubo verde 6,33 b 32,07 38,39 ab 1,52
D.M.S. 0,87 - 1,43 -
C.V. 11,79 3,83 3,36 2,68
F
Corretivo (C) 1,2 n.s. 2,3 n.s. 1,1 n.s. 0,3 n.s.
Sucessão (S) 4,7 * 2,4 n.s. 4,1 * 1,5 n.s.
C * S 2,1 n.s. 1,4 n.s. 0,7 n.s. 1,6 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
72
Tabela 59 Valores de macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade do solo, na camada de
solo de 0,20-0,40 m, em área irrigada por pivô central, após 34 meses da aplicação de corretivos do solo e da
instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Características Físicas do Solo
Porosidade
Densidade do
solo
Macro Micro Total
Corretivos m
3
m
-
3
Mg m
-
3
Testemunha 9,50 33,03 42,54 1,41
Calcário 8,74 31,24 39,98 1,40
Silicato 7,97 32,41 40,38 1,45
D.M.S. - - - -
C.V. 23,29 11,24 11,19 5,57
Rotações
Safra forrageira 8,52 ab 32,67 41,20 1,44
Safra safrinha 9,37 a 31,00 40,37 1,36
Safra pousio 9,45 a 31,20 40,66 1,45
Safra adubo verde 7,61 b 34,04 41,64 1,43
D.M.S. 1,50 - - -
C.V. 15,39 10,70 9,47 9,13
F
Corretivo (C) 2,3 n.s. 1,0 n.s. 1,4 n.s. 1,6 n.s.
Sucessão (S) 5,0 * 2,0 n.s. 0,3 n.s. 1,3 n.s.
C * S 2,2 n.s. 1,9 n.s. 2,0 n.s. 0,7 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
A resistência à penetração e a umidade do solo, nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,10,
0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, em área de sequeiro, após 34 meses da aplicação dos corretivos e da
instalação das sucessões de culturas, estão apresentadas na Figura 3. Conforme visto
anteriormente, a determinação da curva de resistência do solo é um parâmetro útil na
avaliação da qualidade física do solo (Imhoff et al., 2000), que se caracteriza por ser
inversamente proporcional à umidade do solo, o que se observa na dada figura. O que se pode
inferir é que na camada superficial (0-0,05 m), a sucessão safra adubo verde proporcionou
menores valores de resistência à penetração, assim como na camada de 0,05-0,10 m, porém
nesta diferindo apenas de safra pousio. Nas demais camadas estudadas (0,10-0,20 e 0,20-0,40
m), não houve diferença. A resistência à penetração se manteve estável em praticamente todo
o perfil estudado, porém sempre abaixo do valor considerado crítico, que seria de 2,5 kg cm
-2
(Taylor, 1971).
73
Figura
7
-
Resistência à penetração e umidade do solo, em área irrigada por pivô central,
após 34 meses da
aplicação de corretivos do solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS
(2008).
A taxa de infiltração, em área irrigada, após 34 meses da aplicação dos corretivos e da
instalação das sucessões de culturas, está apresentada na Figura 8. Com exceção da área onde
foi instalada a sucessão safra forrageira, em toda a área houve o mesmo comportamento, ou
seja, estabilização da velocidade de infiltração por volta de 25 cm h
-1
. Para a sucessão safra
forrageira este valor foi de 12 cm h
-1
, indicando que o solo utilizado nesse sistema apresentou
menor capacidade de retenção de água. Por outro lado, Petrere & Anghinoni (2001) citam que
a braquiária poderia estar formando canais no solo, em função do seu sistema radicular
abundante. Outro fato importante seria o fato de que ela foi praticamente cultivada durante 9
meses em cada um dos 3 anos de experimentação.
74
Figura
8
-
Taxa de infiltração média da área irrigada por pivô central,
após 34 meses da aplicação de corretivos do
solo e da instalação das sucessões de culturas, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
5.2.2. Características químicas do solo
As características químicas do perfil do solo (pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria
orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, na área
irrigada por pivô central, em duas épocas de amostragem, aos 18 e 34 meses após a aplicação
dos corretivos,estão apresentadas em função da aplicação dos corretivos do solo (calcário e
silicato), e em função das sucessões de culturas (safra forrageira, safra safrinha, safra pousio e
safra adubo verde). Quando houve interação significativa entre as fontes de variação
(corretivos e sucessões) para alguma característica estudada, optou-se por discutir apenas seu
desdobramento.
5.2.2.1. 18 meses após a aplicação dos corretivos
Os valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, bem como coeficientes de variação, teste F e
desdobramentos, nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, em área irrigada
por pivô central, 18 meses após a aplicação dos corretivos e da instalação das sucessões de
culturas, estão apresentados nas Tabelas 60 a 71.
Após 18 meses da aplicação dos corretivos, verificou-se que os valores de pH em
CaCl
2
na camada superficial foram alterados significativamente com a aplicação dos
corretivos, comparativamente à testemunha sem aplicação. O mesmo ocorreu com as
75
sucessões safra forrageira e safra pousio, em relação às demais (Tabela 60), demonstrando
que a atividade de ambos os corretivos continua após 18 meses, fato este observado de forma
semelhante por Lima (2004). Os resultados obtidos neste experimento também estão em
consonância com os obtidos por Rheinheimer et al. (2000), que observaram efeito do calcário
apenas para a camada de 0-0,05 m, após 18 meses da aplicação. Mediante desdobramento da
interação corretivo x sucessão na camada de 0,05-0,10 m, observou-se efeito positivo dos
corretivos no aumento do pH em CaCl
2
, em relação à testemunha sem aplicação,
especialmente para o calcário na sucessão safra forrageira e, para o silicato, nas sucessão safra
safrinha. Quando houve pousio na sucessão ambos os corretivos foram superiores à
testemunha e quando foi adotada a sucessão safra adubo verde não foi verificado efeitos dos
corretivos (Tabela 65). Para a sucessão safra forrageira, especialmente no primeiro ano
agrícola, a produção de massa seca pela forrageira foi excelente e, aliada à irrigação, pode ter
contribuído para a dissolução e movimentação do calcário, ocasionada pelo aumento da fauna
responsável pela abertura de canais contínuos, pelos quais pode ocorrer movimentação física
do calcário aplicado superficialmente (Oliveira & Pavan, 1996), aliada as raízes que se
decompõem e formam-se bioporos que, apesar de representarem pequeno volume em relação
ao volume total de poros, são altamente funcionais e podem ter facilitado o caminhamento das
partículas de silicato até a referida camada, uma vez que canais provenientes da
decomposição de raízes têm estabilidade muito grande (Abreu, 2000).
De modo geral, a sucessão safra safrinha apresentou os menores valores de pH em
CaCl
2
, talvez em função do maior número de cultivos realizados nessa sucessão, fato que
pode ter reduzido o pH em CaCl
2
, em função da maior extração de K, Ca e Mg trocáveis e
conseqüente substituição por íons H
+
. Ciotta et al. (2002) também verificaram acidificação do
solo sob plantio direto, especialmente na camada superficial e, atribuíram tal fato,
principalmente à nitrificação do amônio, proveniente dos fertilizantes de reação ácida que se
concentram na superfície do solo, devido ao não revolvimento. O efeito do calcário ainda é
notado na camada de 0,10-0,20 m, enquanto o do silicato foi amenizado, não diferindo do
tratamento testemunha (Tabela 68). Os valores de pH em CaCl
2
na camada de 0,20-0,40 m
não foram alterados mediante a aplicação dos tratamentos (Tabela 70).
Após 18 meses do início do experimento, para todas as camadas avaliadas, os valores
de matéria orgânica permaneceram praticamente inalterados, mediante a aplicação dos
corretivos do solo e da utilização de diferentes sucessões de culturas, incluindo forrageiras,
adubos verdes, pousio, leguminosas, gramíneas e oleaginosas (Tabelas 60, 64, 68 e 70). De
acordo com Alleoni et al. (2005), os teores de matéria orgânica permanecem inalterados após
6, 18 e 30 meses da aplicação de calcário. A exceção ocorreu na camada de 0,10-0,20 m, em
que a sucessão safra pousio proporcionou melhores resultados em relação à sucessão safra
safrinha. O guandú, presente nesta sucessão, pode ter ocasionado essa alteração, devido ao seu
agressivo sistema radicular, com alta densidade e comprimento (Cubilla et al., 2002), o qual
após seu manejo foi decomposto, elevando os teores de matéria orgânica na camada. Os dados
obtidos no presente experimento corroboram os obtidos por Alleoni et al. (2005), que
trabalhando com doses e modos de aplicação de calcário em um Latossolo Vermelho
distrófico de cerrado, observaram que não efeito da aplicação de calcário após 6, 18 e 30
meses sobre os teores de matéria orgânica.
Após 18 meses da aplicação dos corretivos, na camada superficial, o teor de K foi
mais elevado na sucessão safra forrageira, quando comparado aos obtidos nas sucessões safra
safrinha e safra pousio (Tabela 60). Comportamento semelhante foi observado para essas
sucessões na camada de 0,05-0,10 m (Tabela 64) e na camada de 0,10-0,20 m, para a sucessão
safra adubo verde em relação à sucessão safra safrinha (Tabela 68). Na camada de 0,20-0,40
m, os maiores teores de K foram observados na sucessão safra adubo verde novamente e safra
pousio, comparativamente às sucessões safra forrageira e safra safrinha (Tabela 70). Talvez
76
este comportamento seja devido à presença do guandú na sucessão safra adubo verde,
responsável por reciclagem considerável de K (Alcântara et al., 2000). de se destacar que
os teores de K em todas as camadas não demonstraram alterações significativas mediante a
aplicação dos corretivos. Além disso, os teores se apresentaram variáveis de médio a alto, de
acordo com Raij et al. (1997).
O desdobramento dos dados de teor de Ca na camada superficial, após 18 meses da
aplicação dos corretivos, permitiu visualizar o aumento pela aplicação de calcário e silicato
nas sucessões safra forrageira, safrinha e, pela aplicação de calcário na sucessão adubo verde.
Para a sucessão safra pousio, o silicato apresentou o maior teor de Ca para esta camada. Isso
pode ser justificado pela maior solubilidade do silicato, ou seja, na sucessão safra pousio (1
cultivo por ano), comparativamente às demais sucessões, safra forrageira (2 cultivos por ano),
safra safrinha (3 cultivos por ano e safra adubo verde (2 cultivos por ano), houve menor
quantidade de resíduos vegetais, o que de certa forma minimizou a solubilização do calcário,
favorecendo assim o produto mais solúvel, no caso o silicato. O ideal é que o calcário tenha
efeito rápido, porém com efeito residual prolongado. Quanto às sucessões, estas
proporcionaram aumento nos teores de Ca apenas quando foi utilizado silicato nas sucessões
safra pousio e safra forrageira, respectivamente (Tabela 61). Na camada de 0,05-0,10 m, com
exceção da sucessão safra forrageira, as demais sucessões aumentaram os teores de Ca
quando houve aplicação dos corretivos, destacando-se o silicato para a sucessão safra safrinha
(Tabela 66). Na camada de 0,10-0,20 m, o aumento dos teores de Ca ficou restrito apenas à
aplicação dos corretivos, em que a aplicação de calcário apresentou o maior teor de Ca,
seguido do tratamento silicato, e testemunha (Tabela 68). Este aumento para esta camada
subsuperficial pode ser em função de mecanismo de lixiviação de Ca proposto por Miyazawa
et al. (1996), no qual por meio da formação de complexos orgânicos hidrossolúveis presentes
nos restos das plantas há complexação do Ca trocável do solo pelo ligantes orgânicos,
formando complexos CaL
0
ou CaL
-
. Os teores de Ca, na camada mais profunda, não foram
alterados mediante a aplicação dos tratamentos (Tabela 70).
O comportamento do Mg na camada superficial (0-0,05 m) foi semelhante ao
observado para o Ca, havendo interação entre os fatores. A aplicação dos corretivos aumentou
os teores de Mg, à exceção da sucessão safra adubo verde, na qual esse aumento ficou
limitado apenas à aplicação do calcário (Tabela 60), estando em consonância com os dados
apresentados por Rheinheimer et al. (2000), que observaram efeito semelhante para essa
camada. Na camada seguinte (0,05-0,10 m), o teor de Mg encontrado no tratamento silicato
foi superior ao encontrado no tratamento calcário, que por sua vez, apresentou teor mais
elevado que a testemunha sem aplicação, indicando que houve movimentação do Mg trocável
no perfil, e que pode ser explicado pela formação de complexos orgânicos hidrossolúveis à
partir de ácidos orgânicos liberados dos restos vegetais presentes na superfície do solo
(Miyazawa et al., 1993; Miyazawa et al., 1996). Nessa camada, a sucessão safra pousio
proporcionou o maior teor de Mg, comparativamente às sucessões safra safrinha e safra adubo
verde, talvez em função do maior número de cultivos nessas sucessões em comparação com a
sucessão safra pousio (Tabela 64). Na camada de 0,10-0,20 m, os teores mais elevados foram
observados com a aplicação de calcário e silicato, respectivamente, de forma semelhante ao
ocorrido nas camadas de 0-0,05 m e 0,05-0,10 m. Não houve alteração para as sucessões
utilizadas na camada de 0,10-0,20 m (Tabela 68). Na camada de 0,20-0,40 m, foi observado
comportamento semelhante ao das sucessões para todos os tratamentos utilizados (Tabela 70).
Nas camadas de 0-0,05 e 0,05-0,10 m, os teores de Si no solo apresentaram alterações
apenas quanto às sucessões utilizadas, não sendo observado qualquer efeito da aplicação dos
corretivos. Para a primeira, a sucessão safra safrinha alcançou o maior teor quando comparada
à sucessão safra forrageira e safra adubo verde (Tabela 60). na camada de 0,05-0,10 m, a
sucessão safra forrageira apresentou novamente o menor teor de Si, agora quando comparada
77
às sucessões safra adubo verde e safra pousio (Tabela 64). Mediante desdobramento, verifica-
se que na camada de 0,10-0,20 m, não houve diferenças entre a aplicação ou não dos
corretivos. Entretanto, observa-se redução do teor de Si no solo, quando utilizada a sucessão
safra forrageira (Tabela 69). À exceção da sucessão safra safrinha, em que a aplicação de
silicato alcançou o maior teor de Si no solo, não houve diferença entre a aplicação ou não dos
corretivos na camada de 0,20-0,40 m. para as sucessões houve comportamento difuso,
podendo se destacar que a sucessão safra pousio apresentou teores superiores em relação à
sucessão safra safrinha, quando aplicado calcário ou sem aplicação de corretivos (Tabela 71).
De modo geral, a aplicação dos corretivos alterou positivamente a saturação por bases
do solo na camada de 0-0,05 m. Independente da aplicação dos corretivos, a sucessão safra
forrageira apresentou os maiores valores diferenciando-se da sucessão safra safrinha quando
aplicado calcário e, da sucessão safra adubo verde, para o tratamento silicato (Tabela 60).
Mediante desdobramento na camada de 0,05-0,10 m, verificou-se que a aplicação de silicato
(sucessão safra safrinha) e de ambos os corretivos (sucessão safra pousio) proporciona
elevação da saturação por bases (Tabela 67). A utilização do calcário, comparativamente à
testemunha sem aplicação, promoveu aumento na saturação por bases, na camada de 0,10-
0,20 m (Tabela 68). na camada mais profunda, não houve alteração da saturação por bases
(Tabela 70).
Dessa forma, mesmo após 18 meses da aplicação dos corretivos, houve efeitos
positivos sobre a saturação por bases, principalmente na camada de 0-0,05 m, conforme
observado por Miranda et al. (2005) e Pádua et al. (2006) em Latossolo Vermelho, os quais
verificaram que o efeito do calcário aplicado superficialmente em sistema plantio direto se
restringe a camada de 0-0,05m. A sucessão safra adubo verde demonstrou ser promissora no
incremento dos valores para estas característica, talvez devido à alta reciclagem de nutrientes,
em especial K, Ca e Mg pela mesma (Alcântara et al., 2000).
Tabela 60 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0-0,05 m, em área irrigada por picentral, 18 meses após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS
(2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha
4,80 b
27,00
3,58
15,75
10,59
9,12
43,67
Calcário
5,37 a
28,00
3,34
29,74
16,26
11,17
63,2
5
Silicato 5,40 a 28,25 3,47 30,96 15,67 12,83 63,33
D.M.S. 0,20 - - - - -
C.V. 3,47 9,53 18,80 29,76 21,53 28,77 13,78
Rotações
Safra forrageira 5,34 a 28,33 4,11 a 27,56 15,67 11,11 b 62,23
Safra safrinha
5,02 b
27,33
2,88 c
23,56
12,56
12,33 a
52,23
Safra pousio
5,30 a
27,33
3,26 bc
28,49
15,45
12,11 ab
60,33
Safra adubo verde 5,10 b 28,00 3,61 ab 22,33 13,01 9,67 b 52,23
D.M.S. 0,20 - 0,59 - - 2,46 -
C.V. 3,38 7,36 15,30 15,84 15,37 19,44 10,79
F
Corretivo (C) 56,3 * 1,0 n.s.
0,5 n.s. 19,9 * 16,7 * 3,2 n.s.
33,6 *
Sucessão (S)
9,5 *
0,7 n.s.
11,8 * 6,6 * 6,6 * 3,7 *
8,9 *
C * S
2,3 n.s.
1,7 n.s.
0,6 n.s. 5,7 * 3,8 * 0,3 n.s.
2,5 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
78
Tabela 61 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente a Ca, na camada
de solo de 0 0,05 m, em área irrigada por pivô central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira Safra safrinha Safra pousio Safra adubo verde D.M.S.
Testemunha
16,68 b A
14,68 b A
17,33 c A
14,33 b A
9,31 Calcário 31,33 a A 26,00 a A 29,33 b A 32,33 a A
Silicato 34,68 a AB 30,00 a B 38,82 a A 20,33 b C
D.M.S. 7,81
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
Tabela 62 – Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente a Mg, na camada
de solo de 0 0,05 m, em área irrigada por pivô central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira Safra safrinha Safra pousio Safra adubo verde D.M.S.
Testemunha 11,33 b A 9,68 b A 11,68 b A 9,68 b A
4,27 Calcário 17,68 a A 12,00 ab B 17,68 a A 17,68 a A
Silicato 18,00 a A 16,00 a A 17,68 a A 11,68 b B
D.M.S. 4,22
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
Tabela 63 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente à saturação por
bases, na camada de solo de 0 0,05 m, em área irrigada por pi central, 18 meses após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
R
otações
Corretivos
Safra forrageira
Safra safrinha
Safra pousio
Safra adubo verde
D.M.S.
Testemunha 48,68 b A 39,00 b A 45,33 b A 41,68 b A
11,53
Calcário
69,00 a A
57,00 a B
63,33 a AB
63,68 a AB
Silicato 69,00 a A 60,68 a AB 72,33 a A 51,33 b B
D.M.S. 11,85
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
79
Tabela 64 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área irrigada por pivô central, 18 meses após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS
(2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha 4,44 21,59 1,96 9,83 6,83 c 9,17 30,17
Calcário 4,61 20,50 1,66 13,08 7,75 b 9,76 37,00
Silicato
4,66
21,43
1,93
13,91
8,42 a
9,67
38,33
D.M.S.
-
-
-
-
0,65
-
-
C.V.
1,76
5,22
18,40
5,87
7,84
13,16
7,33
Rotações
Safra forrageira
4,61
20,79
2,41 a
11,78
7,78 ab
8,78 b
35,88
Safra safrinha 4,47 20,56 1,20 c 11,22 7,11 b 9,33 ab 32,78
Safra pousio 4,65 21,67 1,74 bc 14,44 8,56 a 9,90 a 39,23
Safra adubo verde 4,56 21,68 2,04 ab 11,67 7,23 b 10,12 a 32,78
D.M.S. - - 0,58 - 1,22 1,10 -
C.V.
2,32
6,40
27,90
13,86
14,28
10,36
14,47
F
Corretivo (C)
32,0 *
4,5 n.s.
3,8 n.s. 143,5 * 28,1 * 1,0 n.s.
46,2 *
Sucessão (S) 6,6 * 2,2 n.s.
11,8 * 8,9 * 4,4 * 4,4 *
4,4 *
C * S 4,2 * 2,0 n.s.
0,2 n.s. 3,0 * 2,3 n.s. 1,9 n.s.
3,1 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 65 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente a pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área irrigada por pivô central, 18 meses após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira Safra safrinha Safra pousio Safra adubo verde D.M.S.
Testemunha 4,50 b A 4,28 b B 4,48 b AB 4,53 a A
0,17
Calcário
4,70 a A
4,43 b B
4,68
a A
4,63 a AB
Silicato
4,63 ab AB
4,70 a AB
4,80 a A
4,53 a B
D.M.S.
0,21
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
Tabela 66 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente à Ca, na camada
de solo de 0,05-0,10 m, em área irrigada por pivô central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira Safra safrinha Safra pousio Safra adubo verde D.M.S.
Testemunha 10,33 a A 8,33 c A 10,68 b A 10,00 b A
2,65 Calcário 12,68 a AB 11,00 b B 15,33 a A 11,68 ab AB
Silicato
12,33 a B
14,33 a AB
17,33 a A
13,33 a B
D.M.S.
3,29
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
80
Tabela 67 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente à saturação por
bases, na camada de solo de 0,05-0,10 m, em área irrigada por pivô central, 18 meses após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira Safra safrinha Safra pousio Safra adubo verde D.M.S.
Testemunha
33,33 a A
25,68 b A
32,00 b A
29,68 a A
7,91 Calcário 39,33 a AB 30,33 b B 41,68 a A 36,68 a AB
Silicato 35,00 a AB 42,33 a A 44,00 a A 32,00 a B
D.M.S. 9,85
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
Tabela 68 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,10-0,20 m, em área irrigada por pivô central, 18 meses após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS
(2008).
Tratamentos
Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha 4,48 b 16,33 a 1,46 9,00 c 6,08 c 8,99 28,83 b
Calcário
4,60 a
15,67 b
1,31
10,91 a
7,03 a
9,09
34,33 a
Silicato 4,54 ab 15,83 ab 1,53 9,92 b 6,51 b 9,25 32,08 ab
D.M.S. 0,10 0,64 - 0,82 0,36 - 4,28
C.V. 2,05 3,72 23,59 21,13 5,05 10,13 12,43
Rotações
Safra forrageira 4,53 15,44 ab 1,48 ab 9,44 6,23 8,11 30,12
Safra safrinha 4,53 15,23 b 1,03 b 9,78 6,49 9,12 32,44
Safra
pousio
4,58
17,00 a
1,45 ab
11,33
6,89
9,67
34,66
Safra adubo verde 4,52 16,11 ab 1,77 a 9,23 6,55 9,55 29,78
D.M.S. - 1,69 0,55 - - - -
C.V. 3,37 9,47 34,16 7,62 16,09 8,92 17,77
F
Corretivo (C) 7,3 * 5,4 *
1,8 n.s. 25,5 * 33,3 * 0,3 n.s.
7,9 *
Sucessão (S) 0,3 n.s. 3,4 *
4,7 * 2,5 n.s. 0,8 n.s. 9,1 *
1,9 n.s.
C * S
0,6 n.s.
1,5 n.s.
0,4 n.s. 0,8 n.s. 1,1 n.s. 2,6 *
0,9 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 69 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente a Si, na camada
de solo de 0,10-0,20 m, em área irrigada por pivô central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira Safra safrinha Safra pousio Safra adubo verde D.M.S.
Testemunha
7,33 a B
9,00 a A
9,33 a A
10,33 a A
1,47 Calcário 8,68 a A 8,68 a A 9,68 a A 9,33 a A
Silicato 8,33 a B 9,68 a AB 10,00 a A 9,00 a AB
D.M.S. 1,57
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
81
Tabela 70 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,20-0,40 m, em área irrigada por pivô central, 18 meses após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS
(2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha 4,74 b 10,42 1,04 6,50 5,75 8,66 30,75
Calcário 4,83 a 10,16 0,98 6,76 6,08 8,25 32,83
Silicato
4,79 ab
10,33
1,14
7,92
6,41
9,17
32,67
D.M.S.
0,09
-
-
-
-
-
-
C.V.
1,64
9,39
17,27
31,74
18,59
15,89
11,44
Rotações
Safra forrageira
4,73
9,78
0,91 b
6,45
5,67
8,00
30,00
Safra safrinha 4,89 10,11 0,74 b 6,67 6,00 8,11 32,00
Safra pousio 4,73 10,33 1,26 a 6,89 6,22 9,22 32,00
Safra adubo verde 4,79 11,00 1,31 a 8,23 6,44 9,45 34,33
D.M.S. - - 0,34 - - - -
C.V.
3,98
13,21
29,12
27,85
16,44
13,62
14,39
F
Corretivo (C)
5,1 n.s.
0,3 n.s.
3,3 n.s.
1,8 n.
s.
1,4 n.s.
1,8 n.s.
1,6 n.s.
Sucessão (S) 2,0 n.s. 1,7 n.s. 9,6 * 2,0 n.s. 1,3 n.s. 4,8 * 1,8 n.s.
C * S 0,6 n.s. 1,2 n.s. 0,3 n.s. 1,1 n.s. 0,8 n.s. 3,3 * 2,0 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 71 Desdobramento da interação corretivo x sucessão na análise de variância referente a Si, na camada
de solo de 0,20-0,40 m, em área irrigada por pivô central, 18 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Rotações
Corretivos
Safra forrageira Safra safrinha Safra pousio Safra adubo verde D.M.S.
Testemunha 7,33 a B 7,33 b B 10,00 a A 10,00 a A
2,16
Calcário
8,00 a AB
7,00
b B
9,33 a A
8,68 a AB
Silicato
8,68 a A
10,00 a A
8,33 a A
9,68 a A
D.M.S.
2,29
Médias seguidas de mesma letra maiúscula nas linhas e minúsculas nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao
nível de significância de 5%.
5.2.2.2. 34 meses após a aplicação dos corretivos
Os valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg
(mmol
c
dm
-3
), Si (g kg
-1
) e saturação por bases, bem como coeficientes de variação e teste F,
nas camadas de 0-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m, em área irrigada por pivô central,
34 meses após a aplicação dos corretivos e da instalação das sucessões de culturas, estão
apresentados nas Tabelas 72 a 75.
Não foi detectada nenhuma interação entre a aplicação de corretivos em sistema
plantio direto estabelecido e as sucessões de culturas adotadas ao longo de três anos.
Após 34 meses da aplicação dos corretivos foi observado que houve elevação do pH
até os 0,20 m iniciais (Tabelas 72, 73 e 74), onde se observa excelentes resultados na correção
do pH com a utilização de ambos os corretivos, indicando que a aplicação do silicato é tão
eficiente quanto a aplicação de calcário, na correção da acidez do solo, em área irrigada, sob
plantio direto estabelecido. Quanto as sucessões, pode-se inferir que a sucessão safra
forrageira apresentou maiores valores de pH, principalmente quando comparada à sucessão
safra safrinha e safra adubo verde até os 0,10 m, e à sucessão safra safrinha até os 0,20 m. Isso
pode ser explicado pelo maior número de semeaduras realizadas na sucessão safra safrinha.
82
Esse maior número de semeaduras se traduz em maior aplicação de fertilizantes (derivados de
nitratos e sulfatos, como os que foram utilizados neste experimento) e remoção de bases da
solução do solo, os quais concorrem para o aumento da acidez do solo, visto que maiores são
as quantidades de sítios liberados no solo, sendo preenchidos pelos íons hidrogênio (Vitti &
Luz, 2004). Corroborando essa idéia, Ciotta et al. (2002) também verificaram acidificação do
solo sob plantio direto, especialmente na camada superficial e, atribuíram tal fato,
principalmente à nitrificação do amônio, proveniente dos fertilizantes de reação ácida que se
concentram na superfície do solo, devido ao não revolvimento. Para a camada de 0,20-0,40 m
não foi constatado efeito dos corretivos.
Após 34 meses do início do experimento, com a aplicação dos corretivos e adoção de
diferentes sucessões de culturas, não foi obtido nenhum efeito sobre a matéria orgânica do
solo, o que era de certa forma, esperado, visto as sucessões englobaram culturas com
diferentes hábitos de crescimento, tanto de parte rea, quanto de sistema radicular, sendo
conduzidas durante 3 anos. Isso pode ser decorrente do solo inicialmente possuir teores de
matéria orgânica considerados elevados para a região dos cerrados.
A aplicação dos corretivos não incrementou os teores de K no solo nas camadas
estudadas. Para as sucessões, notou-se que a sucessão safra adubo verde incrementou o teor
do dado nutriente na camada de 0-0,05m em relação às demais sucessões; para a camada de
0,05-0,10m isso foi verificado em relação apenas à sucessão safra safrinha. Assim como
teorizado para a avaliação realizada aos 18 meses após a aplicação dos corretivos, talvez este
comportamento seja devido à presença do guandú na sucessão safra adubo verde, responsável
por reciclagem considerável de K (Alcântara et al., 2000). Os resultados obtidos no presente
experimento corroboram os dados apresentados por Quaggio et al. (1991), que estudando a
relação entre calagem e molibdênio na extração de nitrogênio pelo milho, verificaram que a
aplicação do calcário proporciona maiores teores de K no solo.
Em relação à testemunha sem aplicação, os teores de Ca trocável foram superiores até
os 0,20 m, com a utilização de silicato, com os valores se equiparando ao calcário. Uma
possível explicação foi que o aumento do pH na superfície do solo, conforme foi observado
no presente experimento, pode ter acelerado a velocidade com que o íon HCO
3
-
,
acompanhado por Ca e Mg, movimentou-se para o subsolo para reagir com a acidez (Caires et
al., 2003). Na camada de 0,20-0,40 cm não houve alteração nos teores de Ca. As sucessões só
tiveram efeito sobre os teores de Ca na camada de 0-0,05 m, com as sucessões safra forrageira
e safra pousio proporcionando os maiores valores.
Os teores de Mg foram mais elevados com a aplicação de ambos os corretivos, nas
camadas superficiais (0-0,05 e 0,05-0,10m), talvez motivado pela hipótese levantada por
Caires et al. (2003) para o teor de Ca. Nessas camadas foi observado que a sucessão safra
safrinha apresentou os menores teores de Mg, provavelmente em função do número de
cultivos (8) na área irrigada (milho-feijão-milheto-soja-triticale-milheto-arroz-feijão), que
normalmente apresentam produtividade superior à áreas cultivadas sob regime hídrico natural,
traduzindo-se em maior exportação de nutrientes.
A aplicação dos corretivos não surtiu o efeito desejado sobre os teores de Si,
principalmente no que tange à aplicação de Si. As diferentes sucessões também o
proporcionaram diferenças quanto ao teor de Si no solo, com exceção da camada de 0,05-
0,10m, onde a sucessão safra adubo verde proporcionou os maiores valores comparativamente
às sucessões safra forrageira e safra safrinha.
A saturação por bases é uma medida direta da fertilidade de um solo e se apresentou
maior em todo perfil do solo estudado com o uso de ambos os corretivos, possivelmente em
função do acréscimo ocasionado pela utilização dos mesmos nos teores de Ca e Mg
principalmente, contrastando com os resultados obtidos em alguns trabalhos realizados em
Latossolo Vermelho, os quais verificaram que o efeito do calcário aplicado superficialmente
83
em sistema plantio direto se restringe a camada de 0-0,05m (Miranda et al., 2005; Pádua et al.,
2006). de se destacar que nestes não havia irrigação via pivô central, o que contribui
fundamentalmente para a movimentação dos produtos da dissolução do calcário. Para as
sucessões se observou até os 0,10 m valores mais elevados para as sucessões safra forrageira e
safra pousio, comparativamente à safra safrinha.
Tabela 72 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0 - 0,05 m, em área irrigada por pivô central, 34 meses após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS
(2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha
4,7
1 b
20,63
5,14
18,31 b
11,44 b
12,50
50,06 b
Calcário
5,12 a
22,25
5,71
31,25 a
15,94 a
15,00
67,38 a
Silicato 5,15 a 22,88 6,19 32,56 a 16,00 a 15,94 68,38 a
D.M.S. 0,14 - - 6,28 3,86 - 9,08
C.V. 2,59 16,49 30,04 21,15 24,61 24,44 13,52
Rotações
Safra forrageira 5,23 a 23,25 5,30 b 30,50 a 17,00 a 14,42 68,67 a
Safra safrinha
4,63 c
21,50
5,00 b
22,42 b
11,17 b
14,33
53,67 b
Safra pousio
5,11 ab
21,00
5,07 b
30,00 a
15,08 a
14,42
61,83 ab
Safra adubo verde 5,00 b 21,92 7,35 a 26,58 ab 14,58 a 14,42 63,58 ab
D.M.S. 0,14 - 1,38 5,96 3,03 - 11,11
C.V. 2,47 12,60 21,70 19,48 18,76 12,89 16,04
F
Corretivo (C) 58,6 * 1,7 n.s. 1,5 n.s. 29,6 * 8,7 * 4,0 n.s. 24,2 *
Sucessão (S)
54,2 *
1,5 n.s.
9,9 *
5,9 *
9,6 *
0,1 n.s.
4,7 *
C * S
1,0 n.s.
0,7 n.s.
1,2 n.s.
0,9 n.s.
1,0 n.s.
0,1 n.s.
0,6 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 73 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,05 – 0,10 m, em área irrigada por pivô central, 34 meses após
a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS
(2008).
Tratamentos
Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha 4,32 b 14,13 2,63 10,50 b 7,94 b 8,63 38,21 b
Calcário
4,59 a 13,75 2,53 15,63 a 9,25 a 9,25 47,44 a
Silicato
4,60 a 15,00 2,93 15,75 a 9,56 a 8,75 46,69 a
D.M.S.
0,16 - - 1,74 1,15 - 6,14
C.V. 3,35 16,74 35,21 11,51 11,86 19,79 12,82
Rotações
Safra forrageira 4,68 a 14,00 2,59 ab 14,25 9,50 a 8,00 b 47,67 a
Safra safrinha 4,28 c 15,17 1,97 b 12,25 7,83 b 8,33 b 37,25 b
Safra pousio
4,56 ab 12,83 2,84 ab 15,17 9,33 ab 9,17 ab 46,92 a
Safra adubo verde
4,50 b 15,16 3,39 a 14,17 9,00 ab 10,00 a 44,75 ab
D.M.S.
0,17 - 0,89 - 1,56 8,59
C.V. 3,42 20,12 29,38 22,01 15,66 13,06 17,42
F
Corretivo (C) 18,2 * 1,2 n.s. 0,8 n.s. 55,6 * 10,6 * 0,6 n.s. 12,8 *
Sucessão (S) 13,6 * 1,8 n.s. 6,7 * 1,9 n.s. 3,5 * 7,2 * 4,6 *
C * S
1,0 n.s. 0,5 n.s. 0,3 n.s. 0,3 n.s. 0,4 n.s. 0,5 n.s. 0,5 n.s.
Médias seguidas de letras diferentes nas colunas diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
84
Tabela 74 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,10 – 0,20 m, em área irrigada por pivô central, 34 meses após
a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS
(2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha 4,31 b 12,44 1,78 8,44 b 7,13 9,06 35,56 b
Calcário 4,44 a 13,12 1,78 10,81 a 8,06 8,50 39,13 ab
Silicato
4,45 a
12,94
1,92
10,00 ab
7,50
8,88
41,69 a
D.M.S.
0,11
-
-
1,78
-
-
5,03
C.V.
2,22
16,67
33,27
16,86
12,90
23,11
11,95
Rotações
Safra forrageira
4,52 a
13,17 ab
1,68
9,83
7,83
7,83
41,17
Safra safrinha 4,24 b 13,00 ab 1,52 9,00 7,00 8,33 34,25
Safra pousio 4,43 ab 10,92 b 1,92 10,50 8,00 9,00 40,42
Safra adubo verde 4,40 ab 14,25 a 2,20 9,67 7,42 10,08 39,33
D.M.S. 0,22 2,70 - - - - -
C.V.
4,40
18,84
40,12
28,68
20,01
26,28
21,35
F
Corretivo (C)
10,7 *
0,4 n.s.
0,3
8,6 *
3,8 n.s.
0,3 n.s.
7,1 *
Sucessão (S) 4,2 * 4,0 * 1,9 0,6 n.s. 1,1 n.s. 2,1 n.s. 1,7 n.s.
C * S 0,4 n.s. 0,4 n.s. 0,2 0,4 n.s. 0,3 n.s. 1,3 n.s. 0,7 n.s.
Médias seguidas de letras diferentes nas colunas diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Tabela 75 Valores de pH em CaCl
2
0,01 mol L
-1
, matéria orgânica (g dm
-3
), K, Ca e Mg (mmol
c
dm
-3
), Si (g
kg
-1
) e saturação por bases, na camada de solo de 0,20 – 0,40 m, em área irrigada por pivô central, 34 meses após
a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS
(2008).
Tratamentos Características Químicas
Corretivos
pH M.O. K Ca Mg Si V%
Testemunha
4,49
9,69
1,52
7,56
7,31
9,50
39,69 b
Calcário 4,63 9,38 1,45 7,81 8,06 8,88 44,06 a
Silicato 4,61 10,25 1,36 8,63 7,56 9,94 40,81 b
D.M.S. - - - - - - 1,74
C.V.
4,48
13,13
30,13
20,70
10,45
18,54
3,87
Rotações
Safra forrageira
4,63
10,58
1,48
8,67
7,92
9,42
43,33
Safra safrinha
4,51
9,83
1,19
7,50
7,33
9,17
40,42
Safra pousio 4,58 8,25 1,50 8,58 8,00 9,67 42,17
Safra adubo verde 4,58 10,42 1,59 7,25 7,33 9,50 40,17
D.M.S. - - - - - - -
C.V.
4,79
25,59
50,97
27,78
15,25
23,14
17,81
F
Corretivo (C)
1,9 n.s.
1,9 n.s.
0,6 n.s.
1,8 n.s.
3,7 n.s.
1,5 n.s.
32,0 *
Sucessão (S)
0,7 n.s.
2,2 n.
s.
0,7 n.s.
1,3 n.s.
1,2 n.s.
0,1 n.s.
0,5 n.s.
C * S 0,3 n.s. 0,6 n.s. 0,2 n.s. 0,3 n.s. 1,2 n.s. 1,3 n.s. 0,7 n.s.
Médias seguidas de letras diferentes nas colunas diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.2.2.3. Calcário residual
Na Tabela 76, estão estabelecidos os coeficientes de correlação simples entre os teores
de Ca e Mg trocáveis, extraídos por percolação com solução de KCl e os extraídos por resina
trocadora de íons, em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. O objetivo deste estudo de
calcário residual reside no fato de que são determinados Ca e Mg trocáveis e não trocáveis. A
85
fração não trocável de ambos os elementos é um indicativo de quanto ainda para reagir de
calcário no solo. O teste de correlação descrito na Tabela 76 é um indicativo se os métodos
têm estreita correlação. Isso indicaria, num primeiro momento, que ambas as extrações são
eficientes para determinação de Ca e Mg trocáveis, e portanto, de suas frações não trocáveis,
podendo ser uma ferramenta importante para auxiliar na definição do momento em que se faz
necessária a reaplicação de calcário no sistema plantio direto (Raij et al., 1982; Quaggio et al.,
1982; Lima, 2004).
Dessa forma, detectou-se que os valores extraídos pela percolação com solução de
KCl foram superiores ao obtidos com extração mediante uso da resina trocadora de íons.
Esses resultados podem indicar uma superestimativa dos teores de Ca no solo com essa
metodologia alternativa à resina. Ainda verificou-se que os teores de Ca e Mg apresentaram
correlação significativa, embora os valores estejam muito abaixo dos relatados por Lima
(2004), que encontraram alta correlação positiva entre os valores de Ca e Mg extraídos pela
percolação com solução de KCl e pela resina.
Tabela 76 Coeficientes de correlação simples (r) entre os teores de Ca e Mg trocáveis, extraídos por percolação
com solução de KCl e os extraídos por resina trocadora de íons, em área de sequeiro, 34 meses após a aplicação
de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Profundidade (m)
Ca
Mg
0 – 0,05 0,70 * 0,58 *
0,05 – 0,10 0,37 * 0,08 *
0,10 – 0,20 0,29 * -0,01
0,20
0,40
0,14 *
0,11*
* indica significância estatística a 0,1% pelo teste t.
5.2.3. Milho
Tradicionalmente, o milho é cultivado em quase todo Brasil, durante o período das
águas e também na safrinha, quando por ocasião da colheita da cultura cultivada no verão,
aproveita-se o final da época chuvosa para se realizar a semeadura do milho. Trata-se de uma
planta C4, que diferentemente das plantas C3, têm alta taxa de fotossíntese e baixa taxa de
fotorrespiração, além de apresentarem alta eficiência no uso da água e translocação de
fotossintatos, e em condições favoráveis, ser uma cultura altamente produtiva, quando a água
não é fator limitante (Fageria, 1989).
Os valores médios referentes à cultura do milho, para produção de massa seca e
produtividade de grãos, estão apresentados na Tabela 77. A cultura do milho foi instalada em
área total e entrou nos esquemas de sucessão como a primeira cultura de verão, ou seja, todas
as sucessões se iniciam com ela.
A produção de massa seca pela cultura do milho não foi alterada pelos tratamentos
utilizados, com médias superiores à 13 t ha
-1
, valores cerca de 60% superiores aos
apresentados por Tissi et al. (2004), em condições semelhantes.
Para as condições deste experimento, o milho não respondeu à aplicação dos
corretivos de acidez do solo. Apesar de que em condições favoráveis o milho responde à
aplicação de corretivos (Fageria, 1989), e embora exista grande variabilidade genética com
respeito à tolerância à acidez, vários trabalhos demonstraram aumentos na produtividade da
cultura (Fageria, 2001; Caires et al., 2004; Miranda et al., 2005).
86
Tabela 77 Produção de massa seca e produtividade da cultura da cultura do milho, em área irrigada por pivô
central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas.
Selvíria MS (2008).
Tratamentos Massa seca Produtividade
Corretivos kg ha
-1
kg ha
-1
Testemunha 14681 6536
Calcário 14302 6909
Silicato 15207 7054
D.M.S. - -
C.V. 15,77 7,17
Rotações
Safra forrageira 15938 6702
Safra safrinha 14682 6801
Safra pousio 13557 6970
Safra adubo verde 14743 6857
D.M.S. - -
C.V. 13,30 13,24
F
Corretivo (C) 0,6 n.s. 4,8 n.s.
Sucessão (S) 3,0 n.s. 0,2 n.s.
C * S 0,4 n.s. 0,5 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Estudos têm demonstrado o efeito de resíduos vegetais sobre a mobilidade de cátions
no solo (Franchini et al., 1999a; Miyazawa et al., 2002). Segundo Caires (2000) e Miyazawa
et al. (2000), a permanência de resíduos vegetais na superfície e a ausência de revolvimento
do solo reduzem a taxa de decomposição dos ligantes orgânicos por microrganismos; com a
disponibilidade de água, os compostos orgânicos podem ser solubilizados e lixiviados. Esse
fato, somado ao constante aporte de resíduos, possibilita a produção contínua desses
compostos orgânicos, podendo resultar em sua perenização no solo (Amaral et al., 2004).
Na planta, esses compostos estão na forma de ânions orgânicos para manutenção da
eletroneutralidade química, devido à absorção de cátions básicos (Pierre & Banwart, 1973);
além disso, apesar da existência de ânions inorgânicos (NO
3
-
, SO
4
2-
, H
2
PO
4
-
e Cl
-
) no tecido
vegetal, estes se apresentam em teores pouco significativos. Assim, como a determinação de
cátions no tecido vegetal é relativamente mais fácil do que a de ânions orgânicos, a somatória
de cátions é um dos melhores indicadores dos efeitos de resíduos na química da solução de
solos ácidos (Franchini et al., 1999a; Miyazawa et al., 2002).
Dessa forma, a determinação da soma de cátions solúveis pode indicar o potencial de
mobilização de cátions e as quantidades de H
+
e Al
3+
que podem ser neutralizadas pelos
resíduos vegetais, correlacionando-se com os efeitos dos materiais vegetais no aumento do pH
e do Ca trocável e na diminuição do Al trocável do solo (Miyazawa et al., 1993; Franchini et
al., 1999a; Meda et al., 2001; Cassiolato et al., 2002), pois os cátions Ca, Mg, K, Na e Mn
ligados nos compostos orgânicos são substituídos por H
+
ou Al
3+
, formando compostos
estáveis protonados ou complexo Al - orgânico (Miyazawa et al., 2000).
A quantidade de ácidos orgânicos no tecido vegetal está diretamente relacionada com
a atividade metabólica das plantas e, conseqüentemente, com seu estádio de desenvolvimento,
o que os torna mais abundantes nos resíduos manejados em seu pleno crescimento vegetativo
ou início do florescimento, situação comum em plantas de cobertura (Franchini et al., 2003),
porém ressalta-se que culturas comerciais também produzem quantidades apreciáveis de
resíduos vegetais, tal como o milho neste experimento. Ademais, observou-se que o efeito do
resíduo vegetal sobre a mobilidade do calcário no solo varia com a espécie e com os
87
cultivares da uma mesma espécie (Cassiolato et al., 2000; Miyazawa et al., 2002). Como a
correção do solo influencia a disponibilidade de nutrientes e a absorção destes pelas plantas,
também podem influenciar o teor desses nutrientes que se apresenta na forma solúvel na
planta.
Assim, o teor de Mg hidrossolúvel bem como a soma de cátions foram alterados
mediante a utilização dos corretivos, tendendo a apresentar menores valores quando aplicado
o silicato, corroborando com os dados obtidos por Soratto (2005), que observaram redução
nos teores deste nutriente em várias culturas, principalmente, logo após a aplicação de
calcário. A condutividade elétrica do extrato utilizado na determinação dos cátions
hidrossolúveis não apresentou alteração mediante a utilização dos tratamentos (Tabela 78),
corroborando com os dados obtidos por Soratto (2005). O autor ainda infere que isso pode
indicar a necessidade de quantificação de outros cátions solúveis, como o NH
4
+
e o Fe
2+
.
Tabela 78 Teores de cátions hidrossolúveis na massa seca da cultura do milho coletados após sua colheita e
condutividade elétrica do extrato, em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
Corretivos
mmol
c
kg
-1
S m
-1
Testemunha 5,0 17,9 79,8 a 1,1 103,9 a
870
Calcário 4,6 18,2 75,0 ab 0,9 98,7 a
787
Silicato 4,6 16,9 70,3 b 1,0 92,9 b
786
D.M.S. - - 5,3 - 5,7
-
C.V. 15,2 8,4 6,6 20,2 5,4
12,3
Rotações
Safra forrageira 5,2 18,0 73,6 1,0 97,7
852
Safra safrinha 4,5 16,8 72,3 1,0 94,6
771
Safra pousio 5,0 18,1 78,3 1,1 102,5
845
Safra adubo verde 4,4 17,8 76,0 1,0 99,2
788
D.M.S. - - - - -
-
C.V. 27,3 8,7 13,5 19,2 11,25
16,0
F
Corretivo (C) 1,6 n.s. 3,4 n.s. 14,8 * 2,3 n.s. 17,3 * 3,7 n.s.
Sucessão
(S)
1,1 n.s. 1,8 n.s. 0,8 n.s. 1,2 n.s. 1,1 n.s. 1,2 n.s.
C * S
1,7 n.s. 1,4 n.s. 0,2 n.s. 1,4 n.s. 0,3 n.s. 2,2 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.2.4. Soja
A soja é uma planta de dia curto, com sensibilidade ao fotoperiodismo, entretanto,
como melhoramento genético, tem sido amplamente cultivada, em quase todo o Brasil. Ela é
adaptada a diferentes tipos de solos, mas cresce bem em solos drenados, com pH próximo da
neutralidade. Outro ponto interessante é que é trata-se de uma planta menos sensível a déficit
hídrico, seja na fase vegetativa como na fase reprodutiva, em relação à feijão e triticale.
Diante do exposto, os valores médios referentes à cultura da soja, para produção de
massa seca e produtividade de grãos estão apresentados na Tabela 79. A cultura da soja foi
instalada em área total e entra nos esquemas de sucessão como a segunda cultura de verão.
A produção de massa seca pela cultura não foi alterada mediante a aplicação de
corretivos. Efeito semelhante foi observado por Caires & Fonseca (2000), entretanto com uma
ressalva aos valores de produção de massa seca obtidos pelos autores, que foram praticamente
o dobro do obtido neste experimento, ou seja, próximos a 8 t ha
-1
, valor semelhante ao obtido
por outros autores (Bataglia & Mascarenhas, 1977; Cordeiro et al., 1979). Para as sucessões,
88
verificou-se que a sucessão safra pousio proporcionou maiores valores de massa seca,
comparativamente à sucessão safra adubo verde.
A produtividade de grãos da cultura da soja praticamente não apresentou alterações
mediante aplicação dos corretivos do solo, conforme foi observado na área de sequeiro. A
razão pela qual os tratamentos sem aplicação de corretivos muitas vezes apresentam elevada
produção e as culturas dificilmente respondem à aplicação de corretivos no sistema plantio direto,
pode estar relacionada com o fato dos teores de Ca, Mg e K estarem em disponibilidade suficiente
no perfil do solo para manter uma relação adequada com o Al
3+
(Caires et al., 1998), conforme
observado neste experimento, onde mesmo sem a aplicação dos corretivos, haviam teores médios
a altos de Ca, Mg e K. Outras hipóteses seria devido ao menor efeito tóxico do alumínio,
decorrente da formação de complexos orgânicos solúveis presentes nos restos das plantas
(Miyazawa et al., 1996), principalmente nas sucessões safra forrageira e safra adubo verde.
Experimentos conduzidos na região de Ponta Grossa (PR), no mesmo tipo de solo, indicaram
que em condições de baixas concentrações de Al, como foi o caso no presente experimento,
não houve alteração na produtividade da soja, mesmo com a maior dose aplicada (6 t ha
-1
)
Tabela 79 Produção de massa seca e produtividade da cultura da cultura da soja, em área irrigada por pivô
central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas.
Selvíria MS (2008).
Tratamentos Massa seca Produtividade
Corretivos
kg ha
-
1
kg ha
-
1
Testemunha 4076 2718
Calcário 4277 2985
Silicato 4429 3098
D.M.S. - -
C.V.
11,33
12,62
Rotações
Safra forrageira 4151 ab 2853
Safra safrinha 4315 ab 3107
Safra pousio 4750 a 3003
Safra adubo verde
3826 b
2771
D.M.S. - -
C.V.
18,93
10,66
F
Corretivo (C) 2,2 n.s. 4,4 n.s.
Sucessão (S)
2,7 n.s.
2,8 n.s
.
C * S 1,2 n.s. 0,4 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Estudos têm demonstrado o efeito de resíduos vegetais sobre a mobilidade de cátions
no solo (Franchini et al., 1999a; Miyazawa et al., 2002). Segundo Caires (2000) e Miyazawa
et al. (2000), a permanência de resíduos vegetais na superfície e a ausência de revolvimento
do solo reduzem a taxa de decomposição dos ligantes orgânicos por microrganismos; com a
disponibilidade de água, os compostos orgânicos podem ser solubilizados e lixiviados. Esse
fato, somado ao constante aporte de resíduos, possibilita a produção contínua desses
compostos orgânicos, podendo resultar em sua perenização no solo (Amaral et al., 2004).
Dessa forma, verificou-se que a aplicação dos corretivos praticamente não proporcionou
alterações aos teores de cátions hidrossolúveis, soma dos mesmos e nem quanto à
condutividade elétrica do extrato (Tabela 80) corroborando com os dados obtidos por Soratto
(2005). O autor ainda infere que isso pode indicar a necessidade de quantificação de outros
89
cátions solúveis, como o NH
4
+
e o Fe
2+
. de se destacar que a aplicação de calcário e
silicato reduziu o teor de Mn solúvel.
Tabela 80 Teores de cátions hidrossolúveis na massa seca da cultura da soja coletados após sua colheita e
condutividade elétrica do extrato, em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
Corretivos
mmol
c
kg
-1
S m
-1
Testemunha 16,4 229,3 194,3 1,1 a 441,1
1037
Calcário 16,0 239,0 165,6 0,8 b 421,3
1006
Silicato 15,8 239,7 158,3 0,7 b 414,5
998
D.M.S. - - - 0,2 -
-
C.V. 15,9 22,0 30,7 20,6 21,5
8,1
Rotações
Safra forrageira 16,8 250,2 178,6 0,9 446,5
1071
Safra safrinha 14,9 224,2 176,7 0,9 416,9
938
Safra pousio 16,3 225,0 179,1 0,8 421,2
1032
Safra adubo verde 16,2 244,5 156,3 0,8 417,9
1014
D.M.S. - - - - -
-
C.V. 16,6 16,3 24,2 24,3 15,8
14,1
F
Corretivo (C) 0,2 n.s. 0,2 n.s. 2,1 n.s. 18,6 *
0,4 n.s.
1,0 n.s.
Sucessão
(S)
1,1 n.s. 1,4 n.s. 0,8 n.s. 1,5 n.s.
0,5 n.s.
1,8 n.s .
C * S
0,2 n.s. 0,5 n.s. 1,1 n.s. 0,6 n.s.
0,9 n.s.
1,1 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.2.5. Arroz
Na Tabela 81 estão apresentadas as médias de produção de massa seca e produtividade
de grãos do arroz. A utilização de corretivos do solo bem como a adoção de diferentes
sucessões de culturas não proporcionou alterações no dado componente. De forma semelhante,
Carvalho-Pupatto et al. (2004) e Wielewicki et al. (1998) observaram que a aplicação de silicato
e de calcário, respectivamente, não influenciou na quantidade de massa seca produzida pelo
arroz em relação a não aplicação desse corretivo, porém as médias observadas pelos primeiros
autores são superiores em aproximadamente 1500 kg ha
-1
, em relação à média obtida no
presente experimento. Isso talvez possa ser explicado pelo fato do arroz ter sido semeado em
dezembro e não em novembro, que é a época recomendada para a semeadura da cultura na
região (Arf et al., 2000).
Os tratamentos não influenciaram a produtividade da cultura. Vale ressaltar que a
produtividade do arroz foi muito menor que a observada por Carvalho-Pupatto et al. (2004) e
por Buzetti et al. (2006), que em experimentos desenvolvidos na região de respectivamente,
utilizando o mesmo cultivar observaram produtividade de grãos São Manuel (SP) e Selvíria
(MS), por volta de 5000 kg ha
-1
. Resultado que pode ser explicado devido ao fato da semeadura
ter sido realizada em dezembro, pois, ocorreram alguns problemas para a emergência das
plantas na semeadura realizada em novembro, época recomendada para semeadura na região
(Arf et al., 2000), tendo que se realizar nova semeadura que só foi possível no mês de
dezembro. O o incremento na produtividade do arroz pela aplicação de calcário e silicato de
Ca e Mg também foi observado por Fageria (2001), pois o arroz é bastante tolerante a acidez do
solo, não respondendo a aplicação de corretivos de acidez (Fageria, 2000).
90
Tabela 81 Produção de massa seca da cultura do arroz, em área irrigada por pivô central, após a aplicação de
corretivos do solo, em sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos Massa seca Produtividade de grãos
Corretivos kg ha
-
1
kg ha
-
1
Testemunha 4012
2079
Calcário 4640
1794
Silicato 4941
2089
D.M.S. - -
C.V. 47 15,3
Rotações
Safra forrageira 5017
1887
Safra safrinha 4028
2164
Safra pousio 4018
1660
Safra adubo verde 5061
2239
D.M.S. - -
C.V. 31 30,8
F
Corretivo (C) 0,8 n.s. 4,9 n.s.
Sucessão (S) 2,1 n.s. 2,3 n.s.
C * S 0,7 n.s. 0,3 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Estudos têm demonstrado o efeito de resíduos vegetais sobre a mobilidade de cátions
no solo (Franchini et al., 1999a; Miyazawa et al., 2002). Segundo Caires (2000) e Miyazawa
et al. (2000), a permanência de resíduos vegetais na superfície e a ausência de revolvimento
do solo reduzem a taxa de decomposição dos ligantes orgânicos por microrganismos; com a
disponibilidade de água, os compostos orgânicos podem ser solubilizados e lixiviados. Esse
fato, somado ao constante aporte de resíduos, possibilita a produção contínua desses
compostos orgânicos, podendo resultar em sua manutenção sobre a superfície do solo (Amaral
et al., 2004).
Dessa forma, verificou-se que a aplicação dos corretivos proporcionou elevação dos
teores de cátions hidrossolúveis e soma de cátions, diferindo significativamente da
testemunha sem aplicação (Tabela 82) corroborando com os dados obtidos por Soratto (2005)
e Soratto & Crusciol (2008), que afirmam que a aplicação de corretivos pode aumentar a
disponibilidade de K no solo quando o efeito de deslocamento do K+ do complexo de troca
para a solução do solo for superior ao efeito competitivo nos processos de absorção,
decorrente das maiores concentrações de Ca
2+
e Mg
2+
na solução do solo. No presente
experimento, no que tange ao teor de Ca hidrossolúvel, a aplicação de calcário em relação à
de silicato se sobressaiu. Há de se destacar que a aplicação de calcário e silicato reduziu o teor
de Mn solúvel. Apesar dos efeitos proporcionados pela aplicação de corretivos na soma de
cátions como um todo, isso não repercutiu na condutividade elétrica. Para as sucessões
verificou-se que a adoção safra pousio proporcionou o maior valor absoluto de condutividade
elétrica, principalmente em função dos maiores teores de Ca e Mn, em relação às demais
sucessões, com exceção da sucessão safra adubo verde, que se equivaleu com a sucessão safra
pousio.
91
Tabela 82 Teores de cátions hidrossolúveis na massa seca da cultura do arroz coletados após sua colheita e
condutividade elétrica do extrato, em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto, após diferentes sucessões de culturas. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
Corretivos
mmol
c
kg
-1
S m
-1
Testemunha 317,1 b 6,2 c 186,4 b 7,2 c 565,1 a
1159,9
Calcário 343,4 a 9,7 a 201,4 a 10,4 a 516,9 b 1166,0
Silicato 341,1 a 9,4 b 199,1 a 10,2 b 519,8 b
1164,4
D.M.S. 10,3 0,04 9,6 0,1 19,9
-
C.V. 2,84 0,39 4,55 1,01 3,35
0,64
Rotações
Safra forrageira 333,0 8,3 ab 195,0 9,2 ab 545,5 ab
1135,5 b
Safra safrinha 331,6 8,0 b 193,6 8,8 b 541,9 b
1153,2 ab
Safra pousio 332,8 8,7 a 194,8 9,5 a 545,7 ab
1191,0 a
Safra adubo verde 338,3 8,8 a 199,3 9,6 a 555,9 a
1174,1 ab
D.M.S. 6,7 0,5 - 0,6 12,6
45,8
C.V. 1,79 5,65 2,71 5,52 2,06
3,52
F
Corretivo (C)
37,7 * 55,5 * 13,3 * 57,6 * 33,3 * 2,9 n.s.
Sucessão
(S)
3,0 * 7,4 * 2,6 n.s. 7,0 * 3,5 * 4,2 *
C * S
1,3 n.s. 0,1 n.s. 1,7 n.s. 0,4 n.s. 1,5 n.s.
0,2 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.2.6. Feijão
A cultura do feijão é amplamente cultivada no Brasil, tendo três épocas de semeadura,
que são o feijão “das águas”, “da seca” e o “de inverno”. No caso deste experimento, o feijão
encaixa-se na semeadura “de inverno”. O feijoeiro é uma cultura que em condições
favoráveis, expressa seu potencial, entretanto tanto o déficit como o excesso de água, bem
como a acidez dos solos, podem interferir no seu crescimento e desenvolvimento. Existem na
literatura vários trabalhos que indicam resposta do feijão à aplicação de corretivos quando o
calcário é incorporado (Barbosa Filho e Silva, 2000; Fageria e Stone, 2004; Soratto, 2005).
relatos também que a cultura tenha sua produtividade incrementada quando utilizada em
sucessão de culturas com outras plantas, como a mucuna preta e lab-lab (Arf et al., 1999),
milheto (Bordin et al., 2003) e o guandú (Silveira et al., 2005).
A produção de massa seca pela cultura do feijão não foi influenciada pela aplicação
dos corretivos (Tabela 83), concordando com os dados apresentados por Soratto (2005),
apesar de vários autores relatarem que realmente incrementos na massa seca do feijoeiro,
em função da aplicação de corretivos, porém quando a mesma é realizada mediante
incorporação (Fageria, 1989; Vale, 1998; Silva, 2002).
A produtividade da cultura do feijão foi influenciada pelos tratamentos, havendo
aumento de 19% e 33% com a aplicação de calcário e de silicato, respectivamente, em relação
à testemunha (Tabela 83). Os valores obtidos para produção de grãos mediante a aplicação do
calcário se assemelham aos obtidos em experimentos com aplicação de corretivos (Barbosa
Filho & Silva, 2000; Soratto, 2005).
92
Tabela 83 Produção de massa seca e produtividade de grãos da cultura do feijão, em área irrigada por pivô
central (1º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria
MS (2008).
Tratamentos Massa seca Produtividade
Corretivos g planta
-1
kg ha
–1
Testemunha 18,5 1719 b
Calcário 18,3 2053 a
Silicato 18,8 2293 a
D.M.S. - 275
C.V. 10,32 10,38
F 0,1 n.s. 15,1 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Estudos a respeito dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na
literatura (Soratto, 2005). Mais raros ainda são os realizados em nível de campo. O efeito da
aplicação de corretivos nas características químicas do solo, bem como na disponibilidade de
nutrientes é conhecida. Dessa forma, determinaram-se os teores de tions solúveis presentes
nos resíduos do feijoeiro, por ocasião de sua colheita. Nesse sentido, verificou-se que os
teores de cátions hidrossolúveis permaneceram inalterados depois da aplicação dos corretivos.
a condutividade elétrica dos extratos foi reduzida significativamente pela aplicação de
calcário, comparativamente ao tratamento silicato (Tabela 84).
Tabela 84 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
do feijão, por ocasião de sua colheita, em área irrigada por pivô central (1º ano de experimentação), após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 12,7 208,7 301,9 0,77 524,1 1041 ab
Calcário 12,8 192,1 298,8 0,77 504,5 957 b
Silicato 13,2 207,1 308,6 0,79 529,7 1057 a
D.M.S. - - - - - 90
C.V. 8,0 8,5 9,1 3,8 8,2 6,8
F 0,5 n.s. 2,3 n.s. 0,3 n.s. 1,1 n.s. 0,8 n.s. 4,8 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Na Tabela 225 estão apresentados os dados de massa seca de plantas da cultura do
feijão. Observou-se que com a aplicação de calcário, a produção de massa seca foi superior a
testemunha, porém não diferiu do tratamento com aplicação de silicato. Resultados
semelhantes foram observados por Silva et al. (2004), com a aplicação de doses de calcário,
onde os mesmos observaram valores de até 5 g planta
-1
, com a aplicação de 3 a 4,4 t ha
-1
.
Esses dados corroboram os apresentados por Fageria et al. (1989). O incremento na massa
seca na cultura do feijão pode estar relacionado ao benefício ocasionado pelo calcário, uma
vez que o mesmo possibilita melhor crescimento e desenvolvimento radicular (Silva et al.,
2004).
A aplicação de calcário proporcionou maior produtividade para o feijão em relação à
testemunha, mas não diferiu do tratamento com silicato (Tabela 85). Resultado semelhante foi
observado por Fageria & Stone (2004) e Barbosa Filho et al. (2005) que observaram que a
aplicação de calcário eleva a produtividade da cultura do feijão.
93
Tabela 85 Produção de massa seca e produtividade de grãos da cultura do feijão, em área irrigada por pivô
central (3º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria
MS (2008).
Tratamentos Massa seca Produtividade
Corretivos g planta
-1
kg ha
–1
Testemunha 8,0 b 2375 b
Calcário 10,0 a 2691 a
Silicato 9,1 ab 2582 ab
D.M.S. 1,6 212
C.V. 13,48 6,35
F 5,5 * 7,9 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Estudos a respeito dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na
literatura (Soratto, 2005). Mais raros ainda são os realizados em nível de campo. O efeito da
aplicação de corretivos nas características químicas do solo, bem como na disponibilidade de
nutrientes é conhecida. Dessa forma, determinaram-se os teores de tions solúveis presentes
nos resíduos do feijoeiro, por ocasião de sua colheita. Nesse sentido, verificou-se que os
teores de cátions hidrossolúveis permaneceram inalterados depois da aplicação dos corretivos.
a condutividade elétrica dos extratos foi reduzida significativamente pela aplicação de
calcário, comparativamente ao tratamento silicato (Tabela 86).
Tabela 86 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
do feijão, por ocasião de sua colheita, em área irrigada por pivô central (3º ano de experimentação), após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 11,5 204,7 297,9 0,73 514,8 1034,5 ab
Calcário 11,6 188,1 294,8 0,73 495,2 951,0 b
Silicato 12,0 203,1 304,6 0,75 520,4 1050,5 a
D.M.S. - - - - - 90,4
C.V. 8,83 8,65 9,23 3,97 8,31 6,82
F 0,6 n.s. 2,3 n.s. 0,3 n.s. 1,1 n.s. 0,8 n.s. 4,8 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.2.7. Triticale
O triticale é o primeiro cereal criado pelo homem, criado a partir do cruzamento entre
o trigo e o centeio. Nesse cruzamento, o triticale herdou das espécies parentais características
favoráveis, como potencial de produtividade de grãos e de biomassa, resistência a doenças,
bom desenvolvimento em baixas temperaturas, tolerância à seca e ao frio, sistema radicular
profundo, e grãos de alto valor protéico. São poucos os estudos relacionados com a cultura,
normalmente se adotando os critérios para aplicação de corretivos, adubação, entre outras
práticas, utilizados para o cultivo do trigo.
Na Tabela 87 estão apresentados os valores médios de produção de massa seca e
produtividade de grãos do triticale. A aplicação de silicato aumentou a produção de massa
seca, comparativamente ao tratamento testemunha. A produtividade de grãos foi incrementada
mediante a aplicação de calcário, em detrimento da aplicação do silicato, atingindo
produtividades elevadas.
94
Tabela 87 Produção de massa seca e produtividade de grãos para a cultura do triticale, em área irrigada por
pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-1
Produtividade
kg ha
1
Corretivos
Testemunha
1624 b
1834 ab
Calcário
1883 ab
2162 a
Silicato 2002 a 1742 b
D.M.S.
351
358
C.V.
14,60
14,30
F
4,2 *
5,2 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Assim como para as demais culturas utilizadas neste experimento, estudos a respeito
dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na literatura (Soratto, 2005) e
inexistentes para o triticale. O efeito da aplicação de corretivos nas características químicas do
solo, bem como na disponibilidade de nutrientes é conhecida. Dessa forma, determinaram-se
os teores de cátions solúveis presentes nos resíduos do triticale, por ocasião de sua colheita.
Os teores de cátions hidrossolúveis, bem com a soma dos mesmos e condutividade elétrica
dos extratos estão apresentados na Tabela 88. A aplicação de silicato aumentou o teor de K
solúvel, diferenciando-se da testemunha. Efeito semelhante foi observado para o Ca solúvel,
que apresentou valores mais elevados quando da aplicação dos corretivos. Essas diferenças
repercutiram na soma de cátions e na condutividade elétrica, que apresentaram maiores
valores com a aplicação de silicato.
Tabela 88 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
do triticale, por ocasião de sua colheita, em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo,
em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 19,0 b 32,4 b 36,6 4,3 92,4 b 915 b
Calcário 19,2 ab 38,1 a 36,4 3,6 97,3 ab 922 b
Silicato 21,6 a 41,0 a 37,9 3,8 104,4 a 1087 a
D.M.S. 2,5 5,5 - - 10,6 143
C.V. 9,5 11,3 10,1 15,2 8,2 11,2
F 4,7 * 8,7 * 0,3 n.s. 3,1 n.s. 4,5 * 6,3 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.2.8. Brachiaria brizantha
A produção e manutenção de resíduos vegetais sobre o solo é fundamental para o
sucesso do sistema plantio direto. Diante deste fato, é necessária a utilização de plantas que
proporcionem altas produções de massa seca, a fim de elevar os teores de matéria orgânica,
manter a umidade no solo em períodos de déficit hídrico, além dos efeitos proporcionados no
controle de invasoras e na reciclagem de nutrientes.
A Brachiaria brizantha foi semeada nos três anos agrícolas pertinentes ao
experimento conforme demonstrado no item material e métodos. A primeira semeadura (1º
95
ano agrícola - Tabelas 89 e 90) é referente à semeadura nas entrelinhas da cultura do milho
por ocasião de sua adubação de cobertura. a segunda semeadura (2º ano agrícola - Tabelas
91 e 92) é referente à sobressemeadura que foi realizada por ocasião da fase R
6
-R
7
da cultura
da soja. A terceira semeadura (3º ano agrícola Tabelas 93 e 94) é referente à semeadura
realizada conjuntamente com o arroz (Sistema Santa Fé).
Na primeira semeadura, houve resposta da cultura da Brachiaria brizantha para
produção de massa seca, quanto à aplicação dos corretivos do solo, destacando-se o
tratamento silicato, com produção cerca de 44% superior à testemunha. (Tabela 89). de se
destacar que no ano, a forrageira foi submetida a 4 cortes, conforme descrito no item
material e métodos, alcançando valores elevados e que possibilitaram recobrimento total da
área durante todo o ano.
Tabela 89 Produção de massa seca (4 cortes) da cultura da Brachiaria brizantha semeada nas entrelinhas do
milho (sucessão safra forrageira), em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 16253 b
Calcário 20206 ab
Silicato 23528 a
D.M.S. 4913
C.V. 18,8
F 7,5 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
O teor de Mg solúvel foi mais elevado mediante aplicação de calcário, diferindo dos
demais tratamentos. O calcário também reduziu o teor de Mn solúvel, comparativamente ao
tratamento testemunha. Essas diferenças repercutiram na soma de cátions, na qual a aplicação
de calcário proporcionou o maior valor, seguido de silicato e testemunha, respectivamente.
Houve elevação da condutividade elétrica mediante aplicação dos corretivos (Tabela 90)
Tabela 90 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
da Brachiaria brizantha semeada nas entrelinhas do milho, por ocasião de sua roçagem, em área irrigada por
pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 16,5 43,8 116,2 b 4,9 a 181,5 c 1426 b
Calcário 18,2 43,2 167,7 a 4,1 b 233,2 a 1615 a
Silicato 18,7 42,6 136,0 b 4,4 ab 201,8 b 1689 a
D.M.S. - - 25,2 0,7 19,7 20
C.V. 10,0 11,7 13,8 11,7 7,3 7,3
F 3,28 n.s. 0,12 n.s. 14,5 * 3,8 * 23,9 * 23,9 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
para a segunda semeadura, os dados estão apresentados nas Tabelas 91 e 92. Nessa
semeadura, houve problemas com o estabelecimento da forrageira, a qual teve produção de
massa seca (Tabela 91) inferior à primeira semeadura (Tabela 89), sendo passível de manejo
96
apenas duas vezes durante todo o ano, ao contrário da primeira, manejada em quatro
oportunidades.
Tabela 91 – Produção de massa seca (2 cortes) da cultura da Brachiaria brizantha semeada em sobressemeadura
da soja (sucessão safra forrageira), em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em
sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 7121 b
Calcário 8801 a
Silicato 9389 a
D.M.S. 1246
C.V. 11,3
F 12,2 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Para os teores de cátions hidrossolúveis, soma de tions hidrossolúveis e
condutividade elétrica do extrato (Tabela 92), o foram detectadas diferenças significativas,
corroborando com os resultados apresentados por Soratto (2005).
Tabela 92 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
da Brachiaria brizantha semeada em sobressemeadura da soja, por ocasião de sua roçagem, em área irrigada por
pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 12,6 11,4 225,3 7,9 257,1 1448
Calcário 12,3 11,0 235,6 6,9 265,8 1418
Silicato 11,9 11,1 236,9 6,7 266,6 1414
D.M.S. - - - - - -
C.V. 4,9 13,2 10,5 14,7 9,0 8,2
F 2,9 n.s. 0,1 n.s. 0,5 n.s. 2,8 n.s. 0,4 n.s. 0,2 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Na Tabela 93 estão apresentados os valores de produção de massa seca de plantas da
braquiária na semeadura conjunta com o arroz. Pode-se observar que a aplicação dos
corretivos do solo não influenciou na produção de massa seca na cultura. No entanto Portes et
al. (2000) observaram que a braquiária utilizada em consórcio com arroz não ultrapassa 3000
kg ha
-1
de massa seca, e a mesma sendo utilizada em cultivo solteiro por 117 dias produz
19500 kg ha
-1
de massa seca, portanto a quantidade de massa seca produzida no presente
experimento essatisfatória, visto que a mesma foi semeada juntamente com o arroz, porém
seu crescimento não foi atrapalhado pelo arroz, portanto produziu praticamente como se
estivesse em cultivo solteiro.
97
Tabela 93 Produção de massa seca (2 cortes) da cultura da Brachiaria brizantha, semeada em conjunto com a
cultura do arroz (Sistema Santa Fé - sucessão safra forrageira), em área irrigada por pivô central, após a
aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 14666
Calcário 14186
Silicato 16897
D.M.S. -
C.V. 14,97
F
3,2 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Diferentemente do que ocorreu para o primeiro ano (2005 – Tabela 90), o consórcio da
braquiária com arroz não apresentou incrementos nos teores de cátions hidrossolúveis, bem
como na condutividade elétrica, mediante a aplicação dos tratamentos (2007 - Tabela 94),
estando em consonância com os dados apresentados no consórcio com a soja (2006 - Tabela
92) e corroborando com os resultados apresentados por Soratto (2005).
Tabela 94 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
da Brachiaria brizantha, semeada em conjunto com a cultura do arroz (Sistema Santa - sucessão safra
forrageira), por ocasião de sua roçagem, em área irrigada por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo,
em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 11,9 10,7 218,3 7,5 248,3 1437,0
Calcário 11,6 10,3 228,6 6,5 257,0 1407,0
Silicato 11,2 10,4 229,9 6,3 257,8 1403,0
D.M.S. - - - - - -
C.V. 5,23 14,09 10,84 15,56 9,27 8,29
F 2,9 n.s. 0,1 n.s. 0,5 n.s. 2,8 n.s. 0,4 0,2
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.2.9. Guandú
O guandú é uma planta com capacidade de reciclar elevadas quantidades de nutrientes
do solo, apresentando alta produção de massa seca (Alcântara et al., 2000). Tem sido
recomendado (Cubilla et al., 2002) por ter sistema radicular agressivo, com alta densidade e
comprimento, e por crescer em solos com estado de compactação restritivo às culturas
produtoras de grãos. Após cessar o ciclo, as raízes se decompõem e formam-se bioporos que,
apesar de representarem pequeno volume em relação ao volume total de poros, são altamente
funcionais e reduzem a resistência do solo, especialmente por formar macroporos que podem
ser comprimidos quando há pressões aplicadas ao solo.
O guandú é uma das opções para cobertura de solo no verão/outono, e pode produzir
em consórcio com o milho quantidades de massa seca superiores a 2 t ha
-1
. Em alguns casos,
produz mais de 10 t ha
-1
quando cultivado isoladamente em solos férteis e com boas
condições climáticas, conforme dados de Calegari (1995), que encontrou variação de 3 a 22 t
ha
-1
de massa seca. Monegat (1981) também constatou produtividade de massa seca de
guandú de 10 t ha
-1
, em Chapecó (SC).
98
Conforme descrito para a cultura do guandú no item material e métodos, houve dois
cortes durante a condução da sucessão safra adubo verde, ou seja, a cultura atingiu o
florescimento pleno duas vezes, sendo assim necessários dois manejos. A produção de massa
seca pela cultura do guandú no ano de experimentação foi elevada, entretanto o mesmo não
respondeu de forma significativa à aplicação dos corretivos (Tabela 95). A despeito da não
resposta da cultura, as produções de massa seca foram excelentes, atingindo patamares
descritos por Calegari (1995) e Alcântara et al. (2000).
Tabela 95 – Produção de massa seca (2 cortes) da cultura do guandú, em área irrigada por pivô central (1º ano de
experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 19106
Calcário 17640
Silicato 17944
D.M.S. -
C.V. 13,14
F 0,8 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Assim como para as demais culturas utilizadas neste experimento, estudos a respeito
dos teores de cátions solúveis nos resíduos das plantas são raros na literatura (Soratto, 2005).
O efeito da aplicação de corretivos nas características químicas do solo, bem como na
disponibilidade de nutrientes é conhecida. Nesse sentido, os teores de Ca solúvel foram mais
elevados com a aplicação do silicato, comparado ao tratamento testemunha. O mesmo ocorreu
para o teor de Mg solúvel com a aplicação do calcário em relação à testemunha sem
aplicação. A diferença entre os valores observados no tratamento calcário e testemunha, para
o teor de Mg solúvel, foi elevada e repercutiu na soma de cátions, condicionado o maior valor
à aplicação de calcário. A condutividade elétrica do extrato foi mais elevada com a aplicação
de calcário em relação aos demais tratamentos (Tabela 96).
Tabela 96 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
do guandú, em área irrigada por pivô central (1º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo,
em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 21,9 129,1 b 128,1 b 0,9 280,0 b 1501 b
Calcário 24,7 149,7 ab 174,9 a 1,1 350,4 a 1786 a
Silicato 22,4 158,4 a 129,1 b 1,0 310,9 ab 1580 b
D.M.S. - 22,3 44,5 - 57,1 192
C.V. 10,3 11,7 23,6 24,8 13,9 9,0
F 3,1 n.s. 6,3 * 5,0 * 1,3 n.s. 5,2 * 8,1 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Na Tabela 97 estão apresentados os dados de massa seca da cultura do guandú no
ano de experimentação, nos quais pode ser observado que a aplicação dos corretivos o
influenciou na produção de massa seca pela cultura. Vale ressaltar que a produção de massa
99
seca pela cultura estava abaixo da observada em alguns trabalhos (Ambrosano & Wutke,
1997; Borkert et al., 2003). Isso talvez seja reflexo da influência do fotoperíodo na cultura,
uma vez que variedades que sejam menos susceptíveis ao fotoperíodo podem ser semeadas até
março (Bonamigo, 1999) e, no caso do presente experimento, a semeadura foi realizada em
meados de abril.
Tabela 97 – Produção de massa seca (1 corte) da cultura do guandú, em área irrigada por pivô central ( ano de
experimentação), após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha 5245
Calcário 3575
Silicato 4583
D.M.S. -
C.V. 32,11
F 2,8 n.s.
Médias seguidas de letras diferentes nas colunas diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de
5%.
No terceiro ano de experimentação (2007), os teores de Ca solúvel novamente foram
mais elevados com a aplicação do silicato, comparativamente ao tratamento testemunha. O
mesmo ocorreu para o teor de Mg solúvel com a aplicação do calcário em relação à
testemunha sem aplicação. A diferença entre os valores observados no tratamento calcário e
testemunha, para o teor de Mg solúvel, foi elevada e repercutiu na soma de tions,
condicionado o maior valor à aplicação de calcário. A condutividade elétrica do extrato foi
mais elevada com a aplicação de calcário em relação aos demais tratamentos (Tabela 98). Em
suma, os resultados proporcionados pela aplicação dos corretivos foram praticamente os
mesmos ocorridos no primeiro ano de experimentação (2005).
Tabela 98 – Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da cultura
do guandú, em área irrigada por pivô central (3º ano de experimentação), após a aplicação de corretivos do solo,
em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 20,6 126,1 b 125,1 b 0,9 272,7 b 1486,8 b
Calcário 23,4 146,7 ab 171,9 a 1,1 343,0 a 1771,8 a
Silicato 21,1 155,4 a 144,9 ab 1,0 303,6 ab 1614,3 ab
D.M.S. - 22,3 37,8 - 57,1 193,3
C.V. 10,89 11,91 19,62 25,50 14,23 9,09
F 3,1 n.s. 6,3 * 5,3 * 1,4 n.s. 5,2 * 7,5 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.2.10. Milheto
O milheto é uma gramínea de clima tropical, de crescimento ereto, altura variando
entre 1,50 a 1,80 m e ciclo de 130 a 160 dias, sendo considerado uma espécie rústica,
indiferente à textura do solo, com baixa exigência quanto à fertilidade, média tolerância ao Al
100
e ao frio, resistência moderada à geada e boa tolerância à seca, necessitando de no mínimo
600 mm anuais (Salton & Kichel, 1997). Entretanto, apesar da capacidade de produzir em
condições extremamente adversas, como em solos de baixa fertilidade, responde muito bem à
adubação ou a solos mais férteis e com boa disponibilidade hídrica. A produção de massa seca
pode chegar entre 10 a 15 t ha
-1
, dependendo do cultivar e do ambiente (Pereira, 1990). No
Mato Grosso do Sul, o milheto tem se constituído em uma boa opção de planta de cobertura,
assim como no restante de toda a região de cerrado, fornecendo quantidades razoáveis de
massa seca, que vem possibilitando o sucesso do sistema plantio direto. No mesmo estado,
chegou-se a obter 9,2 t ha
-1
de massa seca no florescimento, aos 50 dias após a emergência
(Pereira, 1990).
Assim, a cultura do milheto vem sendo conduzida nas sucessões safra safrinha e safra
adubo verde. Na sucessão safra safrinha foi semeada em setembro de 2005 (Tabelas 99 e 100)
e de 2006 (Tabelas 101 e 102), conforme explicitado no item material e métodos, sendo
cultivado por apenas 50 dias. Já na sucessão safra adubo verde, conforme previsto foi
semeada apenas uma vez, em maio de 2006 (Tabelas 103 e 104), porém nessa semeadura, o
crescimento do mesmo foi livre e percebeu-se claramente a influência do fotoperíodo no
estabelecimento inicial da cultura do milheto.
Para a primeira semeadura do milheto na sucessão safra safrinha, a produção de massa
seca não respondeu à aplicação dos corretivos (Tabela 99).
Tabela 99 Produção de massa seca da cultura do milheto (1º ano - sucessão safra safrinha), em área irrigada
por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha
6153
Calcário
7091
Silicato
8006
D.M.S.
-
C.V.
28,14
F
1,7 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Comparativamente ao tratamento em que houve a aplicação de silicato, os teores de
Mn solúvel foram reduzidos, com a aplicação ou não de calcário. A condutividade elétrica dos
extratos hidrossolúveis não foi alterada pelos tratamentos (Tabela 100).
Tabela 100 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da
cultura do milheto (1º ano - sucessão safra safrinha), por ocasião de sua roçagem, em área irrigada por pivô
central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 15,8 40,9 134,7 1,9 b 193,3 2630
Calcário 14,3 35,1 147,3 1,6 b 198,3 2510
Silicato 15,4 35,1 127,8 2,6 a 180,9 2393
D.M.S. - - - 0,5 - -
C.V. 9,1 16,9 13,1 18,1 8,7 8,0
F 2,5 n.s. 2,3 n.s. 2,4 n.s. 15,0 * 2,4 n.s. 2,8 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
101
Para a segunda semeadura do milheto na sucessão safra safrinha, a produção de massa
seca apresentou valores inferiores aos obtidos na primeira semeadura, entretanto com efeito
positivo quando houve aplicação dos corretivos (Tabela 101).
Tabela 101 Produção de massa seca da cultura do milheto (2º ano - sucessão safra safrinha), em área irrigada
por pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha
3184 b
Calcário
4988 a
Silicato
4924 a
D.M.S. 708
C.V.
12,38
F
28,7 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Observou-se que a aplicação de calcário, em relação ao silicato, proporcionou maiores
teores de K e Ca hidrossolúveis. Para o teor de Mg solúvel, ambos os corretivos, com
destaque para o calcário proporcionaram elevação no teor de Mg. De forma semelhante, a
soma de cátions também foi mais elevada com a aplicação de calcário. A condutividade
elétrica dos extratos utilizados na determinação dos cátions hidrossolúveis foi claramente
mais elevada com a aplicação dos corretivos (Tabela 102).
Tabela 102 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da
cultura do milheto (2º ano - sucessão safra safrinha), por ocasião de sua roçagem, em área irrigada por pivô
central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 16,6 ab 20,5 ab 74,3 b 4,0 115,3 b 1019 b
Calcário 18,1 a 26,1 a 101,6 a 3,9 149,6 a 1176 a
Silicato 13,1 b 16,6 b 100,4 ab 3,8 133,8 ab 1212 a
D.M.S. 3,8 8,4 27,2 - - 136
C.V. 18,1 30,4 22,6 11,9 19,4 9,2
F 6,4 * 4,4 * 4,4 * 0,3 n.s. 3,6 n.s. 7,8 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Para a semeadura do milheto inserido na sucessão safra adubo verde, observou-se que
a produção de massa seca respondeu a aplicação de calcário, o se diferenciando do
tratamento silicato (Tabela 103).
102
Tabela 103 Produção de massa seca da cultura do milheto (sucessão safra adubo verde), em área irrigada por
pivô central, após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
Massa seca
kg ha
-
1
Corretivos
Testemunha
3465 b
Calcário
5122 a
Silicato
4295 ab
D.M.S.
907
C.V.
16,13
F
11,5 *
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Os teores de K e Mn hidrossolúveis permaneceram inalterados mediante a aplicação
dos corretivos. Já os teores de Ca e Mg foram elevados significativamente com a aplicação de
calcário, em comparação aos demais tratamentos. Da mesma forma, como previsto, ocorreu
para a soma de cátions. A condutividade elétrica dos extratos em que os cátions foram
determinados não apresentou alteração mediante a aplicação dos corretivos (Tabela 104).
Tabela 104 Teores de cátions hidrossolúveis e condutividade elétrica do extrato dos resíduos vegetais da
cultura do milheto (sucessão safra adubo verde), por ocasião de sua roçagem, em área irrigada por pivô central,
após a aplicação de corretivos do solo, em sistema plantio direto. Selvíria MS (2008).
Tratamentos
K Ca Mg Mn Soma
Condutividade
elétrica
mmol
c
dm
-
3
S m
-
1
Corretivos
Testemunha 13,5 25,2 ab 101,2 b 2,8 142,7 b 1202
Calcário 12,3 37,4 a 120,1 a 2,7 172,6 a 1116
Silicato 13,5 23,7 b 102,0 b 3,0 142,3 b 1188
D.M.S. - 13,6 15,6 - 21,5 -
C.V. 10,7 36,0 11,0 15,5 10,7 12,5
F 1,9 n.s. 4,2 * 6,5 * 0,8 n.s. 9,0 * 0,8 n.s.
Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
5.3. Análise Econômica
A análise econômica foi realizada apenas para a área de sequeiro.
Na Tabela 105, estão apresentados de forma resumida os custos operacionais
totais, receitas brutas e receita líquida, das sucessões de culturas utilizadas durante os 34
meses de duração do experimento, após a utilização de dois corretivos do solo. O valor do
dólar comercial é referente a 14 de setembro de 2008.
O custo operacional foi composto pelas operações mecanizadas, como semeadura,
adubação de cobertura, aplicação de agroquímicos, roçagem e colheita; dos insumos
utilizados, como os agroquímicos, sementes e fertilizantes; demais despesas e depreciação de
maquinário e esquipamentos.
A aplicação dos corretivos e adoção das sucessões culturas, após 34 meses, em área de
sequeiro, permitiu concluir que:
Os tratamentos com utilização da forrageira (sucessão safra forrageira)
proporcionaram as piores receitas líquidas, independente da correção ou não da
acidez do solo. Talvez se fosse levado em conta o ganho de peso animal que
103
poderia ser proporcionado pela produção de massa seca da mesma, esta receita
ficaria positiva;
A aplicação de ambos os corretivos proporcionou ganho extra na produtividade
das culturas de safrinha (feijão ano, triticale, feijão ano),
possibilitando receita líquida positiva, ainda que pequena, ao final do
experimento, comparativamente aos tratamentos onde não se realizou a
aplicação dos corretivos. A receita líquida reduzida ocorreu em função da falta
de água nos estádios fenológicos reprodutivos das culturas supracitadas.
O pousio pode ser considerado um manejo conservacionista, ainda que não
muito eficiente, porém do ponto de vista prático, a sucessão safra pousio
proporcionou as melhores receitas líquidas, em função da economia de
sementes e, fundamentalmente, de fertilizantes.
A sucessão safra adubo verde proporcionou boa receita líquida ao longo dos
três anos, havendo algumas nuances dentro dessa sucessão, decorrente das
diferentes produtividades obtidas em cada um dos tratamentos.
Um ponto importante é que apesar da sucessão safra forrageira ter apresentado
resultado negativo quanto à receita quida para todos os tratamento que ela
constava, de se ressaltar que deve ser levado em consideração que não foi
estimada a quantidade de carne que a massa seca produzida pela forrageira
poderia proporcionar à algum tipo de criação animal, traduzindo-se em receita,
o que poderia talvez proporcionar receita positiva para os tratamentos que
constavam dessa sucessão.
104
Tabela 105 Custo operacional total, receita bruta e receita líquida de algumas sucessões de culturas, após a aplicação de dois corretivos do solo, em área de sequeiro.
Selvíria MS (2008).
TRATAMENTOS
COT
Receita
Bruta
Receita
Líquida
R$ R$ R$ US$
Corretivo Sucessão
Testemunha milho - braquiária - soja - braquiária - arroz – braquiária 3829 3587 -242 -141
Testemunha milho - feijão - milheto - soja - triticale - milheto - arroz - feijão 7737 7640 -98 -57
Testemunha milho - pousio - soja - pousio - arroz – pousio 3624 5060 1436 840
Testemunha milho - guandú - soja - milheto - arroz – guandú 4287 5138 851 498
Calcário milho - braquiária - soja - braquiária - arroz – braquiária 3886 3343 -543 -317
Calcário milho - feijão - milheto - soja - triticale - milheto - arroz - feijão 7722 8069 347 203
Calcário milho - pousio - soja - pousio - arroz – pousio 3679 4853 1174 687
Calcário milho - guandú - soja - milheto - arroz – guandú 4342 4914 571 334
Silício milho - braquiária - soja - braquiária - arroz – braquiária 3880 3405 -475 -278
Silício milho - feijão - milheto - soja - triticale - milheto - arroz - feijão 7717 8285 569 332
Silício milho - pousio - soja - pousio - arroz – pousio 3673 4954 1281 749
Silício milho - guandú - soja - milheto - arroz – guandú 4337 4566 229 134
Valor atual do dólar = R$ 1,71
105
6. Considerações Finais
A região de Selvíria (MS) é caracterizada pela falta de atendimento drico,
principalmente no cultivo de safrinha e de inverno, se fazendo necessária a utilização de
irrigação.
Área de sequeiro
Após 34 meses da aplicação superficial dos corretivos e da adoção de diferentes
sucessões de culturas, verificou-se que os tratamentos não influenciam de forma significativa
as caracterísiticas físicas avaliadas (macroporosidade, microporosidade, porosidade total,
densidade do solo, resistência à penetração e velocidade básica de infiltração);
Há correção da acidez do solo após 18 meses da aplicação dos corretivos, limitando-se
à camada de 0-0,05m, principalmente devido à aplicação do calcário dolomítico e em menor
grau, pela utilização do silicato de Ca e Mg. Após 34 meses da aplicação dos corretivos, o
efeito do calcário na camada superficial permanece, enquanto que a utilização de silicato
promove correção até os 0,20m;
De modo geral, os teores de K e Mg no solo o são alterados após 18 e 34 meses da
aplicação dos corretivos ou pela adoção de diferentes sucessões de culturas;
Após 18 meses da aplicação dos corretivos, observa-se elevação dos teores de Ca
trocável aa camada de 0,05-0,10 m. Esse efeito ainda se estende à camada de 0,10-0,20 m
quando utilizado silicato. Aos 34 meses após a aplicação, a elevação se restringe à camada
superficial (0-0,05 m)
De modo geral, a aplicação dos corretivos não incrementou a produtividade das
culturas de verão (milho, soja e arroz).
As culturas do feijão (1º ano de experimentação – 2005) e triticale foram submetidas a
intenso déficit hídrico, respondendo à aplicação do silicato. No ano de experimentação
(2008) não foi observado efeito significativo do silicato na cultura do feijão, embora haja
tendência de elevação da produtividade com a aplicação do mesmo.
O milheto é altamente responsivo à aplicação dos corretivos, o mesmo o ocorrendo
para a braquiária e o guandú.
Área irrigada
Após 18 meses da aplicação dos corretivos, houve correção da acidez do solo apenas
para a camada de 0-0,05 m. Aos 34 meses, verifica-se extensão desse efeito até os 0,20m.
Os teores de K trocável, de modo geral, não apresentaram alterações após 18 e 34
meses da aplicação dos corretivos ou pela adoção de diferentes sucessões de culturas.
aumentos significativos nos teores de Ca e Mg trocáveis após 18 meses até a
camada de 0,10-0,20 m, permanecendo dessa forma inclusive por ocasião da avaliação aos 34
meses após a aplicação superficial dos corretivos.
De modo geral a aplicação dos corretivos não altera a produtividade das culturas de
verão (milho, soja e arroz).
106
A cultura do feijão responde (1º e ano de experimentação – 2005 e 2007) à
aplicação de ambos os corretivos, enquanto o triticale apenas à aplicação de calcário.
De modo geral a braquiária e o milheto respondem à aplicação dos corretivos, no que
diz respeito à produção de massa seca, o mesmo não ocorrendo para o guandú.
107
7. Conclusões
Após 34 meses, a aplicação de corretivos superficialmente ou a adoção de
diferentes sucessões de culturas não modifica a porosidade do solo (macroporosidade e
microporosidade), bem como densidade do solo, resistência do solo à penetração e velocidade
básica de infiltração.
Após 18 meses da aplicação superficial de calcário dolomítico e de silicato de
cálcio e magnésio em sistema plantio direto conclui-se que ambos o eficientes na correção
da acidez na camada superficial (0-0,05m), com seus efeitos se estendendo até a camada de
0,10-0,20m, após 34 meses da aplicação dos corretivos.
Em área de sequeiro, os teores de Ca na camada de 0,05-0,10m são elevados
após 18 meses da aplicação dos corretivos. em área irrigada esse incremento é observado
até a camada de 0,10-0,20m, permancendo assim até 34 meses após aplicação;
Em solos com bons níveis de fertilidade, a aplicação dos corretivos não altera a
produtividade das culturas de verão (milho, soja e arroz), tanto em área de sequeiro, como em
área irrigada;
Em área de sequeiro, feijão e triticale respondem à aplicação do silicato. em
área irrigada, a produtividade das mesmas é incrementada mediante utilização de ambos os
corretivos;
De modo geral, o milheto responde à aplicação de corretivos de acidez,
diferentemente ao feijão guandú;
Do ponto de visto econômico, para regiões com grande probabilidade de
ocorrência de déficit hídrico e sem condições de suplementação hídrica, recomenda-se apenas
um cultivo durante o ano, ou seja, o cultivo “das águas” com semeadura em
novembro/dezembro, ou seja, a adoção da sucessão safra-pousio (milho-pousio-soja-pousio-
arroz-pousio).
108
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120
9. Anexos
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
180
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
mar/05
abr/05
mai/05
jun/05
jul/05
ago/05
set/05
out/05
nov/05
dez/05
jan/06
fev/06
mar/06
abr/06
mai/06
jun/06
jul/06
ago/06
set/06
out/06
nov/06
dez/06
jan/07
fev/07
mar/07
abr/07
mai/07
jun/07
jul/07
ago/07
set/07
out/07
PERÍODO (meses)
Precipitação (mm)
0
4
8
12
16
20
24
28
32
36
40
Temperaturas diárias (°C)
Precipitação Temp.nima Temp. Máxima.
Figura 9 - Temperaturas máximas, mínimas e precipitação média durante a condução dos dois primeiros anos agrícolas. Selvíria MS (2008).
121
Tabela 106 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra forrageira, sem aplicação de
corretivos do solo, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Semeadura (3 x)
HM 40,00 3,00 120,00 70,18
Adubação de Cobertura (2x)
HM 40,00 0,24 9,60 5,61
Aplicação de Agroquímico (8x)
HM 40,00 1,76 70,40 41,17
Roçagem (9x)
HM 30,00 1,35 40,50 23,68
Colheita (3x)
HM 120,00 3,00 360,00 210,53
Subtotal A ********* ********* ********* 600,50 351,17
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16
t 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Sementes de Braquiária
kg 4,38 10,00 43,80 25,61
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 1.181,03 690,66
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Adubo 04-30-10
t 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Sementes de Braquiária
kg 4,38 15,00 65,70 38,42
Inseticida Deltametrina
L 37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin
L 71,92 0,50 35,96 21,03
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 737,62 431,36
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Adubo 08-28-16
t 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Sementes de Braquiária
kg 4,38 10,00 43,80 25,61
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 1.093,10 639,24
Subtotal B´s ********* ********* ********* 3.011,75 1.761,25
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 3.612,25 2.112,42
Outras despesas ********* ********* ********* 180,61 105,62
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 36,12 21,12
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 3.828,98 2.239,17
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 2.018,90 666,24 389,61
RECEITA BRUTA (venda da soja) kg 0,76 3.367,52 2.559,32 1.496,68
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 502,18 361,57 211,44
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 3.587,12 2.097,73
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* -241,86 -141,44
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
122
Tabela 107 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra safrinha, sem aplicação de
corretivos do solo, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total
(US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Semeadura (8 x)
HM 40,00 8,00 320,00 187,13
Adubação de Cobertura (4x)
HM 40,00 0,48 19,20 11,23
Aplicação de Agroquímico (16x)
HM 40,00 3,52 140,80 82,34
Colheita (6x)
HM 120,00 6,00 720,00 421,05
Subtotal A ********* ********* ********* 1.200,00 701,75
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Herbicida Roundup - milho
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida Roundup - feijão
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Sementes de Feijão
kg 8,70 70,00 609,00 356,14
Sementes de Milheto
kg 2,50 20,00 50,00 29,24
Fungicida Captan - milho
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Fungicida Captan - feijão
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16 - milho
t 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Adubo 08-28-16 - feijão
t 2.088,00 0,22 459,36 268,63
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Herbicida Paraquat
L 23,96 3,00 71,88 42,04
Inseticida Lambdacialotrina (2x)
L 48,00 0,05 2,40 1,40
Adubo Sulfato de Amônio - milho
t 1.198,00 0,33 395,34 231,19
Adubo Sulfato de Amônio - feijão
t 1.198,00 0,35 419,30 245,20
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 2.406,98 1.407,59
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup - soja
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida Roundup - triticale
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Sementes de Triticale
kg 1,30 180,00 234,00 136,84
Sementes de Milheto
kg 2,50 20,00 50,00 29,24
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Inseticida Thiamethoxam
L 254,00 0,12 30,48 17,82
Adubo 04-30-10 - soja
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Adubo 08-28-16 - triticale
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Inseticida Deltametrina
L 37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin
L 71,92 0,50 35,96 21,03
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 1.441,60 843,04
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup - arroz
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida Roundup - feijão
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Sementes de Feijão
kg 8,70 70,00 609,00 356,14
Adubo 08-28-16 - arroz
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo 08-28-16 - feijão
kg 2.088,00 0,22 459,36 268,63
Herbicida Paraquat
L 23,96 3,00 71,88 42,04
Inseticida Lambdacialotrina
L 48,00 0,05 2,40 1,40
Inseticida Metamidophós
L 17,53 1,00 17,53 10,25
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,35 419,30 245,20
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 2.250,65 1.316,17
123
Subtotal B´s ********* ********* ********* 6.099,23 3.566,80
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 7.299,23 4.268,55
Outras despesas ********* ********* ********* 364,96 213,43
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 72,99 42,69
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 7.737,18 4.524,67
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 1.871,00 617,43 361,07
RECEITA BRUTA (venda da feijão - 1º
ano)
kg 2,67 499,88 1.334,68 780,51
RECEITA BRUTA (venda do soja) kg 0,76 2.986,37 2.269,64 1.327,28
RECEITA BRUTA (venda do triticale) kg 0,38 96,78 36,78 21,51
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 2.517,35 1.812,49 1.059,94
RECEITA BRUTA (venda do feijão - 3º
ano)
kg 2,67 587,50 1.568,63 917,32
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 7.639,64 4.467,63
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* -97,53 -57,04
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
124
Tabela 108 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra pousio, sem aplicação de
corretivos do solo, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Semeadura (3 x)
HM 40,00 3,00 120,00 70,18
Adubação de Cobertura (2x)
HM 40,00 0,24 9,60 5,61
Aplicação de Agroquímico (8x)
HM 40,00 1,76 70,40 41,17
Colheita (3x)
HM 120,00 3,00 360,00 210,53
Subtotal A ********* ********* ********* 560,00 327,49
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 1.137,23 665,04
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Adubo 04-30-10
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Inseticida Deltametrina
L 37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin
L 71,92 0,50 35,96 21,03
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 671,92 392,94
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 1.049,30 613,63
Subtotal B´s ********* ********* ********* 2.858,45 1.671,61
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 3.418,45 1.999,09
Outras despesas ********* ********* ********* 170,92 99,95
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 34,18 19,99
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 3.623,55 2.119,04
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 2.871,15 947,48 554,08
RECEITA BRUTA (venda da soja) kg 0,76 3.458,61 2.628,54 1.537,16
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 2.060,50 1.483,56 867,58
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 5.059,58 2.958,82
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* 1.436,03 839,78
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
125
Tabela 109 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra adubo verde, sem aplicação de
corretivos do solo, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Semeadura (6 x)
HM 40,00 6,00 240,00 140,35
Adubação de Cobertura (2x)
HM 40,00 0,24 9,60 5,61
Aplicação de Agroquímico (8x)
HM 40,00 1,76 70,40 41,17
Roçagem (4x)
HM 30,00 0,60 18,00 10,53
Colheita (3x)
HM 120,00 3,00 360,00 210,53
Subtotal A ********* ********* ********* 698,00 408,19
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Sementes de Guandú
kg 7,30 30,00 219,00 128,07
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 1.356,23 793,11
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Adubo 04-30-10
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Sementes de Milheto
kg 2,50 20,00 50,00 29,24
Inseticida Deltametrina
L 37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin
L 71,92 0,50 35,96 21,03
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 721,92 422,18
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Sementes de Guandú
kg 7,30 30,00 219,00 128,07
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 1.268,30 741,70
Subtotal B´s ********* ********* ********* 3.346,45 1.956,99
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 4.044,45 2.365,17
Outras despesas ********* ********* ********* 202,22 118,26
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 40,44 23,65
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 4.287,11 2.507,08
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 3.035,85 1.001,83 585,87
RECEITA BRUTA (venda da soja) kg 0,76 3.278,99 2.492,03 1.457,33
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 2.284,08 1.644,54 961,72
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 5.138,40 3.004,91
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* 851,29 497,83
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
126
Tabela 110 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra forrageira, após a aplicação de
calcário dolomítico, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Aplicação do Calcário
HM 40,00 0,40 16,00 9,36
Semeadura (3 x)
HM 40,00 3,00 120,00 70,18
Adubação de Cobertura (2x)
HM 40,00 0,24 9,60 5,61
Aplicação de Agroquímico (8x)
HM 40,00 1,76 70,40 41,17
Roçagem (9x)
HM 30,00 1,35 40,50 23,68
Colheita (3x)
HM 120,00 3,00 360,00 210,53
Subtotal A ********* ********* ********* 616,50 360,53
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Calcário Dolomítico
tonelada 29,00 1,30 37,70 22,05
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Sementes de Braquiária
kg 4,38 10,00 43,80 25,61
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 1.218,73 712,70
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Adubo 04-30-10
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Sementes de Braquiária
kg 4,38 15,00 65,70 38,42
Inseticida Deltametrina
L 37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin
L 71,95 0,50 35,98 21,04
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 737,64 431,37
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Sementes de Braquiária
kg 4,38 10,00 43,80 25,61
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 1.093,10 639,24
Subtotal B´s ********* ********* ********* 3.049,46 1.783,31
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 3.665,96 2.143,84
Outras despesas ********* ********* ********* 183,30 107,19
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 36,66 21,44
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 3.885,92 2.272,47
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 2.384,75 786,97 460,21
RECEITA BRUTA (venda da soja) kg 0,76 2.583,89 1.963,76 1.148,40
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 822,93 592,51 346,50
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 3.343,23 1.955,11
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* -542,68 -317,36
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
127
Tabela 111 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra safrinha, após a aplicação de
calcário dolomítico, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DE
SCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Aplicação do Calcário
HM 40,00 0,40 16,00 9,36
Semeadura (8 x)
HM 40,00 8,00 320,00 187,13
Adubação de Cobertura (4x)
HM 40,00 0,48 19,20 11,23
Aplicação de Agroquímico (16x)
HM 40,00 3,52 140,80 82,34
Colheita (6x)
HM 120,00 6,00 720,00 421,05
Subtotal A ********* ********* ********* 1.216,00 711,11
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Calcário Dolomítico
tonelada 29,00 1,30 37,70 22,05
Herbicida Roundup - milho
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida Roundup - feijão
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Sementes de Feijão
kg 8,70 70,00 609,00 356,14
Sementes de Milheto
kg 2,50 20,00 50,00 29,24
Fungicida Captan - milho
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Fungicida Captan - feijão
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16 - milho
kg 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Adubo 08-28-16 - feijão
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Herbicida Paraquat
L 23,96 3,00 71,88 42,04
Inseticida Lambdacialotrina (2x)
L 48,00 0,10 4,80 2,81
Adubo Sulfato de Amônio - milho
kg 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Adubo Sulfato de Amônio - feijão
kg 1.198,00 0,35 419,30 245,20
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 2.376,82 1.389,95
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup - soja
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida Roundup - triticale
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Sementes de Triticale
kg 1,30 180,00 234,00 136,84
Sementes de Milheto
kg 2,50 20,00 50,00 29,24
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Inseticida Thiamethoxam
L 254,00 0,12 30,48 17,82
Adubo 04-30-10 - soja
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Adubo 08-28-16 - triticale
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Inseticida Deltametrina L
37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin L
71,92 0,50 35,96 21,03
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 1.441,60 843,04
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup - arroz
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida Roundup - feijão
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Sementes de Feijão
kg 8,70 70,00 609,00 356,14
Adubo 08-28-16 - arroz
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo 08-28-16 - feijão
kg 2.088,00 0,22 459,36 268,63
Herbicida Paraquat
L 23,96 3,00 71,88 42,04
Inseticida Lambdacialotrina
L 48,00 0,05 2,40 1,40
Inseticida Metamidophós
L 17,53 1,00 17,53 10,25
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,35 419,30 245,20
128
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 2.250,65 1.316,17
Subtotal B´s ********* ********* ********* 6.069,07 3.549,16
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 7.285,07 4.260,27
Outras despesas ********* ********* ********* 364,25 213,01
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 72,85 42,60
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 7.722,17 4.515,89
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 2.026,55 668,76 391,09
RECEITA BRUTA (venda da feijão - 1º
ano)
kg 2,67 601,08 1.604,88 938,53
RECEITA BRUTA (venda do soja) kg 0,76 3.116,07 2.368,21 1.384,92
RECEITA BRUTA (venda do triticale) kg 0,38 91,68 34,84 20,37
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 2.406,10 1.732,39 1.013,09
RECEITA BRUTA (venda do feijão - 3º
ano)
kg 2,67 621,73 1.660,02 970,77
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 8.069,11 4.718,78
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* 346,94 202,89
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
129
Tabela 112 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra pousio, após a aplicação de
calcário dolomítico, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Aplicação do Calcário
HM 40,00 0,40 16,00 9,36
Semeadura (3 x)
HM 40,00 3,00 120,00 70,18
Adubação de Cobertura (2x)
HM 40,00 0,24 9,60 5,61
Aplicação de Agroquímico (8x)
HM 40,00 1,76 70,40 41,17
Colheita (3x)
HM 120,00 3,00 360,00 210,53
Subtotal A ********* ********* ********* 576,00 336,84
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Calcário Dolomítico
tonelada 29,00 1,30 37,70 22,05
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 1.174,93 687,09
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Adubo 04-30-10
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Inseticida Deltametrina
L 37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin
L 71,92 0,50 35,96 21,03
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 671,92 392,94
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup
L 18,00 2,00 36,00 21,05
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 1.047,70 612,69
Subtotal B´s ********* ********* ********* 2.894,55 1.692,72
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 3.470,55 2.029,56
Outras despesas ********* ********* ********* 173,53 101,48
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 34,71 20,30
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 3.678,78 2.151,33
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 2.485,38 820,18 479,63
RECEITA BRUTA (venda da soja) kg 0,76 3.458,61 2.628,54 1.537,16
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 1.950,35 1.404,25 821,20
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 4.852,97 2.837,99
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* 1.174,19 686,66
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
130
Tabela 113 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra adubo verde, após a aplicação
de calcário dolomítico, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Aplicação do Calcário
HM 40,00 0,40 16,00 9,36
Semeadura (6 x)
HM 40,00 6,00 240,00 140,35
Adubação de Cobertura (2x)
HM 40,00 0,24 9,60 5,61
Aplicação de Agroquímico (8x)
HM 40,00 1,76 70,40 41,17
Roçagem (4x)
HM 30,00 0,60 18,00 10,53
Colheita (3x)
HM 120,00 3,00 360,00 210,53
Subtotal A ********* ********* ********* 714,00 417,54
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Calcário Dolomítico
tonelada 29,00 1,30 37,70 22,05
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Sementes de Guandú
kg 7,30 30,00 219,00 128,07
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 1.393,93 815,16
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Adubo 04-30-10
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Sementes de Milheto
kg 2,50 20,00 50,00 29,24
Inseticida Deltametrina
L 37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin
L 71,92 0,50 35,96 21,03
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 721,92 422,18
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup
L 18,00 2,00 36,00 21,05
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Sementes de Guandú
kg 7,30 30,00 219,00 128,07
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 1.266,70 740,76
Subtotal B´s ********* ********* ********* 3.382,55 1.978,10
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 4.096,55 2.395,64
Outras despesas ********* ********* ********* 204,83 119,78
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 40,97 23,96
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 4.342,34 2.539,38
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 2.409,53 795,14 465,00
RECEITA BRUTA (venda da soja) kg 0,76 3.451,68 2.623,28 1.534,08
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 2.076,73 1.495,25 874,41
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 4.913,67 2.873,49
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* 571,33 334,11
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
131
Tabela 114 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra forrageira, após a aplicação de
silicato de cálcio e magnésio, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Aplicação do Silicato de Cálcio e Magnésio
HM 40,00 0,40 16,00 9,36
Semeadura (3 x)
HM 40,00 3,00 120,00 70,18
Adubação de Cobertura (2x)
HM 40,00 0,24 9,60 5,61
Aplicação de Agroquímico (8x)
HM 40,00 1,76 70,40 41,17
Roçagem (9x)
HM 30,00 1,35 40,50 23,68
Colheita (3x)
HM 120,00 3,00 360,00 210,53
Subtotal A ********* ********* ********* 616,50 360,53
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Silicato de Cálcio e Magnésio
tonelada 25,00 1,30 32,50 19,01
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Sementes de Braquiária
kg 4,38 10,00 43,80 25,61
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 1.213,53 709,66
B 2
-
ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Adubo 04-30-10
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Sementes de Braquiária
kg 4,38 15,00 65,70 38,42
Inseticida Deltametrina
L 37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin
L 71,95 0,50 35,98 21,04
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 737,64 431,37
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Sementes de Braquiária
kg 4,38 10,00 43,80 25,61
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 1.093,10 639,24
Subtotal B´s ********* ********* ********* 3.044,26 1.780,27
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 3.660,76 2.140,80
Outras despesas ********* ********* ********* 183,04 107,04
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 36,61 21,41
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 3.880,41 2.269,24
RECEITA BRUTA (venda do milho)
kg
0,33
2.244,95
740,83
433,24
RECEITA BRUTA (venda da soja) kg 0,76 3.100,97 2.356,74 1.378,21
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 427,65 307,91 180,06
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 3.405,48 1.991,51
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* -474,93 -277,74
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
132
Tabela 115 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra safrinha, após a aplicação de
silicato de cálcio e magnésio, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Aplicação do Silicato de Cálcio e Magnésio
HM 40,00 0,40 16,00 9,36
Semeadura (8 x)
HM 40,00 8,00 320,00 187,13
Adubação de Cobertura (4x)
HM 40,00 0,48 19,20 11,23
Aplicação de Agroquímico (16x)
HM 40,00 3,52 140,80 82,34
Colheita (6x)
HM 120,00 6,00 720,00 421,05
Subtotal A ********* ********* ********* 1.216,00 711,11
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Silicato de Cálcio e Magnésio
tonelada 25,00 1,30 32,50 19,01
Herbicida Roundup - milho
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida Roundup - feijão
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Sementes de Feijão
kg 8,70 70,00 609,00 356,14
Sementes de Milheto
kg 2,50 20,00 50,00 29,24
Fungicida Captan - milho
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Fungicida Captan - feijão
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16 - milho
tonelada 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Adubo 08-28-16 - feijão
tonelada 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Herbicida Paraquat
L 23,96 3,00 71,88 42,04
Inseticida Lambdacialotrina (2x)
L 48,00 0,10 4,80 2,81
Adubo Sulfato de Amônio - milho
tonelada 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Adubo Sulfato de Amônio - feijão
tonelada 1.198,00 0,35 419,30 245,20
Subtotal B1 ********* ********* ********* 2.371,62 1.386,91
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup - soja
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida Roundup - triticale
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja (variedade Conquista)
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Sementes de Triticale
kg 1,30 180,00 234,00 136,84
Sementes de Milheto (ADR 500)
kg 2,50 20,00 50,00 29,24
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Inseticida Thiamethoxam
kg 254,00 0,12 30,48 17,82
Adubo 04-30-10 - soja
tonelada 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Adubo 08-28-16 - triticale
tonelada 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Inseticida Deltametrina
L 37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin
L 71,92 0,50 35,96 21,03
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 1.441,60 843,04
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup - arroz
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida Roundup - feijão
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Sementes de Feijão
kg 8,70 70,00 609,00 356,14
Adubo 08-28-16 - arroz
tonelada 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo 08-28-16 - feijão
tonelada 2.088,00 0,22 459,36 268,63
Herbicida Paraquat
L 23,96 3,00 71,88 42,04
Inseticida Lambdacialotrina
L 48,00 0,05 2,40 1,40
Inseticida Metamidophos
L 17,53 1,00 17,53 10,25
Adubo Sulfato de Amônio
tonelada 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Adubo Sulfato de Amônio
tonelada 1.198,00 0,35 419,30 245,20
133
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 2.250,65 1.316,17
Subtotal B´s ********* ********* ********* 6.063,87 3.546,12
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 7.279,87 4.257,23
Outras despesas ********* ********* ********* 363,99 212,86
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 72,80 42,57
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 7.716,66 4.512,66
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 2.166,78 715,04 418,15
RECEITA BRUTA (venda da feijão - 1º
ano)
kg 2,67 821,20 2.192,60 1.282,22
RECEITA BRUTA (venda do soja) kg 0,76 2.851,51 2.167,15 1.267,34
RECEITA BRUTA (venda do triticale) kg 0,38 188,46 71,61 41,88
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 1.700,90 1.224,65 716,17
RECEITA BRUTA (venda do feijão - 3º
ano)
kg 2,67 716,90 1.914,12 1.119,37
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 8.285,17 4.845,13
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* 568,52 332,47
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
134
Tabela 116 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra pousio, após a aplicação de
silicato de cálcio e magnésio, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPECIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Aplicação do Silicato de Cálcio e Magnésio
HM 40,00 0,40 16,00 9,36
Semeadura (3 x)
HM 40,00 3,00 120,00 70,18
Adubação de Cobertura (2x)
HM 40,00 0,24 9,60 5,61
Aplicação de Agroquímico (8x)
HM 40,00 1,76 70,40 41,17
Colheita (3x)
HM 120,00 3,00 360,00 210,53
Subtotal A ********* ********* ********* 576,00 336,84
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Silicato de Cálcio e Magnésio
tonelada 25,00 1,30 32,50 19,01
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 1.169,73 684,05
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Adubo 04-30-10
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Inseticida Deltametrina
L 37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin
L 71,92 0,50 35,96 21,03
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 671,92 392,94
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup
L 18,00 2,00 36,00 21,05
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 1.047,70 612,69
Subtotal B´s ********* ********* ********* 2.889,35 1.689,68
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 3.465,35 2.026,52
Outras despesas ********* ********* ********* 173,27 101,33
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 34,65 20,27
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 3.673,27 2.148,11
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 2.346,40 774,31 452,81
RECEITA BRUTA (venda da soja) kg 0,76 3.614,96 2.747,37 1.606,65
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 1.989,23 1.432,25 837,57
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 4.953,93 2.897,03
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* 1.280,66 748,92
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
135
Tabela 117 Descrição detalhada dos custos e receitas obtidos para a sucessão safra adubo verde, após a aplicação
de silicato de cálcio e magnésio, em área de sequeiro. Selvíria MS (2008).
DESCRIÇÃO
ESPE
CIF.
V. unit.
Qtd.
Total (R$)
Total (US$)
A. OPERAÇÕES MECANIZADAS
Aplicação do Silicato de Cálcio e Magnésio
HM 40,00 0,40 16,00 9,36
Semeadura (6 x)
HM 40,00 6,00 240,00 140,35
Adubação de Cobertura (2x)
HM 40,00 0,24 9,60 5,61
Aplicação de Agroquímico (8x)
HM 40,00 1,76 70,40 41,17
Roçagem (4x)
HM 30,00 0,60 18,00 10,53
Colheita (3x)
HM 120,00 3,00 360,00 210,53
Subtotal A ********* ********* ********* 714,00 417,54
B - MATERIAL
B 1 - 1º ano
Silicato de Cálcio e Magnésio
tonelada 25,00 1,30 32,50 19,01
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Milho
saco 190,00 1,00 190,00 111,11
Fungicida Captan
L 14,30 0,25 3,58 2,09
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,25 522,00 305,26
Herbicida Atrazina
L 9,86 2,50 24,65 14,42
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,30 359,40 210,18
Sementes de Guandú
kg 7,30 30,00 219,00 128,07
Subtotal B 1 ********* ********* ********* 1.388,73 812,12
B 2 - 2º ano
Herbicida Roundup
L 18,80 2,00 37,60 21,99
Sementes de Soja
kg 2,40 50,00 120,00 70,18
Fungicida Vitavax + Thiram
L 30,00 0,25 7,50 4,39
Adubo 04-30-10
kg 1.932,00 0,22 425,04 248,56
Herbicida Fomesafen
L 48,00 0,80 38,40 22,46
Sementes de Milheto
kg 2,50 20,00 50,00 29,24
Inseticida Deltametrina L
37,10 0,20 7,42 4,34
Fungicida Epoxiconazole + Pyraclostrobin L
71,92 0,50 35,96 21,03
Subtotal B 2 ********* ********* ********* 721,92 422,18
B 3 - 3º ano
Herbicida Roundup
L 18,00 2,00 36,00 21,05
Herbicida 2,4 D
L 13,84 2,50 34,60 20,23
Inseticida Tiodicarb
L 76,00 1,80 136,80 80,00
Sementes de Arroz
kg 1,80 135,00 243,00 142,11
Adubo 08-28-16
kg 2.088,00 0,20 417,60 244,21
Adubo Sulfato de Amônio
kg 1.198,00 0,15 179,70 105,09
Sementes de Guandú
kg 7,30 30,00 219,00 128,07
Subtotal B 3 ********* ********* ********* 1.266,70 740,76
Subtotal B´s ********* ********* ********* 3.377,35 1.975,06
Custo operacional efetivo (C.O.E) ********* ********* ********* 4.091,35 2.392,60
Outras despesas ********* ********* ********* 204,57 119,63
Depreciação de máquinas e equip. ********* ********* ********* 40,91 23,93
CUSTO OPERACIONAL TOTAL ********* ********* ********* 4.336,83 2.536,16
RECEITA BRUTA (venda do milho) kg 0,33 2.912,93 961,27 562,14
RECEITA BRUTA (venda da soja) kg 0,76 3.067,50 2.331,30 1.363,33
RECEITA BRUTA (venda do arroz) kg 0,72 1.768,93 1.273,63 744,81
RECEITA BRUTA TOTAL ********* ********* ********* 4.566,20 2.670,29
RECEITA LÍQUIDA ********* ********* ********* 229,37 134,13
Valor do dólar comercial = R$1,71 (14 de setembro de 2008)
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